EDIÇÃO Nº 14, ANO 2 | CEILÂNDIA, DISTRITO FEDERAL | 25 DE JUNHO A 25 DE JULHO DE 2018
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
ELIZABETE ADELAIDE ARTESÃ, ARTISTA PLÁSTICA E TÉCNICA EM SAÚDE FOTO: DIVULGAÇÃO
DIVA
Pág. 5
DIVA DO MÊS, ARTISTA PLÁSTICA ELIZABETE ADELAIDE
CIDADE
Pág. 2
A VIDA DOS MORADORES APÓS DERRUBADA DO TERMINAL foto Administração Regional de Ceilândia
FICA A DICA
Pág. 7
AS ÁGUAS TERMAIS DE CALDAS NOVAS
CULTURA
Pág. 9
MEDIATO: PROJETO FACILITA O ACESSO DO PÚBLICO AO TEATRO
O SOM DA CIDADE
Pág. 8
RIVA SANTANA E A MÚSICA DE RAIZ
COMERCIANTE
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02 | CIDADE
CEILÂNDIA EM FOCO
CIDADE
PREJUÍZOS DA DERRUBADA Governo diz que população não foi prejudicada pelo fim do terminal do P Norte. Comerciantes e usuários discordam por
Pâmela Paiva
Ceilândia possui atualmente quatro terminais de ônibus que atendem a cidade. Em fevereiro deste ano, os moradores da QNP 19 e da Expansão do Setor ‘O’ presenciaram o ponto final do transporte coletivo do setor P. Norte ser desligado e derrubado. A plataforma ficava próxima à Praça da Bíblia e atendia tanto a população do P. Norte quanto da Expansão do Setor ‘O’. A administração do local, enquanto ainda estava ativo, pertencia ao Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), que segundo Assessoria de Comunicação informou: BOX: “O terminal do P Norte foi desativado em fevereiro. As linhas foram distribuídas para os terminais do Setor ‘O’ e da QNR. Já estava programada a desativação em função da inauguração do terminal da QNR e da reforma do
terminal do Setor ‘O’. Passavam pelo local diariamente 11 linhas diferentes. Duas foram remanejadas para o terminal do Setor ‘O’ e nove para o da QNR. As linhas foram redistribuídas entre os dois terminais da cidade, percorrendo 100% dos itinerários que eram feitos, não havendo prejuízo aos usuários. Com a desativação do terminal, o DFTrans devolveu o terreno à Administração Regional de Ceilândia.” Responsabilidade O administrador regional de Ceilândia, Vilson de Oliveira, alega que não esperava que o terminal fosse desligado completamente. “Eu fui pego de surpresa quando recebi o documento informando. Tivemos que fazer o desligamento de água e luz junto à Caesb e CEB até fazer a derrubada da estrutura, banheiros
EXPEDIENTE JORNAL CEILÂNDIA EM FOCO CNPJ: 23.445.219/0001-08 Tiragem: 10 mil exemplares / mensal Responsável: Poliana Franco - 11.583/DF Colaboradores: Catarina Loiola, Dayana Correia, Pâmela Paiva, Robson Martins de Abreu. Diagramação e arte: Dianne Freitas FALE CONOSCO E-mail: ceiemfoco@gmail.com Facebook: facebook.com/ceiemfoco Departamento comercial: (61) 9 8332-6607 Redação: Ceilândia Sul- DF Textos assinados e Informes Publicitários são de responsabilidade dos autores.
