Revista Leia ABC - Abril 2014

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Índice

04 Editorial 06 Entrevista 12 Política 15 Economia 16 Capa 20 Tecnologia 22 Cidades 24 Saúde 29 Esportes 30 Moda&Beleza 32 Social ABC 34 Cultura 36 Gastronomia

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Crescimento da região sob impulso metalúrgico

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Impasse adia início da construção do Metrô

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Verificação do peso sob vigilância

Mal de Parkinson, a doença que preocupa

Colunistas 8

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Isaac R. Zetune

Zezé Targher

Marcos Cazetta

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Wallace Nunes

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Tamyres Barbosa

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Kelly Boscarioli Abril de 2014 |

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Diretor Administrativo Giancarlo Frias giancarlo@leiaabc.com

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editorial

Dois meses para o início da Copa do Mundo Faltam dois meses para o início da Copa do Mundo no Brasil. O tempo passa, não é? Pois bem, já estamos quase no meio de 2014 e tudo o que se viu e o que se falou nesses meses foi Copa do Mundo. Tudo, mas absolutamente tudo, está voltado para este evento esportivo que chama a atenção do mundo. No plano nacional tudo está chamando a atenção para organização - estádios que ainda não estão prontos, que não saíram do papel, falta de mobilidade urbana e muitas pessoas ainda reclamam de tudo e de todos. A pergunta que fica é: É assim mesmo? A movimentação em torno da Copa do Mundo, é isso? O que se sabe é que tudo vai parar durante a Copa para que o caos diário, percebido, por exemplo, na Capital e no seu entorno seja amenizado em dia de jogos. Aqui na região do ABC, onde alguns poucos devem assistir ao jogo de abertura, há muito comentário sobre o torneio, mas nada mais além disso. Outra pergunta: onde está o movimento financeiro que o brasileiro iria ganhar em torno do Mundial? Até o momento muitos ainda não perceberam. Ou melhor, perceberam, mas que apenas a FIFA e seus parceiros envolvidos estão se beneficiando financeiramente de fato com a chegada dos jogos. Então, para o brasileiro comum o quê? Às batatas? É o que parece. Mas vamos ao que interessa. A edição de LEIA ABC de abril está interessante. A matéria de capa fala do papel do metalúrgico na sua importância para o crescimento e desenvolvimento do ABC. Mais, em saúde falamos sobre a doença de Parkinson, um problema que assola muitos idosos no Brasil e tem crescido muito na região das sete cidades. Essas são duas matérias de muitas que mostram que essa revista está muito boa de se ler. Confira e boa leitura!

RECADOS DA REDAÇÃO: Dúvidas sobre assinatura, reclamações e alteração de endereço. Telefone: 4902-4904. Cartas: Rua Macaúba, 82 - CEP 09190-650 - Bairro Paraíso, Santo André - SP. Email: redacao@leiaabc.com - Site: www.leiaabc.com. ATENDIMENTO AO LEITOR: Se você quer fazer comentários, sugestões, críticas ou tirar dúvidas, ligue para o telefone: 4901-4904 de segunda a sexta-feira, das 10 às 12 horas ou das 14 às 16 horas. Edições anteriores: Os exemplares anteriores devem ser requisitados formalmente pelo email: redacao@leiaabc.com O atendimento às solicitações está sujeito à disponibilidade no estoque. Anúncios: Tel.: 11 4902-4904 - Email: comercial@leiaabc.com

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Entrevista

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Suméria - A cerveja genuinamente produzida no ABC

ma fábrica de cerveja genuinamente andreense. É mais um experimento dos fazedores deste líquido, cujo nome principal para quem bebe ainda não está definido. Uns chamam esses produtores caseiros de cervejeiros artesanais, outros os qualificam de consumidores de cervejas especiais. Os experimentados falam que são cervejas gourmets. Independente do nome, o que se pode ter certeza é que a empreitada desses três profissionais liberais - até o momento apenas o Marcelo Bonato é sommelier de cervejas- vindos de Santo André, já dão passos em direção à profissionalização para aumentar a produção. “Uma marca de nosso produto é a cerveja de Cambuci, mas há outros rótulos que vão fazer história”, explica o empresário Marcelo Bonato, formado em Análise de Sistemas e como ele mesmo diz um apaixonado por fazer cerveja. Marcelo Ribeiro, outro analista de sistema diz que sua paixão pelas cervejas iniciou em meados dos anos 90, com a possibilidade de se fazer um produto caseiro. “Nesta época, com pouca literatura, quase nenhum insumo de qualidade no mercado, fiz algumas tentativas que não foram de muito sucesso. De 2012 para 2013, retornei a fazer cerveja em casa, já com produtos e equipamentos de qualidade, devidamente adequados e, a partir daí obtive experiência de sucesso.” Wallace Nunes - wallace@leiaabc.com

Leia ABC - Quando e como surgiu a ideia de fazer cerveja? Marcelo Bonato (MB) - A Cervejaria Suméria nasceu através da amizade entre amigos com a iniciativa de produzir uma cerveja de alta qualidade e de personalidade marcante. É uma microcervejaria que nasce tradicional, onde os seus conceitos seguem os princípios fundamentais de pureza e qualidade, baseados na Lei Alemã de 1516. Nosso estilo clássico e ao mesmo tempo ousado de produzir cerveja nos permite oferecer sabores e aromas insuperáveis que trarão uma experiência inédita. 6

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Leia ABC - Fazer cerveja é fácil? (MB) - O processo de fabricação não é tão simples, mas é muito menos complexo do que se imagina. Requer, no entanto, dedicação e paciência, pois produtos de qualidade demandam tempo e minuciosidade no processo de produção. L EI A A B C - Qu a i s s ã o a s me lh o re s c o n d i ç õ e s p a r a p ro d u z ir u ma b o a c e r v e j a ? (MB) - Equipamentos de ponta, matéria prima de qualidade e procedência garantida, mão de obra qualificada seguindo padrões originais de produção e o fundamental, uma boa receita e muita dedicação e paixão. Creio que esses são os fatores fundamentais

para que ao final do processo tenhamos um produto de qualidade. LEIA ABC - Por que o nome Suméria? (MB) - A intenção na escolha do nome que levaria as nossas cervejas era a de aliar histórias reais aos produtos inéditos. Buscamos então algo diferente de tudo que já existia. Decidimos por Suméria porque remete à civilização que originou a criação da cerveja. Trata-se de uma homenagem àqueles que mudaram o curso do planeta na arte de fazer cerveja. LEIA ABC - Fazer cerveja em Santo André tem algum benefício fiscal? (MB) - Infelizmente, em todo o estado de São Paulo não há incentivos fiscais para o setor. Na região Sul do País e em Minas Gerais há incentivos melhores do que São Paulo. LEIA ABC - O mercado de cervejas artesanais no Brasil cresceu assustadoramente nos últimos anos. A que se deve essa alta? (MB) - Deve-se ao fato das cervejas artesanais serem produzidas exclusivamente com um alto padrão de qualidade. Podemos dizer também que a busca do consumidor por esses produtos vem aumentando consideravelmente. LEIA ABC - Por causa do crescimento das cervejas artesanais, é possível perceber também a verticalização deste mercado. Cada vez mais, pessoas estão estudando para se tornar um sommelier de cervejas no mercado brasileiro. Como é fa-


dução de média escala? (MR) - Nos sentimos orgulhosos e recompensados pelo esforço, trabalho e ousadia em empreender um negócio, cuja concorrência é extremamente alta.

Arquivo Leia ABC

LEIA ABC - É possível descrever os tipos e as qualidades das cervejas que a Suméria produz? (MR) - Cambuça Blanche é semelhante a uma Witbier. A harmonização entre as notas selvagens do cambuci e o tradicional estilo belga witbier. Bilbat se assemelha a German Pilsner. Uma autêntica German Pilsner de coloração dourada brilhante e excelente formação de espuma.

Os “Marcelos”: Cerveja de Cambuci será o destaque da empresa que já é de pequeno porte zer parte desta história? (MB) - É contribuir para o aprender e estudar o mercado consumidor. Assim, conseguiremos aumentar cada vez mais a demanda por um produto de qualidade. Há muito o que aprender e também ensinar, juntos, os cervejeiros, os comerciantes e os consumidores que farão a revolução acontecer e no final, todos ganharemos com isso. LEIA ABC - As cervejas brasileiras de pequena e média escala ganham relevância no cenário internacional. Competem com cervejas de mercados mais tradicionais, como o alemão, o belga e mesmo o norte-americano. O que tem mudado no universo cervejeiro que tem resultado em mais sucesso para as cervejas do Brasil? (MB) - A maturidade e experiência da indústria artesanal, nestes últimos anos, conjuminaram com a melhoria contínua de qualidade de produtos, competindo em nível mundial, se estabelecendo cada vez mais no mercado com crescimento

contínuo ano após ano. LEIA ABC - Harmonizar significa? (MR) - Ter melhor experiência na degustação de cervejas com o melhor da gastronomia. LEIA ABC - Cerveja de Cambuci, o fruto de Santo André, é em homenagem a cidade onde foi criada a cerveja? Ou foi mais pela qualidade da fruta? (MR) - Para nós, andreenses, curtir cachaça com Cambuci e pescar, está enraizado em nossas famílias. Faz parte da tradição. Por que não criar uma cerveja de Cambuci, eternizar como um produto genuinamente brasileiro e, acima de tudo, de Santo André? Isso nos orgulha, nos apaixona pelo que fazemos. Somos ousados, gostamos de diferenciar e conseguir aliar uma fruta exótica e refrescante em uma das bebidas mais consumidas em nosso país, a cerveja. LEIA ABC - O que você sentiu ao ter as cervejas SUMÉRIA em pro-

