EDIÇÃO Nº 10, ANO 1 | CEILÂNDIA, DISTRITO FEDERAL | 25 DE FEVEREIRO A 25 DE MARÇO DE 2018
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA MARIA MOURA BENZEDEIRA, MÃE, AVÓ, BISAVÓ E GUARDIÃ DE SABERES TRADICIONAIS. FOTO: CEILÂNDIA EM FOCO
DIVA
Pág. 5
TRADIÇÃO E CULTURA DAS BENZEDEIRAS
CIDADE
Pág. 2
LIXO: A CULPA É DE QUEM?
Portal Iesb foto Divulgação
CULTURA
Pág. 8
REPENTE E A CULTURA NORDESTINA
CULTURA
Pág. 9
MAX MACIEL + OPALA 79 = MINHA QUEBRADA
FICA A DICA
Pág. 7
ALAMBIQUE CAMBÉBA – CONHEÇA ESSE LUGAR MÁGICO PRÓXIMO A ALEXÂNIA
Adega subterrânea foto Ceilândia em Foco
5 Colunas | 6 cm
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02 | CIDADE
CEILÂNDIA EM FOCO
CIDADE O CEILÂNDIA EM FOCO TRARÁ, AO LONGO DAS EDIÇÕES, UMA SÉRIE DE REPORTAGENS SOBRE O LIXO.
O DONO DO LIXO
Apesar de dois papa-entulhos, Ceilândia ainda tem quase mil pontos de despejo irregular de lixo por
Poliana Franco
Fim de ano, para muitos, é o momento de deixar a casa mais bonita para as festas que se aproximam, e em diversos lares isso significa fazer pequenas reformas ou trocar alguns móveis. A questão, para os conscientes, é onde e como fazer o descarte correto do lixo produzido. Já aos mais desatentos nos quesitos respeito, cidadania e meio ambiente, qualquer lugar serve: o lote ao lado, a esquina e até áreas cercadas e com placa de “proibido jogar lixo” se tornam depósitos. Mas existe uma pessoa que é a verdadeira responsável pelos rejeitos: você.
Os endereços – um na QNN 29 de Ceilândia Norte,
Papa-entulhos Na cidade mais populosa do DF, em março do ano passado foi inaugurado o primeiro, e em julho o segundo papa -entulho, pontos de entrega voluntária (PEV) de resíduos.
Abaixo do esperado Em poucos meses de funcionamento, os dois papa -entulhos de Ceilândia receberam mais de 360 toneladas de entulho. Se cada tonelada corresponde a mil quilos, fo-
construído com recurso de emenda parlamentar do deputado distrital Chico Vigilante (PT) e outro na QNP 28 do Setor P Sul – podem receber até 1 metro cúbico de material por pessoa, por dia. 1 metro cúbico equivale a uma caixa d’água de mil litros. Os tipos de materiais são desde restos de poda de árvores e móveis velhos a entulhos de demolições. VER BOX
EXPEDIENTE JORNAL CEILÂNDIA EM FOCO CNPJ: 23.445.219/0001-08 Tiragem: 10 mil exemplares / mensal Diretora/Editora chefe: Poliana Franco - 11.583/DF Colaboradores: Catarina Loiola, Pâmela Paiva, Poliana Franco, Rafaella Remer da Silva. Diagramação e arte: Dianne Freitas FALE CONOSCO E-mail: ceiemfoco@gmail.com Facebook: facebook.com/ceiemfoco Departamento comercial: (61) 9 8332-6607 Redação: Ceilândia Sul- DF Textos assinados e Informes Publicitários são de responsabilidade dos autores.
ram mais de 360 mil quilos de lixo que não foram parar na natureza, em córregos, bueiros e redes de esgoto. Ainda assim, o Administrador Regional de Ceilândia, Vilson José de Oliveira, afirma que o número “ está aquém do necessário, é preciso conscientizar quem ainda insiste em jogar lixo no lugar errado”. Para isso, é preciso mais informação à população quanto ao descarte e os locais corretos, e pensando nisso, a Administração e outros órgãos estudarão ações para intensificar o programa no próximo ano, inclusive “com a construção do terceiro papa -entulho, no pátio de serviço da Administração Regional”, destaca Vilson. Problema antigo Administração Regional e Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal (SLU) con-
Agência Brasília foto Tony Winston
cordam que jogar lixo na rua é um (mau) hábito cultural – de um simples papel de bala até aquela geladeira velha. A Assessoria de Comunicação do SLU relatou, inclusive, uma situação onde o morador, com o carrinho de mão cheio de entulho, aguardava a equipe de limpeza finalizar o serviço em área pública para, em seguida, despejar seu lixo. “ É mais cômodo e econômico jogar [o lixo] na rua, mas a população precisa mudar essa cultura antiga”, afirma o Administrador. Sem contar que se trata de uma falsa economia, pois todo o lixo que não vai para
Lixo na rua é crime Está na Lei Distrital nº 5.650/16 que jogar lixo na rua ou em locais públicos do Distrito Federal é passível de multa. Na primeira infração a punição é no valor de meio salário mínimo vigente. A partir do segundo deslize, o valor sobe para um salário mínimo, e a regra vale para qualquer tipo de lixo jogado. Então, fique atento.
