R$ 4,74 bilhões do Leão para Lula gastar A Receita caçou R$ 1,482 bilhão a mais do que esperava, enquanto o IPI rendeu o excesso de R$ 1,680 bilhão. Isto permite ao governo Lula um palavrão: o descontingenciamento. Página 4 Ano 81 - Nº 22.181
São Paulo, terça-feira 1 de agosto de 2006
R$ 0,60
Jornal do empreendedor
Fidel operado
Edição concluída às 23h55
Em Logo w w w. d co m e rc i o. co m . b r Luiz Prado/LUZ
Somos todos atração na TV GCM Treze câmeras de segurança filmam, desde ontem, 65 ruas do Centro, entre elas, a Xavier de Toledo, Sete de Abril e 24 de Maio. É a Guarda Civil Metropolitana em ação, equipada para observar, dia e noite, até pequenos detalhes como a placa de um carro. Em setembro, outras 22 câmeras serão ativadas para vigiar mais vias do Centro, inclusive a 25 de Março. Cidades/1
Filipe Araújo/AE
Comércio quer um presente no Dia dos Pais
O inverno voltou
A data será comemorada no dia 13, mas grandes redes e shopppings de SP já estão prontos para vender. Campanhas criativas não faltam para atrair os filhos. Eco/1
São Paulo recuperou sua antiga garoa e tremeu com a tarde mais fria do ano. E hoje tem mais. Pág. 3
ALCKMIN VENCERIA LULA. EM SÃO PAULO Página 8
Paulo Pampolin/Hype
Lefteris Pitarakis/AP
Libaneses fogem da aviação de Israel O governo israelense anunciou ontem que vai retomar os ataques aéreos e ampliar a ofensiva terrestre até o fim do Hezbollah. Pág. 4 HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 21º C. Mínima 10º C.
AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 22º C. Mínima 11º C.
Negócio melhor por um fio Rede sem fio beneficia o cliente e o negócio. Este é um dos assuntos do Informática
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 -.OPINIÃO
terça-feira, 1 de agosto de 2006
RESENHA
NACIONAL
EU, VEDOIN, CONFESSO sugerir ao parlamentar a indicação; QUE muitas vezes o parlamentar, por uma questão de comodidade, chegava a repassar a senha necessária para a indicação de entidades beneficiadas; QUE com a mesma senha, era possível ao grupo acompanhar a execução das emendas e, inclusive, se necessário, alterar as entidades beneficiadas; QUE com essa senha, também era possível fazer o remanejamento de valores; QUE todos os parlamentares tinham conhecimento do futuro direcionamento do processo licitatório; QUE normalmente os parlamentares cobravam cerca de 10% sobre o valor
Roberto Alvarenga
C
omo foi montada a Máfia dos sanguessugas que movimentou pouco mais de R$ 100 milhões do Orçamento da União para a compra superfaturada de ambulâncias? Como ela operou nos últimos cinco anos? O depoimento prestado à Justiça do Mato Grosso pelo empresário Luiz Antonio Vedoin, o cabeça da máfia, tem 146 páginas. E a ser verdadeiro no todo ou em parte, é estarrecedor. Atinge em cheio a imagem do Congresso. Alguns pontos: QUE o procedimento de direcionamento dos licitações pode ser dividido, basicamente, em três fases; QUE uma primeira fase consistia na
Visão perigosa MARCEL SOLIMEO
M
Beto Barata/AE
Vedoin fez o raio-X dos sanguessugas
obtenção de emendas parlamentares destinadas à saúde, para fins de aquisição de unidades móveis de saúde e de equipamentos médicohospitalares; QUE normalmente, era pedido aos parlamentares que fizessem emendas genéricas, isto é, sem a definição da entidade beneficiada com os recursos; QUE a não definição da entidade beneficiada facilitava os contatos nos municípios e nas entidades; QUE normalmente, os recursos das emendas eram direcionados para entidades nas quais se tinha maiores facilidades no direcionamento da licitação; QUE na maioria das vezes, eram os próprios parlamentares quem indicavam as entidades beneficiadas; QUE algumas vezes, era o próprio grupo quem, em contato com as entidades, acabava por
das emendas; QUE teve parlamentar que chegou a cobrar 15%; QUE normalmente, 2% ou 3% eram pagos quando da realização da emenda, outros 2% ou 3% quando do empenho e o restante quando do pagamento do município à empresa; QUE normalmente, entravam no Congresso Nacional com o dinheiro dentro do paletó o interrogando e o acusado Ronildo; QUE, segundo o interrogando não seria muito difícil a Justiça ter acesso às empresas e entidades que costumeiramente operam com os deputados; bastaria fazer um levantamento dos últimos anos das emendas individuais realizadas pelos deputados. TRECHOS DO DEPOIMENTO DE LUIZ ANTONIO VEDOIN REPRODUZIDOS NO
BLOG DO NOBLAT HTTP://NOBLAT1.ESTADAO.COM.BR/
A máfia sugou R$ 100 milhões do Orçamento
Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente em exercício Alencar Burti Presidente licenciado Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi
Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)
Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: , Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046
atéria publicada no Estadão do dia 26 último informa que a Prefeitura vai realizar uma licitação para a substituição das placas indicativas das ruas de São Paulo, a qual se insere, segundo Regina Monteiro, na proposta de Tolerância Zero contra a poluição visual, que se encontra em apreciação na Câmara Municipal. O projeto proíbe todo tipo de anúncio publicitário, como outdoors, anúncios luminosos, cartazes e propagandas em fachadas de prédios, telões eletrônicos e até propaganda em bicicletas, carros e trailers. Embora não mencionado na matéria, a proposta da Prefeitura limita drasticamente o "anúncio indicativo", pelo qual as empresas se identificam e informam a clientes e consumidores o que fazem. Segundo a diretora de Meio Ambiente e Paisagem Urbana da Emurb, "decidimos proibir tudo para criar um limite jurídico. Não somos contra a publicidade, só queremos que ela financie a construção de novos equipamentos públicos, como pontos de ônibus". Hoje, afirmou Regina Monteiro, "sem nenhum tipo de regra para regulamentar o setor, a publicidade acaba se aproveitando dos espaços públicos". Preocupam as afirmações da diretora da Emurb de que hoje não existe nenhum tipo de regra. Seguramente ela não ignora que está em vigor a Lei 13.525, de fevereiro de 2003, regulamentada por decreto de outubro do mesmo ano, com base na qual as empresas fizeram seus investimentos. Regina Monteiro não fala em aprimorar a legislação existente, mas em "proibir tudo", como se o direito das empresas que operam dentro da lei não valesse. Fica, então, a impressão de que como essa legislação não é do seu agrado, ela não a considera válida. Preocupa mais, no entanto, o fato de que ela parece considerar - e o projeto de lei reflete isso - que o setor privado não tem direito sobre o seu "espaço", seja a fachada de seu prédio, seu carro ou sua bicicleta, e que a questão da sobre-
vivência ou não das empresas de publicidade, que serão drasticamente atingidas se o projeto for convertido em lei, fosse absolutamente irrelevante. A desconsideração pelo impacto das restrições sobre as atividades econômicas é tamanha que o projeto estabelece um prazo de 60 dias para que todos se adaptem à nova lei, passando, então, a incorrer em pesadas multas. Ao invés de cumprir sua obrigação de fiscalizar a publicidade externa com base na legislação em vigor, para o que cobra a TFA, e punir os infratores, enquanto se discute o aprimoramento das regras vigentes, parte-se para o caminho radical de "proibir tudo", revelando um viés autoritário que desconsidera os custos dessa decisão, tanto para as empresas, como para os trabalhadores. Ninguém nega haver excessos na publicidade externa, podendo, em alguns casos, se caracterizar como "poluição visual", mas, regra geral, isso resulta da omissão da Prefeitura, a qual se verifica também em relação à outras formas de "poluição" mais graves, como a invasão de ambulantes nas ruas centrais da cidade.
O
grau de intervenção pretendido pela Prefeitura com o projeto de lei 179/06 não parece condizente com um país em que a Constituição assegura a liberdade de iniciativa, o que implica em estabilidade de regras e respeito aos direitos, revelando uma visão não apenas elitista com o que considera "poluição visual", como, pior, uma concepção de Estado como senhor absoluto de tudo e, portanto, o poder concedente de "permissões", sem as quais nada pode ser feito. O prefeito Gilberto Kassab, que sempre se revelou um homem da livre iniciativa e disposto ao diálogo, precisa reavaliar a posição da Prefeitura em relação ao projeto que trata da publicidade, buscando encontrar um meio termo entre a bagunça atual e o desejo de reduzir a "poluição visual", sem o radicalismo e intervencionismo da proposta.
O prefeito Kassab precisa reavaliar o projeto que combate a "poluição visual"
JOÃO DE SCANTIMBURGO
DINOSSAURO FAMINTO
E
ssa é a imagem que me veio a cabeça ao ler nos jornais de ontem sobre o gasto com o funcionalismo, que atinge recordes. Isto quer dizer que o funcionalismo chegará neste ano, ano de eleição, lembre-se logo, com a administração pública federal mais volumosa, dificultando ainda mais o diálogo das forças produtivas com o governo. No tempo do governo de Paulo Maluf e dos quatro assessores que o acompanharam desde o primeiro dia, fui recebido por um dos membros da assessoria com despacho burocrático na Fazenda, cujo nome infelizmente não guardei, embora o considerasse obra-prima da maneira burocrática de despachar sem dizer nada. Literatura antológica do funcionalismo, exemplo de quem usa sem usar, pois as palavras que foram usadas no despacho não condiziam em nada com o que deveria ser dito. É o que faz a burocracia. G O regime
democrático tem muitas virtudes, mas o nosso, com muitos defeitos, favorece a um candidato que se elegeria sem o recurso ignóbil do burocratismo.
Nova temporada de fusões P MAURO JOHASHI
A
té o final dos anos 80 o País não apresentava vocação para fusões e aquisições. A partir da década de 90, com a abertura do mercado e as perspectivas de que a economia brasileira ingressaria por caminhos mais ortodoxos, o Brasil começou a fazer parte do grupo de países com potencial interesse de investidores e multinacionais. As informações ainda são muito restritas e praticamente focadas nas grandes corporações. Já nas pequenas e médias companhias, fusões e aquisições revelam-se mecanismos muito comuns, mas cuja análise é de difícil quantificação e qualificação. O final da década de 90 e o início do século 21 representaram um período delicado. Processos de investimentos em nível mundial foram intimidados pelas crises asiática e russa, pelos efeitos da política cambial e da insegurança política em 2002. (Este, inclusive, foi o ano com o menor número de transações desde 1996 – cerca de 227, segundo estudos da KPMG). Os últimos dois anos foram marcados por um ambiente de manutenção político-econômica, retomando a tendência de crescimento no número de transações. O reaquecimento das fusões favoreceu sobremaneira as instituições financeiras, indústrias química, farmacêutica, petroquímica, elétrico eletrônica, tabagista, de alimentos e bebidas, siderúrgica, metalúrgica, além de transportes e autopeças. Apesar de não haver estatísticas confiáveis na pequena e média empresa no Brasil, pode-se inferir que esse segmento teve um comportamento semelhante, logicamente em uma proporção muito maior. Podemos identificar entre as principais motivações para se investir nessas transações o aumento de participação no mercado, a atuação
em novas regiões geográficas, ganho de escala de produção e um mix ampliado de negócios e produtos. Esse processo não significa de forma alguma o sucesso do negócio. As principais dificuldades são institucionais e legais (aval do Cade, sindicatos, empregados), a transparência na elaboração de demonstrativos econômicos e financeiros, as diferenças culturais e preços de negociação abaixo do valor da empresa. União de forças entre empresas depende da superação de tais obstáculos a partir de um planejamento estratégico extremamente focado nesse processo, envolvendo todas as fases de transição do processo de fusão e aquisição e os resultados esperados. A fase de implementação será acompanhada por um monitoramento com os resultados esperados, de forma que, com um acompanhamento intensivo, possa se avaliar se o realizado está de acordo com as expectativas iniciais ou se existe a necessidade de algumas reavaliações e alterações de curso.
E
studos realizados por instituições financeiras indicam que no grupo de países com condições sólidas de crescimento estão China, Rússia, Índia e Brasil. Portanto, caminhando sobre regras econômicas estáveis e sólidas, em um ambiente político que contribua para o fortalecimento da democracia e o respeito aos poderes independentes, o Brasil tende a gerar um apetite natural de processos de fusões e aquisições. Caberá ao empresário brasileiro se preparar para tal cenário, com busca da competitividade, melhoria da qualidade e eficiência na administração. MAURO JOHASHI É DIRETOR DE CORPORATE FINANCE &RISK MANAGEMENT DA RCS AUDITORIA E CONSULTORIA
A união de forças entre empresas depende da superação de obstáculos
ara se fazer uma idéia do atual burocratismo, tenha-se presente que no período do governo FHC o funcionalismo custava R$ 1,856 milhão, indo para R$ 1,957 milhão sob a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva. É o mal dos regimes como o atual, em que o presidente pode disputar a reeleição sem deixar o cargo, o que o leva a desfazer-se de compromissos morais para com a Administração Pública e a adotar ligações imorais para se reeleger. É o que foi feito por nossos legisladores fantásticos, legisladores que deixaram nas mãos do titular da Presidência privilégios de que ele poderia dispor. Tenho escrito numerosas vezes contra o burocratismo, a exemplo do atual, que seria usado por outro candidato que não o presidente da República, por ser-lhe concedido assim proceder. Não há dúvida que o regime democrático tem muitas virtudes, mas o nosso, com muitos defeitos, que poderiam ser neutralizados e não o foram, favorece a um candidato que se elegeria sem esse recurso ignóbil do burocratismo. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 1 de agosto de 2006
3
Política 'LULA FALANDO DE ÉTICA Veja também o resultado da última pesquisa do Ibope em São Paulo na página 8.
Fábio Motta/AE
É PIADA', DIZ ALCKMIN. Candidato tucano à presidência diz ter 'nojo' e 'ódio' de corrupção e afirma que discurso de Lula 'é bravata'.
P
Candidata do PSol: caminhada, acusações e ironias.
HELOÍSA: 'NÃO VALE MANDAR ME MATAR'. candidata do PSol à presidência, Heloísa Helena, acusou ontem o PT de usar meios escusos para se manter no poder. A senadora disse que está cansada de ter sua candidatura "perversamente atacada" pelos ministros do governo Lula e fez um apelo inusitado: pediu que só não a matem. A candidata afirmou ainda que sua campanha não tem "mensaleiros, sanguessugas, ladrões de terno e gravata e assassinos". "Eu quero fazer um apelo: só não mandem me matar. Porque dizem que ali (no PT) tem de tudo. Sou mãe de família, quero continuar criando meus filhos. Por favor, no vale-tudo, não vale mandar me matar porque sei que são capazes de mentir, de caluniar e de roubar. Portanto, tirem as patas da
A
minha campanha e me deixem calmamente, civilizadamente trabalhar", disse. Em entrevista depois do discurso, durante um corpo-a-corpo na Baixada Fluminense, a senadora pediu ao presidente Lula que pare de mandar os ministros do governo baterem boca com ela pela imprensa. Heloísa Helena, que está em segundo lugar na pesquisa de intenção de voto no Rio, segundo o Ibope, fez corpo-a-corpo em Duque de Caxias e Nova Iguaçu. No município administrado pelo petista Lindberg Farias (PT), Heloísa Helena foi muito assediada pelos eleitores. Em discurso no calçadão, disse que o PT está com inveja do crescimento dela nas pesquisas. "Eles morrem de inveja e de raiva", disse a senadora. (AG)
TSE LANÇA O 'VOTA BRASIL'
s recentes escândalos de corrupção envolvendo a classe política levaram o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a mudar o foco da campanha institucional tradicionalmente feita pela Justiça Eleitoral, que teve início ontem no rádio e na TV. Motivado por pesquisas indicando a insatisfação do eleitor com a onda de escândalos, o TSE quis chamar a atenção do eleitor para a importância do voto consciente na escolha dos governantes, com o tema "Vota, Brasil. O
O
Brasil está nas suas mãos'. O TSE trocou antigas abordagens que mostravam as eleições como uma festa democrática por um cenário mais sério, em que atores mostram e discutem a importância das eleições e da escolha. Até as eleições serão veiculados 32 filmes, de trinta segundos a um minuto cada um, totalizando 10 minutos diários de inserções. O Tribunal também produzirá pequenos folhetos com espaço para que o eleitor leve a 'cola' no dia da votação. (AG)
rovocado por eleitores que pediam mais ataques contra o governo federal, o candidato do PSDB à presidência, Geraldo Alckmin, elevou ontem o tom ao dizer que tem "nojo" e "ódio" de corrupção e incompetência e que o fato de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursar em torno da ética parece piada. Num discurso fora do padrão ameno habitual, enquanto caminhava por entre barracas de frutas e legumes do Mercado Municipal de São Paulo, Alckmin disse que seu sentimento se estende a todos os que tiverem comprovado o envolvimento em escândalos, inclusive integrantes do próprio PSDB e de partidos da base aliada. Indagado sobre a declaração de Lula de que a oposição andava "desaforada', Alckmin partiu para o contra-ataque. "Bravata, né? (O Lula ) querer falar em ética parece piada. Eu tenho respeito pelas pessoas, mas quero deixar claro que tenho ódio e nojo de corrupção e incompetência, que prejudicam o povo brasileiro. Isso é inadmissível e temos que agir com firmeza", disse, em entrevista coletiva. Depois de devorar um pastel de bacalhau e um sanduíche de mortadela, além de pedaços de atemoya e cerejas e goles de Coca-cola e café, o tucano mostrou-se disposto a seguir as recomendações que acabara de receber. "Não podemos deixar de nos indignar com aquilo que está errado", afirmou o candidato, acompanhado de um pequeno grupo de tucanos formado em sua maioria por vereadores. Alckmin esteve acompanhado de cinco vereadores tu-
Rogério Cassimiro/Folha Imagem
Presidenciável tucano: quitutes e ataques durante visita ao Mercado Municipal de São Paulo.
canos da capital paulista e, durante o trajeto, abraçou e cumprimentou vários eleitores. Crescimento – O candidato da coligação tucana voltou a dizer que o grande desafio do País é o crescimento sustentável. Alckmin prometeu, novamente, manter a inflação sob controle, reduzir juros e impostos, e propiciar um desenvolvimento que se pode sustentar. Ao falar da maior reivindicação dos eleitores que o abordaram no Mercado Municipal, a geração de vagas de trabalho, o candidato evitou falar em números, mas prom e t e u s e e m p e n h a r- s e a o máximo para isso. "Nossa agenda será a do crescimento." Alckmin rebateu ainda a estratégia adotada por alguns dirigentes petistas de pedir a investigação do governo do expresidente Fernando Henri-
que Cardoso no escândalo dos sanguessugas. "Eles (petistas) querem generalizar a conduta errada, e não aprenderam com a crise." Mas advertiu que, se houver alguém dos partidos que apóiam a candidatura dele envolvido neste escândalo, tudo deve ser apurado e os responsáveis, punidos. Em entrevista ao telejornal "SBT Brasil", do SBT, ele defendeu, mais uma vez, a Reforma Tributária. "Nós vamos trabalhar para melhorar a questão fiscal. Os juros no Brasil não caem mais fortemente porque governo gasta muito e mal." Gafe – O coordenador nacional da campanha, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), cometeu uma gafe ao justificar o fato do presidente Lula estar melhor do que o tucano nas pesquisas de intenção de votos
feitas no Nordeste. Guerra disse que em regiões atrasadas como no Nordeste o avanço do candidato do PSDB é mais lento. "O grau de conhecimento do candidato evolui lentamente em regiões atrasadas econômica e socialmente como as nossas", declarou Guerra, em entrevista em Curitiba. Guerra disse ainda que o grande esforço da candidatura tem sido "fazer a população acreditar que há caminhos para o Brasil melhorar". "O País está absolutamente endividado e desacreditado", afirmou. E criticou Lula . "Ele não cumpriu as bandeiras de seu partido desde o primeiro dia", afirmou. "Ao invés de reforma política, fez o 'mensalão', ao invés de uma maioria, tratou de desestruturar os partidos, subornando parlamentares." (Agências)
CANDIDATURA LOTA AGENDA OFICIAL presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará de atividades de campanha seis vezes por semana a partir do horário eleitoral gratuito, no dia 15 de agosto. Na agenda preparada pelo comitê da reeleição há 48 eventos previstos com a participação de Lula até o primeiro turno, em 1º de outubro. O único dia da semana em que será presidente em horário integral, de manhã à noite, será quinta-feira. Mesmo assim, está decidido que ele viajará nesse dia para participar de "vistorias" de obras. "Se nas campanhas anteriores, quando o PT era oposição, a demanda pela presença de Lula nos eventos era três vezes superior ao que ele podia cumprir, imagine agora", afirmou César Alvarez, coordenador da agenda de campanha.
Roosewelt Pinheiro/ABr
O
Lula: a partir de agora, agenda 100% presidencial apenas às quintas.
Reunião – Uma reunião realizada ontem no comitê petista mostrou que, na prática, é mesmo "quase inseparável" ser presidente e candidato, como disse Lula no sábado, em Porto Alegre. Pelo cronograma, o
presidente-candidato reunirá o Conselho Político de sua campanha – formado pelos partidos que lhe dão sustentação no Congresso (PT, PCdoB, PSB, PMDB, PL, PTB e PRB) – toda segunda-feira depois do
expediente no Planalto, que nesse dia acabará mais cedo. Nas noites de terça, Lula viajará pelo País em campanha. As quartas, também à noite, serão dedicadas a reuniões e atos em Brasília. Quinta-feira ele terá compromissos exclusivamente como presidente. A Lei Eleitoral impede que participe de inaugurações mas a proibição pode ser driblada com inspeções e vistorias de obras fora de Brasília. Por fim, de sexta à noite até domingo o presidente fará caminhadas, comícios e comandará reuniões. Licença – O diretor-geral brasileiro da hidrelétrica de Itaipu, Jorge Samek, formalizou seu pedido de licença temporária e sem remuneração. A partir de agora, Samek passa a ser o coordenador, no Paraná, da campanha de Lula. (Agências)
terça-feira, 1 de agosto de 2006
Empresas Finanças Nacional Agronegócio
DIÁRIO DO COMÉRCIO
CADEIA DO ÁLCOOL NA MIRA DO FISCO
5
7
bilhões de dólares é quanto a Petrobras vai gastar neste ano em equipamentos para perfuração de poços
ECONOMISTA DO SENADO ALERTA PARA A NECESSIDADE DE CONTENÇÃO DO GASTO PÚBLICO
PAÍS À BEIRA DE UMA CRISE FISCAL
O
consultor econômico do Senado, Marcos Mendes, prevê que o Brasil mergulhará numa crise fiscal nos próximos anos por conta do aumento do gasto público. Segundo o economista, o crescimento das despesas tem sido observado ao longos dos últimos anos e não se restringe ao fato de ser um período eleitoral. "O grande problema é que os itens de gastos que estão aumentando são permanentes. Quando você aumenta as despesas com pessoal ou reajusta o salário mínimo, é muito difícil comprimir isso depois. Esses gastos vêm para ficar", avaliou Mendes. . De acordo com o economista, desde 1996, o gasto corrente tem crescido fortemente, e o governo tem aumentado a carga tributária para fazer frente a isso. "Mas a carga tributária está chegando a seu nível máximo. Daqui para a frente será muito difícil aumentar mais impostos", afirmou. Controle – Segundo o consultor, o desafio do próximo governo será enfrentar a questão fiscal e "reconhecer que é um problema". "Não temos ou-
Lumi Zunica/AE
tra solução que não controlar o gasto público. Se não fizermos isso, estaremos condenados a ter uma baixa taxa de crescimento", alertou. Mendes ressaltou que o superávit primário é um primeiro passo para fazer um ajuste fiscal, mas será preciso ir muito além. "Nós estamos desde 1999 gerando superávit primário, mas estamos chegando à exaustão desse processo. Para gerar esse superávit, tivemos de cortar muito investimento público e aumentar demais a carga tributária porque não se teve força política para controlar a expansão do gasto corrente", explicou. "Simplesmente gerar superávit não é mais suficiente. Temos de dar um passo adiante e melhorar a qualidade do ajuste fiscal. É melhor tomar conta disso agora do que ter de tomar conta disso no meio de uma crise fiscal grave", disse o economista, que foi um dos participantes, ontem, do seminário "A Crise Fiscal que Virá: 2007-2008", promovido pelo Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial em São Paulo. (AE)
Receita já apreendeu 8,6 mil toneladas de produtos falsos
A
Alfândega da Receita Federal no Porto de Santos, no litoral sul de São Paulo, já apreendeu neste ano 8.604 toneladas de mercadorias, avaliadas em R$ 33 milhões. Também foram autuadas penalmente quase 300 pessoas. De janeiro a junho deste ano, o valor das apreensões foi 7% maior do que o volume de mercadorias recolhidas no mesmo período do ano anterior. Os produtos apreendidos foram chapas de vidro flotado, brinquedos, equipamentos de informática, CDs e DVDs, au-
topeças, roupas, calçados, artigos eletro-eletrônicos, alimentos, etc. Foram recolhidas, também, 6 mil bolsas imitando marcas famosas, 12 mil pares de tênis imitando a marca Nike e mais de 2 mil carteiras, entre outros produtos. Com a utilização de um aparelho de raio-x, a Alfândega apreendeu 4.777 frascos de suplementos alimentares, por constatar que o conteúdo da carga divergia do que havia sido declarado na guia de importação, caracterizando a falsa declaração de conteúdo. (AE)
Governo quer controlar sonegação do setor de álcool
P
Presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, assinou contrato para a construção de seis sondas de perfuração
Petrobras investe em perfurações
A
Petrobras deve dobrar seus gastos com sondas e equipamentos de perfuração de poços de petróleo neste ano, na esteira do superaquecimento do setor no mercado internacional. Segundo o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, a perspectiva é de que esses gastos atinjam US$ 7 bilhões neste ano, ou cerca de 80% do volume estimado de custos do setor de exploração e produção de petróleo, ante aproximadamente US$ 3 bilhões em 2005. Gabrielli afirmou que os custos só não serão maiores porque, desde o ano passado, a empresa vem adotando uma estratégia de antecipar a renovação de contratos que estavam por vencer até 2008 e ainda prorrogá-los por um prazo mais longo. "Com o aumento de custos que estamos verificando no mercado internacional ao longo do tempo, perce-
bemos que nossa estratégia se mostrou extremamente eficiente", comentou. A estimativa de gastos foi feita pelo presidente da Petrobras durante entrevista coletiva realizada ontem, após a assinatura de contratos para a construção de seis sondas de perfuração, que a estatal vai afretar por um prazo de cinco anos, a partir de 2009, no valor total de R$ 10,5 bilhões. As sondas serão construídas por quatro empresas brasileiras – Odebrecht, Petroserv, Queiroz Galvão e Schahin. Por se tratar de uma negociação para afretamento, a estatal apenas impôs que 90% da tripulação a operá-las seja formada por profissionais nacionais. A construção ficará a cargo das companhias contratadas, não havendo qualquer empecilho para que seja feita fora do País. "Sabemos que os estaleiros nacionais estão abarrotados
Vale de olho na mineradora Inco Gabrielli confirma nova refinaria
O
banco Bear Stearns informou ontem que acredita que a Companhia Vale do Rio Doce é potencial compradora da mineradora canadense Inco. Segundo a instituição, uma compra atingiria uma série de metas da companhia, como diversificação de portfólio, redução do risco-Brasil, maior alavancagem para sua estrutura de capital, maior conjunto de produtos para a indústria siderúrgica e aquisição de experiência e tecnologia para seus próprios projetos de níquel. A aquisição seria neutra sob o ponto de vista dos lucros, enquanto a cobertura e a valorização seriam razoáveis. O Bear, entretanto, vê impedimentos importantes como relutância e competição para fa-
zer oferta hostil, falta de experiência em aquisições grandes, nenhuma sinergia óbvia no curto prazo, revisão de agências de avaliação e risco dos preços de commodities. "Segundo nossos cálculos iniciais, uma proposta pela Inco por um nível perto de US$ 80 por ação é factível, seria bom senso estratégico e também poderia ser justificado em uma base financeira", afirmou o banco em relatório. "Mas ficaríamos preocupados se a companhia entrasse em uma guerra prolongada de preços", acrescentou a instituição. As ações da Vale caíram ontem 1,61%, enquanto o Ibovespa (principal índice da bolsa paulista) recuou 0,81%. A empresa não não quis comentar a possível negociação. (Reuters)
O
presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, confirmou ontem a intenção da empresa de construir uma refinaria de grande porte no País, com capacidade para processar 500 mil barris de petróleo por dia a partir do ano de 2014. A afirmação foi dada em entrevista após evento de assinatura de contratos para a construção de seis sondas de perfuração. A construção da nova refinaria havia sido revelada pelo diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, na semana passada, mas ainda não consta no plano estratégico da empresa estatal. Segundo o diretor, a unidade seria voltada para o processamento de produtos de alta qualidade e parte da produção seria des-
tinada à exportação. Costa afirmou que possivelmente o empreendimento seria feito sem parceiros e consistiria na maior refinaria da estatal, superando a Replan, em Campinas, que processa 360 mil barris diários de petróleo. Mas, segundo Gabrielli, a unidade só será planejada a partir de 2010, quando a Petrobras vai definir o local de instalação. "Até lá, temos que nos concentrar em outros negócios", disse o executivo, provavelmente se referindo a outras duas unidades de refino que a Petrobras estuda para o Brasil, sendo uma em parceria com a estatal venezuelana PDVSA, no Estado de Pernambuco, e outra em parceria com o Grupo Ultra, no Estado do Rio de Janeiro. (Agências)
com obras dos petroleiros e também de outras plataformas da Petrobras. Não podemos impor qualquer condição na construção por se tratarem de unidades afretadas. Mas podemos garantir que serão operadas por tripulação nacional, gerando empregos no Brasil e contribuindo para aumentar a oferta deste tipo de equipamento no mercado mundial", explicou Gabrielli, que não quis comentar o valor médio da diária das unidades. Segundo ele, a empresa prepara encomenda internacional para a construção de uma sonda que será afretada pela estatal para atuar em seus campos no Golfo do México e possivelmente na Colômbia. (AE)
reocupado com a alta dos preços do álcool em plena safra e com a possibilidade de cotações ainda mais elevadas durante a entressafra, o governo apertará o cerco contra o setor sucroalcooleiro. Rumores de maior controle tributário sobre produtores de cana-de-açúcar, usinas e revendedores de álcool combustível e do produto para fins industriais, que circulavam desde a semana passada em Brasília, foram confirmados ontem pelo ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau. "É obrigação do governo acompanhar toda a cadeia para que exista isonomia em todos os agentes de produção, da estocagem à revenda", disse o ministro. Sem dar muitos detalhes, Rondeau estabeleceu prazo para que o controle entre em vigor: novembro deste ano. Depois, admitiu que existem irregularidades no comércio sucroalcooleiro. "Existe alguma distorção porque em dado momento há confusão se o álcool é um produto agrícola ou é combustível", disse. Para o ministro, não é justo um "sujeito" vender álcool pagando todos os tributos e, eventualmente, alguém driblar isso. (AE)
4
Eleições Planalto Política Econômica Congresso
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 1 de agosto de 2006
MINISTÉRIOS GANHAM MAIS DINHEIRO PARA GASTAR
Você não pode dar aumentos que não estão previstos no orçamento. Você não pode dar aumentos que o País não suporta. Dilma Rousseff
O APETITE LEONINO DA RECEITA PERMITIU MAIS REPASSES AOS PODERES
GOVERNO ABOCANHA MAIS. E LIBERA BILHÕES.
O
s Ministérios da Fazenda e do Planejamento estão autorizados a repassar a outros órgãos do Poder Executivo, que sofreram contingenciamento orçamentário este ano, recursos que podem atingir o montante de R$ 4,74 bilhões. Outros R$ 60 milhões serão também distribuídos entre o Judiciário, o Legislativo e o Ministério Público da Federal, conforme decreto publicado no Diário Oficial da União que circulou ontem. A destinação dos recursos deverá acontecer por meio de portarias, conforme informou nota do Ministério do Planejamento. O descontingenciamento aconteceu, segundo explica o Ministério do Planejamento, em razão do “crescimento da atividade econômica e a forte atuação da fiscalização”, que permitiram aumento na receita do Imposto de Renda (mais de R$ 1,482 bilhão), apesar das reclamações da Receita Federal, e Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI (mais R$ 1,680 bilhão). Outro fator que contribuiu para a decisão do governo, segundo ainda o ministério, foi a redução na previsão do déficit d a P re v i d ê n c i a S o c i a l e m R$ 2,2 bilhões, que retrocedeu de estimados R$ 43 bilhões para R$ 40,8 bilhões. As ações do governo que contribuíram para aumento de arrecadação foram, conforme o anunciado, o crescimento da formalização do emprego, fiscalização das despesas, com destaque para o controle na concessão do auxílio-doença pelo INSS, e a revisão do pagamento de sentenças judiciais. Na semana passada, o Ministério do Planejamento anunciou a ampliação em R$ 3,2 bilhões da estimativa da receita primária líqüida de transferências constitucionais e legais para estados e municípios, também em conseqüência do aumento de arrecadação no IPI e IR. (ABr)
ELEITOR TEM CANAL PARA DENÚNCIAS
Beto Barata/AE
C Dilma pede responsabilidade e acena com possibilidade de veto
APOSENTADOS: MAIS UM VETO?
O
s aposentados que ganham mais do que um salário mínimo podem ser prejudicados caso o Congresso insista em darlhes um reajuste de 16,67%, em vez dos 5% propostos pelo governo. "Dependendo da situação, a nossa responsabilidade com o País pode levar a um prejuízo com os aposentados", disse ontem a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Ameaça – Ela se refere à possibilidade de, derrotado, o governo vetar os 16,67%. Caso isso se confirme, os aposentados correm o risco de amargar um reajuste não superior a 3,14%. Disputa – A Medida Provisória 291, que reajustou as aposentadorias maiores que um salário mínimo em 5%, é o primeiro item da pauta de votações de hoje na Câmara dos Deputados. A matéria, porém, virou palco para a disputa eleitoral. A oposição ameaça aprovar uma modificação nessa MP, elevando o reajuste para 16,67%. Sem votos suficientes para garantir
uma vitória, os governistas vêm adiando a votação desde o dia 7 de junho. Desgaste – A base parlamentar do governo não se entende sobre a estratégia para a votação da MP 291. O líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (RS), após se reunir no Palácio do Planalto com o ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, manteve sua posição de não permitir a votação do índice maior de 16,67% proposto pela oposição. Já o líder interino do governo na Câmara deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), defende a votação, mesmo que o resultado seja uma derrota e o presidente Lula tenha o desgaste de vetar o índice maior. O governo já vetou uma vez o reajuste de 16,67% para os aposentados, barrando proposta aprovada pelo Congresso durante a votação da MP que reajustou o salário mínimo. O que a oposição quer é impor um novo desgaste a Lula, obrigando-o a um segundo veto. (AE)
omeçou a funcionar ontem o Disquedenúncia de combate à ilegalidade em campanhas eleitorais. O serviço é organizado pelo Ministério Público de São Paulo e pelo pensamento Nacional das Bases Empresariais (PNBE), com representantes de todo o País. A central vai receber, entre outros, casos referentes ao uso indevido de recursos em campanhas. PNBE – A entidade levanta outras bandeiras e propõe à sociedade a discussão de um projeto de Código de Defesa do Eleitor (CDE), visando dar aos brasileiros condições de exigir conduta ética e coerente de todos os que se envolverem com eleições. Conforme a entidade, é fato notório que, para se elegerem ou mesmo receberem um cargo público, os candidatos divulgam opiniões e propostas sobre os problemas enfrentados pelo País e fazem promessas de lutar por seu equacionamento. Mas, uma vez eleitos, muitos deles contrariam a palavra empenhada, conduzem-se sem preocupação com a ética e até com relação à lei e os princípios de direito. Para Rodrigo Pinho, procurador-geral de Justiça do Estado, a iniciativa visa combater irregularidades, como o exercício abusivo de poder político e econômico por parte dos candidatos. As denúncias podem ser feitas pelo telefone 08006007400, das 8h às 20h ou pelo site (www.pnbe.org.br). Elas serão encaminhadas ao Ministério Público. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo também tem um serviço de denúncias pela internet, no site (www.tresp.gov.br). (Agências)
Eymar Mascaro
CUT X FORÇA
C
ut e Força Sindical voltam a se movimentar nos bastidores da campanha presidencial. Em resposta aos cutistas, que preparam manifestação de três mil sindicalistas em apoio a Lula, a Força Sindical de Paulinho Pereira saiu na frente e já organizou um manifesto de sindicatos e sindicalistas que aderiram à candidatura de Geraldo Alckmin. São as duas principais centrais sindicais que continuam duelando: a Cut é o braço sindical do PT enquanto a Força Sindical se coloca em posição contrária. Mas existem muitos alkmistas entre os associados de sindicatos ligados à Cut, como existem também os lulistas nas entidades que congregam a Força Sindical. Lula e Alckmin se antecipam e agradecem o apoio recebido das duas centrais.
NEUTRALIDADE Alckmin foi atrás mas não conseguiu atrair o apoio do governador do Rio Grande do Sul (7,5 milhões de votos), Germano Rigotto (PMDB). Lula também não deve ter o apoio do gaúcho, que deve manter neutralidade até as eleições.
TENDÊNCIA A mesma neutralidade deve anunciar o governador do Paraná (7 milhões de eleitores), Roberto Requião. Os peemedebistas paranaenses também estão rachados entre Lula e Alckmin. O tucano, porém, já obteve o apoio do PMDB de Santa Catarina (mais de 4 milhões de votos).
SURPRESA
possibilidade de aproximação com Garotinho.
RECURSOS Lula deve participar sexta-feira de um jantar em São Paulo, organizado para arrecadar fundos para a campanha de Aloizio Mercadante ao governo do Estado. Mercadante tenta melhorar sua posição no Estado colando sua imagem a de Lula.
TESTE É possível que, no próximo fim de semana, Lula faça um teste de popularidade em São Paulo, enfrentando uma caminhada por bairro da Zona Leste ao lado do candidato do PT, Aloizio Mercadante e da exprefeita Marta Suplicy.
O Sul do País (quase 20 milhões de eleitores) tem sido um desafio para os dois principais candidatos a presidente. Lula e Alckmin estão tecnicamente empatados na região, com 30% de intenção de voto cada. O empate surpreende sobretudo o PT, que esperava melhor desempenho de Lula na região.
PRÓ-TUCANO O PT não consegue reverter a situação em São Paulo (26 milhões de votos). Os levantamentos continuam apontando liderança de Alckmin no Estado. PT e PSDB continuam recebendo índices de medição quase que diariamente que favorecem o tucano no Estado.
GUINADA O PSDB está encrencado em Sergipe (3,3 milhões de votos). Tucanos locais resolveram apoiar Lula para presidente e Marcelo Deda (PT) para o governo do Estado. Como a direção não permite traição, os tucanos rebelados já deixaram o partido.
PALANQUE O PSol não quer dividir o palanque com Anthony Garotinho no Rio (11 milhões de eleitores). O partido agradece o apoio recebido do exgovernador mas adverte que não haverá recompensa. Heloísa Helena agradece, mas fica por aí.
DECLARAÇÃO Enquanto o exgovernador Garotinho declara seu voto em Heloísa Helena, o candidato do PSol ao governo fluminense, Milton Temer, continua atacando o governo de Rosinha Mateus (PMDB). Temer afasta qualquer
PREOCUPAÇÃO O presidente do PSDB, Tasso Jereissati, demonstra estar preocupado com o envolvimento de seis deputados do partido com o escândalo dos Sanguessugas. Embora o partido não tenha decidido ainda o que fazer com os deputados, o PSDB já fala em expulsão.
RELATO Tasso Jereissati encarregou o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) de fazer um relatório sobre o grau de envolvimento dos seus deputados no caso. Os tucanos temem pela exploração disso na campanha de Alckmin.
DIVIDIDO Está difícil para governistas e oposicionistas saberem qual dos lados será mais afetado pelo escândalo dos Sanguessugas, pois há parlamentares que apóiam o Governo e oposição envolvidos no caso. Mas os dois lados querem tirar proveito eleitoral do escândalo.
DESISTÊNCIA O PT paulista quer abortar um encontro que foi marcado de Lula com os evangélicos. O motivo é simples: quase toda a bancada das igrejas na Câmara está envolvida com os sanguessugas. O PT, mesmo assim, quer salvar o apoio desse segmento a Lula.
6
Tr i b u t o s Nacional Finanças Empresas
DIÁRIO DO COMÉRCIO
OURO É REFÚGIO EM MOMENTOS DE CRISE
terça-feira, 1 de agosto de 2006
3,67
por cento foi a alta, em julho, das aplicações em ouro. O ativo foi o que mais rendeu no mercado.
TODOS OS PRINCIPAIS INVESTIMENTOS TIVERAM RENDIMENTOS REAIS EM JULHO. OURO FOI O MAIS RENTÁVEL.
APLICAÇÕES GANHAM DA INFLAÇÃO
T
odas as principais aplicações financeiras do mercado brasileiro ganharam da inflação em julho, o que significa que os investidores tiveram rendimento real no período. Ativos como ouro, dólar e ações subiram mais do que o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), de 0,18% no mês passado. Esse é o principal indicador de referência para as aplicações financeiras. O ouro liderou a lista dos melhores investimentos, com ganhos de 3,67%. O consultor Fábio Colombo destacou que o metal é um refúgio para os investidores em cenários desfavoráveis como o atual. "Além das incertezas quanto ao futuro dos juros nos Estados Unidos, o conflito no Oriente Médio contribui para piorar o humor do mercado e pressiona o preço do ouro", afirmou. Ele lembrou que, no Brasil, a aplicação teve grande apelo na época de inflação galopante. Para Colombo, no entanto, esse tipo de investimento é para um aplicador de médio porte, já que uma barra de ouro custa aproximadamente R$ 10 mil.
Ações — Em segundo lugar no ranking ficou o Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que teve resultado positivo de 1,22%. Os fundos de investimento DI (pós-fixados) e de renda fixa (prefixados) tiveram, ambos, valorização de 1,2% no mês passado. A poupança se manteve na média dos outros meses, com rendimento de 0,69%. E foi o dólar paralelo a aplicação que menos rendeu em julho, com ganho de apenas 0,49%. "O mercado financeiro está se recuperando aos poucos", disse o sócio da corretora Geração Futuro e presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), Milton Milioni. Segundo ele, em junho o Ibovespa caiu 0,45% e, em maio, 8,19%. "Essa desvalorização se deveu à possibilidade de aumento dos juros americanos, que provocou volatilidade nos mercados em todo o mundo", afirmou. "A expectativa é de que, até o final do ano, a bolsa de valores suba de forma mais moderada."
Mercado prevê redução dos juros
M
Monalisa Lins/AE
Para o deputado Delfim Netto, governo deveria aproveitar o bom momento da economia mundial para tentar trocar dívida em papéis pós-fixados, como as LFTs, por títulos que tenham rendimento prefixado, a exemplo dos atrelados à inflação.
Sonaira San Pedro/AE
Consignado para empresa reduz despesa
P
ara que seja bem-suce- dendo do perfil da empresa e dida a idéia do governo também da qualidade das dude regulamentar linha plicatas. Enquanto isso, nas de crédito consignado para operações com recebíveis reamicroempresas, é fundamen- lizadas pelas grandes empretal que a nova legislação deixe sas a taxa de juros fica menor, clara a separação entre o di- entre 1,3% e 1,4% ao mês (igual nheiro que deve entrar no cai- a 17% a 18% ao ano), incluindo xa da empresa pelo pagamen- os custos operacionais. "A medida vai criar uma dito do serviço ou bem fornecido e as parcelas devidas ao nâmica de redução de custos banco ou ao fundo que está fi- para as empresas que poderão nanciando a companhia por ter condições vantajosas de fimeio desse tipo de operação. nanciamento", argumentou. Impulso — Na avaliação de A recomendação é de Carlos Fagundes, sócio da consulto- Fagundes, a regulamentação ria Integral, empresa especia- dessa modalidade de crédito lizada em operações de crédi- pode dar um impulso para o segmento, assim como ocorto realizadas com recebíveis. reu no caso de A idéia do gopessoas físicas. verno de fazer Para o gerente uma lei regulade acesso de sermentando o créviços financeiros dito consignado A chave para essa do Serviço Brasipara empresas regulamentação ser leiro de Apoio às de menor porte bem-sucedida é a Micro e Pequefoi antecipada n a s E m p re s a s pelo jornal O Es- segregação clara dos fluxos financeiros (Sebrae), Carlos tado de S. Paulo. Alberto dos San"A chave para originados dos tos, a criação essa regulamen- recebíveis. dessa modalidatação ser bemCarlos Fagundes, de pode ser muisucedida é a seconsultor da Integral to benéfica e efigregação clara caz para micros e dos fluxos finanp e q u e n a s e mceiros originados dos recebíveis", disse Fa- presas brasileiras, barateando gundes. "Uma legislação inte- os custos dos empréstimos. Segundo ele, esse setor tem ligente, que permita esse tipo de proteção, é bem-vinda. À muito mais dificuldade de medida que isso evoluir, pode acesso ao crédito aos bancos dar condições para que as em- em comparação às médias e presas de pequeno porte pos- grandes empresas. Pesquisa sam manter estruturas de fi- do Sebrae mostrou que os donanciamento semelhantes às nos de micros e pequenas empresas na maioria das vezes que as grandes têm acesso." Para o sócio da Integral, a têm de recorrer a empréstimos implementação da idéia pode mais caros de pessoa física, colevar a uma redução clara nos mo o cheque especial, para cacustos financeiros para as em- pitalizar a empresa. Na opinião do consultor presas de menor porte. Segundo ele, hoje as operações mais econômico Amir Khair, a extradicionais, como desconto pansão do crédito é fundade duplicatas, têm um custo mental para o fortalecimento entre 2% e 4% ao mês, depen- do mercado interno. (AE) FALÊNCIA & RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 31 de julho de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência e recuperação judicial:
Requerente: Vicunha Têxtil S/A - Requerido: WS Confecções Ltda.- EPP - Rua Sayão Lobato, 50-A - 1ª Vara de Falências Requerente: Vicunha Têxtil S/A - Requerido: Car Dani Confecções Ltda. - Praça Cívica, 35 - 2ª Vara de Falências Requerente: Confecções Bela Visual Ltda. - Requerido: Euro Fashion Modas Ltda. - Rua dos Italianos, 988 - 2ª Vara de Falências Requerente: Timex Amazônia Comércio e Indústria Ltda. - Requerido: Gabriel Relógios e Artigos para Presentes Ltda. - ME - Av. Paulista, 2.064 - 2ª Vara de Falências
Delfim quer troca de dívida interna
O
deputado federal Antonio Delfim Netto (PMDB-SP) defendeu ontem que o governo retome o processo de substituição das Letras Financeiras do Tesouro (LFTs), títulos com rendimentos pós-fixados, por papéis prefixados e corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE. "As LFTs, por conta dos juros altos que pagam, inibem o crescimento da economia", afirmou o ex-ministro, que participou do 3º Fórum de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Para Delfim, passada a turbulência nos mercados internacionais, que durou cerca de
dois meses, já está na hora de Brasília voltar à política de troca dos papéis da dívida pública interna. Isso porque, segundo ele, essa substituição é fator importante para se enfrentar o "gravíssimo" problema dos juros altos, e deve ser aperfeiçoado. "É preciso entender que os juros serão sempre fator de impedimento de um crescimento robusto da economia", afirmou. Milagre — Delfim disse acreditar ser um verdadeiro milagre o fato de o Produto Interno Bruto (PIB) conseguir crescer 3,5% ao ano, com os maiores juros reais do mundo (10%). Isso só é possível, em sua opinião, porque o setor privado acostumou-se a vi-
ver com esse tipo de política econômica restritiva. O deputado reiterou o que considera um "absurdo", a teoria aplicada no País segundo a qual a economia não pode crescer acima de 3% porque aceleraria a inflação. Na verdade, defendeu o exministro, as comparações trimestre a trimestre mostram que é totalmente possível crescer acima dos 3% com impacto mínimo na inflação. A fórmula defendida por Delfim é a adoção de um programa de política monetária que reduza os juros reais e estimule a produção no setor privado. Para isso, também é fundamental a redução da carga tributária. (AE)
Iedi: pacote tem efeito só em custos
O
presidente do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) e da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), Josué Christiano Gomes da Silva, avaliou como positivo o pacote cambial anunciado na semana passada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, na medida em que diminui a burocracia para os exportadores e seu custo cambial. Para o presidente do Iedi, no entanto, as medidas seriam totalmente inócuas caso ti-
vessem sido formuladas para depreciar o real em relação ao dólar. "Não acredito que o pacote teve como objetivo o câmbio. Mas, em relação aos custos das empresas, foi uma medida importante", afirmou, lembrando que os juros "altíssimos" são o fator de valorização do real. Ao participar, ontem, do 3º Fórum de Economia da FGV, Gomes da Silva, que é filho do vice-presidente José Alencar, defendeu que o próximo presidente da República tenha "obsessão pelo crescimento"
da economia porque é o único meio de concretizar objetivos sociais. "Crescer e distribuir renda é o ponto de maior anseio da sociedade e será o ponto principal para o próximo presidente", afirmou. O empresário qualificou como pseudo-estabilidade o momento econômico do País, pois uma economia não pode ser estável ou estar sob controle se tem os maiores juros reais do mundo. "Isso é que traz distorções no câmbio e afeta a nossa competitividade", disse. (AE)
Dívida e juro são risco, diz Mendonça
A
diferença entre a situação da dívida externa e o déficit interno, aliada ao patamar da taxa básica de juros (Selic) e à expansão dos gastos públicos, constitui o principal risco para a economia brasileira, na avaliação do economista e exministro das Comunicações no governo Fernando Henrique Cardoso, Luiz Carlos Mendonça de Barros. De acordo com ele, a redução expressiva da dívida externa pode ter um efeito ne-
fasto sobre o câmbio, por conta da expansão contínua da dívida interna. A lógica, segundo o economista, é de que, à medida que o Brasil reduz os papéis em dólar que circulam no mercado global, mas não diminui expressivamente os juros e o tamanho da dívida interna, o investidor estrangeiro pode passar a inundar o mercado brasileiro, adquirindo mais papéis do Tesouro, o que pode levar a uma nova onda de alta do real.
"Existe uma escassez grande de papéis em dólar. Meu medo é de que essa escassez traga o investidor externo para os papéis da dívida interna, e isso pode levar a uma nova onda de valorização do real", disse o ex-ministro. Para Mendonça de Barros, que participou do 3.º Fórum de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), há uma deficiência no aproveitamento da situação mundial favorável para melhorar a economia brasileira. (AE)
esmo avaliando que a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) indicou que os cortes de juros terão ritmo mais conservador, os analistas do mercado reduziram a projeção para a taxa de juros no final do ano. De acordo com a pesquisa Focus, divulgada ontem pelo Banco Central (BC), a estimativa para a taxa Selic em 2006 foi reduzida de 14,25% para 14% ao ano. Ou seja, embora espere uma redução na dosagem da queda nos juros, eles projetam que os cortes da Selic (a taxa básica de juros) ocorrerão nas três próximas (e últimas) reuniões do Copom neste ano. Para a economista do banco ABN Amro, Tatiana Pinheiro, a explicação para essa expectativa positiva está no comportamento da inflação. De acordo com o relatório do BC, a projeção do mercado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2006 caiu de 3,76% para 3,74%, valor bem abaixo da meta de 4,5%. Para 2007, em que a partir de agora a política monetária tem mais efeito, a mediana das projeções do mercado permaneceu em 4,5%, no centro da meta. Com maior otimismo em relação ao juro no final do ano, o mercado também reduziu a projeção para a média da taxa Selic em 2006, que passou de 15,31% para 15,28% ao ano. Outra mudança foi a redução da expectativa para o superávit na conta de transações correntes do balanço de pagamentos (que registra todas as operações de bens e serviços do Brasil com o exterior) em 2006. O saldo positivo projetado passou de US$ 9 bilhões para US$ 8,65 bilhões. (AE)
HSBC não descarta aquisições
O
novo executivo-chefe do HSBC, Michael Geoghegan, disse ontem que a estratégia global do banco britânico continua concentrada no crescimento orgânico, mas não descartou a possibilidade de aquisições no mercado brasileiro. "Além do crescimento orgânico, poderemos fazer novas aquisições no Brasil, desde que surjam oportunidades com o preço justo", disse, depois de apresentar os resultados mundiais do primeiro semestre do HSBC em Londres. O banco britânico registrou no Brasil um crescimento de 36% – de US$ 185 milhões para US$ 251 milhões – no resultado antes da dedução de impostos na primeira metade do ano em relação a igual período do ano passado. O HSBC é considerado um dos principais candidatos estrangeiros a realizar aquisições de porte no mercado bancário brasileiro. A recente ascensão de Geoghegan ao cargo de executivo-chefe alimentou nos últimos meses os rumores de que o banco poderia aumentar sua presença no País. Entre os anos de 1997 e 2003, o novo executivo-chefe do grupo coordenou a entrada do HSBC no mercado brasileiro e conhece muito bem o segmento bancário local. Geoghegan visitará o Brasil no dia 26 de agosto, durante viagem que incluirá 19 cidades em várias partes do mundo. (AE)
terça-feira, 1 de agosto de 2006
Congresso Planalto Corr upção CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5 Qualquer ilação ao José Dirceu é forçar a barra Deputado Fernando Gabeira
O GOVERNO ENTRA NA MIRA DA CPMI
INVESTIGAÇÕES DA NOVA SUB-RELATORIA VÃO SE ESTENDER TAMBÉM AOS GOVERNISTAS Celso Júnior / AE
CAIXA 1 Jantar de Lula no Jockey Club dará R$ 1 milhão à campanha de Mercadante
CPMI CRIA GRUPO PARA EXAMINAR GOVERNO
SEM DEUS Quase metade da bancada evangélica na Câmara está com os sanguessugas
Ó RBITA Alan Marques /Folha Imagem - 23/11/05
INTEGRANTES DA CPMI QUE APURA O ESQUEMA DA COMPRA SUPERFATURADA DE AMBULÂNCIAS INSTITUEM UMA SUB-RELATORIA APENAS PARA INVESTIGAR A PARTICIPAÇÃO GOVERNAMENTAL
Antonio Palocci: ex-ministro é candidato a deputado federal.
PALOCCI LANÇA CARTA AO POVO DE SP
O
ex-ministro da Fazenda e candidato a deputado federal por São Paulo, Antonio Palocci, divulgou ontem em sua página na internet uma Carta ao Povo de São Paulo na qual faz uma avaliação de sua gestão no governo Lula e defende a aprovação de medidas pelo Congresso para acelerar o crescimento do País a partir de 2007. O petista defende nesta carta "avançar na reforma do sistema previdenciário, estabelecer um compromisso nacional e suprapartidário de longo
prazo para garantir a sustentabilidade das contas públicas, promover o debate sobre a autonomia operacional do Banco Central, aprofundar a reforma tributária e acelerar as reformas microeconômicas". Palocci também adota bandeiras liberais na questão do gasto público e afirma: "Acredito ter dado minha contribuição como ministro da Fazenda do governo do presidente Lula. Agora, quero continuar o trabalho pelo desenvolvimento de nosso país no Congresso Nacional." (AOG)
Amir Lando: relator confirma uma nova ação investigativa na CPMI
PPS DEVE BARRAR SUSPEITO NA CPMI Deputado Fernando Estima pode perder legenda
O
Partido Popular Socialista (PPS) anunciou ontem que pretende tirar a legenda do deputado Fernando Estima (SP) para impedi-lo de concorrer à reeleição. Estima está na lista dos parlamentares investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas, sob suspeita de ligação com a máfia que fraudava licitação de ambulâncias e de material hospitalar em conluio com prefeituras, por meio de mendas ao Orçamento. Para tirar a legenda de Estima e o direito de ele concorrer novamente a deputado, o PPS vai reunir o seu conselho de
Margarida Neide/AE
RECURSO
O
PIADA NA BAHIA
O
cantor e comediante Juca Chaves, candidato a senador na Bahia pelo nanico PSDC – o partido de José Maria Eymael – está empatado nas pesquisas de intenção de voto com o senador Rodolpho Tourinho (PFL), que é apoiado por Antonio Carlos Magalhães (PFL). De acordo com a última pesquisa Ibope realizada no Estado, ambos têm 2%. O ex-governador João Durval (PDT) e o exprefeito Antonio Imbassahy (PSDB) estão tecnicamente empatados com 28% e 25%.
Haddad: Educa Brasil tem caráter informativo e não se configura como propaganda
LULA ENXERGA PIOR DE PERTO
O Elza Fiúza/ABr
Juca Chaves: arrancada.
ministro da Educação, Fernando Haddad, recorreu contra uma decisão tomada na sextafeira (28) pelo ministro Carlos Alberto Direito, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o condenou a pagar uma multa de R$ 5.320,00 pela veiculação de publicidade em data proibida pela legislação. Trata-se do "Programa Educa Brasil", produzido pelo ministério e veiculado na rádio CBN. De acordo com a denúncia, a propaganda expôs ações relacionadas à formação de professores e à inclusão digital. Para Haddad, o caráter é informativo. (AE)
ética. Este, de antemão, decidiu sugerir ao presidente do partido, deputado Roberto Freire (PE), que negue a legenda ao parlamentar suspeito. E Freire, de decisão já pensada, acatará o que o conselho de ética decidir. De acordo com informação de integrantes da direção do PPS, foram feitas sugestões a Estima para a defesa – desde que fosse mesmo inocente – mas ele não as acatou. A legislação eleitoral determina que para ter o direito de disputar uma eleição o candidato tenha filiação partidária há pelo menos um ano. Sem a legenda, ninguém pode participar da disputa, porque a lei brasileira não prevê a figura do candidato avulso. (AE)
presidente Luiz Inácio Lula da Silva enxerga cada vez pior de perto. Ele foi examinado ontem pelo diretor do Hospital Oftalmológico de Brasília, Canrobert de Oliveira. Na consulta, foi detectado que o presidente precisa aumentar de 1,75 para 2,5 o grau dos óculos que usa para ler. "Para longe, o presidente tem uma visão de águia", disse o oftalmologista. A primeiradama Marisa Letícia também foi atendida e só tem problemas para enxergar de perto. Originalmente Lula decidiu procurar Oliveira para uma re-
visão da intervenção cirúrgica realizada em abril de 2004, quando foi retirado um pequeno tumor da pálpebra do olho direito. Desde então, não tinha voltado ao oftalmologista. De acordo com o médico, Lula não sentia nada no olho e queria apenas fazer uma revisão. Os exames constataram que a cirurgia realizada há dois anos não deixou problemas. (AE)
O
deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) confirmou ontem a criação de uma sub-relatoria para investigar a eventual participação do governo no esquema de fraudes envolvendo a compra superfaturada de ambulâncias pelas prefeituras com recursos do Orçamento da União, a partir de emendas de parlamentares. Além do Ministério da Saúde , a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas tem a informação de que o esquema também atuaria nos Ministérios da Ciência e Tecnologia, da Educação e das Comunicações. Gabeira disse também que a CPMI deverá convocar para depor, depois das eleições, os ex-ministros da Saúde Saraiva Felipe e Humberto Costa, candidato a governador de Pernambuco pelo PT. O deputado do PV do Rio observou que, em todas as investigações, a única menção ao ex-ministro da Saúde e candidato a governador de São Paulo José Serra (PSDB) é apenas de um dos integrantes da máfia que demonstrou o interesse na vitória dele nas eleições no Estado. Por isso, afirmou Gabeira, Serra não deverá ser convocado para prestar depoimento. O deputado do PV classificou ainda como desproposital tentar envolver o ex-deputado José Dirceu (PTSP) com o esquema dos sanguessugas. "Como em todos os governos, o governo só pagava emendas para aqueles que apoiavam o governo. Esse era o papel da Casa Civil. Qualquer ilação ao José Dirceu é forçar a barra." O presidente da comissão parlamentar, deputado Antônio Carlos Biscaia
(PT-RJ), esteve no Rio e, no fim da tarde, embarcou para São Paulo, para participar do programa "Roda Viva", da TV Cultura. Hoje, a CPMI deverá ouvir, em sessão reservada, o testemunho do empresário Luiz Antônio Vendoin, sócio-proprietário da Planam, apontado como chefe da máfia dos sanguessugas. Confusão – Assim que o relator da CPMI dos Sanguessugas, senador Amir Lando (PMDB-RO), anunciou a criação da nova sub-relatoria começou uma briga interna em torno da lista de ministros que serão efetivamente convocados para dar explicações. Os oposicionistas querem ouvir os ex-ministros Humberto Costa (PT) e Saraiva Felipe (PMDB). Já os governistas pressionam para que José Serra, ministro da Saúde no governo de Fernando Henrique Cardoso, também tenha que dar explicações à CPMI. Serra é candidato ao governo de São Paulo, Humberto Costa disputa o governo de Pernambuco e Saraiva Felipe concorrerá a uma vaga para a Câmara nas eleições de outubro. Lando informou que caberá ao sub-relator a tarefa de decidir a lista de convocados para depor. A nova sub-relatoria vai investigar a liberação de recursos dos ministérios da Saúde, da Ciência e Tecnologia e da Educação. Com o anúncio, a CPMI passará a ter cinco subrelatorias. A comissão já tem as sub-relatorias de Sistematização e controle; de Investigação de parlamentares; de Investigação do esquema de fraudes na aquisição de unidades móveis de saúde; e de Processo orçamentário. (AE)
terça-feira, 1 de agosto de 2006
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Indicadores Econômicos
7
0,6760 31/7/2006
por cento é taxa média de rentabilidade média da poupança para hoje, de acordo com a Enfoque Sistemas.
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 1 de agosto de 2006
DOISPONTOS -77
O
Fera ferida
E
stou entre os que se alinham, firmemente, contra o voto nulo. Não ignoro a dificuldade imensa que o cidadão bemintencionado tem para escolher, entre centenas – às vezes, milhares – de candidatos a cargos proporcionais aquele que está mais afinado com suas posições éticas e políticas. Também não me é estranho o fato de que o desgaste da classe política, por conta das tantas lambanças de conhecimento irrestrito, beira o caos. A democracia representativa está com sua credibilidade em ruínas. Nesse quesito, vamos mal – de mal a pior. Anular o voto, mesmo assim, me
parece um equívoco. Um equívoco que favorece os que ignoram limites, desconhecem fronteiras, vendem as convicções jamais tidas na bacia das almas, sanguessugas que são. No mercado político, quem não presta compra. E vende. Inclusive o voto popular. Nosso sistema político-eleitoral beira o ridículo. Eis um fato indiscutível. Excesso de siglas – e, por extensão, de candidatos – inviabilizam a escolha criteriosa.Todos os candidatos se igualam, na leitura pastosa, nauseante, do texto chinfrim que a assessoria do partido lhes dá para ler. Trinta segundos, na
melhor das hipóteses. Quinze, no mais das vezes. Dizer o quê? Em "tanto" tempo assim, não há o quê dizer. Raros poetas são capazes de dizer o que eles –de fato – pensam em três versos. Imaginem o político, que adora microfone! Não vou me estender. Acabo de ler um artigo de Roberto Macedo, economista dos bons, professor da USP. Não repito tudo que ele escreveu por razões óbvias: não há espaço. Concordo com quase todas suas afirmações. Discordo da fundamental –, embora, evidentemente, respeite sua opinião: não "votar em ninguém" para cargos
Marcos Fernandes/LUZ
Roberto Macedo disse que não votará em ninguém para cargos legislativos. Ainda que involuntariamente, ele está fazendo o jogo do PT.
legislativos, porque o sistema é podre ou algo que o valha, me parece fazer, ainda que involuntariamente, o jogo do PT e de seus súditos, que foram (ou são?) movidos a mesadas, entre outras coisas. Anarquista eu sei que Macedo não é. Sei também que, com as regras vigentes, ele tentou ser deputado federal pelo PSDB. Pena que não tenha sido eleito. O Congresso Nacional seria menos ruim, se contasse com sua presença. A "dor" de Macedo é a de quase todos nós. Nem sempre o paciente está apto a prescrever a melhor receita. MILTON FLÁVIO (PSDB) FOI VICE-LÍDER DO GOVERNO NA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
Site na internet www.blog. dcomercio.com.br
Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br
Palocci sai da sombra U
PEDRO VERGUEIRO PEDROVER@MATRIX.COM.BR
A EXCEÇÃO VIROU REGRA
A
Assembléia Nacional Constituinte, que promulgou em 1988 a atual Constituição brasileira, quis acabar com a figura do decreto-lei, considerada um entulho autoritário do período dos governos militares, quando o Executivo governava e legislava, e criou a figura da Medida Provisória. Trata-se, como todos sabem, de um instrumento pelo qual o governo federal põe imediatamente em vigor uma medida legislativa com força executiva, que fica na pendência de ratificação de seu conteúdo pelo Congresso Nacional no período de seis meses. Guardadas poucas proporções, é uma forma também de o governo federal legislar de forma autoritária, uma vez que as MPs ficam na fila de aprovação com
Alan Marques/Folha Imagem
Recesso e MPs esvaziam o Legislativo
prioridade sobre as demais matérias, emperrando o normal funcionamento das casas legislativas da União, enquanto a vontade enviada pelo Planalto não for apreciada e, certamente, aprovada.
T
O ex-ministro da Fazenda acredita que não fez nada errado Eduardo Nicolau/AE
m caseiro contra o ex-ministro Antonio Pallocci Filho e a linha de conduta do governo federal em curso. Temos nisso aí uma coisa que foi solucionada; porém, ainda não definitivamente resolvido como deveria sê-lo. E a consequência disto é que, visando ser albergado pela imunidade parlamentar (no que não é o único, é claro, pois o comparsa de escândalo Jorge Mattoso trilha pelo mesmo caminho em busca da imunidade e da inimputabilidade), o ex-ministro postula um cargo de deputado federal. Que se acautelem os seus eventuais eleitores! O ex-ministro despencou em razão daquele escândalo no qual deliberadamente se envolveu e porque decidira tirar vantagem de sua posição no seio do governo federal. Sua atitude antes, durante e depois, revela a postura do psicótico que acredita piamente de que tudo o que faz é correto e certo e que por isso será sempre reincidente. Por essa razão, certamente, está disputando um cargo eletivo. Seus eleitores, porém, não devem nem podem esquecer também que o companheiro ainda ministro, Márcio Thomaz Bastos, no exercício da estratégia de sempre preservar o c h e f e , o p re s i d e n t e Luiz Inácio, deixou claro, no referido incidente, que ele fora "enganado" pelo ex-ministro. Essa manifestação do ministro que taxativamente disse ter sido enganado pelo ex-ministro, esse antecedente comportamental, é a visão governamental do que o ex-ministro irá obrar para os seus eleitores.
PAULO SAAB
período entre o fim das férias de julho e o início do horário eleitoral gratuito no rádio e tevê em 15 de agosto - que faz, de fato, a campanha eleitoral andar - marca a volta dos parlamentares por alguns dias à Câmara e ao Senado. Razão pela qual ganha apoio a necessidade de se limpar a pauta e deixar o Congresso andar por suas pernas e projetos, em vez de entupilo com Medidas Provisórias, quase sempre de aplicabilidade e interesses relativos, senão duvidosos. Enquanto a pauta estiver travada (vamos ver se nessa semana ela começa a ser limpa), os presidentes da Câmara, deputado Aldo Rebelo, e o presidente da Comissão de Ética, deputado Ricardo Izar, se reúnem nesta terçafeira para discutir um cronograma de trabalho para o início dos processos contra os deputados acusados de corrupção no Escândalo das Ambulâncias, os sanguessugas. Por razões óbvias, tem muita gente querendo jogar o depoimento dos deputados envolvidos para depois da eleição de 1° de outubro. A sociedade continua esperando satisfações sobre os atos do Legislativo, do Executivo e do Judiciário. E elas nunca chegam! Como existirá esforço concentrado por conta do esvaziamento que a
G O caseiro denunciou o ex-ministro Antonio Pallocci Filho e a linha de conduta do governo federal, mas a coisa não foi solucionada definitivamente como deveria ser. Consequentemente, Palocci agora visa ser albergado pela imunidade parlamentar. G Sua atitude antes, durante e depois revela a postura do psicótico
que acredita piamente de que tudo o que faz é correto e que por isso será sempre reincidente. G Seus eleitores não podem
esquecer que o companheiro Márcio Thomaz Bastos deixou claro que foi "enganado" pelo ex-ministro.
odo governante que se diz democrata sabe que o uso de Medida Provisória é uma espécie de burla à tramitação normal de projetos de lei e ainda, acima disso, uma imposição do Executivo sobre o Legislativo. Todo governante faz uso abusivo da MP. O atual governo envia medidas numa velocidade de Fórmula 1. E não vê nisso nenhuma afronta à livre expressão dos poderes . Nem à inteligência nacional. A Câmara dos Deputados, por exemplo, estava até ontem com sua pauta trancada por nada menos que sete medidas provisórias, além de dois projetos de lei com urgência constitucional.
eleição provoca, é possível que nesta quarta-feira o Congresso analise a Lei de Diretrizes Orçamentária. Segundo a Carta Magna brasileira, o governo deve encaminhar a lei orçamentária até o final de agosto de cada Exercício. Até agora neca de biribitiba, como diria o caboclo apaulistanado!
C
omo o País precisa funcionar, fica engasgado em recessos frios e medidas autoritárias que entulham o Legislativo. De sua parte, o Legislativo, quando funciona, é um susto atrás do outro para o País, tamanha a onda de corrupção que assola aquela casa (de resto, sabe-se, todo o poder público em geral). E as medidas provisórias, excesso de zelo do Executivo para cobrir suas forças, quando pequenas, no Congresso, servem cumprindo um papel não especificado, de braço aos interesses fisiológicos a serem negociados no balcão da coisa pública brasileira. PAULO SAAB É JORNALISTA PSAAB@UOL.COM.BR
FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894
8
Empresas Tr i b u t o s Agronegócio Nacional
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 1 de agosto de 2006
AGRONEGÓCIO REPRESENTA 39% DAS EXPORTAÇÕES
O fogo é utilizado pelos produtores para eliminar palha da cana em terrenos com declive.
CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA VÃO DISCUTIR EM CONGRESSO SOLUÇÕES PARA OS PROBLEMAS DO AGRONEGÓCIO
PROPOSTAS PARA SAIR DA CRISE
E
mpresários, fazen- cadeias produtivas, mercado deiros, consultores, internacional e defesa sanitáinvestidores e acadê- ria, que foram discutidos micos reúnem-se em previamente com represenSão Paulo, hoje e amanhã, no 5º tantes de diversos setores no Congresso Brasileiro de Agri- V Fórum da Associação Brasibusiness, realizado pela Asso- leira de Agribusiness (Abag) ciação Brasileira de Agribusi- em março deste ano. Entre as propostas estão o ness (Abag) com o objetivo de discutir propostas para desen- aporte de recursos públicos c om pa t ív ei s volver o agrocom o tamanegócio brasinho do setor leiro e evitar o na economia a p r o f u n d abrasileira: mento da 30% do Proatual crise no duto Interno setor. As propor cento dos Bruto (PIB), postas foram 39% das exe n c a m i n h aempregos criados em portações e das aos canditodo o País estão 37% dos emdatos à presiconcentrados em pregos. O sedência da Retor pede a gapública para toda a cadeia rantia de integrar os do agronegócio oferta de reseus planos brasileiro. cursos para o de governo crédito de sobre o assunc u s t e i o , r eto. Cristovam Buarque (PDT), Heloísa Hele- dução de impostos e tributana (PSOL) e Geraldo Alckmin ção menos complexa. Para os associados da Abag, (PSDB), com exceção do presidente Luiz Inácio Lula da Sil- é preciso que o Ministério da va, gravaram declarações so- Agricultura reúna as atribuibre seis temas que serão apre- ções do Ministério da Pesca, do Desenvolvimento e do Meio sentados durante o evento. No total, serão debatidos 15 Ambiente, para que haja mais temas estratégicos, como sus- investimento em logística e tentabilidade, seguro rural, que as parcerias com a iniciatidesvalorização cambial, di- va privada saiam do papel. Adriana David versificação e integração das
Dida Sampaio/AE
37
Exportação da café está em queda em todo o mundo
A
exportação mundial de café registrou leve queda de 1,08% em junho, em relação ao mesmo mês de 2005. Foram embarcados 7,65 milhões de sacas de 60 kg, ante 7,73 milhões de sacas, conforme levantamento divulgado ontem pela Organização Internacional do Café (OIC). No acumulado dos primeiros nove meses do ano cafeeiro 2005/06 (outubro de 2005 a junho de 2006), houve queda de 8,52%, totalizando exportação de 63,11 milhões de sacas, em comparação às 68,99 milhões de sacas embarcadas no período de 2004/05. Nos últimos 12 meses, a exportação mundial acumulou queda de 8,11%. As vendas globais passaram de 90,54 milhões para 83,2 milhões de sacas. Desse total, 55,04 milhões são da espécie arábica (-9,74%) e 28,15 milhões de sacas de robusta (-4,77%), ante respectivamente 60,98 milhões e 29,56 milhões de sacas nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho, conforme a Organização Internacional do Café, a exportação de cafés "suaves
colombianos" subiu 10,5%, de 939,1 mil sacas em junho de 2005 para 1,038 milhão em junho de 2006. O embarque de cafés "outros suaves" teve aumento de 5,6% no mês, de 1,991 milhão para 2,102 milhões de sacas, enquanto as vendas externas de "naturais brasileiros" caíram 10%, de 2,086 milhões para 1,878 milhão de sacas. Quanto à exportação mundial de café robusta em junho, os dados do órgão internacional demonstram que houve queda de 3,13% em comparação a junho de 2006, de 2 712 milhões de sacas para 2,627 milhões de sacas. Brasil – Na análise por países, a OIC mostra que o Brasil, principal exportador mundial, embarcou 15,94% a menos em junho – de 2,053 milhões para 1,726 milhão de sacas. O Vietnã, principal exportador de café robusta, registrou no mês aumento de 4,9% nos embarques (de 1,187 milhão para 1,245 milhão de sacas). A Colômbia elevou as exportações em 11,4% ante mesmo mês de 2005 – de 839 mil sacas para 935 mil sacas. (AE)
Rodada de Doha pode ser "salva"
O
comissário de Comércio da União Européia (UE), Peter Mandelson, alerta que os 25 países do bloco europeu ainda não chegaram a um consenso sobre uma redução de tarifas de importação de bens agrícolas pedida pelos demais governos na Organização Mundial do Comércio (OMC). Mesmo assim, ele diz que a Rodada Doha ainda pode ser "salva" e que a Europa pode oferecer uma liberalização se o governo dos Estados Unidos se comprometer a reduzir seus subsídios. Um primeiro encontro entre ministros da OMC pode ocorrer em setembro, na Austrália. Na semana passada, a OMC suspendeu cinco anos de negociações depois que Brasil, Estados Unidos, Europa, Índia, Japão e Austrália não chegaram a um acordo. Em artigo publicado ontem no jornal bri-
tânico Financial Times, o representante europeu alertou que a Rodada "está perdendo a corrida contra o tempo". Os americanos se recusaram a apresentar uma nova proposta de corte de subsídios. Por ano, destinam US$ 22 bilhões e poderiam reduzir o volume para US$ 18,5 bilhões. Mas os europeus condicionam uma queda em suas barreiras a um maior corte de subsídios nos EUA. Mandelson admite que os europeus gostariam de fazer uma reforma maior e uma liberalização mais profunda. Mas, segundo ele, não há "consenso político". A França já demonstrou que é contrária a novas aberturas. Mesmo assim, Mandelson diz que as diferenças "não são irreconciliáveis". Tudo dependeria dos Estados Unidos, que não iniciaram a reforma de sua agricultura. (AE)
Queimadas iniciam o processo de preparação da terra para um novo plantio. Empregados de usinas costumam controlar o fogo.
ESTADO EM CHAMAS Queimadas de cana voltam a ocorrer
A
Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo liberou anteontem a retomada da queimada em lavouras paulistas de cana-deaçúcar. A prática, necessária para a colheita manual, foi suspensa na última quarta-feira por meio de decreto do secretário José Goldemberg, em virtude da baixa umidade e das altas temperaturas no estado. Com a passagem de uma frente fria por São Paulo no último final de semana, as condições atmosféricas melhoram e a Secretaria do Meio Ambiente, por meio de uma nota em seu site, autorizou novas queimadas, alertando que elas podem ser suspensas se condições semelhantes às da semana passada forem observadas. Essa interrupção momentânea das queimadas causou prejuízos para as usinas, que não puderam incendiar a cana
para produzir açúcar e álcool. Dois dias depois de colhida, a cana começa a perder o teor de açúcar. A União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não tem cálculos de quanto foi o prejuízo das usinas com essa proibição. De acordo com a União, cada empresa teve um nível de perda na produção. Fim gradual – Independentemente do clima, a Secretaria de Meio Ambiente determinou, por meio da lei 11.241/02, o fim gradual das queimadas até 2030. Em propriedades com área inferior a 150 hectares, por exemplo, a eliminação começa em 2011, com prazo final para 19 anos depois. Com isso, o País deve perder grandes áreas de plantação de cana. Tradicionalmente, o fogo é utilizado pelos produtores rurais para eliminar a palha da cana, aumentando o rendi-
mento em locais de terreno com declive superior a 12%, como é o caso da região de Piracicaba, no interior de São Paulo. Nesses locais, é difícil usar máquinas colheitadeiras. A saída dos empresários do agronegócio deve ser a troca de culturas. É o que acredita o presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Piracicaba (Afocapi), José Coral. Ele estima que, dos atuais 56 mil hectares de área cultivada por canaviais, 50% serão destinados a outras culturas na próxima década. Na Afocapi, 95% dos 3.826 produtores associados, localizados em 58 municípios, que processam cerca de 7,5 milhões de toneladas de cana, são fortes candidatos a trocar de culturas, provavelmente por soja, diz Coral. Outra possibilidade é a implantação de florestas de eucalipto para a produção de madeira e celulose.
Meio ambiente – O motivo da lei de proibição das queimadas é eliminar problemas com a poluição. A queima da palha da cana contribui com o efeito estufa, segundo o pesquisador do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da Universidade de São Paulo (USP), Warwick do Amaral Manfrinato. Já as florestas de eucaliptos podem gerar créditos de carbono para o País, como determina o Protocolo de Kyoto. O protocolo é um tratado internacional que prevê a redução da emissão dos gases poluentes, a níveis inferiores aos registrados nos anos 1990, nos países desenvolvidos. Em países em desenvolvimento, como o Brasil, sem metas estabelecidas, abre-se a possibilidade de as reduções locais serem adquiridas por empreendimentos de outros países. Mário Tonocchi/Agências
Biodiesel: governo reavalia metas
A
ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou ontem que o governo vai avaliar a antecipação de metas do programa de biodiesel. Uma das metas que podem ser analisadas é a obrigatoriedade da adição de 2% de biodiesel ao óleo diesel, prevista para começar em 2008. Atualmente, a mistura é facultativa. Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva coordenou reunião com ministros e representantes de setores da cadeia produtiva do biodiesel (produtores de plantas oleaginosas, veículos e máquinas), para avaliar o programa nacional de produção do combustível renovável. "Temos condições de estudar a antecipação das metas. A prudência é saber qual é o ritmo dessa antecipação", disse Dilma Rousseff, depois da reunião no Palácio do Planalto. Já o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, afirmou que a antecipação deve ser feita com base na análise da produção do combustível verde. "Poderá ser antecipado, mas não existe uma decisão da antecipação. Não há nenhum motivo para
Ricardo Stuckert/ABr
Dilma Roussef e Lula: cautela para a antecipação de prazo
uma antecipação precipitada", disse Rondeau, informando que a avaliação deverá ser realizada em 2008, quando a mistura se torna obrigatória. A antecipação da meta de 2008 foi defendida pelos representantes da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e da Associação Brasileira das Indústrias de Biodiesel (ABIOdiesel). "Devido ao sucesso indiscutível da participação do empresariado nos leilões, que já se encontra apto a atender a meta do programa de adição de 2% de biodiesel, cumpre reconhecer que é necessário o
aumento desse índice, promovendo o desencadeamento da antecipação das metas, visto que as respostas de potencial de produção atenderiam com segurança o vosso programa", diz documento da associação entregue ao presidente Lula. O presidente também comentou a antecipação das metas, mas destacou que o programa deve evoluir com cautela e trabalho conjunto entre governo, empresariado e trabalhadores. "Poderemos antecipar tudo que está aí. Entretanto, queremos fazer com harmonia. Não queremos
atropelar o processo. Vamos cuidar para que não se repitam erros que já tivemos no Brasil." Ele defendeu o zoneamento adequado para que não ocorram agressões à floresta amazônica. "Ninguém precisa adentrar a Amazônia, fazer qualquer derrubada para plantar mamona. Devemos aproveitar 100% das áreas já degradadas no País", disse. O ministro Silas Rondeau informou que sete usinas de biodiesel estão em funcionamento no País, com capacidade para produzir 123 milhões de litros do combustível por ano, outras 16 estão em construção e 14 em processo de regularização. Ele lembrou que os quatro leilões realizados resultaram na contratação de 840 milhões de litros do biocombustível. Conforme o ministro, o programa não coloca em risco a produção nacional de alimentos. "O biodiesel recupera a dignidade do produtor. É uma solução social e tecnológica." Segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, 205.471 mil famílias de pequenos agricultores estão no programa. (ABr)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4
terça-feira, 1 de agosto de 2006
Internacional
Duas picapes carregando alface e espinafre foram bombardeadas na quinta-feira e está difícil de convencer os produtores a fazer a viagem. Rani Akike, dona de quitanda
Israel decide Líbano: 49 corpos ampliar ofensiva encontrados sob por terra e ar escombros O governo israelense rejeitou apelos internacionais por um cessar-fogo e ampliou as ações por terra e mar, preparando-se para bombardeios aéreos. A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, insiste que o acordo pelo fim do conflito será firmando ainda esta semana.
I
srael rejeitou ontem a crescente pressão internacional para que encerre a guerra contra o Hezbollah e iniciou uma nova incursão no Líbano, apesar de ter concordado em interromper por 48 horas a maioria dos ataques aéreos. As Forças Armadas israelenses deslocaram tropas para a área de Aita al-Shaab. O Hezbollah disse que seus combatentes estavam enfrentando o avanço. O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, disse que não haverá cessar-fogo num futuro muito próximo. "Os combates continuam. Não há cessar-fogo e não vai haver cessar-fogo nos próximos dias", disse Olmert a autoridades locais, arrancando aplausos. Aproveitando a trégua parcial, civis fugiram de cidadezinhas destruídas no sul do Líbano e comboios seguiram para as áreas devastadas levando suprimentos. Caças israelenses lançaram duas bombas para apoiar os soldados que combatem o Hezbollah dentro do Líbano, e rajadas de artilharia atingiram duas cidadezinhas ao sul do país. Um soldado libanês morreu e três ficaram feridos quando um ataque aéreo is-
Grupos de resgate libaneses dão início à retirada dos mortos em escombros de várias cidades. Estimativas do ministério da Saúde são de que existam cerca de 200 cadáveres não recolhidos, o que elevará o número de mortos para 750.
F
Zohra Benserra/Reuters
uncionários de grupos de resgate encontraram ontem 49 corpos que estavam sob escombros havia dias no sul do Líbano. Segundo fontes médicas libanesas, os cadáveres foram encontrados em pelo menos dez vilas a leste da cidade de Tiro. Foram encontrados também corpos jogados nas ruas e em carros queimados e destruídos pelos ataques do Exército israelense. Na vila de Sreefa, funcionários da defesa civil utilizavam tratores para retirar o entulho. Essa vila foi alvo de um ataque aéreo das forças de Israel há duas semanas. Acredita-se que haja 30 corpos de civis enterrados sob os escombros de casas. Ontem já haviam sido encontrados 12 mortos. O ministro da Saúde libanês, Mohammad Khalifeh, estima que existam cerca de 200 cadáveres não recolhidos no Líbano. Se essa informação for confirmada, o número de mortos do lado libanês subiria para 750. (AP/AE) Família de libaneses foge da cidade portuária de Tiro, sul do Líbano, acenando improvisadas bandeiras brancas Shannon Stapleton/Reuters
Hassan Ammar/AFP
ONU Massacre em Qana deve ser investigado
Moshe Milner/AFP
A
Essa é uma oportunidade única para mudar as regras no Líbano Ehud Olmert, primeiro-ministro de Israel raelense destruiu o veículo em que estavam. Pressão – A secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, disse que pode haver acordo esta semana para um cessar-fogo. A pressão da comunidade internacional pelo fim da guerra cresceu com o ataque israelense do fim de semana contra a cidade de Qana, no Líbano, em que pelo menos 54 civis morreram, a maioria crianças. Apesar da pausa nos ataques aéreos, Israel disse que ainda pode atirar de aviões contra líderes do Hezbollah e contra lançadores de foguetes. Autoridades israelenses disseram que o governo quer continuar com a ofensiva até que a força internacional chegue para impedir que o Hezbollah aproveite a pausa para se reagrupar. Quando for aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU, a força de estabilização pode seguir para o sul do Líbano em questão de dias, afirmaram fontes israelenses e diplomatas ocidentais. (Reuters)
FUGA DO FOGO – Milhares de civis bloqueados por três semanas na zona de guerra no sul do Líbano aproveitaram o anúncio da trégua israelense de 48 horas para fugir em direção ao norte. Acima, libaneses aguardam para ser retirados das imediações da cidade de Bent Jbail.
RETIRADA – Um casal de idosos carrega seus últimos objetos ao deixar a cidade de Bint Jbeil, na fronteira sul do Líbano com Israel. A Cruz Vermelha iniciou ontem uma ação de evacuação dos moradores feridos e desabrigados da região. Ammar Awad/Reuters
Bush fala em "paz duradoura" O
governo dos EUA insistia ontem na tese de que um eventual cessar-fogo no Oriente Médio precisaria ser acompanhado de condições prévias capazes de "assegurar uma paz duradoura". Isso mesmo depois de Israel ter promovido novos bombardeios, rompendo uma prometida trégua de 48 horas. No fim de semana, Rice visitava o Oriente Médio e diplomatas americanos reuniam-se seguidamente com representantes de outros países representados na Organização das Nações Unidas quando a notícia do bombardeio israelense contra Qana provocou revolta entre a comunidade internacional. Israel anunciou então a suspensão de seus bombardeios por 48 horas. Ontem, entretanto, voltou a atacar o Líbano depois que
um foguete do Hezbollah atingiu um tanque de guerra israelense, ferindo três soldados. Ao retomar os ataques, as autoridades de Israel informaram que os bombardeios "não tinham alvos específicos", mas tinham como objetivo "proteger as forças terrestres". No domingo, depois do bombardeio sobre Qana, Bush insistiu na tese da "paz duradoura". Ontem, ao deixar Jerusalém, Rice disse que buscaria um tratado de cessar-fogo e um acordo de longo prazo ainda esta semana por meio de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU. "Apenas dessa forma o povo libanês conseguirá assumir o controle de seu país e de seu futuro e Israel finalmente poderá se ver livre de ataques de grupos terroristas estabelecidos no Líbano", disse Rice.
Artilharia israelense bombardeia o sul do Líbano em nova ofensiva
FRANÇA X EUA
A
guerra no Líbano poderá se tornar palco de um novo confronto diplomático na ONU, entre França e EUA. Após o bombardeio de civis de Qana - que o presidente francês, Jacques Chirac, qualificou de "ação injustificada" - os dois governos aumentaram as divergências sobre as saídas para a crise. Com a evolução do conflito, a diplomacia
francesa aproveita a ocasião para deixar caracterizada sua desaprovação à posição americana que apareceu, inicialmente, como sinal verde à ação israelense no Líbano. Os EUA esperavam contar com o apoio da França e aceleraram uma reunião da ONU ontem, mas Chirac vetou o envio de seu representante e a reunião foi adiada.
Organização das Nações Unidas (ONU) quer uma investigação internacional e independente sobre as mortes de civis ocorridas na cidade de Qana, no Líbano. A alta comissária de Direitos Humanos das Nações Unidas, Louise Arbour, condenou os ataques e alertou que Israel deve respeitar o princípio da proporcionalidade em suas ações militares. No domingo, as ações do exército israelense deixaram mais de 50 mortos na cidade do sul do Líbano, entre elas mais de 30 crianças. As autoridades militares de Israel também anunciaram que uma investigação seria realizada diante das mortes de civis. Mas Arbour acredita que isso não seria suficiente. "Para estabelecer os fatos e realizar uma análise legal e imparcial das persistentes alegações de violações do direito humanitário internacional durante este conflito, a alta comissária aponta a necessidade de investigações independentes", diz comunicado emitido ontem pela ONU em Genebra. No Conselho de Segurança uma resolução foi aprovada no domingo. Mas diante da recusa americana em aceitar um texto que condenasse o ataque, o órgão das Nações Unidas apenas "deplorou" as mortes de civis. Arbour, entretanto, pediu que tanto o Hezbollah como Israel "respeitem suas obrigações no direito internacional e que tomem todas as medidas para efetivamente proteger civis". Para ela, avisar a população de uma cidade que o local será atacado, como fez Israel, não é suficiente.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 1 de agosto de 2006
1
40
mil reais foi o valor da operação de venda do Empório Brasileiro, supermercado exclusivamente virtual
O DIA DOS PAIS SERÁ COMEMORADO EM 13 DE AGOSTO, MAS OS LOJISTAS JÁ ESTÃO PRONTOS PARA VENDER
CAMPANHAS PARA ATRAIR OS FILHOS
A
s grandes redes e os shoppings de São Paulo estão apostando no Dia dos Pais para incrementar as vendas. O varejo usou a criatividade e preparou um "pacote de medidas" para atrair o consumidor. Afinal, o Dia dos Pais normalmente é considerado uma data "morna", sem muito apelo de venda, ao contrário do que ocorre com comemorações como o Dia das Mães ou dos Namorados. Mesmo assim, os shopping centers resolveram investir em campanhas para mudar esse cenário. O ABC Plaza gastou R$ 250 mil na campanha "Shopping ABC no Dia dos Pais: uma ligação de carinho". A campanha começará no dia 4 de agosto, com outdoors e anúncios em jornais e revistas. A expectativa é de um aumento de 12% nas vendas e de 15% no fluxo de pessoas em relação à data do ano passado. O Shopping Ibirapuera também aposta na campanha "Declare seu amor" para incentivar os filhos a presentear mais os pais. A expectativa é aumentar em 6% as vendas e em 8% a visitação. Lá, os lojistas acreditam que os artigos mais procurados serão os eletrônicos, vestuário e calçados. Já o SP Market faz campanha com o tema "No dia dos pais surpreenda-se com o que sua mesada é capaz de fazer". A expectativa, segundo a gerente de marketing do shopping, Maria Eugênia Duva, é crescer 10% em vendas e 15% em fluxo, em comparação ao mesmo
Andréa Felizolla/LUZ
ABC: R$ 250 mil em ações da data
período de 2005. Mas nem todos estão tão otimistas. O diretor-superintendente da Associação Brasileira dos Lojistas de Shopping (Alshop), Luiz Augusto Ildefonso da Silva, acredita que as vendas serão 5% maiores em relação ao Dia dos Pais do ano passado. "Mas o fluxo de pessoas vai aumentar 15%. Ou seja, mais pessoas vão comprar peças com preços menores." Frio – Os pais também poderão ser beneficiados pela volta do frio, já que muitas lojas estão em plena liquidação. Os shoppings Morumbi e Anália Franco, por exemplo, promovem, entre 4 e 6 de agosto, a tradicional promoção Lápis Vermelho, organizada há 25 anos. A expectativa é de que as vendas sejam 10% maiores em relação ao Dia dos Pais de 2005, com descontos de até 70%. "A campanha recebeu investimentos de R$ 350 mil", diz o gerente de marketing do Shopping
Anália Franco, Rogério Miola. As 74 unidades da Camisaria Colombo também reduziram os preços de alguns itens de inverno para atrair os filhos. "Para a empresa, a data é tão importante quanto o Natal. Temos duas campanhas publicitárias prontas, uma para a data e outra institucional, que foi antecipada para melhorar ainda mais o faturamento com o Dia dos Pais", diz a gerente de marketing, Patrícia Amaro. A liquidação de inverno ainda não começou, mas alguns produtos serão oferecidos com desconto, como a jaqueta de couro, cujo preço caiu de R$ 550 para R$ 200. "Mesmo com a decepção na Copa do Mundo, dos ataques do PCC em São Paulo e com a proximidade das eleições, que afastam o consumidor das compras, teremos um Dia dos Pais positivo", diz Patrícia. Além da moda – De olho na data, O Boticário lança o Vetiver Brasil, perfume masculino feito com matéria-prima nacional, além de preparar kits especiais. A empresa prevê um crescimento de 20% nas vendas em comparação com igual período do ano passado. A Amor aos Pedaços preparou o bolo do papai, por R$ 64,90; placa de chocolate em formato de gravata, por R$ 9; e o pão de mel do papai, R$ 3,50. "Estamos com expectativa de vender 10% mais do que no Dia dos Pais de 2005. O resultado deve-se principalmente ao lançamento de produtos", diz a gerente de marketing da rede, Ana Maura Werner.
Campanha do Dia dos Pais já começou na Camisaria Colombo, que considera a data tão boa como o Natal Fotos: Divulgação Assessorias de Imprensa
Shoppings apostam em campanhas específicas para incentivar os filhos a gastar mais em presentes com os pais Leonardo Rodrigues/Hype - 07/02/2006
Neide Martingo
Luciano Coca/Chromafotos - 13/07/2006
Voltado para o público da classe A e B, Emporium São Paulo espera aumentar 4% o faturamento
Emporium SP compra loja virtual
A
pesar dos alimentos e bebidas estarem entre os produtos menos vendidos pela internet, com participação de 1,5% sobre o total das compras virtuais, a rede de supermercados EmpoApesar de mais turistas na temporada de inverno, vendas em Campos do Jordão ficaram abaixo da expectativa rium São Paulo decidiu investir no comércio eletrônico. A empresa adquiriu por R$ 40 mil a operação do Empório Brasileiro, um supermercado s shoppings sazonais barato ir para a Argentina do preendimento e gerou 900 em- exclusivamente virtual, e plad e C a m p o s d o J o r- que para Campos", diz Mar- pregos diretos e indiretos, in- neja, para os primeiros dias de dão, Market Plaza e cos Totoli, um dos empreen- cluindo profissionais de mon- agosto, a retomada das vendas por meio do site (www.emporiotagem, limpeza e seguranças. Design Campos, fecharam on- dedores do Design Campos. O conceito dos shoppings de brasileiro.com.br). Apesar do resultado frustem a temporada de 2006 com Com quatro lojas estrategifaturamento aquém das ex- trante, os investimentos conti- temporada é aproveitar o pectativas. O resultado ruim, nuarão para a temporada 2007. acréscimo de movimento na ci- camente localizadas para sersegundo os empresários res- No próximo ano, o Design dade determinado pelo frio e vir consumidores das classes ponsáveis pelos empreendi- Campos passará dos atuais 2,5 oferecer mais opções para esti- A e B, o Emporium São Paulo é mentos, foi reflexo da queda mil metros quadrados para mular as compras do consumi- o chamado supermercado de vizinhança. Marcos Maluf, um do número de turistas na cida- uma área de 4 mil metros qua- dor que está passeando. Procon – Também em Cam- dos sócios, explica que 95% da de, uma vez que muitos apro- drados, espaço que possibiliveitaram o dólar desvaloriza- tará dobrar o número de lojas, pos do Jordão, a Fundação Pro- clientela são moradores dos con-SP realizou, no dia 26 de bairros onde estão as lojas. do em relação ao real para bus- que neste ano foi de 20. Embora o próprio sócio do Market – No caso do Market julho, a Operação Férias. O obcar destinos internacionais, Plaza, até o dia 25 de julho, data jetivo foi coibir ações irregula- Emporium São Paulo reconhecomo a vizinha Argentina. Durante os dois meses que do último balanço realizado res e desrespeito ao Código de ça que a venda pela internet possa levar o cliente a comprar permaneceu aberto, o Design pelos empreendedores, 278 Defesa do Consumidor. Dos 32 estabelecimentos fis- menos, pois inibe a compra Campos recebeu 180 mil visi- mil pessoas haviam passado tantes, movimento que man- pelas 80 lojas do centro de com- calizados, 15 apresentaram ir- por impulso, Maluf estima que teve a média do ano passado, pras, número que deve ter su- regularidades. Entre elas, 13 os negócios pelo site farão o famas foi 30% inferior ao previs- bido para 300 mil até ontem, na referentes à falta de informa- turamento da rede crescer 4%. Mesmo assim, ele diz que to para este ano. O faturamen- previsão de Luiz Padovan, ge- ção de preço à vista em vitrines to também foi parecido com o rente operacional do empreen- (externas/internas), e interior compra da operação do Empóde 2005, cerca de R$ 2 milhões. dimento. Mesmo assim, o nú- da loja; uma sobre falta de os- rio Brasileiro não muda o foco "Campos do Jordão passou mero de visitantes foi 5% infe- tensividade na informação de do negócio. "Nosso público por uma reformulação, ficou rior ao registrado em 2005. A preço e uma sobre falta de cla- continua o mesmo. O que queremos é atender as pessoas que mais bonita, e esperávamos previsão inicial era receber 330 reza na informação de preço. As lojas que apresentaram moram mais distantes da loja, um público melhor. Mas nos- mil pessoas, mas a queda no so visitante é o mesmo que movimento de turistas em irregularidades responderão a com pouco tempo e que comum processo administrativo e pram pela internet", explica. busca viagens internacionais, Campos determinou a baixa. Inicialmente, as vendas pela O Market Plaza investiu R$ 2 poderão receber multas. que foram impulsionadas com o dólar baixo. Está mais milhões para alavancar o emRenato Carbonari Ibelli web serão restritas às áreas de
Prejuízo nos shoppings sazonais
O
influência da rede, em bairros como Vila Olímpia, Moema e Campo Belo, onde já há estrutura para delivery. Gradativamente, no entanto, a marca expandirá o raio de atendimento, e para isso deverá investir de R$ 100 mil a R$ 120 mil. Motivos – Márcio Tabach, um dos ex-donos do Empório Brasileiro, explica que a venda do negócio se deu porque, para crescer, era necessário montar loja física, para ganhar em escala junto aos fornecedores. "O internauta também queria conhecer uma loja física." Ele e os sócios, "muito bons na área virtual", teriam de adquirir know how no varejo físico. Para o Emporium São Paulo, era um casamento perfeito, diz Tabach, que, além do sistema operacional, vendeu o banco de dados da loja virtual, com cerca de 7 mil clientes e a credibilidade de uma marca com dois anos, receita dobrada no ano passado e crescimento de 40% entre janeiro e abril.
Rumo certo – De acordo com especialistas, o Emporium São Paulo está no rumo certo. Pedro Guasti, diretor-geral do e-bit, empresa de pesquisa e marketing online, lembra que a participação das bebidas e alimentos no comércio eletrônico, quando não cresce, mantém-se estabilizada. O foco da rede no público A e B é outro ponto a favor, segundo Guasti. "Essas pessoas têm forte penetração na internet. A venda virtual é uma exigência cada vez mais do público A e B." Claudio Felisoni, coordenador do Programa de Administração do Varejo (Provar), da Universidade de São Paulo (USP), lembra que a estabilização da moeda permitiu ao consumidor diluir as compras ao longo do mês. Isso valorizou o supermercado de vizinhança. O consumidor ficou exigente. "Em áreas com renda mais elevada, está disposto a pagar por serviços mais eficientes." Fátima Lourenço
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 1 de agosto de 2006
Informática CLIENTE SEM FIO
1 Uma solução simples de automação wireless requer um investimento de R$ 10 mil até R$ 30 mil
Fotos Paulo Pampolin/Hype
Por Fábio Pelegrini A comanda eletrônica substitui as anotações em papel e reduz os erros, com cardápio e conta na tela, garçons livres entre as mesas e clientes satisfeitos.
O pedido é enviado imediatamente para a cozinha através do Palm Top e o garçom não precisa perder tempo andando
Adeus aos gritos e pedidos de cancelamento de pratos: a agilidade aumenta e as solicitações de bebidas cresceram 20% no America
rede sem fio pode trazer vários benefícios, mas essa tecnologia tem conseguido proporcionar um ganho em velocidade e a redução de erros em pedidos de forma significativa para alguns tipos de estabelecimentos, como restaurantes, bares, padarias e casas noturnas. O sistema de comanda eletrônica, por exemplo, substitui as antigas anotações em papel, nas quais eram muito comuns erros de interpretação ou de anotações. Com um computador de mão padrão (PDA) os atendentes ou garçons são capazes de fazer a captação das vendas diretamente no aparelho. O cliente pode escolher a sua refeição olhando o cardápio na tela do iPAQ, que são lançadas no computador central ou no caixa, no mesmo instante em que o pedido é realizado na mesa. Desta forma, é possível reduzir sensivelmente o tempo de atendimento ao cliente, os erros de interpretação, o não lançamento de produtos, por esquecimento ou voluntário, além de aumentar a rotatividade nas mesas e o consumo de bebidas. A solução de comanda eletrônica, Pocket Cheff, d a Ta n g o Software House , é um das mais b e m - s u c e d idas do setor. Além de ser simples de ser utilizada trata de forma eficiente as diversas solicitações dos clientes. É possível colocar observações, fazer cancelamentos de pedidos, anotações de preferências de cada freguês (gelo, açúcar, entre outras) e encerrar a conta. Pontos distantes – Com a introdução do suporte de rádio duplo nas impressoras portáteis da Zebra, os clientes podem receber sua conta e fazer o pagamento quase que imediatamente após a solicitação, já que os dispositivos são capazes de se comunicar com o caixa através da tecnologia Bluetooth, oferecendo uma vantagem distinta em relação aos concorrentes e liberando a mesa rapidamente para próximos consumidores. O Nakombi, restaurante especializado em comida japonesa, é um dos melhores exemplos de modernização e de melhora no atendimento. A empresa tem um amplo espaço e
altamente subdividido, inclusive com áreas de atendimento em outros andares do prédio. Assim, havia a necessidade do garçom percorrer os diferentes ambientes e grandes distâncias para atender um pedido muito complexo. "O garçom precisava sair correndo para colocar comanda em um lugar e em outro, o que atrapalhava na qualidade de serviço e tempo de atendimento. Estava inviabilizando a operação", explica Paulo Barossi, proprietário do Nakombi. A preocupação com a qualidade levou Barossi a adquirir o sistema de comandas eletrônicas da Tango, aumentando de forma significativa a sua produtividade. "A agilidade no atendimento não foi tudo. A efetivação de um conjunto de pedidos feitos da maneira correta e todos ao mesmo tempo, passou a proporcionar um controle maior sobre os processos, além de trazer uma redução a zero de pedidos errados", completa. Soluções de R$ 10 mil a R$ 30 mil – Para Marcos Braga, gerente comercial da A BGA Systems, empresa de software especializada em automação comercial, antes de partir para uma solução é importante entender quais são as reais necessidades da empresa. "Às vezes o cliente não tem idéia do que realmente precisa, querendo partir para uma solução muito complexa, sem haver a real necessidade de ter esse sistema", explica Braga. Segundo o gerente, uma solução simples de automação via wireless pode requerer um investimento de R$ 10 mil a R$ 30 mil, o que incluem dois Pocket, uma máquina comum, ligada à rede, antena para a recepção e transmissão do sinal e o software. Para Braga, o proprietário de um restaurante pode ter um retorno do investimento em até seis meses. "Esqueça os pedidos no grito ou no papel, que gera erros, demoras, desperdícios e prejuízos. Tudo é via comanda. O bar ou a cozinha não entrega nada sem a solicitação eletrônica", completa ele. A rede de restaurantes America é um dos clientes da BGA. Ao implantar a solução de comandas eletrônicas, a empresa conseguiu diminuir o tempo de resposta a pedidos e aumentar as vendas de bebidas, pela rápida transmissão do pedido do drinque ao bar. Tudo isso gerou um aumento de cerca de 20% do faturamento com estes itens.
Garçom utiliza o Palm Top para anotar os pedidos dos clientes. O sistema evita a troca de comandas, normal nas anotações no papel
2
A
B r a s i l Te l e c o m apresentou ontem um aparelho capaz de funcionar como telefone comum e móvel, em parceria com a fabricante norte-americana de celulares Motorola. A terceira maior operadora de telefonia fixa do País acredita que o produto vai permitir melhora da rentabilidade do grupo. "O celular funcionará como um telefone sem fio dentro da residência ou do escritório", afirmou o diretor de marketing da Brasil Telecom (BrT), Ricardo Couto. O serviço – que segundo a Brasil Telecom e a Motorola é inédito no mundo – funciona
Nacional Finanças Empresas Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 1 de agosto de 2006
10,8
LIGAÇÃO PARA TELEFONE FIXO CUSTA R$ 0,11
com um aparelho celular especial e um equipamento denominado "ponto de acesso", com raio de cobertura de cerca de 100 metros e ligado a uma linha de telefonia fixa. Dentro da área de cobertura, o telefone escolhe automaticamente qual o melhor tipo de chamada, fixa ou móvel. Não haverá assinatura específica e o cliente receberá faturas distintas para as linhas fixa e móvel que precisará ter para usar o serviço. O produto, batizado de Telefone Único, já foi homologado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), segundo a Brasil Telecom. Ele poderá ser comprado nas lojas
BrT lança telefone único próprias da operadora a partir do próximo dia 3 deste mês no Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Paraná, e estará disponível até o final de agosto nas regiões Sul, Centro-Oeste e em parte da região Norte. O preço do Telefone Único,
que inclui o telefone celular V3 da Motorola e um ponto de acesso com tecnologia Bluetooth, vai de R$ 600 a R$ 900, dependendo da opção por planos pré-pago ou pós-pago na linha de telefonia móvel. De acordo com Antônio
Quintas, diretor de vendas de produtos móveis da Motorola Brasil, a Oi, operadora celular da Telemar, deve lançar em breve um produto similar. Enquanto isso, a Brasil Telecom deve lançar ainda neste ano um serviço semelhante ao anunciado ontem, mas que funciona com tecnologia de rede sem fio WiFi, disponível em vários pontos do País. Mercado – A Brasil Telecom espera que o principal mercado do Telefone Único seja o de pequenas empresas e clientes residenciais. A operadora não fez estimativa de vendas, mas informou que já tem contrato com a Motorola para o forneci-
milhões de linhas fixas são operadas pela Brasil Telecom nas regiões Sul, Centro-Oeste e parte da Norte.
mento de 10 mil kits do produto, com opção de contratar outros 10 mil em seguida. O diretor de marketing disse que, no mundo, aproximadamente 30% das ligações feitas de celulares para telefones fixos são feitas no escritório ou na residência do usuário. Ao utilizar a rede de telefonia fixa com o aparelho celular dentro de casa, o usuário economizará, já que uma ligação fixo-fixo custa, na média, R$ 0,11 por minuto, enquanto na chamada móvel-fixo o valor sobe para R$ 0,68 por minuto. A Brasil Telecom tem atualmente mais de 10,8 milhões de linhas fixas. (Reuters)
ATAS
EDITAL
POLICIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO Centro de Suprimento e Manutenção de Material de Telecomunicações AVISO DE REVOGAÇÃO A POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO, por meio do Centro de Suprimento e Manutenção de Material de Telecomunicações, torna público que o PREGÃO PRESENCIAL nº CSMMTEL-015/UGE. 163/06, foi REVOGADO por razões de interesse público. Informações pelo fone/fax:(0xx11) 6997-7097 - Setor de Finanças. E-mail: csmmteluge@polmil.sp.gov.br ou site www.e-negociospublicos.com.br.
CONVOCAÇÕES Publicidade Legal - 3244-3643
BALANÇO
EDITAIS PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS - TOMADA DE PREÇOS Nº 003/2006 - PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 0501/2006 - Faço público de ordem do Senhor Secretário Municipal de Saúde, que se acha aberto o Edital de Tomada de Preços nº 003/2006, tendo como objeto a qualificação, seleção e contratação de Agência de Propaganda para execução de serviços publicitários. O Edital na íntegra poderá ser obtido na Secretaria Municipal de Saúde de São Carlos, localizada na Rua Capitão Adão Pereira de Souza Cabral, 457, Centro, das 8:30hs às 11:30 hs e das 14:30 às 17:30 hs, mediante o pagamento de emolumentos no valor de R$ 30,00 (trinta reais). O recebimento das propostas dar-se-á até às 10:00 hs do dia 05 de setembro de 2006, quando serão os envelopes abertos. Maiores informações pelo telefone 16 33621360. Cristhian J. dos Santos - Chefe de Seção de Compras.
COMUNICADO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
FDE AVISA: PREGÃO PRESENCIAL Nº 48/0017/06/05 OBJETO: AQUISIÇÃO DE ESTAÇÕES DE TRABALHO – DISKLESS E SERVIÇOS DE CABEAMENTO E REDE ELÉTRICA EM 150 ESCOLAS DA REDE ESTADUAL DE ENSINO. A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para aquisição de estações de trabalho – diskless e serviços de cabeamento e rede elétrica em 150 escolas da rede estadual de ensino – Projeto Universalização. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 01/08/2006, na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – CEP 01121-900 – São Paulo/SP, de segunda a sextafeira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http:// www.fde.sp.gov.br. O credenciamento do representante das proponentes e o recebimento dos Envelopes “Proposta” e “Documentos de Habilitação” ocorrerão na sede da FDE, no endereço acima mencionado, às 09:30 horas do dia 14/08/2006. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital. Willian Sampaio de Oliveira Diretor Executivo
Quer falar com 26.000
Publicidade Comercial - 3244-3344
empresários de uma só vez?
Publicidade Legal - 3244-3643
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 1 de agosto de 2006
Cidades Atração na
As câmeras terão função de dar mais segurança e rapidez nas ações de policiamento Gilberto Kassab, prefeito
Luiz Prado/Luz
TV GCM: São Paulo ao vivo As imagens das 13 câmeras que começaram a funcionar ontem serão monitoradas durante 24 horas pela GCM. Será possível observar ruas da região central e até pequenos detalhes, como a placa de um carro. O projeto teve custo de R$ 2,7 milhões.
D
Hélvio Romero/AE
Alunos voltam às escolas e o trânsito volta às ruas da cidade
C
om o recomeço das aulas na maioria das escolas particulares, ontem, os congestionamentos na cidade de São Paulo permaneceram acima da média, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). O problema foi agravado ainda pelas chuvas que atingiram a capital. Conforme as medições da CET, às 12h havia 31 quilômetros de lentidão em toda a cidade, enquanto a média para o horário, em julho, era de 24 quilômetros. A estimativa é que em torno de 200 mil carros tenham retornado às ruas. Atores fizeram mímicas nas proximidades das escolas para orientar crianças e motoristas. Sem multas – Os funcionários da CET, os marronzinhos, fazem uma paralisação hoje e prometem não multar mais uma vez. Na semana passada, eles pararam na segunda-feira. Na próxima semana, o protesto deve acontecer na quarta. A paralisação é contra uma proposta de redução de benefícios. Estimativas do sindicato que representa a categoria apontam que apenas 300 multas foram aplicadas na cidade no dia 24, com o multa zero. A operação não significa que os motoristas agirão impunes no trânsito. Os marronzinhos vão orientar, avisar e informar o motorista que, se insistir na infração, será multado.
1
Atores orientam a travessia na esquina das ruas Teodoro Sampaio e Alves Guimarães, em Pinheiros
epois de sete meses de espera, os olhos do Centro foram finalmente abertos. Na manhã de ontem, o prefeito Gilberto Kassab inaugurou a Central de Monitoramento da Guarda Civil Metropolitana (GCM), contrariando o anúncio que fez na semana passada de que o projeto só seria posto em prática em agosto. Junto à Central, foram instaladas 13 câmeras de segurança nas principais vias da Nova Luz, Centro Novo e Centro Velho (praças da Sé e Patriarca), vale do Anhangabaú, avenidas Ipiranga, São João, Rio Branco e ruas Xavier de Toledo, Sete de Abril e 24 de Maio. Os equipamentos são capazes de captar imagens de 65 ruas do Centro. O projeto, patrocinado pela Telefônica, teve custo de R$ 2,7 milhões. "As câmeras terão função de dar mais segurança e rapidez nas ações de policiamento para coibir a violência e dar maior agilidade em ocorrências como incêndios ou alagamentos", disse Kassab. As imagens serão monitoradas durante 24 horas pela GCM, que compartilhará as informações com a Polícia Militar por meio de comunicação via rádio. As ocorrências também serão integradas à Polícia Civil e ao Corpo de Bombeiros. Segundo a GCM, até setembro, outras 22 câmeras entrarão em funcionamento na região central e na rua 25 de Março. Outro projeto, que ainda espera por parcerias, é a colocação de 16 câmeras na região da avenida Paulista. Central - A nova Central de Monitoramento funciona provisoriamente no quarto andar da sede da GCM, na rua 13 de Maio. No local, foram
instalados seis monitores gerais de 42 polegadas com plasma e 14 monitores de 17 polegadas, com capacidade para abrir até 16 quadros de tela. As imagens serão acessadas por um supervisor, que selecionará cenas que precisam ser apuradas. Com alcance de mil metros, as câmeras podem captar e ampliar detalhes, como a placa de um carro. As imagens de ocorrências que precisarem de verificação de urgência serão encaminhadas para a Central de Telecomunicações. Os funcionários desta Central, que operam seis monitores de 17 polegadas e 3 consoles que recebem as imagens, poderão acionar por rádio o comando operacional no Centro da Cidade e a Superintendência de Fiscalização, a Guarda Metropolitana e a Polícia Militar, e detalhar as informações. Segundo Kassab, esta é a primeira vez que Prefeitura e o governo se unem para atuar na área da segurança. Parceria - A parceria com o governo do Estado também prevê a mudança de endereço da nova Central da GCM, para a rua General Couto de Magalhães, na Nova Luz. Neste endereço, imóveis serão desapropriados para a construção e a reforma de um prédio de seis andares. Na nova sede funcionará o Centro de Monitoramento e o Centro de Comunicação, com equipamentos e um link que possibilitarão a transmissão direta de informações entre GCM e PM. A data da mudança para o novo prédio, que terá investimento de R$ 7 milhões da Prefeitura, ainda não foi divulgada. Rejane Tamoto
2
Comércio Te c n o l o g i a Aplicativos Inter net
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 1 de agosto de 2006
A Adobe cresceu 30% no Brasil no último semestre e este é um dos mercados nos quais ela tem mais interesse
ESTRATÉGIA É ADQUIRIR OUTRAS EMPRESAS
ADOBE APOSTA NO MERCADO CORPORATIVO PARA CRESCER MAIS Por Rachel Melamet
Fotos Divulgação
O Studio 8 sai por um preço bastante convidativo para o usuário: US$ 2.845, com diversos recursos
eus programas gratuitos estão em praticamente todos os computadores do planeta. Mundialmente conhecida pelo software Photoshop, que virou sinônimo de editoração eletrônica, a norteamericana Adobe está presente em 89% dos PCs existentes através do Acrobat Reader, o famoso leitor de arquivos PDF. Com a aquisição, em dezembro de 2005, da Macromedia, fabricante do Flash Player – que marca presença em 9 8 % d o s comp utadores em atividade –, praticamente não há mais PCs onde a marca Adobe não esteja presente. Com tudo dominado, a companhia – que está entre as quatro m a i o r e s f abricantes mundiais de software, com um faturamento de US$ 1,96 bilhão em 2005 – quer agora avançar ainda mais no mercado corporativo, tanto público quanto privado. O segmento foi responsável por cerca de US$ 160 milhões do faturamento de quase US$ 2 bilhões no ano passado, mas foi a área que mais cresceu dentro da empresa: 40% em relação a 2004, enquanto a Adobe como um todo cresceu 15%. "A Adobe moveu os servidores para a plataforma Java, de modo a atender todos os mercados, quer eles usem programas proprietários ou produtos de código aberto. Mui-
tos governos em todo o mundo aderiram ao open source, que necessariamente não significa software livre, de graça, mas sim tecnologia aberta", explica Fábio Sambugaro, gerente corporativo da Adobe Systems Brasil. Brasil na mira – Segundo o executivo, a nova Adobe, já incorporando a Macromedia, cresceu 30% no Brasil no último semestre, que ao lado da Rússia e Índia é um dos mercados emergentes que mais interessa à companhia. "O mercado financeiro brasileiro é o quinto do mundo, é altamente regulamentado e por isso usa muito papel e arquivos eletrônicos, enfrentando diversos problemas como a freqüente modificação de documentos". A Adobe, de acordo com Sambugaro, tem uma solução de servidor que gerencia a validade de documentos, avisando os usuários sobre mudanças e indicando links que fornecem o novo modelo. Bloqueio .doc – "Empresas públicas e privadas sofrem muito com o vazamento de informações confidenciais, de novos projetos e produtos, e também de documentos que podem ser copiados por funcionários demitidos ou inescrupulosos", observa Fábio. Para prevenir esse tipo de problema , a linha Adobe Live Cycle oferece o Policy Server, em Java, que permite bloquear o acesso de determinado usuário a arquivos em formato PDF e que, na próxima versão que está para ser lançada, evoluiu e consegue bloquear também arquivos do Word com extensão .DOC. Para a distribuição desse produto no Brasil a Adobe fechou parceria com a BrQ.
O usuário do BliG terá dez vezes mais espaço para escrever, colocar fotos e podcasting
Pacote duplo – O desaparecimento da marca Macromedia será gradual, segundo Fabio Sambugaro, até o consumidor se acostumar com a idéia de que agora esses produtos são Adobe. Novos produtos com a fusão das tecnologias de ambas estão em andamento e deverão surgir em 2007. Por enquanto, os usuários têm à disposição no Brasil um pacote duplo, o Web Bundle CS2 + Studio 8, que inclui a Adobe Criative Suíte 2 (Photoshop Ilustrator, In Design, Acrobat e Go Live) e o Macromedia Studio 8 (Flash, Studio e Dream Weaver), por um preço bem convidativo: US$ 2.845. Separadamente, o CS 2 sai por US$ 1.982 e o Studio 8, por US$ 1.506 – a economia, neste caso, é de US$ 643. Ferramentas gratuitas – Disposta a mudar a cara da Internet, a Adobe decidiu abrir a plataforma Flex aos desenvolvedores, estimular a ampliação da comunidade com a criação de grupos de usuários para a troca de informações e, no Brasil, buscar entidades parceiras – como Senac e algumas fundações educacionais – para a criação de laboratórios de tecnologia, cursos de capacitação e certificações. A linha de produtos Adobe Flex 2, lançada em julho, introduz o novo modelo de licenciamento estratificado para deixar o desenvolvimento Flex ao alcance de todos os desenvolvedores de aplicativos. Com ferramentas robustas baseadas no plugin Eclipse, uma sólida oferta de serviços de dados e a introdução do Conjunto gratuito de Software de Desenvolvimento (SDK – Software Development Kit) Flex 2, a empresa está equipando desen-
@ Ó RBITA
volvedores para construir uma nova classe de aplicativos de internet com melhor aplicação e eficiência. O Flex 2 traz um conjunto de ferramentas para o desenvolvimento rápido, de fim-a-fim (end-to-end) de aplicativos de internet volumosos e inovadores. Com o Flex 2 SDK e Flex Data Services 2 Express – uma única licença de produção de CPU que fornece serviços poderosos de administração de dados baseados em mensagens – os desenvolvedores têm tudo que precisam para construir e implementar aplicativos completos e ricos de Internet sem custos de licenciamento de software. Onde encontrar –A linha de produtos Adobe Flex 2 está disponível em inglês. O Adobe Flex 2 SDK, que inclui a estrutura básica Flex e compilador de linha de comando, está disponível de forma gratuita. O Adobe Flex Builder 2 sai por US$ 3.360. O Adobe Flex Data Services 2 Express, que inclui uma única licença completa de produção para implementação de aplicativos em uma única CPU, está disponível de forma gratuita.
Segundo Hernandez-Rebollar sua invenção beneficiará mais de 28 milhões de pessoas que, segundo a National Campaign for Hearing Health (Campanha Nacional para a Saúde da Audição), possuem algum problema de audição. Melhor ainda será para os dois milhões de surdos-mudos norteamericanos que se servem da ASL para comunicar-se. O funcionamento da luva é simples: os movimentos dos dedos e das mãos de quem a usa
Sambugaro: com Java, meta é atender todos os mercados.
De olho no crescimento de blogueiros, o iG apresenta o BliG, com mais recursos e gratuito.
Google mostra o tráfego nas rodovias dos EUA
são captados por sensores e transformados em sinais, que são lidos por um micro-controlador e transportados para um computador. Algoritmos detectam e classificam a trajetória da mão e a posição dos dedos. Uma voz digital pronuncia a palavra. http://www.acceleglove.net/
Acenda uma vela virtual ocê é católico e quer acender uma vela para pagar uma promessa ou pedir uma graça ao seu santo de devoção, mas por algum motivo não pode ir à igreja? Sem problemas. No site do Santuário de Aparecida você pode cumprir a tarefa como se estivesse lá, rezando em tempo real. O ritual é realizado por meio de uma animação em tecnologia flash, que mostra um palito de fósforo aceso sendo levado em direção ao pavio. A vela fica quei-
mando por sete dias. Para vê-la a qualquer hora basta digitar um código fornecido pelo site. Atualmente, mais de oito mil velas virtuais são acesas a cada semana. Entre outras atrações, o santuário online oferece a Ave Maria em sete idiomas diferentes e a possibilidade de rezar um terço virtual, com direito a um belo fundo musical. ht tp :/ /ww w. san tu ar ion a c i o n a l . c o m . b r / i ndex.php?id_pagina=110
Mais informações podem ser obtidas através de: Fone: 0800-161009. Site: www.adobe.com.br.
Divulgação
LUVA FALANTE ais uma para a coleção de novos inventos: a luva falante. Seu criador é o mexicano Jose Hernandez-Rebollar, pesquisador da Escola de Engenharia da Universidade George Washington, nos E UA. A engenhoca, em inglês Acceleglove, é admirável: ela é capaz de traduzir os gestos da ASL American Sign Language (Linguagem de Sinais Americanos) em palavras faladas ou texto escrito.
Aquisição da Macromedia levou a marca a praticamente todos os computadores do planeta; fusão de tecnologias favorece desenvolvimento de produtos para empresas e governo, como o bloqueador de acesso a arquivos DOC
Software anti-seqüestro erca de 30 entidades européias de pesquisas trabalham na criação de um software à prova de hackers, que tornará possível, em seqüestros de aviões, controlá-los remotamente. Ele conduzirá a aeronave ao aeroporto mais próximo. O projeto de US$ 45 mi, financiado pela Comissão Européia, com a Airbus, Siemens e Universidade de Tecnologia de Munique, visa a segurança e desestimular terroristas.
Crianças atacam o Hizbollah s crianças da cidade israelense de Haifa acharam um meio de driblar o medo dos mísseis disparados pelo Hizbollah: jogar um game cujo principal personagem é Hassan Nasrallah, líder do grupo terrorista libanês. A missão do jogador é golpear uma imagem de Nasrallah com vários obje-
tos, que podem ser uma geladeira velha, um porco morto e um até um vaso sanitário quebrado. O game está disponível online e pode ser baixado gratuitamente pelos interessados. O link é o seguinte: h t t p : / / w w w . p l a n e t n ana.co.il/atarsh//flashoo/nasral.html
Site garante achar seu sósia famoso odos nós temos um sósia no mundo das celebridades. Você duvida disso? Pois o site Analogia Star Estimator garante que é capaz de encontrar o seu por meio de um sistema de identificação de gêmeos separados no nascimento. É facil: você envia uma foto e em poucos segundos surgirão
três famosos que são a sua cara. O site oferece ainda um prêmio de mil dólares ao visitante que realmente mais se parecer com um astro ou estrela de Hollywood. Para encontrar o seu gêmeo célebre basta digitar h t t p : / / w w w . p l a y - a n a l ogia.com/cgi-bin/index/
Google está oferecendo aos usuários de celulares um serviço batizado de Google Maps for Mobile que permite saber como anda o tráfego em diversas rodovias norte-americanas. As informações sobre as condições das estradas são identificadas através de três cores: vermelho, quando há congestionamento; amarelo ou laranja quando ocorre lentidão e verde quando está tudo normal. Informações: nohttp://google.com/gmm/index.html
Amazon.com estréia no mercado de filmes
mercado de filmes online está de vento em popa. Agora, é a Amazon.com que vai oferecer o cardápio em seu site. Segundo informações ainda não confirmadas, o novo serviço poderá ser acessado de duas formas: por subscrição ou pelo sistema pay-per-view. Na primeira modalidade, será cobrada uma taxa mensal. Pelo pay-perview o usuário pagará apenas pelo conteúdo escolhido. O link é: http://www.amaz o n . c o m / g p / h o m e p age.html/103-4331224-5161464
terça-feira, 1 de agosto de 2006
Nacional Finanças Empresas Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3 Ministério do Desenvolvimento cria Grupo Executivo de Televisão Digital.
5,5 MIL FUNCIONÁRIOS SERÃO DEMITIDOS PELA VARIG
A PRIMEIRA PARCELA DE PAGAMENTO DA VARIG É ARRESTADA PARA ASSEGURAR O PAGAMENTO DE RESCISÕES
JUSTIÇA BLOQUEIA US$ 75 MI DA VARIGLOG
A
Ricardo Bakker/Agência O Globo
Justiça do Trabalho do Rio bloqueou ontem os US$ 75 milhões depositados pela VarigLog no dia 24, quatro dias após o leilão. A decisão tem como objetivo assegurar o pagamento de rescisões trabalhistas dos 5,5 mil trabalhadores que serão demitidos, além de salários atrasados. O depósito foi feito como primeira parcela da compra da Varig e o destino era outro, o de reestruturar a operação cotidiana da empresa. O bloqueio foi determinado pelo juiz Múcio Nascimento Borges, da 33ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que concedeu liminar pedida pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transporte Aéreo do Município do Rio (Simarj). A questão é que, segundo fontes do mercado, pelo menos US$ 39 milhões teriam sido usados para pagar despesas como taxas aeroportuárias da Empresa Brasileira de InfraEstrutura Aeroportuária (Infraero), fornecimento de combustível pela BR Distribuidora e arrendamento de aviões. A juíza Márcia Cunha, que integra a comissão de juízes da recuperação judicial da Varig, afirmou que não há como a 8ª Vara Empresarial do Rio interferir ou anular a decisão da Justiça do Trabalho. "Não podemos atuar nem interferir. Só as partes envolvidas podem recorrer, ou cumprir a decisão", disse. Segundo Márcia, o que
pode ser discutido é um conflito de competência, o que "ainda não foi cogitado". Rescisões – Outro revés judicial para garantir o pagamento das rescisões trabalhistas e de salários atrasados pode vir do Ministério Público do Trabalho (MPT) do Rio, que deve mover uma ação civil pública para obrigar a nova conAbmael Silva/AE
Turistas em Salvador: espera
troladora da Varig, a VarigLog, a honrar essas obrigações. O tema será discutido hoje em audiência no Rio de Janeiro. " A q u e s t ã o é re a l m e n t e preocupante. Vamos buscar uma solução. Caso contrário, vamos buscar no Judiciário a responsabilização da empresa", afirma o procurador Rodrigo Carelli, do MPT. Ele acrescentou, no entanto, que, a princípio, acredita que haverá bom senso para uma soluç ã o . " N o s s a p re o c u p a ç ã o
maior é com as mais de 5 mil pessoas que estão sendo demitidas. Queremos saber como ficarão os salários e o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), que, ao que parece, não está sendo depositado há mais de quatro anos", acrescenta o procurador do MPT. O diretor do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Leonardo Souza, afirma que a Varig informou aos trabalhadores, na semana passada, que as rescisões trabalhistas são da ordem de R$ 253 milhões, e não de R$ 170 milhões como havia sido divulgado pela companhia anteriormente. Só de salários, que caminham para o quarto mês de atraso, a dívida é de mais R$ 106 milhões. Pelas contas do sindicato, dos 3.985 trabalhadores que foram demitidos, 1,2 mil têm algum tipo de imunidade, como licença-maternidade e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ou porque trabalham fora do País – a Varig confirma que tem mais de mil funcionários nessa situação. Como a VarigLog divulgou a intenção de recontratar 1, 7 mil para a nova fase da Varig, restam 1.085 empregados com situação indefinida. Os trabalhadores da Varig que estão sendo demitidos querem a ampliação, por mais dois meses, do pagamento do seguro-desemprego. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, porém, não prometeu nada, mas se comprometeu a avaliar a questão. (AE) INFORME PUBLICITÁRIO
Porta de entrada para o mercado
CORRETOR
SITE
I O investidor poderá executar a ordem de compra e venda de ações por meio da Corretora de Valores ou através do home broker. De qualquer forma, nas duas situações, é necessário ser cliente de uma Corretora de Valores para conseguir aplicar suas reservas no mercado de ações.
I É um profissional especializado na análise de mercado, de setores e de companhias abertas. É ele quem orienta o investidor e realiza as operações financeiras solicitadas pelo cliente. Não toma qualquer decisão sem o consentimento do investidor e está sempre de olho no mercado.
I O site da BOVESPA traz uma série de informações que podem ajudar o investidor a realizar os melhores investimentos. Entre elas está o Boletim Diário de Informações (BDI). É através dele que a Bolsa fornece todos os dados do pregão, que incluem comunicados recebidos de empresas negociadas na BOVESPA.
Acompanhe quinzenalmente, nesta seção, mais informações sobre a importância do mercado de ações para a economia do país
um cenário sem perspectivas de choques. "A estabilidade faz com que a indústria opere sem temer crises", disse. Mas a sondagem traz preocupações com relação à inflação. Subiu de 28% para 34% a parcela das empresas pesquisadas que pretendem aumentar preços, em três meses, em relação ao percentual apurado na pesquisa anterior. (AE)
Novo comando no Fórum de Líderes
É
lcio Aníbal de Lucca, presidente da Serasa, assumiu ontem a presidência do Fórum de Líderes Empresariais da Gazeta Mercantil, prometendo criar um conselho independente para propor ao governo alternativas para o desenvolvimento econômico e social do País. "Serviria como mão dupla para as sugestões dos empresários", disse. Lucca assumiu a vaga no lugar do empresário Hermann Wever, dizendo que proporá aos 1.270 integrantes do Fórum a elaboração do "Documento dos 30" – alusão aos 30 anos que o Fórum completará em setembro de 2007 – , com medidas de mudanças para o Brasil, a partir da visão da livre iniciativa. "E que será entregue
TAM A companhia aérea parou de endossar bilhetes de vôos internacionais da Varig.
A TÉ LOGO
Andrea Felizolla/LUZ
Élcio de Lucca: várias propostas
já na posse do novo presente da República", adiantou. O presidente da Serasa prometeu dar continuidade aos estudos iniciados na gestão de
Ó RBITA
Wever nas áreas de inovação tecnológica e internacionalização das empresas nacionais, além de iniciar um projeto para avaliar o tamanho do Estado brasileiro numa visão de empresa. Também buscará líderes regionais e setoriais para ampliar a rede nacional. "Tornar o Fórum dos Fóruns, para expressar nosso pensamento", disse. O presidente da Confederação das Associações Comerciais do Brasil (CACB) e presidente em exercício da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Alencar Burti, enfatizou, durante a posse, que o mais importante hoje é a "união empresarial". Para ele, o momento político sugere que "todos assumam sua parcela de responsabilidade nos rumos da sociedade e da economia". (SLR)
DÓLAR A cotação da moeda norte-americana é de R$ 2,176 para venda.
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
Itaú finaliza empréstimo de US$ 50 milhões no BID Privatização pode tornar os Correios do Japão o maior banco do mundo Brasil e Paraguai tentam resolver nesta semana impasse sobre Itaipu
L
NEGOCIAÇÃO
aumentar preços neste trimestre. É o que mostra a 160ª Sondagem Conjuntural da Indústria da Transformação, referente ao trimestre de maio a julho, divulgada ontem pela FGV. Segundo o coordenador de Análises Conjunturais da FGV, Aloisio Campelo, o nível alto de utilização de capacidade indica confiança do empresariado em investir, dentro de
L
me broker. Através dele, o investidor pode negociar ações pela internet com toda a rapidez e segurança, no conforto de sua casa ou no próprio trabalho. Pelo home broker é possível consultar as cotações do dia, ver o saldo das ações, ler as notícias relacionadas ao mercado e utilizar uma série de recursos que ajudam na busca por melhores resultados. Os home brokers das Corretoras de Valores são interligados ao sistema de negociação da BOVESPA e oferecem a mesma segurança garantida ao investidor que prefere dar as ordens de compra e venda ao Corretor. Este sistema é ideal para quem busca praticidade e rapidez em suas negociações.
A
estabilidade econômica levou a indústria de transformação a atingir neste ano o maior nível de uso da capacidade para meses de julho desde 1980: 84,9%, na série sem ajuste sazonal. Sob o argumento de que a produção a todo vapor veio acompanhada de margens de lucro reduzidas, grande parte das indústrias (34%) planeja
L
mentos, quais empresas estão em crescimento e que fatores podem mudar o cenário econômico, influenciando na baixa ou na alta do preço de uma determinada ação. Devidamente orientado, o investidor dá as ordens de compra ou venda de um papel para a Corretora da qual é cliente. E essas ordens são colocadas em prática pelos Corretores. Nenhuma operação é feita sem o prévio consentimento do cliente. No site da BOVESPA (w ww . bo ve spa.com.br) você encontra a relação de todas as Corretoras Membros listadas na Bolsa. HOME BROKER Outro serviço oferecido pelas Corretoras de Valores aos investidores é o ho-
Cresce otimismo da indústria
L
Corretoras de Valores são instituições financeiras habilitadas para comprar e vender ações. Quem autoriza seu funcionamento é o Banco Central, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a própria BOVESPA. Desta forma, o investidor que deseja aplicar seu dinheiro no mercado de ações precisa, antes de mais nada, tornar-se cliente de uma Corretora. A BOVESPA possui mais d e 9 0 C o r r e t o r a s M e mbros, que contam com profissionais altamente especializados em análise de mercado, de setores e de companhias abertas. Em outras palavras, os profissionais das Corretoras de Valores estão sempre de olho no mercado, avaliando os principais aconteci-
Tristeza e revolta marcaram o dia ontem dos funcionários que receberam as cartas de demissão no Aeroporto de Congonhas
Votorantim anuncia hoje investimento de R$ 1 bilhão em usina siderúrgica
2
A
mais recente estratégia da Prefeitura para convencer moradores de rua a ir a albergues é impedir que as organizações não-governamentais (ongs) distribuam comida nas ruas. A idéia é que os alimentos sejam entregues somente dentro de equipamentos públicos voltados à população de rua. A proposta foi aceita por oito ongs e pela Coordenação Regional de Obras de Promoção Humana (Croph), durante a assinatura de um convênio na manhã de ontem. O secretário de Assistência e Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro, disse que proibir as ongs de distribuir comida nas vias públicas é uma maneira de estimular a ida dos moradores de rua aos albergues. "As ongs podem ajudar mais dentro dos nossos equipamentos. Podem até me chamar de higienista, mas considero indigno que pessoas recebam comida nas ruas. Não vamos deixar ninguém morrer de fome", disse. Este raciocínio, no entanto, ainda racha opiniões de representantes de entidades. "Distribuir comida na rua é trabalho de assistência, mas não garante promoção social", disse a diretora presidente da Croph, Carlota Cardoso da Silva. Para Antenor Ferreira, presidente da ong Anjos da Noite, que distribui 700 refeições to-
Ambiente Urbanismo População Compor tamento
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 1 de agosto de 2006
Considero indigno que pessoas recebam comida nas ruas. Floriano Pesaro, secretário de Assistência e Desenvolvimento Social
PROPOSTA FOI ACEITA POR OITO ONGS
"Não dê comida aos moradores de rua" Luludi/Luz
Pedido da Prefeitura
Só assim eles irão para o abrigo
No alto, moradores de rua assistem tevê no albergue Portal do Futuro, no Centro. Acima, moradores dormem na rua Boa Vista.
dos os sábados na avenida Amaral Gurgel, o foco do trabalho da entidade é atender pessoas necessitadas, não importando se estão nas ruas ou nos albergues. "Vamos aceitar essa regra porque foi uma decisão unilateral. Ou aceitamos ou aceitamos", disse. "Todas as ongs serão fiscalizadas pela vigilância sanitária. Aquelas que não concordarem em trabalhar com a Prefeitura não poderão distribuir alimentos nas ruas", afirmou o secretário Floriano Pesaro. A decisão da Secretaria deve demorar para surtir efeito, já que as ongs que participam oficialmente do convênio não chegam a 5% do total das 184 entidades que fazem entregas de alimentos nas ruas da cidade atualmente. O secretário disse que há resistência das entidades em aderir ao projeto e, para estas, ele abre a possibilidade de alugar imóveis, onde os alimentos seriam distribuídos. "Dentro desses locais nossos agentes poderão abordar e tentar convencer estas pessoas a ir para albergues. Muitos dos moradores de rua que resistem aos albergues fazem isso porque recebem comida nas ruas", disse. A ong Benção da Paz, que não faz parte do convênio e chega a distribuir 950 quentinhas às quartas-feiras, está disposta a participar do projeto da Prefeitura, embora não acredite que somente a distribuição de comida nas ruas seja o único motivo pelo qual as pessoas rejeitam os albergues. Segundo o secretário de diretoria da ong, José Henrique Valêncio, esta não é uma equação simples de resolver. "Muitos moradores de rua têm problemas com álcool, drogas e de saúde mental e não recebem atendimento adequado em albergues. Alguns não vão para lá nem no frio. Só participaremos do projeto se for comprovada a capacidade de atendimento dos albergues para todos os moradores de rua da cidade", afirmou. A capacidade de atendimento nos abrigos é de oito mil vagas, para uma população que chega a 12 mil pessoas. Hotéis - Durante a assinatura do convênio, também foi oficializada a parceria entre a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social com os hotéis Saturno, na Luz, e Maracanã, na Mooca. Os hotéis se comprometeram a abrigar 170 moradores de rua até o dia 30 de setembro, quando termina o inverno, como parte da operação Frentes Frias. A meta da secretaria, que paga R$ 9 por pessoa, é atingir 300 vagas em hotéis, destinadas aos moradores de rua com autonomia financeira e psicológica e que não tenham problemas de convivência. O projeto ainda será avaliado e poderá ser mantido ou não. Rejane Tamoto
terça-feira, 1 de agosto de 2006
Comércio Software Inter net Administração
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3
A INTERNET INVADE E GANHA ESPAÇO DE OUTROS MEIOS
Novos meios de comunicação criados pela internet Sem pedir licença a ninguém, blogs e podcasts ganham espaço na web Por Guido Orlando Júnior
Internet - e mais especificamente o noticiário on-line - abalou o imediatismo do rádio, ofuscou a magia da imagem do noticiário da TV, fulminou de vez as edições extras dos jornais e deixou tímida qualquer tentativa de aprofundamento da notícia pelas revistas. Isso porque a Web é multimídia e tem a capacidade de ser imediatista, exibir imagem estática ou em movimento, dar a última notícia primeiro e aprofundar esse fato em tempo real, à medida que ele vai se desdobrando. O noticiário on-line praticamente matou a expectativa da manchete do dia seguinte. Para quem tem acesso constante à Internet, a primeira olhada no jornal logo de manhã deixa uma sensação de "dejá vu", expressão francesa que quer dizer "já vi isso antes". Isso acontece também para quem não tem acesso, pois os sites de notícia on-line passaram a pautar todos os veículos quando o assunto é noticia. Pior ainda é um acontecimento que se desenrola quando não dá mais tempo do jornal estampar em suas páginas aque-
le fato importante. Hoje, em qualquer noticiário de rádio, o locutor tem ao lado do microfone um computador ligado 24 horas por dia na Internet, que desempenha papel tão ou mais importante do que o indispensável rádioescuta, aquele que é responsável em passar os últimos acontecimentos para o pauteiro (quem indica se um fato merece ser apurado ou não) e para as equipes de reportagem. Da mesma forma, os canais de TV a cabo que transmitem notícias 24 horas por dia também lançam mão da consulta à Internet, ao vivo e a cores, quando o fato é relevante e exige transmissão rápida da notícia. E é capaz de assegurar a certeza de acesso total à informação, sem censura, como nenhum outro veículo tem, por ser livre. Além dos veículos on-line profissionais e tradicionais, a internet abriu um imenso caminho para que praticamente qualquer um possa sentir o gostinho de informar uma quantidade considerável de pessoas sobre determinado fato. Não é necessário nem mesmo ter que sair de casa, bastando para isso um computador, uma conexão com a internet e um provedor de serviços para hospedar suas idéia, opiniões ou mesmo um acontecimento novo. Estou falando dos novos meios de comunicação que es-
tão revolucionando a distribuição de conteúdo, seja ele informativo, analítico, opinativo, ou crítico: o blog e, mais recentemente, o podcast. Blog - Sem a menor sombra de dúvida o blog virou febre na internet. Existem para todos os gostos: economia, política, corporativo, arte, cinema, gastronomia, esporte e qualquer assunto que você imaginar. Mesmo jornalistas e comentaristas consagrados possuem o seu, não se furtam de escrever alí suas idéias e opiniões, que muitas vezes não são publicadas na grande imprensa por falta de espaço ou até mesmo por não estarem de acordo dom a linha editorial do jornal ou revista. Ganharam tanto espaço que portais como UOL, Terra e Globo.com têm seus blogueiros famosos e basta dar uma olhada para reparar que muita coisa que será noticiada no dia seguinte já estão colocadas lá, pois uma informação obtida por um analista político, por exemplo, pode ser disponibilizada instantaneamente sem a necessidade de passar pela redação ou edição. Esse tipo de comunicação conseguiu ser mais rápida em relação aos sites de notícia, pois não dependem da aprovação de um editor, já que a pessoa que escreve é quem decide se deve publicar ou não. Por isso, é muito importante que os leito-
res leiam blogs de desconhecidos com a máxima reserva e esperem a confirmação daquele fato na imprensa, caso ele seja relevante. Podcast - Este pode ser considerado o mais novo meio de distribuição de conteúdo da internet. A palavra podcast é um acrônimo de duas outras: iPod e broadcast. São programas gravados no formato MP3, geralmente livres de direito autoral, que são disponibilizados na internet. Os usuários - ou ouvintes - podem escutá-los on-line ou baixar para o micro, qualquer tocador de MP3 ou mesmo celulares, desde que possam reproduzir áudio nesse formato. Discretamente o podcast vem tendo crescimento explosivo desde o ano passado e em uma recente pesquisa foi apontado que pela primeira vez superaram os blogs nos Estados Unidos em número de acessos. Isso se deve principalmente à mobilidade, pois como no rádio, o usuário não precisa parar de fazer alguma coisa para acessar qualquer tipo de informação. Pode ser considerado como um rádio sob demanda, que o ouvinte acessa a hora e como quiser. Sinceramente, não dá para prever o que virá pela frente em termos de distribuição de conteúdo. Afinal, essas duas formas que acabei de descrever foram incorporadas tão rápido quanto surgiram.
Rádios, televisão e jornais perdem para o grande meio: a comunicação de dados.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4 -.LEIS, TRIBUNAIS E TRIBUTOS
terça-feira, 1 de agosto de 2006
ORIENTAÇÃO LEGAL LEGISLAÇÃO • DOUTRINA • JURISPRUDÊNCIA INSTITUTO JURÍDICO DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO
COORDENAÇÃO: CARLOS CELSO ORCESI DA COSTA
Agenda Tributária Paulista – Agosto/2006 COMUNICADO CAT-36, DE 28-07-2006 O coordenador da Administração Tributária declara que as datas fixadas para cumprimento das Obrigações Principais e Acessórias, do mês de agosto de 2006, são as constantes da Agenda Tributária Paulista anexa. AGENDA TRIBUTÁRIA PAULISTA Nº 204 MÊS: AGOSTO DE 2006 DATAS PARA RECOLHIMENTO DO ICMS E OUTRAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS Classificação de Atividade Econômica
Código de Prazo de Recolhimento
CNAE
CPR
15237, 15911 a 15954, 21105 a 21490, 23108 a 23302, 24112 a 24996, 25216 a 25291, 26204, 27138 a 27413, 27499 a 27529, 28118 a 28215, 28312 a 28991, 29130, 29157, 29246, 29254, 29513 a 29548, 29718 a 29963, 30112 a 30228, 31119 a 31410, 31518, 31810 a 31992, 32107 a 32301, 32905, 33103 a 33502, 33910 a 33944, 34100, 34207, 34509, 35114 a 35211, 35238, 35327 a 35912, 36927 a 36951, 36978 e 36994; 40118 a 40142, 40207 e 40304; 51217 a 51926, 60267 a 60291, 61115 a 61239, 62103 a 62308, 64114 e 64122; 92215, 92223 e 92401. 01112 a 01708, 02119 a 02135, 05118, 05126, 10006, 11100, 11207, 13102 a 13293, 14109 a 14290, 16004, 26913, 26921, 45110 a 45608, 50105, 50202, 50504, 51110 a 51195, 55131 a 55190, 55247, 60305 e 63118 a 63401; 65102 a 65994, 72109 a 72907, 74110 a 74993, 85111 a 85324. 64203 15431, 41009, 50300 a 50423, 52116 a 52795, 55212 a 55239, 55298, 60100 a 60224, 66117 a 66303, 67113 a 67202, 70106 a 70408, 71102 a 71404, 73105, 73202, 75116 a 75302, 80136 a 80993, 90000, 91111 a 91995, 92118 a 92134, 92312 a 92398, 92517 a 92622, 93017 a 93092, 95001 e 99007. 28223, 29114 e 29122, 29149, 29211, 29220, 29238, 29297 a 29408, 29610 a 29696. 15113 a 15229, 15318 a 15423, 15512 a 15890, 17116, 17191, 19100 a 19291, 20109 a 20290, 22144 a 22349, 23400, 25119 a 25194, 26115 a 26190, 26301, 26492, 26999, 27421, 31429, 31526, 31607, 34312 a 34495, 35220, 35920, 35998, 36110 a 36919, 37109, 37206, 60232 a 60259. 17213 a 17795, 18112 a 18228, 19313 a 19399, 26417, 26425, 35319 e 36960. Industriais ou Atacadistas de Pequeno Porte (art. 11 das Disposições Transitórias do RICMS/2000)
Observações O Decreto 45.490, de 30/ 11/2000 - D.O.E. de 1°/12/ 2000, que aprovou o novo RICMS, estabeleceu em seu Anexo IV prazos do recolhimento do imposto em relação às Classificações de Atividade Econômica ali indicadas, com alteração do Decreto n° 49.016 de 06/10/2004, D.O.E. de 07/10/2004. O não recolhimento do imposto até o dia indicado sujeitará o contribuinte ao seu pagamento com juros estabelecidos pela Lei 10.175, de 30/12/98 - D.O.E. de 31/12/98, e demais acréscimos legais. Informações Adicionais do Imposto Retido Antecipadamente por Substituição Tributária: Os contribuintes, em relação ao imposto retido antecipadamente por substituição
Regime Periódico de Apuração Recolhimento do ICMS FATO GERADOR 07/2006 06/2006 DIA DIA
1031
3
-
1100 1150
10 15
-
1200
21
-
1220
22
-
1250
25
-
2100
-
10
2102
-
10
tributária, estão classificados nos códigos de prazo de recolhimento abaixo indicados e deverão efetuar o recolhimento até os seguintes dias (Anexo IV, art. 3°, § 1° do RICMS aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, D.O.E. de 1°/12/00, com alteração do Decreto 45.644, de 26/1/01): Dia 03 - cimento - 1031; refrigerante, cerveja, chope e água - 1031; álcool anidro, demais combustíveis e lubrificantes derivados de petróleo 1031. Dia 09 - veículo novo 1090; veículo novo motorizado classificado na posição 8711 da NBM/SH - 1090; pneumáticos, câmaras-dear e protetores de borracha 1090; fumo e seus sucedâneos manufaturados - 1090; tintas, vernizes e outros produtos químicos - 1090;
energia elétrica - 1090; Dia 15 - sorvete, acessório como cobertura, xarope, casquinha, copo, copinho, taça e pazinha - 1150. Observações em relação ao ICMS devido por ST: a) O contribuinte enquadrado em código de CNAE que não identifique a mercadoria a que se refere a sujeição passiva por substituição, observado o disposto no artigo 566, deverá recolher o imposto retido antecipadamente por sujeição passiva por substituição até o dia 9 do mês subseqüente ao da retenção, correspondente ao CPR 1090 (Anexo IV, art. 3°, § 2° do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, D.O.E. de 1°/12/00; com alteração do Decreto 46.295, de 23/ 11/01, D.O.E. de 24/11/01). b) Em relação ao estabe-
lecimento refinador de petróleo e suas bases, observar-se-á o que segue: 1) no que se refere ao imposto retido, na qualidade de sujeito passivo por substituição tributária, 80% do seu montante será recolhido até o 3º dia útil do mês subseqüente ao da ocorrência do fato gerador CPR 1031 e o restante, até o dia 10 (dez) do correspondente mês - CPR 1100; 2) no que se refere ao imposto decorrente das operações próprias, 95% será recolhido até o 3º dia útil do mês subseqüente ao da ocorrência do fato gerador - CPR 1031 e o restante, até o dia 10 (dez) do correspondente mês - CPR 1100. 3) no que se refere ao imposto repassado a este Estado por estabelecimento localizado em outra unidade federada, o recolhimento deverá ser efetuado até o dia 10 de cada mês subseqüente ao da ocorrência do fato gerador - CPR 1100 (Anexo IV, art. 3º, § 5º do RICMS, acrescentado pelo Decreto nº 47.278, de 29/10/02). Empresa de Pequeno Porte e Microempresa CPR 1210; Dia 21 - Os contribuintes sujeitos a esse regime deverão efetuar o recolhimento do imposto apurado no mês de junho/2006 até esta data (art. 11 do Anexo XX e art. 3°, inciso VII do Anexo IV do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/ 11/00, D.O.E de 1°/12/00; Comunicado CAT 3, de 22/ 1/01 - D.O.E. de 24/1/01). Feiras: Fispal Tecnologia 2006, Fispal Food Service 2006 Conforme estabelecido pelo Decreto 50.850 de 01/ 06/2006, ficou prorrogado por 30 (trinta) dias o prazo para o recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços ICMS incidente na saídas de mercadorias decorrentes de negócios firmados durante a realização das referidas feiras, realizadas nos períodos de 6 a 9 de junho de 2006 e de 17 a 20 de julho de 2006, no Pavilhão de Exposições do Parque Anhembi, em São Paulo SP, observados os dias correspondentes ao Código de Prazo de Recolhimento do imposto de cada estabelecimento e os termos do referido Decreto. Campanha Liquida São Paulo O Decreto 50.919 de 29/ 06/2006 fixou prazos especiais para recolhimento do ICMS devido pelos contri-
buintes que aderirem à campanha “Liquida São Paulo”, nas condições que especifica. Outra Obrigações Acessórias 1) Guia de Informação e Apuração do ICMS - GIA: A GIA, mediante transmissão eletrônica, deverá ser apresentada até os dias a seguir indicados de acordo com o último dígito do número de inscrição estadual do estabelecimento. (art. 254 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/ 11/00 - D.O. de 1º/12/00 Portaria CAT 92, de 23/12/ 98, Anexo IV, artigo 20 com alteração da Portaria CAT 49, de 26/06/01 D.O.E. de 27/06/01). Final Dia 0e1 16 2, 3 e 4 17 5, 6 e 7 18 8e9 19 Caso o dia do vencimento para apresentação indicado recair em dia não útil, a transmissão poderáser efetuada por meio da Internet no endereço http://www.fazenda. sp.gov.br ou http:// pfe.fazenda.sp.gov.br 2) Dia 10 - Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS - Substituição Tributária: O contribuinte de outra unidade federada obrigado à entrega das informações na GIA-ST, em relação ao imposto apurado no mês de julho/2006, deverá apresentá-la até essa data, na forma prevista no Anexo V da Portaria CAT 92, de 23/ 12/98 acrescentado pela Portaria CAT 89, de 22/11/ 00, D.O.E. de 23/11/00 (art. 254, parágrafo único do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, D.O.E. de 1°/12/00). 3) Dia 15 - Demonstrativos do Crédito Acumulado: o contribuinte deverá entregar até essa data, no Posto Fiscal do seu domicílio, os respectivos demonstrativos referentes aos fatos geradores do mês de julho/ 2006 (art. 72 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, D.O.E. de 1°/12/00 e art. 1º, inciso IV da Portaria CAT 53/96, de 12/08/96 - D.O.E. de 27/ 8/96 - Retificada em 31/8/ 96, na redação dada pelas Portarias CAT 68/96, 15/97, 38/97, 71/97, 71/98; 37/ 2000, 94/01 e 35/02). 4) Dia 15 - Relação das Entradas e Saídas de Mercadorias em Estabelecimento de Produtor: produtor não equiparado a comerciante ou a industrial que se utilizar do crédito do ICMS deverá entregar até essa data,
no Posto Fiscal a que estiver vinculado, a respectiva relação referente ao mês de julho (art. 70 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, D.O.E. de 1° /12/00 e art. 18 da Portaria CAT 17/03). 5) Dia 15 - Arquivo com Registro Fiscal: Os seguintes contribuintes deverão enviar até essa data à Secretaria da Fazenda através do correio eletrônico http://pfe.fazenda.sp. gov.br, com registro fiscal de todas as suas operações e prestações com combustíveis derivados de petróleo, gás natural veicular e álcool etílico hidratado combustível efetuadas a qualquer título efetuadas no mês de maio: a) os fabricantes e os importadores de combustíveis derivados de petróleo, inclusive de solventes, as usinas e destilarias de açúcar e álcool, as distribuidoras de combustíveis, inclusive de solventes, como definidas e autorizadas por órgão federal competente, e os Transportadores Revendedores Retalhistas TRR (art. 424-B do RICMS, aprovado pelo Decreto 48.139 de 8/10/2003, D.O.E. de 9/10/03, normatizada pela Portaria CAT95 de 17/11/2003, D.O.E. de 19/11/2003). b) Os revendedores varejistas de combustíveis e os contribuintes do ICMS que adquirirem combustíveis para consumo (art. 424-C do RICMS, aprovado pelo Decreto 48.139 de 8/10/03, D.O.E. de 9/10/03 e normatizada pela Portaria CAT-95 de 17/11/2003, D.O. de 19/ 11/2003). Notas Gerais 1. Unidade Fiscal do Estado de São Paulo - Ufesp: Por meio de comunicado, a Diretoria de Arrecadação divulgou o valor da Ufesp que, para o período de 1°/1/2006 a 31/12/2006, será de R$ 13,93 (Comunicado DA 57, de 20/12/05 - D.O.E. 21/12/ 05). 2. Nota Fiscal de Venda a Consumidor: À vista do disposto no art. 134 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, D.O.E. de 1°/12/00, será facultada a emissão da nota fiscal, desde que não exigida pelo consumidor, quando o valor da operação for inferior a R$ 7,00, no período de 1°/1/2006 a 31/12/2006 (Comunicado DA 61, de 20/12/05 - D.O.E. 21/12/05) 3. Esta Agenda Tributária foi elaborada com base na legislação vigente em 27/07/2006. DOE - 29/07/2006
terça-feira, 1 de agosto de 2006
Urbanismo Ambiente Clima Compor tamento
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3 O sol só reaparece em São Paulo na sexta-feira, quando as temperaturas podem chegar a 23 graus.
SÃO PAULO TEVE A TARDE MAIS FRIA DO ANO
Anselmo Nascimento/Mural/AE
Epitácio Pessoa/AE
Rua Anhaia, no Bom Retiro (à esquerda): manequins sem roupa e paulistana agasalhada para enfrentar a tarde gelada. O dia ontem foi típico de inverno em quase todo o País, na foto acima, cascata com a água congelada na Serra do Rio do Rastro, entre as cidades de Bom Jardim da Serra e Lauro Muller, na Serra Catarinense.
Só manequim não sentiu frio ontem Termômetros marcaram 12,7 graus, às 15h, na zona norte da cidade. Frio prossegue hoje.
Monalisa Lins/AE
Q
uem mora e trabalha em São Paulo viveu um dia gelado ontem. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou a tarde mais fria do ano, com os termômetros marcando 12,7 graus, às 15h, no Mirante de Santana, na zona norte. Nas ruas, as pessoas andaram agasalhadas, com gorros e luvas. A sensação térmica foi ainda de mais frio por causa da garoa fina. De manhã, a temperatura também já havia atingido os menores índices de 2006, chegando a 10,4 graus. O menor índice da manhã neste ano foi de 10,1 graus, registrado no final de junho. A partir da tarde de hoje, a nebulosidade começa a diminuir. Até quinta-feira, a temperatura deve aumentar gradativamente, variando entre 10 e 21 graus, com pancadas isoladas de chuva. Na sexta, o sol reaparece, com temperatura máxima de 23 graus, de acordo com o Climatempo. As baixas temperaturas, que começaram no sábado, são consideradas normais pelo Inmet e contrastam com o calor registrado sucessivamente durante a semana passada. Além de derrubar as temperaturas, a chegada da frente fria também melhorou a umidade do ar. Ontem, o índice chegou a 91%. Dezesseis estações da Cetesb instaladas na Grande São
Epitácio Pessoa/AE
Paulo classificaram a qualidade do ar como boa, às 12h de ontem. Só as estações do Centro e de Congonhas, zona sul, tiveram situação regular. Com os ventos e as chuvas, melhora a dispersão dos poluentes. Ontem foi a tarde mais fria do ano também no Rio de Janeiro. A temperatura não passou dos 20,1 graus na praça Mauá, segundo o Inmet. O índice superou o recorde anterior: 21,5 graus em 24 de maio. Com a ressaca, as ondas superaram os dois metros.
Paulistanos enfrentaram a tarde mais fria ontem. Na praça dos Omaguás, em Pinheiros (acima) ou na rua Augusta (ao lado) valeu de tudo para se proteger das baixas temperaturas.
Rio Grande do Sul – A madrugada de ontem foi a mais fria também no Rio Grande do Sul. Na divisa com Santa Catarina foram registrados 6,2 graus negativos. Na mesma região, os termômetros marcaram 4,6 graus negativos em Cambará do Sul e 4,2 graus negativos em Bom Jesus. Houve casos de congelamento de água em encanamentos e em lagos e açudes. A geada foi forte em quase todo o Estado, inclusive em zonas tradicionalmente quentes, como o vale do Rio dos Sinos. Só a zona litorânea, no leste do Rio Grande do Sul, escapou da geada, mas não do frio. Durante todo o dia, os gaúchos tiveram de andar de casacão. A temperatura máxima ocorreu à tarde, em Iraí, e não passou de 14,8 graus. Em Porto Alegre, os termômetros oscilaram entre 3,3 graus e 13,0 graus. A previsão indica mais frio hoje com novas geadas. A temperatura ficará entre zero grau e 18 graus. As madrugadas continuarão gélidas durante toda a semana, mas a temperatura tende a subir gradualmente até chegar a 24 graus na sexta-feira. Há expectativa de chuvas isoladas na quarta e na quinta, e de pancadas espalhadas por todo o Estado na sexta-feira. O frio também voltou ao Paraná. Em Palmas, na região sul, os termômetros marcaram 1 grau negativo durante a madrugada de ontem. Por volta das 7h, a temperatura ainda era de 0,6 grau negativo. Guarapuava, no centro-sul, registrou 0,5 grau. (Agências)
4
Software |nter net Administração Games
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 1 de agosto de 2006
MAIS UM PESO QUE ALIVIARÁ O CONSUMIDOR: O CAIXA.
Cuidar do cliente é gerar vendas. A automatização também já é para as pequenas
Captura de tela
CRM
Sua empresa ainda vai ter um Tela do Proteus, da Microsiga, e do Dynamics CRM, da Microsoft: preço do primeiro é de US$1.000 por usuário e do segundo, de US$ 500 por licença
Por Barbara Oliveira Sistemas de relacionamento com o cliente agora também para o small business
a hora que o cliente liga para uma pizzaria, o atendente o identifica pelo número telefônico e pergunta se ele quer repetir o pedido feito na última vez ou se vai solicitar outro recheio. Antes de começar o inverno, a lavanderia da esquina decide iniciar uma promoção com descontos para cobertores e edredons e envia malas diretas para seus clientes preferenciais aproveitarem esta vantagem. São dois casos prosaicos de utilização de CRM (Customer Relationship Management ou Gestão de Relação com o Cliente) em pequenos negócios. Esse tipo de sistema já é amplamente adotado por grandes empresas quando integrado aos outros softwares de gestão (ERP e de RH), mas começa a ser descoberto também pelos pequenos e médios empreendedores que vêem nele uma oportunidade de reagir mais rapidamente em relação à concorrência e avaliar as reais necessidades de seus fregueses. Personalização, aliás, é uma das chaves para manter e conquistar novos clientes. "Quando o caixa do supermercado pergunta ao freguês se ele encontrou o que queria e anota num papelzinho a mercadoria que estava faltando, esse funcionário está fazendo um tipo de CRM", explica o gerente
de produtos de Business Solutions da Microsoft, Aluisio Viscardi. "Só que às vezes isso não funciona porque o papel não teve um fluxo desejado e nem foi integrado a algum sistema automatizado," lembra. Mesmo que no Brasil as pequenas empresas ainda estejam engatinhando na utilização de CRM elas sabem que dependem muito dessa aplicação (e de outras que se integram a ela) para crescer. "Uma pizzaria, um supermercado, uma livraria, com o mínimo de cinco ou seis computadores e muitos clientes, vão precisar, em algum momento, de sistemas CRM para personalizar seu atendimento e promover ações de marketing para ampliar suas vantagens", observa Wilson Godoy, vicepresidente de Tecnologia de Sistemas e Recursos da Totvs, um dos maiores grupos de softwares empresariais da América Latina e proprietário da Logocenter, Microsiga e da RM Sistemas. Outro incentivo à migração do SMB (pequeno e médio negócio) para os sistemas de gestão e de CRM é o custo mais acessível dos pacotes e as formas de comercialização. Alguns clientes não precisam sequer dispor de uma infra-estrutura de máquinas e software dentro da própria empresa e nem com-
prar as licenças, podendo optar pela hospedagem da solução simplificada nos data centers do fornecedor e pagando uma mensalidade pelo serviço, "o que pode resultar em economia de 50% nas despesas de gerenciamento", garante o diretor de Consultoria da Oracle, Michel Setzer, que oferece o pacote de serviços Oracle OnDemand. "Neste caso, o cliente não precisa adquirir licenças nem instalar nada de novo na empresa, só dispor de linha para internet e PCs básicos. Ele paga mensalmente pelos serviços com seis módulos hospedados no data center da Oracle", observa Setzer. Trata-se de módulos de automação de marketing e vendas, business intelligence, pós-venda, contact center e integração. O custo médio por usuário é de US$ 70 ao mês. Já o modelo Professional Edition, com vendas mediante licenças, tem um custo médio por usuário de US$ 1.000. A empresa é a número um em CRM no mundo, depois de ter adquirido vários fornecedores de soluções de gestão, entre elas a Siebel e a Peoplesoft, o que amplia o foco no mercado composto por pequenos e médios clientes. Microsoft –A gigante também desenvolveu um pacote pensando nessa clientela de SMB. É o Dynamics CRM versão 3.0, também destinado a
plataformas mais simples. "Mas sem perder ferramentas que criam e mantêm uma imagem clara de cada cliente, desde o primeiro contato até o pós vendas", explica Aluisio Viscardi, da Microsoft. Este produto é ideal para empresas com no mínimo 25 funcionários (mas pode ser adaptável até 1.000) com os tradicionais módulos de vendas, marketing e serviços. Com o sistema CRM é possível – ao varejo de maior porte, por exemplo –, estabelecer vários canais de contato com o cliente, desde a visita que ele faz à loja física, ao site, quando contata o call center para pedir uma informação ou para fazer uma reclamação, quando recebe catálogos promocionais de mercadorias, etc. No módulo de marketing, o varejista pode criar campanhas para fornecer brindes ou descontos em determinadas mercadorias e avaliar o resultado com os relatórios de eficiência da campanha emitidos pelo sistema. Além disso, o Dynamics 3.0 está integrado ao Office, utilizando recursos de mala direta do Word e exportação de dados para a planilha Excel. No Outlook, os funcionários de vendas podem trabalhar online ou offline com todas as funcionalidades do módulo de vendas – inclusive contas, contatos, produtos, correio eletrônico, etc. O preço começa em US$ 500 por licença
para as empresas com até 50 funcionários. O grupo Totvs – que detém a Microsiga, a RM Sistemas e a Logocenter – dispõe de soluções que se adaptam às empresas de pequeno e médio porte, já que 80% de seus 14 mil clientes estão nesse nicho. O Protheus Classic, da Microsiga, agrega módulos de CRM, como assistência técnica, administração da força de vendas, telemarketing (SAC, ouvidoria, ombudsman), telecobrança, gestão de pesquisa, fidelização (cartão de fidelidade para o cliente), e é voltado para empresas entre 5 e 50 usuários, ao preço inicial de R$ 1.000 por usuário. Outra ferramenta oferecida é o RM Corpore. Ela integra o pacote de CRM Microsoft Dynamics. Serviço: MS Dynamics CRM 3.0 / w w w . m i c r o s o f t . c o m / l atam/businesssolutions/portugues/crm/ - SAC - 0800 8884081 ou http://www.microsoft.com/brasil/comprar/. Microsiga Protheus www.microsiga.com.br - SAC (11) 3981-7000 ou contato@microsiga.com.br Oracle OnDemand www.oracle.com.br - SAC 0800 901985 R M C o r p o r e www.rm.com.br - SAC (31) 2 1 2 2 - 9 0 0 0 o u a s s e s s orial@rm.com.br
Divulgação
O computador no carrinho de compras Proporcionar conforto e praticidade é a estratégia dos supermercados para atrair mais clientes Por Sérgio Kulpas
ma parceria entre empresas de tecnologia e supermercados nos EUA está dando origem a uma nova geração de carrinhos de compras. Computadores do tamanho de um notebook, com conexão sem fio ao sistema central da loja, permitem que o consumidor encontre os produtos que deseja, veja o preço com um scanner de código de barras, some itens numa calculadora e até pese as mercadorias. Empresas como a IBM e a Cuesol (http://www.cuesol.com/) estão testando suas versões em parcerias com redes de lojas norte-americanas. Chamado de "Shopping Buddy" ou "Cart Companion", os equipamentos são essencialmente "computadores de bordo" para carrinhos de compras. As empresas pretendem embutir um número cada vez maior de funções no computador: além de localizar, pesar e comprar mercadorias, o aparelho permite
que o cliente encomende algum produto não encontrado no dia, além de alertar o consumidor para ofertas e promoções relâmpagos. A nova tecnologia está sendo bem recebida pelos supermercados, mesmo numa fase inicial de testes. O setor supermercadista tem uma das competições mais acirradas por vantagens ao consumidor, ao mesmo tempo em que buscam maneiras de fidelizar o cliente e obter mais dados sobre o perfil do comprador individual. O "Shopping Buddy" surgiu a partir de uma pesquisa de dois anos realizada pela IBM sobre os desejos do consumidor durante a experiência de compra. O equipamento foi desenvolvido para oferecer o maior número de opções ao consumidor. Do lado do comerciante, as vantagens também são aparentes: cada carrinho de compras inteligente tem um chip transmissor de rádio (RFID) que indica a cada instante a posição do carrinho na loja. Isso permite que ofertas especiais sejam exibidas na tela, no momento em que o cliente passa diante das mercadorias. O sistema também permite que o consumidor veja um mapa preciso para encontrar um item desejado, a partir de qualquer ponto da loja. Parece algo para um futuro distante? Nem tanto. Redes de
supermercados em vários estados dos Estados Unidos estão testando a tecnologia. Especialmente na costa leste norteamericana, a demanda pelos clientes por soluções tecnológicas é maior. Carrinho inteligente – Combinado com o cartão de fidelidade, o carrinho de compras inteligente pode ter um histórico das compras do cliente individual, indicar ofertas dentro dessa lista freqüente e sugerir novos itens. O cliente pode ainda enviar de casa a lista de compras via email ao supermercado, que transfere a lista diretamente para a tela do carrinho. Como o computador do carrinho registra cada item por código de barras, ele praticamente elimina as filas nos caixas. Basta verificar o total e pagar a quantia exata. O aparelho serve ainda para pegar encomendas em áreas da loja, como padaria, doceria e açougue. Em vez de pegar um número e esperar o chamado, a tela avisa que o pedido está pronto. O mesmo pode ser feito com itens não encontrados em uma visita à loja: a tela avisará sobre a disponibilidade do produto na próxima compra. Já a Hand Held Products (http://www.handheld.com/) está lançando um novo equipamento para auxiliar na venda em redes. O aparelho, chamado
Kiosk 8560, é instalado nos corredores e fornece informações sobre produtos, pesquisa de preços e permite encomendas especiais. O Kiosk 8560 custa cerca de US$ 1.000 por unidade nos EUA, e a encomenda média é de dez unidades. Pequenas redes, como Stop & Shop, Marsh e Safeway já desistiram de brigar por preços com gigantes como o WalMart. Esses mercados de médio porte são os que mais investem em novas tecnologias de atendimento. Melhorar a qualidade do atendimento e sofisticar a "experiência da compra" são estratégias dessas redes. Uma pesquisa da WSL Strategic Retail com 1.146 consumidores indicou que 45% pagariam um pouco mais para comprar em um ambiente mais agradável. Estratégias – Com margens de lucro cada vez mais finas, os supermercados estão apostando cada vez mais na tecnologia da informação como estratégia contra as mega-redes. Em boa parte dos casos, essa estratégia está se mostrando acertada: sistemas que economizam tempo e aumentam o conforto do consumidor são quase tão valorizados quanto os preços
Um carrinho que é equipado com um verdadeiro computador de bordo: com um toque ele localiza produtos, verifica preços, faz encomenda de itens que não se encontram nas prateleiras e até alerta para as principais ofertas do dia em estandes específicos
baixos. As lojas, por sua vez, aumentam seu conhecimento sobre os hábitos de compra do cliente, e buscam aprimorar cada vez mais o atendimento. A Stop & Shop já está testando os carrinhos equipados com o "Shopping Buddy" em três lojas da rede, e deve expandir a tecnologia para 20 lojas até o final do ano. Segundo um porta-voz da empresa, os clientes aprovaram o novo equipamento de compras. sergiokulpas@gmail.com
8
Congresso Planalto Pesquisa CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
ELEITORES MANTÉM SUAS INTENÇÕES DE VOTO
Pesquisa Estado/Ibope revela que se as eleições presidenciais ocorressem apenas no Estado de São Paulo o tucano Geraldo Alckmin venceria Lula com ampla diferença. A rejeição ao presidente chega aos 39%.
Paulo Liebert / AE
MERCADANTE ANUNCIA MÍNIMO SP
O
senador Aloizio Mercadante (PT-SP) defendeu ontem em evento da Força Sindical com candidatos ao governo paulista a implantação de um salário mínimo regional para o Estado de São Paulo. O petista endossou uma proposta feita pela própria Força em uma lista de nove sugestões entregues aos candidatos presentes. Mercadante afirmou que um piso salarial específico para o Estado poderia estimular o mercado de trabalho e melhorar as condições dos trabalhadores. "Isso ajuda a puxar o mercado sem o constrangimento maior da recuperação do salário mínimo para exatamente 22 milhões de aposentados e pensionistas", disse. (AE)
Estímulo: candidato petista acha que o mercado reagiria bem.
J.F. Diório/AE
SERRA: PROMESSAS A SINDICATOS.
O Serra garante política de crescimento e criação de piso salarial regional J.F. Diório/AE
Quércia quer refazer o Banespa com o fortalecimento da Nossa Caixa.
candidato a governador de São Paulo José Serra (PSDB), da Coligação Compromisso com São Paulo (PSDB-PFLPTB-PPS), prometeu que, se for eleito, atuará junto à opinião pública e ao Congresso para pressionar o governo federal a pôr em prática uma política de crescimento econômico. "O governador de São Paulo tem de exercer o seu peso para que o governo federal adote uma política de desenvolvimento." Serra, que participou de um evento da Força Sindical e do Sindicato Nacional dos Aposentados, prometeu ainda a criação de um piso salarial regional para o Estado e investimentos no Rodoanel Governador Mário Covas e no ferroanel. (AE)
QUÉRCIA VAI 'REFAZER' O BANESPA
O
candidato a governador de São Paulo Orestes Quércia (PMDB), da Coligação PMDBPP, afirmou ontem que os tucanos fizeram uma "intervenção criminosa" no Banespa, ao privatizarem o banco, em 2000, na gestão do governador Mário Covas. A afirmação de Quércia foi feita após uma palestra no encontro de sindicalistas com candidatos a governador, promovido pela Força Sindical e o Sindicato Nacional dos Aposentados, na capital paulista. Ele disse que, se for eleito, "vai refazer o Banespa, através do fortalecimento da Nossa Caixa". Quércia destacou: "Vou restabelecer o Banespa em São Paulo, fazendo da Nossa Caixa um instrumento de financia-
mento de pequenas e médias empresas." Na avaliação do candidato da Coligação PMDB-PP a governador de São Paulo, "a privatização do Banespa foi um crime contra o Estado de São Paulo" porque o governo do Estado ficou sem um instrumento eficiente de financiamento. Pedágios na mira– Em palestra aos líderes sindicais, Quércia prometeu também reavaliar os contratos de concessão das estradas por causa do grande número de pedágios. O candidato a governador disse também que, se for eleito, não terá receio de entrar na guerra fiscal para atrair empresas ao Estado. "Enquanto não houver lei nesse sentido, vou entrar na guerra fiscal."
Quércia afirmou que irá rever ainda o método de progressão continuada nas escolas públicas. Este instrumento, adotado no mandato do tucano Mário Covas e do candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB), da Coligação Por um Brasil Decente (PSDB-PFL), foi classificado por Orestes Quércia como "uma ignorância continuada" porque, na avaliação dele, os alunos passam de ano sem aprender nada. Na área da segurança pública, Quércia prometeu criar a secretaria do menor e do adolescente. "Precisamos fazer prevenção porque a Febem (Fundação Estadual para o Bem-Estar do Menor) é uma fábrica de crimes", reiterou. (AE)
APOLINÁRIO DIZ QUE É COPIADO
O
candidato do PDT ao governo do Estado, Carlos Apolinário, aproveitou a série de palestras organizada ontem pela Força Sindical para bater no candidato petista, o senador Aloizio Mercadante, e no presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Apolinário, Mercadante vem copiando as propostas de outros candidatos. "O Mercadante tem um defeito: muita coisa que eu falo ele repete. Ele já pegou (propostas) até do Ser-
terça-feira, 1 de agosto de 2006
ra", afirmou Apolinário, em referência ao também candidato ao governo pelo PSDB, José Serra. "O maior copiador de propostas que tem é o Mercadante", acusou. Em relação a Lula, Apolinário disse ter se decepcionado com o governo do PT e acusou o presidente de ser "o candidato dos banqueiros". "O Lula prometeu 10 milhões de empregos e não resolveu o problema", afirmou. Ainda em relação a Lula, Apolinário acusou o presidente de bene-
ficiar a Volkswagen, que atravessa uma reestruturação mundial, em detrimento dos trabalhadores brasileiros. O candidato também aproveitou para criticar seus adversários e alfinetar o ex-governador Geraldo Alckmin, ao dizer que nenhum deles coloca como prioridade a educação. Ele prometeu que, caso venha a ser eleito, colocará na base de seu programa de governo a manutenção das crianças na escola em período integral. (AE)
ALCKMIN É O PREFERIDO DOS PAULISTAS S 39 21 18 e a eleição presidencial fosse só em São Paulo o candidato Geraldo Alckmin teria uma vitória folgada sobre seu oponente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo a pesquisa Estado/Ibope . O tucano tem 43% (42% há uma semana) das preferências paulistas, enquanto o petista fica com 33% (32% há uma semana). A candidata do PSOL, Heloísa Helena, aparece com 10%. Num hipotético 2º turno entre os dois principais candidatos, Alckmin voltaria a vencer em São Paulo por 51% a 37% (há uma semana esse quadro era de 52% a 35%). O número de eleitores indecisos é bem menor na eleição presidencial (32%) no que na disputa para o governo do Estado (54%). Na citação espontânea dos eleitores paulistas Alckmin tem 28% e Lula, 26%. A rejeição de Lula em São Paulo, no entanto continua muito alta: 39% dos eleitores (40% há uma semana) declaram que não votam nele de jeito nenhum. A rejeição de Alckmin é de 18% e a da senadora Heloísa Helena (PSOL) é de 21%. Distribuição – Alckmin tem intenção de voto homogênea entre as áreas geográficas do Estado: 41% na capital, 40% na periferia e 45% no interior. Já
O
Na semana anterior Lula tinha 40% de rejeição É a rejeição dos eleitores a Heloísa Helena
É o índice de rejeição de Alckmin em São Paulo
Lula alcança os 38% na capital, cai para 36% na periferia e mais ainda no interior : 29%. A melhor performance de Alckmin é entre os que ganham mais de 10 salários mínimos, onde alcança 57%, mesmo índice conquistado entre os que têm ensino superior. Mas no eleitorado tradicionalmente lulista ele não vai mal: ostenta 37% entre os que têm até a 4ª série do ensino fundamental. Já Lula, além do índice relativamente baixo na periferia, vai bem na faixa dos que têm entre 30 e 39 anos (41%), os que têm até a 4ª série do ensino fundamental (42%) e os que ganham até dois salários mínimos (39%). Mas só consegue 16% entre os eleitores paulistas que têm ensino superior (onde
está tecnicamente empatado com Heloísa Helena ( 14%). Religiões– Lula tem mais intenção de voto entre evangélicos (37%) do que entre católicos (32%) e de outras religiões (32%). Alckmin, ao revés, tem votação menor entre evangélicos (40%) do que entre católicos (44%) e de outras religiões (42%). Os brancos preferem Alckmin (46%) a Lula (30%), os negros se dividem (38%) entre os dois e os pardos/morenos preferem Alckmin (41%) a Lula (38%). Senado – Na disputa da única vaga para o Senado por São Paulo, o atual senador Eduardo Suplicy ampliou ainda mais sua vantagem sobre os concorrentes. Agora tem 42% (39% há uma semana), contra 3% (4% há uma semana) de Guilherme Afif Domingos, do PFL, e 3% de Rai (PSDC), um candidato que aparentemente se aproveita da similitude do nome com o jogador de futebol para conquistar votos. A pesquisa Estado/Ibope consultou 1.204 eleitores de 64 municípios paulistas entre os dias 28 e 30 de julho, e tem margem de erro de três pontos percentuais. Está registrada no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) sob o protocolo 739304/2006. (AE)
SERRA MANTÉM VITÓRIA NO 1º TURNO
candidato José Serra, do PSDB, seria eleito governador de São Paulo no 1º turno, com 48% (46% há uma semana) contra 15% do candidato Aloizio Mercadante (13% há uma semana), do PT, de acordo com a p r i m e i r a p e s q u i s a E s t ado/Ibope de uma série que irá até as eleições de outubro. A intenção de voto do eleitor paulista em Serra representa 64% dos votos válidos. Para se eleger no 1º turno, o tucano tem de alcançar 50% dos votos válidos mais 1 voto. A duas semanas do início do horário eleitoral gratuito, 54% dos eleitores paulistas ainda não citam o seu candidato na pesquisa espontânea, já a taxa de indecisos cai para 14% na pesquisa estimulada, o nome de Serra dispara e seus oponentes empacam. Márcia Cavallari, diretora do Ibope, explica que os eleitores estão muito mais atraídos pela eleição presidencial do que pelo pleito estadual e que só vão fechar suas decisões em época mais próxima à eleição. Comparação – Na primeira semana de abril, Serra tinha 51% contra 17% de Marta Suplicy (PT). Um mês depois tinha 48%, variando dentro da margem de erro da pesquisa, contra 18% de Marta. Na primeira semana de junho, o tucano aparecia com 48% e 49%, em duas simulações feitas pelo Ibope, contra 14% e 17% de Mercadante, já oficializado candidato pelo PT, e 10% do exgovernador Orestes Quércia.
48 15 9
Na semana anterior Serra tinha 46%. Mercadante estava com 13% Orestes Quércia tinha 8%
Os eleitores estão muito mais atraídos pela eleição presidencial do que pelo pleito estadual. Márcia Cavallari, diretora do Ibope Além da larga vantagem, Serra também ostenta a menor rejeição entre os candidatos: apenas 13% (15% há uma semana) do eleitorado não votariam nele de jeito nenhum. A rejeição de Mercadante se estabilizou em 18% (19% há uma semana) e a de Quércia subiu, de 21% há uma semana para 26% agora. A intenção de voto em Serra supera os índices de intenção de voto do candidato Geraldo Alckmin (PSDB) para a Presidência da República e desafia a desaprovação maciça do eleitor paulista ao governo Cláudio Lembo (PFL), que sucedeu a Alckmin no Palácio dos Bandeirantes. Apenas 15% dos
paulistas acham a gestão Lembo "ótima/boa" e 53% a desaprovam. Hipótese – Num hipotético (porque Serra venceria no primeiro ) 2º turno, Serra teria 60% contra 23% de Mercadante (60% a 21% há uma semana). Além de dar a Serra a intenção de voto majoritária, o eleitorado paulista também aposta na vitória dele: 62% dos eleitores de São Paulo acham que ele será o futuro governador de São Paulo, enquanto apenas 7% dizem que Mercadante vencerá e 5% apostam em Quércia. Serra lidera em todos os segmentos sociais e em todas as regiões geográficas do Estado. O melhor desempenho do tucano é entre os jovens (16 a 24 anos), na qual tem 52%, entre os que têm ensino superior, com 57% (77% dos votos válidos), entre os que ganham mais de 10 salários mínimos, com 65% (84% dos votos válidos) e no interior, onde alcança os 53%. Sua pior performance ocorre na periferia, onde tem só 36%. Periferia – Mas Mercadante não se aproveitou dessa fragilidade relativa e perdeu oito pontos percentuais na área geográfica – tinha 23% e agora caiu para apenas 15%. Em compensação, subiu sete pontos percentuais na capital, onde tinha 14% e agora chegou a 21%. Os melhores desempenhos de Mercadante são entre os eleitores que ganham de cinco a 10 salários mínimos (21%) e os que têm ensino médio (18%). (AE)
terça-feira, 1 de agosto de 2006
DIÁRIO DO COMÉRCIO
INFORMÁTICA - 5
Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO
Raheb Homavandi/Reuters
Os eventos no Líbano afetaram nossas avaliações sobre o pacote de incentivos. Nós devemos revisá-lo com cuidado. Pedi a meus colegas que o revisem com mais cuidado. presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ao anunciar que seu país vai reavaliar o pacote de "incentivos ou sanções" oferecido pelo Ocidente para o abandono de um suposto programa nuclear militar.
www.dcomercio.com.br/logo/
terça-feira, 1 de agosto de 2006
AGOSTO
2 -.LOGO
1 Dia do Selo. Nesta data, em 1843, foram emitidos os primeiros selos brasileiros. Ao lado, selo de 2005.
M ARCAS H ISTÓRIA
20 anos. Isso é que é
Adão e Eva na era dos dinossauros Parece coisa de filme, mas é apenas um "erro" do Museu do Criacionismo, instalado em Kentucky, EUA, que se inspira na interpretação bíblica do Gênesis, que narra a criação do mundo por Deus. Assim como em quase todos os museus de história natural, este exibe dinossauros rondando pela Terra. Mas aqui, diferentemente dos outros, os répteis gigantes têm duas companhias ilustres - Adão e Eva. "Se a Bíblia é a história de Deus e sua história é verdadeira, então
este é nosso axioma, e nós estamos começando ali", disse Ken Ham, fundador do museu, que recebeu US$ 21 milhões em doações privadas. O museu tem recebido críticas de cientistas. "O Gênesis não é ciência, é um conto que foi passado de gerações em gerações de uma época em que não se sabia nada sobre ciência, história natural ou fósseis", disse Mary Dawson, curadora de paleontologia do Museu de História Natural Carnegie, de Pittsburgh.
B OLÍVIA
A marca mais conhecida do mundo é também a mais valiosa, mostra ranking
A
Coca-Cola lidera a l i s t a d a s m a rc a s mais valiosas do mundo de 2006, com um valor de US$ 67 bilhões, mantendo a posição em que esteve no ano passado e que tem ocupado ao longo dos últimos 20 anos. O valor, por incrível que pareça, entretanto, é 1% inferior ao do ano anterior, o que mostra que até mesmo o refrigerante mais conhecido do mundo está na rota da desvalorização, como várias empresas do ranking, que é publicado todos os anos e elaborado pela consultoria de avaliação de marcas Interbrand em parceria com o grupo de mídia que publica a revista BusinessWeek. Todas as cinco maiores marcas são norte-americanas. Logo atrás da Coca-Cola aparece Microsoft, que teve uma desvalorização de 5%. IBM, GE e
Intel são as outras cinco norte-americanas do topo. A finlandesa Nokia e a japonesa Toyota vêm em 6º e 7º lugares, respectivamente, e são seguidas pelas norte-americanas Disney e McDonald's. Na 10ª posição figura a alemã Mercedes, em substituição à Marlboro, que caiu para o 12º lugar. Nenhum empresa brasileira integra a lista das 100 maiores marcas. O maior aumento do valor da marca entre o ano passado e este, de 46%, foi registrado pela Google. A empresa migrou da 38ª para a 24ª posição. Starbucks teve a segunda maior valorização, de 20%, e figura este ano no 91º lugar.
No ano passado, estava em 99º. A Gap, ao contrário, apresentou a maior perda, de 22%, e passou da 40ª para a 52ª posição. A marca Ford teve a segunda maior desvalorização, de 16%, e passou do 22º para o 30º lugar. A montadora também enfrenta concorrência crescente de suas rivais japonesas e alemãs. "O valor das marcas foi calculado como o valor presente líquido do lucro que a marca deverá gerar e garantir no período de 1º de julho de 2005 a 30 de junho de 2006. São avaliadas as marcas cujo valor mínimo é de US$ 2,7 bilhões, que alcançam um terço de seu lucro fora de seu país de origem, cujos dados de marketing e financeiros estão disponíveis ao público e que têm um amplo perfil de público fora de sua base de clientes diretos", explica a Interbrand. (AE)
David Moir/Reuters
E M
Fidel operado. Raúl assume O líder cubano Fidel Castro sofreu uma crise intestinal com sangramento e foi submetido a uma complicada operação, informou ontem a TV cubana, ao divulgar uma carta na qual ele informava ter transmitido o poder, em caráter provisório, a seu irmão Raúl Castro. Raúl, o nº 2 do regime e designado oficialmente sucessor de Fidel, assumiu a presidência do conselho executivo do Estado, a secretaria-geral do Partido Comunista e o comando das Forças Armadas. Desde que assumiu o poder, em janeiro de 1959, é a primeira vez que Fidel, que completará 80 anos no dia 13, transfere o poder. B RAZIL COM Z
Crescimento fora de controle
Paixão pelo futebol O presidente boliviano, Evo Morales, quebrou o nariz jogando futebol no fim de semana. Morales, a exemplo de Lula, é fanático por futebol e costuma jogar peladas nos fins de semana. O time de Morales enfrentava o Guerrilleros de Independencia, time da região rural de Cochabamba. Morales sofreu a lesão ao ser derrubado pelo goleiro do time adversário e foi tratado em uma clínica local. "Aos 32 minutos do primeiro tempo, quando os times empatavam em 2
C UBA
a 2, o goleiro do time local cometeu uma falta contra o presidente da República, provocando uma lesão no seu nariz", informou um comunicado do gabinete. O nariz quebrado deve tirar Morales do jogo do próximo domingo entre representantes do governo e convidados na inauguração da Assembléia Constituinte da Bolívia. O amistoso deve contar com a participação dos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Venezuela, Hugo Chávez.
C A R T A Z
GRAVURAS L
BRINCADEIRA - Um segurança brinca de inspecionar a escultura Mask II, um auto-retrato do artista australiano Ron Mueck na Royal Scotish Academy de Edimburgo, na Escócia. Mueck é conhecido pelo realismo de suas peças, sempre gigantes.
O diário britânico Financial Times publicou em sua edição de ontem uma reportagem sobre a situação das operadoras de telefonia celular no Brasil. Segundo o jornal, o País é o que registra crescimento mais rápido no mercado de telefonia celular, e as operadoras conquistam clientes com grande facilidade. O problema é depois da venda, porque quatro entre cinco novos consumidores optam pelo modelo pré-pago e fazem poucas ligações, recarregando o celular poucas vezes ao ano com o valor mínimo, simplesmente porque não podem gastar com esse luxo. O resultado, segundo analistas, é que em breve nem todas as companhias vão sobreviver. T ECNOLOGIA
A RTE
Bonitos, mas perigosos Reproduções
U
Clube dos Colecionadores de Gravuras. O lote inclui obras de 96 artistas, entre eles, Beatriz Milhares (na foto, um de seus trabalhos). MAM. Parque do Ibirapuera, portão 3. Telefone: 5549-9688. Das 10h às 18h. R$ 5,50.
Medicina para pacientes
O Extended Reach Insect Vacuum é um curioso aparelho com um tubo telescópico de quase 1,5 metro e aspira insetos para um recipiente com gel. No Hammacher Schlemmer, por US$ 50.
&cm_cat=20060629_News26&cm_
O site do Conselho Federal de Medicina, o Portal Médico, além de trazer o serviço de consulta ao registro dos profissionais, com uma busca rápida em um cadastro dos médicos de todo o País, e oferece uma série de outros serviços para pacientes. Informações sobre as especialidades reconhecidas, estatísticas, código de ética, jurisprudência, informações sobre processos são alguns deles.
pla=INQ&cm_ite=71162_Bug_Vac#
www.por talmedico.org.br
www.hammacher.com/ publish/71162.asp?source =NEWS2606&cm_ven=WC
www.designobser ver.com
Lâminas de barbear, colheres, pentes, madeira, estiletes: armas ou arte?
A TÉ LOGO
O norte-americano Ben Cook, um jovem de 18 anos do estado de Utah, nos EUA, é o campeão - pela segunda vez - do concurso criado no país para determinar quem é o melhor do mundo em enviar mensagens SMS. Cook foi capaz de escrever uma mensagem de texto de 160 caracteres em um celular em apenas 42 segundos. A frase? Algo como 'As piranhas com dentes serrilhados do gênero Serrasalmus e Pygocentrys são os mais ferozes peixes de água doce no mundo. Na verdade, elas raramente atacam um humano'. No concurso patrocinado pela empresa Jump Mobile, Cook recuperou o título de 'teclado mais rápido', que havia perdido para um jovem de Cingapura no ano passado (ele já havia vencido o concurso em 2004). Cook, agora, pleiteia um registro no Guinness Book of Records. L OTERIAS
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
Jorginho é convocado como auxiliar do técnico da seleção. Dunga já escala novo time Grupos judeus querem Mel Gibson fora de Hollywood por causa de comentário antisemita
L
Um aspirador para insetos
L
F AVORITOS
L
G @DGET DU JOUR
m shiv - ou chuço, no Brasil - é uma arma artesanal caseira feitas por prisioneiros com material barato. São rudes, primitivas, grotescas, mas também bastante mortais e quase não há vistorias em presídios sem que alguma dessas armas seja apreendida. Mas há quem veja nesses objetos letais uma manifestação de criação artística. Como os designers Chris Kasabach e Vanessa Sica, que transformaram sua coleção de chuços em uma exposição. As peças foram apreendidas há cerca de 20 anos na East Jersey State Penitentiary (então New Jersey’s Rahway Prison), um presídio de segurança máxima com cerca de 1.500 presos. Na exposição, eles explicam ao visitante como fazer um desses brinquedos.
O campeão dos torpedos
Pesquisa aponta que a população do Rio está cada vez mais velha e com mais doenças
Concurso 149 da LOTOFÁCIL Por motivos técnicos não especificados, a Caixa Econômica Federal (CEF) adiou o sorteio do concurso 149 da Lotofácil para hoje, a partir das 20h, em Taguatinga (DF).
6
Os Sims, agora, cuidam de bichos de estimação (foto maior). E o WitchKing requer muita habilidade.
s gamemaníacos de plantão terão a chance de visitar uma das maiores feiras de game do Brasil, o Arena Gamer Experience (AGE). O evento, que acontecerá de 4 a 6 de agosto, no Transamérica Expo Center, em São Paulo. Será realizado pela Messe Frankfurt Feiras, subsidiária da Messe Frankfurt GmbH, uma das maiores organizadoras de fei-
Software Administração Games Te l e f o n i a
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 1 de agosto de 2006
DOIS NOVOS JOGOS CONQUISTAM OS GAMEMANÍACOS
O Arena Gamer Experience (AGE) será um concorrente de peso do ECS Brasil
Bichos aqui; estratégia ali. The Sims para melhor entender e tratar dos animais. E uma nova aventura do Senhor dos Anéis. Por Fábio Pelegrini m outubro, duas expansões prometem agitar e agradar os mais exigentes e diferentes tipos de jogadores: os amantes da série The Sims 2, por exemplo, agora deverão cuidar do seus bichos de estimação. Já no mundo estratégico, uma nova aventura do Senhor dos Anéis esperam os mais habilidosos jogadores, com o lançamento de The Lord of the Rings, The Battle for Middle-Earth II The Rise of the WitchKing. Em The Sims 2, a adição de novos companheiros vem para animar e enriquecer o dia-a-dia de seus Sims. A expansão permitirá ensinar novos truques ao seu bichinho de estimação, leválo para um passeio no parque, vesti-lo com acessórios específicos ou, até mesmo, arrumar-lhe um emprego. Animais habilidosos podem ganhar muito di-
Captura de tela
nheiro nas três carreiras disponíveis: entretenimento, segurança ou serviços. Com o treinamento certo e disciplina, eles podem avançar pelos cinco níveis da carreira escolhida. Como na vida real, eles também precisarão de muito carinho e atenção. Um gato ente-
diado, por exemplo, poderá abrir garras extremamente perigosas para seus móveis, especialmente aquele sofá novinho. Assim como deixar seu cachorro solto no quintal sem nenhum brinquedo pode significar a destruição de seu canteiro de flores.
O jogador poderá escolher entre cães, gatos, pássaros e outros animais, além de optar entre dezenas de raças ou usar as várias opções de personalização para criar uma raça única. Você pode até mesmo modificar as características corporais de seu bicho de estimação, escolhendo entre diversas cores e marcações de pelagem. Já a primeira e esperada expansão para The Lord of the Rings, The Battle for Middleearth II, um dos jogos favoritos dos fãs do gênero RTS (Real Time Strategy, jogo de Estratégia em Tempo Real), está sendo desenvolvida para melhorar todos os aspectos do jogo original e também oferecer aos jogadores a chance de comandar a ascensão do mal sobre a TerraMédia, enquanto participam de batalhas épicas em um período anterior aos fatos repre-
Arena Gamer Experience chega ao Brasil ras de negócios do mundo. O encontro promete ser um concorrente de peso da EGS Brasil, a primeira feira que tratava exclusivamente de games. Grandes empresas do setor de entretenimento investiram pesado no AGE confirmando sua presença e prometendo trazer as últimas novidades em tecnologia e diversão, como a Microsoft, Atari, Electronic Arts, Nintendo, Linksys, ATI,
Diverbras, Editora JBC, Editora Futuro, Red Bull, iG e MTV. A Atari deve antecipar no Brasil três games inéditos e reviver a experiência dos tradicionais jogos da marca no estande da MTV. Os participantes do AGE poderão testar os jogos Test Drive Unlimited, Dungeons and Dragons Online, GTR 2 e, em destaque, o Neverwinter Nights 2, que foram apresentados apenas durante a
E3, em Los Angeles, em maio. A Microsoft promete apresentar aos gamers o Flight Simulator X, a expansão do Age of Empires III e o videogame Xbox 360, enquanto a Electronic Arts seu jogo de corrida de alta velocidade e perseguição, o Need for Speed: Most Wanted. Já a Nintendo escolheu o evento para fazer o lançamento oficial no Brasil de um de seus principais consoles: o Nintendo
DS Lite, versão mais atual do aparelho portátil, apresentado pela primeira vez em junho, nos Estados Unidos. Além dos novos desenhos e uma tela mais brilhante, o equipamento da Nintendo diferencia-se por utilizar uma rede Wi-Fi que, na feira, será disponibilizada pela Linksys, divisão da Cisco Systems, líder em infra-estrutura de redes de voz e wireless. (FP)
sentados na trilogia de filmes da New Line Cinema. Esse novo capítulo do Senhor dos Anéis promete trazer muitas novidades para uma experiência ainda maior, incluindo uma nova facção, uma nova campanha para um jogador e novas unidades adicionais para todas as seis facções existentes. As novas unidades da campanha para um jogador ajudarão a contar a história da subida ao poder do maligno Rei Bruxo, da conquista de Angmar e da invasão do grande reino de Arnor, lar dos ancestrais de Aragorn. A Electronic Arts lançará o novo título da série The Sims 2 para consoles da geração atual, plataformas portáteis e para PC. Já a expansão do Senhor dos Anéis estará disponível apenas para computadores.
Evento: Arena Gamer Experience (AGE) Data: 4 a 6 de agosto, de 2006 (sexta, sábado e domingo) Horários: Dias 04 (sexta-feira) e 05 de agosto (sábado): das 12- 21h Dia 06/08 (domingo): das 11 às 20 h Local: Transamérica Expo Center (Pavilhão C) - Avenida Dr. Mário Villas Boas Rodrigues, 387 - Santo Amaro - São Paulo. Preço: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia entrada). Se comprar pelo site antecipadamente, o valor é de R$ 20,00 (promoção válida somente para entradas inteiras) Mais informações: http://www.arenagamer.com.br ou http://www.messefrankfurtfeiras. com.br
DICAS DCINFO Preço baixo impulsiona PC
Motorola: TV sob demanda
segundo trimestre de 2006 viu crescimento de 11% nas vendas de PCs no mundo, impulsionado pela redução de preço. No total, foram quase 55 milhões de computadores. A América Latina ficou bem acima dessa média: a venda aumentou em 27% entre abril e junho — 4,2 milhões de unidades. O Gartner, empresa de análise, atribuiu o resultado à queda de preços e, no caso latino, à forte presença do varejo e aos computadores de baixo custo.
Motorola anunciou a compra da Broadbus Technologies, provedora de tecnologia TOD (Television On-Demand, ou televisão sob demanda). A aquisição permite à empresa oferecer serviços de vídeo móvel, gravação em rede de vídeo digital e a possibilidade de para uma transmissão e voltar atrás a qualquer momento.
Yahoo! e Symantec arceria entre a Symantec e o Grupo Yahoo! traz um novo produto para proteger a navegação na web: o Norton Internet Security Powered by Yahoo!, para meio bilhão de internautas. Unindo Norton Antivírus e Norton Personal Firewall, o produto promete eficiência no bloqueio de vírus, spywares, publicidade indesejada (spam) e invasão de hackers.Quem já tem conta Yahoo! pode fazer o teste gratuito.
Mouse para games ãs de jogos em PC já têm disponível um mouse óptico mais veloz e preciso, o Logitech MX518 Gaming-Grade. Por R$ 279, o mouse traz inovações como o total controle sobre o cursor.
US$ 100 milhões Depois de anos de disputas judiciais, a Sharman Networks, empresa que desenvolve o aplicativo P2P Kazaa, firmou acordo com a Federação Internacional da Indústria Fonográfica para se legalizar. O programa, que criou uma rede de troca de arquivos, popular no mundo inteiro, é alvo de processos das grandes gravadoras e produtoras, que querem responsabilizar o KaZaA por permitir a quebra direitos autorais de músicas e filmes. No ano passado, um juiz australiano concordou com a reclamação e disse que a Sharman pode responder pelo crime. As mudanças no sistema do Kaaza incluem tecnologias de filtragem que impedem os usuários de trocar arquivos protegidos, por meio do aplicativo. As duas partes do acordo também afirmaram que trabalharão juntas para criar um modelo de distribuição de produtos que não infrinja a lei.
As principais características incluem também o processamento de 5,8 megapixels por segundo e a transmissão de 8.000 bits de dados por segundo, para performance em tempo real.
ERRATA
Na edição passada, na legenda da impressora da Daruma Urmet, modelo FS2110, o preço correto é R$ 7.200.
Novo processador partir de agosto, os brasileiros poderão comprar o servidor ES7000/One, fabricado pela Unisys, com o processador de núcleo duplo Itanium 2, recémlançado pela Intel. Comparado com os processadores de um só núcleo, o Itanium 2 dobra o desempenho e diminui o consumo de energia, otimizando o orçamento de TI dos clientes.
Philips quer a América Latina Philips se prepara para crescer no mercado latino-americano dando conforto aos internautas. Com "Store in store" (loja dentro da loja), o site de vendas da empresa oferece ao cliente a possibilidade de tirar dúvidas sobre um produto sem sair da página, entrando em um chat com consultores. O projeto é realizado em parceria com a NetCallCenter.
terça-feira, 1 de agosto de 2006
Games Notas Te l e f o n i a Fotografia
DIÁRIO DO COMÉRCIO
7
FONES MÓVEIS: MAIS UTILIZADOS E MAIS NECESSÁRIOS.
Motivo para discussão: o brasileiro preza mais o seu celular do que a aliança de casamento.
N93, Nokia: câmera de 3.2MP
AZR TOR MO : 3,5G x Max
carregar vários equipamentos - câmera, player e telefone quando está a passeio ou em viagens, então por que não aproveitar todos esses recursos em um único aparelho? É isso que a Nokia vem oferecendo", diz Mangone. O N93 tem a memória de 50 MB (podendo ser expansível até 2 GB, com cartão), além do formato twist-and-shoot (gire a lente e clique) e captura de vídeo com qualidade similar ao DVD, diz a fabricante. A tela tem alta definição e tamanho confortável para visualização de vídeos. Ainda permite acesso a e-mails, leitor de arquivos compatíveis com o Office e inclui o Adobe Elements 2.0 para facilitar a importação de vídeos, edição e gravação. O produto está previsto para chegar aqui em outubro. Na Europa, onde foi lançado em maio, o telefone N93 custa cerca de € 550. Outros modelos Nokia anunciados para o Brasil foram o N70 e o N80, que chegam em agosto, o N91, em setembro, e o N73 - com as mesmas
Convergência no celular: prepare-se características do N93, também com 3.2 Mpixel, só mais leve (116 g) e mais fino (19 mm de espessura). O N73 deve chegar em novembro. A conectividade Bluetooth está presente em toda a série N, além é claro dos recursos multimídia com suporte a formatos MP3, AAC, AAC+ e WMA, alto-falante estéreo integrado e rádio FM. Um recurso robusto do N91 para os amantes de música é seu disco rígido de 4 GB, com capacidade para armazenar até 3 mil músicas. Ele também traz um conector para transferência de músicas diretamente do computador. Banda larga - A Motorola também ampliou seu portfólio, desta vez com ênfase nas redes de altíssimas velocidades, lançando globalmente
N80: computação móvel
três aparelhos prontos para banda larga - dois deles para a tecnologia HSDPA (High Speed Downlink Packet Acess), o MotoRAZR xx e o MotoRAZR maxx, e outro para Ev-DO (Evolution Data Optimized), o
Divu lgaç ã
Nokia e a Motorola se destacaram, na semana passada, com novos celulares voltados para consumidores ávidos por novidades e por tecnologia de ponta e também dispostos a desembolsar um pouco mais. Em agosto começam a chegar às lojas brasileiras os aguardados modelos multimídia da família N Series, da Nokia. A Motorola, por sua vez, fez um lançamento global de handsets para banda larga prontos para utilizarem as redes de alta velocidade - e outros aparelhos com Bluetooth, design slider e mais finos. O gerente de novos negócios da Nokia, Fiore Mangone, destacou que a família N Series vem justamente atender à demanda do consumidor brasileiro mais exigente e "ansioso com a convergência de tecnologias em um só aparelho". "A Nokia fez, recentemente, uma pesquisa (leia matéria nesta página) mundial em que ficou demonstrado o grande interesse do consumidor em usar o telefone convergente que reúna câmera de alta resolução, player e recursos de produtividade". O destaque nesta série é o N93, com câmera de 3.2 Mpixel e lentes Carl Zeiss VarioTessar, e o primeiro do mercado a ter um zoom óptico para a câmera, um luxo para os amantes da fotografia. "Tem muita gente que não quer mais
o
Multimídia, velocidade e design nos novos Nokia e Motorola
MO TO com RIZR: G Blue toot SM h
MotoSLVR L7c. Todos eles com previsão para chegar ao mercado mundial até o fim do ano. "A Motorola está colocando a banda larga móvel nas mãos do usuário, e esses aparelhos vão permitir às operadoras oferecerem novos conteúdos multimídia, incrementando o videostreaming, compartilhamento de fotos e vídeos e jogos online", disse o presidente de dispositivos móveis da Motorola, Ron Garriques. A tecnologia HSDPA é uma evolução da rede 3G e pode ser embutida nas plataformas e em estações radiobase das operadoras de telefonia móvel e nos chipsets dos aparelhos para permitir que os dados trafeguem em velocidades de até 3.5 megabits por segundo. Essas redes já começam a ser viáveis comercialmente na Europa, Estados Unidos e Ásia. Aqui no Brasil ainda não estão disponíveis nem em testes. A Ev-DO é uma rede 3G (evolui sobre a CDMA), já em uso pela Vivo em alguns Estados, com velocidades de até 1.2 Mbps.
Celular já substitui objetos Agenda e despertador, além de player e câmera, já são as principais funções do telefone em 11 países brasileiro surpreende, principalmente quando se trata do uso de algumas tecnologias. E não porque não estamos num país de primeiro mundo que vamos fazer feio em relação aos usuários da Europa, Japão, Estados Unidos ou Índia. Prova disso é a pesquisa da Nokia realizada em 11 países para avaliar o impacto do uso do celular na vida das pessoas. Em boa parte das perguntas, os pesquisados brasileiros, entre 18 e 35 anos de todas as faixas sociais, demonstraram que o celular virou realmente uma extensão de cada um. Eles preferem perder a aliança, o cartão de crédito, as chaves da casa ou do carro e não o aparelho. O celular só perde para a carteira. A pesquisa mundial foi realizada no primeiro trimestre deste ano pela ICM Research na Europa, Ásia e Américas, com 500 entrevistados em cada um dos 11 países. Segundo o gerente de Novos Negócios da Nokia, Fiore Mangone, ela surpreende até mesmo quem já conhece o consumidor e sabe que tipo de produto ele quer. "Em comparação aos demais países, os brasileiros demonstraram que sabem o que querem e 100% deles disseram que — se ainda não têm — terão um aparelho no futuro, contra 94% da média mundial." S e r v e d e t u d o - O u t ro s exemplos de como os brasileiros usam o aparelho: 82% adotam-no como despertador (média global, 72%), 62% como agenda (44%), mais da metade, 58%, o utiliza como relógio principal, e ainda 21% como câmera digital (média global de 44%). Ficou demonstrado também que o mundo abraça o conceito de que o telefone móvel pode substituir muitas coisas no dia-a-dia e controlar equipamentos em casa. Assim, 42% dos pesquisados em nível
mundial querem suas impressoras, PC, equipamento de som, TV e o celular conectados entre si, em que o telefone possa servir como uma espécie de controle remoto. Na Arábia Saudita, 72% dos entrevistados desejam que a geladeira seja incluída nessa rede doméstica. Na Índia, um dos mais avançados na mobilidade, 88% utilizam o celular como player de música, 77% para a internet e 64% como câmera. Substituição - Em relação ao futuro próximo, 77% dos brasileiros acham que o celular substituirá as câmeras fotográficas e os players musicais e 25% deles admitem ouvir 21 horas ou mais de música todas as semanas. É o segundo maior índice mundial, perde apenas para a Alemanha (28%). Entre esses usuários que ouvem música todas as semanas, 59% uti-
lizam o telefone para baixar as canções. "O que o estudo mostra é que os fabricantes estão no caminho certo em oferecer mais produtos convergentes, pois os consumidores abraçam essa tendência e pedem mais", observa Mangone, da Nokia. C o nt r a p on t o - Outra pesquisa que identificou o perfil de usuários da Inglaterra e como os ingleses estão informados a respeito do funcionamento dos celulares, foi feita pela Ipsos MORI a pedido da LogicaCMG, empresa global de serviços de TI e telecomunicações que fornece softwares para aplicações como SMS, MMS e chat em telefones móveis. O estudo da Ipsos demonstrou que mais da metade dos ingleses (58%) não se importa e nem sabe a marca ou modelo de seu aparelho, contra os 42% que o fazem.
O resultado da pesquisa, segundo o vice-presidente de Marketing e Vendas da LogicaCMG, Vancrei Oliveira, serve de alerta para os fabricantes que podem estar com produtos ainda pouco amigáveis (menus complicados) para pessoas menos familiarizadas com a tecnologia móvel (idosos ou pessoas com renda mais baixa). "O alerta é importante também para as operadoras que precisam gerar mais receitas mas desconhecem que seus clientes não sabem usar algumas funções como um simples SMS, MMS ou envio de foto", diz Oliveira. Os homens e jovens entre 15 e 34 anos, e isso vale para o mundo todo, são os que mais conhecem. Oliveira lembra que é cada vez mais importante, inclusive no Brasil, as operadoras e fabricantes conhecerem o perfil dos clientes e levantarem, por exemplo, qual o percentual gasto com conteúdos e serviços SMS (torpedos), mensagens multimídia, WAP (acesso à internet), e identificar quando eles têm dificuldades em enviar torpedos ou quantas vezes falharam ao tentar fazer isso, e ajudá-los nessas tarefas. "As operadoras devem ainda criar ações de marketing, com conteúdos de interesse específico do assinante (futebol, quiz, músicas), e oferecer facilidades, como integrar a conta do celular com a telefonia fixa, possibilitar que ele pague sua conta de luz com o aparelho, enviar promoção pela tela, e tantas outras ações que geram receita e satisfazem o cliente," avalia Oliveira, mas para isso, as empresas precisa ensinar a mexer com essa tecnologia. Os desenvolvedores estão criando atalhos nos aparelhos para facilitar o uso. É o caso dos novos Nokia 1600 e o 2610, para GSM, que trazem o "modo demonstração". Outros modelos trarão um software para facilitar ainda mais. (BO)
O s d o i s a p a re l h o s p a r a HSDPA da Motorola têm como base o design do MotoRAZR V3, aquele modelo pioneiro entre os celulares slim no mercado - com apenas 14 mm de espessura - e que já vendeu 50 milhões de unidades no mundo desde que foi lançado no final de 2004. O MotoRAZR maxx e o MotoRAZR xx, além da banda larga têm capacidade multimídia de vídeo e música, 50 MB de memória, Bluetooth 2.0 e câmera de 2 Mpixel. Já o aparelho para Ev-DO, o MotoSLVR L7c, é uma extensão dos já conhecidos SLVR L6 e L7, com 11 mm de espessura no formato barra, acabamento metálico, com MP3, memória de 128 MB e Bluetooth, além de teclas sensíveis ao toque. Além desses, outros dois celulares também multimídia e Bluetooth foram apresentados pela fabricante em versões GSM e CDMA com destaque para o design. Um deles é o MotoKRZR K1, um flip com câmera de 2 Mpixel, mais fininho que seus pares, com uma textura emborrachada, teclado iluminado e sensível ao toque. O outro é o MotoRIZR, o primeiro GSM slider (tampa deslizante) da Motorola, com suporte para vários formatos musicais, tela panorâmica e nas cores azul cobalto e vermelho. Os preços não foram definidos ainda. Bárbara Oliveira
8
Games Te l e f o n i a Fotografia Mercado
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 1 de agosto de 2006
"Nas câmeras, o LCD é cada vez maior e os menus, mais visíveis" Duda Escobar
TODAS AS GRANDES EMPRESAS ESTARÃO NA MOSTRA
Divulgação
Minilaboratórios ganham mercado no País: pela qualidade e pelo preço final das fotos para os consumidores
A GRANDE VITRINA DA
Câmeras de todas as resoluções e todos os recursos: vários lançamentos nesta Photoimagem Brazil
FOTOGRAFIA Mais de 120 estandes com quase todas as grandes empresas do setor e o que de melhor estará no mercado neste ano e no próximo. É a PhotoimagemBrazil, a maior feira internacional de imagens da América Latina. Por Ana Maria Guariglia
Acessórios e álbuns mercado apresentará na PhotoImageBrazil acessórios e complementos para as digitais. A Kingston americana, por exemplo, conhecida pela fabricação de cartões e HDs, vai lançar o CompactFlash ElitePro de 8 GB, que complementa uma das mais abrangentes linhas de cartões de memória, de 512 MB a 4 GB. Na mesma linha, a Buy Digital estréia com HDs externos da SimpleTech, com uma linha assinada pelo designer da Ferrari. A Greika traz produtos diferenciados como acessórios para aparelhos MP3 e Ipods, caixas acústicas e baterias recarregáveis. O destaque fica por conta do papel fotográfico para cópias em preto-e-branco da inglesa Kentmere. Em matéria de álbuns, a Fotolab vai apresentar os modelos com laminação, opção 3D, foscos, brilhantes e metálicos. Nessa seção, aparecem também os álbuns da Alhva. Segundo as informações, são estojos para digitais e capas 100% de material reciclável, de acordo com conceito de tecnologia e consciência ecológica, que se apóiam nas pesquisas de materiais têxteis inovadores e com forte apelo de cores e texturas. O Aperture é para profissionais e aficionados em fotografia que, automaticamente, agrupa seqüências de fotos em grupos fáceis de administrar, permitindo que o usuário navegue pelos projetos, em uma área de trabalho tela cheia, que pode ser expandido para um conjunto múltiplo de monitores, colocando as imagens lado a lado. Um ano depois de causar impacto com o lançamento do Fotolivro, a Digipix volta com mais novidades. Os Fotolivros, de alta qualidade e custo acessível vêm ganhando espaço junto a fotógrafos de todos os tipos. A partir da feira, tornam-se ainda mais versáteis e fáceis de usar, com o lançamento de novas versões do software DBook. (AG)
uitas novidades em câmeras digitais e acessórios vão desfilar na PhotoImageBrazil, a maior feira internacional de imagens da América Latina, em São Paulo, promovida pela Alcântara Machado. Começa na próxima semana, 8 a 11 de agosto. Na 14ª versão do evento, há mais de 120 estandes com participação de Canon, Fuji, Samsung, Panasonic, Pentax, Kodak, Maxell, Olympus e Mitsuca, além das empresas de cartões de memória e álbuns. A Canon vai anunciar nova linha com nove câmeras, A530 (R$ 999), A430 (R$ 899) e A420 (R$ 799). Diferenças? Questão de megapixels, respectivamente, 5,4 e 4 MP, e pequenas diferenças para dar mais maleabilidade para o fotógrafo. A A530 e A430 vêm com objetiva zoom óptico de quatro vezes e a A420, 3,2 vezes. Elas também vêm com o processador de imagens DIGIC II e tecnologia ISAPS de reconhecimento de cena. Segundo a empresa, esses recursos oferecem boa qualidade de imagem, operações fáceis e menor consumo de energia. Outros seis modelos, como SD700 e A700, ainda não têm data de chegada ao país. A atração da Fujifilm é a V10 (R$ 1.799), cujo monitor de 3 pol ocupa praticamente toda a parte traseira do corpo. Tem 5,1 MP, objetiva 38/130 mm, zoom óptico de 3,4 vezes e digital de 5,7 vezes. O corpinho tem 2,3 cm de espessura, pro-
duz videoclipes, aceita mensagens de voz e utiliza cartão de memória xD-Picture Card. Mais em conta para seu bolso é a A400, que custa R$ 899, com 4,1 MP, objetiva 38/114 mm, zoom óptico de três vezes e digital de 3,6, monitor de 1,8 polegadas, grava vídeos e funciona com duas pilhas. A linha NV, recém-lançada pela Samsung, estará presente no estande, com NV3, NV10 e NV7 OPS (Já está em teste pelo DC Informática), além da digital I6, com decodificador eletrônico para gravação de músicas e de filmes. Seguindo a tendência mundial de câmeras do tipo reflex — com conjunto de espelhos que abre e fecha para tirar fotos —, a indústria coreana vai mostrar a GX 1L, com objetiva alemã Schneider e resolução de 6,3 MP. Destaque para as Digimax S500 e S600, produzidas no país, na fábrica de Varginha (MG), com 5,1 MP (R$ 999) e 6,2 MP (R$ 1.200), monitor de 2,4 polegadas e efeitos especiais. A Matushita será representada pela Panasonic que estréia na feira, levando câmeras e filmadoras. Além do design slim, DMC-FX01 (R$ 1.999) ostenta a lendária objetiva Leica DC Vario Elmarit, considerada uma das mais precisas do mundo. Tem resolução de 8,4 MP, visor óptico de 2,5 polegadas, com sistema Mega OIS de estabilização de imagens. As digitais da Pentax japonesa estão presentes com a vedete Optio A10 (R$ 1.985). Jei-
tosa e menor que um cartão de crédito, tem resolução de 8 MP, objetiva de 38/114 mm, zoom digital de quatro vezes e digital de três vezes. Produz vídeos e usa cartão SD (SecureDigital Card). A M10, Optio S6, S60 e W10 possuem 6 MP de resolução e, entre elas, destacam-se a M10, que tem função We b c a m , e W 1 0 , à p r o v a d'água: pode ficar submersa até 1,5 m por 30 minutos. Além de papéis para impressão de fotos e softwares, a Kodak direciona seu foco para c â m e r a K o d a k E a s y s h a re Z650, com objetiva SchneiderKreuznach com zoom de 10 vezes e resolução de 6,1 MP, monitor de cristal líquido de alta resolução de 2,0 polegadas e 32 MB de memória interna. A Z650 também possui foco automático de precisão para fotos tiradas em alta velocidade, 17 modos de cena e opções avançadas de edição de fotos que permitem ao usuário ajustar suas fotos na própria câmera. O preço é de R$1.499. Outro modelo a C360, montada no país, com resolução de 5 MP, zoom óptico de três vezes, memória interna de 32 MB e mo-
nitor 1,9 polegadas.Preço sugerido de R$ 899,00. A representante da Olympus, WisePhoto, vai expor a digital Stylus 720W, resolução de 7,1 MP, monitor de 2,5 polegadas. O modelo vem com a tecnologia BrightCapture, para melhorar a captura, e estabilizador de imagens que funciona no momento do clique. Preços acessíveis, abaixo de R$ 1.000, parece ser o lema da Mitsuca que traz para a feira câmeras como a DC5378BR, custando R$ 699, com 5,36 MP e monitor de 2,4 pol. Funciona como gravador, tem memória interna de 32 MB, molduras para criar efeitos nas fotos, aceita cartão SD e a objetiva é de 35/105 mm. A DC6388BR (R$ 799) tem 6,3 MP, reproduz MP3 e traz quatro jogos, e a DC6387BR (R$ 899), vem com 6 MP e tem zoom óptico de 3x. Além de aparelho MP4 com capacidade de memória de 512 MB e de cartões de memória e novos modelos de Webcam, a Maxell vai mostrar duas câmeras digitais, a SL-520 e SL-515. Digitron é a marca nova no Brasil, representada pela BMA com a digital S5. A resolução é de 5 MP, possui entrada para vídeo, memória interna de 16 MB, filma 19 segundos com áudio e possui nove molduras para efeitos especiais. PhotoImageBrazil Centro de Exposições Imigrantes, km 1,5 da Rodovia dos Imigrantes, 8 a 11 de agosto, 14h-21h. Site: www.photoimagebrazil.com.br
Convergência tecnológica foco da PhotoImageBrazil está na produção de imagens como um todo. O processo de convergência tecnológica atingiu vários setores diferentes da indústria e reflete-se na PhotoImageBrazil com bastante força. Assim, teremos, por exemplo, o lançamento latino-americano do Aperture, linha de softwares da Apple, que automatiza processos de edição e manipulação de imagens não importando a origem de sua criação, seja de fotografia ou não. Três grandes marcas internacionais de "consumer electronics" Panasonic, Sony e Sharp (por sua distribuidora no Brasil, a Opeco) exibem na feira suas linhas de TVs digitais, padrão japonês (escolhido pelo Governopara padrão das transmissões digitais). A multiplicidade de periféricos de memória (para fotógrafos, vídeo makers, animadores e qualquer profissional que trabalhe com imagens) marca presença com lançamentos e exibição da Kingston,
Foto Ana Maria Guariglia
Duda: consolidação.
Extralife e a SimpleTech, que estréia no Brasil apresentando linha de HDs externos assinados pelo designer da Ferrari. Dessa forma, a tecnologia de imagens chega à consolidação de sua etapa de convergência e passa a ser multi indústrias, fazendo com que a versatilidade e recursos à disposição dos usuários sejam o tema central. Lembro-me que, há dois anos atrás, chegamos a ter, na PhotoImageBrazil, um modelo de câmera digital com 20 MP de definição. Hoje, o grande mercado não se impressiona mais com esses exageros. A PhotoImageBrazil apresenta-
rá uma grande variedade de modelos de 5 a 8 MP, que atendem (até com folga) a exigência por maior definição. A ênfase dos lançamentos está na flexibilidade e diversificação de recursos disponíveis para os fotógrafos e geradores de imagens. Nas câmeras, o LCD (visor) cada vez maior, menus mais visíveis e a sofisticação dos recursos de efeitos e manipulação são mais decisivos na escolha final, para o consumidor. Menus amigáveis permitem que o amador edite e manipule fotos nas suas próprias câmeras. Isto é sedutor. Quanto mais o processo digital avança na igualdade entre os diversos profissionais da indústria de imagens, nichos cada vez mais especializados e técnicos se formam, exigindo profissionais dedicados. Nos dias 10 e 11 de agosto, paralelamente à feira, realizaremos o Workshops Image & Publish 2006, Nele, destaque especial para o Fórum de Impressão Digital, com a participação do executivo e presiden-
te da Digital Plus de Nova York do brasileiro George Uenishi. A empresa de imaging solutions atua há 10 anos nos mercados americano e europeu e tem entre seus clientes famosos, nomes como: Tiffanys, Espn, CBS, Gianfranco Ferré, Cavalli, Swiss Army, Davi Yurman, Bergdorf Goodman, Paul Smith, ABC e Thomas Pink. A programação segue com temas importantes para profissionais de criação e reprodução: Imagens de impacto com poucos recursos; Desconstrução e manipulação de imagens digitais na criação publicitária; Edição, retoque e recorte de imagens; Raw e Lab: novas alternativas para tratamento de imagens; Técnicas avançadas de conversão RGB-CMYK na preparação de imagens digitais; Otimização de imagens e finalização de arquivos para impressão em diversos tipos de mídia. Agradecemos o apoio do Diário do Comércio e convidamos seus leitores a visitarem a PhotoImageBrazil 2006. Duda Escobar
A vez dos minilaboratórios 11o Congresso da Photo Marketing Association International (PMAI), em junho, em SP, fez um Raio X do mercado. No ano passado, os brasileiros fizeram 2 bilhões de imagens, mas só imprimiram 95 milhões — 1,5 cópia por consumidor. Cerca de 41% optaram pela impressão doméstica; 45% por lojas — 33% do volume total de cópias. Os quiosques receberam 12% e via internet foram encomendadas 6%. Como nos EUA, os minilaboratórios brasileiros continuam os escolhidos, pela qualidade e pelo preço. Em casa, as cópias custam mais R$ 2; nas lojas, entre R$ 0,50 e R$ 0,80. Durante o evento da PMAI, Edmundo Salgado, gerente de vendas da Noritsu, líder mundial de vendas de mini labs, explicou que os novos serviços digitais cativam cada vez mais os clientes. "Entendemos que o minilab é o coração das lojas de fotografia". Esses aparelhos vão ocupar grandes espaços na PhotoImageBrazil. A própria Noritsu vai lançar a LPS-24Pro, sistema de magazine duplo, e que chega a 622 X 914,4 mm. A Epson/EFC também terá impressora para imagens gigantes: a Stylus Pro 7800 faz ampliações de 111 cm de largura, e a Pro 9800, de 61 cm. Para estampas em tecidos e telas, a HP desfila com diferentes modelos de impressoras. A Fujifilm vai mostrar os terminais de revelação DCC-4 e o Frontier digital 500, minilaboratório já tradicional da empresa, que imprime cerca de 800 fotos por hora. (AG)
4
Eleições Planalto Congresso Debate
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 2 de agosto de 2006
VOTAÇÃO DA MP 291 EMPERRA POR FALTA DE QUÓRUM
Minha mulher quer que eu aprenda a sambar, mas preciso aprender o português, antes. Clifford Sobel, novo embaixador dos EUA no Brasil.
LÍDERES GOVERNISTAS E DA OPOSIÇÃO NÃO ENTRAM EM ACORDO
SAI AUMENTO PARA APOSENTADOS?
G
overno e oposição continuam irredutíveis em suas posições sobre a Medida Provisória 291, que reajusta em 5% as aposentadorias e pensões que estão acima de um salário-mínimo. A MP tem que ser votada necessariamente até o próximo dia 10. Se não, perderá a validade. Mas, como se pôde observar ontem, por falta de consenso entre parlamentares do PT e da base governista e os da oposição não é certo que a votação aconteça, ainda que seja do interesse de milhões de aposentados em todo o País. A intransigência começa pelo próprio partido do governo, que não aceita a votação de qualquer medida sem fonte de custeio, sob o argumento de que isso comprometeria a doração orçamentária. O líder do PT, Henrique Fontana (RS), disse que o partido não aceita a votação nominal e acusa o PFL e o PSDB de iludir os aposentados para tentar desgastar o governo. "O que estamos vendo aqui é a guerra do vale-tudo, mas es-
Eu não vou participar dessa pantomima, desse circo que PFL e PSDB estão armando para iludir o aposentado. Henrique Fontana, líder do PT na Câmara, contra votação nominal.
Só porque o imperador Lula tomou uma decisão o Congresso não pode se pronunciar sobre ela de novo? Rodrigo Maia, líder do PFL na Câmara, a favor da votação. tamos preparados para mostrar ao Brasil que o País está melhor com o governo Lula", disse. "Eu não vou participar dessa pantomima, desse circo que PFL e PSDB estão arman-
do para iludir o aposentado. O que puder fazer para evitar, eu farei", avisou. Já o líder do PFL, Rodrigo Maia, acusou o PT de fugir do voto. Segundo ele, mais desgastante do que votar a MP é o Parlamento não cumprir seu papel de legislar. "O PT está fugindo do voto. Fugir da votação como o PT está fazendo é desrespeitar a democracia. Só porque o imperador Lula tomou uma decisão o Congresso não pode se pronunciar sobre ela de novo? Vamos ao voto. O problema é que muitos governistas votaram a favor e eles não querem perder de novo. É mais desgastante para o Parlamento abrir mão de sua prerrogativa, que é votar" - disse. Pela votação – Ao sair da reunião de líderes da base aliada na Câmara, o líder interino do governo, Beto Albuquerque (PSB-RS), disse que a orientação do governo era pôr em votação a Medida Provisória 291mesmo com o risco de derrota. Beto Albuquerque conversara com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na manhã de ontem e depois com
os ministros Nelson Machado, da Previdência, Dilma Rousseff, da Casa Civil, e Tarso Genro, das Relações Institucionais. Nas reuniões, ficou decidido que seria preciso votar a MP, mesmo sem acordo. O líder do governo, no entanto, reconheceu que o grande problema para votar a MP é o quórum. São necessários pelo menos 257 deputados em plenário para iniciar uma votação e ontem, até as 14h, só havia 191 presenças registradas na Casa. O líder acusou a oposição de tentar desgastar o governo e de aumentar o déficit da Previdência para mais tarde privatizá-la. "Vamos enfrentar dificuldade com quórum. É uma questão de lógica, de bom senso. Lula é um presidente com responsabilidade fiscal. A oposição está fazendo o jogo, evidentemente, de estourar a Previdência para depois fazer a privatização. Agora, o quórum é uma atitude de cada deputado. Aqui não é um rebanho em que o governo dá um grito e vem todo mundo", disse. (Agências)
BUSH INDICA NOVO EMBAIXADOR Sobel chega com missão de 'preservar o tom amistoso' das relações bilaterais entre os gigantes americanos
T
Jamil Bittar /Reuters
Ed Ferreira/AE
erceiro em bai xador no Brasil indicado pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, o empresário Clifford Sobel desembarcou ontem em Brasília. Deverá entregar as cópias das cartas credenciais ao Itamaraty. A cerimônia de entrega dos originais ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda Clifford Sobel: enviado por George W. Bush. não foi marcada pelo Palácio do Planalto. narcóticos, ao tráfico de pesSolid ez – Sobel assume a soas e à lavagem de dinheiro e Embaixada dos Estados Uni- na promoção da segurança e dos em Brasília em plena corri- da estabilidade regional. da presidencial no País. Em Sobel desembarcou acomsua sabatina no Senado ameri- panhado de sua mulher, Barcano, em junho passado, dei- bara, e logo cumprimentou a xou clara a orientação recebida imprensa em português, com do presidente Bush de preser- carregado sotaque. Em uma var o tom amistoso e pragmá- mostra de bom humor, destatico nas relações bilaterais, cou que sua mulher o aconseconsideradas por ele como lhou a aprender a dançar "sam"muito sólidas". ba" o quanto antes. "Mas miAo enumerar suas priorida- nha preferência é aprender andes, no Senado, Sobel destacou tes o português", acrescentou, a cooperação para a garantia falando em inglês. de segurança mútua na luta Assim como aconteceu no contra o terrorismo e a prolife- Senado, Sobel enfatizou que ração de armas de destruição espera "construir pontes" nas em massa, bem como no com- relações entre os dois países bate ao crime organizado, aos continentais, que constituem
fortes democracias formadas por imigrantes de várias partes do mundo e regiões de grande diversidade. O embaixador também listou sua missão de fomentar o debate sobre o combate à pobreza. Na condição de embaixador no Brasil, Sobel substitui John Danilovich, executivo que permaneceu apenas um ano no posto. Sobel presidiu a empresa Net2Phone, provedora de serviços telefônicos na Internet, antes de ser indicado pelo presidente Bush para a Embaixada dos Unidos na Holanda, seu posto anterior. Entre 1994 e 1998, entre outras atribuições, ele trabalhou no Conselho do
Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos. Na manga – Assim como Danilovich, Sobel tem como grande trunfo sua proximidade com Bush. De acordo com informações da Embaixada americana, ele foi delegado nas Convenções Nacionais republicanas em 1996 e em 2000 e também atuou na Comissão e na Subcomissão da Plataforma de Política Externa, em 2000. Nas campanhas eleitorais de Bush para a presidência, Sobel presidiu o comitê financeiro de New Jersey. Em 1998, acompanhou o então governador Bush em uma missão de investigação em Israel. (AE)
Eymar Mascaro
EM CAMPO, A ÉTICA
A
decisão de Geraldo Alckmin de fazer a campanha focalizando a questão ética começa a incomodar Lula. O petista não está gostando do jeito de Alckmin envolver o governo federal com os atos de corrupção que são denunciados. Primeiro, Alckmin explorou o escândalo do mensalão e agora envolve o governo com outro caso igualmente escabroso, o da máfia dos sanguessugas. Lula pode estar pensando que Alckmin passa ao eleitor a idéia de que o governo do PT é um ninho de corruptos. O petista pede ao comando de sua campanha que reaja sem pestanejar contra a fala do candidato tucano. Lula não quer que o partido absorva as acusações sem resposta imediata. Pede providência aos petistas em geral.
CRESCIMENTO
MINEIROS
Coincidentemente, o crescimento de Alckmin nas pesquisas ocorre no instante em que o governo do PT é acusado de acobertar corrupção. Lula quer evitar aparecer outras vezes ao lado de petistas que se envolveram com mensalão e sanguessuga.
Em Minas, o tucano ganhou o reforço do expresidente Itamar Franco, além de contar com o empenho do governador Aécio Neves, que tem mais de 70% de intenção de voto como candidato à reeleição. Rio e Minas são, portanto, dois desafios para Alckmin.
RECADO
ENCONTRO
Petistas de Pernambuco, por exemplo, pediram a Lula para não subir mais no mesmo palanque do exministro Humberto Costa, candidato do PT ao governo do Estado, envolvido com a máfia dos sanguessugas.
Sexta-feira será um dia importante na campanha de Geraldo Alckmin: o tucano vai a Recife lançar seu projeto de governo para o Nordeste (33 milhões de votos). Ele vai prometer reerguer a região no aspecto socioeconômico. Seu programa para a região é intitulado Novo Nordeste.
PAULISTAS Vai ser difícil Lula impedir que mensaleiros do PT deixem de aparecer ao seu lado quando estiver fazendo campanha em São Paulo (26 milhões de eleitores). José Genoínio, Antonio Palocci e João Paulo Cunha são candidatos a deputado federal e querem ser fotografados ao lado de Lula.
INCÔMODO Sexta-feira próxima e sábado, Lula deve fazer campanha em São Paulo. Na sexta participa de um jantar para arrecadar fundos de campanha e, no sábado, deve fazer uma caminhada na Zona Leste ao lado de candidatos a deputado, entre os quais, mensaleiros.
RISCO Ainda no fim de semana Lula deve ir a Belo Horizonte. Até aí, nada demais. Acontece que o petista terá de dividir o palanque com o ex-ministro da Saúde, Saraiva Felipe, implicado com o sanguessuga, além de mensaleiros como Saulo Queiroz e João Magno.
CAMPANHA No encontro com membros do comando de sua campanha, em São Paulo, Geraldo Alckmin debateu o jeito mais viável de atuação em estados onde está em desvantagem nas pesquisas. Alckmin quer reverter logo a situação em dois estados, Rio (11 milhões de votos) e Minas (13 milhões).
CARIOCAS
DESGOVERNADO – Carro particular, com propaganda eleitoral do candidato tucano Geraldo Alckmin à Presidência, tentava estacionar próximo ao Congresso Nacional. Não se sabe como, mas o motorista perdeu o controle, o veículo caiu no gramado e bateu na estrutura do prédio, em Brasília.
Para reverter a situação no Rio, o tucano conta com o trabalho do prefeito César Maia e dois palanques, dos candidatos a governador Eduardo Paes (PSDB) e Denise Frossard (PPS). Alckmin não conseguiu obter o apoio do exgovernador Anthony Garotinho (PMDB).
DIFERENÇA Alckmin quer diminuir a diferença que o separa de Lula no Nordeste. É lá que o petista tem o seu melhor desempenho nas pesquisas, 66% de intenção de voto segundo o Ibope, contra 13% do tucano. Tirando a diferença, ele zera o jogo eleitoral.
REFORMA Presidente da Câmara, Aldo Rebelo quer reunir novamente as lideranças partidárias porque pensa em votar ainda este ano (depois das eleições) o projeto de reforma política que prevê, entre outras mudanças, o financiamento público das campanhas e a volta da fidelidade partidária.
LISTA Outro ponto da reforma política prevista no projeto é o que incorpora na legislação a lista de candidatos dos partidos. O tema é polêmico porque serão eleitos em primeiro lugar os candidatos que encabeçam as listas. Pode haver compadrismo dos partidos.
FORA DE FOCO PFL e PTB têm algo em comum: ambos os partidos querem impedir que seus deputados envolvidos com o escândalo sanguessuga disputem as eleições. As cúpulas admitem que será grande o desgaste dos partidos se os envolvidos continuarem candidatos.
quarta-feira, 2 de agosto de 2006
Congresso Planalto CPMI Eleições
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5
MINISTROS SERÃO INVESTIGADOS APÓS ELEIÇÕES
Bastaria criar exigências no edital, as quais não poderiam ser cumpridas no exíguo prazo do pregão. Luiz Antonio Vedoin, da Planam, dá a receita contra as fraudes.
Lúcio Távora/ Folha Imagem
SENADORES LUTAM PARA DESGRUDAR DE SANGUESSUGAS
O
corregedor do Senado, Romeu Tuma (PFL-SP), anunciou ontem a abertura de investigação contra os senadores Ney Suassuna (PMDB-PB), Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES). Hoje, o corregedor deve tomar o depoimento de um genro da senadora petista. De acordo com o depoimento de Luiz Antonio Trevisan Vedoin, o genro de Serys teria recebido R$ 35 mil da máfia. Segundo Tuma, se a investigação provar algo contra os três, eles serão imediatamente encaminhados ao Conselho de Ética do Senado. Tuma disse também que conversou com o senador José Sarney (PMDB-AP) e que não há nenhum indício de envolvimento do ex-presidente da República com o esquema dos sanguessugas. Sarney e o senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO) ficarão livres de serem investigados pela Corregedoria. "Era um funcionário do Amapá que estaria negociando emendas do Estado. Falei com Sarney e não há nenhum indicativo de crime ou maracutaia", afirmou. "Senhor da razão" – De sua parte, o líder do PMDB no Senado, Ney Suassuna (PB), negou ontem, por três vezes, qualquer tipo de envolvimen-
Lúcio Távora/Folha Imagem
Ney Suassuna (PMDB-PB)
to com os parlamentares suspeitos de fraudar o orçamento da União para a compra superfaturada de ambulâncias. Suassuna repetiu o ex-presidente Fernando Collor de Mello, que proclamou num letreiro exibido na camiseta usada especialmente para as fotografias, logo depois do rompimento com seu então líder Renan Calheiros, em 1992: "O tempo é o senhor da razão". O tempo não deu razão ao ex-presidente. Collor perdeu seu líder (hoje presidente do Senado), foi processado e condenado à perda do mandato por crime de responsabilidade e teve os direitos políticos cassados por oito anos. Suassuna assegura que não tem culpa a pagar no escândalo dos sanguessugas. Disse que não tem má-
goa dos que o acusam. "São dignos de pena, porque tentam denegrir a imagem dos outros", comentou. Suassuna não chegou a ocupar a tribuna do Senado para fazer a sua defesa. Aproveitou um pronunciamento do senador Magno Malta (PL-ES), suspeito de ter recebido um carro da máfia. A frase "O tempo é o senhor da razão", atribuída ao escritor francês Marcel Proust, autor de "Em busca do tempo perdido", era também muito utilizada pelo ex-deputado Ulysses Guimarães (PMDB-SP) durante o governo militar, sempre que defendia uma saída pacífica para o impasse político vivido pelo País. Ministros à parte– As denúncias de envolvimento de ex-ministros e servidores do Executivo no caso não serão investigadas tão cedo. Apesar da criação da subrelatoria da CPMI dos Sanguessugas para investigar exclusivamente o Executivo, o presidente da comissão Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ) e os sub-relatores escolhidos acertaram de só iniciar as diligências depois da leitura do relatório preliminar sobre a participação dos deputados, no dia 10. Os depoimentos dos ex-ministros da Saúde Humberto Costa e Saraiva Felipe, ficam para depois das eleições de outubro. (AOG)
Valéria Gonçalvez/AE
CIRILO DESMENTE ACUSAÇÕES DE DONO DA PLANAM
J
osé Airton Cirilo, candidato a deputado federal pelo Ceará (PT), negou por meio de sua assessoria de imprensa qualquer participação na liberação de recursos para a compra de ambulâncias superfaturadas. Ele rebateu as acusações do empresário Luiz Antônio Vedoin, um dos donos da Planam, empresa que aparentemente comandava o esquema conhecido como "máfia dos sanguessugas". Em depoimento à Justiça Federal, Vedoin acusou José Airton como sendo o intermediário junto ao ex-ministro da Saúde, Humberto Costa, pela liberação de R$ 8 milhões em quatro parcelas, relativos ao pagamento de 100 ambulâncias adquiridas em 2002, ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso. Com a vitória de Lula, foi baixado um decreto cancelando a liberação dos recursos empenhados. Enredo – É aqui que entram, segundo Vedoin, José Airton, José Caubi Diniz e Raimundo Lacerda Filho, o Lacerdinha, sobrinho de José Airton. Em março de 2003, o empresário disse que Diniz se apresentou a ele em um parque de exposições em Brasília contando que estava sabendo das dificuldades para o recebimento do dinheiro e que o problema poderia ser resolvido por José Airton, membro do diretório nacional do PT, e a quem teria cabido a indicação de Humberto Costa para o Ministério da Saúde. Logo depois, o empresário diz ter se encontrado com José Airton em um flat em Brasília para repassar a lista dos municípios que receberam ambulâncias da Planam e nesse mes-
Fernando Gabeira (PV-RJ) e Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ) analisam provas recolhidas pela CPMI
SERÁ O FIM DA FESTA? Portaria regulamenta o uso de recursos da União para evitar fraudes
D
esde segunda-feira, todos os estados e municípios de até 200 mil habitantes terão que realizar pregão, preferencialmente eletrônico, para a compra de bens e para a contratação de serviços com recursos públicos provenientes do Orçamento da União, de acordo com a portaria interministerial nº 217, assinada pelos ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, e da Fazenda, Guido Mantega. Mais: a realização imediata do pregão também será exigida para compras ou contratação de valor superior a R$ 450 mil. Novas regras– A portaria, publicada pelo Diário Oficial da União, dá um prazo de 60 dias para que os beneficiários dos recursos públicos realizem pregão quando o convênio assinado, renovado ou aditado com o governo federal envolva um montante igual ou superior a R$ 251 mil e inferior a R$ 450 mil. Para valor igual ou superior a R$ 101 mil e
inferior a R$ 250 mil, o prazo de enquadramento é de 120 dias. Para valor de contrato igual ou superior a R$ 50 mil e inferior a R$ 101 mil, o prazo é de 180 dias. Nos demais casos, o prazo para a realização de pregão é de 240 dias. As normas se aplicam também a entidades privadas que recebam transferências de recursos públicos federais. O governo espera evitar, com a portaria, as compras superfaturadas de bens com recursos públicos federais, assim como ocorreu com a aquisição de ambulâncias feita pela máfia das sanguessugas. A análise feita pelo governo é a de que as fraudes são realizadas, principalmente, quando os beneficiários dos recursos públicos utilizam o sistema de carta-convite para realizar a compra de bens ou a contratação de serviço. O pregão seria uma maneira de evitar as licitações fraudulentas. Esta não é a mesma opinião do empresário Luiz Antonio Vedoin, dono da Planam, empresa que
coordenava a quadrilha com a participação de dezenas de parlamentares e prefeitos e que fraudava o orçamento da União para comprar ambulâncias e outros equipamentos a preços superfaturados. Mais fraudes – O depoimento que prestou à Justiça Federal em Mato Grosso, Vedoin disse que o pregão, por possuir um prazo mais curto, chega inclusive a facilitar o direcionamento da licitação. Segundo ele, para dificultar a participação de outras empresas, bastaria criar exigências no edital, as quais não poderiam ser cumpridas no exíguo prazo do pregão. Não sendo viável a realização do pregão na forma eletrônica, a portaria interministerial 217 estabelece que o beneficiário dos recursos públicos terá que realizar pregão presencial. Ou seja, os licitantes devidamente credenciados apresentarão suas propostas e disputarão mediante oferta de lances verbais. (AE)
MENSALÃO
JANENE: NA CORDA BAMBA Último dos mensaleiros, deputado pode perder seu mandato.
O
Ambulâncias no galpão da empresa Rio Vale, em Capela do Alto (SP)
mo dia os dois teriam ido ao Ministério da Saúde. Defesa– De acordo com a assessoria de José Airton, "o próprio Humberto Costa tratou de desmentir essa versão". "Não temos conhecimento de como operou Raimundo Lacerda Filho", ressalta. "Afirmar ainda que a indicação de Humberto Costa para o ministério é da cota de José Airton é delírio e demonstra um profundo desconhecimento da realidade política do Nordeste". O que podemos dizer, de nossa parte, é que é mais do que natural que um agente político e uma referência pública
federal seja procurado por prefeitos do Estado, sobretudo os do PT, para que acompanhe seus pleitos em Brasília. Isso não é lobby e não há remuneração de espécie alguma", diz em nota a assessoria, referindo-se a um encontro, no Ministério da Saúde, realizado em 2005, entre José Airton e prefeitos cearenses para tratar justamente sobre a compra de novas ambulâncias". A assessoria informa que José Airton teria sido apresentado a Vedoin pelo sobrinho, Lacerda, que lhe disse se tratar de um empresário interessado em investir no Nordeste. (AE)
deputado José Janene (PP-PR) perdeu ontem o último recurso na Câmara contra a cassação de seu mandato, aprovada pelo Conselho de Ética, e o processo seguirá agora para a votação em plenário, última etapa do julgamento. Por unanimidade, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) rejeitou o pedido do deputado para anular a aprovação do parecer que havia expedido. 257 votos – O processo do deputado estará pronto para ser votado pelo plenário da Câmara no segundo período de esforço concentrado, marcado para a primeira semana de setembro: dias 4, 5 e 6. A data para o julgamento será definida pelo presidente da Casa, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), levando em consideração o quórum no plenário, que precisa ser alto. Para cassar o mandato parlamentar são necessários 257 votos, a maioria absoluta dos 513 deputados. Janene é acusado de ter recebido R$ 4,1 milhões das contas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. Em sua defesa, Janene, ex-líder do PP na Câmara, argumenta que o PP recebeu R$ 700 mil do PT para pagar o advogado do exdeputado Ronivon Santiago
José Cruz/ABr
José Janene (PP-PR) por um fio
(PP-AC), cassado pela Justiça Eleitoral e depois preso pela Operação Sanguessuga, que apurou a venda superfaturada de ambulâncias com recurso do Orçamento. O processo contra ele é o último dos 19 deputados acusados pela CPMI dos Correios de envolvimento no esquema do mensalão. Só três – Até agora, foram cassados apenas os deputados José Dirceu (PT-SP), Roberto Jefferson (PTB-RJ), e o presidente do PP deputado Pedro Corrêa (PE). Renunciaram a seus mandatos para fugir a processos de cassação os deputados Paulo Rocha (PT-PA), José Borba (PMDB-PR), Valde-
mar da Costa Neto (PL-SP) e Carlos Rodrigues (PL-RJ). E foram absolvidos nada menos que 11 deputados, a saber Sandro Mabel (PL-GO), Romeu Queiroz (PTB-MG), Roberto Brant (PFL-MG), Pedro Henry (PP-MT), João Paulo Cunha (PT-SP), Professor Luizinho (PT-SP), José Mentor (PT-SP), João Magno (PT-MG), Wanderval Santos (PL-SP), Josias Gomes (PT-BA) e Vadão Gomes (PP-SP). (AE)
Roberto Schimidt/AFP
Celebridades da Copa não jogam contra a Noruega. É a renovação, com cautela. Em Logo
Sérgio Moraes/Reuters
A Seleção de Dunga, sem medalhões
Ano 81 - Nº 22.182
São Paulo, quarta-feira 2 de agosto de 2006
R$ 0,60
Cuba libre continua sendo só uma bebida Fidel Castro escreveu ontem o seu próprio boletim médico. C 6
Jornal do empreendedor
Nota fiscal eletrônica: falta informação
Edição concluída às 23h55
E1
w w w. d co m e rc i o. co m . b r
O HOMEM DE DOIS CPFs
O TSE dá 72 horas para o ex-ministro esclarecer irregularidades em sua candidatura a deputado federal. Uma delas: por que tem dois CPFs? Página 3
Arte de Abê com foto de Marcos Fernandes/LUZ
Eis a 25 de março sem carros! Esta cena será verdadeira até o Natal A foto acima, alterada por Photoshop, é a antecipação do que a Prefeitura está querendo implantar de setembro a dezembro. Os 400 carros por hora de hoje serão banidos. Tráfego de caminhões, só à noite. E os camelôs, reis da 25, deverão ser contidos. C 1
A marcha dos refrigerantes. Contra o Leão Rebelados, pequenos fabricantes vão à Receita Federal e ao Congresso para pedir justiça tributária. Eles pagam o mesmo IPI dos grandes. E 1
Leonardo Rodrigues/Hype
Um Líbano em paz Conheça a saga de imigrantes libaneses que há 30 anos fogem de bombas em sua terra e sempre encontram refúgio em São Paulo. No alto, momento de tradição e oração na mesquita Santo Amaro. C 4
HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima19º C. Mínima 11º C.
AMANHÃ Nublado Máxima 21º C. Mínima 11º C.
Patrick Baz/AFP
E a guerra no Líbano Israel avança por terra em operação "sem precedentes", bombardeia Beirute (foto) e anuncia baixa de 400 membros do Hezbollah. C 5
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 2 de agosto de 2006
Tire os carros da foto. Você está vendo a nova 25 de março
1 Há veículos que funcionam como verdadeiras lojas de produtos piratas. Andrea Matarazzo, secretário de Coordenação das Subprefeituras
Marcos Fernandes/Luz
De setembro até dezembro, o tráfego de veículos na rua 25 de Março estará proibido durante o dia. A medida deve facilitar o trânsito de pedestres e a fiscalização do comércio ilegal, muitas vezes operado também por táxis e carros.
C
hegar à rua 25 de mos ouvir a subprefeitura e M a rç o e x i g e d o s também o comércio", disse. Reações – A simples idéia de consumidores uma c a m i n h a d a d e fechar a 25 de Março provocou aventura e com muitos obstá- reações de todos os lados: do coculos nas calçadas – lotadas de mércio, dos motoristas e, incluambulantes – e na própria rua, sive, de pedestres. A maior por onde passam cerca de 400 preocupação é que a proibição veículos por hora. Sem contar ao trânsito de veículos abra escom o trânsito humano, que é paço para os camelôs. "É um inferno subir a ladeide 350 mil pessoas/dia, númera Porto Geral. ro que triplica Não tem por no final do ano. o n d e a n d a r. A cada cinco Mas se os veípassos é preciculos não puso disputar um derem passar, espaço para anos camelôs vão dar e se esfortomar conta do çar para não ser espaço todo e encurralado vai piorar para por uma moto, a gente", disse um carro e um a consumidora camelô, tudo Janete Xavier, ao mesmo temque mora em po. Esta cena, Belo Horizonte tão comum na e caminha região, deve ser q u i n z e n a lalterada. No Aparecida: sem carros, mas mente pela reperíodo entre com camelôs duplicados gião para fazer os meses de setembro e dezembro, a rua 25 de compras. Ela disse que o peso Março será fechada ao tráfego de suas sacolas duplica ao andar pela ladeira, por causa de veículos durante o dia. O projeto é que a rua seja dos obstáculos e da demora aberta apenas à noite, para a para andar na subida. A comerciante Aparecida carga e descarga dos estabelecimentos. De acordo com o Clarice Castro, da Glad’s Bijoux, que está subprefeito da no sexto andar Sé e secretário de um prédio na de Coordenaladeira Porto ç ã o d a s S u bGeral, mostra prefeituras, de sua sacada Andrea Mataum possível cerazzo, o objetinário para a 25 vo desta medide Março, e exda é facilitar o plicou como trânsito de pefunciona a todestres na remada de espaço g i ã o e d i m ipelos ambulannuir o comértes. "Eles já forcio ilegal. "Dumaram duas firante o dia não leiras de barrapoderão circular carros, táxis Alan, taxista, diz que o maior cas na ladeira e n e m c a m i- problema são os ambulantes P o r t o G e r a l com a 25 de nhões. Há muitos veículos que funcio- Março (uma na guia e outra na nam como verdadeiras lojas calçada). Sem os veículos, essas de produtos piratas. Sem os fileiras vão duplicar", disse. Câmeras – Andrea Mataraveículos, a fiscalização será zzo disse que, até setembro, facilitada", disse. Trânsito – Segundo o presi- as câmeras de segurança estadente da Companhia de Enge- rão em funcionamento na 25 nharia de Tráfego (CET), Ro- de Março e que haverá um reberto Scaringella, ainda não fo- forço na fiscalização. "Estaram definidos os horários de mos firmando um convênio abertura e fechamento da 25 de com a Secretaria de SeguranMarço e nem as intervenções ça do Estado para que a Políque devem ser feitas nas ruas cia Militar trabalhe junto com próximas. "Estudamos não só a Guarda Civil Metropolitana o fechamento da 25 de Março, (GCM) na fiscalização do comas o impacto que isso vai gerar em algumas ruas próximas como, por exemplo, a Barão de Duprat, Florêncio de Abreu e Carlos de Souza Nazareth. Estamos verificando se será necessário inverter a mão, permiAgendas da Associação tir estacionamento ou se faree das distritais mos novas ligações nestas ruas", disse. O presidente da CET afirSábado mou que ainda não tem deta- I Penha – A Distrital Penha lhes do projeto de fechamento promove café da manhã e da 25 de Março e nem a data de cerimônia de lançamento do conclusão do estudo. "O im- projeto de restauro do Colégio portante é que estudamos o fe- Estadual da Penha. Às 8h30. chamento diurno, em um ho- Rua Padre Benedito e Camargo, rário a ser definido. Precisa- 762, na Penha.
GIr
A 25 de Março já está completamente tomada pelos camelôs, restando pouco espaço para os carros, obrigados a andarem em fila única
mércio ilegal", disse, sem informar o efetivo que trabalhará no período em que a rua 25 de Março estiver fechada ao trânsito. A questão dos ambulantes é motivo de protesto até pelo taxista Alan Borges Silva, que faz cerca de 14 corridas por dia, saindo de seu ponto na rua Basílio Jafet. "O que dificulta o trânsito de pedestres não são
os carros. O problema é que aqui não tem camelódromo", disse o taxista. Abastecimento – Para o assessor da presidência da Univinco (União dos Lojistas da 25 de Março e Adjacências), Gilber Santana de Farias, há uma série de questões que precisam ser discutidas antes da medida ser posta em prática. "Entendo o fechamento ao
trânsito no período de Natal, porque o movimento aumenta muito . Ainda assim, é preciso resolver o problema da fiscalização para que a região não se torne um mar de camelôs", disse. Outra questão que precisa ser debatida, segundo ele, é o abastecimento das lojas, que geralmente ocorre a partir das 7h. "Precisamos saber como fi-
cará a carga e descarga das mercadorias, já que os caminhões precisam vir à 25 de Março durante o dia. À noite, as ruas da região também ficam tomadas por caminhões que abastecem o Mercado Municipal. Como faremos a carga e descarga à noite com esses caminhões estacionados nas vias?", questionou. Rejane Tamoto
4
Finanças Empresas Nacional Estilo
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 2 de agosto de 2006
VENDAS MELHORAM, MAS SÓ GRANDES SENTEM
2,8
por cento foi a expansão das vendas a prazo, medidas pelo SCPC, em julho, sobre igual mês de 2005
APESAR DO RESULTADO POSITIVO NAS CONSULTAS AO SCPC, PEQUENOS LOJISTAS RECLAMAM DAS VENDAS
TRÊS DIAS DE FRIO AJUDAM O VAREJO
D
epois de uma primeira quinzena de queda nas vendas, a segunda metade de julho apresentou recuperação e foi responsável pelo resultado positivo registrado no mês passado. As consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que medem as vendas a prazo aumentaram 2,8% em julho de 2006 sobre o mesmo mês de 2005. Já as consultas ao UseCheque, termômetro das vendas à vista, cresceram 6,6% na mesma comparação. Em relação ao mês anterior, o SCPC aumentou 6,3% e o Usecheque, 6,7%. Para o economista da ACSP, Marcel Solimeo, o maior movimento do varejo na segunda quinzena se deveu às promoções e liquidações, à ampliação de prazos do crediário e à melhora do ânimo do consumidor, que havia sido abalado pela derrota do Brasil na Copa do Mundo. O frio nos últimos dias também contribuiu. Mas não é assim que os lojistas da Rua Doze de Outubro, na Lapa, e da Domingos de Moraes, da Vila Mariana, definiram as vendas do período, que tiveram queda. Os motivos: férias e o forte calor ao longo de todo o mês de julho, exceto no último final de semana. O proprietário da The Corner Confecções, na Vila Mariana, Gilberto Rezegue, afirmou que os números negativos acontecem desde junho, provocados pela Copa do Mundo.
Fotos: Andréa Felizolla/LUZ
As peças de inverno estão em pequeno número, a liquidação já foi feita, com descontos de até 50%. "Estou há 14 anos no comércio, e este é o pior deles. Se eu não baixasse os preços para que o movimento subisse, não sobreviveria no mês de julho. Com a queda nas vendas de 30% em relação a julho de 2005, não teria como pagar as despesas e os altos impostos." A Tutti Calçados estava repleta de consumidores ontem. Mas as vendas não animavam. "Em relação a julho de 2005, registramos 20% de queda em julho. Mas de segunda-feira até agora, sentimos uma leve melhora", disse o gerente Maurício Francisco de Oliveira. Segundo ele, o tíquete médio de cada consumidor é de R$ 40, e que 80% das compras são pagas com cartão de crédito. O engenheiro Jonas Lorencini comprova essas informações. Ele aproveitou o dinheiro
que recebeu quando saiu de férias para comprar um presente de aniversário para a filha Isabel, de 14 anos. E teve que levar um par de sapatos também para a caçula, Regina, de 11 anos. "Uni o útil ao agradável. Os presentes serão usados na escola, as aulas recomeçaram." Esperança – A proprietária da loja de roupas masculinas Dim Vanelli, Vânia Rodrigues, na Lapa, espera recuperar, neste mês, com o Dia dos Pais, as perdas de julho, que chegaram a 10%. "As pessoas aproveitam as férias para viajar. Mas agora, com descontos de até 40% nas peças de inverno, a expectativa é de que as vendas subam 30%", disse Vânia. Ontem, a empresária Fabiana Carranza entrou na loja em busca de calças jeans "macias" para o pai. Acabou levando uma peça por R$ 95. "Aproveitei a liquidação para comprar. Não posso deixar a data passar em branco."
Oliveira, da Tutti Calçados: queda de 20% nas vendas de julho, mas melhora desde a última segunda-feira
Vânia, da Dim Vanelli: descontos
Rezegue, The Corner: efeito Copa
Damiani, da World´s: 10% menos
O gerente da World’s, Odair Damiani, é mais um da Rua Doze de Outubro que lamenta os resultados de julho, queda de 10% em relação ao mesmo mês de 2005. "As pessoas passeiam, olham, mas não levam. É um movimento artificial." "Aqui, quem entra, compra. O difícil é entrar", disse a proprietária da Beatriz Baby & Kids, Maria Sueli Gonçalves Souza. As vendas caíram 10% no mês passado, índice que será recuperado em agosto com os descontos de 10%. Análise – O economista Emílio Alfieri, da ACSP, explicou a "contradição" que existe entre
os números da entidade, que mostraram vendas positivas em julho, e a realidade vivida pelos lojistas. "Os dados da ACSP são uma média. O que puxa o índice para cima são os grandes centros de compras, como a Rua 25 de março, o Bom Retiro e o Brás, que são os preferidos dos consumidores. Outro ponto a ser considerado é o Liquida São Paulo, promoção dos shoppings, que despertou a atenção de muita gente." Em relação às baixas vendas da Rua Domingos de Moraes, Alfieri diz que o shopping Metrô Santa Cruz atraiu para si os consumidores da região.
Inadimplência – Pelos números de inadimplência da ACSP, os consumidores priorizaram o pagamento de contas em atraso no mês passado. Houve crescimento de 4,7% no volume de registros cancelados pelo SCPC ante julho de 2005, o que indica um aumento na quitação de dívidas dos consumidores. Na comparação com junho, a queda foi de 6%. Já os registros recebidos, que são os nomes que entraram para o cadastro de maus pagadores, cresceram 3,1% na primeira comparação, mas caíram 2,6% em relação a junho. Neide Martingo
Petrobras pode produzir GNL
A
Petrobras deve lançar em outubro uma licitação para afretamento, com possível aquisição, de dois navios para dar início ao seu programa de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL), produto que deverá estar disponível em fevereiro de 2009. A estatal vai importar o produto, mas não descarta a fabricação própria, de acordo com o diretor de Gás e Energia da empresa, Ildo Sauer. "Estamos conversando com alguns supridores, mas há consenso na diretoria de que a Petrobras esteja em projetos de GNL no exterior e aqui", disse Sauer. Um dos navios afretados será instalado na baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, com capacidade para produzir 140 milhões de metros cúbicos
de gás por dia. O outro ficará no Porto de Pecém, no Ceará, com capacidade para 60 milhões de metros cúbicos. "Os navios são do tipo FSRU (Unidade Flutuante de Estocagem e Regaseificação), para serem deslocados de acordo com a necessidade", informou Sauer. Sem querer estimar o valor dos navios por causa da licitação, ele disse que, na unidade do Rio de Janeiro, a empresa vai gastar US$ 140 milhões com as instalações, que contarão com um gasoduto submarino e, no Ceará, mais US$ 40 milhões, para adaptar o píer do Porto de Pecém. Parceria — Uma planta de GNL de menor porte, em parceria com a White Martins, será inaugurada no próximo dia 14, de acordo com Sauer, em
Paulínia, interior de São Paulo. "Será a nossa primeira planta de GNL e vai atender o sul de Minas Gerais, Brasília e Goiânia", disse o diretor. A previsão é de produção de 380 mil metros cúbicos de GNL por dia. O projeto de produção de GNL foi desenvolvido pela empresa após conflitos com a Bolívia envolvendo o gás natural. A estatal previa aumentar a compra de gás boliviano, mas abandonou o projeto depois que o governo de Evo Morales nacionalizou as reservas e exigiu aumento no preço. Segundo Sauer, as negociações sobre o preço do gás prosseguem inalteradas. A próxima reunião entre a Petrobras e a estatal boliviana YPFB está prevista para a semana de 7 a 11 de agosto. (Reuters)
Furlan: dólar não passa de R$ 3
O
ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, disse ontem que, em um horizonte de curto e médio prazos, a cotação do dólar não ficará acima de R$ 3. Para ele, o pacote anunciado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, "ainda precisa sair". "O ministro Mantega prometeu que ainda esta semana os atos legais
estariam à disposição para que o pacote possa produzir seus efeitos", disse Furlan, que participou do 5º Congresso Brasileiro de Agribusiness, em São Paulo. Para ele, o pacote cambial vem para simplificar a vida das empresas e desonerar a intermediação do câmbio. Segundo Furlan, esse é um ganho permanente e não apenas momentâneo. "Precisamos continuar com o trabalho de redução da
burocracia e simplificação dos trâmites aduaneiros", disse. Furlan também cobrou investimentos na área de infra-estrutura para que haja ganhos de produtividade nas exportações. Sobre os efeitos negativos que a guerra no Líbano poderia ter para o comércio exterior, disse que não existe impacto perceptivo. Para o ministro, o setor de alimentos pode até se beneficiar do conflito, com o aumento de vendas. (AE)
2
Ambiente Administração Polícia Compor tamento
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 2 de agosto de 2006
CONFIRMAÇÃO DA ORIGEM DO DINHEIRO SAI ATÉ SEXTA
Moacyr Lopes Junior/Folha Imagem
Depois que o dinheiro foi encontrado houve uma festa na cidade. Cada um recolhia o que podia.
Fotos: Carlos Santos/Correio Brasiliense/Ag. O Globo
Cão fareja veículo na rodovia Dutra durante a megaoperação Aliança
Atenção, pare. Blitz federal. Operação Aliança, da Polícia Rodoviária Federal, foi realizada em rodovias federais na capital paulista e nas divisas de São Paulo com outros estados.
A
Polícia Rodoviária Federal (PRF) colocou ontem 500 policiais, 100 viaturas e seis helicópteros nas estradas. A megaoperação, batizada de Aliança, bloqueou as rodovias federais na entrada da capital paulista e nas divisas de São Paulo com Minas, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Paraná. O balanço do primeiro dia serão pelo menos 15 dias de atividades - registrou 18 prisões, entre elas as de dois assaltantes considerados perigosos. Também foram apreendidos uma carreta com 30 metros cúbicos de madeira, 500 quilos de palmito, 15 toneladas de cobre, 100 frascos de perfumes falsificados e 65 quilos de cocaína, e recuperados quatro veículos,
sendo dois com placas da Argentina. Carros com documentos vencidos, apreendidos. O objetivo da operação é combater a entrada de munições que alimentem facções do crime organizado, como o Primeiro Comando da Capital (PCC). Com as vias federais vigiadas - metralhadoras e cães farejadores também foram usados - o receio é que o tráfico e o contrabando tenham como rota de fuga vias estaduais. Para evitar isso, inspetores da PRF se reuniram ontem com o secretário de Segurança Pública do Estado, Saulo Abreu, e as polícias Militar e Rodoviária Estadual para trabalharem em conjunto. O investimento federal foi entre R$ 2,5 milhões e R$ 3 milhões. (AE)
Ernesto Rodrigues/AE
ATÉ QUANDO? A temperatura, aos poucos, está subindo na cidade de São Paulo. Ontem, apesar do registro de 12 graus durante a madrugada, o dia foi mais quente. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê frio para hoje no Estado de São Paulo, mas o sol volta a aparecer. Ontem, a frente fria elevou a umidade relativa do ar, que chegou a 89%.
Dinheiro encontrado no fim de semana em uma casa fechada, em Natal, por meninos que jogavam futebol e pularam o muro para pegar a bola
Garotos vão atrás da bola. Acham R$ 418 mil. Quantia localizada em uma casa de um bairro pobre de Natal pode ser remascente do roubo do Banco Central, em Fortaleza, em 2005. Polícia já sabe quem é o dono da casa onde estava escondido o dinheiro.
T
Policial na frente da casa onde, em um dos quartos, estava a sacola
rês garotos que moram em um bairro pobre de Natal, no Rio Grande do Norte, acharam, no último sábado, R$ 418 mil em montes de R$ 50. Uma das suspeitas é que o montante seja remanescente do roubo de R$ 164 milhões do Banco Central (BC) em Fortaleza, em 8 de agosto de 2005. A suspeita da polícia é levantada pela aparência das cédulas, que estariam mofadas e com aspecto envelhecido. A descoberta dos garotos teve início durante um jogo de futebol na rua Praia Grande, Conjunto Santa Catarina. Um chute mais forte jogou a bola no número 1978. Três jovens foram buscar a pelota e encontraram R$ 82 mil numa sacola em um dos quartos da residência. Apesar de a casa não ter nenhum morador, vizinhos contam que à noite era comum ver carros luxuosos com placas do Ceará por lá. Poucos querem falar com medo de que os "donos" da fortuna queiram se vingar. Contam apenas que o local era habitado por uma mulher idosa, que se mudou há meses. Nem um soldado PM, ir-
mão de um dos três menores nem os pais falaram sobre o assunto. Foi o soldado quem juntou as cédulas e avisou a Polícia. Depois que o dinheiro foi encontrado houve uma festa. Cada um recolhia o que podia. Resgate - A história correu a cidade. Os "donos" do dinheiro teriam tomado conhecimento e foram, na noite do sábado, tentar minimizar o prejuízo. Enquanto procuravam o restante dos pacotes, um telefonema anônimo avisou os policiais da dupla que estava na casa abandonada. Os dois haviam cavado um buraco no quarto, mas fugiram com a chegada dos policiais. Eles deixaram uma caixa de isopor com R$ 336 mil. Graciliano Lordão, delegado de Roubos e Furtos, acha que, até sexta-feira, será possível saber se o dinheiro tem relação com o roubo ao BC em Fortaleza. Para o delegado geral-adjunto, Ben-Hur Medeiros, essa é uma das hipóteses. "Já sabemos quem é o proprietário da casa e a quem a residência foi alugada," disse. Os três menores serão novamente ouvidos. (AE)
Filipe Araújo/AE
Equipamentos instalados sobre a avenida facilitará a passagem de pedestre e deverá evitar acidentes
Três elevadores na Eusébio
C
omeçou a funcionar ontem os três elevadores da passarela sobre a avenida Eusébio Matoso, em Pinheiros, na zona oeste, instalados há mais de um ano e meio no local. O secretário de subprefeituras, Andrea Matarazzo, esteve no local acompanhado da secretária Especial da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Mara Gabrilli, que testou a passarela e aprovou. Segundo a Prefeitura, o apa-
relho nunca foi ligado por causa do custo, que é de aproximadamente R$ 30 mil por mês. Os elevadores só passaram a funcionar graças a um termo de cooperação entre a subprefeitura de Pinheiros e o shopping Eldorado, que fica em uma das extremidades da passarela. No convênio está previsto que o shopping será responsável pela manutenção elétrica das escadas e dos elevadores, além da recuperação da pintu-
ra. À subprefeitura da região caberá o cuidado com a estrutura e a segurança da passarela. A instalação dos elevadores facilitará a passagem de pedestres ao shopping. A expectativa é que diminua o número de acidentes na região, que envolve pedestres que tentam atravessar a avenida. Os elevadores estão nos acessos à passarela, que interliga as calçadas e o canteiro central da avenida. Ivan Ventura
quarta-feira, 2 de agosto de 2006
Estilo Empresas Finanças Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5
RATING DO BRASIL TEM PERSPECTIVA POSITIVA
0,64
por cento foi a queda do Ibovespa, principal indicador do mercado acionário do País, ontem.
O RESULTADO CONSOLIDADO DO PRIMEIRO SEMESTRE É O MAIOR DA HISTÓRIA BANCÁRIA DO BRASIL ATÉ AGORA
ITAÚ TEM LUCRO RECORDE DE R$ 2,9 BI
O
lucro líquido de R$ 1,498 bilhão registrado pelo Banco Itaú no segundo trimestre de 2006 (12,4% a mais do que o conseguido em igual período de 2005) fez o segundo maior conglomerado financeiro do País em ativos encerrar o primeiro semestre do ano com R$ 2,958 bilhões, o maior resultado consolidado em um primeiro semestre na história de bancos brasileiros com capital aberto, segundo estudo divulgado ontem pela consultoria Economática. Até o ano passado, essa posição era do Bradesco (R$ 2,727 bilhões no primeiro semestre de 2005, com os valores ajustados pelo IPCA até 30 de junho último), o primeiro colocado no ranking de ativos. O lucro do primeiro semestre anunciado ontem pelo Itaú equivale a um avanço de 19,5% sobre os primeiros seis meses do ano passado (R$ 2,475 bilhões). O crédito voltou a dar o tom na boa performance do banco. Na avaliação do diretor-executivo de Controladoria do Itaú, Silvio de Carvalho, a queda da taxa básica de juros (Selic) no primeiro semestre deste ano em relação ao primeiro semestre de 2005 não evitou que as receitas com as operações de crédito, segmento que, segundo Carvalho, tem sido o principal foco do Itaú, voltassem a puxar o resultado da instituição. Ao contrário, diz ele, a procura por empréstimos tem sido consistente, o que fez com que a carteira de crédito total do banco evoluísse
Filipe Araújo/AE
37% entre janeiro e junho deste ano sobre 2005, fechando o semestre em R$ 74,7 bilhões . Apesar de a expansão ter sido verificada em todas as carteiras, os números mostram que, quando o assunto é crédito, o foco do banco no primeiro semestre de 2006 se manteve nas pessoas físicas, com destaque para o crédito voltado ao consumo, cuja carteira fechou o semestre com saldo de R$ 34 bilhões. Um crescimento ex-
12,4
por cento foi o crescimento do lucro líquido do banco no segundo trimestre deste ano em comparação com igual período de 2005 pressivo de 49% sobre o primeiro semestre de 2005. A Taií, financeira do banco criada em 2004, respondeu por 3,7% do total de crédito concedido à pessoa física. Mesmo com as parcerias feitas entre a financeira do Itaú e o varejo (Pão-deAçúcar e Lojas Americanas), a participação da Taií no resultado só não foi maior devido ao aumento da inadimplência da pessoa física no período, que ficou em 4,4% no primeiro trimestre
contra 4% no mesmo período de 2005. No semestre fechou em 5,1%. Ainda assim, o Itaú pretende ampliar para 900 os pontos de atendimento da Taií até dezembro. Hoje, são 710. Já a carteira de pessoas jurídicas se expandiu 2,8%, somando R$ 22 bilhões. Desse total, as pequenas e médias responderam por mais da metade (R$ 14 bilhões). “Grandes e médias empresas têm procurado se financiar por meio do mercado de capitais”, justifica Carvalho, dizendo que as grandes, sozinhas, reduziram a demanda por empréstimos em 3,7% no semestre. Ainda assim, diz Carvalho, “estamos prevendo um aumento de 15% no financiamento às empresas neste ano, com maior crescimento entre as pequenas e médias”. Para as pessoas físicas, a estimativa é de uma oferta de crédito 35% maior. O patrimônio líquido consolidado do Itaú Holding em 30 de junho atingiu R$ 17,55 bilhões, 12,8% maior que o verificado em 2005. Os R$ 2,958 bilhões de resultado no semestre garantiram ao banco rentabilidade anualizada de 35,7% sobre o patrimônio líquido médio. No primeiro semestre o banco também ampliou em 18% o valor de seus ativos, que somaram R$ 172,4 bilhões. As despesas administrativas do banco atingiram R$ 5,6 bilhões, um aumento de 7,7% no semestre comparado ao mesmo período de 2005. O aumento foi gerado pelo aumento de funcionários, diz Carvalho. Roseli Lopes
Moody's pode elevar nota do Brasil
A
agência de classificação de riscos Moody's Investors Service colocou os ratings (notas) do Brasil em revisão para possível elevação. Os ratings em reavaliação incluem a classificação Ba2 (para títulos do País em moeda estrangeira), Ba3 (para bônus do governo em moeda estrangeira e local) e B1 (para o rating de depósitos bancários em moeda estrangeira). A agência elevou o Brasil pela última vez em outubro passado, deixando as notas do País já com perspectiva positiva. Com a possível novo aumento, a Moody's pode juntarse às agências Standard & Poor's e Fitch Ratings, que atri-
buem ao Brasil a classificação "BB", ou dois degraus abaixo do grau de investimento. Segundo a Moody's, a revisão vai avaliar a capacidade do Brasil de manter as tendências que até agora levam à redução significativa dos indicadores de vulnerabilidade externa e têm dado suporte a taxas de endividamento do setor público relativamente estáveis. "A revisão vai focalizar a capacidade do Brasil para gerir condições econômicas que poderiam surgir no futuro como resultado de um ambiente econômico internacional menos benigno, inclusive a presença de taxas de juro internacionais mais altas", disse Mauro Leos,
vice-presidente da Moody's. Desafios — Sobre a perspectiva fiscal, Leos indicou que atenção especial será dada a desafios de médio prazo que o governo enfrentará como resultado de estrutura de gastos rígida, que tem levado a crescimento persistente dos gastos primários, situação que parece ser inconsistente com a intenção do governo de assegurar sustentabilidade fiscal. "Também vamos avaliar o papel crescente que os investidores não-residentes desempenham no mercado doméstico de capitais, de modo a determinar o impacto de uma potencial volatilidade nos fluxos de carteira." (Agências)
Juro dos EUA volta a afetar mercados
A
s ações preferenciais da Petrobras e preferenciais série A da Companhia Vale do Rio Doce tiveram discretas altas no fim do pregão – 0,24% e 0,23%, respectivamente – e ajudaram a reduzir as perdas da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) no primeiro pregão de agosto.
O mercado de ações teve mau desempenho durante todo o dia, influenciado pelas quedas das bolsas nos Estados Unidos e na Europa. Mais uma vez, o temor de elevação dos juros americanos afetou os negócios. O Federal Reserve (banco central dos EUA) se reúne na próxima semana.
O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, recuou 0,64%, para 36.839 pontos. Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones, da Bolsa de Valores de Nova York, perdeu 0,54% e o Nasdaq recuou 1,41%. No mercado de câmbio, o dólar fechou a R$ 2,192, com alta de 0,74%. (Reuters)
Para o ministro da Fazenda, se o dólar estivesse abaixo de R$ 2, "aí sim a situação seria problemática"
Mantega: empresários têm de se acostumar com real em alta
O
ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que os empresários brasileiros terão de se acostumar com um real mais valorizado. Segundo ele, a valorização da moeda brasileira é inevitável, dado o sucesso do País na área de comércio exterior e a solidez de seus fundamentos macroeconômicos, como controle da inflação, superávit primário (resultado de receitas menos despesas do governo, sem gastos financeiros) e crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). "Estamos fadados a ter uma moeda valorizada, mas o que estamos fazendo é um esforço para impedir que essa valorização continue aumentando", afirmou, no 3º Fórum de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que terminou ontem. "O Brasil tem o câmbio flutuante, que consideramos o melhor regime cambial, mas há alguma interferência do governo nesse câmbio", disse, referindo-se às compras de dólares pelo Banco Central (BC). "Se o governo não estivesse atuando, a cotação do dólar já estaria abaixo de R$ 2, e aí sim a situação seria problemática." Mantega lembrou que outros
países emergentes "bem-sucedidos", como Rússia, Coréia e Argentina, também tiveram iniciativas semelhantes para conter uma valorização excessiva de suas moedas. Comparação — Na avaliação do ministro, o real não está tão valorizado como reclamam os empresários. "Pegamos uma cesta de moedas de 15 países e fizemos uma comparação do câmbio real de hoje com o dos últimos 20 anos e constatamos que estamos no mesmo nível de 1999, quando houve a desvalorização do real", argumentou. Mantega admitiu, no entanto, que a situação atual não é a ideal. "Eu gostaria de ter um câmbio melhor, assim como queria um juro menor, mas as coisas não são como a gente gostaria que fossem." O ministro ressaltou que o governo não cogita adotar medidas adicionais para a área de câmbio e voltou a descartar o controle de capitais. Segundo ele, o pacote de medidas voltadas para o exportador, anunciado na semana passada, serve para atenuar a desvalorização do dólar. Mantega afirmou que só ouviu elogios dos exportadores ao pacote cambial.
De acordo com ele, a única reclamação foi a de que a permissão para manter 30% dos recursos no exterior poderia ter sido bem mais generosa. O ministro ponderou que dificilmente o Brasil voltará a ter o dólar cotado a R$ 2,90 ou R$ 3, como tinha no passado, quando era um país muito mais frágil, com uma dívida muito maior e um saldo comercial menor, segundo ele. "Os empresários têm que se acostumar com níveis menores. Quanto mais o Brasil melhora, mais a tendência é de valorização do real, pois o País passa a atrair mais investidores internacionais", afirmou. Na avaliação do ministro, a elevação do Brasil a grau de investimento pelas agências de classificação de risco internacionais deve ocorrer já no ano que vem, e não em 2008 como era previsto pelo governo. A respeito de dados da Sondagem Industrial divulgada segunda-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostrando que 34% das empresas pesquisadas pretendem aumentar preços, o ministro disse não ver ameaças à inflação, "mas o governo continuará vigilante para coibir abusos". (AE)
Arcelor terá oferta pública
A
Comissão de Valores Mobiliários determinou ontem a realização de oferta pública de aquisição de ações da Arcelor Brasil. A autarquia entende que a Mittal Steel "tem o dever legal" de realizar a oferta para os investidores minoritários da Arcelor Brasil, mas não para os da Acesita. (Reuters) ERRATA ERRATA PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS – SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - Em complemento à publicação da Tomada de Preço 003/2006 publicada no jornal Diário do Comércio em 01/08/06, subscrevo: São Carlos, 31 de julho de 2006, Paulo José de Almeida - Presidente da Comissão Permanente de Licitação.
EDITAIS PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS - TOMADA DE PREÇOS Nº 011/2006 - PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 13512/2006. Faço público de ordem do Senhor Prefeito Municipal de São Carlos, que se acha aberta licitação na modalidade de Tomada de Preços, do tipo menor preço global, tendo como objeto a contratação de empresa especializada de engenharia para execução das obras de Galeria de Águas Pluviais, Guia/Sarjeta e Pavimentação Asfáltica, conforme Projeto Básico, Projeto Executivo, Memoriais Descritivos e Planilha de Orçamento Básico, que fazem parte do Anexo I do presente edital e serão fornecidos em disquete. O Edital na íntegra poderá ser retirado na Sala de Licitações da PMSC, sita à R. Major José Inácio, 1973, Centro, São Carlos, fone 3307-4272, a partir do dia 01/08/06 até o dia 21/08/06, no horário das 9h às 12h e 14h às 16h, mediante o recolhimento de emolumentos no valor de R$ 30,00 (trinta reais). Os envelopes contendo a documentação e as propostas serão recebidos na Sala de Licitações até às 10:00 horas do dia 21/08/06, quando após o recebimento, iniciar-se-á sessão de abertura. São Carlos, 01 de agosto de 2006. Paulo José de Almeida - Presidente de Comissão Permanente de Licitações.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 2 de agosto de 2006
3 Os deficientes alertam a ciência e mobilizam as famílias e a sociedade na busca de tratamento
"A
Para trabalhar aqui, vocação é (quase) tudo.
T
rabalhar em uma instituição que atende crianças e adolescentes com todos os tipos de deficiências exige vocação e especialização técnica. A atual equipe de profissionais do Nosso Lar ressalta a importância de aliar o tratamento à integração com as famílias e a comunidade. Por isso, os profissionais da área de atendimento fazem questão de lembrar que a vocação para contribuir para a evolução humana é fundamental para o sucesso do trabalho na entidade. Marisa Puhlmann d'Ávila é coordenadora. Graduada em Pedagogia, com especialização em deficiência mental, ela diz que definiu cedo sua formação profissional: freqüentou o Nosso Lar desde a infância. "Quando a casa começou a atender crianças com deficiência ainda estava no antigo Segundo Grau. Participei dos cursos da instituição e comecei a me envolver com as crianças. Vi o exemplo de minha família e encontrei minha vocação aqui". Formada em Letras e em Psicologia, Maria Amélia do Vale Sampaio é mais uma profissional do Nosso Lar, que encontrou sua verdadeira vocação na instituição. Depois de educar os filhos, procurou uma atividade voluntária e, em 1989, começou a atuar na casa. "Já dera aulas de Português, mas a minha verdadeira vocação era esta. Estou agora na coordenação do setor terapêutico, mas não perco o contato com as mães e as crianças", conta. (PC)
Para contribuir, entre em contato: Nosso Lar - Praça Florence Nightingale, 57 – Jardim da Glória. Telefones: (11) 6163-8681/2272-5266. Entre os dias 7 e 20 de agosto, a entidade realizará as comemorações de seus 60 anos, com festas, bazares e seminários. Os ingressos deverão ser adquiridos com antecedência na Secretaria.
Seminário sobre violência
N
o próximo sábado, a Faculdade Santa Marcelina e o Sindicato dos Enfermeiros realizam o I Seminário de Combate à Violência Doméstica, para discutir o que leva alguém a agredir física ou psicologicamente mulheres, crianças, adolescentes e homens. Serão apresentados dados e a legislação, além de instruções para lidar com esses casos. A
colher para libertar". Esta é a missão da Instituição Beneficente Nosso Lar, que completa 60 anos neste mês. As comemorações acontecerão nesta semana em meio a uma fase de reforço de suas principais filosofias de trabalho: oferecer amor a pessoas com todos os tipos de deficiência e auxiliá-las em seu desenvolvimento físico, psicológico, social e espiritual. Para atingir estas metas, a instituição transformou e aperfeiçoou seus métodos de trabalho ao longo dos anos. Novas técnicas de tratamento foram pesquisadas e adotadas, mas todas as modificações foram introduzidas sempre com a preocupação de colocar o atendimento integral ao ser humano em primeiro lugar. (veja abaixo a história da instituição). Este objetivo foi atingido com a formação de equipes multidisciplinares que trabalham integradas e têm como preocupação principal o atendimento de todos os pacientes e de suas famílias. Estas participam de oficinas profissionalizantes e também recebem orientação psicológica. Por trás desta filosofia estão pessoas engajadas tanto no corpo técnico (médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, assistentes sociais, psicólogos e enfermeiras) quanto no grupo de voluntários que atua diretamente junto aos pacientes e famílias. Iraildes dos Santos é um exemplo de que este método de atendimento é eficaz. Mãe de um menino de quatro anos com paralisia cerebral, ela enfrenta o desafio de, duas vezes por semana, tomar três ônibus para sair de sua casa, em Santo Amaro, e ir à sede do Nosso Lar, no Jardim da Glória, próximo ao Centro de São Paulo. Depois dessa verdadeira maratona, a jovem mãe e seus dois filhos chegam à entidade, onde ela passa por uma sessão de massagem enquanto aguarda a consulta periódica do filho mais novo. Esta atividade é
Fotos Luludi/LUZ
Aqui é o Nosso Lar Instituição oferece atendimento médico, psicológico e social para deficientes e suas famílias com ênfase no crescimento humano
oferecida a todas as mães. Para Iraildes, ajuda a relaxar e enfrentar o dia de consultas com vários especialistas. Durante a sessão de tratamento, o irmão mais velho também está presente quando a fisioterapeuta aplica técnicas de alongamento no caçula com o auxílio de uma bola. A preocu-
pação é integrar toda a família. Para Iraildes, todo este esforço está valendo a pena, porque o filho já consegue esticar as mãos com mais facilidade e ela está sendo instruída para continuar os exercícios em casa. Ela conta que toda a família foi auxiliada. "Meu marido é funcionário público estadual e
não estou trabalhando no momento para cuidar dos meus dois filhos. As atividades para as mães são boas e ajudam bastante. Eu me sinto bem aqui porque sou acolhida, não importa de onde eu venho". Voluntários – Para oferecer esta estrutura aos pacientes e suas famílias, o Nosso Lar conta, além da equipe técnica, com 250 voluntários em todos os departamentos da instituição. Eles são considerados peças fundamentais no desenvolvimento de todas as atividades. Coordenadora dos voluntários, Marlise Marlem Monteiro Dias de Abreu conta que todos eles passam por um curso preparatório composto de aulas teóricas e práticas sobre os tratamentos oferecidos aos pacientes e as atividades desenvolvidas para as suas famílias. Para ela, este curso é importante porque dá aos voluntários os limites para sua atuação na instituição. Para participar, eles passam antes por entrevista para avaliar o seu perfil e, se afinal aceitos, têm de comparecer a reuniões periódicas de atualização. "A cada dia me fortaleço" – Mariza Biguzzi Stolagli define como "fortalecedor" o retorno que recebe como voluntária no Nosso Lar. Para ela, "esta não é apenas uma atividade, mas uma necessidade de estar próxima de quem precisa de carinho e atenção". Mariza explica que a experiência de conviver com as crianças da instituição é intensa e o mesmo acontece no contato com as mães, que "são pessoas especiais que têm uma tarefa árdua que é acompanhar seus filhos em tratamentos longos. Penso que escolhi a instituição certa porque trabalhei até os 60 anos e decidi utilizar o meu tempo para ajudar o próximo e consegui isso aqui".
Atividades pedagógicas e recreativas comandadas por professores e fisioterapeutas ajudam pacientes e seus parentes em sua integração à sociedade
Paula Cunha
1967: um bebê muda toda a missão. C
om 60 anos de vida, o Nosso Lar passou por transformações significativas à medida que passou do atendimento a crianças órfãs e abandonadas e alcançou a sua atual vocação que é a de cuidar de pessoas com necessidades especiais. A presidente da instituição, Nancy Puhlmann Di Girolamo, conta que a instituição atende, desde o início, a população carente da capital paulista. "O perfil desta população foi se alterando de acordo com as transformações pelas quais a sociedade passou", diz. No início, crianças órfãs e abandonadas eram a maioria absoluta, pois havia muitos casos de mães solteiras que abandonavam seus filhos. Com a diminuição do abandono, o Nosso Lar passou a oferecer assistência a famílias pobres. Nancy ressalta que o crescimento dos postos de trabalho
Luludi/LUZ
Maria Amélia e Marisa: equipes integradas para o crescimento
para as mulheres, a partir da década de 50, também contribuiu para que a instituição reforçasse o atendimento a este público. "Passamos a alfabetizar as mães e prepará-las para o trabalho". Virada –Esta política de atuação foi mantida até 1967, quando a chegada de um novo bebê à instituição transformou a sua
missão. A presidente conta que, nesse ano, um recém-nascido, com lesões cerebrais, foi deixado na entrada da sede, com um bilhete que dizia "mãe desesperada conta com vocês". A partir daí, a própria presidente fez um curso de especialização nos EUA, adotando um método chamado Reorga-
nização Neurológica e trouxe para o Nosso Lar uma equipe multidisciplinar que passou a se dedicar ao atendimento integral de crianças e jovens com diversos tipos de deficiência. O método leva em conta que todos têm um potencial a ser desenvolvido por mais problemas físicos e mentais que uma pessoa possa ter. "Passamos a ter como metas a luta contra a rejeição com um trabalho de conscientização das famílias e formar um centro de realibitação diferenciado que começasse a tratar os pacientes desde o início de suas vidas". Evolução – Depois da adoção destas metas, o Nosso Lar está cuidando de uma geração que já está apta à capacitação profissional. A entidade criou cursos profissionalizantes para os pacientes e o atendimento médico passou a atuar com convênios de hospitais públicos. Hoje, 80% dos atendimen-
NOTAS SOCIAIS Faculdade fica na rua Cachoeira de Utupanema, 40, Itaquera. Para participar, leve 2 kg de alimentos não-perecíveis. Inscrições: tel. 6858-9500 ou www.sindenfermeiros.org.br.
Chá com bingo beneficente
A
Associação Minha Rua Minha Casa, que oferece atividades de lazer, atendimento psicológico e capacitação profissional a adultos mo-
radores de rua, realiza um chá beneficente no Restaurante Terraço Itália na próxima segunda, dia 7. Os convidados poderão participar de um bingo, concorrendo a jóias, roupas, eletrodomésticos, vinhos e outras surpresas. O valor da contribuição, a ser revertida para a Associação, é de R$ 50. O evento é oferecido pelo Grupo Comolatti. Adesões pelo tel. 3242-5774 ou e-mail amrmc@
uol.com.br, aos cuidados de Adriana. Conheça mais sobre a a s s o c i a ç ã o n o s i t e w w w. minharuaminhacasa.com.br.
Atividades para idosos
A
partir de agosto, a Estação Ciência organiza atividades gratuitas para a terceira idade. Entre os dias 15 e 17, os participantes poderão produzir textos e notícias a partir da oficina Mídia e Terceira Idade,
tos são totalmente gratuitos. A direção da casa firmou parcerias com o Rotary, Rede Brasileira de Entidades Assistenciais Filantrópicas (Rebraf), Associação para Valorização e Promoção de Excepcionais (Avape) e da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), que fornecem orientação técnica. Além disso, promove festas, bazares e jantares para arrecadar fundos. Neste mês, em que comemora 60 anos, haverá, entre os dias 7 e 20, seminários, debates e apresentações artísticas. "Os deficientes alertam a ciência e mobilizam as famílias e a sociedade para buscar tratamentos. Houve um grande progresso na inclusão em grande parte pelo trabalho dos meios de comunicação e a criação de uma legislação é resultado desta conscientização. Até as novelas estão ajudando neste processo", conclui. (PC) Ó RBITA
que debate o papel dos meios de comunicação na sociedade. De 28 de agosto a 6 de setembro, os idosos terão aulas de teatro, para desenvolver elementos como o corpo e a voz. Quem ainda não tem familiaridade com a ferramenta pode participar da oficina Clicar na Terceira Idade, entre 26 e 29 de setembro. As atividades são parte do programa Universidade Aberta à Terceira Idade, da USP. As vagas são limitadas. Tel.: 3673-7022 / E-mail: eventos@eciencia.usp.br.
Unicsul premia ONGs
A
Universidade Cruzeiro do Sul abriu inscrições para o IV Prêmio Unicsul de Intervenção Social, que incentiva ONGs a desenvolverem projetos de desenvolvimento sustentável e responsabilidade social. Prazo até 28 de agosto. Prêmio no valor de R$ 30 mil para implementar o projeto na cidade de São Paulo. Veja como em www.unicsul.br.
6
Nacional Finanças Empresas Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 2 de agosto de 2006
Se o depósito de US$ 75 milhões for bloqueado, a Varig morre. Waleska Teixeira, da VarigLog
VALOR DAS RESCISÕES É DE R$ 253 MILHÕES
FUNCIONÁRIOS DA VARIG DEVEM TOMAR NOVAS MEDIDAS PARA ASSEGURAR PAGAMENTO DE RESCISÕES
TRABALHADORES AMEAÇAM VARIGLOG
D
epois de obterem uma decisão judicial que determinou o bloqueio de US$ 75 milhões da Varig, os trabalhadores da companhia ameaçam agora entrar com novas medidas judiciais para garantir o pagamento de rescisões trabalhistas e salários atrasados. Para a nova controladora da empresa, a Varig Log, essas ações podem paralisar a operação da Varig, que já está sendo reestruturada desde sexta-feira, com o anúncio da demissão de 5,5 mil pessoas. "Vamos lutar até o fim. Se os depósitos forem bloqueados, a Varig morre", afirmou a advogada da VarigLog, Waleska Teixeira. Ela participou ontem de uma tensa reunião, de quatro horas, na qual o Ministério Público do Trabalho (MPT) do Rio tentou chegar a um acordo extrajudicial para agilizar o pagamento de R$ 253 milhões de rescisões trabalhistas, além dos R$ 106 milhões de salários que estão atrasados. A disputa entre trabalhadores e a nova dona da Varig se estendeu a São Paulo. O Tribunal Regional do Trabalho julgou dois pedidos de liminares. Um deles, do Sindicato dos Aeroviários de São Paulo, pedia bloqueio dos US$ 75 milhões, a exemplo do que já havia sido decidido pela Justiça do Rio de Janeiro. O outro pedido era do Ministério Público exigindo que, caso os funcionários da Varig façam greve, mante-
Tasso Marcelo/AE
nham, no mínimo, 50% de seu pessoal trabalhando, por se tratar de serviço essencial. "Não aceitei nenhum dos dois pedidos, pois não posso obrigar o empregado a bater ponto se ele não tem dinheiro nem para a condução do ônibus, com salários atrasados. Quanto ao bloqueio do dinheiro, não está definido onde será o julgamento", disse o juiz Pedro Paulo Teixeira Manus. Greve – Na prática, o resultado da audiência em São Paulo significa que os funcionários da empresa podem entrar em greve a partir de amanhã. Segundo Osvaldo Sirota Rotbande, advogado do sindicato paulista, hoje será realizada assembléia no aeroporto de Guarulhos. O sindicato defende que seja feita greve. Na liminar concedida ao Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transporte Aéreo do Rio (Simarj) na última segunda-feira, que determinou o bloqueio, há uma orientação para que o juiz Luiz Roberto Ayoub, responsável pela recuperação judicial da Varig, tome as medidas para o bloqueio. O juiz Ayoub aguarda pareceres do Ministério Público do Rio e da administradora judicial da Varig, a consultoria Deloitte, para decidir. Transferência – Na tentativa de diminuir o caos nos aeroportos do País, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) quer que a Infraero transfira temporariamente parte dos balcões de atendimento da Va-
rig para as outras companhias aéreas. "As filas são imensas nos balcões (de várias companhias aéreas), enquanto as instalações da Varig estão quase vazias", disse o diretor da Anac Leur Lomanto. A estatal que administra os 66 aeroportos do País argumentou que não pode tirar os espaços nos aeroportos unilateralmente de qualquer empresa aérea porque há contratos comerciais em vigor que não podem ser rompidos. Quanto aos problemas que usuários da Varig no exterior estão enfrentando para voltar ao Brasil, agravados pela recusa da TAM em aceitar endosso de bilhetes da concorrente, a Anac informou que está intermediando uma negociação entre as companhias. As informações foram dadas em uma festa organizada ontem para lançar a logomarca da agência reguladora, em meio à confusão provocada pela crise da Varig. "A Anac não tem respaldo legal para obrigar ninguém a aceitar endosso, mas temos tentado a interlocução entre as empresas porque o nosso foco é o usuário", disse Lomanto, ao comentar a decisão da TAM. Ele acrescentou que a Anac pediu aos juízes da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, responsável pela recuperação judicial da Varig, que ajudem a convencer os controladores da nova Varig a fecharem acordo com a TAM sobre a dívida de cerca de US$ 1,5 milhão. (AE)
Rodrigo Carelli (centro) do MPT do Rio ameaça entrar com ação civil pública contra a VarigLog
Submarino dá salto em número de clientes, receita e lucro
O
Submarino anunciou ontem os resultados do segundo trimestre de 2006. A receita bruta da empresa foi de R$ 189,1 milhões, com crescimento de 48% na comparação com o mesmo período de 2005. O desempenho é atribuído ao salto de 47% na base de clientes ativos. "No segundo trimestre, continuamos a investir na busca de novos clientes e a melhorar nossa oferta de produtos", comentou o diretor financeiro e de relações com o Investidores, Martin Escobari, em nota do Submarino divulgada ontem para a imprensa. Lucro – O ebitda (lucro operacional, excluídas despesas extraordinárias), de R$ 13,9 milhões, cresceu 40% sobre a mesma base de comparação. O lucro líquido do segundo trimestre, recorde para a empresa, foi de R$ 36,6 milhões, contra R$ 600 mil do mesmo período de 2005. É um desempenho superior ao lucro projetado de R$ 2 milhões, de acordo com o analista da Fator Corretora, Marcio Kawassaki. No primeiro semestre, o lucro líquido do Submarino foi de R$ 41,7 milhões, ante prejuízo de R$ 2,5 milhões em igual período do ano passado. Na mesma base de comparação, a receita bruta da empresa chega a R$ 343,8 milhões, com crescimento de 52%. No semestre, o EBITDA cresceu 39%, e alcançou os R$ 25 milhões. Produtos – A empresa apro-
Reprodução
Empresa vai lançar ainda este ano um cartão de crédito próprio
veitou o anúncio dos números do trimestre para apresentar suas três novas categorias de produtos: Casa & Segurança, Papelaria e Vinhos & Cia. "Assinamos uma pareceria com o Portal Terra para oferecer promoções especiais à sua base de assinantes, por meio da loja da Terra Ofertas, que passou a ser operada pelo Submarino", afirmou o diretor do site. Martin Escobari ainda mencionou o "progresso" de outros produtos oferecidos pela marca, como o Ingresso.com e o Submarino Viagens, que alcançou crescimento bruto de reservas de R$ 8,8 milhões no segundo trimestre deste ano. Ao longo do período, a empresa também lançou o empréstimo pessoal online e anunciou, para o terceiro trimestre, o cartão de crédito Submarino. Análise – "Destacamos posi-
tivamente no trimestre o aumento de vendas líquidas de 50%, totalizando R$ 139 milhões, ligeiramente abaixo das nossas estimativas", apontou Marcio Kawassaki, da Fator Corretora. O analista lembrou, no entanto, que a empresa ingressou em mais três segmentos de vendas (Casa & Segurança, Papelaria e Vinhos), "ainda pouco explorados no comércio online". Segundo Kawassaki, o destaque negativo foi a queda da margem bruta em um ponto percentual, em relação ao segundo trimestre de 2005. A causa foi a mudança de mix de vendas, com maior participação de eletrônicos, principalmente TVs, por causa da Copa do Mundo. "Promoções e fretes grátis contribuiram para a queda da margem", concluiu. Fátima Lourenço
PDVSA quer construir estaleiros
A
estatal venezuelana PDVSA informou ontem que assinou uma carta de intenções com a Andrade Gutierrez para construir estaleiros, como parte dos esforços da empresa para expandir suas operações globais. A Venezuela, quinta exportadora mundial de petróleo, quer construir 42 navios-tanque para diversificar os mercados de exportação, no momento em que trabalha para ampliar a produção de petróleo. A
Andrade Gutierrez dará assistência técnica para construir plataformas marítimas. O presidente da divisão de Exportações da PDVSA, Asdrúbal Chávez, afirmou que a decisão vai ajudar a empresa a buscar novos mercados na indústria marítima. Em seis anos, a PDVSA espera exportar 45% da sua carga em navios próprios, bem acima do percentual atual de 15%. A estatal também planeja elevar a produção de petróleo do nível atual de 3,3 milhões de
barris por dia para cerca de 5,8 milhões de barris por dia em 2012. Observadores do mercado dizem que a empresa está produzindo 2,6 milhões de barris por dia, depois de ter perdido metade da sua força de trabalho em 2003, após pedidos de demissão em massa. A PDVSA assinou, em maio, um acordo com as construtoras China State Shipbuilding e China Shipbuilding Industry para a construção de 18 naviostanque que custariam cerca de US$ 1,3 bilhão. (Reuters)
Kodak: corte de 25 mil empregos
para foto digital. A Kodak, que desde 2004 corta empregos e reduz o tamanho da produção, enquanto se move na direção de produtos digitais e se afasta dos filmes tradicionais, afirmou que espera agora cortar entre 25 mil e 27 mil empregos. "Há um pouco mais (de cortes)", disse o presidente executivo da Kodak
Antonio Perez, em conferência telefônica com analistas. "Anunciamos 25 mil há dois anos. Estamos chegando perto de um fim e temos uma melhor definição sobre o que ele é." A empresa também disse que tem visto muito interesse por sua unidade imagens no segmento de saúde, cujo futuro está sendo avaliado. (Reuters)
A
Eastman Kodak informou ontem que pode cortar mais empregos do que o inicialmente anunciado, à medida que se aproxima o fim de sua longa reestruturação. A empresa está se voltando cada vez mais para oferecer soluções
DIÁRIO DO COMÉRCIO
2 -.LOGO www.dcomercio.com.br/logo/
AGOSTO
Para a maioria das letras do alfabeto existe um hieróglifo correspondente. Ao lado, escrevemos a palavra 'Logo'. Algumas vogais, entretanto, ou combinações de letras como LH não encontram correspondência na escrita dos antigos egípcios. Mas alguns sites na internet fazem a transcrição de palavras para hieróglifos aproximando os sons das letras sem correspondente. Crie seus hieróglifos no site:
quarta-feira, 2 de agosto de 2006
2 Morte do pintor Lasar Segall (1891-1957)
http://www.eyelid.co.uk/e-name.htm
H OLLYWOOD M ÚSICA
O perdão de Gibson
Kieran Doherty/Reuters
Madonna, 47, corpinho de 20 A cantora norte-americana Madonna, 47, foi escolhida pelos britânicos como a "quarentona" com o corpo mais bonito do mundo, segundo uma pesquisa da revista Top Sante. Foram consultadas duas mil mulheres com mais de 40 anos que também responderam a questões sobre seus próprios hábitos de saúde e alimentação para manter a forma. Cerca de 60% disse que prefere não tomar café-da-manhã todos os dias para perder peso, enquanto 90% não sente que seu corpo não está em forma para vestir um biquíni.