e escritórios.” Quisemos saber também do gestor local se houve manifestação popular e quais são os planos para o lugar não ficar abandonado, já que o terminal se encontrava em um ponto estratégico, a Praça da Bíblia, onde acontecem diversas manifestações culturais da cidade. “Estamos recebendo propostas da comunidade, apesar de que eu não terei tempo hábil de mando para implantar qualquer decisão. O prefeito comunitário do P. Norte, Sebastião Lima, por exemplo, requisitou a construção de um posto de gasolina”, afirmou Vilson. O que os moradores pensam a respeito? Ao redor do antigo terminal rodoviário funcionam padarias, bares, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais que foram diretamente afetados pelo fechamento. O dono de bar, José Flávio, reclama da queda do movimento: “Antigamente vendia frango frito todo dia, agora não sai nenhum. Ninguém conversou com a gente, deveriam ter avisado que o terminal seria fechado”. Já o restaurante Pontual Refeições não aguentou a falta de clientes e fechou as portas desde a inutilização da área. Os usuários do transporte público apontam que sofreram com o corte. Amanda Lopes estuda em Taguatinga e
foto Administração Regional de Ceilândia
pega ônibus em frente à Praça da Bíblia para ir até a escola. A reclamação é de que “os ônibus demoram mais do que antes e quando sobem do terminal da QNR estão lotados. Eu senti que foram diminuídas algumas linhas também”. Movimentos Culturais Agentes culturais da cidade que não foram consultados ou ouvidos pelos órgãos envolvidos se manifestaram contra a desativação do terminal. Negro Vatto, organizador do Samba na Comunidade - festejo mensal na Praça da Bíblia - destaca que “o terminal era um ponto de
referência, estão cortando acessibilidade de quem precisa. Houve diminuição do público que frequenta o samba e quem perde com isso tudo é o povo”. Um mobilizador cultural de Ceilândia que preferiu não se identificar, afirmou que “o grande problema do terminal é o mesmo da Praça: politicagem. Existem interesses políticos de pessoas cristãs e policiais que não querem a quebrada ocupada pelos jovens”. Sobre esse assunto, o administrador regional, Vilson de Oliveira, afirmou que desconhece qualquer briga política no setor P. Norte.
E você morador? O que achou da demolição? Dê sua opinião para o Ceilândia em Foco! Encaminhe sua sugestão para a Administração Regional também.
SAÚDE | 03
CEILÂNDIA EM FOCO
INFORME PUBLICITÁRIO
SAÚDE
ECONOMIA PORCA: PARA POUPAR, GDF REDUZ EQUIPES DE LIMPEZA NA SAÚDE por
Nicolas Bonvakiades - Ascom SindMédico-DF
A expressão “economia porca” costuma ser usada entre economistas para definir situações em que o barato sai caro. No caso do Governo do Distrito Federal (GDF), a redução de custos em serviços de limpeza na saúde pública representa, literalmente, uma economia porca: além de sair muito caro para os pacientes e servidores. Isso porque, agora, as unidades básicas de saúde (UBSs) do DF estão com equipes de limpeza reduzidas desde o dia 18 de junho e a sujeira está tomando conta dos locais. O argumento da Secretaria de Saúde (SES-DF) para a decisão é de que está seguindo uma recomendação do governo federal, que gerará uma economia de R$ 10 milhões, a cada semestre, aos cofres públicos. Enquanto isso, a falta de higienização em algumas unidades já compromete o atendimento prestado à população: procedimentos simples, como curativos, foram suspensos por causa da possibilidade de infecções devido à sujeira. Segundo denúncias en-
viadas ao Sindicato dos Médicos (SindMédico-DF), a “economia” na prestação de serviço de limpeza das unidades de saúde é ainda mais complicada: as novas equipes não receberam orientação adequada para lidar com o lixo e com a assepsia de determinados ambientes hospitalares, que têm regras específicas de segurança a serem observadas. Em um vídeo, divulgado na internet, um servidor, da UBS 7, de Ceilândia, mostra o descarte de lixo com risco biológico em um contêiner com indicação para restos recicláveis. “Situação absurda” “Economizar nas equipes de limpeza é, literalmente, uma economia burra, porca. E o pior é que não para por aí: além de diminuir a quantidade de funcionários da limpeza, a Secretaria de Saúde sequer renovou os materiais de limpeza. De acordo com os servidores das Unidades Básicas de Saúde, os equipamentos de limpeza que estão sendo usados hoje pertenciam à antiga empresa prestadora de serviços.
