EDIÇÃO Nº 13, ANO 2 | CEILÂNDIA, DISTRITO FEDERAL | 25 DE MAIO A 25 DE JUNHO DE 2018
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
NATÁLIA CARVALHO EMPREENDEDORA FOTO:: ROBERTA BATISTA
DIVA
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VEM DAR UM ROLÊ DE BIKE COM NOSSA DIVA NATÁLIA CARVALHO
CIDADE
Pág. 2
ESPAÇO VERDE NO PSUL PODE VIRAR ÁREA HABITACIONAL foto Ceilândia em Foco
FICA A DICA
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OS ARRAIÁS JÁ CHEGARAM COM TUDO
COMPORTAMENTO
Pág. 6
MULHERES UNIDAS – CURSO É SUCESSO EM CEILÂNDIA
TÁ COM FOME DE QUÊ?
Pág. 11
DELÍCIAS DA LUA DE MEL CONQUISTAM CEILÂNDIA SUL
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5 Colunas | 7 cm (R$ 650)
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02 | CIDADE
CEILÂNDIA EM FOCO
CIDADE
PSUL: NO LUGAR DE PARQUE, MAIS MORADIAS Projeto prevê construção de casas, mas população quer ver área verde como parque ecológico por
Poliana Franco
Quem mora no setor PSul anda meio preocupado nos últimos meses. É que de uns tempos para cá, assuntos dentro da comunidade dão conta que uma extensa área verde que se estende da quadra QNP 28 até a QNP 36 será destinada à construção de casas. O espaço (cerca de 1800 metros) fica abaixo da Via P5 e tem inúmeros focos de descarte irregular de todo tipo de lixo. Em visita ao local, flagramos pessoas – de carro e de carroça - sem a menor cerimônia descartando entulhos de construção civil e lixo doméstico, mesmo a área sendo tão próxima a um papa entulho e a uma usina de reciclagem. A Via P5 não é duplicada, sendo assim, os moradores do último conjunto atravessam a rua e já estão dentro da mata. Irregularmente, ‘lotearam’ pequenas faixas de terra,
dando inúmeras utilidades igualmente irregulares ao lugar: uns fizeram de canil, outros plantaram hortas, alguns usam para guardar entulhos. Os espaços são cercados - teve quem protegesse seu pedaço de terra irregular com arame farpado, mas a maioria – pasmem! - colocaram grades, portões. Então, não bastasse o abandono da área pelos gestores públicos, o povo joga lixo e quem mora em frente cerca áreas e faz de quintal. Destino da área: habitação Segundo o administrador regional, Vilson de Oliveira, ao contrário do que se imagina, o espaço em questão não faz parte do PSul, e que não se pretende destinar o local para parque ou área de preservação: “O projeto oficial do governo destina a área a ha-
EXPEDIENTE JORNAL CEILÂNDIA EM FOCO CNPJ: 23.445.219/0001-08 Tiragem: 10 mil exemplares / mensal Diretora/Editora chefe: Poliana Franco - 11.583/DF Colaboradores: Catarina Loiola, Dayana Correia, Pâmela Paiva, Robson Martins de Abreu. Diagramação e arte: Dianne Freitas FALE CONOSCO E-mail: ceiemfoco@gmail.com Facebook: facebook.com/ceiemfoco Departamento comercial: (61) 9 8332-6607 Redação: Ceilândia Sul- DF Textos assinados e Informes Publicitários são de responsabilidade dos autores.
bitação, previsto no plano de urbanização do Pôr do Sol”, afirma. Ou seja, mais cedo ou mais tarde, será loteado e destinado a construção de casas. O que pensam os moradores Os moradores do PSul, preocupados, já têm feito reuniões para discutir o assunto. Para Almir Figueiredo, o Mimi, liderança no Setor, por parte do governo “deveria ter uma discussão mais ampla com os moradores, uma audiência pública, por exemplo”. Ele acredita que a população tem que opinar sobre qual a melhor destinação da área, que se for para a construção de moradias “implicará consequências para todos – na qualidade de vida, questão ambiental e na própria segurança da população. Para nós, era mais interessante que virasse um parque”. Newton Vieira, morador da QNP 28, vizinho à usina de lixo, se preocupa em como ficaria a qualidade de vida dos moradores, visto que haveria derrubada de muitas árvores – que minimizam impactos ambientais e o mau cheiro dos resíduos da usina que se espalham por quadras inteiras do PSul. “É uma área de relevante valor ambiental, as pessoas têm essa ideia de um espaço verde, iria beneficiar umas 120 mil pessoas”, se referindo, além dos moradores do PSul, aos do Pôr do Sol e Vila Madureira (Sol Nascente), locais que ficam nas proximidades da área verde em discussão.