LEIA ABC - Das cervejas que vocês produzem atualmente, qual é a que mais bem representa a marca? (MR) - Atualmente possuímos dois rótulos e a Cambuça Blanche, uma Witibier com Cambuci, nos identifica melhor, por se tratar de um produto cujo os ingredientes são genuinamente brasileiros e típicos da região de Santo André. LEIA ABC - Quais são as perspectivas de novos estilos e crescimento de produção da Suméria? (MR) - Em apenas três meses triplicamos a nossa produção o que demonstra estarmos em pleno crescimento. Com relação aos próximos estilos, esta em fermentação uma Session IPA e planejamos uma Witbier com Dry Hop de lúpulos aromáticos. LEIA ABC - Pale Ale, Stout ou Pilsner? (MR) - Pilsner. LEIA ABC - Descreva os estilos e qualidades e o que você mais gosta da pergunta acima. (MR) - Partindo do princípio que são três estilos bem distintos e muito bem definidos, por estarmos em um país tropical preferimos o estilo pilsner pois a sua refrescância e características leves são bem aceitas pelo público consumidor. Abril de 2014 |

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Dia a dia

Informação para formação Isaac Ramiris Zetune isaac@agincomun.com.br

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onvivemos hoje em dia com infinitas inexistência de encargos financeiros excedenpossibilidades para buscar informação. tes por conteúdos específicos ou mais pesados Veículos de comunicação em suas dife- em taxas de velocidade e transmite um algo a rentes mídias e formatos, redes sociais mais no quesito responsabilidade às empresas e rádio peão são alguns desses fáceis métodos de prestadoras de serviço. A coisa passa tão longe absorção de conteúdo. da censura que o Marco Civil da Internet brasiFato é que tudo isso nos ajuda a constituir leiro já tem sondagens mundiais para implantaaquilo que chamamos de opinião, lado ou ideo- ção em outros países. logia contemporânea. E não poderia ser diferenO que quero dizer com isso? É simples. As te. Assim como os livros, que nos oferecem in- infinitas possibilidades de comunicação e inforformação fria, históricos e análises, a mídia nos mação, vez ou outra, são vilões da qualidade, veproporciona algo parecido, mas quente, factual racidade e imparcialidade, mexendo inclusive e, e analítico. Dizer que precisamos filtrar e pon- principalmente, com o cenário político de nossa derar todo tipo de informação para equilibrar e nação, que muitas vezes se pauta por informaconsolidar uma opinião imparcial e verdadeira ções publicadas com base em todo o tipo de jogo é obrigação. Mas sabemos que não acontece de interesse. Não poderia, então, inaugurar essa assim. E o efeito cascata das “barrigas” (notí- coluna, sem implorar pela boa leitura, pela buscias falsas divulgadas com viés tendencioso) e ca coerente de informações corretas e a apuração imparcialidades toma proporções catastróficas, de conteúdo nos dois lados da moeda. Na metaalém do imaginado ou esperado, influenciando de cheia e na metade vazia do copo (gosto dessa negativamente nosso dia-a-dia e o andar social expressão). Essa checagem é fundamental para de nosso Brasil. E não tenho dúvidas que a ins- que não estejamos equivocados naquilo que comtituição “política” de nossa república federativa partilhamos. É essencial para a formação pura de só perde em reputação frente ao jogo de interes- uma opinião. E, por fim, vital para a manutenção ses envolvendo a relação “fato-informação-pu- da boa ordem política democrática brasileira. blicação” e “sociedade-poder público”. Quem Falar é fácil. Apontar erros, criticar e fazer perde e se desqualifica é a democracia. espuma, mais ainda. O difícil é agir com discerRecentemente, o Congresso Nacional apro- nimento diariamente para fazer a diferença. E o vou o Marco Civil da Internet, depois de muita povo (sim, boa parte age corretamente) tem sadiscussão e debates. E então, pude acompanhar bido fazer diferente. É só analisarmos diversas pessoalmente um movimento inverídico, prin- reivindicações em diversos locais e com temas cipalmente nas redes sociais, que tinha por ob- diferentes. Quem faz da maneira correta, com jetivo divulgar que esse marco regulatório era isenção, consegue o que deseja. Não acho utoo mesmo que censura. O poder da rede mun- pia pensar assim. Acredito na plena e constante dial de computadores formação do ser humano não perdoa. Tem a diconfiando que depende nâmica capacidade de disso termos um cenário replicar conteúdo polêpolítico cada vez mais Falar é fácil. Apontar mico como este. Azar isento de maldade e com os erros, criticar e fazer de quem acreditou. Essa debates e diálogos posiregulamentação passa tivos fundamentados em espuma mais ainda. bem longe de qualquer argumentos, informações O difícil é agir com tipo de censura e regusérias e honestas. Eu conla o ecossistema digital fio, acredito e contribuo discernimento brasileiro, protegendo para isso. Faça sua parte. usuários, garantindo a Leia com qualidade.



Mirante

Prefeito tem forte influência

Marinho e sua base Em reunião com a base governista, realizada ontem (15), o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), ouviu queixas sobre a falta de “sintonia” entre os vereadores e o secretariado e prometeu se reunir com sua equipe de governo para melhorar o relacionamento entre poderes. Ao contrário do que era esperado, o petista não discutiu a possível visita à Câmara da secretária de Educação, Cleuza Repulho, apesar de a chefe da pasta já ter dito aos governistas que estaria disposta a dar explicações sobre as suspeitas levantadas pelo Ministério Público (MP) de superfaturamento na compra de kits de uniforme e material escolar pela prefeitura.

Eder Xavier fora do PCdoB O presidente do PCdoB de São Caetano, Marcelo Toledo, confirmou a desfiliação do vereador Eder Xavier. O dirigente comunista revelou que o motivo foi a série de críticas feitas pelo parlamentar ao diretório da legenda e a seus integrantes. Segundo Toledo, “isso acabou quebrando a unidade” do partido. “As críticas se acumularam e nos deixaram descontentes. Então, nós nos reunimos e fizemos a avaliação de que (Xavier) não tem mais nada a ver com o partido. A forma como o PCdoB encara o papel do parlamentar é diferente, pois, para nós, o partido comanda a situação”, explicou Marcelo Toledo.

Fotos: Divulgação

Wallace Nunes Jornalista wallace@leiaabc.com

Não é de hoje que se sabe do trabalho de bastidores do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, na direção do PT nacional. Todos querem ouvir a opinião do chefe do Executivo municipal sãobernardense em literalmente muitos assuntos. O último foi um telefonema do presidente nacional da sigla Rui Falcão sobre o imbróglio chamado Andrés Vargas, o deputado investigado na operação lava-jato da Polícia Federal. O conteúdo do assunto não consegui saber.

Wilson Magão/PMSBC

A atuação do prefeito Marinho no País

Xavier continuará na esquerda

Tensão em Diadema? Executivo e Legislativo, leia-se prefeito Lauro Michels (PV) e o vereador e presidente da Casa Maninho (PT), não se entendem. Michels está em vias de vetar o projeto que vai ser aprovado na Câmara, de autoria de Maninho, que altera a lei 1.953/2000 onde obriga a fixação de alvarás e certificados de segurança das instalações em parques de diversão, circos, casas de espetáculos e estabelecimentos similares. Para o chefe do Executivo o provável veto se faz necessário porque a administração não pode criar entraves burocráticos para quem tenha interesse em realizar espetáculos culturais na cidade.

Santo André, vem aí o aumento salarial

Grana fará o impossível

Enquanto os funcionários públicos de Santo André reivindicam reajuste salarial de 17,9%, a prefeitura já sinalizou que vai apenas repor a inflação do ano passado, calculada em 5,91% pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O prefeito Carlos Grana (PT) disse que não haverá surpresas na negociação. “Até porque tenho de me pautar pelo aumento da região. Não será muito diferente do que foi concedido nas outras cidades”, garantiu. As prefeituras de São Bernardo e Diadema reajustarão os salários em 5,92%, e 6,73%, respectivamente.


Ampliação de empréstimo para a Linha 18 do metrô A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou projeto de lei que autoriza o governador Geraldo Alckmin (PSDB) a realizar operações de crédito com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e bancos internacionais. O deputado estadual Orlando Morando (PSDB) foi o relator do primeiro empréstimo aprovado para área de transportes e agora, com a alteração aprovada ontem, a Linha 18-Bronze será contemplada com acréscimo de R$ 428 milhões em relação à operação de crédito da Lei nº 14.477/11. No total o Metrô ABC receberá R$ 1,7 bilhão de financiamento do BNDES.

Bom prato em Mauá O prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), anunciou que a administração do governador Geraldo Alckmin (PSDB) implementará nova unidade do Bom Prato no município, ainda este ano. O restaurante oferece café da manhã e almoço a preços populares e conta apenas com uma unidade na região, inaugurada no Centro de Santo André, em 2002. O equipamento deve funcionar no Jardim Zaíra e a prefeitura está à procura de um imóvel para consolidá-lo. “Para nós é melhor (encontrar um imóvel) porque não precisaremos construir o restaurante”, alegou Donisete.

Ex-ministros vão participar da campanha de Padilha

Braga quer governo dinâmico

O ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos e o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e ex-superintendente da Polícia Federal Paulo Lacerda e Paulo Vannuchi, ex-ministro dos Direitos Humanos. Ambos participantes do governo Luiz Inácio Lula da Silva, serão os responsáveis por coordenar o programa de governo para a área de segurança do pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha.

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Política Divulgação

União é de pelo menos dois anos

Alex Manente (PPS) e Orlando Morando (PSDB) selam acordo para dobrada a partir de São Caetano com vistas para eleição municipal de 2016

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Wallace Nunes - wallace@leiaabc.com

lex Manente (PPS) e Orlando Morando (PSDB) são dois jovens deputados estaduais que neste ano eleitoral irão em direções opostas. O primeiro decidiu se candidatar ao Congresso Nacional e o segundo quer continuar na Assembleia Legislativa ao tentar a reeleição. Entretanto, no mês de abril eles selaram um acordo onde vão fazer a famosa dobrada a partir de São Caetano, onde Alex tem uma boa base eleitoral e Orlando tem, posteriormente, em outros municípios das sete cidades. É a corrida dos ajustes para que, na eleição deste ano, possam garantir o máximo de votos possíveis.