UBSs acumulam lixo por corte de funcionários da limpeza foto Denúncia de servidores
Ou seja, não tiveram nem o cuidado de repor o material necessário antes das mudanças. É uma situação tão absurda que parece até mentira”, aponta o presidente interino do SindMédico-DF, Carlos Fernando. Ainda segundo denúncias, há “boatos” de que a intenção é deixar apenas um funcionário de limpeza para cada UBS. “Tínhamos quatro profissionais de limpeza, porém, com a troca veio somente uma, que não dá conta da demanda da UBS,
porque temos seis equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF). Inclusive a empresa anterior levou as lixeiras e estamos sem até agora”, desabafou um servidor da área em um grupo de WhatsApp. Descarte correto A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabeleceu, em 2004, regras nacionais sobre acondicionamento e tratamento do lixo hospitalar gerado - da origem ao destino (aterramento, radiação e incinera-
ção) por meio da Resolução n° 306. O texto aponta ações para prevenir acidentes que atinjam profissionais que trabalham diretamente nos processos de coleta, armazenamento, transporte, tratamento e destinação desses resíduos. “Existem regras e elas existem por um único motivo: lixo hospitalar, se for descartado de forma incorreta, representa um grave risco à saúde e até ao meio ambiente”, salienta o presidente interino do SindMédico-DF, Carlos Fernando.
04 | CONEXÕES URBANAS
CEILÂNDIA EM FOCO
CONEXÕES URBANAS
ENTREVISTA por
Ceilândia em Foco
Este é um ano eleitoral. Está nas mãos de cada cidadão a possibilidade de mudança do atual cenário político, e como jornal construtivo e humanizado que é, o Ceilândia em Foco traz, a cada edição, uma breve apresentação dos pré-candidatos da nossa comunidade. Isso serve para que você, leitor e eleitor, tire suas conclusões sobre os candidatos que nos representarão pelos próximos anos. Nesta edição, trazemos o pré-candidato a deputado distrital nas próximas eleições, Aldêmio Ogliari, advogado e morador antigo de Ceilândia. CEILÂNDIA EM FOCO: Sr. Aldêmio, nos conte um pouco sobre suas ações e atuações dentro da comunidade de Ceilândia. ALDÊMIO OGLIARI: Minha atuação em Ceilândia se reporta ao final da década de setenta, quando cheguei nesta cidade, atuando na criação de inúmeras associações comunitárias; movimentos de
ruas; pessoas sem teto; dos inquilinos; dos programas habitacionais; presidente da liga de futebol amador; juiz de futebol e jogador; como carnavalesco e como primeiro advogado da cidade em defesa da comunidade. CF: O senhor já possui uma trajetória política ou essa será sua primeira candidatura? AO: Fui fundador e presidente do PDT – Partido Democrático Trabalhista (partido do Brizola); criador e presidente da Associação dos Advogados de Ceilândia; praticante de karatê desde 2009 e atual faixa preta, jornalista e professor universitário; advocacia em todas as áreas e instâncias. Fui candidato a deputado distrital em 1998.
recursos públicos às cidades satélites, com o fracionamento das grandes licitações. CF: Quais suas pretensões frente à Câmara Legislativa do Distrito Federal e quais são suas propostas ligadas a Ceilândia? AO: Criação de novos empregos e na melhoria nas condições de trabalho dos empregados; criação de creches por tempo integral a todas as crianças, etc.