NÃO É PERMITIDO:
É PERMITIDO:
Não recicláveis • Entulhos em geral; • Restos de podas; • Azulejos; • Cimento; • Terra; • Telhas sem amianto.
o destino certo acaba poluindo o meio ambiente, sujando ruas, entupindo bocas de lobo e prejudicando a drenagem de água.
Recicláveis • Plástico; • Papel; • Papelão; • Móveis; • Metal; • Óleo de cozinha; • Embalagens longa vida; • Isopor.
• Lixo domiciliar orgânico; • Resíduos de saúde; • Resíduos perigosos e eletroeletrônicos; • Pilhas e baterias; • Pneus; • Lâmpadas; • Medicamentos; • Amianto; • Vidros e espelhos.
Funcionamento: Segunda a sábado, das 7h às 18h
fonte SLU
SAÚDE E BEM ESTAR | 03
CEILÂNDIA EM FOCO
INFORME PUBLICITÁRIO
POLÍTICA
MÉDICOS PRÉ-CANDIDATOS SE UNEM PARA SOLUCIONAR O CAOS DA SAÚDE PÚBLICA DO DF por
Partido da República - DF
Além disso, acho importante destacar, minha luta também contempla a saúde suplementar (privada) - setor regulamentado pela Constituição de 1988 -, reconhecendo o papel importante e necessário dessa área que supre uma deficiência do Estado justamente no que tange à saúde pública. Evento de filiação do Dr. Gutemberg (E) ao PR foto Partido da República - DF
Aos 53 anos, Gutemberg Fialho, mais conhecido como Dr. Gutemberg, é médico ginecologista e do trabalho e também advogado. Presidente do Sindicato dos Médicos (SindMédico-DF) desde 2009, hoje é, reconhecidamente, um dos principais críticos do governo Rollemberg: especialmente no que diz respeito à Saúde Pública da capital federal. Nesta semana, no dia 21, filou-se ao Partido da República (PR) para lançar, oficialmente, sua pré-candidatura em parceria com Jofran Frejat, também médico, defensor do SUS-DF e um dos nomes favoritos na disputa pelo GDF segundo pesquisas recentes. Dr. Gutemberg, como será essa pré-candidatura do Sr.? Quer dizer, o que a população pode esperar de um defensor do SUS-DF?
Minha defesa do SUS-DF e da saúde, de forma geral, não começou agora. Desde 2009, como presidente do SindMédico-DF, venho defendendo aquilo que é de direito da população e dos servidores da Saúde: seja com o Sindicato Itinerante, com visitas a hospitais e a unidades de Saúde ou nos âmbitos Legislativo e Judiciário, travando batalhas para barrar as recorrentes tentativas de desmonte do SUS-DF. O que há de diferente nesta minha pré-candidatura é este movimento, em prol do SUS, que une forças com lideranças da saúde pública do DF, como Jofran Frejat, que é médico, foi deputado federal por cinco mandatos consecutivos, também já foi secretário de saúde e é hoje um dos nomes favoritos na disputa pelo Buriti.
Como o Sr. avalia o governo Rollemberg, que está chegando ao último ano de gestão, especialmente na área da Saúde? Essa resposta está nas ruas do DF, nas falas e conversas da população. Aqui em Ceilândia, por exemplo, isso está escancarado. Tanto o HRC quanto a UPA estão jogados às traças. No ano passado, fizemos uma série de visitas aos dois locais e eles são o retrato do abandono: filas na UPA e pacientes literalmente jogados nos corredores do hospital. Há um claro déficit de médicos e de outros profissionais da Saúde, além da própria precariedade das estruturas. Quer dizer, passamos os últimos três anos brigando contra tudo isso. E, ainda assim, a atual gestão se comporta como um paciente em estado de negação – tem uma doença grave e não aceita o diagnóstico e ain-
da busca o “curandeirismo” como alternativa. Neste cenário, o Sr. acredita que a Saúde Pública do DF tem recuperação? Sou otimista. Aposto que vamos dar a volta por cima. O governo de Rollemberg chegará ao seu fim com o resultado que sairá das urnas em outubro. E, com isso, tenho certeza, conseguiremos reerguer o SUS-DF e fazer dele, novamente, um exemplo para todo o país, como já foi um dia. A população não aguenta mais contar apenas com a fé e a esperança. A gente vê isso diariamente na porta dos hospitais. Os pedidos de ajuda, de socorro. Por isso, o único caminho é o resgate do SUS-DF. E assim faremos, em parceria com Frejat que, tenho certeza, irá concentrar todos os esforços nessa meta.