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Os dois deputados são os políticos que mais tiveram votos no ABC em 2010. Manente obteve 114 mil votos e Morando 138 mil votos. Econômico nas palavras, o deputado tucano Orlando Morando diz que quem ganha com a união é a população e o governador Geraldo Alckmin, amigo dos dois foi quem festejou a dobrada. “Estamos convergindo para o que é natural. Burrice seria não nos unirmos” enfatizou Alex Manente. A união dos dois políticos de oposição ao governo do PT em São Bernardo traz como novidade apenas a junção após oito anos de separação. A última vez que “correram” juntos foi exatamente numa eleição para prefeito. “Deste então, eles se conversam na Assembleia, mas sem-

Arquivo LeiaABC

pre foram distantes um do outro por causa do mesmo projeto político”, diz uma fonte da Assembleia que pede anonimato. Mas o movimento dos dois políticos tem um objetivo maior: entrar forte na disputa pela cadeira mais importante de São Bernardo em 2016. Eles entendem que somente desta maneira será possível derrotar o ainda não escolhido candidato a sucessão do prefeito Luiz Marinho. Como ainda faltam dois anos para o pleito municipal, ninguém fala quem será o escolhido. Por enquanto somente especulações. Tarcísio Sécoli, secretário municipal de Obras, o presidente do São Bernardo Futebol Clube Luiz Fernando Teixeira, Arthur Chioro, ministro da Saúde e Rafael Marques, dirigente maior do sindicato dos Metalúrgicos são, pela ordem, as grandes apostas do PT para manter a hegemonia existente na cidade. A aliança dos dois opositores não era novidade, avaliam os caciques petistas sãobernardenses, mas ela chega um tanto quanto cedo. “Não tenho o que dizer dos passos da oposição. Estamos focados com a reeleição da presidente Dilma, com a eleição do ex-ministro Padilha e também com os candidatos do PT ao Legislativo”, despista o presidente do PT de São Bernardo Brás Marinho.


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Seu bolso

A reserva emergencial Marcos Cazetta Economista e especialista em finanças pessoais marcoscazetta@hotmail.com

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hegamos ao mês de abril, marcado texto, tem que ser algo atingível, real, caso para muitos pela celebração da Pás- contrário ele não será algo que vai te ajudar coa, mas também marcado pelo fim a manter o equilíbrio. das contas de início de ano, a essa Outra dica que vale a pena observar é, altura do ano as contas como IPTU, IPVA, caso você não consiga colocar seu dinheiro despesas com matrículas e materiais escola- em uma poupança, programa em que você res já acabaram, ou pelo menos pararam de pode resgatá-lo no momento que quiser sem chegar. É lógico que no caso de algumas fa- se entregar as tentações de gastá-lo com coimílias estas contas provocarão estragos que sas supérfluas ou fora do seu objetivo, vale poderão durar pelo resto do ano. você procurar algo que o obrigue a poupar Caso você se identifique com este fato e não permite que você utilize o dinheiro vale a pena repensar alguns pontos de sua para outros fins. Por exemplo, nos casos de vida, principalmente o financeiro. Então compra de automóveis e imóveis, você tem a você pode estar se perguntando, mas se eu opção de contratar um consórcio, nele você pensar somente no dinheiro e em poupar tem um custo de administração. Este custo para o futuro, terei de abrir mão de viver não é tão alto quanto uma taxa de financiao presente? mento e vai funcionar como um pedágio A resposta que considero a chave para para quem não consegue controlar os impulesta pergunta está no equilíbrio. Não deve- sos do consumo. mos pensar somente no dinheiro e somente E, por fim, vale ressaltar para quem quer em poupar para o futuro, deixando assim de ter equilíbrio não só financeiro, mas em todos viver o presente. Mas devemos levar em con- os segmentos de sua vida, tenha uma reserva sideração o quanto financeiro é parte impor- para emergências, o ideal é que essa reserva tante de nosso dia-a-dia. Além disso, nossas seja de, no mínimo, seis vezes os seus gasescolhas do presente trarão consequências tos mensais. Com certeza isso lhe trará muito ao nosso futuro. Para você que acredita que mais qualidade de vida. Isso porque esta reseré possível encontrar o equilíbrio para viver o va lhe permitirá buscar uma colocação melhor presente e ter uma vida financeira saudável no mercado de trabalho, sem ter que se sujeitar daremos algumas dicas de quanto e como a qualquer situação constrangedora ou desnepoupar para situações mais difíceis. cessária. E outro lado é a oportunidade de reA primeira dica é: saiba qual o objetivo alizar bons negócios, com uma reserva. Você da sua poupança, ou seja, você está guardan- pode comprar aquele terreno ou aquele carro do aquele dinheiro por algum determinado por um preço mais acessível devido a necessimotivo, seja para a compra de um carro, de dade do vendedor. uma casa ou até mesmo para não entrar no Portanto, para concluirmos o texto deste cheque especial com mês, fica a lição: poupe as contas de início de de uma forma saudável, ano, cada um pode utilize a palavra equiVale ressaltar que ter o seu motivo eslíbrio para direcionar pecífico e o motivo, suas atitudes, indepenquem quer equilíbrio na maioria das vezes, dente do rendimento é necessário fazer uma não deve ser o de ficar de sua aplicação, o que rico ou de juntar o seu vale é ter uma vida tranreserva de, no mínimo, primeiro milhão. O quila e sem apuros fiseis vezes seus objetivo para se atinnanceiros. gir o equilíbrio que Uma ótima Páscoa a gastos mensais falamos no início do todos!


Economia

O peso que não é real

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Redação – redacao@leiaabc.com

Shutterstock

iscais do Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (IPEM-SP), órgão do governo do Estado de São Paulo que tem como finalidade proteger o consumidor, avaliam, ao longo deste mês, as balanças utilizadas em feiras livres de municípios do ABC. O principal motivo da fiscalização é verificar se as balanças contêm o selo indicando a última verificação e sua validade, se possuem o lacre e placa de patrimônio do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Muitas balanças verificadas estavam com visor danificado, e todas elas estavam em local inadequado. “Além disso, um dos instrumentos estava oscilando, o que faz com que não seja possível determinar o valor exato do produto”, explica a coordenadora operacional do Ipem Rosângela Ramalho. Ela contaainda que, em período de festas religiosas, como a Semana Santa, é grande o movimento nas feiras e hortifrutis. “Por isso, é importante garantir que os consumidores não sejam prejudicados quando comprar produtos, tendo, às vezes, que pagar por um excesso que não existe”, explica. A coordenadora lembra que a verificação periódica é obrigatória. “Balanças devem ser verificadas ao menos uma vez ao ano, e devem ter o selo do Inmetro, assim como o lacre, que garante que o equipamento não foi alterado”. Os comerciantes devem procurar pelo serviço de verificação das balanças, para avaliação dos equipamentos, que pode ser realizado na Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André (CRAISA), na Avenida dos Estados, 2.195 – Bairro Santa Terezinha, Santo André. Os instrumentos encaminhados ao órgão passarão por testes de erros de medição, de acordo com a determinação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Também são examinadas características gerais, como legibilidade dos indicadores, estado de conservação, marcas de verificação e lacres. A partir de maio, os fiscais do IPEM percorrerão as feiras livres dos municípios, com o objetivo de verificar se as balanças utilizadas estão corretas. O intuito da ação é garantir que o consumidor pague pelo produto que efetivamente está adquirindo. O feirante que estiver com balança irregular será autuado e tem até dez dias para apresentar defesa ao IPEM-SP, que define multa de R$ 451 a R$ 25 mil, dobrando no caso de reincidência. Outras informações podem ser obtidas na Delegacia de Ação Regional do IPEM-SP, localizada à Rua Atibaia, nº. 390, Valparaiso – Santo André.


Capa Rossana Lana SMABC

Rossana Lana/SMABC

O pulso forte metalúrgico

O dia 21 de abril não é marcado apenas pelo feriado de Tiradentes, herói da Inconfidência Mineira, mas também comemora-se o Dia do Metalúrgico que, para a região do ABC, é considerado símbolo da força motriz que ergueu as sete cidades

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Wallace Nunes - wallace@leiaabc.com Colaborou Gabriela Veloso

ímbolo da prosperidade e termômetro nacional dos acontecimentos econômicos, o ABC deve muito ao parque industrial instalado na região por seu crescimento e melhor distribuição de renda. Foi durante as décadas de 50 e 60, período em que a industrialização no Brasil era forte e ativa, que as sete

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cidades deram um grande passo em direção à evolução do País e deixou sua marca na história. A partir daí, o ABC entrou em fase de mudanças. De região campestre que antes era habitada por poucas pessoas, rapidamente se desenvolveu, passou a agregar moradores, muitos migrantes nordestinos e as árvores deram espaço às centenas de casas e prédios residenciais e comerciais. Situações favoráveis, grande quan-

tidade de terras planas, que posteriormente foram oferecidas às empresas a preços baixos, proximidade ao Porto de Santos - rápido acesso rodoviário interligando o porto com o mercado consumidor (São Paulo) e a existência de mão-de-obra local, a região agregou grandes companhias, a maior parte delas do ramo automobilístico e têxtil, e tornou-se um dos maiores polos industriais do País. Das grandes indústrias que aporta-


ram nas sete cidades nasceu a profissão do metalúrgico. E, intrinsicamente, é quase impossível não deixar de estabelecer um algum paralelo entre moradores do ABC e a profissão. A ligação é tamanha que, dos 2,5 milhões de habitantes, hoje quase 5% do total de moradores é composto por trabalhadores da indústria metalúrgica. Com esses profissionais, a região ganhou impulso econômico e notoriedade social. A partir do seu início, a população assistiu a consolidação da classe nos anos 70 e meados dos anos 80, e também presenciou a consequente diminuição dos postos de trabalho e da reestruturação na década de 90. Hoje, todos vêem e vivem uma transição para a modernização do parque industrial e a chegada do setor de serviços. “Mudança nem sempre acontece da maneira que queremos”, resume o cientista político Gaudêncio Torquato. O aposentado Odair Marcelo Venturi, 63, nasceu e desenvolveu todas as atividades em São Caetano do Sul. Trabalhou e se aposentou em uma das indústrias automobilísticas da região e viu o progresso da região em todos os sentidos. “Com as diversas indústrias instaladas na região, os moradores tinham emprego garantido. Não faltava trabalho. Isso fez com que pessoas de outras regiões do País viessem para as cidades do ABC, aumentando a população local e transformando a arquitetura da região”, explica.