CF: Qual a linha de frente de seu trabalho de campanha eleitoral? AO: Unir os partidos de esquerda numa frente única contra as grandes empresas e seus empresários-políticos, pela justa distribuição dos
foto Divulgação
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DIVA | 05
CEILÂNDIA EM FOCO
DIVA
Coluna
ELIZABETE ADELAIDE - ARTISTA PLÁSTICA CEILANDENSE por
Pâmela Paiva
de arteterapia uso da arte de forma terapêutica para incentivar a criatividade, comunicação)
e cromoterapia tratamento através das cores que estabelece o equilíbrio e a harmonia entre corpo, mente e emoções Mandala confeccionada a partir de balões estourados, feita com adolescentes do lar transitório Casa da Criança Batuíra foto Elizabete Adelaide
Ao longo destes meses, o Ceilândia em Foco apresentou à comunidade mulheres que atuam de maneiras diversas dentro da cidade e como seus trabalhos agregam valor e transformam a vida dos moradores que convivem com estas que chamamos carinhosamente de ‘Diva’. Nesta edição, trazemos Elizabete Adelaide: arte-
Exposições no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) de Ceilândia, cenografia dos palcos da Feira Internacional
sã, artista plástica e técnica em saúde. Como a maioria de nossas personagens, Elizabete veio com a família no processo de remoção dos moradores da Vila do I.A.P.I para Ceilândia, onde “só existia um lindo cerrado que ficava próximo de casa”, relembra. Apesar dos pais não terem aceitado tão facilmente a escolha de Elizabete pelo
de Artesanato Brasília (Finnar), pinturas em telas e reaproveitamento de materiais em desuso são exemplos de trabalhos que Elizabete faz.
caminho artístico, indiretamente sempre a apoiaram. Ela ressalta que “por mais que meu pai não gostasse que eu fosse artista plástica, porque achava que não tinha retorno financeiro, sempre que eu pedia para me ajudar em alguma obra ou trabalho ele estava ali me ajudando”. O trabalho de artesã também tem suma importância na vida da artista, foi através do artesanato que aprimorou o entendimento sobre os diferentes tipos de materiais que podem ser reaproveitados e utilizados para decorar ambientes. Trabalho social Voluntariamente, Elizabete oferece oficinas
em instituições carentes da comunidade. “Crianças, adolescentes e adultos descobrem que objetos como balões estourados, por exemplo, que seriam jogados no lixo são matéria-prima para a criação de mandalas e toalhas de mesas. Restos de madeira ou garrafas de plástico se transformam em peças decorativas, assim exponho também o cuidado que devemos ter com o meio ambiente”, explica.
PREMIAÇÕES RECEBIDAS PELA ELIZABETE • Concurso de Obras de Arte do Sesc • Concurso de Obras de Arte do Superior Tribunal de Justiça
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06 | COMPORTAMENTO
CEILÂNDIA EM FOCO
COMPORTAMENTO
SAÚDE AGORA APONTA DESCONTENTAMENTO COM A GESTÃO DA SAÚDE por
Ceilândia em Foco
Federal, denunciar irregularidades e falhas e expor o cenário real da assistência em saúde oferecida no DF. CEILÂNDIA EM FOCO: Que tipo de informação está sendo levantado nas entrevistas? DR. GUTEMBERG: Temos a saúde como foco principal, mas perguntamos quais são os maiores problemas enfrentados pela população. A saúde é, segundo a opinião dos entrevistados, a área mais prejudicada neste governo. CF: O senhor já esperava esse resultado? foto J. Roberto Câmara Belmont
O Movimento Saúde Agora já realizou centenas de entrevistas domiciliares e dois eventos públicos em
Ceilândia. Idealizado pelo presidente licenciado do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal, Dr. Gutem-
berg, tem como objetivo colher opiniões dos usuários e profissionais do sistema público de saúde do Distrito
DG: Sim, mas a quantidade de pessoas que dizem isso é surpreendentemente grande – a segurança pública vem lá atrás, com um terço das citações feitas à saúde.
CF: E o que, na Saúde, é o maior problema? DG: São a falta de profissionais e o sucateamento do material de trabalho. Depois vem a falta de leitos de UTI. CF: Surpreende as pessoas não falarem tanto da qualidade do atendimento? DG: Não. Ao longo dos anos, em pesquisas que o Sindicato dos Médicos costuma fazer e nas visitas que faço às unidades de saúde, vemos que, quando as pessoas conseguem o atendimento ficam satisfeitas. A grande dificuldade sempre foi o acesso aos serviços, o que piorou neste governo, que deixa faltar profissionais, equipamentos, medicamentos, materiais e agora está deixando faltar até limpeza nas unidades de saúde.