Dr. Gutemberg Fialho (E) e Jofran Frejat foto Partido da República - DF
E quais são as propostas para resgatar o SUS-DF? Obviamente, o que não foi feito nos últimos anos: enxergar a saúde pública como
investimento e não gasto. Dentro desse prisma, o primeiro passo, claro, é apoiar representantes com real compromisso com a saúde. Depois, corrigir as políticas públicas equivocadas para a área, aumentar a oferta de serviços e da qualidade no atendimento, investir na valorização dos servidores públicos e buscar implementar um processo permanente de auditoria nos processos de trabalho para a otimização, eficiência e eficácia dos serviços, o que resultará em benefícios reais para a população. Diante de todo este cenário do qual acabamos de falar, o que o Sr. espera de 2018? É mais um ano de lutas. Temos que ficar alertas e sermos atuantes, pois o atual governador vai fazer de tudo para tentar a reeleição, o que, para todos nós, moradores do DF, seria um desastre. As mudanças, tanto no cenário local quanto no nacional, dependem de mobilização e engajamento. É importante, por isso, assumirmos o protagonismo das nossas decisões e não deixar que o caos permaneça e siga adiante. Temos que estar atentos e conscientes para fazer escolhas. Está em nossas mãos.
04 | CONEXÕES URBANAS
CEILÂNDIA EM FOCO
CONEXÕES URBANAS
A LUTA DO MOVIMENTO POPULAR POR UMA CEILÂNDIA MELHOR Mopocem atua na cidade há sete anos por
Madalena Torres com revisão de Pâmela Paiva
O Movimento Popular por uma Ceilândia Melhor (Mopocem), criado em novembro de 2010, é um coletivo que integra pessoas de vários movimentos sociais de Ceilândia, com representação composta por quatro coordenadores: Gilberto Ribeiro, Viridiano de Brito, Marília Vieira e Ivanete Silva. Desde a criação vem organizando debates, seminários, atos públicos, formação política para fomentar discussão sobre educação, saúde, segurança, mobilidade urbana e meio ambiente, com o objetivo de tornar Ceilândia uma cidade mais autônoma na superação de seus problemas sociais. Na luta pelo meio ambiente o Movimento reivindica junto à Administração Regional de Ceilândia, a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa), Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a fiscalização e preservação das nascentes no Setor Habitacional Sol Nascente. Segundo Gilberto Ribeiro “em especial, a Lagoa do Japonês que estava sendo destruída com muitas casas sendo construídas ao seu redor, além de muito lixo”. O Mopocem encampa também a luta pela criação
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foto Divulgação
do Parque Recreativo de Ceilândia, do Parque Ecológico e Vivencial do Descoberto, Parque das Corujas, Parque da Lagoinha e Parque Ecológico de Ceilândia, conhecido como Parque Ecológico Metropolitano JK. Em reconhecimento às ações realizadas pela preservação do meio ambiente na nossa comunidade, o Mopocem foi convidado a integrar o comitê do Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA-2018). Em setembro do ano passado, o coordenador Viridiano Custódio, representou o grupo no ‘I Encontro descentralizado do FAMA-2018: Os impactos da crise hídrica para Ceilândia e a preservação urgente das nascentes’. Para ele, revelou-se pelas
falas dos especialistas em saneamento básico e energia elétrica “que existe uma crise de gestão hídrica, resultado da falta de planejamento quanto ao aumento populacional, da falta de investimentos, fiscalização, preservação das nascentes e do bioma cerrado no DF que culminam no desperdício da distribuição da água”. Para Danielle Estrela, participante ativa do Mopocem, outro fator combatido pelo núcleo é “o agronegócio, destruidor do meio ambiente e o mais beneficiado pelo governo. Além de ser isento de pagar a taxa de água, utiliza-se de agrotóxico que é veneno para o meio ambiente e prejudica as pessoas por meio do veneno nos alimentos”.
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DIVA | 05
CEILÂNDIA EM FOCO
DIVA
Coluna
FÉ E SABEDORIA POPULAR O saber ancestral de benzer, abençoar através de orações, permanece vivo na comunidade por
Pâmela Paiva
Mãe, avó, bisavó e guardiã de saberes tradicionais, essa é Maria Moura, paulista de Ituverava, lúcida aos 82 anos de vida, ativa e bem-disposta. Seu trabalho de benzedeira é conhecido não só em Ceilândia, mas em vários lugares do Distrito Federal e Entorno. Nascida prematura, ainda bebê perdeu a mãe. “Os irmãos da minha mãe queriam nos tirar do meu pai, mas ele não nos abandonou e nos criou”, levando consigo os cinco filhos para a Bahia em uma viagem de 30 dias em locomotiva a vapor - a maria-fumaça. Na Bahia, aos sete anos de idade teve o primeiro contato com a reza. Um tio benzedor tentou ensinar a tradição ao pai dela, mas “eu ficava espiando pelo buraco da parede, que era de barro, como que o tio fazia e fui aprendendo as orações, decorando”. Aos 17 anos, dentro dos preceitos da igreja
católica, começou a benzer as pessoas da comunidade. Aos 20 chegou ao DF, onde se casou e teve o primeiro filho ainda na antiga Vila do I.A.P.I. Veio para Ceilândia no processo de remoção das moradias, quando um surto de meningite atingiu o esposo e dois dos três filhos. Foram tempos muito difíceis em que família chegou a passar necessidade. “Nessa agonia toda sempre chegava alguém e dizia: meu filho está doente, está com mau-olhado ou está com dor, e eu sempre parava tudo e benzia, sempre benzia”, relembra.