Força motriz

Ao mesmo tempo do crescimento industrial e desenvolvimento da região, mais trabalhadores haviam ingressado no mercado de trabalho. De 1974 a 1980 - áurea da metalurgia na região -, mais de 200 mil trabalhadores lotavam as fábricas de automóveis e de autopeças. Era a época da produção em grande escala para atender a demanda crescente. Mas houve problemas. Excesso de horas trabalhadas e baixos salários criavam descontentamentos. Era o prenúncio da paralisação. Foi quando em meados de 1978, no estádio 1º de maio 60 mil trabalhadores cruzaram os braços numa greve

Forte crescimento

Edmilson Magalhães/SMABC

Uma vez instaladas as empresas, veio o desenvolvimento. Obviamente, tudo não aconteceu por acaso. O elevado grau de urbanização e ainda importantes espaços e reservas naturais destinados à preservação ambiental, cuja produção de água começou a ser parte importante do sistema de abastecimento metropolitano. Com aproximadamente 50% da sua extensão territorial em área de reserva de manancial, o ABC tornou-se um dos principais reservatórios hídricos e de reserva natural do Estado de São Paulo. Esses aspectos foram determinantes para o aumento da qualidade de vida, junto com a constituição do potencial econômico quando passou a ser considerada a utilização racional da Represa Billings e da Mata Atlântica. Com o progresso, vieram ainda mais benefícios. A rede ferroviária, a Rodovia Anchieta, a Rodovia dos Imigrantes e mais recentemente o Trecho Sul do Rodoanel. São marcos que determinaram o desenvolvimento industrial ao longo de seus eixos, promovendo a interligação da região com a Região Metropolitana de São Paulo, a proximidade com o Porto de Santos e com os aeroportos de Congonhas e Cumbica.

Evolução Urbana

Os imigrantes constituíram-se como os principais protagonistas da história econômica do ABC e foram seguidos por migrantes de várias regiões do País. A busca de oportunidades de trabalho e a proximidade com a capital foram determinantes nas características de ocupação urbana do Grande ABC. As intervenções públicas federais, estaduais e municipais, por meio das ações da Governança Regional, trouxeram substanciais melhorias na construção de políticas e de projetos regionais, com consequente impacto na qualidade de vida. Além dos investimentos públicos, o setor privado, por meio dos setores imobiliários, lazer, comércio e serviços, contribuiu para a reurbanização da região, melhorando de forma significativa as condições de habitabilidade local.

Hoje tudo está mudado. Há mais tecnologia e menos operários Abril de 2014 |

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Capa que chamou a atenção nacional e jamais foi vista por outra categoria. Como resultado, conseguiram na Justiça o direito a um reajuste salarial de 10%. Para os especialistas, a vitória operária só foi possível porque o momento lhe era amplamente favorável. Outro fator que “jogou” a favor foi a falta de gente qualificada para atender às necessidades das empresas. A mão-de-obra escasseou em decorrência da maior exigência de capacitação das indústrias.

Numerologia dos fatos

Eram de fato outros tempos. Tempos esses em que se expressavam em números grandiosos num Brasil que crescia em ritmo de descontrole inflacionário, desigualdades sociais num ambiente de clamor por liberdade de expressão. No início dos anos 80, as políticas econômicas eram do tipo ortodoxas, o que significou cortar custos do governo e aumentar a arrecadação. Ainda assim, nas fábricas havia uma grande quantidade de trabalhadores para poucas máquinas. Dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) mostram que o número de trabalhadores nas fábricas de autopeças foi crescendo de acordo com a demanda. De 50 a 80 mil funcionários de 1974 a 1978, chega a 100 mil de 1980 a 1985 e alcança seu auge, em 1989, onde trabalhavam 159,2 mil operários nas montadoras e empresas de autopeças. Com o fim da ditadura militar materializou-se, em 1988, uma nova Constituição que deu início aos ventos da democracia, nova tentativa de crescimento da economia e uma população ávida por novos produtos de consumo. No tudo se expressava em trabalho, trabalho, e mais trabalho. Mas a chamada abertura do “novo” Brasil que tinha como herança os altos índices de endividamento dos períodos e dos planos de desenvolvimento anteriores. Enfrentava-se dificuldades 18

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para a rolagem da dívida por parte das instituições credoras. Nos anos 90, o processo de abertura comercial e financeira, bem como as transformações tecnológicas e organizacionais no setor industrial tiveram forte impacto na economia brasileira. Regiões densamente industrializadas como o ABC, apresentaram ao longo dessa década uma severa crise em suas estruturas industriais, com forte perda de postos de trabalho e encerramento de atividades. A massa trabalhadora do ABC sofrera um revés. Demissões e ajustes para adequar ao sistema de automação. Em 1991 os empregos na indústria caíram de 159 mil postos para 125 mil. Em 1994 mais uma queda: 120 mil trabalhadores. A crise industrial gerou a extinção dos postos de trabalho e também de empresas. Era a crise industrial, com forte evasão industrial e a consequente transformação sem, contudo apresentar perda significativa no dinamismo do parque industrial. “Os metalúrgicos passaram por grandes dificuldades. Uma delas foi a abertura da economia, realizada pelo governo Collor. O país não estava preparado para receber a competição do mercado internacional. Depois veio a reestruturação produtiva, substituída por novos processos de produção”, explica Teonílio Monteiro da Costa, o Barba, diretor administrativo financeiro do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Mercado de trabalho está cada vez mais absorvendo jovens com curso superior

Novos tempos

Os metalúrgicos que paravam o ABC no tempo em que Lula puxava a greve eram muito diferentes dos de hoje em dia. Há 15 anos, na Volkswagen, apenas um em cada quatro operários havia concluído o Ensino Fundamental (antigo 1º grau). Agora, somente um em cada dez não passou pelo Ensino Fundamental. Das pessoas que fazem carro no Brasil atualmente, 40% cursaram o Ensino Médio (antigo 2º grau) completo e 15% têm diploma universitário. Nos dias de hoje, estudar é fundamental até para apertar parafuso no chão de fábrica. Com os avanços tecnológicos, esses trabalhadores tiveram que se especializar em suas respectivas áreas de atuação para trabalhar em um processo de produção com mais rapidez e, se for exemplificar pode-se utilizar informações das pesquisas de 1994 que apontavam 6% dos trabalhadores metalúrgicos com Ensino Superior completo e, atualmente possui 16,3% deles possuem Ensino Superior completo. A remuneração que, no passado já era singular, cresceu significativamente nos dias atuais e mostrou que todos estão empenhados em discutir com as empresas um plano de crescimento e carreira e também a manutenção dos postos de trabalhos, mas sem dúvida com um salário médio que beira na faixa dos R$ 4.450,00.

Potencial existente

No ABC paulista existem seis indústrias de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, instaladas em São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul - região polo dos primeiros investimentos da indústria automobilística no País, a partir de 1959. Em 2014, dos 1,5 milhão de veículos produzidos em São Paulo, 880 mil saíram do ABC e 574 mil das demais unidades do Estado - que concentra 42% da produção nacional. Os dados são da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A desconcentração das indústrias automobilísticas dessa região teve iní-


Rossana Lana SMABC

Automação: cada vez mais máquinas estão substituindo trabalhadores nas fábricas do ABC cio em 1976 com a ida da Fiat para Betim (MG) e se intensificou na segunda metade dos anos 90, com o novo regime automotivo. “Existe uma saturação do ABC em relação a áreas para essas indústrias. Os incentivos maiores dados por essas prefeituras também pesam para a saída das montadoras dessa região”, afirma Luiz Carlos Mello, diretor do Centro de Estudos Automotivos (CEA) e ex-presidente da Ford. Para Mello, a relação qualidade de vida/custo e o fator logístico são pontos decisivos para que o interior paulista puxe novamente para o Estado os investimentos das montadoras, nesse segundo ciclo de expansão do setor impulsionado pelo programa federal Inovar-Auto, que prevê incentivos à produção nacional. Mas ainda assim, o ABC continua a ser um ponto estratégico para fazer negócio entre São Paulo e a Baixada Santista e com acesso fácil a importantes rodovias como a Anchieta e o trecho sul do Rodoanel.

Serviços

Assim especialistas descrevem o ABC, que desde 2010 viu novos prédios comerciais surgirem na esteira do boom do mercado residencial. Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul estão entre as dez cidades da região metropolitana que mais lançaram residenciais de janeiro a julho deste ano, segundo o Secovi-SP, o sindicato da habitação. “Não vejo como algo consolidado, mas acredito que as empresas que investem no pré-sal terão no ABC um ponto estratégico, uma ponte entre São Paulo e Santos”, diz Octávio Flores, diretor de negócios da construtora Gafisa. A empresa construiu duas torres no Espaço Cerâmica, bairro planejado em um terreno de 300 mil m² onde ficava a Cerâmica São Caetano, em São Caetano do Sul. Além de abrigar escritórios, o complexo reúne shopping, torres residenciais, área para casas e contará com uma unidade do Hospi-

Rossana Lana/SMABC

tal São Luiz, com previsão de entrega ainda neste ano. “A região abandonou seu perfil puramente industrial, constituída por cidades-dormitório, e agora conta com uma melhor oferta de serviços e uma economia própria.”, completa. Para Rosana Carnevalli, diretora-adjunta regional do SindusCon-SP (Sindicato da Construção), o mercado menos aquecido e as mudanças no Plano Diretor de São Caetano, que ficou mais restritivo, contribuíram para a queda. Em Santo André, os conjuntos comerciais menores, voltados principalmente para profissionais liberais da própria região, destacam-se. “Ainda em 2008 notei a pouca oferta e resolvi investir nesse segmento”, diz Alaor Fratta, proprietário da Fratta Construtora. Neste ano, a empresa lançou um empreendimento com 98 salas na cidade e tem três projetos em espera de aprovação, dois em Santo André e um em São Bernardo. Abril de 2014 |

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Tecnologia

Os cuidados para não ser

engolido

O e-commerce movimentou, em 2013, no Brasil R$ 28,8 bilhões e demonstrou o sucesso que é fazer compra pela internet. Mas algumas falhas como prazos de entrega e falta de cumprimento dos contratos ainda são entraves para a consolidação Especial para Leia abc Fabiana Lima