foto Ceilândia em Foco
O morador Newton Vieira, preocupado com a questão ambiental, se dedica a um projeto de sustentabilidade no PSul, o Papa Pilhas, onde sozinho e sem nenhum recurso financeiro ou apoio do Governo de Brasília (GDF) – embora sejam inúmeras as tentativas em convencer o governo da importância e eficiência de seu trabalho – recolhe pilhas e baterias usadas que iriam parar na natureza. Em menos de dois anos,
o Papa Pilhas recolheu uma tonelada de material – mil quilos de pilhas a menos poluindo o Distrito Federal. O projeto deu ao PSul o título de região mais sustentável do DF, mas para continuar, o Papa Pilhas precisa de investimento: cada quilo de pilha e bateria que Newton envia a São Paulo custa R$ 10 reais, e o valor sai do bolso dele. São Paulo é o único local do Brasil que possui empresa que concede o destino correto a pilhas e baterias.
O morador Newton Vieira registrou em cartório um projeto que sugere melhor uso e ocupação da área verde que compreende as quadras QNP 28 a QNP 36, e está colhendo assinaturas dos moradores em um abaixo-assinado. Entre as sugestões, estão: • plantio de árvores nativas do cerrado; • criação de espaço de convivência para a comunidade; • construção de ciclovia, pista de caminhada e academia popular;
• captação de água da chuva, energia solar e eólica; • além da instalação da base do Grupo Tático Operacional da Polícia Militar 28 (GTOP), assim como ocorreu no Parque do Cortado, em Taguatinga.
• implantação de eco ponto para descarte correto de vidros e lâmpadas fluorescentes; E você, morador de Ceilândia, o que acha dessa discussão? Acesse facebook.com/ceiemfoco e deixe sua opinião sobre o assunto. Sua participação é muito importante para a gente.
SAÚDE | 03
CEILÂNDIA EM FOCO
INFORME PUBLICITÁRIO
SAÚDE
CINCO PASSOS PARA MELHORAR A SAÚDE EM CEILÂNDIA por
Nicolas Bonvakiades - Ascom SindMédico-DF
O governo do Distrito Federal inaugurou uma nova unidade básica de saúde na entrada do Pôr do Sol (UBS 17 de Ceilândia) e isso tem que ser comemorado. Primeiro porque é uma unidade de saúde para uma comunidade que há muito tempo precisa. Mas também porque é motivo de festa o atual governo conseguir entregar uma obra necessária, ainda que com atraso e 10% mais cara do que o anunciado. Relatório da própria Secretaria de Saúde do DF aponta que houve aumento no valor de R$, 2,3 milhões para 2,55 milhões. Reportagem recente do portal Metrópoles mostra que o atual governo fez menos investimento na saúde do que o anterior. Nos três primeiros anos foram R$ 91,8 milhões, contra R$ 188,8 milhões investidos entre 2011 e 2013. Se a saúde é prioridade, o governo que vier depois deste, terá que aplicar mais recursos financeiros. O governo gasta pouco, mas paga caro. Nota técnica do Ministério da Saúde, de janeiro do ano passado, indicava o custo de R$ 2.243,16 por metro quadrado na construção de unidades básicas de saúde na Região Centro-Oeste, para unidades básicas de saúde que comportam quatro equipes do Saúde da Família. O custo da USB 17 foi de R$ 3.526,67 por metro quadrado: 36,4% mais caro.
UBS 11, na QNO 10, parada há quatro anos e com entrega anunciada para a véspera das eleições foto Assessoria de Comunicação SindMédico - DF
Demora na entrega de obras Além de melhorar a administração do dinheiro (curto) da Saúde, o próximo governo vai precisar ser mais eficiente para realizar aquilo que planeja. A entrega da UBS 16, no Trecho 1 do Sol Nascente, por exemplo, deveria ter ocorrido em novembro de 2016 e está mais de um ano atrasada. “Quem já fez uma obra sabe que quanto mais demorada, mais cara ela fica”, aponta o presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal, Dr. Gutemberg. Outro caso é o do antigo Centro de Saúde 11, da QNO 10, cuja reforma começou em 2014 e parou. Em abril, anunciaram a retomada e dizem que será concluída (muito convenientemente) na véspera das eleições de outubro.