Dona Maria Moura (esquerda) foto Ceilândia em Foco
Pessoas de todas as idades recebem as orações foto Ceilândia em Foco
Sacrifício, o trabalho sagrado A partir dos anos 2000, dona Maria Moura passou a se dedicar a esse saber tradicional e hoje, benze todos os dias, o dia todo. “Eu não escolho hora, atendo em qualquer lugar, pode ser na rua, pode ser em casa, ou no hospital”. A partir das 8h
da manhã começam a chegar homens, mulheres e, às vezes, famílias inteiras que vêm em busca de orações. No saber popular, a benzeção consiste em fazer orações por uma pessoa como um auxílio na cura de males ou para afastar más energias. Sem comprovação científica, trata-se, antes de
tudo, de um ritual de fé que deve ser feito de maneira voluntária, com seriedade e dedicação. A recompensa dona Maria afirma já ter: “Eu tenho a comunidade que gosta de mim, que me mostra um amor profundo. É meu prazer quando as pessoas chegam para eu benzer”, declara, sorrindo.
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06 | COMPORTAMENTO
CEILÂNDIA EM FOCO
COMPORTAMENTO
SÓ SEI QUE NADA SEI Cursos aproximam filosofia à vivência e realidade das pessoas por
Poliana Franco
foto Divulgação
A célebre frase acima, atribuída a um dos grandes pensadores da história, o grego Sócrates, revela a ignorância, limitação e humildade do homem diante da vida. Para muitos, o nome do autor até soa familiar aos ouvidos, mas só o nome, porque a filosofia não é
familiar à maioria de nós. Filosofia, ou estudo da existência humana, é a busca pelo saber e pela verdade. Apesar disso, desperta pouco interesse enquanto disciplina escolar - obrigatória no Ensino Médio e algumas graduações na área de Humanas.
Filosofia para todos Bem diferente desse primeiro contato escolar, cursos de filosofia ministrados em escolas próprias trazem temas e problemas filosóficos para o cidadão comum, ajudando na compreensão e reflexão sobre decisões do dia a dia.
Com aulas acessíveis e práticas, o aluno passa a ver proximidade da filosofia com a vida real. Isso faz com que o aprendizado, mesmo das escolas filosóficas mais antigas, tenha relação com a realidade atual, com os problemas e mazelas que afligem qualquer ser humano. Após 13 anos de estudos e um ano de formação, a Engenheira Agrônoma, Daniela Amorim, se viu pronta para encarar o desafio de coordenar uma escola de filosofia em Ceilândia, voluntariamente. Segundo ela, são muitos os desafios, como “ter amplo conhecimento do assunto, viver de maneira coerente àquilo que ensina, dispor de tempo para o voluntariado”. A filial faz parte de uma organização que existe há 60 anos em mais de 50 países. Abriu as portas no segundo semestre deste ano e teve boa aceitação entre os ceilandenses, inclusive entre os jovens.
“TODO SER HUMANO TEM INTERESSE EM FAZER FILOSOFIA, MESMO QUE ELE NÃO SAIBA” Daniela Amorim
Com aulas semanais, o dever de casa é pôr em prática, no cotidiano, o aprendizado de sala de aula. “ Na filosofia, você consegue enxergar as causas para as coisas estarem acontecendo, vê com mais clareza e busca as respostas” define Daniela. NOVA ACRÓPOLE CEILÂNDIA QNM 17, Conj. B, Lote 2, sala 303 – Hélio Prates (ao lado loja Cacau Show) Curso: R$ 70,00 por mês/ Além de palestras semanais gratuitas e abertas ao público Contato: (61) 99811-5278 facebook.com/NAceilandia
ARTIGO
União estável: entenda o que é por
Rafaella Remer da Silva*
A união estável é a relação de convivência entre duas pessoas, duradoura, pública e estabelecida com o objetivo de constituir família reconhecida pela Constituição Federal. Ainda que seja diferente, esse regime traz tantos deveres e direitos quanto o casamento e, por isso, é preciso conhecer bem suas regras antes de declará-la. Em nossa legislação há algumas regras que validam o regime da união estável. A primeira delas é a convivência pública, ou seja, outras pessoas devem validar que o relacionamento existe. O casal deve ser visto junto com frequência, demonstrando afeto e dando
outras indicações de que o relacionamento é estável. A relação deve ser contínua, ou seja, não pode ser feita de encontros esporádicos ou ficadas. Um namoro despretensioso também não se enquadra nas regras. O relacionamento deve ser estável e o casal deve estar comprometido em ficar junto por tempo indeterminado, sem cogitar uma separação. O objetivo na relação estável deve ser o de constituir uma família, o que não necessariamente significa ter filhos, ou seja, aquele casal que quer ficar junto para sempre, dividir o mesmo teto e assim por diante. No caso da união es-
tável, esses planos devem ser concretos e encarados como objetivo de vida. Há outros elementos que não são exigidos por lei, mas ajudam a comprovar a união estável. Antes, a lei exigia que o casal tivesse filhos e vivesse junto há pelo menos cinco anos. Essas regras não são mais utilizadas, mas o tempo de convivência é levado em conta, ainda que informalmente. Essas exigências não são mais aplicadas, mas cumprir uma das duas pode facilitar o reconhecimento do regime. “Viver sob o mesmo teto não é suficiente para declarar união estável”.