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omprar pela internet se mostra prático e confortável e se tornou alternativa para o consumidor que não quer passar por congestionamentos ou pegar filas. Com isso, mais pessoas entram no mercado de compras via web. De acordo com o eMarketer, empresa de consultoria do mercado online, foram movimentados R$ 28,8 bilhões em 2013, um aumento de 28% em relação ao ano anterior. O valor superou as estimativas feitas para o ano, que apontavam movimentação de aproximadamente R$ 28 bilhões. O crescimento do número de vendas é explicado pela quantidade de consumidores brasileiros que estão fazendo suas compras online: no ano passado, 51,3 milhões de pessoas compraram pelo menos uma vez no 20

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mercado digital. O número é praticamente três vezes superior ao registrado no ano de 2009. Entretanto, muitos ainda têm receio de comprar pela internet. A desinformação é um dos quesitos que atrapalha mais uma centena de interessados. Em geral, acham que no site o preço pode sair mais caro, outros entendem que podem conseguir fazer a famosa pechincha para fazer o preço cair. Por outro lado, as pessoas que já fizeram compras e tiveram experiências ruins, como prazos de entrega ou falta da entrega do produto.

opinião

Um desses transtornos foi o que a estudante Graziele Cristine, moradora de Santo André, passou. Ela decidiu que era a hora de comprar um netbook para ter mais agilidade e facilidade na sua vida no curso de Gestão em Saúde Ambiental. Pesquisou na web o melhor preço, viu a segurança do site de compra e não pensou duas vezes em apertar o click e comprar quando ouviu de uma amiga que já havia realizado uma transação sem maiores problemas. Chegou a parcelar o bem em dez prestações. Porém, passado mais de dez dias do pagamento da 1ª parcela, a encomenda não havia chegado. A apreensão teve início ao perceber que o contato com a empresa era somente através de e-mails. O sentimento de que o dinheiro estava perdido quando enviava e-mails cobrando o recebimento do produto somente após dez dias que cada carta eletrônica era

enviada. Conseguiu achar um telefone no site. Falou com a atendente, mas a funcionária a acusou de ter cancelado a compra no momento da transação, o que não ocorreu. Cansada e desconfiada, Cristine resolveu ligar no Reclame Aqui, site que notifica problemas como o que estava passando. Após três meses de negociações, ela pôde cancelar sua compra e ter seu dinheiro restituído em créditos no cartão. Por fim, resolveu comprar o computador numa loja física, antes mesmo de ter resolvido a questão.

Reclamações

Problemas como o de Cristine é rotina, segundo dados do PROCON-SP. No segundo semestre do ano passado, foram registradas mais de sete mil reclamações referentes ao não cumprimento dos prazos estabelecidos quanto à compra do produto e a sua posterior entrega. Um aumento de 157%, comparados aos dados de 2010.


mais recorrentes, relatados pelos clientes, ainda são com as entregas. “O Brasil é um país que tem vários problemas com logística de transporte”. Ou seja, não se restringe apenas ao e-commerce. O mercado ainda está se adaptando. Ele continua: “não existe risco zero nessa relação. Se uma carreta for roubada no meio da estrada, por exemplo, vai surtir um efeito”, exemplifica o diretor. Já, Marta Aur, assessora técnica do Procon-São Paulo, comenta que o que acontece com algumas empresa de e-commerce é que ao lançar-se no novo mercado, não dimensionam, nem se estruturam para isso, adaptam-se de acordo com as demandas que vão surgindo. Entretanto, a empresa que está no comércio eletrônico tem a obrigação de adequar-se antes que os problemas surjam, completa ela.

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Precaução

Mesmo assim, Pedro Guasti, diretor-executivo da E-bit, empresa que pesquisa e fornece informações sobre o desenvolvimento das e-commerces desde 2000, diz que o número de reclamações é menor do que o volume de compras.

Conforme o 29º relatório feito semestralmente pela E-bit, Webshoppers, só no ano passado o comércio eletrônico arrecadou R$ 28,8 bilhões, com projeção de crescimento de 20% para esse ano, 2014. Guasti comenta que os problemas

O que diz o PROCON 1. Pesquisar o Ranking de Atendimento do Procon online 2. Pesquisar a lista dos sites não recomendados pelo Procon 3. Verificar a segurança dos sites, se têm cadeado nas informações 4. Verificar se há um número de telefone que o cliente possa ligar para tirar dúvidas sobre o pedido, não somente via internet 5. Desconfiar quando o número de telefone for um celular 6. Verificar se o domínio tem registro na Registro.br 7. Se informar se o valor do frete está incluso no valor total do produto 8. Guardar todo material de informação, até mesmo imprimir uma cópia da tela do site que informa preços, preços promocionais e a finalização da forma de contrato. Tudo serve como comprovante. 9. Manter o sistema do seu computador atualizado, com antivírus para evitar fraudes. É importante ressaltar a CDC-Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. O artigo 49 do código de Defesa do Consumidor assegura em até sete dias, desde a data do contrato ou recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio, a desistência do contrato. Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento previsto neste artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados. Tomada as devidas precauções e, se havendo falta por parte da empresa, o cliente pode registrar a ocorrência junto ao órgão de proteção ao consumidor - Procon.

Enquanto isso não acontece, é necessário se precaver de possíveis transtornos. O ranking de atendimentos do Procon é o um link do site que oferece informações sobre as reclamações que cada loja recebe, inclusive as que não fazem parte do comércio eletrônico. O que dá alguma representatividade da idoneidade da empresa. Além disso, há no site uma lista dos endereços eletrônicos que foram notificados com algum tipo de inadimplência e que por isso não são de confiança. Pensando em ajudar os clientes, na busca para um melhor atendimento, a empresa E-bit criou selos que dão notas às lojas: ‘diamante= excelentes’; ‘ouro=ótima’; ‘prata=boa’; ‘bronze=regular’; ‘e=em avaliação’. Assim o cliente opta pela melhor referência em pontuação. Marta explica que os selos não evitam as possíveis faltas que as e-commerce podem causar a seus clientes, mas toda forma é válida, pois a propaganda negativa serve de alerta a outros clientes. A assessora destaca, ainda, que o mais importante é se informar, já que as lojas nem sempre cumprem o que é devido. Só assim é possível evitar uma futura dor de cabeça. Para isso ela aponta uma série de medidas que devem ser tomadas antes de efetuar qualquer compra online. Abril de 2014 |

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Cidades

Parou...

por enquanto

Empresa de consultoria financeira contestou exigências do edital e a abertura das propostas foram suspensas, mas o governo estadual entende que tudo será adequado e a licitação deve voltar à carga ainda neste ano

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Redação - redacao@leiaabc.com

Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE) suspendeu a concorrência internacional para a construção da Linha 18-Bronze, o monotrilho que vai ligar a capital ao ABC. A abertura das propostas estava marcada para os primeiros dias de abril. A decisão foi tomada após pedido da empresa PL Consultoria Financeira, que contestou a concorrência, alegando existir no mundo apenas duas fabricantes do monotrilho: a Canadense Bombardier e a Japonesa Itachi. E que, por isso, as cláusulas do edital “inviabilizam a competição e, em consequência, comprometem a eficiência do sistema”. O conselheiro do Tribunal de Contas, Antonio Roque Citadini lembrou que a “matéria é, ainda que indiretamente, objeto de investigação de suposto cartel no mercado de licitações públicas relativos a projetos de metrô e/ou trens”. Ele aponta que a situação merece uma análise prévia mais cuidadosa para a decisão final, sob pena de eventual comprometimento futuro.

entrega em 2016

O contrato das obras da linha de monotrilho que vai ligar São Paulo a São Bernardo do Campo, no ABC, deveria ser assinado em dezembro de 2013, segundo previsão do governo em julho do ano passado. Ainda à época, a previsão era que a operação comece em 2016, segundo planejamento apresentado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). A linha será construída em parceria público-privada (PPP), sob a responsabilidade do Metrô. O monotrilho vai ligar as estações Tamanduateí, na Zona Leste da

capital paulista, e Djalma Dutra, em São Bernardo. Com 13 estações, a linha terá 14,9 km de extensão operacional (de um total de 15,7 km) e deverá custar R$ 3,5 bilhões. Deste total, R$ 1,276 bilhão é de recurso estadual, R$ 400 milhões da União e o restante - R$ 1,861 bilhão ou 53% do total - virá da iniciativa privada.

No meio do caminho

Enquanto a discussão pela licitação está a pleno vapor, um outro problema deve assolar a discussão pela chegada do transporte sob trilhos. É que moradores de pelo menos três condomínios de alto padrão do Centro de São Bernardo do Campo, vão envia um pedido de representação ao Ministério Público para que o órgão proponha uma ação civil pública à Justiça contra o traçado da Linha 18. De acordo com moradores do condomínio Domo Home, o projeto funcional, que posteriormente define as diretrizes do projeto básico, mostra que o monotrilho passará pelo canteiro central da Avenida Aldino Pinotti, via onde estão localizadas seis torres que abrigam cerca de 2.300 pessoas. Além da construção da linha aérea na via central, está prevista também a construção da futura estação Baeta Neves. O projeto executivo só será apresentado pela empresa privada que vencer o processo de licitação. “Nós já estamos preparando toda a redação do documento e, junto aos síndicos dos outros condomínios e moradores, vamos propor ao Ministério Público uma ação”, afirmou o analista de sistemas Felipe Nyitry, de anos 30, que faz parte da associação de moradores São Bernardo Melhor. “A nossa sugestão para o Metrô é levar o monotrilho para outra

avenida, que é a Pereira Barreto”, afirma ele, já que a outra via é mais movimentada e atenderia um número maior de passageiros. Outros dois condomínios de alto padrão, o Domo Prime e Domo Business, que estão instalados no outro lado da avenida, também registram reclamações dos proprietários. Com apartamentos avaliados em mais de R$ 1 milhão cada, os moradores dos condomínios lutam contra o traçado do projeto original e entre as justificativas alegam desvalorização dos imóveis, falta de privacidade e de segurança gerada com o aumento do fluxo de pessoas, fim da tranqüilidade do local, prejuízo com a desapropriação de parte do terreno, ruídos gerados pela passagem do modal, além de custos altos na execução das obras na via que possui galerias subterrâneas.