“Além do desperdício de dinheiro, a população fica prejudicada: deixa de ter atendimento perto de casa e tem que sair pela cidade em busca de um lugar em que encontre atendimento”, observa Dr. Gutemberg. E vai ter médico? No Facebook, vários comentários feitos em uma notícia sobre a inauguração da UBS 17 mostram uma preocupação que não é sem motivo: e vai ter médico depois desse período eleitoral? O governo anuncia milhares de contratações, mas o número de médicos na Secretaria de Saúde continua caindo: eram 5.546, em abril de 2014, e 5.361, em março deste ano – menos 225. E ainda tem os que que se aposentam este ano. Ou seja, os 288 recém-nomeados (se
ficarem todos) nem cobrem o buraco que já existe. “Aí chegamos ao quarto ponto ao qual o próximo governo terá que dar atenção: valorizar o servidor da Saúde, dar condições de trabalho (equipamento, medicamento, segurança) para o atendimento aos pacientes e incentivo para que ele
permaneça no serviço público”, destaca Dr. Gutemberg. “No mais, se o novo governo mantiver o controle adequado dos estoques de medicamentos e os contratos de manutenção de equipamentos, já vamos ter um cenário muito mais positivo na Saúde”, garante.
Presidente do Sindicato dos Médicos, Dr. Gutemberg Fialho foto Assessoria de Comunicação SindMédico - DF
04 | CONEXÕES URBANAS
CEILÂNDIA EM FOCO
CONEXÕES URBANAS
ENTREVISTA por
Pâmela Paiva
Dando continuidade à apresentação de pessoas da comunidade que concorrerão a cargos políticos nas próximas eleições, o Ceilândia em Foco traz um morador da cidade que entrará na disputa pelo Palácio do Buriti. Apresentamos: José Goudim Carneiro, 62 anos, précandidato a governador do DF pelo Partido da Mulher Brasileira (PMB). Morador do Sol Nascente há mais de 25 anos, líder comunitário e mentor do nome do setor habitacional. CEILÂNDIA EM FOCO: Nos conte um pouco sobre sua trajetória política. JOSÉ GOUDIM: Por acreditar em uma sociedade organizada, venho desde os tempos de escola participando dos movimentos estudantis e criação de associações. Fui dirigente sindical por mais de 20 anos; dirigente partidário, onde participei da primeira eleição no DF em 1986, pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT); candidato a deputado distrital (eleições de 2010 e 2014); e atualmente sou presidente da Associação dos Produtores Rurais de Ceilândia e presidente da Associação dos Microempreendedores Individuais de Ceilândia. CF: Por que a decisão de se candidatar a governador do DF?
CF: Qual a linha de frente de seu trabalho na campanha eleitoral? JG: A participação popular como agente expositor, de mudanças, transformação e deliberação sobre a condução das políticas públicas onde os recursos advindos do povo possam retornar a eles através de políticas públicas eficientes e eficazes, capazes de suprir suas demandas proporcionandolhes condições de vida compatíveis com a dignidade humana, valorização, justiça social e bem comum. Tendo no 3º setor uma ferramenta eficiente para a realização dessas políticas, visando investimento em projetos que gerem mudanças efetivas na vida do cidadão a médio e longo prazos, fazendo
desse elo - Estado, sociedade e mercado - a chave para atender as necessidades coletivas do povo chamado à participação popular. CF: Quais suas pretensões frente ao GDF e as propostas ligadas a Ceilândia? JG: Lutar pelos anseios do povo fazendo do Estado um Estado atuante, presente na sociedade, colocando o interesse público acima dos particulares; zelar para que os recursos cheguem e possam ser usados para onde foram destinados, para aquilo que vise prioridade ao atendimento das demandas da sociedade nas áreas de segurança pública, trabalho, saúde, educação, mobilidade, moradia, saneamento, assistência social e lazer. Ao invés de criarmos mais Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), investiremos em recursos materiais, financeiros e humanos nas unidades de saúde, mapeando as já existentes em Ceilândia e investindo nelas. Criaremos no Trecho 3 do Sol Nascente uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para suprir a demanda desse crescimento populacional. Retornaremos com a Saúde em Casa como prevenção e resolução das demandas do hoje para prevenir o amanhã, desafogando o sistema e diminuindo as filas, agilizando o pronto atendimento. Criar uma equipe técnica para mapear Brasília de forma a evitar invasões e criar políticas públicas e uma fiscalização eficaz para evitar novos focos, fazer parcerias
com construtoras dentro da legalidade e trâmite licitatório (fiscalizando-as em todo o processo) para que realmente evitemos especulação imobiliária e o ato corruptível e corruptor, subsidiando recursos e assim evitar a grilagem de terras comuns no DF. Os projetos sociais transformam vidas, previnem a contravenção, uma parceria entre Estado e projetos sociais trariam resultados ainda mais relevantes à sociedade: seja a arte marcial, a dança, a cultura na sua totalidade que res-
gata e ensina valores ao jovem de hoje para o futuro do amanhã. Com a inclusão do Estado alcançaremos uma maior demanda, investindo em prevenção e assim transformando a sociedade na sua totalidade através dessa parceria.