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FICA A DICA | 07
CEILÂNDIA EM FOCO
FICA A DICA
Coluna
LAZER E AGITAÇÃO DOS CLUBES DE CALDAS NOVAS Destino de muitos brasilienses, Caldas é, há décadas, um dos maiores balneários de águas quentes do mundo por
Pâmela Paiva ministração local. E somente em 1923 foi criado o município de Caldas Novas. Durante esses anos de emancipação a cidade passou por transformações tanto de infraestrutura, bem como dos moradores.
foto hoteis.com
Desta vez, o destino do Fica a Dica foi a pequena cidade de Caldas Novas, no sul do estado de Goiás, conhecida em todo o país por suas famosas águas termais. Fissuras nas rochas fazem o líquido escorrer para o subsolo. O calor e a pressão da profundidade aquecem a água até que ela jorre novamente para fora. Em Caldas Novas se encontram nascentes com temperatura entre 34°C e 75°C.
O balneário de cerca de 85 mil moradores comporta chalés, hotéis, pousadas, restaurantes, lojas e bares que recebem três milhões de turistas - brasileiros e estrangeiros – anualmente, que aproveitam para relaxar, descansar e nadar até enrugar a pele nas águas quentes dos incontáveis clubes que existem na cidade. Se de dia a diversão fica por conta das piscinas, a noite de Caldas Novas nos convida a andar pelo centro, conhecer melhor a cidade ou ir às compras. A praça Mestre Orlando,
típica de cidade do interior, abriga banquinhos, artistas de rua, bares e a igreja Nossa Senhora das Dores, cuja construção data de 1850, com missas matinais e noturnas aos finais de semana e aberta a visitas todos os dias. História Em 1722, a região foi, durante a interiorização do Brasil, alvo da exploração do ouro (farto nas margens dos rios que cortam a cidade). Logo depois, foram descobertas as propriedades terapêuticas
Clube Também não resistimos a uma piscina quentinha neste inverno e fomos aproveitar um dia de clube na cidade. Escolhemos o Thermas diRoma Hotel, parque aquático com uma enorme estrutura hoteleira, construído em meio a muito espaço verde, integrando paisagismo e arquitetura harmoniosamente. São diversas opções de piscinas: cobertas, para adultos, infantis, com bar molhado, além de toboáguas, sauna natural e ofurôs. E depois da agitação do dia todo, serestas e bingo à noite. Em Caldas Novas existem dezenas de complexos aquáticos, dos mais simples aos mais luxuosos, para todos os gostos e bolsos., que recebem
turista o ano inteiro. Por isso, antes de se decidir, vale a pena pesquisar as muitas opções disponíveis na internet e conferir as promoções, além dos períodos de alta e baixa temporada – o que influencia diretamente nos preços dos pacotes. Mas de uma coisa todos que visitam Caldas têm certeza: vale muito a pena. Quanto custa? O day-use no Thermas diRoma Hotel custa R$ 170,00. Refeições ou bebidas não inclusas no valor do ingresso. Onde fica? Rua São Cristóvão, 1110- Solar de Caldas.
Natureza Mas nem só de piscina vivem os caldenses. Para aqueles que querem fugir das piscinas e da agitação, o balneário compreende o Parque Estadual Serra de Caldas, criado para proteger o principal ponto de recarga do lençol
termal da região. As belezas da fauna e flora do cerrado brasileiro enfeitam e colorem as trilhas da Cascatinha (800m) e Paredão (2 km), além do mirante que possibilita o avistamento de toda a cidade de Caldas Novas, com 123 quilômetros quadrados de extensão da área verde. Apesar de considerada de fácil acesso, são recomendados o uso de roupas e sapatos apropriados. Lembrar de levar água, alimentos e protetor solar. Não é permitida a entrada com bebidas alcoólicas. Funcionamento? De terça a domingo, das 8h às 17h, porém só é permitido entrar até às 15h. Quanto custa? R$ 5,00 para turistas adultos e R$ 2,00 para crianças, idosos e moradores de Goiás. Como chegar? Acesso pela Avenida Bento de Godoy, sentido Uberlândia.