Linha 18

O contrato das obras da linha de monotrilho que vai ligar São Paulo a São Bernardo do Campo, no ABC, deve ser assinado em dezembro e a previsão é que a operação comece em 2016, segundo planejamento apresentado nesta quinta-feira (4) pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). O cronograma foi apresentado junto com o anúncio da abertura do prazo de 30 dias para consulta pública do edital da Linha 18-Bronze. A linha será construída em parceria público-privada (PPP), sob a responsabilidade do Metrô. Com 13 estações, a linha terá 14,9 km de extensão operacional (de um total de 15,7 km) e deverá custar R$ 3,5 bilhões. Deste total, R$ 1,276 bilhão é de recurso estadual, R$ 400 milhões da União e o restante - R$ 1,861 bilhão ou 53% do total - virá da iniciativa privada.

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Saúde Especial para Leia abc Fabiana Lima

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dia Internacional do Parkinson é comemorado no dia 11 de abril. A data faz referência ao dia de nascimento do descobridor da doença, James Parkinson, médico inglês que a descreveu em 1817. O que se sabe é que a doença de Parkinson é uma enfermidade neurodegenerativa crônica de evolução lenta, porém, de causa desconhecida, por esse motivo é chamada idiopática ou primária. Apesar de ainda não ter sido descoberta a cura da doença que afeta o sistema nervoso central e a parte motora relacionada aos movimentos automáticos, o avanço da medicina para trata-lapermite amenizar os sintomas e proporcionar melhor qualidade de vida. Segundo dados do Ministério da Saúde, a doença de Parkinson

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Sem medo do Parkinson 24

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(DP) atinge cem indivíduos a cada 100 mil habitantes no Brasil com idade acima dos 65 anos. O informe diz ainda que apenas 15% dos casos são diagnosticados antes dos 50 anos. Os principais sintomas são: rigidez muscular, tremor em repouso, lentidão e desequilíbrio (instabilidade postural) dos movimentos. Mas há outros sintomas como: dermatite seborreica, oleosidade da pele, dores musculares, obstipação intestinal, distúrbio do sono, sinais de depressão, diminuição da percepção de odor, apatia, disfunção sexual, dificuldade para engolir e falar, diminuição do tom de voz. O diagnóstico da doença de Parkinson é clínico. Exames de imagem, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética de crânio e exames laboratoriais são úteis para o diagnóstico diferencial da DP com outras síndromes parkinsonianas, segundo explica a professora de Neurologia e coordenadora do Ambulatório de Distúrbios de Movimento da Faculdade de Medicina do ABC, a médica Margarete de Jesus Carvalho. João Pedrão, paciente da médica, sofre da doença há anos, mas não se deixa levar e quer passar sua experiência de conviver com a doença ao tentar criar uma associação em Mauá. Mas como não consegue encontrar espaço físico para criar a entidade, o projeto está parado. Embora essas ações estejam apenas no começo na região ABC, o despertar para o problema acontece, o que já é muito positivo.

Com a evolução da doença, o paciente apresenta dificuldade para falar e deglutir alimentos, inclusive líquidos. O acompanhamento com um fonoaudiólogo e nutricionista irá auxiliá-lo a evitar complicações como desnutrição e quadro infeccioso pulmonar.

Confusão

O que ocorre na doença de Parkinson é a morte de neurônios (neurodegeneração) dopaminérgicos (que produzem a dopamina) numa região do sistema nervoso central chamado mesencéfalo. Após a perda de cerca de 70 a 80% desses neurônios, o paciente inicia os sintomas motores (rigidez, tremor, lentidão dos movimentos). O profissional melhor capacitado para o diagnóstico da doença é um neurologista e o paciente, uma vez diagnosticado, deve iniciar o tratamento medicamentoso e multidisciplinar. O tratamento com medicamentos consiste em usar remédios que controlam e amenizam os sintomas da doença. Já o tratamento multidisciplinar consiste em sessões de fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, acompanhamento com nutricionista, apoio psicológico e por vezes psiquiátrico. Essa equipe de apoio é importante desde o início do tratamento, logo após o diagnóstico e visa melhorar a qualidade de vida do paciente.

Diagnóstico

Maria Helena de Almeida Zomignam, que descobriu a doença há quatro anos, diz que o trabalho é importante. “Com as nossas limitações vemos o quanto podemos ajudar o outro.” Diz isso enquanto pinta uma tela e, ao mesmo tempo, tenta descobrir qual o melhor tom de azul que dá ao mar. Todas as atividades influenciam diretamente nos sintomas da DP, conforme sua evolução. Com os anos a voz, a fala e a deglutição podem sofrer alterações no funcionamento. Por isso é necessário a intervenção da fonoaudiologia, que atuando juntamente

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Saúde

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motores – pode proporcionar reações adversas tão desconfortantes quanto as da própria doença. A psicóloga Clara Nakagauwa, que também ministra dança sênior na associação, diz que uma das maiores preocupações de quem tem a doença é a hipótese de ficar dependente, uma vez que a doença é progressiva. É por essas e outras que o Grupo de Apoio Psicológico foi criado, tanto para orientar o paciente como seu cuidador. A falta de informação quanto à doença, dificulta a aceitação. O grupo, que promove a socialização entre outros pacientes e familiares (cuidadores) busca sanar dúvidas, além disso, procura desenvolver, de forma lúdica, soluções para os problemas diários. Essas soluções são criadas conforme expõem suas dificuldades. Margarete Carvalho procura divulgar e conscientizar a população sobre a doença de Parkinson. Ano passado, junto com

Arquivo Leia ABC

com o canto coral. “É uma forma prazerosa de exercitar as cordas vocais. Além disso, tem a questão da auto-estima, eles se sentem muito felizes. De alguma maneira, expressam o que sentem através da arte, da música”, ressalta a pianista Denise L. Devenuti, que trabalha há treze anos no grupo. Já, Denise de Catilho, a maestrina do coral, diz que existe a preocupação técnica sim, mas acima de tudo, a vontade de querer que eles se sintam bem. “É um espaço em que eu mais aprendo, pois é uma aula de superação”, confessa ela. O estágio intermediário é o momento em que o paciente começa a ter dificuldades para executar tarefas que são tidas como simples, como virar-se na cama, descer escadas e até mesmo pegar um copo, podem se tornar complicadas nesse estágio. Passar exercícios mais específicos, que atuam diretamente nas dificuldades, é o que recomenda a médica. Já no estágio avançado, o trabalho é ainda mais reforçado. Deve ser feito em conjunto com medicamentos. “A fisioterapia tem a intenção de retardar a evolução da doença, de modo que o paciente não sinta de maneira tão acentuada os estágios, já que eles não podem ser evitados”, explica a médica Érica Tardelli Neves Guelfi, supervisora de Especialização de Fisioterapia Neurológica da USP. A fisioterapia tem o objetivo de preparar o paciente para a evolução da doença, que tem estágios diferentes. Érica trabalha na Associação Brasil Parkinson desde 2008 e explica que no primeiro estágio da doença os sintomas quase são imperceptíveis, não prejudicando as atividades diárias do paciente, desse modo a intervenção da fisioterapia é apenas preventiva. Ela ainda ressalta que em cada paciente a DP evolui de forma diferente, portanto não é uma regra que eles sintam os estágios de forma tão rigorosa. O que ajuda muito a evitar, é seguir os exercícios e as orientações médicas regularmente. Entretanto, em alguns casos, em dado estágio da doença, o tratamento medicamentoso deixa de produzir o retorno esperado. O aumento da dose do remédio, a Levodopa ou L-dopa – usada especialmente para diminuir os sintomas

João Pedro sofre há anos, mas, na medida do possível leva uma vida normal com medicamentos controlados

uma equipe composta por professores, médicos e alunos, entre eles, assistente sociais, fonoaudiólogas, enfermeiros e voluntários da Faculdade de Medicina da FMABC, promoveram um mutirão no Hospital de Clínicas Radamés Nardini de Mauá para diagnosticar a doença. Pessoas que poderiam demorar muito tempo para serem atendidas numa consulta normal, tiveram oportunidade de fazer uma avaliação neurológica com a equipe. A previsão de um novo mutirão este ano está prevista para o segundo semestre. Informações podem ser acompanhadas no próprio site da faculdade. Ela aponta que o tratamento multidisciplinar deve fazer parte da rotina do paciente com DP, por isso ele precisa ser encaminhado para centros de reabilitação. Vale complementar que a rede pública de saúde distribui os remédios e oferece tratamento gratuitamente. Entretanto, não há um centro especializado que cuide de tudo isso, o paciente tem que se deslocar. Há várias situações clínicas que podem se apresentar como uma síndrome parkinsoniana e não ser DP. Agentes tóxicos, trauma craniano encefálico, quadros infecciosos, acidente vascular cerebral, medicações e drogas ilícitas podem ocultar um quadro de DP. Para Margarete o Dia Internacional da Doença de Parkinson tem como objetivo alertar a população com a doença ou com suspeita, como a sociedade em geral. Assim como o filme, a data é um convite ao despertar. Já a Associação Brasil Parkinson (ABP), fundada em 1985 por Marylandes Grossmann, com fins filantrópicos, por ser a primeira instituição voltada especialmente para atender aos portadores da DP, é referência no Brasil, no que se refere a tratamento multidisciplinar da doença. O Centro localizado na Av. Bosque da Saúde, em São Paulo, oferece apoio psicológico aos pacientes e cuidadores. Grupo de canto coral, oficina de arte e pintura, tai chi chuan, dança sênior, acupuntura, atendimento fonoaudiológico e fisioterapêutico, fazem parte da lista. Todos os profissionais da área da saúde devem ter especialização direcionada à doença para atender o portador da DP.