foto Enilson Paulino
JG: Foi por uma decisão popular, um anseio daqueles pelos quais passei minha vida sendo interventor dos inúmeros conflitos como agente moderador, buscando
através do direito e do bom senso combater as injustiças e o abandono no qual o poder público os colocou à revelia, tendo algum valor apenas em tempos eleitorais, como estamos presenciando no momento atual. Sendo assim, decidi ser o Estado que se faz presente em todo processo, antes, durante e depois para cumprir as demandas da sociedade dando prioridade ao elemento material chamado povo, não importando qualquer particularidade ou condição. Valorizando, garantindo, proporcionando e preservando o direito líquido e certo que nos é negado, estou decidido a chegar ao lugar onde posso fazer as coisas acontecerem: ao Governo do Distrito Federal.
DIVA | 05
CEILÂNDIA EM FOCO
DIVA
Coluna
LUGAR DE MULHER É ONDE ELA QUISER Empreendedora mostra que bicicleta também é nicho comercial para mulheres por
Pâmela Paiva
Natália Aparecida Carvalho é a ceilandense que estampa a ‘Diva’ desta edição e traz consigo uma história de sucesso de empreendedorismo feminino aliado ao amor pelo samba. Filha de pai e mãe mineiros de Iapu e Inhapim, chegaram à capital federal há 46 anos e foram morar na Vila do I.A.P.I. Transferidos para Ceilândia no processo de remoção dos moradores, o casal abriu uma loja de bicicletas, mas pode chamar de: bici, bike, camelo, magrela, kalanga, magrelinha... A infância brincada dentro loja foi a estratégia adotada pelos pais para facilitar o cuidado com a filha e conseguir tocar o negócio familiar. Resultado? “Eu nasci dentro [da bicicletaria] mesmo. Bicicletas eu sempre dominei”, brinca Natália - se referindo à Satélite Ciclista, loja que está na família desde 1972. Há dois anos ela tomou frente do empreendimento, idealizou e desenvolveu a própria marca de bicicletas, uma linha chamada ‘Vicenza Bicicletas Retrô, uma homenagem em italiano ao nome da mãe, dona Vicência. Por que criar uma marca de bikes retrô? “Porque no DF não tinha. Fiz uma pes-
quisa, estudei muito porque era uma coisa que eu gostava e só via quando viajava. Pensei: tenho tudo na mão, sei trabalhar com bicicletas e tenho o ponto”, afirma. A inspiração veio de bicicletas europeias da década de 1950. Desafios Apesar de todo o conhecimento que tem sobre bicicletas, Natália descreve que não é tão fácil trabalhar com um segmento masculino que ela considera machista, e narra os desafios que a acompanham diariamente por ser mulher: “Quando chegam na loja pedem para chamar o mecânico, mesmo que eu diga que entendo do serviço, outras vezes passo despercebida, parece que sou invisível mesmo, e alguns homens não acreditam no orçamento que eu passo”. Por outro lado, a empreendedora termina a entrevista agradecendo a “outra parte dos clientes que são uns queridos e vão até a oficina pelo reconhecimento ao trabalho” e destaca que nunca deixou de fazer nada por ser mulher. Samba “A gente se encontrou”, afirma sobre o amor pelo
Serviços: A loja abre de segunda a sábado. Endereço: QNM 19 conjunto B lote 25 Telefone: (61) 3371-0661 Facebook: @vicenzabicicletasretro
samba. O contato com instrumentos veio na adolescência, após ser presenteada com um cavaquinho, e no decorrer dos anos se musicalizou cada vez mais. A emoção pelo samba a fez criar em 2015 - apoiada por uma amiga produtora- a roda de samba ‘Já chegou quem faltava’,
o nome do evento surgiu de uma música da Portela, tradicional escola de samba do Rio de Janeiro. “um som genuíno, usando os instrumentos da época, sem microfone, para exaltar compositores desconhecidos de 1920 a 1960”, destaca Natália. Ciclista Satélite Natália conta que “as bicicletas mountain bikes são a preferência do público, seja para fazer trilha ou para uso rotineiro, principalmente para ida e vinda do trabalho. Consertos, manutenções, peças, acessórios e customização (estampas africanas, florais e étnicas para cobrir os paralamas e cobre corrente) também são serviços oferecidos pela loja.