*Rafaella Remer da Silva | Advogada - OAB/DF 44.627 Contatos: (61) 9 8376-1608 / 9 9251-5532 rafaellaremer.advocacia@gmail.com
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FICA A DICA | 07
CEILÂNDIA EM FOCO
FICA A DICA
Coluna
ALAMBIQUE CAMBÉBA por
Pâmela Paiva
com edição e revisão de
Poliana Franco
e meia até a cachaça branca estar finalizada. O alambique possui equipamentos modernos e automatizados com rígido controle de qualidade, tempo, pressão e temperatura corretos, sob a supervisão do senhor Galeno que, mesmo com a empresa bem-sucedida, afirma que “ as coisas funcionam na simplicidade, isso ajuda no sucesso do negócio”.
Vista interna do bistrô foto Ceilândia em Foco
O povoado de Serra do Ouro, Alexânia, a pouco mais de 80 quilômetros de Brasília, abriga surpresas como o premiado Alambique Cambéba, empresa familiar com tradição de mais de 200 anos na fabricação da cachaça de mesmo nome. A produção iniciou-se meio por acaso, em 1808, no Ceará, quando o Capitão da Marinha de Guerra, José Félix, com a missão de levar saqueadores de embarcações para uma prisão em Pernambuco, conheceu uma fabricação artesanal de cachaça.
Com um pequeno manual em mãos e de volta à casa onde hoje é o município de CaucaiaCE, José Félix iniciou o preparo da bebida. O nome, indígena, veio do sítio onde a cachaça era produzida: Cambéba, e significa tribo de cabeça chata. Dois séculos e sete gerações depois, o descendente do pioneiro e atual responsável pela gestão e expansão da marca é o empresário Galeno Furtado. Com processo de fabricação artesanal e orgânico, a bebida vem conquistando importantes premiações mundo afora
Alambique Cambéba. Serra do Ouro, Alexânia – Goiás. BR 060 km 21. Poucos metros à frente do Outlet Premium Brasília. Entrada: Gratuita Visita guiada com degustação da cachaça: Gratuita - sábado, domingo e feriados com duração de 40 minutos, às 12h e às 15h. Valor da cachaça Cambéba: de R$ 50 a R$ 240,00 Contatos: (62) 3336-2220 facebook.com/CachacaCAMBEBA
e agradando o paladar de europeus, americanos e asiáticos nos mais de 40 países onde já foi apresentada. Hoje, as exportações são para oito países, e correspondem a 95% do faturamento da empresa. Fabricação Dividida em três etapas, a primeira consiste na moagem, logo após a colheita da cana de açúcar, e dura cerca de uma hora. Processo mais demorado, a fermentação nas dornas leva de 24 a 36 horas, e por último a destilação, mais 2 horas O escritor inglês Henry Koster passou uma temporada no Brasil tratando uma tuberculose. Em terras brasileiras e de clima quente, viajou bastante e reuniu material. De volta à Inglaterra, publicou o livro “Viagens ao Nordeste do Brasil”, em 1816. No livro, Koster cita suas impressões ao conhecer e observar o funcionamento e a produção de cachaça do Alambique Cambéba.
Branquinha ou amarela O envelhecimento nos barris de carvalho confere cor e sabor diferentes à cachaça, com tempo que pode variar de um a 10 anos. Em uma adega subterrânea, com centenas de tonéis e pouca luz natural o que se percebe de imediato é o cheiro adocicado e inebriante do carvalho que o lugar exala. Rústica e atrativa, a adega já serviu de cenário para ensaio fotográfico de casamento. Sem desperdício Tudo que sobra da cana é reaproveitado: do bagaço da moagem que vira adubo para o canavial, até os 20% de “resíduo” da destilação, transformados em etanol para abastecimento da frota própria.
Bistrô O Alambique possui um bistrô com pratos da alta gastronomia preparados por chefe com formação na famosa Le Cordon Bleu, em Paris. A maioria dos pratos, doces e salgados, leva cachaça Cambéba na preparação. Os preços variam, em média, de R$ 30 a R$ 45. Com dois ambientes, a área externa oferece uma vista de céu azul e colinas de Cerrado. Já a área interna é aconchegante, com objetos antigos como parte da decoração e vista para os destiladores de cobre.
Recepção do Alambique foto Ceilândia em Foco
Minha parte eu quero em pinga Esse é um dos mais populares, mas o escritor Mário Souto Maior, em seu Dicionário Folclórico da Cachaça, listou mais de 3 mil sinônimos de cachaça, como: arrupiada, desperta -paixão, fumegante, generosa, inchadeira, jeitosa, leitosa, mé, quebra-costela, reza-forte, tremedeira, venenosa...