Em forma

Tamyres Barbosa Nutricionista tatatri@gmail.com

Sucos Detox funcionam e muito

S

uco detox ou suco verde é a sensação do momento, atualmente encontrado em muitos cardápios de lanchonetes, academias, restaurantes. Existe uma imensidão de sabores, mas qual deles é o melhor, e afinal funcionam mesmo? Ajudam a perder peso? A resposta é SIM. A origem do nome DETOX vem de desintoxicação. O fígado é o órgão responsável por “limpar” substâncias tóxicas ao organismo como radicais livres. Ao ingerir os ingredientes do suco detox essa ação hepática tende a ser potencializada. Dentre os benefícios do suco estão: melhora da enxaqueca, concentração, cansaço, sono, humor, digestão, funcionamento intestinal, TPM, peso e medidas corporais. Os ingredientes do suco ainda auxiliam o funcionamento dos rins, fortalecem o sistema imunológico, diminuem a retenção de líquidos e por fim, oferece energia ao organismo. A perda de peso é apenas uma consequência dessa desintoxicação, afinal, o ponto forte dessa bebida é promover uma faxina no organismo para que, livre do acúmulo de toxinas, ele funcione melhor e, consequentemente, elimine mais facilmente as gordurinhas. O suco tem ainda o poder de combater a inflamação nas células, o que também favorece a perda de peso. Suco detox não é milagroso. Para que ele atinja seus objetivos combine o suco verde com uma alimentação balanceada, evitando doces, frituras, alimentos calóricos e pratique atividade física diariamente. Outra dica é consumir o suco logo pela manhã ainda em jejum, pois é o horário em que o corpo absorve os nutrientes com mais facilidade, melhor ainda se conseguir esperar trinta minutos para consumir outros alimentos.

Como prepará-lo?

Frutas: Até dois tipos- Maçã, ameixa, damasco, melão podem ser utilizados como substitutos ao açúcar, por serem docinhos.

Como fonte de antioxidante estão as frutas vermelhas - amora, morango, cereja, ameixa - grandes aliadas da pele lisinha. Fonte de vitamina C, a laranja fortalece o organismo. Abacaxi, melão e pêra oferecem vitaminas A, C e as do complexo B (importantes para o sistema imune e o metabolismo) e são frutas diuréticas. O limão favorece a absorção de ferro presente nos outros ingredientes. Raiz: Apenas um tipo- A beterraba e a cenoura têm fibras, betacaroteno e vitaminas C e E, excelentes antioxidantes. O inhame se destaca pelo poder anti-inflamatório, o que ameniza a celulite e reduz o acúmulo de gordurinhas. O gengibre é termogênico, facilita a digestão e confere um sabor ardidinho ao suco. Sementes: Um tipo - A linhaça e a chia são ricas em ômega 3 (ácido graxo com o poder de desinflamar o organismo), ricas em fibras, também ajudam a aumentar a sensação de saciedade. A quinoa em flocos e as farinhas de coco, banana verde e maracujá são outras opções, com proteína e gordura boa para amenizar a fome. Líquido: Opte por água de coco no lugar de água comum. Esse ingrediente deixa a bebida mais saborosa, além de repor minerais, ou utilize chá verde, branco ou de hibisco isso irá intensificar a ação diurética, eliminando a retenção de líquidos. Uma dica para facilitar o consumo dos sucos é triturar os ingredientes no liquidificador ou processador e congelá-losem formas de gelo, e vá usando aos poucos. Varie a receita para não enjoar rápido. Nem tudo são flores quando o assunto é suco detox, seu excesso também é prejudicial. O excesso de ingredientes ou na quantidade consumida terá efeito contrário, favorecendo o ganho de peso visto que o suco, apesar de saudável, tem calorias. Em vez de misturar muitos ingredientes de uma só vez, varie a cada dia. Isso evita que o suco fique calórico, pesado e com gosto forte.


Água Santa de Diadema Fundado por migrantes nordestinos e nortistas em 1981, o time mostra força e quer estar na elite do futebol paulista em 2015 Wallace Nunes - wallace@leiaabc.com

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gua Santa. Esse é o nome da equipe sensação do ABC. É de Diadema e, pelos jogos que tem ao longo de sua existência é bem provável que alcance seus objetivos ainda neste ano, ser campeão da divisão de acesso para elite do Paulistão 2015. Fundado por migrantes nortistas, nordestinos e mineiros, que viam no clube de futebol a única possibilidade de diversão em Diadema, o time foi ganhando adeptos por causa de suas vitórias emocionantes.A maioria das vitórias acontecia nos minutos finais de cada partida. Ainda sim, aos poucos o clube foi conquistando títulos e subindo na tabela dos campeonatos por onde passou e o futebol amador regional foi a escola, principalmente a partir de 2000. Com as conquistas, a torcida foi crescendo, e hoje estima-se que gire em torno de 10 mil pessoas. Para crescer, o clube não contou exclusivamente com os chamados “pratas da casa”. A agremiação já

teve em seus quadros jogadores que fizeram história no futebol brasileiro como Claudecir, Zinho Capixaba, Capitão, Dinei e, também já formou vários atletas em suas fileiras de base como Lelê hoje no Fortaleza, Romarinho no FC Porto, Fernando no Internacional de Porto Alegre, Neilton no Santos e Fábio Ferreira no Botafogo.

Segunda divisão

Ano passado a equipe de Diadema teve sua primeira participação em um campeonato profissional e não fez papel de coadjuvante e conquistou seu objetivo, o acesso. Na 1ª fase terminou como líder de grupo e a cada fase foi líder. Agora o desafio é a cada jogo. O futebol praticado já não é mais aquele onde o gol saia aos 45 minutos do segundo tempo, mas sim goleadas históricas. Para ajudar e atrair torcedores, o clube de Diadema tem feito jogos no Baetão de São Bernardo. É a fase decisiva e um novo acesso é garantia de jogos especiais em 2015. “Na cidade, com os torcedores, diretoria e jogadores, é claro que já existem

estes comentários de enfrentar o São Caetano, Santo André, Guarani no ano que vem. Não escapa da gente este fato. Isso é importante e pode ser usado positivamente, mas sem empolgações, com os pés no chão. Com certeza o momento que vive o Água é especial na região”, opinou o técnico Márcio Ribeiro. O treinador quer vitórias na estreia da nova fase de qualquer maneira. Calculando os pontos, o técnico Ribeiro pensa em dez pontos para subir, mas acha que com sete ou oito também pode atingir o objetivo. Os dois primeiros da chave estarão na A-2. “Vencer este primeiro jogo será muito importante. Nosso grupo é o mais equilibrado, com o Sertãozinho vindo com força depois de classificar no final, o Novorizontino, um dos times que mais gostei de ver jogar e o São José com qualidade. Nós temos a experiência como aliada. Daremos um passo significativo com essa vitória.” Com alguns jogadores acima de 34 anos, o técnico acredita que o elenco coeso que possui fará a diferença na busca pelo sonho. Abril de 2014 |

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Divulgação

Esportes


Fotos: Shutterstock

Moda&Beleza

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Autenticidade e conforto Moda outono/inverno 2014 traz novidades como peรงas tricotadas, modelagens oversized mostrando silhuetas amplas e folgadas

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Especial para Leia abc Gabriela Veloso

A moda outono/inverno de 2014 começou com tudo. Para mostrar as tendências das estações, as passarelas de Nova York, Londres, Milão e Paris ousaram em trazer todo o conforto para a moda. No Brasil, São Paulo Fashion Week e a Rio Fashion reafirmaram os modelos que estão em alta, tem peças de tricô, modelagens ovesized, com silhuetas amplas e folgadas, o retorno do grunge, estilos inspirado por bandas, como Nirvana e Pearl Jam. Segundo a pesquisadora de tendência relacionadas à moda, Bárbara Panini os tons de xadrez, casacos na cintura para um visual desleixado, jeans, botas quanto mais cano alto melhor, sapatos-botas da cor caramelo para fugir dos tons escuros. Roupas podem diferenciar com tons de vermelhos e puxar para tons mais escuros, como bordô, vermelho sangria, roxo menos rosa, destacou a pesqui-

sadora de tendências. De acordo com Bárbara, algumas roupas de estilo tendem a sumir nesse ano, como é o caso das saias mullet, as saias assimétricas e os sneakers, tênis com salto. Estampas com desenhos e fotos de animais, onças e zebras é outra tendência que está de volta. Para André Pacheco, gerente da loja MOfficer do Shopping ABC, o que não emplacará nesse período são cores muito claras ou muito coloridas, com excesso de estampas, estilo floral. A MOfficer possui todas os estilos citados na matéria e os valores variam de R$ 40 a R$ 500.

São Caetano na moda

Em São Caetano a bola da vez é a da estilista Helen Hernandes. Loja de acessórios femininos, a proprietária adicionou artigos relacionados com a temática animal em sua vitrine. Vestidos com estampas de animais, casacos de veludos, calças com detalhe em couro são as opções de moda bem feita. Os valores de suas peças variam de R$ 50 a R$ 250. Segundo a proprietária do estabelecimento, não há o que não vestir. “Tudo é uma questão de saber combinar e ter bom senso”, afirma

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Social ABC

Fotos: Thom Jr

Zezé Targher zezetargher@leiaabc.com

PRIMEIRO DE MAIO F.C. TEM NOVA DIRETORIA

Em clima festivo e com convidados ilustres tomou posse dia 01 de abril a diretoria comandada pelo empresário e advogado Nilo Sergio Ortiz. Nós da Leia ABC desejamos sucesso aos novos dirigentes de tão conceituado clube de Santo André. Confira os flashes:

Com competência Orleans Zagatto presidiu a troca de comando

Ozias Vaz, Luiz Turco e o secretário de Cultura e Turismo Raimundo Salles

Benjamin Telent da Camisaria Rivieira com o filhão Leandro Telent da Gol de Placa

Nilo Sergio Ortiz e sua esposa Elisabete Ortiz esbanjaram simpatia na recepção aos convidados


Presenças marcantes Evenson Dotto presidente da Acisa, prefeito Carlos Grana e presidente da OAB Fábio Picarelli

Conectado, André Luis Anhás assume a diretoria de informática

Armando Feltrim da Sulfermetal com a esposa Jacqueline Siani

Presidente empossado Nilo Sergio Ortiz, prata da casa e secretário de Obras, Serviços públicos e Mobilidade urbana Paulinho Serra