Não sabe o caminho? A gente te ensina! De Brasília a Caldas Novas via Goiânia - 399 km. Este trajeto possui 260 km de estrada duplicada entre Brasília e Bela Vista de Goiás pela BR-060. Neste trajeto passamos por dois pedágios que somam R$ 5,50. Após a cidade de Bela Vista, entrar à direita no trevo para Piracanjuba, essa estrada é de mão dupla, são cerca de 80 km até chegar no destino final.
águas termais acima de 37ºC são eficazes para tratar doenças do sistema digestivo, respiratório, dores reumáticas, alergias e alívio do cansaço físico e mental
das águas do Rio Quente, e com a fama começou a se formar a população da cidade. Primeiro, a região era submetida ao município de Santa Cruz, no sertão goiano. Anos depois, Vila Bela de Morrinhos se tornou responsável pela ad-
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08 | CULTURA
CEILÂNDIA EM FOCO
CULTURA
O Som da Cidade
O TALENTO DE RIVA SANTANA por
Poliana Franco
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foto Divulgação
Há décadas o piauiense Riva Santana adotou o Distrito Federal como lar. Músico, compositor, intérprete, produtor musical e arte educador, Riva vem, de longa data, cantando em espaços de cultura, clubes, bares e boates do DF, levando como companheiros de palco o violão, cavaquinho, guitarra, viola caipira e instrumentos de percussão. Multi-instrumentista, Riva tem no currículo muitos discos produzidos e gravados com canções autorais e parcerias diversas, levando música popular e de raiz em suas apresentações.
O talento o levou à participação e premiação em importantes festivais de música Brasil afora, embora muitos brasilienses – e ceilandenses – ainda não conheçam seu trabalho e potencial artístico. Saber dividido Com tanto já aprendido em décadas de carreira e vivendo em Ceilândia, Riva decidiu dividir com a comunidade parte dos saberes. Desenvolveu projetos culturais de ensino da arte musical, como: • Arte para a Cidadania: Projeto de ensino de violão
e teclado a alunos de escolas públicas de Ceilândia, visando a formação básica e cidadã. Atualmente, o projeto funciona no CEF 10 de Ceilândia Norte, na EQNN 23/25. • Cantando o São Francisco: Divulga a música regional brasileira e defesa do meio ambiente, com apresentações artístico-musicais em feiras livres e escolas. Além disso, criou o ‘Nordestinos Candangos’, grupo musical que leva música brasileira formado pelo trio – Riva Santana, Diró Nolasco e Luizão do Forró.
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CULTURA | 09
CEILÂNDIA EM FOCO
CULTURA
MEDIATO Projeto proporciona experiência teatral com alunos de escolas públicas CRUZADAS
Contato: www.projetomediato.com publicidade
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SOLUÇÕES
• mediação de espetáculos; • projeto de teatro para escolas; • formação de público; • educação estética.