Natália Carvalho ao lado dos modelos de bicicletas da linha Vicenza foto Roberta Batista
Modelos da marca retrô Vicenza: Antiga Ceci década de 1970; retrô com cesta e Beach Caiçara; modelos dobráveis e a linha brasiliense Nuvenzinha, além de acessórios criados pela empreendedora como: bolsas, cestas (de fibra sintética ou vime), manoplas e selim (couros de origem animal ou sintético) e pintura com cores manipuladas.
Conheça a roda de samba ‘Já chegou quem faltava’ Circulo Operário do Cruzeiro Facebook: @jcquemfaltava publicidade
06 | COMPORTAMENTO
CEILÂNDIA EM FOCO
COMPORTAMENTO
UNIÃO FEMININA por
Divulgação foto Dayana Correia
Dayana Correia
Sábado de manhã a gente faz o que?! Dorme né? Pelo menos essa é a realidade de uma galera que tem a oportunidade de desfrutar desse pequeno prazer, mas que pensando bem, como diria Bela Gil, podemos “substituir” mais umas horinhas de sono por: acesso a vivências ligadas ao empoderamento feminino, diretos humanos, pedagogia popular, unidas de acolhimento e fortalecimento em rede. Que tal? Em Ceilândia essa mistura vem fazendo sucesso. Há mais de 15 anos, as várias turmas formadas exclusivamente por mulheres vem resignificando muito mais que as manhãs de sábado, vem mudando vidas. Essa empreitada tem horário marcado pra começar: às 9h da madrugada, ops, da manhã, cerca de 60 mulheres se encontram para mais um dia de fortalecimento em rede, essa turma faz parte das Promotoras Legais Populares (PLP’s), curso de extensão da faculdade de Direito da Universidade de Brasília, UnB. A sede das atividades é o prédio da faculdade localizado em
frente à estação Ceilândia Centro do metrô, região norte da cidade. Realizado anualmente, o curso com a duração de oito meses traz gratuitamente para as mulheres da cidade, capacitações que tem como objetivo multiplicar ações que tenham como pilar a equidade de direitos entre as multiplicidades étnico -racial, sexual e de classe social. O curso pretende possibilitar às participantes o reconhecimento das situações de violência e de violação de direitos, apontando os mecanismos jurídicos de proteção da mulher. Além disso o programa ainda é uma ação afirmativa de gênero e de educação jurídica popular. Educação horizontal Os encontros passam longe das técnicas tradicionais de aprendizagem, com foco na educação horizontal, o curso adotou a técnica da educação popular, metodologia que visa a valorização dos conhecimentos de forma igualitária e sem hierarquia. Neste contexto, todas as participantes podem compartilhar e aprender pelas vi-
vências das demais, não existe diferenças entre os saberes, que bebem de fontes acadêmicas e populares. Os conhecimentos e vivências de cada uma servem de lição e inspiração durantes os encontros, a cada semana são tratados temas diferentes, todos ligados a temáticas que giram em torno dos direitos humanos. O encontro se divide em duas partes que são mescladas com dinâmicas, rodas de conversas e oficinas. Além da interação, aos sábados as mulheres ainda trocam pelas redes sociais, informações sobre cursos, atividades sociais, livros e todo conhecimento que possa ser usado como ferramenta de fortalecimento. O grupo, hoje, conta com mais de 100 mulheres em formação no DF. Transformando realidades A estudante Raquel Vieira de 20 anos, conheceu o curso em 2017 e estava ansiosa para participar da edição em 2018. “A gente passa por violências e violentações que às vezes a gente nem percebe, e estar aqui discutindo
faz refletir sobre isso. Participo de movimentos estudantis e de negritude, dentro das nossas discussões o espaço e a situação das mulheres negras ainda enfrentam muitas barreiras. Então essa é uma oportunidade de se empoderar para poder combater um pouco mais de frente, não só na base da resistência mas também do conhecimento”. Muitas participantes continuam depois da formação fortalecendo o movimento, são as facilitadoras, mulheres que cuidam de planejar e intermediar as ações do curso. Esse é o caso da artesã Iris Regina Lima de 43 anos: “Conhecer a mente, compartilhar histórias realmente é um grande aprendizado para nós todos os sábados. O curso abriu infinitas portas de empoderamento, estamos agora lançando o programa economia solidária, o que dá o direito de eu e todas as mulheres crescermos juntas, já que o grande índice de retorno dessas mulheres aos seus lares abusivos por não acharem que são capazes de se sustentar é gigantesco.” Para a professora e facilitadora