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08 | CULTURA
CULTURA
CEILÂNDIA EM FOCO
O Som da Cidade
REPENTE, VIOLA E POESIA No aniversário da Casa do Cantador, os veteranos Chico de Assis e João Santana fizeram a festa com música nordestina e uma boa cantoria por
Catarina Loiola
A Casa do Cantador, em Ceilândia, fundada em 1986 e considerada Palácio da Poesia e da Literatura de Cordel, completou 31 anos em novembro. A festa de aniversário foi a Sexta do Repente, que contou com artistas como Chico de Assis e João Santana. Dois mestres no repente, há quase 17 anos como dupla, eles acumulam festivais e experiências. Chico, que já foi administrador da Casa do Cantador - entre 1995 e 1998 - é professor, morador de Ceilândia e tem quase 40 anos de estrada como repentista. Seu parceiro de rima, João Santana, é formado em engenharia ambiental e morador do Colorado.
foto Jornada Literária DF
Eles se conheceram em um festival de cantoria e estão juntos desde então, fazendo música “dentro do mundo do belo”, segundo Chico de Assis. Por cantoria ser quase um sinônimo de Ceilândia, shows na cidade são especialidade da dupla, que já cantou por todo o Distrito Federal e por quase todo o Brasil. Cultura brasileira Para os dois trovadores, o palco é um desafio, exige muita responsabilidade, muito compromisso do cantador com a letra. Durante a estrada, a evolução mais importante foi a maturidade com o improviso e a melodia, nunca esquecendo as origens.
Repente é a cantoria de versos improvisados por cantadores ao som da viola. De origem genuinamente brasileira, tem nuances do cordel nordestino e possui características vindas do trovadorismo, cantigas portuguesas. “Essa arte é importante por ser uma manifestação onde prevalece o raciocínio do cantador”, afirma João. O modo livre de compor tem limites que o próprio autor estabelece: “O cantador tem compromisso com a rima e a métrica”, completa Chico. Deste modo, não é correto, por exemplo, rimar Ceará com falar, e sim Ceará com sabiá.
DE ROLÊ NA QUEBRADA Websérie passeia pelas periferias do DF contando histórias de seus moradores por
Poliana Franco
Há quase vinte anos, o pedagogo Max Maciel trabalha com a juventude das periferias do Distrito Federal, seja na antiga Central Única das
Favelas (CUFA-DF), na Rede Urbana de Ações Socioculturais (RUAS) ou no Programa Jovem de Expressão. Este ceilandense, especia-
foto Divulgação
lista em Gestão de Políticas Públicas com foco em gênero e raça, vivencia a periferia em seus mais variados aspectos, e se destaca entre os jovens por falar “a língua deles”. Está sempre em movimento, contribuindo para a valorização da cidade e disseminação da cultura. Valorizando a quebrada O trabalho com a garotada, o desejo de valorizar as periferias e contar suas histórias somados ao amor por um Opala
Arte viva Repentistas mais novos surgem na cena mostrando talento. Para João Santana, “os novos artistas são poucos, mas muito bons”. Pela importância na cultura brasileira, os novatos não podem deixar o repente tradicional de lado, é preciso manter a arte viva. Para isso, Chico, João e outras duplas levam o repente a escolas, onde sempre são bem recebidos, especialmente pelos alunos, que cantam alguns versos já conhecidos e até se arriscam na improvisação.
“REUNINDO ARTISTAS JOVENS E VETERANOS SEM DEIXAR QUE O REPENTE FIQUE DE FORA DE SEUS PLANOS”
Verso de repente de Chico de Assis e João Santana Participação da dupla em cerca de 400 festivais, CD lançado na França e viagem a Cuba para tocar repente.
Para ouvir uma boa cantoria, entre em contato com a dupla Chico de Assis e João Santana pelo site: www.repente.com.br ou pelo telefone: (61) 9 8232-2345.
79, deram origem ao Minha Quebrada, série de episódios lançados na internet que já está na 2ª temporada. A ideia era boa, mas faltava dar aquele retoque no Opalão. Restaurado e captados os recursos financeiros, uma equipe de amigos e voluntários foi para a rua dar “carona” a pessoas que se destacam na transformação social de suas comunidades. O projeto não foi criado para ser simples entretenimento “ A gente queria contar a história das cidades e das pessoas que fazem essas cidades” afirma Max. Vencidos todos os desafios de produção os primeiros epi-
sódios da temporada inicial, disponíveis no Facebook e YouTube, foram um sucesso, mas faltava grana para dar continuidade ao projeto e conhecer outras cidades, mais pessoas e mais histórias de resistência política e cultural. Um financiamento coletivo – vaquinha virtual – ajudou a colocar, literalmente, a 2ª temporada na rua. Ao todo, mais de uma dezena de Regiões Administrativas recebeu o Minha Quebrada, entre elas Ceilândia, Samambaia, São Sebastião, Planaltina, Sobradinho II, Itapoã, Brazlândia, Taguatinga, Recanto das Emas, Santa Maria.