C OPA 2010
L
A Cidade do Cabo é a primeira da África do Sul a construir seu estádio para o Mundial de 2010 (acima). As obras do Cape Town Stadium, que terá capacidade para 68.000 pessoas, começaram no fim de julho. Arquitetos alemães foram chamados para criar todos os estádios que a África do Sul terá de construir nos próximos quatro anos.
Ator e diretor pede novamente desculpas por comentários anti-semitas
O
ator Mel Gibson assegurou ontem que não é intolerante nem anti-semita e frisou que pediu desculpas a toda a comunidade judaica pelas palavras que pronunciou após ser preso em Malibu na última sexta-feira. "Qualquer espécie de ódio vai contra meus princípios", afirmou o ator e diretor em um comunicado. O ator e diretor de 50 anos foi preso por dirigir embriagado, em alta velocidade e por ter supostamente feito afirmações anti-semitas e sexistas no momento da prisão. Ele teria dito: "Os judeus são responsáveis por todas as guerras que já aconteceram no mundo" e então teria perguntado para o policial que o deteve: "você é judeu?" É a segunda vez que Gibson se desculpa desde que foi preso. No comunicado de ontem, ele comentou sobre seu tratamento contra o alcoolismo que iniciou agora e pediu à comunidade judaica, para ajudá-lo.
Fred Prouser/Reuters
"Não há desculpas, nem deveria haver tolerância para alguém que pense ou expresse qualquer tipo de anti-semitismo", disse Gibson "Mas, por favor, saibam que do fundo do meu coração eu não sou um anti-semita. Não sou invejoso. Qualquer tipo de ódio vai contra a minha fé", afirmou. Em meio à polêmica, a rede americana de televisão ABC noticiou que cancelou os pla-
nos de fazer uma minissérie sobre o Holocausto, projeto que seria desenvolvido com a produtora de Mel Gibson, a Icon Productions. "Já se passaram dois anos e ainda não vimos o primeiro rascunho ou o roteiro, por isso decidimos não levar adiante o projeto com a Icon", justificou a ABC, por meio de uma breve declaração, o cancelamento da minissérie. (AE)
Timothy A. Clary/AFP
Um apelo pela vida de Harry Potter
G @DGET DU JOUR
CINEMA F AVORITOS
firebox&action=product&pid=1412
O site ViverCidades é uma espécie de guia para viver bem nas grandes metrópoles brasileiras. O que está sendo discutido em relação à arquitetura dos grandes centros urbanos? Quais as novidades nas áreas de políticas públicas, urbanismo, cultura e meio ambiente? Quais teses estão sendo desenvolvidas na academia que podem ajudar a melhorar a qualidade de vida dos cidadãos? Estas são algumas das questões que os canais do site ajudam a responder, além de trazer notícias e detalhes sobre projetos urbanos.
&showAllImages=0
www.vivercidades.org.br
http://firebox.co.uk/index.html?dir=
Equipe sem medalhões O
técnico Dunga anunciou ontem pela manhã sua primeira convocação para a seleção brasileira, que enfrentará no dia 16 de agosto a Noruega, em Oslo, num jogo amistoso. A lista, conforme o próprio treinador havia anunciado, tem várias novidades e não inclui nem os medalhões que disputaram a última Copa do Mundo, nem os jogadores do São Paulo e do Internacional, que disputam fase decisiva da Copa Libertadores. Entre as novidades dos times do exterior estão nomes como Elano, Dudu Cearense, Vágner Love e Daniel Carvalho, além do goleiro Gomes, que volta a ser convocado. Já das equipes brasileiras, as novidades são as presenças do goleiro Fábio, do lateral Marcelo, do volante Jônatas, o meia Morais e o atacante Wagner, vice artilheiro do atual
O diretor norte-americano Spike Lee apresentará seu novo filme When the Levees Broke, uma recordação do dia 29 de agosto de 2005, data da devastadora passagem do furacão Katrina em Nova Orleans, nos EUA. A produção, inspirada num trabalho fotográfico feito por Lee e seu irmão sobre a tragédia, será transmitida em 21 e 22 de agosto pela emissora de televisão HBO e depois será apresentada na 63º Festival internacional de Cinema de Veneza, de 30 de agosto a 9 de setembro. O roteiro critica a atuação da proteção civil dos EUA e o governo de George W. Bush pela negligência no tratamento da tragédia.
O jornal norte-americano Los Angeles Times publicou ontem uma breve nota anunciando que a Força Aérea e a Marinha do Brasil vão transportar de volta para a Antártica mais de cem pingüins que foram encontrados nas praias do Rio de Janeiro e não têm condições de voar. As aves, que chegaram ao Rio em placas de gelo que se soltaram do mar Antártico, serão transportadas num avião até o sul do Rio Grande do Sul e, de lá, colocadas num navio para o trecho final da viagem de volta para casa. T URISMO
Menos quedas, menos visitantes
Campeonato Brasileiro com oito gols. Ao todo, são 22 jogadores chamados. O possível time titular deve ser, considerando como critério a experiência em convocações para a seleção: Gomes; Cicinho, Juan, Lúcio e Gilberto Silva; Edmilson, Gilberto Silva, Elano e Júlio Baptista; Robinho e Fred. (AE)
O Parque Nacional que abriga as Cataratas do Iguaçu, registrou nos sete primeiros meses do ano 5% menos turistas que no mesmo período do ano passado. De janeiro a julho, 570.079 pessoas foram ao parque. No ano passado, esse número foi de 604.998. Julho teve a queda mais acentuada 22,9%. A diminuição do número de visitantes é atribuída à valorização do real, à Copa do Mundo e à estiagem, que provocou em julho a diminuição da vazão das cataratas. L OTERIAS Concurso 475 da DUPLA-SENA Primeiro Sorteio 14
22
30
43
49
50
15
31
37
Segundo Sorteio
A TÉ LOGO
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo: 01
Vilarejo do sudeste da China ordena matança de cães para impedir um surto de raiva Indonésia anuncia a instalação de 500 sirenes para alertar populações sobre tsunamis
L
Uma sorveteira movida pela força humana, a Ice Cream Ball é uma grande idéia para conservar energia (elétrica). Basta colocar os ingredientes em uma abertura e uma mistura de gelo e sal grosso na outra. Depois é só chacoalhar a bola até obter um sorvete cremoso. Custa 25 libras no site da Firebox.
F UTEBOL
L
Em paz na metrópole
REFRESCO - Sob um calor de 38 graus centígrados, uma menina do Harlem, em Nova York, brinca com a água de um hidrante. As altas temperaturas provocaram o colapso do sistema de distribuição de energia da cidade, por causa do aumento do consumo.
L
Sorvete fora da geladeira
Spike Lee revisita tragédia do Katrina
Pingüins, a marcha de volta
C A R T A Z
Ciclo Ruy Guerra com exibição de clássicos dirigidos pelo cineasta de Moçambique. Entre eles, Os Fuzis (na foto, pôster do filme), às 17h e A Queda, às 19h. Centro Cultural Banco do Brasil. Rua Álvares Penteado, 112. Telefone: 3213-3651.
Começa hoje na Suíça o 59º Festival Internacional de Cinema de Locarno, considerado como um dos poucos a abrir realmente as portas ao cinema independente do mundo todo e revelar novos talentos. A exibição do filme Miami Vice, de Michael Mann, abre o festival. Para ficar por dentro de todas as novidades do festival, que termina dia 12, acompanhe a cobertura exclusiva do Diário do Comércio na internet.
B RAZIL COM Z
L
E M
para Rowling, que trabalha no sétimo e último livro da série Harry Potter e já anunciou que dois personagens vão morrer. King, que saltou para a fama em 1974 com Carrie, a Estranha, disse confiar que Rowling será "justa" com seu herói. "Não quero que ele caia nas cataratas Reichenbach", disse King, em referência à tentativa de Arthur Conan Doyle de matar o detetive Sherlock Holmes. A pressão dos fãs acabou levando o autor a ressuscitar Holmes, revelando que ele tinha sobrevivido à queda.
Das telas para a internet
www.dcomercio.com.br
L ITERATURA
Dois dos mais importantes escritores americanos da atualidade, John Irving e Stephen King, imploraram a J.K. Rowling, ontem, que ela não mate o bruxinho Harry Potter no último livro da série, mas Rowling nada prometeu. "Faço figas para Harry", disse Irving numa leitura pública beneficente feita pelos três escritores no Radio City Music Hall, em Nova York. O autor de O Mundo Segundo Garp e outros best-sellers disse que ele e King se sentem como "bandas que abrem o show"
C INEMA
Robinho briga com dinamarquês Thomas Gravesen e é expulso dos treinos do Real Madrid
05
07
Concurso 1633 da QUINA 18
20
46
57
77
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 2 de agosto de 2006
DOISPONTOS -77
N
Saudades de Josué Montello
S
audade de Josué Montello, sensível ensaio de Arnaldo Niskier publicado no DC, veio como porta-voz para extravasar a falta do recém-falecido, fecundo escritor na Academia e, também, para os leitores, é claro. Realmente, que legado maravilhoso ele nos deixou. Ainda bem! Nenhum dos seus livros consegue desagradar quem os lê. Deles, pode-se apenas gostar mais, ou gostar um pouquinho, apenas um pouquinho menos, mas, sempre, gostar, gostar mesmo. Impressiona em seus textos a beleza da linguagem com que se comunica com o leitor. Precisas, as palavras e as expressões sempre revelam seu amor pelo
que fazia e procurava transmitir, em especial, sabemos, seu amor pelo seu Maranhão, em especial a cidade de São Luiz e a decadente, que pena, cidade de Alcântara. Alcântara! Meu primeiro contato com a cidade e seus personagens do século XIX, encerrando-se solenemente na passagem para o século XX, foi com o romance Noite Sobre Alcântara. Raramente tem-se oportunidade de uma leitura tão gratificante e prazerosa. Tudo da história é transmitido na dosagem certa, com as palavras certas, com as emoções adequadas. Sem choques de situações, ou de linguajar: apenas a realidade muito bem exposta.
Como nos demais livros, quase todos, que tive oportunidade de ler depois, há sempre um momento, uma passagem da vida da personagem que nos toca fundo e, sempre, emociona, inclusive, depois, quando dela nos lembramos. Em sua última aparição no final do romance, deixando-se ficar na cidade que morria, Maria Olivia recusa e agradece a proposta de casamento daquele que fora, e ainda era, a grande paixão de sua vida pela qual, porém, não batalhou como devia, dizendo: "Deus quando inventou a minha vida, não lhe deu esse desfecho. A mim me basta o convite que acabas de fazer". Esse foi e era o escritor
Reprodução
Josué Montello: emoção e beleza.
Josué Montello. Sua mensagem fica retida, colada ao todo da obra e é inesquecível. Quem, lendo esse, ou Os Tambores de São Luís, ou então Cais da Sagração, não se apaixonou perdidamente pelos seus personagens? E Os Degraus do Paraíso, então, no qual seus personagens são obrigados a tragicamente ir em busca da paz interior. Quanto prazer nos dá a leitura dos últimos dias do Império Brasileiro, no seu gracioso O Baile da Despedida. Sua presença na literatura brasileira, além de marcante, sem dúvida completou nossas carências de emoção e beleza. PV PEDROVER@MATRIX.COM.BR
Site na internet www.blog. dcomercio.com.br
Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br
ROBERTO FENDT O TIGRE E OS CÁGADOS
D
urante recente viagem à Argentina, em meio a invectivas contra o "imperialismo selvagem" dos Estados Unidos, o presidente bolívarovenezuelano, Coronel Hugo Chávez, mandou suspender por três dias as operações dos oitenta franqueados da rede McDonald's do país. O motivo seria supostas violações da legislação fiscal do país. Coincidentemente, no mesmo dia toda a diretoria da matriz do McDonald's estava em
o nosso caso, o mercado chinês tornou-se o mais dinâmico e as exportações brasileiras do agronegócio as de maior taxa de crescimento. No entanto, ao observar-se esse fato, deixa-se de observar que as exportações chinesas de produtos de maior valor adicionado estão deslocando exportações similares provenientes desses mesmos países. O fenômeno já é facilmente detectável na perda de mercado nos EUA dos exportadores mexicanos para os exportadores chineses. Isso vem ocorrendo porque os investimentos estrangeiros na China estão direcionados a aumentar a produtividade do trabalho chinês e, em conseqüência, a competitividade dos produtos chineses no mercado internacional. Enquanto continuarmos a reclamar que as multinacionais só vão para a China porque a mão-de-obra chinesa é barata, continuaremos a não perceber que há um
Adrian Bradshaw/AE
Precisa-se de uma nova empresa T
/AE
tation (aplicável também para a diminuição dos conflitos), está muito em voga. Leva em consideração o fato de que se não há possibilidade de ascensão profissional vertical (promoção) de um funcionário, em vez de vê-lo sair para trabalhar na concorrência, novas possibilidades lhe são abertas quando ocorre a promoção horizontal, ocasionada pela troca de função e atribuição de novas responsabilidades, sem perda do padrão. Isso faz com que ele se torne um profissional polivalente, capaz de atuar em diversas atividades diferentes, bem como o incentiva através de novos desafios e aumento de conhecimentos, obtidos na organização. No mundo de hoje, ele será um profissional mais valioso do que se for apenas especialista em uma coisa. Para a empresa, além de manter um bom funcionário em seus quadros, também estará formando um possível futuro ocupante de cargos de chefia. Creiam-me, se um funcionário puder, ele preferirá crescer dentro da própria empresa em que trabalha e possui o círculo de amizades, a mudar para outra que é uma incógnita. Vivenciei muito disso em meus anos de trabalho. Nos dias atuais, os profissionais não podem mais comportar-se como antigamente, sob pena de tornarem-se obsoletos. E para adaptarem-se ao esquema da produção flexível (baseado no aumento da produtividade e flexibilidade do trabalhador e das empresas), devem se esforçar para desenvolver as novas competências que os tempos atuais exigem. Segundo a Profª Ana Beatriz Carvalho, da FGV Management, essas competências abordam essencialmente: -Iniciativa e capacidade de julgamento e liderança. -Uma atenção maior aos detalhes, manutenção de raciocínio crítico e criativo. -Um aumento na auto-confiança, segurança e persistência. -Espírito de colaboração. -Um compromisso e envolvimento maior com a organização, bem como manter atitudes pró-ativas em relação aos valores da empresa. -Aprimoramento do conhecimento técnico. -Preocupar-se com o desenvolvimento das pessoas. -Estimular a comunicação. -Manter sempre o foco no cliente. -Orientação contínua para o aprendizado, produtividade e busca por resultados. -Busca contínua pela qualidade. Essas competências podem ser adquiridas no dia-a-dia, através das atividades desempenhadas e por meio de treinamentos e devem ser sempre exercidas de forma ética. Por sua vez, a empresa deve incentivá-las, permitindo sua aplicação sem entraves de qualquer tipo. A retenção de talentos e o incentivo a obtenção por parte dos colaboradores de novas competências profissionais, gera benefícios mútuos e duradouros. J.F. Diori o
urnover significa a rotatividade de pessoal de uma empresa e é um excelente indicador de saúde da mesma. Quando excessivo, indica que algo está errado na organização. É o momento de analisar o por quê dessa alta rotatividade, afinal, não podemos esquecer que os chamados “funcionários” são antes de tudo pessoas. Essas pessoas tem necessidades e criam vínculos dinâmicos de relacionamento com os colegas da empresa, ou mesmo com clientes e fornecedores. Os colaboradores de uma organização detêm o conhecimento das rotinas de trabalho, o que a empresa produz ou quais serviços ela presta e, após algum tempo na mesma, esses profissionais passam a dominar essas atividades e a desempenhá-las sem maiores problemas. Quando alguém da equipe sai, as atividades sofrem mudanças que em maior ou menor grau afetam a organização. Assim como um motor que para de funcionar caso alguma engrenagem se deteriore, a empresa também sente essa saída. Apesar de muitas empresas acreditarem que, quando uma saída de colaborador é por sua decisão e portanto, não a afetará, isto é um engano. Qualquer saída é traumática para a organização, por mais “argumentos” que existam a seu favor. Basta imaginar o quanto foi gasto com treinamento dessa mão-de-obra, com a burocracia contratual, benefícios, encargos e outros gastos operacionais não tão facilmente mensuráveis, para notarmos que de uma forma ou de outra, a empresa sempre sai perdendo nesse caso. Talvez uma política de contratação mais adequada ou um processo de contratação melhor executado, ou mesmo, uma melhor definição das atribuições do cargo poderiam ter evitado esses gastos inúteis e o trauma gerado ao colaborador demitido. Apesar de óbvio, será que as empresas realmente estão valorizando seus talentos e suprindo suas necessidades, a fim de não perdê-los para a concorrência? Será que melhores salários, treinamento adequado, concessão de benefícios e melhora do ambiente de trabalho poderão retê-los? Para saber o que motiva um colaborador a deixar a empresa, utilize a entrevista de desligamento para isso. Questione o por quê da saída, não perca essa oportunidade de saber o que está ocorrendo. Em se tratando de reter talentos na empresa, notamos que o treinamento sempre é fundamental. Uma prática que está se tornando comum nas grandes empresas, é o chamado e-learning, ou seja, a possibilidade de aprendizagem a distância, proporcionada pelo uso cada vez mais freqüente da Internet e de intranets nas organizações. O e-learning é uma maneira rápida de permitir que uma quantidade maior de funcionários tenha acesso a treinamentos, que podem ser realizados em horários diferentes, conforme a disponibilidade de cada um, e que tem conseguido índices superiores de retenção em relação aos treinamentos tradicionais, principalmente porque o controle do aprendizado está nas mãos do próprio estudante e não nas do instrutor. Outra técnica interessante, denominada job ro-
G A retenção de
talentos e o incentivo para que os colaboradores adquiram novas competências geram benefícios mútuos e duradouros. G Quando alguém da equipe sai, as atividades sofrem mudanças que em maior ou menor grau afetam a organização. G Será que as empresas estão valorizando seus talentos e suprindo suas necessidades?
HENRIQUE MONTSERRAT FERNANDEZ É AUTOR DO LIVRO "EVITANDO A FALÊNCIA" HENRIQUE2@ZAMPLEX.COM.BR
G Era uma vez
um país que decidiu atrair investimentos
Beijing para entrevistar-se com altas autoridades chinesas com vistas a ampliar a rede de restaurantes na China, de 600 para mil no próximo ano, como relatou Andrés Oppenheimer em recente coluna no Miami Herald. As coincidências entre a China e a América Latina acabam aí. A China optou por tornar-se um pólo de atração de investimentos, voltados a tornar a economia chinesa mais competitiva no mercado internacional. A América Latina, aparentemente, optou pelo caminho oposto. E mesmo quando, apesar do governo, um segmento torna-se competitivo em nível internacional - como a agroindústria brasileira, por exemplo - o governo financia grupos de invasores de terra que destroem as próprias bases tecnológicas da competitividade.
N
a China é diferente. Em 2003, o total do investimento estrangeiro na China (US$ 54 bilhões) ultrapassou em cinco bilhões o investimento estrangeiro em toda a América Latina. A abertura comercial chinesa está beneficiando alguns países da região, como o Brasil, a Argentina e o México, quer pelos maiores volumes exportados como pela elevação dos preços desses produtos no mercado internacional provocada pela elevação da demanda chinesa.
projeto capitalista clássico a todo vapor na China. E que esse projeto vem sendo abraçado com extraordinário entusiasmo pelo povo chinês. Logo, logo, a exemplo do que ocorreu com as exportações japonesas da década de cinqüenta, os produtos chineses estarão desbancando produtores tradicionais americanos e europeus do mercado, com produtos de alta qualidade e custos menores. As condições de competição no mercado ficarão ainda mais difíceis para os latinoamericanos.
E
m sua coluna de ontem neste Diário, Olavo de Carvalho disse uma coisa muito certa: a história é feita pelas pessoas, não por processos impessoais. Não há ditames históricos que garantam o acesso de nossas exportações aos mercados dos países desenvolvidos, se os chineses (e logo, logo, os indianos) decidiram vender produtos de melhor qualidade a menores preços. A China decidiu ser mais outro tigre; a América Latina continuará a ser um bando de cágados sonolentos? ROBERTO FENDT É ECONOMISTA FENDT@TERRA.COM.BR
FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894
quarta-feira, 2 de agosto de 2006
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Indicadores Econômicos
7
19 1/8/2006
COMÉRCIO
falências foram decretadas no mês passado, de acordo com o balanço da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
8
Tr i b u t o s Finanças Estilo Empresas
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 2 de agosto de 2006
PRESIDENTE TEM MAIS PODER COM 'LULA' NO NOME
A Mão de Fátima é símbolo de justiça, hospitalidade e generosidade.
O MERCADO DO MISTICISMO
Fotos: Milton Mansilha/Luz
TUDO PARA OS SUPERSTICIOSOS
A
A Loja AZ Presentes vende todos os tipos de amuletos e talismãs
Pulseira com olho grego, que funciona como escudo contra a inveja
lho para espantar olho gordo, chaves de ouro para fechar o corpo e abrir os caminhos, sal grosso para renovar as energias, pirâmides para trazer sabedoria. Não importa a fé, o credo ou o grau de incredulidade de cada um. Até mesmo o mais cético dos mortais já comeu sementinhas de romã e guardou os caroços na carteira ou já cruzou os dedos em figa quando quis muito que alguma coisa acontecesse. É o universo místico que toma conta das pessoas, mesmo sem que elas percebam. Mas algumas delas adoram o tema e vivem em função dele. O publicitário Luiz de Góes, por exemplo, é um "otimístico", desses que cultivam pé de arruda na entrada de casa e acreditam que, se a planta murchar, é porque a visita não trouxe lá bons fluidos. "Sempre recorro a amuletos e talismãs para equilibrar as energias de minha vida", diz. Harmonização pelo Feng Shui, imagens de santos e cristais de diversas qualidades se espalham pelos cantos da casa de Góes. As pedras são símbolos da luz e da lua e, dizem, atraem proteção, bem-estar e conforto. "Na hora de comprar um cristal, o mais importante não é escolher a pedra mais bonita, mas deixar que sua intuição escolha por você", explica o publicitário, que se considera quase expert no assunto. O poder dos números Há oito anos, ele começou a se dedicar à numerologia, uma ciência que estuda o significado oculto dos números e a influência deles no comportamento e no destino de cada um. Por conta desses estudos,
Góes mudou o nome de sua empresa, alterou sua assinatura, recombinou o nome da mulher e nomeou o filho de acordo com a soma de números bons. "Com esses conhecimentos e atitudes, as coisas começaram a fluir melhor, como água corrente", diz. Duas vezes por semana, ele consulta a numeróloga Aparecida Liberato, irmã do apresentador Gugu Liberato e autora do livro Vivendo Melhor Através da Numerologia – Editora Best Seller –, que virou sua confidente. "Quer você queira ou não, o universo exerce influência sobre você", ela costuma dizer. "E é preciso conhecer essa interferência para lidar melhor
Símbolo da Cabala
com as situações e oportunidades que a vida dá a cada um". Aparecida explica que cada letra corresponde a um número e, somadas as letras de um nome, de acordo com os preceitos da numerologia, é possível saber o destino e a personalidade daquela pessoa. Se isso for feito com a data de nascimento, é possível descobrir o desafio que a pessoa tem que cumprir na vida. "Não decido o número do meu telefone, mas escolho os melhores dias para fechar um negócio ou para qualquer outro evento importante", afirma Aparecida. "Cada pessoa tem seu número."
Ela cita uma pesquisa que realizou em um hospital há alguns anos. "Metade das enfermeiras era número 7, dígito de quem nasceu para ajudar o outro", conta. "E a outra metade era número 6, de pessoas que têm muito amor no coração. Não havia outros números naquele ambiente." E relembra mudanças de nomes de gente famosa, como o presidente Luís Inácio Lula da Silva. "Antes de ele acrescentar o apelido ao nome, seu número era o 4, que significa trabalho", diz. "Depois, com 'Lula', nuances de poder e controle começaram a fazer parte de seu caminho." Aparecida explica que a energia do nome original não muda nunca, o que não impede que ele receba influências de novos números. A sorte dos amuletos Quem também caminha pelo mundo dos talismãs e superstições é a jornalista Gabriela Erbetta, autora de O Livro dos Amuletos – Editora Publifolha. Nele, ela reuniu histórias, curiosidades e os poderes de 40 objetos de boa sorte de uso corriqueiro no Brasil. "A superstição é uma característica muito forte do povo brasileiro", diz. "Quem é que nunca se rendeu a uma cruz para afugentar assombrações ou colocou um elefante branco de bundinha para a porta para chamar a sorte?" Dentre todos os amuletos, a autora recomenda os búzios para afastarem as energias negativas, o pé de coelho para dispersar malefícios e atrair riquezas e a ferradura, que atrai boa sorte. "Só que a ferradura não pode ser comprada nem ganhada de presente. É preciso encontrá-la por acaso para que
ela lhe traga prosperidade", conta Gabriela. "Se não for assim, perde o efeito." Mas os outros amuletos podem, sim, ser comprados. É o caso da mão de Fátima, ou Hamsa, símbolo de justiça, hospitalidade e generosidade. A mão é de origem muçulmana, mas foi incorporada pelos costumes judeus. "Quem quer alcançar a benção divina, deve pendurá-la na parede de casa ou usá-la como chaveiro", diz a proprietária da A/Z Presentes, Zilda Gonçalves. A loja vende, entre outros amuletos, olhos gregos, que funcionam como escudos contra a inveja e peças de cabala para atrair amor, saúde e harmonia, e o mezuzá. "Ele guarda um papel com inscrições da Bíblia e deve ser tocado sempre que se entra ou sai da casa para lembrar a presença divina no ambiente", explica Zilda. Na dúvida, não custa nada acreditar nos poderes desses talismãs. Mesmo sem garantias de que um trevo de quatro folhas o deixará milionário ou que um escapulário o defenderá de todos os males do mundo, não faz mal a ninguém ser otimista. Ou melhor, otimístico. E, se por acaso, uma joaninha aparecer, comemore: dizem que ela traz consigo promessas de tempos melhores. Sonaira San Pedro SERVIÇO A/Z Presentes – R. Itambé, 488, Higienópolis, tel. (11) 3259-5632 Galeria Arte Brasileira – www.galeriadeartebrasileira.com.br, tel. (11) 3062-9452 Espaço Aldebaran – tel. (11) 3816-6543 Empório Zen – R Fradique Coutinho, 1140, Vila Madalena, tel. (11) 3031-9584
Leonardo Rodrigues/Hype
Leonardo Rodrigues/Hype
Aparecida Liberato: cada letra equivale a um número, que tem poder sobre a vida da pessoa
Góes recorre a todos os amuletos. Em sua mão, uma bola de cristal de quartzo para captar boas energias.
Chaveiro com olho grego também faz sucesso entre os místicos
Talismã de vidro, usado como pingente para proteção
Alguns preferem carregar correntes contra o mau olhado.
8
Congresso Planalto Eleição CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 2 de agosto de 2006
TUCANOS: POLÍTICAS CONVERGENTES
Fernando Donasci / Folha Imagem
CAFÉ COM LEITE
ALCKMIN, SERRA E AÉCIO: PLANOS EM CONJUNTO
O Triunvirato tucano: propostas tomadas de comum acordo para os diversos problemas discutidos. Monalisa Lins/Folha Imagem
PEEMEDEBISTA GARANTE ESTAR NO 2º TURNO
O
candidato ao governo de São Paulo pelo PMDB, Orestes Quércia, disse ontem que o resultado da pesquisa de intenção de voto feita pelo Ibope e divulgada pelo jornal "O Estado de S. Paulo", em que ele aparece com 8% e se distancia um pouco mais do petista Mercadante, que soma 15%, não muda o atual cenário da disputa e ele ainda acredita que poderá estar no segundo turno. "Não mudou muita coisa, ainda não começou o programa de tv e de rádio. Está tudo bem. Não foi muito boa para mim, mas está bem. De qualquer forma, não acho que houve uma queda. A gente tem o direito de duvidar de pesquisas e essa aí eu tenho que duvidar. Eu estarei no segundo turno", disse o ex-governador. Internas – Quércia disse ter pesquisas para organizar sua campanha e que mostram que está crescendo. "Tenho uma pesquisa interna, não registrada, que mostra um crescimento meu. Estou tranqüilo sobre
Quércia afirma que pesquisa interna traz números que o favorecem
nossa situação. Tenho outras avaliações, mas não posso divulgar números por não estarem registradas", duvidando que seu índice de rejeição à sua tenha crescido de 21% para 26%, como mostra o Ibope. O peemedebista voltou a enfatizar que suas forças estarão guardadas para o programa eleitoral gratuito. "Tradicionalmente, no Brasil, o eleitorado se define pelo horário gratuito. Aí que a coisa realmente vai se consolidar." Data – Ele ainda estipulou um prazo para provar o que diz: "entre os dias 5 e 10 de setembro a história vai estar bem diferente. Eu vou para o se-
gundo turno e tenho certeza disso", assegurou Quércia. Sobre a proposta de criar um salário mínimo estadual, o exgovernador explicou que ainda não tem uma definição de valor, mas estudou algumas hipóteses, antes mesmo de sair para fazer campanha na zona Norte de São Paulo. "A modificação do salário mínimo não afeta grande parte dos empregados, funcionários ou empregados domésticos, por exemplo. Eles já ganham mais do que um salário mínimo em São Paulo, mas esse novo valor vai ajudar muito quem está num patamar inferior na sociedade (AOG)
Beto Barata / AE
À sombra: candidato petista participa de congresso com Lula ao lado.
MERCADANTE: IMAGEM COLADA A DE LULA
L
onge do corpo-acorpo em São Paulo, o candidato petista aproveitou sua permanência em Brasília, ontem, para "colar" ainda mais a sua imagem à do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ambos estiveram, juntos, na abertura do 18º Congresso Nacional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).
s candidatos a presidente Geraldo Alckmin (PSDB), da Coligação Por um Brasil Decente (PSDBPFL), a governador de São Paulo, José Serra (PSDB), da Coligação Compromisso com São Paulo (PSDB-PFL-PTBPPS), e o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, da Coligação Minas Não Pode Parar (PSDB-PP-PTB-PSC-PL-PPSPFL-PAN-PHS-PSB), que buscam a reeleição, definiram ontem, na capital paulista, uma estratégia conjunta para atacar as principais questões que o País enfrenta, principalmente, nas áreas da segurança pública e desenvolvimento. No planejamento determinado por Alckmin, Serra e Aécio estão o descontingenciamento dos Fundos Nacionais de Segurança e Penitenciário, a integração dos serviços de inteligência das polícias dos dois Estados, a descentralização dos investimentos (sobretudo os da área de infra-estrutura), a troca de experiências bem-sucedidas entre os governos de Minas Gerais e São Paulo e ações conjuntas em prol de uma política de crescimento para o País. O encontro, que aconteceu no comitê de campanha da coligação Compromisso com São Paulo, não durou mais do que 15 minutos. No entanto, logo após a reunião eles fizeram um rápido pronunciamento para dizer que estão unidos em torno da implementação dessas propostas, porque elas traduzem exatamente o que cada um pensa sobre os assuntos abordados. "Isso representa um avanço", destacou Serra, sobre a iniciativa de se reunirem e tratarem um movimento simultâneo para atacar os principais gargalos do desenvolvimento do Brasil. "As questões prioritárias não podem ser administradas com fronteiras", reiterou Aécio. Na avaliação do governador de Minas Gerais, essa forma de parceria que os três demarcaram é inovadora e "sinaliza uma forma mais avançada de fazer política no Brasil".
As questões prioritárias para o desenvolovimento do País não podem ser administradas com fronteiras Aécio Neves, candidato à reeleição em Minas,
De sua parte, o candidato Geraldo Alckmin destacou a importância da união de esforços em torno de um projeto de progresso do País. "Isso será feito por meio de uma política articulada, pois queremos aumentar os investimentos públicos e privados, sem competições", afirmou. Um dos pontos mais discutidos entre eles foi o da segurança pública nos Estados. Aécio criticou a falta de repasse de recursos do governo federal para a área. "É um dado grotesco a falta de repasses para o Fundo Penitenciário, pois nada foi executado até agora", reclamou. Ele propôs a criação de um sistema de liberação mensal dos verbas para o setor de segurança. Em complementação, Alckmin chamou esse sistema de duodécimo – em 12 meses – e destacou que a sua adoção permitirá um melhor trabalho por parte dos governos estaduais, porque saberão exatamente quanto receberão da administração federal e quanto precisariam complementar com recursos estaduais. Em sua convergência de idéias os tucanos propuseram também a destinação de dinheiro da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) para investimentos em obras de infra-estrutura. O candidato da Coligação Compromisso com São Paulo destacou a necessidade de investir-se em estradas, transportes e portos para dar suporte à expansão da produção. Ao falar do encontro, José Serra disse que esta foi a primeira de muitas reuniões afins. "Hoje (ontem) estamos
selando um pacto de parceria na caminhada eleitoral." O candidato da coligação tucana ainda brincou: "É uma política café-com-leite do século 21", ao se referir às parcerias que pretende implementar com Aécio, caso se confirmem as expectativas de vitória dos dois nestas eleições, conforme apontam as pesquisas. Após o encontro, Alckmin, Serra e Aécio fizeram uma rápida caminhada pelas ruas do centro da capital, tomaram propositalmente café com leite numa padaria situada em frente à Câmara Municipal e fizeram um brinde ao encontro que tiveram ontem. O ex-prefeito de São Paulo seguiu depois para o interior do Estado, o candidato da Coligação Por um Brasil Decente a presidente viajou para o Rio e o governador de Minas disse que faria uma visita ao arcebispo de Mariana (MG) e ex-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), d. Luciano Mendes de Almeida, que está internado no Hospital das Clínicas (HC) e, depois, retornaria para Belo Horizonte. Gentilezas – Alckmin ainda teve tempo de mostrar que não se sentiu abalado pela troca de afagos entre o governador e candidato à reeleição em Minas, Aécio Neves, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também candidato. Depois da reunião de com Aécio e José Serra disse acreditar que sua candidatura em Minas vai muito bem. "Se há um estado em que nossa campanha vai de vento em popa é Minas Gerais", comentou. Acho que ainda vai crescer muito, em razão da nossa afinidade e da minha origem mineira – disse Alckmin, que nasceu em Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba. Perguntado sobre os constantes elogios de Aécio a Lula, Alckmin afirmou: "Civilidade faz parte". Foi então interrompido pelo governador de Minas. "Se vocês quiserem agradar o Aécio, votem no Geraldo", afirmou."È essa a política café com leite do século 21", arrematou Serra. (Agências)
quarta-feira, 2 de agosto de 2006
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
1
28,4
mil notas eletrônicas já foram emitidas, segundo o site da Prefeitura de São Paulo
PEQUENOS FABRICANTES DE REFRIGERANTES VÃO A BRASÍLIA PEDIR JUSTIÇA TRIBUTÁRIA
MARCHA PELA REDUÇÃO DE IMPOSTOS
H
Newton Santos/Hype
oje e amanhã, a di- alterado a pedido das grandes quenos e médios fabricantes regionais são empreendedores retoria da Associa- corporações", lembra. Luta – A luta do setor pela re- que não podem ser massacração dos Fabricantes de Refrigeran- dução da carga tributária co- dos pelas empresas multinates do Brasil (Afrebras) e cerca meçou em junho, quando a en- cionais. Não somos bandidos, de 80 associados realizam, em tidade encomendou o estudo estamos estabelecidos há muiBrasília, uma marcha pela redu- "Radiografia da Tributação so- tos anos no Brasil e queremos ção de impostos. O objetivo é le- bre Refrigerantes" para o Insti- justiça tributária", reclama. O proprietário da fábrica de var à Receita Federal e aos par- tuto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), já enviado refrigerantes e sucos Xereta, lamentares do CongresCid Galo, também so um estudo que de- Patrícia Cruz/LUZ critica o atual sistemonstra que a carga ma de tributação. tributária dos pequenos "Vendemos um pae médios fabricantes de cote com seis unidare f r i g e r a n t e s é 1 2 % des de refrigerante maior do que a das grande dois litros por des empresas do setor. R$ 7,50, enquanto a "Isso ocorre porque, Coca-Cola vende a apesar de os pequenos mesma quantidade e médios fabricantes por mais de R$ 12 e, venderem seus refrigeno entanto, todos nós rantes por preços mepagamos R$ 1,45 de nores, eles pagam a IPI. O que queremos mesma alíquota de Imé isonomia tributária posto sobre Produto Inpara competirmos dustrializado (IPI) das em condições de grandes", afirma o viceigualdade no mercapresidente da entidado", afirma Galo. de, Antonio Carlos Já Mário La Hoz, Franchini Filho. diretor da Associação Segundo Franchini, Brasileira das Indúsos preços praticados trias de Refrigerantes pelos pequenos fabri(Abir), que represencantes são 30% inferiota as grandes corpores se comparados aos rações, diz que a medos grandes. "No entodologia atual de tritanto, todos pagamos butação é correta. "A R$ 1,45 de IPI", diz. O Rafael Antonio Saullo: pequenos são massacrados distorção não é tribuvice-presidente da Afrebras contabiliza que a car- ao Congresso. "Como não tive- tária, mas econômica. Arrisco ga tributária do setor equiva- mos retorno, vamos apresen- dizer que os preços deles dele, em média, a 40% do preço tar nossas propostas à Receita e correm de eventuais práticas final do produto. depois procurar o apoio dos irregulares", afirma, ao refutar Hoje, tanto os grandes como parlamentares para que um a tese de que preços mais baios pequenos fabricantes pa- projeto de lei possa alterar essa xos devam vir acompanhados de menor carga fiscal. "Podegam alíquotas fixas do IPI. A distorção tributária", diz. proposta da Afrebras é retorO proprietário da fábrica de mos discutir qualquer proposnar ao sistema de tributação refrigerantes Cibal, Rafael An- ta de alteração de legislação, chamado ad valorem, que é va- tônio Saullo, é um dos empre- desde que não haja aumento riável de acordo com os preços sários que participará da mar- de impostos", conclui. Laura Ignacio dos produtos. "O sistema foi cha. "Vamos mostrar que os pe-
Jane de Araújo/Ag. Senado
O relator Rodolpho Tourinho: críticas à condução do projeto de criação da Super-Receita
Super-Receita: só depois da eleição
O
projeto de criação da Super-Receita, fusão das secretarias da Receita Federal e da Receita Previdenciária, será votado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado somente depois das eleições. A decisão foi tomada ontem pelos membros da comissão, acolhendo proposta apresentada pelo líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR). De acordo com Jucá, a matéria é "extremamente" complexa, exigindo exame mais aprofundado. Além disso, o senador observou que o momento eleitoral dificulta o debate do tema, que precisa ser feito de forma "apartidária". Ele argumentou, ainda, que as mudanças na estrutura da arrecadação tributária podem, inclusive, comprometer o futuro da gestão pública. "Qualquer governo depende de arrecadação consistente", destacou. Apoio – A oposição também
apoiou amplamente o adiamento, mas aproveitou para criticar o governo pela mudança de posição quanto à urgência do projeto. O senador César Borges (PFL-BA) lembrou que a primeira proposta para mudar a estrutura da arrecadação foi apresentada ao Congresso por meio de medida provisória, perdendo a validade por falta de exame dentro do prazo constitucional. "Espanta essa mudança de posição. A MP caducou sem ser aprovada, pois realmente não era para tramitar desse modo. O próprio governo está confuso e refletiu que é melhor adiar", disse. Jucá reagiu dizendo que o projeto é mesmo urgente, apenas não pode ser discutido em meio ao clima eleitoral, mas que voltará a ser tratado como prioridade depois das eleições. O líder foi também atendido no apelo ao relator, senador Rodolpho Tourinho (PFLBA), para que apresente relató-
rio com todas as emendas aproveitadas por ele. O relator destacou erros do governo na condução do projeto e observou que falta consenso em torno da matéria dentro do próprio Executivo. Também refutou críticas de que algumas emendas ferem o espírito do projeto e vão "inibir" o poder da fiscalização tributária. "A fiscalização tem de ser dura com o sonegador, mas respeitar o contribuinte." Para fazer o relatório, Tourinho disse que ouviu todas as partes envolvidas, incluindo sindicatos de categorias afetadas com a fusão, ainda sem apoio unânime entre os servidores dos órgãos que dão origem à Receita Federal do Brasil. Pelo projeto, a nova secretaria integrará a estrutura do Ministério da Fazenda. Terá a competência de arrecadar, fiscalizar, lançar e criar normas sobre quase todos os impostos e contribuições à União. (Ag. Senado)
Carlos Santana, da Coraltur, alega que a empresa seria bitributada caso fornecesse a nota ao consumidor
Glória Rodrigues: nota eletrônica foi negada por atendente da CVC
Josefina Miranda perdeu desconto no IPTU
NF-e: ninguém sabe, ninguém viu
C
omeçou a vigorar ontem o uso obrigatório da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) por prestadores de serviço de 35 setores que faturam mais de R$ 240 mil por ano, mas várias empresas deixaram de emitir o documento por falta de conhecimento, instrução do contador ou inviabilidade. Segundo o site da Pref e i t u r a ( w w w . p r e f e i t ura.sp.gov.br/nfe), houve o registro de 1.358 prestadoras e 28.424 notas foram emitidas eletronicamente. Desde ontem, estão obrigadas a usar a NF-e as instituições de ensino, academias, operadoras e agências de turismo, hotéis, bufês, empresas de recreação e funilarias, entre outras. Com o novo documento, a Prefeitura pretende aumentar a arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS), reduzir custos para empresas e diminuir o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) dos tomadores de serviços que, indiretamente, passarão a ser fiscais. I s s o p o rq u e a re d u ç ã o d o IPTU depende da emissão eletrônica da nota do ISS. O desconhecimento alcança também os tomadores de serviços. Na agência Coraltur, Josefina Miranda, que procurava passagem para Portugal, ficou animada com a novidade. Ela calcula que gastará um pouco mais de R$ 3 mil com a viagem, o que representa cerca de R$ 50 de crédito para o recolhimento do IPTU, com valor de R$ 600. No entanto, se depender da agência, ela vai ficar sem o desconto. O operador de turismo da empresa, Carlos Santana, disse que é inviável emitir a nota para o passageiro. Atualmente, a nota é enviada às companhias aéreas, hotéis e receptivos para que estes paguem a comissão da agência. Ele disse que a empresa recolhe o ISS pelo valor total da nota. "Se fornecermos a nota, vamos ser bitributados", alegou. Sem orientação – Na agência de viagens da CVC, a brasileira Glória Rodrigues, que mora há oito anos na Suíça e estava pesquisando preço de pa-
cotes para passear pelo Nordeste, foi informada pela reportagem do DC sobre a possibilidade de desconto no pagamento do IPTU se exigisse a nota. "Aprovo. Sempre peço a nota, pois só assim o Brasil vai sair dessa situação crítica", disse Glória, que pediu o documento à atendente da agência, mas os funcionários a informaram que não sabiam de nada. "Não tivemos nenhuma orientação. Mas raramente os clientes solicitam nota fiscal. A gente dá um contrato de prestação de serviço", informou uma das atendentes. Na recepção do Atlântica Downtown Hotel, os funcionários também desconheciam a obrigatoriedade da NF-e. Primeiro a reportagem foi informada de que a adesão do estabelecimento ao novo sistema seria no fim do ano, mas, ao se-
rem questionados que a lei determinava o início da emissão ontem, a controller do hotel disse que vai, primeiro, terminar de preencher os documentos pelo talonário de papel para, depois, começar a emissão da nota eletrônica. Mesmo cadastradas no site da Prefeitura, empresas como a academia Bio Ritmo não começaram a emitir o documento eletronicamente. Ainda não sabiam como funcionaria. A operadora da Visual Turismo também aguarda orientação de sua consultoria contábil. Entre as empresas procuradas pelo DC, uma das poucas que já emite a NF-e é a Fly Tour. Desde a semana passada, foram lançados seis documentos. A Prefeitura espera que, até o fim de agosto, 2 mil prestadoras se cadastrem para emitir a NF-e. Adriana David
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4
quarta-feira, 2 de agosto de 2006
Internacional
LIBANESES EM FUGA: UM DRAMA DE 30 ANOS Fernando Vieira
Todos esses conflitos impulsionaram a dispersão da população para outros países Osvaldo Coggiola, professor de História Contemporânea da USP
Famílias inteiras, desesperadas, fogem das bombas que caem sobre o Líbano, na guerra declarada por Israel. Elas repetem uma história que teve início em 1975 com outros ataques. Com 8 milhões de libaneses e descendentes, o Brasil é hoje mais libanês do que o próprio Líbano.
Marcos Fernandes/Luz
A
companhada da mãe e de dois irmãos, Rita Maatouk, então com 19 anos, carregava apenas uma mala, um punhado de trocas de roupa. No lugar de algumas peças, levava bichinhos de pelúcia, álbum de fotos e cartinhas de namorados. Objetos de valor sentimental que ocuparam seus lugares. Partia de Beirute, capital do Líbano, não por escolha, mas por falta de opção. Deixava para trás a guerra, em busca do recomeço em outro país. Essa história se passa em 1989, no final da guerra civil. Mas é uma cena que se repete, um retrato do que acontece hoje com milhares de libaneses e seus descendentes, que fogem do Líbano, da guerra declarada por Israel, e do mesmo enredo marcado pela violência e pela dor. O confronto atual na região já completa três semanas e, até agora, provocou um êxodo de mais de 500 mil pessoas. Imigração – O processo de imigração libanesa, embora não quantificado em períodos específicos, foi sensivelmente intensificado nos últimos trinta anos por causa da série de conflitos que envolveu e atingiu aquele país. A crescente saída da população tem relação direta com a invasão Síria, em 1976, e com a primeira guerra contra Israel, entre 1976 e 1985, que permearam o mesmo período da guerra civil, que tomou conta das ruas do Líbano desde 1975, afirma Osvaldo Coggiola, professor de História Contemporânea da Universidade de São Paulo (USP). "Todos esses conflitos impulsionaram a dispersão da população para outros países". Um entendimento reforçado pela fuga em massa registrada nas últimas semanas, vista pela última vez na segunda guerra mundial. "Eram comboios intermináveis. Já no segundo dia de bombardeios, saíram 22 mil, entre sauditas, kwaitianos e outros, em direção ao golfo. Quando o aeroporto foi atingido, todos se apressaram em fugir com medo de que as estradas fossem bloqueadas", conta o brasileiro, descendente de libanês, Gassen Masri, de 35 anos, que vivia há quatro em Choufeit, na divisa ao sul de Beirute, e retornou ao Brasil na última sexta-feira. o roduçã "A cidade onde eu vivia está vazia, destruída. Rep Não sobrou nada do que construi". Com Masri, vieram a esposa, duas filhas e a mãe, libanesa. Seu pai ainda não conseguiu deixar o Líbano porque o caminho para a saída está sob bombardeio. Sua esperança é a promessa da trégua de 48 horas de Israel para chegar até a Síria. E, de lá, embarcar para o Brasil. Mesmo sem dados oficiais sobre as ondas de imigração ocorridas ao longo do tempo, sua dimensão reflete-se em números atuais. Hoje, estima-se que existam mais de 15 milhões de imigrantes libaneses e descendentes nos cinco continentes, superando em cerca de quatro vezes a população atual do próprio Líbano, de 3,8 milhões de habitantes (registrada antes do confronto atual). Da comunidade libanesa dispersa pelo mundo, a imensa maioria, pelo menos, entre sete e oito milhões, vive no Brasil. No Estado de São Paulo estão cerca de quatro milhões, sendo dois milhões só na capital. E embora represente menos de 10% da população brasileira, especula-se que essa comunidade responda hoje, direta e indiretamente, por mais de 20% do PIB nacional. "Você é presidente de mais libaneses do que eu", teria dito o presidente do Líbano, Émile Geamil Lahoud, ao cumprimentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante um encontro entre os dois, em Brasília, em 2004. Num reconhecimento, direto, à receptividade nacional e, indireto, aos milhões que, mesmo contra suas vontades, deixaram o Líbano. Os pioneiros – É certo que nem todos os imigrantes partiram por causa das guerras, já que as primeiras chegadas de libaneses aos portos brasileiros são datadas de 1880. Segundo Coggiola, num primeiro momento, o processo de imigração libanês guarda, principalmente, uma relação demográfica. O Líbano é um país pequeno, ocupa uma área de 10.452 quilômetros quadrados, o equivalente a cerca de um quarto do tamanho do Rio de Leonardo Rodrigues/Hype Janeiro. "A expansão populacional só seria possível com a imigração para outros países. E foi o que aconteceu". Grupos numerosos também deixaram o Líbano entre as décadas de 1920 e 1930, após a primeira guerra mundial, quando os turcos isolaram o país, numa época em que a fome dizimou parte da população libanesa. Já nas últimas três décadas, em meio a tantos confrontos, "esses últimos influxos passaram a ter muito mais características de grupos de refugiados de guerra do que de imigrantes comuns", observa o professor de História Contemporânea da USP. "A guerra é como a tempestade, filho. Só que em vez de chuva caem bombas. E elas acabaram com todas as minhas coisas, filho", descreve, num português carregado em sotaque árabe, a comerciante Wafta Alhaj, de 62 anos, que trabalha na região da rua 25 de Março. Quando deixou o Líbano, há 28 anos, vivia há meses em abrigos de refugiados. Foi em um deles que teve um de seus três filhos. Por cinco dias, antes de partir com destino ao Brasil, sobreviveu a base de sal, trigo e água. "Vi muitos amigos abandonarem suas casas e outros resistirem até perder tudo, antes de tomarem a decisão de partir", relata Rita Maatouk. Libanesa naturalizada brasileira, hoje com 35 anos, ela testemunhou, durante os quatorze anos em que conviveu com as guerras do Líbano, diversas histórias de pessoas diferentes unidas pelo mesmo drama.
Rita Maatouk, libanesa naturalizada brasileira, mostra duas faces de Beirute: a destruição e a reconstrução. Hoje, a cidade volta a ser atacada.
"Apesar de tudo, sempre sonhamos em voltar"
T
Foto tirada por volta de 1985 na esquina das ruas Nseir e Montazah, onde morava Rita, em Beirute, no Líbano
A guerra é como a tempestade, filho. Só que em vez de chuva caem bombas. E elas acabaram com todas as minhas coisas, filho. Wafta Alhaj, lojista da região da 25 de Março
arde da noite de domingo, 23 de outubro de 1989. Depois de quase quatro horas escondidas num canto escuro, numa marina, Rita Maatouk e sua família embarcaram em um pequeno barco de cor preta. A alguns quilômetros da costa, no mar mediterrâneo, uma embarcação maior e mais segura aguardava a família e algumas outras pessoas para levá-las de Beirute, capital do Líbano, até a cidade de Larnaca, no Chipre. De lá, vôos para um novo destino. Seguiam o caminho de milhares de libaneses rumo a outros países, fugidos da guerra entre Líbano e Israel, que acabara em 1985, e da guerra civil, que ainda se desenrolava. Naquela época, a guerra civil libanesa estava prestes a completar quinze anos, 1990, quando encontraria seu desfecho. Mas não havia como ter certeza disso. A brutalidade permanecia, confrontos entre milícias políticoreligiosas, estupros e mortes nas ruas, em meio ao cenário de destruição. Nenhuma vítima fatal na família de Rita. Uma única morte havia acontecido em sua casa: a da esperança pela paz. A mãe, Lodi, decidiu: basta! Deixavam para trás mais do que riqueza. Deixavam sua casa, cujas paredes colecionavam furos de balas de metralhadoras. Algumas até reconstruídas, mas ainda assim era o lar. Abandonavam uma parte de suas vidas construídas ao som das bombas e também dos tiroteios. Rita, que nasceu em 1971, tinha apenas quatro anos quando os confrontos internos se iniciaram. Ainda não era capaz de entender o
que se passava ao seu redor. Guarda lembranças inocentes, alheias à guerra civil. Dificilmente circulava pelas ruas. Dentro de casa, brincava tranquilamente como qualquer criança. No entanto, em 1978, na primeira invasão israelense, os bombardeios já eram percebidos, quebrando em parte seu universo paralelo infantil. Numa noite, um míssel invadiu a sala de TV. Dez minutos antes, sua família estava ali, reunida. Haviam acabado de ir para os quartos. Depois disso, por oito meses, Rita e os dois irmãos – Rebecca, com dois anos, e Emile, com oito – passaram a "morar sob a mesa da sala de jantar", nos fundos da casa, uma precaução imposta pela mãe. Caso a residência fosse novamente atingida, esse era o local mais seguro. Com a continuidade dos confrontos e, principalmente, com a intensificação dos bombardeios em Beirute, na segunda e mais violenta invasão do exército israelense, 1982, uma nova regra foi instituída em sua casa: enquanto durassem os ataques, os três filhos não podiam permanecer juntos. "Se um morrer, o outro não morre. Separados, o risco de perder todos os filhos era bem menor", acreditava a mãe. De fato, na segunda ocasião em que sua casa foi alvo de mísseis, que atingiram o andar superior, ninguém se feriu. "Não tenho traumas", garante. Os pais sempre se esforçaram para proteger os filhos tanto dos horrores da violência física quanto da psicológica, geradas por uma guerra. Acostumou-se a viver no cenário desolador, cujas marcas podiam ser vistas nos carros incendiados, praticamente, na porta de sua casa. Acostumouse com a decoração de sacos de areia em lugar de cortinas recobrindo as janelas, para evitar que o vidro causasse ferimentos se as explosões provocassem seu estilhaçamento. Manteve uma vida escolar constante. Sirenes avisavam dos ataques. E se os bombardeios começassem durante as aulas, os alunos eram recolhidos a uma sala ou seus pais traziam-nos de volta para casa. Mas não há como negar. Era uma vida de contrastes. "Che-
guei a ir de manhã num casamento e, de lá, seguir para um enterro à tarde". Para Rita, "o grande choque", contudo, foi sua chegada ao Brasil, em 26 de outubro, três dias depois de deixar sua vida, no Líbano. "Foi quando me dei conta do que tinha ficado para trás. Aqui chorei". Sua família trazia, além das malas, US$ 10 mil para um recomeço. Apesar da fluência em árabe, inglês e francês, nenhum deles conhecia o português. A comunicação era na base da mímica, até que se dominasse a base do idioma. Superadas as dificuldades iniciais, Rita e sua família progrediram. Bem estabelecidos financeiramente no Brasil, acompanharam a surpreendente reconstrução de Beirute, a partir de 1995. Em todos, crescia o desejo de retornar à sua cidade natal no ritmo acelerado das obras de recuperação. Um sentimento comum despertado em milhares de outros de libaneses e descendentes que retornaram ao Líbano nos últimos dez anos. Lá, formaram uma comunidade líbano-brasileira estimada em mais de 60 mil pessoas. Em 2002, a mãe, os dois irmãos e uma sobrinha foram alguns dos que fizeram o caminho de volta. Rita ficou na ponte aérea, metade do ano trabalhando em São Paulo e, na outra, em Beirute. Neste ano, ela preparava-se para o retorno em definitivo. Faltavam detalhes. Mas, agora, os planos estão adiados. A nova guerra pegou a todos de surpresa. Com a destruição das linhas telefônicas libanesas pelo exército israelense, Rita mantém contato com a família somente via internet. Todos estão bem, relativamente distantes da linha de fogo. Mas próximos o suficiente para acompanharem os sons já conhecidos dos bombardeios. E, apesar das experiências enfrentadas no passado e hoje, não pretendem desistir e abrir mão da esperança pela paz reconquistada recentemente. "Apesar de tudo o que aconteceu e do que está acontecendo, sempre sonhamos em voltar para Beirute, para nossa casa. Tenho certeza de que logo irei ao encontro da minha família". (FV )
DIÁRIO DO COMÉRCIO
2 -.ECONOMIA/LEGAIS ATAS
quarta-feira, 2 de agosto de 2006
EDITAIS
POLICIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO Centro de Suprimento e Manutenção de Material de Telecomunicações Encontra-se aberto no CENTRO DE SUPRIMENTO E MANUTENÇÃO DE MATERIAL DE TELECOMUNICAÇÕES - CSM/MTEL, o PREGÃO PRESENCIAL nº CSMMTEL - 017/ UGE. 163/06, com possibilidade de participação de empresas estrangeiras,do tipo MENOR PREÇO, objetivando a aquisição de 404 (quatrocentos e quatro) transceptores portáteis VHF/FM, modelo I, com modulação analógica e digital, encriptados, para emprego em redes convencionais digitais de radiocomunicação da Polícia Militar do Estado de São Paulo, conforme Especificação Técnica. A realização da sessão será em 17/08/2006, às 10:00 horas, na sede da Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública sita na Rua Líbero Badaró nº 39 - Centro - Capital - São Paulo, no salão de eventos localizado no andar térreo. As informações estarão disponíveis no sítio http://www.e-negociospublicos.com.br CONVOCAÇÃO FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR
EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PARA REGISTRO DE PREÇOS nº 009/2006-FAMESP PREGÃO Nº 021/2006- FAMESP PROCESSO Nº 644/2006 - FAMESP Acha-se à disposição dos interessados do dia 02 de agosto de 2006 até o dia 14 de agosto de 2006, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680–ramal 111FAX(0xx14)3882-1885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/Hospital das Clínicas, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL Nº 021/2006- FAMESP, PROCESSO Nº 644/2006 - FAMESP, REGISTRO DE PREÇOS Nº 009/2006-FAMESP, que tem como objetivo a Aquisição de ÓRTESES, PRÓTESES: Cateter de poliuretano radiopaco, 12 FR x 20cm com 2 lúmens, rígido; Cateter de poliuretano radiopaco, 12 FR x 20 cm com 3 lúmens, rígido; Cateter de poliuretano radiopaco, 8FR x 16 cm com 2 lúmens, rígido, todos acompanhados de Kit básico contendo seringa e agulha introdutora, guia metálico e dilatador de veia, em Sistema de Consignação, para o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, pelo menor preço por ítem, em conformidade com o disposto no Anexo II. Deverão ser apresentadas amostras até às 17:00 horas do dia 15 de agosto de 2006. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 23 de agosto de 2006, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar, no endereço supra citado. Botucatu, 31 de julho de 2006. Prof. Dr. Pasqual Barretti - Diretor Presidente - FAMESP.
COMUNICADO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Comunicado da Comissão Julgadora de Licitações FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR PREGÃO Nº 18/2006- FAMESP PROCESSO Nº 566/2006 - FAMESP Acha-se à disposição dos interessados do dia 02 de agosto de 2006 até o dia 16 de agosto de 2006, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680–ramal 111FAX(0xx14)3882-1885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/Hospital das Clínicas, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL Nº 18/2006- FAMESP, PROCESSO Nº 566/2006 - FAMESP, que tem como objetivo a AQUISIÇÃO DE POLTRONAS E POLTRONAS DIRETOR COSTURA DUPLA LATERAL GIRATÓRIA COM RELAX E CAPA, PARA DIVISÃO HEMOCENTRO DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação será realizada no dia 21 de agosto de 2006, com início às 14:00 horas, na Sala da Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar, o endereço supracitado. Botucatu, 02 de agosto de 2006. Prof. Dr. Pasqual Barreti - Diretor Presidente - FAMESP
Adiamento – Abertura - Tomadas de Preços - Alterações no Edital A Comissão Julgadora de Licitações comunica o adiamento da data de entrega dos envelopes 1 (Documentação) e 2 (Proposta Comercial), em função de alterações no Edital, das seguintes Tomadas de Preços: TOMADAS DE PREÇOS HORA DIA 05/1654/06/02 e 05/1689/06/02 09:30 21/08/2006 10:30 21/08/2006 05/1652/06/02 e 05/1692/06/02 13:00 21/08/2006 05/1688/06/02 e 05/1700/06/02 14:00 21/08/2006 05/1690/06/02 e 05/1730/06/02 15:00 21/08/2006 05/1687/06/02 e 05/1701/06/02 16:00 21/08/2006 05/1691/06/02 e 05/1653/06/02 Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 16:30 horas do dia 17/08/2006. Os invólucros contendo os Documentos de Habilitação e a Proposta Comercial deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 - Bom Retiro - CEP 01121-900 - São Paulo - SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou através do site www.fde.sp.gov.br. Solicitamos às empresas que já adquiriram anteriormente o edital obterem a sua versão atualizada.
ATAS
FALÊNCIA &
COMPANHIA TRANSAMÉRICA DE HOTÉIS - SÃO PAULO CNPJ nº 43.212.943/0001-90 - NIRE nº 35 3 0000648 8 ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DATA: 23.06.2006. HORÁRIO: 10:00 horas. LOCAL: Sede Social - Avenida das Nações Unidas nº 18.591 - São Paulo - SP. 4 (quatro) meses seguintes ao término do exercício social; e, extraordinariamente, nos casos legais, guardados os preceitos de PRESENÇA: Acionistas representando mais de dois terços do capital social com direito a voto. MESA: Paulo celso Bertero - direito nas respectivas convocações, que serão feitas por 2 (dois) Diretores ou nos casos legais. § Único - Para participar da Presidente. Aloysio de Andrade Faria - Secretário. PUBLICAÇÕES E DOCUMENTOS LIDOS, ARQUIVADOS NA SEDE SOCIAL Assembléia Geral é necessária a condição de acionista até 8 (oito) dias antes da data da realização do respectivo conclave e o 1. editais de convocação: Diário Oficial do Estado de São Paulo de 14, 15 e 16; e Diário do Comércio de 14, 15, 16 e 19, todos de depósito do instrumento de procuração, na sede social, até 3 (três) dias também antes do mesmo evento, no caso de representação junho corrente; 2. Aviso aos Acionistas: Diário Oficial do Estado de São Paulo de 29 de abril, 3 e 4 de maio de 2006; e Diário do de acionista por mandatário. Art. 13 - A Assembléia Geral será instalada e presidida por qualquer Diretor, o qual convidará um dos Comércio de 2, 3 e 4 de maio de 2006; 3. projeto de reforma e reestruturação do Estatuto Social, consolidando todas as alterações presentes para secretariar os trabalhos. TÍTULO IV. Da Diretoria e suas atribuições: Art. 14 - A sociedade será administrada por estatutárias aprovadas pela Assembléia Geral Extraordinária realizada em 28.04.2006. DELIBERAÇÕES TOMADAS POR uma Diretoria composta de 2 (dois) a 4 (quatro) membros, simplesmente designados Diretores, eleitos e destituíveis, a qualquer UNANIMIDADE: primeiro - declarou que: a) a Assembléia Geral Extraordinária realizada em 28 de abril de 2006: a.1 - autorizou tempo, pela Assembléia Geral. § 1º Os honorários da Diretoria serão fixados pela Assembléia Geral que a eleger, respeitadas as a elevação do capital social pela emissão de mais 51.670 ações escriturais, sem valor nominal, sendo 17.746 ordinárias e 33.924 limitações legais. § 2º - O prazo do mandato da Diretoria é de um ano, mas estender-se-á até a investidura dos novos membros preferenciais Classe B, para serem integralizadas em dinheiro; a.2 - fixou em R$29,03 o preço unitário de emissão das ações; eleitos. É admitida a reeleição. Art. 15 - Nos impedimentos ou faltas de qualquer Diretor o seu substituto será designado pela a.3 - fixou em 30 dias, a contar da data da publicação do respectivo Aviso aos Acionistas, o prazo para o exercício do direito de Diretoria. § Único - Ocorrendo vaga na Diretoria proceder-se-á da mesma forma estabelecida neste artigo, perdurando a substituição preferência legal; b) o prazo para o exercício do direito de preferência legal venceu em 31 de maio de 2006; c) as ações relativas até o provimento definitivo do cargo pela primeira Assembléia Geral subseqüente, servindo o substituto então eleito até o término ao aumento de capital foram totalmente subscritas, parte dentro e parte fora do aludido prazo de preferência legal, e integralizadas do mandato do substituído. Art. 16 - A Diretoria reunir-se-á sempre que convocada por qualquer de seus membros, com 5 (cinco) em moeda corrente nacional, conforme listas de subscrição que se encontravam sobre a mesa; e d) o conclave estava habilitado dias de antecedência, e com a presença da maioria deles. § 1º - As deliberações da Diretoria serão tomadas pela maioria dos a deliberar sobre a homologação do aludido aumento do capital social; segundo - homologou a elevação do capital social para membros desse órgão então em exercício; e no caso de divergência, qualquer diretor terá a faculdade de recorrer à Assembléia R$60.571.182,01, sendo o aumento de R$1.499.980,10 representado por 51.670 ações escriturais, sem valor nominal, sendo Geral. § 2º - Os Diretores terão o direito de credenciar um de seus pares por carta, telegrama, telex ou telefax, a fim de representá-los 17.746 ordinárias e 33.924 preferenciais Classe B; e, em conseqüência, reformou o Artigo 5º do Estatuto Social, cuja redação está nas reuniões da Diretoria, seja para a formação de “quorum”, seja para a votação; e, igualmente, são admitidos votos por carta, consubstanciada na reforma e reestruturação do Estatuto Social a ser adiante deliberada; terceiro - aprovou a supressão do telegrama, telex ou telefax, quando recebidos, na sede social, até o momento da reunião. Art. 17 - A Diretoria é investida de todos Artigo 26 do Estatuto Social, que dispõe sobre a obrigatoriedade de auditoria nos balanços da sociedade por auditores independentes, os poderes necessários à realização dos fins sociais e dependerá de prévia autorização da Assembléia Geral para contrair e a correspondente reforma estatutária; quarto - em decorrência do deliberado nos itens “segundo” e “terceiro”, anteriores, bem empréstimos em geral, outorgar avais, ou outras garantias, adquirir, onerar ou alienar bens imóveis e participações em outras como das alterações estatutárias levadas a efeito pela Assembléia Geral Extraordinária realizada em 28.04.2006, aprovou a empresas. § único - As citações iniciais da sociedade somente serão válidas quando feitas nas pessoas de todos os seus reforma e reestruturação do Estatuto Social, que passou a ser redigido, na sua integralidade, da seguinte forma: “ESTATUTO membros então em exercício. Art. 18 - Ressalvado o disposto no artigo seguinte, competirá a qualquer Diretor a representação da SOCIAL DA COMPANHIA TRANSAMÉRICA DE HOTÉIS - SÃO PAULO. TÍTULO I: Da denominação, sede, prazo de duração sociedade e a prática dos atos necessários ao seu funcionamento regular. Art. 19 - A sociedade será representada: a) por 2 (dois) e objeto social. Art. 1º - COMPANHIA TRANSAMÉRICA DE HOTÉIS - SÃO PAULO é uma sociedade anônima regida pelo Diretores; b) por um Diretor e um procurador, quando assim for designado no respectivo instrumento de mandato e de acordo com presente estatuto e pelas disposições legais que lhe forem aplicáveis. Art. 2º - A sociedade tem sede na cidade, Município e a extensão dos poderes que nele se contiverem; c) por 2 (dois) procuradores, quando assim for designado nos respectivos Comarca de São Paulo, Estado de São Paulo, que é o seu foro. § Único - Poderão ser instaladas ou suprimidas filiais ou instrumentos de mandato e de acordo com a extensão dos poderes que neles se contiverem; d) por um procurador, quando escritórios no país por deliberação da Diretoria que, na primeira hipótese, destacará uma parcela do capital social para cada um assim for designado no respectivo instrumento de mandato e de acordo com a extensão dos poderes que nele se contiverem, desses estabelecimentos. Art. 3º - O prazo de duração da sociedade é indeterminado. Art. 4º - A sociedade tem por objeto a ficando ressalvado, porém, que a constituição de um procurador nessas condições será limitada aos atos de representação da prática de exploração da atividade hoteleira e de operações no mercado de câmbio de taxas flutuantes, inclusive no de câmbio sociedade perante a Justiça do Trabalho e Repartições Públicas, inclusive Delegacias da Receita Federal, Autarquias, Correios manual, podendo participar, como sócia ou acionista, de outras sociedades. TÍTULO II: Do capital e das ações. Art. 5º - O capital e Telégrafos ou quando para fins judiciais. § único - Salvo quando para fins judiciais, todos os demais mandatos outorgados social é de R$ 60.571.182,01 (sessenta milhões, quinhentos e setenta e um mil, cento e oitenta e dois reais e um centavo), pela sociedade terão prazo de vigência até 31 de maio do ano seguinte ao da outorga, se menor prazo não for estabelecido, o integralmente realizado e dividido em 1.229.539 (um milhão, duzentas e vinte e nove mil, quinhentas e trinta e nove) ações qual deverá sempre constar do respectivo instrumento. TÍTULO V. Do Conselho Fiscal: Art. 20 - O Conselho Fiscal é órgão escriturais, sem valor nominal, das seguintes espécies e classes: a) 422.267 (quatrocentos e vinte e dois mil, duzentas e sessenta não permanente, que só será instalado pela Assembléia Geral a pedido de acionistas, na conformidade legal. Art. 21 - Quando e sete) ordinárias; b) 2.525 (duas mil, quinhentas e vinte e cinco) preferenciais Classe “A”; e c) 804.747 (oitocentos e quatro mil, instalado, o Conselho Fiscal será composto de 3 (três) a 5 (cinco) membros e suplentes em igual número; e a sua remuneração setecentas e quarenta e sete) preferenciais Classe “B”. § 1º - O número de ações preferenciais, Classes “A” e “B”, sem direito a será fixada pela Assembléia Geral que o eleger. § 1º - O Conselho Fiscal terá as atribuições e os poderes que a lei lhe confere. voto ou sujeitas a restrições no exercício desse direito, não poderá ultrapassar 2/3 (dois terços) do total das ações emitidas. § 2º - Os membros do Conselho Fiscal serão substituídos nos seus impedimentos, ou faltas, ou em caso de vaga, pelos § 2º - Todas as ações serão escriturais, permanecendo em conta de depósito no Banco ABN AMRO Real S.A., em nome de seus respectivos suplentes. TÍTULO VI. Das demonstrações financeiras e da destinação do lucro líquido: Art. 22 - O exercício titulares, sem emissão de certificado, nos termos dos artigos 34 e 35 da Lei de Sociedades por Ações. § 3º - Observados os limites social coincide com o ano civil, terminando, portanto, em 31 de dezembro de cada ano, quando serão elaboradas as demonstrações máximos fixados pela Comissão de Valores Mobiliários, o Banco ABN AMRO Real S.A., como instituição depositária, poderá financeiras; e do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação, os eventuais prejuízos acumulados e cobrar do acionista o custo do serviço de transferência da propriedade das ações escriturais. Art. 6º - Cada ação ordinária terá a provisão para o Imposto sobre a Renda. Art. 23 - Juntamente com as demonstrações financeiras os órgãos de administração direito a um voto nas deliberações da Assembléia Geral. Art. 7º - As ações ordinárias e as ações preferenciais Classe “B” foram e apresentarão à Assembléia Geral Ordinária proposta de destinação do lucro líquido, observando a seguinte ordem de dedução, serão subscritas exclusivamente com recursos próprios, e corresponderão, também, às que vierem a ser a elas bonificadas. na forma da lei: a) 5% (cinco por cento) para o Fundo de Reserva Legal, até atingir 20% (vinte por cento) do capital social; Art. 8º - As ações preferenciais Classe “A”, subscritas com os recursos dos fundos de investimento criados pelo Decreto-lei b) a quota necessária ao pagamento de um dividendo que represente, em cada exercício social, no mínimo 25% (vinte e cinco nº 1.376/74 (FISET-Turismo), serão intransferíveis até a data de emissão do Certificado de Implantação do Projeto pela agência por cento) do lucro líquido, observando-se as preferências a que se referem as letras “a” do parágrafo primeiro do artigo de desenvolvimento competente. § 1º - As ações preferenciais Classe “A”, que não gozarão do direito a voto, terão as seguintes 8º (oitavo), e do artigo 9º (nono) deste estatuto. As ações preferenciais Classe “A” terão prioridade no recebimento desse vantagens: a) prioridade no recebimento de um dividendo mínimo equivalente ao produto de 25% (vinte e cinco por cento) do lucro dividendo; c) 10% (dez por cento) para o Fundo de Resgate de Ações Preferenciais Incentivadas de que trata o Decreto-lei líquido de cada exercício pela participação relativa dessas ações no capital social integralizado. O pagamento desse dividendo nº 1.376/74, dedução essa que deixará de ser obrigatória quando essa reserva alcançar o valor necessário para o efetivo será efetuado até 60 (sessenta) dias após a realização da Assembléia Geral Ordinária; b) participação integral nos resultados da resgate da totalidade dessas ações. § 1º - O dividendo previsto neste artigo não será obrigatório no exercício social em que a sociedade, de modo que nenhuma outra espécie ou classe de ações poderá atribuir aos seus titulares vantagens patrimoniais Diretoria, com parecer do Conselho Fiscal, quando em exercício, informar à Assembléia Geral Ordinária ser ele incompatível superiores; c) direito de participar, sem restrições, da distribuição de ações pela incorporação, ao capital social, de lucros acumulados com a situação financeira da sociedade, mas tal resolução não prejudicará o direito de os acionistas preferenciais receberem os ou reservas de qualquer natureza, mesmo de correção monetária; d) prioridade no reembolso do capital, no caso de liquidação da dividendos a que tenham prioridade. § 2º - O saldo terá o destino que, por proposta da Diretoria, com parecer favorável do sociedade. § 2º - Depois de vencido o prazo estabelecido neste artigo, “caput”, a Assembléia Geral poderá, a qualquer tempo, Conselho Fiscal, quando em exercício, for deliberado pela Assembléia Geral, inclusive o seguinte: a) 90% (noventa por cento) declarar resgatadas quaisquer ações preferenciais subscritas com os recursos do FISET-Turismo, valendo como prova do resgate, à Reserva para Aumento de Capital com a finalidade de assegurar adequadas condições operacionais, até atingir o limite de para o efeito automático da retirada de circulação das ações respectivas, a existência de uma ordem de pagamento do valor de 80% (oitenta por cento) do capital social; b) 10% (dez por cento) à Reserva Especial para Dividendos com o fim de garantir a que trata o parágrafo seguinte, em favor do acionista, a ser executada pelo Banco do Brasil S.A. O resgate, que só poderá ser continuidade da distribuição semestral de dividendos, até atingir o limite de 20% (vinte por cento) do capital social. § 3º - Como efetuado pela aplicação do “Fundo de Resgate de Ações Preferenciais Incentivadas”, será feito por sorteio quando não objetivar previsto no artigo 197 e seus parágrafos da Lei de Sociedades por Ações, no exercício em que o montante do dividendo a totalidade das ações preferenciais Classe “A”. As regras do sorteio serão estabelecidas pela Assembléia Geral Extraordinária obrigatório, calculado nos termos deste estatuto ou do artigo 202 da mesma lei, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido que deliberar o resgate. § 3º - O valor do resgate será o que corresponder ao resultado da divisão do ativo líquido da sociedade, do exercício, a Assembléia Geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar o excesso à constituição de constante do último balanço aprovado pela Assembléia Geral, pelo número de ações em circulação. Art. 9º - As ações preferenciais reserva de lucros a realizar. § 4º - As reservas provenientes de lucros auferidos e lucros suspensos, inclusive a reserva legal, Classe “B”, que não gozarão do direito a voto, terão: a) prioridade no recebimento de um dividendo mínimo equivalente ao produto não poderão ultrapassar o capital social. Atingido esse limite, a Assembléia Geral deliberará na forma do artigo 199 da Lei de de 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido de cada exercício pela participação relativa dessas ações no capital social Sociedades por Ações. § 5º - A Assembléia Geral poderá atribuir à Diretoria uma participação nos lucros nos casos, forma e integralizado. Essa prioridade não será exercitável, todavia, em relação às ações preferenciais Classe “A”; b) direito de participar, limites legais. Art. 24 - Poderá a Diretoria: a) levantar balanço semestral no dia 30 de junho de cada ano; b) levantar balanços sem restrições, na distribuição de ações pela incorporação, ao capital social, de lucros acumulados ou reservas de qualquer extraordinários e distribuir dividendos em períodos menores, desde que o total do dividendo pago em cada semestre do exercício natureza, mesmo de correção monetária; c) prioridade no reembolso do capital, no caso de liquidação da sociedade. Todavia, social não exceda ao montante das reservas de capital; c) declarar dividendo intermediário à conta de lucros acumulados ou de essa prioridade não será exercitável em relação às ações preferenciais Classe “A”. Art. 10 - Na forma do artigo 17, § 1º, II, da Lei reservas de lucros existentes no último balanço anual ou semestral. Art. 25 - Em caso de aumento de capital as ações subscritas de Sociedades por Ações, as ações preferenciais terão direito ao recebimento de dividendo, por ação, pelo menos 10% (dez por terão direito a dividendo calculado “pro rata temporis”, a partir da data da subscrição e proporcionalmente aos valores pagos. cento) maior do que o atribuído a cada ação ordinária. Art. 11 - A sociedade poderá, por deliberação da Assembléia Geral, adquirir TÍTULO VII. Da liquidação: Art. 26 - A sociedade entrará em liquidação nos casos legais, cabendo à Assembléia Geral determinar suas próprias ações, sem redução de capital, mediante aplicação de lucros acumulados ou capital excedente, ou por doação. o modo de liquidação e nomear o liquidante que deva funcionar durante o período da liquidação”. Lida e aprovada, vai esta ata § 1º - As ações assim adquiridas serão mantidas em tesouraria, sendo que o capital em circulação da sociedade corresponderá ao assinada pelos presentes. São Paulo, 23 de junho de 2006. MESA: Paulo Celso Bertero - Presidente da Mesa; Aloysio de subscrito menos as ações em tesouraria. § 2º - As ações adquiridas pela sociedade, enquanto mantidas em tesouraria, não terão Andrade Faria - Secretário. AS ACIONISTAS: TRANSAMÉRICA HOLDINGS LTDA. a.) Aloysio de Andrade Faria. direito a voto nem participarão do dividendo votado ou de ações novas distribuídas. § 3º - Por deliberação da Assembléia Geral, ALFA PARTICIPAÇÕES, ADMINIST. E REPRESENTAÇÕES LTDA. a.) Aloysio de Andrade Faria. FAZENDA FORTALEZA com prévia anuência do Conselho Fiscal, quando em exercício, a sociedade poderá recolocar ou vender as ações mantidas em LTDA. a.) Aloysio de Andrade Faria. Esta ata é cópia fiel da original lavrada em livro próprio. Paulo Celso Bertero - Presidente tesouraria. § 4º - O disposto neste artigo não se aplica às ações preferenciais Classe “A” até o prazo em que perdurar a sua da Mesa. CERTIDÃO - Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o nº 174.678/06-0, em sessão de intransferibilidade. TÍTULO III. Da Assembléia Geral: Art. 12 - A Assembléia Geral reunir-se-á, ordinariamente, em um dos 05.07.2006. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.
RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 1º de agosto de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência e recuperação judicial:
Requerente: C. Scheel Cobranças Comerciais S/C Ltda. - Requerida: Metalmais Distribuidora de Metais Ltda. - Avenida Santa Catarina, 2.970 - 1ª Vara de Falências
Quer falar com 26.000 empresários de uma só vez?
Publicidade Comercial 3244-3344
Publicidade Legal 3244-3643
quarta-feira, 2 de agosto de 2006
Empresas Finanças Comércio Exterior Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3
IPC-S TEM PRIMEIRA INFLAÇÃO EM OITO SEMANAS
Volks prepara a quinta geração do modelo Gol, com novidades como câmbio semi-automático.
Elza Fiuza/Abr
BALANÇA FECHA JULHO COM NOVOS RECORDES Superávit no mês passado foi de US$ 5,638 bilhões, melhor julho historicamente
A
Para Armando Meziat (centro): resultado beneficiado pelo fim da greve dos fiscais da Receita Federal
PETRÓLEO Conflito no Líbano faz petróleo ser vendido nos Estados Unidos a US$ 75,40 o barril.
Ó RBITA
EMBRAER Empresa fechou contrato de US$ 15 milhões com a americana Gold Aviation Services.
Chip East/Reuters
EUA DEFENDEM DÓLAR FORTE
O
novo secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson (foto), reiterou ontem a tradicional posição da administração americana em defesa do dólar forte, da flexibilidade cambial chinesa e da manutenção dos gastos com governo e dos impostos em níveis baixos. "Vocês vão me ver focando políticas para manter a confiança na economia americana e elevação da produtividade do país", disse Paulson, em sua primeira entrevista após integrar a equipe da Casa Branca, concedida para a emissora CNBC. Ele visitou ontem a Bolsa de Valores de Nova York, a NYSE. "Eu acredito, firmemente, que o dólar
INFLAÇÃO
A
pós oito quedas consecutivas, terminou na última semana de julho o mais longo ciclo de deflação da história do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), criado em janeiro de 2003. O fim das variações negativas de preço dos alimentos, que passaram de - 0,35% para 0,14%, e a elevação dos combustíveis, fizeram o índice subir 0,06% entre 23 e 31 de julho. (AE) A TÉ LOGO
forte é do interesse da nação", declarou. "Os valores das moedas deveriam ser determinados em mercados competitivos e com base em fundamentos econômicos." Paulson observou que o déficit orçamentário dos EUA, que está em 2,3% do Produto Interno Bruto, é
relativamente igual à média global e está melhorando, graças às receitas que virão e à economia forte. "Esse é um déficit administrável, mas a grande preocupação é o que está, fixamente, à frente — o déficit estrutural de programas sociais." (AE)
BRASIL MELHOR QUE EMERGENTES
O
s analistas Gene Frieda e Flavia Cattan-Naslausky, do Royal Bank of Scotland (RBS), que acabam de concluir uma visita de contatos no Brasil, reafirmaram sua avaliação de que o País terá um desempenho superior à média dos emergentes em 2007, ancorado na manutenção do superávit em conta corrente, inflação em queda, perspectiva de
crescimento e melhora da posição da dívida externa. "O Brasil ainda está navegando sobre uma onda externa que manterá o crescimento suficientemente alto para evitar um grande aperto fiscal e o foco em microrreformas, em vez das macros, provavelmente irá permitir que Produto Interno Bruto se expanda em um ritmo de 3% ao longo dos próximos anos", afirmaram em relatório. (AE)
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
L
Mês a mês, indústrias da região Sudeste consomem menos energia
L
Associação estuda forma de barrar a venda da Way Brasil para Telemar
L
Consumidor brasileiro ainda é pouco crítico com práticas de empresas
balança comercial brasileira registrou o maior superávit mensal da história em julho, de US$ 5,638 bilhões, resultado de exportações de US$ 13,662 bilhões e importações de US$ 7,984 bilhões, beneficiado pelo fim da greve de fiscais da Receita Federal, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. "Não podemos tomar o mês de julho isoladamente para não ter uma análise errônea. Foi um mês que sucedeu uma greve de dois meses, tinha muita coisa retida na importação e na exportação", afirmou o secretário de Comércio Exterior do Ministério, Armando Meziat. A paralisação foi encerrada oficialmente no começo de julho e prejudicou o fluxo de comércio internacional nos meses de maio e junho. As médias diárias de exportações e de importações também apresentaram os maiores níveis da história, de US$ 648,7 milhões e US$ 380,2 milhões. Isso representa avanço de 23,1% e 31,8%, respectivamente, na comparação anual. O governo manteve a meta de vendas externas de US$ 132 bilhões em 2006, com superávit comercial em torno de US$ 40 bilhões. No ano passado, o saldo foi positivo em quase US$ 45 bilhões. A queda no saldo será consequência do avanço das importações, por conta da valorização do real em relação ao dólar. "Acho que as importações vão continuar crescendo acima das exportações", previu o secretário. Ao mesmo tempo, do lado das exportações, a moeda brasileira mais forte reduz a com-
petitividade e as primeiras indústrias a sentir isso foram a calçadista e a têxtil, entre outras. Segundo Meziat, no entanto, os setores "não afetados pelo câmbio são em maior número do que os afetados". A quantidade de empresas brasileiras que exportaram no primeiro semestre deste ano diminuiu em cerca de 1.150 companhias, para 13.786, em relação ao mesmo período de 2005. "Se tem gente saindo (do mercado externo) por causa do câmbio, tem gente entrando com esse câmbio", afirmou Meziat, que considera a redução de exportadoras como algo pontual e que não pode ser caracterizado como tendência. Novo patamar – De acordo com o secretário, o Brasil se consolidou em um novo patamar de comércio exterior, com exportações mensais acima de US$ 10 bilhões e importações superiores a US$ 7 bilhões. O diretor da RC Consultores, Fábio Silveira, citou a melhora nos preços das commo-
dities como influência positiva na balança. "Outra coisa que pesou de forma importante foi o aumento dos preços do minério de ferro", destacou, lembrando do reajuste de 19% no valor da commodity anunciado em meados de maio, que beneficia a Companhia Vale do Rio Doce, maior produtora mundial de minério de ferro. Ano – No ano, o superávit acumulado até julho é de US$ 25,170 bilhões. No mesmo período do ano passado, o saldo era de US$ 24,658 bilhões. Apesar de o superávit até julho ser maior que o registrado em igual período de 2005, a economista-chefe da Mellon Global Investments Brasil, Solange Srour, acredita que o mercado continuará conservador em suas estimativas. Parte da explicação para a alta das exportações é a elevação do preço dos produtos. "Existe muita incerteza em relação ao crescimento mundial e aos preços das commodities no segundo semestre." (Reuters)
Números compensam abril e maio
A
lém do momento propício para as exportações, o resultado recorde da balança comercial de julho se deve a uma compensação dos fracos números registrados em abril e maio. Essa é a avaliação do economista da MCM Consultores Antonio Madeira, que prevê superávit de US$ 43 bilhões no final deste ano, resultado acima da mediana da pesquisa Focus do Banco Central (US$ 40 bilhões). "Podemos ver alguma revisão para cima", afirmou. Segundo Madeira, os preços favoráveis e a continuidade do crescimento mundial são os responsáveis pelos bons nú-
meros da balança. Sua avaliação é de que o dólar também favorece os negócios, ainda que exportadores reclamem da alta do real. "Alguns setores mais prejudicados conseguem manifestar seu desagrado, mas o dólar está bom", disse. Compensação — Além disso, o saldo de US$ 5,638 bilhões em julho, recorde histórico da série, reflete a compensação de números fracos observados em abril (US$ 3,091 bilhões) e maio (US$ 3,026 bilhões), na opinião do economista da MCM. "A balança veio mais forte com o final da greve dos fiscais da Receita Federal", destacou o economista.
Madeira salientou, no entanto, que, nos meses recentes, o valor das exportações tem apresentado queda na margem, basicamente por conta do decréscimo do volume, mesmo que os preços médios de exportação continuem em alta. "Este movimento, em um ambiente caracterizado por real valorizado, tem suscitado dúvidas acerca da trajetória do superávit comercial em 2007." Para o próximo ano, a estimativa da MCM é de um saldo positivo mais baixo da balança comercial, perto dos US$ 32,2 bilhões, levando-se em consideração o pior cenário possível para o período. (AE)
Menahem Kahana/AFP
quarta-feira, 2 de agosto de 2006
Líbano Cuba Invasão Diplomacia
DIÁRIO DO COMÉRCIO
MAIS 30 MIL SOLDADOS EM OFENSIVA
ISRAEL AVANÇA COM FORÇA TOTAL Dezenas de helicópteros, mais de dez mil soldados em terra, ocupações a nordeste e bombardeios aéreos intensos a leste caracterizam uma operação que as autoridades libanesas classificam de "sem precedentes". Israel afirma ter atingido mais de 400 membros do Hezbollah, mas o grupo só confirma 43 baixas. No campo diplomático, desentendimentos continuam: a França se recusa a discutir a ação e Israel e EUA discordam sobre o cessar-fogo.
C
erca de 10 mil soldados israelenses entraram ontem no Líbano, um dia depois de o governo ter aprovado uma ampla ofensiva para empurrar o grupo xiita Hezbollah além do Rio Litani, como estratégia para evitar que continue lançando foguetes contra Israel. As forças de Israel também iniciaram uma ofensiva no nordeste, perto da fronteira síria, numa região que é forte reduto do Hezbollah. Na madrugada de hoje (noite de ontem em Brasília), centenas de soldados desembarcaram de helicópteros num hospital a leste da cidade histórica de Baalbek, no Vale do Bekaa. Ao mesmo tempo, a aviação israelense bombardeava intensamente áreas ao redor. O comando militar de Israel não comentou a operação. Segundo a TV Al-Manar, do Hezbollah, combatentes do grupo travavam ferozes confrontos perto do Hospital AlHikma, gerenciado pelo grupo. As informações são contraditórias. Primeiro, agências de notícias informaram que o hospital estava em chamas. Depois, um porta-voz do Hezbollah garantiu que comandos israelenses estavam dentro do
prédio, cercados pela milícia. Habitantes disseram que há muitas mortes entre os civis. Um oficial do Exército libanês qualificou a operação da Força Aérea de Israel no local como "sem precedentes" e moradores relataram ter visto "dezenas de helicópteros". No sul libanês, os combates também foram pesados. Os soldados israelenses entraram por quatro pontos distintos, com o objetivo de criar uma "zona de segurança" até a altura do Rio Litani, situado a quase 30 quilômetros da fronteira. Com isso, o Exército pretende impedir disparos de foguetes contra o norte de Israel e a aproximação do Hezbollah da fronteira. Do lado israelense o saldo oficial era de três soldados mortos ontem e cinco feridos. O Hezbollah não divulgou suas baixas, que segundo os israelenses totalizam 400 mortos em 21 dias de confronto. O grupo nega esse saldo e só admite a perda de 43 combatentes. Antes do avanço das tropas, a aviação lançou folhetos em vilas onde o Hezbollah é ativo pedindo à população que abandone a região. A Força Aérea vai reiniciar os bombardeios em várias partes do Líbano hoje, depois de
uma suspensão parcial de 48 horas para permitir a saída de refugiados e a entrega de ajuda humanitária. Essa trégua foi decidida depois que o país bombardeou a cidade de Qana, matando 56 civis, na maioria crianças (leia abaixo). Oficialmente, o comando militar diz que as tropas só permaneceriam na área até a chegada de uma força internacional de paz à região. No entanto, com a ampliação da invasão israelense e o anúncio da retomada dos bombardeios, os esforços diplomáticos estão estancados. O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, remarcou para amanhã na sede da organização, em Nova York, o encontro dos países dispostos a contribuir com uma força de paz para ser enviada ao sul do Líbano que fora adiado na segunda-feira. Pouco depois, a França, um dos países que pressionam pelo cessar-fogo imediato, anunciou que boicotará a reunião. Depois de um encontro ontem com a secretária americana de Estado, Condoleezza Rice, o vice-primeiro-ministro de Israel, Shimon Peres, afirmou que o cessar-fogo é questão "de semanas". Condoleezza, porém, disse que a diplomacia avança e a trégua é "questão de dias".
QANA, UMA CIDADE FANTASMA
Q
uando Mohamed Shalhoub acordou na madrugada de domingo, ele estava voando. Mohamed era uma das pessoas que dormiam num prédio de quatro andares quando uma bomba israelense matou 50 pessoas, das quais dezenas de crianças. Isso foi no sul do Líbano, em Qana, onde no começo da tarde de ontem não havia ninguém. Apenas o ruído alto de aviões e o barulho de explosões distantes. Mohamed, um paraplégico de 41 anos, caiu com o peito no chão e não conseguia ver nada em meio à escuridão. Só ouvia os berros por socorro. Rabab, 30 anos, a mulher de Mohamed,
também foi coberta pela poeira e as pedras. Logo procurou pelos filhos, Hassan, de 4 anos, e Zaynab, de seis. A família dormia no andar térreo do prédio. O menino estava bem, mas a menina parecia molhada em sangue. "Logo vi que estava morta porque não se mexia", lembrou Rabab deitada na cama ao lado de Mohamed e de Hassan no Hospital Jabal Amel, em Tiro, a 15 minutos de carro de Qana. Os três têm ferimentos provocados pela estrutura de cimento que veio abaixo e por partículas da bomba. "Não vamos enterrar nossa filha enquanto essa guerra não acabar", disse a mãe.
A contar pela aparência que tinha ontem, Qana se transformou numa cidade fantasma. Na entrada, carros e caminhões atingidos por bombardeios. Para chegar no prédio onde morreram as 50 pessoas é preciso sair da rua principal e dobrar à esquerda numa via estreita. Ao fim da rua, não é possível seguir de carro. Em meio às ruínas, uma casa intacta exibe uma bandeira do Brasil. Os Shalhoub garantem que não havia brasileiros na cidade e que a bandeira deve ser um resquício da Copa do Mundo. O abrigo destruído no domingo fica mais acima. No lugar, não havia cheiro de corpos em decomposição. (AE)
5 Israel está vencendo essa batalha e tem conseguido ganhos impressionantes contra o inimigo. Ehud Olmert
Shannon Stapleton/Reuters
Acima, tropas da infantaria israelense em operação no sul do Líbano. Ao lado, na mesma região, família de libaneses abandona a vila de Aitaron rumo a Bent Jbeil.
6
Líbano Diplomacia Cuba Invasão
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 2 de agosto de 2006
A TV estatal leu um comunicado assinado pelo próprio Fidel no qual ele se dizia "estável" e "com bom ânimo".
FUTURO DE CUBA AINDA É UM MISTÉRIO
´ COMANDANTE RAUL C
Adalberto Roque/AFP
om o apoio das Forças Armadas e do Partido Comunista Cubano, Raúl Castro, de 75 anos, assumiu ontem o poder em Cuba. Ele substitui – de acordo com o discurso oficial, "provisoriamente" – o irmão Fidel Alejandro Castro Ruz, que completa 80 anos no dia 13, submetido a uma cirurgia de urgência para o tratamento de uma hemorragia intestinal. Desde o triunfo da Revolução Cubana, há 47 anos, Fidel nunca abriu mão de suas atribuições. O presidente cubano transmitiu o cargo a seu irmão em carta manuscrita. Após um longo período sem nenhuma informação sobre a cirurgia de Fidel, a TV estatal leu um comunicado assinado pelo próprio líder, no qual ele se dizia "estável" e "com bom ânimo". "Posso dizer que é uma situação estável, mas uma avaliação geral do estado de saúde precisa de mais tempo. O que mais posso dizer é que essa situação permanecerá estável por muitos dias, até que se possa ter um veredicto", dizia o comunicado. O futuro político de Cuba também permanece envolto em misAdalberto Roque/AFP tério. A substituição de Fidel por Raúl foi definida ontem pelo pesquisador Jaime Suchliki, do Instituto de Estudos Cubanos da Universidade de Miami, como "a sucessão prevista" longe da aspiração dos grupos opositores exilados em Miami, que esperam uma rápida transição para a democracia após a morte de Fidel. Para Suchliki, essa é uma hora "definitivamente difícil" para a oposição. "Nesses momentos os aparelhos de segurança do Estado estão em alerta. Não há condição para uma mudança radical". A Casa Branca também deu Raúl assumiu ontem o poder em sinais de não acreditar em alteCuba, "provisoriamente" rações significativas com Raúl ao antecipar que não pretende suavizar o embargo comercial que impõe à ilha. "A imposição de Raúl Castro ao povo cubano significa a contínua negação do direito de seus cidadãos a escolher livremente seus líderes", declarou um porta-voz do Departamento de Estado. Evidentemente sem o mesmo carisma do irmão, Raúl é considerado por muitos analistas como um simpatizante do pragmatismo econômico do regime chinês. Sua posição de sucessor de Fidel se consolidou a partir de 1997, quando se tornou o número 2 na hierarquia do Executivo e do Comitê Central do Partido Comunista - impondo-se à pretensão dos líderes da nova geração comunista, como o chanceler, Felipe Pérez Roque, e o chefe do Conselho de Ministros, Carlos Lage. Antes, Raúl ascendera ao comando do Exército depois que seu antecessor, o general Arnaldo Ochoa foi executado, em 1989, por envolvimento com o narcotráfico. Raúl foi promotor do julgamento militar de Ochoa. (AE)
Veja a íntegra da carta manuscrita de Fidel Castro no site www.dcomercio.com.br
EUA está de olho na situação em Cuba
O
Roberto Schimidt/AFP
governo dos EUA " s u p e r v isiona a situação" de perto após o anúncio da cirurgia do presidente cubano e da delegação do poder a Raúl Castro. Washington já tem plano para Cuba caso Fidel morra. Em um comunicado lido por um de seus porta-vozes, Peter Wa t k i n s , a C a s a Branca evitou fazer suposições sobre a Comemoração de cubanos em Miami saúde do presidente cubano, considerado pelos 2003, para agilizar e facilitar a EUA como um de seus gran- transição democrática em des inimigos desde a revolu- Cuba. "O governo dos EUA ção de 1959. terá de estar bem preparado "Não podemos conjecturar numa eventual assistência sobre a saúde de Fidel, mas pedida pelo governo de trancontinuamos trabalhando sição do governo cubano", para o dia da liberdade de Cu- afirma o relatório. ba", afirma o comunicado, O documento prevê que, os que indica que os EUA "su- primeiros seis meses após a pervisionam a situação" cu- morte - ou derrubada - de Fidel bana. O Departamento de Es- seriam cruciais para o sucesso tado não emitiu uma reação à de Washington na missão. doença de Fidel. A ilha está submetida a um No dia 10 de julho, a secretá- embargo dos Estados Unidos ria de Estado, Condoleezza Ri- desde 1961, dois anos após a ce, apresentou ao presidente chegada de Fidel ao poder deGeorge W. Bush um relatório pois de depor o ditador Fulelaborado pela Comissão de gencio Batista. Assistência a uma Cuba Livre Ontem, em meio às notícias que representa o plano mais sobre a crise cubana, Bush indetalhado até agora do que sistiu em dizer que estava Washington pretende fazer "bem" seus exames médicos quando Fidel morrer. O relató- anuais. Ele insinuou, porém, rio oferece incentivos econô- que pode ter engordado após micos a um futuro Governo de comer pastéis demais. transição em Cuba, além de O presidente dos EUA, que anunciar mais fundos para fez 60 anos em 6 de julho, rea"acelerar o fim da ditadura". lizou exames no Centro MédiBush criou a comissão, em co Naval de Bethesda. (AE)
AMIGOS PARA SEMPRE
O
Em Cuba, homem ainda utiliza a carroça como meio de transporte. Ao fundo, outdoor do líder Fidel. Chip Somodevilla/Getty Images/AFP
Cubano que vive em Miami, nos Estados Unidos, passeia com a bandeira do seu país. Notícia surpreendeu.
Irmão mais novo e muito mais radical
O
ministro da Defesa de Cuba, Raúl Castro, é o fiel irmão mais novo do presidente Fidel Castro e seu sucessor designado. Aos 75 anos, cinco anos mais jovem que Fidel, Raul é muito menos carismático que o irmão, mas muito mais radical. Na segunda-feira à noite, Fidel transferiu temporariamente seus poderes presidenciais para Raúl, dizendo aos cubanos, pela TV, que faria uma cirurgia em razão de um sangramento gastrointestinal,
aparentemente provocado pelo estresse de suas recentes aparições públicas na Argentina e em Cuba. Na condição de vicepresidente do Conselho de Estado, o corpo regente supremo de Cuba, Raúl está legalmente nomeado para assumir o papel do irmão do presidente do conselho na eventualidade da "ausência, doença ou morte" dele. Três semanas depois de ter assumido o poder, em janeiro de 1959, Fidel nomeou Raúl seu sucessor, dizendo as seus partidários: "Atrás de mim há outros mais radicais do que eu". Ele nomeou Raúl oficialmente seu sucessor num congresso do Partido Comunista em outubro de 1997, dizendo: "Raul é mais jovem do que eu, mais vigoroso do que eu.
Ele conta com mais tempo". Como chefe das Forças Armadas de Cuba, Raúl esteve associado ao envolvimento militar de Cuba em Angola e na Etiópia na década de 1970, assim como nos bem-sucedidos esforços dos militares em tempo de paz para ajudar a resgatar a economia de Cuba após o colapso da União Soviética, em 1991. Numa rara entrevista no início de 2001, Raúl falou com uma franqueza fora do comum sobre a eventual morte do irmão mais velho e incentivou os Estados Unidos a fazerem as pazes com Cuba enquanto Fidel ainda estivesse vivo. Mais tarde, disse ele, "será muito mais difícil", querendo dizer que seria mais difícil lidar com ele.
Em Miami, comunidade cubana reage com surpresa
A
comunidade cubana de Miami reagiu ontem com surpresa e ceticismo à notícia de que o presidente Fidel Castro, delegou poderes provisoriamente ao seu irmão Raúl, para ser submetido a uma operação. Alfredo Mesa, diretor e porta-voz da Fundação Nacional Cubano-Americana, disse que, por enquanto, a situação é muito confusa e que é conveniente analisar com detalhes as poucas informações procedentes de Havana. "Lembramos ao povo cubano que estamos dispostos a ajudar numa transição não violenta", afirmou Mesa. "Por
enquanto é melhor esperar. Claramente estamos diante de uma tentativa de sucessão, mas ainda é cedo para tirar conclusões", acrescentou. "Existem grandes expectativas dentro e fora da ilha, mas é preciso esperar o alcance da doença", afirmou Ramón Saúl Sánchez, presidente do Movimento Democracia. "A presença de Raúl Castro no poder é algo preocupante, porque pode provocar reações muito duras", acrescentou. Programas – Os meios de comunicação de Miami reagiram imediatamente à informação com programas especiais analisando a situação. Tanto as re-
des de TV quanto as emissoras de rádio reagiram com cautela. Centenas de pessoas com bandeiras de Cuba se concentraram na rua Oito, centro nervoso do exílio cubano em Miami, esperando receber informações mais detalhadas. O médico Omar Vento explicou ao canal 41 de Miami que a doença de Castro pode ser considerada grave e que, aparentemente, houve uma forte hemorragia que os médicos cubanos não conseguiram conter. Para uma pessoa de sua idade, segundo o médico, uma hemorragia intestinal pode causar, inclusive, graves problemas cerebrais.
presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que espera que a transição de poder em Cuba ocorra da "melhor forma possível". Lula enviou o seguinte comunicado: "querido presidente e amigo, em nome da amizade que nos une e da luta que travamos em favor do desenvolvimento e da igualdade entre os povos, quero transmitir-lhe os votos de pronta recuperação. Estou aqui expressando, caro presidente, meu sentimento pessoal, o de meu governo e o de seus muitos amigos no Brasil. O presidente boliviano, Evo Morales, também expressou sua solidariedade e a certeza do restabelecimento do presidente cubano. "Estamos certos de que, com a fortaleza que demonstrou ao longo de sua exemplar trajetória, irá superar este novo transe para continuar na trincheira da luta antiimperialista", disse, em comunicado. O Ministério das Relações Exteriores venezuelano considera Fidel "uma das personalidades mais importantes do mundo moderno". O comunicado complementa as palavras ditas na segunda pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, que desejou "de todo o coração" que Fidel "se recupere o mais rápido possível".
Especialista diz que a sucessão já começou
A
substituição de Fidel Castro pelo seu irmão, Raúl, no comando do regime cubano é "uma sucessão de fato". Assim definiu ontem o momento atual de Cuba o professor Jaime Suchliki, do instituto de estudos cubanos da Universidade de Miami. Para o pesquisador, o que ocorre na ilha é "a sucessão prevista". Suchliki acredita que este seja uma hora "definitivamente difícil" para os opositores do regime tentarem uma mudança institucional no país. "Nesses momentos, os aparatos de segurança do Estado se encontram em alerta e é muito, mas muito difícil para a oposição", disse o professor. "Não vai haver uma mudança radical", garante. Analisando a postura que deve ter o governo dos Estados Unidos em relação a Cuba neste momento de mudanças, Peter Hakim, presidente do centro de estudos políticos Diálogo Interamericano prega cautela. Para ele, as autoridades dos EUA "deveriam estar agora muito tranqüilas, porque não sabemos se vai haver uma briga pela sucessão e se ela será violenta". Hakim diz que seria um erro, por exemplo, "agitar os grupos de Miami", referindo-se aos dissidentes do regime de Fidel que vivem na cidade americana. Para ele, não deve haver nenhuma mudança "imediata" no rumo político do país nem em suas relações com os EUA.
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 -.OPINIÃO
quarta-feira, 2 de agosto de 2006
LENTE DE
AUMENTO
OUSAR VENCER, COMO DIZIA MAO é, na verdade, aparente. Está maduro! Falta arriscar mais! Heloísa Helena já tem seu primeiro mote: abaixar os juros. Cristovam, a educação e agora uma fatia do bolsafamília para criar emprego. Ousar lutar, ousar vencer, como dizia Mao! No JN a audiência não é só de A e B. Uma grande parte é C e D. O Alckmin deveria reler o que falou ontem no JN sobre emprego. Não dá para entender! Talvez nem A e B! Leia, Alckmin! Depois de tirar fotos e cumprimentar eleitores ele foi abordado por um pedreiro desempregado e falou dos planos para criar vagas. “É preciso o Brasil fazer as reformas para poder num mundo globalizado ter boa competitividade. O que não pode é a ineficiência do Estado tirar a eficiência das empresas. Esse é o grande desafio. Aí o emprego
ED Ferreira/AE
G Alckmin
precisa mudar o discurso
avançou para este patamar de 30% no Brasil todo, o que na verdade significa ir ao patamar anterior do Serra, (que, de partida, era bem mais conhecido que ele). Ou seja: Alckmin mostrou que é capaz de absorver todos os votos próprios de seu campo. Mas ainda não avançou sobre os votos disponíveis de Lula, que são apenas gordura à espera de quem possa retirá-la. Para isso é necessário que as intervenções de Alckmin sejam mais propositivas. Que se afirme compromissos claros. O eleitor vota no futuro. E isso tem faltado. Tomando 15 dias de jornais e de Jornal Nacional, não se tem praticamente nenhuma proposta concreta e de fácil assimilação pelo eleitor. Bem, pode ser que sua assessoria prefira deixar isso para o programa eleitoral a partir de 15 de agosto. Mas não custa nada ir aquecendo os tamborins e testando propostas. Portanto, aquela inconsistência citada no início
cresce”... Também no JN, Heloísa Helena estava impecável, abraçada com menores e depois com um ramo de flores vermelhas (aliás, como quase todos os dias). Pegaria bem, agora, fazer um enorme carinho nos idosos. O Fantástico fará uma série a respeito dos idosos, com Dráuzio Varela e isso facilitará o link na memória do eleitor! E fará o contraponto com a forma grosseira que Lula usou para se dirigir a eles. Dá-lhe senadora! O truque do Lula de aparecer duas vezes no JN uma como candidato e outra como presidente - não está pegando. Democraticamente, o JN só o faz aparecer uma vez , como todos os demais. Lula que escolha se quer sair como presidente ou candidato, mas nunca duas vezes. É o que se deduz dos últimos dias do JN! Bom! ANÁLISE DE CESAR MAIA, PREFEITO DO RIO (PFL) BLOGCM@CENTROIN.COM.BR
F altam atrativos para o eleitor fazer nova opção
Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente em exercício Alencar Burti Presidente licenciado Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi
Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)
Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: , Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046
JOÃO DE SCANTIMBURGO
TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM
V Roberto Alvarenga
A
s pesquisas de opinião mostram uma aparente inconsistência. Lula e os serviços do governo vem sendo sofrivelmente avaliados, mas a intenção de voto em Lula continua alta. Tomemos o Estado do Rio como exemplo. Pelo Ibope da primeira quinzena de julho, Lula tem 30% de Ótimo+Bom e 32% de Ruim+Péssimo. Na capital, pior que isso, como sempre. Nesta pesquisa o Ibope perguntou se o eleitor queria mudar totalmente a administração ou mudar muita coisa: 48% responderam afirmativamente. Na capital, 55%. Só 15% querem que fique tudo como está e mais 15% que se fizesse algumas mudanças, num total de 30%. Mas, por que o Lula lidera com alguma facilidade? Não é difícil explicar. Alckmin
Discursos de candidatos BENEDICTO FERRI DE BARROS
O
discurso pronunciado por Serra por ocasião da homologação de sua candidatura ao governo de São Paulo, ao contrário do pronunciado por Lula no lançamento da sua, foi a melhor colocação que poderia fazer das razões que legitimam sua candidatura. Para minimizar os erros e desmandos de seu desgoverno Lula alegou que todos os políticos e governos são iguais - embora o dele tivesse vindo com a promessa de mudar tudo que aí estava. Mostrando que políticos são desiguais, Serra não fez promessas – apresentou propostas. Eis toda a diferença entre políticos ordinários que são todos iguais, e políticos que, com formação de estadistas, sabem quais são as obrigações de seu cargo e os motivos que os levam a pleitear posições mais altas.. Há muita retórica ociosa a respeito da política e de governo. Mas a arte de governar se resume a duas atividades essenciais: a capacidade de comandar e dirigir e o ofício de administrar. Ambas pressupõem honestidade, capacidade e experiência – e uma montanha de outras qualidades pessoais, de caráter, de conhecimento e de comportamento Como qualquer outra atividade humana, o ofício de governar não passa de uma prestação de serviços destinada a resolver problemas e a atender necessidades da comunidade e de seus cidadãos. Como qualquer outra atividade, isso não se improvisa, depende de tirocínio que só se
adquire longa e lentamente, pela experiência de seu exercício. O que há de específico na atividade de governar é seu caráter político, que supõe a disposição de unir, de conseguir boa vontade e consenso em torno de objetivos essenciais para a comunidade. Não se governa "contra" ou por oposição. E o ideologismo, que é sectário por sua própria essência, é o maior obstáculo a um governo democrático, que, também por sua própria essência, visa e depende de consenso.
O
comportamento e a postura de candidatos a governo são uma primeira e reveladora manifestação de como encaram sua função. O democrata autêntico não se presume um líder zoológico, que como um orangotango bata no peito como um tambor, arreganhe os dentes para seus concorrentes e com os dedos em riste espete o eleitorado em todas as direções, como lhes determinando o caminho a seguir. Simplesmente elabora um programa como roteiro de realizações a cumprir e as oferece ao julgamento do eleitorado. Foi o que fez Serra no discurso a que nos referimos no início deste artigo e é esta postura de clareza e seriedade que vem consistentemente adotando desde então. Em contraponto, Mercadante, seu pretenso concorrente, limitou-se a dizer que Serra nada fez por São Paulo, o que não deve lhe garantir nem placê na apuração da eleição que vem aí.
O democrata autêntico não se presume um líder zoológico, um orangotango.
Serviços made in Brazil NAPOLEÃO CASADO FILHO
U
m dos grandes obstáculos encontrados pelos países na Rodada Doha de negociações da Organização Mundial do Comércio são as proteções ao mercado interno de serviços. Os americanos costumam se opor à derrubada de suas barreiras agrícolas, requerendo a abertura do mercado de serviços como contrapartida dos países em desenvolvimento, entre eles o Brasil. A negociação, embora em ritmo lento e sem perspectiva de soluções em curto prazo, reflete um caminho inevitável para as empresas prestadoras de serviços brasileiras: a exportação de serviços. Nossa indústria e nossa agricultura há alguns anos deixaram de ter como único horizonte o mercado interno. O processo foi doloroso, com muitas empresas sendo literalmente varridas do mapa. Mas as que sobreviveram estão contribuindo para o registro de contínuos superávits em nossa balança comercial. A estratégia vencedora foi a do contra-ataque: em vez de focar no mercado interno, buscou-se o externo e, com isso, houve uma melhoria na qualidade dos produtos, tornando-os competitivos também internamente. O mercado de serviços, basicamente formado por pequenas e médias empresas, ainda parece não ter despertado para as possibilidades do mercado externo. Além de se robustecer para enfrentar a concorrência estrangeira que certamente virá, tais empresas precisam urgentemente preparar seus quadros para prestarem serviços no exterior. Algumas empresas já perceberam a oportunidade, especialmente no setor de Tecnologia da Informação. Nossas exportações de serviços saltaram de US$ 6 bilhões em 1995 para US$ 14,9 bilhões em 2005. Desempenho ainda inexpres-
sivo, quando se sabe que o setor movimenta US$ 2,4 trilhões ao ano, segundo a própria Organização Mundial do Comércio. A tributação das empresas que exportam serviços é diferenciada. Há imunidade com relação às contribuições sociais (PIS/COFINS). A extensão do benefício para a CSLL e CPMF vem sendo discutida nos tribunais com algumas vitórias dos contribuintes. Há ainda isenção do Imposto sobre Serviços (ISS), caso o resultado da prestação ocorra no exterior. É bem verdade que o empresário estará sujeito à tributação do país do cliente e destinatário dos serviços, mas esta provavelmente será menor do que a nossa já conhecida carga tributária. Como se não bastasse, para o setor de tecnologia da informação o governo federal ainda concedeu, este ano, mais benefícios com a Plataforma de Exportação de Serviços de Tecnologia da Informação (REPES), que estabelece uma série de isenções às empresas de TI que exportarem mais de 80% dos seus serviços. Na mesma lei, há um Regime especial para aquisição de bens de capital para qualquer empresa preponderantemente exportadora.
É
evidente que a idéia de barreiras comerciais tende a, um dia, ser história. As bases jurídicas para que as empresas brasileiras sejam competitivas no mercado externo estão lançadas. Cabe agora aos nossos prestadores de serviços se preparar para que, daqui a alguns anos, estejam escrevendo a história na condição de vencedores dessa batalha, com seus serviços sendo prestados com qualidade em todo o mundo. NAPOLEÃO CASADO FILHO É ADVOGADO DO TREVISIOLI ADVOGADOS ASSOCIADOS NAPOLEAO@TREVISIOLI.COM.BR
P ara exportar serviços as pequenas empresas precisam retreinar seu pessoal
ai se condensando a campanha presidencial, nela figurando as candidaturas mais em evidência, ainda prevalecendo a opção por Luiz Inácio Lula da Silva, vindo Geraldo Alckmin em lugar imediato. Não se pode, ainda, fazer idéia de quem terá a preferência do enorme eleitorado disposto a indicar sua tendência prévia, que tem se modificado nos últimos dias. Louvamos o Ibope pelo êxito das suas amostragens, que se aproximam da verdadeira conclusão do jogo político. Mas, advertimos que esse instituto, e outros congêneres, também sérios e bem organizados, transmitem a tendência do momento da coleta de amostras, que varia com grande velocidade de um momento para o outro. G A amostragem
requerida pelos institutos de opinião não é um dado definitivo, mas precário e próximo da verdade.
A
Psicologia Social reconhece que em países onde a opinião pública se mostra rapidamente ao coletor de amostra é mais fácil ter seu resultado amplo, que em países onde a opinião pública não goza do unitarismo das grandes organizações populares, colhidas com segurança, como nos EUA, na França, na Inglaterra, na Alemanha, no Japão e em algumas regiões do Brasil, onde os jornais têm grande influência na opinião pública. Uma coleta de amostras requer formação sócio-psicológica dos coletores, que não podem deixar-se desviar, ainda que não contagiados pelo fenômeno da preferência abrangente. É o caso das amostras colhidas até agora para as eleições de outubro. Tem aparecido o presidente da República com mais percentual para seu nome do que para os demais candidatos. Essa tendência poderá mudar até setembro, quando teremos a amostra perto da realidade dos números finais da campanha. Em suma, a amostragem requerida pelos institutos de opinião não é um dado definitivo, mas precário e próximo da verdade. São fatos que devem ser levados em consideração pelos patrocinadores das pesquisas e pelos torcedores das disputas em curso. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 2 de agosto de 2006
3
Política
Vai ser a inserção dela na política internacional 'solita', me representando. Luiz Inácio Lula da Silva, sobre a viagem de Marisa à Colômbia.
PRÉ- CANDIDATA À PRESIDÊNCIA DENUNCIA CORRUPÇÃO EM SEU PARTIDO. PALOCCI NA MIRA DO TSE. Alan Marques/Folha Imagem
PALOCCI: DUPLA IDENTIDADE. Tribunal Superior Eleitoral (TSE) intima Antonio Palocci a esclarecer por que apresentou dois números diferentes de Cadastro de Pessoa Física (CPF).
O 46% DOS PAULISTANOS REJEITAM LULA Enquete da Fecomercio descobre que 11,9% rejeitam Alckmin. Cristovam é o mais palatável.
E
nquete realizada pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) indica que o presidente da República e candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva, tem rejeição de 46,3% entre o eleitorado da cidade de São Paulo. A Pesquisa de Avaliação Política (PAP) foi produzida em 7 de julho e ouviu cerca de mil eleitores na capital paulista, sendo registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número PET 1970 e tem como
presidencial na capital paulista, com 46,9% das intenções de voto, seguido por Lula, com 27,1%; Heloísa Helena (8,5%); Rui Pimenta (0,7%); José Maria Eymael (0,6%); Cristovam Buarque (0,5%); e Luciano Bivar (0,1%). Votos brancos e nulos representaram 5,3% das citações, enquanto 10,4% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder. Pr es id en te – Também foi pesquisado pela Fecomércio qual a avaliação dos eleitores paulistanos sobre o governo
margem de erro 3 pontos percentuais, para mais ou menos. Ao responderem à pergunta "se a eleição para presidente fosse hoje, em quem você NÃO votaria de maneira alguma?", 46,3% dos entrevistados citaram Lula (PT); 11,9%, Geraldo Alckmin (PSDB); 7,8%, José Maria Eymael (PSDC); 6,8%, Heloísa Helena (PSOL); 6,3%, Rui Pimenta (PCO); 3,5%, Cristovam Buarque (PDT) e 3, 8%, Luciano Bivar (PSL). Intenção – A PAP constatou que Alckmin lidera a corrida
Lula. Para 7,7% dos entrevistados, a administração é ótima; 41,3% a consideram boa; 48,6%, ruim; e 2,5% não sabem ou não quiseram responder. Governador – Instigados a avaliar a administração de Alckmin à frente do governo de São Paulo, 76% a aprovaram; 10,8% a consideraram ótima e 65,2% acham que foi boa. Já para 18,5% dos entrevistados, o governo de Geraldo Alckmin foi ruim, ao passo que 5,5% não sabem ou não responderam a pergunta. (AE)
W Valente/AE
CANDIDATA REQUER INTERVENÇÃO NO PRP
A
candidata à Presidência da República pelo Partido Republicano Progressista (PRP), Ana Maria Teixeira Rangel, entrou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com pedido de intervenção contra Ovasco Roma Altimari Resende e Oswaldo Souza Oliveira, respectivamente presidente e vice-presidente nacional do PRP. A candidatura de Ana, cujo requerimento tramita no TSE, sofreu duas impugnações: uma pelo Ministério Público Eleitoral e outra pelo próprio vice-presidente do PRP. Na petição, a candidata relata um suposto sistema de corrupção dentro do partido, uma espécie de caixa 2. Ela argu-
menta que teria sido coagida pelo presidente nacional a pagar R$ 14 milhões que seriam distribuídos entre os diretórios regionais e estaduais, a título de apoio político. Sustentou ainda que, para custear esses apoios – que na verdade seriam para garantir a sua candidatura – o presidente do partido pedira que ela depositasse em sua conta bancária particular, e na do vice-presidente, a quantia de R$ 500 mil para cada um. Explicou que os comprovantes dos depósitos foram entregues no dia da convenção do partido. Com o intuito de obter provas a seu favor, Ana Maria efetuou os depósitos. Ela argumentou que, mesmo tendo si-
Candidata disse que depositou R$ 1 milhão para comprovar esquema
do declarada candidata oficial à Presidência da República pelo PRP, a agremiação não registrou sua candidatura perante o TSE, cabendo a ela fazê-lo. Ana Maria admitiu que, dentre os requisitos para o seu registro como candidata, falta
A Ó RBITA
DERROTA
O
candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin, sofreu um novo revés. Depois de passar quase seis anos incólume pelo legislativo paulista, o exgovernador pode se tornar alvo de uma série de CPIs pedidas pelo PT e por parte do aliado PFL em São Paulo. O Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou ontem as restrições regimentais que impediam as investigações pela Assembléia Legislativa, atendendo um pedido feito em novembro passado pela bancada petista.
primeira dama Marisa Letícia irá representar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dia 7, na posse do presidente da Colômbia, Álvaro Uribe (reeleito) , numa tarefa delegada geralmente ao vicepresidente da República ou aos presidentes da Câmara e do Senado. Lula desistiu de ir à posse de Uribe porque quer ficar no Brasil para se dedicar à campanha eleitoral. " Estou preparada, estou preparada", disse dona Marisa, ao lado de Lula, num evento no Centro de Convenções de Brasília. "Vai ser a inserção dela na política internacional "solita" (sozinha), me representando. É importante. Obviamente que eu vou ficar aqui, com ciúmes", disse Lula, aos risos. Assessores do Planalto lembram que as primeiras
Ricardo Stuckert/ABr
MARISA EM NOME DE LULA
a cópia autenticada da ata da convenção partidária que a escolheu. Assegurou, no entanto, que até agora o PRP não lhe forneceu tal documento. Diante disso, a candidata pede que Ovasco e Oswaldo sejam substituídos. (AE)
AGENOR É EFETIVADO MINISTRO
O Marisa Letícia vai à Colômbia
damas do Brasil não costumam assumir essas funções. Primeira-dama não é um cargo, mas mesmo assim dona Marisa inovou ao criar um amplo gabinete para si no terceiro andar do Palácio do Planalto.
presidente Luiz Inácio Lula da Silva efetivou no comando do Ministério da Saúde o ministro interino José Agenor Álvares da Silva, que assumiu a pasta no fim de março, quando vários ministros deixaram o governo para disputar as eleições de outubro. Na época Saraiva Felipe deixou a pasta para concorrer a um novo mandado de deputado federal. Lula também efetivou o secretário de Aqüicultura e Pesca, Altemir Gregolin. A secretaria tem status de ministério.
PF QUER MINISTRO DA JUSTIÇA
A
Polícia Federal está tentando descobrir um jeito de ouvir seu próprio chefe, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, no caso da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa. O episódio já causou a queda do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, do presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, e de três assessores. Com dois meses de atraso, o inquérito está inconcluso por causa de alguns pontos obscuros. Um deles é a confusa participação de dois assessores de Bastos na violação da conta do caseiro. O relatório final está quase pronto, mas a recusa do ministro em depor está deixando de saia justa o delegado Rodrigo Gomes, encarregado do inquérito.
Beto Barata/AE - 16/03/2006
MAIS PRÓXIMOS – Apesar da chapa Cristovam Buarque (PDT) e Heloísa Helena (PSOL) não ter vingado – já que parte do PSOL não o aceitou como vice – ambos demonstraram ontem , no Plenário do Senado, o que tem em comum: a extrema cordialidade.
Tribunal Superior parágrafo 1º, inciso II, da Lei Eleitoral (TSE) inti- 9.504/97". O inciso citado inmou na segunda- forma que entre os documenfeira o ex-ministro tos necessários a qualquer canda Fazenda, Antonio Palocci , a didatura está a autorização do esclarecer até amanhã irregu- candidato por escrito. Bonsaglia publica em seu laridades apontadas pelo Ministério Público Federal em despacho um extrato de consua candidatura a deputado sulta feita ao Tribunal Regiofederal, sob pena de tê-la im- nal Eleitoral o qual aponta a pugnada. O procurador regio- impossibilidade de consulta nal eleitoral, Mario Luiz Bon- sobre a utilização de procurasaglia, constatou que entre as ção por candidato ausente de irregularidades no processo seu domicílio eleitoral para a assinatura do rede requerimento querimento de rede candidatura es- Alan Marques/ Folha Imagem gistro de candidatá a apresentação tura. de dois números de Apesar de ser CPF diferentes. candidato por São Nas certidões Paulo e declarar criminais reunidas domicílio eleitoral por Palocci, o canem Ribeirão Preto, didato informa o Palocci reside em número do CPF Brasília desde o fi081.532.288-70, dinal de 2002, quanferente do número do ainda se prepado CPF do docurava para assumir mento apresentado pelo ex-minis- Palocci: estranho engano o cargo de ministro tro: 062.605.448-63. No site da da Fazenda. Mesmo após deiSecretaria da Receita Federal, o xar o cargo, em 27 de março de primeiro número pertence a 2006, Palocci seguiu com resiNélio Aguiar Bíscaro e o se- dência na capital federal. "A responsabilidade do cangundo realmente é de Palocci. Em Ribeirão Preto, cidade didato perante a Justiça Eleitonatal de Palocci e onde e tem ral é pessoal e intransferível. domicílio eleitoral declarado, Portanto, não é possível a oua empresa de telefonia local in- torga de instrumento público forma que existe um Nélio ou particular, por candidato a Aguiar Bíscaro entre seus assi- cargo eletivo ausente de seu nantes, o único em toda sua domicílio eleitoral, para a assiárea de abrangência, mas nin- natura do requerimento do reguém foi encontrado no núme- gistro de candidatura", conclui Bonsaglia. ro de telefone informado. Erro de digitação– A assesDeclaração de bens – Além da divergência no CPF, Bonsa- soria jurídica do ex-ministro glia apontou ainda discrepân- da Fazenda Antonio Palocci cia entre os bens declarados e (PT), divulgou nota oficial na apontados por Palocci em sua qual reitera que houve um encandidatura. "Ademais, o ora gano no número do CPF fornerequerido (Palocci) não indi- cido pelo agora candidato a cou os valores individuais de deputado federal em seu protodos os bens declarados", in- cesso de registro. A assessoria de Palocci neforma Bonsaglia em seu despacho. Por fim, o procurador gou ainda que haja irregulariregional eleitoral informou ao dades na declaração de bens TSE que o requerimento de re- do candidato e informou que gistro de candidatura de Pa- ele teria regularizado a assinalocci não foi assinado por ele, tura no requerimento de canmas sim pelo representante didatura, feita por um procuconstituído por meio de uma rador. Os dois pontos também procuração, "o que não preen- foram questionados pelo Miche os requisitos do artigo 11, nistério Público. (Agências)
O caseiro que abalou o planalto
Bastos disse que nunca recebeu pedido da PF para depor e que se isso ocorrer, irá sem problemas. Ele já prestou depoimento à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara sobre sua participação nos fatos.
quinta-feira, 3 de agosto de 2006
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
1 Guido Mantega calcula que a Lei Geral vai provocar uma renúncia fiscal de R$ 5,3 bi por ano
LEI GERAL DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS PODE SAIR DO PAPEL EM SETEMBRO, DIZ MANTEGA
LEI DOS PEQUENOS NA RETA FINAL
D
epois de participar existem vários trâmites, como d e u m a re u n i ã o a unificação de planilhas fedecom líderes parti- ral estaduais e municipais. Também participaram da dários, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reunião para discutir a Lei Gedisse ontem acreditar que a ral o presidente da Câmara, Lei Geral das Micro e Peque- Aldo Rebelo, e o diretor-presinas Empresas será votada em dente do Serviço Brasileiro de setembro. Segundo Mantega, Apoio às Micro e Pequenas a Receita Federal aceitou uma Empresas (Sebrae) Nacional, renúncia fiscal estimada em Paulo Okamoto, que afirmou R$ 5,3 bilhões por ano como ter conversado com líderes do consequência inicial da apro- PFL e PT sobre o assunto, e vação do projeto. A expectati- concluiu que há consenso pava do governo, no entanto, é ra votar o projeto. "Com a de que o aumento da formali- aprovação da lei, os empresários brasileiros dade garanta a terão uma norrecuperação ma de primeiro desse valor e mundo", disse uma arrecadaOkamoto. ç ã o e x t r a d e Com a aprovação da Histórico – O R$ 478 milhões. lei (das micros e projeto da Lei O cálculo foi pequenas empresas), Geral está com feito com base discussão abere m e s t u d o d a os empresários ta no plenário da F u n d a ç ã o G e- brasileiros terão Câmara desde t ú l i o Va r g a s uma norma de fevereiro, mas a ( F G V ) , q u e primeiro mundo. votação está emapontou que, ao Paulo Okamoto, perrada porque final de 2007, presidente do Sebrae a pauta vem senseria possível d o s u c e s s i v ater cerca de 1 mente trancada milhão de empresas saindo da informali- por medidas provisórias e prodade, com a criação de 2 mi- jetos com urgência constitulhões de empregos com car- cional. E também por falta de teira assinada. O estudo foi acordo entre governo e oposiapresentado pelo deputado ção sobre assuntos polêmicos. Para valer a partir de janeiro federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), relator da maté- de 2007, a Lei Geral precisa ser ria. O projeto não prevê perda aprovada pela Câmara e Senade arrecadação para estados, do e promulgada pelo presidente da República ainda em municípios e Previdência. Esforço – De acordo com 2006. A grande preocupação é Mantega, há um grande acor- que isso não ocorra, inclusive do para votar a proposta. An- pelo esvaziamento do Contes disso, porém, o governo es- gresso no período eleitoral. pera aparar algumas arestas. Por isso, há a expectativa de Mesmo que a matéria seja vo- que a pauta possa ser desobstada neste ano, o ministro ad- truída e o projeto seja votado mitiu que não será fácil colocar nessas semanas de esforço a lei em vigor em 2007, já que concentrado. (Agências)
REFIS
Luis Cruvinel/Ag. Câmara
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reuniu-se com líderes partidários para discutir o destino da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas
Taxa de vale-refeição na Justiça Pablo de Sousa/LUZ
Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) entrou na Justiça contra as operadoras de vale-refeição com o objetivo de diminuir as taxas cobradas. Hoje, apesar de um acordo firmado entre as partes definindo em 3,5% o valor pelo uso dos vales, as emissoras cobram 7% dos pequenos e médios empresários. Segundo o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci Jr, o acordo foi firmado em 2002 e começou a ter validade no ano passado, quando os tickets eletrônicos passaram a ser usados. Antes, quando os vales eram emitidos em papel, as taxas variavam entre 8% e 12%.
dos da Abrasel, mas para todos os empresários do setor. No entanto, Solmucci critica o fato de as operadoras cobrarem taxas menores (em torno de 2,5%) das grandes redes e ressalta que a saúde financeira dos pequenos e médios pode comprometer a qualidade dos produtos. O presidente da Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert), Artur Almeida, que representa as empresas de vales, diz que a cobrança de uma taxa única, independente do porte do estabelecimento ou da rede, vai contra o princípio da livre concorrência.
Brasília, da marcha pela redução de impostos. Eles se encontraram com a presidente do Conselho de Defesa Econômica (Cade), Elizabeth Farina, o chefe do gabinete do Ministério da Casa Civil, Giles Carriconde Azevedo, e o senador Paulo
Paim (PT-RS), para pedir a volta do sistema de tributação ad valorem, pelo qual a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é variável de acordo com os preços dos produtos. Segundo a Afrebras, como
as pequenas e médias empresas do setor vendem seus produtos a preços cerca de 30% menores, o justo seria que sua carga tributária também fosse menor do que a das grandes corporações do setor.
A
Marcha bem recebida
Empresário ganhará C guia do parcelamento O
Essas informações estarão Sebrae, em parceria com a Federação Nacional das no guia prático, no formato de Empresas de Serviços Contá- perguntas e respostas. Serão beis e das Empresas de Asses- detalhados desde quem pode soramento, Perícias, Informa- aderir e como fazer isso até a ções e Pesquisas (Fenacon), es- burocracia a ser cumprida. tá produzindo um guia prático Também haverá recomendapara orientar micros e peque- ções, como a necessidade de os nos empresários sobre o novo empresários buscarem assesparcelamento de débitos tribu- soria para fazer as contas e vetários com a Receita Federal, rificar se o parcelamento é viável para sua Proc ur ad or ia Divulgação empresa. G e r a l d a F a"O empresázenda Naciorio precisa esnal e Instituto tar muito bem Nacional de orientado, até Seguro Social mesmo para (INSS), conhen ã o s e r s u rcido como Repreendido por fis III. detalhes como O programa o fato de que foi instituído nesse parcelapelo governo mento não pofederal dia 30 de haver atrade junho, por so de mais de meio da Mediduas parcelas, da Provisória º sejam elas con3 0 3 , r e g u l asecutivas ou m e n t a d a e m Spínola: apoio ao empresário alternadas", julho. O parcelamento é aberto a empresas afirma o consultor da Unidade de todos os portes, incluindo de Políticas Públicas do Sebrae, André Spínola. as optantes do Simples. Acesso –A previsão é de que O benefício é permitido para débitos vencidos até 28 de feve- o guia prático esteja pronto na reiro de 2003, para quitação em próxima semana. Ele estará até 130 parcelas, com redução disponível no site do Sebrae de juros e multas. Vale também (www.sebrae.com.br) e será dispara os vencidos entre 1° de tribuído aos empresários e março de 2003 e 31 de dezembro contabilistas por meio das unide 2005, com pagamento em até dades da instituição em cada estado do País. (Ag. Sebrae) 120 meses, sem reduções.
"As operadoras alegavam que cobravam taxas altas por causa dos custos com a emissão
do vale papel. As duas partes, então, concordaram que, com o cartão eletrônico, as taxas poderiam ser menores, mas nunca chegamos ao percentual estabelecido", afirma Solmucci. Na ação, a Abrasel pede o reembolso dos valores pagos a mais, além da correção monetária do período, juros, custas e honorários advocatícios. A entidade acredita que o valor da causa seja de cerca de R$ 1 bilhão. O setor de bares e restaurantes gera uma receita de cerca de R$ 40 bilhões por ano no Brasil, dos quais R$ 10 bilhões são pagos com vales-refeição. O pedido judicial não é válido apenas para os 700 mil associa-
erca de 62 pequenos e médios fabricantes de refrigerantes do País participaram, ontem, em
Paulo Solmucci: ação vale um R$ 1 bi
Clarice Chiquetto
Laura Ignacio
ADVOGADOS Wadih Helú - Waldir Helú
Advocacia Cível - Comercial - Família - Tributária Escritórios: Rua José Bonifácio, 93 - 9º andar, conj. 91 - CEP 01003-001 Av. Nove de Julho, 4.887 - 10º andar, conj. 101-B - CEP 01407-200 Fones: (11) 3242-8191 e (11) 3704-3407
2
Empresas Finanças Nacional Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 3 de agosto de 2006
4
GERDAU FATUROU R$ 1,8 BILHÃO NO 1º SEMESTRE
milhões de toneladas foi a produção de aço bruto para o mercado norte-americano.
ALTA DAS VENDAS PARA A AMÉRICA DO NORTE AJUDOU A EMPRESA A CRESCER 9,3% NO SEGUNDO TRIMESTRE
GERDAU: EXPORTAÇÕES ELEVAM LUCRO
O
grupo siderúrgico Gerdau informou ontem que teve um lucro líquido de R$ 975,9 milhões no segundo trimestre deste ano, 9,3% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. No primeiro semestre, o ganho da Gerdau somou R$ 1,8 bilhão, 6,2% maior que na primeira metade de 2005. Entre abril e junho, a geração de caixa medida pelo ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) foi de R$ 1,415 bilhão, 7,8% maior que um ano antes. Para o diretor de Relações com Investidores da Gerdau, Osvaldo Schirmer, esse impulso veio sobretudo dos negócios na Améri-
ca do Norte. "Aumentamos volumes e preços, graças à pujança do mercado", disse . A receita líquida da unidade norte-americana saltou 22,5% no segundo trimestre, em relação ao período anterior, para R$ 3,01 bilhões. A produção de aço bruto foi de quase 4 milhões de toneladas, no segundo trimestre, com uma expansão de 14,8% em relação ao mesmo período de 2005. A de laminados cresceu 20,6%, na mesma comparação, para 3,242 milhões de toneladas. O volume total vendido de abril a junho por todo o grupo Gerdau foi de 3,751 milhões de toneladas de aço, 9,8% mais que no segundo trimestre de 2005. "As empresas no exterior, mais exportações, represen-
FALÊNCIA & RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 2 de agosto de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência e recuperação judicial:
Requerente: Lisy Industrial e Comercial Ltda. - Requerida: Belmerix Ind. e Com. de Infra-estrutura de Comunicações Ltda. - End.: n/c - 1ª Vara de Falências Requerente: Exata Fundações Especiais Ltda. - Requerida: Spenco Construtora de Obras de Engenharia Ltda. - Rua Funchal, 203 - 6º andar - 1ª Vara de Falências Requerente: Tear Têxtil Indústria e Comércio Ltda. - Requerida: Algo Mais Indústria Têxtil Ltda. - Rua São Leopoldo, 307 - 2ª Vara de Falências Requerente: Clédson Cruz - Requerido: Tecnopé Comércio e Serviços Ltda. - Rua Conselheiro Crispiniano, 317 - 2ª Vara de Falências
tam hoje mais de 70% do faturamento bruto", destacou o executivo. Isso apesar das exportações, que caíram 19,8% em relação ao volume exportado no primeiro trimestre. D e ma n d a – Conforme a Gerdau, a redução foi "conseqüência do real valorizado e da paralisação temporária dos fiscais aduaneiros ocorrida no período". No entanto, se observado o semestre completo, a motivação foi a demanda forte no mercado doméstico, segundo o diretor de relações com investidores do grupo. "Isso é que justificou o sacrifício de exportação diante do mercado interno", disse Schirmer. "Exportação é muito ligada ao fenômeno preço, que sofreu uma redução (no primeiro trimestre) e deu uma arrancada espetacular a partir dos meses de maio e junho." Ele acredita que no segundo semestre esse preço se mantenha devido à forte demanda, sobretudo na América do Norte. Com isso, e também com um dólar estável ou mais valorizado diante do real, as exportações terão sustentação. A receita líquida do grupo avançou 8,6% no segundo trimestre, em comparação ao mesmo período de 2005, para R$ 5,9 bilhões. (Reuters)
Conversor de TV digital terá subsídios
O
ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse ontem, em São Paulo, que o governo deverá subsidiar as pessoas que não puderem comprar o aparelho conversor da TV digital no Brasil e que, pessoalmente, acredita que o novo padrão técnico da televisão brasileira estará funcionando plenamente em cinco anos e não em 10 anos, como prevê a norma aprovada. Segundo ele, a caixinha de conversão deve custar de R$ 80 a R$ 100 e será financiada pelos bancos públicos. " Va m o s s u b v e n c i o n a r quem não puder pagar", garantiu Hélio Costa, que revelou, ainda, que algumas empresas com sede em Manaus têm a intenção de começar a vender aparelhos novos de TV já com conversor digital no final do ano que vem. De acordo com o ministro, que participou ontem em São Paulo da ABTA 2006 – feira da Associação Brasileira de TV por Assinatura –, sua previsão
de que a digitalização da TV brasileira seja concretizada em cinco anos tem como base a implantação do DVD no Brasil. Muitos acreditavam que essa tecnologia deveria levar 10 anos para ser implantada, mas em pouco mais de quatro anos já está totalmente difundida. "Um aparelho que antes custava R$ 2 mil, hoje é encontrado por R$ 170", exemplificou. O ministro Hélio Costa revelou também que nos próximos dias apresentará ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, uma "proposta revolucionária" de duas empresas dos Estados Unidos, para implantar a internet banda larga em 3 mil municípios brasileiros sem qualquer custo para o governo. Segundo o ministro, a proposta faz parte do programa de inclusão digital do governo e permitirá a instalação de telecentros. As empresas querem a concessão do serviço por 20 anos e cobrar uma taxa de 0,01% de cada ligação. (AG)
Vale do Rio Doce anuncia ganho recorde
A
Companhia Vale do Rio Doce, maior produtora global de minério de ferro, anunciou ontem um novo recorde de lucro, atingindo R$ 3,9 bilhões no segundo trimestre do ano. A cifra supera em 12,2% o resultado do mesmo período do ano anterior – o maior lucro trimestral da empresa – quando somou R$ 3,5 bilhões. O lucro antes de impostos, juros, amortizações e depreciações, conhecido pela sigla em inglês ebitda, foi de R$ 5,2 bilhões, ante R$ 5,3 bilhões um ano antes. A receita da companhia foi recorde em R$ 10,1 bilhões de abril a junho, com alta sobre a receita de R$ 10 bilhões de um ano antes. As exportações subiram para US$ 2,5 bilhões, ante US$ 1,9 bilhão em 2005. O Brasil foi o principal destino das vendas da companhia, responsável por 20,9% da receita bruta. A China respondeu por 18,2% da receita. Há dois anos, era de 9,2%, informou a Vale. (Reuters)
COMUNICADOS
ATAS
COMUNICADO À CETESB SM COUTINHO GRÁFICA E EDITORA LTDA. EPP, torna público que requereu na CETESB, a licença prévia de instalação nº 30011210, sita a Praça Manoel de Mesquita, nº 14 - Vila Invernada - São Paulo-SP.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
FDE AVISA: RETIFICAÇÃO
Retificação da publicação de 02-08-2006, em Comunicado da Comissão Julgadora de Licitações - Adiamento - Abertura Tomadas de Preços - Alterações no Edital - Onde se lê: Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 16:30 horas do dia 17/08/2006, leia-se corretamente: Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 17/08/2006.
SYGEN INVESTIMENTOS LTDA.
CNPJ n.º 12.700.266/0001-26 - NIRE n.º 24200136178 Ata de Reunião de Quotistas realizada em 1º de agosto de 2006 I. Data, Hora e Local: dia 01/08/06, às 10 hs, na sede social da Sygen Investimentos Ltda., sociedade empresária limitada em São Paulo/SP, à rua Branco de Morais, 84 - conj. 06 - Chác. Sto. Antônio, CNPJ/ MF n.º 74.069.071/0001-87. II. Convocação e Presença: Sócios quotistas representando a totalidade do capital social da sociedade, a saber: (a) PIC FYFIELD LTD., uma sociedade devidamente organizada e existente de acordo com as Leis da Inglaterra e País de Gales, com sua sede social localizada à 2 Kingston Business Park, Kingston Bagpuize, Oxfordshire, OX13 5FE, Reino Unido, neste ato representada por seu bastante procurador José Paulo Lago Alves Pequeno, bras., divorciado, registrado na OAB, Secção de São Paulo, n.º 49.393 e CPF/MF n.º 938.938.418-49, com domicílio profissional à Rua Alexandre Dumas, 1.630, 5º andar, em São Paulo/SP; e b) Brazilian Holdings Ltd., uma sociedade devidamente organizada e existente de acordo com as Leis da Inglaterra e País de Gales, com sua sede social localizada à 2 Kingston Business Park, Kingston Bagpuize, Oxfordshire, OX13 5FE, Reino Unido, neste ato representada por seu bastante procurador José Paulo Lago Alves Pequeno, acima qualificado. III. Mesa: O Sr. Jobelino Vitoriano Locateli, administrador da sociedade, assumiu a presidência da mesa e convidou o Sr. José Paulo Lago Alves Pequeno, para ocupar a posição de Secretário. IV. Agenda: Discutir a necessidade de capital da sociedade, bem como a intenção de reduzí-lo, mediante a restituição de quantias aos sócios quotistas na proporção de suas respectivas participações. V. Deliberações: No tocante ao único item da agenda, os sócios quotistas debateram sobre a necessidade de capital da sociedade e unanimemente concluíram que o atual capital social mostra-se excessivo em relação ao nível de atividades da sociedade. Assim sendo, os sócios quotistas unanimemente manifestaram a sua intenção em reduzir o capital da sociedade de R$ 36.937.495,00 para R$ 23.270.621,00. O valor a ser reduzido, totalizando R$ 13.666.874,00, deverá ser restituído aos sócios quotistas em proporção às suas respectivas quotas no capital. O capital da sociedade, após sua redução, permanecerá representado por 36.937.495 quotas, entretanto o valor nominal de cada quota sofrerá redução de R$ 1,00 para R$ 0,63. Os sócios quotistas autorizam ainda neste ato ao administrador da sociedade publicar esta Ata de Reunião de Quotistas no Diário Oficial e em qualquer outro jornal de grande circulação para os efeitos legais do Art. 1.084 e §§ seguintes do Código Civil, assim como a tomar os passos necessários para o efetivo arquivamento na Jucesp. Não havendo impugnação por nenhum credor dentro do prazo de 90 dias, contado da data da publicação desta Ata no Diário Oficial, os sócios formalizarão a Alteração do Contrato Social refletindo a efetiva redução de capital da sociedade. VI. Conclusão: Nada mais havendo a tratar, e como ninguém mais desejasse fazer uso da palavra, foram suspensos os trabalhos pelo tempo necessário à lavratura desta ata, a qual, reaberta a sessão, foi lida, conferida, aprovada por unanimidade e assinada por todos os presentes. São Paulo, 01/08/06. (aa) Jobelino Vitoriano Locatelli - Presidente; José Paulo Lago Alves Pequeno - Secretário; PIC Fyfield Ltd. p.p. José Paulo Lago Alves Pequeno; Brazilian Holdings Ltd., p.p. José Paulo Lago Alves Pequeno.
EMPREENDIMENTOS SANTA HELENA AGRÍCOLA S/A. CNPJ (MF) nº 06.968.489/0001-76 Ata da Assembléia Geral de Constituição de Sociedade Anônima, por transformação de sociedade por quotas de responsabilidade, Empreendimentos Santa Helena Agrícola Ltda. Data, hora e local: 10/9/2004, às 15 horas, São Paulo/SP. Presenças: todos os sócios quotistas, Sr. Hélio de Athayde Vasone, brasileiro, casado, empresário, RG-SSP/SP nº 1.918.514, CPF/MF nº 004.584.068-72, e sua esposa Sra. Marilena Rodrigues Vasone, brasileira, casada, empresária, RG-SSP/SP nº 2.617.241, CPF/MF nº 255.275.618-21, Dr. Ruy Marco Antonio, brasileiro, casado, médico, RG-SSP/SP nº 2.322.483, CPF/MF nº 303.709.498-20, e sua esposa Sra. Maristela Rodrigues Marco Antonio, brasileira, casada, administradora de empresas, RG-SSP/SP nº 3.034.539-X, CPF/MF nº 146.672.778-07, todos residentes e domiciliados em São Paulo-SP, da Empreendimentos Santa Helena Agrícola Ltda., sociedade brasileira com sede em São Paulo-SP e CNPJ sob o nº 06.968.489/0001-76, interessados em transformar esta empresa em sociedade anônima, sob a égide da Lei 6.404/76, e alterações posteriores. Convocação: pessoal, dispensadas outras formalidades tendo em vista a presença total acima mencionada. Mesa dos trabalhos: Helio de Athayde Vasone, Presidente e Ruy Marco Antonio, Secretário. Ordem do Dia: a) aprovação da transformação da empresa em sociedade anônima, sem alteração do seu objeto social e sem solução de continuidade do seus atuais negócios, bem como aprovação do respectivo estatuto social que regerá a sociedade ora em diante; e b) eleição da diretoria para o primeiro mandato e fixação de seus honorários. Deliberações tomadas dentro da ordem do dia, por decisão unânime dos presentes, com as abstenções dos legalmente impedidos: tendo sido observados todos os preceitos relativos à criação de uma sociedade anônima, por transformação, previstos em lei, foi aprovado o estatuto social que regerá a sociedade, previamente submetido a todos os presentes, que, anexo, rubricado por todos, passa a ser parte integrante da presente ata e mediante a transformação de seu capital, ora em quotas totalmente integralizadas, sendo seu total R$ 1.066.542,00, dividido em 100.000 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, totalmente subscrito e integralizado neste ato em quotas, conforme Boletim de Subscrição anexo, que rubricado por todos passa a fazer parte integrante desta ata, distribuído entre os sócios acionistas, sendo 33.515 ações ordinárias nominativas de Hélio de Athayde Vasone; 33.515 ações ordinárias nominativas de Marilena Rodrigues Vasone; 16.485 ações ordinárias nominativas de Ruy Marco Antonio; 16.485 ações ordinárias nominativas de Maristela Rodrigues Marco Antonio; eleitos para o primeiro mandato, ou seja, até a assembléia geral que aprovar as contas relativas ao exercício social a findar-se em 31/12/ 2004, a 1ª Diretoria com a seguinte composição: Diretor Presidente - Sr. Helio de Athayde Vasone, já qualificado; Diretor Executivo - Dr. Ruy Marco Antonio, já qualificado; tendo sido fixado, para o corrente exercício, o honorário mensal de R$ 100,00, para cada um. Encerramento: nada mais havendo a tratar, foi encerrada sessão com a lavratura da presente ata de constituição, em 2 vias, que, após lida e aprovada por todos os presentes, segue assinada por todos, sendo que os administradores ora eleitos, presentes, declararam formalmente não estarem incursos em nenhum dos crimes previstos em lei que os impeçam de exercer atividades mercantis. São Paulo, 10/9/2004. Helio de Athayde Vasone: Presidente e Ruy Marco Antonio: Secretário. (aa) Hélio de Athayde Vasone, Marilena Rodrigues Vasone, Ruy Marco Antonio e Maristela Rodrigues Marco Antonio. Empreendimentos Santa Helena Agrícola S/A - Estatuto Social - Capítulo I - Denominação, Sede, Objeto e Duração - Art. 1º - A Empreendimentos Santa Helena Agrícola S/A. (a Companhia) é uma Cia. fechada, que se rege por este Estatuto e pelas disposições legais que lhe forem aplicáveis. Art. 2º - A Cia. tem por objeto a exploração de qualquer atividade agrícola, de forma direta ou indireta, inclusive pela participação no capital e nos lucros de outras sociedades, nacionais ou estrangeiras, ou pela locação ou arrendamento de áreas. Art. 3º - A Cia. tem sede e foro na cidade de São Paulo/SP, podendo, por deliberação da Diretoria, abrir, transferir e encerrar filiais e quaisquer outros estabelecimentos em qualquer parte do território nacional e no exterior. Art. 4º - A Cia. tem prazo indeterminado de duração. Capítulo II - Capital Social e Ações - Art. 5º - O Capital social é de R$ 1.066.542,00, totalmente subscrito e integralizado, sendo dividido em 100.000 ações ordinárias, todas nominativas e sem valor nominal. § 1º - Cada ação ordinária confere a seu titular direito a um voto nas deliberações da Assembléia Geral, independentemente de classe. As classes não guardarão necessariamente proporção entre si. § 2º - A classe de ação adquirida ou a classe da nova ação subscrita seguirá obrigatoriamente a classe de propriedade do adquirente ou do subscritor. Assim, e como exemplo, se um titular de ações ordinárias da classe A adquirir ações ordinárias da classe B, estas serão automaticamente convertidas em ações ordinárias da classe A. § 3º - A Cia. poderá emitir ações preferenciais, sempre sem direito de voto até o limite de 50% do número de ações em que se divide o capital social, ainda que sem guardar proporção com as demais espécies ou com as demais classes preferenciais. As ações preferenciais com dividendo fixo não participarão dos aumentos de capital decorrentes da capitalização de reservas ou lucros. Art. 6º Respeitadas as disposições legais aplicáveis, a Cia. poderá efetuar resgate total ou parcial de ações de qualquer espécie ou classe, cabendo à Assembléia Geral fixar o respectivo valor de resgate e as demais características da operação. Art. 7º - O capital poderá ser aumentado a qualquer momento por deliberação da Assembléia Geral. Até 90 dias após a deliberação, os acionistas terão preferência para participar do aumento, na proporção de sua participação no capital social. § 1º - É vedada
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Comunicado da Comissão Julgadora de Licitações Adiamento – Abertura - Tomadas de Preços - Alterações no Edital A Comissão Julgadora de Licitações comunica o adiamento da data de entrega dos envelopes 1 (Documentação) e 2 (Proposta Comercial), em função de alterações no Edital, das seguintes Tomadas de Preços: TOMADAS DE PREÇOS HORA DIA 05/1698/06/02 e 05/1699/06/02 09:30 22/08/2006 05/1702/06/02 e 05/1731/06/02 10:30 22/08/2006 05/1732/06/02 e 05/1733/06/02 14:00 22/08/2006 05/1734/06/02 e 05/1735/06/02 15:00 22/08/2006 05/1736/06/02 16:00 22/08/2006 Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 18/08/2006. Os invólucros contendo os Documentos de Habilitação e a Proposta Comercial deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – CEP 01121-900 - São Paulo - SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou através do site www.fde.sp.gov.br. Solicitamos às empresas que já adquiriram anteriormente o edital obterem a sua versão atualizada.
CONVOCAÇÃO
a cessão do direito de preferência. § 2º - Quando do exercício do direito de preferência, os acionistas terão o direito de pedir, por escrito, reserva sobre eventuaris sobras de ações não subscritas, pedido esse que poderá indicar reserva sobre qualquer montante, independentemente do percentual da participação do acionista no capital. Verificadas eventuais sobras ao término do prazo de subscrição, elas serão alocadas aos acionistas que tenham efeutado pedido de reserva, na proporção dos respectivos pedidos. Art. 8º - As ações não podem ser transferidas ou oneradas a qualquer título, inclusive penhoradas ou oferecidas a penhor, sem prévio e expresso consentimento dos titulares da outra classe de ações, sendo nula de pleno direito e inoperante em relação à Cia. qualquer transferência, promessa de transferência, oneração ou promessa de oneração feita em desacordo com o disposto neste Art.. § 1º - A regra acima se aplica igualmente à transferência indireta das ações, isto é, à transferência do controle de acionista pessoa jurídica. § 2º - Excetuam-se da regra prevista neste Art.: a) a transferência de ações entre titulares da mesma classe de ações; b) a transferência de ações para o(s) controlador(es) de acionista pessoa jurídica ou em favor de empresa de propriedade ou controlada por acionista cedente. Capítulo III - Assembléia Geral - Art. 9º - A Assembléia Geral reunir-se-á ordinariamente nos 4 primeiros meses seguintes ao término do exercício social, reunindose ainda extraordinariamente sempre que os interesses sociais ou a lei assim exigirem. § 1º - A Assembléia Geral será convocada na forma da lei. Independentemente das formalidades de convocação, a Assembléia Geral a que comparecerem todos os acionistas será considerada regular. § 2º - A Assembléia Geral será presidida por quem a Assembléia Geral indicar. O presidente da Assembléia Geral escolherá um dos presentes para secretariá-lo. Capítulo IV - Administração - Art. 10 A administração da Cia. compete à Diretoria, que é o órgão de representação da Cia., competindo-lhe praticar todos os atos de gestão dos negócios sociais. A Diretoria não é um órgão colegiado, podendo contudo reunir-se para tratar de aspectos operacionais. Art. 11 - A Diretoria é composta por até 4 diretores, eleitos e destituíveis pela Assembléia Geral, com mandato de 3 anos, sendo permitida a reeleição. A Assembléia Geral poderá estabelecer designações e respectivas funções para cada um dos Diretores. § 1º - Enquanto uma classe de ações for representativa de pelo menos 40% do capital, seus titulares terão direito de indicar para compulsória designação até 2 Diretores. § 2º - Os membros da Diretoria devem assumir seus cargos dentro de 30 dias a contar das respectivas datas de nomeação, mediante assinatura de termo de posse no livro de atas da Diretoria, permanecendo em seus cargos até a investidura dos novos administradores eleitos. A Assembléia Geral deverá fixar a remuneração individual de cada Diretor da Cia.. Art. 12 - A Cia. será representada e somente será considerada validamente obrigada por ato ou assinatura de dois Diretores agindo em conjunto, sendo obrigatoriamente um Diretor indicado pelos titulares de uma classe de ações e o outro pelos titulares da outra classe, ou por ato ou assinatura de qualquer Diretor em conjunto com um procurador, dentro dos limites de poder estabelecidos na respectiva procuração. § Único - As procurações serão sempre outorgadas por quaisquer dois Diretores e estabelecerão os poderes do procurador e, excetuando-se as procurações outorgadas par a fins judiciais, não terão prazo superior a 1 ano. Capítulo V - Conselho Fiscal - Art. 13 - O Conselho Fiscal somente será instalado a pedido de acionistas e possui as competências, responsabilidades e deveres definidos em lei. § 1º O Conselho Fiscal é composto por no mínimo 3 e no máximo 5 membros efetivos e igual número de suplentes, eleitos pela Assembléia Geral. § 2º - O Conselho Fiscal poderá reunir-se sempre que necessário mediante convocação de qualquer de seus membros, lavrando-se em ata suas deliberações. Capítulo VI - Exercício Social, Demonstrações Financeiras e Lucros - Art. 14 - O exercício social terá início em 1º de janeiro e término em 31 de dezembro. Ao término de cada exercício social serão elaboradas as demonstrações financeiras previstas em lei. Art. 15 - Em cada exercício, os acionistas terão direito a um dividendo obrigatório correspondente a 10% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos do art. 202 da Lei das S.A. Art. 16 - A Cia. poderá levantar balanços semestrais, trimestrais ou mensais, bem como declarar dividendos à conta de lucros apurados nesses balanços. A Cia. poderá ainda declarar dividendos intermediários à conta de lucros acumulados ou de reservas de lucros existentes no último balanço anual ou semestral. § Único Os dividendos distribuídos nos termos deste art. poderão ser imputados ao dividendo obrigatório. Art. 17 - A Cia. poderá remunerar os acionistas mediante pagamento de juros sobre capital próprio, na forma e dentro dos limites estabelecidos em lei. § Único - A remuneração paga nos termos deste art. poderá ser imputada ao dividendo obrigatório. Capítulo VII - Transformação - Art. 18 - A Cia. poderá, independentemente de dissolução ou liquidação, transformar-se em sociedade de outro tipo que não sociedade anônima, assegurado o direito de retirada aos acionistas dissidentes. Capítulo VIII - Liquidação e Dissolução - Art. 19 - A Cia. poderá ser dissolvida a qualquer tempo mediante a requisição escrita dos titulares e uma das classes de ações ordinárias, ocasião em que os acionistas tomarão as providências pertinentes para o início do processo de liquidação, inclusive com a nomeação de um ou mais liquidantes, e com a conseqüente distribuição dos ativos aos acionistas, na proporção de sua participação no capital social, após a quitação de eventuais passivos, ficando desde já certo e ajustado que, se legalmente possível, não haverá a co-propriedade de qualquer ativo entre titulares de classes ou espécies de ações. Hélio de Athayde Vasone: Presidente e Ruy Marco Antonio: Secretário da Assembléia. Acionistas: Hélio de Athayde Vasone, Marilena Rodrigues Vasone, Ruy Marco Antonio, Maristela Rodrigues Marco Antonio. CERTIDÃO JUCESP: nº 507.567/04-3 e NIRE 35.300.332.954 em sessão de 22 de dezembro de 2004.
EDITAIS
Quer falar com 26.000
Publicidade Comercial - 3244-3344
empresários de uma só vez?
Publicidade Legal - 3244-3643
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 3 de agosto de 2006
A
s empresas do segmento de mídia exterior da cidade definiram ontem, em reunião realizada na sede do Sindicato das Empresas de Mídia Exterior (Sepex), quais as ações que deverão promover contra o projeto de lei do prefeito Gilberto Kassab, conhecido como Cidade Limpa – proposta que promete acabar com a poluição visual nas ruas da capital e, de quebra, com a publicidade exterior. Envio de manifestações por carta ao prefeito, distribuição de cartilha explicativa, realização de campanhas e até de um substitutivo são apenas algumas das medidas que as empresas pretendem colocar em prática contra o PL do poder Executivo. A primeira ação do setor de publicidade será enviar uma carta ao prefeito Gilberto Kassab. O teor do texto não foi divulgado, mas será assinado por todas as empresas de mídia exterior do município e outras entidades da sociedade civil, como a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). A medida seguinte será a elaboração de uma cartilha explicativa sobre as leis que regem o setor. O documento deverá ficar pronto já na próxima semana. A cartilha será distribuída para as empresas e também para a população. Substitutivo – Juristas do Sepex também deverão concluir nas próximas semanas um substitutivo ao projeto de lei. O presidente do sindicato, Julio Albieri, comentou que no texto está previsto um artigo que proíbe a publicidade em locais onde há imóveis tombados pelo patrimônio histórico, como acontece no Centro da cidade. Já na avenida Paulista, por exemplo, seria permitida a publicidade exterior. "Porém, mesmo nesses locais, como a Paulista, haverá uma diminuição da publicidade. A idéia é permitir mídias de melhor qualidade e todas regularizadas". Albieri ainda comentou que o ingresso de ações na Justiça contra o projeto de lei só será levado adiante em caso de aprovação da proposta original na Câmara e, em seguida, com a sanção do prefeito. "Não somos contra a proposta de uma cidade limpa, mas queremos dialogar e não simplesmente acabar com um segmento. Se ele for aprovado iremos à Justiça", disse. Por fim, a campanha publicitária sobre o tema também foi confirmada, mas o slogan ainda está sendo mantido em sigilo. O vereador Dalton Silvano (PSDB), no entanto, que participou da reunião, disse que a frase não deverá ser ofensiva nem à proposta e nem ao prefeito. O diretor do Sindicato dos Publicitários do Estado de São Paulo, Marcos Gimenez, contou que a categoria também deverá realizar manifestações. "Além dos associados, esperamos contar com a ajuda de estudantes de publicidade. Afinal, se o texto original for aprovado, aproximadamente 15 mil empregos diretos se-
EMPRESAS REAGEM A PROJETO QUE ELIMINA O OUTDOOR Contrárias ao projeto Cidade Limpa, do prefeito Gilberto Kassab, que pretende acabar com a propaganda nas ruas, as empresas de mídia exterior definiram ontem uma série de ações. O segmento prepara uma cartilha, uma campanha publicitária, um substitutivo ao projeto original e também pretende enviar cartas ao prefeito. Ivan Ventura Leonardo Rodrigues/Hype
AVENIDA PAULISTA – Pelo projeto substitutivo em fase de elaboração, a avenida Paulista poderia ter outdoors e outros tipos de mídia exterior. Anúncios em menor quantidade, com mais qualidade. Andrea Felizolla/Luz
1 Encontro de ontem reuniu empresários, entidades representativas do comércio e um vereador.
rão prejudicados. E sem contar os profissionais que estão prestes a se forma no curso de propaganda e marketing", disse. O vereador revelou ainda que deverá intermediar um encontro das empresas do segmento com o prefeito Kassab. "O objetivo é rediscutir o assunto para tentarmos encontrar uma solução que agrade a todos", afirmou. O parlamentar não soube informar se a proposta deverá ser votada ainda neste ano. "Se eles aprovarem, a Prefeitura estará renunciando a aproximadamente R$ 57 milhões referentes à Taxa de Fiscalização de Anúncio (TFA). É um dinheiro que o Executivo não pode recusar", disse. Representantes do Sepex revelaram que uma fiscalização e a TFA serão temas a serem discutidos durante todo o trâmite da proposta na Câmara Municipal. A proposta ainda não foi lida no plenário da Casa para os vereadores e, portanto, não está nas comissões permanentes do Legislativo Municipal. Conselho - O vereador Dalton Silvano aproveitou o encontro no Sepex para comentar sobre o projeto de lei 378/06, de sua autoria, que institui a criação do conselho municipal de autoregulamentação da publicidade exterior e do mobiliário urbano na cidade. A proposta foi entregue no mesmo dia do PL Cidade Limpa. Na proposta do vereador o conselho será formado por representantes do Executivo Municipal, do Sindicato dos Publicitários, Agenciadores de Propaganda e Trabalhadores em Empresas de Propaganda do Estado de São Paulo, do Sindicato das Empresas de Publicidade Exterior, da Associação Brasileira de Anunciantes, do Sindicato das Agências de Propaganda do Estado de São Paulo, da Associação Brasileira de Agências de Propaganda e do Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar). O número de representantes indicados será estabelecido futuramente pelo Poder Executivo. Ainda de acordo com o texto da proposta, caberá ao conselho estabelecer regras, normas, procedimentos, condutas e fundamentos que contribuam para disciplinar a Publicidade Exterior e o Mobiliário Urbano na cidade de São Paulo, seja quanto à forma, ao conteúdo e aos locais de fixação de todos os equipamentos de veiculação, tudo de acordo com a lei 13.525/ 03 - que regulamenta a profissão no município. Além disso, o futuro conselho municipal de auto-regulamentação da publicidade exterior e do mobiliário urbano ficará responsável também por receber, analisar e julgar denúncias sobre instalação de equipamentos em locais proibidos, impróprios ou inadequados que ferem a legislação municipal sobre a Publicidade Exterior. A definição de multas e infrações também ficariam sob a responsabilidade do conselho.
ÁREA CENTRAL – Ainda segundo o substitutivo em elaboração, o Centro da cidade seria preservado. As fachadas de seus edifícios históricos ficariam livres da publicidade, o que atenuaria a poluição visual. Além dos associados, esperamos contar com a ajuda de estudantes de publicidade. Afinal, se o texto original for aprovado, cerca de 15 mil empregos diretos serão prejudicados. Marcos Gimenez, diretor do Sindicato dos Publicitários do Estado de São Paulo Marcos Gimenez: "Vamos fazer manifestações"
Não somos contra a proposta de uma cidade limpa, mas queremos dialogar e não simplesmente acabar com um segmento. Se o projeto for aprovado iremos à Justiça. Julio Albieri, presidente do Sindicato das Empresas de Mídia Exterior (Sepex) Julio Albieri quer a discussão da proposta
quinta-feira, 3 de agosto de 2006
Empresas Tr i b u t o s Av i a ç ã o Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
MAIS FUNCIONÁRIOS E NOVO LAYOUT NA TAM
3
88
aeronaves é a atual frota da TAM. E a empresa deve fechar o ano com 96 aviões.
COMPANHIA AÉREA ANUNCIOU QUE VAI APROVEITAR A EXPERTISE DOS FUNCIONÁRIOS DA CONCORRENTE
TAM CONTRATA DEMITIDOS DA VARIG
A
Michel Filho/Agência O Globo
Um grupo de turistas do Pará ficou retido no Aeroporto Internacional Tom Jobim por falta de vôos da Varig
STJ decide destino da VarigLog
A
VarigLog entrou com uma petição no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para questionar a competência da Justiça do Trabalho do Rio, que na segunda-feira determinou o bloqueio do depósito de US$ 75 milhões para a Varig. Os recursos são a primeira parcela da compra da companhia aérea e têm como destino bancar sua operação. Mas os trabalhadores querem uma garantia de que receberão as verbas de rescisão trabalhista e salários atrasados. Na petição, a VarigLog alega que, em abril, o próprio STJ já havia decidido que qualquer ação que prejudicasse o processo de recuperação judicial da Varig deveria ser de compe-
tência da 8ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio, responsável pela recuperação judicial da companhia. O juiz Luiz Roberto Ayoub, titular da 8ª Vara, só se pronunciará hoje sobre o bloqueio, após ter recebido um parecer da administradora judicial da Varig, a consultoria Deloitte, sobre o impacto da liminar na operação da empresa. Pilotos e comissários da Varig começaram ontem a receber os avisos de demissão, relataram funcionários que participaram de reunião convocada pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas para discutir a situação dos empregados. Nova malha – A Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac) espera para hoje uma definição do planejamento de vôos da Varig, para acelerar a homologação da empresa como concessionária de transporte aéreo. Segundo o presidente da Anac, Milton Zuanazzi, esse processo depende mais da empresa do que da própria agência. A VarigLog informou que a nova malha de vôos deverá ser divulgada para a Anac nos próximos dias. "Eles (Varig) estão com praticamente tudo pronto", afirmou Zuanazzi. Ontem, poucas horas depois de a Varig ter informado que a Anac havia prorrogado s e u p l a n o d e e m e rg ê n c i a para o dia 24, a agência desmentiu a informação. (AE)
TAM informou ontem que contratou 185 comandantes e co-pilotos da Varig, além de 20 comissários. Segundo fontes da empresa, seriam apenas as primeiras contratações de uma série, "para aproveitar a expertise dos funcionários da concorrente". A TAM tem 88 aeronaves e um total de 10.240 funcionários. Já a Varig, que foi foi vendida em leilão no dia 20 de julho e na sexta-feira anunciou a demissão de 5,5 mil empregados, de um total de 9.485, e pode reduzir ainda mais o quadro de funcionários, já que o novo comprador deve absorver apenas 2 mil pessoas. Novo visual – A TAM apresentou também a nova identidade visual para o interior de suas aeronaves. O objetivo é atualizar o design, assegurando conforto aos passageiros e ainda permitindo significativa redução de custos. Entre as principais mudanças está o uso de poltronas ergonômicas de nova tecnologia, com encosto de maior resistência e menor espessura, bem como a
utilização de material e tecidos mais leves, que permitirão à TAM aumentar o número de assentos – de 168 para 174, no caso do Airbus A320; e de 138 para 144, nas aeronaves A319. O carpete também será alterado, utilizando um novo material compactado, diminuindo a densidade por metro quadrado e, conseqüentemente, propiciando a redução do consumo de combustível (querosene - QAV). A estimativa é de uma redução de 150 quilos por avião com o uso do novo revestimento do piso. A empresa planeja remodelar todos os jatos de sua frota até o final do ano, inclusive os novos aviões que serão entregues pela Airbus nos próximos meses. A TAM prevê encerrar 2006 com, no mínimo, 96 aeronaves. Em 2007, os 19 novos aviões previstos terão o novo layout interno. O trabalho de modificação da frota atual está sendo realizado no Centro Tecnológico da TAM, em São Carlos (SP), e nas bases de manutenção de linha de São Paulo (SP) e Curitiba (PR). A concepção do novo
layout interno é da arquiteta Aline Cobra. A reformulação visual é mais uma etapa para marcar os 30 anos da TAM. A companhia já apresentou os novos uniformes de comandantes, co-pilotos, comissários e pessoal de atendimento. Mercado – As duas principais empresas aéreas, TAM e Gol, já dominam quase 88,1% do tráfego doméstico de passageiros, enquanto míngua a participação da Varig no mercado nacional. Segundo o especialista Paulo Bittencourt Sampaio, a fatia da Varig deve estar em torno de 2% nesta primeira semana de agosto. A empresa já está na quarta colocação, atrás da BRA. Sampaio estima que, na terceira semana de julho, a TAM ultrapassou o nível de metade do mercado (51%) e a Gol chegou 37,1% . A Varig tinha 4,6% no dia do leilão, peso que deve ter caído praticamente à metade depois da redução da malha da empresa, após a venda. A expectativa do especialista é de que a BRA já passou a Varig, que ficou mais perto da Ocean Air no ranking. (AE)
Anac multa estrangeiras
São Paulo, por reduzirem preços excessivamente para ganhar mercado em meio à crise da Varig. A Anac iniciou uma investigação há cerca de um mês e 11 grandes empresas foram fiscalizadas: Air Canada, Air France, United
Airlines, TAP, South African, Alitalia, Delta Airlines, Lan Chile, Copa Airlines, American Airlines e Aerosur. No entanto, por conta de acordos bilaterais, os nomes das empresas punidas não podem ser divulgados. (AE)
A
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) multou seis empresas estrangeiras que operam no aeroporto de Guarulhos, em
2
Ambiente Compor tamento Polícia Urbanismo
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 3 de agosto de 2006
Policiais encontraram no veículo uma pistola 380 e um revólver 38, além de documentos.
NOEMIA FOI DEIXADA NO CARRO PELOS BANDIDOS
Mãe de jogador do Santos escapa de seqüestro
ADVOGADA Maria Cristina Rachado, advogada de Marcola, líder do PCC, vai continuar na prisão.
PRESÍDIOS A OAB-SP quer uniformizar os horários de visitas de advogados aos presídios do Estado.
Ó RBITA
Monalisa Lins/AE
Depois de um acidente, a mãe do jogador Kléber foi deixada para trás pelos sequestradores
A
mãe do lateral Kléber, do Santos, foi seqüestrada na manhã de ontem em sua casa, em Itaquera, na zona leste de São Paulo. Noemia Carvalho Correia, de 53 anos, foi levada em uma Brasília após ser rendida por três pessoas e escapou do seqüestro depois de o carro em que estava ter batido na traseira de um ônibus. Por volta das 9h, um homem segurando um envelope tocou o interfone da casa da família de Kléber. Ao ser atendido, o homem disse que estava com alguns documentos de um carro que pertenceu à mãe do jogador e que precisava confirmar alguns dados. Ao abrir a porta, Noemia, que estava sozinha em casa, pois a filha havia saído para ir ao dentista, foi puxada pelo homem e rendida por outros dois, segundo disse aos policiais da 7ª Seccional. Assustada, ela gritou por socorro antes de ser empurrada para dentro de uma Brasília que estava parada na frente de sua casa. Noemia foi colocada no banco de trás do veículo, deitada e com a cabeça coberta por uma blusa. No carro, os seqüestradores falaram que já estavam monitorando a casa de Noemia há tempo e que ela não devia ter reagido, pois, com os gritos, alguém poderia ter chamado a polícia. Nesse caso, ela poderia ter sido morta. Ce lula r – Segundo Noemia, os seqüestradores pareciam perdidos, pois pediam orientações de caminho pelo telefone celular. Depois de circularem por cerca de uma hora, os bandidos bateram na traseira de um ônibus na rua Manuel Bueno da Fonseca, no Jardim São Luís, e fugiram. Com a batida, Noemia perdeu a consciência e acordou dentro de uma farmácia do bairro. Vendo que, após o acidente, dois ocupantes do carro fugiram e uma pessoa foi deixada dentro do veículo, moradores da região chamaram a polícia. Com ferimentos leves, a vítima do seqüestros foi levada até o Pronto Socorro Santa Marcelina. O caso foi registrado na 7ª Seccional e os policiais encontraram no veículo uma pistola 380 e um revólver 38. Foram achados alguns documentos que podem levar aos criminosos. Até a noite eles não haviam sido localizados. (AE)
Vivi Zanatta/AE
VIADUTO FICA PRONTO ESTE ANO
D
Brasília usada no seqüestro de Noemia, de 53 anos, mãe de Kleber. Ela foi tirada de casa, em Itaquera.
Outros atletas viveram mesmo drama
M
ães de ao menos cinco jogadores de futebol foram seqüestradas desde novembro de 2004 no Estado de São Paulo. O seqüestro mais longo foi o da mãe de Luis Fabiano, Sandra Clemente, que durou mais de 60 dias. Já o primeiro caso foi o da mãe de Robinho, Marina da Silva Souza, de 44 anos. Ela ficou 41 dias no cativeiro. Marina foi rendida quando participava de um churrasco, em Praia Grande, no litoral. Dois homens armados invadiram o local, renderam os convidados e perguntaram quem era a mãe do jogador.
Em seguida, as testemunhas foram trancadas em um cômodo e a vítima levada em seu próprio carro, um Mercedes-Benz Classe A. Por exigência dos criminosos, Robinho não participou de seis jogos do Santos e pagou R$ 200 mil como resgate. O seqüestro de Ilma de Castro Libânio, de 51, mãe de Edinaldo Batista Libânio, o Grafite, que estava no São Paulo, começou no dia 24 de fevereiro de 2005, quando três homens invadiram a casa em que a família vive, em Campo Limpo Paulista. Os seqüestradores amarraram o marido e o filho mais velho.
O cativeiro em que Ilma estava foi encontrado por acaso, no dia seguinte, quando dois homens saíram correndo de uma chácara em Artur Nogueira depois de perceberem a presença de policiais. No dia 21 de março de 2005, a dona de casa Inês Fidélis Régis, de 57 anos, mãe do jogador Rogério, então no Sporting de Lisboa, foi rendida em casa, em Campinas, no interior do Estado. Ela foi mantida amarrada e trancada em um cativeiro em Caraguatatuba, sendo localizada três dias depois, por policiais da Delegacia Anti-Seqüestro de Campinas.
Marronzinhos deixam de multar 4,3 mil em protesto
rigentes da empresa municipal responsável pela operação do sistema viário na capital adiaram para hoje a reunião que terão com a categoria. Foram lavradas 8.700 multas, mas 7 mil delas são infrações que os radares eletrônicos flagram diariamente – e cuja aplicação não depende da ação dos marronzinhos. Na primeira edição do "Multa Zero", na segunda-feira, dia 24 de julho, o número de multas aplicadas havia sido um pouco maior: 8.900. Reivindicações – Se não houver um acordo entre as partes, outro "Multa Zero" deverá ocorrer na próxima quarta-feira, dia 9, e, em se-
guida, os agentes de trânsito decidirão se farão uma paralisação completa. As principais reivindicações dos funcionários da CET são 7% de aumento salarial, aumento no vale-refeição de R$ 11,50 para R$ 19 e aumento no valealimentação mensal, de R$ 110 para R$ 300. Por sua vez, a Companhia de Engenharia de Tráfego pretende elevar a carga horária de seus agentes de trânsito – atualmente ela é de 6 horas e 40 minutos e poderá passar para 8 horas diárias – diminuir o adicional de férias de 50% para 30% (como prevê a legislação trabalhista) e ainda reduzir de 42% para 25% o adicional noturno. (AE)
O
balanço final da campanha "Multa Zero" desta semana mostrou que no dia em que os marronzinhos – funcionários da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) – cruzaram os braços, 4.300 motoristas deixaram de ser multados nas ruas de São Paulo. Os números divulgados ontem dão conta das multas aplicadas na última terça-feira e representam 70% das infrações anotadas por marronzinhos em um dia normal de trabalho. Ainda assim, os di-
esde 2002 em obras, o viaduto Pacheco Chaves, na Vila Prudente, deve ser entregue à população até o fim do ano. A notícia foi dada ontem pelo prefeito Gilberto Kassab que vistoriou as obras de reforma e recuperação estrutural do viaduto. O viaduto (foto), sobre a linha dos trens da CPTM e as
avenidas Presidente Wilson e Henry Ford, tem 540 metros e cinco faixas, servindo de ligação entre a Vila Prudente e o Ipiranga. Foi construído em 1964 e por ele passam seis mil veículos por hora, na maioria caminhões. A reforma permitirá um aumento na sua capacidade de carga de 36 para 45 toneladas.
TRÂNSITO
JACARÉ
O
N
paulistano enfrentou na tarde de ontem um congestionamento de 92 quilômetros. A média para o horário das 18h30 é de 93. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), os trechos mais complicados foram a marginal do Tietê, sentido Lapa-Penha, onde o engarrafamento foi de 7,8 quilômetros, desde a ponte Piqueri até a rua Azurita. Nas avenidas 23 de Maio, Rubem Berta e Moreira Guimarães, sentido aeroporto, o trânsito esteve carregado por 4,9 quilômetros. (AE)
a noite de terçafeira, os funcionários do Aeroporto Santa Maria, em Aracaju, tiveram uma tarefa diferente: remover um jacaré, de cerca de 1 metro de comprimento, que atrapalhava um vôo da TAM. O alerta sobre o animal foi feito pelo comandante da aeronave. O animal estava bem no eixo na pista. O pessoal de manutenção do aeroporto conseguiu levá-lo para um local mais distante, permitindo que a aeronave decolasse. O jacaré foi recolhido pela Polícia Ambiental. (AE)
ANABOLIZANTES
MACULOSA
P
oliciais do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) prenderam ontem, em São Bernardo do Campo, o personal trainer Jean Carlo Bueno da Mota, de 30 anos. Com ele foram encontradas aproximadamente 200 ampolas de anabolizante. Mota recebia os pedidos de compra da droga por telefone e enviava a encomenda por Sedex. Mota trazia as ampolas do Paraguai. (AE)
A
Secretaria de Saúde de Campinas (SP) investiga se há um surto de febre maculosa no Núcleo Residencial Jardim Eulina, na periferia da cidade. Quatro casos estão sendo analisados. Domingo, um homem de 43 anos morreu com os sintomas no Hospital das Clínicas da Unicamp. Outra morte, de um jovem, foi registrada no dia 23 de junho. Uma criança e um adulto estão internados no HC . (AE)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4
quinta-feira, 3 de agosto de 2006
Internacional
Fidel está muito vivo e alerta. Ricardo Alarcón, presidente do Parlamento cubano
Pedro Ugarte/AFP
Joseph Barrak/AFP
Funeral de soldado em Jerusalém: morto em batalha contra o Hezbollah, no Sul do Líbano
Libanês segura o corpo de uma criança, vítima de bombardeio israelense a hospital em Baalbek
Hezbollah dispara chuva de mísseis
O
grupo xiita libanês Hezbollah disparou ontem um número recorde de foguetes e mísseis em um só dia no norte de Israel – pelo menos 206 –, tendo um deles atingido a cidade de Beit Shean, a 70 quilômetros da fronteira, o maior alcance de um projétil lançado pelo grupo até agora. Um homem morreu num dos ataques, na cidade de Nahariya e, pela primeira vez, a Cisjordânia, território ocupado por Israel na guerra de 1967, foi atingida: um foguete caiu perto dos vilarejos árabes de Fakua e Jalboun, sem causar vítimas. Pouco antes dessa barragem de projéteis cair sobre o país, o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, declarou que a ofensiva no Líbano havia "destruído inteiramente" a infraestrutura do Hezbollah, o que
era comprovado pelo reduzido número de foguetes lançado nos dois dias anteriores. Os intensos ataques do Hezbollah foram em resposta ao primeiro grande assalto das forças israelenses no interior do Líbano no atual conflito, desfechado entre terça-feira à noite e ontem de madrugada, com o apoio de helicópteros. Nessa ação, os bombardeios na vila de Jammaliyeh, perto da cidade de Baalbek, no nordeste do Líbano, mataram 15 civis libaneses (incluindo 4 crianças) e 4 combatentes do Hezbollah. Os ataques aéreos de Israel se concentraram ao redor do hospital Dar al-Hikma, financiado por uma entidade beneficente iraniana ligada ao Hezbollah, segundo moradores da área. Israel definiu o local como uma base do grupo. Um portavoz do Hezbollah, por sua vez, informou que o prédio estava
vazio, já que fora atacado na semana passada por Israel. Cerca de 200 soldados israelenses de uma unidade de elite invadiram o hospital e capturaram cinco combatentes do baixo escalão do Hezbollah. O Exército de Israel negou que seu alvo fosse um dos líderes do grupo, mas surgiram informações de que um dos capturados tem nome parecido ao do xeque Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah. Num outro bombardeio de Israel, contra uma base do Exército libanês em Sarba, sul do Líbano, morreram três soldados. Militares israelenses disseram ter atacado o local porque dali eram disparados foguetes contra o norte israelense. Perto da fronteira, continuam acirrados os combates entre milhares de soldados de Israel, que tentam estabelecer uma zona de segurança no sul libanês, e centenas de militantes do Hezbollah. Nos confrontos perto das vilas de Mahabib, Ayta a-Shab e Kfar Kila, o comando militar de Israel diz ter matado dez membros do Hezbollah e perdido um soldado. O Hezbollah não tem informado suas baixas. A Força Aérea de Israel despejou ontem folhetos em 10 vilarejos na região, numa extensão de 20 quilômetros desde a fronteira, advertindo os moradores de que devem deixar suas casas imediatamente, se não quiserem pôr suas vidas em risco. Na realidade, muitas famílias não têm recursos para partir. (AE/AP)
Paz está cada dia mais distante
O
prospecto de uma guerra mais longa já aumentou as tensões no Oriente Médio, onde a hostilidade contra israelenses e americanos agora está aguda. Líderes árabes alertaram repetidamente nos últimos dias que a batalha acabou com qualquer esperança de um acordo de paz a longo prazo com Israel. Mas o primeiro ministro israelense, Ehud Olmert, disse que o país terminaria sua ofensiva apenas depois que uma força de paz internacional robusta estivesse estabelecida no sul do Líbano, para proteger Israel das incursões na fronteira e dos ataques de foguetes. Ele previu que a batalha criaria um "novo impulso" ao plano de Israel de se separar dos palestinos
saindo da Cisjordânia. Apesar da resistência do Hezbollah (leia ao lado), os oficiais do exército israelense disseram estar confiantes de que isso não afetaria seu objetivo de avançar 6,5 quilômetros dentro do Líbano. No campo diplomático, os esforços pelo fim das hostilidades perderam força ontem, com a França afirmando que não participará de um encontro da ONU hoje, que poderia resultar em um acordo para o envio de tropas para ajudar a monitorar o cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah. A França, que pode se juntar ou até mesmo liderar um força de paz, disse que não vai conversar sobre enviar forças pacificadoras até que a batalha entre Israel e o Hezbollah termine. (AE/AP)
Amorim vai a Beirute. De olho em cadeira na ONU
O
ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, anunciou ontem, em Brasília, que irá "em breve" a Beirute, no Líbano, com o objetivo de apoiar o processo de paz na região e de completar o trabalho de resgate de brasileiros. Em depoimento na Comissão de Relações Exteriores, Amorim agarrou todas as oportunidades para destacar que o papel do Brasil na solução do conflito entre Israel e Líbano é limitado e para defender seu velho bordão em favor da presença permanente do País no Conselho de Segurança das Nações Unidas – a maior ambição da política externa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Abertamente, queixou-se também da exclusão do Brasil na reunião convocada pela Itália para discutir a paz no Oriente Médio, na semana passada. "Procuramos usar critérios de Justiça e ajudar. Mas o Brasil não faz parte do Conselho de Segurança, nem como membro não permanente neste período. Trata-se de uma limitação efetiva", explicou. "O Brasil deve se fazer ouvir mais. Mas temos de compreender que a ordem internacional nos impõe limitações. Queremos a reforma do Conselho de Segurança para que nossas vozes sejam ouvidas", disse. (AE)
Claudia Daut/Reuters
FIDEL A
Moradores de Havana não mudaram rotina ontem: governo informou que Fidel disse que está bem
Festa dos 80 anos é adiada
A
Fundação Guayasamín, do Equador, adiou a festa que promoveria, em Havana, na próxima semana, para comemorar os 80 anos de Fidel Castro. "Nos veremos em dezembro com Fidel", avisa o site da fundação aos convidados que deveriam viajar a Cuba "em
reconhecimento à vida exemplar do heróico comandante, líder dos povos cubano e do Terceiro Mundo". O adiamento da caravana frustrou o escritor e jornalista Fernando Morais, um dos brasileiros convidados. "Não por causa do cancelamento da viagem, mas pela preocupação com a saúde de Fidel", disse Morais, autor do livro A Ilha, lançado na década de 70. Outro convidado, Frei Betto, manteve a data da
viagem a Cuba, apesar do adiamento das comemorações. "Vou no próximo dia 9, porque, como ensina o Evangelho, devemos estar junto dos amigos nas horas de dificuldade e não só nas horas de festa". O frade dominicano, que escreveu Fidel e a Religião, pretende, se possível, visitar Fidel Castro no hospital. O sociólogo e escritor Emir Sader estuda a possibilidade de viajar para Havana antes de 2 de dezembro. (AE)
evolução do estado de saúde de Fidel Castro converteu-se em "segredo de Estado", de acordo com o comunicado assinado por ele mesmo, lido parcialmente na terça-feira à noite pela TV estatal e cuja íntegra foi divulgada ontem pelo jornal oficial Granma. "Não posso inventar notícias boas, pois não seria ético. E se as notícias fossem más o único que iria tirar proveito delas seria o inimigo", diz a nota intitulada "Mensagem do Comandante-Chefe ao povo de Cuba e aos amigos
MINHA SAÚDE É SEGREDO DE ESTADO
do mundo". Ao admitir a sonegação de informações sobre o próprio estado de saúde, Fidel diz que os "compatriotas conhecerão tudo no momento preciso". E tenta justificar: "Por causa dos planos do império (EUA), meu estado de saúde se converte em segredo de Estado, que não pode ser divulgado constantemente". Empenhados em cumprir as ordens do líder, os meios de comunicação cubanos evitaram ontem dar informações sobre a saúde de Fidel e se limitam a ressaltar a tranqüilidade das
ruas de Cuba e a elogiar a escolha de Raúl como sucessor. A única informação nova partiu do presidente do Parlamento cubano, Ricardo Alarcón, que declarou ontem à rádio americana Democracy Now ter-se reunido com Fidel na terça-feira por meia hora. De acordo com Alarcón – um dos membros do Partido Comunista mais ligados ao líder cubano – , Fidel está "perfeitamente consciente" depois da cirurgia para deter uma hemorragia intestinal. "Ele está muito vivo e alerta". (AE)
Agitação em Miami irrita cubanos
M
uitos cubanos ficaram irritados com as celebrações de seus compatriotas em Miami, que comemoraram nas ruas a notícia sobre a enfermidade de Fidel. "Isso mostra o tipo de coração" dos exilados, afirmou à Associated Press María Antonia Figueroa, de 88 anos, nascida em Santiago e admiradora de longa data de Fidel. "Era de se esperar este tipo de reação de quem vive nos Estados Unidos e não sente nada pelo nosso país", disse Oralis Delgado,
uma dona de casa havanesa. No geral, os cubanos se orgulham de seu espírito de compaixão. As próprias autoridades locais, incluindo Fidel, soam cuidadosas e até piedosas ao reagir à doença ou à morte de líderes estrangeiros adversários ou exilados cubanos. As celebrações nas ruas de Miami foram consideradas por muitos na ilha comunista como uma expressão de vingança violenta por parte de seus compatriotas no estrangeiro. No âmbito governamental
houve mal-estar. O programa Mesa Redonda, transmitido pela televisão estatal de Cuba, mostrou as imagens das festividades nos EUA. "É um chamado ao sangue. Um motivo a mais para nos mantermos firmes", disse Rogelio Polanco, diretor do jornal Juventud Rebelde. Já o deputado Lázaro Barredo, que também participou do programa, lamentou: "O que podemos esperar da dignidade humana dessas pessoas (de Miami)..." (AE/AP)
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 -.OPINIÃO
quinta-feira, 3 de agosto de 2006
LENTE DE
AUMENTO LULA JÁ ESTEVE MELHOR NA FOTO sanguessugas e da ascensão da candidata do PSol, Heloísa Helena, que pode bater nos 15% em agosto. Alckmin está indo bem no Sul e começa a melhorar no Centro-Oeste. Porém, continua mal no Nordeste. Curiosamente, Alckmin está melhor no Nordeste do que José Serra em 2002. A esta altura da campanha, o resultado continua indefinido apesar da liderança de Lula. O cenário mais provável é o da definição final no segundo turno entre Lula e Alckmin. Porém, é prematuro apontar um vencedor. Lula, certamente, já foi mais favorito do que hoje. Continua liderando e pode fazer valer o peso da máquina, a percepção de sucesso na economia e a popularidade do BolsaFamília. Mas Alckmin está no páreo. COMENTÁRIO DA CONSULTORIA ARKOADVICE WWW.ARKOADVICE.COM.BR/
E m 45 dias Lula perdeu 8,8 milhões de votos.
CONTA-CORRENTE FICA MAIS AZUL
A
pós ter apresentado trajetória de alta contínua desde meados do segundo semestre de 2005, o dado de inadimplência das pessoas físicas junto ao sistema financeiro referente a junho mostrou um recuo significativo. De acordo com o balanço do mercado financeiro, divulgado pelo Banco Central, a proporção de saldo em atraso acima de 90 dias recuou para 7,3% em junho, considerando dados dessazonalizados, depois de ter apresentado uma taxa de 7,6% em maio e de 7,5% em abril. Apesar desta melhora, a taxa atual encontra-se em um nível 0,5 ponto porcentual acima da média histórica do indicador, em série que começa em janeiro de 2001. Embora não se possa descartar nova deterioração da insolvência nas próximas divulgações do índice, o cenário mais I
provável é que a taxa de inadimplência das pessoas físicas não se eleve muito além dos 8% alçados em meados de 2002. O resultado de junho reforça este quadro. Com relação ao saldo de crédito destinado à pessoa física, o dado de junho continua a mostrar um crescimento robusto. Na comparação com o mês anterior, o último resultado registrou alta de 0,6% em relação ao mês anterior, depois de já ter acumulado uma elevação de 7,4% de janeiro a maio, considerando os dados com ajuste sazonal. As novas concessões em junho apresentaram alta de 6,7% em relação ao mês anterior. Para o ano como um todo, mantivemos nossa projeção de crescimento de 21,5% no saldo de crédito e de 6,5% para as novas concessões destinadas à pessoa física.
JOÃO DE SCANTIMBURGO
CORRUPÇÃO INSTITUCIONAL Roberto Alvarenga
O
candidato do PSDBPFL, Geraldo Alckmin, tem muito a comemorar às vésperas do início do horário eleitoral gratuito. Segundo o Ibope, ele saiu de 18% no início de junho (5 e 7) para 27% em julho (22 e 24). De acordo com o Datafolha, Alckmin tinha 21% em maio (23 e 24) e saltou para 28% em julho (18 e 17). Sinal de que resistiu aos ataques do PCC ocorridos nas primeiras semanas de junho em São Paulo. Lula deve estar muito preocupado. Apesar de conservar folgada liderança, sua vantagem vem diminuindo. Em 45 dias, o presidente perdeu 8,8 milhões de votos, enquanto Geraldo Alckmin conquistou 7,4 milhões de adeptos. O quadro eleitoral do final de julho aponta para a realização do segundo turno. É possível que Lula venha a perder mais votos por causa do escândalo dos
A
CPMI dos Sanguessugas para quê? CLÁUDIO WEBER ABRAMO
C
onforme declarou o deputado Antonio C a r l o s B i s c a i a n o R o d a Vi v a , a CPMI dos Sanguessugas, que preside, está conseguindo trabalhar com celeridade porque os dados que recebeu das investigações realizadas pelos diversos órgãos de controle (Polícia Federal, Controladoria-Geral da União, Ministério Público) são muito precisos e completos. De acordo com o deputado, esses dados permitem formar convicção de culpa em relação a cerca de 80 parlamentares. É o caso de perguntar – e na verdade perguntei, pois estava entre os que entrevistaram Biscaia na segunda-feira – para quê serve a CPMI. De fato, se a investigação já foi realizada, se as responsabilidades de todos estão claramente delineadas, o quê, exatamente, a CPMI trará de novo? Por tudo o que conheço do deputado Biscaia, trata-se de um homem sério, um ex-procurador de Justiça com larga experiência na repressão à propinagem. Ele é co-fundador da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção e seu presidente. Seu trabalho à frente da CPMI tem sido elogiado pela discrição. Tem, até agora, evitado com habilidade alimentar as escaramuças partidárias mais agudas, que afloram sempre que existe possibilidade de convocar um ministro ou ex-ministro (por exemplo).
N
ão pode servir para esclarecer melhor os fatos do escândalo, uma vez que tais fatos já foram ou estão sendo desencavados pela PF etc. Não pode servir para formar convicções de culpa de deputados e senadores, dado que as circunstâncias já são suficientemente conhecidas. Não pode servir para justificar processos de cassação contra parlamentares, uma vez que estes não precisam de CPMI para acontecer. Para tanto basta uma representação à Corregedoria da Casa correspondente, que depois de examinar cada caso o arquiva ou envia à Comissão de Ética. Como já há elementos de sobra para fazer essa representação, o quê estão esperando? Fica-se com a impressão de que a CPMI está
servindo como elemento de procrastinação dos processos de cassação de mandatos de deputados e senadores. Não porque o deputado Biscaia queira isso, mas porque a muita gente interessa empurrar com a barriga o que se puder. Para ficar só na Câmara nos Deputados, quanto mais tarde representações sejam feitas junto à Corregedoria, menos tempo haverá para que esta ouça os acusados (são mais de 80!), instrua os processos correspondentes e os envie à Comissão de Ética. Como os processos precisam correr um a um, dando-se dois dias úteis por processo, só aí já são 160 dias úteis. Como os processos precisam correr um a um, dando-se dois dias úteis por processo, só aí já são 160 dias úteis. A essa altura, a eleição já aconteceu. Como quase todos os sanguessugas são candidatos à reeleição, muitos serão reconduzidos.
N
este ponto entra outra consideração. Sequer é claro que fatos ocorridos numa legislatura (esta) possam servir de motivo para processar deputados e senadores por quebra de decoro parlamentar na legislatura seguinte (a que se elegerá em outubro). De modo que essas movimentações em torno da CPMI dos Sanguessugas parece que não servirão para nada. É aí que entra o eleitor. Os sujeitos que não forem reeleitos este ano serão processados pela Justiça comum. Já aqueles que se reelegeram gozarão de foro especial, e os processos contra eles correrão no Supremo Tribunal Federal, com tudo o que isso significa em termos de delongas. Independentemete da CPMI, já é claro que pelo menos 80 parlamentares (é o número adiantado pelo deputado Biscaia no Roda Viva) estão entrutados até a raiz dos cabelos. O eleitor pode interferir nisso, evitando que sanguessugas (e também mensaleiros e todos os demais bichos) sejam reconduzidos ao Congresso. Não vale a pena votar nesses sujeitos. Não faz bem para a saúde.
S ó o eleitor pode evitar que os sanguessugas sejam reeleitos.
A eleição mais corrupta
ADRIANO PITOLI E CAMILA SAITO, DA CONSULTORIA TENDÊNCIAS
nadimplência junto aos bancos recua para 7,3%
ARTHUR CHAGAS DINIZ Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente em exercício Alencar Burti Presidente licenciado Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi
Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)
Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: , Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046
A
ssim o senador Tasso Jereissati avalia as próximas eleições no Brasil. O senador está cheio de razões. Tanto o PT quanto os demais partidos da base aliada resolveram ignorar as evidências da CPMI do Mensalão e, agora, a dos Sanguessugas. Isto tem servido de escusa a vários parlamentares, de cassação recomendada pelo Conselho de Ética da Câmara; é o que eles qualificam de "absolvição pelo plenário". Ora, o que houve foi falta de maioria absoluta e não absolvição. Todos os mensaleiros tiveram, além do indiciamento do Comitê, maior número de votos pela cassação do que contra ela. A cena de deboche de Ângela Guadagnin, de per se, justificaria um julgamento de conduta indecorosa. A eleição mais corrupta da História será esta em que, em um mesmo palanque, estarão Lulla, Newton Cardoso e vários conhecidos mensaleiros e sanguessugas mineiros. Lulla, cujo impeachment não foi pedido por razões de ordem política – elevada popularidade – e não por convicção de ignorância ou inocência, voltará aos palanques
para desafiar a consciência nacional. Se alguém tinha dúvidas sobre o desconhecimento de Lulla em relação ao esquema do mensalão, vai perdêlas. O risco é que os eleitores adotem a postura cínica de que o esquema do PT é o único possível para eleger representantes das classes sócio-econômico-educacionais menos afortunadas.
A
seus adversários vai restar a opção de não dar legenda e expulsar do partido todos aqueles envolvidos com as emendas parlamentares que deram vazão ao escândalo das ambulâncias. Prefeitos cúmplices devem, igualmente, ser expulsos. O esquema, montado no Ministério da Saúde e que, aparentemente, oferece evidências de participação ou omissão, como são os casos de Humberto Lucena e Saraiva Felipe, não pode ser eximido de responsabilidade. Eles vão tentar, a exemplo do que fez Lulla, dizer que não sabiam de nada. Infelizmente, acho que Jereissati tem razão: será a eleição mais corrupta da História do Brasil. ARTHUR CHAGAS DINIZ É PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL
O s eleitores poderão adotar uma postura cínica sobre os esquemas do PT
nação inteira foi mobilizada para saber o que se passava nas instituições políticas com o dinheiro do contribuinte e com as obrigações fiscais, medonhamente abusivas, que pesam com a sua mole de chumbo. Até mesmo ministros bem galardoados deixaram-se embalar pelo sonho da função federal ao assumirem cargos no novo governo. O que fizeram foi lamentável, pois também aproveitaram-se do cargo para nomear uma titular de sinecuras que não saberia como começar as suas novas atividades ao lado das maritais... Quem, como eu, analisou em profundidade os regimes políticos e dentre eles esse que nos acompanha, chega a conclusão que são numerosos os seus defeitos, principalmente por que os políticos não querem trabalhar e só se dedicam a afilhados políticos, cabos eleitorais e redatores de jornais.
G No Brasil foi
institucionalizada a corrupção e nela entra com parte do valor de face o burocratismo desenfreado
V
em de longe essa agenda funcional, podendo chamá-la de política de compadrio, em que os titulares para vários cargos levam para as repartições membros de sua Casa Civil - se assim podemos chamar a parte funcional dos políticos -, contra os interesses da Nação. Que me conste, até hoje não mudou o costume nominativo dos políticos que chegam ao exercício de cargos com uma calda muito grande de apaniguados para serem colocados em cargos com boa remuneração. É o que Brasília veio demonstrar, na vivência das conexões entre poder e administração pública, nas quais não se cogita o interesse da Administração, mas sim o interesse dos companheiros de jornada, que tenham ou não tenham recursos para oferecer em troca de um cargo na burocracia estatal. Infelizmente é o que se passa no Brasil, onde foi institucionalizada a corrupção e nela entra com grande parte de seu valor de face o burocratismo desenfreado, que está causando surpresas pelo gasto recorde no atual governo. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
4
Nacional Finanças Empresas Empreendedores
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 3 de agosto de 2006
A missão russa que está no Brasil para verificar o combate à aftosa vai ao Mato Grosso do Sul.
CRESCE A ADOÇÃO DE PLR NAS EMPRESAS
ENTIDADE ENCONTRA 92 AÇÕES QUE FEREM O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR NAS LOJAS DE SÃO PAULO
PROCON CONSTATA IRREGULARIDADES
A
Fundação ProconSP realizou, entre os dias 17 e 28 de julho em São Paulo, a operação Dia dos Pais. Ao fiscalizar seis shopping centers e dois centros comerciais, totalizando 445 lojas, a entidade encontrou 92 irregularidades que ferem os direitos dos compradores no momento da aquisição de bens e serviços. As principais irregularidades foram a falta de informação de preço à vista nas vitrines internas e externas; informações insatisfatórias de preços (se é à vista ou a prazo); não aceitação de cheques de contas abertas recentemente e exigência de cartão do banco para pagamentos com cheques; limitação de valores para pagamentos em cheques, e a mesma prática nos casos de quitação por meio de cartões de débito e crédito. O assessor técnico da Fundação Procon-SP, Carlos Alberto Nahas, explica que, em relação ao cheque, a lei não exige que o lojista o aceite. Mas, nesse caso, ele deve expressar essa opção claramente em seu estabelecimento comercial. Já a não aceitação de cheques de contas novas é considerada uma discriminação, porque configura um julgamento antecipado do consumidor por parte do comerciante. "Entretanto, o comerciante tem o direito de entregar o produto apenas depois da compensação do cheque, desde que avise previamente o consumidor de que adotará essa
medida", acrescenta Nahas. Defesa – Para evitar que os lojistas cometam essas infrações, o Instituto Jurídico da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) fornece orientação constante a eles. No caso dos cheques, Rodrigo Pedroso, advogado do Instituto, reafirma que nenhum comerciante é obrigado a aceitar cheques. "Nossa orientação é no sentido de que não se discriminem os consumidores que queiram pagar por produtos e serviços com cheques. Os comerciantes não podem aceitar cheques de uns e não de outros", diz. Pedroso afirma que o cheque é um título de crédito que uma vez aceito não deve ser motivo para discriminar o consumidor, com argumentos como o de sua não aceitação por ser de uma conta aberta recentemente. "Quem tem conta no-
va não é desonesto." No caso da disposição dos valores, por exemplo, eles devem ser colocados adequadamente no estabelecimento, pois o preço à vista é uma informação básica à qual o consumidor tem direito. O advogado afirma, entretanto, que essas irregularidades não são a regra no comércio, e que sempre há lojistas consultando o departamento jurídico da ACSP para se adequar às normas. Multas – As multas aplicadas aos comerciantes que cometeram as infrações variam de R$ 212,82 a R$ 3.192.300,00. As lojas que apresentaram estas irregularidades durante a operação Dia dos Pais responderão a um processo administrativo e a multa será cobrada ao seu final, quando não houver mais recurso ao comerciante. Paula Cunha
Paulo Pampolin/Hype - 25/07/2006
Marcos Peron/Virtual Photo - 26/08/2005
Errado: falta discriminação dos preços em cada peça exposta na vitrine
Certo: cartaz avisa sobre cheque
Empresários apostam cada vez mais na PLR
O
tema Participação dos Trabalhadores nos Lucros ou Resultados (PLR) está entrando cada vez mais na pauta de relações de trabalho das empresas brasileiras. Principalmente nas discussões de acordos coletivos. A indústria é o segmento que desponta com os maiores índices de pagamento do benefício. Segundo o levantamento divulgado ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em 2005, dos acordos analisados, 73,2% dos feitos na indústria pagaram PLR, frente a 13,8% de serviços e 13% do comércio. Para Miguel Huertas, um dos técnicos responsáveis pela pesquisa, a política de metas coletivas ou individuais e as pressões sindicais são pontoschave na implementação do programa dentro das empresas. "Elas estão cada vez mais interessadas em aumentar a produtividade e, para isso, criam uma política de metas que vai desde a assiduidade dos trabalhadores até a redução de despesas e o desempenho pessoal", disse, ao acrescentar que os sindicatos também exercem um papel ativo
nas negociações do PLR. "Na indústria, que tradicionalmente já tem um sindicato forte e atuante, a entrada de produtos estrangeiros no mercado nacional aumentou a concorrência e estimulou a prática do PLR que, na verdade, é um incentivo ao aumento da produtividade", disse Huertas. Já no comércio, a prática do PLR está começando agora. "A principal dificuldade para emplacar de vez é a grande dispersão da categoria. Geralmente, são três ou quatro funcionários por estabelecimento, e não há uma comissão de trabalhadores", afirmou. O estudo realizado pelo Dieese também mostrou que, juntas, as regiões Sul e Sudeste – onde se concentra a maior par-
IPC-S Com alta de 0,07%, índice semanal encerrou série de dez deflações em São Paulo.
APOIO DE PESO
L
íderes que integram o Fórum de Jovens Empreendedores (FJE), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), conheceram de perto ontem todos os detalhes do movimento Quero Mais Brasil e prometeram apoio. "Conte conosco para divulgar pela nossa rede capilar no Estado de São Paulo e no Brasil", disse o coordenador do FJEACSP, Júlio Bueno. Ele acrescentou que é preciso ajudar todas as ações que buscam, como faz o FJE, repensar o Brasil para melhor. "É preciso participar como forma de conscientizar o cidadão de seus direitos", concluiu André Gonçalves, vicecoordenador do FJE. (SLR) A TÉ LOGO
Ó RBITA
P
te da produção industrial brasileira – representam 63,4% dos acordos e convenções celebrados em 2005. Em termos de unidades da federação, São Paulo é o estado com o maior número de negociações, com 25% dos acordos, seguido por Paraná (14,6%), Minas Gerais (9,8%) e Ceará (9,8%). A pesquisa destacou ainda que em 51,2% dos acordos e convenções houve o pagamento de valores da PLR aos trabalhadores de forma desigual; 36,6% pagaram valores iguais e 12,2% pagaram uma parte igual para todos e outra parte de acordo com o salário de cada funcionário. "As grandes empresas foram as que pagaram os maiores valores", ressaltou Huertas. Maristela Orlowski
FECOMÉRCIO Vendas em SP cresceram 3,2% no primeiro semestre sobre igual período do ano passado.
SOBE CUSTO DA CONSTRUÇÃO
esquisa mensal do Sindicato da Indústria da Construção (SindusCon-SP) mostra que o custo unitário básico da construção civil paulista (CUB) teve elevação de 0,17% em julho, em comparação a junho. O CUB é o índice oficial calculado pelo SindusCon-SP e reflete a
O
variação mensal dos custos do setor para utilização nos reajustes dos contratos. No mês de julho, os custos das construtoras com mãode-obra aumentaram 0,18%. E os preços dos materiais de construção subiram 0,15%. A média ponderada entre essas variações resultou no CUB de 0,17%. (AE)
PETROBRAS NEGA ROMBO
balanço financeiro da Petrobras em 2005 confirma o saldo negativo de R$ 9,351 bilhões entre as despesas (R$ 33,756 bilhões) e ativos (R$ 24,405 bilhões) destinados ao fundo de pensão que patrocina, a Petros. Mas a empresa insiste em declarar que não há
rombo em suas contas com o fundo. "Não existe rombo. O que há é um déficit atuarial", informou a estatal ontem, por meio de sua assessoria de imprensa. A companhia afirma que o déficit é de R$ 4,5 bilhões, metade do que está publicado no próprio balanço da Petrobras. (AE)
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
L
Grupo Maeda confirma entrada no setor sucroalcooleiro com usina em Goiás
L
Guido Mantega diz que MP do pacote cambial pode ser divulgada ainda hoje
L
Itaú disfarçou lucro, dizem analistas de mercado
Ambiente Compor tamento Clima Urbanismo
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Em Campos do Jordão a temperatura foi mais baixa ainda: 5,2 graus.
TEMPERATURA NA MADRUGADA FOI DE 12,9 GRAUS
Devagar, O frio vai embora da cidade Para a tarde de hoje já estão previstas aberturas de sol em São Paulo, após o meio-dia. O tempo bom se prolongará no fim de semana. As chuvas devem ser escassas até o fim do inverno, em setembro.
3
s moradores das regiões Sudeste e Sul terão dias de tempo seco e quente até o começo da semana que vem, segundo as previsões da meteorologia. No Estado de São Paulo, a madrugada de ontem registrou 5,2 graus em Campos do Jordão. No Rio Grande do Sul, as temperaturas foram negativas pela terceira madrugada consecutiva. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as temperaturas começam a subir, com a umidade do ar voltando a cair. A expectativa é que os dias de chuva permaneçam escassos até o fim do inverno, no próximo dia 23 de setembro. Para hoje, a previsão é de que a umidade comece a diminuir, provocando uma pequena melhora no tempo após o meio-dia, com algumas aberturas de sol. Mas, o tempo só ficará firme e com bastante sol a partir da tarde de amanhã, situação que deve se prolongar no fim de semana. Na madrugada de ontem, a
Monalisa Lins/AE
O dia ainda foi bem frio ontem na capital paulista, como no viaduto Santa Ifigênia, na região central.
mínima na cidade foi de 13,2 graus, registrada no Mirante de Santana, na zona norte. Para o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da Prefeitura, no entanto, a tempera-
tura chegou a 12,9 graus em Parelheiros, na zona sul. No Rio Grande do Sul, os termômetros passarão a marcar 30 graus na próxima semana. A partir de hoje as temperaturas devem deixar de ser negativas. Amanhã, a previsão é que a entrada de ar quente pelo norte do território gaúcho traga instabilidade. No fim de semana, pode haver chuva. Ontem, duas pessoas morreram de frio no estado. Neblina – O trânsito ficou complicado ontem de manhã
nos trechos de serra do sistema Anchieta-Imigrantes, que liga a capital à Baixada Santista, por causa da neblina e da má visibilidade. O Aeroporto Santos Dumont, no Rio, foi fechado para decolagens, por volta das 11h30, em razão da forte chuva que atingiu a cidade. Os pousos eram feitos em condições mínimas, dependendo das aeronaves. Nevoeiros atingiram também os aeroportos dos estados de São Paulo, Minas e Bahia, mas sem interrupções de vôos. (Agências)
Factoring
DC
quinta-feira, 3 de agosto de 2006
O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 3 de agosto de 2006
3
Política PARA O SENADO,
Se não fizermos a reforma política, o Brasil estará ingovernável nos próximos anos e ficará estagnado. Senador José Sarney
Sérgio Lima/Folha Imagem
REELEIÇÃO TEM DIAS CONTADOS. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal aprovou, por voto simbólico, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que acaba com a possibilidade de reeleição para prefeitos, governadores e presidente da República a partir de 2010.
Alckmin decidiu abrir um comitê suprapartidário no Rio, para ouvir os setores que não vão aos palanques
ALCKMIN É BEM AVALIADO POR INTELECTUAIS CARIOCAS
O
candidato à Presidência do PSDB, Geraldo Alckmin, saiu bem avaliado de uma reunião que teve com intelectuais, artistas e empresários anteontem à noite, no Rio de Janeiro. O encontro foi organizado pelo ex-ministro da Cultura, Francisco Weffort, e pela presidente da Fundação Teatro Municipal do Rio, Helena Severo. O cenário escolhido foi o apartamento da produtora de cinema Eva Mariani, em Ipanema. Na reunião, ficou decidido que o ex-governador de São Paulo terá um comitê suprapartidário na cidade, onde serão realizados debates e encontros com segmentos desligados dos palanques estaduais. Alckmin se comprometeu a visitar o comitê com regularidade até a eleição de outubro. Opinião carioca – Segundo Helena, a reunião serviu para aproximar Alckmin dos "formadores de opinião" cariocas simpatizantes da candidatura tucana. "Foi um encontro bem produtivo. O sentido foi consolidar a idéia de que ele é um candidato viável. Faltava essa aproximação, que é importante. Ele conseguiu passar para nós, como está bem informado sobre o Rio", disse Helena. Alckmin chegou ao edifício voltado para a Praia de Ipanema por volta das 20 horas e respondeu a perguntas dos 85 convidados por duas horas. Depois, jantou e conversou descontraidamente. Saiu pouco depois da meia-noite. Ecletismo – O grupo convidado era bastante eclético. Estavam lá os escritores Ferreira Gullar e Nélida Piñon; o antropólogo Roberto Damatta; o humorista do "Casseta e Planeta", Marcelo Madureira; o ex-presidente do Banco Central Ar-
mínio Fraga; a vereadora tucana, Andréa Gouvêa Vieira; a editora Vivi Nabuco e o advogado Nélio Machado. Também participaram o exembaixador Sebastião do Rego Barros; o ex-prefeito do Rio Israel Klabin; o ex-presidente da BR Distribuidora Luiz Antônio Viana; o vice-prefeito do Rio, Otávio Leite; Pedro Buarque de Holanda, um dos sócios
MOREIRA ENTRA NA CAMPANHA
O
deputado Moreira Franco (PMDB-RJ) vai integrar, como representante da ala oposicionista de seu partido, a equipe de coordenadores do candidato da coligação PSDB/PFL à Presidência da República, Geraldo Alckmin. O nome de Moreira, que não disputará as eleições de outubro, foi escolhido anteontem, durante encontro do presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), com Alckmin, que contou também com a presença dos deputados Eliseu Padilha (PMDB-RS) e do próprio Franco. Um dos principais alvos de Moreira, agora, será fortalecer a candidatura Alckmin no Rio de Janeiro. Pelas pesquisas, Alckmin estaria em terceiro lugar na intenção de voto no do Rio, atrás de Heloísa Helena, do PSol. (AE)
da Conspiração Filmes e Ana Jobim, viúva de Tom Jobim. Primeira impressão – Boa parte dos convidados se encontrava com Alckmin pela primeira vez, como foi o caso do poeta Ferreira Gullar. "Tive boa impressão, foi uma conversa simples, mas ele realmente mostrou que tem conhecimento efetivo do País. Não é uma farsa, com demagogia ou promessas fantasiosas. Apresentou soluções que podem ser consideradas viáveis", afirmou. "Além disso é uma pessoa ética, o que é muito importante, sobretudo atualmente. Quando o presidente Lula diz que vai ter a ousadia de defender a ética é para dar uma gargalhada, não é?", disse o escritor. Gullar ficou satisfeito com o panorama que Alckmin fez sobre sua gestão na área de segurança em São Paulo, apesar da recente onda de violência. "Esse é u m p ro b l e m a d e t o d o o País", lamentou. Números – Depois de Alckmin dar respostas técnicas cheias de números para alguns assuntos, o antropólogo Roberto Damatta disse ao candidato que a reintrodução de valores como o pensamento republicano, a ética e a cidadania será o grande diferencial dessa campanha. "Ele deu um depoimento muito emocionado de que é preciso ter mais 'coração' na campanha. Disse que o candidato não pode ser frio", contou a vereadora Andrea Gouvea Vieira. Segundo ela, Alckmin respondeu que a propaganda na TV será uma "luta de personalidade" e que aquele que tiver mais firmeza e seriedade vai ganhar o eleitor. De Fraga, ele ouviu que é preciso melhorar a comunicação com as classes C, D e E. (AE)
OBSTRUÇÃO
EDMENDA FOI TIRO TUCANO NOS PRÓPRIOS PÉS
O
PSDB propôs a reeleição em 1997 e se complicou com ela em 2006, quando tinha três candidatos à Presidência da República e dois deles, necessariamente, sobrariam para 2010. O impasse quase azedou a disputa entre Geraldo Alckmin, então governador
JURISTAS PROPÕEM MUDANÇAS NAS CPIs
O
líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (RS), informou ontem que o governo vai continuar obstruindo a votação da Medida Provisória 291, que concede um aumento de 5% aos aposentados e pensionistas que ganham mais de um salário mínimo. Fontana disse que o governo vai deixar a MP caducar, o que ocorre no dia 10, mas afirmou que os aposentados não ficarão sem o aumento. Segundo ele, será editada uma nova MP com o reajuste. Como as MPs têm validade de 60 dias, a votação ficaria para depois das eleições. O problema com esta MP é que os oposicionistas apresentaram uma emenda que eleva o reajuste para 16,67% – e não haveria recursos para bancá-lo. (AE)
A
provado em 1997 por iniciativa do então presidente Fernando Henrique Cardoso que beneficiouse dele, o instituto da reeleição para cargos executivos deu ontem mais um passo importante rumo à extinção. Em votação simbólica e por unanimidade, os membros da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovaram o fim da reeleição para Presidente da República, governadores e prefeitos a partir de 2010. Quatro ou cinco? – O parecer do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) mantém em quatro anos a duração dos mandatos, mas sobre este ponto não há consenso. O autor da proposta original, senador Sibá Machado (PT-AC), havia proposto mandato de cinco anos, sem reeleição. Esta proposta será defendida pelo PT e outros partidos nas negociações para as votações futuras. Últimos – A proposta, uma emenda constitucional que exige quórum qualificado (pelo menos 49 votos a favor) terá que ser votada, em dois turnos, no Senado e depois seguirá para a Câmara dos Deputados, onde terá que passar pela CCJ da Casa, por uma comissão especial e pelo plenário. Se for alterada, ainda volta ao Senado. Se aprovada nas duas Casas, os últimos a usufruírem do instituto da reeleição seriam os prefeitos que estão no cargo, e poderão candidatar-se à reeleição em 2008. O texto acaba com a possibilidade de reelei-
Antonio Cruz/ABr
Ó RBITA
MAIS LULA
O
diretório municipal do PT quer trazer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo menos três vezes para São Paulo durante toda sua campanha. Enquanto o partido finaliza os preparativos para os eventos deste fim de semana – os primeiros de Lula na capital desde que a campanha começou –, o diretório tenta negociar outras duas visitas do presidente à cidade. Lula virá a São Paulo na próxima sexta-feira para participar de um jantar com empresários no Jockey Club de São Paulo. (AE)
O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, ontem, de um grupo de juristas, uma proposta de mudança na legislação para regulamentar o trabalho das comissões parlamentares de inquérito (CPI). No documento, os juristas dizem que é inadmissível que as CPIs se transformem em instrumento de abuso e devassa contra
particulares e atentem contra direitos constitucionais. Falando em nome do grupo de juristas, Eduardo Seabra Fagundes disse que a intenção é ajudar as CPIs a terem padrões e organização, além de modernizar a legislação, que é muito antiga. "Para serem valorizadas, as CPIs precisam ser aperfeiçoadas para tenham mais credibilidade". (AOG)
Wilson Dias/ABr 01/2006
ção não só para os eleitos, mas para quem os houver sucedido ou substituído nos seis meses anteriores à eleição. O senador Tasso defendeu agilidade na aprovação do texto pelo Senado. "Se possível, que seja votada no próximo esforço concentrado, em setembro, para que seja apreciada pela Câmara antes das eleições. Depois disso já teremos governadores eleitos e já pensando na reeleição, o que pode ter influência política grande", disse o tucano. Para nós, não – O senador declarou-se favorável à reeleição, mas que a medida foi inadequada para a democracia brasileira. Tanto no governo tucano, quanto no atual, disse Tasso, a reeleição trouxe intranqüilidade e originou crises políticas. Além do relatório dele, o líder do PSDB na Câmara, Jutahy Junior (BA) também apresentou emenda acabando com a reeleição.
Dúvida petista – A líder do PT, senadora Ideli Salvatti (SC), considera muito difícil a votação da emenda antes da eleição de outubro. Ela lembra que serão apenas três dias de esforço concentrado em setembro e que o quórum exigido para a aprovação é alto. "Houve unanimidade sobre o desmonte do instituto, mas ainda teremos que aprofundar o debate sobre o tempo de duração do mandato. O PT defende cinco anos. Não tem a menor possibilidade de votar muito rapido, é até um risco. Precisamos de 49 votos favoráveis no Senado", alertou ela. Comemoração – O senador Eduardo Suplicy comemorou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça do Senado de aprovar a proposta de emenda constitucional que põe fim à reeleição. Apesar de não ter participado da votação em função de encontro agendado com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, Suplicy afirmou que a medida mostra que há um sentimento em todos os partidos de que as desvantagens da reeleição são maiores que as vantagens oferecidas pelo sistema. "Nós do PT sempre nos posicionamos contra a reeleição", disse. Para Suplicy, a aprovação "serve de alerta de que muitos avaliam que quem está no governol tem um grande poder no uso da máquina" e concluiu: "Infelizmente não consegui convencer o presidente FHC de que a reeleição não era boa". (AE)
de São Paulo, e José Serra, então prefeito da cidade, e começou a ser resolvido quando Serra fez um pacto com o governador Aécio Neves: se fosse indicado candidato e vencesse a eleição, não concorreria à reeleição em 2010. Crédito – Para dar credibilidade a sua proposta, Serra exibiu a emenda constitucional apresentada em 2004 por seu aliado Jutahy Júnior (BA), propondo o fim da
reeleição. Aécio, que depois confirmaria para amigos a promessa de Serra, passou a demonstrar inequívoca simpatia pela candidatura do então prefeito. Às vésperas da decisão do partido, Alckmin percebeu que precisava se posicionar e deu sinais de que também concordava com o pacto. Acabou ganhando a simpatia de Aécio, decisiva para carimbar o seu nome como candidato ao Palácio do Planalto. (AE)
PELA REFORMA
AÉCIO NA MIRA
Suplicy comemorou a aprovação
O
ex-presidente da República e senador José Sarney (PMDBAP) disse ontem, em almoço com cerca de 30 empresários da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), que a realização de uma reforma política no próximo governo, seja ele qual for, é condição "imprescindível" para garantir a governabilidade do próximo mandato presidencial. "Se não a fizermos, o Brasil estará ainda mais ingovernável nos próximos anos, e ficará estagnado", reafirmou o senador. Segundo Sarney, a reforma deverá passar por um processo "concertação política" nos moldes do produzido durante o governo de Felipe González, na Espanha. (AE)
O candidato ao governo, Nilmário Miranda (PTMG), entrou com uma ação judicial no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) solicitando a impugnação da candidatura à reeleição do governador Aécio Neves (PSDB-MG), e de seu vice, Antônio Augusto Anastasia (PSDB). A assessoria jurídica do PT pede a apuração de três supostas irregularidades cometidas por Aécio (foto): a "promessa de reajuste para o funcionalismo vinculado à arrecadação do ICMS"; a "realização de ato político" no Palácio das Mangabeiras e a utilização dos portais eletrônicos do governo em benefício próprio. (AE)
quinta-feira, 3 de agosto de 2006
DIÁRIO DO COMÉRCIO
ECONOMIA - 5
8
Congresso Planalto Crise política CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 3 de agosto de 2006
O catálogo está à venda na livraria da Casa das Rosas, na Av. Paulista, 37. Preço: R$ 60,00.
RIR PARA NÃO CHORAR
A exposição acontece de 27 de agosto a 16 de outubro, em Piracicaba-SP. Para quem não pode conferir in loco, vale adquirir o catálogo.
POLÍTICA? SÓ RINDO.
C
Tsuli Narimatsu
artunistas e quadrinistas sabem como ninguém transformar o que é indigesto na história política em uma narrativa palatável, crítica e bem humorada – especialmente quando a realidade cotidiana no Congresso Nacional brasileiro beira o descaso. Nesse contexto o 32º Salão Internacional de Humor de Piracicaba adquire um valor sem precedentes. Esta edição reúne os melhores trabalhos produzidos em 2005, ano em que o Brasil assistiu, estarrecido, ao espetáculo da crise envolvendo os principais expoentes do governo do PT. E mostra que o verdadeiro talento só se aprimora em tempos de crise. Aos leitores raivosos, engajados, desanimados e indiferentes, o Diário do Comércio faz um convite: divirtam-se com o nosso pastelão político.
Osmani Simanca, 2º lugar em charge. Uma crítica aos encantos do poder.
Vamberto Leite de Araújo: as CPIs dos Correios, Mensãlão e Bingos.
José Carlos Santos: menção honrosa pela caricatura de José Dirceu.
Ao lado, Walmir Américo expõe a relação de Lula com o PT. Abaixo, Márcio Leite indica o rumo que deveria ter sido seguido pelo partido.
Baptistão fica com o 1º lugar na categoria Caricaturas, com o ministro Gilberto Gil.
Fotos: Luludi/LUZ
CONTRA O MAU HUMOR
Q
uem faz humor não corre o risco de proteger os amigos e fechar os olhos ao que acontece ao redor. Está vacinado . "Se hay gobierno, soy contra", define o cartunista Zélio Alves Pinto, um dos pioneiros no Salão de Humor de Piracicaba. "Humor condescendente não existe". O cartunista, segundo ele, cumpre o papel de documentar a história e eternizar a crítica social "porque comenta o fato e opina no momento em que ele se dá e não depois que já aconteceu, como fazem os historiadores". É dessa instantaneidade , analisa Zélio, que se extrai uma versão mais pura e fiel dos acontecimentos. "Cada edição do salão reconta um ano da história do Brasil. Em sua primeira edição, 1974, período da ditadura, os trabalhos traduziam resistência e
Plínio Arruda
O cartunista Zélio Alves Pinto
contestação política. Hoje eu diria que há um espanto crítico em torno do governo Lula", diz o cartunista. O Salão Internacional de Humor de Piracicaba é hoje reconhecido como um dos mais importantes do mundo no universo das artes gráficas, da indústria editorial e das histórias em quadrinhos. Vinte e um países enviaram trabalhos.
Baptistão
Paulo Caruso
ENCANTO E DESENCANTO
A
síntese da crítica ao governo do PT, na visão de um de seus fundadores, Plínio de Arruda Sampaio, hoje candidato ao governo do Estado de São Paulo pelo PSol, está no trabalho de Márcio Leite, "Esquerda devolver" (ao lado). "Essa é impressionante", disse ele depois de folhear cuidadosamente o catálogo do salão, lançado na Casa das Rosas. O ex-petista diz "que demorou muito para acreditar no que estava havendo no PT" e conta que ele mesmo tentou dissuadir a senadora Heloísa Helena a não deixar o partido. "Ela enxergou primeiro, assim
como esses profissionais", diz, em referência aos participantes do Salão de Humor . Na visão de Paulo Caruso, que integra o júri da amostra, a edição deste ano fez o que chama de "dissecação do governo do PT". "Teve muito essa visão do desencanto. Eu mesmo votei no governo e estou desencantado", revela. Eduardo Baptistão, que conquistou o 1º lugar pela charge do ministro da Cultura Gilberto Gil, normalmente não desenha políticos, mas esse ano foi diferente. "Eu não dava nem um ano para o Gil ficar no cargo. A resistência dele na política me impressionou".
ACOMPANHE A PARTIR DE AMANHÃ A SÉRIE DE CHARGES DO SALÃO
4
Eleições Planalto Eleição estadual Debate
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 3 de agosto de 2006
Eles (os estudantes) estão fora de foco. Eu não sou governador, estou em campanha. José Serra, candidato
CAMPANHA DOS CANDIDATOS MANTÉM RITMO
NAS RUAS, CANDIDATOS AO GOVERNO DO ESTADO REFAZEM PROMESSAS Márcio Fernandes / AE
Eymar Mascaro
MIRANDO O ALVO
D
epois de apresentar seu projeto de governo para a região, amanhã, em Recife, Geraldo Alckmin vai intensificar presença no Nordeste, anunciou o coordenador da campanha, senador Sérgio Guerra. Os tucanos querem que Alckmin se recupere na região, porque o Nordeste concentra 33 milhões de eleitores e é o 2º maior colégio no Brasil, perdendo apenas para o Sudeste, que tem cerca de 50 milhões de votos. Guerra admite que Alckmin ainda não cresceu o suficiente na região por ser pouco conhecido. Mas, para ele, Alckmin tem chances de subir nas pesquisas 30 pontos na região, via TV. Atualmente, o tucano obtém 13% de índice de intenção de voto local, segundo o Ibope, contra 66% de Lula. É uma diferença acima de 50 pontos.
C
oisas de campanha: Serra enfrenta protesto de estudantes da USP de Pirassununga com narizes de palhaço e que pregam o voto nulo.
SERRA DEFENDE PENA MAIOR PARA MENORES
O
candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, José Serra, defendeu ontem a manutenção da maioridade nos atuais 18 anos, com a ressalva de aumentar a pena dos menores de alta periculosidade e deixá-los separados dos menores detidos por crimes leves. "É importante que os menores delinqüentes, os assassinos,
MERCADANTE COMETE ATO FALHO
possam ficar separados, cumprir penas fixas e maiores", disse Serra em Pirassununga, no interior paulista, onde fez campanha. Pouco antes, Serra protestou. Disse que essa sua sugestão era antiga, mas que a imprensa nunca divulgava. "A imprensa nunca publica, não vai adiantar falar agora." Segundo o candidato, o isolamento dos menores mais perigosos seria realizado em celas das próprias Febens e caberia à Justiça e ao Legislativo analisar a progressão das penas. "Com esta proposta, aquele
Champinha não sairia", garantiu". Em sua caminhada, Serra entrou em uma loja de roupas femininas, constrangendo uma consumidora que estava no provador. "Não entra que eu estou pelada", reagiu a senhora. Depois, passou por estudantes de Engenharia de Alimentos do campus da USP, que usavam narizes de palhaço e pregavam o voto nulo. "Não tomei conhecimento (do protesto)", disse Serra. "Mas estão um pouco fora de foco. Eu não sou governador, estou apenas em campanha aqui. (AE)
Lula Marques / Folha Imagem
O
senador Aloizio Mercadante (PT-SP) cometeu ontem um curioso ato falho: chamou seu colega José Jorge (PFL-PE) de 'vice-presidente'. Um segundo depois, se corrigiu: "Quero dizer, candidato a vice-presidente". Mercadante concorre ao governo de São Paulo pelo PT e apóia a reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva; José Jorge é o candidato a vice-presidente na chapa do PSDB/PFL, liderada pelo tucano Geraldo Alckmin. O "escorregão" de Mercadante ocorreu logo depois da aprovação – por 51 votos a 1 contrário e 1 abstenção –, em segundo turno, da proposta de emenda constitucional que torna impositivo o Orçamento
Em plenário: candidato petista conversa com Tasso Jereissati.
da União. Se o projeto for aprovado também pela Câmara, o Orçamento que sair do Congresso terá de ser obedecido pelo Executivo, daí o nome impositivo. Hoje, o Congresso deve aprovar o Orçamento e o Executivo decide se cumpre a lei ou não. O único voto contrário à
aprovação do orçamento impositivo foi dado justamente por José Jorge. Ao verificar o placar eletrônico, o senador Osmar Dias (PDT-PR), autor da proposta, disse que só podia acreditar que José Jorge tinha votado errado e que se ele ainda estivesse no Senado, deveria fazer a correção. (AE)
QUÉRCIA PROMETE O QUE JÁ EXISTE
O
candidato a governador de São Paulo, Orestes Quércia, (PMDB) tem anunciado como sua principal promessa para reduzir o desemprego entre os jovens um programa que já existe no governo estadual há seis anos: o estágio remunerado para quem nunca trabalhou. "Em razão dessa reclamação que eu ouço todo dia nas ruas, vamos fazer um g r a n d e p ro j e t o , o P ro j e t o Aprendiz", disse ontem o peemedebista a alunos de uma escola técnica na capital. A proposta tem sido repetida como novidade pelo candidato desde segunda-feira, sempre que abordado por jovens em suas caminhadas. O projeto, explica Quércia, ofereceria estágio remunerado em empresas parceiras do Estado por um ano. Um programa com as mesmas características funciona em São Paulo desde a gestão Mário Covas. Trata-se do Jovem Cidadão, que atende hoje 6.548 jovens entre 16 e 21 anos, que recebem R$ 195 por seis horas diárias de estágio. Desde 2000 passaram pelo projeto 80 mil pessoas. A promessa é um dos trunfos de Quércia para alavancar sua candidatura no eleitorado jovem. Pesquisas da coordenação da campanha mostram que a simpatia por ele nessa faixa etária é pequena. (AE)
PROMESSA
PERIGO
Alckmin se encontrará com as principais lideranças políticas do Nordeste que apóiam sua candidatura, amanhã, na capital pernambucana. Na oportunidade, o candidato vai prometer reerguer a região no aspecto socioeconômico.
O fantasma de Heloísa Helena assusta os tucanos no Rio. Há zonas eleitorais em que ela ganha de Alckmin nas pesquisas. Isto é, Heloísa está em 2º lugar. Mas o prefeito César Maia acha que é fogo de palha e aposta que Alckmin vai crescer no estado.
DIFICULDADE
TRABALHO
O Nordeste é o principal desafio que Alckmin enfrenta, embora tenha o apoio de populistas senadores da região, casos de Antonio Carlos Magalhães, na Bahia; Tasso Jereissati, no Ceará; Sérgio Guerra, em Pernambuco e José Agripino, no Rio Grande do Norte.
Quem também está prometendo reação de Alckmin, em Minas, é o ex-presidente Itamar Franco. Detalhe: embora conte com o apoio do governador Aécio Neves (73% de intenção de voto como candidato à reeleição), Alckmin ainda perde no Estado para Lula.
DESVANTAGEM
A pesquisa Ibope/InformEstado aponta que Alckmin tem 11 pontos na frente de Lula em São Paulo (26 milhões de votos). Essa diferença, no entanto, sobe para 14 pontos no Datafolha. No fim de semana Lula vai intensificar a campanha em São Paulo.
NA FRENTE
Na Bahia, por exemplo, Alckmin perde para Lula apesar do apoio de ACM. O Estado tem 9 milhões de eleitores. Enquanto Alckmin está em desvantagem, o candidato à reeleição ao governo estadual, Paulo Souto (PFL) ganha folgadamente do candidato petista, Jacques Wagner.
CHAPA LU-LU O mesmo acontece no Ceará (5,3 milhões de votos). Alckmin também está em desvantagem nas pesquisas, embora conte com o apoio de Tasso Jereissati. Setores do PSDB, no entanto, estariam incentivando a chapa Lu-Lu (Lula para presidente e Lúcio Alcântara, do PSDB, para governador).
TRAIÇÃO O candidato tucano estaria sendo traído também na Paraíba com a dobradinha Lula para presidente e Cássio Cunha Lima (PSDB) para governador. O grupo está pedindo votos para a chapa Lu-Ca.
IMPORTÂNCIA Sérgio Guerra lembra que embora o partido pense em intensificar a campanha de Alckmin no Nordeste, o PSDB continuará dando importância a outros redutos eleitorais, como o Rio (11 milhões de eleitores) e Minas (13 milhões), dois estados do Sudeste em que Alckmin também está em desvantagem nas pesquisas.
APOIO Deputados federais do PMDB do Rio Grande do Sul (7,5 milhões de votos) reafirmam que estão fazendo a campanha de Alckmin no Estado. Mas, nem Lula nem Alckmin conseguiram obter o apoio do governador Germano Rigotto (PMDB), candidato à reeleição.
DEBATES O PT estaria desistindo de mandar representante nas reuniões de TV que vão promover debates entre os candidatos. As reuniões são promovidas para decidir as normas dos debates. Detalhe: Lula ainda não decidiu se vai participar do fuçafuça com os adversários.
RECURSOS PT e PSDB estariam encontrando dificuldades na arrecadação de fundos para as campanhas de Lula e Alckmin. A previsão de gastos na campanha do petista é de R$ 89 milhões e na de Alckmin, R$ 85 milhões. Até agora, as arrecadações nos dois partidos não superaram os 10%.
DOAÇÕES O temor dos doadores, segundo o comando das duas campanhas, é que seus nomes apareçam na Internet, porque os partidos teriam prometido prestar contas ao eleitor diariamente. Os doadores ainda convivem com o caldo do caixa dois nas campanhas.
6
Empresas Nacional Finanças Empreendedores
DIÁRIO DO COMÉRCIO
INFORMALIDADE AUMENTA FILAS
quinta-feira, 3 de agosto de 2006
580
milhões de dólares é o valor total de empréstimo que o BID liberou para o governo da Argentina.
PRÊMIOS NAS EMISSÕES EXTERNAS NÃO SOBEM, APESAR DE VOLATILIDADE DOS MERCADOS INTERNACIONAIS
GOVERNO PAGA MENOS POR BÔNUS
M
esmo diante das recentes turbulências no mercado financeiro em função da economia americana, os investidores não estão exigindo prêmios mais altos do Brasil nas operações com títulos da dívida externa. O secretário do Tesouro Nacional, Carlos Kawall, confirmou que a mais recente operação de troca de papéis — que começou na semana passada e foi encerrada ontem — ocorreu com prêmio de 205 pontos (leia mais sobre a conclusão dessa operação em reportagem nesta página). Isso significa que, para aceitar um título brasileiro, os aplicadores exigiram que o Tesouro pagasse 2,05% acima dos juros pagos pelo governo dos EUA em um título de 30 anos. A taxa é uma das mais baixas no histórico dos títulos da dívida externa. A operação de troca do governo prevê a substituição de papéis emitidos em dólares (Global) com vencimento em 2020, 2024, 2027 e 2030 – no total de US$ 1,5 bilhão – por papéis que só ven-
cem em 2037. O Global 2037 foi lançado pelo Tesouro em janeiro deste ano com um prêmio de 295 pontos. Já no mês de março, ele voltou a ser ofertado aos investidores e a emissão teve spread de 204 pontos. Segundo técnicos do governo, as taxas exigidas pelos investidores estrangeiros do Brasil vêm caindo gradativamente. Em 2002, quando havia muita incerteza no mercado externo por causa do período eleitoral, os prêmios eram de mais de 700 pontos. No entanto, os esforços do País em reduzir sua vulnerabilidade externa, por meio de medidas como a redução do estoque da dívida externa e pagamento antecipado de passivos ao Fundo Monetário Internacional (FMI), acabaram melhorando a percepção externa em relação ao País. Distorções — A operação de troca deve ajudar o Tesouro a tirar do mercado alguns papéis que hoje distorcem a curva de juros do endividamento e obrigam o Brasil a pagar mais na hora de emitir novos títulos
de troca de títulos será Sai spread do emitido com spread de 205 novo Global 2037 pontos-básicos.
O
governo brasileiro informou ontem, em comunicado ao mercado, que o bônus com vencimento em 2037 oferecido em uma operação
O País propôs a investidores na semana passada trocar bônus com vencimento em 2020, 2024, 2027 e 2030 por Global 2037, para melhorar o perfil do endividamento externo.
no mercado externo. Os papéis Global 2020, por exemplo, têm um cupom de juros de 12,75% ao ano. Já o Global 2037 tem um cupom de 7,1% ao ano. Por isso, se o Tesouro conseguir trocar um total de US$ 1 bilhão, vai conseguir uma economia de US$ 50 milhões por ano na hora de remunerar os investidores. Os detalhes da operação serão divulgados amanhã. O secretário do Tesouro também disse que o recente descontingenciamento de R$ 4,8 bilhões não vai comprometer as contas públicas neste ano. Segundo Kawall, a liberação de recursos, prevista na programação financeira, acompanhou a evolução das receitas. "Isso não significa risco para a política fiscal", afirmou. O secretário compareceu ontem a uma audiência na Câmara dos Deputados para apresentar aos parlamentares dados sobre a política fiscal do primeiro quadrimestre do ano. No entanto, ela foi encerrada por falta de quórum. Na sala, havia oito pessoas do Tesouro e só três parlamentares. (AE) A operação prevê a emissão de até US$ 1,5 bilhão nesse bônus. Se a cifra for alcançada, o volume em mercado do papel dobrará para US$ 3 bilhões. Na última emissão desse tipo, os papéis tiveram spread de 206 pontos-básicos. (Reuters)
Givaldo Barbosa/Agência O Globo – 24/5/06
Cresce para 6,7% participação de estrangeiros no capital do BB
P
Kawall confirmou ontem prêmio de 205 pontos em novo título do País
FILAS Baixa renda é que amarga espera
P
esquisa divulgada ontem pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) mostra que a população de mais baixa renda é que geralmente enfrenta as filas nas agências. Cerca de 67% das pessoas que aguardam para serem atendidas pelos caixas têm renda mensal de R$ 850. Dessas, 78% costumam fazer pagamentos só em dinheiro. A preferência pelo pagamento com moeda em espécie, segundo a Febraban, está relacionada à informalidade. Conforme a pesquisa, 52% dos freqüentadores das filas são trabalhadores informais, que normalmente não possuem salário fixo nem dia certo para receber. Por isso, essas pessoas seguram o dinheiro para pagar as contas na boca dos caixas das agências bancárias. Com apenas notas em mãos, efetuar o pagamento nos caixas eletrônicos não é possível. Pelo mesmo motivo, a internet não é usada para esse fim.
Internet — Os dados mostram também que fazer as transações pela internet não é viável no universo da baixa renda pela dificuldade de acesso. Cerca de 80% dos pesquisados não têm acesso à web. O levantamento, feito pela TNS Interscience a pedido da Febraban, revelou ainda que 45% das pessoas que enfrentam as filas permanecem nelas mais de 15 minutos. A entidade estuda formas de ampliar a oferta de postos de atendimento. Uma opção levantada ontem, durante o 1º Congresso Brasileiro de Meios Eletrônicos de Pagamentos, foi possibilitar que redes de lojas recebam pagamentos em dinheiro para desafogar as agências. Nessa linha, já existem os correspondentes bancários, que compreendem estabelecimentos comerciais como farmácias, mercados e lojas de material de construção, habilitados a prestar alguns dos serviços oferecidos por bancos. Renato Carbonari Ibelli
Inflação pode elevar juro europeu
O
s produtores europeus têm repassado lentamente aos consumidores os altos custos de energia, mostraram dados divulgados ontem, numa tendência que aumenta os riscos de inflação e reforça a chance de alta de juros pelo Banco Central Europeu (BCE). "Os efeitos indiretos dos choques passados do petróleo já não são especulação, mas realidade", disse o economista do BNP Paribas Luigi Speranza. Os preços do atacado (PPI, na sigla em inglês) vêm avançando 0,2% a cada mês, o que leva a uma elevação anualizada de 5,8%, segundo informou ontem a agência de estatísticas Eurostat. O dado mensal ficou em linha com a previsão dos analistas de mercado, enquanto a variação anual superou ligeiramente o prognóstico, que era de 5,7% no período.
A menos que sejam absorvidos por intermediários, os ganhos dos preços no atacado acabam sendo repassados aos consumidores, elevando a inflação, que o BCE tem como objetivo manter abaixo de 2%. Desde dezembro, a instituição aumentou as taxas de juros em 0,25 ponto percentual a cada três meses, o que as levou ao nível de 2,75% ao ano em junho. Os mercados esperam que o BCE reajuste os juros novamente hoje e que faça o mesmo em outubro e em dezembro, terminando o ano a 3,5%. "O BCE vai dizer que há riscos de alta dos preços de acordo com esses dados e apóia a idéia de que as taxas de juros devem subir gradualmente", afirmou o economista do banco UBS Edward Teather. Excluindo energia, a inflação dos preços no atacado atingiu 3% no mês de junho. (Reuters)
Febraban: compulsório menor
O
presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e do Bradesco, Márcio Cypriano, reivindicou ontem a redução do depósito compulsório como condição para a queda dos juros ao consumidor no País.
Em resposta às cobranças do presidente Lula para que as taxas bancárias caiam, Cypriano disse que se o compulsório cair dez pontos o repasse será imediato. Hoje, 45% dos depósitos à vista dos bancos ficam retidos no Banco Central. (AE)
or terem comprado mais da metade das ações vendidas na oferta pública do Banco do Brasil (50,9% do total), os investidores estrangeiros aumentaram de 3,3% para 6,7% sua participação no capital total da instituição. A conclusão da venda das ações, iniciada no mês passado, foi anunciada ontem. No total, foram negociadas no mercado 52,3 milhões de ações por R$ 2,273 bilhões (o equivalente a US$ 1 bilhão). Com a venda e a subscrição dos bônus de capitalização do passado, o BB passou a ter no mercado 14,8% de seus papéis. Antes, a quantidade de ações em negociação na bolsa de valores alcançava apenas 6,8%. Segundo o gerente de Relações com Investidores do BB, Marco Geovanne Tobias, os pequenos investidores, pessoas físicas e jurídicas não financeiras, ficaram com 28,9% da oferta. Os investidores nacionais – fundos de investimento e de pensão – arremataram 20,2% dos papéis. No novo desenho provocado pela venda, o Tesouro Nacional, acionista majoritário, passou a deter 70,9% do capital do banco. Antes essa participação era de 72,1%. Caiu também a participação da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do BB, de 13,9% para 11,4% e ainda a participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de 5,7% para 2,9%. O patrimônio líquido do BB vai aumentar com a operação. (AE)
Fluxo cambial do País teve saldo positivo em julho
O
fluxo cambial, que é a entrada e saída de moedas estrangeiras no País, fechou o mês de julho no azul. O saldo ficou positivo em US$ 2,492 bilhões, recuperando quase totalmente as perdas de US$ 2,676 bilhões registrados no mês anterior, informou o Banco Central (BC). No ano, o fluxo está positivo em US$ 25,621 bilhões, muito acima dos US$ 19,310 bilhões registrados em 2005, mostrando que a entrada de dólares no Brasil continua forte. No mês passado, o saldo comercial continuou segurando as entradas, com fluxo líquido de US$ 4,795 bilhões, quase 35% a mais do que a cifra de junho. As exportações somaram US$ 11,831 bilhões no período, enquanto as importações ficaram em US$ 7,036 bilhões. No ano, o saldo comercial tem superávit de US$ 32,647 bilhões. Na conta financeira, em julho o saldo ficou negativo em US$ 2,303 bilhões, já indicando investidores menos avessos a turbulências que no mês anterior, quando o saldo líquido ficou negativo em US$ 6,251 bilhões. Neste ano, o déficit acumulado na conta está em US$ 7,026 bilhões. No mês passado, as compras financeiras somaram US$ 11,575 bilhões e as vendas, US$ 13,878 bilhões. Ainda de acordo com as informações do BC, em julho a posição comprada dos bancos (quando apostam na alta do dólar) era de US$ 1,781 bilhão, bem menor que os US$ 4,391 bilhões de junho. Não existia posição vendida no mês passado. (AG)
Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO
Bru Garcia/AFP
O ritmo em que vivo não é normal, a verdade é que não paro. Preciso de tempo para desfrutar a vida, poder viajar ou ir com minhas amigas à praia. Da atriz Penélope Cruz, ao anunciar que vai tirar férias das filmagens "pelo menos" até o fim deste ano.
www.dcomercio.com.br/logo/
quinta-feira, 3 de agosto de 2006
AGOSTO
2 -.LOGO
3 Dois anos da morte do francês Henri Cartier-Bresson (1908-2004), o fotógrafo do "instante decisivo". Ao lado, O Beijo, uma de suas fotos mais famosas.
John Gress/Reuters
E UA I NGLATERRA
Fila do 'perfume' altura e 1,2 metro de diâmetro. Os norte-americanos chegam a formar filas de mais de um quilômetro ao redor da estufa da universidade e garantem que, embora a plante cheire muito mal, tem uma beleza rara, com texturas e cores muito vibrantes, realçadas pelo seu tamanho, incomum para uma flor. Agora, os cientistas da Universidade Virginia Tech aguardam que a flor desabroche. Quando isso aconteça, o "perfume" da planta domina o ambiente por pelo menos oito horas e, depois, a planta demora vários anos para se abrir novamente.
'Teddy Bear' de Elvis, destroçado
L
Uma multidão de cidadãos norte-americanos tem se dirigido à Universidade Virginia Tech com o objetivo de sentir um perfume peculiar exalado por uma enorme flor. A planta, originária da Indonésia, tem o nome científico de Amorphophallus titanum, mas é conhecida no país como "flor cadáver" porque seu odor de carne podre atrai insetos que se alimentam de material em decomposição. Para criá-lo, a planta tem de aquecer um composto baseado em enxofre localizado em seu caule, que pode ter de 2,1 a 3,6 metros de C IÊNCIA
Bactérias que comem petróleo O petróleo bruto, liberado naturalmente das rochas nos fundos dos oceanos, serve de alimento para a bactéria Alcanivorax borkumensis, que sobrevive única e exclusivamente graças à ingestão do mineral. De acordo com artigo publicado na edição de ontem da revista Nature Biotechnology, o genoma dessa bactéria ingestora de petróleo acaba de ser decifrado e a descoberta pode trazer segredos E M
de novos métodos eficientes de descontaminação ambiental, voltados para os vazamentos de petróleo no mar e ainda podem ajudar no controle das infecções microbianas. Com os dados genéticos nas mãos, os pesquisadores podem afirmar que a bactéria Alcanivorax borkumensis apresenta um grande arsenal enzimático voltado para a quebra das moléculas do petróleo cru. www.nature.com/biotechnology
C A R T A Z
CINEMA
O Sétimo Selo (foto), de 1953, dirigido por Ingmar Bergman. Sessão nostalgia, no HSBC Belas Artes. Rua da Consolação, 22423. Telefone: 3258-4092. 17h. R$ 8 e R$ 14.
QUE CALOR - O menino Ryan Garcia, de oito anos, observa o mergulho de Lee, um urso polar macho de seis anos, no Lincoln Park Zoo em Chicago, Illinois. Lee está sofrendo com quente verão norte-americano. Ontem, os termômetros marcavam 38 graus Celsius.
M UNDO
DIÁRIOS DE VIAGEM Brasil, o céu mais azul do hemisfério sul
B RAZIL COM Z
Relatos, descobertas e impressões de quem viaja em busca de experiências inusitadas Gabriel de Paiva/AOG
O
céu mais azul. Se a cor é azul, o lugar é o Brasil. Mais especificamente o Rio de Janeiro. Pelo menos é isso que diz a pesquisa de uma produtora de TV britânica que ganhou uma viagem de volta ao mundo para encontrar o céu mais azul do planeta. A história de Anya Hohnbaum, que fotografou 20 destinos diferentes e comparou o azul do céu numa viagem de 72 dias, foi destaque do site especializado PhysicsWeb, que se dedica a divulgar tudo o que acontece no universo das pesquisas científicas em Física. Para garantir que sua pesquisa tivesse valor científico, Anya usou um
espectrômetro (aparelho que mede as intensidades das radiações luminosas emitidas) adaptado especialmente para o trabalho pelo National Physical Laboratory (NPL) do Reino Unido. Em cada destino de sua viagem,
Uma rara formação de nuvens na Antártida foi testemunhada esta semana por cientistas australianos. As nuvens polares estratosféricas ocorrem sob temperaturas de 80 graus Celsius negativos
Carlos V, derrotado pela gota
Identificador de chamadas por cor
Inadimplentes do IPVA
Esse aparelho associa números de telefones com cores, assim é possível saber quem está ligando sem precisar chegar perto do telefone. Basta escolher entre quatro cores (vermelho, verde, azul e roxo) para identificar pessoas ou grupos. Custa US$ 50 no site.
cid=61&sid=630&search_type
A Secretaria Estadual da Fazenda está em busca dos devedores de Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) dos anos de 2001 a 2005. Os 35.686 contribuintes inadimplentes vão receber notificações no endereço registrado no Denatran e terão 30 dias para fazer o pagamento ou apresentar contestação. Para consultar a listagem de notificações, basta digitar o número do CPF ou do CNPJ, no site do Diário Oficial do Estado.
=subcategor y&prodtemp=t1
www.imprensaoficial.com.br
www.brookstone.com/store/ product.asp?pid=515767&wid=100&
A
beleza nos retira de nós mesmos por um instante. Trata-se de um sentimento indescritível de comunhão, de tempo suspenso, de ligação com o universo. Observador e observado, um é contexto do outro. A noção básica da teoria da inseparabilidade, física quântica – observador e observado, quem é quem? Passo pela linha internacional do tempo. Não sei mais se hoje já é amanhã ou ainda é ontem. E mais, cruzo a linha internacional do tempo muito próximo ao Pólo Norte. A TÉ LOGO
de estar acima de tudo, acima dos problemas, acima das necessidades, acima de todas as questões. E isso tudo é belo. E a beleza tirou-me de dentro de mim. O tempo parou, parou por um instante. E eu não sabia mais se eu era eu ou o trovão. E a ligação com o universo estava completada... *Impressões de viagem de Mauricio Trugillo Iazzetta, membro do Fórum do Jovem Empreendedor da ACSP, ao sobrevoar o Pólo Norte
O azarão da eleição O jornal norte-americano The Mercury News trouxe ontem uma reportagem sobre o dia-a-dia da campanha do candidato que é considerado pelos norte-americanos o azarão da eleição, a senadora Heloisa Helena. Viagens sem comitiva, hospedagem na casa de membros do partido, roupas de campanha reduzidas à calça jeans e camiseta branca já garantiram à candidata 10% de intenções de voto, diz o jornal. "O presidente Lula, que aparentemente venceria com facilidade a eleição, terá de se desdobrar por causa do azarão", diz o jornal. A RGENTINA
Cartão vermelho para Kirchner O árbitro argentino Horacio Elizondo presenteou ontem o presidente Néstor Kirchner com o cartão vermelho exibido a Zidane na final da Copa da Alemanha, após a violenta cena da cabeçada. Um encontro realizado ontem na Casa Rosada provocou especulações sobre a possível entrada de Elizondo na política. Eleitor declarado de partidos de esquerda e poeta, Elizondo virou celebridade após ter "levado" a Argentina à final da Copa. M EDICINA
Mulheres e fumo: risco constante O consumo de tabaco aumenta o risco de artrite reumática em mulheres que não possuíam risco genético da doença, revelou um estudo divulgado ontem pela revista Annals of the Rheumatic Diseases. O estudo, realizado por cientistas da Divisão de Reumatologia da Universidade da Califórnia, acompanhou 115 mulheres após a menopausa que sofriam da doença, e 466 mulheres que não a possuíam. A artrite reumática é uma doença inflamatória crônica na qual o próprio sistema imunológico do paciente ataca os revestimentos das articulações. L OTERIAS Concurso 642 da LOTOMANIA 14
25
26
36
40
44
45
46
56
61
64
75
79
83
88
92
93
95
97
99
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
Madonna é convidada para inaugurar estrela número um da Calçada da Fama britânica Comissário da Polícia de Londres, Ian Blair, será interrogado sobre a morte de Jean Charles
L
F AVORITOS
Onde os meridianos se encontram e o sol nasce uma vez por ano
Acima de 7 mil metros de altitude, passava acima e ao lado das nuvens de chuva. Já era noite, ou quase. E repentinamente, começa a festa. Relâmpagos. Muitos relâmpagos. De todos os tamanhos, intensidades, formas e duração. Não muitos relâmpagos. Uma chuva deles. E como Deus vê uma chuva? Que sensação divina, estar sobre uma chuva de trovões. Poder observar o nascedouro e o final da descarga. Ver os riscos prateados no anoitecer descendo para a terra. Ver nitidamente o flash clarear aquele pedaço de lugar, perdido em algum lugar. Que sensação divina. É uma sensação estranha. É uma sensação de grandiosidade,
L
G @DGET DU JOUR
Pólo Norte, 22 de maio de 2006*
L
publicado na edição de hoje do New England Journal of Medicine. Para confirmar o diagnóstico de gota, um tipo de artrite que, hoje se sabe, é provocado pelo acúmulo de ácido úrico no sangue, os cientistas testaram o pedaço mumificado do dedo do imperador. A ponta do dedo era mantida numa caixa revestida de veludo vermelho no monastério real de San Lorenzo de El Escorial, onde Carlos V está sepultado. As análises revelaram depósitos de cristais de ácido úrico, com o formato de agulhas, que erodiram tecido e osso - um sinal claro de gota.
Anya apontava seu espectromêtro para o céu, exatamente às 10h locais, e na mesma direção em relação ao sol. O aparelho tinha de ser calibrado apropriadamente de acordo com a localização. O Rio de Janeiro vem no topo da lista de céus mais azuis, seguido por Nova Zelândia, Austrália, Ilhas Fiji e África do Sul. O equipamento foi desenvolvido pelo NPL porque o laboratório é dedicado quase exclusivamente à ciência de medir as cores, que segundo os cientistas tem muitas aplicações no monitoramento das mudanças climáticas.
Australian Antarctica Division/Renae Baker
E SPANHA
Um pedaço mumificado do dedo mínimo de Carlos V, de 450 anos, trouxe a comprovação que os cientistas buscavam para a tese de que a gota foi a doença que levou o monarca, um dos mais poderosos de todos os tempos, a deixar o trono. Carlos V era imperador do Sacro Império Romano e rei da Espanha, senhor de domínios que incluíam boa parte da Europa e da América. Ao final de seu reinado, em 1556, era um homem aleijado, que mal conseguia andar ou cavalgar. Os médicos do século 16 já haviam diagnosticado que o monarca sofria de gota, segundo estudo
Barney, o cão da raça doberman que faz a segurança do museu Wookey Hole Caves, em Londres, não resistiu à coleção de brinquedos que foi de Elvis Presley e destroçou parte das raridades avaliadas em US$ 900. Em um momento de loucura, o cão arrancou a cabeça do famoso ursinho de pelúcia chamado Mabel, que pertencia ao eterno astro do rock and roll. O ursinho foi adquirido pelo aristocrata inglês Benjamin Slade, em um leilão de bens da família Presley, e doado ao museu está avaliado em US$ 75 mil.
Corte parisiense aceita concordata da empresa responsável pela operação do Eurotúnel
Concurso 786 da MEGA-SENA 10
11
26
27
31
41
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 3 de agosto de 2006
DOISPONTOS -77
Sem o Pandoro, sem rumo
E
mbora nunca tenha sido um cliente assíduo, o Pandoro, para mim como para muita gente sempre foi um ponto de referência. Agora, ler que ele fechou é uma coisa horrível. Muita gente, como eu, vai ficar sem rumo. Imagine, então, aqueles que eram frequentadores contumazes, como conheço alguns. De fato, em qualquer
Noélia Ypê/Digna Imagem
ida ao local, sempre se encontrava determinadas pessoas e, ao final, cumprimentávamo-nos e trocávamos algumas palavras, tudo por um conhecimento local. E agora? Onde iremos saborear aqueles deliciosos pedacinhos de provolone à milanesa regados com o Caju Amigo?
Com o Pandoro aberto (esq) havia o ponto de encontro, o bate-papo e o Caju Amigo
H
E
sta moçada nasceu e cresceu com um computador à disposição e ganhou intimidade com um telefone celular muito cedo. Portanto, tem infiltrada na própria pele a percepção de mundo através da tecnologia, da estética, da velocidade. Não concebem mais o seu cotidiano sem estes “acessórios” (que já se tornaram roupagem) – não dá para viver sem eles. Não há no repertório destes jovens a experiência capaz de fazer de forma mais artesanal, manual, o que eles fazem com computadores e celulares. A tecnologia, neste caso, é um exemplo rico e ilustrativo, mas uma análise sobre o impacto provocado pelo amadurecimento da Geração Digital não pode se limitar a descrever como os jovens lidam com os aparelhos, mas sim de como eles estão mudando a sua forma de se comunicar, se informar, se divertir e, principalmente, de se relacionar com as pessoas. A forte interatividade, acompanhada da virtualida-
O INTERESSANTE SR. KOTSCHO
P.VERGUEIRO PEDROVER@MATRIX.COM.BR
Site na internet www.blog. dcomercio.com.br
Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br
á alguns anos eles já sinalizavam uma nova tendência, mas ainda eram muito novos para serem levados a sério. Agora que a chamada Geração Digital (formada por jovens que nasceram em meados dos anos 80) já está com idade suficiente para tomar suas próprias decisões, fica mais visível quem são, e a forma como estão se definindo as novas regras de seu consumo. Assim como os representantes mais velhos da Geração X (seus antecessores), a Geração Digital (também definida/conhecida como Geração Y) está identificada com o forte uso da tecnologia. Mas enquanto o computador era o maior ícone dos jovens de ontem, os de hoje já incorporaram intensamente esse equipamento ao seu cotidiano, elegendo, pelo seu lado, o telefone celular como símbolo deste novo momento. Hoje, em qualquer lugar, sozinhos ou em grupo, estes jovens estão manuseando, falando, testando e descobrindo novas formas de interagir entre eles através do seu aparelho. Atentos a essas tendências, os fabricantes não só estão criando produtos cada vez mais modernos e sofisticados, como também agregando recursos de outros equipamentos e mídias ao celular, o que vem sendo chamado de “convergência tecnológica”. Por meio do celular, além do objetivo básico que é falar, também é possível enviar mensagens, jogar, assistir a programas de TV, tirar fotos, filmar, ouvir rádio, receber notícias, acessar internet, entre muitas coisas.
OLAVO DE CARVALHO
Tiago Queiroz/AE
Com celular na veia A nova geração não vive sem celular e computador. Existe vida sem teclar ou ouvir um toque?
A
experiência de mais de quarenta anos me ensinou que o bom leitor não entra num novo livro com inocência adâmica. Baseado nas informações prévias que colheu do título, da orelha, das resenhas e de outras fontes, entra carregado de perguntas cujas respostas espera encontrar ali. Às vezes, no curso da leitura, tem de trocar de perguntas -- nisto consistem nove décimos do proveito da experiência --, mas, se não traz nenhuma, não tem nem o que trocar. Desliza pelas linhas em estado sonambúlico, com absoluta passividade mental, e só o que lhe resta no fim é uma vaga “impressão”, que ele traduz pelas expressões gostei e não gostei. Não leio assim nem mesmo o Pato Donald, e não pretendo ler assim o livro do sr. Ricardo Kotscho, G Raras vezes
me preparei para uma leitura levando perguntas tão inquietantes
de e da comunicação à distância, são temas que merecem uma atenção especial. Se a virtualidade é algo que não existe como realidade, mas que é tão próximo da verdade/real que muitas vezes pode ser considerada como tal, como ficam os principais valores do relacionamento interpessoal, tais como encontros, afetos, sexo? Se, de um lado, amplia a potencialidade de contatos, por outro restringe as formas tradicionais de trocas. Consegue diminuir fronteiras pela agilidade da comunicação, mas também aumenta a distância entre as pessoas de buscarem as formas mais simples de aproximação – a pessoal, por exemplo. É um facilitador, porém um aprisionador também. Como seria para estes jovens um cotidiano sem a possibilidade de teclar ou ouvir um toque? A geração totalmente tecnologizada está virando adulta agora. Não há dúvida de que será uma geração mais antenada e conectada com o mundo. Mas, como vai lidar com os relacionamentos mais duradouros e maduros? Co-
mo será o convívio pessoal freqüente? Como vai administrar conflitos? Será um ser mais solitário ou mais agregador? Qual será o grau de aprofundamento dos temas existenciais e tão essenciais às relações humanas? Estas são questões que merecem uma reflexão e um olhar mais atento para o futuro.
N
ão há pretensão de responder a todas estas difíceis questões, uma vez que ao longo do tempo as ciências sociais (psicologia, ciências sociais, antropologia) se encarregarão de ir atrás de respostas que possam compreender melhor os efeitos destas intensas novidades na vida destes jovens. Do lado do mercado, as empresas que atuam diretamente na inovação e criação de novos designs e tecnologias poderão se ocupar de conhecer em profundidade os hábitos, atitudes e comportamentos relacionados aos novos tempos, como forma de estar cada vez mais próximos de seu público. SUZY ZVEIBIL CORTONI É PSICÓLOGA
G O celular é o verdadeiro objeto de desejo e de diferenciação da Geração Y. É também uma condição para o jovem se relacionar com seu grupo e com o mundo. Não dá para viver sem ele. G Sozinhos ou em
grupo, estes jovens estão manuseando, falando, testando e descobrindo novas formas de interagir. G Como será o convívio pessoal daqui pra frente?
Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br
Do Golpe ao Planalto – Uma Vida de Repórter, lançado pela Companhia das Letras dois ou três dias atrás. Ao contrário. Tantas coisas me chamaram a atenção no noticiário do lançamento que, confesso, raras vezes me preparei para uma leitura levando perguntas tão inquietantes. Pelo menos uma delas não me sai da cabeça. Ela refere-se ao ponto mais visível da narrativa, amplamente destacado pelos resenhistas: o testemunho direto de que, ao lado do notório sr. José Dirceu, o presidente e o vice-presidente da República participaram das negociações do mensalão, discutindo com o chefe do PL, Valdemar Costa Neto, o montante das propinas a pagar em troca de algumas dúzias de consciências. Nem discuto as conseqüências mais incontornáveis da revelação. Já afirmei repetidas vezes – e provei – que o sr. Luiz Inácio Lula da Silva é um mentiroso cínico, e, ainda sem me considerar mais inteligente do que a média humana, jamais consegui reunir em mim o coeficiente de idiotice
requerido para acreditar que ele nada sabia do mensalão. A revelação nada revela senão o óbvio, mas o conhecimento do óbvio, no Brasil de hoje, só serve para alimentar a esperança impotente na eficácia de instituições que não existem mais. O País está integralmente sob o domínio da esquerda revolucionária, e um Lula a mais ou a menos, quer nos livremos dele por via judiciária, por maioria eleitoral ou pelo simples decurso do prazo da sua existência biológica, como vem acontecendo com seu amado Fidel Castro, não mudará em nada o curso previsto do destino nacional e continental. Uma revolução só se detém por meio de uma contra-revolução, e esta, ressalvados os planos ignotos da Providência Divina, não acontecerá. O assunto, por excesso de previsibilidade, é bastante desprovido de interesse. Muito mais interessante, superlativamente interessante, é o próprio sr. Kotscho. Este sim é um mistério. Segundo as resenhas, ele diz que ouviu as conversações mensaleiras com a maior ingenuidade e distração, nas nuvens, sem entender nem tentar entender coisa nenhuma, e só três anos depois descobriu do que se tratava.
E
stou ansioso para saber como o autor do livro explica tamanha indiferença, tamanha pasmaceira, tamanha incuriosidade num narrador que já desde o título se define a si mesmo como uma alma de repórter, e que aliás, naquela ocasião, exercia as funções de assessor de imprensa do sr. presidente, cabendo-lhe por dever de ofício acompanhar os passos do chefe e, evidentemente, informarse do que ele estava fazendo. A mim a situação me parece tão inverossímil, tão incongruente, tão forçada, que não vejo a hora de saber como o autor se sai de tão espinhosa dificuldade narrativa. Espero, pelo bem dos seus atrativos literários, que ele não tenha se safado da encrenca pelo expediente fácil de fingir que não a percebeu. Se ele fez isso - e só a leitura do livro pode tirar essa dúvida -, não poderei deixar de me perguntar se ele foi discípulo ou mestre do sr. presidente da República na arte da desconversa, e qual dos dois superou o outro ao praticá-la no tocante aos planos do mensalão. Mas não posso impedir que, mesmo antes de elucidado esse ponto, uma nação ávida de esperanças ao ponto de inventá-las do nada se apegue ao sr. Kotscho como a seu novo anjo protetor, recolhendo-se sob as suas asas até que o vento lhe leve as penas, como tem levado as de todos os seus antecessores.
FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 3 de agosto de 2006
Indicadores Econômicos
7
8,8
por cento foi o crescimento do número de cheques sustados por roubo ou extravio em julho, se comparados ao mesmo mês de 2005.
2/8/2006
Informe Publicitário
FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Fundo Empresarial LP Lastro Performance LP Múltiplo LP Esher LP Master Recebíveis LP
Posição em: 31/07/2006 31/07/2006 31/07/2006 31/07/2006 31/07/2006
P.L. do Fundo 7.554.291,78 1.405.215,48 7.214.089,69 9.468.376,79 1.083.329,32
Valor da Cota Subordinada 1.131,468398 1.054,351246 1.120,875091 1.105,849278 1.050,422538
% rent.-mês 1,3401 1,3955 3,3512 3,3500 2,1434
% ano 15,8139 5,4351 12,0875 10,5849 5,2423
Valor da Cota Sênior 0 1.062,794228 1.073,820099 0 0
% rent. - mês 1,1806 1,2865 -
% ano 6,2794 7,3820 -
rating A+(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)
DC
COMÉRCIO
quinta-feira, 3 de agosto de 2006
Congresso Planalto Corr upção CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5 A CPMI encontrará outros nomes de parlamentares e ex-parlamentares Robson Tuma (PFL-SP)
LEVANTAMENTO INDICA MAIS ENVOLVIDOS
Roosewelt Pinheiro / ABr
GABEIRA: GOVERNADORES SÓ DEPOIS
SANGUESSUGAS
MAIS 10 SUSPEITOS ENGROSSAM A LISTA
L
evantamento realizado por técnicos da Comissão de Sindicância da Corregedoria da Câmara indica que pelo menos mais 10 deputados podem estar envolvidos no esquema de compra superfaturada de ambulâncias e equipamentos hospitalares que é investigada pela CPMI dos Sanguessugas. A base do rastreamento é o cruzamento de dados lançados no livro-caixa da Planam (a principal empresa do esquema de fraudes) com os nomes de assessores parlamentares que teriam recebido depósitos ou tinham seus dados bancários arquivados na contabilidade da empresa. "A CPMI encontrará outros nomes de parlamentares e ex-parlamentare s " , a f i r m o u o d e p u t a d o Robson Tuma (PFL-SP), relator da Comissão de Sindicância da Corregedoria da Câma-
ra. Cerca de 50 funcionários de gabinetes de deputados foram listados pela equipe que fez o rastreamento a partir dos documentos contábeis da Planam que foram recolhidos pela Polícia Federal. Em relação a dois deputados – Nélson Bornier (PMDB-RJ) e Oliveira Filho (PL-PR) –, algumas coincidências que chamaram a atenção dos técnicos. A apuração aponta para assessores de ambos. D e p ós i t o s – Bornier mantém em seu gabinete o funcionário Luiz Marques Santos, o Lula, que teria recebido pelo menos R$ 20,6 mil, divididos em dois depósitos, o primeiro em 4 de fevereiro de 2002 e o outro em 24 de maio do mesmo ano. Na época, Lula trabalhava no gabinete do ex-deputado Luizinho, do Rio, citado como envolvido no esquema. O próprio Bornier é mencionado no depoimento de Luiz
O
Antônio Vedoin, dono da Planam e um dos chefes da máfia, ao se referir a Nylton José Simões Filho - proprietário de um instituto que recebeu recursos de muitas emendas encaminhadas por deputados do Rio ligados ao esquema. Vedoin afirmou que Simões "trabalhava" com oito deputados, entre eles Bornier. Entre os papéis apreendidos pela PF existem alguns documentos relacionados à prefeitura de Nova Iguaçu (RJ)datados da época em que o deputado era prefeito da cidade. São projetos de compra de ambulâncias e ofícios de encaminhamento em nome de Bornier. Oliveira Filho chegou a contar com dois funcionários cujos dados bancários estão registrados nos computadores da Planam. Os documentos apreendidos pela PF indicam que várias emendas do deputado destinadas à compra de
unidades móveis e aparelhos foram monitoradas pelo esquema, para posterior confirmação. Um dos funcionários citados trabalhou com Oliveira Filho entre 11 de agosto de 2003 e 5 de fevereiro de 2004. O outro ex-assessor foi contratado como consultor para questões ligadas a transporte, conforme apurado. No caso de um parlamentar do Rio Grande do Norte, o funcionário que teria sido beneficiário de vários depósitos entre 2000 e 2002 passou sua trajetória funcional na Câmara saltando de gabinete em gabinete, atuando como assessor de vários parlamentares. Entre 2002 e 2006, ele foi contratado por quatro deputados, dois dos quais apontados como participantes da máfia dos sanguessugas. O livro-caixa da Planam revela que o assessor pode ter recebido R$ 28,4 mil em quatro repasses. (AE)
Acima, a comissão reunida examina novos documentos. Abaixo: o empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin, que iria depor ontem, não apareceu. Mas foi avisado: se não comparecer hoje, perde automaticamente os benefícios da delação premiada. Beto Barata / AE
deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), um dos principais integrantes da CPMI dos Sanguessugas, disse ontem que, nesta primeira fase das investigações da comissão, os governadores Wellington Dias (PT-PI) e Zeca do PT (MS) não serão convocados para depor sobre seu eventual envolvimento na máfia que vendia ambulâncias superfaturadas com recursos do Orçamento da União. Os dois governadores foram apontados pelo empresário Ronildo Pereira de ter feito um acordo para liberação extraorçamentária de recursos para compra de ambulâncias, mas Gabeira entende que o depoimento foi conclusivo a ponto de exigir a convocação de ambos, mas não de imediato. "O depoimento (de Ronildo Pereiro) deixa claro que os governadores tinham conhecimento", afirmou Gabeira. Ele voltou a reiterar, no entanto, que nesta primeira fase a CPMI vai dedicar-se à elaboração de um relatório apenas em relação aos parlamentares envolvidos com o esquema. Portanto, o relatório preliminar, que deverá ficar pronto no próximo dia 10, deverá abordar somente o envolvimento de parlamentares. Assim como os governadores, também o eventual envolvimento dos ex-ministros da Saúde Humberto Costa (PT) e Saraiva Felipe (PMDB) deverá ser ser investigado na segunda fase da CPI, depois das eleições de outubro. (AE)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
PARATY
quinta-feira, 3 de agosto de 2006
PARA CURTIR O INVERNO COM SOSSEGO A mineira Gonçalves oferece dias de tranqüilidade na Serra da Mantiqueira, com direito a muitas trilhas, cachoeiras, lareira e fondue. Pág. 4
Cidade das artes Fotos:Divulgação
C om seu belo casario
Lygia Rebello
colonial como pano de fundo, esta cidadezinha do litoral fluminense é palco freqüente de eventos que reverenciam a cultura. Dias 9 a 13 deste mês, será a vez da 4ª edição da Festa Internacional Literária (FLIP), que contará com a presença de grandes nomes do meio artístico entre 20 mil visitantes. Para recebê-los, Paraty tem atributos de sobra. De bares e restaurantes descolados a praias paradisíacas. Págs. 2 e 3
Veja mais imagens desta edição na nossa galeria de fotos virtual no site www.dcomercio.com.br/ galeria/boa viagem_index.htm
TURISMO - 1 Divulgação
Irresistível: o centro histórico respira charme colonial, que encanta artistas – e turistas – de todo o mundo. Tenda do Telão é um dos pontos da FLIP. Entre as dicas de hospedagem, a Pousada do Sandi. E para jantar, o Margarida Café
Tr i b u t o s Empresas Empreendedores Nacional
Embutidos específicos, como salame de carne de vaca, são encontrados na Casa Zilanna
quinta-feira, 3 de agosto de 2006
LETREIRO
Casa Zilanna nasceu da junção dos nomes da filha e da mãe: Zilda e Anna. Hoje, Zilanna virou apelido de Anna, proprietária da loja. "Todo mundo me chama assim, já virou costume." Quando a mercearia foi aberta, Zilda era uma criança, tinha apenas sete anos, mas a mãe diz que a filha sempre a ajudou muito. "Ela começou a trabalhar cedo, junto comigo. Nunca foi de estudar muito – mas acabou fazendo duas faculdades. É uma menina honesta, simpática, dedicada", enumera a mãe, cheia de orgulho. Quando a AZ foi aberta, nos anos 1990, elas resolveram inverter a ordem dos nomes, agora Anna e Zilda. (KS)
CATÓLICA VIRA ESPECIALISTA EM PRODUTOS JUDAICOS
SEGREDO rabalho, humildade, qualidade e preço são os atributos do sucesso da Casa Zilanna, de acordo com a proprietária, Anna Manoel Gonçalves. Além disso, ela diz que deve tudo o que sabe aos judeus. "Aprendi tudo com eles. A viajar, viver, guardar dinheiro, fazer negócio", afirma. Depois de tanta proximidade, seria natural que a ex-feirante visse o noticiário atual sobre o conflito entre Israel e o Líbano com outros olhos. "Acho difícil o Líbano se livrar do Hezbollah. Seria como São Paulo se livrar do PCC (facção criminosa que causou atendados no estado em meados de maio) ", acredita. (KS)
A
Pães servidos no Shabat e varenikes são encontrados por quem não pode ir a Israel
2 MIL CLIENTES VÃO À ZILANNA ÀS SEXTAS-FEIRAS
Ex-feirante montou uma mercearia em Higienópolis, reduto de judeus, e aprendeu com os clientes detalhes da culinária e dos costumes do povo de Israel. A filha seguiu seus passos e acabou abrindo uma loja de presentes destinada a igual público, no mesmo bairro paulistano. Hoje, as duas conhecem a fundo a cultura e os hábitos judaicos e viajam para Israel todos os anos.
A
T
DIÁRIO DO COMÉRCIO
paulistana Anna Manoel Gonçalves trabalhou por 11 anos (de 1961 a 1972) em feiras livres classificadas como A, nas ruas Mato Grosso, Oscar Freire e Pinheiros. A partir de 1970, no entanto, o prefeito Paulo Maluf começou a desmantelar justo as feiras em que Anna vendia queijo, manteiga, azeitona, bacalhau e frutas secas. As clientes, então, a aconselharam a abrir uma mercearia. Acabou comprando um bar na Rua Itambé, no bairro de Higienópolis. Em 1972, depois de reformar o lugar, abriu a Casa Zilanna, especializada em comida judaica para atender à população do bairro. Higienópolis abriga grande parte da comunidade judaica de São Paulo, assim como Santa Cecília e Bom Retiro. "As freguesas me ensinaram tudo. Uma cliente falava para comprar salame de carne de vaca e pão preto no Bom Retiro. Outra, dava a receita de varenike", relembra. Anna, que é católica, diz que não teve dificuldade para aprender a fazer as comidas. "Já cozinhava bem em casa." Hoje, a Casa Zilanna faz toda a culinária judaica. "Os funcionários foram aprendendo", diz a ex-feirante. A sexta-feira, destinada ao descanso e à reza para os judeus, é o dia de maior movimento para a mercearia, e a casa atende 2 mil clientes, vende cerca de 200 quilos de varenike – uma deliciosa massa recheada de batata –,
800 bagels e 700 chalás, os pães servidos no Shabat. Loja de presentes As clientes também incentivaram um outro negócio. Em 1990, uma delas convidou Anna para ser madrinha de casamento da filha, em Tel Aviv, Israel. Ela voltou de lá impressionada com o país. "Minha mãe disse que era lindo, que havia coisas maravilhosas para comprar", conta Zilda, filha e braço-direito de Anna. A mãe gostou tanto que visitou Israel outras vezes e trouxe "um monte de coisas". Foi quando a filha resolveu abrir uma loja de presentes, a AZ. "As lojas não se interessaram pelas coisas que minha mãe trouxe." Depois de aberto o estabelecimento, mãe e filha foram a Israel várias vezes. Começaram, então, a aprender sobre cultura e religião judaicas. Mãe e filha sabem tudo. E vendem tudo do que a comunidade precisa para qualquer data religiosa ou não. "Antes, quem queria um kidush (copo para vinho usado no Shabat) tinha que ir a Israel ou pedir que alguém trouxesse", diz Anna. Talits e tefilins, usados por judeus ortodoxos para rezar, são encontrados na AZ. Pratos especiais para o pão matzá e outros alimentos da Páscoa judaica (Pessach) também. O mezuzá, que todo judeu coloca na porta de casa e contém uma reza dentro? A AZ tem vários tipos, até mesmo feitos no Brasil. "A gente parou de ir tanto a Israel porque vários produtos são hoje feitos na China e também
no Brasil", conta Anna. Os mezuzás brasileiros, inclusive, agradam mais aos paulistanos que os do Oriente Médio. "Os daqui são mais clean", acha Zilda. Outro objeto feito no Brasil são algumas das hamsás, aquelas mãos que afastam mauolhado e são vendidas em tudo quanto é lojinha em Israel. As hamsás feitas no País são de acrílico com grãos de arroz ou olhos-de-cabra dentro. O resultado é uma mistura das duas culturas. "Essa hamsá é bem aceita", diz Zilda, que fechou a loja na Rua Sabará para ser vizinha da mãe na Itambé. Zilda, católica como Anna, continua a visitar Israel uma vez por ano. Algumas mercadorias, como os talits e os tifilins, têm que ser de lá. Pulseiras com olhos que afastam mau-olhado, chaveiros, anéis... Zilda traz o que acha mais bonito. "O pessoal diz que aqui a gente vende coisas que não são encontradas nem em Nova York", orgulha-se. Há cerca de dois meses, a AZ, em parceria com a artista plástica norte-americana Amanda Sobel, mulher do rabino Henry Sobel, lançou uma linha de papéis de carta e cartões com delicados detalhes, como um em que está escrito chai – vida em hebraico. Outra "delicadeza" da loja foi fazer uma parede que imita o Muro das Lamentações. Tem cliente que escreve um pedido em papel e o coloca dobradinho no muro, assim como é feito em Jerusalém.
Fotos: Ricardo Padue/AFG
EMPREENDEDORES
8
Anna, sentada, com a filha Zilda: judeus ensinaram tudo que sabe
Anna atende pessoalmente alguns fregueses assíduos da mercearia
Acima, parte da Casa Zilanna e seus produtos específicos da culinária judaica. Ao lado, sopas importadas, que fazem a alegria dos fregueses.
Kety Shapazian
CABECEIRA Educação no trabalho Amanda Sobel: parceria
PEDRA
P
ara Anna Manoel Gonçalves, que de feirante se tornou proprietária de uma casa de produtos judaicos, nada abalou seu projeto. "Graças a Deus, não houve nenhum obstáculo. Não tive a mínima dificuldade para tocar a vida", diz. Mas o funcionário Djair Gonçalves Moreira, que está na Casa Zilanna há dez anos, lembra Anna da reforma feita na mercearia em 2002. "É, essa foi difícil. A gente teve de trabalhar enquanto a obra era feita", diz a proprietária. Moreira, que também aprendeu a fazer comidas judaicas e arrisca algumas palavras em hebraico, concorda. (KS)
A
criação de universidades corporativas foi a alternativa encontrada pelas empresas para tornar o conhecimento dos funcionários mais afinados com os propósitos do negócio. Por outro lado, as faculdades viram no desenvolvimento de empresas escolares uma oportunidade de formar profissionais preparados para as exigências do mercado de trabalho. Os pedagogos Elisa Maria Quartiero e Lucídio Biachetti reuniram os dois temas em Educação Corporativa - Mundo do Trabalho e do Conhecimento: Aproximações (Editora Cortez/Edunisc). Estudos de outros
profissionais do segmento mostram que a formação cultural está cada vez mais ligada ao mundo do trabalho. O principal tema de discussão é: em nome da excessiva exigência de qualificação profissional, a formação humana está sendo deixada de lado? Dora Carvalho ação
Divulg
DIÁRIO DO COMÉRCIO
2 -.TURISMO
quinta-feira, 3 de agosto de 2006
Fotos: Divulgação
Na Tenda dos Autores, mesas-redondas com 37 autores convidados. Paraty, vista do mar, parece uma obra de arte
A 350 km de São Paulo, a cidade se transforma para o evento de literatura. A Igreja da Matriz é um dos principais focos dos eventos – de debates a manisfestações folclóricas
Paraty celebra a festa literária Por Lygia Rebello Luiz Prado/AE
Jorge Amado recebe as homenagens desta edição da FLIP
Participam: Miriam Fraga...
Fotos:Lygia Rebello
Paraty transpira cultura. Um evento gastronômico aqui, um festival de cinema ali, uma celebração religiosa acolá... E o calendário dessa charmosa cidade do sul do Rio de Janeiro vai ficando, a cada ano, mais recheado. Este mês, entre os dias 9 e 13, a grande atração é a FLIP, a Festa Internacional Literária anual, que se tornou uma das mais importantes na América Latina. Depois, quase no fim do mês, vem o tradicional Festival da Pinga, que vai para a sua 24ª edição. E até o fim do ano há ainda mais uma dúzia de acontecimentos por lá. Nesse vaivém de eventos culturais, a charmosa vila de ruas de legítimo (esteticamente bonito, porém nada prático) calçamento pé de moleque fica cada vez mais irresistível. A 350 km de São Paulo, o pano de fundo é perfeito: o centro histórico com casarões do século 18 em ótima preservação, com seus janelões de molduras coloridas, usados para abrigar pousadas, restaurantes românticos, simpáticos barzinhos e lojinhas, que ficam abertas até tarde, principalmente nas duas ruas mais movimentadas, a do Comércio e a da Lapa. Mistura da herança colonial, patrimônio histórico nacional desde 1966, com o bom gosto de quem se instalou ali por puro encantamento. Auge – Paraty teve seu auge na época da extração do ouro, nos séculos 18 e 19, como ponto de apoio para as comitivas que levavam o metal precioso de Minas Gerais até o litoral. Com a construção de novas estradas e o crescimento de cidades vizinhas, como Guaratinguetá, Paraty perdeu importância e ficou esquecida por várias
...Ferreira Gullar...
...Mourid Barghouti...
décadas. Só nos anos 70, com a construção da Rodovia Rio-Santos é que essa cidade do litoral fluminense volta a ser redescoberta por artistas e turistas a fim de muito sossego. Vem daí, então, a tradição da cidade de abrigar inúmeros ateliês, cada um mais criativo que o outro. À mostra, todo tipo de arte com pinturas, papel machê, cerâmica, azulejos... Uma tentação aos apaixonados por objetos de decoração. Jorge Amado - Segundo a Secretaria de Turismo, são esperadas 20 mil pessoas para esta que será a quarta edição da grande festa literária. E quem quer apreciar o tão comentado evento tem de se apressar, pois a maioria das pousadas já está lotada para a ocasião. É nessa época que figurões do mundo cult e intelectuais nacionais e internacionais dão o ar da graça por lá. Chico Buarque, a família Marinho e, este ano, o documentarista João Moreira Salles são alguns dos que batem ponto na FLIP, que este ano homenageará o escritor baiano Jorge Amado (1921-2001). Entre os tributos está uma apresentação da cantora Maria Bethânia e as dedicatórias em prosa do embaixador Alberto Da Costa e Silva, da escritora e biógrafa Myriam Fraga e do escritor Eduardo de Assis Duarte. Ao todo serão 37 autores convidados de 12 países - Angola, Argentina, Brasil, França, Grã-Bretanha, México, Nigéria, Peru, Palestina, Paquistão, Portugal e Estados Unidos - que participarão de 19 mesas-redondas na Tenda dos Autores, montada sempre à beira do Rio Perequê-Açu, próximo à Igreja da Matriz, no coração da cidade. Aliás, é na frente da igreja onde fica também
...e Ignácio de Loyola Brandão
a tenda com o telão para mais 1.400 pessoas poderem acompanhar os encontros. Ferreira Gullar e o poeta palestino Mourid Barghouti discutirão o ser estrangeiro em sua própria terra, enquanto Lílian Ross discursará sobre o Novo Jornalismo, criado por ela. Reflexões sobre coberturas jornalísticas ficarão por conta de Fernando Gabeira e Christopher Hitchens. Carlos Heitor Cony, Ignácio de Loyola Brandão também estarão presentes. E, entre outros encontros memoráveis, está o dos três premiados poetas líricos contemporâneos Carlito Azevedo, Marcos Siscar e Astrid Cabral. Durante a FLIP - além de debates, shows, oficinas literárias, lançamentos de livros, entre outras atrações até mesmo para crianças - outros eventos culturais marcam a programação, como manifestações folclóricas. “Vale muito a pena vir a Paraty nessa época, porque a cidade se transforma”, comenta uma guia local. E, aos sedentos de cultura, mais: simultaneamente a FLIP ocorre a OFF FLIP, com uma programação recheada de eventos para estimular a leitura e criação literária paratiense, com conversas, saraus, painéis e leituras de textos de autores nacionais. O homenageado desta edição é o compositor, advogado e ator paratiense José Kleber. Junto com ele, quase 20 autores estarão participando do evento. Este ano, a novidade é que, pela primeira vez, haverá uma premiação, referente a poemas relacionados com o tema “terra”. Inspiração é o que, com certeza, não vai faltar nessa viagem cultural. A viagem foi oferecida pela Pousada do Sandi e pela Paraty Tours
Ruelas serão sede de outras atividades culturais
Noite adentro, pelos bares e restaurantes
Crêperie Le Castellet (abaixo, interior) não pode faltar no roteiro
N
o quadrilátero histórico, onde não entram carros, a noite é uma criança para quem aprecia uma mesa rodeada por amigos, para jogar conversa fora e bebericar ao som de MPB ao vivo. Antes dos barzinhos, porém, fica difícil não se deixar levar pelos tentadores cardápios dos inúmeros restaurantes locais, todos com charme de sobra. Vale por ali a filosofia dos pratos caseiros, de sabores marcantes, mas com apresentação sofisticada. O Margarida Café Restaurante Pizza Bar está no topo da lista dos mais famosos. Da cozinha panorâmica, saem receitas da culinária contemporânea, paellas e pizzas. Mas opções não faltam. O intimista Crêperie Le Castellet tem de entrar no roteiro gourmet, assim como o 8 Bar& Restaurante – da Pousada do Sandi – e o Thai Brasil que, como o próprio nome diz, serve comida tailandesa.
Divulgação
Para um programa de dia, vale pegar o carro e a estrada e ir até o simpático Vila Verde, com direito a banhos de cachoeiras antes do almoço. Numa aérea verde de 25 hectares, num estilo cabana, o restaurante do chef Dario Rossera serve pratos deliciosos à base de peixes e massa, feitas lá mesmo. Para aquela roda de amigos e petiscos vale dar uma passada no Café Paraty e no Che Bar. Aliás, os dois estão com programação especial na FLIP. O Che Ber entrou no clima do festival e programou shows de latin jazz e samba neste mês. No Buchanan’s Jazz, sempre às 22h30, se apresentarão: dia 10, a cantora paulista Fabiana Cozza e seu samba na palma da mão; dias 11 e 12, o trio liderado pelo pianista cubano Yaniel Matos, junto com Marcos Paiva (baixo) e Cuca Teixeira (bateria), que promete animar as noites paratienses em homenagens a Cuba e Brasil. (L.R.)
Divulgação
Noites musicais: Che Bar (no topo) oferece programação especial durante a FLIP, com shows de latin jazz e samba. Já o Margarida Café (acima) tem MPB ao vivo durante o jantar Presidente em exercício Chefe de reportagem Alencar Burti Arthur Rosa Presidente licenciado Editor de Fotografia Guilherme Afif Domingos Masao Goto Diretor de Redação Editor de Arte Moisés Rabinovici José Coelho Editor-Chefe Diagramação José Guilherme Rodrigues Ferreira Djinani S. de Lima Editora Ilustração Antonella Salem Jair Soares antonellasalem@uol.com.br Gerente Comercial Sub-editora Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Lygia Rebello Impressão Diário de S. Paulo lygiarebello@uol.com.br www.dcomercio.com.br
Perfeito para um programa de um dia, o Vila Verde (acima) está em meio a uma bela área verde, com cachoeira. No menu, massa caseira. O atrativo do Eh-Lahô (à dir.) é que fica numa ilha
Ano 81 - Nº 22.183
São Paulo, quinta-feira 3 de agosto de 2006
R$ 0,60
Jornal do empreendedor
Edição concluída às 23h40
w w w. d co m e rc i o. co m . b r
NA AGENDA DO BRASIL
a x i e d o ã Le a r a p i b 5 $ R s a n e u q pe s a s e r p em
Receita a e u q em lou ont ilhões por ano e v e r a teg 3b do Man fiscal de R$ 5, s Micros e i u G o r a a st O mini uma renúnci da Lei Geral d lica: mais de 1 u o p já aceito a implantaçã ondade se ex de, criando 2 d a b l em pro s Empresas. A tará à formalid hando R$ 478 1 l n a Pequen e empresas vo Leão sairá ga er aprovada. E s O d milhão de empregos . i precisa ainda e s milhõe extras. Mas a l s milhõe
Comércio na Justiça contra taxa do vale-refeição
Comerciantes querem qu e operadoras cobrem men os. Hoje a taxa é de 7%. E 1
Sanguessuga s: governadore s, só depois C
PMI diz que su speitos Wellington Dia s (PT-PI) e Zec a do PT (MS) nã o serão convocados p ara depor ago ra. Por quê? Pág. 5
Abaixo a reelei ção! Mas e m 2010
A Com is aprovo são de Cons ti u presid ontem o fim tuição e Justi en ça d Propos te, governad a reeleição p do Senado a t o que ser a de Emenda res e prefeito ra C s. aprova da pela onstituciona Agora, a l( Câmar a e Sen PEC) terá ado. Pá g. 3
a , z a t r a c Em o l e p a r r e gu P S e d l a u vis e a Cidad zero r e u q b rância icato Kassa e l o t o i t e f e e d to ind O pr m proje nas ruas. O S i u a p e va Lim blicidad ídia Exterior r u p a r t o M con esas de o, como está, f o. C 1 r p m E m et das e o proj e um meio-ter s a ç i t s põ à Ju o. E pro d a v o r ap
Lygia Rebello
Marcelo Barreto de Lacerda
No País da piada pronta Dia 27, Piracicaba: artistas falam sério em charges que fazem rir. Como vêem o Brasil? Pág. 8 Hrvoje Polan/AFP
Líbano vai sangrar até ser ocupado por tropas de paz
HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 19º C. Mínima 13º C.
AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 22º C. Mínima 12º C.
Paraty, cidade das artes As atrações da cidade que promove a maior festa da literatura do Brasil. Boa Viagem
DC
A guerra de Israel só cessará com a criação de uma força de paz internacional. O anúncio veio com a maior chuva de mísseis e a captura de guerrilheiros (foto). C 4
www.finanfactor.com Pabx (11)
6748-5627 (Itaquera) 6749-5533 (Artur Alvim)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 3 de agosto de 2006
TURISMO - 3
Fotos: Lygia Rebello
Praia do Rosa (à esq.) é uma das paradas nos passeios de barco pela Baía de Paraty. O caminho da Estrada Real reúne caminhadas, história e banhos de cachoeira
Dezenas de ilhotas que pipocam no mar de Paraty convidam a passeios náuticos. Do outro lado, na Serra da Bocaina, muitas trilhas levam a praias desertas e alambiques
Barco, jipe e outros programas
Paraty não é só cultura. Para curtir o sol à beira-mar num visual pra lá de interessante é preciso ir para as areias vizinhas à vila ou navegar pelas dezenas de ilhas da região. A atração ali é, sem dúvida, embarcar mar adentro. A água verdinha e transparente convida a longos banhos em águas salgadas e a mergulhar com snorkel a cada nova parada. Na primeira delas: Praia do Rosa, pequena e quase deserta. Ali, além do descanso, uma caminhada light leva ao Alambique de Maria Izabel, dona da marca de uma das melhores cachaças de Paraty, que todo ano são presenteadas aos escritores que participam da FLIP. Totalmente artesanal, a cachaça, que leva o nome da dona, merece ter uns exemplares na mala para trazer de presente aos apreciadores da bebida. Mas a visita vale mesmo pelo bate-papo com Maria Izabel, que explica todo o processo com sua voz suave e fala de ritmo pausado, enquanto é feita uma degustação. O passeio continua, mais mergulhos e
um cenário de ilhotas cobertas por mata nativa. Enfim, o almoço, que não poderia ser em outro lugar senão numa ilha. A pequena porção de terra e pedras, batizada de Ilha do Catimbau, foi transformada num pitoresco restaurante, o ÊhLahô. O banquete local: pratos saborosos à base de frutos do mar e peixes e, de sobremesa, doces caseiros, como doce de leite com queijo branco ou o trivial "romeu e julieta". Para brindar o dia, uma batida de côco campeã e a volta na escuna com um pôr-do-sol de arrasar. Na serra – Emoldurada pela Serra da Bocaina, Paraty também rende bons passeios de jipe até cachoeiras revigorantes, como a da Pedra Branca ou a do Escorrega – esta última fica pertinho do centro de informações do Caminho do Ouro, na comunidade da Penha. Aliás, este é outro programa de primeira para andarilhos e ecoturistas. O caminho inteiro leva cerca de cinco horas para ser percorrido, mas é possível fazer pequenos trechos dele, que ainda conservam as pedras dos séculos 18 e 19, tempo em que as comitivas carregavam ouro de lá pra cá. Os locais acreditam que muitos tesou-
Divulgação
ros ainda estejam escondidos na mata e que alguns sortudos já receberam e ainda podem receber, em sonho, a localização exata de tais fortunas escondidas. Dicas de espíritos que ainda assombram o lugar. Diz a lenda, porém, que quem ficar com medo de ir em busca do tesouro não pode mandar outro mais valente no lugar, pois este só encontrará carvão. Na cidade – De volta à cidade, de ruas sempre curvas para a brisa do mar não encanar e atrapalhar seus transeuntes , vale explorar cada cantinho para achar pérolas, como a Rua do Fogo – pequena viela onde antes os marinheiros podiam amenizar a solidão – que hoje exibe primaveras de um rosa intenso que inspiram pintores, ou, então, dar um pulo até a original Casa da Cultura, com programação especial durante a FLIP. Com painéis, depoimentos de caiçaras, objetos, mapas antigos e quadros conta, com fundo musical de Villa-Lobos, a história da cidade. À noite, imperdível é a apresentação Em Concerto, do Grupo Contadores de Estórias, em cartaz no espaço Cultural de Paraty. Teatro de bonecos, sem falas, o espetáculo já virou um clássico paratiense. (L.R.)
Divulgação
Pousada do Sandi: no coração da cidade...
... tem arquitetura centenária e decoração tropical
Porto Imperial: outra opção de hospedaria de charme
Luxo colonial na hora de dormir
as cerca de 300 pousadas que esta bela cidade abriga, duas merecem destaque pelo charme e pela história. Ambas instaladas em casarões centenários no coração de Paraty, a Pousada do Sandi e a Pousada Porto Imperial ficaram conhecidas por receber seus hóspedes com muito capricho. Já consagrada entre as hospedarias de charme, a Pousada do Sandi esbanja decoração tropical-chique, que abusa das cores fortes e remete aos tempos colonais. Tudo fruto do bom gosto da proprietária, Sandra, que faz questão de cuidar dos mínimos detalhes pessoalmente. Do jardim envolta da piscina, com plantas nativas, ao salão de jogos, recepção e aos amplos quartos, tudo leva essa filosofia, complementada por um serviço impecável. Dos janelões dos 26 apartamentos da antiga mansão, uma das vistas mais privilegiadas do centro histórico de Paraty. Além do farto café da manhã, a pousada também é conhecida pelos gourmets por seu restau-
D
Caminho do Ouro ainda conserva pedras originais dos tempos coloniais e muitas lendas
rante, um dos mais conceituados da cidade, que mistura o melhor da culinária francesa e a tradição da cozinha nativa. A Pousada Porto Imperial, queridinha de turistas franceses, não fica muito atrás quanto ao número de predicados. Localizada atrás da Igreja da Matriz, foi incluída à mais recente edição do renomado guia de hotéis de luxo Conde Nast Johansens. Nas áreas sociais da pousada inaugurada em 1978 – salas de estar, de massagem e de jogos –, móveis de época, quadros e esculturas coloridas de artistas locais, e até paredes de pedras originais, encontradas na última reforma em 2003. Cada um dos seus 48 apartamentos e três suítes, instalados no casarão de 1850, leva o nome de uma lendária figura feminina do cenário artístico brasileiro, seja real ou personagem. Assim, há tributos à Chiquinha Gonzaga, Leila Diniz, Cora Coralina, Nara Leão, Clarice Lispector, Carmem Miranda, Capitu, Moreninha... Tudo no melhor clima cultural de Paraty. (L.R.)
RAIO X manhã, um livro e ingressos para a Tenda dos Autores. Pousada Porto Imperial: Rua Tenente Francisco Antônio s/nº, Paraty, tel. (24) 3371-2323, site www.pousadaportoimperial.com.br. Diárias para casal a partir de R$ 240, com café da manhã. ONDE COMER E BEBERICAR 8 Bar & Restaurante: Rua do Comércio, tel. (24) 3371-8234. Eh-Lahô: Ilha do Catimbau, tels. 9222-8954 ou 9275-1782. Villa Verde: Estrada Paraty-Cunha, km 7, tel. (24) 3371-7808/ 9224-1947, www.villaverdeparaty.com.br. Margarida Café Restaurante Pizza Bar: Praça do Chafariz, s/n, tel. (24) 3371-2441, site www.margaridacafe.com.br. Café Paraty: Rua do Comércio, 253, tel. (24) 3371-0128, site www.cafeparaty.com.br. Che Bar: Rua Marechal Deodoro, 241, tel. (24) 3371-8663. Crêperie Le Castellet: Rua Dona Geralda, 44, tel. (24) 33717461, site www.paraty.com.br/lecastellet.