Laerzi Inês, 65 anos, o curso representou uma oportunidade de continuar atuante após se aposentar: “O curso de Promotoras Legais Populares foi e é muito importante na minha vida por ‘n’ motivos, principalmente por não ficar inativa depois de minha aposentadoria, dando continuidade na luta constante pelo nossos direitos desde os anos da ditadura. Hoje estou como representante do Fórum de Promotoras Legais Populares do DF, projeto que dá sentido e movimento ao meu dia a dia. PLP´s: O Projeto Promotoras Legais Populares existe em todo o Brasil, teve início em Santa Catarina e se estendeu a outras cidades do país. No Distrito Federal existe desde 2005 como Projeto de Extensão da Faculdade de Direito da UnB, e atualmente conta com a parceria do Ministério Público e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). No DF, três cidades contam com a formação: Ceilândia, Paranoá e São Sebastião, e o ciclo se encerra em dezembro com um evento de formatura. Já passaram pelo curso mais de 500 mulheres. Para saber mais: Facebook.com/plpsoficial Blog: http://plpunb.blogspot.com. br/2018/04/xiv-curso-de -promotoras-legais.html?m=1
ARTIGO
Brasil vive insatisfação com a política e com o governo por
Robson Martins*
Na greve dos caminhoneiros, por um lado, há motivação econômica. Saímos de um período de preços fixos de combustíveis para um aumento diário, isso subiu o custo do frete em um momento de crise. Ademais, o sistema de transporte brasileiro é de extrema exploração para com os caminhoneiros, com uma parcela grande de autônomos tendo de aceitar fretes
irrisórios, pagam um pedágio alto, mesmo andando vazio, e veem o diesel disparar. Por outro lado, há um sentimento latente de indignação. A insatisfação com a política e com o governo é quase unânime no Brasil. Cada vez que um segmento específico é mais exprimido - como o dos caminhoneiros, por exemplo - e se revolta, esse descontentamento explo-
de nas redes sociais e ganha respaldo em geral. O governo Dilma prometeu coisa demais e não cumpriu. O presidente Michel Temer chegou prometendo o céu. Embora a inflação tenha caído em média escala, a melhora na economia não veio. Tem-se, então, uma sociedade em pleno descontentamento com a política. O impacto da greve será como o das manifestações
de 2013. Só que não sabemos como mudará o quadro eleitoral. Nenhum dos pré-candidatos demonstrou a gravidade do problema que enfrentamos com a paralisação dos caminhoneiros. Quando você é presidenciável, você tem a obrigação de vir a público,
expor as causas do problema e enfrentá-lo. Aliás, é a hora de mostrar articulação e participar da intermediação com os manifestantes, como fez Emmanuel Macron, durante a campanha eleitoral na França, nos protestos, em Amiens, em abril de 2017.
*Robson Martins | Economista e morador de Ceilândia
FICA A DICA | 07
CEILÂNDIA EM FOCO
FICA A DICA
Coluna
COMEÇARAM OS ARRAIÁS Período de festas juninas começa cada vez mais cedo e se estende até agosto por
Poliana Franco
foto distritosa.com.br
Com início cada vez mais cedo, as festas juninas já estão acontecendo por todo o DF. De novo os arraiás, as
bandeirolas, as apresentações de quadrilha, de novo as comidas típicas, o quentão e as enormes fogueiras
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para combinar com o tempo mais friozinho. Se antes elas se restringiam a junho - mês
de homenagem dos santos Antônio, João e Pedro - hoje as festas juninas começam em maio e se estendem até agosto, com suas cores, aromas e sabores inconfundíveis. Os tecidos dos vestidos das donzelas, as roupas dos cavalheiros – por vezes com remendos nas calças – o linguajar, os trejeitos, a simplicidade, aquela coisa brejeira típica das festas juninas... tudo leva a crer que a festança começou no Nordeste ou lá para as bandas de Minas Gerais, certo? Errado, é uma festa de origem portuguesa. Os gajos que para cá vieram trouxeram a tradição, que caiu no gosto dos tupiniquins e se mantém viva há séculos. Claro, as festas juninas foram recebendo aquela dose de brasilidade
e sendo, aos poucos, desassociadas das tradições religiosas em muitos dos locais onde ocorrem. Então, se você gosta das danças, da música e comidas típicas, chegou a hora de aproveitar. Aqui em Ceilândia, os arraiás são mais frequentes em escolas e igrejas e contam com muita pamonha, milho cozido e assado, paçoca, caldos quentes, canjica e muito mais. Então, ceilandense, bora aproveitar.