Alguns personagens do Minha Quebrada: • Belladona • Japão (Viela 17) • Ceilândia Muita Treta • Laila Dias (Estrutural)
• Abder Paz (Mercado Sul) • Marília Abreu (Imaginário Cultural) • Hellen (Casa Frida) • Grupo Cultural Azulim
CULTURA | 09
CEILÂNDIA EM FOCO
CULTURA
BATALHA DO CANTADOR COMPETIÇÃO E POESIA Em Ceilândia, batalha de rima reúne jovens de todas as idades para argumentar e refletir por
Catarina Loiola
CRUZADAS
WWW.COQUETEL.COM.BR
Espaço pa- "Roubado" pelo juiz ra realiza- (o time de futebol) ção de competições Dom (abrev.) automobilísticas
Jair (?): deputado federal mais votado do RJ, conhecido por suas posições radicais "Resident Evil", "P.T." e "The Evil Within" Lutador do Coliseu Tema de cantadores Alimento preferido do Pernalonga (TV)
Órgão ad- Objetivo da aplicação ministrador Empresa de pesticide rodovi- de telefonia das em as (sigla) celular plantações
Aplica; emprega País de Obama Panquecas (?) Betto, escritor e ativista "Risos", na linguagem de internet Programa com presidenciáveis na TV
Mancha na pele muito clara Lágrimas de (?): falsidade (pop.)
Sensação típica da fibromialgia A vaga oferecida por lojas no fim de ano Rio que nasce nos Alpes Suíços
Remo, em inglês Embalagem da carta
Mídia que lançou Orlando Silva
Período sexual dos animais
(?)-condicionado: é indispensável no verão Planta do ecossistema marinho
Luíza Tomé, atriz cearense
Checklist levado ao supermercado Estatal envolvida no escândalo de corrupção da Operação Lava Jato
E N V E L O O A
R
L S O N BO
A D I U C T E O U R D A R C O A R M P O O C S O M E D C I L L T R O
G A D R E F R A D EB O D R A A D A I T O A B R
O R P ES E I R S A TE D N O C R IA A A P A R U A L GA A S
SOLUÇÕES
PE
G A M C E S D E T R E R P R O R
8 3 7 5 9 1 4 6 2
6 7 4 2 6 1 5 2 9 4 4 5 3 8 2
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Para saber quando será a próxima edição especial, acesse a página no Facebook: Batalha do Cantador
Planejar (um crime)
(?) teórica, primeira parte da autoescola
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BATALHA DO CANTADOR: Contato: 9 9501-1625 / 9 9622-3632 Cio das Artes: EQNP 10/14 – quartas-feiras, 19 horas, entrada gratuita.
(?) cáustica, solvente de gorduras
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dor não tenha compreendido o movimento e sua importância cultural e social para Ceilândia. Desde o ano passado, a Batalha fez morada no Espaço Cultural Cio das Artes, local que existe desde 1984 e sempre foi ponto fixo de poetas e da juventude, que, segundo o responsável pelo espaço, Reginaldo, “é a válvula de escape da molecada”. Além das edições semanais, uma vez por mês tem a edição especial da Batalha – essa acontece lá na Casa do Cantador.
Regina Volpato, apresentadora de TV
3/doc — oar. 4/reno. 7/garfado. 13/games de terror.
te de todas as idades. Com o instinto de competição aflorados, o sonho da maioria é participar do Campeonato Nacional, para representar a cidade e competir com pessoas do Brasil todo. Entre dias de luta e dias de glória, o público varia de 40 a 200 pessoas. “A batalha nunca parou”, afirma Caduco, mesmo passando por vários lugares e tendo outros nomes, a Batalha resistiu e se firmou como roteiro semanal do P Sul, ainda que parte da comunidade ao re-
Grupo do lema "Mais 24 horas" (sigla)
Século (abrev.)
foto Caduco
O evento Batalha do Cantador, no P Sul, acontece toda quarta-feira, sem falta, desde 2016, com a galera reunida no Cio das Artes em um jogo de palavras e rimas onde vence o melhor poeta. A ideia surgiu mais como uma brincadeira entre os amigos e hoje organizadores: Eduardo Wellington - o Dudu Mano, Marcos Vinicius – o Caduco, Emerson Costa – o ZS e Estéfane Câmara - a Marciana, todos com idades entre 20 e 25 anos e moradores de Ceilândia. Em uma troca de argumentos em forma de poesia, todos se expressam por meio das rimas, e para ser um competidor basta pôr o nome na lista de sorteio. Nos versos, o objetivo se materializa: protesto, resistência, diversão e cultura na voz de gen-
Extensão de arquivos do Word (Inform.)
10 | DEDO DE PROSA
DEDO DE PROSA
CEILÂNDIA EM FOCO
Coluna
ABC DE CEILÂNDIA por
Joaquim Bezerra da Nóbrega
A seguir, a continuação de ABC de Ceilândia, homenagem à cidade do poeta cordelista e escritor, Joaquim Bezerra da Nóbrega
N Nada disso não existia E não tinha nada aqui Se não fossem as favelas Da vila do I.A.P.I Vila Tenório e Esperança Vieram todos pra aqui.
Q Quando chegava a Ceilândia Todo este pessoal Parecia gado solto No meio do matagal Era aquela correria Parecia um festival.
T Todo mundo era ansioso Pra ver Ceilândia nascer Hoje em seu aniversário Podemos até dizer Ceilândia nós te amamos Com orgulho e prazer.