COMO CHEGAR A opção mais curta de São Paulo a Paraty é seguir da capital para São José dos Campos pela Rodovia Dutra (BR-116). Em São José, pegar a Rodovia dos Tamoios ( SP-099) sentido Caraguatatuba. Chegando lá, pegar a Rodovia Rio-Santos (BR-101) para Paraty. ONDE DORMIR Pousada do Sandi: Largo do Rosário, 01, tels. (11) 3864-9111 ou (24) 3371-1236, site www.pousadadosandi.com.br. O pacote para a FLIP para casal custa a partir de R$ 2.275 (de 9 a 13/8) e inclui café da
FAÇA AS MALAS Passeios: a Paraty Tours (tel. 24/ 3371-1327, www.paratytours.com.br) faz de city tours a passeios às praias da região, de jipe para cachoeiras e alambiques e até cursos de mergulho. No centro histórico, não deixe de visitar a original Casa da Cultura (R. Dona Geralda, 177, tel. 24/ 3371-2325). Instalada num casarão do século 18, conta um pouco a história local, além de sempre ter exposições temporárias. Abre de quarta a segunda, das 10h às 19h30. Passeio de Barco: uma experiência diferenciada pelas ilhotas da região pode ser feito com a Angatu (tel. 11/3872-0945, site www.angatu.com). FLIP: de 9 a 13 deste mês, informações sobre a programação e compra de ingressos pelo site www.flip.org.br. OFF FLIP: no mesmo período da FLIP, informações sobre a programação pelo site www.paraty.com/offflip2006/index2.htm. Na Internet: www.paraty.com.
Casa da Cultura: point cultural. Abriga exposições que contam a história da região
A visita ao alambique onde é produzido a Cachaça Maria Izabel, presenteada aos autores da FLIP, vale para conhecer como se produz a bebida e pelo bate-papo com a dona e produtora da famosa branquinha paratiense. Falando na FLIP, aliás, a Porto Imperial, (ao lado e à esq.) fica pertinho das principais tendas do evento
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4 -.TURISMO
quinta-feira, 3 de agosto de 2006
INVERNO
Gonçalves: roteiro longe da badalação Na Serra da Mantiqueira, este destino mineiro ainda não ganhou a fama que merece. De vida mansa, reserva boas compras e gastronomia de primeira Sonaira San Pedro
Sonaira San Pedro
Vista geral da pequena cidade, escondida entre montanhas, que ainda exibe a tradicional pracinha principal com direito a coreto e igreja
M
Por Sonaira San Pedro
il fitas de espelhos se desenrolam desde o teto até bem perto das velas que iluminam as mesas e os olhares de quem janta no restaurante Bistrô Porto do Céu, na mineira Gonçalves. Boa massa, decoração graciosa e os acordes da bossa nova fazem do lugar o pedaço mais quente da cidadezinha que ainda guarda o frio de montanhas pouco conhecidas da Mantiqueira. E é a figura inconfundível de Sônia Sarto, sócia do bistrô, que costuma receber pessoalmente os turistas que começam a chegar por lá. "Existem um monte de trilhas, quedas d’água e vistas fora de série que você precisa conhecer", diz a anfitriã. Ela tem toda razão. O entorno da pequena cidade que se debruça sobre a serra apinha-se de araucárias, caminhos que se embrenham pela Mata Atlântica e terminam em uma cachoeira bem desenhada ou numa vista espetacular, própria de cinema. Mas caminhar é preciso para se chegar aos recantos mais bem guardados pela natureza. Vale o esforço de encarar uma hora em trilha íngreme até a Pedra do Forno, de onde se vê paisagem primorosa por todos os lados que o olho alcança, em 360 graus. O bom é que, além de lindos, esses passeios ainda servem para queimar as calorias (que não são poucas) que você vai ganhar com os pratos cheios de sabores da boa e velha comida mineira preparada em fogão de lenha. A estrela dos menus costuma ser o pinhão, a semente comestível da araucária. Mas há também quem prepare geléias excêntricas, com misturas de frutas e essências. É a famosa Senhora das Especiarias, no centrinho da cidade. Calmaria – O centro de Gonçalves abriga a tradicional praça com coreto e a igreja na frente, como mandam os costumes das pequenas cidades de interior. Ali, a vida anda devagar, sem nenhuma pressa de encontrar o semáforo aberto ou escapar das filas da badalação, coisas que ainda não existem nesse pedacinho de Minas. No comércio local, dá para bater-papo com o dono da venda, que sempre tem histórias da cidade para contar e dicas de passeios para quem acaba de chegar. Esqueça os celulares, que por lá não têm sinal. Mas lembre-se de levar dinheiro e cheque, porque também não há onde usar cartões de crédito – só tem agência do Bradesco e do Banco do Brasil. Deixe o tempo passar sem sentir culpa, esparra-
mado ao lado da lareira enquanto cochila depois de um almoço bem servido. "Slowdown e Gonçalve-se", é assim que dizem os moradores de lá. Mas você precisa conhecer esse pedacinho de mundo logo, antes que os turistas, paulistanos principalmente, cruzem a divisa com Minas Gerais e transformem a possibilidade de férias exclusivas em viagem com multidão ao redor. Compras – Num passeio pelo centro da cidade, o que não faltam são lojas de artesanato, comidinhas especiais e móveis em madeira. Em meio a uma diversidade de modelos, cores e tamanhos você encontra preços longe dos turísticos e abaixo dos encontrados na capital paulista. Uma boa parada para dar mudar um pouco a cara de casa é a Toque de Minas (R. Maestro Herculano, 71, tel. 35/ 3654-1173). Ali, é o marceneiro José Roberto quem prepara todo tipo de mobiliário em madeira maciça e com design arrojado. Tem, ainda, a Casa Resende (R. Capitão Antonio Carlos, 211, tel. 35/ 3654-1450), que fabrica desde pequenos bancos a grandes guarda-roupas e, ainda melhor, aceita encomendas. O melhor lugar para se comprar tapetes de couro, mantas e pequenos mimos para a casa é a Arte Zen (R. Assis Camargo, 245, tel. 35/ 99680403). Além das opções exclusivas de decoração, o fundo da loja guarda uma salinha perfumada com essências de incensos, onde os clientes recebem massagens relaxantes ao som de música clássica. Comidinhas – É a Senhora das Especiarias (R. Capitão Antonio Carlos, 195, tel. 35/ 36541458) que guarda boa parte do sabor da cidade. As misturas de abacaxi com pimenta, creme de maçã com castanhas e laranja com gengibre, entre tantas outras receitas, são preparadas com açúcar orgânico, sem quaisquer conservantes. Tem, ainda, chutneys, antepastos e temperos que fazem tanto sucesso a ponto de serem exportados para São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Brasília. E, se depois de voltar de Gonçalves, bater a saudade dos sabores da cidadezinha, é só passar na Casa Santa Luzia (Al. Lorena, 1471, Jardins) ou no Empório Santa Maria (Av. Cidade Jardim, 790, Jardins) e levar sua geléia preferida para casa. A viagem foi oferecida pela Gonçalvestur.
O restaurante Bistrô Porto do Céu: na lista de destaques deste refúgio de inverno pouco conhecido pelos turistas
RAIO X COMO CHEGAR De São Paulo, siga pela Rodovia Carvalho Pinto em direção a Campos do Jordão e pegue para a Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro, também no sentido de Campos. Após o túnel, vire no acesso a Santo Antônio do Pinhal e siga as placas para o sul de Minas. Depois de passar por Sapucaí Mirim e São Bento do Sapucaí, Gonçalves estará a 10 km. ONDE DORMIR Pousada do Rio: acesso pelo km 6 da Estrada para Juncal, 8 km de terra. Tel. (35) 3654-1346. A 12 km do centro, tem chalés e piscina com água de nascente. Diárias a partir de R$ 160 por casal. Pousada Serra Vista: acesso pela Estrada do Bairro
Boa Vista. Tels. (35) 3654-1314 e (11) 8196-3880. Vista para a Pedra do Baú. Chalés com lareira central e hidromassagem. Diárias a R$ 145 o casal. Pousada O Montanhês: Estrada para Sertão do Canta Galo, 9.5 km, tel. (35) 9984- 4761. Chalés com lareira com vista para um vale. Sauna e piscina coberta. Diárias a R$ 150 o casal. ONDE COMER Porto do Céu: Rua Coronel Procópio Ferreira, 80, tel. (35) 3654-1233. No centro, tem música ao vivo e serve massas e fondues em ambiente romântico. Le Gourmet Bistrot: Estrada dos Venâncios, 10, em frente à Cachoeira do Simão, tel. (35) 3654-1240. Massas e fondues.
Fotos: Divulgação
Pousada O Montanhês e seus chalés: uma das opções de hospedagem confortável na serra
Evento em Chicago premiou presidente da ABGev
M
elhor evento de viagens corporativas dos alteração. A tecnologia faz os processos e contratos Estados Unidos, a 38ª edição da NBTA mudarem rapidamente e o cliente, cada vez mais International Convention & Exposition, exigente, também acelera as mudanças. Algumas organizado pela National Business Travel corporações chegam mesmo a desenvolver soluções Association, ocorreu em Chicago, de 16 a 18 de julho, e próprias, a custos altíssimos, caso da Shell, unicamente teve participação maciça de brasileiros (cerca de 40), para ter controle e posse de sua base de dados. Outras capitaneados pela Associação Brasileira de Gestores de desenvolvem interfaces, também com alto custo, entre Viagens Corporativas (ABGev). A participação da ABGev, seu sistema de RH e a base do perfil de passageiros, com numerosa delegação, também teve destaque com a embora cientes de que isto não resolve o principal premiação de Viviânne Martins, presidente da entidade, problema. As corporações procuram sistemas que lhes que ganhou o NBTA President Award, prêmio concedido garantam o domínio sobre sua base de dados, além dos a um profissional por ano que propõe ações para o diversos recursos esperados de um self booking tool. desenvolvimento da indústria de viagens corporativas. Tecnologia – Para Luís Fernando Vabo, diretor do A homenagem foi entregue pela presidente da Reserve e da Solid, a grande questão em debate pode NBTA, Suzanne Fletcher, que esteve Divulgação/Panrotas ser resumida nos quatro painéis de no Brasil, participando do Laccte. tecnologia, que discutiram temas Segundo Suzanne, o prêmio é um que devem alterar o atual modelo reconhecimento do trabalho de de negócios do mercado. No painel Viviânne na criação e “The Next Level of Self Booking Tool fortalecimento da ABGev, Management”, foi mostrado que "entidade-irmã mais ativa da NBTA". serão necessárias inovações na Os 5 mil participantes do evento próxima geração de sistemas de da NBTA assistiram a seminários, gestão de viagens corporativas, visitaram os estandes da feira que para que ofereçam conexão direta ocorre paralelamente e com as companhias aéreas. Em “The participaram até de eventos sociais, Key to Value is in Your Data” foi Presidente da NBTA, Suzanne confirmada a percepção de que as mas a grande discussão foi mesmo Fletcher, entrega o NBTA as questões ligadas à distribuição empresas desejam ter a posse, o President Award a Viviânne dos produtos turísticos, afinal os controle e a gestão do “data base” Martins, da ABGev Estados Unidos vivem uma queda de suas viagens corporativas, de braço entre GDSs e empresas tornando-se independentes do aéreas, tendo o custo como pivô. A tecnologia abraça fornecedor de tecnologia. tudo isso, além de outros aspectos do turismo, e tanto O painel “Why Nobody’s Content About Content” nos seminários quanto na feira foi possível ver o que escancarou um assunto novo nos EUA, a multiplicação há de mais moderno e mais útil para o dia-a-dia de de canais de reserva oferecido pelas companhias aéreas gestores de viagens, agentes e fornecedores. para minimizar seu custo com a distribuição tradicional. GDS – O Galileo foi o primeiro GDS a fechar novos E “The New Paradigma - Multiple Distribution Channels” acordos com as seis grandes empresas aéreas versou sobre este que mostra ser o maior desafio do americanas, incluindo as que irão cobrar taxa de US$ momento para o mercado: a distribuição independente. 3,50 a partir de 1º de setembro para canais de Hotelaria – Um dado que surpreendeu foi o fato de distribuição não-preferenciais. O Galileo tem pelo que 80% das grandes empresas (das 400 maiores da menos um produto sem cobrança da taxa para cada revista Fortune) usam o modelo de cadastramento de companhia aérea americana. Esta decisão levou o informações padronizado pela NBTA. Cada uma das Galileo a rever sua estratégia para o mercado fornecedoras de sistemas de RFP possui seu próprio brasileiro, apontando para uma quebra de paradigma database – que é atualizado pelo fornecedor – sendo em relação ao modelo de negócios vigente no País. É que uma delas tem mais de 40 mil hotéis cadastrados. o que ocorrerá nos EUA, a partir de 1º de setembro. As companhias dividem o custo dos distribuidores nãopreferenciais com os agentes de viagens. Mais informações sobre o Panrotas Corporativo no site www.panrotas.com.br. Assinaturas Seminários – As várias sessões educacionais do pelo tel. (11) 5070-4816 ou 5070-4804, evento deixaram claro que a indústria está em franca e-mail assinaturas@panrotas.com.br.
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
MAIS R$ 3,62 BILHÕES PARA OS COFRES DO ESTADO DE SÃO PAULO
1
335
milhões de reais foi o total recuperado em impostos atrasados entre janeiro e julho deste ano
Pablo de Sousa/LUZ
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de agosto de 2006
Receita tributária do governo estadual em julho cresceu 6,7% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. No período, o ICMS rendeu ao fisco R$ 3,29 bilhões.
A
Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz) arrecadou R$ 3,62 bilhões em julho. Deflacionado pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), esse valor representa queda de 2,2% na comparação com o mês anterior e crescimento de 6,7% em relação a julho de 2005. Do total da receita tributária no período, R$ 3,29 bilhões são do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Em termos reais, descontada a inflação, houve uma queda de 3% na comparação com junho, mas um crescimento de 5,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. Segundo o assessor de política econômica da Sefaz, Pedro Paulo Cardoso de Mello, esse aumento da arrecadação é resultado da valorização do real frente ao dólar, que influencia a importação. "Já a queda em relação a junho é uma questão de sazonalidade, uma vez que nesse mês se comemora o Dia dos Namorados", explica Mello, ao ressaltar que, a partir de setembro, por causa da proximidade do Natal, será retomada a tendência de elevação mês a mês. Semestre – Considerando o primeiro semestre, enquanto o comércio arrecadou 10,2% a mais de ICMS, a indústria registrou crescimento de 6,3%, e o conjunto de atividades com preços administrados (combustíveis, energia e telecomunicações), de 7,1%. No mesmo
´
Fabricantes regionais de refrigerantes pedem mudança no sistema de tributação para sobreviverem
MARCHA período, a arrecadação do imposto pelos supermercados cresceu 22,6%. A mesma tendência de alta foi observada em lojas de departamentos (12,2%) e no atacado (9,8%). Mello atribui o aumento da
86,7 milhões de reais foi quanto o Estado de São Paulo arrecadou com o IPVA no mês de julho, segundo a Sefaz
contribuição do comércio na arrecadação do ICMS, nos seis primeiros meses, à elevação do poder de consumo das famílias, principalmente. "Claro
que a obrigatoriedade do uso do Emissor de Cupom Fiscal (ECF), desde 1998, também influencia, além do programa de fiscalização das grandes redes, que começou a autuar empresas neste ano", diz. Segundo nota técnica da Fazenda paulista, os recolhimentos vinculados às importações, da mesma forma que no mês anterior, representaram, em julho, 17,7% da arrecadação total do ICMS. O total desses recolhimentos mostrou crescimento de 3,3% em relação a julho de 2005 e queda de 3,5% na comparação com o mês anterior. Já a arrecadação do Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) alcançou, em julho, R$ 86,7 milhões, o que representa uma queda de 14,2% sobre junho. Na comparação com julho de 2005, houve um crescimento de 18,5%, decorrente do aquecimento das vendas de automóveis e aumento de preço dos veículos novos.
Governo recuperou R$ 601 bilhões em 2005 Divulgação
U
Nosdeus: eficiência na cobrança
"Isso mostra que a recuperação feita pela Procuradoria paulista é significativa. Cada vez mais, estamos priorizando os devedores com maior potencial de pagamento desses débitos", afirma o presidente da Associação dos Procuradores do Estado de São Paulo (Apesp), Marcos Nosdeus. Hoje, estima-se que a dívida ativa de São Paulo
secretário-adjunto da Receita Federal, Ricardo Pinheiro, recebeu ontem a diretoria da Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afrebras), que promoveu uma marcha em Brasília pela redução de impostos, e prometeu que o fisco adotará um novo modelo de tributação para o setor de refrigerantes regionais até o começo do próximo ano. Pinheiro declarou que a Receita Federal vai buscar a neutralidade do setor, equiparando os impostos cobrados das grandes e pequenas empresas de refrigerantes. O secretário, entretanto, não explicou de que forma isso será feito. Não disse se haverá re-
O
dução de tributos e tampouco quais impostos serão envolvidos nas mudanças. O secretário-adjunto da Receita garantiu, ainda, que o novo modelo de tributação e as reivindicações da Afrebras, que considera os impostos cobrados do setor injustos e favoráveis aos grandes, serão discutidos em breve com o secretário do órgão, Jorge Rachid. Alíquota – A associação argumenta que atualmente os preços adotados no mercado pelos pequenos fabricantes são 30% inferiores aos dos grandes, mas todos pagam alíquotas fixas de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Para a Afrebras, a carga tri-
butária equivale a cerca de 40% do preço final do produto. Inicialmente, a proposta da Afrebras era a de retornar ao sistema de tributação "ad valorem", que é variável de acordo com os preços dos produtos. Os fabricantes também disseram ao secretário-adjunto que a implantação de medidores de vazão é inviável financeiramente para os pequenos e médios empresários do setor, que não têm condições de arcar com os custos necessários, hoje em torno de R$ 100 mil. Em princípio, a implantação do equipamento seria obrigatória a partir de setembro, com o objetivo de aumentar o controle e evitar sonegação. Clarice Chiquetto
Folha do INSS vai a leilão
Laura Ignacio
DIVIDA ma das maneiras de a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz) aumentar a arrecadação tributária é a recuperação da dívida ativa, que compreende o conjunto de créditos devidos ao estado relativos a tributos como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias de Serviços (ICMS) e Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotor (IPVA), além de débitos não tributários, como as multas administrativas. No ano passado, a procuradoria da Sefaz recuperou R$ 601,67 milhões, um montante 47,46% maior que o total de 2004. Semestre – No acumulado de janeiro a julho deste ano, já foram recuperados para os cofres públicos estaduais cerca de R$ 335 milhões. O montante representa um aumento de 24% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado.
Fisco vai estudar novo modelo de tributação
gire entre R$ 20 bilhões e R$ 25 bilhões. Protestos – Para chegar a esse aumento de arrecadação, são impetradas execuções fiscais na Justiça ou protestadas certidões de dívida ativa em cartório. O protesto começou a ser utilizado pela Procuradoria paulista no segundo semestre de 2005. "O temor de que o estado leve a protesto a certidão de dívida ativa faz com que muitos contribuintes regularizem sua situação. Portanto, concluímos que o protesto é um instrumento duro, mas importante para a atuação da Procuradoria", diz o subprocurador da área contenciosa da Procuradoria do estado, José Renato Ferreira Pires. Segundo ele, o ICMS responde por aproximadamente 90% do total da dívida ativa do Estado de São Paulo (LI)
governo encontrou uma fórmula para estimular a disputa pela folha de pagamento do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), prevista para ir a leilão. O edital deve estabelecer que, caso ninguém apresente propostas, os bancos federais ficarão com a administração do pagamento a aposentados e pensionistas, informou uma fonte que teve acesso à apresentação do modelo. Atualmente, o governo paga tarifas para que os bancos repassem os benefícios do INSS aos pensionistas e aposentados no regime geral da Previdência. A idéia é livrar a União dessas taxas que, neste ano, devem ser da ordem de R$ 240 milhões. "Se a licitação for deserta, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal assumem a folha de pagamento do INSS a custo zero", afirmou a fonte. "A estrutura jurídica imaginada é que os bancos federais sejam colocados na posição de agentes financeiros da Previdência, da mesma forma que o Banco do Brasil é o agente financeiro do Tesouro", acrescentou a fonte. Uma vantagem para os bancos, no leilão, seria ter acesso aos dados cadastrais de aposentados e pensionistas não-bancarizados, ou seja, de potenciais clientes. O governo já mostrou o modelo do leilão para o Banco do Brasil e para a Caixa Econômica Federal que, juntos, já são responsáveis por cerca de metade dos pagamentos dos benefícios da Previdência. Bancos – O modelo do leilão da folha de pagamento do
O
INSS deve ser apresentado à Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) em reunião marcada para a semana que vem, acrescentou a fonte. O edital do leilão da folha de pagamentos deve passar por consulta pública e o cronograma prevê realização da operação em novembro. Mas não está descartado um atraso por força de decisão política. Em junho, os benefícios pagos aos 24 milhões de aposen-
tados e pensionistas no regime geral da Previdência totalizaram R$ 12,4 bilhões. A folha do INSS deverá ser dividida em 26 lotes, com 500 mil a 1,5 milhão de beneficiários cada. A divisão por estados, pelo menos por enquanto, foi descartada para evitar que a concorrência ficasse restrita a locais com forte concentração de aposentados da Previdência, como São Paulo e Rio de Janeiro. (Reuters)
2
Nacional Finanças Energia Tr i b u t o s
A
Cimentos Sergipe SA (Cimesa), do G r u p o Vo t o r a ntim, investiu R$ 340 mil para a operação de queima de pneus em um dos seus fornos, gerando energia para a produção de cimento na unidade de Laranjeiras, a 20 quilômetros de Aracaju. O coordenador de produção da empresa, Tarcísio Lordelo Aguiar, disse que a expectativa é substituir em 4% o consumo de coque de petróleo. Para isso, seriam necessários mais de mil toneladas/mês, o correspondente a 700 mil unidades de pneus de carros e caminhões. A empresa não informou de
DIÁRIO DO COMÉRCIO
VOTORANTIM VAI USAR MENOS PETRÓLEO
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de agosto de 2006
340
Votorantim transforma pneus em energia quanto seria a economia com a substituição do combustível. De qualquer forma, não há possibilidade de os pneus substituírem totalmente o coque na produção de cimentos. Vantagens – Lordelo afirmou que, do ponto de vista ambiental, a solução é ideal pois um pneu demora 600 anos
DECLARAÇÃO À PRAÇA
para se decompor na natureza. Ao colocá-lo no forno, vira cinzas em três minutos, pois a temperatura da queima chega a 2 mil graus centígrados. E desse processo não sobram resíduos poluentes, contribuindo para a redução das emissões globais de CO2 (dióxido de carbono), principal agente
causador do aquecimento global. Outra vantagem é transformar em energia térmica resíduos de outras indústrias, substituindo combustíveis nobres como petróleo. Sistema – Para impedir a entrada de ar frio no local da queima, o pneu é lançado no forno por um sistema de vál-
vulas. Essa é a primeira vez, em Sergipe, que a Votorantim queima pneus. A empresa não fez isso antes porque havia uma lei estadual que impedia esse co-processamento. Ela foi revogada em abril. Em outras sete unidades da Votorantim, o co-processamento é feito há mais de 10
mil reais foi quanto a Votorantim investiu para queimar pneus em seus fornos e transformá-los em energia
anos: Rio Branco do Sul (PR), Sobral (CE), Cantagalo (RJ), Nobres (MT), Itaú de Minas (MG) e Caaporã (PB). Para obter os pneus, a Votorantim firmou uma parceria com a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip), entidade que congrega todos os fabricantes de pneumáticos e câmaras de ar no País, com 167 municípios conveniados. Sergipe não consta no site da entidade. "Devemos receber pneus de Salvador", disse Lordelo. Mas isso não impede que sejam recolhidos os descartados de Aracaju, como do próprio município de Laranjeiras. (AE)
FALÊNCIA & RECUPERAÇÃO JUDICIAL
EDITAL PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARATINGUETÁ/SP Processo: Concorrência Pública nº 002/06 Objeto: Execução de obras de infra-estrutura, terraplenagem e sistema de drenagem com realização de guia e sarjeta, para implantação de Sistema Viário Mário Covas (modificado). O Prefeito Municipal acolheu parcialmente a impugnação da firma Enplan Engenharia e Construtora LTDA e determinou a publicação da nova redação referente ao item 06.13 do presente Edital Licitatório, ratificando os demais itens. Nova Redação “06.13. Relação das instalações de canteiros, máquinas, equipamentos e pessoal técnico especializado, considerados essenciais para o cumprimento do objeto da licitação, conforme quantificado no Memorial Descritivo e planilha orçamentária, nas condições do parágrafo 6º do Art. 30 da Lei 8.666/93 e alterações posteriores.” No mais, fica mantida a data de 07 de agosto de 2006, às 14:00 horas, data e horário limite para apresentação dos envelopes para participação no certame.
Quer falar com 26.000
Publicidade Comercial - 3244-3344
empresários de uma só vez?
Publicidade Legal - 3244-3643
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 3 de agosto de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência e recuperação judicial:
Requerente: Fortymil Indústria de Plásticos Ltda. - Requerida: Mega Tetra Indústria e Comércio - Rua Francisco Pereira, 15-A - 1ª Vara de Falências Requerente: Fortymil Indústria de Plásticos Ltda. - Requerida: Mega Tetra Plásticos Indústria e Comércio Ltda. - EPP - Rua São Francisco Barroso Pereira, 371 - 1ª Vara de Falências
ATAS
COMUNICADO MONTREAL ARTEFATOS DE PLÁSTICOS E METAIS LTDA. torna público que requereu à CETESB, a Licença Prévia e de Instalação para a atividade de Fabricação de artigos e utensílios plásticos de uso doméstico e artefatos de metais sito à Av Itararé nº 1400 – Pq. Montreal Cep. 07844-000 – Franco da Rocha - S.P.
BALANÇO
LAR ESCOLA SÃO FRANCISCO - CENTRO DE REABILITAÇÃO CNPJ/MF 61.937.975/0001-35 BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 - (Em Reais) 31.12.05 31.12.04 31.12.05 31.12.04 Passivo Ativo Circulante Circulante 140.692,00 246.892,00 Disponibilidades 101.385,00 39.471,00 Fornecedores 400.058,00 569.304,00 Contas a Receber 787.401,00 673.398,00 Empréstimos e Financiamentos 195.987,00 598.062,00 Outros Créditos 173.601,00 84.135,00 Salários a Pagar 1.308.879,00 1.625.055,00 Estoques 92.181,00 86.198,00 Contr. Sociais e Imp. a Recolher 377.813,00 232.482,00 Despesas do Exercício Seguinte 9.349,00 17.570,00 Provisão de Férias 95.375,00 Total do Circulante 1.163.917,00 900.772,00 Contas a Pagar Total do Circulante 2.518.804,00 3.271.795,00 Exigível a Longo Prazo Permanente 145.124,00 Imobilizado 3.483.560,00 3.761.487,00 Contr. Sociais e Imp. a Recolher 963.000,00 Total do Permanente 3.483.560,00 3.761.487,00 Empréstimos e Financiamentos Provisão para Contingências 276.647,00 276.647,00 Total do Exigível a Longo Prazo 1.239.647,00 421.771,00 Patrimônio Social Patrimônio Social 19.460,00 19.460,00 Reserva de Reavaliação 2.456.091,00 2.456.091,00 Déficit Acumulado (1.586.525,00) (1.506.858,00) Total do Patrimônio Social 968.693,00 889.026,00 4.647.477,00 4.662.259,00 Total do Ativo 4.647.477,00 4.662.259,00 Total do Passivo e Patr. Social DEMONSTR. DAS MUTAÇÕES DO PATR. SOCIAL P/ OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 - EM REAIS Eventos Saldos em 31 de Dezembro de 2003 Realização da Reserva de Reavaliação Déficit do Exercício Saldos em 31 de Dezembro de 2004 Déficit do Exercício Saldos em 31 de Dezembro de 2005
Patrimônio Social 19.460,00 19.460,00 19.460,00
Reserva de Reavaliação 2.554.756,00 (98.665,00) 2.456.091,00 2.456.091,00
Superávit/Déficit Acumulado (376.911,00) 98.665,00 (1.228.612,00) (1.506.858,00) (79.667,00) (1.586.525,00)
Total 2.197.305,00 (1.228.612,00) 968.693,00 (79.667,00) 889.026,00
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 1 - Contexto Operacional - O Lar Escola São Francisco - Centro de 5 - CONTAS A RECEBER - São compostas por: Reabilitação (“Entidade”) é uma entidade filantrópica dedicada à R$ 31.12.05 31.12.04 reabilitação de pessoas carentes portadoras de deficiência física. A 675.061 649.291 Lei n.º 9.532, de 10 de dezembro de 1997, através do artigo 12, trouxe Duplicatas a Receber 157.915 69.682 alterações para a legislação tributária federal das entidades filantró- Cartões a Receber e Outras 832.976 718.973 picas, entre as quais destacamos: Não estão abrangidos pela imunidade os rendimentos e ganhos de capital auferidos em aplica- Provisão para Créditos de (45.575) (45.575) ções financeiras de renda fixa ou variável. Para gozo de imunidade, Liquidação Duvidosa 787.401 673.398 as entidades filantrópicas estão obrigadas a atender aos seguintes principais requisitos: a) não remunerar, por qualquer forma, seus 6 - IMOBILIZADO - É composto por: Taxa Anual de R$ dirigentes pelos serviços prestados; b) aplicar integralmente seus Depreciação % 31.12.05 31.12.04 recursos na manutenção e no desenvolvimento de seus objetivos 4 1.060.236 1.060.236 sociais; e c) apresentar anualmente a declaração de rendimentos. A Edifícios Próprios 1.932.764 1.932.764 Entidade tem atendido substancialmente aos procedimentos reque- Terrenos Próprios ridos para suportar suas atividades filantrópicas. A Administração da Edificação - Terreno em 4 1.392.544 1.392.544 Entidade, visando o seu saneamento financeiro, envidará esforços na Comodato - PMSP 10 114.221 106.814 sua reestruturação, com redução dos custos e acréscimo das receitas Máquinas e Equipamentos 10 6.213 6.223 com atendimentos (convênios). 2 - Apresentação das Demonstra- Móveis e Utensílios ções Contábeis As demonstrações contábeis foram elaboradas de Veículos 20 234.712 214.327 20 137.588 134.189 acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as Equipamentos de Informática 13.910 13.910 disposições contidas na Resolução do Conselho Federal de Conta- Direito de Uso de Software 4.892.188 4.861.007 bilidade – CFC nº 966/03, de 16 de maio de 2003, CFC n.º 926/01, de 19 (1.408.628) (1.099.520) de dezembro de 2001, CFC nº 877/00, de 18 de abril de 2000, que Depreciações Acumuladas 3.483.560 3.761.487 aprovou a NBC T 10 – Dos Aspectos Contábeis Específicos em Entidades Diversas, item NBC T – 10.19 – Entidades Sem Finalidade O terreno em comodato possui contrato renovável periodicamente. de Lucros. 3 - Resumo das Principais Práticas Contábeis: a)- Em 1998, dentro dos preceitos requeridos pela legislação vigente, a Receitas e Despesas - São contabilizadas pelo regime de competência. Entidade efetuou a reavaliação dos imóveis, resultando no registro de b) Aplicações Financeiras - São registradas ao valor de custo, reserva de R$ 2.619.518, com base no laudo de peritos independentes. acrescido dos rendimentos auferidos até a data dos balanços. c) Em 2002, a Entidade efetuou nova reavaliação do imóvel situado na Contas a Receber - São contabilizadas pelo regime de competência. Rua França Pinto, o que resultou em um complemento de R$ 326.711 A provisão para créditos de liquidação duvidosa é considerada na reserva de reavaliação. O saldo da reserva de reavaliação em 31 suficiente para cobrir eventuais perdas na realização dos referidos de dezembro de 2004 é de R$ 2.456.091 (R$ 2.554.756 em 2003). 7 créditos. d) Outros Ativos e Passivos Circulantes - Correspondem Processos em Andamento 7-1 -Processos Trabalhistas A Entidade a valores a receber e/ou a pagar, registrados pelo valor de realização possui processos de natureza trabalhista e outras, para os quais está e/ou exigibilidade nas datas dos balanços e acrescidos, quando constituída provisão para contingências em 31 de dezembro de 2005 aplicável, de encargos contratuais e juros incorridos até as mesmas e 2004, considerando o atual estágio dos referidos processos e a 7-2 -Processos Judiciais A datas. e) Imobilizado - Registrado ao custo de aquisição e, no caso opinião dos nossos assessores jurídicos.7-2 dos imóveis, acrescido de reavaliação espontânea. As depreciações Prefeitura do Município de São Paulo, através de ação de execução são calculadas pelo método linear, às taxas descritas na nota explicativa fiscal de dívida ativa nº 688.965-4/05-6 e 717.741-0/05-8, está executando n.º 6, considerando a vida útil-econômica dos bens. f) Empréstimos a Entidade Lar Escola São Francisco, relativos aos processos 0028963/ - Os empréstimos obtidos com os colaboradores e entidade ligada 06 e 0019713/06 no montante aproximado de R$ 1.204.000,00. Tais não incidem encargos financeiros. g) Provisão de Férias - A provisão processos não estão sendo reconhecidos no passivo exigível, fundade férias é constituída levando-se em consideração as férias vencidas mentados na opinião de nossos consultores judiciais. 8 - Certificado e proporcionais até a data do balanço, calculadas sobre a remunera- de Entidade de Fins Filantrópicos Com datas de 04 de dezembro ção percebida pelos empregados, incluindo os encargos sociais de 2000 e 25 de agosto de 2003, a Administração da Entidade entrou com pedido no Ministério do Bem-estar Social de renovação do incidentes. 4 - DISPONIBILIDADES - São representadas por: Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos a partir de 1.º de janeiro de 2001, ainda não aprovado. Porém, o Conselho Nacional de AssisR$ 31.12.05 31.12.04 tência Social emitiu uma Declaração com a data de 20 de fevereiro de Caixa e Bancos 96.406 19.835 2006, sobre a renovação do referido certificado, cuja validade se estenderá até que o CNAS julgue os pedidos objeto de processos nº Aplicações Financeiras: Aplicações em Fundos de Investimento 4.979 19.636 4.400.6.003853/2000-10 e 71010.000676/2003-83, respectivamente, por 101.385 39.471 seis meses a partir da data da emissão desta declaração. DIRETORIA MARIA A. TERESA DE DIEGO MOURA CLÉLIA SALGADO TEIXEIRA Superintendente Presidente GUSTAVO ORSOLIN FILHO - Contador CRC 1SP 36755/O-9
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 EM REAIS Receitas Operacionais 31.12.05 31.12.04 Terapias Diversas 151.322,00 225.972,00 Convênios Públicos 2.950.740,00 2.505.127,00 Bazar de Doações 1.650.520,00 1.479.681,00 Donativos e Eventos Diversos 724.965,00 711.671,00 Oficina Ortopédica 927.475,00 684.068,00 Isenção Patronal de INSS 859.275,00 931.424,00 Outras Receitas 339.991,00 7.604.288,00 6.537.943,00 Despesas Operacionais Custos dos Produtos e Serviços (3.463.268,00) (2.816.519,00) Pessoal (1.637.478,00) (2.011.400,00) Gerais e Administrativas (1.082.124,00) (1.390.024,00) Depreciações (309.143,00) (279.895,00) Isenção Patronal de INSS (859.275,00) (931.424,00) (7.351.288,00) (7.429.262,00) Superávit Operacional 253.000,00 (891.319,00) Subvenções - Gov. do Est. de S. Paulo 3.585,00 Despesas Financeiras (332.667,00) (340.878,00) Déficit do Exercício (79.667,00) (1.228.612,00) DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 EM REAIS Origens de Recursos 31.12.05 31.12.04 Das Operações: Déficit do Exercício (79.667) Itens que não representam variações no capital circulante: Depreciação 309.142 Baixas do Ativo Imobilizado 10 309.152 Aumento do Exigível a Longo Prazo 817.876 81.886 Total das Origens 1.047.361 81.886 Aplicações de Recursos Nas Atividades: Déficit do Exercício 1.228.612 Itens que não representam variações no capital circulante Depreciações (279.895) Baixas do Ativo Imobilizado (1.155) 947.562 Adições ao Ativo Imobilizado 31.225 5.449 953.011 Total das Aplicações 31.225 (871.125) Variação do Capital Circulante Líquido 1.016.136 Ativo Circulante - No Final do Exercício 1.163.917 900.772 No Início do Exercício 900.772 854.774 45.998 263.145 Passivo Circulante - No Final do Exerc. 2.518.804 3.271.795 No Início do Exerc. 3.271.795 2.354.672 (752.991) 917.123 PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Ilmos Srs. Diretores e Conselheiros do Lar Escola São Francisco – Centro de Reabilitação 1-Examinamos os Balanços Patrimoniais do Lar Escola São Francisco – Centro de Reabilitação Reabilitação, levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004, e as respectivas demonstrações do superávit ou déficit, das mutações do patrimônio social e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.2Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da Entidade; b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.3-Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima citadas, representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Lar Escola São Francisco – Centro de Reabilitação Reabilitação, em 31 de dezembro de 2005 e 2004, o resultado de suas atividades, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. PARECER DA ASSEMBLÉIA FISCAL O Conselho Fiscal, de conformidade com as disposições legais e estatutárias, analisou o Balanço e as Demonstrações de Contas e Resultados do Lar Escola São Francisco, relativas ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. Considerou, com base nos documentos examinados e análises realizadas, nos esclarecimentos recebidos da administração e parecer dos auditores independentes, que as referidas demonstrações estão em condições de serem apreciadas pela Assemblélia Geral. Observa, entretato, que não foi constituída provisão no Balanço Patrimonial para sustentar eventuais perdas decorrentes da ação de execução fiscal de dívida ativa exercida pela Prefeitura de São Paulo contra a Entidade Lar Escola São Francisco. Essa ação prevê indenização de aproximadamente R$ 1.204.000,00. São Paulo, 05 de julho de 2006. José Maria de Mello Freire, Luiz Arthur de Godoy, Marcus Vinicius dos Santos Andrade.
COMUNICADOS
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO FDE AVISA: PREGÃO (PRESENCIAL) DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 13/0100/06/05 OBJETO: REGISTRO DE PREÇOS PARA ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para o Registro de Preços para Organização de Eventos. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 04/08/2006, na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – CEP 01121-900 – São Paulo/SP, de segunda a sextafeira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http:// www.fde.sp.gov.br. O credenciamento do representante das proponentes e o recebimento dos Envelopes “Proposta” e “Documentos de Habilitação” ocorrerão na sede da FDE, no endereço acima mencionado, às 09:30 horas do dia 17/08/2006. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital. Willian Sampaio de Oliveira Diretor Executivo
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Reforma de prédio(s) escolar(es) construído em Estrutura Pré-Fabricada Metálica (Sistema Nakamura): TOMADA DE PREÇOS N.º - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/1792/06/02 - EE Bom Pastor – Rua Felipe Marcondes Rubio, 798 - Recreio São Jorge - Guarulhos/SP – 90 - R$ 57.390,00 – R$ 5.739,00 – 09:30 – 24/08/2006. 05/1793/06/02 - EE Recreio São Jorge II – Rua Itororó, s/nº - Recreio São Jorge - Guarulhos/SP – 90 - R$ 63.565,00 – R$ 6.356,00 – 09:30 – 24/08/2006. 05/1805/06/02 - EE Chb Raposo Tavares – Rua Cachoeira Vida Nova, 378 - Raposo Tavares - Butantã - São Paulo/SP – 90 R$ 55.308,00 – R$ 5.530,00 – 10:30 – 24/08/2006. 05/1806/06/02 - EE Hugo Penteado Teixeira – Rua Mauricio Lourenção Serber, 90 - Parque Floresta - Campinas/SP – 90 - R$ 55.308,00 – R$ 5.530,00 – 10:30 – 24/08/2006. 05/1737/06/02 - EE Faz. Juta IV – Rua Vinte, 47 - Faz. da Juta - São Matheus - São Paulo/SP – 90 - R$ 72.803,00 – R$ 7.280,00 – 14:00 – 24/08/2006. 05/1751/06/02 - EE Parque Piratininga - Rua Trinta e Dois, 56 - Parque Piratininga - Itaquaquecetuba/SP EE Profª Brasilisia Machado Lobo – Rua Massao Ogawa, s/nº - Jardim Eldorado - Santa Isabel/SP 75 – R$ 78.959,00 - R$ 7.895,00 – 14:00 – 24/08/2006. 05/1738/06/02 - EE Cocaia – Rua Walter Pereira de Lima, 41 - Jardim Adriana - Guarulhos/SP – 90 - R$ 62.470,00 – R$ 6.247,00 – 15:00 – 24/08/2006. 05/1752/06/02 - EE Cond. Carioba/Recanto Marisa – Rua União, s/nº - Grajaú - Capela do Socorro - São Paulo/SP – 90 - R$ 67.735,00 – R$ 6.773,00 – 15:00 – 24/08/2006. 05/1753/06/02 - EE Waldir Rodolpho de Castro – Rua dos Jeribas, s/nº - Chb I Adventista - Campo Limpo - São Paulo/SP – 90 - R$ 61.226,00 – R$ 6.122,00 – 16:00 – 24/08/2006. 05/1754/06/02 - EE Ponte Alta V – Est. Mato das Cobras, 1104 - Vila Carmela I - Guarulhos/SP – 90 - R$ 55.479,00 – R$ 5.547,00 – 16:00 – 24/08/2006. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 04/08/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). O Edital completo através de cópias reprográficas/heliográficas terá o custo de R$ 0,10 (dez centavos) por cópia reprográfica e R$ 3,00 (três reais) por cópia heliográfica. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 21/08/2006, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Willian Sampaio de Oliveira Diretor Executivo
Publicidade Legal - 3244-3643
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de agosto de 2006
Nacional Empresas Av i a ç ã o Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
VARIG DEVE R$ 106 MILHÕES EM SALÁRIOS ATRASADOS
3 Companhia aérea passará a operar com 17 aviões a partir da semana que vem.
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO DERRUBA LIMINAR QUE BLOQUEAVA PAGAMENTO DA PRIMEIRA PARCELA
VARIG: OS US$ 75 MI ESTÃO DE VOLTA
C
Paulo Alvadia/AE
Funcionários da Varig fizeram protestos durante a assembléia realizada ontem no Rio de Janeiro
TAM terá mais três aviões TAM Linhas Aéreas recebe em devolução, até outubro, as três aeronaves Airbus A330 que estavam subarrendadas para uma companhia aérea do Oriente Médio e irão compor a capacidade de frota da companhia para vôos intercontinentais. A primeira delas foi devolvida na última semana de julho e utilizada em dois vôos da ajuda humanitária coordenada pelo Ministério
A
das Relações Exteriores para trazer de volta ao país 497 brasileiros – entre os quais 47 crianças de colo – que estavam no Líbano. Após passar pela inspeção da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), foi reintegrada ontem à malha aérea da TAM. A devolução da segunda aeronave está prevista para o final deste mês. Ela será utilizada para realizar diariamente o vôo noturno
da TAM ligando o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, a Nova York (EUA), a partir do dia 1º de setembro. A mudança de horário dessa freqüência vai permitir que os passageiros cheguem a Nova York no início da manhã. A terceira aeronave voltará para a frota da TAM em outubro e vai operar o vôo diário para Londres a partir de 28 de outubro. Atualmente, a frota da TAM é de 88 aviões. (AG)
aiu ontem a liminar Uma fonte da VarigLog expli- se dinheiro teria de ser liberada Justiça do Traba- ca que não houve um depósito do 30 dias após a homologalho do Rio que de- judicial na conta da ex-contro- ção da compra, a fonte da Vat e r m i n a v a o b l o- ladora, mas um investimento rigLog diz que esses recursos queio da primeira parcela de na Aéreo Transportes Aéreos serão desembolsados conforUS$ 75 milhões paga pela Va- S/A, empresa criada para me as necessidades operaciorigLog para comprar a Varig, comprar e controlar a Varig. nais da empresa aérea. M a l h a – A nova malha de arrematada em leilão judicial Essa foi a forma que a VarigLog vôos da Varig deverá no último dia 20. A deser operada até o final cisão, do juiz Luiz Ro- Wilton Junior/AE do ano com uma frota berto Ayoub, da 8ª Vade 45 aviões e 5,4 mil ra Empresarial do Trifuncionários, segunbunal de Justiça do do o presidente do Rio, considera que a conselho de adminiscompetência para detração da VarigLog, cisões que afetem o Marco Antônio Audi. processo de recuperaO executivo não desção judicial da compacartou a possibilidade nhia cabem à vara emde montar a nova frota presarial, conforme já da empresa com aerohavia sido determinanaves da Embraer e da do pelo Superior TriAirbus. Segundo ele, a bunal de Justiça (STJ). primeira fase da nova O p e d i d o d e b l omalha da Varig será queio havia sido feito operada com 12 aviões pelos sindicatos de aee 1,7 mil funcionários. roviários do Rio de JaNa semana que vem, a neiro e do Amazonas e frota terá 17 aviões. foi acolhido na segunA empresa vai muda-feira pela 33ª Vara dar sua estratégia de da Justiça do Trabalho arrendamento de aedo Rio. O objetivo do ronaves. A companhia recurso judicial era gafará o leasing financeirantir aos 5,5 mil funro, que permite a comcionários que estão pra da aeronave no fisendo demitidos desnal do contrato. de sexta-feira verbas Funcionária chora durante assembléia ontem Audi disse que a prirescisórias, estimadas em R$ 253 milhões, e salários encontrou para driblar a buro- meira fase da malha de vôos da Varig estará concentrada nas a t r a s a d o s , c a l c u l a d o s e m cracia e acelerar os repasses. R$ 106 milhões. A s e g u n d a p a r c e l a d e principais capitais brasileiras. Dos US$ 75 milhões que fo- US$ 75 milhões da compra da No mercado internacional, o ram destinados para a Varig Varig não tem um prazo defi- foco será Buenos Aires, Carabancar suas operações, pelo nido para ser destinado à em- cas e Frankfurt. No futuro, semenos US$ 36 milhões já foram presa. Apesar de a proposta rão acrescentados vôos para usados na semana passada. da VarigLog estipular que es- Milão e Londres. (AE)
2
Ambiente Compor tamento Urbanismo Transpor te
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de agosto de 2006
BALÉ SERÁ ENCENADO PELA FIGURA DE UMA MULHER
A instalação flutuante tem torres de água com 24 jatos verticais que chegam a 15 metros de altura.
Divulgação
A partir de amanhã, e até o dia 27, a fonte do Ibirapuera exibirá um espetáculo inédito e totalmente idealizado por brasileiros. O show "As Águas e a Natureza" trará para o lago do parque uma bailarina de luz que dançará uma versão eletrônica do clássico Singing in the Rain
Ó RBITA
DINHEIRO
D
etalhes de perícia técnica impedem a Polícia Federal de afirmar se os R$ 418 mil encontrados em uma casa em Natal fazem parte dos R$ 164 milhões furtados do Banco Central em Fortaleza, há um ano. A PF assumiu as investigações na quarta-feira. "Muita gente teve acesso à casa e o trabalho científico fica mais difícil, somente por isso não podemos ainda afirmar categoricamente que o dinheiro é do BC, só por causa dessa dificuldade", disse Rômulo Berrêdo, delegado de Regional de Combate ao Crime Organizado da PF no Rio Grande do Norte. (AE)
REBELIÃO
A Bailarina de luz destaca-se sobre as águas do lago principal do Ibirapuera: espetáculo foi totalmente projetado e executado por técnicos brasileiros para a festa de 52 anos do parque Epitácio Pessoa/AE - 15/01/2004
Bailarina de luz vai dançar no aniversário do Parque Ibirapuera Rejane Tamoto
O
Parque do Ibirapuera completa 52 anos no próximo dia 21 e quem ganha um presente de aniversário é a população: um espetáculo de balé aquático com novos efeitos visuais, sob o ritmo de música clássica e eletrônica na fonte multimídia, instalada no lago principal. A partir de amanhã, as apresentações do show As Águas e a Natureza ocorrerão às 20h30 e 21h, todos os sábados e domingos, até o próximo dia 27. As novidades do show são a trilha sonora e as imagens de uma bailarina de luz. O balé será encenado pela figura de uma mulher de luz que, projetada em jatos e em um telão de gotículas, dançará representando a água e a natureza. Suas sombras dançantes completarão as coreografias. Segundo o diretor de marketing corporativo do Grupo Pão de Açúcar, Eduardo Romero, o novo espetáculo, gratuito, terá rigor artístico e novidades tecnológicas. "Desde que presenteamos a cidade com a fonte multimídia, em seu aniversário de 450 anos, nos comprometemos a fazer dela um cartão postal digno dessa grande metrópole", disse Romero. Repertório - A trilha sonora desta temporada inclui o Trenzinho Caipira, de Villa-Lobos, composições inéditas de música eletrônica e uma versão interpretada pela Orquestra Filarmônica de Montpellier, composta pelo DJ Jeff Mills. O espetáculo também mostrará o sapateado da bailarina, numa interpretação em versão eletrônica do clássico Singing in the Rain, imortalizado por Gene Kelly. O novo repertório é composto, ainda, pela abertura da ópera O Barbeiro de Sevilha, de Rossini; A Cavalgada das Valquírias, da ópera As Valquírias, de Wagner; Pleasure Train, de Strauss; Allegro da Water Music, de Haendel; Kanon & Gigue, de
Pachelbel; The High Castle, de Smetana e a abertura 1 8 12 , Op.49, de Tchaikovsky. Brasileiros - Esta é a primeira vez que o balé das águas da fonte multimídia do Parque do Ibirapuera é criado inteiramente por brasileiros. Sob coordenação da agência de marketing cultural Divina Comédia, as empresas Visual Farm e Scratch Studios desenvolveram as coreografias, projeções de imagens para os jatos e compuseram músicas eletrônicas com exclusividade. Desde 2004, quando a fonte multimídia entrou em funcionamento, os shows apresentados eram criados pela empresa Ghesa, de origem espanhola.
Desde que presenteamos a cidade com a fonte, nos comprometemos a fazer dela um cartão postal. Eduardo Romero, do Grupo Pão de Açúcar Com 110 metros de comprimento por 2 de largura, a fonte movimenta 60 mil litros de água por minuto. A instalação flutuante tem torres de água com 24 jatos verticais que chegam a 15 metros de altura. Elas formam uma cortina de gotículas que compõe imagens e possibilita a formação de até 15 coreografias. Oito setores de iluminação são responsáveis pela geração de 60 tonalidades de cores. História -Idealizado pelo então prefeito Armando de Arruda Pereira para ser uma área exclusiva ao lazer do paulistano, o Parque do Ibirapuera é hoje um dos oásis verdes na capital. Inaugurado em 1954 para ser um espaço moderno na arquitetura e paisagismo urbanos, o parque teve projeto arquitetônico do arquiteto Oscar
Niemeyer e projeto paisagístico de Roberto Burle Marx . O Parque do Ibirapuera foi concebido para ser inaugurado em comemoração ao IV Centenário de São Paulo - em 25 de janeiro de 1954. Mas só foi entregue à população em 21 de agosto. A festa de fundação contou com a presença de representantes de 13 Estados e 19 países. Na ocasião, um dos países participantes, o Japão, construiu uma réplica do Palácio Katura. A obra, que teve material importado, se transformou no Pavilhão Japonês. Outras construções foram erguidas no Ibirapuera e traçam seu conjunto arquitetônico. Uma delas é o Palácio das Indústrias, que representa a indústria paulista. Atualmente, o pavilhão se chama Cicillo Matarazzo e sedia a Bienal de São Paulo e o Museu de Arte Contemporânea (MAC). Um espaço que reunia representações de diversos países, o antigo Palácio das Nações, deu lugar ao hoje conhecido Pavilhão Manoel de Nóbrega, que foi sede da Prefeitura até 1992 e hoje é o Museu Afro Brasil. Durante as comemorações do IV Centenário, as exposições culturais eram realizadas no Palácio das Exposições (também chamado de Oca). O Pavilhão Armando de Arruda Pereira, sede do Prodam, era o antigo Palácio dos Estados. O prédio que hoje abriga o Detran foi erguido para ser a sede da Secretaria de Agricultura. Mas as atrações do Ibirapuera mesmo são as que levam à diversão, como a marquise, onde está o MAM - Museu de Arte Moderna. Além deste, há o ginásio de esportes e um velódromo, que foi o primeiro do País, junto aos lagos. Também parte da programação de lazer do paulistano estão o Viveiro Manequinho Lopes e o Planetário. Em 2005, conforme o projeto original de Oscar Niemeyer, o Ibirapuera ganhou um auditório. E completou sua função de lazer na cidade.
rebelião dos presos do Centro de Detenção Provisória de Hortolândia 2, na região de Campinas, no interior de São Paulo, chegou ao fim por volta das 11h30 de ontem após seis horas. Quatro agentes penitenciários mantidos reféns foram liberados, sem ferimentos. A confusão começou por volta de 5h30, quando um grupo de presos chamou os agentes para um suposto atendimento médico. Aberta a cela, os detentos fizeram quatro agentes reféns, ameaçando-os com estiletes, e tentaram fugir. Após a liberação dos reféns, a Polícia Militar entrou na unidade para realizar uma revista. Mesmo com a rebelião contida, os presos continuaram no pátio.
PROCESSOS
O Fonte foi um presente do Grupo Pão de Açúcar à cidade nos seus 450 anos
Espetáculos na fonte já provocaram reclamações s shows na fonte multimídia do Parque do Ibirapuera já foram motivo de muitas polêmicas envolvendo disputas políticas e reclamações de moradores. Em junho do ano passado, a fonte foi alvo de vistoria do Programa de Silêncio Urbano (Psiu), da Prefeitura. Durante a medição, a equipe de fiscais registrou que o som dos espetáculos chegava a 83 decibéis, quando o limite para a região era de 50 decibéis. Para se adequar às orientações do Psiu, o Pão de Açúcar, empresa responsável pelo funcionamento da fonte, alterou o posicionamento das caixas de som e diminuiu o volume da música transmitida durante os shows. De acordo com o Grupo Pão de Açúcar, o projeto de sonorização foi dimensionado para que o som se restrinja ao perímetro do lago durante as apresentações deste mês. Sujeira - Outra polêmica em relação à fonte multimídia foi a suspeita de que a poluição do córrego do Sapateiro, localizado em um dos lagos do parque do Ibi-
O
rapuera, representasse risco à saúde dos espectadores das apresentações. A polêmica foi instaurada por opositores da ex-prefeita Marta Suplicy, a partir de um documento de outubro de 2003, do Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde, que informava que cinco de 12 indicadores da qualidade da água do lago estavam irregulares. Após um estudo, concluído em junho de 2005, feito pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), a pedido da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, a hipótese foi descartada. A conclusão do estudo foi de que a água do lago não era prejudicial à saúde dos espectadores dos shows da fonte. A análise, na qual foram realizadas medições do lago durante quatro dias, verificou a qualidade da água e também a concentração de coliformes fecais. O documento constatou que a qualidade da água permitia o contato físico que a fonte proporcionava, embora o líquido não seja adequado para a prática de natação ou remo. (RT)
médico Luiz Carlos Ribeiro, de 49 anos, é parte em pelo menos três processos de indenização e indiciado em outros dois por crimes contra a pessoa e contra o patrimônio no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, segundo o Fórum Lafayette. Ribeiro foi preso no último domingo, acusado da morte da brasileira Fabíola de Paula, de 23 anos, que morreu depois de se submeter a uma lipoaspiração no porão em que o médico morava no estado norte-americano de Massachusetts. Embora não possua nenhum registro de especialidade no Conselho Regional de Medicina (CRM), Ribeiro há pelo menos três anos costumava realizar cirurgias diversas no Brasil, principalmente relacionadas à área estética. (AE)
TOMBADAS
D
oze construções de estilo modernista, localizadas em diferentes pontos da cidade do Rio, foram tombadas pela prefeitura. O objetivo é proteger imóveis que, junto com as obras de Oscar Niemeyer, já contempladas pelo tombamento, fazem parte de um conjunto arquitetônico importante. A lista inclui residências, edifícios comerciais e prédios públicos, construídos entre os anos de 1931 e 1956. O decreto, que prevê a preservação das fachadas e outros elementos originais dos imóveis, já foi publicado no Diário Oficial. A partir de agora, eventuais reformas terão de ser aprovadas pelo Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural. (AE)
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 -.OPINIÃO
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de agosto de 2006
RESENHA
INTERNACIONAL SOBREVENTO SURPREENDE ISRAEL
Denis Sinyakov/AFP
Israel refaz o cálculo de seu ataque
seus inimigos na região. Ficaria sem o poder de dissuasão – deterrente – da imagem de seu poderio, de correr risco de ser desafiado e ter de enfrentar mais uma guerra de âmbito regional e, certamente, vulnerável às inúmeras organizações islamitas de táticas terroristas. Os EUA, com todo o seu imenso poder, não conseguiram derrotar a insurgência no Iraque ou obter o respeito do Irã. É provável que Israel tenha imaginado poder enfraquecer decisivamente o Hezbollah com as mesmas táticas que vêm aplicando contra o Hamas. Em algum ponto de sua reação houve algum lapso. A sua superioridade militar é notória, mas não tem impedido que continuem chovendo mísseis e morteiros do Hezbollah sobre a sua região norte, na qual dois milhões de civis vivem e sofrem. Nem impede que continuem caindo Qassams, morteiros de fabricação
para grupos afins agirem por todo o Oriente Médio visando implantar governos de sistemas islâmicos como o Irã, seu objetivo. E existe tal possibilidade, se o cessar-fogo não for base para um acordo de longo prazo com o Líbano, de retomada de negociações para a solução do conflito com os palestinos, talvez, uma aceitação por todo o mundo árabe da existência do estado judeu como um fato consumado. Tudo é possível mesmo que não muito provável. Algo deve ter convencido os EUA a aceitarem tal hipótese. Não se sabe o que, talvez cansaço físico e econômico de guerras. Mas, seja o que vier a acontecer, o rapto de dois soldados tende a mudar as relações internacionais no Oriente Médio, só ainda não se sabe se para melhor ou pior. NAHUM SIROTSKY, CORRESPONDENTE EM ISRAEL NAHUMSIROTSKY@IG.COM.BR
A guerra total é inaplicável no atual contexto
Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente em exercício Alencar Burti Presidente licenciado Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi
Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)
Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: , Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046
JOÃO DE SCANTIMBURGO
A CIDADE
Alva
reng
a
DESVENTRADA
erto
caseira palestina, em centros urbanos de sua região sul. Talvez sejam questões que só se pode resolver por meios políticos. Os meios militares extremos, de guerra total, são inaplicáveis no atual contexto mundial. No caso do Hezbollah, o governo israelense anuncia que cessará suas operações militares no momento em que se concretize a hipótese de ser criada uma força internacional com poderes de atirar e que seria assentada ao longo das linhas de suas fronteiras com o Líbano. Mas existem pressões para que primeiro se decrete um cessarfogo que, sem dúvida alguma, considerando-se o passado da região, pode ser proclamado pelo Hezbollah como vitória sua, e vir a ser modelo de ação
Rob
O
s ventos políticos não parecem soprar a favor de Israel. Não se trata dos mais de duzentos morteiros lançados sobre o país na quarta-feira, um número recorde. Nem se questiona a superioridade militar de Israel. E sim se será possível resistir às crescentes pressões políticas internacionais numa direção não compatível com aquela que a atual liderança israelense considera essencial para uma solução favorável de sua guerra com o Hezbollah. É óbvio que Israel, baseando-se em sua vivência das tradições do Oriente Médio, está convencido de que, ao ceder às imposições do Hamas e do Hezbollah, daria sinais de fraqueza aos
Visão de governo PAULO SAAB
O
relatório de inflação do Banco Central, com data de junho último, traz conclusões, nas análises diversas que faz sobre o Brasil, que revelam a visão daquele órgão federal além do economês de praxe, informações que são de interesse do leitor em geral. Avaliando o mercado e os preços, por exemplo, o documento conclui que "a menor variação dos índices de preços ao consumidor nos últimos meses confirma a trajetória de convergência para as metas de inflação estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional. O diagnóstico de que a aceleração inflacionária observada na virada do ano não era temporária foi confirmado pelo comportamento subseqüente dos índices de preços. O recuo da inflação ocorreu de forma generalizada e foi evidenciado pelas diferentes medidas de núcleo". Diz ainda o documento do BC que "esse comportamento favorável ocorreu em um período de recuperação da atividade econômica, sugerindo que a expansão da economia tem ocorrido em ritmo compatível com as condições de oferta, não exercendo, desse modo, pressões significativas sobre os preços". Mais adiante, na mesma linguagem que não pretende dizer as coisas de forma direta, o Banco Central mostra o comportamento do atual governo, ao assinalar: "Apesar da distribuição atípica do resultado primário do setor público no correr do ano, que não repetiu a acumulação de resultados mensais acima da média nos primeiros meses (quer dizer, foi negativo), persiste a austeridade na condução da política fiscal (isso o governo sabe fazer
com maestria) e o comprometimento com o cumprimento da meta estabelecida para 2006". O interessante na leitura de documentos oficiais é que eles fazem limonada de cada limão e nunca entram no aspecto político dos gastos públicos. Tratam a dívida pública com sofismas e fazem parecer sempre que tudo está no melhor dos mundos. Informa-se, de outro lado, que o presidente Lula está liberando, via medida provisória, mais sete milhões de reais para o MST. É dinheiro que será usado para fomentar movimentos, invasões, agressões à sociedade brasileira. Dinheiro público, arrecadado de cada um de nós. Arrancado, pelos valores descomunais que pagamos. Por isso é sempre interessante observar a visão do governo, de cada um dos seus órgãos, sobre como vão as coisas no País e como eles acham que estão fazendo e como dizem que fazem essas coisas.
A
lgo, todavia, está muito errado quando o BC usa de sofismas para dizer que não está sendo cumprida a meta do resultado primário do setor público e o presidente da República, fã do ditador de Cuba, distribui à farta dinheiro público para fomentar um movimento de guerrilha, inspirado no regime cubano, para desestabilizar a democracia brasileira. Numa hora dessas a autonomia do Banco Central passará a ser uma tese simpática para livrar, na base do quanto mais melhor, as atividades técnicas do País da influência política de governos aparelhadores.
P
eço-lhes para irem ao Aurélio e lerem ali o significado da palavra desventrar. Está lá a definição da palavra, com o significado exato do que quero dizer: a cidade foi estripada, rasgada no ventre, se não na sua totalidade, pelo menos em grande parte, principalmente no centro. Ninguém ignora, mesmo os quem têm e os quem não têm automóvel, que o trânsito de São Paulo é caótico. Carreadores coloniais eram ruas e avenidas de caminhos largos e caminhos estreitos. Fizeram trabalho perfeito em alguns, em outros menos bom, sofríveis ou incompetentes, para darem uma forma a esse caos urbano que Prestes Maia conseguiu acomodar. Nesse soberbo altiplano, que vai da Serra do Mar ao Pico do Jaraguá, São Paulo tentou ir mais uma vez para o sertão com os seus arranha-céus, mas ficou respirando no Anhangabaú até que o
G São Paulo
tem tomado fôlego de tempos em tempos. Está agora desventrada.
É interessante observar a opinião do governo sobre como vão as coisas no País.
Aprendendo com o passado DANIELA FURUSAWA
P
ensando no conceito básico de relacionamento com cliente, e voltando um pouco no tempo, é fácil entender que quanto menor a empresa, maiores são as chances de se conhecer melhor cada cliente, uma vez que são poucos os canais de interação. Considerando os pequenos estabelecimentos do passado (e até hoje existentes em bairros das capitais e nas cidades do interior) podemos constatar que eles praticavam o relacionamento com clientes da forma mais pura possível, conhecendo a fundo as necessidades, hábitos e preferências de cada cliente. Infelizmente, muitas empresas, principalmente as médias, perderam essa virtude com o tempo. As economias de escala e o marketing de massa estimularam uma cultura empresarial voltada ao produto. Com isso, perdeu-se o grande diferencial que as pequenas e médias empresas possuíam em relação às grandes companhias: o relacionamento mais próximo com o cliente. A associação equivocada do conceito de CRM (Customer Relationship Management, ou Gestão do Relacionamento com Clientes em português) a soluções tecnológicas, vendo-as como pré-requisito para a aproximação com o cliente e o preconceito em relação aos custos sugerem erroneamente que somente as grandes corporações têm condições de praticar corretamente a gestão de clientes. Com isso, as pequenas e médias empresas se afastaram do cliente, perdendo grandes chances de negócios. O grande volume de dados e os recursos mais abundantes nas grandes companhias fizeram com que as empresas de tecnologia inicialmente enfocassem este mercado. As gran-
des empresas por sua vez passaram a exigir que seus fornecedores estejam todos integrados ao longo de suas cadeias de suprimentos. Assim, as fortes pressões do mercado e as exigências dos clientes têm estimulado as pequenas e médias empresas a também investir em sistemas de gestão. As empresas que enxergarem nessa tendência uma oportunidade para aprimorar os relacionamentos com seus próprios clientes e souberem tirar proveito disso por meio de estratégias bem definidas estarão um passo à frente no mercado. Os fornecedores de sistemas de gestão de clientes já perceberam a tendência desse nicho e já oferecem a modalidade de software como serviço (SaaS ou on demand nas siglas em inglês) para atender as necessidades de empresas de menor porte. Além disso, as pequenas e médias empresas têm a vantagem de poder aproveitar a experiência das grandes que foram pioneiras nesses processos, evitando os possíveis erros e problemas enfrentados por elas.
A
o conhecer melhor seus consumidores, novas oportunidades de negócios surgirão. As empresas que souberem adaptar seus produtos e serviços às necessidades específicas individuais ou de grupos conseguirão aumentar o nível de satisfação dos clientes e, dessa forma, mantê-los por mais tempo. Parece paradoxal mas - de uma forma positiva - a tecnologia leva as pequenas e médias empresas de volta ao passado. Quando o relacionamento era seu grande diferencial. DANIELA FURUSAWA É CONSULTORA DO PEPPERS & ROGERS GROUP LATIN AMÉRICA AND IBÉRIA
G randes corporações vão integrar os pequenos na gestão de clientes
Tietê fosse despoluído, o que tardará muito, apesar do esforço concentrado de vários governadores desse Estado. São Paulo tem tomado fôlego de tempos em tempos, pois é uma tremenda megalópole, que cresce sem parar, desafiando previsões sobre o seu gigantismo. Está agora desventrada.
O
operoso prefeito Gilberto Kassab está procurando dar forma à cidade mas não consegue, e eu aqui venho apelar para que faça operar quem de direito, obrigando proprietários de imóveis a recolherem os ventres da cidade expostos na rua, porquanto já os toleramos demais. O prefeito tem poder, que é enorme no caso de São Paulo, e pode mandar fazer uma distinção entre o que é aproveitável e o que é destruível em todo esse ventre exposto à observação pública - que não fica bem a São Paulo, que é a cidade dinâmica dos Bandeirantes, que se revezam nas empresas que se modernizam. Eles - os Bandeirantes atuais e futuros - irão continuar o trabalho de fazer a cidade sempre repetir Non ducor, duco. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
4
Nacional Tr i b u t o s Empresas Imóveis
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de agosto de 2006
Mais de 31 milhões de CDs e DVDs piratas foram apreendidos pela polícia nos últimos sete meses.
AUMENTA PRESSÃO POR CORTE DE SUBSÍDIOS
EMPRESAS ESTÃO SENDO ACUSADAS PELO CADE DE FAZEREM ACORDO PARA DIVIDIR CLIENTES
SIDERÚRGICAS MULTADAS EM R$ 345 MI
O
Marcos Bergamasco/Folha Imagem
Cortes nos subsídios ao algodão nos EUA não foram cumpridos, dizem produtores do Brasil
Sobram críticas ao Itamaraty
ntidades empresariais do agronegócio criticaram a postura do Itamaraty nas negociações comerciais internacionais e exigiram que o governo brasileiro volte à Organização Mundial do Comércio (OMC) para cobrar dos Estados Unidos o corte dos subsídios ao algodão. Para o assessor técnico da Comissão Nacional de Comércio Exterior da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antônio Donizeti Beraldo, "a falta de vontade política do Brasil" desmoraliza o sistema multilateral de negociação e o órgão de solução de controvérsia da OMC. Em 2004, o Brasil pediu ao órgão que investigasse os subsídios norte-americanos ao algodão. Eles foram condenados, mas não cortaram os subsídios. "Eles mexeram em 10% do que foram condenados", comentou Beraldo. A instalação de um novo painel permitiria à OMC conferir se os norte-americanos estão cumprindo o que foi determinado. O assunto foi discutido ontem durante reunião da Câmara Temática de Negociações Agrícolas. O presidente da comissão e da Câmara, Gilman Viana, am-
E
pliou as críticas para outros pontos da política externa brasileira. Em relação à adesão da Venezuela como membro pleno do Mercosul, ele cobrou a divulgação dos termos do acordo que permitiu a entrada do país caribenho ao bloco. "Precisamos ver o que está acertado. Não está claro para nós o prazo que a Venezuela terá para fazer a desagravação
Não está claro para nós o prazo que a Venezuela terá para fazer a desagravação tarifária e se o país renunciará ao sistema de bandas de preços. Gilmar Viana, CNA tarifária e se o país renunciará ao sistema de bandas de preços", afirmou. "A iniciativa privada não foi ouvida sobre o assunto", disse Viana. Para ele, além dos termos do acordo, é importante saber quanto tempo a Venezuela terá para se nivelar às regras atuais do Mercosul. "Sem um crono-
PERDA Braskem registrou prejuízo de R$ 54 milhões no segundo trimestre deste ano.
DIA DOS PAIS
P
esquisa divulgada pela Serasa mostrou que o otimismo do empresariado brasileiro do comércio está menor em relação às expectativas em outras datas comemorativas deste ano. Segundo o levantamento, feito com 919 empresas de todo o País, apenas 32% dos empresários esperam aumento do faturamento no Dia dos Pais em relação à mesma data de 2005. No Dia dos Namorados, das Mães e na Páscoa, a proporção de empresários que esperavam aumento no faturamento era maior, respectivamente, 35%, 37% e 44%. (AE) A TÉ LOGO
Ó RBITA
grama, não dá para falar se é bom ou ruim, pois a situação fica elástica", completou. Dois lados – Nesta semana, em audiência pública no Senado, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, reafirmou que a adesão da Venezuela ao bloco foi uma iniciativa positiva do ponto de vista econômico. Viana, porém, se preocupa com o "antiamericanismo" venezuelano. "Essa posição dificulta a formatação de uma proposta única do Mercosul", afirmou Viana. Mesmo com todas as ressalvas, ele não avaliou a adesão da Venezuela ao Mercosul como um mau negócio. "Todo acordo é desejável. Abrir comércio interessa sempre, mas não podemos ser ingênuos. É preciso abrir o comércio de forma efetiva", comentou. Viana classificou a reunião do G-20, marcada para o começo de setembro no Rio de Janeiro, como "artificial, jogo de espelhos". O grupo reúne as 20 economias em desenvolvimento que atuam em conjunto nas negociações dos capítulos agrícolas da Rodada Doha da OMC. O objetivo da reunião é tentar relançar a rodada, interrompida em julho. (AE)
AFTOSA Veterinários americanos vão inspecionar frigoríficos de bovinos no Brasil.
IBM VAI COMPRAR A MRO SOFTWARE
A
IBM, maior companhia de serviços de tecnologia do mundo, anunciou ontem que concordou em comprar a MRO Software por US$ 740 milhões, em dinheiro, para expandir seu negócio de ajudar companhias a administrar sistemas e equipamentos de computadores. A IBM afirmou que vai pagar US$ 25,80 por ação pela MRO, o que representa prêmio de 19% ante o preço de fechamento dos papéis da companhia na Nasdaq na última quarta-feira. As ações da MRO subiam 18%, para US$ 25,45 nas negociações
do início da manhã de ontem na Nasdaq. O porta-voz da IBM, James Sciales, informou que não haverá demissões associadas à compra. Com sede em Bedford, no Estado de Massachusetts, a MRO fornece softwares e consultoria para ajudar companhias a comprar, manter e vender ativos, como produção de equipamentos, instalações, transporte, hardwares e softwares de tecnologia da informação. A IBM informou que tinha parceria com a empresa desde 1996. A MRO possui cerca de 900 empregados. A IBM espera a conclusão do acordo no quarto trimestre. (Reuters)
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
L
Agricultores reclamam do pacote cambial do governo
L
Sérgio Gabrielli evita comentar dívida da Petros
L
Preços do petróleo e insumos vão sofrer pressão até 2010
Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) espera receber até o próximo dia 11 de agosto R$ 345 milhões em multas aplicadas às siderúrgicas Gerdau, Belgo-Mineira e Barra Mansa, esta do grupo Votorantim. As empresas foram condenadas em setembro do ano passado por formação de cartel na venda de vergalhões de aço, um tipo longo utilizado na construção civil. A denúncia de que as indústrias faziam acordos para dividir clientes e para não haver competição de preços foram apresentadas pelos sindicatos da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) e das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis (Secovi) de São Paulo em 2000. Faturamento – O maior valor coube à Gerdau, que terá de pagar R$ 245 milhões. À Belgo-Mineira foi aplicada a multa de R$ 76 milhões e à Barra Mansa, R$ 24 milhões. Segundo o Cade, os valores são equivalentes a 7% do faturamento bruto obtido por cada indústria em 1999, o ano anterior ao início da investigação. Em nota, a Gerdau disse que já recorreu à Justiça Federal
contra a cobrança e reafirmou que "jamais praticou qualquer ato anticoncorrencial". A siderúrgica questiona, entre outros pontos, o valor de R$ 245 milhões que teria sido calculado com base nos resultados financeiros totais do grupo Gerdau. Ou seja, receitas de empresas que não fazem parte
245 milhões de reais é o valor da multa aplicada pelo Cade à Gerdau, acusada por formação de cartel nas vendas de vergalhões de aço
do mercado analisado no processo administrativo teriam sido contabilizadas indevidamente. Além disso, também foram considerados os desempenhos de companhias do grupo no exterior, que não participam do mercado brasileiro. Judiciário – As outras duas siderúrgicas multadas foram
procuradas pela reportagem, mas preferiram não comentar o assunto, alegando que o mérito da investigação do Cade já é alvo de uma contestação judicial. Antes mesmo do julgamento final, foram apresentadas duas ações na Justiça que tentam invalidar a investigação. Interlocutores das indústrias revelaram, no entanto, que elas também não concordam com os valores das multas impostas e nem com a data de 11 de agosto para fazer o depósito do dinheiro. A assessoria do Cade disse que até o fim do dia de ontem o órgão não tinha sido notificado de qualquer decisão judicial relacionada à cobrança, e que a procuradoria geral do conselho vai defender que as multas sejam depositadas em nome do Conselho Federal Gestor do Fundo de Direitos Difusos (CFDD) dentro do prazo, mesmo que em juízo. As multas recolhidas por esse conselho são destinadas a entidades públicas e civis sem fins lucrativos responsáveis por projetos de recuperação de bens ou promoção de eventos educativos e científicos nas áreas de direitos do consumidor, meio ambiente, patrimônio histórico e artístico. (AE)
Usiminas vai investir US$ 1,2 bi em expansão
A
lém dos projetos de expansão já anunciados pela Usiminas, a Companhia Vale do Rio Doce, uma das acionistas da siderúrgica, defende que a empresa invista em uma nova fábrica de placas voltada para a exportação. "Hoje o mercado mundial de placas está disponível e defendemos que a Usiminas faça esse projeto", afirmou o diretor- executivo de Planejamento da Vale, Gabriel Stoliar. Em entrevista para detalhar o lucro recorde de R$ 6,1 bilhões no primeiro semestre, o executivo lembrou que existe espaço no Brasil para um aumento de até 20 milhões de toneladas na capacidade produtiva de placas de aço. Segundo ele, a Usiminas poderia liderar o processo de construção de novas siderúrgicas no País. "Nossa prioridade absoluta é a Usiminas e estamos apoiando seu crescimento", disse. A Vale tem 23% do capital votante da empresa, mas não faz parte de seu bloco de controle. Nova unidade – Stoliar revelou que a siderúrgica brasileira já está analisando a possi-
bilidade de abrir uma nova unidade produtiva e que está aguardando os estudos de viabilidade para tomar sua decisão. "Estamos felizes de ver que a Usiminas está inclinada a isso", disse. A companhia já anunciou expansões em suas usinas em Ipatinga (MG) e Cubatão (SP), com projetos que somam US$ 1,2 bilhões. Oportunidades – O diretor revelou que as projeções de consumo mostram que existe atualmente uma janela de oportunidade para o Brasil aumentar sua participação no mercado mundial de placas. "Se o Brasil não ocupar esse espaço, perderá isso para outros países, como Índia e Rússia", observou. Stoliar cobrou uma maior agilidade do setor siderúrgico para aproveitar o momento e ampliar sua fatia nas exportações mundiais. A Vale do Rio Doce já tem participação minoritária em dois projetos, um no Ceará e outro no Rio de Janeiro. O primeiro é em parceira com a Dongkug Steel e a italiana Danielli e o segundo, com a alemã ThyssenKrupp.
Preços – O diretor da companhia admitiu ontem que a consolidação do setor siderúrgico mundial pode influenciar as negociações de reajuste do preço do minério no médio e no longo prazos. O executivo, porém, não se mostrou preocupado com a fusão da Arcelor com a Mittal. Segundo ele, até o momento, a operação entre as duas maiores siderúrgicas do mundo em produção não afetou a demanda mundial. "É uma operação saudável para a siderurgia, não temos interesse em que o setor siderúrgico fique fraco", afirmou o diretor, brincando que minério de ferro, que é o carro-chefe da produção da Vale, só serve para produzir aço. Já o diretor de relações com investidores da companhia siderúrgica, Roberto Castelo Branco, reafirmou que a grande consolidação do setor já ocorreu na China. O governo local controla siderúrgicas que respondem por 31% da produção e 40% da demanda global de minério de ferro. "A consolidação mais importante já aconteceu", concluiu. (AE)
CSN conclui fusão nos EUA Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) concluiu ontem as negociações para a fusão de seus ativos na América do Norte com a americana Wheeling-Pittsburgh Corp. A operação exigirá investimentos de US$ 225 milhões da empresa brasileira, que deverão ser convertidos em aproximadamente 11,8 milhões de ações da nova Wheelling dentro de um período de três anos. O acordo está sujeito a aprovação do United Steel Workers (sindicato dos metalúrgicos americano). Segundo comunicado das empresas, o acordo envolve direitos de distribuição exclusivos para os produtos laminados planos da CSN nos Estados Unidos e Canadá, e um compromisso de longo prazo para o fornecimento de placas
A
pela empresa brasileira. O aporte da CSN lhe dará direito a uma fatia de 49,5% na nova companhia criada pela fusão. Os 50,5% restantes ficarão com os atuais acionistas da siderúrgica americana. Do montante de US$ 225 milhões, cerca de US$ 150 milhões serão utilizados para melhoria dos ativos, incluindo a expansão da capacidade local da Wheelling e uma segunda linha de produção de galvanizados, de 350 mil toneladas, na unidade de Terre Haute no Estado de Indiana. O restante dos recursos será usado para melhorar a liquidez do grupo. Em nota, o diretor de infraestrutura e energia da CSN, Marcos Lutz, destacou que a empresa é um investidor de longo prazo no setor de siderurgia e tem como meta fazer
com que essas operações combinadas se transformem em um empreendimento de produção de aço de baixo custo, de qualidade mundialmente reconhecida, que vai poder concorrer tanto em base regional quanto global. "Desde que se recuperou da falência, em 2003, nossa diretoria examinou uma série de opções para maximizar o valor para nossos acionistas", disse o presidente-executivo da Wheeling-Pittsburgh, James Bradley. "A transação com a CSN é o auge de um rigoroso e longo processo, que incluiu discussões com uma ampla gama de potenciais parceiros." A Wheeling-Pittsburgh tem capacidade de produção de 2,8 milhões de toneladas de placas e 3,4 milhões de toneladas de laminados a quente. (AE)
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de agosto de 2006
Compor tamento Urbanismo Polícia Transpor te
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3
A tropa da Polícia Militar que vai utilizar o equipamento passará por um treinamento.
AERONAVE PODE LEVAR ATÉ DOIS PELOTÕES
Luciana Whitacker/Folha Imagem
POLÍCIA DE SP VAI USAR HELICÓPTERO DO EXÉRCITO
CLIMA A previsão do tempo para o fim de semana é de ar seco e temperaturas mais elevadas.
Ó RBITA
Rogerio Cassimiro/Folha Imagem
O
A VOLTA DOS PINGÜINS
V PRESO MANÍACO DA FACA
F
oi preso na madrugada de ontem Afonso Benedito Severiano Jr., de 19 anos, acusado de esfaquear pelo menos três e matar uma pessoa com uma faca de cozinha em Higienópolis, região central. Em seu depoimento, ele confessou ter esfaqueado cerca de 20 pessoas. O caso mais grave foi o de uma jovem que levou várias
facadas no abdome, em 28 de julho, na avenida Higienópolis, e morreu antes de ser operada. As outras estão internadas. Afonso foi preso com uma faca de cozinha com sangue. Uma testemunha o viu atacando um homem e acionou a PM. A polícia acredita que ele seja o maníaco que atacava em Higienópolis. (AE)
juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto, de 73 anos, se sentiu mal, no início da noite de ontem, e foi levado para o Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, na capital paulista. Ele foi condenado pela Justiça Federal e cumpre prisão domiciliar, no Morumbi. Dois agentes federais o acompanharam ao hospital. O médico particular do ex-juiz, José Maria Melo Aires, foi para o hospital.
A Justiça Federal de São Paulo agendou para hoje, às 10h, a avaliação médica do réu. Solicitada pelo Ministério Público, no início de julho, a perícia pode determinar que ele seja transferido para a custódia da Polícia Federal ou para um hospital penitenciário. Ele cumpre prisão domiciliar e será transportado até o local de ambulância para evitar prejuízo na realização da perícia e ao acusado.
inte e quatro pingüinsde-magalhães começaram ontem a jornada de volta para casa: a Patagônia ou o Estreito de Magalhães. Eles apareceram nas praias cariocas há alguns meses. Os animais embarcaram num vôo da TAM com destino ao Rio Grande do Sul. Depois seguiriam de carro até o Centro de Reabilitação de Animais Marinhos, no Rio Grande, onde ficarão para reabilitação. Só então serão
libertados no mar. Antes de iniciar o trajeto, os pingüins foram superalimentados e acondicionados em seis caixas de madeira, divididas ao meio – uma dupla de cada lado. Mas não deu certo. Pitbull, um pingüim que justifica o apelido, atacou seu companheiro de viagem. Acabou sozinho. Na caixa ao lado, dois deles aproveitavam a espera para namorar. Outro posou para fotos e foi batizado como Dunga. (AE)
MORTE
PCC
O JUIZ NICOLAU INTERNADO O
desembargador José Maria der Mello Porto, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), do Rio de Janeiro, foi assassinado a tiros na noite de ontem. Ele foi alvejado dentro de um automóvel Audi quando passava pela avenida Brasil, perto da favela Parque Alegria, no Caju. Segundo a Polícia Militar do Rio, Mello Porto estava acompanhado de um procurador do Estado, que também foi atingido e morto. Há informações de que ele teria tentado pegar a sua arma para reagir, mas não teve tempo. (Agências)
O
Tribunal de Justiça (TJ) determinou o seqüestro de R$ 162 mil pertencentes ao Primeiro Comando da Capital (PCC) para serem entregues à família do bombeiro João Alberto da Costa, assassinado na primeira onda de ataques da facção, em maio. O dinheiro havia sido apreendido em operação do Deic e estava em uma conta judicial. O dinheiro só deve ser entregue à família depois do fim do processo que apura a da morte do bombeiro. Ao todo, oito pessoas foram denunciadas pela morte do bombeiro Costa. (Agências)
governador de São Paulo, Claudio Lembo, e o general de Exército Luiz Edmundo Maia de Carvalho, comandante militar do Sudeste (CMSE), assinaram ontem, no Palácio dos Bandeirantes, o convênio que vai permitir que a polícia de São Paulo utilize o helicóptero Cougar, do Comando de Aviação do Exército, em situações de emergência, como em rebeliões. Com autonomia de 7,5 horas de vôo, a aeronave pode levar, em pouco mais de uma hora, um ou dois pelotões da Tropa de Choque de São Paulo para qualquer presídio no Estado. Dos dois helicópteros colocados à disposição do governo de São Paulo, o HA-1 Esquilo e o HM-3 Cougar, o governo optou por ficar apenas com o Cougar, o maior em atividade na aviação do Exército. Com capacidade para transportar 22 homens, além da tripulação, e 4,5 mil quilos de carga externa, o helicóptero escolhido leva em cada lado uma metralhadora calibre 7,62 mm. Treinamento – O general Carvalho explicou que a tropa da PM que irá utilizar o equipamento passará por um treinamento. "Como é um helicóptero relativamente novo, inclusive no Exército, ele é muito desconhecido e a tropa que o utiliza precisa de treinamento específico", explicou o general Carvalho. Segundo ele, o treinamento será oferecido pela própria tripulação da aeronave no Campo de Marte, onde o helicóptero ficará estacionado. Pagamento – O Estado tem
um prazo de 30 dias, que pode ser prorrogado, para a utilização da aeronave. Foi definido também que o governo ficará responsável, por enquanto, pelo pagamento de US$ 5.060, valor da hora de vôo. O interesse da Secretaria da Segurança Pública seria que o governo federal assumisse os custos do uso da aeronave. Pelo Exército, assinaram também o acordo, o comandante militar do Sudeste, o general-de-divisão Sérgio Luis Vaz da Silva, comandante da 2ª Região Militar, e o general-debrigada Manoel Morata de Almeida, chefe do EstadoMaior do CMSE. Outro convênio – Além dos helicópte ros, o governo de São Paulo quer assinar outro convênio para poder usar as fotografias de satélites da inteligência do Exército e planejar operações de combate ao tráfico de drogas. Os militares têm acesso a imagens mais nítidas e melhores que as usadas normalmente pela Polícia Militar. A 2ª Seção da PM (Informações) usa as imagens de um satélite israelense que passa por São Paulo duas vezes por semana. Além disso, o secretário de Segurança Pública, Saulo Castro de Abreu Filho, afirmou que gostaria de contar com tropas da Infantaria do Exército em "operações saturação" - a ocupação de áreas dominadas por traficantes de drogas - e também para tomar conta de muralhas de presídios. Essas propostas, no entanto, ainda estão sendo estudadas. (AE)
Mastrangelo Reino/Folha Imagem
General Carvalho e o governador Lembo na assinatura do convênio
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 -.LAZER
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de agosto de 2006
CINEMA Estréia Zuzu Angel sobre a figurinista que questionou o sistema durante o governo militar
CORAGEM DE MÃE Lúcia Helena de Camargo Fotos: Warner Bros/Divulgação
Patrícia Pillar (ao lado) como a figurinista que jamais cansou de procurar pelo filho, Stuart Angel. Luana Piovani (abaixo) vive Elke (com microfone) que faz participação especial como cantora de cabaré. Daniel de Oliveira é Stuart, o estudante que queria mudar o mundo, juntamente com sua mulher, Sônia (Leandra Leal). E Zuzu Angel, a mineira que viveu no Rio de Janeiro e hoje dá nome a um túnel na capital carioca
Z
diz ela. Porém, conforme avança na trajetória de inconformismo, seu lema passa a ser: "Eu não tenho coragem; coragem tinha meu filho. Eu tenho legitimidade". O anjo da logomarca da confecção de Zuzu ganha ares bélicos e canhões ilustram as roupas usadas pelas modelos nos desfiles em Nova York. Uma das estrelas dos desfiles é Elke Maravilha, no filme vivida por Luana Piovani. Elke – que foi amiga da estilista e deu palpites na produção – faz uma participação especialíssima no longa-metragem como uma atração de cabaré, cantando em alemão a canção libertária Nos quartéis (In Der Caserne), cuja interpretação mais famosa é na voz de Marlene Dietrich. Outra personagem real que ajudou na construção do roteiro – escrito por Marcos Bernstein e Sérgio Rezende – é Hildegard Angel, irmã mais velha de Stuart, vivida por Regiane Alves. Rezende conta ter prometido a Patrícia que ela contracenaria o tempo todo com grandes atores. Para cumprir a promessa, a equipe conta com Leandra Leal, que vive a mulher de Stuart, além de, entre outros, Ângela Vieira (Lúcia); Ângela Leal (Elaine); Flávio Bauraqui (Mota); Paulo Betti (Lamarca) e Ivan Cândido, o capelão da Base Aérea do Galeão para quem os choques aplicados nas torturas eram "fraquinhos." Durante cinco anos Zuzu tentou sem sucesso reaver o corpo de Stuart, cuja morte nunca foi admitida pelos órgãos de segurança. O atrevimento, a criatividade e a audácia dessa mãe levaram-na a tornar-se figura incômoda para o sistema. Passou então a ser seguida e não descartar a possibilidade de ser morta em um
Arquivo DC
uleika Angel Jones, mineira de Curvelo, fora casada com o americano Norman Angel Jones, tinha três filhos, costurava vestidos. No final dos anos de 1960, já famosa, abrira sua loja em Ipanema e fazia sucesso nas passarelas do exterior. Atuante em uma época na qual assuntos relacionados à moda eram ditos em português, ela se apresentava como "figurinista brasileira". Maria Bonita e Lampião figuravam entre os temas de seus desfiles. Mas em 1971 recebeu um telefonema anônimo relatando que seu filho, Stuart Angel Jones, estava preso. E aí começa a saga relatada no filme Zuzu Angel, que entra em cartaz no País nesta sexta, dia 4, baseada na vida real dessa mulher. Dirigida por Sérgio Rezende (Guerra de Canudos), a atriz Patrícia Pillar vive Zuzu Angel de maneira intensa e convincente. Daniel de Oliveira é o filho, que aparece nas imagens de lembranças, já que a história é contada de maneira retroativa. Incansável, astuta e sem medo, ela percorre quartéis em busca do jovem, estudante engajado na luta armada naqueles anos de governo militar. Certo dia a pior notícia chega na carta de um colega de cela: Stuart fora torturado e morto, e seu corpo, jogado ao mar. A mãe então questiona comandos das Forças Armadas pela localização do corpo de Stuart. Ninguém sabe, ninguém viu, nada se informa. Os militares chegam a promover um julgamento no qual inocentam o estudante. Alexandre Borges é o advogado Fraga, amigo da família a quem cabe lembrar ao tribunal que ali estava se julgando um cadáver. Sem resultados no Brasil, Zuzu procura a Anistia Internacional, faz discursos em aviões, denúncias à imprensa estrangeira e a deputados norteamericanos, e chega a entregar um dossiê sobre o caso a Henry Kissinger, na época Secretário de Estado dos Estados Unidos, pedindo a intervenção deste, já que seu filho tinha cidadania americana. "Ele queria mudar o mundo... eu só queria mudar a minha vida",
ika Lopes é a responsável pela reconstrução dos figurinos no filme Zuzu Angel, feitos com base no acervo deixado pela própria estilista e em referências da época.
Algumas das exuberantes e criativas roupas podem ser vistas na exposição do Shopping Metrô Santa Cruz, até dia 16, que terá ainda desfiles e orientação de moda aos visitantes. Todas as fases
Para viver Zuzu Angel, fui buscar no dicionário o significado de "coragem" e fiquei sabendo que é a força que vem do coração. Interpretá-la foi incorporar essa força que surgiu alicerçada no amor de mãe. Patrícia Pillar
Se o filme render milhões ou tostões, para mim não faz diferença. Bom mesmo foi contar essa história e mostrar aos jovens que Zuzu Angel não é só o nome de um túnel no Rio de Janeiro. Sergio Rezende
Ela assustava um pouco as pessoas. Mesmo sendo mineira, falava para os passantes na rua: ‘Mataram meu filho!’ Elke Maravilha
Somos uma sociedade alienada. As coisas acontecem debaixo do nosso nariz e não vemos. O filme funciona como um espelho. Precisamos sempre dessas pessoas de fibra. Alexandre Borges
"acidente" ou "assalto". Zuzu Angel morreu aos 49 anos de idade, em 14 de abril de 1976, às três horas da madrugada, na Estrada da Gávea, à saída do Túnel Dois Irmãos, no Rio de Janeiro, em um suspeitísssimo acidente de carro. Registrada como acidental, apenas nos anos de 1990 sua morte seria reconhecida como assassinato. Uma semana antes, ela deixara na casa de Chico Buarque um documento para ser publicado caso algo lhe acontecesse. Chico distribuiu o texto e compôs, em sua homenagem, a música Angélica, na qual pergunta: "Quem é essa mulher / Que canta sempre esse estribilho? / Só queria embalar meu filho / Que mora na escuridão do mar."
Interpretei a Elke muito feliz porque temos algo em comum: somos o que somos, e não quem as pessoas querem que a gente seja. Luana Piovani
Zuzu Angel (Brasil, 2006, 110 minutos). Direção: Sergio Rezende. Com Patrícia Pillar, Daniel de Oliveira, Luana Piovani, Leandra Leal, Alexandre Borges. Warner Bros.
As criações da figurinista.
K
Pessoas e personagens
da carreira da estilista estão representadas, do início, quando o cor-de-rosa era uma extensão da vida feliz em família, ao momento de seu crescimento profissional e sucesso internacional e
Ao vivo no shopping. também o período da prisão de seu filho, caracterizado pelas roupas escuras, temas bélicos e acessórios sóbrios. Os desfiles acontecem nos dias 2, 4, 5, 9, 11, 12 e 16, às 14h30, 16h30, 18h30 e
20h30. A exposição fica aberta diariamente, das 12h às 22h. O Shopping Metrô Santa Cruz fica na avenida Domingos de Moraes, 2564, estação Santa Cruz do metrô. Grátis. (LHC)
Chico : hom enag e com m Angé lica
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de agosto de 2006
3
Política EM ANGRA, LULA PEDE
Sergio Lima / Folha Imagem
Isso não prospera Alexandre Cardoso (RJ), líder do PSB na Câmara e presidente da comissão que tratou da reforma política.
REFORMA PROFUNDA Em visita a plataformas da Petrobras, presidente defende maior credibilidade à política com a Constituinte
O
Antonio Scorza / AFP
Candidata fala aos pobres
HELOÍSA VISITA ACAMPADOS
A
candidata do PSol à Presidência da República, Heloísa Helena, começou sua campanha ontem às 6h30, no Acampamento Grajaú, em Goiânia. Para chegar lá nessa hora ela acordou às 3h30 da madrugada. Às 4 horas pegou a BR-060 e, de carro, percorreu os 200 quilômetros de Brasília até a capital goiana. Às 9 horas Heloísa retornou a Brasília de avião. Conseguiu chegar à Superintendência da Polícia Federal às 9h40, a tempo de alcançar o início do interrogatório do empresário Luiz Antonio Vedoin à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Sanguessugas. Sem almoçar, viajou para São Paulo no final da tarde, onde concederia uma entrevista para o Jornal do SBT. O Acampamento Grajaú é um imenso amontoado de gente na periferia de Goiânia, num ermo que fica na saída para Aragoiânia, a cerca de 30 quilômetros do centro. Foi improvisado pelo governo do Estado no ano passado, depois da ordem judicial que determinou a retirada das 1,1 mil famílias de sem-teto que ocupavam uma área no Parque Oeste, também na periferia. Na ação policial de retirada morreram duas pessoas, centenas foram presas e outras ficaram feridas. O próprio governo ergueu os barracos de lona preta e papelão e entregou para as famílias. Também pôs lá alguns banheiros químicos, até hoje usados pelos moradores. Como não existem as mínimas condições de higiene, já morreram 10 crianças no local e de vez em quando aparecem epidemias. Uma delas levou a sarna de cães para os moradores. (AE)
O petróleo é dele: no estaleiro Brasfels, Lula destacou a recuperação da construção naval e falou na necessidade de uma ampla mudança.
AÉCIO APROVA CONSTITUINTE A idéia de se constituir uma assembléia não desagrada ao governador de Minas Gerais
O
Sergio Dutti / AE
governador de Minas Gerais e candidato à reeleição Aécio Neves se mantém aberto em relação à proposta de convocação de uma Assembléia Constituinte, lançada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no bojo do debate nacional em torno da reforma política. Isso ficou claramente perceptível quando o governador evitou fazer críticas à proposta do presidente Lula de convocar uma Assembléia Nacional Constituinte somente para isso. Bem à mineira, ele ressaltou que, independentemente da convocação, "quando o governo se dispõe a construir maiorias, essas maiorias ocorrem, como já vimos no passado". Esta capacidade de liderança, de acordo com ele, somente vai depender do governo que for eleito. Aécio lembrou que à época da Constituinte de 1988, imediatamente o Congresso Nacional se mostrou apto a fazer mudanças fundamentais "Não fecho
Trio mineiro: Alckmin, Aécio e Itamar em campanha, ontem.
porta para nenhuma alternativa às reformas", destacou. "O que é fundamental é que elas ocorram", disse. A expectativa, explicou Aécio, é a de que o próprio Congresso seja o fórum adequado não apenas para a implementação da reforma política, como também para a conclusão da reforma previdenciária que, segundo ele, somente não avançou "por um recuo do PT". "Vamos examinar no futuro qual o mecanismo que dará mais efetividade e agilidade às
votações", afirmou. O governador fez esses comentários ontem, ao chegar a um hotel na zona sul da capital mineira, acompanhado do candidato do PSDB à presidência Geraldo Alckmin. O tucano, por sua vez, enfatizou que a convocação de uma Constituinte é resultado de um grande mudança política do País, a exemplo das demais assembléias convocadas após a independência do Brasil, da proclamação da República, depois do Estado Novo ou do
fim do governo militar. "Não vejo razão para, neste momento, o País realizar uma outra assembléia", ponderou, em contraste com a opinião de Aécio Neves. "Muitas coisas não dependem de lei, (para isso) é só mudar a Constituição. É governo, seriedade, honestidade e boa gestão da coisa pública", defendeu, como justificativa. Aécio Neves, Geraldo Alckmin e o ex-presidente Itamar Franco participaram juntos, ontem, do seminário "Renovar Idéias: o desafio de uma saúde de qualidade", promovido pelo Instituto Teotônio Vilela, em parceria com a executiva nacional do partido. Em cumprimento à agenda de campanha, após o encontro os dois candidatos seguiram para Poços de Caldas, no sul do Estado. Este foi o primeiro compromisso que o ex-presidente Itamar participou ao lado do candidato tucano, após ter anunciado apoio à sua candidatura. Ele afirmou que deverá acompanhá-lo amanhã, durante uma viagem que fará ao Recife (PE). (AE)
ANALISTAS CONSIDERAM DEPUTADOS NÃO GOSTAM A PROPOSTA LEGÍTIMA DA IDÉIA. NEM UM POUCO.
A
pesar da polêmica em torno da proposta defendida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de convocar uma Assembléia Constituinte para a reforma política, os cientistas políticos Marco Antônio Carvalho Teixeira e Fernando Abrucio, da Pontifícia Universidade Católica (PUC) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo, afirmam acreditar que a iniciativa é legítima e pode ser muito positiva para o País. Para Teixeira, o debate é oportuno, sobretudo num momento em que o Brasil vive uma onda sucessiva de escândalos. "Seria também uma resposta eficiente da classe política à sociedade, que espera uma boa reforma eficiente neste sentido." Para Abrucio, a iniciativa de Lula pode pressionar a classe política a dar prioridade às demandas da sociedade. "Acho que essa discussão pode ter um impacto para pressionar parlamentares para tratar de temas importantes", disse. "A sociedade quer mudanças, mas a
classe política sentou em cima", acrescentou. Abrucio ressalta, no entanto, que o ideal seria que este debate surgisse apenas após as eleições. "Eu não sou contra a criação de uma constituinte, mas acho que este não é o momento ideal." Teixeira acredita que o momento ideal para iniciar os trabalhos de uma eventual constituinte seria na próxima legislatura. "Hoje, o que está em jogo são os interesses eleitorais e de poder e não os interesses do País". A respeito dos que criticam a idéia sob o argumento de que a convocação de uma assembléia poderia abrir precedente e pôr em risco a legitimidade das regras constitucionais, ele destaca que esses críticos falam mais como candidatos. "Independentemente de se for por meio de convocação de Constituinte ou se for pela discussão e apresentação de emenda pelo Congresso que tomará posse no início do próximo ano, o que há de se considerar tema não pode mais ser adiado", ressaltou. (AE)
P
arlamentares reagiram negativamente à proposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de convocar uma Assembléia Constituinte para votar exclusivamente a reforma política. Aliado de Lula, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), foi um dos primeiros a contestar a idéia e, sem se referir ao presidente, ele condenou as críticas de que esse Congresso, em meio a denúncias de sanguessugas e de mensaleiros, não teria legitimidade para fazer a reforma. A miniconstituinte tiraria poderes dos parlamentares que serão eleitos em outubro e assumirão os seus mandatos no próximo ano. "Embora a expectativa da reforma política seja um clamor nacional, e o presidente Lula partilhe desta preocupação, para esta finalidade não precisamos de Assembléia Constituinte. Nós já temos instrumentos para enfrentar a necessidade de reforma política", afirmou Rebelo. Ele citou dois projetos que já foram aprovados pelas comissões especiais e
estão prontos para serem votados no plenário: a emenda constitucional da reforma política e a emenda que prevê a convocação de um congresso revisor, na qual o próprio Congresso assumiria essa função. "Tem gente que acha que esse Congresso deve parar, mas eu não. A maioria não está envolvida em problemas e devemos continuar trabalhando", afirmou Rebelo. "O presidente não falou que esse Congresso não tem legitimidade, apenas apresentou uma proposta alternativa", completou. A proposta do presidente esbarra em uma questão básica: os parlamentares que estarão recém-eleitos em outubro não vão admitir abrir mão de fazer uma reforma política, permitindo uma nova eleição para a escolha de constituintes. "Isso não prospera", sentenciou o líder do PSB na Câmara Alexandre Cardoso (RJ), presidente da comissão que tratou da reforma política. "Não há espaço para uma Constituinte com um único tema, seja qual for". (AE)
presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender ontem que "o Brasil precisa de uma reforma política profunda". "É preciso que a gente dê respeitabilidade à política brasileira. Eu não sei se as pessoas que estão legislando em causa própria podem fazer a reforma que a sociedade precisa", afirmou Lula, em rápida entrevista coletiva durante visita às obras de construção das Plataformas P51 e P-52 da Petrobras, no Estaleiro Brasfels. Lula afirmou que a iniciativa da reforma política não precisa ser do Executivo, e poderia ser do próprio Congresso Nacional ou dos partidos políticos. "Já tenho muita coisa para fazer", disse. O presidente afirmou também que respeita o Congresso "porque cada cidadão que está lá foi eleito pelo povo brasileiro". O presidente ressaltou que "o mesmo povo que elege a gente é o mesmo povo que tem o direito de tirar". Lula destacou a importância de se ter estruturas partidárias fortes e desejou que o Brasil "possa também na política ser um exemplo para o mundo". Lula disse que está visitando o estaleiro na condição de alguém que viu nascer ess a s p l a t a f o rmas. Ele evitou, dessa for- Não sei se ma, responder quem s e e s t a v a f a- legisla em zendo a visita na condição de causa presidente da própria República ou faria a de candidato à reforma reeleição. O necessária presidente disse que este- Lula, ontem. ve no estaleiro em dezembro de 2003 e viu trabalhadores chorando. "Vim aqui com este estaleiro praticamente falido. Agora, a indústria naval está se recuperando e hoje vejo muitos trabalhadores felizes. Panfletagem – Neste fim de semana, quando for à São Paulo para cumprir agenda de campanha, a sua visita será reforçada por uma panfletagem nacional promovida por movimentos sociais que o apóiam. A manifestação, proposta pelo coordenador de mobilização da campanha de Lula, João Felício, ocorrerá no mesmo dia em que Lula janta com empresários no Jockey Club. Além disso, precederá uma caminhada marcada para amanhã, em que ele visitará o bairro de São Mateus, zona leste da capital paulista. A primeira distribuição nacional de panfletos organizada pela mobilização da campanha de Lula ocorreu no dia 21 e contou com a participação de representantes de diversas entidades, entre eles da União Nacional dos Estudantes (UNE), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Central de Movimentos Populares (CMP). Na primeira edição, houve a distribuição de 1 milhão de cartas em apoio à reeleição do presidente nas 150 maiores cidades do País. Também dessa vez, a panfletagem deverá abranger as principais capitais brasileiras. A panfletagem organizadafaz parte da estratégia da coordenação de campanha para resgatar o papel dos movimentos sociais na história do presidente. (AE)
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de agosto de 2006
Nacional Finanças Empresas Imóveis
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5
CONSUMIDOR COMPRA MAIS, MAS GASTA MENOS
Sebrae-SP aponta queda de 2,8% no faturamento das micros e pequenas empresas no primeiro semestre.
CONSUMIDOR PREFERIU PRODUTOS MAIS BARATOS, DERRUBANDO EM 2,74% O GANHO NO PRIMEIRO SEMESTRE
SUPERMERCADOS FATURAM MENOS
O
setor de supermercados sofreu mais um resultado negativo em junho deste ano. Em valores reais, as vendas registraram queda de 1,86% frente ao mês anterior. Em termos nominais, sem se levar em conta a inflação, o recuo alcançou o índice de 2,07%. No semestre, houve retração real de 2,74% no faturamento. De acordo com os números divulgados ontem pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), na comparação com junho de 2005, houve queda real de 2,28% nas vendas. Segundo João Carlos de Oliveira, presidente da entidade, a redução nos preços dos produtos, a perda do poder aquisitivo do consumidor, que o obriga a optar por marcas mais baratas, e a concorrência acirrada no setor uniram-se em junho para reforçar as quedas registradas nos últimos meses. Outro fator que contribuiu para o índice negativo foi o fato de junho ter um dia a menos no calendário em comparação com maio. "As vendas físicas (em volume) não foram ruins, mas o ganho financeiro foi negativo. O que se observou é que houve a opção dos consumidores por marcas de preço menor, e esse quadro persistiu por todo o primeiro semestre", disse Oliveira. Preços – O AbrasMercado, índice que acompanha as variações de uma cesta de alimentos, teve retração de 2,15% em junho em comparação com maio. Seu preço foi de R$ 189,90, considerado o menor registrado desde outubro de 2005, mês
Fotos: Milton Mansilha/LUZ
que deu início às reduções que perduram até o momento. A cesta é composta de 35 mercadorias de largo consumo. Os produtos que apresentaram as maiores reduções de preços no acumulado do primeiro semestre foram tomate (-44%), batata (-33%), frango congelado (-21%), pernil (-13%), carne dianteiro e leite em pó integral (-11%), carne de traseiro e queijo prato (-8%) e óleo de soja (-6%). Expectativas – Diante desse quadro, a Abras revisou a expectativa de crescimento das vendas reais em 2006 de uma projeção entre 2% e 3% no início do ano, para 1,5%. "Estamos reavaliando a previsão inicial em razão do resultado negativo apresentado até agora, que será difícil de recuperar", afirmou Oliveira. Entretanto, ele acredita que as vendas deverão crescer no último trimestre, com a expec-
tativa da liberação do 13º salário e com a proximidade das festas de final de ano. Outro fator que poderá estimular o setor é a abertura de novas lojas. Além disso, em agosto e setembro, devem favorecer o mercado as medidas para aumentar o crédito. Também poderá reforçar esse quadro, disse o presidente da Abras, o reajuste do salário mínimo, que ocorreu em abril. Ele raciocina que a parcela da população mais beneficiada por esse aumento deverá começar a consumir mais agora, já que esse dinheiro foi usado para quitar dívidas no período imediatamente posterior ao reajuste. "Não esperamos mudanças significativas em função das eleições porque os candidatos já são conhecidos e todos trabalham com a expectativa de que Lula e Alckmin deverão polarizar as preferências", afirmou. Paula Cunha
Cesta básica mais barata em julho
A
cesta básica ficou mais barata em julho, em relação a junho, em 14 das 16 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). De acordo com o levantamento, divulgado ontem, as retrações mais significativas ocorreram em João Pessoa (-6,84%), Recife (-6,27%) e Salvador (-4,13%). Em julho, apenas em Porto Alegre (1,60%) e Florianópolis (0,81%) houve aumento no custo da cesta. Em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro, os valores caíram 1,05%, 0,76% e 3,27%, respectivamente. No acumulado dos primeiros sete meses do ano, somente duas cidades – Fortaleza (1,35%) e Natal (0,97%) – apresentaram elevação no valor da cesta. As quedas mais expressivas foram em Belo Horizonte (-11,38%), Curitiba (-10 77%), Porto Alegre (-10,60%) e Rio de Janeiro (-10,34%). Em São Pau-
lo houve recuo de 7,05%. Nos últimos 12 meses encerrados em julho, também em apenas duas localidades houve aumento de preço: Belém (2,13%) e Salvador (0,63%). Em contrapartida, João Pessoa (-6,79%) Goiânia (-6,06%) apresentaram as baixas de maior destaque, enquanto São Paulo teve queda de 4,33%. Feijão e tomate – De acordo com a pesquisa, os produtos com variação mensal negativa mantiveram a tendência de junho e determinaram, em julho, o impacto de queda no custo da cesta. Segundo o Dieese, os preços do feijão e do tomate caíram em todas as capitais. A redução no valor do feijão foi mais sentida em Florianópolis (-13,99%), Belo Horizonte (-13,09%), Belém (-12 76%) e João Pessoa (-12,28%), enquanto cidades como Fortaleza (-0,44%) e Vitória (-1,02%) tiveram recuos menores. Para o Dieese, a boa safra do produto
permitiu a reposição de estoques e queda de preços. A grande oferta também permitiu a redução no valor do tomate. Em Recife (-40,54%), Fortaleza (-40,44%), Salvador (-25,29%) e em Porto Alegre (-24,26%) ocorreram as maiores quedas, enquanto as menores foram em Florianópolis (-3,23%), Belém (-6,20%) e Belo Horizonte (-7,62%). Arroz – Entre as altas, o destaque do período foi o arroz, que subiu em 13 capitais, principalmente em Florianópolis (22,73%) e Porto Alegre (20,62%), o que puxou a elevação do custo da cesta nessas localidades. Segundo o Dieese, os efeitos da retirada dos impostos já se esgotaram, e com isso o preço do arroz vem aumentando, em especial devido ao encarecimento de adubos químicos decorrente da alta do petróleo. O preço da banana subiu em 12 capitais e o do óleo de soja, em 11 localidades. (AE)
Preços sobem no 2º semestre
O
s preços de produtos industrializados deverão pressionar a inflação na capital paulista neste semestre, na avaliação do coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPCFipe), Paulo Picchetti. "A elevação desses preços deverá ser a novidade da dinâmica do IPC no segundo semestre que, geralmente, é mais forte do que o primeiro", comentou. O coordenador chegou à essa conclusão após leitura da sondagem trimestral que a Fundação Getúlio Vargas (FGV) fez com empresários, que mostrou maior intenção
de aumento de preços no segundo trimestre. Ele então comparou os resultados dessas sondagens desde 2002 com o índice de produtos industrializados do IPCFipe. "Os empresários realmente fazem aquilo que falam que vão fazer", constatou, fazendo-o prever o aumento dos preços nos próximos meses. O reforço da análise de Picchetti é que, somada a esta intenção, há perspectiva de aumento de custos (principalmente commodities) e de elevação da demanda interna e externa. "Como a sondagem da FGV é qualitativa, e não quantitativa, é difícil
mensurar de quanto será esse aumento", considerou. Ele lembrou ainda que a alta do Índice de Preços no Atacado (IPA), que compõe os Índices Gerais de Preços (IGPs), no final da primeira metade do ano ainda não chegou aos IPCs. De acordo com Pichetti, a tendência agora é de que o índice de industrializados da Fipe não demorará a mostrar reversão de preços. Expectativa – Apesar desse cenário menos benigno para a inflação na segunda metade do ano, Picchetti não acredita que a alta dos preços dos industrializados comprometa o desempenho geral favorável. (AE)
João Franco, da KS 1000 Confecções: parceria com fornecedores para reduzir preços e conseguir concorrer
Micros e pequenas empresas também têm semestre ruim
O
ano que prometia ser das micros e pequenas empresas, pelo bom desempenho que o setor teve em 2005, fechou o primeiro semestre com números negativos. De janeiro a junho, as micros e pequenas paulistas acumularam queda de 2,8% no faturamento na comparação com o mesmo período do ano passado, o que significou perda de R$ 3,3 bilhões. Apesar dos resultados negativos terem sido registrados mês após mês, junho foi o principal responsável pela queda acentuada no faturamento. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, em junho deste ano as empresas do setor apresentaram queda de R$ 1,4 bilhão, ou seja, aproximadamente 40% do prejuízo acumulado no primeiro semestre. Os números fazem parte do levantamento feito pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP). De acordo com José Luiz Ricca, diretor-superintendente do Sebrae-SP, o desempenho negativo incomum registrado em junho – o pior desde que o levantamento começou, em 1998 – foi puxado pelos micros e pequenos comerciantes, que sofreram com o efeito Copa. Os três jogos da seleção, que ocorreram durante horários em que normalmente ocorrem picos de vendas no varejo, somados ao feriado de Corpus Christi, reduziram os dias úteis de junho. Como consequência, a pesquisa aponta que, na comparação com junho passado, a queda no faturamento no segmento do comércio foi de 8,2%. Em relação a maio de 2006, junho mostrou queda de 12,5%. Semestre – "O consumo no semestre foi bastante direcionado para eletroeletrônicos, televisores, celulares e outros bens do gênero que não são produzidos, nem normalmente vendidos, pelas micros e pequenas empresas", disse Marco Aurélio Bedê, coordenador da pesquisa do Sebrae-SP. O setor de serviços acumulou maior queda de faturamento no semestre (-3,8%), seguido por comércio (-2,8%) e indústria (-1,5%). Com o endividamento da população, itens de segunda necessidade, como manicure, cabelereiro e outros serviços, são cortados naturalmente. Por outro lado, o prejuízo das indústrias foi menor porque elas se seguraram nos contratos prévios. Expectativa – O levantamento do Sebrae-SP traz indicadores de expectativas dos
Redução de 16 funcionários em janeiro, para apenas oito em junho
micros e pequenos empresários para os próximos meses. Em janeiro, esse índice registrava otimismo na melhora da economia para 36% dos entrevistados. Agora, marca 22%. A incerteza quanto ao futuro subiu de 14% em janeiro para 21% em junho. Com expectativas negativas, os empresários buscam alternativas para manter sua operação. É o caso de João Franco, proprietário da KS 1000 confecções, especializada na produção de jeans infantil. Ele tenta renegociar parcerias com fornecedores para baratear seu produto. "Para conseguir vender, a concorrência baixa o preço em patamares perigosos. Muitos acabam quebrando por causa disso. Agora, estou ajustando tudo para me enquadrar nessa realidade de preço", disse Franco, que ainda sofre com a concorrência chinesa. Mas, até engrenar novamente, Franco passou por um semestre complicado, dos 16 funcionários que tinha no início do ano, mantém apenas oito atualmente. Ele tem proposto fazer banco de horas, dispensando funcionários em esquema de rodízio. Salário – A KS 1000 só comprova outro dado do SebraeSP: as empresas começaram a demitir. Mas a dimensão dessas demissões só aparecerá na divulgação da pesquisa de emprego nos próximos meses. Apesar das demissões, houve aumento, no semestre, de
2,9% na folha de pagamento. O aumento dessas despesas é consequência, segundo o Sebrae-SP, "pela melhora de rendimento médio das pessoas empregadas, que acompanha a tendência já verificada no mercado de trabalho". Universo – A pesquisa do Sebrae-SP ouviu 2,7 mil empresários de um universo de 1,3 milhão de micros e pequenos existentes no Estado de São Paulo. Como São Paulo congrega cerca de 1/3 das micros e pequenas do País, segundo o Sebrae, os resultados obtidos espelham o desempenho nacional do setor. Renato Carbonari Ibelli
8
Congresso Planalto Eleições CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de agosto de 2006
JOVENS E IDOSOS DISPUTAM AS MESMAS VAGAS
Maluf não atende as condições de elegibilidade. Mario Luiz Bonsaglia procurador regional eleitoral
MALUF E JOÃO PAULO CAEM NA MALHA FINA DO TRE Os dois candidatos a deputado federal podem ter candidaturas impugnadas
O ELEIÇÃO: CENTENÁRIOS X JOVENS Reginaldo Pereira/Folha Imagem
O
candidato mais velho nas próximas eleições de outubro terá 102 anos em dezembro. José de Souza Pinto, viúvo, militar reformado, quer ser eleito deputado federal na Bahia pelo PAN (Partido dos Aposentados da Nação). Vet e r a no s – Atrás dele vem Deodata Pereira Borges, que também vai concorrer a uma vaga na Câmara pela Bahia, aos 101 anos, completados na última terçafeira. Comerciante, ela concorre pelo PSDC (Partido Social Democrata Cristão). Os dados foram divulgados ontem pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e contemplam todos os candidatos registrados na base de dados do Tribunal até o dia 2 de agosto, incluindo candidatos aos cargos de suplente e vice. O número total só estará consolidado após 23 de agosto, quando todos os pedidos de registro de candidatura devem estar julgados pela Justiça Eleitoral. Nonagenários – O terceiro candidato mais velho é João Nunes de Castro, com 94 anos, que quer representar a Paraíba na Assembléia Legislativa pelo PAN; em seguida vem Ma-
noel Antônio Antunes, com 92 anos, que disputa uma vaga de deputado estadual em São Paulo pelo PRP (Partido Republicano Progressista). A lista de mais velhos também contempla nomes conhecidos da política nacional, como Epitácio Cafeteira, ex-governador do Maranhão, que aos 82 anos, disputa uma vaga no Senado pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). J uv e ni s – Na outra ponta, vêm os candidatos mais jovens. Cinco deles têm 18 anos; outros seis, 19 anos. Dos 19 candidatos com 20 anos, três podem ter a candidatura impugnada pelos TREs
porque não completarão 21 anos até a data da posse, marcada – no caso dos membros do Legislativo – para 1º de fevereiro de 2007. Elegíveis? – A Constituição Federal estabelece como condição de elegibilidade que candidatos a presidente e vicepresidente tenham, no mínimo, 35 anos; candidatos a governador e vice-governador dos estados e do Distrito Federal devem ter, no mínimo, 30 anos. Candidatos a deputado federal, estadual e distrital devem ter 21 anos. Quem é quem? – São onze candidatos, com 21 anos, concorrendo a deputado estadual: Idjawala Maricciri Garcia Moura (PTB-GO); Antonio F. Oliveira da Silva (PFL-MA); Janilson Herbert dos Santos Silva (PSDB-MA); Ana Paula de Souza Geremias (PRP-MG); Luiza Corumbá Mello (PMDB-PA); Rafael Trombini Sanguini (PSB-SP); Leandro Renato Monerato (PCO-SP); Cristiane de Sá Lemos (PMNPI); Diogo de Almeida Espindola (PSL-PE); Marco Antônio Barreto Júnior (PMN-PE) e Carlos Henrique Queiroz Costa (PSL-PE). (AG)
REBOQUE
MESÁRIOS
A candidata baiana de 101 anos
A Ó RBITA
DE VOLTA
O
deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), de 56 anos, recebeu ontem alta do Hospital das Clínicas de São Paulo. Ele estava internado desde 23 de junho para se recuperar de trauma decorrente de um acidente de carro. (AE)
Central Única dos Trabalhadores (CUT) atrelará a campanha salarial das categorias com data-base no segundo semestre a atos de apoio à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A informação foi divulgada pelo presidente da CUT, Artur Henrique da Silva, durante entrevista concedida ontem na capital paulista, na qual a central apresentou os itens que compõem a Campanha Unificada dos Trabalhadores. (AE)
A
proximadamente 335 mil mesários foram convocados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo para trabalhar em todo Estado nas eleições de 1º outubro. Quem for convocado tem cinco dias para contestar o convite. Os cartórios realizarão a partir de setembro o treinamento dos convocados. O TRE manterá neste ano a inscrição de mesários voluntários. Mais informações na página www.tre-sp.gov.br (AE)
Leonardo Rodrigues/Digna Imagem 13/06/2005
Ministério Público Federal, por meio da Procuradoria Regional Eleitoral, solicitou a impugnação das candidaturas do ex-governador de São Paulo, Paulo Maluf (PP), e de João Paulo Cunha (PT) a deputado federal. De acordo com o procurador regional eleitoral Mario Luiz Bonsaglia há pelo menos cinco irregularidades na candidatura de Paulo Maluf e uma na de João Paulo. Ambos poderão recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para manter válidas suas candidaturas. Em débito – Segundo o procurador Bonsaglia, Paulo Maluf não demonstrou atender todas as condições de elegibilidade. O candidato do Partido Progressista não apresentou comprovantes de quitação de dívidas relativas a multas eleitorais em pleitos passados, de acordo com o procurador. Embora Maluf declare que parcelou seus débitos, não consta comprovante de quitação na documentação encaminhada por ele à Justiça Eleitoral.
Luiz Prado/LUZ 18/11/2005
João Paulo deve multas à Justiça
Maluf: bens em nome de outro.
Também a certidão criminal expedida pela Justiça estadual só se destinada a finalidades civis e não eleitorais. E a escola? – De acordo com a Procuradoria, faltam documentos de escolaridade do candidato e a declaração de bens entregue não está no nome de Maluf, mas de um representante legal. Portanto, não tem a assinatura do candidato como determina a legislação. Ainda, con-
forme o procurador, a declaração de bens enviada ao TRE não está atualizada. Também deve – Em relação a João Paulo Cunha, o procurador destaca que ele também não está em dia com a Justiça eleitoral em relação ao pagamento de multas. João Paulo teria parcelado os débitos em 12 vezes, mas não apresentou qualquer documento comprobatório de que houve a quitação da dívida. (AOG)
A distribuição da renda na política nacional. Um flash entre maleiros e mensaleiros na ótica do chargista Claudio Francisco. Extraído do catálogo do 32º Salão Internacional de humor de Piracicaba.
4
Nnononoon Nononono Eleição Estadual Nononono
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de agosto de 2006
Se eu for convocado, vou. Mas acho que a foto não significa nada. José Serra
A DISPUTA GANHA O RUMO DO INTERIOR
CANDIDATO TUCANO NÃO VÊ PROBLEMA EM FALAR À CPMI
SERRA DIZ QUE DEPÕE
Tiago Brandão/Folha Imagem
ALVOS DO PSDB
O
comando de campanha da coligação PSDB-PFL descobriu o óbvio: que Geraldo Alckmin precisa conquistar votos em três importantes reservas eleitorais: Nordeste, Rio e Minas. São três áreas em que o candidato Lula vem obtendo vantagem nas pesquisas, há mais de um ano. Os tucanos acham que o Nordeste, com 33 milhões de votos, pode começar a ser conquistado hoje, com o lançamento do programa para a região a ser feito por Alckmin, em Recife. O candidato tucano vai prometer recuperar a região através do programa O Novo Nordeste, que será apresentado às principais lideranças locais. Nos próximos 15 dias, Alckmin vai se dirigir especialmente ao eleitor nordestino.
O
candidato a governador de São Paulo pelo PSDB, José Serra, disse ontem, em Franca, na região de Ribeirão Preto, 400 quilômetros ao norte da cidade de São Paulo, que irá depor na CPI dos Sanguessugas, que investiga a máfia das vendas superfaturadas de ambulâncias, caso seja convocado. Várias fotos de Serra, de maio de 2001 – com três deputados federais de Mato Grosso investigados pela CPI – durante entrega de ambulâncias, estão circulando no Congresso. "Se eu for convocado, vou. Mas acho que a foto não significa nada", disse Serra. Segundo o tucano, como ministro da Saúde, cargo que ocupou entre março de 1998 e fevereiro de 2002, deve ter ido ao Mato Grosso cinco ou seis vezes. "E a cada estado brasileiro também, devo ter tirado 3 mil, 4 mil fotos com todas as pessoas que me reuni em solenidades", emendou. Ao lado de Serra, na solenidade de entrega de ambulâncias em 2001, estão os deputados federais Lino Rossi (PL-MT), Pedro Henry (PP-MT) e Ricarte de Freitas (PTB-MT). "Isso não significa absolutamente nada do ponto de vista das coisas que estão acontecendo." Serra afirmou também que não terá problemas se for convocado: "Claro, por quê não? Não tenho nada a esconder, não tenho nada a ver com essa história."
Serra esteve em Franca visitando a Feira Nacional de Couros, Máquinas e Componentes para Calçados (Fenafic). No local deste evento, fez um rápido discurso para 18 prefeitos da região de vários partidos (inclusive do PT), e depois foi ao centro, onde tomou dois cafés antes de retornar para São Paulo. O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, disse que as fotos em que Serra aparece ao lado dos três deputados investigados não comprovam "absolutamente nada". "Não tem o menor sentido", disse. "Distribuir ambulância não é crime. O que é crime é sobrepreço", concluiu. (AE)
Joel Silva/Folha Imagem
José Patrício/AE
Fome de voto: em sua caminhada por Pirassununga e região, Aloizio Mercacante enfrentou com apetite um churrasquinho com farofa que o seduzia em um camelódromo de São Carlos. Depois, almoçou.
QUÉRCIA SUGERE REFORÇO ESCOLAR
O
candidato ao governo do Estado pelo PMDB, Orestes Quércia, disse ontem, em campanha pelo interior, que não pretende acabar com a progressão continuada na educação, e sim melhorá-la por meio de aulas de reforço escolar para o ensino fundamental. Segundo Quércia, é possível dar excelência à educação sem ter de acabar com a progressão continuada. "Vamos complementar o ensino fundamental com aulas extras para estudantes e fazer avaliações a cada dois meses", sugeriu, em Andradina, no Noroeste do Estado. O candidato disse que, se eleito, seu governo deverá aumentar o repasse para a educação de modo a favorecer os municípios que aplicam bem os recursos nessa área – e Andradina seria um bom exemplo a ser seguido. (AE)
PSDC: 27 ESTADOS
O
No couro: em sua passagem por Franca, Serra visitou a Fenafic e, depois de percorrer o pavilhão e conhecer os produtos e equipamentos, discursou para uma platéia formada por 18 prefeitos da região. Depois, foi ao centro da cidade e tomou dois cafés.
MERCADANTE SE INSPIRA
O
PSDC é o único partido com candidatos a governador em todos os Estados, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Das 29 legendas registradas no TSE, todos têm candidatos disputando cargos nas próximas eleições. O PMDB é a sigla com maior número de concorrentes: 1.334. O PDT vem em segundo, com quatro aspirantes a menos: 1.330. O
Eymar Mascaro
PT fica em terceiro lugar, com 1.207 candidatos. Já a agremiação com a menor participação é o PRB, com 103 candidatos. O nanico PSTU concorre com 127 candidatos; o PCdoB, com 367, e o PRTB, com 443. Esses dados contemplam os 19.619 candidatos inscritos, número que exclui os aspirantes a vice e suplente, cadastrados na base de dados do Tribunal Superior Eleitoral até anteontem. (AE)
candidato do PT ao governo do Estado, senador Aloizio Mercadante, pretende copiar o modelo educacional da cidade de Porto Ferreira e usá-lo como exemplo em todo Estado, caso seja eleito. Segundo ele, o prefeito Maurício Rasi (PT) e a comunidade conseguiram superar com o investimento em educação a "tragédia" vivida no escândalo dos vereadores envolvidos em corrupção de adolescentes e pedofilia há cerca de três anos. Rasi, que na época era o delegado e investigou o caso dos vereadores, foi eleito prefeito em 2004 e acabou com a progressão continuada nas escolas municipais. Ele também criou um centro de apoio para atender adolescentes expostos a situações de risco e um centro esportivo para as crianças carentes. Para Mercadante, a educação floresceu na cidade como investimento. "Sem a progressão continuada, as crianças são avaliadas e têm estímulo para estudar", disse o candidato. Mercadante citou também o exemplo do NAI (Núcleo de Atendimento Integrado) gerenciado pela Igreja em parceria com a comunidade em São Carlos, como um modelo para substituir a atual Febem. O núcleo atende jovens que cumprem pena e outros em situação de risco. Churrasquinho - Em São Carlos, no início da tarde, Mercadante fez uma caminhada no comércio do centro, comeu um espetinho de carne com farinha em uma banca de camelódromo e um pastel de queijo com a ajuda de garfo e faca. E o apetite petista foi saciado com um almoço no restaurante por quilo. (AE)
COMO SERÁ
TRANQÜILIDADE
Alckmin não pretende detalhar seu projeto para o Nordeste, especificando obras para cada estado. Será um programa global para a região, cujos detalhes virão se o tucano for eleito. O candidato se compromete a reerguer a região no aspecto socioeconômico.
Em compensação, Alckmin está sustentando uma diferença acima de 10 pontos sobre Lula, em São Paulo, principal colégio eleitoral do País com 26 milhões de votos. Pelo Ibope, ele tem 11 pontos a mais e, pelo Datafolha, 14, que representam mais de 2 milhões de votos.
DIFICULDADE A última pesquisa Ibope indicou que Alckmin está com 13% de intenção de voto no Nordeste, contra 66% do petista. Trata-se de uma diferença acima de 50 pontos. O PSDB admite que essa diferença será eliminada quando ele for para a televisão.
EXEMPLO Uma das áreas mais problemáticas para Alckmin é a Bahia, com 9 milhões de eleitores. Apesar do apoio que recebe do senador Antonio Carlos Magalhães, o candidato está perdendo para Lula no eleitorado baiano.
TRAIÇÕES O comando de campanha detectou que em três estados nordestinos existem tucanos trabalhando pela candidatura de Lula: no Ceará (5,3 milhões de votos), na Paraíba (2,6 milhões) e em Sergipe (1,3 milhão).
AVANÇO Outro reduto em que Alckmin continua em desvantagem é o Rio (11 milhões de eleitores). Além de perder para o petista, o tucano está sendo superado em algumas áreas no estado pela senadora Heloísa Helena (PSol). A senadora tem o apoio no Rio do ex-governador Anthony Garotinho (PMDB).
APOSTA Apesar da desvantagem do seu candidato, o prefeito César Maia ainda espera a recuperação de Alckmin quando a campanha de televisão começar, no dia 15. O tucano também é apoiado no Rio pelas candidaturas a governador de Eduardo Paes (PSDB) e Denise Frossard (PPS).
ARRANCADA Candidato à reeleição ao governo de Minas (13 milhões de votos), Aécio Neves promete uma arrancada de Alckmin no estado também quando for iniciada a campanha na tevê. Em Minas, o tucano conta também com o apoio do ex-presidente Itamar Franco.
CAMPANHA O fim de semana será dedicado por Lula a São Paulo e Minas. O presidente participa hoje de um jantar na capital paulista para arrecadar fundos de campanha. Amanhã o presidente vai a Belo Horizonte e a Governador Valadares, em Minas.
PESQUISAS O PT vai acompanhar diariamente a evolução da campanha de seu candidato a presidente através de dois institutos de pesquisas, o Vox Populi e o Criterium. O partido receberá pesquisas de todas as regiões do País e fará pesquisas domiciliares.
MALDADE O PT estaria sentindo a falta do ex-tesoureiro Delúbio Soares. Existe escassez de recursos para tocar a campanha de Lula. No tempo de Delúbio, o dinheiro jorrava nos cofres do partido, dizem os tucanos. A campanha de Lula está orçada em R$ 89 milhões.
ARRECADAÇÃO No jantar de hoje, o PT espera arrecadar perto de R$ 2 milhões, pois o partido acha que pode vender cerca de mil convites ao preço de R$ 2 mil. O que for arrecadado será dividido entre as campanhas de Lula e Aloizio Mercadante.
REAÇÃO Candidato a vicegovernador na chapa do PSDB, o deputado Alberto Goldman rebate a idéia do PT de convocar José Serra para depor na CPI dos Sanguessugas. Segundo o líder petista Henrique Fontana, os sanguessugas atuaram também no governo de FHC, quando Serra era ministro da Saúde.
6
Nacional Empresas Finanças Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de agosto de 2006
41
A CEF É A CAMPEÃ EM NÚMERO DE TARIFAS
tipos de tarifas são cobradas, em média, no sistema financeiro nacional
ESTUDO APONTA QUE, DE CADA 10 TARIFAS BANCÁRIAS, 9 TIVERAM AUMENTO ACIMA DA INFLAÇÃO
BANCOS: MAIS TARIFAS, MAIS LUCROS
D
Evandro Monteiro/Digna Imagem
Entre as instituições que elevaram o maior número de tarifas estão Bradesco, Nossa Caixa e HSBC
MP cambial deve ser publicada hoje
A
medida provisória que trará mudanças na legislação cambial apertará a fiscalização das operações das empresas no exterior. O artigo sétimo da MP, que deve ser publicada hoje no Diário Oficial da União, prevê que as empresas que optarem por deixar no exterior 30% dos dólares obtidos com as exportações autorizarão a Receita Federal a obter todas as informações sobre a movimentação dos recursos nas instituições financeiras onde foram abertas as contas no exterior. "A idéia não é afrouxar o controle, mas baratear as exportações", disse o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Júlio Sérgio Gomes de Almeida. A MP passará do Banco Central (BC) para a Receita Federal o poder de fiscalizar as operações das empresas no exterior. Segundo Gomes de Almeida, esse arrocho na fiscalização é que permitirá ao BC simplificar os contratos de câmbio. Será permitido aos exportadores realizar, simultaneamente, operações de venda e compra de dólares, o que hoje não é possível. Essa permissão será para os casos em que o exportador tiver de quitar compromissos externos cujo volume supere os 30% do valor das exportações que poderão permanecer fora do País. A opera-
Paulo Liebert/AE - 01/07/2005
Gomes de Almeida: relevância
ção, no entanto, continuará sendo tributada pela Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Fim dos riscos – A manutenção dos recursos no exterior já é permitida hoje por meio da remessa internacional de reais, mas a nova medida elimina os riscos da variação da taxa de câmbio entre o momento da venda e o da compra dos dólares, já que as duas operações acontecerão simultaneamente, com a mesma taxa de câmbio. O secretário disse que o efeito dessa medida está sendo minimizado pelos analistas. "Hoje, só as grandes fazem essa operação. Vamos popularizar isso, e os contratos de câmbio vão beneficiar, em muito, as
pequenas e médias empresas", argumentou. "Vai ser uma medida muito relevante." Gomes de Almeida acredita que essa simplificação vai reduzir em 3% o custo das operações para as pequenas e médias e em 2% para as grandes empresas. De acordo com ele, o benefício é menor para as grandes porque hoje elas já se beneficiam do seu tamanho para negociar com os bancos taxas de câmbio mais favoráveis. O secretário avalia que o efeito da medida vai depender da quantidade de adesões e da velocidade com que as empresas passarão a utilizá-la. Desvalorização – O governo também vai permitir o registro no BC de capitais estrangeiros já contabilizados no balanço das empresas até 2004. Como várias companhias não registraram parte do capital estrangeiro que entrou no País como investimento, o governo abre a oportunidade de se regularizar essa situação. A medida pode ter impacto de desvalorização no real, à medida que, depois de regularizar essa situação, as empresas poderão enviar recursos para fora do Brasil a título de remessas de lucros e dividendos. Outro ponto é a liberalização para o pagamento em real das despesas realizadas nos free shops, onde as mercadorias são isentas de impostos. (AE)
Economia dos EUA reduz marcha atividade do setor de serviços dos Estados Unidos em julho e os novos pedidos nas fábricas em junho foram surpreendentemente fracos, mostraram dois relatórios de ontem, sinalizando que o crescimento econômico está desacelerando no país. Os formuladores de política do Federal Reserve devem ter avaliado esses relatórios e os números do emprego em julho, que saem hoje, durante a reunião da última terça-feira, para decidir se haverá reajuste das taxas de juros. "Os dados foram um pouco mais fracos que o esperado. Isso provavelmente não vai amenizar a noção de que as coisas estão perto de desacelerar.
A
Nós temos custos de energia mais altos, temos o custo da moradia ficando um pouco complicado, e o consumidor provavelmente está se sentindo mais afetado", disse Steve Goldman, estrategista de mercado do Weeden & Co. em Greenwich, Connecticut. Oíndice do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, da sigla em inglês) caiu para 54,8 pontos em julho em relação aos 57 de junho. A previsão dos economistas era de uma leitura inalterada, de 57. Essa foi a leitura mais baixa do ISM para o setor de serviços desde setembro de 2005, imediatamente na seqüência do furacão Katrina. Um número acima de 50 indica expansão no setor, que é
responsável por cerca de 80% da e economia dos EUA. O índice do ISM de preços do setor de serviço avançou para 74,8 em julho, na comparação com 73,9 em junho. Já o componente de empregos saltou para 54,5 em relação aos 52 anteriores. Os novos pedidos tiveram queda de 56,6 para 55,6. "A inflação tem tendência de alta na maioria ou em todos os setores da economia, e o Fed vai ter de se dar conta disso", disse Tim Mazanec, estrategista-sênior de câmbio do Investors Bank & Trust, em Boston. O Fed elevou a taxa básica 17 vezes consecutivas desde junho de 2004, em uma ten tativa de conter as pressões inflacionárias. (Reuters)
e cada 10 tarifas cobradas pelos bancos, nove tiveram aumento muito acima da inflação nos últimos cinco anos. Segundo levantamento feito pelo economista Miguel José Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), na média do sistema financeiro, todas as 41 tarifas verificadas tiveram alta entre 2001 e 2006. A taxa que apresentou a maior elevação foi a de depósito em outra agência, cujo preço saltou 2.614%, de R$ 0,07 para R$ 1,90. Há casos extremos, no entanto, em que o aumento atingiu 49.000% (de R$ 0,30 para R$ 150), como é o caso da tarifa de substituição de garantia do Banco do Brasil. Nesse período, segundo o estudo, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 50,6%. "O resultado do trabalho explica, em parte, os lucros recordes dos bancos nos últimos anos", analisa Oliveira. Segundo ele, os ganhos com prestação de serviço já representam 14% do total de receitas do sistema financeiro ante 9% em 2002. "Enquanto as despesas com pessoal cresceram 48,59% entre 2000 e 2005, as receitas de prestação de serviços avançaram 122,04%", diz, explicando que o crescimento é decorrente da ampliação da base de clientes e da cobrança de serviços antes sem tarifas. O estudo, coordenado por Oliveira, considerou apenas as tarifas cobradas de pessoa física das 13 principais instituições financeiras do País: Bradesco, Itaú, Unibanco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Nossa Caixa, ABN Amro Real, Banco do Nordeste do Brasil, Santander Banespa, BankBoston, Citibank, HSBC e Safra. O material foi elaborado com dados do Banco Central entre os anos de 2001 e 2006. As tarifas mais pesadas para os consumidores são as relacionadas a crédito – modalidade cuja demanda tem registrado forte crescimento. No caso da quitação antecipada, a taxa é de R$ 479,35. Em 2001, esse
serviço não era cobrado pelos bancos, segundo o levantamento. O consumidor que quiser fazer a abertura de crédito pagará, na média do sistema, R$ 367,23. Há cinco anos, ele desembolsaria R$ 32,83 – o que representa um aumento de 1.018%. A tarifa de uma
2.164 por cento foi o aumento da tarifa de depósito em outra agência entre os anos de 2001 e 2006, segundo levantamento da Anefac. re n e g o c i a ç ã o d e d í v i d a é R$ 239,81– valor 1.072% superior ao que era cobrado pelos bancos em 2001, de R$ 20,45. Serviços do dia-a-dia do correntista também tiveram reajustes acima da inflação. O Doc D subiu de R$ 7,39 para R$ 12,17 (64,68%) e extratos em terminal eletrônico, de R$ 0,86 para R$ 1,99 (131,40%). O estudo mostra ainda que, além da alta dos preços, a quantidade de tarifas aumentou. Na média do sistema fi-
14 por cento do total de receitas do sistema financeiro vêm dos ganhos em prestação de serviços, ante 9% em 2002, aponta estudo. nanceiro, saiu de 39 para 41 tarifas cobradas. Individualmente, apenas o Banco do Brasil não aumentou o número de tarifas no período. A Nossa Caixa foi a instituição que mais criou taxas, um total de 14. Em
2001, o banco era, ao lado de Citibank e BankBoston, o que menos tarifas tinha. Nesses cinco anos, o número de serviços taxados na instituição saltou de 30 para 44. O campeão em número de tarifas é a Caixa Econômica Federal, que elevou de 41 para 46. Segundo a instituição, todas as tarifas bancárias são regulamentadas pelo BC – que determina informações prévia e mensal de todos os valores e tarifas vigentes dentro de um padrão previamente estabelecido. Além disso, afirma que tem um leque de financiamentos à pessoa física muito maior que as outras instituições financeiras, como penhor e habitação. Entre as instituições que elevaram o preço de um número maior de tarifas, a liderança ficou com o Bradesco. Segundo o levantamento, o banco reajustou 32 taxas. A Nossa Caixa aparece em segundo lugar, com 29 tarifas, e o HSBC, 28. Na avaliação do presidente da Austin Rating, Erivelto Rodrigues, as instituições financeiras descobriram nas tarifas um grande filão para ganhar dinheiro. "Assim, conseguiram substituir os ganhos antes obtidos com a inflação", afirmou o especialista. Na avaliação dele, a tendência é que o outros serviços, hoje gratuitos, passem a ser taxados. "Há espaço grande para que isso ocorra", afirma. Um exemplo são alguns serviços de internet, hoje não cobrados. Para a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), as tarifas bancárias são a justa contraposição para serviços prestados aos usuário do sistema financeiro. Em comunicado, a entidade afirmou que, assim como há taxas de uso de energia elétrica e transportes, também é apropriado que os consumidores paguem pela transferência de recursos, operação de agências e da tecnologia. A entidade apontou que as tarifas são definidas por meio de livre concorrência e os ajustes não têm que seguir qualquer periodicidade. "Os critérios para alteração de preço variam de acordo com uma série de custos que são peculiares a cada banco. (AE)
Papéis de estatais em alta om a manutenção da alta volatilidade do mercado de renda variável, analistas e corretoras classificam o mês de agosto como favorável às empresas com alto fluxo de caixa no último semestre. Seguindo essa tendência, as empresas do setor de energia, concessionárias ou distribuidoras, de telefonia fixa, cosméticos e saneamento prometem ser os destaques do mês na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Na avaliação da corretora Fator, o alto fluxo de caixa passa uma confiança maior ao investidor que possui papéis dessas empresas, já que um controle de gastos e ganhos bem planejado poderá resultar em bons dividendos ou negociações favoráveis na hora da venda dos papéis. No seu relatório, a Fator coloca as empresas de petróleo, energia elétrica e papel e celulose com uma classificação "acima do mercado", ou seja, um sinal verde para os interessados em adquirir ações destes grupos. A corretora ressalta, entretanto, que nada é 100% seguro no mercado de renda variável, já que todo o mercado é suscetível a eventualidades econômicas e políticas. Efeito eleições – O relatório
C
da Fator sugere um aumento na procura por papéis de empresas estatais após a elevação das intenções de voto para o candidato à Presidência da Republica Geraldo Alckmin (PSDB). Segundo os analistas da corretora, o mercado avalia as gestões tucanas como as que têm melhor preparo para administrar o caixa de companhias públicas. Já o governo petista é considerado pelos investidores mais "gastador", so-
bretudo, em ano de eleições. Outro ponto relacionado à gestão tucana é o "enxugamento" do Estado, tornando a máquina pública mais "leve", com a redução dos quadros e melhor controle sobre os gastos das empresas públicas. Esses fatores, segundo o relatório da Fator, são interpretados com um horizonte mais favorável aos investimentos das estatais, ampliando os ganhos dentro do mercado de renda variável. Moeda de troca – O economista e analista de mercado Marco Soares concorda com a avaliação da corretora. Para ele, o funcionalismo público é um dos alicerces dos governos petistas, independente da esfera de governo. Soares diz que o governo Luiz Inácio Lula da Silva utilizou os cargos públicos como "moeda" para agradar o funcionalismo, ampliando o número de servidores e inchando ainda mais a máquina pública. "O dinheiro que poderia entrar em um projeto de expansão ou redução de dívidas acaba no pagamento da folha salarial. O investidor espera uma gestão privada competente, mesmo tratando-se do setor público", avaliou o economista. Davi Franzon
Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO
2 -.LOGO
Mauricio Lima/AFP
Fui procurado para saber se estava disposto a voltar [à seleção]. Não era o único nome. Pedi três dias para consultar minha família, que preferiu ficar [em Portugal]. Não foi uma negativa, mas uma opção. Teria de viver sozinho no Rio de Janeiro e, depois de mais de 30 anos de casa, isso não faz muito sentido De Luiz Felipe Scolari, ao explicar por que não quis ser o novo técnico da seleção brasileira.
www.dcomercio.com.br/logo/
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de agosto de 2006
4
AGOSTO
Nascimento do músico norte-americano Louis Armstrong (1901-1971)
C UBA
As cores do humor Uma arte eletrônica baseada no humor de quem olha. Esta é a proposta de cientistas britânicos e norte-americanos da área de computação, que desenvolveram uma obra de arte que muda de acordo com os sentimentos dos espectadores. Um software especial absorve dicas faciais e adapta a cor e as pinceladas na imagem digital. O programa analisa a imagem de oito expressões faciais, como a posição e a forma da boca, a abertura dos olhos e o ângulo das sobrancelhas para elaborar o estado emocional do espectador. Tudo isso em tempo real, o que
significa que, à medida que as emoções dos espectadores mudam, o trabalho também muda. A chamada pintura empática precisa apenas de um computador e de uma webcam para funcionar. O programa serve como um método para calibrar para um determinado espectador o aspecto da obra. Trata-se de uma arte personalizada baseada no humor do espectador, explicam os cientistas, que apresentaram o trabalho de arte eletrônico em uma reunião de animação, parte de um Festival Internacional de Animação, em Annecy, na França. (Reuters)
A LEMANHA Arnd Wiegmann/Reuters
L
Visitantes observam uma das mais de 70 pinturas e gravuras de Rembrandt - Quebrando a tábua das leis, de 1659 - reunidas numa exposição em Berlim para marcar os 400 anos do nascimento do pintor holandês.
G EOLOGIA
O bom partido de Fidel Eventual substituição do líder cubano será por uma instituição, não uma pessoa
E
m meio à curiosidade da população e total silêncio das autoridades sobre o estado de saúde do líder cubano, Fidel Castro, coube ao jornal oficial Gr anma indicar os rumos da sucessão em Cuba. O diário reproduziu ontem trechos de um discurso pronunciado por Raúl Castro, irmão e substituto de Fidel, em 14 de junho, no qual ele reitera que "o Partido Comunista, como instituição que agrupa a vanguarda revolucionária e garante a unidade dos cubanos em todos os tempos, pode ser o digno herdeiro da confiança depositada pelo povo em seu líder". Segundo analistas, as entrelinhas da mensagem visam a dispersar temores de desordem durante uma possível transição de governo, além de isentar Raúl da responsabilidade total pela condução do poder. Fidel, que completa 80 anos no dia 13, se recupera de uma delicada cirurgia para deter uma hemorragia intestinal. A última informação oficial sobre seu estado de saúde foi divulgada na terça-feira à noite: um comunicado supostamente assinado pelo próprio Fidel no qual ele dizia estar com "bom ânimo", mas ressaltava
Joe Skipper/Reuters
A RTE
Movimento Democracia, de Miami, se prepara para transportar dissidentes cubanos caso a crise de saúde de Fidel agrave a situação política
que os boletins sobre sua saúde seriam tratados como "segredo de Estado". Não há informações disponíveis sobre quando, onde ou como a cirurgia foi realizada. Não se sabe também a causa exata da hemorragia nem se Fidel se recupera em casa ou em algum hospital. Menos ainda se sabe sobre o paradeiro de Raúl. Em meio à falta de notícias objetivas, a mídia governamental procura ressaltar a tranqüilidade das ruas nas principais cidades do país. Esse esforço de não perturbar a relativa calma dos cubanos seria uma das causas do silêncio de Raúl. "Se eu quisesse sugerir ao povo que tudo está tranqüilo, a última coisa que eu faria seria um discurso por televisão, como os que se fa-
zem em tempo de crise", disse Hal Klepak, professor de história do Royal Military College do Canadá e autor de um livro sobre as Forças Armadas cubanas. Em Washington, o Departamento de Estado reiterou que os EUA "estão prontos para ajudar Cuba numa transição democrática", mas voltou a criticar a designação de Raúl como sucessor de Fidel. Os dissidentes cubanos sonham com uma "contra-revolução" na ilha e vêem em Raúl Castro um homem mais flexível e capaz de abrir espaços políticos do que Fidel. Alguns dissidentes torcerem para que Raúl Castro esteja mais aberto a reformas e a uma mudança pacífica, apesar de sua ligação com o Partido Comunista. (Agências)
David Gray/Reuters
Terra muda depois de tsunami Dois satélites da Nasa apontaram as mudanças sofridas pela Terra após o terremoto causador do tsunami que matou quase 250 mil pessoas em dezembro de 2004 em doze países banhados pelo Oceano Índico. A análise foi publicada na revista Science. Segundo o estudo, o movimento sísmico, que teve uma magnitude de 9,1 pontos na escala Richter, ocorreu como resultado da translação de duas placas continentais sobre uma falha no leito marinho do Oceano
L
PAISAGEM ARTIFICIAL - Representar os detalhes coloridos de uma paisagem foi a intenção da artista australiana Kike Savvas com sua obra Atomix - pleno de amor, pleno de maravilhas. A artista, no centro da foto, usou 50 mil bolas de plástico na instalação.
Walkman revisto e mais barato
Enciclopédia sem fim
A Sony, criadora do conceito walkman, lançou no mercado uma linha de players de música digital mais baratos e coloridos. Disponível em seis cores, o NW-E Walkman toca arquivos MP3, WMA, ATRAC e outros. A versão com capacidade de 2 GB custa US$ 130.
Considerada tão precisa quanto a tradicional Enciclopédia Britânica, a Wikipedia é um serviço online que traz biografias, dados históricos e geográficos, informações sobre as mais diversas áreas de conhecimento e entretenimento. É um bom início para qualquer pesquisa, além de ser um sistema ágil e rápido. Todos os dias, um tema é destacado. O site é construído pelos próprios internautas, que podem acrescentar informações em cada artigo e também sugerir novos temas.
www.sony.com
A TÉ LOGO
Sandra Alves Silva (616). No campo da Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente foram escolhidos Geraldo Salvador Souza (880), Malta de Souza Martins (815). Seus suplentes são Andreia Alves de Souza (697) e Fábio Vicente de Souza (646). No segmento 3, de Defesa de Trabalhadores Vinculados à Questão, os eleitos são Letícia dos Santos de Souza (1128) e seu suplente Ezequias Marcelino da Silva Filho (696). No segmento 4, de Estudos, Pesquisa e Formação com Intervenção Política na Área, Ana Cristina Silva (1175) e seu suplente, Walter
Camorra (962), são os novos titulares. No segmento 5, de Defesa de Melhoria das Condições de Vida da População, os eleitos são Maria Bezerra de Menezes Scorza (901) e Alis Aires Menegotto Vasconcelos (882) e seus suplentes Elaine Aparecida Macena Batista Ramos (636) e José Genario Pereira de Araújo (606). As eleições do último domingo registraram episódios de denúncias de irregularidades apuradas pelo Ministério Público. Todos os eleitos tomarão posse na próxima segunda-feira. Paula Cunha
B RAZIL COM Z
Nos palcos do mundo O diretor artístico Claudio Segovia, responsável pelo show Brasil Brasileiro, que está em cartaz em Londres, foi destaque do jornal britânico The Guardian em sua edição de ontem. Segovia, segundo o jornal, "tem a missão de colocar o samba nos palcos internacionais ao lado de danças como flamenco, salsa e tango". O jornal, que elogia o espetáculo, afirma ainda que os bailarinos enchem a casa de shows Sadler's Wells nas noites de terça-feira e já recebeu na platéia várias celebridades, entre elas a cantora Kylie Minogue.
O escritor, crítico e professor João Alexandre Barbosa morreu na madrugada de ontem aos 69 anos, devido a complicações renais. Autor de livros como A imitação da forma, A metáfora crítica, As ilusões da modernidade e A biblioteca imaginária, Barbosa foi professor de teoria literária e literatura comparada da USP, além de pró-reitor de Cultura e Extensão Universitária e presidente da Edusp. Uma de suas frases que se tornou famosa e sintetiza parte de seu pensamento foi dita numa entrevista há alguns anos: "O crítico que não for capaz de ver a poesia como uma das formas possíveis de jogar pimenta nos olhos das bestas que andam por aí está sendo bobo da corte..." R ELIGIÃO
Igreja condena Madonna, a cantora Líderes católicos, muçulmanos e judeus uniramse para condenar a cantora Madonna por encenar uma crucificação no show que realizará na capital italiana, no domingo, a poucos metros da Cidade do Vaticano. A mais recente performance polêmica da cantora vai mostrá-la usando uma coroa falsa de espinhos e descendo no palco atada a uma cruz brilhante. O show faz parte da turnê Confessions. Padres católicos de Roma afirmaram que a apresentação "chega perto de ser uma blasfêmia" e é desrespeitosa, de mau gosto e provocadora, além de não ser uma atitude moderna.
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
L OTERIAS
Afeganistão deporta 1.200 cristãos acusando-os de tentar destruir a cultura islâmica Brasileiro é esfaqueado por compatriota em Londres. Polícia manteve morte em segredo
L
http://pt.wikipedia.org/
F
oram divulgados ontem os resultados das eleições para o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) realizadas no último domingo no Palácio das Convenções do Anhembi, na capital paulista. O órgão é o responsável pela formulação de todas as políticas de atendimento a este público no município e está dividido em cinco segmentos de atuação. No segmento de Atendimento Social, foram eleitos Aracelia Lucia Costa (966 votos), Carlos Nambu (697) e suas suplentes Maria do Nascimento Luchin (650) e
L
F AVORITOS
Um novo conselho
L
G @DGET DU JOUR
O piloto brasileiro Cristiano da Matta, que corre na ChampCar, sofreu um acidente durante um teste da equipe RuSport ontem e foi levado inconsciente ao hospital. Ele corria no circuito de Road America, em Elkhart Lake, quando atropelou um cervo que invadiu a pista. Da Matta, de 32 anos, foi campeão da categoria em 2002 e voltou no ano passado, depois de experiência mal-sucedida na Fórmula 1, pela Toyota. Na atual temporada, ele está em sexto lugar, com 134 pontos, bem atrás do francês Sebastien Bourdais, que tem 255 pontos.
Adeus a João Alexandre Barbosa
C IDADANIA Sambista Monarco (foto). Auditório Ibirapuera. Parque do Ibirapuera, portão 2. Telefone: 5908-4299. 20h30. R$ 30.
Da Matta é hospitalizado
L ITERATURA
C A R T A Z
SAMBA
E M
Índico que provocou um tsunami. O terremoto elevou o fundo marinho vários metros sobre uma superfície de milhares de quilômetros quadrados, alterando a geometria da região. A translação das placas continentais modificou também a densidade das rochas na região. As mudanças foram detectadas pelos satélites Grace que circundam a Terra a 300 e 500 quilômetros de altura e a uma distância entre si de 220 quilômetros.
E SPORTE
Morreu ontem em Viena, aos 90 anos, a lendária soprano alemã Elisabeth Schwarzkopf
Concurso 1634 da QUINA 39
41
42
57
73
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de agosto de 2006
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Indicadores Econômicos
3/8/2006
COMÉRCIO
7
1,22
por cento foi a alta das ações preferenciais da Vale do Rio Doce no pregão de ontem da Bolsa de Valores de São Paulo.
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de agosto de 2006
Congresso Planalto CPMI Senado
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5
VEDOINAMEAÇA DEPUTADOS QUE NÃO FORAM CITADOS
Givaldo Barbosa/ Ag. O Globo
Ninguém (os assessores dos parlamentares acusados) trouxe à CPMI uma história plausível. José Carlos Aleluia (PFL-BA)
SANGUESSUGAS
INVESTIGAÇÕES QUASE PRONTAS. FALTA CASSAR. Depoimento compromete os senadores Ney Suassuna (PMDB-PB), Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL- ES) , além de quatro membros do PT.
Luiz Antonio Vedoin é escoltado por policiais na sede da Polícia Federal para o depoimento à CPMI
ESCÂNDALO ATINGE CÚPULA PETISTA
U
m petista pertencente à alta cúpula do PT, Francisco Rocha da Silva, mais conhecido como "Rochinha" – amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e chefe de gabinete do presidente nacional do partido, deputado Ricardo Berzoini (SP), estaria diretamente envolvido com os donos da Planam e a máfia dos sanguessugas. Segundo o empresário Luiz Antonio Vedoin, um dos donos da Planam, Rochinha fazia a ligação entre o Ministério da Saúde e a Casa Civil da Presidência. Nos tempos do ministro da Saúde Humberto Costa, "Rochinha" dava expediente no ministério como assessor especial e, para assegurar a liberação rápida do dinheiro, indicava à Casa Civil as emendas orçamentárias de interesse dos sanguessugas. Segundo o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que acompanhou o depoimento de Vedoin, ontem à CPMI dos Sanguessugas, quem acompanhava o trabalho de "Rochinha" era o dirigente do PT do Ceará, José Airton Cirilo, aparentemente envolvido com o esquema da compra de ambulâncias superfaturadas. Cirilo admite – Cirilo admite ter atuado como intermediário dos interesses da Planam no Banco do Nordeste. Ele contou ter sido procurado em 2003 pelos donos da empresa que funcionava como quartel-general da máfia dos sanguessugas. De acordo com o seu relato, eles estavam interessados em construir uma fábrica de montagem de veículos no Estado da Bahia e para isso queriam obter um empréstimo no Banco do Nordeste, cuja sede fica em Fortaleza. Cirilo afirmou ter se reunido "umas três ou quatro vezes" com Darci e Luiz Antonio Vedoin, pai e filho donos da Planam. "Eles queriam saber por que o projeto não andava e então me procuraram", disse o petista. "Eu explicava que o projeto estava na área técnica do banco". Ele apresentou a seguinte explicação para ter sido procurado pelos Vedoin: "Eu já fui candidato a governador e até 2004 fui vereador. Tinha uma certa influência", disse. Acusado de ter cobrado propina para garantir a liberação de verbas federais para a Planam, Cirilo nega a denúncia. Garantiu desconhecer as fraudes praticadas pela empresa na venda de ambulâncias superfaturadas para municípios e pede provas. "Eu desafio qualquer um a mostrar qualquer prefeitura que tenha comprado ambulâncias arranjadas por mim". (Agências)
ASSESSOR NEGA. SENADOR ENTREGA.
E
m depoimento à Corregedoria do Senado, Marcelo Cardoso de Carvalho, ex-assessor do líder do PMDB, Ney Suassuna (PB), negou participar do esquema dos sanguessugas, mas afirmou que nunca fez nada escondido de seu exchefe. Marcelo, que foi preso pela Polícia Federal, é apontado como o responsável pela elaboração de emendas ao Orçamento no gabinete do senador para a compra de ambulâncias superfaturadas e é acusado de receber propina da máfia. Ao corregedor Romeu Tuma (PFL-SP), o ex-assessor refutou ter recebido dinheiro da família Vedoin, dona da Planam. Marcelo admitiu apenas ter recebido dinheiro de Darci Vedoin pela intermediação da venda de um barco. À tarde, Marcelo foi um dos sete de parlamentares convocados a depor na sub-relatoria da CPMI dos Sanguessugas. Em uma tentativa de constranger o exassessor, Ney Suassuna tentou assistir ao depoimento de Marcelo. Senador reage– O deputado Júlio Redecker (PSDBRS) impediu, no entanto, que Suassuna ficasse na sala. "Fiquei surpreso com a chegada do senador Suassuna no depoimento de seu ex-assessor pois isso era constrangedor. Falei que se tratava de uma oitiva e não de uma acareação. Achei por bem tornar público esse meu desconforto", argumentou o tucano. Suassuna deixou a sala da CPMI visivelmente irritado. Momentos depois, retornou
com um pedido para que seja ouvido pela comissão de inquérito na próxima terça-feira. "Vamos entregar o relatório na quinta-feira, dia 10. Não vejo que dê para ouvir muita gente daqui até lá", afirmou o relator da CPMI, senador Amir Lando (PMDB-RO). Há dias, Suassuna procurou integrantes da CPMI e sugeriu que investigassem seu assessor, para espanto de seus interlocutores. Suassuna sugeriu que Marcelo poderia ter participado do esquema por conta própria. Segundo o sub-relator, José Carlos Aleluia (PFL-BA), o depoimento de Marcelo foi fraco. "Ele não colaborou e nega tudo para não se comprometer", disse Aleluia. O corregedor Romeu Tuma também considerou o depoimento de Marcelo "um pouco vazio" e "sem consistência". "Mas o Marcelo deixou claro que nunca fez nada sem o conhecimento do senador Ney Suassuna. Que isso seria uma deslealdade", afirmou Tuma. No depoimento, Marcelo contou que informava todos os seus atos mesmo quando o senador viajava. "Mas os pagamentos ele (Marcelo) desmente", disse o corregedor. Segundo Tuma, o ex-assessor de Suassuna disse ainda que "sempre fez o papel dele e que nunca deixou de comunicar o senador qualquer emenda que tenha feito, qualquer encaminhamento que tenha feito. Que sempre comunicou mesmo quando o senador estava fora do País", contou. (AE)
Ed Ferreira/AE
APELO – O prefeito de Brodowski (20 mil habitantes) , Antônio José Fabbri (PTB-SP), foi à Brasília pedir duas ambulâncias. "Temos quatro. Toda semana uma está quebrada. Se ninguém quiser as encostadas ( no galpão da Planam), o prefeito quer."
O
empresário Luiz Antonio Vedoin fez revelações ontem à CPMI dos Sanguessugas que derrubam a defesa da maior parte dos congressistas acusados de envolvimento com a máfia e abrem caminho para um processo de cassação em massa. Dentre os alvos da artilharia do sócio da Planam estão os senadores Ney Suassuna (PMDB-PB), Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES) . Depois de ouvir Vedoin por mais de sete horas na sede da Polícia Federal, o presidente da CPMI dos Sanguessugas, Antonio Carlos Biscaia (PTRJ), disse que ele forneceu "elementos para condenar um grande número de parlamentares". Haveria elementos concretos que permitirão confirmar, por exemplo, que o senador Suassuna tinha conhecimento das comissões pagas a seu assessor, Marcelo Carvalho, preso durante a Operação Sanguessuga. PT– Outros atingidos, fora do âmbito parlamentar, foram os petistas José Airton Cirilo, do diretório nacional do PT; Francisco Rocha da Silva, chefe de gabinete do presidente nacional do partido Ricardo Berzoini, o governador do Piauí, Wellington Dias e Duncan Semple, atual secretário de Governo da prefeitura de Nova Iguaçu, nas mãos do PT.
Lúcio Távora/Folha Imagem
Senador Ney Suassuna (PMDB-PB)
As acusações contra membros da cúpula do PT levaram parlamentares a defender que seja aprofundada a investigação sobre as relações da Planam com o Ministério da Saúde na gestão do então ministro Humberto Costa (PT). Vedoin negou ter tido contatos com o ex-ministro, mas citou Francisco Rocha, como o responsável pelo pagamento de emendas no ministério. O presidente da CPMI afirmou que, mesmo se não houver provas do pagamento de propina ou da concessão de favores a parlamentares, deputados e senadores podem ter processo aberto por quebra de decoro. "No depoimento ele afirmou que, em inúmeros casos, assessores recebiam vantagens indevidas com o pleno conhecimento dos parlamentares", relatou Biscaia. Provas – Vedoin disse que poderia confirmar o envolvimento de parlamentares pelos registros de liberação das emendas no Ministério da Saúde e da Ciência e Tecnologia.
Os processos contêm ofícios com os nomes dos interessados nas propinas. O empresário também apresentou testemunhas que podem incriminar os que receberam dinheiro em espécie. Ele afirmou ainda que teve três encontros com o governador do Piauí, Wellington Dias, no gabinete da Casa Civil do governo do Estado. Ameaça– Luiz Antonio Vedoin ameaçou deputados que ainda não foram denunciados. "Emprestei dinheiro até para eles financiarem campanha eleitoral", disse. O empresário não identificou os devedores. "Não vou declinar os nomes agora porque estou pensando em ir à Justiça receber", declarou. Vedoin afirmou que, para um único parlamentar, repassou R$ 300 mil. Agora que está sob fogo cerrado da CPMI e da Polícia Federal quer todo o dinheiro de volta. Caso contrário, dará os nomes, um a um. Concorrência – Vedoin ainda suscitou suspeitas contra um quarto senador. Disse que "todos sabiam" de quem trabalhou para a liberação de R$ 20 milhões em recursos extra-orçamentários para a compra de ambulâncias. Esse senador não teria envolvimento com a Planam, mas participaria de um esquema semelhante . Segundo Vedoin, existem outras seis empresas que "concorrem" no mercado de emendas parlamentares. (Agências)
FUNCIONÁRIOS VÃO À JUSTIÇA
A
Justiça do Trabalho em Mato Grosso condenou a Planam e a microempresa Luiz Antonio Trevisan Vedoin, que faziam as operações para a máfia das sanguessugas, a pagarem indenizações trabalhistas no valor de R$ 1,1 milhão para 32 funcionários. Cada funcionário pede R$ 30 mil. O juiz da 6ª vara, Alexandre Augusto Campana Pinheiro, determinou o bloqueio de créditos das empresas para garantir o pagamento de salários,
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), pagamentos "por fora" e horas extras a partir de abril. Apesar da liminar expedida no mês passado assegurar os direitos trabalhistas, a Justiça e o Sindicato dos Comerciários de Cuiabá e Várzea Grande encontram dificuldades para manter contatos com os representantes. "As empresas estão fechadas e ninguém dá a mínima explicação para os funcionários", lamenta o presidente do sindicato, Saulo Silva.
Registrados em nome da microempresa Luiz Antonio Trevisan Vedoin, sócia da Planam Indústria, Comércio e Representações, de propriedade de Darci Vedoin, os funcionários transformavam veículos nas ambulâncias que são os pivôs do escândalo. "Enquanto não for provado que as empresas não possuem bens suficientes para a garantia das execuções trabalhistas, não há que se falar em despersonalização das empresas jurídicas", disse o juiz na sentença. (AE)
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de agosto de 2006
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
DOISPONTOS -77
Ex-assessor econômico da Presidência, o economista Michal Gartenkraut descreve neste relatório a diabólica máquina de arrecadação tributária que irriga o governo federal e só transfere os recursos dos anêmicos municípios
gota a
gota
O
NEIL FERREIRA
VOTO NULO É VOTO LULLA
C
Leonardo Rodrigues/Hype
omeçou na tevê e no rádio a campanha do TSE falando das eleições. O texto é forte: Pense e vote. O Brasil está nas suas mãos. O Brasil é tão bom quanto o seu voto. Vota Brasil. É preciso votar. Concordo totalmente. O Brasil é mesmo tão bom quanto o nosso voto. Os mensaleiros, os corruptos, os sanguessugas, a bailarina da pizza, todos foram votados, nenhum foi nomeado. Os deputados federais e estaduais, os senadores, o Lulla, foram eleitos com os nossos votos, o Lulla teve 53 milhões de votos. Estão todos aí de volta pedindo os nossos votos de novo. Lulla, Palocci com dois CPFs e oito indiciamentos, quatro por corrupção, João Paulo Cunha, Profeçor Luizinho, Genoíno. E os quarenta indiciados pelo Procurador Geral da República, quase todos estão por aí outra vez. CORBIS
Michal Gartenkraut
O G A União fica com 22,2% do PIB, os estados com 9,2% e os municípios com 5,6%. Por que a União precisa de um pedaço maior do bolo tributário? G Estados e municípios são obrigados a mendigar recursos do Orçamento, gerando todo tipo de distorções.
enorme bolo tributário brasileiro (cerca de 37% do PIB em 2005) é arrecadado atualmente pelos diferentes entes federados da seguinte forma: a União 68,7%, os estados 26,6% e os municípios 4,5%. Após as transferências obrigatórias, o perfil da receita disponível de cada esfera é: União 58,9%, estados 24,9% e municípios 16,2%. Ou seja, a União fica com 22,2% do PIB, os estados com 9,2% e municípios com 5,6% do PIB - uma média de cerca de 0,1% do PIB para cada município brasileiro . Ocorre que os cidadãos vivem nos municípios; portanto, suas necessidades básicas de saúde, educação, infra-estrutura básica, etc., têm que ser ali atendidas. Do total de investimento fixo do setor público, os municípios são responsáveis por quase a metade: nada menos que 45,3%. Entre as principais justificativas para essa enorme centralização de receita em poder da União, encontram-se os seguintes argumentos: G Cobertura de encargos típicos da União/ações de
caráter nacional: infra-estrutura, Polícia Federal e Forças Armadas, setor externo e diplomacia, Previdência Social (que sozinha responde por cerca de 8% do PIB) G Economias de escala, evitando multiplicidade de máquinas de arrecadação, fiscalização, cobrança, etc. G Financiamento de programas de suporte a políticas públicas e investimentos estratégicos de caráter nacional G Função de reequilíbrio de disparidades regionais e interpessoais: transferência entre estados e municípios (fundos de participação e fundos regionais) e de combate à pobreza.
Mesmo sem entrar no mérito das razões acima, cabe lembrar que virtualmente desapareceram algumas das causas existentes no passado e que justificavam a centralização: G Subsídios, incentivos a políticas públicas executadas
pela União (política agrícola e política industrial) G Assunção da dívida externa pela União (em 1982) G Transferências a empresas estatais federais para
financiamento de investimentos estratégicos
Se algumas das razões do passado não existem mais hoje, por que então a União precisa de um pedaço maior do bolo tributário (que, por sua vez, cresceu)? Entre as razões ocultas, podemos encontrar basicamente duas: G Super-dimensionamento da máquina federal, com
invasão de áreas e competências; e G O quiproquó das transferências, com criação de
Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br
tributos e contribuições federais não compartilhadas para serem transferidos em programas geridos pelo governo federal, mas executados por Estados e/ou municípios. Por exemplo: CPMF (para financiar as transferências do SUS), FUNDEF (que será ampliado para virar o
FUNDEB), todas funções e competências de Estados e municípios.
O super-dimensionamento da máquina federal pode ser ilustrado pelo número de ministérios na Esplanada: 36, um recorde histórico, e pelo inchaço do número de cargos em comissão, igualmente um recorde. A boa técnica administrativa recomendaria uma constelação de 6 a 10 ministérios e, provavelmente, a extinção da grande maioria dos cargos em comissão. No caso das maciças transferências da União para estados/municípios, além de contribuir para o super-dimensionamento da máquina federal, existem evidências abundantes sobre consideráveis perdas de eficiência e efetividade na operação, mormente na fiscalização e controle, praticamente inexistente, por deseconomias de escala que acabam provocando uma virtual impossibilidade operacional nessa área. Pior ainda, a divisão dos encargos entre os entes federados não corresponde às respectivas atribuições de responsabilidades. Essas atribuições decorrem das vocações naturais de cada ente para a execução preferencial dos encargos e constitui o pacto federativo tácito implícito no texto constitucional. A divergência, em favor da União, prejudica estados e municípios, especialmente estes últimos. Dessa considerável divergência entre as repartições de receita disponível e de encargos/responsabilidades decorre que a União tem que transferir sistematicamente recursos orçamentários voluntários, ou seja discricionários, a instâncias inferiores para complementar a execução de programas prioritários, como saneamento, transportes, infra-estrutura urbana e de natureza infranacional. Como conseqüência, Estados e municípios são obrigados a mendigar recursos do Orçamento da União, gerando todo tipo de distorções que esse processo enseja: ausência de transparência, arbitrariedades, distorções de prioridades, corrupção, comprometimento da fiscalização na aplicação dos recursos .... sem falar no próprio aumento de custos com a manutenção da máquina.
A
solução está em uma completa reforma do sistema fiscal, com clara redefinição dos encargos de cada esfera e de seu correspondente financiamento, portanto participação no bolo tributário nacional. O caminho óbvio é o fortalecimento dos estados e municípios, principalmente estes últimos, os mais próximos dos cidadãos e responsáveis diretos pelo seu bem-estar, com diminuição do tamanho do aparelho federal e o desmonte da máquina diabólica de transferências federais, legais e voluntárias, reduzindo-as ao mínimo necessário, certamente muito abaixo de seu nível atual.
G O único voto
de protesto possível é não votar nos candidatos da Aliança Mensaleira Menos o Roberto Jefferson, cassado. E o comissário José Dirceu, cassado também, mas ativísimo, atravessando o Brasil inteiro de jatinho fretado ninguém sabe por quem, costurando ou comprando os apoios, celebrando com Romanée Conti e charuto cubano, igualzinho na eleição de 2002.
P
ense, diz a campanha do TSE. Pense, digo eu, se você quer ou não a continuação desse lamaçal. E vote. Você tem a força, nós temos a força. Somos 128 milhões de eleitores, um fantástico exército democrático, armado com uma arma tão poderosa quanto os mísseis israelenses ou as FAL dos traficantes: o voto. É preciso votar. Mais que nunca é preciso votar. Mas atenção no adversário - ou inimigo, nem sei mais. Acho que pelo que fizeram nestes quase quatro anos e pelo que ameaçam fazer nos próximos quatro, são inimigos sim.
inimigo pode ser analfabeto mas não é burro. É muito esperto. Veja a campanha do voto nulo que de boca em boca inundou "esse país" e de computador em computador inundou a internet. Não conheço ninguém que não tenha sido atingido pela mensagem do voto nulo e não conheço nenhum computador que já não tenha recebido pelo menas" umas dez mensagens com a mesma conversa. Uma campanha com a duração que esta tem começou junto com a denúncia aos mensaleiros e as CPIs, e o seu alcance nacional custaria bilhões de reais se fosse feita pelos meios convencionais. O alvo preferencial é claríssimo pela linguagem empregada e pelos métodos de ação. É o eleitor jovem, decepcionado pelo voto dado ao Lulla e ao PT em 2002, que chorou na frente da tevê e com os jornais e revistas nas mãos, quandos os escândalos estouravam quase um (ou até mais) por dia ou por semana. Traído pelo seu primeiro amor político, que o enganou como sendo de esquerda e de ética na política, está agora a um passo de votar na oposição. E é bombardeado pelo boca a boca e pelas mensagens na internet, tentando enganá-lo de novo como sendo supra-partidário mas não é, como sendo em defesa da moral e dos bons costumes na política, mas não é. É do PT mesmo, em defesa de "tudo isso que está aí".
E
les acham, com alguma razão, que o eleitor jovem está desanimado e pode acreditar que o voto nulo é um voto de protesto. Eles têm a pouca vergonha de afirmar que com cinqüenta por cento mais um de votos nulos a eleição estará anulada, sabendo que eles mesmo não vão anular nenhum voto deles. Nós precisamos explicar aos eleitores jovens próximos de nós que o único voto de protesto possível é não votar em nenhum candidato da Aliança Mensaleira, começando pelo cabessa da xapa e escolher candidatos decentes para votar. Quem está tentando convencer o eleitor jovem a votar nulo acha que vai desviar voto da oposição e vai abrir espaço para seus candidatos mensaleiros e corruptos, candidatos de novo na maior cara de pau. E um voto a menos na oposição é um voto a mais no Lulla. Voto nulo é voto Lulla! NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO NEIL_FERREIRA@UOL.COM.BR
FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de agosto de 2006
LAZER - 1
MUSICAL Exibido em mais de 20 países, Cats põe as unhas de fora em território brasileiro Fotos: Divulgação
Fotos: Arquivo DC
MEMORY
ELIOT
A
T
homas Stearns Eliot (1888-1965), T. S, Eliot, poeta modernista, dramaturgo e crítico literário, nasceu em Saint Louis, EUA, e radicou-se em Londres, onde morreu. Obteve a nacionalidade britânica em 1927, três anos depois de ter publicado o poema The Waste Land, que reflete muitas de suas inquietações espirituais (estudou sânscrito para conhecer melhor a história das religiões). Freqüentou, depois da Segunda Grande Guerra, o mundo artístico de Montparnasse, em Paris. E foi influenciado, em especial, pela poesia de Charles Baudelaire (1921-1867).
WEBBER
O
inglês Andrew Lloyd Webber (1948) é considerado sucessor de mestres da era de ouro da Broadway (Cole Porter, George e Ira Gershwin). Autor de 14 montagens musicais, assina, entre elas, Evita, Jesus Cristo Superstar (polêmica ópera-rock) e o trabalho mais importante de sua carreira, Cats. O pai de Andrew, William, foi um dos mais célebres maestros da Grã-Bretanha.
S
FÔLEGO DE GATO Clássico resiste com versão original e linguagem renovada
É
o miado mais afinado e bem-sucedido da história do show biz. Vinte e cinco anos após a estréia em Londres, o musical Cats finalmente vem colocar as unhas de fora diante do público brasileiro. O espetáculo, que estréia em São Paulo na próxima quarta-feira, dia 9, traz o elenco original da Broadway - 70 pessoas entre atores, operadores, maquinistas e iluminadores. Com letras de Tim Rice e arranjos do bruxo dos musicais, o inglês Andrew Lloyd Webber, Cats fica na cidade até o dia 27, e depois viaja para o Rio de Janeiro. Nesta turnê brasileira, o musical será apresentado com legendas em português. Cats é, ao lado de O Fantasma da Ópera e Miss Saigon, aquele tipo de musical que já nasceu clássico e com fôlego para permanecer anos em cartaz, fazendo a alegria de turistas em cidades como Londres e Nova York. Os números estão aí para comprovar que, no caso de Cats, não passa de balela a lenda de que "nós gatos já nascemos pobres": a história dos bichanos já foi levada para mais de 250 cidades em 20 países, teve tradução em dez idiomas e conquistou mais de 30 prêmios internacionais, entre eles sete Tony, a
Sérgio Roveri mais importante premiação teatral nos Estados Unidos. Memory, a canção que responde pela grife de Cats, foi gravada mais de 600 vezes, tanto pelas vozes pop-românticas de Barbra Streisand e Barry Manilow, ou clássicas como a do tenor Jose Carreras. "Eu acredito que existam várias razões para explicar este apelo popular de Cats", diz Michael John Orsino, que administra as turnês da companhia. "Em primeiro lugar, a música maravilhosa de Andrew Lloyd Weber que, em parceria com o poema de T.S. Eliot, foi capaz de criar uma história emocionante. E, depois, os próprios personagens da trama, com os quais o público irá seguramente se identificar". O musical Cats é baseado em 14 poemas de Old Possum's Book of Pratical Cats, do poeta norte-americano T.S. Eliot, publicado pela primeira vez em 1939, com ilustrações do próprio autor. Apaixonado pelos felinos, Eliot (1888-1965) passou vários dias atento ao comportamento dos seus gatos antes de escrever esta história ambientada num ferro-velho (ou num beco, no caso do musical) e que dura apenas uma noite, na qual os bichanos estão envolvidos em assembléias, votações e festejos. "Embora nesta noite os ga-
tos não falem especificamente sobre sentimentos humanos, eu acredito que a platéia, ou pelo menos os mais 'humanos' nesta platéia, sejam capazes de reconhecer naquela assembléia as suas próprias experiências", diz Orsino. "Cats se tornou um clássico em função de sua influência sobre os musicais que vieram depois. Muitos musicais entram em cartaz todos os anos, mas é raríssimo que um deles seja capaz, como Cats foi, de mudar a concepção, de renovar esta linguagem já tão tradicional". Cats flerta, de alguma forma, com o folclore segundo o qual os gatos teriam um estoque de vida um pouquinho mais generoso do que aquele concedido aos humanos. A história dá largada à meia noite, em um beco silencioso e solitário, quando as luzes de um farol de automóvel captam a inconfundível figura de um felino correndo no escuro está começando a assembléia dos gatos da tribo Jellicle. Eles estão reunidos porque o chefe do bando, o generoso Old Deuteronomy, irá escolher um dos bichanos para ser conduzido a um lugar especial onde poderá renascer para uma nova vida. A assembléia também foi convocada para que eles decidam o destino da gata Grizabella, que um dia
abandonou a tribo para conhecer o mundo. Agora ela está de volta, mas os velhos companheiros recusam-se a perdoá-la e evitam sua companhia. "Embora Cats tenha várias tramas paralelas, eu acredito que esta discussão sobre o retorno de Grizabella ao bando seja a mais importante. Com certeza, é a mais tocante. Ela é uma deserdada, uma banida que está tentando voltar à sociedade. É, sem dúvida, uma metáfora sobre as relações humanas". Nestas duas décadas em que permaneceu em cartaz, Cats não teve, segundo Orsino, sua narrativa alterada em função do avanço da tecnologia e dos efeitos especiais. "Os efeitos produzem muita diversão na platéia, mas os grandes shows nascem de grandes histórias. Cats não mudou quase nada nestes 20 anos em função desta revolução tecnológica, e ainda assim preservou seu apelo popular". Cats, estréia dia 9, quarta-feira, no Credicard Hall, Avenida Nações Unidas, 17.955, tel.: 6846-6000. Terças, quartas, quintas e sextas às 21h30, sábados às 17h e 21h30, domingo às 16h e 20h30. Ingressos de R$ 80 a R$ 200.
A poesia felina de T.S. Eliot
D
RICE
ir Timothy Miles Bindon Rice (1944) conheceu Webber aos 21 anos, em Oxford, onde escreveram o musical The Likes of Us. Era o início de uma parceria de sucesso (Jesus Cristo Superstar, Evita e Cats em primeiro plano). Rice, letrista habilidoso, criou não só para o teatro, mas também para a TV, e desenvolveu diversas atividades em rádio (por exemplo, produtor e apresentador de programas musicais).
ar nome aos gatos é uma questão difícil, Não é nenhum jogo de férias; Podeis pensar que sou doido varrido Quando vos digo que um gato deve ter três diferentes nomes Antes de mais nada, há o nome que a família emprega diariamente, Tal como Peter, Augustus, Alonzo ou James, Tal como Victor ou Jonathan, George ou Bill Bailey Todos eles sensatos nomes de todos os dias Há nomes de maior fantasia se achais que soam melhor, Alguns para cavalheiros, alguns para as damas: Tais como Plato, Admetus, Electra, Demeter Mas todos eles sensatos nomes de todos os dias Mas, digo-vos eu, um gato precisa de um nome que seja particular, Um nome que seja peculiar, e mais dignificado, Senão, como pode ele manter a cauda perpendicular, Ou estender os bigodes, ou encarecer o orgulho? De nomes desta espécie dou-vos um quórum, Tais como Muskustrap, Quaxo ou Coripat, Tais como Bombalurina, ou então Jellylorum -
Nomes que nunca pertencem a mais do que um gato Mas, mais acima e mais além, falta ainda outro nome, E esse é o nome que jamais adivinhareis; O nome que nenhuma investigação humana pode descobrir Mas o próprio gato sabe-o, e nunca confessará. Quando se vê um gato em profunda meditação, A razão, digo-vos eu, é sempre a mesma: O seu espírito está em ávida contemplação Do pensamento, do pensamento, do pensamento do seu nome: Do seu inefável efável Efanifável Profundo e incontável singular Nome. In Assinar a Pele - Antologia de Poesia Contemporânea Sobre Gatos (Tradução de João Luís Barreto Guimarães)
química da dupla Lloyd Webber/Tim Rice resultou em peças que reviveram os preceitos tradicionais da Broawady: cenografia requintada; ágil dinâmica de palco; humor, emoção e canções de melodia fácil. Daí os clássicos Everinthig´s Alright; Superstar e Gethsemane, de Jesus Superstar (estréia na Broadway em1971); Don´t Cry For me Argentina, Rainbow High e Goodnight and Thank You, de Evita (estréia na Broadway em 1978); e Jellicle Ball,Mr. M istoffelees e a célebre Memory, de Cats (na Broadway, em 1981, editada em DVD, foto abaixo, à esq.). Memor y ganhou dezenas de versões. Três artistas, em especial, grava r a m - s e com tanto punch quecontinuam incluídas em playlist de rádios muzak: Barbra St re is a n d, Barry Manilow e José Carreras (fotos à dir.). La Streisand, vozeirão com jeito de intérprete lírica, vestiu Memory de agudos rasgados. Barry Manilow, também compositor e tecladdista, encarou a composição de Webber e Rice de outra forma. Cantou-a como balada, quase cool, ambientada para o clima de piano bar. Fora a grandiloqüência!, parece ter decretado Manilow. Deu certo. Ganhou em elegância. Finalmente Jose Carreras, tenor espanhol, cuja voz de belíssima tessitura virou referência pop depois das apresentações com Placido Domingo e Lu c i a n o Pavarotti. Car reras tem voz mais "escura" que Pavarotti e mais "áspera" que Placido. Mas seu estilo é inconfundível, ao atacar lindas zarzuelas. Como todo cantor de música lírica, lógico, não se livra das "deformações" de dicção ao arriscar-se no pop. Apesar disso, afinou bem com Memory.
8
Tr i b u t o s Empresas Imóveis Nacional
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de agosto de 2006
Terrenos grandes já não são encontrados. O melhor é investir em áreas com menos de 500 mil metros quadrados.
UM IMÓVEL NÃO SAI POR MENOS DE R$ 100 MIL
Fotos: Divulgação
TEMPORADA DE VENDAS EM CAMPOS DO JORDÃO Terminada as férias de inverno, começa a movimentação do setor imobiliário na cidade. Mas com menos de R$ 100 mil não se compra nada.
E
Para ele, a retração nesse mbora pareça contraditório, o mercado segmento foi desencadeada imobiliário está co- pelo baixo valor da moeda normemorando o fim da te-americana, em comparação alta temporada de junho e ju- ao real, e pelos atrativos pacolho em Campos do Jordão, es- tes de viagens ao exterior. tância hidromineral localiza- "Com a queda do dólar, o púda na Serra da Mantiqueira, a blico de primeira linha prefe184 quilômetros da cidade de riu viajar para fora do País a vir São Paulo. Se por um lado, o tu- a Campos do Jordão. Os que virismo contabiliza o crescente sitaram a cidade optaram por número de visitantes – que ficar em hotéis e pousadas", chega a atingir 1 milhão de pes- ressalta. "Neste ano, os feriasoas nesse período –, o seg- dos prolongados de Corpus mento imobiliário aguarda a Christi e Páscoa foram melhoretomada dos grandes negó- res que a temporada de julho", cios, que só são fechados fora complementa Nicolau Junior. Vendas – Quem, por sua dessa época. Segundo especiavez, deseja l i s t a s j o rd acomprar um nenses, 2006 imóvel em está sendo um Campos do ano atípico Jordão ae as locações guarda o mode imóveis, mento mais até agora, só foi a queda das tranqüilo pacaíram. A ra fechar o aposta é no locações de negócio, conm e rc a d o d e imóveis na alta forme explica vendas, que temporada, que vai o e m p r e s ápode crescer rio. "Agora nos próximos de junho a julho, em que passou a meses. Campos 'muvuca' das De acordo férias, aquele c o m o p r odo Jordão. que veio pasprietário da sear na cidaCadij Imóveis – empresa que atua no seg- de, gostou e decidiu comprar mento de locação e venda de um empreendimento ou, simimóveis em Campos do Jor- plesmente, aquele que já quedão desde 1951 –, Walter Nico- ria adquirir um imóvel, volta lau Junior, os meses que suce- para realizar a compra", diz. Para o proprietário da Camdem as férias e a temporada de "promoção da cidade" são os pos do Jordão Imóveis, Benemais propícios para a concre- dito Gonçalves da Silva, o mertização de bons negócios. "Ju- cado está recessivo e falta innho e julho são meses volta- vestidor. Segundo ele, há muidos para locações. De agosto tas ofertas com bons preços, até o início do ano, são as ven- mas o consumidor está aguardas que movem o setor", diz. dando as eleições para tomar "Porém, nesta temporada, as decisões. "Este ano está sendo locações não foram boas e so- o pior dos últimos dez. Esperafreram queda de 30% a 40% mos que as coisas melhorem em relação ao mesmo período daqui para a frente", diz. Já para Carlos Alberto Dias do ano passado", conta.
40%
Cidade montanhosa agrada a todo tipo de público. Neste ano, as locações foram baixas, mas as vendas de imóveis prometem ser boas.
Richieri, da Planesp Imóveis, tempos de eleições e de instabilidade econômica trazem bons ventos para o mercado imobiliário. "Assim como tem gente precisando vender suas propriedades, existem aqueles que têm dinheiro e querem investir", afirma. "Daqui para a frente, a tendência é melhorar", acrescenta o empresário, que espera um aumento de 50% no número de vendas neste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. Opções – Quem deseja comprar um imóvel em Campos do Jordão não desembolsará menos de R$ 100 mil. De acordo com o corretor da imobiliária Da Vinci, Alessandro Faria, existem diversas opções de imóveis, para vários estilos de comprador. Há desde luxuosos chalés por R$ 2 milhões, até casas e apartamentos de 70 metros quadrados por R$ 120 mil. "Muita gente chega aqui com menos de R$ 100 mil pensando que consegue comprar alguma coisa", diz o corretor. Segundo o proprietário da Muratori Imóveis, Arthur Nicolau Roscia, atualmente, a maior procura é por apartamentos novos, de dois e três dormitórios, cujo preço do metro quadrado varia entre R$ 2,5 mil e R$ 3 mil. Já o valor de uma casa em condomínio fechado não passa de R$ 2,5 mil o metro quadrado. Roscia conta ainda que a demanda por apartamentos aumentou desde que a prefeitura publicou o Decreto 5473/06, em 20 de março deste ano, suspendendo a aprovação de todo e qualquer projeto de construção residencial com mais de três andares. "Restam apenas os já existentes e os que tiveram projetos aprovados anteriormente", afirma. Alguns representantes do setor comentam que a iniciativa da prefeitura tem como objetivo dificultar a construção de imóveis mais simples e resgatar o glamour da cidade, com a valorização de construções mais requintadas. Empreendimentos – O município de Campos do Jordão ainda tem muito espaço disponível para a construção de novos empreendimentos, embo-
ra a legislação assegure a preservação ambiental da região. Por isso, sempre há uma novidade aqui ou ali. De acordo com o delegado do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (Creci) da cidade, Roberto Gilmar Pereira, há por volta de dez novos empreendimentos sendo lançados ou em construção neste momento. Condomínios – Os condomínios fechados, horizontais ou verticais, são as vedetes do momento. Um exemplo é o Condomínio Princesas do Capivari, localizado no bairro mais badalado da cidade (Capivari), com três tipos de apartamentos, sendo dois dúplex. Os preços variam entre R$ 150 mil e R$ 380 mil, para áreas privativas entre 73 e 130 metros quadrados. "Em menos de 30 dias do lançamento, já foram vendidas 15 unidades, do total de 32", comemora Pereira, também proprietário da Da Vinci Imóveis, uma das imobiliárias que comercializam o empreendimento. Segundo o proprietário da Muratori, a grande sacada é prospectar condomínios com áreas menores – já que não é mais tão fácil encontrar grandes terrenos como antigamente, com mais de 500 mil metros quadrados. O ideal é caber até 12 casas entre 80 e 170 metros quadrados, com p re ç o s e n t re R $ 1 4 0 m i l e R$ 240 mil. "É esse tipo de imóvel que o consumidor procura. Pequenos módulos funcionam melhor, não dão muito trabalho para vender. É o que se procura e o que está fazendo sucesso na cidade." Por outro lado, mesmo em terrenos com áreas menores, também é possível encontrar casas de alto padrão, de 300 a 400 metros quadrados, com estrutura de lazer completa. É o caso da Villandry Reserve, um condomínio com 7,8 mil metros quadrados de área, com apenas seis casas, em frente ao Bosque do Vale Encantado. O preço varia entre R$ 800 mil e R$ 900 mil. "A procura é grande. Lançamos o empreendimento no final do mês de julho e já vendemos uma unidade", comemora Roscia. Maristela Orlowski
Prefeitura quer glamorizar construções da região
Resort quer conquistar turista estrangeiro
O
turismo de Campos do Jordão está chamando a atenção de investidores brasileiros e estrangeiros. De olho na modernização do parque hoteleiro – que atualmente tem 190 estabelecimentos, executivos paulistanos estão lançando na cidade um empreendimento de peso: o Blue Mountain Resort, um complexo de estruturas e serviços com 15 mil metros quadrados de construção em uma área de 600 mil metros quadrados, cuja inauguração está prevista para março do próximo ano (veja maquete abaixo). Com a proposta de oferecer uma variedade de atividades e chamar a atenção do turista estrangeiro, os empreendedores do projeto ressaltam: "99% do hotel é feito de detalhes". A estrutura, cujo projeto leva a assinatura do arquiteto jordanense José Roberto Dama Cintra, está sendo edificada em um local privilegiado – no topo de um morro com 360 graus de vista, a 4,5 mil metros do centro de Capivari. "Dá para ver a cidade de Campos do Jordão, a Serra da Mantiqueira e até o Pico de Itatiaia (RJ)", diz o empreendedor. O resort cinco estrelas plus, que será administrado por uma cadeia internacional hoteleira, além de oferecer inúmeras atividades de lazer, terá também centro de eventos e de exposições, centro de recuperação e saúde, e heliponto. "É o primeiro do Brasil
que terá vários módulos reunidos em um só local." A preocupação com a qualidade da construção e a preservação do meio ambiente é outra medida destacada pelos empresários. O desperdício da obra, por exemplo, é de 7%, índice muito abaixo da média nacional, de 20%. O hotel será, ainda, 100% auto-suficiente no fornecimento de água e no processamento de esgoto. "O resort será totalmente abastecido com água mineral proveniente de seis fontes e terá uma usina interna, que fará o tratamento e reaproveitamento de 99% da água." A preservação das árvores do local é o u t ro f a t o r i m p o r t a n t e : "Conseguimos colocar um projeto dessa magnitude em uma área de 600 mil metros quadrados sem tirar uma árvore sequer. Ao contrário, desde que iniciamos as obras, há três anos, plantamos mais três mil árvores no local". Valorização – A construção do resort também está valorizando a mão-de-obra local. Todos os envolvidos na obra são jordanenses, segundo os executivos responsáveis pela iniciativa. "A expectativa é de que, dentro dos próximos cinco anos, quando todo o complexo estará concluído, sejam gerados cerca de 1,5 mil vagas de emprego para a região. Hoje, a prefeitura do município tem 1,4 mil postos de trabalho", comenta o empreendedor. (MO)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
2 -.LAZER
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de agosto de 2006
TEATRO Cardápio de autores e espetáculos é eclético: a semana traz 17 estréias e seis reestréias Fotos: Arquivo DC
Leonardo Rodrigues/Hype
George Büchner, Rachel de Queiroz, Shakespeare, Jean Genet, Plínio Marcos, Oduvaldo Vianna Filho, Nelson Rodrigues e Moliére: diversidade de gêneros em cima do palco
Sérgio Roveri
TODOS NA RIBALTA
D
o alemão George Büchner à cearense Rachel de Queiroz. Do inglês William Shakespeare ao santista Plínio Marcos. Do francês Jean Genet ao carioca Oduvaldo Vianna Filho. Se o cardápio de autores é eclético, a oferta de espetáculos, então, é ainda mais generosa. Depois de um período de retração, em função dos jogos da Copa e das férias de julho, o teatro começa o mês de agosto como uma das atividades culturais mais atléticas da cidade. A semana traz 17 estréias e seis reestréias nas quais, mais do que o aspecto numérico, devem ser levadas em conta a diversidade de gêneros, de autores e a proposta estética de grupos novos ou já consolidados. Há desde a leitura barroca de Gabriel Villela para o clássico alemão Leonce e Lena, até remontagens dos eternos medalhões nacionais, Plínio Marcos e Nelson Rodrigues, passando pelo experimentalismo que alimenta o circuito alternativo da cidade, a exemplo do espetáculo Três Paredes e Meia, monó-
logo inspirado nos tipos peculiares criados por Jean Genet, ou Coração Partido, uma tentativa de recuperar a obra meio esquecida do romântico Gonçalves Dias. Mas se o público preferir trocar tudo isso pela simples presença de estrelas no palco, tudo bem: Aracy Balabanian, Patrícia França, Denise Stoklos e Virginia Cavendish estão na cidade, prontas para os aplausos. A concorrida agenda teatral desta semana é apenas o aperitivo do que vem por aí: semana que vem Maietê Proença estréia o espetáculo Achadas e Perdidas, baseado em textos de sua própria autoria. No dia 19, Paulo Autran volta aos palcos, como protagonista da peça O Avarento, de Moliére, com direção de Felipe Hirsch. E o mês ainda promete a estréia do cineasta Bruno Barreto como diretor teatral: a peça é D oubt (Dúvida), um dos maiores sucessos da Broadway no ano passado. A seguir, algumas das principais estréias da semana:
João Caldas/Divulgação
Rogerio Faissal
Sidnei Caria/Divulgação
Divulgação
Concorrida agenda teatral traz requinte barroco, confidências em livro, encenação intimista e fanatismo religioso
C
Discursos vazios e um casamento arranjado
om a peça Leonce e Lena , do dramaturgo alemão George Büchner (1813-1837), o diretor mineiro Gabriel Villela dá prosseguimento a um projeto batizado de trilogia niilista, que começou com Esperando Godot, de Samuel Beckett, e continua depois com Calígula, de Albert Camus.
O
texto de Comendo entre as refeições, do dramaturgo americano Donald Margulies já foi visto em São Paulo em 2000, sob o título de Estórias Roubadas, que reuniu no elenco as atrizes Beatriz Segall e Rita Elmôr, na época uma revelação nos palcos. Nesta remontagem entram Aracy Balabanian e Virginia Cavendish. A primeira
O
título deste novo trabalho da companhia Pia Fraus, 100 Shakespeare, o primeiro dedicado ao público adulto nos últimos anos, quer mesmo provocar suspeitas: seriam cem cenas do dramaturgo inglês ou um espetáculo absolutamente sem
E
scrito pela cearense Rachel de Queiroz em 1958, A Beata Maria do Egito, versa sobre o fanatismo religioso, foi inspirado em um poema de Manuel Bandeira e em uma lenda medieval sobre as beatas, mulheres
No espetáculo, Villela leva ao extremo o seu requinte barroco, construindo imagens de surpreendente beleza. O texto, sobre um príncipe e uma princesa que fogem de seus respectivos reinos para evitar um casamento arranjado, ganhou um inusitado tom de crítica à atual política brasileira. Há personagens que
fazem referência direta aos discursos vazios do presidente Lula, outros que imitam a pronúncia inconfundível de Paulo Maluf e um terceiro que não evita piadas sobre a atuação do ministro da Cultura. Quinze atores atuam nesta peça, a todo instante pontilhada por números musicais interpretados ao vivo.
Leonce e Lena - Sesc Avenida Paulista - Espaço Décimo Andar, na Avenida Paulista, 119, Cerqueira César, tel.: (11) 3179-3700. Espetáculos quinta às 17h, sexta a domingo às 20h. Ingressos de R$ 15 a R$ 20.
Nos porões da literatura vive uma consagrada escritora de origem judia, Ruth Steiner, dona de uma cadeira de literatura na Universidade Columbia, onde tem como aluna a jovem Lisa Morrison (Cavendish), estudante de letras e um talento em potencial. Ruth torna-se mentora intelectual e confidente da jovem Lisa, a ponto de relatar a ela os efeitos dano-
sos de uma antiga paixão e sua atual frustração por não ter se casado e nem ter tido filhos. A jovem escritora usa este minucioso desabafo como material para seu primeiro romance, elogiado pela crítica. Ao ler o livro, a mestra acusa a pupila de plágio e traição, enquanto que esta alega que prestou apenas uma homenagem à escritora.
Comendo entre as refeições Teatro Folha, Shopping Pátio Higienópolis, Segundo piso, tel.: (11) 3823-2323. Espetáculos, sexta às 21h30, sábado às 21h e domingo às 19h. Ingressos de R$ 40 a R$ 50.
Shakespeare em bonecos Shakespeare? Nem uma coisa, nem outra. Trocadilhos à parte, o grupo utiliza mais de 30 bonecos, manipulados por quatro atores, para recriar cenas de algumas das mais famosas peças de Shakespeare, entre elas Macbeth, O Mercador de Veneza e Romeu e Julieta, todas
enfileiradas na tentativa de se criar uma história linear. O trabalho poderá ser visto por apenas 90 pessoas por sessão, já que o diretor, Wanderley Piras, deseja uma encenação intimista, na qual a platéia possa observar de perto os macetes da manipulação.
100 Shakespeare - Teatro Popular do Sesi da Vila Leopoldina, Rua Carlos Weber, 835, tel.: (11) 3832-1066. Espetáculos de quinta a sábado às 20h, domingo às 18h. Grátis.
As mulheres de Padre Cícero extremamente religiosas que chegavam a utilizar seus corpos como passaporte para poder participar das cruzadas. Ambientada em 1913, no sertão cearense, a peça mostra um conflito que uniu lavradores, jagun-
ços e romeiros em torno do Padre Cícero e contra os latifundiários do Vale do Cariri. Patrícia França vive Maria do Egito, a beata que recruta jagunços para lutar contra as tropas do governo estadual.
A Beata Maria do Egito Teatro Augusta, Rua Augusta, 943, tel.: (11) 3151-4141. Espetáculos sexta às 21h30, sábado às 21h e domingo às 19h. Ingressos de R$ 40 a R$ 50.
Lee Thalor: nova pepita localizada pelo faro apurado de Antunes Filho
PERFIL
NASCE UM ASTRO
O
Sérgio Roveri
ator goiano Lee Thalor conquistou o papel de Quaderna, o protagonista da peça A Pedra do Reino, dirigida por Antunes Filho, graças, entre outros méritos, a um ataque epiléptico. Durante os ensaios do espetáculo, o diretor, que já vinha testando vários atores para o papel, olhou para o jovem e disse: "Agora você, vá lá e faça a cena do desmaio". O ataque deve ter sido tão convincente que, na manhã seguinte, o diretor pediu para que Thalor vestisse o figurino do personagem. Ganhava um rosto ali, nos bastidores do teatro, o herói quixotesco criado por Ariano Suassuna nos livros O Romance d’A Pedra do Reino e A História do Rei Degolado, que serviram de matériaprima para o espetáculo em cartaz no Teatro do Sesc Anchieta. A vocação artística de Lee Thalor parece ter sido traçada ainda no cartório de registro civil de Goiânia, cidade onde ele nasceu em 1983 – coincidentemente o mesmo ano em que Antunes tentou, sem sucesso, encenar a Pedra do Reino pela primeira vez. O pai, dentista, queria que o primeiro filho carregasse o nome de Lee Majors, homenagem ao ator americano que protagonizava o seriado Cyborg, o Homem de Seis Milhões de Dólares. A mãe, cabeleireira, concordou com o Lee, mas fez questão de incluir na seqüência um Taylor, seduzida que era pelo personagem de Charlton Heston no filme O Planeta dos Macacos. O escrivão coroou a mistura grafando Taylor como Thalor. O sobrenome, de Moura Paula, foi só um consenso familiar mesmo, sem intenções laudatórias. "Mas foi o único lampejo artístico que eles tiveram", diz o ator, que há dois anos integra o CPT, o Centro de Pesquisa Teatral mantido por Antunes Filho no prédio do Sesc Anchieta. "No futuro, não apoiariam minha carreira de ator. Meu pai queria que eu seguisse a profissão dele, ou fizesse medicina. Minha mãe me via ocupando um posto na aeronáutica. Chegou a preencher um cheque para me pagar um curso de cadete". A Pedra do Reino é o primeiro trabalho profissional de Lee Thalor no teatro adulto – e também sua estréia nos palcos de São Paulo, onde chegou em 2002 para estudar interpretação na Escola de Comunicação e Artes da USP. Antes disso, havia participado de quatro montagens infantis em Goiânia: A Gitana dos Bálcãs, que ele abandonou no meio da temporada, aos 17 anos, desiludido com sua estréia teatral, O Corcunda de Notre
Dame, para o qual foi selecionado como bailarino, embora não soubesse dançar, O Rei de Palha e O Rei Leão, em que surgia na pele do passarinho Zazu. "Mas teatro mesmo, como deve ser feito, eu estou conhecendo só agora", diz. "Apesar da generosidade com que Antunes Filho sempre me tratou, este personagem exigiu um trabalho duro e doloroso de minha parte. Se está havendo um reconhecimento, é em função de tanto empenho". Reconhecimento tem havido, e em tempo recorde. Com apenas uma semana em cartaz no papel de Quaderna, Lee Thalor já é visto como a mais nova pepita localizada pelo faro apuradíssimo de Antunes Filho, um diretor fundamental na formação de atores como Giulia Gam, Luis Mello, Juliana Galdino, Marco Antonio Pâmio, Samantha Monteiro e inúmeros outros saídos do CPT. "O talento e a inteligência dele foram determinantes para a conquista do papel", diz Antunes Filho. "Pesaram também uma certa habilidade corporal e a possibilidade que ele oferecia de ser trabalhado vocalmente dentro do CPT". O trabalho corporal de Thalor, aprimorado nos vários meses de ensaios do espetáculo e nas aulas de condicionamento físico e natação, feitas a conselho do diretor, contribuiu para dotar o personagem Quaderna, que nos livros de Suassuna é retratado aos 41 anos, de uma indisfarçável jovialidade e extremo vigor. Espécie de mestre-de-cerimônia desta enérgica encenação de Antunes, Thalor permanece em cena o tempo todo, traveste-se de mulher, dança baião, empreende magistrais fugas da polícia num ritmo alucinante de história em quadrinhos e ainda se ocupa da absoluta maioria dos diálogos contidos nas 37 páginas da adaptação da obra de Suassuna. Em meio a este esforço atlético, tem de dar conta de uma melancolia que acompanha o personagem desde o berço e que se confunde com a própria vida do escritor paraibano. "A maneira de ser de Thalor foi fundamental para a realização deste projeto", diz Antunes. "E não foi muito difícil trabalhar num processo de ‘prematuramente envelhecido neste cárcere’, como reza o texto". O pai de Thalor, que sonhava para o filho um futuro de brocas e alicate na mão, chega hoje de Goiânia para ver A Pedra do Reino. Ainda não sabe que seu rebento é o protagonista. Eis aí uma informação que, de agora em diante, vai ser cada vez mais difícil de Thalor manter em segredo.
Ano 81 - Nº 22.184
São Paulo, sexta-feira a domingo, 4 a 6 de agosto de 2006
R$ 0,60
Jornal do empreendedor
Edição concluída às 23h55
w w w. d co m e rc i o. co m . b r
Agora é cassa aos sanguessugas Depois do período de caça aos suspeitos de participar do esquema de superfaturamento de ambulâncias, a CPMI dos Sanguessugas já tem provas para pedir a cassação de vários parlamentares. Um dos acusados peso-pesado é o senador Ney Suassuna (foto). Ele foi mais uma vez citado pelo empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin e se viu encrencado com o depoimento do assessor Marcelo Cardoso de Carvalho. Página 5
Ailton de Freitas/Ag. O Globo
A cidade pode ter comércio do minuto
Roni Schutzar/AFP
Vovôs querem ser deputados
Carro atingido por estilhaços de míssil do Hezbollah em Acre
Aprovação de projeto de lei que fraciona em minutos cobrança dos estacionamentos gera polêmica. Zona Azul, hotéis, motéis e lan houses também serão atingidos? Conforme o texto, cobrança por minuto começará a partir do período mínimo de 15 minutos. C 1
Tel-Aviv na mira do Hezbollah
Oito civis morreram em Israel, atingidos por mísseis do grupo xiita libanês. O revide foi em Beirute. O líder Nasrallah diz agora que pode acertar Tel-Aviv. C 4 Andrea Felizolla/LUZ
Divulgação
Warner Bros/Divulgação
HOJE Parcialmente nublado Máxima 24º C. Mínima 12º C.
AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 25º C. Mínima 12º C.
Fim semana com gatos e Zuzu O musical Cats, sucesso da Broadway nos anos 80, chega à cidade em versão original. Embalado pela canção Memory, promete show de coreografia e humor.
Nas telas, Patricia Pillar (na foto, com Alexandre Borges) é Zuzu Angel, estilista brasileira que se transformou em polêmica personagem
política no final dos anos 60. E mais: o Alcorão, agora fielmente traduzido para o português.
José Pinto, 102, e Deodata Borges, 101. São da Bahia. Pág. 8
Mais R$ 3,62 bi para o Leão A receita do governo de SP cresceu 6,7% em julho. E 1
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4
O
Hezbollah infligiu o número mais elevado de baixas a Israel em 23 dias de conflito, matando oito civis em ataques com foguetes no norte do país e 4 soldados em combates no sul do Líbano, onde as tropas israelenses avançam para impor uma "zona de segurança". Bombardeios israelenses mataram quatro civis libaneses. Segundo o Exército de Israel, quatro combatentes do Hezbollah foram mortos em confrontos. Israel afirma ter estabelecido o controle de áreas nas imediações de cerca de 20 vilarejos e cidades numa faixa de até 6 quilômetros da fronteira – a mesma área que ocupou por 18 anos até retirar seu Exército do Líbano em 2000, após anos de guerra de guerrilha do Hezbollah. Também continuou bombardeando regiões xiitas, como a cidade de Taibe, no norte, e vários vilarejos no sul. De acordo com o diário israelense Haaretz, o ministro da Defesa, Amir Peretz, ordenou que os militares se preparem para controlar todo o território ao sul do Rio Litani, uma extensão de quase 30 quilômetros, que incluiria o porto de Tiro. A medida ainda depende de aprovação do governo e iria requerer a convocação de mais reservistas. Depois de alguns dias sem aparecer, o líder do Hezbollah, xeque Hassan Nasrallah, ameaçou desfechar um ataque contra Tel-Aviv se Israel voltar a bombardear Beirute, como fez na madrugada de ontem. Um vídeo com a declaração do xeque foi transmitido pela TV do Hezbollah, a AlSe vocês M a n a r, q u e atacam apesar de ter Beirute, a sido alvo de Resistência b o mb a rd ei o s continua atacará tra nsmiti ndo Tel-Aviv. É para o Líbano e capaz de outros países. fazer isso "Se vocês atacam BeiruHassan te, a ResistênNasrallah cia Islâmica a t a c a r á Te l Aviv e é capaz de fazer isso", disse Nasrallah, aparentemente confirmando os temores do governo israelense de que o grupo tem mísseis com alcance de 130 quilômetros. Nasrallah disse que o grupo só "está respondendo à agressão israelense". "A qualquer momento que pararem com os bombardeios nós suspenderemos os ataques com foguetes. Preferimos o engajamento de militares com militares", afirmou, numa referência aos combates no sul. Pouco depois, a TV israelense informou, citando uma fonte militar, que o governo israelense destruiria a infra-estrutura do Líbano se o Hezbollah fizer isso. À noite, Israel voltou a bombardear os bairros xiitas no sul de Beirute. Dois fortes estrondos abalaram a cidade. Apesar da intensa campanha militar aérea e terrestre de Israel, o Hezbollah continua lançando dezenas de foguetes diariamente. Hoje foram mais de 100 enquanto na quarta-feira o grupo estabeleceu um recorde, disparando 207 projéteis, incluindo um com alcance de 70 quilômetros. Num balanço dos 22 dias do conflito, o primeiro-ministro do Líbano, Fuad Siniora, afirmou que 900 libaneses morreram e 3 mil ficaram feridos, sendo um terço das vítimas crianças com menos de 12 anos. Siniora estimou que 1 milhão de habitantes – um quarto da população do Líbano – buscaram refúgio em outra parte do país ou no exterior. Ontem, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou a retirada de seu embaixador em Israel por causa dos ataques ao Líbano e aos territórios palestinos. (AE/AP)
Denis Sinyakov/AFP
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de agosto de 2006
Internacional
A verdadeira solução para o conflito é a eliminação do regime sionista, mas neste momento deve haver um cessar-fogo imediato. Do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad
Reservista israelense em meio aos disparos da artilharia contra o Hezbollah, no acampamento de Fasuta, norte de Israel Nicolas Asfouri/AFP
HEZBOLLAH PÕE TEL-AVIV 'A PRIMEIRA VÍTIMA DE NO ALVO TODAS AS GUERRAS' A vila de Bayada, ao sul de Tiro, no Líbano, sob bombardeios
Yonathan Weitzman/Reuters
Mulher retira duas crianças de casa coberta de sangue em Acre Roni Schutzer/AFP
Resgate de feridos em Nahariya, onde o Hezbollah matou 5 pessoas
Guerrilheiros do grupo xiita mataram ontem pelo menos oito pessoas com os foguetes que lançaram contra Israel, além de provocarem quatro baixas no Exército israelense durante os confrontos no Líbano. Foi o pior dos 23 dias de conflito para Israel. Em discurso pela TV, o líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, disse que o grupo vai lançar foguetes contra Tel Aviv se Israel atacar o centro de Beirute
IRÃ QUER ELIMINAÇÃO DE ISRAEL
L
í d e re s m u ç u l m a n o s exigiram um cessar-fogo imediato entre Israel e o Hezbollah numa reunião de emergência na Malásia convocada para discutir a crise. O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse que a solução é a eliminação de Israel. Líderes da Organização da Conferência Islâmica, que reúne 56 nações, entre elas Indonésia, Paquistão e Turquia, advertiram que os ataques de Israel vão atiçar o radicalis-
mo muçulmano e gerar novos terroristas, e pediram que a ONU investigue supostos crimes de guerra israelenses no Líbano e nos territórios palestinos. A organização emitiu um comunicado expressando solidariedade ao povo libanês "em sua resistência legítima e heróica contra a agressão israelense". Na declaração final, os líderes islâmicos exigiram que o Conselho de Segurança da ONU "cumpra suas responsabilidades... sem qualquer novo
atraso aprovando e implementando um amplo cessar-fogo imediato e incondicional". "Responsabilizamos Israel pela perda de vidas e sofrimento... E exigimos que Israel indenize o Líbano e seu povo pelas perdas resultantes da agressão israelense", afirma o documento. A Malásia, que preside a OCI, recebeu presidentes, primeirosministros e dignatários para o encontro de um dia visando articular uma resposta conjunta aos ataques de Israel. (AP/AE)
E
m seu livro A Primeira Vítima, de 1975 (publicado, portanto, logo após o final da Guerra do Vietnã), o jornalista e escritor australiano naturalizado inglês Phillip Knightley mostrou como os governos sempre ocultaram ou manipularam fatos ocorridos durante guerras, com o objetivo de melhor atender aos seus próprios interesses. Isso faz da verdade, segundo o jornalista, a primeira vítima de todas as guerras, como disse o senador norteamericano Hiram Johnson, em 1917. O mais novo exemplo de quanto Knightley e Johnson estão cobertos de razão é o número de vítimas do ataque israelense a um prédio no vilarejo de Qana, no sul do Líbano, no domingo. No dia do bombardeio, foi noticiado que 56 pessoas tinham morrido, sendo que 37 eram crianças. O ataque foi rapidamente comparado a o u t ro , o c o r r i d o e m 1 9 9 6 , quando Israel matou, também em Qana, mais de 100 civis libaneses durante a operação "Vinhas da Ira". Ontem, o primeiro a dar um novo número de vítimas foi o jornal israelense H a a re t z . Segundo a publicação, que citou como fonte de informação o hospital libanês que atendeu às vítimas, 28 civis morreram em Qana. Depois, foi a vez da organização não-governamental de d i re i t o s h u m a n o s H u m a n Rights Watch, que reuniu dados a partir de informações médicas, entrevistas com sobreviventes e fontes do governo, e informou que os bombardeios israelenses mataram 28 pessoas e deixaram 13 desaparecidos. Não foi só em Qana que a
verdade parece ter sido a vítima nesse conflito que tem pouco mais de três semanas de duração. O governo de Israel fala a toda hora que seus ataques diários, que já mataram centenas de civis libaneses (o número varia conforme a fonte), têm diminuído o poderio de fogo do Hezbollah, grupo xiita financiado pela Síria e pelo Irã. Na quarta-feira, o norte de Israel foi atingido por uma "chuva" de foguetes – 210, no total – e ontem, outros oito civ i s i s r a e l e n s e s m o r re r a m num período de pouco menos de duas horas em mais uma barragem de projéteis, mostrando que o Hezbollah ainda tem muita bala neste pente. No começo do conflito, o Hezbollah anunciou que havia atingido – e destruído – uma embarcação da marinha israelense na costa do Líbano. Israel negou veementemente a informação para logo depois dizer que quatro de seus marinheiros haviam morrido no ataque. Sem contar o número de militantes do Hezbollah mortos até agora. O exército de Israel diz que são mais de 300. O Hezbollah não diz nada. Ir aq ue – A invasão ao Iraque, em 2003, foi baseada no fato de o país de Saddam Hussein ter armas de destruição em massa, segundo o governo de George W. Bush. As tropas norte-americanas jamais encontraram algo que fosse o suficiente para justificar a guerra, que já dura mais de três anos, e suas dezenas de milhares de vítimas. Laços que a Al-Qaeda, de Osama bin Laden, teria com o regime iraquiano, também serviram para justificar a guerra. Outra mentira. Kety Shapazian
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de agosto de 2006
DIÁRIO DO COMÉRCIO
LAZER - 3
RELIGIÃO Professor da USP coordena primeira tradução do Alcorão diretamente do árabe para o português
Ma
rce
lo M
in/
AFG
Fotos: Leonardo Rodrigues/Hype
NOME DIVINO Lúcia Helena de Camargo egípcio naturalizado brasileiro desde a década de 1970, chefiou a equipe encarregada da empreitada. Ele explica que o longo nome na capa foi necessário para que não haja dúvidas sobre o que se tem em mãos. "Algumas palavras não possuem uma tradução exata; mas mantivemos sempre o sentido." Considerado o terceiro livro sagrado, depois da Torá judaica e do Evangelho cristão, contém relatos que aparecem também nos outros. "Há 25 profetas da Bíblia mencionados no Alcorão", lembra o professor Nasr. Entre eles, Noé, Abraão, Davi e Jesus. O profeta Muhammad – no Brasil, chamado de Maomé – teria escrito o livro sagrado dos muçulmanos durante uma revelação divina. O nome do profeta não é jamais traduzido, assim como o nome de Deus, sempre grafado como Allah. Chamado também de Código Divino para o ser humano, o Alcorão é dividido em 114 suras – o equivalente dos capítulos na Bíblia cristã –, sempre
iniciadas com a aclamação "Em nome de Allah, O Misericordioso, o Misericordiador". Estabelece preceitos a serem seguidos, recompensas aos corretos e castigos aos infiéis. "Por certo, aos que renegam a Fé, de nada lhes valerão as riquezas e os filhos, diante de Allah. E esses serão combustível do Fogo", diz o versículo 10 da Sura da Família de 'Imrãm. Um dos objetivos desta tradução é ajudar na formação de sheiks brasileiros. "Temos meia dúzia; queremos centenas", almeja Nasr. O Alcorão já começou a ser distribuído para bibliotecas e mesquitas. Aos 3 mil exemplares enviados para São Paulo, em breve se somarão outros 14 mil. Interessados podem preencher um cadastro e solicitar um exemplar pelo site da Câmara de Comércio Árabe Brasileira (http://www.ccab.org.br/portugues). Nem se cogite, em hipótese alguma, a compra. "A palavra divina não pode ser vendida", explica Nasr. Os custos totais são pagos pela Arábia Saudita.
: Fotos
G
in/AF
elo M
Marc
O
A guerra é a coisa mais odiosa na nossa religião, na nossa vida Helmi Nasr
Escultura em metal reproduz a inscrição "Em nome de Allah, O Misericordioso, o Misericordiador"
Moisés, Jesus e Muhammad
H
oje com 83 anos, aposentado, o sempre sorridente professor Helmi Nasr deu aulas de língua e literatura árabe durante quase a vida toda, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP). Formado em Filosofia Islâmica, começou a carreira acadêmica como professor da Universidade do Cairo. Depois, obteve o doutorado na prestigiada Sorbonne. Em 1961, foi designado para assumir aqui a implantação do curso de árabe por falar francês. "Como trata-se de um idioma latino, concluíram que eu não teria dificuldades com o português", conta. "As línguas são parentes, mas bem diferentes, hoje sabemos, mas felizmente a maioria dos membros da academia falava francês, a norma culta da época, e dessa forma não
tive problemas para me comunicar." Ainda assim fez questão de aprender o português, que em alguns meses já dominava. Chegou em maio de 1962, com intenção de ficar um ano no Brasil. Acabou tomando afeição pelo País, estabelecendo residência e ganhando cidadania. "Minha casa agora é aqui." Religioso, faz as cinco orações diárias prescritas pelo Alcorão (ao nascer do sol, ao meio-dia, à tarde, ao cair do sol e à noite), jejua no Ramadã (mês durante o qual não é permitido comer ou beber durante as horas que se tem luz do dia); peregrina às cidades sagradas de Meca e Medina, na Arábia Saudita, mas ao contrário dos islâmicos mais ortodoxos, possui aparelho de televisão em casa. "Gosto de ver o noticiário, e minha mulher vê novela", brinca. O sorriso vai embora quando o te-
ma é a guerra, no Oriente Médio ou em qualquer outro lugar. "O Alcorão proíbe a agressão e a mentira, e todas as coisas que prejudicam o ser humano", enfatiza. "A guerra é resultado de propaganda falsa e voz baixa da justiça, o que acaba permitindo que a voz contrária seja ouvida. Essa é a voz do diabo." O assunto parece exasperá-lo e ele continua: "A guerra é a coisa mais odiosa na nossa religião, na nossa vida; pessoas são mortas sem motivo. Por que? Se somos todos filhos de um mesmo Deus, em religiões fundadas por diferentes profetas, cada um a seu tempo – Moisés, Jesus e Muhammad." Sobre aqueles que alegam guerrear em nome de Allah, provendo a "guerra santa", o professor diz que fazem "interpretação errada das palavras do livro sagrado". E encerra o assunto. (LHC)
A dificuldade em admitir erros e excessos
Oriente Médio vive um momento particularmente sangrento da guerra secular que divide islâmicos, cristãos e judeus – os membros das três grandes religiões monoteístas do planeta, cujo berço é Jerusalém. Ariel Finguerman, autor do recém-lançado livro Retratos de uma Guerra – Histórias do Conflito entre Israelenses e Palestinos (Editora Globo, 183 páginas, R$ 30) acredita que seria necessário um exame de consciência de lado a lado para começar a solucionar pelo menos o problema mais recente, no Líbano. A serviço de diversos jornais, ele morou em Israel e viveu o dia-adia dos conflitos, cobriu toda a Nova Intifada para os jornais O Globo e Expresso (Lisboa), entre outros. Sobre a questão, ele concedeu ao Diário do Comércio a seguinte entrevista. Quem tem mais culpa no conflito do Líbano? Por que? Ariel Finguerman: É muito importante que cada um dos lados examine suas próprias ações e admita erros e excessos. É fácil apontar os problemas do inimigo, mas é difícil fazer auto-crítica. Os israelenses têm que admitir que a população civil libanesa está sendo duramente atingida neste conflito e isto é lamentável. E o Líbano tem que admitir que é anormal permitir a presença de uma guerrilha agressiva como o Hezbollah na fronteira com um país vizinho." Divulgação
M
ais de 20 anos foram necessários para que chegasse às mãos dos fiéis o primeiro Alcorão traduzido diretamente do árabe para o português. A tradução em si demorou apenas quatro, de 1984 a 1988, mas outros 15 foram usados na revisão e complicada logística, que incluiu envio de dados para o complexo do Rei Fahd bin Abdel Aziz, na Arábia Saudita, onde são impressos todas as versões oficiais do livro sagrado islâmico, além de muitas idas e vindas, de materiais e envolvidos no projeto, até a final aprovação do texto pela Liga Islâmica Mundial. Até hoje, um muçulmano brasileiro que não entendesse árabe poderia ler apenas traduções secundárias, feitas a partir do francês e do inglês. O livro já foi oficialmente versado para 40 idiomas. A atual edição recebeu o título preciso de Tradução do sentido do Nobre Alcorão para a língua por tuguesa. O professor Helmi Nasr,
A palavra divina não pode ser vendida Helmi Nasr
Imagens recentes da guerra no Oriente Médio: AFP Photo/Hassan Ammar; Reuters/Adnan Hajj; AFP Photo/Denis Sinyakov; AFP Photo/Nicolas Asfouri; Reuters/Kai Pfaffenbach; AFP Photo/Oussama Ayoub
Do bazar ao almoço: é o árabe no português
C
erca de 10% dos vocábulos em português provêm do árabe. Uma das explicações é o domínio de séculos dos mouros sobre a Península Ibérica. Dos mais conhecidos – almoço, almofada, algodão – a palavras como bazar e friso, têm sua origem no idioma árabe. O livro Influências Orientais na Língua Portuguesa (664 páginas, R$ 107), de Miguel Nimer, este ano reeditado pela Edusp, ajuda no estudo e entendimento da história e construção da língua portuguesa. (LHC)
Árabes e judeus podem conviver em harmonia? Como? Existem razões para sermos otimistas. Não existe um ódio racial entre judeus e árabes, nem razões ideológicas profundas. São basicamente dois povos lutando por território. Também as pesquisas de opinião indicam que a maioria dos israelenses e dos palestinos é favorável à paz. Essa guerra ancestral deve-se a interpretações equivocadas dos respectivos livros sagrados? Os livros sagrados que inspiram os dois lados, o Alcorão islâmico e a Bíblia judaica, trazem diferentes visões em seu próprio interior. Um fiel pode concluir através da leitura destes livros que deve amar o seu próximo, mas também pode concluir que deve declarar uma guerra santa. Depende muito da leitura pessoal e, principalmente, da intenção dos líderes religiosos. (LHC)
Não existe um ódio racial entre judeus e árabes, nem razões ideológicas profundas. São basicamente dois povos lutando por território. Ariel Finguerman
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de agosto de 2006
Estacionamento por minuto pode afetar Zona Azul, lan house e até motel Fotos de Andrea Felizolla/Luz
Ivan Ventura e Davi Franzon
A
aprovação, quarta-feira, do projeto de lei (PL) 283/99 que fraciona em minutos a cobrança dos estacionamentos na cidade já levanta questões polêmicas como uma possível revisão no critério de cobrança na Zona Azul – hoje atrelado ao número de horas que o veículo fica estacionado na rua. Há quem acredite até mesmo na extensão desse fracionamento por minutos a hotéis, motéis e lan houses. O projeto de lei, de autoria do vereador João Antonio (PT), foi aprovado em segunda e definitiva votação e, agora, segue à sanção ou veto do prefeito Gilberto Kassab. De acordo com o texto, os proprietários de estacionamentos serão obrigados a cobrar por minuto (e não mais por hora) após um período mínimo de um quarto de hora (15 minutos). De acordo com essa lógica, um estacionamento que adota como preço base R$ 10 a hora, passaria a cobrar R$ 2,50 pelo período mínimo – mais os valores fracionados por minuto. A multa para quem descumprir a nova lei, se aprovada, deverá oscilar entre R$ 1 mil e R$ 2 mil. Em último caso, o estacionamento poderá ter seu alvará de funcionamento cassado pela Prefeitura. Justiça – O vereador petista disse que a proposta deverá fazer justiça aos usuários de estacionamentos. "Hoje, essas pessoas são obrigadas a pagar por horas cheias quando estacionam, mesmo que não utilizem todo o tempo a que têm direito", afirmou. João Antonio ressaltou, porém, que a proposta não vai afetar os clientes mensalistas ou conveniados. "A relação dos mensalistas e conveniados com os estacionamentos não será afetado com a proposta. O meu projeto atinge apenas os diaristas ou aqueles que pagam por pequenos períodos de tempo". Ao lado da questão da cobrança pelo estacionamento, a Prefeitura ainda se vê às voltas com estabelecimentos que funcionam de maneira irregular na cidade. O secretário das Subprefeituras, Andrea Matarazzo, acredita que a imensa maioria dos estacionamentos está em situação irregular. Levantamento da secretaria indicou que cerca de 80% dos estacionamentos funcionam em desacordo com as normas municipais. O ponto mais crítico, segundo o levantamento, é a região central, onde não há estacionamentos completamente em dia com a Prefeitura. Os casos vão da falta de certificado de vistoria até a inexistência da autorização de funcionamento. Matarazzo destacou uma "jogada" que é feita pelos proprietários dos estabelecimentos irregulares. Ela dificulta as ações de fiscalização e o fechamento dos estacionamentos clandestinos pelos agentes da Prefeitura. O secretário explicou que a lei atual exige duas notificações, uma multa e, no caso da não regularização, o fechamento do estabelecimento. "Depois de multados, eles trocam a razão social da empresa, o que nos obriga a reiniciar o processo de notificações. Essa jogada, típica de máfia, impede o fechamento dos clandestinos", disse Matarazzo. O secretário informou que a Secretaria de Negócios Jurídicos já estuda maneiras para impedir essa manobra e, assim, conseguir autuar e fechar os estacionamentos clandestinos. Para Matarazzo, o modelo das garagens subterrâneas seria o melhor para a cidade.
Cobrança é feita a partir da primeira hora. Mesmo que o cliente passe poucos minutos, paga a hora cheia.
A empresária Tatiana reclamou dos centavos
Fusinato já pensou até na balinha para o troco
Reginaldo acredita em aumento nas tarifas
José Armando disse que acabará com a tolerância
A idéia do fracionamento é baratear a estadia
1 O meu projeto atinge os diaristas ou aqueles que pagam por pequenos períodos de tempo. João Antonio, vereador autor do projeto de lei
Projeto aprovado na Câmara fraciona em minutos a cobrança em estacionamentos. A medida, que aguarda a sanção do prefeito Gilberto Kassab, já levanta questões polêmicas. Entre elas, a aplicação do mesmo critério de cobrança na Zona Azul, lan houses e motéis. No Centro, a maioria dos estacionamentos é irregular. Precedentes – Na opinião do advogado Caio Arantes, especialista em direito público, a eventual sanção do projeto de lei poderá abrir um precedente para que seja revista a cobrança da Zona Azul. E mais: "Em tese, toda atividade econômica cuja cobrança é baseada em critério de tempo também poderia ser fracionada em minutos. Hoje, a cidade tem diversos locais com essas características. Entre elas estão as lan houses, os hotéis e os motéis". Sergio Morad, presidente do Sindicato das Empresas de Garagens e Estacionamentos de São Paulo, acredita que a proposta é inconstitucional e fere a lei de livre iniciativa. "Isso mexe com a concorrência de mercado entre os estacionamentos e mexe, de certa forma, com o tabelamento de preços. Isso é proibido e esperamos pressionar o prefeito contra o projeto". Ainda segundo Morad, a medida não prejudicaria as finanças dos estacionamentos, pelo menos por enquanto. O prefeito Kassab, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que o projeto será analisado em, no máximo, três meses. Passado esse período, o prefeito decidirá pela sanção ou pelo veto. Divergências - A reportagem do DC saiu às ruas e ouviu a opinião dos principais interessados na proposta do vereador petista: os responsáveis pelos estacionamentos e os usuários. O gerente do estacionamento New Center, André Luís Freitas De Bonni, de 28 anos, acredita que a proposta poderá acarretar num aumento no valor da tarifa inicial, contrariando as normas da proposta. "Hoje cobramos R$ 10 pela primeira hora e R$ 3 pelas demais. Não podemos apenas cobrar inicialmente R$ 2,50, mais os valores fracionados. No meu caso, iremos cobrar R$ 7 pelos primeiros 15 minutos além dos valores subsequentes", disse o gerente do estacionamento situado na rua Boa Vista. Já existem até responsáveis por estacionamentos pensando em "jeitinhos" na tentativa de se adaptar à lei. "Teremos dificuldades com o troco, já que os valores serão fracionados. De qualquer forma, sempre existe o famoso barzinho da esquina para trocarmos cédulas por moedas. Há ainda o uso da famosa balinha como forma de compensar a falta de troco", comentou o gerente da Parada Café estacionamentos, Roberto Tadeu Fusinato, de 53 anos. Fusinato, inclusive, chegou a encenar uma adaptação à nova lei com uma cliente, a empresária Tatiana Martins Zillig, de 22 anos. Ele entregou a nota fiscal com o valor a ser pago e, antes de ela observar o preço, disparou: "São R$ 9,09". Inconformada, Tatiana reclamou: "Você está me roubando? O que são esses nove centavos". Fusinato riu e explicou toda a situação a sua cliente. Outro gerente de estacionamento do Centro, o peruano José Armando Ortiz Pacheco, de 47 anos, comentou que a proposta selará o fim da tolerância dos minutos ofertada por esses locais. "Já que eles querem cobrar de forma fracionada, teremos de acabar com a tolerância. No meu caso, eu permito uma tolerância de 8 minutos. Se a proposta for aprovada, isso não acontecerá mais". Já os clientes entrevistados aprovaram a idéia, mas com ressalvas. "Acho justo esse projeto de lei, mas acredito que os donos de estacionamentos deverão aumentar os preços. Tem de haver uma compensação financeira", disse o operador de sistemas, Reginaldo Ramalho, de 42 anos.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4 -.LAZER
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de agosto de 2006
GASTRONOMIA Tanger: Marrocos, França e Brasil na mesa
Toda a leveza da cortiça
Fotos: Divulgação
José Guilherme Ferreira
M
icrométricas almofadas pentagonais (ou hexagonais) recheadas com uma mistura de gases. A estrutura celular da cortiça foi observada pela primeira vez pelo cientista inglês Robert Hooke, nos caminhos abertos com a invenção do microscópio óptico (1660). Hoje, a série de características da cortiça está na ponta da língua daqueles que defendem o uso da rolha natural no tamponamento das garrafas de vinho. Em cada centímetro cúbico de cortiça CTCor/Reprodução
Tagine de cordeiro com ameixas e amêndoas (alto) e o cuscuz Royal, criações da chef franco-marroquina Dinah Doctors
Cardápio das Mil e Uma Noites Mas para sentir os pés tocando em solo marroquino, melhor é experimentar, na entrada, a lingüiça de cordeiro condimentada (R$18,90). Depois, o cuscuz Royal criado pela chef Dinah Doctors, franco-marroquina de origem judaica que comanda a cozinha. O prato, à base de cordeiro e especiarias, é acompanhado de sêmola, legumes, amêndoas e frutas secas. Custa R$ 33. Uma variação de sabor mais exótico, mas igualmente imperdível, é o Tagine de Cordeiro com ameixas (R$ 30,80). A carne é cozida com cebolas e amêndoas torradas, canela, gengibre e gergelim, resultando em um gosto levemente adocicado. Acompanha cuscuz com grão-de-bico, cebola dourada e uva passa. E quem prefere frutos do mar, a sugestão é o cuscuz Marinho, com camarão, lula, marisco, pimentão e tomate e azeite de oliva (R$ 34,50).
O cardápio inclui ainda oito tipos de petiscos, três saladas, cinco pratos de aves e outros cinco de peixes e frutos do mar (experimente o Papillote de salmão com shimeji, R$ 31,40), além de dez variações com carnes e até, perdido em meio às atrações marroquinas, o Desarrumadinho do Tanger(R$ 19,90), cordeiro desfiado em uma cama de abóbora, acompanhado de couve, alho seco, batata palha e azeite de oliva. A chef orgulhase de misturar no menu as culinárias francesa, marroquina, mediterrânea e brasileira. Para beber: arak, bebida típica árabe com teor alcoólico de aguardente, usado em drinques (doces e perfumados) e na adaptação – com limão, evidentemente – chamada de caipirak (R$ 11,60). Entre as sobremesas, vale experimentar os doces tipicamente marro-
quinos, a R$ 6,50 a unidade ou o crepe de banana com Nutela, servido com sorvete (R$ 8,60). Durante o dia, abre para almoço com menu executivo entrada, prato principal e sobremesa por R$ 20. No dia 13, dos Pais, o restaurante oferece um doce marroquino grátis aos homenageados. As noites de quinta a sábado são animadas por apresentações de dança do ventre (couvert artístico, R$ 6). A dança na qual a dançarina Michelli Nahid equilibra uma afiada espada sobre o abdômen costuma deixar interessado o público, geralmente formado por casais e grupos de amigos. Depois de tudo, é oferecido como cortesia o chá de hortelã, digestivo servido no Tanger seguindo o ritual de despejá-lo de uma altura de um metro, sempre – garantem os garçons – sem derramar uma gota. Tanger - Rua Fradique Coutinho, 1664, Vila Madalena, tel.: (11) 3037-7223.
HAPPY HOUR
Drinques, música e amassos Armando Serra Negra Milton Mansilha/LUZ
Decoração eclética e música que não deixa ninguém sentado
G
uantanamera! Ícone da boemia paulistana, 35 anos de badalo, o Biroska continua firme, forte na função de não deixar ninguém sentado muito tempo. Música ao vivo da melhor, o dance vai das sete da noite às sete manhã. É chacoalho no bolero, gingado no samba, vai-e-vem no forró (do inglês, music for all), descanso e namorico por conta da MPB. A decoração, mistureba kitsh, ares de brechó e vaudeville francês – à la Toulouse Lautrec – fez escola: quantas casas moderníssimas, recéminauguradas, copiam a receita até hoje... Sucesso garantido, ora pois!
Ingredientes atraentes à galera, temperado com a presença glamurosa – de ontem e hoje – de artistas de peso (a gravadora RCA é ali perto), Raul Seixas, Antonio Marcos, Benito de Paula, Fabio Júnior, Odair José (esse, voltando à moda), Sidney Magal, Vanusa, Chacrinha, levou o boteco a assumir o codinome "Casa dos Artistas". "Leandro e Leonardo, Zezé di Camargo, Roberta Miranda, são alguns que começaram a carreira aqui", abre o leque a proprietária Liliam Gonçalves, cantora temporã. Néons, manequins sobre o palco – tipo Elvis, Roy Rogers, Sam Spade, Cazuza – a banda toca. Vitrines com trajes que fizeram história: vestido longo vermelho debruado de seus antigos shows, terno branco de Cauby Peixoto anos 50. "Foi ele quem lançou a moda dos brocados e paetês, quando veio dos States, inspirado nos crooners de lá". Gíria mineira, biroska significa armazém, armarinho. Tudo muito bem pensado, luz na medida certa, algumas coloridas, de árvores de natal, spots, amplo mezanino para um papo gostoso entre um amasso e outro. Chope Antarctica (R$ 3), cervejas Bohemia, Original e Serramalte (R$ 5), água mineral (R$ 2,90). E como bom mineiro – mas com excelência em comida bahiana: acarajé (porção com quatro unidades – R$ 18), camarão, vatapá, caruru – R$ 50), carne de sol com mandioca (R$ 18 – para duas pessoas) – o boteco, pelo que se vê, é um genuíno come quieto. Couvert artístico entre R$ 8 e R$ 11, a partir das 21h. Guajira guantanamera... Biroska - Rua Canuto do Val 9, Santa Cecília, tel.: (11) 3338-2525.
ADEGA
A bebida no Alcorão Condenada é a embriaguez e não o consumo do vinho. Sérgio de Paula Santos
Q
uando tratamos do papel do vinho no islamismo, vimos que sua interdição não foi rigorosa nem estável no tempo e no espaço e que mesmo Maomé no início de sua pregação o aceitou, desde que não ligado à embriaguez. Já em relação ao Corão ou Alcorão (Al Quran), "recitação" ou "discurso", também chamado "Livro de Deus" (Kitab Alah), como texto fixo, tem, independente de interpretações, as restrições ao vinho mais definidas. Segundo M. Roty, responsável pela organização Viver o Islamismo no Ocidente, o versículo que interdita as bebidas alcoólicas denomina-as "Kmar", que não é especificamente vinho, mas toda substância inebriante, que pode obnubilar o espírito ou a inteligência do homem. O islamismo reconhece o aspecto positivo do vinho, mas considera que o aspecto negativo do seu consumo em excesso prevalece sobre o primeiro, o que justificaria sua proibição. Os três versículos que tratam do vinho não condenam seu consumo pelos cristãos ou judeus, mas a conseqüência, a embriaguez. O pecado original não existe, segundo o islamismo, no sentido moral, mas metafísico. O pecado seria esquecer seu senhor, pois em o desobedecendo dele se afastam. Nesse conceito situa-se a interdição do vinho, pelo qual a humanidade se afastaria da divindade. A proibição baseia-se na convicção de que o homem não saberia desfrutar do prazer do vinho sem se exceder, e foi o próprio profeta quem disse que a fé e a embriaguez não podem coexistir no coração do homem. Sendo o distintivo da condição humana a inteligência e sendo o reconhecimento e a afirmação da verdade divina um ato de inteligência, toda outra verdade seria secundária. Tudo o Marcelo Min/AFG
T
http://www.ctcor.com/faq/faq.php?id=27 http://www.corkmasters.com
Lúcia Helena de Camargo
anger, a cidade, passou durante séculos por guerras e conflitos variados, foi domínio de países tão diferentes como Portugal, Itália, Bélgica, Suécia e Estados Unidos. Em 1912 transformouse em um protetorado francês, ganhando sua independência apenas em 1956, quando integrou-se ao reino do Marrocos, país do norte da África. Assim, Tanger, o restaurante, em Vila Madalena, procura representar essa diversidade na zona oeste de São Paulo. Muitas cores e objetos com adornos que lembram As Mil e Uma Noites. E a maioria dos objetos da decoração está à venda. Há copos, chaleiras, vasos, pratos e principalmente narguilés. A palavra vem do persa nargileh, que significa "noz de coco" ou "cachimbo de água". O cachimbo é composto de um pequeno fogareiro, um tubo, e um recipiente cheio de água com essências, que o fumo atravessa antes de chegar à boca. Os adeptos não terminam uma refeição sem umas tragadas, a R$ 10 por sessão.
são cerca de 40 milhões de células que formam uma estrutura alveolar fascinante, que lembra a de uma colméia. Cada um dos prismas da rede tem cerca de 45 micrômetros (ou 0,045 milímetros) de altura. Essa arquitetura é responsável pela leveza e pelo alto grau de compressibilidade das rolhas. Já a impermeabilidade fica por conta da suberina, sustância lipídica que reveste as paredes das células e impede a passagem de líquidos e gases. A suberina é o principal componente da cortiça (45%). No tiroteio contra as rolhas sintéticas, entretanto, estão sendo cada vez mais usados conceitos politicamente corretos. Afinal, as rolhas naturais são recicláveis e biodegradáveis. A vinícola espanhola Viña Araújo não esconde o jogo: faz questão de explicitar no gargalo de seu Albariño 2005 que sua garrafa é selada com rolha de cortiça. A tese agora é a de que essa informação passou a ser indispensável para o consumidor.
que puder alterar no homem seu estado consciente, que contrarie sua dignidade e a possibilidade de retorno a Deus, de ser o representante de Deus sobre a Terra, o receptáculo do divino, enfim, tudo o que puder se opor a essa condição é interdito no islamismo. No plano alimentar existem duas proibições fundamentais, o porco e o vinho. O porco representa para o muçulmano o que é contrário à santificação da alma e o retorno a Deus. Com relação ao vinho, vimos, o homem não saberia dele fazer uso adequado. Mesmo em relação a qualquer alimento permitido, o fiel deve servirse com parcimônia. Alá não aprecia os excessos, podendo a fé ser avaliada nos detalhes do quotidiano. Diz o Alcorão: "Pode-se ver em que medida a fé é autêntica." Vemos por outro lado que o vinho está presente no paraíso muçulmano. Mas, como diz M. Roty, no plano místico e simbólico, representando como no cristianismo e no judaísmo o conhecimento de Deus, o amor divino e fonte de alegria. Esse vinho, metafísico e espiritual, teria precedido a vinha e é o próprio Maomé quem nos diz: "Os que beberem o vinho deste mundo não o beberão no outro." Com todo respeito que se deve a todas as crenças, fica-nos a dúvida de como desejar o que não se conhece, principalmente quando disponível. Outro lado, entre o vinho terreno e certo daqui e o incerto do paraíso ficamos com o primeiro. Mais vale o pássaro da mão. Sérgio de Paula Santos, é médico e crítico de vinhos. Membro-Fundador da Federação Internacional dos Jornalistas e Escritores do Vinho (Fijev), é autor de livros sobre vinhos, o último dos quais, O Vinho e suas Circunstâncias, Senac, SP, 2003.
O livro sagrado do islamismo: "Kmar" é o versículo que interdita as bebidas alcoólicas
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 4, 5 e 6 de agosto de 2006
TELEVISÃO
LAZER - 5
CD
Filmes da Mostra de Cinema de São Paulo. E mais: É Tudo Verdade
Fotos: Divulgação
O bandolim puxa a festa Aquiles Rique Reis
vai mostrar o percurso desses cineastas através de imagens, depoimentos de atores com os quais já trabalharam e de material de backstage. O brasileiro Fernando Meirelles é o personagem do programa de estréia. A trajetória de Meirelles é revisitada desde seus tempos de estudante de arquitetura da USP, quando ele começou a se interessar por cinema, à criação, junto com um grupo de amigos, nos anos 80, da produtora Olhar Eletrônico. Foi com ela que Meirelles e sua trupe criaram os programas mais diferenciados na paisagem televisiva dos 80, como o TV Mix, no qual os ‘repórteres abelhas’ (que faziam e filmavam suas entrevistas ao mesmo tempo) fizeram época na TV Gazeta de SP. No início dos 90, com a criação da produtora O2, Meirelles deu a largada a uma série de longas de sucesso, como O Menino Maluquinho 2: A Aventura (1998), Domésticas (2001) e Cidade de Deus (2002). Os episódios inéditos de Diretores Latinos vão ao ar aos domingos, às 19h, com reprises nas tardes de quarta e sexta.
Andrucha e Fernanda; Meirelles (alto). O Beijo da Mulher Aranha, Coração Iluminado e Lúcio Flávio, de Babenco
PlayArte/Divulgação
CINEMA Fox Film/Divulgação
OUTRAS ESTRÉIAS ssombração (Gwai Wik/Re-Cycle, Hong Kong/Tailândia, 2006, 108 minutos, foto acima). A sorte está do lado da escritora Ting-Yin, no sudeste da Ásia. É lá que seu primeiro romance torna-se um best-seller. E seu agente já tem planos para a produção da segunda obra. Durante uma sessão de autógrafos, ele anuncia que as forças naturais serão o tema principal. Já com a mão na massa, Ting-Yin não sente facilidade de escrevêlo e acaba deletando de seu computador o primeiro capítulo. É nessa hora que a rotina dela se modifica. Ficção e realidade passam a confundir o dia-a-dia da escritora. Oxide e Danny Pang na direção. Protegida por um Anjo (Half Light, Inglaterra/Alemanha, 2006, 110 minutos). No longa-metragem dirigido por Craig Rosenbergh, Demi Moore (foto abaixo) interpreta a escritora Rachel Carlson que depois do afogamento do filho de 7 anos, tem dificuldades de voltar a escrever. Além do abalo, o casamento com Brian (Henry Ian Cusick) também está em crise. Vendo a situação da escritora, a amiga Sharon (Kate Isitt) resolve ajudá-la levando Rachel para passar um tempo em uma tranqüila vila. O que parecia o ideal, vira um pesadelo. Rachel começa a receber mensagens, supostamente enviadas pelo filho morto e sofre sem saber o que é loucura e realidade. A Prova (Proof, Estados Unidos, 2005, 99 minutos). Adaptado de uma premiada peça, o filme traz Gwyneth Paltrow vivendo a atormentada Catherine. Ela cuidou do pai que sofria de esclerose no fim da vida e, em razão disso, teme enlouquecer como ele. Para se proteger, Catherine se afasta de todos e vive isolada em casa. Mas a irmã Hal (Jake Gyllenhaal) e um ex-aluno do pai reaparecem para tentar ajudá-la. Anthony Hopkins, Jale Gyllenhaal e Hope Davis estão no elenco. Dirigido pelo inglês John Madden (Shakespeare Apaixonado).
A
O chefe da segurança Pete Garrison (Michael Douglas) e Sarah (Kim Basinger): nem Kennedy acreditaria
Espionagem e dedos-duros
T
odo mundo já deve ter visto Sentinela(The Sentinel, EUA, 2006, 108 minutos) algum dia, ou pelo menos pedaços dele, tantos são os filmes inspirados no assassinato do presidente John Kennedy, em Dallas, em 1963. Este é mais um, embora isto não seja mencionado em cena. Trata-se acima de tudo de uma história de espionagem e de dedos-duros. O presidente a ser abatido é um certo Ballantine (David Rashe), bobo e além disso, traído, pelos ardores que a primeira-dama Sarah (Kim Basinger) dedica a um dos chefes de segurança, o agente Pete Garrison (Michael Douglas). Nem Kennedy, notório pulacerca, nem sua primeira dama, Jaqueline, notória elegante, acreditariam nesse adultério doméstico, envolvendo subalterno. Este subalterno do filme, o Garrison de Douglas, tem atritos com outro chefe de segurança, David (Kiefer Sutherland), com cuja mulher teve casos, e por isso é odiado. Este enredo apimentado, envolvendo notáveis, prometia. Como pano de fundo a essa miserável luta pelo poder, ainda que só na cama, tremulam bandeiras
Geraldo Mayrink de Israel e de algum país árabe num encontro de cúpula em Camp David, sugerindo a atormentada vida de um presidente americano. Para livrá-lo desse inferno, querem matá-lo. Cartazes nas ruas exigem o presidente fora e o chamam de "grande pecador". Logo ele, que submete seus discursos à aprovação da primeira-dama, esta sim, pecadora. Só que não se sabe quem quer matar o presidente. No filme, pouco importa. O negócio é espionar, embora o presidente não perceba o que rola além de sua cama. Pois é nessa gente, que decide tudo no mundo, que devemos confiar. Todos ficam de olho um no outro e a produção até recorreu a um espião aposentado, identificado como "Gerald Cavis", para uma consultoria ao romance de um certo Gerald Petievich, no qual o filme se baseou. Mas tanto a espionagem como a trama para matar presidentes (e elas são tantas, no mundo real) são mero pretexto para disfarçar quem é quem. Embora dirigido pelo desconhecido Clark Johnson, Sentinela foi feito para a glória do candidato a chefão dos estúdios, o também produtor Michael Douglas,
filho digamos assim, desnaturado do grande nonagenário Kirk. Quase tudo se concentra nele e seus ombros de macho não suportam, pois não é nenhum caçador da arca perdida como Harrison Ford. Ele caçava mulheres, obsessivamente, e agora parece que sossegou com a deslumbrante Catherine Zeta-Jones. Os espiões costumam deixar pistas. Embora famoso como garanhão e até como caso médico, pois foi se tratar da sua fissura por sexo e um insistente priaprismo, no filme Michael reduz a loura tão linda como Kim Basinger ou morena como Jill (Eva Longoria, no papel de mais uma espiã agente-secreta) a quase nada, pois tudo em cena é assexuado. Isto não teria importância se o filme do curado Michael tivesse algo mais a oferecer, mas não tem. O enredo é confuso. A direção (Clark Johnson) é burocrática. O poder presidencial americano é uma bobagem. Alguns tiros sobrevivem como para lembrar com estridência que a platéia está diante de um filme policial de ação. É muito pouco para elenco tão ilustre e uma trama, a espionagem, que sempre oferece muito mais do que o filme dá.
Aquiles Rique Reis é vocalista do MPB4 e autor de O gogó de Aquiles, editora A Girafa.
ão
no qual revela sua relação com o poeta espanhol Garcia Lorca, aparece conversando com alunos dos cursos de Teatro e Cinema da PUC e conta como seus amigos de infância amarravam feixes de cana-de-açúcar. Vinícius de Moraes fecha o ciclo no curta Música, Poesia e Amor. O poetinha aparece declamando um verso de seu primeiro poema, feito aos seis anos de idade como presente a sua namoradinha da escola, e, em conversa com Toquinho, recorda grandes sucessos e outras parcerias importantes em sua carreira, como as que fez com Tom Jobim, Baden Powell e Edu Lobo. Diretores Latinos - O brasileiro Fernando Meirelles (Cidade de Deus eo Jardineiro Fiel), o argentino Marcelo Piñeyro (Kamchatka), o mexicano Alejandro Gonzalez Iñárritu (Amores Brutos) e o chileno Andrés Wood (Machuca) saem detrás das câmaras para virar a atração principal da série Diretores Latinos, programa que o TNT estréia no domingo, dia 6, às 19h. Produção original da própria TNT, o programa
lgaç
lirismo, humor e angústia, o diretor Fernando Leon de Aranoa retrata a tragédia social (e pessoal) do desemprego, mostrando que, quando quer, o cinema sabe contar lindas histórias. Na terça, dia 8, experimente outra interessante atração que vai ao ar pelo Canal Brasil às 22h35. Trata-se do programa É Tudo Verdade, no qual o crítico Amir Labaki vai apresentar alguns curtas-metragens dirigidos pelo escritor Fernando Sabino na década de 70, em parceria com o cineasta David Neves. O primeiro filme, O Fazendeiro do Ar, revela a produção literária do grande Carlos Drummond de Andrade e mostra cenas curiosas do poeta andando de ônibus ou passeando pelo centro do Rio. Em seguida entra em cena O Habitante de Pasárgada, no qual o poeta Manuel Bandeira declama para a lente de Sabino a mais famosa de suas poesias Voume embora pra Pasárgada. Em seu ambiente doméstico, Bandeira também é flagrado preparando café com torradas e calçando meias. João Cabral de Melo Neto é retratado por Sabino em O Curso do Poeta,
Divu
"P
escar" bons programas para ver na tevê às vezes é tarefa dura, tamanha a oferta. A escolha, claro, vai do gosto de cada um, mas vez ou outra algumas atrações tornam-se quase obrigatórias. Exemplo? O filme Segunda-Feira ao Sol (Espanha, França, Itália, 2002), que será exibido hoje às 22h30 na Mostra Internacional de Cinema da TV Cultura, apresentada pelo crítico e organizador da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Leon Cakoff. Vencedor do melhor filme estrangeiro no Festival de Gramado em 2003 e indicado da Espanha ao Oscar 2003, o longa é estrelado pelo fantástico ator espanhol Javier Bardem (no papel do obstinado metalúrgico Santa). A ação se passa numa cidade costeira da Galícia, localizada no norte da Espanha, às voltas com o fechamento de um estaleiro, o que provocou desemprego em massa na cidade. E será ali, num bar decadente, que um grupo de amigos desempregados se encontra todos os dias, em busca de um lugar ao sol. Com
Regina Ricca
UIP/
Poetas, sua poesia e diretores latinos
Reprodução
H
amilton de Holanda, um gênio do bandolim de 10 cordas, formou um quinteto que leva seu nome. Nele, Daniel Santiago toca violão, André Vasconcellos toca baixo elétrico, Marcio Bahia toca bateria e Gabriel Grossi toca harmônica. Gravado pelo Hamilton de Holanda Quinteto, Brasilianos (Biscoito Fino) já está nas lojas. Hamilton juntou-se a Daniel na criação dos arranjos de Pedra da Macumba, Baião Brasil e Pra Você Ficar, e sozinho arranjou outras oito faixas de Brasilianos. Daniel fez os arranjos para O Trenzinho do Caipira (Villa-Lobos) e Procissão (Gilberto Gil). Estas, aliás, e mais as três em parceria com Zélia Duncan, autora das letras de Saudade do Futuro, Valsa em Si e de Pra Sempre, são as únicas que não são só de Hamilton. A primeira música do CD é Pedra da Macumba. Hamilton se atira febrilmente sobre seu bandolim e o faz com tal sofreguidão que se tem a impressão de que alguma entidade musical superior se apossou de seus dedos. O andamento acelerado desse samba mistura notas vocais murmuradas (iguais às do solo instrumental que executa) ao som dos outros instrumentos. A faixa 2 é a que dá título ao CD: Brasilianos. Após introdução feita por bandolim e violão, a harmônica surge delicada, para logo o bandolim tornar a ensandecer. A faixa 3, Baião Brasil, impressiona pela limpeza das notas agudas do bandolim: soam cristalinas nos harmônicos, enquanto conversam com as notas do baixo e os acordes do violão. A faixa 4 é Caçua – Kduliba. Hamilton esclarece no encarte que Kduliba é um "ritmo nascido da fusão de elementos africanos e europeus". E diz mais: que "Rafaela [sua filha] adora". Então agora são dois, prezado Hamilton: feito ela, eu também adorei. A faixa 5 é 01 byte 10 cordas. Feito para seu enteado Bruno, esse samba também foi inspirado nos afrosambas de Baden e Vinícius. Estejam onde estiverem, eles devem ter adorado a homenagem. Pra Você Ficar é a faixa 6. A delicadeza está impregnada nessa bossa nova lírica. Bela é a performance da harmônica. O Trenzinho do Caipira é a faixa 7. Diz Hamilton no encarte: "Villa-Lobos ia gostar dessa versão". Provavelmente sim, caro Hamilton. Com seu gosto musical apurado, Villa adoraria uma música tocada com um belo arranjo jazzístico. Só que creio que o mestre só perceberia que aquele tema (tocado magistralmente, diga-se) era a sua Tocata – O Trenzinho do Caipira, da Bachianas Brasileiras número 2, ao final de quase sete minutos, momento em que a melodia do mestre é tocada como foi concebida originalmente. Saudade do Futuro é a faixa 8. Bandolim e violão se revezam na missão de revelar a linda melodia dessa valsa. Na faixa 9, Valsa em Si, mais uma vez se sobressai o som peculiar da harmônica. A faixa 10 é Procissão. Hamilton faz sua mão esquerda ir com harmônicos buscar sons mágicos lá no meio do bandolim, onde soam mais agudas as notas do instrumento. A faixa 11, Pra Sempre, é um gostoso samba de gafieira, feito para instigar à dança. Dor Menor é a faixa 12. A música mais bonita do disco. Samba-canção feito com o ardor de quem sofre por amor, mas não perde o prumo da música. Abre parênteses: já escrevi o que penso a respeito de mixagem; entretanto, creio que não custa repetir: mixagem é uma questão de concepção sonora. Isso porque me pareceu que o baixo, de um modo geral, ficou encoberto. Tirando os bons momentos em que lhe cabe um solo ou um duo com outro instrumento, ele está escondido. Louvo, no entanto, a mixagem dos outros instrumentos, principalmente a da bateria. Fecha parênteses. Brasilianos fecha com O Hermeto Tá Brincando. Nela, os cinco músicos se propõem uma catarse musical. Espanta a tamanha intimidade que têm com seus instrumentos. Brincam com eles como se fosse um pião que, jogado para cima, se apara na palma da mão. Com este galope aloprado, tem-se a certeza de que emoção é sinônimo de técnica e antônimo de mesmice.
2
Nacional Empresas Moda Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 7 de agosto de 2006
SÃO ESPERADAS 140 MIL PESSOAS POR DIA DE DESFILE
400
mil reais foi o investimento na terceira edição do Bom Retiro Fashion Business
Fotos: Paulo Pampolin/Hype
A terceira edição do evento vai apresentar desfiles de 40 marcas do bairro e, desta vez, vai ser realizada na Rua Ribeiro de Lima. Temporada de desfiles deve ajudar o faturamento dos lojistas a aumentar 30% no período. Compradores são do interior de São Paulo e já lotaram os hotéis de toda a região.
MODA ACESSÍVEL NO BOM RETIRO FASHION
As tendências da temporada primavera-verão aparecem em todas as grifes do bairro
O
s lojistas do Bom Retiro costumam dizer que os prod u t o s e n c o n t r ados na região oferecem qualidade e preço justo. A partir de hoje até o dia 10 de agosto, o bairro tenta agregar mais um adjetivo: o glamour. Moda para todos os gostos e, principalmente, para bolsos menos abastados é o que promete a terceira edição do Bom Retiro Fashion Business. Lojistas de 40 grifes da região vão mostrar o que vai fazer sucesso na moda de rua na próxima temporada primavera-verão. As apresentações têm algumas novidades: os investimentos subiram de R$ 250 mil (na segunda edição, que exibiu a coleção outono-inverno) para R$ 400 mil. A passarela será montada na CONVOCAÇÕES
Rua Ribeiro de Lima, num espaço de 600 m² – em março, o evento foi realizado na Rua Carmo Cintra, com 360 m². Além disso, mais de 300 pessoas vão trabalhar para garantir o bom resultado do evento. E haverá, na quarta-feira, uma apresentação especial – um desfile noturno, às 20 horas, com 40 minutos de duração. Desafio – "A organização é um grande desafio. Ao contrário do São Paulo Fashion Week, que é realizado na Bienal, no Parque Ibirapuera, a estrutura do Bom Retiro Fashion Business será montada na rua, onde estão as lojas. Teremos iluminação especial, geradores, camarim, passarela. Tudo precisa estar bem engrenado para que o espetáculo para os consumidores seja positivo", afirma Nivaldo Júnior, diretor
de marketing e eventos da Câmara de Dirigentes Lojistas do Bom Retiro (CDL), que organiza os desfiles. "Vamos torcer para não chover." Compr adores – Uma pesquisa feita pela CDL revela que 20% dos freqüentadores do bairro vêm do interior de São Paulo. Se forem levados em conta também os compradores das regiões Sul e Nordeste, o índice sobe para 60%. De acordo com a secretáriaexecutiva da entidade, Kelly Cristina Lopes, a expectativa é de que o fluxo diário de pessoas na região, que é de aproximadamente 70 mil pessoas, dobre nos dias de desfiles. "Os hotéis do bairro estão lotados. As vendas das lojas devem aumentar até 30% em razão do evento", diz Kelly. Os desfiles vão apresentar
Prévia dos desfiles foi realizada no mês passado
a moda da coleção primavera-verão em sapatos, bolsas, acessórios, lingerie, roupa feminina e masculina. "As modelos, na passarela, vão most r a r o s e s t i l o s ro m â n t i c o , náutico, jeans, branco e preto, listras, tudo o que vai ser usado na próxima estação", ressalta o produtor do evento, Reginaldo Fonseca. Para ele, a população vive uma época de dinheiro mais curto. Precisa se vestir bem, com qualidade e preço justo. "Tudo isso, junto com glamour e conceito, é encontrado no Bom Retiro”, diz Fonseca. Existem atualmente na região 1,2 mil lojas – 90% são também fabricantes, onde trabalham 30 mil pessoas. Cada empresa produz, todos os meses, em média, 20 mil peças. Neide Martingo
ATA
O verão vai pedir peças femininas, com motivos náuticos e românticos RECALL
RECALL A Begli Ind. de Comp. Eletrônicos LTDA. solicita aos clientes que, devido a uma diferença ao valor de fluxo luminoso menos que 5% do declarado em nosso produto SRS e SRD, que entrem em contato através do telefone 0800.108010. COMUNICADO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Reforma de Prédio(s) Escolar(es) construído em Estrutura Pré-Fabricada Metálica (Sistema Nakamura): TOMADA DE PREÇOS N.º - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/1755/06/02 - EE Res. Jardim Bambi – Rua Gabriela Gurgel de Freitas, 206 - Res. Jardim Bambi - Guarulhos/SP – 90 R$ 54.807,00 – R$ 5.480,00 – 09:30 – 25/08/2006. 05/1756/06/02 - EE Pr.q Primavera II – Rua Asteróide (Rua Beta), s/nº - Parque Primavera - Guarulhos/SP – 90 - R$ 52.608,00 – R$ 5.260,00 – 09:30 – 25/08/2006. 05/1766/06/02 - EE Otoniel Assis de Holanda – Rua Tupinambás, s/nº - Jardim Três Corações - Capela do Socorro - São Paulo/SP – 90 - R$ 54.403,00 – R$ 5.440,00 – 10:30 – 25/08/2006. 05/1767/06/02 - EE Jardim Varginha II – Rua João Honório Caixeta, 182 - Jardim Varginha - Capela do Socorro - São Paulo/ SP – 90 - R$ 69.044,00 – R$ 6.904,00 – 10:30 – 25/08/2006. 05/1768/06/02 - EE Parque Tamari – Rua Amaro Pontes, s/nº - Jardim N. Parelheiros / Tamari - Parelheiros - São Paulo/ SP – 90 - R$ 62.971,00 – R$ 6.297,00 – 13:00 – 25/08/2006. 05/1765/06/02 - EE Prof. Sergio da Costa – Rua Pres. Bartolome Mitre, 298 - Tremembé - Tucuruvi - São Paulo/SP – 90 - R$ 55.391,00 – R$ 5.539,00 – 14:00 – 25/08/2006. 05/1769/06/02 - EE Cond. Carioba/Monte Verde – Rua União, s/nº - Grajaú - Capela do Socorro - São Paulo/SP – 90 - R$ 58.790,00 – R$ 5.879,00 – 14:00 – 25/08/2006. 05/1764/06/02 - EE Felicio Tonetti – Rua José Milton Barbosa, 138 - Jaçanã - Tucuruvi - São Paulo/SP – 90 - R$ 58.174,00 – R$ 5.817,00 – 15:00 – 25/08/2006. 05/1770/06/02 - EE União de Vila Nova I – Rua Delta c/Rua Santa Catarina, s/nº - Vila Jacuí - São Miguel Paulista - São Paulo/ SP – 90 - R$ 53.833,00 – R$ 5.383,00 – 15:00 – 25/08/2006. 05/1760/06/02 - EE Jardim Maria Dirce II – Rua Belmont, 50 - Jardim Maria Dirce - Guarulhos/SP – 90 - R$ 91.972,00 – R$ 9.197,00 – 16:00 – 25/08/2006. 05/1771/06/02 - EE Jardim Varginha III – Rua João Honório Caixeta, 176 - Jardim Varginha - Capela do Socorro - São Paulo/ SP – 90 - R$ 56.649,00 – R$ 5.664,00 – 16:00 – 25/08/2006. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 07/08/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). O Edital completo através de cópias reprográficas/heliográficas terá o custo de R$ 0,10 (dez centavos) por cópia reprográfica e R$ 3,00 (três reais) por cópia heliográfica. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 22/08/2006, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Willian Sampaio de Oliveira Diretor Executivo
FATO RELEVANTE
EDITAL PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARATINGUETÁ / SP
Aviso de abertura de licitação Processo: Pregão Eletrônico nº 063/06 A Prefeitura Minicipal de Guaratinguetá informa que este Pregão será realizado por meio de sistema eletrônico, pela internet. Objeto: Aquisição de máquinas de escrever em Braille nacional. Endereço Eletrônico do Pregão: www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores-pregão eletrônico. Data de Credenciamento para o Pregão: até às 23:59 horas do dia 15/ 08/2006. Data e horário do Recebimento das Propostas: até às 09:00 horas do dia 18/08/2006. Data e horário do Recebimento dos Lances: das 10:00 horas às 10:30 horas do dia 18/08/2006. Disponibilização do edital e informações no endereço web: www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, opção outros compradores-pregão eletrônico, no item Editais.
CONVOCAÇÃO
FALÊNCIA & RECUPERAÇÃO JUDICIAL
CLUB ANGLO AMERICANO DE SÃO PAULO - CNPJ 01.044.756/0001-03 EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA A Diretoria do Club Anglo Americano de São Paulo convoca seus Sócios para se reunirem em ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA a realizar-se na Avenida Dr. Chucri Zaidan nº 426, 18º andar, na Capital do Estado de São Paulo, nos termos do seu Estatuto Social, em primeira convocação na data de 14/08/2006 às 10:00 e, em segunda convocação, na mesma data às 11:00, a fim de deliberar sobre a efetiva dissolução do referido Club. Caso não seja alcançado o quorum necessário para instalar-se a Assembléia na data acima referida, será realizada nova Convocação dos Sócios para instalação da mesma. São Paulo, 07 de agosto de 2006.
Quer falar com 26.000 empresários de uma só vez?
Publicidade Comercial - 3244-3344 Publicidade Legal - 3244-3643
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 4 de agosto de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência e recuperação judicial:
Requerente: Christian Fernando Casemiro - Requerido: Peralta II Locação - Avenida Giovani Gronchi, 5.653 - 2ª Vara de Falências Requerente: Osmindo Ferreira da Rocha - Requerido: Consid Construções Préfabricadas Ltda. - Rua dos Piemonteses, 207 - 2ª Vara de Falências RECUPERAÇÕES JUDICIAIS: Requerente: Desart Indústria, Importação e Exportação Ltda.Requerida: Desart Indústria, Importação e Exportação Ltda. - Rua Fortunato, 109 - 1ª Vara de Falências Requerente: Industrial Rescue Systems Consultoria e Treinamento em Emergencial Ltda. - Requerida: Industrial Rescue Systems Consult. e Treinamento em Emergencial Ltda. - Avenida Santa Inês, 801 conjunto 83 - 2ª Vara de Falências
2
Passe Livre Série B Camp. Brasileiro Série C
Ú
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 7 de agosto de 2006
FINALMENTE
ltimo colocado do Brasileiro, o Corinthians não vencia havia oito partidas. E parecia que iria completar a nona, quando logo aos 3 minutos do jogo de sábado, contra o Atlético Paranaense, no Pacaembu, o zagueiro Sebá falhou feio e Ferreira fez 1 a 0 para o adversário. Dessa vez, no entanto, o Corinthians (que entrou em campo sem o goleiro Sílvio Luiz, o lateral-esquerdo Gustavo Nery e o meio-campista Ricardinho, todos afastados por deficiência técnica pelo treinador Geninho) não se abalou. Aos 8, Tevez, de cabeça, empatou. Aos 11, Rafael Moura virou. E a vitória apertada, por 2 a 1, foi mantida até o final. “Quase não acreditei quando o técnico Geninho me procurou para avisar que iria jogar. E foi muito bom começar com vitória”, festejava o volante Paulo Almeida, ex-Santos, que veio do Benfica, de Portugal, e estreou na partida. O próximo desafio corintianoé deixar a lanterna: apesar da vitória, que o levou a 13 pontos , o time ainda é último no Brasileiro, um ponto atrás do Fortaleza, que no domingo empatou em casa com o Palmeiras.
Graças a Deus conseguimos virar, já que sofremos um gol logo de cara.” Carlos Alberto, do Corinthians
CORINTHIANS E FLAMENGO VOLTAM A VENCER
paSse livre
Paulo Liebert/AE
Roberto Benevides
Reserva especial arece até que os principais concorrentes combinaram ajudar o São Paulo enquanto o líder ainda tem de cumprir os últimos compromissos na Libertadores - justamente contra o Internacional, que coincidentemente chegou a esta 15ª rodada como vice-líder do Campeonato Brasileiro. O Cruzeiro deu vexame em casa: depois de fazer 2 a 0, acabou empatando com o Santa Cruz por 3 a 3. O Fluminense deu vexame fora: depois que Petkovic perdeu um pênalti, levou 3 a 0 da Ponte Preta. O Internacional até que não fez feio com seus reservas na Vila Belmiro: fez 1 a 0, segurou a vantagem até 39 minutos do segundo tempo, mas deixou o Santos virar para 2 a 1. O Santos, claro, fez sua obrigação, ganhando os seis pontos que disputou contra os reservas do São Paulo e do Inter nas duas últimas rodadas. Na verdade, como foram confrontos com os principais candidatos ao título, o Santos pode comemorar a conquista de 12 pontos em apenas duas partidas. De todos os perseguidores mais próximos de São Paulo e Inter, foi o Paraná que melhor aproveitou as mancadas alheias na briga pelo topo da tabela. Fez 2 a 1 no Vasco e saltou do quinto para o segundo lugar. Você pode conferir na tabela do campeonato, logo à esquerda da coluna, como ficou o restante do pelotão de frente deste Brasileirão, mas nem precisa botar os olhos na classificação para se dar conta de que a competição vai se desenhando cada vez mais em vermelho, preto e branco. É impressionante a força do São Paulo nesta temporada. Os titulares vão à segunda decisão consecutiva da Libertadores, são favoritos contra o Internacional e já sonham também com o bi mundial. Até aí, tudo bem. Surpreendente é a força dos reservas, mesmo tendo sido goleados pelo Santos há uma semana. É a reserva especial de Muricy Ramalho.
P
Depois de oito partidas, o Corinthians volta a vencer: 2 a 1, de virada, no Atlético-PR. Mas ainda é último
Sávio reestréia e Obina salva
N
o jogo que marcou a reestréia de Sávio pelo Flamengo, sábado, contra o Goiás, o herói foi Obina. Graças a seu gol, marcado aos 44 minutos do segundo tempo, o Rubro-Negro voltou a vencer pelo Campeonato Brasileiro depois de quatro jogos, chegou a 17 pontos e conseguiu se afastar um pouco mais da zona de rebaixamento. Um público de 41 467 pessoas esteve presente no Maracanã para rever o atacante Sávio com a camisa rubro-negra. Desde maio sem atuar, ele sentiu a falta de ritmo de jogo. Mesmo assim, mostrou muita vontade. Foi substituído aos 47 minutos do segundo tempo, por Walter Minhoca, sob os aplausos da torcida. Outro que entrou com o jogo em andamento foi justamente Obina, o autor do gol da vitória, em substituição ao volante Léo. A estratégia deu certo: com três atacantes, o Flamengo tornou-se mais ofensivo e acabou marcando o gol que lhe garantiu a vitória.
FALTA CONVERSA
EM DÚVIDA
O Real Madrid de Cicinho, Roberto Carlos, Emerson, Júlio Baptista e Robinho ainda não dá como certa a permanência de Ronaldo. Tudo vai depender da conversa que o Fenômeno terá com o técnico Fabio Capello. Fique ou não Ronaldo, o Real continua sonhando com mais um brasileiro: Kaká. O Milan é que não quer conversa sobre este assunto.
Pelo visto, a Conmebol ainda não foi informada de que o São Paulo e o Internacional vão disputar o título da Libertadores, já a partir desta quarta-feira. Na primeira página do site da confederação sul-americana, permanece a pesquisa que quer saber dos internautas, em espanhol: - ¿Se repetirá una final 100% brasileña en esta Copa Toyota Libertadores?
*Com Agência Estado e Reuters
SÉRIE C
Agora só restam 32
T
SÉRIE B
Lusa esbarra no líder A
Vidal Cavalcante/AE
Empate com o Avaí mantém a Portuguesa na zona de rebaixamento
Portuguesa completou mais uma partida sem vitória (a quarta seguida) na Série B do Campeonato Brasileiro. No sábado, mesmo jogando em casa, a equipe do Canindé não conseguiu sair do 0 a 0 contra o Avaí, de Florianópolis. O resultado foi suficiente para manter o time catarinense em primeiro lugar na classificação, enquanto a Portuguesa continua na zona de rebaixamento, em antepenúltimo lugar. Entre os paulistas, os únicos a vencer foram o Paulista de Jundiaí (2 a 1 em cima do Sport, em plena Ilha do Retiro, no Recife), na sexta-feira, e o Santo André (1 a 0 no Brasiliense, jogando no ABC), no sábado. Também no sábado, o Marília, clube paulista mais bemcolocado até aqui (quinto lugar), foi a Maceió e conseguiu voltar com um empate diante do CRB: 2 a 2. Mesmo resultado do jogo entre Ituano e Guarani, em Itu. O Guarani agora é o 14º colocado.
15ª rodada Gama 4 x 3 Remo Vila Nova 2 x 1 Ceará Sport 1 x 2 Paulista Coritiba 5 x 1 América-RN CRB 2 x 2 Marília Santo André 1 x 0 Brasiliense Paysandu 2 x 2 Atlético-MG Ituano 2 x 2 Guarani Portuguesa 0 x 0 Avaí São Raimundo 2 x 2 Náutico Classificação
P
V
S
1 Avaí
27
7
6
13
2 Coritiba
26
7
8
28
3 Náutico
25
7
0
24
4 Sport
23
6
4
19
5 Marília
23
5
6
22
6 Paysandu
22
6
4
25
GP
7 Atlético-MG
22
5
8
24
8 Brasiliense
21
6
7
25
9 Gama
21
6
-3
22
10 Santo André
21
5
3
18
11 Ituano
20
5
2
23
12 Paulista
20
5
0
16
13 CRB
20
5
-3
26
14 Guarani
20
4
2
19
15 América-RN
19
6
-4
20
16 Vila Nova
18
5
-4
18
17 São Raimundo
15
3
-6
14
18 Portuguesa
14
3
-7
14
19 Ceará*
14
2
-5
14
20 Remo
9
2
-18
14
*Recuperou 6 pontos que havia perdido no STJD.
erminou neste fim de semana a primeira fase da Série C, a terceira divisão do Campeonato Brasileiro. Das 63 equipes que começaram a competição, em julho, somente 32 continuam lutando pelo título e também pelo acesso à Série B do ano que vem (sobem os quatro primeiros). A partir de agora, eles serão redivididos em oito grupos de quatro equipes, dos quais sairão os 16 classificados para a fase seguinte. Das seis equipes paulistas que iniciaram a disputa, três conseguiram se classificar. Pelo Grupo 11, o Grêmio Barueri foi a Belo Horizonte e derrotou o América-MG (também classificado) por 2 a 1. No Grupo 13, mesmo perdendo para o Madureira, no Rio de Janeiro, por 1 a 0, o Rio Branco de Americana conseguiu uma das vagas. A outra ficou com a Cabofriense, mesmo derrotado pelo União Barbarense por 1 a 0 em Santa Bárbara d'Oeste. O terceiro paulsita classificado é o Noroeste, no Grupo 14, que fez 1 a 0 no J. Malucelli, em Bauru, e passou para a próxima fase ao lado do próprio time paranaense. Também pelo Grupo 14, o América de São José do Rio Preto apenas empatando com o Adap (1 a 1), resultado que desclassificou ambos. No Grupo 10, o Atlético-GO ficou em segundo, mas o CeilândiaDF ainda deve brigar na Justiça pelos pontos do jogo contra o Serc-MS, no dia 19 de julho. Se tiver êxito, ganhará a vaga. RESULTADOS: Grupo 1 - AdesgAC 3 x 1 Rio Negro-AM. Grupo 2 São Raimundo-RR 0 x 2 Ananindeua-PA; Fast-AM 3 x 1 Amapá-
AP. Grupo 3 - Operário-MT 0 x 0 Araguaína-TO; Ulbra-RO 0 x 0 Mixto-MT. Grupo 4 - River-PI 1 x 0 Imperatriz-MA; Maranhão-MA 4 x 0 Flamengo-PI. Grupo 5 - Baraúnas 2 x 1 Botafogo-PB; IcasaCE 0 x 0 Porto-PE. Grupo 6 - Ypiranga-PE 3 x 1 Ferroviário-CE; Treze-PB 0 x 0 Potiguar-RN. Grupo 7 - Colo Colo-BA 1 x 0 CSA-AL; Bahia-BA 2 x 0 Confiança-SE. Grupo 8 - Vitória-BA 2 x 0 Pirambu-SE; Coruripe-SE 0 x 0 IpitangaBA. Grupo 9 - Coxim-MS 0 x 0 Jataiense-GO; Anapolina-GO 5 x 0 Luziânia-DF. Grupo 10 - Ceilândia-DF 1 x 0 Ituiutaba-MG; Atlético-GO 1 x 1 Serc-MS. Grupo 11 América-MG 1 x 2 Barueri-SP; Vitória-ES 2 x 1 América-RJ. Grupo 12 - Americano-RJ 2 x 1 JuventusSP; Ipatinga-MG 0 x 1 Estrela-ES. Grupo 13 - Madureira-RJ 1 x 0 Rio Branco-SP; União Barbarense 2 x 0 Cabofriense-RJ. Grupo 14 - Noroeste-SP 1 x 0 J. Malucelli-PR; Adap-PR 1 x 1 América-SP. Grupo 15 - Caxias-RS 3 x 0 Rio Branco-PR; Joinville-SC 1 x 1 Ulbra-RS. Grupo 16 - Criciúma-SC 4 x 0 Brasil-RS; Novo Hamburgo-RS 2 x 1 Marcílio Dias-SC. OS NOVOS GRUPOS: Grupo 17 - Tuna Luso-PA, Ananindeua-PA, Maranhão-MA e Operário-MT. Grupo 18 - Fast Clube-AM, RiverPI, Rio Negro-AM e Mixto-MT. Grupo 19 - Icasa-CE, Bahia-BA, Treze-PB e Coruripe-AL. Grupo 20 - Ferroviário-CE, Vitória-BA, Porto-PE e Confiança-SE. Grupo 21 - Jaiense-GO, América-MG, Atlético-GO e Ipatinga-MG. Grupo 22 - Anapolina-GO, Americano-RJ, Grêmio Barueri-SP e Ituiutaba-MG. Grupo 23 - Cabofriense-RJ, Criciúma-SC, Joinville-SC e Noroeste-SP. Grupo 24 -BrasilRS, J. Malucelli-PR, Rio Branco-SP e Ulbra-RS.
segunda-feira, 7 de agosto de 2006
Camp. Francês Alemanha Liber tadores Itália
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3 Já perdemos muito deles. Agora chegou a hora de ganhar do Inter.” Muricy Ramalho
SÃO PAULO E INTER PRONTOS PARA DECIDIR
DEU BRASIL DE NOVO
Vidal Cavalcante/AE
O
Marcelo Campos/AE
P
ela segunda vez em 46 anos de disputa da Libertadores, duas equipes do mesmo país decidirão o título continental de clubes. E também pela segunda vez — seguida — este país é o Brasil. Se em 2005 os protagonistas foram São Paulo e Atlético Paranaense, com vitória final do Tricolor Paulista, dessa vez o adversário do atual campeão sul-americano e mundial será o Internacional, de Porto Alegre. As duas equipes fazem a primeira partida decisiva na próxima quarta-feira, no Morumbi, em São Paulo. A segunda acontecerá na quarta seguinte, no Beira-Rio, em Porto Alegre. Para garantirem esse direito, as duas equipes venceram seus jogos na semana passada. Na quarta, no Morumbi, o São Paulo necessitava apenas do empate, mas acabou fazendo 3 a 0 no Chivas Guadalajara, do México (gols de Leandro, Mineiro e Ricardo Oliveira), em um jogo eletrizante, em que Rogério Ceni chegou a defender um pênalti cobrado pelos mexicanos quando a partida ainda estava empatada em 0 a 0. No dia seguinte, em Porto Alegre, o Inter precisava vencer o Libertad, do Paraguai, para também ir à decisão. E venceu por 2 a 0, com gols de Alex e Fernandão, ambos marcados no segundo tempo. Voltados para a grande decisão, São Paulo e Inter entraram
Como em 2005, dois times brasileiros decidem a Libertadores: o São Paulo de Rogério Ceni e o Internacional de Fernandão
em campo pelo Brasileiro, no fim de semana, com seus times reservas. Até ontem, já haviam sido vendidos 55 mil ingressos para o jogo de depois de amanhã. Restam ingressos apenas para sócios-torcedores e proprietários de cadeiras cativas, à venda no Pacaembu, no Canindé, no Bruno José Daniel (em Santo André), no Ginásio do Ibirapuera e no Osasco Shopping Galeria. As entradas também podem ser compradas pelo site www.ingressofacil.com.br. No São Paulo, o técnico Muricy Ramalho ainda espera pela recuperação de Danilo, que sofreu pancada no ombro direito no jogo contra o Chivas, pela semifinal. Roberto Assis, empresário de Ricardo Oliveira, garantiu a seu jogador que conseguirá junto ao Betis a permissão para que ele jogue também a segunda partida da final da Libertadores, contra o Internacional, no dia 16, embora seu empréstimo junto ao Betis
Estréia à brasileira s brasileiros fizeram a festa na rodad a d e e s t ré i a d o Campeonato Francês. Logo no jogo de abertura, na vitória do atual pentacampeão Lyon sobre o Nantes, fora de casa, por 3 a 1, o atacante Fred, da Seleção Brasileira, precisou de apenas doze minutos em campo para deixar a sua marca. Foi dele o último gol do Lyon, marcado aos 43 minutos do segundo tempo. No sábado, os brasileiros continuaram a se destacar. O gol da vitória do Le Mans sobre o Nice (1 a 0) foi do ex-são-paulino Grafite, aos 17 minutos do primeiro tempo. Reserva em boa parte da sua primeira temporada pelo Le Mans, que terminou a última edição da competição em 10º lugar, o jogador inicia bem o campeonato de 2006/07. O Bordeaux, atual vice-campeão francês e dirigido pelo técnico Ricardo Gomes, também venceu: 2 a 0 no Toulouse. Além disso, na partida em que
O
FRANÇA Nantes 1 x 3 Lyon Rennes 1 x 2 Lille Auxerre 1 x 1 Valenciennes Bordeaux 2 x 0 Toulouse Le Mans 1 x 0 Nice Lens 1 x 0 Troyes Nancy 1 x 0 Monaco PSG 2 x 3 Lorient Saint-Etienne 1 x 2 Sochaux Sedan 0 x 0 Olympique
o Paris Saint-Germain acabou perdendo de virada, em casa, para o Lorient, por 3 a 2, o pontapé inicial foi dado por Raí. Nomeado em julho como embaixador do PSG para a América do Sul, Raí irá atuar como
uma espécie de relações públicas do clube e “olheiro” para indicar eventuais reforços. No domingo, a rodada foi completada com Sedan x Olympique de Marselha, que empataram em 0 a 0.
Os reservas perderam para o Santos por 2 a 1. Os titulares treinaram no Centro de Treinamentos Rei Pelé, com um problema: Jorge Wagner. O ala esquerdo, um dos principais titulares do técnico Abel Braga, depende da chegada até o final desta segunda-feira de um documento da Federação Russa de Futebol, atestando que o seu vínculo com o Lokomotiv, de Moscou, terminou na sexta-feira, para ter condições legais de enfrentar o São Paulo na quarta. Sem o documento, a equipe gaúcha não terá como registrar o novo contrato de Jorge Wagner na CBF. Rafael Sóbis, Alex, Renteria e Elder Granja, com dores musculares, fizeram apenas um trabalho na piscina. “Se a defesa garantir lá atrás, com certeza o nosso ataque fará pelo menos um”, disse o zagueiro Fabiano Eller. “Mas vamos ter cuidado com as faltas perto da área, porque Rogério Ceni é um excelente cobrador.”
Copa da Liga é do Vice do Milan Werder Bremen garante Kaká
Frank Perry/AFP
Na abertura do Campeonato Francês, Fred & Cia. fizeram a festa
termine no dia 10. Pepe León, presidente do Betis, havia garantido que Ricardo Oliveira estaria em Sevilha no dia 12. “Lutamos para que o Ricardo fique até o fim do ano. Se não der certo, o que duvido muito, fica para a final. Tenho toda a confiança nisso”, disse João Paulo de Jesus Lopes, diretor de futebol do São Paulo. A diretoria aguarda também a decisão sobre o zagueiro André Dias. O Goiás conseguiu uma decisão favorável na Justiça de Goiânia que o São Paulo espera derrubar. Na verdade, o São Paulo atua nos bastidores, pois a causa é entre André Dias e o Goiás. “Agora é pensamento total no Inter, uma parada muito dura”, afirmou logo depois do jogo contra o Botafogo, pelo Brasileiro, o zagueiro Edcarlos, um dos poucos a atuar tanto na equipe reserva quanto na principal. O Internacional chegou a Santos no começo da noite de sábado com seus dois times.
Classificação
P
V
SG
1 Lyon
3
1
2
3
2 Bordeaux
3
1
2
2
3 Lorient
3
1
1
3
4 Lille
3
1
1
2
5 Sochaux
3
1
1
2
6 Le Mans
3
1
1
1
7 Lens
3
1
1
1
8 Nancy
3
1
1
1
10 Valenciennes
1
0
0
1
11 Olympique
1
0
0
0
12 Sedan
1
0
0
0
13 Rennes
0
0
-1
2
14 PSG
0
0
-1
2
15 Saint-Etienne
0
0
4
7
16 Monaco
0
0
4
8
17 Nice
0
0
4
8
18 Troyes
0
0
-1
1
GP
19 Nantes
0
0
-2
1
20 Toulouse
0
0
-2
0
Campeonato Alemão só começa no próximo final de semana, mas o país já tem seu primeiro campeão do período pós-Copa do Mundo. É o Werder Bremen dos brasileiros Naldo e Diego (exSantos), que ganhou a Copa da Liga, torneio que abre a temporada. Sábado, em Leipizig, o Werder bateu o Bayern Munique, do zagueiro brasileiro Lúcio, por 2 a 0. Os dois gols da vitória do Werder Bremen foram marcados pelo atacante croata Ivan Klasnic. Ele abriu o placar aos 21 minutos do primeiro tempo, e tratou de ampliar aos 29 da etapa final. “Nós não queríamos apenas vencer o Bayern. Fomos claramente o melhor time em campo”, disse após a partida o meiocampista Torsten Frings, do Werder Bremen, que defendeu a Seleção Alemã na Copa do Mundo. “Estou feliz, pois é sempre bom chegar com títulos, mesmo que seja de um campeonato curto”, disse Diego.
A
driano Galliani, vicepresidente do Milan, voltou a afirmar que o meia Kaká não será vendido para o Real Madrid e deverá continuar defendendo a equipe italiana na próxima quarta-feira, pela Liga dos Campeões. “Na quarta, Kaká jogará a Liga dos Campeões e os rumores acabarão”, disse Galliani. “Por mais que continuem falando de Kaká em Madri, o jogador continuará no Milan. Tenho um grande respeito pela história do clube espanhol, mas não por seus dirigentes. Os diretores do Real Madrid não estão tendo uma atitude correta e, sobretudo, não é digna da categoria do clube.” Na terceira etapa eliminatória da Liga dos Campeões, o Milan enfrentará o Estrela Vermelha, de Belgrado. Caso Kaká jogue um minuto que seja pela equipe italiana, já não poderá defender outro time na mesma competição na atual temporada.
4
Fórmula 1 Piquet Liga Mundial Natação
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 7 de agosto de 2006
Fiz uma primeira volta fantástica, mas, já na segunda, os pneus começaram a esquentar." Rubens Barrichello
O BRASIL DE BERNARDINHO NÃO PERDE
Mäsi/FIVB
Na praia, só bronze e prata
D
epois de vencer Márcio e Fábio Luiz na semifinal, os campeões olímpicos Emanuel e Ricardo foram derrotados, ontem, pelos americanos Rogers e Dalhausser na decisão do Grand Slam de Klagenfurt, Áustria, pelo Circuito Mundial de Vôlei de Praia, por 2 sets a 0 (21/19 e 21/17). O Brasil ficou com o segundo e terceiro lugares na Áustria, pois Márcio e Fábio Luiz venceram os argentinos Martín Conde e Mariano Baracetti na disputa de bronze por 2 sets a 0 ( 22/20 e 21/17). Na final, Ricardo e Emanuel foram dominados pela dupla norteamericana, que também havia sido vencida por Márcio e Fábio Luiz na sexta-feira. As próximas etapas do Circuito Mundial serão disputadas em Stare Jablonki, na Polônia, Vitória, no Brasil, e Acapulco, no México.
BRASIL IMBATÍVEL
C
om quatro vitórias conquistadas na Europa, a Seleção Brasileira Masculina de Vôlei desembarca nesta segunda no País e já se prepara para os próximos dois jogos da Liga Mundial em Brasília, no sábado e no domingo, conta a mesma Finlândia que derrotou em Tampere por 3 sets a 0 na sextafeira e 3 sets a 1 no sábado. Os brasileiros estão na liderança do Grupo B, com 16 pontos após quatro rodadas. A equipe comandada por Bernardo Rezende é a única invicta na competição. Apesar disso, o técnico acredita que o grupo ainda precise encontrar um padrão de jogo: "O time ainda está com muitos altos e baixos. E a verdade é que, com todo o respeito aos adversários do
nosso grupo, ainda não fomos testados. Não sabemos como estamos em relação às equipes mais fortes", falou. De olho na fase final, Bernardinho tem a opção de continuar com os testes dentro do grupo ou de tentar dar mais ritmo ao time. "Vamos decidir durante a semana se montamos a equipe em função da fase final ou se testo mais alguma coisa", diz o treinador. O Brasil precisa de apenas mais uma vitória nos quatro jogos restantes para garantir a classificação para as finais, que serão disputadas em Moscou entre os dias 23 e 27. O Brasil tenta o hexacampeonato da Liga Mundial. Nesta semana, o meio-de-rede Gustavo se juntará ao grupo. O atleta estava fora da Seleção porque acompanhava a
lidade. O jogo do sábado, no entanto, não foi tão fácil. O Brasil venceu o primeiro set por 25 a 17, sofreu no segundo para fazer 27 a 25, perdeu o terceiro por 25 a 22 e voltou a sofrer até a metade do quarto, mas, graças aos saques indefensáveis de André Nascimento, acabou fazendo novamente 25 a 17. Foi a segunda vez, nos oito jogos que venceu até agora na Liga Mundial, que o Brasil perdeu um set. Bernardinho não poderia mesmo gostar. Liga Mundial: duas vitórias sobre a Finlândia em Tampere fecham o giro europeu com André Nascimento como destaque e mantêm invencibilidade de um ano
Zebras no pódio
O
Giampiero Sposito/Reuters
Giampiero Sposito/Reuters
recuperação de sua mulher, Raquel, que fazia tratamento de um câncer. "Vamos ver como o Gustavo está. Ter passado por essa experiência fez com que ele valorizasse mais as coisas importantes da vida, ganhasse maturidade", ressaltou Bernardinho. O técnico vai avaliar Gustavo assim que o jogador chegar a Brasília: "O que me preocupa é a parte física e técnica mesmo. Ele estava se dedicando à prioridade número 1, que é a família. Sei que vontade não vai lhe faltar." No rápido giro europeu, depois de duas vitórias por 3 a 0 sobre Portugal, a seleção brasileira enfrentou pela primeira vez a Finlândia desde que Berbardinho assumiu o comando técnico em 2001 e manteve, em Tampere, um ano de invencibi-
Leonhard Foeger/Reuters
mau tempo e a chuva fizeram do Grande Prêmio da Hungria uma das mais imprevisíveis provas da Fórmula 1 nos últimos tempos. Embora o campeão e atual líder Fernando Alonso tenha chegado a andar na frente e o vice-líder Michael Schumacher estivesse em segundo lugar a poucas voltas do fim, o pódio em Hungaroring foi tomado por zebras: Jenson Button, da Honda, em primeiro; Pedro de la Rosa, da McLaren, em segundo; Nick Heidfeld, da BMW Sauber em terceiro. Pela primeira vez na temporada, uma prova foi disputada sob chuva. Punidos nos treinos e obrigados a largar muito atrás, Schumacher e Alonso ganharam várias posições, mas acabaram sendo obrigados a deixar a pista quando estavam perto de pontuar. Para sorte de Schumacher, que acabou em nono lugar, o estreante Robert Kubica, sétimo colocado, foi punido porque o carro estava 2kg abaixo do peso. O alemão ganhou um pontinho e diminuiu para 10 pontos a vantagem de Alonso. Como faltam apenas cinco provas, Shumacher volta a depender só dele para ganhar o título. Basta vencer as cinco últimas corridas da temporada. Foi a primeira vitória de ButHungaroring: Button vence pela primeira vez em prova problemática para o líder Alonso e o vice Schumacher
Natação tem novos recordes
A
nadadora francesa Laure Manaudou quebrou neste domingo o seu próprio recorde mundial dos 400 metros livres ao cravar o tempo de 4min02s13 e ganhar a medalha de ouro no Campeonato Europeu de Natação, disputado em Budapeste na Hungria. A marca anterior de Manaudou, de 4min03s03, foi estabelecida em maio deste ano. "Queria ganhar o ouro, mas nunca esperava diminuir ainda mais o meu recorde", admitiu a francesa. Essa é a quarta vez que alguém consegue quebrar um recorde em Budapeste. A equipe feminina de natação da Alemanha já havia estabelecido a marca nos 4x200 metros livres (7min53s42) e nos 4x100 metros livres (3min35s22), enquanto a também alemã Britta Steffen marcou 53s42 nos 100 metros livres.
Andrew Ferraro/GP2
ton na carreira - que assumiu a sexta posição no campeonato, com 31 pontos - e a primeira vitória da equipe Honda na temporada. Rubens Barrichello, companheiro de Button, ficou em quarto lugar. Felipe Massa, que havia largado em segundo, terminou em oitavo. A Honda apostava mais em Rubens Barrichello, que largou em terceiro, mas acabou fazendo festa para Button, que comemorou: "Que dia! As condições do tempo deixaram a corrida muito difícil para todos. Largar em 14º e vencer não poderia ser melhor." O brasileiro Gil de Ferran, diretor técnico da escuderia, concorda com o piloto: "Foi um dia maravilhoso para a Honda." MUNDIAL DE PILOTOS: 1. Alonso (ESP/Renault), 100; 2. M. Schumacher (ALE/Ferrari), 90; 3. Massa (BRA/Ferrari), 52; 4. Fisichella (ITA/Renault) e Raikkonen (FIN/ McLaren), 49; 6. Button (ING/ Honda), 31; 7. Montoya (COL/ McLaren), 26; 8. Barrichello (BRA/ Honda), 21; 9. Heidfeld (ALE/ BMW Sauber), 19; 10. R. Schumacher (ALE/Toyota), 16; 11. Coulthard (ESC/Red Bull), 14; 12. De la Rosa (ESP/ McLaren) e Trulli (ITA/Toyota), 10; 14. Villeneuve (CAN/BMW Sauber), 7; 15. Webber (AUS/Williams), 6; 16. Rosberg (ALE/Williams), 4; 17. Klien (AUT/Red Bull), 2; 18. Liuzzi (ITA/Toro Rosso), 1. CONSTRUTORES: 1. Renault, 149; 2. Ferrari, 142; 3. McLaren, 85; 4. Honda, 52; 5. BMW Sauber e Toyota, 26; 7. Red Bull, 16; 8. Williams, 10; 9. Toro Rosso, 1.
Piquet acompanha em Hungaroring feito histórico de Nelsinho
Duas vezes Piquet N
elsinho Piquet entrou para a história da Fórmula GP2 ao se tornar-se o primeiro piloto a vencer as duas provas do final de semana e somar pontos pela pole position e pelas melhores voltas de cada etapa. Depois da vitória na 16ª etapa, sábado em Hungaroring, o piloto da Piquet Sports voltou ao lugar mais alto do pódio no domingo, completando, debaixo de chuva, as 23 voltas em 45min59s804,
quase 13 segundos à frente do britânico Lewis Hamilton, o segundo colocado. "Foi um final de semana perfeito e espero que seja o primeiro de muitos”, vib ro u N e l s i n h o , q u e f o i acompanhado na torcida pelo pai, Nelson Piquet.. Restando quatro provas para o final do campeonato, o piloto brasileiro diminuiu para 11 pontos a diferença que o separa do líder Lewis Hamilton .
DCARRO
SEDAN
6
O Classe E vale quanto custa. Cada centavo pago corresponde a uma parte do prazer, conforto e segurança de se andar nele.
São Paulo, segunda-feira, 7 de agosto de 2006
São Paulo, segunda-feira, 7 de agosto de 2006
DCARRO
Mercedes Classe E, o campeão de vendas Depois de andar no novo Classe E é impossível não pensar que todo mundo merecia ter um carro desses. Isto não é possível, mas sonhar é. Sonhemos. Pablo de Sousa
Os sistemas de tração e suspensão, ao lado dos motores - V6 ou V8 -, garantem boas performances e estabilidade
CHICOLELIS
V
amos tentar adaptar a letra de "Como dizia o poeta", de Vinícius de Moraes, para explicar quão grande é o prazer de se dirigir o novo Mercedes-Benz Classe E. Claro, é uma pretensão, mas ficaria muito mais simples para descrever o carro e todos os elogios que ele merece. A letra do poeta, que tem música de Toquinho, diz: "Quem já passou por esta vida e não viveu Pode ser mais, mas sabe menos do que eu..." A paródia ficaria mais ou menos assim: "Quem já passou por esta vida e não andou no Classe E Pode ter dirigido mais, mas teve menos prazer que eu..." Mas é preciso ser justo com este sedan (mais um) da montadora alemã e contar um pouco de tudo o que o carro oferece em matéria de conforto, segurança, desempenho. Comecemos dizendo que ele é lider mundial entre os sedans de luxo, com 45% do mercado - e lembrem-se que entre seus concorrentes estão modelos BMW, Audi, Volvo e outros menos votados. E ele está assim, desde o seu surgimento, em 1953, sete gerações atrás. Até hoje, já vendeu 10 milhões de unidades, quase a metade da frota brasileira de veículos. À venda no mercado nacional em duas versões, com motores V6 e V8 (veja box da matéria) o carro custa R$ 303 mil na primeira e R$ 80 mil mais com a motorização maior, ou seja, R$ 383 mil. Mas a Mercedes informa que, em breve, abrirá pedidos para o modelo com a preparação AMG, que terá seu motor V8 com 514 cavalos, fazendo de 0 a 100 km/h em 4,5 segundos e, se o comprador autorizar, o limite de velocidade, estabelecido eletronicamente em 250 km/h, pode ser liberado e a máquina passará, com facilidade, dos 320 km/h. Seu preço? A fábrica ainda não calculou, mas deve passar de R$ 600 mil. O que se sabe é que será cobrado em dólares. O tempo de espera? Pelo menos um ano a
350 e 500 são iguais, salvo pelos emblemas na traseira. Mas, sob o capô, 80 cavalos de diferença, que aparece também nos seus respectivos preços.
CONDUZINDO contar da encomenda. A fila é enorme. Reflexos próprios - Como escreve Antônio Fraga no box, comentando as qualidades mecânicas e de conforto do Classe E, é preciso destacar na sua segurança o PRE-SAFE. Este sistema, conforme a fábrica, tem "reflexos" que "respondem antes de uma colisão iminente". A coisa funciona assim: se os reflexos do carro sentem que o acidente se aproxima, os cintos de segurança e os air bags são colocados em alerta, para oferecer máxima proteção aos ocupantes. Além disso, ele fecha vidros e teto-solar, eventualmente abertos, bem como posiciona os encostos de cabeça na posição mais adequada. Estes, por sua vez, têm sensores controlando sua movimentação. Em caso de impacto traseiro, são movidos para a frente, evitando o retorno com violência da cabeça e conseqüente dano da coluna vertebral. Além disso, o Classe E oferece um portamalas que causa surpresa pelo seu tamanho, leva 520 litros de carga, ou seja, toda a bagagem dos seus cinco ocupantes, sem qualquer problema.