Francisco de Assis Jr, Sidnei Chicchi, Nilo Sergio Ortiz, Mauricio Menezes e Ricardo Lisboa Villela

Engenheiro Francisco dos Santos Jr da Arthca Construtora com a esposa Gisele Francescato

O sempre sorriso ouvidor da cidade José Luiz Ribas Abril de 2014 |

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Cultura

Um legado inestimável Gabriel Garcia Marques se foi, mas ficam para história livros que o imortalizaram

Especial para Leia abc Maria Regina Jardim

Divulgação

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prêmio Nobel de Literatura Gabriel García Marquez se foi aos 87 anos. O escritor e jornalista sofria, já há alguns anos, do mal de Alzheimer e de um câncer que atingia seus pulmões, gânglios e fígado. Sua morte já era esperada devido às diversas complicações de saúde por que passou nas últimas temporadas, mas havia quem o mistificasse tanto a ponto de acreditar que ele era eterno. Iniciou a vida como jornalista no El Universal, em Cartagena, escreveu livros que se tornaram best-sellers ao redor do mundo, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 1982, o consagrado autor de Cem Anos de Solidão, O Amor nos Tempos do Cólera, Crônica de uma morte anunciada e Memórias de minhas putas tristes (2004), lutou contra um câncer que atingiu seu pulmão, gânglios e fígado. Nascido na cidade colombiana de Aracataca em 6 de março de 1927, resolveu morar no México desde 1984, tendo sido em 1958 correspondente internacional na Europa e, em 1961, em Nova York, quando sofreu forte perseguição da CIA por suas críticas a exilados cubanos e


suas ligações com Fidel Castro. Com o irmão, Jaime Abello, fundou em 1994 a Fundação Neo Jornalismo Iberoamericano e em 1955 publicou seu primeiro livro, La Horajasca, enfocando o povoado fictício de Macondo, berço da história de Cem Anos de Solidão (1967), que já vendeu mais de 30 milhões de exemplares em 35 idiomas, perdendo apenas para o célebre Dom Quixote de la Mancha, de Miguel de Cervantes, como ícones da literatura hispânica. Em 1958, após retornar da Europa, casou-se com Mercedes Bacha, um amor de infância, com quem teve dois filhos, Gonzalo e o cineasta Rodrigo. Sua obra, admirada no mundo todo, é considerada um clamor em defesa das liberdades, um retrato do homem e suas solidões em frente aos desafios dos labirintos criados pela vida. “El Gabo”, como era carinhosamente chamado pelos admiradores de sua obra, é de fato uma figura que se

imortalizou pelo seu legado. Um dos escritores mais importantes do século 20, é o criador do Realismo Mágico, escola literária que deu voz à América Latina. Seus livros foram traduzidos para cerca de 40 idiomas diferentes, vendidos em todo o mundo. Quem já teve a sorte de ler o aclamado “Cem Anos de Solidão”, “O Amor nos Tempos do Cólera” ou qualquer uma de suas estórias, viajou para outro univer-

“A vida não é a que a gente viveu e, sim, a que a gente recorda, e como recorda, para contá-la”, Gabriel García Marquez em sua autobiografia “Viver para contar”

so cheio de encantamento, mistérios e uma certa delicadeza bem própria ao colombiano. Autores como Luís Fernando Veríssimo declararam que García Márquez mudou a ótica do mundo com relação à América do Sul. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou na noite desta quinta-feira ser fã do literato. “O mundo perdeu um dos maiores e mais visionários escritores, um dos meus preferidos desde que eu era jovem”, disse, orgulhando-se de possuir um exemplar de “Cem Anos de Solidão” assinado por García Marquez. Gabo faleceu vítima de uma pneumonia, na Cidade do México, onde viveu grande parte de sua vida. A herança que nos deixou é inestimável e infinita. Talvez ninguém aqui na Terra possa decifrar por completo os diversos mundos criados por ele. O Social1 faz sua homenagem e reverência a Gabriel García Marquez.

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Gastronomia

O que comer no domingo de PĂĄscoa?

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Receitas saborosas e leves sĂŁo as alternativas para quem quer sair do bacalhau ou mesmo do churrasco de domingo

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Especial para Leia abc Alex Calderari

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mês de abril é a época do feriado da Semana Santa, uma das datas mais importantes do calendário cristão e do domingo de Páscoa quando muitas famílias já se preparam para celebrar e preparar a alimentação. Pela receita de amor, união e reflexão que o momento inspira, a maioria das pessoas aproveita para se reunir em um belo almoço na Sexta-feira Santa, com um cardápio especial, pois o costume de não se comer carne nessa época pede pratos deliciosos à base de peixe. Ocupando o lugar entre os tipos mais saborosos e saudáveis de alimento, o peixe apresenta entre as suas benesses um bom aporte de proteínas essenciais para o organismo, já que o consumo de outras carnes é suspenso nesse período. Os de águas profundas como o salmão e a sardinha, muito consumidos na Páscoa, têm ingredientes ótimos para a saúde, entre eles a grande quantidade de um óleo denominado ômega 3, que tem ação anti-inflamatória, é importante para o sistema nervoso e auxilia na redução do LDL-colesterol (colesterol ruim) e aumento do HDL-colesterol (colesterol bom), sendo um potente protetor para doenças cardiovasculares. “As pessoas deveriam consumir peixe no mínimo duas vezes por semana,

pois esse alimento ingerido de forma natural, preparado na forma grelhada, cozida ou assada, evitando sempre as frituras, faz muito bem para a gente”, recomenda a nutricionista Giliane Nassif, responsável pelo acompanhamento e nutrição funcional na Vitaclin Estética e Bem Estar.

E quem não come carne o ano todo?

É comum que as pessoas não comam carne durante os 40 dias, retomando a alimentação normal após esse período, o que não é prejudicial por um curto espaço de tempo, explica Giliane. Mas há também aqueles que não costumam comer carne quase nunca ou, simplesmente, são vegetarianos. Eles estão ganhando ou perdendo com isso? A nutricionista diz que tanto a carne branca quanto a carne vermelha apresentam todos os aminoácidos essenciais para o corpo. “Não produzimos tudo sozinhos, alguns nutrientes ingerimos por meio da alimentação. Os aminoácidos da carne são importantes para formação de hormônios, reparação e construção dos tecidos e órgãos, embora haja maneiras de supri-los sem ela”, explica. Se você não tem o hábito de comer nenhum alimento de origem animal, em linhas gerais, é preciso aumentar o consumo de outras fontes de proteínas como

oleaginosas: castanhas, amêndoas ou nozes. Consumir as três porções de leite e derivados para suprir a quantidade de proteína (aminoácidos essenciais). E combinar arroz e feijão, pois eles se completam o que um tem, o outro não tem.

Vitaminas

A carne vermelha é fonte de vitamina B12 e ferro heme. A falta desta vitamina traz alterações neurológicas como: perda de memória, irritabilidade e até quadros mais graves como demência, além da alteração no perfil sanguíneo. Já em relação ao ferro da carne podemos dizer que 50% do nosso organismo consegue absorvê-lo, enquanto que o ferro não-heme, presente no feijão e verduras escuras, nosso corpo absorve apenas 15%. Por isso, “para melhorar a absorção de ferro do feijão e dos vegetais verdes escuros sempre os consuma junto com uma fruta ou suco de fruta cítrica (laranja, abacaxi, limão, acerola)”, alerta Giliane. Não podemos esquecer que o consumo excessivo da carne vermelha também não é indicado, pela grande quantidade de gordura saturada que pode elevar os níveis de colesterol total e colesterol LDL no sangue. Prefira as partes mais magras do boi: coxão mole, coxão duro e patinho e lembre-se de prepará-las nas formas: assada, cozida ou grelhada.

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Harmonizar

Kelly Boscarioli kelly@kbcomunicacao.com.br

Outono pede comida de mamãe

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outono é minha estação favorita ideia, os carboidratos e proteínas contêm e boa parte desta preferência está quatro calorias por grama, contra sete oferebaseada na alimentação com cara cidas pelo álcool e nove pelas gorduras. Por de “comidinha de mãe”, aquela esse motivo tanto se insiste para que não se que esquenta a alma e dá a sensação de colo, coma frituras ou alimentos gordurosos. Viconhecida como “comfortfood”. taminas e sais minerais estão presentes nos Vale lembrar alimentos e não forque acrescentar necem calorias. calor ao prato não Na prática, posignifica aumentar demos abusar das calorias. Geralcomidinhas quentes mente, aproveito e magras. Só tome o outono para dar cuidado com o exuma turbinada na cesso de alimentos dieta, substituindo e, caso queira exo jantar por sopas perimentar comidas preparadas com mais gordurosas, base de chuchu e contente-se com acrescentando a porções pequenas. receitas outros leTambém é imgumes e verduras, portante ficar atento como abóbora, ao consumo de água abobrinha, berinjedurante o outono, as la, couve e espinatemperaturas mais fre. Uma excelente altas dão adeus aos opção para fugir do termômetros e algutrio batata, mandiomas pessoas acabam quinha e cenoura. sentido até menos Apesar de tersede. A falta de sede Ingredientes mos mais tendência não significa que o a emagrecer durancorpo necessite de 3 unidades grandes de chuchu te o tempo frio, já menos água. A de1 abobrinha italiana que a temperatura manda continua. E ½ unidade média de cebola aumenta nosso mepode ser suprida, 3 dentes de alho tabolismo, fazendo em parte, por meio Sal a gosto com que o corpo de outros líquidos gaste mais energia também. Sempre em para nos aquecer, conjunto com a água. Modo de preparo na prática, sopa não Uma das minhas Cozinhe o chuchu, a abobrinha, a emagrece. O que apostas de outono é cebola, o alho e o sal com pouca água emagrece é uma a “Sopa de chuchu (para a sopa ficar grossa). Deixe cozialimentação equicom abobrinha”, nhar por 30 minutos. Bata no liquidifilibrada e a escolha pouco calórica e cador e sirva. dos alimentos cerbem nutritiva por tos para compor o unir fonte de potásFonte: Autora do Blog “A Cozinha da Sogra” e sócia-diretora da agência KB! Comunicação prato. sio e vitaminas do Para ter uma complexo A, B e C.

Confira a receita:


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