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ATUAÇÃO DO PROJETO MEDIATO:
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2 8 5 3 4 7 9 6 1
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SUDOKU
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Regiões do Distrito Federal. O público – alunos e professores - é envolvido em ações pedagógicas chamadas de mediação antes e depois dos espetáculos, debatendo temas e se familiarizando com as artes cênicas
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Desde 2014, o projeto Mediato – diálogo com espectadores - facilita o acesso do público ao teatro, seja no transporte e gratuidade dos ingressos, seja na compreensão, envolvendo alunos de escolas públicas de diversas
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Diálogo com artistas dentro do projeto Mediato foto Dani Dumoullin
e com todo o universo que envolve o teatro. Assim, fica mais fácil compreender e debater sobre o que foi visto e aprendido. O projeto Mediato é composto por profissionais de artes cênicas e artes visuais, que ministram oficinas, tem apoio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) e compreende: • Caderno de Mediação: material didático impresso e/ou digital sobre o espetáculo produzido para estudantes e professores. • Três encontros com as turmas de alunos, sendo: Primeiro dia: mediação com o objetivo de sensibilizar e contextualizar, dilatando os sentidos. Segundo dia: espetáculo. Terceiro dia: mediação com debate estético e produção poética, momento reflexivo e criativo. • Bate papo com artistas logo após o espetáculo. Durante este ano, mais de três mil alunos de escolas públicas serão beneficiados com o projeto, como o CEF 18, de Ceilândia, por onde o Mediato já passou.
WWW.COQUETEL.COM.BR
8 6 3 1 7 4 5 9 2
Poliana Franco
4 2 9 6 5 3 1 7 8
por
10 | DEDO DE PROSA E A VOZ DO LEITOR
DEDO DE PROSA
CEILÂNDIA EM FOCO
Coluna
CONFRONTO por
Carlos Drummond de Andrade
A suntuosa Brasília, a esquálida Ceilândia contemplam-se. Qual delas falará primeiro? Que tem a dizer ou a esconder uma em face da outra? Que mágoas, que ressentimentos prestes a saltar da goela coletiva e não se exprimem? Por que Ceilândia fere o majestoso orgulho da flórea Capital? Por que Brasília resplandece ante a pobreza exposta dos casebres de Ceilândia, filhos da majestade de Brasília? E pensam-se, remiram-se em silêncio as gêmeas criações do gênio brasileiro
A VOZ DO LEITOR
Coluna
A VOZ DO LEITOR JORNALISMO DE QUALIDADE TEM NOME: CEILÂNDIA EM FOCO
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TÁ COM FOME DE QUÊ? | 11
CEILÂNDIA EM FOCO
TÁ COM FOME DE QUÊ?
Coluna
DELÍCIA DAS ARÁBIAS por
Poliana Franco
Diz a história que as esfirras (ou esfihas) são originárias do Líbano e da Síria e levavam carne de carneiro no recheio; de lá, ganharam o mundo através dos imigrantes e hoje é comida de restaurantes e fast food’s, com ingredientes abrasileirados e recheios diversos como carne moída, queijo, frango, calabresa. Se trata de uma tortinha assada, originalmente aberta, com bordas suculentas, sendo apenas um dos inúmeros pratos que compõem a culinária árabe (que não se restringe a esfirras e quibes, como muitos pensam). O disco é assado na hora, chega à mesa quentinho e polvilhado de uma gosto-
sa farinha de milho, servido com um pedaço de limão para ser espremido direto na esfirra - que fica ainda mais gostosa saboreada com as mãos mesmo. Onde encontrar Pena Ceilândia não ter um restaurante especializado difundindo a cultura e vasta gastronomia árabe. O máximo que temos por aqui são esfirras, quibes e beirutes em redes de lanchonete fast food. Há, também, hamburguerias e pizzarias que dividem o cardápio com esfirras abertas. Mesmo com poucas opções, já dá para conhecer um pouco dos sabores – em
foto Divulgação
Ceilândia, com o Habib’s, no Shopping JK, onde cada esfirra custa, em média, R$ 2 reais, com algumas promoções como: compre 10 unidades e leve 15. Vale a pena comprar uma porção delas de sabores diversos.
Hoje existem opções como esfirras doces, ou feitas de farinha integral, ou ainda com recheios de ricota ou de legumes – para os
mais preocupados com a silhueta. Mas as opções em Ceilândia são de esfirras de farinha de trigo e recheios tradicionais.
Esgoto a céu aberto
E AGORA, RODRIGO? SHSN - Chácara 115A, conjunto C
Brasília não está no rumo certo.
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