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Bárbara Ramos Coutinho Vicalvi

BÁRBARA VICALVI

É preciso conhecer a malha do metrô e do trem

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Aarquiteta Bárbara Vicalvi, que trabalha na Companhia do Metropolitano de São Paulo desde 2002, dá dois conselhos ao estudante de Arquitetura ou Engenharia que pretenda ingressar no setor: conheça a malha metroferroviária nacional e veja como ocorre a interação dos diversos meios de transporte existentes nas cidades. São os requisitos para atuar nesta área. “Estudar casos internacionais e entender como a expansão da malha metroferroviária pode mudar radicalmente a qualidade de vida e a saúde da população é fundamental para quem deseja atuar nesse campo”.

O setor metroferrovíario exige um profundo conhecimento de planejamento urbano e urbanismo. O formando em Arquitetura deve estudar muito. Conhecer entidades e publicações que apoiam e acompanham o setor, como a Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Associação Latino-Americana de Metrôs e Subterrâneos (Alamys) e Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer). Uma boa dica é participar de Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô (AEAMESP), que não agrega somente profissionais do metrô mas também aceita profissionais do mercado como um grande valor de agregação de conhecimento, onde faz parte como vice-presidente de assuntos associativos na gestão 2017-2019.

Caminhos para o setor

Bárbara aponta algumas possibilidades de trabalho existentes na área metroferroviária. No Metrô-SP, atualmente, a contratação ocorre via concurso público. Mas é possível atuar por meio das empresas que prestam serviços na companhia. A mesma condição se aplica à Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) ou na Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU) nas mesmas condições acima. É possível ainda atuar nesse tipo de obra a partir dos escritórios de arquitetura voltados a projetos metroferroviários, paisagismo, acabamento, comunicação visual, ou atuando com a Arquitetura e Urbanismo, sem perder o foco da importância do transporte metroferroviário e da mobilidade na vida das pessoas. Segundo Bárbara, o futuro arquiteto deve estar preparado para as alegrias e possíveis dificuldades que pode enfrentar na área metroferroviária e em empreendimentos que envolvam sistemas sobre trilhos. “Ele deve se preparar para defender o projeto, pois é comum o contratante avaliar o projeto somente um ponto de vista, como o custo, a facilidade de execução ou prazo de entrega. Creio que o empreendimento deva ser planejado considerando com profundidade o que determinados traçados e metodologias construtivas resultarão”, justifica.

Uma questão que a arquiteta considera importante no desenvolvimento de projetos metroviários é que a mesma equipe de profissionais atue do início ao final (da fase básica à executiva) para evitar possíveis desconfigurações do projeto e o desgaste entre as equipes.

Bárbara Vicalvi

Tal pai, tal filha

O interesse pelo setor metroferroviário foi influenciado pelo pai dela, que trabalhava no Metrô desde 1988. “Ao iniciar a faculdade, em 2001, já tinha uma influência considerável do meu pai para trabalhar no Metrô. Até então, eu só havia trabalhado em escritórios de Arquitetura voltados às pequenas reformas”. Arquiteta e urbanista, Bárbara cursou especialização na área de transportes, construção civil e é técnica em edificações. Fez Gerenciamento de Empreendimentos na Construção Civil pelo Mackenzie e MBA sobre Visão Integrada de Sistemas de Transporte Urbano pelo PECE-Poli.

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