Divulgação foto comofazeremcasa.net
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08 | CULTURA
CULTURA
CEILÂNDIA EM FOCO
O Som da Cidade
TRADIÇÃO E CARNAVAL COM A ÁGUIA IMPERIAL Títulos de campeã brasiliense são parte do legado da escola de samba ceilandense por
Pâmela Paiva
foto Divulgação
Quatro vezes campeão brasiliense, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Águia Imperial representa carnaval, samba e resistência na comunidade, já que há quatro anos o Distrito Federal não recebe o desfile das agremiações. A Águia Imperial surgiu da primeira escola de samba da cidade, chamada Mocidade de Ceilândia, que tocou carnaval até 1983. Quando o presidente da agremiação decidiu não continuar nos desfiles seguintes, remanescentes e carnavalescos juntaram e fundaram a nova agremiação em 1984. Dois anos depois, veio o primeiro título como bloco carnavalesco do DF, daí para frente o grêmio se alavancou e traçou sua trajetória no carnaval brasiliense. Mais três anos e conquistou vaga no Grupo de Acesso de Brasília, depois entrou para o Grupo Especial e segue
até hoje representando a comunidade ceilandense. As cores azul e branca e o abre-alas o abre-alas dá início ao desfile da escola de samba. Pode ser um carro alegórico, enfeite ou símbolo que represente a agremiação. são uma referência e homenagem à águia símbolo da Portela, tradicional escola de samba do Rio de Janeiro. Geomá Leite, atual presidente da Águia Imperial explica: “A intenção era que tivéssemos um abre alas que fosse expressivo, optamos então por colocar a águia”. Base Geomá destaca que a formação da escola é um trabalho de base e que os moradores devem ser inseridos. Para ele, “a entidade que não
tem apoio da comunidade não existe. Por isso que os grêmios têm perdido espaço nas suas localidades. O grupo sempre foi composto pelos moradores locais. Cada ala tem um diretor, promovemos encontros na casa do representante da ala para fazer o trabalho em conjunto”. O presidente também aponta a falta dos desfiles carnavalescos na cidade como um retrocesso que desaponta toda a organização, engajamento e trabalho das escolas de samba. “O carnaval de Brasília vinha em um crescimento, estruturalmente se semiprofissionalizando, perdemos 40 anos de avanço em quatro”, enfatiza. Ensaio Geral Recentemente, a Águia Imperial lançou - em conjunto com o projeto social Bateria Nota Show - o bloco Ensaio Geral do Mestre Wagner, montado para fazer apresentações em Ceilândia e Brasil afora. “Um bloco percussivo, cantado, onde se integram várias modalidades artísticas no repertório, inclusive sambas-enredo da agremiação”, afirma Wagner Dias, mestre de bateria da escola. Integrantes fundadores do bloco: William (Faísca), Caio, Bryan Agner, Thainara, Juliana, Kátia, Alan (Fumaça), Ari Cuíca, Pedrinho e Tupete.
Águia Imperial Campeã em 1º lugar no Grupo Especial nos anos: 1998, 1999, 2006 e 2008.