Motor V8 é o grande destaque s novos Mercedes-Benz Classe E, além de novo design, tiveram algumas alterações no volante e na motorização, que os deixaram ainda mais apetitosos de dirigir. Andar de Mercedes-Benz sempre é um prazer, não só para quem gosta de automóvel, mas para quem possa fazer uso deste privilégio. Um marco na indústria automobilística mundial, o Classe E é um meio termo entre o C e o grandão Classe S. Por isso, permite uma excelente mé-
O
dia entre a esportividade e a suntuosidade. A posição de dirigir é muito boa, principalmente pela infinidade de opções de regulagens, tanto do banco -assento e encosto - como do volante e do apoio de cabeça. Detalhe importante: todas as regulagens são elétricas e muito fáceis de operar, com três botões formando, na parte superior da porta, um banco que permitem os ajustes. Essa facilidade, que aparece em outros comandos do carro, é positiva nos veículos da marca alemã, diferente de outros modelos concorrentes, inclusive da mesma origem, que exigem leitura muito atenta do manual para se utilizar a eletrônica embarcada. O volante de menor diâmetro proporciona uma direção mais agradável e precisa. No modelo anterior ele destoava da personalidade no Classe E. A maciez ao rodar em nada atra-
palha a estabilidade, que é muito boa, e as frenagens, param o carro em espaços curtos e sem desvios. O conjunto é dos mais harmoniosos. V6 e V8 -O modelo oferece duas motorizações: V6 de 272 cv e V8 de 388 cv. A V6 é a mesma que já equipava a antiga versão E 350, que acelera de 0 a 100 km/h em 6,9 segundos e atinge a máxima, controlada eletronicamente, de 250 km/h. Segundo a Mercedes, a média de consumo é de 9,8 km/litro. Mas o destaque do lançamento do novo carro é Classe E 500, com motor V8 e 388 cavalos de potência. É um aumento de 80 cavalos em relação à versão anterior. Em qualquer rotação, basta pisar no acelerador para que este sedan de mais de duas toneladas transforme-se num esportivo. Dá gosto ouvir o "vêoitão falando". E fala grosso. A velocidade, limitada em 250
km/h, chega rápido. Apesar de ser um modelo "familiar", acelera de 0 a 100 km/h em apenas 5,3 segundos. O câmbio é automático de sete velocidades com a opção de trocas manuais seqüenciais, que faz um conjunto harmonioso e com excelentes respostas. E apesar de não ser muito importante, nesta faixa de mercado e preço, o consumo não é tão espantoso como o seu desempenho: média de 8,7 km/litro. Você merece -Uma conclusão: você merece e, se pode, deve ter um V8, mas o V6 dá, e muito bem, conta do recado. A diferença de custo é muito grande, desproporcional à diferença de aceleração, velocidade máxima e conforto. O modelo E 350 é o mais honesto de todos os carros dessa categoria. Antônio Fraga
No interior, conforto e facilidade em controlar a parafernália eletrônica que equipa os modelos da marca importados da Alemanha
7
8
DCARRO
São Paulo, segunda-feira, 7 de agosto de 2006
MERCADO/AUTOINFORME
O alto custo da manutenção Lona de freio (206%), amortecedor (122%) e pneu (92%) foram os itens que mais subiram desde janeiro de 2003 JOEL LEITE
A
inflação do País serve de base para o cidadão comum ter uma idéia do aumento do custo de vida, da deterioração do seu salário. Mas não passa de uma simples referência, uma vez que o consumo é muito diferenciado para cada pessoa: depende das opções de compra, dos bens adquiridos e, mais objetivamente, do seu próprio poder aquisitivo. O aumento do preço do arroz, por exemplo, tem uma influência maior na vida do cidadão das classes C e D, enquanto o aumento do preço da roupa de alta costura atinge diretamente os consumidores da classe A. Assim, é natural que os gastos no diaa-dia de quem tem carro sejam diferentes daqueles que não usam veículo diariamente. Feito com base nas pesquisas mensais da Agência AutoInforme para a elaboração do IMC – o Índice de Manutenção do Carro, o balanço dos últimos três anos e meio mostrou que o motorista teve que gastar mais 29,5% no período para rodar com o seu carro, enquanto a inflação oficial medida pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas da USP) foi de 20,6%.
Lona de freio - O aumento do IMC só não foi maior porque o comportamento de preços do principal item da cesta de produtos e serviços, a gasolina, teve uma alta próxima à da média registrada no
segmento como um todo: 25,6%. Mas alguns itens apresentaram acréscimos expressivos, de três, quatro e até sete vezes mais do que o índice da Inflação do Carro. O caso mais dramático foi o da lona de freio, que teve um aumento de 206,6% de janeiro de 2003 a junho deste ano. A lona, no entanto, tem pouco peso na composição do índice, uma vez que é um item barato e, no geral, substituído somente a cada 20 mil quilômetros, conforme recomendação de cada fabricante. O custo da peça num carro com motor 1.0 é de R$ 4,50 por mês. O preço da lona de freio de um carro popular (com motor 1.0 litro) seminovo ou seja, com até cinco anos de uso custava em janeiro de 2003 entre R$ 12 e R$ 28. Hoje, para comprar o mesmo produto, o consumidor tem um gasto que oscila entre R$ 36 e R$ 70.
Se o peso da lona de freio é pequeno na composição da Inflação do Carro, itens como pneus e amortecedores têm uma grande influência no desembolso que o motorista tem para manter seu veículo em dia. Esses dois itens tiveram altas expressivas no período de três anos e meio a contar a partir de janeiro de 2003: o amortecedor subiu 122,5% e o pneu, 92,3%. Naquela época, o preço médio do jogo de amortecedores destinado aos veículos pequenos, com motor de baixa cilindrada, era R$ 179. No último levantamento, em junho passado, custava R$ 378. Justificativa - "Os carros evoluíram muito nos últimos anos, ganharam acessórios e equipamentos, tiveram o peso aumentado e, por isso, precisaram ser equipados com amortecedores mais resistentes", justificou o representante de
uma grande rede de lojas de São Paulo quando questionado sobre a razão de uma elevação tão expressiva. O argumento dos fabricantes de pneus é semelhante. Executivos do setor creditam a expressiva alta de preços nos últimos três anos e meio ao avanço da indústria automobilística: "No final da década de 90 os carros ficaram mais rápidos, exigindo maior segurança e, portanto, pneus mais eficientes. Os fabricantes desta área tiveram que acompanhar esse avanço, investindo em tecnologias compatíveis com a qualidade dos veículos", disse o porta-voz da Bridgestone, empresa que investiu US$ 460 milhões para a modernização do processo industrial nos últimos cinco anos. A pesquisa feita pela Agência AutoInforme para a composição do IMC – Inflação do Carro mostrou um aumento de 92,3% no preço do pneu nos últimos três anos e meio. Metodologia - O levantamento do Índice de Manutenção do Carro é feito com base nos preços regulares, eliminando-se as promoções e também as peças piratas. Cerca de 100 estabelecimentos são consultados todos os meses nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, além de serem feitas pesquisas por amostragem em outras capitais, como Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Campo Grande e Distrito Federal.
VENDAS INTERNAS
Novo recorde no ano A
s vendas de carros e comerciais leves em julho registraram novo recorde no ano, depois de um junho fraco por conta da Copa do Mundo. Foram vendidas 158.277 unidades, resultado que representou um crescimento de 12,2% em relação ao mês anterior, quando o total foi de 141.093 unidades, conforme dados do Renavam. O recorde anterior foi registrado em maio, com 155.746 veículos. No acumulado do ano, o setor atingiu 975.958 unidades comercializadas, um crescimento de 10,5% em relação ao mesmo período do ano passado. O crescimento também se verificou nas vendas diárias (7.537 unidades, ante 6.719 do mês anterior), uma alta de 12,2%, com o mesmo número de dias úteis (21). Foi o melhor desempenho do setor desde o início do ano. A Fiat continua como a grande líder do
mercado, com 25,8% de participação e 40.835 carros vendidos em julho. A GM, que até o mês passado estava em terceiro lugar, superou a Volks no mês e passou a ser a segunda colocada no ranking também no acumulado do ano. A empresa vendeu 35.431 carros e comerciais leves, apenas 782 unidades a mais do que a Volks (34.649 carros). Bem atrás aparece a Ford, na quarta colocação, com 19.241 veículos vendidos. A briga pela quinta posição entre as japonesas é acirrada. A Toyota superou a Honda em julho, com 5.813 unidades. No acumulado do ano as posições são as mesmas do mês no segmento de carros e comerciais leves, mas considerando o total do mercado (incluindo caminhões e ônibus) a Volks passa a GM e fica em segundo. A Honda mantém a quinta posição, vindo atrás Toyota e Peugeot.
segunda-feira, 7 de agosto de 2006
Comércio Exterior Nacional Tr i b u t o s Empresas
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3
IMPOSTOS ENCARECEM MATERIAL ESCOLAR
Sindicato que representa papelarias tentará mudar programa de distribuição de material pelo governo
NEM ESTUDANTE ESCAPA DOS TRIBUTOS Muitas vezes sem saber, os estudantes brasileiros carregam dentro da mochila uma carga bem pesada de impostos. Das folhas do fichário até a cola, passando por borracha e caneta, tudo o que se usa na
escola é tributado. De acordo com cálculos do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), do preço final de um simples apontador, 44,39% correspondem a tributos.
Milton Mansilha/LUZ
Na volta às aulas, vendas caem 60% nas papelarias. Setor atribui queda à distribuição de material
A
s vendas nas papelarias no período de volta às aulas, no começo do segundo semestre, despencaram, se comparadas à mesma época do ano passado. Segundo dados do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório e Papelaria de São Paulo e Região (Simpa), os negócios caíram 60%. "A atual situação econômica do brasileiro não permite que compre materiais supérfluos. Além disso, os impostos pesam no preço final dos produtos", afirma o presidente do Simpa, Antonio Martins Nogueira. "A queda também é culpa de um programa do governo que distribui material gratuitamente para alunos de escola estadual", diz. Ele se refere ao Programa Aluno Presente, da Secretaria Estadual de Educação, que distribui mochilas, cadernos, réguas, canetas, lápis e outros itens da lista escolar para estudantes de baixa renda dos ensinos básico, fundamental e médio das escolas estaduais. "Desde o primeiro semestre, quando esse programa foi lançado, os donos de papelarias estão com os estoques abarrotados de mercadorias", afirma Nogueira. "Nesta semana, vamos propor ao governo algumas mudanças no programa, para que todos saiam ganhando." A expectativa dos empresários do setor é de que o governo modifique o programa.
Sem temporários — J o rg e Pereira é gerente comercial de uma das 4 mil papelarias espalhadas pela cidade de São Paulo, a Rosario. Ele também reclama da diminuição das vendas neste semestre, por conta da distribuição de material escolar para a rede pública e do aumento de impostos cobrados pelo governo federal sobre essas mercadorias. "É comum esse ramo do comércio contratar trabalhadores temporários para acompanhar o aumento das vendas no começo das aulas", diz Pereira. "Mas, em 2006, isso ainda não ocorreu." Neste ano, a contribuição do setor para o governo federal aumentou de 5,2% para 5,8%, o que afetou ainda mais o bolso dos empresários. "Isso sem contar as outras taxas que aparecem no decorrer do mês", diz Pereira. Já há três décadas no mercado, André Migotto, dono da papelaria de mesmo nome, afirma que nunca percebeu tanta estagnação no setor. "Há quatro ou cinco anos já não sinto diferença de vendas entre os meses normais e as épocas de volta às aulas", diz Migotto. "Todo mundo precisa economizar para tentar manter as contas em dia, e não compra o supérfluo", destaca. Para chamar a atenção dos consumidores para a loja, o pequeno empresário faz promoções e oferece material escolar com menor margem de lucro. Sonaira San Pedro
Por conta do desaquecimento nas vendas, papelarias deixam de contratar temporários para o período de volta às aulas, o de maior movimento
São Paulo, segunda-feira, 7 de agosto de 2006
DCARRO
9
4
Empresas Nacional Tr i b u t o s Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
IR: CONSULTA AO 3º LOTE SAI AMANHÃ
~
segunda-feira, 7 de agosto de 2006
375
mil é o número de declarações que a Receita vai liberar no 3º lote de restituição do IR
OLEAO DIGITAL INTIMAÇÃO PELA WEB A Receita Federal lançou um novo serviço para se comunicar com os contribuintes. Bastará um clic no mouse para enviar a autuação para uma caixa postal, com acesso só pelo site do fisco.
D
esde o mês passado, os contribuintes podem ser autuados pelo Leão por webmail. Trata-se de um endereço eletrônico, que só pode ser acessado pelo site da Receita Federal. O uso do novo serviço será gratuito e opcional para quem possuir certificação eletrônica. A novidade foi regulamentada pela Instrução Normativa n° 664/06. Em princípio, a Receita será a grande beneficiada com a nova ferramenta. Mas, segundo Donizetti Victor Rodrigues, coordenador de tecnologia da informação do fisco, estão sen-
Quanto antes o contribuinte for notificado, mais rapidamente poderá regularizar sua situação. Neusa Soares de Souza, da King Contabilidade do desenvolvidos novos serviços para que o contribuinte possa, por exemplo, consultar a interpretação das leis fede-
rais por meio desse e-mail. "Antes, a intimação era enviada pelo correio e o contribuinte era obrigado a comparecer a uma unidade da Receita para fazer uma impugnação, que agora também poderá ser feita eletronicamente", diz Rodrigues. A encarregada de contabilidade da Organização King, Neusa Soares de Souza, concorda que a medida agilizará os procedimentos administrativos. "Quanto antes o contribuinte for notificado, mais rapidamente poderá regularizar sua situação", afirma. Nos casos de intimação, o contribuinte precisa ficar
atento ao prazo para apresentar defesa. De acordo com o termo de adesão ao novo serviço, o prazo para ser considerado intimado é de 15 dias, a partir do recebimento da intimação na caixa postal eletrônica. Depois disso, começa a valer o prazo para a defesa, em geral de 30 dias. Para não dar brechas ao que Rodrigues classificou de "puxa, eu não vi o e-mail", ele avisa que o acesso do contribuinte à intima-
ção é registrado no sistema. A idéia de enviar autuações de forma eletrônica não é nova. Ela estava prevista na extinta MP 232. Rodrigues deixa claro que, pelo menos por enquanto, o domicílio eletrônico não será de uso obrigatório. "Porém, se eventualmente passar a ser, certamente não será para todos os contribuintes", diz. O webmail está disponível somente para contribuintes com certificação digital – e-CPF
(pessoa física) ou e-CNPJ (pessoa jurídica). Estima-se que hoje existam cerca de 150 mil contribuintes certificados. "Como a certificação tem um custo, se for exigida de todos, certamente haverá contestações na Justiça", diz o advogado Douglas Yamashita. "A situação seria semelhante à que ocorreu quando a Fazenda paulista impôs o uso do Emissor de Cupom Fiscal (ECF)", lembra o advogado. Laura Ignacio
IR: mais um lote liberado consulta ao 3º lote de restituições do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) 2006, ano-base 2005, estará disponível a partir de amanhã. As informações poderão ser consultadas na internet, pelo site www.receita fazenda.gov.br, ou pelo telefone 0300-78-0300. Segundo a Receita Federal, o dinheiro poderá ser sacado a partir do dia 15. A correção será de 4,63%, referentes à taxa Selic acumulada de maio a julho, mais 1% de agosto. O valor não sofrerá qualquer outro acréscimo, in-
A
dependentemente da data em que ele for sacado. Nesse lote serão liberadas 375.407 declarações, das quais 269.540 para contribuintes com imposto a restituir. As restituições somam R$ 289,9 milhões. Outros 56.102 contribuintes terão imposto a pagar, no valor total de R$ 62,5 milhões. No restante (49.765 declarações) não haverá nem imposto a receber nem a restituir. A Receita orienta aqueles que não informaram o número de conta corrente para crédito da restituição a procurar, a par-
tir do dia 15, uma agência do Banco do Brasil ou ligar para 4004-0001, nas capitais, e 0800729-0001, nas demais localidades, para transferir o dinheiro para qualquer banco. A consulta ao extrato de processamento da declaração também pode ser feita na página da Receita na internet. ITR – A Receita Federal também informou que começa hoje e vai até 29 de setembro o prazo para os proprietários de imóveis rurais apresentarem a Declaração do Imposto Territorial Rural (ITR). (AE)
IPI menor ajuda construção inco meses depois presidente do conselho fiscal do, dessa forma, os preços das da redução do Im- da entidade, Hiroshi Shimuta. mercadorias. O presidente do Sincomavi posto sobre Produ- "Se eu faço uma reforma, meu tos Industrializado vizinho vai lá e faz também. critica a escolha dos produtos (IPI) para itens da construção Psicologicamente, esse é um que tiveram o IPI reduzido ou civil, o pacote do governo aju- movimento sadio do governo zerado. O vidro chapa é um dedou a reaquecer o setor, ainda federal para incentivar a popu- les. "A alíquota do imposto caiu que de forma diferenciada. Na lação a construir. O custo final de 15% para 5%, mas esse não é indústria, a desoneração ele- da obra só foi reduzido em 2%, um tipo de vidro procurado pevou as vendas. No varejo, en- mas isso é melhor do que na- los consumidores", afirma. O diretor de Marketing da tretanto, o consumidor não da", afirma Shimuta. Mas, na avaliação do presi- rede de lojas C&C, Mauro Flosentiu muita diferença. Para a Associação Brasileira dente do Sindicato do Comér- reo, diz que não houve euforia da Indústria de Material de cio Varejista de Material de no semestre e que os preços Construção (Abramat), os efei- Construção, Maquinismos, não são reduzidos de uma só tos da redução do IPI são posi- Ferragens, Tintas, Louças e Vi- vez. "Conforme vamos renotivos. "Entre janeiro e junho, as dros da Grande São Paulo (Sin- vando o estoque, o preço na ponta cai", afirvendas dos proma. Alguns produtos incluídos Newton Santos/Digna Imagem – 20/8/04 dutos da lista no pacote tiveram também estão rocrescimento de tineiramente na 9,21%, enquanto lista de promoo mercado interções das lojas, e isno cresceu apenas so não mudou 2,32%", afirma o com o pacote. presidente da enPara a gerente tidade, Melvyn de Marketing da David Fox, que Leroy Merlin, pretende sensibiCarla Ramos, a relizar o governo dução acelerou a estadual a reduvenda de alguns zir o Imposto soprodutos básicos, bre Circulação de mas o preço só diMercadorias e minui conforme a Serviços (ICMS) rede renova os esde 18% para 12%. Vendas de material de construção cresceram 12% em julho toques. "É um reFox cita um estudo da Fundação Getúlio Var- comavi), Reinaldo Pedro Cor- passe gradativo", diz. O coordenador de análises gas (FGV) sobre a tributação rêa, os preços não caíram com o no setor, que simulou o impac- benefício fiscal do governo, econômicas da FGV do Rio de to da desoneração do IPI, e pelo menos na região metro- Janeiro, Salomão Quadros, informa que, entre março e abril, concluiu que, considerando politana de São Paulo. Promoções — Ainda no mês os preços no varejo subiram que nada mais aconteça até o fim de 2006, a expansão da de fevereiro, muitas lojas apro- menos do que em janeiro e feconstrução representará 1,7% veitaram a divulgação do pa- vereiro, mas a redução não cote pelo governo para ofere- passou de 1%. "O desconto do Produto Interno Bruto. Entre junho e julho, as ven- cer promoções, mas a situação (queda do preço com a queda das no varejo cresceram 12%, foi temporária. Além disso, se- da alíquota) só ocorre uma vez. segundo a Associação Nacio- gundo Corrêa, muitas empre- Depois, o preço continua sunal de Comerciantes de Mate- sas que ofereciam produtos bindo normalmente, de acorrial de Construção (Anamaco). com desconto o trocaram pela do com a inflação", observa "É um efeito em cadeia", diz o redução do imposto, manten- Quadros. (Da redação)
C
segunda-feira, 7 de agosto de 2006
Tr i b u t o s Empresas Nacional Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5
6
LIQUIDAÇÃO DE LUXO DISPENSA ALARDE
mil reais é o preço do curso de marketing de produtos de luxo oferecido pela ESPM.
CURSO ESPECIAL DA ESPM LEVA ALUNOS PARA VER COMO FUNCIONAM LOJAS DE GRIFES INTERNACIONAIS
CÂMBIO MP facilita empresas no Refis 3
O
O
mercado de produ- ria do projeto. A primeira loja a t o s d e l u x o t e m receber os estudantes foi a Chc r e s c i d o t a n t o ristian Dior. A presidente da quanto a concen- associação e representante da tração de renda no Brasil. Ele já grife no Brasil, Rosângela Lyestá consolidado em diversos ra, deu várias dicas. Uma desetores, como os de imóveis, las: a liquidação de peças de ludecoração, moda e gastrono- xo não deve ser anunciada com mia. Foi pensando nisso que a alarde, apenas informada para ESPM decidiu criar o curso de as clientes cativas da loja. Os alunos tiveram noções de Marketing para Produtos de Luxo. Afinal, crescendo a uma como fazer a marca ser recotaxa anual de 30%, o mercado nhecida. Quem entra na Dior de luxo é um excelente filão pa- vê primeiro os acessórios, dera os futuros profissionais de pois as roupas, e ao fundo, os marketing. E mesmo quem sapatos. Rosângela frisou um não for trabalhar nesse nicho detalhe. "A vendedora da marprecisa conhecê-lo para ga- ca nunca diz 'pois não' ou 'posso ajudar?' para o cliente. A nhar pontos no currículo. Segundo o professor e coor- abordagem deve ser simples, denador do curso, Ismael Ro- com um 'bom dia' ou 'boa tarcha, existem hoje aproximada- de' e mais nada." Olho do patrão — Na Giormente 18 milhões de brasileiros pertencentes à classe A, ou gio Armani, os alunos ouvi10% da população — o equiva- ram que o dono sempre deve lente ao total de habitantes da f i c a r à f re n t e d o n e g ó c i o . "Aqui, todas Holanda. "Os as decisões brasileiros ensão tomadas d i n h e ir a d o s pelo próprio voltaram a Armani, da comprar no Itália. Até a País e, por isampliação da so, o mercado vitrine teve precisa cada de passar pelo vez mais de crivo dele", e sp ec i al is ta s contou o proem vez de gramador viamadores", sual da loja, disse Rocha. Catálogo da grife Armani Marcelo ManFiel ao seu conteúdo, o próprio curso, que zini. A aula na filial paulistana da é aberto ao público em geral, pode ser considerado um pro- francesa Louis Vuitton foi soduto de luxo: com duração de bre como um produto pode, ao menos de cinco meses, custa mesmo tempo, oferecer qualicerca de R$ 6 mil. Os forman- dade e se renovar constantedos do curso, que já está na se- mente. "Apesar das reformulagunda turma, tiveram no últi- ções, nossos produtos têm a mo sábado uma experiência m e s m a q u a l i d a d e h á 1 5 0 diferente: tudo o que ouviram anos", afirmou o responsável em sala, na teoria — como pelos gerentes de São Paulo e abordar o cliente, como arru- do Rio de Janeiro da Louis mar os produtos em uma loja e Vuitton, Cristiano Ferrario. Os 24 alunos do curso fazem tornar o ambiente agradável com aromatizadores, dicas de parte de universos completailuminação, cuidados com a mente diferentes. A gerente de marca, ações comerciais, entre Marketing do segmento de outros itens — conferiram na maquiagem da Natura, Danieprática em uma volta pela Os- la Paula, disse ter aprendido car Freire, considerada a oita- com as aulas e a experiência na va rua mais luxuosa do mun- rua Oscar Freire como é possído. "Em vez de levar empresá- vel tornar a compra de um prorios para fazer seminários na duto mais agradável para os escola, decidimos trazer os consumidores. "Percebi que a alunos para a realidade, para a padronização das lojas fortalerua", conta o professor da ce a marca", afirmou. Dos alunos do curso, dez participaram ESPM. A idéia partiu dele e foi da visita às lojas de marcas luapoiada pela Associação de xuosas da Oscar Freire. Lojistas da Oscar Freire, parceNeide Martingo
JURO NOS EUA O Federal Reserve (Fed, banco central do país) se reúne amanhã para discutir taxa.
Ó RBITA
Entre as medidas em CONSIGNADO análise está a criação de crédito consignado — com PARA IMÓVEL desconto no contracheque
O
ministro da Fazenda, Guido Mantega, deve receber na próxima quartafeira estudo aprofundado a respeito de possíveis medidas para estimular o setor habitacional, informou uma fonte do Ministério da Fazenda. A TÉ LOGO
— para habitação e também a permissão para os bancos operarem com taxas de juros fixas, em substituição à Taxa Referencial (TR), que corrige os empréstimos do segmento. O objetivo é reduzir os juros cobrados nesses financiamentos.
No alto, alunos do curso na loja Armani. A representante da grife Christian Dior, Rosângela Lyra (à esq.) deu dicas de atendimento aos clientes: sem "pois não" ou "posso ajudar?". A gerente de Marketing de maquiagem da Natura, Daniela Paula (à dir., no centro): compra agradável.
VARIG Funcionários apelam para bicos
C
om quatro meses de salários atrasados e sem saber quando receberão as verbas rescisórias, no caso dos demitidos, funcionários da Varig estão se virando como podem para sobreviver. Sabrina, Juliana e Patrícia, três comissárias da companhia, deverão ser a capa da revista Playboy do mês de setembro. Os nomes delas foram divulgados na semana passada, na festa de 31 anos da publicação da Editora Abril. Para os que não podem posar para uma revista masculina, o jeito tem sido vender apartamentos e móveis, fazer bicos como manutenção de computadores e cursos de modelo e manequim. Há até mesmo quem pense em abandonar o País. Essas são algumas das alternativas encontradas por empregados que têm pelo menos 20 anos de casa. Empregados da Varig também relatam que, recentemente, houve uma corrida às lojas
RECEITA FEDERAL A fiscalização do órgão ficará mais rigorosa na segunda metade deste ano.
O ministro das Cidades, Márcio Fortes, informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que as medidas em estudo no ministério da Fazenda só valerão para os financiamentos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), cuja origem dos recursos são os recursos da caderneta de poupança. (AE)
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
L
Assim como a Varig, outras companhias lutam para sobreviver
L
Vale recebe permissão para exploração de bauxita na África
L
Marketing se alia à imagem dos aventureiros marítimos
da Fundação Ruben Berta (FRB), que vendem diversos produtos com a marca Varig, para revender bonés, camisetas e miniaturas de aviões, entre outros artigos. Os funcionários aproveitaram a época em que as compras nas lojas da FRB podiam ser feitas com descontos em folha, já que eles não têm recebido salário. Agora, porém, qualquer artigo comprado na loja da FRB tem de ser pago à vista, em dinheiro ou cartão de crédito. A FRB foi procurada para confirmar a informação e dar autorização para a reportagem fazer uma visita à loja do Rio de Janeiro, mas não retornou. Bicos — O comissário João Ricardo da Silva Motta, de 42 anos, trabalha na companhia aérea há 15 anos e descobriu, na última semana, que seu nome não está na escala de vôos da Varig para os próximos 30 dias. Sem receber pagamento há quatro meses e há dois anos sem o 13º salário, ele conta que está fazendo a manutenção de computadores de amigos para poder ter outra fonte de renda e sustentar seus quatro filhos. "Não tenho como pedir emprego em outro lugar, porque minha carteira de trabalho continua com o registro da Varig. Estou fazendo bicos para sobreviver", diz o comissário. Aos 49 anos de idade, 21 como comissária da Varig, Rosicléia Cavalcante da Silva já teve até de vender a cama de seus filhos para poder pagar despesas da casa. Ela conta que também vendeu todos os produtos de beleza importados que tinha para poder contar com uma receita adicional. Agora, depois que parte de seus benefícios foi cortada e ela está de licença por problemas de saúde, planeja vender o apartamento. "Está tudo muito obscuro. Cada hora é uma informação diferente", reclama Rosicléia. Aposentadoria — "Faltava apenas um ano para eu me aposentar, mas não posso perder a esperança. Esse telegrama foi traumatizante", relata a comissária Otília Pires, de 52
anos, 26 dos quais dedicados à Varig. Ela referia-se ao aviso de demissão enviado pela Varig na última quarta-feira. Sem perspectivas de conseguir emprego no setor, ela só pensa em sair do País. Fluente em quatro idiomas (espanhol, francês, italiano e inglês), ela conta que está sozinha no Brasil e planeja reencontrar sua família, que mora na França. Otília era uma das cerca de 700 pessoas que, na semana passada, compareceram a uma assembléia convocada pelo Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), para orientar os funcionários a buscar judicialmente alguma garantia de seu dinheiro. Ela diz que a situação da Varig a levou ao hospital, por uma crise de hipertensão. Os aposentados da Varig ainda não tiveram de fazer bicos porque também recebem pelo INSS, ou porque têm idade avançada. Mesmo assim, sua receita está minguando porque os planos de benefícios da Varig no fundo de pensão Aerus estão em processo de liquidação. Por isso, o Aerus só está pagando 50% dos benefícios desde junho. E esses pagamentos só serão feitos até janeiro. Depois disso, não há nenhuma garantia de que terão algum dinheiro a receber do Aerus. "Também sou aposentado pelo INSS, mas o dinheiro não é suficiente. Só de plano de saúde pago R$ 900 por mês", diz Orlando da Gama, de 70 anos, que foi comissário de bordo durante 30 anos e está aposentado há 12. (AE)
governo aproveitou a Medida Provisória 315, que fez alterações nas regras cambiais, para facilitar a vida das empresas que querem entrar no Refis 3, o novo programa de reparcelamento de dívidas com a Receita Federal Previdência Social e ProcuradoriaGeral da Fazenda Nacional. A MP, que formaliza a autorização para exportadores deixarem parte das receitas em dólares no exterior, foi publicada na última sexta-feira no Diário Oficial. Em uma "carona", a MP eliminou a exigência de que as empresas estejam em dia com suas contribuições ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para aderir ao Refis 3. O dispositivo que vedava a participação dos devedores do FGTS no Refis estava na MP 303, que regulamentou o reparcelamento dos débitos com o Fisco. O artigo que estabelecia a restrição foi revogado sob a alegação de que as regras para contribuição ao FGTS têm natureza própria, com regime específico de co-gestão e destinação dos recursos. Prazo — Já está em andamento o prazo de adesão para o parcelamento das dívidas tributárias. A data-limite para as inscrições é 15 de setembro. Há duas opções de parcelamento para débitos vencidos até 28 de fevereiro de 2003. Uma é pagar à vista ou em até seis meses, com 30% de desconto sobre o valor consolidado dos juros de mora incorridos até setembro de 2006 e 80% de redução nas multas de mora e ofício. Nas seis parcelas incidirá, sobre o valor consolidado e apurado pela Receita, a taxa Selic, atualmente está em 14,75% ao ano. O valor mínimo da prestação será de R$ 200 para optantes do Simples — o imposto das microempresas e de R$ 2 mil para as demais. A segunda opção é parcelar os débitos em até 130 meses. O desconto é de 50% na multa de mora ou de ofício na consolidação do débito. Para se beneficiar do parcelamentos do programa do governo, as empresas têm de estar em dia com os tributos correntes. (AE)
Factoring
DC
AULA DE LUXO NA OSCAR FREIRE
Fotos: Paulo Pampolin/Hype
O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com
10
DCARRO
São Paulo, segunda-feira, 7 de agosto de 2006
REPOSIÇÃO
Importação de peças chinesas cresce 62% Foram importados US$ 93 milhões no primeiro semestre, contra US$ 57,4 milhões no mesmo período de 2005 ALZIRA RODRIGUES
A
China continua ganhando espaço no mercado brasileiro de reposição de autopeças. As importações de produtos daquele país para este segmento totalizaram US$ 93 milhões no primeiro semestre deste ano, 62% a mais do que os US$ 57,4 milhões do mesmo período de 2005. Em contrapartida, as exportações de peças brasileiras para lá tiveram ligeira queda, de 0,58%, ficando no acumulado deste ano em US$ 106,1 milhões.
Ainda há superávit brasileiro nas relações comerciais do setor entre os dois países, mas em patamar bem inferior ao do ano passado (US$ 13,1 milhões contra US$ 49,3 milhões). Qualidade melhora - Os preços baixos oferecidos pelos chineses têm sido decisivos para o incremento das vendas de peças provenientes daquele país no mercado brasileiro. E a qualidade, que antes era questionável, tem melhorado cada vez mais, segundo Paulo Butori, presidente do Sindipeças - Sindicato Na-
cional da Indústria de Componentes Automotivos. "Como as montadoras do mundo todo estão investindo lá, através de operações CKD (veículos desmontados), eles estão adquirindo know-how na produção de peças", explica o executivo. É que para investir na China, a indústria estrangeira tem de se comprometer a repassar tecnologia visando ao aumento do índice de nacionalização local. Balanço total - Apesar do câmbio desfavorável, nunca o setor de autopeças exportou tanto como agora. Foram US$ 4,26 bilhões de janeiro a junho deste ano, 20,21% a mais do que no mesmo período do ano passado. Os principais compradores das nossas peças são os Estados Unidos, Argentina, México, Alemanha, Venezuela, Reino Unido, África do Sul e China. O Sindipeças projeta vendas externas de US$ 8,25 bilhões este ano, com crescimento de 10,2% sobre 2005. "Pesquisa feita junto aos associados indica que deve haver uma desaceleração agora no segundo semestre", diz Butori. "Mas por enquanto ainda não sentimos tendência de queda e estamos mantendo a meta projetada no início do ano". Incluindo mercado externo e interno, o setor programa faturar US$ 28,2 bilhões
este ano, 16,5% a mais do que em 2005. De fora - Enquanto as exportações crescem, as importações mostram movimento decrescente. Atingiram US$ 3,36 bilhões nos primeiros seis meses deste ano, contra US$ 3,44 bilhões em idêntico período de 2005. A queda é pequena, de apenas 2,45%. Mas como as exportações registram um índice de expansão muito mais expressivo, o saldo comercial é, conseqüentemente, bem maior. Totalizou US$ 900 milhões este ano, contra apenas US$ 100 milhões no primeiro semestre do ano passado. O Sindipeças acredita que o superávit deverá ficar em torno de US$ 1 bilhão até o final do ano, o maior do setor nesta década. "Na análise do comportamento por países, verificamos que as importações da Europa, como as provenientes da Alemanha e Itália, caíram. Em contrapartida, estão em expansão as compras de produtos argentinos, japoneses, norte-americanos e chineses, entre outros". Já as exportações registram grande salto para países como Argentina, Peru, Uruguai e Venezuela, assim como para os Estados Unidos, Austrália, Reino Unido e México. Verifica-se decréscimo nas vendas externas para a China, França, Suécia, Espanha e Turquia.
COMPETIÇÃO UNIVERSITÁRIA Divulgação/Pedro Dantas
Maratona Energética
A
3ª Maratona Energética, realizada na última semana de junho no Campo de Provas de Cruz Alta, em Indaiatuba (SP), terminou com um novo recorde na categoria gasolina. O resultado foi obtido pela Universidade Federal de Minas Gerais, com um protótipo que rodou 598,8 km/l. A marca anterior tinha sido de 396,5 km/l em 2005. O "CEA M2", da UFMG, com um peso de apenas 35 kg, fez o percurso de 4.340 m com uma média de 24,22 km/h. "Num trabalho que envolveu 20 pessoas, co-
locamos em prática o bom senso da engenharia", explica o professor Paulo Iscold. "Usamos o conceito multidisciplinar, envolvendo aeronáutica e eletrônica, para desenvolver o nosso veículo". Já a FEI, de São Paulo, que concorreu com três veículos, foi a campeã na categoria elétrica, com o "X-17", que fez um percurso de 29,139 km e obteve a marca de 135 km/W.h. Em paralelo à maratona aconteceu a premiação dos melhores projetos. Na categoria gasolina, a FEI levou a primeira e a
Ao lado, o "CEA M2", da Universidade Federal de Minas Gerais. Acima, o X 17, da FEI, o mais econômico na categoria elétrica.
segunda colocações, com os protótipos X18 e X17, respectivamente. O vencedor da disputa no segmento de veículo elétrico foi a Universidade de Design de Mauá (Fadim) com o protótipo FIO.
São Paulo, segunda-feira, 7 de agosto de 2006
D C A R R O 11
RARIDADES Divulgação
Antiguinho de tudo, uai! Mais de 300 "velhinhos" foram a atração principal durante o 14º encontro de antigomobilistas, patrocinado pela Daimler Chrysler na cidade mineira de Juiz de Fora ANDERSON CAVALCANTE
C
onsiderado por especialistas um dos cinco mais importantes eventos do antigomobilismo brasileiro, o encontro de automóveis antigos de Juiz de Fora, em sua 14ª edição, esperava apresentar aproximadamente 250 veículos durante o último fim de semana do mês de julho, mas para surpresa da própria organização foram 301 raridades presentes no Parque da Lajinha, cartão postal da cidade mineira. O encontro, organizado pelo Veteran Car Club do Brasil - Clube do Automóvel Antigo de Juiz de Fora, teve o patrocínio da DaimlerChrysler e recebeu a presença de antigas "estrelas", como o Mercedes-Benz 220 S Pontoon Cabriolet 1958, o 190 SL 1959, o 280 SL Pagoda 1969. Da marca Dodge estiveram presentes modelos como o Bros Sênior 6, de 1929, e o Dodge Command, de 1942. E o Chevrolet Corvette Stingray 1974 foi outro que brilhou entre muitos "velhinhos" de várias marcas.
Escolhido o melhor veículo do evento: Mercedes 220 S Pontoon Cabriolet, 1958 Após vários anos no Sul do País, o Kenworth D-921, ano 1950, hoje tem sua "residência" na cidade de Niterói, Rio de Janeiro
Alfa Romeo Spyder, ano 1972
Expositores - Os veículos duas rodas também chamaram atenção. Gilson Ro- Ford Mustang (Hot), 1967 drigues Pires levou uma Honda XL250, 1974. O restaurador conta que a comprou há dois anos de um vizinho que havia sido o primeiro dono da trilheira. "Ela estava apodrecendo em um galinheiro". Muitos expositores vão aos encontros para negociar seus carros, como o proprietário do Ford Coupé Rabudo, 1951, que esperava a oferta de R$ 35 mil ou, ainda, o dono do Opala Especial, 1973, ao preço de R$ 8 mil. Proprietário de dez carros de coleção, Marcelo Berek foi ao evento com um Chevrolet Bel Air (Hot), 1956 Camaro Type LT. "Trouxe este carro para fazer negócio. O preço é R$ 30 mil". Marcelo, que junto com sua esposa Teresa faz o site de antigomobilistas - autoclassic.com -, explica que o Camaro não está entre os mais procurados. "Antigos de primeira custam entre R$ 60 mil e R$ 70 mil, mas algumas raridades como Corvettes, Mustangs e os conversíveis Alfa Romeo e Mercedes da década de 60 podem custar muito mais. Em alguns casos, você pode escutar ofertas de até R$ 2 milhões por uma destas raridades", Chevrolet Corvette Stingray, 1974 completa Berek.
O Simca Chambord modelo Tufão, ano 1964, é um "mineirinho" da cidade de Juiz de Fora e que não podia faltar ao evento
Entre os maiores símbolos da indústria norteamericana, o Ford Thunderbird, 1957. O seu primeiro modelo surgiu em 1954 fazendo sucesso.
Acima, Ford Mustang conversível, 1968. À esquerda, o Engesa EE15, 1979, que ainda não é um "antigo" (não completou 30 anos), mas o caminhão desfilou entre os veículos militares.
6
Nacional Finanças Empresas Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 7 de agosto de 2006
BNDES LANÇA CRÉDITO PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
CONSERVAÇÃO, UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL.
Grupo Pão de Açúcar economizou 2 mil megawatts/hora de energia por mês, suficientes para iluminar 32 mil casas
Fotos: Marcos Fernades/LUZ
Projetos de eficiência ajudam empresas a diminuir até 40% o consumo de energia
P
ara alguns ramos de atividade, o consumo de energia – seja elétrica, a gás ou de qualquer outro tipo – chega a ser responsável por 80% do custo total de produção, como é o caso, por exemplo, do setor sucroalcooleiro. Reduzir esse consumo é complicado, mas deixou de ser um "bicho de sete cabeças". Com a ajuda das Empresas de Serviço de Conservação de Energia (Escos), é possível avaliar toda a operação da contratante e sugerir soluções para diminuir os gastos com energia. O diferencial das Escos para as consultorias tradicionais é a forma de contrato. Elas recebem um percentual sobre a redução de consumo, por um período determinado. Se não houver redução, elas não ganham. Muitas vezes, são elas também as responsáveis pelo valor investido nos clientes. Essas empresas surgiram devido a uma cláusula do contrato de concessão das companhias de geração e transmissão elétricas, que estipulou que as concessionárias deveriam gastar 1% de seus faturamentos com pesquisa e desenvolvimento na melhoria de uso
As mudanças podem ser desenvolvidas em várias áreas, de iluminação a sistemas de refrigeração
energético. Desde 1998, o setor teve disponível cerca de R$ 300 milhões anuais. Porém, somente agora as Escos passaram a investir na indústria e
comércio como clientes. "Esse dinheiro fez surgir uma série de empresas especializadas no estudo do potencial da energia e sua melhor
forma de uso. Começamos prestando serviços para as próprias concessionárias e, agora, o mercado está se expandindo para todos os ramos de atividade", explica Alexandre Sedlacek Moana, sócioproprietário da Energias, uma Esco filiada à Associação Brasileira de Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco). Segundo Moana, o Protocolo de Kyoto, assinado por diversos países em 1997, também fez aumentar a preocupação com o uso correto de fontes de energia. Além disso, tornou-se decisivo às empresas participar de projetos de preservação ambiental. Ganhos – As mudanças dentro de uma companhia podem ser desenvolvidas em diferentes áreas: iluminação, motores, bombeamento, arcondicionado e ventilação, refrigeração e resfriamento, aquecimento, distribuição de energia, gerenciamento de pessoal e treinamento de funcionários, entre outros. Em muitos casos, a redução nas contas de energia chega a 40%. "Um projeto de eficiência energética pode ser aplicado em qualquer tipo de empresa ou até mesmo em uma cidade", diz Moana, citando como exemplo o município de Guaratinguetá, no interior de São Paulo. Lá, para reduzir o consumo de água, a Energias criou um sistema de armazenamento no lugar mais alto da cidade e a distribuição passou a ser feita por uma bomba. "A redução do consumo da cidade foi de 40%", afirma Moana. Claro que a economia varia conforme o grau de modernidade da empresa e do ramo de atividade. "É muito comum vermos clientes que gastam R$ 20 mil por mês, mas que têm máquinas antigas, que gastam muito, ou que jogam fora insumos que poderiam ser utiliza-
dos como fontes renováveis. Nesses casos, às vezes, é possível reduzir os gastos pela metade", explica Moana. Em contrapartida, companhias com contas energéticas de R$ 1 milhão mensais, normalmente são tão eficientes que não conseguem reduzir muito o consumo. Financiamento – De qualquer forma, vale a pena para qualquer empresa verificar seus processos de uso de energia. Se for um grande cliente, as concessionárias costumam subsidiar as mudanças, justamente com a verba destinada aos projetos de eficiência. Se for uma pequena empresa, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pode destinar o recurso necessário, desde que o projeto seja avalizado por uma Esco. "Temos como prioridade a conservação de energia ao invés da geração", explica o chefe da Diretoria de Meio Ambiente do banco estatal, Eduardo Bandeira de Mello. No final de maio, foi criado o Programa de Apoio a Projetos de Eficiência Energética (Proesco) pelo BNDES, a Abesco e o Ministério de Minas e Energia, justamente com a finalidade de abrir alternativas para o mercado, gerando novas oportunidades para as concessionárias, fabricantes de equipamentos inteligentes e, sobretudo, para as
Escos. "Ao contratar uma Esco, o cliente não tem nada a perder porque não terá de gastar nada, e ainda terá seu consumo reduzido", diz Bandeira de Mello. De acordo com os cálculos da Abesco, o potencial de economia de energia com medidas mais eficientes no País seria o de de duas usinas de Itaipu: cerca de 40 gigawatts. O BNDES destinou, nesse primeiro momento, R$ 100 milhões ao Proesco e pretende destinar mais dinheiro assim que essa verba for utilizada. Para a Esco ou empresa contratante do financiamento, o custo financeiro é da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) mais 1% ao ano para o BNDES, mais 1% ao ano para a instituição financeira que atua como agente e mais 3% ao ano de risco, dividido entre o BNDES e o agente. "Projetos abaixo de R$ 10 milhões são negociados diretamente com um agente financeiro", explica Bandeira de Mello. De acordo com ele, o Proesco funciona como um aval virtual, por isso o BNDES não pede as garantias tradicionais aos interessados. Até agora, nenhum projeto de eficiência foi apresentado dentro das normas do Proesco. Mas o BNDES está fechando contratos de mandato com bancos que funcionarão como agentes, entre eles, Itaú, ABN Amro e Banco do Brasil. Fernanda Pressinott
Pão de Açúcar economizou 37%
I
nvestir em um projeto de eficiência energética trouxe grande ganho ao Grupo Pão de Açúcar. A rede, que tem 550 lojas, entre as bandeiras Pão de Açúcar, Extra e Compre Bem, conseguiu diminuir em 37% sua conta de energia elétrica em 2001. E mais 20% nos anos subseqüentes, com programas de gestão e renegociações com as concessionárias de energia elétrica. A idéia de reduzir o consumo surgiu na época do apagão de eletricidade, em 2001. Ao conversar com as concessionárias, a rede descobriu que algumas frentes de trabalho seriam suficientes para baixar a conta: mudaram equipamentos refrigeradores de alimentos, sistema de ar-condicionado, casa de máquinas, iluminação (lâmpadas e reatores) e investiram no treinamento do pessoal. "As concessionárias investiram R$ 15 milhões em nossas lojas e nós ficamos mais eficientes", diz o diretor de expansão do grupo, Roberto Martensen. De acordo com ele,
Refrigeração: 35% da conta
2 mil megawatts/hora por mês foram economizados desde então. Para se ter idéia dessa dimensão, esse consumo mensal é suficiente para iluminar 32 mil casas populares. "Também fizemos investimentos em logística para que as lojas não ficassem com muito estoque e não tivessem que manter as câmeras frigoríficas ligadas o tempo todo", diz. Segundo o diretor, o sistema
frio-alimentar ou de refrigeração dos alimentos responde por 35% da conta de um supermercado; 45% são responsabilidade do ar-condicionado e o restante dividido por todos os outros setores. "Não adianta mandar o funcionário desligar a luz da loja, é preciso conhecer e saber onde se gasta para poder tomar providências eficientes", diz o executivo. Mercado livre – Para o futuro, o Pão de Açúcar pretende migrar sua compra de eletricidade para o sistema de mercado livre, que independe da concessionária presente na região e é oferecido por geradores e outros negociadores. "Já migramos 15 lojas para o novo sistema, que tem tarifas mais baixas que as das concessionárias. E, conforme forem acabando os contratos das outras com as empresas de energia, vamos colocando-as nesse sistema", diz. De acordo com a legislação, estabelecimentos que consomem acima de 500 quilowatts/hora podem utilizar o mercado livre. (FP)
12
DCARRO
São Paulo, segunda-feira, 7 de agosto de 2006
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 7 de agosto de 2006
Indicadores Econômicos
7
2,183
reais foi o fechamento do dólar comercial para venda na última sexta-feira. A cotação da moeda norte-americana subiu 0,23%.
4/8/2006
Informe Publicitário
FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Fundo Empresarial LP Lastro Performance LP Múltiplo LP Esher LP Master Recebíveis LP
Posição em: 02/08/2006 02/08/2006 02/08/2006 02/08/2006 02/08/2006
P.L. do Fundo 7.561.732,09 1.407.014,64 8.014.570,89 9.491.856,84 1.085.059,41
Valor da Cota Subordinada 1.132,582794 1.055,800179 1.248,077765 1.108,591607 1.054,103270
% rent.-mês 0,0985 0,1374 11,3485 0,2480 0,1597
% ano 15,9280 5,5800 24,8078 10,8592 5,4103
Valor da Cota Sênior 0 1.063,957327 1.075,100035 0 0
% rent. - mês 0,1094 0,1192 -
% ano 6,3957 7,5100 -
rating A+(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)
DC
COMÉRCIO
8
Tr i b u t o s Finanças Comércio Exterior Nacional
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 7 de agosto de 2006
O Banco Mundial repassou R$ 14,4 milhões ao fisco federal para melhorar os processos
A PROCOMEX FARÁ UMA RADIOGRAFIA DAS ADUANAS
José Patrício/AE
N gócios
&
oportunidades
Exportar para Crescer chega a Guarulhos
A
Pátio de exportações do Porto de Santos, em São Paulo: reduções de custos para as empresas estão entre as prioridades
RECEITA QUER MELHORAR PROCESSO ADUANEIRO PARA EXPORTAR MAIS
I
Trâmites aduaneiros já ficaram mais rápidos: na importação, passaram de 84 horas para 70 horas; nas exportação, de 31 para 15 horas. Mas ainda há muitas reformas a serem feitas.
nvestir em capital humano, em melhorias na infra-estrutura aduaneira, equipamentos, aperfeiçoar a gestão portuária e superar limitações operacionais são os principais objetivos da Secretaria da Receita Federal para melhorar a atividade aduaneira no Brasil. Um financiamento de R$ 14,4 milhões já foi repassado pelo Banco Mundial e deve ajudar a implementar mudanças no processo aduaneiro do fisco federal. Segundo o especialista em administração fiscal e aduaneira do Banco Mundial, Enrique Fanta, a Receita Federal é responsável apenas por uma pequena parte da morosidade nos procedimentos de comércio exterior. "Muitos países, que reduziram seus impostos, mostraram outros problemas. É preciso reforçar estruturas aduaneiras e procedimentos", disse Fanta no seminário "Os Grandes Desafios e as Oportunidades dos Ganhos do Tempo Aduaneiro no Brasil", realizado pela Aliança Pró Modernização Logística do Comércio Exterior (Procomex), em julho, em São Paulo. A secretária-adjunta da Receita Federal, Clecy Lionço, afirmou que uma radiografia sobre a atual situação aduaneira no País será apresentada em alguns meses e serão determinadas ações a serem empreendidas. Mas o fisco já tem idéia do que é necessário para o grande projeto: segurança, agilidade, simplificação e informatização. Clecy disse que falta visão nos ministérios para reformar os controles aduaneiros, já que vários estão envolvidos, além do setor privado. "O fisco tem consciência de sua importância no processo de saída e entrada de mercadorias, mas não é o único órgão envolvido. São 20 órgãos públicos e privados, que têm responsabilidade nos negócios brasileiros e contribuem em parte para fortalecer a burocracia aduaneira", afirmou Clecy. A secretária disse também
Robson Fernandes/AE
Terminal de entregas: corrupção de funcionários será combatida
que 20% das declarações de importação e exportação têm erros. "Precisamos identificar por que as coisas não estão funcionando. Pode ser culpa de despachantes alfandegários", afirmou. Esses profissionais detêm grande parte dos procedimentos aduaneiros. Horários – Clecy também sugeriu que os horários de funcionamento de escritórios federais e despachos sejam alterados, mas isso de-
pende de vários órgãos privados e públicos. "A meta é funcionar 24 horas por dia nos 365 dias do ano", disse. Alguns avanços já foram realizados pela Receita. Estatísticas do fisco mostram que o tempo de tramitação, a partir do registro no órgão, baixou. Hoje, são 70 horas para importação e, em 2002, eram 84 horas. O tempo de tramitação para exportação foi reduzido de 31 horas para 15 horas.
Setor privado também discute a burocracia
C
om o objetivo de negociar mudanças nos processos aduaneiros no Brasil, o setor privado também começa a se mexer. A Aliança Pró-Modernização Logística do Comércio Exterior (Procomex) vai realizar uma radiografia do fluxo aduaneiro com empresas exportadoras e importadoras, como Embraer, Volkswagen e Unilever. "O levantamento deverá estabelecer parâmetros para analisar o que pode ser mudado para modernizar os processos aduaneiros", disse o coordenador executivo da Procomex, John Edwin Mein. Estudo – A Procomex,
que é integrada por 69 entidades empresariais, entre elas a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), já tem a confirmação de que 33 empresas vão participar do estudo. As companhias vão fornecer informações desde o desembarque até o desembaraço de mercadorias e vice-versa. Os dados serão confidenciais e envolverão os negócios em todos os portos e aeroportos do País. Haverá um fluxo físico, fiscal e documental. No próximo dia 11 de agosto, haverá uma reunião para as empresas acertarem os detalhes do levantamento. (AD)
Para Fanta, um dos principais desafios é acabar com a corrupção no setor público. "É preciso demitir corruptos e sancionar os que corrompem", disse. Ele lembrou, que no Chile, que concluiu uma reforma aduaneira recentemente, após 20 anos, foram melhorados os procedimentos fiscais, mas não considerados os recursos humanos. Resultado: greve de 20 dias e perda do aumento da receita tributária. Treinamento – Se g u nd o Clecy, no Brasil os 2,6 mil novos funcionários da Receita estão recebendo um novo modelo de treinamento para ter uma postura diferente de trabalho. "Os atuais têm a mentalidade desalinhada com a missão da aduana. Alguns são bons técnicos, mas têm problemas de gerência." Para Fanta, muitos dos procedimentos feitos atualmente na aduana podem ser feitos com antecedência. No Chile, por exemplo, 80% das declarações de importações são feitas antes. "Isso diminuiu a corrupção, pois não há contato físico entre funcionários e empresas." Fanta disse que a mudança nos procedimentos aduaneiros não será fácil. "Muitos, como despachantes e funcionários públicos, vão resistir." Uma das sugestões apresentadas pelo diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Roberto Gianetti da Fonseca, foi terceirizar alguns serviços, como retiradas de amostra, laudos e escaneamento de contêineres, e deixar para o governo o que é essencial para gestão da atividade. "É uma maneira de tornar o processo mais dinâmico e menos burocrático." Segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) com 900 empresas, 40% delas destacaram a burocracia alfandegária como entrave à exportação. Outros problemas apontados foram o custo portuário, o frete e o acesso a financiamento para as vendas a outros países. Adriana David
Associação Comercial e Empresarial (ACE) de Guarulhos promove, no próximo dia 15 de agosto, a 5ª edição do Exportar para Crescer - Novos Caminhos para o Mercado Externo. Trata-se de um evento que faz parte do Projeto Exporta São Paulo, parceria da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e São Paulo Chamber of Commerce, da Associação Comercial de São Paulo, junto com o Governo do Estado de São Paulo. O objetivo é promover as exportações das pequenas e médias empresas (PMEs) do estado. O encontro envolve toda a região, composta pelas cidades de Arujá, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Itaquaquecetuba, Mairiporã, Mogi das Cruzes, Poá, Santa Izabel, Suzano, além de Guarulhos, e desdobra-se em seminário, encontros de negócios e despachos executivos. Palestras – O seminário, com início previsto para as 8h30, terá a presença de Maria Helena Guimarães de Castro, da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo (Sctesp) na abertura. Essa especialista fará um balanço das ações do governo estadual para o fomento do comércio exterior. Em seqüência, serão apresentados os trabalhos do Exporta São Paulo e serão discutidos outros temas, como racionalização da logística e das operações financeiras de
exportadores de pequeno porte. No final, haverá relatos de empresários sobre as suas experiências em internacionalização de produtos. Encontros – Os encontros de negócios aproximarão produtores e trad ers, representantes de comerciais exportadoras e outros prestadores de serviços da área, com vistas a agilizar as vendas ao exterior e reduzir custos de prospecção de negócios e de acesso a mercados externos. Essa parte do evento, para a qual os produtores são convidados a levarem amostras e catálogos de produtos, será realizada no período da tarde do dia 15. O encontro em Guarulhos se encerra com os despachos executivos, oportunidade oferecida aos participantes para consultarem entidades e empresas com forte representatividade no processo de exportação, como o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Correios (com o programa Exporta Fácil), a Seguradora Brasileira de Credito a Exportação (SBCE), Banco Nossa Caixa, Nosso Banco e SP Chamber of Commerce (desembaraço de instruções sobre os processos). O Exportar para Crescer será realizado no Open Hall Convention Center, na Avenida Antonio de Souza, 715 – Guarulhos. As inscrições podem ser efetuadas pelos telefones: (11) 2137-9333 e 21379324 ou pelo site www.exportarparacrescer.com.br.
Seminário de biodisel e H-Bio
O
Centro de Logística de Exportação (Cel e x ) p ro m o v e n o s dias 10 e 11 o Seminário Internacional de Biodiesel e H-Bio. O dia 10 é voltado para empresários e governantes e o dia 11, para professores e estudantes. Com palestrantes especializados nos vários segmentos envolvidos no processo de exportação e importação, o seminário vai expor todos os detalhes da produção de biodiesel e H-Bio, desde o plantio de espécies oleaginosas até a distribuição e logística do produto. O seminário também vai abordar informações importantes como a compra de equipamentos e as opções de credito das instituições financeiras para as exportadoras. Em paralelo ao evento, ex-
positores mostrarão produtos, estudos, maquinários e as novidades do setor. Apoio governamental – O Programa de Incentivo e Apoio Financeiro a Investimentos em Biodiesel do governo federal, inicialmente, estimulará a mistura de até 2% de biodiesel ao diesel comum. Em 2008, esse percentual de 2% de adição será obrigatório e, em 2013, passará para 5%. Já o H-Bio, a partir de 2007, terá 10% de óleo vegetal em sua composição, de acordo com a Petrobras. Com isso, o Brasil deixará de importar até 250 mil metros cúbicos de diesel por dia. O seminário será realizado no Celex, na Rodovia dos Imigrantes, km 1,5. Inscrições pelo telefone: (11) 5067-7000 ou e-mail: celex@celex.org.br.
Certificados em novo endereço
A
Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) iniciou, no último dia 1º de agosto, suas operações de emissão de Certificado de Origem para atender aos exportadores em novo escritório, localizado no Centro de Logística das Exportações (Celex). O escritório fica na Rodovia dos Imigrantes, km 1,5, com acesso também pela Avenida Miguel Stefano,
3900, Ala B, 2º andar, sala 4. O atendimento aos empresários e seus representantes é feito das 9h às 16h. Requerimentos – D es d e que as empresas atendam as normas requeridas, a emissão do Certificado de Origem para exportadores é realizada no ato pela Facesp. O novo escritório está sob a responsabilidade de Rafael Ciffani, que poderá ser con tatado pelos telefones: (11) 5067-7022 e 7023.
Departamento de Comércio Exterior da Associação Comercial Gerente: Sidnei Docal R. Boa Vista, 51— Telefones: 3244-3500 e 3244-3397
Ano 81 - Nº 22.185
São Paulo, segunda-feira 7 de agosto de 2006
R$ 0,60
Jornal do empreendedor
Edição concluída às 23h45
Folha para fichário, 38,97%; caneta, 48,69%. E 3
w w w. d co m e rc i o. co m . b r
O prof. Lembo deu uma lição ao PCC Mal sentou-se na cadeira de governador há 130 dias, o ex-reitor do Mackenzie, prof. Lembo, foi surpreendido pelo PCC. E "quebrou-lhe as pernas". O PCC não acabou, mas está neutralizado, e o boato de que poderá ainda aterrorizar o Dia dos Pais é apenas isso, um boato. O governador Lembo não canta vitória, continua querendo sair a pé do Palácio do Morumbi para o Araçá (o cemitério), ou para ali perto, o Mackenzie. Não deixará de aceitar, porém, algum novo desafio de seu partido, o PFL. Páginas 4 e 5
Leonardo Rodrigues/Hype
O pai em liquidação Luiz Prado/LUZ
Pablo de Sousa
Testamos o Mercedes Classe E, campeão de vendas Filhos vão às compras e pegam as lojas em liquidação de inverno. Comércio espera bom movimento. E 1 Paulo Pampolin/Hype
HOJE Parcialmente nublado Máxima 29º C. Mínima 14º C.
AMANHÃ Sol Máxima 29º C. Mínima 14º C.
Tiago Queiroz/AE
Fernando Soutello/Gazeta Press/AE
Uma aula de luxo na Oscar Freire
Israel: alvo Agora, em SP e que venha no Líbano o Inter
Estudantes de marketing para produtos de luxo estão na classe (foto). E 5
Do Líbano, chuva de foguetes: 15 mortos. Em SP (foto), protesto de 5 mil. C 4
Líder do Brasileiro, tricolor (foto) faz 1 a 1 com Botafogo, de olho na Libertadores. DC Esporte
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 7 de agosto de 2006
Fotos de Paulo Pampolin/Hype
Ouvidoria registrou 999 reclamações
1 Já que o prefeito pensa em acabar com a poluição visual, porque não diminuir a poluição sonora? Francisco Chagas, vereador
N
a Ouvidoria Geral do Município, a perturbação do silêncio foi o terceiro maior motivo de reclamações em 2005, com 999 ligações. Mas a taxa de esclarecimento dos protocolos foi a menor de todas: apenas 62 cidadãos tiveram suas queixas solucionadas – 6,2% do total. A Ouvidoria encaminha as queixas para o Psiu, o Programa do Silêncio Urbano. Criado em 1994 pelo então vereador Roberto Tripoli (sem partido), o programa fiscaliza estabelecimentos comerciais confinados (o que exclui eventos em praça e carros de som) e templos religiosos. Também proíbe a atividade de bar, ou seja, locais que vendem bebida alcoólica entre 1h e 5h sem possuírem acústica, seguranças registrados e estacionamento com contrato. Neste ano, o Psiu recebeu um total de 18.033 reclamações. estima-se que elas façam referência a cerca de 9 mil estabelecimentos, em sua maioria bares, com 55%. Templos religiosos vêm em segundo lugar, com 8% das queixas. Hoje, 24 pessoas recebem as denúncias e a distribuem pelas subprefeituras, e cerca de 50 participam das ações na rua, que são apenas respostas às reclamações da população, e não de fiscalização do cumprimento da lei. Por confusão dos cidadãos, o Psiu recebe muitas reclamações que não pode resolver, como o barulho em residências. O sigilo do reclamante é garantido por lei. Para fazer uma reclamação é só ligar para o 156, fornecer nome e telefone e anotar o número do processo. O Psiu intima o dono do estabelecimento a comparecer à Prefeitura para dar esclarecimentos e assinar um termo se comprometendo a resolver o problema. Segundo o major Moacir Rosado, diretor do Psiu, chamar o dono economiza o dinheiro do contribuinte. Verificar se o reclamado realmente regularizou a situação não depende do Psiu, e sim de quem fez a reclamação. É necessário manter contato com o 156 para acompanhar o processo e continuar fiscalizando o comerciante barulhento. A partir da segunda queixa, a Prefeitura aplica uma multa de 300 UFMs (cerca de R$ 24 mil) e, por 60 dias, a cada nova queixa uma segunda multa é aplicada. "No 61º dia, se a lei não foi cumprida e alguém reclamar, interditamos o uso, com lacre", diz o diretor do Psiu. Se o comerciante for pego retirando o lacre, é preso em flagrante. Nesse ano, foram seis prisões. "Em 2005 passado foi bem mais. Antes a multa era só uma cesta básica. Era uma terra sem dono", conta.
Decibelímetro registra 99.9 decibéis, medidos às 18h30, na Consolação. Para técnico, ruído excessivo, acima de 60 decibéis, pode comprometer seriamente a audição humana
VEREADOR QUER LEI ANTIBARULHO Passeio em horário de pico mostra que nível de ruído na cidade é alto demais Ivan Ventura
P
rimeiro foi o prefeito Gilberto Kassab, que declarou tolerância zero à poluição visual. Agora, o vereador Francisco Chagas (PT) quer dar fim a um outro tipo de poluição que atrapalha a vida do paulistano: a sonora. Para tanto, prepara projeto de lei a ser apresentado à Câmara Municipal. Assim como a proposta de Kassab, o projeto de Chagas promete gerar polêmica. Por isso, para mostrar um pouco da incômoda convivência do paulistano com o barulhento dia-a-dia da metrópole, a reportagem do Diário do Comércio convidou o parlamentar petista e o engenheiro de segurança no trabalho e especialista no assunto, Agnaldo Vaz, para caminhar pelas principais avenidas da cidade. Os resultados práticos desse passeio deverão enriquecer os argumentos do vereador na formulação de seu projeto de lei. De saída, os seguintes temas foram levantados: 1) os marronzinhos da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) precisam ser protegidos do barulho produzido por carros, motos e ônibus, 2) os motores dos ônibus municipais deverão receber equipamentos que reduzam seu nível de ruído e 3) o Minhocão deverá receber algum tipo de tratamento acústico. Brigadeiro – A primeira parada do passeio foi a avenida Brigadeiro Luís Antonio. Com o auxílio de um decibelímetro (aparelho que mede o nível de decibéis), o primeiro alvo do novo projeto de lei foi logo identificado: os ônibus. Por volta das 17h30, constatou-se que o nível de ruído na avenida, no sentido IbirapueraCentro, alcançou 94.8 decibéis. Vaz explicou que o nível seguro para o ouvido humano é de aproximadamente 60 decibéis. "Uma exposição desse nível (94.2), por mais de duas horas, é suficiente para prejudicar permanentemente o ouvido humano". "Seria impossível exigir que todos os motoristas da cidade
Marronzinho da CET é abordado por vereador: exposição excessiva
regulassem seus veículos de passeio. Mas os representantes do Legislativo podem pedir que os donos das viações façam manutenções periódicas nos motores dos ônibus municipais", afirmou Chagas. A São Paulo Transportes (SPTrans) informou que todos os ônibus da cidade obedecem as normas da resolução 252/99, da Confederação Nacional do Meio Ambiente. Para os ônibus, ela estabelece um nível máximo de 95 decibéis. Paulista – Na avenida Paulista, esquina com a Brigadeiro Luís Antonio, o barulho foi ainda maior. Lá o aparelho denunciou 94.8 decibéis. Constatou-se ainda que os policiais militares que trabalham nesse ponto são vítimas desse excesso de ruído. "Se a exposição por mais de duas horas já é prejudicial à saúde, imagine ficar cerca de 8 horas aqui? Isso é gravíssimo", afirmou Vaz. Apesar de conversarem por meio de gritos e sinais, o barulho à porta de um barzinho da avenida Paulista não preocupou os amigos José Gomes da Silva, de 46 anos, e Roberto Teixeira Júnior, de 31. O técnico Agnaldo Vaz prontificou-se a alertá-los sobre os riscos do ruído excessivo. Ambos argumentaram que nunca haviam se preocupado com essa questão e, em suas defesas, alegaram que ficariam no bar por apenas 40 minutos. Consolação – O destino se-
guinte da "patrulha do barulho" foi a Consolação, onde o ruído de carros e ônibus era captado pelos ouvidos de um marronzinho que tentava controlar o caótico trânsito da avenida por volta das 18h30. Chagas interrompeu o trabalho do agente e o indagou sobre o tipo de equipamento que ele costumava utilizar para se proteger
da poluição sonora. O agente que apenas disponibiliza os de trânsito, que preferiu não se protetores auriculares e realiza identificar, disse apenas que a palestras de manuseio do CET aconselha seus funcioná- equipamento. Minhocão – O último destirios a usarem um protetor auricular, fornecido pela compa- no da reportagem foi o elevado nhia. Nesse momento, o enge- Costa e Silva, o Minhocão. O nheiro de segurança no traba- decibelímetro revelou índices l h o e n t r o u n a c o n v e r s a e de ruídos mais baixos, mas não questionou o marronzinho: menos nocivos aos ouvidos do "Você sabia que os protetores paulistano. O que chamou a atenção de Chaauriculares não gas foi o grande podem ser usanúmero de residos por muito dências próxitempo? Eles causam pressão Uma exposição a 94.2 mas ao viaduto. "Temos de zelar no crânio, que pela saúde destambém é pre- decibéis por mais de judicial para a duas horas é suficiente s a s p e s s o a s e para prejudicar uma das solusaúde". ções seria a Em sua defe- permanentemente o construção de sa e da CET, o ouvido humano. uma proteção m a r ro n z i n h o Agnaldo Vaz, engenheiro acústica no eledisse que a emde segurança no trabalho vado. Aliás, vapresa ensinou le lembrar que a seus funcionáPrefeitura já rios a manusear o protetor. "O problema é que pensou em demolir o elevado a essa instrução deve ser feita um custo de R$ 1 bilhão. Por uma vez por mês e deve incluir muito menos poderíamos insformas de conservação do talar essa proteção", sem especificar o que deveria ser feito. equipamento", disse Vaz. Ao fim do "tour", Chagas O vereador Chagas, então, pediu que o agente acionasse disse ter chegado a diversas seu apito de modo a medir sua conclusões em relação aos lointensidade de som. O resulta- cais barulhentos da cidade. "Já do foi impressionante: o deci- que o prefeito pensa em acabar belímetro apontou 115 deci- com a poluição visual, porque béis. "Esse nível pode causar não atacar também a poluição surdez instantânea em algu- sonora, tão prejudicial à saúde mas pessoas", afirmou o enge- do paulistano"? A projeto de lei ainda está em fase de elabonheiro Agnaldo Vaz. Procurada pela reportagem, ração e vai tramitar nas comisa assessoria da CET afirmou sões até o fim do ano.
2
Compor tamento Urbanismo Av e n t u r a Transpor te
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 7 de agosto de 2006
O CIRCUITO É O MAIOR CONSTRUÍDO EM ÁREA URBANA
Capacete, colete, cadeirinha e cabo protetor são obrigatórios e garantem a segurança do aventureiro.
Fotos de Newton Santos/Hype
Na ponte de madeira é preciso enfrentar o medo e não olhar para baixo. Todas as etapas têm apoio para as mãos.
A CIDADE VISTA DE CIMA. DAS ÁRVORES. Quem tem entre 11 e 64 anos pode fazer parte de uma aventura radical em plena capital: o arborismo. No Parque da Juventude, no Carandiru, o esporte é oferecido gratuitamente.
E
m pleno Parque da Juventude, na zona norte de São Paulo, onde um dia os pavilhões da Casa de Detenção ostentaram o nada edificante título de maior presídio da América Latina, um esporte radical ganha cada vez mais adeptos. O arborismo – modalidade que traz a copa das árvores ao alcance até de quem se gaba de ter os pés no chão – insere o antigo Carandiru no roteiro de turismo de aventura na capital. Agora, o velho e batido clichê da selva de pedra dá lugar a atividades capazes de desvendar encantos até bem pouco tempo reservados aos pássaros e aos macacos. O arborismo é democrático e pode ser praticado por pessoas entre 11 e 64 anos. Desenvolvido pela Federação de Montanhismo do Estado de São Paulo (Femesp), o projeto Arborismo no Parque é assistido por monitores qualificados que acompanham os visitantes desde o solo até o alto das árvores. O circuito de arborismo do Parque da Ju-
Os participantes usam os equipamentos de segurança necessários
ventude é o maior já construído em uma área verde urbana e é totalmente gratuito. E que ninguém se perca pelo nome turismo de aventura. No arborismo, segurança é funda-
mental. Nesse sentido, o projeto oferece, também gratuitamente, todos os itens de proteção individual exigidos para a prática do esporte. Capacete, colete, cadeirinha e cabo prote-
A etapa da tirolesa é a melhor de todas: sem esforço e com uma bela paisagem
tor são obrigatórios e garantem a segurança do aventureiro. "Não há o que temer. Apesar da altura, todos estão muito bem protegidos. É só relaxar e curtir a natureza", garante o instrutor de arborismo e turismo de aventura, Mateus Ferraz Gil. Ele é um dos "ajudantes" espalhados pelo percurso, que, além de instruir, acalmam os mais agoniados. "Tem gente que se apavora. É natural. Estamos aqui para explicar cada obstáculo e também para encorajar os praticantes", diz. Percurso - O projeto funciona em uma área de 16 mil metros quadrados de um bosque que ainda esconde exemplares remanescentes da Mata Atlântica. Cada jornada é formada por grupos de até 15 pessoas. A saída das equipes acontece sempre às 9h30; 11h; 14h e 15h30, de quinta a domingo. O circuito percorrido pelos aventureiros possui 11 travessias. Uma equipe do Diário do Comércio participou de todas as etapas acompanhada de um grupo bem animado, que festejava a cada obstáculo vencido. Uma escada de corda, tipo "pirata", dá acesso à primeira plataforma. Isso é só o começo. Com dez metros de altura, a primeira subida exige concentração e força. "Este obstáculo é considerado o mais difícil pela maioria dos participantes", afirma Gil. O importante é não olhar para baixo, não se assustar com a altura nem com o balanço da escada. Um cabo pre-
so ao corpo do participante garante a toda a segurança. Primeira etapa concluída, o objetivo agora é subir mais oito metros por uma rede de cordas. "Visualmente, dá mais segurança, por ter a rede, e por ser uma subida inclinada", explica Gil. A chegada ao topo da árvore encontra um instrutor disposto a ajudar com a tirolesa, uma das atividades mais
A vista lá de cima das árvores é maravilhosa. É muito bom poder conciliar esporte e natureza. Vânia Barreto Morgado, frequentadora do Parque da Juventude
emocionantes: não exige esforço e permite ao participante "voar" por um cabo aéreo. Passada a etapa inicial, os participantes atravessam pontes de madeira, se seguram em cabos de aço como malabaristas e pisam cuidadosamente em pedaços de troncos suspensos no ar. É preciso calma e equilíbrio na maioria das etapas. Ao lado de cada obstáculo, cordas de apoio para as mãos. No final do percurso, mais uma tirolesa. Aventureiros - Luiz Antônio Zullino Júnior, de 13 anos,
convenceu os pais a participar com ele da aventura. O garoto sentiu medo na escada de dez metros do início do percurso. "É a parte mais difícil. O que compensa é a tirolesa, parece que estamos voando", diz. O pai, Luiz Antônio, diz que freqüenta o parque há muito tempo, mas só agora criou coragem para participar do arborismo. "Foi espetacular. Tem que ter calma, respirar fundo, e não olhar para baixo". Sua esposa, Luceni de Paula, disse que a atividade foi a mais radical que já praticou na vida. "Apesar do medo na escada de pirata, voltarei mais vezes". A dona de casa Vânia Barreto Morgado praticava o arborismo pela segunda vez. "Descobri a novidade vindo me exercitar no parque. A vista lá de cima das árvores é maravilhosa. É muito bom poder conciliar esporte e natureza". Aberta ao público desde maio, a prática do arborismo no parque já recebeu cerca de duas mil pessoas. Além da aventura em si, vale a pena aproveitar o caminho para observar latânias, samambaias, bananeiras e ninhos de pássaros. Vanessa Rosal
SERVIÇO Circuito de Arborismo no Parque da Juventude, avenida Zachi Narchi, 1309, Carandiru. Tel: (11) 3241-5879. Grátis. Funcionamento: de quinta a sábado, das 9h30 às 15h30.
segunda-feira, 7 de agosto de 2006
Urbanismo Compor tamento Distritais Ambiente
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3 Trata-se de um colégio que e ajudou a formar várias gerações Marco Antonio Jorge, superintendente da Distrital Penha
COLÉGIO CONSERVA ARQUITETURA DIFERENCIADA
Fotos de Andrea Felizolla/Luz
Parcerias vão recuperar escola da Penha
Famoso na década de 60 pelas linhas arquitetônicas e pelo nível de ensino, o Estadual da Penha era talvez a única escola pública que tinha piscina. Hoje tem instalações hidráulicas precárias.
O tradicional Estadual da Penha, referência no ensino na década de 60, começará a ser restaurado em 2007. Reforma está orçada em R$ 4 milhões André Alves
O
Colégio Estadual da Penha vai passar por um processo de restauração. Construída em 1954, a escola, prestes a ser tombada pelo patrimônio histórico, apresenta problemas de conservação. No seu auge, na década de 60, o colégio era uma referência no ensino público paulistano. Além de laboratórios, o Estadual da Penha, como é conhecido, tinha salas especiais para surdos-mudos, piscina e um anfiteatro com projetor de cinema 35 mm. As obras estão previstas para começar em 2007. Com exceção da piscina, a idéia é restaurar todo o campus e deixá-lo igual ao projeto original, de 1952, feito pelo arquiteto Eduardo Corona. A escola tem atualmente 3,5 mil alunos e ainda conserva sua arquitetura diferenciada, com rampas no lugar de escadas, pilares, árvores antigas e o abandonado anfiteatro.
"Trata-se de um colégio que foi modelo arquitetônico para muitos outros em São Paulo e ajudou a formar várias gerações", afirmou Marco Antonio Jorge, superintendente da Distrital Penha da ACSP. Marco Antonio estudou no colégio de 61 a 68 e foi um dos primeiros a lutar pela restauração. "O prédio já está protegido por lei e o tombamento deve vir em breve". Restauração – A recuperação do colégio é um sonho antigo dos moradores do bairro. Mas só começou a se tornar realidade quando o presidente do HSBC Bank Brasil, Emilson Alonso, soube das condições precárias em que se encontrava a escola onde estudou de 1966 a 1972. "Devo muito da minha formação ao Colégio Estadual da Penha. Quando soube das condições da escola, em 2005, decidi que tinha de fazer alguma coisa", disse. Emilson conseguiu então que o projeto de restauro fosse contemplado pela Lei Rouanet. Dessa forma, 4% do im-
Joceli Leite, ex-aluna, hoje é diretora do Estadual da Penha. Segundo ela, a situação atual da escola é muito triste.
posto de renda de pessoas jurídicas e 6% de pessoas físicas podem ser revertidos para projetos de restauração. "O HSBC está apenas liderando o processo. Estamos abertos à colaboração de empresas e pessoas". As obras estão orçadas em R$ 4 milhões e devem ser finalizadas em três anos. Uma das pessoas mais em-
polgadas com o projeto é Joceli Leite, ex-aluna e atual diretora da escola. "Quando passei no concurso para diretora, tive várias opções de escolas, mas optei pelo Estadual da Penha. Aqui vivi momentos muito felizes", afirmou. Segundo Joceli, a situação atual do colégio é triste, principalmente devido aos problemas hidráulicos. "O
telhado é antigo e quando chove entra água no anfiteatro. O restauro será maravilhoso". Associação – Com o objetivo de resgatar a memória e os tempos de ouro do Estadual da Penha, cerca de 60 ex-alunos formaram uma comissão para acompanhar as obras. Entre eles, está o engenheiro civil Manuel Fernandez Calvino,
GIr
Missa de conselheiro será na sexta-feira
Agendas da Associação e das distritais
Hoje I Cívica - Reunião da Comissão
Cívica e Cultural da ACSP coordenada pelo vicepresidente Francisco Giannoccaro. Às 15h, rua Boa Vista, 51, 11ºandar, salas Tadashi 1,2,3 e 4. I Cingapura - O vicepresidente da ACSP Alfredo Cotait Neto recebe o novo embaixador do Brasil em Cingapura, Paulo Alberto Soares. Às 15h, rua Boa Vista, 51, 11ºandar, sala Abílio Borin. I São Miguel - Reunião do setor de salão de beleza do Projeto Empreender, coordenada por Valdeir Gimenez. Às 18h.
Terça I Jabaquara - Café com
Negócios. Às 8h30. I ANTAq - O conselheiro da ACSP José Cândido de Almeida Senna participa da reunião com a nova diretoria da ANTAq. Às 14h30, no auditório da ANTAq SEPN (Setor de Edifícios Públicos Norte) – Qd. 514 - Cj.EAsa Norte - Brasília (DF). I Exterior - O vice-presidente da ACSP Renato Abucham coordena reunião da Comissão de Comércio Exterior. Às 17h,
que colaborou na elaboração do projeto de revitalização. Ele estudou no colégio no início dos anos 60 e não esconde sua frustração . "Quando vi a situação precária da escola, tive dó. Principalmente o anfiteatro, que tem capacidade para 350 pessoas", disse. Outro ex-aluno é o professor universitário aposentado Sérgio Mantovani. Ele estudou no Estadual da Penha de 1961 a 1968, ocupando, inclusive o cargo de presidente do grêmio estudantil. "Na minha época o colégio era diferenciado. As vagas eram disputadas nos exames de admissão como em um vestibular. Talvez fosse a única escola pública no Brasil que tinha uma piscina". Mantovani acredita que, atualmente, além da estrutura precária do campus, o Estadual da Penha sofre com a falta de segurança. "É preciso instalar sistemas de vigilância eletrônica", disse. O próximo passo da comissão será formar uma associação dos ex-alunos, que se chamará VI de Setembro, antigo nome do grêmio estudantil. "Esperamos contar inicialmente com 200 a 300 exalunos", revelou Calvino. De acordo com o subprefeito da Penha, José Araújo Costa, o colégio é um orgulho para a comunidade penhense e um cartão de visitas do bairro. Para ele, a revitalização ajudará a estabelecer a identidade da Penha. "Com a união entre a distrital, a Associação Viva Penha, a comunidade, os bancos e ex-alunos, alcançaremos nosso objetivo", disse.
rua Boa Vista, 51, 11ºandar, salas Tadashi 1 a 4. I São Miguel - Reunião ordinária da diretoria executiva e do conselho diretor. Às 19h. I São Miguel - Reunião do setor de bufês e eventos do Projeto Empreender, coordenada por Valdeir Gimenez. Às 19h.
Quarta I CME – Reunião do Conselho
da Mulher Empreendedora (CME) da ACSP. Às 13h45, rua Boa Vista, 51, 9º andar, plenária. I Santo Amaro - Reunião ordinária. Às 19h30. I São Miguel - Reunião do setor de lojas de móveis e colchões do Projeto Empreender, coordenada por Valdeir Gimenez. Às 20h.
Quinta I Chamber - O vice-presidente
da ACSP Alfredo Cotait Neto coordena reunião do Conselho de Relações Internacionais da São Paulo Chamber. Às 10h, rua Boa Vista, 51/11º andar, sala Abílio Borin. I São Miguel - Reunião do setor de automecânicas do Projeto Empreender, coordenada por Valdeir Gimenez. Às 20h.
A
missa de sétimo dia pelo falecimento do desembargador Luiz Eduardo Corrêa Dias (foto) acontecerá no dia 11, sexta-feira, às 12h, na Igreja São Luiz Gonzaga, na rua Bela Cintra, 967. O diretor conselheiro da Distrital Centro morreu na madrugada de sextafeira após alguns dias de internação. Ele estava hospitalizado e m d e c o rrência de um infarto e seu corpo foi enterrado no Cemitério da Consolação. Entre outras atividades, Luiz Eduardo Corrêa Dias exercia também a função de coordenador do Movimento Degrau e era membro do Comitê Cívico da sede central. O conselheiro tornou-se desembargador em 1985 e, mesmo aposentado, continuou como juiz conciliador do Tribunal de Justiça de São Paulo.
OPINIÃO
DIÁRIODDO IÁRIO COMÉRCIO DO COMÉRCIO
6 -.OPINIÃO
segunda-feira, 7 de agosto de 2006
LENTE DE
AUMENTO
FIM DO
ren g ber to A lv a Ro
G Lula continua
a liderar com margem folgada G As intenções de voto ficarão estáveis até o início do horário eleitoral, no dia 15.
atenção do eleitor, contribuindo para acelerar o processo de definição do voto. Em outras palavras, o início oficial da campanha encerrou o monólogo eleitoral do primeiro semestre. Sem fatos novos, é provável que as intenções de voto se mantenham estáveis, sofrendo pequenas oscilações até o início do horário eleitoral na televisão e no rádio, previsto para o dia 15 de agosto. A partir daí começa o que podemos chamar de segundo ato da campanha, quando Lula compartilhará o papel de protagonista com Geraldo Alckmin. Nesse momento, o comportamento das intenções de voto no atual presidente será a variávelchave. Para a realização de um segundo turno, os adversários precisarão roubar votos de Lula, tarefa desafiadora, tendo em vista que os eleitores do petista são também os mais seguros de sua decisão. FERNANDA MACHIAVELI, DA CONSULTORIA TENDÊNCIAS
Evaristo/AFP
Já vai tarde ROBERTO FENDT
N
ão, leitor, não me refiro ao primeirosecretário do Comitê Central do Partido Comunista, Comandanteem-Chefe das heróicas Forças Armadas Revolucionárias, presidente do Conselho de Estado e de Governo, membro de Bureau Político e ministro de Saúde Pública, Fidel Castro Ruz. Refiro-me exclusivamente ao nefasto regime por ele implantado em Cuba e no qual vem desempenhando, nos últimos 47 anos, a função de sanguinário ditador. O assunto do momento é a bolsa de apostas sobre o real estado de saúde do Comandante. Esse tema é irrelevante: só saberemos o que de fato se passou nesta semana quando o ditador já estiver há muito tempo morto e a liberdade restabelecida em Cuba. A mentira sobre a doença e, principalmente, sobre a morte é uma constante em todas as ditaduras. Foi assim com a morte de outros comandantes similares e não será diferente quando chegar a vez de Fidel. No dia 1º de maio de 1945, por exemplo, a rádio de Hamburgo noticiou que Hitler havia morrido "em seu posto de comando na Chancelaria do Reich lutando até o último alento contra o bolchevismo e pela Alemanha". Seu sucessor designado, almirante Doenitz, afirmou ao povo que o Führer "havia morrido como um herói". O "herói", na verdade, havia covardemente se suicidado em seu bunker, a 15 metros abaixo da Chancelaria, depois de deixar em escombros os países ocupados e a Alemanha. Terminava assim uma tirania de 12 anos. A morte de Iosif Vissarionovich Dzhugashvili, mais conhecido como Iosif Stalin, o "homem de aço", é magnificamente descrita por seu biógrafo, o general Dimitri Volkogonov. Tendo sofrido um derrame em sua dacha, Stalin permaneceu horas estrebuchando no chão onde havia caído sem que qualquer de seus ajudantes de ordem tivesse coragem de entrar sem ser chamado. Morto em 5 de março de 1953, foi tirano por 25 anos. Fidel já tiraniza Cuba por 47 anos, des-
de que tomou o poder em 1959. Agora, em sua Proclama ao povo cubano publicada no Granma de 31 de julho, Fidel mais uma vez mostra as verdades e mentiras de um tirano. As verdades da tirania estão contidas nas diretrizes da Proclama: "Delego em caráter provisório" ao "companheiro" (já ouvi esse tratamento por aqui) Raúl Castro Ruz, seu irmão, as funções de primeiro-secretário do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba, de Comandante-em-Chefe das heróicas Forças Armadas Revolucionárias e de presidente do Conselho de Estado e de Governo da República de Cuba. Delegou outras funções de menor importância a outros "companheiros".
O
nde vigem a liberdade e o Estado de Direito, e o regime é democrático, governantes não delegam, quer em caráter provisório, quer permanente. Tivessem ocorrido eleições regulares e limpas nesses 47 anos de ditadura, não haveria o que "delegar" — especialmente a um irmão, que já era segundo secretário do partido comunista local, vice-comandante das forças armadas e vice-presidente do conselho de estado e do governo de Cuba. Entre tantas mentiras que já disse, junte-se agora a das causas da doença atual. Fidel as atribui "ao enorme esforço para visitar a cidade argentina de Córdoba, para participar da reunião do Mercosul, ao encerramento da Cumbre de los Pueblos na Universidade de Córdoba e à visita à cidade de Altagracia, em que passou sua infância Che Guevara". Ora, convenhamos. Acaso terá ido a pé, ou com os confortos naturais que desfrutam os soberanos? Não existe "Aerolula" ou "Aerofidel" em Cuba? Nada disso importa, contudo. O que importa é que Cuba talvez esteja iniciando finalmente a travessia de volta à liberdade. E à prosperidade, perdida nesses 47 anos em que a renda per capita de Cuba caiu de 3º para 15º lugar entre os países latino-americanos.
C uba talvez esteja iniciando a travessia de volta à liberdade. E à prosperidade.
Não há espaços vazios CARLO BARBIERI
É L ula já divide o palanque com outros candidatos
Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente em exercício Alencar Burti Presidente licenciado Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi
Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)
Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: , Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046
JOÃO DE SCANTIMBURGO Céllus
O
s resultados das pesquisas de intenção de voto realizadas em julho conferem algum grau de incerteza à competição eleitoral, que até então tinha o presidente Lula como único protagonista. No primeiro turno, o petista continua a liderar com margem folgada, apesar do crescimento de seus oponentes. Sua queda foi modesta, girando em torno de 4 pontos. No entanto, seus adversários, que antes somavam 28 pontos, passaram a ter 38% das intenções de voto, de acordo com levantamento realizado pelo Ibope ao final de julho. O estreitamento da diferença entre as intenções de voto em Lula e a soma de seus oponentes aumenta as chances de que a eleição se resolva no segundo turno. Neste caso, a situação do presidente fica menos confortável. A diferença entre Lula e Alckmin está hoje entre 9 e 10 pontos, muito menor que no cenário pré-campanha, quando o presidente tinha vantagem de cerca de 22 pontos. Os resultados não alteram o quadro de favoritismo de Lula, mas mostram que o início oficial da campanha, com a conseqüente exposição de candidatos alternativos nos meios de comunicação, está fazendo a diferença. Não só porque dá maior exposição aos demais candidatos, mas também por trazer as eleições para o foco de
a
MONÓLOGO. COMEÇA A CAMPANHA.
impressionante a pieguice de nossas elites empresarias com relação ao mundo que fica um pouco além de seu umbigo. Enquanto o mundo financeiro já se globalizou, para o bem ou para o mal, o setor de serviços, comércio e industria ainda engatinha, ou melhor, teme o além-fronteiras. Há que se reconhecer que a tarefa não é fácil, mas também não podemos seguir como uma das economias mais fechadas do mundo, com uma das mais truculentas e maléficas burocracias do mundo. Somente a internacionalização vai trazer dados e pressão para que o aparelho repressor e sanguessuga do Estado venha a ser instado a modificar-se. Se não diminuirmos a dívida pública os juros nunca vão baixar o suficiente para sermos competitivos no exterior. Esta competição vai levar a classe empresarial a exigir que acabe a farra fiscal a cada eleição. Se o empresário nacional não se internacionalizar, mais dia menos dia perecerá frente a concorrência, empresas que já têm o conhecimento e acesso aos mercados mundiais. Se a legislação do Brasil não dá a segurançajurídica para os negócios, nem a flexibilidade necessária para as ações no exterior, e tolhe a velocidade que determina o sucesso de um negócio, o empresário tem mais uma razão para se internacionalizar e estruturar sua base operacional onde estes quesitos sejam atendidos. Isto como pré-requisito. Por outro lado, os empresários devem sair de seus casulos, conhecerem o mundo, não apenas sob as cores róseas dos óculos de sol em suas viagens de turismo, mas buscando informações e desafios no mundo global. A cada dia os custos da internacionalização serão maiores e as oportunidades menores. Não há espaços vazios. Se não ocuparmos alguém o fará e o amanhã trará o fortalecimento de seu su-
cesso, nos apertando pela fraqueza de nossa timidez e visão estreita. Muitos empresários temem se envolver em ações internacionais por desconhecimento da cultura, hábitos, leis, valores de referência, forma de comercialização e comunicação de outros países e, têm razões de sobra para isso. Cada país é diferente e muitas vezes em cada região do mesmo país os hábitos são distintos. Mas, assim como há um mercado de produtos, há no mercado inteligências e experiências disponíveis para serem contratadas ou alocadas para superar estas dificuldades. Para internacionalizar-se a empresa precisa ter um programa de trabalho de aculturação e, sobretudo, um planejamento estratégico de médio e longo prazos. O Brasil, apesar do governo, ainda tem vantagens comparativas que nos favorecem enormemente no mercado global. Muitos de nossos problemas, como tributos e alta taxa de juros, podem representar fatores importantes de serem utilizados nas exportações, para vantagem das empresas.
S
omente a internacionalização fará com que a capacidade instalada, a experiência produtiva, o conhecimento e prestígio no mercado interno possam ser aproveitados no seu limite para o aumento do lucro e conseqüente fortalecimento da empresa. Até mesmo a atração de investidores ou parceiros de uma empresa depende do nível de internacionalização. Caso ela seja apenas local, valerá tão somente pelo seu ativo e parte de sua carteira de clientes. Os exemplos de Portugal e Espanha estão aí para nos ilustrar. CARLO BARBIERI É CEO DO OXFORD GROUP BARBIERI@OXFORDUSA.COM
O s empresários devem sair de seus casulos e enfrentar o desafio global
REFORMA DA CONSTITUIÇÃO
E
ssa idéia caiu nem se sabe de onde, mas já está circulando pela Nação o movimento imposto por um grupo de advogados, que entende ter chegado o momento de fazer a reforma constitucional. Essa Constituição, de outubro de 1988, foi dada à Nação sem necessidade. O presidente constituiu uma comissão, que fez um anteprojeto sob a presidência do constitucionalista Afonso Arinos e que não foi adotado. Promulgada em momento oportuno, foi assimilada por adeptos e detratores, entrando para o cotidiano das especulações jurídicas e políticas como se fôra um velho documento constitucional, pronto para ser usado em qualquer circunstância. O Brasil já teve muitas Constituições e a Inglaterra ainda hoje não tem uma, e essa lacuna não impediu que merry England fosse a grande nação imperialista no século XIX e início do século XX. O Brasil já teve oito constituições e ainda procura fazer reformas políticas, que não se definiram até hoje e nem se definirão, pois ninguém quer reforma de espécie alguma no que está funcionando regularmente bem.
G Ninguém
quer reforma de espécie alguma no que está funcionando regularmente bem
N
ão vejo razão alguma para uma reforma constitucional que não possa ser feita em uma reunião extraordinária no Congresso Nacional. Tivemos uma Constituição única no Império, obra estudada pelo Marquês de São Vicente e o Visconde de Uruguai com resultados excelentes para a Nação. O Brasil funcionou muito bem com essa Constituição, substituída pela republicana de 1891. Querer, pois, uma nova Constituição, com experiências feitas e abandonadas, parece-me absurdo. Que se deixe a Constituição em paz, fazendo-se as reformas cabíveis para adaptá-la às reformas políticas de que tanto se fala e não se quer. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 7 de agosto de 2006
3
Política
Fernando Henrique não é candidato. Geraldo Alckmin, em resposta a popular sobre papel de FHC em um eventual governo seu.
EM DIA DE POUCO PÚBLICO, LULA TENTA LIVRAR-SE DE MENSALEIRO
Eymar Mascaro
Fernando Donasci/Folha Imagem
FIM DO BIS
LULA CRIA O 'PALANQUE DOS EXCLUÍDOS'
A
o participar ontem de um comício na cidade mineira de Governador Valadares, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dividiu o palanque com dois personagens que provocaram constrangimento: o deputado João Magno (PT-MG), um dos mensaleiros beneficiados pelo dinheiro do valerioduto, e o candidato a senador Newton Cardoso, alvo habitual de críticas dos petistas mineiros e até mesmo de integrantes do PDMB. O previsto inicialmente era a adoção do novo formato bolado para os comícios de Lula, com dois palanques. Num deles, ficaria o presidente candidato à reeleição e seus principais aliados na disputa no Estado. No outro, seriam abrigados deputados federais, deputados estaduais e prefeitos. Barrados no baile – A justificativa oficial era de que o palanque principal ficaria muito cheio. O verdadeiro objetivo, porém, era justamente evitar que Lula pedisse voto ao lado de sanguessugas, mensaleiros ou outros políticos envolvidos em escândalos. Só que o palanque ficou vazio e os parlamentares foram reforçá-lo. Foi a invenção do chamado "palanque dos excluídos" que provocou o esvaziamento do comício, pois parlamentares e prefeitos tinham sido informados com antecedência do novo formato - e muitos, contrariados, preferiram não aparecer. Um dos ausentes, que não quis não se identificar, disse que a separação representava uma
"humilhação". Diante do problema, Lula pediu desculpas em seu discurso. "Quero dar os parabéns aos prefeitos que estão aqui. Lamentavelmente me disseram que no palanque não cabe muita gente", disse o presidente, que estava na companhia do vice José Alencar, que é de Minas. "De vez em quando, a gente vê na televisão um palanque quebrar. Como eu e o Alencar, que já temos 50 anos de idade, não podemos correr o risco de nos machucarmos com o palanque caindo, então quero pedir desculpa aos prefeitos de tê-los separado aqui do palanque oficial. Mas c o m o n ó s s om o s c o m p anheiros, nós estamos ligados por uma química. Não é esse fato que vai nos separar." O comício teve pouco público. Eram 1,5 mil pessoas, segundo a Defesa Civil, ou 3 mil, segundo o comitê da reeleição. Antes do evento, Lula vistoriou obras da BR-116 e, em seguida, subiu num jipe amarelo emprestado por um petista e desfilou pelas ruas da cidade. Lula pediu ao povo que elegesse deputados que apóiam o governo. "Vocês sabem o sacrifício que a gente sofre lá em Brasília", afirmou. O presidente brincou que "tinha desaprendido de fazer comício". Lembrou que só participa de atos formais. "Mas aqui, estou voltando aos velhos tempos. Fazer comício é como andar de bicicleta. Andou uma vez, nunca mais a gente desaprende e a gente vai treinando até ficar bom." (AE)
SANGUESSUGAS SUSPEITOS TERÃO CAPÍTULOS ÚNICOS, DIZ LANDO.
C
Modelo – No primeiro, ficaada um dos parlamentares sob suspeita de li- rão os 63 congressistas que regação com a máfia das ceberam da Planam depósitos ambulâncias merecerá um ca- em suas contas bancárias ou pítulo no relatório parcial que nas de parentes e assessores. o relator da CPI dos Sangues- No segundo, os 21 apontados sugas, senador Amir Lando pelos donos da Planam, Luiz (PMDB-RO), promete apre- Antônio e Darci Vedoin, como sentar na próxima quinta-fei- tendo ganhado dinheiro vivo. ra. De acordo com o relator, ca- No último, serão abrigados s e i s a c u s ada capítulo Roberto Stuckert Filho/AOG 06/08/2006. dos contra os vai descrequais o relaver o envoltor avalia vimento do que não há p a r l a m e nprovas. tar acusado, "Nós estaenumerar as m o s v a l oprovas e rando cada a pres en ta r uma das proos argumenvas, cada tos de defe- Lando apresentará relatório parcial uma das insa. Lando se refere como "processos", mas terceptações telefônicas, as reos técnicos da CPI preferem petições nos depoimentos , onde mais de um depoente faz rechamá-los de "prontuários". "A minha proposta é deixar ferência sobre o parlamentar. tudo pronto caso a caso. Ou se- Esse é o nosso trabalho maior ja, autos onde tenham descri- neste momento", afirmou. O relator disse, ainda, que tas as condutas individuais e uma apreciação final. Será um vai propor medidas corretivas histórico para cada parlamen- para evitar que o Orçamento tar envolvido", disse o relator. da União seja alvo de ataques Os parlamentares serão divi- como os praticados pelos sanguessugas. (AE) didos em três grupos.
A Cena típica de campanha: candidato não abre mão das criancinhas
ALCKMIN DEFENDE REFORMA POLÍTICA 'FATIADA' Apu Gomes/Folha Imagem
pesar de ter sido aprovado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) que acaba com a reeleição de presidente, governador e prefeito, a partir de 2010, só deve ser votado nas duas casas do Congresso no ano que vem. Difìcilmente, a matéria será votada ainda em 2006, admitem os parlamentares. Para ser aprovada, a emenda precisa ser votada duas vezes pelo Senado. Depois, a PEC será encaminhada para outras duas votações na Câmara. Não haverá tempo para a votação este ano: o Congresso entra em recesso dia 15 de dezembro e até as eleições os parlamentares estarão ausentes de Brasília. Deputados e senadores estão mais preocupados com a campanha eleitoral.
AGRADO O fim da reeleição para presidente, governador e prefeito agrada sobretudo a dois presidenciáveis tucanos em 2010, José Serra e Aécio Neves. Os dois temem que em caso de vitória, Alckmin queira se candidatar novamente daqui a quatro anos.
TRABALHO Se eleito, Alckmin vai ter tempo de trabalhar contra o fim da reeleição, se este for o seu desejo. Como a matéria somente será votada em 2007, o presidente eleito vai poder movimentar sua base no Congresso. Para o tucano, Lula teve oportunidade e não fez as reformas que devia
O
candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, defendeu ontem, durante campanha em Cidade Tiradentes, uma reforma política "fatiada" e feita pelo Congresso. O tucano disse que, se eleito, pretende enviar, antes mesmo da abertura da legislatura, em 1º de fevereiro, um projeto de reforma política que tenha como principal objetivo instituir a fidelidade partidária. O financiamento de campanha, por exemplo, ficaria para um outro momento. "Eu faria de cara uma reforma propondo a fidelidade partidária. Se for discutir, abrir muito o debate, fica infindável", observou. "Então, vamos fazer por etapas." Embora defenda a fidelidade partidária, Alckmin perdeu apoio de dois prefeitos do PSDB e dois do PFL que em encontro com o presidente Lula, anteontem, decidiram aderir à candidatura do petista. Alckmin voltou a se posicio-
nar contra a proposta de Lula de fazer uma Assembléia Constituinte para tratar especificamente da reforma política. "Reforma política dá para fazer com um novo governo, com força política, com articulação", defendeu. "Agora, não acredito que quem teve quatro anos e não fez a reforma, como também não fez a tributária, a faça em outro mandato." Território de Marta – Ele caminhou em uma rua onde a prefeitura construiu uma praça. No local, o tecelão Henrique Jorge de Melo, de 44 anos, quis saber do tucano que papel FHC teria em seu governo. "Fernando Henrique não é candidato", foi a resposta. Depois de cumprimentar eleitores, tomou café em uma padaria. Quando deixava Cidade Tiradentes, alguns jovens procuraram provocá-lo. "Aqui é Marta", disseram, em referência à ex-prefeita Marta Suplicy (PT). Mas Geraldo Alckmin não ouviu. (AE)
EMPENHO José Serra e Aécio Neves devem disputar a candidatura presidencial em 2010 como governadores, virtualmente eleitos, de São Paulo e Minas. Os dois tentaram obter um compromisso de Alckmin contra a reeleição, mas foi em vão.
ACUSAÇÕES O senador Antonio Carlos Magalhães trabalhou pelo fim da reeleição na CCJ por entender que o sistema não correspondeu. A reeleição nasceu sob o signo da desconfiança: o governo FHC foi acusado de comprar votos no Congresso para a aprovação da emenda em 1997.
DESAFIO A missão do deputado Moreira Franco (PMDB), novo integrante do comando de campanha da coligação PSDB-PFL é atrair o apoio do candidato do partido ao governo do Rio, Sérgio Cabral (líder nas pesquisas) para Alckmin. Michel Temer, presidente do PMDB, acha viável o apoio de Cabral ao tucano.
INVESTIDA O PMDB está garantindo o apoio do governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, mas só no 2º turno. Rigotto ainda quer manter a neutralidade no 1º turno. A mesma investida, o tucano faz no Paraná para obter o apoio do governador também peemedebista Roberto Requião.
SUDENE A recriação da Sudene pode ocorrer no exercício do mandato do futuro presidente. Geraldo Alckmin foi enfático ao afirmar, sexta-feira, em Recife, que a "Nova Sudene" que pretende recriar não repetirá os erros do passado. Também Lula está prometendo recriar a entidade.
CAMPANHA
CPIS
Alckmin e Lula continuam gravando os programas de suas campanhas na televisão, que começa no dia 15. Será a partir da campanha na mídia eletrônica que o candidato tucano espera encostar no petista nas pesquisas.
A bancada do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo vai promover amanhã um ato público para forçar a Mesa Diretora a constituir CPIs para apurar denúncias de irregularidades no governo do Estado, na gestão de Alckmin. O PSDB tem resistido às investidas petistas.
COMO ESTÁ Lula continua vencendo Alckmin nas pesquisas feitas nas regiões Sudeste, Norte, Centro-Oeste e Nordeste. Há empate entre os dois no Sul. No Sudeste, Alckmin vence em São Paulo mas perde no Rio e em Minas. O tucano está em desvantagem, por enquanto, nos nove estados do Nordeste.
REJEIÇÃO Em compensação, Alckmin leva ampla vantagem sobre Lula no quesito rejeição. Nas últimas pesquisas, o índice de rejeição ao candidato do PT oscila entre 30% e 35%, enquanto o de Alckmin varia de 17% a 20%. Heloísa Helena é a segunda candidata com maior índice de rejeição.
OS ALVOS Os petistas querem apurar eventuais irregularidades cometidas pela direção da Nossa Caixa nos contratos de publicidade. Querem investigar também gastos com as obras do Rodoanel e as atividades da CDHU – Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano.
CONTRA-ATAQUE Em resposta ao PT, os tucanos ameaçam investigar também o sistema de transporte público na administração da ex-prefeita Marta Suplicy. As investigações atingiriam o ex-secretário de Transportes, Jilmar Tatto, irmão de Ênio Tatto, líder do PT na Assembléia Legislativa.
Pablo de Sousa
Nº 132 São Paulo, 7 de agosto de 2006
DCARR
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Marcio Brigatto/Divulgação
Encontro de carros antigos em Juiz de Fora, Minas Gerais, reúne mais de 300 raridades, entre as quais esta Mercedes 190 SL, de 1959. Na página 11. O Dia dos Pais vem aí. Nas págs. 4 e 5, boas dicas, diferentes, para presentear o "velho": de livros até simples passeios para curtir sua companhia.
MERCEDES CLASSE E
VOCÊ MERECE TER UM PÁGINAS 6 E 7
DIÁRIO DO COMÉRCIO
8 -.INTERNACIONAL/OPINIÃO
segunda-feira, 7 de agosto de 2006
MuNDO
por OLAVO DE CARVALHO, de Washington DC
reAL
Carl de Souza/AFP/3/02/2006
V
ivenciar conscientemente o tempo histórico em que transcorre a nossa existência é um privilégio, um dever e um direito da inteligência individual, que não alcança sua plenitude senão absorvendo e integrando as tensões e mutações do ambiente maior em torno. Desde o início do século XX, esse direito foi negado a várias gerações de seres humanos, induzidos a viver uma história fictícia no mundo paralelo das militâncias ideológicas e a atravessar a existência em pleno estado de ignorância quanto aos fatores reais que determinaram o seu destino. A ilusão socialista não consiste somente num erro de previsão quanto aos objetivos finais. Se fosse assim ela seria apenas o final trágico de existências nobres. Mas a expectativa falsa quanto ao futuro já falsifica a vida presente: ela perpassa toda a biografia de cada militante, tingindo de farsa e auto-engano cada um de seus atos e pensamentos, mesmo os mais íntimos, pessoais e aparentemente alheios à luta política. É só estudar as vidas de Marx, de Lênin, de Stalin, de Mao, de Guevara, de Fidel Castro, de Yasser Arafat (ou de seus acólitos intelectuais, os Sartres, Brechts, Althussers e tutti quanti) para entender do que estou falando: cada um desses homens que tiveram nas mãos os destinos de milhões de pessoas foi um deficiente emocional, cronicamente imaturo, incapaz de criar uma família, de arcar com uma responsabilidade econômica ou de manter relações pessoais normais com quem quer que fosse. Em compensação do aborto moral de suas vidas, criaram a idealização pomposa do "revolucionário" (isto é, deles próprios), como encarnação de um tipo superior de humanidade, adornando com um toque de estética kitsch a mentira existencial total. Eles não são personagens de tragédia. A regra essencial da tragédia é a ausência de culpa. O herói trágico não pode estar abaixo das circunstâncias, não pode ser um perverso, um fraco, um idiota incapaz de arcar com a própria vida. Ele fracassa porque entra em choque com as exigências superiores de uma ordem cósmica invisível. Seu único delito é não ser sobre-humano numa situação que lhe impõe desafios sobrehumanos. Mas perceber a falácia intrínseca da promessa socialista não é um desafio sobrehumano (v. http://www.olavodec a r v a l h o . o r g / s e m ana/060611zh.html). É um dever elementar de qualquer inteligência média que se disponha a examinar o assunto objetivamente. Aqueles que fogem a
O paradoxo esquerdista esse exame, transferindo a partidos, a movimentos ou à "opinião pública" as responsabilidades da sua consciência individual, renunciam ipso facto à dignidade da inteligência e se consagram a uma luta obstinada e fútil contra a estrutura da realidade. Vai nisso uma mistura de vaidade adolescente, de revolta gnóstica e daquele orgulho satânico que é a compensação quase automática da covardia existencial. Tudo isso é lamentável, mas não é trágico: é grotesco. Não há tragédia no fracasso do socialismo: há apenas uma palhaçada sangrenta. O modelo dos líderes e dos ídolos intelectuais é repetido, em série ilimitada, nas vidas de militantes, simpatizantes e "companheiros de viagem", acabando por espalhar-se entre o público geral. O rancor sem fim contra pais e mães, a destruição da unidade familiar, o ódio às exigências morais das tradições religiosas, a busca desesperada de sensações por meio do consumo de drogas, a reivindicação pueril do "direito ao prazer", a transformação do erotismo numa escalada de exigências egolátricas que começa no protesto feminista e culmina na apologia aberta da pedofilia e do incesto, a disseminação de técnicas pedagógicas que estimulam a delinqüencia infantojuvenil – tudo isso é a projeção ampliada do estilo de vida dos "grandes revolucionários", espraiada no tecido da sociedade ao ponto de já não reconhecer-se como tal e transfigurada num sistema de obrigações "éticas", base de julgamentos, acusações, cobranças e chantagens. O fundo de tudo é o ódio à realidade, a recusa de arcar com o peso da existência, o sonho gnóstico de transfigurar a ordem das coisas por meio da auto-exaltação psicótica e de truques mágicos como a "reforma do vocabulário". Não espanta que a política produzida por essas pessoas seja uma contradição viva, uma imensa engenhoca entrópica que cresce por meio da autodestruição e se inebria de vanglória na contemplação das próprias derrotas. Nenhuma exploração capitalista, por mais "selvagem" que a rotulassem, conseguiu matar de fome multidões tão vastas quanto as que pereceram durante a estatização da agricultura na URSS, o "Grande Salto para a Frente" de Mao Dzedong ou os experimentos socialistas em vários países da África. A "luta contra a miséria" continua sen-
do o principal pretexto moral do socialismo, mas a verdade é que a maior contribuição do socialismo à vitória nessa luta seria simplesmente cessar de existir. Do mesmo modo, o protesto inflamado contra qualquer violência anti-socialista é um persistente Leitmotiv do discurso de esquerda, mas nenhum regime direitista jamais matou, prendeu ou torturou tantos militantes esquerdistas quanto Stalin, Mao, PolPot ou Fidel Castro. É uma simples questão de fazer as contas. Se os socialistas tivessem um pingo de respeito por seus próprios direitos humanos, voltariam para suas casas e deixariam que a boa e velha democracia burguesa os protegesse contra a tentação suicida de implantar o socialismo. Do mesmo modo, quando os esquerdistas começam a falar em "paz", a prudência reco-
peak) de George Orwell apenas um truque publicitário concebido por líderes maquiavélicos para induzir militantes estúpidos a aceitar a guerra como paz, a tirania como liberdade. Esses líderes maquiavélicos não têm nenhum controle sobre o processo, que, com raras e inevitáveis exceções, termina por arrastá-los e destruí-los no meio de suas vítimas. O paradoxo autodestrutivo está na centro de cada alma militante porque está na raiz mesma do movimento socialista, que nasce da aspiração gnóstica à supressão do mundo físico e se condensa na proclamação absurda de Hegel: "O ser, na sua indeterminação, é o nada" – uma confusão patética entre discurso e existência, destinada a ter as mais monstruosas conseqüencias intelectuais e históricas. O puro newspeak já marca sua presença ostensiva na fórmula de Engels, "A liber-
Ben Stansall/AFP/18/02/2006
mendaria que começassem a estocar comida no porão para a próxima guerra em que seus líderes os estão metendo naquele mesmo momento. O movimento pacifista encabeçado pelos partidos comunistas da Europa nos anos 30 foi um truque concebido por Stalin para dar tempo à Alemanha de se rearmar com a ajuda soviética e destruir a "ordem burguesa" do velho mundo (leiam o clássico Stalin’s War, de Ernst Topitsch). Milhões de franceses idiotas gritaram em passeatas e agitaram bandeirinhas brancas sem saber que isso era o passaporte para o matadouro. Os tratados que, atendendo ao clamor de uma geração inteira de jovens enragés, puseram fim aos combates no Vietnã em 1972, deram um salvo-conduto para que os comunistas invadissem o Vietnã do Sul e o vizinho Camboja e matassem aí três milhões de civis – quatro vezes o número total de vitimas civis e militares da guerra. Enganam-se aqueles que enxergam na novilíngua (news-
dade é o reconhecimento da necessidade", que inspirou tantas auto-acusações falsas nos Processos de Moscou e cujo sentido último, de ironia verdadeiramente demoníaca, aparece com nitidez fulgurante no comentário de Bertolt Brecht: "Se eram inocentes, mais ainda mereciam ser condenados." Brecht, aliás, foi aquele mesmo que resumiu com cinismo exemplar a essência da moral socialista: "Mentir em favor da verdade." Experimente fazer isso e, é claro, você nunca mais vai parar de mentir. Algumas regras usuais do leninismo ilustram esse cinismo na prática diária: "Fomentar a corrupção e denunciá-la" e "Acuse-os do que você faz, xingue-os do que você é" resumem às mil maravilhas a história do nosso PT, que cresceu pelo discurso de acusação moralista ao mesmo tempo que montava uma máquina de corrupção de dimensões faraônicas, perto da qual os velhos políticos ladrões começam a parecer meninos de escola culpados de roubar chicletes.
Era inevitável que, com o tempo, a forma mentis autonegativa do movimento esquerdista se cristalizasse numa fórmula estratégica simples, ingênua até, que por sua simploriedade mesma fosse de aplicação fácil e lucrativa, reprodutível em escala mundial por simples automatismo. Essa estratégia, cujo nome é hoje proclamado abertamente pelo sr. Hugo Chávez, é a guerra assimétrica. Ela consiste, como explica Jacques Baud em La Guerre Asymétrique ou la Défaite du Vai nque ur (Éditions du Rocher, 2003), em transformar as derrotas militares em vitórias políticas por meio de um ardil psicológico: outorgar a um
(...) nenhum regime direitista jamais matou, prendeu ou torturou tantos militantes esquerdistas quanto Stalin, Mao, Pol-Pot ou Fidel Castro.
Os terroristas sabem que as nações ditas infiéis têm sentimentos morais, enquanto eles, os santos, os eleitos, não têm nenhum e não precisam ter nenhum.
dos lados, sob pretextos edificantes, o direito incondicional a todos os crimes, a todas as brutalidades, a todas as baixezas, e desarmar o outro por meio de cobranças morais paralisantes. O que nem os praticantes nem os colaboradores passivos nem as vítimas desse ardil parecem perceber é que ele traz em si a prova definitiva da superioridade moral do adversário no mesmo momento em que acusa seus supostos crimes e iniqüidades. É claro: se o acusado não fosse moralmente sensível, consciencioso, escrupuloso, seria impossível inibi-lo mediante o apelo a seus deveres éticos. E, se o acusador fosse por sua vez aberto a esses mesmos deveres no plano da sua própria conduta, ele se sentiria igualmente travado por escrúpulos e não haveria assimetria nenhuma. É justamente o fato de dispen-
sar-se das obrigações morais exigidas do inimigo que dá ao praticante da guerra assimétrica a vantagem estratégica da sua posição. É essencial para o sucesso desse ardil que o discurso de acusação seja feito sempre pelo culpado contra o inocente, pelo criminoso contra a vítima. O público e a totalidade dos colaboradores passivos usados como caixas de ressonância do moralismo indignado nem de longe se dão conta disso, mas o fato é que, quanto mais veemente a acusação, maior a malícia do acusador e mais irrefutável a prova de seus crimes. A assimetria consiste precisamente nisso. Um exemplo didático, colhido da guerra entre Israel e o Hezbollah, aparece no contraste entre as atitudes dos dois lados no que diz respeito às vítimas civis. Enquanto na mídia ocidental os israelenses são condenados como monstros porque mataram acidentalmente trinta civis num bombardeio, em países islâmicos as matanças deliberadas de civis israelenses pelos mísseis do Hezbollah são comemoradas como atos meritórios. Se o leitor duvida, veja o documentário em h t t p : / / p m w . o r g . i l / b u l l etins_Aug2006.htm#b020806. Os terroristas sabem que as nações ditas infiéis, pecadoras, têm sentimentos morais, enquanto eles próprios, os santos, os eleitos, não têm nenhum e não precisam ter nenhum. Sua moral consiste apenas na glorificação descarada dos próprios crimes – e é ela que lhes dá a vitória na guerra assimétrica. Outros exemplos, ainda mais eloqüentes, estão nas fotos que ilustram esta página. Tiradas numa passeata de militantes palestinos em Londres, foram enviadas pela escritora Bella Jozef, uma judia brasileira residente na Inglaterra, a amigos seus em várias partes do mundo, e vieram parar na minha caixa postal. Enquanto na própria comunidade judaica muitos se sentem inibidos de desejar em público a vitória de Israel, preferindo fazer discursos tímidos e genéricos em favor da "paz", elas mostram a verdadeira face da ideologia radical islâmica, que a mídia ocidental, colaborando na guerra assimétrica, esconde para dar feições mais humanas aos terroristas e criar no mínimo uma impressão enganosa de equivalência moral. As inscrições nestes cartazes dizem tudo. O que o "outro mundo possível" promete conscientemente à humanidade, sob os pretextos mais sublimes, é um novo Holocausto, de proporções colossais, e a liquidação de tudo o que conhecemos como liberdade e direitos humanos.
Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO
Tinha desaprendido de fazer comício. Mas aqui, estou voltando aos velhos tempos. Fazer comício é como andar de bicicleta. Andou uma vez, nunca mais a gente desaprende. Presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao participar ontem de um comício em Governador Valadares (MG)
segunda-feira, 7 de agosto de 2006
7
www.dcomercio.com.br/logo/
64 anos do músico, cantor e compositor brasileiro Caetano Veloso (1942)
AGOSTO
2 -.LOGO
M ARKETING A MBIENTE
Um lixão de pneus usados no País Depois de obter vitórias expressivas nos casos do açúcar e do algodão, o Brasil corre o risco de perder na Organização Mundial do Comércio (OMC) o primeiro contencioso na área ambiental da história do organismo. A União Européia recorreu à OMC para obrigar o Brasil a importar pneus usados. O governo brasileiro resiste, temendo que o País se transforme numa "lixeira" para os países ricos. No entanto, corre o risco de ficar sem argumento contra os
europeus, o que ocorrerá se o Congresso aprovar uma lei que está pronta para ir à votação abrindo o mercado brasileiro à importação de pneus usados. "Se o Congresso aprovar o projeto de lei, perdemos o caso na OMC", admite Flávio Marega, chefe da Coordenação de Contenciosos do Itamaraty. O resultado do painel (disputa) na OMC está previsto para sair no dia 8 de novembro. Antes disso, porém, o projeto de lei poderá entrar na pauta de votações da Câmara.
D INAMARCA Jens Norgaard Larsen/Reuters
O circo do Cirque du Soleil Patrocinadores aproveitam o frisson em torno da trupe para paparicar clientes
O
s patrocinadores do Cirque du Soleil montaram um circo à parte para receber o espetáculo mais aguardado do ano em São Paulo. Quem circular pela região onde foi armada a tenda do circo, na zona sul da cidade, vai perceber um clima parecido com o de Copa do Mundo nos próximos três meses Para pegar carona no apelo do circo mais famoso do mundo, vale tudo: desde shows exclusivos para clientes especiais e raspadinhas em supermercados para concorrer a ingressos até espalhar bonecas gigantes pela região e colocar t e l e v i s o re s d e p l a s m a e m pontos de ônibus. A vinda do circo, que fez seu primeiro espetáculo na quintafeira e fica na cidade até 22 de
outubro, foi usada principalmente como pretexto para falar com um consumidor que tem muito dinheiro e é ávido por novidades. Em março, cinco meses antes da estréia, o Bradesco já fazia venda antecipada de ingressos para os seus 300 mil clientes Prime. O banco vendeu 40 mil ingressos só para os shows de São Paulo. Além da campanha de massa, o Bradesco colocou bonecas de sete metros em três locais da cidade e espalhou cartões postais do Cirque du Soleil em bares e boates. Em setembro, fará uma de suas últimas ações associadas ao circo: uma versão reduzida do espetáculo para 8 mil alunos da Fundação Bradesco. A Visa aproveitou o frisson em torno da trupe para paparicar seus melhores clientes, donos dos cartões Platinum e Infi-
nite. Na segunda-feira da semana passada, três dias antes da estréia oficial, o circo fez uma apresentação para 500 clientes na Casa Fasano. "Esse público aprecia coisas exclusivas, quer ter acesso antes de todo mundo", diz o diretor de marketing da Visa, Joseph Levy. IBM e TAM também farão shows particulares ou sessões fechadas para clientes especiais. A Gradiente gastou R$ 600 mil da sua verba de marketing anual de R$ 10 milhões para associar seu nome ao evento. A ação mais inusitada foi a de colocar quatro telas de plasma de 42 polegadas em cada um dos dois pontos de ônibus mais próximos à tenda do circo. Não, o objetivo não é vender TV. Mas chamar a atenção do público que for ao espetáculo e de quem passar pela região. (AE)
credito
L
I NTERNET
MySpace recrutando soldados
L
E M
exemplo. Os internautas, adolescentes ou na faixa dos 20 anos, parecem não ter se assustado com os vídeos que estão disponíveis na comunidade, e mostram sargentos raivosos gritando com suas tropas e cenas de treinamentos. A idéia de "prospectar" futuros soldados pelo MySpace, segundo alguns fuzileiros navais, é uma tentativa de fazer um apelo à paixão dos jovens pela tecnologia.
C A R T A Z
VISUAIS
HIROSHIMA - Cerca de 45.000 sobreviventes, moradores, visitantes e autoridades de todo o mundo rezaram ontem pelas vítimas da bomba e observaram um minuto de silêncio em Hiroshima, a 690 km de Tóquio. Depois, centenas de pombos foram libertados. A RQUITETURA
Os melhores do premiê N
Telas de Rubens Gerchman. Entre elas, Beijo com Noite Estrelada (foto). Renot Antiques. Shopping Iguatemi. Telefone: 3032-3633. Das 10h às 22h. Entrada Franca.
De olho nos candidatos
O site Brando tem um bom gadget para esses dias secos e quentes. Um umidificador de ambientes em forma de aquário, com luzes coloridas para um toque especial. O sistema usa ultra-som para vaporizar a água e é perfeitamente seguro. Custa US$ 14 no site.
A Justiça Eleitoral criou serviços para ajudar os eleitores a conhecerem e fiscalizarem os candidatos. No site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estão relacionados os 19 mil candidatos inscritos para concorrer a algum cargo público em outubro. A lista traz dados pessoais, a relação de bens e quanto cada um pretende gastar na campanha. No site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), é possível denunciar quaisquer irregularidades de campanha.
http://gadget.brando.com.hk
www.tse.gov.br www.tre-sp.gov.br
O Pentágono pediu que seus soldados no Iraque parem de publicar seus vídeos pessoais de combates na internet, temendo que as imagens possam passar a mensagem de que os americanos no País sejam anti-árabes e obcecados com barbáries. No YouTube, site mais popular de vídeos caseiros, que hoje acumula mais de 70 milhões de arquivos, muitos filmes feitos por soldados, mostrando explosões, troca de tiros e até cadáveres, com trilhas sonoras de rock e rap, são encontrados sob as palavras-chave "Iraq" e "combat". www.youtube.com
B RAZIL COM Z
A TÉ LOGO
A agência de notícias nor te-americana Associated Press destacou no fim de semana a desocupação de fazendas do Pará, na região norte do Brasil. As áreas, ocupadas por sem-terra, tiveram a desocupação determinada pelo Justiça a pedido dos proprietários de terra. Pelo menos 15.000 pessoas foram afetada pela ordem judicial, a maioria delas viveu nas 20 fazendas por mais de três anos. O noticiário da AP destaca os riscos de uma onda de violência provocada pelas desocupações na região, citando um relatório da Anistia Internacional. I NDÚSTRIA
Cerveja com água de 2 mil anos Uma cervejaria da Groenlândia apresentou uma nova cerveja, feita com água de 2 mil anos retirada do Pólo Ártico. Os primeiros 66 mil litros do produto, que tem 5,5% de teor alcoólico, acabaram de sair da fábrica. A cervejaria fica em Narsaq, a apenas 625 quilômetros do Círculo Polar Ártico. Salik Hard, cidadão local que investiu o equivalente a US$ 679 mil no projeto, fez uma degustação na semana passada em um parque de Copenhagen, capital da Dinamarca. Quem experimentou disse que a nova cerveja é diferente de todas as outras, muito mais leve, e que não conserva o amargor. T ECNOLOGIA
Um iPod para livros listas deste ano, os arquitetos provaram que um ambiente agradável e que em nada se parece com um hospital pode ajudar a reduzir o tempo de internação. www.betterpublicbuildings.gov.uk/ finalists/2006/
No alto, um dos quartos do hospital infantil Evelina: design ajuda na recuperação das crianças. Acima, à esquerda, o Centro Infantil Lavender Sure Start e, à direita, a ponte da floresta Salcey: construções integradas ao meio ambiente.
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
Governo federal anuncia mutirão para avaliar situação de presidiários Bolivianos festejam 50 anos de imigração em São Paulo
L
Vaporizador com luzes coloridas
Reproduções
L
F AVORITOS
o Reino Unido, edifícios e construções p ú b l i c a s c o m d esign inovador e utilidades diferenciadas concorrem a prêmios anuais do primeiro-ministro. É o Prime Minister ’s Better Public Building Award (Prêmio do Melhor Prédio Público do Primeiro-Ministro). Em 2006, a lista de 14 finalistas inclui uma universidade, o prédio do Parlamento do País de Gales, um centro de atividades aquáticas e uma passarela de 15 metros de altura, c on s tru íd a em meio às árvores da Floresta Salcey, em Northamptonshire. O concurso também serve para mostrar a importância do design, considerado secundário em muitos projetos públicos. No hospital infantil Evelina, em Londres, um dos projetos fina-
L
G @DGET DU JOUR
Pentágono 'censura' soldados
Terra, Justiça e violência
Réplica do navio viking Havhingsten, de 30 metros, em meio ao fiorde de Roskilde, depois de uma viagem a Oslo, na Noruega. A embarcação, que carrega 65 homens, se prepara para uma competição em 2007.
Adolescentes em busca de amigos no site de relacionamentos MySpace - uma espécie de Orkut, mas muito mais popular no exterior, com 94 milhões de cadastrados - podem acabar inesperadamente no corpo de fuzileiros navais dos EUA. Mais de 12.000 internautas acabaram se registrando da comunidade do US Marine Corps que decidiu usar o site para recrutar integrantes. Outras forças militares podem seguir o
E UA
Consumo formiguinha de materiais de construção deverá crescer 8% este ano
Rumores publicados no blog de tecnologia Engadget informam que a Apple, a criadora do iPod, estaria desenvolvendo um aparelho que, em vez de tocar música, seria um leitor de livros digitais com recursos avançados como o iPod. Com uma tela mais ampla, para oferecer mais conforto para a leitura, o "iPod para livros" teria capacidade para armazenar arquivos grandes de eBooks e viria para concorrer com um também esperado leitor de livros digitais da Sony. www.engadget.com
2
DCARRO
São Paulo, segunda-feira, 7 de agosto de 2006
Revolução automotiva iante de uma revolução radical agitando a indústria automobilística mundial, com poderosos pólos de produção emergentes e forças capazes de rearranjar o mapa do setor, o Brasil tem pressa em definir seu potencial e consolidar sua posição. Pensando nisso, a SAE Brasil realiza o Simpósio Tendências na Indústria Automobilística, no dia 4 de setembro, no Hotel WTC, em São Paulo, centrado no tema "Como enfrentar a nova revolução automotiva global". O simpósio contará com a participação dos principais ‘players’ da indústria automotiva brasileira, como Ray Young, presidente da General Motors, que vai falar sobre qual o novo papel do País diante das radicais transformações no mapa do setor automotivo. Já Antonio Davanzo, diretor adjunto de Engenharia da Delphi, Edgar Garbade, presidente da Bosch, Oliver Schulze, gerente de Engenharia do Desenvolvimento da Takata Petri, e Silvério Bonfiglioli, presidente da Magneti Marelli do Mercosul, participarão do painel "Tecnologia de ponta para carros compactos?" Mediado pelo jornalista Paulo Campo Grande, editor da Revista Quatro Rodas, o painel vai mostrar como a criatividade pode viabilizar a introdução
D
índice DIA DOS PAIS - 4 e 5 Programas e presentes para comemorar a data.
CAPA - 6 e 7 O luxuoso e moderno Classe E, da Mercedes-Benz.
MANUTENÇÃO - 8 Gastos para manter veículo em ordem superam a inflação.
PEÇAS - 10 A China amplia vendas no nosso mercado de reposição.
ANTIGOS - 11 Juiz de Fora sedia encontro de clássicos do século passado.
aGenDa 7 de agosto
A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) divulga hoje os dados do setor referentes a julho. No Hotel Sofitel, na Av. Sena Madureira, 1.355, a partir das 11h.
7 de agosto
A VW Primo Rossi promove à noite, na rua dos Trilhos, 134, Mooca, uma noite de autógrafos com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, autor do livro "A Arte da Política - a História que Vivi".
Presidente em exercício Alencar Burti Presidente licenciado Guilherme Afif Domingos Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editor chicolelis chicolelis@dcomercio.com.br Repórteres Alzira Rodrigues alzira@dcomercio.com.br Anderson Cavalcante acavalcante@dcomercio.com.br
de tecnologias de ponta em veículos populares no Brasil. Outro destaque é a apresentação dos consultores da Price Waterhouse Coopers, Marcos de Almeida, sócio-diretor, e Marcelo Cioffi, gerente sênior, que farão a palestra "Megatendências na indústria automobilística"", além do painel "A engenharia brasileira chegou à maioridade?", que contará com a participação de Carlos Eugênio Fonseca Dutra, diretor de Planejamento e Estratégia de Produto da Fiat Automóveis, David Breedlove, diretor de Desenvolvimento do Produto da Ford, Holger Westendorf, vice-presidente de Planejamento e Desenvolvimento do Produto da Volkswagen, e Pedro Manuchakian, vice-presidente de Engenharia da GM/LAAM. A coordenação será feita por Renato Mastrobuono, diretor de Engenharia da Volkswagen Caminhões. Segundo Gábor J. Deák, presidente da SAE Brasil, os simpósios realizados pela entidade têm alta representatividade entre os ‘players’ da mobilidade, pois refletem os assuntos que estão em pauta nas gerências e diretorias das empresas do setor. O objetivo é sempre debater temas atuais com propostas de soluções. SAE Brasil
Chefe de reportagem Arthur Rosa Editor de Fotografia Masao Goto Editor de Arte José Coelho Diagramação Hedilberto Monserrat Junior Ilustração Abê / Céllus / Jair Soares Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Impressão S/A O Estado de S. Paulo www.dcomercio.com.br/dcarro
4
Congresso Planalto ESPECIAL CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 7 de agosto de 2006
ENTREVISTA EXCLUSIVA COM O GOVERNADOR DE SP
Fotos: Luiz Prado /LUZ
O
homem público que nos recebe jura por Deus que nunca, jamais lhe passou pela cabeça assumir assim, de uma hora para outra, o comando do mais poderoso e complexo Estado da Federação. Muito menos encarar de frente o igualmente poderoso e complexo Primeiro Comando da Capital, o PCC, que saía às ruas para semear o terror e demonstrar poder com uma inusitada onda de ataques. Recém-guindado ao posto de governador de São Paulo, o advogado e professor Cláudio Lembo topou a briga. E devolveu ao Estado o orgulho e a auto-estima que se esfarelavam à medida que o crime organizado germinava além dos presídios. O PCC morreu? Não, rebate Lembo, com veemência. Facções assim, subvencionadas pelo tráfico internacional de drogas, não acabam nem por decreto nem por uma contrapartida de ações violentas, e sim são contidas dentro de limites pelo uso da inteligência e da tecnologia – ensina ele. Seja como for, desde os dias de confronto (e do contragolpe estadual) a bandidagem minguou e tem se mantida quieta, numa silenciosa aquiescência. "Estamos preparados para eles", retruca, com altivez. Com essa mesma confiança e firmeza Lembo recusou a ajuda federal para enfrentar a prepotência da organização criminosa. Obrigado, mas não precisa, disse, claramente, diante da oferta de Brasília. Dono de uma notável percepção do que acontece à sua volta, talvez por isso o governador que os paulistas viram assumir, com brios, a guarda da população, tenha investido com tanto vigor contra o que cunhou de "elite branca", dias depois, durante a bonança. Bem, mas se houve ressentimentos, isso fica para o plano político. De sua parte, o diálogo com o poder federal está aberto. Tanto que ele se sente bastante confortável em constestar a convocação de uma Constituinte apenas para promover a reforma política, sugerida pelo presidente Lula. "Isso é bobagem!", exclama. "A mudança virá das urnas no dia 1º de outubro". Veja a seguir os principais trechos da entrevista. Moisés Rabinovici, Bob Jungmann e Sergio Kapustan
'QUEBRAMOS AS PERNAS DO PCC'
C
rime organizado sempre tem uma sobre vida como em todas as partes do mundo. As grandes estruturas têm uma certa perenidade. Veja a Itália com a Camorra. O assunto é muito mais complicado do que aquilo que falam os meros analistas do cotidiano. Acho que o PCC está nesse momento com as pernas rompidas em São Paulo, por dois motivos: o sistema prisional está sendo muito controlado, dentro da lei, e isso certamente cerceou o uso da prisão como gabinete do crime organizado. E fora houve o embate duro com as estruturas policiais. Nesse momento eles estão bem desorganizados, mas morrer, acabar de vez, acho difícil.
ATAQUES PLANEJADOS E RAMIFICAÇÕES Não acredito nesse boato que circula pela internet de ataque no Dia dos Pais. Após o segundo ataque houve um rigoroso controle por parte do Estado e também dos presídios. Não creio, mas estamos de sobreaviso. Em relação às ramificações, eu diria que não são apenas em outros Estados. O crime organizado em São Paulo faz parte do tráfico internacional de entorpecentes. Hoje o Brasil deve ser o terceiro usuário em drogas e é um caminho de passagem da droga para a Europa.
SOB CONTROLE A sociedade reagiu bem à situação de pânico que tentou se instalar. Alguns meios de comunicação, particularmente os eletrônicos, não sabiam bem como agir no primeiro ataque. Houve um certo descontrole. Porém eu creio que, a partir do segundo, as pessoas já racionalizaram, os policiais souberam combater, os meios de comunicação agiram com muito mais equilíbrio e a sociedade soube mostrar uma forma de criar
um obstáculo à ação criminosa – que era continuar trabalhando e demonstrar que não tinha temor. Isso tudo ajudou muito a recompor a sociedade. PRESENÇA DO EXÉRCITO Não foi uma posição de bravata, de vaidade, de orgulho paulista. Foi simplesmente uma questão de logística. Se o Exército chegasse em São Paulo, viria com no máximo 1200 homens. Poderia, eventualmente, fornecer tanques de guerra e veículos militares. Isso não ia resolver nada. Era um problema de inteligência e de presença efetiva da polícia que
litar (PM) e o Exército. E mais, estamos trabalhando com a inteligência integrada também com a Polícia Federal. Sempre houve integração, mas é que no momento do pânico as pessoas pensam que existe um salvador. É o velho Hobbes mostrando que o Leviatã vai tomar tudo. Quem não está fazendo política eleitoral ou política partidária, como eu, e está fazendo só administração, tem que ser racional. O ATO DE GOVERNAR Há momentos da vida em que você procura servir e eu procurei servir nesses nove
Dei à Alckmin a tranquilidade necessária para se lançar à Presidência. Ele sabia que a minha palavra é uma só. Que eu ficaria no exercício do cargo . Eu tinha convicção de que havia acordos políticos e que o candidato seria e será do PSDB, o José Serra. conhece a topografia, que conhece os usos e costumes do Estado de São Paulo e da cidade. Por isso que não foi aceito. Naquele momento só viria a nos criar situações de complexidade operacional. E o Exército sabia disso, os comandantes sabiam. Houve um diálogo muito intenso com os comandantes do Exército e muito fraterno. Não aceitei porque não era bom. A Polícia e o Exército em São Paulo estão absolutamente integrados, mas tem que haver racionalidade. Isso não havia no momento da grande crise. O LADO POSITIVO DA CRISE Agora a crise nos dá um elemento novo. Uma integração operacional entre a Polícia Mi-
meses. Estou fazendo o máximo que posso. Tenho uma experiência de administrativa e de vida que eu estou colocando à disposição. Agora o meu futuro está muito próximo do Araçá. Na minha idade tenho duas opções muito próximas: ir direto para o meu bom cemitério ou para o Mackenzie dar umas aulinhas. CORAGEM E SOBERBA Esse é o grande risco do poder. Você começa a ficar vaidoso. Por isso é que estou me limitando. Mas não tenho nenhuma soberba. Procuro ser muito próximo do outro, dialogar, aprender e captar aquilo que é bom. Eu diria que fui frio no momento decisivo do conflito com o PCC. Primeiro, eu tive
total confiança na Polícia Militar e Civil. Conheço as duas, sei que a PM tem uma operacionalidade notável. Muitos governadores se afastaram da PM, criaram obstáculos enormes. Eu fiz questão de mostrar que respeito e dou moral à PM. RELAÇÃO COM LULA Conheci o Lula em 1978, estive na chácara do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo para conversar com ele. Tomamos cachaça feita pela sogra do Lula. Nos tornamos amigos, sempre com respeito e eu preservo essa amizade. Agora, sou adversário político do Lula, porém não sou inimigo dele. Tenho um diálogo bom. Infelizmente terceiros ingressaram no problema da segurança pública em SP – e não o Lula. Aí as coisas ficaram mais azedas, porém eu respeito bem o presidente. Da minha parte o diálogo continua aberto. Quando ele vier a SP, não em campanha política, vou recebê-lo como sempre fiz. GOVERNO FEDERAL Segurança pública e inteligência custam muito caro. Nós temos pedidos de R$ 700 milhões em Brasília. Nos últimos 15 dias houve a promessa pública de uma verba de R$ 100 milhões, metade para os presídios e a outra metade para a inteligência. Até agora não chegou, mas eu compreendo, porque uma coisa é usar o anúncio político e eleitoralmente e outra coisa é o processo burocrático, que não vai terminar em seis meses. A realidade vai demorar. Eu compreendo. REELEIÇÃO Desde o momento em que assumi a vice-governança, ao lado do governador Geraldo Alckmin, disputar o governo nunca passou pela minha cabeça. Tanto é que eu dei à Alckmin a tranqüilidade necessária para se lançar candidato à Pre-
sidência da República. Ele sabia que a minha palavra é uma só. Que eu ficaria no exercício do cargo para ele ser candidato. Eu tinha convicção de que havia acordos políticos e que o candidato seria e será do PSDB, o José Serra. Eu continuo a ser rebelde, independente, autônomo. Ninguém vai cercear a minha vontade, as minhas palavras e o meu pensamento. Mas acima de tudo tenho palavra. Eles sabem disso e podem confiar em mim. O VICE CALADO Eu fui o mais calado dos vices. Nem o Marco Maciel conseguiu me superar. Agora, ninguém vai violentar minha personalidade. No momento que assumi, passei a ser eu e aí eu tinha autonomia. Como presi-
Estados da União. Imagine, uma tropa que desconhece São Paulo. Era uma perda de tempo, uma impossibilidade racional e logística absolutamente irresponsável. Nós temos 100 mil homens da PM acostumados com o Estado. Usamos o satélite israelense todos os dias, sabemos o foco das situações. Foi pior que factóide. Foi o uso eleitoral de uma situação extremamente grave. ACORDO COM MARCOLA Todos os líderes do PCC conhecidos estão presos. Os que não foram presos no combate com as polícias tombaram. Portanto é um acordo estranho esse que falam. Complexo. O caso em si foi assim: uma advogada nos procurou – a mim não, mas ao comando da PM, o
Eu fui o mais calado dos vices. Nem o Marco Maciel conseguiu me superar. Agora, ninguém vai violentar minha personalidade. No momento que assumi, passei a ser eu e aí eu tinha autonomia. dencialista, me senti muito à vontade. Acho que o Presidente da República e o governador devem assumir suas visões do mundo. Foi o que eu fiz. Apenas isso. Nunca esperaria que o problema do PCC iria surgir num período tão curto. No primeiro mês tive um susto total, mas superei o susto. FACTÓIDE ELEITORAL O oferecimento da força de segurança nacional foi absolutamente para criar um sentido de entropia em São Paulo. A força é formada por contingentes das polícias militares dos 27
delegado-geral , – e pediu que fosse levada até o presídio de Presidente Venceslau para ver se o Marcola estava íntegro. Porque ele tinha passado pelo DEIC, e aí essa mania brasileira de que todo o mundo tortura... Ele só foi interrogado de forma normal e dentro do Estado de direito. Ela queria ver o preso no Regime Disciplinar Diferenciado, que é o nome novo da solitária, então me telefonaram para saber o que fazer. Eu disse: leva. Achei importante mostrar que ele estava absolutamente íntegro. Foi isso. Acordo não houve.
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 7 de agosto de 2006
DOISPONTOS -77
O
esperado crescimento do PIB deverá ser acompanhado por um rígido controle das despesas correntes do governo. O aumento de receita que ele produzirá deve ser utilizado no aumento de investimentos públicos e na acumulação de reservas. É essencial, por outro lado, uma queda da relação Despesas Correntes /PIB.
De rei para rei
A
inda não conheço o jingle da campanha de Dom Menas. Também não tenho interesse em ouvi-lo. Desde já estou convencido de que será uma impostura. Vai ressaltar qualidades que Sua Excelência nunca teve – e que jamais terá. Quase sempre é assim: jingles servem para enaltecer competências inexistentes. Faz parte do jogo. Malditos jingles. Se Dom Menas – ao contrário de Aurora – fosse sincero, teria tido uma conversa "olhos nos
olhos" com Roberto Carlos. Seria um papo franco: de "rei" para "rei". O que o pai do sócio da Telemar pediria ao sócio do Tremendão? O direito de usar em sua campanha eleitoral o refrão daquela música em que o cantante nos diz que só gosta do que é ilegal, imoral e do que engorda. Lembram-se? Claro que sim. Não quero entrar no campo da ilegalidade. Até as pedras sabem
que não é possível que os quarenta quadrilheiros – referência do Procurador-geral da República – operassem sem um chefe. Quem é o chefe? Eu não sou. Quem é? Todo mundo sabe. Que as urnas digam não ao capo, se elas tiverem vergonha na cara. Não se iludam. Por aqui, tudo é possível. E elas, as urnas, não costumam corar. A sociologia barata dá conta de explicar o que não pode ser explicado. Quanto ao que engorda, nada a dizer. Também faço, quando
faço, regimes extravagantes. Nenhum deles deu certo até agora. Mas continuo com esperanças sólidas de que, logo, logo, arrumo um milagre na internet. Nesta seara, não entro. Que cada um beba e coma e pese o quanto quiser. Só não vale fazer bravatas em rede nacional, todo santo dia, com o dinheiro público, a bordo de mordomias indevidas.
C
hegamos ao ponto que importa – o da imoralidade. Você acha justo, embora legal, que Dom Menas receba uma aposentadoria de mais
de R$ 4 mil por mês por ter ficado preso umas dezenas de dias, sem que a prisão (fala, Golbery!) lhe tenha subtraído o soldo mensal ou a possibilidade de ascender social e economicamente, muito pelo contrário? Você acha justo que Dom Menas, que foge dos livros como o diabo da cruz, ache natural que seu filho "animador de zoológico" faça negócios milionários com uma concessionária de serviços públicos? Você acha justo que um coitado (quá-quáquá) como o Paulo Okamoto, que mal ganhava para comer, gaste mais da metade de seus rendimentos para pagar viagens de Sua Excelência, num ano, e outro tanto para pagar as despesas de campanha da filha do rei no outro? Olha, francamente, se você acha tudo isso moral, você vive no país certo. E vote, de novo, em Dom Menas. Vocês se merecem, bicho!
ANTONIO DELFIM NETTO
O REAL
VALORIZADO
O
setor produtivo brasileiro continua sendo penalizado pela supervalorização do Real. Ela torna problemática inclusive nossa recente "vitória sobre a inflação", representada pela expectativa de uma taxa inferior à meta de 4,5% em 2006. Esta é, numa larga medida, resultante da "super" valorização da moeda nacional obtida oportunisticamente pelo imenso diferencial entre a taxa de juros real interna e externa.
Q
uando a taxa de juros interna estiver próxima da externa, com o Risco-Brasil ainda menor do que hoje (devido ao crescimento), o custo de acumulação das reservas será pequeno e poderá ser coberto com parte do aumento da própria receita. Com um aumento do crescimento e uma redução do juro (a dívida interna é hoje independente da taxa cambial), a necessidade de superávit primário para reduzir a relação Dívida Líquida/PIB será menor e o equilíbrio fiscal (desde que o problema da Previdência Social seja equacionado) será mais sólido.
Exportação em alta com o Real desvalorizado
ORLANDO SILVEIRA ORLANDOSILVEIRA@UOL.COM.BR
Q
Site na internet www.blog. dcomercio.com.br
Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br
I
srael foi provocado. Perguntem a um judeu e ele dirá: "A guerra é justa". O Hezbollah começou seqüestrando soldados e bombardeando seu território, com apoio da Síria e do Irã. Já um libanês, orgulhoso da reconstrução de Beirute, dirá que a reação israelense de muito ultrapassou o razoável, descambando para a violência contra inocentes e a destruição indiscriminada. Importa que hoje, mais do que nunca, a guerra é suja. De duelo entre os homens, na situação limite da tensão pela sobrevivência, a guerra sempre foi fator de acomodação territorial e até de progresso científico, na medida em que novas descobertas advinham da necessidade (por exemplo, cirurgias) e podiam ser experimentadas no "momento excepcional". Desde o Vietnã e a surpresa do napalm, não há quase nenhuma honra ou glória na guerra. No tempo em que Clausewitz teorizou a "guerra total", pregando o objetivo frio de destruir o inimigo por razões de Estado, os exércitos se enfrentavam no campo de batalha. Vencia o melhor estrategista ou motivador de homens. Ainda que a inteligência norte-americana haja atualizado Clausewitz, o conceito de "guerra total" não se aplica mais aos dias de hoje, por duas razões básicas: os exércitos não mais comparecem ao duelo, como no tempo de Napoleão; e é difícil a destruição total da força militar da guerrilha, que se renova como a ave fênix de suas próprias cinzas. Ninguém ignora, também, que há políticas e interesses que vão muito além da "Guerra no Líbano", desde a atuação dos EUA como xerifes do mundo, ao contra-peso da Europa preocupada com o próximo passo, em especial a Rússia e a China renascidas em regime híbrido de aristocracia e plutocracia, à nova ameaça atômica do Irã ou da Coréia, ou o próprio lobby da indústria armamentista, sem esquecer o "ódio eterno" que parece alimentar o Oriente Médio. Sem menosprezar contradições que emergem das incertezas, como o "domínio" do lobby judeu sobre Washington e a luta do "mundo livre" contra a "intolerância xiita". Israel guerreará por si ou em nome de Bush e Condoleeza? Será tudo parte ou pano de fundo para isolar o Irã e proteger o petróleo finito? E que "mundo livre" é esse que destrói a única democracia embrionária de sua fronteira? Haverá alternativa à política da resposta imediata, quase sempre com o emprego de violência superior à agressão? Castigo crescente para desestimular novas agres-
Issam Kobeisi/REUTERS
E depois da guerra? Sobrou espaço para o diálogo?
uando a taxa de juro real interna e externa (mais o Risco-Brasil) se aproximarem, a taxa cambial vai caminhar para a de equilíbrio no balanço em contacorrente, que reflete a oferta e procura de bens e serviços. Essa aproximação deve dar-se por uma redução importante da taxa de juro real interna. Isso acelerará o crescimento do PIB e, com ele, as importações. Para manter a competição, estimular a produtividade interna e reduzir a pressão inflacionária, a progressiva desvalorização do Real deve ser acompanhada pela aceleração das reformas microeconômicas, de uma redução tarifária e da eliminação de entraves à importação.
A
solução das nossas dificuldades atuais exige um programa rápido de reformas microeconômicas e o fortalecimento do equilíbrio fiscal, além de uma coordenação maior e melhor entre a política monetária (que tomará alguns riscos na redução dos juros), a política fiscal (que produzirá um equilíbrio mais saudável) e a política cambial (apoiada num aumento da relação Exportação + Importação/PIB e sólidas reservas com baixo custo fiscal). É isso que garantirá uma substancial redução da volatilidade da taxa cambial, estimulando a competição, a produtividade e a continuidade do crescimento do PIB. ANTONIO DELFIM NETTO, EX-MINISTRO DA FAZENDA, É DEPUTADO FEDERAL (PMDB) DEP.DELFIMNETTO@ CAMARA.GOV.BR
G Depois da
guerra, nem o Líbano nem Israel serão lugares mais seguros para viver. G Talvez não
exista opção que a luta contínua, sob o signo da vingança. G A certeza
dessa luta é que a paz não virá depois do cessarfogo.
sões. Talvez não exista opção que a luta contínua, sob o signo da vingança. Negociar, se o inimigo não revela igual vontade de negociar? Aliás, negociar o quê? Depois da destruição, indiscriminada ou justificada, qual o espaço para diálogo? Israel assumirá a posse de novo pedaço do Líbano, até o Rio Litani, a força-tarefa da ONU assumirá essa nova zona de segurança?
H
á mais perguntas do que respostas, porém uma única certeza: o emprego da "guerra total", com a capitulação ou a destruição do inimigo sob a ótica de que não se faz omelete sem quebrar os ovos, não resultará em maior segurança. Os mísseis não cessarão de voar quando recolocados além do rio. A certeza dessa luta é que a paz não virá depois do cessar-fogo. Depois da guerra, nem o Líbano nem Israel serão lugares mais seguros para viver. CARLOS CELSO ORCESI DA COSTA É SUPERINTENDENTE JURÍDICO DA ACSP
FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894
São Paulo, segunda-feira, 7 de agosto de 2006
DCARRO
3
segunda-feira, 7 de agosto de 2006
Congresso Planalto Especial CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5
CLÁUDIO LEMBO ABRE O JOGO
'A REFORMA POLÍTICA VIRÁ DAS URNAS' LULA E A REFORMA POLÍTICA Quando levantou a idéia de realizar uma reforma profunda na política, o presidente Lula mostrou aquela sensibilidade típica do acadêmico brasileiro. O acadêmico fica fechado na biblioteca e pensa que a realidade é igual a da biblioteca. O Lula está louco para ter um assunto novo para fazer campanha. E fazer campanha é duro mesmo. É preciso inventar alguma coisa todos os dias. Ah... vocês não queiram saber como os jornalistas são exigentes! Eles querem todo o dia uma novidade. Então, o Lula trouxe a novidade. Além disso, o presidente ultimamente tem andado com Fidel Castro e Hugo Chávez, que têm idéias mirabolantes e bolivarinas. A Constituinte exclusiva bobagem.
CLÁUSULA DE BARREIRA Nós vamos ter na eleição a cláusula de barreira e a sua implantação modificará radicalOAB E A CONSTITUINTE JÁ mente o quadro atual. (Pela legislação em vigor a partir de 2006, Os ex-dirigentes da OAB que só terão direto à atividade parla- passaram a defender a proposta mentar e ao Fundo do presidente Lula – Partidário, os partidos de convocar uma Devem que obtiverem na eleiAssembléia Constisobrar ção para a Câmara dos tuinte sob o arguDeputados 5% dos vo- apenas quatro mento de que isso tos válidos e pelo me- ou cinco partidos viria a fortalecer a nos 2% em nove Esta- depois da democracia – falam dos brasileiros). isso porque pensam eleição. Essa é a O meu amigo que serão constigrande reforma Marco Maciel, setuintes, mas o povo é nador pernambu- política que muito sábio. Votará cano e ex-vice-pre- teremos no País. em quem é objetivo. sidente da RepúbliEsses moços (da ca, diz que falar em barreira é OAB) se parecem com "os notáfeio. "É mais adequado e ele- veis do PSDB e PMDB" na Consgante falar em desempenho", tituinte de 1988. diz ele. O fato é que devem soPara mim, não há notáveis brar apenas quatro ou cinco porque na cidadania todo partidos depois da eleição. Es- mundo é igual. Então, repito: sa é a grande reforma política essa Constituinte é assunto de do Brasil. O resto é tolice. campanha e não vai sair. Com a reforma política, os jornalistas VOTO DISTRITAL terão trabalho na redação para Fala-se em lista fechada de remontar o quadro partidário candidatos na eleição. Isso é em 4 de outubro. bom é para a oligarquia partiTenho recebido pessoas – dária. Os dirigentes dos parti- principalmente de partidos dos colocam o primeiro nome pequenos – que querem mina lista e aí você sempre tem os grar. Um conservador como eu mesmos representantes na po- deveria falar que haverá renolítica. É assim na Espanha, vação, mas será mesmo uma também. Lá eu sou recebido revolução pelas urnas. O que é pelos deputados com muita muito bom, diga-se. cordialidade e alguns são meus amigos. Mas sempre são LULA REELEITO? os mesmos. Eles vão envelheAcho que o presidente Lula cendo e vão ficando nos pos- não será reeleito. O presidente tos. Em Portugal, idem. Aqui do Brasil será Geraldo Alckno Brasil, ao menos min (PSDB). Mas a juventude tem vamos discutir a hiÉ difícil condições de dispupótese da reeleição responder de Lula. Eu não tetar a eleição. O voto distrital misto (elei- em quem a elite nho as preocupação por distrito e por branca votará ções da burguesia. lista fechada) adota- dessa vez. Ela está assustadísdo na Alemanha é Ela votou no sima porque, se outra panacéia . eleito, ele vai cumO brasileiro ado- Lula em 2002 prir o seu prograra virar as costas porque era ma. Não vai nada. para o Brasil e olhar moda. Existe hoje uma o estrangeiro. Ele coisa chamada glofica encantado e quer copiar balização política. O que vale, um modelo para implantá-lo hoje, é a estrutura internacioaqui. Mas isso é loucura, por- nal. Uma das cláusulas dessa que cada país é diferente do estrutura é a democracia. O outro. Cultura é costume e va- presidente não vai descumprir lor cultural. a cláusula. Dentro da demoSe o Brasil adotar o voto dis- cracia ele terá que fazer parcetrital misto, aí sim, haverá cor- rias com essa sociedade. rupção. E cada distrito vai ter um dono. A Inglaterra, a proO VOTO DA ELITE BRANCA pósito, tem uma piada famosa É difícil responder em quem sobre esse fato. Em toda elei- a elite branca votará. Ela votou ção, um velhinho pegava o seu no Lula em 2002 porque era barquinho e entrava no mar. moda. A elite branca gosta de Ele pedia votos de eleitores modismo. Certamente quem que moravam numa ilha que faz parte da elite branca vai reficava submersa. Ou seja, ele fletir melhor agora e fará outra cultivava os eleitores mesmo escolha. Mas não sei qual. numa cidade submersa, porque era importante. O voto disALCKMIN E O 2º TURNO trital é mais ou menos isso. Estou convicto de que haveAssis Brasil, político gaúcho rá 2º turno. No momento em que elaborou o Código Eleito- que começar a propaganda ral Brasileiro, quando bolou o gratuita no rádio e televisão voto proporcional, acertou por (no próximo dia 15), o governainteiro. O único problema do dor Geraldo Alckmin vai cresvoto proporcional é a matemá- cer. O governador tem uma tica. É só estudar uma maneira empatia muito grande com a de impedir que as sobras não sociedade. Ele é um candidato sejam aproveitadas por um de cara e vida limpa e isso vai partido como o Prona da vida. aparecer para a sociedade. A Partido que, aliás, vai desapa- televisão é um aparelho notárecer depois da eleição, como vel para mostrar a dignidade outros partidos menores e sem das pessoas. O vídeo retrata a expressão plena. verdade interior da pessoa. Ao
Sou fundador nacional do PFL mas pretendo atuar como um conselheiro, não mais que isso. Quero trocar idéias. Pretendo também voltar à vida acadêmica: preciso sobreviver.
O brasileiro adora virar as costas para o Brasil e olhar o estrangeiro. Ele fica encantado e quer copiar um modelo para implantá-lo aqui. Mas isso é loucura, porque cada país é diferente do outro. Cultura é costume e valor cultural. começar a propaganda as coisas vão se alterar abruptamente, certamente.
ço. Estamos construindo essas unidades e inaugurando praticamente uma por semana.
SEGURANÇA PÚBLICA E ELEIÇÕES É um assunto que está sendo muito maltratado pelos candidatos. Eles deveriam chamar especialistas, ouvir e não vir com bravata: "vou terminar com os presídios", vou acabar com a Febem" – isso tudo é tolice. Por que o que vai acontecer? Vão pegar todos os menores reeducandos e levar para casa? Nesse particular tem havido muita ingenuidade de todos os candidatos – desse ou daquele partido. E não pode ser assim. É um assunto que tem que ser tratado com mais cuidado. Temos problemas sérios. No caso da Febem, será entregue uma instituição absolutamente nova. Porque o governador Alckmin, após uma rebelião violenta, reuniu uma série de técnicos e optou pelo modelo alemão, de casas com 50 a 60 menores. São pequenas unidades, de custo altíssimo para a sociedade, mas temos que reintegrá-los e pagar esse pre-
REAÇÃO DA POPULAÇÃO Uma pesquisa indicou que o maior culpado pela crise de segurança foi o governo federal. Eu acho que ele foi infeliz no trato da coisa. Se tivesse tratado de forma direta e sem aparência pública, como se deve fazer em assuntos de segurança, teria sido bem melhor. FUTURO POLÍTICO Vou ficar no meu partido, o PFL, apesar de que um artigo de uma cronista brasiliense avisou que "na curva eles vão me pegar". Mas eu não espero isso. Porque eu também conheço as curvas do PFL. Acho que fico no partido e à disposição para campanhas. O importante é fazer com que idéias surjam, para que o Brasil melhore sua qualidade política. Sou fundador nacional do PFL mas pretendo atuar como um conselheiro, não mais que isso. Quero trocar idéias. Pretendo também voltar à vida acadêmica: preciso sobreviver.
PENAS ALTERNATIVAS
A
pesar do esforço do Estado, o governador Cláudio Lembo afirma que não é fácil manter a ordem no cárcere. São Paulo tem 144 presídios que recebem 52% dos presos brasileiros. "Nós perdemos 19 presídios nas últimas rebeliões. Foram destruídos e agora precisam ser reconstruídos. Alguns dizem que precisamos deslocar os prisioneiros, mas não temos lugar. Vamos começar agora a construir mais quatro presídios com verba federal", comenta o governador. Segundo Lembo, mesmo que se construísse um presídio por mês, o Estado não teria como cobrir os mandados de prisão expedidos. A Associação Paulista dos Magistrados (Apamagi), junto com a sociedade civil, está elaborando ante-projetos da lei de execução penal e do Código Penal, a fim de transformar parte deste quadro.
O governador defende uma medida para aliviar as prisões: penas alternativas. "Havia uma cultura no Judiciário paulista, de não aplicar penas alternativas para um pequeno furto. Aplicava-se a prisão. Felizmente os magistrados estão alterando essa cultura, sem exagerar". Lembo diz que " é ruim condenar um réu primário e jogá-lo num presídio, para se encontrar com os membros do crime organizado". O governador defende mudanças no Código do Menor e do Adolescente. "Ele é romântico", define. Outro ponto destacado: a mudança na maioridade de 18 anos para 16 anos. "Quem é responsável por votar tem que ter outras responsabilidades. Hoje os ciclos etários são muito mais rápidos do que no passado. Uma coisa é preservar os direitos humanos, outra é preservar a disciplina social".
Nova paisagem: por força do cumprimento da lei, partidos menores irão desaparecer do cenário. "O resto é tolice", diz o governador. J. F. Diório/AE - 29/06/06
( )#" ! ' * +# " !" # ! $%& ' "
CONSTITUINTE É uma estupidez falar em reforma política, particularmente a partir da Constituição. Nós vamos fazer uma grande reforma – uma verdadeira revolução – nas urnas, no dia 1º de outubro. Faltam só dois meses para termos uma mudança no quadro de partidos. O grande problema brasileiro, próprio de todas as redemocratizações, é o surgimento de uma grande massa de partidos políticos. Foi assim na Espanha, em Portugal e na América Latina. Houve aqui a redemocratização e surgiram vários partidos. Hoje são 28. É muita coisa, realmente.
Fotos: Luiz Prado /LUZ
! "#$% & & !' ( % !) *+ + , ! ' - . ' / ! ! 0% ! !' . ' / " 1 & +, !' 2% ! %' !*+ ,+ ' ,, 3 '' % & 45 6 & .% ' - " + , !' ! - - " + !' ! - " + !' ! " + !' ! )'! 7 , 8 1 9 & : % - : + , , * )'! * /; ' - * )'! ( % - ' , - 2 + & )'! /; !& 8& < ! , - !& 8<= ,,
! !"#!
Lembo e Lula: divergências políticas, mas diálogo aberto.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 7 de agosto de 2006
Samuel Aranda/AFP Photo
Internacional
Comitê de Solidariedade aos Povos Árabes exige que o governo federal "oponha-se publicamente ao massacre do povo palestino e libanês".
O PIOR DIA PARA ISRAEL Ataques do Hezbollah matam 15 e deixam 180 feridos
Shachar Tzarfati/AFP Photo
Q
Gil Cohen Magen/Reuters
4
O Hezbollah lançou ontem pouco mais de 200 foguetes contra Israel, seguindo a médias dos últimos dias. Uma bateria de katiushas atingiu um bairro residencial de Haifa (foto acima), a terceira maior cidade do país, matando três civis e ferindo mais de 160 pessoas. Três horas depois do ataque, Israel garantiu ter destruído o lançador dos mísseis, que estaria localizado em Qana, cidade libanesa onde um bombardeio israelense na semana passada deixou 29 civis mortos.
uinze israelenses morreram e mais de 180 ficaram feridos em dois ataques do Hezbollah ao norte do país, no dia mais violento em Israel desde o começo do conflito com a guerrilha libanesa, no dia 12 de julho. No primeiro ataque, doze reservistas do exército israelense morreram e mais de 20 ficaram feridos quando um foguete Katiusha atingiu um estacionamento na entrada da comunidade agrícola de Kfar Guiladi, na fronteira com o Líbano. Horas mais tarde, outra bateria de katiushas atingiu um bairro residencial de Haifa, a terceira maior cidade do país, matando três civis e ferindo mais de 160 pessoas. Os ataques elevaram a 94 o número de israelenses mortos desde o começo do conflito com o Hezbollah, entre eles 36 civis e 58 soldados. Só ontem, o grupo xiita lançou mais de 200 foguetes contra Israel, seguindo a médias dos últimos dias. Em 26 dias, o Hezbollah lançou mais de 3.000 mísseis e foguetes em solo israelense. O primeiro ataque aconteceu por volta do meio-dia (horário local), depois de uma manhã de certa calmaria. Uma bateria de 80 Katiushas atingiu, em menos de 30 minutos, os arredores do kibutz (comunidade agrícola) Kfar Guiladi, na fronteira com o Líbano, matando imediatamente 10 soldados da reserva que descansavam no local. Outros dois morreram no hospital Rambam, em Haifa. Mais 16 reservistas ficaram fe-
P
ridos, alguns em estado grave. Segundo testemunhas, os soldados ignoraram as sirenes de alerta para possíveis ataques e não buscaram refúgio em abrigos antiaéreos próximos. "Isso não deveria ter acontecido", disse um morador de Kfar Guiladi que integra o comitê de segurança do kibutz. "Ativamos as sirenes vários minutos antes da queda dos foguetes". O ataque destruiu vários carros e causou uma série de incêndios na região. Equipes de socorro médico tiveram dificuldade em resgatar feridos e os corpos dos soldados mortos, já que mais foguetes atingiram o local durante os trabalhos de salvamento. Um dos foguetes atingiu uma casa na cidade próxima de Kiryat Shmona, mas ela estava vazia. Katyushas também atingiram a cidade de Safed e o vilarejo de Maalot. Sirenes também foram ouvidas nos arredores de Hadera, que fica a 75km da fronteira. O segundo ataque aconteceu em Haifa por volta das 20 horas (horário local) e matou três civis que estavam num prédio atingido diretamente por um foguete do Hezbollah. O edifício desabou e pegou fogo. Cinco pessoas foram retiradas com vida debaixo dos escombros e outras 160 ficaram feridas. Três horas depois do ataque, o Exército de Israel garantiu ter destruído o lançador dos mísseis, que estaria localizado em Qana, cidade libanesa onde um bombardeio israelense na semana passada deixou 29 civis mortos. (AE)
No Líbano, 20 mortos
elo menos 20 pessoas morreram, na maioria civis, durante pesados bombardeios israelenses na região sul do Líbano. Outras 15 ficaram feridas no país, incluindo três chineses da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul). O Vale do Bekaa, no leste do Líbano, ao longo do qual se espalham comunidades brasileiras, redutos do Hezbollah e bases de guerrilheiros palestinos, também foi alvo de vários ataques israelenses. Os aviões despejaram, ainda, seis bombas sobre os bairros xiitas do sul de Beirute. Os "capacetes azuis" chineses foram feridos por disparos do Hezbollah durante duelo de artilharia com forças israelenses em Naqura, onde fica o QG da Finul, perto da fronteira com Israel. O Hezbollah anunciou a morte de três combatentes, elevando o seu número para 52. Fontes de segurança libanesas citadas pela Reuters estimam que o total de milicianos mortos chegue a 90. (AE) Tiago Queiroz/AE
Manifestantes exibiram as bandeiras do Hezbollah e do Líbano
Cinco mil em passeata pela paz
"E
stado de Israel! Estado assassino! Do povo libanês e do povo palestino!", cantavam na manhã de ontem cerca de cinco mil manifestantes da comunidade árabe paulistana, numa passeata pelo fim do conflito entre Israel e a milícia Hezbollah. Os manifestantes percorreram 3,6 quilômetros, entre a Praça Oswaldo Cruz e o Monumento das Bandeiras, próximo ao Parque do Ibirapuera. Durante o protesto de três horas, duas bandeiras americanas foram queimadas. Dezenas de manifestantes usavam camisetas com inscrições dos grupos Hezbollah, atuante no Líbano, e do Hamas, da Palestina. "Isso é uma união contra o massacre no Líbano e na Palestina, realizado pelo Estado de Israel", disse o advogado Mohamad Kaderi, de 32 anos, vestindo uma camiseta do Hamas. Cerca de 50 manifestantes escalaram o Monumento das Bandeiras exibindo as bandeiras do Hezbollah e do Líbano. Durante a queima de uma bandeira americana ao lado do monumen-
to, a foto de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, foi exibida pelos manifestantes. A passeata encerrou-se com discursos de representantes da comunidade árabe e com um grupo de aproximadamente cem muçulmanos ajoelhados, rezando em direção a Meca. A união aconteceu também entre líderes religiosos. De braços dados, muçulmanos sunitas e xiitas e cristãos maronitas, metodistas e ortodoxos seguiram à frente da passeata, a partir da Avenida Brigadeiro Luís Antônio, onde quase a metade dos manifestantes se dispersou. Além do fim do conflito entre Israel e a milícia Hezbollah, o Comitê de Solidariedade aos Povos Árabes, organizador do evento, exige que o governo federal "oponha-se publicamente ao massacre do povo palestino e libanês" e "não assine o tratado de livre comércio entre o Mercosul e Israel". No início da noite, cerca de mil pessoas da comunidade israelita fizeram uma manifestação em São Paulo para pedir também o fim dos combates no Oriente Médio. (AOG)
4
DCARRO
São Paulo, segunda-feira, 7 de agosto de 2006
DIA DOS PAIS Fotos: Divulgação
Filhão! 13 de agosto está aí! Muitas vezes um simples e agradável passeio vale muito mais que o presente. Se der para juntar os dois, com certeza ele deverá achar ainda melhor! ANDERSON CAVALCANTE
A
garotada que ainda não foi às compras para presentear o papai pode aproveitar o próximo final de semana e levar o "paizão" a passeios "pra lá de motorizados". Afinal, quem é que não vai gostar de dar uma volta com o filhão e ver exposições sobre carros e motos, antigos ou não? Tuning - Na minioficina montada dentro do Auto Shopping São Paulo, adultos, jovens e crianças (a partir de 5 anos) poderão criar trabalhos artísticos com lápis de cor, pintando e personalizando o desenho de um carro. Os seis melhores trabalhos de três categorias – infantil (5 a 12 anos), teen (13 a 18 anos) e adulto (acima de 18 anos) – darão aos "artistas" kits para incrementar o carro da família. Entre os prêmios estão manoplas, pedaleiras, além de bonés, camisetas, jaquetas e chaveiros. O autor do melhor desenho entre todas as categorias ganha o "Kit Master", de acessórios, e a personalização de seu automóvel (ou do carro do "paizão"), incluindo pintura, volante, pedaleira,
Exposição de motos clássicas no Shopping D. Presença de marcas como Norton, Indian, BMW, Guzzi, Honda, Ducatti, Kawasaki e Harley-Davidson.
manopla de câmbio, do freio de mão, aparelho de som e seus alto-falantes. A promoção vai até 13 de agosto e a minioficina funciona de domingo a sextafeira das 14h às 20h e sábado das 12h às 21h. O Auto Shopping São Paulo está localizado na Av. Aricanduva, 5.555, Zona Leste. "Coroas" motociclistas - Outro passeio motorizado para este Dia dos Pais é atração no Shopping D. Uma exposição gratuita mostra motos preciosas, várias delas só vistas com os seus colecionadores. A presença de marcas como Norton, Indian, BMW, Guzzi, Honda, Ducatti, Kawasaki e Harley-Davidson, dos anos 40 a 80 (algumas expostas pela 1ª vez) vem atraindo pais e filhos desde o dia 1º no evento que segue até o dia 16 de agosto. Uma das vedetes é a Harley-Davidson Hydra Glide, ano 1949, a primeira com suspensão dianteira a óleo (antes todas eram com molas). Neste modelo, foram introduzidos garfos hidráulicos. A 1ª Exposição de Motos Clássicas e Antigas no Shopping D, na avenida Cruzeiro do Sul, 1.100, esquina com Marginal Tietê, acontece das 10h às 22h (no domingo, até às 20h). "A" moto - Voltando para a Zona Leste, o Shopping Metrô Tatuapé sedia a exposição
com motos, textos e fotos narrando a história da lendária marca HarleyDavidson em homenagem ao Dia dos Pais. Iniciada no último dia 2, a mostra sobre a marca norteamericana, o maior mito entre as motos, continuará até o próximo dia 20. Os visitantes poderão apreciar seis motocicletas Harley-Davidson de diferentes modelos, entre eles um produzido em 1931 e uma moderna V-Rod. O Shopping Metrô Tatuapé fica na Av. Radial Leste, esquina com a R. Tuiuti, anexo à Estação Tatuapé do Metrô. A exposição acontece diariamente entre 10h e 22h.
Shopping Metrô Tatuapé: só para "Harley-maníacos"
Zona Sul - Um "super" almoço é o que oferece o Mercure Grand Hotel São Paulo Ibirapuera (rua Joinville, 515), no Dia dos Pais. No local estarão expostos cerca de 10 carros clássicos e cada pai que chegar com até 12 anos por R$ 280, a diária (R$ 2,00 seu carro antigo para deixá-lo exposto de cada hospedagem vão ser doados à ganha um almoço, diferenciado, elabo- entidade social "A Vida Pazzanese"). rado pelo chef Mariano Oliveira. Reservas e informações pelo telefone A refeição custa R$ 49 por pessoa. (11) 5088-4000. Crianças de seis a 12 anos pagam R$ 24,50 e crianças até cinco anos não pagam. Para hospedagem, o Mercure tem um pacote para toda a família que inclui café da manhã, almoço e diária para a família, sendo um apartamento superior para o casal e outro idêntico para até duas crianças com idade No Auto Shopping São Paulo, a vez é dos "tunados"
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 7 de agosto de 2006
1 Vendemos muitos CDs e DVDs de cantores novos. Ednaldo Olímpio dos Santos, gerente da Billbox
Fotos: Leonardo Rodrigues/Hype
CONSUMIDORES AINDA PESQUISAM PRESENTES DOS PAIS Movimento em dois grandes shoppings da capital paulista — Aricanduva e Morumbi — foi grande no sábado, no fim de semana que antecede o Dia dos Pais. De acordo com os lojistas, maior parte dos consumidores aproveitou para pesquisar preços, mas expectativa de vendas é positiva para a data este ano.
C
orredores e praças de alimentação lotados e um intenso entra-e-sai nas lojas. Esse era o clima em dois grandes shopping centers paulistanos no último sábado, a uma semana do Dia dos Pais. Em algumas lojas, toda essa agitação traduziu-se em vendas, mas, em muitas outras, o movimento ainda era apenas de pesquisa de produtos e preços por parte dos consumidores. Para os comerciantes, sobrou a expectativa de vendas melhores este ano, em que excepcionalmente a semana antes da comemoração coincidiu com o fim da liquidação de artigos de inverno. Mas, em geral, os lojistas mostram-se otimistas em relação à data. No shopping Aricanduva, na zona leste da capital paulista, corredores e espaços de convivência foram rapidamente ocupados a partir do início da tarde, período de
que as vendas aumentem nos próximos dias e, principalmente, na véspera da data. O mesmo aconteceu na loja de calçados Cobricc. No sábado, havia poucas pessoas comprando e pesquisando preços dos produtos, mas isso não impediu que o gerente, Roberto Carlos de Oliveira Silva, projetasse um desempenho positivo, de vendas 15% superiores às registradas em julho. Eletrônicos — Representante do varejo de eletroeletrônicos, a Ford Foto, Som e Games aguardava mais consumidores nos próximos dias. "No ano passado, o movimento foi melhor porque vendemos muitas câmeras digitais. Desta vez, a procura é por iPods e máquinas digitais, mas em volume menor", contou o gerente José Carlos da Silva Farquineti. Para ele, a expectativa é de igualar, este ano, o tíquete médio entre R$ 350 e R$ 400 registrado em 2005. Ele também obser-
Bruno, de 18 anos, encontrou o que procurava: uma camisa do Corinthians para presentear o pai (no alto). Na Colombo, o gerente José Moreira disse que o movimento no sábado era normal.
maior movimento nos fins de semana. Nas lojas, muitos consumidores pesquisavam, procurando ofertas. Algumas ainda têm liquidação de inverno, caso da Overboard, especializada em vestuário, acessórios esportivos e calçados. No estabelecimento, a maior procura era por agasalhos, especialmente moletons e jaquetas. Na avaliação do gerente, Reginaldo Toffetti, a liquidação e a proximidade do pagamento de adiantamentos salariais com o Dia dos Pais foram uma coincidência positiva. "Nossas vendas já cresceram 30% em relação a igual período do ano passado", disse. O tíquete médio está em R$ 200. Na filial da Colombo, rede especializada em vestuário masculino, a preferência por camisas, uma tradição na rede, repete-se. O movimento no sábado foi considerado normal pelo gerente José Moreira. Segundo ele, a expectativa é de
vou equilíbrio entre as vendas à vista e a prazo. A loja de produtos esportivos Futebola não se sentiu movimento maior que o normal no sábado em razão da proximidade do Dia dos Pais. O proprietário, Placidio Reis Alvarenga, disse que, no ano passado, vendeu muitas camisas de clubes de futebol nos dias que antecederam a homenagem aos pais. "Nosso forte é o uniforme completo das equipes, mas as camisas, que têm preços de R$ 130 a R$ 139 também são bastante procuradas nessas ocasiões", afirmou. Bruno Serafim, de 18 anos, estava na loja no sábado para confirmar a tendência indicada pelo lojista. Ele escolheu uma camisa para o pai e pagou à vista. "Tinha que ser uma do Corinthians e encontrei o modelo que queria", disse o jovem. Kits — A loja Galvani, especializada em malas, cintos e acessórios, registrou desem-
penho positivo no último sábado. A vendedora Cássia Sandolfo informou que as carteiras e cintos eram os itens mais procurados pelos consumidores. "As pessoas estão gastando de R$ 50 a R$ 80. Os filhos preferem montar um kit com carteira e cinto, mas estamos oferecendo as pastas e malas que estão em promoção e, por isso, estão saindo bem também", afirmou. No segmento de itens culturais, a Virtual Music observou aumento na procura por DVDs e CDs. Entre os primeiros, com melhor saída, estavam os shows de cantores brasileiros, em especial da dupla Bruno e Marrone. "Entre os DVDs internacionais, o show do grupo alemão Scorpions também está vendendo bem", contou o gerente Jefferson Augusto Rocha. Entre os CDs, os mais procurados eram os brasileiros Nelson Gonçalves, duplas sertanejas e MPB em geral", informou. O tíquete médio da loja era, no último sábado, de cerca de R$ 45, dentro das expectativas do estabelecimento. Lazer — Circulando pelos corredores do shopping Aricanduva, os consumidores aliaram pesquisa de presentes ao lazer no último sábado. Havia filas nas bilheterias dos cinemas e as praças de alimentação foram enchendo à medida que a tarde avançava. Edson Aparecido Lioi caminhava tranqüilo pelos corredores do shopping, ainda sem saber ainda o que comprar para o pai. "Ele gosta de camisas, mas ainda estou procurando um modelo. No ano passado, gastei R$ 50, mas agora estou achando os preços mais altos e pretendo gastar até R$ 100." Também com a sensação de que tudo está caro, Darlene Perfeito chegou cedo ao shopping para evitar confusão. Ela pesquisou os preços na internet e já sabia o que comprar. Neste ano, ela escolheu uma calça e estava à procura de um par de sapatos. Sem contar quanto já havia gastado, acrescentou que adquiriu o primeiro item à vista, aproveitando as liqüidações de inverno. Morumbi — No extremo oposto da cidade, o Morumbi Shopping registrou um pequeno acréscimo nas vendas e na procura por presentes no último final de semana antes do Dia dos Pais. As lojas mais procuradas eram as de vestuário e aparelhos eletroeletrônicos. Na Import Express, as vendas tiveram uma pequena elevação nos últimos dias. Segundo os vendedores, os aparelhos de TV de maior dimensão e os iPods de 60 gigas eram os itens mais procurados. Já no Ponto Frio, os vendedores afirmaram que o movimento estava abaixo do registrado na semana anterior, mas que os consumidores consultavam constantemente os preços de modelos de aparelhos de TV nos padrões de LCD e também de plasma. Na Panashop, também especializada em eletroeletrônicos, as vendas estavam tímidas, de acordo com o gerente Antônio Martins. A expectativa era de crescimento das vendas nos próximos dias. "Vendemos mais aparelhos de LCD. Na
Vitrine especial para o Dia dos Pais no shopping Aricanduva, na zona leste: filhos pesquisam opções.
Copa do Mundo, o desempenho foi bom. Em agosto do ano passado, o comportamento das vendas foi positivo e esperamos igualar agora", disse. Crescimento — No grupo do vestuário, o desempenho nas vendas no sábado no Mo-
rumbi Shopping foi considerado positivo. Este é o caso da Casa das Cuecas. O supervisor Eder Hidalgo informou que as vendas cresceram em agosto e ficaram 35% acima do resultado do mesmo período de 2005. "Nosso tíquete médio cresceu
Segundo os lojistas de shoppings, este ano o período de vendas para o Dia dos Pais coincide com as liquidações de artigos de inverno, o que ajuda a impulsionar as vendas.
cerca de 10%. Estamos vendendo peças de R$ 9 a R$ 280 e a maior parte das vendas está sendo efetuada com cartões de crédito", disse Hidalgo. No caso de CDs e DVDs , também houve acréscimo no movimento, na opinião do gerente da Billbox R ecords, Eduardo Olímpio dos Santos. Segundo ele, durante a Copa do Mundo e um pouco depois do evento esportivo, o movimento caiu muito, mas agora já percebeu filhos procurando presente para os pais desde a última quinta-feira. "Estamos vendendo muitos CDs e DVDs de cantores novos da MPB e música lounge. Os cantores da velha guarda e grupos de rock da década de 60 são muito vendidos nessa época do ano. O show Pulse, do Pink Floyd, que foi lançado em DVD na primeira quinzena de julho, está sendo muito procurado", disse. Segundo ele, as vendas de CDs e DVDs estavam equilibradas e as caixas de filmes de diretores e atores e de séries antigas de TV também são muito procuradas. Circulando com calma pelos corredores do shopping Morumbi, Justina Torres procurava o presente para o pai com o objetivo de gastar aproximadamente R$ 60. No sábado, ela ainda não havia decidido o que adquirir, mas estava tranqüila em razão da grande variedade de opções de presentes que poderiam ser adquiridos com essa quantia. "Pretendo pagar à vista", afirmou Justina. Paula Cunha
Luís dos Santos aproveitou o sábado para, ao lado dos filhos, escolher o presente no Aricanduva.
São Paulo, segunda-feira, 7 de agosto de 2006
DCARRO
DICAS DE PRESENTES
É isso que o papai quer! O mercado oferece grande variedade de presentes para os pais que gostam de carros ou motos. Aqui, sugestões para você escolher aquele que tem mais a "cara" dele! ANDERSON CAVALCANTE
Fotos: Divulgaç
ão
lém de levar o "paizão" para passear neste Dia dos Pais, veja algumas sugestões de presentes para estes "coroas" apaixonados por duas ou quatro rodas e, o mais importante, com preços variados para todos os tipos de bolso dos filhos.
A
Motos - No período de 7 a 21 de agosto, a marca de motocicletas Harley-Davidson realiza promoção de produtos como camisetas, calças, malhas, bonés e jaquetas de couro, com descontos que chegam a 45%. A loja HarleyDavidson fica na Rua Dr. Eduardo de Souza Aranha, 396, no Brooklin em São Paulo, ou ainda nas lojas HD da Av. Europa (SP), Campinas (SP), Barra da Tijuca (RJ), Belo O atraente Horizonte (MG), mercado brasileiro Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS).
Carros - Para os "coroas radicais", a Griffe Jeep Clube do Brasil lançou uma promoção para o Dia dos Pais com o tema "Carona no Pai". Os internautas que fizerem compras no site www.griffejeepclubedobrasil.com.br ganharão 25% de desconto na compra de outro produto. A promoção é válida apenas no portal e segue até o dia 13 de agosto. A Griffe oferece um catálogo de produtos com mais de 120 itens, entre eles, a jaqueta de supplex que custa R$ 230 e o colete, ao preço de Uma moto e R$ 120. muitas aventuras O u t r a " l e mbrança" para o papai é a novidade da marca Bic que oferece a linha de produtos Hot Wheels com imagens de carrinhos turbinados em canetas esferográficas (R$ 4,59/blister), canetas gel (R$ 3,90/blister), lápis
Griffe Jeep Clube do Brasil: presentes para os papais "fora de estrada"
preto (R$ 3,29/unidade) e lápis de cor (R$ 8,80/com doze cores). Leitura - Para os pais que, além de apaixonados por carros e motos, consomem toda boa leitura sobre as "máquinas" e suas histórias, o livro Fordismo e Toyotismo - Na civilização do automóvel (Editora Boitempo), Thomas Gounet conta que, devido a avidez por lucro, empresários de várias partes do mundo enxergam o Brasil como um mercado com potencial de crescimento maior que o dos países ricos e por isso trazem para cá suas fábricas automotivas. Custa R$ 29. Outra alternativa, ainda mais barata, é o livro O Automóvel Dicas para - Prazer em conhecuidar do carro cê-lo (Editora L&PM) que custa R$ 11. Do escritor Sergio Faraco e do piloto e proprietário de oficina, Hugo Almeida, dá conselhos, dicas e explicações que podem tirá-lo de um aperto ou dar longa vida ao seu automóvel. Para o público amante do motociclismo a sugestão é De Moto pela América do Sul (Sá Editora) de Ernesto Che Guevara, (com Fidel Castro, líderou a revolução Cubana em 1959), por R$ 29,90. Foi base para o filme "Diários de Motocicleta", de Walter Salles. Ele relata a viagem, em uma Norton 500 (1939), feita por Che e o amigo Alberto Granado, desde a Argentina até a Venezuela, em 1952.
5
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 7 de agosto de 2006
Sou novo e quero estar em todas. Fiquei orgulhoso em passar dos 100 jogos pelo São Paulo.” Edcarlos
almanaque Celso Unzelte
OS 75 ANOS DE ZAGALLO UH/Arquivo do Estado de São Paulo
Na próxima quarta-feira, completa 75 anos uma das figuras mais conhecidas (e vencedoras) da história do futebol brasileiro: o ex-jogador e técnico Mário Jorge Lobo Zagallo, nascido em Maceió (AL) em 9 de agosto de 1931. Na foto acima, ele aparece em seus primeiros tempos de treinador, com a camisa do Botafogo, clube que havia defendido também como atleta. Preparava sua equipe para as disputas da Taça Guanabara e do Campeonato Carioca de 1967. Naquele ano, o Botafogo ganhou os dois títulos, e na temporada seguinte veio o bi, em ambos.
ZAGALLO COMO JOGADOR Ponta-esquerda que costumava recuar para ajudar o meio-campo, Zagallo começou sua carreira no América, em 1950, único clube pelo qual não conseguiu ser campeão. Em 1951, transferiu-se para o Flamengo, onde ficou até 1957, conquistando o tricampeonato carioca em 1953/54/55. Em 1958, foi para o Botafogo, pelo qual ganhou mais dois títulos estaduais, em 1961 e 1962. Pela Seleção Brasileira, Zagallo foi campeão do mundo como titular em 1958, na Copa da Suécia, e em 1962, na do Chile.
ZAGALLO COMO TÉCNICO Zagallo iniciou a carreira de técnico no Botafogo, onde foi bi carioca de 1967/68 e da Taça Brasil de 1968. Depois, ganhou o Carioca pelo Fluminense (1971) e pelo Flamengo (1972 e 2001). Consagrou-se, no entanto, como técnico da Seleção Brasileira, pela qual foi campeão mundial em 1970, no México. Disputou ainda as Copas de 1974 (4º lugar) e 1998 (vice-campeão). Em 1994, Zagallo era o auxiliar técnico de Parreira na campanha do tetra mundial. Esteve também ao lado do treinador na Copa da Alemanha, em 2006. "Assim como consideram Pelé o maior jogador do mundo, eu acho que cairia bem em Zagallo o título de maior treinador do mundo, por tudo que ele fez e representa. Eu o considero um privilegiado do futebol." (Carlos Alberto Parreira, técnico da Seleção Brasileira nas Copas de 1994 e 2006.) Há exatos 35 anos, em 7 de agosto de 1971, o argentino Hector Scotta, do Grêmio, marcava o primeiro gol da história do Campeonato Brasileiro. O jogo era São Paulo 0 x 3 Grêmio, no Morumbi, pela primeira rodada da competição, recém-criada pela então Confederação Brasileira de Desportos (CBD). Amanhã completa 74 anos outro bicampeão do mundo pela Seleção Brasileira: o volante Zito, ex-Santos. José Eli de Miranda nasceu em 8 de agosto de 1932, em Roseira, no interior de São Paulo. No mesmo dia de Zagallo (9 de agosto), quem aniversaria é o ex-zagueiro Brito, campeão mundial no México, em 1970, pela Seleção Brasileira. Hércules Brito Ruas, ex-Vasco, Flamengo e Botafogo, entre outros clubes, completa 67 anos.
1
Esporte
Essa é a verdadeira Vila Belmiro. A torcida foi o centroavante do time.” Vanderlei Luxemburgo
ISSO É ADMINISTRAR
A
Carlos Moraes/AE
ntes do jogo de ontem, em Volta Redonda, no qual empatou com o Botafogo em 1 a 1, o São Paulo liderava o Campeonato Brasileiro com uma diferença de três pontos em relação ao vice-líder, o Internacional, justamente seu adversário no jogo de quarta-feira, que começa a decidir a Libertadores. Depois do resultado de ontem, essa diferença continua devidamente administrada. Só que o vice-líder, agora, é o Paraná, que derrotou o Vasco (2 a 1), enquanto o time reserva do Inter perdia para o Santos (2 a 1) e o Cruzeiro, outro que poderia ter se aproximado, cedeu o empate, em casa, ao Santa Cruz (3 a 3), depois de estar ganhando por 2 a 0 e 3 a 1. Tudo dá certo para este São Paulo que, ontem, mais uma vez, entrou em campo com seu time reserva. Aliás, mais reserva do que nunca, pois nem mesmo o sempre presente goleiro Rogério Ceni estava em campo (Bosco jogou em seu lugar). O zagueiro Edcarlos, que tem participado dos jogos da Libertadores por conta dos problemas jurídicos de André Dias, foi o único atleta titular a entrar em campo. E recebeu a braçadeira de capitão. O técnico Muricy Ramalho também promoveu a estréia de outro defensor. Depois de Alex Silva, neste domingo foi a vez
São Paulo 100% reserva arranca 1 a 1 com o Botafogo, no Rio, e mantém diferença de pontos em relação ao vice-líder, que agora é o Paraná
de Carlinhos (zagueiro formado nas categorias de base) ganhar uma chance. O Botafogo abriu a contagem logo aos 9 minutos, com Felipão Adão. Aos 5 minutos do segundo tempo, Thiago
empatou, voltando a marcar um gol após quatro meses. “O Botafogo teve boas chances no primeiro tempo e fez o seu gol. O São Paulo teve uma oportunidade e empatou. O futebol é assim, não pode vaci-
lar”, lamentou o zagueiro botafoguense Scheidt. “Não foi com essa intenção que viemos aqui. Mas com a circunstância do jogo, o empate foi bom”, afirmou logo depois da aprtida o zagueiro Edcarlos. “Em
um campeonato de pontos corridos um ponto faz diferença sim.” O técnico são-paulino, Muricy Ramalho, também ficou satisfeito com o jogo: “Fizemos nossa obrigação, os jogadores correram muito”.
Alívio, só mesmo no final
D
os 90 minutos do jogo entre o Santos e os reservas do Internacional, ontem, na Vila Belmiro, somente nos primeiros dez ia acontecendo um empate, por 0 a 0. Até que Iraley, surpreendentemente, fez 1 a 0 para os gaúchos. Dali em diante, e até os 39 minutos do segundo tempo, a torcida sofreu muito com a possibilidade de, com aquela derrota inesperada, o time se afastar definitivamente do pelotão de perseguidores do São Paulo. Porém jamais desistiu, e no final teve sua persistência recompensada. Bastaram dois gols de bola parada, um de falta e um de pênalti, ambos marcados pelo mesmo jogador, o volante Wendel, para o Santos virar o jogo e voltar a respirar neste Campeonato Brasileiro, com o mesmo número de pontos do Paraná (27) e a três do líder São Paulo. Para aumentar o drama, àquela altura a equipe tinha dois homens a menos (Reinaldo foi expulso e Maldonado saiu machucado após as
Ricardo Nogueira/AE
No último minuto, Wendel bate o pênalti que deu a vitória ao Santos, por 2 a 1, contra os reservas do Inter
três substituições). Além disso, o gol do empate só saiu aos 39 do segundo, e o da vitória foi marcado na cobrança de um pênalti, no último minuto da partida. Wendel, que entrou em campo substituindo Cléber Santa-
na, foi o herói da tarde. Primeiro, empatou a partida que estava quase perdida, com um golaço em cobrança de falta, acertando o ângulo do goleiro colorado. Àquela altura, o técnico santista, à beira do campo, pedia
uma postura mais defensiva — afinal, o resultado já caíra do céu. “Fecha aqui, não dá espaços ali”, pregava. Mas o time desobedeceu. Wendel cobrou com tranqüilidade e categoria o pênalti de Rubens Carsoso em Denis, que
arriscou uma jogada individual. E decretou, assim, a suada vitória santista por 2 a 1. “Foi a vitória da raça, da força de vontade. Não desistimos nunca”, afirmava Wendel, sem conter a euforia, após o apito final do árbitro Wagner Tardelli Azevedo. “Às vezes, muitos me criticam, dizem que gesticulo muito, sou violento. Sei que não sou craque, que não tenho grande potencial de habilidade, mas pelo Santos dou carrinho, cabeçada, saio sangrando de campo”, afirmou. “Faço tudo para ajudar o time e a prova está aí.” A superação mostrada pelos santistas ontem terá de ser bem maior na próxima rodada. Domingo, o Santos tem nova partida complicada, justamente diante do surpreendente Paraná, no Pinheirão, em Curitiba. Justamente o time com o qual divide em número de pontos a segunda colocação. Para essa partida, Vanderlei Luxemburgo terá a volta do lateral Kleber, que ontem não enfrentou o Internacional. Mas não se sabe se manterá o herói Wendel.
Empate valioso
O
técnico Tite elogiou o "poder de superação" do time do Palmeiras, que obteve, mesmo com nove jogadores nos últimos minutos, um empate por 0 a 0 com o Fortaleza. "Gostei do segundo tempo. Tivemos as melhores oportunidades do jogo", disse o treinador, que não quis comentar as expulsões de Marcinho Guerreiro e Daniel. O resultado não era o planejado pelo time e pelo técnico Tite, mas os cartões vermelhos de Marcinho Guerreiro, no primeiro tempo, e Daniel, no segundo, tornaram valiosíssimo o ponto conquistado no Ceará , pois manteve a equipe fora da zona de rebaixamento. Um chute de Michael logo aos 42 segundos de jogo para ótima defesa de Alberico deu
LC Moreira/AE
uma falsa impressão do que seria o desempenho do Palmeiras. O que se viu a seguir foi um time sem poder de penetração na área adversária e com muitos erros de passes. Com Edmundo e Juninho bem marcados, o destaque foi o goleiro Diego Cavalieri. O árbitro Wallace Valente inverteu faltas e deixou de marcar outras, acertou ao expulsar Marcinho Guerreiro aos 42 minutos, mas se intimidou ao ameaçar dar o cartão vermelho também para Mazinho Lima. Vários jogadores do Fortaleza o cercaram e o juiz puxou o amarelo. No intervalo, Tite substituiu Enílton por Francis, fechando ainda mais o Palmeiras. O Fortaleza pressionou os primeiros dez minutos, mas seu frágil ataque assustou pouco o Palmeiras.
Bem marcado, Juninho pouco pôde fazer no 0 a 0 que o Palmeiras, com dois expulsos, segurou em Fortaleza
terça-feira, 8 de agosto de 2006
C
onforto e tecnologia são itens que não podem faltar nas novas coleções de moda íntima. As fabricantes de lingerie acabam de trazer para o mercado modelos sem costura com todas as rendas, brocados e recortes das peças mais tradicionais. Produzidas com tecidos que não incomodam, seus contornos não são visíveis sob a roupa. Fibras de materiais ecológicos, algodão fino e microfibra são os hits da indústria de und e r we a r . Tudo muito confortável e sensual. É o que mostram as 60 marcas que participam do Salão Lingerie Brasil 2006, que será realizado até amanhã no Centro de Exposições Imigrantes. A Hope inovou com as calcinhas da linha Nude. Elas não têm costuras laterais, não enrolam, não desfiam e aderem ao corpo como uma segunda pele. "As cores reproduzem uma cartela de maquiagem, com tonalidades parecidas com as da pele", informou a diretora de marketing e estilo da marca, Sandra Chayo. "Nos sutiãs, o lançamento fica por conta da graduação das taças, que são os bojos regulados de acordo com o tamanho dos seios e a medida da circunferência do tórax." Quem também investe em sutiãs é a Berlan. O novo modelo tem memória antideformação. "O produto é resultado de dois anos de desenvolvimento e custou US$ 1 milhão para as empresas Rhodia, Berlan, Coformatec e Hope", disse o diretor da Affinit/Berlan, Cláudio Kutnikas. A Rosset Textil, que produz tecidos para grifes como Valisére, Fruit de la Passion e Darling, foi mais uma que apostou na tecnologia. "O ponto alto são os tecidos leves, produzidos com diversos fios para
Nacional Empresas Moda Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
VENDAS REPRESENTAM 3 MESES DE PRODUÇÃO
Tecidos finos imitam rendas
Peças confortáveis fazem sucesso
Triumph desfila modelo Sloggi
Peças primam pelo conforto e liberdade de movimentos
LINGERIE Conforto e tecnologia Salão Lingerie Brasil mostra novidades da indústria ocultar a transparência", disse a gerente de marketing da Rosset, Ligia Negrão. "Nosso principal desafio é produzir tecidos sensuais e confortáveis."
Desfiles do Bom Retiro Fashion Business tomaram a Rua Ribeiro de Lima
A ala masculina também não ficou de fora dos investimento da área íntima. A Mash acabou de fechar uma parceria com a TNG para vestir o
Sweet Girl ousou
O glamour chega às ruas
O
A grife Triumph está num segmento que fatura em torno de US$ 2 bilhões anualmente no País
Fotos: Leonardo Rodrigues/Hype
Danilo Verpa/Hype
s mais recentes ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC) atrapalharam o primeiro dia de desfiles do Bom Retiro Fashion Business. Mas não ofuscaram o evento. Estava prevista a chegada de 20 ônibus com pessoas de outros estados que prestigiariam a apresentação – número que caiu para dez. "Os veículos foram cancelados na última hora. Até as lojas registraram movimento mais fraco. Mesmo assim, a Rua Ribeiro de Lima ficou lotada", disse a secretária-geral da Câmara de Dirigentes Lojistas do Bom Retiro (CDL), Kelly Cristina Lopes. O glamour tomou conta do local. Na rua, os comércios de bijuterias, calçados, roupa feminina, masculina e acessórios são vizinhos. Na passarela, uma ilha rodeada de lojas, os modelos demonstravam como usar todas as peças juntas. A Milvest foi a que mais arrancou elogios da platéia. A cor foi o branco – shorts curtinhos com saltos altos e blusinhas ou batas com babados, lacinhos, fitas, bordados. O tecido escolhido foi a cambraia.
3
A QBella Lingerie foi um presente para o público feminino, que forma a grande maioria do grupo que freqüenta o Bom Retiro. Os rapazes entraram com cuecas brancas (um pouco transparentes) e pretas. As moças fizeram bonito com meias três quartos com renda, conjuntos pretos com bordados coloridos e o fio dental meio escondido em meio a um robe (preto) transparente. A 101% escolheu a transparência para as peças femininas. Vestidos e saias curtinhos com alguns estampados e batas que combinaram bem com calças segunda pele. O ponto alto do desfile foi a túnica esvoaçante com desenhos coloridos. Náuticos – A Smack apostou no dia-a-dia mostrando jardineiras jeans curtinhas, sandálias rasteiras – tudo no estilo náutico. A mesma tendência navy foi a prioridade da Pitanga. Todas as peças eram das cores azul, vermelho e branco. Nem o chapéu de marinheiro ficou de fora. As blusinhas baloné com lencinhos vermelhos no pescoço deram o charme. As listras, forte tendência para a próxima estação,
foram o padrão de camisetas e vestidos da fabricante. A MKL mostrou vestidos baloné e calças femininas com barra italiana. A Gup's Jeans reforçou o listrado em camisetas e as bermudas na altura do joelho, justinhas. Já a Sweet Girl ousou: para as meninas, shortinho de malha e camiseta pretos, com manguinha de renda. "Adorei desfilar com a passarela na rua. Consegui trocar energia com o público e isso foi um estímulo a mais", afirmou a modelo internacional Raíssa, de 17 anos. O casal de comerciantes do Rio de Janeiro Marcelo e Sheila Einhorn vem todo ano a São Paulo abastecer a loja que fica em Ipanema, a Elise Gerson Modas. "As peças que vimos aqui, joviais e fresquinhas, combinam com o jeito dos cariocas. Os desfiles são muito bem feitos e traduzem a moda da rua", disse Sheila. O empresário Max Cassius, dono da grife Mad Soul, espera vender 20% a mais em razão dos desfiles. "O movimento é maior nos dois meses subseqüentes ao evento", destacou. Neide Martingo
Compradores acompanham as novidades da indústria durante desfiles do Salão Lingerie Brasil 2006
homem por inteiro. "Unimos uma das principais marcas de moda íntima masculina com uma das marcas jovens brasileiras de maior sucesso na atualidade", afirmou o diretor comercial da empresa, Hélio Oliveira Júnior. A marca está lançando, ainda, camisetas, bermudas, lenços e meias masculinas. Destaque – Já o destaque da
marca gaúcha Upman é a linha 100% ecológica. As peças são produzidas com fibras de bambu ou algodão egípcio. A fibra natural de bambu apresenta benefícios que vão além da matéria-prima renovável: oferece proteção contra raios ultravioleta do tipo UVB, absorve quatro vezes mais que o algodão, não amassa, é leve e também não custa
mais caro que o algodão. O segmento brasileiro de lingeries fatura US$ 2 bilhões por ano, o que representa 10% do total de vendas de toda a cadeia têxtil nacional. Durante a terceira edição do Salão de Lingeries, os expositores esperam realizar negócios equivalentes a três meses de produção de cada marca participante. Sonaira San Pedro
4
Tr i b u t o s Nacional Empresas Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 8 de agosto de 2006
A companhia de energia AES teve lucro de US$ 169 milhões no trimestre e elevou projeção para 2006
PONTE-AÉREA PELA VARIG CUSTARÁ R$ 190
VARIG É ACIONADA NA JUSTIÇA PARA LIBERAR FGTS E AUXÍLIO DESEMPREGO A 5,5 MIL DEMITIDOS
FUNCIONÁRIOS LUTAM POR FGTS
O
s sindicatos de trabalhadores da Varig ligados à Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac) ajuizaram ontem na 63ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro uma ação para pedir a liberação imediata do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do auxílio desemprego aos 5,5 mil funcionários da companhia que estão sendo demitidos desde o último dia 28. A encarregada de analisar o recurso, o que só deverá ser feito a partir de hoje, é a juíza Maria Tereza Costa Prata. Outro recurso para garantir direitos trabalhistas aos empregados da Varig foi iniciado ontem pelo Ministério Público do Trabalho, que ajuizou uma ação civil pública na justiça trabalhista para responsabilizar a VarigLog pelo pagamento de verbas rescisórias e salários atrasados. Contratações – Enquanto isso, a China está se firmando como alternativa aos funcionários demitidos da companhia aérea. Ontem, a empresa de aviação regional chinesa Shenzhen Airlines informou a contratação de 40 pilotos brasileiros, a maioria da Varig. De acordo com matéria publicada no Diário de Pequim, jornal chinês, as companhias aéreas da China começaram a contratar pilotos brasileiros no ano passado, por causa da escassez desse tipo de mão-de-
Fábio Mota/AE
Passeata de protesto no Rio
obra gerada pelo rápido crescimento da aviação no país, que já tem 11 mil pilotos. Segundo a publicação, a China precisa de 1,6 mil novos pilotos a cada ano. Estimativas apontam que cerca de 100 profissionais brasileiros já estão trabalhando em empresas chinesas. "Eles vão por necessidade, não por escolha. Se pudessem, trabalhariam aqui", disse o diretor do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Leonardo Souza. Vô os – Era esperada para ontem a entrega de um detalhamento da VarigLog para a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sobre as rotas que a Varig pretende operar imediatamente, após ter divulgado, na semana passada, a nova malha de vôos. Em nota, a companhia informou que está oferecendo
André Porto/Folha Imagem
nova tarifa especial na ponte aérea Rio-São Paulo a partir de ontem. Cada trecho passa a custar R$ 190 durante a semana e R$ 169 nos finais de semana. As passagens promocionais podem ser compradas em todo o sistema de venda e reserva da Varig. "O objetivo da promoção é atrair o cliente e mostrar que a empresa voltou a voar com regularidade e pontualidade, sem cancelamentos de vôos", informou a nota. A Varig oferece 36 freqüências diárias na ponte aérea. "Para incrementar o atendimento ao cliente, ainda nesta semana também serão iniciadas obras de restauração nas lojas e balcões Varig nos aeroportos de Congonhas e Santos Dumont." Novos roteiros – Segundo a empresa, a Varig está "operando com pontualidade" as seguintes rotas: Congonhas Porto Alegre, GuarulhosFortaleza, Guarulhos-Salvador-Recife, Guarulhos-Porto Alegre, Guarulhos-Buenos Aires, Galeão-Buenos Aires, Guarulhos-Frankfurt e Guarulhos-Manaus. No próximo dia 25, a empresa aérea informou que voltará a fazer as rotas para Brasília, Curitiba e Caracas. "E, à medida que forem acrescentadas novas aeronaves à frota, por meio de leasing ou compra, outros destinos serão imediatamente retomados", disse a nota. (AE)
TAP pára de aceitar bilhetes
TAP Portugal vai deixar de aceitar, a partir de hoje, os bilhetes emitidos pela Varig para transporte nos seus vôos, anunciou a companhia aérea. A empresa explicou em comunicado que a medida se
A
deve ao "fato de não estar claramente definida e assumida a responsabilidade da nova Varig sobre os bilhetes anteriormente emitidos, o que se vem traduzindo em um elevado risco financeiro para a TAP,
que se agrava a cada dia". A empresa diz que continuará a dialogar com a Varig visando à retomada dos acordos comerciais entre as duas companhias e a "conseqüente re-aceitação de seus bilhetes". (Reuters)
Funcionária da Varig agride representante do Sindicato dos Aeroviários no aeroporto de Congonhas
Petrobras vai investir US$ 12 bi no exterior
A
Petrobras informou ontem, por meio de comunicado, que vai investir US$ 12,1 bilhões no mercado internacional entre 2007 e 2011. De acordo com as informações da empresa, o cronograma tem US$ 5,4 bilhões mais do que o plano para o período 2006-2010. "O acréscimo foi de 82%. As atividades de exploração e de produção no exterior receberão 70,2% dos investimentos no novo plano", informou a companhia em nota. Os investimentos serão, prioritariamente, no oeste da África, especialmente na Nigéria e em Angola, e no Golfo do México, em razão das perspec-
tivas de exploração de petróleo em águas profundas. A segunda maior parcela de investimentos, de 24,8%, será destinada a atividades de refino e comercialização do óleo. "O plano prevê, também, investimentos nos segmentos de petroquímica, de distribuição e gás e de energia. Dos US$ 12,1 bilhões, 28% (US$ 3,3 bilhões) serão investidos na América Latina, 23% (US$ 2,8 bilhões) na América do Norte, 16% (US$ 2 bilhões) na África e outros 33% (US$ 4 bilhões) em novos projetos", detalhou a empresa no comunicado. Bolívia – A companhia esclareceu que, no caso da Bolívia, a diretoria pretende conti-
nuar cumprindo o contrato de take or pay para importação de gás natural, que expira em 2019. "Está prevista a compra de um volume diário de 24 milhões de metros cúbicos de gás natural, podendo chegar a 30 milhões de metros cúbicos por dia", afirmou a Petrobras. "As metas corporativas para a área internacional projetam a produção de 568 mil barris de óleo equivalentes (BOE) por dia para o ano de 2011, o que representa um crescimento de, aproximadamente, 119% em comparação com os resultados de 2005, quando foram produzidos 259 mil barris (BOE) por dia", detalhou a empresa no final do comunicado. (AE)
Eduardo Knapp/Folha Imagem
IMÓVEIS Banco do Brasil pretende lançar nova modalidade de crédito imobiliário.
Vendas de veículos em alta
D
Alzira Rodrigues
ENERGIA
O
consumo de energia elétrica pelo setor industrial está bem abaixo do registrado nos demais segmentos da economia, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O problema pode estar ligado ao aumento de tarifas, que foi de 206,63% nos últimos três anos. (AE) A TÉ LOGO
Na safra passada (2005/2006), as 27 unidades associadas à Copersucar processaram 56,8 milhões de toneladas da cana-deaçúcar, produziram 3,3 milhões de toneladas de
açúcar e 2,7 bilhões de litros de álcool. A cooperativa é a maior exportadora de açúcar do mundo, com 2,36 milhões de toneladas enviadas ao exterior na safra 2005/2006. (AE)
SUSEP ENVOLVIDA COM PAPATUDO
O
Ministério Público Federal do Rio de Janeiro pediu ontem o afastamento do titular da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Renê Garcia. Acusado de colaborar com o megaespeculador Artur Falk na tentativa de tumultuar o processo de
liquidação extrajudicial da Interunion Capitalização, emissora do título de capitalização Papatudo, Garcia vai responder por improbidade administrativa – ele afastou do cargo o liquidante da Interunion. Falk está preso no Rio desde o dia 26 de julho. (AE)
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
ANP segue Petrobras na priorização de gás e óleo leve Martha Stewart fecha acordo com SEC por crimes de mercado
L
Um dado favorável no mês foi a queda no estoque da rede e da indústria, que baixou de 198,6 mil para 189,3 mil unidades. "Fechamos julho com volume equivalente a 34 dias de vendas, contra os 40 registrados no mês de junho, quando o movimento caiu por causa dos jogos da Copa do Mundo", lembrou o presidente da Anfavea. "O ajuste de estoques foi um dos responsáveis pela pequena queda de 1,1% na produção de julho comparativamente a junho." Modelos populares – Os modelos pequenos com motor 1.0 litro não só continuam liderando as vendas internas como atingiram o maior índice de participação no ano, aproximadamente 58,8%. No segmento de automóveis, a Fiat manteve o primeiro lugar em vendas no mês passado, com um total de 35,5 mil veículos vendidos. A General Motors ocupou a vice-liderança, com 32,4 mil unidades, seguida da Volkswagen, com 31,4 mil.
Cooperativa de Produtores de Canade-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo (Copersucar) pretende criar uma holding para concentrar toda a sua produção de açúcar e álcool e, assim, abrir o capital, informaram ontem fontes do setor sucroalcooleiro. A criação de uma empresa de operações seria uma manobra da Copersucar para conseguir captar recursos e crescer, já que a legislação brasileira proíbe que uma cooperativa abra capital no mercado.
L
ajustes de preços, o que está provocando redução no número de unidades sem que a receita seja afetada", explicou o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Rogelio Golfarb. As montadoras exportaram um montante equivalente a mais de US$ 6,6 bilhões neste ano, com expansão de 7,2% em valor na comparação com os primeiros sete meses de 2005. Em unidades, porém, as exportações atingem 497,5 mil veículos, 4,2% a menos do que no mesmo período do ano passado. "É uma fase de ajuste da nossa participação no exterior, que vem sendo feita de forma gradual para se evitar a perda de contratos", disse Golfarb. Estoque cai – Já internamente, o setor vive um período de tranqüilidade. "A inflação está sob controle, as taxas de juro em queda e o momento é de estabilidade econômica, o que vem refletindo positivamente no nosso mercado", destacou o executivo da Anfavea.
A
L
epois de caírem em junho por causa da Copa do Mundo, as vendas internas de veículos voltaram a crescer e bateram recorde do ano em julho, com um total de 165,8 mil unidades. O resultado é 11,7% superior ao do mês anterior e 19,5% acima do registrado em julho do ano passado. No acumulado deste ano, o mercado interno atingiu 1.027.384 veículos, com alta de cerca de 9,4% sobre o mesmo período de 2005. A produção registrou pequena queda de 1,1% na comparação de julho com junho (222,4 mil contra 224,9 mil), mas, no ano, o crescimento alcançou 4,4%. Foram feitos 1,52 milhão de veículos, o melhor resultado da história do setor em produção para o primeiro semestre de um ano. Vendas externas – As exportações também registraram crescimento em receita, mas há queda, de 4,4% no ano, na quantidade de veículos enviados para o exterior. "Por causa do câmbio, o setor teve de fazer
COPERSUCAR NA BOLSA
Ó RBITA Marco Antônio Teixeira/Ag. O Globo – 13/2/03
Os veículos de modelos populares foram os que tiveram a maior participação nas vendas do período: 58,8%
EMBRAER Empresa deve vender entre 45 e 60 aviões modelo Super Tucano para a Turquia.
Brasil e China criam grupos para evitar briga comercial
8 -.POLÍTICA
Congresso Planalto Atentado CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, terça-feira,88de deagosto agostode de2006 2006
GOVERNO PAULISTA MINIMIZA ATAQUES DO PCC
O
O que estou fazendo é preservar o Exército. Governador Cláudio Lembo, ontem.
Epitácio Pessoa / AE
secretário da Segurança Pública de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, desafiou nesta segundafeira o governo federal a entregar recursos prometidos para o combate à violência no Estado. "O secretário de Segurança de São Paulo está dizendo que o ministro da Justiça faltou com a verdade quando disse que os 100 milhões (de reais) – e os 50 milhões de reais adicionais para reformar presídios – viriam já", criticou Abreu Filho. "Não vieram e não virão." Em julho, após diversas ofertas de ajuda pelo governo federal, o Estado aceitou um plano prevendo o desembolso de 100 milhões de reais do Fundo Penitenciário (Fupen) em uma iniciativa para ajudar a conter a crise. Metade do montante seria investida no serviço de inteligência e a outra metade, na reconstrução de presídios e aquisição de novos equipamentos. Falando a jornalistas em cerimônia de entrega de viaturas novas para a força policial de São Paulo, ele lançou o desafio: "Se o que ele (Bastos) disse, ele fizer acontecer, eu me calo e entrego o cargo. Agora, se não fizer acontecer, então ele entrega o cargo, mas antes do dia 31, porque depois que acabar o governo não vale." Caetano Barreira / Reuters O secretário também foi duro na crítica à proposta do governo federal de realizar no Estado de São Paulo um "mutirão jurídico" para reduzir a ocupação dos presídios. O projeto foi detalhado no domingo pelo ministro da Justiça em evento de lançamento do programa de segurança do candidato petista ao governo paulista, senador Aloizio Mercadante. "O ministro da Justiça faltou com a verdade quando disse Bastos: recurso federal não veio e que irá fazer um grande não virá, segundo Saulo. mutirão para retirar milhares de presos dos presídios de São Paulo, como se nós estivéssemos aqui dormindo em berço esplêndido, sem pensar nessas condições", afirmou o secretário, sem esconder a irritação. Segundo Abreu Filho, os ataques da madrugada desta segunda-feira estavam sendo combatidos. Questionado se a presença do Exército nas ruas de São Paulo auxiliaria a controlar a crise de segurança no Estado, o secretário afirmou que até aceitaria a oferta federal, desde que fosse restrita a operações específicas, como tropas de soldados por turno para patrulha ostensiva em favelas e na segurança de presídios destruídos por rebeliões, por exemplo, para sufocar o tráfico de drogas, crescente no País. "Eu quero o Exército para esse papel", informou. "Se aceitar, pode vir que será bem-vindo", arrematou, deixando claro que a oferta do governo é insuficiente". (Reuters) VEJA EM DETALHES OS ATAQUES DO PCC NO CADERNO CIDADES
De frente para o crime: o governador Cláudio Lembo cumprimenta policiais militares e diz que o Exército poderia servir na fronteira.
SECRETÁRIO DESAFIA MINISTRO SOBRE VERBA PARA PRESÍDIOS Durante a entrega de novas viaturas para reforçar o policiamento em São Paulo, ontem, o secretário da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, disse que não receberá os recursos mencionados pelo ministro Marcio Thomas Bastos. "Se ele fizer acontecer eu entrego o cargo. Senão, ele entrega o dele", disse. Valéria Gonçalvez / AE
Antonio Cruz / ABr
Apoio: tucano diz que atuação do Exército poderia ser benéfica.
Crítica: petista condena entrega de viaturas. "O povo está assustado".
SERRA ACEITARIA AJUDA FEDERAL
MERCADANTE DIZ QUE FALTA COMANDO
PARA LEMBO, HÁ 'RESERVA DE BANDIDAGEM'.
O
prejuízo do tráfico de drogas provoc a d o p o r o p e r ações de repressão das Polícias Militar e Civil em todo o Estado desencadeou a terceira onda de ataques a São Paulo pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital, disse o governador Cláudio Lembo (PFL) ao Estado. "Nas bandejas de luxo já não tem cocaína sendo oferecida. E isso, certamente, cria, na outra ponta, um problema financeiro muito sério. Eles (os integrantes do PCC) não estão faturando", observou. As ações do PCC ontem, assim, se deram principalmente por uma "reserva de bandidagem" em um Estado com 40 milhões de habitantes. Lembo deu estas declarações, ontem, despois de comentar que a nova onda de ataques criminosos registrou "situações muito simbólicas, mas sem efetividade". Ele criticou ações do governo federal ao dizer que as ofertas de tropas federais, mutirão judicial e vagas no presídio federal de segurança máxima no Paraná não têm resultados plausíveis para São Paulo. O governador disse que o Ministério da Justiça deveria, isso sim, cuidar mais das fronteiras brasileiras para evitar a entrada de armas que abastecem o tráfico de drogas e as facções criminosas. As principais opiniões de Lembo sobre o PCC: Terceira onda - "É muito difícil dizer os motivos dessa terceira onda de ataques. Pode ser o interrogatório de um dos líderes da facção, o Dia dos Pais e o indulto, que, em tese, seria negado. E, em terceiro, a prisão
de importantes integrantes da facção na Baixada Santista e no ABC. Tudo isso se soma." Surpresa - "Tinha muita escuta telefônica sobre o Dia dos Pais e (suspensão) do indulto. Ia ser uma situação difícil. Mas não esperávamos esse ataque. Foi algo inesperado." Contrabando de armas -"Eu diria que ele (o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos) está muito presente em São Paulo. Gostaria que ele estivesse mais presente nas fronteiras do Brasil. Nós apreendemos essa madrugada) uma metralhadora ponto 12. Isso passa pelas fronteiras. Gostaria muito de ver as nossas Forças Armadas – as três, e também a Força Federal – isolando o Brasil do contrabando de armas. Se fez muita onda negativa do porte de arma. Mas, na verdade, o porte de arma vem das nossas fronteiras secas." Mutirão Judicial - "Eu diria que R$ 1 milhão para São Paulo não é nada. Gastamos com advocatícios cerca de R$ 200 milhões por ano. São R$ 20 milhões por mês. Portanto, R$ 1 milhão é absolutamente inócuo. Absolutamente figura de imagem sem nenhuma relação com a realidade." Factóides -"Prometer R$ 1 milhão é uma atitude que pode dar uma boa imagem, mas não atende a uma realidade efetiva. Só que eu não sou homem de fazer notícia sem ter conteúdo. O mutirão judicial é mais uma força nacional sem o efetivo. É irreal." E xé r ci t o -"O que estou fazendo é preservar o Exército. Se entrar nessa luta, não será bom para ele, como já aconteceu no Rio de Janeiro." (AE)
O
candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, afirmou ontem que não vê qualquer problema na ajuda das Forças Armadas em uma situação como a que o Estado está enfrentando, de sucessivos ataques por parte da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Ao comentar os novos ataques, o tucano exemplificou: "Se o Exército puder ajudar, não tem problema. O secretário da Segurança (Saulo de Castro Abreu Filho) propôs que o Exército guardasse as muralhas das prisões e, com isso, liberaria muito policial militar para realizar o trabalho de rua. Essa, por exemplo, é uma colaboração que poderia ser feita." Além dos comentários a respeito da ajuda que o Exército poderia dar em uma situação como esta, Serra criticou a atuação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na área da segurança. Segundo ele, o governo federal "está fazendo pouquíssimo no combate ao tráfico de drogas e de armas" e, além disso, comprimiu muito os recursos para a área
da segurança em São Paulo, nos últimos anos. As críticas foram feitas durante uma visita à Vila Brasilândia, na Zona Norte da Capital, ontem, ao cumprir agenda de campanha. O tucano voltou a destacar a importância de realização de investimentos na melhoria dos serviços de inteligência e informação da polícia para o combate ao crime no Estado. "Estamos numa batalha e ela não acabou", comentou. "Não há que se ter ilusões a esse respeito. Estamos enfrentando o crime organizado, que ainda não foi totalmente desmantelado. Já houve avanços, mas muito ainda precisa ser feito", complementou. Dinheiro no bolso - A preferência nas pesquisas incentivou a arrecadação de recursos para a campanha de Serra. No primeiro mês, ele obteve quase três vezes mais que o seu colega de partido e candidato à Presidência da República, Geraldo Alckmin. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a candidatura de Serra levantou até 30 julho R$ 3,633 milhões. Alckmin arrecadou R$ 1,3 milhão. (Agências)
O
candidato do PT ao governo de São Paulo, senador Aloizio Mercadante, afirmou ontem que "falta comando" à Polícia de São Paulo em momentos de crise, como os ataques do PCC que ocorreram na madrugada de segunda-feira. "Passei pelo Pacaembu e havia palco e banda de música para entrega de viaturas novas da Polícia (Militar). Deviam suspender a cerimônia", comentou. "A Segurança Pública não tem comando. Deviam colocar os carros na rua para fazer patrulhamento preventivo", afirmou, após conceder entrevista ao jornalista Milton Jung, na rádio CBN. "Tinha uma cerimônia ali no Pacaembu belíssima e o povo assustado em casa." Mercadante propôs criar um Gabinete de Crise, num eventual governo, para atuar em momentos como os que São Paulo vive hoje. "Um dos problemas centrais nessas horas é a ausência de informações qualificadas e centralizadas para orientar a ação da polícia", exemplificou. Mercadante voltou a acusar o governo estadual de ter feito
"acordo com o crime organizado" e que isso seria o motivo da "escalada da violência". Ele disse não ter informações suficientes para opinar sobre a liberação de presos para o indulto do Dia dos Pais, mas afirmou que é preciso que se faça uma "triagem rigorosa" antes de decidir pela liberação. O petista defendeu ainda a separação de detentos dentro dos presídios de acordo com o grau de periculosidade para impedir que criminosos dominem as penitenciárias. Mercadante aposta na adoção de penas alternativas para pequenos delitos, evitando que os presos menos perigosos sejam colocados em contato com criminosos mais violentos. O candidato cancelou a agenda de campanha à tarde – uma caminhada na Vila Prudente, zona leste da capital –, para "evitar colocar a militância em risco" diante da onda de ataques da facção criminosa. Ele alterou a agenda e resolveu gravar programas de TV para o horário eleitoral gratuito, lembrando que a campanha no rádio e na TV começa no dia 15 deste mês. (AE)
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 -.OPINIÃO
terça-feira, 8 de agosto de 2006
LENTE DE
AUMENTO HORÁRIO ELEITORAL FAZ A DIFERENÇA? eleitoral serviria não só para diminuir o percentual de eleitores indecisos, mas também para que os eleitores de um candidato migrassem para outro. Nesse caso, o ganho de um candidato implicaria em perda para outro, afetando a estimação dos efeitos. Para lidar com esse problema foram estimadas três outras equações, excluindo-se o ano atípico de 1989. As conclusões são as seguintes: 1. Utilizando apenas os percentuais do candidato que efetivamente venceu as eleições, esse candidato beneficiou-se do horário gratuito; 2. O horário eleitoral não teve impacto significante sobre os percentuais do
Eduardo Nicolau/AE
Os ventos sopram mais forte para quem decolou à frente
Os dados consistem na média das intenções de votos para cada candidato, em cada eleição, antes e depois do início do horário eleitoral gratuito. A análise preliminar dos dados mostra que, em geral, o horário gratuito tende a favorecer o candidato que lidera a disputa. Os níveis de intenção de voto em Fernando Henrique, em 1994 e 1998, e em Lula, em 2002, aumentaram após o início dos programas de rádio e televisão. Collor foi a exceção, perdendo boa parte de sua vantagem no horário gratuito, embora chegasse em primeiro lugar. Em cada uma das eleições analisadas, o horário eleitoral não afetou as intenções de voto nos principais candidatos. No entanto, pode-se argumentar que os dados devem ser utilizados conjuntamente, pois o horário
candidato que terminou em segundo lugar, exercendo até uma influência negativa, embora sem significância estatística; 3. Uma regressão baseada nos dados dos demais candidatos mostra que o horário eleitoral não tem impacto significativo sobre as intenções de voto. Nada assegura que a história das últimas eleições se repetirá em 2006. Mas os resultados lançam fortes dúvidas sobre a possibilidade de reverter o quadro da corrida presidencial nos 45 dias de propaganda eleitoral. Menos crível ainda se tornará essa hipótese se a vantagem de Lula sobre os demais candidatos, hoje em torno de 20 pontos percentuais, mantiver-se inalterada. CARTA SEMANAL POLÍTICA 26 DA MCM CONSULTORES ASSOCIADOS WWW.MCM-MCM.COM.BR
C om 20 pontos de vantagem, Lula não deve cair
Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente em exercício Alencar Burti Presidente licenciado Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi
Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)
Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: , Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046
JOÃO DE SCANTIMBURGO
A VOLTA Céllus
É
possível mudar o quadro eleitoral durante os 45 dias de propaganda eleitoral gratuita? Essa é a aposta de Geraldo Alckmin, para quem a disputa presidencial começará apenas em 15 de agosto, com o início do horário gratuito no rádio e televisão. Infelizmente, não é essa a conclusão da análise das eleições presidenciais de 1989 a 2002. A simples observação dos gráficos indica que o horário eleitoral não teve efeitos relevantes sobre as intenções de voto em eleições passadas. Análise mais detalhada desses efeitos foi realizada com base em modelo estatístico que relaciona a evolução das intenções de voto com o tempo de propaganda eleitoral de cada candidato.
A culpa é do diabo BENEDICTO FERRI DE BARROS
V
elha anedota diz que quando São Pedro assistia à criação do mundo, interpelou Deus pelo fato de ter isentado nosso país de todas as calamidades naturais que assolam outras regiões, tais como terremotos, vulcões, furacões, etc. e tal. Versão mais recente do diálogo que travaram diz que Deus lhe respondeu: "Você vai ver que classe de gente eu vou deixar o diabo botar como políticos desse país." São Pedro pode não ter visto, mas a nenhum brasileiro informado e consciente pode escapar o fato de que o diabo caprichou na porcaria. Hoje o país está dividido em duas classes: a dos PF, a imensa maioria de cidadãos comuns, como somos todos nós, e a insignificante minoria dos FP (os filhos da pátria) que absorvem mais de 40% de tudo o que produzimos, além de "verbas não contabilizadas", que financiam mensaleiros e sanguessugas, a compra de parlamentares, governadores, prefeitos et caterva, para perpetuar o reinado macunaímico do mega-lo-maníaco que é seu coringa eleitoral. Uma versão mais antiga da fábula a que nos referimos dizia que Deus respondera ao diabo: "Você vai ver a gentinha que vou pôr lá." Mas essa versão não corresponde à realidade. Pois, como Gilberto Freire estabeleceu, a população brasileira se desenvolveu por um dos maiores processos de miscigenação ocorrido no mundo. E esse, como sabem os bio-antropólogos, é o processo que assegura a formação de tipos mais
eugênicos, por reunir mais amplamente as características do genoma humano disseminadas entre seus numerosos grupos raciais. Raças puras são degenerativas. Assim é que já estamos produzindo um plantel mestiço de beldades de botar água na boca do mundo inteiro. E a despeito de todas as notórias deficiências de nosso sistema escolar e de nossos parcos recursos tecnológicos, já estamos contribuindo com personalidades, idéias, invenções e processos de ponta-de-linha. Contudo, o aspecto mais notável (e notado por todos os estrangeiros que nos visitam) é o espírito de cordialidade e a alegria que impregnam nossas relações, pessoais e sociais. A cordialidade, assinalada por Sérgio Buarque de Holanda, significa descaso por preconceitos e ausência de discriminações de toda a ordem, raciais, étnicas e religiosas. Aqui, judeus e maometanos vivem na santa paz do Senhor.
N
ão é por outras razões que pensadores dos mais diversos países têm proclamado que a convivência brasileira faz do país um modelo para o mundo futuro. O que ficou mais claro nos dias correntes em virtude do vetor de "globalização" que impõe uma convivência ecumênica neste planeta. Para que esse "país do futuro", como o chamou Stefan Zweig, se realize, só resta uma coisa a fazer: é extirpar a maldição diabólica dos políticos antropófagos que nos vampirizam.
V ocê vai ver que classe de gente o diabo botou como políticos deste país
Mercado livre de energia? CARLOS FREDERICO HACKEROTT E OSCAR MARCONDES PIMENTEL
O
mercado livre de energia, instituído pelos artigos 15 e 16 da Lei 9.074, de 7 de julho de 1995, determina que consumidores abastecidos com tensão igual ou superior a 69 kV e com demanda contratada mínima de 3 mil kW, bem como os novos consumidores com demanda contratada de pelo menos 3 mil kW, sob qualquer tensão, poderiam optar por comprar energia de outro fornecedor. A partir de julho de 2003, oito anos após a edição da referida lei, a Aneel poderia alterar os requisitos para opção pelo mercado livre. Já para os consumidores com demanda superior a 500 kW, a regulamentação permite a compra de energia gerada a partir de fontes alternativas, como PCHs – Pequenas Centrais Hidrelétricas, biomassa (bagaço de cana), energia eólica ou solar. A ampliação da possibilidade do acesso ao mercado livre de energia é uma necessidade, pois, ao mesmo tempo que permite reduzir custos, impede que consumidores de menor porte subsidiem os de maior porte. Por incrível que pareça, passados 11 anos de vida da lei, apenas os consumidores de maior porte estão se beneficiando de tal opção, cabendo aos demais subsidiá-los. A Aneel – impedida pelo governo – ainda não exerceu seu direito, previsto em lei, de ampliar este novo mercado de maneira a atingir maior número de consumidores, como seria de justiça e bom senso. A procura pelo mercado livre demorou bom tempo para ocorrer, pois, se existia certo ceticismo em relação a tal alternativa, não havia, no final da década de 90, sobra de energia para estimular ofertas a preços inferiores aos praticados pelas concessionárias. Atualmente, estima-se que mais de 20% do consumo de energia nacional é feito no mercado livre. Mais de 500 unidades consumidoras já participam deste mercado e não demonstram qualquer interesse em retornar à condição de consumidores cativos. Pelo contrário, estão hoje renegociando e renovando seus contratos de fornecimento de energia livre para os próximos cinco anos, por receio da disponibilidade de fornecimento a preços razoáveis de 2009 a 2011. Apesar dos crescentes preços no mercado livre, os expressivos aumentos das tarifas de fornecimento das distribuidoras em geral, sempre
muito acima dos níveis de inflação, mantêm a atratividade deste mercado. Em médio prazo, é esperada redução da diferença de preços entre os mercados livre e cativo, mas com pequena diferença a favor dos consumidores livres. Por outro lado, o modelo institucional implantado pelo governo não é estimulante a novos investimentos em geração, voltados para ampliação do mercado livre e da autoprodução. Ao contrário, todo esforço está concentrado na busca de novos fornecimentos para o mercado cativo, o que pode dificultar a oferta de energia livre, em prazo mais dilatado, caso outras medidas adicionais não sejam adotadas. Vale ressaltar que as regras estabelecidas para os leilões de energia nova, destinados ao atendimento dos consumidores cativos, não têm sido atrativas para os investidores privados. A oferta de energia gerada a partir de novos empreendimentos vem se concentrando nas empresas estatais sob comando do governo federal. Este fato preocupa sobremaneira o mercado em geral.
É
preciso deixar claro que o atual modelo institucional do setor elétrico, ao chamar para si os investimentos na expansão da oferta, coloca em risco o abastecimento do mercado como um todo, haja vista as notórias limitações de investimentos do setor público e das estatais do setor elétrico em particular. No Nordeste, atualmente, já se mostra difícil a obtenção no mercado livre de ofertas de fornecimento de energia para os anos de 2008 a 2010. Os preços cotados já se aproximam bastante dos valores aplicados, hoje, no mercado cativo. Isto indica um claro déficit de oferta para os anos citados, sinalizando preços elevados nos mercados de energia firme e no mercado de curto prazo. Essas intempéries exigem, por parte dos consumidores, mais cuidados na contratação do fornecimento no mercado livre. Demandam cautela e maior tempo de negociação, para assegurar preços competitivos e reduções de custos em relação ao fornecimento cativo. CARLOS FREDERICO HACKEROTT E OSCAR MARCONDES PIMENTEL SÃO CONSULTORES EM SUPRIMENTO DE ENERGIA
A nova oferta de energia vem se concentrando nas empresas estatais
DA MÉDIA
E
sse título tem uma razão de ser. Ela desfaleceu nas idas e vindas da política partidária de São Paulo e Minas Gerais, desapareceu e foi, mesmo, esquecida quando, por utilidade nacional, deveria ser sempre lembrada. Prevaleceu na Velha República, derrubada em 1930, quando estava no governo o paulista de Macaé, Washington Luís, pois havia deixado o governo o mineiro Artur Bernardes, que completava a dupla cafécom-leite. Os mineiros foram sempre melhores políticos do que os paulistas, mas apoiaram governos de inúmeros paulistas, com os quais se deram muito bem. A idéia de reviver a média café-com-leite foi de Aécio Neves, legítimo discípulo do avô Tancredo, que conservou por toda a vida as notas dominantes que caracterizara no florilégio político a arte mineira de ser político, com a qual São Paulo tem
G Os tempos
mudaram, mas o que foi bom para um período poderá ainda ser ressuscitado muito a aprender. Se a média café-com-leite se firmar, vindo a dar aos governos da República homens dignos como os dos velhos tempos da Velha República, poderemos ter de novo dias de céu azul e rotas bem balizadas para os navegadores políticos, que vão precisar usar a arte nos caprichos da política partidária.
A
política do cafécom-leite – café para caracterizar São Paulo e leite para caracterizar Minas Gerais ainda espera um artesão, como foram Antonio Carlos e Cirilo Júnior, para citar dois nomes ilustres da galeria de políticos habituados a conversas ao pé do ouvido, muito diferente da conversa sem compromissos dos salões dos palácios de governo. Aécio Neves sabe do que fala, pois seu avô foi um dos mais perfeitos exemplares da política mineira apreciada por São Paulo, num PRP ou PRM, que davam as notas nos governos que então dominavam o País. Os tempos mudaram, mas o que foi bom para um período poderá ainda ser ressuscitado e aproveitar para conduzir ao bom aprisco as novas gerações. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 8 de agosto de 2006
Fotos: Beto Barata /AE
3
Política
Todos (os ex-ministros da Saúde) devem ser convocados, principalmente quem liberou o pagamento de R$ 8 milhões. Romeu Tuma (PFL-SP)
CPMI DECIDE HOJE SE CHAMA EX-MINISTROS
RONDÔNIA: ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA AQUARTELADA. Planalto descarta intervenção no Estado. Ao menos por enquanto.
A
pontado como o centro do maior esquema de corrupção identificado no Poder Legislativo brasileiro, a Assembléia Legislativa de Rondônia está aquartelada desde o fim de semana com um dilema: como soltar o presidente da Casa, José Carlos de Oliveira (PSL), mais conhecido como "Carlão", preso na semana passada como líder da quadrilha que desviava dinheiro público por meio de fraudes e chantagem a integrantes dos demais Poderes. A decisão de libertar "Carlão" deverá ser tomada em sessão plenária que corre o risco de ser marcada por tumulto, pois estudantes e movimentos sociais anunciaram que se concentrarão em frente à Assembléia para protestar. A Constituição dá poder às Assembléias de anular a prisão de qualquer dos membros, que gozam de imunidade parlamentar. A questão é que 23 dos 24 membros da Casa estão indiciados por envolvimento nas fraudes, faltando-lhes isenção para esse gesto. Além disso, nada obriga a autora da ordem de prisão, ministra Eliana Calmon, d o S u p erior Tribunal de JustiNão ça (STJ) a descarto a v o l t a r intervenção, atrás. Uma mas neste decisão da momento a A s s e mbléia, pormedida não está no nosso tanto, geraria um conhorizonte flito de poThomaz Bastos d e re s q u e teria de ser dirimido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A fraude que reúne o maior número de parlamentares é a da folha salarial paralela, na qual eles inseriram funcionários fantasmas. No auto da prisão de "Carlão", ao qual a reportagem teve acesso, a Polícia Federal (PF) cita como envolvidos os deputados João da Muleta, Daniel Neri, Haroldo Santos, Deusdete Alves, Amarildo Almeida, Edison Gazoni, Ellen Ruth, Kaká Mendonça, Nereu Klosinski, Chico Doido, Ronilton Capixaba, Neodi de Oliveira, Edézio Martelli, Beto do Trento, Dr. Carlos Henrique, Everton Leoni, Marcos Donadon, Renato Veloso, Paulo Moraes, Leudo Buriti, Mauro de Carvalho e Emílio Paulista, que renunciou ao mandato envergonhado com o escândalo. O 23º nome, do deputado Chico da Paraíba, está sendo reavaliado pela PF, por causa da inconsistência das provas reunidas contra ele. Em entrevista no Palácio do Planalto, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse que o governo federal fez sua parte ao "desbaratar" a quadrilha que agia nos três Poderes do Estado - embora não tenha descartado por completo a intervenção da União. "Não estou descartando a intervenção, mas neste momento a medida não está no nosso horizonte", afirmou. Márcio Thomaz Bastos argumentou que a intervenção seria uma medida "extremamente grave e séria" para ser tomada agora. Segundo o ministro, os dados ainda não convenceram o presidente Lula a decretar intervenção. (AE)
A Fernando Gabeira (PV-RJ), sub-relator da CPMI dos Sanguessugas.
Senador Ney Suassuna (PMDB-PB) investigado pela CPMI.
GABEIRA ACUSA O PSB DE 'SUGAR' INCLUSÃO DIGITAL Ônibus para o programa de inclusão digital do governo custaram mais do que um Porsche
O
deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) acusou ontem o PSB de aparelhar o Ministério da Ciência e Tecnologia para assegurar a compra de ônibus do programa de inclusão digital, fabricados pela Planam, empresa que funcionava como centro do esquema dos sanguessugas. Segundo Gabeira, as emendas ao Orçamento que irrigaram o projeto foram liberadas para atender a parlamentares do PSB e os veículos foram vendidos a preços superfaturados em esquema semelhantes ao montado pela máfia das ambulâncias no Ministério da Saúde. Gabeira, que é um dos subrelatores da CPMI dos Sanguessugas, defendeu a convocação dos ex-ministros da Ciência e Tecnologia Roberto Amaral e Eduardo Campos. "O PSB usou a inclusão digital como extensão da luta partidária. Estou tentando mostrar como um partido apossou-se de um ministério e o transformou num ministério de compa-
dres", afirmou Gabeira. Amaral é vice-presidente nacional da legenda e um dos integrantes do conselho político da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Campos é candidato a governador de Pernambuco. Em duas gestões consecutivas, comandaram o Ministério da Ciência entre janeiro de 2003 e julho de 2005. F a n t a sm a s – Gabeira disse que a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, liberou R$ 4,2 milhões para emendas de parlamentares apresentadas ao programa de inclusão digital. A liberação teria sido de "forma bastante irregular, já que parte ia para entidades filantrópicas que praticamente não existiam". Gabeira lembrou ainda que a CPMI tem gravações feitas pela Polícia Federal em que o empresário Darci Vedoin, um dos sócios da Planam, afirma a um interlocutor que Rodrigo Rollemberg, também do PSB e exsecretário de Inclusão Digital,
garantia haver muito dinheiro para o programa. Porsche – Gabeira divulgou fotos de ônibus do programa de inclusão digital que estariam escondidos na garagem da Viação Elite, em Volta Redonda, no Rio de Janeiro. São dois ônibus que teriam sido comprados por cerca R$ 700 mil – valor superior a um Porsche – a partir de emenda do deputado Paulo Baltazar (PSBRJ), um dos 90 parlamentares notificados pela CPMI dos Sanguessugas. Fúria do PSB – Em resposta às acusações, o presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, disse que vai processar o sub-relator da CPMI. Amaral chamou Gabeira de "cretino" e "mau-caráter" e disse que vai "imediatamente" ingressar no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma queixa-crime para que ele confirme na Justiça as acusações. "Não se pode fazer uma acusação desse nível a um partido. Ele vai ter que confirmar na Justiça e depois comprovar o que disse".
O líder do PSB na Câmara, deputado Alexandre Cardozo (RJ), lamentou "o uso da CPMI dos Sanguessugas para funções eleitoreiras que podem beirar as raias da irresponsabilidade". Nota – "A liderança do PSB reafirma seu compromisso partidário de promover a inclusão social por meio do acesso universal dos cidadãos brasileiros à tecnologia digital. Um compromisso definido em Congresso Nacional do PSB, que o partido assumiu publicamente e reforçou ao apresentá-lo como prioridade entre as sugestões dos socialistas encaminhadas para um eventual segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva", argumentou Cardozo, em nota divulgada ontem à noite. O líder socialista garantiu ainda que nem ele nem Renato Casagrande (PSB-ES), ex-líder do partido na Câmara, apresentaram emendas orçamentárias para compra de ônibus do programa de inclusão digital. (Agências)
PARTIDO DESTINOU R$ 15 MI EM EMENDAS Programa de inclusão digital do Ministério da Ciência e Tecnologia era a grande aposta dos sanguessugas
O
PSB, partido do ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, dedicou R$ 15,4 milhões de suas emendas individuais em 2005 e 2006 ao programa de inclusão digital. O programa prevê a compra de ônibus equipados com computadores para acesso de pessoas de baixa renda. Nos últimos dois anos, os microônibus digitais eram a grande aposta de novo negócio da máfia dos sanguessugas, que já estava considerando esgotado o espaço para a venda de ambulâncias superfaturadas a prefeituras.
Ao todo, 16 dos 30 deputados do PSB apresentaram emendas para a compra de ônibus digitais. Eles não são os únicos: no total, as emendas desse tipo somam R$ 98 milhões em 2005 e 2006. Mas o empenho do PSB em relação ao programa é bem maior: a participação do partido nesse bolo chega a 16%, quatro vezes mais do que o tamanho de sua bancada no Congresso. Ao menos uma delas (de R$ 1,08 milhão) foi destinada ao Instituo Brasileiro de Cultura e Educação (Ibrae), entidade "sem fins lucrativos" apontada pela Polícia Federal como um dos prin-
DEPUTADO RECORRE AO TSE 'POR ATAQUE A SUA IDONEIDADE PARLAMENTAR'.
O
deputado Eduardo Consentino da Cunha (PMDB-RJ) recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a rejeição, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro, de um pedido de resposta feito ao jornal O Globo, que o teria acusado de envolvimento com a máfia das ambulâncias. No recurso especial eleitoral, Cunha alega que, no dia 9 de julho o jornal publicou uma reportagem "imputando-lhe acusações extremamente vexatórias e criminosas", ao in-
cluí-lo entre os investigados pela Operação Sanguessuga. O jornal teria destacado, num quadro no mesmo texto, a quantidade de projetos de lei de autoria de Cunha não aprovados, o número de faltas no exercício da função e os gastos com verbas indenizatórias. O deputado requer que o TSE reforme o acórdão do TRE e determine a publicação da refutação no periódico, no mesmo espaço "dado para atacar diretamente sua honra, moral e idoneidade como parlamentar", diz o recurso. (AE)
cipais núcleos de fraude do esquema sanguessuga no Rio. O deputado Paulo Baltazar (PSB-RJ) está incluído no rol dos 90 investigados, entre outros motivos, por ser acusado pelo empresário Luiz Antonio Vedoin, um dos donos da Planam, de ter negociado uma propina de 10% sobre o valor da emenda direcionada ao Ibrae. Entre os deputados da bancada socialista, quem mais se destaca na apresentação dessas emendas é o carioca Alexandre Cardoso. Sozinho, ele responde por R$ 5,3 milhões voltados à aquisição de ônibus como os que a
Planam montava. Paulo Baltazar pediu R$ 2,68 milhões em emendas. João Mendes de Jesus (RJ), Josias Quintal (RJ), Ribamar Alves (MA) e Isaías Silvestre (MG) também integram a lista dos acusados de envolvimento nas fraudes com ambulâncias e remeteram emendas também ao programa de inclusão digital. Vedoin afirma que pagou R$ 35 mil a João Mendes em troca da apresentação de uma emenda de R$ 700 mil ao Instituto de Tecnologia e Desenvolvimento de Qualidade (Intedeq), outro ralo de recursos de emendas do esquema. (AE)
CPMI tenta votar hoje cerca de 50 requerimentos, entre eles, os que prevêem a convocação dos ex-ministros da Saúde José Serra (PSDB), Humberto Costa (PT) e Saraiva Felipe (PMDB). Integrantes da comissão também se reúnem com Luiz Antonio Trevisan Vedoin, um dos sócios da Planam, para apresentar novas provas contra parlamentares que teriam recebido propina em troca da apresentação de emendas orçamentárias. O corregedor do Senado, Romeu Tuma (PFL-SP), defende a convocação dos ex-ministros. "Fiz o requerimento. Eles não são acusados, mas são boas testemunhas para informar como foram liberados os valores". "Todos devem ser convocados, principalmente quem liberou o pagamento de R$ 8 milhões", afirmou Tuma em referência velada à Costa. Ney – O senador disse O motorista também que do deputado vai propor nova acarea- Érico Ribeiro ção de Luiz (PP-RS), Antonio Ve- admitiu ter d o i n c o m recebido Marcelo CarR$ 10 mil da valho, ex-assessor do se- máfia das n a d o r N e y ambulâncias. Suassuna (P MDB -PB ). "O Marcelo afirma que os valores comprovados resultam da venda de um barco para Vedoin. Como ele não entregou este barco, então provavelmente este dinheiro tem origem ilícita". Tuma vai se reunir hoje com o relator da CPMI dos Sanguessugas, senador Amir Lando (PMDB-RO), onde deve ser apresentado um relatório parcial da investigação. Ele afirmou que pretende analisar os documentos contra os senadores Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko (PT-MT). "Não vou fazer nenhuma afirmação preliminar sem ter conhecimento de provas materiais", disse. Depoimentos– O motorista Flávio Santos Silva, que trabalha para o deputado Érico Ribeiro (PP-RS), admitiu ontem à CPMI ter recebido R$ 10 mil da máfia das ambulâncias, que foram depositados em sua própria conta e entregues a uma secretária de Ribeiro. O parlamentar, que é um grande produtor de arroz no Sul do País, apresentou uma emenda no valor de R$ 1,2 milhão para compra de dez veículos. Danielle Pires, assessora do deputado Ricardo Rique (PLPB), revelou que tem uma conta bancária conjunta com o parlamentar para o pagamento de contas. Segundo ela, o deputado informou apenas que entraria um dinheiro extra na conta ( que veio de Vedoin) , sem informar a origem. (Agências)
terça-feira, 8 de agosto de 2006
Nacional Empresas Tr i b u t o s Agronegócios
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5
R$ 338 MI EM ICMS FORAM PARA CASAS POPULARES
Operação de fiscais para coibir comércio ilegal de mercadorias será repetida na cidade de São Paulo
COMO FAZ SEMPRE, GOVERNO PAULISTA ENVIA PROJETO AO LEGISLATIVO ELEVANDO DE 17% PARA 18% O ICMS
ICMS: PERPETUADA A ALÍQUOTA DE 18%
A
Sérgio Castro/AE
Fiscais, na Operação Ventania, fecham loja na Santa Efigênia que vendia produtos sem nota
Fiscalização recolhe produtos irregulares na Santa Efigênia
C
erca de 70 auditores e técnicos da Receita Federal, agentes fiscais de renda do Estado de São Paulo e fiscais da Prefeitura paulistana, apoiados pela Guarda Civil Metropolitana e a Polícia Militar, desencadearam na manhã de ontem a Operação Ventania, com o objetivo de reprimir o comércio irregular em São Paulo. Os alvos da operação, ontem, foram as lojas da Rua Santa Efigênia, região central da capital, que comercializam componentes de informática, programas de computadores e produtos eletrônicos. Na fiscalização a cinco estabelecimentos, a principal irregularidade encontrada foi a venda de mercadorias sem no-
ta fiscal ou com documento falsificado. Durante a operação dos fiscais, também foram apreendidos dois caminhões com equipamentos de áudio e vídeo, toca-cds, MP3 e televisores de plasma. A Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) estimou em R$ 600 mil o valor do lote das mercadorias recolhidas. Nas primeiras horas da operação, a loja O Mundo, que fica no número 226 da Rua Santa Efigênia, foi interditada pela Prefeitura de São Paulo pelo fato de não possuir depósito. Nos próximos dias, o fisco estadual vai lavrar autos de infração contra os estabelecimentos em que foram encontradas irregularidades. Próximos alvos – De acordo
com nota divulgada pela Sefaz, nas próximas semanas, operação semelhante será realizada em outros alvos já identificados pelo Serviço de Inteligência da Receita Federal. Os trabalhos de ontem estiveram concentrados no combate à pirataria, venda sem nota fiscal e contrabando. Estão sendo fiscalizados os recolhimentos dos seguintes tributos: Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Imposto de Importação (II) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), além do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). (Agências)
PF prende 12 pessoas por contrabando
de contrabando de mercadorias introduzidas em território nacional sem o pagamento de impostos. De acordo com informações da Polícia Federal, foram apreendidos três caminhões, oito motos, quatro carros e um barco, além de grande quantidade de mercadorias de informática e cigarros.
Os policiais descobriram, ainda, um depósito de produtos contrabandeados nas regiões de Entre Rios do Oeste e Pato Bragado. As mercadorias eram levadas de balsas pelo Lago de Itaipu. No depósito, também foram encontradas duas espingardas, um revólver e aparelhos para "copiar" freqüência policial. (AE)
D
oze pessoas foram presas ontem pela Polícia Federal de Foz do Iguaçu por envolvimento em esquema
ssim como a União, que há anos prorroga a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o governo estadual paulista tem reiterado anualmente a elevação de 17% para 18% da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre operações internas desde 1989. Neste ano, não foi diferente. Na semana passada, o governador Cláudio Lembo encaminhou à Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo o Projeto de Lei n° 477/2006, que prorroga o aumento de um ponto percentual na alíquota do tributo até 31 de dezembro de 2007. O aumento da alíquota do imposto estadual tem como base a Lei nº 6.556/1989 e, todos os anos, a justificativa é idêntica. O PL n° 477 estabelece que a receita resultante deste aumento será destinada obrigatoriamente ao financiamento de programas sociais, em especial habitacionais, de interesse da população paulista. Quanto à destinação desses recursos, de acordo com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU), a história é diferente do que ocorre com a CPMF. A Constituição Federal prevê que, majoritariamente, os recursos advindos do chamado imposto do cheque devem ser aplicados na saúde; no entanto, profissionais do setor negam que isso venha acontecendo. De acordo com a CDHU, em 2003, R$ 555 milhões provenientes do aumento da alíquota do ICMS foram utilizados para a construção de casas populares. Em 2004, foi o mesmo montante; e, em 2005, R$ 778 milhões. De janeiro a junho deste ano, já foram destinados R$ 338 milhões. Supremo – A vinculação da arrecadação a investimentos na habitação, no entanto, é polêmica. Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucional a destinação obrigatória existente na Lei n° 6.556, de 30 de novembro de 1989. O STF determinou ainda que os recursos necessários para o estado dar prosseguimento a seus programas
Patrícia Cruz/LUZ
Clóvis Ferreira/Digna Imagem
Gandra: aumento é inconstitucional
Shiguemi: orçamento prevê destino
sociais devem ser alocados na própria lei orçamentária. Segundo o coordenador da Administração Tributária da Secretaria Estadual da Fazenda, Henrique Shiguemi Nakagaki, com base nesta decisão, o governo de São Paulo vem aumentando anualmente a alíquota de 17% para 18%, colocando essa receita e sua destinação na lei orçamentária paulista, o que, na opinião do jurista Ives Gandra Martins, é inconstitucional. "Com base no Código Tributário Nacional e na Constituição Federal, imposto não pode estar vinculado a nada", diz Gandra.
O tributarista Luís Eduardo Schoueri, vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), explica que, por meio de um acordo entre o Executivo e o Legislativo paulista, o projeto de prorrogação da alíquota é aprovado mediante o cumprimento pelo governo do compromisso de investir o valor arrecadado referente à alíquota de 1% na construção de casas populares. "É uma maneira de a Assembléia controlar o Executivo. Se não for o valor destinado à habitação, não tem prorrogação", diz Schoueri. Adriana David/Laura Ignacio
Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO
Paris Hilton, modelo e herdeira das redes de hotéis Hilton à revista inglesa GQ
terça-feira, 8 de agosto de 2006
www.dcomercio.com.br/logo/
AGOSTO
Eu não faço sexo há um ano... eu beijo, e nada mais.
Paulo Pampolim/Digna Imagem
2 -.LOGO
8 Richard Nixon, sob ameaça de impeachment, renunciou em 8 de agosto de 1974 à presidência dos EUA.
F OTOGRAFIA P RAGA
Fotos:Adnan Hajj
C ELEBRIDADE
Os percevejos de volta. Nos EUA. Depois de acordar à noite com a cama fervilhando de pequenos insetos, Josh Benton não conseguiu dormir direito por meses e manteve uma lanterna e uma lata de inseticida à mão, junto da cama. Pois os percevejos estão sim de volta à nação mais poderosa da Terra. Profissionais de controle de pragas informam um aumento dramático na infestação por todo o país, e ninguém sabe a causa. Antes da 2ª Guerra Mundial, invasões de percevejos eram comuns nos EUA, mas foram virtualmente erradicadas pela melhora na higiene e pelo uso
generalizado de DDT nos anos 40 e 50. Percevejos são pequenos insetos de corpo achatado, que se alimentam de sangue de animais e humanos. A picada pode causar coceira e inchaço. Ao longo dos últimos quatro anos, informes de percevejos aumentaram muito, de Nova York a Honolulu, especialmente em hotéis, hospitais e dormitórios de universidades. Segundo uma firma exterminadora de pragas de Atlanta, em 2004 não houve casos de percevejo e, em 2005, foram três ou quatro. Mas em 2006, só no primeiro semestre, houve 23 chamados relacionados ao inseto.
Alessia Pierdomenico/Reuters
D ANÇA
L
A bailarina russa Svetlana Zakharova, do Balé Bolshoi, dança interpretando "Cinderela", em apresentação no Royal Opera House de Londres
P IAUÍ
R ÚSSIA
Batalha anuncia sua Festa do Bode
Os roubos no Hermitage
O que vem do bode não se perde nada. Eita que bode é bicho bom! Carregado no tempero fica com cheirinho bom. Foi com um forró que entoa esse refrão que o compositor Celso Teixeira venceu o concurso de música-tema da II Festa do Bode de Batalha, no Piauí. A vitória foi por aclamação na noite de sábado, durante o lançamento oficial do evento. Com um rebanho de 57.292 cabeças de ovinos e caprinos, Batalha, distante 154 quilômetros de Teresina, vai realizar a sua festa entre 15 e 17 de setembro.
Marido e filho de uma curadora do Museu Hermitage, de São Petersburgo, na Rússia, confessaram ter roubado alguns dos 221 artefatos de prata ou esmalte da Idade Média e do século 19, avaliados em US$ 5 milhões, e que desapareceram ao longo de 6 anos. "Todos os anos registramos entre 50 e 100 casos de roubo em museus", disse Boris Boyarskov, responsável pelo patrimônio histórico e cultural russo, ao lançar um apelo por medidas urgentes que garantam a segurança das coleções do país.
E M
Ex-Beatle congela conta da ex-mulher
A imagem original
A imagem adulterada: mais fumaça
"PHOTOSHOPADA" Agência Reuters demite fotógrafo que alterou imagens da guerra
N
ão satisfeito com a violenta realidade ao seu redor, o fotógrafo libanês Adnan Hajj, a serviço da prestigiosa agência Reuters no Líbano, comprometeu definitivamente seu trabalho ao manipular uma de suas fotos de bombardeios (veja acima). Assim que descoberto – e não poderia ser diferente, de tão grosseira que é a duplicação de imagens – a agência orientou seus assinantes, no domingo, a eliminarem a foto dos arquivos. Ontem, outra manipulação de fotografia do mesmo Hajj foi descoberta, denunciado mais uma vez pelos blogs que vigiam os noticiários dessa guerra. Não bastasse a propaganda política de Israel e Líbano na divulgação de informações imprecisas de vítimas e ataques, o fotógrafo ainda joga mais combustível na discussão que aflige o mundo jornalístico, sobre credibilidade nas
informações de conflitos. O último escândalo dessa proporção envolveu o Los Ang e l e s Ti m e s , q u a n d o B r i a n Walski fundiu duas fotos do Iraque para obter uma única imagem "perfeita", utilizando a mesma ferramenta de Hajj: o software Photoshop, que já virou verbo e adjetivo. Embora a vilania da manipulação seja atribuída à fotografia digital, pela sua fragilidade frente às modernas ferramentas eletrônicas, a "photoshopada" está longe de ser novidade no universo da enganação fotográfica. Há mais de 70 anos já se apagavam desafetos de Stalin de fotos oficiais. Com o tempo, outras formas de manipular a informação foram desenvolvidas, como as cenas montadas por políticos em época de campanha. Não é a tecnologia que nos traz o despropósito de tornar a realidade mais atraente do que já é (embora facilite), mas o incontrolável desejo humano de
B RAZIL COM Z
Aviso aos assinantes: seriedade
manipular sem normas. O leitor que venha a duvidar de uma imagem publicada só terá como garantia de sua veracidade exatamente o bem que órgãos de imprensa mais prezam, a sua credibilidade. A imprensa deve vigiar seus profissionais. E todos vigiados pelos blogs. Ao reconhecer o estrago em sua reputação, a R eu t er s distribuiu um comunicado informando o total desligamento de Adnan Hajj da agência e decidiu apagar todas as imagens do fotógrafo que estivessem em seus arquivos. Masao Goto Filho
Nacho Doce/Reuters
F AVORITOS
Espantalho de água
Eureka! Uma Sala de Física na Web
Uanderson Fernandes/AE
branca européia com o cacique Ararê e, por isso, representa a mistura de raças. "A partir de agora serão li-
cenciados diversos produtos com a exposição da mascote. O Comitê Organizador dos Jogos acredita no sucesso comercial da iniciativa que contribuirá para o financiamento do Pan", disse o secretário Geral do CO-RIO, Carlos Roberto Osório. E explorar a mascote dos Jogos já representa um desafio para o CO-RIO. Enquanto o boneco oficial da mascote começará a ser entregue somente no dia 15, ao custo de R$ 32,90, os vendedores ambulantes do camelódromo do Rio já vendem o Cauê "pirata" ao preço de R$ 5,00. http://www.cob.org.br/
Vargas Llosa, na pele de Ulisses O escritor peruano Vargas Llosa, que acaba de completar 70 anos, vai viver Ulisses da obra "Odisseu e Penélope", uma adaptação própria para a "Odisséia" de Homero. Ele subirá aos palcos nos próximos dias no Festival de Teatro Clássico da cidade de Mérida, sudoeste da Espanha. Vargas Llosa diz que se "sente muito próximo de Homero", dado a seu espírito intrépido e aventureiro. Diz ainda que aprecia "a vida real, claro, mas também a vida sonhada, assim como Ulisses". L OTERIAS Concurso nº 150 da Lotofacil
A TÉ LOGO
L
http://br.geocities.com/saladefisica/
A
mascote dos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio, foi batizada com o nome de "Cauê", querecebeu 465.408 votos, do total de 1.226.563, e deixou em segundo Kuará, 388.404, e, em terceiro, Luca, 372.751. Cauê é derivado da saudação tupi Auê, que quer dizer Salve!. Em dicionários de nomes próprios, é homem bondoso que age com inteligência. Alguns escritores afirmam ainda que Cauê é uma bebida tupi (Kawi) que confere poderes de bondade e sabedoria. Reza a lenda que Cauê seria o filho de uma
O vice-presidente de Cuba, Carlos Lage, disse ontem na Bolívia, que Fidel Castro retornará à presidência em poucas semanas e desmentiu a versão de que ele teria um câncer no estômago. "Fidel teve de enfrentar uma operação e está se recuperando favoravelmente. Ele não tem câncer", disse Lage. Funcionários do governo cubano disseram que Fidel está se recuperando bem. No entanto, admitiram que a sua saúde exigirá que Fidel reduza bastante a carga de trabalho. T EATRO
À espera de Cauê
L
inc.com/products/scarecrow/
BOMBEIROS - Moradores da vila de Águas Formosas, na região central de Portugal, pegam água da piscina para ajudar no combate aos focos de incêndio das matas da redondeza. Por causa do forte calor na Europa, o fogo tem destruído várias áreas florestais. P AN-AMERICANO
L
O ScareCrow O físico Luiz Carlos Marques é um sistema Silva é autor de um site que pode que detecta ajudar aqueles com dúvidas na automaticamente área de Física. Além de páginas a presença de com conceitos teóricos e outras animais de aplicações, o site conta com selvagens perto um banco de professoresde um jardim colaboradores dispostos a ou horta, e esclarecer dúvidas on-line. Quer emite um jato d'água para saber como funciona um espantá-los. É uma solução nãoaspirador de pó ou um forno de violenta para algumas pragas microondas? O site oferece uma comuns, como pássaros e série de explicações sobre esses e pequenos roedores. Custa US$ 15 outros aparelhos. Tabelas de no site. medidas e conversões também podem ser encontradas. http://www.contech-
L
G @DGET DU JOUR
O jornal The Guardian trouxe na edição de ontem uma reportagem especial sobre cirurgia plástica no Brasil, descrevendo o que chamou de verdadeira "revolução". Não por coincidência, o repórter descreve "um dos maiores eventos de cirurgia plástica da história", realizado numa tenda montada na praia de Copacabana e que reuniu 2.400 cirurgiões de mais de 80 países. Estiveram no Rio para conhecer as novidades da área na reunião bianual da Sociedade Internacional de Cirurgia Estética.
A saúde de Fidel, na versão oficial
HUMOR O cartunista Paulo Caruso (foto) e o escritor Luís Fernando Veríssimo discutem nesta terça-feira o humor na arte. Centro Cultural Banco do Brasil. Rua Álvares Penteado, 112. Telefone: 3113-3651. Horário: 19h30
Sem medo do bisturi
C UBA
C A R T A Z
Caruso e Veríssimo
O ex-Beatle Paul McCartney congelou a conta bancária conjunta que mantinha com sua ex-mulher, Heather Mills, depois de descobrir que a exmodelo retirava somas "escandalosas" sem sua permissão, informou ontem o tablóide sensacionalista inglês The Sun. O músico, que possui uma fortuna avaliada em US$ 900 milhões, e Heather, com quem tem uma filha de 2 anos, anunciaram a separação em julho. "Heather está determinada a gastar todo o dinheiro que puder antes que o divórcio a impeça", acusa um assessor de McCartney.
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
Alvaro Uribe tomou posse ontem em seu segundo mandato como presidente da Colômbia. Família descobre, no necrotério de Nova Iguaçu, que idosa dada como morta estava viva. Soldados dos EUA beberam antes de estuprar e matar iraquiana de 14 anos, diz investigador.
01
03
05
06
07
08
09
11
14
19
21
22
23
24
25
4
Nnononoon Nononono Eleição Estadual Nononono
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 8 de agosto de 2006
Palocci é acusado de registrar apartamento por valores irrisórios.
CANDIDATURAS SEM APROVAÇÃO
APENAS 36% DOS PEDIDOS DE REGISTRO EM SÃO PAULO FORAM APROVADOS
Eymar Mascaro
À espera pela TV
1.348 CANDIDATURAS A SÃO IMPUGNADAS EM SP
A
Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) em São Paulo recomendou a impugnação de 1.348 pedidos de registros de candidatos nas eleições de outubro, o que equivale a 47% dos registros examinados (2.899). A lista das candidaturas que podem ser impugnadas, atualizada até o dia 31 de julho, pode ser conferida na página da internet www.presp.mpf.gov.br. O site também disponibiliza para consulta pública o teor das impugnações feitas e detalha caso a caso. Além das impugnações apresentadas, em outros 499 casos (17%) o Ministério Público Eleitoral apontou a necessidade de esclarecimento de situações ou de complementação de documentos por parte dos candidatos. Assim, apenas 36% dos pedidos de registro fi-
Quase a metade (47%) dos pedidos de registro de candidatura apresentou algum tipo de problema. Os candidatos impugnados têm sete dias para resolver as pendências. caram livres de objeções. Esse número de impugnações e questionamentos poderá sofrer variação, pois ontem a PRE/SP passaria a examinar um lote residual de 60 pedidos de registros. Entre as irregularidades mais comuns estão a ausência de efetiva comprovação de desincompatibilização no prazo legal por parte dos candidatos que exercem cargo ou função na administração pública, au-
PALOCCI DEVE SER INTIMADO
A
Polícia Civil de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, intimará o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci a depor no inquérito criminal que apura denúncia de lavagem de dinheiro na compra de imóveis de propriedade dele na cidade. De acordo com o delegado seccional do município, Benedito Antônio Valencise, ainda não há uma data prevista para o depoimento de Palocci, que pode, eventualmente, ter pedida a quebra do sigilo bancário e telefônico. A denúncia que deu origem
ao inquérito foi feita pelo vereador Nicanor Lopes (PSDB), inimigo político dele e, assim como o petista, candidato a deputado. O Ministério Público Estadual (MPE) pediu à Polícia Civil a abertura do procedimento investigativo, o que foi feito há cerca de um mês. A acusação de Lopes, que prestou testemunho hoje, partiu de uma reportagem publicada na edição de 3 de setembro do jornal O Estado de S.Paulo. O texto apontava registros de um apartamento e uma casa de Palocci em Ribeirão, respectivamente, por R$ 57,70 e R$ 858,18,
sência de certidões criminais comprovando que o candidato está no pleno gozo dos direitos políticos, ausência de comprovação de filiação partidária com a antecedência exigida pela lei, contas desaprovadas pelos tribunais de contas, ausência de quitação eleitoral, irregularidades nos documentos e não comprovação de escolaridade. O candidato cujo registro entrou na lista de impugna-
ções tem prazo de até sete dias para apresentar sua contestação, e só então o tribunal julgará a impugnação, aceitando ou não o pedido de registro da candidatura. Es pe ran ça – Quando a impugnação for motivada por falhas na documentação apresentada, o candidato pode regularizar sua situação, desde que apresente junto com a defesa ao PRE os documentos que faltam. Na maioria dos casos, as irregularidades que serviram de fundamento para a impugnação acabam sendo resolvidas e a candidatura fica, então, livre de restrições. Os TREs têm prazo até 23 de agosto para julgar os registros de candidaturas, e o TSE, por sua vez, precisa julgar os recursos dos candidatos até o dia 20 de setembro. As eleições acontecem em 1º de outubro. (Agências)
Diógenes Santos / Ag. Câmara
cúpula que conduz a campanha de Geraldo Alckmin não se preocupou com o resultado do Ibope/CNI que ainda sugere a possibilidade de vitória de Lula no 1º turno. Os tucanos estão absolutamente convencidos de que Alckmin vai crescer e eliminar a diferença assim que começar a campanha na televisão, no dia 15. Alckmin não se abate com as pesquisas que chegam quase que diariamente ao seu conhecimento. Não se preocupou nem mesmo com a perda de dois pontos no Ibope (caiu de 27% para 25%) porque o índice está dentro da margem de erro. Para o tucano, a campanha ainda não esquentou. O Ibope indicou também um crescimento de três pontos da senadora Heloísa Helena (de 8% para 11%) em relação à pesquisa anterior. Lula manteve os mesmos 44% de intenção de voto.
ESTABILIDADE Os três principais candidatos a presidente (Lula, Alckmin e Heloísa Helena) se mantiveram estáveis no último mês, o que leva os analistas a deduzirem que as aparições na mídia não mexeram com os eleitores. Os candidatos, no entanto, continuam acreditando na força da televisão.
BURACO As pesquisas, inclusive a do Ibope/CNI, continuam a revelar que a maior diferença em favor de Lula se localiza no Nordeste. Enquanto o petista arrancou no Ibope 64% de intenção de voto na região, o tucano ficou com 12%.
REAÇÃO
Acusação partiu de vereador tucano, inimigo político do ex-ministro.
valores considerados irrisórios. Valencise disse que o vereador do PSDB de Ribeirão Preto apenas confirmou o teor da representação ao Ministério Público, e que fará diligências e solicitará investigações em cartórios para apurar se há algum tipo de irregularidade. À época, ainda como ministro da Fazenda, Palocci contestou, veementemente, por meio de sua assessoria,
quaisquer ilegalidades com os imóveis. Segundo uma nota oficial divulgada após a publicação da reportagem, os valores citados pelo jornal corresponderiam a conversões de moeda do período, nos valores históricos adotados para fins de registro imobiliário. A atual assessoria do exministro da Fazenda disse que ele ainda seria informado do assunto, para que se manifestasse a respeito. (AE)
Os tucanos admitem que Alckmin começa a reagir na região a partir do lançamento de seu programa para o Nordeste, que ocorreu na última sexta-feira, em Recife. Estiveram presentes cerca de 600 lideranças políticas, a maioria de líderes locais.
ATUAÇÃO Para Tasso Jereissati, presidente do PSDB, a largada foi dada por Alckmin. A conquista de votos nordestinos, para os tucanos, é uma questão de tempo. A cúpula admite que Alckmin vai crescer quando começar a ser mais conhecido na região.
VERDADE O ex-governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB), informa que apenas 50% do eleitorado do Nordeste conhece Alckmin. É por isso que Lula leva vantagem na região. Mesmo com o crescimento de Alckmin, Jarbas acha que o tucano vai perder a eleição no Nordeste.
candidato do PMDB ao governo estadual, Sérgio Cabral, apoiado pelo casal Garotinho.
FAVORITO Sérgio Cabral é favorito para ganhar a eleição de governador no Rio. Sua vantagem é ampla nas pesquisas. Até agora Cabral se manteve neutro em relação aos presidenciáveis. O peemedebista Moreira Franco está encarregado de conseguir o apoio de Cabral a Alckmin.
BAHIA O comando de campanha de Alckmin vai checar a informação de que os impressos do governador Paulo Souto, na Bahia, não trazem o nome do tucano. Referem-se apenas à condição da candidatura de Paulo Souto à reeleição e a de Rodolpho Tourinho ao Senado.
PROMESSA Em sua passagem por Sergipe, Alckmin revelou uma preocupação: a de garantir aos eleitores que, se eleito, não só manterá como ampliará o BolsaFamília, principal programa social de Lula. Alckmin insistiu em dizer que o Bolsa-Família teve sua origem em programas sociais do governo FHC.
SUDENE A senadora Heloísa Helena é a terceira candidata a presidente a defender a recriação da Sudene. Os primeiros foram Lula e Alckmin. A senadora falou da reativação ao visitar Alagoas, seu Estado.
AVANÇO A informação que chegou ao QG de campanha do PSDB é que Alckmin estaria crescendo em Minas, outro reduto em que Lula leva vantagem. Pesquisas feitas no Estado indicam do tucano, graças ao trabalho do governador Aécio Neves e do expresidente Itamar Franco.
CARIOCAS Os tucanos se impressionaram com o crescimento da senadora Heloísa Helena no Rio. A senadora está em 2º lugar no Estado, segundo as pesquisas Sensus. Os tucanos têm esperança de uma reversão do quadro no Estado brevemente. Confiam até no apoio do
SANGUESSUGAS Está prevista para quinta-feira a divulgação do relatório parcial da CPMI dos Sanguessugas. O relator Amir Lando ainda tenta adiar a data porque admite que pode cometer alguma injustiça.
LIVRES Calcula-se que Amir Lando acusará cerca de 50 parlamentares implicados com a maracutaia das ambulâncias. Outro grupo de envolvidos ainda depende de mais investigações. O relator deve inocentar parte dos que aparecem na lista.
6
Tr i b u t o s Agronegócio Finanças Nacional
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 8 de agosto de 2006
BRADESCO GANHOU R$ 4,1 BILHÕES COM TARIFAS
828
bilhões de reais é o total de recursos da indústria brasileira de fundos de investimento
RESULTADO FOI O MAIOR JÁ REGISTRADO POR BANCO DE CAPITAL ABERTO NOS SEIS PRIMEIROS MESES DO ANO
BRADESCO LUCRA R$ 3,1 BI NO SEMESTRE
O
Bradesco, maior banco privado do País, teve lucro líquido de R$ 3,132 bilhões no primeiro semestre do ano, resultado 19,5% superior ao registrado em igual período de 2005. De acordo com a consultoria Economática, o ganho foi o maior já obtido por um banco de capital aberto brasileiro na primeira metade do ano. O lucro também é o terceiro maior entre empresas de todos os setores na América Latina no período — ficou atrás apenas dos resultados da Companhia Vale do Rio Doce e da mexicana América Movil. O diretor-presidente do Bradesco, Márcio Cypriano, atribuiu o crescimento dos ganhos, entre outros fatores, à ampliação das operações de crédito da instituição. A carteira de empréstimos e financiamentos do banco somava, no fim de junho, R$ 88,643 bilhões – 27% mais do que no final do primeiro semestre do ano passado. Considerando também avais e fianças, o volume da carteira saltou para R$ 102 bilhões. O crédito foi responsável por 23% do lucro do Bradesco. Segundo os números do balanço, os empréstimos para pessoas físicas – segmento hoje muito disputado pelos bancos – totalizaram no primeiro semestre R$ 37,56 bilhões, 39,9% mais que nos seis primeiros meses de 2005. O crédito para pessoas jurídicas so-
Milton Mansilha/LUZ – 22/2/06
mou R$ 51 bilhões, com crescimento de 18,7% em relação ao fim do primeiro semestre do ano passado. O destaque, nesse caso, foi o aumento de 29% das operações para pequenas e médias empresas. Inadimplência — Conforme as demonstrações financeiras do Bradesco, o índice de inadimplência da carteira de crédito – considerando as operações vencidas há mais de 59 dias – terminou a primeira metade do ano em 4,2%. A falta de pagamento, porém, não impede o banco de
apostar na continuidade da tendência de expansão dos empréstimos e financiamentos nos próximos meses. A estimativa de Cypriano é de crescimento entre 20% e 25% da carteira de crédito. Para pessoas físicas, a ampliação deve ficar entre 30% e 35% e, para as empresas, de 15% a 20%. O diretor-presidente do banco disse ainda que, no caso das pessoas jurídicas, a expansão deve ser mais acentuada para as empresas de pequeno e médio portes, porque as grandes companhias podem optar por captar recursos no mercado de capitais – fazendo ofertas públicas de ações em bolsa de valores, por exemplo. Tarifas – Outro item importante do balanço é o crescimento das receitas com prestação de serviços – as tarifas. De janeiro a junho, o banco obteve R$ 4,131 bilhões com essas receitas, 20,8% mais do que em igual período do ano passado. Também tiveram papel relevante no semestre o braço do conglomerado no segmento de seguros, previdência e capitalização. O lucro líquido da Bradesco Seguros chegou a R$ 1,041 bilhão no primeiro semestre, o que representa um crescimento de 30,1% na comparação com o período de janeiro a junho de 2005. O Bradesco encerrou o semestre com ativos de R$ 232,9 bilhões e retorno anualizado sobre o patrimônio de 33,4%. Davi Franzon
SPREAD NO BRASIL CHEGA A 40%
U
m estudo do Banco de Compensações Internacionais (BIS) sobre sistemas bancários em países emergentes, divulgado ontem, afirma que o Brasil "talvez seja o caso mais extremo de spreads altos" cobrados sobre os empréstimos, em torno de 40%. O spread representa a diferença entre os custos da captação do dinheiro pelos bancos e as taxas cobradas na concessão dos empréstimos. O segundo maior spread, conforme o levantamento do BIS, feito com base em números do Fundo Monetário Internacional (FMI) referentes ao final de 2004, é o praticado pelos bancos no Peru, em torno de 10%. Em contraste, o estudo do "banco central dos bancos centrais", mostra que uma série de países emergentes, como Argentina, Chile, China, Coréia do Sul e Malásia, têm spreads inferiores a 5%, comparáveis aos cobrados nos países ricos.
Preocupação — O chefe do departamento de Assuntos dos Mercados Emergentes do BIS, Ramon Moreno, observa que a existência de margens de intermediação bancárias altas por períodos muito longos é um fator de preocupação em alguns países emergentes. "As razões para a persistência de margens elevadas não são claras, mas podem incluir uma história de crises bancárias, falta de competitividade e regulamentação governamental que pode favorecer certos setores", afirma Moreno. O estudo do BIS também observa que os custos operacionais dos bancos são um fator importante na concessão de crédito. "Custos operacionais altos poderiam indicar ineficiências no sistema bancário e uma estrutura de concessão de empréstimos rígida", diz o texto. Nesse quesito, o Brasil também é um destaque negativo, mesmo na América Latina, re-
gião que apresenta custos operacionais mais elevados do que nos bancos asiáticos. O trabalho cita uma estimativa feita em 2004 pelo ex-diretor do Banco Central Ilan Goldfajn, segundo o qual cerca de 45% do spread bancário no Brasil era decorrente dos riscos atribuídos pelas instituições financeiras e 40% pelos custos administrativos e impostos. Estrangeiros — De acordo com o BIS, a crescente presença de bancos estrangeiros ajuda a estimular o crédito em países emergentes, intensificando a competição e reduzindo os custos operacionais, e também por meio de transferência de tecnologia e capacidade de gerenciamento de risco. O BIS constata que, ao longo dos últimos cinco anos, os bancos estrangeiros expandiram os financiamentos mais do que os bancos privados em vários países, entre eles o Chile, Coréia do Sul e México. (AE)
Fundos captam R$ 1,6 bilhão
A
O diretor-presidente do banco, Márcio Cypriano, aposta em crédito
Indústria: projeção recua
A
surpresa negativa da queda na produção industrial em junho levou os analistas de mercado a revisar para baixo a projeção para esse indicador em 2006. De acordo com a pesquisa semanal Focus, divulgada ontem pelo Banco Central (BC), a expectativa média dos analistas para o aumento na produção industrial neste ano recuou de 4,15% para 4%. Na última sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a produção industrial caiu 1,7% em junho em relação a maio, abaixo do piso das estimativas do mercado.
Apesar da projeção menor para esse indicador, o mercado não modificou a estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2006, que continua em 3,6%. Para 2007, tanto a estimativa para a expansão do PIB brasileiro como da produção industrial ficaram inalteradas, em 3,7% e 4,5%, respectivamente. Para a inflação, a expectativa dos especialistas de mercado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2006 foi mantida em 3,74%, abaixo da meta do governo, de 4,5%. Para 2007, a projeção para o indicador permaneceu inalterada, em 4,5%. (AE)
BC: medidas para baixar juros
O
presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, disse ontem que estuda três medidas para reduzir os juros bancários. "Uma vai ampliar o acesso à Central de Risco, para cobrir um universo maior de clientes. Isso permitirá que um número maior de pessoas possa negociar crédito com bancos diferentes daqueles com que trabalha", explicou.
A segunda medida, segundo ele, deve facilitar a transferência de dinheiro da folha de pagamento de um banco para o outro. "A terceira medida em estudo dará maior poder de escolha para o cliente quando for negociar a tomada de crédito consignado." Essa terceira regra deve permitir ao cliente levar seu cadastro de um banco para os outros. Hoje, o banco é dono do cadastro. (AE)
indústria brasileira de fundos de investimento registrou uma captação líquida (depósitos menos saques de recursos) de R$ 1,6 bilhão em julho, de acordo com dados divulgados ontem pela Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid). No acumulado do ano, os fundos de investimento têm captação positiva de R$ 45,3 bilhões. O montante gerido pelos bancos e empresas especializadas em administração de recursos de terceiros atingiu a marca de R$ 828,6 bilhões no final de julho, valor que supera o total arrecadado em igual mês do ano anterior – aproximadamente R$ 719,9 bilhões. Os produtos mais procurados pelos investidores no mês passado foram os fundos referenciados DI, os multimercados e os de previdência. Já os fundos de renda fixa encerraram o mês com saída líquida de recursos de R$ 2,5 bilhões. Os números da Anbid mostram também que, na comparação com julho de 2005, a indústria brasileira de fundos cresceu 6,29%. (DF)
Petróleo vai a US$ 78,30 em Londres
A
s cotações do petróleo bateram novo recorde ontem em Londres e chegaram perto disso em Nova York, por conta da inquietação provocada pelo corte de produção no Alasca. A British Petroleum (BP) iniciou procedimentos para paralisar temporariamente suas operações no campo petrolífero de Prudhoe Bay, no norte do Alasca, o maior dos Estados Unidos. A decisão deve mexer com a oferta. No mercado londrino, o contrato futuro para setembro do tipo Brent fechou o dia cotado a US$ 78,30 por barril. Em Nova York, os contratos para entrega também em setembro subiram 3%, para US$ 76,98. Mercados — No Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou ontem com queda de 0,4%. O dólar comercial encerrou os negócios com valorização de 0,14%, valendo R$ 2,184 para compra e R$ 2,186 para venda. (DC/AE)
8
DIÁRIO DO COMÉRCIO
CRM Te l e f o n i a Pais Via web
terça-feira, 8 de agosto de 2006
Os novos MP3 iPod são o mais novo sonho de consumo — dos pais e, mais ainda, dos filhos.
PRESENTE TECNOLÓGICO: TODO PAI GOSTA.
Swift A915
IPods Shuffle 1GB e Nano 4GB
Um lançamento recente bastante completo é o Swift A915, da Samsung (www.samsung.com.br) para rede CDMA. Este é um dos modelos compatíveis com a rede 3G da Vivo, cujo serviço Vivo Play permite assistir à tevê (por enquanto só a Bandeirantes), baixar e assistir vídeo, trailers, jogos etc. O aparelho traz uma câmera digital giratória de 1.2 Mpixel com zoom e flash, tocador de MP3, tem 50 MB de memória, aceita cartão mini SD, permite sincronismo com o PC com cabo USB (agenda, fotos, vídeos etc.), tem discagem por comando de voz e pesa 95 gramas. Seu preço é R$ 1.600.
Acer Ferrari 1000
O iPod Shuffle 1 GB é ideal para levar em qualquer lugar. Ele pesa apenas 22 gramas e pode ser pendurado no pescoço. A memória flash de 1 GB é suficiente para cerca de 240 músicas. Com a função Play in Order, o usuário controla a ordem das músicas, mas para quebrar a rotina basta acionar a função Shuffle (embaralhar), para que as músicas toquem aleatoriamente. Seu preço é R$ 659. O IPod Nano 4GB é um modelo mais sofisticado, que permite armazenar até mil músicas ou 25 mil fotos, fazendo uma excelente dupla com a câmera digital. Para passar o tempo, o aparelho traz os jogos Quiz Musical, Paciência, Blocos e Páraquedas. Custa R$ 1.490.
Notebook pole position - Tem pai que merece e tem filho que pode pagar. O notebook Ferrari 1000, da Acer (www.acer.com/br), patrocinadora da escuderia italiana, é de causar inveja. Sua estrutura em fibra de carbono, com o inconfundível cavalinho na tampa, aloja o processador AMD Turion 64 X2 (tecnologia de 64 bits) e tela de 12,1 polegadas. Com design elegante, fino e leve, disponível em negro e no exclusivo 'vermelho Ferrari', a máquina não ultrapassa 1,7 kg e vem com o 1GB da RAM, bateria de longa duração e webcam Acer OrbiCam de 1.3 Mpixel giratória, posicionada acima do painel do LCD, para comunicação face-a-face em tempo real. Entre as outras características do notebook estão: comunicação wireless Wi-Fi, disco rígido 120GB SATA, DVD+/-RW optical drive externo (onde estão os drives HD-DVD e Blu-Ray), placa ATI Radeon Xpress 200M graphics chipset, Bluetooth e leitor cartões flash. O preço desse Ferrari é de R$ 8.600.
Palm TX
Fotos: Divulgação
Kodak Easyshare V610
Ela é um pouco cara, custa R$ 2.200, mas esbanja recursos e está sendo produzida no Brasil. Trata-se do Kodak Easyshare V610 (www.kodak.com.br), com resolução de 6 Mpixel, que oferece a tecnologia de lente dupla (Kodak Retina), que proporciona zoom óptico de 10x em uma câmera compacta (4,4 x 2,2 x 0,9 polegadas). Um outro ponto forte é a tecnologia de conexão sem fio Bluetooth. Os usuários da V610 podem enviar suas fotos para outros dispositivos que também usem a tecnologia que estejam até 900 cm de distância, incluindo telefone celulares, PDAs, computadores, quiosques de foto Kodak e até outras câmeras V610 - além de receberem e visualizarem imagens no monitor LCD de 2.8 polegadas de alta resolução (230 mil pixels) . Com funções avançadas de vídeo, a câmera V610 grava vídeos com qualidade VGA em 30 frames por segundo, o que significa que a imagem não fica quebrada, com formato de compressão MPEG-4 para otimização da qualidade e da capacidade de armazenamento. A tecnologia de estabilização de vídeo embutida na câmera reduz o tremor na tela causado por movimentos involuntários das mãos e da câmera. Os vídeos podem ser reproduzidos em 4, 9, 16 (e acima) impressões de vídeo - um "roteiro" compilado de imagens de vídeo individuais - ou em imagens congeladas individuais em modo VGA.
ShoqBox 256 Mb
Para quem acha que ouvir músicas sozinho no fone é muito chato, o ShoqBox 256 MB, da Philips (www.philips.com.br) em com dois alto-falantes externos com potência de 2 Watts RMS, que não é muito, mas ajuda. Por esse motivo, é um pouco grande para os padrões de MP3 player — mede 5,8 x 5,3 x 18,2cm e pesa 350 gramas. Os 256 MB permitem guardar cerca de 60 músicas em MP3 ou 120 em WMA e ainda traz rádio FM. Preço de R$ 699.
Relógio Suunto Vector: informações em tempo real sobre o meio ambiente
Para quem ainda não comprou o presente de Dia dos Pais, o relógio Suunto Vector é uma excelente opção. Aqueles que praticam ou são entusiastas dos esportes ao ar livre encontram neste relógio segurança, precisão e informações em tempo real sobre o meioambiente. O modelo combina um altímetro, um barômetro e uma bússola eletrônica com todas as características de um sofisticado relógio esportivo. Tem design ergonômico e amplo display com luz de fundo eletroluminescente. Possui memória automática de 24 horas que registra altitude e velocidade de subida/descida, em cada hora. Funções: Altímetro (altitude, velocidade vertical, alarme de altitude e memória "diário de bordo" com capacidade de 8Kb); Barômetro (pressão do nível do mar e absoluta, tendência de pressão, memória de 4 dias, temperatura); Bússola (direção do deslocamento em graus e pontos cardeais e ajuste da declinação) e Cronômetro (contagem regressiva, calendário, três alarmes diários). (Rachel Melamet)
quem foi que disse que os homens não gostam de receber flores? Sabendo que isso isso é coisa do passado, o Flores Online organizou 34 opções entre arranjos de flores e combinações de presentes que agradam o bom gosto masculino. Arranjos com girassóis, lírios e tulipas são os mais pedidos nessa época do ano. Quem não teve tempo de comprar um presente para o pai sempre pode entrar no site e
PAIS CONECTADOS Se o seu pai não agüenta mais ganhar meias e cuecas, dê uma olhada nestas sugestões. nquanto que no Dia das Mães os produtos mais procurados pelos filhos(as) para dar de presente são as roupas, sapatos, bolsas, livros etc., no Dia dos Pais uma boa sugestão são os eletrônicos e produtos de informática, mais ao gosto dos homens modernos. Claro que são presentes mais caros, mas as lojas estão facilitando o pagamento e parcelando em 10 ou 12 vezes sem juros. E muitos produtos caíram de preço e este é o momento ideal de comprar. Os players MP3 estão entre as melhores
sugestões e neste segmento os iPods, da Apple (www.apple.com.br), são o sonho de consumo no mundo todo. Muito desse sucesso se deve à loja virtual iTunes, da fabricante, que vende músicas para download em alguns países como Estados Unidos, Canadá e Japão. Mas o usuário brasileiro não tem acesso a esse serviço, pois é preciso cartão de crédito local. Resta pegar os CDs preferidos e gravar no iPod. Um outro detalhe é que o equipamento não é compatível com o padrão WMA, do Windows Media.
Giga Panel Sony
O CD Player para carro MEX-1GPX, conhecido como Giga Panel, da Sony (www.sonystyle.com.br) oferece memória flash de 1 GB e conexão USB 2.0 (cabo incluso), o que permite transferência rápida de arquivos musicais do computador diretamente para o CD Player e vice-versa, sem necessidade de softwares específicos. Basta destacar o painel do CD Player e conectálo ao PC. Com esta facilidade, o consumidor pode armazenar até 300 músicas. Conta ainda com controle remoto sem fio, dois pares de saída RCA préamplificada podendo conectar subwoofer e entrada RCA auxiliar-lite para conectividade com MP3 portáteis, walkman, Car DVD e outros equipamentos. Preço sugerido de R$ 1.099 na loja virtual da Sony (www.sonystyle.com.br).
Para os pais muito conectados, que precisam acessar informações importantes a qualquer hora e em qualquer lugar, a Palm (www.palm.com/br) lançou recentemente o Palm TX, que tem preço sugerido de R$ 1.299. Ele traz a versatilidade de duas tecnologias sem fio integradas - Wi-Fi e Bluetooth . Assim, é possívekl se conectar à internet em locais que hajam hot spots, como aeroportos, restaurantes, cafés, hotéis etc. Caso não haja, basta conectar o micro ao compatível com Bluetooth e ligar para o provedor de acesso. Dessa forma, é possível checar e-mails corporativos ou pessoais; baixar, ler e editar relatórios em Word e Excel; enviar fotos via tecnologia sem fio; sincronizar e-mail do aparelho com o e-mail do PC; sincronizar com o Outlook os contatos, calendário, tarefas e memorandos; e também utilizar o protocolo Microsoft Exchange ActiveSync, com servidores Microsoft Exchange 2003 ou superiores, sem a necessidade de software adicional, para sincronizar o e-mail e o calendário. A tela de 320x480 pixel proporciona alta qualidade na reprodução de cores em documentos, páginas da internet e mídia como fotos e vídeos. Usuários podem ver um filme no modo horizontal e mudar facilmente para o modo vertical a fim de visualizar documentos em Word e tabelas de planejamento.
Sony DSC-T9
Da Sony (www.sonystyle.com.br), um modelo sofisticado e compacto é a DSC-T9, também com 6 Mpixel de resolução. Ele oferece zoom óptico de 3x e digital de 6x e possui recurso de estabilização de imagem (Super SteadyShot), evitando fotos tremidas. O display de LCD mede 2,5 polegadas e permite boa visualização mesmo com muita luz. A memória interna é de 58 MB e aceita cartão Memory Stick Duo e Duo Pro. Permite a gravação de vídeo no modo wide screen (16:9). O preço é R$ 1.800.
Black Safira
Os telefones celulares, em qualquer ocasião, são sempre bons presentes e trocar de aparelho virou mania nacional. O último lançamento da LG (www.lge.com.br) é o Black Safira (MG810), para rede GSM. Tem tudo o que alguém pode desejar: é fino, leve (pesa 80 gramas), vem com câmera digital de 1,3 Mpixels com captura de vídeo display interno em TFT de 262 mil cores (176 x 220 pixels), display externo em TFT de 65 mil cores (96 x 96 pixels), gravador de voz, vídeo e chamada MP3 Player - Reprodução de músicas em MP3 com botões de comando externo (Sistema de teclado sensível ao toque) formatos MP3, AAC, AAC+,WMA, memória interna de 128 MB, tem rádio FM estéreo e campainha polifônica de 64 tons. Preço sugerido de R$ 1.100.
Um Dia dos Pais diferente. Na web. fazer a encomenda. É rápido e funciona. Para a temporada, o Flores Online criou também diferenciais como o kit "Perfumista", com perfume One, da Calvin Klein, e tulipas vermelhas ou o kit "Pressentir" com lírio branco e perfume Kenneth Cole Reation for him. As compras podem ser feitas pela Internet e as entregas são realizadas em todo o Brasil. "Procuramos criar
uma linha que fosse ao mesmo tempo elegante e diferente. A idéia é que as pessoas saiam do lugar comum na hora de presentear o pai", conta Eduardo Casarini, sócio da empresa, que pretende aumentar as vendas 18% em relação ao último ano, quando foram vendidos mais de 3.400 arranjos. A aposta são os perfumes, novidade inserida nesse ano. Há opções para todo tipo de pai. Os preços variam de R$ 54 a R$ 274. Os apaixonados
pela gastronomia têm a disposição o kit "Gourmet" com cesta artesanal com ingredientes para a preparação de um fettuccine ao pesto, tomate seco e vinho tinto Italiano Cecchi - Chianti, além de uma água com gás Perrier. Já para os pais poetas foi criado o kit "Delícia, Vinho e Poesia", com chocolates, amêndoas, meia garrafa de Vina Carmen Classic e os melhores poemas de Pablo Neruda reunidos na
compilação "Pablo Neruda: presente de um poeta". Os supersticiosos têm como opção a caixa "Toda Sorte", contendo espumante Brut, sal grosso, folha de louro, arruda, velas e uvas verdes, embalados em uma caixa branca, decorada com fitas do Senhor do Bonfim. Sugestões de presentes: Perfume One - Calvin Klein (100 ml) acompanhado de tulipas vermelhas. R$269. Cesta especial de vinhos e aperitivos - Bouquet de
rosas colombianas, aperitivos, vinho Argento Malbec, uvas, patês franceses, chocolates Lindt e outros itens. R$ 274. Pressentir - Presente exclusivo une a elegância dos lírios com o charme do perfume Kenneth Cole Reaction for him (50ml). R$ 219,00 Jardim de Girassóis Bouquet de girassóis acompanha Argento Malbec (750 ml), em uma embalagem exclusiva. R$ 74
EM
PAUTA G Agora vai.
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 8 de agosto de 2006
DOISPONTOS -77
O ATAQUE
Sérgio Castro/AE
G O crime
O governo decide atacar o bolso da facção criminosa
governa. Assim, o advogado criminalista
PCC
Márcio Thomaz equivocadamente no cargo de ministro da Justiça, não vai liberar dinheiro para combater os seus clientes do crime organizado!
FRANCISCO ANÉAS FRANCISCO.ANEAS@UOL.COM.BR
ICARO SCHUETT MORAES ICARODEMORAES@HOTMAIL.COM
Site na internet www.blog. dcomercio.com.br
Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br
Laycer Tomaz/Ag.Câmara
Reforma ou morte
É PRECISO uero recomendar ao amigo leitor, mais uma vez, que exceda nesta eleição. Sim, além de não votar em candidatos envolvidos em escândalos, mensalões, sanguessugas, propinas, toda sorte de corrupção, ainda faça campanha contra esses exploradores do povo brasileiro. Isso seria exceder. Está na hora. Vamos cá entre nós - admitir que a coisa chegou a um estágio de desagregação e deterioração na moral pública de tal monta que só reclamar, ou balançar a cabeça negativamente, não dá mais para aplacar nosso inconformismo com a sem-vergonhice existente no País, e que nos últimos três anos e meio institucionalizou-se como se a coisa pública fosse propriedade de alguns.
A
melhor maneira de darmos uma contribuição positiva ao País é cada um sair por aí falando, escrevendo, enfatizando para todos os públicos possíveis o quão desastroso vai ser para o Brasil a reeleição do atual governo e da esmagadora maioria dos atuais congressistas. Eles perderam totalmente o respeito pelos brasileiros. Perderam totalmente qualquer vergonha na cara que possam ter tido um dia. Transformaram o Poder Público num imenso balcão de negócios e fazem chacota com os que os condenam, sabendo que não haverá punição a quem infringe a lei.
A credibilidade do Congresso está em xeque
evidente que o País necessita de uma ampla reforma política. Até aqui estamos todos de acordo. As diferenças começam no exato instante em que se colocam as propostas sobre a mesa de negociações. Aí, a coisa complica. Afinal, que tipo de reforma é a mais adequada? O voto deve ser distrital puro ou misto? Ele deve ser obrigatório ou não? Faz sentido, por exemplo, permitir que partidos continuem se coligando para eleições proporcionais? E por aí vai a extensa lista de indagações. O fato é que o atual sistema já não serve mais, na medida em que ele, entre outros tantos defeitos, dificulta a escolha criteriosa do eleitor, afasta representantes de representados e contribui para enfraquecer os partidos políticos. Também não há dúvidas de que as regras vigentes facilitam a corrupção, incentivam a promiscuidade – o que, no limite, acaba por colocar em xeque a própria credibilidade do Congresso e da democracia representativa. Em sendo assim, novas leis que contribuam para mudar o quadro de desalento atual, mais que bem-vindas, são necessárias. Agora, que fique clara uma coisa: por mais que as normas sejam boas, sempre haverá os interessados em encontrar meios de fraudá-las, a fim de obter benefícios pessoais. Eis o ponto central: não há – e jamais haverá – reforma que seja capaz de "acabar" de vez com a corrupção "neste" ou em qualquer outro país. O fato de a legislação político-eleitoral ser a porcaria que é não obriga ninguém a andar ao lado de gente de reputação duvidosa. Onde está es-
PAULO SAAB RENOVAR
Q Bastos
O governo vai usar toda a sua incontestável competência neste campo. O receio é que, sendo um nicho lucrativo, perpetue o crime, ou, quando extirpado, tenha que criar novos impostos para suprir a "perda de receita"...
É
C
C
G Não se nega a
importância de uma ampla reforma política. Mas não se pode ignorar que a ética pessoal (ou a falta dela) costuma fazer toda a diferença. G O voto deve
ser distrital puro ou misto? Obrigatório ou não? Faz sentido permitir que partidos continuem se coligando para eleições proporcionais? Afinal, que tipo de reforma política é a mais adequada?
crito, por exemplo, que o presidente da República ou o seu candidato ao governo do Estado de São Paulo estão obrigados a dividir o palanque com mensaleiros, sanguessugas e afins? Até onde sei, não está escrito em lugar algum. Eles andam com quem andam porque querem, talvez porque gostem, talvez porque tenham mesmo muitas afinidades "éticas". Além do quê, nem tudo o que é legal é necessariamente ético. O ex-deputado e ex-presidente do PT, José Genoino, há dias recebeu uma indenização de R$ 100 mil, por conta de sua participação na guerrilha do Araguaia, no início dos anos 70, durante a ditadura militar. Foi preso. Há dúvidas se foi torturado ou não. O fato é que, hoje, ele recebe mensalmente uma aposentadoria por ter sido deputado por várias legislaturas. É ético receber a indenização? Não me parece. Assim como não considero ético o presidente da República receber uma aposentadoria de mais de R$ 4 mil por ter ficado preso por um pouco mais de um mês, durante o regime militar. Em que isso prejudicou sua carreira? Ao contrário. Ele continuou recebendo os salários do sindicato que representava e, ainda, encontrou tempo e recursos para fundar um partido político. Que fique claro: não se nega a importância de uma ampla reforma política, ao contrário. Mas não se pode ignorar que a ética pessoal (ou a falta dela) costuma fazer toda a diferença. MILTON FLÁVIO, VICE-LÍDER DO GOVERNO NA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br
NA GESTÃO ALCKMIN EPMILTONFLAVIO@YAHOO.COM.BR
orrendo o risco de cometer injustiças, conclamo ao brasileiro pagador de impostos: não reeleja nenhum dos atuais detentores de mandatos públicos no Brasil. Não importa de qual poder. Não os eleja. Eles são, no mínimo, corporativistas. Caso você ouça falar que a bancada do PSDB pisou na bola, acredite. O mesmo se aplica a amigos e agregados. No caso familiar pelos laços mais próximos, a cobrança é mais tranqüila, mas mais intensa. Conheço de cor o lamúrio dos oportunistas.
omo já mencionei antes, não há porque ter dor de consciência, achando que isso vai prejudicar um candidato de boa índole, um dos "raros honestos" que existem no Congresso, nas casas Legislativas. Estes, por si, se salvam. Não estão atrelados a esquemas de saquear os cofres públicos. Deveriam ser o exemplo. São as exceções. Em assim sendo, reitero a conclamação para que cada eleitor se transforme num cabo eleitoral de um candidato honesto e um ferrenho opositor dos que desrespeitaram a representação popular. Parodiando a máxima latina segundo a qual a mulher de César, além de séria, também precisa parecer séria, vamos dizer que o candidato, além de parecer sério, tem que ser mesmo sério, e ajudá-lo a se eleger, rejeitando os atuais espertos.
F
ico acabrunhado quando vejo o resultado das pesquisas, a desenvoltura com que criminosos travestidos de homens públicos desfilam pregando o que não fazem. Manipulam a pobre e ignorante opinião pública brasileira. Como um açoite, as frases da genialidade primária cortam a face do brasileiro a cada pronúncia. E fico constrangido quando vejo notórios corruptos, bandidos de cela de fundo de cadeia, sorridentes em palanques, imaginando como somos todos trouxas. Acorda leitoreleitor! Vamos renovar ao máximo possível o quadro político nacional.
V
amos superar a vergonha, o constrangimento, arregaçar as mangas, escolher um candidato sério e sair trabalhando a seu favor! Os caras-depau, os infratores, os criminosos destemidos ousam, ocupam os espaços e não mandam a conta para pagar o seu enriquecimento ilícito enquanto o País vegeta no subdesenvolvimento político e social. PAULO SAAB É JORNALISTA PSAAB@UOL.COM.BR
G Reitero a
conclamação para que cada eleitor se transforme num cabo eleitoral de um candidato honesto G Acorda
leitor-eleitor! Vamos renovar ao máximo possível o quadro político nacional!
FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894
terça-feira, 8 de agosto de 2006
Evaristo Sá/AFP
Congresso Planalto Eleições CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
LULA RECEBE APOIOS E MUITAS CRÍTICAS
Wilson Dias/ABr
OAB REJEITA CONSTITUINTE PARA REFORMA
O
Fetape: gestão Lula foi inclusiva
TRABALHADORES RURAIS APÓIAM CANDIDATO LULA
U
m manifesto de apoio e engajamento na campanha pela reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato da Coligação A Força do Povo (PT-PRB-PC do B), foi lançado ontem em Recife pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape), entidade ligada à Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). "Apesar de constatar algumas limitações e contradições no atual governo, reconhecemos que foi na gestão de Lula que foram dados os maiores saltos qualitativos e quantitativos na inclusão de milhões de trabalhadores e trabalhadoras até então excluídos do processo produtivo", afirma o manifesto, aprovado no 7.º Congresso Estadual dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (CTTR), com a presença de 951 delegados representando 178 sindicatos rurais no Estado. De acordo com a Fetape, no mandato de Lula, houve avanços no acesso ao crédito, à terra e na assistência técnica. (AE)
O ministro Genro minimizou a decisão do Conselho Federal da OAB Marcos D'Paula/AE
A
senadora Heloísa Helena, candidata do PSol à Presidência da República, fez campanha ontem na cidade onde passou sua infância: Palmeira dos Índios, a 140 quilômetros de Maceió. No final da manhã, ela visitou a Casa Museu "Graciliano Ramos" e disse que foi ali que tomou gosto pela leitura. Fundeb – Ela defendeu que o governo federal precisa investir cerca de R$ 10 bilhões na educação básica da rede pública de ensino, bem como na alfabetização de jovens e adultos. A proposta feita por Heloísa supera em R$ 6 bi a verba destinada pelo presidente Lula para o Fundeb - Fundo Nacional de Educação Básica. Ela disse que, em dezembro, o governo federal terá direito a R$ 58 bilhões com a desvinculação da receita única da União. (AE)
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) se posicionou ontem, em Brasília, contra a idéia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ser convocada uma Assembléia Nacional Constituinte para a realização da reforma política. Para a entidade, providências como essa somente podem ser tomadas em momentos de ruptura institucional, o que não é o caso. Golpe – Na semana passada, a proposta foi criticada por juristas e ministros do Sup r e m o Tr i b u n a l F e d e r a l (STF). O ministro aposentado Carlos Velloso disse, na ocasião, que a convocação de uma Assembléia Constituinte para votar a reforma política "cheira a golpe". Ele também considera que essa medida apenas deve ser tomada em situações de ruptura, como a transferência de um governo ditatorial para um democrático. "Com relação à proposta de convocação de Miniassembléia Constituinte para implementar essa ou qualquer
Este Conselho sustenta que a reforma política é a prioridade institucional máxima que o País hoje reclama, por seu caráter regenerador. OAB outra reforma, o Conselho Federal a rejeita liminarmente", afirmou a OAB em nota aprovada por unanimidade pelos conselheiros. A ba l os – "Constituinte – plena ou parcial, exclusiva ou derivada – só se justifica quando há ruptura institucional. Não é o caso. Em que pesem as múltiplas denúncias envolvendo agentes públicos que abalaram o País nos últimos meses, as instituições funcionam e estão em condições de fornecer os remédios necessários à preservação da governabilidade, na plenitude do estado democrático de Direito", concluiu a entidade.
Prioridade –Apesar de rejeitar a Constituinte, a OAB apóia a realização de uma reforma política. "Este Conselho Federal sustenta que a reforma política é a prioridade institucional máxima que o País hoje reclama, por seu caráter regenerador. Deve, pois, na próxima legislatura, encabeçar a agenda das reformas, pois dará ao próprio processo reformista e aos legisladores maior confiabilidade", afirmou a OAB na nota. F ó r u m – A entidade aprovou a criação de um fórum para debater a reforma política, com a participação de partidos políticos e de setores representativos da sociedade. (AE)
Com relação à convocação de Constituinte para essa ou qualquer outra reforma, o Conselho Federal a rejeita liminarmente. OAB
Candidato critica Lula por apoio a Petros e não aos aposentados
ALCKMIN QUER REAJUSTE PARA GENRO, OAB MANTÉM APOIO.
O HELOÍSA FALA EM R$ 10 BILHÕES PARA EDUCAÇÃO
5
candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, defendeu ontem o reajuste de 16,6% para todos os aposentados do INSS – o governo quer limitá-lo a 5% para quem ganha mais de um salário mínimo. Alckmin criticou a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por haver, segundo ele, gastado dinheiro com outras finalidades, como reajustes do funcionalismo, e depois, se declarado sem recursos para aumentar aposentadorias e pensões. Petros – Alckmin chegou a misturar nas críticas a proposta de acordo da Petrobras aos integrantes de seu fundo de pensão, o Petros, para cobrir o rombo de R$
9,3 bilhões nas reservas da fundação."Eu faria todo o possível para pagar o reajuste, ainda que fosse de forma parcelada", declarou ele. "O que o governo federal fez? Gastou R$ 20 bilhões, em aumento dos funcionários, dinheiro para convênios, liberação de verbas. Depois que gastou 1% do PIB, aí falou: ‘Olha, para os aposentados não tem dinheiro’. Nove bilhões para cobrir o rombo do fundo de pensão da Petrobras e não tem dinheiro para quem ganha um ou dois salários mínimos. As aposentadorias e pensões do INSS são de valor baixo. Quer dizer, para os que ganham menos, para aqueles que precisam mais, aí não tem dinheiro? " questionou Alckmin. (AE)
NÃO BATO, DIZ CRISTOVAM.
C
andidato a presidente da República pelo PDT, o senador Cristovam Buarque afirmou ontem, no Recife, que não vai "bater" em Lula e na corrupção do governo petista visando a subir nas pesquisas de opinião, que
lhe dão 1% da preferência do eleitorado. "Todo mundo diz que eu não subo (nas pesquisas) porque não bato; a senadora Heloísa Helena (PSol) bate e sobe", disse ele em entrevista antes depois de três dias de campanha em Pernambuco.
O
chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Tarso Genro, minimizou a decisão do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de rejeitar a proposta defendida pelo governo de convocar uma assembléia constituinte para mudar o modelo de sistema político. Genro observou que a OAB mantém o apoio à reforma, objetivo da Constituinte proposta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O governo vai, assim que for chamado, colaborar e impulsionar esse movimento porque a reforma não sairá se não for forte a demanda da sociedade", disse. Ele afirmou que a proposta de Constituinte não está "sepultada", pois nem foi apresentada. Genro negou que a administração federal tenha sido autora da idéia, rejeitada agora pelo Conselho Federal da OAB. A proposta foi levantada por Lula numa reunião, na semana passada no Palácio do Planalto, com um grupo de juristas. "Isso não foi tema da reunião. Tratou-se de uma discussão que surgiu no meio da reunião, e o presidente da República viu com simpatia a proposta", disse.
"Essa (a Constituinte) não é a questão fundamental", acrescentou. "O instrumento para fazer a reforma política é secundário." Vitória adversária – Tarso Genro também declarou que o PT receberá com "naturalidade" um eventual governo Geraldo Alckmin. A declaração foi uma resposta ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que levantou dúvidas, em entrevista à revista Época, se o desfecho de uma vitória tucana seria democrático. "Posso garantir que o PT receberia com toda naturalidade, embora nem o partido nem o governo trabalhem nisso", afirmou o ministro. "É compromisso dos partidos democráticos receberem o resultado das eleições como legítimo." P ro fu n do – Tarso Genro afirmou que Fernando Henrique Cardoso se equivoca ao avaliar ainda que uma lei garantindo a fidelidade partidária não vai resolver o problema da indiferença entre o eleito e o eleitor. "O ex-presidente Fernando Henrique disse que não acha tão importante a fidelidade partidária. Acho isso um equívoco de fundo", completou. "Já é depor contra a reforma política." (AE)
BERZOINI DESCARTA MODELO FHC
O
presidente nacional do PT, deputado federal Ricardo Berzoini, criticou a proposta do expresidente Fernando Henrique de se fazer "um Plano Real" para a política brasileira. Segundo ele, o fato de FHC falar agora em fazer uma reforma política, seguindo a mesma estratégia adotada por seu governo agiu na área econômica, seria esquecer o que aconteceu no passado do País. "Ele falar agora em um Plano Real para a política só pode ser querer esquecer a marca de seus oito anos de governo", disse Berzoini. Na avaliação do presidente do PT, FHC teve chances de realizar a reforma política em seus dois mandatos mas, em vez disso, fez como única mudança na área a implantação do sistema de reeleição. "Esta foi a única reforma política que ele fez", afirmou. (AE)
terça-feira, 8 de agosto de 2006
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Indicadores Econômicos
7
0,9 7/8/2006
COMÉRCIO
por cento foi a valorização, ontem, do Índice de Energia Elétrica (IEE), que reúne ações do setor na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4
Ronen Zvulun/Reuters
terça-feira, 8 de agosto de 2006
Esmagar o Hezbollah não é a mesma coisa que pedir uma pizza. Leva tempo. General-de-brigada israelense Yossi Kuperwasser
Internacional
Tropas israelenses e guerrilheiros do grupo xiita Hezbollah travaram ontem novos combates no Sul do Líbano. Israel informou a morte de três de seus soldados. O Hezbollah manteve silêncio sobre suas baixas.
Hassan Ammar/AFP Photo
Mais um dia sangrento no Líbano P
Bombardeios da aviação israelense em várias cidades e vilas do Líbano matam pelo menos 55 pessoas. A intensificação da ofensiva de |srael contra os municípios libaneses ocorreu um dia depois de o Hezbollah ter matado 15 pessoas em ataques de foguetes contra o norte do país. Ontem, o ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, ameaçou ampliar a ocupação se o processo diplomático não chegar a uma conclusão nos próximos dias. Guerrilheiro do Hezbollah é socorrido após ataques
AFP PHOTO/IDF
elo menos 55 pessoas foram mortas ontem em bombardeios da aviação de Israel em várias cidades e vilas do Líbano, ao mesmo tempo em que no sul do país prosseguiam os combates entre as tropas israelenses e guerrilheiros do grupo xiita Hezbollah. Foi um dos dias mais sangrentos no Líbano em quase quatro semanas de conflito, iniciado com a invasão de território israelense pelo Hezbollah, no dia 12. Israel informou a morte de três de seus soldados em combates com o Hezbollah, que manteve silêncio sobre suas baixas. Três grandes explosões sacudiram à noite o sul de Beirute, nos bairros habitados por xiitas e com forte presença do Hezbollah. No início da madrugada desta terça-feira (noite de segunda-feira em Brasília), foram mais oito bombardeios em seqüência. Houve também ataques aéreos no Vale do Bekaa – a leste de Beirute e perto da fronteira síria – e em várias localidades do sul do Líbano. A intensificação da ofensiva de Israel contra as cidades libanesas ocorreu um dia depois de o Hezbollah ter matado 15 israelenses em ataques de foguetes contra o norte do país. Em Ras al-Biyada, perto da cidade de Tiro, comandos israelenses desceram de helicópteros para destruir bases de lançamento de foguetes do Hezbollah. Sete pessoas morreram quando um míssil atingiu uma casa em Qassmieh, ao norte de Tiro. Na vila de Ghassaniye, um prédio desabou sobre os moradores. Pelo menos seis corpos foram retirados dos escombros. Ontem, o gabinete de governo do Líbano anunciou que depois da retirada das tropas israelenses enviará 15 mil soldados para o sul do país, com a ajuda da atual força de paz da ONU (a Unifil). A medida foi aprovada por unanimidade pelo ministério, do qual fazem parte dois políticos do Hezbollah (representado no Parlamento por uma bancada de 14 deputados).
No entanto, divergências entre árabes e israelenses voltaram a mergulhar no impasse, ontem, as discussões na ONU sobre uma resolução que ponha fim ao conflito. O ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, ameaçou ampliar a ocupação no Líbano. "Dei a ordem de que, se o processo diplomático não chegar a uma conclusão nos próximos dias, as forças israelenses realizem as operações necessárias para assumir o controle dos locais de onde são lançados os foguetes", disse Peretz. O governo israelense reiterou que não retirará suas tropas enquanto uma força internacional de paz não for estacionada no sul do Líbano, para impedir os ataques de foguetes. Israel também exige a libertação de seus dois soldados capturados pelo Hezbollah no dia 12 – quando invadiu seu território – e o desarmamento do grupo. O Hezbollah só aceita entregar os dois militares se Israel soltar centenas de libaneses que capturou durante sua ocupação do Líbano (1982-2000). Outra exigência do Hezbollah, e também do governo libanês, é a demarcação da fronteira. Israel ocupa atualmente a região de Fazendas de Shebaa, que a Síria cedeu ao Líbano. Novos caças- Em seus bombardeios, a aviação israelense está usando um novo caça, o F-16I Sufa, Tempestade em hebraico. Ele lança bombas leves, de 150 quilos a 250 quilos, destinadas a atingir alvos urbanos com mais precisão. O s o u t ro s c a ç a s u t i l i z a m bombas de penetração de até 500 quilos para destruir as estradas e as pontes de acesso ao sul do Líbano. O governo dos Estados Unidos vendeu uma frota de 102 modelos F-16I para Israel por US$ 4,5 bilhões. Os supersônicos, que voam a 2.100 km/hora, ganharam sistemas eletrônicos digitais, autonomia de 1.500 km sem reabastecimento e podem levar 9 toneladas de cargas de ataque. (AE)
EUA e França aceitam rever proposta de paz
D
Imagens da base do grupo Hezbollah no sul do Líbano sendo destruída ontem por bombardeio israelense
O
Hezbollah resiste
Exército israelense admitiu ontem que o Hezbollah está longe de ser derrotado, apesar da intensa ofensiva aérea, marítima e terrestre de Israel, que já dura quase um mês. "Esmagar o Hezbollah não é a mesma coisa que pedir uma pizza. Leva tempo", disse o general-debrigada Yossi Kuperwasser, numa entrevista coletiva em Jerusalém concedida um dia depois de foguetes lançados pelo Hezbollah terem matado 15 israelenses, no pior dia em termos de baixas israelenses desde o início dos combates. O general disse que Israel impôs graves prejuízos ao Hezbollah, mas que o grupo ainda possui milhares de foguetes de curto alcance e centenas de armas de alcance maior. Ele defendeu as táticas do Exército de Israel contra o Hezbollah, sugerindo que questões políticas contribuíram para que ele não tivesse um impacto mais forte contra o grupo. Kuperwasser, que já chefiou
o departamento de pesquisa da inteligência do Exército, disse que os ataques israelenses afetaram bastante a infra-estrutura do Hezbollah. Segundo ele, os israelenses mataram mais de 200 combatentes do grupo desde o início da guerra, no dia 12 de julho, quando o Hezbollah sequestrou dois soldados israelenses e matou oito. Kuperwasser também destacou os avanços do Exército na criação de uma zona de isolamento no sul do Líbano. Mas, num tom mais cauteloso que o de alguns políticos, que exaltaram os sucessos do E x é r c i t o n o L í b a n o , K uperwasser admitiu que é improvável extinguir num futuro próximo o potencial do Hezbollah de lançar foguetes contra o território israelense. "Não acabamos com o problema. Eles ainda têm foguetes, e vão usá-los", disse ele. Autoridades israelenses chegaram a dizer que até 80% dos mísseis de maior alcance do Hezbollah haviam sido destruídos.
Diplomatas ocidentais acreditam que a estimativa seja exagerada, e Kuperwasser tentou evitar números exatos, dizendo apenas que os foguetes de maior alcance e seus lançadores foram atingidos num nível que o Hezbollah não considerava possível. O general reconheceu que as Forças Armadas não estavam totalmente preparadas para a guerra no Líbano, mas negou que elas tenham subestimado a capacidade do Hezbollah. Ele deixou claro, porém, que as semanas de combates contra os guerrilheiros revelaram um inimigo poderoso, que descreveu como bem treinado, organizado e equipado com foguetes iranianos e sírios. A capacidade do Hezbollah de provocar baixas nas forças israelenses e de manter os ataques com foguetes obteve a admiração de muita gente no mundo árabe. Os israelenses afirmam que o grupo usa civis libaneses como escudo. (Reuters)
iante das fortes críticas dos países árabes, Estados Unidos e França concordaram em estudar mudanças no esboço de resolução que pretendem enviar esta semana ao Conselho de Segurança da ONU, para pôr fim ao conflito entre o Hezbollah e Israel. A decisão foi tomada depois que uma reunião de chanceleres da Liga Árabe, em Beirute, rejeitou ontem, por unanimidade, a proposta franco-americana porque permite a permanência dos 10 mil soldados israelenses no sul libanês. A resolução não pede a retirada, deixando a questão para depois do envio de uma força internacional ao Líbano, a ser aprovada em uma segunda resolução A Liga Árabe também quer o cessar-fogo imediato. "Vou trabalhar para melhorar o texto", disse o embaixador francês na ONU, Jean-Marc de la Sabliére. O governo israelense, que está satisfeito com o esboço da resolução, reagiu dizendo que se a resolução não for logo aprovada, enviará mais tropas ao sul do Líbano e estenderá o alcance da ocupação. O presidente americano, George W. Bush, sugeriu que as tropas israelenses devem permanecer no sul do Líbano até a chegada de uma força internacional e pediu a votação urgente da resolução, mas é improvável que isso ocorra hoje. Na abertura da reunião da Liga, o primeiro-ministro do Líbano, Fuad Siniora, fez um discurso emocionado pedindo um cessar-fogo rápido e não conteve as lágrimas ao falar do sofrimento dos libaneses. Acusou Israel de ter matado ontem 40 pessoas num bombardeio deliberado contra a cidade de Hula. Depois, Siniora retificou a informação, citando uma morte. Mais tarde, observadores da ONU informaram que cinco pessoas morreram no ataque em Hula. (AE)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 8 de agosto de 2006
1
Informática O comércio
O comércio eletrônico no Brasil deve superar R$ 4 bilhões neste ano
80%
que cresceu
Faturamento salta de R$ 974 mi para R$ 1,750 bi. Razões: o aumento no número de e-consumidores e a elevação das compras efetuadas por quem já consome via web Por Rachel Melamet comércio eletrônico nacional faturou R$ 1,750 bilhão nos primeiros seis meses de 2006, um crescimento de 79% em relação aos R$ 974 milhões registrados no primeiro semestre de 2005, de acordo com o relat ó r i o We b Shoppers elaborado pela e-bit, empresa de pesquis a e m a r k eting online, com o apoio da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net). Entre os principais fatores que influenciaram a alta estão o aumento do número de econsumidores, uma maior freqüência de compras por aqueles que já eram clientes do ecommerce e a entrada nesse
mercado de grandes empresas que apostaram na web para comercializar seus produtos e serviços. O aumento no nível de emprego, o controle da inflação e a melhoria na renda do brasileiro nos últimos três anos teriam sido os principais motivos para o bom desempenho das vendas online, segundo o estudo. Previsão: mais de R$ 4 bi – "O valor superou a previsão inicial da e-bit para o setor, que era de cerca de R$ 1,5 bilhão. Se o a n o c o n t inuar assim, devemos sup e r a r t a mbém a previsão para o fechamento do ano, que era de R$ 3,9 bilhões, ultrapassar a casa dos 4 bilhões de reais", afirma Pedro Guasti, diretor geral da e-bit. De acordo com o executivo,
Divulgação
A separadora espanhola Mostoles: classificação automática de pelo menos 80% dos 700 mil itens vendidos pela loja eletrônica.
O novo sistema vai classificar mercadorias e agilizar o atendimento dos milhares de clientes
Submarino automatiza mais oupas, CDs, DVDs, livros, eletroeletrônicos, artigos de cama, mesa e banho, games, papelaria, informática, vinhos. Na loja eletrônica Submarino são mais de 700 mil itens em 25 categorias. Para que o pedido chegue ao destino, a automatização será ainda maior. No centro de distribuição recém-inaugurado em Osasco, começa a ser instalada uma solução de alta velocidade para separar pedidos. Segundo o diretor de Operações e Logística do Submarino, Armando Marquesan, cresceu a base de clientes ativos em 47% no 2º trimestre em relação ao mesmo período de 2005. "Investimos R$ 4 milhões no novo picking (separação por itens) para acelerar a classificação e com a mercadoria entregue de forma mais rápida". Marquesan diz que, por enquanto, nada muda nos prazos de entrega (dois dias úteis, para regiões fora de SP). Mas até o Natal de 2007, será ampliada a capacidade de atendimento. "E a produtividade", diz ele. Antes, a separação dos pedi-
dos era manual. Agora o sistema da espanhola Mostoles, de logística interna, fará a classificação automática. Pelo menos 80% dos 700 mil itens serão beneficiados: os de vendas pulverizadas (CDs, DVDs, games etc.). Os outros 20% são grandes: eletrodomésticos e equipamentos de informática. Daniel Mayo, diretor da Linx Logística, que representa o grupo espanhol no Brasil, lembra que normalmente se duas pessoas compram o mesmo CD, o funcionário vai duas vezes ao estoque. "Com o novo sistema, vão uma única vez à mesma posição do estoque e retiram a quantidade para um conjunto de pedidos. As mercadorias vão para esteiras e a máquina classificadora os separa para empacotamento e entrega."Tudo é controlado por um software de gerenciamento", diz ele. Mayo observa que esse nível de automação além de atender ao crescimento do Submarino e reduzir custos, inibe possíveis erros. Evita que alguém receba um CD de Maria Rita quando queria Zeca Pagodinho. Bárbara Oliveira
o investimento de empresas como a livraria e revendedora de eletroeletrônicos e de informática FNAC – que investiu fortemente nas vendas pela internet – e a entrada das Casas Pernambucanas, que inaugurou seu site em junho passado, aumentam a confiança dos consumidores da web, por serem marcas conhecidas e confiáveis no comércio tradicional, e aumentam a penetração das lojas virtuais. "Números divulgados pela Credicard Itaú mostram que a expectativa da empresa é de que as vendas pagas com cartão de crédito pela internet cresçam cerca de 65% em 2006. Se considerarmos que mais ou menos 80% das compras são pagas com o dinheiro de plástico,
em um único semestre
isso revela que esse é um setor que gera grande movimento e resultados não só para os varejistas, mas também para empresas de cartão, bancos etc", explica Pedro Guasti. Classe C e mulheres – Segundo os dados da 14ª edição do W e b S h o ppers, relatório que traça o panorama do e-commerce nacional desde 2000, o crescimento do setor superou o patamar projetado porque já começa a conquistar parcelas da população da classe C. Em junho de 2001, por exemplo, consumidores com renda familiar até R$ 1.000 representavam 6% das vendas online, enquanto clientes com renda entre R$ 1.000 e R$ 3.000 eram cerca de 32%. Em 2006, esses percentuais subiram para 8% e
37% respectivamente. Na outra ponta, cerca de 10% das compras eram feitas por pessoas com renda familiar acima de R$ 8.000. Em 2006, o percentual caiu para 8%. " S e f i z e rmos um cálculo da renda média do econ sumid or, co nst atam os que em 2001, os adeptos das compras virtuais tinham renda familiar de R$ 4.014. Já em 2006, esse valor caiu para cerca de R$ 3.683", explica Guasti. As mulheres também aumentaram sua participação no e-commerce em três pontos percentuais, e hoje são responsáveis por 44% de todas as compras via web feitas por nada menos que 5,750 milhões de cyber consumidores – no primeiro semestre de 2005 eles eram 4 milhões.
8
Nacional Empresas Agronegócio Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
EUA IMPORTAM 50% DO QUE COMEM
terça-feira, 8 de agosto de 2006
5
sabores podem ganhar o paladar internacional: o da Amazônia e os do Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul
Andrea Felizolla/LUZ
NOVO IMPULSO AO AGRONEGÓCIO E AO TURISMO
Brasil acusa Paraguai de esconder aftosa
O
Empresário quer ampliar mercado para produtos alimentícios do Brasil e da AL
P
acotes para evitar a valorização do real e recursos para tapar buracos na dívida agrícola são medidas apenas paliativas, segundo avaliação do empresário Ricardo Santos Neto, presidente do Instituto Mercadológico das Américas (IMA). "Da terra à mesa, cidade empresa" é, para ele, o conceito-chave capaz de dar um novo impulso para o agronegócio brasileiro e para o turismo interno. O português Santos Neto é também o criador e chairman da Fispal, empresa responsável pela criação das duas maiores feiras do setor de alimentos e bebidas da América Latina (Fispal Tecnologia e Fispal Food Service), e atua desde o início da década de 1980 no setor. Hoje, além das duas feiras realizadas em São Paulo, sua empresa faz também a Fispal Nordeste (em Recife, em novembro) e a Fispal Latino (em Miami, em maio). Essa última é a ponta-de-lança de uma estratégia internacional, na qual também se integra o IMA, cujo objetivo é ampliar o mercado para produtos alimentícios do Brasil e da América Latina. Vocações – "Temos um pro-
jeto para as principais vocações do Brasil", explica Santos Neto. Vão ajudar a cumprir essa meta os sabores brasileiros e latinos e a moda "made in Brazil". Ele critica a insistência nacional em exportar produtos ao natural. "O Brasil planta e colhe safras fantásticas, mas os preços flutuam ao sabor dos mercados internacionais, daí a necessidade de investir na industrialização, agregando valor e obtendo maior estabilidade de preços", observa. Falta um projeto de inteligência para a produção que tenha a dimensão do País. "Isso fará com que o produtor fique no seu habitat, não migre para as cidades, evitando problemas sociais", argumenta. Mas, para isso, é preciso criar o conceito novo de cidade-empresa. "A cada região sua vocação; e os produtos terão valor agregado, articulando a produção com um parque industrial de alimentos", explica. Depois, a tarefa é fazer um condomínio dessas cidades, cada qual com uma determinada especialidade. O presidente do IMA dá exemplos que podem aumentar em mais de 40% o valor do produto in natura: em vez de vender as-
pargos, creme de aspargos; ao invés de vender hortifrútis, saladas de altíssima qualidade no conceito "fast food". Há dezenas de outras "receitas" que podem se valer dos temperos brasileiros do Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste para abastecer mercados específicos, latinos, norte-americano e asiático, entre outros. Essas áreas vocacionais nacionais, argumenta Ricardo Santos Neto, têm à disposição mais de 5 mil municípios do Brasil. "E esses condomínios vão levar riquezas, inteligência, educação, saúde, etc", diz. O IMA, acrescenta, tem trabalhado em cima disso, mostrando a investidores o enorme poder que a agroindústria pode ter. "Os Estados Unidos importam 50% do que comem; a França compra 15%; a Itália, 40%; e por aí vai", diz. Nichos – Enquanto isso, fica mais caro e difícil cultivar a terra nos países desenvolvidos. Mas, para ganhar esses mercados, e explorar seus nichos étnicos, é preciso competência, que vai desde a estratégia de produção integrada, logística de distribuição, design de embalagens, sabores, condimentos e qualidade, adverte o pre-
Santos Neto diz que os sabores brasileiros vão ajudar a cumprir a meta
sidente do IMA, que vem estudando essa cadeia produtiva há sete anos e descobriu pelo menos cinco sabores básicos no Brasil, que podem conquistar o paladar internacional – o amazônico e os do Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. "Eles podem criar produtos com sabores inimitáveis, com alto valor agregado", afirma. O IMA, há um ano e meio nos EUA e desde abril deste ano no Brasil, esclarece Santos
Neto, estuda, avalia e incentiva essas novas inteligências que buscam soluções para dar qualidade à agroindústria local. "Não é um projeto político", adianta, "mas um projeto de mercado focado sempre nas vocações, porque o Brasil e a América Latina têm água, grandes riquezas agrícolas e pecuárias". "Mas é preciso agregar valor, sem o que não mudaremos nada", resume.
Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (Senacsa) do Paraguai não coletou materiais para análises dos 16 bois sacrificados na semana passada na Fazenda Dos Marías, situada entre os municípios São Pedro e Canindeyúe, a menos de 30 quilômetros da fronteira com Mato Grosso do Sul. "É um comportamento muito perigoso", afirmou o superintendente regional do Ministério da Agricultura, José Antônio Felício, acrescentando que os sintomas tinham as características de febre aftosa. Entretanto, a Senacsa afirmou tratar-se de "pietiun" ou "pie de bufón", doenças que não causam mal à saúde no caso de consumo humano da carne. "Ainda que a carne deles não represente perigo, isso tudo é mentira do Paraguai para esconder o que realmente ocorre no país, que está tomado pela aftosa", ressaltou o diretor-presidente da Agência Estadual de Defesa Sanitária e Animal de Mato Grosso do Sul, João Cavalléro. "Não podemos entrar no Paraguai para controlar a aftosa. O jeito é fechar a fronteira para o gado paraguaio e manter vigilância diuturna." (AE)
Sergio Leopoldo Rodrigues
José Maria Tomazela/AE
Programas de subsídios norte-americanos continuam causando prejuízo ao algodão brasileiro
Algodão: governo pede avaliação sobre corte de subsídios dos EUA
O
Ministério das Relações Exteriores (MRE) instruirá a Delegação Permanente do Brasil em Genebra, na Suíça, para que solicite ao Órgão de Solução de Controvérsias (OSC) da Organização Mundial do Comércio (OMC), na próxima reunião, em 1º de setembro, a constituição de painel de implementação, para avaliar se os Estados Unidos cumpriram com as decisões da OMC no que diz respeito ao contencioso sobre subsídios ao algodão. Hoje, o MRE comunicará essa posição aos ministros que fazem parte da Câmara de Comércio Exterior (Camex). No dia 1º de agosto, os Estados Unidos revogaram os subsídios concedidos dentro
do chamado "Step 2". Em nota, o MRE reconheceu a decisão americana e considerou um "passo positivo em direção ao cumprimento das decisões adotadas pelo OSC e constitui medida tendente a reduzir as graves distorções existentes no comércio agrícola mundial". Programas – A revogação do "Step 2", no entanto, é considerada insuficiente, tanto pelos produtores nacionais como pelo governo. Quando o Órgão de Solução de Controvérsias deu parecer favorável ao Brasil na questão dos subsídios, determinou que os programas "Marketing Loan", "Step 2", "Market Loss Assistance" e "Counter-Cyclical Payments" fossem retirados por causar prejuízos ao Brasil. Apesar da determi-
nação da OMC, apenas um programa foi revogado pelos EUA até o momento. O "Marketing Loan Program" garante aos produtores renda de US$ 0,52 por libra-peso da produção de algodão. Se os preços ficarem abaixo disso, o governo norte-americano completa a diferença. É o mais importante subsídio doméstico concedido ao algodão. O "Step 2" garante pagamentos feitos a exportadores e a consumidores (indústria têxtil) norte-americanos de algodão para cobrir a diferença entre os preços domésticos do produto, mais altos, e os preços no mercado mundial, aumentando dessa forma a competitividade do algodão produzido nos Estados Unidos. (AE)
Gripe aviária continua a matar
que causam a gripe aviária. É o primeiro caso de gripe encontrado no país nos últimos três meses. O pássaro foi encontrado ontem no zoológico. Um laboratório federal confirmou a contaminação pelo vírus H5N1. O cisne nasceu e foi
criado no próprio zôo. Na Tailândia, um homem de 27 anos morreu em decorrência da gripe, informou ontem o Ministério da Saúde. Trata-se do segundo caso mortífero da doença no país asiático neste ano. (AE)
U
m cisne encontrado morto no Zoológico de Dresden, na Alemanha, foi diagnosticado com o vírus H5N1, o mais letal dentre os
e-comércio cresce 80% num semestre Salta de R$ 974 milhões para R$ 1,750 bilhão. Razões: aumento de e-consumidores e de compras feitas por quem faz negócios via web. Informática Ano 81 - Nº 22.186
São Paulo, terça-feira 8 de agosto de 2006
R$ 0,60
Jornal do empreendedor
Bradesco lucra R$ 3,1 bilhões
Edição concluída às 23h45
E6 w w w. d co m e rc i o. co m . b r
Bombas, fogo, ironia
Evelson de Freitas/AE
B
andidos ligados ao PCC, facção que domina os presídios de SP, voltaram a atacar na madrugada de ontem. Foram, pelo menos, 78 atentados, 93 alvos atingidos, bombas em supermercados e edifícios públicos, 30 ônibus incendiados na Grande São Paulo, 15 só na Capital (foto), dois suspeitos mortos em confrontos com a polícia e 12 presos, além de quatro civis e um vigilante de banco feridos. O Ministério Público Estadual previa novas ações durante o Dia dos Pais, em represália à possibilidade de ser negado indulto no próximo fim de semana. Mas o indulto foi confirmado. A PM garante que estará hoje nas ruas da cidade com força total. C 1 e C 2
Epitácio Pessoa/AE
Secretário desafia ministro
Lembo e Saulo: cobranças
Leonardo Rodrigues/Hype
Lingeries: muito além das rendas Salão mostra as novas tendências em 60 marcas. E 3 HOJE Sol Máxima 29º C. Mínima 12º C.
AMANHÃ Sol Máxima 29º C. Mínima 11º C.
Saulo de Castro, secretário da Segurança de Cláudio Lembo: "Verba para presídios, prometida pelo ministro Thomaz Bastos, da Justiça, não virá. Se vier, entrego o cargo. Senão, ele entrega o dele". Página 8 IDF/AFP
Mais um dia de sangue no Líbano Bombas de Israel matam 55. E base do Hezbollah (foto) é destruída. C 4
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 8 de agosto de 2006
1
132
bilhões de dólares é o montante previsto para as exportações este ano, segundo o ministro Luiz Fernando Furlan
A SOMA DAS VENDAS EXTERNAS E COMPRAS DO PAÍS DEVERÁ ALCANÇAR US$ 220 BILHÕES ESTE ANO
CORRENTE COMERCIAL É RECORDE
O
ministro d o D ese nv olv ime nt o, I n d ú s t r i a e C omércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, afirmou ontem, durante palestra em São Paulo, que a corrente de comercial brasileira deve alcançar ou ultrapassar os US$ 220 bilhões em 2006. De acordo com Furlan, o número é duas vezes superior ao registrado em 2002, antes do início da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando o volume total de exportações mais importações chegou a US$ 107 bilhões. A projeção do Ministério é de que as exportações atingirão US$ 132 bilhões neste ano e as importações somarão US$ 88 bilhões. "Imaginamos que a balança comercial do Brasil ficará superavitária, talvez não nos US$ 45 bilhões de hoje, o que não é necessário, mas certamente na casa das dezenas de bilhões de dólares", afirmou Furlan, ressaltando, entretanto, que o Ministério prevê uma alta contínua das exportações. Durante a palestra feita durante almoço promovido pela Associação Brasileira de Exportadores e Importadores de
Paulo Pampolin/Digna Imagem
Evelson de Freitas/AE
Luiz Fernando Furlan: México vai ingressar no Mercosul em um ano
Alimentos e Bebidas, o ministro ressaltou que o Brasil hoje participa com 1,2% do total de insumos comercializados no globo, percentual que para ele deve continuar crescendo, haja vista os acordos comerciais que o Brasil tem fechado ao redor do mundo. Ele ainda destacou que o ingresso do México no Mercosul, fato acertado na última visita do presidente mexicano Vicente Fox ao Brasil, deve ocorrer nos próximos 12 meses. Ainda de acordo com Furlan, os acertos com Peru, Colômbia e as outra nações do
Cone Sul têm progredido, e hoje o comércio brasileiro com os países latino-americanos já supera o registrado entre o Brasil e a Europa e também com os Estados Unidos. Furlan previu ainda que o País terá superávit comercial de US$ 42 bilhões neste ano. "Como estão crescendo as importações, nós achamos que elas vão chegar a US$ 90 bilhões, um pouco mais, um pouco menos", afirmou. O mercado estima superávit comercial de US$ 40 bilhões em 2006, segundo pesquisa do Banco Central. (AE)
PERIGO
As compras de aeronaves e peças influenciaram a alta das importações na primeira semana de agosto
Em apenas quatro dias, superávit de US$ 653 milhões
A
balança comercial na primeira semana de agosto, que teve apenas quatro dias úteis, alcançou superávit de US$ 653 milhões, resultado de exportações no valor de US$ 2,385 bilhões e de importações de US$ 1,732 bilhão. A média diária das importações foi recorde semanal, com US$ 433 milhões. O melhor resultado alcançado neste ano era o da segunda semana de julho, de US$ 412,6 milhões. A média diária das exportações na primeira semana de agosto foi de cerca de US$ 596,3 milhões. Nos primeiros dias deste
mês, foi mantido o ritmo de crescimento das compras, maior que o das vendas. Enquanto a média diária das exportações cresceu 20,9% em relação a agosto do ano passado, as importações cresceram cerca de 29,4% no mesmo período de comparação. O crescimento das exportações foi sustentado pelas vendas de manufaturados e semimanufaturados, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. As exportações de básicos recuaram 2% em relação a agosto do ano passado por conta da queda nas ven-
das de petróleo em bruto, minérios de alumínio, carne de peru e café em grão. Importações – Por outro lado, os embarques de semimanufaturados cresceram 53, 6% e os de manufaturados, 30,5%. O aumento das importações foi puxado pelas compras, principalmente, de adubos e fertilizantes, aeronaves e peças, combustíveis e lubrificantes, farmacêuticos e siderúrgicos. O superávit acumulado da balança neste ano totaliza US$ 25,823 bilhões. As exportações somam US$ 76,907 bilhões e as importações, US$ 51,084 bilhões. (AE)
dos alertas para não consumar uma relação que, por enquanto, está nos flertes, o governo uruguaio continuou em sua política de se aproximar dos EUA. Nesta semana, Eissenstat se reunirá também com os integrantes da equipe econômica uruguaia em Montevidéu. No último fim de semana, o ministro da Economia do Uruguai, o moderado Danilo Astori, defensor das negociações com os EUA, afirmou que espera definir as bases de um "amplo acordo comercial". O próprio Vázquez, na última sexta-feira, sustentou que o governo uruguaio "trabalhará para conseguir em outras partes do mundo aquilo que não consegue no Mercosul." Mas os sindicatos, grupos de esquerda e estudantes pretendem impedir o avanço das negociações com uma série de protestos nesta semana. Guerra – De forma paralela às negociações com os EUA, avança a "Guerra da Celulose"
com a Argentina, cujo pivô é a construção de duas megafábricas de celulose no município uruguaio de Fray Bentos, região que fica na fronteira entre os dois países. Os argentinos, especialmente os que residem na fronteira, opõem-se enfaticamente às fábricas, alegando que elas causarão um "apocalipse" ambiental. Os habitantes de Gualeguaychú, a maior cidade argentina na região da fronteira, exigem a suspensão das obras. Os uruguaios afirmam que as obras continuarão, já que as fábricas são cruciais para a recuperação econômica do país. Caso o Uruguai não ceda, os argentinos prometem realizar um boicote contra o país vizinho no verão. Entre dezembro e março passado, os gualeguaychneses bloquearam duas das três pontes que ligam os dois países, impedindo o tráfego de mercadorias e turistas, fato que asfixiou a economia do Uruguai. (AE)
País pode ser excluído de sistema de isenção norte-americano URUGUAI FLERTA COM OS EUA
O
Brasil corre o risco de ser excluído do sistema estabelecido pelos Estados Unidos que dá isenção de tarifas para a importação de certos produtos. Ontem, Washington informou que está iniciando pela primeira vez em 20 anos a revisão de sua política de preferências e, uma das opções que está em estudo na Casa Branca, seria a exclusão do País do sistema. Cerca de 20% do que o Brasil exporta para os Estados Unidos entram no mercado norte-americano graças às preferências. O programa, conhecido como Sistema Generalizado de Preferências (SGP), foi criado em 1974. Atualmente, 133 países em desenvolvimento e 3,4 mil produtos se beneficiam de alguma forma do mecanismo. Mas o programa termina no final do ano e a Casa Branca já anunciou que tem a intenção de pedir ao Congresso sua renovação. A revisão começa com uma etapa em que empresas, governos e parlamentares
podem fazer comentários em relação à manutenção das preferências até o dia 5 de setembro. Atualmente, para fazer parte, os países precisam estar dentro de certos critérios: nível de desenvolvimento, aumento de exportações e competitividade no mercado global e norte-americano. Países pobres – O problema é que, entre 2004 e 2005, as importações que entraram nos Estados Unidos beneficiadas pelo SGP aumentaram 18%, somando US$ 26,7 bilhões. Os críticos do programa apontam que poucos países estão se utilizando do sistema. Os mais pobres continuam fora do mercado americano. Diante do crescente déficit comercial dos Estados Unidos e das críticas, o Congresso só autorizaria uma extensão do programa por mais cinco anos se algumas revisões fossem feitas. "Acreditamos que seja importante que esse programa seja autorizado novamente pelo Congresso. O objetivo é que
mais países se beneficiem das vantagens", disse Susan Schwab, representante de Comércio dos Estados Unidos. O governo americano avalia agora a possibilidade de excluir países do sistema por dois motivos. O primeiro deles é que as exportações para os Estados Unidos, dentro do programa, superem a marca dos US$ 100 milhões por ano e os países sejam classificados pelo Banco Mundial como economias de renda média. Outro critério seria o de que os países excluídos sejam aqueles que representam mais de 0,25% das exportações mundiais, segundo dados da Organização Mundial do Comércio (OMC). Os países que entrariam nessa classificação são Brasil, Argentina, Índia, Rússia, África do Sul, Venezuela, Tailândia e Turquia. R an ki n g – No último ranking divulgado pela OMC, o Brasil representa 1% das exportações e ocupa a 23ª posição entre os principais parceiros comerciais. (AE)
O
governo do presidente uruguaio, Tabaré Vázquez, começa nesta semana uma nova etapa na aproximação com o governo dos Estados Unidos, com a intenção de negociar um eventual acordo de livre comércio com esse país. Amanhã, Vázquez se reunirá com o responsável pelo desenvolvimento do comércio dos EUA no continente, Everett Eissenstat, que estará em Montevidéu para participar da reunião do Conselho das Américas. A presença de Eissenstat coincide com um aumento da tensão do Uruguai com a Argentina por causa da "Guerra da Celulose", além da insatisfação das classes política e empresarial uruguaias com o Mercosul. No entanto, nos últimos meses, o Brasil e a Argentina já deixaram claro que o país do Mercosul que assinar um acordo com um terceiro não poderá permanecer como sócio pleno do bloco do Cone Sul. Apesar
2
Comércio Logística Ameaça Biometria
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 8 de agosto de 2006
Em 2005, o número de usuários de comércio eletrônico cresceu 30% e o faturamento 50%
QUALQUER INTERNAUTA PODE SER ATACADO
Crime eletrônico multicanal Além das fraudes na internet e via celular, ladrões de cartões reais informam-se na web para atuar Por Vanderlei Campos
Divulgação
Francimara: as pessoas se expõem no Orkut e fraudadores têm mais acesso a informações.
Divulgação
Otávio Luís Arthur: o uso de meios digitais ajuda criminosos e dificulta o rastreamento.
Phishing por telefone egundo nota do portal da Módulo Security, os ataques por phishing (simulação de sites de
Rede High Tech Burrito, da Califórnia, faz parte de 2.100 lojas que usam o sistema de reconhecimento digital em 44 Estados nos EUA
elinqüentes especializados em roubo ou clonagem de cartões, autores de vírus, funcionários desonestos e outros marginais usam as comunidades online para se organizar e obt e r i n f o r m ações pessoais sobre as suas vítimas. O crime organizado no mundo das transações por canais eletrônicos – terminais de ponto-devenda, internet e agora os celulares – estabeleceu uma cadeia de valor estruturada, com cargos como carders (que roubam cartões), receptadores, carteiros (não os fu nci on ári os dos Correios, m a s l a d rõ e s de cartões r e a i s ) , h ackers, spammers, laranjas e outras "especializ ações". Nesse contexto, a internet é uma arma importante para as quadrilhas, embora muitos crimes combinem, às vezes simultaneamente, ações dentro e fora da rede. "O uso intensivo de meios digitais para transmitir informações multiplica a capacidade dos criminosos e dificulta o
rastreamento", constata Otávio Luiz Artur, diretor do Instituto de Peritos em Tecnologias Digitais e de Telecomunicações (IPDI). Além das ações criminosas que se realizam totalmente na Internet, nos sites transacionais, a rede é também utilizada como fonte de informações e organização de quadrilhas, mesmo que o delito seja efetivado em outros canais. "No Orkut e em outros sites de organização de comunidades, há uma série de grupos de venda, compra e troca de informações úteis nas fraudes", diz Artur. "Em um dos casos, há uma advertência sobre um mau pagador. É estranho ver um fraudador denunciando o caloteiro. Mas no submundo há essa ética", ironiza. Os sites de comunidades, blogs e salas de bate-papo são também uma importante fonte de informação para criminosos. Por exemplo, uma fraude pode começar com uma carteira roubada com um cartão de banco, uma foto do filho e um cartão de visitas indicando que a pessoa usa a internet. Nada mais natural do que buscar a data de aniversário do filho na web, com uma razoável chance de acertar a senha. Segundo Artur, o roubo de identidade é o objetivo de pelo menos 40% dos vírus listados no último ano. Ele informa que o índice de reclamações no Brasil é de 9%, um número inferior aos 17% registrados nos Estados Unidos. "No topo da lista de pontos com mais tentativas de ataque estão os canais de comunica-
ção, os servidores de Internet usem nem compartilhe o combank ou e-commerce, e as ba- putador de seus filhos", recoses de dados cadastrais. O menda a especialista. O advogado Renato Ópice fraudador busca nesses cadastros informações pessoais que Blum, especialista em Direito podem ser pedidas pelos me- Digital, informa que os gestores do Orkut canismos de autêm sido prestatenticação dos tivos e rápidos sistemas (como quando atividata de nascidades no site mento em uma são envolvidas transação de em investigadébito)", menções ou procesc i o n a A r t u r. sos judiciais. "Um grande Segurança é problema é o é o índice de gargalo em ed e s c o n h e c imento do valor reclamações sobre o c o m m e r c e – d a s i n f o r m aroubo de identidade Dos 45 milhões de internautas ç õ e s . A s p e sno Brasil no Brasil atualsoas se expõem mente, 26 mino Orkut ou em lhões usam Inblogs. Mesmo que um fraudador não ache ternet bank e cinco milhões nesses sites os dados de que fazem compras em sites de precisa, pelo menos conhece os comércio eletrônico. "Há uma percepção equivointeresses e as vulnerabilidades emocionais, que tornam as cada dos riscos de passar o nútentativas de golpe muito mais mero do cartão de crédito pela precisas", acrescenta Franci- Internet. Nos grandes varejos, mara Viotti, gerente-executiva todavia, o índice de fraudes é do Banco do Brasil e coordena- menor do que 0,4% das transadora do Grupo Técnico de Cer- ções", informa Gastão Mattos, consultor da Câmara Brasileitificação Digital da Febraban. Francimara é também mãe ra de Comércio Eletrônico e do de dois adolescentes e admite a Movimento pela Internet Sedificuldade de convencê-los a gura (MIS). Em 2005, o número ter cuidado com a exposição de de usuários de comércio eleinformações pessoais. "Argu- trônico cresceu 30% e o faturamentei que alguém que não mento 50%. "A partir de expegostasse deles poderia usar coi- riências bem-sucedidas, a tensas do blog ou do Orkut para dência é o usuário deslocar caque pagassem um mico. Tive da vez mais seu consumo para que usar um temor que lhes seja as lojas online", deduz. POSs novos reforçam segurelevante", conta. Para quem usa aplicações mais críticas da rança –As Redecard e a Visaweb, como Internet bank, é im- net, maiores credenciadoras praticável a convivência em es- de cartões do mercado, implepaços virtuais inseguros. "Não mentam em conjunto o PSI
bancos para que a própria vítima digite as informações) já não atingem apenas os usuários de Internet. Os EUA registraram o primeiro caso do conto do vigário pela rede telefônica. O novo
golpe, ao invés de vir em email falso, chega como mensagem de voz com uma unidade de URA (unidade de resposta audível), para capturar informações de correntistas. A vítima foi o banco Santa
Barbara Trust, cujos correntistas receberam chamada com o assunto "Mensagem 156984 Confirmação dos Detalhes do Cliente". A gravação pedia informações sobre o número da conta e avisava
9%
que "depois de três tentativas de acessar sem sucesso, o Perfil Online no banco Santa Barbara Bank & Trust foi bloqueado. Isto foi feito para a segurança de suas contas e proteção de informações particulares. O
(Programa de Segurança da Informação), que, além das questões tecnológicas, inclui campanhas de comunicação e treinamento para os estabelecimentos ajudarem na prevenção a fraudes. "O nome do jogo é parceria. Nesse assunto (de segurança) o concorrente é o fraudador e precisamos trocar informações e experiências para ganhar a briga", afirma Antônio Luiz Rios da Silva, presidente da Visanet. "A fraude é como um colchão de água – se há pressão em uma parte, incha em outra. Temos que nos articular para apertar todos os p o n t o s j u n t o s " , c o n c o rd a Eduardo Daghum, que é o diretor de controle e prevenção da Redecard. Índice – Segundo Rios da Silva, o índice de fraudes no Brasil fica bem abaixo da média mundial, devido, principalmente, ao fato de o parque de terminais ser mais atualizado. "Nos últimos 30 meses, as credenciadoras investiram R$ 700 mil só em POSs. Apenas no primeiro semestre de 2006, 192 mil novos POSs foram instalados, parte para novos estabelecimentos credenciados, mas a maioria para substituir tecnologias mais antigas", conta o executivo da Visanet. "Todos os terminais instalados nos últimos 12 meses só são comprados se seguirem os novos requisitos de segurança. Os mais antigos são deslocados para estabelecimentos com menores volumes de valores movimentados", descreve Daghum, da Redecard. banco Santa Barbara Bank & Trust está comprometido em garantir a segurança de suas transações online. Ligue para este número (1-805XXX-XXXX) para verificar sua conta e sua identidade." (VC)
Divulgação
Identificação biométrica: forte tendência no varejo mundial. Por Sergio Kulpas m países como os Estados Unidos, Alemanha e Japão, as tecnologias de pagamento por identificação biométrica (por impressão digital ou imagem de retina) estão começando a ganhar espaço na hora da compra, devido à sua praticidade e confiabilidade. Na Califórnia, a rede High Tech Burrito faz sucesso entre estudantes universitários justamente pela facilidade de pagar sem dinheiro, cheque ou cartão: basta uma impressão digital. A rede faz parte das 2.100 lojas em 44 estados dos EUA que usam os sistemas de reconhecimento de digitais da Pay By Touch, a empresa de maior sucesso na área de reconhecimento biométrico no varejo. O sucesso da Pay By Touch reflete a crescente aceitação dos consumidores em relação a esse tipo de tecnologia, apesar das críticas a respeito da invasão de privacidade -- comuns a uma série de novas tecnologias atualmente em teste no comércio mundial. John Morris, executivo da Pay By Touch, disse que pagar com cartões está se tornando antiquado. Ele observa que as pessoas aprovam mudanças que aumentem a conveniência na hora da compra, diminuindo o tempo nas filas.
Morris disse que ao passar um cheque, o consumidor tem suas informações expostas para várias pessoas antes do dinheiro ser descontado da conta. Com a verificação biométrica, disse ele, essa circulação de dados pessoais é muito reduzida. As pessoas que se cadastram no sistema da Pay By Touch deixam dois dedos serem escaneados -- geralmente os indicadores. As informações são inseridas em um computador, que registra os padrões de curvas e linhas que tornam única cada impressão digital. As informações são arquivadas em um banco de dados de alta segurança da IBM. A Pay By Touch contrata "hackers do bem" para garantir que a segurança do banco de dados não pode ser violada com facilidade. Morris disse que a empresa nunca venderá essas informações para qualquer outra empresa ou grupo. Segundo o executivo, a Pay By Touch criou um sistema exclusivo, com a ajuda de empresas seguras, como o Bank of America, IBM e Accenture. Morris acredita que os consumidores confiam no sistema da Pay By Touch devido à segurança que ele inspira. Para aqueles interessados em detalhes mórbidos, o leitor de impressões digitais da Pay
Com o toque dos dedos, consumidores efetuam compras e evitam perda de tempo nas filas
By Touch leva em consideração a temperatura e a umidade da pele da pessoa. Ou seja, um dedo morto não vai funcionar na máquina. Curiosamente, a falsificação mais bem-sucedida de um dedo é feita com balas de goma -- o doce tem a textura e a umidade mais aproximada da pele humana. Massa de modelar e supercola também foram usados para enganar as máquinas de leitura. Morris diz que essas falsificações se tornam mais difíceis porque as máquinas não foram criadas para funcionarem sozinhas -- há sempre um caixa ou supervisor atento a esse tipo de truque. Até os críticos da identificação biométrica reconhecem que a Pay By Touch acertou ao optar por impressões digitais, em vez
de identificação de voz, retina ou face. A identificação de digitais tem a tecnologia mais evoluída e menos sujeita a erros. Atualmente são 2,4 milhões de consumidores nos Estados Unidos com digitais cadastradas no banco de dados da Pay By Touch. Esse número está crescendo rapidamente, com dezenas de milhares de novos consumidores a cada mês, segundo Morris. Além dos jovens, o serviço tem se mostrado muito popular entre idosos (porque não precisam digitar senhas ou preencher formulários) e entre beneficiados por programas de auxílio governamental (porque podem evitar o embaraço de exibir cartões de participação desses programas). sergiokulpas@gmail.com
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 8 de agosto de 2006
Ernesto Rodrigues/AE
1 Mais informações sobre os últimos ataques do PCC na Capital e no Interior de São Paulo no site www.dcomercio.com.br
Duas viaturas do Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado (Deic) foram incendiadas pelo PCC na madrugada de ontem em um estacionamento localizado em frente à instituição policial
TERROR: TERCEIRA ONDA A facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) realizou nova onda de atentados terroristas em São Paulo, com pelo menos 78 ataques. Bombas atingiram os prédios do Ministério Público Estadual e da Secretaria da Fazenda. Ônibus foram incendiados. Quatro civis ficaram feridos. Dois supostos bandidos foram mortos.
B
andidos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que domina os presídios do Estado de São Paulo, lançaram na madrugada de ontem uma terceira onda de atentados contra alvos civis, policiais e públicos na cidade de São Paulo e em vários municípios do Interior paulista. Na Baixada Santista, três delegacias (uma em Santos, outra em Cubatão e outra no Guarujá), um banco (em Praia Grande) e uma loja de carros em Santos foram alvo de ataques. Até a noite de ontem, não havia informações suficientemente claras sobre os motivos que levaram a facção criminosa que domina os presídios paulistas a atacar novamente. De qualquer forma, o PCC assumiu os ataques, ordenados de dentro da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP). Ao mesmo tempo, a polícia paulista trabalha com a hipótese de que o grupo tinha a intenção de promover novos ataques no Dia dos Pais, como previa o Ministério Público Estadual, em represália à possibilidade de não receberem o benefício do indulto no próximo fim de semana. O indulto, contudo, foi confirmado Balanço – De acordo com balanço divulgado no final da tarde pela Secretaria de Segurança Pública, foram registrados 78 atentados, com 93 alvos atingidos. Quatro civis e um vigilante de banco ficaram feridos. Dois suspeitos de participarem dos ataques foram mortos em confrontos com a polícia e outros 12 foram presos, todos já com passagem criminal. A nova onda começou por volta das 3h, com ataques ao sistema de transporte, agências bancárias, caixas eletrônicos e postos de gasolina. Por volta das 7h15, um coquetel molotov atingiu a entrada do supermercado Extra na avenida Sargento Geraldo Santana, em Interlagos. Duas pessoas ficaram feridas com os estilhaços e foram encaminhadas ao Pronto-Socorro do Hospital Santa Maria. Bombas – Um bomba de fabricação caseira e um coquetel molotov causaram muitos estragos ao edifício sede do Ministério Público Estadual, em São Paulo, na rua Riachuelo, no Centro. O prédio da Secretaria da Fazenda, na avenida Rangel Pestana, também no Centro, foi atacado. OedifíciodoPoupatempodobairrodaLuz, região central, foi atacado com uma granada que não explodiu. O prédio da Assembléia Legislativa, no Ibirapuera, zona sul, foi evacuado no início da manhã em função de uma suspeita de bomba na entrada do edifício. O suposto explosivo chegou a ser recolhido pela polícia. Duas viaturas da Polícia Civil que estavam em um estacionamento junto do Departamento de Investigação sobre o Crime Organizado (Deic), na zona norte, foram totalmente incendiadas. Uma base da Guarda Civil Metropolitana (GCM), localizada na rua Manoel José Pereira, 300, no Campo Limpo, zona sul da cidade, foi atingida por dois tiros disparados por quatro homens que estavam em um Gol branco. Nenhum guarda ficou ferido. Transporte – Mais uma vez, o transporte público foi alvo dos incendiários. Pelo menos 30 ônibus foram incendiados na Grande São Paulo, 15 só na Capital. Quatro ônibus foram incendiados no início da noite. De acordo com o Corpo de Bombeiros, três veículos foram atacados por volta das 19h30, na rua Igarapé Serra Encantada, em Cidade Tiradentes, na zona leste. Outro veículo foi queimado no mesmo bairro, na rua Inácio Monteiro, altura do número 359. Antes disso, durante a tarde, dois ônibus haviam sido incendiados. Segundo os Bombeiros, por volta das 15h30, dois grupos agiram juntos,
Clayton de Souza/AE
Edifício onde funciona o Ministério Público Estadual, no Centro de São Paulo, danificado por duas bombas Ernesto Rodrigues/AE
Posto de gasolina atacado na marginal Tietê
José Luís da Conceição/AE
Trólebus incendiado na zona leste da capital
invadindo os veículos e retirando os passageiros, antes de atear fogo. Os atentados aconteceram na avenida Marinópolis, altura do número 100, no Jardim Presidente Dutra, Guarulhos. Pela manhã, na zona leste da cidade, empresas de ônibus paralisaram o serviço depois que um trólebus foi destruído pelo fogo. O paulistano, a exemplo do que ocorreu nos dois ataques anteriores, sofreu para voltar para suas casas. A disputa por um lugar num ônibus foi acirrada. Em Mauá, na região do ABC, cerca de sete ônibus foram incendiados. Em Santo André, pelo menos três coletivos foram atacados. Primeira onda – Entre 12 e 19 de maio, ocorreram os primeiros ataques do PCC. Foram pelo menos 307 atentados, com 82 ônibus incendiados e 17 bancos atacados. Pelo menos 166 pessoas, entre policiais, civis, detentos e suspeitos, foram mortas entre 12 e 21 de maio. Cerca de 91 suspeitos foram presos. Além disso, houve rebeliões em 73 presídios. Os ataques teriam sido motivados pela decisão do governo estadual de transferir 765 presos para a Penitenciária de Presidente Venceslau. Em 15 de maio, o pânico tomou conta dos paulistanos. Uma série de boatos, como o do toque de recolher, fez muitas pessoas saírem mais cedo do trabalho, deixando várias ruas desertas por volta das 20h. Escolas e universidades chegaram a cancelar as aulas à noite. Nos dois meses seguintes, 16 agentes penitenciários foram mortos. Segunda onda – Entre 12 e 14 de julho, aconteceu uma segunda onda de ataques, com cerca de 140 atentados. Mais agentes penitenciários e policiais foram mortos. Morreram também dois civis e três seguranças particulares. Os principais ataques ocorreram contra ônibus. Na capital, 53 ônibus e lotações foram destruídos, principalmente nas zonas norte e leste. Em 13 de julho, cerca de dois milhões de paulistanos ficaram a pé, quando as empresas de ônibus decidiram parar de circular após os ataques. Em todo o Estado, 73 ônibus foram atacados. Os alvos se tornaram civis: bancos, lojas, revendedoras de carros e supermercados foram atacados. Oito pessoas morreram e 64 suspeitos foram presos. Esses ataques foram interpretados como uma represália à possibilidade de transferência dos líderes do PCC para o presídio de Catanduvas (PR). Outro motivo levantado foi a revolta com o confinamento de detentos nos pátios dos presídios de Araraquara e Itirapina. (Agências) Mais PCC na página seguinte. Na página 8 do primeiro caderno, a repercussão política dos ataques
Thiago Bernardes/Agência O Globo
Ônibus queimados por bandidos do PCC no município de Mauá, na região da Grande São Paulo, durante os ataques realizados na madrugada de ontem
DIÁRIO DO COMÉRCIO
2 -.ECONOMIA/LEGAIS
terça-feira, 8 de agosto de 2006
ATAS
Alvorada Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros CNPJ no 03.572.412/0001-94 - NIRE 35.300.175.361 Extrato da Ata das Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária realizadas cumulativamente em 27.4.2006 Data, Hora e Local: Aos 27 dias do mês de abril de 2006, às 16h, na sede social, Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP. Presença: Totalidade do Capital Social; Sérgio Socha, Diretor; e do representante da empresa KPMG Auditores Independentes. Mesa: Presidente: Milton Almicar Silva Vargas; Secretário: José Luiz Acar Pedro. Convocação: Dispensada (§ 4o do Artigo 124 da Lei no 6.404/76). Deliberações: Assembléia Geral Ordinária: I. aprovadas, sem reservas, as contas dos Administradores, o Relatório da Administração, as Demonstrações Financeiras e o Parecer dos Auditores Independentes, relativos ao exercício social findo em 31.12.2005; II. reeleitos membros da Diretoria da Sociedade, com mandato até a Assembléia Geral Ordinária de 2007, os senhores: Diretor-Presidente: Márcio Artur Laurelli Cypriano, brasileiro, casado, bancário, RG 2.863.339-8/SSP-SP, CPF 063.906.928/20; Diretores: Laércio Albino Cezar, brasileiro, casado, bancário, RG 3.555.534/SSP-SP, CPF 064.172.724/00; Arnaldo Alves Vieira, brasileiro, viúvo, bancário, RG 4.847.312/ SSP-SP, CPF 055.302.378/00, todos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP; Luiz Carlos Trabuco Cappi, brasileiro, casado, bancário, RG 5.284.352/SSP-SP, CPF 250.319.028/68, com domicílio na Avenida Paulista, 1.415, parte, Bela Vista, São Paulo, SP; Sérgio Socha, brasileiro, casado, bancário, RG 208.855-0/SSP-SC, CPF 133.186.409/72; Julio de Siqueira Carvalho de Araujo, brasileiro, casado, bancário, RG 3.272.499/IFP-RJ, CPF 425.327.017/49; Milton Almicar Silva Vargas, brasileiro, casado, bancário, RG 7.006.035.096/SSP-RS, CPF 232.816.500/15; José Luiz Acar Pedro, brasileiro, casado, bancário, RG 5.592.741/SSP-SP, CPF 607.571.598/34; e Norberto Pinto Barbedo, brasileiro, divorciado, bancário, RG 4.443.254/SSP-SP, CPF 509.392.708/20, todos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, os quais permanecerão em suas funções até que a Ata da Assembléia Geral Ordinária que eleger a Diretoria em 2007 seja arquivada na Junta Comercial e publicada; III. fixado o montante global anual da remuneração dos Administradores, no valor de até R$38.000,00. Assembléia Geral Extraordinária: aprovada, sem qualquer alteração ou ressalva, a proposta da Diretoria para alterar o Estatuto Social, no Artigo 8o, reduzindo de 10 (dez) para 9 (nove) o número máximo de cargos na Diretoria, o qual passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 8o) A Sociedade será administrada por uma Diretoria, eleita pela Assembléia Geral, com mandato de 1 (um) ano, composta de 2 (dois) a 9 (nove) membros, sendo 1 (um) Diretor-Presidente e de 1 (um) a 8 (oito) Diretores sem designação especial.”. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a Ata das referidas Assembléias encontra-se lavrada no livro próprio e arquivada conforme segue: “Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania – Junta Comercial do Estado de São Paulo – Certifico o registro sob número 144.574/ 06-8, em 26.5.2006. a) Cristiane da Silva F. Corrêa – Secretária Geral.”. Alvorada Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros. aa) Sérgio Socha e Milton Almicar Silva Vargas.
Nova Paiol Participações S.A. CNPJ no 04.278.130/0001-41 - NIRE 35.300.187.504 Extrato da Ata das Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária realizadas cumulativamente em 28.4.2006 Data, Hora e Local: Aos 28 dias do mês de abril de 2006, às 13h, na sede social, Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP. Presença: Totalidade do Capital Social; Sérgio Socha, Administrador; e o representante da empresa KPMG Auditores Independentes. Mesa: Presidente: Milton Almicar Silva Vargas; Secretário: José Luiz Acar Pedro. Convocação: Dispensada (§ 4o do Artigo 124 da Lei no 6.404/76). Deliberações: Assembléia Geral Ordinária: I. aprovadas, sem reservas, as contas dos Administradores, o Relatório da Administração, as Demonstrações Financeiras e o Parecer dos Auditores Independentes, relativos ao exercício social findo em 31.12.2005; II. aprovada, sem qualquer alteração ou ressalva, a proposta da Diretoria para a destinação do lucro líquido do exercício encerrado em 31.12.2005, no valor de R$19.980.206,94, conforme segue: R$999.010,35 para a conta “Reserva de Lucros - Reserva Legal de 2005”; R$13.286.837,61 para a conta “Reserva de Lucros - Reserva Estatutária de 2005”; e R$5.694.358,98 para pagamento de Dividendos, os quais deverão ser pagos até 31.12.2006; III. reeleitos membros da Diretoria da Sociedade, com mandato até a Assembléia Geral Ordinária de 2007, os senhores: Diretor-Presidente: Márcio Artur Laurelli Cypriano, brasileiro, casado, bancário, RG 2.863.339-8/SSP-SP, CPF 063.906.928/20; Diretores: Laércio Albino Cezar, brasileiro, casado, bancário, RG 3.555.534/SSP-SP, CPF 064.172.724/00; Arnaldo Alves Vieira, brasileiro, viúvo, bancário, RG 4.847.312/SSP-SP, CPF 055.302.378/00, todos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP; Luiz Carlos Trabuco Cappi, brasileiro, casado, bancário, RG 5.284.352/ SSP-SP, CPF 250.319.028/68, com domicilio na Avenida Paulista, 1.415, parte, São Paulo, SP; Sérgio Socha, brasileiro, casado, bancário, RG 208.855-0/SSP-SC, CPF 133.186.409/72; Julio de Siqueira Carvalho de Araujo, brasileiro, casado, bancário, RG 3.272.499/IFP-RJ, CPF 425.327.017/49; Milton Almicar Silva Vargas, brasileiro, casado, bancário, RG 7.006.035.096/SSP-RS, CPF 232.816.500/15; José Luiz Acar Pedro, brasileiro, casado, bancário, RG 5.592.741/SSP-SP, CPF 607.571.598-34; e Norberto Pinto Barbedo, brasileiro, divorciado, bancário, RG 4.443.254/SSP-SP, CPF 509.392.708/20, todos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, os quais permanecerão em suas funções até que a Ata que eleger os novos membros em 2007 seja arquivada na Junta Comercial e publicada; IV. fixado o montante global anual para remuneração dos administradores, no valor de até R$38.000,00. Assembléia Geral Extraordinária: aprovadas, sem qualquer alteração ou ressalva, as propostas da Diretoria, para: a) aumentar o Capital Social em R$7.000.000,00, elevando-o de R$2.100.000,00 para R$9.100.000,00, mediante a capitalização do saldo das contas “Reserva de Lucros - Reserva Estatutária de 2001” – R$649.363,38, “Reserva de Lucros - Reserva Estatutária de 2002” – R$554.461,92, “Reserva de Lucros - Reserva Estatutária de 2004” – R$239.919,42 e de parte do saldo da conta “Reserva de Lucros - Reserva Estatutária de 2005” – R$5.556.255,28, sem emissão de ações, de acordo com o Parágrafo Primeiro do Artigo 169 da Lei no 6.404/ 76; b) alterar o Estatuto Social, no Artigo 7o, reduzindo de 10 (dez) para 9 (nove) o número máximo de cargos na Diretoria. Em conseqüência, o “caput” do Artigo 6o e o Artigo 7o do Estatuto Social passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 6o) O Capital Social é de R$9.100.000,00 (nove milhões e cem mil reais), dividido em 18.000.000 (dezoito milhões) de ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal.”; “Art. 7o) A Sociedade será administrada por uma Diretoria, eleita pela Assembléia Geral, com mandato de 1 (um) ano, composta de 2 (dois) a 9 (nove) membros, sendo 1 (um) Diretor-Presidente e de 1 (um) a 8 (oito) Diretores sem designação especial.”. Quorum das Deliberações: unanimidade de votos. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a Ata das referidas Assembléias encontra-se lavrada no livro próprio e arquivada conforme segue: “Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania – Junta Comercial do Estado de São Paulo – Certifico o registro sob número 144.575/06-1, em 26.5.2006. a) Cristiane da Silva F. Corrêa – Secretária Geral.”. Nova Paiol Participações S.A. aa) Sérgio Socha, Milton Almicar Silva Vargas.
EDITAIS
POLICIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO Centro de Suprimento e Manutenção de Material de Telecomunicações COMUNICADO - SSP/SP - PMESP - CSM/MTel - Por razões de interesse público, fica PRORROGADO para o dia 21/08/2006, às 10:00 horas, na sede da Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública, sita na Rua Líbero Badaró nº 39 - Centro - Capital - São Paulo, no salão de eventos localizado no andar térreo, a sessão do Pregão Presencial nº CSMMTel017/UGE.163/06. As informações estarão disponíveis no sítio http:// www.e-negociospublicos.com.br
COMUNICADOS
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
CONVOCAÇÕES
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
FDE AVISA: CONCORRÊNCIAS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de CONSTRUÇÃO DE COBERTURA DE QUADRA EM ESTRUTURA MISTA (PILARES PRÉ-MOLDADOS DE CONCRETO E TESOURAS METÁLICAS): CONCORRÊNCIA N.º - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO PRAZO – PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/1683/06/01 - EE Francisco Antonio Gonçalves - Rua Tambau, s/nº - Jardim Santo Antonio - Mogi Guaçu/SP; EE Profª Almerinda Rodrigues - Rua Jandaia do Sul, 111 - Jardim Ipê II - Mogi Guaçu/SP; EE Profª Sonia Aparecida Maximiano Bueno - Rua Maria Carmela P. Marchesi, 70 - Jardim Munhoz - Mogi Guaçu/SP; EE Luiz Bortoletto - Rua Ivo Policarpo, 50 - Jardim Triunfo - Pedreira/SP; EE José Ometto - Largo da Igreja, 15 - Usina São João - Araras/SP; EE Vila Sargentos - Rua Vila dos Sub-Oficiais e Sargentos - AFA, s/nº - Acad. Força Aérea - Pirassununga/SP; EE Gal. Asdrubal da Cunha - Rua Antonio Magnani, 232 - Vila Pinheiro - Pirassununga/SP; EE Dr. Manoel Jacintho Vieira de Moraes - Praça Cap. Nelson Salles de Abreu, 2077 - Centro - Pirassununga/SP. 90 - R$ 143.664,00 – R$ 14.366,00 – 09:30 – 12/09/2006. 05/1684/06/01 - EE Profª Laura Emmie Pyles - Rua da Borracha, 500 - Jardim São Fernando - Santa Bárbara D’Oeste/SP; EE Prof. Antonio Fernandes Gonçalves - Rua Fornovo, 440 - Castelo Branco - Campinas/SP; EE Profª Leonor Zuhlke Falson - Rua João Rodrigues Serra, s/nº - Jardim Eulina - Campinas/SP; EE/CEES Prof. Newton Silva Telles/Jeanette A.G. Aguila Martins - Rua dos Iguas, 4 - V. Costa e Silva - Campinas/SP; EE Prof. Joaquim Ferreira Lima - Rua Prof. João Nogueira Ferraz Filho, 30 - Vila 31 de Março - Campinas/SP; EE Celio Rodrigues Alves - Rua dos Sorocabanos, s/nº - Jardim Andorinhas - Cosmópolis/SP; EE Prof. Gabriel Pozzi - Rua Cesarino Ferreira, 145 - Vila Piza - Limeira/SP; EE Prof. Arlindo Silvestre - Rua Alderico Wiss Barbosa, 80 - Parque Nossa Senhora das Dores - Limeira/SP; EE Profª Carolina Augusta Seraphim - Rua 5-B, 1191 – Vila Indaia – Rio Claro/SP. 90 - R$ 161.622,00 – R$ 16.162,00 – 10:30 – 12/09/2006. 05/1685/06/01 - EE Vila Nova Cesário Lange - Rua Úrsula Soblevicios, 320 - Vila Nova - Cesário Lange/SP; EE Dr. Elias Massud - Rua Prof. Fauze Calil, 30 - Centro - Monte Mor/SP; EE Prof. Alceu Gomes da Silva (Vila Sonia/Rio Branco) - Av. Pe. Antonio Brunetti, s/nº - Vila Rio Branco/CDHU - Itapetininga/SP; EE B. Tomé - B. Tomé, s/nº - Tomé - Itaberá/SP; EE Profª Aurora Machado Guimarães - Rua Dona Maria Dulcelina Prestes, 356 - Vila América - Porto Feliz/SP; EE Prof. José Roque de Almeida Rosa - Rua Amador Calvilho Fernandes, s/nº - Vila Formosa - Sorocaba/SP; EE B. Recanto São Manuel - Rua Tereza Cuevas Moreira, 450 - São Manuel - Salto de Pirapora/SP; EE Adelaide Patrocinio dos Santos - Rua Marcilio Dias, 82 - Boqueirão - Praia Grande/SP. 90 - R$ 149.044,00 – R$ 14.904,00 – 14:00 – 12/09/2006. 05/1703/06/01 - EE Prof. Valois Scortecci - Rua 40, nº 350 - Marília - Barretos/SP; EE Cel. José Venâncio Dias - Av. Rui Barbosa, 682 - Centro - Colina/SP; EE Pedro Malavazzi - Rua Reinaldo Bertolini, 300 - Jardim Vereador Antonio Brandini - Fernandópolis/SP; EE Meridiano - Rua João Savazzi, 634 - Centro - Meridiano/SP; EE Profª Elza Pirro Viana - Rua Hum, 2237 - Jardim Maria Paula - Jales/SP; EE Santa Albertina - Praça 31 de Março, 655 - Centro - Santa Albertina/SP; EE José Teixeira do Amaral - Rua Boa Esperança, 371 - Centro - Urânia/SP; EE Cel. Pontes Gestal - Rua Natale Pazin, 943 - Centro - Pontes Gestal/SP. 90 - R$ 143.815,00 – R$ 14.381,00 – 15:00 – 12/09/2006. 05/1704/06/01 - EE Dr. Joubert de Carvalho - Rua Pará, 469 - Jardim Paulista - Araçatuba/SP; EE Luiz Gama - Rua Rubião Junior, 214 - São Joaquim - Araçatuba/SP; EE Prof. Joaquim Dibo - Praça João XXIII, 751 - Jadim Dona Amélia - Araçatuba/SP; EE Prof. Antonio Rodrigues Martins Neto - Rua Adolfo Hecht, 39 - Jardim do Lago - Araçatuba/SP; EE Profª Minervina Sant’anna Carneiro - Rua Paulo Aparecido Giraldi, 1519 - Junqueira - Lins/SP; EE/ETE Fernando Costa/Escola Técnica Estadual de Lins - Rua 9 de Julho (Rua São Pedro), 1276 - Centro - Lins/SP; EE Por. Walter Cardoso Galati - Rua Joaquim Francisco Valente, 633 - Jardim Tangará - Lins/SP; EE Prof. Silvio de Almeida - Rua Alonso de Andrade, 11 - Nosso Teto - Promissão/SP. 90 - R$ 143.664,00 – R$ 14.366,00 – 16:00 – 12/09/2006. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 09/08/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 50,00 (cinquenta reais). O Edital completo através de cópias reprográficas/heliográficas terá o custo de R$ 0,10 (dez centavos) por cópia reprográfica e R$ 3,00 (três reais) por cópia heliográfica. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 11/09/2006, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Willian Sampaio de Oliveira Diretor Executivo
Publicidade Legal - 3244-3643
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
A Comissão Julgadora de Licitações comunica: Reabertura de prazo – Tomada de Preços nº 05/0673/06/02 - Reforma de Prédio(s) Escolar(es) - EE Min. Laudo Ferreira de Camargo – São Bernardo do Campo/SP. A Comissão Julgadora de Licitações comunica a reabertura dos prazos da Tomada de Preços em referência: Abertura do envelope 1 (Documentação), dar-se-á às 09:30 horas do dia 28-08-2006. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 25/08/2006. Os invólucros contendo os Documentos de Habilitação e a Proposta Comercial deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CDROM a partir de 09/08/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável, conforme valor indicado acima. Ficam mantidas as demais condições do aviso inicial. Reabertura de prazo – Tomada de Preços nº 05/0674/06/02 - Reforma de prédio escolar - EE Profª Cynira Pires dos Santos - São Bernardo do Campo/SP. A Comissão Julgadora de Licitações comunica a reabertura dos prazos da Tomada de Preços em referência: Abertura do envelope 1 (Documentação), dar-se-á às 10:30 horas do dia 28-08-2006. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 25/08/2006. Os invólucros contendo os Documentos de Habilitação e a Proposta Comercial deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CDROM a partir de 09/08/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável, conforme valor indicado acima. Ficam mantidas as demais condições do aviso inicial. Reabertura de prazo – Tomada de Preços nº 05/0711/06/02 - Reforma de prédio escolar - EE Patriarca da Independência - Vinhedo/SP. A Comissão Julgadora de Licitações comunica a reabertura dos prazos da Tomada de Preços em referência: Abertura do envelope 1 (Documentação), dar-se-á às 14:00 horas do dia 28-08-2006. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 25/08/2006. Os invólucros contendo os Documentos de Habilitação e a Proposta Comercial deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CDROM a partir de 09/08/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável, conforme valor indicado acima. Ficam mantidas as demais condições do aviso inicial. Reabertura de prazo – Tomada de Preços nº 05/1019/06/02 - Reforma de prédio escolar - DER - Diretoria de Ensino - Região de São Bernardo do Campo - São Bernardo do Campo/SP. A Comissão Julgadora de Licitações comunica a reabertura dos prazos da Tomada de Preços em referência: Abertura do envelope 1 (Documentação), dar-se-á às 15:00 horas do dia 28-08-2006. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 25/08/2006. Os invólucros contendo os Documentos de Habilitação e a Proposta Comercial deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CDROM a partir de 09/08/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável, conforme valor indicado acima. Ficam mantidas as demais condições do aviso inicial.
FALÊNCIA & RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 7 de agosto de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência e recuperação judicial:
Requerente: DCAT Comércio e Assistência Técnica Ltda. - ME - Requerido: XDivision Soluções em Documentos Ltda. - Rua Miranda Ribeiro nº 305 - 2ª Vara de Falências Requerente: JGM Fomento Mercantil Ltda. - Requerida: Book Editora e Commerce Ltda. - Rua Pentecostes nº 220 - 1ª Vara de Falências Requerente: W P Factoring Fomento Mercantil Ltda. Requerida: Transportadora Minas Coutinho Ltda. Rua Conselheiro Ribas nº 352 - sala: 03 - 2ª Vara de Falências
terça-feira, 8 de agosto de 2006
Ameaça Biometria Games Imagem
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3
UM EVENTO QUE DEIXOU OS GAMERS MARAVILHADOS
A proposta é oferecer muita diversão, fazendo com que o gamer queira voltar ao AGE" Ligia Amorim, diretora da Messe Frankfurt Feiras.
ARENA GAMER EXPERIENCE Fotos Newton Santos/Hype
Avançando para o século 21
Imersão no mundo dos games Fábio Pelegrini e a idéia era a de fazer uma imersão ao mundo dos games, o Arena Gamer Experience 2006 (AGE 2006) atingiu seu objetivo. Não se limitou a trazer as novidades eletrônicas, mas reuniu palestrantes, entrevistados, especialistas e a realização de campeonatos como o de Cosplay, que reúne fãs de personagens de jogos eletrônicos, animes, mangás, cultura japonesa, artes marciais, livros, filmes e RPG, que não apenas se vestem como o personagem escolhido, mas também apresentam semelhanças físicas e comportamentais. Para Daniel Luiz Telles Príncipe de Andrade, 22 anos, foi sua primeira experiência em uma feira de games, apesar da participação em vários campeonatos. Para o evento, Daniel vestiu sua fantasia do Shishiwakamaru, um dos personagens do desenho japonês Yu Yu Hakusho. Roupa e acessórios foram feitos por ele: R$ 80,00 e boas horas de trabalho. "Eu amo videogame e meus olhos estão brilhando. É legal porque acaba sendo tudo ligado a um mesmo mundo: o Cosplay, o videogame e o anime. Só senti falta do PlayStation 3", explica Daniel. As máquinas de simulação
de dança também chamaram a atenção. O torneio de Pump it Up reuniu concorrentes de todas as idades e sexos, nas três categorias: Speed Feminino, Speed Masculino e Freestyle. Para feminino e masculino, a música foi escolhida por sorteio. Em Freestyle, pôde-se nomear a canção segundo uma lista. Nas categorias Speed, a primeira etapa foi no modo Crazy; semifinais e finais em Nightmare. "Estes dois campeonatos fazem parte da nossa proposta de oferecer muita diversão, fazendo com que o gamer queira conhecer e voltar ao AGE", diz Ligia Amorim, diretora da Messe Frankfurt Feiras. O jovem Tales Gomes Ferraz, de 16 anos, conhecido entre os gamers como "Perninha", não se importou em sair na madrugada de sexta-feira do Rio para vir a São Paulo competir em Freestyle, do Pump it Up. "Eu treino há mais de um ano para eventos como esse. Espero conseguir ser reconhecido e ganhar muitas competições. Já fiz amizades dançando. Minha família me apóia muito, mas deixa bem claro a importância dos estudos", explica Tales. Como é costume, a Sony não esteve presente, mas a Nintendo foi bem representada com seu videogame portátil, lança-
Campeonato de dança; Daniel no Cosplay: os visitantes gostaram.
do em junho nos EUA, o Nintendo DS Lite. Muitos esperavam ver de perto o Wii, console de última geração, que promete revolucionar. Os visitantes, porém, tiveram de se contentar com vídeos do aparelho. "Infelizmente, a Nintendo tem como estratégia não demonstrar o aparelho antes de seu lançamento oficial, mas posso adiantar que os jogadores brasileiros devem conhecêlo em novembro, quando será comercializado no Brasil", explica Rafael Gómez, representante da Nintendo do Brasil. Para os fãs do Xbox 3360 foi mais fácil. Quem desejava jogar o videogame e não teve coragem de entrar na fila imensa da última edição da EGS pôde
aproveitar o AGE. Ainda como atração, outro espaço bem badalado foi o Live AGE que reuniu as empresas especializadas em jogos para PC e console Electronic Arts (EA), Microsoft e Atari. A Electronic Arts levou seus maiores sucessos: Need for Speed: Most Wanted e a Atari trouxe os inéditos Neverwinter Nights 2, GTR 2 e Test Drive Unlimited, além dos sucessos Crashday e Tycoon City: New. Quanto aos jogos da Microsoft, a empresa demonstrou o Flight Simulator X, que deverá ser lançado em outubro nos EUA, além dos últimos lançamentos da companhia, como o Age of Empires 3 e o Rise of Nations: Rise of Legends.
o último final de semana, os jogadores brasileiros puderam conferir de perto alguns dos lançamentos do mercado de entretenimento eletrônicos no Arena Gamer Experience 2006 (AGE 2006), feira exclusiva para gamers, realizada em São Paulo, no Transamérica Expo Center. O encontro foi organizado pela multinacional Messe Frankfurt Feiras, subsidiária da Messe Frankfurt GmbH, uma das maiores organizadoras de feiras de negócios do mundo. Na abertura, o consultor de políticas digitais do Ministério da Cultura, Cláudio Prado, fez longo discurso sobre a importância de levar a tecnologia a todos e a mudança de paradigmas do século XXI. "O mundo está mudando e a convergência das tecnologias digitais cria novas possibilidades no mundo dos negócios. A distribuição digital é uma fantástica possibilidade de democratizar acessos e proporcionar informação. Não devemos ver a distribuição digital só como pirataria", diz Prado. Apesar de uma boa organização, a realização de grandes campeonatos e trazer lançamentos interessantes, como o Xbox 360, a feira não teve grande público. É possível que os organizadores tenham pecado na escolha da localização — de difícil acesso. Além disso, o preço do estacionamento (R$ 17,00) saía caro para quem desejava ir de carro próprio, o que resultou em número bem me-
nor de visitantes do que na Electronic Game Show (EGS), uma das maiores feiras do Brasil, no ano passado. Para a diretora-geral da Messe Frankfurt do Brasil, Ligia Amorim, o objetivo não era apenas o de ter um grande público, nem mesmo superar outros eventos, mas o de oferecer ao jogador um ambiente de forte imersão em entretenimento digital, focado no ecossistema e na cultura gamer. "Esta é uma oportunidade única de relacionamento com um público altamente consumidor, específico, influenciador de compra e formador de opinião. Pesquisas apontaram que o jogador tem grande influência sobre os pais na decisão de compra de equipamento e buscam tecnologia de ponta", diz Ligia Amorim. Mesmo com as dificuldades de acesso, a diretora afirma que a feira está apenas começando e que deverá, sem dúvida, superar as expectativas em poucos anos. "A idéia é que daqui um ou dois anos o AGE se torne um evento com perfil comparável aos principais deste segmento nos Estados Unidos, Japão e Alemanha", completa Ligia. (FP)
Todos os lançamentos: de perto.
2
Urbanismo Compor tamento Te r r o r Ambiente
O
secretário de Segurança Pública de São Paulo, Saulo de Castro Abreu, afirmou ontem que seriam necessários pelo menos 4.500 homens do Exército – 1.500 por turno – para ajudar "com eficácia" no combate à criminalidade no Estado. Saulo disse, porém, que eles seriam utilizados apenas em tarefas específicas, como a segurança de presídios destruídos por rebeliões e o reforço de efetivo nas Operações Saturação por Tropas Especiais (Ostes), realizadas pela Polícia Militar em favelas da capital e da Grande São Paulo para sufocar o tráfico de drogas. "Eu quero o Exército para esse papel. Se aceitar, pode vir que será bem-vindo". A resposta do Ministério da Justiça ao secretário Saulo de Castro foi rápida. "O Exército tem 10 mil homens (à disposição) em 48 horas. Já disse isso para o governador várias vezes. São homens treinados, não são recrutas" disse o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. Segundo ele o que o Exército não pode é entrar no Estado sem solicitação do governador. "Isso tem de ser feito segundo a Constituição. Ele não pode entrar e submeterse à Secretaria da Segurança Pública ". De acordo com Bastos, Está acontecendo a terceira onda de ataques as tropas ficariam subordinae os agentes continuam das ao Comando desarmados, sem um M i l i t a r d o S urádio para d e s t e , t r a b alhando em equicomunicação, sem nem mesmo um spray de gás pe com as polícias estaduais. para se defender O presidente Rosalvo José da Silva, nacional da Orsecretário-geral do dem dos AdvoSindicato dos Agentes gados do Brasil (OAB), Roberto Busato, disse, também ontem, que a crise de violência que atinge São Paulo é endêmica e que o governo paulista precisa aceitar ajuda federal para enfrentá-la. "Até agora, os órgãos governamentais, tanto estaduais quanto federais, ficaram no discurso, na retórica, pois nenhuma atitude mais positiva e concreta foi tomada", afirmou. Segundo ele, esse recado é principalmente para o governo paulista, que afirmou ter condições de resolver sozinho o problema. Para Busato, os ataques não foram atos isolados do Primeiro Comando da Capital (PCC) e as ações estão se tornando mais sofisticadas e melhor planejadas. "Foi uma atitude cadenciada, orquestrada e organizada", disse. "O crime organizado continua aí, agora usando bombas de alto poder destrutivo, como essa que atingiu a sede do Ministério Público de São Paulo. Não podemos ficar impassíveis", afirmou. Busato disse que o ataque à sede do Ministério Público foi uma prova de que as ações estão ficando mais sofisticadas. "Cabe ao Ministério Público, também como instituição de defesa da sociedade civil, ser absolutamente eficiente e ágil para que possamos dominar esse verdadeiro acinte à sociedade brasileira", afirmou. Efetivo – O comandante-geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Eliseu Eclair, garantiu ontem que todo o efetivo da Polícia Militar disponível estará nas ruas nos próximos dias para garantir que os cidadãos consigam ir ao trabalho ou à escola com tranqüilidade. Ele também pediu para que a população mantenha a rotina normal. O coronel afirmou que viaturas da Polícia Militar e da Guarda Civil Metropoli-
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 8 de agosto de 2006
NÃO HÁ ESQUEMA ESPECIAL PARA O DIA DOS PAIS
SAULO DIZ QUE ACEITA EXÉRCITO EM PRESÍDIOS Secretário afirmou que São Paulo precisaria de 4.500 soldados para que o trabalho tivesse eficácia. Segundo Saulo, o Exército seriam bem-vindo para garantir a segurança em presídios destruídos e também para atuar em operações nas favelas. Ministério da Justiça disse que libera 10 mil homens em 48 horas. A OAB afirmou que o governo paulista precisa aceitar a ajuda federal e classificou a crise como endêmica. Hoje, todo o efetivo da PM estará nas ruas. Milton Mansilha/Luz
Estilhaços das bombas que atingiram o Ministério Público Estadual, na rua Riachuelo, no Centro da capital Keiny Andrade/AE
Bruno Miranda/Folha Imagem
Ao lado, passageira tenta embarcar em ônibus lotado na avenida Radial Leste, o trânsito e o transporte público ficaram prejudicados após os ataques. Acima, policial do esquadrão antibomba em loja da avenida Prestes Maia, onde foi encontrada uma granada.
Foi uma atitude cadenciada, orquestrada e organizada. Roberto Busato, presidente nacional OAB
tana (GCM) irão reforçar os principais corredores e terminais de ônibus da capital. "A polícia vai estar presente como sempre esteve. Esse é o nosso compromisso. É o meu compromisso", disse. Eclair também pediu para que a população denuncie ações criminosas por meio dos telefones 181 ou 190. Eleições – Na opinião do comandante Eclair os ataques criminosos devem acontecer até as próxima eleições, em outubro. Segundo ele, é possível fazer essa previsão por causa das escutas telefônicas que estão sendo captadas pelas polícias Civil e Federal. Segundo ele, das 12 pessoas presas ontem, depois dos ataques criminosos, seis já tinham passagem pela polícia. Dois suspeitos de participar das ações criminosas foram mortos. Eclair disse ainda que policiais à paisana estarão nos ônibus da capital, hoje e nos próximos dias, e que esta medida também deverá ser adotada nos municípios da Grande São Paulo como Osasco, Guarulhos e na região do ABC paulista. O comandante declarou que tem certeza que outros responsáveis pelos novos atentados também serão presos. Agentes – O secretário-geral do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp), Rosalvo José da Silva, desafiou o Governo do Estado a mostrar que fez alguma coisa para reduzir o risco de ataques do PCC. "O que houve foi muita retórica, mas continua tudo na mesma. O caos no sistema prisional só piorou. As visitas e os jumbos entram como e quando querem." Segundo Silva, o governo nem melhorou as condições dos presídios nem a segurança de quem trabalha com os presos. "Está acontecendo a terceira onda de ataques e os agentes continuam desarmados, sem um rádio para comunicação, sem nem mesmo um spray de gás para se defender." O sindicato distribuiu circular entre os associados pedindo "atenção máxima" para o risco de ataques do crime organizado esta semana. A entidade considera que existe "alto risco" de ocorrerem atentados contra agentes especialmente durante o próximo fim de semana, no Dia dos Pais. Os agentes foram aconselhados a evitar a exposição desnecessária em locais públicos. "É só o que podemos fazer, além de torcer para que não haja outro banho de sangue." De acordo com ele, um pedido encaminhado pelos presos do regime semi-aberto da Penitenciária de Presidente Prudente, no interior do Estado, à Vara de Execuções Criminais está sendo entendido como uma confirmação de que os ataques vão ocorrer. Os detentos teriam pedido a troca do indulto por outra data, pois não querem deixar o presídio no momento. "Provavelmente, eles avaliaram o risco e querem se preservar, pois estão no final do cumprimento da pena." Para Silva, o indulto só pode ser suspenso pelo Judiciário. "É uma decisão que precisa ser tomada rapidamente." O sindicalista lamentou que, em meio a um novo ataque, os agentes penitenciários continuem desarmados. Segundo Silva, a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) aguarda a liberação de R$ 5 milhões para o pagamento dos exames de aptidão psicológica a serem feitos por profissionais credenciados pela Polícia Federal. Os ataques iniciados na madrugada de ontem colocaram em alerta os agentes penitenciários do Estado. Segundo diretor de saúde do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de S. Paulo (Sinfuspesp), Luiz da Silva Filho, há orientações para que os agentes não freqüentem lugares públicos. (AE)
Ataque assusta, mas não atinge comércio Milton Mansilha/Luz
Ivan Ventura
A
bomba caseira que destruiu ontem de manhã janelas e parte da entrada principal do prédio do Ministério Público Estadual (MPE), localizado na rua Riachuelo, no Centro da capital, não prejudicou o movimento nas lojas da região. O ataque foi atribuído a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Mesmo sem alterações no movimento de clientes, foram registrados alguns prejuízos materiais, como janelas destruídas e portas danificadas nos estabelecimentos. Depois da explosão, a rua chegou a ser interditada pela Polícia, mas logo a situação foi normalizada. De acordo com o Ministério Público, a explosão aconteceu às 5h10. Naquele horário apenas
seguranças particulares do MPE estavam no local. Não houve feridos. Dentro da bomba haviam porcas, pregos e outros objetos de metal que potencializaram os efeitos. Os estilhaços atingiram as fachadas do MPE e de algumas lojas próximas. Mesmo sem contabilizar vítimas, a bomba por pouco não atingiu o dono de uma lanchonete na rua Riachuelo. O sortudo foi o dono do Bar e Lanchonete Flor da Sé, Jorge Diógenes Ribeiro Bastos, de 67 anos. Bastos revelou que costuma abrir o comércio por volta das 5h, mas que ontem acabou se atrasando. "Estava a poucos segundos da rua Riachuelo quando ouvi um grande barulho. Era a explosão. Quando finalmente entrei na Riachuelo vi que o asfalto da rua estava coberto de vidro e que parte da entrada
principal do ministério público estava destruída", contou. O comerciante, porém, disse que não viu nenhuma pessoa com aparência suspeita. Perguntado sobre um eventual prejuízo nos negócios durante o dia de ontem, Bastos revelou que tudo correu normalmente. "Houve apenas comentários de clientes preocupados com a segurança pública, mas sem prejuízos para as vendas". O vendedor do sebo Riachuelo, Carlos Barbosa Almeida, de 32 anos, também não sentiu diferença no movimento de clientes durante o dia de ontem. "Cheguei aqui às 7h e vi a rua interditada. Pensei: mataram alguém em frente ao MP. Só quando a rua foi liberada é que fiquei sabendo do atentado". Na rua Riachuelo, os únicos que se queixavam de
prejuízos financeiros eram donos dos estacionamentos. O gerente da Speed Park, Luciano de Amorim, de 20 anos, por exemplo, admitiu uma redução no número de usuários no local. "Geralmente temos uma média de 30 clientes por dia. Hoje, não alcançou nem 10 pessoas", contou. Amorim revelou que encerraria o expediente às 17h, uma hora antes do seu horário normal de fechamento. O economista Emílio Alfieri, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), endossou as palavras dos donos de lojas da rua Riachuelo. Segundo ele, a nova onda de ataques do PCC não alterou o movimento do comércio na região central da cidade. Dados de eventuais prejuízos no comércio, se forem constatados, poderão ser divulgados hoje.
Policial deixa o Sebo Riachuelo, próximo ao prédio do MPE
4
Biometria Games Imagem Fotografia
DIÁRIO DO COMÉRCIO
WiMAX
Câmera da Samsung captura movimentos e tira fotos que se transformam em animação
A SAMSUNG INVESTIU DOIS ANOS EM PESQUISAS
QUADRUPLE PLAY Carlos Ossamu
terça-feira, 8 de agosto de 2006
Além de tevê, dados e voz, que formam o Triple Play, a operadora estará comercializando em breve o quarto elemento, que é a portabilidade Divulgação
e uns dois anos para cá, muito se tem falado do Triple Play, que é a convergência de voz, dados e imagens (tevê) em uma mesma rede. Na semana passada, a operadora de tevê paga TVA (www.tva.com. br) anunciou que já estará oferecendo em breve o Quadruple Play, adicionando recursos de portabilidade aos seus serviços. Isso será feito por meio de dois novos serviços: o primeiro é o acesso banda larga sem fio WiMAX, anunciado no fim do ano passado e que transformará a cidade em um gigantesco hot spot, e o segundo será o acesso à programação da tevê por assinatura por conexão banda larga em qualquer computador ou PDA lo-
O TVA Sling (alto) e Leila Loria, diretora superintendente da TVA
calizado no mundo. Segundo explica Virgílio Amaral, diretor de Estratégia e Tecnologia da TVA, não se trata de acessar a programação diretamente nos servidores da operadora, pois os estúdios e os canais de tevê têm receio em disponibilizar seus conteúdos na internet por conta da pirata-
ria. Na verdade, o usuário estará acessando remotamente o seu decoder em casa. Para tanto, ele deverá ser assinante da TVA Digital e do Ajato, além de adquirir um equipamento chamado Sling, que curiosamente tem o formato de uma barra de chocolate. Ele será vendido por R$ 1.199 com um roteador e por R$ 999 para assinantes que já possuem o roteador, tudo dividido em dez parcelas. "Esse equipamento é produzido pela Sling Media e já está em uso nos Estados Unidos, Ásia e Europa. A tecnologia permite que o usuário possa assistir a sua programação mesmo estando em viagem, em qualquer parte do mundo. Basta ter um computador, seja desktop, note-
book ou PDA com acesso banda larga", explica Leila Loria, diretora-superintendente da TVA. Ela explica que foi desenvolvido um software, instalado no notebook o PDA, que permite ao usuário acessar o decoder, mudar de canal e até programar a gravação no DVR. Não é necessário ter uma placa de captura de vídeo no equipamento. Virgílo Amaral completa, dizendo que o software gerencia a qualidade das imagens acessadas remotamente. "O usuário não irá ver imagens quebradas ou estouradas. Será uma imagem de vídeo, a 30 frames por segundo", garante. Para tanto, a conexão do Ajato que ele deverá ter em casa é de no mínimo 250 Kbps e o computador em que ele acessará os
canais de tevê precisará estar conectado a um acesso banda larga de no mínimo 300 Kbps. Por medida de segurança, para evitar que algum pirata se aposse do sinal da tevê, apenas um usuário por vez terá acesso ao sinal do decoder, seja em casa ou remotamente. O Sling possui também uma saída SVideo, que permite conectar uma câmera de vigilância. Assim, é possível monitorar a casa ou o portão remotamente. Por enquanto, a TVA Digital é oferecida apenas em São Paulo, onde tem cerca de 80 mil assinantes (cabo e MMDS) ou 40% do total de 200 mil assinantes em São Paulo. No Rio de Janeiro, próxima praça a oferecer esse serviço, o total de assinantes é de 65 mil.
Toda a cidade: um imenso hotspot o fim do ano passado, a TVA e a Samsung anunciaram o início da implantação do primeiro serviço comercial de WiMAX, um acesso banda larga sem fio de alta velocidade, chegando a 3 Mbps. A diferença entre o WiMAX e o Wi-Fi é que este último está restrito a uma área pequena, um aeroporto, um restaurante, lanchonete etc., chamado hot spot; enquanto que no primeiro toda a cidade é um imenso hot spot. A infra-estrutura necessária é parecida com a da telefonia celular, com torres
(células) em toda região. A TVA já está realizando testes e instalou três células – uma na região Av. Paulista, uma no centro da cidade e outra em um bairro não divulgado. Virgílio Amaral, diretor de Estratégia e Tecnologia da TVA, não revela quantas células serão necessárias para colocar o serviço no ar e não confirma se realmente estará disponível até o fim do ano. Inicialmente, também foi prometido acesso móvel, mesmo dentro de um carro a 120 km por hora. "Em um primeiro
momento, estaremos priorizando a portabilidade. A mobilidade será incorporada num segundo momento", diz. A explicação é simples: apesar de o padrão adotado ser o 802.16e, que é o WiMAX móvel, a TVA/Samsung estará colocando células primeiramente em regiões residenciais onde estão o seu público e escritórios – nesses locais, até será possível acessar a internet do carro. Mas para que seja considerado um serviço, o número de células deverá ser muito maior, o que de-
verá ocorrer durante o tempo. "Esse fato também ocorreu com a telefonia celular e é o preço que deveremos pagar por sermos pioneiros". Segundo Amaral, o boom do WiMAX em SP deverá ocorrer em 2008, quando a Intel e os fabricantes prometem chegar ao mercado notebooks e PDAs com chips WiMAX, assim como hoje já é oferecido portáteis com chips Wi-Fi. (CO)
Nos carros: conexão com a TVA até quando se alcança velocidade de 120 km/h
Fotos Ana Maria Guariglia
ma série de mecanismos e recursos inovadores são as características da NV7 OPS, a mais recente câmera lançada no início do mês de junho pela Samsung, inaugurando também a linha N que, segundo a empresa coreana, vai mudar o conceito da fotografia digital. A digital vai estar na PhotoImageBrazil junto com as duas irmãs, a N3 e a N10, devendo aportar no país no próximo semestre. Com exclusividade, o
Os modelos da Samsung têm dispositivos para controlar a captura de imagens
Uma nova linha de câmeras Teste exclusivo da câmera NV7 OPS da Samsung Ana Maria Guariglia Diário do Comércio foi conhecer de perto a câmera que se mostrou realmente uma caixinha de surpresas, justificando os dois anos investidos pela Samsung na pesquisa de um modelo que atendesse a própria experiência de fotografar. Logo de saída, descobrimos que o OPS, sigla de Optical Picture Stabilizer, funciona mesmo. Conectado ao sensor CCD para captura de imagens, o dispositivo é muito sensível e ao menor
movimento do objeto, procura de imediato corrigir a tremulação. Outra surpresa é a função de captura de movimentos, monitorada por um conversor gráfico que oferece a possibilidade de tirar até 50 fotos que podem ser transformadas em animação em formato GIF, o que é legal, por exemplo, para analisar o movimento do corpo na hora de chutar a bola. Mas o que impressiona na NV7, sigla de New View, é a Interface de usuário (Graphical User Interface), formada por botões de toque inteligentes, usados pela primeira vez em uma digital, substituindo o conhecido dial redondo de ajustes. São 13 botões tipo pad, localizados atrás do corpo da câmera, rodeando o monitor: sete na parte inferior e seis ao lado direito. A princípio, pode até parecer difícil de usar. Mas
pela praticidade são fáceis e logo o usuário se acostuma com os ajustes de toque. A NV7 é do tipo slim, com menos de 3 cm de espessura, tem resolução de 7,2 MP e zoom óptico de sete vezes. A objetiva é a alemã Schneider de 38/270 mm. Nesse item, outra novidade: o diâmetro da objetiva é de 44,7 mm, bem maior do que o das câmeras do gênero, que possuem entre 22 e 30 mm. Com esse diâmetro, a NV7 ganha um ar de câmera profissional, o que estimula a tirar fotos. Outro detalhe é a função manual múltipla que se utiliza com outro toque de dedo. É constituída pela prioridade de abertura, que permite controlar a captura de imagens em movimento rápido. A exposição manual regular as aberturas e velocidades ao gosto do usuário. Já o macro automático combina a
distância da máquina em relação ao objeto, de 10 cm ao infinito, mas você pode registrar objetos minúsculos a um cm de distância. Com relação aos videoclipes, a NV7 grava em VGA (640 X 480 pixels), com estabilizador de imagens para evitar trepidações no meio das filmagens. O som é gravado em formato WAV. Possui também efeitos que mudam as cores das fotos para preto-e-branco, sépia e as cores básicas, além dos efeitos de negativo e de altas luzes, para dar um toque cintilante às imagens. A exposição automática tem opção para 11 tipos de cena para paisagens, close-ups, retratos. No modo "reconhecimento de texto", é possível fotografar documentos, livros etc e o software Digimax Reader extrai o texto da imagem e o transforma em texto comum.
A digital tem monitor de 2,5 pol, cerca de 19 MB de memória interna e utiliza cartões de memória SD (SecureDigital Card) e MMC (MultiMedia Card). Conhecemos a NV7 fotografando SP com vistas do 42o andar do edifício Itália (região central da cidade), e obtivemos excelentes imagens. Contrastes, luz e sombras balanceadas e precisão óptica com o zoom de sete vezes. O sistema de focalização é muito sensível: basta mudar o enquadramento da imagem para que o foco se reajuste. Os botões pad funcionam melhor do que o dial comum e oferece mais mobilidade ao fotógrafo para que se concentre em suas fotos usando as exposição automática ou a manual. A NV7 OPS tem o preço sugerido de R$ 3.999. Para saber mais: www.samsungcamera.com.br
terça-feira, 8 de agosto de 2006
Polícia Ambiente Urbanismo Transpor te
DIÁRIO DO COMÉRCIO A ampliação da universidade transformou a dinâmica do bairro. Sérgio Draibe, pró-reitor de Administração
BAIRRO SERIA IMPLANTADO NO ENTORNO DA UNIFESP
Em estudo, bairro universitário na zona sul Vila Clementino poderá se tornar modelo em transporte, calçamento, sinalização e acessibilidade Newton Santos/Hype
Fernando Vieira
A
Prefeitura deu ontem o primeiro passo para a criação de um bairro universitário na Vila Clementino, zona sul de São Paulo. Em cerimônia realizada no auditório da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o prefeito Gilberto Kassab assinou a portaria que cria o Grupo de Trabalho para coordenar a implantação do projeto, que prevê uma série de melhorias na urbanização no entorno da instituição. Durante o evento, também foi firmado um contrato entre a Unifesp e a Eletropaulo Telecom para a instalação de uma rede aérea de cabos de fibra ótica com 10 quilômetros de extensão. A tecnologia atenderá exclusivamente as atividades de ensino e de pesquisa científica desenvolvidas pela universidade. O projeto Bairro Universitário, desenvolvido pela Unifesp em parceria com a Subprefeitura da Vila Mariana, contempla um conjunto de reformas para transformar a região em
3
Luciana e Adriana, da pós-graduação, pedem transporte circular para atender todos os prédios da Unifesp
VACINAÇÃO Pelo menos 3,1 milhões de crianças devem ser vacinadas contra a pólio no dia 26.
Ó RBITA
DESFIBRILADOR Vinte estações do Metrô terão desfibriladores. O Incor treinou funcionários.
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou O ontem, em solenidade no
Palácio do Planalto, a Lei de Enfrentamento da Violência Doméstica, que aumenta de um para o máximo de até três anos a pena de detenção para agressores domésticos. Em discurso de cerca de 15 minutos, Lula avaliou que a cultura do País é predominantemente machista e disse que é preciso desenvolver o processo de educação para que as mulheres tenham coragem de denunciar seus agressores. "O respeito aos direitos, nas relações entre homem e mulher, é tão importante para a vida social quanto o fortalecimento das instituições políticas, da organização popular e dos processos eleitorais", afirmou
o presidente. Depois da solenidade, Lula ainda fez um rápido pronunciamento à imprensa para afirmar que o Brasil entrou, agora, na lista dos países "sérios" quanto ao tratamento dado à mulher. "Eu acho que a impunidade acabou. Lógico que temos que fazer um processo educacional para que as mulheres se sintam mais à vontade para denunciar", afirmou. A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, também em entrevista, disse que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deverá recomendar a todos os Judiciários estaduais a criação de juizados especiais que cuidem da violência doméstica. (AE)
Caio Guatelli/Folha Imagem
modelo nas áreas de transporte, calçamento, sinalização, acessibilidade para deficientes, segurança e uso de tecnologia. Na próxima semana, o Grupo de Trabalho – formado por representantes da Prefeitura, da Unifesp e de empresas privadas – terá a primeira reunião para definir prioridades
de execução e o ponto onde serão realizadas as primeiras obras. Não há, contudo, um prazo estipulado para a conclusão do projeto. C r e s c i m e n to – A idéia do bairro universitário surgiu a partir do crescimento da Unifesp na Vila Clementino, ao longo dos últimos dez anos. De
1994 até 2006, a instituição de ensino mais que dobrou de tamanho, passando de 109 prédios para quase 250, entre salas de aula e ambulatórios para atendimento à população. Estima-se que por ali hoje circulem cerca de 10 mil alunos, entre graduação e pós-graduação, 8 mil funcionários e cerca de 30 mil pessoas que vêm atraídos pelos serviços prestados nos ambulatórios. "A ampliação da universidade transformou a dinâmica do bairro e alterou seu perfil. Mas, além dos benefícios, isso gera também uma série de impactos negativos. A circulação de estudantes e pacientes piora o trânsito e atrai ambulantes", disse o pró-reitor de Administração da Unifesp, Sérgio Draibe. Segundo o subprefeito da Vila Mariana, Fábio Augusto Martins Lepique, o projeto irá, de início, enfocar a melhoria de acessibilidade para deficientes físicos, já que a região também concentra entidades como Apae, AACD, Graac e Fundação Dorina Nowill para cegos. "A acessibilidade beneficia não só os deficientes, mas também os doentes graves, que geralmente têm dificuldade de locomoção", disse Lepique. Circular – Para as alunas da pós-graduação da Unifesp Luciana Semião e Adriana Restelli a questão do transporte no entorno da universidade também merece destaque. "Poderiam criar um sistema de transporte circular entre os prédios da universidade, que estão espalhados pelo bairro", sugeriu Adriana. Segundo o prefeito Gilberto Kassab, o bairro universitário da Vila Clementino irá servir como um modelo para outras regiões de São Paulo.
AR SECO CONTINUA
ma massa de ar seco U ainda vai provocar baixos índices de umidade
relativa do ar entre hoje e amanhã nos estados de São Paulo, Goiás, Minas Gerais Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e no Distrito Federal. De acordo com alerta divulgado ontem pela Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec) do Ministério da Integração Nacional, o índice de umidade do ar poderá ficar abaixo dos 30% na maior
SHOPPING
uas pessoas ficaram D feridas ontem de manhã quando uma parede desabou
no Shopping Center Pirituba, na zona norte. Segundo a administração do shopping, os dois eram seus funcionários e "receberão todos os auxílios previstos e necessários". Um dos atingidos trabalhava em um andaime, a oito metros do chão. Ele teve traumatismo na bacia e no tórax e lesões no rosto, tendo sido submetido a cirurgia facial na Santa Casa. Não corre risco de vida. O outro funcionário sofreu lesões na perna. (Agências)
parte de São Paulo, exceto no litoral; no Triângulo Mineiro e no oeste de Minas Gerais; no Mato Grosso; no Mato Grosso do Sul; em Goiás; no centrosul do Tocantins; no sul do Pará; e no Distrito Federal. Neste período, a Sedec desaconselha atividades ao ar livre e exposição ao sol entre as 10h e 17h, especialmente entre as 14h e 16h, horários quando a umidade do ar fica mais baixa. É aconselhável ingerir bastante líquido. (AE)
GIr Agendas da Associação e das distritais
Quinta I Penha – A distrital promove
reunião de revisão do Plano Diretor, com o engenheiro Reinaldo Martines Ruiz, coordenador do Fórum Urbanístico da Subprefeitura da Penha (Fuspe), e o arquiteto Gerson Gomez, coordenador da Comissão de Política Urbana da ACSP. Às 18h30, no Teatro Martins Penna, largo do Rosário, 20.
terça-feira, 8 de agosto de 2006
DIÁRIO DO COMÉRCIO
INFORMÁTICA - 5
6
Imagem Fotografia Automação We b
Banda larga massificada Ministério do Planejamento pretende massificar a tecnologia de banda larga no Brasil. A informação é de Rogério Santanna, secretário de Logística e Tecnologia da Informação no órgão. Para isso, deve ser desenvolvido um plano nacional de banda larga, para incentivar a integração de políticas sociais e políticas de governo eletrônico.Entre as principais demandas que justificam o plano está a necessidade de conectar os prédios públicos, como delegacias, escolas e postos de saúde.
Códigos de barra abricante e distribuidora da linha de impressoras, suprimentos e peças Facilisto anunciou que vai distribuir cabeças de impressão para impressoras de código de barras diretamente aos seus clientes. O objetivo é investir nos principais itens das impressoras e permitir que os clientes tenham acesso mais fácil à reposição de peças, sem a necessidade de adquiri-las através de assistência técnica, o que encarece o produto. Em 2006, a Facilisto vai criar uma unidade de negócios específica de cabeças de impressão e outras peças de impressoras da marca Zebra, da qual é a terceira maior distribuidora no Brasil. Outros clientes, como Datamaz e Argox, também serão beneficiados com a estratégica.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 8 de agosto de 2006
COMUNICAÇÃO COM O MUNDO, NO CARRO, SEM ESFORÇO.
O iLane lê as mensagens de forma automática ao ser ativado pela voz do usuário
Captura do site
ocê está dirigindo, mãos no volante e olhos atentos ao trânsito. No banco ao lado, handheld e celular são tentações constantes para saber se chegou aquele e-mail importante, se a secretária já tem a agenda do dia ou se a chamada telefônica merece que você pare o carro ou arrisque levar uma multa. Em breve esse estresse será coisa do passado. A canadense Inteligent Mechatronic Systems (IMS) acaba de inventar um pequeno aparelho que, no porta-luvas, permite acessar e-mails por comando No porta-luvas, o iLane faz tudo para o usuário. de voz dentro do veículo. O sistema também gerencia chamadas via celular, envio de mensagens SMS (torpedos) e anexos de e-mails. Basta dizer o que deseja fazer. Batizado de iLane, o sistema alerta o usuário sobre a chegada de novos e-mails e os lê em voz alta para o motorista, que pode ditar uma resposta ou Sistema da canadense IMS permite ler e responder encaminhar a outros destinae-mails usando comando de voz que ativa o iLane, tários. O usuário tem ainda a opção de filtrar as comunicapequeno aparelho instalado no porta-luvas ções, escolhendo receber apenas as que marcar. Por Rachel Melamet Através da comunicação via Bluetooth, o iLane interage com dispositivos wireless ter conexão com servidor áudio do carro ou aos fones de com recurso de e-mail - como web, pois o iLane lê as mensa- ouvido Bluetooth, lendo-as o BlackBerry e o Palm Treo, gens de forma automática ao em voz alta. As respostas e os por exemplo, além de laptops ser ativado pela voz do usuá- comandos de voz são retrans-, com o sistema de áudio do rio. Os dados são criptografa- mitidos ao iLane pelo microveículo ou fones sem fio. dos para garantir segurança. fone do head set e retransmiComo funciona - O iLane O i L a n e r e c o n h e c e o tidas ao handheld, que execunão requer acesso a servidor handheld ou smart phone e ta a tarefa solicitada. remoto para converter men- assume o controle das inforTodo o processo é automásagens de e-mail em arquivos mações — emails, agenda, tico e instantâneo e o usuário de voz. Toda a informação é torpedos e chamadas — de em nenhum momento precihospedada localmente e co- acordo com as preferências e a s a m e x e r n o i L a n e o u n o municada diretamente entre programação do motorista. handheld enquanto dirige. O o aparelho e o handheld do Passa então a comunicar es- sistema usa os filtros de Spam motorista. Não é necessário sas informações ao sistema de já existentes no aparelho do
Para dirigir, é só teclar.
VÍDEOS As paródias musicais estão no topo do ranking dos vídeos mais vistos no YouTube.
@ Ó RBITA
usuário combinado com regras que o motorista pode estabelecer na hora, através do comando de voz. Também pode ser personalizado para que apenas mensagens de contatos conhecidas sejam lidas em voz alta. Compatibilidade - O iLane é compatível com os handhelds BlackBerry OS 4.0 e acima, equipados com Bluetooth. Suporta handhelds e smart phones que rodam em Palm OS, Windows Mobile OS and Symbian OS. Embora interaja com os aparelhos, o iLane opera de forma independente do tipo de rede sem fio à qual ele está ligado, não importando se é um aparelho GSM/GPRS ou CDMA. É compatível também com todos os sistemas Bluetooth de som para veículos e com os kits hands-free e headsets Bluetooth padrão, incluindo Jabra, Parrot EasyDrive e Logitech.. O iLane "fala" atualmente sete idiomas: inglês, francês, espanhol, alemão, italiano, holandês e português, mas novas línguas serão acrescentadas. É possível escolher voz masculina ou feminina, aumentar ou reduzir volume e velocidade de leitura. Reconhece a voz do usuário mesmo se alterada por resfriado ou dor de garganta. O pequeno hardware pode facilmente ser transferido para outros veículos. É alimentado pelo acendedor de cigarros. O iLane ainda não está disponível, mas a IMS criou um hot site sobre o produto para saber mais detalhes e se cadastrar e ser notificado quando e onde estará à venda: www.ilane.com .
TV digital da Philips reparando-se para o início da transmissão digital na televisão brasileira, a Philips do Brasil lançou a HD Ready, uma linha de televisores com painel HD (alta definição, sigla em inglês). Os painéis serão produzidos para as TVs de plasma ou LCD (de cristais líquidos), no formato widescreen e de diversos tamanhos. A alta definição proporciona uma imagem com mais qualidade, melhor resolução e mais fiel aos detalhes. Quando a televisão brasileira já contar com a transmissão digital de informação, o impacto da qualidade da HD Ready será ainda mais visível, segundo José Fuentes, vice-presidente da divisão de eletrônicos de consumo da empresa. As mudanças no produto também se estendem ao som. No sistema atual (analógico), o telespectador pode escolher entre apenas duas opções: mono, ou um canal, e estéreo, dois canais. A tecnologia digital promete proporcionar um áudio similar aos sistemas de home theater, com seis canais de saída. A fábrica da Philips do Brasil, na Zona Franca de Manaus, iniciou a produção dos televisores em alta definição no mês passado, e a empresa afirma que estarão nas lojas no fim do mês.
LÍDER 30 milhões de downloads: EvolutionDance, que imita a dança de artistas.
Por João Magalhães
Idosos na Ouvidoria Online Instituto Nacional Ouvidoria do Idoso (Inoi) abriu um canal online em que os idosos podem obter informações sobre seus direitos, enviar sugestões, denúncias, tirar dúvidas e consultar uma série de leis, como a que isenta o idoso do pagamento de passagem de ônibus. Antonio Marques Afonso, presidente
do Inoi, justifica o site lembrando que o Brasil conta hoje com 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos e que elas serão 30 milhões em pouco tempo. O site do Inoi, porém, tem senões: páginas como as de "Imprensa" e "Conselho" ainda em construção, e não há links para as leis. Link: www.ouvidoriadoidoso.org.br
Refrigerantes Windows Vista A Microsoft fez um acordo com a "Talking Rain" e colocou o logotipo do Windows Vista e o endereço de seu site nas latas de soda limonada da famosa fabricante norteamericana de bebidas. Sinal de que o marketing da gigante do software, antes meio devagar, quase parando, resolveu ser mais ousado e criativo.
Microsoft desafia hackers
Espelho meu, como serei?
Microsoft lançou um desafio aos participantes do Congresso Black Hat: encontrar falhas de segurança no Windows Vista, substituto do XP, que deve estar no mercado em janeiro de 2007. O Black Hat, esta semana em Los Angeles, Estados Unidos, reúne os mais famosos crackers (hackers do mal) do Planeta. É a primeira vez que a gigante do software participa do evento, sinal de que se sente absolutamente confiante nos seus recursos de segurança: antivírus, firewall, antispyware e tecnologia de encriptação de documentos. Link: http://www.blackhat.com
nspirados nos contos de fadas, cientistas da Accenture Technology, em Nice, na França, desenvolveram um programa, batizado por ora de "Espelho Mágico", que filma as atividades diárias da pessoa e constrói uma imagem de como ela será no futuro. "Muitos detalhes estéticos poderão ser conferidos — do ganho de peso às modificações na pele", diz o professor britânico Martin Illsley, chefe da equipe. Segundo ele, a invenção servirá como alerta para quem fuma, bebe muito, exagera na alimentação ou leva vida sedentária. http://www.accenture.com
Hospital chinês: novela erótica. Cruz Roja Hefe, hospital chinês de saúde sexual, surpreendeu o mundo online colocando na internet capítulos da novela "Secret Lust of Spring Palace" (Luxúria Secreta do Palácio da Primavera), clássico da dinastia Quing, com conteúdo erótico. Segundo a agência Reuters, o hospital foi denunciado às autoridades de Pequim que ameaçaram prender o diretor do hospital, um tal Dr. Zong. "Não há nenhuma pornografia no livro. As imagens são de caráter educativo", justificou o Dr. Zong. Link: http://www.allheadlinenews. com/articles/7004334834
Dennis Hwang
Os logotipos do Google aturalmente você (e muita gente) nunca ouvir falar do webmaster Dennis Hwang. Mas certamente já viu suas obras. Por sinal, milhões de internautas em todo o mundo já se depararam com elas. São os desenhos geniais que decoram o logotipo do Google em ocasiões especiais. Hwang acha um desafio divertido dar aquele tchan à home do líder dos sistemas de buscas. Um de seus melhores trabalhos é uma homenagem a Leonardo Da Vinci e sua obra-prima, a Mona Lisa. Link: http://www.bestoday.com au/playground/archives/ 000431the_google_ doodlers.php
Mandamentos das prostitutas uer dar boas risadas? Vá ao site do Ministério do Trabalho e veja a descrição das "Áreas de Atividades das Profissionais do Sexo". Na área "Batalhar Programa", as atividades incluem: 1Agendar a batalha; 2Produzir-se visualmente; 3Aguardar no ponto (esperar por quem não ficou de vir); 4Seduzir com o olhar; 5Abordar o cliente; 6- Encantar com a voz; 7- Seduzir com apelidos carinhosos; 8Conquistar com o tato; 9Envolver com o perfume; 10Oferecer especialidades; 11Reconhecer o potencial. Link: http://www.mtecbo.gov.br/ busca/gac.asp?codigo=5198.
partir deste mês os assinantes da Brasil Telecom – com cobertura na região Sul, Centro-Oeste, DF e Norte – passam a contar com um serviço inédito de convergência da telefonia fixa e móvel num só aparelho e adaptado para a inovação. O Telefone Único permitirá aos clientes, entre empresas de pequeno e médio porte e usuários de alto consumo com telefonia mensal, desfrutarem de mais mobilidade, comodidade e economia de até 80% nas ligações locais. A solução une um celular modelo V3, da Motorola, com um software especial embutido a uma caixinha que serve de ponto de acesso e com conexão Bluetooth. Esse ponto de acesso tem o formato de um modem ADSL que se conecta na linha do telefone fixo e faz a comunicação para o aparelho V3 via Bluetooth classe 1, ou seja, permitindo uma cobertura de até 100 m de distância da base. "A partir daí, esse celular funciona como se fosse um telefone sem fio comum só que a com a possibilidade de receber e fazer as ligações tanto para o número móvel como para o fixo", explica o gerente de produtos de voz e convergência da Br Telecom, Flavio Lang. Quando o usuário está fora da área de cobertura do Bluetooth de 100 metros, o aparelho funciona como um celular normal. "Se alguma pessoa ligar para o fixo do usuário, vai tocar no celular se ele estiver dentro da cobertura". O usuário escolhe automaticamente (ou manualmente) qual o tipo de chamada sairá pela linha normal – fixa ou móvel. "A economia nas ligações é um dos principais atributos desse telefone único", observa Lang, lembrando que uma chamada local de fixo para fixo custa em média R$ 0,11 o minuto, enquanto que um ligação de um móvel para fixo sai, em média, por R$ 0,68. Lang diz que a idéia
Automação CRM Te l e f o n i a Pais
DIÁRIO DO COMÉRCIO
7
MOBILIDADE E CONVERGÊNCIA NOS LANÇAMENTOS
TELEFONES Meio fixo, meio móvel. Meio fone, meio walkman.
Telefone Único: economia de até 80% nas ligações locais
de desenvolver uma tecnologia para essa convergência partiu de uma pesquisa informal feita pela operadora entre seus assinantes e que concluiu que 30% das ligações completadas através de celulares são feitas dentro de casa ou da empresa próximo a um telefone sem fio. "Os principais alvos para esse lançamento da operadora são pequenas e médias empresas, mercado SoHo e clientes entre 25 e 55 anos de alto poder aquisitivo e adeptos de novas tecnologias". Para ter a comodidade, o cliente terá de comprar um ponto de acesso (este pode conectar até três Telefones Únicos simultaneamente) e um V3 da Motorola. Os dois equipamentos têm preços de R$ 748 a R$ 948 (pós ou pré pago). Mas a Br Telecom está sendo sondada por outros fabricantes de celulares para a
oferta de aparelhos a preços mais competitivos. A operadora adquiriu 10 mil unidades do V3 e outros 10 mil pontos de acesso da Motorola para os primeiro meses de lançamento. Segundo Lang, essa solução de convergência do fixo com o móvel é inédita ao utilizar a tecnologia CTP (Cordless Telephony Profile) aliada às redes celulares GSM e foi desenvolvida pela Motorola na fábrica de Jaguariúna. "É uma tecnologia tropical e pioneira no mundo para redes GSM", destacou o gerente da Br Telecom. A empresa é também uma das participantes da Aliança para Convergência Fixo-Móvel (FMCA, em inglês) criada para promover a integração das tecnologias convergentes e definir seus padrões.
Sony Ericsson anunciou na semana passada a expansão de sua linha de celulares Walkman com o novo W300i, que será o primeiro aparelho da linha produzido no Brasil, através de uma parceria com a Flextronics, que tem fábrica em Sorocaba, em SP. O W300i é o mais acessível dos Walkman, a R$ 799, e estará disponível no mercado a partir deste mês. O anúncio vem logo após a divulgação dos resultados financeiros da empresa no segundo trimestre de 2006, período em que a Sony Ericsson consolidou-se como a quarta maior fabricante de celulares do mundo, em faturamento e volume de vendas – a empresa distribuiu no trimestre 15,7 milhões de unidades, um aumento de 33% em comparação ao mesmo período de 2005. As vendas para o trimestre totalizaram 2,272 bilhões de euros, um
Uma chamada local custa R$ 0,11 por minuto. De um móvel para fixo, sai por R$ 0,68.
À esq, o W300i que comporta MP3 e AAC. Ao lado, a estação musical Desk Stand MDS-70.
A convergência inédita foi apresentada pela Br Telecom e visa à economia nas ligações e também à mobilidade das empresas
Divulgação
terça-feira, 8 de agosto de 2006
Sony Ericsson lança celular walkman fabricado no Brasil em parceria com a Flextronics
aumento anual de 41%. O W300i é um quad band clamshell (formato de concha) com tecnologia EDGE e padrão Bluetooh que, com a redução dos custos de produção, traz a experiência do celular Walkman para um mercado bem mais amplo. Com a mesma qualidade musical que os modelos lançados no ano passado (W800 e W600), o W300i possui tecnologia de ponta, design compacto e câmera VGA integrada. CDs no telefone – O W300i, que suporta os padrões de arquivos musicais MP3 e AAC, permite ouvir até 30 horas de música. Tem teclas diretas de música, função 'shuffle' (execução aleatória), rádio FM com RDS e modo flight. Com design compacto, em branco e preto, o W300i vem com um Memory Stick Micro (M2) de 256MB com capacidade de expansão para 1GB, headset estéreo, cabo USB e software para gerenciar músi-
cas e Disc2Phone, que permite transferir os CDs para o celular. Som portátil – Em setembro, chegam ao Brasil três acessórios para o compartilhamento das músicas dos celulares Walkman em qualquer ambiente. São os alto-falantes portáteis MPS-60 e as estações musicais Music Desk Stand MDS-60 e 70, para amplificar o som. O MPS-60 é um "som de bolso", compacto, com qualidade de som estéreo que surpreende pelo tamanho. Preço: R$ 169,00. O MDS-60, dobrável e compacto, fica em cima de um móvel e reproduz som enquanto carrega a bateria. Sai por R$ 499. Já o MDS-70 é um autêntico amplificador Walkman, que, junto com um subwoofer e caixas de som estéreo, atinge a potência máxima de 25W (RMS). Com controle remoto, é mais caro que o celular: R$ 1.199.
cone; plástico e derivados sintéticos; tecidos e revestimentos; caneta esferográfica e de ponta porosa; pilhas e baterias; televisão; ar condicionado; fotografia colorida; radar; computador; impressora; fax; telefone celular; telefone sem fio; avião a jato; satélite; injeção eletrônica de combustível; pneu sem câmara; lycra; transistor; gravador e fita cassete; gravador e fita de vídeo cassete; CD; DVD; embalagens de longa duração de alimentos en lata dos e longa vida; forno de microondas; freezer d o m é s t ico; cartões de banco e de crédito; internet; e-mail; rede de computadores; dispositivos digitais. A lista é praticamente infinita e se formos desdobrar cada invenção, veremos que ela é a origem uma série de outras tantas que também transformaram a sociedade. Os avanços tecnológicos estão apenas começando e nas próximas décadas eles serão tão fantásticos que fica difícil prever o que vem pela frente. Não temos a menor idéia do que poderá ser criado. Nada mais é definitivo quando se fala de tecnologia. Quem pode garantir que da-
qui 10 anos os computadores serão do jeito que são hoje, por exemplo? Quem garante que o teclado irá continuar a existir e não irá virar peça de museu? O mercado começa a ser conquistado pelos Tablets PCs, uma variação dos notebooks, que permite que o usuário escreva na tela em vez de digitar. O reconhecimento de voz pelo computador também caminha para tornar-se realidade e dentro de poucos anos ele estará d i s p o n ív e l d e maneira c o n s i stente. E dentro de alguns anos os f ab r i ca ntes de teclado terão o mesmo destino das fábricas de carroças e máquinas de escrever. Absurdo? De jeito nenhum. Existe uma variante que quase não é levada em conta para tamanha explosão tecnológica que virá: os jovens que hoje têm entre 15 e 20 anos não tiveram que aprender tecnologia; para eles todas as modernidades do presente sempre existiram. Eles não têm referência de um mundo sem todas as invenções que foram postas em prática nos últimos 60 anos. E a habilidade que terão em criar novas tecnologias e modificar as já existentes não terá limites.
Rachel Melamet
Bárbara Oliveira
NOS ÚLTIMOS ualquer invenção que dê certo pode ser considerada tecnológica. Uma coisa que sempre me intrigou é a expressão "Ciência e Tecnologia". Não consigo dissociar uma da outra, mesmo antes da invenção dos computadores. Adquiriu-se o hábito de vincular tudo que é tecnológico aos micros, mas avanços que não têm nada a ver com eles também devem ser encarados como pura tecnologia. Costumo dizer que, se está na prateleira para ser vendido, está ultrapassado mesmo que tenha sido lançado ontem. Isso porque com certeza já exist e m p e squisas em a n d am e nto para melh orar aquele produto, seja pela empresa que o fabrica ou por seus concorrentes. Eu excluía dessa lista os gêneros de primeira necessidade, mas fui pego de surpresa pelos transgênicos. Eles nasceram como forma de combater pragas que assolam as lavouras e aumentar a produção de alimentos. Ideologias e questionamentos à parte, é uma evolução tecnológica que não tem volta. E a empresa que não se adaptar a ela tende a ficar para trás ou mesmo desapare-
cer. É certo que existem invenções que perduram por décadas ou mesmo milhares de anos e será difícil substituí-las, por mais que se tente. Três exemplos: a roda, clipe de papel e grampeador. Não deixam de ser tecnologia. A p r i n c í p i o c e r t a s i nvenções assustam e são re j e i t a d a s p o r m u i t o s s etores da sociedade, pois e la s s em pre sã o v is ta s c om o a m e a ç a p a r a d e t e r m in a d o s g r u p o s . To m e - s e c om o e xe mp l o a i nv en çã o do automóvel. Na época as resistências foram muitas, pois as " i n d ú strias" d e c a rroças, c a r r u ag e n s , f e r r e ir o s e p r o f i ssionais que fabricavam sela para c a v a l o v i r a m s e u s n e g óc io s e m pe r ig o. A hi st ó ri a m os tro u q ue e s ta va m c ert os n e ss e as p ec to , m as e rrados em aceitarem e se a d a p t a r e m à n o v a r e a l id ad e. Mais recentemente, as fábricas de carburadores que não se equiparam para produzir injeção eletrônica de combustível, fecharam suas portas ou fabricam apenas peças de reposição para uma frota de veículos à
60 ANOS, 98% DOS AVANÇOS. Esse percentual pode parecer exagerado, mas não é. Com algumas exceções, estamos rodeados de inventos que ocorreram nas últimas seis décadas Por Guido Orlando Jr. beira da extinção. Da mesma forma, os fabricantes de máquinas de escrever que não atualizaram seu parque fabril para produzir impressoras ou diversificaram sua produção, entraram em colapso com a invenção do computador e da impressora para uso doméstico ou profissional. Todo avanço tecnológico nasce de uma necessidade e, do início do século passado para cá, elas aumentaram de forma assustadora. Tente dissociar todo avanço da aspiração de uma v i d a m elhor e verá que ele não faz sentido. A s ú l t imas seis décadas foram responsáveis por 98%
de todo conhecimento humano, enquanto que milhares de anos representam apenas 2% de tudo o que se conhece. Parece exagero? Então faça um exercício e tente lembrar-se de tudo que foi inventado nos últimos 60 anos. Vou citar alguns dos principais e tente imaginar como seria sua vida sem eles: antibiótico e medicamento para combate a doenças que antes da década de 40 eram fatais; ultrasonografia, tomografia e ressonância magnética; eletrocard i o g r am a , a ngioplastia e curas rel a c i o n adas ao coração; t r a n splante de órgãos; b io te cn ologia; sili-
6
Nacional Finanças Empresas Estilo
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
NOVELA MEXICANA CHEGOU A 18 PONTOS NO IBOPE
Nos últimos três meses, foram vendidas 10 milhões de revistas do grupo.
Fotos: Divulgação
grife
REBELDE Uma explosão de vendas
F
az três meses que a palavra "Rebelde" é a mais acessada no site de buscas Google Brasil, mesmo concorrendo com "Copa do Mundo". Só nos últimos 90 dias, a banda adolescente mexicana foi responsável pela venda de 1,5 milhão de CDs no Brasil, 10 milhões de revistas, 20 milhões de figurinhas e a criação de 10 mil comunidades fanáticas no Orkut. Dez mil quebra-cabeças foram vendidos em uma semana. Os números são mais que suficientes para que, cada vez mais, a indústria invista em licenciamentos com o nome Rebelde. Agora, a marca chega a tatuagens adesivas, bolsas, protetores para celular, porta-retratos, carteiras, todo tipo de material escolar, tênis, sandálias, edredons, toalhas, bijuterias, bonés, cintos e cosméticos, num total de 27 itens com o nome Rebelde. "Apesar dos fantásticos números de vendas no começo do ano, é
no segundo semestre que os negócios esquentam", disse o diretor da Redibra Licencing Solutions, David Diesendruck, durante evento que reuniu profissionais do varejo para apresentação dos novos produtos da grife. A agência detém os direitos exclusivos da marca Rebelde no Brasil. "As vendas devem triplicar até o final de 2006 e a expectativa é de que sejam comercializados R$ 200 milhões em produtos Rebelde", afirmou Diesendruck. Entre os fabricantes que apostaram no sucesso da telenovela estão a Revlon Cosméticos, C&A Modas, Grendene, Buettner e a papelaria Bestcard. Promoções – Nas próximas semanas, o varejo deve estar totalmente abastecido com mercadorias da linha, que já se prepara para as vendas de Volta às Aulas, Dia da Crianças e, mais adiante, o Natal. "Estamos discutindo ações promocionais e brindes exclusivos para essa época do
ano", reforçou Diesendruck. A turnê da banda pelo Brasil, que será realizada entre os dias 20 de setembro e 8 de outubro, também deve ajudar a impulsionar as vendas desses produtos. "Vamos trabalhar com os comerciantes para que todo mundo saia ganhando", disse Diesendruck. "Os shows ajudam na divulgação do nome da grife e é a oportunidade dos lojistas de se capitalizarem em cima da marca." Novela mexicana – Foi Sílvio Santos, mais uma vez, quem comprou os direitos de uma novela da rede mexicana Televisa e trouxe o sucesso para o Brasil. A novela juvenil Rebelde, em exibição no SBT desde agosto de 2005, conta a vida de um grupo de adolescentes que luta pelo direito de amar e pelo rompimento das barreiras sociais e pela música em uma escola elitista. Desde o começo da trama, os índices de audiência registrados só aumentam, e já chegaram a picos de 18 pontos no Ibope. "Cria-
Mercado já tem 27 produtos diferentes com a marca
A expectativa é de que sejam vendidos em torno de R$ 200 milhões em produtos Rebelde neste ano
mos um projeto o mais global possível para atingir crianças e adolescentes de vários níveis sócio-culturais", contou a diretora-geral da Televisa Marcas, Maria Carmen Rotter Alday. "Rebelde só vai acabar quando o público não quiser mais saber dessa turma." A terceira temporada da novela já está pronta e deve chegar ao Brasil no começo de
2007. Com o final da novela, a Televisa deve produzir uma série semanal, uma espécie de seriado como o Friends, que também virou mania no Brasil. "Os episódios já estão sendo escritos, mas só devem começar a ser gravados depois que terminar a turnê da banda pela América do Sul", disse Maria Carmen. Também há projetos para filme com o grupo.
A RBD, banda composta por seis integrantes da novela Rebelde, deve fazer shows em 13 capitais brasileiras. Os organizadores do evento esperam que 700 mil pessoas assistam aos shows. A a p re s e n t a ç ã o e m S ã o Paulo ainda não está confirmada e depende de autorização da prefeitura paulistana. Sonaira San Pedro
Varig: nova ação na Justiça juíza Maria Thereza da Costa Prata, da 63ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, determinou ontem que a Varig forneça, em dez dias, a lista de todos os empregados que serão demitidos. O pedido foi feito em ação ajuizada na última segunda-feira por sindicatos de trabalhadores da Varig, que pede também a liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do seguro desemprego para os empregados, que estão sem salários há quatro meses. Como a juíza não tinha uma relação dos funcionários representados no recurso, pediu-a à empresa, que também deverá se manifestar sobre as antecipações solicitadas pelos sindicatos no mesmo prazo. Pagamentos – A Varig continua sem pagar suas taxas à Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata) e, portanto, ficará impedida de usar o sistema de compensações de pagamentos da entidade com sede em Genebra, na Suíça. Na prática, a dívida im-
A
pede que a Varig possa pedir que outra empresa aérea acomode os passageiros que tenham comprado bilhetes da companhia brasileira. O mecanismo de compensações é uma das principais funções da Iata. O sistema permite que uma empresa acomode passageiros de outra companhia e, depois, obtenha a compensação por meio da entidade internacional. Para que uma empresa, porém, possa se beneficiar do serviço, precisa estar em dia com suas contas na Iata. Por ano, o sistema de compensações movimenta US$ 30 bilhões entre as empresas que fazem parte da associação. O fato de ter sido excluída do sistema não significa que a empresa aérea está expulsa da associação que reúne mais de 220 companhias aéreas. Balcões – Já a Infraero deve iniciar hoje a retomada dos balcões de check-in da Varig, apesar da resistência da companhia. Em reunião na manhã de ontem, Varig, Infraero e demais companhias não chega-
ram a um acordo sobre a distribuição temporária dessas áreas. A empresa não quer devolver os espaços e argumenta que o direito de uso deles, assim como os direitos de vôo (slots) foram "congelados" por decisão judicial em março deste ano e que assim devem permanecer enquanto durar a recuperação judicial, até 2008. Isso significaria manter balcões de check-in até mesmo em cidades em que a Varig não mais opera e naquelas em que não pretende operar pelos próximos dois anos, como, por exemplo, Caxias do Sul. Concorrentes como TAM e Gol argumentam que suas operações estão sofrendo atrasos por conta de problemas de atendimento nos balcões. Em aeroportos concorridos como o de Congonhas, na capital paulista, os balcões da TAM e da Gol são insuficientes para atender o aumento da demanda provocado pela crise da Varig, e os passageiros têm de enfrentar filas enormes para fazer o check-in. (AE)
TAM dispara na liderança TAM ultrapassou pela primeira vez na história da aviação brasileira, e de longe, a Varig como principal empresa brasileira de transporte de passageiros no mercado internacional. Em julho, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a participação da TAM no número de passageiros transportados por quilômetro em linhas internacionais subiu para 52,64%, bem mais que o dobro dos 20,73% de participação em igual mês de 2005. A Varig, por outro lado, des-
A
pencou sua fatia para 29,96%, contra os 74,84% que detinha no mesmo mês de 2005. A Gol chegou em julho com 10,92%, ante 2% no ano passado. A BRA, que faz vôos fretados para fora do País, elevou a participação para 6,02%, frente aos 2,19% anteriores. Apesar de ter perdido mercado para a TAM, a Varig se manteve na liderança no acumulado de janeiro a julho. Segundo a Anac, nos sete primeiros meses do ano a fatia da Varig caiu para 63,62%, ante 78,5% em igual período de
2005. Na mesma comparação, a TAM elevou a participação de 16,92% para 28,52%. O número de passageiros transportados por quilômetro pela Varig dentro do País caiu 85,8% em julho deste ano ante igual mês do ano passado. Com a queda, a companhia aérea desabou para a quarta posição no ranking nacional, perdendo até mesmo para a empresa regional BRA. A participação da Varig no total caiu de 24,79% em julho de 2005 para 3,54% em julho deste ano. A BRA tinha 4,38%. (AE)
Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO
2 -.LOGO Não temos mais relações carnais com ninguém. Este governo não rege suas decisões a partir das ações de outros países. Este aqui é um país independente! DO presidente da Argentina, Néstor Kirchner. "Relações carnais" foi a denominação da política de intenso alinhamento da Argentina com os EUA promovido pelo governo do ex-presidente Carlos Menem (1989-99) nas áreas política, militar e econômica.
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
9
www.dcomercio.com.br/logo/
AGOSTO
Data da inauguração da Capela Sistina, no Vaticano, em 1483. Imagem: afresco de Michelângelo no teto da capela, concluído em 1512
S AÚDE M EIO AMBIENTE
O mal instantâneo
Tragédia humanitária e ambiental O conflito entre Israel e a milícia xiita do Hezbollah no Líbano é a causa não apenas de uma tragédia humanitária sem precedentes como também de uma catástrofe ambiental que deve afetar todos os países da região do Mediterrâneo devido ao derramamento de mais de 30 mil toneladas de combustível tóxico em águas libanesas, como revelou um estudo do O Centro Italiano de Informação e Comunicação, ligado à Convenção de Barcelona (CIC/CB). Da central elétrica Jieh e seus depósitos saiu
uma quantidade de combustível que fontes libanesas estimam em 30 mil toneladas, que "deram início a uma maré negra que atualmente se estende por pelo menos 120 quilômetros". O Centro de Informação e Comunicação da Convenção de Barcelona acrescenta que cerca de dez mil toneladas de óleo caíram ao mar após o bombardeio realizado entre 13 e 15 de julho último, e que outras 20 mil toneladas foram derramadas nas três semanas seguintes.
Michael Kappeler/AFP
Cientistas provam que uma única refeição com gordura pode prejudicar artérias
U
ma única refeição rica em gorduras saturadas pode afetar as artérias e impedir o organismo de se proteger contra doenças cardíacas e derrames, garante um estudo do Instituto de Pesquisa Cardíaca de Sydney, na Austrália. A pesquisa, que será publicada na edição de 15 de agosto da Revista do Colégio Americano de Cardiologia, pesquisou os efeitos do acúmulo das gorduras saturadas, que incluem todas as gorduras animais presentes em carnes e laticínios, além de óleos de coco e dendê. A maior parte das gorduras vegetais são poliinsaturadas ou monoinsaturadas.
Para o estudo, os cientistas deram duas refeições de bolo de cenoura e milkshake para 14 voluntários saudáveis de 18 a 40 anos, e em seguida avaliaram o sangue deles. As duas refeições eram idênticas, mas uma delas era rica em leite de coco, uma gordura saturada, enquanto a outra era rica em óleo de cártamo, poliinsaturado. Três horas depois do consumo de gordura saturada, o endotélio às margens das artérias era menos capaz de ampliá-las para aumentar o fluxo sangüíneo. A refeição poliinsaturada reduziu ligeiramente essa capacidade, mas os resultados não são estatisticamente significativos. Seis ho-
ras depois da refeição com a gordura saturada, os pesquisadores concluíram que a lipoproteína de alta densidade (HDL, o "colesterol bom") tinha menos capacidade de controlar inflamações dentro das artérias. A inflamação está ligada a doenças cardíacas. A refeição poliinsaturada pareceu melhorar a capacidade antiinflamatória da DHL. "A mensagem de saúde pública para levar para casa é: trata-se de mais uma prova que apóia a necessidade de reduzir agressivamente a quantidade de gordura saturada consumida na dieta", disse Stephen Nicholls, responsável pelo estudo. (Reuters)
Aris Messinis/AFP
Muro dos assassinatos
LUA CHEIA - Gregos admiram a lua em Cabo Sounion, a 60 quilômetros de Atenas, onde fica o Templo de Poseidon. Hoje, sítios arqueológicos como a Acrópolis, Olímpia e os Templos de Afaia e Poseidon ficarão abertos ao público durante a noite, sob a lua cheia.
C A R T A Z
CANETAS
Exposição de canetas-tinteiro. Shopping Higienópolis. Avenida Higienópolis, 618. Piso Veiga Filho. Telefone: 5016-1819. Das 10h às 22h. G @DGET DU JOUR
F AVORITOS
Drive Alert mantém Música na rede, motorista acordado dentro da lei Uma boa invenção para quem precisa enfrentar longos trechos de estrada. O Drive Alert detecta o movimento da cabeça do motorista, e apita se a inclinação passar de 15 graus -- sinal de que a pessoa está "cabeceando". Custa US$ 15,00 no site SmartHome. www.smar thome.com/92794.html
ansada da imagem de menina festeira, a atriz Lindsay Lohan, de 20 anos, disse, em entrevista à revista Elle, que planeja viajar para o Iraque junto com a senadora pelo estado de Nova York Hillary Clinton, para entreter as tropas norte-americanas no país. "Eu estou tentando ir para o Iraque há tanto tempo. Hillary se empenhou para conseguir com que eu fosse com ela, mas tudo parecia tão perigoso", declarou a jovem atriz. Lindsay disse que quer imitar a diva Marilyn Monroe, que apresentou shows para cerca de 100 mil tropas dos EUA situadas na Coréia, em 1954. "Essa mulher é tudo o que aspiro ser", disse a atriz, acrescentando que pretende se preparar para a viagem aprendendo a atirar. "É, eu tenho um lado obscuro. Eu assisti a todos o s v í d e o s s o b re C h a r l e s Manson (líder de um grupo que assassinou a atriz Sharon Tate)", teria dito ela, segundo publicou ontem a revista People. Um porta-voz da senadora
Foto: site da atriz www.llrocks.com
B RAZIL COM Z
Bebida miraculosa
Acompanhando o fenômeno dos sites de relacionamento, que viraram febres com internautas do muito inteiro, os Estados Unidos já lançaram um com um público bem específico, os navegadores com mais de 50 anos. Se no Orkut, MySpace ou Hi5 esses "jovens" não tem muito espaço, no Eons o território virtual é todo deles. Algumas funcionalidades são iguais, como a criação de comunidades, mas outras são feitas sob medida, com direito até a uma calculadora de longevidade, que dá dicas sobre o que fazer para viver por mais tempo. ww.eons.com
R ELIGIÃO
Água benta do papa João Paulo II Lindsay Lohan: imagem de seriedade e envolvimento com questões políticas
ofereceu uma versão diferente do convite de Hillary feito à Lindsay. "Ela recebeu um comunicado que, se quisesse ir, deveria entrar em contato com a USO", disse Philippe Reines. A organização USO oferece entretenimento para as tropas norte-americanas instaladas em outros países.
Lindsay Lohan nasceu em Nova York e fez sua estréia nas telonas em Operação Cupido (1998). A fama veio, no entanto, depois da atuação em Meninas Malvadas(2004) e Herbie Meu Fusca Turbinado (2005). Atualmente, filma Georgia Rule, com Jane Fonda e Felicity Huffman. (AE)
Grupos de peregrinos convergem a um novo monumento dedicado ao falecido papa João Paulo II, localizado em seu povoado natal, para tocar e recolher a água que corre em sua base. Segundo os fiéis, o líquido teria propriedades curativas. A Igreja Católica não proclamou a água como milagrosa, mas os fiéis não param de chegar. O monumento é uma estátua em bronze do papa sobre uma base de granito, num templo improvisado. "Todos sentimos que esta água nos dará forças", disse um peregrinos. L OTERIAS Concurso 477 da DUPLA SENA Primeiro Sorteio 01
06
07
09
12
30
27
30
40
Segundo Sorteio
A TÉ LOGO
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo: 11
Satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais registram 477 focos de queimadas
L
Estados Unidos investigam 'doença imaginária' que já causa comoção entre internautas
L
www.abmusica.org.br
C
Dias de Marilyn
L
A Academia Brasileira de Música, fundada por Heitor VillaLobos em 1945, colocou na internet, gratuitamente, seu banco de dados contendo mais de 8.500 livros sobre música. O acervo contém praticamente tudo o que se publicou desde o século XVI sobre música brasileira (erudita, tradicional e popular) no Brasil e no estrangeiro; e também a produção musicológica de brasileiros sobre música em geral. O site também dá acesso a partituras. Para ter acesso ao acervo online basta se cadastrar.
www.cbl.org.br/pws_jabuti/2006/
Um Orkut para cinqüentões
I RAQUE E M
A história da destruição de Manaus e da utopia dos rebeldes, contada por Milton Hatoum em Cinzas do Norte, foi escolhida ontem pela Câmara Brasileira do Livro como o melhor romance do ano passado, ganhando o Prêmio Jabuti na categoria em sua 48ª edição. Em segundo lugar, empatados, ficaram Menino Oculto, de Godofredo de Oliveira Neto, e Meninos no Poder, de Domingos Pellegrini. Em terceiro, o júri escolheu Olho de Rei, do embaixador Edgard Telles Ribeiro. Confira todos os vencedores no site.
I NTERNET
L
e dois casos antes atribuídos à divisão foram descartados e 81 episódios suspeitos ainda precisam ser analisados em profundidade, determinaram os estudiosos no documento intitulado Mortes no Muro de Berlim entre 1961 e 1989. Os pesquisadores também organizaram as biografias das 125 vítimas confirmadas da Guerra Fria e relatos dos eventos que levaram às mortes. A maior parte das vítimas era de alemães orientais tentando fugir para o Ocidente, mas 32 pessoas, entre elas 8 soldados em serviço, não tinham a intenção de cruzar a fronteira.
Vencedores do Jabuti
O site norte-americano especializado na cobertura do setor de bebidas BevNet publicou ontem uma reportagem sobre o Brazil Gourmet Nectar, que passa a ser importada por uma empresa nos EUA. A bebida feita do "fruto milagroso" brasileiro, o açaí. Rico em vitamina C e fibras, o açaí, segundo o texto, também contém mais antioxidantes do que qualquer fruta do planeta, ajudando a proteger as células contra os radicais livres.
H ISTÓRIA
Pelo menos 125 pessoas foram assassinadas ao longo do Muro de Berlim durante os 28 anos em que a barreira simbolizou as divisões da Guerra Fria, informaram pesquisadores ontem com base em relatos de testemunhas e documentos oficiais. Os números são resultado do trabalho de uma comissão governamental que estudou 268 mortes ocorridas perto do muro que dividiu Berlim entre 1961 e 1989. A comissão tenta determinar com exatidão quantas pessoas morreram no Muro de Berlim em incidentes relacionados à Guerra Fria. Sessenta
L ITERATURA
Na China, duas pandas gigantes dão à luz a gêmeos, aumentando reprodução em cativeiro
15
26
Concurso 1636 da QUINA 27
29
37
50
57
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
LEGAIS - 13
Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta
CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP
Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras
CONTINUAÇÃO
b) Composição dos investimentos nas demonstrações financeiras consolidadas
Em 30 de junho - R$ mil
Em 30 de junho - R$ mil
BRADESCO MÚLTIPLO Provisão
COLIGADAS
Nível de risco
Específica Vencidas
Vincendas
Total específica
Genérica
Total
– 136.279 59.097 380.205 575.581 92.674 65.199 89.652 127.666 575.947 951.138 1.526.719 31,5 1.481.229 36,9
– 136.279 63.425 405.444 605.148 155.553 187.886 289.393 408.790 2.250.573 3.292.195 3.897.343 80,4 3.072.969 76,5
AA ............. 0,0 – – – A .............. 0,5 – – – B .............. 1,0 1.122 3.206 4.328 C .............. 3,0 8.102 17.137 25.239 Subtotal .......... 9.224 20.343 29.567 D .............. 10,0 25.942 36.937 62.879 E .............. 30,0 57.100 65.587 122.687 F .............. 50,0 100.765 98.976 199.741 G .............. 70,0 135.974 145.150 281.124 H .............. 100,0 1.127.628 546.998 1.674.626 Subtotal .......... 1.447.409 893.648 2.341.057 Total em 2006 . 1.456.633 913.991 2.370.624 % ............... 30,0 18,9 48,9 Total em 2005 . 1.060.849 530.891 1.591.740 % ............... 26,4 13,2 39,6 (1) Relação entre provisão existente e a carteira, por nível de risco. g) Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa
Excedente
% Em 2006 (1)
Existente
– 427 25.086 308.778 334.291 256.242 120.113 103.701 138.265 – 618.321 952.612 19,6 944.148 23,5
– 136.706 88.511 714.222 939.439 411.795 307.999 393.094 547.055 2.250.573 3.910.516 4.849.955 100,0 4.017.117 100,00
% Em 2005 (1)
– 0,5 1,4 5,3 1,5 26,5 49,2 67,9 93,7 100,0 69,9 7,0
– 0,5 1,4 6,7 1,7 24,9 45,0 66,4 95,5 100,0 67,7
Saldo inicial ..................................................................................................................... - Provisão específica (1) .................................................................................................. - Provisão genérica (2) ..................................................................................................... - Provisão excedente (3) .................................................................................................. Constituição ..................................................................................................................... Baixas .............................................................................................................................. Saldo oriundo de Instituições Adquiridas (4) .................................................................. Saldo final ........................................................................................................................ - Provisão específica (1) .................................................................................................. - Provisão genérica (2) ..................................................................................................... - Provisão excedente (3) ..................................................................................................
4.958.649 2.287.589 1.657.570 1.013.490 2.054.428 (1.281.444) 101.565 5.833.198 3.053.611 1.699.872 1.079.715
4.145.557 1.785.474 1.434.610 925.473 1.196.746 (891.867) – 4.450.436 1.891.084 1.613.482 945.870
4.331.878 1.888.287 1.495.708 947.883 1.585.166 (1.078.542) 11.453 4.849.955 2.370.624 1.526.719 952.612
3.769.366 1.531.921 1.312.295 925.150 1.036.843 (789.092) – 4.017.117 1.591.740 1.481.229 944.148
(1) (2) (3)
Para operações que apresentem parcelas vencidas há mais de 14 dias; Constituída em razão da classificação do cliente ou da operação e, portanto, não enquadrada no item anterior; A provisão excedente é constituída considerando a experiência da Administração e a expectativa de realização da carteira de créditos, de modo a apurar a provisão total julgada adequada para cobrir os riscos específicos e globais dos créditos, associada à provisão calculada de acordo com a classificação pelos níveis de risco e os respectivos percentuais de provisão estabelecidos como mínimos na Resolução no 2682 do CMN. A provisão excedente por cliente foi classificada nos correspondentes níveis de riscos (Nota 10f); e (4) Representado pelo Banco BEC S.A. e Amex Brasil (Notas 1 e 4). h) Recuperação e renegociação Despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa líquida da recuperação de créditos baixados (“Write–off”). Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005 2006 2005 2.054.428 (274.890) 1.779.538
Constituição ..................................................................................................................... Recuperações (1) ............................................................................................................. Despesa líquida de recuperações .................................................................................. (1) Classificadas em receitas de operações de crédito (Nota 10i). Movimentação da carteira de renegociação
1.196.746 (315.393) 881.353
BRADESCO CONSOLIDADO 2006 2005
i)
Saldo inicial ..................................................................................................................... - Renegociação ................................................................................................................ - Recebimentos ................................................................................................................ - Baixas ............................................................................................................................ Saldo final ........................................................................................................................ Provisão para créditos de liquidação duvidosa .............................................................. Percentual sobre a carteira .............................................................................................. Receitas de operações de crédito e de arrendamento mercantil
2.020.341 1.235.215 (637.803) (247.483) 2.370.270 1.454.527 61,4%
1.714.589 778.490 (535.020) (241.863) 1.716.196 1.022.548 59,6%
1.585.166 (221.673) 1.363.493
1.036.843 (221.010) 815.833
Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005 2.000.131 1.235.215 (630.960) (252.199) 2.352.187 1.444.456 61,4%
1.689.691 778.490 (520.549) (253.909) 1.693.723 1.011.086 59,7%
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005 2006 2005 Empréstimos e títulos descontados ................................................................................ Financiamentos ................................................................................................................ Financiamentos rurais e agroindustriais .......................................................................... Subtotal ............................................................................................................................ Recuperação de créditos baixados como prejuízo ......................................................... Alocação da variação cambial das agências e controladas no exterior ........................ Subtotal ............................................................................................................................ Arrendamento mercantil, líquido de despesas ................................................................ Total .................................................................................................................................. 11)
5.760.682 3.618.120 325.825 9.704.627 274.890 (295.237) 9.684.280 281.519 9.965.799
4.376.619 2.651.814 288.908 7.317.341 315.393 (444.772) 7.187.962 176.330 7.364.292
OUTROS CRÉDITOS a) Carteira de câmbio Saldos patrimoniais BRADESCO CONSOLIDADO 2006 2005 Ativo - Outros créditos Câmbio comprado a liquidar ............................................................................................ 7.828.104 6.073.049 Cambiais e documentos a prazo em moedas estrangeiras ............................................ 5.173 12.191 Direitos sobre vendas de câmbio .................................................................................... 2.503.503 1.752.714 (-) Adiantamentos em moeda nacional recebidos ........................................................... (285.760) (212.835) Rendas a receber de adiantamentos concedidos ........................................................... 72.295 46.802 Total .................................................................................................................................. 10.123.315 7.671.921 Passivo - Outras obrigações Câmbio vendido a liquidar ............................................................................................... 2.476.435 1.736.400 Obrigações por compras de câmbio ................................................................................ 7.956.640 6.511.453 (-) Adiantamentos sobre contratos de câmbio ................................................................. (5.766.871) (5.088.924) Outras ............................................................................................................................... 12.603 21.829 Total .................................................................................................................................. 4.678.807 3.180.758 Carteira de câmbio líquida .............................................................................................. 5.444.508 4.491.163 Contas de compensação Créditos abertos para importação .................................................................................... 174.981 164.865 Créditos de exportação confirmados ............................................................................... 25.517 41.823 Resultado de câmbio Composição do resultado de operações de câmbio ajustado, para melhor apresentação do resultado efetivo
5.559.626 1.522.096 325.825 7.407.547 221.673 – 7.629.220 – 7.629.220
4.304.113 1.252.256 288.908 5.845.277 221.010 – 6.066.287 – 6.066.287
Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005 7.828.037 5.173 2.503.503 (285.760) 72.295 10.123.248
6.073.049 12.191 1.752.714 (212.835) 46.802 7.671.921
2.476.435 7.956.577 (5.766.808) 11.571 4.677.775 5.445.473
1.736.181 6.511.453 (5.088.924) 21.829 3.180.539 4.491.382
174.981 25.517
164.865 41.823
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005 2006 2005 464.039 230.836 463.934 230.808
Resultado de operações de câmbio ............................................................................... Ajustes: Rendas de financiamentos de moedas estrangeiras (1) ................................................. 95.627 20.710 95.627 20.710 Rendas de financiamentos à exportação (1) ................................................................... 22.272 2.154 22.272 2.154 Rendas de aplicações no exterior (2) .............................................................................. 114.689 25.353 114.689 25.353 Despesas de títulos e valores mobiliários no exterior (3) ............................................... – (4.546) – (4.546) Despesas de obrigações com banqueiros no exterior (4) (Nota 17c) .............................. (557.490) (89.908) (560.506) (91.123) Outros ............................................................................................................................... 20.158 (73.256) 20.158 (73.256) Total dos ajustes .............................................................................................................. (304.744) (119.493) (307.760) (120.708) Resultado ajustado de operações de câmbio ................................................................. 159.295 111.343 156.174 110.100 (1) Classificadas na rubrica “Receitas de operações de crédito”; (2) Demonstradas na rubrica “Resultado de operações com títulos e valores mobiliários”; (3) Apresentadas na rubrica “Despesas de captações no mercado”; e (4) Relativas aos recursos de financiamentos de adiantamentos sobre contratos de câmbio e financiamentos à importação, registradas na rubrica “Despesas de operações de empréstimos e repasses”. b) Diversos Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005 2006 2005 Créditos tributários (Nota 34c) .......................................................................................... 6.072.231 6.233.938 Operações com cartão de crédito (1) ............................................................................... 4.406.930 1.785.107 Devedores por depósitos em garantia ............................................................................. 3.167.264 2.084.632 Tributos antecipados ........................................................................................................ 827.470 683.821 Títulos e créditos a receber .............................................................................................. 692.771 408.426 Pagamentos a ressarcir ................................................................................................... 443.555 413.958 Devedores diversos ......................................................................................................... 326.207 322.158 Devedores por compra de valores e bens ....................................................................... 270.627 287.383 Outros ............................................................................................................................... 223.910 146.309 Total .................................................................................................................................. 16.430.965 12.365.732 (1) O acréscimo deve-se substancialmente às operações da Amex Brasil no montante de R$ 1.153.126 mil (Nota 1). 12)
3.890.069 3.103.466 1.359.331 150.996 96.888 184.104 69.417 167.787 138.302 9.160.360
Imóveis .......................................... Bens em regime especial ............. Veículos e afins ............................. Estoques/almoxarifado ................. Máquinas e equipamentos ............ Outros ............................................ Total em 2006 ................................ Total em 2005 ................................ b) Despesas antecipadas
181.552 92.193 87.582 19.257 7.394 6.786 394.764 442.621
para perdas (63.665) (92.193) (24.662) – (5.020) (6.334) (191.874) (221.754)
2006
2005
Custo
117.887 – 62.920 19.257 2.374 452 202.890
139.029 – 48.625 23.988 1.994 7.231
60.165 85.184 26.960 8.209 759 44 181.321 204.523
Comissão na colocação de financiamento ..................................................................... Despesas de comercialização de seguros ..................................................................... Contrato de exclusividade na prestação de serviços bancários .................................... Despesas de seguros sobre captações no exterior ........................................................ Despesas de propaganda e publicidade ......................................................................... Outros ............................................................................................................................... Total .................................................................................................................................. 13)
220.867
para perdas (10.858) (85.184) (12.731) – (257) (1) (109.031) (116.143)
BRADESCO CONSOLIDADO 2006 2005 751.380 473.002 257.715 269.588 280.577 214.500 82.491 112.295 64.571 49.587 105.618 93.185 1.542.352 1.212.157
2006 49.307 – 14.229 8.209 502 43 72.290
64.169 951 9.648 13.593 19 88.380
Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005 46.141 47.468 – – 280.578 214.500 82.491 112.295 64.572 49.587 70.503 67.126 544.285 490.976
INVESTIMENTOS a) Movimentação dos investimentos em agências e controladas diretas e indiretas no exterior, eliminados integralmente no processo de consolidação das demonstrações financeiras R$ mil Saldo em Movimentação Saldo em Saldo em Investimentos em agências e controladas no exterior 31.12.2005 no semestre (1) 30.6.2006 31.3.2006 Banco Bradesco S.A. Grand Cayman Branch ................................................................. 5.842.819 (406.456) 5.436.363 5.510.896 Banco Bradesco S.A. New York Branch ........................................................................... 348.461 (17.493) 330.968 329.562 Banco Bradesco Luxembourg S.A. .................................................................................. 318.776 (16.870) 301.906 300.553 Bradport SGPS, Sociedade Unipessoal, Lda. ................................................................. 294.855 104.521 399.376 280.408 Cidade Capital Markets Limited ....................................................................................... 75.261 (4.047) 71.214 70.725 Bradesco Securities, Inc. ................................................................................................. 52.747 (4.759) 47.988 48.718 Banco Bradesco Argentina S.A. ...................................................................................... 38.946 (3.673) 35.273 36.122 Banco Boavista S.A. Nassau Branch .............................................................................. 19.773 (1.090) 18.683 18.546 Bradesco Argentina de Seguros S.A. .............................................................................. 14.691 (2.076) 12.615 12.970 Bradesco International Health Service, Inc. .................................................................... 231 (18) 213 214 Total .................................................................................................................................. 7.006.560 (351.961) 6.654.599 6.608.714 (1) Representada pela variação cambial negativa no montante de R$ 500.483 mil, equivalência patrimonial no montante de R$ 131.574 mil, ajuste negativo ao valor de mercado de títulos disponíveis para venda no montante de R$ 86.960 mil e aumento de capital em maio de 2006 na Bradport SGPS, Sociedade Unipessoal Lda, no montante de R$ 103.908 mil.
(273.869) (61.099) 1.019.608
Valor contábil Bradesco Múltiplo
Ajuste decorrente de avaliação (16)
30.6.2006
30.6.2006
30.6.2005
468.666
4.323
– 3.673.959 242.316 1.010.080
– 4.621.069 308.143 1.162.087
– 81 92.047 1.367.589
– – – –
– 99,876% 99,543% 100,000%
– 325.749 222.365 73.069
– 3.137.963 912.829 1.162.087
– 189.592 220.693 38.716
(2.118) 189.260 – 38.665
774.449 46.274 147.930 544.036 1.344.169
950.402 1.808.996 35.274 30.000 301.907 2 1.084.546 1.946.858 2.075.774 10.922.785
– – – – –
100,000% 99,999% 100,000% 100,000% 100,000%
11.602 (43) 6.369 114.918 153.098
958.037 35.273 301.747 1.084.546 2.075.774
3.996 (43) 6.369 (23.793) 149.106
6.174 (1.021) 5.352 28.182 205.459
–
–
–
–
–
–
–
604
215
55.800
147.142
–
14.800
99,999%
49.024
147.140
49.023
32.723
– 47.615
– 47.987
– 11
– –
– 100,000%
– (784)
– 47.987
18.912 (784)
9.433 635
277.113
399.376
–
–
100,000%
10.252
399.376
10.252
9.605
–
–
–
–
–
–
–
9.264
7.703
– 69.690 –
– 71.214 –
– 32.200 –
– – –
– 100,000% –
– 1.625 –
– 71.214 –
122.673 1.625 13.137
63.226 1.260 3.227
1.962.761
2.262.527
9
–
100,000%
107.247
2.262.527
104.605
101.322
–
–
–
–
–
–
–
10.723
8.058
302.930
289.326
491.949
–
100,000%
12.007
281.387
12.007
(363)
– –
– –
– –
– –
– –
– –
– –
3.998.377
6.487.837
940
–
100,000%
1.040.318
6.487.837
(499.056) 31.045 978.342 67.145 466 (727) 146.902 26.244 499.123 231 58.889 1.259
(708.604) 5.930 447.897 93.195 651 4.683 135.331 (213.583) 387.113 354 34.730 2.515
3.172.933 414.767 120.077
3.264.864 111.224 28.308
308.001 –
– 414.767 120.077
99,999% 99,999% 99,999%
95.484 – –
176.863
–
(1.386) 3.333 335.046 (21.085) – – 13.470 378 11.448 13.709 2.661 11.659 14.789
(1.054) 3.962 509.923 – – – 12.992 393 2.443 (285) 14.045 335.812 –
34.444 97.435 102.025 54.113 1.782.054
119.508 – – 25.015 962.143
1.590 – – 2.113 – 3.936 3.698
1.994 3.760 (1.401) 497 (391) 127 338
238.394
23.419 (276) 34.480
– (282) 4.642
23.870.536
1.816.534
966.785
3.264.832 931.025 70.561
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) (12) (13) (14) (15) (16)
Dados relativos a 30 de junho de 2006; Empresa alienada em 14 de janeiro de 2005; Empresa adquirida em janeiro de 2006 através de leilão na Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA; Empresa constituída em dezembro de 2005; Dados relativos a 31 de maio de 2006; Investimento alienado em 28 de fevereiro de 2005; Investimento alienado parcialmente em maio de 2006 e a parcela remanescente transferida para o Ativo Circulante; Investimento alienado em 7 de abril de 2005; Empresas adquiridas em 15 de maio de 2006; Atual denominação do Banco do Estado do Ceará S.A. - BEC; Atual denominação do Banco BEM S.A.; Atual denominação da Bradesco Consórcio; Empresa adquirida em 30.6.2006; Nova denominação da American Express do Brasil Tempo Ltda.; Participação direta e indireta; e Ajuste decorrente de avaliação, considera os resultados apurados pelas companhias a partir da aquisição e inclui variações patrimoniais das investidas não decorrentes de resultado, bem como os ajustes por equalização de princípios contábeis, quando aplicáveis.
14)
IMOBILIZADO DE USO E DE ARRENDAMENTO Demonstrado ao custo de aquisição corrigido. As depreciações são calculadas pelo método linear, com base em taxas anuais que contemplam a vida útil-econômica dos bens. Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO Taxa anual
BRADESCO MÚLTIPLO Valor residual
Valor residual Custo
Depreciação
2006
2005
Custo
Depreciação
2006
2005
Imóveis de uso: - Edificações ................................ 4% 696.823 (348.593) 348.230 370.194 196.535 (126.741) 69.794 165.179 - Terrenos ...................................... – 407.440 – 407.440 459.475 66.813 – 66.813 122.909 Instalações, móveis e equipamentos de uso ................................... 10% 2.151.881 (1.274.179) 877.702 805.697 1.536.612 (838.236) 698.376 665.565 Sistemas de segurança e comunicações .................................... 10% 133.467 (84.661) 48.806 49.170 122.089 (78.601) 43.488 44.185 Sistemas de processamento de dados ......................................... 20 a 50% 1.625.434 (1.246.086) 379.348 380.541 1.131.419 (874.971) 256.448 287.436 Sistemas de transportes .............. 20% 23.816 (14.432) 9.384 8.380 18.276 (12.409) 5.867 6.340 Imobilizações em curso .............. – 4.490 – 4.490 2.581 1.428 – 1.428 143 Subtotal ........................................ – 5.043.351 (2.967.951) 2.075.400 2.076.038 3.073.172 (1.930.958) 1.142.214 1.291.757 Imobilizado de arrendamento ...... – 31.872 (15.961) 15.911 12.345 – – – – Total em 2006 ............................... – 5.075.223 (2.983.912) 2.091.311 3.073.172 (1.930.958) 1.142.214 Total em 2005 ............................... – 4.885.589 (2.797.206) 2.088.383 3.292.601 (2.000.844) 1.291.757 Os imóveis de uso da Organização Bradesco apresentam mais-valia não contabilizada de R$ 1.108.382 mil (2005 - R$ 903.024 mil) baseada em laudos de avaliação elaborados por peritos independentes em 2006, 2005 e 2004. O índice de imobilização em relação ao patrimônio de referência consolidado é de 16,40% (2005 - 19,05%), no consolidado, e de 48,03% (2005 - 41,36%), no consolidado financeiro, sendo o limite máximo de 50%. 15)
2005
Cotas
TOTAL GERAL .............................................
Em 30 de junho - R$ mil
Custo
ParticiLucro pação líquido/ Consolidada (prejuízo) no capital ajustado social (15)
Quantidade de ações/ cotas possuídas (em milhares) O.N.
I - CONSOLIDADAS A) Ramo financeiro ..................................... Alvorada Leasing Brasil S.A. Arrendamento Mercantil (2) ............................................... Banco Alvorada S.A. (1) .............................. Banco BEC S.A. (1) (3) (10) ......................... Banco Bradesco BBI S.A. (1) (11) ............... Banco Boavista Interatlântico S.A. e sua controlada (1) .......................................... Banco Bradesco Argentina S.A. (1) ............ Banco Bradesco Luxembourg S.A. (1) ........ Banco Finasa S.A. (1) ................................. Banco Mercantil de São Paulo S.A. (1) ...... BCN Cons., Adm. de Bens, Serv. e Publ. Ltda. (1) ..................................................... Bradesco Administradora de Consórcios Ltda. (1) (12) ............................................. Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários (1) ..................................... Bradesco Securities, Inc. (1) ....................... Bradport - SGPS, Sociedade Unipessoal Lda. (1) ...................................................... BRAM - Bradesco Asset Management S.A. DTVM (1) .................................................... Cia. Brasileira de Meios de Pagamento VISANET (1) ............................................. Cidade Capital Markets Limited (1) ............. Finasa Promotora de Vendas Ltda. (1) ........ Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil (1) ..................................................... Zogbi Leasing S.A. Arrendamento Mercantil (1) ........................................................... Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A. (1) ............................ Ganho/perda cambial das agências no exterior (1) ......................................................... Demais empresas financeiras .................... B) Ramo Segurador e Previdência ............ Bradesco Seguros S.A. (1) .......................... Atlântica Capitalização S.A. (1) .................. Bradesco Argentina de Seguros S.A. (1) .... Bradesco Capitalização S.A. (1) ................. Bradesco Saúde S.A. (1) ............................. Bradesco Vida e Previdência S.A. (1) ....... Finasa Seguradora S.A. (1) ......................... Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros (1) BPS Participações e Serviços Ltda. (1) ..... Bradesco SEGPREV Investimentos Ltda. (1) (4) ......................................................... Ganho/perda cambial em controladas no exterior (1) ................................................ Demais empresas controladas ................... C) Outras atividades ................................... Elba Holdings S.A. (1) (9) ............................ Bankpar Tempo Ltda. (1) (13) (14) ................ Bankpar Participações Ltda. (1) (14) ........... União de Participações Ltda. (1) ................. Átria Participações S.A. (1) ......................... Ezibrás Imóveis e Representações Ltda. (1) Alvorada Serviços e Negócios Ltda. (1) ..... Nova Paiol Participações S.A (1) .............. Aquarius Holdings S.A. (1) .......................... Nova Marília Adm. de Bens Móveis Ltda. (1) Cia. Securitizadora de Crédito Financeiro Rubi (1) ..................................................... Celta Holdings S.A. (1) ................................ Bradesplan Participações S.A. (1) (9) ........ Demais empresas controladas ................... TOTAL DAS CONSOLIDADAS ..................... II - NÃO CONSOLIDADAS BES Investimento do Brasil S.A. - Banco de Investimento (5) .................................. IRB-Brasil Resseguros S.A. (5) ................... UGB Participações S.A. (6) ......................... American BankNote S.A. (7) ....................... CP Cimento e Participações S.A. (8) .......... Marlim Participações S.A. (5) ..................... NovaMarlim Participações S.A. (5) ............. Bradesco Templeton Asset Management Ltda. .......................................................... Demais empresas ....................................... TOTAL DAS NÃO CONSOLIDADAS ............
3.942.165 1.785.107 1.030.254 172.288 74.293 169.217 56.441 219.899 76.045 7.525.709
BRADESCO MÚLTIPLO Valor residual Provisão
Patrimônio líquido ajustado
Capital social
Empresas
OUTROSVALORES E BENS a) Bens não de uso próprio/Outros BRADESCO CONSOLIDADO Valor residual Provisão
310.163 – 17.812 22.856 18.077 33.081 1.067 403.056 334.462 290.545 326.513
c) Os ajustes decorrentes da avaliação pelo método de equivalência patrimonial dos investimentos foram registrados em contas de resultado, sob a rubrica de “Resultado de participações em coligadas e controladas”, e corresponderam ao valor de R$ 34.480 mil (2005 - R$ 4.642 mil), BANCO MÚLTIPLO - R$ 1.816.534 mil (2005 - R$ 966.785 mil). R$ mil
7,1
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005 2006 2005
2005
• IRB - Brasil Resseguros S.A. ............................................................................................................................... 346.871 • Bradesco Templeton Asset Management Ltda. (1) .............................................................................................. 32.604 • BES Investimento do Brasil S.A. - Banco de Investimento ................................................................................ 20.425 • NovaMarlim Participações S.A. ........................................................................................................................... 17.769 • Marlim Participações S.A. ................................................................................................................................... 12.707 • American BankNote S.A. (2) ................................................................................................................................ – • Outros ................................................................................................................................................................... 547 Total em coligadas ................................................................................................................................................. 430.923 - Incentivos fiscais ................................................................................................................................................. 325.631 - Banco Espírito Santo S.A. ................................................................................................................................... 399.121 - Outros investimentos ........................................................................................................................................... 289.532 Provisão para: - Incentivos fiscais ................................................................................................................................................. (279.680) - Outros investimentos ........................................................................................................................................... (120.695) Total geral dos investimentos consolidados ......................................................................................................... 1.044.832 (1) Empresa deixou de ser consolidada em abril de 2006 em função da venda parcial do investimento; e (2) Investimento alienado parcialmente em maio de 2006 e a parcela remanescente transferida para o Ativo Circulante.
Mínima requerida %Mínimode provisionamento requerido
2006
DIFERIDO a) Ágios
Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO 2006 2005
Tempo Serviços Ltda. (Ex-AMEX) (1) ..................................................................................................................... 819.801 – Banco BEC S.A. (2) ................................................................................................................................................ 606.097 – Banco Zogbi S.A. ................................................................................................................................................... 145.850 202.308 Banco Alvorada S.A. .............................................................................................................................................. 138.011 157.964 Bradesplan Participações S.A. (3) ......................................................................................................................... 80.514 – Banco BCN S.A. (4) ................................................................................................................................................ – 212.335 Banco Mercantil de São Paulo S.A. (4) ................................................................................................................. – 78.006 Morada Serviços Financeiros Ltda. ....................................................................................................................... 58.866 74.564 Banco Cidade S.A. (4) ............................................................................................................................................ – 74.682 Bankpar Participações Ltda. (Ex-AMEX) (1) .......................................................................................................... 42.253 – Promovel Empreendimentos e Serviços Ltda. ...................................................................................................... 34.533 47.900 Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil ................................................................................................... 28.513 35.714 Cia. Leader de Investimento .................................................................................................................................. 18.411 – Banco Boavista Interatlântico S.A. ........................................................................................................................ 9.848 29.543 Outros ..................................................................................................................................................................... 71.924 51.404 Total dos ágios ....................................................................................................................................................... 2.054.621 964.420 (1) Empresa adquirida em junho de 2006 (Nota 1); (2) Empresa consolidada a partir de janeiro de 2006 (Nota 1); (3) Empresa adquirida em maio de 2006 (Nota 1); e (4) Do total amortizado no 1º semestre de 2006, R$ 192.079 mil correspondem a amortização extraordinária em função da mudança na expectativa de realização (Nota 30). No 1o semestre de 2006, foram amortizados ágios no montante de R$ 433.502 mil, (1o semestre de 2005 - R$ 184.105 mil). I) O ágio a amortizar possui o seguinte fluxo de amortização: Em 30 de junho - R$ mil % Acumulado 2005 % Acumulado 2006 2005 ......................................................................................................................... 2006 ......................................................................................................................... 2007 ......................................................................................................................... 2008 ......................................................................................................................... 2009 ......................................................................................................................... 2010 ......................................................................................................................... 2011 ......................................................................................................................... 2012 ......................................................................................................................... 2013 ......................................................................................................................... 2014 ......................................................................................................................... 2015 ......................................................................................................................... 2016 ......................................................................................................................... Total dos ágios .........................................................................................................
– 234.547 449.398 449.398 381.351 347.700 119.432 31.952 18.529 10.215 9.370 2.729 2.054.621
– 11,4 33,3 55,2 73,7 90,6 96,5 98,0 98,9 99,4 99,9 100,0
178.910 343.261 191.472 115.735 51.730 30.248 23.012 21.735 8.317 – – – 964.420
18,6 54,1 74,0 86,0 91,4 94,5 96,9 99,1 100,0 – – –
CONTINUA
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Indicadores Econômicos
7
2,179 8/8/2006
COMÉRCIO
reais é o valor de cada dólar comercial para venda de acordo com a cotação de ontem. A oscilação foi de 0,32%.
EM
PAUTA São Paulo precisa que o Exército assuma o combate ao PCC?
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
DOISPONTOS -19 19
O ATAQUE
G O combate ao
crime organizado e a defesa das instituições são da competência do governo federal. A segurança pública e o combate ao crime são da competência dos governos estaduais. Neste cenário de insegurança, gerada pelo crime organizado, é dever
do Comando Militar do Sudeste assumir o combate, seja usando
tropa federal treinada no Haiti, seja usando tropa estadual. A Segunda Divisão de Exército deve ser incorporada o mais rápido possível. O governo estadual
não tem nem capacidade nem competência para combater criminosos comandados por oganizações terroristas de outros países. Se chegamos a este estágio de descontrole a culpa não é do governo estadual e sim dos últimos governos federais.
FRANCISCO ANÉAS FRANCISCO.ANEAS@UOL.COM.BR
Site na internet www.blog. dcomercio.com.br
Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br
J.F.Diorio/AE
OLAVO DE CARVALHO
TRÊS
NOTINHAS
N
o dia 1º. de agosto escrevi: “O país está integralmente sob o domínio da esquerda revolucionária, e um Lula a mais ou a menos, quer nos livremos dele por via judiciária, por maioria eleitoral ou pelo simples decurso do prazo da sua existência biológica, como vem acontecendo com seu amado Fidel Castro, não mudará em nada o curso previsto do destino nacional e continental. Uma revolução só se detém por meio de uma contrarevolução, e esta, ressalvados os planos ignotos da Providência Divina, não acontecerá. O assunto, por excesso de previsibilidade, é bastante desprovido de interesse.” Vinte e quatro horas depois, o sr. presidente da República, usando de um direito que não tem e exercendo atribuições que não lhe cabem, anunciava seu plano de convocar uma Constituinte destinada a preservar intactas as conquistas do petismo na hipótese já bastante viável da sua derrota eleitoral. Este país é mais que previsível. É mecânico e sem vida como um renitente bate-estaca.
Q
´
V
CADEIA JA!
ivemos um verdadeiro caos, em clima de guerra civil, e as autoridades continuam a tratar o assunto da segurança pública -ou da falta dela - com a mesma lógica, discurso e demagogia de antes. É necessário e urgente uma mudança de paradigma. Não adianta mais os luminares e especialistas no assunto fazerem qualquer proposta de mudança, não é assim que as coisas acoantecem. Mudança, o nome já diz, é a substituição de uma forma de agir e fazer por outra. O ambiente caótico em que vivemos aumenta dia-a-dia. É necessária uma profunda modificação na forma de pensar e agir. É necessária uma mudança filosófica. Concordamos, a princípcio, que é necessário preservar os direitos humanos dos acusados e condenados, com o que divergimos é no conceito de "direitos humanos". Um condenado e encarcerado deve ter sua dignidade preservada, entretanto deve se submeter à disciplina da cadeia, que não pode ser a imposta pelos criminosos mais poderosos do presídio e sim a disciplina da lei, que deve ser mudada. A pena não deve ter como objetivo apenas a reeducação e a ressocialização; deve, sim, ter como objetivos: - Punir, porque causou dano a outrem e à sociedade como um todo e por isso deve pagar uma punição; - Retirar da sociedade, porque pode cometer ato criminoso e sua retira das ruas protege os cidadãos de bem; - Reeducar e ressocializar, para que cumprida a pena possa voltar à sociedade livre sem a g re d i - l a . Os luminares do Direito e da segurança em nosso país somente falam na reeducação. Parece que a regra é a liberdade e não a prisão dos crimi-
G Os luminares
do Direito e da segurança somente falam em reeducação. Parece que a regra é a liberdade e não a prisão dos criminosos. A exceção deveria ser a liberdade. G Um preso deve ter
sua dignidade preservada. Entretanto, deve se submeter à disciplina da cadeia, que não pode ser a imposta pelos criminosos mais poderosos do presídio. G É necessário
e urgente uma mudança de paradigma.
Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br
nosos, quando a exceção deveria ser a liberdade. Exemplo flagrante é o caso do o jornalista Pimenta Neves, assassino confesso, que premeditou e matou sua ex-namorada, também jornalista, um crime hediondo. Foi condenado a 19 anos de prisão (não foi a sentença máxima) e continua em liberdade. Em outros casos, que não ganham as manchetes da mídia, é até mais fácil obter a libertação. Cabe ressaltar que para uma pessoa ser denunciada, julgada e condenada não é tão simples assim, tanto que não mais que 3% (três por cento), pasmem, apenas 3% dos crimes são elucidados. Ainda assim, com todas as garantias de defesa e julgamento justo, querem que o mínimo de punição não seja cumprido!
A
lgumas outras medidas precisam ser tomadas, mudando o paradigma atual, como: - Aumento da disciplina a que devem ser submetidos os condenados e encarcerados; - Condenados que cumprem pena em liberdade devem ter acompanhamento e em caso de conduta anti-social, mesmo que simples contravenções, devem ser reencaminhados ao sistema prisional; - Investimento em presídios, para que os presos possam ter condições dignas de encarceramento; - Visitas de parentes, advogados e amigos devem ser permitidas. Entretanto, em nenhuma hipótese deve ser permitido qualquer contato físico, nem mesmo um aperto de mão, evitando, assim, a passagem de qualquer material ou equipamento. LUIZ ROBERTO LIMA TREVISANI TREVISANI@PETRE.COM.BR
uando vocês ouvem aquela gritaria usual da mídia, segundo a qual a negligência de George W. Bush tornou possível o 11 de Setembro, só acreditam nela porque não sabem que, até duas semanas antes dos atentados, praticamente todos os cargos federais de confiança na área de segurança nacional ainda estavam ocupados por gente da administração anterior. Nos EUA, o preenchimento desses cargos depende de aprovação do Congresso, e os democratas, firmemente dispostos a boicotar a administração Bush, adiaram a aprovação o quanto puderam. Quando veio o 11 de Setembro, tiraram proveito extra de sua própria safadeza, lançando sobre o presidente as culpas dos remanescentes clintonianos. A era da administração bipartidária nos EUA acabou. Os democratas, definitivamente, passaram para o lado do
inimigo. Infiltrado pela extrema-esquerda desde a década de 60, o partido acabou se deixando dominar por ela e foi arregimentado como instrumento da guerra assimétrica contra o seu próprio país. Tornou-se “o partido das sombras”, como o chamam David Horowitz e Richard Poe, que contam a história inteira em The Shadow Party. How George Soros, Hillary Clinton and Sixties Radicals Seized Control of the Democratic Party (Nashville, Tennessee, Nelson Current, 2006).
A
noção de um sentido da história humana só pode ser concebida tendo como moldura a meta-História, o fim dos tempos, a eternidade. Para apreender um sentido geral numa história puramente terrestre e imanente seria preciso conhecer o seu ponto final, o que é impossível, ou decretar arbitrariamente um ponto final qualquer, o que é vigarice. A única certeza que temos nesse ponto é que o “fim da História” não pode ser um capítulo da própria história, um momento do tempo. Tem de ser uma passagem do tempo ao supratempo, à eternidade. Sem um fim, a História está sempre em aberto e não pode ter um sentido global, mas o fim só pode ser concebido em molde apocalíptico. Qualquer outra hipótese é logicamente inviável. O pensador imanentista, materialista, só tem portanto duas opções: ou abdica do sentido da História, portanto da autoridade que exerce em nome dele, ou assume de vez o império da irracionalidade e da pura “vontade de poder”. O filósofo germanoamericano Eric Voegelin andou ensinando essas coisas óbvias desde a década de 30 até sua morte em 1985. Seu discípulo Glenn Hughes, em Transcendence and History (Columbia, University of Missouri Press, 2003), foi mais adiante e mostrou que, sem um espelho divino, não é só o sentido da História que desaparece: é a própria idéia de “história da humanidade”. Os filósofos como Feuerbach e Marx, que pretenderam fazer de Deus um produto da História, simplesmente não entendiam o sentido de suas próprias palavras, pois se as entendessem veriam que eram absurdas.
G Este país
é mais que previsível. É mecânico e sem vida, como um renitente bate-estaca.
FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894
DIÁRIO DO COMÉRCIO
14 -.LEGAIS
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta
CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP
Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras
CONTINUAÇÃO b) Outros ativos diferidos
I-
Processos trabalhistas São ações ajuizadas por ex-empregados, visando a obter indenizações, em especial o pagamento de “horas extras”. O valor das contingências trabalhistas é provisionado com base na média móvel dos pagamentos de processos encerrados nos últimos 12 meses, considerando a similaridade desses processos. Com a implantação do controle efetivo da jornada de trabalho em 1992, por meio do sistema de “ponto eletrônico”, as horas extras são pagas durante o curso normal do contrato de trabalho, de modo que as ações trabalhistas ajuizadas a partir de 1997, individualmente, reduziram substancialmente seus valores. II - Processos cíveis São pleitos de indenização por dano moral e patrimonial, na maioria referentes a protestos, devolução de cheques e inserção de informações sobre devedores no cadastro de restrições ao crédito. Essas ações são controladas individualmente e provisionadas para processos específicos com base na opinião de assessores jurídicos, levando em consideração: a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade; e, no posicionamento de nossos Tribunais. As questões discutidas nas ações normalmente não constituem eventos capazes de causar impacto representativo no resultado financeiro. Aproximadamente 60% das ações envolvem Juizado Especial de Pequenas Causas, no qual os pedidos estão limitados em 40 salários mínimos. Cerca de 50% de todas as causas são julgadas improcedentes e o valor da condenação imposta corresponde a uma média histórica de apenas 5% dos pleitos indenizatórios. Não existem em curso processos administrativos significativos por descumprimento das normas do Sistema Financeiro Nacional ou de pagamento de multas, que possam causar impactos representativos no resultado financeiro. III - Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A Organização Bradesco vem discutindo judicialmente a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmente provisionados não obstante as boas chances de êxito a médio e longo prazo, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos. As principais questões são: CSLL - R$ 1.148.915 mil (BRADESCO MÚLTIPLO - R$ 475.483 mil): Questionamento da CSLL exigida das instituições financeiras nos anos-base de 1995 a 1998 por alíquotas superiores às aplicadas às pessoas jurídicas em geral, em desrespeito ao princípio constitucional da isonomia; COFINS - R$ 534.017 mil (BRADESCO MÚLTIPLO - R$ 368.978 mil): Pleiteia calcular e recolher a Cofins, a partir de outubro de 2005, sobre o efetivo faturamento, cujo conceito consta do artigo 2o da Lei Complementar no 70/91, afastando-se assim a inconstitucional ampliação da base de cálculo pretendida pelo parágrafo 1o do artigo 3o da Lei 9.718/98. CSLL - R$ 427.111 mil: Pleiteia o não recolhimento da CSLL dos anos-base de 1996 a 1998, anos nos quais algumas empresas da organização Bradesco não possuíam empregados, uma vez que o artigo no 195, I, da Constituição Federal prevê que essa contribuição somente é devida pelos empregadores. INSS Corretores Autônomos - R$ 398.325 mil: Discute a incidência da contribuição previdenciária sobre as remunerações pagas aos prestadores de serviços autônomos, instituída pela Lei Complementar no 84/96 e regulamentações/alterações posteriores, à alíquota de 20% e adicional de 2,5%, sob o argumento de que os serviços não são prestados às seguradoras, mas aos segurados, estando desta forma fora do campo de incidência da contribuição prevista no inciso I, art. 22, da Lei no 8.212/91, com nova redação contida na Lei no 9.876/99. IRPJ/Perdas de Crédito - R$ 288.041 mil (BRADESCO MÚLTIPLO - R$ 201.826 mil): Pleiteia deduzir, para efeito de apuração da base de cálculo do IRPJ e da CSLL devidos, o valor das perdas efetivas e definitivas, totais ou parciais, sofridas nos anos-base de 1997 a 2005, no recebimento de créditos, independentemente do atendimento das condições e prazos previstos nos artigos 9 a 14 da Lei 9.430/96 que só se aplicam às perdas provisórias; PIS - R$ 232.343 mil (BRADESCO MÚLTIPLO - R$ 222.883 mil): Pleiteia a compensação dos valores indevidamente pagos a maior nos anos-base de 1994 e 1995 a título de contribuição ao PIS, correspondentes ao excedente ao que seria devido sobre a base de cálculo constitucionalmente prevista, ou seja, receita bruta operacional, como definida na legislação do imposto de renda - conceito contido no art. 44 da Lei no 4.506/64, nele não incluídas as receitas financeiras. IV - Provisões constituídas, segregadas por natureza, são:
Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO Valor residual Custo Desenvolvimento de sistemas ..... Outros gastos diferidos ................. Total em 2006 ................................ Total em 2005 ................................ 16)
1.437.277 34.295 1.471.572 1.191.651
Amortização (852.698) (31.209) (883.907) (703.170)
BRADESCO MÚLTIPLO Valor residual
2006
2005
Custo
584.579 3.086 587.665
482.290 6.191
1.203.839 800.758 2.004.597 1.010.595
488.481
Amortização (696.043) (799.390) (1.495.433) (615.231)
2006
2005
507.796 1.368 509.164
391.146 4.218 395.364
DEPÓSITOS, CAPTAÇÕES NO MERCADO ABERTO E RECURSOS DE EMISSÃO DE TÍTULOS a) Depósitos Em 30 de junho - R$ mil 1 a 30 dias
31 a 180 dias
BRADESCO CONSOLIDADO 181 a 360 Acima de dias 360 dias
• Depósitos à vista (1) ................... 16.645.884 – – – • Depósitos de poupança (1) ......... 24.834.740 – – – • Depósitos interfinanceiros .......... 86.142 76.621 – – • Depósitos a prazo ....................... 5.596.926 3.232.907 4.215.165 23.390.007 • Outros depósitos (2) ................... 277.429 – – – Total em 2006 ................................ 47.441.121 3.309.528 4.215.165 23.390.007 % .................................................... 60,5 4,2 5,4 29,9 Total em 2005 ................................ 44.050.461 4.862.982 3.867.109 18.873.721 % .................................................... 61,5 6,8 5,4 26,3 (1) Classificados no prazo de 1 a 30 dias, sem considerar a média histórica do giro; e (2) Depósitos para investimentos - Circ. 3235/04 art. 21 IV, do BACEN. b) Captações no mercado aberto
BRADESCO MÚLTIPLO 2006
2005
16.645.884 24.834.740 162.763 36.435.005 277.429 78.355.821 100,0
14.891.617 24.517.141 46.003 32.043.025 156.487
2006
2005
16.537.450 24.834.740 23.381.291 36.065.370 285.581 101.104.432
14.814.671 24.517.141 15.202.586 31.835.702 156.487
71.654.273 100,0
86.526.587
Em 30 de junho - R$ mil 1 a 30 dias
31 a 180 dias
BRADESCO CONSOLIDADO 181 a 360 Acima de dias 360 dias
BRADESCO MÚLTIPLO 2006
2005
2006
2005
Carteira própria ............................ 221.667 1.752.958 417.896 11.746.125 14.138.646 6.633.449 14.511.519 6.698.891 • Títulos públicos ........................... – 8.223 88.819 300 97.342 70.135 97.342 70.135 • Títulos privados - CDB ................ – 99.287 – 373.759 473.046 317.341 473.046 317.341 • Debêntures de emissão própria .. 65.218 1.120.660 329.077 11.129.137 12.644.092 5.157.569 13.016.965 5.223.011 • Exterior ........................................ 156.449 524.788 – 242.929 924.166 1.088.404 924.166 1.088.404 Carteira de terceiros (1) ............... 14.416.142 125.483 – – 14.541.625 14.323.042 14.620.973 14.403.384 Carteira livre movimentação (1) ... 500.000 77.383 – – 577.383 – 580.422 – Total em 2006 (2) ........................... 15.137.809 1.955.824 417.896 11.746.125 29.257.654 29.712.914 % .................................................... 51,7 6,7 1,4 40,2 100,0 Total em 2005 ................................ 15.355.243 1.687.769 439.033 3.474.446 20.956.491 21.102.275 % .................................................... 73,3 8,0 2,1 16,6 100,0 (1) Representada por títulos públicos; e (2) Inclui R$ 5.175.496 mil (2005 - R$ 7.381.797 mil) de recursos de fundos de investimento aplicados em operações compromissadas com o Banco Bradesco, cujos cotistas são empresas controladas, integrantes das demonstrações financeiras consolidadas (Nota 8a). c) Recursos de emissão de títulos Em 30 de junho - R$ mil 1 a 30 dias
31 a 180 dias
BRADESCO CONSOLIDADO 181 a 360 Acima de dias 360 dias
Valor da operação
Emissão Securitização do fluxo futuro de ordens de pagamentos recebidos do exterior ............................................. Total ......................................................................... Securitização do fluxo futuro de recebíveis de faturas de cartão de crédito de clientes residentes no exterior ................................................................... Total .........................................................................
2006
2005
2006
Vencimento
2006
20.8.2010 20.8.2010 20.8.2012
6,750 0,68 + libor 4,685
351.775 – 217.585 569.360
458.148 472.460 236.294 1.166.902
10.7.2003
800.818 800.818
15.6.2011
5,684
484.651 484.651
620.226 620.226
939.956 2.625.367 2.007.906 423.738 (584.321) 140.124 5.552.770
984.060 2.685.625 1.793.716 135.135 (1.055.634) 131.417 4.674.319
927.531 2.606.466 2.068.230 170.717 – 1.885.625 7.658.569
984.060 2.682.515 1.807.779 72.054 – 870.460 6.416.868
1.958.429 7.511.199
1.840.891 6.515.210
– 7.658.569
– 6.416.868
No início do semestre .................................... 749.007 539.870 Saldos adquiridos/cedidos (2) ........................ 189.568 235.824 Atualização monetária .................................... 50.845 19.067 Constituições .................................................. 176.384 130.602 Transferência ................................................... – – Reversões ....................................................... (60) – Pagamentos .................................................... (154.997) (53.841) No final do semestre ....................................... 1.010.747 871.522 (1) Compreende, substancialmente, obrigações legais; e (2) Inclui os valores advindos do Banco BEC e da Amex Brasil (Nota 1).
No país: • Instituições oficiais ..................... • Outras instituições ...................... No exterior .................................... Total em 2006 ................................ % .................................................... Total em 2005 ................................ % .................................................... b) Obrigações por repasses
27 21.380 1.091.834 1.113.241 20,2 1.054.255 16,3
133 – 1.453.750 1.453.883 26,4 2.683.632 41,4
BRADESCO CONSOLIDADO 181 a 360 Acima de dias 360 dias
19)
160 311 2.575.058 2.575.529 46,9 2.289.398 35,3
614 9 358.751 359.374 6,5 449.967 7,0
2005
2006
2005
934 21.700 5.479.393 5.502.027 100,0
1.233 12.602 6.463.417
– – 5.570.796 5.570.796
– – 6.471.130
6.477.252 100,0
1 a 30 dias
31 180 dias
Do país: • Tesouro nacional ......................... 17.535 – • BNDES ........................................ 127.637 469.510 • CEF .............................................. 1.612 3.594 • FINAME ....................................... 148.805 933.796 • Outras instituições ...................... 142 342 Do exterior: • Vinculados a repasses a mutuários 182 – Total em 2006 ................................ 295.913 1.407.242 % .................................................... 3,0 14,1 Total em 2005 ................................ 270.577 1.172.789 % .................................................... 3,2 13,8 c) Despesas de operações de empréstimos e repasses
BRADESCO CONSOLIDADO 181 a 360 Acima de dias 360 dias
Papel NO PAÍS: CDB subordinado .................. CDB subordinado .................. CDB subordinado .................. CDB subordinado .................. CDB subordinado .................. CDB subordinado .................. CDB subordinado .................. CDB subordinado .................. CDB subordinado .................. CDB subordinado .................. CDB subordinado .................. CDB subordinado .................. Debêntures subordinadas ..... Debêntures subordinadas ..... Subtotal no país .................... NO EXTERIOR: Dívida subordinada (US$) .... Dívida subordinada (YEN) (1) .. Dívida subordinada (US$) .... Dívida subordinada (EURO) ... Dívida subordinada (US$) (2) .. Subtotal no exterior .............. Total geral ............................. (1) (2)
20)
18)
277.438 – – 75.067 22.179 – (50.497) 324.187
Valor da operação
Emissão
Vencimento
Remuneração
2005
2006
2005
– 2.839.220 55.382 3.195.498 1.561
17.535 4.675.206 64.750 5.223.353 2.399
51.341 3.789.963 36.822 4.636.211 3.145
17.535 4.675.206 56.125 5.031.300 2.399
51.341 3.789.963 26.220 4.461.881 3.145
– 2.188.609 21,9 1.897.233 22,3
– 6.091.661 61,0 5.181.111 60,7
182 9.983.425 100,0
4.228
182 9.782.747
4.228
8.521.710 100,0
8.336.778
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005 2006 2005 230 63.359 63.589
895 45.979 46.874
151 62.216 62.367
– 45.057 45.057
1.456 185.891 2.931 285.807 155
2.446 140.492 3.180 226.777 164
1.381 185.886 2.520 273.349 230
2.446 140.492 2.634 212.442 410
557.490 (1.002) 1.032.728 (61.780) 1.034.537
89.908 (4.717) 458.250 (151.998) 353.126
560.506 (1.002) 1.022.870 – 1.085.237
91.123 (6.378) 443.169 – 488.226
ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS a) Ativos Contingentes No 1o semestre de 2006 não foram reconhecidos contabilmente ativos contingentes, porém, existem processos cuja perspectiva de êxito é provável, sendo os principais: Imposto sobre o Lucro Líquido - (ILL) R$ 344.747 mil: Pleiteia a devolução, mediante compensação ou restituição, dos valores recolhidos a título de Imposto sobre o Lucro Líquido instituído pelo artigo no 35 da Lei no 7.713/88, uma vez que referido tributo foi julgado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal; Programa de Integração Social - (PIS) R$105.456 mil: Pleiteia a compensação do PIS sobre a Receita Operacional Bruta, recolhido nos termos dos Decretos Leis nos 2445 e 2449/88, naquilo que excedeu ao valor devido nos termos da Lei Complementar no 07/70 (PIS Repique). b) Passivos Contingentes classificados como perdas prováveis e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A Organização Bradesco é parte em processos judiciais, de natureza trabalhista, cível e fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades. As provisões foram constituídas levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e, no posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da Organização entende que a provisão constituída é suficiente para atender perdas decorrentes dos respectivos processos. O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial é mantido até o ganho definitivo da ação, representado por decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, ou a sua prescrição.
2006
2005
528.550 41.201 200.000 500.000 33.500 65.150 66.550 134.800 1.000.000 1.171.022 710.000 1.100.000 300.000 300.000 6.150.773
2012 2012 2012 2012 2012 2012 2012 2012 2011 2011 2011 2011 2008 2008
100,0% da taxa DI - CETIP 100,0% da taxa CDI + 0,75% a.a. 102,5% da taxa CDI 100,0% da taxa CDI + 0,87% a.a. 101,5% da taxa CDI 101,0% da taxa CDI 101,0% da taxa CDI 101,5% da taxa CDI 104,0% da taxa CDI 104,0% da taxa CDI 104,0% da taxa CDI 103,0% da taxa CDI 100,0% da taxa CDI + 0,75% a.a. 100,0% da taxa CDI + 0,75% a.a.
1.111.593 86.396 387.281 983.328 64.355 124.447 126.820 257.137 1.067.046 1.239.241 740.826 1.100.173 315.739 307.637 7.912.019
944.107 72.825 327.589 827.865 54.525 105.524 107.536 217.859 – – – – 319.022 309.490 3.286.342
dezembro/2001 abril/2002 outubro/2003 abril/2004 junho/2005
353.700 315.186 1.434.750 801.927 720.870 3.626.433 9.777.206
2011 2012 2013 2014 –
Taxa de 10,25% a.a. Taxa de 4,05% a.a. Taxa de 8,75% a.a. Taxa de 8,00% a.a. Taxa de 8,875% a.a.
323.058 294.258 1.093.305 626.800 653.772 2.991.193 10.903.212
350.228 319.560 1.186.355 643.535 709.987 3.209.665 6.496.007
Incluindo-se o custo de “swap” para dólar, a taxa eleva-se para 10,15% ao ano; e Em 3 de junho de 2005, foi efetuada emissão de dívida subordinada perpétua no valor de US$ 300.000 mil, com opção de resgate exclusiva por parte do emissor, em sua totalidade e mediante autorização prévia do BACEN, desde que: (i) decorrido o prazo de 5 anos da data da emissão e posteriormente a cada data de vencimento dos juros; e (ii) a qualquer momento se houver mudança na lei fiscal no Brasil ou no Exterior, que possam acarretar aumento dos custos para o emissor e caso o emissor seja notificado por escrito, pelo BACEN, de que os títulos não podem mais ser incluídos no capital consolidado.
OUTRAS OBRIGAÇÕES a) Fiscais e previdenciárias Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005
Provisão para riscos fiscais (Nota 18) ............................................................................. Provisão para imposto de renda diferido ......................................................................... Impostos e contribuições sobre lucros a pagar ............................................................... Impostos e contribuições a recolher ................................................................................ Total .................................................................................................................................. b) Diversas
4.625.836 1.036.818 1.130.530 442.486 7.235.670
3.196.369 651.746 837.845 311.429 4.997.389
1.640.325 492.056 623.925 156.834 2.913.140
Operações com cartão de crédito (1) ............................................................................... Provisão para pagamentos a efetuar ............................................................................... Provisão para passivos contingentes (cível e trabalhista) (Nota 18) .............................. Credores diversos ............................................................................................................ Obrigações por aquisição de bens e direitos .................................................................. Obrigações por convênios oficiais .................................................................................. Outras ............................................................................................................................... Total .................................................................................................................................. (1) Acréscimo substancialmente da Amex Brasil R$ 989.740 mil (Nota 1).
2.959.706 2.565.412 1.882.269 991.329 56.244 17.266 193.926 8.666.152
983.743 370.504 354.025 79.679 1.787.951
Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005
BRADESCO CONSOLIDADO 2006 2005 1.627.197 2.330.647 1.186.421 571.714 118.457 10.481 154.458 5.999.375
1.969.966 1.312.065 1.230.027 369.027 65.264 17.266 171.656 5.135.271
1.627.197 1.195.657 940.757 194.004 132.562 10.481 140.405 4.241.063
OPERAÇÕES DE SEGUROS, PREVIDÊNCIA E CAPITALIZAÇÃO a) Provisões técnicas por conta Em 30 de junho - R$ mil
BRADESCO MÚLTIPLO 2006
1.251.420 – 45.921 343.327 – – (343) 1.640.325
março/2002 junho/2002 outubro/2002 outubro/2002 outubro/2002 outubro/2002 novembro/2002 novembro/2002 janeiro/2006 fevereiro/2006 março/2006 junho/2006 setembro/2001 novembro/2001
BRADESCO CONSOLIDADO 2006 2005
21)
– 1.238.839 4.162 945.254 354
Empréstimos: • No país ........................................................................................................................... • No exterior ...................................................................................................................... Subtotal de empréstimos ................................................................................................. Repasses do país: • Tesouro nacional ............................................................................................................ • BNDES ........................................................................................................................... • CEF ................................................................................................................................. • FINAME .......................................................................................................................... • Outras instituições ......................................................................................................... Repasses do exterior: • Obrigações com banqueiros no exterior (Nota 11a) ....................................................... • Outras despesas com repasses do exterior .................................................................. Subtotal de repasses ....................................................................................................... Alocação da variação cambial das agências e controladas no exterior ....................... Total ..................................................................................................................................
672.365 – 49.339 161.799 172.826 – (150.489) 905.840
Em 30 de junho - R$ mil
6.471.130
Em 30 de junho - R$ mil
3.574.279 276.693 349.725 445.434 – (719) (19.576) 4.625.836
BRADESCO MÚLTIPLO Cível Fiscais e Previdênciárias (1)
DÍVIDAS SUBORDINADAS
BRADESCO MÚLTIPLO 2006
Trabalhista
c) Passivos Contingentes classificados como perdas possíveis A Organização Bradesco mantém um sistema de acompanhamento para todos os processos administrativos e judiciais em que a instituição figura como “autora” ou “réu” e amparada na opinião dos assessores jurídicos classifica as ações de acordo com a expectativa de insucesso. Neste contexto os processos contingentes avaliados como de risco de perda possível não são reconhecidos contabilmente, sendo o principal relacionado ao ISS de empresas de Arrendamento Mercantil no montante de R$ 92.767 mil, onde se discute a inconstitucionalidade da incidência do referido imposto, por tratar-se de operações de “leasing financeiro” e, caso entenda-se por devido, esse deve ser recolhido para a municipalidade da sede da empresa.
Em 30 de junho - R$ mil 31 a 180 dias
669.503 271.254 940.757 983.743 1.924.500
Movimentação das Provisões Constituídas
BRADESCO CONSOLIDADO Cível Trabalhista Fiscais e Previdênciárias (1)
OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS E REPASSES a) Obrigações por empréstimos
1 a 30 dias
905.840 324.187 1.230.027 1.640.325 2.870.352
Em 30 de junho - R$ mil
2005
595.262 599.000 305.400 1.499.662
732.399 454.022 1.186.421 3.196.369 4.382.790
2006
Em 30 de junho - R$ mil Total
Remuneração %
(1) Resgatado antecipadamente em 22 de agosto de 2005. e) Despesas com operações de captação do mercado e atualização e juros de provisões técnicas de seguros, previdência e capitalização Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005 2006 2005
17)
V-
2005
20.8.2003 20.8.2003 (1) 28.7.2004
Depósitos de poupança ................................................................................................... Depósitos a prazo ............................................................................................................ Captações no mercado aberto ......................................................................................... Recursos de emissão de títulos ...................................................................................... Alocação da variação cambial das agências e controladas no exterior ........................ Outras despesas de captação ......................................................................................... Subtotal ............................................................................................................................ Despesas de atualização e juros de provisões técnicas de seguros, previdência e capitalização ................................................................................................................. Total ..................................................................................................................................
Processos trabalhistas ............................................................................................ 1.010.747 Processos cíveis ..................................................................................................... 871.522 Subtotal (1) ............................................................................................................... 1.882.269 Fiscais e Previdenciárias (2) ................................................................................... 4.625.836 Total .......................................................................................................................... 6.508.105 (1) Nota 20b; e (2) Classificados na rubrica “Outras obrigações - fiscais e previdenciárias” (Nota 20a);
BRADESCO MÚLTIPLO
Títulos e valores mobiliários - País: • Letras hipotecárias ...................... 78.966 664.231 94.809 7.227 845.233 814.937 826.912 800.197 • Debêntures (1) ............................ – 62.959 – 2.552.100 2.615.059 2.631.189 – – Subtotal ......................................... 78.966 727.190 94.809 2.559.327 3.460.292 3.446.126 826.912 800.197 Títulos e valores mobiliários Exterior: (2) – – – – – 2.372 – 2.372 • Commercial paper ....................... 10.575 212.040 206.183 – 428.798 443.281 432.940 470.583 • Eurobonds ................................... • Euronotes .................................... 2.281 – – – 2.281 87.993 2.281 535.883 • MTN Program Issues ................... 88.852 208.155 – 958.651 1.255.658 838.119 1.276.044 838.119 – – – – – 72.272 – 72.272 • Promissory notes ........................ • Securitização do fluxo futuro de ordens de pagamentos recebidos do exterior (d) ............................. 4.044 47.628 57.612 460.076 569.360 1.166.902 569.360 1.166.902 • Securitização do fluxo futuro de recebíveis de faturas de cartão de crédito de clientes residentes no exterior (d) ............................. 1.305 45.033 46.320 391.993 484.651 620.226 484.651 620.226 Subtotal ......................................... 107.057 512.856 310.115 1.810.720 2.740.748 3.231.165 2.765.276 3.706.357 Total em 2006 ................................ 186.023 1.240.046 404.924 4.370.047 6.201.040 3.592.188 % .................................................... 3,0 20,0 6,5 70,5 100,0 Total em 2005 ................................ 192.932 837.471 172.715 5.474.173 6.677.291 4.506.554 % .................................................... 2,9 12,6 2,5 82,0 100,0 (1) Refere-se à parcela de duas emissões de debêntures simples não conversíveis em ações da Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil, sendo uma com vencimento em 1o de fevereiro de 2025 e remuneração de 100% do Certificado de Depósito Interfinanceiro - CDI e outra com vencimento em 1o de maio de 2011 e remuneração de 102% do Certificado de Depósito Interfinanceiro - CDI; e (2) Representados por recursos captados em bancos no exterior, sendo emissão de títulos no mercado internacional e Resolução no 2770 do CMN, para: (i) repasses a clientes locais, com vencimentos até 2011, não excedendo o prazo de vencimento dos recursos captados e sujeitos a encargos financeiros pagos correspondentes à libor acrescida de spread ou juros prefixados; (ii) aplicação em operações comerciais de câmbio, de compra e venda de moedas estrangeiras, relativas a desconto de letras de exportação, pré-financiamento à exportação e financiamento à importação, substancialmente a curto prazo. d) Desde 2003, a Organização Bradesco utiliza certos acordos para otimizar suas atividades de captação e administração de liquidez por meio de Entidades de Propósito Específico (EPE). Essas EPEs denominadas Brazilian Merchant Voucher Receivables Limited e International Diversified Payment Rights Company são financiadas com obrigações de longo prazo e são liquidadas por meio do fluxo de caixa futuro dos ativos correspondentes, que basicamente compreendem: (i) Fluxos de ordem de pagamento atuais e futuros remetidos por pessoas físicas e jurídicas localizadas no exterior para beneficiários no Brasil pelos quais o Banco atua como pagador; e (ii) Fluxos atuais e futuros de recebíveis de cartões de crédito oriundos de gastos realizados no território brasileiro por portadores de cartões de crédito emitidos fora do Brasil. Os títulos de longo prazo emitidos pelas EPEs e vendidos a investidores serão liquidados com os recursos oriundos dos fluxos das ordens de pagamento e das faturas de cartão de crédito. O Bradesco é obrigado a resgatar os títulos em casos específicos de inadimplência ou encerramento das operações das EPEs. Os recursos provenientes da venda dos fluxos atuais e futuros de ordens de pagamento e recebíveis de cartões de crédito, recebidos pelas EPEs, devem ser mantidos em conta bancária específica até que seja atingido um determinado nível mínimo. Demonstramos a seguir as principais características das notas emitidas pelas EPEs:
Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005
BRADESCO CONSOLIDADO 2006 2005
SEGUROS 2006
VIDA E PREVIDÊNCIA (1)
2005
2006
2005
CAPITALIZAÇÃO 2006
TOTAL
2005
2006
2005
Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo Provisão matemática de benefícios a conceder ................................... – – 30.743.738 25.605.111 – – 30.743.738 25.605.111 Provisão matemática de benefícios concedidos .................................. – – 3.311.228 3.228.268 – – 3.311.228 3.228.268 Provisão matemática para resgates – – – – 1.780.055 1.669.281 1.780.055 1.669.281 Provisão de IBNR .......................... 1.369.378 1.128.562 346.544 245.462 – – 1.715.922 1.374.024 Provisão de prêmios não ganhos 1.392.849 1.325.317 35.049 43.944 – – 1.427.898 1.369.261 Provisão de insuficiência de contribuição (2) ................................. – – 1.099.733 436.463 – – 1.099.733 436.463 Provisão de sinistros a liquidar .... 565.188 489.769 404.039 310.997 – – 969.227 800.766 Provisão de oscilação financeira . – – 617.079 750.985 – – 617.079 750.985 Provisão de excedente financeiro – – 353.384 280.595 – – 353.384 280.595 Provisão para sorteios e resgates – – – – 350.184 294.904 350.184 294.904 Provisão para contingências ........ – – – – 43.360 41.645 43.360 41.645 Provisão de despesas administrativas ............................................. – – 379.282 27.391 53.387 46.391 432.669 73.782 Outras provisões (3) ...................... 818.026 457.951 284.035 149.629 – – 1.102.061 607.580 Total ............................................... 4.145.441 3.401.599 37.574.111 31.078.845 2.226.986 2.052.221 43.946.538 36.532.665 (1) Compreende as operações de seguros de pessoa e previdência. (2) Até dezembro de 2004, a Provisão de Insuficiência de Contribuição (PIC) era calculada de acordo com a tábua biométrica AT-1983 sendo utilizada a taxa de juros de 4,5% a.a. Em 2005, o saldo da PIC de 2004 foi transferido para a Provisão Matemática de Benefícios a Conceder e Provisão Matemática de Benefícios Concedidos. Os valores do exercício de 2005 foram calculados de acordo com a tábua biométrica AT-2000 sendo utilizada a taxa de juros de 4,5% a.a.; e (3) A ANS aprovou a constituição de provisão extraordinária na carteira de “saúde individual” para equacionar o nivelamento dos prêmios dos segurados acima de 60 anos dos planos anteriores à lei nº 9656/98 e para os benefícios de remissão, por meio dos Ofícios no 264/06 e no 263/06, respectivamente. Em 30 de junho de 2006 estas provisões montavam R$ 347.962 mil e R$ 374.462 mil. Neste semestre foi constituída provisão adicional de R$ 243.564 mil. b) Provisões técnicas por produto Em 30 de junho - R$ mil SEGUROS Saúde (1) ....................................... Auto/RCF ....................................... DPVAT ............................................ Vida ............................................... Ramos elementares ...................... Plano Gerador de Benefícios Livres - PGBL ......................................... Vida Gerador de Benefícios Livres - VGBL ......................................... Planos tradicionais ....................... Capitalização ................................ Total ............................................... (1) Vide nota 21a item 3.
VIDA E PREVIDÊNCIA
CAPITALIZAÇÃO 2006
TOTAL
2006
2005
2006
2005
2005
2006
1.795.664 1.665.280 173.208 33.254 478.035
1.277.383 1.533.873 145.045 33.988 411.310
– – 92.408 1.327.550 –
– – 80.682 877.941 –
– – – – –
– – – – –
2005
1.795.664 1.665.280 265.616 1.360.804 478.035
1.277.383 1.533.873 225.727 911.929 411.310
–
–
7.291.906
5.623.757
–
–
7.291.906
5.623.757
– – – 4.145.441
– – – 3.401.599
15.390.875 13.471.372 – 37.574.111
10.409.513 14.086.952 – 31.078.845
– – 2.226.986 2.226.986
– – 2.052.221 2.052.221
15.390.875 13.471.372 2.226.986 43.946.538
10.409.513 14.086.952 2.052.221 36.532.665
CONTINUA
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
DIÁRIO DO COMÉRCIO
LEGAIS - 7
Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP
Relatório da Administração Senhores Acionistas, Submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Financeiras do 1o semestre de 2006, do Banco Bradesco S.A., bem como as consolidadas, na forma da Legislação Societária. O ambiente econômico no período foi marcado pelo processo de afrouxamento da política monetária, na esteira da expressiva redução da inflação de preços ao consumidor e no atacado. Com a redução dos juros, a atividade deu sinais claros de retomada, com destaque para o consumo das famílias e o investimento. A proximidade das eleições presidenciais não tende a gerar volatilidade aos mercados e isso tem feito com que as atenções voltem-se para as incertezas internacionais. Como a economia brasileira está muito mais sólida e resistente a este contexto internacional, espera-se continuidade do crescimento doméstico e da renda, favorecendo as operações de crédito sem que haja preocupações relevantes com a inadimplência. Na Organização Bradesco, entre os acontecimentos que marcaram o período, destacam-se: • Em 20 de março, firmada parceria com a American Express Company, pela qual o Bradesco assumiu suas operações de cartões de crédito e atividades correlatas no Brasil, passando a ter o direito de exclusividade para a emissão de cartões da linha Centurion, pelo prazo mínimo de 10 anos, e a administração da rede de estabelecimentos conveniados dos Cartões Amex. A operação foi homologada pelo Banco Central do Brasil em 28.6.2006. • Em 24 de março, majoração em 15% do valor dos Juros sobre o Capital Próprio Mensais, pagos a partir de maio/2006, elevando-os de R$ 0,028500000 para R$ 0,032775000 (líquido de imposto de renda R$ 0,027858750), relativos às ações ordinárias, e de R$ 0,031350000 para R$ 0,036052500 (líquido de imposto - R$ 0,030644625), às ações preferenciais, ambos por ação, pagos antecipadamente aos acionistas, de conformidade com a Sistemática da Remuneração Mensal, por conta do resultado apurado ao final do exercício. • Em 28 de março, firmada parceria entre o Bradesco, a Fidelity National Information Services, Inc. e o Banco ABN AMRO Real S.A., para a criação da Fidelity Processadora e Serviços S.A., que presta serviços relacionados às atividades de cartões, destacando-se processamento, administração de Centrais de Atendimento, suporte de retaguarda (back office), serviços de cobrança e gerenciamento de riscos. • Em 15 de maio, integração do Banco BEC S.A. ao Bradesco, com a transformação das Agências BEC em Agências Bradesco. A iniciativa otimizou recursos, congregando especialidades e a dedicação da força de trabalho, sempre com o objetivo de oferecer aos clientes o máximo de qualidade em produtos e serviços. • Em 8 de junho, parceria com a GBarbosa, uma das principais redes de varejo do Nordeste, para administrar o Cartão de Crédito Private Label Credi-Hiper, e, em 14 de julho, com a COOP – Cooperativa de Consumo, maior cooperativa da América Latina, para o lançamento e gestão do Cartão Private Label Coop Fácil. Os acordos oferecerão a possibilidade de acesso aos produtos e serviços do Bradesco. 1. Resultado no Período O Bradesco, neste 1 o semestre de 2006, registrou Lucro Líquido de R$ 3,132 bilhões, correspondente a R$ 3,20 por ação e rentabilidade anualizada de 31,32% sobre o Patrimônio Líquido final e de 33,39% sobre o Patrimônio Líquido médio. O retorno anualizado sobre os Ativos Totais foi de 2,71%, igual ao mesmo período do ano anterior. Os impostos e contribuições, inclusive previdenciárias, pagos ou provisionados no período, decorrentes das principais atividades desenvolvidas pela Organização Bradesco, totalizaram R$ 2,769 bilhões, equivalentes a 88,40% do Lucro Líquido. Em 30 de junho, o Índice de Eficiência Operacional – IEO, acumulado por 12 meses, foi de 42,75% contra 48,05% em junho/2005. A melhora reflete o rígido controle das despesas administrativas e o esforço permanente para o aumento das receitas. Os Juros sobre o Capital Próprio mensais e intermediários pagos e os provisionados aos acionistas somaram R$ 1,148 bilhão. Assim, para cada ação, foram atribuídos R$ 1,227771 (R$ 1,043605 líquido de IR Fonte), que incluem o adicional de 10%, para as ações preferenciais, e R$ 1,116155 (R$ 0,948732 líquido de IR Fonte) para as ações ordinárias.
2. Capital e Reservas Ao término do semestre, o Capital Social realizado era de R$ 13 bilhões. Somado às Reservas Patrimoniais de R$ 8,461 bilhões, compôs o Patrimônio Líquido de R$ 21,461 bilhões, com evolução de 22,99% sobre igual período do ano anterior, correspondendo ao valor patrimonial de R$ 21,92 por ação. O Patrimônio Líquido Administrado corresponde a 9,24% dos Ativos consolidados, que somaram R$ 232,935 bilhões, 19,74% de crescimento sobre junho/2005. Com isso, os índices de solvabilidade alcançaram 18,67% no consolidado financeiro e 16,51% no consolidado econômico-financeiro, superiores portanto ao mínimo de 11% estabelecido pela Resolução no 2.099, de 17.8.1994, do Conselho Monetário Nacional, em conformidade com o Comitê de Basiléia. Ao término do semestre, o índice de imobilização, em relação ao Patrimônio de Referência Consolidado, registrou 48,03% no consolidado financeiro e 16,40% no consolidado econômico-financeiro, enquadrado portanto no limite máximo de 50%. Atendendo ao disposto no Artigo 8o da Circular no 3.068, de 8.11.2001, do Banco Central do Brasil, o Bradesco declara possuir capacidade financeira e intenção de manter até o vencimento os títulos classificados na categoria “títulos mantidos até o vencimento”. 3. Captação e Administração de Recursos O volume global de recursos captados e administrados pela Organização Bradesco, em 30 de junho, correspondiam a R$ 343,628 bilhões, 21,31% superior a igual período do ano anterior, a saber: • R$ 107,614 bilhões em Depósitos à Vista, a Prazo, Interfinanceiros, Outros Depósitos, Mercado Aberto e Cadernetas de Poupança; • R$ 137,648 bilhões em recursos administrados, compreendendo Fundos de Investimento, Carteiras Administradas e Cotas de Fundos de Terceiros, crescimento de 26,88% em relação ao mesmo período do ano anterior; • R$ 48,687 bilhões registrados na Carteira de Câmbio, Obrigações por Empréstimos e Repasses, Capital de Giro Próprio, Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados, Recursos de Emissão de Títulos e Dívida Subordinada no País; • R$ 43,947 bilhões registrados em Provisões Técnicas de Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização, com evolução de 20,29% em relação ao mesmo período do ano anterior; • R$ 5,732 bilhões em Recursos Externos, por meio de emissões públicas e privadas, Dívida Subordinada e Securitização de Fluxos Financeiros Futuros, representando US$ 2,648 bilhões.
4. Operações de Crédito As operações de crédito consolidadas, ao final do semestre, registraram saldo de R$ 88,643 bilhões, evoluindo 27,02% em relação a junho/2005, incluindo-se nesse montante: • R$ 5,767 bilhões em Adiantamentos sobre Contratos de Câmbio, para uma Carteira total de US$ 5,320 bilhões de Financiamento à Exportação; • US$ 563,428 milhões de operações em Financiamento de Importação em Moedas Estrangeiras; • R$ 3,178 bilhões em Arrendamento Mercantil; • R$ 6,865 bilhões em negócios na Área Rural; • R$ 32,310 bilhões em Financiamento do Consumo; • R$ 8,489 bilhões referentes às operações de repasses de recursos externos e internos, originários principalmente do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
No semestre, para as atividades de Crédito Imobiliário, a Organização destinou recursos à construção e aquisição de casa própria no montante de R$ 1,344 bilhão, correspondendo a 11.835 imóveis. O saldo consolidado de provisão para créditos de liquidação duvidosa atingiu R$ 5,833 bilhões, equivalente a 6,58% do volume total das operações de crédito, com R$ 1,080 bilhão de provisão excedente em relação ao mínimo requerido pelo Banco Central. 5. Operações de Mercado de Capitais Mantendo destacada atuação na Área de Mercado de Capitais, o Bradesco intermediou importantes operações de colocação pública de ações, debêntures e notas promissórias, e também participou de operações estruturadas, com destaque para os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios, que somaram, no período, R$ 8,963 bilhões, 29,39% do volume total das emissões registradas na CVM – Comissão de Valores Mobiliários. O Banco destacou-se, também, na assessoria de operações especiais, compreendendo fusões e aquisições, project finance e reestruturações societárias e financeiras. 6. Rede de Atendimento Bradesco A Rede da Organização Bradesco, mantida à disposição dos clientes e usuários, ao final do semestre, compunha-se de 13.644 pontos de atendimento, dotada paralelamente de 23.551 máquinas da Rede de Auto-Atendimento Bradesco Dia&Noite, 22.164 delas funcionando inclusive nos finais de semana e feriados. Além disso, mais 2.841 máquinas do Banco24Horas, disponíveis aos Clientes Bradesco para operações de saque, emissão de extratos e consulta de saldos. 2.993 Agências no País (2.992 Bradesco e 1 Banco Finasa); 3 Agências no Exterior, sendo 1 em Nova York, 1 em Grand Cayman e 1 em Nassau, nas Bahamas (Boavista); 5 Subsidiárias no Exterior (Banco Bradesco Argentina S.A., em Buenos Aires, Banco Bradesco Luxembourg S.A., em Luxemburgo, Bradesco Securities, Inc., em Nova York, Bradesco Services Co., Ltd., em Tóquio e Cidade Capital Markets Ltd., em Grand Cayman); 5.533 Agências do Banco Postal; 2.513 Postos e Pontos de Atendimento Bancário em Empresas; 2.327 Pontos Externos da Rede de Auto-Atendimento Bradesco Dia& Noite; 270 Filiais da Finasa Promotora de Vendas, empresa com presença em 17.431 pontos de revenda de veículos e 22.350 lojas que comercializam móveis e decoração, turismo, autopeças, programas e equipamentos de informática, material de construção, vestuário e calçados, entre outros. 7. Grupo Bradesco de Seguros e Previdência O Grupo Bradesco de Seguros e Previdência, com marcante atuação nas áreas de Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização, apresentou em 30 de junho Lucro Líquido de R$ 1,041 bilhão e Patrimônio Líquido de R$ 6,305 bilhões. Os prêmios emitidos líquidos registraram R$ 8,646 bilhões, com crescimento de 16,41% em relação a igual período do ano anterior. 8. Governança Corporativa A adoção das melhores práticas de Governança Corporativa têm possibilitado à Organização Bradesco aprimorar o relacionamento com acionistas e demais partes interessadas e a melhorar o desempenho em todos os segmentos de atuação. Muitas são as iniciativas até aqui adotadas, entre elas: o pagamento mensal de dividendos; Tag Along de 100% para as ações ordinárias e 80% para as preferenciais; Códigos de Ética Corporativo e Setorial das Áreas de Administração Contábil e Financeira; Instrumento de Políticas de Divulgação de Ato ou Fato Relevante e de Negociações de Valores Mobiliários; presença de dois Conselheiros Independentes no Conselho de Administração; adesão aos Princípios do Equador e ao “Global Compact”; avanço na transparência de informações ao mercado e sua divulgação em três idiomas – Português, Inglês e Espanhol; e os Comitês de Divulgação, de Auditoria, de Controles Internos e Compliance, de Remuneração, de Avaliação de Despesas, de Responsabilidade Socioambiental e o de Governança Corporativa, definição precisa de atribuições de cada Órgão da Administração. Destaque-se que as Ações Bradesco, desde junho/2001, fazem parte do Nível 1 de Governança Corporativa da BOVESPA e, desde dezembro/2005, passaram a integrar o ISE - Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa, além da obtenção, pelo Banco, de rating específico de Governança Corporativa com nota AA-Ótimas Práticas. Evidencia-se, assim, o compromisso da Organização com os seus acionistas, clientes, investidores, colaboradores e o público em geral, realçando os aspectos diferenciais de solidez, transparência, liquidez e responsabilidade social e ambiental. O Banco, por ter ações negociadas em bolsas do Exterior, produz as suas demonstrações financeiras também em US GAAP, práticas contábeis norte-americanas. Merece registrar também que, em 19 de maio, a Standard & Poor’s Rating Services atribuiu ao Bradesco, em sua Escala Global, os ratings de crédito de contrapartida em moeda estrangeira e moeda local “BB+/B” (longo e curto prazos). Na Escala Nacional Brasil, concedeu ao Banco o rating de crédito de contrapartida “brAA+”. Nesta mesma Escala, as suas subsidiárias Bradesco Seguros e Previdência e Bradesco Capitalização tiveram elevados, de “brAA” para “brAA+”, os ratings de crédito de contrapartida. Esses ratings se encontram num degrau acima do rating de crédito soberano em moeda estrangeira atribuído à República Federativa do Brasil (“BB/Estável/B”). Em 22 de maio, no intuito de reafirmar o compromisso permanente em fortalecer a Organização e, conseqüentemente, contribuir para a sua perenidade, foi aprovada a Política de Governança Corporativa da Organização Bradesco. Maiores informações quanto às práticas adotadas podem ser obtidas no site www.bradesco.com.br, página de Governança Corporativa. No período, cabe registrar que a Organização Bradesco, em consonância com o teor da Instrução no 381, da Comissão de Valores Mobiliários, não contratou e nem teve serviços prestados pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes não relacionados à auditoria externa em patamares superiores a 5% do total dos custos desta. A política adotada atende aos princípios que preservam a independência do Auditor, de acordo com critérios internacionalmente aceitos, quais sejam: o auditor não deve auditar o seu próprio trabalho, nem exercer funções gerenciais no seu cliente ou promover os interesses deste. Na Assembléia Geral Ordinária realizada em 27 de março, deliberou-se a manutenção do Conselho Fiscal, composto de 3 membros efetivos e 3 suplentes, com mandato até 2007, sendo 1 membro efetivo e seu suplente escolhidos dentre os detentores de ações preferenciais. 8.1. Controles Internos e Compliance O Sistema de Controles internos e Compliance, subordinado à orientação e supervisão do Conselho de Administração, é instrumento importante no gerenciamento dos negócios e das atividades da Organização Bradesco, tendo como objetivos maiores assegurar o cumprimento das normas legais e regulamentares, das diretrizes, dos planos, dos procedimentos e das regras internas, e minimizar os riscos de perdas patrimoniais e de lesões de imagem. A Organização, em atendimento à Lei Sarbanes-Oxley, contratou empresa de auditoria internacionalmente reconhecida em certificação de controles internos, para realizar avaliação de seus processos e seus sistemas. Foram investidas mais de 150 mil horas, entre recursos externos e internos, destacandose a análise de processos, reavaliação de seus fluxos e desenho e aplicação de testes de aderência visando à efetividade dos controles. Os trabalhos proporcionaram aprimoramento da estrutura de controles internos e compliance, da documentação dos fluxos e processos significativos, estando alinhada com os principais frameworks de controles, como o COSO e o COBIT, que abrangem aspectos de Governança Corporativa e de Tecnologia. Conforme previsto no Artigo 302 da Lei Sarbanes-Oxley, os desenhos dos processos de controles internos encontram-se aderentes, não tendo sido identificadas deficiências que comprometam sua certificação, que envolverá a avaliação da aderência aos processos e a emissão de relatório com data-base de 31 de dezembro de 2006, a ser arquivado na Securities and Exchange Commission - SEC juntamente com as correspondentes demonstrações financeiras em US GAAP. Cabe ao Comitê de Controles Internos e Compliance avaliar, emitir parecer e submeter à aprovação do Conselho de Administração os Relatórios de Conformidade dos Controles Internos. Prevenção à “Lavagem” de Dinheiro A Organização Bradesco mantém política de prevenção e combate à “lavagem” de dinheiro que observa rigorosamente a legislação e regulamentações vigentes. Conta em sua estrutura de Compliance com uma área específica, responsável pela gestão e monitoramento das operações e movimentações financeiras realizadas em seus ambientes de negócio. O conhecimento do cliente, apoiado por sistemas continuamente aperfeiçoados para o monitoramento e a identificação de operações atípicas, tem o claro propósito de prevenir o uso da Organização na prática de “lavagem” de recursos financeiros. Essas ações, conjugadas com análises específicas, contribuem para a plena observância da política definida pela Alta Administração e permitem proteger a Instituição, administradores, acionistas, clientes e funcionários.
8.2. Políticas de Transparência e Divulgação de Informações No tocante ao relacionamento com investidores e o mercado em geral, foram promovidas no período 63 reuniões internas e externas com analistas, 7 conferências telefônicas, 4 apresentações à APIMEC – Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais e 4 eventos no Exterior, além da divulgação trimestral do Relatório de Análise Econômica e Financeira, uma compilação minuciosa das informações mais solicitadas pelos leitores especializados. No site www.bradesco.com.br, Seção Relações com Investidores, estão disponíveis informações relacionadas à Organização Bradesco, como por exemplo o seu perfil, histórico, estrutura acionária, relatórios de administração, resultados financeiros, últimas aquisições, reuniões nas Associações de Analistas de Mercado (Apimec e Abamec), além de outras sobre o mercado financeiro, nas versões Português, Inglês e Espanhol. O Banco distribui mensalmente o informativo “Cliente Sempre em Dia”, com tiragem de 700 mil exemplares; trimestralmente, o “Acionista Sempre em Dia”, com 30 mil; a “Revista Bradesco”, 26 mil e a “Revista Bradesco Rural”, 10 mil, todos voltados ao público externo. Anualmente, edita o Relatório da Administração e o de Responsabilidade Social. 8.3. Responsabilidade Socioambiental A questão socioambiental e seus impactos sobre o desenvolvimento econômico das comunidades e do País ocupam espaço importante no planejamento estratégico do Bradesco. No período, o Banco decidiu adotar a versão revisada dos Princípios do Equador, ratificando o compromisso de avaliar, ainda sob esse aspecto, todo financiamento de projeto com valor igual ou superior a US$ 10 milhões. E entre os seus materiais de consumo, passou a utilizar também o papel reciclado na confecção de talões de cheques, produzidos com a mesma segurança, qualidade e confiabilidade já atestadas por todo o mercado. Nessa linha, o Bradesco obteve a Certificação ISO 14001, concedida a empresas com práticas comprovadas de apoio à preservação da sustentabilidade do planeta, e a Certificação da Norma OHSAS 18001 de Segurança e Saúde Ocupacional, que permite estabelecer e desenvolver condições que contribuam para um ambiente de trabalho seguro e saudável, ambas para o Edifício Bradesco Avenida Paulista, em São Paulo, Capital. A Política Corporativa de Responsabilidade Socioambiental, que define as diretrizes sobre o tema, encontra-se disponível na página de Governança Corporativa no site de Relações com Investidores www.bradesco.com.br/ri, inclusive nos idiomas Inglês e Espanhol, o que amplia a visibilidade das ações da Organização relacionadas ao desenvolvimento sustentável. 9. Administração de Riscos Subordinada diretamente a um Diretor Executivo e à Presidência do Banco e exercida de modo independente, a administração de riscos envolve um conjunto integrado de controles e processos, abrangendo risco de crédito, risco de mercado e risco operacional. Por princípio, a Organização adota política conservadora em termos de exposição a riscos, sendo as diretrizes e os limites definidos pela Alta Administração. 9.1. Risco de Crédito O gerenciamento de Risco de Crédito segue as melhores práticas existentes no mercado, e objetiva atender aos requisitos propostos no Novo Acordo de Basiléia, exigindo alto grau de disciplina e controle nas análises das operações efetuadas, preservando a integridade e a independência dos processos. Este gerenciamento é executado por meio de um processo contínuo e evolutivo de mapeamento, aferição e diagnóstico dos modelos, instrumentos, políticas e procedimentos vigentes, lastreado pelo estudo e análise integrados à realidade da Organização. 9.2. Risco de Mercado O risco de mercado é acompanhado, aferido e gerenciado por meio de metodologias e modelos alinhados com as melhores práticas dos mercados nacional e internacional e com as recomendações e normas de órgãos reguladores. A política de gestão de riscos de mercado é conservadora, sendo os limites de VaR (Value at Risk) definidos pela Alta Administração e monitorados diariamente, de maneira independente. 9.3. Gestão de Risco Operacional O efetivo sucesso para a excelência na gestão de Risco Operacional fundamenta-se na disseminação da cultura, divulgação de políticas e implantação de metodologias corporativas. Nesse sentido, a Organização Bradesco aplica essas premissas e considera a atividade de gestão de risco fundamental para a geração de valor agregado, por meio da melhoria de processos internos e sistemas, bem como do suporte às áreas de negócios, tendo por objetivo o aprimoramento da eficiência operacional e a diminuição de capital a ser alocado. Com trabalho contínuo para estar alinhado às melhores práticas de mercado na gestão de risco operacional, o Bradesco encontra-se em condições de atender às orientações do Novo Acordo de Capitais de Basiléia, no cronograma estabelecido pelo Banco Central do Brasil, por meio do Comunicado 12.746, de dezembro de 2004. O objetivo da Organização é alcançar qualificação para o Modelo de Alocação de Capital pela Abordagem de Mensuração Interna Avançada (AMA), pois a adoção desse método propiciará menor alocação de capital. Ressalte-se que se encontra em processo de desenvolvimento nova plataforma sistêmica corporativa, que integrará em base de dados única as informações de Risco Operacional e Controles Internos, abrangendo inclusive os requisitos estabelecidos pela Lei Sarbanes-Oxley. O resultado alcançado pressupõe auxiliar o Banco no incremento de qualidade da gestão de seus riscos e controles, contribuindo para o aprimoramento dos índices de eficiência operacional, além de atender aos requerimentos legais. 10. A Ação Social da Organização Bradesco No campo social, a Organização continua o seu abrangente trabalho, principalmente, por meio dos programas educacional e assistencial da Fundação Bradesco, que mantém 40 Escolas instaladas prioritariamente em regiões de acentuadas carências socioeconômicas, em todos os Estados Brasileiros e no Distrito Federal. Proporciona a mais de 108 mil alunos ensino totalmente gratuito, incluindo-se os cursos de educação de jovens e adultos e formação inicial e continuada de trabalhadores. Desses, mais de 50 mil alunos dos cursos de educação infantil, ensinos fundamental, médio e educação profissional técnica de nível médio recebem, também gratuitamente, alimentação, uniforme, material escolar e assistência médico-odontológica. Destaca-se, ainda, o apoio do Bradesco ao Programa Finasa Esportes, com núcleos de formação para o ensino de vôlei e basquete na Fundação Bradesco, em Osasco, SP, e em Escolas e Centros Esportivos no Município. Atende hoje a 3.093 meninas de 10 a 16 anos.
11. Recursos Humanos Na área de Recursos Humanos, buscando permanente evolução na qualidade do atendimento e no nível dos serviços prestados, o Banco mantém o seu amplo programa de treinamento, visando à capacitação e desenvolvimento profissional do quadro de pessoal. No semestre, foram ministrados 735 cursos, tendo havido 802.782 participações. Em 30 de junho, os benefícios assistenciais voltados à melhoria da qualidade de vida, bem-estar e segurança dos funcionários e seus dependentes abrangiam 174.386 vidas. 12. Agradecimentos Vistos de modo abrangente ou por área específica de atividade, os resultados reafirmam o esforço do Bradesco para superar expectativas, sempre alicerçado na qualidade dos serviços e na permanente determinação de oferecer o melhor atendimento. Pelas realizações e avanços alcançados, agradecemos o apoio e confiança dos nossos acionistas e clientes e o trabalho dedicado dos nossos funcionários e demais colaboradores.
Cidade de Deus, 4 de agosto de 2006 Conselho de Administração e Diretoria CONTINUA
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
LEGAIS - 15
Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta
CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP
Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras
CONTINUAÇÃO c) Garantias das provisões técnicas
27)
DESPESAS TRIBUTÁRIAS
Em 30 de junho - R$ mil SEGUROS 2006
2005
VIDA E PREVIDÊNCIA
CAPITALIZAÇÃO
2006
2006
2005
Cotas de fundos de investimento (VGBL e PGBL) ........................... – – 22.682.781 16.033.270 Cotas de fundos de investimento 3.610.202 (exceto VGBL e PGBL) .............. 2.897.664 10.299.075 10.477.346 Títulos públicos ............................. 172.587 169.685 3.412.487 3.453.050 Títulos privados ............................. 16.240 13.180 479.669 623.269 Ações ............................................ 1.543 19.525 685.665 486.731 Direitos creditórios ........................ 440.175 453.588 – – Imóveis .......................................... 16.948 19.951 1.289 1.388 Depósitos retidos no IRB e depó67.353 104.914 sitos judiciais ............................. 36.262 37.978 Total ............................................... 4.325.048 3.678.507 37.597.228 31.113.032 d) Prêmios retidos de seguros, contribuições de planos de previdência e títulos de capitalização
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005 2006 2005
TOTAL
2005
2006
2005
–
–
22.682.781
16.033.270
2.036.630 141 98.653 140.648 – 10.996
1.755.504 99.576 98.124 219.902 – 11.261
15.945.907 3.585.215 594.562 827.856 440.175 29.233
15.130.514 3.722.311 734.573 726.158 453.588 32.600
– 2.287.068
– 2.184.367
103.615 44.209.344
142.892 36.975.906
Contribuição ao COFINS ......................................................................................................... Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS ........................................................... Despesas com CPMF ............................................................................................................. Contribuição ao PIS/PASEP ................................................................................................... Despesas com IPTU ............................................................................................................... Outras ...................................................................................................................................... Total ......................................................................................................................................... 28)
4.386.648 3.693.700 665.568 (40.943) (59.258) 8.645.715 (1.580.078) (319.997) 6.745.640
22)
29)
44.463 1.408 – 5.829 3.209 146 55.055
36.540 – 7.284 6.634 2.872 85 53.415
30)
2005
489.914.304 489.908.838 979.823.142 (597.500) (400) 979.225.242
247.325.690 244.970.706 492.296.396 (1.225.200) – 491.071.196
31)
% (1)
Lucro líquido do semestre ...................................................................................................................................... (-) Reserva legal .....................................................................................................................................................
3.132.385 156.620
+ Ágio amortizado extraordinariamente Líquido de efeitos Tributários ..................................................................
120.434
Base de cálculo .....................................................................................................................................................
3.096.199
Juros sobre o capital próprio mensais, pagos e a pagar ....................................................................................... Juros sobre o capital próprio intermediários a pagar em julho de 2006 ................................................................ Juros sobre o capital próprio complementares provisionados (a pagar) ...............................................................
188.978 336.991 621.631
Juros sobre o capital próprio (bruto) 1o semestre de 2006 ................................................................................. Imposto de renda na fonte relativo aos juros do capital próprio ............................................................................
1.147.600 172.140
37,06
Juros sobre o capital próprio (líquido) 1o semestre de 2006 ...............................................................................
975.460
31,51
Juros sobre o capital próprio (líquido) 1o semestre de 2005 ...............................................................................
786.346
31,58
IRRF (15%)
R$ mil Valor pago/ provisionado líquido
(1) Percentual dos juros sobre o capital próprio sobre a base de cálculo. Foram pagos e propostos juros sobre o capital próprio, conforme segue:
Ordinárias Mensais ............................................................................................... Intermediários ...................................................................................... Provisionados ..................................................................................... Total no 1o semestre de 2005 ............................................................. Mensais ............................................................................................... Intermediários ...................................................................................... Provisionados ..................................................................................... Total no 1o semestre de 2006 ............................................................. (1) Ajustado à base acionária após bonificação de ações. d) Reservas de Capital e de Lucros
Preferenciais
Valor pago/ provisionado bruto
0,177166 0,313500 0,499529 0,990195 0,202216 0,360525 0,665030 1,227771
163.413 293.706 467.994 925.113 188.978 336.991 621.631 1.147.600
Por ação (Bruto) (1)
0,161060 0,285000 0,454117 0,900177 0,183833 0,327750 0,604572 1,116155
24.512 44.056 70.199 138.767 28.347 50.549 93.244 172.140
Reservas de Capital .............................................................................................................................................. Reservas de Lucros .............................................................................................................................................. - Reserva Legal (1) ................................................................................................................................................. - Reserva Estatutária (2) .........................................................................................................................................
138.901 249.650 397.795 786.346 160.631 286.442 528.387 975.460
Em 30 de junho - R$ mil 2005
2006 36.456 7.877.422 1.191.509 6.685.913
35.715 7.153.748 890.251 6.263.497
(1)
Constituída obrigatoriamente à base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado, ou 30% do capital social, acrescido das reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capital ou para compensar prejuízos; e (2) Visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da Sociedade, pode ser constituída em 100% do lucro líquido remanescente após destinações estatutárias, sendo o saldo limitado a 95% do Capital Social Integralizado. e) Ações em tesouraria O Conselho de Administração do Banco Bradesco S.A., em reunião de 22 de novembro de 2005, deliberou autorizar a Diretoria da Sociedade a adquirir até 10.000.000 de ações nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo 5.000.000 ordinárias e 5.000.000 preferenciais, com o objetivo de permanência em tesouraria e posterior alienação ou cancelamento, sem redução do Capital Social. A autorização vigorou pelo prazo de 6 (seis) meses, de 23.11.2005 a 23.5.2006. Em reunião do Conselho de Administração de 22 de maio de 2006, deliberou-se por nova autorização, com as mesmas quantidades e prazos, que vigorará pelo prazo de 6 (seis) meses, de 24.5.2006 a 24.11.2006. Até 30 de junho de 2006, foram adquiridas e permaneciam em tesouraria 597.500 ações ordinárias e 400 ações preferenciais, no montante de R$ 38.760 mil. O custo mínimo, médio ponderado e máximo, por ação é, respectivamente, de R$ 58,23638, R$ 64,82765 e R$ 79,47560 e o valor de mercado dessas ações em 30 de junho de 2006 era de R$ 63,09 por ação ON e R$ 68,08 por ação PN. 24)
RECEITAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005 2006 2005 Conta corrente ......................................................................................................................... Operações de crédito .............................................................................................................. Rendas de cartão .................................................................................................................... Administração de fundos ........................................................................................................ Cobrança ................................................................................................................................. Tarifa interbancária .................................................................................................................. Arrecadações .......................................................................................................................... Administração de consórcios ................................................................................................. Serviços de custódia e corretagens ....................................................................................... Outras ...................................................................................................................................... Total .........................................................................................................................................
25)
1.004.653 739.203 703.161 608.892 362.698 143.363 119.858 92.067 76.750 280.638 4.131.283
814.114 606.825 594.734 497.602 328.402 131.250 96.103 63.220 57.425 231.274 3.420.949
983.205 560.748 295.153 323.065 362.309 143.333 118.413 – 49.102 62.726 2.898.054
799.448 489.796 269.264 272.913 328.402 131.250 96.103 – 38.638 61.615 2.487.429
DESPESAS DE PESSOAL Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005 2006 2005 Proventos ................................................................................................................................ Encargos sociais .................................................................................................................... Benefícios ............................................................................................................................... Participação dos empregados nos lucros .............................................................................. Provisão para processos trabalhistas .................................................................................... Treinamentos ........................................................................................................................... Total .........................................................................................................................................
26)
1.393.795 505.428 600.696 189.937 175.068 22.750 2.887.674
1.254.558 474.819 539.547 142.891 31.413 23.721 2.466.949
1.143.027 416.533 500.567 156.619 334.625 16.016 2.567.387
1.055.055 402.834 459.408 131.065 113.417 18.777 2.180.556
403.982 294.399 184.105 294.325 163.231 155.167 1.495.209
480.242 356.976 205.436 201.302 226.883 156.509 156.369 150.210 115.210 130.090 81.095 71.870 25.374 74.284 2.431.850
410.224 291.724 232.066 216.505 177.985 106.676 198.221 174.078 129.797 107.306 68.268 72.346 11.714 38.367 2.235.277
351.001 290.778 191.421 195.480 186.536 80.342 169.343 163.186 101.801 126.803 64.092 65.098 8.521 35.006 2.029.408
148.224 286.714 185.490 – 116.499 184.083 921.010
98.998 276.575 132.305 – 67.905 149.771 725.554
– – – 1.922 (28.190) (339) (26.607)
– – – (24.086) 10.500 19.712 6.126
Em 30 de junho - R$ mil 2005 Receitas Ativos (passivos) (despesas)
Receitas (despesas)
1.222.190 130.186 80.306 108.731 77.187 39.718 28.309 (6.636) (3.265) 90.120
– – – – – – – – – –
– 121.702 80.306 97.024 43.204 31.922 193.596 (63.474) (28.980) 79.906
– – – – – – – – – –
Depósitos à vista: Fundação Bradesco ................................................................................................................ Bradesco Vida e Previdência S.A. ......................................................................................... Finasa Promotora de Vendas Ltda. ......................................................................................... Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil ................................................................... Bradesco Auto/RE Cia. de Seguros ....................................................................................... Outros controladores, controladas e coligadas ......................................................................
(37.967) (34.662) (11.727) (7.817) (1.700) (20.171)
– – – – – –
(238) (54.263) (5.023) (19) (937) (10.686)
– – – – – –
Depósitos a prazo: Cidade de Deus Companhia Comercial de Participações ..................................................... Bradesco Argentina de Seguros S.A. ..................................................................................... Bradesco Auto/RE Cia. de Seguros ....................................................................................... Bradesco Securities Inc. ........................................................................................................ Outros controladores, controladas e coligadas ......................................................................
(90.462) (19.982) (12.202) (4.503) (14.659)
(243) (455) – (4) (417)
(5.647) (6.661) (11.060) (5.785) (4.222)
(348) – – – (718)
Depósitos no exterior em moedas estrangeiras: Banco Bradesco Luxembourg S.A. ........................................................................................ Banco Bradesco Argentina S.A. .............................................................................................
– 16
– –
447 18
– –
Aplicações em moedas estrangeiras: Banco Bradesco Luxembourg S.A. ........................................................................................
110.787
859
15.628
357
Captações/aplicações em depósitos interfinanceiros (a): Captações: Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil ................................................................... Banco Alvorada S.A. .............................................................................................................. Banco Mercantil de São Paulo S.A. ....................................................................................... Banco Bradesco BBI S.A. (Nota 2) ......................................................................................... Banco BEC S.A. ..................................................................................................................... Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A. ............................................ Zogbi Leasing S.A. Arrendamento Mercantil ......................................................................... Banco Boavista Interatlântico S.A. ........................................................................................ Outros controladores, controladas e coligadas ......................................................................
(15.744.397) (3.956.292) (1.680.027) (841.428) (469.070) (277.327) (134.794) (85.314) (84.734)
(1.175.359) (233.425) (210.199) (59.213) (29.766) (20.064) (10.109) (6.603) (3.538)
(9.923.897) (1.799.780) (2.555.708) (700.540) – – (126.163) – (50.500)
(375.461) (125.196) (173.669) (56.704) – – (5.163) – (2.999)
Aplicações: Banco Finasa S.A. .................................................................................................................. Banco Boavista Interatlântico S.A. ........................................................................................ Outros controladores, controladas e coligadas ......................................................................
17.874.360 – –
1.323.590 – –
12.355.249 433.591 –
877.564 18.873 10.986
Captações/aplicações no mercado aberto (b): Captações: Alvorada Serviços e Negócios Ltda. ...................................................................................... Cia. Brasileira de Meios de Pagamento - VISANET .............................................................. Bradesco S.A. - CTVM ............................................................................................................ Banco Finasa S.A. .................................................................................................................. Banco Bradesco BBI S.A. (Nota 2) ......................................................................................... Banco Alvorada S.A. .............................................................................................................. Banco BEC S.A. ..................................................................................................................... Outros controladores, controladas e coligadas ......................................................................
(245.938) (97.830) (33.800) (24.077) (10.522) (5.535) (1.503) (36.054)
(17.815) (8.379) (6.473) (4.474) (1.575) (908) (24.467) (3.191)
– (47.329) (14.325) (8.165) (15.979) (36.639) – (23.347)
– (4.567) (2.225) (3.360) (862) (764) – (2.458)
Aplicações: Banco Bradesco BBI S.A. (Nota 2) ......................................................................................... Banco Alvorada S.A. ..............................................................................................................
561.791 49.740
40.708 24.761
537.972 405.280
43.900 33.256
Instrumentos financeiros derivativos (swap) (c): Banco Finasa S.A. .................................................................................................................. Outros controladores, controladas e coligadas ......................................................................
8.253 81
2.268 46
78.092 3.849
(689) 444
Obrigações por empréstimos e repasses no exterior (d): Banco Bradesco Luxembourg S.A. ........................................................................................ Banco Boavista Interatlântico S.A. ........................................................................................ Outros controladores, controladas e coligadas ......................................................................
(144.866) (17.625) –
(2.814) (431) –
(55.253) (19.106) –
(912) (300) (27)
Prestação de serviços (e): Scopus Tecnologia S.A. ......................................................................................................... CPM S.A. ................................................................................................................................ Outros controladores, controladas e coligadas ......................................................................
(11.165) (6.176) 42
(82.785) (39.966) 2.165
(9.853) (6.051) (24)
(70.996) (23.576) 2.021
Aluguéis de agências: Paineira Holdings Ltda. .......................................................................................................... Bradesco Seguros S.A. .......................................................................................................... Banco Mercantil de São Paulo S.A. ....................................................................................... Outros controladores, controladas e coligadas ......................................................................
– – – –
(21.418) (13.766) (4.993) (12.637)
– – – –
– (13.719) (7.596) (10.877)
Títulos e valores mobiliários: Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil ................................................................... Cibrasec - Companhia Brasileira de Securitização ...............................................................
13.080.961 14.490
944.846 961
6.831.517 21.241
303.344 –
Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior (f): Cidade Capital Markets Limited ............................................................................................. Banco Boavista Interatlântico S.A. ........................................................................................
(24.520) –
(560) –
(27.302) (447.889)
(638) (15.878)
Repasses interfinanceiros (g): Banco Bradesco BBI S.A. (Nota 2) ......................................................................................... Outros controladores, controladas e coligadas ......................................................................
– (4.513)
– (107)
(13.652) (1.464)
(222) (24)
Operações de securitização (h): Cia. Brasileira de Meios de Pagamento - VISANET ..............................................................
(484.651)
(16.835)
(620.226)
(20.292)
Negociação e intermediação de valores: Nova Paiol Participações S.A. ............................................................................................... Aquarius Holdings S.A. ..........................................................................................................
– (6.018)
(19) (14.838)
(21.046) –
(16.811) –
Dívidas subordinadas: Fundação Bradesco ................................................................................................................ NCD Participações Ltda ......................................................................................................... Titanium Holdings S.A. ........................................................................................................... Cidade de Deus Companhia Comercial de Participações .....................................................
(266.733) (45.670) (26.078) (23.785)
(19.446) (1.595) (1.880) (1.798)
(216.073) – – (20.049)
(15.268) – – (3.927)
Valores a receber/Pagar: Companhia Brasileira de Soluções e Serviços - VisaVale .................................................... Outros controladores, controladas e coligadas ......................................................................
1.622 5.419
– –
1.677 24
– –
f) g) h) 32)
– – (164.986) (17.348) (2.921) 8.287 (176.968)
Juros sobre o capital próprio e dividendos: Bradesco Seguros S.A. .......................................................................................................... Banco Mercantil de São Paulo S.A. ....................................................................................... Bradesco Vida e Previdência S.A. ......................................................................................... Banco Alvorada S.A. .............................................................................................................. Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil ................................................................... Banco Boavista Interatlântico S.A. ........................................................................................ Banco Finasa S.A. .................................................................................................................. Cidade de Deus Companhia Comercial de Participações ..................................................... Fundação Bradesco ................................................................................................................ Outros controladores, controladas e coligadas ......................................................................
e)
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005 2006 2005 555.539 376.081 252.039 224.191 222.521 196.633 163.526 156.432 147.752 110.505 82.562 81.706 34.693 87.619 2.691.799
73.844 123.760 17.038 – 42.617 257.259
TRANSAÇÕES COM CONTROLADORES, CONTROLADAS E COLIGADAS (DIRETA E INDIRETA) As transações com controladores, controladas e coligadas (direta e indireta) são efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações, e estão assim representadas:
a) b) c) d)
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
Serviços de terceiros .............................................................................................................. Comunicação .......................................................................................................................... Transportes .............................................................................................................................. Serviços do sistema financeiro .............................................................................................. Depreciação e amortização .................................................................................................... Propaganda e Publicidade ..................................................................................................... Aluguéis .................................................................................................................................. Manutenção e conservação de bens ..................................................................................... Processamento de dados ....................................................................................................... Arrendamento de bens ............................................................................................................ Materiais ................................................................................................................................. Água, energia e gás ................................................................................................................ Viagens ................................................................................................................................... Outras ...................................................................................................................................... Total .........................................................................................................................................
98.660 84.217 (192.079) (17.610) (24.013) 30.329 (20.496)
Ativos (passivos)
Total
RS mil
109.756 4.741 10.097 – 71.921 196.515
RESULTADO NÃO OPERACIONAL
Resultado na operação com a Fidelity ................................................................................... Resultado na venda do investimento da American BankNote .............................................. Amortização extraordinária de ágio (1) ................................................................................... Resultado na alienação e baixa de valores, bens e investimentos ...................................... Constituição/reversão de provisões não operacionais .......................................................... Outros ...................................................................................................................................... Total ......................................................................................................................................... (1) 2006 - Em função da mudança na expectativa de realização (Nota 15a).
Quantidade em circulação em 30.6.2005 ........................................................................ 246.100.490 244.970.706 491.071.196 Quantidade em circulação em 31.12.2005 ...................................................................... 489.450.004 489.938.838 979.388.842 Ações adquiridas e canceladas (1) ................................................................................. – (30.000) (30.000) Ações adquiridas e não canceladas ............................................................................... (133.200) (400) (133.600) Quantidade em circulação em 30.6.2006 ........................................................................ 489.316.804 489.908.438 979.225.242 (1) Em Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária de 27 de março de 2006, foi deliberado o cancelamento de 30.000 ações preferenciais, adquiridas pela Sociedade por meio de programas de recompra autorizados pelo Conselho de Administração, todas nominativas-escriturais, sem valor nominal, existentes em tesouraria, representativas do seu próprio capital social, sem redução deste. c) Juros sobre o capital próprio As ações preferenciais não possuem direito a voto, mas conferem todos os direitos e vantagens das ações ordinárias, além da prioridade assegurada pelo Estatuto Social no reembolso do capital e adicional de 10% (dez por cento) de juros sobre o capital próprio e/ou dividendos, conforme disposto no inciso II do parágrafo 1o do Artigo 17 da Lei no 6404/1976, com a nova redação dada pela Lei no 10.303/2001. Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados, correspondam, no mínimo, a 30% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária. Os juros sobre o capital próprio são calculados com base nas contas do patrimônio líquido, limitando-se à variação da taxa de juros de longo prazo (TJLP), condicionados à existência de lucros computados antes de sua dedução ou de lucros acumulados e reservas de lucros, em montante igual ou superior a duas vezes o seu valor. A política de remuneração do capital adotada pelo Banco Bradesco S.A., visa distribuir juros sobre o capital próprio no valor máximo calculado em conformidade com a legislação vigente, os quais são computados, líquidos de Imposto de Renda na Fonte, no cálculo dos dividendos obrigatórios do exercício previsto no Estatuto Social. Em reunião do Conselho de Administração de 30 de junho de 2006, deliberou-se a aprovação da proposta da Diretoria de 16 de junho de 2006, para o pagamento de juros sobre o capital próprio intermediários, relativos ao 1o semestre de 2006, no valor de R$ 0,327750 (líquido de imposto R$ 0,278588) por ação ordinária e R$ 0,360525 (líquido de imposto R$ 0,306446) por ação preferencial, cujo pagamento foi efetuado em 20 de julho de 2006. O cálculo dos Juros sobre o Capital Próprio relativo ao 1º semestre de 2006, está demonstrado a seguir:
Descrição
581.439 332.360 241.423 321.902 289.640 246.731 2.013.495
2006 Quantidade Preferenciais
Ordinárias
181.174 191.041 32.844 12.404 141.846 559.309
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005 2006 2005
Em 30 de junho - R$ mil Ordinárias ............................................................................................................................................................... Preferenciais .......................................................................................................................................................... Subtotal .................................................................................................................................................................. Em Tesouraria (ordinárias) ...................................................................................................................................... Em Tesouraria (preferenciais) ................................................................................................................................. Total em circulação ................................................................................................................................................ b) Movimentação do capital social em ações no semestre
266.278 19.910 71.108 25.659 187.911 570.866
OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS
Outras despesas financeiras .................................................................................................. Despesas com perdas diversas ............................................................................................. Amortização de ágio ............................................................................................................... Custo dos produtos vendidos e serviços prestados .............................................................. Despesas de outras provisões operacionais ......................................................................... Outras ...................................................................................................................................... Total .........................................................................................................................................
PATRIMÔNIO LÍQUIDO (CONTROLADOR) a) Composição do capital social em ações O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é dividido em ações nominativas-escriturais, sem valor nominal:
2006
323.376 90.256 22.560 52.657 18.305 17.782 524.936
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005 2006 2005
Em 30 de junho - R$ mil 2005
2006
384.973 106.494 36.332 62.649 20.338 19.030 629.816
OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS
Outras receitas financeiras ..................................................................................................... Reversão de outras provisões operacionais .......................................................................... Receitas de recuperação de encargos e despesas ............................................................... Resultado na venda de mercadorias ...................................................................................... Outras ...................................................................................................................................... Total .........................................................................................................................................
PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA NAS CONTROLADAS
Indiana Seguros S.A. .................................................................................................................................................... BEC S.A. (1) .................................................................................................................................................................. Bradesco Templeton Asset Management Ltda. (2) ....................................................................................................... Banco Alvorada S.A. .................................................................................................................................................... Baneb Corretora de Seguros S.A. ................................................................................................................................. Outros minoritários ........................................................................................................................................................ Total ............................................................................................................................................................................... (1) Empresa Consolidada a partir de janeiro/2006 (Nota 1); e (2) Empresa deixou de ser consolidada em abril/2006 em função da venda parcial do investimento. 23)
4.087.328 2.815.074 640.911 (70.727) (45.907) 7.426.679 (1.322.298) (307.561) 5.796.820
526.015 115.984 117.687 89.264 19.315 34.296 902.561
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005 2006 2005
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 Prêmios emitidos ................................................................................................................................................... Contribuições de previdência complementar (1) ................................................................................................... Receitas com títulos de capitalização .................................................................................................................. Prêmios de cosseguros cedidos ........................................................................................................................... Prêmios restituídos ................................................................................................................................................ Prêmios emitidos líquidos ..................................................................................................................................... Prêmios resgatados ............................................................................................................................................... Prêmios de resseguros cedidos, consórcios e fundos ......................................................................................... Prêmios retidos de seguros, planos de previdência e capitalização ................................................................. (1) Inclui o seguro de Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL).
654.122 141.294 106.422 110.469 21.010 44.255 1.077.572
Aplicações interfinanceiras de liquidez - depósitos interfinanceiros de ligadas, com taxas equivalentes às do CDI - certificado de depósito interfinanceiro; Recompras e/ou revendas a liquidar, de operações compromissadas, lastreadas em títulos públicos, com taxas equivalentes às do “overnight”; Diferenciais a receber e a pagar de operações de “swap”; Empréstimos no exterior, captados em moeda estrangeira, para financiamento à exportação, com encargos equivalentes à variação cambial e juros do mercado internacional; Contratos celebrados com a Scopus Tecnologia S.A. para serviços de manutenção de equipamentos de informática, e com a CPM S.A. para serviços de manutenção de sistemas de processamento de dados; Captações/Aplicações em títulos e valores mobiliários no exterior - “fixed rate euronotes e eurobonds”, com variação cambial e juros equivalentes aos de colocação de títulos no mercado internacional; Recursos captados para repasse em operações de crédito rural, com encargos equivalentes aos praticados nessa modalidade de operação; e Operações de securitização do fluxo futuro de recebíveis de faturas de cartão de crédito de clientes residentes no exterior.
INSTRUMENTOS FINANCEIROS a) Processo de Gerenciamento de Riscos O Bradesco aborda de modo abrangente e integrado o gerenciamento de todos os riscos inerentes às suas atividades, apoiado na sua estrutura de Controles Internos e Compliance. Gerenciamento de Risco de Crédito Risco de Crédito é a possibilidade da contraparte de um empréstimo ou operação financeira vir a não desejar ou sofrer alteração na capacidade de cumprir suas obrigações contratuais, podendo gerar assim algum risco de perda para a Organização. Como parte do aprimoramento do processo de Gestão de Risco de Crédito, o Bradesco vem trabalhando, continuamente, no refinamento dos procedimentos de coleta e controle de informações de sua carteira, no desenvolvimento e no aprimoramento de modelos para estimar perdas, na aferição e elaboração de inventários dos ratings utilizados, no acompanhamento dos processos de análise, concessão e liquidação de crédito, no monitoramento de concentrações, na identificação de novos componentes que ofereçam riscos de crédito e na elaboração de planos de mitigação dos riscos. Gerenciamento de Risco de Mercado O risco de mercado está ligado à possibilidade de perda em função da oscilação de taxas referentes aos descasamentos de moedas e indexadores das carteiras ativa e passiva da Instituição.
CONTINUA
DIÁRIO DO COMÉRCIO
8 -.LEGAIS
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta
CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP
Balanço Patrimonial em 30 de junho – Em Reais mil
CONTINUAÇÃO BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005
ATIVO
BRADESCO CONSOLIDADO 2006 2005
CIRCULANTE ........................................................................................................................ DISPONIBILIDADES (Nota 6a) .............................................................................................. APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ (Notas 3b e 7) ...................................... Aplicações no Mercado Aberto ............................................................................................. Aplicações em Depósitos Interfinanceiros ........................................................................... Provisões para Perdas .......................................................................................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS (Notas 3c, 3d, 8e, 32b) ........................................................................................................ Carteira Própria ...................................................................................................................... Vinculados a Compromissos de Recompra ......................................................................... Instrumentos Financeiros Derivativos .................................................................................. Vinculados ao Banco Central ............................................................................................... Moedas de Privatização ....................................................................................................... Vinculados à Prestação de Garantias .................................................................................. Títulos Objeto de Operações Compromissadas com Livre Movimentação ......................... RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS ........................................................................................ Pagamentos e Recebimentos a Liquidar .............................................................................. Créditos Vinculados: (Nota 9) - Depósitos no Banco Central ............................................................................................... - Tesouro Nacional – Recursos do Crédito Rural .................................................................. - SFH - Sistema Financeiro da Habitação ............................................................................. Correspondentes ................................................................................................................... RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS ................................................................................... Transferências Internas de Recursos .................................................................................... OPERAÇÕES DE CRÉDITO (Notas 3e, 10 e 32b) ................................................................ Operações de Crédito: - Setor Público ....................................................................................................................... - Setor Privado ....................................................................................................................... Provisão para Operações de Crédito de Liquidação Duvidosa (Notas 3e, 10f, 10g e 10h) OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL (Notas 2, 3e, 10 e 32b) ........................ Operações de Arrendamento a Receber: - Setor Público ....................................................................................................................... - Setor Privado ....................................................................................................................... Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil ................................................................... Provisão para Créditos de Arrendamento Mercantil de Liquidação Duvidosa (Notas 3e, 10f, 10g e 10h) .................................................................................................................... OUTROS CRÉDITOS ............................................................................................................. Créditos por Avais e Fianças Honrados (Nota 10a–2) .......................................................... Carteira de Câmbio (Nota 11a) .............................................................................................. Rendas a Receber ................................................................................................................. Negociação e Intermediação de Valores .............................................................................. Prêmios de Seguros a Receber ............................................................................................ Diversos (Nota 11b) ............................................................................................................... Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa (Notas 3e, 10f, 10g e 10h) ........... OUTROS VALORES E BENS (Nota 12) ................................................................................. Outros Valores e Bens ........................................................................................................... Provisões para Desvalorizações .......................................................................................... Despesas Antecipadas (Notas 3g e 12b) .............................................................................
133.087.140 3.067.180 37.994.271 22.755.847 15.238.497 (73)
112.072.483 2.994.240 32.257.560 19.315.935 12.944.560 (2.935)
179.631.457 3.161.288 27.094.311 22.191.566 4.902.818 (73)
149.399.503 3.081.453 22.766.776 18.372.684 4.397.027 (2.935)
15.766.963 2.891.281 10.818.041 478.406 681.478 – 894.708 3.049 18.684.564 1.729.426
14.763.135 3.712.808 3.355.378 1.827.675 4.581.542 – 1.285.732 – 17.120.384 1.812.390
57.596.912 55.189.516 224.671 477.785 681.478 1 1.023.461 – 17.660.635 649.614
51.926.621 43.991.633 235.176 1.747.896 4.581.552 1 1.370.363 – 15.950.914 598.099
16.936.779 578 6.551 11.230 159.256 159.256 39.541.079
15.289.459 578 8.685 9.272 58.493 58.493 32.778.624
16.948.478 578 9.433 52.532 160.420 160.420 49.459.243
15.297.826 578 12.020 42.391 61.256 61.256 39.700.851
201.031 42.824.852 (3.484.804) –
208.475 35.288.377 (2.718.228) –
201.031 53.320.302 (4.062.090) 1.483.979
208.475 42.426.694 (2.934.318) 1.099.919
– – –
– – –
40.527 2.936.284 (1.431.106)
– 2.138.251 (996.733)
– 17.552.992 15 10.123.248 1.720.603 299.517 – 5.529.739 (120.130) 320.835 181.321 (109.031) 248.545
– 11.765.047 98 7.671.921 576.520 280.463 – 3.362.100 (126.055) 335.000 204.523 (116.143) 246.620
(61.726) 21.821.491 15 10.123.315 174.639 1.629.657 1.123.600 8.901.473 (131.208) 1.193.178 386.611 (190.327) 996.894
(41.599) 13.779.171 98 7.671.921 212.863 302.253 1.051.720 4.670.975 (130.659) 1.032.542 428.085 (217.382) 821.839
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ........................................................................................... APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ (Notas 3b e 7) ...................................... Aplicações no Mercado Aberto ............................................................................................. Aplicações em Depósitos Interfinanceiros ........................................................................... Provisões para Perdas .......................................................................................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS (Notas 3c, 3d, 8e, 32b) ........................................................................................................ Carteira Própria ...................................................................................................................... Vinculados a Compromissos de Recompra ......................................................................... Instrumentos Financeiros Derivativos .................................................................................. Vinculados ao Banco Central ............................................................................................... Moedas de Privatização ....................................................................................................... Vinculados à Prestação de Garantias .................................................................................. RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS ........................................................................................ Créditos Vinculados: (Nota 9) ............................................................................................... - SFH - Sistema Financeiro da Habitação ............................................................................. OPERAÇÕES DE CRÉDITO (Notas 3e, 10 e 32b) ................................................................ Operações de Crédito: - Setor Público ....................................................................................................................... - Setor Privado ....................................................................................................................... Provisão para Operações de Crédito de Liquidação Duvidosa (Notas 3e, 10f, 10g e 10h) OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL (Notas 2, 3e, 10 e 32b) ........................ Operações de Arrendamento a Receber: - Setor Público ....................................................................................................................... - Setor Privado ....................................................................................................................... Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil ................................................................... Provisão para Créditos de Arrendamento Mercantil de Liquidação Duvidosa (Notas 3e, 10f, 10g e 10h) .................................................................................................................... OUTROS CRÉDITOS ............................................................................................................. Rendas a Receber ................................................................................................................. Negociação e Intermediação de Valores .............................................................................. Diversos (Nota 11b) ............................................................................................................... Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa (Notas 3e, 10f, 10g e 10h) ........... OUTROS VALORES E BENS (Nota 12) ................................................................................. Outros Valores e Bens ........................................................................................................... Provisões para Desvalorizações .......................................................................................... Despesas Antecipadas (Notas 3g e 12b) .............................................................................
41.880.357 7.688.464 8.167 7.680.297 –
33.970.784 4.505.446 – 4.505.975 (529)
47.525.220 475.085 8.167 466.918 –
40.581.692 606.923 – 607.452 (529)
11.311.427 5.509.287 3.791.253 17.661 657.611 5.903 1.329.712 218.188
10.295.514 6.310.924 3.509.068 85.954 33.126 32.137 324.305 88.130
12.785.236 9.314.152 1.393.101 17.661 657.612 69.984 1.332.726 390.869
12.514.791 10.556.786 1.424.683 79.271 33.126 92.445 328.480 246.686
218.188 18.488.081
88.130 14.485.821
390.869 24.171.593
246.686 18.341.612
635.845 19.093.364 (1.241.128) –
344.209 15.308.418 (1.166.806) –
702.976 24.969.308 (1.500.691) 1.563.317
415.069 19.214.142 (1.287.599) 785.902
– – –
– – –
118.140 3.110.423 (1.596.524)
– 1.782.454 (951.367)
– 3.878.457 187.027 64.702 3.630.621 (3.893) 295.740 – – 295.740
– 4.351.517 193.936 – 4.163.609 (6.028) 244.356 – – 244.356
(68.722) 7.587.056 1.623 64.702 7.529.492 (8.761) 552.064 8.153 (1.547) 545.458
(45.185) 7.685.296 1.615 – 7.694.757 (11.076) 400.482 14.536 (4.372) 390.318
PERMANENTE ...................................................................................................................... INVESTIMENTOS (Notas 3h, 13 e 32b) ................................................................................ Participações em Coligadas e Controladas: - No País ................................................................................................................................ - No Exterior ........................................................................................................................... Outros Investimentos ............................................................................................................ Provisões para Perdas .......................................................................................................... IMOBILIZADO DE USO (Notas 3i e 14) ................................................................................. Imóveis de Uso ..................................................................................................................... Outras Imobilizações de Uso ................................................................................................ Depreciações Acumuladas ................................................................................................... IMOBILIZADO DE ARRENDAMENTO (Nota 14) .................................................................... Bens Arrendados ................................................................................................................... Depreciações Acumuladas ................................................................................................... DIFERIDO (Notas 2, 3j e 15) .................................................................................................. Gastos de Organização e Expansão .................................................................................... Amortização Acumulada ....................................................................................................... Ágio na Aquisição de Empresas Controladas, Líquido de Amortização (Nota 15a) ............
25.526.179 23.874.801
20.069.017 18.094.879
5.778.429 1.044.832
4.560.892 1.019.608
23.004.577 865.959 68.256 (63.991) 1.142.214 263.348 2.809.824 (1.930.958) – – – 509.164 2.004.597 (1.495.433) –
17.299.056 819.202 71.797 (95.176) 1.291.757 523.420 2.769.181 (2.000.844) – – – 682.381 1.010.595 (615.231) 287.017
430.923 – 1.014.284 (400.375) 2.075.400 1.104.263 3.939.088 (2.967.951) 15.911 31.872 (15.961) 2.642.286 1.471.572 (883.907) 2.054.621
403.056 – 951.520 (334.968) 2.076.038 1.294.487 3.545.553 (2.764.002) 12.345 45.549 (33.204) 1.452.901 1.191.651 (703.170) 964.420
T OT A L ................................................................................................................................
200.493.676
166.112.284
232.935.106
194.542.087
Demonstração do Resultado dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil
15.559.060 7.629.220
BRADESCO CONSOLIDADO 2006 2005
CIRCULANTE ........................................................................................................................ DEPÓSITOS (Notas 3k e 16a) ............................................................................................... Depósitos à Vista .................................................................................................................. Depósitos de Poupança ........................................................................................................ Depósitos Interfinanceiros .................................................................................................... Depósitos a Prazo (Nota 32b) ............................................................................................... Outros Depósitos ................................................................................................................... CAPTAÇÕES NO MERCADO ABERTO (Notas 3k e 16b) ..................................................... Carteira Própria ...................................................................................................................... Carteira de Terceiros .............................................................................................................. Carteira Livre Movimentação ................................................................................................ RECURSOS DE EMISSÃO DE TÍTULOS (Notas 16c e 32b) ................................................ Recursos de Letras Hipotecárias .......................................................................................... Recursos de Debêntures ....................................................................................................... Obrigações por Títulos e Valores Mobiliários no Exterior ..................................................... RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS ........................................................................................ Recebimentos e Pagamentos a Liquidar .............................................................................. Repasses Interfinanceiros .................................................................................................... Correspondentes ................................................................................................................... RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS ................................................................................... Recursos em Trânsito de Terceiros ....................................................................................... OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS (Notas 17a e 32b) ...................................................... Empréstimos no País - Instituições Oficiais ........................................................................ Empréstimos no País - Outras Instituições .......................................................................... Empréstimos no Exterior ....................................................................................................... OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO PAÍS - INSTITUIÇÕES OFICIAIS (Notas 17b e 32b) .. Tesouro Nacional ................................................................................................................... BNDES .................................................................................................................................. CEF ........................................................................................................................................ FINAME ................................................................................................................................. Outras Instituições ................................................................................................................ OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO EXTERIOR (Notas 17b e 32b) .................................... Repasses do Exterior ............................................................................................................ INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS (Notas 3d e 32) ........................................ Instrumentos Financeiros Derivativos .................................................................................. PROVISÕES TÉCNICAS DE SEGUROS, PREVIDÊNCIA E CAPITALIZAÇÃO (Notas 3l e 21) OUTRAS OBRIGAÇÕES ........................................................................................................ Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados ........................................................ Carteira de Câmbio (Nota 11a) .............................................................................................. Sociais e Estatutárias ........................................................................................................... Fiscais e Previdenciárias (Nota 20a) .................................................................................... Negociação e Intermediação de Valores .............................................................................. Fundos Financeiros e de Desenvolvimento ......................................................................... Dívidas Subordinadas (Notas 19 e 32b) ............................................................................... Diversas (Nota 20b) ...............................................................................................................
106.575.116 61.961.837 16.537.450 24.834.740 7.628.281 12.675.785 285.581 17.593.916 2.392.521 14.620.973 580.422 1.754.288 819.685 – 934.603 1.279.067 1.081.825 4.513 192.729 1.767.333 1.767.333 5.208.621 – – 5.208.621 3.802.268 17.535 1.835.986 7.469 1.940.440 838 182 182 393.878 393.878 – 12.813.726 1.361.245 4.677.775 1.066.928 945.134 328.974 1.618 40.116 4.391.936
99.670.645 57.706.037 14.814.671 24.517.141 5.255.471 12.962.267 156.487 17.625.573 3.222.189 14.403.384 – 1.331.135 799.935 – 531.200 1.420.227 1.214.400 15.116 190.711 1.274.003 1.274.003 6.022.083 – – 6.022.083 3.254.871 51.341 1.530.050 2.855 1.669.618 1.007 4.228 4.228 1.621.779 1.621.779 – 9.410.709 1.287.195 3.180.539 847.498 508.888 188.212 – 42.956 3.355.421
135.925.689 54.965.814 16.645.884 24.834.740 162.763 13.044.998 277.429 17.511.529 2.392.521 14.541.625 577.383 1.830.993 838.006 62.959 930.028 192.729 – – 192.729 1.769.833 1.769.833 5.142.653 320 21.691 5.120.642 3.891.582 17.535 1.835.986 9.368 2.027.855 838 182 182 394.764 394.764 31.874.874 18.350.736 1.413.591 4.678.807 1.105.747 2.115.936 1.650.679 1.618 63.492 7.320.866
120.918.348 52.780.552 14.891.617 24.517.141 46.003 13.169.304 156.487 17.482.045 3.159.003 14.323.042 – 1.203.118 814.675 – 388.443 190.711 – – 190.711 1.275.702 1.275.702 6.027.285 322 12.593 6.014.370 3.336.371 51.341 1.530.050 5.043 1.748.930 1.007 4.228 4.228 1.618.346 1.618.346 25.114.202 11.885.788 1.341.263 3.180.758 872.635 1.341.902 189.098 – 71.468 4.888.664
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ................................................................................................. DEPÓSITOS (Notas 3k e 16a) ............................................................................................... Depósitos Interfinanceiros .................................................................................................... Depósitos a Prazo (Nota 32b) ............................................................................................... CAPTAÇÕES NO MERCADO ABERTO (Notas 3k e 16b) ..................................................... Carteira Própria ...................................................................................................................... RECURSOS DE EMISSÃO DE TÍTULOS (Notas 16c e 32b) ................................................ Recursos de Letras Hipotecárias .......................................................................................... Recursos de Debêntures ....................................................................................................... Obrigações por Títulos e Valores Mobiliários no Exterior ..................................................... OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS (Notas 17a e 32b) ...................................................... Empréstimos no País - Instituições Oficiais ........................................................................ Empréstimos no País - Outras Instituições .......................................................................... Empréstimos no Exterior ....................................................................................................... OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO PAÍS - INSTITUIÇÕES OFICIAIS (Notas 17b e 32b) .. BNDES .................................................................................................................................. CEF ........................................................................................................................................ FINAME ................................................................................................................................. Outras Instituições ................................................................................................................ INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS (Notas 3d e 32) ........................................ Instrumentos Financeiros Derivativos .................................................................................. PROVISÕES TÉCNICAS DE SEGUROS, PREVIDÊNCIA E CAPITALIZAÇÃO (Notas 3l e 21) OUTRAS OBRIGAÇÕES ........................................................................................................ Fiscais e Previdenciárias (Nota 20a) .................................................................................... Dívidas Subordinadas (Notas 19 e 32b) ............................................................................... Diversas (Nota 20b) ...............................................................................................................
72.394.806 39.142.595 15.753.010 23.389.585 12.118.998 12.118.998 1.837.900 7.227 – 1.830.673 362.175 – – 362.175 5.980.297 2.839.220 48.656 3.090.860 1.561 1.780 1.780 – 12.951.061 1.968.006 10.239.720 743.335
48.990.412 28.820.550 9.947.115 18.873.435 3.476.702 3.476.702 3.175.419 262 – 3.175.157 449.047 – – 449.047 5.077.679 2.259.913 23.365 2.792.263 2.138 1.771 1.771 – 7.989.244 1.279.063 5.824.539 885.642
75.335.398 23.390.007 – 23.390.007 11.746.125 11.746.125 4.370.047 7.227 2.552.100 1.810.720 359.374 614 9 358.751 6.091.661 2.839.220 55.382 3.195.498 1.561 1.780 1.780 12.071.664 17.304.740 5.119.734 10.839.720 1.345.286
56.063.560 18.873.721 – 18.873.721 3.474.446 3.474.446 5.474.173 262 2.631.189 2.842.722 449.967 911 9 449.047 5.181.111 2.259.913 31.779 2.887.281 2.138 942 942 11.418.463 11.190.737 3.655.487 6.424.539 1.110.711
RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS ......................................................................... Resultados de Exercícios Futuros ........................................................................................
63.064 63.064
2.777 2.777
158.274 158.274
58.314 58.314
PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA NAS CONTROLADAS (Nota 22) ..........................................
–
–
55.055
53.415
PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Nota 23) ........................................................................................... Capital: - De Domiciliados no País .................................................................................................... - De Domiciliados no Exterior ............................................................................................... Reservas de Capital .............................................................................................................. Reservas de Lucros .............................................................................................................. Ajuste ao Valor de Mercado – TVM e Derivativos ................................................................ Ações em Tesouraria (Notas 23e e 32b) ...............................................................................
21.460.690
17.448.450
21.460.690
17.448.450
11.991.527 1.008.473 36.456 7.877.422 585.572 (38.760)
9.030.539 969.461 35.715 7.153.748 346.408 (87.421)
11.991.527 1.008.473 36.456 7.877.422 585.572 (38.760)
9.030.539 969.461 35.715 7.153.748 346.408 (87.421)
PATRIMÔNIO LÍQUIDO ADMINISTRADO PELA CONTROLADORA ......................................
–
–
21.515.745
17.501.865
T OT A L ................................................................................................................................
200.493.676
166.112.284
232.935.106
194.542.087
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil
BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005 RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ...................................................................... Operações de Crédito (Nota 10i) ...............................................................................................
BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005
PASSIVO
BRADESCO CONSOLIDADO 2006 2005
12.742.441 6.066.287
18.770.521 9.684.280
BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005
15.228.357 7.187.962
Operações de Arrendamento Mercantil (Nota 10i) ....................................................................
–
–
285.372
182.138
Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários (Nota 8f) ..................................... Resultado Financeiro de Seguros, Previdência e Capitalização (Nota 8f) ..............................
5.190.958 –
4.041.445 –
2.580.223 3.455.379
1.958.099 3.233.720
Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos (Nota 8f) .............................................. Resultado de Operações de Câmbio (Nota 11a) .......................................................................
1.612.087 463.934
1.676.165 230.808
1.624.110 464.039
1.696.605 230.836
Resultado das Aplicações Compulsórias (Nota 9b) .................................................................
662.861
727.736
677.118
738.997
DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ....................................................................
10.328.972
7.941.937
10.604.017
8.070.890
Operações de Captações no Mercado (Nota 16e) ....................................................................
7.658.569
6.416.868
5.552.770
4.674.319
Atualização e Juros de Provisões Técnicas de Seguros, Previdência e Capitalização (Nota 16e) ...............................................................................................................................
–
–
1.958.429
1.840.891
Operações de Empréstimos e Repasses (Nota 17c) ................................................................ Operações de Arrendamento Mercantil (Nota 10i) ....................................................................
1.085.237 –
488.226 –
1.034.537 3.853
353.126 5.808
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (Notas 3e, 10g e 10h) ..................................
1.585.166
1.036.843
2.054.428
1.196.746
RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ......................................................
5.230.088
4.800.504
8.166.504
7.157.467
OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS .................................................................
(1.442.387)
(1.748.981)
(3.578.969)
(3.427.199)
Receitas de Prestação de Serviços (Nota 24) .......................................................................... Prêmios Retidos de Seguros, Planos de Previdência e Capitalização (Notas 3l e 21d) ........
2.898.054 –
2.487.429 –
4.131.283 6.745.640
3.420.949 5.796.820
Prêmios Emitidos Líquidos ..................................................................................................... Prêmios de Resseguros e Prêmios Resgatados ....................................................................
– –
– –
8.645.715 (1.900.075)
7.426.679 (1.629.859)
Variação de Provisões Técnicas de Seguros, Previdência e Capitalização (Nota 3l) ............
–
–
(1.044.904)
(697.682)
Sinistros Retidos (Nota 3l) ........................................................................................................ Sorteios e Resgates de Títulos de Capitalização (Nota 3l) ......................................................
– –
– –
(2.985.398) (572.697)
(2.829.048) (559.635)
Despesas de Comercialização de Planos de Seguros, Previdência e Capitalização (Nota 3l) Despesas com Benefícios e Resgates de Planos de Previdência (Nota 3l) ...........................
– –
– –
(494.145) (1.293.554)
(453.082) (1.372.903)
Despesas de Pessoal (Nota 25) ...............................................................................................
(2.567.387)
(2.180.556)
(2.887.674)
(2.466.949)
Outras Despesas Administrativas (Nota 26) ............................................................................. Despesas Tributárias (Nota 27) .................................................................................................
(2.235.277) (629.816)
(2.029.408) (524.936)
(2.691.799) (1.077.572)
(2.431.850) (902.561)
Resultado de Participações em Coligadas (Nota 13c) ............................................................. Outras Receitas Operacionais (Nota 28) ...................................................................................
1.816.534 196.515
966.785 257.259
34.480 570.866
4.642 559.309
Outras Despesas Operacionais (Nota 29) .................................................................................
(921.010)
(725.554)
(2.013.495)
(1.495.209)
RESULTADO OPERACIONAL ....................................................................................................
3.787.701
3.051.523
4.587.535
3.730.268
RESULTADO NÃO OPERACIONAL (Nota 30) ............................................................................
(176.968)
6.126
(20.496)
(26.607)
RESULTADO ANTES DATRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO E PARTICIPAÇÕES ......................
3.610.733
3.057.649
4.567.039
3.703.661
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (Notas 34a e 34b) .....................................
(478.348)
(436.357)
(1.429.620)
(1.080.661)
PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA NAS CONTROLADAS .............................................................
–
–
(5.034)
(1.708)
LUCRO LÍQUIDO ........................................................................................................................
3.132.385
2.621.292
3.132.385
2.621.292
JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO E DIVIDENDOS (Nota 23c) .........................................
(1.147.600)
(925.113)
–
–
Número de ações em circulação (Notas 23a e 23b) .................................................................
979.225.242
491.071.196
–
–
Lucro por ação em R$ ..............................................................................................................
3,20
5,34
–
–
ORIGEM DOS RECURSOS .......................................................................................................
21.238.768
BRADESCO CONSOLIDADO 2006 2005
22.312.756
27.511.497
15.234.343
LUCRO LÍQUIDO ........................................................................................................................
3.132.385
2.621.292
3.132.385
2.621.292
AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO ................................................................................................ Depreciações e Amortizações .................................................................................................. Amortização de Ágio ................................................................................................................. Provisão (reversão) para perdas em aplicações interfinanceiras de liquidez e investimentos Resultado de Participações em Coligadas e Controladas ....................................................... Outros ........................................................................................................................................
(1.755.310) 177.985 350.476 (23.670) (1.816.534) (443.567)
(1.202.989) 186.536 132.305 (21.805) (966.785) (533.240)
674.568 222.521 433.502 50.451 (34.480) 2.574
447.753 226.883 184.105 (30.724) (4.642) 72.131
VARIAÇÃO NOS RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS ..................................................
59.881
(2.064)
106.142
13.714
VARIAÇÃO NA PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA ........................................................................
–
–
(3.004)
(17.175)
AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TÍTULOS DISPONÍVEIS PARA VENDA .........................
77.613
(111.672)
77.613
(111.672)
RECURSOS DE ACIONISTAS ................................................................................................... Aumento do Capital por Subscrição ......................................................................................... Aumento do Capital Social por Incorporação de Ações ........................................................... Ágio na Subscrição de Ações ..................................................................................................
– – – –
736.106 700.000 11.856 24.250
– – – –
736.106 700.000 11.856 24.250
RECURSOS DETERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Aumento dos Subgrupos do Passivo ..................................................................................... Depósitos ................................................................................................................................ Captações no Mercado Aberto ................................................................................................ Recursos de Emissão de Títulos ............................................................................................ Relações Interfinanceiras ....................................................................................................... Instrumentos Financeiros Derivativos .................................................................................... Provisões Técnicas de Seguros, Previdência e Capitalização ............................................. Outras Obrigações ................................................................................................................... - Diminuição dos Subgrupos do Ativo ...................................................................................... Relações Interdependências .................................................................................................. Outros Créditos ........................................................................................................................ - Alienação (Baixa) de Bens e Investimentos .......................................................................... Bens não de Uso Próprio ........................................................................................................ Imobilizado de Uso e de Arrendamento .................................................................................. Investimentos .......................................................................................................................... Alienação (Baixa) do Diferido ................................................................................................. - Juros sobre o Capital Próprio e Dividendos Recebidos de Coligadas e Controladas ...........
18.627.791 3.341.410 4.656.132 6.250 1.139.874 155.171 – 9.328.954 11.890 11.890 – 94.524 61.244 5.651 27.362 267 989.994
18.295.800 13.253.051 – – 1.246.159 1.447.183 – 2.349.407 590.918 86.630 504.288 1.155.076 41.728 19.921 1.087.030 6.397 230.289
23.292.379 2.950.179 4.618.770 – 53.536 158.071 3.083.983 12.427.840 12.411 12.411 – 168.236 92.086 9.138 37.180 29.832 50.767
10.744.216 3.010.946 – 1.619.799 16.645 1.445.641 2.864.011 1.787.174 350.097 86.281 263.816 412.784 93.884 171.352 140.597 6.951 37.228
APLICAÇÃO DOS RECURSOS .................................................................................................
21.462.962
21.900.926
27.713.250
14.792.150
JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO PAGOS E/OU PROVISIONADOS ...............................
1.147.600
925.113
1.147.600
925.113
AQUISIÇÕES DE AÇÕES DE PRÓPRIA EMISSÃO .................................................................
11.406
87.421
11.406
87.421
INVERSÕES EM ....................................................................................................................... Bens não de Uso Próprio .......................................................................................................... Imobilizado de Uso e de Arrendamento .................................................................................... Investimentos ............................................................................................................................
2.790.487 54.370 147.609 2.588.508
2.684.063 32.071 99.966 2.552.026
546.717 109.459 293.361 143.897
344.482 56.611 183.042 104.829
APLICAÇÕES NO DIFERIDO ....................................................................................................
104.429
72.408
1.779.848
184.871
AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO ................................................................................ Aplicações Interfinanceiras de Liquidez .................................................................................. Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos .................................... Relações Interfinanceiras ......................................................................................................... Operações de Crédito ................................................................................................................ Operações de Arrendamento Mercantil ..................................................................................... Outros Créditos .......................................................................................................................... Prêmios de Seguros a Receber ................................................................................................ Outros Valores e Bens ...............................................................................................................
16.178.755 3.728.181 1.342.365 2.189.321 3.948.758 – 4.924.647 – 45.483
13.765.978 4.168.395 4.783.936 1.318.275 3.428.649 – – – 66.723
23.016.124 2.562.999 5.919.332 1.129.339 5.302.034 635.997 7.251.936 50.598 163.889
9.889.922 1.027.477 2.019.754 110.498 6.151.576 329.500 – 63.691 187.426
REDUÇÃO DOS SUBGRUPOS DO PASSIVO ........................................................................... Captações no Mercado Aberto .................................................................................................. Recursos de Emissão de Títulos .............................................................................................. Relações Interdependências .................................................................................................... Obrigações por Empréstimos e Repasses ...............................................................................
1.230.285 – – 131.346 1.098.939
4.365.943 1.890.381 1.091.472 469.461 914.629
1.211.555 – 2.846 131.080 1.077.629
3.360.341 1.929.912 – 470.019 960.410
AUMENTO (REDUÇÃO) DAS DISPONIBILIDADES ..................................................................
(224.194)
411.830
(201.753)
442.193
MODIFICAÇÕES NA Início do Período .................................................................................. POSIÇÃO Fim do Período ..................................................................................... FINANCEIRA Aumento (Redução) das Disponibilidades ..........................................
3.291.374 3.067.180 (224.194)
2.582.410 2.994.240 411.830
3.363.041 3.161.288 (201.753)
2.639.260 3.081.453 442.193
CONTINUA
DIÁRIO DO COMÉRCIO
16 -.LEGAIS
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta
CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP
Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras
CONTINUAÇÃO
Determinação do valor de mercado dos instrumentos financeiros: • Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos, investimentos, dívidas subordinadas e ações em tesouraria baseiam-se em cotação de preços de mercado na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes; • Operações de crédito prefixadas foram determinadas mediante desconto dos fluxos de caixa estimados, adotando as taxas de juros praticadas pela Organização Bradesco em novos contratos de características similares. As referidas taxas são compatíveis com o mercado na data do balanço; e • Depósitos a prazo, recursos de emissão de títulos e obrigações por empréstimos e repasses foram calculados mediante o desconto da diferença entre os fluxos de caixa nas condições contratuais e as taxas praticadas no mercado na data do balanço.
Apresentamos o Balanço Patrimonial por moedas relativos ao 1o semestre de 2006 e a posição em moedas estrangeiras em 2006 e 2005: 2006
Em 30 de junho - R$ mil 2005 Estrangeira Estrangeira (1) (2) (1) (2)
Balanço Nacional ATIVO Circulante e realizável a longo prazo ............................................................................. 227.156.677 200.742.802 26.413.875 23.806.479 Disponibilidades .............................................................................................................. 3.161.288 2.737.975 423.313 428.896 Aplicações interfinanceiras de liquidez .......................................................................... 27.569.396 24.513.346 3.056.050 2.909.517 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos ............................. 70.382.148 62.840.736 7.541.412 7.952.867 Relações interfinanceiras e interdependências .............................................................. 18.211.924 18.201.180 10.744 7.056 Operações de crédito e de arrendamento mercantil ........................................................ 76.678.132 69.502.465 7.175.667 6.151.831 Outros créditos e outros valores e bens .......................................................................... 31.153.789 22.947.100 8.206.689 6.356.312 Permanente ...................................................................................................................... 5.778.429 5.377.052 401.377 337.112 Investimentos ................................................................................................................... 1.044.832 645.711 399.121 335.398 Imobilizado de uso e de arrendamento ............................................................................ 2.091.311 2.089.554 1.757 1.704 Diferido ............................................................................................................................. 2.642.286 2.641.787 499 10 Total .................................................................................................................................. 232.935.106 206.119.854 26.815.252 24.143.591 PASSIVO Circulante e exigível a longo prazo ................................................................................ 211.261.087 191.457.924 19.803.163 20.651.126 Depósitos ......................................................................................................................... 78.355.821 75.015.012 3.340.809 3.436.737 Captações no mercado aberto ......................................................................................... 29.257.654 28.333.489 924.165 1.088.405 Recursos de emissão de títulos ...................................................................................... 6.201.040 3.460.293 2.740.747 3.232.441 Relações interfinanceiras e interdependências .............................................................. 1.962.562 670.254 1.292.308 947.978 Obrigações por empréstimos e repasses ........................................................................ 15.485.452 9.678.783 5.806.669 6.782.445 Instrumentos financeiros derivativos ............................................................................... 396.544 149.962 246.582 41.281 Provisões técnicas de seguros, previdência e capitalização ........................................ 43.946.538 43.935.295 11.243 19.396 Outras obrigações: ........................................................................................................... - Dívidas subordinadas .................................................................................................... 10.903.212 7.912.019 2.991.193 3.209.665 - Outras ............................................................................................................................. 24.752.264 22.302.817 2.449.447 1.892.778 Resultados de exercícios futuros ................................................................................... 158.274 158.274 – – Participação minoritária nas controladas ...................................................................... 55.055 55.055 – – Patrimônio líquido ............................................................................................................ 21.460.690 21.460.690 – – Total .................................................................................................................................. 232.935.106 213.131.943 19.803.163 20.651.126 Posição líquida de ativos e passivos ............................................................................. 7.012.089 3.492.465 Derivativos posição líquida (2) ........................................................................................ (11.098.015) (6.296.238) Outras contas de compensação líquidas (3) ................................................................... (86.524) (285.313) Posição cambial líquida (passiva) .................................................................................. (4.172.450) (3.089.086) (1) Valores expressos e/ou indexados basicamente em dólares norte-americanos; (2) Excluídas as operações vencíveis em D+1, a serem liquidadas em moeda do último dia do mês; e (3) Referem-se a compromissos de arrendamento mercantil e outros, registrados em conta de compensação. A política da Organização, em termos de exposição a riscos de mercado, é conservadora, sendo os limites de VaR (Value at Risk) definidos pela Alta Administração e o cumprimento destes acompanhado diariamente por área independente à gestão das carteiras.A metodologia adotada para a apuração doVaR tem nível de confiança de 97,5%. As volatilidades e as correlações utilizadas pelos modelos são calculadas a partir de bases estatísticas, sendo usadas em processos adotados com visão prospectiva, de acordo com estudos econômicos. A metodologia aplicada e os modelos estatísticos existentes são validados diariamente utilizando-se técnicas de backtesting. Apresentamos o VaR Global das posições (Tesouraria, posição no Brasil e no exterior, e Carteira Comercial): Em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 Fatores de riscos
33)
BENEFÍCIOS A EMPREGADOS O Bradesco e suas controladas são patrocinadores de um plano de previdência complementar para seus funcionários e administradores, na modalidade Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL). O PGBL é um plano de previdência do tipo de contribuição variável, que permite acumular recursos financeiros ao longo da carreira profissional do participante mediante contribuições pagas por ele mesmo e pela empresa patrocinadora, sendo os recursos investidos em um FIE (Fundo de Investimento Exclusivo). O PGBL é administrado pela Bradesco Vida e Previdência S.A., e a BRAM - Bradesco Asset Management S.A. DTVM é a responsável pela gestão financeira dos fundos FIEs. As contribuições dos funcionários e administradores do Bradesco e suas controladas são equivalentes a 4% do salário, exceto para os participantes que em 2001 optaram em migrar do plano de benefício definido para o plano de contribuição variável (PGBL), cujas contribuições foram mantidas nos níveis que vigoravam no plano de benefício definido quando da transferência de plano, observando-se sempre o mínimo de 4% do salário. As obrigações atuariais do plano de contribuição variável (PGBL) estão integralmente cobertas pelo patrimônio do FIE correspondente. Além do plano de contribuição variável (PGBL) anteriormente apresentado, estão assegurados aos participantes transferidos do plano de benefício definido um benefício proporcional diferido, correspondente aos seus direitos acumulados nesse plano. Para os participantes do plano de benefício definido, transferidos ou não para o PGBL, participantes aposentados e pensionistas, o valor presente das obrigações atuariais do plano está integralmente coberto por ativos garantidores. O Banco Alvorada S.A. (incorporador do Banco Baneb S.A. e por sua vez incorporador do Banco BEA), mantém um plano de previdência complementar administrado pela Caixa de Previdência dos Funcionários do BEA - CABEA, que se encontra em processo de retirada de patrocínio, com data-base fixada em 30 de novembro de 2002, cujas contribuições do patrocinador cessaram a partir de 1o de dezembro de 2002. Os participantes também deixaram de contribuir a partir dessa mesma data. As obrigações atuariais do plano estão integralmente cobertas pelo patrimônio do plano. O Banco Alvorada S.A. (incorporador do Banco Baneb S.A.) mantém planos de aposentadoria complementar de contribuição variável e de benefício definido, por meio da Fundação Baneb de Seguridade Social - BASES (relativos aos ex-empregados do Baneb). As obrigações atuariais dos planos de contribuição variável e benefício definido estão integralmente cobertas pelos patrimônios dos planos. O Banco BEM S.A. patrocina planos de aposentadoria complementar de benefício definido e de contribuição variável, por meio da Caixa de Assistência e Aposentadoria dos Funcionários do Banco do Estado do Maranhão - CAPOF. As obrigações atuariais dos planos de benefício definido e de contribuição variável estão integralmente cobertas pelos patrimônios dos planos. O Banco BEC S.A. patrocina plano de benefício definido por meio da Cabec - Caixa de Previdência Privada do Banco do Estado do Ceará. As obrigações atuariais do plano estão integralmente cobertas pelo patrimônio do plano. Os recursos garantidores dos planos de previdência são investidos de acordo com a legislação pertinente (títulos públicos e privados, ações de companhias abertas e imóveis). O Bradesco em suas dependências no exterior proporciona para seus funcionários e administradores, plano de pensão com contribuição variável, que permite acumular recursos financeiros ao longo da carreira profissional do participante, mediante contribuições pagas por ele mesmo e em igual proporção pelo Bradesco. As contribuições dos funcionários e administradores e do Bradesco em suas dependências no exterior são em conjunto equivalentes a no máximo 5% do salário anual do benefício. As despesas com contribuições efetuadas no 1o semestre totalizaram R$ 149.801 mil (2005 - R$ 126.966 mil), BRADESCO MÚLTIPLO - R$ 125.239 mil (2005 R$ 110.692 mil). Além desse benefício, o Bradesco e suas controladas oferecem aos seus funcionários e administradores outros benefícios, dentre os quais: seguro saúde, assistência odontológica, seguro de vida e de acidentes pessoais e treinamento profissional, cujo montante dessas despesas, incluindo as contribuições mencionadas anteriormente, totalizaram no 1o semestre - R$ 623.446 mil (2005 - R$ 563.268 mil), BRADESCO MÚLTIPLO - R$ 516.583 mil (2005 - R$ 478.185 mil).