X Xexéu é pássaro que canta Logo ao alvorecer Ceilândia nós te cantamos Com muito orgulho e prazer Tudo que tens hoje aqui Fizestes por merecer.
O O Morro do Urubu Vila Bernardo Saião Era urubu só no nome Mas não tinha bicho não Hoje aqui tudo é Ceilândia Que amamos de coração.
R Rezar era a melhor saída Pra livrar do que se via Cobra e minhocaçu Toda hora aparecia No começo da Ceilândia Tudo isso aqui existia.
U Um dia eu sei que vou De Ceilândia me afastar Porém levarei lembranças Do meu querido lugar Em Brasília não achei Lugar melhor pra morar.
Z Zelar por ti, ó Ceilândia É minha obrigação Acompanhei-te no começo Falo-te e não minto não Parabéns minha Ceilândia Que eu guardo em meu coração.
P Pra falar sobre Ceilândia Sinto-me entusiasmado Mas esqueci de falar Sobre o cachorro sentado Coitado se levantou E veio morar no Cerrado.
S Só se ouvia a noite inteira O martelo trabalhando Já outro com uma enxada Ia o mato limpando A mãe embaixo de uma lona Ia dos filhos cuidando.
V Vi teu começo, Ceilândia Hoje me sinto contente E em teu aniversário Pra mim o melhor presente Homenagear-te junto a todos Tua amável e boa gente.
2 Colunas | 7 cm
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MEU OLHAR E A VOZ DO LEITOR | 11
CEILÂNDIA EM FOCO
TÁ COM FOME DE QUÊ?
Coluna
NOSSA CIDADE TEM DIVERSAS OPÇÕES GASTRONÔMICAS – PARA TODOS OS GOSTOS E BOLSOS. A COLUNA “TÁ COM FOME DE QUÊ?” TRAZ O MELHOR DA CULINÁRIA DE CEILÂNDIA.
SABORES DO JAPÃO por
Poliana Franco
O que há em comum entre Ceilândia e Japão? O gosto pela comida japonesa! Os pratos típicos de lá fazem cada vez mais sucesso do lado de cá, com os ceilandenses se apaixonando pelos aromas, texturas e sabores da culinária oriental. Confesso que não estava, nem de longe, entre minhas preferências gastronômicas, mas me disseram que quem não gosta de comida japonesa, em geral não foi bem apresentado à tradicional culinária, que aliás, vai muito além de
apenas sushi e sashimi. Verdade, virei fã. O Sushi Bakana, na QNM 1 de Ceilândia Sul, é um restaurante decomida chinesa e japonesa que só usa ingredientes frescos e de qualidade. Mas se o peixe cru e os talheres – que se resumem a dois palitinhos -ainda te assustam, não se preocupe, os pratossão bem “abrasileirados”, inclusive com bolinho frito de salmão, isca de tilápia e filé de frango empanado, além deadaptadores para facilitar o manuseio com oshashis (palitos).
Variedade e atendimento Algumas das opções salgadas são: harumaki, niguiri, temaki, acarajé de salmão, camarão crocante, além de sushi e sashimi, que não podem faltar. Entre as sobremesas, destaque para o hotbanana – banana empanada servida com uma bola bem generosa de sorvete sabor creme e calda de chocolate. O cardápio ilustrativo facilita a escolha. E, caso seu japonês não seja lá muito fluente, sem problema: aponte para a foto e peça pelo número do
foto Ceilândia em Foco
prato que os garçons vão te entender. Aliás, na página do Facebook do restaurante há elogios pelo sabor dos pratos, mas também pelo bom atendimento dos garçons, eles são mesmo muito atenciosos com os clientes. Outra pessoa bem atenciosa é Pedro Kelvin, um dos donos do Sushi Bakana, legítimo japonês de olhos puxados e
vestimentas típicas – só que não. Na verdade, além do Pedro, que é estudante de engenharia de software, a mãe, o padrasto Gilberto e a tia Eliene completam o time – todos bem brasileiros e sem experiência no ramo da gastronomia oriental. Com trabalho e esforço, o negócio familiar está dando certo, existe há dois anos e recebe, em média, 60 pessoas por noite.
SUSHI BAKANA Onde? QNM 1 Conjunto A lote 15 - Via Leste Sul, ao lado do Beer House Quando? Aberto de terça a domingo, de 18h às 23h
A VOZ DO LEITOR
Quanto? Rodízio comida chinesa e japonesa às terças e quartas-feiras –R$ 69,90 por pessoa. Para os pedidos, o tempo médio de espera é de 20 a 25 minutos quando a casa está cheia.
Contato: (61) 3553-8888 / 9 8602-7001 Facebook: sushibakanabsb Instagram: sushibakana Siga o Sushi Bakana nas redes sociais e aproveite as promoções e descontos.
Não confunda: o Sushi Bakana de Valparaíso de Goiás é outra loja, sem nenhuma ligação com o restaurante de Ceilândia
Coluna
A VOZ DO LEITOR DÚVIDAS, CRÍTICAS OU SUGESTÕES? Entre em contato conosco: ceiemfoco@gmail.com O Ceilândia em Foco é feito para você, leitor. publicidade
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