Serviços: Endereço: EQNP 11/15 módulo B - Área Especial - P. Norte Telefone: (61) 3048-2343
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CULTURA | 09
CEILÂNDIA EM FOCO
CULTURA
Diversão
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CRUZADAS
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Espaço pa- "Roubado" pelo juiz ra realiza- (o time de futebol) ção de competições Dom (abrev.) automobilísticas
Jair (?): deputado federal mais votado do RJ, conhecido por suas posições radicais "Resident Evil", "P.T." e "The Evil Within" Lutador do Coliseu Tema de cantadores Alimento preferido do Pernalonga (TV)
Órgão ad- Objetivo da aplicação ministrador Empresa de pesticide rodovi- de telefonia das em as (sigla) celular plantações
Aplica; emprega País de Obama Panquecas (?) Betto, escritor e ativista "Risos", na linguagem de internet
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Programa com presidenciáveis na TV
Mancha na pele muito clara Sensação típica da fibromialgia A vaga oferecida por lojas no fim de ano Rio que nasce nos Alpes Suíços
SOLUÇÕES
Lágrimas de (?): falsidade (pop.) Remo, em inglês Embalagem da carta
Extensão de arquivos do Word (Inform.) Mídia que lançou Orlando Silva
Grupo do lema "Mais 24 horas" (sigla)
PE
Século (abrev.) Regina Volpato, apresentadora de TV
(?) cáustica, solvente de gorduras
Planejar (um crime)
Período sexual dos animais
6 8 7 5 1 4 3 9 5
Checklist levado ao supermercado
(?) teórica, primeira parte da autoescola
(?)-condicionado: é indispensável no verão Luíza Tomé, atriz cearense
Planta do ecossistema marinho
Estatal envolvida no escândalo de corrupção da Operação Lava Jato 46
3/doc — oar. 4/reno. 7/garfado. 13/games de terror.
SEJA VISTO
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G A M C E S D E T R E R P R O R
E N V E L O O A
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A D I U C T E O U R D A R C O A R M P O O C S O M E D C I L L T R O
G A D R E F R A D EB O D R A A D A I T O A B R
O R P ES E I R S A TE D N O C R IA A A P A R U A L GA A S
10 | DEDO DE PROSA E A VOZ DO LEITOR
DEDO DE PROSA
CEILÂNDIA EM FOCO
Coluna
POESIA DE CEILÂNDIA por
Mauro César Bandeira
Mas que céu que nuvens Essa Ceilândia? Um dia De tu vens! Minha princesa Qual da tua virás Nos céus e nas nuvens Ceilândia estará acesa Quando me encontrares Talvez não destarte Onde estares Não verei essa claridade Será um dia de chuva Entre os raios e trovões
A VOZ DO LEITOR
Coluna
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TÁ COM FOME DE QUÊ? | 11
CEILÂNDIA EM FOCO
TÁ COM FOME DE QUÊ?
Coluna
LUA DE MEL – DOCE E SABOROSA por
Poliana Franco
foto Divulgação
Como não dava para escolher apenas uma das inúmeras guloseimas, resolvemos indicar nesta edição uma confeitaria inteira, pe-
quena e simples que fica entre as quadras QNM 03 e 05 de Ceilândia Sul, chamada Lua de Mel. Desde o início das atividades, a procura pe-
las delícias lá produzidas só aumenta e a receita é simples: a falta de panificadora na quadra 03 e a variedade de produtos da Lua de Mel. O ambiente é muito simples, parece mais uma lanchonete que uma confeitaria, poderia ser mais aconchegante, servir bebidas como chás e cafés. Mas os produtos são tão bem feitos e saborosos que compensa dar uma passada lá algumas vezes na semana. Os produtos são sempre frescos, feitos na hora e no próprio local. Destacamos a rosca de leite em pó, o pão de neve (pão doce rechea-
do com chocolate), bolos de cenoura ou de especiarias, além do pão de queijo e dos mini salgadinhos fritos e sempre quentinhos – coxinha, quibe, mini churros. Com tantos produtos saborosos e bem feitos fica difícil escolher o que levar para casa, e com os preços mais baixos que em outras padarias, isso não é um problema, dá para encher a cesta. Cada rosquinha polvilhada com de leite em pó custa R$ 0,70; o pãozinho de queijo sai a R$ 0,30 e a embalagem com um pedaço do delicioso bolo de especiarias que dá para duas pessoas, sai a R$ 3,50.
O Ceilândia em Foco sempre dá uma parada para apreciar as delícias da confeitaria Lua de Mel e recomenda, seja para o café da manhã, seja para uma festa de aniversário – os bolos e cupcakes também são super saborosos, e o atendimento dos funcionários bem atencioso.
Contato: Confeitaria Lua de Mel QNM 03, Conjunto L loja 05 (próximo ao Campeão da Construção)
Esgoto a céu aberto
E AGORA, RODRIGO? SHSN - Chácara 115A, conjunto C
Brasília não está no rumo certo.
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