34)
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social BRADESCO CONSOLIDADO 2006 2005
Pré .......................................................................................................................................................... 15.114 18.621 Cupom cambial interno ........................................................................................................................... 8.609 11.673 Moeda estrangeira ................................................................................................................................... 851 3.100 IGP-M ..................................................................................................................................................... 10.343 3.808 IPCA ....................................................................................................................................................... 40.855 624 TR .......................................................................................................................................................... 6.164 3.297 Renda variável ........................................................................................................................................ 2.935 773 Soberanos/Eurobonds e Treasuries .......................................................................................................... 41.098 30.361 Outros ..................................................................................................................................................... 1.002 436 Efeito correlação ..................................................................................................................................... (41.206) (24.862) 85.765 47.831 VaR (Value at Risk) ............................................................................................................................... Não estão sendo contemplados no cálculo do VaR, por serem estrategicamente gerenciados de maneira diferenciada, os investimentos no exterior protegidos por operações de hedge, em valores que levam em consideração os efeitos fiscais, que minimizam a sensibilidade a riscos e correspondentes impactos nos resultados, assim como as posições de títulos externos que estão casadas com captações. Risco de liquidez A gestão do risco de liquidez tem por objetivo controlar os diferentes descasamentos dos prazos de liquidação de direitos e obrigações da Organização, assim como a liquidez dos instrumentos financeiros utilizados na gestão das posições financeiras. Apresentamos o Balanço Patrimonial por prazos em 30 de junho de 2006: R$ mil 1 a 30 dias
31 a 180 dias
181 a 360 dias
Acima de 360 dias
Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ......................................... Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ............................................................................................................ Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Participações em coligadas ............................................................................................ Perda/ganho cambial ....................................................................................................... Despesas indedutíveis líquidas de receitas não tributáveis .......................................... Crédito tributário de períodos anteriores constituídos ..................................................... Juros sobre o capital próprio (pagos e a pagar) ............................................................... Outros valores .................................................................................................................. Imposto de renda e contribuição social do período ....................................................... b) Composição da conta de resultado de imposto de renda e contribuição social
Impostos correntes: Imposto de renda e contribuição social devidos ............................................................ Impostos diferidos: Constituição/realização, no período, sobre adições temporárias ................................... Utilização de saldos iniciais de: Base negativa de contribuição social ............................................................................. Prejuízo fiscal .................................................................................................................. Crédito tributário de períodos anteriores constituídos: Base negativa de contribuição social ............................................................................. Prejuízo fiscal .................................................................................................................. Constituição/utilização no período sobre: Base negativa de contribuição social ............................................................................. Prejuízo fiscal .................................................................................................................. Total dos impostos diferidos .......................................................................................... Imposto de renda e contribuição social do período ....................................................... c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos
Prazo indeterminado
Total ATIVO Circulante e realizável a longo prazo ................... 131.235.733 32.036.741 16.358.983 47.525.220 – 227.156.677 Disponibilidades ..................................................... 3.161.288 – – – – 3.161.288 Aplicações interfinanceiras de liquidez ................. 22.022.729 4.350.546 721.036 475.085 – 27.569.396 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos (1) ..................................... 56.704.503 573.535 318.874 12.785.236 – 70.382.148 Relações interfinanceiras e interdependências ..... 17.816.253 2.165 2.637 390.869 – 18.211.924 Operações de crédito e de arrendamento mercantil 11.971.030 25.084.337 13.887.855 25.734.910 – 76.678.132 Outros créditos e outros valores e bens ................. 19.559.930 2.026.158 1.428.581 8.139.120 – 31.153.789 Permanente ............................................................. 69.090 345.459 404.703 3.506.906 1.452.271 5.778.429 Investimentos .......................................................... – – – – 1.044.832 1.044.832 Imobilizado de uso e de arrendamento .................. 20.206 101.031 121.237 1.441.398 407.439 2.091.311 Diferido .................................................................... 48.884 244.428 283.466 2.065.508 – 2.642.286 Total em 2006 .......................................................... 131.304.823 32.382.200 16.763.686 51.032.126 1.452.271 232.935.106 Total em 2005 .......................................................... 110.257.812 25.210.858 14.619.880 42.949.430 1.504.107 194.542.087 PASSIVO Circulante e exigível a longo prazo ...................... 112.485.794 11.770.746 11.669.149 74.681.626 653.772 211.261.087 Depósitos (2) ........................................................... 47.441.121 3.309.528 4.215.165 23.390.007 – 78.355.821 Captações no mercado aberto ................................ 15.137.809 1.955.824 417.896 11.746.125 – 29.257.654 Recursos de emissão de títulos ............................. 186.023 1.240.046 404.924 4.370.047 – 6.201.040 Relações interfinanceiras e interdependências ..... 1.962.562 – – – – 1.962.562 Obrigações por empréstimos e repasses ............... 1.409.154 2.861.125 4.764.138 6.451.035 – 15.485.452 Instrumentos financeiros derivativos ...................... 272.906 107.043 14.815 1.780 – 396.544 Provisões técnicas de seguros, previdência e capitalização (2) .................................................... 30.118.720 1.212.071 544.083 12.071.664 – 43.946.538 Outras obrigações: - Dívidas subordinadas ........................................... 40.116 23.376 – 10.185.948 653.772 10.903.212 - Outras .................................................................... 15.917.383 1.061.733 1.308.128 6.465.020 – 24.752.264 Resultados de exercícios futuros .......................... 158.274 – – – – 158.274 Participação minoritária nas controladas ............. – – – – 55.055 55.055 Patrimônio líquido ................................................... – – – – 21.460.690 21.460.690 Total em 2006 .......................................................... 112.644.068 11.770.746 11.669.149 74.681.626 22.169.517 232.935.106 Total em 2005 .......................................................... 97.727.789 12.977.125 10.271.748 55.353.573 18.211.852 194.542.087 Ativos líquidos acumulados em 2006 .................... 18.660.755 39.272.209 44.366.746 20.717.246 – – Ativos líquidos acumulados em 2005 .................... 12.530.023 24.763.756 29.111.888 16.707.745 – – (1) As aplicações em fundos de investimento estão classificadas no prazo de 1 a 30 dias; e (2) Os depósitos à vista, de poupança e as provisões técnicas de seguros, previdência e capitalização, representadas por produtos “VGBL” e “PGBL” estão classificados no prazo de 1 a 30 dias, sem considerar a média histórica do giro. Na Organização Bradesco, a administração do risco de liquidez envolve um conjunto de controles, principalmente no que diz respeito ao estabelecimento de limites técnicos, havendo permanente avaliação das posições assumidas e instrumentos financeiros utilizados. Risco de capital O gerenciamento de risco de capital na Organização busca otimizar a relação risco/retorno de modo a minimizar perdas, por meio de estratégias de negócios bem definidas, procurando maior eficiência na composição dos fatores que impactam no índice de solvabilidade (Basiléia).
Base de cálculo - índice de solvabilidade (Basiléia)
Financeiro (1)
Econômicofinanceiro (2)
Em 30 de junho - R$ mil 2005 EconômicoFinanceiro (1) financeiro (2)
Patrimônio líquido ............................................................................................................ Redução dos créditos tributários conforme Resolução no 3.059 do BACEN .................. Minoritários/outros ............................................................................................................ Patrimônio de referência nível I ...................................................................................... Patrimônio de referência nível II (dívida subordinada/outros) ....................................... Patrimônio de referência total (nível I + nível II) ............................................................. Ativos ponderados de risco ............................................................................................ Índice de solvabilidade ....................................................................................................
21.460.690 (149.154) 182.465 21.494.001 9.650.262 31.144.263 166.798.013 18,67%
21.460.690 (149.154) 54.061 21.365.597 9.651.255 31.016.852 187.850.722 16,51%
17.448.450 (82.366) 6.865 17.372.949 6.184.539 23.557.488 129.382.344 18,21%
Econômicofinanceiro (2)
R$ mil junho/2005 a junho/2006 EconômicoFinanceiro (1) financeiro (2)
2006
Movimentação no patrimônio de referência: Início do período .............................................................................................................. • Lucro líquido do período ................................................................................................. • Juros sobre o capital próprio/dividendos ....................................................................... • Ajuste ao valor de mercado – TVM e derivativos .......................................................... • Dívida subordinada ........................................................................................................ • Outros ............................................................................................................................. Final do período ............................................................................................................... Movimentação na ponderação de ativos: Início do período .............................................................................................................. • Títulos e valores mobiliários .......................................................................................... • Operações de crédito ..................................................................................................... • Serviço de compensação de cheques e assemelhados .............................................. • Crédito tributário ............................................................................................................. • Risco (swap, mercado, taxa de juros e câmbio) ............................................................ • Contas de compensação ............................................................................................... • Outros ativos .................................................................................................................. Final do período ...............................................................................................................
Financeiro (1)
25.657.731 3.132.385 (1.147.600) 77.614 3.360.429 (63.705) 31.016.854
23.557.488 6.025.167 (2.103.487) 239.165 3.465.723 (39.791) 31.144.265
23.604.140 6.025.167 (2.103.487) 239.165 3.465.723 (213.854) 31.016.854
148.391.646 888.429 5.004.906 345.183 2.161.971 (2.769.444) 3.570.564 9.204.758 166.798.013
168.476.982 4.298.089 4.976.928 345.183 2.435.655 (2.727.544) 3.577.223 6.468.206 187.850.722
129.382.344 (1.697.027) 14.969.423 11.686 (632.145) 5.481.507 4.552.168 14.730.057 166.798.013
149.114.635 4.557.147 15.009.899 11.686 (685.485) 5.550.771 4.566.271 9.725.798 187.850.722
Econômicofinanceiro (2)
Em % junho/2005 a junho/2006 Financeiro Econômico(1) financeiro (2)
2006 Financeiro (1) Início do período .............................................................................................................. Movimentação no patrimônio de referência: • Lucro líquido do período ................................................................................................. • Juros sobre o capital próprio/dividendos ....................................................................... • Ajuste ao valor de mercado – TVM e derivativos .......................................................... • Dívida subordinada ........................................................................................................ • Outros ............................................................................................................................. Movimentação na ponderação de ativos: • Títulos e valores mobiliários .......................................................................................... • Operações de crédito ..................................................................................................... • Serviço de compensação de cheques e assemelhados .............................................. • Crédito tributário ............................................................................................................. • Risco (swap, mercado, taxa de juros e câmbio) ............................................................ • Contas de compensação ............................................................................................... • Outros ativos .................................................................................................................. Final do período ............................................................................................................... (1) (2)
17,26% 3,73% 2,11% (0,77%) 0,05% 2,27% 0,07% (2,32%) (0,13%) (0,67%) (0,05%) (0,24%) 0,31% (0,40%) (1,14%) 18,67%
15,23% 3,18% 1,86% (0,68%) 0,05% 1,99% (0,04%) (1,90%) (0,46%) (0,50%) (0,03%) (0,21%) 0,23% (0,32%) (0,61%) 16,51%
18,21% 5,86% 4,66% (1,63%) 0,18% 2,68% (0,03%) (5,40%) 0,32% (2,55%) – 0,08% (0,64%) (0,56%) (2,05%) 18,67%
Provisão para créditos de liquidação duvidosa ................................. Provisão para contingências cíveis ................................................... Provisão para contingências fiscais .................................................. Provisão trabalhista ............................................................................ Provisão para desvalorização de títulos e investimentos ................. Provisão para desvalorização de bens não de uso ........................... Ajuste a valor de mercado dos títulos para negociação .................... Ágio amortizado .................................................................................. Provisão de juros sobre o capital próprio (1) ...................................... Outros .................................................................................................. Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias ............ Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social ..................... Subtotal ............................................................................................... Contribuição social – Medida Provisória no 2158–35 de 24.8.2001 (2) Total dos créditos tributários (Nota 11b) ............................................ Obrigações fiscais diferidas (Nota 34f) .............................................. Créditos tributários líquidos das obrigações fiscais diferidas ......... - Proporção dos créditos tributários líquidos sobre o patrimônio de referência total (Nota 32a) .............................................................. - Proporção dos créditos tributários líquidos sobre o ativo total ..... (1) (2)
2006 Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos (Notas 3c, 3d e 8) ........... - Ajuste de Títulos Disponíveis para Venda (Nota 8 cII) - Ajuste de Títulos Mantidos até o Vencimento (Nota 8d item 7) ................................................. Operações de Crédito e de Arrendamento Mercantil (1) (Notas 3e e 10) ................................. Investimentos (2 e 3) (Notas 3h e 13) ..................... Ações em Tesouraria (Nota 23e) ............................. Depósitos a Prazo (Notas 3k e 16a) ....................... Recursos de Emissão de Títulos (Nota 16c) .......... Obrigações por Empréstimos e Repasses (Notas 17a e 17b) ............................................................. Dívidas Subordinadas (Nota 19) ............................. Lucro (Prejuízo) Não Realizado sem efeitos fiscais (1) (2) (3)
70.382.148
71.171.254
(1) (2)
836.704 –
789.106
836.704
789.106
836.704
88.643.448 1.044.832 38.760 36.435.005 6.201.040
89.030.090 1.103.240 37.724 36.346.076 6.214.585
386.642 58.408 (1.036) 88.929 (13.545)
482.859 173.214 7.900 (263) 21.557
386.642 58.408 – 88.929 (13.545)
482.859 173.214 – (263) 21.557
15.485.452 10.903.212
15.453.517 11.389.145
31.935 (485.933) 1.780.775
65.202 (475.160) 1.666.035
31.935 (485.933) 855.542
65.202 (475.160) 1.104.113
Inclui adiantamentos sobre contratos de câmbio, operações de arrendamento mercantil e outros créditos com características de concessão de créditos; Refere-se a ações de companhias abertas e não considera a mais - valia em investimentos em coligadas; e No 2o trimestre de 2006 foram transferidos para o Ativo Circulante os investimentos na American BankNote e na Arcelor, cuja marcação a mercado montava R$ 212.467 mil.
552.578 (223.871) (47.505) – 254.698 67.344 (436.357)
Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005
(2.225.975)
(1.260.160)
(1.210.668)
(692.845)
887.801
240.343
732.320
256.488
(22.840) (68.606)
(21.884) (58.675)
– –
– –
– –
1.960 5.259
– –
– –
– – 796.355 (1.429.620)
3.190 9.306 179.499 (1.080.661)
– – 732.320 (478.348)
– – 256.488 (436.357)
2.035.344 170.705 722.019 253.642 132.767 60.349 86.928 345.484 – 149.039 3.956.277 455.608 4.411.885 798.743 5.210.628 600.899 4.609.729
– – 31.625 – 26.075 – – – – – 57.700 32.824 90.524 – 90.524 1.724 88.800
757.467 52.626 179.174 135.269 15.462 7.601 102.252 77.046 115.443 109.563 1.551.903 – 1.551.903 – 1.551.903 682.800 869.103
340.854 21.040 21.247 52.719 31.866 5.054 86.193 81.868 – 23.261 664.102 91.446 755.548 25.276 780.824 248.605 532.219
Saldo em 30.6.2006 2.451.957 202.291 911.571 336.192 142.438 62.896 102.987 340.662 115.443 235.341 4.901.778 396.986 5.298.764 773.467 6.072.231 1.036.818 5.035.413
18,0% 2,2%
16,2% 2,2%
Constituição
1.651.185 94.329 378.171 228.604 16.503 36.368 83.140 128.975 – 38.784 2.656.059 501.860 3.157.919 246.269 2.911.650 11,3% 1,6%
573.302 25.222 115.530 130.548 663 4.137 102.143 67.402 115.443 88.441 1.222.831 – 1.222.831 368.840 853.991
Realização 282.199 17.169 2.409 51.166 607 3.456 83.140 35.422 – 14.943 490.511 170 490.681 123.053 367.628
Saldo em 30.6.2006 1.942.288 102.382 491.292 307.986 16.559 37.049 102.143 160.955 115.443 112.282 3.388.379 501.690 3.890.069 492.056 3.398.013 10,9% 1,7%
d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias, prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social e crédito tributário de contribuição social M.P. no 2158-35 R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO Diferenças temporárias Prejuízo fiscal e base negativa
2006 ..................................................................................................... 2007 ..................................................................................................... 2008 ..................................................................................................... 2009 ..................................................................................................... 2010 ..................................................................................................... 2011 (1o sem.) ..................................................................................... Total em 30 de junho de 2006 .............................................................
Imposto de Contribuição renda social 778.081 268.676 1.190.334 408.591 1.494.902 480.510 203.060 71.805 3.654 1.023 864 278 3.670.895 1.230.883
Imposto de Contribuição renda social 31.428 16.575 74.647 25.962 81.523 25.794 83.180 19.655 38.222 – – – 309.000 87.986
Total 1.094.760 1.699.534 2.082.729 377.700 42.899 1.142 5.298.764 R$ mil
BRADESCO MÚLTIPLO Diferenças temporárias Imposto de renda 2006 ...................................................................................................................... 2007 ...................................................................................................................... 2008 ...................................................................................................................... 2009 (1o sem.) ....................................................................................................... Total em 30 de junho de 2006 ..............................................................................
Contribuição social
483.551 907.340 997.393 124.616 2.512.900
Total
169.810 316.649 342.546 46.474 875.479
653.361 1.223.989 1.339.939 171.090 3.388.379 R$ mil
BRADESCO CONSOLIDADO 2006 Total em 30 de junho de 2006 ..................
58.352
2007
Crédito tributário de contribuição social M.P. no 2158-35 2008 2009 2010 2011 a 2013
86.406
79.247
126.259
174.613
248.590
Total 773.467 R$ mil
BRADESCO MÚLTIPLO
23.838
2007
Crédito tributário de contribuição social M.P. no 2158-35 2008 2009 2010 2011 e 2012
23.844
36.527
88.769
136.414
192.298
Total 501.690
A projeção de realização de crédito tributário é uma estimativa e não está diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 5.535.552 mil (2005 R$ 5.623.952 mil) BRADESCO MÚLTIPLO - R$ 3.545.233 mil (2005 - R$ 3.598.255 mil), sendo R$ 4.534.305 mil (2005 - R$ 4.454.485 mil) BRADESCO MÚLTIPLO R$ 3.135.078 mil (2005 - R$ 3.179.466 mil) de diferenças temporárias, R$ 355.402 mil de prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social (2005 - R$ 462.446 mil) e R$ 645.845 mil (2005 - R$ 707.021 mil) BRADESCO MÚLTIPLO - R$ 410.155 mil (2005 - R$ 418.789 mil) de crédito tributário de contribuição social M.P. no 2158-35. e) Créditos tributários não ativados Não foram constituídos créditos tributários no montante de R$ 555.285 mil (2005 - R$ 151.287 mil). f) Obrigações fiscais diferidas
Em 30 de junho - R$ mil Lucro (Prejuízo) Não Realizado sem efeitos fiscais No Resultado No Patrimônio Líquido 2006 2005 2006 2005 789.106 –
786.790 (169.168) (52.770) – 277.007 (92.558) (478.348)
No 1o semestre de 2006 os juros sobre o capital próprio foi contabilizado acima do limite fiscal permitido, entretanto, não foi reconhecido o crédito tributário sobre o valor excedente; e Até o final do exercício há previsão de realização do valor de R$ 23.838 mil, que será contabilizado quando de sua efetiva utilização (ítem d).
Total em 30 de junho de 2006 ..................
1.390.726 554.022
1.578 (241.308) (43.808) 7.219 254.698 200.205 (1.080.661)
BRADESCO CONSOLIDADO 2006 2005
Provisão para créditos de liquidação duvidosa .............................................................. Provisão para contingências cíveis ................................................................................ Provisão para contingências fiscais ............................................................................... Provisão trabalhista ......................................................................................................... Provisão para desvalorização de títulos e investimentos .............................................. Provisão para desvalorização de bens não de uso ........................................................ Ajuste a valor de mercado dos títulos para negociação ................................................. Ágio amortizado ............................................................................................................... Provisão de juros sobre o capital próprio (1) ................................................................... Outros ............................................................................................................................... Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias ......................................... Contribuição social – Medida Provisória no 2158-35 de 24.8.2001 (2) ........................... Total dos créditos tributários (Nota 11b) ......................................................................... Obrigações fiscais diferidas (Nota 34f) ........................................................................... Créditos tributários líquidos das obrigações fiscais diferidas ...................................... - Proporção dos créditos tributários líquidos sobre o patrimônio de referência total .. - Proporção dos créditos tributários líquidos sobre o ativo total ..................................
15,83% 4,97% 4,05% (1,42%) 0,16% 2,32% (0,14%) (4,29%) (0,62%) (1,79%) – 0,06% (0,50%) (0,43%) (1,01%) 16,51%
1.715.375 926.269
11.723 (170.162) (77.007) – 277.007 81.612 (1.429.620)
BRADESCO MÚLTIPLO
b) Valor de mercado O valor contábil, líquido das provisões para desvalorizações, dos principais instrumentos financeiros: Valor de Mercado
3.057.649 (1.039.601)
Saldo em 31.12.2005
2006
Valor Contábil
3.610.733 (1.227.649)
No 1o semestre de 2006 os juros sobre o capital próprio foi contabilizado acima do limite fiscal permitido, entretanto, não foi reconhecido o crédito tributário sobre o valor excedente; e Até o final do exercício há previsão de realização do valor de R$ 58.352 mil, que será contabilizado quando de sua efetiva utilização (ítem d). R$ mil
Inclui somente empresas financeiras; e Empresas financeiras e não financeiras.
Carteiras
3.703.661 (1.259.245)
BRADESCO CONSOLIDADO Saldos adquiridos Constituição Realização
Saldo em 31.12.2005
17.448.450 (82.366) 52.470 17.418.554 6.185.586 23.604.140 149.114.635 15,83%
25.605.239 3.132.385 (1.147.600) 77.614 3.360.429 116.198 31.144.265
4.567.039 (1.552.793)
R$ mil
Variação do Índice de Solvabilidade (Basiléia) - em R$ mil e % 2006
Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005
BRADESCO CONSOLIDADO 2006 2005 IRPJ, CSLL, PIS e COFINS sobre ajuste a valor de mercado de instrumentos financeiros derivativos ................................................................................................................ Superveniência de depreciação ...................................................................................... Operações em mercado de liquidação futura .................................................................. Outros ............................................................................................................................... Total .................................................................................................................................. 35)
339.650 172.073 331.675 193.420 1.036.818
206.291 100.004 194.799 150.652 651.746
Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005 30.422 – 331.672 129.962 492.056
60.370 – 194.715 115.419 370.504
OUTRAS INFORMAÇÕES A Organização Bradesco administra fundos de investimento e carteiras, cujos patrimônios líquidos em 30 de junho de 2006, montam a R$ 137.648.633 mil (2005 - R$ 108.490.334 mil).
CONTINUA
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
LEGAIS - 17
Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta
CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP
Resumo do Relatório do Comitê de Auditoria
Órgãos da Administração Conselho de Administração Presidente Lázaro de Mello Brandão
Vice-Presidente Antônio Bornia
Membros Mário da Silveira Teixeira Júnior Márcio Artur Laurelli Cypriano João Aguiar Alvarez Denise Aguiar Alvarez Valente Raul Santoro de Mattos Almeida Ricardo Espírito Santo Silva Salgado
Diretoria Diretores Executivos Diretor-Presidente Márcio Artur Laurelli Cypriano
Diretores Vice-Presidentes Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo
Diretores Gerentes Armando Trivelato Filho Carlos Alberto Rodrigues Guilherme José Alcides Munhoz José Guilherme Lembi de Faria Luiz Pasteur Vasconcellos Machado Milton Matsumoto Cristiano Queiroz Belfort Sérgio de Oliveira Odair Afonso Rebelato Aurélio Conrado Boni Domingos Figueiredo de Abreu Paulo Eduardo D’Avila Isola Ademir Cossiello
Diretores Departamentais
Comitê de Remuneração
Adineu Santesso Airton Celso Exel Andreolli Alexandre da Silva Glüher Alfredo Antônio Lima de Menezes André Rodrigues Cano Antônio Carlos Del Cielo Candido Leonelli Clayton Camacho Denise Pauli Pavarina de Moura Douglas Tevis Francisco Fernando Barbaresco Fernando Jorge Buso Gomes Jair Delgado Scalco João Batistela Biazon José Luiz Rodrigues Bueno José Maria Soares Nunes Josué Augusto Pancini Laércio Carlos de Araújo Filho Luiz Alves dos Santos Luiz Carlos Angelotti Luiz Carlos Brandão Cavalcanti Júnior Luiz Fernando Peres Marcelo de Araújo Noronha Marcos Bader Maria Eliza Sganserla Mario Helio de Souza Ramos Mauro Roberto Vasconcellos Gouvêa Milton Clemente Juvenal Moacir Nachbar Junior Nilton Pelegrino Nogueira Octavio Manoel Rodrigues de Barros Ricardo Dias Robert John van Dijk Roberto Sobral Hollander Romulo Nagib Lasmar Sérgio Alexandre Figueiredo Clemente Sergio Sztajn Toshifumi Murata
Lázaro de Mello Brandão Antônio Bornia Mário da Silveira Teixeira Júnior Márcio Artur Laurelli Cypriano
Comitê de Auditoria Mário da Silveira Teixeira Júnior Hélio Machado dos Reis Paulo Roberto Simões da Cunha Yves Louis Jacques Lejeune
Comitê de Controles Internos e Compliance Mário da Silveira Teixeira Júnior Milton Almicar Silva Vargas Domingos Figueiredo de Abreu Roberto Sobral Hollander Nilton Pelegrino Nogueira
Comitê Executivo de Divulgação Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Carlos Alberto Rodrigues Guilherme José Guilherme Lembi de Faria Domingos Figueiredo de Abreu Luiz Carlos Angelotti Denise Pauli Pavarina de Moura Romulo Nagib Lasmar Jean Philippe Leroy
Conselho Fiscal Efetivos Domingos Aparecido Maia José Roberto Aparecido Nunciaroni Ricardo Abecassis Espírito Santo Silva
Diretores Regionais Suplentes
Altair Antônio de Souza Aurélio Guido Pagani Cláudio Fernando Manzato Fernando Antônio Tenório Idevalter Borba Luiz Carlos de Carvalho Márcia Lopes Gonçalves Gil Marcos Daré Paulo de Tarso Monzani Tácito Naves Sanglard
Jorge Tadeu Pinto de Figueiredo Nelson Lopes de Oliveira Renaud Roberto Teixeira
Departamento de Contadoria Geral
Introdução O Comitê de Auditoria, instituído na Assembléia Geral Extraordinária dos acionistas do Banco Bradesco S.A. (Bradesco) de 17.12.2003, é composto por quatro membros, nomeados na Reunião Extraordinária do Conselho de Administração do Bradesco realizada em 27.3.2006, com mandato válido até a 1a Reunião do Conselho de Administração que se realizar após a Assembléia Geral Ordinária de 2007, estando seu Regimento disponível no site www.bradesco.com.br/ri, na página de Governança Corporativa. O Conselho de Administração do Bradesco optou por um Comitê de Auditoria único para todas as empresas integrantes do Conglomerado Financeiro, inclusive para as empresas do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência (Grupo Segurador), de acordo com a Resolução CNSP no 118/2004, do Conselho Nacional de Seguros Privados, que estabeleceu as condições de funcionamento do Comitê de Auditoria para as Sociedades Seguradoras, de Capitalização e entidades abertas de Previdência Complementar. Dentre as atribuições do Comitê de Auditoria estão também aquelas requeridas pela Lei Americana Sarbanes-Oxley para os órgãos da espécie. O Comitê tem como Coordenador um membro do Conselho de Administração do Bradesco, sendo que os demais integrantes, inclusive o profissional especialista, não participam de outros órgãos da Organização. Compete ao Comitê zelar pela integridade e qualidade das demonstrações financeiras do Conglomerado Financeiro Bradesco, inclusive do Grupo Segurador, pela observância às normas internas e externas, pela efetividade e independência da atividade de auditoria e pela qualidade e eficiência dos sistemas de controles internos. É de responsabilidade da Administração a elaboração das demonstrações financeiras das empresas que compõem a Organização Bradesco, sendo fundamental assegurar a qualidade dos processos relacionados às informações financeiras, bem como às atividades de controle e de gestão de riscos. À PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes (PRICE) cabe assegurar que as demonstrações financeiras representam adequadamente a posição patrimonial e financeira do Conglomerado, de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade, com a legislação societária brasileira e com as normas da Comissão de Valores Mobiliários – CVM, do Conselho Monetário Nacional, do Banco Central do Brasil e da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP. Atividades do Comitê O Comitê de Auditoria, por ser Órgão de assessoria do Conselho de Administração, tem utilizado as estruturas já existentes na Organização para estabelecer canal de comunicação direto e fluxo de informações estruturado, com conteúdo e freqüência, possibilitando aos seus membros opinar de modo independente sobre o sistema de controles internos, a qualidade das demonstrações financeiras e a eficiência das auditorias externa e interna. O programa de trabalho do Comitê de Auditoria para o exercício de 2006 tem como foco os riscos e processos mais relevantes para os negócios da Organização Bradesco. O Comitê tem acompanhado também o desenvolvimento dos principais projetos da Organização Bradesco, com o objetivo de melhor avaliar seus impactos na qualidade do sistema de controles internos e de gestão de riscos, por ocasião de sua implementação. Dentre os projetos de interesse do Comitê ressaltamos aqueles relacionados com a Seção no 404 da Lei Americana Sarbanes-Oxley e com o Novo Acordo de Capital – Basiléia II. Sistema de Controles Internos O Sistema de Controles Internos da Organização Bradesco é adequado ao porte e complexidade de seus negócios e foi estruturado de maneira que os controles garantam a eficiência das suas operações, dos sistemas que geram os relatórios financeiros e a observância às normas internas e externas a que se sujeitam as transações. O Sistema de Controles Internos é avaliado periodicamente, de modo a identificar pontos que mereçam aperfeiçoamentos, para melhor atender aos negócios e às boas práticas de gestão de riscos na Organização Bradesco. Nas reuniões com as diversas áreas da Organização Bradesco, o Comitê de Auditoria teve a oportunidade de oferecer aos gestores sugestões de melhoria nos seus processos, observando-se o pronto comprometimento da Administração na implementação dos aperfeiçoamentos considerados necessários. Auditoria Externa Até o ano de 2005 as empresas da Organização Bradesco possuíam duas empresas de auditoria: PRICE para o US GAAP e KPMG Auditores Independentes (KPMG) para o BR GAAP. O Comitê de Auditoria posicionou-se favoravelmente à unificação dos trabalhos de auditoria (US GAAP e BR GAAP) em uma única empresa, em benefício da racionalização dos processos de auditoria independente, principalmente os correlacionados com os procedimentos preconizados pela Lei Americana Sarbanes-Oxley e aqueles a serem aplicados nos trabalhos de convergência contábil com os padrões internacionais, tendo optado pela PRICE em virtude de já vir realizando os trabalhos de auditoria nas demonstrações financeiras em US GAAP e efetuando os testes de controles internos requeridos pela Seção 404 da Lei Americana Sarbanes-Oxley. O Comitê discutiu com os auditores externos sobre o planejamento dos seus serviços nas empresas da Organização Bradesco para 2006 e, no decorrer do 1o semestre, reuniu-se com as equipes encarregadas para conhecer os resultados e principais conclusões dos trabalhos realizados. O Comitê julgou que os trabalhos desenvolvidos pelas equipes da PRICE foram adequados aos negócios da Organização, não tendo sido identificadas deficiências relevantes que coloquem em risco sua efetividade. Auditoria Interna (Inspetoria Geral) O Comitê de Auditoria solicitou à Auditoria Interna considerar, no seu planejamento para o ano de 2006, diversos trabalhos em linha com temas abrangidos na agenda do Comitê para o ano. No decorrer do 1o semestre de 2006, a Auditoria Interna reportou ao Comitê de Auditoria os resultados e as principais conclusões dos seus trabalhos. A equipe de Auditoria Interna tem desenvolvido positivamente seus trabalhos com foco nos riscos e processos e respondendo adequadamente aos pedidos do Comitê de Auditoria para que seus membros possam formar opinião sobre os assuntos discutidos. Demonstrações Financeiras Consolidadas No 1o semestre de 2006, o Comitê se reuniu com os Departamentos de Contadoria Geral, Orçamento e Controle e de Inspetoria Geral para avaliação das demonstrações financeiras mensais, trimestrais e semestral. Nessas reuniões foram analisados e avaliados os aspectos de preparação dos balancetes e balanços, individuais e consolidados, das notas explicativas e relatórios financeiros publicados em conjunto com as demonstrações financeiras consolidadas. Foram também consideradas as práticas contábeis adotadas pelo Bradesco na elaboração das demonstrações financeiras e a observância aos princípios fundamentais de contabilidade e cumprimento da legislação aplicável. Antes das divulgações das Informações Financeiras Trimestrais (IFTs) e do balanço semestral, o Comitê se reuniu reservadamente com a PRICE, quando foram avaliados os aspectos de independência e do ambiente de controle na geração dos números a serem divulgados. Com base nas revisões e discussões citadas, o Comitê de Auditoria recomenda ao Conselho de Administração a aprovação das demonstrações financeiras auditadas, relativas ao semestre findo em 30 de junho de 2006. Cidade de Deus, Osasco, SP, 4 de agosto de 2006
Moacir Nachbar Junior Contador-CRC 1SP198208/O-5
Mário da Silveira Teixeira Júnior Paulo Roberto Simões da Cunha
Parecer dos Auditores Independentes Ao Conselho de Administração e aos Acionistas do Banco Bradesco S.A. Osasco - SP 1. Examinamos o balanço patrimonial do Banco Bradesco S.A. e o balanço patrimonial consolidado do Banco Bradesco S.A. e empresas controladas em 30 de junho de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, bem como as demonstrações consolidadas do resultado e das origens e aplicações de recursos do semestre findo nessa data, elaborados sob a responsabilidade da administração do Banco. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nosso exame compreendeu, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
Parecer do Conselho Fiscal
e as origens e aplicações de recursos do Banco, bem como o resultado consolidado das operações e as origens e aplicações de recursos consolidadas do semestre findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
Os infra-assinados, membros do Conselho Fiscal do Banco Bradesco S.A., no exercício de suas atribuições
4. Nosso exame foi conduzido com o objetivo de emitir parecer sobre as demonstrações financeiras referidas no primeiro parágrafo, tomadas em conjunto. As demonstrações do fluxo de caixa e do valor adicionado, que estão sendo apresentadas para propiciar informações suplementares sobre o Banco Bradesco S.A. e o Banco Bradesco S.A. e empresas controladas, não são requeridas pelo Banco Central do Brasil como parte integrante das demonstrações financeiras. Essas demonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos no segundo parágrafo e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas em todos os seus aspectos relevantes em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
relativos ao primeiro semestre de 2006, e à vista do parecer da PricewaterhouseCoopers Auditores
legais e estatutárias, tendo examinado o Relatório da Administração e as Demonstrações Financeiras Independentes, apresentado sem ressalvas, são de opinião que as citadas peças, examinadas à luz da legislação societária vigente, refletem adequadamente a situação patrimonial e financeira da Sociedade.
5. O exame das demonstrações financeiras do semestre findo em 30 de junho de 2005,apresentadas para fins de comparação, foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram parecer com data de 5 de agosto de 2005, sem ressalvas. Cidade de Deus, Osasco, SP, 4 de agosto de 2006 São Paulo, 4 de agosto de 2006
3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Bradesco S.A. e do Banco Bradesco S.A. e empresas controladas em 30 de junho de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido
PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5
COMUNICADOS
EDITAIS
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Hélio Machado dos Reis Yves Louis Jacques Lejeune
Washington Luiz Pereira Cavalcanti Contador CRC 1SP172940/O-6
Domingos Aparecido Maia
José Roberto A. Nunciaroni
Ricardo Abecassis E. Santo Silva
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS
A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Obras: TOMADA DE PREÇOS N.º - OBJETO - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/1803/06/02 - Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista e Reforma de prédio escolar - EE Profª Yolanda Luiz Sichieri - Av. Ettore Quaranta, s/nº - Chb Orlando Fonseca - Pontal/SP – Adequação: 30 / Reforma de Pequeno Porte: 90 – Cobertura de Quadra: 90 - R$ 30.764,00 – R$ 3.076,00 – 09:30 – 29/08/2006. 05/1839/06/02 - Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Mns Bicudo - Av. Rio Branco, 803 - Salgado Filho - Marília/SP – 120 - R$ 16.374,00 – R$ 1.637,00 – 10:30 – 29/08/2006. 05/1862/06/02 - Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista - EE Dionysia Gerbi Beira - Av. Ulderico Batoni, 84 - Jardim São Dimas - Amparo/SP – 90 - R$ 17.958,00 – R$ 1.795,00 – 14:00 – 29/08/2006. 05/1863/06/02 - Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista - EE Prof. Benito Martinelli - Av. Eliezer Rocha, s/ nº - Jardim Santa Antonieta - Marília/SP – 90 - R$ 16.720,00 – R$ 1.672,00 – 15:00 – 29/08/2006. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 10/08/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). O Edital completo através de cópias reprográficas/heliográficas terá o custo de R$ 0,10 (dez centavos) por cópia reprográfica e R$ 3,00 (três reais) por cópia heliográfica. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 28/08/2006, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Willian Sampaio de Oliveira Diretor Executivo
FALÊNCIA & RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 8 de agosto de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência e recuperação judicial:
Publicidade Legal - 3244-3643
Requerente: J. V. A. Indústria Têxtil Ltda. - Requerida: Brasil Modas e Confecções Ltda. - Avenida Ragueb Chohfi nº 1.970 - 1ª Vara de Falências Requerente: J. V. A. Indústria Têxtil Ltda. - Requerida: JRS Confecções Ltda. - Rua Anhaia nº 125 e 129 - 1ª Vara de Falências
POLÍTICA
PF: CASSOL INDICOU EDILSON.
R
elatório da Delegacia de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal em Rondônia atribui ao governador Ivo Cassol (PPS) responsabilidade pela articulação que levou à nomeação do conselheiro Edilson de Souza Silva para o Tribunal de Contas do Estado (TCE). Silva é um dos prisioneiros da Operação
lso Ce
io /
CONFIRMADO: VICE SERÁ SUBSTITUÍDO.
HONESTO
S
Petista prevê 'limpeza'
AE
Jún
Dominó, que investiga corrupção nos três poderes locais e desvio de R$ 70 milhões do Tesouro estadual. "A ação do governador do Estado foi decisiva para a nomeação de Edilson", destaca o documento de 649 páginas, que lança suspeitas sobre Cassol. Segundo a PF, o ingresso de Silva no TCE, ocorrido no fim de 2005, "só se tornou viável
Desembargador Sebastião Teixeira: prisão.
com a aposentadoria do conselheiro Amadeu Machado, articulada por ele (governador)". O relatório, entregue ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), sustenta que "o conselheiro Edilson é representante do grupo criminoso no TCE". Edilson era advogado do deputado Carlão de Oliveira, presidente da Assembléia, também preso pela PF. (AE)
ob suspeita da Polícia Federal (PF), o governador de Rondônia, Ivo Cassol (PPS), tratou de agir com rapidez e confirmou ontem que substituirá o candidato a vice-governador da chapa à reeleição, Carlos Magno Ramos (PPS), preso sob a acusação de integrar a quadrilha acusada de se apoderar do poder público no Estado e desviar R$ 70 milhões. São cogitados três nomes para a substituição: a vice-prefeita de Porto Velho, Cláudia Carvalho (PC do B), o comerciante Mário Português e a ex-deputada Rita Furtado. "Lamento, mas cada um responde pelo seu CPF e tem de pagar por seus atos. Se ele errou, vamos substituí-lo", anunciou Cassol. (AE)
O
deputado estadual Neri Firigolo (PT), o único dos 24 parlamentares da Assembléia Legislativa de Rondônia que não aparece como suspeito nas irregularidades investigadas pela Operação Dominó da Polícia Federal, negou e criticou ontem as análises de que Rondônia teria se transformado em uma espécie de "terra de ninguém". Em entrevista concedida à rádio Eldorado, ele destacou que há muita gente honesta no Estado e que, nas eleições de outubro, a população poderá "cassar" os envolvidos por meio do voto. "Aqui tem muita gente que produz mui-
ta riqueza. É gente séria e muito trabalhadora. Infelizmente, essa situação caiu na mão de um quadro político que foi realmente uma vergonha para o nosso Estado", avaliou Firigolo. "Eu acredito numa limpeza. Acredito em dias melhores para o nosso Estado", acrescentou. "É claro que ninguém consegue ser honesto 100%, mas tento fazer o possível para preservar o nome da minha família". Questionado sobre as denúncias de que ele supostamente recebia salários de servidores de seu gabinete, o deputado disse que foram acusações inventadas. (AE)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4
Internacional
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
O mais rápido que pudermos deixar o sul do Líbano, mais felizes ficaremos, especialmente se pudermos realizar nossas metas. Ehud Olmert, primeiro-ministro de Israel
FRACASSA ACORDO NA ONU; ISRAEL PODE AMPLIAR OFENSIVA Em reunião em Nova York, Conselho de Segurança da ONU é acusado por delegação da Liga Árabe de apatia diante do conflito que já fez quase mil mortos. Em Israel, o primeiro-ministro altera comando das operações, substituindo general que criticou a ação no Líbano, e convoca reunião para decidir sobre possível ampliação da ofensiva militar. Nos conflitos de ontem, pelo menos mais de 40 pessoas morreram, a maioria civis libaneses.
U
ma delegação da Liga Árabe acusou ontem o Conselho de Segurança (CS) da ONU de permanecer inerte enquanto o confronto entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah disseminam "as sementes do ódio e do extremismo" no Oriente Médio. No 28º dia de conflito, pelo menos 14 libaneses morreram, sob bombardeios de Israel e outras 27 foram vitimas em um funeral, e 3 soldados israelenses morreram nos combates com o Hezbollah. O grupo não revelou suas baixas – pelo menos 15 combatentes, segundo Israel – e lançou mais de 100 foguetes contra o norte israelense (não houve mortes). Israel impôs o toque de recolher na zona de combates no sul do Líbano. Em meio às negociações na ONU e a novos bombardeios, Israel nomeou um novo comandante para sua guerra no Líbano, o que na prática significa rebaixar outro general que havia criticado o andamento da ofensiva iniciada há quatro semanas. Em nota, os militares disseram que o general Moshe Kaplinsky, veterano de campanhas anteriores no Líbano, foi nomeado para "coordenar as operações do Exército israelense no Líbano". Analistas viram nisso uma manobra para marginalizar o general Udi Adam, chefe do Comando Norte, num momento em que alguns israelenses se perguntam por que o Exército mais poderoso da região não consegue conter o Hezbollah. O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, convocou para hoje uma reunião do gabinete para decidir a possível expansão da ofensiva militar no Líbano se o caminho diplomático não prosperar. De acordo com a imprensa israelense, milhares de reservistas aguardam uma ordem para iniciar a invasão em larga escala do território libanês. Nova York – O líder da delegação árabe, o chanceler do Catar, Hamad bin Jassem al-Thani, afirmou em reunião do CS em Nova York que o esboço de resolução elaborado pela França e EUA só vai complicar a crise e provocar graves desdobramentos para o Líbano e a região. O texto franco-americano pede o fim das hostilidades, e não um cessar-fogo imediato, como querem os países árabes. Também prevê o envio de uma força multinacional de paz e permite que o Exército de Israel permaneçam no sul do Líbano até a chegada dessas tropas. O governo libanês rejeitou a proposta, o que levou a França e os EUA a anunciarem negociações para a revisão do texto. Com isso, foi novamente adiado o envio do texto à votação pelos 15 membros do Conselho de Segurança. Não se espera votação hoje. Atualmente cerca de 10 mil soldados ocupam uma área de quase seis quilômetros no sul libanês, como parte da estratégia militar de Israel – com o apoio dos EUA – de empurrar a milícia do Hezbollah para longe da fronteira e impedir o grupo de lançar foguetes contra o país. Ontem, o gabinete de governo do Líbano – no qual o Hezbollah é representado por dois ministros – anunciou a convocação de reservistas do Exército e aprovou o envio de 15 mil soldados para o sul libanês, na fronteira com Israel. (Agências)
Hassan Ammar/AFP
DINHEIRO PARA ABANDONO DA FRONTEIRA
O
governo israelense está oferecendo dinheiro a cerca de 17.000 cidadãos para que abandonem a zona de fronteira com o Líbano por vários dias, informou ontem o secretário de gabinete, Israel Maimon. Ele evitou usar a palavra "retirada", dizendo que foi sugerido aos habitantes o abandono da área de guerra durante um período de recuperação. O governo, segundo Maimon, arcaria com os gastos de estadia em outros locais. Vários abrigos subterrâneos estão saturados e muitos cidadãos não dispõem de meios para deixar a região.
Gil Cohen Magen/Reuters
BOMBAS DE ISRAEL MATAM EM FUNERAL
A
Soldado israelense guia tropas de seu país pela fronteira sul do Líbano
Exército do Líbano: sem força de combate
O
Exército libanês, que conta com 15 mil soldados prontos para deslocar-se para o sul do país até a fronteira com Israel, é formado por 70 mil homens mais preparados para a manutenção da paz do que ações ofensivas. De maioria xiita, o Exército libanês conta também com cerca de 10 mil reservistas, segundo um estudo publicado pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, com sede em Londres. Segundo os especialistas, apesar de não se tratar de uma força de combate, o Exército pode desempenhar um papel importante na manutenção da segurança e assegurar o fim de grupos armados como o xiita Hezbollah, assim que o Exército de Israel abandone o sul do Líbano. Seus recursos são limitados: dispõe de 310 tanques de assalto, a maioria velhos T-54 e T-55 de fabricação soviética. Conta também com 1.257 veículos blindados de transporte de tropas e 541 peças de artilharia. A Aeronáutica libanesa tem apenas 1.100 homens e a Marinha, 1 000. A Aeronáutica não conta com aviões de combate, apenas
com helicópteros equipados com metralhadoras. O Hezbollah tem um número bem menor de combatentes, estimados 6.000, mas o Exército não conta com a experiência de batalha e o zelo religioso que impulsiona o grupo militante. Apesar de não estar participando da guerra travada há quase um mês entre Israel e o Hezbollah, o Exército libanês tem sofrido importantes perdas: 29 soldados morreram e 81 ficaram feridos nos ataques aéreos contra suas posições. Há muito a Organização das Nações Unidas (ONU), os Estados Unidos e Israel exigem que o Exército libanês assuma posições no sul do país, ao longo da fronteira com o Estado israelense. Mas o governo libanês recusava alegando que não iria agir como polícia de Israel e que o deslocamento sem o acerto de um acordo de paz árabe-israelense criaria o risco de ter seu Exército destruído na eventualidade de uma batalha com o tecnologicamente avançado Exército israelense.
viões israelenses despejaram bombas sobre participantes de um procissão fúnebre no sul do Líbano ontem, provocando a morte de 27 pessoas, disse Mohammed Ghaddar, prefeito de Ghaziyeh, um cidade xiita a sudeste de Sidon. Os mísseis atingiram um prédio durante a passagem de uma procissão fúnebre da qual participavam cerca de 1.500 pessoas. Uma pessoa morreu e cinco ficaram feridas no bombardeio. Os participantes do funeral velavam 15 pessoas mortas nos bombardeios de segunda-feira contra Ghaziyeh. Meia hora depois, aviões israelenses fizeram mais quatro bombardeios contra dois prédios da cidade: 26 pessoas morreram. Segundo testemunhas, num dos locais atacados vivia o xeque Mustafa Khalifeh, clérigo ligado ao Hezbollah, mas não se sabe se ele foi uma das vítimas. Karamallah Daher/Reuters
Bombardeios israelenses na vila de Kiak, no sul do Líbano, ontem Ramzi Haidar/AFP
Equipe de resgate retira o corpo de um jovem de escombros em Beirute
HOSPITAIS LIBANESES PERTO DO COLAPSO
O
ministro da Saúde do Líbano, Mohammad Khalifeh, alertou ontem que os hospitais libaneses poderão parar de funcionar dentro de alguns dias por falta de combustível (usado em geradores). Dois navios com 87 mil toneladas de petróleo e diesel estão impedidos de atracar nos portos do Líbano por causa do bloqueio marítimo israelense, iniciado no dia 13, um dia depois do início do conflito. As estradas usadas para abastecimento de combustível, alimentos e outros artigos básicos estão sob constante bombardeio. Além disso, várias pontes estratégicas foram destruídas ou seriamente danificadas nos ataques. Segundo cálculos da Organização Mundial de Saúde, 60% dos hospitais ficarão sem combustível no fim de semana se não forem reabastecidos. Em Beirute, é quase impossível achar um posto de gasolina aberto. Os que estão operando fixaram uma quota máxima de 20 litros de gasolina por cliente.
4
Congresso CPMI Segurança Eleições
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
Uma autoridade (o ministro da Justiça) não pode ficar temerosa. Cláudio Lembo, governador de SP.
GOVERNO CONDENA O USO POLÍTICO DA CRISE
PETISTA DEVERIA SILENCIAR SOBRE O PCC, MAS A DECISÃO É DO ELEITOR.
LEMBO RESPONDE AOS ATAQUES DE MERCADANTE Sergio Kapustan
Lembo teve uma conversa longa com o candidato a presidente da coligação PSDB-PFL, Geraldo Alckmin. "Ele me pediu para que eu mantivesse a conduta firme. É o que estamos fazendo", explicou. Os dois têm conversado com relativa frequência após os ataques promovidos pelo PCC.
JB Neto / Ag. O Globo
O
debate eleitoral em torno da nova onda de ataques criminosos do PCC à Capital e ao Interior paulistas voltou a esquentar ontem. O governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), rebateu as críticas do candidato do PT ao governo do Estado, Aloizio Mercadante. O petista criticou a falta de coordenação da Polícia (Civil e Militar) no combate ao crime organizado. "Ele (Mercadante) fez o ataque poucas horas após o PCC atacar repartições públicas, caixas eletrônicos e até postos de gasolina. Um dia ele terá o comando (da Polícia), eventualmente. Hoje ele apenas fala. Eu acho que ele poderia silenciar sobre esse tema", reagiu o governador. Na avaliação de Lembo, como os ataques criminosos tiveram até "repercussão internacional", é natural que os candidatos explorem o tema na campanha. "A decisão será depois, do eleitor", disse. Além de criticar a falta de comando, o petista disse ontem, em entrevistas às emissoras do grupo Bandeirantes, que o secretário da Segurança Saulo Abreu Castro Filho não foi humilde na condução da crise. Saulo já teve um embate na segunda-feira passada com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. O ministro afirmou que estava pessoal-
Wilson Dias/ABr
Contra-ataque: Lembo dispara contra Bastos e Aloizio Mercadante.
mente temeroso e o Exército As duas polícias estão agindo seria uma grande ajuda para a muito bem", complementou. Ainda sobre o episódio enPolícia paulista. Saulo cobrou a liberação de recursos, no va- volvendo Saulo e Thomaz Baslor de R$ 100 milhões, que se- tos, o governador respondeu que a polêmica está riam investidos na superada. "Houve segurança pública do uma troca dura de Estado. palavras, onde cada O governador não um colocou a sua poaprovou o que falou o Um dia ele sição; a dialética é ministro da Justiça. (Aloizio própria da política". "Uma autoridade Mercadante) Sempre alerta - O não pode ficar temerosa, principalmente terá o comando governador afirmou que a mobilização da o chefe da Polícia Fe- da Polícia, deral. Foi uma posi- eventualmente. Polícia é total em todo o Estado. Lembo ção pessoal, mas não governador imaginava que haé o momento para isCláudio Lembo veria uma reação em so", afirmou o govercadeia no domingo– nador, ao revelar que o Estado está utilizando heli- Dia dos Pais –, mas ela foi ancópteros do Exército para tecipada. "Estamos controlantransportar policiais. "É o que do as coisas. A cada momento criamos um espaço novo", disbasta", garante ele. "Utilizar tropa federal é ab- se ele ao se referir ao continsolutamente desnecessário. gente de criminosos presos.
O
quando não é primeiro, é segundo lugar", disse, na saída de um encontro com representantes de uma entidade de apoio à deficientes físicos em um hotel na zona sul do Rio. O candidato faz campanha no Rio durante todo o dia e
Hora da reação
A
cúpula tucana está checando os motivos que levaram Geraldo Alckmin a perder para a senadora Heloísa Helena, do PSol, a 2ª colocação no Rio de Janeiro. Segundo pesquisas, entre elas, a da CNT/Sensus, a senadora alagoana só perde para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre os eleitores cariocas. Na zona sul do Rio, Heloísa está em primeiro lugar. "É hora de reagir", admitem os tucanos. Alckmin faz campanha no Rio apoiado pelo prefeito César Maia (PFL) e por dois candidatos a governador, Eduardo Paes (PSDB) e Denise Frossard (PPS). Recentemente, o tucano ganhou um apoio extra no Rio: o deputado Moreira Franco (PMDB) passou a integrar o conselho de campanha da coligação PSDB/PFL. Uma das missões de Moreira Franco é tentar obter o apoio a Alckmin do candidato do PMDB ao governo fluminense, Sérgio Cabral, atual líder nas pesquisas.
IMPORTÂNCIA O Rio é o 3º maior colégio eleitoral do País, com 11 milhões de votos, perdendo para São Paulo com 26 milhões e Minas, com 13 milhões. Lula lidera as pesquisas no Estado, mas Alckmin figurava em 2º lugar e perdeu a posição para Heloísa Helena.
CRESCIMENTO
Bastos oferece tropa federal Antonio Cruz /ABr - 04/07/06
O prefeito César Maia não aceita a versão segundo a qual a senadora teria crescido em cima de Alckmin. Segundo o prefeito, a subida de Heloísa Helena se deu em função dos votos indecisos.
RECUPERAÇÃO O que anima os tucanos é a informação de que, em compensação, Alckmin estaria reagindo em Minas, com o desempenho no Estado de Aécio Neves, que tem 73% no Ibope como candidato à reeleição ao governo.
AJUDA Aloizio: Saulo não foi humilde.
ALCKMIN ATACA E COBRA BASTOS "Com a lei sancionada pelo candidato do PSDB à Presidên- presidente Lula, agora se precia, Geraldo Alck- cisa ouvir o preso, o advogado m i n , c r i t i c o u a (...) para colocar no regime disatuação do ministro da Justiça, ciplinar diferenciado", acresMárcio Thomaz Bastos, diante centou. "Comigo não vai ter da nova onda de ataques do moleza para bandido, não. Vacrime organizado em São Pau- mos ser duros no enfrentalo. Ele se queixou novamente mento com o crime organizada demora na liberação de ver- do. Não vamos nos omitir, nem bas e disse que, como presi- nos esconder atrás de probledente, implementaria uma po- mas", discursou. Alckmin disse que o Exércilítica federal mais consistente. "São Paulo trabalhou. Não me to pode ajudar no combate à omito. Assumo responsabili- violência em São Paulo nos moldes pedidos pedade. Não fujo do lo secretário de Seproblema, muito digurança, Saulo de ferente do governo Castro Abreu Filho. federal que diz que "O governo pediu o problema não é Não fujo do para o Exército com ele", disse o ex- problema, guardar as penitengovernador . ciárias. É possível O tucano cobrou a muito diferente trabalhar junto, construção de presí- do governo pois não há disputa dios federais, mas federal que diz não quis comentar o que o problema por comando". O candidato do fato de eles não tenão é com ele. PSDB disse, mais rem sido construíAlckmin uma vez, que é predos durante os oito ciso investigar se os anos do governo de Fernando Henrique. "Leva- ataques têm motivação polítiram quatro anos para fazer um ca, mas não comentou se o PT presídio que só tem um preso", pode estar por trás deles. "Isso disse o candidato referindo-se é assunto da Polícia", disse. O à Fernandinho Beira-Mar, lem- tucano classificou a nova onda brando que o Estado de São de violência no Estado como Paulo o manteve sob custódia uma "guerra em que tem que se a pedido do governo federal vencer uma batalha todo dia". Alckmin classificou como por quase dois anos. Alckmin acentuou as críti- boa a entrevista que deu ontem cas ao governo federal, ao afir- ao Jornal Nacional, e afirmou mar que faltou rigor no comba- que não errou ao dizer que o te à violência. "Em 1º de janei- Estado de São Paulo teve o mero, eu vou melhorar a legisla- lhor desempenho, de acordo ção que foi piorada no atual com o Sistema de Avaliação da governo, sendo mole com o Educação Básica em 2003. Com um papel manuscrito, crime", afirmou o tucano, referindo-se à lei federal que au- ele leu dados que mostravam menta as exigências para se en- bons resultados na avaliação. viar um preso a uma peniten- "Claro que não dá para ser primeiro lugar em tudo, mas ciária de segurança máxima.
Eymar Mascaro
afirmou que pretende intensificar a agenda na cidade para conquistar votos. As principais pesquisas mostram que a candidata do PSol, Heloísa Helena, está em segundo lugar, na frente de Alckmin e atrás de Lula. (Agências)
Coincidentemente, Alckmin estaria crescendo em Minas depois que recebeu o apoio do ex-presidente Itamar Franco. O expresidente não só faz a campanha do tucano como faz duras críticas ao presidente Lula, a quem qualifica de traidor.
CONSTRANGIDO Enquanto Alckmin vai se dando bem em Minas com o apoio de Itamar Franco, o presidente Lula se sentiu constrangido ao aparecer em Belo Horizonte e em Governador Valadares ao lado de Newton Cardoso, candidato ao Senado e a quem criticava no passado.
ITAMAR Lula quer que o PT trabalhe para recuperá-lo em São Paulo. Alckmin continua batendo o petista entre eleitores paulistas. Se a eleição fosse hoje, o tucano teria mais de 2 milhões de votos do que Lula em São Paulo.
CORRIDA Alckmin e Lula continuam disputando o apoio dos governadores Germano Rigotto, do Rio Grande do Sul (7,5 milhões de votos), e
de Roberto Requião, do Paraná (7 milhões). Ambos são do PMDB, mas até agora, os dois se mantém neutros.
RECIBO Luiz Henrique, candidato à reeleição ao governo de Santa Catarina (4,3 milhões de votos) pelo PMDB continua investigando para apurar o eventual apoio de prefeitos do PSDB e PFL a Lula. Alguns prefeitos já estão se retratando.
PESQUISAS O PSDB espera receber pesquisas do Nordeste para conhecer o grau de aceitação do projeto de Alckmin para a região, apresentado na semana passada, em Recife. O Nordeste é a região em que Lula ainda derrota Alckmin por larga margem de votos.
COLÉGIO Os tucanos estão preparando programas especiais sobre os problemas do Nordeste para Alckmin exibir na televisão, quando tiver de pedir o voto do nordestino. O Nordeste tem 33 milhões de eleitores e o petista tem mais 60% de intenção de voto na região.
IGUAIS Os três principais candidatos ao governo de São Paulo, José Serra (PSDB), Aloizio Mercadante (PT) e Orestes Quércia (PMDB) tem algo em comum: todos defendem a participação do Exército no corpo de segurança pública em São Paulo.
SANGUESSUGAS Fala-se que pode chegar a 75 o número de parlamentares denunciados de participação no escândalo dos sanguessugas incluídos no relatório do senador Amir Lando e que será encaminhado amanhã no Congresso. Outros 15 deverão ser inocentados.
VOTAÇÃO É possível que algum parlamentar peça vistas do processo. Nesse caso, o relatório parcial da CPMI, elaborado por de Amir Lando não poderá ser votado amanhã. A votação deve ficar para a semana quem vem. Ainda não se sabe se o Ministério da Saúde será incluído no relatório. As denúncias envolvendo outros ministérios, como o da Educação, Ciência e Tecnologia farão parte de uma outra investigação.
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
Corr upção Eleição Congresso Câmara
DIÁRIO DO COMÉRCIO
O
Beto Barata / AE
Biscaia: "Já adverti o Vedoin"
do Mato Grosso – encarregado do julgamento do processo contra o empresário – para que ele perca os benefícios da delação premiada e volte para a prisão", ameaçou. Vedoin voltou à CPI às 17 horas para se encontrar com alguns membros da comissão, agora acompanhado pelo advogado, para confirmar ou não o depoimento que havia dado aos parlamentares. Biscaia disse que, na comparação dos dois testemunhos, há 13 pontos de conflito, oito deles considerando inocentes
alguns políticos. À noite, o sub-relator de sistematização da CPMI, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), reuniu-se com Vedoin e disse que a CPMI jamais duvidou da conduta dele. "Ele esclareceu todas as dúvidas. Em momento algum, tentou favorecer quem quer que seja", afirmou. "A tese de desacreditá-lo só interessa aos parlamentares envolvidos, porque eles querem retirar a credibilidade de um depoimento que os acusou com veemência e com provas convincentes", acrescentou. Baixo comparecimento - A comissão não obteve quórum ontem – era necessária a presença de 19 dos 36 membros, mas apenas 14 compareceram – para se apreciar pedidos de convocação de depoentes. Mesmo assim, o senador Wellington Salgado (PMDB-MG) e o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) bateram boca durante a reunião (veja reportagem mais abaixo). Em defesa dos peemedebistas envolvidos, Salgado acusou a CPI de disparar "coquetéis molotov " para todos os lados, sem direito de defesa aos acusados. (Agências)
CPMI desconfia de Vedoin cúpula da CPMI dos Sanguessugas tem indícios de que o empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin, um dos sócios da Planam, negocia com pelo menos oito parlamentares a retirada de seus nomes da lista de acusados de receber propina. Segundo dirigentes da CPMI, a maioria desses parlamentares seria de Mato Grosso, onde fica a sede da Planam, empresa que funcionava como central de operações da máfia das sanguessugas. A comissão também tem informações de que esses oito parlamentares têm dívidas com o empresário. Integrantes da CPMI começaram a suspeitar de Vedoin depois que ele poupou os oito parlamentares no depoimento dado à comissão há uma semana, na sede da Polícia Federal, em Brasília. Antes, ao ser inquirido pela Justiça Federal de Mato Grosso, o empresário acusara esses congressistas de apresentar emendas ao Orçamento para a compra de ambulâncias superfaturadas. Entre os inocentados agora por
Alan Marques / Folha Imagem
A
Na mira: Vedoin negocia?
Vedoin, estão os deputados Pedro Henry (PP-MT) e Tetê Bezerra (PMDB-MT). "É claro que ele estava querendo fazer uma caixinha", diz o deputado Júlio Redecker (PSDB-RS). Levantamento feito pelo deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), detectou 13 pontos de divergências entre os depoimentos de Vedoin à Justiça
Federal e à CPI dos Sanguessugas. Desses 13 pontos, oito referem-se a inocentar parlamentares envolvidos com a máfia das ambulâncias. Para Biscaia, os novos depoimentos de Vedoin à CPI são desnecessários e só servem para enfraquecer as acusações já feitas. Pela manhã, o empresário reuniu-se com a cúpula da CPI dos Sanguessugas para entregar novas provas contra cinco parlamentares. "São comprovantes de depósito bancários que confirmam o testemunho verbal dado por ele (Vedoin)", explicou Biscaia. O vice-presidente da CPMI, deputado Raul Jungmann (PSB-PE) disse que os documentos apresentados por Vedoin comprovam o repasse de recursos para cinco parlamentares contra os quais a comissão tinha apenas indícios de participação em fraudes.Jungmann afirmou que esses recursos teriam sido recebidos por auxiliares e parentes dos parlamentares, como mostram cópias de cheques e de depósitos bancários. (AE)
Beto Barata / AE
Fon-fon: Rubens Santiago (PT-PE) recebe ambulância de brinquedo em protesto contra sanguessugas.
LANDO TENTA SALVAR COLEGAS SUSPEITOS
T
A
menos de 24 horas da apresentação do relatório preliminar da CMPI dos Sanguessugas, o relator, senador Amir Lando (PMDB-RO), ainda tenta salvar alguns parlamentares, apesar dos indícios de envolvimento deles com a máfia das ambulâncias. Com 1.300 páginas, o relatório de Lando será dividido em três partes e deverá pedir a cassação do mandato de 75 dos 90 parlamentares notificados. O relatório deverá ser votado pelos integrantes da comissão parlamentar somente na próxima semana. Lando confessou a correligionários que não está convencido do envolvimento de pelo menos dois parlamentares – o senador Magno Malta (PL-ES)
Roberto Stuckert Filho / AOG
Luta parlamentar: Roberto Amaral e Gabeira trocam acusações.
senador pedisse demissão da presidência da Comissão de Educação do Senado, uma vez que é dono de uma rede de uni-
versidades particulares. "Não fiz história com seqüestro. Represento a escola privada sim, com muito orgu-
JUSTIÇA BLOQUEIA AS CONTAS DE VALÉRIO Juarez Rodrigues / Estado de Minas
Relatório só pede 75 cassações de mandato
SESSÃO TERMINA EM BATE-BOCA
erminou em bate-boca entre o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) e o senador Wellington Salgado (PMDB-MG) a sessão de ontem da CMPI dos Sanguessugas. Eles se desentenderam depois das críticas do senador ao trabalho da comissão. Gabeira disse que Salgado "revelava uma ignorância histórica acachapante" e o acusou de trabalhar na CMPI para livrar integrantes do PMDB supostamente envolvidos com a máfia das ambulâncias. "A posição do senador Wellington Salgado é de parte do PMDB. E parte do PMDB é uma quadrilha", disse Gabeira. Ele defendeu também que o
Salgado é de parte do PMDB. E parte do PMDB é uma quadrilha. Fernando Gabeira (PV-RJ)
NA SESSÃO DA CPMI, AMEAÇA E BATE-BOCA
SANGUESSUGAS BISCAIA AMEAÇA CORTAR DELAÇÃO PREMIADA presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), ameaçou ontem pedir à Justiça do Mato Grosso a retirada dos benefícios da delação premiada – que permite a redução da pena a quem colabora com o Judiciário, dizendo a verdade – concedida ao empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin, um dos donos da Planam, principal operadora da máfia das ambulâncias. Biscaia disse estar desconfiado de que Vedoin estaria poupando parlamentares envolvidos no esquema da venda superfaturada de ambulâncias com recursos de emendas ao Orçamento-Geral da União. Segundo ele, numa comparação entre o depoimento dado durante 11 dias à Justiça Federal e o testemunho à CPI, na última quinta-feira, o empresário inocentou oito congressistas de envolvimento no esquema fraudulento. "Eu adverti o Vedoin", disse. "Se ficar evidenciado que ele inocentou alguém em alguma negociação, vou pedir ao juiz
5
lho. Não faço tráfico. Eu gero empregos", reagiu Salgado, referindo-se ao fato de que em 1969 Gabeira participou do seqüestro do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles Elbrick, para trocá-lo por presos políticos. Mais ataques – O ex-ministro da Ciência e Tecnologia e vice-presidente do PSB, Roberto Amaral também não poupou o deputado. Ele entrou ontem com representação no Conselho de Ética contra Gabeira. Em resposta, Gabeira acusou o PSB de aparelhar o Ministério da Ciência e Tecnologia para beneficiar deputados ligados à máfia dos sanguessugas. (Agências)
e o deputado Pedro Henry (PP-MT) – no esquema de apresentação de emendas orçamentárias para compra de ambulâncias superfaturadas. "É uma questão de conceito. Vou ponderar que o senador Magno Malta recebeu um veículo, que usou por mais de um ano, de um grupo envolvido em corrupção", observou o presidente da comissão de inquérito, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ). No parecer que será apresentado quinta-feira, Lando deverá pedir a cassação de 50 dos 90 congressitas notificados. Outros 25 também terão o pedido de cassação, mas a CPI vai requerer novas diligências Apenas 15 políticos deverão ser inocentados. (AE)
A Justiça de Minas Gerais determinou o bloqueio de contas e aplicações bancárias do empresário Marcos Valério (foto), principal acusado no escândalo do mensalão. A medida vale também para os ex-sócios dele, diz a decisão.
8
Nacional Empresas Estilo Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
A marca Main Street apostou nas listras verticais e motivos xadrezes
DESFILES TERMINAM HOJE
Fotos: Andrea Felizolla
Moda do Bom Retiro para todo o Brasil Bairro dita a moda das ruas de norte a sul do País
O
s e g u n d o d i a d e tempo para ficar e assistir", dedesfiles do Bom sabafou a gerente. Bastidores – Quem assiste Retiro Fashion Business deixou às apresentações, com música clara a tendência do bairro: alta, modelos bonitas e lançaoferecer sugestões de roupas mentos, nem imagina como tupara o dia-a-dia. O glamour do é preparado. Quem organificou por conta dos artistas za o Bom Retiro Fashion Busique desfilaram ontem: o ator ness é a Companhia Paulista Thierry Figueira, a personal de Moda. As produtoras são trainer Solange Frazão e a encarregadas de passar as rouapresentadora Cíntia Benini. pas, organizar as araras, fazer A lojista Jacinta Wittmann é costuras de última hora, vestir o retrato da consumidora ata- e despir as manequins. "É emocadista do bairro. Sentada cionante porque aqui conseconfortavelmente num ban- guimos ver o público", disse a co, ela esperava pelo desfile estudante de moda Débora seguinte com muitas sacolas e Fernandes. "O objetivo aqui é malas – cheias de roupas e comercial. E é esse o lado posiacessórios, que farão a festa na tivo. Moda boa é a que todos cidade de Dois Irmãos, no Rio podem comprar", destacou a Grande do Sul. Jacinta chegou designer Laura Scavone. O responsável por toda a orna segunda-feira de madrugada e gastou R$ 15 mil para ganização do evento é o proabastecer o negócio dela, a loja dutor Reginaldo Fonseca. Ele Rosa D'Água. "Visito o Bom trabalha no setor há 18 anos – Retiro uma vez por mês. Mi- tudo o que sabe aprendeu na nhas clientes ficam esperando prática. "Quando larguei o curpor isso. Lá no Sul, temos ma- so de Psicologia, não havia forlhas e jeans. A moda eu com- mação para os profissionais. O pro no bairro. Viajo 15 horas, mundo não respirava moda como hoje. Dava apenas leves mas vale a pena", disse. Do outro lado do Brasil veio suspiros. Comecei fazendo a também lojista Hermozina eventos e nunca mais voltei paSales de Santana – mais preci- ra a faculdade", disse. Hoje, ele acumula 70 desfiles samente de Formosa do Preto, na Bahia, que fica perto da di- feitos pelo Brasil. Para Fonseca, este é o visa com o grande difePiauí. Para rencial do chegar a São Bom Retiro: Paulo, viajou "Uma coisa é 28 horas. Ela só fazer glacompra no mour, como B o m R e t i ro vemos em há oito anos. tantas apre"A moda feita sentações de no bairro é esmoda. Quem pecial. As assiste aos tendências desfiles do são diferenB o m R e t i ro tes, começam aprende a por aqui e só montar o d e p o i s c h ep r ó p r i o v igam no Brasil sual." Uma todo. Só o preço que an- Hermozina Santana: loja na Bahia novidade: a avant- premiètigamente era melhor", disse Hermozina, re da próxima coleção do Bom Retiro Fashion Business pode que gastou R$ 30 mil. Privilegiada – A gerente de ser realizada no Centro Cultutelemarketing Regina Mene- ral Oswald de Andrade. "Mas ses sente-se privilegiada – os desfiles têm que ser na rua, mora em São Paulo e vai ao mesmo, onde estão os pontosbairro sempre que pode. On- de-venda", disse o produtor. Tendências – O segundo dia tem, entre um desfile e outro, aproveitou a promoção de in- de apresentações foi marcado verno e levou peças para ela e pela praticidade nas peças. A para presentear a família, que Detam Lingerie mostrou camimora em Uberlândia. "Gastei solas compridas e curtinhas, R$ 170. Mas, se tivesse ido a com muita transparência. As um shopping center, a soma cores: preto e rosa claro, com fitas e rendas. Estilo ousado e roultrapassaria os R$ 400." Outra consumidora que mântico ao mesmo tempo. A Burda criou pouco – as pecompra peças para os netos é a aposentada Brígida Scândalo. ças agradam as antigas consu"Uns moram em Paraguassu midoras. Os toques diferentes Paulista e outros em Boituva. ficam por conta das bolas deAs novidades na moda come- senhadas em faixas na cintura, çam no Bom Retiro. Quando usadas em conjuntos de blachegam no interior de São Pau- zer com calça ou saia. A berlo, já é tendência passada. Por muda branca e o casaquinho isso mando tudo o que escolho listrado também são tendên– eles fazem sucesso com os cias para a próxima estação. As flores de renda na lapela de amigos", explicou Brígida. Mas nem todos estão felizes. blusinhas estão de volta. A Kocastar mostrou bermuA gerente da Red Botton, que vende moda feminina, Elma das com barra italiana e cintuPaes, afirmou que o movimen- ra baixa. As sainhas exibiam to caiu em razão dos desfiles, babados e fitinhas de cetim, que acontecem na Rua Ribeiro com brilhos e transparências. A Main Street criou camisas de Lima – a passarela fica bem em frente à loja. "Participar do com listras verticais e horizonevento é muito caro, custa mais tais para os homens, além dos de R$ 10 mil. E quem aparece xadrezes. A moda praia da Aspara ver as apresentações é o lan tem tons terra nos biquínis público varejista. O atacadista, e cangas, inclusive de tricô. que nos interessa, não tem Neide Martingo
A grife Aslan aposta no tricô, que também foi o grande hit da última temporada primavera-verão. Tons terra e cáqui são o forte da coleção.
A Detam Lingerie apresentou peças soltinhas, longas e curtas
Os macaquinhos prometem ser os novos hits do verão 2007
Compradores de todo o País aproveitaram para conferir as produções do Bom Retiro Fashion
Grifes trazem modelos em estampas florais
Regina Meneses vai presentear toda a família
Jacinta Wittman gastou R$ 15 mil
Reginaldo Fonseca: 70 desfiles no currículo
SOBE 47% CNT/Sensus 47% Datafolha
CAI 19%
CNT/Sensus
24% Datafolha
Jamil Bittar/Reuters
Michel Filho/Agência O Globo
As duas pesquisas, divulgadas ontem, indicam crescimento do candidato do PT sobre o tucano, na corrida pela Presidência. Lula venceria no 1° turno se a eleição fosse hoje. Página 3 Ano 81 - Nº 22.187
São Paulo, quarta-feira 9 de agosto de 2006
R$ 0,60
Jornal do empreendedor
Edição concluída às 23h45
w w w. d co m e rc i o. co m . b r Marcos Alves/Diário de S. Paulo/Ag. O Globo
O Cougar (foto) já entrou na guerra ao PCC. Nele vão 23 soldados ao front, até o interior de SP, onde o grupo atacou ontem. C 1 e C 2
MISSÃO: GUERRA AO PCC
Bate-boca eleitoral: PCC entre PFL e PT.
11 MIL
PRESOS LIVRES 5 DIAS. OU MAIS.
Lembo aceita liberação temporária, de amanhã até o Dia dos Pais, no próximo domingo, desde que haja uma análise individual dos pedidos. Os que não voltarem serão considerados fugitivos. C 2
O governador Cláudio Lembo (PFL)criticou o candidato Mercadante (PT) pelo uso eleitoral do PCC . Página 4 Rubens Cardia/Folha Imagem
Apertem os cintos. A porta caiu.
São pais muito bacanas Não faz diferença se o filho é biológico ou de coração. Para os pais superbacanas, o que vale é o amor. E 4
Ao decolar para o Rio, um Fokker 100 da TAM perdeu a porta do lado esquerdo, que caiu na Zona Sul, sobre o Extra (foto). Uma aeromoça quase foi sugada. C 3
Rebelde conquista o Brasil
CPMI: manobras e baixarias Amir Lando, relator da CPMI dos Sanguessugas, tenta salvar colegas. E ex-ministro Roberto Amaral pede a cabeça do deputado Fernando Gabeira. Página 5 HOJE Sol Máxima 30º C. Mínima 12º C.
AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 28º C. Mínima 13º C.
A grife Rebelde, com 27 produtos, vai vender R$ 200 milhões este ano. Já é a palavra mais buscada no Google. E 6 Gil Cohen Magen/Reuters
Sem acordo, Israel deve ampliar ofensiva "Apatia" da ONU é criticada pelos árabes. Israel muda comando das operações no Líbano em meio às críticas ao Exército (foto), por não conter o Hezbollah. C 4
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
1
0,25
ponto percentual é a alta esperada do juro nos EUA na próxima reunião do banco central do país
ALÍQUOTA DE RECOLHIMENTO AO BC, QUE NÃO PASSA DE 10% NA MAIORIA DOS PAÍSES, É DE 53% NO BRASIL
BRASIL É CAMPEÃO DE COMPULSÓRIO
O
Domingos Tadeu/PR
Menos crédito — Além da país das maiores taxas de juros do liderança brasileira, o estudo m u n d o t a m b é m da Austin Rating mostra que, t e m a m a i o r a l í- quanto menor é o depósito quota de recolhimento com- obrigatório, maior é a relação pulsório sobre depósitos à vis- entre o crédito e o Produto Inta dos bancos. Segundo levan- terno Bruto (PIB). No Brasil, tamento feito pela agência de essa relação é de 32,4%. Já no classificação de risco de crédi- Chile, onde o compulsório é de to Austin Rating, enquanto a 9%, o volume de empréstimos maioria dos países tem taxa representa 60% do PIB. Na Zoabaixo de 10%, o Brasil aparece na do Euro, a taxa é de 2%, e a no topo da lista, com uma alí- relação crédito/PIB é de 105%. quota de 53% sobre o volume Nos Estados Unidos, os finandepositado nos bancos. Desse ciamentos atingem 80% das ritotal, 45% ficam no Banco Cen- quezas do país, e o compulsótral (BC), sem rentabilidade, e rio varia de 0 a 10%, conforme o 8% são remunerados pela taxa volume de cada banco. Na avaliação do economisbásica da economia (Selic). O mecanismo diminui a ta-chefe da Federação Brasileioferta de crédito no mercado e, ra dos Bancos (Febraban), Roconseqüentemente, encarece berto Luis Troster, o depósito não tem razão o s e m p ré s t ide ser. Ele afirmos aos conmou que o sumidores. Iscompulsório é so porque retimaior que o ra dinheiro de crédito para a circulação. indústria, "O depósito por cento dos c o n s u m i d ocompulsório é recursos recolhidos res rurais e hau m i n s t r ubitação. mento de políficam retidos no " F un c i on a tica monetária Banco Central sem como imposto que pode estid i s f a rç a d o " , mular o cresciremuneração. Os 8% disse Troster. mento econôrestantes rendem a Para ele, o mico ou contêtaxa básica (Selic). depósito obrilo para presergatório no BC var a taxa de é um contrainflação em um nível moderado", afirmou senso e não se aplica ao Brasil o economista-chefe da Austin de hoje. "Como instrumento de política monetária, o comRating, Alex Agostini. Os bancos sugeriram a redu- pulsório perdeu significativa ção dos compulsórios para di- relevância nas economias que minuir o spread bancário (di- mantêm sistema de metas de ferença entre o custo de capta- inflação, como é o caso do ção e o de empréstimo), em res- País", observou Agostini. O economista do Instituto posta ao pedido do presidente Lula para o corte dos juros ao de Pesquisas Econômica Apliconsumidor. Mas o ministro cada (Ipea) Armando Castelar da Fazenda, Guido Mantega, concordou que a redução do já afirmou que existem outras nível de depósito compulsório formas de reduzir o spread dos bancos no Brasil é uma nebrasileiro – também o maior do cessidade. Mas ele ponderou mundo – sem mexer no reco- que esse corte precisa ser gradual e acompanhado de medilhimento compulsório. Economistas dizem que ou- das adicionais, como a redutras medidas devem ser toma- ção de crédito direcionado das. Mas argumentam que, (programas de empréstimos com os números da economia, obrigatórios) e mudança da não há motivo para manter a política fiscal expansionista. taxa alta. "É possível reduzir o "É preciso parar de gastar. Essa compulsório sem ônus para a é a solução para muitos males do Brasil", afirmou. (AE) economia", disse Agostini.
45
Dívidas com até 50% de desconto
E
mpresas especializadas em recuperação de crédito para lojas, bancos e financeiras estão dando descontos de até 50% no valor total da dívida do consumidor. Isso representa eliminar os juros e recuperar apenas o valor histórico da pendência no caso dos créditos vencidos acima de seis meses. Foi o aumento da inadimplência dos financiamentos ao consumidor que provocou essa verdadeira corrida de bancos, lojas e financeiras para reaver o crédito em atraso no primeiro semestre, antes dos concorrentes. O inadimplente também consegue esticar os prazos de pagamento da dívida atrasada e renegociada. "A regra hoje é preservar o valor principal do empréstimo, nem que seja parcelado, e recuperar o crédito em atraso antes dos concorrentes", afirmou Oswaldo Freitas Queiroz, diretor da Servloj. A empresa administra o crediário de 600 lojas do varejo e também cuida da recuperação do crédito. Ele conta que, em 2005, a taxa de desconto era de 30% e hoje chega a 50%. O parcelamento da dívida era em três vezes, agora é em seis. Com as facilidades, a empresa conseguiu dobrar o índice de recuperação
dos créditos nos últimos 12 meses, de 5% para 10%. "Hoje, o inadimplente não paga se não quiser", disse Alexandre Bulgarelli, diretor da Warm Assessoria de Cobranças, que tem como clientes bancos e financeiras. Segundo ele, as condições de renegociação estão francamente favoráveis aos maus pagadores. Flexibilidade — S eg u nd o Bulgarelli, as instituições financeiras e as lojas não perdem dinheiro quando são flexíveis na renegociação. "Quando dão o desconto, recebem, no mínimo, o valor principal do empréstimo", afirmou. O agente de vendas Leonel, de 32 anos, foi conferir as condições oferecidas para renegociar sua dívida. Já fez até uma proposta para o banco Itaú: pode pagar à vista 10% dos R$ 3 mil que deve. A agência ainda não deu retorno. Leonel está esperançoso. "Acho que aceitam. Estou com essa pendência há dois anos. Para eles, já é um dinheiro perdido." Depois de quitar com o Itaú, Leonel vai tentar um bom abatimento nas Casas Bahia, onde há mais de um ano ele comprou um sofá, parcelado em 24 vezes – só conseguiu pagar as seis primeiras prestações. (AE)
Ao centro, o presidente do BNDES, Demian Fiocca, anuncia a liberação das linhas de financiamento, no Palácio do Planalto
BNDES: Klabin e Luiza ganham crédito Banco Nacional de D es en vo l vi me nt o Econômico e Social (BNDES) liberou duas linhas de financiamento para a fabricante de papel Klabin, de R$ 1,74 bilhão, e a varejista Magazine Luiza, de R$ 50 milhões. O anúncio foi feito ontem, no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A Klabin usará o financiamento para investir R$ 2,6 bilhões em sua fábrica em Telêmaco Borba, no Paraná. Já o Magazine Luiza usará o crédito para compra de 40 mil com-
O
putadores populares, nas bases do programa "Computador para Todos", do governo federal. que serão revendidos com juros baixos nas 350 lojas da rede. A empresa já havia conseguido anteriormente um financiamento de R$ 30 milhões para a revenda de 23 mil computadores populares. O maior do banco – O presidente do BNDES, Demian Fiocca, disse que o financiamento para a Klabin é o quinto maior da história do banco. "Esse projeto se enquadra na tradição do banco de viabilizar grandes empreendimen-
tos e que geram mais empregos", afirmou. O financiamento terá juros de cerca de 12% ao ano, incluindo Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) e spread bancário. No caso da Klabin, os investimentos permitirão um aumento da produção de papel, das 680 mil toneladas por ano atuais para 1,1 milhão de toneladas, além de um aumento nas exportações da empresa para US$ 1,5 bilhão, no período entre 2008 e 2016. O investimento também permitirá à empresa aumentar em 34 mil hectares o culti-
vo de florestas de pinus e eucalipto no Paraná até 2008. O empresário Pedro Piva, da Klabin, ressaltou que o financiamento tornará mais fácil a implantação da primeira máquina de produzir papel de grande porte em 12 anos. A empresa tem 230 mil hectares de florestas e 18 unidades industriais, das quais 17 no Brasil e uma na Argentina. O crédito vai garantir a criação de 4,5 mil empregos diretos na fase de implantação e 562 postos permanentes de trabalho nas áreas de operação e floresta da empresa. (AE)
Fed mantém juro em 5,25% ao ano Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) manteve inalterado, em 5,25% ao ano, o juro básico no país, mas disse que a taxa pode subir novamente se a inflação exigir. O Fed elevava os juros, sem interrupção, desde junho de 2004. "A extensão e o momento para qualquer aperto adicional que possa ser necessário para lidar com esses riscos (inflacionários) vão depender da evolução da perspectiva tanto para a inflação como para o crescimento econômico, tal como implicado pelas informações que estão por vir", informou o Fed, em comunicado. Investidores do mundo todo entenderam que a nota não dissipou as incertezas que pairam sobre a economia norteamericana. Em conseqüência disso, as bolsas de valores caíram nos Estados Unidos e na maioria dos países onde os mercados funcionavam quan-
O
do a decisão foi anunciada. O Índice Dow Jones, o mais importante da Bolsa de Nova York, recuou 0,41% e a bolsa eletrônica Nasdaq declinou 0,56%. No Brasil, o Índice Bovespa (Ibovespa) apresentou desvalorização de 0,26%. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), onde são negociadas projeções de juros, dólar e Ibovespa, a palavra de ordem do dia foi cautela. A pausa determinada ontem pelo Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed foi a primeira desde que se iniciou o ciclo de aperto monetário no país, há pouco mais de dois anos. Naquele momento, a taxa básica estava em 1% ao ano. Pausa no ciclo — "É pouco provável que a alta de julho tenha sido definitiva", disse Stephen Buser, professor de Finanças da Universidade de Ohio. Para ele, "o Fed indicou que a decisão foi uma pausa, e
Paulo Liebert/AE
Decisão do banco foi recebida com cautela nos mercados financeiros
não o final" do ciclo de aperto monetário. No comunicado, o banco disse que, de um lado, "o crescimento desacelerou-se depois de haver alcançado um ritmo elevado no início do ano". Segundo o Fed, isso reflete uma "desaceleração gradual do mercado imobiliário residencial e os efeitos atrasados das altas precedentes do juro". Segundo analistas, essa moderação do crescimento justifica a pausa no ciclo de elevação das taxas, porque um novo aumento do custo do dinheiro poderia asfixiar a economia. Sinais — Nas últimas semanas, a expansão econômica americana mostrou sinais múltiplos de desaceleração, entre eles o aumento dos índices de desemprego e o recuo da produtividade. "Daqui para a frente, tudo vai depender dos índices inflacionários", resumiu o economista-chefe do Banco Wachovia, John Silvia. Alguns especialistas foram
mais diretos em suas análises. "Esperamos que o Fed responda às pressões inflacionárias com mais um aumento, de 0,25 ponto percentual, em setembro, e com outra elevação em dezembro", afirmou a economista-chefe do banco de investimentos americano Lehman Brothers, Etha Harris. A re s s e g u r a d o r a S w i s s Reinsurance, a agência de classificação de risco Standard & Poor ’s e o banco de investimentos Bear Stearns também acreditam que o BC americano aumentará o juro básico até o final deste ano, provavelmente em 0,25 ponto percentual. A economia americana cresceu 2,5% no segundo trimestre, bem abaixo dos 5,6% registrados nos três primeiros meses do ano. Em julho, a taxa de desemprego subiu para 4,8%, o nível mais alto dos últimos cinco meses. A próxima reunião do Fomc será no dia 20 de setembro. (AE)
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
1 Mais informações sobre os últimos ataques do PCC na Capital e no Interior em www.dcomercio.com.br
PCC: BANDIDOS ATACAM NO INTERIOR A terceira onda de ataques da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) concentrou-se (no fim da noite de anteontem e na madrugada de ontem) em cidades do Interior do Estado e na região da Grande São Paulo. Prédios públicos e ônibus foram alvos de tiros e bombas. Os bandidos também atacaram na Capital.
N
o segundo dia da terceira onda de ataques feitos por bandidos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que domina os presídios de São Paulo, a maioria dos atentados (cometidos no final da noite de segunda-feira e na madrugada de ontem) concentrou-se em cidades do interior do Estado e na Região Metropolitana. Mesmo assim, houve ações na Capital. Nas zonas sul e leste, o serviço de transporte ficou prejudicado, com muitos passageiros aguardando os coletivos nos pontos, além de pessoas caminhando pelas ruas. Ontem, dez ônibus foram destruídos: quatro na capital, dois na Grande São Paulo e quatro no Interior. Cinco supostos bandidos foram mortos pela polícia. Até o fim da tarde de ontem, a Secretaria de Segurança Pública contabilizava 144 alvos atacados, com 28 pessoas presas. Entre elas, 18 têm ficha criminal por motivos diversos, sendo que 12 possuem alguma ligação com o PCC. . Interior – Em Limeira, homens armados atacaram os prédios da TV Jornal de Limeira e da Receita Federal. A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) também foi alvo de atiradores. Em Campinas, criminosos atacaram a tiros a fachada do 11º Distrito Policial, no Jardim Ipaussurama. Em Indaiatuba, ocupantes de um veículo Monza branco lançaram um coquetel molotov contra um caixa eletrônico do Banco Itaú, ao lado de um posto de gasolina, no Jardim Morada do Sol. O Departamento Municipal de Trânsito (Demutran) e uma viatura da Polícia Militar foram atingidos por tiros. Molotov – Em Sumaré, região de Campinas, incendiários lançaram um coquetel molotov contra o prédio da Câmara Municipal. Quatro homens encapuzados, a pé, atearam fogo em um ônibus da Viação Boa Vista, em Hortolândia, também na região de Campinas. Criminosos em três veículos pararam em frente ao 2º Distrito Policial e dispararam vários tiros. Em Piracicaba, incendiários queimaram um ônibus da Viação Paulicéia, no Jardim Itapuã. Os passageiros tiveram de descer do coletivo assim que os bandidos o invadiram. Os criminosos fugiram a pé. No fim da noite, uma base fixa da Guarda Civil Municipal foi alvo de atiradores. A fachada do 11º Distrito Policial de Sorocaba foi atingida por disparos. Fogo – Quatro ataques foram registrados na cidade de Araraquara. Por volta da 0h30, um homem armado efetuou cinco disparos na porta do antigo prédio do Fórum da Infância e Juventude, que está desativado. Os vidros ficaram estilhaçados. Vinte minutos depois, um coquetel molotov destruiu parcialmente a agência do Banco Brasil, localizada na alameda Paulista. Ninguém foi preso. Às 4h, três homens armados invadiram um ônibus circular da cidade conhecido como Corujão e efetuaram cinco disparos, ordenando que todos os passageiros e o motorista descessem. O coletivo foi incendiado em seguida e os criminosos fugiram em um Gol. Por volta da 1h30 criminosos lançaram um coquetel molotov contra o departamento pessoal da sede da Prefeitura de Miguelópolis, a 460 quilômetros da capital paulista. Apenas o vigia estava no local. O bando entrou pelos fundos e jogou o artefato pela janela da sala. O fogo se alastrou rapidamente e destruiu todo o setor. Ninguém ficou ferido. O mesmo grupo também lançou um artefato no prédio da Igreja Internacional da Graça de Deus, próximo à Prefeitura. As janelas ficaram estilhaçadas e as paredes, chamuscadas. A cidade não possui Corpo de Bombeiros e os incêndios foram controlados por caminhões-pipa da prefeitura e de uma usina. Três microônibus de transporte de crianças deficientes e alunos da zona rural foram incendiados anteontem, em Assis. Os ataques, segundo a polícia, foram feitos por dois menores, detidos com garrafas com gasolina após os ataques. Os veículos estavam estacionados no pátio da Secretaria Municipal da Educação, quando foram incendiados. Baixada – Depois de ataques a três delegacias, uma concessionária de veículos e uma agência bancária ocorridos anteontem de madrugada, a tensão continuou durante a noite de ontem na Baixada Santista. Um ônibus da Viação Piracicabana foi incendiado no bairro Jóquei Clube, periferia de São Vicente. Dois rapazes, fortemente armados, entraram no veículo, determinando que todos os passageiros e também o motorista abandonassem o ônibus. Em seguida, atearam fogo no carro. Logo depois do ataque, a concessionária determinou que a maior parte da frota retornasse para as garagens localizadas em Santos, São Vicente, Praia Grande e Cubatão. Com isso os passageiros mais uma vez sofreram com a falta de transporte. De acordo com a assessoria de imprensa da Piracicabana, desde os primeiros ataques atribuídos ao PCC, em maio, a empresa já perdeu 29 dos 850 ônibus, todos incendiados. Capital – Três ônibus foram incendiados por bandidos na zona sul da capital entre as 22h30
Tiago Brandão/Folha Imagem
Luiz Carlos Murauskas/Folha Imagem
Tiago Brandão/Folha Imagem
Edson Silva/Folha Imagem
de anteontem e 0h30 de ontem. Dois coletivos da linha Itaim Bibi/Jardim Guacuri, que estavam parados no ponto final, na rua Vicente Strichalsky, região do Jardim Miriam, foram atacados por quatro homens que chegaram num veículo e ordenaram que o motorista e o cobrador descessem. Outro coletivo foi alvo de incendiários na avenida Juscelino Kubitschek, Itaim-Bibi. Na zona oeste, um ônibus que fazia a linha Vila Zatti/Itaim-Bibi foi cercado por um grupo de bandidos às 22h30 de anteontem na rua Professor José Lourenço, em Vila Zatti, região de Pirituba. Segundo as vítimas, os passageiros, o cobrador e o motorista conseguiram descer a tempo de não serem atingidos pelas chamas que destruíram por completo o veículo. Os incendiários conseguiram fugir e permanecem soltos. O caso foi registrado no 87º Distrito Policial, de Pereira Barreto. Grande São Paulo –Cotia foi alvo de três ataques. Um coletivo da Viação Danúbio Azul foi incendiado na região central da cidade, um artefato explosivo foi jogado contra uma agência da Nossa Caixa e um posto de gasolina também foi atacado. Em uma das ações, uma equipe da Guarda Municipal da cidade trocou tiros com os bandidos. Um deles morreu e os outros dois foram presos. No início da madrugada de ontem, após disparar vários tiros e lançar um coquetel molotov contra o prédio do Centro Municipal Bancário, no centro de Cotia, dois bandidos numa moto foram perseguidos por equipes da Rota e trocaram tiros com a PM. Os criminosos Celso Alves da Silva e Fábio Santana de Souza, que cumpriam pena em regime semi-aberto em Franco da Rocha, deveriam ter retornado à carceragem às 19h30 de anteontem, mas resolveram atacar o prédio e foram mortos no confronto. Em Ferraz de Vasconcelos, homens armados ocupando dois veículos metralharam no início da madrugada de ontem uma base da 3ª Companhia do 32º Batalhão da Polícia Militar no bairro São Francisco. Ninguém ficou ferido. Por volta das 20h de anteontem um homem em atitude suspeita foi abordado por policiais na avenida Cupecê, região do Jardim Miriam, próximo à divisa com Diadema. Houve troca de tiros e o suspeito morreu. Mais PCC na página seguinte. Na página 4 do primeiro caderno a repercussão política dos ataques.
Na foto maior, bombeiros tentam controlar fogo que destruiu ônibus em Franca, no Interior do Estado. Acima, à esquerda, sala da Câmara Municipal de Sumaré, na região de Campinas, totalmente destruída pelo fogo provocado por um coquetel molotov. Acima, caixa eletrônico incendiado em Franca. À esquerda, agência bancária dentro de um supermercado em Ribeirão Preto teve sua fachada de vidro estilhaçada por disparos de bandidos ligados ao PCC.
2 -.ECONOMIA/LEGAIS ATAS
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 9 de agosto de 2006 CONVOCAÇÕES
ATAS
COMUNICADO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Nova Paiol Participações S.A. CNPJ no 04.278.130/0001-41 - NIRE 35.300.187.504 Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 28.6.2006 Data, Hora e Local: Aos 28 dias do mês de junho de 2006, às 11h, na sede social, Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP. Presenças: Compareceram, identificaram-se e assinaram o Livro de Presença os representantes da Bradesplan Participações S.A., única acionista da Sociedade. Constituição da Mesa: Presidente: Milton Almicar Silva Vargas; Secretário: Domingos Figueiredo de Abreu. Convocação: Dispensada a publicação do Edital de Convocação, de conformidade com o disposto no Parágrafo Quarto do Artigo 124 da Lei no 6.404/ 76, com a seguinte ordem do dia: examinar propostas da Diretoria para: 1) aumentar o Capital Social no valor de R$9.000.000,00, elevando-o de R$9.100.000,00 para R$18.100.000,00, sem emissão de ações, mediante a capitalização de parte do saldo da conta “Reserva de Lucros – Reserva Estatutária para Aumento de Capital” - R$7.644.060,79, e do saldo das contas “Reserva de Lucros – Reserva Legal de 2002” - R$309.707,60, “Reserva de Lucros – Reserva Legal de 2003” - R$29.182,21, “Reserva de Lucros – Reserva Legal de 2004” - R$18.039,05 e “Reserva de Lucros – Reserva Legal de 2005”- R$999.010,35, de acordo com o Parágrafo Primeiro do Artigo 169 da Lei no 6.404/76; 2) reduzir o Capital Social no valor de R$18.000.000,00, alterandoo de R$18.100.000,00, para R$100.000,00, sem o cancelamento de ações, de conformidade com o disposto no Artigo 173 da Lei no 6.404/76, por julgá-lo excessivo, mediante restituição do valor à Bradesplan Participações S.A., única acionista da Sociedade; 3) alterar, em decorrência dos itens 1 e 2, o “caput” do Artigo 6o do Estatuto Social. Deliberação: aprovadas, sem qualquer alteração ou ressalva, as propostas da Diretoria, registradas na Reunião daquele Órgão, de 26.6.2006, a seguir transcritas: “Vimos propor: 1) aumentar o Capital Social no valor de R$9.000.000,00, elevando-o de R$9.100.000,00 para R$18.100.000,00, sem emissão de ações, mediante a capitalização de parte do saldo da conta “Reserva de Lucros – Reserva Estatutária para Aumento de Capital” - R$7.644.060,79, e do saldo das contas “Reserva de Lucros – Reserva Legal de 2002” R$309.707,60, “Reserva de Lucros – Reserva Legal de 2003” - R$29.182,21, “Reserva de Lucros – Reserva Legal de 2004” - R$18.039,05 e “Reserva de Lucros – Reserva Legal de 2005”- R$999.010,35, de acordo com o Parágrafo Primeiro do Artigo 169 da Lei no 6.404/76; 2) reduzir o Capital Social no valor de R$18.000.000,00, alterando-o de R$18.100.000,00 para R$100.000,00, sem o cancelamento de ações, de conformidade com o disposto no Artigo 173 da Lei no 6.404/76, por julgá-lo excessivo, mediante restituição do valor à Bradesplan Participações S.A., única acionista da Sociedade, em bens, pelo seu valor contábil, nos termos do Artigo 22 da Lei no 9.249, de 26.12.1995; 3) alterar, em decorrência dos itens 1 e 2, o “caput” do Artigo 6o do Estatuto Social, que passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 6o) O capital social subscrito e integralizado é de R$100.000,00 (cem mil reais), dividido em 18.000.000 (dezoito milhões) de ações ordinárias, nominativasescriturais, sem valor nominal.”. Na seqüência dos trabalhos, o senhor Presidente comunicou aos presentes que: a) o valor de R$18.000.000,00, a ser restituído à Bradesplan Participações S.A., única acionista da Sociedade, será feito em bens, pelo seu valor contábil, nos termos do Artigo 22 da Lei no 9.249, de 26.12.1995, e será representado por 2.208.351,89115 cotas do Bradesco Fundo de Investimento Referenciado DI União, CNPJ no 00.970.074/0001-50; b) fica o Banco Bradesco S.A., Administrador do Bradesco Fundo de Investimento Referenciado DI União, CNPJ no 00.970.074/0001-50, autorizado a efetuar a transferência das mencionadas cotas. Encerramento: Disse o senhor Presidente que a matéria ora aprovada somente entrará em vigor e se tornará efetiva depois de estarem atendidas todas as exigências legais de arquivamento na Junta Comercial e publicação. Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente esclareceu que, para as deliberações tomadas, o Conselho Fiscal da Companhia não foi ouvido por não se encontrar instalado no período e encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata, que vai assinada pelo senhor Presidente, por mim Secretário e pelos representantes do acionista presente. aa) Presidente: Milton Almicar Silva Vargas; Secretário: Domingos Figueiredo de Abreu; Acionista: Bradesplan Participações S.A., representado por seus Diretores, Milton Almicar Silva Vargas e José Luiz Acar Pedro. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. Nova Paiol Participações S.A. aa) Milton Almicar Silva Vargas, José Luiz Acar Pedro.
EDITAL PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP ABERTURAS DE LICITAÇÃO SITE: www.riopreto.sp.gov.br MODALIDADE: TOMADA DE PREÇOS Nº 12/2006 Objeto: Contratação de empreitada de mão- de- obra com fornecimento de materiais p/ reforma do Centro Público da Economia Solidária. Limite p/ entrega dos envelopes 24/08/2006 às 16:00h e abertura dia 25/ 08/2006 às 08:30h.
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
FDE AVISA: CONCORRÊNCIAS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de CONSTRUÇÃO DE COBERTURA DE QUADRA EM ESTRUTURA MISTA (PILARES PRÉ-MOLDADOS DE CONCRETO E TESOURAS METÁLICAS): CONCORRÊNCIA N.º - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO PRAZO – PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/1705/06/01 - EE Pe. Cesar Gardini - Praça Frei Alexandre Gonçalves, 170 - Bela Vista - Pedregulho/SP; EE Afonso Todaro - Av. Imperador Dom Pedro II, 233 - Barreiro - Jaboticabal/SP; EE Profª Nelly Bahdur Cano - Av. Bartolomeu Bueno, 230 - Chb Bandeirantes - Monte Alto/SP; EE Profª Maria José de Oliveira Jacobsen - Av. Antonio Joaquim Mendes, 195 - Centro - Pirassununga/SP; EE Eloi Chaves – Av. Rosa Senhorini Zero, 100 - Cachoeira Emas - Pirassununga/SP; EE Dr. Djalma Forjaz - Rua Nelson Pereira Lopes, 557 - Centro - Porto Ferreira/SP; EE Baudilio Biagi - Rua Stella Virginio S. Simionato, s/nº - Chb Ad. Simioni - Ribeirão Preto/SP. 90 - R$ 126.461,00 – R$ 12.646,00 – 09:30 – 13/09/2006. 05/1706/06/01 - EE Cdor. Hirayuki Enomoto - Rua Missao Akisue, 2126 - Jardim Urubupungá - Pereira Barreto/SP; EE José Augusto Ribeiro - Rua Nivaldo Neres Gusmão, 700 - Vila N. Florinéa - Assis/SP; EE Profª Joana Costa Rocha - Av. Joaquim Juca de Gois, 882 - Centro - Mirante do Paranapanema/SP; EE José Amador - Rua José Miguel de Castro Andrade, 265 - Centro - Teodoro Sampaio/SP; EE Pedro Caminoto - Rua Profª Aparecida Maria de Souza, 1700 - Vila Furlan - Teodoro Sampaio/SP; EE Profª Catarina Martins Artero - Av. Ademar de Barros, 199 - Vila Maristela - Presidente Prudente/SP; EE Prof. Joel Antonio de Lima Genesio - Rua Artur Jorge Guazzi, 50 - Jardim São Gabriel - Presidente Prudente/SP; EE Profª Fátima Aparecida Costa Falcon - Rua Altair de Senna, 800 - Jardim Jequitibas - Presidente Prudente/SP. 90 - R$ 143.664,00 – R$ 14.366,00 – 10:30 – 13/09/2006. 05/1728/06/01 - EE Fortunato Pandolfi Arnoni - Rua Boa Sorte, 162 - Jardim Boa Sorte - Ribeirão Pires/SP; EE Prof. Antonio de Campos Gonçalves - Rua das Laranjeiras, 1177 - Campestre - Santo André/SP; EE Dr. Carlos Garcia - Rua Sidney, 760 - Camilópolis - Santo André/SP; EE Dr. Manoel Grandini Casquel - Rua das Hortências, 1617 - Jardim Estádio - Santo André/SP; EE Dr. Carlos de Campos - Rua 11 de Agosto, s/nº - Vila América - Santo André/SP; EE Prof. Gabriel Gonçalves - Rua Ciro Monteiro, s/nº - Camilópolis - Santo André/SP; EE Prof. João de Barros Pinto - Rua Londres, 444 - Vila Metalúrgica - Santo André/SP; EE Luiz Martins - Rua José D’Angelo, s/nº - Jardim Bom Pastor - Santo André/SP; EE Homero Thon - Av. Pedro Américo, 1705 - Vila Guarani - Santo André/SP. 90 - R$ 161.622,00 – R$ 16.162,00 – 14:00 – 13/09/2006. 05/1707/06/01 - EE Narciso da Silva Cesar - Av. Bandeirantes, 1830 - Santana - Araraquara/SP; EE Profª Laura Rebouças de Abreu - Rua Marcelo Arietti, 93 - Guarapua - Dois Córregos/SP; EE Profª Esmeralda Leonor Furlani Calaf (CAIC) - Av. João Della Coleta, 2210 - Leonor Mendes de Barros - Pederneiras/SP; EE Manoel Calvo Arriero - Rod. Vicinal - KM- 10, s/nº - Extremadura - Iacri/SP; EE Ary Fonseca - Rua Santo Antonio, 225 - Jardim São Matheus - Rinópolis/SP; EE Mto. Nelson de Castro - Rua Antonio Buffulin, 355 - Vila Industrial - Tupã/SP; EE Prof. Sebastião Teixeira Pinto - Rua Abel Ferreira Leite, 681 - Vila Marajoara - Tupã/SP. 90 - R$ 125.706,00 – R$ 12.570,00 – 15:00 – 13/09/2006. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 10/08/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 50,00 (cinquenta reais). O Edital completo através de cópias reprográficas/heliográficas terá o custo de R$ 0,10 (dez centavos) por cópia reprográfica e R$ 3,00 (três reais) por cópia heliográfica. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 12/09/2006, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Willian Sampaio de Oliveira Diretor Executivo
Quer falar com 26.000
Publicidade Comercial - 3244-3344
empresários de uma só vez?
Publicidade Legal - 3244-3643
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
LEGAIS - 9
Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil
CONTINUAÇÃO
CAPITAL REALIZADO ATUALIZADO
RESERVAS DE CAPITAL INCENTIVOS FISCAIS DO IMPOSTO DE RENDA
EVENTOS CAPITAL SOCIAL SALDOS EM 31.12.2004 ........................................................................................................................................... AUMENTO DE CAPITAL POR SUBSCRIÇÃO ........................................................................................................... AUMENTO DE CAPITAL POR INCORPORAÇÃO DE AÇÕES .................................................................................. AUMENTO DE CAPITAL COM RESERVAS .............................................................................................................. ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ............................................................................................................ AÇÕES EM TESOURARIA ........................................................................................................................................ ÁGIO NA SUBSCRIÇÃO DE AÇÕES ........................................................................................................................ AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TÍTULOS DISPONÍVEIS PARA VENDA ........................................................ LUCRO LÍQUIDO ....................................................................................................................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas ..................................................................................................................................... - Juros sobre o Capital Próprio ......................................................................................................
CAPITAL A REALIZAR
7.700.000 – 11.856 2.288.144 – – – – – – –
(700.000) 700.000 – – – – – – – – –
OUTRAS
2.103 – – – – – – – – – –
8.750 – – – 612 – 24.250 – – – –
RESERVAS DE LUCROS
AJUSTE AO VALOR DE MERCADO TVM E DERIVATIVOS
LEGAL
PRÓPRIAS
1.067.637 – – (308.451) – – – – – 131.065 –
ESTATUTÁRIA
6.678.076 – – (1.979.693) – – – – – 1.565.114 –
COLIGADAS E CONTROLADAS
(48.013) – – – – – – (33.723) – – –
AÇÕES EM TESOURARIA
506.093 – – – – – – (77.949) – – –
LUCROS ACUMULADOS
– – – – – (87.421) – – – – –
TOTAIS
– – – – – – – – 2.621.292 (1.696.179) (925.113)
15.214.646 700.000 11.856 – 612 (87.421) 24.250 (111.672) 2.621.292 – (925.113)
SALDOS EM 30.6.2005 .............................................................................................................................................
10.000.000
–
2.103
33.612
890.251
6.263.497
(81.736)
428.144
(87.421)
–
17.448.450
SALDOS EM 31.12.2005 ........................................................................................................................................... ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ............................................................................................................ COMPRA DE AÇÕES EM TESOURARIA ................................................................................................................ CANCELAMENTO DE AÇÕES EM TESOURARIA ................................................................................................... AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TÍTULOS DISPONÍVEIS PARA VENDA ........................................................ LUCRO LÍQUIDO ....................................................................................................................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas ..................................................................................................................................... - Juros sobre o Capital Próprio ......................................................................................................
13.000.000 – – – – – – –
– – – – – – – –
2.103 – – – – – – –
33.929 424 – – – – – –
1.034.889 – – – – – 156.620 –
4.860.325 – – (2.577) – – 1.828.165 –
(71.097) – – – (36.974) – – –
579.056 – – – 114.587 – – –
(29.931) – (11.406) 2.577 – – – –
– – – – – 3.132.385 (1.984.785) (1.147.600)
19.409.274 424 (11.406) – 77.613 3.132.385 – (1.147.600)
SALDOS EM 30.6.2006 .............................................................................................................................................
13.000.000
–
2.103
34.353
1.191.509
6.685.913
(108.071)
693.643
(38.760)
–
21.460.690
Fluxo de Caixa dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil
Atividades Operacionais: Lucro Líquido ...................................................................................................................... Ajustes para Reconciliar o Lucro Líquido ao Caixa Líquido Proveniente de (Aplicado em) Atividades Operacionais .......................................................................................... Provisão para créditos de liquidação duvidosa ............................................................... Provisão (reversão) para perdas em aplicações interfinanceiras de liquidez e investimentos ............................................................................................................................ Depreciações e amortizações .......................................................................................... Amortização de ágio ......................................................................................................... Resultado de participações em coligadas ....................................................................... Outros ................................................................................................................................ Lucro Líquido Ajustado ......................................................................................................... Variação de Ativos e Obrigações ........................................................................................ Redução (aumento) em aplicações interfinanceiras de liquidez ....................................... Redução (aumento) em títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Redução (aumento) em relações interfinanceiras .............................................................. Redução (aumento) em relações interdependências ......................................................... Redução (aumento) em operações de crédito .................................................................... Redução (aumento) em operações de arrendamento mercantil ......................................... Redução (aumento) em prêmios de seguros a receber ...................................................... Redução (aumento) em outros créditos .............................................................................. Redução (aumento) em outros valores e bens ................................................................... Baixa da provisão para créditos de liquidação duvidosa .................................................. Aumento (redução) em provisões técnicas de seguros, previdência e capitalização ...... Aumento (redução) em outras obrigações .......................................................................... Aumento (redução) em resultados de exercícios futuros ................................................... Ajuste ao valor de mercado - títulos disponíveis para venda ............................................ Caixa Líquido Proveniente de (Aplicado em) Atividades Operacionais ............................ Atividades de Investimentos: Redução (aumento) em depósitos compulsórios no Banco Central do Brasil ................... Alienação de bens não de uso próprio ............................................................................... Alienação de investimentos ............................................................................................... Alienação de imobilizado de uso e de arrendamento ........................................................ Redução do diferido ............................................................................................................ Aquisição de bens não de uso próprio ............................................................................... Aquisição de investimentos ............................................................................................... Aquisição de imobilizado de uso e de arrendamento ........................................................ Aplicação no diferido .......................................................................................................... Juros sobre o capital próprio/dividendos recebidos ........................................................... Caixa Líquido Proveniente de (Aplicado em) Atividades de Investimentos ...................... Atividades de Financiamentos: Aumento (redução) em depósitos ....................................................................................... Aumento (redução) em captações no mercado aberto ....................................................... Aumento (redução) em recursos de emissão de títulos .................................................... Aumento (redução) em obrigações por empréstimos e repasses ...................................... Dívida subordinada ............................................................................................................. Aumento de capital por subscrição .................................................................................... Ágio na subscrição de ações ............................................................................................. Juros sobre o capital próprio pagos e/ou provisionados .................................................... Aquisições de ações próprias ............................................................................................ Variação/aquisição da participação dos acionistas minoritários ....................................... Caixa Líquido Proveniente de (Aplicado em) Atividades de Financiamentos .................... Aumento/(Redução) em Disponibilidades, Líquidas .......................................................... Modificações em Disponibilidades, Líquidas
Destacamos as principais sociedades incluídas na consolidação em 30 de junho: Atividade
BRADESCO CONSOLIDADO 2006 2005
BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005
3.132.385
2.621.292
3.132.385
2.621.292
2.728.996 2.054.428
1.644.499 1.196.746
(170.144) 1.585.166
(166.146) 1.036.843
50.451 222.521 433.502 (34.480) 2.574 5.861.381 (12.962.331) (2.562.999) (5.761.260) (572.191) (118.669) (6.066.031) (659.386) (50.598) (7.237.535) (163.889) (1.281.444) 3.083.983 8.243.933 106.142 77.613 (7.100.950)
(30.724) 226.883 184.105 (4.642) 72.131 4.265.791 (6.112.667) (1.027.477) (574.113) (492.181) (383.738) (6.485.057) (312.069) (63.691) 274.987 (187.426) (891.867) 2.864.011 1.263.912 13.714 (111.672) (1.846.876)
(23.670) 177.985 350.476 (1.816.534) (443.567) 2.962.241 (10.809.708) (3.728.181) (1.187.194) (549.800) (119.456) (4.465.988) – – (4.914.041) (45.483) (1.078.542) – 5.141.483 59.881 77.613 (7.847.467)
(21.805) 186.536 132.305 (966.785) (533.240) 2.455.146 (10.664.872) (4.168.395) (3.336.753) (465.043) (382.831) (3.686.827) – – 514.715 (66.723) (789.092) – 1.829.813 (2.064) (111.672) (8.209.726)
(503.612) 92.086 37.180 9.138 29.832 (109.459) (143.897) (293.361) (1.779.848) 50.767 (2.611.174)
398.328 93.884 140.597 171.352 6.951 (56.611) (104.829) (183.042) (184.871) 37.228 318.987
(499.647) 61.244 27.362 5.651 267 (54.370) (2.588.508) (147.609) (104.429) 989.994 (2.310.045)
392.927 41.728 1.087.030 19.921 6.397 (32.071) (2.552.026) (99.966) (72.408) 230.289 (978.179)
2.950.179 4.618.770 (2.846) (1.077.629) 4.183.907 – – (1.147.600) (11.406) (3.004) 9.510.371 (201.753)
3.010.946 (1.929.912) 1.619.799 (960.410) 523.262 700.000 24.250 (925.113) (87.421) (5.319) 1.970.082 442.193
3.341.410 4.656.132 6.250 (1.098.939) 4.187.471 – – (1.147.600) (11.406) – 9.933.318 (224.194)
13.253.051 (1.890.381) (1.091.472) (914.629) 519.594 700.000 24.250 (925.113) (87.421) 11.856 9.599.735 411.830
3.363.041 3.161.288 (201.753)
2.639.260 3.081.453 442.193
3.291.374 3.067.180 (224.194)
2.582.410 2.994.240 411.830
Início do período .............................................................................. Fim do período ................................................................................. Aumento/(Redução) em disponibilidades, líquidas ........................
Ramo Financeiro - País Banco Alvorada S.A. (1) .............................................................................................. Bancária 99,88% 99,88% Banco Bankpar S.A. (2) (3) .......................................................................................... Bancária 99,99% – Banco Bradesco BBI S.A. (1) (4) ................................................................................. Banco de Investimentos 100,00% 100,00% Banco BEC S.A. (5) .................................................................................................... Bancária 99,54% – Banco Boavista Interatlântico S.A. (1) ........................................................................ Bancária 100,00% 100,00% Banco Finasa S.A. (1) .................................................................................................. Bancária 100,00% 100,00% Banco Mercantil de São Paulo S.A. (1) ....................................................................... Bancária 100,00% 100,00% Bankpar Arrendamento Mercantil S.A. (2) (6) .............................................................. Arrendamento 99,99% – Bankpar Banco Múltiplo S.A. (2) (7) ............................................................................ Bancária 99,99% – Bradesco Administradora de Consórcios Ltda. (1) (8) ................................................. Adm. de Consórcios 99,99% 99,99% Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil (1) ................................................... Arrendamento 100,00% 100,00% Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários (1) (9) ................................ Corretora 100,00% 99,99% BRAM - Bradesco Asset Management S.A. DTVM (1) ................................................ Adm. de Ativos 100,00% 100,00% Bradesco Templeton Asset Management Ltda. (1) (10) ............................................... Adm. de Ativos – 50,10% Companhia Brasileira de Meios de Pagamento - VISANET (1) (11) (12) (13) ............. Prestação de Serviços 39,67% 39,67% Ramo Financeiro - Exterior Banco Bradesco Argentina S.A. .................................................................................. Bancária 99,99% 99,99% Banco Bradesco Luxembourg S.A. (1) (12) ................................................................. Bancária 100,00% 100,00% Banco Boavista Interatlântico S.A. Grand Cayman Branch (1) (14) ............................ Bancária – 100,00% Banco Boavista Interatlântico S.A. Nassau Branch (1) .............................................. Bancária 100,00% 100,00% Banco Bradesco S.A. Grand Cayman Branch (1) (15) ................................................ Bancária 100,00% 100,00% Banco Bradesco S.A. New York Branch (1) ................................................................ Bancária 100,00% 100,00% Bradesco Securities, Inc. (1) ....................................................................................... Corretora 100,00% 100,00% Ramo Segurador, de Previdência e de Capitalização Atlântica Capitalização S.A. (1) .................................................................................. Capitalização 100,00% 100,00% Áurea Seguros S.A. (1) (11) (12) .................................................................................. Seguradora 27,50% 27,50% Bradesco Argentina de Seguros S.A. (16) .................................................................. Seguradora 99,90% 99,77% Bradesco Capitalização S.A. (1) ................................................................................. Capitalização 100,00% 100,00% Bradesco Saúde S.A. (1) ............................................................................................. Seguradora/Saúde 100,00% 100,00% Bradesco Seguros S.A. (1) .......................................................................................... Seguradora 100,00% 100,00% Bradesco Vida e Previdência S.A. (1) ......................................................................... Previdência/Seguradora 100,00% 100,00% Finasa Seguradora S.A. (1) .......................................................................................... Seguradora 100,00% 100,00% Indiana Seguros S.A. (1) (12) (17) ................................................................................ Seguradora 40,00% 40,00% Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação S.A. (1) (11) (12) ............................... Seguradora 12,09% 12,09% Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros (1) ........................................................... Seguradora 100,00% 100,00% Outras Atividades Átria Participações S.A. (1) ......................................................................................... Holding 100,00% 100,00% Bankpar Participações Ltda. (2) .................................................................................. Holding 99,99% – Bradescor Corretora de Seguros Ltda. (1) ................................................................... Corretora de Seguros 99,87% 99,87% Bradesplan Participações S.A. (18) ............................................................................ Holding 100,00% – Cia. Securitizadora de Créditos Financeiros Rubi (1) ................................................. Aquisição de Créditos 100,00% 100,00% Cibrasec - Companhia Brasileira de Securitização (1) (11) (12) ................................. Aquisição de Créditos 9,08% 9,08% CPM Holdings Limited (11) .......................................................................................... Holding 49,00% 49,00% Nova Paiol Participações S.A. (1) ............................................................................... Holding 100,00% 100,00% Scopus Tecnologia Ltda. (1) ........................................................................................ Informática 99,87% 99,87% Serasa S.A. (11) (19) .................................................................................................... Prestação de Serviços 26,41% 26,36% Tempo Serviços Ltda. (2) (20) ...................................................................................... Prestação de Serviços 99,99% – União Participações Ltda. (1) ...................................................................................... Holding 99,99% 99,99% (1) Empresas cujos serviços de auditoria em 2005 foram efetuados por outros auditores independentes; (2) Empresa adquirida em junho de 2006; (3) Atual denominação do Banco American Express S.A. (Nota 1); (4) Atual denominação do Banco BEM S.A.; (5) Empresa consolidada a partir de janeiro de 2006 (Nota 1); (6) Atual denominação da Inter American Express Arrendamento Mercantil S.A. (Nota 1); (7) Atual denominação do American Express Bank (Brasil) Banco Múltiplo S.A. (Nota 1); (8) Atual denominação da Bradesco Consórcios Ltda.; (9) Aumento na participação em virtude do recebimento por cessão de 1 (uma) ação pelo acionista minoritário; (10) Empresa deixou de ser consolidada a partir de abril de 2006, em função da venda parcial do investimento; (11) Empresas consolidadas proporcionalmente, em consonância com a Resolução no 2.723 do CMN e Instrução CVM no 247; (12) Empresas cujos serviços de auditoria em 2006 foram efetuados por outros auditores independentes; (13) Está sendo consolidada a entidade de propósito específico denominada Brazilian Merchant Voucher Receivables Limited, sociedade participante da operação de securitização do fluxo futuro de recebíveis de faturas de cartão de crédito de clientes residentes no exterior (Nota 16d); (14) A agência encerrou as atividades em setembro de 2005, sendo suas operações transferidas para a Banco Bradesco S.A. Grand Cayman Branch; (15) Está sendo consolidada a entidade de propósito específico denominada International Diversified Payment Rights Company, sociedade participante da operação de securitização do fluxo futuro de ordens de pagamentos recebidas do exterior (Nota 16d); (16) Aumento na participação em virtude de aquisição de ações dos acionistas minoritários, em julho de 2005; (17) Empresa controlada em função da participação acionária de 51% do capital votante; (18) Empresa adquirida em maio de 2006; (19) Aumento na participação em virtude da aquisição do Banco BEC S.A.; e (20) Atual denominação da American Express do Brasil Tempo Ltda.
Demonstração doValor Adicionado dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil
Composição doValor Adicionado Resultado Bruto da Intermediação Financeira ...... Receitas de Prestação de Serviços ..................... Outras Receitas/Despesas Operacionais ............. Total ....................................................................... Distribuição do Valor Adicionado Remuneração doTrabalho .................................... Proventos ............................................................ Benefícios ........................................................... Fundo de Garantia por Tempo de Serviço ........... Outros Encargos .................................................. Remuneração do Governo .................................... Despesas Tributárias ........................................... Imposto de Renda e Contribuição Social ........... INSS .................................................................... Juros sobre o Capital Próprio pagos e/ou provisionados .............................................................. Reinvestimento de Lucro ...................................... Total .......................................................................
BRADESCO CONSOLIDADO 2006 2005 R$ % R$
BRADESCO MÚLTIPLO %
R$
%
R$
%
8.166.504 4.131.283 (3.770.536) 8.527.251
95,8 48,4 (44,2) 100,0
7.157.467 3.420.949 (3.506.953) 7.071.463
101,2 48,4 (49,6) 100,0
5.230.088 2.898.054 (1.320.206) 6.807.936
76,8 42,6 (19,4) 100,0
4.800.504 2.487.429 (1.524.792) 5.763.141
83,3 43,2 (26,5) 100,0
2.531.176 1.393.795 600.696 148.930 387.755 2.863.690 1.077.572 1.429.620 356.498
29,7 16,4 7,0 1,7 4,6 33,6 12,6 16,8 4,2
2.146.659 1.254.558 539.547 154.529 198.025 2.303.512 902.561 1.080.661 320.290
30,4 17,8 7,6 2,2 2,8 32,6 12,8 15,3 4,5
2.272.845 1.143.027 500.566 121.991 507.261 1.402.706 629.816 478.348 294.542
33,3 16,7 7,3 1,8 7,5 20,6 9,3 7,0 4,3
1.911.065 1.055.055 459.407 133.342 263.261 1.230.784 524.936 436.357 269.491
33,1 18,2 8,0 2,3 4,6 21,4 9,1 7,6 4,7
1.147.600 1.984.785 8.527.251
13,5 23,2 100,0
925.113 1.696.179 7.071.463
13,1 23,9 100,0
1.147.600 1.984.785 6.807.936
16,9 29,2 100,0
925.113 1.696.179 5.763.141
16,1 29,4 100,0
2006
2005
Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras ÍNDICE DAS NOTAS EXPLICATIVAS Apresentamos as Notas Explicativas que integram o conjunto das Demonstrações Financeiras do Banco Bradesco S.A., distribuídas da seguinte forma: 1) 2) 3) 4) 5) 6) 7) 8) 9) 10) 11) 12) 13) 14) 15) 16) 17) 1)
2)
CONTEXTO OPERACIONAL APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS INFORMAÇÕES PARA EFEITO DE COMPARABILIDADE BALANÇO PATRIMONIAL E DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO AJUSTADOS POR SEGMENTO DE NEGÓCIO DISPONIBILIDADES APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS - CRÉDITOS VINCULADOS OPERAÇÕES DE CRÉDITO OUTROS CRÉDITOS OUTROSVALORES E BENS INVESTIMENTOS IMOBILIZADO DE USO E DE ARRENDAMENTO DIFERIDO DEPÓSITOS, CAPTAÇÕES NO MERCADO ABERTO E RECURSOS DE EMISSÃO DETÍTULOS OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS E REPASSES
18) 19) 20) 21) 22) 23) 24) 25) 26) 27) 28) 29) 30) 31) 32) 33) 34) 35)
ATIVOS E PASSIVOS CONTINGÊNTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS DÍVIDAS SUBORDINADAS OUTRAS OBRIGAÇÕES OPERAÇÕES DE SEGUROS, PREVIDÊNCIA E CAPITALIZAÇÃO PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA NAS CONTROLADAS PATRIMÔNIO LÍQUIDO (CONTROLADOR) RECEITAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DESPESAS DE PESSOAL DESPESAS ADMINISTRATIVAS DESPESAS TRIBUTÁRIAS OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS RESULTADO NÃO OPERACIONAL TRANSAÇÕES COM CONTROLADORES, CONTROLADAS E COLIGADAS (DIRETA E INDIRETA) INSTRUMENTOS FINANCEIROS BENEFÍCIOS A EMPREGADOS IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL OUTRAS INFORMAÇÕES
CONTEXTO OPERACIONAL O Banco Bradesco S.A. é uma companhia aberta de direito privado que, operando na forma de Banco Múltiplo, desenvolve atividades bancárias em todas as modalidades autorizadas, por meio de suas carteiras comerciais, de operações de câmbio, de crédito ao consumidor, de crédito imobiliário e de cartões de crédito. Por intermédio de suas controladas, direta e indiretamente, atua também em diversas outras atividades, com destaque para as atividades de Arrendamento Mercantil, Banco de Investimentos, Administração de Consórcios, Seguros, Previdência e Capitalização. As operações são conduzidas no contexto do conjunto das empresas integrantes da Organização Bradesco, atuando no mercado de modo integrado. Em 21 de dezembro de 2005 o Bradesco adquiriu o controle acionário do Banco do Estado do Ceará S.A. - BEC e sua controlada, cujo processo foi concluído em 3 de janeiro de 2006, data de assinatura do Contrato de Compra e Venda das Ações e da realização da Assembléia Geral Extraordinária que elegeu os novos Administradores. Em 28 de março de 2006 o Bradesco, a Fidelity National Information Services, Inc. (Fidelity National) e o Banco ABN AMRO Real S.A. (Banco Real) assinaram acordo para formar parceria com a finalidade de prestar serviços de processamento de cartões. Em 28 de junho de 2006 o Bradesco comunicou aos seus acionistas, clientes e ao mercado em geral a aprovação pelo Banco Central do Brasil do Contrato de Compra e Venda realizado com a American Express Company, para assumir suas operações de cartões de crédito e atividades correlatas no Brasil, compreendendo a transferência para o Bradesco das subsidiárias da American Express no Brasil que atuam no ramo de cartões de crédito, corretagem de seguros, serviços de viagens, de câmbio no varejo e operações de crédito direto ao consumidor - CDC, bem como o direito de exclusividade do Bradesco para a emissão de cartões de crédito da linha Centurion no Brasil. A linha Centurion inclui os tradicionais cartões Green, Gold e Platinum que apresentam a logomarca American Express Centurion. O direito de exclusividade será pelo prazo mínimo de 10 anos e permite ao Bradesco emitir cartões de crédito American Express para clientes pessoas físicas e jurídicas, oferecer o Programa Membership Rewards relativo a esses cartões, e administrar a rede de estabelecimentos para a aceitação dos cartões American Express no Brasil. Em 15 de maio de 2006 o Bradesco e a Bradespar comunicaram aos seus acionistas, clientes e ao mercado em geral que firmaram Contrato de Compra e Venda de Ações de Emissão da Bradesplan Participações S.A., por meio do qual a Bradespar alienou ao Bradesco 100% das ações de emissão da Bradesplan Participações S.A. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras do Banco Bradesco S.A. abrangem as demonstrações financeiras do Banco Bradesco S.A., suas agências no exterior, empresas controladas e controladas de controle compartilhado, direta e indiretamente, no país e no exterior, bem como Entidades de Propósito Específico (EPE), e foram elaboradas a partir de diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN), do Banco Central do Brasil (BACEN), da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), e abrangem as demonstrações financeiras das sociedades de arrendamento mercantil pelo método financeiro, com a reclassificação do imobilizado de arrendamento para a rubrica de operações de arrendamento mercantil. Para a elaboração dessas demonstrações, foram eliminadas as participações de uma empresa em outra, os saldos de contas patrimoniais, as receitas, as despesas e os lucros não realizados entre as empresas e, no caso dos investimentos nas sociedades em que o controle acionário é compartilhado com outros acionistas, os componentes do ativo, do passivo e do resultado foram agregados às demonstrações financeiras consolidadas na proporção da participação da controladora no capital social de cada investida, bem como foram destacadas as parcelas do lucro líquido e do patrimônio líquido referentes às participações dos acionistas minoritários. O ágio na aquisição de investimentos em controladas e nas de controle compartilhado é apresentado no ativo diferido. A variação cambial das operações das agências e empresas controladas no exterior foi distribuída, nas linhas da demonstração de resultado, de acordo com os respectivos ativos e passivos que lhes deram origem. As demonstrações financeiras incluem estimativas e premissas, como a mensuração de provisões para perdas com operações de crédito, estimativas do valor justo de determinados instrumentos financeiros, provisão para contingências, outras provisões, o cálculo de provisões técnicas de seguros, planos de previdência complementar e capitalização, e sobre a determinação da vida útil de determinados ativos. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas.
ParticipaçãoTotal 2006 2005
3)
PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro são apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial, exceto aquelas relativas a títulos descontados ou relacionadas a operações com o exterior, as quais são calculadas com base no método linear. As operações com taxas pós-fixadas ou indexadas a moedas estrangeiras são atualizadas até a data do balanço. Os prêmios de seguros e cosseguros, e comissões, deduzidos dos prêmios cedidos em cosseguro e resseguro e comissões correspondentes, são apropriados ao resultado quando da emissão das respectivas apólices e faturas de seguro, e diferidos para apropriação, em bases lineares, no decorrer do prazo de vigência das apólices, no período de cobertura do risco, por meio de constituição e reversão da provisão de prêmios não ganhos e da despesa de comercialização diferida. As operações de cosseguros aceitos e de retrocessões são contabilizadas com base nas informações recebidas das congêneres e do IRB - Brasil Resseguros S.A., respectivamente. As contribuições de planos de previdência complementar e os prêmios de seguros de vida com cobertura de sobrevivência são reconhecidas no resultado quando efetivamente recebidas. As receitas dos planos de capitalização são contabilizadas quando de seu efetivo recebimento. As despesas com colocação de títulos, classificadas como “Despesas de Comercialização”, são reconhecidas contabilmente quando incorridas. As despesas de corretagem são registradas quando do efetivo recebimento das contribuições aos planos de capitalização. Os pagamentos dos resgates por sorteios são considerados como despesas do mês em que os mesmos se realizam. As despesas com provisões técnicas de previdência e capitalização são contabilizadas simultaneamente ao reconhecimento das correspondentes receitas. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez As operações compromissadas realizadas com acordo de livre movimentação são ajustadas pelo valor de mercado. Os demais ativos são registrados ao custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidos de provisão para desvalorização, quando aplicável. c) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda - que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. d) Instrumentos financeiros derivativos (ativos e passivos) São classificados de acordo com a intenção da Administração, na data do início da operação, levando-se em consideração se sua finalidade é para proteção contra riscos (hedge) ou não. Os instrumentos financeiros derivativos que não atendam aos critérios de hedge contábil estabelecidos pelo BACEN, principalmente derivativos utilizados para administrar a exposição global de risco, são contabilizados pelo valor de mercado, com as valorizações ou desvalorizações reconhecidas diretamente no resultado do período. e) Operações de crédito, de arrendamento mercantil, adiantamentos sobre contratos de câmbio, outros créditos com características de concessão de crédito e provisão para créditos de liquidação duvidosa As operações de crédito, de arrendamento mercantil, adiantamentos sobre contratos de câmbio e outros créditos com características de concessão de crédito são classificados nos respectivos níveis de risco, observando: (i) os parâmetros estabelecidos pela Resolução no 2682 do CMN, que requer a sua classificação em nove níveis, sendo “AA” (risco mínimo) e “H” (risco máximo); e (ii) a avaliação da Administração quanto ao nível de risco. Essa avaliação, realizada periodicamente, considera a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos e globais em relação às operações, aos devedores e garantidores. Adicionalmente, também são considerados os períodos de atraso definidos na Resolução no 2682 do CMN, para atribuição dos níveis de classificação dos clientes da seguinte forma: Período de atraso • • • • • • •
de 15 a 30 dias ................................................................................................................................................................... de 31 a 60 dias ................................................................................................................................................................... de 61 a 90 dias ................................................................................................................................................................... de 91 a 120 dias ................................................................................................................................................................. de 121 a 150 dias ............................................................................................................................................................... de 151 a 180 dias ............................................................................................................................................................... superior a 180 dias .............................................................................................................................................................
Classificação do cliente B C D E F G H
A atualização (accrual) destas operações vencidas até o 59o dia é contabilizada em receitas e, a partir do 60o dia, em rendas a apropriar. As operações em atraso classificadas como nível “H” permanecem nessa classificação por seis meses, quando então são baixadas contra a provisão existente e controladas, por até cinco anos, em contas de compensação, não sendo mais registradas em contas patrimoniais. As operações renegociadas são mantidas no mesmo nível em que estavam classificadas. As renegociações de operações de crédito, que já haviam sido baixadas contra a provisão e que estavam em contas de compensação, são classificadas como nível “H” e as eventuais receitas provenientes da renegociação somente são reconhecidas quando efetivamente recebidas. Nas aplicações imobiliárias, é observada a periodicidade de capitalização contratual (mensal ou trimestral) para apropriação das receitas, sendo os financiamentos aos mutuários finais ajustados ao valor presente das prestações contratuais. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é apurada em valor suficiente para cobrir prováveis perdas e leva em conta as normas e instruções do BACEN, associadas às avaliações procedidas pela Administração, na determinação dos riscos de crédito. f) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo) Os créditos tributários de imposto de renda e contribuição social, calculados sobre prejuízo fiscal, base negativa de contribuição social e adições temporárias, são registrados na rubrica “Outros créditos - Diversos”, e a provisão para as obrigações fiscais diferidas sobre superveniência de depreciação e ajustes a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é registrada na rubrica “Outras obrigações - Fiscais e previdenciárias”. Somente são ativados créditos tributários sobre amortizações de ágios que já possuem direito à dedutibilidade fiscal. Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. Os créditos tributários sobre prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social serão realizados de acordo com a geração de lucros tributáveis. A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. g) Despesas antecipadas São contabilizadas as aplicações de recursos em pagamentos antecipados, cujos benefícios ou prestação de serviços ocorrerão em exercícios seguintes. h) Investimentos Os investimentos em controladas, controladas de controle compartilhado e coligadas (quando relevante) são avaliados pelo método de equivalência patrimonial. As demonstrações financeiras das agências e controladas no exterior são adaptadas às diretrizes contábeis vigentes no Brasil e convertidas para reais, sendo seus efeitos reconhecidos no resultado do período. Os títulos patrimoniais das Bolsas de Valores, da Câmara de Custódia e Liquidação - CETIP e da Bolsa de Mercadorias & Futuros - BM&F são avaliados pelo valor patrimonial, não auditado, informado pelas respectivas bolsas, e os incentivos fiscais e outros investimentos são avaliados pelo custo de aquisição, deduzidos de provisão para perda, quando aplicável. i) Ativo imobilizado É demonstrado ao custo de aquisição, líquido das respectivas depreciações acumuladas, calculadas pelo método linear de acordo com a vida útil-econômica estimada dos bens, sendo: imóveis de uso - 4% ao ano; móveis e utensílios e máquinas e equipamentos - 10% ao ano; sistemas de transportes - 20% ao ano; e sistemas de processamento de dados - 20% a 50% ao ano. j) Ativo diferido Está registrado ao custo de aquisição ou formação, líquido das respectivas amortizações acumuladas de 20% a 50% ao ano, calculadas pelo método linear. O ágio na aquisição de investimentos em controladas e controladas de controle compartilhado, com base em expectativa de rentabilidade futura, possui amortização de 10% a 20% ao ano e está apresentado no Bradesco Consolidado no ativo diferido e no Bradesco Múltiplo como investimentos. k) Depósitos e captações no mercado aberto São demonstrados pelos valores das exigibilidades e consideram, quando aplicável, os encargos exigíveis até a data do balanço, reconhecidos em base “pro-rata” dia.
CONTINUA
2
Ambiente Compor tamento Polícia Urbanismo
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
É preciso analisar a vida pregressa do preso e seu comportamento. Cláudio Lembo, governador de São Paulo
MINISTÉRIO PÚBLICO É CONTRA A LIBERAÇÃO
DIA DOS PAIS COM 11 MIL PRESOS SOLTOS Governador Claudio Lembo concorda com a liberação temporária de presos, mas defende que o benefício seja concedido somente depois de uma análise caso a caso Caio Guatelli/Folha Imagem
Sergio Kapustan *
O
governador Cláud i o L e m b o a f i rmou ontem que é favorável à liberação temporária de presos para o Dia dos Pais, no próximo domingo, desde que haja uma análise individual dos pedidos. Os agentes penitenciários temem que parte dos presos se utilizem do benefício para praticar atos de violência. O Ministério Público Estadual (MPE) já se manifestou também contra a medida. O governador, no entanto, foi taxativo: é preciso agir com racionalidade. "A gente não pode levar isso para um sentimento de vingança. O indulto (liberação temporária) deve ser pensado caso a caso e concedido, se oportuno", disse. A saída temporária deve beneficiar pelo menos 11 mil presos no Estado. A estimativa é baseada no número de detentos beneficiados em 2005. Amanhã - Se aprovada pela Justiça, a saída dos detentos acontecerá amanhã, a partir de 7h30. Os beneficiados devem retornar na segunda ou na terça-feira, até as 18h, dependendo do caso. O preso que não voltar será considerado fugitivo. Em 2005, no Dia dos Pais, pouco mais de 11 mil detentos receberam o indulto – 808 deles (7,29%) não retornaram. No Dia das Mães, foram beneficiados 12.645, dos quais 965 (7,63%) não voltaram. Na Páscoa, o benefício foi para 12.268 presos, sendo que 809 (6,59%) não retornaram. Onda – AposiçãodoMPcontra a liberação temporária de parte da população carcerária teria sido uma das causas da terceira onda de ataques do PCC, iniciada anteontem. A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (SAP) confirmou o pedido para que entre 10 e 11 mil detentos deixem os presídios. O número representa menos de 10% do total de presos, segundo a secretaria. "É preciso analisar a vida pregressa do preso e seu comportamento. Cada caso é um caso", reforçou Lembo ao defender a liberação temporária. A notícia da liberação levou preocupação aos agentes penitenciários, vítimas de assassinatos durante a primeira e segunda onda de ataques do PCC. Por isso, os agentes querem que a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) adote medidas emergenciais para protegê-los no fim de semana. "Até agora não temos nenhuma certeza, não sabemos o que fazer e não sabemos
Helicóptero do Exército já está à disposição
P
Marcos Alves/Agência O Globo
o que vai acontecer", diz Danilo Bonfim, assessor do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp). Segundo ele, como os agentes não podem usar armas, estão à mercê dos ataques dos criminosos. "A única coisa que podemos fazer é pedir aos agentes que adotem medidas de proteção, como evitar de sair à noite", diz Bonfim. Autorização – Em datas comemorativas, o Judiciário pode conceder autorizações para saídas temporárias de presos, de acordo com a Lei de Execução Penal. É o que vai acontecer neste Dia dos País. Para receber o benefício, o preso deve atender a dois requisitos: cumprimento de um sexto da pena e bom comportamento carcerário, atestado pelo diretor prisional. Ele elabora um relatório de bom comportamento e o encaminha para aprovação do Ministério Público. Em seguida, o juiz expede a autorização de saída temporária, com o comprometimento de retorno do preso. Indulto – O indulto é, na realidade, o perdão de parte da pena. Não há um período específico para sua concessão no sistema jurídico nacional. Tradicionalmente é concedido na época do Natal. Por isso ficou conhecido de indulto natalino. É um benefício cujo ato é exclusivo do Presidente da República. (Com AE) Colaborou Fernando Vieira
José Luis da Conceição/AE
Na foto maior, policial do Gate, na avenida 9 de Julho, logo após desarmar a granada. Acima, no Campo de Marte, helicóptero do Exército a ser utilizado pela polícia de São Paulo. À esquerda, ponto de ônibus lotado, logo pela manhã, em avenida da Cidade Tiradentes, na região leste.
ousou ontem, no Campo de Marte, na zona norte, o helicóptero Cougar, do Exército, para agilizar no transporte de grupamentos da polícia, como o Grupo de Ação Tática Especial (Gate) e a Tropa de Choque. O governo paulista paga US$ 5.060 por hora pelo uso da aeronave. O contrato tem validade de um mês. O equipamento já poderá ser usado, inclusive, se houver rebeliões nos presídios no fim de semana. O helicóptero tem capacidade para até 23 soldados. A Polícia Militar calcula que ele tenha capacidade de ir em 3 horas até Presidente Prudente, extremo oeste do Estado, distante cerca 600 quilômetros da capital. Granada – Uma granada, de uso exclusivo das Forças Armadas, foi encontrada ontem por funcionários da Prefeitura ao lado de um chafariz próximo ao túnel Nove de Julho, região central de São Paulo, uma das principais ligações entre a zona sul e o Centro da cidade. O artefato foi detonado por uma equipe do Gate, por volta das 8h30. Caso tivesse sido detonada, teria causado danos em um raio de 15 metros, de acordo com informações de policiais do próprio Gate. Funcionários que faziam a limpeza do local encontraram a bomba e acionaram a polícia. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), os dois sentidos da avenida ficaram interditados por 10 minutos, a partir das 10h05, para que fosse realizada a explosão. Rebouças – No início da tarde, uma suposta bomba foi encontrada na avenida Rebouças, no cruzamento com a rua dos Pinheiros, na zona sul da cidade. A suspeita provocou a interdição de trecho por aproximadamente uma hora. O artefato foi detonado por uma equipe do Gate e constatou-se que não se tratava de um explosivo. (AE)
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
Empresas Finanças Nacional Estilo
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3
SUIÇA QUER TRIBUTAR JOGADOR DA EUROCOPA
Receitas com exportações de carne registraram crescimento de 15,52% no primeiro semestre do ano.
DIRIGENTE DO BANCO CENTRAL ARGENTINO RETOMA IDÉIA DA DESDOLARIZAÇÃO DO COMÉRCIO REGIONAL
PELO FIM DO DÓLAR NO MERCOSUL
O
Nilton Fukuda/AE
Indústria paulista criou apenas mil postos de trabalho em julho, uma alta de 0,03%, segundo a Fiesp
Emprego na indústria estaciona
O
nível de emprego na indústria paulista ficou praticamente estável em julho, com variação positiva de 0,03% sobre junho, o que significou a criação de 1 mil postos de trabalho no mês passado. A pesquisa, feita pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), mostrou ainda que, nos sete primeiros meses de 2006, a in-
dústria de transformação paulista gerou 76 mil vagas, o que representou uma alta de 3,68% sobre o total de empregos do setor no estado em 2005. A pesquisa não comparou os resultados de julho com o mesmo mês do ano passado porque a entidade adotou uma nova metodologia, que não permite essa comparação. Em julho de 2005, o emprego
PRESSÃO O preço do álcool subiu de novo no varejo e deve puxar para cima o valor da gasolina.
Ó RBITA
industrial paulista havia crescido 0,66% (na metodologia anterior) sobre o mesmo mês de 2004. A Fiesp não revisou os números dos meses anteriores. Em termos percentuais, o setor de massas alimentícias liderou as demissões em julho de 2006 (queda de 3,19% ante junho). Já o segmento de congelados foi o que mais contratou, com alta de 5,56% sobre junho. (AE)
RESTITUIÇÕES Já está liberada a consulta ao terceiro lote de devolução do Imposto de Renda de 2006
Pablo Cuarterolo/AFP
KIRCHNER CRITICA EUA
P
JUROS
esquisa mensal da Fundação Procon de São Paulo feita em dez instituições financeiras constatou uma queda modesta nas taxas de juros nas principais linhas de crédito para pessoas físicas. No empréstimo pessoal, a taxa média dos bancos está em 5,36% ao mês, inferior à de julho, que foi de 5,37%. Um decréscimo ínfimo, portanto, de 0,01 ponto percentual. No cheque especial, a taxa média dos bancos pesquisados foi de 8,17% mensais, contra 8,18% em julho, também um decréscimo de 0,01 ponto percentual. (AG) A TÉ LOGO
moedas não é um tema simples nem para o Brasil, nem para a Argentina e, muito menos, para o Uruguai". Ele considera que, antes de eliminar o dólar do comércio entre os sócios do Mercosul, é preciso "chegar a uma maior convergência de políticas macroeconômicas". Para Cancela, o Uruguai "tem a moeda tão forte como sua própria economia". Ele disse que o "governo trabalha para evitar que exista uma economia débil com um peso forte" e que "não há fatores que pressionem para movimentos bruscos". Discussão –Já Martín Redrado explicou que o Brasil e a Argentina já discutem a proposta de desdolarização nos negócios dentro do Mercosul. A idéia surgiu após reunião entre os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e da Economia, Felisa Micelli, durante a Cúpula do Mercosul, realizada em Córdoba no mês passado. Mas "o Paraguai e o Uruguai têm a livre decisão de escolher como e quando poderão somar-se a essa iniciativa", disse Redrado, admitindo que, no
caso do Uruguai, cuja economia utiliza o dólar como referência, a "preferência pelo mecanismo será menor". Ele lembrou que será necessária a criação de um mercado de futuros de cotação do câmbio entre o peso e o real, que "na Argentina poderia ser o Rofex ou o Merval e, no Brasil, a Bolsa de Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&F)". Para eliminar o dólar, os exportadores e importadores precisam ter uma cobertura do risco cambial futuro para operar, explicou o argentino. Atualmente, o câmbio entre a Argentina (US$ 1 = 3,10 pesos) e o Brasil (US$ 1 = R$ 2,20) está em 1,30 pesos por R$ 1. Segundo Redrado, haverá uma taxa de referência diária de pesos argentinos ante reais, e a compensação será feita mediante os respectivos mercados privados. Hoje, o importador de um dos dois países deve adquirir dólares para pagar o exportador. Este, por sua vez, tem de trocá-los pela moeda local para operar em seu respectivo país. (AE)
Prejuízos com a alta das importações
U
ma pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) quantifica o impacto do aumento das importações provocado pelo real valorizado sobre a produção industrial. O segmento que mais sofre com a concorrência dos produtos estrangeiros é o de vestuário, de acordo com o levantamento. Nessa categoria, as importações cresceram 51,2% no primeiro semestre do ano em relação ao mesmo período do ano passado.
Em seguida, vem o setor de produtos de madeira. No primeiro semestre, o aumento de compras do exterior foi de 20,8%, o que resultou em queda de 8,8% na atividade. O setor de artigos de couro e calçados sofre também com a alta das importações. Nos primeiros seis meses de 2006, as compras de outros países cresceram 23,1%, e a produção industrial teve queda de 3,9% sobre igual período do ano passado. No mês de junho, o incremento das compras externas
foi de 22,8%, enquanto a produção diminuiu 10%. Favorecidos — Entre os setores que mais se beneficiaram do estímulo do câmbio às importações estão os mais dependentes de insumos. Máquinas para escritório e informática, por exemplo, importaram 44,8% mais no primeiro semestre em relação a igual período de 2005. Em seguida, vem o setor de aparelhos elétricos, com alta de 22,8% nas importações, e de 13,8% na produção, segundo o estudo. (AE)
TCU: falha no controle agropecuário
C
om sua tradicional forma direta de falar, sem papas na língua, o presidente da Argentina, Néstor Kirchner (foto), criticou ontem a decisão dos Estados Unidos de iniciar a análise para suspender ou limitar o Sistema Geral de Preferências (SGP), que isenta de tarifas as vendas de produtos de países em desenvolvimento ao mercado americano. "Não temos mais relações carnais com ninguém. Este governo não rege suas decisões com base em ações de outros países. Este aqui é um país independente", afirmou ontem o presidente argentino.
presidente do Banco Central da Argentina, Martín Redrado, propôs a seus colegas do Uruguai e do Paraguai, Mônica Pérez dos Santos e Walter Cancela, respectivamente, a desdolarização do comércio regional. A proposta surgiu da décima reunião que os presidentes dos Bancos Centrais dos países sócios do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela) e associados (Bolívia, Chile e Peru) mantiveram ontem em Montevidéu. O presidente do BC brasileiro, Henrique Meirelles, revelou que um estudo nesse sentido já se encontra "bastante adiantado" e que, na próxima segunda-feira, uma delegação do banco argentino desembarcará em Brasília para reunir-se com a equipe responsável pelo assunto no Brasil, coordenada por Paulo Vieira da Cunha. O dirigente do BC uruguaio, no entanto, considera a iniciativa "muito complicada de ser colocada em prática". Cancela disse que "a arbitragem das
R A Argentina, junto com o Brasil, Venezuela e Índia, entre outros, faz parte da lista de países que seriam suspensos do SGP. O cálculo realizado em Buenos Aires é de que a medida envolveria US$ 616,5 milhões em exportações argentinas para os EUA.
Analistas dizem que, mais do que um revés econômico, a decisão norte-americana implicaria um duro golpe político. Kirchner não descartou que a decisão de Bush tenha relação com divergências em torno da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). (AE)
EUROCOPA DE TRIBUTOS
A
Suíça, país dos bancos e das contas secretas, anunciou que vai cobrar imposto dos jogadores que disputarem a Eurocopa de 2008, segundo maior torneio de futebol do mundo e que perde em renda, público e prestígio apenas para a Copa do Mundo. A União Européia de Futebol (Uefa), porém, promete guerra contra a decisão do governo suíço. Os impostos seriam cobrados sobre os prêmios que os jogadores recebessem da Uefa para disputar o torneio. Com o dinheiro arrecadado, o governo quer pagar a organização do
evento. Para a Copa do Mundo da Alemanha, a Fifa conta que manteve em seus cofres cerca de 21% do dinheiro que distribuiu como prêmios aos jogadores para pagar o fisco alemão. A Suíça é um dos países onde o imposto sobre a renda é um dos mais elevados do mundo. As taxas chegam a 36%, o que significaria que um terço do prêmio ganho por um jogador na Eurocopa teria de permanecer no país, cerca de US$ 25 milhões. Não por acaso, a Uefa promete entrar na Justiça para impedir a cobrança, alegando bitributação. (AE)
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
L
Alencar quer custo de capital compatível ao de mercados externos
L
Empresas de telefonia fixa enfrentam estagnação nos negócios
L
Alta do petróleo deve influenciar reajuste no preço do plástico
elatório do Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu que o sistema de vigilância sanitária do governo federal apresenta "falhas graves", que comprometem a eficiência do controle de qualidade dos produtos agropecuários e a fiscalização do trânsito de mercadorias e também de animais vivos. O relatório, aprovado na semana passada pelo plenário do TCU, indica problemas como falta de pessoal, fiscalização deficiente, laboratórios com infra-estrutura precária e carência de recursos, sugerindo que esses problemas, além de afetar a sanidade da produção nacional, podem trazer prejuízos para o fluxo de comércio exterior do País. Imperfeito — O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Gabriel Alves Maciel, reconheceu que o modelo de vigilância sanitária do Brasil "não é perfeito", mas disse que as deficiências não devem afetar o comércio exterior de produtos agrícolas. Segundo ele, os dados do relatório foram fornecidos pelo próprio ministério. O relator do processo no TCU foi o ministro Benjamin Zymler. Não é a primeira vez que o ministro critica a área de defesa sanitária na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em novembro de 2005, durante sessão plenária, Zymler informou que o TCU alertou o governo, com três meses de antecedência, sobre a vulnerabilidade do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa e o risco de ressurgimento da doença no País. Pouco depois foram descobertos vários focos de febre aftosa no rebanho do Mato Grosso do Sul e do Paraná. Até hoje 58
países mantêm algum tipo de restrição à carne brasileira por causa da doença do gado. Entre as falhas apontadas pelo TCU está a falta de pessoal para fiscalizar portos, aeroportos e postos de fronteira. Paraguai — Ontem, o Paraguai foi mais uma vez apontado como o vilão da pecuária sul-mato-grossense ao ser con-
siderado um exportador de febre aftosa pelo diretor-presidente da Agência Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), João Cavalléro. Ele afirmou que existem atualmente 940 propriedades rurais na fronteira com o país vizinho consideradas áreas de risco, onde é necessário um árduo trabalho de prevenção da doença. (AE)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
10 -.LEGAIS
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta
CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP
Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras
CONTINUAÇÃO l)
Provisões técnicas relacionadas às atividades de seguros, previdência e capitalização As provisões técnicas são calculadas de acordo com notas técnicas atuariais aprovadas pela SUSEP, ANS, e com os critérios estabelecidos pela Resolução CNSP no 120/2004. • Seguros de ramos elementares, vida e saúde - A provisão de prêmios não ganhos é constituída pelos prêmios retidos que são diferidos no decorrer do prazo de vigência dos contratos de seguros, determinando o valor “pro-rata” dia do prêmio não ganho do período do risco a decorrer (risco futuro das apólices em vigência). - A provisão de sinistros ocorridos mas não avisados (IBNR) é calculada atuarialmente para quantificar o montante dos sinistros ocorridos e que não foram avisados pelos segurados/beneficiários. A provisão é constituída líquida de recuperações de cosseguro e resseguro. - A provisão de sinistros a liquidar é constituída com base nas estimativas de pagamentos de indenizações, líquidas de recuperações de cosseguro e resseguro, conforme os avisos de sinistros recebidos dos segurados até a data do balanço. A provisão é atualizada monetariamente e inclui todos os sinistros em discussão judicial. • Previdência complementar aberta e seguros de vida com cobertura de sobrevivência - A provisão matemática de benefícios a conceder refere-se aos participantes cujos benefícios ainda não iniciaram. A provisão matemática de benefícios concedidos refere-se aos participantes que se encontram em gozo de benefícios. As provisões matemáticas relacionadas aos planos de previdência conhecidos como “tradicionais” representam a diferença entre o valor atual dos benefícios futuros e o valor atual das contribuições futuras, correspondentes às obrigações assumidas sob a forma de planos de aposentadoria, invalidez, pensão e pecúlio. São calculadas segundo metodologia e premissas estabelecidas em Notas Técnicas Atuariais. As provisões que estão vinculadas aos seguros de vida com cobertura de sobrevivência (VGBL) e aos planos de previdência da modalidade “gerador de benefícios livres” (PGBL) representam o montante das contribuições efetuadas pelos participantes, líquidas de carregamentos e de outros encargos contratuais, acrescidas dos rendimentos financeiros gerados pela aplicação dos recursos em fundos de investimento especialmente constituídos (FIEs). - A provisão de insuficiência de contribuição é constituída para complementar as provisões matemáticas de benefícios a conceder e concedidos, caso estas não sejam suficientes para garantir os compromissos futuros. A provisão é calculada atuarialmente e leva em consideração a tábua atuarial AT-2000. - A provisão de oscilação financeira é constituída até o limite de 15% da provisão matemática de benefícios a conceder relativa aos planos de previdência na modalidade de contribuição variável com garantia de rendimentos para fazer face a eventuais oscilações financeiras. - A provisão de despesas administrativas é constituída para cobrir as despesas administrativas dos planos de benefício definido e de contribuição variável. É calculada em conformidade com metodologia estabelecida em Nota Técnica Atuarial. • Capitalização - A provisão matemática para resgates é calculada sobre os valores nominais dos títulos e atualizada monetariamente, quando aplicável, com base em Notas Técnicas Atuariais aprovadas pela SUSEP. - As provisões para resgates são constituídas pelos valores dos títulos vencidos e também pelos valores dos títulos ainda não vencidos mas que tiveram solicitação de resgate antecipado pelos clientes. As provisões são atualizadas monetariamente com base nos indexadores previstos em cada plano. - As provisões para sorteios a realizar e a pagar são constituídas para fazer face aos prêmios provenientes dos sorteios futuros (a realizar) e também aos prêmios provenientes dos sorteios em que os clientes já foram contemplados (a pagar). m) Ativos e Passivos contingentes e Obrigações Legais – Fiscais e Previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM 489/05. Ativos Contingentes: Não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações financeiras. Passivos Contingentes: São constituídos levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade; e, no posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como de perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente, devendo ser apenas divulgados nas demonstrações financeiras, e os classificados como remotos não requerem provisão e divulgação. Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias: Decorrem de processos judiciais relacionados a obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade, que independente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras. n) Outros ativos e passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias e cambiais auferidos (em base “pro-rata” dia) e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias e cambiais incorridos (em base “pro-rata” dia). o) Informações suplementares às demonstrações financeiras Com o objetivo de propiciar informações suplementares, apresentamos a demonstração do fluxo de caixa pelo método indireto e a demonstração do valor adicionado, não requeridas pelo BACEN, as quais foram elaboradas em consonância com a estrutura do Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional - COSIF.
4)
INFORMAÇÕES PARA EFEITO DE COMPARABILIDADE Durante o 1o semestre de 2006, o Bradesco passou a consolidar em suas demonstrações financeiras a American Express no Brasil (Amex Brasil) e controladas (Nota 1). a) Apresentamos os principais saldos do balanço patrimonial dessa controlada, levantado em 30.6.2006:
b) Receitas de aplicações interfinanceiras de liquidez Classificadas na demonstração de resultado como resultado de operações com títulos e valores mobiliários Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005 2006 2005 Rendas de aplicações em operações compromissadas: Posição bancada ............................................................................................................. Posição financiada .......................................................................................................... Subtotal ............................................................................................................................ Rendas de aplicações em depósitos interfinanceiros ................................................... Total (Nota 8f) .................................................................................................................... 8)
1.775.715 44.268 47.253 141.129 3.078 169.804 1.370.183 70.529 484 66.907 3.138 1.846.244
PASSIVO Circulante e exigível a longo prazo ............................................................................................................................... Depósitos à vista, a prazo e outros depósitos ............................................................................................................... Relações interfinanceiras e interdependências ............................................................................................................. Obrigações por empréstimos e repasses ....................................................................................................................... Instrumentos financeiros derivativos .............................................................................................................................. Outras obrigações ........................................................................................................................................................... Resultado de Exercícios Futuros ................................................................................................................................... Patrimônio líquido ........................................................................................................................................................... Total ................................................................................................................................................................................. b) Operações de crédito e outros créditos com características de concessão de crédito em 30.6.2006: Operações de crédito ...................................................................................................................................................... Outros créditos ................................................................................................................................................................ Total ................................................................................................................................................................................. Curso normal .................................................................................................................................................................. Curso anormal ................................................................................................................................................................ Provisão para créditos de liquidação duvidosa ............................................................................................................ 5)
Títulos para negociação (4) .......... 6.939.883 - Títulos públicos ........................... 4.500.293 - Títulos privados ........................... 1.944.144 - Instrumentos financeiros derivativos (1) ............................ 495.446 - Títulos vinculados a produtos PGBL/VGBL ............................... – Títulos disponíveis para venda (4) 9.482.240 - Títulos públicos ........................... 6.493.289 - Títulos privados ........................... 2.988.951 Títulos mantidos até o vencimento 1.087.106 - Títulos públicos ........................... 1.050.250 - Títulos privados ........................... 36.856 Subtotal ......................................... 17.509.229 Operações compromissadas (2) .. 1.966.341 Total geral ...................................... 19.475.570 - Títulos públicos ........................... 12.043.832 - Títulos privados ........................... 5.465.397 - Títulos vinculados a produtos PGBL/VGBL ............................... – Subtotal ......................................... 17.509.229 - Operações compromissadas (2) . 1.966.341 Total geral ...................................... 19.475.570 b) Composição da carteira consolidada por emissor
ATIVO Circulante e realizável a longo prazo ..... Disponibilidades ...................................... Aplicações interfinanceiras de liquidez .. Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos ..................... Relações interfinanceiras e interdependências ................................................... Operações de crédito e de arrendamento mercantil ................................................. Outros créditos e outros valores e bens .. Permanente .............................................. Investimentos ........................................... Imobilizado de uso e de arrendamento .... Diferido ..................................................... Total em 2006 ........................................... Total em 2005 ........................................... PASSIVO Circulante e exigível a longo prazo ........ Depósitos ................................................. Captações no mercado aberto ................. Recursos de emissão de títulos .............. Relações interfinanceiras e interdependências .................................................. Obrigações por empréstimos e repasses Instrumentos financeiros derivativos ....... Provisões técnicas de seguros, previdência e capitalização ................................. Outras obrigações: - Dívidas subordinadas ............................ - Outras ..................................................... Resultados de exercícios futuros ........... Patrimônio líquido/participação minoritária nas controladas .......................... Patrimônio líquido controlador ................ Total em 2006 ........................................... Total em 2005 ........................................... b) Demonstração do resultado
Grupo Segurador (2) (3) País Exterior
Outras Atividades (2)
Em 30 de junho - R$ mil Eliminações Total (4) Consolidado
19.118.682 34.406 2.962.850
53.749.233 60.873 –
25.013 22.159 –
1.098.518 25.544 –
(6.616.662) (110.658) (949.267)
227.156.677 3.161.288 27.569.396
12.107.188
8.668.408
50.326.160
61
699.499
(1.419.168)
18.196.099
10.744
–
–
5.081
72.118.104 28.675.725 18.070.911 13.916.145 1.692.224 2.462.542 177.852.804 162.351.483
7.261.611 180.663 400.952 399.121 1.724 107 19.519.634 20.733.467
– 3.362.200 998.527 717.246 239.997 41.284 54.747.760 52.033.292
– 2.793 33 – 33 – 25.046 25.759
– 368.394 315.203 19.517 157.333 138.353 1.413.721 1.282.398
(2.701.583) (1.435.986) (14.007.197) (14.007.197) – – (20.623.859) (20.035.049)
76.678.132 31.153.789 5.778.429 1.044.832 2.091.311 2.642.286 232.935.106 216.391.350
156.226.570 75.116.717 28.582.717 5.257.379
12.875.973 4.341.767 924.165 2.309.660
48.273.505 – – –
12.418 – – –
489.283 – – –
(6.616.662) (1.102.663) (249.228) (1.365.999)
211.261.087 78.355.821 29.257.654 6.201.040
1.954.997 16.071.453 278.393
2.484 1.855.857 118.151
– 14 –
– – –
5.081 20.914 –
– (2.462.786) –
1.962.562 15.485.452 396.544
70.382.148 18.211.924
–
–
43.935.296
11.242
–
–
43.946.538
7.912.019 21.052.895 158.274
2.991.193 332.696 –
– 4.338.195 –
– 1.176 –
– 463.288 –
– (1.435.986) –
10.903.212 24.752.264 158.274
7.270 21.460.690 177.852.804 145.510.888
6.643.661 – 19.519.634 19.070.086
6.474.255 – 54.747.760 43.685.365
12.628 – 25.046 31.280
924.438 – 1.413.721 923.647
(14.007.197) – (20.623.859) (14.679.179)
55.055 21.460.690 232.935.106 194.542.087
Grupo Segurador (2) (3) País Exterior
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil Eliminações Total Outras Atividades (2) (4) Consolidado
Receitas da intermediação financeira ..... 14.827.885 560.016 3.455.489 451 46.796 (120.116) 18.770.521 Despesas da intermediação financeira ... 8.359.176 406.017 1.958.430 – 392 (119.998) 10.604.017 Resultado bruto da intermediação financeira ....................................................... 6.468.709 153.999 1.497.059 451 46.404 (118) 8.166.504 Outras receitas/despesas operacionais .. (3.497.237) (20.638) (112.655) (524) 51.967 118 (3.578.969) Resultado operacional ............................. 2.971.472 133.361 1.384.404 (73) 98.371 – 4.587.535 Resultado não operacional ...................... (111.163) 1.234 99.102 (268) (9.401) – (20.496) Resultado antes da tributação sobre o lucro e participações ........................... 2.860.309 134.595 1.483.506 (341) 88.970 – 4.567.039 Imposto de renda e contribuição social ... (957.111) (2.137) (437.989) (388) (31.995) – (1.429.620) Participação minoritária nas controladas (1.650) – (3.184) – (200) – (5.034) Lucro líquido em 2006 ............................. 1.901.548 132.458 1.042.333 (729) 56.775 – 3.132.385 Lucro líquido em 2005 ............................. 1.574.738 221.774 791.627 4.694 28.459 – 2.621.292 (1) O segmento “Financeiras” é representado por: instituições financeiras; empresas holdings (que basicamente administram recursos financeiros); e empresas administradoras de cartões de crédito e de ativos; (2) Estão sendo eliminados os saldos de contas patrimoniais, as receitas e as despesas entre empresas do mesmo segmento; (3) O segmento “Grupo Segurador” é representado por empresas seguradoras, de previdência e de capitalização, cujas informações financeiras estão adaptadas às políticas contábeis do controlador; e (4) Representam as eliminações entre empresas de segmentos diferentes, bem como entre operações realizadas no país e exterior. DISPONIBILIDADES Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005 2006 2005 Moeda nacional ...................................................................................................................... Moeda estrangeira .................................................................................................................. Aplicações em ouro ................................................................................................................ Total .........................................................................................................................................
2.737.930 423.313 45 3.161.288
2.652.522 428.896 35 3.081.453
2.663.446 403.717 17 3.067.180
2.596.613 397.614 13 2.994.240
APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ a) Composição e prazos Em 30 de junho - R$ mil
Aplicações no mercado aberto: Posição bancada .......................... • Letras financeiras do tesouro ...... • Notas do tesouro nacional .......... • Letras do tesouro nacional .......... • Outros .......................................... Posição financiada ....................... • Letras financeiras do tesouro ...... • Letras do tesouro nacional .......... • Notas do tesouro nacional .......... • Outros .......................................... Subtotal ......................................... Aplicações em depósitos interfinanceiros: • Aplicações em depósitos interfinanceiros .................................. • Provisões para perdas ................ Subtotal ......................................... Total em 2006 ................................ % .................................................... Total em 2005 ................................ % ....................................................
BRADESCO CONSOLIDADO 181 a 360 Acima de dias 360 dias
1 a 30 dias
31 a 180 dias
3.282.584 114.650 414.787 2.703.744 49.403 15.123.059 3.991.188 8.804.851 2.326.421 599 18.405.643
3.785.767 – – 3.785.767 – – – – – – 3.785.767
156 156 – – – – – – – – 156
3.617.159 (73) 3.617.086 22.022.729 79,9 21.618.420 92,5
564.779 – 564.779 4.350.546 15,8 639.610 2,7
720.880 – 720.880 721.036 2,6 508.746 2,2
BRADESCO MÚLTIPLO 2006
2005
2006
2005
8.167 – – – 8.167 – – – – – 8.167
7.076.674 114.806 414.787 6.489.511 57.570 15.123.059 3.991.188 8.804.851 2.326.421 599 22.199.733
4.047.616 967.883 323.656 2.756.077 – 14.325.068 8.217.956 6.107.112 – – 18.372.684
7.561.607 680.788 414.787 6.408.462 57.570 15.202.407 4.036.736 8.838.651 2.326.421 599 22.764.014
4.910.525 1.911.134 323.656 2.675.735 – 14.405.410 8.217.956 6.187.454 – – 19.315.935
466.918 – 466.918 475.085 1,7 606.923 2,6
5.369.736 (73) 5.369.663 27.569.396 100,0
5.004.479 (3.464) 5.001.015
22.918.794 (73) 22.918.721 45.682.735
17.450.535 (3.464) 17.447.071
23.373.699 100,0
36.763.006
161.466 1.294.144 1.455.610 1.108.769 2.564.379
24.166.623 124.704 2.830.987
378.403 321.718 56.685
37.468.406 7.938.868 7.823.160
57,5 12,2 12,0
41.407.633 22.423.790 4.302.608
72,6 39,3 7,5
–
–
–
495.446
0,8
1.827.167
3,2
– 3.345.278 2.613.411 731.867 – – – 9.328.775 1.554.210 10.882.985 5.605.564 3.723.211
21.210.932 10.584.523 9.421.087 1.163.436 3.216.405 3.216.405 – 37.967.551 1.654.944 39.622.495 12.762.196 3.994.423
– 22.695 – 22.695 – – – 401.098 – 401.098 321.718 79.380
21.210.932 23.434.736 18.527.787 4.906.949 4.303.511 4.266.655 36.856 65.206.653 5.175.495 70.382.148 30.733.310 13.262.411
32,5 35,9 28,4 7,5 6,6 6,5 0,1 100,0
12.854.068 11.301.765 7.679.673 3.622.092 4.350.217 4.303.794 46.423 57.059.615 7.381.797 64.441.412 34.407.257 9.798.290
22,6 19,8 13,5 6,3 7,6 7,5 0,1 100,0
– 9.328.775 1.554.210 10.882.985
21.210.932 37.967.551 1.654.944 39.622.495
– 401.098 – 401.098
21.210.932 65.206.653 5.175.495 70.382.148
32,5 100,0
12.854.068 57.059.615 7.381.797 64.441.412
22,6 100,0
47,1 20,4
60,3 17,1
Em 30 de junho - R$ mil 2006
2005 Valor de mercado/ Marcação contábil a (6) (7) (8) mercado
TÍTULOS (3)
1 a 30 dias
31 a 180 dias
181 a 360 dias
Acima de 360 dias
Valor de mercado/ contábil (6) (7) (8)
TÍTULOS PÚBLICOS ............. Letras financeiras do tesouro Letras do tesouro nacional .... Notas do tesouro nacional .... Títulos da dívida externa brasileira .............................. Moedas de privatização ........ Títulos de governos estrangeiros Notas do Banco Central ........ Outros .................................... TÍTULOS PRIVADOS ............. Certificados de depósito bancário Ações .................................... Debêntures ............................ Títulos privados no exterior ... Instrumentos financeiros derivativos ........................... Outros .................................... Títulos vinculados a produtos PGBL/VGBL ......................... Subtotal ................................. Operações compromissadas (2) Total geral ..............................
1.771.455 239.650 1.531.220 –
2.618.220 1.107.935 185.070 1.235.221
1.461.979 578.216 453.811 427.719
24.881.656 2.346.351 1.538.906 15.509.639
30.733.310 4.272.152 3.709.007 17.172.579
30.389.097 4.274.986 3.704.567 17.070.084
344.213 34.407.257 (2.834) 10.471.248 4.440 7.842.902 102.495 9.339.532
209.427 (10.560) 3.371 (4.274)
– 1 584 – – 2.882.979 264.459 1.807.717 1.918 12.396
– – 89.994 – – 1.516.992 1.331.674 – 31.058 65.936
– – 205 – 2.028 3.142.281 3.048.566 – – 51.038
5.289.190 184.227 13.263 – 80 5.720.159 1.807.012 – 1.232.094 2.032.788
5.289.190 184.228 104.046 – 2.108 13.262.411 6.451.711 1.807.717 1.265.070 2.162.158
5.048.495 184.787 104.034 – 2.144 12.621.534 6.451.711 1.173.182 1.306.238 2.159.858
240.695 (559) 12 – (36) 640.877 – 634.535 (41.168) 2.300
6.287.156 228.474 194.305 41.535 2.105 9.798.290 2.823.220 1.340.435 1.704.820 1.331.882
250.866 (25.553) 37 (4.411) (49) 325.471 (7.764) 346.763 (61.730) 57.775
370.450 426.039
72.206 16.118
35.129 7.548
17.661 630.604
495.446 1.080.309
432.863 1.097.682
62.583 (17.373)
1.827.167 770.766
6.405 (15.978)
1.686.139 6.340.573 3.101.182 9.441.755
4.289.932 8.425.144 511.486 8.936.630
5.655.418 10.259.678 86.612 10.346.290
9.579.443 40.181.258 1.476.215 41.657.473
21.210.932 65.206.653 5.175.495 70.382.148
21.210.932 64.221.563 5.175.495 69.397.058
– 985.090 – 985.090
12.854.068 57.059.615 7.381.797 64.441.412
– 534.898 – 534.898
Valor de custo atualizado
Marcação a mercado
c) Classificação consolidada por categorias, prazos e segmentos de negócio I) Títulos para negociação
Em 30 de junho - R$ mil
2006
159.781.893 3.128.964 25.555.813
Financeiras (1) (2) País Exterior
7)
260.221 11.264 271.485 174.080 97.405 90.421
465.415 1.048.925 1.514.340 1.563.176 3.077.516
5.983.497 2.992.153 2.991.344
BALANÇO PATRIMONIAL E DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO AJUSTADOS POR SEGMENTO DE NEGÓCIO Apresentados de acordo com as definições do Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional - COSIF. a) Balanço patrimonial Financeiras (1) (2) País Exterior
6)
1.655.313 160.469 43 29.996 1.038 1.463.767 51.400 139.531 1.846.244
97.565 1.286.134 1.383.699 201.924 1.585.623
TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS Apresentamos as informações relativas a títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos: a) Resumo da classificação consolidada dos títulos e valores mobiliários por segmentos de negócio e emissor; b) Composição da carteira consolidada por emissor; c) Classificação consolidada por categorias, prazos e segmentos de negócio: I) Títulos para negociação; II) Títulos disponíveis para venda; e III) Títulos mantidos até o vencimento. d) Composição das carteiras distribuídas pelas rubricas de publicação; e) Instrumentos financeiros derivativos: I) Valor dos instrumentos registrados em contas patrimoniais e de compensação; II) Composição dos instrumentos financeiros derivativos (ativos e passivos), demonstrada pelo seu valor de custo atualizado e valor de mercado; III) Contratos futuros, de opções, de termo e de swap; IV) Tipos de margem oferecida em garantia para instrumentos financeiros derivativos, representados basicamente por contratos futuros; V) Valores das receitas e das despesas líquidas; e VI) Valores globais dos instrumentos financeiros derivativos, separados por local de negociação. f) Resultado com títulos e valores mobiliários, resultado financeiro de seguros, previdência e capitalização e instrumentos financeiros derivativos. a) Resumo da classificação consolidada dos títulos e valores mobiliários por segmentos de negócio e emissor Em 30 de junho - R$ mil Seguradoras/ Outras 2006 2005 Financeiras Capitalização Previdência atividades % %
R$ mil Amex Brasil e controladas ATIVO Circulante e realizável a longo prazo ............................................................................................................................ Disponibilidades ............................................................................................................................................................. Aplicações interfinanceiras de liquidez ......................................................................................................................... Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos ............................................................................ Relações interfinanceiras e interdependências ............................................................................................................. Operações de crédito ...................................................................................................................................................... Outros créditos e outros valores e bens ......................................................................................................................... Permanente ..................................................................................................................................................................... - Investimentos ................................................................................................................................................................ - Imobilizado .................................................................................................................................................................... - Diferido .......................................................................................................................................................................... Total .................................................................................................................................................................................
426.695 1.030.808 1.457.503 240.816 1.698.319
2005 Valor de mercado/ Marcação contábil a (6) (7) (8) mercado
TÍTULOS (3) (4)
1 a 30 dias
31 a 180 dias
181 a 360 dias
Acima de 360 dias
Valor de mercado/ contábil (6) (7) (8)
- FINANCEIRAS ..................... Letras do tesouro nacional .... Letras financeiras do tesouro Certificados de depósito bancário ............................... Instrumentos financeiros derivativos (1) ...................... Debêntures ............................ Títulos da dívida externa brasileira .............................. Notas do tesouro nacional .... Títulos privados no exterior ... Títulos de governos estrangeiros Ações .................................... Notas do Banco Central ...... Outros .................................... - SEGURADORAS E CAPITALIZAÇÃO ............... Letras financeiras do tesouro Letras do tesouro nacional .... Certificados de depósito bancário ............................... Notas do tesouro nacional .... Ações .................................... Debêntures ............................ Títulos privados no exterior ... Notas do Banco Central ........ Outros .................................... - PREVIDÊNCIA .................... Letras financeiras do tesouro Notas do tesouro nacional .... Certificados de depósito bancário ............................... Letras do tesouro nacional .... Ações .................................... Moedas de privatização ........ Debêntures ............................ Notas do Banco Central ........ Títulos vinculados a produtos PGBL/ VGBL ........................ Outros .................................... - OUTRAS ATIVIDADES ........ Letras financeiras do tesouro Certificados de depósito bancário ............................... Letras do tesouro nacional .... Debêntures ............................ Notas do tesouro nacional .... Outros .................................... Subtotal ................................. Operações compromissadas (2) - FINANCEIRAS ..................... - SEGURADORAS E CAPITALIZAÇÃO ........................ - PREVIDÊNCIA .................... Total geral .............................. INSTRUMENTOSFINANCEIROS DERIVATIVOS (PASSIVO) ...
2.022.762 967.933 118.698
1.362.527 170.343 624.898
405.075 159.584 77.241
3.149.519 1.073.398 1.004.056
6.939.883 2.371.258 1.824.893
6.880.414 2.366.816 1.824.660
196.967
179.127
124.120
323.187
823.401
823.401
–
668.833
–
370.450 –
72.206 30.227
35.129 –
17.661 148.416
495.446 178.643
432.863 179.617
62.583 (974)
1.827.167 612.951
6.405 –
– – 11.491 584 7.340 – 349.299
– 148.712 47.020 89.994 – – –
– – 8.796 205 – – –
54.393 10.253 377.089 – – – 141.066
54.393 158.965 444.396 90.783 7.340 – 490.365
50.423 160.641 453.709 90.579 7.340 – 490.365
3.970 (1.676) (9.313) 204 – – –
273.874 132.361 228.746 194.305 138.228 825 93.224
10.326 12 (2.941) 37 – – –
120.937 14.516 –
731.374 233.274 12.070
2.333.427 395.113 268.178
2.797.759 892.309 363.298
5.983.497 1.535.212 643.546
5.983.494 1.535.209 643.546
3 3 –
4.754.373 2.362.604 1.139.223
(28.067) 8 –
118 – 69.902 – – – 36.401 1.747.007 2.409 –
485.939 – – 91 – – – 4.950.563 826 –
1.670.136 – – – – – – 6.885.533 630 –
510.444 813.395 – 146.593 – – 71.720 10.583.520 1.765 11
2.666.637 813.395 69.902 146.684 – – 108.121 24.166.623 5.630 11
2.666.637 813.395 69.902 146.684 – – 108.121 24.166.623 5.630 11
– – – – – – – – – –
861.712 – 48.435 209.757 4.207 1 128.434 24.444.967 4.459.031 5.328.249
– – – (28.075) – – – (6.201) 1.563 –
975 1.999 55.485 – – –
659.603 – – – 202 –
1.229.024 461 – – – –
514.358 2.360 – 114.243 186.325 –
2.403.960 4.820 55.485 114.243 186.527 –
2.403.960 4.820 55.485 114.243 186.527 –
– – – – – –
876.977 415.859 58.566 131.426 125.419 93
(7.764) – – – – –
1.686.139 – 71.505 5.554
4.289.932 – 26.513 4.748
5.655.418 – 52.018 5.669
9.579.443 185.015 228.367 98.182
21.210.932 185.015 378.403 114.153
21.210.932 185.015 379.115 114.153
– 12.854.068 – 195.279 (712) 326.778 – 270.135
– – – –
2.754 63.030 – – 167 3.962.211 3.101.182 900.504
2.943 2.657 47 – 16.118 7.070.977 511.486 416.272
13.213 25.588 – – 7.548 9.676.053 86.612 81.836
12.047 96.026 1.635 20.264 213 16.759.165 1.476.215 567.729
30.957 187.301 1.682 20.264 24.046 37.468.406 5.175.495 1.966.341
30.957 187.301 1.682 20.264 24.758 37.409.646 5.175.495 1.966.341
– 28.521 – 4.803 – 3.876 – – (712) 19.443 58.760 41.407.633 – 7.381.797 – 1.819.287
– – – – – (19.124) – –
1.100.062 1.100.616 7.063.393
54.888 40.326 7.582.463
4.776 – 9.762.665
394.484 514.002 18.235.380
1.554.210 1.654.944 42.643.901
1.554.210 1.654.944 42.585.141
– – 58.760
2.136.818 3.425.692 48.789.430
– – (19.124)
(272.906)
(107.043)
(14.815)
(1.780)
(396.544)
(390.094)
(6.450)
(1.619.288)
(4.537)
II)
Valor de custo atualizado
Marcação a mercado 59.469 4.442 233
Títulos disponíveis para venda
- FINANCEIRAS ..................... Letras do tesouro nacional .... Títulos da dívida externa brasileira .............................. Títulos privados no exterior .. Notas do tesouro nacional .... Letras financeiras do tesouro Certificados de depósito bancário ............................... Debêntures ............................ Ações .................................... Moedas de privatização ........ Notas do Banco Central ........ Títulos de governos estrangeiros Outros .................................... - SEGURADORAS E CAPITALIZAÇÃO ........................ Letras financeiras do tesouro Ações .................................... Debêntures ............................ Certificados de depósito bancário ............................... Títulos privados no exterior ... Notas do tesouro nacional .... Outros .................................... Letras do tesouro nacional .... - PREVIDÊNCIA .................... Ações .................................... Debêntures ............................ Letras financeiras do tesouro Notas do tesouro nacional .... Outros .................................... - OUTRAS ATIVIDADES ........ Certificados de depósito bancário ............................... Debêntures ............................ Ações .................................... Total geral ..............................
15.144 7.927 (6.622)
Em 30 de junho - R$ mil 2006
TÍTULOS (4)
11.881.515 5.105.279 2.605.722
2005 Valor de mercado/ Marcação contábil a (6) (7) (8) mercado
31 a 180 dias
181 a 360 dias
Acima de 360 dias
Valor de mercado/ contábil (6) (7) (8)
484.476 14.747
12.631 –
40.868 –
8.944.265 –
9.482.240 14.747
9.139.026 14.749
343.214 (2)
9.240.713 1.177.738
147.881 (4.556)
– – – 1.014
– 12.140 – –
– 38.840 – –
4.184.547 1.625.933 2.057.973 149.653
4.184.547 1.676.913 2.057.973 150.667
3.947.822 1.665.300 2.121.300 154.093
236.725 11.613 (63.327) (3.426)
4.887.004 1.052.506 602.138 376.918
240.540 60.716 (2.612) (6.011)
47.377 1.893 406.042 – – – 13.403
– 491 – – – – –
– – – – – – 2.028
438.353 171.889 – 69.984 – 13.263 232.670
485.730 174.273 406.042 69.984 – 13.263 248.101
485.730 209.350 193.421 70.543 – 13.455 263.263
– (35.077) 212.621 (559) – (192) (15.162)
357.086 254.314 73.038 97.048 40.616 – 322.307
– (33.595) (60.610) (25.553) (4.411) – (16.027)
1.140.445 44.294 580.751 24
132.052 126.300 – –
63.870 50.851 – –
2.008.911 117.834 – 101.402
3.345.278 339.279 580.751 101.426
3.130.254 339.149 326.821 102.207
215.024 130 253.930 (781)
947.892 383.064 447.600 –
155.105 852 155.927 –
5.043 52 – 26.770 483.511 741.260 688.095 – 53.165 – – 11.328
1.811 3.941 – – – 117.889 – – 117.889 – – 2.251
12.073 – 946 – – 475.485 – – 48.712 426.773 – –
– – 1.785.851 – 3.824 9.249.889 – 475.341 82.552 8.691.996 – 9.116
18.927 3.993 1.786.797 26.770 487.335 10.584.523 688.095 475.341 302.318 9.118.769 – 22.695
18.927 3.993 1.823.456 28.366 487.335 10.216.576 520.195 479.677 302.092 8.914.612 – 22.611
– (36.659) (1.596) – 367.947 167.900 (4.336) 226 204.157 – 84
15.831 – 99.268 2.129 – 1.098.882 574.550 498.503 13.774 – 12.055 14.278
– – (1.674) – – 251.036 251.446 (60) (350) – – –
11.225 1 102 2.377.509
2.251 – – 264.823
– – – 580.223
8.623 493 – 20.212.181
22.099 494 102 23.434.736
22.099 494 18 22.508.467
– – 84 926.269
14.260 – 18 11.301.765
– – – 554.022
1 a 30 dias
Valor de custo atualizado
Marcação a mercado
CONTINUA
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
Ambiente Compor tamento Acidente Urbanismo
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3 A porta caiu em teto de supermercado e corrimão foi parar em telhado de motel.
UMA AEROMOÇA QUASE FOI SUGADA
PORTA DE AVIÃO CAI DURANTE VÔO
Prefeitura quer chip de olho nos carros da Capital
Aeronave da TAM havia acabado de decolar do Aeroporto de Congonhas. Porta caiu sobre o telhado de um supermercado no Ipiranga.
D
esempregado, Richard Kocher, de 35 anos, partiria ontem rumo à Suíça para tentar melhor sorte por lá. Pretendia arrumar um emprego. Mas o projeto teve um contratempo logo de início: a porta dianteira esquerda do Fokker 100 da TAM onde Kocher estava se desprendeu da fuselagem em pleno vôo, poucos minutos depois da decolagem, às 13h47, no Aeroporto de Congonhas, zona sul da capital paulista. O alarme da porta soou 14 segundos depois de o avião ter levantado vôo, quando ainda estava no procedimento de subida. "De repente, ouvi um estouro e começou uma ventania muito forte. Uma aeromoça estava sentada do lado e teve de se segurar para não ser sugada pelo buraco da porta", contou Kocher, que estava na última fileira da aeronave. Pânico – Eram 79 passageiros e 5 tripulantes no vôo JJ 3040, que faria conexões no Rio e em Salvador antes de seguir para Maceió. "Muita gente chorava, outros rezavam, foi um pânico total." O piloto foi obrigado a retornar ao aeroporto em pouso emergencial às 14h04.
Rejane Tamoto
Agliberto Lima/AE
A porta da aeronave, uma peça com 1,7 metro de altura e peso estimado de 250 quilos, foi parar na laje do Hipermercado Extra, na avenida Ricardo Jafet, no Ipiranga, também zona sul. Dessa vez, não houve vítimas, mas o histórico dos Fokkers da companhia é trágico. No pior acidente, em outubro de 1996, um deles caiu segundos após decolar vôo em Congonhas, matando 99 pessoas. Barulho – A dona de casa Edna Lopes Bezerra, de 39 anos, ia visitar parentes no Rio de Janeiro e disse que estranhou o barulho da aeronave quando ela ainda estava na pista, segundo antes da decolagem. "Foi tudo muito rápido. Todos ainda estavam com o cinto de segurança afivelado quando aconteceu." As máscaras de oxigênio não foram ejetadas para os passageiros porque, segundo a companhia, a aeronave estava em uma altitude que não trazia risco de despressurização. A Assessoria de Imprensa da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que o avião estava a uma altitude de aproximadamente 6 mil pés, o equivalente a 2 mil metros, e que só haveria problemas se a
P
Pessoas não identificadas próximas da porta do Fokker 100 da TAM, sobre o teto do hipermercado Extra
aeronave estivesse acima dos 3 mil metros. Nota – As causas do acidente ainda são desconhecidas. Em nota, a TAM garante que "não há indícios de qualquer problema mecânico". O texto diz que o Fokker 100 passou por uma manutenção regular em 28 de junho, sem registrar nenhuma anormalidade. Não foi informada a data exata de fabricação da aeronave , que pode ter entre 7 e 10 anos,
segundo informações da assessoria. Técnicos da 4ª Gerência Regional da Anac em São Paulo e da Divisão de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Dipaa), no Rio, foram ao local para analisar a caixa preta e pedaços da porta que permaneceram presa à aeronave. O prazo para a conclusão das investigações é de 90 dias, mas pode haver prorrogações de 30 dias. A Anac não quis levantar nenhuma hipótese sobre a causa do desprendimento da porta. O especialista em segurança de vôo do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), Ronaldo Jenkins, afirmou que é difícil saber os motivos do acidente. Para ele, porém, a reputação que foi criada em torno do Fokker 100 não é justificada. "É um ótimo avião, muito moderno, um dos melhores que existem atualmente. Aqui no Brasil somente a TAM e a Ocean Air usam esse modelo." A opinião de Jenkins não é compartilhada pelo passageiro Richard Kocher. "Ou esses aviões estão muito velhos ou não dá para entender. De Fokker eu nunca mais vôo", garantiu. Na fila de espera do checkin da TAM, a desconfiança era a mesma entre outros passageiros. O advogado João Francisco Gomes, de 72 anos, considera precária a manutenção desse modelo de aeronave. "Eles pegam a peça de um e colocam em outro. É canibalismo", disse. Gomes, que voa perto de 120 vezes por ano, afirmou, porém, que não tem como escolher entre um Fokker 100 ou um Airbus. "Com a crise da Varig, fica muito difícil poder escolher horário de vôo. Vou naquele que dá, não posso optar."
Paranóia – "Com essa onda de ataques em bancos e supermercados, na hora pensei que fosse mais um atentado do PCC" disse o balconista Gilberto Ferreira da Silva, que estava dentro do Hipermercado Extra, da avenida Ricardo Jafet, no Ipiranga, na hora em que o a porta do avião Fokker 100 da TAM caiu em cima da laje. A maioria dos funcionários e clientes teve essa mesma impressão ontem à tarde. O pavor do balconista foi tanto que ele correu direto para casa, sem parar. Ele chegou e ligou a televisão e pode saber do que tinha acontecido Teve gente que correu com medo que fosse a explosão de uma bomba. Outras nem deram importância, continuaram as compras normalmente. A loja estava cheia, mas não houve tumulto ou pessoas feridos. Um grupo de 40 funcionários estava em horário de almoço quando o forte estrondo tomou conta da loja. "Parecia uma onda estourando no mar. No começo todos nós pensamos que era um atentado do PCC", disse um funcionário que pediu para não ser identificado. A porta do avião Fokker 100 caiu no lugar certo para não deixar feridos ou causar uma tragédia: na parte da laje construída com concreto armado. Dois metros para esquerda, ela desabaria no pátio do estacionamento. Pouco mais de dois metros para a direita, pegaria no telhado e poderia acabar dentro da loja, que estava cheia. Uma outra peça do avião também foi caprichosa em sua queda. O corrimão da escada (3 quilos e 1,5 m) que fica preso à porta caiu do outro lado da avenida, em cima do teto do estacionamento do Motel das Fontes. (AE)
ara aumentar a segurança e a gestão do trânsito na cidade, a Prefeitura quer implantar, gratuitamente, chips nos 5,5 milhões de veículos que circulam em São Paulo. O equipamento permitirá o rastreamento, em tempo real, de veículos de criminosos, furtados ou roubados. O sistema também acompanhará percursos e horários de tráfego de veículos e identificará infrações. O sistema de monitoramento foi apresentado ontem, durante assinatura de um protocolo entre o Ministério das Cidades e a Prefeitura. Em 90 dias, o projeto será regulamentado junto ao Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) e ao Contran (Conselho Nacional de Trânsito). A Prefeitura encaminhará um projeto de lei à Câmara Municipal, para a implantação e operação do sistema em 60 dias. O protocolo prevê convênio com o Governo do Estado. Ainda não foram definidos, no entanto, os prazos para o início das operações, os custos e quem será responsável pelo controle das informações transmitidas pelos chips. A proposta de monitorar os veículos da capital foi divulgada pela Prefeitura em maio, quando começaram os ataques do PCC. "Queremos esmagar o crime covarde e vil em São Paulo", disse o prefeito Gilberto Kassab. Piloto - Segundo Roberto Scaringella, presidente da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), existe um projeto-piloto de monitoramento por chips funcionando no bairro dos Jardins, no quadrilátero das avenidas 9 de Julho, Rebouças, Paulista e Brigadeiro Faria Lima. Desde março, cerca de 500 veículos são monitorados por 28 antenas posicionadas em 15 cruzamentos. "Acredito que o sistema terá adesão da maioria das pessoas, porque é um rastreamento gratuito, um benefício à segurança pessoal e patrimonial", disse Scaringella. Os veículos que não tiverem chips serão detectados por um sistema de monitoramento por imagens. A idéia é que novos veículos já saiam das fábricas com chips. Sistema - O chip é uma etiqueta eletrônica que fica afixada nos pára-brisas dos veículos e se auto-destrói se for retirada. O chip reúne informações como número de placa e de chassis, nome do proprietário do veículo e se o mesmo está em dia com o pagamento de taxas e multas. Cerca de 30% dos veículos da cidade não pagam tributos. Os dados do chip chegam a antenas instaladas em semáforos por ondas de radiofreqüência, que são encaminhados a uma central.
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
18 -.OPINIÃO
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
RESENHA
NACIONAL
OS CONFORMISTAS empresariado em montar um projeto nacional. A saída seria se conformar em ser capital associado. Mas sempre tratou o “ser” capital associado como uma fatalidade que não podia ser modificada pela história, não como passos de uma estratégia de mais largo prazo. A gigantesca liquidez internacional das últimas décadas, mais os novos ciclos tecnológicos, abriram espaços extraordinários para saltos quânticos em países com visão estratégica. Mas qual foi a visão estratégica do governo FHC, qual tem sido a do governo Lula? A estratégia de permitir o livre fluxo de capitais criou uma profunda concentração de renda. Esse modelo –que FHC e Lula julgam inevitável provocou a apreciação do
Dida Sampaio/AE
FHC e Lula: modelo único e “inevitável”?
Época desta semana, FHC aborda pontos relevantes do modelo político brasileiro. No campo econômico, porém, insiste que o modelo é inevitável, qualquer que seja o governante, e que o único problema real é a falta de recursos de investimento do governo federal. Trata-se de uma evidente simplificação. Se foi o modelo que provocou o aumento exponencial da dívida e esgotou a capacidade de investimento do Estado, como pode ser virtuoso? E, não sendo virtuoso, como tratá-lo por inevitável? Em FHC, a passividade é argumento para absolver o passado; em Lula, álibi para não encarar o futuro. FHC tem uma obra sociológica relevante, onde, ainda nos anos 60, deixava clara a descrença na capacidade do
Real, duas ondas terríveis de desindustrialização e tornou o Real o plano de estabilização mais longo da história –doze anos para começar a dar frutos. Agora se entra nessa fase “inevitável”. Internamente, juros e câmbio limitando o crescimento do mercado interno. Externamente, a queda do Risco Brasil deixam disponíveis recursos vultosos para as grandes empresas brasileiras. Onde irão aplicar? É evidente que no exterior. Um modelo que, primeiro concentra o poder nas grandes empresas, depois expulsa os investimentos para o exterior, por falta de mercado interno, pode ser virtuoso? Só para os conformistas. TRECHOS DO COMENTÁRIO DE LUIS NASSIF NO BLOG WWW.LUISNASSIF.COM.BR
M odelo concentrador que expulsa investimentos
Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente em exercício Alencar Burti Presidente licenciado Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi
Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)
Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: , Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046
JOÃO DE SCANTIMBURGO
MAIS PODERES AO PRESIDENTE Céllus
O
rtega y Gasset dividia os governantes entre os estadistas, os escrupulosos e os pusilânimes. O estadista seria capaz de atropelar o pai para poder cumprir sua missão de transformar o Estado. O escrupuloso, em geral associado à figura do intelectual no poder, utiliza o excesso de escrúpulos como álibi para a não-ação. E o pusilânime é o sujeito dotado das pequenas virtudes e defeitos do homem comum, mas sem nenhuma das qualidades e defeitos que fazem o estadista. Cada qual enquadre como quiser Fernando Henrique Cardoso e Lula nessa tríade sintetizada por Ortega y Gasset. Mas, o fato real é que a afirmação de que não há alternativas ao atual modelo econômico é auto-defesa de conformistas. Em sua entrevista à revista
Três caminhos
Q
ROBERTO FENDT
ual a diferença entre um "distributivista agrário", como João Pedro Stédile, um distributivista de renda, como o presidente Lula, e uma socialista, como a senadora Heloísa Helena? Esta semana, o MST invadiu pela quarta vez a Fazenda Coqueiros, no Rio Grande do Sul. O motivo é o de sempre: impor, pela invasão da propriedade, pela redistribuição forçada da terra, um ideal de "justiça social". Fosse hoje vivo, o pensador político francês Bertrand de Jouvenel (19031987) diria que João Paulo Stédile é um "distributivista agrário": alguém que tem a idéia de que todos os homens deveriam ser igualmente aquinhoados com recursos naturais a partir dos quais pudessem obter o seu sustento. É claro que a simples redistribuição de terra não implica em igualdade da distribuição de renda entre os novos proprietários. A produtividade das diversas glebas de terra pode ser distinta; os esforços no lavrar a terra saqueada podem, e certamente serão, também distintos; como diferentes serão os conhecimentos dos beneficiários a respeito de como lavrar a terra. Para não dizer que, em muitos casos, os beneficiários estão lá apenas para se apoderar da terra, para posteriormente revendê-la. Já o presidente Lula é um distributivista diferente. Aspira mudar a distribuição da renda, não a da propriedade da terra. Para esse efeito, aumenta o salário mínimo acima do necessário para corrigir a inflação. Não reajusta, durante a maior parte de sua gestão, as faixas do imposto de renda progressivo, achatando a renda líquida da classe média. Aumenta os demais impostos, sem saber ao certo qual o efeito líquido sobre os mais pobres e os mais ricos. Distribui alimentos aos necessitados e não necessitados (não há controle sobre quem são os beneficiários), custeados com a arrecadação de tributos pagos em larga medida pela classe média em extinção. A senadora Heloísa Helena, em sua campanha para a Presidência da República, bate diariamente no senhor presidente, dizendo que Lula é "assistencialista". Seu programa é dife-
rente: aspira a implantar o socialismo entre nós. Como se comparam os três? Como De Jouvenel mostrou em duas palestras proferidas na Universidade de Cambridge em 1949 (posteriormente publicadas em 1952 em um extraordinário livro chamado de A ética da redistribuição), estamos diante de três espécies distintas. O socialismo prega o fim da luta de classes, do conflito, entre os homens. Seu objetivo não é meramente a justiça social, mas uma "revolta emocional" contra o antagonismo no seio da sociedade – decorrente, em grande parte, da propriedade privada, a ser abolida para que uma nova irmandade sem conflitos surja entre os homens. Para um verdadeiro socialista, o "distributivista agrário" não resolve o problema. Ao contrário, o exacerba, já que cria um espaço de liberdade delimitado para cada um dos novos proprietários, livres para produzir desigualdade de resultados a partir de glebas iguais de terra. Um distributivista, como o senhor presidente, também não elimina o antagonismo e o conflito na sociedade. O objetivo da redistribuição petista é a generalização da moderna sociedade de consumo. Contudo, só o persistente crescimento permite que a escassez de recursos materiais para o atendimento das demandas seja atenuada e que todos tenham um alto padrão de consumo, como mostra na prática a experiência dos Estados Unidos, da Europa, do Japão e dos demais países hoje desenvolvidos.
A
verdade é que a sociedade socialista é a sociedade da pobreza, como em Cuba e na Coréia do Norte. O seu modelo, como apropriadamente apontou De Juvenel, é o ideal da sociedade dos monastérios. Lá não há conflitos porque o objeto dos membros dessa sociedade não é o consumo de bens materiais escassos, que gera a competição e o antagonismo entre seus membros, mas a comunhão com a divindade, infinita, não sujeita à condição de escassez. Os três caminhos são distintos e sempre nos levarão na direção oposta onde se encontra a liberdade.
Q ual a diferença entre o distributivismo agrário, o de renda e o socialismo?
O futuro das exportações MILTON LOURENÇO
O
avanço das exportações brasileiras nos últimos anos deu-se em função da forte evolução da demanda mundial e de uma taxa de câmbio desvalorizada até o ano passado, além de um baixo crescimento interno, que, em tese, estimula a busca do mercado internacional. Portanto, não foi um crescimento sustentável, o que significa que, se a conjuntura internacional mudar, dificilmente aquelas taxas se repetirão. Nos últimos meses, apesar do dólar barato, a maior parte das empresas exportadoras abriu mão da rentabilidade para continuar no mercado. É uma medida sensata, pois atuar no mercado externo pressupõe continuidade e persistência, mas a verdade é que muitas empresas só conseguiram manter o volume de exportação do ano passado porque reduziram os preços de seus produtos. Isso ficou claro num estudo que a própria Agência de Promoção às Exportações (ApexBrasil), entidade ligada ao Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior (MDIC), promoveu para saber como empresas de 32 setores da economia sobreviveram ao câmbio desfavorável. Segundo o estudo, mesmo com a maré contrária, alguns setores, como café e carne bovina, esperam aumentar suas exportações a partir da conquista de novos mercados, especialmente com a eliminação de restrições sanitárias impostas por outras nações. Há outros setores que nem mesmo essas perspectivas têm. Calçados, móveis e têxteis já anunciaram que esperam queda nas exportações. São setores que já tiveram queda nas exportações e não con-
seguiram reajustar os preços. Como já era de se esperar, a pesquisa encomendada pela Apex-Brasil constatou que a valorização do real foi fatal para a sobrevivência das pequenas e médias empresas no comércio exterior. Das 4.038 empresas que deixaram o mercado externo em 2005, 82% exportavam até US$ 100 mil por ano. Mais da metade das empresas que pararam de exportar — 2.304 — eram indústrias, principalmente dos setores de calçados, couro, têxteis, vestuário, móveis, máquinas e equipamentos. Também algumas tradings deixaram de atuar. Outras pesquisas têm mostrado que as exportações brasileiras vêm crescendo mais pelas quantidades vendidas do que pelos preços.
O
que se conclui é que a política comercial da década passada estava no caminho certo, ao priorizar a formação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Ao condenar ao fracasso a Alca, o governo atual, depois do malogro das negociações da Rodada de Doha em Genebra, começa a levar o comércio exterior a uma situação crítica. Diante desses números, não se pode olhar com muito otimismo para o futuro das exportações brasileiras, principalmente porque, hoje, o País não têm acordos comerciais relevantes. E o governo não parece disposto a sair em busca deles, o que significa que o Brasil corre um sério risco de ficar excluído dos mercados internacionais. MILTON LOURENÇO É DIRETOR-PRESIDENTE DA FIORDE LOGÍSTICA FIORDE@FIORDE.COM.BR
A política comercial da década passada estava no caminho certo
O
presidente Néstor Kirchner recebeu mais investimentos e mais poderes do que lhe garantia a Constituição da República Argentina. É esse o destino das democracias latinoamericanas. Já temos no continente mais de uma: temos a Venezuela, temos a Argentina, temos o Peru, e outros países, que o presidencialismo derivou para a ditadura, reentroncando-se na velha tradição latino-americana de não passar um período de tempo sem um ditador. Foi assim, por exemplo, que Leônidas Trujillo se tornou ditador e manteve uma embaixada em Paris, caríssima, que abrigava como embaixador o apenas playboy Porfírio Rubirosa. Agora, temos a Argentina, com Kirchner dando exemplo à grande nação sul-americana, que parte para o regime discricionário com poderes maiores do que teve Getúlio Vargas no Brasil com a Carta de 37. O ditador é, portanto, a regra na América Latina.
G A Argentina
caiu mais uma vez nas mãos de um ditador. O ditador é regra na América Latina.
N
o Brasil não vejo surgir no horizonte a bandeira do ditador, pois os últimos, os militares, já estão esquecidos, depois de terem sido zurzidos pela imprensa, que não os poupou nem mesmo quando fizeram obras boas. Temos, ainda, a herança do Império, que foi modelarmente liberal, e a ditadura que veio com um gaúcho, por ser extensa a planta positivista no Rio Grande do Sul, e o positivismo foi uma aventura francesa que não medrou em nenhum outro país do mundo senão nos países da América Latina. Reconheço que a atual situação política do Brasil justificaria um golpe militar, que faria ditadores os presidentes e os governadores de Estado. Não pensemos em mudanças políticas. Lamentemos, apenas, que a Argentina tenha caído mais uma vez nas mãos de um ditador, lamentemos os outros países, também vítimas da mesma emboscada, que não leva a nada, e fiquemos por aqui, com a nossa enorme mediocridade política. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
4
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Tr i b u t o s Finanças Especial Nacional
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
NOVAS FAMÍLIAS REÚNEM FILHOS E ENTEADOS
Vejo muita coragem no Victor e por isso ele foi minha inspiração na peça "O Vôo". Wagner Alexandre, ator e padrasto de Victor
Marcelo Min/AFG
Não faz diferença se é biológico ou de coração, para esses homens a maior felicidade é cuidar dos filhos
O ator Claudio Saltini e o enteado Victor Queiroz: cumplicidade em vários momentos, tanto que o garoto escolheu pedir uma moto ao padrasto e não ao pai.
PAIS SUPERBACANAS PRESENÇA CONSTANTE É O QUE IMPORTA
Q
uando o assunto é o seu enteado Victor Queiroz Rosa, o ator de teatro infantil Claudio Saltini só tem elogios ao rapaz, que agora em agosto completa 15 anos. "O Victor é um cara superbacana. Ele facilitou muito as coisas neste casamento", enaltece Saltini. "Este" casamento é a união de nove anos do ator com Maria Tereza, a Teca. Os dois se conhecem há mais de 20 anos. Cada um, no entanto, se-
guiu seu rumo, se casou e também se separou. Quando Saltini reencontrou Teca, Victor tinha quatro anos de idade. Dois anos depois, se casaram. No começo, o casal pensou em ter um filho, mas viu que "valia mais a pena" cuidar só de Victor. "Ele preencheu essa vontade de eu querer ser pai", derrama-se o padrasto. Apesar de não ser o pai biológico, foi Saltini quem ensinou Victor a andar de bicicleta, a nadar, a fazer a primeira bar-
ba. "Eu sou o padrasto, Victor tem o pai dele." Mesmo tendo pai, na hora de pedir uma moto, desejo comum em jovens dessa idade, o rapaz recorreu a Saltini. "Além de pedir para eu comprar, brigou comigo, disse 'pô, todos os meus amigos têm moto, eu também quero'", ri o ator, atualmente em cartaz com a peça "Guarda-zool". "Minha relação com o Victor não é artificial. A gente briga e também tem momentos maravilhosos." Saltini dedicou vá-
rias peças ao enteado. Uma delas, chamada "O Vôo", conta a história de um norte-americano que atravessa o oceano voando. "É uma coisa de coragem que eu vejo muito no Victor. Ele foi minha inspiração." Acordo – Outros pais, biológicos ou não, também não conseguem se "desgrudar" dos filhos. O coordenador de análise de sistemas Dirnei Mendes Damasceno tem um acordo judicial com a ex-mulher que lhe permite ver os dois filhos, Danilo e Deborah, uma vez por semana e em dois fins de semana do mês. Porém, o analista diz que tanto ele como a exmulher são flexíveis. Quem sai ganhando são os filhos, que acabam vendo o pai mais vezes. Hoje, Danilo tem 12 anos de idade e Deborah, 11. "Quando me separei, o Danilo sentiu mais o fim do casamento. Ele sempre chorava quando a gente se encontrava", lembra o analista. A situação se inverteu agora. "Deborah é mais carinhosa, está mais
apegada." Quando os três estão juntos, Damasceno ouve o que os filhos fizeram nos últimos dias e os três conversam sobre o tema número um entre pré-adolescentes: namorados. Para o pai, os filhos estão em uma idade na qual é importante ter alguém em quem confiar. "Conquistar e manter confiança entre nós é fundamental." Para manter essa ponte, Damasceno, entre outras coisas, vai a "mais de 80%" das atividades extras da escola. O analista começou a namorar recentemente, mas os quatro – pai, namorada e os dois filhos – ainda não fazem programas juntos. "Às vezes, eu toco no assunto de casar de novo. Eles dizem que não se opõem." Damasceno, que tem 42 anos, não descarta a idéia de ter mais filhos no futuro. Meus, seus, nossos – Separações e novas uniões dão formato a outros tipos de família, que exigem também pais superpresentes. Wagner Alexandre Silva de Almeida é um bom
exemplo de pai neste modelo, que reúne filhos de diferentes casamentos. Dos cinco filhos que o administrador de empresas tem, duas são com a exmulher, uma é com a atual, Rosângela, e os outros dois são enteados – filhos da atual esposa. Almeida, no entanto, não faz diferença entre os biológicos e os enteados. Para ele, é tudo filho e acabou. "Acho filho um barato. Eu curto", resume. As filhas Bárbara, 16 anos, e Beatriz, 12, são do primeiro casamento. Michel, 22, e Meire Helen, 19, são os enteados. Maria Fernanda, seis anos, é a caçula. Michel mora com a avó materna para ficar mais perto da namorada. Bárbara e Beatriz moram com a ex-mulher. Para Almeida, não basta ser pai, tem de participar. Ele acorda às 5h30 para deixar Meire Helen no ponto e espera o ônibus que a leva à faculdade, volta para casa e pega Maria Fernanda e Rosângela. Deixa a caçula na escola, Rosângela no trabalho e vai para a corretora de seguros da qual é sócio. Às 17h, busca Maria Fernanda, que estuda em período integral. "Quando a Meire Helen estava no colegial, ia pegá-la todo dia na hora da saída também", conta. Almeida sente não fazer o mesmo por Bárbara e Beatriz. De 15 em 15 dias, as duas passam quatro dias com o pai e as 'irmãs'. Almeida reclama que é pouco, fala que as meninas deveriam ficar um mês com ele, outro com a mãe. "Eu, a Meire, a Bárbara e a Bê ficamos conversando até as 3 da manhã na cozinha quando elas estão aqui", diz o paizão. "Pai e mãe têm que abrir mão das coisas para ficar com os filhos." Em janeiro de 2005, no baile de formatura de Meire Helen (que terminara o colegial) e Bárbara (a oitava série), o administrador dançou com as duas ao mesmo tempo na hora da dança com os pais. Depois de se separar, Almeida fez questão de comprar uma casa que ficasse perto tanto das filhas do primeiro casamento quanto do trabalho. "Se a gente fica muito tempo no trânsito, passa menos tempo com a família", ensina. "Faço tudo isso por amor, não espero reconhecimento. A família é o alicerce de tudo." Kety Shapazian
Wagner Alexandre com quatro dos seus cinco filhos, biológicos ou não: dedicação total às crianças na hora de levar e buscar na escola. Afinal, família é o alicerce de tudo.
Até mais tarde
D
os 37 shoppings da cidade, apenas dois mudarão seus horários no sábado, véspera do Dia dos Pais. As lojas do Central Plaza e do Penha ficarão abertas até às 23h. No domingo, o horário de funcionamento do Central Plaza volta ao normal – das 14 às 20h. Já no shopping Penha, as lojas abrirão ao meio-dia.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
LEGAIS - 11
Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta
CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP
Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras
CONTINUAÇÃO III) Títulos mantidos até o vencimento
II) Composição dos instrumentos financeiros derivativos (ativos e passivos), demonstrada pelo seu valor de custo atualizado e valor de mercado Em 30 de junho - R$ mil 2005
2006 1 a 30 dias
TÍTULOS
FINANCEIRAS ......................................................... 853 Títulos da dívida externa brasileira ......................... – Títulos privados no exterior ..................................... 853 PREVIDÊNCIA ........................................................ – Notas do tesouro nacional ...................................... – Total geral (5) ........................................................... 853 d) Composição das carteiras distribuídas pelas rubricas de publicação 1 a 30 dias Carteira própria ...................................................... Títulos de renda fixa ............................................... • Letras financeiras do tesouro ................................ • Operações compromissadas (2) ........................... • Notas do tesouro nacional .................................... • Títulos da dívida externa brasileira ....................... • Certificados de depósito bancário ........................ • Letras do tesouro nacional .................................... • Títulos privados no exterior ................................... • Debêntures ............................................................ • Notas do Banco Central ........................................ • Títulos de governos estrangeiros .......................... • Moedas de privatização ........................................ • Títulos vinculados a produtos PGBL/VGBL .......... • Outros .................................................................... Títulos de renda variável ........................................ • Ações de companhias abertas(provisão técnica) • Ações de companhias abertas (outras) ................ Títulos vinculados ................................................... A compromisso de recompra ................................. • Letras do tesouro nacional .................................... • Títulos da dívida externa brasileira ....................... • Certificados de depósito bancário ........................ • Letras financeiras do tesouro ................................ • Notas do tesouro nacional .................................... • Debêntures ............................................................ • Títulos de governos estrangeiros .......................... Ao Banco Central .................................................... • Letras do tesouro nacional .................................... • Notas do tesouro nacional .................................... • Letras financeiras do tesouro ................................ • Notas do Banco Central ........................................ Moedas de privatização ......................................... A prestação de garantias ....................................... • Letras do tesouro nacional .................................... • Letras financeiras do tesouro ................................ • Notas do tesouro nacional .................................... • Títulos de governos estrangeiros .......................... • Notas do Banco Central ........................................ Instrumentos financeiros derivativos (1) ............... Títulos objeto de operações compromissadas de livre movimentação .............................................. • Letras do tesouro nacional .................................... Total em 2006 .......................................................... % .............................................................................. Total em 2005 .......................................................... % .............................................................................. (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8)
31 a 180 dias 2.835 – 2.835 1.086.509 1.086.509 1.089.344
31 a 180 dias
181 a 360 dias 3.402 – 3.402 – – 3.402
181 a 360 dias
Acima de 360 dias 1.080.016 1.050.250 29.766 2.129.896 2.129.896 3.209.912
Acima de 360 dias
Valor de custo atualizado (6) (7) (8)
Valor de custo atualizado (6) (7) (8)
1.087.106 1.050.250 36.856 3.216.405 3.216.405 4.303.511
1.172.701 1.126.278 46.423 3.177.516 3.177.516 4.350.217
Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO 2006 Custo atualizado Ajuste a receber - swap ...................................... Compras a termo a receber ................................. Vendas a termo a receber ................................... Prêmios de opções a exercer ............................. Total do Ativo ..................................................... Ajuste a pagar - swap ......................................... Compra a termo a pagar ...................................... Venda a termo a entregar .................................... Prêmios de opções lançadas ............................. Total do Passivo .................................................
Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO BRADESCO CONSOLIDADO MÚLTIPLO
8.966.876 7.159.159 162.353 3.101.182 – – 264.459 1.504.898 12.396 1.693 – – – 1.686.139 426.039 1.807.717 827.856 979.861 104.429 225 – – – – – 225 – 26.322 26.322 – – – 1 77.881 – 77.297 – 584 – 370.450
8.634.889 8.634.889 1.023.144 511.486 1.235.221 – 1.331.674 40.326 65.936 31.058 – 89.994 – 4.289.932 16.118 – – – 229.535 – – – – – – – – 101.478 101.478 – – – – 128.057 43.266 84.791 – – – 72.206
10.203.411 10.203.411 558.401 86.612 427.719 – 3.048.566 365.876 51.038 – – 205 – 5.655.418 9.576 – – – 107.750 – – – – – – – – 11.196 11.196 – – – – 96.554 76.739 19.815 – – – 35.129
36.698.492 36.698.492 2.235.960 1.476.215 13.501.915 4.249.385 1.331.809 305.483 2.032.788 1.231.601 – 8.966 114.243 9.579.443 630.684 – – – 4.941.320 1.617.547 81.240 1.039.805 475.203 8.283 8.226 493 4.297 1.200.094 519.751 680.343 – – 69.984 2.053.695 632.432 102.108 1.319.155 – – 17.661
64.503.668 62.695.951 3.979.858 5.175.495 15.164.855 4.249.385 5.976.508 2.216.583 2.162.158 1.264.352 – 99.165 114.243 21.210.932 1.082.417 1.807.717 827.856 979.861 5.383.034 1.617.772 81.240 1.039.805 475.203 8.283 8.226 718 4.297 1.339.090 658.747 680.343 – – 69.985 2.356.187 752.437 284.011 1.319.155 584 – 495.446
8.400.568 8.332.746 405.008 – 90.347 4.235.060 208.738 493.334 1.883.413 296.008 – 98.960 – – 621.878 67.822 – 67.822 18.178.706 14.609.294 81.240 1.039.805 475.203 8.283 8.226 12.992.240 4.297 1.339.089 658.747 680.342 – – 5.903 2.224.420 715.259 190.007 1.319.154 – – 496.067
– – 9.441.755 13,4 3.744.957 5,8
– – 8.936.630 12,7 14.582.336 22,6
– – 10.346.290 14,7 13.447.876 20,9
– – 41.657.473 59,2 32.666.243 50,7
– – 70.382.148 100,0 64.441.412 100,0
3.049 3.049 27.078.390
2005
Ajuste a valor de mercado
305.933 – 121.536 5.394 432.863 (141.041) – (121.536) (127.517) (390.094)
66.828 – (61) (4.184) 62.583 (4.713) – 61 (1.798) (6.450)
306.953 – 121.536 5.394 433.883 (141.952) – (121.536) (127.517) (391.005)
Ajuste a receber - swap ...................................... Compras a termo a receber ................................. Vendas a termo a receber ................................... Prêmios de opções a exercer ............................. Total do Ativo ..................................................... Ajuste a pagar - swap ......................................... Compra a termo a pagar ...................................... Venda a termo a entregar .................................... Prêmios de opções lançadas ............................. Total do Passivo .................................................
10)
489.862 487.161 849.178 966 1.827.167 (97.307) (487.161) (849.178) (185.642) (1.619.288)
Valor de mercado
66.429 – (61) (4.184) 62.184 (2.916) – 61 (1.798) (4.653)
Ajuste a valor de mercado
Custo atualizado
373.382 – 121.475 1.210 496.067 (144.868) – (121.475) (129.315) (395.658)
557.197 487.339 849.164 2.037 1.895.737 (99.591) (487.339) (849.164) (180.502) (1.616.596)
19.128 (178) 14 (1.071) 17.893 (1.978) 178 (14) (5.140) (6.954)
Valor de mercado 576.325 487.161 849.178 966 1.913.630 (101.569) (487.161) (849.178) (185.642) (1.623.550)
III) Contratos futuros, de opções, de termo e de swap Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO Total
Contratos futuros ................................................. Contratos de opções ........................................... Contratos a termo ................................................ Contratos de swap .............................................. Total em 2006 ...................................................... Total em 2005 ......................................................
1 a 90 dias
91 a 180 dias
181 a 360 dias
19.294.862 1.019.636 1.194.906 8.231.404 29.740.808 24.202.037
3.948.581 382.893 452.480 6.045.029 10.828.983 5.547.378
Acima de 360 dias
3.828.951 129.996 424.735 2.671.498 7.055.180 6.549.760
8.027.898 57.570 179.535 3.748.856 12.013.859 8.161.725
2006
2005
35.100.292 1.590.095 2.251.656 20.696.787 59.638.830
30.678.358 2.281.760 2.250.219 9.250.563 44.460.900
Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO
Contratos futuros ................................................. Contratos de opções ........................................... Contratos a termo ................................................ Contratos de swap .............................................. Total em 2006 ...................................................... Total em 2005 ......................................................
25.058.649
1 a 90 dias
91 a 180 dias
181 a 360 dias
19.224.897 1.019.636 1.397.460 8.252.217 29.894.210 24.443.365
3.879.329 382.893 452.480 6.060.511 10.775.213 5.742.845
Acima de 360 dias
3.825.215 129.996 424.735 2.684.411 7.064.357 6.931.935
8.027.898 57.570 179.535 3.731.785 11.996.788 8.316.006
2006
2005
34.957.339 1.590.095 2.454.210 20.728.924 59.730.568
30.678.358 2.281.760 2.373.383 10.100.650 45.434.151
IV) Tipos de margem oferecida em garantia para instrumentos financeiros derivativos, representados basicamente por contratos futuros Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO 2006 2005 Títulos públicos Notas do tesouro nacional ........................................................................................... Letras do tesouro nacional .......................................................................................... Letras financeiras do tesouro ...................................................................................... Total ..............................................................................................................................
1.294.150 93.573 – 1.387.723
BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005
311.842 592.305 1.038 905.185
1.294.150 93.573 – 1.387.723
311.842 592.305 1.038 905.185
V) Valores das receitas e das despesas líquidas Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005 2006 2005 Contratos de swap ....................................................................................................... Contratos a termo ......................................................................................................... Contratos de opções .................................................................................................... Contratos futuros .......................................................................................................... Total ..............................................................................................................................
1.551.823 (80.159) 7.961 144.485 1.624.110
581.209 (27.831) 11.030 1.132.197 1.696.605
1.554.645 (95.016) 7.962 144.496 1.612.087
577.580 (44.642) 11.030 1.132.197 1.676.165
VI) Valores globais dos instrumentos financeiros derivativos, separados por local de negociação Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO 2006 2005
BRADESCO MÚLTIPLO
CETIP (balcão) ............................................................................................................. BM&F (bolsa) ............................................................................................................... Total ..............................................................................................................................
2005
Valor global Valor líquido Valor global Valor líquido Valor global Valor líquido Valor global Valor líquido Contratos futuros Compromissos de compra: .......... 9.087.099 8.239.974 8.978.758 8.239.974 - Mercado interfinanceiro ............... 2.520.938 3.649.649 2.434.971 3.649.649 - Moeda estrangeira ....................... 6.566.161 4.590.325 6.543.787 4.590.325 Compromissos de venda: ............. 26.013.193 22.438.384 25.978.581 22.438.384 - Mercado interfinanceiro ............... 15.636.135 13.115.197 8.389.162 4.739.513 15.616.146 13.181.175 8.389.162 4.739.513 - Moeda estrangeira ....................... 10.305.761 3.739.600 14.041.145 9.450.820 10.291.138 3.747.351 14.041.145 9.450.820 - Outros .......................................... 71.297 71.297 8.077 8.077 71.297 71.297 8.077 8.077 Contratos de opções Compromissos de compra: .......... 150.233 6.915 150.233 6.915 - Moeda estrangeira ....................... 150.233 6.915 150.233 6.915 Compromissos de venda: ............. 1.439.862 2.274.845 1.439.862 2.274.845 - Moeda estrangeira ....................... 1.439.862 1.289.629 2.274.845 2.267.930 1.439.862 1.289.629 2.274.845 2.267.930 Contratos a termo Compromissos de compra: .......... 1.449.954 904.448 1.652.508 1.027.612 - Moeda estrangeira ....................... 1.449.954 769.789 417.109 1.652.508 972.343 540.273 43.666 - Outros .......................................... – 487.339 – 487.339 Compromissos de venda: ............. 801.702 1.345.771 801.702 1.345.771 - Moeda estrangeira ....................... 680.165 – 496.607 79.498 680.165 – 496.607 – - Outros .......................................... 121.537 121.537 849.164 361.825 121.537 121.537 849.164 361.825 Contratos de swap Posição ativa: ............................... 21.069.548 9.740.425 21.102.306 10.676.975 - Mercado interfinanceiro ............... 11.481.148 9.936.565 3.013.567 1.748.100 11.481.148 9.781.694 3.013.508 892.674 - Prefixados ................................... 669.312 – 615.342 764.610 41.932 1.558.730 852.141 - Moeda estrangeira ....................... 7.177.679 – 4.378.452 7.115.716 4.372.803 - Taxa referencial - T.R. .................. 803.951 698.236 765.722 765.388 803.951 698.236 765.722 765.388 - Selic ............................................ 721.461 616.677 853.489 810.336 721.461 616.677 853.489 810.336 - IGP-M ........................................... 71.734 72.644 71.734 72.644 - Outros .......................................... 144.263 142.264 41.209 30.052 143.686 142.080 40.079 29.940 Posição passiva: .......................... 20.842.541 9.347.870 20.873.792 10.202.219 - Mercado interfinanceiro ............... 1.544.583 1.265.467 1.699.454 2.120.834 - Prefixados ................................... 761.882 92.570 706.589 91.247 722.678 706.589 - Moeda estrangeira ....................... 18.012.811 10.835.132 7.221.329 2.842.877 17.928.788 10.813.072 7.221.329 2.848.526 - Taxa referencial - T.R. .................. 105.715 334 – 105.715 334 - Selic ............................................ 104.784 43.153 – 104.784 43.153 - IGP-M ........................................... 310.767 239.033 99.841 27.197 310.767 239.033 99.841 27.197 - Outros .......................................... 1.999 11.157 1.606 10.139 Nos derivativos estão incluídas as operações vencíveis em D+1.
7.640 (178) 14 (1.071) 6.405 439 178 (14) (5.140) (4.537)
2005
Ajuste a valor de mercado
Em 30 de junho - R$ mil 2006
482.222 487.339 849.164 2.037 1.820.762 (97.746) (487.339) (849.164) (180.502) (1.614.751)
2006 Custo atualizado
e) Instrumentos financeiros derivativos O Bradesco participa de operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos, registrados em contas patrimoniais e de compensação, que se destinam a atender às necessidades próprias e de seus clientes. Os instrumentos financeiros derivativos, quando utilizados pelo Banco como instrumentos de hedge, destinam-se a protegê-lo contra variações cambiais e variações nas taxas de juros de ativos e passivos. Os derivativos geralmente representam compromissos futuros para trocar moedas ou indexadores, ou comprar ou vender outros instrumentos financeiros nos termos e datas especificados nos contratos. Os contratos de opções proporcionam ao comprador o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender um instrumento financeiro com preço específico de exercício em data futura. I) Valor dos instrumentos registrados em contas patrimoniais e de compensação
2005
372.761 – 121.475 1.210 495.446 (145.754) – (121.475) (129.315) (396.544)
Valor de mercado
Em 30 de junho - R$ mil
Para efeito de comparabilidade com o critério adotado pela Circular n 3068 do BACEN e pela característica dos títulos, estamos considerando os instrumentos financeiros derivativos na categoria “Títulos para Negociação”; Referem-se a recursos de fundos de investimento e carteiras administradas aplicados em operações compromissadas com o Banco Bradesco, cujos proprietários são empresas controladas, incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas; As aplicações em cotas de fundos de investimento foram distribuídas de acordo com os papéis que compõem suas carteiras, preservando a classificação da categoria dos fundos; Em 30 de junho de 2006, foram transferidos R$ 11.251.983 mil de “Títulos para Negociação” para “Títulos disponíveis para Venda”, em função da intenção da administração quanto a sua avaliação; Atendendo ao disposto no Artigo 8o da Circular no 3068 do BACEN, o Bradesco declara possuir capacidade financeira e intenção de manter até o vencimento os títulos classificados na categoria mantidos até o vencimento. A capacidade financeira é evidenciada pela Nota 32a, na qual são demonstrados os vencimentos das operações ativas e passivas, com base em 30 de junho de 2006; Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis, independentemente de sua classificação contábil; A coluna reflete o valor contábil após a marcação a mercado, exceto os papéis classificados em títulos mantidos até o vencimento, cujo valor de mercado é superior ao valor de custo atualizado no montante de R$ 789.106 mil (31 de março de 2006 - R$ 965.701 mil e 30 de junho de 2005 - R$ 836.704 mil); e O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado disponível na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado disponível, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custo atualizado reflete o valor das respectivas cotas.
BRADESCO CONSOLIDADO
Ajuste a valor de mercado
Custo atualizado
BRADESCO MÚLTIPLO
o
2006
Valor de mercado
f)
11.429.836 48.208.994 59.638.830
BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005
9.132.777 35.328.123 44.460.900
11.461.973 48.268.595 59.730.568
9.982.864 35.451.287 45.434.151
Resultado com títulos e valores mobiliários, resultado financeiro de seguros, previdência e capitalização e instrumentos financeiros derivativos Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005 2006 2005
9)
Títulos de renda fixa ......................................................................................................... Aplicações interfinanceiras de liquidez (Nota 7b) ........................................................... Alocação da variação cambial das agências e controladas no exterior ........................ Títulos de renda variável ..................................................................................................
1.650.941 1.698.319 (856.978) 87.941
1.840.074 1.585.623 (1.462.344) (5.254)
2.114.003 3.077.516 – (561)
1.491.684 2.564.379 – (14.618)
Subtotal ............................................................................................................................ Resultado financeiro de seguros, previdência e capitalização ...................................... Resultado com instrumentos financeiros derivativos ..................................................... Total ..................................................................................................................................
2.580.223 3.455.379 1.624.110 7.659.712
1.958.099 3.233.720 1.696.605 6.888.424
5.190.958 – 1.612.087 6.803.045
4.041.445 – 1.676.165 5.717.610
RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS - CRÉDITOS VINCULADOS a) Créditos vinculados
Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO Remuneração
Compulsório sobre depósitos à vista ............................................ não remunerado Compulsório sobre depósitos de poupança .................................. índice da poupança Compulsório adicional ................................................................... taxa selic Créditos vinculados ao SFH .......................................................... taxa referencial - TR Recursos do crédito rural ............................................................... taxa referencial - TR Total ................................................................................................ b) Resultado das aplicações compulsórias
BRADESCO MÚLTIPLO
2006
2005
2006
2005
5.478.248 4.984.141 6.486.089 400.302 578 17.349.358
4.529.135 4.874.788 5.893.903 258.706 578 15.557.110
5.467.457 4.983.233 6.486.089 224.739 578 17.162.096
4.520.768 4.874.788 5.893.903 96.815 578 15.386.852
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2006 2005 2006 2005 Créditos vinculados ao BACEN (depósito compulsório) ................................................. Créditos vinculados ao SFH ............................................................................................ Total ..................................................................................................................................
OPERAÇÕES DE CRÉDITO Apresentamos as informações relativas às operações de crédito, que incluem adiantamentos sobre contratos de câmbio, operações de arrendamento mercantil e outros créditos com características de concessão de crédito: a) Modalidades e prazos; d) Concentração das operações de crédito; b) Modalidades e níveis de risco; e) Setor de atividade econômica; c) Faixas de vencimentos e níveis de risco; f) Composição das operações de crédito e da provisão para créditos de liquidação duvidosa; a) Modalidades e prazos
660.525 16.593 677.118
723.495 15.502 738.997
656.987 5.874 662.861
723.448 4.288 727.736
g) Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa; h) Recuperação e renegociação; e i) Receitas de operações de crédito e de arrendamento mercantil. Em 30 de junho - R$ mil
BRADESCO CONSOLIDADO Curso normal
Empréstimos e títulos descontados ................................................................................................................................... Financiamentos ................................................................................................................................................................... Financiamentos rurais e agroindustriais ............................................................................................................................. Subtotal ............................................................................................................................................................................... Operações de arrendamento mercantil ............................................................................................................................... Adiantamentos sobre contratos de câmbio (1) ................................................................................................................... Subtotal ............................................................................................................................................................................... Outros créditos (2) ............................................................................................................................................................... Total das operações de crédito em 2006 (3) ...................................................................................................................... Avais e fianças (4) .............................................................................................................................................................. Total com avais e fianças em 2006 .................................................................................................................................... Total com avais e fianças em 2005 ....................................................................................................................................
1 a 30 dias
31 a 60 dias
7.935.455 2.195.439 409.988 10.540.882 160.927 1.375.416 12.077.225 184.149 12.261.374 308.254 12.569.628 11.504.780
5.501.302 2.246.783 196.067 7.944.152 131.602 1.142.547 9.218.301 14.719 9.233.020 1.287.008 10.520.028 7.445.180
61 a 90 dias 4.029.456 1.748.915 330.753 6.109.124 134.451 956.759 7.200.334 18.457 7.218.791 665.209 7.884.000 6.405.210
91 a 180 dias
Acima de 360 dias
181 a 360 dias
4.816.218 4.161.712 1.102.505 10.080.435 378.219 1.439.859 11.898.513 40.065 11.938.578 824.589 12.763.167 10.223.538
4.661.197 7.329.449 966.359 12.957.005 662.739 770.067 14.389.811 69.287 14.459.098 1.514.333 15.973.431 12.183.500
Total em 2006 (A)
% (5)
35.514.831 29.720.401 6.530.492 71.765.724 3.034.677 5.684.648 80.485.049 469.462 80.954.511 13.369.000 94.323.511
8.571.203 12.038.103 3.524.820 24.134.126 1.566.739 – 25.700.865 142.785 25.843.650 8.769.607 34.613.257 25.944.373
Total em 2005 (A) 37,7 31,5 6,9 76,1 3,2 6,0 85,3 0,5 85,8 14,2 100,0
% (5)
29.291.120 23.202.009 5.289.160 57.782.289 1.918.996 5.014.447 64.715.732 431.678 65.147.410 8.559.171
39,7 31,5 7,2 78,4 2,6 6,8 87,8 0,6 88,4 11,6
73.706.581 100,0 Em 30 de junho - R$ mil
BRADESCO CONSOLIDADO Curso anormal Parcelas vencidas 1 a 30 dias Empréstimos e títulos descontados ....................................................................................................................................................................... Financiamentos ....................................................................................................................................................................................................... Financiamentos rurais e agroindustriais ................................................................................................................................................................. Subtotal ................................................................................................................................................................................................................... Operações de arrendamento mercantil ................................................................................................................................................................... Adiantamentos sobre contratos de câmbio (1) ....................................................................................................................................................... Subtotal ................................................................................................................................................................................................................... Outros créditos (2) ................................................................................................................................................................................................... Total das operações de crédito em 2006 (3) .......................................................................................................................................................... Total das operações de crédito em 2005 ...............................................................................................................................................................
31 a 60 dias
597.203 198.306 19.000 814.509 6.977 7.266 828.752 4.010 832.762 497.258
91 a 180 dias
61 a 90 dias
290.698 128.446 17.834 436.978 5.024 4.102 446.104 1.236 447.340 315.344
308.391 61.815 8.812 379.018 2.542 928 382.488 302 382.790 254.687
181 a 720 dias
465.321 122.280 3.265 590.866 4.290 1.885 597.041 424 597.465 435.065
Total em 2006 (B) 2.216.566 612.089 85.315 2.913.970 21.836 82.223 3.018.029 25.312 3.043.341
554.953 101.242 36.404 692.599 3.003 68.042 763.644 19.340 782.984 493.615
% (5)
Total em 2005 (B) 72,8 20,1 2,8 95,7 0,7 2,7 99,1 0,9 100,0
% (5)
1.465.592 352.873 68.865 1.887.330 10.713 74.477 1.972.520 23.449
73,4 17,7 3,5 94,6 0,5 3,7 98,8 1,2
1.995.969 100,0 Em 30 de junho - R$ mil
BRADESCO CONSOLIDADO Curso anormal
Total geral
Parcelas vincendas 1 a 30 dias
31 a 60 dias
61 a 90 dias
91 a 180 dias
181 a 360 dias
Acima de 360 dias
Totalem 2006 (C)
% (5)
Totalem 2005 (C)
% (5)
Total em 2006 (A+B+C)
% (5)
Total em 2005 (A+B+C)
% (5)
Empréstimos e títulos descontados .................................................. 215.516 200.580 169.295 323.678 371.975 385.463 1.666.507 35,8 994.609 37,6 39.397.904 38,6 31.751.321 40,6 Financiamentos .................................................................................. 190.790 174.427 164.088 436.461 647.107 984.845 2.597.718 55,9 1.539.390 58,3 32.930.208 32,3 25.094.272 32,0 Financiamentos rurais e agroindustriais ............................................ 16.253 15.284 15.339 17.188 17.784 167.850 249.698 5,4 60.762 2,3 6.865.505 6,7 5.418.787 6,9 Subtotal .............................................................................................. 422.559 390.291 348.722 777.327 1.036.866 1.538.158 4.513.923 97,1 2.594.761 98,2 79.193.617 77,6 62.264.380 79,5 Operações de arrendamento mercantil .............................................. 6.043 4.740 4.778 14.278 26.092 65.300 121.231 2,6 42.896 1,6 3.177.744 3,1 1.972.605 2,5 Adiantamentos sobre contratos de câmbio (1) .................................. – – – – – – – – – – 5.766.871 5,7 5.088.924 6,5 Subtotal .............................................................................................. 428.602 395.031 353.500 791.605 1.062.958 1.603.458 4.635.154 99,7 2.637.657 99,8 88.138.232 86,4 69.325.909 88,5 Outros créditos (2) .............................................................................. 4.703 329 261 486 935 3.728 10.442 0,3 5.837 0,2 505.216 0,5 460.964 0,6 Total das operações de crédito (3) .................................................... 433.305 395.360 353.761 792.091 1.063.893 1.607.186 4.645.596 100,0 2.643.494 100,0 88.643.448 86,9 69.786.873 89,1 Avais e fianças (4) ............................................................................. – – – – – – – – – – 13.369.000 13,1 8.559.171 10,9 Total geral em 2006 ............................................................................ 433.305 395.360 353.761 792.091 1.063.893 1.607.186 4.645.596 100,0 – – 102.012.448 100,0 Total geral em 2006 ............................................................................ 240.694 203.796 182.657 452.701 623.944 939.702 2.643.494 100,0 78.346.044 100,0 No Bradesco Múltiplo, as operações de curso normal apuradas nas mesmas bases do quadro anterior montam a R$ 77.355.996 mil (2005 - R$ 61.851.951 mil), as parcelas vencidas montam a R$ 2.355.404 mil (2005 - R$ 1.711.160 mil), e as vincendas a R$ 2.432.155 mil (2005 - R$ 1.538.285 mil). (1) Os adiantamentos sobre contratos de câmbio estão classificados como redutor da rubrica “Outras obrigações”; (2) A rubrica “Outros créditos” compreendem créditos por avais e fianças honrados, devedores por compra de valores e bens, títulos e créditos a receber, rendas a receber sobre contratos de câmbio e créditos decorrentes de contratos de exportação; (3) No total de operações de crédito estão contemplados os financiamentos de operações com cartões de crédito e operações de antecipação de recebíveis de cartões de crédito, no montante de R$ 2.362.783 mil, incluindo Amex Brasil R$ 73.935 mil (2005 - R$ 1.539.160 mil). Os demais créditos a receber relativos a cartões de crédito no montante de R$ 4.406.930 mil, incluindo Amex Brasil R$ 1.153.126 mil (2005 - R$ 1.785.107 mil), estão apresentados na Nota 11b; (4) Registrados em conta de compensação, que incluem R$ 3.475.443 mil referente a operações em que o beneficiário é o Banco Bradesco S.A. Grand Cayman Branch; e (5) Relação entre modalidade e o total da carteira com avais e fianças.
CONTINUA
DIÁRIO DO COMÉRCIO
20
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
O Brasil destina só 4% do PIB à educação. A ONU recomenda investimentos de 6%
TRABALHO INCLUÍDO Encontro em São Paulo: índice de desemprego entre jovens é de 50% no mundo. Estágio pode ser a saída.
I
ncluir jovens no mercado de trabalho e portadores de deficiências através de ações práticas e da conscientização da sociedade. Este foi o objetivo do IX Seminário CIEE – Gazeta Mercantil do Terceiro Setor – A Inclusão Social da Juventude Brasileira no Mercado de Trabalho, realizaFotos Newton Santos/Hype do na última sexta-feira em São Paulo. No início do encontro, o presidente do conselho de administração do Centro de Integração Emp re s a - E s c o l a (CIEE), Paulo Amato: inclusão implica em Nathanael Pereira de Souza, convicção da necessidade de ressaltou a importância do enconvivência com o diferente. contro para a discussão de formas de inclusão de jovens no mercado de trabalho. Segundo ele, esta é uma tarefa cada vez mais difícil, já que as fronteiras entre as profissões e as exigências para a formação da mãode-obra se dissipam rapid amen te. "Este é um tema muito complexo porque o sisMascaro: estágio ajuda o jovem. tema econômico é excludente e, quando se pensa em exclusão lembramos imediatamente dos deficientes físicos e das camadas economicamente excluídas. Por isso, o trabalho do CIEE é importante. Ele inclui, com os estágios, os jovens que não têm acesso ao mercado de trabalho", afirmou. Para ressaltar a importância do tema, o presidente da União Nacional dos Estudantes
(UNE), Gustavo Petta, lembrou que o desemprego entre os jovens alcança, atualmente, 50% do total de desempregados em todo o mundo, o que eqüivale a 25% da população economicamente ativa do planeta. "No Brasil, o número de jovens sem ocupação equivale ao dobro do total de desempregados. O país precisa investir mais em educação, pois atualmente destina apenas 4% do seu Produto Interno Bruto (PIB) à educação enquanto a Organização das Nações Unidas recomenda investimento de 6%", afirmou. Diante destes números, ele reafirmou a importância do investimento, por parte das empresas, nos estágios e na redução da jornada de trabalho como medidas que permitirão aos jovens conciliar trabalho com estudo constante, uma das maiores exigências do mundo globalizado. Outros participantes do encontro também ressaltaram a sua importância para buscar soluções de integração não só de jovens e portadores de deficiências, mas de todas as camadas excluídas da sociedade. Para o governador de São Paulo, Cláudio Lembo, só o estágio associado efetivamente ao trabalho faz com que o jovem se integre à sociedade. Membros do Conselho Nacional de Assistência Social e da Secretaria de Articulação afirmaram que iniciativas para diminuir as desigualdades no país estão crescendo e ressaltaram a importância da partici-
pação das empresas neste processo. Heliana Kátia Tavares Campos, da Secretaria de Articulação informou que, além das iniciativas do Terceiro Setor, aumentou de 59% para 69% a participação empresarial em projetos sociais no período de 2000 a 2004, com 62% das verbas destinadas a crianças e 30% aos jovens. Deficientes ativos – Pa ra discutir a inclusão social de portadores de deficiência, um grupo de especialistas e participantes de ONGs que lutam pela integração traçaram um painel da atual situação dessa camada da população no País. Eles são 24,5 milhões, ou 14,5% da população brasileira, e já contam com uma lei que obriga as empresas a contratálos. Entretanto, o preconceito e a falta de informação ainda são o maior entrave à sua participação no mundo do trabalho. O vice-presidente do Conselho de Administração do CIEE, Walter Fanganiello, relatou as iniciativas da entidade para incluir deficientes, que incluem banco de dados e um corpo permanente de orientação às empresas. "A principal dificuldade para se contratar um deficiente é a falta de informação que reforça o preconceito", disse. Segundo ele, atualmente mais de dois mil estudantes deficientes participam dos programas criados junto a 279 empresas. O professor é essencial – Dorina Nowill, presidente da Fundação para cegos que leva
o seu nome, afirmou que dentro do processo de inclusão de deficientes o papel do professor é essencial e que a maioria ainda não foi treinada para lidar com as diferenças e ser um agente de interação entre portadores e não portadores de deficiência. "A inclusão é inerente ao ser humano. É um direito que nunca pode ser retirado do ser humano. Ele pode até ser negado, mas nunca retirado", afirmou. Com a mesma postura, o jornalista Gilberto Di Pierro, presidente do projeto Down de Pesquisa sobre a Síndrome de D o w n , l e m- Lembo: estágio tem de ensinar. brou que, dos 500 milhões de deficientes em todo o mundo, a maioria está no Brasil e que dos 24,5 milhões deles, 11,5% são portadores de deficiência mental. E l e r e f o rçou a necessid a d e d e i nclusão desta parcela da população na sociedade não apenas com leis, mas "a partir da mudança de cada um de Dorina Nowill: a inclusão é direito nós e da mudança das cabeças inerente ao ser humano. Pode ser das pessoas. Não é possível até negado, mas não retirado. que o governo federal destine anualmente às escolas a quantia de R$ 38 por aluno deficiente. Pouquíssimas empresas trabalham com a inclusão de deficientes porque o País ainda tem vergonha deles", disse. E concluiu que todo o processo de inclusão deve partir de cada um de nós." Paula Cunha
Durante o encontro: a inclusão de jovens e deficientes é possível.
A
celerar as ações para incluir os jovens no mundo do trabalho e utilizar os estágios como um dos principais mecanismos para atingir a meta. Esta foi a principal conclusão do painel "A Inclusão Social do Estudante no Mercado de Trabalho (estágios e treinamentos), na segunda etapa do IX Seminário CIEE - Gazeta Mercantil do Terceiro Setor. Todos os palestrantes enfatizaram a importância da inclusão dos jovens no mercado de trabalho para evitar tanto a exclusão social quanto a crescente probabilidade de cooptação
para as atividades ilegais. Para Amaury Mascaro do Nascimento, professor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), o estágio é a melhor forma de colocar jovens no mercado de trabalho. "Não só qualifica, como pode ser meio para o jovem de baixo poder aquisitivo pagar os estudos". Entretanto, Mascaro do Nascimento também alertou para a ausência de atribuições ao cargo de estágiário, que pode prejudicar os jovens. "O maior problema é que esta falta de definição de atribuições do estagiário não foi resolvida
Estágio, o melhor instrumento nem pelo Ministério do Trabalho nem pelo da Educação. A fiscalização deveria ser efetuada pelas instituições de ensino. Elas seriam encarregadas de verificar se o estágio não se transforma em exploração do trabalho". O mediador da mesa, Antonio Penteado Mendonça, lembrou que o estágio é regido pela
Lei 6.494 de 1977 e que nele há uma separação clara entre atividades do estagiário e as do funcionário. Para ele, as empresas precisam se informar melhor sobre os detalhes desta lei e utilizar o estágio como um instrumento para educar os jovens. Primeira chance – O secretário estadual de Assistência e Desenvolvimento Social de
São Paulo, Rogério Amato, considera o estágio a primeira chance dos jovens no mercado de trabalho. Para ele, não é o conhecimento técnico que leva à cidadania. "É a inclusão que leva todos à integração. Inclusão implica em uma convicção pessoal da necessidade de convivência com o diferente", explicou. E lembrou que o seu primeiro estágio, aos 16 anos, foi fundamental para a sua formação pessoal e profissional. Segundo ele, o estágio é a possibilidade de aproximar o jovem estudante do profissional já formado, capacitando-o para o mundo do trabalho. Os
BRAILLE A Espanha lançou um teclado de computador para deficientes visuais. Preço: 800 euros.
Sobre Aids
C
omeça no próximo domingo a XVI Conferência Internacional de Aids, em Toronto, Canadá. O Brasil está entre os seis países com maior número de estudos aprovados pela organização do evento: 419 resumos de pesquisadores brasileiros serão incluídos no documento final da conferência. O tema desse ano é "Tempo de Realizar", e focará nas
Ó RBITA promessas e no progresso feito para acompanhar o tratamento, cuidados e prevenção. Veja: www.aids2006.org
McDia Feliz
N
este ano, o McDia Feliz será realizado no dia 26 de agosto, mas quem mora na Grande São Paulo já pode fazer a sua contribuição ao Graacc Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com
programas de estágio e de aprendizado desempenham este papel. Para Amato, jovens sem experiência profissional e deficientes estão sendo subaproveitados, mas já há experiências de integração que devem ser difundidas. Segundo o secretário, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) diz claramente que é dever de todos cuidar prioritariamente da criança e do adolescente. "Ou todos temos a oportunidade de desenvolver o nosso potencial ou a humanidade não terá cumprido o seu papel", concluiu. (PC) FLEXÍVEL O teclado oferece tanto as teclas funcionais tradicionais quanto as teclas em braille.
Câncer, uma das 63 instituições beneficiadas pela venda de Big Mac's. Para antecipar sua doação, você pode comprar o "Vale Big Mac", um tíquete que já é vendido pelo Graacc por R$ 6,40 e pode ser trocado pelo sanduíche no dia 26, em qualquer lanchonete da rede em São Paulo. O preço na loja é o mesmo que o do tíquete. Para saber como adquirir o seu, ligue para 5908-9111 / 9113 / 9116 ou escreva para mcdiafeliz@graacc.org.br.
6
CPI CONGRESSO CORRUPÇÃO GOVERNO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
R$ 42 MILHÕES É O ROMBO DESCOBERTO NO PARÁ
Edson Silva/Folha Imagem
J.F.Diório/AE
MERCADANTE CULPA SAULO E NÃO LEMBO
O
candidato do PT ao governo paulista, senador Aloizio Mercadante, lançou ontem uma série de ataques ao secretário de Segurança do Estado, Saulo de Castro Abreu. Confirmando que o PT pretende entrar na Justiça para contestar declarações feitas por ele em relação à crise de segurança, o senador petista disse acreditar que sua campanha será beneficiada pela insatisfação da população com a forma como Saulo comandou a área da segurança ao longo dos últimos anos. Sem Saulo – "O povo vai votar Mercadante porque não vai querer mais quatro anos de Saulo", disse o senador petista, que fez uma caminhada pelas ruas do bairro de Pirituba, ao lado da ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy. "Precisamos ter maturidade. E acho que isso tem faltado por parte de al-
gumas autoridades que têm responsabilidade imensa por tudo isso, como o secretário de segurança. Uma atitude mais republicana, mais comedida, mais responsável e mais humilde, para a gente construir de fato uma parceria". Solidariedade – Mercadante, que afirmou que em seu governo Saulo "jamais seria nomeado", disse ter entrado em contato ontem com o governador de São Paulo, Cláudio Lembo, para se "solidarizar com ele" e tentar resolver as diferenças surgidas nos últimos dias. "Eu tenho dito que o governador Cláudio Lembo não pode ser responsabilizado pela situação que ele encontrou", disse, sem poupar críticas à atuação do PSDB no governo de São Paulo. "Ele (Lembo) não pode ser responsabilizado pelos 12 anos de governo que ele herdou." (AE)
Filipe Araújo/AE
Candidato garante que concluirá obras paralisadas do Rodoanel
Serra: candidato foi condenado por propaganda eleitoral antecipada.
AGRICULTURA ANDA PARA TRÁS, DIZ SERRA Para Mercadante, o povo não aguenta mais quatro anos de Saulo.
QUÉRCIA PROMETE BARATEAR ÁGUA
O
candidato ao governo paulista Orestes Quércia (PMDB) criticou ontem a administração da Sabesp pelo PSDB e prometeu, se eleito, aumentar o número de pessoas que pagam mais barato pelo serviço de água e esgoto. "Em vez de ter lucro na Bolsa (de Valores), a Sabesp tem de dar subsídio aos pobres. É o que vou fazer", disse o peemedebista, durante campanha em Mauá, na Grande SP.
Ele não explicou, porém, como faria isso. Hoje, parte da população de baixa renda tem subsídio. Rodoanel – Quércia fez outra promessa audaciosa. "O compromisso que assumo é terminar esse anel viário (Rodoanel Mário Covas). Tendo projeto bom, há recursos no mundo inteiro", afirmou ao sair da prefeitura local. O peemedebista acusou a administração tucana de fazer muita propaganda e pouca obra. (AE)
O
candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, fez uma caminhada de cerca de 30 minutos no centro de Matão e falou sobre emprego na região, principalmente sobre agricultura. "A agricultura no Brasil nos últimos anos tem andado para trás. A área semeada encolheu, a área da agricultura encolheu, e a produção está caindo, a agricultura está com menos dinheiro para comprar máquinas e equipamentos, e menos capital, e o BNDES não financia como no passado." Ele disse que pretende fortalecer a Escola Técnica Paula Souza, da cidade, modernizando-a para atuar no segmento agrícola. Saúde – Serra falou que pretende, caso eleito, criar maior regionalização no interior para permitir que as pessoas não
tenham de se deslocar para obter medicamentos. Além da adoção do programa "Remédio em Casa", para quem não tem condições de ir ao posto de saúde. E que pretende dobrar o programa "Dose Certa", que hoje distribui cerca de 40 mil medicamentos gratuitos à população. Multa máxima – O Ministério Público Eleitoral (MPE) entrou com recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a aplicação de multa no valor de 50 mil UFIRs (Unidade Fiscal de Referência) a José Serra e ao diretório estadual do PSDB, por prática de propaganda eleitoral antecipada, conforme informou o TSE. O MPE alega que o programa veiculado pelo PSDB em rede estadual de televisão no último dia 29 de maio representa "notória violação da lei". (AE)
CORRUPÇÃO
44 FRAUDARAM DOCAS DO PARÁ
O
juiz federal Rubens Rollo D'Oliveira, da 3.ª Vara de Belém, recebeu anteontem um inquérito da Polícia Federal (PF) com o indiciamento de 44 acusados de fraudes em licitações na Companhia Docas do Pará (CDP). Ele determinou a remessa do caso à Procuradoria da República para que seja oferecida a denúncia contra os envolvidos ou a requisição de novas diligências. O desvio de dinheiro público, segundo o delegado Caio Bezerra, da PF, passa de R$ 42 milhões. Inocentes? – Entre os indiciados, está o ex-senador Ademir Andrade (PSB-PA) e o filho dele, o vereador Cássio Andrade (PSB), da capital paraense. Ademir e Cássio Andrade negam qualquer irregularidade e dizem que provarão em juízo que são inocentes. O ex-senador do PSB do Pará era presidente da CDP até o último dia 25, quando foi preso com outras 17 pessoas, entre diretores da estatal e empresários. Provas – O ex-chefe de Gabinete da prefeitura da capital, na gestão do ex-prefeito Edmilson Rodrigues (PT), Aldenor Júnior, também aparece entre os indiciados. Ele refuta as acusações contidas no relaEDITAL
tório. Bezerra disse que as provas contra os suspeitos são fortes e foram colhidas durante auditoria realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU). Documentos apreendidos na casa de Ademir Andrade, que concorre a deputado, comprovariam, afirma o delegado da PF, um "vínculo promíscuo, extraprofissional e inexplicável sob a ótica da moralidade pública, existente entre as diversas empresas que contratavam com a CDP". Proc esso – Os indiciados responderão por crimes como corrupção ativa e passiva, peculato, prevaricação e formação de quadrilha. Também foram enquadrados em diversos dispositivos da Lei de Licitações por adotarem procedimentos irregulares de dispensa ou para fraudar a competitividade entre as empresas prestadoras de serviços ou de bens à estatal fraudada. Um dos casos citados referese à apreensão de uma pasta com o logotipo da CDP, onde aparecem manuscritos da prestação de contas do ex-senador do PSB com uma empresa de outdoor da cidade. A conta, diz a polícia, era paga por empresas que tinham contratos com a CDP. (AE)
CALHEIROS DESENTENDE PESQUISA
O
presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que não sabe por que a população associa o Congresso às ações de corrupção, como revelou a pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), encomendada ao Instituto Sensus e divulgada ontem. Calheiros afirmou que tem atuado para dar forças às comissões parlamentares de inquérito (CPIs) para que as investigações respondam ao que a sociedade cobra. Ele atribui parte da reação da sociedade ao momento político. "Estamos vivendo uma eleição muito nervosa, com regras novas, com procedimentos diferentes. É preciso ter muito equilíbrio diante de tudo o que está ocorrendo", disse. Sanguessugas – Ele afirmou que "tenho atuado como moderador de conflitos, como moderador da disputa eleitoral", sobre seu comportamento em relação à CPMI.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
3
Política
Era previsível que ele (Alckmin) caísse, mas chegamos aos patamares desejados. Sérgio Guerra (PSDB-PE), coordenador-geral da campanha PSDB-PFL.
Ed Ferreira/AE
CNT/SENSUS: LULA REELEITO NO 1º TURNO. D 47 19 09 epois de atingir um patamar próximo dos 30% das intenções de voto, o que vinha animando seus aliados e reforçando a tendência de a eleição presidencial ser decidida só no 2º turno, o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, caiu 7,5 pontos percentuais de acordo com pesquisa do Instituto Sensus, divulgada ontem pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). O tucano saiu dos 27,2% registrados em julho para 19,7%. Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu de 44,1% para 47,9%, enquanto a candidata do PSol, Heloísa Helena, saltou de 5,4% para 9,3%. Por esses números, Lula seria reeleito no 1º turno com 60,5% dos votos válidos, seguido por Alckmin com 24,9% e Heloísa com 11,7%. A margem de erro dessa pesquisa é de três pontos percentuais. Alckmin registrou queda nas intenções de votos em todas as regiões do País, sendo que a mais significativa foi no Sudeste, onde caiu de 34,1% para 21,6%. No Nordeste, a queda foi de 15,8% para 11%, no Sul de 32,1% para 27,7%, no Norte e Centro-Oeste de 29,1% para 22,8%. Já Lula registrou crescimento em todas as regiões. "A minha percepção é de que a Heloísa Helena tirou mais votos de Alckmin do que de Lula", avaliou o diretor do Sensus, Ricardo Guedes. Repercussão– O comando das campanhas do PT e do PSDB decidiram adotar um tom de cautela em relação à pesquisa. Até mesmo o coordenador da campanha da reeleição do presidente Lula, deputado Ricardo Berzoini (PTSP), evitou comemorar o resultado. "O que estamos percebendo é um quadro de conso-
PESQUISA DATAFOLHA E REDE GLOBO: IDEM. P 47 24 12
Lula tinha 44,1% e agora tem 47,9%
Alckmin tinha 27,2% e agora tem 19,7%
Heloísa Helena tinha 5,4% e agora tem 9,3%
Pesquisas CNT/Sensus e Datafolha indicam vitória esmagadora de Lula.
lidação do voto no presidente Lula. Temos que esperar pelo resultado de outras pesquisas para verificar se esses números se confirmam para ver se é uma tendência ou se é um ponto fora da curva". Mesmo prevendo que Alckmin poderia perder alguns pontos na pesquisa, seus aliados não esperavam que a proporção fosse tão alta. "A pesquisa é ilógica, mas é preciso que os técnicos façam uma análise detalhada sobre o universo e a metodologia da sondagem", disse o senador Heráclito Fortes (PFL-PI), um dos coordenadores da campanha da coligação Por um Brasil Decente (PSDB-PFL). Descrédito – O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) disse que os números do Sensus diferem das pesquisas internas encomendadas por pelo partido. "Não há nada novo que justifique uma queda dessa. Não sou de desacreditar em pesquisas, mas essa não bate com a que temos à disposição". A pesquisa CNT/Sensus ouviu 2 mil eleitores brasileiros de 195 municípios entre os dias 1º e 4 de agosto e tem margem de erro de 3 pontos percentuais. Foi registrada no TSE sob o número 21310/2006 em 31 de julho de 2006. (Agências)
Fábio Motta/AE
Alckmin: ofuscado pelo presidente Lula e por Heloísa Helena.
É PEQUENA A VARIAÇÃO NA REJEIÇÃO
A
rejeição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva caiu de 32,4% em julho para 27% agora. Já os eleitores que declararam que não votariam no candidato tucano Geraldo Alckmin de jeito nenhum aumentou de 35,8% em julho para 37,6%. A rejeição à senadora Heloísa
Helena (AL), candidata do PSol, caiu de 46,6% em julho para 41,7% agora. A pesquisa CNT/Sensus apontou também que cresceu, entre os eleitores, de 56, 7% em julho para 59,3% agora, a expectativa de vitória de Lula em outubro. Enquanto isso, as manifestações de expectativa de vitória de Alckmin caíram de 18,9% em julho para 12,3%. As expectativas de que Heloísa Helena vença aumentaram de 1,7% para 3%. (AE)
esquisa Datafolha divulgada ontem à noite pelo Jornal Nacional da Rede Globo indicou o aumento da vantagem do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, sobre o tucano Geraldo Alckmin na corrida ao Palácio do Planalto. Lula, que tinha 44% das intenções de voto em 18 de julho, subiu para 47% na pesquisa divulgada, enquanto Alckmin caiu de 28% para 24%. Com uma diferença de 23 pontos percentuais sobre o seu principal oponente e somando 10 pontos sobre todos os candidatos, Lula venceria no 1º turno, assim como apontou a pesquisa CNT/Sensus divulgada ontem à tarde. Geraldo Alckmin referiu-se à queda apontada pela pesquisa do Instituto Sensus como "piada". "Trato de assuntos sérios, acho que é uma boa piada", afirmou o presidenciável a jornalistas ao ser questionado sobre o resultado do levantamento. "Você leva a sério isso?", perguntou o candidato em tom de desconfiança. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), chegou a transparecer suas suspeitas em relação aos números da pesquisa CNT/ Sensus e disse: "Se o Datafolha confirmar estes números, vou levar à sério essa pesquisa". Panos quentes– Ao perceber que a pesquisa Datafolha também confirmava a queda de Alckmin, o coordenadorgeral da chapa PSDB/PFL, senador Sérgio Guerra (PSDBPE), considerou o resultado das duas pesquisas como previsível. "A candidatura de Alckmin cresceu de forma relevante quando ele teve aparição na TV e na medida em que essa aparição foi se reduzindo, era previsível que ele caísse, mas chegamos aos patamares dese-
Presidente Lula tinha 44% e subiu para 47%
Geraldo Alckmin tinha 28% e caiu para 24%
Heloísa Helena tinha 10% e subiu para 12%
jados", avaliou Guerra. "O que vai potencializar nossos candidatos é a campanha no rádio e na televisão a partir do dia 15 e a campanha nas ruas", disse. Demais candidatos– Na pesquisa Datafolha a candidata do PSol, Heloísa Helena, teve 12% das intenções de votos, subindo dois pontos em relação a anterior, quando tinha 10%. Cristovam Buarque, do PDT, manteve 1% das indicações; José Maria Eymael (PSDC) e Rui Costa Pimenta (PCO), que tinham 1%, agora ficaram abaixo desse patamar, enquanto que Luciano Bivar (PSL) continuou com menos de 1%. Os votos brancos e nulos se mantiveram em 7% e o contingente de indecisos oscilou de 8% para 7%. Na simulação do 2º turno, Lula venceria Alckmin por 54% a 37%, desempenho também superior à pesquisa de julho (50% a 40%). Encomendada pela Rede Globo e pelo jornal Folha de S. Paulo, a pesquisa ouviu 6.969 pessoas em 306 municípios entre a última segunda e terçafeira e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o nº 12.633/2006. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. (Agências)
AVALIAÇÃO DO GOVERNO CAI DEBATES NA TV SÃO DECISIVOS SANGUESSUGAS SEM VOTO
A
avaliação positiva do governo de Luiz Inácio Lula da Silva em agosto atingiu 43,6%, subindo em relação aos 41% de julho, de acordo com a pesquisa CNT/Sensus divulgada ontem. Já a avaliação negativa do governo caiu de 19,3% para 15,6%, enquanto a regular subiu de 38,5% para 39,5%. A avaliação positiva do desempenho pessoal do presidente Lula também subiu, de 55,8% para 59,3%. E a desaprovação ao desempenho pessoal de Lula recuou de 37% para 32,5%. "Tanto o governo como o presidente Lula recuperaram os índices de popularidade do
período pré-crise política (em referência ao mensalão)", explicou o diretor do Sensus, Ricardo Guedes. "A estabilidade da economia, a geração de empregos, o aumento do salário mínimo acima da inflação e os programas sociais formam a base de sustentação do governo do presidente Lula", concluiu o responsável pela pesquisa. A grande maioria acha que os escândalos de corrupção estão sendo mais investigados por causa da ação da imprensa (38%) e porque existe indignação da população (28,2%); apenas 20, 8% atribuem esse mérito à fiscalização do governo. (AE)
O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria participar dos debates eleitorais. Pelo menos é o que dizem 78,9% dos entrevistados na pesquisa CNT/Sensus. Apenas 14,6% avaliam que ele não deveria participar dos debates. De acordo com a pesquisa, o conhecimento prévio sobre o candidato é um dos critérios mais levados em conta pelos eleitores quando se trata de exposição na mídia. O principal critério de escolha, para 22,2% dos entrevistados, são os programas eleitorais no rádio e na televisão. Os debates na TV, entre os candidatos, foram apontados por 19,3%. O contato pessoal com o candidato foi apontado por
7,4% como o fator decisivo para a escolha do candidato. O conhecimento prévio do candidato foi apontado por 39% dos entrevistados como o principal critério de mídia. "Sem dúvida, Lula é beneficiado por este fator, considerado o mais importante ", lembrou o diretor da Sensus, Ricardo Guedes. Propostas consistentes – Em outro questionário, a pesquisa CNT/ Sensus identificou que a proposta política dos candidatos é decisiva para a escolha do voto. Para 49,6% dos eleitores o plano de governo é o que conta, enquanto que as qualidades pessoais aparecem com 34,1% e o partido político com 7,4%. (AE)
N
a pesquisa CNT/Sensus divulgada ontem, 80,1% disseram que não votarão em parlamentares envolvidos no 'escândalo das sanguessugas' que disputarem as eleições deste ano. Entre os entrevistados, 73,1% disseram que têm acompanhado ou já ouviram falar na CPMI dos Sanguessugas, enquanto que 25,4% não ouviram falar. Apenas 5,5% votariam nos candidatos envolvidos no escândalo, enquanto 12% afirmaram que querem informar-se melhor para decidir seu voto. A pesquisa mostrou também que as denúncias de
corrupção não colam no presidente Lula. Entre os entrevistados, 30,87% acreditam que os casos de corrupção no País estão vinculados ao Congresso Nacional, ante 23% na sondagem anterior. Para 18,3% dos entrevistados, esses casos estão vinculados ao governo (ante 11,3% no mês anterior). Já o percentual dos que acham que os casos de corrupção estão ligados ao presidente Lula caiu de 18,2% para 17,8% na atual pesquisa. Para 18,3%, a corrupção está vinculada ao Partido ao Trabalhadores (PT), ante 22,1% na sondagem anterior. (AE)
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
Sugestões incomuns, para fugir do padrão
C
om a aproximação do Dia dos Pais em 13 de agosto, tem filho já de cabelo em pé pensando no que pode dar de presente sem cair na mesmice de anos anteriores. Afinal, atire a primeira pedra quem nunca presenteou o pai com livro, gravata, camisa ou pijama, clássicos da data. Que tal então surpreendêlo? Imagine a cara do velho ao abrir o presente e encontrar uma bela garrafa de bolso em alumínio escovado, ideal para whisky. Uma caixa para cigarros em prata e couro. Um cinzeiro de cristal para charutos? Ou algo bem lúdico, como um travesseiro (R$ 89) para uma brincadeira entre pai e filho. Pensando nisso, o Diário do Comércio foi atrás de presentes com grande chance de agradar aos mais exigentes. Para os pais que viajam muito, nada melhor que uma mala em couro para seis pares de sapato. Afinal, você não quer seu pai usando o mesmo sapato o tempo todo, não é? Para os que têm um pé na cozinha, conjunto para um delicioso creme brulé, inclusive o maçarico para queimar o açúcar. Quanto ao livro, abrimos uma exceção: "Jamie Oliver: O Retorno do Chef sem Mistérios" (R$ 69, nas grandes livrarias), sobre um dos maiores fenômenos da culinária internacional, o jovem inglês Jamie Oliver. É o presente ideal para o pai que, além de gostar de cozinhar, está antenado com o que acontece lá fora. Para o amante de adrenalina, o presente perfeito é o salto duplo de pára-quedas (R$ 239). Os filhos maiores de 15 anos podem acompanhá-lo nessa aventura. Nesse caso, é preciso autorização da mãe também. Já a Casa do Saber lançou os "Vales-Dia dos Pais". Para o pai-cabeça, cursos das mais diversas áreas, como filosofia, cinema e artes, entre outros. As aulas de um dia custam em média R$ 60. Cursos mais extensos saem por volta de R$ 350.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Empresas Nacional Especial Finanças
Fotos: Newton
5 Para pais fãs de cozinha, a Bendito Seja tem peças super legais. O cozinheiro é vendido a R$ 130.
FUJA DOS CHINELOS E GRAVATASPARA O PAPAI
Divulgação
Santos/Hype
Garrafas de bolso para whisky, com ou sem o acompanhamento de copos. Ambas vendidas no Ateliê Billi. O conjunto, em estojo de couro, custa R$ 135.
Sudoko, jogo japonês de raciocínio e lógica vendido na loja de brinquedos PB Kids, por R$ 29,90.
Dia dos Pais
Fale Ganhe No Dia dos Pais dê um Palm Treo 650. Seu pai vai adorar ter e-mail, celular e agenda no mesmo lugar.
PALM TREO 650 - Envia e recebe e-mails - Acesso a internet - Sincronismo com Outlook ® - Compatível com Word ®, Excel ® e PowerPoint ® - MP3 player e câmera digital - Cartão de memória Kingston
Palm Treo 650 a partir
999
de
R$
Kety Shapazian
no Plano Estilo 200
SERVIÇO
T
ravesseiros Copespuma: (11) 2184-9844 Centro Azul do Vento de Páraquedismo: (19) 3246-0455 PB Kids: (11) 3081-9176 Spicy: 0800 168388 Casa do Saber: (11)3707-8900 Ateliê Billi: (11) 3758-4874 Bendito Seja: (11) 3819-0885
Mala para sapatos, R$ 230; kit pijama, R$ 170 e porta-gravatas, R$ 80. Paulo Pampolim/Hype
Saca-rolhas Houdini, no estojo em lata, à venda na Spicy por R$ 218.
Atendimento Claro ligue 1052 ou www.claro.com.br
No Dia dos Pais da Claro, é assim: você contrata o Plano Estilo 70 minutos, por exemplo, e ganha mais 70 minutos de bônus para falar. Ou então você pode escolher um dos outros 7 Planos Estilo que a Claro oferece e participar da promoção. Mude para a Claro e aproveite. É bônus. É em dobro. Claro que você tem mais. Cliente Claro também participa da promoção. Compre sem sair de casa. Loja Online: www.claro.com.br
Promoção com restrições, não cumulativa e intransferível. Ao aderir perde-se benefício de outras promoções. Oferta válida para habilitações de pessoa física de 20/07 a 22/08/2006 ou enquanto durarem os estoques, para novas habilitações ou troca de aparelho de acordo com regulamento, exclusivamente na tecnologia GSM, nos Planos Claro Conta (Planos Estilo) e Claro SuperControle R$ 35. Limitada a 2 habilitações por CPF. Serviços de transferência de dados GPRS (e-mail, internet, etc.) serão tarifados à parte. Claro Conta: bônus em minutos, com a mesma quantidade de minutos da franquia mensal contratada, utilizável após o consumo integral da franquia. Claro SuperControle: bônus em reais no mesmo valor da franquia mensal contratada, utilizável simultaneamente ao consumo da franquia. Bônus concedidos por 6 meses, mediante cadastramento no débito automático até 22/09/2006, para ligações locais de Claro para Claro, de mesmo DDD, dentro da área de registro do cliente, válido por 30 dias, não sendo válido para números de acesso a serviços especiais, inclusive os que utilizam números Claro. Para manter o benefício por 6 meses, o Cliente deverá manter-se adimplente durante todo o período promocional. Sujeito a análise de crédito, permanência mínima e multa rescisória. Consulte condições de pagamento nas lojas Claro e Agentes Autorizados. Consulte regulamento em www.claro.com.br ou ligue 1052. *Word ® , Excel ® , Power Point ® e Outlook ® são marcas registradas da Microsoft, Corp. Utilização de e-mails sujeita a compatibilidade do servidor. Fotos ilustrativas. GSM Claro só funciona com Claro Chip.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
12 -.LEGAIS
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta
CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP
Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras
CONTINUAÇÃO b) Modalidades e níveis de risco
Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO NÍVEIS DE RISCO
OPERAÇÕES DE CRÉDITO Empréstimos e títulos descontados ....................................................... Financiamentos ....................................................................................... Financiamentos rurais e agroindustriais ................................................. Subtotal ................................................................................................... Operações de arrendamento mercantil ................................................... Adiantamentos sobre contratos de câmbio ............................................ Subtotal ................................................................................................... Outros créditos ........................................................................................ Total das operações de crédito em 2006 .............................................. % .............................................................................................................. Total das operações de crédito em 2005 ............................................... % ..............................................................................................................
AA
A
B
C
D
E
7.278.845 4.792.758 278.942 12.350.545 218.984 3.962.278 16.531.807 127.180 16.658.987 18,8 14.533.278 20,8
19.155.320 17.606.024 2.609.195 39.370.539 915.422 759.019 41.044.980 133.391 41.178.371 46,4 32.110.167 46,0
3.039.791 2.994.818 1.027.490 7.062.099 652.109 631.406 8.345.614 109.728 8.455.342 9,5 5.604.497 8,0
5.707.144 6.054.702 2.216.706 13.978.552 1.245.002 327.924 15.551.478 102.357 15.653.835 17,7 12.392.100 17,8
929.933 413.820 354.713 1.698.466 49.481 14.742 1.762.689 6.166 1.768.855 2,0 1.537.334 2,2
499.141 186.964 50.999 737.104 13.598 1.428 752.130 1.289 753.419 0,8 499.594 0,7
F 425.385 184.154 79.309 688.848 24.967 531 714.346 99 714.445 0,8 559.902 0,8
G
H
447.220 129.206 170.391 746.817 8.249 1.101 756.167 212 756.379 0,9 722.728 1,0
1.915.125 567.762 77.760 2.560.647 49.932 68.442 2.679.021 24.794 2.703.815 3,1 1.827.273 2,7
Total em 2006 39.397.904 32.930.208 6.865.505 79.193.617 3.177.744 5.766.871 88.138.232 505.216 88.643.448 100,0
%
G 356.102 56.178 170.391 582.671 1.101 583.772 214 583.986 0,8 675.525 1,2
H 1.829.757 261.865 77.760 2.169.382 68.442 2.237.824 12.749 2.250.573 3,3 1.603.886 2,8
Total em 2006 38.287.675 17.601.912 6.865.505 62.755.092 5.766.808 68.521.900 308.418 68.830.318 100,0
Total em 2005 44,5 37,1 7,7 89,3 3,6 6,5 99,4 0,6 100,0
%
31.751.321 25.094.272 5.418.787 62.264.380 1.972.605 5.088.924 69.325.909 460.964
45,4 36,0 7,8 89,2 2,8 7,3 99,3 0,7
69.786.873 100,0 100,0 Em 30 de junho - R$ mil
BRADESCO MÚLTIPLO NÍVEIS DE RISCO OPERAÇÕES DE CRÉDITO Empréstimos e títulos descontados ....................................................... Financiamentos ....................................................................................... Financiamentos rurais e agroindustriais ................................................. Subtotal ................................................................................................... Adiantamentos sobre contratos de câmbio ............................................ Subtotal ................................................................................................... Outros créditos ........................................................................................ Total das operações de crédito em 2006 .............................................. % .............................................................................................................. Total das operações de crédito em 2005 ............................................... % .............................................................................................................. c) Faixas de vencimentos e níveis de risco
AA 6.983.300 4.789.676 278.942 12.051.918 3.962.215 16.014.133 107.855 16.121.988 23,5 14.121.556 25,0
A 18.698.866 5.085.894 2.609.195 26.393.955 759.019 27.152.974 102.886 27.255.860 39,6 22.364.924 39,5
B 2.968.495 1.704.169 1.027.490 5.700.154 631.406 6.331.560 10.958 6.342.518 9,2 4.600.531 8,1
C 5.659.104 5.242.699 2.216.706 13.118.509 327.924 13.446.433 68.361 13.514.794 19,6 10.887.018 19,2
D 905.514 275.826 354.713 1.536.053 14.742 1.550.795 4.732 1.555.527 2,3 1.400.230 2,5
E 480.461 92.834 50.999 624.294 1.428 625.722 564 626.286 0,9 431.932 0,8
F 406.076 92.771 79.309 578.156 531 578.687 99 578.786 0,8 484.344 0,9
%
Total em 2005 31.138.646 14.592.046 5.418.787 51.149.479 5.088.924 56.238.403 331.543
55,6 25,6 10,0 91,2 8,4 99,6 0,4 100,0
% 55,0 25,8 9,6 90,4 9,0 99,4 0,6
56.569.946 100,0
100,0
Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO NÍVEIS DE RISCO OPERAÇÕES EM CURSO ANORMAL AA Parcelas Vincendas ................................................................................ 01 a 30 ..................................................................................................... 31 a 60 ..................................................................................................... 61 a 90 ..................................................................................................... 91 a 180 ................................................................................................... 181 a 360 ................................................................................................. Acima de 360 .......................................................................................... Parcelas Vencidas .................................................................................. 01 a 14 ..................................................................................................... 15 a 30 ..................................................................................................... 31 a 60 ..................................................................................................... 61 a 90 ..................................................................................................... 91 a 180 ................................................................................................... 181 a 360 ................................................................................................. Acima de 360 .......................................................................................... Subtotal ................................................................................................... Provisão específica ................................................................................
A – – – – – – –
– – – – – – –
– – – – – – – – –
– – – – – – – – –
B
C
D
E
1.247.817 132.331 118.654 104.793 216.975 281.702 393.362 197.494 15.585 174.731 5.518 1.660 – – – 1.445.311 14.453
1.329.615 135.303 118.003 107.535 221.280 306.029 441.465 395.971 94.358 120.403 174.956 3.070 3.184 – – 1.725.586 51.767
508.828 42.471 39.874 36.887 85.498 117.230 186.868 301.010 60.567 51.642 90.655 91.808 4.142 – 2.196 809.838 80.984
301.285 24.766 22.133 19.993 51.410 65.213 117.770 229.030 37.547 20.498 46.982 60.472 60.848 929 1.754 530.315 159.095
F 270.624 20.742 20.436 18.366 50.267 58.504 102.309 247.460 35.465 15.717 30.014 52.112 110.846 1.588 1.718 518.084 259.042
G
H
259.471 16.046 16.344 14.044 35.235 48.179 129.623 312.305 27.996 87.012 23.492 37.905 133.791 2.109 – 571.776 400.243
727.956 61.646 59.916 52.143 131.426 187.036 235.789 1.360.071 46.594 44.647 75.723 135.763 284.654 620.464 152.226 2.088.027 2.088.027
Total em 2006
G
H
184.603 9.471 7.698 5.057 13.118 20.995 128.264 129.223 756.379 714.896 529.466 185.430 722.728 678.457 505.910 172.547
615.788 73.075 44.609 40.209 86.589 113.224 258.082 615.788 2.703.815 2.703.815 2.703.815 – 1.827.273 1.827.273 1.827.273 –
%
4.645.596 433.305 395.360 353.761 792.091 1.063.893 1.607.186 3.043.341 318.112 514.650 447.340 382.790 597.465 625.090 157.894 7.688.937 3.053.611
Total em 2005 100,0 9,3 8,5 7,6 17,1 22,9 34,6 100,0 10,5 16,9 14,7 12,6 19,6 20,5 5,2
%
2.643.494 100,0 240.694 9,1 203.796 7,7 182.657 6,9 452.701 17,1 623.944 23,6 939.702 35,6 1.995.969 100,0 97.579 4,9 399.679 20,0 315.344 15,8 254.687 12,8 435.065 21,8 403.895 20,2 89.720 4,5 4.639.463 1.891.084 Em 30 de junho - R$ mil
BRADESCO CONSOLIDADO NÍVEIS DE RISCO OPERAÇÕES EM CURSO NORMAL Parcelas Vincendas ................................................................................ 01 a 30 ..................................................................................................... 31 a 60 ..................................................................................................... 61 a 90 ..................................................................................................... 91 a 180 ................................................................................................... 181 a 360 ................................................................................................. Acima de 360 .......................................................................................... Provisão Genérica ................................................................................... Total geral em 2006 ................................................................................. Provisão existente .................................................................................. Provisão mínima requerida ..................................................................... Provisão excedente ................................................................................ Total geral 2005 ....................................................................................... Provisão existente .................................................................................. Provisão mínima requerida ..................................................................... Provisão excedente ................................................................................
AA
A
B
C
D
E
16.658.987 2.638.762 2.066.322 1.391.035 2.397.107 3.146.073 5.019.688 – 16.658.987 – – – 14.533.278 – – –
41.178.371 6.814.184 4.747.773 3.576.465 6.212.569 7.549.320 12.278.060 205.901 41.178.371 206.539 205.901 638 32.110.167 161.007 160.581 426
7.010.031 759.906 713.926 775.994 1.042.894 1.176.186 2.541.125 70.100 8.455.342 110.195 84.553 25.642 5.604.497 75.128 56.043 19.085
13.928.249 1.834.545 1.556.735 1.356.210 2.036.150 2.246.303 4.898.306 417.847 15.653.835 779.244 469.614 309.630 12.392.100 771.304 371.194 400.110
959.017 91.568 70.375 53.415 99.598 132.964 511.097 95.902 1.768.855 466.678 176.886 289.792 1.537.334 363.085 153.734 209.351
223.104 23.607 15.397 12.211 31.138 43.341 97.410 66.931 753.419 368.753 226.026 142.727 499.594 214.558 149.878 64.680
F 196.361 16.256 10.185 8.195 19.415 30.692 111.618 98.180 714.445 483.078 357.222 125.856 559.902 359.624 279.953 79.671
Total em 2006
%
80.954.511 12.261.374 9.233.020 7.218.791 11.938.578 14.459.098 25.843.650 1.699.872 88.643.448 5.833.198 4.753.483 1.079.715
Total em 2005 100,0 15,2 11,4 8,9 14,7 17,9 31,9
%
65.147.410 11.162.326 7.287.397 6.241.561 9.607.332 11.121.451 19.727.343 1.613.482
100,0 17,1 11,2 9,6 14,7 17,1 30,3
69.786.873 4.450.436 3.504.566 945.870 Em 30 de junho - R$ mil
BRADESCO MÚLTIPLO NÍVEIS DE RISCO OPERAÇÕES EM CURSO ANORMAL AA Parcelas Vincendas ................................................................................ 01 a 30 ..................................................................................................... 31 a 60 ..................................................................................................... 61 a 90 ..................................................................................................... 91 a 180 ................................................................................................... 181 a 360 ................................................................................................. Acima de 360 .......................................................................................... Parcelas Vencidas .................................................................................. 01 a 14 ..................................................................................................... 15 a 30 ..................................................................................................... 31 a 60 ..................................................................................................... 61 a 90 ..................................................................................................... 91 a 180 ................................................................................................... 181 a 360 ................................................................................................. Acima de 360 .......................................................................................... Subtotal ................................................................................................... Provisão específica ................................................................................
A – – – – – – – – – – – – – – – – –
– – – – – – – – – – – – – – – – –
B
C
D
E
320.612 57.379 52.047 42.916 56.678 53.523 58.069 112.192 12.679 98.347 1.166 – – – – 432.804 4.328
571.246 74.504 66.695 60.394 91.726 109.931 167.996 270.050 56.339 99.989 111.713 1.746 263 – – 841.296 25.239
369.366 31.746 30.641 26.027 62.160 84.658 134.134 259.424 55.815 46.264 77.741 77.389 2.215 – – 628.790 62.879
218.624 17.936 16.181 14.288 35.661 46.446 88.112 190.332 34.186 16.549 38.934 51.097 49.103 463 – 408.956 122.687
F 197.952 14.569 14.824 13.299 36.106 41.998 77.156 201.530 32.577 11.889 22.958 43.942 89.040 1.124 – 399.482 199.741
G
H
207.357 11.329 12.401 10.412 26.250 35.306 111.659 194.248 25.810 8.043 18.195 32.035 108.799 1.366 – 401.605 281.124
546.998 46.413 46.863 39.952 100.597 139.934 173.239 1.127.628 38.925 33.070 57.025 115.620 216.279 523.033 143.676 1.674.626 1.674.626
Total em 2006
G
H
%
2.432.155 253.876 239.652 207.288 409.178 511.796 810.365 2.355.404 256.331 314.151 327.732 321.829 465.699 525.986 143.676 4.787.559 2.370.624
Total em 2005 100,0 10,5 9,9 8,5 16,8 21,0 33,3 100,0 10,9 13,3 13,9 13,7 19,8 22,3 6,1
%
1.538.286 100,0 154.066 10,0 130.266 8,5 112.616 7,3 262.700 17,1 337.831 22,0 540.807 35,1 1.711.161 100,0 59.484 3,5 340.971 19,9 259.228 15,2 228.287 13,3 378.050 22,1 359.175 21,0 85.966 5,0 3.249.447 1.591.740 Em 30 de junho - R$ mil
BRADESCO MÚLTIPLO NÍVEIS DE RISCO OPERAÇÕES EM CURSO NORMAL AA
A
B
C
D
E
Parcelas Vincendas ................................................................................ 01 a 30 ..................................................................................................... 31 a 60 ..................................................................................................... 61 a 90 ..................................................................................................... 91 a 180 ................................................................................................... 181 a 360 ................................................................................................. Acima de 360 .......................................................................................... Provisão Genérica ...................................................................................
16.121.988 2.586.410 2.041.662 1.376.954 2.346.593 3.076.086 4.694.283 –
27.255.860 5.705.144 3.833.256 2.711.052 3.943.390 4.214.561 6.848.457 136.279
5.909.714 657.692 661.683 723.350 870.625 945.921 2.050.443 59.097
12.673.498 1.731.824 1.490.302 1.291.539 1.851.167 1.940.016 4.368.650 380.205
926.737 89.223 68.540 51.646 94.873 125.658 496.797 92.674
217.330 22.602 15.225 12.052 30.725 42.704 94.022 65.199
179.304 16.028 10.033 8.071 19.087 30.151 95.934 89.652
182.381 9.357 7.624 4.993 12.941 20.774 126.692 127.666
575.947 71.217 42.292 37.705 82.770 108.818 233.145 575.947
64.042.759 10.889.497 8.170.617 6.217.362 9.252.171 10.504.689 19.008.423 1.526.719
Total geral em 2006 ................................................................................. Provisão existente .................................................................................. Provisão mínima requerida ..................................................................... Provisão excedente ................................................................................
16.121.988 – – –
27.255.860 136.706 136.279 427
6.342.518 88.511 63.425 25.086
13.514.794 714.222 405.444 308.778
1.555.527 411.795 155.553 256.242
626.286 307.999 187.886 120.113
578.786 393.094 289.393 103.701
583.986 547.055 408.790 138.265
2.250.573 2.250.573 2.250.573 –
68.830.318 4.849.955 3.897.343 952.612
Total geral em 2005 ................................................................................. Provisão existente .................................................................................. Provisão mínima requerida ..................................................................... Provisão excedente ................................................................................
14.121.556 – – –
22.364.924 112.251 111.825 426
4.600.531 65.013 46.005 19.008
10.887.018 726.592 326.611 399.981
1.400.230 348.329 140.022 208.307
431.932 194.260 129.580 64.680
484.344 321.842 242.172 79.670
675.525 644.944 472.868 172.076
1.603.886 1.603.886 1.603.886 –
d) Concentração das operações de crédito BRADESCO CONSOLIDADO % 2005
2006 Maior devedor ................................ Dez maiores devedores ................ Vinte maiores devedores .............. Cinqüenta maiores devedores ...... Cem maiores devedores ............... e) Setor de atividade econômica
830.072 5.528.995 8.808.448 14.741.232 20.085.447
0,9 6,2 9,9 16,6 22,7
2006 Setor Público ............................................... Federal ......................................................... Petroquímica ................................................ Intermediários Financeiros ........................... Produção e distribuição de energia elétrica Estadual ....................................................... Produção e distribuição de energia elétrica Municipal ...................................................... Administração direta .................................... Setor Privado ............................................... Indústria ....................................................... Alimentícia e bebidas .................................. Siderúrgica, metalúrgica e mecânica .......... Química ........................................................ Veículos leves e pesados ............................ Papel e celulose .......................................... Têxtil e confecções ...................................... Artigos de borracha e plásticos ................... Extração de minerais metálicos e não metálicos ............................................................ Eletroeletrônica ............................................ Móveis e produtos de madeira ..................... Autopeças e acessórios .............................. Materiais não metálicos ............................... Edição, impressão e reprodução ................. Artefatos de couro ........................................ Refino de petróleo e produção de álcool ..... Demais indústrias ........................................ Comércio ...................................................... Produtos em lojas especializadas .............. Produtos alimentícios, bebidas e fumo ....... Varejista não especializado ......................... Artigos de uso pessoal e doméstico ........... Resíduos e sucatas ..................................... Vestuário e calçados ................................... Veículos automotores ................................... Atacadista de mercadorias em geral ........... Reparação, peças e acessórios para veículos automotores .................................... Produtos agropecuários ............................... Combustíveis ............................................... Intermediário do comércio ............................ Demais comércios ....................................... Intermediários Financeiros ......................... Serviços ....................................................... Transportes e armazenagens ....................... Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas .............................. Produção e distribuição de eletricidade, gás e água ......................................................... Construção civil ........................................... Telecomunicações ....................................... Serviços sociais, educação, saúde, defesa e seguridade social .................................... Atividades associativas, recretivas, culturais e desportivas .............................................. Holdings, atividades jurídicas, contábeis e assessoria empresarial ............................. Alojamento e alimentação ........................... Demais serviços .......................................... Agricultura, Pecuária, Pesca, Silvicultura e Exploração Florestal ............................. Pessoa Física .............................................. Total ..............................................................
835.733 5.565.312 8.115.780 12.937.684 16.956.523
BRADESCO CONSOLIDADO % 2005
%
Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO % 2005 %
2006 1,2 8,0 11,6 18,5 24,3
830.072 5.019.590 7.620.011 12.127.961 16.436.903
%
2006
1,3 8,1 12,3 19,6 26,6
818.481 4.764.155 6.877.701 10.509.408 13.847.408
1,4 8,4 12,2 18,6 24,5
Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO % 2005 %
1.065.490 465.095 265.367 158.667 41.061 597.364 597.364 3.031 3.031 87.577.958 21.069.498 4.921.817 3.403.093 2.364.785 1.698.536 1.498.514 1.046.438 925.147
1,2 0,5 0,3 0,2 – 0,7 0,7 – – 98,8 23,8 5,6 3,9 2,7 1,9 1,7 1,2 1,0
623.544 344.664 219.789 – 124.875 278.275 278.275 605 605 69.163.329 18.389.885 4.174.488 2.666.260 1.808.226 2.409.776 856.641 875.268 782.915
0,9 0,5 0,3 – 0,2 0,4 0,4 – – 99,1 26,4 6,0 3,8 2,6 3,5 1,2 1,3 1,1
836.875 239.297 198.236 – 41.061 597.364 597.364 214 214 67.993.443 19.891.974 4.753.770 3.264.940 2.164.410 1.691.157 1.456.077 1.004.350 848.961
1,2 0,3 0,3 – – 0,9 0,9 – – 98,8 28,9 6,9 4,7 3,1 2,5 2,1 1,5 1,2
552.684 273.804 148.929 – 124.875 278.275 278.275 605 605 56.017.262 17.619.195 4.043.430 2.485.180 1.659.041 2.401.400 828.417 848.920 730.954
1,0 0,5 0,3 – 0,2 0,5 0,5 – – 99,0 31,2 7,1 4,4 2,9 4,2 1,5 1,6 1,3
836.888 738.369 630.088 627.907 451.186 412.485 376.288 309.789 828.168 12.944.894 3.288.118 1.581.556 1.059.582 1.008.144 983.356 864.382 835.071 794.726
0,9 0,8 0,7 0,7 0,5 0,5 0,4 0,3 1,0 14,5 3,7 1,8 1,2 1,1 1,1 1,0 0,9 0,9
850.695 667.127 611.775 508.552 341.743 500.478 338.666 299.845 697.430 10.558.710 2.817.493 1.103.956 757.185 872.806 696.601 594.006 732.629 785.994
1,2 1,0 0,9 0,7 0,5 0,7 0,5 0,4 1,0 15,1 4,0 1,6 1,1 1,3 1,0 0,9 1,0 1,1
794.972 694.102 586.825 592.292 405.308 375.870 365.237 299.660 594.043 11.969.587 3.000.812 1.429.688 979.458 945.736 933.945 829.647 774.773 735.352
1,2 1,0 0,9 0,9 0,6 0,5 0,5 0,4 0,9 17,5 4,4 2,1 1,4 1,4 1,4 1,2 1,1 1,1
825.160 650.123 574.953 496.212 312.907 461.620 327.816 291.769 681.293 9.816.772 2.609.954 1.004.368 701.863 828.761 623.834 570.386 687.140 736.365
1,5 1,1 1,0 0,9 0,6 0,8 0,6 0,5 1,2 17,4 4,6 1,8 1,2 1,5 1,1 1,0 1,2 1,3
659.598 658.626 613.117 349.700 248.918 321.080 14.508.657 4.132.768
0,7 0,7 0,7 0,4 0,3 0,4 16,4 4,7
553.448 500.282 491.440 415.195 237.675 216.706 11.921.816 3.173.911
0,8 0,7 0,7 0,6 0,3 0,3 17,0 4,5
591.092 651.181 552.678 322.197 223.028 266.355 12.694.056 3.318.590
0,9 0,9 0,8 0,5 0,3 0,4 18,3 4,8
504.898 494.195 446.237 391.091 217.680 146.420 10.486.771 2.611.524
0,9 0,9 0,8 0,7 0,4 0,3 18,4 4,6
2.157.481
2,4
1.900.240
2,7
1.793.449
2,6
1.646.951
2,9
1.787.917 1.772.340 1.014.255
2,0 2,0 1,1
1.045.186 1.568.328 1.263.330
1,5 2,2 1,8
1.785.667 1.691.019 990.255
2,6 2,5 1,4
1.040.868 1.438.106 1.243.411
1,7 2,5 2,2
965.898
1,1
756.114
1,1
814.148
1,2
633.871
1,2
547.058
0,7
428.368
0,6
502.598
0,7
391.185
0,7
522.704 371.342 1.236.894
0,6 0,4 1,4
505.091 261.859 1.019.389
0,7 0,4 1,5
505.042 339.078 954.210
0,7 0,5 1,3
449.685 236.198 794.972
0,8 0,4 1,4
1.174.424 37.559.405 88.643.448
1,3 42,4 100,0
1.235.012 26.841.200 69.786.873
1,8 38,5 100,0
1.138.453 22.033.018 68.830.318
1,7 32,0 100,0
1.206.449 16.741.655 56.569.946
2,1 29,6 100,0
f)
F
Total em 2006
%
Total em 2005 100,0 17,0 12,8 9,7 14,4 16,4 29,7
%
53.320.499 10.214.451 6.476.725 5.514.642 7.669.793 8.140.533 15.304.355 1.481.229
100,0 19,2 12,1 10,3 14,4 15,3 28,7
56.569.946 4.017.117 3.072.969 944.148
Composição das operações de crédito e da provisão para créditos de liquidação duvidosa Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO Saldo da carteira Curso anormal Vencidas
Nível de risco AA A B C Subtotal D E F G H Subtotal Total em 2006 ................ % ....................... Total em 2005 ................ % .......................
Vincendas
– – 197.494 395.971 593.465 301.010 229.030 247.460 312.305 1.360.071 2.449.876 3.043.341 3,5 1.995.969 2,9
– – 1.247.817 1.329.615 2.577.432 508.828 301.285 270.624 259.471 727.956 2.068.164 4.645.596 5,2 2.643.494 3,8
Total - curso anormal – – 1.445.311 1.725.586 3.170.897 809.838 530.315 518.084 571.776 2.088.027 4.518.040 7.688.937 8,7 4.639.463 6,7
Curso normal
Total
%
16.658.987 41.178.371 7.010.031 13.928.249 78.775.638 959.017 223.104 196.361 184.603 615.788 2.178.873 80.954.511 91,3 65.147.410 93,3
16.658.987 41.178.371 8.455.342 15.653.835 81.946.535 1.768.855 753.419 714.445 756.379 2.703.815 6.696.913 88.643.448 100,0 69.786.873 100,0
% Acumulado em 2006
% Acumulado em 2005
18,8 65,2 74,7 92,4
20,8 66,8 74,8 92,6
94,4 95,2 96,0 96,9 100,0
94,8 95,5 96,3 97,3 100,0
18,8 46,4 9,5 17,7 92,4 2,0 0,8 0,8 0,9 3,1 7,6 100,0
Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO Provisão Mínima requerida
Nível de risco
% Mínimo de provisionamento requerido
AA 0,0 A 0,5 B 1,0 C 3,0 Subtotal D 10,0 E 30,0 F 50,0 G 70,0 H 100,0 Subtotal Total em 2006 ........................ % ...................................... Total em 2005 ........................ % ......................................
Específica Vencidas
Vincendas
Total específica
– – 1.975 11.879 13.854 30.101 68.709 123.730 218.613 1.360.071 1.801.224 1.815.078 31,1 1.200.287 27,0
– – 12.478 39.888 52.366 50.883 90.386 135.312 181.630 727.956 1.186.167 1.238.533 21,2 690.797 15,5
– – 14.453 51.767 66.220 80.984 159.095 259.042 400.243 2.088.027 2.987.391 3.053.611 52,3 1.891.084 42,5
Genérica
Total
Excedente
– 205.901 70.100 417.847 693.848 95.902 66.931 98.180 129.223 615.788 1.006.024 1.699.872 29,2 1.613.482 36,2
– 205.901 84.553 469.614 760.068 176.886 226.026 357.222 529.466 2.703.815 3.993.415 4.753.483 81,5 3.504.566 78,7
– 638 25.642 309.630 335.910 289.792 142.727 125.856 185.430 – 743.805 1.079.715 18,5 945.870 21,3
Existente – 206.539 110.195 779.244 1.095.978 466.678 368.753 483.078 714.896 2.703.815 4.737.220 5.833.198 100,0 4.450.436 100,0
% Em 2006 (1)
% Em 2005 (1)
– 0,5 1,3 5,0 1,3 26,4 48,9 67,6 94,5 100,0 70,7 6,6
– 0,5 1,3 6,2 1,6 23,6 42,9 64,2 93,9 100,0 66,9 6,4
Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO Saldo da carteira Nível de risco AA A B C Subtotal D E F G H Subtotal Total em 2006 ................ % ....................... Total em 2005 ................ % .......................
Curso anormal Vencidas – – 112.192 270.050 382.242 259.424 190.332 201.530 194.248 1.127.628 1.973.162 2.355.404 3,4 1.711.161 3,0
Vincendas – – 320.612 571.246 891.858 369.366 218.624 197.952 207.357 546.998 1.540.297 2.432.155 3,6 1.538.286 2,7
Total - curso anormal – – 432.804 841.296 1.274.100 628.790 408.956 399.482 401.605 1.674.626 3.513.459 4.787.559 7,0 3.249.447 5,7
Curso normal
Total
16.121.988 27.255.860 5.909.714 12.673.498 61.961.060 926.737 217.330 179.304 182.381 575.947 2.081.699 64.042.759 93,0 53.320.499 94,3
16.121.988 27.255.860 6.342.518 13.514.794 63.235.160 1.555.527 626.286 578.786 583.986 2.250.573 5.595.158 68.830.318 100,0 56.569.946 100,0
% 23,5 39,6 9,2 19,6 91,9 2,3 0,9 0,8 0,8 3,3 8,1 100,0
% Acumulado em 2006
% Acumulado em 2005
23,5 63,1 72,3 91,9
25,0 64,5 72,6 91,8
94,2 95,1 95,9 96,7 100,0
94,3 95,1 96,0 97,2 100,0
CONTINUA
4
Nacional Finanças Empresas Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 10 de agosto de 2006
SP ESTÁ NA 42ª POSIÇÃO NA LISTA DE PODER DE COMPRA
35
minutos é o tempo médio mundial de trabalho que é preciso para comprar um Big Mac
ESTUDO DO BANCO UBS APONTA O RANKING DAS 71 CIDADES MAIS CARAS DO GLOBO PARA VIVER
CUSTO DE VIDA SOBE NO RIO E EM SP
S
ão Paulo e Rio de Janeiro dispararam no ranking das cidades mais caras do mundo elaborado pelo banco UBS. Em 2005, São Paulo era apenas a 51ª cidade mais cara do mundo. Neste ano, a capital paulista já ocupa a 42ª posição entre as 71 cidades analisadas. De acordo com o UBS, as localidades mais caras são Oslo (Noruega), Londres (Inglaterra) e Copenhague (Dinamarca). Já as cidades onde o custo de vida é menor são Buenos Aires, Mumbai (Índia) e Kuala Lumpur (Malásia). O Rio de Janeiro ocupa a 43ª posição. Em 2005, o Rio estava na 57ª colocação. As duas metrópoles brasileiras foram as cidades que mais subiram no ranking entre 2005 e 2006. Segundo Simone Hofer, editora do estudo, a valorização do real foi uma das razões para essa mudança de posição. De acordo com o UBS, o fortalecimento da moeda brasileira foi um dos maiores entre as moedas avaliadas pelo banco e chegou a 60%. "Isso contribuiu para que as cidades brasileiras subissem no ranking", explicou. Os gastos de cada cidadão, além de seus salários, são transformados em dólares para que possam ser comparados com a realidade das demais cidades analisadas. S al á ri o s – Para Hofer, porém, outro fator fundamental para explicar o encarecimento da vida em São Paulo e no Rio é a diferença entre o aumento de preços de produtos e o aumen-
Fotos: Divulgação
Rio sobe da 57ª posição para a 43ª
to real de salários dos brasileiros. "Os preços estão aumentando de forma mais rápida que os salários", disse Hofer. Enquanto os paulistanos precisam pagar preços similares aos cobrados em várias economias ricas do mundo por produtos como eletroeletrônicos, roupas e gasolina, os salários são bem menores que os pagos nos mercados mais ricos. A estimativa feita com base em 14 profissões mostra que a média salarial é de US$ 5,60 por hora trabalhada em São Paulo e de US$ 4,20 no Rio. O pagamento é maior que os cerca de US$ 2 de salários em Pequim e US$ 1,40 em Nova Dhéli. Mas a renda criada por essas profissões no Brasil está longe dos salários de US$ 26,90 por hora em Copenhague ou US$ 25,20 em Genebra. Enquanto um professor primário ganha o equivalente a US$ 6,4 mil em São Paulo por
ano, em Zurique um profissional semelhante ganha US$ 72,1 mil, mesmo com uma diferença de tempo de trabalho. "Os salários nos países emergentes ainda são uma fração do que é registrado nas nações industrializadas", afirma o estudo. Um motorista de ônibus recebe por ano US$ 5,9 mil em São Paulo, ante US$ 47 mil em Nova York. Um pedreiro da capital paulista ganha, em média, US$ 4 mil anuais, menos de 10% do que ganharia se trabalhasse numa obra em Nova York. As diferenças são um pouco menores para profissões que exigem maior qualificação. Um engenheiro ganha em média em São Paulo US$ 27 mil por ano, contra US$ 85 mil em Nova York. Já um gerente de produto em São Paulo tem um salário médio de US$ 24 mil, 20% do que ganha alguém na mesma posição em Genebra. Mesmo assim, São Paulo aparece na 43ª posição no que se refere aos níveis de salários, abaixo de Johannesburgo, Istambul ou Seul. Já o Rio de Janeiro, na 50ª posição, tem salários mais baixos que Varsóvia, Moscou ou Budapeste. Os maiores salários são pagos em cidades escandinavas, suíças e norte-americanas. Big Mac – Com essa disparidade de salários, os dados do UBS mostram que o poder de compra fica comprometido para parte da população das duas metrópoles brasileiras. O banco usou como padrão para comparar o poder de
compra da população o preço de um sanduíche Big Mac. A média mundial é de que um trabalhador necessite de 35 minutos de seu trabalho para comprar o produto. Mas as diferenças são gigantescas entre os países pobres e ricos Em Nairóbi, no Quênia, é necessária uma hora e meia de um salário para comprar um Big Mac. Nos Estados Unidos, com apenas 13 minutos de trabalho pode-se comprar o sanduíche. Já em São Paulo são necessários 38 minutos, marca acima da média mundial. No Rio de Janeiro, o produto custa quase uma hora do salário médio de um trabalhador. Outro produto usado para medir o poder de compra foi o pão. Um paulistano precisa dar meia hora de seu trabalho para comprar um quilo de pão, contra 40 minutos no Rio.
É preciso trabalhar 38 minutos em São Paulo para comprar um Big Mac
Em Toronto, por exemplo, são necessários apenas 10 minutos de um salário para adquirir o produto. Em Frankfurt, apenas nove minutos são o suficiente, contra 7 minutos em Dublin. Segundo o UBS, São Paulo
ocupa apenas a 42ª posição no ranking das cidades onde os cidadãos têm o maior poder de compra, enquanto o Rio de Janeiro está na 52ª colocação. O poder de compra é o mais elevado em Zurique, Genebra, Dublin e Los Angeles. (AE)
Varig perderá balcões de check-in
A
Infraero, estatal que administra os aeroportos brasileiros, decidiu ontem abrir um processo administrativo para tentar redistribuir, de forma emergencial, parte dos balcões de atendimento aos usuários. A idéia, segundo explicou o diretor de operações da empresa, Rogério Barzellay, é melhorar o acesso dos consumidores em 12 aeroportos, entre eles o Galeão e o Santos Dumont, no Rio de Janeiro, já que a Varig detém boa parte dos espaços mas diminuiu muito o seu número de vôos por causa da grave crise financeira pela qual passa. A proposta, afirmou ele, será encaminhada amanhã ao juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio e responsável
pela recuperação judicial da Varig, para que seja avaliada. A empresa não aceita redistribuir seus balcões alegando que existe um contrato assinado com a Infraero que dá a concessão desses espaços por alguns anos. Barzellay explicou, no entanto, que nesse contrato existe uma cláusula que permite revisão no caso de diminuição dos passageiros atendidos, caso atual da Varig. O diretor exemplificou citando que a companhia, no aeroporto internacional de Guarulhos (SP), possui 54 dos 260 balcões disponíveis e, ao mesmo tempo, não chega a operar mais do que cinco vôos. Com isso, o atendimento de outras companhias, que acabam absorvendo os antigos consumidores da Varig, fica prejudica-
do. O objetivo é fazer com que cada funcionário atenda 35 passageiros por hora, índice de qualidade internacional. A proposta da Infraero prevê que a cada 15 dias seja feita uma revisão da distribuição dos balcões. Esse intervalo de tempo é importante para que a Infraero possa avaliar se sua medida está surtindo efeito. O critério que será usado é a fatia de mercado que as empresas possuem em cada um dos aeroportos que entrarão nesse plano emergencial, e não pela participação no mercado nacional. Neste caso, a TAM é líder no segmento doméstico com 51,22% de participação, seguida pela Gol, com 36%. A Varig está em quarto lugar, com 3,54%, perdendo para a BRA, com 4,38%. (AG)
Preços no varejo ficam estáveis
D
epois de três meses consecutivos de deflação, o Índice de Preços no Varejo (IPV), da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) ficou praticamente estável em julho (0,01%). Em abril, a queda do IPV foi de 0,06%; em maio, de 0,39%; e, em junho, de 0,63% – a taxa mais baixa da série histórica, iniciada em 2002. No acumulado de janeiro a julho, o IPV registra variação negativa de 1%. Segundo o presidente da Fecomercio-SP, Abram Szajman, a expectativa é de
que o IPV sofra uma pequena pressão nos próximos meses, em virtude da estiagem ocorrida na região Sul e das elevações do preço do petróleo. "Esses fatores não deverão prejudicar de maneira significativa o IPV, pois o real continua valorizado, o que favorece o controle da inflação", avaliou em nota à imprensa. De acordo com a Federação, a alta dos preços de combustíveis, lubrificantes e frutas foi a principal causa da interrupção da trajetória de queda do índice. O setor de
combustíveis e lubrificantes registrou incremento de 0,83% em julho, depois de ter também três quedas consecutivas. Nos primeiros sete meses do ano, a elevação é de 2,84%. O grupo feiras foi o que teve a maior elevação: alta de 2,86% em julho. "O desempenho foi influenciado pela queda nas temperaturas e pela estiagem em algumas regiões", disse Szajman. Os principais destaques, em termos de variações positivas, foram tubérculos (1,26%), legumes (1,47%) e frutas (6,69%). ( AE)
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 -.OPINIÃO
quinta-feira, 10 de agosto de 2006
LENTE DE
AUMENTO
MPS DOMINAM A PAUTA primeira semana do mês. A pauta de votações da Casa vem se mantendo desobstruída desde então, na medida em que nenhuma nova MP foi aprovada pela Câmara neste período. Aproveitando-se desta janela de oportunidade, o plenário do Senado conseguiu realizar algumas votações importantes, tendo aprovado, por exemplo, o marco regulatório do saneamento básico e também a proposta de emenda constitucional que estabelece o Orçamento impositivo. A paralisia legislativa vem sendo mais perceptível na Câmara. Os deputados começaram julho com quatro MPs aguardando votação. Este número já
André Dusek/AE
Com a Câmara vazia, duas MPs devem caducar.
editadas pelo governo. Entre os dias 30 de junho e 4 de agosto, o Palácio do Planalto enviou ao Congresso mais 16 medidas provisórias. Todas elas passarão a trancar a pauta de votações da Câmara dos Deputados entre meados de agosto e meados de setembro, e precisarão ser homologadas pelos parlamentares entre o final de outubro e o final de novembro. Esses números indicam que, mesmo após as eleições, deputados e senadores continuarão dedicando a maior parte de suas atividades à votação de MPs, prejudicando a tramitação de outras matérias legislativas pelo Congresso. No início de julho, cinco MPs obstruíam as votações no plenário do Senado Federal. No entanto, todas elas foram aprovadas em uma única sessão deliberativa logo na
havia subido para sete no final do período, sem que uma única medida provisória houvesse sido votada em plenário. O motivo do impasse foi a MP que concede um reajuste de 5% às aposentadorias do INSS superiores ao salário mínimo, que se tornou objeto de uma disputa política entre as bancadas governista e oposicionista. Tanto a MP 291 como a MP 292 (que regulariza espaços urbanos ocupados por famílias de baixa renda) caducarão em agosto, pois não há mais tempo útil para a sua votação antes do encerramento do seu prazo constitucional de vigência. Em setembro, na abertura do próximo esforço concentrado, haverá nada menos do que 19 medidas provisórias com prazo de tramitação vencido na fila de votações da Câmara. ROGÉRIO SCHMITT, DA CONSULTORIA TENDÊNCIAS
JOÃO DE SCANTIMBURGO
O JUIZ E A MODERNIDADE
F Céllus
N
os três primeiros meses do segundo semestre, época que coincide com a campanha eleitoral, as atividades legislativas ordinárias do Congresso Nacional estarão restritas ao chamado período de "esforço concentrado". Em julho, o "esforço concentrado" ocorreu nos dias 17, 18 e 19. Em agosto, as sessões deliberativas da Câmara e do Senado restringiram-se aos dias 1, 2 e 3. Em setembro também não será diferente: novas votações nas duas Casas podem acontecer apenas nos dias 4, 5 e 6. O ritmo das atividades de plenário vem sendo, mais uma vez, determinado pelas medidas provisórias
Onde mora a corrupção CLÁUDIO WEBER ABRAMO
O
s escândalos envolvendo a esfera federal que tanto ocuparam a atenção desde maio do ano passado (quando eclodiu o caso do mensalão) podem induzir à sensação de que seriam de alguma forma singulares, ou excepcionais. Essa impressão, naturalmente explorada pela oposição, é afetada por dois equívocos, um deles com conseqüências favoráveis à situação, o outro com implicações desfavoráveis. A parte favorável é que, ao se prestar excesso de atenção a esses escândalos, deixa-se de atentar para problemas em tudo semelhantes que afetam setores amplos da administração federal. Ou será que alguém imagina que os mecanismos colocados em prática nos Correios sejam exclusivos dessa estatal? Existem mais de 130 estatais só na esfera federal. O processo de loteamento dos postos de responsabilidade entre partidos em troca de apoios parlamentares, que foi o verdadeiro gerador do escândalo do mensalão, acontece nessas estatais igualzinho ao que ocorreu (e continua a ocorrer) nos Correios. Na medida em que não se examina o que tem acontecido nessas empresas, ganha a situação. Observe-se, a propósito, que o mecanismo de trocar apoios por cargos, e o resultante aproveitamento destes últimos para finalidades questionáveis, de forma alguma foi inventado pelo presente governo. Tem sido assim secularmente, e é assim que são geridos estados e municípios, não importa o partido que esteja no poder. A omissão que trabalha em desfavor da situação nasce da falta de atenção aos processos de corrupção que acontecem aos borbotões pelo Brasil afora, em estados e municípios. Como não se olha para o conjunto desses casos, a situação fica com o ônus do mensalão (um ônus merecido, é sempre bom frisar), ao passo que a oposição, que é responsável por muitíssimas das administrações estaduais e municipais em que ocorrem casos cabeludíssimos, escapa pela tangente (imerecidamente, é claro). É verdade, também, que partidos da situação são protagonistas de muitos desses casos, cujo agregado passa despercebido, mas ainda assim
a desinformação tende a favorecer a situação. Para se fazer uma idéia do tamanho da encrenca, vale a pena usar dados do projeto "Deu no Jornal", da Transparência Brasil. O projeto recolhe, diariamente, noticiário sobre corrupção publicado em 63 veículos de todos os estados. O cadastramento das matérias é realizado conforme os assuntos (casos) a que se referem, e os casos são por sua vez classificados de acordo com diversas categorias, entre as quais os principais partidos envolvidos. Pois bem, tomando-se 1023 casos diferentes de corrupção ocorridos a partir de 2003 e noticiados pela imprensa, a distribuição por partidos foi a seguinte: Não determinado - 617, PT 95, PMDB - 57, PSDB - 52, PFL - 50, PTB - 26, PP 22, PL - 21, PSB - 21, PPS - 21, PDT - 21, PC do B 4, PRP - 2, PSC - 2, PRONA - 2, PMN - 2, PRN - 1, PHS - 1, PTC - 1, PV - 1, PSD - 1, PSDC - 1, PSL - 1 e PTN - 1. Observe-se que, entre esses 1023 casos, a soma daqueles que envolvem o PSDB e o PFL, os dois principais partidos da oposição, é 102, enquanto o PT aparece com 95. O PMDB, que é oposição às segundas, quartas e sextas, e situação às terças e quintas (no fim de semana é cada um por si), aparece com 57 casos.
O
bserve-se ainda que a grande maioria dos casos de corrupção noticiados pela imprensa acontecem no plano municipal, envolvendo os executivos (como é normal, dada a existência de 5651 municípios no Brasil). Eles correspondem a 56% do total de casos. Escândalos com executivos estaduais somam 30%. Casos federais são 14%. Já casos em que a corrupção é identificada nos legislativos são distribuídos quase por igual entre as três esferas: 28% na federal, 35% na estadual e 37% na municipal. Tudo somado, enquanto a oposição poderia muito bem dizer que os casos de corrupção que recebem maior atenção correspondem a uma pequena parcela do que acontece pelo Brasil afora, a situação poderia contra-atacar exibindo a alta incidência de propinagem nas hostes adversárias. Pensando bem, vai ver que é por isso mesmo que o assunto é tão pouco explorado de parte a parte.
E scândalos federais podem induzir à sensação de que são excepcionais
Chope com pastel
O Planalto editou16 MPs na última semana
ARTHUR CHAGAS DINIZ Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente em exercício Alencar Burti Presidente licenciado Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi
Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)
Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: , Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046
E
stamos às vésperas do indulto do Dia dos Pais, que permitirá que entre 10 mil e 12 mil detentos sejam liberados dos presídios de São Paulo. Há determinados pressupostos para os criminosos: que estejam em regime semi-aberto, tenham cumprido um sexto da pena se forem primários e um quarto, se reincidentes. Em uma situação de relativa normalidade, não haveria porque o Ministério Público apelar aos juízes para que dessem as autorizações. Ocorre que estamos vivendo em São Paulo uma situação, no mínimo, absurda. Criminosos que normalmente se dedicam ao crime com objetivos monetários (roubo, assalto, seqüestro, etc.) estão atacando a população com o objetivo aparente de criar um clima generalizado de terror. Isto não é um procedimento característico dos marginais: incendiar ônibus, atacar delegacias, queimar supermercados, sem auferir qualquer resultado pecuniário. O que vai resultar desse indulto é um aumento entre 5 e 9 por cento dos liberados que não vão retornar ao presídio, ou seja, o PCC espera um reforço de sua tropa na rua para algo entre 900 e 1.000 homens.
Coincidentemente, sob o ponto-de-vista político, o governo Lulla, que perdia para Alckmin em São Paulo, melhora sua posição relativa. Márcio Thomaz Bastos (o Gravatinha) oferece recursos do governo federal, mas não há liberação por razões de natureza burocrática. Não se pode afirmar que o PCC tenha alguma aliança formal com o PT, embora as mortes dos prefeitos Celso Daniel e Toninho tenham toda a cara de queima de arquivo do Partidão que, aliás, sempre viu com simpatia as FARCs. Heloísa Helena - que de boba não tem nada – já avisou ao PT que tem filhos para criar. Ela militou anos no PT e conhece seus (deles) intestinos.
A
Justiça no Brasil é tão curiosa e incompreensível para a maior parte da população que Paulo Maluf, solto da prisão por questões humanitárias (problemas digestivos graves) foi encontrado (ou anunciou) pela mídia tomando chope com pastel em Campos do Jordão na semana seguinte à liberação. ARTHUR CHAGAS DINIZ É PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL
O PCC espera um reforço de sua tropa para algo entre 900 e mil homens
aço uma constatação sociológica sobre a função do juiz na estrutura judiciária brasileira. O juiz de Direito - e conheci tantos no interior, onde vivi até o fim dos anos 30, quando me decidi por São Paulo -, trabalha muito. Sabemos que trabalha horas que são reservadas para o lazer ou para a seqüência doméstica do lar, mas desobrigando-o em relações maiores, tanto na capital quanto no interior, por falta de tempo na sua agenda diária. Nos cartórios da capital e do interior a entrada do computador foi transformadora, no exato sentido da palavra, mudando hábitos e costumes com os quais não contava o funcionário autorizado. Mas o juiz experimentou a mudança com prazer, pois o aliviou da carga de trabalho que o vinha prendendo à mesa por horas seguidas, quando da necessidade de despachar processos com data marcada. Se viermos para São Paulo, verificaremos que na capital o trabalho aumentou para o juiz, obrigando-o a trabalhar nas horas de lazer.
S
e formos examinar um processo, veremos que muito do Século XIX ainda vem com ele, isto é, de um período plácido nas atividades burocráticas judiciárias, hoje completamente alteradas pelo dinamismo da vida contemporânea. Todos os juristas que estudam as necessárias reformas na estrutura do Poder Judiciário chegam à conclusão de que não é possível fazer a mudança da burocracia forense, por lento ser o ritmo de trabalho e de circulação de processos na Justiça. Somos leigos na matéria e temos que dar razão aos estudiosos do problema. Saibamos que esse problema é insolúvel, pelo menos de uma forma ideal. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
G A entrada do
computador nos juizados foi transformadora, no exato sentido da palavra. Os juiz experimentou a mudança com prazer.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 10 de agosto de 2006
3
Política LULA PEDE QUE
O governador tem de pedir (as vagas nos presídios federais). Eu não sou chefe dos carcereiros para discutir isso. Luiz Inácio Lula da Silva
Celso Junior/AE
SÃO PAULO NÃO ENTRE EM PÂNICO Em entrevista a uma rádio da cidade, o presidente Lula disse ver com satisfação a larga vantagem diante dos adversários de campanha, apontada por pesquisas. Mas ressaltou que elas não são fatos consumados. Ele mostrou-se solidário à população e pediu o fim do bate-boca público entre autoridades.
O
presidente da República e candidato à reeleição pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou ontem, em Brasília, que é positivo receber a notícia de que está bem colocado nas pesquisas de intenção de voto à Presidência, mas ressaltou que não considera os resultados como um "fato consumado". "Eu aprendi muito cedo a não desacreditar em pesquisa. Agora, também, eu não trato a pesquisa como fato consumado", comentou Lula, um dia após as pesquisas Datafolha e CNT-Sensus apontarem ampliação de sua vantagem sobre o seu principal rival na disputa, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB). Casamento – Em entrevista à rádio Capital, Lula foi indagado sobre temas mais populares e um pouco diferentes em relação às tradicionais entrevistas e apresentações das quais participa. No início da conversa, com o radialista Paulo Barboza, ele foi questionado sobre os 32 anos de casamento com a primeira-dama Marisa Letícia "É um sustentáculo para as coisas que eu faço", respondeu Lula, complementando que Marisa é sempre muito interessada nos assuntos políticos. B at e -v o lt a – Lula também rebateu, durante a entrevista à rádio Capital AM, as acusações feitas no último domingo pelo secretário de Segurança Pública de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, de que o PT estaria por trás dos ataques realizados pela organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) no Estado. De acordo com o presidente, o secretário paulista, em vez de falar, deveria, de forma mais humilde, perceber que houve uma falha no sistema prisional estadual. "Eu acho que alguém que exerce o cargo de secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo deveria ser mais sensato na hora de abrir a boca. E, ao invés de tentar acusar quem quer que seja, deveria tentar evitar que essas coisas estivessem acontecendo em São Paulo", disse Lula. Alô – O presidente classificou como "mau-caratismo" qualquer atitude de alguém que aproveite estes acontecimentos como fator eleitoral. "Segundo a imprensa, alguns bandidos estão, de dentro da cadeia, controlando e dando ordens para que aconteça tudo isso. Ele (Saulo) poderia, pelo
Para quem está cansado de corruptos disfarçados, o cartunista Roque Sponholz oferece a solução: votar em criminosos reconhecidos.
menos, tirar o telefone celular dos presos. Tem tanta gente em liberdade que não tem telefone celular. Por que o preso tem que ter um?", indagou. Ninguém merece – De acordo com Lula, os paulistas têm razão de estar preocupados, mas o Estado não deveria ter medo de enfrentar a situação. "O povo de São Paulo não merece o que está acontecendo porque, no Brasil inteiro, é o povo mais trabalhador, que levanta às 3, 4 horas da manhã, vai trabalhar, chega às 7 da noite em casa, pega dois, três ônibus. Ou seja, esse povo merecia, no mínimo, a garantia da tranqüilidade oferecida pelo Estado", comentou. O presidente mencionou que o presídio federal de Catanduvas (PR) espera a transferência de 40 presos de São Paulo. Segundo ele, é necessário apenas que o Estado peça autorização à Justiça. "Vamos pegar este Marcola (Marcos Camacho, líder do PCC) e a quadrilha e levar para outros lugares", sugeriu. Intervenção - Durante a entrevista, Lula disse que ofereceu ajuda desde os primeiros atentados, em maio, que o governo paulista recusou e que, depois disso, já aconteceram outras ondas de ataques do PCC. Segundo ele, o governo federal não quer promover
uma intervenção no Estado. "Não tem como o governo federal fazer, por conta própria, intervenção. Nós não queremos e São Paulo não precisa de intervenção, precisa de uma ação conjunta", destacou o presidente. "Nós estamos à disposição com a Polícia Federal e sua inteligência, com a Força de Segurança Nacional e com as Forças Armadas. Agora, controle da segurança de São Paulo é do Estado de São Paulo", complementou, lembrando que tem motivos ainda maiores para se preocupar porque tem boa parte de sua família residindo no Estado. Meia dúzia – Lula informou que deve viajar a São Paulo para alguns eventos e aproveitar a ocasião para conversar diretamente com o governador Claudio Lembo, insistindo que está solidário ao Estado. "Nós não podemos permitir que meia dúzia de bandidos coloque o Estado mais rico da Federação em pânico", comentou. "Estou, primeiro, solidário ao povo de São Paulo; segundo, solidário ao governo de São Paulo; terceiro, à disposição de fazer o que eles entendem que possa ser feito, de curto prazo, de médio prazo e de longo prazo. Porque o problema de São Paulo não é um problema de São Paulo, mas do Brasil", destacou Lula.
André Dusek/AE
Márcio Thomaz Bastos e a cúpula das Forças Armadas
MINISTRO REÚNE FORÇAS
O
ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, reuniu-se ontem, em Brasília, com os comandantes das Forças Armadas Nacionais para discutir a crise da segurança e soluções que podem ser oferecidas para o Estado de São Paulo. Estiveram presentes o general Francisco Albuquerque, do Exército; Almirante Guimarães, da Marinha; brigadeiro Bueno, da Aeronáutica; o diretor da Polícia Federal, Paulo
Lacerda; os policiais rodoviários federais, Maurício Kuehen e Hélio Daherene; o general Wellington, do Gabinete de Segurança Institucional – GSI e Márcio Buzanelli da Agência Brasileira de Inteligência – ABIN. Entre os temas abordados, o envio de até 10 mil homens das Forças Armadas para reforço no patrulhamento local; a transferência de presos e os trâmites para a liberação de recursos.
Lula: o governo federal não quer promover uma intervenção no Estado de São Paulo.
LEMBO DESCARTA VÍNCULO PT – PCC
O
governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), disse ontem não acreditar que o Partido dos Trabalhadores (PT) esteja por trás das ações do PCC no Estado. "Não posso acreditar que o PT está por trás desses ataques", afirmou, contrariando a declaração dada por seu secretário de Segurança Pública, Saulo de Castro, de que o PT poderia estar vinculado aos ataques desta facção criminosa. A afirmação do governador foi feita em entrevista coletiva, após um encontro no Palácio dos Bandeirantes com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB). Uso da crise – Sem entrar na polêmica das acusações feitas por Saulo, Aécio criticou a politização e o uso eleitoreiro da crise da área de segurança pública em São Paulo. "Esta é uma coisa de tamanha gravidade que não temos o direito de colocar (os ataques) no patamar da disputa eleitoral. É uma questão que deve se enfrentada com profissionalismo para que o inimigo seja vencido", argumentou. Questionado se iria repreender o seu subordinado por causa da vinculação que fez do PCC com o PT, Lembo respondeu: "ele (Saulo de Castro) já está sendo processado (pelo PT)". O governador admitiu, porém, que irá conversar com o secretário de Segurança Pública para que episódios como este não se repitam. Pela manhã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia criticado a postura do secretário de segurança paulista, e garantiu que iria solicitar ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que conversasse com Saulo para que o assunto fosse tratado com mais seriedade e não através de críticas na imprensa. Recursos - Apesar de criticar a politização deste tema, o governador de Minas Gerais voltou a lembrar a falta de repasses federais para a área de segurança pública. Segundo ele, estados como Minas e São Paulo estão com as verbas deste setor contingenciados pelo governo Lula. "Assim como nosso candidato (o tucano Geraldo Alckmin), Lula poderia assumir o compromisso de não contingenciar estes recursos", destacou Aécio Neves. Ainda nas críticas ao governo Lula, Aécio disse que esses recursos já deveriam ter sido li-
GRAMPO PODE SER ORIGEM DA CRISE PT-PSDB
O
diálogo acima seria o trecho de uma conversa telefônica entre dois integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), em São Paulo, e foi transcrito ontem pelo jornalista Bob Fernandes na revista eletrônica Terra Magazine. Classificado como 'confidencial', no setor de Inteligência em São Paulo e 'ultra confidencial' na área de Inteligência em Brasília, o documento contém parte da conversa grampeada
entre dois 'homens não identificados' e, por isso, chamados de 'HNI 1' e 'HNI 2'. Homens do PCC", informa o jornalista. "A conversa foi grampeada pela polícia de São Paulo às vésperas de o assunto vir indiretamente a público. Dia 12 de julho, a conversa estava transcrita e a Secretaria de Segurança de São Paulo já tinha ciência do teor. Sem que jamais o documento fosse citado naquele dia, ou nas trocas de acusações desde então, no mesmo 12 de julho o senador Jorge Bornhausen (PFL-SC) insinuou, pela primeira vez, supostas ligações entre o PT e o PCC", complementa o jornalista em seu blog.
Raimundo Pacco/Folha Imagem
Lembo: "Não posso acreditar que o PT está por trás desses ataques."
berados antes do início desta crise que está ocorrendo em São Paulo. "O governo federal vem se pautando pelo improviso", emendou ele, citando como exemplo a operação tapa-buracos realizada pelo governo federal em todo o País. Forças Armadas - O governador Lembo voltou a recusar a oferta de tropas federais para
conter os ataques do PCC no Estado. "Agradeço a solidariedade do presidente Lula, e acho que ele está preocupado com São Paulo e com o Brasil", disse o governador. Apesar disto, reiterou que o Exército "é uma tropa nobre, que deve ser preservada para defender a soberania nacional, e não para fazer guarda de muralhas de presídios". (AE)
quinta-feira, 10 de agosto de 2006
Nacional Empresas Comércio Exterior Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
ARGENTINA TEM SUPERÁVIT DE 2,4% DO PIB
5
70
por cento foi a taxa de crescimento nos gastos do setor público argentino em 12 meses até maio
PAÍS PRECISA CONTROLAR GASTOS PÚBLICOS, ELEVAR TAXA DE JURO E VALORIZAR CÂMBIO, RECOMENDA O FUNDO
FMI ALERTA PARA INFLAÇÃO NA ARGENTINA
O
Governo argentino/Divulgação
Os produtores de farinha vão apelar ao presidente Kirchner (na foto ao lado da ministra da Economia) para obter a suspensão do "canal vermelho" nas alfândegas brasileiras
Farinha é motivo de guerra comercial
O
s produtores argentinos de farinha, reunidos na Federação Argentina da Indústria de Moinhos de Farinha (Faima), são o pivô de um novo e potencial conflito comercial entre o Brasil e a Argentina. Segundo a Faima, desde a semana passada todos os carregamentos de farinha feitos no país vizinho devem passar pelo "canal vermelho" nas alfândegas brasileiras. O "canal vermelho", segundo os argentinos, consiste em "uma clara barreira para-alfandegária", pois implica um processo de extração de amostras e a realização de exames em laboratórios no Porto de Santos como condição para a entrada da farinha argentina no
Brasil. O processo pode demorar de 10 a 15 dias, fato que eleva os custos e desestimula os importadores do Brasil. Segundo a Faima, a determinação da alfândega viola o Certificado de Reconhecimento Mútuo, que estipula que os governos dos dois países reconhecem ambas verificações bromatológicas. Os industriais argentinos afirmam que, se isso continuar, poderão ter perdas de US$ 50 milhões. Do total das exportações de farinha argentina para todo o mundo (8,7 milhões de toneladas em 2005), o país destina 60% ao mercado brasileiro. Além disso, a Argentina vende ao Brasil 280 mil toneladas de pré-misturas de farinha. O presidente da Faima, Al-
berto España, comentou indignado: "O Brasil já possui um superávit de US$ 4 bilhões por ano no comércio bilateral com a Argentina". Segundo os argentinos, os industriais brasileiros do setor de farinha querem que o Brasil deixe de importar o produto elaborado para passar a comprar diretamente o trigo. Dessa forma, o valor agregado seria realizado no Brasil, transformando-o em farinha. Os empresários argentinos pediram ajuda ao governo do presidente Néstor Kirchner, para que o "canal vermelho" seja suspenso. Segundo a Faima, no dia 25 de agosto representantes dos governos dos dois países analisarão o caso em Brasília. (AE)
índice de preços ao consumidor na Argentina provavelmente vai se acelerar caso o governo argentino não restrinja os gastos públicos e aperte a política monetária, disse o Fundo Monetário Internacional (FMI). Embora a economia provavelmente vá continuar a se expandir rapidamente, como tem sido desde que a Argentina começou a se recuperar da crise financeira de 2001, a inflação "permanece elevada", disse o FMI na entrevista coletiva à imprensa de apresentação da revisão anual da economia argentina. A Argentina precisa controlar os gastos públicos, elevar a taxa de juro real acima de zero e permitir maior flexibilidade de valorização da taxa cambial, disse o Fundo.
O FMI "considera a atual inflação mais como uma conseqüência do crescimento da demanda agregada, que não tem encontrado uma resposta suficientemente rápida da oferta, do que como um fenômeno temporário que surge do atraso relativo do ajuste de preços depois da crise de 2002". Inflação – O Fundo Monetário Internacional observou que o núcleo da inflação está agora oscilando pouco acima de 12%, e os salários formais do setor privado estão subindo. A recuperação da Argentina da crise – que inclui o acentuado declínio no desemprego e na pobreza, um fortalecimento do sistema bancário, reconstrução das reservas internacionais e pagamento antecipado das obrigações junto ao FMI – coincidiu com um forte ajuste
no orçamento do governo. O setor público registrou um superávit orçamentário de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2006, comparado com um déficit de 5,9% em 2001. Os gastos do setor público estão crescendo agora, estimulando a demanda. As despesas do governo cresceram 11% em termos reais, corroendo o superávit primário como uma parte da economia. Os gastos das províncias aumentaram 19%, ajustada a inflação. "As primeiras indicações implicam que a atual tendência está inclinada a continuar neste ano", informou o FMI. "Os gastos de capital do setor público continuam a subir rapidamente, crescendo a uma taxa real de aproximadamente 70% em 12 meses até maio", acrescentou o Fundo. (AE)
Rússia retira embargo à carne do MT
A
Rússia suspenderá hoje o embargo imposto contra as importações de carne suína e bovina do Mato Grosso, segundo a agência PrimeTass, que cita fontes do Ministério da Agricultura da Rússia. Mas o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Célio Porto, afirmou que o Ministério não recebeu confirmação oficial do
governo da Rússia. A suspensão foi imposta depois que focos de febre aftosa foram diagnosticados no Mato Grosso do Sul e no Paraná, no final do ano passado. Na ocasião, a Rússia proibiu as importações de carne de oito estados brasileiros. Em abril, as compras do Rio Grande do Sul foram liberadas. De acordo com a Prime-Tass, a fonte do ministério russo revelou
que poderão ser exportadas carnes produzidas depois do dia 1º de julho. O superintendente federal de agricultura no Estado do Mato Grosso, Paulo Antônio da Costa Bilégo, disse que soube extra-oficialmente que o embargo tinha sido suspenso pelas autoridades russas, mas não conseguiu confirmar a informação com o Ministério da Agricultura em Brasília. (AE)
Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO
Li tudo que pude de sua obra porque sempre me trouxe uma Bahia muito rica, muito jangadeira, muito como eu gosto. A Bahia é muito cheiro, muita sensualidade. E o livro que me cegou de primeira, 'A Morte e a Morte de Quincas Berro d'Água', é, ao mesmo tempo, simples e divertido.
www.dcomercio.com.br/logo/
Da cantora Maria Bethânia, sobre Jorge Amado, o homenageado da Festa Literária de Paraty (Flip) ontem.
quinta-feira, 10 de agosto de 2006
AGOSTO
2 -.LOGO
10 Recolhimento de ICMS, ISS, IRRF, IPI e INSS. Nascimento do escritor brasileiro Jorge Amado (1912-2001)
D IPLOMACIA
Bem-vindos, ora pois
C UBA
Quixotes das comunicações O governo cubano prometeu que irá investir dinheiro e esforços para retirar as antenas ilegais de satélite existentes no país. Segundo o jornal oficial cubano Granma, essas antenas trazem um "conteúdo desestabilizador" das emissoras de TV de Miami. A TV Martí, do governo dos Estados Unidos, por exemplo, inclui em sua programação transmissões especiais de Miami para Cuba, com mensagens contra o governo cubano. O Granma disse, ainda, que "nas condições atuais" as antenas devem ser "combatidas
energicamente". Estima-se atualmente que pelo menos 10 mil antenas ilegais de satélite estejam instaladas em solo cubano. A TV Martí é considerada uma ingerência dos norte-americanos nas comunicações nacionais e a principal "inimiga" nesta nova batalha. Cuba conseguiu bloquear os sinais enviados dos Estados Unidos, mas os norte-americanos começaram a transmitir a programação a partir de um avião no sábado passado. Ainda não se sabe se essa iniciativa deu resultado.
J APÃO Kyodo/Reuters
L
Autoridades japonesas inauguraram ontem, em Nagasaki, a Estátua da Paz, numa cerimônia popular que relembrou o trágico ataque à cidade com bombas atômicas de plutônio, em 9 de agosto de 1945, quando 80 mil pessoas morreram.
Portugal, feliz com Felipão, aprova lei que facilitará permanência de brasileiros
O
p ri m e i ro- m i n i st ro de Portugal, José S ó c r a t e s , i n f o rmou ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, que o governo português sancionará amanhã uma nova lei de imigração, que facilitará a regularização da permanência e a entrada de brasileiros naquele país. Em discurso de improviso, Sócrates disse que a atuação do técnico Luiz Felipe Scolari no comando da seleção portuguesa de futebol, quarta colocada na Copa da Alemanha, é um "caso emblemático" e mostra como os portugueses estão "satisfeitos" com a presença dos brasileiros. "É o reconhecimento de que essas pessoas contribuem para o desenvolvimento e a moder-
Jamil Bittar/Reuters
relatou que conta com brasileiros até em seu gabinete de trabalho. No Planalto, Sócrates e Lula defenderam a ampliação das parcerias comerciais entre as empresas dos dois países, em especial nos setores de transporte aéSócrates e Lula: mais parcerias comerciais reo, prospecção de petróleo turismo, consnização de Portugal", afir- t r u ç ã o c i v i l e s e r v i ç o s . "Qualquer investidor avalia mou o premiê português. Sócrates disse a Lula que o que a economia brasileira se governo português editou transformou numa economia ainda medida que dá um pra- estável e de confiança", disse zo de 90 dias para 6.500 brasi- o primeiro-ministro. Já Lula ressaltou que Portuleiros provarem o vínculo empregatício e regulariza- gal é o sétimo maior investirem a situação em Portugal. dor externo no Brasil, com esEm 2003, os dois países assi- toque de capital de US$ 8 binaram acordo que permitiu a lhões. O comércio entre os regularização de 18 mil brasi- dois países movimentou US$ leiros. O primeiro-ministro 1,2 bilhão em 2005. (AE)
Djalma Vassão?Gazeta Press/ Ag. O Globo
Um mar de águas-vivas
Portifólio. Ensaio de fotos assinadas por Helga Stein. Itaú Cultural. Avenida Paulista, 149. Telefone: 2168-1700. Das 10h às 21h. Grátis. G @DGET DU JOUR
Bike dobrável, novo conceito O designer Josef Cadek criou uma série de veículos futuristas e ecológicos, com grande apelo visual. Destaque para essa bicicleta dobrável, que fica do tamanho de um monociclo. Sem preço definido. www.coroflot.com/josef_cadek
B RAZIL COM Z
Mercado de trabalho pós-crise
O monstro do rio Suwannee
C A R T A Z
FOTOGRAFIA
O Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP) ganhou esta semana uma Estação de Observações Remotas e passará a estudar o universo visto do límpido céu do deserto do Atacama, no norte do Chile. A estação consiste em equipamentos instalados em São Paulo, mas com ligação direta com a sala de controle do telescópio Soar. Todos os comandos para os experimentos científicos poderão ser acionados de forma remota e em tempo real. O telescópio Soar está em solo chileno e é fruto de um projeto multinacional no qual o Brasil, que investiu US$ 14 milhões.
E UA
L
E M
margens do Mediterrâneo. Algumas praias tiveram de ser fechadas por cauda da "invasão" dos animais, que atingiu também a Sicília e alguns países do norte da África. Uma pesquisa recente pelo grupo ambientalista Oceana revelou concentrações de mais de dez águas-vivas por metro quadrado em alguns trechos da costa espanhola. Os cientistas explicam que a água do mar está mais quente e mais salgada – porque diminuiu a vazão dos rios – e isto tem atraído as águas-vivas para a costa.
Vista brasileira para o Atacama
A agência de notícias chinesa Xinhua divulgou ontem que uma das companhias aéreas privadas da China, a Shenzhen Airlines, contratou 40 pilotos brasileiros demitidos pela Varig. Esta é, segundo a agência, a maior contratação coletiva de pilotos jamais realizada por uma companhia aérea. O crescimento chinês impulsiona o setor aéreo. A previsão é de que em 2010 a China tenha 1.250 aviões em vôos regulares: 80% mais do que hoje.
M EIO AMBIENTE
Biólogos marinhos europeus estão alertaram esta semana que o tempo quente e a falta de chuvas na região do mar Mediterrâneo estão atraindo as águas-vivas para perto da costa. Além disso, a pesca indiscriminada pode ter aumentado as populações de águas-vivas, porque tem retirado do mar os predadores naturais desses animais. Neste verão, pelo menos 30 mil casos de banhistas queimados pelas águas-vivas já foram registrados nas praias mais movimentadas dos países às
A STRONOMIA
LIBERTADORES - O Internacional sai na frente na decisão da Taça Libertadores. Venceu ontem o São Paulo por 2 a 1, no Morumbi, com dois gols do centro-avante Rafael Sóbis. Edcarlos marcou para o time paulista. A segunda partida será dia 16, em Porto Alegre. A RTE
A ciência de Monet U
m estudo publicado nesta semana pela re v i s t a c i e n t í f i c a Proceedings of the Royal Society é a prova de que a arte pode ajudar, e muito, a ciência. O estudo se debruçou sobre os quadros que o pintor francês Claude Monet (18401926) criou em suas visitas a capital britânica e concluiu que, a partir das pinturas, será possível determinar a composição química da neblina londrina no início do século 20. Os pesquisadores da Universidade de Birmingham afirmam também que a série de pinturas permitirá analisar o nível de poluição da cidade durante o período vitoriano. Além disso, como Monet pintou alguns dos quadros enquanto observava o ambiente, e não de memória, os cientistas podem determinar de que ponto de vista ele retratou as paisagens, a posição do sol no momento da pintura, e isso os ajudará a compreender a contaminação atmosférica de Londres. Monet fez três viagens à
A TÉ LOGO
Reproduções
O norte-americano Blake Nicholas Fessenden, de 23 anos, caiu de seu jet-sky no rio Suwannee, na Flórida, no domingo quando foi atingido por um peixe gigante. Fessenden, que foi resgatado inconsciente mas sofreu apenas ferimentos leves No mesmo rio, em abril, uma mulher de 31 anos foi hospitalizada depois que um peixe pulou dentro do bote que em que ela estava. As autoridades locais acreditam que o peixe seja o mesmo e afirmam que acidentes como estes ocorrem uma ou duas vezes por ano no rio, e que o peixe pode pular até quase dois metros para fora da água e pesar até 91 quilos. F AVORITOS
Dúvidas sobre transplantes
Quadro da série Casas do Parlamento, que Claude Monet (abaixo) pintou em uma de suas três visitas a Londres: cores valiosas para a ciência
capital britânica entre 1899 e 1901, e pintou 95 imagens da cidade, incluídas nove do Parlamento, a ponte de Londres e outras paisagens. Algumas das pinturas foram feitas de memória, em seu estúdio de Giverny, próximo a Paris. www.pubs.royalsoc.ac.uk
A Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) criou em seu site uma área exclusiva para esclarecimentos sobre o tema. É possível assistir aos vídeos das campanhas da entidade, pesquisar sobre os centros de transplantes em todo o Brasil, ler depoimentos de quem já passou pela experiência de receber ou doar um órgão e tirar dúvidas. Há ainda aulas www.abto.org.br
L OTERIAS Concurso 644 da LOTOMANIA 04
11
13
16
33
37
47
51
56
57
62
68
72
82
84
90
92
94
95
96
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
L
Ilhabela espera atrair 110 mil turistas com temporada de navios; 52 escalas estão previstas
L
Madeireiras derrubam floresta nacional para pesquisas científicas em Caxiumã, no Pará
L
Ator inglês Daniel Craig, o novo James Bond, diz que será 'o mais malvado' da história
Concurso 788 da MEGA-SENA 17
19
29
31
44
57
4
Eleições Congresso Sanguessugas STF
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 10 de agosto de 2006
O basta não será dado por um partido ou por um líder, mas por todos nós. Fernando Henrique Cardoso
A RETA FINAL DA CPMI
EX-PRESIDENTE TUCANO DIZ QUE O SISTEMA POLÍTICO ESTÁ VICIADO
O
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse que as manifestações do crime organizado em São Paulo são uma grande ameaça à sociedade brasileira. "É preciso cortar o mal pela raiz", afirmou, num discurso bastante conciliador. "Isso não é uma tarefa apenas para o governo federal ou estadual, mas de todos nós", resumiu. FHC dá a receita de como agir contra os ataques do PCC: "É preciso um esforço coletivo". Ele prosseguiu: "Não quero partidarizar". Mas enfatizou que a desconfiança da população no sistema político brasileiro" tem lá suas razões", porque na prática há "roubalheira". Para o líder tucano, o sistema está viciado na base, com a distância cada vez maior entre eleitor e eleito. As mudanças, segundo FHC, não virão de uma hora para outra, nem devem ocorrer apenas nos partidos. "Mas também na sociedade", disse, para uma platéia repleta de líderes empresariais, reunidos na comemoração dos 50 anos da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB), na noite desta terça-feira. Na ocasião, alguns desses líderes entraram para a galeria de "Personalidade de Ouro – ADVB 50 anos". B as ta – Em nenhum momento de sua palestra FHC atacou ou apontou responsáveis políticos pelos ataques do PCC, ou pela violência urbana que se dissemina pelas grandes cidades do País. "O basta não será dado por um partido ou um líder, mas por todos nós", insistiu. "Porque é do in-
Fotos: Milton Mansilha/LUZ
Fernando Henrique Cardoso durante comemoração dos 50 anos da ADVB
RECEITA DE FHC CONTRA O PCC: CONCILIAÇÃO. Em palestra na Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil, FHC conclama a sociedade à reação.
Alencar Burti, presidente em exercício da ACSP: união em nome da Nação.
teresse do futuro do Brasil". Em seguida, garantiu que o Brasil de hoje é, no geral, bem melhor do que há 50 anos. Citou exemplos, como o respeito à cidadania, à liberdade de imprensa, à legalidade, eficiência, educação e competitividade, entre outros. Isso não quer dizer que não haja problemas. O ex-presidente ponderou que o fato de termos avançado aumenta a crença de que podemos ir adiante. "Por isso acredito neste País", enfatizou. E deixou um recado: "não se avança sem disciplina, coesão e com objetivos claros a conquistar". Por isso, FHC conclamou empresários, pequenos e grandes, a investirem já no Brasil. "Podemos nos queixar, mas também ter fé". Ele diz que a reduzida taxa de poupança do País deverá se tornar um gargalo ao desenvolvimento nos próximos anos e alertou que é preciso investir mais em educação para ampliar a capacidade tecnológica. O presidente da ADVB, José Zetune, acrescentou que a entidade vai cobrar do próximo governo menos burocracia, as reformas – política, previdenciária, trabalhista e fiscal – e um choque de eficiência na gestão no Estado. Entre os líderes homenageados durante o evento pela ADVB, estão três presidentes da Associação Comercial de São Paulo (ACSP): Lincoln da Cunha Pereira, Élvio Aliprandi e Alencar Burti, atual presidente em exercício. "A nossa união vai assegurar uma Nação melhor para todos", concluiu Burti. Sergio Leopoldo Rodrigues
SANGUESSUGAS RELATOR QUER CASSAR SÓ 50 PARLAMENTARES
O
relator da CPMI dos Sanguessugas, senador Amir Lando (PMDB-RO), está propenso a pedir a cassação de apenas 50 dos 90 parlamentares notificados, enquanto a maioria dos membros da comissão quer que o pedido atinja 75 parlamentares suspeitos de envolvimento com a máfia das ambulâncias. Segundo integrantes da CPMI, a avaliação de Lando é de que é preciso fazer mais investigações sobre o envolvimento dos 25 acusados, antes de pedir a cassação do mandato deles. A cúpula da CPMI dos Sanguessugas discutiu ontem, em reunião fechada, o relatório parcial de seus trabalhos, que deverá ser apresentado hoje. "Estamos seguros de que vamos chegar a um consenso com o relator", disse o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ). Além dele, participaram da reunião o presidente da comissão, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), e um dos subrelatores, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA). EDITAL
A CPMI quer restringir o repasse de recursos do Orçamento da União para Organizações Não-Governamentais (ONGs) e Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips). A deputada Vanessa Grazziotin (PCdo BAM), sub-relatora do Orçamento da CPMI, vai recomentar a proibição de emendas destinadas à compra de equipamentos e outros investimentos dessas instituições. Ney Suassuna– Na defesa que entregou aos membros da CPMI, o líder do PMDB no Senado, Ney Suassuna(PB), se diz inocente e acusa o ex-assessor Marcelo Carvalho de ter usado seu nome e falsificado suas assinaturas para negociar com a máfia das ambulâncias. Ele incluiu um laudo atestando a falsificação e uma carta manuscrita da funcionária Angélica Soares, afirmando ter presenciado Marcelo ordenando a um auxiliar que imitasse a rubrica do senador em ofícios que teriam sido usados nos ministérios pelos donos da Planam. (Agências)
CARLÃO: O 'CAPO' DE RONDÔNIA.
O
esquema desmantelado pela Operação Dominó em Rondônia tinha um núcleo estruturado na Assembléia Legislativa, com rígida hierarquia, para operar a rede de influência nos demais Poderes, negociar sentenças, dividir favores e garantir impunidade mútua. As investigações da Polícia Federal constataram que no topo da organização estava o presidente da Assembléia, deputado José Carlos de Oliveira (PSL) o "Carlão",
auxiliado por parentes e operadores da sua confiança colocados em cargos estratégicos da instituição. Dos 24 presos na operação, dez são do staf pessoal de Carlão, incluindo sua mulher, dois irmãos, dois cunhados e assessores. "Ele atua como um verdadeiro capo, ou chefe mafioso", diz o relatório da PF. Por conta de um golpe de cerca de R$ 4 milhões contra o erário público, ele está com parte dos seus bens bloqueados desde 2005 pelo Ministério Público. (AE)
Eymar Mascaro
Voto indiscreto
O
Rio, com 11 milhões de eleitores, passou a ser um dos maiores desafios para Geraldo Alckmin, como atestam as últimas pesquisas. Por isso, o candidato se reuniu com os membros do Conselho de Campanha do PSDB e decidiu passar semanalmente pelo Estado fluminense. Alckmin quer recuperar a 2ª posição que perdeu no Rio para a senadora Heloísa Helena (PSol). As recentes pesquisas, Ibope, Sensus e Datafolha, constataram que o tucano perdeu pontos no eleitorado carioca, caindo para a 3ª colocação, o que passou a preocupar o comando da campanha. Além do Rio, Alckmin caiu também em outras regiões do Sudeste, incluindo São Paulo. O jeito é intensificar a campanha, sobretudo no Rio. O tucano mexeu e remexeu na sua agenda e encaixou uma visita semanal aos eleitores cariocas.
COMO É A campanha de Geraldo Alckmin no Rio tem como um dos coordenadores o prefeito César Maia (PFL) e conta ainda com o apoio de dois candidatos a governador, Eduardo Paes (PSDB) e Denise Frossard (PPS). Só que um candidato não sustenta um bom relacionamento com o outro.
IMBRÓGLIO Alckmin tentou obter o apoio de Anthony Garotinho (PMDB), mas não conseguiu porque o ex-governador não dialoga com César Maia. Garotinho, então, se encaminhou para a campanha de Heloísa Helena.
TRUNFO Recentemente, o tucano ganhou um reforço de peso no Rio, do deputado Moreira Franco, do PMDB. Franco se comprometeu em tentar obter o apoio do candidato do partido ao governo do Rio, Sérgio Cabral, mas ainda não conseguiu.
DECISIVO Moreira Franco admite que se o apoio de Sérgio Cabral chegar ficará mais fácil Alckmin deslanchar a campanha no Estado. Sérgio Cabral está liderando todas as pesquisas que são feitas na região.
VÉRTICE Outro Estado em que Alckmin enfrenta problemas, na região Sudeste, é Minas (13 milhões de votos). Só que lá Alckmin confia no desempenho do governador Aécio Neves (PSDB), candidato à reeleição, com 73% de índice de intenção de voto.
RECUPERAÇÃO Segundo as últimas pesquisas (Sensus e Datafolha), Alckmin ainda está em desvantagem em Minas, mas a informação que o PSDB recebeu é que o seu candidato começa a se recuperar. Além de Aécio Neves, Alckmin tem o apoio em Minas do expresidente Itamar Franco.
DENÚNCIA O PSDB admite que os ataques do PCC têm prejudicado a campanha
de Alckmin em São Paulo. O candidato acha que os atentados podem ter motivação política. Os tucanos, como o secretário de Segurança Saulo de Castro, acham que o PT pode estar por trás dos atentados da organização criminosa.
NA FRENTE Geraldo Alckmin, apesar da queda, continua na frente de Lula em São Paulo (26 milhões de eleitores), mas a diferença entre ele e Lula diminui. Diz-se no PT que o fraco desempenho do candidato ao governo paulista, Aloizio Mercadante, estaria prejudicando o avanço de Lula no Estado.
SURPRESA Causou espanto nos tucanos o resultado da pesquisa Sensus para a Confederação Nacional dos Transportes (CNT). Os tucanos não sabem o porquê de Alckmin ter caído 7 pontos em relação à pesquisa anterior. Nem entendem o porquê de Lula ter crescido outros 4 pontos. O tucanato desconfia da pesquisa Sensus.
REGISTROS Além da Sensus, que dá a Lula 48% de intenção de voto e 20% para Alckmin, outro instituto divulgou ontem o resultado de sua pesquisa, o Datafolha. Nesta pesquisa, Alckmin cai 4 pontos, oscilando de 28% para 24%, enquanto Lula subiu de 44% para 47%. No Datafolha, Heloísa Helena chega a 12%.
EMBATE Pelas duas pesquisas, chega-se à conclusão de que Heloísa Helena cresceu em algumas áreas que eram de domínio de Geraldo Alckmin. Por enquanto, a senadora alagoana não invadiu redutos eleitorais de Lula, como pretendem os tucanos.
RESULTADOS Ao comentarem os resultados das pesquisas, líderes do PT admitiram que a campanha da oposição contra o presidente Lula, envolvendo o governo com atos de corrupção, não está dando certo. Dizem os petistas que até agora a denúncia de corrupção no governo não colou no presidente.
CONFIANÇA Apesar da queda, Alckmin continua confiante de que a eleição será decidida no 2º turno com a ajuda do horário eleitoral gratuito. Não passa pela cabeça dele que Lula possa vencer já no 1º turno.
6
Tr i b u t o s Nacional Finanças Empreendedores
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 10 de agosto de 2006
31,8
BRASIL É DESTAQUE ENTRE EMERGENTES
por cento foi a queda do risco-Brasil desde o início do ano, a maior baixa entre os emergentes.
INDICADOR ATINGIU ONTEM 208 PONTOS-BASE. QUEDA É ATRIBUÍDA A BONS FUNDAMENTOS DA ECONOMIA.
RISCO NO MENOR NÍVEL HISTÓRICO
O
risco-Brasil atingiu ontem o nível mais baixo da história, 208 pontos. O indicador — que mostra a diferença entre a remuneração dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos e a de papéis da dívida externa brasileira — recuou 3,7% no dia. O risco-país demonstra o apetite de estrangeiro s p o r p a p é i s d a d í v i d a . Quanto mais baixo, maior a demanda por esses títulos. De acordo com analistas, o risco do Brasil vem batendo recordes de baixa por causa dos bons fundamentos da economia do País, aliados à situação positiva da economia mundial. O recuo do risco ajudou a derrubar o dólar, que encerrou a quarta-feira cotado a R$ 2,16, com desvalorização de 0,46%. Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), influenciada negativamente pelas bolsas americanas, fechou ontem em baixa de 0,92%, com o Ibovespa em 37.255 pontos. Emergentes — Por causa da farta liquidez nos mercados financeiros mundiais, o risco de todos os países emergentes vem recuando. Como os juros dos Estados Unidos, União Européia e Japão estão baixos, aumenta a demanda de investidores por títulos de emergentes, que oferecem remunerações maiores. Mesmo assim, o Brasil se destacou entre os países em desenvolvimento acompanhados pelo Emerging Markets Bond Index (Embi) do banco JP Morgan.
Roosewelt Pinheiro/ABr
Enquanto o risco-Brasil caiu 31,8% desde o início do ano, o risco médio dos emergentes (excluída a Argentina) caiu apenas 21,6% no mesmo período. "Neste ano, o Brasil foi destaque entre os emergentes", disse Solange Srour Chachamovitz, economista-chefe da Mellon Global Investments do Brasil. "Na turbulência de maio, o País foi o menos afetado. O risco continuou caindo." Todos os países se beneficiaram da liquidez mundial, mas o Brasil, com seus sólidos fundamentos econômicos, está aproveitando melhor essa onda, avaliou Solange. A inflação está sob controle e, pela primeira vez, o País começará um ano sem ter de "desinflacionar" a economia. A inflação deste ano deve ficar abaixo de 4%, e a meta para o próximo ano é 4,5%, segundo a economista. Apesar da desaceleração do segundo trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) deve encerrar o ano com alta de 3,3%, "taxa boa para o Brasil", afirmou. Para completar, a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de fazer uma pausa nas elevações de juros, mantidos em 5,25% ao ano, alimentou o otimismo. "No curto prazo, a pausa do Fed é um fator determinante para a queda do risco", disse Alexandra Maia, economista-chefe da GAP Asset Management. "Mas a ‘faxina externa’ feita pelo governo brasileiro nos últimos tempos ajuda." (AE)
BANCOS Itaú compra Boston no Chile
O
Bernardo (esq.) no lançamento de livro do Ipea: consignado ajudou.
Governo quer elevar crédito a 50% do PIB
O
ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou ontem que o governo trabalha com a perspectiva de que a oferta de crédito para pessoas físicas e jurídicas será fortemente ampliada nos próximos anos. Ele considera possível que, em um prazo de quatro anos, o crédito passe dos atuais 33% do Produto Interno Bruto (PIB) para algo em torno de 50% do PIB. "Acho que é um objetivo realizável num País com a dimensão do Brasil", afirmou. Para mostrar que isso é possível, Bernardo disse que, de 2002 a 2006, o volume de crédito no Brasil passou de 23% do PIB para 33%. "Foram R$ 220
bilhões a mais de crédito ofertado nesse período, sendo que, desse total, R$ 40 bilhões vieram do crédito consignado", observou o ministro. O objetivo de expandir a oferta de crédito para 50% do PIB no Brasil, de acordo com Paulo Bernardo, é até modesto, quando comparado a outros países. "No Japão, a oferta de crédito é de 1,2 vezes o PIB, nos Estados Unidos, ela corresponde ao valor do PIB e, no Chile, é de cerca de 50%", destacou. Medidas — O ministro confirmou que o governo estuda novas medidas de estímulo ao crédito, que abrangem a criação do crédito consignado para as micros e pequenas empresas e também para a aquisição de imóveis. Ele negou, no entanto, que as medidas envolvam qualquer tipo de subsídio do Tesouro Nacional. "Nas reuniões de que participei, não se discutiu subsídios", afirmou. "Sabemos também que não se pode reduzir taxas de juros com uma canetada", acrescentou Bernardo. O ministro informou ainda que já foram realizadas duas reuniões a respeito das novas medidas, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, ficou encarregado, a pedido do presidente, de dar um formato jurídico a essas medidas. "As decisões vão na direção de aumentar a oferta do crédito e de reduzir os encargos que incidem sobre as operações", adiantou. Bernardo chamou a atenção para a forte expansão que está ocorrendo neste ano no crédito na área habitacional. De acordo com ele, a Caixa Econômica Federal já concedeu financiamentos habitacionais no valor total de R$ 7 bilhões e deverá chegar a R$ 19 bilhões até o final deste ano. No ano passado, os empréstimos habitacionais da Caixa somaram R$ 10 bilhões, segundo o ministro do Planejamento. (AE)
banco Itaú e a Itaúsa, em comunicado conjunto, anunciaram a compra das operações do BankBoston no Chile e no Uruguai, que estavam pendentes desde que instituição adquiriu do Bank of America os negócios do BankBoston no Brasil. De acordo com um comunicado de fato relevante divulgado ao mercado, a transação envolve o pagamento de R$ 2,3 milhões em dinheiro, além de ações ordinárias do Itaú, correspondentes a cerca de 1,7% do capital do banco, ou um total de 20,5 bilhões de papéis. As instituições estimam que o valor chegue a R$ 1,373 bilhão com base na cotação média de mercado entre os dias 21 de fevereiro e 24 de abril deste ano. Segundo o Itaú, em 30 de junho, o BankBoston Chile ocupava o 12º lugar no ranking local por ativos. Na mesma data, as operações no Uruguai estavam em terceiro lugar na lista dos bancos privados do país.
A compra está sujeita à aprovação de autoridades de defesa da concorrência. O fato relevante informa que os ativos combinados do Itaú com o BankBoston no Brasil, no Chile e no Uruguai alcançam a cifra total de R$ 203,32 bilhões, com patrimônio líquido total de R$ 20,747 bilhões, já descontada a amortização do ágio total do negócio. Como a operação com o Bank of America envolve a troca de ações, o Itaú informa que, no total, a instituição passa a deter 5,82% das ações preferenciais do banco brasileiro e 1,72% das ações ordinárias, chegando a 7,44% do capital. A operação levará a uma redução de R$ 401 milhões no resultado do banco brasileiro em 2006, já descontados os efeitos fiscais. A amortização do ágio total da compra do BankBoston chega a R$ 2,834 bilhões – os R$ 2,433 bilhões das operações no Brasil somados às aquisições no Chile e Uruguai. (AE)
Cartão Santander reduz taxa
N
a contramão do mercado, o Santander Banespa lançou ontem um cartão de crédito com juros de 5,5% ao mês. Praticamente a metade da taxa média de 12% mensais cobrada hoje de quem atrasa o pagamento da fatura. Menor, também, do que os juros do cheque especial (de 8% segundo levantamento do Procon feito no início de agosto) e do custo do empréstimo pessoal de muitos bancos (média de 6%). O novo produto, que ganhou o nome de Santander Light, traz outro diferencial agressivo em relação à concorrência: um limite de crédito ao portador do cartão igual ao dobro de sua renda mensal. Acima, portanto, do teto com que o mercado trabalha (em geral até 80% da renda). Assim, em um único movimento, o banco pode ter aberto espaço para mais uma disputa das instituições financeiras por clientes que buscam crédito no mercado a um custo menor. “Uma pesquisa nos mostrou
que o brasileiro, ao contrário dos consumidores de outros países, evitam se financiar no cartão de crédito por causa dos juros elevados cobrados no rotativo”, disse José Paiva Ferreira, vice-presidente executivo do Santander Banespa. Foi com base nessa pesquisa que, segundo Paiva, surgiu a idéia do cartão Light. Com juros mais magros e crédito mais gordo, o Santander pretende vender, até dezembro, 500 mil cartões Light, e, assim, fechar 2006 com 3 milhões de clientes na carteira, abrindo espaço para chegar a 4 milhões em 2007. Segundo Paiva, o objetivo é dar ao consumidor maior poder de compra com o cartão. A fórmula para esse crescimento está no compromisso do banco de manter os juros baixos do cartão para sempre. “Não se trata de uma promoção com tempo determinado", diz Nuno Almeida Matos, vice-presidente de cartões do banco. Roseli Lopes
Ajuste fiscal para juro cair
P
ara tornar possível a redução sistemática dos juros reais, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) defendeu ontem um ajuste fiscal que reduza o ritmo de expansão dos gastos do governo, e a "independência ope-
rativa formal" do Banco Central (BC). "Essas duas iniciativas permitiriam melhorar a combinação da política macroeconômica, diminuindo as pressões sobre a taxa de juros como instrumento de estabilização e os riscos inflacionários presentes na economia brasileira", diz o Ipea no livro "Brasil, Estado de uma Nação", lançado ontem em solenidade com a presença do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. O livro mostra que, apesar do crescimento do superávit primário durante o governo Lula e da queda da relação dívida/Produto Interno Bruto (PIB), houve uma forte expansão das despesas do governo. "O gasto público primário (não inclui o pagamento dos juros das dívidas públicas) do governo federal cresceu 7,1% em termos reais (descontada a inflação) em 2004 e 10,2% em 2005, financiado pelo aumento da carga tributária (federal), que passou de 23,8% do PIB para 25,3% no mesmo período", diz o texto. O Ipea defende o aumento dos investimentos do governo. (AE)
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 10 de agosto de 2006
DOISPONTOS -77
mão de seus instintos agressivos restringir sua liberdade, transferindo seu poder para uma entidade reconhecida como suprema, a vida social coletiva seria inviável.
Há vagas para profissionais sem qualificação
O
utro dia recebi um telefonema de uma pessoa que precisava de um consultor de comunicação empresarial para "aulas particulares", já que ela havia assumido uma posição gerencial na área de Comunicação Social de uma grande empresa, porém não sabia o que fazer nem por onde começar. Muitos fatos
negativos como esse acontecem com profissionais sem qualificação necessária e sempre fica uma pergunta: ninguém fez uma análise sobre a experiência dessa pessoa? O reflexo dessa distorção tem sido muito claro: - empresas perdem mercado com quedas de vendas acentuadas, - perde-se oportunidades na
geração de mais negócios, - produtos ultrapassados em relação à concorrência, - custos desnecessários para se refazer materiais ou ações, além de gastos inúteis com materiais desqualificados que são jogados no lixo. Quando leio os anúncios dos jornais oferecendo vagas, dá vontade de chorar só de
ver o que pedem como requisitos. Por exemplo, para um gerente de produto, pedem três anos de experiência. Para um gerente de marketing pedem 5 anos de experiência. Para um engenheiro de produção pedem um ano de experiência. Vendas então, é um caos. Não oferecem salário, somente comissão e, geralmente, não exige
experiência anterior. Como um profissional com essa pouquíssima experiência pode fazer frente às responsabilidades que esses cargos exigem e, principalmente, para dar o tiro certeiro no mercado e gerar resultados? EDSON LOBO É CONSULTOR DE EMPRESAS NA ÁREA DE
MARKETING E COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL ELOBO.1@TERRA.COM.BR
Site na internet www.blog. dcomercio.com.br
Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br
Leonardo Rodrigues/Digna Imagem
G Não é mais
necessário se submeter a um determinado produto ou marca por falta de opção. A grande oferta de produtos e serviços no ponto-de-venda tornou o consumidor mais seletivo em suas escolhas. G Reconquistar
a confiança do cliente é uma tarefa mais árdua do que mantê-la. Experiências desagradáveis geram no consumidor reações de aversão ao produto e à marca.
Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br
O SOMBRA Como criar o consumidorfantasma
A
gradar e conquistar os consumidores é uma tarefa cada vez mais difícil. A grande oferta de produtos e serviços no ponto-devenda tornou o consumidor mais seletivo em suas escolhas. Não é mais necessário se submeter a um determinado produto ou marca por falta de opção. Diante da dificuldade de conquistar e fidelizar estes clientes, cada vez mais as empresas buscam por ferramentas que possam persuadir e medir o grau de satisfação, como o "consumidor misterioso". Trata-se de um promotor que se comporta como um consumidor comum. Porém, na prática, suas atribuições são outras. Ele é o encarregado, por alguma em-
presa, de avaliar a qualidade do atendimento prestado e das informações em relação ao produto que são passadas do vendedor ao consumidor. O "consumidor misterioso" fica encarregado de observar aspect o s p a r t i c u l a re s d a atuação de vendedores, posicionamento de produto na gôndola, visibilidade de produto na vitrine, ilhas, exposição de materiais promocionais, conhecimento do vendedor sobre o produto e outros detalhes que só podem ser apontados por pessoas preparadas para esta função. Nos casos em que o "consumidor misterioso" atua avaliando o atendimento ao cliente, por exemplo, pode identificar problemas
de relacionamento dos vendedores com o público. Isto é fundamental, uma vez que o cliente pode deixar de adquirir um produto, aind a q u e d e s u a preferência, devido a um mau atendimento.
E
xperiências desagradáveis geram no consumidor reações de aversão ao produto e à marca, podendo deixar danos irreparáveis, afinal, reconquistar a confiança do cliente é uma tarefa mais árdua do que mantê-la. Além disso, o cliente mal atendido dissemina sua insatisfação para outros clientes, a famosa propaganda boca-a-boca, gerando imagem negativa. Para cada situação a empresa que quer utili-
zar o "consumidor misterioso" na avaliação de algum aspecto do produto no PDV deve selecionar profissionais que tenham o perfil adequado para a função. Depois de selecionado o protagonista e implantada a ação, é hora de identificar diaa-dia, PDV a PDV, os pontos negativos da relação produto x vendedor x PDV, e tomar medidas para sua resolução. Todas informações devem ser passadas ao cliente através de relatórios parciais (diários ou semanais) e final (mais qualitativo do que os parciais), para que ele possa criar um plano de ações para cada PDV. No caso de ações promocionais, os itens que podem ser avaliados pelo "consu-
midor misterioso", são a abordagem, o atendimento ao consumidor, a explicação da mecânica e a premiação.
N
estes casos, a utilização de "c on su mi dores misteriosos" é uma iniciativa para garantir a ação correta das promotoras no ponto-devenda. Além disso, é uma forma de incentivar uma atuação ainda mais eficiente por parte das profissionais, que podem ser premiados posteriormente pela sua atuação. A idéia é que este trabalho sirva como um indicador para uma mudança de cultura maior da empresa. LÍDIA DE OLIVEIRA É DIRETORA DO GRUPO PLUS
ADVANCE MARKETING INTEGRADO
BENEDICTO FERRI DE BARROS A REGRA DE OURO
Z
igong disse: "Não quero fazer aos outros o que não quero que me façam." O Mestre disse: "Oh, ainda não chegaste tão longe!"(Confúcio: Os Analectos 5.12.) Essa formulação data de 500 anos antes de Cristo. Com Cristo ela se explicita, adquirindo a forma excelsa de que o amor ao próximo é a regra máxima da convivência humana. Vamos encontrá-la na filosofia ocidental dezoito séculos depois, formulada na Crítica da Razão prática, de Kant, como seu único imperativo categórico. Roque Spencer Maciel de Barros, em Razão e racionalidade, nos dá as três versões sob as quais o filósofo a apresentou e que transcrevemos a seguir. "Passemos às fórmulas kantianas do imperativo categórico, cuja primeira expressão se acha no princípio que determina: "age de tal modo que a máxima de tua vontade possa sempre valer como princípio de uma legislação universal". A segunda versão do imperativo, discutida na "Típica do juízo puro prático" (Crítica da Razão Prática, 1ª Parte, Livro I, capítulo II), que se pode resumir na fórmula sucinta da Fundamentação da Metafísica dos Costumes, é a seguinte: "Age como se a máxima da tua ação se devesse tornar, pela tua vontade, em lei universal da natureza". Na sua terceira versão, no capítulo seguinte da Crítica, no contexto da exposição sobre os móveis da razão pura prática e de acordo com a fórmula lapidar da Fundamentação, o imperativo categórico se exprimirá nestes termos: "Age de tal maneira que uses a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre e simultaneamente como fim e nunca simplesmente como meio." No Leviathan, obra de filosofia política (1651.) em que Hobbes busca a fundamentação dos motivos racionais que teriam levado os homens a criar a monstruosa instituição do Estado, o argumento básico é que "o homem é o lobo do homem" e assim, se os indivíduos não se dispuzessem a, abrindo
F
ilosoficamente, o argumento continua válido, no sentido de que nenhuma sociedade pode dispensar a existência de uma instituição que exerça o poder supremo representado pela política, suas funções e instituições. Contudo, do ponto de vista do realismo naturalista não é um fato de que lobo coma lobo, nem que o homem seja lobo do homem. Tanto os lobos como os homens, na sua qualidade de espécies gregárias, e de acordo com as leis zoológicas darwinianas da luta pela vida e sobrevivência dos mais fortes, são solidários entre si na sua vida comunitária contra outras comunidades gregárias da mesma espécie. E na sua relação inter-social é, sim, verdade que os homens competem entre si. Mas com intensidade e amplitude não inferior, se ajudam e se amparam. A supremacia que os homens adquirem em sua sociedade, seja em riqueza, fama ou apreço, nunca é fruto de mera pugnacidade, de oposição e espoliação de seus semelhantes, mas de real prestação de serviço e/ou de qualidades e méritos pessoais, de integridade intelectual, de humanitarismo, ou de realizações materiais ou espirituais alcançadas com esforços e sacrifícios incomuns.
N
uma palavra, a vida dos homens, quer como indivíduos, quer como integrantes de uma sociedade é muito diferenciada e complexa para ser descrita por um radicalismo ideológico reducionista de qualquer natureza. A indigência das teorias e explicações dessa natureza resulta do erro fundamental de visualizarem a humanidade como se ela não houvesse evoluído além das demais espécies zoológicas. E isso, como Dostoievski deixou transparente em Os demônios, no mais das vezes não é produzido por um idealismo suprahumano, mas por mesquinharias morais ou aleijões psíquicos infrahumanos, complexos de inferioridade sublimados. BENEDICTO FERRI DE BARROS É ESCRITOR PAJOLUBE@TERRA.COM. BR
G Age de tal
maneira que uses a humanidade como fim e nunca simplesmente como meio
FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894
quinta-feira, 10 de agosto de 2006
Congresso Planalto Eleição Estadual CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
PETISTA QUER PEDÁGIOS MAIS BARATOS
Eduardo Nicolau /AE
SERRA QUER SER A 'VOZ' DE SÃO PAULO
DATAFOLHA DÁ VITÓRIA A TUCANO
O
O
candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, afirmou ontem que irá vocalizar os anseios do Estado de São Paulo no debate nacional, caso venha a ser eleito nas próximas eleições. Com base na idéia de que a voz do governador de São Paulo "sempre tem um peso", Serra garantiu que irá cobrar constantemente o governo federal em questões como política econômica, segurança, saúde e educação. "Há um conjunto de questões que são de responsabilidade federal. Eu, como governador de São Paulo, vou cobrar sempre uma política de desenvolvimento para o Brasil, para São Paulo, que hoje não existe", afirmou o ex-prefeito, que visitou ontem a região comercial do bairro de Itaquera, na Zona Leste da cidade. Em seguida, Serra discursou para um grupo de alunos do Centro Profissionalizante da Obra Social Dom Bosco. Como exemplo da necessidade desse tipo de cobrança, Serra citou o fato de o governo federal desviar recursos da Saúde para investir em outras áreas. "Esse é motivo da crise enfrentada pelas Santas Casas de Misericórdia em todo o Estado", afirmou o tucano. Há também uma necessidade na área de segurança, disse Serra, relacionada ao contrabando de armas e drogas, que abastece a criminalidade. "Essa também é uma responsabilidade federal." (AE)
5
Tucano diz que vai cobrar sempre o governo federal em defesa de SP
MERCADANTE VOLTA ATRÁS SOBRE PEDÁGIO
O
candidato do PT ao governo de São Paulo, senador Aloizio Mercadante, recuou ontem sobre a questão da cobrança de pedágio no Rodoanel. Em entrevista por telefone, ele afirmou que se "expressou mal" ao explicar a proposta de inclusão do Rodoanel no sistema de concessão de rodovias do Estado. Na última segunda-feira, Mercadante disse que a inclusão do Rodoanel no sistema de concessão seria "inevitável" e, ao se referir à cobrança de pedágios, explicou: "É um erro imaginar que a concessão traga prejuízos para a sociedade. Ao contrário, ela permite acelerar os investimentos." O candidato petista voltou
atrás e disse que a inclusão "não significa ter pedágio no Rodoanel." Segundo ele, o Rodoanel já beneficia as estradas sob concessão, os motoristas pagam pedágios nas vias e, por isso, o Rodoanel poderia ser incluído no sistema, mas sem cobrança. "Cobrar pedágio no Rodoanel é irracional." Na segunda feira, Mercadante se posicionou contra uma cobrança "abusiva" de preços dos pedágios. "Quero começar o governo conversando com as concessionárias para mudar o sistema e reduzir a tarifa, uma vez que a obra é feita com recursos públicos. Se a tarifa for equilibrada, a população reconhece o serviço e não onera a sociedade". (AE)
candidato do PSDB, José Serra, manteve a dianteira na disputa pelo governo de São Paulo e venceria no primeiro turno com 49% dos votos, segundo Pesquisa Datafolha divulgada ontem. Os principais oponentes de Serra, Aloizio Mercadante (PT) e Orestes Quércia (PMDB) tiveram, respectivamente, 17% e 10% das intenções de votos. Carlos Apolinário, do PDT, recebeu 2% das intenções de voto; brancos e nulos corresponderam a 8%, e outros 12% dos entrevistados não souberam ou não quiseram opinar. Na pesquisa anterior, realizada em julho, Serra aparecia com 48%. Mercadante, por sua vez, tinha 15%, e Quércia tinha 11% das intenções de foto. Apolinário, por sua vez, se manteve estável. Numa simulação de segundo turno, Serra venceria Mercadante por 61% a 26%. Se a disputa fosse com Quércia, a vitória do candidato tucano teria uma margem ainda maior: 63% a 22%. A diferença entre Serra e Mercadante caiu de 33 pontos em julho para 32 pontos na pesquisa divulgada ontem. Mesmo assim, a soma de votos aos candidatos adversários não seria suficiente para derrotar o ex-prefeito de São Paulo. A pesquisa tem margem de erro de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos. Foram ouvidos 1908 eleitores em 56 municípios do Estado entre os dias 7 e 8 de agosto.
EXÉRCITO TEME USO POLÍTICO
O
ficiais das Forças Armadas resistem à convocação para atuar no combate ao crime organizado em São Paulo, embora não se neguem a cumprir ordens, pois consideram que há uso político da ajuda dos militares. Os militares, porém, já definiram planos pa-
ra atuar no Estado. O uso de tropas federais em São Paulo tem sido assunto das conversas nos meios militares. Os oficiais vêem uma disputa política por trás de tudo. Porém, acham que, com o início das operações militares, o PCC recuará imediatamente. (AE)
quinta-feira, 10 de agosto de 2006
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Indicadores Econômicos
7
0,17 9/8/2006
COMÉRCIO
por cento foi o registrado pelo Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI) em junho.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
PORTO
quinta-feira, 10 de agosto de 2006
TURISMO - 1
DIA DOS PAIS DIVERTIDO EM SÃO PAULO
Divulgação
O recém-aberto circuito de arvorismo no Parque da Juventude (foto) é apenas um dos programas para curtir domingo com o papai. Pág. 4
Um destino inebriante Fotos:Bruno Della Latta
N esta bela cidade
do norte de Portugal tudo gira em torno do famoso vinho que leva seu nome, apesar de não ser produzido lá. No roteiro, igrejas, restaurantes, jardins e galerias de arte no Porto. Além de caves e degustações nas cidades vizinhas, localizadas do Vale Douro, das quais saem finíssimos exemplares da bebida portuguesa. Págs. 2 e 3
Veja mais imagens desta edição na nossa galeria de fotos virtual no site www.dcomercio.com.br/ galeria/boa viagem_index.htm
Boa dica para o fim do dia, o Cais da Ribeira (no topo) exibe no cenário a Ponte D. Luis I, construída com as mesmas técnicas da Torre Eiffel. Casario colorido (acima) também é a marca da cidade. Endereço para comprar a bebida, a Garrafeira do Carmo (à esq.). Nos arredores de Porto, há 20 caves abertas à visitação, como a cobiçada Cálem (abaixo)
8
Empresas Finanças Empreendedores Nacional
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Fotos: Marcos Fernandes/Luz
FIBRA
D
DOS RINCÕES PARA O MUNDO
Frente da empresa Divinas, que trabalha apenas com produtos extraídos da bananeira
riar produtos e acessórios de decoração artesanais com a cara do Brasil, feitos com matéria-prima sustentável e responsabilidade social era a idéia dos irmãos Rykovsky – o arquiteto Rogério e a museóloga Regiane –, quando nasceu, há cerca de três anos, a Divinas Artes do Brasil. Trata-se de uma empresa especializada na fabricação de artefatos à base de um produto inusitado: fibras de bananeira. Embora o empreendimento seja novo, os resultados conquistados já alcançaram o mundo. A infinidade de artigos feitos com a fibra dessa planta tão brasileira é espetacular: vai de objetos de decoração, como tapetes, pufes, almofadas, biombos, cachepôs e porta-retratos até a acessórios de moda, como bolsas e sandálias, entre outros. O diferente estilo artesa-
nal já marca presença em feiras internacionais, como a Maison & Objet, salão de moda-casa, decoração mobiliária e presentes realizada duas vezes ao ano na França, e conquista um público cada vez mais preocupado em adquirir itens ecologicamente corretos, que não agridam o meio-ambiente. Expansão Atualmente, a Divinas Artes do Brasil possui um braço forte na exportação. Segundo Rogério, responsável pelo design de toda a linha de produção da empresa, países da Europa e do Japão são os principais consumidores. "Estamos entrando agora nos Estados Unidos, e acreditamos que eles possam se tornar nosso carro-chefe", revela o arquiteto. Aqui no País, os atacadistas são os principais clientes da empresa. "Possuímos uma linha forte de brindes e embalagens, e trabalhamos com muitas agências de eventos e em-
presas, como a Natura, por exemplo", conta Regiane, que já trabalhou como coordenadora de exposições de arte e projetos culturais na França. No entanto, para chegar aonde estão, os irmãos ressaltam que o caminho foi longo e ainda é árduo. "No começo, matávamos um leão por dia. Hoje, matamos dois." História Toda a história da empresa começou quando Regiane foi presenteada com uma cestinha artesanal de capim dourado, uma planta encontrada na região do Jalapão, interior do Tocantins, cuja palha reluz tanto quanto o ouro. "Ficamos surpresos com tamanha beleza do material", lembra Rogério. "Como nossas carreiras estavam passando por momentos difíceis, tivemos a idéia de montar uma empresa e trabalhar exclusivamente com mãode-obra artesanal brasileira, privilegiando conceitos ecológica e socialmente corretos." A partir daí, os Rykovsky começaram a dar os primeiros passos para engrenar o empreendimento. O primeiro deles foi sair à procura de uma matéria-prima ainda pouco explorada, bonita, com características diferenciadas, ecologicamente correta e que expressasse bem a identidade brasileira. Foi então que surgiu a fibra extraída do caule da bananeira. "Tinha tudo a ver com o que buscávamos", conta Rogério. Achado o material, a próxima etapa foi encontrar quem o manuseasse. Rogério e Regia-
Cestos de decoração são exportados para Europa e Japão
ne rodaram o Estado de São Paulo e o resto do Brasil em busca de comunidades artesãs que estivessem realmente dispostas a arregaçar as mangas e se dedicar ao projeto. "Não foi fácil, pois não encontrávamos comunidades organizadas", lembra Regiane. Sem desânimo Isso, porém, não desanimou os dois jovens empreendedores, que, pouco a pouco, começaram a capacitar os artesãos, geralmente instalados em comunidades pobres e sem infraestrutura. Aos que quiseram participar do projeto, deram apoio, ensinaram e aprimoraram. "Fornecemos tudo que é necessário para a realização do trabalho, pagamos os insumos da produção, e o que nos possibilita cobrar qualidade e prazo de entrega. Mas, além disso, capacitamos as pessoas e mostramos que existe um futuro promissor no trabalho delas. Para muitos é a realização de um sonho", ressalta Rogério. Segundo ele, 90% dos artesãos são mulheres que moram com suas famílias dentro da própria plantação de banana e que chegam a ganhar o
dobro do que seus maridos conseguem na lavoura. "Algumas pessoas que trabalharam conosco como artesãos agora frequentam a universidade", diz Rogério feliz. No começo, lembra Regiane, devido à falta de transporte em determinados locais, muitos artesãos desdobravam-se para conseguir entregar as encomendas a tempo. "Tinha um que caminhava cinco quilômetros trazendo um tapete em cima de um carrinho-de-mão", conta ela. Hoje, isso não acontece mais, conforme assegura Rogério: "Uma vez por semana, um carro nosso percorre todas as comunidades parceiras para pegar as encomendas." Apesar de todas as dificuldades passadas nesses últimos três anos, os Rykovsky conquistaram a fidelidade de muita gente. "Quando iniciamos a empresa, somente quatro pessoas acreditaram no projeto e foram trabalhar conosco. Atualmente, são mais de 250 artesãos dentro de quatro pólos de produção, três no Estado de São Paulo e um em Minas Gerais", diz Regiane. Maristela Orlowski
EMPREENDEDORES
esde o início, os irmãos Rykovsky pensaram em valorizar a arte nata do artesão brasileiro, e encontraram na palavra "divinas" uma forma de expressar isso. "Queríamos relacionar o nome da empresa ao talento natural do nosso povo", diz Regiane, proprietária da Divinas Artes do Brasil junto com seu irmão Rogério. Para ele, o nome da empresa não deveria ser apenas algo bonito e que soasse bem, teria de estar relacionado aos princípios do negócio. (MO)
Próximo passo da Divinas será vender os cestos de decoração, pufes e porta-retratos para os EUA
CAULE DA BANANEIRA É POUCO EXPLORADO
ARTE DE LETREIRO
quinta-feira, 10 de agosto de 2006
Rogério e Regiane: a maior dificuldade foi encontrar comunidades artesãs organizadas
SEGREDO
A
gestão humana é o segredo do sucesso da Divinas Artes do Brasil, segundo os irmãos Rykovsky. Para o arquiteto Rogério, isso significa trabalhar de maneira correta com as pessoas, incentivando, apoiando, sem abusar de uma hierarquia. É mostrar que todos trabalham em conjunto, no mesmo nível, e caminham para um mesmo ideal de sucesso. "Não podemos, nunca, pisar nas pessoas", ressalta. (MO)
PEDRA
A
grande dificuldade que os irmãos Rykovsky enfrentaram na criação da Divinas Artes do Brasil foi a falta de apoio das instituições financeiras em momentos cruciais e imprescindíveis para um salto dos negócios da empresa. "Aqui no Brasil, infelizmente, quando um empreendedor necessita de capital para investir na expansão de sua empresa, os bancos não facilitam a concessão de crédito, a não ser que a companhia tenha
um histórico de três a cinco anos no mercado. Nos Estados Unidos é diferente. Lá, as instituições apóiam as empresas jovens", lamenta Rogério. O jeito encontrado pelos irmãos, diz o arquiteto, foi trabalhar muitas horas por dia. "Sempre andando com as próprias pernas, sem a ajuda de ninguém. Durante um ano e meio, só nós dois trabalhávamos na empresa. Era um esforço diário", completa Regiane, irmã de Rogério. (MO)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
2 -.TURISMO
Porto, para se embriagar
quinta-feira, 10 de agosto de 2006
Fotos: Bruno Della Latta
O roteiro do vinho começa em um dos restaurantes desta cidade que surpreende a cada gole Por Bruno Della Latta
O
certo talvez seria conhecer a história, visitar os locais onde é produzido, entender mais sobre os sabores e finalmente provar. Mas começaremos de traz para frente, pois nada melhor que iniciar uma viagem pela cidade do Porto, no norte de Portugal, já embriagado pelo famoso vinho da região. É sob o efeito do elevado teor alcoólico da bebida que se entende melhor que os casarios coloridos colados uns aos outros, intercalados por igrejas sob um céu que na maior parte do ano está acinzentado, formam um conjunto tão doce e melancólico quanto o vinho que leva o nome da cidade. Por enquanto, não se preocupe em escolher a melhor garrafa. Logo daremos uma ajuda para começar a se tornar um conhecedor em vinhos do Porto. Apenas vá até um dos restaurantes que recomendamos em nosso guia (veja abaixo) e tome um vinho indicado pela casa como aperitivo. Pronto! Já é um início perfeito de viagem venha de onde vier. Passeio – Depois disso, o melhor é fazer um passeio descompromissado pelo centro histórico, tombado pela Unesco como Patrimônio Histórico da Humanidade. Relaxado com o vinho, não sofrerá aquela tensão de turista que sente a necessidade de conhecer todos os pontos importantes do lugar. Deixe que a cidade surpreenda você gole a gole. Sugerimos uma rota começando da Praça da Liberdade. Ali, na frente da estátua do que para os portugueses é d. Pedro IV e para nós d. Pedro I, pode-se ver uma das regiões mais bonitas da cidade. Perto dali fica o simpático Mercado do Bolhão. A praça se prolonga ao norte e torna-se a Avenida dos Aliados. Distinguindo-se um pouco do resto da arquitetura da cidade, a área é formada em sua maioria por construções de estilo art nouveau. Antigamente, a pavimentação das calçadas era toda formada por pedras portuguesas. Com a desculpa de estar ampliando as linhas do metrô, o piso foi todo destruído e floreiras arrancadas, dando lugar ao chão de puro cimento, o que tem provocando grande polêmica entre os moradores. Dali, siga para a Rua Almada e dê uma parada para provar os bombons da Confeitaria Arcádia. Mas vá com o espírito de que irá provar um bom chocolate, não de que será muito bem servido.
Em seguida, a opção é andar pela Rua dos Clérigos. No final, poderá visitar a igreja de mesmo nome e subir na sua torre. De cima, tem-se uma vista panorâmica linda da cidade, mas não a única. Livros – Continuando pela Rua das Carmelitas, visite a Livraria Lello & Irmão. Não se preocupe em sair de lá com algum livro, pois quase ninguém faz isso. O importante é desfrutar de um cenário que parece ter servido de inspiração para algum conto gótico. Bem na frente, está a Praça dos Leões, recém-restaurada, onde ficam as igrejas das Carmelitas e do Carmo. A partir daí, as opções são praticamente infinitas. Pode-se, por exemplo, seguir pela Rua Professor Vicente de Carvalho, caminho para chegar até os jardins do Palácio de Cristal. O destino, porém, não é o palácio, que já não existe mais. Ele foi demolido em 1951 para dar espaço ao pavilhão esportivo Rosa Mota, de gosto duvidoso. Mas os jardins continuam lá, um dos locais preferidos pelos moradores para apreciar o pôrdo-sol na cidade. Ou então, é possível descer em direção à Praça do Infante Dom Henrique. Lá, são encontradas algumas das principais construções da cidade, como o neoclássico palácio da Bolsa, o Mercado Ferreira Borges e a Igreja de São Francisco, talvez a mais bela da cidade. Galerias – Seja qual for o trajeto escolhido, é imprescindível passar pela Rua Miguel Bombarda, a via que poderia ser classificada como o Soho de Porto. Se conseguir se programar bem, chegará ali no primeiro sábado do mês, quando as galerias de arte inauguram suas exposições. Daí, são servidos a todos os que entram canapés e vinhos do Porto. Mais uma desculpa para render-se aos prazeres que a cidade oferece. Mesmo que não tenha tanta sorte de estar em Porto nestes dias, vale a pena passar por lá e explorar as galerias, lojas e restaurantes que representam uma Portugal vanguardista. Para acabar o dia, sente-se em algum dos restaurantes ou cafés do Cais da Ribeira, de onde se pode ver a perfeita integração entre o Porto e o mítico Rio Douro. E observe ao fundo a Ponte D. Luis I, um dos símbolos da cidade, construída pela empresa belga de Willebroeck, seguindo as mesmas técnicas da parisiense Torre Eiffel. Então, relaxe e dê mais um gole em seu Vinho do Porto antes de continuar...
Presidente em exercício Chefe de reportagem Alencar Burti Arthur Rosa Presidente licenciado Editor de Fotografia Guilherme Afif Domingos Masao Goto Diretor de Redação Editor de Arte Moisés Rabinovici José Coelho Editor-Chefe Diagramação José Guilherme Rodrigues Ferreira Djinani S. de Lima Editora Ilustração Antonella Salem Jair Soares antonellasalem@uol.com.br Gerente Comercial Sub-editora Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Lygia Rebello Impressão Diário de S. Paulo lygiarebello@uol.com.br www.dcomercio.com.br
Visual: da torre da Igreja dos Clérigos, tem-se uma das visões mais impressionantes da charmosa cidade de construções centenárias
Jardins do Palácio de Cristal (acima): ponto de encontro dos locais. Vale visitar, ainda, o Mercado do Bolhão (ao lado) e passear pelas praças
Cafés do Cais da Ribeira: programa ideal para um fim de tarde
Igreja do Carmo, na Praça dos Leões, que foi reformada
RAIO X COMO CHEGAR A partir de São Paulo, o trajeto até Porto pode ser feito com a TAP (escala em Lisboa), Ibéria (escala em Madri), Alitalia (via Milão), KLM (por Amsterdã) e Air France (via Paris). Os bilhetes ida-e-volta com tarifa promocional saem por volta de US$ 950. O valor mais baixo é encontrado na Air France (tel. 11/3049- 0900, site www.airfrance.com.br) por US$ 919. Pela TAP ( tel.11/2131-1200, site www.tap.com.br) , a partir de US$ 955. ONDE DORMIR Hotel Pestana: Praça Ribeira, 1, tel. (351223) 402300, www.pestana.com. Um dos poucos e bons hotéis localizados no centro histórico da cidade. Da maioria das suítes, pode-se ter uma vista fantástica do Rio Douro. Sem dúvida, a melhor opção custo/benefício. Diária a partir de 140 euros. Sheraton Porto Hotel: Rua Tenente Valadim, 146, tel. (351220) 404-000, www.sheraton.com/porto. Ambiente moderno. Todos os quartos e suítes equipados com internet de alta velocidade e televisor LCD. Acoplado, há um spa bastante visitado por moradores e turistas. Diária a partir de 105 euros. Grande Hotel do Porto: Rua Santa Catarina, 197, tel. (351220) 076-690, www.grandehotelporto.com. O hotel conseguiu preservar a atmosfera do passado sem que para isso precisasse manter os móveis empoeirados. Localizado em uma das ruas comerciais mais movimentadas da cidade. Diária a partir de 122 euros. ONDE COMER E BEBER Casad’oro: Rua do Ouro, 797, tel. (35122) 6106012. Uma das melhores localizações da cidade. Boa opção de almoço após conhecer o pequeno Museu do Vinho do Porto, logo ao lado. Vale pela vista, não tanto pela comida. Terra: Rua do Padrão, 103, tel. (35122) 6108-210. Localizado na Foz, um dos bairros residenciais mais nobres da cidade. Atendimento ótimo, comida excelente e boas opções de vinho. O ambiente moderno é agitado por um DJ que toca nas noites de sexta ou sábado.
Cafeína: Rua do Padrão, 100, tel. (35122) 65108059. Do outro lado da rua, está o Cafeína. É aqui que a "beautiful people", políticos e outros VIPs se encontram nos fins de semana. Assim como no Terra, é importante reservar mesa com antecedência. O ambiente montado em um antigo casarão já é uma ótima atração, mas mesmo assim não consegue se sobrepor à deliciosa comida e ao atendimento. Foz Velha: Esplanada do Castelo, 141, tel. (35122) 6154-178. Restaurante inaugurado há pouco tempo e já conquistou os habitantes mais exigentes da cidade. Suas paredes pintadas em vermelho parecem aguçar ainda mais a vontade de comer as criações do chef Marcos Gomes com base na tradicional comida por tuguesa. Café Magestic: Rua Santa Catarina, 112, tel. (35122) 2003-887. Tradicional endereço de Porto. Lá, você vai se sentir um real turista, sendo tratado como turista, bebendo chá como turista e comendo doces e salgados típicos para um turista. Don Tonho: Cais da Ribeira, 13/15, tel. (35122) 2004-307. Comida típica portuguesa com uma excelente carta de vinhos. Com vista para a Ponte Dom Luis I, é um lugar perfeito para se provar um tradicional prato de bacalhau. Preço bem mais baixo que o dos badalados Cafeína e Terra. FAÇA AS MALAS Visto: não é necessário para brasileiros. Fuso: quatro horas a mais em relação a Brasília. Pacotes: pela New Age (tel. 11/3138-4888) e a Transibérica (tel. 11/ 3237-2522). Internet: www.portoturismo.pt. Posto de Turismo Central: Rua Clube Fenianos, 25, Porto, tel. (35122) 3393-472. Informações turísticas: em São Paulo, no ICEP, Rua Canadá, 324, tel. (11) 3084-1831.
No novo Foz Velha, pratos portugueses
quinta-feira, 10 de agosto de 2006
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
1 Não estamos sentindo outro crescimento a não ser no pagamento de impostos. Jorge Zaninetti, tributarista
IMPOSTÔMETRO ALCANÇA HOJE A MARCA DE R$ 500 BILHÕES, 27 DIAS MAIS CEDO DO QUE NO ANO PASSADO
ARRECADAÇÃO CHEGA A MEIO TRILHÃO
D
esde janeiro deste ano, o brasileiro já pagou R$ 500 bilhões em tributos federais, estaduais e municipais. Com este montante, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), seria possível comprar 18,5 milhões de casas populares ou 23,8 milhões de carros básicos. Também permitiria garantir a alimentação para toda a população brasileira por 14 anos. A cifra será atingida hoje, por volta das 15 horas, no Impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), painel eletrônico que monitora em tempo real a arrecadação de impostos na três esferas do governo. Na virada do cronômetro, haverá queima de fogos, com a presença dos candidatos pela coligação PSDB/PFL ao governo do Estado de São Paulo, José Serra, e ao Senado Federal, Guilherme Afif Domingos. Cada vez mais cedo – De acordo com o IBPT, o montante foi alcançado 27 dias antes do que ocorreu em 2005, o que vem se repetindo todos os anos. Em 2004, a mesma cifra foi alcançada no dia 15 de outubro e, em 2003, no dia 27 de novembro. O IBPT também ressalta que o valor é superior ao total arrecadado em 2002, quando os cofres públicos registraram a marca de R$ 482,36 bilhões, o que demonstra um aumento significativo da arrecadação tributária brasileira. Segundo o tributarista Jorge Zaninetti, do escritório Tozzini, Freire, Teixeira e Silva Advogados, apesar de todas as
bondades tributárias, "no conjunto da obra o que acontece a cada ano é o aumento significativo da carga tributária". "Contra fatos não existem argumentos. Não adianta o governo divulgar que, paralelamente ao aumento da arrecadação, estamos presenciando um expressivo crescimento econômico, porque não é verdade. O Brasil vem registrando um crescimento pífio em relação aos demais países emergentes, principalmente da América Latina, e não estamos sentindo outro aumento a não ser no pagamento de impostos", criticou Zaninetti. Queda em 2006 – De acordo com o presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral, apesar do crescimento na arrecadação nos últimos três anos, a carga tributária de 2006 deverá sofrer uma leve queda, ficando entre 36,8% e 37% do Produto Interno Bruto (PIB). No ano passado, o volume recolhido de impostos foi equivalente a 38,82% do PIB. "Mas isso não significa que a carga fiscal esteja em trajetória de queda. Essa redução mostra apenas uma acomodação natural após um período de alta. Em 2002, por exemplo, a carga tributária alcançou 35,84% do PIB", lembrou o tributarista. Para o presidente do IBPT, o ideal para a economia brasileira seria reduzir essa proporção ao mesmo nível da Coréia do Sul, que atualmente corresponde a 25,5% do PIB. "Mas isso só será possível quando o Brasil começar a reduzir seus gastos públicos", acrescentou. Márcia Rodrigues
CAI O NÚMERO DE FALÊNCIAS
Carga expressa quer taxa menor O
A
s empresas de entrega expressa de mercadorias estão se movendo contra a carga tributária imposta ao setor. A Associação Brasileira das Empresas de Transporte Internacional Expresso de Cargas (Abraec) levou à Receita Federal e ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) um estudo mostrando que, enquanto as empresas de entrega expressa pagam alíquota de 60% de Imposto de Importação (II), as que fazem a entrega convencional recolhem, em média, 34,7%, de tributos federais. Com base no estudo, feito pela Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), a entidade reivindica uma alíquota de 35% de II. Desde 1994, as importações de bens acima de US$ 3 mil feitas por via expressa estão sujeitas ao Regime de Tributação Simplificada, o que livra o setor de recolher o Imposto so-
bre Produtos Industrializados (IPI) e as contribuições do Programa de Integração Social (PIS) e para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). "Além disso, há a dispensa de internação na Infraero e os agentes fiscalizam apenas uma amostra do produto importado. Por isso, a liberação de mercadoria que
chega ao País leva de um a dois dias, enquanto a comum pode demorar mais de 45", explica a presidente da Abraec, Claudia Agnello de Souza. Já as empresas de entrega convencional recolhem IPI, Pis/Cofins, além do II. Mas, segundo Cláudia, as alíquotas aplicadas são bem menores. "De acordo com o estudo, ainda
que incida IPI e PIS/Cofins nas operações das empresas comuns, a carga fiscal das companhias de entrega expressa é muito superior", compara. O estudo da Funcex envolve 13 produtos, como calculadora, câmera, CDs e DVDs, autopeças, têxteis e cosméticos que, importados pela via convencional, têm alíquotas médias de 15,6% de II, 5,8% de IPI e 9,25% de Pis/Cofins. A carga tributária varia de 11,5% a 50,9%. "Nosso objetivo é mostrar ao governo que esta tributação é um limitador de mercado", diz a presidente da Abraec, ao ressaltar que o II é repassado integralmente aos clientes. "A Receita está analisando o material e, nas próximas semanas, teremos nova reunião com o MDIC, que se mostrou sensível à nossa causa quando entregamos o levantamento à Secretaria de Comércio e Serviços do Ministério", afirma. Laura Ignacio
s pedidos de falência registraram queda expressiva no mês de julho, de acordo com pesquisa divulgada ontem pela Serasa. Segundo o levantamento, houve um recuo de 46,8% no volume de falências requeridas no período em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram registrados 331 requerimentos no mês passado, ante 622 em julho de 2005. As falências decretadas tam-
bém apresentaram queda no período, com uma diminuição de 41, 1% na mesma base de comparação, passando de 219 decretos de falência em julho de 2005 para 129 no mês passado. A Serasa informou que houve 20 pedidos de recuperação judicial em julho, uma alta de 66,7% em relação aos 12 requerimentos do mesmo mês de 2005. Não houve nenhum pedido de recuperação extra-judicial no período. (AE)
Jornal do empreendedor
w w w. d co m e rc i o. co m . b r
R$ 0,60 São Paulo, quinta-feira 10 de agosto de 2006
DLILLC/Corbis
Ano 81 - Nº 22.188 Edição concluída às 23h55 Menahem Kahana/AFP
R$ 500 bi. E ainda ruge
O Leão dos tributos federais, estaduais e municipais vai devorar hoje, às 15h31m28s, os últimos centavos de meio trilhão de reais caçado dos nossos bolsos desde janeiro. A fome tributária deste ano é tanta que os R$ 500 bilhões foram engolidos 27 dias antes do que em 2005 e já superou os R$ 482,36 bi, total de 2002. Dois convidados verão o impostômetro da ACSP bater o recorde, no Pátio do Colégio: os candidatos ao governo e ao Senado por SP, Serra e Afif Domingos. E 1
A grande invasão do Líbano
DIA DOS PAIS. E DE 11 MIL PRESOS.
Israel põe mais 30 mil soldados no front. E Nasrallah, líder do Hezbollah, faz ameaça pela TV: Sul do Líbano vai virar um "cemitério de judeus". C 4
Ataques prosseguiram ontem na Capital e no Interior. De madrugada, agência bancária da Nossa Caixa foi alvo de bomba caseira em Pinheiros. No Morumbi, agência do Bradesco foi incendiada. Suspeita de bomba em mala abandonada na avenida Paulista (foto) aumentou clima de insegurança. Era falsa. C 1
PCC em ação. E uma falsa bomba. Lembo não crê em vínculo PCC-PT Antonio Scorza/AFP
Serra na dianteira, com 49%
Apesar de o Ministério Público ter pedido a revogação do benefício, a Justiça de São Paulo decidiu que pelo menos 11 mil presos, hoje sob regime semiaberto, poderão sair, por tempo determinado, a partir de amanhã. C 2 Bruno della Latta
Governador de SP não acredita que o Partido dos Trabalhadores (PT) esteja por trás das ações do crime organizado e, assim, contraria tese de seu secretário da Segurança, Saulo de Castro. Blog divulgou ontem trecho de suposta conversa entre membros do PCC onde se fala em eliminação de políticos. Página 3 Nelson Antoine/Futura Press
Nova pesquisa Data- folha mostra que o tucano venceria no 1º turno a eleição em São Paulo. Mercadante, do PT, tem 17% . Página 5
HOJE Parcialmente nublado Máxima 31º C. Mínima 13º C.
AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 29º C. Mínima 13º C.
Inter sai na frente contra o Tricolor 2 a 1: Sóbis (foto) comemora. Fez os dois gols da vitória. Libertadores em Logo
A caminho do Porto Jardins do Palácio de Cristal (foto), na bela cidade do Porto, famosa pelo vinho que leva o seu nome. Caves, gastronomia... roteiro inebriante. Boa Viagem
Gostou? Vire português Portugal aprova hoje uma lei que facilitará a entrada e permanência de brasileiros. E graças a Felipão. A notícia foi dada pelo premiê português. Em Logo
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 10 de agosto de 2006
Fotos de Antonio Scorza/AFP
1 Mais informações sobre os últimos ataques do PCC na capital e no Interior em www.dcomercio.com.br
Na avenida Paulista, importante centro financeiro de São Paulo, policiais civis e militares (fotos acima e à direita) foram acionados depois de uma denúncia de bomba. Um esquadrão especial da Polícia Militar foi deslocado para o trecho compreendido pelas ruas da Consolação e Haddock Lobo. Uma valise e um pacote foram detonados, mas nenhum explosivo foi encontrado. Para alguns policiais, o alarme falso pode ter sido uma brincadeira. Na foto abaixo, soldados da Tropa de Choque da Policia Militar fazem o primeiro treinamento de embarque, vôo e desembarque no helicóptero Cougar, do Exército Brasileiro, a ser utilizado em missões contra o PCC e no combate a rebeliões em presídios. Jorge Araújo/Folha Imagem
Falsa bomba do PCC pára a avenida Paulista Na madrugada de ontem, a polícia detonou uma suposta bomba na avenida Paulista. Depois da explosão, nenhum explosivo foi encontrado. A ocorrência só reforçou o clima de insegurança imposto à cidade pelo PCC. Os ataques criminosos prosseguiram na Capital e no Interior.
N
bomba enviada para um funcionário da afiliada da TV Record. Ela foi localizada por um funcionário que recolhia correspondência na caixa de correio na praça das Cerejeiras, na tarde de terça-feira. Ele suspeitou do conteúdo quando viu um pó preto cair do envelope. Nela havia pólvora e um pó branco não identificado, o que levou a PM a acreditar que o atrito entre ambos, no momento da abertura, poderia provocar uma explosão. A carta teria sido enviada por uma certa Facção Final, da cidade de Presidente Bernardes, até então desconhecida pela polícia local. O envelope foi levado ao Horto Florestal e enrolado numa granada, que foi detonada. A polícia e a SAP investigam agora a possibilidade de o envelope ter sido remetido na verdade pelo PCC
ou por uma dissidência dessa facção criminosa. Números – Até o final da tarde de ontem, um balanço geral mostrou que desde o início da terceira onda de ataques, iniciada na madrugada de segunda-feira, já ocorreram cerca de 150 ações criminosas no Estado de São Paulo. Cinco supostos bandidos foram mortos, 28 suspeitos foram presos. Cerca de 40 ônibus foram queimados. Na Capital, os ataques a ônibus somam 32, segundo informações da São Paulo Transportes (SPTrans), empresa que administra o transporte coletivo na cidade. De acordo com estimativas da SPUrbanos, o sindicato que congrega os proprietários de empresas de ônibus na Capital, o prejuízo acumulado desde segunda-feira chega à casa de R$ 4,3 milhões. Paulista – Uma mala aban-
donada, suspeita de conter uma bomba, fez com que a polícia interditasse, no início da madrugada de ontem, a avenida Paulista em ambos os sentidos, no trecho entre as ruas da Consolação e Haddock Lobo. Os policiais detonaram a mala, mas não encontraram explosivos, apenas tecido e papéis. Ainda na noite de terça-feira, dois ônibus foram atacados por incendiários em Sumaré, região de Campinas, e na zona oeste de São Paulo. Eram 23h quando o ônibus da Prefeitura de Sumaré foi incendiado no estacionamento da Prefeitura e totalmente destruído. Por volta de meia noite, homens invadiram um ônibus da Viação Transpasss, próximo à Cohab Jardim Educandário, na zona oeste da capital. Os passageiros, motorista e cobrador foram obrigados a des-
cer do coletivo, incendiado por um coquetel molotov. Garagem – Incendiários atacaram ainda uma garagem da Secretaria Estadual de Justiça, na Baixada do Glicério, no Centro, onde 20 carros estavam estacionados. Os bandidos jogaram gasolina por uma abertura e atearam fogo. Um carro foi destruído. Por volta de 1h de ontem, uma agência bancária da Nossa Caixa, na esquina da rua Teodoro Sampaio com a rua Virgílio de Carvalho Pinto, em Pinheiros, foi alvo de uma bomba de fabricação caseira. O estrondo foi ouvido por moradores de prédios da região. Meia hora depois, incendiários atacaram uma agência do Bradesco na avenida Giovanni Groncchi, no Morumbi. Na manhã de ontem, uma agência de carros foi atacada na avenida
Conselheiro Carrão, zona leste. Um veículo foi destruído. Ataques também atingiram a Grande São Paulo. Em Taboão da Serra, três suspeitos foram presos com 16 bananas de dinamite, maconha e cocaína. Criminosos atiraram no prédio da Prefeitura de Itapecerica da Serra. Helicóptero – A Tropa de Choque da Polícia Militar começou ontem uma fase de treinamento com o helicóptero Cougar, do Exército Brasileiro. A aeronave tem capacidade para transportar 20 homens e será utilizada em operações de combate a rebeliões em presídios do Estado. Um grupo de policiais militares participou do primeiro vôo pela cidade. No Campo de Marte houve treinamento de embarque e desembarque da tropa. Interior e Baixada – Em Campos do Jordão, no Vale
L
o terceiro dia seguido de ataques de bandidos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que domina os presídios do Estado de São Paulo, onze alvos civis e órgãos do governo foram atingidos, a maioria na capital. Os atentados foram feitos na noite de anteontem e na madrugada de ontem. Um falso alarme de bomba levou a polícia a interditar, na noite de anteontem, um trecho da avenida Paulista, importante centro financeiro da cidade. Duas agências bancárias foram incendiadas e um veículo foi destruído na garagem da Secretaria Estadual de Justiça, localizada no Centro. Carta – Ações atribuídas ao PCC continuaram também no Interior. Em Bauru, a polícia detonou uma suposta carta-
2
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Tr i b u t o s Empresas Nacional Finanças
quinta-feira, 10 de agosto de 2006
0,17
PREÇOS DE ALIMENTOS SOBEM MENOS
por cento foi a alta dos preços no atacado em julho, ante 0,61% em junho
ASSOCIADOS DA FESESP GANHAM NA JUSTIÇA PRAZO PARA RECOLHER CONTRIBUIÇÃO AO SISTEMA S
MAIS TEMPO PARA PAGAR SESC E SENAC
A
s cerca de 85 mil empresas associadas aos sindicatos que fazem parte da Federação de Serviços do Estado de São Paulo (Fesesp) podem prorrogar o prazo para o pagamento das contribuições ao Serviço Social do Comércio do Estado de São Paulo (SescSP) e ao Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), que venceria hoje. O novo é de 30 dias a contar da publicação de decisão tomada ontem pelo relator Nery Júnior e demais desembargadores da 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (São Paulo). A decisão anulou o julgamento de recurso apresentado pela Fesesp contra a obrigatoriedade do pagamento das contribuições Sesc/Senac, que correspondem a 2,5% da folha de salários. A Federação havia entrado com uma pedido de anulação do julgamento alegando vício processual. "Uma das juízas que proferiu a sentença no processo em primeira instância participou do julgamento dos embargos na segunda
instância, o que não é permitido por lei", explica a advogada da entidade, Marinella Di Giorgio Caruso. Segundo o vice-presidente da Fesesp, Luigi Nese, a entidade pretende entrar com novo recurso após a publicação da decisão. Como o Supremo Tribunal Federal (STF) ainda não se manifestou sobre a questão, há chance de reversão. "Recomendamos aos associados que, após o vencimento deste prazo, depositem as contribuições em juízo, pois ainda há recursos jurídicos para reverter a situação, afirma Nese. O vice-presidente aconselha, ainda, que os empresários não usem o Refis 3 para o pagamento das contribuições, pois isso impediria o benefício de eventual vitória judicial. O empresário José Luiz Fernandes, dono da Estrela Azul Segurança Privada, comemorou o novo prazo. "É uma maravilha porque a maioria das prestadoras de serviços são micros ou pequenas empresas, que ganharam uma sobrevida", diz Fernandes. Laura Ignacio
Emprego: mais velhos ganharão oportunidade
IGP-DI fechou julho com inflação de 0,17% A
O
Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) desacelerou em julho em relação a junho, passando de alta de 0,67% para 0,17%, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A queda no ritmo de alta foi atribuída pelo coordenador de Análises Econômicas da FGV, Salomão Quadros, às elevações menos intensas em preços agrícolas (de 1,66% para 0,45%) e industriais (de 0,88% para 0,08%) no atacado. O Índice de Preços no Atacado (IPA), que representa 60% do total do IGP-DI, teve aumento de 0,17%, ante alta de 1,06% em junho. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou elevação de 0,06%, contra taxa negativa de 0,4% em junho. Já o Índice Nacional
da Construção Civil (INCC) subiu 0,47%, ante elevação de 0,9% no mês anterior. Fatores — Quadros ressaltou que não há somente um motivo para a taxa menor em julho do indicador – que foi beneficiado por uma "combinação positiva de fatores". "Essa taxa de 0,17% é anormalmente baixa. Houve, em julho, uma combinação em que tudo foi favorável, ou quase tudo", analisou o economista. Ele informou que, entre os três setores pesquisados para cálculo do IGP-DI, que são o atacado, o varejo e a construção civil, o primeiro foi o grande responsável pela desaceleração na taxa do indicador. No setor agrícola no atacado, os destaques ficaram por conta das commodities, como
soja (de 4,2% para -0,47%) e trigo (de 3,98% para 1,27%). Houve também desaceleração dos alimentos processados (de 2,27% para 0,52%). Já no setor industrial, três segmentos no atacado impulsionaram a desaceleração de preços industriais: metais, combustíveis e insumos industriais. De acordo com Quadros, os metais não ferrosos passaram de alta de 7,29% para queda de 4,42%, de junho para julho. Houve, ainda, desaceleração no setor siderúrgico: os preços no setor de ferro, aço e derivados passaram de alta de 2,68% em junho para aumento de 0,96% em julho. No caso dos combustíveis, os preços continuam com deflação, embora menos intensa (de -0,68% para -0,04%). (AE)
queda na taxa de natalidade no Brasil e a melhoria da expectativa de vida deverão alterar o mercado de trabalho nas próximas décadas. Para os próximos quatro anos, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) avalia que a taxa de desemprego será menor que a média do período 1992-2004, de 10%, por conta da diminuição da pressão do ingresso de mão-de-obra no mercado a cada ano. O estudo do Ipea "Brasil, o Estado de Uma Nação - Mercado de Trabalho, Emprego e Informalidade", divulgado ontem, mostra que, no médio prazo, aumentará a contratação de pessoas mais velhas e diminuirá a de jovens. A partir de 2010, a parcela jovem da População em Idade Ativa (PIA) cairá substancialmente, em função da taxa de fecundidade menor, que foi de 2,1 filhos por mulher em 2004. (AE)
ATAS
DECLARAÇÃO DE PROPÓSITO EDITAIS
Empresa Municipal de Processamento de Dados - EMPRO
AVISO DE LICITAÇÃO Pregão Presencial n° 008/2006 Objeto: Aquisição de 01 (uma) Envelopadora. Especificações no Edital. Abertura: 22/08/2006 às 09:30 horas, na Av. Alberto Andaló, 3030, 6° andar – São José do Rio Preto. Edital completo: na sede da EMPRO ou pela Internet www.empro.com.br . São José do Rio Preto/SP, 10 de Agosto de 2006. Cássio Domingos Dosualdo Moreira - Pregoeiro.
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO/SP
AVISO DE ANULAÇÃO Objeto: Fornecimento de uma máquina retroescavadeira com pá carregadeira. Modalidade: Tomada de Preço nº 021/2006. Processo: nº 1144/2006. Em virtude de representação junto ao E. Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, faço público, para conhecimento dos interessados, que a Tomada de Preços nº 021/2006, que visa a aquisição de retroescavadeira, está anulada para a realização de novos estudos do seu conteúdo. São Pedro, 08 de agosto de 2006. Eduardo Speranza Modesto Prefeito Municipal.
CONVOCAÇÃO
CONVOCAÇÕES
FALÊNCIA & RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 9 de agosto de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência e recuperação judicial:
Reqte.: Leman Factoring Fomento Mercantil Ltda. - Reqda.: Entregadora Azevedo Ltda. - Av. Tenente Amaro Felicíssimo da Silveira nº 1.536 - 2ª Vara de Falências Reqte.: Heitor Bocato - Reqte.: Ayrton Ayres de Barros Filho - Reqdo.: Canton Una Incorporações e Participações Ltda. - Al. Fernão Cardim nº 283 Apto. 181 - 2ª Vara de Falências Reqte.: Sarruf - Reqdo.: Thosch Merchandising Com. e Representação Ltda. - Av. dos Imarés nº 518 - 2ª Vara de Falências Reqte.: Auto Viação Pinheiral Ltda. - Reqda.: Karrena do Brasil - Projetos e Com. Ltda. - Rua Guararapes nº 1.855 - cj. 42 - 1ª Vara de Falências Reqte.: Gerdau Açominas S/A - Reqdo.: Nast Com. de Ferro e Aço Ltda - EPP - Rua Ipopoca nº 159 - 2ª Vara de Falências Reqte.: Marília de Freitas Avallone - Reqda.: Cantareira Comércio de Gesso Ltda - ME - Av. Nova Cantareira nº 1.324 - 1ª Vara de Falências Reqte.: União Brasil Serviços e Eventos Ltda. - Reqda.: Mak - Lucchi - Ind. e Com. de Máq. p/ Plásticos Ltda. - Rua Suzana nº 982 - 1ª Vara de Falências
Aberimest: Associação Brasileira das Empresas e Profissionais das Telecomunicações CNPJ 52.032.604/0001-13 Convocação das Eleições Gerais Convoco as eleições gerais da Aberimest em atendimento ao artigo 14 do estatuto para o dia 20 de novembro de 2006 com local e horário a ser publicado em edital ( Parágrafo 3º do artigo 14 do estatuto). Os interessados deverão encaminhar para diretoria Nacional através do email: aberimest@aberimest.org.br copiando para vander@unimaster11.com.br ou protocolar na sede Nacional em São Paulo com o Sr. Rodrigo Pedrassi no prazo de até 60 dias da data do pleito, os requerimentos de inscrição de chapa dos candidatos que desejarem concorrer aos cargos de diretorias nacionais e respectivas diretorias regionais (Parágrafo 1º do artigo 14 do estatuto). São Paulo 9 de agosto 2006. Vander Luiz Stephanin. Presidente Nacional.
Publicidade Legal - 3244-3643
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PREGÃO (presencial), para Compra DSE nº63/06. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 5508/5900/ 2006. OBJETO: Barra de Cereais com Fruta. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 09:30 h do dia 25 de agosto de 2006. PREGÃO (presencial), para Compra DSE nº64/06. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 2929/5900/ 2006. OBJETO: Barra de Cereais com Frutas Secas e Oleaginosas. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 14:30 h do dia 25 de agosto de 2006. PREGÃO (presencial), para Compra DSE nº65/06. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 4405/5900/ 2006. OBJETO: Massa de Sêmola com Ovos – Tipo Pena. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 09:30 h do dia 28 de agosto de 2006. PREGÃO (presencial), para Registro de Preços DSE nº66/06. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 4406/5900/2006. OBJETO: Massa de Sêmola com Ovos – Tipo Espaguete. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 14:30 h do dia 28 de agosto de 2006. PREGÃO (presencial), para Registro de Preços DSE nº67/06. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 4404/5900/2006. OBJETO: Massa de Sêmola com Ovos – Tipo Parafuso. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 09:30 h do dia 29 de agosto de 2006. Edital completo à disposição dos interessados, via Internet, pelo Site www.e-negociospublicos.com.br. INFORMAÇÕES: fones: (11) 3866-1615/1616, de 2ª a 6ª feira, no horário das 8h às 17h. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE SUPRIMENTO ESCOLAR
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 10 de agosto de 2006
TURISMO - 3
Fotos: Bruno Della Latta
"O
Vinho do Porto tem de ter a doçura do açúcar do Brasil, a riqueza e os sabores das especiarias das Índias. Deve ser como uma chama líquida no estômago, mas não deve queimar como pólvora de canhão". Esta é uma das maneiras preferidas que os portugueses explicam a turistas bêbados o que significa o Vinho do Porto. Se os ouvintes rirem da definição sem autoria conhecida, nasce a oportunidade de se fazer uma revelação bombástica que os curiosos embriagados vão escutar sem sobressaltos: como dizer que o Vinho do Porto nunca foi nem é produzido no Porto. A bebida só leva este nome porque é da cidade que sai a maioria dos barcos que leva as garrafas para o resto do país e do mundo. Na hora, pode-se não se dar conta do fato. Mas no momento que se fica sóbrio novamente tem-se a noção de que só a cidade do Porto é pouco para o Vinho do Porto. Momento para se programar para um tour pelo Vale do Rio Douro, região onde realmente se produz a matéria-prima para a bebida. O destino então é Peso da Régua, em direção ao interior. Há trens saindo da Estação São Bento e o trajeto dura cerca de duas horas e meia. Peso da Régua é a verdadeira cidade-base
U
Por entre os jardins de Baco O Vale Douro é o destino certo para quem quer apreciar e saber mais sobre o famoso Vinho do Porto. E a cidade Peso da Régua é a porta de entrada para a região
A primeira Região Demarcada de Vinho do mundo, a bela área do Vale do Douro está tombada como Patrimônio da Humanidade pela Unesco
para conhecer a região onde se produz o Vinho do Porto. De lá, saem ou passam os principais cruzeiros pelo Rio Douro e o trem histórico. Patrimônio – Independentemente de como vá, o importante é não deixar de conhecer o Vale do Douro, a primeira Região Demarcada de Vinho em todo o mundo que também es-
tá tombada como Patrimônio da Humanidade pela Unesco. O vale tem solo pobre e o clima varia de invernos rigorosos a verões muito quentes, em que os termômetros facilmente atingem os 40ºC. A necessidade fez com que o homem moldasse a secular paisagem e a transformou em verdadeiros jardins suspensos de Baco.
Os passeios pela área duram o dia todo. Apesar da surpresa de uma das paisagens mais belas de Portugal, onde se vêem os terraços construídos nos vales de solo pobre e clima árido, o grande atrativo da viagem é mesmo o contato com os moradores da região que herdaram de antigas gerações a arte de se fazer o Vinho do Porto.
Tours – Informações sobre estes passeios podem ser obtidas no Porto Tours, um órgão criado pelo governo local que tem o objetivo de organizar e divulgar aos visitantes as atrações da região. O escritório fica ao lado da catedral de Porto. Outra opção é entrar na Rota do Vinho do Porto, criada pelo Instituto do Vinho do Porto e
SERVIÇO Porto Tours: Torre Medieval, Calçada d. Pedro Pitões, 15, Porto, www.portotours.com. Rota do Vinho do Porto: mais informações pelo site www.ivp.pt. Barcadouro: www.barcadouro.com. Cruzeiros pelo Rio Douro. É possível subir ou descer o rio de barco, de março a novembro. Parte do trajeto é feito de trem ou ônibus. Por pessoa, de 42 a 85 euros, incluindo almoço. Linha do Douro: o passeio de trem do início do século 20, movido a vapor, beirando o rio funciona de maio a outubro (somente nos fins de semana). Por pessoa, 38 euros (RéguaPinhão-Tua). Bilhetes estão disponíveis nas estações Lisboa Santa Apolónia, Lisboa Oriente, Coimbra, Porto Campanha, Porto São Bento, Régua, Tua e Pinhão.
Pausa para a bebida
ma vez conhecido o local onde se produz o Vinho do Porto, então o próximo passo será ver onde é armazenado, rotulado e engarrafado. E isso também não se faz no Porto e sim na cidade vizinha, que fica do outro lado do rio, a Vila Nova de Gaia. É lá que estão localizadas as 58 principais caves, armazéns onde a bebida repousa durante anos. Em cerca de 20 delas pode-se fazer uma visita guiada em que é dada ao final a oportunidade de se apreciar os diversos tipos do vinho. Nas caves, só entram os vinhos autênticos, controlados pelo Instituto do Vinho do Porto, e lá se pode acompanhar a lenta elaboração e armazenagem em enorme barris de castanho. A mais recomendada é a Porto Cálem. Isso porque ao final da visita pode-se seguir
para o gramado na beira do rio e tomar o vinho tendo como cenário toda a cidade do Porto. Saiba mais sobre esta e outras caves. Cálem: a A.A. Cálem & Filho Lda. foi fundada em 1859 e a princípio se dedicava a exportar Vinhos do Porto para o Brasil. As visitas são bastante organizadas e como é um dos armazéns mais cobiçados, recomenda-se fazer reservas com antecedência para a visita. Av. Diogo Leite, 26, tel. (351223) 746-699, site www.calem.pt. Sand eman: seu interior é um dos mais interessantes a ser visitados. Ali pode-se ver artefatos colecionados por várias gerações, o que dá ao visitante todo o panorama histórico e das tradições da casa durante os últimos séculos. A Sandeman foi fundada em 1790 pelo escocês George San-
deman e segue nas mãos da mesma família há sete gerações. Largo Miguel Bombarda, 3, tel. (351223) 740-500, site www.sandeman.com. Ramos Pinto: a coleção de cartazes do início do século pintados pelos mais famosos artistas da época é uma das principais atrações do lugar. A cave oferece uma visita em que se pode conhecer detalhadamente a história da Ramos Pinto e todo o processo de produção do Vinho do Porto na casa. Av. Ramos Pinto, 380, tel. (351223) 707-000, site www.ramospinto.pt. Graham's: a casa foi fundada em 1820 e tem uma das arquiteturas mais belas entre as caves da cidade. Impressionam as colunas da entrada e arcos em pedra que suportam o suntuoso teto de madeira. Possui um terraço onde também se pode aproveitar a paisagem sobre o
Para lembrar dos sabores, cores e aromas
ferenças a qualquer interessado. Na loja, há vinhos de todos os sabores e cores e garrafas que custam de 3 euros a 900 euros (de 1834). "Estamos sempre à disposição para ajudar um visitante a escolher o melhor vinho que agrada seu paladar e bolso", garantiu. O Vinho do Porto pode variar entre os tintos e o alourado-claro, sendo possíveis todas as tonalidades intermédias. Em relação ao sabor, pode ser muito doce, doce, meio-seco, ou extra seco. A doçura do vinho está ligada ao momento escolhido para a interrupção da fermentação.
de – Ruby, Reserva, Late Bottled Vintage (LBV) e Vintage. "Os anos de 1985, 1994, 2000 e 2003 foram excepcionais para os Vintage", comentou Rocha. Estes vinhos combinam bem com queijos. Tawny: vinhos envelhecidos em cascos ou tonéis. O sabor lembra a de fruta seca e a madeira. Sua cor é mais clara, varia de tinto-alourado, alourado ou alourado-claro. As categorias existentes são Ta w n y, Ta w n y R e s e r v a , Tawny com Indicação de Idade (10 anos, 20 anos, 30 anos e 40 anos) e Colheita. Os melhores são os vinhos das categorias Tawny com Indicação de Idade e o Colheita. Recomenda-se servi-los para acompanhar a sobremesa. Branco: o Vinho do Porto branco se distingue por passar períodos de envelhecimento mais ou menos prolongados e também pela doçura. Deve ser servido fresco com algum canapé.
E
outros órgãos. O passeio inclui 54 locais da Região Demarcada do Douro relacionados com a cultura vinícola. Para aqueles que não tiverem muito tempo no Porto, já vale fazer um passeio de rabelo (os barcos usados para o transporte do vinho do Porto) entre as pontes da cidade. As embarcações saem do Cais da Ribeira e o ingresso custa 7,50 euros. (B.D.L.)
spera-se que depois de uma visita completa pelos locais de produção, armazenagem e exportação do Vinho do Porto o turista já saiba mais sobre o que bebeu durante a viagem. Mas para aqueles que se preocuparam em só apreciar o sabor, a paisagem, ouvir histórias de guias e moradores sem se preocupar em tornar-se um conhecedor profundo da bebida, o que é justo, haverá em seguida algumas informações. A intenção não é formar enólogos, apenas ajudá-lo a escolher algumas garrafas para levar para casa e relembrar o roteiro por Portugal em grande estilo. O Vinho do Porto é um vinho licoroso que acaba sendo mais doce que os demais porque durante a produção é feita a adição de aguardente. Com isso, a fermentação é paralisada e acaba havendo maior acumulo de açúcar. A bebida também se distingue dos demais vinhos pelo elevado teor alcoólico, geralmente entre 19 e 22% vol., e, ainda, pela diversidade de sabores e cores. Antônio Rocha, de 38 anos e há 20 funcionário da Garrafeira do Carmo, explica as di-
CATEGORIAS Os Vinhos do Porto são divididos em categorias dependendo do tipo de envelhecimento. Rub y: vinhos da sua cor tinta com sabor intenso e aroma frutado. Dentro desta categoria se diferenciam pela ordem crescente de qualida-
Para comprar: a loja Garrafeira do Carmo
Fundada em 1790, a cave Sandeman (ao lado e acima) possui artefatos colecionados pelas sete gerações da família proprietária
Porto e o rio. Rua Rei Ramiro, 514, tel. (351223) 776-330, site www.grahams-port.com. Taylor's: a Taylor ’s possui uma das mais completas lojas de souvenirs e um salão panorâmico com vista para o Porto antigo. Trata-se de uma das mais antigas caves, fundada em 1692, e ainda hoje permanece nas mãos da mesma família. Rua do Choupelo, 250, tel. (351223) 742-800, site www.taylor.pt. (B.D.L.) DEGUSTAÇÃO Para fazer uma interessante prova de todos esses sabores, vale ir até o Solar do Vinho do Porto. O visual da antiga casa construída pela burguesia local no século 19 só perde em beleza para o bosque que a cerca e pela vista do Rio Douro desembocando no Oceano Atlântico. Quinta da Macieirinha, Rua de Entre Quintas, 220, Porto tel. (35122) 609-4749. De segunda a sábado, das 14h às 24h. COMPRAS Depois de provados todos e e s c o l h i d o o s m e l h o re s exemplares, você já estará preparado para ir às compras. Confira aqui algumas dicas de onde conseguir um bom Vinho do Porto a preço justo: Garrafeira do Carmo (Rua do Carmo, 17-18, Porto); Casa Januário (Rua do Bonjardim, 352, Porto); e Casa Oriental (Campo dos Mártires da Pátria, 111, Porto). (B.D.L.)
Solar do Vinho do Porto promove degustações
Porto Cálem: armazém ficou famoso pelo gramado à beira-rio
Depois da visita à cave Cálem, que exige reserva, a prova da bebida
2
L
do Paraíba, um veículo da Guarda Municipal foi atacado por incendiários em frente ao Paço da Prefeitura. Em Itu, dois homens em uma moto jogaram uma bomba de fabricação caseira contra a entrada do 2º Distrito Policial. Em Piquerobi, região de Presidente Prudente, um grupo ligado ao PCC usou as pedras da rua para praticar atentados. Ontem, municípios da região de Campinas continuaram sendo alvos de ataques. Em Hortolândia, um vigia foi atingido de raspão depois que um desconhecido disparou tiros contra o Centro de Controle de Zoonose. O vigia passa bem e não corre risco de morte. Em Campinas, a Força Tática da Policia Militar prendeu seis pessoas e apreendeu drogas e armas no Jardim São Luiz, Jardim Maracanã e São José. Em Piracicaba, onde três ônibus foram incendiados, cinco suspeitos foram presos desde o começo da semana. Fogo – A Baixada Santista voltou a sofrer novos atentados. Na noite de terça, um ônibus da Viação Piracicabana foi incendiado na Ilha Caraguatá, bairro da periferia de Cubatão, localizado às margens da Imigrantes. Na noite de segundafeira, um ônibus da mesma empresa já havia sido destruído em São Vicente. Desde maio deste ano, 30 ônibus da Piracicabana foram queimados e pelo menos dez coletivos sofreram atos de vandalismo. De acordo com avaliação da concessionária de transporte, cada ônibus destruído representa uma perda de cerca de R$ 200 mil. Verba –O governo de São Paulo apresentará hoje ao governo federal projeto para a construção de novos presídios e aquisição de equipamentos de inteligência para os estabelecimentos penais. Uma equipe técnica da Secretaria de Administração Penitenciária visitará o Ministério da Justiça, de acordo com informações da Agência Brasil. A ausência de projetos era o entrave para a liberação de R$ 100 milhões previstos na Medida Provisória 311, editada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 13 de julho. A MP prevê a liberação de R$ 200 milhões a serem investidos em segurança pública (R$ 100 milhões para São Paulo e R$ 100 milhões para os outros Estados). No caso de São Paulo, a verba deverá ser gasta da seguinte forma: metade para a construção de presídios e a outra metade para o aparelhamento de unidades prisionais. Os estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina já receberam recursos dessa MP. Mais sobre o PCC nesta página. A repercussão política dos ataques está nas páginas 3 e 4 do primeiro caderno, em Política.
Compor tamento Ambiente Polícia Transpor te
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 10 de agosto de 2006
NÚMERO DE PRESOS BENEFICIADOS SAIRÁ AMANHÃ
Serão contemplados com a medida os presos que estão em regime semiaberto e cumprem os requisitos estabelecidos.
Justiça autoriza saída de presos Apesar de o Ministério Público ter pedido a revogação do benefício, a Justiça decidiu que presos poderão ir para cada no Dia dos Pais
A
Justiça paulista autorizou ontem a saída temporária de centenas de presos que deverão passar o Dia dos Pais em casa. O Ministério Público do Estado de São Paulo havia pedido, no início da semana, a suspensão do benefício por causa da nova onda de atentados organizados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). Mas, de acordo com a decisão judicial, não houve provas de que os ataques à segurança pública foram praticados por presos que estão em regime semi-aberto, justamente aqueles que serão beneficiados com a medida. Na capital, a Vara de Execuções Criminais decidiu que condenados em regime semiaberto serão beneficiados com a saída temporária para o Dia dos Pais a partir de amanhã. O retorno dos detentos ficou determinado para a segunda-feira. A saída temporária dos presos, no entanto, será concedida mediante uma avaliação individualizada de cada preso e desde que forem preenchidos os requisitos legais estabelecidos. Entre 10 e 12 mil presos poderão receber o benefício, mas o número exato será divulgado apenas amanhã pelo Tribunal de Justiça. Para a concessão do benefício, é preciso que o preso tenha boa conduta carcerária, já tenha cumprido um sexto da pena (se for condenado primário) e um quarto de pena (se for reincidente). Por não ser um benefício coletivo, cada caso deve ser analisado individualmente. O governador Cláudio Lembo já havia afirmado, na terça-feira, que é favorável à medida desde que haja uma análise individualizada. No interior – A Vara de Execuções decidiu liberar 685 detentos do Instituto Penal Agrícola (IPA) de São José do Rio Preto, no interior do Estado, para a saída temporária do Dia dos Pais. Os presos devem deixar a cadeia amanhã com a promessa de voltarem na manhã de terça. Os que não retornarem serão considerados fugitivos. Na região oeste do Estado, mais de 1,3 mil detentos solicitaram o benefício da saída temporária para domingo. O promotor Antonio Baldin, que havia pedido a revogação da saída, não concordou com a decisão do juiz da Vara de Execuções, Zurich Oliva Neto. "Vejo essa saída com preocupação porque estamos vivendo um momento atípico", disse. Segundo ele, a revogação seria uma maneira de proteger a sociedade e os próprios de-
Rogerio Cassimiro/Folha Imagem
Policial Militar dentro de agência do Bradesco, no Morumbi, que foi atacada ontem. Vários atentados aconteceram na zona sul. Augusto de Paiva/AAN/AE
Ônibus que foi incendiado no estacionamento da prefeitura de Sumaré, no Interior do Estado José Patrício/AE
José Luis da Conceição/AE
Dinamite em Taboão da Serra
tentos. "O problema é que esta saída vai contra os interesses coletivos, da sociedade", afirmou. Baldin, no entanto, se disse satisfeito com as precauções tomadas pela polícia, que adotou esquema especial para evitar os atentados. Num encontro, as polícias Civil e Militar decidiram fiscalizar se os presos vão cumprir mesmo as visitas aos familia-
Ataque na entrada da Prefeitura de Itapecerica da Serra
res. A intenção é checar se os detentos não vão aproveitar a saída para praticar crimes. Durante a saída do Dia das Mães, um deles matou o dono de uma
casa lotérica num assalto em Rio Preto. Outros foram flagrados praticando atentados. "O problema é que a maioria dos presos vai para a casa de
parentes na capital, mas estaremos de olho naqueles que ficarem aqui", afirmou o delegado do Departamento de Polícia do Interior 5 (Deinter-5) Antônio Mestre Filho. Celulares – Em blitze feitas ontem nas Penitenciárias 1 de Presidente Prudente e P-3 de Lavínia, no oeste do Estado, policiais militares e agentes de segurança apreenderam 33 celulares, 28 fones de ouvido, 46 bolsas de maconha e 32 de cocaína, além de dezenas de estiletes e ferros que poderiam ser utilizado como armas durante rebeliões. As revistas fazem parte da ação adotada pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) para tentar impedir uma nova onda de motins dentro dos presídios, como a ocorrida em maio, quando 74 unidades foram dominados pelos presos amotinados. Os tumultos aconteceram durante a primeira onde de ataques promovida pelo PCC. No inicio da manhã de ontem, a tropa de choque invadiu a P-1 de Presidente Bernardes. Depois de 8 horas de revista, os policiais haviam apreendido 22 celulares, 7 carregadores, 16 fones de ouvido, 24 bolsas de maconha e 15 de cocaína, além de vários estiletes. Em Lavínia, a SAP recrutou agentes de penitenciárias vizinhas para realizar a blitz, que terminou depois de 7 horas. Foram apreendidos 11 celulares, 13 fones de ouvido, 5 carregadores, 7 bolsas de cocaína e 31 de maconha. (AE)
quinta-feira, 10 de agosto de 2006
Empresas Empreendedores Nacional Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3 A companhia aérea portuguesa TAP teve prejuízo de 51 milhões de euros no 1º semestre
BRASIL EXPORTA BIJUTERIAS
FEIRA QUE ESTÁ SENDO REALIZADA EM SP MOSTRA A NOVA TENDÊNCIA PARA OS ACESSÓRIOS NO VERÃO 2007
CORES FORTES ILUMINAM AS BIJUTERIAS IPC-S Índice mostra que os preços no varejo na cidade de São Paulo estão acelerando.
Ó RBITA
QUILMES
CAI PRODUÇÃO INDUSTRIAL
A
cervejeira Quilmes, do grupo Quinsa, já está sob o controle total do Brasil. A Ambev desembolsou US$ 1,25 bilhão em troca de 34,46% das ações que ainda permaneciam nas mãos do Grupo Bemberg, que controlou a Quilmes durante 115 anos. (AE)
TV DIGITAL
P
ortaria publicada ontem no Diário Oficial da União criou a Câmara Executiva, em que representantes do setor vão discutir as especificações técnicas de implantação da TV digital no País enquanto não é instalado o Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital. (AE) A TÉ LOGO
O
s resultados regionais da produção industrial mostraram que a forte perda de ritmo do setor em junho, na comparação com maio, espalhou-se pela maior parte do País. Das 14 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de
BRASILCAP Subsidiária do Banco do Brasil faturou R$ 864,7 milhões no primeiro semestre de 2006.
Geografia e Estatística (IBGE), dez mostraram queda. São Paulo, com recuo de 2,3% em relação a maio, representou o principal impacto negativo para o setor na média nacional (-1,7%). O Estado de São Paulo responde por 40% da produção nacional. (AE)
SAFRA DE GRÃOS DEVE CRESCER
A
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou ontem a 9ª previsão para a safra 2005/06 de grãos. Os dados mostram colheita de 119,7 milhões de toneladas, aumento de 5,1% em relação ao volume colhido em
2004/05, que foi de 113,9 milhões de toneladas. "A produtividade é o principal fator da manutenção do crescimento. O rendimento aumentou nas lavouras de milho, algodão e arroz", disse o presidente da Conab, Jacinto Ferreira. (AE)
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
L
Montadoras preparam lançamentos de novos carros populares
L
Petrobras busca oportunidade de negócios no Peru
L
Governo discute hoje reajuste de aposentados
O
s ventos sopram a favor dos acessórios sensuais na próxima temporada. Tons dourados, cristais e pedras brasileiras devem colorir os corpos femininos no verão 2007. Os designers apostam em cores fortes, na dualidade claro-escuro, no estilo africano e na releitura de estilos mais antigos. As tendências estão nos lançamentos de 200 marcas de bijuterias que participam da 35ª edição da Bijóias SP, o maior evento profissional do setor na América Latina, que termina hoje no Centro de Convenções do Shopping Frei Caneca. Depois de roubar as atenções na última edição do São Paulo Fashion Week, o tema África deve prevalecer no verão. Quem aposta nessa linha é a grife Malee, que traz colares com pedras naturais, argolas, madeira e tachas de metal. Cores quentes – como vermelho e amarelo – combinadas a verde, azul-royal, preto e branco criam uma mistura que dá uma idéia tribal. "Trouxemos todos os lançamentos para o evento e, como sempre, devemos vender para lojistas de todo o Brasil", disse a sócia-proprietária da Malee, Regina Bottura. Ela contou que começou a exportar por conta de contatos que fez durante edições anteriores da Bijóias. A marca vende para os EUA. Quem também aproveita a feira para fazer negócios no exterior é a designer mineira
Newton Santos/Hype
Evento atrai compradores de outros estados e também estrangeiros
Fúvia Araújo, que está à frente da grife Gio Bernardes. "Muitos empresários estrangeiros vêm conhecer o que os profissionais brasileiros fazem de bom", afirmou. "Vendemos para os Estados Unidos, Espanha e Austrália." Nas bijuterias que cria, Fúvia mistura diversos tipos de penduricalhos em um mesmo colar, com destaque para pedras em tons turquesa e roxo. Pedras brasileiras — S eguindo a tendência de regionalização da moda, a marca Todos Elementos aposta nas pedras brasileiras, como o olho de tigre, a ametista e a granada. A vendedora da marca Isabel Braz estimou que os negócios vão aumentar 30% com a visita de lojistas das regiões Sul e Nordeste à feira. Clássicos que voltaram à moda, os cristais também não devem deixar tão cedo as produções femininas. Transparentes ou coloridos, eles estão
sempre deixando seu brilho iluminar os modelos. "Os formatos de coração e estrela são os mais procurados", disse Helena Simões, gerente de Vendas da marca G. Swenson, licenciada da Swarovski para vender esses cristais no País. "As vendas têm aumentado 20% a cada estação", afirmou. A 35ª Bijóias SP deve receber 5 mil compradores de todo o Brasil e do exterior, principalmente de países do Mercosul e dos Estados Unidos. A expectativa é de que movimente R$ 22 milhões em negócios. "A feira dita tendências e cria modismos", disse a organizadora do evento, Vera Nasi. Sonaira San Pedro
SERVIÇO 35ª Bijóias SP Até hoje, das 9h às 19h Centro de Convenções do Shopping Frei Caneca Rua Frei Caneca, 569
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4 -.TURISMO
quinta-feira, 10 de agosto de 2006
SÃO PAULO
Programas para curtir com o paizão De passeios de carruagem a teatro, a capital paulista oferece incontáveis opções para celebrar um Dia dos Pais diferente
Q
Divulgação
Milton Mansilha/LUZ
ue tal surpreender o seu pai com um programa inusitado no dia que é só dele? São Paulo está com uma série de opções diferentes para comemoração do Dia dos Pais. Passeios de carruagem para toda a família e roteiros mal-assombrados para os mais aventureiros são algumas opções.
Para uma comemoração nas alturas O seu pai é radical? Então o lugar certo para comemorar com ele é no Parque da Juventude, onde funcionava a Casa de Detenção do Carandiru, que acaba de ganhar o maior circuito de arborismo da cidade. A novidade está dentro de uma área isolada de 16 mil metros quadrados de bosque, com alguns exemplares remanescentes da Mata Atlântica. O circuito, que possui 11 travessias, começa com uma escada tipo "pirata" que dá acesso à primeira plataforma. Entre outros desafios, que atingem altura máxima de 18 metros, estão a ascensão por rede de cordas, descida em rapel, ponte pênsil, até uma descida final em tirolesa. Durante todo o percurso suspenso o praticante fica permanentemente conectado a um cabo de segurança independente, garantindo sua total segurança. Mais informações pelo tel. 6251-2706.
Passeio de assustar Ao contrário do que muitos imaginam, São Paulo não oferece apenas roteiros tradicionais, como passeios a museus e parques. A agência Graffit Turismo surpreendeu ao lançar um circuito mal-assombrado,
Nas dicas de programas diferentes com o papai, o Vale do Anhangabaú (à esq.) – que era visto como um lugar de mal-agouro pelos índios que habitavam a região – é um dos pontos visitados num tour "mal-assombrado". Há ainda a chance de ver o musical 'Cats' (acima) e o passeio ao Parque da Juventude (abaixo), que acaba de inaugurar o maior circuito de arvorismo da cidade
com visita a pontos turísticos assustadores. Logradouros da cidade, como o Vale do Anhangabaú – que já era visto como um lugar de mal-agouro pelos índios que habitavam a região –, e o antigo largo da forca, hoje Praça da Liberdade, onde ficava a forca da cidade e se instalou a Igreja da Santa Cruz dos Enforcados, são alguns dos pontos visitados no roteiro "Circuitos de outro mundo: São Paulo além dos túmulos". Mais informações pelo tel. 5549-9569. Como antigamente São Paulo é também uma cidade muito romântica. Se você curte histórias infantis, como Cinderela, vai adorar levar a família toda para curtir o passeio que a Carruagens, agência de viagens local, oferece no centro. São dois roteiros inusi-
tados, que utilizam réplicas de luxuosas carruagens vitorianas das décadas de 1860 e 1870 e belíssimos cavalos das raças Bretão e Percheron, com duração de aproximadamente meia hora. O trajeto "de fantasia" inclui belos e famosos pontos turísticos de São Paulo, como o Teatro Municipal. Mais informações pelo site www.carruagemsaopaulo.com.br. Boa leitura e boa música Outra boa dica é uma tarde na Vila Madalena em meio a antiquários, bares, restaurantes e a gigante Livraria da Vila que, com seu "jeitão" rústico, oferece livros, CDs e revistas para todos os gostos. Para quem gosta de presentear o paizão com grandes espetáculos, a capital oferece atrações imperdíveis para o próximo dia 13. O espetáculo
ype
gues/H
o Rodri
Leonard
'Cats', da Broadway, um dos musicais mais bem sucedidos da história do showbiz, estará em curta temporada no Credicard Hall. Ainda há opções no
Sesc Pompéia, que se preparou para o mês dos pais com destaque para a peça 'Assembléia dos Bichos', que aborda temas como ética, ecologia e solida-
riedade contando uma história divertida e educativa. Mais informações sobre estes e outros programas em São Paulo pelo site www.spturis.com.
PANORAMA Fotos: Divulgação
Promoção e novidade. Na Lufthansa A Lufthansa lançou uma promoção especial para esquiadores. Até 25 de setembro, o transporte de um par de esquis, botas e bastões nos vôos das duas companhias para Buenos Aires, na Argentina, ou Santiago, no Chile, é gratuito. E as boas-novas não param por aí: a partir de 14 de setembro, a Lufthansa voará diariamente de São Paulo para Munique com o Airbus A340-300. Para quem fizer a reserva até 11/8, o bilhete ida-e-volta na classe econômica sai por US$ 919, promoção válida para viagens entre 13/10 e 6/12, com permanência mínima de 7 dias. Tel. (11) 3048-5800, www.lufthansa.com.br. Chegou o ‘Rough Guide Bolívia’ Tudo sobre um dos mais interessantes destinos da América do Sul: a Bolívia. A Publifolha acaba de lançar o Rough Guide Bolívia, publicação que reúne informações práticas sobre diversas atividades – como trekking e escaladas –, além de descrições de todos os locais importantes do país, das vibrantes feiras livres de La Paz às tranqüilas ilhas do Lago Titicaca, história e cultura bolivianas e, ainda, relação de hotéis, restaurantes e bares para todos os bolsos. Sem falar nos mapas detalhados e até uma lista de palavras e expressões idiomáticas. Nas bancas e livrarias, por R$ 34. Comunidade virtual para viajantes Recém-lançado, o site www.naviagem.com.br pretende funcionar como uma comunidade virtual na qual apaixonados por viagens podem trocar dicas, relatar suas aventuras e, com a ajuda de outros depoimentos e fotos, planejar as próximas jornadas. Com apenas 20 dias, 1 mil associados e mais de 2.500 dicas, fotos e relatos, o naviagem é resultado do sonho de dois empresários viajandões. Fabio Itapura e Kin Dias, que juntos somam visitas a mais de 70 países, queriam criar um espaço tanto para usuários comuns como para profissionais de turismo. A comunidade contará ainda com um programa de fidelidade, no qual cada vez que um membro incluir uma nova dica ele será premiado com descontos em viagens e estabelecimentos turísticos, vale-compras, etc. British inaugura lounge em Guarulhos A British Airways inaugurou um novo lounge no Aeroporto de Guarulhos. Com 274
Novo lounge da British Airways, em Guarulhos
metros quadrados, oferece internet wireless e instalação de TV Satélite, além de um catering permanente, com frutas, pães, petit fours, e bebidas variadas. O novo espaço funciona durante os horários de operação dos vôos British e Oneworld Ibéria, além dos vôos da Japan Airlines. Outra novidade da British, a partir de dezembro, são as novas freqüências entre São Paulo e Londres, às terças, quintas e domingos, entre Guarulhos e o Aeroporto Internacional de Heathrow. Tel. 4004-4440, www.ba.com. TAM tem novos vôos Desde segunda-feira, a TAM iniciou a operação de novos vôos domésticos para o Nordeste. As freqüências atendem as cidades de Aracajú, Fortaleza, Maceió, Salvador e Teresina. A ampliação tem o objetivo de atender à demanda dos passageiros nessas rotas. Uma das novas freqüências liga o aeroporto de Guarulhos às cidades de Fortaleza e Teresina. Outra, entre São Paulo, Maceió e Aracajú. E os vôos entre Maceió e Salvador também ligam as duas capitais aos aeroportos do Galeão, Congonhas e Navegantes. No que diz respeito a mercado internacional, a TAM vai retomar o vôo noturno entre São Paulo e Nova York a partir do dia 1º de setembro. Tel. 40025700, www.tam.com.br. Paga 1, viajam 2 na MSC A MSC Cruzeiros lançou uma promoção para seus cruzeiros de travessia transatlântica rumo ao Brasil nos dois navios, MSC Armonia e MSC Sinfonia: paga um passageiro e o segundo viaja grátis. O roteiro com o Armonia sai de Gênova em 30/11 e chega a Santos no dia 18/12. A partir de US$ 1.720 por pessoa (18 noites). Já o MSC Sinfonia partirá de Gênova em 23/11 e chegará a Santos no dia 11/12. As 17 noites custam partir de US$ 1.670 por pessoa. Mais informações pelos tels. (11) 5053-8500 e 0800-7708586.
Pesquisa da CWT revela expectativas para uma administração eficaz
A
capacidade de reduzir os gastos de seus clientes é um dos maiores desafios dos profissionais de administração de viagens de negócios. Se o sucesso do trabalho dependesse da dedicação deles, seria mais fácil. Para complicar a situação, os administradores se deparam com executivo viajantes que não obedecem sua política de viagens. E isso gera mais despesas para as companhias. A questão não é apenas teórica. Segundo o Indicador de Viagens de Negócios da Carlson Wagonlit Travel (CWT) – uma pesquisa global realizada com 650 gerentes de viagens e 2.100 executivos nos 12 maiores mercados do mundo – há freqüentes problemas de entendimento entre as duas partes sobre algumas questões. E o comprometimento com a política de viagem é um bom exemplo. Enquanto os viajantes a vêem como um guia de procedimentos, os travel managers a entendem como obrigatória. Para ter subsídios e ajudar os clientes no gerenciamento dos programas de viagens de negócios e otimizar suas verbas, a CWT, segunda maior empresa de administração de viagens de negócios do mundo, realizou a pesquisa com administradores de viagens e viajantes de negócios dos seguintes países: Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, China, Espanha, Estados Unidos, França, Índia, Itália, Japão e Reino Unido. O Indicador de Viagens de Negócios CWT identificou as principais expectativas relacionadas à administração de viagens de negócios, examinou os desafios dos profissionais frente ao gerenciamento de um programa de viagens corporativas, e indicou como eles avaliam sua agência terceirizada. Confira: Objetivos – A CWT reconhece que as empresas têm três objetivos em relação aos programas de gerenciamento de viagens: economia, serviço e segurança. A redução de gastos é, de longe, a primeira das prioridades. Mais da metade dos travel managers (54%), respondeu que essa é a principal expectativa da empresa em relação à agência de viagens. A segunda é o comprometimento do executivo com a prática de política de viagens corporativas, com 23%. A segurança do viajante foi mencionada em seguida, com 11%. Outro tema foi o atendimento ao consumidor, considerado essencial pelos gerentes, lembrado por 89%, como grande importância. Critérios como experiência (82%),
acesso às companhias aéreas (80%), relatório de informações (74%), preço (70%) e o rastreamento do viajante (61%), também foram avaliados. Oportunidades de economia – 40% dos executivos acreditam que suas empresas não têm uma política de viagens corporativas e, nos melhores casos, afirmam ter alguma familiaridade com o assunto. Além disso, mais da metade dos viajantes de negócios (58%) que sabem da política desse nicho de viagem a vêem apenas como um guia, enquanto a maioria dos gerentes (64%) disse que elas são mandatórias. Ainda sobre este tema, 48% dos executivos acreditam que não há conseqüências graves para eles ou para a empresa quando agem fora de sua política. Já 82 % dos travel managers compreendem que há implicações em operar fora da política de viagens. Nesse contexto, 24% dos profissionais de negócios admitem que viajam fora da política cinco ou mais vezes por ano. Outros 31% fogem à regra entre uma e quatro vezes ao ano. Somente 44% dizem nunca desrespeitarem as normas vigentes. Consolidação de dados – As empresas têm reconhecido o potencial de redução de custos que a consolidação de dados do seu programa de viagens pode oferecer. A maioria das companhias já está caminhando, em diferentes estágios, para algum tipo de consolidação. Isso pode ser comprovado pelo resultado da pesquisa: 26% dos travel managers já estão trabalhando para uma consolidação global, e 20% estão conduzindo a consolidação conforme a necessidade de cada ocasião. Satisfação com os serviços – A grande maioria dos gestores de viagens está satisfeita com os serviços que são oferecidos por suas agências de gerenciamento de viagens. Dos entrevistados, 92% afirmam que estão muito, ou de alguma forma, satisfeitos com o atendimento básico ao cliente; 77% dizem o mesmo em relação aos trabalhos estratégicos, incluindo negociação com fornecedores, acesso a informações das companhias aéreas e consultoria. FONTE: Carlson Wagonlit Travel Mais informações sobre o Panrotas Corporativo no site www.panrotas.com.br. Assinaturas pelo tel. (11) 5070-4816 ou 5070-4804, e-mail assinaturas@panrotas.com.br.
quinta-feira, 10 de agosto de 2006
Ambiente Compor tamento Transpor te Segurança
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Serviço possibilita ao usuário saber quanto tempo levará para chegar ao destino e qual o melhor percurso
A
O novo serviço do Metrô pode ser acessado pelo endereço www.metro.sp.gov.br
ROTA PODE SER DEFINIDA POR LISTAS OU MAPAS
Trajetos do metrô estão disponíveis na Internet Companhia do Metropolitano de São Paulo colocou à disposição da população um novo serviço, ideal para quem precisa ganhar tempo. A página do Metrô na internet (www.metro.sp.gov.br) oferece, desde o início da semana, o Sistema de Trajeto, uma nova ferramenta para localização de percursos. Por meio dos dados de embarque e desembarque informados pelo usuário, o serviço traça o caminho mais simples, econômico e rápido para chegar ao destino desejado. O serviço é ideal para quem quer saber, por exemplo, se é mais rápido ir de carro, metrô ou ônibus ao seu destino. Na homepage do site, os internautas encontrarão um link ao lado direito da página, indicado por Seu Destino. Ao clicar no mapa ou no texto, o interessado é direcionado para o sistema de trajetos. Existem duas possiblidades para iniciar a busca: por Pesquisar em uma lista ou Pesquisar no mapa. Ao tentar usar a primeira
3
Robson Fernandjes/13/09/2004
TRÁFEGO A CET registrou 67 km de trânsito às 17h de ontem. A média do horário é de 58 km.
Ó RBITA
PLACA FALSA
A
dentista Bárbara Hermeto Vancura foi presa terça-feira e vai responder por estelionato porque adulterou a placa de seu carro. Ela usou fita isolante para transformar o número 3 em 8. A adulteração foi descoberta depois que a verdadeira dona do veículo de placas DST 7128 reclamou da cobrança de multas. A dentista cometeu 11 infrações em seis meses, entre elas desrespeito ao rodízio, conversões proibidas e transitar no corredor de ônibus. A dentista mora nos jardins e seu carro vale mais que o dobro do veículo da mulher lesada. (Agências)
SECA Com o novo sistema de busca ficou fácil descobrir o percurso mais adequado, mais simples e mais rápido
alternativa, o usuário encontrará duas listagens: local de embarque e local de desembarque, que contemplam todas as linhas do metrô, CPTM e EMTU. Se a alternativa foi consultar pelo mapa, o passageiro irá
encontrar a demarcação das linhas da rede metropolitana. Neste caso, as estações são representadas por links, onde o usuário pode selecionar origem e destino. O novo serviço do Metrô também indica o horário de
funcionamento das estações, o tempo estimado para a realização do percurso e o valor da passagem. O resultado das buscas realizadas pelos usuários exibe ainda o Mapa de Arredores, que mostra os pontos de possível interesse próximos às estações. Entre esses locais estão escolas, cemitérios, postos dos Correios, clubes, igrejas e estações da CPTM. A Companhia do Metrô estima que mais da metade dos usuários do sistema tenham acesso à internet. Diariamente, cerca de 1,8 milhão de pessoas passam pelas estações do metrô. (Agências) DECLARAÇÃO
A
PARALISIA Acontece no dia 26 a Campanha de Vacinação contra paralisia infantil (a poliomielite).
baixa umidade do ar poderá atingir 11 Estados e o Distrito Federal entre hoje e domingo. A Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec), do Ministério da Integração Nacional, informou que a umidade relativa do ar ficará em torno de 20% nas horas mais quentes nos estados de São Paulo, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Piauí, Paraná, Rondônia, Tocantins, São Paulo e no Distrito Federal. A Sedec desaconselha atividades ao ar livre e exposição ao sol entre as 10h e às 17h e a ingestão de bastante líquido. (AE)
PROFESSORA
A
polícia prendeu ontem quatro pessoas acusadas de matar a professora Maria Expedita da Silva, de 44 anos., no dia 4, em Mauá. O mentor do crime é Mateus Leitão Sasso, de 22 anos , exnamorado da professora e filho da diretora da Escola Estadual Jardim Califórnia, onde Maria dava aulas. Foram presos também Cristian Garcia Rincón, de 25, e dois menores, um garoto de 16 anos e uma menina de 15. O adolescente violentou a professora. Ela foi encontrada vestida com a parte de cima das roupas, com os olhos e a boca vendados com micropore. (AE)
FOKKER DA TAM
A
TAM já planejava devolver, há quatro anos, o Fokker 100 PTMQN, aeronave que anteontem perdeu a porta dianteira. Em 2002, a empresa anunciou que devolveria às empresas de leasing 25 aviões mais antigos do modelo F-100. Uma das primeiras aeronaves da lista seria a PT-MQN. A TAM informou que a média da frota é de 7 a 10 anos e que a PT-MQN foi adquirida em dezembro de 1998. Pesquisa feita por especialistas em aviação revelou que em 1993 a aeronave já voava pela China Eastern Airlines. (AE)
8
Congresso Planalto Candidatos CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 10 de agosto de 2006
HELOÍSA E ALCKMIN 'NAS BARBAS' DE LULA
PLANO DE MORALIDADE É ESTRATÉGICO PARA REVERTER A QUEDA DO CANDIDATO NAS ÚLTIMAS PESQUISAS Lula Marques / Folha Imagem
ALCKMIN ANUNCIA PACOTE CONTRA A CORRUPÇÃO
HELOÍSA DIZ QUE LULA 'USA' A CRISE
A
candidata do PSol à presidência da República, senadora Heloísa Helena (AL), fez ontem uma curta caminhada pelo centro de Taguatinga, cidade satélite de Brasília, acompanhada por cerca de 60 militantes. Durante o passeio, a candidata criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, na sua opinião, "está usando o problema da segurança em São Paulo para fazer demagogia". Segundo ela, o papel do próximo presidente da República será comandar um pacto nacional pela segurança. Na sua avaliação, nem o presidente Lula, nem o candidato tucano Geraldo Alckmin têm condições para fazer este pacto. Num gesto simbólico contra a corrupção, ela varreu o chão, cumprimentou populares e visitou lojas. Em uma dessas lojas, pegou no colo Daniela, uma criança de apenas dois anos. Quando saía do estabelecimento, foi abordada por uma senhora de 61 anos, Maria Amélia Costa, que lhe entregou três buquês de girassol. Maria Amélia disse que é louca por Heloísa Helena e que, como seu título não é de Brasília, na época das eleições deste ano viajará para Ilhéus (BA) apenas para votar na senadora. Ao final da caminhada, Heloísa Helena comentou: "Infelizmente, o Congresso Nacional desmoralizado reflete o executivo desmoralizado até
E
Faxina: senadora varre ruas de Taguatinga como queria na política.
porque nenhum parlamentar conseguiria mensalão se não tivesse um governo corrupto para autorizar a liberação de emendas para parlamentares bandidos". À tarde, ela inaugurou o seu comitê eleitoral em Brasília, localizado na Quadra 508, na W3, uma das principais avenidas da cidade. Intimação – Na ocasião, foi informada que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) intimou
os representantes da Coligação Frente de Esquerda (PSol, PSTU e PCB) a assinar o requerimento do registro de pedido de candidatura à Presidência da República da senadora Heloísa Helena. Isso porque a legislação determina que, no caso de coligação, o pedido de registro dos candidatos deverá ser subscrito pelos presidentes dos partidos coligados ou pelos seus delegados. (AE)
Givaldo Barbosa / AOG
m queda nas pesquisas de intenção de voto, o candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, resolveu agir e lançará nos próximos dias um pacote de medidas para combater a corrupção no País. Uma equipe de especialistas já está produzindo um conjunto de propostas que terão destaque no programa de governo de Alckmin e na propaganda eleitoral no rádio e na televisão. A decisão foi tomada em reunião do conselho político da aliança, que ontem iniciou uma ofensiva para vincular todos os escândalos de corrupção do governo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que disputa a reeleição. "Vamos fazer um pacote não só para consertar o que aconteceu em matéria de corrupção, como para prevenir que novos casos aconteçam", resumiu Alckmin. Segundo ele, o pacote anticorrupção envolverá mudanças na legislação, alterações na elaboração da proposta orçamentária e no funcionamento da Comissão Mista de Orçamento, além de critérios mais rígidos na avaliação dos projetos do Executivo. Também está prevista a adoção de novos procedimentos nas compras do governo e no controle dos custos e dos gastos públicos para evitar desvios e desperdícios. A ofensiva foi definida em meio a um clima de preocupação geral com o aumento significativo da diferença entre Alckmin e seu principal adversário nas últimas pesquisas de intenção de voto.
Foi com este propósito que o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), lançou mão da última pesquisa do Ibope, mostrando que Alckmin é conhecido apenas por 26% do eleitorado, o que o faz considerar os 24% de intenção de voto registrados pelo instituto Datafolha na véspera como um bom resultado para começar a campanha na tevê. "Só temos que ter cuidado para que o resultado Alckmin: propostas para levar à tevê. negativo das pesquisas não oriente Os dois institutos que ha- a campanha", advertiu o líder viam divulgado o resultado de da minoria de oposição no Sesuas sondagens na véspera nado, Álvaro Dias (PSDB-PR). apontaram uma vantagem O entendimento geral foi de adicional de sete pontos per- que o Congresso está pagando centuais para Lula, que já esta- sozinho a conta política dos esva disparado à frente do tuca- cândalos de corrupção – como no. "Por enquanto, só existe a o mensalão e o caso das sancampanha de quem manda no guessugas, enquanto o candiBrasil, que é o presidente Lula. dato Lula não vem sofrendo A nossa vai começar na terça- qualquer desgaste. "Alguns segmentos da sofeira, com a propaganda eleitoral no rádio e na televisão", ciedade ainda não entenderam bem o que se passou no justificou Alckmin. Para evitar que o desânimo ano de 2005", argumentou de alguns conselheiros conta- Dias. Na avaliação do conseminasse o conjunto da campa- lho, no entanto, ainda há temn h a , o s d e z d i r i g e n t e s d o po para reverter a situação. "Vamos fazer um programa PSDB, PFL e PPS que participaram da reunião decidiram para mostrar que se pode adadotar o mesmo discurso, mi- ministrar o País sem a corrupnimizando a queda de Alck- ção do governo Lula", disse o min e enfatizando a questão da senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). " (AE) corrupção do governo Lula.
MULTA O TRE aumentou para R$ 50 mil a multa ao candidato a deputado Lelis José Trajano (PSC) Antonio Cruz / ABr
Ó RBITA
FALECIMENTO
M
LESSA RESISTE
O
ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) disse ontem que sua candidatura ao Senado Federal nas eleições deste ano está mantida, apesar da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que ontem à noite o tornou inelegível por três anos. "A candidatura se mantém porque ainda há medidas a serem tomadas, junto ao próprio TSE, para reverter esse quadro", afirmou Lessa, em entrevista à imprensa, ao desembarcar no aeroporto de Maceió.
PET SHOP O presidente Lula e dona Marisa têm nova cachorra para substituir Michele, morta em 2005.
PESQUISAS
orreu ontem em São Paulo o deputado estadual Paschoal Thomeu (PTB), vítima de infecção hospitalar generalizada. Ele estava internado desde o dia 7 de junho, quando apresentou um quadro de pneumonia. Ficou no hospital Iguatemi até o dia 12 de julho, quando foi transferido para o Instituto Dante Pazzanese, já com o quadro infeccioso grave e em estado de coma. Paschoal Thomeu, exprefeito de Guarulhos, tinha 80 anos e cumpria o seu terceiro mandato como deputado estadual.
O
Ibope e o Vox Populi protocolaram no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedidos de registro de pesquisas de intenção de votos para presidente da República nas eleições de 2006. Segundo o TSE, ambos os institutos registraram suas pesquisas na sextafeira. Desta maneira, além das já divulgadas CNTSensus e Datafolha, a semana terá a divulgação de mais duas novas pesquisas: a do Ibope, a ser divulgada amanhã pela Rede Globo, e a do Vox Populi, que sairá sexta-feira, na revista Carta Capital.
Weimer Carvalho/AE
LOUCA POR VOTO
L
oira, aparelho nos dentes e dona de atributos físicos reconhecidos e festejados pelos colegas, Thais Priscilla Ribeiro é a mais nova candidata do País. Ela tem apenas 18 anos e disputa uma cadeira na Assembléia Legislativa de Goiás. Thais Priscilla tem exibido o número de sua candidatura: 15415.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4
O
gabinete de segurança de Israel, liderado pelo primeiroministro Ehud Olmert, aprovou ontem a expansão da ofensiva militar terrestre no Líbano até pelo menos a altura do rio Litani, a 30 quilômetros da fronteira. Dos 12 ministros, 9 votaram a favor e 3 se abstiveram, incluindo o vice-primeiro-ministro Shimon Peres. A medida deixa aberta a possibilidade de as tropas conquistarem também áreas além do rio. Pouco depois, a TV do Hezbollah, a Al-Manar, transmitiu um pronunciamento de seu líder, o xeque Hassan Nasrallah, prometendo lançar mais foguetes contra a cidade israelense de Haifa e transformar o sul do Líbano num cemitério para os soldados de Israel. A reunião do gabinete ocorreu, por coincidência, no dia em que o Exército perdeu mais homens em combate com o Hezbollah: 15 soldados morreram e 38 ficaram feridos em várias batalhas na área já ocupada no sul libanês, segundo a TV de Israel. O Exército anunciou ter matado 40 combatentes do Hezbollah e identificado entre eles membros da Guarda Revolucionária Iraniana que, segundo Israel, dá apoio ao Hezbollah. O governo libanês anunciou que 1.005 civis libaneses já morreram nos bombardeios de Israel. O Hezbollah só admite ter perdido 58 combatentes. Com a expansão da ofensiva, Israel espera reduzir significativamente a capaQueremos cidade do Hezbollah de lançar o fim da f o g u e t e s K aviolência tiusha, de curto e não a alcance, contra o escalada p a í s , j á q u e a maioria dos proda violência. jéteis provém da área ao sul do rio. Tony A estimativa, seSnow, g u n d o u m m isecretário n i s t ro , é q u e a da Casa o p e r a ç ã o d u re Branca p e l o m e n o s 3 0 dias. Milhares de soldados aguardam no norte de Israel a ordem de avançar. Segundo a TV britânica BBC seriam 30 mil. Outros 10 mil estão há dias em três áreas do sul libanês. A decisão israelense surgiu num momento delicado: a via diplomática para a solução do conflito está estancada, nem Israel nem o Líbano cedem; sábado a guerra completa um mês sem a derrota do Hezbollah que, só ontem, disparou mais de 180 foguetes; a população israelense está impaciente com a ação do Exército e as baixas israelenses aumentaram nas últimas semanas. O governo dos EUA afirmou ontem que se opõe à decisão de Israel de intensificar a violência no Oriente Médio e enviar ainda mais soldados para o território libanês. Apesar de o secretário de Imprensa da Casa Branca, Tony Snow, frisar que a mensagem era para os dois lados, sua declaração ocorreu depois que o Gabinete de Segurança de Israel votou pela expansão da ofensiva. "Estamos trabalhando duro para estreitar as diferenças entre a posição dos Estados Unidos e algumas das posições de nossos aliados", afirmou Snow a repórteres no rancho do presidente George W. Bush, onde ele está de férias. "Queremos o fim da violência e não a escalada da violência". Ontem, o presidente francês, Jacques Chirac, pediu que os EUA cedam a algumas exigências dos árabes e disse que deixar a situação piorar "é imoral". Chirac afirmou que se não houver acordo no CS cada lado terá de deixar clara sua posição e a França poderá apresentar, sozinha, nova proposta. (AP/AE)
quinta-feira, 10 de agosto de 2006
Internacional
Estou aqui para dizer Eu Amo Israel. Estou aqui para dizer que os cristãos evangélicos nos EUA estão do lado de Israel. Pat Roberson, televangelista americano
Denis Sinyakov/AFP
Nasrallah ameaça: sul do Líbano vai virar 'cemitério de judeus'
O
Reservistas israelenses marcham em território libanês, não muito distante da fronteira com Israel, enquanto mais tropas cruzam a zona de guerra
ISRAEL ANUNCIA MAIS UM MÊS DE COMBATES. AGORA COM MAIS 30 MIL SOLDADOS
líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, fez ontem um "pronunciamento à nação", no qual confirmou sua adesão à proposta do governo libanês de enviar 15 mil soldados do Exército nacional para ocupar o sul do Líbano, em troca da retirada de Israel e da desmobilização da milícia. Num discurso de 40 minutos, transmitido na íntegra e ocupando dois terços dos principais telejornais noturnos, Nasrallah prometeu transformar o sul do Líbano num "cemitério de sionistas", advertiu os moradores de Haifa para que abandonem a cidade israelense e pediu aos libaneses para "ter paciência e agüentar firme, porque seu sangue não foi derramado em vão". Nasrallah afirmou que o Hezbollah lançou ontem mais de 350 foguetes contra Israel – os números das agências de notícia são de 180 foguetes. Ele disse que mais de cem militares israelenses foram mortos desde o início do conflito, dia 12, que Israel não consegue avançar no sul e os combates ainda ocorrem em Ait al-Shaab, na fronteira. "Nós poderíamos recuar, mas nossos combatentes não querem. A resistência islâmica está fazendo milagre." Num tom de voz irreconhecivelmente sereno, que não lembrou em nada o Nasrallah que costuma esbravejar para sua audiência xiita, o líder explicou por que resistiu antes à substituição do Hezbollah pelo Exército libanês: "Não é que nós não confiemos no Exército. Tínhamos receio de que, mal equipado, ele fosse destruído pelo inimigo. Seria como colocá-lo na boca do dragão". Ele explicou que Israel não consegue destruir o Hezbollah porque não consegue encontrá-lo. Já com o Exército seria diferente. Para Nasrallah, o governo libanês achou que a solução seria enviar o Exército para o sul, e o Hezbollah apóia a idéia, em nome da união nacional. "É melhor do que uma força internacional cujo objetivo desconhecemos". Ele disse que a força de observação da ONU pode ficar no sul e apoiar o Exército.
Al-Manar/AFP
Depois de quase 30 dias de combates inconclusivos, o governo israelense decidiu ontem ampliar a ofensiva contra o Hezbollah e aumentar o número de soldados em combate. Militantes do grupo, entretanto, anunciaram que a decisão deixa o país ainda mais exposto a ataques. Ontem, a milícia disparou mais de 180 foguetes contra o território israelense. Os EUA manifestaram abertamente o Sharim Karim/Reuters descontentamento com a decisão de Israel e a França se prepara para apresentar na ONU uma proposta independente pelo cessar-fogo.
Mísseis matam em Gaza e na Cisjordânia
H
elicópteros israelenses lançaram mísseis ontem contra duas casas no campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia, matando dois militantes do grupo Jihad Islâmica, disseram testemunhas. Na Cidade de Gaza, um ataque aéreo de Israel matou três pessoas – incluindo uma menina de cinco anos – e feriu outras duas. O Exército israelense Libaneses gritam slogans anti-Israel durante funeral de civis
O líder xiita Nasrallah na TV do Hezbollah: aval ao Exército libanês
afirmou ter atacado "um campo de treinamento terrorista". Também ontem, o governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP), dirigido pelo Hamas, decidiu recorrer aos tribunais israelenses para conseguir a libertação dos ministros e deputados do movimento islâmico detidos por Israel, disse o porta-voz do Executivo, Ghazi Hamad. "O objetivo da ação é ressaltar que a captura dos ministros e legisladores é ilegal e uma violação do direito internacional", disse Hamad a um grupo de
jornalistas em Gaza. O Exército israelense deteve oito ministros e 21 deputados em 29 de junho, após a captura do soldado israelense Gilad Shalit quatro dias antes perto da fronteira com a Faixa de Gaza. A Rússia pediu ontem a Israel para libertar o presidente do Parlamento palestino, Abdel Aziz Duaik, um dos seqüestrados. O Ministério do Exterior russo questionou a legalidade da detenção de Aziz Duaik, um integrante do Hamas, e advertiu que tais ações "não ajudam a acalmar a situação nos territórios palestinos".
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 -.OPINIÃO
sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de agosto de 2006
LENTE DE
AUMENTO
QUANTO MAIS CEDO, MELHOR
Reprodução
Heloísa entendeu como deveria aparecer no JN
Inquestionavelmente, em função da audiência do JN e dos regionais, temos agora um processo muito mais equilibrado. Não se iludam os que imaginam que a taxa de conhecimento dos candidatos não é muito maior hoje do que há 30 dias. Aqueles que sabiam, de ouvir falar, sabem muito mais agora do que antes. Claro que alguns candidatos aproveitaram melhor o espaço no JN do que outros. Em primeiro lugar a senadora Heloísa Helena, com sua equipe montando cenários sensacionais para o JN. O de ontem, dos Girassóis, foi quase cenário de novela, gravado no Projac. Parabéns à equipe dela. Em segundo lugar Lula, que só apareceu como presidente e com isso manteve-se "em outro plano", como se estivesse trabalhando e não em campanha. E, depois, os pequenos candidatos, aos quais só resta montar
JOÃO DE SCANTIMBURGO
cenários e discurso. Claro, e graças à generosidade do JN, em fechar o plano neles, evitando o vazio do entorno. Alckmin e Cristovam foram os que pior aproveitaram. A proporção das apresentações de Alckmin em cenário neutro, interno, mostra o descuido de sua equipe. Se hoje Alckmin não sustentou a golfada de partida para os 30% em pesquisas, a responsabilidade total é de sua equipe de imagem. Com tamanho desperdício de espaço no JN mostrando-se para milhões de pessoas, sua equipe merece perder o emprego. Recomendaria rever Michael Deaver -assessor de imagem de Reagan, onde o cenário era cuidadosamente escolhido nas aparições de
Reagan. A ele devemos falando com os jornalistas que cobriam a Casa Branca: "Mas será que vocês ainda não desconfiaram que vocês cobrem entretenimento e não política". 30 anos depois a equipe de Alckmin ainda não descobriu isso. Bem, e Cristovam Buarque, correto, horizontal e sonolento, todos os dias. Nem o realejo da educação que toca, monotonicamente, é lembrado meia hora depois. Espera-se que os publicitários dos candidatos não cometam o erro de perder tempo apresentando os candidatos ao distinto público na entrada da TV. O JN já o fez. Devem entrar na TV com o pé no acelerador, impondo a agenda da eleição. Bem, sobre essa "agenda" este ex-blog fala outro dia. Aqui está a parte fraca de Lula, por onde ele pode perder. ANÁLISE DE CESAR MAIA, PREFEITO DO RIO (PFL) BLOGCM@CENTROIN.COM.BR
A lckmin e Cristovam não souberam aproveitar
Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente em exercício Alencar Burti Presidente licenciado Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi
Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)
Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: , Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046
A OBRA DOS SANGUESSUGAS
V Céllus
A
té 2004, as eleições só entravam na rotina do eleitor a partir da chegada da tevê, 45 dias antes delas. Aliás, espertamente, FHC, em 1998 reduziu o período de TV de 60 dias para 45 dias. Se deu bem encurtando o período de campanha. A partir de 2004 o Jornal Nacional antecipou esse processo para 90 dias, democratizando-o na medida que a vantagem dos candidatos à reeleição, sem isso, seria ainda maior. Agora, os eleitores, a nível nacional e regional, são colocados dentro do processo eleitoral mais cedo. Isso permite conhecer os candidatos e iniciar os fluxos horizontais de "opinamento", que são os que formam -por contaminação - a opinião pública.
Onze de agosto PAULO SAAB
C
omemora-se hoje a fundação dos cursos jurídicos no Brasil. Em homenagem a isso se deu o nome de Centro Acadêmico Onze de Agosto ao diretório dos estudantes da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da USP, a mais tradicional, famosa e conceituada escola de leis do Brasil. Nomes dos mais importantes da história do País nos últimos quase dois séculos sentaramse em seus bancos acadêmicos. De lá saíram e saem bacharéis ilustres que se tornaram nomes de referência da vida nacional. Da velha e sempre nova academia, da qual sou formado pela turma de 1975 (Turma Pantú – José Pinto Antunes), emanam os princípios libertários e de justiça que ecoam Brasil afora. De lá saiu a Revolução Constitucionalista de 32 e muitos outros atos e ações históricas. É ocioso, no dia 11 de agosto, Dia do Pindura, tradição igualmente nascida no Largo de São Francisco, enaltecer ainda mais os feitos de onde "se deixa a folha dobrada, enquanto se vai morrer". É preciso, todavia, aproveitar a data, para uma reflexão sobre o esgarçamento que da credibilidade da função do advogado em decorrência da crescente participação de profissionais assim qualificados em ações vinculadas ao crime organizado. Tem sido tabu mexer mais profundamente no assunto. Tabus não devem afetar as pes-
soas de bem e que ainda enxergam na aplicação da lei e da justiça a única e melhor forma encontrada pela humanidade em sua evolução histórica para impedir que a barbárie extinga a espécie. Pode parece exagero, figura de linguagem ao gosto dos gongóricos oradores de tribunais, mas é grave o suficiente para colocar em risco a sociedade como um todo se não houver depuração urgente.
N
o dia 11 de agosto é preciso chamar a atenção de todos que militam no ramo do Direito para a necessidade, hoje bem além do simples aprimoramento e melhoria da qualidade do próprio ensino, para a adequação de todo o ordenamento jurídico aos tempos atuais, onde sua grandeza tem servido de capa de proteção para a ação criminosa dos que solapam os valores da sociedade e denigrem o brilho de uma atividade fundamental para o ser humano. As entidades dos advogados, os estudantes de Direito, juízes, promotores, procuradores, delegados, advogados de todas as especialidades e ideologias, precisam se unir de forma irreprochável e, já, criarem mecanismos que impeçam a utilização dos defensores da lei como agentes dos criminosos infratores da lei. Urge que no Estado de Direito o direito prevaleça sobre o crime.
O Direito tem servido de capa de proteção para a ação criminosa
40% do PIB! MARCOS CINTRA
E
m meados dos anos 60 a carga tributária brasileira atingiu a casa dos 20% e foi bater em 30% no final da década de 90. Foram quase 35 anos para que o poder público abocanhasse mais 10 pontos percentuais da riqueza produzida no País. Em 2006 a carga tributária poderá absorver 40% do PIB. É espantoso, mas os mesmos 10 pontos percentuais que levaram três décadas e meia para serem transferidos ao poder público foram extraídos, desta vez, em menos de dez anos. Não há país no mundo que tenha absorvido tamanha fúria fiscal em tão pouco tempo. A carga tributária de 40% do PIB iguala o Brasil, com sua miserável renda per capita anual na casa dos US$ 3,5 mil, aos países ricos da Europa e o coloca no topo quando comparado com os Estados Unidos, Canadá e Japão, apesar dessas economias registrarem renda anual por habitante dez vezes maior. Em relação aos demais países emergentes, o peso dos tributos no Brasil está muito acima da média de países como Argentina, Chile, México, Rússia, China e Índia. Quatro foram os tributos que mais cresceram em relação ao PIB e contribuíram para acelerar a carga tributária entre 1998 e 2005. São eles: Cofins (1,9% para 4,5%), ICMS (6,7% para 7,9%), IR (4,5% para 5,8%) e as contribuições previdenciárias (5,1% para 6,4%). Estes tributos determinaram a elevação da incidência de impostos sobre os bens e serviços (de 12% para 15,7% do PIB), sobre a renda (de 5,2% para 7,1% do PIB) e sobre a folha de salários (de 6,9% para 8,1% do PIB). Nas últimas eleições, o presidente Lula assumiu o compromisso de levar adiante a reforma tributária, mas fez apenas o que interessava a ele e ao governo federal. Quem pagou a conta foi a classe média e os assalariados, que arcaram
com mais imposto de renda na fonte e mais tributo indireto, e as empresas locais que atuam em mercados competitivos. Já passou da hora do País fazer a reforma tributária. Contudo, não dá para imaginar que a carga de impostos possa cair, como seria necessário, de um ano para o outro. A saída seria manter o patamar de arrecadação, porém melhorar os padrões de incidência e de distribuição da carga tributária. Nesse sentido, a saída utiliza a movimentação financeira para unificar os tributos declaratórios em uma base não-declaratória, insonegável, ampla, universal e de baixo custo. A CPMF representa 1,5% da carga tributária e poderia ter essa participação aumentada gradualmente através da absorção de outros tributos, a começar pelas contribuições previdenciárias incidentes sobre a folha de salários. Outros tributos federais como a Cofins, IR, CSLL, e IPI seriam substituídos da mesma forma até que um imposto federal sobre a movimentação financeira se tornasse a base da arrecadação da União.
A
nova estrutura reduziria a carga tributária individual por conta do aumento da base de incidência e tornaria remota a sonegação. A queda dos tributos sobre os salários e sobre as margens das empresas estimularia a atividade produtiva. Ademais, a redução do custo para gerenciar a arrecadação, juntamente com o aumento absoluto da receita por conta do estímulo à produção, gerariam recursos adicionais para o governo aplicar em projetos sociais e de infra-estrutura. MARCOS CINTRA É VICE-PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS MCINTRA@MARCOSCINTRA.ORG
L ula prometeu a reforma tributária. Assalariados e empresas pagaram.
olto à bela página de Eça de Queiroz, no capítulo final d'A Ilustre Casa de Ramires, onde o bastardo foi chupado pelas sanguessugas de seu lago. Foi como as tropas de Tructesindo deram cabo dos arqueiros do bastardo, fizeram-no ser chupado pelas sanguessugas em seu lago. Transfiro o episódio para o Brasil e o que vejo em meio a ambulâncias, que deveriam servir aos pobres e aos necessitados dos municípios e não aos ladrões que se aproveitaram da compra apressada pelo calendário eleitoral. É isso o que estamos vendo, ainda no rescaldo da campanha pelas ambulâncias: um objetivo nobre e não de superfaturamento maroto que iria aumentar o número de doses de uísque que os ladrões deveriam tomar em tardes de amizades eventuais, nas imediações dos veículos vendidos por preços exorbitantes.
G A Nação já
está ofegante de canseira por bracejar no pântano das vilezas criadas pela política
O
que mais espanta nesse escândalo das ambulâncias e dos sanguessugas é que veio a público, quando a Nação já está ofegante de canseira por bracejar no pântano das vilezas criadas pelas políticas dominantes e por políticos que nem sabem o significado do múnus dos mandatos e do revestimento moral que não poderia ser rompido como foi, para satisfazer a meliantes bem informados sobre os costumes de aquisição de objetos de valor para a saúde pública e outras singularidades. Pelo que se viu, estão envolvidos nas negociatas dos sanguessugas vários deputados, vários assessores e vários aproveitadores, que não se pejam em ser trazidos à baila numa exposição de corpo inteiro em que tudo é revelado neste sórdido negócio. Sei de longa data, que já se perde na poeira da memória dos brasileiros. E mais não digo porque estou saturado com esse avanço aos cofres públicos, para garantir apoios aleatórios que não deveriam merecer nenhuma consideração! JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
4
Nacional finanças Empresas Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de agosto de 2006
A companhia britânica TAA assumiu 50% das ações da companhia aérea boliviana LAB.
CÂMBIO AFETA EXPORTAÇÃO DE MOTOS
COMPANHIA AÉREA VAI OPERAR COM 18 AERONAVES E 2.160 FUNCIONÁRIOS A PARTIR DO PRÓXIMO DIA 25
VARIG INVESTIRÁ US$ 300 MI EM FROTA
A
Varig planeja começar a operar nova malha de vôos no próximo dia 25 de agosto, com uma frota de 18 aviões e 2.160 funcionários. Nas próximas duas semanas, a companhia também deverá anunciar a compra de 50 aviões, num investimento estimado em US$ 300 milhões pelo presidente do conselho de administração da VarigLog, Marco Antonio Audi. O plano inicial de vôo da companhia foi reapresentado à Justiça na última quarta-feira e tem poucas mudanças em relação ao projeto entregue na semana passada, quando a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) pediu mais detalhamentos sobre a operação no curto prazo. Agora, foi incluída a rota para Caracas, mais Curitiba e a conexão para Fernando de Noronha. Além disso, serão acrescidas oito aeronaves à frota de dez. Segundo Audi, o objetivo é ter apenas três tipos de aviões na frota: um para vôos domésticos, outro para vôos nacionais e que pode ser usado em rotas na América Latina, por exemplo, e um terceiro tipo de aeronave de grande porte para vôos transcontinentais. Em relação a essas possíveis negociações, a Embraer informou apenas que "não comenta possibilidades de negócios". Audi também disse que não vê necessidade de a Varig devolver balcões de atendimento aos passageiros nos aeroportos brasileiros, conforme a Infraero pretende fazer para redistribuí-los às demais compa-
Maurício Lima/AFP PHOTO
nhias aéreas. Apesar de deter uma participação de apenas 3,54% do mercado doméstico brasileiro, a Varig ocupa o mesmo espaço de quando tinha 45% do mercado. Duopólio – O executivo afirmou que há um duopólio hoje no mercado brasileiro de aviação, referindo-se, ainda que sem citar nominalmente, à Gol e à TAM. Segundo ele, a "Varig será a empresa que vai quebrar" essa hegemonia das duas atuais líderes do setor. O plano da Varig, de acordo com Audi, é ser uma empresa com preço reduzido de passagens, mas com foco na qualidade dos serviços. Ele indicou que a Varig será uma empresa intermediária entre a Gol, no que se refere a preços, e a TAM, no que se refere aos serviços. O executivo também informou que a ex-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) Maria Silvia Bastos Marques ainda não conseguiu "matar suas dúvidas" jurídicas e sobre o futuro da operação da Varig para poder aceitar a presidência da nova companhia aérea. Ele disse que a empresa sempre estará aberta para conversar com Maria Silvia quando ela solucionar essas dúvidas. A empresa aérea prepara uma grande campanha de marketing, com "investimento pesado", afirmou Audi, para revelar como será a nova Varig, que continuará com a mesma marca, o mesmo logotipo e as mesmas cores. Propostas para a campanha estão sendo apresentadas por quatro agências de publicidade, cujos nomes
não foram revelados. Greve – Os funcionários da empresa de serviços aeroportuários Sata encerraram ontem a greve no Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão), que havia sido iniciada ontem. Eles decidiram voltar ao trabalho após a empresa ter pago 50% dos vales refeição e transporte, além de 50% do salário de quem recebe até R$ 1 mil e 25% para quem ganha acima desse valor. A presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, afirmou que na segunda-feira a Sata terá de enviar um documento para indicar quando serão pagos os demais benefícios e os salários. Segundo ela, caso a empresa não atenda aos interesses dos trabalhadores, eles podem decidir pela greve por tempo indeterminado em assembléia a ser realizada na terça-feira. Terror – As medidas de segurança adotadas ontem nos aeroportos britânicos causaram grandes atrasos e aborrecimentos para centenas de milhares de passageiros no pico das férias do verão europeu. Mas, para um grupo de brasileiros que depende da Varig para retornar ao Brasil, o sofrimento no aeroporto de Heathrow, em Londres, um dos mais movimentados do mundo, foi duplo. Houve cenas de revolta, lágrimas e humilhação. O vôo entre Londres e São Paulo da Varig foi recentemente suspenso por causa da crise na empresa. Os passageiros que já haviam comprado bilhetes estão voando em outras companhias aéreas. (AE)
Venda de motos cresce 23%
A
praticidade e a economia dos veículos de duas rodas têm levado muita gente a investir o dinheiro do transporte coletivo na prestação de uma moto. A avaliação é da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Bicicletas e Similares (Abraciclo), que acaba de rever para cima a meta de crescimento do setor para este ano em função do desempenho obtido até julho. As vendas de motos, nos primeiros sete meses do ano, totalizaram 708.510 unidades, volume 23% superior ao do mesmo período do ano passado (576.041). "Prevíamos 11% de expansão, mas, diante do atual resultado, acreditamos que o mercado interno vai chegar a 1,185 milhão de motos, o que representará alta de 13%", afirmou o presidente da Abraciclo, Paulo Shuiti Takeuchi. A produção, que também abrange as exportações, deve atingir 1,36 milhão de unidades, 12% a mais que no ano passado.
Patrícia Cruz/LUZ
Acordo com o governo de Portugal foi fechado ontem em São José dos Campos, sede da Embraer
Embraer fecha acordo com governo português
D
urante a visita do prim e i ro - m i n i s t ro d e Portugal, José Sócrates, à Embraer, no final da manhã de ontem em São José dos Campos, Vale do Paraíba, a fabricante brasileira e o governo português assinaram um acordo de cooperação industrial no setor aeronáutico. O protocolo foi feito por meio da Agência Portuguesa para o Investimento (API). A intenção é ampliar e fortalecer a atuação da ex-estatal portuguesa Ogma no mercado mundial na fabricação de peças e manutenção de aviões. Há dois anos, a Ogma teve 65% de seu capital adquirido pela Embraer por meio do consórcio EADS (Eurpoean Aeronautic Defense and Space Company), que pagou cerca de 11 milhões de euros. Atualmente, a
Ogma fabrica componentes de alumínio e materiais compostos para empresas como Boeing, Airbus Dassault e Lokheed Martin, emprega 1,7 mil pessoas e no ano passado suas vendas totalizaram 118 milhões de euros. Com a assinatura do protocolo, a Embraer vai realizar estudos para projetar a fábrica no mercado mundial. "Queremos o melhor do Brasil em Portugal, por isso queremos a Embraer atuando lá e vamos construir em conjunto novas oportunidades para os dois países", disse o primeiro-ministro. A cooperação foi chamada por Sócrates de "intenção firme, como se diz no mercado da aviação civil". A expansão das competências aeronáuticas em Portugal, tendo a Ogma como principal
VAREJO Lojas Americanas registraram lucro líquido de R$ 10,8 milhões no segundo trimestre.
Honda ficou na liderança em julho, com 81,2% do mercado de motos
Por causa de férias coletivas no setor, houve queda na produção de 21,8% em julho comparativamente a junho (92,2 mil unidades contra 117,9 mil). "A produção menor refletiu nas vendas internas, que caíram 22,2% em relação a junho. Mas, na comparação com o mesmo mês de 2005, houve alta de 45,8%, o que mostra que estamos mantendo tendência de alta", avaliou Takeuchi.
FALÊNCIA & RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 10 de agosto de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência e recuperação judicial:
Ó RBITA Ricardo Bakker/Agência O Globo
A
Volkswagen informou ontem que vai paralisar por dez dias a linha de produção do Gol e dar férias coletivas a 3,4 mil trabalhadores de sua fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC. Segundo a montadora, a medida é necessária para ajustar a produção à demanda, por causa da queda das exportações, provocada pelos efeitos da valorização do real frente ao dólar, que tira competitividade do produto nacional. O padre Júlio Lancellotti (foto)
DÉFICIT
O
s Estados Unidos registraram déficit de US$ 33,2 bilhões em julho, segundo relatório do Departamento do Tesouro norte-americano. O resultado ficou abaixo do déficit de US$ 53,37 bilhões de julho de 2005. (Reuters) A TÉ LOGO
realizou ontem um ato ecumênico para os trabalhadores da montadora. As férias coletivas serão iniciadas no
dia 28 e vão até 6 de setembro. Os funcionários só retornam no dia 11, porque vão emendar com o feriado da Independência. (AE)
FUTEBOL ENCARECEU 292% NO REAL
D
esde o início do Plano Real, em julho de 1994, os preços das entradas para jogos de futebol em São Paulo acumulam alta de 292,65%. A informação é da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que calcula o Índice
de Preços ao Consumidor (IPC). Nesses 12 anos, o IPC acumulado foi de 166,35%. Só no acumulado de 12 meses até julho passado, os preços dos ingressos subiram 21,84%. E a expectativa é de que continuem em alta. (AE)
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
México eleva pré-pagamentos ao Banco Mundial e ao BID
L
Importações crescem 21,6% no semestre, segundo a Funcex
L
Alzira Rodrigues
INFLAÇÃO IPC-Fipe fechou em 0,25% na primeira quadrissemana do mês de agosto no município de SP.
L
Requerente: Amor Equipamentos de Proteção Ltda. - Requerido: Berco’s Import Comércio de Peças para Autos Ltda. - Av. Bandeirantes, 1.887 - 1ª Vara de Falências Requerente: Danone Ltda. - Requerido: Marcos Vinícius Gonçalves de Oliveira - R. Sitiantes, 372 - 2ª Vara de Falências Requerente: Tecelagem Guelfi Ltda. - Requerida: Louise Sensualite Conf. Repres. Imp. e Exp. Ltda. - R. Maria Marcolina, 901 A - 1ª Vara de Falências Requerente: Flytour Agência de Viagens e Turismo Ltda. - Requerida: Fastline Agência de Viagens e Turismo Ltda. -R. Cristiano Viana, 525 - 2ª Vara de Falências Requerente: Cemil Tubos e Conexões Ltda. - Requerido: Hidro Steel Válvulas e Conexões Ltda. - Av. Dr. Assis Ribeiro, 10.100 - 1ª Vara de Falências Requerido: HSBC Bank Brasil S/A – Banco Múltiplo - Requerido: Milton Santos Gimenes Milhan - ME - R. Luiz Augusto Ferreira, 26 - 1ª Vara de Falências Requerente: Moinho Pacífico Indústria e Comércio Ltda. - Requerido: Nelito Leandro Buarque - ME - R. João da Graça, 153 - 2ª Vara de Falências Requerente: HSBC Bank Brasil S.A. Banco Múltiplo - Requerido: Hélio Estrela Solar Representações Ltda - ME - Av. Casa Verde, 3.540 1ª Vara de Falências
Financiamento – Segundo a entidade, os locais de maior uso das motos são os grandes centros urbanos, como São Paulo, onde cerca de 30% dos proprietários deste tipo de veículo são ex-usuários de transporte coletivo. "Com uma prestação mensal na faixa de R$ 150 é possível adquirir uma moto de baixa cilindrada", disse o diretor-executivo da Abraciclo, Moacyr Alberto Paes. Por causa do câmbio, as exportações do setor estão em queda este ano. Totalizaram 105 mil unidades nos primeiros sete meses, 2,6% menos que no mesmo período de 2005. Como as vendas internas estão aquecidas, no entanto, a produção do setor registra crescimento de 17,5% até julho, num total de 804,2 mil unidades no acumulado do ano. A Honda se mantém na liderança do mercado interno, com vendas de 575,3 mil unidades e participação de 81,2%. Na seqüência aparecem a Yamaha (98 mil unidades e fatia de 13,8%) e a Sundown (32,3 mil e 4%). Como no mercado de carros, as motos "populares" também são as mais procuradas no País. A primeira colocada é a Honda CG 150 Titan, com 30% no mercado total.
VOLKS: FÉRIAS COLETIVAS
empresa, é parte do programa de desenvolvimento industrial do Estado português. "Nesse cenário, a Embraer está investindo na Ogma para criar as condições adequadas para fortalecer a capacitação da indústria aeronáutica portuguesa, acelerar seu desenvolvimento tecnológico e formar mão-de-obra qualificada", considerou o presidente da Embraer, Maurício Botelho. Varig – Apontada pela Varig como possível fornecedora de aviões para sua frota, a Embraer disse ontem que não irá se pronunciar sobre o assunto, apesar de confirmar que não deixaria de vender seus aviões, caso a operação fosse financiada por terceiros. A européia Airbus também foi indicada pela Varig como uma provável opção. (AE)
TCU cobra conta de ex-dirigentes do Banco do Brasil
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de agosto de 2006
3
Política LULA ASSUME
Eu tenho responsabilidade por qualquer erro que qualquer funcionário público cometer no Brasil Presidente Lula
Reprodução
ERROS MAS DIZ QUE REAGIU Em entrevista ontem a William Bonner e Fátima Bernardes, no Jornal Nacional, o presidente rebateu as perguntas sobre os escândalos que envolveram o atual governo com contra-ataques. Disse que nunca se apurou tantas denúncias quanto agora e que "o PT não pode ser maculado, e sim alguns de seus integrantes". Lula: "Já afastei José Dirceu, Palocci, outros funcionários e vou continuar afastando os envolvidos"
Azeredo, assunto embaraçoso para o candidato tucano.
Heloísa Helena: Cristovam: dúvidas arrependida por ter sobre o dito 'empregadinho' credenciamento.
O
H
banho de ética na política brasileira defendido por Geraldo Alckmin, candidato à presidência pelo PSDB, teve de ser justificado no Jornal Nacional quando veio à tona a falta de firmeza com a qual a legenda tratou o colega de partido, o senador Eduardo Azeredo, beneficiado no Valerioduto, em 1998. "Se houve erro, eu acho que ele já se explicou, mas entendo que se houve erro, se ficar provado, ele vai responder por isso". O uso irregular de dinheiro público pontuou a pauta na noite de Alckmin.
eloísa Helena, candidata do PSol, disse no Jornal Nacional ter se arrependido por chamar o ministro das Relações institucionais, Tarso Genro, de empregadinho do presidente Lula. "Me arrependo de ter usado o termo empregadinho por uma motivação óbvia. Eu respeito muito as pessoas simples e humildes como eu", argumentou, após ser questionada se a expressão não era preconceituosa. A experiência da candidata também foi colocada em jogo: a sua última experiência num cargo executivo foi há 14 anos.
N
o último dia 9, em sua série de entrevistas com os presidenciáveis, o Jornal Nacional levantou dúvida sobre o credenciamento do candidato à presidência pelo PDT, Cristovam Buarque, uma vez que o pedetista foi perdera a reeleição ao governo do Distrito Federal e foi demitido como ministro. Em resposta, afirmou que se sente credenciado à disputa por cumprir o que havia prometido. "Tudo?", questiona o apresentador. "Mas o senhor foi demitido". A resposta: "Sim, incomodei demais o presidente".
IBOPE: LULA SOBE E TEM MAIS QUE O DOBRO DE ALCKMIN
O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceria no primeiro turno se as eleições presidenciais fossem realizadas agora, mostrou ontem pesquisa do Ibope feita para a TV Globo. Lula, que pontuou em 44% na última pesquisa Ibope, há 10 dias, tem agora 46%, com variação dentro da margem de erro. O candidato Geraldo Alckmin (PSDB), que tinha 25%, perdeu 4 pontos e caiu para 21%, e a senadora Heloísa Helena (PSOL) manteve a pontuação (tinha 11% e agora tem 12%). O cientista político Antônio Lavareda atribui a queda de Alckmin aos novos ataques do crime organizado em São Paulo. "No momento em que o PCC descobrir que pode influenciar diretamente a eleição do futuro presidente, estaremos numa situação muito delicada", observou. "E se tivermos nova onda de ataques em fins de setembro, às vésperas da eleição, o que dizer?" Lavareda cobrou um novo posicionamento de Alckmin
sobre os ataques: "O discurso dele tem sido insuficiente". Paradoxo – Segundo Lavareda, quando Alckmin diz que os ataques são uma resposta à dureza com que seu governo tratava o crime, cria um paradoxo na cabeça do eleitor, o que se repetiu quando ele falou em "terrorismo". Os ataques transmitem a todo o País a idéia de que São Paulo – o cartão de visitas de Alckmin – tem problemas e isso não ajuda a carrear votos, diz Lavareda. De fato, Alckmin teve uma queda de 20 pontos entre os eleitores que ganham mais de 10 salários mínimos – de 52% para 32% – o mais atemorizado pelos ataques criminosos, e deu a Lula, pela primeira vez, a liderança no segmento. Assessores do candidato admitem a queda e explicam: como Alckmin não é carismático e é pouco conhecido, precisa de suporte publicitário constante, o que voltará a ocorrer a partir de terça-feira, com o início da propaganda eleitoral gratuita. Na simulação de segundo
turno (hipotética, porque Lula venceria no primeiro) o presidente chega aos 51% contra 33% de Alckmin, que perdeu 3 pontos (há 10 dias, Lula tinha 50% e Alckmin, 36%). Mas Lula já teve vantagem maior a seu favor: em junho, tinha 53% e Alckmin, 29%. Nos votos válidos, Lula tem 57% e 7 pontos porcentuais a garantir sua vitória no primeiro turno. Segundo a pesquisa, 40% (38% na anterior) ainda não escolheram candidato. A intenção de voto em Lula fica estável no Sudeste (36%) e cresce em todas as outras regiões: de 64% para 68% no Nordeste; de 45% para 48% no Norte/Centro-Oeste; e de 31% para 37% no Sul, onde passou Alckmin (há 10 dias estavam empatados em 31%). Mas o presidente é o candidato mais rejeitado pelos eleitores: 28% (32% em meados de julho) dizem que não votariam nele "de jeito nenhum". Alckmin é rejeitado por 22% (17% na anterior) e Heloísa por 23% (19% na anterior). (AE)
O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou para si a re sp on sa bi li da de pelo escândalo do mensalão, alegando que, como presidente da República, precisa assumir os erros de todos os funcionários públicos do País. Em entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo, Lula disse ter tomado ele próprio a decisão de afastar os ex-ministros José Dirceu, que ocupou a Casa Civil, e Antônio Palocci, da Fazenda, diante da acusação de envolvimento de ambos nos escândalos de corrupção. Afastamentos – Além disso, indicou que continuará mantendo esta postura caso permaneça no governo após as eleições de outubro. "Todos os que estavam no governo federal e se envolveram foram afastados. Todos, sem distinção", disse o presidente. "Afastei o Zé Dirceu, afastei Palocci, afastei outros funcionários que estavam envolvidos e vou continuar afastando." Na entrevista, o presidente lamentou os erros cometidos por petistas e tomou para si a responsabilidade pelos atos praticados por integrantes de seu governo. "Eu tenho a responsabilidade por qualquer erro que qualquer funcionário público cometer no Brasil", disse, sustentando que esta
posição se estende a todos os níveis. "Um ministro não está fora disso", acrescentou. Lula ressaltou, no entanto, a necessidade de se respeitar o Estado de Direito e dar aos acusados o direito de defesa diante de acusações. "Eu quero para todo mundo o que eu quero para mim. O direito de provar que eu sou inocente ou o meu acusador provar que eu sou culpado". De acordo com ele, esta é a única forma de se combater a corrupção no País. Não sabia – Lula voltou a negar que tivesse conhecimento das irregularidades cometidas em seu governo e afirmou que só poderia ter agido de forma diferente em relação ao escândalo se tivesse sabido antes da existência do esquema de corrupção. Além disso, tratou como legítimo o fato de não ter tido conhecimento de todos os problemas que ocorrem em seu governo. "Há famílias que têm problema dentro de casa e a família não sabe. Tem pai e mãe que ficam sabendo que seu filho cometeu um delito pela imprensa ou quando a polícia prende", comparou o presidente. "Como é que pode alguém querer que um presidente da República, embora tenha que assumir responsabilidade por todos os atos, saiba o que está acontecendo agora na Secreta-
ria da Agricultura no Estado de São Paulo, ligada ao Ministério da Agricultura?" Lula também voltou a dizer que nunca se combateu tanto a corrupção quanto em seu governo, elogiando a atuação da Polícia Federal do Ministério Público e da Procuradoria-Geral da República. "Nunca foi presa tanta gente nesse País, e de crimes que começaram em 85, 80, 90. São quadrilhas históricas no governo, que estavam em baixo do tapete e nós resolvemos colocar os organismos públicos para funcionar." Apesar de lamentar os erros cometidos por seus companheiros de partido, Lula afirmou que não vê o escândalo do mensalão como uma crise que maculou o PT como um todo. "Isso não macula o PT, isso pode macular algumas pessoas do partido", afirmou o presidente. Lula também comentou mais uma vez o fato de o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, ter pago uma dívida em seu nome com o PT. Lula disse que não devia ao partido e, por isso, não pagou o débito. "Não devo, não pedi emprestado e por isso não paguei", disse. O presidente da República aproveitou a ocasião para reiterar que no caso de um segundo mandato, dará continuidade ao que foi feito em seu governo nos últimos anos. (AE)
GLOBO NEGA NEGOCIAÇÃO DOS TEMAS
entrevistas com os candidatos à Presidência – Geraldo Alckmin, do PSDB, Heloísa Helena, do PSol, e Cristovam Buarque, do PDT. O comunicado foi feito a partir de mensagens que circularam durante todo o dia, ontem, na internet, sugerindo que, ao contrário dos adversários do presidente, ele só teria concordado em participar da sabatina se pudesse conhecer, antecipadamente, as perguntas que lhe seriam feitas. De acordo a Central Globo de Comunicação, apenas o local da entrevista foi objeto de negociação com assessores
do presidente. Foi acertado que seria escolhida uma sala do Palácio do Alvorada, sem a utilização de cenografia alusiva ao telejornal. No comunicado, a emissora informou que a produção do JN aceitou realizar a entrevista em Brasília devido às dificuldades de deslocamento do presidente, "assim como é feito em outros países". A emissora frisou que não houve nem aceitaria qualquer pedido de restrição de temas, como corrupção, mensalão ou o resultado dos trabalhos das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs). (AE)
A
TV Globo negou ontem ter havido qualquer negociação em relação às perguntas feitas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelos jornalistas William Bonner e Fátima Bernardes na entrevista ao Jornal Nacional como candidato à reeleição. A entrevista foi ao ar ontem à noite e seguiu o mesmo padrão e formato utilizados nas
AÉCIO PEDE SERENIDADE
O
governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), candidato da Coligação Minas não Pode Parar (PSDB-PP-PTB-PSC-PLPPS-PFL-PAN-PHS-PSB) à reeleição, recomendou ontem serenidade ao comando da campanha do candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB), da Coligação Por um Brasil Decente (PSDB-PFL), e disse que acredita que a eleição "está longe de ser decidida" em favor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato da Coligação A Força do Povo (PT-PRB-PC do B). Aécio observou que jantou na noite de anteontem, em São Paulo, com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e com o candidato a governador José Serra (PSDB), da Coligação Compromisso com São Paulo (PSDB-PFL-PTB-PPS).
Antonio Cruz / ABr
Aécio Neves: recomendações.
Na ocasião, a ampliação da vantagem de Lula sobre Alckmin foi debatida. O governador de Minas Gerais, no entanto, reconheceu que é necessário "definir estratégias" e "um mutirão de esforço" para fazer decolar de vez a candidatura presidencial tucana.
Sobre o lançamento de um pacote anticorrupção no País, Aécio avaliou que a ética na política é importante, mas não pode ser a única bandeira do candidato tucano. "A questão ética vai permear naturalmente a campanha. Independente do tom que o candidato Alckmin utilize, a sociedade cobrará isto", disse. Para o governador de Minas, Alckmin tem "de falar para a frente, para o futuro, mostrando por que o seu governo pode ser melhor que o atual". Aécio destacou que, na próxima semana, Alckmin fará campanha em Belo Horizonte. "Acho que, em Minas, ele vai ter um bom resultado", confia. "Tem de ter muita serenidade nesta hora porque, quando há uma oscilação para baixo nas pesquisas, todos começam a buscar culpados."(AE)
sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de agosto de 2006
Finanças Empresas Nacional Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5 O lanche é feito com carne ou frango, molho tahine (à base de gergelim) e batatas fritas.
SANDUÍCHE TEM OPÇÃO VEGETARIANA
CHURRASCO
GREGO Em versão requintada Fotos: Newton Santos/Hype
Mister Gyros deverá ter mais duas unidades até o final do ano, segundo os sócios da rede Davi Misan (à esq.) e Rodrigo Ortiz (à dir.)
Violência em SP afeta confiança
A A carne de maminha e o frango ficam marinando por 12 horas
rados por dois nomes de peso: Robson Shiba, do China in Box e Gendai, e Felipe Barreto, da lanchonete Giraffa's. "Eles (Shiba e Barreto) já pensavam em fazer algo similar quando ficaram sabendo do nosso projeto", conta Ortiz. "Eles somaram conhecimento de mercado e know-how de operação à empresa." O primeiro restaurante foi aberto no coração de São Paulo, o Boulevard São Bento, embaixo do mosteiro. "Foi um desafio abrir no Centro. Se funcionar lá, funciona em qualquer lugar porque é no Centro que se consome o churrasquinho grego", afirma. Que o diga quem passa pela Rua Conselheiro Crispiniano, onde o lanche custa R$ 1 e ainda dá direito a dois copos de suco. O sanduíche do Mister Gyros custa um pouco mais, entre
R$ 4,20 e R$ 6,90, mas, em compensação, a maminha e o frango ficam 12 horas marinando em especiarias e ervas mediterrâneas. A carne – magra – é grelhada, e os molhos (tahine, mostarda ou à base de iogurte) não pesam na consciência. Ortiz divide os frequentadores em três grupos. Os que comeram pela primeira vez e gostaram, os que queriam recordar o sabor de uma viagem e os que sempre quiseram experimentar o churrasco grego, mas não tinham coragem. "'Ai, churrasco grego?' A gente ouve muito isso. Mas a única similaridade é o modo de assar a carne, num espeto giratório." A lanchonete vende 300 sanduíches por dia. Até o final do ano duas lojas serão abertas, uma de rua e outra em um shopping center. Kety Shapazian
Usiminas: lucro de R$ 704 milhões
A
Usiminas encerrou o segundo trimestre com lucro de R$ 704 milhões, queda de 13,1% na comparação com o mesmo período do ano passado, influenciada por queda na receita, impactada por preços menores e taxa de câmbio, informou a companhia em comunicado. Na comparação com o primeiro trimestre, o ganho da companhia nos três meses encerrados em junho mais que dobrou, sinalizando recuperação do desempenho da empresa e seguindo tendência apontada em balanços anteriores do setor, como o da CSN, divulgado na véspera. No semestre, a companhia teve resultado positivo de R$ 1,049 bilhão , recuo de 42,1% em relação ao obtido um ano antes. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (ebitda, na sigla em inglês) fechou o trimestre passado em R$ 1,046 bilhão, queda de 35,8% na comparação com o R$ 1,629 bilhão registrado um ano antes. No pri-
meiro trimestre, a geração de caixa foi de R$ 908 milhões. A companhia informou receita líquida de R$ 3,053 bilhões nos três meses encerrados em junho, queda de 12,4% ante o segundo trimestre de 2005. No acumulado do primeiro semestre, a receita líquida totalizou R$ 6 bilhões, 14% inferior à alcançada nos primeiros seis meses de 2005. "Apesar do maior volume embarcado no período, essa queda decorreu da união de três
13,1
por cento foi a queda do lucro da Usiminas no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a empresa.
fatores: menores preços; mudança do mix de destino (maior participação das exportações); e taxa de câmbio (valorização do real frente ao dólar)", informou a Usiminas. Vendas – A companhia vendeu um total de 2,028 milhões de toneladas de aço no segundo trimestre, ante 1,829 milhão de toneladas no mesmo período do ano passado. No semestre, a empresa comercializou 3,982 milhões de toneladas de aço, ante 3,598 milhões de toneladas no mesmo período de 2005, com mais vendas voltadas para o mercado interno (74%) do que para o externo. No primeiro semestre do ano passado, 65% das vendas da companhia foram para o mercado doméstico. A empresa informou que espera para o terceiro trimestre preços no mercado internacional em patamares mais elevados, passando a uma "linha de estabilidade". "Pode ocorrer algum recuo nos preços, mas pequeno, pois a demanda deve manter-se firme." (Reuters)
retomada dos atos de violência praticados na cidade de São Paulo, com mais intensidade a partir da segunda quinzena de julho, afetou o humor da população. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) atingiu 128,6 pontos em agosto, o menor patamar registrado nos últimos nove meses. Em dezembro, o indicador fechou
em 131,4 pontos. O resultado de agosto é 4,5% menor que o de julho, quando somou 134,6 pontos. Na comparação com igual período de 2005, a retração foi de 2%. "Como o cenário econômico é estável, a queda nos indicadores de confiança só pode ser atribuída à fragilidade da segurança em São Paulo. Esse quadro também influencia negativamente a expectativa dos consumidores em relação
ao futuro", afirmou o presidente da Fecomercio, Abram Szajman. Em termos gerais, as mulheres com mais de 35 anos estão menos otimistas. A confiança delas atingiu 124,6 pontos, contra os 132,9 pontos alcançados pelos homens. Essa diferença ocorre pelo fato de o público feminino ser mais sensível às mudanças conjunturais que afetam diretamente o bem-estar da família. (AG)
EMPREGO Ciesp confirma estabilidade na indústria
O
nível de emprego da indústria paulista, apurado pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), ficou praticamente estável (0,04%) em julho em relação a junho, com a criação de 903 vagas. Em julho de 2005, o emprego tinha registrado alta de 0,17% na comparação com junho, o que representou 3.605 novos postos. Os número do Ciesp confirmam os dados divulgados na última terça-feira pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que também mostravam estabilidade no emprego da indústria paulista de transformação. No acumulado do ano até julho, o nível de emprego cresceu 2,81% sobre o total fechado de 2005, representando 58.823 vagas de emprego. A criação de vagas de trabalho de janeiro a julho deste ano é menor do que a verificada no mesmo período de 2005 (2,97%) e de 2004 (4,58%). Em 2003, as vagas acumuladas até julho tiveram uma variação positiva de apenas 0,34%, em relação ao total de 2002. A pesquisa do Ciesp mostra que a geração de postos de trabalho vem desacelerando desde maio, quando subiu 0,45%, após atingir o pico de 1,48% em abril. Em junho, a variação foi de 0,1%, sempre na comparação com o mês anterior. O levantamento aponta que,
dos 21 setores pesquisados, 11 tiveram desempenho positivo, puxados pela indústria metalúrgica, que criou 999 vagas, seguida por Artigos de Couro e Viagens (754 postos) e Produtos Químicos (492 vagas). Na ponta negativa, nove setores demitiram em julho, com destaque para Produtos Alimentares (-581 postos), Confecções a Artigos de Vestuário (-570 vagas) e Calçados (-556 postos). (AE)
ATLANTA DISTRIBUIDORA Estamos contratando Representantes Comerciais em todo o território brasileiro, para representar produtos de informática. (Subwoofer, mouse, caixa de som, teclado, gabinete, etc.)
luciana@atlantadistribuidora.com.br
Factoring
DC
A
partir de uma memória gastronômica, os amigos Rodrigo Ortiz e Davi Misan montaram um negócio que, segundo eles, é inédito no País. No meio do ano passado, os dois se reuniram para criar "algo diferente" e surgiu a idéia de desenvolver um fast food. Foi aí que entrou a tal memória gastronômica: ambos tinham comido na Grécia um sanduíche muito conhecido do paulistano que circula pelo Centro da cidade, o churrasquinho grego. Nascia, então, o Mister Gyros, como o lanche é chamado na Grécia (pronuncia-se 'guiros'). Seria o primeiro fast food grego do Brasil. Na Alemanha, o sanduíche é chamado pelo seu nome turco, doner kebab. Já nos países árabes e em Israel, é o popular shwarma. O shwarma do Myster Giros é similar ao do Oriente Médio, com exceção do alface. Aqui, como lá, o cliente pode optar por um lanche com carne ou frango e até o molho tahine – à base de gergelim – e as batatas fritas, que curiosamente vão dentro do sanduíche, estão presentes. Para agregar valor ao produto, que Ortiz chama de "sem concorrentes no Brasil", os amigos foram atrás de empresas especializadas. "Contratamos uma consultoria de gastronomia para desenvolver sanduíches similares ao original, mas com sabores que agradassem não só um segmento muito pequeno da população." Para aqueles que não gostam de tahine, foi feito um lanche com mostarda. Tem até um gyros – para alguns, uma heresia – vegetariano, com abobrinha e beringela grelhadas." Enquanto o cardápio era montado, outra empresa criou o simpático personagem Herculino, um "deusinho" grego. "A gente queria um restaurante temático", explica Ortiz. Quando estava tudo pronto para a inauguração, uma surpresa. Os sócios foram procu-
O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com
Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO
Quero expressar minha dor, meu protesto contra o escritor Vargas Llosa. Por pouco, ele não disse que sou um selvagem, retrógrado, populista, que 'nada sabem os indígenas sobre a realidade econômica, social e política'. Do presidente da Bolívia, Evo Morales, sobre o escritor peruano Mario Vargas Llosa por este lhe ter chamado de "racista, vivo como uma raposa, esperto e enfadonho" num artigo publicado em janeiro.
www.dcomercio.com.br/logo/
sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de agosto de 2006
AGOSTO
2 -.LOGO
11 Dia do Advogado Dia do Direito Dia do Garçom Dia do "Pendura"
D IREITO I NDÚSTRIA
Inquietações éticas
Em legítima defesa padrão permitido. Ontem, o governo do estado de Kerala decretou o embargo total da venda e produção dos dois grupos, enquanto o de Karnataka anunciou a proibição da venda dos refrigerantes em escolas e hospitais a partir de 14 de agosto. "Comprometemos alguns dos melhores cérebros científicos, e todas as cifras e fatos provam que nossos produtos não apresentam, absolutamente, qualquer perigo", disse Dick Dettwiller, porta-voz da PepsiCo. As primeiras proibições destas bebidas gasosas na Índia foram anunciadas há uma semana.
Os gigantes americanos PepsiCo e Coca Cola, cujos refrigerantes foram proibidos em seis estados do sul da Índia por suspeita de conter níveis inaceitáveis de pesticidas, garantiram nesta ontem que seus produtos não são perigosos. A polêmica começou depois que um estudo do Centro para a Ciência e o Meio Ambiente indiano, endossado por um comitê parlamentar, revelou que os refrigerantes das marcas CocaCola e Pepsi conteriam entre três e seis tipos de pesticidas, contendo até 30 vezes mais toxinas que o T ECNOLOGIA
L
Yuriko Nakao/Reuters
Uma jovem observa a primeira aurora artificial do mundo durante uma apresentação no spa da ilha de Enoshima, em Fujisawa, sul do Japão. A aurora artificial é criada por um equipamento especial desenvolvido no país e é formada a partir de uma combinação de 11 cores diferentes.
OAB promete reforçar punição aos profissionais envolvidos em irregularidades e casos de corrupção
A
preocupação com o aumento das infrações éticas e a necessidade de dar uma resposta à sociedade são inquietações constantes no Conselho de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de São Paulo (OAB-SP). E essas inquietações são ainda maiores quando surgem denúncias de profissionais envolvidos com o crime organizado ou corrupção. Nos último cinco anos, as suspensões de advogados subiram 149% na OAB-SP e as advertências, 86%. "A OAB quer mostrar a esses profissionais que se eles cometerem uma infração vão ser punidos", diz o presidente do Tribunal de Ética da OAB-SP, Braz Martins Neto na data em que se comemora o Dia do Advogado. Há 220 mil advogados em atividade no Estado de São Paulo. De cada 12 deles, um enfrenta processo por infra-
ções éticas-disciplinares. São 8 mil novos processos a cada ano. Em mais da metade dos casos (57%) o motivo é o fato de o profissional se apropriar do dinheiro ganho pelo cliente durante o processo judicial, quando se percebe que o profissional não repassou a quantia recebida para o cliente. Isso acontece principalmente nos processos trabalhistas. Em segundo lugar, estão os advogados que recebem os ho-
norários e custos para levar o processo adiante, mas não o faz. "As pessoas perceberam que a OAB realmente tem punido o mau advogado e, por isso, procuram a entidade com mais freqüência quando elas têm um problema com esse profissional", diz Martins Neto. "É importante que a sociedade brasileira sempre tenha uma resposta dos processos que são submetidos à apreciação da OAB".
B RAZIL COM Z
'Os meninos do Brasil', em remake
Sons e timbres novos
L
E M
Roberto Sion, Shostakovich e Schnitke. O festival, aberto ontem com a exibição do documentário A Odisséia Musical de Gilberto Mendes, do cineasta Carlos Mendes, acontece em vários teatros de São Paulo e Santos até o dia 22 de agosto e todos os concertos são gratuitos. A programação inclui apresentações da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, Sinfônica Municipal de Santos, Percorso Ensemble e Céline Imbert, trio Per Mare e duo Diorama, entre outros. Confira a programação em: www.usp.br/mariantonia/
C A R T A Z
DANÇA
Grupo Corpo faz o espetáculo Onqotô (corruptela de "onde é que eu estou?"), com música de Caetano Veloso e José Miguel Wisnik. Teatro Alfa. Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722. Telefone: 5693-4000. 21h R$ 30 a R$ 70.
A STRONOMIA
O senhor dos anéis
Vegetarianos saudáveis
O "Lullabub" é um sistema robotizado com quatro apoios que movimenta o berço do bebê com ritmos que podem ser alterados por controle remoto. Pode ser um grande alívio para os pais, se a criança não ficar enjoada com o excesso de modernidade. Custa US$ 300 no site.
O Guia Vegano é uma espécie de portal para vegetarianos de todas as tendências e também para aqueles que gostam de seguir um ou dois preceitos desse estilo de vida. Além de receitas de pratos que garantem o equilíbrio nutricional de refeições 100% vegetarianas, o site traz também lista de restaurantes, artigos sobre vida saudável, informações sobre ativismo, relação de livros sobre o tema e dicas de nutrição, para garantir que o organismo receberá todas as substâncias de que precisa.
Urano (céu) e Géia (Terra), e pai de Zeus (Júpiter). Com período de translação de 9,.5 anos terrestres, orbita a 1,5 bilhões de quilômetros do sol – mil e quinhentas vezes mais distante do astro do que a Terra. Como seu vizinho Júpiter, é uma esfera gasosa, com 75% de hidrogênio e 5% de hélio, misturados ao metano, amônio, traços de água
A rede britânica BBC divulgou ontem que o diretor de X-Men, Brett Ratner, pretende fazer um remake do filme Os Meninos do Brasil, colocou o País nas telas nos anos 70. O filme, baseado no livro homônimo de Ira Levin, teve no elenco figuras como Gregory Peck e Laurence Olivier. Na história, um jovem militante de um grupo semita investiga a existência de grupos nazistas na América do Sul e consegue obter pistas sobre um plano coordenado por Joseph Mengele (Peck), que previa colocar em prática um projeto do alto escalão do Partido Nazista: realizar a clonagem de Hitler a partir de células congeladas e óvulos de mulheres parecidas com sua mãe. T ELEVISÃO
Morre Irving São Paulo O ator Irving São Paulo morreu ontem, aos 41 anos, no Rio de Janeiro, de falência múltipla dos órgãos. O ator estava internado desde 31 de julho no hospital Copa D´Or, com pancreatite necrohemorrágica e inflamação do pâncreas. Filho do ator e diretor Olney São Paulo e irmão do também ator Ilya São Paulo, Irving integrou o elenco de novelas como Torre de Babel (1998), A Viagem (1994), Mulheres de Areia (1993), e esteve nas minisséries A Muralha (2000) e Um Só Coração (2004), além de ter participado de vários filmes. Monique Cabral/AOG
Armando Serra Negra
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
L OTERIAS
Entidades especializadas questionam documento contra uso terapêutico da maconha Hugo Chávez admite pela primeira vez que Fidel Castro trava 'grande batalha por sua vida'
L
http://www.guiavegano.com
A TÉ LOGO
Arte: O. Sequetin
e rochas, numa composição similar à Neblina Solar, presumível formadora do Sistema. Na mitologia romana, Saturno tornou-se Cronos (tempo) – daí seu símbolo astronômico ser o de uma foice – também associado à agricultura. São 34 satélites conhecidos. Titã, o maior deles, tem um diâmetro de 5,2 mil quilômetros, enquanto o menor, Pan – descoberto em 1990 por Showalter – apenas 20. Três sondas da NASA já estiveram por lá – Pionner 11, Voyager 1 e Voyager 2. Atualmente a Cassini – um projeto em conjunto com a Agência Espacial Européia (ESA) – lançada em 1997, chegou à sua órbita em 2004, aonde permanecerá até 2008, pelo menos. Influência astrológica seqüencial: sentimento de limitação, disciplina, esforço, responsabilidade, realização.
L
O robô que balança o berço
Senhor dos Anéis era homenageado no calendário romano aos sábados (saturnus dies), e nos de língua inglesa (saturday), que mantiveram a tradição. Embora Galileu – devido ao seu aspecto diferenciado – ficasse confuso ao observá-lo pela primeira vez em 1610, os astrônomos modernos identificaram os inúmeros anéis de Saturno em épocas mais modernas. São muito finos: enquanto alguns chegam a 250 mil quilômetros de largura, apresentam, no máximo, um quilômetro de espessura. Embora a etimologia de seu nome esteja aparentemente oculta, a palavra "satur", em latim, significa prato, aproximando-se da atual concepção. Segundo maior planeta do s i s t e m a s o l a r, e o m a i s atraente ao ser observado nos telescópios, foi filho de
L
F AVORITOS
www.lullabub.com
DO AVESSO - Estudantes treinam a permanência sobre a cabeça na escola de Kungfu de Hefei, no leste da China. Cerca de dois mil estudantes de 5 a 16 anos vivem na província de Anhui, onde fica a escola, para aprender a arte marcial chinesa.
O
G @DGET DU JOUR
Sonaira San Pedro
Jianan Yu/Reuters
M ÚSICA
Obras de alguns dos principais compositores contemporâneos no Brasil e no exterior, interpretações de grupos referendados pela crítica especializada e a recente produção experimental de música brasileira estão na 41ª edição do Festival Música Nova. Criado em 1962 pelo compositor santista Gilberto Mendes, o evento acontece este ano em vários teatros nas cidades de São Paulo e Santos e traz composições de artistas como Arrigo Barnabé, Eduardo Guimarães Álvares, Luciano Berio, Matheus Bitondi, Denise Garcia,
Ele não descarta que o fato de entrarem no mercado, todos os anos, 10 mil novos advogados, também ajuda a aumentar o número de processos contra esses profissionais. "Muitos estão despreparados para exercer a profissão e acabam lesando o cliente", conta. "Mas eles representam apenas 1% dos advogados do País". Críticas à parte, também é preciso lembrar a importância do papel desses profissionais para o bom funcionamento da sociedade brasileira. "A advocacia não pode ser manchada por casos excepcionais nem pela época conturbada que vivemos", afirma Martins Neto. Ele lembra que foi a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que tomou a iniciativa de pedir a abertura do processo de impeachment do então presidente da República Fernando Collor de Mello, em setembro de 1992.
Casa de Rui Barbosa inaugura depósito com acervo de 200 mil livros para pesquisadores
Concurso 1637 da QUINA 17
41
46
57
71
4
Eleições Planalto Candidatos Gover no
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de agosto de 2006
PSDB QUER FUNDIR AÇÕES
ALCKMIN CUIDOU DA BELEZA. HELOÍSA DISPAROU CONTRA PLANALTO. Epitácio Pessoa/AE
O xis da questão
EXECUTIVO É CORROMPIDO, DIZ CANDIDATA.
O
Conselho de Campanha de Geraldo Alckmin continua dissecando os resultados das últimas pesquisas que apontaram a queda do tucano e o crescimento de Lula. O Datafolha, por exemplo, apurou que Alckmin caiu quatro pontos em relação à pesquisa anterior, enquanto Lula crescia outros três. Lula acabou ficando com 47% de intenção de voto contra 24% de Alckmin. Uma diferença de 23 pontos percentuais. Os tucanos ficaram perplexos com o resultado, sobretudo porque ainda não chegaram à conclusão do que causou uma queda tão acentuada de Alckmin. Uma ala do PSDB admite que Alckmin está sendo vítima do "efeito PCC", mas outro grupo acha que o eleitor não associou o governo do PT com as denúncias de corrupção no Congresso, casos do mensalão e dos sanguessugas.
A
candidata do PSol à Presidência da República, Heloísa Helena, afirmou ontem que não há corrupção só no Congresso, mas no governo também, por responsabilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Heloísa fez o comentário no início da noite, quase sete horas depois da aprovação do relatório da CPMI dos Sanguessugas. O trabalho resultou na acusação de 69 deputados e 3 senadores, suspeitos de fazerem parte do esquema que superfaturou a aquisição de ambulâncias por prefeituras. Bandidagem executiva – "Os bandidos não estão só no Congresso, mas também no Executivo", disse Heloísa. "O Congresso é reflexo do Executivo desmoralizado, corrupto e que não trabalha." É ou não é? – Lembrada de que é congressista, ela insistiu: "Eu não tenho nenhum espírito de corpo com esse Congresso, que é uma instituição desmoralizada, servil ao Executivo e que funciona como anexo do Planalto. Já tem bandido aqui, quando o presidente é..." Pernas, pra que te quero – Depois de participar da votação do relatório da CPMI dos Sanguessugas, Heloísa passou 4 horas e 48 minutos num único lugar, sem sair de lá nem para ir ao banheiro: a presidência da sessão o Senado. Boca livre – Ela abriu a sessão às 14 horas e a encerrou às 18h48, depois de liberar a palavra para os oradores – para que falassem o tempo que quisessem – o que usualmente não acontece, já que os horários dos discursos são rigidamente controlados quando há outro senador na direção da mesa de trabalhos. (AE)
Celso Júnior/AE
Heloísa Helena no Congresso
O TEMPO DOS PRESIDENCIÁVEIS PARA RÁDIO E TV
O
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definiu, ontem à noite, o tempo que cada presidenciável terá na propaganda eleitoral gratuita. Segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto, o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, terá o maior tempo. A coligação "Por um Brasil Decente", da qual Alckmin é candidato, terá programas eleitorais de 10 minutos e 22 segundos. Candidato à reeleição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá programas de 7 minutos e 21 segundos. O senador Cristovam Buarque terá 2 minutos e 23 segundos. Os candidatos do PSL, Luciano Bivar, e do PSDC, José Maria Eymael, terão 1 minuto e 15 segundos, cada. Já a senadora Heloísa Helena, do PSol, e o candidato do PCO, Rui Pimenta, terão 1 minuto e 11 segundos. Além disso, os partidos políticos terão direito a seis minutos diários, inclusive aos domingos, para veicular inserções ao longo da programação. (AE)
Eymar Mascaro
LISTAGEM Tucano aproveitou para colocar o visual em dia, já que deve buscar maior exposição de imagem.
PSDB AINDA LUTA PARA INTEGRAR SUAS CAMPANHAS Coordenadores da campanha de Geraldo Alckmin reuniram-se para buscar formas de unir as campanhas estaduais e nacional. O presidenciável tucano vem aparecendo pouco ao lado dos prefeitos que o apóiam. Eles também querem que o candidato circule mais em regiões que rendam boas imagens para a TV.
A
quatro dias do início da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, o comando político da campanha do candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, ainda não conseguiu superar uma crise que se arrasta há meses: vincular o nome do presidenciável às eleições estaduais e engajar os prefeitos na campanha. Ineficaz – O conselho político da campanha avaliou em reunião na quarta-feira que, sem colar Alckmin nos candidatos estaduais, a propaganda eleitoral na TV será ineficaz para puxar votos. Ainda mais levando em conta que Alckmin é pouco conhecido. O candidato anotou todas as sugestões oferecidas pelos dirigentes do PSDB, do PFL e do PPS.
Autorizou algumas providências e só reclamou da falta de defesa quando Lula lança mão de ministros e do presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), para atacá-lo. "Aqui não falta gente. É só pautar", respondeu o deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), que participou da reunião. Geraldos – Uma das providências é de que, a partir de agora, a campanha passará a usar o nome completo do candidato - Geraldo Alckmin. Essa já era uma reivindicação dos coordenadores estaduais. Para eles, sem o sobrenome, o presidenciável pode ser confundido com outros candidatos, já que há muitos "Geraldos" disputando eleições pelo Brasil afora. Os conselheiros pediram a Alckmin que incorpore o programa de governo à
campanha para que, diariamente, ele tenha uma pauta dinâmica e criativa. Os políticos querem também mais proximidade com o setor de marketing, coordenado pelo jornalista Luiz Gonzalez, pois todos desconhecem a linha dos programas de TV. Os aliados são unânimes em defender a "desconstrução" de Lula. Flores em você – Na avaliação do comando político, Alckmin tem se apresentado sozinho na televisão, enquanto a candidata do PSol, senadora Heloísa Helena (AL), está sempre rodeada de populares, parlamentares e exibindo alegria e flores. Os parlamentares não acham que a senadora vai superar Alckmin e contam como certo o apoio de seus eleitores ao tucano em um eventual segundo turno. O conselho político também decidiu que a agenda deve ser simplificada. Num único dia o candidato vai a dois Estados, dando preferência para locais de maior concentração de eleitores a fim de produzir cenas para a televisão. Terra de Helena – Ou seja, vai reduzir as reuniões fechadas. Hoje, Alckmin fará comício em dois municípios da Bahia e, na última hora, incluiu Alagoas. Este é o único estado nordestino que o tucano ainda não visitou desde que lançou sua candidatura. Lupa – O coordenador-executivo da campanha, senador Sergio Guerra (PSDB-PE), começou ontem a pôr em prática as novas orientações discutidas pelo conselho político. Juntamente com a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) fez uma reunião com uma dúzia de coordenadores dos estados do Norte e Centro-Oeste a quem pediu mais empenho. "Em alguns lugares o nome de Alckmin só pode ser visto com binóculo", disse. Guerra contou que, em Pernambuco, pediu para regravar a propaganda dos candidatos estaduais que não citavam Alckmin. Ele reconheceu que o problema não é do candidato. "Já virou cultura essa falta de vinculação da campanha estadual com a nacional. Mas temos que fazê-la chegar na ponta", afirmou. (AE)
Os tucanos estão investigando região por região onde houve a queda de Alckmin. A cúpula quer saber, por exemplo, porque o candidato caiu 8 pontos no Sul do País (com um colégio de quase 20 milhões de eleitores).
REAÇÃO Um grupo de tucanos acha que Alckmin tem que insistir no apoio dos governadores Germano Rigotto, do Rio Grande do Sul (7,5 milhões de votos), e de Roberto Requião, do Paraná (7 milhões). Dos Estados do Sul, o único que apóia Alckmin é o exgovernador de Santa Catarina (4,3 milhões de votos), Luiz Henrique. São todos do PMDB.
COMO FICOU Alckmin tinha 31% de intenção de voto no Sul na pesquisa Datafolha de julho. Caiu para 23% em agosto. Perda de 8 pontos. Em contrapartida, Lula cresceu na região: foi de 31% para 37% e Heloísa Helena (PSol) ficou com 15%.
SURPRESA Uma das surpresas para o tucanato no Datafolha foi a queda de Alckmin no Sudeste (cerca de 50 milhões de votos). Alckmin alcançou 29% de intenção de voto na região e, Lula, 42%, enquanto Heloísa Helena captou 13% dos votos.
margem de votos que separa Alckmin de Lula no Nordeste (colégio com 33 milhões de votos). O tucano alcançou no Datafolha 13% de preferência eleitoral contra 65% do petista e 8% de Heloísa Helena.
PROJETO Alckmin, no entanto, volta a se declarar otimista em relação ao eleitor nordestino. O candidato e sua equipe de campanha acham que o candidato pode crescer com a divulgação pela tevê do projeto de governo para recuperar o Nordeste no aspecto econômico e social.
LIDERANÇAS Na reunião do Conselho de Campanha ficou decidido que o Nordeste será atacado pelas lideranças regionais que apóiam o tucano, como ACM na Bahia, Tasso Jereissati no Ceará, José Agripino no Rio Grande do Norte e Sérgio Guerra e Jarbas Vasconcelos em Pernambuco.
PALANQUES Lula usará dois palanques para a campanha que faz hoje, no Rio: os dos candidatos a governador Vladimir Palmeira (PT) e de Marcelo Crivella (PRB). Em Nova Iguaçu Lula irá com Vladimir, mas no comício da Cinelândia, o petista terá a tiracolo o bispo Crivella.
RAZÕES
DISTÂNCIA
Um dos motivos que levaram Alckmin a perder pontos na região Sudeste teria sido seu desempenho, considerado frágil, no Rio (11 milhões de eleitores). O tucano perdeu a 2ª posição no Estado para a senadora Heloísa Helena.
A novidade na pesquisa Datafolha para governador de São Paulo é que Aloizio Mercadante (PT), com 17% de intenção de voto, se distancia do 3º colocado, Orestes Quércia (PMDB), com 10%. Na pesquisa anterior, Mercadante e Quércia estavam tecnicamente empatados.
MINEIROS Também em Minas (13 milhões de votos) o tucano continua em desvantagem nas pesquisas, apesar de contar com o apoio do governador Aécio Neves (PSDB), que tem 74% de aceitação como candidato à reeleição, segundo o Datafolha de ontem.
CONFIANÇA Apesar do resultado das pesquisas, o expresidente Itamar Franco (sem partido) procura encorajar Alckmin, prometendo que o tucano crescerá em Minas, a partir da campanha na televisão, que começa na próxima terça-feira.
VANTAGEM O que mais impressiona o tucanato é a larga
AUSÊNCIA Aconteceu o que era esperado: José Serra (PSDB) não compareceu ao debate dos candidatos a governador realizado pela TV Gazeta. O tucano lidera as pesquisas e acha que será o alvo dos adversários se for aos debates. O mesmo pensamento tem Lula.
6
Imóveis Nacional Finanças Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de agosto de 2006
0,37
UNIBANCO GANHOU R$ 1 BI NO SEMESTRE
por cento foi a queda, ontem, do dólar no Brasil. Moeda fechou cotada a R$ 2,16 para venda.
MERCADOS ABRIRAM NERVOSOS COM A NOTÍCIA DE PLANEJAMENTO DE ATENTADOS, MAS SE RECUPERARAM
BOLSAS SOBEM APESAR DE TERRORISMO
O
s mercados financeiros mundiais tiveram ontem uma manhã tensa em decorrência da notícia de que a polícia britânica descobriu uma rede terrorista no Reino Unido e impediu uma série de ataques (leia mais sobre o assunto na pág. C4). Mas ao longo do dia os ânimos se acalmaram com novas notícias de prisão dos suspeitos. O quadro geral dos indicadores se acomodou e as bolsas acabaram fechando em alta em Wall Street. No Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) também encerrou o dia em terreno positivo. Já os juros caíram nos contratos mais longos, refletindo expectativa de queda da taxa básica de juros (Selic) e controle da inflação. O risco-Brasil caiu ainda mais, aproximando-se dos 200 pontos-base, e ajudou a derrubar o dólar, que fechou na mínima do dia, tanto na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) como no balcão. O fluxo mantém a cotação da moeda americana em baixa e o Banco Central (BC) tem aceitado poucas ofertas nos leilões de compra da moeda. O dólar comercial encerrou a sessão de negócios em queda de 0,37%, cotado a R$ 2,160 na ponta de venda. Diante dos bons fundamentos da economia brasileira e da continuidade do fluxo cambial favorável, os investidores, especialmente estrangeiros, ampliaram ontem as vendas de dólar pronto e no mercado futuro. Os operadores de câmbio também estão na expectativa de que o BC possa anunciar leilão de swap cambial reverso. Isso porque em 1º de setembro há um vencimento expressivo desses contratos, de cerca de
US$ 1,225 bilhão, e a oferta de swaps seria uma forma de o BC continuar atuando. Ações — A bolsa paulista oscilou todo o dia entre quedas e altas, mas sem se distanciar muito da estabilidade. O mercado doméstico continua dividido entre o cenário interno, que é positivo para o bom desempenho das ações, e o externo, que é negativo por trazer incertezas sobre a economia dos EUA, o preço do petróleo e os problemas geopolíticos, incluindo o terrorismo internacional. O Ibovespa, principal indicador do mercado acionário, fechou em alta de 0,26%, em 37.353 pontos. Com esse resultado, a bolsa paulista passou a acumular altas de 0,75% em agosto e de 11,65% em 2006. Em Nova York, o índice Dow Jones fechou com valorização de 0,44%, enquanto o Nasdaq subiu 0,56% no fechamento. Petróleo — Os contratos futuros de petróleo tiveram queda forte na New York Mercantile Exchange (Nymex) e na International Commodities Exchange (ICE, de Londres). A queda foi atribuída a apostas de que os alertas antiterrorismo no Reino Unido e nos Estados Unidos devem afetar o turismo e reduzir a demanda por combustível para aviões. Outro fator foi o informe de que a Shell retomou a produção de 180 mil barris por dia de petróleo na Nigéria — ela estava suspensa desde o fim de junho, por causa de vazamentos em um oleoduto no país. Na Nymex, os contratos para setembro fecharam a US$ 74 por barril, em queda de US$ 2,35. Em Londres, os contratos do Brent para setembro fecharam a US$ 75,28 por barril, em queda de US$ 2. (AE)
Bradespar pode sair da CPFL
A
Bradespar, empresa de participações não financeiras do grupo Bradesco, abriu caminho ontem para vender ou reduzir sua participação na CPFL , ao sair do bloco de controle da empresa e receber em troca ações "livres", numa reestruturação prevista para acabar em dezembro. Ainda não há, no entanto, definição sobre o que será feito com essas ações. "Achamos que o momento estava absolutamente oportuno", disse o diretor da Bradespar, Luiz Maurício Leuzinger. "Não quer dizer que estamos saindo da CPFL. Não há ainda nenhuma decisão do Conselho de Administração", afirmou. O mercado, entretanto, parecia apostar em um desinvestimento. A notícia provocou alta acentuada nas ações da Bradespar na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Em fato relevante divulgado ao mercado na manhã de ontem, o consórcio VBC infor-
mou que seus acionistas controladores — Bradespar, Votorantim Energia e Camargo Corrêa Energia — fecharam acordo de reorganização de suas participações na CPFL. A VBC tem 38,49% da empresa. Acordo — Nessa estrutura, a Bradespar não tinha liquidez e dependia de acordo com os outros sócios para eventual desinvestimento. Essa obrigação deixará de existir depois do fim da reorganização. "É prematuro falar sobre quantidade de ações e o que a Bradespar vai fazer com essas ações", disse o executivo. Se as ações da CPFL forem vendidas, a carteira detida pela Bradespar se resumirá praticamente à participação na Companhia Vale do Rio Doce. Nos últimos anos a Bradespar passou por uma série de desinvestimentos. Vendeu participações na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), na Valepar e também na Scopus Tecnologia. (Reuters)
R$ 114,7 mi para a Marisa
O
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 114,7 milhões para as Lojas Marisa. Segundo o banco estatal, os recursos serão usados para expansão e reforma da rede de lojas. O BNDES esclareceu que o início da ampliação da cadeia de lojas Marisa foi em 2005, e será implementada até 2007. "Trata-se de uma operação direta (o financiamento), que resultará na abertura de 19 lojas, ampliação de 30 e a reforma de 12 unidades, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande
do Sul, Paraná, Santa Catarina, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Bahia, Ceará, Pará, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Rio Grande do Norte, Alagoas, Maranhão, Amazonas, Rondônia, Tocantins e Acre", disse o banco em comunicado. Segundo o BNDES, com o projeto a empresa estima gerar 2.150 empregos diretos e 7.550 empregos indiretos. De acordo com informações apuradas pelo banco, a reforma dos pontos já estabelecidos e a ampliação de outros visam a otimizar o uso da área de vendas e modernizar a exposição de mercadorias, além de consolidar a marca nos locais onde atua. (AE)
BNDES
Luiz Prado/LUZ – 29/11/05
Crédito de R$ 1 bi para pequenos
O
Geraldo Travaglia, do Unibanco: melhora contínua nos resultados.
Unibanco registra resultado recorde
O
Unibanco, terceiro maior banco privado do País, apresentou lucro líquido de R$ 548 milhões no segundo trimestre do ano, com crescimento de 21% em relação ao mesmo período de 2005. No semestre, os ganhos alcançaram R$ 1,068 bilhão, o que representou uma expansão de 25,1% sobre os seis primeiros meses do ano passado. Nas duas medições, os resultados foram recordes na história da instituição. "A administração do Unibanco está extremamente satisfeita com o ritmo de geração de resultados e confiante na melhora contínua do desempenho do banco", disse o vice-presidente Corporativo do Unibanco, Geraldo Travaglia. Ele destacou a importância do posicionamento mais conservador da instituição no trimestre em relação ao crédito. "O impacto das medidas de redução na concessão de empréstimos nas financeiras de crédito ao consumo mostrou seu acerto, uma vez que os indicadores de qualidade de crédito evoluíram positivamente", disse Travaglia. De acordo com ele, o total de créditos classificados entre AA e C representava 93,1% em junho, com evolução frente aos 92% de março e aos 92,3% de dezembro de 2005. No fim de junho, o saldo de provisões para perdas com crédito totalizava R$ 2,3 bilhões, o equivalente a 5,6% da carteira total, ante os 5,2% apresentados em dezembro de 2005 e os 4,9% de junho do ano passado. Outro destaque
do balanço foram as receitas decorrentes de prestação de s e r v i ç o s , q u e c re s c e r a m 15,07% e atingiram R$ 901 milhões no trimestre. A rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido ficou em 24,7% no trimestre, acima dos 23% do período abril-junho de 2005. Eficiência — O Unibanco fechou o período abril-junho com resultado operacional de R$ 869 milhões, o que representa crescimento de 26,86% sobre os mesmos meses de 2005. No fim de junho, o patrimônio líquido da instituição somava R$ 9,816 bilhões, 13,35% superior ao do mesmo mês do ano passado. O índice de eficiência do Unibanco continuou a melhorar no segundo trimestre do ano e atingiu o melhor nível da história da instituição. O indicador ficou em 47,5%, ante 52,8% no mesmo período de 2005 e 48,1% no primeiro trimestre deste ano. Quanto menor o percentual, maior a eficiência da instituição. Os ativos totais do Unibanco atingiram R$ 98,217 bilhões no segundo trimestre, com aumento de 18,5% quando comparados ao mesmo período de 2005. O crescimento é explicado pela evolução da carteira de crédito, sobretudo nas áreas de maiores margem e rentabilidade. No segmento de micros, pequenas e médias empresas, os empréstimos cresceram 23% no período, para US$ 7,9 bilhões. Ao lado de pessoas físicas, essa área é considerada por analistas uma das mais rentáveis. (AE)
Lucro de bancos: sem surpresas
C
om a divulgação do balanço do Unibanco terminou ontem a safra de resultados semestrais dos principais bancos privados do País. O período foi marcado por lucros recordes, o que não é exatamente uma novidade no setor, crescimento da inadimplência e rentabilidade levemente inferior à registrada nos seis primeiros meses de 2005.
"Não houve surpresas", disse o presidente da Austin Rating, Erivelto Rodrigues. Um estudo produzido pela empresa com base nos balanços de 12 instituições mostra que o lucro líquido somado atingiu R$ 8,02 bilhões, um avanço de 8,6% em relação a igual período de 2005. A inadimplência média subiu de 2,2% para 3,1%. "Já era esperado", disse Rodrigues. (AE)
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está negociando com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) a liberação de um desembolso de US$ 1 bilhão, para financiamentos voltados a micros pequenas e médias empresas. Estes valores poderão ser emprestados ao BNDES em reais, conforme possibilidade aberta ontem pelo BID. O BID divulgou que poderá fazer financiamentos em moeda local, no âmbito de um convênio chamado Crédito Condicional para Projetos de Investimento (CCLIP). Ele permite a liberação de US$ 3 bilhões em três parcelas de US$ 1 bilhão, num prazo de no-
ve anos. No último mês de junho, o banco de fomento brasileiro sacou a primeira parcela. O BNDES informou que já começou a negociar com o BID a liberação da segunda parcela, que deverá, contudo, ser liberada apenas em 2007. Na prática, o convênio depende de garantias e aprovações. De acordo com o comunicado do BID, o convênio, firmado no ano passado, permitiu que o BNDES "apoiasse a expansão, a integração e o acesso a financiamento para o setor brasileiro de micros, pequenas e médias empresas com empréstimos de médio e longo prazos a projetos de investimento e capital de giro permanente para tornar as firmas mais competitivas". (AE)
Receita menor em 2006
A
receita líquida das empresas de capital aberto no primeiro semestre deste ano caiu pela primeira vez desde 1998. Segundo levantamento da empresa de informações financeiras Economática, com balanços de 88 companhias negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), a queda real (descontando a inflação) foi de 0,5% comparado a igual período do ano passado, para R$ 170 bilhões. "Apesar de pequeno, esse recuo interrompe um longo período de alta das receitas", afirmou o presidente da Economática, Fernando Exel. O resultado é atribuído à queda no preço de alguns produtos e à taxa de câmbio. No fim do primeiro semestre de 2005, o dólar estava cotado a R$ 2,35. Neste ano, estava em R$ 2,16. A média foi puxada pelo desempenho dos setores de siderurgia e metalurgia, química, telecomunicações, veículos e peças e têxtil. A receita das 37 empresas que compõem essas áreas caiu de R$ 73,34 bilhões para R$ 67,17 bilhões – resultado 8,41% inferior ao do ano passado. Só o setor de siderurgia e mineração teve queda de
14,54%, para R$ 24,46 bilhões. Nesse caso, os maiores recuos foram verificados na Confab e Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Essa última, segundo o levantamento, registrou queda real de 31,2% nas receitas líquidas por causa do acidente de um alto forno, que diminuiu o volume de vendas, explicou o analista da Ativa Corretora, Guilherme Maris. Segundo ele, outra empresa que sofreu no semestre foi a Usiminas, que aumentou a participação das exportações na receita total. "Com a queda do dólar, o valor final recuou", afirmou. Conforme relatório da empresa, apesar do maior volume embarcado no período, a queda decorreu da união de três fatores: menores preços, mudança do mix de destino e taxa de câmbio. No setor têxtil, a queda nas receitas está associada a preço, disse a analista da Austin Rating, Simone Escudêro. Segundo ela, a indústria brasileira concorre com a chinesa neste segmento. Os setores que tiveram os melhores desempenhos nas receitas foram transporte e serviços, petróleo e gás e máquinas industriais. (AE)
Os desafios do crédito
A
mpliar a concessão de crédito e manter os índices de inadimplência controlados. Esses são os desafios dos bancos e financeiras, apresentados ontem por representantes do setor reunidos na Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em encontro promovido pela Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi). Na avaliação deles, o Brasil precisa ampliar a oferta de empréstimos e financiamentos dos atuais 35% do Produto Interno Bruto (PIB) para um percentual próximo a 47% — a taxa atual do Chile. Participaram do evento executivos do Bradesco, do Citigroup, do Unibanco e do Carrefour. Depois da divulgação dos balanços dos maiores bancos privados do País relativos ao primeiro semestre, ficou mais claro o interesse dos bancos pela concessão de crédito. Bra-
desco, Itaú e Unibanco deram significativa importância ao aumento das carteiras na composição dos resultados. O diretor-executivo do Bradesco Finasa, Paulo Isola, destacou que a concessão de crédito em larga escala no Brasil é recente. "Essa atividade só passou a ter representatividade nos bancos a partir de 1995. Todos ainda estão moldando seus produtos", afirmou. "O uso da internet e do telefone para a liberação de empréstimos pré-aprovados, por exemp l o , o c o r re u s o m e n t e e m 2004", disse o executivo. Modernização — O u tro ponto comum entre os bancos é a modernização dos serviços de informação sobre o tomador do empréstimo. O diretor financeiro do Citibank, Gilberto Caldart, afirmou que a criação de um bureau de crédito positivo é a alternativa mais eficaz para facilitar o crédito. Davi Franzon
A guerra santa entre árabes e judeus está condenada a se repetir "numa espiral infernal". A singularidade do Estado
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de agosto de 2006
de Israel não é aceita por seus vizinhos. Por isso os países árabes nunca renunciaram à eliminação, pura e simples, de suas
fronteiras, o que só não ocorreu graças ao apoio dos EUA. E também porque "o anti-sionismo é o afrodisíaco do mundo
DOISPONTOS -77
árabe" , segundo Hassan II. Esse é o cenário por trás da guerra no Líbano. Mas o Islã também assiste a uma guerra entre seus fiéis.
A guerra do Islã
NEIL FERREIRA
CHAMEM O JACK BAUER
É Adnan Hajj/REUTERS
só ver a série 24 horas Letal". O último capítulo da quinta temporada será exibido segunda-feira, às 10 da noite, no canal Fox. O herói é Jack Bauer, agente da Unidade de Contra Terrorismo, do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Cada temporada dura exatamente um dia na vida de Jack Bauer, da sua Unidade, dos seus aliados, dos seus inimigos, dos inimigos dos EUA, que não estão mais na ex-URSS mas podem muito bem estar dentro do Oval Office, na Casa Branca. É de tirar o fôlego. Eu tomo essa série direto na veia e estou viciado. A Unidade de Contra Terrorismo é o que há de mais sofisticado na tecnologia atual. Computadores
G O presumido
conflito entre o Ocidente e o Islã serve apenas como biombo de um conflito muito mais decisivo que opõe defensores de um Islã esclarecido àqueles que apoiam um Islã fundamentalista. G O Hezbollah inova. Não é uma guerrilha de tipo palestino, mas um exército moderno, bem equipado, com uma base geográfica na grande "terra de ninguém" do sul do Líbano. Este exército xiita, de mártires fanáticos, equipado pelo Irã, tem apenas um objetivo: destruir Israel. G A guerra atual não muda em nada a relação entre Israel e os árabes. O Estado israelense está preso numa espiral infernal e é tolerado apenas por sua força.
Divulgação
Guy Sorman
contra o inimigo renegado, sunita. O terceiro fato, indiscutível, é o papel determinante dos Estados Unidos. Israel sem os Estados Unidos teria desaparecido do mapa desde 1973. Não desapareceu graças ao apoio logístico e diplomático norteamericano, e porque os governos árabes sabem que não adianta ir longe demais para não "acender o fogo" norte-americano. O Hezbollah, desta vez, não destruirá Israel porque seus tutores na Síria e no Irã definem os limites dos combates fora de seu próprio território. Quarto fato: por que diabos Israel, minúsculo enclave no mundo árabe e, mais do que isso, no mundo muçulmano, cristaliza depois de 60 anos todos os ódios e todas as energias árabes e muçulmanas? Não existe aí uma desproporção? Hassan II, rei do Marrocos, explicava com ironia que o anti-sionismo era o afrodisíaco do mundo árabe. Israel distrai os árabes de suas dificuldades econômicas e de seus próprios tiranos. No mundo árabe é Israel o único motivo aceito para manifestações públicas, o único elo social das nações árabes fragmentadas entre seitas e etnias: Israel constrói a união. Sem a diabolização de Israel, como os dirigentes do mundo árabe justificariam a tirania que exercem sobre seu próprio povo e que o apavora? Quinto fato: as explicações econômicas de inspiração marxista-leninista sobre o conflito árabe-israelense não explicam nada. Israel não tem petróleo, nenhuma outra fonte de riqueza para sua população: a conquista de Israel só teria valor simbólico para os árabes. Mas os países que fazem fronteira com Israel também não têm recursos, nem Egito, nem Jordânia, nem Síria, nem Líbano. Em termos mais gerais, o Oriente Médio não tem grande valor econômico, não é um mercado solvente. O petróleo? É encontrado pelo mundo todo, da África ao Canadá. O lucro não vem da posse de poços de petróleo, mas de sua comercialização. E quando o petróleo for extremamente caro, será substituído por outras fontes de energia. Aqueles que ainda acreditam que o petróleo determina as guerras estão um século econômico em atraso.
A
ssistiríamos à dita "guerra de civilizações", em que Israel não é mais do que uma base avançada da civilização ocidental no mundo islâmico? É, de fato, uma tese na qual os islâmicos querem acreditar. Mas o conflito presumido entre o Ocidente e o Islã serve apenas como biombo de um conflito muito mais decisivo que, no seio do mundo árabe e muçulmano, opõe os defensores de um Islã esclarecido àqueles que apoiam um Islã fundamentalista. Não estou certo de que a guerra entre o Hezbollah e Israel determinará o destino do mundo muçulmano nem suas relações futuras com o Ocidente; o armistício sem paz virá. Olhemos adiante: serão, talvez, as eleições livres no Iraque, no Bahrein ou no Kuwait que anunciarão outro futuro. Se Alá quiser.
É
o Jack Bauer que eu quero de presente de Dia dos Pais. Eu o colocaria por uma horinha fechado numa sala a prova de som com o Marcola, que todos nós
Uma horinha do Jack Bauer com o Marcola e o PTCC depõe as armas
permanentemente ligados em rede e com o comando de satélites inacreditáveis e telefones celulares que funcionam sem gastar baterias, são os verdadeiros heróis da série. É todo o tempo todo mundo falando por celulares grampeados, invadindo uns os computadores dos outros para capturar informações. Quem depende da Speedy como eu fica de boca aberta de ver como tudo aquilo funciona. A minha speedy é tão slowly que já a apelidei de suplicy.
A Ammar Awad/REUTERS
N
ão se trata de ser sionista, anti-sionista ou pró-árabe, nem de adotar uma postura de quem se situa do lado bom da história do Oriente Médio, supondo-se que exista um lado bom. Depois de várias semanas de guerra, poderíamos nos contentar em relevar os fatos, se não aqueles totalmente objetivos, ao menos os fatos inegáveis. O primeiro fato, incontornável, é, do ponto de vista árabe, o caráter inaceitável da existência de Israel. Todos os documentos diplomáticos e declarações reconhecendo Israel ("reconheço, mas não aceito"), obtidos por contrariedade, por necessidade, poderiam desaparecer se a necessidade e a contrariedade não existissem. Se nos colocarmos na pele dos árabes, essa recusa da existência de Israel se explica: o Estado israelense se formou como uma colônia, imposta do exterior, um remanescente do colonialismo europeu. A singularidade de Israel não é evidente para os árabes, já que o Holocausto aconteceu em outro lugar; o destino de Israel, se o destino existe, é totalmente estranho aos árabes porque apenas o Islã, de seu ponto de vista, é verdadeiro e a esperança metafísica judaica lhes parece, necessariamente, um erro. Para os árabes, os judeus estão historicamente errados e vivem na ignorância da revelação verdadeira. Israel, para os árabes, portanto, conseguiu seu direito de existir apenas por sua força superior. A negação do Estado israelense, uma vez que os árabes têm fracassado em eliminá-lo desde 1949, se agrava de guerra em guerra: Israel está preso numa espiral infernal e é tolerado apenas por sua força e negado por esta mesma força. A guerra atual deslegitima um pouco mais o Estado israelense, para os árabes já inexistente: a guerra não muda em nada a relação entre Israel e os árabes. Globalmente, ainda que existam mostras de boa vontade individual, a lógica implacável da situação se impõe sobre as disposições humanistas. O segundo fato é que nunca, desde 1949, os Estados árabes renunciaram a eliminar Israel: apenas o método varia, oscilando entre a guerrilha e a guerra frontal. O Hezbollah inova. Não é uma guerrilha de tipo palestino, mas um exército moderno, bem equipado, com uma base geográfica na grande "terra de ninguém" do sul do Líbano. Este exército xiita, de mártires fanáticos, equipado pelo Irã, tem apenas um objetivo: destruir Israel. O Hezbollah afirma isso e seu tutor iraniano, o presidente Mahmoud Ahmadinejad, também. Seria difícil não entender que, para além da destruição de Israel, é de se supor que o Hezbollah tenha ambições políticas mais amplas: controlar o Líbano, sem dúvida, participar de uma coalizão de Estados xiitas com Síria, Iraque, Bahrein, Irã e todo o leste árabe, talvez. E se expandir até o Paquistão. Assistimos neste momento a uma grande revolução xiita, política e religiosa: a revanche esperada por treze séculos
a um grupo terrorista o acesso a um gás mortal. Jack Bauer conseguiu cercar o casal e com toda diplomacia e boa educação que lhes são características, latiu com a boca cheia de dentes a centímetros de distância do outro Onde está o gás ? A resposta foi tão cuspida quanto a pergunta foi latida Não digo! Jack Bauer segura o celular com uma das mãos e com as outras duas (para falar em celular, puxar armas e interrogar suspeitos ele tem umas quatro mãos) puxa da cinta um canhão antitanque e aponta para a cara do seu interlocutor, que diz com desprezo Pode me matar. Se você me matar nunca saberá onde está o gás. Jack Bauer não pisca nem hesita, vira o canhão para a mulher do bad guy dá um tiro a queima roupa na coxa dela e por cima do berro de dor que ela dá, fala O próximo tiro vai ser na espinha pra ela ficar tetraplégica. Onde está o gás ? Não conto o fim da cena porque ainda há um monte de delicadezas que Jack Bauer faz com a mulher do ex-amigo depois de ter dado um tiro na perna dela.
Unidade de Contra Terrorismo morreria de fome aqui e Jack Bauer não teria emprego. Uma pena porque ele seria de enorme utilidade não só graças às sua imensa capacidade de salvar a pátria , mas também graças ao seu supercientífico método de interrogar suspeitos. Num episódio, ele descobriu que o seu ex-mentor e melhor amigo (é o ótimo ator que fez o Robocop), amigo pessoal e amigo da família, a mulher dele era quase uma tia para Bauer, tinha deixado o Bem bandeando-se para o Mal. E entregou ou vendeu
sabemos é o chefe do PTCC. Todos nós sabemos também que o PTCC costuma atacar a cada subida do Geraldo nas pesquisas e depois dos ataques o Geraldo cai, sua candidatura fica estatelada no chão, como mais uma baixa dos ataques. Isso pode ser coincidência, admito. O Marcola está preso, o PTCC está solto. O "governo" Lulla oferece dez mil jovens recrutas do exército, armados mas destreinados para a missão de policiamento das ruas. Não dá certo. É só lembrar o fiasco que foi ação semelhante nos morros do Rio de Janeiro. Lulla quer ganhar só a guerra da marqueteragem, pouco se lixando para a guerra contra a bandidagem. Uma horinha do Jack Bauer com o Marcola e o PTCC pede trégua e depõe as armas. Isto parece papo de conservador e é. Conservador é o liberal que foi assaltado ontem à noite. Eu estou sendo assaltado ontem à noite há quase quatro anos pelo PT, PTCUT, PTMST, PTMSLT, PTCC. Basta! Voto nulo é voto Lulla. NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO NEIL_FERREIRA@UOL.COM.BR
FALE CONOSCO Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br
E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894
sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de agosto de 2006
Congresso Planalto Eleição Estadual CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO "Se o Saulo não renunciar, é porque o Serra fez escola e a palavra dele (Saulo) não vale nada." Aloizio Mercadante
INQUÉRITO VAI INVESTIGAR JOSÉ SERRA
PARA EXÉRCITO, ATUAR EM SP É 'UMA AVENTURA'
Leonardo Wen / Folha Imagem
Militares avaliam que não há dados sobre a criminalidade para se fazer um diagnóstico completo da situação e preparar as operações.
O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne hoje, às 11h30, na Base Aérea de São Paulo, com o governador de São Paulo, Cláudio Lembo, quando pretende insistir na oferta de tropas federais para auxílio no combate às ações do Primeiro Comando da Capital (PCC). A polêmica em torno do emprego do Exército nas ruas de São Paulo está sendo considerada um jogo de cena, já que o próprio Planalto sabe que Lembo não aceitará o oferecimento, de forma alguma, pelas conseqüências políticas que este ato traria. O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, deverá es-
tar presente ao encontro. Está previsto que, depois da reunião, Lula e Lembo sigam juntos da Base Aérea para Barueri, onde visitarão unidades militares que desenvolvem o projeto soldado cidadão. Assim como o governo de São Paulo não quer que o Exército entre no Estado, o Exército também teme por este tipo de operação. Além de ressaltarem a preocupação do uso político da força nesta briga eleitoral, autoridades militares lembraram que a inteligência estadual, e não a federal, tem conhecimento completo da real situação de São Paulo. Por isso mesmo, classificam como "uma aventura" a convocação de tropas federais para
combater bandidos, já que não possuem um diagnóstico completo da situação para a preparação de suas operações. Os preparativos das tropas federais estão sendo feitos com base em estudos e operações padronizadas para este tipo de missão, uma vez que não possuem uma radiografia completa do crime na região. "Todo o planejamento é feito sem um diagnóstico preciso, o que significa um grande risco para o Exército", advertiu um militar. Ele justificou ainda que não há integração entre as inteligências estadual e federal, que permitiria que fossem repassados dados para que as tropas federais pudessem montar uma operação segura. (AE)
ALCKMIN: EXÉRCITO NÃO FAZ MANOBRAS POLÍTICAS
O
Exército é uma instituição que faz manobras militares, e não deve servir a manobras políticas, disse ontem o candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin. A afirmação, feita na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), é uma resposta ao principal adversário nestas eleições, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vem fazendo inúmeras manifestações para que o governo paulista aceite a ajuda das forças armadas para combater os ataques do PCC. O tucano disse que a ajuda que o governo federal pode dar neste caso é através da liberação dos recursos para a área da segurança, que estão contingenciados. "O doutor Lembo (governador de São Paulo, o pefelista Cláudio Lembo) já deixou muito claro que o governo federal pode ajudar. Mas quer uma ajuda efetiva, que seria feita através da liberação de recursos", emendou. O candidato participou de um evento na Fiesp, onde recebeu uma proposta de investimentos para a cadeia produti-
PF DEVE ABRIR INQUÉRITO CONTRA SERRA
A
5
Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) de São Paulo requisitou à Superintendência da Polícia Federal (PF) a instauração de um inquérito policial para apurar a suposta prática de crime eleitoral nas declarações do candidato a governador José Serra (PSDB). De acordo com a documentação remetida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) à PRE, no dia 13, ao comentar os atos de violência em São Paulo, Serra apontou indícios de ligação entre a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e o PT. Serra teria cometido, segundo o Código Eleitoral, da prática de calúnia, difamação e injúria na publicidade eleitoral. (AE)
A ajuda efetiva que o governo federal pode dar é liberando os recursos para a segurança pública, que hoje estão contingenciados. Geraldo Alckmin
va do setor da construção. Alckmin voltou a defender o aumento dos investimentos feitos pelo governo federal, e prometeu que, se for eleito, a meta anual de investimento será de 1,5% a 2% do Produto Interno Bruto. De acordo com ele, os investimentos do governo Lula estão atualmente na faixa de 0,4% do PIB. Em um discurso para uma platéia receptiva, Alckmin voltou a falar a respeito do seu compromisso de reduzir gastos públicos, aumentar investimentos e incrementar a geração de empregos. Em mais uma crítica ao adversário, Alckmin destacou que a iniciati-
va privada não investe por causa "da insegurança jurídica enorme e da falta de cumprimento de contratos". Além disso, citou que a eficiência obtida é drenada pelo "total desperdício do dinheiro público" proveniente da corrupção. "A pior praga é a da corrupção, que tira eficiência e os valores", disse. Ao falar de suas propostas, o candidato brincou com a platéia, dizendo que, para implementá-las, é preciso primeiro ganhar as eleições. "Confio no julgamento popular, o povo sempre acerta, pois o que se discute numa eleição é quem pode fazer mais", disse ele. Alckmin disse que participará de todos os debates e, no seu entender, o presidente Lula deveria fazer o mesmo. Para ele, os debates são fundamentais para que o eleitor conheça as propostas e bandeiras de cada candidato. Questionado a respeito do fato de seu correligionário, o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, também não demonstrar interesse em participar dos debates, Alckmin afirmou: "O Serra responde por ele". (AE)
APOSENTADOS REAJUSTE SERÁ MANTIDO
O
ministro interino da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, disse ontem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai manter o acordo firmado com as entidades representativas dos aposentados com relação ao reajuste de pensões com valor superior a um salário mínimo. Ele explicou que o instrumento ainda não está definido, mas assegurou que o aumento de 5% aos benefícios será dado. "Estamos procurando uma forma jurídica, que será definida pela Casa Civil", afirmou o ministro, após uma reunião com representantes de entidades de aposentados. De acordo
com Gabas, existem três alternativas: um decreto contemplando os 5%; uma medida provisória para o aumento real mais um decreto para a correção da inflação; ou apenas outra MP modificada, dando 5% e um pouco mais, para não ficar igual à anterior. Representação arquivada – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mandou arquivar a segunda representação contra o Lula, que pedia a impugnação do reajuste concedido aos funcionários públicos em período supostamente vedado pela lei. A decisão é do ministro César Asfor Rocha. A ação pedia a inelegibilidade do presidente Lula. (AE)
Alfinetada: Petista pediu a saída do secretário Saulo de Abreu e provocou o tucano José Serra.
MERCADANTE PROPÕE BILHETE METROPOLITANO
O
candidato do PT ao governo de São Paulo, senador Aloizio Mercadante propôs ontem criar o "Bilhete Único Metropolitano Integrado". Em tese, os sistemas de transporte – das 38 cidades mais a capital – seriam integrados e o passageiro pagaria a mesma tarifa para viajar entre as cidades. Hoje, é possível andar de ônibus e metrô na capital por um período de 2 horas por R$ 3, ou tomar até 4 ônibus pagando R$ 2 no mesmo período de utilização. "O bilhete único está restrito apenas à capital.
Nós precisamos estendê-lo para toda a região metropolitana", afirmou Mercadante, após caminhada pelo comércio do bairro da Vila Prudente, Zona Leste da capital. Segundo o candidato, sua crítica em relação ao atual prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, é por não ter estendido o Bilhete Único às regiões metropolitanas. Questionado se, como governador, ele teria diálogo com Kassab para realizar esta integração, Mercadante respondeu: "Este é um problema de política. Temos de aprovar a lei e construir este modelo. Não é um problema de diálogo. Diálogo nós temos de ter com a população pobre que anda de ônibus e
paga mais caro." Saulo fora - Mercadante cobrou também a saída do secretário de Segurança Pública do Estado, Saulo de Castro Abreu Filho, do cargo. Para ele, Saulo deve entregar o cargo conforme havia prometido, já que o governo federal liberou parte dos cerca de R$ 100 milhões oferecidos para combater o problema da violência no Estado. "O Saulo agora tem a obrigação de renunciar, conforme ele havia prometido. Se ele não fizer isso, é porque o Serra fez escola e a palavra dele (Saulo) também não vale nada", disse Mercadante, aproveitando para alfinetar mais uma vez seu rival na campanha estadual, o tucano José Serra. (AE)
Milton Mansilha / LUZ
QUÉRCIA FALA DE SEGURANÇA EM DEBATE
O
Outra alfinetada: tucano culpa Lula por baixa geração de empregos.
EM DEFESA DO EMPREGO
O
ex-prefeito José Serra voltou a atacar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em um ato de protesto realizado ontem no centro de São Paulo contra os impostos no País, Serra atribuiu ao governo Lula a baixa criação de empregos no País. "A atividade econômica no Brasil não gera empregos suficientes. É imposto, é taxa de ju-
ros, é taxa de câmbio. Nós temos que defender o emprego. Como governador, estarei na linha de frente de pressão ao governo federal." O tucano prometeu trabalhar contra a guerra fiscal, conceder incentivos regionais, reduzir a carga tributária sobre os produtos da cesta básica e exigir "uma política nacional de desenvolvimento". (AE)
candidato do PMDB ao governo do Estado de São Paulo, Orestes Quércia, não teve ontem nenhum compromisso de campanha. Na noite da última quartafeira o ex-governador participou do primeiro debate entre os candidatos ao governo estadual, realizado pela TV Gazeta. Com a ausência do candidato do PSDB, José Serra, o debate foi marcado por críticas ao tucano, que foi chamado de "omisso" e "arrogante" pelos presentes. Quércia lamentou o não comparecimento de Serra, mas preferiu falar sobre a questão dos ataques do PCC em várias cidades do Estado. com foco "nas falhas da segurança pública" causadas pelo atual governo.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de agosto de 2006
Indicadores Econômicos
7
14
por cento ao ano é a taxa para Certificação de Depósito Bancário (CDB) de 90 dias, de acordo com a Enfoque Sistemas.
10/08/06
Informe Publicitário
FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Fundo Empresarial LP Lastro Performance LP Múltiplo LP Esher LP Master Recebíveis LP
Posição em: 08/08/2006 08/08/2006 08/08/2006 08/08/2006 08/08/2006
P.L. do Fundo 7.770.334,10 1.410.061,25 7.366.958,34 9.539.825,89 1.087.188,80
Valor da Cota Subordinada 1.140.525360 1.058,074107 1.131,416305 1.114,194102 1.056,171910
% rent.-mês 0,8005 0,3531 0,9404 0,7546 0,3563
% ano 16,7410 5,8074 13,1416 11,4194 5,6172
Valor da Cota Sênior 0 1.066,285464 1.077,662347 0 0
% rent. - mês 0,3285 0,3578 -
% ano 6,6285 7,7662 -
rating A+(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)
DC
COMÉRCIO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de agosto de 2006
LAZER - 1
TEATRO O olhar feminino bem-humorado, um meio-gato e a voz (mais uma vez) de Zaratustra. Beti Niemeyer/Divulgação
Fotos: Guga Melgar/Divulgação
Mulheres com opinião. Por Maitê. Sérgio Roveri
Beti Niemeyer/Divulgação
Divulg
ação
Woolf, ironias e desafios
E
Maitê Proença nas cenas da peça Achadas e Perdidas, montada antes no teatro da UFF, no Rio de Janeiro. Há duas semanas, a atriz estreou também no Saia Justa.
como o futebol, a morte, a paixão e a crise dos quarenta anos. Maitê e a atriz Clarisse Derziê Luz, com quem ela divide o palco, dão conta dos 18 personagens que surgem em cena. Durante os 80 minutos de peça, ocorrem 11 trocas de cenários e 25 trocas de figurino. “Eu resolvi escrever um texto engraçado porque as pessoas estão precisando rir, e eu também”, diz. “Mas não quero mais rir das mesmas coisas. Eu me cansei de ir ao teatro e me sentir enganada ao perceber que estão tentando me vender como novo um tema que eu já conheço há 30 anos. Acredito que muitas pessoas ainda confundem comédia com o riso grosseiro. Eu quero usar o riso para tornar públicas questões que podem ser sérias”. Quem Olha o Mar não Publica, sobre uma escritora com bloqueio criativo, é o primeiro esquete do espetáculo. A exemplo dos cinco que virão na seqüência, este também foi baseado nas experiências pessoais da atriz. “Um dia eu estava diante do computador e me sentia incapaz de escrever uma linha que fosse. Achei que a bela vista do apartamento
estivesse tirando minha concentração. Por sorte, consegui transformar este episódio em teatro”. Em outro esquete, Pelada, a atriz tenta descobrir por que os homens são capazes de trocar o conforto do lar por uma partida de futebol em um campinho de periferia. “O universo feminino ainda não encontrou nada que fosse tão importante como o futebol é para o mundo dos homens. Nem o shopping, nem o salão de beleza, nada. Se nós, mulheres, reclamamos do futebol, é por inveja”. Entre as demais historietas do espetáculo estão ainda Óvulos Grisalhos, sobre uma mulher de 40 anos que procura um médico para tentar engravidar. “Vocês não imaginam o quanto pode ser humilhante uma visita ao ginecologista”, diz a atriz. Em seguida Divulgação
D
uas semanas após estrear como uma das novas apresentadoras do programa Saia Justa, do canal pago GNT, a atriz Maitê Proença está pronta para revelar aos paulistanos uma nova ramificação de seu talento – a dramaturgia. É dela o texto do espetáculo Achadas e Perdidas, que estréia hoje no Teatro de Cultura Artística, com direção de Roberto Talma. Depois de 20 anos de carreira na televisão e no cinema, parte dos quais dedicada a provar que tinha a oferecer alguma coisa além de sua impressionante beleza, Maitê decidiu agora transformar em teatro algumas crônicas publicadas em Entre Ossos e Escrita, livro que ela lançou em 2004. “Antes de criar coragem para assinar a adaptação, pedi para que três ou quatro escritores fizessem isso por mim”, diz a atriz. “Mas não funcionou. Quando você sabe exatamente o que quer, ninguém consegue fazer por você”. Achadas e Perdidas é uma comédia composta por seis esquetes que trazem sempre o ponto de vista feminino a respeito de assuntos
surgem Meninas, em que duas crianças conversam sobre a vida e a morte durante um velório, Amor da Minha Vida, seqüência ambientada em uma rodoviária, na qual duas mulheres despedem-se de seus amores, e, finalmente, Unhas do Inconsciente, descrito como o momento mais introspectivo da peça, que mostra uma mulher vítima de um ataque de pânico ao término de um dia normal de trabalho. “O poeta Mário Quintana disse, certa vez, que ao longo da vida ele não escreveu uma só linha que não fosse sobre ele mesmo. Sem querer me comparar a ele, eu também não escrevi, neste espetáculo, uma só história que não fosse ao meu respeito”. Maitê Proença não acredita, embora também não descarte, a
possibilidade de que Achadas e Perdidas represente o primeiro fruto de uma futura carreira como autora teatral. “Novas idéias eu tenho, o que não tenho agora é tempo de escrever. Escrever, para mim, exige instrospecção. Eu tenho de me trancar, de me isolar mesmo”. Além de sua participação no Saia Justa que, segundo ela, exige a leitura de uma série de livros e jornais, a atriz acaba de ser escalada para participar da minissérie Amazônia, de Galvez a Chico Mendes, escrita por Glória Perez e que começa a ser gravada nas próximas semanas. “Além de tudo isso, eu não quero ficar me exibindo por aí, dizendo que virei dramaturga. Escrever tem de ser uma necessidade real e não um gesto de exibicionismo”. Achadas e Perdidas, estréia hoje na Sala Rubens Sverner do Teatro de Cultura Artística, Rua Nestor Pestana, 196, tel.: 3258-3344. Sexta e sábado às 21h, domingo às 18h. Ingressos de R$ 50 a R$ 60.
Fotos: Divulgação
Sob o signo da ambição
Espetáculo Máquina Zaratustra procura interpretar o universo de Nietzsche (à esquerda) e de Artaud, Deleuze e Guattari, fundamentais para o pensamento filosófico do século 20
A
os poucos, o teatro vai se encarregando de tornar mais palatável a obra do filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900), o pensador que um dia assinou o atestado de óbito de Deus. Depois do sucesso do espetáculo Quando Nietzsche Chorou, que mostra um encontro fictício entre o filósofo e o médico austríaco Joseph Breuer, conselheiro de Freud e um dos pais da psicanálise, a obra do alemão serve agora de fonte para o espetáculo de dança-teatro Máquina Zaratustra, alusão direta à obra Assim Falou Zaratustra, escrita no final do século 19, quando Nietzsche levava uma vida nômade por localidades da Suíça, Itália e França. Máquina Zaratustra, que teve adaptação a cargo de Maura Baiocchi e Wolfgang Pannek, foi gerada sob o signo da ambição. É uma peça de duas horas e meia de duração que se propõe a interpretar não somente o universo
de Nietzsche, mas também o dos escritores e intelectuais franceses Antonin Artaud (1896-1948), Gilles Deleuze (1925-1995) e Félix Guattari (1930-1992), fundamentais para o pensamento filosófico do século 20. O espetáculo não pretende reproduzir em cena a trajetória de Zaratustra. Em vez disso, quer propor uma discussão sobre um assunto que parece ter sido caro aos quatro escritores nos quais ele se baseia: o combate entre a afirmação e a negação da vida, sem se prender a nenhum tempo determinado. (SR) Máquina Zaratustra, estréia hoje, sexta, dia 11, no Teatro João Caetano, Rua Borges Lagoa, 650, tel.: (11) 5549-1744. De sexta a domingo às 20h. Ingressos a R$ 10.
m 1928, a escritora inglesa Virginia Woolf (foto abaixo) realizou duas palestras explosivas no Girton College Cambridge, nas quais apontava a pobreza e a repressão sexual como dois dos principais fatores que cerceavam o florescimento de uma literatura genuinamente feminina. Citou, como exemplo, as condições em que foram criadas as obras de Jane Austen e Charlotte Brontë. Para desespero dos puristas, falou ainda sobre uma talentosíssima e imaginária irmã de Shakespeare. No ano seguinte, o conteúdo das duas palestras foi publicado em forma de livro, batizado de Room of One’s Own (Um Teto Só Seu). Vertidas para o teatro pela atriz Lucia Romano e pelo dramaturgo Celso Cruz, as duas palestras de Virginia Woolf deram origem ao monólogo Gato Sem Rabo (foto acima), que estréia hoje no Centro Cultural São Paulo. Gato Sem Rabo obedece, embora sem tanto rigor formal, a estrutura típica das palestras. Em cena, Lucia Romano discorre sobre a mulher e a literatura, acentuando a 'importância de um lar e de um subsídio para que as artistas possam cumprir com independência seu papel de criadoras. A palestra, no entanto, não transcorre sem incidentes: em dado momento do espetáculo, a discussão escapa do controle da narradora e avança por rumos inesperados. A atriz afirma que o título da peça pode servir como uma espécie de síntese da produção literária de Virginia Woolf. Durante a palestra, a narradora fala sobre a visão de um gato sem rabo em seu jardim – uma imagem que desafia a harmonia da natureza e o equilíbrio das coisas. “É sobre isso que a peça fala, deste estranhamento que sentimos diante do mundo”, diz a atriz. (SR) Gato Sem Rabo, estréia hoje, sexta (11), no Centro Cultural São Paulo, Rua Vergueiro, 1000, tel.: (11) 33833400. Sexta e sábado às 21h, domingo às 20h. Ingressos a R$ 12.
8
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Tr i b u t o s Finanças Imóveis Nacional
sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de agosto de 2006
Cerca de R$ 22,8 bilhões seriam suficientes para reduzir o déficit habitacional em 25%
INADIMPLÊNCIA MENSAL ATUALMENTE É DE 15%
INVESTIMENTO EM INFRA-ESTRUTURA E SANEAMENTO TAMBÉM AUMENTARIA QUALIDADE DE VIDA DA NAÇÃO
HABITAÇÃO PODE MELHORAR IDH DO PAÍS
A
recém-nascida União Nacional da Construção (UNC), entidade que congrega associações e sindicatos pertencentes a toda a cadeia produtiva da construção civil, apresentou ontem um estudo que se propõe a estabelecer relações entre investimento em infra-estrutura, habitação e saneamento e suas conseqüências para o desenvolvimento sustentável do País, assim como a melhora do Brasil no ranking de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O material foi apresentado ao candidato à Presidência da República Geraldo Alckmin (PSDB) e deve ser encaminhado a todos os demais presidenciáveis. O estudo, feito a pedido da UNC pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), propõe que o governo federal invista R$ 30 bilhões anualmente entre 2007 e 2010 nesses setores, para aumentar a taxa de investimento total da economia. Com esse apoio, o número que, em 2005, ficou em 19,9% do Produto Interno Bruto (PIB), passaria para 21,4% do PIB. Incrementaria ainda a taxa de crescimento anual do PIB per capita em um ponto percentual. Mantido o investimento, o estudo diz que é possível ao País chegar a 2010 com IDH igual a 0,815, se enquadrando, portanto, entre os países com o índice mais elevado. Hoje, o
Brasil está na 63ª posição, com IDH igual a 0,792. Entre as áreas que o estudo define como de prioridade em infra-estrutura está a malha rodoviária, que, segundo o levantamento, necessitaria de R$ 47 bilhões nos próximos quatro anos para recuperação e expansão. Com relação à geração de energia elétrica, o investimento necessário seria de R$ 27 bilhões no período, recurso direcionado à geração de nova energia e transmissão. Em saneamento, que compreende, de acordo com o estudo, distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto e desenvolvimento e melhoria das estruturas já instaladas, os recursos necessários entre 2007 e 2010 teriam de ser de R$ 47 bilhões. Em relação ao déficit habitacional – outra prioridade de investimento na opinião das entidades – seriam necessários R$ 22,8 bilhões nos próximos quatro anos. Segundo o estudo, esse montante seria suficiente para reduzir em 25% o déficit atual, que é de cerca de 3,5 milhões de unidades habitacionais. Como justificativa para esses investimentos, o estudo registra que "nas últimas décadas o Brasil se voltou para a estabilização da economia e perdeu o foco do planejamento indutor do desenvolvimento econômico e social". Renato Carbonari Ibelli
Decisões favorecem quem questiona o ITBI
A
justiça paulista de primeira instância concedeu mais duas decisões favoráveis aos contribuintes que estão contestando a alteração da base de cálculo do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis Inter-vivos (ITBI), instituída pelo Decreto nº 46.228, de setembro de 2005, de autoria da prefeitura. A primeira é uma sentença obtida pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi) e publicada no Diário Oficial do Município no último dia 4. A medida vai beneficiar os 40 mil associados da entidade. A segunda é uma liminar impetrada pela consultoria Caminho Legal. Segundo o advogado que representou o Secovi, Roberto Junqueira de Souza Ribeiro, dificilmente a Prefeitura vai conseguir derrubar as decisões favoráveis aos contribuintes. Para ele, os argumentos utilizados nas ações são muito fortes. O principal alvo das contestações é a inconstitucionalidade da norma. De acordo com os especialistas, o fato de a alteração ter vindo por decreto municipal, em vez de lei, fere o princípio constitucional da legalidade.
Critérios – Outro ponto é que, com a alteração, o contribuinte não sabe mais quais critérios foram usados pela Prefeitura para chegar aos valores dos imóveis. Também pesa contra o decreto a dissociação da base de cálculo do valor do ITBI e do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). "Não adianta desvincular os dois impostos para se fazer o cálculo porque juridicamente eles são ligados e têm a mesma base", afirmou Ribeiro. A ação do Secovi também beneficia os 100 mil filiados da Associação das Administradoras de Bens Imóveis (Aabic), que são ligados ao sindicato. Já a liminar, concedida ontem pela 14ª Vara da Fazenda Pública, foi comemorada pelo diretor da consultoria Caminho Legal, Adermir Ramos da Silva Filho, por trazer uma peculiaridade em seu despacho. "Toda ação que pleiteia o não pagamento de um tributo exige o depósito em juízo do valor questionado. Nesta decisão, o juiz não fez tal exigência, o que mostra que o Judiciário vem reconhecendo a ilegalidade do decreto", disse. Márcia Rodrigues
Marcos Feranndes/Luz
Membros da UNC e da FGV apresentaram estudo sobre investimento que será levado a candidatos à Presidência da República
^
INADIMPLENCIA LEI TORNA MAIS ÁGIL A COBRANÇA DE CONDÔMINO
A
Lei Federal nº 11.232/05, que entrou em vigor no final de junho, deve acelerar os processos de cobrança de dívidas em início da fase de execução. Um dos setores que espera ser beneficiado com a nova norma é o de condomínios, que prevê uma queda de 50% na inadimplência mensal, atualmente em 15%. Só no primeiro mês de validade da lei, o Grupo Hubert Imóveis, por exemplo, sentiu uma queda de 7% para 5% na inadimplência mensal. Isso porque a medida simplificou a cobrança de dívidas e estabeleceu uma multa de 10% sob o montante total devido, caso o devedor não pague o débito em 15 dias a contar da data da sentença de condenação. No caso dos condôminos inadimplentes, por exemplo, os 10% vão recair sobre o valor total da dívida, que já envolve os 2% previstos no Novo Código Civil (NCC) mais juros e custas e cobranças processuais. O assessor jurídico do Sindicato da Habitação e Condomínios de São Paulo (Secovi-SP), João Paulo Rossi Paschoal, conta que antes do Código Civil entrar em vigor, em 2003, a taxa de inadimplência nos cerca de 40 mil condomínios existentes em São Paulo era de aproximadamente 8%. Com o NCC, que reduziu a multa em
Luludi/Luz
Paschoal, do Secovi: novas regras devem trazer inadimplência para algo em torno de 7%
caso de não pagamento de 20% para 2%, o percentual de devedores subiu para 15%. "Com as novas regras, esperamos que essa taxa volte para os 7% ou 8%, no máximo", diz. Outra novidade trazida pela lei é o fato de não ser mais necessária a presença de um perito para estabelecer o valor dos bens que serão penhorados. Caso o inadimplente não quite o débito depois de aplicada a multa de 10%, o próprio oficial de justiça poderá fazer a análise. "O oficial pode, por exem-
plo, definir o valor de um imóvel, questionando vizinhos e corretoras. Isso vai agilizar muito o processo", afirma Hubert Gebara, vice-presidente de condomínios do Secovi-SP e diretor do Grupo Hubert. Além disso, a dificuldade de encontrar o devedor para entregar em mãos a intimação não existe mais. Com a nova lei, o juiz poderá mandar intimar o advogado do inadimplente por meio do Diário Oficial, para que o débito seja pago em até 15 dias. "Só depois
desse prazo, para intimar a penhora, é que um oficial de justiça terá de procurar o devedor. Mas como ele mesmo pode fazer a avaliação, tudo fica mais rápido", explica José Antônio Ferraroni, advogado do Grupo Hubert. Ferraroni conta que realizou uma pesquisa com os 350 condomínios e 25 mil condôminos que compõem o Grupo e detectou um aumento de 34% no número de acordos firmados com inadimplentes depois da lei. Clarice Chiquetto
Câmara resolve conflitos nos prédios berta há menos de um mês, a Câmara de Mediação do Sindicato da Habitação e Condomínios de São Paulo (Secovi-SP) recebeu cerca de 60 consultas de condôminos e síndicos e realizou ontem sua primeira sessão. O caso é de um condômino do andar de baixo, que está insatisfeito com os ruídos produzidos pelo morador do andar de cima. Eles souberam da
A
inauguração da câmara e decidiram resolver o problema de maneira mais rápida e econômica que na Justiça. O conflito não foi resolvido na primeira sessão. Mas o processo de conciliação está adiantado. Márcio Chéde, diretor do Secovi e responsável pela câmara, explica que, para usar a mediação, é preciso que uma das partes procure o sindicato e exponha a situação. "Nós, então,
entramos em contato com a outra parte. Os dois lados têm que aceitar a interferência da câmara", detalha. Para solucionar o problema é convocado um mediador do Instituto Familiare, um dos primeiros a introduzir no Brasil as soluções alternativas de conflitos. Chéde acredita que 60% dos casos que chegarão à câmara serão relacionados a problemas gerais entre condôminos e
serão solucionados em duas sessões. "Será necessário um tempo maior apenas para problemas com construtoras. Nesses casos, talvez precisemos de um ou dois meses", afirma. Além de a mediação ser mais rápida do que a Justiça, o custo também é menor, pois envolve apenas o pagamento do mediador. No caso do Secovi, é de R$ 100 por hora, divididos entre as partes. (CC)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4
sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de agosto de 2006
Internacional Carl de Souza/AFP
Houve várias detenções no Paquistão realizadas em coordenação com as prisões na Reino Unido. Tasnim Aslam, chanceler paquistanesa
10 AVIÕES, UM A UM, EXPLODINDO NO CÉU... Essa a operação, "com digitais da rede Al-Qaeda", que a polícia de Londres diz ter abortado. Grupo planejava explodir aviões em vôos entre a Inglaterra e os EUA. Vigilância nos aeroportos foi redobrada e vôos cancelados.
O
Jessica Rinaldi/Reuters
Toby Melville/Reuters
Carl de Souza/AFP
Policiais tomaram os aeroportos de Londres e ninguém pode entrar com líquidos em aviões. Vários vôos foram cancelados.
Israel freia ofensiva de olho em possível cessar-fogo Proximidade de um acordo entre França e EUA sobre conflito coloca tropas israelenses em espera
D
epois de semanas de impasse, ontem à tarde os países envolvidos nas negociações para o fim da guerra no Líbano e Israel no Conselho de Segurança da ONU pareciam ter chegado a um entendimento sobre o texto da resolução que seria discutida ontem no Conselho. Mas à noite ainda não havia uma definição. A Rússia pediu um cessar-fogo de 72 horas para permitir a ajuda humanitária no Líbano. Segundo a edição online do diário israelense Haaretz, o acordo prevê a retirada gradual dos mais de 10 mil soldados israelenses do sul do Líbano, à medida que forem chegando as tropas do Exército libanês, reforçadas pela força de observação da ONU na região, a Unifil, que tem hoje 2 mil soldados. A Unifil passaria a contar com 20 mil homens, de países como França, Espanha, Itália e Austrália, que ofereceram tropas. Em Jerusalém, um assessor do primeiro-ministro Ehud Olmert comentou que a nova proposta "tem significado positivo, que pode pôr fim à guerra". "Estamos obtendo progresso e é inteiramente possível que possamos ter a votação amanhã (hoje)", disse o embaixador ameri-
plano vinha sendo preparado há meses e seu objetivo era de uma matança quase inimaginável. Um após outro, dez aviões de passageiros teriam explodido no céu, matando centenas de homens, mulheres e crianças. Terroristas supostamente usariam explosivos líquidos para explodir aviões que decolariam da Inglaterra com destino aos Estados Unidos (leia abaixo). A descoberta do plano foi anunciada ontem de manhã pelo ministro do Interior do Reino Unido, John Reid. Antes, de madrugada, segundo a Scotland Yard, pelo menos 21 pessoas foram presas em Londres e cercanias, em sua maioria jovens cidadãos britânicos de religião muçulmana. Eles integrariam o grupo que realizaria os ataques a bordo das aeronaves com explosivos líquidos carregados em suas bagagens de mão. Com a descoberta do plano, uma enorme operação de segurança foi montada nos aeroportos, principalmente em Heathrow, o principal de Londres. Vôos com destino à cidade que ainda não haviam saído de suas origens foram suspensos. Todos os vôos com destino aos Estados Unidos foram cancelados. As autoridades pediram à população que evite ir ao aeroporto de Heathrow. Para os passageiros que estão conseguindo embarcar, foi proibido o porte de qualquer bagagem de mão. Itens essenciais com passaportes, medicamentos e dinheiro têm de ser colocados em sacos de plástico transparentes. Com essas medidas, enormes filas de passageiros se formaram, já que trata-se do pico das férias de verão no hemisfério Norte.
O primeiro-ministro Tony Blair, que está de férias no Caribe, informou o presidente dos Estados Unidos, George Bush, sobre a situação durante a madrugada. O presidente americano, George W. Bush, disse que o plano terrorista abortado em Londres foi um "lembrete sério de que esta nação está em guerra com os fascistas islâmicos". "Este país está mais seguro do que era em 11 de setembro", disse Bush. "Tomamos uma série de medidas para proteger os americanos mas obviamente não estamos completamente seguros... É um erro acreditar que não há ameaça aos Estados Unidos da América". Autoridades responsáveis pelo combate ao terror disseram que o plano desbaratado em Londres parece ter as impressões digitais da Al-Qaeda, e pode inclusive ser o "Big One" temido desde o 11 de setembro de 2001, particularmente pela aproximação do aniversário de cinco anos da tragédia. "Em termos de escala, ele provavelmente pretendia ser... um novo 11 de setembro", disse Jean-Charles Brisard, um investigador particular francês que trabalha com advogados de muitas vítimas do 11 de setembro. "Envolvia as mesmas ferramentas, os mesmos equipamentos e dispositivos de transporte." Agentes antiterror vinham rastreando os alegados conspiradores já fazia meses, e fizeram detenções em Londres e seus subúrbios, e também em Birmingham. "Em comparação, os ataques no metrô de Londres parecem brincadeira de criança", analisou Andrea Nativi, pesquisador do Centro Militar de Estudos Estratégicos de Roma.
Ramzi Haidar/AFP
Mulher libanesa carrega todos seus objetos para a fuga com a família
cano na ONU, John Bolton. Segundo a edição online do jornal britânico The Independent, as forças de defesa israelense decidiram frear as ações por terra – apesar da aprovação do governo para ampliar a ofensiva – como sinal de respeito aos esforços diplomáticos que estão sendo realizados em Nova York para uma solução do conflito. Aparentemente, França e EUA teriam avançado nas negociações em tornode um esboço de resolução elaborado em conjunto no fim de semana e que rejeitado por Israel e também pelo primeiroministro do Líbano, Fuad Siniora, porque não previa a re-
tirada israelense nem um cessar-fogo imediato. Israel só aceitava remover suas tropas depois da chegada de uma força multinacional de paz, com poder de intervenção caso uma das partes rompesse a trégua e voltasse a atacar. Na terça-feira, o gabinete de Siniora aprovou o envio de 15 mil soldados do Exército libanês para o sul. Mas a via diplomática pareceu esvanecer-se no dia seguinte, depois que o gabinete do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, aprovou a expansão da ofensiva militar. Ontem, aviões israelenses despejaram panfletos sobre Beirute, advertindo os mora-
dores dos bairros xiitas sobre uma possível ofensiva "forte e dolorosa". Um navio de guerra israelense disparou dois mísseis contra um histórico farol de navegação desativado, convertido em torre de transmissão e recepção, usada pelo Exército e pela polícia libanesa. E tanques de Israel entraram em Marjayoun, no sul do Líbano, ocupando a área e detendo 350 policiais. Pelo menos um soldado israelense morreu e outro ficou ferido. Dirigidos aos "cidadãos de Beirute", os panfletos mencionam o pronunciamento à nação feito na véspera pelo líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah e citavam os bairros xiitas de Haye al-Sellum, Bourj alBarajeh e Cheiah, a mensagem recomenda: "Para sua segurança, você tem de se retirar imediatamente". Nos episódios de violência de ontem, pelo menos quatro pessoas morreram no sul do Líbano e duas perderam a vida no norte de Israel. As primeiras fissuras no apoio doméstico quase unânime à guerra de Israel no Líbano surgiram ontem, com destacados intelectuais e políticos discordando da decisão de Israel. (Agências)
Alerta contra a química do terror Susto com a possibilidade de "bombas líquidas"
A
possibilidade de terroristas passarem pela segurança e entrarem em aviões levando líquidos como acetona ou alvejantes de roupas e misturá-los "explosivamente" durante o vôo, suscitada pela descoberta e desmonte do complô no aeroporto de Heathrow, em Londres, expôs uma importante vulnerabilidade do esquema de segurança das agências encarregadas de zelar pela seguranças do transporte aéreo de passageiros. Os americanos estão proibidos, desde ontem, de carregar pasta de dentes, bronzeador, gel para cabelos ou qualquer outro tipo de produto líquido ou gelatinoso na bagagem de mão quando viajam de avião. A normas introduzidas às pressas para lidar com a nova forma de ameaça terrorista revelada pelo episódio
causaram transtornos em praticamente todos os grandes aeroportos americanos. Com os guichês das companhias aéreas e as áreas de inspeção de segurança de passageiros e bagagens de mão subitamente congestionados por enormes filas, várias empresas relaxaram as regras e passaram a permitir que as pessoas despachassem uma terceira mala com os produtos na bagagem de mão sem custos, além das duas permitidas, para apressar o processo de embarque. O secretário de Segurança Interna dos EUA, Michael Chertoff, disse não haver indícios de que uma ação teria sido planejada dentro do território americano. Os Estados Unidos elevaram a "vermelho" o nível de alerta a vôos procedentes da Grã-Bretanha, o que indica grande risco de ataque.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
2 -.LAZER
sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de agosto de 2006
TELEVISÃO O Super-homem, nos bastidores. Villela, língua solta. E Sirimim.
O
Superman, o Retorno: (acima); Hillary e Bill Clinton, e Nancy e Ronald Reagan: em Apaixonados Pelo Poder
Sérgio Roveri
Fotos: Luludi/LUZ
Fotos: Divulgação
Temos em nós mesmos um repertório do qual não nos apartamos jamais: meu circo-teatro, minha Minas Gerais, a rua. Gabriel Villela
Superpais, super-heróis? Regina Ricca
O
domingão é dos pais, mas caberá a um conhecido superherói ocupar a programação da televisão um pouco antes da hora do almoço. Às 11h da manhã o canal E! vai mostrar os bastidores da superprodução do novo Superman que está em cartaz nos cinemas. O especial conta, por exemplo, sobre a verdadeira ‘guerra’ travada nos estúdios em Hollywood entre os diretores Tim Burton e Kevin Smith para ver quem seria o escolhido pra trazer o Super-homem de volta às telas. Todo cuidado era pouco, já que Superman IV – Em Busca da Paz (1987) afundou a franquia. Venceu Bryan Singer, que escolheu o novato Brandon Routh como o protagonista de seu filme – o que acabou pondo fim aos planos do astro Nicholas Cage, que já havia se oferecido para viver o herói. Além de ouvir os principais envolvidos neste ambicioso projeto, o programa revela como foram filmadas algumas complicadas cenas de efeitos visuais.
Os pais, porém, não vão deixar de ser homenageados no seu dia. No Universal Channel, dois filmes que têm tudo a ver com a difícil arte da paternidade entram em cartaz a partir das 21h. O primeiro é O Paizão, estrelado pelo impagável Adam Sandler, que vive Sonny, rapaz de 32 anos, formado em Direito, que evita em assumir as responsabilidades da vida adulta. Para provar a ex-namorada que pode levar a vida a sério, Sonny assume a custódia de Julian, um garotinho que bate à sua porta e ao qual vai dedicar um método revolucionário em criar uma criança. Em seguida entra no ar Um Grande Garoto, delicioso drama-comédia adaptado do livro homônimo de Nick Hornby. Hugh Grant interpreta Will Freeman, um homem de cerca de 30 anos que inventa ter um filho apenas para ir às reuniões de pais solteiros, onde tem a oportunidade de conhecer mães também solteiras. Até que ele conhece o jovem Marcus (Nicholas Hoult), um
Casal Gorbachev: interesses políticos acima de tudo
garoto de 12 anos, filho órfão de pai, que vive com sua mãe totalmente deprimida em casa. Na quarta (16), às 21h, preste atenção a mais uma das boas estréias do canal GNT: a série Apaixonados Pelo Poder. Em três programas, você vai acompanhar as vidas públicas e privadas de figuras conhecidas no cenário político mundial, como Nancy e Ronald Reagan, Bill e Hillary Clinton e Raisa e Mikhail Gorbachev. No primeiro episódio, confira como Nancy Reagan cuidava com mão de ferro das relações públicas, dos contatos influentes e da imagem impecável do casal. No segundo, na quinta, o foco recai sobre Hiillary Diane Rodham Clinton, senadora pelo Estado de Nova York, que como primeira-dama conduziuse de maneira estóica durante o escândalo em que o maridopresidente Bill, descrito pelos jornais como "patologicamente obcecado por sexo e um homem sem o mínimo controle", foi acusado de praticar atos impróprios com uma estágiária da Casa Branca, a famosa Mônica Lewinski. Na sexta, confira os bastidores da relação entre Raisa e Mikhail Gorbachev, casal que nunca escondeu que sua relação estava ligada mais aos interesses políticos do que pessoais, o que ajudou Gorbachev a ganhar cada vez mais força entre os dirigentes russos e no mundo. Em 1991, acompanhe como Raisa precisou superar também uma traição do marido que veio a público, mas graças à sua discrição e elegância ela continuou, até sua morte, uma figura sempre respeitada na Rússia.
O dedo, os narizes dos palhaços, as máscaras, o papelão apontam para fora do picadeiro, rumo ao coração do homem. Gabriel Villela
TEATRO
Em comunhão com a natureza
E
m Riachinho Sirimim, um conjunto de quatro crônicas publicadas logo depois de sua morte, o escritor mineiro João Guimarães Rosa registrou, com seu habitual lirismo, os hábitos e as histórias de pequenos povoados às margens do Sirimim, um minúsculo afluente do Rio São Francisco. Seduzida pelo relato do escritor, a atriz Selma Egrei batizou de Sirimim o sítio que mantém há mais de 40 anos na região do Alto da Maromba, em Visconde de Mauá, divisa entre São Paulo e Rio de Janeiro, e ainda deu o mesmo nome para o
riacho que corta a propriedade. Era questão de tempo até que esta paixão pelo Sirimim e sua gente chegasse ao palco. Demorou, mas aí está. Combinando trechos do original de Guimarães Rosa com os “causos” que ela mesma coletou junto aos moradores do seu próprio Sirimim, a atriz escreveu o monólogo S irimim, que acaba de entrar em cartaz no Teatro Sérgio Cardoso, com direção de Fábio Namatame. “Juntei o que havia de mais rebuscado e poético em Guimarães Rosa com o linguajar simples do povo da
roça que eu conheço”, diz a atriz. “Sei que é uma grande ousadia enfileirar meu texto ao lado do de Guimarães Rosa, mas tive esta coragem”. No espetáculo, Selma Egrei preserva um contato direto com a platéia, dispensando algumas convenções do teatro, como cortinas, blecautes e o terceiro sinal. “Quando o público entra na sala, já estou sentada, contando minhas histórias. Não existe nenhum glamour”. Sirimim, o espetáculo, discorre sobre a natureza, mas sem o discurso engajado dos ambientalistas. É mais
uma comunhão entre o homem e aquilo que de mais simples está ao seu redor. Um vídeo de cinco minutos, com imagens do sítio da atriz e outras de conteúdo mais abstrato, acentua o caráter intimista da peça. (SR) Sirimim, Sala Paschoal Carlos Magno do Teatro Sérgio Cardoso, Rua Rui Barbosa, 153, tel.: (11) 3288-0136. Espetáculos quartas e quintas às 21h. Ingressos a R$ 20.
Divulga
ção
LEITURA
E
PAI
Gabriel Villela, política e dança.
Aprendi com meu
PERFIL
dramaturgo alemão George Büchner escreveu a comédia Leonce e Lenano século 19, o que não impediu o diretor mineiro Gabriel Villela de encontrar na trama uma brecha para introduzir sua crítica aos atuais rumos da política brasileira. No espetáculo, em cartaz no Sesc Avenida Paulista, o público irá encontrar referências ao comportamento de políticos como Paulo Maluf e o presidente Lula. A gestão do Ministério da Cultura também é alvo da pontaria afiada do diretor. Nesta entrevista ao DC, Villela fala de sua proposta de encenação para o espetáculo que narra a história de dois jovens príncipes que fogem de seus respectivos reinos. DC: Você diz que Leonce e Lena é parte de uma trilogia niilista, que inclui Esperando Godot, de Samuel Beckett, já montada, e Calígula, de Albert Camus, prevista para o ano que vem. O que você espera transmitir com esta trilogia e como Leonce e Lena se encaixa nela? Gabriel Villela: A palavra “transmitir” é complicada para os artistas. Muitas vezes o assunto está nas entrelinhas, está cifrado na encenação. Outras vezes, o receptor tem dificuldades em decodificar de imediato as idéias. Niilismo, que também é nada, é a goma arábica que une e cola estes três grandes dramaturgos na mais alta prateleira da literatura teatral. Veja também como é curioso o niilismo mineiro: nonada. Em que momento da encenação você sentiu que seria pertinente fazer referências ao atual momento político brasileiro? Muito antes de Esperando Godot, Leonce e Lena tinha se tornado, para mim, um texto necessário por causa do conteúdo paródico. O momento exato para fazer as referências foi quando o mensalão, o PCC, as sanguessugas, o cinismo do José Dirceu e os três macaquinhos de marfim do presidente Lula encheram meu saco. Nesta peça você está promovendo uma espécie de resgate do seu próprio trabalho? Acho que em arte ou a gente faz ou dança a dança de São Gonçalo: um passo para frente, um passo para trás. Temos em nós mesmos um repertório do qual não nos apartamos jamais: meu circo-teatro, minha Minas Gerais, a rua. O Brasilzão lá de dentro, interiorano, a mitologia agrária, nossa prosódia. Não acho que seja resgate. É herança verdadeira mesmo. Mais a alta ironia literária dos mineiros, é claro. Como encenador, o que você acredita ser mais trabalhoso: dar conta da adaptação deste texto alemão e torná-lo fluente na boca dos atores ou preocupar-se com o visual elaborado da encenação? Trabalhoso mesmo é buscar uma pedagogia e aparelhar todo o elenco de acordo com as formas populares de representação. Trabalhoso é convencer a todos que sem uma fita crepe, um gay e um bom texto não é possível fazer um bom teatro. A montagem deixa clara uma postura muito crítica do diretor. Em Leonce e Lena, você está apontando o dedo para exatamente o quê? A montagem deixa clara uma visão de mundo, penso eu. Imundo! O dedo, os narizes dos palhaços, as máscaras, o papelão apontam para fora do picadeiro, rumo ao coração do homem. Estou apontando para o perigo. Estou mirando a travessia.
m qual episódio da sua vida você recebeu a maior, a mais marcante lição de seu pai? Essa pergunta foi o ponto de partida do jornalista Luís Colombini para coletar o depoimento de 54 pessoas respeitadas do mundo das artes e negócios. O resultado é o livro Aprendi com Meu Pai (Editora Versar, 251 páginas, R$ 34,90), que reúne histórias inspiradas de gente que nunca tinha parado para pensar no assunto, umas emocionadas, outras raivosas. Divertido e tocante é o relato do apresentador William Bonner, que dizia ter, aos seis anos de idade “uma timidez paralisante”. Diante de uma bobagem dita no ônibus a caminho da escola, um colega passa a chantageá-lo. Pede balas e doces, para não contar à diretora que o pequeno William, na tentativa de falar algo engraçado, havia falado “Meu amor, minha vida, minha privada entupida”. Achando ter cometido um delito, pagou a chantagem diariamente até o pai desconfiar e perguntar porque o menino andava “macambúzio”. Envergonhadíssimo, revela o episódio ao pai, que instrui o filho a dizer ao chantagista: “Meu pai disse que hoje não tem bala. E que eu e você vamos contar tudo para a diretora”. A extorção acabou e Wiliam nunca mais esqueceu a lição. “A vida é sua. Estrague-a como quiser” é a frase que o músico André Abujamra diz ter ouvido durante toda a vida, proferida por seu pai, Antonio Abujamra. Sintético, caústico e taxativo, dava liberdade ao filho, desde que ele soubesse resolver sozinho seus problemas. Sozinho na Grécia, em viagem na qual embarcara como mochileiro, André ligou pedindo dinheiro ao pai. Não teve ajuda, ficou com raiva, sofreu e aprendeu a se virar, fazendo show de rua para comprar o almoço. Já o chef Alex Atala, que saiu de casa com apenas 14 anos de idade, afirma que “viva e deixe viver” foi a lição de seu pai. “Na adolescência, fui ingovernável. Não gostava da escola – tenho cinco expulsões no currículo. Vivia na rua. (...) Quando a família estava reunida e meus pais contavam a alguém que tinham um filho adotivo, a visita olhava direto para mim, o filho legítimo mas o único ruivo – e não para o Marcos, meu irmão de criação, moreno como minhas irmãs”, lembra. Deixá-lo descobrir os próprios caminhos foi a maneira que Milad Atala, hoje com 70 anos, achou para ensinar. Já o pianista João Carlos Martins leva consigo mundo afora a frase do pai, José da Silva Martins (morto aos 102 anos), para incentivá-lo a jamais desistir diante de dificuldades: “O impossível só existe no dicionário dos tolos.” Falam de seus pais neste livro também Ivete Sangalo, Roberto Dualibi, Zezé Di camargo & Luciano, José Mindlin, Klever Kolberg, Mauricio de Souza, entre outros. O autor propõe que seu mosaico de relatos “na pior das hipóteses”, sirva como material para um reflexão da relação entre pais e filhos. Na última página, propõe que o filho acesse a página da editora (www.versar.com.br) e escreva a sua lição, na seção Minha História, para anexar ao livro para homenagear o pai. Assim, pode ser uma dica de presente para o Dia dos Pais, no próximo domingo, dia 13. Mas talvez Aprendi com Meu Pai seja ainda mais adequado para leitura dos filhos. Lúcia Helena de Camargo
Selma Egrei: paixão pelo Sirimim
sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de agosto de 2006
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
1 A sociedade brasileira não tem consciência de quanto paga, como paga e porque paga impostos. Alencar Burti, presidente da ACSP
VIRADA DO IMPOSTÔMETRO PARA R$ 500 BILHÕES IRRITA POPULAÇÃO NO CENTRO DA CAPITAL PAULISTA
~
MEIO TRILHAO E spanto e indignação. Esses foram os sentimentos expressos pelas pessoas que passaram ontem pela Rua Boa Vista, no Centro de São Paulo, às 15h51, no exato momento em que o Impostômetro – painel eletrônico que monitora a arrecadação tributária em tempo real instalado na Associação Comercial de São Paulo (ACSP) – marcou a astronômica cifra de R$ 500 bilhões pagos pelos brasileiros em impostos municipais, estaduais e federais desde o início do ano. Para assinalar este marco, compareceram ao local os candidatos pela coligação PSDB/PFL ao governo do Estado de São Paulo, José Serra, e ao Senado Federal, Guilherme Afif Domingos, que ressaltaram a importância da redução dos tributos no País para que possa ocorrer desenvolvimento econômico e social (veja matéria nesta página). Vaias – À medida que o placar eletrônico acelerava na direção da marca de R$ 500 bilhões, mais pessoas se aglomeravam próximo ao prédio da ACSP e ao Impostômetro. Quando o valor foi atingido, vaias e gritos cresceram de intensidade à medida que se descreviam as obras e ações que poderiam ser efetuadas com o montante de impostos arrecadado até o momento. Depois de saber que, para cada R$ 4 pagos em impostos, apenas R$ 1 volta para a cidade de São Paulo, o auxiliar administrativo Nilson Martins ficou irritado. "Quando vejo o que pago, acho inadmissível e acredito que a tendência é piorar", criticou Martins, ao informar que foi uma campanha semelhante à do Impostômetro que o deixou mais consciente da enorme carga tributária imposta no Brasil. A mesma irritação sentiu o estudante Fernando Cazarin, que passava pelo local quando o painel eletrônico registrava mais de R$ 500 bilhões. Ao ser informado de que, com esse montante, seria possível comprar 23,8 milhões de carros populares, Cazarin desabafou: "Tenho sempre a sensação de que os impostos são altos e que não se vê o retorno. Muito imposto 'trava' a economia e não gera empregos. Passo sempre aqui e vejo que os números não diminuem", concluiu. Mais números – Segundo um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Planeja-
m e n t o Tr i b u t á r i o ( I B P T ) , atualmente, com os R$ 500 bilhões arrecadados em impostos também seria possível construir 18,5 milhões de casas populares, 38,4 milhões de novas salas de aula e 45,5 milhões de novos leitos hospitalares. São números expressivos mas que estavam fora do alcance das pessoas que acompanharam a virada do Impostômetro para essa cifra. Perguntada sobre o que seria possível fazer com o montante, a maioria não tinha a menor noção do quanto o valor representava. É o caso de Frederico Lima Ramos, que transitava pelo local no momento em que representantes do PSDB e do PFL discursavam contra a carga tributária brasileira. Depois de ouvi-los atentamente, o jovem disse que não tem noção do quanto paga de impostos em seu dia-a-dia. "Estou indignado. Sou de Pernambuco e esta é a primeira vez que venho a São Paulo. É muito imposto e não tenho a menor noção do que dá para comprar com R$ 500 bilhões. Mas acho injusto que a gente pague tudo isso", disse. Por mudanças – "Tem que mudar tudo porque tudo isso é injusto", criticou Jailton Silva Rodrigues, ao se deparar com a velocidade com que os números se movem no Impostômetro. Rodrigues também não sabia que, com esta quantia, é possível construir 38,4 milhões de novas salas de aula e alimentar a população brasileira por 14 anos. Mais consciente, o advogado Eduardo José de Jesus criticou o mau uso do dinheiro público proveniente dos impostos. "Os tributos são mal geridos e não existe uma contrapartida do governo em serviços públicos. Se houvesse, me conformaria", disse. Ao revelar que recebe uma aposentadoria mensal no valor R$ 1 mil, apenas, o aposentado pernambucano José Noberto disse, indignado, que "os políticos sabem muito bem o que estão fazendo com este dinheiro todo. O imposto que o brasileiro paga é muito mal distribuído", criticou. Ao final da manifestação, em frente ao prédio da ACSP, a população se dispersou comentando os números do Impostômetro. A conclusão a que muitos chegaram: o montante arrecadado poderia resolver muitos problemas que o País enfrenta. Paula Cunha
Leão faz acordo com Reino Unido
A
Receita Federal firmou um acordo de cooperação técnica com o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido para executar projeto de reforma institucional e aumento de capacidade nas práticas de investigação. Iniciado no último mês de junho, o projeto terá duração de 20 meses. A idéia é fazer uma reforma na estrutura administrativa e aprimorar a área de inteligência fiscal, por meio da troca de experiências entre os países. Segundo informação liberada ontem no endereço eletrônico da Receita Federal, o acordo começou a ser colocado em prática com o Seminário de Desenvolvimento Organizacional, realizado este mês em Fortaleza. Durante o evento, foram discutidas experiências de modernização institucional das administrações tributárias no México, Holanda, Reino Unido, Suécia e Argentina. Aprimoramento – Em nota,
a Receita informou que o aprimoramento no uso de técnicas de investigação na área de inteligência fiscal possibilita maior eficácia dos controles tributários e redução da evasão fiscal em função do combate à lavagem de dinheiro, às fraudes fiscais e aduaneiras, bem como outros crimes de sonegação e desvio de mercadorias. O acordo prevê ainda outras atividades de treinamento, aquisição de softwares (programas de computador) e consultorias para aumento da capacitação funcional. O projeto faz parte do Fundo de Oportunidades Globais, administrado pelo Reino Unido e coordenado pela Assessoria de Assuntos Internacionais da Receita Federal e pela Embaixada Britânica em Brasília. Alcança duas áreas específicas de atuação da Receita: a Coordenação Especial de Planejamento e Avaliação Institucional e a Coordenação-Geral de Pesquisa e Investigação. (AE)
Fotos: Luiz Prado
Frederico Lima: é muito imposto
Eduardo de Jesus: não há contrapartida
José Norberto: tributos são mal distribuídos
Masao Goto Filho/DC
Guilherme Afif Domingos e José Serra, candidatos ao Senado e ao governo do Estado de São Paulo, criticam a má distribuição dos impostos
São Paulo contribui muito, mas recebe pouco
A
convite da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), empresários e políticos participaram, ontem, do ato em frente ao painel eletrônico para registrar a marca de R$ 500 bilhões em impostos arrecadados desde o início deste ano. Logo na abertura, o candidato ao Senado, Guilherme Afif Domingos, da coligação PSDB/PFL, disse que, apesar da bateria de foguetes, a manifestação não tinha caráter festivo. Ao contrário, era para chamar a atenção da população. Segundo Afif, o Estado de São Paulo sofre uma grande injustiça, pois contribuiu com 42% do valor arrecadado em tributos e recebe muito pouco. De acordo com ele, dos R$ 500 bilhões recolhidos em tributos, apenas R$ 30 bi (6%) voltam ao Estado. "A gente sabe que é importante ajudar os outros estados, mas é muito importante que uma parte desse dinheiro venha para cá, pois temos carências em educação, saúde e transportes. Quem trabalha tem o direito de receber de volta aquilo que pagou em forma de benefícios públicos", defendeu Afif. Carga nas costas – O candidato a governador de São Paulo, José Serra, da coligação
PSDB/PFL, criticou a carga tributária que o brasileiro carrega nas costas. Segundo o tucano, em 2002, o contribuinte teve de trabalhar 134 dias para pagar impostos. No ano passado, foram 142 dias de trabalho. O candidato disse que pretende dar incentivos regionalizados para gerar desenvolvi-
mento e empregos. Benefícios – O tucano lembrou que o Estado de São Paulo já reduziu a carga tributária de 200 itens, como vestuário, álcool e calçados, e que a Prefeitura de São Paulo acabou com a taxa do lixo, além de criar, recentemente, a nota fiscal eletrônica, que permite o abati-
Imposto é entrave à economia, diz Ellen Gracie
A
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, tocou ontem na questão tributária durante evento na Associação Comercial do Rio de Janeiro, onde recebeu a medalha Visconde de Mauá, prêmio concedido pela entidade a pessoas que se destacam no mundo político e econômico. Em seu discurso, a ministra fez questão de revelar parte do conteúdo de uma carta escrita pelo seu bisavô a parentes em que explicava as razões do atraso do Brasil em relação à sua terra natal,
a Inglaterra: "Aqui, nunca se sabe quanto será preciso pagar em impostos". Para a ministra, o desabafo de seu bisavô, que chegou ao Rio de Janeiro em 1867, mostra que a imprevisibilidade em relação aos tributos é um problema antigo no País, que o impede de crescer economicamente. "Não há dúvida de que isso influencia negativamente a salutar concorrência comercial, ao acrescentar uma nota de insegurança entre as tantas variáveis com que cada empreendedor tem de enfrentar", disse a ministra. (DC)
mento de até 50% do IPTU. "Não há política assistencialista que possa contrabalançar o mal que o desemprego causa às famílias e às pessoas", disse Serra. E acrescentou: "O fundamental é que esse dinheiro (de impostos) seja bem gasto e que não prejudique atividades geradoras de emprego". Recursos – O presidente da Assembléia Legislativa, Rodrigo Garcia (PFL), defendeu também mudanças na distribuição de recursos aos estados. Na sua avaliação, a queda-de-braço do governo estadual com o federal por mais recursos para combate o crime organizado prejudica a população. "Ficou essa discussão de ajuda ou não ajuda (federal). A verdade é que São Paulo é um grande contribuinte e tem direito de receber mais recursos do governo federal. Isso não vem acontecendo", constatou o deputado. O presidente em exercício da ACSP, Alencar Burti, afirmou no encerramento do ato que a entidade busca há muito tempo conscientizar o cidadão. "A sociedade brasileira não tem consciência de quanto paga, como paga e porque paga impostos. Eventos com esse de hoje (ontem) despertam a consciência." Sergio Kapustan
Terror no céu O alvo seriam 10 aviões na rota Inglaterra/EUA. A arma, explosivos líquidos. Os autores, jovens britânicos de religião islâmica. Há 21 suspeitos presos. Os atentados poderiam marcar o 5º aniversário do 11/9. Aeroportos nos EUA e Londres (foto) viveram o caos. C 4 Carl de Souza/AFP
Ano 81 - Nº 22.189
São Paulo, sexta-feira a domingo, 11 a 13 de agosto de 2006
R$ 0,60
Jornal do empreendedor
Edição concluída às 23h50
w w w. d co m e rc i o. co m . b r Luiz Prado/LUZ
Comício contra a gula do Leão Impostômetro passa os R$ 500 bi e a voracidade do Fisco vira alvo dos candidatos Serra e Afif (foto). Veja também como foi o dia de campanha de Mercadante e Quércia. E 1 e Pág. 4.
Afif Domingos, candidato ao Senado, discursa ao lado de José Serra, tendo ao fundo o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo
Ibope: Lula vence Alckmin no 1º turno Reprodução
Eduardo Beck/AAN/AE
O presidente tem 46% dos votos e estaria reeleito se a eleição fosse hoje. Alckmin está com 21% e a senadora Heloísa Helena, 12%. Sob acusação de que teria recebido por antecipação as perguntas, Lula foi entrevistado ontem no JN da Globo e retomou o discurso-jargão: nunca se investigou a corrupção tanto quanto no "meu governo". Pág. 3
Gabeira, Biscaia, Aleluia e Jungmann (foto), o "quarteto fantástico" da CPMI, comemora na churrascaria a aprovação de relatório contra parlamentares acusados de corrupção. Página. 8
Roberto Stuckert Filho/Ag. O Globo
72 sanguessugas Feliz dia dos presos
Os 11 mil presos liberados para o Dia dos Pais começaram a sair ontem, como na foto, em Hortolândia, e a Polícia Militar entrou em rigorosa prontidão. Entre os soltos, 113 são do PCC e podem iniciar outra onda de violência. C 1 Guga Melgar/Divulgação
HOJE Parcialmente nublado Máxima 28º C. Mínima 16º C.
AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 27º C. Mínima 14º C.
Até que enfim é sexta-feira
No palco: Maitê Proença (foto) estréia Achadas e Perdidas.E show de bonecos (esq.). Leitura: os espelhos do escritor Jorge Luis Borges. Cinema: O Sol, documentário brasileiro. Roda do Vinho: o fã clube da Petite Sirah. Gastronomia: almoço especial no Dia dos Pais.
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de agosto de 2006
1 A lei prevê o benefício. Sou contrário à liberação, mas isso já é uma questão do Legislativo e do Judiciário. Coronel Elizeu Eclair Teixeira Borges, comandante-geral da PM
PRESOS NAS RUAS. PM DE PRONTIDÃO. Presos beneficiados com liberdade temporária começaram ontem a deixar seus presídios. Eles passarão o Dia dos Pais em casa e deverão se reapresentar segunda-feira. Ontem, o comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, coronel Elizeu Eclair Teixeira Borges, anunciou que a corporação estará sob rigorosa prontidão para evitar ataques do PCC durante o fim de semana. Ao todo, cerca de 11 mil presos têm direito ao benefício. Muitos deles integram a facção criminosa.
A
Polícia Militar de São Paulo preparou um esquema especial de segurança para o feriado do Dias dos Pais. Folgas e férias serão revogadas e policiais que atuam no setor administrativo serão deslocados para as ruas da capital. Bloqueios serão realizados nas principais ruas e avenidas de São Paulo. Se necessário, o helicóptero Gougar, do Exército e a serviço da PM, serão acionados. O objetivo é manter a cidade segura durante o fim de semana. Ontem, detentos de todo o Estado começaram a ser liberados para passarem o Dia dos Pais em casa. A prontidão da PM justificase em função de uma possível nova onda de ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que controla os presídios de São Paulo. A cúpula da polícia paulista, por meio de escutas e informações do serviço de inteligência, teria informações sobre novas ações criminosas a partir da madrugada de hoje. Contra – O comandante-geral da PM, coronel Elizeu Eclair Teixeira Borges, reiterou ontem sua posição contrária à liberação temporária de cerca de 11 mil presos que cumprem regime semi-aberto – entre eles 113 integrantes do PCC – beneficiados por bom comportamento. "A lei prevê o benefício. Sou contrário à liberação, mas isso já é uma questão do Legislativo e do Judiciário", afirmou Eclair. Ele disse ainda que os 113 presos são soldados e pilotos do PCC e que teriam capacidade de, em liberdade, montar novas células da organização para novos ataques. Até o começo da noite de ontem, a PM não sabia quantos desses 113 foram impedidos pela Justiça de sair de seus presídios e quantos foram autorizados. Questionado sobre um possível esquema de acompanhamento especial desses presos (que deverão se reapresentar na segunda-feira e, em alguns casos, na terça-feira), o comandante da PM afirmou que eles serão monitorados. Os instrumentos desse monitoramento serão os sistemas de câmeras das concessionárias de rodovias estaduais, no caso dos presos reclusos em presídios no interior. Enquanto vigorar o benefício, os presos em liberdade temporária deverão se apresentar à delegacia mais próxima ao local informado como moradia. Capital – A juíza Isaura Cristina Barreira, do Departamento de Execuções Criminais (Decrim), disse ontem à Agência Estado que decidiu liberar a saída de 15 dos 25 presos da capital apontados pela inteligência da PM como integrantes do PCC e de outras facções. "Não se pode negar todos os pedidos só por isso (ser integrante de organização criminosa)", justificou. "Há provas de que ele vai praticar ataques? Não. Então continua preenchendo os requisitos." Segundo ela, os outros 10 detentos tiveram pedidos negados devido à sua conduta carcerária e aos crimes cometidos. No total, 707 presos foram beneficiados na capital. Ontem, o preso Ciro Amaro Correia mal colocou o pé para fora da Penitenciária de Franco da Rocha e já foi detido. A polícia descobriu que ele fazia parte do grupo que comandou, de dentro da prisão, os ataques de segunda-feira. Alguns presos terão seus passos acompanhados pela polícia, afirmou a juíza. É uma forma de tentar impedir que usem o período em liberdade
Luiz Carlos Murauskas/Folha Imagem
Detentos da penitenciária Edgar Magalhães Noronha, no bairro do Una, em Tremembé, São Paulo, deixam a prisão para passar o Dia dos Pais em casa Hélvio Romero/AE - 09/08/2006
ESTUDO: 802 MEMBROS DO PCC ESTÃO EM LIBERDADE Comandante da Polícia Militar diz que grupo pode articular dezenas de ataques
A
O helicóptero Cougar poderá ser acionado a qualquer momento
para participar de eventuais novos ataques. Os 25 tiveram parecer favorável à saída por parte da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), que alegou considerar apenas o tempo de pena e a conduta carcerária. A SAP não tem como impedir que presos que não têm pai fossem beneficiados. O promotor Dimitrios Bueri, da área de Execuções Criminais, está revoltado com a postura da Justiça. "O direito de o preso sair não é absoluto. O verbo, na lei, é poderá. Por que a Justiça sacrifica o direito do cidadão de bem circular tranqüilamente e a ordem pública em prol de direito de preso?", questionou. Ele pediu – e a juíza negou – que a saída de todos fosse proibida, para prevenir envio de mensagens e participação dos presos em atentados. "Não estou só preocupado com o integrante do PCC. Os demais podem ouvir a ameaça de que, se não cumprirem suas ordens, morrem."
Interior – Apenas na capital o Ministério Público Estadual foi ágil – enviou a lista com os 25 nomes na segunda-feira para a Justiça. As promotorias do interior receberam as listas de suas regiões ontem da Procuradoria Geral de Justiça. Muitas Varas de Execução já haviam decidido a quem dar os benefícios e as saídas já ocorreram. Nas regiões oeste e noroeste do Estado, apenas 10 detentos apontados como membros de facções criminosas tiveram os benefícios negados pela Justiça. Até as 18h de ontem, 3.090 detentos dessas regiões haviam ido para as ruas. Outros 888 deveriam sair a partir de zero hora de hoje. Às 8h de ontem, 1.393 presos deixaram a penitenciária de Tremembé. A PM colocou 80 homens na operação. Nos portões, parentes, mulheres e filhos aguardavam a saída. (Reportagem local e AE) Mais PCC na página seguinte. A repercussão política está na página 5 do primeiro caderno.
Inteligência da Polícia Militar de São Paulo mapeou 802 integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) que estão em liberdade. Desses, 250 já cumpriram suas penas e voltaram para as ruas. O número pode parecer pequeno, mas o coronel Elizeu Eclair Teixeira Borges, comandante-geral da PM, afirmou que um pequeno número de integrantes da facção é suficiente para a realização de dezenas de ataques. Eclair deu como exemplo o caso de José Roberto da Silva e George Luiz da Silva que foram mortos pela PM na madrugada de segunda-feira, depois de assaltarem um posto de gasolina, atacado um banco e ateado fogo a um trólebus na zona leste de São Paulo. Daí também porque a PM teme muito a soltura de integrantes do PCC que estejam cumprindo pena no regime semi-aberto, mesmo que sejam poucos os beneficiados. Fotografias – Além de mapear os bandidos em liberdade, a inteligência reuniu fotografias e outras informações que podem ser utilizadas por todas as unidades da Polícia Militar no Estado. Elas mostram desde as características da impressão digital do criminoso até os nomes de seus comparsas, a região em que costuma atuar e o modo de atuação dos bandidos. Entre os que estão soltos só existe um integrante da cúpula da organização. Tratase do preso conhecido como Balengo ou BL. A inteligência fez um mapeamento dos líderes do PCC e descobriu 154 criminosos no primeiro, segundo e terceiro escalões,
além dos chamados pilotos (gerentes) da organização criminosa. A maioria dos chefes da facção criminosa está presa – a PM estima que mais de 90% dos líderes da facção estão nessa situação. A corporação possui ao todo as fichas completas de 5.012 integrantes do PCC. O
número é atualizado constantemente dentro do sistema de informações criminais chamado Fotocrim – no sistema existe ainda dados de 295 mil criminosos que atuam no Estado. É desse arquivo que saiu a lista de 113 presos que iam visitar os pais no fim de semana. (AE)
2
Finanças Imóveis Tr i b u t o s Nacional
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de agosto de 2006
Nem se o governo arriasse as calças, haveria espaço (para desonerações). Júlio Sérgio Gomes, secretário de Política Econômica.
GOVERNO ESTUDA ESTÍMULO A SEMICONDUTORES
CORTE DE IMPOSTOS VIRIA APENAS COM COMPENSAÇÃO, AFIRMOU SECRETÁRIO DE POLÍTICA ECONÔMICA
FAZENDA NEGA NOVAS DESONERAÇÕES
O
secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Júlio Sérgio Gomes de Almeida, negou ontem que o governo vá fazer novas desonerações tributárias neste ano. "Nem que o governo arriasse as calças haveria espaço", afirmou Almeida, que chegou de surpresa ao Comitê de Imprensa do ministério para espontaneamente dar essa declaração. Nesta semana, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, informou que o governo faria novas desonerações tributárias. Gomes de Almeida negou, no entanto, que esteja havendo mal-estar entre a equipe do Ministério da Fazenda e Furlan. "Não houve mal-estar nenhum. Só que não há desoneração. O debate não pode ir nessa área", disse. "De antemão asseguro que não haverá desoneração. A não ser uma
Valter Campanato/ABr
Secretário negou mal-estar com o Ministério do Desenvolvimento
coisa marginal e com compensação, um toma lá, dá cá", afirmou, explicando que, para haver desoneração, seria necessário um aumento de tributo em outro setor da economia. Gomes de Almeida acrescentou que o problema da restrição fiscal no Brasil é "muito grave" e não há como anunciar algum tipo de desoneração fis-
EDITAL
cal em 2006. Ele também negou informações de que o governo estaria estudando desoneração para compensar um eventual aumento da carga tributária neste ano. "Não é para compensar o aumento da carga tributária. Não tem nada a ver", disse. Segundo ele, esse tipo de avaliação só pode vir de gente que não entende do assunto.
Medidas em estudo — O secretário de Política Econômica da Fazenda confirmou que o governo estuda medidas para estimular investimentos na área de semicondutores. No entanto, disse que os estudos ainda estão na fase inicial. Ele destacou que os efeitos das medidas são de longo prazo. "Não está na fase nem de análise de renúncia fiscal. No caso dos semicondutores, nada é para este ano. São projetos de dez anos", adiantou. Gomes de Almeida disse que está havendo atualmente um "tiroteio" na imprensa sobre o debate de corte de tributos. "Nesse tiroteio total não tem desoneração", afirmou o secretário. Questionado se esse tiroteio estaria ocorrendo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, ele esclareceu que se tratava da imprensa. Cauteloso, o secretário evitou um confronto com o minis-
tro Furlan. "Tudo correto o que o ministro Furlan anunciou. Está se estudando a idéia de semicondutores e na área da construção civil, como o ministro Guido Mantega já disse", afirmou, referindo-se ao titular da Fazenda. Mas negou informação do ministro Furlan de que o governo estaria estudando ampliação da lista de bens de capital que têm desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). "Aqui na Fazenda (o setor de bens de capital) não está sendo estudado. A idéia de desoneração neste ano está totalmente descartada", insistiu. Segundo ele, nas medidas de incentivo à construção civil, em estudo, "o forte" é a melhora da regulação e não a desoneração. "E nenhuma escola deixará de ser feita por conta do pacote nem neste ano e nem no futuro", disse o secretário, falando sobre a restrição fiscal das contas do governo. (AE)
Combate à pirataria na Av. Paulista
U
ma força-tarefa com 70 agentes da Superintendência da Receita Federal em São Paulo e da Secretaria Estadual da Fazenda desencadeou ontem o segundo estágio da "Operação Ventania" para reprimir o comércio irregular de produtos. Os alvos foram as lojas de um shopping na Avenida Paulista que comercializam componentes de informática, programas de computador e aparelhos eletrônicos. A operação combate pirataria, sonegação e venda de mercadorias de origem estrangeira contrabandeadas. (AE)
ATAS
DECLARAÇÃO DE PROPÓSITO
FATO RELEVANTE
COMUNICADO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS
CONVOCAÇÃO
A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Reforma de Prédio(s) Escolar(es) Construído em Estrutura Pré-Fabricada Metálica (Sistema Nakamura): TOMADA DE PREÇOS N.º - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – PATRIMONIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/1869/06/02 - EE Joaquim Simão – Rod. Pref. Joaquim Simão - KM-66 - Varadouro - Santa Isabel/SP – 75 - R$ 13.151,00 – R$ 1.315,00 – 09:30 – 30/08/2006. 05/1868/06/02 - EE Dr. Mario Lopes Leão – Rua José Mendes Neto, 57 - Jardim dos Alamos - Parelheiros - São Paulo/SP – 40 - R$ 6.839,00 – R$ 683,00 – 10:30 – 30/08/2006. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 14/08/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). O Edital completo através de cópias reprográficas/heliográficas terá o custo de R$ 0,10 (dez centavos) por cópia reprográfica e R$ 3,00 (três reais) por cópia heliográfica. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 29/08/2006, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Willian Sampaio de Oliveira Diretor Executivo
DECLARAÇÃO
Quer falar com 26.000 empresários de uma só vez?
Publicidade Comercial - 3244-3344 Publicidade Legal - 3244-3643
BALANÇO
EDITAL
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de agosto de 2006
LAZER - 3
BORGES Um peculiar detetive, alguns pseudônimos. Com Bioy Casares, toda uma obra dentro da obra. Fotos: Arquivo DC
Olho minha face no espelho para saber quem sou, para saber como me portarei dentro de algumas horas, quando me defrontar com o fim. Minha carne pode ter medo; eu não. Jorge Luis Borges
ALÉM DO ESPELHO Lúcia Helena de Camargo
J
orge Luis Borges (1899-1986) morreu há 20 anos. Mas a efeméride de números redondos é apenas pretexto para comentar um dos aspectos mais interessantes relativos a esse argentino: a escrita em colaboração com o conterrâneo Adolfo Bioy Casares, sob pseudônimo. Sob o codinome H. Bustos Domecq, a dupla publicou, em 1942, Seis problemas para Dom Isidro Parodi, que acabou por tornar-se um clássico da literatura argentina no gênero policial. No Brasil traduzido por Eric Nepomuceno e Luis Carlos Cabral, chegou em formato pocket, na coleção Babel da Dantes Editora. O livro traz seis tramas envolvendo personagens caricatas. O inescrupuloso Gervásio Montenegro, as damas de sociedade Mariana Ruiz Villalba e sua irmã Pumita, o poeta moderno Carlos Anglada, entre outros. Os casos são solucionados por dom Isidro Parodi, um barbeiro acusado de um crime que não cometeu, condenado a 21 anos de prisão na Penitenciária de Buenos Aires. Dom Isidro Parodi é o primeiro investigador presidiário de que se tem notícia na história da literatura policial. O nome do "autor", H. Bustos Domecq, é formado pela junção do nome do tataravô de Borges (Bustos) com o do tataravô de Casares (Domecq). O "H", de Honorio, é apenas um nome inventado. Borges e Bioy Casares produziram, ainda em parceria, Dos fantasmas memorables (também de H.
Bustos Domec); Un modelo para la muerte (assinado por B. Suárez Lynch); Los orilleros - el paríso de los cre yentes; Crónicas de Bustos Domecq e Nuevos cuentos de Bustos Domecq, estes últimos já assinados pelos próprios autores. Depois de revelados os verdadeiros nomes por trás do codinome, Borges costumava dizer, modestamente, que os textos produzidos com o ami-
textos escritos sob pseudônimo em volumes avulsos. Donos de estilos diferentes, Bioy Casares e Borges, quando juntos, escrevem realmente como um terceiro. "Bustos Domecq não é meramente o resultado da soma dos talentos dos autores, digamos, biográficos que o criaram. O caso é que a invenção de um pseudônimo faz com que a obra feita seja autôno-
Henrique Cunha
Centro Cultural Jorge Luis Borges, em Buenos Aires: acervo exposto
go eram "melhores do que qualquer coisa que eu tenha publicado sob o meu próprio nome e quase tão boas como qualquer coisa que Bioy tenha escrito sozinho". No Brasil - Em português, encontramos apenas o primeiro livro. Mas a Editora Globo, detentora dos direitos de publicação de Borges no Brasil, lançará, a partir de janeiro de 2007, os
ma, e se situe num terreno bastante peculiar em relação ao que cada um produziu individualmente. Penso que existe, de fato, um caráter experimental no próprio fazer literário em parceria, mas penso que a questão que se impõe é, sobretudo, a da releitura do desgastado texto policial, de que Domecq, claro, fez um notável pastiche", interpreta Luis
QUEM É BUSTOS DOMECQ
E
m uma entrevista concedida a Renee Sallas, da revista G ente, de Buenos Aires, em 1977, os autores "revelam" que Bustos Domecq tem 60 anos de idade, é gordo e barrigudo, mede 1,75 metro e pesa 82 quilos, veste sempre roupas de cor cinza-escuro e usa um anel de ouro no dedo mínimo. E traçam seu perfil psicológico: "É um bom exemplo de portenho: possui todos os preconceitos, as deslealdades, as pobrezas e ternuras do autêntico portenho. No entanto, ele não é portenho. Sua cidade natal é Pujato, mas sempre viveu em Buenos Aires." E ao relatar o que mais gostam em sua criação: "À medida que passa o tempo, vamos encontrando mais defeitos. O mais
grave, acreditamos, é que está sempre disposto a mudar sua essência, se a moda o exigir. Além disso, é mentiroso, egoísta, fanfarrão e um
casanova barato." E continuam com a lista de imperfeições: "Quando um amigo cai em desgraça, ele o deprecia. Quando vai bem, chega perto. E fala mal dos outros." Um traço inequívoco do humor dos criadores é dizer que Bustos Domecq "lê muito pouco, mas sempre diz que leu algum livro, para pegar bem na conversa". Mas isso não o impediu de casar-se com uma senhora "espantosa de gorda, que o considera um intelectual único." Relatam que quando o encontram, em algum café da rua Corrientes, falam apenas do tempo e de amenidades, nunca de filosofia, literatura ou assuntos mais profundos. "Bustos Domecq jamais pensa na morte." (LHC)
Claudio De Sant'anna Maffei, professor de literatura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que em 1999 apresentou o estudo A Biblioteca De H Bustos Domecq: Parodi E Seus Precursores, na 3ª Semana de Letras Neolatinas. O professor, que acaba de publicar o livro de poemas A (Editora Oficina Raquel), lembra que o gênero escolhido para a parceria foi visitado pelos autores em diversas ocasiões. "De Borges, cito o conto La muerte y la brújula, que se aproxima da literatura policial já a partir de seu protagonista, um detetive. De Bioy Casares há, entre outros, o parágrafo inicial de seu Plan de evasión, que segue a típica abertura dos textos policiais, apresentando um mistério e uma morte. Mas, em ambos os casos, os traços que remetem ao policial não são nada mais que trilhas para que se chegue ao fantástico e ao simbólico, no caso de Borges, e a uma quase teoria das associações, no caso de Bioy Casares." Sobre o protagonista, Isidro Parodi, cujo nome faz a óbvia referência à paródia, Maffei diz que "Nele encontram-se características de diversos detetives da história da literatura policial. Ele tem capacidade cerebral do Dupin de Edgar Alan Poe; segue um método sempre dedutivo, a exemplo do Sherlock Holmes de Conan Doyle; não utiliza qualquer ferramenta física, como o Padre Brown de Chesterton; por outro lado, Parodi é um popular, o que faz dele semelhante ao Sam Spade de Dashiell Hamett." Portenho - O espírito portenho de Parodi é uma das evidências de Borges por Buenos Aires. A cidade foi tema de seu primeiro livro de poemas, em 1923: Fervor de Buenos Aires. Mas a auto-ironia era uma constante. "Há escritores (e leitores) que juram que ser escritor e ser argentino é uma espécie de contradição, e quase de impossibilidade. Sem ir tão longe, ouso suspeitar que ser portenho é um dos atos mais imprudentes que se podem cometer em Buenos Aires", disse no artigo Os Escritores Argentinos e Buenos Aires, publicado em 12 de fevereiro de 1937 na revista El Hogar, e incluído na seção Textos Cativos do 4º volume de suas Obras Completas (Editora Globo, 680 páginas, R$ 68). Casamento - Borges morreu em Genebra, em 14 de junho de 1986. Sua obra foi traduzida para mais de 25 idiomas. Na casa onde nasceu, na rua Tucunán, entre Suipacha e Esmeralda, centro de Buenos Aires, hoje funciona a Fundação Jorge Luis Borges, liderada por Maria Kodama. Assistente e mulher de Borges desde a década de 1970, eles se casariam em 1986, ano de sua morte. Também em Buenos Aires funciona o Centro Cultural Jorge Luis Borges, que reúne, além de material sobre o próprio escritor em caráter permanente, mostras como a atualmente em cartaz: Frida Kahlo e Diego Rivera, com pinturas dos dois artistas mexicanos, inaugurada em junho. Labirintos, punhais, tigres e sobretudo os espelhos eram suas obsessões. Mas pessoalmente detestava reflexos. "Os espelhos e a cópula são abomináveis, porque multiplicam os homens", dizia. E em O Aleph, resume: "Olho minha face no espelho para saber quem sou, para saber como me portarei dentro de algumas horas, quando me defrontar com o fim. Minha carne pode ter medo; eu não."
Um livro de beleza luxuosa e supérflua, como um bom presente.
E
Renato Pompeu
is um livro encantador para ser dado de presente: Paisagens Originais, do escritor francês Olivier Rolin (foto), lançado no Brasil pela Difel, é de uma beleza luminosa e não tem nenhuma utilidade prática, como deve ser o caso um bom presente. Trata-se de artigos publicados no jornal Le Monde em agosto de 1999, para retraçar as paisagens de infância e juventude de cinco grandes escritores nascidos em 1899 e que marcaram o século 20, e para recuperar a influência que essas paisagens tiveram em suas obras. Os escritores são o americano Ernest Hemingway, o russo Vladimir Nabokov, o argentino Jorge Luis Borges, o belga Henri Michaux e o japonês Yasunari Kawabata; Rolin viajou pelo mundo para visitar todas as "paisagens originais" desses grandes autores. Olivier Rolin, quando jovem estudante, participou dos movimentos de maio de 1968 em Paris e, depois, até 1973, foi integrante do grupo clandestino Esquerda Proletária, que visava despertar a "consciência revolucionária" dos operários franceses por meio de "ações exemplares" de violência. Abandonou depois essas idéias, como muitos de sua geração, e se encantou com as belezas da literatura, quanto menos "militante" melhor, tornando-se primeiro auxiliar de edição e depois escritor, sendo sua obra mais conhecida o romance Porto-Sudão. Agora, Paisagens Originais é uma sucessão de belezas. Acompanhamos o jovem Ernest Hemingway pescando trutas prateadas, que vibram ainda vivas em suas mãos, depois de recémapanhadas, e dormindo nos bosques cercado de agulhas de pinheiros; o acompanhamos também vendo o pai caçador sendo dominado pela mãe de ânimo forte, que vestia de menina o garoto Ernest. E Rolin segue em frente, verificando que inúmeras vezes, em suas obras, Hemingway descreve trutas, nadando ou sendo pescadas; descreve paisagens de pinheiros e caçadas, e exalta a virilidade, para vingarse da mãe feminilizadora. Depois chega a vez de Nabokov, que em criança, na sua bela mansão de São Petersburgo ou na acolhedora casa de campo de sua família – que saiu da Rússia logo depois da revolução de 1917 – colecionava borboletas e depois, em suas obras, comparou o "xadrez de cores" brilhantes desses insetos com as auras das pessoas e das paisagens que descrevia. Já Borges cresceu em Palermo, bairro de Buenos Aires então ao mesmo tempo aristocrático e periférico, em que o jovem Jorge Luis cresceu numa
mansão repleta de livros, mas em que lhe bastava atravessar a rua para ver as feras no Jardim Zoológico e andar mais um pouco para estar numa região de valentões e desordeiros ágeis no uso da faca. E Rolin retrata como nos livros de Borges se sucedem bibliotecas labirínticas, tigres belíssimos e audazes, animais fantásticos – e, em suas obras menos conhecidas fora da Argentina, brigas de faca, assassínios e mutilações. O belga Michaux, valão, isto é, belga de etnia aparentada à francesa, foi enviado em criança para um severo internato flamengo, isto é, belga de etnia aparentada à holandesa. Sensível e melindroso, tendo de aprender as lições, além de em francês, também numa língua estranha, o flamengo, o menino se refugiou, no ambiente hostil do colégio interno, numa imaginação fulgurante que raiava ao misticismo, imaginação mística que marcou suas obras, menos conhecidas no Brasil do que as dos demais autores citados no livro de Rolin. Finalmente, Kawabata ficou órfão de pai e mãe, ambos mortos de tuberculose, ainda bebê, e foi educado pelo avô, que morreu quando ele ainda era adolescente e ficou então sozinho no mundo. O jovem Kawabata cresceu assim entre o branco, a cor da pele dos corpos mortos (ele cuidava do avô), da pureza e, para os asiáticos, do luto, e o vermelho dos escarros de sangue dos tuberculosos. E o branco da pele e o vermelho do sangue serão presenças constantes em seus livros, como O País das Neves e Nuvens de Pássaros Brancos. O livro de Rolin é cheio de cores e formas, belamente descritas, com as frases como que esculpidas em feixes de luz brilhante. Deliciosamente supérfluo, ele chama a atenção para a estranha coincidência de que, apesar de a escolha ter seguido o critério aleatório de selecionar grandes escritores nascidos em 1899, justamente os dois, entre os cinco, que ganharam o Nobel, Hemingway e Kawabata, acabaram se suicidando. Uma triste conclusão para um lindo livro. O francês Olivier Rolin é convidado da Festa Literária Internacional de Parati (Flip). Ele estará na Tenda dos Autores hoje, sexta, dia 11, às 10h, participando da mesa Prosa, política e história, ao lado de Alonso Cueto e Luiz Antonio de Assis Brasil.
Renato Pompeu é jornalista e escritor, autor de Canhoteiro, o Homem que Driblou a Glória (Ediouro), e do romance internético O Poder Virtual (www.carosamigos.com.br)
2
Ambiente Compor tamento Polícia Urbanismo
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de agosto de 2006
União promete ainda mais R$ 27 milhões para a construção de um outro presídio, em Santos.
NOVOS PRESÍDIOS TERÃO CAPACIDADE PARA 768 DETENTOS
Ministério da Justiça libera R$ 79,8 milhões para São Paulo
METROVIÁRIOS Os metroviários ameaçam fazer greve de 24 horas e parar o sistema na terça-feira, dia 15.
POMBAS O Ibama autorizou o abate das pombas conhecidas por rolinhas em 65 cidades do Paraná.
Ó RBITA Niels Andreas/AE
Verba irá para a construção de presídios e para a aquisição de equipamentos de segurança e inteligência
O
Ministério da Justiça anunciou ontem a liberação de R$ 79,8 milhões para São Paulo, sendo que R$ 35,08 milhões serão destinados à construção de dois presídios, em Franca e Serra Azul, cada um com capacidade para 768 detentos. O restante, R$ 44,73 milhões, será usado para a aquisição de equipamentos de segurança e inteligência, como veículos, aparelhos de Raio-X e detectores de metais de grande e médio porte. Segundo o Ministério da Justiça, o dinheiro está sendo liberado agora porque o Estado de São Paulo apresentou os projetos ontem, em reunião em Brasília. Eles foram analisados e imediatamente aprovados. Na segunda-feira, o secretário de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, desafiou o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, a liberar o dinheiro de imediato. No Ministério da Justiça, a justificativa para a demora da liberação dos recursos foi que a Secretaria de Segurança do Estado não havia apresentado os projetos. O governo federal promete ainda mais R$ 27 milhões para a construção de um outro presídio em Santos, no litoral sul, além de compra de novos equipamentos de informática e de inteligência. De acordo com o ministério, o governo paulista prometeu os novos projetos para a semana que vem. Com isso, o governo federal espera repassar para o Estado um total de R$ 107 milhões, que haviam sido disponibilizados pelo Planalto para São Paulo, por Medida Provisória, em 14 de julho. Integrada – O Ministério da Justiça informou ainda que assina hoje um convênio com o governo do Estado e o Ministério Público para desenvolver uma ação integrada para apressar a análise de processos de presos. O entendimento é que muitos detentos já poderiam ter obtido a progressão de pena, podendo sair da cadeia e deixando de ser instrumentos do crime organizado. Ainda segundo o Ministério, a ordem bancária de R$ 44,7 milhões para a aquisição dos equipamentos será emitida hoje. Para as obras, a verba de R$ 35,08 milhões estava sendo empenhada ontem pela Caixa Econômica Federal. Para utilizar os recursos, no entanto, o Estado deve apenas assinar contrato com a instituição bancária que fiscalizará as obras.
Alessandro Roncatti/Futura Press -15/05/2006
CRIANÇAS CARENTES NO CIRQUE no Canadá em 1984 e hoje proximadamente 100 emprega cerca de 900 artistas crianças que vivem em A albergues de São Paulo foram de 40 nacionalidades que se
Joel Silva/Folha Imagem -12/07/2006
Márcio Thomaz Bastos, ministro da Justiça, que ontem liberou a verba para a segurança em São Paulo, ao lado do governador paulista, Cláudio Lembo. O governo federal espera repassar para o Estado um total de R$ 107 milhões, que haviam sido disponibilizados pelo Planalto, por Medida Provisória, em 14 de julho. Na foto ao lado, presídio de Araraquara, praticamente destruído pelos detentos em julho.
Amazonas – O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE) fez escutas telefônicas nos últimos 120 dias que detectaram presos combinando o assassinato de nove promotores de Justiça e juízes que trabalham no combate ao crime organizado na capital. Os detentos aproveitariam a saída temporária do Dia dos Pais para as supostas execuções. De acordo com o procurador-geral do MPE, Vicente Cruz, por conta das escutas, foi enviado ontem um ofício à Secretaria de Segurança do Estado solicitando que fossem canceladas algumas dessas saídas. "Não podemos divulgar os nomes dos presos que poderão ter os indultos cancelados", afirmou o procurador. Segundo a assessoria da Secretaria de Segurança, 200 presos devem ser beneficiados. Ainda segundo a assessoria, o pedido do MPE está sendo estudado. Teme-se que os presos possam se rebelar com a possibilidade de cancelamento. O MPE afirmou ainda que todas as precauções para proteger os promotores foram tomadas.
Ribeirão Preto – O único ato criminoso suspeito de ser praticado pelo crime organizado na região de Ribeirão Preto aconteceu em São Carlos, a 230 quilômetros de São Paulo. O alvo foi a Rádio Clube local, no bairro Cruzeiro do Sul. No início da madrugada de ontem, duas pessoas jogaram um coquetel molotov e fugiram. O segurança ouviu o barulho e s localizou a bomba caseira. A explosão provocou somente danos na pintura. Em Franca, a 400 quilômetros da capital paulista, a Polícia Militar está realizando, desde segunda-feira, a Operação Coletivo. Os policiais estão dentro dos ônibus urbanos, principalmente à noite, dando mais segurança aos passageiros e aos motoristas. Não existe previsão para o final dessa operação. Na cidade, vários ônibus já foram queimados em atos criminosos desde maio. Osasco – Após denúncia anônima, policiais militares prenderam ontem em Osasco, na Grande São Paulo, Agnaldo Gomes da Costa, de 31 anos, o Mumu, suspeito de participar
de ataques criminosos em São Paulo. Mumu, que seria líder do PCC na região de Osasco, foi detido em casa, no Jardim Helena Maria, às 10h. Durante revista, policiais apreenderam uma pistola nove milímetros com 14 munições e um revólver Rossi calibre 357, de uso proibido, além de uma pistola Taurus calibre 380. Mumu teria participado de atentados contra bases da PM na região de Osasco e capital e também de ataques em caixas eletrônicos. Bomba – Uma suspeita de bomba foi registrada ontem, por volta das 9h30, no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos. Uma mochila preta foi abandonada em um banco no piso de embarque do terminal 2 . A equipe de segurança do aeroporto acionou o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate). A detonação da mochila aconteceu por volta 11h e foi constatado que não se tratava de um artefato explosivo. Segundo a Infraero, nenhuma operação do aeroporto foi interrompida. (AE)
assistir ontem a uma apresentação especial do Cirque du Soleil, que se apresenta desde o dia 3 em uma tenda circense construída no Espaço Vila Olímpia, na zona sul de São Paulo. A primeira passagem do Cirque du Soleil por São Paulo terá um total de 94 apresentações. O espaço abriga 2.500 pessoas e o ingresso mais barato foi vendido a R$ 100. Não há mais bilhetes disponíveis. O Cirque du Soleil surgiu
dividem em seis grupos para viajar pelo mundo com vários espetáculos ao mesmo tempo. Além disso, há cinco shows permanentes em hotéis de Las Vegas e um no resort da Disney, em Orlando. Nesta passagem pela América do Sul, o grupo apresenta Saltimbanco, criado em 1992. Devido à concorrida procura por ingressos em São Paulo e no Rio, está sendo negociada a vinda de outro espetáculo do Cirque para o Brasil em 2007. (Agências)
APREENSÕES EM TRENS DA CPTM ntre janeiro e julho deste E ano, a Companhia Paulista de Trens
Metropolitanos (CPTM) apreendeu 994. 880 unidades de mercadorias em 26.634 ações realizadas nas estações e no interior dos trens. Os produtos mais vendidos ilegalmente são balas, chocolates, chicletes e bebidas. De acordo com a assessoria de imprensa da CPTM, nas Linhas A (Luz-Francisco Morato) e D (Luz-Rio Grande da Serra) foram registradas
12.918 ocorrências, com a retenção de 453.848 itens. Já nas Linhas B (Júlio PrestesItapevi) e C (OsascoJurubatuba) os agentes recolheram 287.934 produtos em 6 343 ações. Nas Linhas E (Luz-Estudantes) e F (BrásCalmon Viana) 7.373 apreensões somaram 253.098 unidades de mercadorias. Em 2005, foram apreendidas 1.553.691 de unidades, contra 1.451.806 em 2004. Os produtos apreendidos vão para entidades assistenciais. (AE)
PENSÃO
JULGAMENTO
casal João Maria Gomes m interrogatório realizado O dos Santos, de 71 anos, e E ontem, Roberta Rolin Amélia Batista dos Santos, de Sandreli, de 20 anos, 62, passou dois dias e uma noite preso em Cascavel, no oeste. O filho deles, Valmor dos Santos, não pagou a pensão de sua filha de 5 anos. Os dois foram detidos na terça-feira e liberados ontem. Alegando que Valmor não teria condições financeiras, seus pais teriam se comprometido, na ação movida pela ex-mulher, a pagar a pensão. A dívida seria superior a R$ 1 mil. (AE)
reafirmou que foi obrigada pelo ex-companheiro, Ronivaldo Guimarães Furtado, a torturar e matar uma menina de 11 anos que trabalhava em sua casa como babá, em novembro de 2005, em Belém, no Pará. O júri começou. Furtado será julgado separadamente. O corpo da menina foi achado na casa onde os réus moravam. Ela foi torturada e estuprada. (Agências)
sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de agosto de 2006
Tr i b u t o s Finanças Empresas Nacional
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3 Setor de artesanato gira anualmente no Brasil cerca de R$ 28 bilhões, o equivalente a 3% do PIB.
ART MUNDI TEM 200 EXPOSITORES
Fotos:Leonardo Rodrigues/Hype
Feira deve receber cerca de 150 mil visitantes na edição deste ano
DE CAPIM DOURADO A DOCES, TODA A RIQUEZA DO ARTESANATO
P
ara os consumidores, um paraíso de compras. Para os artesãos, um ponto de encontro para expor os produtos. Assim é a Art Mundi, feira mundial de artesanato que começa hoje no Parque do Anhembi, na zona norte de São Paulo. Esta é a primeira vez que o evento é realizado fora de Curitiba e Porto Alegre, cidades onde é realizado há 15 anos. Participam da Art Mundi 200 expositores e aproximadamente mil artesãos de 16 estados e 22 países. Os preços dos produtos expostos, em sua maioria itens de moda e decoração, vão de R$ 1 a R$ 30 mil. Do Vale do Jalapão, em Tocantins, vêm bolsas feitas de capim dourado. Do Paraná,
chegam bonecos que ganharam vida com o barro. Os artistas turcos, por sua vez, trarão peças de cristais. Entre os produtos mais cobiçados estão as echarpes da Índia, as bolsas da Indonésia, as peças de decoração em madeira da África, e as cestas vindas do Vietnã. Expansão — A expectativa de Jackson Hara, gerente de Marketing da Diretriz Empreendimentos, empresa que promove a Art Mundi, é receber 150 mil pessoas nos dez dias de feira. O crescimento anual de interessados em participar da Art Mundi é de 15%. O setor de artesanato movimenta anualmente no Brasil R$ 28 bilhões, o equivalente a 3% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Aproximadamente
8,5 milhões de pessoas vivem do artesanato no País, das quais 87% são mulheres. "O artesanato evoluiu muito no Brasil. E São Paulo é o lugar ideal para apresentar as novidades e fechar negócios", diz Hara. Arte chinesa — A milenar arte chinesa de pintura em seda estará presente, mas com jeitinho brasileiro. "O trabalho tem o colorido do Brasil", afirma a presidente da União Nacional de Arte em Seda (Unas), Iraci Ferreira. Os visitantes poderão participar de oficinas e aprender a arte na feira. A empresária Eva Goldemberg, proprietária da Rec Comércio de Doces, uniu as experiências que acumulou durante os seis anos em que morou em Israel. Ela trabalhou com
dois confeiteiros, um belga e um americano. "Israel, Estados Unidos, Bélgica. Cada um tem uma maneira de fazer doces e, com o jeito brasileiro, o produto fica diferente", diz Eva, que vai expor seus doces artesanais na Art Mundi. "Pretendo divulgar as receitas. O brownie, por exemplo, é servido com pó de ouro. Minha idéia é fazer produtos menos pesados. Acho que é isso que o consumidor brasileiro procura. Quero fazer contatos durante o evento", afirma.
A confeiteira Eva Goldemberg vai apresentar na feira doces com diversas influências. No detalhe, seu cheesecake. Fotos: Divulgação/Art Mundi
Estande do Peru na Art Mundi: 22 países representados no evento.
Neide Martingo Art Mundi 2006 Pavilhão Oeste do Parque Anhembi, de 11/8 a 20/8 Ingressos a R$ 10,00
Artigos de capim dourado, matéria-prima do Jalapão, em Tocantins
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4 -.LAZER
sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de agosto de 2006
GASTRONOMIA Bufê, do meio dia às quatro da tarde: 70 itens
O fã-clube da Petite Sirah
Fotos: Newton Santos/Hype
José Guilherme Ferreira
E
les são exageradamente apaixonados pela causa: querem elevar a Petite Sirah (nessa grafia mesmo!) ao que consideram seu verdadeiro patamar, o de autêntica variedade americana. São produtores e fãs dessa uva, que desembarcou na Califórnia pouco depois de criada no sul da França, em 1880, e é uma variedade resistente. Venceu a devastadora Phylloxera e sobreviveu a guerras, à Lei Seca e à Depressão nos EUA. A Vinícola Foppiano, em Healdsburg, sediou na terça-feira o quinto simpósio anual da Petite Sirah. Há vários anos produtores investem na qualidade de seus vinhos e há cinco fazem campanha pelo reconhecimento da variedade, empunhando a bandeira P.S. I Love You. Hoje têm motivos para comemorar: até julho, a lista de
http://www.psiloveyou.org/faq.php http://www.winepros.org/wine101/grape_profiles/petite.htm
Reprodução
Inspirado nos tradicionais cafés do sul do País, o Atrium é uma boa dica para quem vai comemorar o Dia dos Pais à mesa. Com pães e comidas quentes
Família em volta da mesa farta
ADEGA
Lúcia Helena de Camargo
D
ia dos Pais merece almoço em família. A dica é reunir todos para o café colonial do restaurante Atrium, do Hotel Pestana São Paulo. Inspirado nos tradicionais cafés do sul do País, é na verdade um brunch que reúne 70 itens, de pães a comidas quentes. Quem acabou de acordar e vai tomar o café da manhã ao meio dia encontra, além de leite, café e chocolate, pão de queijo, francês, integral,
mini-sonhos com recheio de creme e torta de chocolate, além das cucas, bolos típicos alemães comuns no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Se a idéia é começar de leve e apenas abrir o apetite para o almoço, prove a sangria, feita com vinho e frutas ou o suco de uva natural. Como entrada, talvez frios, quiches, queijos. Na mesa, chegam pastéis fresquinhos, polenta frita e frango à passarinho. As
porções, se esfriam ou acabam, são imediatamente repostas. O capelete in brodo, sempre presente nos cafés do sul, também aparece toda semana no bufê do Atrium. O bufê conta ainda com lingüiça grelhada, arroz de carreteiro, lasanha de carne e rocambole de carne recheado com cenoura. Continuando o café ou na sobremesa, uma opção interessante é waffle com
caldas de chocolate, mel, geléia de morango e banana com canela, feito na hora. Há também pudim e outros doces. Paga-se R$ 45 por pessoa. É grátis para crianças de até cinco anos e aquelas com idade entre 6 a 11 anos pagam R$ 22,50. Outras bebidas são cobradas à parte. Atrium - Pestana São Paulo , Rua Tutóia, 77, JardimPaulista, tel.: (11) 2187-5000.
Fotos: Leonardo Rodrigues/Hype
O
produtores tinha 332 nomes (67 em 2002), relação que inclui argentinos e brasileiros. Já a área plantada saltou cerca de 10% de 2004 para 2005, chegando a quase 2.500 ha. Petite Sirah é o nome californiano da uva Durif, batizada pelo seu criador, o botânico François Durif. Há cerca de dez anos, testes de DNA feitos na Universidade da Califórnia – Davis mostraram que a Durif (a Petite Sirah) nasceu do cruzamento das francesas Peloursin e Syrah. Há quem diga que as frutas sentem-se mais em casa nas quenturas californianas, onde alcançam altos níveis de açúcar. E, após a fermentação, tornam-se vinhos de alto teor alcoólico (que merecem ser domados na garrafa), encorpados, de muitos taninos, que pintam os dentes de roxo.
Os irmãos Ju e Ricardo Corte Leal aproveitam a madrugada embalados pelo jazz. À direita, Felipe Corte Real põe a mão na massa e prepara a caipirinha.
i Lelé! Oi da Cuca! avistavam-se Jô Soares e Renato Côrte Real, abrindo o programa Faça Humor Não Faça a Guerra, na Rede Globo logo após a novela das oito, idos de 70! “Meu pai era um cara de pau maravilhoso, um sem vergonha; quanta falta nos faz seu humor, dentro e fora do palco”, recorda Ju Côrte Real, afinando as cordas da guitarra. Ao lado de Ricardo (o Sócrates da Família Trapo, quem não lembra?), preparam-se para uma apresentação de rock’n roll, comemoração de aniversário do último. Que show! Hipermídia é pouco para se referir à variedade artística dos irmãos, nascidos sob os primeiros holofotes da televisão brasileira. O sangue Real borbulha nas veias... “Humorista é quem escreve os próprios textos; um comediante, como o Golias, os interpreta”, esclarece Ju. Renato Côrte Real
AFTER HOURS
Ateliê do humor Armando Serra Negra
cumpria os dois papéis com maestria: o quadro Epitáfio e Santinha (1961) continua a provocar gargalhadas todos os sábados no Zorra Total, Nair Bello personagem ainda invicta no papel (ao lado de Elias Gleiser), mesmo 45 anos depois. Inspirado no sucesso Papai Sabe Tudo norte-americano (1954), Renato criou o Papai Sabe Nada (1962-1966) contracenando com a própria família: o caçula Ricardo, Ju, a esposa Bizu. Era de ouro da televisão, é o que se pode experimentar às quartas-feiras, quando Ju abre as portas de seu atelier (além de músico também é artista plástico, antiquário e marchand) para saraus after-hours varando a madrugada. “Os encontros são espontâneos; nunca se sabe quem vai aparecer para tocar”, E se não aparecer ninguém – hipótese descartável – ele mesmo dá conta do recado: afinal, the show must
go on. Mas para curtir os encontros é imprescindível reservar lugar com antecedência: (11) 5523-1578. “O espaço não é muito grande, mais de 50 pessoas lota”, explica. A simpática família hipermídia ultrapassa um pouco o núcleo central: “Meu tio Roberto, jornalista da TV Paulista (antecessora da Globo nos anos 60), aproveitou seus contatos para lançar Roberto Carlos, Cauby Peixoto, Maysa, na indústria fonográfica (Femata, Colúmbia)” Por outro lado, Renato, versado em inglês, francês, italiano e espanhol, foi mestre de cerimônia de grandes nomes do showbizz internacional quando estiveram no Brasil, como Marlene Dietrich e seu pianista Burt Bacharach, Sammy Davis Jr, Nat King Cole, Woody Allen... “Época de efervescência cultural, a TV Record foi uma emissora espetacular, orquestra, corpo de baile, canto-
res, humoristas, festivais, tudo levado ao ar ao vivo!”. Sarau informal, comidinhas e bebidinhas simples: pipoca e Samendoim (grátis), Itaipava (R$ 3), Bohemia e Xingu (R$ 3,50), caipirinha (R$ 6,50), caipiroska e gin tônica (R$ 7,50), Dry Martini (R$ 9), Red Label (R$ 12,50). Renato Gomide Côrte Real nasceu em Campinas, casou-se com Bizú aos 21 anos, viveu os últimos dias – morreu jovem, aos 57 – em sua bela chácara em Ibiuna. Por isso, quando for curtir o super-agito do Ju, não deixe de autografar em seu livro de visitas uma significativa homenagem ao saudoso Papai Sabe Nada... Feliz Dia dos Pais! Atelier Ju Côrte Real - Rua Adolfo Pinheiro, 2420, Santo Amaro, tel.: (11) 5523-1578. jucortereal@uol.com.br (only by appointment)
DOÇURA Sérgio de Paula Santos
L
embro-me de, em menino, ter perguntado a meu pai por que tantos apreciadores de vinhos desdenhavam dos vinhos doces. Respondeu-me ele que o mais famoso e refinado vinho do mundo era doce, o Château d'Yquem. Esse conflito e aparente dilema sempre perturbou os que, pretendendo conhecer vinho, não sabem como situar os Yquem, os Trockenbeerenauslese, os Tokay Aszú. O Château d'Yquem é sem dúvida o mais artesanal de todos os vinhos. A grande mão-de-obra requerida ao fato de que a Botrytis não atinge simultaneamente todas as parreiras, nem mesmo todo um cacho, mas alguns bagos de uvas separadamente, sendo apenas esses cuidadosamente colhidos com pequenos alicates. Assim, para cada vindima são necessárias pelo menos dez colheitas, que só se iniciam após as 13 horas de cada dia, quando a neblina é menos espessa, podendo durar a vindima de seis a oito semanas, ou mais. A perda de água é grande (cerca de 50%), dando à fruta um potencial alcoólico de até 20 graus. O paladar-aroma do Yquem é único e diferente de qualquer outro, facilmente reconhecível pelos que já o provaram. A produção anual média dos 86 hectares é relativamente muito pequena, cerca de 75.000 garrafas, que pode variar do dobro a zero, nos anos em que não se o produz, como em 1930, 51, 52, 64, 72 e 74, por condições climáticas adversas. Costuma-se afirmar que de cada parreira obtém-se anualmente apenas um copo de vinho, o que até certo ponto corresponde à verdade. A partir de 1959, nos anos maus, tem sido produzido o chamado "Y", versão seca do Yquem, de custo bem inferior. A propriedade pertence desde 1785 à família Lur-Saluces, sendo o atual proprietário o conde Alexandre de Lur-Saluces. Conheci-o numa recepção no Hotel Ritz de Barcelona. Ao afirmar que "em breve" os Sauternes voltariam à moda, parecia mais queixar-se do que convencido. Insurgiu-se quando lhe disseram que seu vinho acompanhava bem as sobremesas, dizendo eu o Yquem "não era uma limonada doce", e que talvez fosse bem com uma "pâtisserie de amêndoas", mas que acompanhava magnificamente as frutas, especialmente o melão, o foie gras, bem como a lagosta, a centola e o rodovalho. Lembrou com muita propriedade que todo acompanhamento é
uma questão de seleção e contraste, lembrando que o Roquefort, por exemplo, por seu sabor forte e picante, acompanha-se muito bem pelo Yquem, o que não ocorre com nenhum dos premiers grands crus tintos bordaleses. Conta o conde Lur-Saluces o fato curioso de que até 1859 a produção do Yquem era apenas para uso doméstico, e quando da visita à Gironda do grão-duque Constantino, irmão do czar, entusiasmou-se o visitante pelo vinho do château, guardado há 12 anos, e ofereceu 20 mil francos-ouro pelo barril, quando o preço corrente era de mil. Em seu retorno da Rússia, no fim do outono de 1847, o então marquês de Lur-Saluces teria encontrado todo o vinhedo tomado pela Botr ytis, tendo-se iniciado assim, a colheita tardia. O conde, entretanto, vende bem seu "peixe", apesar do alto preço e da moda vigente do vinho seco. Seus maiores mercados são os Estados Unidos, o Japão e o Benelux, possivelmente pelo alto poder aquisitivo dessas comunidades. Curiosamente, a Inglaterra, tida como terra de conhecedores, quase não o importa. É vinho obrigatório em mesa de novo-rico. É o único vinho branco reconhecido como premier grand cru pela classificação do Médoc de 1885, e envelhece muito bem pelo seu alto teor sacárico, oxidando-se pouco, e mesmo a madeirização o beneficia ao acentuar ainda mais seu paladar. As comparações com os Trockenbeerenauslese não me parecem válidas, pois estes são vinhos ocasionais e o Yquem é um vinho "regularmente excepcional". Parecem-me mais próximos dos Sauternes os Tokay Aszú, também notáveis mas diferentes. Assim, quando ouvirmos de "conhecedores" a clássica afirmação de que não apreciam vinhos doces, talvez só nos reste sorrir. Sérgio de Paula Santos, é médico e crítico de vinhos. Membro-Fundador da Federação Internacional dos Jornalistas e Escritores do Vinho (Fijev), é autor de livros sobre vinhos, o último dos quais, O Vinho e suas Circunstâncias, Senac, SP, 2003.
sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de agosto de 2006
Polícia Compor tamento Clima Urbanismo
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Excesso de nuvens mantém o calor na capital. Madrugada de ontem foi a mais quente desde 25 de março.
A
O Rio teve ontem o dia mais quente do inverno deste ano. Os termômetros marcaram máxima de 36,4 graus.
NEBULOSIDADE DIMINUI AMANHÃ
Um cobertor sobre a capital madrugada de ontem foi a mais quente do inverno na capital paulista. Os termômetros registraram 19,7 graus. Desde 25 de março, quando a temperatura atingiu 20,7 graus, não fazia tanto calor de madrugada na cidade. A capital registrou mínima de 19,7 graus e máxima de 30,1 graus durante o dia. No Rio, a temperatura chegou aos 36,4 graus. Em São Paulo, o calor é explicado pela massa de nuvens que, desde a quarta-feira, permanece sobre a cidade, funcionando como um cobertor que retém o calor, de acordo com a Climatempo. A previsão é que a nebulosidade diminua somente no amanhã, fazendo com que as madrugadas voltem a ser mais amenas. As tardes, porém, permanecerão quentes. (AE)
3
Fábio Motta/AE
TRÂNSITO A CET registrou 92 km de tráafego às 18h de ontem. A média para o horário é de 68 km.
Ó RBITA
ESCULTURAS A Mooca terá um Jardim das Esculturas. Obra é parte dos festejos de 450 anos do bairro.
Sidnei Barros/ADP/Futura Press
ACIDENTES DEIXAM DOIS MORTOS Outros pontos - Na ois acidentes e a remoção Raposo, sentido interior, na de uma carreta D altura do km 12, por volta das complicaram o tráfego nas Inverno no Rio de Janeiro: banhistas aproveitam o dia de sol em Ipanema, na zona sul da cidade
rodovias Dutra, Raposo Tavares e Anchieta ontem. Duas pessoas morreram uma na Dutra e outra na Raposo - e seis saíram feridas. O acidente mais grave foi o engavetamento envolvendo quatro caminhões e um carro de escolta que matou um homem e feriu outros dois, na Dutra, altura do km 224, em Guarulhos. O acidente, no sentido Rio, ocorreu às 10h e provocou uma lentidão de quatro quilômetros na pista expressa, interditada até 12h30. A pista local ficou congestionada por três quilômetros. O caminhoneiro Luis Calamar, de 49 anos, muito ferido, foi transportado pelo helicóptero Águia da PM para o Hospital das Clínicas, mas não resistiu. As outras duas vítimas, o também caminhoneiro Valcir Paludo e Alberto Alves Teixeira, passageiro do carro de escolta, tiveram ferimentos nas pernas . Aproximadamente 20 policiais rodoviários estiveram envolvidos no resgate das vítimas, que teve o apoio também de quatro viaturas do Corpo de Bombeiros, duas ambulâncias e guinchos da NovaDutra, concessionária que administra a rodovia.
PERNILONGO Centro de Controle de O Zoonoses, da Secretaria de Saúde do município, fará
aplicação de larvicida biológico em 54 quilômetros do Rio Pinheiros, no domingo, das 6h às 9h. Segundo a Secretaria, o larvicida é atóxico e não deve afetar a população. A operação do controle de mosquito culex quinquefasciatus, o pernilongo comum, era feita por barcos quinzenalmente. A partir de domingo, será realizada por um avião agrícola por minimizar custos e ser mais eficiente. (AE)
11h, uma pessoa morreu e quatro ficaram gravemente feridas em um engavetamento entre um veículo de passeio e dois ônibus. Não houve interdição. Na Anchieta, foi o rescaldo de um acidente que provocou a interdição. Para remover um caminhão que caiu em uma ribanceira, sábado, a Ecovias, bloqueou a estrada no trecho de serra entre os km 40 e 45. O fluxo foi desviado para outra pista. Não houve lentidão. Antes do meio-dia, a pista estava liberada. Um levantamento feito pelo Centro de Estudos em Logística do Instituto Coppead, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), apontou que a maioria dos casos de colisões envolvendo veículos de carga é provocada por falta de atenção do motorista, excesso de velocidade, ultrapassagens proibidas e sono. Segundo a pesquisa, 66% dos acidentes ocorrem por falha humana, principalmente imprudência (43%). Entre os casos provocados pelas condições das estradas (47% do total), 20% são atribuídos a curvas fechadas, 15% à má conservação, 7% a pistas escorregadias e 2% à sinalização inadequada. (AE)
GIr Agendas da Associação e das distritais
Hoje I Largo - O vice-presidente da
Associação Comercial de São Paulo (ACSP) Roberto Mateus Ordine participa da cerimônia de aposição de placa em memória da proclamação histórica do chamado Território Livre do Largo São Francisco. Às 18h15, no hall da entrada principal do prédio histórico da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, 95, no Centro..
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de agosto de 2006
LAZER - 5
CINEMA Um controle remoto realmente universal, a memória de um jornal. E ladrões na casa ao lado Fotos: Divulgação
Pandora Filmes/Divulgação
CLICK-SE!
Foto: Riofilme/Divulgação
S
e sua vida fosse um DVD, em quais partes você usaria os botões forward e rewind? Talvez avançar em velocidade multiplicada por 100 nos momentos de esperas em filas e quando estivesse na cadeira do dentista. E possivelmente exibir mais de uma vez, ou passar lentamente as cenas nas quais estava com gente querida, ou mesmo vendo seu filme favorito. Ops. Não. Não compliquemos. Ninguém quer falar de metalinguagem aqui. Fiquemos apenas com a informação: um controle remoto que pode ser usado na própria vida é a premissa do filme Click, que estréia nesta sexta, dia 11, nos cinemas brasileiros. Divertido sem ser pastelão, explora bem as possibilidades contidas em um controle remoto – realmente – universal. Adam Sandler é Michael Newman, um arquiteto viciado em trabalho, que um dia entra na loja Bed, Bath & Beyond (Cama, Banho e Além) à procura do dito controle remoto, que pretende comprar para facilitar seu dia-a-dia, eliminando os diversos controles: da televisão, do carrinho do filho, da entrada da garagem etc. Porém, na seção "Beyond", ele encontra Morty (um alucinado Christopher Walken), que lhe abre as portas da tecnologia com o pequeno aparelho. O controle diminui o volume dos latidos do cachorro, emudece a amiga chata de sua mulher, Donna (Kate Beckinsale), faz com que sua pele mude de cor conforme os ajustes de contraste e possibilita pular capítulos inteiros, como uma gripe ou um chato almoço com parentes, além de dar acesso aos comentários e extras do, digamos, DVD. Claro que nem tudo funciona a contento e a trama, inicialmente muito engraçada e bem bolada, descamba para um melodrama com moral da história. Mas no final até que entra nos eixos. Aperte o play. (LHC)
Sob o efeito da água, com Cate Blanchett: vício e sonhos com o futuro Tetê Moraes e Martha: só mereceram ser vividas as coisas que podemos lembrar
O Sol, tonificante afetivo Documentário exibe história da legendária publicação dos anos de 1960 Geraldo Mayrink
D
izem que nada é melhor para trazer de volta os velhos bons tempos do que uma memória fraca. "Ultimamente o passado tem batido à minha porta e não só na minha, mas do país também", diz o jornalista Zuenir Ventura, um dos depoentes do documentário O Sol – Caminhando Contra o Vento. Por que será? Os cronistas de direita ficam furiosos com o que chamam de "astúcia" das esquerdas em se preservar e se autopromover e um exemplo seria um filme como este, que na verdade é uma festa para celebrar os escassos seis meses de vida de O Sol, um jornal-tablóide carioca criado no Rio em 1967, quando todo mundo era muito jovem, feliz e esperançoso. É claro que alguns de seus personagens foram parar na cadeia. Caetano Veloso, que poderia ter participado do expediente como namorado de uma jornalista do jornal, Dedé Gadelha, escreveu os versos de seu clássico Alegria, Alegria dizendo "O Sol na banca de revista / Me enche de alegria e preguiça" e acabou exilado, mas não por isto, junto com o hoje ministro Gilberto Gil. Chico Buarque também teve que partir, conforme revela com exí-
mio senso de humor: "Como eu bebia muito, fiquei encarregado de arrumar garrafas para fazer bomba molotov". O jornalista e consagrado biógrafo Ruy Castro dá uma pincelada também hilariante na própria autobiografia: "Uns partiram para a luta armada, outros foram embora do País porque não aguentavam mais, outros cairam na droga e uma boa parcela encaretou. Eu, por exemplo, encaretei". Os cronistas de direita espumam com declarações assim, vendo esta gente inimiga feliz e saudável diante da câmara, como se fossem inocentes, comemorando numa festa de quase cem pessoas. É que os cronistas de direita não têm o que comemorar ou festejar. O Sol, que de esquerdista (como o jornal ao qual é dedicado) só tem um justo senso de frustração e indignação, é mesmo uma celebração e tem no seu elenco um cast de milhões, como se diz em Hollywood, embora nenhum dos participantes seja artista de cinema. Lá estão, além dos já citados, Fernando Gabeira, Itala Nandi, Hugo Carvana, Betty Faria, Ziraldo, Carlos Heitor Cony, Gilberto Braga, Vladimir Palmeira, Arnaldo Jabor e outros. To-
dos se ligaram de uma forma ou outra ao projeto do jornalista e poeta ("jovem é O Sol, mesmo se é noite") Reynaldo Jardim e isto ajuda a explicar a repercussão do jornal em sua curta vida. A diretora Tetê Moraes e sua co-roteirista Marta Alencar, que trabalham em O Sol, conhecem bem a turma e tiveram a delicadeza de reunir todo mundo entre chopes e sorrisos. A ditadura militar em 1967 ainda não mostrara sua face mais feroz e talvez por por isto o filme seja marcado por um clima de otimismo ("Nós éramos mais sonhadores que a garotada de hoje, mas talvez mais babacas", diz Jabor). Eram mesmo bons tempos, mas não por causa de memória fraca. O filme é um poderoso tonificante afetivo, mostrando que só mereceram ser vividas as coisas que podemos lembrar. Talvez por isto o passado venha batendo com tanta insistência na porta de Zuenir Ventura e outros. A tristemente famosa "falta de memória nacional" pode estar com seus dias contados. O Sol - Caminhando Contra o Vento (Brasil, 2006, 90 minutos). Direção: Tetê Moraes. Riofilme.
O poeta Reynaldo Jardim: "Jovem é O Sol, mesmo se é noite"
O Arco: complicações na espera de um casamento
OUTRAS ESTRÉIAS
O
Arco (Hwal, Coréia do Sul/Japão, 2005, 90 minutos). Na década de 1960, um pescador (Jeon SeongHwang) cria uma garota desde criança e sonha em casar-se com ela assim que ela completar 17 anos. Faltando um ano para realizar seu desejo, um tripulante aparece no local e atrai o olhar da menina. A partir de então, o sonho do casamento transforma-se em obsessão. Dirigido por Kim Ki-duk.
C
afé-da-Manhã em Plutão (Breakfast on Pluto, Irlanda/Inglaterra, 2005, 135 minutos). Em 1958, na Irlanda, o pequeno Patrick (Cilian Murphy) é deixado na porta de uma igreja e, em seguida, adotado por uma família. O jeito afeminado que Patrick tem desde criança é uma das coisas que a mãe adotiva não tolera. Na adolescência, o rapaz vai para Londres e decide procurar a mãe biológica. Dirigido por Neil Jordan.
S
ob o efeito da água(Little Fish, Austrália, 2005, 114 minutos). O diretor Rowan Woods traz como protagonista do drama a australiana Cate Blanchett (O Aviador) interpretando Tracy, gerente de uma videolocadora e ex-viciada em heroína que para o futuro sonha em abrir seu próprio negócio. Só que os contatos de antigamente, como o de um ex-namorado, podem alterar a vida já conturbada da moça.
B
Click (Click, Estados Unidos, 2006, 107 minutos). Dirigido por Frank Coraci. Com Adam Sandler, Kate Beckinsale, Christopher Walken. Columbia Pictures.
F
Califórnia Filmes/Divulgação
olívia: História de uma Crise (Our Brand Is Crisis, Estados Unidos, 2005, 87 minutos). Entre 1993 e 1997 Gonzalo Sanchez de Lozada ocupou a cadeira de presidente da Bolívia. Em 2002, a vontade de voltar ao poder
ressurgiu e para concorrer ao cargo novamente e fazer campanha, ele decide contratar uma equipe de consultores políticos. Documentário dirigido por Rachel Boynton.
U
m Craque Chamado Divino (Brasil, 2006, 81 minutos). O documentário dirigido pelo capixaba Penna Filho conta a história do jogador de futebol Ademir da Guia, hoje com 64 anos, conhecido como Divino. Além de resgatar importantes momentos do futebol, o longa-metragem traz ainda depoimentos de craques da área esportiva como Juca Kfouri, José Trajano e Alberto Helena Jr.
V
elozes e Furiosos: Desafio em Tóquio(The Fast and the Furious: Tokyo Drift, Estados Unidos, 2006, 104 minutos). Tóquio é dessa vez o lugar escolhido para as disputas perigosas da terceira parte de Velozes e Furiosos. O protagonista da história é o novato Sean Boswell que é despachado pela mãe para Tóquio. É lá que o jovem se envolve com corridas alucinantes. Dirigido por Justin Lin.
F
avela Rising (Favela Rising, Brasil, Estados Unidos, 2005, 80 minutos). O documentário dirigido por Jeff Zimbalist e Matt Mochary mostra o trabalho social de Anderson Sá, líder comunitário à frente do grupo cultural AfroReggae desde 1993. Seu trabalho é uma mistura de música, cultura das classes baixas do Brasil e ação social. O filme traz ainda imagens e depoimentos de traficantes da favela de Vigário Geral, no Rio de Janeiro. (RA)
DVDs
Assaltantes demitidos Classe média vai à luta, atacando a propriedade alheia à la Robin Hood. É ficção, mas parece realidade.
oi em 1976 que, baseado em livro de Gerald Gaiser e roteirizado por David Giler, Jerry Belson e Mordecai Richler, Ted Kotcheff dirigiu Adivinhe Quem Vem Para Roubar (Columbia). Protagonizado por Jane Fonda e George Segal, a fita relata o drama de Dick Harper (Segal) que, após sua demissão do alto cargo que ocupava numa empresa de foguetes espaciais, se vê junto com sua esposa Jane (Fonda) em situação financeira desesperadora. Os dois, após diversas tentativas frustradas de conseguir emprego, partem para a prática de roubos que lhes devolvam o status perdido. Em 2005 chegou às telas o filme As Loucuras de Dick & Jane(Columbia), com Jim Carrey no papel de Dick Harper e Téa Leoni no de Jane. Dirigido por Dean Parisot e roteirizado por Peter Tolan (baseado num roteiro de Judd Apatow e Nicholas Stoller), este filme é, na realidade, uma refilmagem do outro.
Aquiles Rique Reis Agora em 2006 as duas comédias chegam novamente ao público, só que em forma de DVD. Nelas, as situações burlescas se sucedem em meio ao desarranjo familiar causado pela sumária demissão de Dick Harper, como que para atiçar na memória de quem as assiste a certeza de que os dias atuais são amorais e escassos em ética. Mesmo partindo do fato de que uma demissão é algo passível de acontecer a qualquer trabalhador, seja ele executivo ou subalterno, os dois filmes vão além da mesmice. Pode-se até considerar que não têm grande valor cinematográfico (e, de fato, quase simplórios, não têm mesmo), mas não se pode negar-lhes o mérito de abordarem o batido tema sob um enfoque criativo. Em meio ao declínio financeiro da família, com todas as conseqüências decorrentes, o casal de protagonistas se vê diante da dificuldade de se man-
ter fiel às suas convicções morais. Nos dois filmes, os mesmos Dick e Jane não medem esforços para não deixarem decair seu nível social. Reagem! Vão à luta para sair do buraco e voltar à vida que nunca pensaram deixar de ter. Aos poucos, depois de recorrerem à Previdência Social e se meterem em
todo tipo de encrenca para conseguir auxílio alimentação/desemprego (qualquer semelhança com o BolsaFamília do governo Lula é mera coincidência. Ou não!?) ou um subemprego qualquer, o casal começa a perceber que os altos executivos que determinaram a degola do chefe daquela
família são corruptos e sem nenhum escrúpulo. Em meio à descoberta, vêem que seus esforços não os levarão a lugar algum que não à falência total. Pior: levam-nos a despertar traumaticamente do tal “sonho americano”. Tem início então a parte mais burlesca (sem deixar de ser também a mais dramática) das duas fitas: a difícil iniciação no mundo do crime. Em ambas as versões, seus diretores se esmeraram em deixar claro que pegar em armas não faz parte do rol de desejos do casal. Titubeantes – mais Dick do que Jane, diga-se –, eles partem para pequenos assaltos que aos poucos rendem dinheiro suficiente para fazêlos desejar cada vez ir mais além. E assim vão. Cada assalto os faz perder um pouco da identidade que tinham quando eram pacatos cidadãos de classe média alta; seus escrúpulos vão ficando para trás após cada fuga; a moral se esgarça a cada dólar que surrupiam, ainda que, desculpando-se,
digam que assim agem forçados por um sistema/patrão degenerado que esfacela qualquer possibilidade de manterem a boa índole. Os jocosos diretores sugerem não haver outra saída para os demitidos/injustiçados que não se rebelarem e, arma em punho, fazerem justiça, expropriando o dinheiro que crêem ser deles e de quem acreditou nas empresas fajutas dos chefões trambiqueiros – tudo à la Robin Hood. Assim, tem-se a impressão de que as cenas da ficção americana tratam da dificuldade real que temos aqui com os corruptos que, invariavelmente, ficam impunes, ao contrário do sugerido nos filmes. Como se elas revelassem a ação das quadrilhas de “sanguessugas” e de “mensaleiros” tupiniquins... Sem os Robin Hoods, claro! Aquiles Rique Reis é vocalista do MPB4 e autor de O gogó de Aquiles, editora A Girafa.
8
Congresso Planalto Sanguessugas Câmara
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de agosto de 2006
CPMI HISTÓRICA PÕE NA BERLINDA 12% DO CONGRESSO
Esse relatório (da CPMI) não teve a coragem de tirar o nome de inocentes que estão na lista. Senador Wellington Salgado (PMDB-MG)
RELATÓRIO PARCIAL DA CPMI DOS SANGUESSUGAS PEDE A CASSAÇÃO DE 69 DEPUTADOS E TRÊS SENADORES
A CPMI QUE NÃO ACABOU EM PIZZA
N
Lula Marques/Folha Imagem
unca tantos con- de processo por quebra de degressistas foram coro contra os 72 acusados. As investigações da CPMI formalmente acusados de corrup- deverão continuar depois das ção. A Comissão Parlamentar eleições. A comissão, que tem de Inquérito Mista (CPMI) dos prazo de funcionamento até 22 Sanguessugas aprovou ontem de dezembro, pretende centrar o relatório parcial que reco- as apurações nas relações da menda a abertura de processo máfia com o Poder Executivo. de cassação contra 72 congres- O presidente da CPMI, depusistas – 69 deputados e três se- tado Antônio Carlos Biscaia nadores – acusados de envol- (PT-RJ), comemorou a aprovavimento com a máfia das am- ção do parecer: "Saio com a bulâncias. O escândalo deixa sensação de dever cumprido". Críticas – Apesar da aprovana berlinda 12% de todo o Congresso, que tem 513 deputados ção, o primeiro relatório da coe 81 senadores. O parecer apre- missão recebeu muitas crítisentado pelo relator da CPMI, cas. "Esse relatório não teve a senador Amir Lando (PMDB- coragem de tirar o nome de inocentes que estão RO), foi aprovado na lista", protestou o com o voto contrásenador Wellington rio do senador WelSalgado (PMDBlington Salgado MG), único a votar (PMDB-MG) e com O relatório contra. a abstenção do sena- aponta fatos "Parabenizo a CPdor Sibá Machado que podem MI, mas acho que as (PT-AC). s i t u a ç õ e s i n d i v i"O relatório apon- comprometer d u a i s d o s p a r l ata um conjunto de a vida mentares deveriam f a t o s q u e p o d e m parlamentar. ter sido separadas comprometer a vida Amir Lando, no relatório", disse o parlamentar", explirelator da CPMI líder do PT na Câcou Lando. Dos 90 mara, deputado parlamentares investigados pela CPMI, 18 fo- Henrique Fontana (RS). Partidos – A lista dos conram inocentados. Em quase mil páginas, o relatório de gressistas supostamente enAmir Lando esmiúça a partici- volvidos no esquema é compação de cada um dos 90 par- posta por 63 parlamentares lamentares relacionados com a que integravam originalmente máfia das ambulâncias. Para a base de governo e nove da ele, que até o último instante oposição. Eles são do PL (18), insistia em dividir em grupos PTB (16), PP (13), PMDB (8), os congressistas de acordo PFL (7), PSB (4), PT (2), PRB (2), com grau de envolvimento, PSC (1) e PSDB (1). O relatório explicita os crinão há provas suficientes para pedir a cassação de todos os mes em que os 72 parlamentares poderão ser enquadrados parlamentares listados. "Mas não tínhamos como se- no Código Penal: crime de conparar um do outro. O órgão cussão, corrupção passiva, competente para investigar o condescendência criminosa, grau de envolvimento é o Con- advocacia administrativa, exselho de Ética", afirmou, ao ploração de prestígio e corrupjustificar o pedido de abertura ção ativa. (Agências) LEIA A ÍNTEGRA DO RELATÓRIO NO SITE: WWW.DCOMERCIO.COM.BR
A LISTA DOS ACUSADOS
C
onfira os nomes dos parlamentares
Batista (PP-SP), João Caldas (PL-AL), João
acusados pela CPMI:
Corrêa (PMDB-AC), João Grandão (PT-MS),
S enadores: Magno Malta (PL-ES),
João Magalhães (PMDB-MG), João Mendes
Ney Suassuna (PMDB-PB) e Serys Slhessa-
de Jesus (PSB-RJ), Jonival Lucas Junior
renko (PT-MT).
(PTB-BA), Jorge Pinheiro (PL-DF), José Divi-
Deputados: Adelor Vieira (PMDB-SC),
no (PRB-RJ), José Militão (PTB-MG), Josué
Agnaldo Muniz (PP-RO), Alceste Almeida
Bengston (PTB-PA), Junior Betão (PL-AC),
(PTB-RR), Almeida de Jesus (PL-CE), Alme-
Laura Carneiro (PFL-RJ), Lino Rossi (PP-
rinda de Carvalho (PMDB-RJ), Almir Moura
MT), Marcelino Fraga (PMDB-ES), Marcon-
(PFL-RJ), Amauri Gasques (PL-SP), Benedi-
des Gadelha (PSB-PB), Marcos Abramo(PP-
to Dias (PP-AP), Benjamin Maranhão
SP), Marcos de Jesus (PFL-PE), Maurício Ra-
(PMDB-PB), Cabo Júlio (PMDB-MG), Carlos
belo (PL-TO), Neuton Lima (PTB-SP), Nilton
Dunga (PTB-PB), Carlos Nader (PL-RJ), Cel-
Capixaba (PTB-RO), Osmânio Pereira (PTB-
cita Pinheiro (PFL-MT ), César Bandeira
MG), Pastor Amarildo (PSC-TO), Paulo Bal-
(PFL-MA), Cleonâncio Fonseca (PP-SE),
tazar (PSB-RJ), Paulo Feijó (PSDB-RJ), Paulo
Cleuber Carneiro (PTB-MG), Coriolano Sa-
Gouveia (PL-RS), Pedro Henry (PP-MT), Rai-
les (PFL-BA), Coronel Alves (PL-AP), Edir Oli-
mundo Santos (PL-PA), Reginaldo Germa-
veira (PTB-RS), Edna Macedo (PTB-SP),
no(PP-BA), Reinaldo Betão (PL-RJ), Reinal-
Eduardo Seabra (PTB-AP), Elaine Costa
do Gripp (PL-RJ), Ricardo Rique (PL-PB), Ri-
(PTB-RJ), Enivaldo Ribeiro (PP-PB), Érico Ri-
carte de Freitas (PTB-MT), Robério Nunes
beiro (PP-RS), Fernando Gonçalves (PTB-
(PFL-BA), Vanderlei Assis (PP-SP), Vieira
RJ), Heleno Silva (PL-SE), Ildeu Araújo (PP-
Reis (PRB-RJ), Wanderval Santos (PL-SP),
SP), Irapuan Teixeira (PP-SP), Iris Simões
Wellinton Fagundes (PL-MT) e Wellington
(PTB-PR), Isaías Silvestre (PSB-MG), João
Roberto (PL-PB).
Aílton de Freitas/ Ag. O Globo
Senadores Serys Slhessarenko e Magno Malta: incriminados.
INVESTIGAÇÕES CONTINUAM Na segunda fase da CPMI, deverão ser chamados para depor os ex-ministros da Saúde José Serra (PSDB), Humberto Costa (PT) e Saraiva Felipe (PMDB).
T
Relator da comissão, senador Amir Lando (PMDB-MG), inocenta 18.
O QUARTETO FANTÁSTICO COMEMORA
O
chamado "quarteto fantástico" da CPMI dos Sanguessugas – formado pelo presidente da comissão, o deputado Antônio Carlos Biscaia (PTRJ), o vice-presidente, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), e o deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA) – saiu para comemorar a aprovação do relatório numa churrascaria de Brasília. Até Gabeira, que é vegetariano e já fez campanha contra churrascarias, foi ao almoço, mas só comeu sushi. "Eu não gosto de churrascaria porque o cabelo fica com cheiro de carne, mas eu sou democrático e aceitei o convite dos meus companheiros. Vou comer sushi", disse Gabeira. Pressão – O relator da CPMI, senador Amir Lando (PMDB-RP), que queria
reduzir o número de parlamentares denunciados, não participou da comemoração. No encontro, os quatro integrantes mais ativos da CPMI relembraram as dificuldades de fechar o relatório e das pressões para excluir nomes. Esbanjando alegria, os parlamentares apelidaram Gabeira de "zenbollah", uma referência ao jeito tranqüilo do deputado e à disposição de combate, que seria semelhante à do grupo xiita Hezbollah. Voto secreto – O quarteto aproveitou a comemoração na churrascaria para protestar contra a votação secreta dos processos de cassação em plenário. Os parlamentares prometeram fazer pressão sobre o presidente da Câmara, Aldo Rebelo, para que a proposta de emenda constitucional (PEC) que acaba com o voto secreto nos processos de cassação seja votada rapidamente. Biscaia disse que o voto secreto é uma anomalia que deve ser banida na próxima etapa dos processos contra os 72 parlamentares acusados pela CPMI. Para Aleluia, o primeiro processo a ser votado já com o voto aberto tem que ser o do ex-líder do PP, José Janene (PR) – acusado de envolvimento no mensalão – que apresentou seguidas licenças médicas e até hoje não foi a plenário. Segundo ele, Janene deve ser um exemplo para os demais congressistas. No almoço, Jungmann disse que esse esse é o maior expurgo já feito num Parlamento democrático. (AOG)
rês ministérios (Saúde, Ciência e Tecnologia, Educação), governos estaduais e prefeituras ainda serão investigados por suposto envolvimento com o esquema que sangrou R$ 110 milhões do Tesouro. A base para a apuração são os depoimentos dos empresários que controlavam a Planam e a atuação decisiva de Maria da Penha Lino, ex-assessora especial do Ministério da Saúde. "Existem fatos novos graves que poderão nos levar a outros nomes do governo que sequer foram citados ainda", declarou o deputado Júlio Redecker (PSDB-RS), sub-relator da CPMI para esmiuçar irregularidades no Executivo. Redecker aponta seu trabalho para as relações suspeitas de autoridades com o empresário Luiz Antonio Vedoin, da Planam. "Vou investigar fatos", afirmou. Vedoin revelou, por exemplo, detalhes sobre a participação do ex-presidente do PT no Ceará, José Airton Cirilo, no esquema de liberação de verbas para prefeituras junto ao Ministério da Saúde. O empresário afirmou ter feito dezenas de depósitos e bancado despesas de viagens de Cirilo, candidato a deputado federal. Em contrapartida, o petista teria intermediado a liberação de
R$ 8 milhões pendentes na pasta no início do governo Lula, verba relativa à venda de 130 ambulâncias para prefeituras – R$ 867 mil foram depositados em contas correntes de terceiros. Cirilo diz que a versão é "fantasia". Vedoin declarou ter pago despesas de Antonio Alves, chefe-de-gabinete do ex-ministro Humberto Costa, candidato a governador de Pernambuco pelo PT. O empresário e seu parceiro Ronildo Pereira disseram que Cirilo intermediou encontros com o governador do Piauí Wellington Dias (PT) para discutir o direcionamento de licitação para a compra de R$ 12 milhões em ambulâncias. O grupo teria sido recebido pelo menos três vezes pelo governador, na Casa Civil. A sub-relatoria também vai apurar os passos da máfia na secretaria de Saúde do governo Zeca do PT (MS). O relatório de 973 páginas que a CPMI produziu dedica um capítulo ao Executivo "e seu grau de participação". "Foi possível verificar que o esquema não se restringia à venda de unidades móveis de saúde. Há indícios de que o grupo atuou em outros ministérios, assim como há evidência de que o início das atividades irregulares foi anterior a 2001". (AE)
OS BASTIDORES DA BRIGA PELOS 'INOCENTES'
O
s parlamentares da CPMI dos Sanguessugas passaram à noite de ontem em claro, trocando ligações pelo celular, com medo de que o senador Amir Lando (PMDBRO) renunciasse à relatoria. A desistência de Lando poderia levar a não-punição dos 72 parlamentares. No fim da noite o vicepresidente da CPMI, Raul Jungmann (PPS-PE), ligou para o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ). Eles fizeram uma avaliação política e temeram pelo pior. O temor era o de que o senador, pressionado, não resistisse aos apelos dos caciques do PMDB para deixar gente graúda da legenda de fora da lista dos envolvidos. Lando recebeu telefonemas do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), e do senador José Sarney (PMDB -AP), que exigiam que ele definisse o número de cassados e anunciasse logo a decisão. Para atender os dois, Lando pretendia enviar apenas os
nomes dos 40 parlamentares para o Conselho de Ética. "As pessoas estão me procurando em desespero. Temo que esse desespero se transforme e que isso leve a uma conduta de violência", contou Lando. No comando da pressão, estava o senador Ney Suassuna (PMDB-PB). Última hora – Havia um acordo de lideranças para pedir vista do relatório da CPMI por uma semana, mas o senador Wellington Salgado (PMDB-MG) desistiu na última hora. "Não vou pedir vista porque a CPMI já mostrou vontade de aprovar, diante do que estou vendo, mais uma semana não vai adiantar", justificou. Salgado protagonizou um bate-boca com Gabeira na última reunião da CPMI e voltou a alfinetar o colega: "Não sou cachorrinho de madame que usa pompom cor-de-rosa. Vai ali, dá uma voltinha, cheira e volta com o nariz empinado. Não sou cachorrinho que não olha na cara. Vim para ver briga de cachorro grande". (Agências)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 -.LAZER
sexta-feira, sábado e domingo, 11, 12 e 13 de agosto de 2006
VISUAIS Arte manipulada, em sombra, com varas, fios. E galerias, antiquários e designers de jóias. Divulgação
Rita Alves ção. As anedotas gráficas contam a história de um desenhista que cria suas obras diante do público, ao som de músicas tocadas pelo divertido pianista Andrey Semenov. Na trilha sonora, Mozart e Chopin dão o tom certo para os traços surpreendentes de Ilya Epelboum. A apresentação do grupo Tenj (sombra em francês) fascina a platéia que acompanha curiosa o desenrolar de cada traçado do desenhista. Quando o olhar do público se encanta diante da aparição de uma bailarina na tela, em poucos segundos é surpreendido pela mutação da delicada dançarina em uma borboleta. O espetáculo ainda mostra uma versão bem original da história do surgimento da baleia no mundo. O envelhecimento do rosto de um garotinho também pode ser visto pelos traços do desenhista russo. A performance do pianista responde pelas partes mais divertidas do espetáculo que, diante de um público misto, consegue agra-
decer crianças e adultos. O teatro de sombras da companhia russa fará outra apresentação amanhã (12), no Parque do Ibirapuera, às 19h. Quem passar por lá terá a chance de conhecer outras técnicas como a de fios usada pelo grupo americano The Huber Marionettes no espetáculo Animação Suspensa. Os japoneses da companhia Dondoro combinam bonecos de tamanho natural, máscaras e teatro butô, nô e bunraku (uma forma tradicional japonesa de teatro de bonecos) em Kiyohime Mandara. O espetáculo mostra a revolta de uma garota que, abandonada por um grande amor, vira uma serpente, mata o jovem que a deixou e depois se suicida. A programação do evento também conta com o grupo de fantoches La Fanfarra, da Espanha e o francês Petits Miracles com técnicas não-convencionais. Do Brasil, os tradicionais bonecos de Olinda vão marcar presença no Parque com um divertido desfile. A
turma pernambucana vem também com os grupos Valdeck de Garanhuns, Mestre Zé de Vina e Mestre Zé Lopes. Do Rio de Janeiro desembarcam o Grupo Sobrevento e os Contadores de Estórias. Já do Rio do Grande do Sul chega o Anima Sonho. E de São Paulo, apresentam-se no parque a Cia. da Tribo e Ventoforte. Em 2004, o evento passou por todas as capitais do Nordeste e no ano passado pelo Centro-Oeste, além de Palmas (TO) e Vitória (ES). Este ano, o Sudeste e o Sul foram os lugares escolhidos para a tomada dos bonecos. E já que diversão não tem tamanho, o público ainda tem a chance de ver shows, performances, feiras e oficinas. A programação completa pode ser acessada no site www.sesibonecos.com.br.
No alto, cena de Metamorfoses, teatro russo de sombras. Acima, boneca utilizada em técnica de manipulação direta. Abaixo, personagens do Mamulengo Presepada.
Parque do Ibirapuera. Praça da Paz. Sábado e domingo, a
Divulgação
O
s bonecos invadiram a cidade e vieram de diversas partes do mundo, como Japão, Rússia, Espanha, França e Estados Unidos. É o espetáculo Sesi Bonecos do Brasil e do Mundo, que durante este fim de semana toma conta do Parque do Ibirapuera. São 16 companhias de teatro de bonecos que farão apresentações gratuitas na Praça da Paz. Idealizado pela publicitária pernambucana Lina Rosa, a terceira edição do evento chega pela primeira vez a São Paulo com 11 companhias brasileiras e cinco internacionais, além de apresentações de dois mestres mamulengos. Quem abriu a programação na última terça-feira (8) foi o grupo russo Teatro Tenj, fundado em Moscou em 1991, que levou para o palco do Teatro Popular do Sesi o espetáculo Metamorfoses. O teatro de sombras é a técnica usada por eles para mostrar as transformações que dão nome à exibi-
Divulgação
VIDA DE BONECOS
SALÃO
Fotos: Leonardo Rodrigues/Hype
partir das 15h30. Ingresso: grátis. Tel. (11) 3146-7405. O mascote Sesi Boneco, manipulado por Mario de Ballenti
A
partir da terça (15), até dia 20, o Clube A Hebraica será sede da 13ª edição do Salão de Arte 2006 organizado por Vera Chaccur Chadad. Serão 80 estandes, entre galerias de arte, antiquários, casas de leilão e designers de jóias. Além dos convidados internacionais, seis estados brasileiros serão representados por 65 expositores. Uma das novidades do evento é a presença de uma equipe de consultores que estará à disposição em tempo integral, tanto para os visitantes como para os expositores. Outra inovação são as visitas monitoradas para alunos de cursos superiores de arte, criada com o objetivo de atingir públicos mais jovens. Quem passar pela exposição poderá contemplar obras de importantes artistas nacionais como Cândido Portinari, Cícero Dias, Di Cavalcanti, Vicente do Rêgo Monteiro, Wesley Duke Lee, Djanira, Lasar Segall, Aldo Bonadei e José Pancetti (acima). Edições raras de Miguel de Cervantes e Cecília Meirelles também já estão confirmadas. Os visitantes ainda poderão conhecer uma tela com mais de 5,4 mil brilhantes que reproduz o quarto do pintor Vincent Van Gogh. Na Sala Especial Novas Apostas o público poderá apreciar 14 obras de artistas contemporâneos brasileiros e esculturas de Artur Lescher que fazem parte de uma das mais completas e importantes coleções particulares do Brasil. A renda obtida com a venda dos ingressos será destinada à Pediatria do Hospital do Coração. (RA)
Fotos: D
ivulgaçã
o
Salão de Arte 2006. Clube A Hebraica, Rua Dr. Alberto Cardoso de Mello Neto, 115, Jardins. Tel. (11) 3088-2625. Entre os dias 15 e 20. Aberto de terça a sexta, das 15h às 22h. Sábado e domingo, das 13h às 22h. Ingresso: R$ 15.
A
13ª edição do Salão de Arte 2006 proporciona ao visitante um passeio entre obras brasileiras e internacionais, da pintura ao mobiliário, da escultura às porcelanas, das coleções de jóias ao design. Acima, algumas preciosidades que podem ser vistas nos 80 estandes:
Cofre, Bahia, século 18; par de cadeiras em jacarandá, coleção Baronesa de Bonfim, também do século 18 e par de esculturas em prata portuguesa, marca do prateiro Luís Ferreira. À direita, Nossa Senhora, outra peça do século 18.
Veja a galeria de fotos do Salão de Arte 2006 em www.dcomercio.com.br
São Paulo, segunda-feira, 14 de agosto de 2006
D C A R R O 11
MUSEU Roberto Alvarenga
Raridades em duas rodas Na belíssima região de Visconde de Mauá, na divisão do Rio com Minas, localiza-se o Museu Duas Rodas, com mais de 90 bicicletas e motos, de diversas origens, em exposição ALZIRA RODRIGUES
P
ara quem é apaixonado pelo mundo das duas rodas, nada melhor do que conciliar passeio pela belíssima e montanhosa região de Visconde de Mauá, na divisa do Rio de Janeiro com Minas Gerais, com visita a uma das mais ricas exposições de veículos do gênero existentes no País. Inaugurado há exatamente quatro anos, em agosto de 2002, o Museu Duas Rodas abrange 94 motocicletas e bic i c l e t a s , i ncluindo raridades como uma FN belga, a primeira motocicleta ind us tr ia li za da do mundo, e a alemã Wanderer, ano 1902, uma das primeiras comercializadas no Brasil. O modelo tem motor de 408 cc, 4 tempos, 2 cilindros em V, que atinge 65 km/h. Muita fé - A paixão por veículos foi determinante para que o colecionador Robson Pauli acabasse investindo na criação do Museu Duas Rodas. "O projeto foi fruto, principalmente, de muita fé e determinação. Sempre gostei de motos e também de automóveis e rodava o País
O museu criado por Robson Pauli tem 150 metros quadrados de área de exposição, dividida em dois pavimentos. O ingresso para visitar a mostra custa R$ 9.
atrás de modelos antigos, que estivessem ligados à história do setor. Peguei muita sucata e várias das máquinas eu mesmo restaurei", conta Pauli. A área total de exposição tem 150 metros quadrados, divididos em dois níveis. São mais de 30 bicicletas, das quais metade motorizada e algumas infantis, e cerca de 60 motos. O "veículo" mais antigo é um triciclo do final do século XIX. "Também temos motos que pertenceram aos maiores corredores do Brasil (entre os anos 30 e 80), tais como Ricardo Molinari, Luis Latorre, Zielinsky e Jorge Miranda". Para todos os gostos - A coleção abrange, além dos modelos para competição, versões esportivas, agrícolas, militares, de carga e até uma moto apropriada para uso em deserto. Tem, por exemplo, uma inglesa BSA, versão Gold Star B34, ano 1953, com motor de 499 cc, 4 tempos, 1 cilindro e transmissão (4 marchas) com comando no pedal. "Sua potência é de 37,2 cv a 7.000 rpm e velocidade máxima de 176 km/h", informa o colecionador. Também não poderia faltar a tradicional Harley-Davidson, que marca presença na mostra com um modelo Ala D'Oro, ano 1961. Da Alemanha, tem a Zündapp KS-601, ano 1951, e uma Rabeneick fabricada em 1952. Entre as bicicletas, um dos destaques é a holandesa Batavus, ano 1940, com farol triplo e freios dianteiros por atrito de borracha
sobre o pneu e traseiros por atrito de bucha no centro da caixa do cubo. Localização - O Museu Duas Rodas localiza-se na cidade mineira de Volcane de Minas, no belíssimo parque ecológico Corredeiras. Para chegar ao local segue-se pela Via Dutra até o km 311, pega a entrada de Penedo e vai pela RJ-151 até Visconde de Mauá. Depois é só orientarse pelas placas indicativas do próprio museu e do Parque Corredeiras. São 33 km depois que sai da Dutra, sendo 18 de asfalto e 15 de estrada de terra. O local fica numa altitude de 1.089 m. A entrada para visitar o museu é R$ 9.
Há motos e bicicletas dos mais variados tipos e de diferentes países, como a inglesa BSA (acima), ano 1953, com motor de 499 cc
12
DCARRO
São Paulo, segunda-feira, 14 de agosto de 2006
8
Empresas Nacional Comércio Exterior Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 14 de agosto de 2006
1,089
PETRÓLEO É O PRODUTO MAIS VENDIDO PARA CINGAPURA
bilhão de dólares foi o total comercializado entre Brasil e Cingapura no primeiro semestre deste ano.
Marcos Fernandes/LUZ
O embaixador Paulo Soares diz que focará sua agenda nas questões que envolvam as pequenas e médias empresas
N gócios
&
oportunidades
Da esquerda para direita: Nicoletti, Soares, Cotait e Gonçalves: apoio da SP Chamber será fundamental para ampliar negócios
Missão empresarial de Botsuana vem à ACSP
EMBAIXADOR QUER ABRIR N AS PORTAS DE CINGAPURA Paulo Roberto Soares assume o cargo no mês que vem, para aprimorar o comércio entre Brasil e Cingapura
U
ma nova porta para os produtos brasileiros, sobretudo das pequenas e m é d i a s e m p re s a s , e s t á s e abrindo no coração da Ásia. Paulo Roberto Soares assumirá em setembro a embaixada do Brasil em Cingapura disposto a dar força total ao setor privado e às suas associações, ampliar as exportações brasileiras e atrair investimentos. O novo embaixador enxerga em Cingapura um importante pólo logístico mundial, capaz de irradiar bons negócios brasileiros no sudeste asiático, Índia, China e Austrália, entre outros. O potencial do país é enorme. "A renda per capita média dos seus 4,5 milhões de habitantes é de US$ 30 mil", relatou. Seu intercâmbio comercial mundial (importações e exportações) se aproxima dos US$ 500 bilhões, mais do que o dobro do Brasil. "São números que espantam", disse. Soares acredita que, para "chegar lá rápido", precisará do apoio do setor privado e de suas entidades representativas. Por isso, ainda antes de assumir o novo posto, depois
de quase sete anos na embaixada do Brasil na Argentina, já tem o apoio da São Paulo Chamber of Commerce, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Parceria – Essa aproximação ocorreu na segunda-feira passada em um encontro do embaixador Soares com o coordenador da SP Chamber, Alfredo Cotait Neto, e com os vicepresidentes da ACSP Hélio Nicoletti e Roberto Gonçalves. Cotait mostrou as ações desenvolvidas pela entidade para incluir as pequenas e médias empresas no comércio mundial. Informou sobre as parcerias que a SP Chamber mantém com o Itamaraty, governo estadual, prefeitura de São Paulo, Bolsa de Valores (Bovespa) e Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F). Empolgado com o trabalho de inteligência comercial da SP Chamber, o novo embaixador antecipou sua agenda de trabalho: "Meu enfoque será no relacionamento econômico e comercial, voltado para a micro, pequena e média empresa". Mas sem deixar de lado também as grandes. Informou
que pretende estar em Cingapura para participar da "Latin Asian Biz", que ocorrerá entre 12 e 15 de setembro próximos. O evento promovido por Cingapura é um amplo fórum de debate de negócios entre os países da região e a América Latina. "Lá estarão todos os nossos concorrentes aqui do continente", alertou. Ele foi informado de que a SP Chamber já havia se antecipado e estará representada por Hélio Nicoletti, coordenador do Conselho de Câmaras Internacionais de Comércio (CCIC) da ACSP. O embaixador enfatizou sua disposição de trabalhar em parceria com a SP Chamber. Contou que, em sua estada na Argentina, durante a instalação de um consulado brasileiro na cidade de Córdoba, convidou vários governadores para levar empresários para a cidade. "De lá saíram bons negócios; portanto, podemos fazer esse trabalho em Cingapura", acrescentou. Soares também pretende participar da Best Brazil, dia 12 de setembro, uma feira promovida pelo setor privado brasileiro, com apoio do setor público.
Problema e solução – O embaixador Soares disse também que Cingapura enfrenta um problema com o Brasil. A Receita Federal, por questões técnicas, desde 2002, enquadra aquele país no rol de 40 outros tratados como paraísos fiscais, por causa da sua alíqüota de imposto de renda – mas não é tratado assim por outros governos, como, por exemplo, os dos Estados Unidos e Japão. "Isso dificulta os investimentos de Cingapura no Brasil", observou Soares, "que aliás j á s ã o g r a n d e s n a á re a d a construção naval". Alfredo Cotait pediu a Hélio Nicoletti e à Comissão de Comercio Exterior (CCE) da ACSP que promovam um estudo sobre o tema. "Assim poderemos oferecer sugestões para o governo em breve, como forma de ajudar a solucionar essa questão", explicou Nicoletti. O embaixador lembrou que isso incentivará novos investimentos de Cingapura no País, em um leque que envolve desde estaleiros até biotecnologia e Parcerias Público-Privadas (PPPs). Sergio Leopoldo Rodrigues
Intercâmbio ainda é inexpressivo
A
moderníssima cidade-estado onde o novo embaixador do Brasil em Cingapura, Paulo Roberto Soares, vai desembarcar de mala e cuia em setembro é historicamente uma referência de entreposto comercial no sudeste asiático. As ligações com o Brasil são antigas, mas não são profundas, nem culturalmente próximas. O intercâmbio comercial (exportações mais importações) não é expressivo. Atingiu US$ 1,089 bilhão no acumulado do primeiro semestre deste ano, com um leve saldo positivo para Cingapura. As vendas para aquele país somaram US$ 512,134 milhões nesse período, apenas 0,84% do total das exportações brasileiras. As importações foram de US$ 577,073 milhões, 1,39% do total importado pelo País, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria de Comércio Exterior (MDIC). O fato de Cingapura ter a quinta maior refinadora de petróleo do mundo, sem extrair quase nada, se explica facil-
Luis Enrique Ascui/Reuters
Distrito de negócios, Cingapura tem 110 bancos em operação
mente pela enorme quantidade de importações do produto. O óleo representa mais da metade das nossas exportações para lá (US$ 274,338 milhões no acumulado do ano até julho), seguido por celulares (US$ 35,5 milhões), comestíveis (US$ 35 milhões), carnes de suíno e congeladas (US$ 26,3 milhões), carnes bovinas (US$ 11,3 milhões), produtos químicos, café, fumo, desinfetantes, circuitos integrados e uma extensa pauta com valores menores. Por outro lado, as importações brasileiras de Cingapura também são muitas, mas em pequenos valores. O destaque
são os aparelhos transmissores e receptores (US$ 81,3 milhões), óleo diesel (US$ 80,2 milhões), circuitos impressos montados (US$ 40,6 milhões), circuitos integrados (US$ 38,5 milhões), acumuladores elétricos (US$ 24 milhões), cartuchos de tinta para impressoras (US$ 13,6 milhões), microprocessadores, conectores etc. A nova morada do embaixador é uma cidade-estado incrustada em uma pequena ilha de 641 quilômetros quadrados, no sudeste asiático. Essa república parlamentarista não tem divisões políticoadministrativas e deixou de ser colônia britânica em 1959.
Hoje, é um país avançado tecnologicamente, com perspectiva de ser a cidade mais interligada com o mundo pela tecnologia da informação. Seu Produto Interno Bruto (PIB) gira ao redor de US$ 125 bilhões. A cidade abriga também o quarto maior centro financeiro do mundo, depois de Nova York, Londres e Tóquio, com 110 bancos em operação. A agricultura representa praticamente zero do PIB, a indústria, 35%, e os serviços 65%. Seu porto movimenta 1 bilhão de toneladas brutas/ano e já é o maior do mundo no trânsito de contêineres. Em Cingapura há pelo menos quatro idiomas oficiais: malaio, mandarim, tâmil e inglês. Com clima equatoriano, abriga uma população 100% urbana, com no máximo 5% de analfabetos, de origem majoritariamente chinesa (76%) e malaia (15%). A perspectiva de vida beira os 76 anos para homens e 80 para mulheres. A moeda é o dólar de Cingapura (SGD) e o fuso é de 10,5 horas a mais do que o Brasil. (SLR)
esta quarta-feira, dia 16, a partir das 9h30, a São Paulo Chamber of Commerce, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), recebe o ministro de Relações Exteriores de Botsuana, general Mompati S. Merafhe, liderando importante delegação empresarial. Além da fala do ministro, haverá uma apresentação do diretor do Botswana Development & Investment Authority (Bedia) sobre a economia e as possibilidades de realização de negócios e parcerias com o país. Botsuana é um país diferenciado, localizado no sul da África (faz fronteira com a África do Sul) e que faz parte da União Aduaneira da África Austral (SACU), juntamente com a África do Sul, Namibia, Suazilandia e Lesoto. Possui uma renda per capita, avaliada pela Paridade do Poder de Compra da moeda, da ordem de US$ 7 mil. Sua economia é baseada em extração mineral, predominando diamantes, cobre, níquel, barrilha e potássio, com exportações anuais de US$ 3,7 bilhões e importações
de US$ 3,4 bilhões, o que confere ao país um elevado grau de abertura da economia ao comércio internacional. Os principais produtos importados são: gêneros alimentícios, maquinários, produtos elétricos, equipamentos de transporte, combustíveis e derivados de petróleo, madeira e produtos de papel. Dentre as empresas que participam da delegação, os interesses são os seguintes: G Papel e celulose: para importação; G Móveis, confecções e eletrodomésticos: importação; G Logística e transporte: acordo de cooperação; G Materiais para construção e equipamentos de telecomunicação: importação; G Reciclagem de plásticos, latas e outros resíduos: aquisição de tecnologia; G Chapas de vidro: para importação. O evento será realizado na sede central da ACSP, na Rua Boa Vista, 51 - 11º andar. Solicita-se a confirmação de presença, pelos telefones (11) 3244-3500 e 3244-3397, ou pelo e-mail: tneuma@acsp.com.br e cjunqueira@acsp.com.br
Comus discute acesso a Santos
A
p ró x i m a r e u n i ã o do Comitê de Usuários dos Portos e Aeroportos do Estado de São Paulo (Comus), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), será realizada na próxima quinta-feira, dia 17, a partir das 17 horas. O encontro deverá discutir a rastreabilidade de veículos e cargas nas rodovias de acesso ao Porto de Santos que continua a ser a principal via de escoamento das exportações brasileiras.
O tema será apresentado pelo diretor-presidente da Ecovias. Um dos pontos a ser discutido será o impacto da rastreabilidade nos níveis de fretes rodoviários e de seguro-transporte. A reunião será na sede da ACSP, na Rua Boa Vista, 51, 11º andar, sob coordenação de José Cândido Senna. A participação é aberta aos interessados, que deverão confirmar presença pelo telefone: (11) 3244-3500 ou pelo e-mail: tneuma@acsp.com.br.
Taiwan atrás dos chips do Brasil
A
empresa Micro-Star International Co. Ltda. – MSI manifestou interesse junto ao Escritório Comercial brasileiro em Taipei em investir no Brasil na produção de chips. A companhia, que tem sede em Taiwan e opera grandes fábricas de chips para computadores nas regiões de Shenzhen e Kunshan, na China, exporta computadores, celulares e "blue tooth", principalmente para os Estados Unidos. A fabricante tem no momento apenas um escritório de representação na cidade
de São Paulo e há interesse em ampliar suas operações no mercado brasileiro. A intenção é abranger, inclusive, os demais países integrantes do Mercosul. Parceria – O investimento inicial para o projeto está estimado em aproximadamente US$ 20 milhões, estando a MSI à busca de possíveis parceiros brasileiros. Os interessados em mais informações devem entrar em contato com Cindy Sieh ou com JimLu, através do telefone (88-62) 3234-5599 e do fax (88-62) 22218756.
Departamento de Comércio Exterior da Associação Comercial Gerente: Sidnei Docal R. Boa Vista, 51— Telefones: 3244-3500 e 3244-3397
Ano 81 - Nº 22.190
São Paulo, segunda-feira 14 de agosto de 2006
R$ 0,60
Jornal do empreendedor
Edição concluída às 23h55
w w w. d co m e rc i o. co m . b r
Reprodução Ag. O Globo
Terror entra em cena na Globo Assassinado A luta é o bandido nós e que fundou o vocês PCC e TCC
O "vocês" no manifesto do PCC são "os governantes e policiais".
Cesinha, ou César Roriz, foi assassinado no presídio de Avaré por outro preso, ontem de manhã.
Direto à origem: o Foro de São Paulo A pág. 8, de Olavo de Carvalho, foi escrita antes de surgir a face do terror do PCC. E a explica.
Kevork Djansezian/AP/AE
Foi a estréia do terror brasileiro, clonada dos vídeos da Al Qaeda. Encapuzado como um ninja, um militante do PCC leu um manifesto contra o Regime Disciplinar Diferenciado às 0h28 de domingo, pela Rede Globo. O terror foi ao ar em troca da vida do repórter Guilherme Portanova, seqüestrado no sábado com o auxiliar técnico Alexandre Calado, libertado ontem. A Globo "pagou" o resgate mas seu repórter ainda continuava refém até o início da madrugada de hoje. Página 5
Mais fogo antes do cessar-fogo Israel, o grupo xiita libanês Hezbollah e o Líbano endossaram cessar-fogo proposto pela ONU, cujo início foi marcado para a madrugada de hoje. Mas o fogo cruzado entre as forças em conflito aumentou ainda mais ontem: o Hezbollah lançou 250 foguetes e Israel intensificou ataques aéreos ao sul de Beirute (foto). C 1
Denise Adams/AFG
Nelson An toine/Futura Press
Pablo de Sousa
Um galope de impostos Na Festa de Barretos. E 1 HOJE Parcialmente nublado Máxima 30º C. Mínima 13º C.
AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 31º C. Mínima 15º C.
Expressinho arisco Os reservas do Tricolor fizerem bem a lição de casa e garantiram a liderança. Lenílson (foto) comemora os 2 a 1 contra o Goiás. O Brasileirão, no DC Esporte
Tão exibido, ele não anda, desfila. É o Chevrolet Astra SS, um falso esportivo. Ele passa a sensação de que nem só desfila, mas corre mais que os outros.
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 14 de agosto de 2006
Paulo Pampolin/Hype
1 Jovens que lêem lábios no Fantástico, da Globo, levaram até 12 anos para aprender a técnica.
Aluno do curso de linguagem dos sinais da Divisão de Educação e Reabilitação dos Distúrbios da Comunicação, da PUC. Ler lábios leva tempo, não é essencial nem garante compreensão total de uma conversa.
LEITURA LABIAL ´
Rejane Tamoto
E
espionagem, diversão ou profissão? O recurso de ler lábios já foi técnica de investigação de serviços de inteligência como a americana CIA, a antiga KGB russa e a britânica Scotland Yard. No Brasil, na época do regime militar, palavras lidas de lábios supostos subversivos poderiam virar provas incriminatórias. Durante a Copa da Alemanha, a leitura labial perdeu essa conotação mais sombria e virou diversão. Em cadeia nacional. Irritou o ex-técnico da Seleção Brasileira, Carlos Alberto Parreira, cujas broncas e lamúrias, no banco, durante os jogos, foram reveladas pela televisão. A TV Globo pediu desculpas, mas o episódio mostrou que numa sociedade cada vez mais tomada por câmeras e monitoramento, a privacidade se torna um conceito cada vez mais subjetivo. Segundo a fonoaudióloga do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), Leila Manhães de Paula, a leitura labial é a compreensão da mensagem por meio da observação dos movimentos dos lábios da pessoa que fala. A técnica de ler lábios exige esforço e deve ser desenvolvida já na infância. Segundo ela, poucos surdos sabem fazer a leitura labial porque o aprendizado exige paciência e muitos anos de treino. A exposição da leitura labial na mídia pode ter sido positiva para estimular a curiosidade, mas foi vista como um retrocesso por surdos que lutam pela inclusão de legendas em Língua Brasileira de Sinais (Libras) nos programas de televisão. Profissão –Por enquanto, a leitura labial virou profissão
para três jovens surdos, que traduzem o que jogadores e técnicos dizem em campos de futebol, longe dos microfones das câmeras, para o programa Fantástico, da Rede Globo. A repercussão do programa despertou a curiosidade da maioria dos cerca de 606 surdos que estudam no INES. Segundo a fonoaudióloga do instituto, Leila Manhães de Paula, depois das revelações do Fantástico, muitos adolescentes passaram a demonstrar interesse em aprender a ler lábios. Só para entender o que as pessoas falam, por pura
Pela leitura labial é possível entender de 30% a 40% das palavras de uma frase. Os outros 30% são compreendidos pelo contexto. O resto, adivinha-se. Helena Dale Couto, fonoaudióloga curiosidade e também para brincar. "Existem também os surdos que não querem falar e só se comunicam por língua de sinais. Nesse sentido, o programa de TV está estimulando essas pessoas a aprenderem mais uma técnica de comunicação", disse Leila. Diversões à parte, a leitura labial ainda não tem um campo de atuação muito extenso, a ponto de se tornar uma profissão. Mesmo assim, segundo Leila, existem peritos em fonoaudiologia – que são fonoaudiólogos especializados – que trabalham em investigações policiais que envolvem suspeitos surdos.
INCLUSÃO PROFISSÃO DIVERSÃO
"Eu já participei de uma investigação. Era um suspeito por tráfico de drogas surdo, que não sabia língua de sinais e tinha alfabetização mínima. Então, fiz perguntas, pronunciando as palavras devagar. Ele leu meus lábios e, com gestos e desenhos, explicou o que havia acontecido. Foi inocentado", disse. Riscos – Segundo a pedagoga e coordenadora de educação infantil da Divisão de Educação e Reabilitação dos Distúrbios da Comunicação (Derdic), da PUC, Maria Inês Vieira, a exposição da leitura labial na TV pode representar um prejuízo para os surdos. "A maioria não lê lábios. Nossa luta é para que os programas de TV tenham legendas em Libras", disse. O professor de Libras da Derdic e da PUC, Ricardo Nakasato, teme que pais ouvintes de crianças surdas comecem a achar muito fácil ler os lábios e forcem os filhos a ler toda a sorte de palavras, de bocas diversas, ao mesmo tempo. Aprendizado – Segundo a fonoaudióloga da Associação de Reabilitação e Pesquisa Fonoaudiológica (Arpef), Helena Dale Couto – responsável pelo treinamento dos jovens que trabalham no Fantástico – os garotos passaram por um programa de ensino de Libras e de oralização, de aprendizado da fala e de leitura labial. A duração desse aprendizado depende de cada pessoa. Helena contou que os três jovens são surdos profundos, têm domínio da língua de sinais e começaram a aprender leitura labial desde a infância. Um deles levou quase 12 anos para se desenvolver. Contextos – Além de treinamento intensivo, é preciso que o surdo compreenda o contex-
to do que está sendo falado. Existem condições que atrapalham a leitura labial. Os lábios de um interlocutor que tem bigode ou barba, por exemplo, são impossíveis de serem lidos. Se a pessoa fala muito rápido ou muito devagar, outro problema. "Pela leitura labial é possível entender de 30% a 40% de palavras. Os outros 30% da frase são compreendidos pelo contexto. O restante, eles adivinham. A técnica não é fácil nem simples. Os três garotos do Fantástico conseguem ler o que jogadores dizem porque têm a possibilidade de rever as cenas muitas vezes", explicou Helena.
Outra condição para que o surdo leia os lábios é o domínio do vocabulário em questão. "Isso gera uma confusão enorme. Muita gente acha que o surdo aprende palavras porque leu os lábios de alguém. Se ele não conhece a palavra, ele não lê", explicou. Embora seja mais comum no universo de surdos, a fonoaudióloga acredita que a leitura labial também possa ser desenvolvida por ouvintes. "Mas é difícil. Ligue o televisor, deixe sem som e tente entender as notícias do telejornal. No segundo dia, você não aguenta mais", disse. Na página 2, mais sobre leitura labial e linguagem dos sinais
Desde que a TV expôs as aflições de Carlos Alberto Parreira, extécnico da Seleção, durante a Copa, a leitura labial virou moda. Para surdos ela é uma ferramenta (secundária) de inclusão social. Para poucos, uma profissão. Para desavisados, diversão. Por trás da técnica, muito treinamento, domínio da linguagem de sinais e nenhuma garantia de compreensão total de uma conversa.
2
Transpor te Urbanismo Comunicação Compor tamento
DIÁRIO DO COMÉRCIO
O SURDO DEVE CONHECER PRIMEIRO A LÍNGUA DE SINAIS
segunda-feira, 14 de agosto de 2006
Minha vida é olhar o mundo. Não ouvi-lo. Ricardo Nakasato, professor da Derdic
NOVELA FEZ PROFESSORA APRENDER Para acompanhar os capítulos, quando pequena, Priscilla assimilou a leitura labial, inclusive lateral. Hoje, professora, ela diz que o principal é aprender a Libras. Paulo Pampolin/Hype
Priscilla só dominou a leitura labial aos 11 anos. Hoje, evita o recurso para assistir TV. "Só vejo os programas que têm closed caption", disse.
Nakasato, professor de crianças surdas, era chamado de papagaio pois se comunicava pela fala. Ele aprendeu a linguagem labial aos 19 anos.
Maria Inês, coordenadora da Derdic: "A maioria dos surdos não lê lábios. Nossa luta é para que os programas de TV tenham legendas em Libras".
F
quais deve incidir uma luz. oi para compreenEnquanto fala, o adulto deve der os diálogos de dar pistas do que acontece. uma telenovela Por exemplo: se ele deseja alque a professora gum objeto, tem de aproxisurda da Divisão de Educamá-lo do rosto. Aos poucos, ção e Reabilitação dos Disa criança vai associar os motúrbios da Comunicação vimentos dos lábios ao seu (Derdic), da PUC, Priscilla significado", explicou Leila. Roberta Gaspar, de 28 anos, Outras maneiras de ensiaprendeu a ler lábios. Hoje, nar a leitura labial, segundo ela é conhecida na escola de Leila, é a conexão dos movisurdos por ser a única que mentos dos lábios com exfaz a leitura labial lateral. pressões faciais e corporais Aos cinco anos, passava que auxiliem a criança a muito tempo ao lado de compreender o contexto. "É uma avó ouvinte, enquanto importante manter-se no os pais, surdos, trabalhamesmo nível da criança, não vam. "Assistíamos à novela ficar nem muito longe nem e ela repetia devagar os diáperto demais, falar com clarelogos para que eu lesse os za e com pronúncia correta e lábios. De palavra em palaem ritmo normal. Procure favra, eu entendia as frases. Professor Nakasato em sala de aula: "O surdo que não sabe Libras fica sem identidade" lar frases curtas e simples, poSei ler bem lateralmente porque ela repetia as palavras mas, ao mesmo guês, tenho de escrever a frase invertida para rém completas, sem pular palavras", explicou. Essas técnicas são repetidas muitas vezes e tempo, continuava olhando para a TV porque não que outro surdo a entenda. Isso, considerando que a maioria dos surdos não tem boa escrita e sempre devem se relacionar a uma situação real, queria perder as cenas", contou. um objeto, uma ação ou idéia. "A rotina deve ser Priscilla só dominou a leitura labial aos 11 leitura no Brasil", explicou o professor. Treinamento – Segundo a fonoaudióloga do diária. Podem ser usados brinquedos e materiais anos mas, hoje, evita o recurso para assistir TV. "Só vejo os programas que têm closed caption, Instituto Nacional de Educação de Surdos que existem na casa, como pratos e talheres. É com legenda em língua de sinais, porque não te- (INES), Leila Manhães, o ensino de leitura labial muito bom começar a coleção de gravuras de coinho mais paciência. Outro motivo é que nin- para crianças tem uma série de regras. Uma de- sas familiares da criança para ser usada depois guém lê lábios em casa e assistimos juntos o te- las é que as palavras têm de ser repetidas muitas que ela já está acostumada com o objeto real. Asvezes. "É importante que a criança veja os mo- sim, a gravura do avião só deve ser utilizada delejornal e a novela", disse. A professora usa a leitura labial em casos extre- vimentos dos lábios de quem fala, sobre os pois que a criança conhecer o avião", disse. (RT) mos, como quando vai ao hospital ou presencia um acidente. Uma das situações em que ler lábios foi útil aconteceu em 2001, quando houve um incêndio no metrô Barra Funda. "Eu vi muitas pessoas correndo. Então, uma delas me disse: ‘Sai daqui que está pegando fogo!’ Percebi que se não lesse os lábios demoraria muito mais para escapar". Libras – Priscilla disse que mais importante do que ler lábios é o surdo se alfabetizar primeiramente na Língua Brasileira de Sinais (Libras) e, depois, se aperfeiçoar na língua portuguesa escrita. "O surdo que não sabe Libras, mas fala e usa aparelhos para ouvir, não se integra totalmente ao mundo do ouvinte nem ao mundo dos surdos. Fica sem identidade", explica Ricardo Nakasato, professor da Divisão de Educação e Reabilitação dos Distúrbios da Comunicação (Derdic). Nakasato só aprendeu Libras aos 19 anos. Depois, estudou pedagogia e hoje dá aulas para crianças surdas de 3 a 10 anos na Derdic e também para estudantes da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Nas aulas, que tem até história da Chapeuzinho Vermelho, ele incentiva as crianças a aprender a língua de sinais e, assim, serem espertas e reagirem em casos de pressão. Segundo ele, ao se comunicar com a Libras (que deve ser uma espécie de língua materna), as crianças criam uma identidade e cultura específicas e não sentem vergonha de serem surdas. "Minha vida é olhar o mundo. Não ouvi-lo", explicou. Quando aprendeu Libras, Nakasato se comunicava por meio da fala, mas não sabia o significado de muitas palavras que, segundo ele, dizia por osmose. "Os surdos que sabiam Libras caçoavam de mim, me achavam um papagaio e me explicaram o sentido da palavra ‘conosco’, que eu falava sem saber", disse. Segundo ele, ao aprender Libras, passou a ter opinião, autonomia e visão de mundo próprias. A Libras é uma gramática particular que mistura simultaneamente sinais com as mãos, expressão facial e movimento dos lábios. Assim, a tradução para o português nem sempre é literal. "É como se fosse inglês/português. Em portu-
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 -.OPINIÃO
segunda-feira, 14 de agosto de 2006
LENTE DE
AUMENTO POR QUE ALCKMIN CAIU?
Alckmin bateu em Lula acima da cintura
mesmo patamar e Alckmin caiu? Lula, nestes 45 dias, apenas saiu tocando seu realejo e rolando sua posição. Não precisou tomar iniciativas. Quis apenas ganhar tempo. Alckmin jogou fora esses 45 dias. Não ousou nas suas proposições, não aproveitou os segundos diários no JN (declamou acacianamente todos os dias), não criou cenários, e ainda teve azar com o caso do PCC. Ou seja: para que um candidato à reeleição caia é necessário que seu adversário se apresente como alternativa projetando o futuro e assumindo compromissos contundentes. Mas o patrulhamento de setores, da elite e da mídia, com a velha e surrada pergunta "de onde sairão os recursos?" o levou a minimizar suas promessas. Bateu em Lula da cintura
JOÃO DE SCANTIMBURGO
para cima, quando deveria bater da cintura para baixo. Não mobilizou material de rua nos estados para lhe dar visibilidade e confiou que era só esperar a entrada da TV. E voltamos à equação de antes: conquistar o segundo turno. Bem, agora terá que partir de um patamar menor. Maior exigência sobre a TV. Lula cai em avaliação, aprovação, confiança, mas cai principalmente nos temas que se referem a ética. Isso ocorre desde as porcentagens relativas aos problemas do País, aos pontos negativos de seu governo, quanto às prioridades para o próximo governo. Enquanto a crise ética for manchete e destaque nos meios de
comunicação, ele, como chefe do Poder Executivo, percebido pela população como responsável para "por ordem na casa", receberá o impacto dos fatos, preferencialmente. As ações espetaculares da Polícia Federal terminam no colo de Lula. A tentativa de Lula de subir o tom das agressões ao legislativo, mesmo passando como golpista, tem na verdade um objetivo inalcançável: transferir responsabilidades. Mas por que a intenção de voto de Lula ficou igual ? Resposta simples: porque Heloísa Helena é um voto de protesto e Alckmin ainda não fala como alternativa efetiva, não assume compromissos, não fala como futuro presidente e sim como candidato.
O RESISTENTE Céllus
IMPOSTO SINDICAL
O butim de meio trilhão ROBERTO FENDT
A Paulo Liebert/AE
O
que nos dizem as pesquisas Ibope, Data-Folha e Vox Populi? Rigorosamente, analisando a avaliação do governo Lula, as suas intenções de voto, espontânea, induzida e segundo turno, Lula está no mesmo patamar. Nada ocorreu, a não ser flutuações. Os números mostram que o novo patamar de Heloísa Helena pode ser uma etapa de mais crescimento. Mas para isso terá que usar muito bem seu tempo de TV, que não é tanto, e portanto os tiros tem que ser precisos. E continuar se movimentando com as mesmas, cenografia e coreografia. Mas por que Lula ficou no
quele que sobrevier a esse dia e chegar à velhice, a cada ano, na véspera desta festa, convidará os amigos e lhes dirá: "Amanhã é São Crispiniano". E então, arregaçando as mangas, ao mostrar-lhes as cicatrizes, dirá: "Recebi estas feridas no dia de São Crispiniano". O dia é 15 de outubro de 1415. Dia de São Crispiniano, é também o dia da batalha de Agincourt no noroeste da França, onde se enfrentaram os soldados de Henrique V de Inglaterra e de Carlos VI da França. A data foi imortalizada, não pela importância da batalha – afinal, dois barões feudais brigavam por mais terra – mas pelo monólogo do rei inglês, o personagem central da peça Henrique V, de Shakespeare. Ninguém lembra mais de 15 de outubro como o dia do santo. Mas muitos lembram do monólogo de Shakespeare. Também ficará por muito tempo no coração das pessoas o 9 de novembro de 1989, o dia da queda do Muro de Berlim – e da implosão do império soviético. O dia 10 de agosto de 2006 é uma dessas datas para ficar na memória. Só que por outra razão, a da infâmia. No dia 10, o valor da derrama deve ter chegado ao marco inglório de meio trilhão de reais. Como se apontou aqui mesmo no DC, chegouse aos R$ 500 bilhões 27 dias antes que em 2005 e já se supera, em pouco mais de sete meses deste ano, o total de tributos arrecado em todo o ano de 2002 (R$ 482 bilhões). Certamente um novo recorde. Com a arrecadação crescendo mais rápido que o PIB, se repetirá em 2006 o que já vem acontecendo nos últimos anos: a carga tributária aumentará novamente. Provavelmente em 31 de dezembro se completará o ano da maior carga tributária extorquida dos brasileiros em todos os tempos. Um outro Dia de Infâmia. Por ser o 10 de agosto um dia especial, nada como verificar o que o governo está fazendo com o butim. Seria de se esperar que estivesse investindo pesadamente no que interessa aos brasileiros – em infra-estrutura para o desenvolvimento, e gastando mais em segurança,
Os impostos e os refrigerantes PAULO PAIM
O objetivo de Lula: transferir responsabilidades
Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)
Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: , Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046
E
nquanto isso, os R$ 100 milhões para a área de segurança em São Paulo, continuam retidos pelo Ministério da Justiça. Somente 4,8% dos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública foram liberados. Quanto ao Fundo Previdenciário, a situação ainda é pior: foram gastos até agora somente 1,45% do orçado. Programas importantes da infra-estrutura, como o Manutenção da Malha Rodoviária Federal, gastou até agora míseros 3,7% do orçado, e o programa Infra-estrutura de Transportes gastou 3,5%. Por essas e outras, lembrarei do dia 10 de agosto de 2006. Até que, talvez no mês que vem, apareça um recorde tributário maior. E assim sucessivamente. Pobre Brasil.
10 de agosto de 2006 é uma data para ficar na memória. Foi o Dia da Infâmia.
TRECHOS DO COMENTÁRIO DE CESAR MAIA, PREFEITO DO RIO (PFL) BLOGCM@CENTROIN.COM.BR
Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente em exercício Alencar Burti Presidente licenciado Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi
saúde e educação, por exemplo. Ledo engano. Temos um governo Robin Hood, cuja maior alegria é tomar de uns e dar para outros, no processo ficando com uma parte expressiva a título de "taxa de administração". Um exame da execução do Orçamento de 2006 revela as reais prioridades da administração. Decorridos sete meses do ano, em média os programas deveriam ter gasto em torno de 58% do orçado. Gastou-se até agora 41% do total. Os programas que gastaram mais que 58% (ou 41% do orçado) são os que a administração privilegiou, em detrimento daqueles com que gastou menos. Por esse critério, o programa Recursos Pesqueiros Sustentáveis gastou até agosto 107% do previsto para o ano todo. Um verdadeiro campeão. Também teve bom desempenho o programa Indenizações e Pensões Especiais de Responsabilidade da União (67%), que serve para premiar os amigos que estiveram na oposição no passado. Também com o percentual de 67% entre gasto e orçado, o programa Gestão da Política de Desenvolvimento Agrário sai bem na foto. Ligados ao "desenvolvimento agrário" estão os saqueadores de propriedade alheia e os vândalos que depredaram o Congresso Nacional, soltos e impunes.
O
modelo do sistema tributário brasileiro para com os pequenos e médios fabricantes de refrigerantes é algo que precisa ser rediscutido urgentemente. Não há dúvidas: para eles o mar está revolto; enquanto as grandes do setor navegam em águas tranqüilas. Tal sistemática tributária vem gerando extrema desigualdade. Porém, é fundamental deixar claro que não sou contra ninguém, mas, a favor da igualdade e da justiça. Durante a Marcha pela redução de impostos, ocorrida no dia 02/08 em Brasília, tive oportunidade de receber a visita da Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (AFEBRAS). Os dados que me foram apresentados são cruéis. Segundo a entidade, os produtos fabricados pelas empresas brasileiras sofrem uma alíquota de tributação de 45,89% do preço final ao consumidor, enquanto que os refrigerantes fabricados pelas grandes corporações sofrem uma tributação bem inferior, na ordem de 35,37%. Uma grande injustiça para com os pequenos, que acabam amargando 10,5% a mais pelo mesmo produto. As empresas de capital nacional geraram, no ano passado, 43% de seu faturamento em tributos, enquanto que as grandes geraram apenas 32% de seu faturamento anual em tributação. E
os números não param aí. Em 2005, o setor de refrigerantes foi responsável por R$ 5,79 bilhões. Deste total apenas R$ 830 milhões cabem ao faturamento das empresas com capital nacional. Uma distorção que não pode continuar. Sabemos que a progressividade tributária está cada vez mais em desuso no mundo, porém, as desigualdades brasileiras impõem essa prática, visto que é um importante mecanismo de redistribuição de renda.
S
empre defendi - e continuo defendendoo princípio da capacidade contributiva como critério mais adequado e mais democrático para a aplicação da carga fiscal brasileira. É preciso que o governo federal repense a incidência do valor fixo do IPI, PIS e COFINS no setor de refrigerantes sob pena das empresas nacionais serem esmagadas pelas grandes corporações que dominam o mercado nacional. Neste caso a tributação de pauta fixa está afogando o setor. É preciso eliminar essa perversa forma de tributação que vem agravando em muito o vergonhoso quadro de desigualdade que se instalou no país há anos. PAULO PAIM É SENADOR PELO PT/RS
A s empresas nacionais serão esmagadas pelas grandes corporações
A
Constituinte de 1945, responsável pela preparação da Constituição de 46, introduziu no texto da Carta Magna um dispositivo determinando a elaboração da lei do sindicalismo orgânico. Tiveram assento na Câmara dos Deputados e no Senado representantes do PT, do PTN, PTB, PST, PDC e de outros partidos dos quais não me lembro. Pois bem, nenhum deles se interessou pela lei orgânica. Essa é uma das mais aberrantes caricaturas do trabalhismo brasileiro, que continua prevalecendo na CLT, glória de Getúlio Vargas e de seus doutores em direito social, que fizeram uma lei excelente para regimes ditatoriais mas não para a democracia.
N
um país que já foi dos bacharéis, no qual prevalecia a Faculdade de Direito de São Paulo com seus superdoutores, registrouse a evasão dos deputados ao compromisso de votar a lei orgânica do sindicalismo brasileiro, engavetada sem maiores preocupações dos representantes dos partidos trabalhistas. Porque continuou prevalecendo, acima de tudo, o famoso e perpétuo Imposto Sindical, onde se abastecem todos os sindicatos, das várias espécies. Esse é o problema. No Brasil não há o autêntico sindicalismo. Quis ter um catálogo com todos os sindicatos, não consegui e mudei de assunto, porque não tenho tempo a perder nesta altura da vida. Apenas desejo que algum organismo nãogovernamental, com especialistas em Direito do Trabalho, faça um estudo sobre os sindicatos na concepção de americanos, ingleses, alemães, franceses, italianos, espanhóis e outros, para o bem das relações do trabalho com o capital, num país que quer passar, contra ventos e marés, de emergente à grande no concerto das Nações. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
G Prevalece,
acima de tudo, o famoso e perpétuo Imposto Sindical, onde se abastecem todos os sindicatos, das várias espécies.
segunda-feira, 14 de agosto de 2006
Compor tamento Urbanismo Distritais Ambiente
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3 A nova unidade tem melhor infra-estrutura para receber e acomodar a comunidade em todos os eventos que promove.
A UNIDADE LAPA FOI FUNDADA EM NOVEMBRO DE 1951
Divulgação
LAPA MUDA DE ENDEREÇO PARA ATENDER MELHOR
Mulheres que se importam foram homenageadas com o Marco da Paz
Movimento Degrau ganha espaço no Centro
A
Distrital Centro realizou, em julho, o 1º Café da Manhã do Movimento Degrau com a imprensa para informar que a iniciativa entrou em pleno funcionamento neste ano. Paula Braga Viscaino foi nomeada coordenadora do Movimento Degrau para 2006. O programa trata de divulgar e incentivar o cumprimento da Lei 10.097, que regulariza o trabalho de adolescentes de 14 a 18 anos. Por meio dela, empresas podem contratar adolescentes na função de aprendizes, contando para isso com redução de encargos. A iniciativa do encontro foi do superintendente, Marcelo Flora Stockler. Os conselheiros da Distrital Centro receberam certificados em agradecimento pelo trabalho voluntário prestado ao movimento. A Distrital Centro e a coordenadoria do Movimento Degrau conferiram também homenagens na categoria Mu-
lheres que se Importam. As contempladas foram Norma Burti, Diva Helena Furlan (representada por Efigênia Janete P. de Almeida) e Diva Prado Horta de Barros Fonseca. Todas as premiadas receberam o Marco da Paz. O evento contou com o patrocínio das empresas Ikesaki Cosméticos e também Bolsas Carioca. Exportação – Com carga horária de 13 horas, em dois dias de treinamento, a Distrital Centro promoveu o curso gratuito de Analista Operacional de Exportação e Workshop de Exportação para os associados da ACSP. Ministrado pelos professores José Alarico Rebouças e Luiz S. Victor, economistas, o objetivo do curso é fornecer conhecimentos práticos fundamentais de comércio exterior, possibilitando aos participantes uma visão necessária a todos que pretendem atuar no ramo.
GIr Agendas da Associação e das distritais
Hoje
I São Miguel - A distrital
realiza reunião do núcleo setorial de salão de beleza do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 18h.
Terça I Pirituba – A distrital realiza
reunião ordinária da diretoria executiva e do conselho diretor. Às 8h30. I Seminário – O conselheiro da ACSP José Cândido Senna coordena o seminário Exportar para crescer - Novos caminhos para o mercado externo. Às 9h, na A C de Guarulhos, rua Quinze de Novembro, 85. I São Miguel – A distrital realiza reunião do setor de escolas particulares do Projeto Empreender, coordenada por Valdeir Gimenez. Às 9h. I São Miguel - A distrital realiza reunião do núcleo setorial de bufês e eventos do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 19h. I Revista - O superintendente de recursos humanos da ACSP, Fernando Moya, participa da festa de lançamento da 10ª edição do Guia Exame - Você S/A - As melhores empresas para você trabalhar. Às 19h30, no Palácio dos Bandeirantes, av. Morumbi, 4500/Portão 2.
Quarta I Botswana – Seminário sobre
Botswana coordenado pelo vice-presidente da ACSP Hélio Nicoletti com a presença do
ministro de relações exteriores de Botswana, Gen. Mompati Merafhe, e delegação empresarial . Às 9h30, rua Boa Vista, 51/11º andar, auditório. I Centro – A distrital promove Fórum de Debates sobre Segurança Pública, com o promotor de Justiça Fernando Capez, o diretor-presidente da DefendBrasil, Marco Antonio Rodrigues Rocha, o subcomandante do 11º BPM/M, major PM Sandro Afonso do Rêgo, e o delegado-assistente da 1ª Seccional de Polícia Antonio Carlos de Aguiar. O mediador, será Mário Friedhofer, presidente da Conseg/Sé-Arcadas e o coordenador, Marcelo Flora Stockler, superintendente da distrital. Às 18h, rua Galvão Bueno, 83, Liberdade. I São Miguel - A distrital realiza reunião do núcleo setorial de lojas de móveis e colchões do Projeto Empreender, coordenada por Valdeir Gimenez. Às 20h.
Quinta I Comus – Reunião
extraordinária do Comitê de Usuários dos Portos e Aeroportos do Estado de São Paulo (Comus) da ACSP coordenada pelo conselheiro José Cândido Senna. Às 17h, rua Boa Vista, 51/11º anda. I São Miguel - A distrital realiza reunião do setori de automecânicas do Projeto Empreender, coordenada por Valdeir Gimenez. Às 20h.
Milton Mansilha/Luz
A
Distrital Lapa da A s s o c i a ç ã o C omercial de São Paulo (ACSP) já funciona em nova sede. Anteriormente localizada no primeiro andar de um prédio da rua Martim Tenório, a distrital foi transferida para uma grande casa de esquina na avenida Pio XI, uma das principais vias comerciais do bairro. Além de maior visibilidade, a unidade tem agora melhor infra-estrutura para receber e acomodar a comunidade em todos os eventos que promove. A Distrital Lapa foi fundada em novembro de 1951. Naquele ano, o então presidente da ACSP, Henrique Bastos Filho, criou as três primeiras delegacias distritais: Lapa, Penha e Pinheiros. Os bairros foram escolhidos pela importância comercial. Um dos objetivos da criação das distritais foi descentralizar e facilitar o serviço dos associados, que podiam, dessa maneira, ter acesso aos serviços da ACSP percorrendo distâncias menores. Privilégio - Para o superintendente da Distrital Lapa, Douglas Formaglio, a nova sede tem localização privilegiada. "Estávamos há 39 anos no endereço anterior, mas praticamente não tínhamos uma fachada. As pessoas não sabiam que havia uma distrital naquele prédio. Agora temos instalações mais amplas, com fachada, um auditório com capacidade para 200 pessoas e estac i o n a m e n t o , e n t re o u t ro s benefícios", disse. Além disso, de acordo com o superintendente, na avenida Pio XI estão instalados o Sebrae, a Associação Paulista de Supermercados (Apas), a Ciesp Oeste e grandes empresas da região.
A nova sede da Distrital Lapa (ao lado) foi restaurada antes de ser inaugurada. Na primeira foto à esquerda, Burti e Formaglio.
A sede da distrital, ao contrário da anterior, é alugada e passou por um processo de restauração e reforma. Segundo Formaglio, o fato de a casa ser alugada não é um problema. "A diretoria financeira interpretou que era viável o investimento e a mudança". O superintendente revelou que, devido à comunicação visual, antes mesmo de inaugurar a sede já sentiu apoio. "Aqui deveremos ter um fluxo maior de pessoas, uma procura maior pelos serviços, aumento no número de associados para a ACSP e também um
maior fluxo dos empreendedores da região. Todos os eventos que fizermos terão uma repercussão muito maior”. O mesmo sentimento de satisfação foi compartilhado pelo presidente em exercício da ACSP, Alencar Burti, presente à inauguração da distrital, na quarta-feira. "A Distrital Lapa sempre me deu alegria durante a minha gestão. É uma das mais importantes e antigas e consegue catalisar todo o bairro em torno dela. Apesar de antiga, a cada instante se renova nas esperanças, atitudes e comportamento", afirmou.
P ro j e to s – Atualmente, a Distrital Lapa está envolvida em uma série de projetos. Entre eles, a reurbanização do centro comercial, a reorganização dos ambulantes, a vinda de um Poupatempo para a região e a construção de um novo fórum para o bairro. "Por meio de palestras e reuniões internas, estamos pregando a importância do voto consciente pela moralização, por um crescimento sustentável, pela reforma tributária e trabalhista e pela redução do trabalho informal", concluiu Formaglio. André Alves
Pirituba prepara desfile cívico pela Semana da Pátria
P
elo quinto ano consecutivo, a Distrital Pirituba, em parceria com autoridades, escolas e entidades da região, realizará o desfile cívico militar em comemoração à Semana da Pátria. A comissão organizadora já se reuniu para iniciar os preparativos do evento, que acontece em 2 de setembro. O desfile tem o apoio e a participação da PM, da inspetoria de Pirituba da GCM, do Corpo de Bombeiros e de escolas da rede pública. Participarão também 400 alunos do Camp-Oeste, Sabesp-Pirituba e Subprefeitura Pirituba-Jaraguá. Política Urbana – Uma reunião na distrital, com representantes da Comissão de Política Urbana, discutiu as prioridades da região relativas ao zoneamento e sistema viário. Sugestões e reivindicações dos participantes serão encaminhadas ao Comitê de Política Urbana da ACSP e à Sempla. Na opinião dos participantes, um dos problemas mais crônicos é o sistema viário, que necessita de investimentos por parte do poder público.
Associação Comercial de São Paulo Distrital Butantã Rua Alvarenga, 415 – CEP 05509-070 Fone/fax: 3032-6101 José Sérgio Pereira Toledo Cruz Diretor Superintendente
Distrital Jabaquara Av. Santa Catarina, 641 – CEP 04635-001 Fone: 5031-9835 – Fax: 5031-3613 Fernando Calderon Alemany Diretor Superintendente
Distrital Penha Av. Gabriela Mistral, 199 – CEP 03701-010 Fone: 6641-3681 – Fax: 6641-4111 Marco Antonio Jorge Diretor Superintendente
Distrital Santana Rua Jovita, 309 – CEP 02036-001 Fone: 6973-3708 – Fax: 6979-4504 João de Favari Diretor Superintendente
Distrital Sudeste Rua Afonso Celso, 76 – CEP 04119-000 Fone/fax: 5572-0280 Giacinto Cosimo Cataldo Diretor Superintendente
Distrital Centro Rua Galvão Bueno, 83 – CEP 01506-000 Fone/fax: 3207-9366 - Fone: 3208-5753 Marcelo Flora Stockler Diretor Superintendente
Distrital Lapa Rua Martim Tenório, 76/1º andar CEP 05074-060 – Fone: 3837-0544 – Fax: 3873-0174 Douglas Formaglio Diretor Superintendente
Distrital Pinheiros Rua Simão Álvares, 517 – CEP 05417-030 Fone: 3031-1890 – Fax: 3032-9572 Ricardo Aparecido Granja dos Santos Diretor Superintendente
Distrital Santo Amaro Av. Mário Lopes Leão, 406 – CEP 04754-010 Fone/fax: 5521-6700 Aloysio Luz Cataldo Diretor Superintendente
Distrital Tatuapé Praça Silvio Romero, 29 – CEP 03303-000 Fone/Fax: 6941-6397/6192-2979/6942-8997 Antonio Sampaio Teixeira Diretor Superintendente interino
Distrital Ipiranga Rua Benjamin Jafet, 95 – CEP 04203-040 Fone: 6163-3746 – Fax: 274-4625 Antonio Jorge Manssur Diretor Superintendente
Distrital Mooca Rua Madre de Deus, 222 – CEP 03119-000 Fone/fax: 6694-2730 Antonio Viotto Netto Diretor Superintendente
Distrital Pirituba Av. Raimundo Pereira de Magalhães, 3.678 CEP 05145-200 – Fone/fax: 3831-8454 José Roberto Maio Pompeu Diretor Superintendente
Distrital São Miguel Av. Marechal Tito, 1042 – CEP 08010-090 CEP 08010-080 – Fone: 6297-0063 – Fax: 6297-6795 José Parziale Rodrigues Diretor Superintendente
Distrital Vila Maria Rua do Imperador, 1.660 – CEP 02074-002 Fone: 6954-6303 – Fax: 6955-7646 José Correia Diretor Superintendente
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 14 de agosto de 2006
3
Política
O que faltou no primeiro governo do PT foi um projeto de gestão de poder. Professor Geraldo Tadeu Monteiro
DOS 34 MINISTROS QUE TOMARAM POSSE COM O PRESIDENTE LULA APENAS NOVE AINDA OCUPAM A PASTA
O INCRÍVEL TROCA-TROCA MINISTERIAL Ormuzd Alves/Folha Imagem
Sergio Kapustan
A
quatro meses do final do governo, o primeiro escalão do p re s i d e n t e L u l a (PT) não é nem sombra daquele que tomou posse em 1º de janeiro de 2003. Lula iniciou o governo com 26 ministros e sete secretários especiais. Um ano depois começou a mexer no time e não parou mais. Foram dezenas de trocas. Quais os motivos? Incompetência, denúncias, trapalhadas, acordos políticos, mensalão e a crise do PT. Exemplos não faltam. O atual ministro da Articulação Política, Tarso Genro, por exemplo, já esteve na secretaria do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social e no comando do Ministério da Educação. Outras quatro pastas tiveram três ministros: Comunicações, Transportes, Trabalho e Saúde. A Previdência teve, até agora, quatro ocupantes: Ricardo Berzoini, Almir Lando, Romero Jucá e Nelson Machado, ou seja, um ministro por ano. Dois deles passaram por maus bocados: Berzoini e Jucá. O primeiro convocou idosos de mais de 90 anos a comprovar ao INSS que ainda estavam vivos. O ato teve péssima repercussão e Berzoini voltou atrás, mas não impediu o PFL de criar o "Troféu Ricardo Berzoini de Crueldade". O cientista político Aldo Fornazieri, da Fundação Escola de Sociologia e Política, critica o governo petisCompensar ta. Para ele, aliados não e s s e t ro c a é uma boa troca exagepolítica, às rado não foi vezes. Os u m b o m exemplo de casos de gestão públiOlívio e ca. Benedita são Conf orme exemplares Fornazieri, o go ve rn an te tem o direito de trocar ministros, especialmente às vésperas da eleição, mas, segundo ele, não foi o que aconteceu ao longo do mandato do petista. "É um verdadeiro atentado à eficácia administrativa ter quatro ministros da Previdência em quatro anos de governo. A eficiência administrativa depende em parte de uma continuidade – de uma memória do que se faz. Para tomar pé da situação o ministro demora alguns meses, porque a máquina é grande. O ministro não chega lá já sabendo o que vai fazer". Segundo Fornazieri, o trocatroca de ministros mostra que Lula cometeu dois erros graves: nomeou muitos petistas e descartou o PMDB no início. Derrotados – Até o PMDB entrar no governo, em 2004, o ministério Lula era recheado de petistas, entre eles derrotados nas urnas, como Tarso Genro e Nilmário Miranda (Direitos Humanos), e aqueles que ficaram sem emprego, como Olívio Dutra (ministro das Cidades) e Benedita da Silva (nomeada secretária de Assistência Social). O partido ganhou os ministérios da Previdência, Saúde e Comunicações e cargos nos terceiros e quartos escalões. "A proliferação de ministérios, quase todos petistas, prejudicou a costura de coalizão que garantiria melhor governabilidade", diz Fornazieri, ao comentar o acordo com o PMDB. "Quando o presidente decidiu fazer o acordo, o preço ficou muito alto". O cientista político Geraldo Tadeu Monteiro, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), chama atenção para
Arte sobre foto Abê/Ormuzd Alves/Folha Imagem Andrea Felizolla / LUZ
Fornazieri: É um atentado administrativo ter quatro ministros da Previdência em apenas quatro anos de governo.
Arte sobre foto Abê/Ormuzd Alves/Folha Imagem
o ministério da Educação. Na sua avaliação, a demissão (por telefone) do ministro Cristovam Buarque, hoje candidato a presidente da República pelo PDT com a bandeira da educação, em 2004, um ano depois de assumir o cargo, causou estragos. "Os 12 primeiros meses de gestão do ministério foram perdidos porque as prioridades foram invertidas", entende Monteiro. "O ministro Cristovam Buarque priorizava a educação básica e os ministros que o sucederam – Tarso Genro e Fernando Haddad – deram maior atenção ao ensino superior. Isso é demonstração de descontinuidade administrativa que tem um alto custo", critica. Bilhete azul – O professor Davi Fleischer, da Universidade de Brasília (UNB), questiona a nomeação de Olívio Dutra e Benedita da Silva, que já receberam o bilhete azul há muito tempo. Dutra foi demitido ano passado para acomodar o PP no governo. Benedita foi despachada em 2004 junto com José Graziano (Segurança Alimentar e Combate à Fome) – outro aliado histórico de Lula – com a justificativa de que a po-
lítica social estava "devagar quase parando", segundo expressão de petistas. Benedita também foi vítima de uma trapalhada: ela fez uma viagem a Buenos Aires onde participaria de um encontro com integrantes da Igreja Evangélica às custas do erário federal. Depois da denúncia, ela devolveu o dinheiro. "Compensar aliados não é uma boa política, à vezes. Os casos de Olívio e Benedita são exemplares porque suas gestões não foram bem avaliadas", diz Fleischer. Para o professor da UNB, trocas intensas de ministros prejudicam sobretudo o andamento da máquina pública. "Muitas vezes o ministro desfaz tudo o que o ministro anterior fez", ressalta. Lula extingüiu as duas pastas e criou o Ministério do Desenvolvimento Social, entregue ao ex-prefeito de Belo Horizonte, Patrus Ananias. Sua missão: fazer do Bolsa Família o carro-chefe da área social do governo. Deu certo. O programa atende 11 milhões de famílias e o presidente lidera as pesquisas de intenção de voto nas classes mais pobres.
NEM O 'NÚCLEO DURO' ESCAPOU
O
troca-troca no primeiro escalão de Lula atingiu até o "núcleo duro" do governo: José Dirceu (Casa Civil), Luiz Gushiken (Comunicação), Antonio Palocci (Fazenda) e Luiz Dulci (secretaria geral da Presidência). Dos quatro empossados, Dulci e Gushiken permanecem no governo. Gushiken foi rebaixado: é assessor do Núcleo de Assuntos Estratégicos (NEA). Ele caiu em desgraça por suspeitas de favorecimento a uma antiga empresa sua em contratos de publicidade. Os outros não resistiram aos escândalos. Dirceu foi um dos principais personagens do mensalão (pagamento de propina a deputados da base governista) e depois foi cassado. Palocci teve acesso à quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa e teve de sair. Em entrevista ao Jornal Nacional, na última quinta-feira,
Wilson Dias / ABr
Ferro apóia parceria com PMDB
Lula disse que afastou Dirceu e Palocci. Até então, a versão oficial era a de que os dois haviam apresentado os respectivos pedidos de demissão. Projeto de gestão – O cientista político Geraldo Tadeu Monteiro (UERJ) diz que Lula não pode repetir esses erros no segundo governo. Precisa fazer alianças em cima de um programa. "O que faltou no primeiro governo do PT foi um projeto de gestão de poder. A exem-
plo de outros partidos, o PT se utilizou de ministérios como moeda de troca para atrair parte do PMDB. O PT teve a oportunidade, no início do governo, de construir uma aliança programática, mas como não fez isso ficou refém das circunstâncias políticas, que geram a descontinuidade administrativa", critica.. Enxugamento – O vice-líder do PT na Câmara, Fernando Ferro (PE), admite o enxugamento do ministério no segundo governo Lula, porém defende a equipe que tomou posse em 2003. Segundo Ferro, a proposta era atender as demandas da sociedade. "Havia uma expectativa de os ministérios representarem a base social, daí o grande número de pastas".Ferro também defende a parceria com o PMDB. "Buscamos aliados, trocamos ministros e o resultados foram positivos. O Bolsa Família e o ProUni, por exemplo, deslancharam", avalia.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
8 -.INTERNACIONAL/OPINIÃO Ah! Les idéaux, les idéaux! Les intentions, les intentions!
(Sergiu Celibidache, regente de orquestra, ouvindo em Paris a narrativa de novas brutalidades cometidas pelo regime comunista na sua Romênia natal.)
ircula pela internet – e acabo de receber de um amigo – uma lista dos crimes que envolvem de algum modo o PT e o sr. presidente da República. São 190. Cento e noventa. Com um curriculum delinqüencial trinta vezes menor, Fernando Collor já estava no olho da rua, com a família em frangalhos, odiado pela população, humilhado pela mídia. A diferença ostensiva de tratamento, amostra singela da guerra assimétrica em escala local, é a prova mais evidente de que a "grande mídia" brasileira perdeu os últimos escrúpulos de veracidade e já não tenta nem mesmo fingir equilíbrio, imparcialidade, senso de justiça. Mesmo depois de absolvido pela Justiça, anos após o seu impeachment, Collor continuou sendo tratado como um delinqüente, um inimigo da pátria, um réprobo. O sr. Luís Inácio, mesmo quando confessa abert a m e n te s e u s c r i m e s ( v. h t t p : / / w w w. o l a v o d e ca r v alho.org/semana/050926dc.htm), ainda merece o respeito, a confiança e o carinho de todos. Entre os formadores de opinião, mesmo aqueles que dizem fazer oposição ao establishment petista têm o raciocínio travado por um preconceito, um bloqueio íntimo, uma proibição absoluta de pensar mal da esquerda, do partido governante e sobretudo do sr. presidente da República. O sintoma mais alarmante desse preconceito é que a própria lista mencionada acima, por mais impressionante que seja, não inclui o maior delito de todos, a fundação do Foro de São Paulo, gigantesca societas sceleris em que os grupos criminosos entram com o dinheiro do narcotráfico e dos seqüestros enquanto os partidos oficiais lhes oferecem a proteção de que precisam para circular pelo continente sem o menor risco de prisão, exceto na Colômbia, o último país da América Latina onde ainda existem leis. O motivo dessa omissão é auto-evidente: a revolução cultural gramsciana foi tão bem sucedida que já não há outro critério de julgamento a que se possa apelar senão o conjunto de chavões esquerdistas que se impôs como eficiente Ersatz de moralidade. Por mais que a elite esquerdista se esmere em delinqüir, em mentir, em roubar, em matar, o máximo que se ousa fazer contra ela é acusá-la de ser infiel a seus belos ideais. O dogma da pureza de intenções tem de ser preservado a todo preço, mesmo diante das evidências incontestáveis de maquiavelismo cínico, de total ausência de sentimentos morais. Se até os inimigos do governo se apegam a essa última ilusão, é porque sentem que, se desistirem dela, o chão se abrirá sob os seus pés. Mas o chão já está aberto. Se ainda bóiam sobre o abismo, numa redoma de sonhos, é pela força dos vapores infernais que sobem do fundo. Isto não é um floreio de linguagem. É a fórmula exata de uma equação política na qual o anseio de fingir confiança na estabilidade de instituições extintas, assumindo a forma paradoxal de um culto ao governante que as destrói, só ajuda a destruir ainda mais rapidamente o que resta delas. Também não uso a palavra "paradoxo" a esmo. A lógica paradoxal não é uma lógica de maneira alguma, mas é uma psicologia. Ela não apreende os nexos entre proposições, mas as ligações irracionais que o cérebro sonso faz entre semelhanças aparentes. Quem a domina faz do cérebro alheio o que bem entender. Uma de suas aplicações mais notórias é o velho esquema comunista de conquistar o poder absoluto mediante a "pressão de baixo" articulada com a "pressão de cima", aprisionando a vítima numa armadilha de incongruências onde ela se deba-
C
segunda-feira, 14 de agosto de 2006
MuNDO
reAL
por OLAVO DE CARVALHO, de Washington DC
O futuro da pústula te em vão, desorientada e inerme. Os a co ntec i m e ntos da semana passada ilust ra m i s s o d e m a n e i r a exemplar. De um lado, o secretário da segurança pública de São Paulo acusou publicamente o governo federal de fomentar e utilizar a o n d a d e c r imes do PCC. O sr. presidente da República, se fosse inocente e honrado, processaria imediatamente o acusador. Mas ele se limita a resm u n g a r, a o mesmo tempo que, oferecendo tropas federais ao gov e r n o e s t adual acossado pela violência, c o l o c a o a dversário na pos i ç ã o h u m ilhante de aceitar socorro do bandido, ajudando-o a tirar proveito eleitoral da sua própria perfídia, ou a arcar com as culpas do mal que ele lhe faz. O petismo triunfante nem tem de lutar: basta-lhe deixar que o adversário se estapeie a si próprio. O Brasil tornou-se uma pústula que se acomodou ao estado de pústula e se recusa obstinadamente a estourar. Não cabe nem mesmo ver nisso a derrota do sistema, a fraqueza das instituições. O Brasil só tem uma instituição: a pústula. Ela é o sistema, ela é as instituições. Ela impera, ela manda, ela sobrevive a tudo, alimentando-se gostosamente da sua própria podridão e cres-
G
Segundo o site Alerta Total, a presidência da República tem entre seus assessores de segurança ex-agentes da KGB soviética. Vocês sabem o que quer dizer "ex-agentes da KGB": quer dizer máfia russa. A máfia russa não é uma máfia entre outras. É, desde pelo menos 1993, a central de comando do crime organizado no mundo (leiam Claire Sterling, Thieves’ World. The Threat of the New Global Network of Organized Crime, New York, Simon and Schuster, 1994). As ligações entre ela e o governo brasileiro são tão estreitas que, no dia seguinte da perda do seu mandato, o sr. José Dirceu já estava fazendo negócios com Boris Bereszowski. G
Por mais que a elite esquerdista se esmere em delinqüir, mentir, roubar, matar, o máximo que se ousa fazer contra ela é acusá-la de ser infiel a seus belos ideais.
cendo sem parar. Uma vitória nada impossível do sr. Alckmin nas eleições pode trazer um alívio temporário, mas esse alívio será inútil se a oposição não o aproveitar para limpar-se da mitologia esquerdista que a paralisa e organizar-se para uma luta ideológica em regra. Fora essa hipótese, na qual não acredito, o futuro está garantido: Todo o poder à pústula!
O ex-comandante do exército libanês, Charbel Barkat, informou à revista Evangelical News que o Hezbollah está usando aldeias cristãs, Ain Ebel, Rmeish, Alma Alshaab e outras, como base para lançamento de mísseis. "O Hezbollah está escondido entre a população civil e atacando por trás de escudos humanos", afirmou Barkat. Segundo a Convenção de Genebra, a culpa pelas mortes de civis em casos de bombardeio contra essas bases incumbe ao lado que usou os escudos humanos. Mas acima da Convenção de Genebra está o consenso jornalístico: haja o que houver, a culpa será de Israel, sempre de Israel. Não é comovente ver como essa mesma mídia corre para proteger os judeus contra o perigo mortal de uma frase idiota dita por um cineasta bêbado? G
Há anos venho investigando um fenômeno da história das idéias na modernidade ocidental, ao qual dei o nome de "paralaxe cognitiva" e que defino como o deslocamento entre o eixo da experiência real de um filósofo e o eixo da sua construção teórica. Desde o início do estudo,
cujos resultados comecei a expor nos meus cursos em 2001 e nos meus artigos de jornal em 2002, deixei claro que considerava esse fenômeno uma anormalidade, um desvio da inteligência humana, que nele se mostrava inferior ao padrão de exigência fixado pelos filósofos antigos. Entre os dois eixos aparecia um escotoma, um ponto cego, evidenciando uma grave falha de consciência que não seria de esperar nem mesmo em pessoas comuns, quanto mais em pensadores de grande prestígio. O resultado era que, na teoria, surgiam descontinuidades arbitrárias, abismos epistemológicos entre aspectos da realidade que na própria experiência pessoal do pensador respectivo se mostravam perfeitamente contínuos. O sintoma mais grotesco era o filósofo enunciar teorias gerais sobre a espécie humana que, miraculosamente, não se aplicavam à sua própria pessoa ou, pior ainda, eram incompatíveis com o fato mesmo de ele estar escrevendo o que escrevia. Quando Kant, por exemplo, afirmava que só conhecemos as aparências fenomênicas, mas não as coisas em si, essa asserção era incompatível com a sua expectativa ingênua de que, partindo de um mero sinal sensível – as letras impressas –, o leitor chegasse a apreender o núcleo do seu pensamento. Se não podíamos saltar dos fenômenos sensíveis às suas próprias substâncias, muito menos conseguiríamos, através deles, captar a substância de uma intenção subjetiva significada por eles – um salto ainda maior do que o requerido para apreender numa aparência de elefante a realidade de um elefante. Se as palavras de Kant significavam alguma coisa, a teoria enunciada por elas não significava nada, e vice-versa. A filosofia de Kant, em suma, era incompatível com o fato de que podíamos lê-la nos livros do autor.
Platão, Aristóteles ou Agostinho jamais pagaram m i c o s e m elhante. Talvez por terem a noção clara de que a filosofia não era só uma disciplina escolar mas uma regra de vida, eles nunca raciocinavam contra os dados da sua própria consciência. Quando enfocavam um objeto, não o faziam só com a habilidade raciocinante, mas com a totalidade operante da sua consciência individual concreta. Dito de outro m o d o , f a l avam perfeitamente a sério. Quando Platão situava os s e r e s h u m anos entre os anjos e as bestas, ele sabia q u e e l e p r óprio estava lá. Quando Aristóteles definia o homem como animal racional, ele deixava claro que ele próprio era um animal racional. Quando Agostinho falava da inclinação natural do homem ao pecado, ele oferecia como exemplo os seus próprios pecados. A realidade da qual esses filósofos falavam era a mesma na qual viviam. Sua filosofia era uma reflexão sobre a experiência, não a
O Brasil tornou-se uma pústula que se acomodou ao estado de pústula e se recusa obstinadamente a estourar.
construção hipotética de um mundo inventado que, por definição, não poderia conter a pessoa real do seu inventor. Não que nada inventassem. Mas, quando inventavam, não vendiam sua invenção como realidade. O que me surpreendeu foi descobrir a freqüência cada vez maior com que os filósofos modernos foram se permitindo faltar com essa obrigação, ensinando do alto de suas cátedras teorias com que, na sua vida real, não poderiam concordar de maneira alguma, mas pretendendo que seus ouvintes as recebessem como realidade pura. A paralaxe assim definida é um fenômeno específico, perfei-
tamente distinto, identificável historicamente. Por isso mesmo convém explicar que esse fenômeno não tem nada a ver com aquilo a que o filósofo esloveno Slavoj Zizek (creio que isto se pronuncia Tchitchék) dá o mesmo nome no seu recente livro The Parallax View (MIT, 2006), que ele próprio considera o seu magnum opus. Paralaxe, para Zizek – autor bem conhecido no Brasil desde a edição de duas das suas obras pela Boitempo –, é a descontinuidade entre uma coisa e a mesma coisa vista sob outro aspecto qualquer. Por exemplo, as regras monásticas de São Bento e a conta de telefone de um mosteiro beneditino. Ou o conteúdo deste artigo e os problemas matrimoniais do jornaleiro da esquina. Ou a filosofia de Slavoj Zizek e a fórmula da tinta com que seu livro foi impresso. Zizek acredita piamente que o exame de qualquer idéia sob um ângulo paralático tem o poder de revelar os pressupostos ocultos dessa idéia – um método que subentende a total indistinção entre as conexões lógicas e as curiosas coincidências. Entre os moleques da minha escola, chamávamos a esse tipo de investigação "o estudo da influência das barbatanas de tubarão nas marés", mas creio que nisso ainda estávamos mais perto de alguma continuidade efetiva. A paralaxe como a entende Zizek já era conhecida pelos antigos gregos, que a denominavam "metábasis eis allo guénos", confusão de gêneros, e abandonaram o seu estudo por não querer dispersar neurônios com uma coleção infinita de semelhanças e diferenças irrelevantes. Aristóteles, com sua distinção entre os significados múltiplos do ser, e Leibniz, com a observação de que cada mônada contém em si a infinidade de suas diferenças para com todas as outras, disseram tudo o que havia para dizer de importante a respeito. Mas Zizek acredita ver em cada exemplo de paralaxe (no sentido dele) uma antinomia absoluta, insuperável dialeticamente, o que leva, em última instância, a admitir que a impossibilidade de fazer um gato empalhado miar é um problema filosófico tragicamente sério. Para alívio geral da inteligência humana, no entanto, em muitos casos a descontinuidade alegada por Zizek não existe a não ser para quem imagina que ela existe. O exemplo mais lindo é o que ele chama de "paralaxe vaginal". Sob esse nome ele designa a existência de um "abismo ontológico absoluto" entre a vagina considerada como canal do prazer e como conduto do parto. Esse abismo pode ser um problema para quem sinta dificuldade de ereção quando pensa em tornar-se pai, mas, nós, que já nos acostumamos com a idéia, não precisamos nos preocupar com ele de maneira alguma, de vez que até as prostitutas de rua se permitem ignorá-lo solenemente quando nos convidam a fazer nenéns. Na verdade, a síntese dialética entre os dois aspectos da vagina não somente existe como também – quem diria? – já foi descoberta pela ciência: chama-se "gravidez". No fundo, porém, acho a filosofia de Zizek perfeitamente razoável. Como o objetivo que ele busca declaradamente atingir com ela é a restauração do materialismo dialético, o apelo a um método desesperado é uma simples questão de lógica. E, como ele mesmo afirma que a única razão para adotar esse método é "a decisão política" de fazer isso, temos de admitir que ele está no pleno uso das suas garantias constitucionais. Nos tempos em que o materialismo dialético era doutrina oficial na Eslovênia, ele seria fuzilado se dissesse que para justificá-lo era preciso ir tão longe. Mas, numa democracia, é direito do cidadão fazer o que bem entenda com a sua própria filosofia. O que não creio de maneira alguma é que exista descontinuidade ontológica absoluta, ou mesmo relativa, entre as doutrinas de Slavoj Zizek e o fato de que ele seja um dos filósofos prediletos do dr. Emir Sader, mentor da Boitempo. Ao contrário: eu diria até que eles foram feitos um para o outro.
Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO
O segredo de minha beleza é o amor à vida e ao espaguete, além de banhos com azeite de oliva. Da atriz italiana Sophia Loren, eleita a maior "beleza natural do mundo" em pesquisa realizada pelo site Dare to Be Bare Awards com 1.578 internautas.
www.dcomercio.com.br/logo/
segunda-feira, 14 de agosto de 2006
AGOSTO
2 -.LOGO
14 50 anos da morte do dramaturgo e poeta alemão Bertolt Brecht (1898-1956), ao lado em retrato de Heller Bert
M EDICINA D ESIGN
A chave da comilança
Cama flutuante Stanley Kubrick. "Não importa onde você esteja, toda a arquitetura é ditada pela gravidade. Eu imaginei, então, se seria possível fazer um objeto, uma construção ou um móvel em que não fosse este o caso, em que um outro fator ditasse o resultado final", disse Ruijssenaars. Magnetos usados no solo e na cama repelem-se colocando a cama no ar. Alguns cabos muito finos e sutis mantêm a cama no lugar.
Reuters
C IBERESPAÇO
T ECNOLOGIA
Israel e Líbano em guerra... virtual
Passaporte eletrônico falso
Assim que teve início a guerra entre Israel e o Hezbollah, hackers apoiadores do grupo xiita aumentaram os ataques a sites israelenses. Endereços oficiais americanos, como o da agência espacial Nasa, também foram vítimas de hostilidades virtuais por sua posição favorável a Israel. Porém, a resposta não demorou e, logo, hackers israelenses já retrucavam com invasões de motivação política, mostrando que guerra não se faz só com mísseis. As informações são do site Zone-H, que tem o objetivo de registrar e arquivas as invasões a páginas do mundo inteiro.
Lukas Grunwald, um hacker alemão, já conseguiu falsificar o passaporte eletrônico, menos de duas semanas depois de a Alemanha começar a emitir os novos documentos, cujo objetivo principal é reduzir o número de fraudes. Defendido pelos Estados Unidos e vários países europeus, o e-passaporte vem com um chip, onde há a assinatura virtual do país que o emite. Porém, esses dados não são criptografados, o que torna o acesso e a clonagem muito fáceis. "É um grande desperdício de dinheiro", critica Grunwald. Cidadãos americanos poderão fazer o novo passaporte a partir de outubro.
www.zone-h.org
E M
Cientistas brasileiros descobrem gene que pode evitar a obesidade
C
ientistas brasileiros encontraram um novo caminho para combater a obesidade. A descoberta foi feita com a ajuda de camundongos geneticamente modificados, desenvolvidos ao longo dos últimos cinco anos na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Os animais possuem um gene desligado em seu DNA que permite que eles comam gordura à vontade, sem engordar. O segredo está numa molécula chamada receptor B1, que fica na membrana das células e regula a ação de pequenas proteínas conhecidas como cininas - principalmente no tecido adiposo. A ausência desses receptores nos animais transgênicos inicia uma reação em cadeia, que acaba por acelerar o metabolismo e reduzir a formação de células de gordura. As cininas e seus receptores interagem molecularmente como uma chave e fechadura, respectivamente. A proposta terapêutica dos cientistas seria pro-
duzir uma molécula antagonista, capaz de bloquear o encaixe dessas duas peças e, com isso, evitar o acúmulo de gordura no organismo. Moléculas com essas características já existem e o grupo entrou com pedido de patente para sua aplicação no tratamento da obesidade. "Se um indivíduo tomasse esse inibidor, poderia, teoricamente, desenvolver a mesma resistência que os camundongos transgênicos", acredita Marcelo Alves da Silva Mori, doutorando da Unifesp. Os animais nocautes (como são chamados, por terem um gene "nocauteado") foram apenas o modelo usado para identificar esse mecanismo. O gene nocauteado foi o que contém as instruções para produção das proteínas que constituem os receptores B1. Conseqüentemente, os receptores não são produzidos no animal e fica muito mais fácil para os cientistas identificarem a função deles no organismo. O que os cientistas observaram foi uma redução significa-
tiva dos níveis de dois hormônios: leptina e insulina, que regulam quanto se come e quanto se gasta. A leptina é produzida principalmente no tecido adiposo e funciona como uma molécula sinalizadora, que avisa o cérebro quando o organismo está saciado. No que dependesse da falta de leptina, portanto, o camundongo deveria comer mais. Mas isso não acontece, porque a redução da quantidade de hormônio é acompanhada de um aumento da sensibilidade à leptina". O animal come a mesma quantidade de alimento, mas produz menos gordura e gasta mais energia. A pesquisa da Unifesp é a primeira a mostrar o envolvimento das cininas no metabolismo alimentar. A obesidade é um dos principais problemas de saúde no mundo. No Brasil, segundo o IBGE, cerca de 11% da população (10,5 milhões de pessoas) está obesa - índice que é mais que o dobro de duas décadas atrás. (AE)
Fábio Motta/AE
O Litter Robot é uma máquina para donos de gatos de apartamento. O gato entra na esfera e faz suas necessidades, que o aparelho transforma automaticamente em bolinhas coloridas e sem odor. Não é recomendado para gatos muito grandes, nem para gatos diabéticos. Custa US$ 570 no site.
O site da agência de inteligência americana CIA oferece um vasto arquivo de informações sobre todos os países do mundo. Clicando no link "World Factbook", é possível obter acesso às informações oficiais de cada nação, como a bandeira, datas importantes, população, forma de governo e até ler sobre a história resumida de cada um. A enciclopédia do órgão traz ainda mapas políticos e geofísicos e os dados são atualizados regularmente. As informações, porém, estão todas em inglês.
www.litter-robot.com
www.cia.gov
O
escritor, tradutor, humanista e professor de Direito, José Cretella Júnior, tomou posse na Cátedra nº 1 da Academia Paulista de Letras (APL), substituindo o jornalista José Benedito Silveira Peixoto. Cretella foi recebido e homenageado pelo acadêmico, também professor de direito, Paulo José da Costa, durante cerimônia ocorrida na noite da última quinta-feira. A sessão de posse foi presidida pelo acadêmico, jurista, escritor e poeta Ives Gandra Martins que destacou a importância da APL para o desenvolvimento cultural paulista. Lembrou que as cadeiras dos "imortais" são ocupadas por muitos escritores oriundos do direito, mas que também recebe historiadores, jornalistas e filósofos. José Cretella, tradutor de
A TÉ LOGO
Milton Mansilha/Luz
L
Livro Mundial de Fatos
Cátedra número um Cretella recebe diploma de Ives Gandra
obras clássicas como Discurso sobre a Servidão Voluntária, de Etienne de la Boètie, com 150 obras publicadas, compartilhou simbolicamente sua medalha de acadêmico com amigos. Paulo José da Costa resumiu sua fala numa trova da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco: "A gente nunca se esquece, de quem não se esquece da gente". Estiveram presentes à cerimônia o professor, jurista e ex-ministro Celso Lafer, o
poeta Paulo Bonfin e o presidente em exercício da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Alencar Burti, que elogiou a indicação de Cretella feita por Paulo José da Costa. "A APL cresce com o novo acadêmico", disse. No dia 14 de setembro, Burti assina um convênio entre ACSP e APL para realização de projetos culturais, a partir de parcerias institucionais público e privadas. Sergio Leopoldo Rodrigues
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
Pelo menos 30 pessoas morreram ontem em novos episódios de violência no Afeganistão Governo chinês proíbe exibição dos desenhos 'Os Simpsons' e 'Pokémon' no horário nobre
L
'Bolinhas' de gatos
A CADEMIA DE LETRAS
L
F AVORITOS
Isolados do mundo
BALÃO - Bombeiros usaram ontem um avião para auxiliar no combate a um incêncio na favela de Rio das Pedras, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro. Os moradores acreditam que um balão tenha provocado o fogo, que atingiu pelo menos 40 barracos.
L
G @DGET DU JOUR
B RAZIL COM Z
Í NDIA
L
Pinturas (na foto, Mitologia), gravuras, desenhos, cerâmicas de Kenichi Kaneko. Centro Brasileiro Britânico. Rua Ferreira Araújo, 741. Telefone: 3095-4466. Das 10h às 16h. Grátis.
Um cientista alemão está testando em ratos e moscas de fruta sua revolucionária invenção: as pílulas antiestupidez. Hans-Hilger Ropers, diretor do Instituto de Genética Molecular MaxPlanck-Institute, em Berlim, disse que os testes com a pílula, que estabiliza as células neuronais hiperativas, mostram que seu uso pode ajudar a melhorar a memória recente e a atenção e concentração.
A agência de notícias Bloomberg divulgou no fim de semana o filme brasileiro Casa de Areia, do cineasta Andrucha Waddington, com as atrizes Fernanda Montenegro e Fernanda Torres. O filme, uma das estréias nos cinemas de Los Angeles e Nova York na sexta-feira, recebeu uma crítica positiva pela agência. Segundo a Bloomberg, os papéis múltiplos mostram a versatilidade das duas atrizes e o cenário e a história transportam o espectador para um território isolado onde a Primeira Guerra Mundial e o primeiro homem a pisar na Lua sequer foram conhecidos.
C A R T A Z
VISUAIS
Pílula anti-estupidez
Rupak De Chowdhuri/Reuters
O jovem arquiteto holandês Janjaap Ruijssenaars criou uma cama flutuante que se mantém suspensa por força magnética e está cobrando 1,2 milhões de euros pelo conforto extra. Ele tirou a inspiração para criar o móvel – uma plataforma negra que ele demorou seis anos para desenvolver e que também pode ser usada como mesa de jantar – de um misterioso monolito do filme cult 2001: Uma Odisséia no Espaço, de
C IÊNCIA
Projeto do Sesc Pompéia vai homenagear o dramaturgo Bertold Brecht com música
Adolescente indiano segura uma miniatura com duas bandeiras da Índia que celebra amanhã o seu Dia da Independência.
L ÍBANO
Morre filho de David Grassman O filho do intelectual israelense David Grossman morreu neste sábado no sul do Líbano enquanto servia como soldado do Exército de Israel. Uri Grossman, de 20 anos, foi um dos 24 israelenses vitimados na madrugada de ontem em conflitos com grupo terrorista Hezbollah. O jovem morreu quando o carro de combate em que se encontrava foi atingido por um míssil anti-tanque. Seu pai, o escritor David Grossman, foi um dos dirigentes do movimento de intelectuais israelenses que defendeu, na semana passada, um cessar-fogo no conflito.
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 14 de agosto de 2006
DOISPONTOS -77
C
A volta das vivandeiras
O
marechal Castello Branco chamava os políticos que viviam em torno dos quartéis, tentando envolvê-los na política partidária, de "vivandeiras". Para quem não sabe, vivandeiras eram as mulheres que andavam nas retaguardas dos exércitos, lavando as roupas dos soldados e também, em outras horas, exercendo a
função de “Profissional do sexo”, como, doutrinariamente, o Ministério do Trabalho classifica, hoje, essas pobres mulheres. As vivandeiras da política eram chamadas de golpistas e outros adjetivos não muito limpos pela esquerda. Mas quando são da esquerda os que rondam os quartéis, tudo passa a ser normal e justo. Quem não se
lembra da revolta dos sargentos em Brasília, em 1963, do comício da Central do Brasil, da reunião no Automóvel Clube e a revolta dos Marinheiros, em 1964? Obra das vivandeiras da esquerda. Em pleno século XXI, as vivandeiras voltam com toda força e é o presidente da República quem encabeça o rol. Ele vai ao Comando Militar
Ed Ferreira/AE
Lula visita os militares em São Paulo. A esquerda também tem suas vivandeiras.
do Sudeste não para prestigiar o Exército. Vai para tentar desmoralizar o governo de São Paulo, num jogo sujo da politicalha brasileira. Volte para Brasília! Mande prender seus companheirosbandidos e não envolva o Exército em política partidária, por amor de Deus!
ANTONIO DELFIM NETTO
A FICHA QUE NÃO CAI
FRANCISCO ANÉAS FRANCISCO.ANEAS@UOL.COM.BR
C
Site na internet www.blog. dcomercio.com.br
Leonardo Rodrigues/Digna Imagem
Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br
Os perigos do cheque pré e do crédito consignado
A
política cambial, arrasando o setor exportador, produzira um déficit externo de 100 bilhões de dólares; para financiá-lo, atraiu-se toda a sorte de capital vagabundo, oferecendo juros reais de 20% durante 4 anos! Adicionalmente alienou parte do patrimônio nacional para obter "capital de giro" rápido e tranqüilizar os credores externos... Apesar da venda deste patrimônio e por controlar mal as despesas, permitiu o aumento da dívida pública interna de 30% para 55% do PIB. E aumentou a carga de impostos sobre os brasileiros, de 26% para 37% do PIB, aqui para tranqüilizar os credores internos...
G Tudo começou
com cheque para 15 dias e hoje já estamos com prédatados de 80 dias. Isto prova que a coisa tá feia, que estamos vivendo uma ilusão e empurrando com a barriga os compromissos financeiros. G O crédito
consignado é um “benefício” para as instituições financeiras e grande malefício para quem toma esse dinheiro emprestado, com os últimos anos - mais precisamente, em dessas instituições em detrimento dos coitados juros dez vezes 2005/2006 - o governo tem incentivado a dos trabalhadores e aposentados.. maiores que a liberação de crédito de uma forma a meu inflação. É quase ver irresponsável. iante desse cenário o governo federal que um assalto. diz “não saber de nada, não ver nada”; Há tempos que, mesmo sem intervenção do go-
N
G As lojas
viraram agentes financeiros de tão bom que é o negócio de emprestar dinheiro, descontando do “trouxa” mês a mês, antes mesmo dele por a mão no pagamento.
Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br
verno, temos visto o mau hábito que quase todos nós estamos tendo: o de adquirir comida ”e pagar com cheque pré-datado para até 80 (oitenta dias)”. Tem rede de supermercado praticando e promovendo a venda de “alimentos em parcelas”. É um absurdo e todos estão caindo nessa “armadilha” pois, o alimento consumido no mês deveria ser pago com a receita de mesmo mês. Isto prova que a coisa tá feia, que estamos vivendo uma ilusão e empurrando com a barriga os compromissos financeiros, pois, tudo começou com cheque para 15 dias e hoje já está em até 80 dias. Acho que os próprios credores (supermercados) estão ampliando os prazos porque sabem que os consumidores não poderão honrar o cheque já dado. Não bastasse isso, o governo federal autorizou, e a pratica é geral, do tal crédito consignado. Acho isso um crime, principalmente com os aposentados. Isto é um grande “benefício” para as instituições financeiras e grande malefício para quem toma esse dinheiro emprestado, por ser a taxa de juros 10 vezes maior que a inflação, é quase um assalto. Em poucos meses vão ter que comer menos, pois o valor das parcelas já foi retirado na Previdência e os bancos já garantiram o deles. Daí, os enriquecimentos astronômicos
reio que hoje muito poucos cidadãos brasileiros, razoavelmente informados, têm dúvida que é a política monetária do Banco Central que impede o desenvolvimento do País. Tal política vem de longe, não começou neste governo, é preciso ser claro quanto às suas origens: em 1998, quando FHC preparava a sua reeleição, eu tentei mostrar que o Brasil tinha se tornado refém do sistema financeiro por causa da dependência externa construída pela "âncora cambial" e pelo crescimento exponencial da dívida pública interna.
D
acha que está ajudando o povo. Isso é brincadeira, achar que somos todos uns idiotas. As lojas em geral, magazines, e até lojas de automóveis, viraram agentes financeiros de tão bom que é o negócio de emprestar dinheiro, que já é descontado do “trouxa” mês a mês, antes mesmo dele por a mão no pagamento. Precisamos de alguém com algum poder de penetração para abrir os olhos dos que estão embarcando nessa canoa furada. E mais: conforme publicação no caderno de Economia do Estado de S.Paulo de 10/08, ( “Crédito pode chegar a 50% do PIB”), o ministro Paulo Bernardo diz que o “governo trabalha para atingir esse nível em 4 anos”. Em 2002, o volume de crédito atingia 20% do PIB, hoje está em 33%, o que significa R$ 220 bilhões a mais. O ministro ainda compara o Brasil com o Japão e Estados Unidos, dizendo que... “o objetivo é realizável num país da dimensão do Brasil”, como se a economia fosse dimensão. Estou desabafando, esperando poder contribuir de alguma forma para o bem e, quem sabe, dar uma sugestão que possa ser incluída em um programa de governo: consertar ou acabar com essa enganação. JOSÉ CELSO PUPIO JCPUPIO@GLOBO.COM
E
ssa é uma performance que deveria figurar no Livro dos recordes. Naquela ocasião não se conseguia alertar as pessoas para os problemas reais da economia: havia uma espécie de interdição do debate, talvez pela euforia com o Plano Real ou pela notória influência do sistema financeiro na mídia. A verdade é que armadilha se manteve e o crescimento econômico continuou medíocre até 2002. Duas coisas cresciam contudo: o desemprego na produção e o lucro dos bancos.
om a mudança da política cambial em 1999 (desvalorização do Real mais flutuação da taxa de câmbio), as exportações se recuperaram e foi possível quebrar um dos elos da armadilha: o constrangimento externo praticamente desapareceu de 2002 aos dias de hoje. Graças aos saldos comerciais e à melhor inteligência da política econômica, o Brasil não tem mais dívida externa pública, praticamente. Não se pode negar que foi uma performance brilhante. Já o constrangimento interno que tolhe o crescimento continua funcionando, impávido. O que não é razoável é que demore tanto a "cair a ficha" dentro do governo para entender o quanto é trágico e ao mesmo tempo ridículo sustentar uma política monetária e cambial que tolhe a expansão dos investimentos na produção e, já agora, também na exportação.
É
isso que mantém ainda elevados os níveis de desemprego e coloca o Brasil na lanterninha do desenvolvimento entre os países emergentes. Uma política equivocada, baseada no mito que a inflação vai retornar se a economia crescer mais de 3,5% ao ano; e, pior ainda, alicerçada na farsa montada no Copom, segundo a qual uma taxa real de juros inferior a 10% ao ano produzirá uma explosão de consumo que implodirá a meta inflacionária! Donde se conclui que o nosso Banco Central continua refém do sistema financeiro... Nada exige, porém, que o governo seja refém do Banco Central... ANTONIO DELFIM NETTO É DEPUTADO FEDERAL (PMDB-
SP), PROFESSOR EMÉRITO DA FEA/USP E FOI MINISTRO DA FAZENDA, DA AGRICULTURA E DO PLANEJAMENTO DEP.DELFIMNETTO@CAMARA. GOV.BR
G Demora para cair a ficha dentro do governo para que entendam o quanto é trágico e ridículo sustentar uma política monetária e cambial que tolhe a produção e a exportação
FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894
Nº 133 São Paulo, 14 de agosto de 2006
DCARR
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Pablo de Sousa
Divulgação
A Piaggio promete revolucionar o mundo das motos com o modelo MP3, um veículo de três rodas que traz mais segurança ao usuário. Na pág. 4. Novidades: Courier Van na pág. 4; Clio táxi na 5, junto com esboço do novo Chevrolet Prisma. E, na 8, o avanço das asiáticas no mercado.
ASTRA SUPER SPORT
O EXIBIDO PÁGINAS 6 E 7
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4
segunda-feira, 14 de agosto de 2006
É verdade que o governo Ehud Olmert cometeu muitos erros. Mas se a resolução da ONU realmente for seguida, os resultados positivos serão sentidos. Sever Plotzker, jornalista israelense
Internacional
MUITO FOGO ANTES DO CESSAR-FOGO Roni Schutzer/AFP
Nem é cessar-fogo, mas o fim das hostilidades
O
gabinete de governo israelense endossou ontem a resolução aprovada na sexta-feira pelo Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) estabelecendo os passos para o "fim das hostilidades" entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah. O Líbano e o Hezbollah deram seu aval no sábado mas ontem, em Beirute, o fim dos ataques foi colocado em dúvida. Segundo a versão online do jornal britânico Financial Times, o governo libanês cancelou uma reunião para discutir os cronogramas para a implementação da resolução da ONU. Isto teria acontecido, segundo um ministro que não quis ver seu nome divulgado, porque o Hezbollah estaria se recusando a ser desarmado. Ontem, os bombardeios aéreos, os disparos de foguetes Katiusha e os combates terrestres estiveram entre os mais intensos desde o início do conflito, há um mês. A escalada ocorreu horas antes do horário entrada em vigor, às 8h de hoje (2h em Brasília), da "suspensão de hostilidades", prevista na horas antes de a resolução do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) entrar em vigor. A suspensão das hostilidades significa que os dois lados teriam decidido não atacar, mas seguirão realizado ações de "defesa". Os combates no sul do Líbano mataram ontem sete soldados israelenses, segundo a re-
Juventud Rebelde/AFP
de de televisão Al-Arabiya. Israel confirmou cinco mortos e, por sua vez, afirmou ter matado 40 combatentes do Hezbollah de sábado para domingo. O grupo admitiu a morte de apenas um combatente. Na noite de sábado, o Hezbollah disse ter usado um novo míssil, chamado Waad (Promessa), para derrubar um helicóptero israelense na aldeia de Yater, no sul do Líbano, com cinco tripulantes. Os combatentes se esconderam. Quando outros soldados israelenses vieram em socorro, foram emboscados pelos guerrilheiros. Os militares israelenses anunciaram ter realizado mais de cem ataques aéreos ao Líbano entre as noites de sexta e sábado, incluindo mais de 50 postos de comando do Hezbollah, dois lançadores de mísseis e dois veículos carregando armas da Síria para o Vale do Bekaa onde fica o reduto militar do Hezbollah, em Baalbeck. O Hezbollah lançou ontem mais de 250 foguetes contra o norte de Israel, matando um homem de 83 anos e ferindo pelo menos 91 pessoas. De acordo com autoridades libanesas, Israel atacou mais de 50 aldeias e cidades, matando oito pessoas no sul do Líbano e sete no Vale do Bekaa, na região leste do país. Segundo emissoras de rádio libanesas, entre os mortos estão um soldado do Exército do Líbano atingido por um míssil numa estrada e outros cinco numa base militar, no Vale do Bekaa. O conflito, iniciado no dia 12 de julho, já matou 1.082 libaneses e 144 israelenses. (AE)
Hezbollah lançou mais de 250 foguetes ontem. Israel diz ter matado mais de 40 militantes do grupo. Fidel Castro segura edição do dia 12 do jornal oficial do governo. Ele afirmou que vai demorar para se recuperar.
VEJAM, AINDA ESTOU VIVO! Fotos mostram Fidel no seu 80º aniversário
E
m seu aniversário de 80 anos, comemorado ontem, o líder de Cuba, Fidel Castro, alertou os cubanos de que levará um longo tempo para se recuperar e avisou que eles devem ficar preparados para "notícias adversas". Também ontem Raúl Castro, irmão mais jovem (75 anos) e sucessor designado de Fidel, apareceu em público pela primeira vez desde que assumiu o poder. Raúl recebeu o presidente
Governo cubano/Reuters
cial do dia 12 do jornal Granma, órgão oficial do Partido Comunista. Vêem-se várias toalhas dobradas sobre a cama. As fotos foram publicadas na edição online do Juventud Rebelde. Não foi possível confirRaúl Castro, em público com Hugo Chávez mar por fonte independente a autenticidade das fotos, realizadas pelos Esda Venezuela, Hugo Chávez. Nas quatro fotos divulgadas tudios Revolución, divisão do ontem, Fidel usa um abrigo grupo de apoio pessoal de CasAdidas vermelho e branco e tro que compila documentos e aparenta cansaço, mas está sen- imagens históricos. Contudo, tado ereto e tem o olhar vigilan- não há razão para duvidar da te. Segura o suplemento espe- sua legitimidade. (AE)
Unifil/Reuters
Ó RBITA
Ataques a bairro xiita de Bagdá: 47 mortos xplosões de carros-bomba E e foguetes provocaram morte e destruição em um
bairro xiita de Bagdá na noite de ontem, segundo o Ministério da Defesa. Pelo menos 47 pessoas morreram e 148 ficaram feridas no bairro de Zafraniyah, na zona sul bagdali. Dois carros-bomba e um salvo de nove foguetes explodiram num intervalo de poucos minutos. Os foguetes
danificaram três edifícios, inclusive um condomínio residencial que desabou. Os foguetes aparentemente foram disparados de Dora, um distrito sunita de Bagdá.
retornar ao nível de alerta adotado há cerca de um ano, desde os ataques de 2005.
Alerta máximo
presidente iraniano O Mahmud Ahmadinejad lançou ontem um blog
Grã-Bretanha baixou o A alerta de segurança de "crítico" para "severo" ontem.
Depois de deter 24 suspeitos da tentativa de ataque da semana passada, o governo espera novas investidas, mas decidiu
Ahmadinejad, o blogueiro
(www.ahmadinejad.ir) de crítica a Israel e EUA. Segundo o blog israelense Giyus, o site identifica quando o visitante é de Israel e infecta o computador com um vírus.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 14 de agosto de 2006
Estamos formando um grupo para ser campeão paulista no ano que vem.” Tite, sobre o Palmeiras
almanaque Celso Unzelte
BRASIL CONQUISTA SUA 13ª LIBERTADORES UH/Arquivo do Estado de São Paulo
Na quarta-feira, Internacional ou São Paulo conquistará pela 13ª vez para o Brasil a Copa Libertadores da América, disputada desde 1960. Acima, jogadores do Palmeiras comemoram gol de Tupãzinho, para desespero da zaga do Estudiantes, da Argentina. Era a segunda partida da decisão de 1968, vencida pelos brasileiros, no Pacaembu, por 3 a 1. No jogo de desempate (na Argentina o Palmeiras havia perdido por 2 a 1), em Montevidéu, no Uruguai, deu Estudiantes, 2 a 0. Assim, os argentinos acabaram ficando com a taça.
NOSSOS SETE CLUBES CAMPEÕES Até hoje, 24 equipes brasileiras disputaram a Libertadores, das quais apenas sete conseguiram ser campeãs. O São Paulo, que neste ano mais uma vez disputa a final, é o maior vencedor, com três títulos, conquistados em 1992, 1993 e 2005. A seguir vêm Santos (campeão em 1962 e 1963), Cruzeiro (1976 e 1997) e Grêmio (1983 e 1995). Com uma Libertadores, aparecem Flamengo (1981), Vasco (1998) e Palmeiras (1999). O Inter, candidato ao título deste ano, perdeu a decisão de 1980 para o Nacional do Uruguai.
Esporte
F
oi, muito provavelmente, a última viagem do Expressinhodo São Paulo. E, nela, o time de reservas — ontem enxertado pelo goleiro Rogério Ceni, pelo zagueiro Edcarlos e pelo volante Josué — fez bonito outra vez: jogando no Morumbi, conseguiu derrotar o Goiás por 2 a 1. Daqui para a frente, quando voltarem da batalha final contra o Inter na Libertadores, os titulares receberão uma cômoda vantagem na liderança do Brasileiro, que atualmente é de quatro pontos em relação ao segundo colocado. Os gaúchos, aliás, voltaram a ser o principal adversário tricolor também na competição nacional. Com a vitória sobre o Fortaleza por 2 a 1, fora de casa (jogando também com o time reserva), e beneficiado pelos pontos perdidos por Paraná, Santos e Cruzeiro, o Colorado deu um salto da quinta colocação para a segunda. O São Paulo teve uma semana conturbada, com a derrota para o Inter por 2 a 1 no primeiro jogo da final da Libertadores e a morte do goleiro reserva Weverson em um acidente automobilístico, na madrugada de sexta-feira. O outro goleiro tricolor, Bruno, que continua internado, perdeu a direção de seu Golf no Km 311 da Rodovia Régis Bittencourt, perto de São Lourenço da Serra. No carro, além dos dois goleiros, estavam também as jogadoras de vôlei Natália Lane, que faleceu, Paula Gomes e Clarisse Benício, todas do Osasco. Paula e Clarisse permanecem internadas, sem risco de morte. Ontem, em memória de Weverson e Natália, os jogadores do São Paulo entraram em campo com uma tarja preta na manga direita da camisa. Foi respeitado também um minu-
Fotos Rubens Chiri/AE
Em sua despedida, o Expressinho do São Paulo bate o Goiás por 2 a 1 e deixa uma vantagem de 4 pontos sobre o Inter na liderança do Brasileiro, para os titulares administrarem depois da decisão da Libertadores
to de silêncio. O goleiro Rogério Ceni usou uma camisa com o nome de Weverson, que também foi lembrado no placar eletrônico do Morumbi, assim como o da jogadora de vôlei Natália Lane. “Apesar de todos os problemas, o time conseguiu se manter concentrado e venceu, merecidamente”, comentou o goleiro Rogério Ceni, um dos poucos titulares que reforçaram a equipe ontem. Aos 18 minutos, o lateral Lúcio cobrou escanteio da esquerda, Lenilson pegou o rebote do goleiro e chutou cruzado. A bola entrou, mas Júlio Santos tentou afastar — só que rebateu nos pés de Edcarlos, que completou o serviço. O gol foi confirmado para Lenilson. Aos 28 minutos do segundo tempo, Lenilson apareceu novamente. Arriscou da entrada da área e o chute, forte, enga-
nou o goleiro Harlei: São Paulo 2 a 0. Com os dois gols marcados ontem, Lenilson chegou a cinco e empatou com Ricardo Oliveira na artilharia do São Paulo no Brasileiro. “Se me derem a oportunidade, estou à disposição, quero ajudar”, disse Lenílson, já no vestiário. “Sei que tenho condições de ser titular. Mas o mais importante foi ter conseguido a vitória. Precisávamos dela para chegar com mais moral no jogo de quarta-feira”, emendou o meio-campista, referindo-se à decisão da Libertadores. Já aos 44 minutos do segundo tempo, quando o time da casa tentou administrar o resultado, o Goiás descontou. Jadilson cobrou falta da esquerda, Johnson subiu mais do que os zagueiros e cabeceou para as redes. Nesse momento os suplentes são-paulinos mostraram maturidade e souberam segurar o resultado.
Na sexta, 18, será a vez de o Botafogo completar 102 anos. O clube foi fundado em 18 de agosto de 1904, como Botafogo Futebol Clube. Em 1942, fundiu-se com o C. R. Botafogo. Na quarta, 16, Dunga estreará contra a Noruega como o 73º técnico da história da Seleção Brasileira. O Brasil, aliás, jamais derrotou este adversário: em três jogos, duas vitórias norueguesas e um empate.
Antes do jogo, o presidente do Goiás, Raimundo Queiroz, discutiu publicamente com o superintendente de futebol do São Paulo, Marco Aurélio Cunha, sobre o caso André Dias. Queiroz acusa o time paulista de ter “roubado” o jogador do Goiás. Citou até um caso “semelhante” com o atacante Bruno César, de 17 anos, que “su-
miu” do Bahia e apareceu dias depois treinando nas equipes de base do São Paulo. Cunha irritou-se com a acusação: “Você vai ter que provar!”. A situação de André Dias está na Justiça e não há prazo para uma definição. O Goiás quer R$ 4 milhões para desistir da ação na Justiça e liberar o zagueiro.
Orlando Kissner/AE
S
Apesar do crescimento brasileiro nos últimos anos, os argentinos ainda são os maiores campeões da Libertadores, com vinte títulos (sete do Independiente, cinco do Boca, três do Estudiantes, dois do River e um de Argentinos Juniors, Velez e Racing). O Brasil, com treze, ultrapassa as oito do Uruguai (cinco do Peñarol, três do Nacional). Completam a lista de países campeões o Paraguai, com três (todas do Olimpia, em 1979, 1990 e 2002), e, com uma, Colômbia (Atlético Nacional, em 1989) e Chile (Colo Colo, em 1991).
A Portuguesa completa hoje 86 anos de fundação. A Lusa foi três vezes campeã paulista, em 1935 e 1936 (pela Associação Paulista de Esportes Atléticos) e em 1973, dividindo o título com o Santos no jogo em que o juiz Armando Marques errou a contagem dos pênaltis.
O jogo das nossas vidas é o de quarta. Vai ser um São Paulo bem diferente." Muricy Ramalho
´ ULTIMA VIAGEM
VANTAGEM AINDA É ARGENTINA
“Todos os times brasileiros campeões da Libertadores até hoje foram tecnicamente superiores a seus adversários. Mostrar mais bola que eles é a melhor maneira de vencer qualquer catimba.” (Raí, ídolo do bi são-paulino na Libertadores em 1992/93, durante a preparação para a primeira campanha.)
1
Santos sai na frente com este gol de Wellington Paulista, mas cede o empate ao Paraná
C
Ruim para os dois
om o empate por 1 a 1 entre Paraná e Santos, ontem, em Curitiba, os dois times, que em caso de vitória poderiam ter até alcançado a liderança, chegaram a 28 pontos. Foram deixados para trás pelo líder São Paulo, que chegou a 33; pelo vice-líder Internacional, com 29; e alcançados pelo Fluminense, que derrotou o Cruzeiro em Minas e também fez 28 pontos. “Na realidade, o resultado foi ruim para eles, pois se buscam alguma coisa na competição precisam somar os pontos dentro de casa”, disse o técnico santista, Vanderlei Luxemburgo, tentando minimizar o prejuízo de seu lado. “Até porque eles terão que jogar contra nós na Vila Belmiro.” Mesmo jogando com três zagueiros, o time da casa deu espaço para o atacante Wellington Paulista receber um lançamento de Wendel e chutar cruzado para abrir o marcador em favor do Santos, logo aos quatro minutos. O jogador marcou ontem seu primeiro gol com a camisa santista desde que chegou ao clube, há mais de três meses. O Santos dominava o jogo, e mesmo depois que o Paraná empatou— com
Maicossuel, após tabela com Edinho, aos 13 minutos — continuou melhor. No segundo tempo, o técnico Vanderlei Luxemburgo bem que tentou, mas não conseguiu achar alguém com habilidade suficiente para armar as jogadas. Deu até chance ao meia André, que decepcionou. Rodrigo Tabata entrou no segundo tempo, mas nada mudou. Luxemburgo ainda colocou o meia Rodrigo Tiuí no lugar do zagueiro Ronaldo Guiaro, esperando dar mais ofensividade à sua equipe. Uma substituição sem resultados. O treinador não pôde contar com Reinaldo, suspenso, e Maldonado, machucado, que fizeram muita falta. O Paraná melhorou um pouco nos 45 minutos finais, mas o insuficiente para sair de campo com a vitória. O jogo ficou amarrado no meio-campo, sem lances de perigo. A impressão era de que ambos os times estavam satisfeitos com o empate. No último minuto, Tiuí ainda perdeu um gol e pediu pênalti. O jogador, no entanto, jogou-se claramente. O empate não foi o ideal em termos de classificação, mas ficou de bom tamanho pelo que os dois apresentaram.
O dono da festa
e a vitória do Palmeiras sobre o Botafogo por 3 a 1, ontem, no Maracanã, tivesse nome, ela se chamaria Enílton. Aos 10 minutos de jogo, ele mostrou categoria e tranqüilidade ao marcar o primeiro gol, tirando a bola do alcance do goleiro Lopes. Aos 36, foi malandro ao empurrar o zagueiro Rafael Marques, que acabou se chocando com o goleiro Lopes. A bola sobrou limpa para Enílton rolar para o fundo da rede. Aos 26 do segundo tempo, foi Enílton quem roubou uma bola de Scheidt no campo de ataque do Botafogo e praticamente atravessou o campo todo com ela, livrando-se do zagueiro e também de Alê. Chegou à linha de fundo e só rolou para Paulo Baier marcar. Quando ele deixou o campo, extenuado, substituído a seu pedido por Marcinho, a vitória estava garantida. “Foi fundamental o papel do Tite. É um grande treinador, passa confiança para a gente e é um paizão não só meu como para todos do grupo”, agradeceu Enílton já nos vestiários. “O jogador tem que demonstrar trabalho dentro do campo, e não com palavras. Hoje foi mais um passo que demos”, disse.
“Nosso objetivo era sair dessa zona de rebaixamento e agora precisamos pensar em vôos maiores.” O técnico Tite, em contrapartida, mostrava-se preocupado com um possível excesso de confiança com a quarta vitória depois da Copa do Mundo, que elevou a equipe à 12ª posição no Brasileiro: “Conversei sério com o grupo. Não falta vontade, não falta determinação, mas aquilo que às vezes nos trai é achar que estamos bem e relaxar. Aí, os adversários crescem, tomamos porradas e volta tudo de novo”. Por isso, a necessidade de melhorar cada vez mais foi repetida por Tite várias vezes, para não esconder os erros da equipe, apesar da vitória por 3 a 1. “Esse Palmeiras é o mesmo que começou o Brasileiro, mas agora aprendeu com os erros e precisa aprender ainda mais porque erramos neste jogo. No início do segundo tempo precisávamos de mais a posse de bola”, destacou. “Os números são atípicos e o Palmeiras está compensando o que deixou de fazer no início.” Ele mandou um recado para o grupo: “A pressão vai sempre nos acompanhar. Por isso, todos os jogos são decisivos”.
Fábio Motta/AE
Nos 3 a 1 do Palmeiras sobre o Botafogo, Enílton fez dois gols e toda a jogada do outro
2
DCARRO
São Paulo, segunda-feira, 14 de agosto de 2006
Será que somos, assim, tão ruins? udo o que é nosso é pior? É malfeito? Nossos erros são maiores que os do alheio? O brasileiro não tem jeito mesmo? Nossos carros são os mais malconservados? Só nós desobedecemos as leis de trânsito? Só nossos motoristas dirigem embriagados? Muita gente é capaz de responder SIM, categoricamente, a todas estas perguntas, sem pensar duas vezes, que dirá refletir sobre o que esta resposta pode significar. Mas é engraçado ver alguns números que vez por outra chegam às nossas mãos, ou imagens que assistimos na TV. Um fato constatado pela maior fabricante de amortecedores do mundo, a Monroe, que completa 90 anos de atividades neste 2006 (veja nota na página 10), mostra que não estamos sozinhos neste mundo de desatentos à manutenção dos nossos carros. Ou melhor, a pesquisa da empresa apresenta um surpreendente 52% x 37% a favor do Brasil, contra, nada mais, nada menos, que a Europa, o Primeiro Mundo. Explica-se: no levantamento feito pela Monroe, 52% dos veículos testados na Europa apresentavam problemas de manutenção e desgaste dos amortecedores, enquanto no Brasil a mesma pesquisa
constatou resultado de apenas (apenas?) 37%. Isto pode nos fazer melhor que os europeus? Claro que não. Mas pode nos mostrar que esta questão de manutenção é um problema universal, causado por vários motivos, que vão do econômico, com os preços das peças de reposição aumentando sempre, até o mais simples e incompreensível deles, o desleixo. Aqui e lá. Há, entre as várias citadas, muitas outras "acusações" contra o brasileiro, especialmente aquela ligada ao fato de muitos dos nossos acidentes, em estradas e nas cidades, acontecerem em razão do estado de embriaguez do motorista. Mas neste item o brasileiro também não está só. E isto pode ser comprovado ao se assistir na TV, no Universal Chanel, que exibe programas norteamericanos, em que motoristas bêbados ou drogados promovem tanta confusão, acidentes e vítimas fatais como os nossos aqui. Não se trata de defender os que não cuidam dos seus carros pondo em risco a sua vida e a do próximo, ou dos que se embriagam ou se drogam, mas apenas uma sugestão para reflexão.
Presidente em exercício Alencar Burti Presidente licenciado Guilherme Afif Domingos Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editor chicolelis chicolelis@dcomercio.com.br Repórteres Alzira Rodrigues alzira@dcomercio.com.br Anderson Cavalcante acavalcante@dcomercio.com.br
Chefe de reportagem Arthur Rosa Editor de Fotografia Masao Goto
T
índice UTILITÁRIO - 4 A Ford está lançando a Courier Van 2007, com caçamba.
LANÇAMENTO - 5 A GM divulga esboço em 3D do Prisma.
PRODUTO/TESTE - 6 E 7 Astra SS: um carro cativante, com "personalidade" esportiva.
MERCADO - 9 O velho Fusca ainda está entre os cinco usados mais vendidos no País.
MOTOS - 11 Na região de Visconde de Mauá, um Museu Duas Rodas.
aGenDa 14 de agosto
A AutoData Editora realiza hoje, no Hotel WTC, em São Paulo, o seminário Budget 2007, que reunirá empresários da indústria automobilística para debater as perspectivas para o próximo ano.
15 a 18 de agosto
Acontece em Caxias do Sul (RS) a Transtec 2006 – Feira de Transportes, Veículos, Implementos, Encarroçadoras e Autopeças. Estarão presentes empresas do setor automotivo de toda a América do Sul.
chicolelis
Editor de Arte José Coelho Diagramação Hedilberto Monserrat Junior Ilustração Abê / Céllus / Jair Soares Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Impressão S/A O Estado de S. Paulo www.dcomercio.com.br/dcarro
São Paulo, segunda-feira, 14 de agosto de 2006
DCARRO
3
4
DCARRO
São Paulo, segunda-feira, 14 de agosto de 2006
NOVIDADE
Divulgação
Courier ganha sua versão van Com nova versão, a Ford quer 15% do segmento de vans para pequenas cargas
A
Modelo ganhou capota que cobre cabine, como se fosse continuação do pára-brisas
custo. A montadora aponta como vantagem adicional o tanque de combustível de 68 litros, que dá a ela a maior autonomia do mercado. Seu motor Zetec RoCam 1.6 L, com potência de 95 cv, oferece bom desempenho, economia de
combustível e manutenção e grande durabilidade para o uso severo no dia-a-dia a que se destina. Espaço para carga - O espaço para carga da Ford Courier Van, de 3.000 litros, está entre os maiores da categoria, permitindo praticidade para o transporte de vários tipos de mercadorias de pequeno volume. Sua caçamba é a mais comprida do segmento, com 1,81 metro, e 1,10 metro de vão livre entre as caixas de rodas, além de portas duplas traseiras com 1,32 metro de altura. Isto facilita o acesso ao interior e a acomodação da carga. As molas parabólicas da suspensão traseira permitem o transporte de até 600 kg de
carga útil. Leve e resistente - Moldada em PRFV – resina poliéster reforçada com fibra de vidro –, material leve, resistente e de grande durabilidade, e projetada com reforço estrutural interno, a capota da Ford Courier Van tem sua parte frontal avançando sobre a cabine, como um prolongamento do pára-brisa. Isto, além de favorecer a aerodinâmica, permite o aumento do espaço útil para carga. Suas portas duplas traseiras têm janelas envidraçadas, que facilitam a visão interna e permitem rápido acesso ao interior da caçamba. Elas são equipadas com molas a gás para amortecer o impacto de fechamento. A iluminação interna é feita por luminária no teto, com interruptor manual localizado ao lado da porta.
MP3
Piaggio lança triciclo S essenta anos depois de revolucionar o mundo das duas rodas com o lançamento da Vespa, a italiana Piaggio promete mexer de novo com este mercado e anuncia a produção da MP3. É um modelo três rodas, que soluciona o maior problema de quem anda em veículos de duas rodas: a segurança. O triciclo estará
disponível na Europa em quatro cores metálicas (azul céu, vermelho rubi, verde excalibur e preto) a um custo de cinco mil euros. As duas rodas dianteiras da MP3 são independentes e basculantes, o que permite uma boa estabilidade em curvas. Em velocidades mais elevadas, também por conta dos conceitos utilizados, transmite a sensação de que a moto está "colada" no chão, permitindo manter a velocidade mesmo em curvas mais acentuadas. O ângulo de inclinação chega a 40%, número superior ao das tradicionais Vespas. É um modelo indicado principalmente para uso urbano. Mas na estrada, mesmo sem ser o seu forte, também não decepciona. Tem alto poder de frenagem, já que ao invés de dois são três freios a disco. A MP3 tem duas opções de motorização: 125 e 250 cc. O
Divulgação
nunciando tratar-se do "melhor custo-benefício da categoria", a Ford lança este mês a Courier Van 2007, em que a picape ganha compartimento fechado na caçamba, reforçando sua proposta de veículo de trabalho. Destinado a atender pequenos comerciantes, floriculturas, pet shops, empresas de informática e serviços de entrega a nova van tem como principais vantagens, segundo o fabricante, o custo-benefício e o desempenho do motor 1.6 L. No compartimento de carga, capacidade para 3.000 litros. O projeto foi desenvolvido em parceria com a Rontan, responsável pela produção da capota. Na rede Ford, para pronta entrega, e também pela modalidade de venda direta para empresas, tem dois preços: R$35.290, básica, e R$37.230 na versão com direção hidráulica. O objetivo da Ford é atingir cerca de 15% do mercado de vans com o novo modelo, no vácuo da imagem conquistada pela versão ambulância da Courier, lançada há um ano e igualmente desenvolvida com a Rontan. A Courier Van vai ser produzida apenas na cor branca, que ajuda a baixar seu
primeiro desenvolve 16,5 cv, enquanto o segundo, com injeção eletrônica, chega a 22,5 cv. A MP3 usa três rodas esportivas de 12 polegadas de liga leve e pneus 120/70 frente e 130/70 na traseira.
São Paulo, segunda-feira, 14 de agosto de 2006
DCARRO
5
LANÇAMENTO
Um "esboço" do novo Chevrolet GM divulga desenho em três dimensões do Prisma, que chega no último trimestre deste ano
Divulgação
brasileiro este ano, depois de ter ficado um bom tempo no ostracismo. A maioria das marcas está investindo em veículos deste tipo, com destaque para os de médio e grande portes. Agora a General Motors apresenta um sedan pequeno, com design desenvolvido 100% no Brasil e que, segundo comentários do mercado, é um produto derivado do Celta, produzido em Gravataí (RS), onde também está sendo implantada a linha do Prisma. Robustez - "Nosso desafio foi criar um carro com atributos que oferecessem uma aparência mais robusta do que seus principais concorrentes, transmitindo prestígio aos seus proprietários. As linhas horizontais lhe conferem superfícies limpas, bem definidas e marcantes", revela Barba. A exemplo de outros modelos da marca, o Prisma tem como característica acentuaForam dois anos de trabalho no Centro de Design até chegar ao projeto "ideal"
AUTÔNOMOS
Clio para taxista A Renault do Brasil está lançando o Clio Sedan Authentique 1.6 16V HiFlex (bicombustível) especial para taxistas. É a primeira vez que a empresa disponibiliza um produto específico para este público, ação que tem por objetivo garantir sua participação neste importante nicho de mercado, que envolve subsídios na compra. Além das isenções de impostos, que variam de acordo com a legislação municipal vigente, a montadora ainda estará concedendo 8% de desconto sobre o preço sugerido em tabela. “A Renault acredita no potencial deste mercado, por isso começa a investir em sua participação, oferecendo um modelo que condiz com as necessidades dos taxistas e com as exigências dos seus passageiros”, afirma Mário Boragina, gerente de Vendas a Empresas. Segundo a Federação Nacional de Ta-
xistas, a atual frota destinada a este uso no Brasil é de 300 mil veículos. Destes, 36.600 se concentram em São Paulo, sendo os profissionais autônomos donos de 26.300 automóveis. No Rio de Janeiro são 28.567 táxis, sendo 18.837 particulares. “Nosso foco é atender aos taxistas autônomos e, eventualmente, oferecer novos produtos”, destaca Boragina. O modelo escolhido tem bom espaço interno e é equipado com direção hidráulica, ar-condicionado e o maior porta-malas da categoria, com capacidade para 510 litros. O programa de test-drive para taxistas está disponível nas concessionárias Renault Fórmula (Curitiba), Iesa (Porto Alegre), Grand Brasil e Da Vinci (São Paulo), Eiffel (Rio de Janeiro), Vallence (Belo Horizonte), Premier (Brasília) e Dançar (Belém).
da um vinco na sua parte traseira, mais precisamente na divisória central da tampa do porta-malas. "Em nossa visão este vinco é o ‘DNA’ da Crevrolet", acrescenta o executivo. Segundo Barba, o pessoal do design trabalhou exaustivamente em duas dimensões até chegar à fase de utilização da sala de ‘Design Virtual’, em três dimensões, que consumiu alguns meses de atividades. Na seqüência, inicia-se o processo de protótipos - em argila, clay e
fibra de vidro - para a definição das etapas necessárias para a transformação do carro virtual em realidade, ou seja, o desenvolvimento em série. Destaque - O Centro de Design do Brasil vem ganhando prestígio dentro do grupo mundial, com destaque para criações recentes como as das novas gerações do Vectra e Celta, que como o Prisma têm desenvolvimento 100% local. A frente do Prisma? Aposte, vai ser igual a do Celta.
" ##$#
!
,,, -
%
,,, -
" ##$#
* +
, '
-
P
ara dar uma idéia do novo modelo que vai lançar no Brasil no último trimestre deste ano, a General Motors está divulgando o primeiro esboço do Prisma, que vem para concorrer no segmento de carros pequenos não populares (com motor acima de 1.000 cc). "Após dois anos de muito trabalho chegamos a um resultado que consideramos excelente e o Prisma, com certeza, agradará plenamente os consumidores. O brasileiro adora sedans e ninguém tem tanta tradição nesse segmento no País como a Chevrolet", destaca Carlos Barba, diretor de Design da GM para a Divisão LAAM, que engloba as regiões da América Latina, África e Oriente Médio. O segmento de sedans, indiscutivelmente, tem se destacado no mercado
&
' (
. / 01 " ##$# 02 3 4 / 01 / % 5,,, - 6 5 6 / 7 / 8 9 / 5 6 / )* + 02
!"##$ % & '!( )"
DCARRO
ASTRA SS
6
São Paulo, segunda-feira, 14 de agosto de 2006
São Paulo, segunda-feira, 14 de agosto de 2006
O carro para quem gosta de aparecer Por R$ 65 mil é possível ter um carro capaz de exibir uma esportividade que na verdade ele não tem. Mas isto não vem ao caso, se o negócio é aparecer. Apareça com o Astra SS. ANTÔNIO FRAGA
"U
m esportivo para inglês ver". Esse velho e sábio - como a maioria ditado popular até poderia ser adotado no caso do Chevrolet Astra SS e na maioria dos falsos esportivos nacionais. Mas ainda que utilizando o mesmo motor de dois litros dos demais modelos do Astra, o SS é cativante e mexe com o lado mais esportivo da personalidade humana. Parece que anda mais que os outros Astras com a mesma motorização. Lógico, só parece. É que o visual externo agressivo e de bom gosto, e o ronco mais ousado provocado pelo escapamento esportivo, dão essa sensação ao motorista. E o motor responde com satisfação aos anseios de quem o está dirigindo. A novidade é que agora ele também está disponível na cor preta, que parece que casou ainda melhor com a proposta. A linha SS da General Motors do Brasil nasceu apenas com a possibilidade do vermelho, conceitualmente uma cor para veículos com apelo esportivo. Com diversas mudanças estéticas o Chevrolet Astra SS agrada e chama a atenção por onde passa. Não é difícil parar em algum lugar e quando retornar, o carro estar rodeado de curiosos. São diversas alterações estéticas que o deixam tão cativante. Na frente, os faróis têm elementos internos diferentes, com apelo para a esportividade, e assim como a grade com design também diferenciado, são na cor prata. O modelo também ganha um spoiler maior, que em conjunto com o capô deixam o carro parecido com os Astra que disputam a Stock Car Ligth.
Empetecado? Há quem goste - Desde a lateral do pára-brisa e por todo o teto seguem duas faixas de acabamento na cor prata, mesma cor utilizada nas
coberturas dos espelhos retrovisores e nas maçanetas externas. Nesses itens começa a sair do bom gosto e, como diversas pessoas comentaram, começou a ficar muito "empetecado". Se mantivessem a cor preta, ficaria muito mais agressivo e bonito e agradaria a muito mais consumidores. Mas há quem goste. E gosto não se discute, como diz outro dito popular. Detalhe: para quem quer um carro "tunado" é muito pouco, já que este é um mercado muito forte em acessórios de usados e não para carros zero-quilômetro. Quem quer "tunar geralmente busca um carro mais básico e, daí, faz profundas alterações. Há quem não queira o tunado, mas apenas um carro diferenciado, com apelo esportivo. Este consumidor assume que quer chamar a atenção pela esportividade e design bonito. E isso, tirando as multicores do modelo, o Astra SS tem de sobra. Atrás, as mudanças ficam por conta das lanternas com acabamento "fumê", pela faixa prata na parte inferior da tampa do porta-malas com a inscrição "Super Sport" e as saias. As rodas estilizadas de aro 16 estão "calçadas" com pneus 205/55 R e possuem a inscrição SS na tampa central. Por dentro, o SS também tem alterações, com bancos mais envolventes em duas tonalidades: cinza e vermelho. Os acabamentos das portas possuem descansa-braço revestido também em tecido especial para o modelo. O painel tem os instrumentos circundados com faixas vermelhas e ponteiros brancos. De resto, é o bom e tradicional Astra. Equipamentos - O modelo SS é muito bem equipado, com air bags dianteiros para o motorista
Ele não é um "tunado", mas com sua aparência diferenciada é ideal para quem gosta de carros que "aparecem" mais que os comuns
Ainda que não seja um esportivo de verdade, com um grande motor, o Astra SS passa esta sensação ao consumidor. E agrada muito neste aspecto.
e passageiro, freios com sistema ABS (anti travamento), EBD (Eletronic Brake Distribution – sistema eletrônico de distribuição de frenagem), direção hidráulica, ar-condicionado e conjunto elétrico de vidros, travas e espelhos e rádio CD Player com controles no volante. Apesar de não ter alterações na geometria da suspensão em relação ao modelo convencional, o Astra SS é muito estável, fato positivo também encontrado nos demais modelos da linha. Mesmo numa "tocada" mais esportiva, o SS não dá sustos ao motorista. Os freios, a disco nas quatro rodas,
ventilados na frente, param o carro em espaços razoáveis e sem desvios, mostrando conjunto muito harmônico e equilibrado. Não podia ser 2.4? - Na motorização a maior questão: é um esportivo? Então por que não receber motor mais forte, inclusive já disponível na marca. Por exemplo o 2.4 litros que é utilizado no Chevrolet Vectra. Afinal, não se trata de um modelo esportivo, porque não o ser de verdade e diferenciá-lo dos demais produtos da linha? A resposta mais provável? Custo de desen-
No retrovisor e nos painéis de portas, detalhes que remetem ao carro esportivo
volvimento e final. Mas, com toda a certeza, em um patamar razoável, o comprador do Astra SS 2.4 não se incomodaria. Mas o bom motor de 2.0 litros tem 127,6 cavalos de potência com o uso exclusivo do álcool e 121 cv com gasolina. Segundo a montadora, o Astra SS acelera de 0 a 100 km/h em 9,1 segundos e atinge a velocidade máxima de 203 km/h com álcool e 198 km/h, com gasolina. E sua aceleração de 0 a 100 km/h acontece em 9s8, quando o combustível é gasolina. Mas, para quem vive num país limitado a 120 km/h, isto nem é tão importante. O preço sugerido é de R$ 65 mil.
O porta-malas está aberto aos que gostam de incrementar o som do carro
Pablo de Sousa
Bancos coloridos, teto solar, lanternas e faróis fumê são atrações no carro, que tem ABS e EBD para frenagens seguras
DCARRO
Rodas em liga leve, com a inscrição "SS" ao centro reforçam a "esportividade" do Astra
7
8
DCARRO
São Paulo, segunda-feira, 14 de agosto de 2006
MERCADO SEM NOVIDADE
Asiáticas, as que mais crescem Não é surpresa o resultado de 2005, que mostra empresas da Ásia crescendo mais que as do resto do mundo
A
s marcas asiáticas foram os destaques na produção mundial de veículos em 2005. A Hyundai-Kia foi a que mais aumentou a produção no ano passado entre os dez maiores produtores. Nono maior fabricante mundial, o grupo sul-coreano totalizou 3.091.060 unidades de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, resultado que foi 11,7% superior ao do ano anterior (2.766.321). A Hyundai-Kia fechou o ano com 4,65% de participação, um incremento de 0,36 ponto porcentual em relação ao total de 2004. A Nissan subiu dois degraus no ranking mundial (da oitava para a sexta posição), ultrapassando a Honda e a PSA PeugeotCitroën. A marca japonesa aumentou em 9,5% a produção, atingindo 3.494.274 unidades e fechou 2005 com participação de 5,26% no bolo do mercado (aumento de 0,31 ponto porcentual). A Toyota, que desde 2004 se tornou o segundo maior produtor do mundo, passando a Ford, cresceu ainda mais. Em 2005 produziu 7.338.314 veículos, o que representou uma expansão de 7,7% em relação ao ano anterior. A Toyota ganhou 0,47 ponto porcentual em participação e tem agora 11,04% do mercado mundial. A produção da Honda ampliou-se em 6,14%. A sétima maior do mundo fabricou 3.436.164 unidades e ganhou 0,15 ponto porcentual em sua participação, passando a deter 5,17% do mercado. Considerando todas as montadoras mundiais, a que mais cresceu foi a chinesa
Dongfeng, que em 2003 iniciou uma parceria com a Citroën. A montadora tinha uma produção de 442.027 unidades em 2004 e no ano passado chegou a 593.055, um aumento de 34,2%.
As que perderam - Como a produção mundial subiu 3,1% (somando 66.465.408 veículos), as montadoras que cresceram abaixo desse índice obviamente perderam parte de sua fatia no bolo
mundial. Foi o caso da líder General Motors, que fechou o ano com uma penetração de 13,69%, ou 0,21 ponto porcentual a menos do que em 2004. O Grupo GM, formado pela Opel, Vauxhall e Daewoo, aumentou em 1,5% a produção (portanto abaixo da média), totalizando 9.097.855 unidades. A terceira colocada, a Ford, ao contrário das duas primeiras, fechou o ano em queda. A sua produção foi 2,2% menor e sua participação no mercado ficou em 9,8%, ou seja, 0,53 ponto porcentual a menos do que no ano anterior. O grupo Ford inclui as marcas Jaguar e a Volvo Cars. A produção da Volkswagen, quarta do ranking, cresceu 2,3%, com um total de 5.211.413 unidades de veículos. A marca teve ligeira queda de 0,1 ponto porcentual em participação. Finalizou o ano com 7,8% do mercado. A DaimlerChrysler produziu 4.815.593 veículos, resultado 4,1% maior que o do ano anterior. A marca alemã teve um acréscimo de 0,03 ponto porcentual em participação, fechando o ano com 7,3% do mercado. A PSA Peugeot-Citroën, que cresce no Brasil, não teve o mesmo desempenho em termos globais: sua produção caiu apenas 0,9%, mas o suficiente para perder duas posições no ranking (de sexta para oitava). O grupo francês produziu 3.375.366 unidades e ficou com 5,1% do mercado. O grupo Renault-Dacia-Samsung ocupa a décima posição, seguido pela Suzuki-Maruti que roubou a 11ª posição da Fiat-Iveco.
ZERO-QUILÔMETRO
Estabilidade nos preços D epois de uma queda de 0,14% em junho, fechando o acumulado do semestre com pequena alta de 0,32%, o preço do carro zero-quilômetro ficou praticamente estável em julho. Pesquisa da AutoInforme/Molicar apurou alta insignificante de apenas 0,06% na média no mês passado. No acumulado do ano o aumento do Preço de Verdade (aquele realmente praticado no varejo brasileiro) do automóvel novo é de apenas 0,38%. Desde que a AutoInforme passou a acompanhar mensalmente a evolução do preço do carro zero, em 2000, o mercado não vivia um momento de estabilidade como este. Os veículos importados, que vinham de seguidas quedas de preço, desta vez foram os que tiveram as maiores altas. A Audi, que na cotação do mês passado só teve participação de veículos
importados, fechou o mês com o maior índice de acréscimo, de 1,8%. A BMW veio em seguida, com aumento real de 1,6%. Na seqüência aparecem a Mercedes-Benz, com alta de 1,3%, e Maserati, 1,1%. Mas o acréscimo dos preços dos importados não foi homogêneo. Os carros da Subaru, por exemplo, fecharam o mês com queda média de 2,1%, e os da marca Lexus de 1,4%. Também no caso da Kia houve redução de preços, de 1,3%. As mais procuradas - Entre as marcas mais vendidas predominou a estabilidade. A General Motors fechou o mês com variação de 0,06%; a Volks, de 0,05%; e a Fiat, 0,04%. A Ford teve ligeira queda de 0,1%. As montadoras japonesas Honda e Toyota fecharam julho com pequenas altas, de 0,78% e 0,61%, respectivamente.
São Paulo, segunda-feira, 14 de agosto de 2006
DCARRO
9
MERCADO/AUTOINFORME
Divulgação
O velho Fusca ainda no páreo O ex-campeão de vendas é hoje o quinto carro mais comercializado no mercado de usados
A
pós dez anos do término da sua produção, o Fusca ainda faz grande sucesso no mercado brasileiro. O balanço dos carros usados mais vendidos no País mostra que nas primeiras colocações não há grandes diferenças em relação aos modelos novos. O mais vendido é o Gol, da Volkswagen, seguido pelo Uno, Palio e Corsa, nessa ordem. Mas o ranking surpreende pela grande participação de modelos que há muito estão fora de linha. E o Fusca é simplesmente o quinto mais comercializado no Brasil no segmento nacional de automóveis usados. Segundo dados da Fenabrave - Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos Automotores, no primeiro semestre foram vendidas 119.837 unidades do Fusca em todo o País. O volume é alto, maior do que as vendas do Gol zero-
quilômetro, o automóvel com maior demanda no País (85.923 unidades de janeiro a junho). O Gol também lidera o ranking de usados, com um total de 465.699 unidades no primeiro semestre do ano. O Uno é o segundo da lista, com 262.570, o Palio fica em terceiro (211.298) e o Corsa em quarto (196.724). Vale notar que mais dois "velhinhos" figuram na lista dos dez mais vendidos. O Ford Escort, que ocupa a sexta posição, com 95.471 unidades, e o Chevrolet Monza, o oitavo, com 75.874. Em 11º aparece o Chevette, também da General Motors. Zero-quilômetro - Não só as vendas de usados andam aquecidas este ano. Também o mercado de novos não pára de crescer. O mês de julho, por exemplo, foi muito positivo para a indústria auto-
Só no primeiro semestre deste ano foram vendidos 119.837 Fuscas no País
mobilística, o que lhe garantiu o melhor resultado acumulado da sua história para o período de janeiro a julho. Foram produzidos 1.523.433 veículos, 4,4% a mais do que o volume obtido nos primeiros sete meses de 2005 (1.459.614 unidades). As vendas de veículos novos em julho totalizaram 165.807 unidades, com crescimento de 11,7% em relação a junho (148.384) e de 19,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando as montadoras comercializaram 138.755 unidades. No acumulado de janeiro a julho deste ano, as vendas internas somam
1.027.032 unidades, o que representa expansão de 9,4% sobre o resultado obtido no mesmo período de 2005.
DCARRO
10
São Paulo, segunda-feira, 14 de agosto de 2006
MOTO
Chegou a Suzuki
DCARRO POR AÍ
MAIS UM CENTRO TÉCNICO
Divulgação
C
Boa de trilhas e de cidade
DR-Z400E 2007
S
em necessidade de adaptações, a Suzuki DR-Z400E enfrenta todas as trilhas, segundo garante seu fabricante. A moto já está nas concessionárias da marca ao preço de R$ 29.953. Equipada com motor monocilindro de quatro tempos e refrigerado a água, possui 398 cilindradas e potência de 49 HP. A partida é elétrica e, graças à utilização de materiais como alumínio e magnésio, pesa apenas 119 quilos. "Esguia", passa fácil pelas trilhas mais estreitas. A DR-Z400E tem suspensão dianteira telescópica, com 18 ajustes de retorno e 14 de compressão, e traseira tipo “link” progressivo, com 21 ajustes de retorno, 26 de compressão e pré-carga da mola ajustável. O sistema de freio foi desenvolvido para atender ao comando do manete com rapidez e eficiência trazendo, na dianteira,
disco de 250 mm com pinça de dois pistões e acionamento hidráulico. Na traseira, disco de 220 mm com pinça de um pistão e acionamento hidráulico. A lanterna traseira é iluminada por LED, o que garante sua eficiência, beleza e durabilidade. Na dianteira, o farol também é muito resistente e oferece ótima luminosidade. Além desses itens, o assento ergonômico torna a motocicleta confortável, sem comprometer a estabilidade e a dirigibilidade. O novo grafismo com cores mais atuais, completa o visual bonito e esportivo da DRZ400E. A fabricante indica a DR-Z400E para quem não compete, mas gosta de aventura nos sábados e domingos e a usa normalmente na semana. Para isso, basta emplacar e instalar setas e espelhos.
AUTOPEÇA
Monroe, 90 anos amortecendo C
omemorando seus 90 anos no mundo, a Monroe, líder mundial no mercado de amortecedores, vai expandir a sua linha de amortecedores para o mercado de reposição. No Brasil a empresa está há 32 anos, com uma linha de produtos capaz de atender a 96% da frota nacional. Entre as ações para comemorar seus 90 anos, a fabricante vem promovendo o aumento dos cursos de treinamento de operadores de seus postos de vendas e testes de rua para verificar as condições dos amortecedores dos carros. E quem pensa que só no Brasil temos problemas com manutenção, deve olhar com atenção para estes números do primeiro mundo: 52% dos carros testados pela Monroe na Europa "apresentaram amortecedores
com um grande desgaste ou muito danificados". "No Brasil - revela o estudo da empresa - somente em 2005 foram testados mais de 7.000 veículos, sendo que em 37% dos casos foi recomendada a troca do amortecedor e 28% estavam com sua vida útil totalmente comprometida e precisariam ser substituídos". História - A Monroe surgiu em 1916 com o nome de Brisk Blast Manufacturing Company, em Michigan, nos Estados Unidos, produzindo bombas para pneus, lançando o primeiro amortecedor somente 10 anos depois. Hoje, em suas fábricas na Europa, Américas e Ásia, a Tenneco produz cerca 335.000 amortecedores por dia. No Brasil são 400 mil.
om o objetivo de oferecer um serviço mais completo e de qualidade aos seus clientes, a Car System acaba de inaugurar sua 12ª loja própria, localizada n a a v e n i d a Washington Luis, em São Paulo. O novo Cetec - Centro Técnico de Instalação e Suporte oferece desde a instalação dos rastreadores e bloqueadores da marca Car System até o atendimento de rotina aos usuários. É um serviço padronizado, prestado por profissionais altamente
qualificados. "Hoje estamos com 12 lojas e a expectativa é atingirmos a marca de 22 Cetecs nos próximos 90 dias", comemora o diretor Corporativo da empresa, Elcio Fernandes Vicentin. Um dos diferenciais das lojas Car System é a possibilidade de sanar problemas elétricos no veículo, enquanto o mesmo permanece na loja. A empresa pretende ampliar seus serviços através de parcerias com fornecedores de acessórios.
PROCESSO REVOLUCIONÁRIO
AÇÃO SOCIAL DA RANDON
A
A
Goodyear vai inaugurar em sua fábrica de Americana (SP), no próximo dia 24, um novo e revolucionário processo de fabricação de pneus de caminhões e ônibus, batizado de Impact - Integrated Manufacturing Precision Assembled Cellular Technology (Processo Integrado de Tecnologia de Montagem Celular Precisa).
s empresas Randon, de Caxias do Sul (RS), cederam uma carroceria furgão carga geral à Autovisão Brasil Ltda, uma companhia do grupo Volkswagen voltada às oportunidades de novos negócios para criar empresas e postos de trabalho sustentáveis. A doação destina-se ao projeto social Bomba d’Água Popular (BAP).
VEÍCULO ELÉTRICO
CAMPANHA INSTITUCIONAL
N
em bem anunciou o seu protótipo de carro elétrico, a Itaipu Binacional já tem dez encomendas do veículo: quatro vão para a Suíça, dois serão utilizados pela Eletrobrás e quatro estão sendo solicitados para serem entregues, ainda em 2006, para compor a frota de veículos da CPFL Energia. Novos negócios devem ser fechados ainda este ano.
I
ntitulada “Muito Prazer”, está no ar a primeira campanha institucional da Nissan do Brasil, desenvolvida pela agência de publicidade TBWA\BR. A empresa, que está completando cinco anos no mercado brasileiro, está aproveitando a data para reforçar a sua imagem local, mostrando a força mundial da marca e seus principais atributos.
CRIADOR DO BEETLE VAI PARA A KIA
A
Kia Motors Corporation terá novo chefe de Designer Automotivo a partir do próximo dia primeiro. É Peter Schreyer, criador de carros renomados como o New Beetle, da Volkswagen, e o Audi TT. O executivo chega para participar do projeto da montadora de origem coreana de renovar progressivamente toda a sua linha de veículos. Schreyer (53) irá comandar o design
doméstico e internacional da Kia Motors e será responsável pelo alinhamento dos valores da marca à linha de raciocínio dos desenhos de produtos, visando atingir princip almente os consumidores jovens e os aventureiros.
4
Congresso Planalto Eleição CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 14 de agosto de 2006
Novo formato do debate terá cinco blocos e mais tempo para que os candidatos se enfrentem
CANDIDATOS SE ENCARAM NA TEVÊ, HOJE
CANDIDATO QUESTIONA VERSÃO DE QUE FOI SÓ UM ATO CRIMINOSO
SEQÜESTRO FOI POLÍTICO?
O
candidato do PSDB à Presidência da República, G e r a l d o A l c kmin, disse hoje que o seqüestro do jornalista Guilherme Portanova, da TV Globo, tem “características de atentado político”. Alckmin não quis detalhar sua tese e disse que só se pronunciaria sobre o tema após a libertação do repórter e da resolução do caso. Presente a uma Igreja Evangélica na Zona Leste, onde foi comemorado a aniversário do vereador Carlos Alberto Bezerra, o tucano iniciou sua fala com um mensagem de solidariedade à família do jornalista seqüestrado. "Queria transmitir nossa solidariedade à família do jornalista, dos profissionais de imprensa e à TV Globo", disse, em entrevista coletiva. "Mas vamos aguardar. (O caso) tem todas as características de atentado político, mas só vou me pronunciar daqui a algumas horas. Não vou fazer nenhum comentário enquanto não estiver resolvida essa questão", completou. Perguntado sobre qual o objetivo do suposto atentado político, Alckmin se esquivou. "Qual o próximo tema? – perguntou aos jornalistas. — "Não vou falar sobre isso (o se-
qüestro) porque pode prejudicar a vítima, então não vou falar. Vamos aguardar. Questionado se não estaria perdendo uma oportunidade de falar aos eleitores, o ex-governador de São Paulo permaneceu na defensiva. "Vamos aguardar umas horas. Não quero prejudicar com colocações de natureza política. Resolvido este episódio, falarei ainda hoje", encerrou Alckmin. Antagonismo – O ex-prefeito da capital José Serra, candidato a governador pelo PSDB,disse que o Primeiro Comando da Capital (PCC) tem uma relação de"antagonismo" com os tucanos. "Que o crime organizado tem hostilidade em relação ao PSDB, não tenho dúvida", avaliou. "Não sei se tem um componente político, mas que eles têm uma oposição e um antagonismo grande com o PSDB é um fato. O crime organizado não gosta do PSDB e isso aparece em todas as gravações e conversações que até hoje vieram a público." Serra, que fez campanha à tarde em Embu-Guaçu, na Grande São Paulo, não quis apontar os eventuais motivos que levariam o PCC a atacar o PSDB. "Para saber, seria necessário entrevistá-los".(Agências)
Fotos: Xando/Agência A Tarde/O Globo
Heloísa Helena e Cristovam Buarque: críticas à insegurança em São Paulo e à falta de responsabilidade no trato da questão.
CANDIDATOS SE QUEIXAM. MUITO.
A
candidata do PSol à Presidência, Heloísa Helena, disse ontem que o seqüestro da equipe de reportagem da TV Globo demonstra que a situação é muito grave e que ninguém está seguro: "Todos nós podemos ser alvo da violência", queixou-se. "Dirijo meu próprio carro, não tenho seguranças e também posso ser vítima. A situação é cada vez mais crítica e inaceitável", lamentou. Ela lembrou que a situação é grave não apenas em São Paulo – segundo ela, apenas o sétimo estado mais violento do Brasil –, e que as atividades do crime organizado apenas demonstram o que os criminosos podem fazer com o País: "E o PT e o PSDB ainda ficam em uma disputa demagógica, inconseqüente e eleitoreira sobre a violência", criticou. "Cabe ao presidente fazer um novo pacto federativo de curto pra-
zo sobre segurança e sobre o sistema prisional, sem discussões políticas. "Guerra civil" – Para o candidato do PDT à sucessão presidencial, senador Cristovam Buarque, o seqüestro é a confirmação de que o Brasil vive uma guerra civil. "O que aconteceu é a confirmação do que venho falando: não são mais batedores de carteira na esquina, é um problema de guerrilha", atacou. "É o que acontecia na ditadura, só que a guerrilha seqüestrava embaixadores, em vez de jornalistas. Na Colômbia, acontecia o mesmo. Eram grupos ideológicos. Hoje, bandidos". "O próximo passo é os bandidos se unirem aos pobres excluídos, é a guerra civil barulhenta das bombas se encontrando com a guerra silenciosa dos estômagos", relacionou. "O presidente Lula, preocupado com a reeleição, ficou de braços cruzados". (AOG)
Veja, na página seguinte, todos os detalhes do seqüestro.
Vivi Zanatta/AE
Eymar Mascaro
Muito prazer
D
epois de se apresentar ao eleitor, dizer quem é, o que foi e para que veio, Geraldo Alckmin inicia amanhã a campanha na televisão prometendo um governo austero e denunciando corrupção na gestão Lula. Empurrado pelas pesquisas negativas, o tucano vai subir o tom de suas críticas ao petista, na esperança de reverter o quadro sucessório. Alckmin vai tentar associar o governo Lula aos atos de corrupção que abalaram o Congresso, como os escândalos do mensalão e dos sanguessugas. O Conselho de Campanha tucana chega à conclusão de que Alckmin voltará a crescer nas pesquisas se conseguir abalar o governo Lula com as denúncias de corrupção. Os tucanos ainda estão assustados com as últimas pesquisas, que apontaram queda de Alckmin e crescimento de Lula.
ESPERANÇA Suspeita: candidato tucano vê características de atentato político"
DEBATE Os candidatos à Presidência se enfrentam pela 1a. vez na tevê (na Band), às 22 horas.
A
TV Bandeirantes pro- numa igreja evangélica na zomove hoje, a partir das na leste, durante o aniversário 22 horas, o primeiro do vereador Carlos Alberto debate entre os candidatos a Bezerra, que é pastor. Cinco blocos – Mediado pepresidente. Sem a presença de Lula: o candidato à reeleição já lo jornalista Ricardo Boechat, o informou à emissora que não debate terá cinco blocos. No irá comparecer. Participarão o primeiro, todos responderão a candidato tucano, Geraldo Al- uma mesma pergunta formuckmin, Heloísa Helena (PSol), lada pela produção da emissoCristovam Buarque (PDT), Jo- ra. A ordem das respostas será sé Maria Eymael (PSDC) e Lu- estabelecida por sorteio. Nos dois blocos seguintes, candiciano Bivar (PSL). "Tenho a impressão de que dato pergunta para candidato. ele (Lula) gosta de monólogo, No quarto segmento, jornalismas não gosta de debate", cu- tas perguntam para os candidatos e escolhem tucou Alckmin. outro candidato "Acho que cabe para comentar as ao eleitor julgar respostas. No úlaqueles que se recusam a parti- Tenho a impressão de t i m o b l o c o o s cipar de debates. que ele (o presidente pretendentes a chefe do ExecutiO debate é para o Lula, que não vo poderão fazer eleitor, não é paparticipará) gosta de as suas considera o candidato. É monólogo, mas não rações finais. para proporciogosta de debate. Neste debate, nar ao eleitor a comparação, paGeraldo Alckmin, os candidatos tera ele poder escandidato do PSDB. rão mais tempo para falar do que colher bem o seu nas edições antecandidato". O candidato tucano não só riores. Agora, cada um terá confirmou sua presença como dois minutos para responder disse que, no processo eleito- (antes tinham um minuto e ral, é necessário que os candi- meio) e o tempo de réplicas e datos proporcionem ao eleito- tréplicas subiu de 45 segundos rado melhor visibilidade para para um minuto. Além disso, a emissora promete manter no que defina o seu voto. "Vou participar indepen- ar, com a tela dividida, tanto a dentemente de quem vá ou imagem do candidato que perdeixe de ir, porque acho que is- gunta quanto a daquele que so é dever de quem é candida- ouve a pergunta. O procedito. Vida pública, o nome já diz, mento será o mesmo durante a é pública", comentou Alckmin resposta do outro. (AE)
PESQUISA Cartilha mostra quem são, o que pensam e como votam os jovens.
N
a dura caça aos votos, atentos ao que dizem as pesquisas eleitorais, os candidatos estão recebendo um pequeno livreto de 40 páginas que vai merecer toda a atenção. Ali se diz que há no Brasil 34 milhões de jovens entre 16 e 24 anos, que 26,4 milhões deles já são eleitores (20% do total), que metade deles não estuda e que o ensino médio é para a maioria um sonho inalcançável. Para fazer a pesquisa, o Instituto Pólis e o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), do Rio de Janeiro, ouviram 8
mil jovens dessa faixa etária, durante dois anos, em oito regiões metropolitanas. Descobriram, entre outras coisas, que 65% deles "não acreditam em políticos". E que, ao lado de urgências como o combate à violência e ao desemprego, eles querem maior acesso a cultura, internet e lazer - benefícios inexistentes para milhões deles, que vivem longe das áreas centrais das cidades. "A intenção é influir nas pautas das campanhas e acordar os candidatos para as necessidades dos jovens", diz a pesquisadora Patrícia Lanes, do Ibase. (AE)
A campanha na televisão é a derradeira esperança do tucanato. Alckmin está com 24% de índice de intenção de voto no Datafolha, contra 47% de Lula. O tucano admite que subirá nas pesquisas assim que se tornar mais conhecido dos eleitores.
CORRUPÇÃO Alckmin vai apresentar ao eleitor via tevê um pacotão anti-corrupção esperando atingir o governo Lula no seu ponto mais vulnerável. Acredita o tucano que se conseguir chegar a seu objetivo levará a eleição para o 2º turno.
COMO SERÁ Os presidenciáveis terão direito a fazer campanha na televisão às terças, quintas e domingo, além de contar com algumas inserções durante a programação das emissoras. Alckmin tem direito a cerca de 10 minutos na tevê contra 7 minutos de Lula.
REAÇÃO Os tucanos estão de olho sobretudo no Nordeste, uma região que conta com 1/4 do eleitorado: 33 milhões de um total de mais de 125 milhões de votos. Para conquistar o voto nordestino, Alckmin já lançou um projeto específico para recuperar a região no aspecto socioeconômico.
PERDA Além do Nordeste, onde alcançou 13% dos votos no Datafolha contra 65% de Lula, Alckmin se preocupa também em recuperar os pontos perdidos no Sudeste. No Rio (11 milhões de eleitores), por exemplo, Alckmin perdeu a viceliderança nas pesquisas para Heloísa Helena (PSol).
RECUPERAÇÃO Outro estado em que Alckmin continua perdendo para Lula é Minas, que tem um colégio de 13 milhões de eleitores. É estranho que Alckmin perca em Minas, porque o governador Aécio Neves (PSDB) tem 73% da preferência do eleitor como candidato à reeleição.
RETORNO Alckmin vai voltar a Minas Gerais na quartafeira para nova peregrinação ao lado de Aécio Neves e de Itamar Franco. Além do contato direito com os eleitores, Alckmin participa de comício na região metropolitana de Belo Horizonte.
APELO Os tucanos apelam para os deputados federais do PMDB da região para conseguir o apoio dos governadores Germano Rigotto (Rio Grande do Sul, 7,5 milhões de eleitores) e Roberto Requião (Paraná, com 7 milhões). Até agora, Rigotto e Requião têm mantido total neutralidade.
QUEDA No último mês, Geraldo Alckmin perdeu 8 pontos no Datafolha no Sul do País (quase 20 milhões de votos). Dos três estados da região, o tucano conseguiu o apoio apenas do ex-governador de Santa Catarina (4,3 milhões de eleitores), Luiz Henrique (PMDB).
CAUTELA Os líderes tucanos estão preocupados com a recuperação de Lula em São Paulo. Há quem, no partido, admita que Alckmin estaria sendo vítima do "efeito PCC". Apesar do crescimento adversário, Alckmin continua na frente do petista em São Paulo (26 milhões de votos).
DESENVOLVIMENTO Candidato ao Senado pela coligação PFL-PSDBPTB-PPS, o empresário e presidente licenciado da Associação Comercial, Guilherme Afif Domingos está defendendo a redução dos tributos no País para que possa ocorrer desenvolvimento econômico e social. Afif fará a mesma pregação na campanha de tevê.
APOIO
TIRO NO PÉ
Para se recuperar em Minas Gerais, a campanha tucana conta ainda com o apoio de Itamar Franco (sem partido). O ex-presidente da República vai se encarregar de fazer coro criticando o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a quem acusa de traidor.
O presidente do Congresso, Renan Calheiros, tem um abacaxi para descascar: dois dos 72 parlamentares envolvidos no escândalo sanguessuga são membros do Conselho de Ética do Senado: Ney Suassuna (PMDB) e Serys Slhessarenko (PT).
segunda-feira, 14 de agosto de 2006
Congresso Planalto Terror urbano CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5 Sobre seqüestro em andamento, a política tradicional é de não se pronunciar Cláudio Lembo
PCC FAZ AMEAÇA E NÃO CUMPRE ACORDO
Fotos: reprodução da TV Globo
Sempre coloquei os interesses do Brasil acima do meu cargo. Ex-ministro José Dirceu
Não vamos subir no salto alto. Precisamos calçar as sandálias da humildade. Dilma Roussef O Saulo agora tem que renunciar. Se ele não fizer isso, a palavra dele não vale nada. Aloizio Mercadante
Não vou bater boca com os empregadinhos do presidente Lula. Prefiro esperar o patrão deles. Heloísa Helena
No ar: integrante do PCC leva mensagem dos presos no vídeo
Fora do ar: repórter ainda está no cativeiro
REPÓRTER CONTINUA REFÉM
A
Rede Globo exibiu na madrugada de ontem, à meia-noite e meia, um vídeo da facção criminosa Primeiro Comando da Capital, que atua no estado de São Paulo. A exibição foi uma exigência para libertar o repórter Guilherme Portanova, seqüestrado na manhã de sábado, no Brooklin, zona sul de São Paulo. O DVD foi entregue pelo auxiliar-técnico Alexandre Coelho Calado, também seqüestrado com Guilherme, mas que foi libertado às 22h30 de ontem, próximo à sede da emissora. O auxiliar-técnico depôs durante a madrugada deste domingo na Delegacia Anti-Seqüestro de São Paulo. A polícia não divulga o teor do depoimento e mantém sigilo sobre o caso. Os policiais apenas descartaram a possibilidade de ser do jornalista Guilherme Portanova um corpo carbonizado encontrado no Jardim Boa Vista, na zona sul da capital, na madrugada de ontem. Portanova e Calado foram levados por homens armados quando saíam da padaria União Fialense, próxima à emissora, na avenida Luís Carlos Berrini, por volta das 8 horas do sábado. Logo que os dois foram colocados no carro dos bandidos – um Vectra preto que havia sido roubado há duas semanas – receberam a ordem de cobrir a cabeça com a camisa. Uma dupla de seqüestradores seguiu o Vectra numa moto, e outro num Gol vermelho, segundo uma testemunha. Até o cativeiro, foram cerca de 20 minutos, disse Calado aos policiais. Na casa, que é de alvenaria, segundo calado, ele passou o dia sem comer e foi obrigado a ficar de cabeça baixa em uma garagem, onde havia uma moto e um carro cinza. O auxiliar contou que não viu mais o colega desde a chegada ao cativeiro. Os criminosos se tratavam por "Tio" e "João" e o dia todo tocou funk. Quando ele foi colocado no porta-malas de um carro, os criminosos fizeram a ameaça: "Seu colega vai morrer se não passar nossa fita na televisão." Calado foi deixado na entrada da Globo em estado de choque, de acordo com
Epitácio Pessoa / AE
funcionários da emissora. Mas nem ele nem Portanova foram agredidos, contou. O carro da emissora, estacionado perto da padaria, não foi levado. O Vectra usado no seqüestro foi encontrado horas depois, queimado, na avenida Portugal, no mesmo bairro. Às 22 horas foram encontrados o celular e o rádio de Portanova, em uma rua do bairro. A ss a lt o – Portanova, que trabalha com Calado no horário da madrugada, cobriu as ondas de ataques praticados pelo crime organizado. Há cerca de um mês, a equipe de Portanova foi assaltada num posto de gasolina. A equipe foi trancada junto com o frentista no banheiro do posto,
Seu colega vai morrer se não passar nossa fita na televisão. Dos seqüestradores do repórter Guilherme Portanova e do auxiliar técnico Alexandre Coelho Calado que fica na mesma avenida da sede da Rede Globo, e teve objetos pessoais roubados, além da câmera da TV. Portanova foi contratado há oito meses; Calado, há cinco meses. A emissora avisou a família de Portanova, que vive em Porto Alegre, onde ele iniciou a carreira. No sábado à tarde, a mãe do repórter, Elizabeth, chegou à Rede Globo para acompanhar de perto o trabalho da polícia. O secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Omar Amorim, ligou para o secretário da Segurança de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho. Assessores de Saulo disseram que a Secretaria não comenta casos de seqüestro. O governador Cláudio Lembo também não quis comentar: "Sobre seqüestro em andamento, a política tradicional é de não se pronunciar. O que posso dizer é que o trabalho de rotina está indo bem", respon-
deu, laconicamente. Vida em risco – De acordo com o diretor de jornalismo da empresa, Luiz Cláudio Latgé, a decisão de exibir a fita foi muito difícil e está amparada por entidades de segurança e gestão de risco internacionais. Ele afirmou que a empresa não queria abrir um precedente, mas que a vida do repórter está em primeiro lugar. Na fita, com 3 minutos e 36 segundos de gravação, um homem encapuzado critica a situação dos presídios, cobra melhores condições para os presos e afirma que o problema da facção criminosa é uma questão entre o governo e a polícia. Eram as mesmas imagens de um DVD deixado na sede do SBT na terça-feira à noite. Na quarta-feira, o jornal "Folha de S Paulo" recebeu o mesmo material. Só que a Rede Globo optou por transmitir apenas a leitura do manifesto, como era exigido pelos seqüestradores, e não mostrou as imagens de armas que constavam no começo da gravação. Policiais disseram que a decisão da emissora de exibir o vídeo pode trazer problemas no futuro. "Nós sabemos que foi realmente uma decisão difícil", disse um delegado da Divisão Anti-Seqüestro (DAS). Os policiais compreendem que a Globo optou por garantir a integridade física de seu profissional, mas mesmo assim temem que a iniciativa incentive outros seqüestros. Nesse cenário, o maior pesadelo para a polícia é a possibilidade de o Primeiro Comando da Capital (PCC) capturar um refém para forçar uma troca de prisioneiros com o Estado. Temem, portanto, uma repetição do que aconteceu nos anos 1960 no Brasil, quando grupos de esquerda seqüestraram o embaixador norte-americano Charles Elbrick e exigiram a libertação de prisioneiros políticos em troca da vida do diplomata – troca que ocorreu. Até o final desta edição o repórter da TV Globo continuava desaparecido. As expectativas da família eram as de que ele poderia ser libertado na madrugada desta segundafeira. (Agências).
REVOLTADA, A SOCIEDADE REAGE. O Brasil e São Paulo não estavam preparados para os ataques do crime organizado. Cláudio Lembo
No meu governo não seria necessária a convocação do Exército, porque não haveria crime organizado. Orestes Quércia
presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Busato, comentou ontem que o seqüestro do repórter Guilherme Portanova e do auxiliar técnico Alexandre Coelho Calado, ambos da TV Globo, não o surpreendeu. "Surpreso, não, em função dos acontecimentos que vêm ocorrendo seguidamente em São Paulo, onde já deixamos a fase aguda deste problema e estamos quase em uma fase endêmica", comentou, em nota. "Fiquei altamente revoltado. Revoltado com a insensibilidade, com a inapetência e a anomia das autoridades brasileiras em relação a esse problema em São Paulo", acrescentou.
O
O presidente da OAB criticou a "a falta de competência" das autoridades que cuidam da segurança pública em São Paulo e no Brasil. "Não é possível mais aceitar esse tipo de coisa. E agora acontece um ato hediondo, praticado por criminosos contra pessoas que estão no exercício de sua função. É espantosa a falta de capacidade das autoridades brasileiras, de enfrentar o problema seriamente e sem qualquer tipo de interesse político-partidário. Realmente, é mais uma situação vexatória para a imagem do País, entre as muitas que estamos vivendo há muito tempo", avaliou. Em uma nota conjunta assinada pela Associação
Nacional de Jornais (ANJ), pela Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) e pela Associação Brasileira de Empresas de Rádio e Televisão (Abert), as três entidades classificaram o seqüestro como um ato covarde, com o objetivo de forçar um veículo de comunicação a divulgar manifesto de criminosos. "É demonstração da ousadia e do sentimento de impunidade que domina aqueles que se voltam contra as instituições e os cidadãos", destaca a nota. As entidades prestaram solidariedade às vítimas do seqüestro, à TV Globo e reforçaram que o episódio não vai jamais intimidar a imprensa. (AE)
Com a cara no ar: retratos falados dos seqüestradores
CESINHA SAIU DO PCC E FUNDOU O TCC. ESTÁ MORTO. epois de escapar de várias tentativas de assassinato, o detento Cesar Augusto Roriz, o Cesinha, de 39 anos, foi morto ontem, por volta .das 10h30, na penitenciária de segurança máxima de Avaré, a 268 quilômetros de São Paulo, para onde foi levado recentemente. Cesinha recebeu golpes de um cabo de vassoura transformado em espeto e em seguida foi asfixiado com lençóis que formavam uma "teresa" – corda que os presos costumam fazer com lençóis, para escalar muros. Paulo Henrique Bispo da Silva, outro detento de Avaré, assumiu em seguida a autoria do crime e foi autuado em flagrante. No ano passado, a penitenciária 1 de Avaré, onde ocorreu o crime, foi adpatada para receber presos de alta periculosidade que cumprem pena em regime diferenciado. Quando Cesinha foi morto, a unidade mantinha 37 detentos. Cesinha foi um dos fundadores do PCC, nos anos 90, permaneceu na facção criminosa até novembro de 2002, quando foi expulso e jurado de morte juntamente com José Márcio Felício dos Santos, o Geleião. No lugar de ambos ficou Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como o atual líder da facção. Cesinha e Geleião foram acusados de radicalismo e, fora do PCC, criaram o TCC (Ter-
Divulgação
D
( )#" ! ' * +# " !" # ! $%& ' "
Se há uma coisa com que não me preocupo é com pesquisas. Geraldo Alckmin
Mesmo tendo exibido, sob ameaça do PCC, mensagem da facção contra o regime prisional, a TV Globo ainda não teve contato com os seqüestradores do repórter Guilherme Portanova. A família dele e a emissora esperam que ele seja libertado nesta madrugada.
! "#$% & & !' ( % !) *+ + , ! ' - . ' / ! ! 0% ! !' . ' / " 1 & +, !' 2% ! %' !*+ ,+ ' ,, 3 '' % & 45 6 & .% ' - " + , !' ! - - " + !' ! - " + !' ! " + !' ! )'! 7 , 8 1 9 & : % - : + , , * )'! * /; ' - * )'! ( % - ' , - 2 + & )'! /; !& 8& < ! , - !& 8<= ,,
! !"#!
Cesinha: morte anunciada.
ceiro Comando da Capital), uma facção rival da primeira. Por causa das diferenças, já sofreram represálias. No mês passado, o detento Carlos Roberto Barbosa foi morto por membros do TCC, na penitenciária 1 de Sorocaba porque, segundo informaram os próprios detentos na ocasião, estava ali com a missão de executar Cesinha. Embora Paulo Henrique Bispo da Silva tenha assumido a morte de Cesinha, a polícia e a administração penitenciária não informou se ele agiu por conta própria ou se estava por ordem do PCC. Essas informações serão investigadas durante o inquérito. Agentes penitenciários disseram que o crime não alterou, no entanto, a rotina da prisão. As visitas não foram interrompidas ontem. (AE)
segunda-feira, 14 de agosto de 2006
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
1 Serão investidos R$ 14 milhões na festa do peão. O faturamento deve chegar a R$ 120 milhões.
SEGUUUUUUUUUUUUURA O LEÃO! Como se diz na linguagem de peão, está na hora de reunir a "traia" e ir para a Festa do Peão de Barretos, que começa no dia 17. Mas a fome do Leão, nem boiadeiro segura. Veja quanto de imposto é pago. Denise Adams/AFG
Rodeio de Barretos atrai 800 mil pessoas
E
ste é o momento de lustrar as fivelas dos cintos, escolher o melhor chapéu, comprar roupa nova. No próximo dia 17 terá início a festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, no interior de São Paulo. A 51ª edição do evento, que vai até o dia 27 deste mês, tem o objetivo de agradar a "tribo" que curte
música country, de raiz e sertaneja. São esperadas pelo menos 800 mil pessoas durante todo o rodeio. Neste ano há outros atrativos para os freqüentadores: o rock e o axé serão também as escolhas dos DJs; o tema da festa será "100% animal", para provar que os bichinhos não sofrem maus tratos. O investimento total para a organização do evento chega a R$ 14 milhões. Mas os negócios movimentados pela festa são da ordem de R$ 120 milhões. Só o investimento em
comunicação será de R$ 3,5 milhões. "O movimento no comércio não melhora apenas em Barretos. As cidades vizinhas percebem o reflexo das ações", afirma o presidente da festa, Marcos Abud. Segundo ele, os rodeios possibilitam a geração de 400 mil empregos ao longo do ano. Publicidade – Não faltam empresas que querem associar a marca de seus produtos à festa de Barretos. A Brahma é uma delas. A companhia chegou a desenvolver uma latinha de cerveja especial
para ser consumida no evento em Barretos. A rede de supermercados CompreBem está patrocinando o rodeio pela segunda vez, com investimentos de R$ 150 mil. A fabricante da Cachaça 51 desembolsou R$ 2 milhões para o evento. O local onde são realizados os rodeios e as montarias chama-se Estádio 51. Os frigoríficos Grupo JBS Friboi e Minerva também apostam na festa de Barretos para divulgar suas marcas e aumentar o faturamento. Neide Martingo
2
Passe Livre Série B Camp. Brasileiro Série C
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 14 de agosto de 2006
O treinador não joga. Temos de assumir nossos erros.” Paulo Almeida, do Corinthians
CORINTHIANS PERDE MAIS UMA E GENINHO CAI
TROPEÇO FATAL paSse livre
R
acha entre os principais jogadores do elenco, briga de egos entre os dirigentes do clube e do investidor, vexames consecutivos em campo e a lanterna do Campeonato Brasileiro. Essa é a atual situação do Corinthians, agravada após a derrota de sábado, para o Figueirense, por 3 a 1, no Pacaembu. Com o resultado, o técnico Geninho pediu demissão, e agora o clube busca um nome para substituí-lo. “Entreguei meu cargo, não sou mais técnico do Corinthians. Já comuniquei a diretoria do clube e da MSI”, disse Geninho. “Infelizmente, meu trabalho não rendeu como eu esperava. Tentei de tudo, mas não deu. E quando chega nesse ponto, algo mais drástico é preciso ser feito. É hora de chegar outro profissional, com outras concepções, que possa fazer o que eu não consegui.” Com Geninho, foram 11 jogos: duas vitórias, um empate e oito das onze derrotas que a Hélvio Romero/AE
Tevez: gol de honra e desespero
Fotos Alex Silva/AE
Após outra derrota (Figueirense 3 a 1), Corinthians busca técnico
equipe sofreu no Campeonato Brasileiro até aqui. Um aproveitamento de pontos de apenas 21% e a lanterna do Brasileiro. Esta será a quinta troca de treinador em menos de dois anos de parceria com a MSI. Antes de Geninho, já haviam falhado Tite, Daniel Passarella, Márcio Bittencourt, Antônio Lopes e Ademar Braga. O primeiro nome da lista de prováveis substitutos de Geninho é Carlos Alberto Parreira. Fontes ligadas à diretoria afirmam que ele é um nome de consenso entre as diretorias do Corinthians e da MSI e a proposta oficial deverá ser feita hoje, por Paulo Angioni, diretor da MSI, em encontro com o treinador. O Corinthians estaria tão interessado em contratar o ex-técnico da
mos de ouvir e seguir em frente.” Durante a semana, Mascherano e Marcelinho brigaram durante o treino e, no sábado, o meia Roger foi afastado do time no vestiário, pouco tempo antes do início da partida. Mas o goleiro Marcelo nega que os problemas extra-campo estejam prejudicando o time: “Isso não influencia. Não adianta ficar falando de briga toda hora. Temos de resolver as coisas em campo”. No final da partida, que o Corinthians chegou a estar perdendo por 3 a 0 (gols de Cícero, dois, e Schwenk) mesmo atuando com um jogador a mais (Chicão, do Figueirense, foi expulso), a torcida protestou de maneira pacífica, acendendo velas e isqueiros na arquibancada. A maioria dos torcedores apoiou o time até o terceiro gol do Figueirense. Depois, começaram as críticas e muitos corintianos preferiram deixar o Pacaembu antes mesmo que Tevez, de pênalti, marcasse o gol de honra.
Seleção Brasileira que pretende cobrir proposta do Fluminense. A seleção da África do Sul também aguarda uma definição de Parreira. Para não ser apanhado de surpresa, o Corinthians já teria até um plano B: Emerson Leão, atualmente no São Caetano. Se o Corinthians não conseguir nenhum dos dois nomes, deve partir para mais uma aposta, em Oswaldo de Oliveira, Nelsinho Baptista, Márcio Bittencourt ou Paulo César Gusmão. Faltam ainda 22 rodadas, mas o fantasma do rebaixamento ronda o Parque São Jorge. “Ainda não estamos em uma situação desesperadora, mas temos condições de sair dessa posição”, disse o meia Carlos Alberto. “Vamos ouvir o que te- Geninho: demitido após oito derrotas
Roberto Benevides
Estava tudo bem... stava indo muito bem o Campeonato Brasileiro, até porque seus melhores times, o líder São Paulo e o vicelíder Internacional, têm segurado a peteca mesmo quando guardam seus titulares para os compromissos da Libertadores e são representados em campo pelos reservas. A rodada do fim de semana foi mais um exemplo de como as duas equipes estão sobrando no futebol brasileiro de hoje. Os resultados foram bons também para o Fluminense, que bateu o Cruzeiro no Mineirão por 3 a 2 e encostou no Paraná e no Santos, que empataram por 1 a 1 no Pinheirão, mas nenhum outro time fez tão bonito quanto o São Paulo e o Inter. Representado pelo Expressinho, com o reforço de Rogério, Edcarlos e Josué, o líder bateu o Goiás por 2 a 1 no Morumbi e chegou a 33 pontos, quatro a mais do que o Inter, que, em Fortaleza, com o time reserva comandado pelo assistente técnico Leomir de Souza, derrotou o Fortaleza por 2 a 1, manteve-se à frente do Flu e novamente deixou para trás Paraná e Santos. Como o líder e o vice-líder do Brasileirão vão disputar na quarta o título da Libertadores, a CBF adiou para o fim de setembro seus jogos marcados para o meio da semana - Atlético Paranaense x São Paulo e Internacional x Paraná. Assim, quando retornarem ao Campeonato Brasileiro, Muricy Ramalho e Abel Braga contarão com todos os titulares para continuar na briga pelo título. É uma questão de justiça e bom senso, pois a decisão da Libertadores estava marcada para o dia 9 e foi transferida pela Conmebol, sempre atrapalhada, depois de batido o martelo do Brasileirão. Mas é também a retomada de problemas que se acumulam em nosso futebol e costumam atrapalhar a vida dos melhores times. A Seleção também joga no meio da semana e nos dias 3 e 5 de setembro, um súbito e surpreendente acúmulo de amistosos que vai prejudicar os clubes daqui - pois a Europa respeita as datas Fifa e suspende seus campeonatos. O campeonato estava indo bem, repita-se, mas começa a entrar na rota confusa de outras temporadas.
E
SUBTRAÇÃO
DIVISÃO
Pode ser coincidência, mas, desde que Marcelinho Carioca voltou, o Corinthians desandou. Em sua estréia, depois de duas vitórias seguidas, o Corinthians perdeu para o Inter por 1 a 0. Estava em nono lugar no campeonato, perdeu mais seis jogos seguidos, empatou um, voltou a vencer há uma semana e, no sábado, foi derrotado pelo Figueirense por 3 a 1. Enquanto uns anunciam que chegam para somar, Marcelinho voltou para diminuir. E conseguiu. O Corinthians parou na lanterna.
O Brasil de Dunga foi a Oslo, para o jogo contra a Noruega, dividido em grupos. Ontem, às 19h10, embarcaram, com o técnico, os jogadores Jônatas e Morais, o assistente Jorginho, o supervisor Américo Faria, o médico José Luís Runco, o fisioterapeuta Odir de Souza, o preparador de goleiros Wendell Ramalho, o assessor de imprensa Rodrigo Paiva, o massagista Denir e o roupeiro Barreto. Às 22h35, viajaram os jogadores Fábio, Wagner e Marcelo, e o preparador físico Fábio Mahseredjian. Hoje, à tarde, apresentam-se os jogadores que atuam na Europa.
*Com Agência Estado e Reuters
SÉRIE B
Paulistas em queda
O
SÉRIE C Uma derrota e duas goleadas
A
s três equipes paulistas que ainda disputam a Série C do Campeonato Brasileiro estrearam com duas goleadas e uma derrota. Enquanto Grêmio Barueri e Noroeste de Bauru passaram com facilidade por seus adversários, o Rio Branco de Americana foi derrotado. Atual campeão da Série A-2 do Paulista, o Grêmio Barueri não teve dificuldades para golear o Ituiutaba-MG por 4 a 0, no Estádio Vila Porto, pelo Grupo 22, na manhã de ontem.
Pedrão (duas vezes), Giuliano e Nílton fizeram os gols. Na segunda rodada, o Barueri enfrenta o Americano, em Campos (RJ), quinta-feira à tarde. Em Bauru, o Noroeste derrotou o Joinville (SC) por 4 a 1, no Estádio Alfredo de Castilho, pelo Grupo 23. O destaque da partida foi o atacante Dinei, autor de um gol de letra no primeiro tempo. Otacílio Neto, Jéferson e Paulo Sérgio fizeram os outros. Claudemir marcou o gol de honra dos catarinenses. Na quinta-feira, o Noroeste vai
a Cabo Frio (RJ) enfrentar a Cabofriense. No sábado, pelo Grupo 24, o Rio Branco foi derrotado por 1 a 0 pelo Brasil-RS, em pleno Estádio Décio Vitta, em Americana. Na quarta-feira, pela segunda rodada, o Rio Branco vai para o Paraná, enfrentar o J.Malucelli. Entre os jogos que não envolveram clubes paulistas, destaque para o Bahia, que estreou mal na segunda fase da Série C, perdendo para o Treze, em Campina Grande, por 2 a 1, pelo Grupo 19. No Grupo 20, o Vitória ganhou de 3 a 0 do Porto-PE jogando fora de casa.
RESULTADOS: Grupo 17 - Ananindeua-PA 2 x 1 Operário-MT; Maranhão-MA 4 x 0 Tuna LusoPA. Grupo 18 - Mixto-MT 1 x 1 Fast Club-AM; Rio Negro-AM 0 x 3 River-PI. Grupo 19 - Coruripe-AL 2 x 2 Icasa-CE; Treze-PB 2 x 1 Bahia-BA. Grupo 20 - Confiança-SE 2 x 2 Ferroviário-CE; Porto-PE 0 x 3 Vitória-BA. Grupo 21 - Ipatinga-MG 3 x 1 Jataiense-GO; Atlético-GO 2 x 1 América-MG. Grupo 22 - Barueri-SP 4 x 0 ItuiutabaMG; Anapolina-GO 1 x 0 Americano-RJ. Grupo 23 - Noroeste-SP 4 x 1 Joinville-SC; Criciúma-SC 4 x 1 Cabofriense-RJ. Grupo 24 - Rio Branco-SP 0 x 1 Brasil-RS; UlbraRS 2 x 3 J. Malucelli-PR
s clubes paulistas continuam fazendo campanhas entre apenas razoáveis e ruins na Série B do Campeonato Brasileiro. Na rodada da última semana, apenas o Paulista teve motivos para comemorar. Na terça-feira, a equipe de Jundiaí derrotou a Portuguesa por 4 a 2, no Canindé, e passou a ser a equipe do Estado mais bem colocada, em quinto lugar, posição que, antes, pertencia ao Marília. Com a derrota, a Lusa permaneceu na antepenúltima colocação e trocou de técnico: saiu Luís Carlos Barbieri, voltou Candinho. Também na terça, com a derrota por 3 a 1 para o lanterna Remo, em Belém, o Marília despencou da quinta para a oitava posição. Na sexta, o Ituano foi ao Recife enfrentar o Sport e perdeu de 2 a 0. Com o resultado, a equipe de Itu ficou mais próxima da zona de rebaixamento à Série C que do acesso à Série A (é agora a 15ª). No sábado, o Santo André também perdeu, por 3 a 0, para o CRB, em Alagoas, e despencou do 10º para o 13º lugar. Também no sábado, o Guarani sofreu para derrotar o Ceará jogando no Estádio Brinco de Ouro, em Campinas, mas conseguiu virar o jogo para 2 a 1. Recuperou, assim, os três pontos que havia perdido em virtude da nego-
ciação não concretizada do lateral-esquerdo Gílson com o clube turco Samsunspor Külübü, que exigiu ressarcimento de despesas junto à Fifa. 16ª rodada Portuguesa 2 x 4 Paulista Avaí 3 x 2 América-RN Remo 3 x 1 Marília São Raimundo 2 x 2 Atlético-MG Coritiba 1 x 0 Paysandu Sport 2 x 0 Ituano Gama 1 x 3 Náutico Guarani 2 x 1 Ceará CRB 3 x 0 Santo André Vila Nova 2 x 0 Brasiliense Classificação
P
V
S
1 Avaí
30
8
7
16
2 Coritiba
29
8
9
29
3 Náutico
28
8
2
27
4 Sport
26
7
6
21
5 Paulista
23
6
2
20
GP
6 CRB
23
6
0
29
7 Atlético-MG
23
5
8
26
8 Marília
23
5
4
23
9 Paysandu
22
6
3
25
10 Brasiliense
21
6
5
25
11 Vila Nova
21
6
-2
20
12Gama
21
6
-5
23
13 Santo André
21
5
0
18
14 Guarani*
20
5
3
21
15 Ituano
20
5
0
23
16 América-RN
19
6
-5
22
17 São Raimundo
16
3
-6
16
18 Portuguesa
14
3
-9
16
19 Ceará
14
2
-6
15
20 Remo
12
3
-16
17
*Perdeu 3 pontos no STJD.
2
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Nacional Empresas Finanças Tr i b u t o s
E
sta semana contém diversos ingredientes propícios à atuação dos chamados especuladores – um tipo de investidor que tem como um dos principais hábitos buscar lucros em operações de curtíssimo prazo. Esse ambiente se deve, em grande parte, à divulgação de indicadores importantes da economia dos Estados Unidos. Afinal, os dados que podem indicar a tendência para a atividade econômica no País têm apresentado contradição. A última sexta-feira foi um bom exemplo disso. Enquanto as informações relativas às vendas no varejo, em julho, apontaram aquecimento, os
segunda-feira, 14 de agosto de 2006
Na penúltima reunião do Fed, ficou claro que haverá uma desaceleração na atividade econômica. Marcelo Salomon, economista do Unibanco
EUA: FIM DO CICLO DE ALTA NOS JUROS
Dados sobre os EUA devem favorecer especulação Segundo analistas, semana será marcada pela divulgação de importantes indicadores econômicos números referentes à formação de estoques mostraram desaceleração. Nesse cenário, a volatilidade deve dar o tom dos negócios. A agenda de indicadores americanos está recheada. Começa amanhã, com a divulgação do Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês)
e os dados que mostram a temperatura do mercado imobiliário (NAHD, na sigla em inglês). Na quarta-feira, será divulgado o Índice de Preços ao Consumidor (conhecido como CPI). Este indicador é considerado crucial por analistas, porque pode deixar mais clara uma tendência para a decisão
da reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que ocorre no dia 20 de setembro. Por fim, na sexta-feira, é a vez do Índice de Confiança do Consumidor. No Brasil, a agenda não tem nenhum destaque. "Na penúltima reunião do Fed, ficou claro que os diretores
já enxergavam uma desaceleração na atividade econômica. Agora, é preciso saber se essa também é a tendência para a inflação", comentou o economista-chefe do Unibanco, Marcelo Salomon. A opinião dele está consolidada: o ciclo de alta das taxas de juros nos Estados Unidos se encerrou na reunião de
junho, quando os fed funds foram elevados para 5,25% ao ano. "Mas o mercado está muito dividido", ressaltou. O chefe de análise econômica da Mercatto Gestão de Recursos, Paulo Veiga, vai na mesma linha. "No médio prazo, tudo aponta para um arrefecimento da atividade econômica americana", disse. Mas, ao contrário de Salomon, ele não está tão certo dos próximos passos da autoridade monetária dos EUA. "Talvez haja mais uma elevação de 0,25 ponto percentual na taxa básica", afirmou. Com isso, os mercados de ações devem apresentar muita oscilação nos próximos dias. Já a tendência para a bolsa é totalmente indefinida. (AE)
ATAS
CONVOCAÇÃO
EDITAL
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PREGÃO (presencial), para Compra DSE nº68/06. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 4407/5900/ 2006. OBJETO: CARNE BOVINA MOÍDA EM CONSERVA. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 - Perdizes, nesta capital, com início previsto às 09:30 h do dia 30 de agosto de 2006. PREGÃO (presencial), para Compra DSE nº69/06. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 4411/5900/ 2006. OBJETO: CARNE BOVINA EM CONSERVA. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 - Perdizes, nesta capital, com início previsto às 14:30 h do dia 30 de agosto de 2006. PREGÃO (presencial), para Compra DSE nº70/06. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 4408/5900/ 2006. OBJETO: HAMBÚRGUER DE CARNE BOVINA EM CONSERVA. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 - Perdizes, nesta capital, com início previsto às 09:30 h do dia 01 de setembro de 2006. PREGÃO (presencial), para Registro de Preços DSE nº71/06. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 4410/5900/2006. OBJETO: ALMÔNDEGAS AO MOLHO DE TOMATE. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 - Perdizes, nesta capital, com início previsto às 14:30 h do dia 01 de setembro de 2006. Edital completo à disposição dos interessados, via Internet, pelo Site www.e-negociospublicos.com.br. INFORMAÇÕES: fones: (11) 3866-1615/1616, de 2ª a 6ª feira, no horário das 8h às 17h. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE SUPRIMENTO ESCOLAR
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 11 de agosto de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Unival Comércio de Válvulas e Aces. Industriais Ltda. - Requerido: FVM Projetos Instalações Ind. Ltda. - Rua Waldemar Doria, 195 - 01ª Vara de Falências Requerente: Center Bank Finanças Factoring Fomento Mercantil - Requerida: SP Farma Ltda. - Rua Laplace, 74 - 6º andar - 02ª Vara de Falências Requerente: Romir Embalagens Técnicas de Papéis e Papelão Ltda. - Requerente: Produtos Alimentícios Superbom Ind. e Com. Ltda. - Rua Domingos Peixoto da Silva, 245 - 01ª Vara de Falências Requerente: Unipar Comercial e Distribuidora S/A - Requerido: Valasi Comércio de Artigos Automotivos Ltda.-EPP - Rua Estado de Sergipe, 171 - 02ª Vara de Falências
BALANÇO
LAR ESCOLA SÃO FRANCISCO - CENTRO DE REABILITAÇÃO CNPJ/MF 61.937.975/0001-35 BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 - (Em Reais) 31.12.05 31.12.04 31.12.05 31.12.04 Passivo Ativo Circulante Circulante 140.692,00 246.892,00 Disponibilidades 101.385,00 39.471,00 Fornecedores 400.058,00 569.304,00 Contas a Receber 787.401,00 673.398,00 Empréstimos e Financiamentos 195.987,00 598.062,00 Outros Créditos 173.601,00 84.135,00 Salários a Pagar 1.308.879,00 1.625.055,00 Estoques 92.181,00 86.198,00 Contr. Sociais e Imp. a Recolher 377.813,00 232.482,00 Despesas do Exercício Seguinte 9.349,00 17.570,00 Provisão de Férias Contas a Pagar 95.375,00 Total do Circulante 1.163.917,00 900.772,00 Total do Circulante 2.518.804,00 3.271.795,00 Exigível a Longo Prazo Permanente 145.124,00 Imobilizado 3.483.560,00 3.761.487,00 Contr. Sociais e Imp. a Recolher Empréstimos e Financiamentos 963.000,00 Total do Permanente 3.483.560,00 3.761.487,00 Provisão para Contingências 276.647,00 276.647,00 Total do Exigível a Longo Prazo 1.239.647,00 421.771,00 Patrimônio Social Patrimônio Social 19.460,00 19.460,00 Reserva de Reavaliação 2.456.091,00 2.456.091,00 Déficit Acumulado (1.586.525,00) (1.506.858,00) Total do Patrimônio Social 968.693,00 889.026,00 4.647.477,00 4.662.259,00 Total do Ativo 4.647.477,00 4.662.259,00 Total do Passivo e Patr. Social DEMONSTR. DAS MUTAÇÕES DO PATR. SOCIAL P/ OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 - EM REAIS Patrimônio Social 19.460,00 19.460,00 19.460,00
Eventos Saldos em 31 de Dezembro de 2003 Realização da Reserva de Reavaliação Déficit do Exercício Saldos em 31 de Dezembro de 2004 Déficit do Exercício Saldos em 31 de Dezembro de 2005
Reserva de Reavaliação 2.554.756,00 (98.665,00) 2.456.091,00 2.456.091,00
Superávit/Déficit Acumulado (376.911,00) 98.665,00 (1.228.612,00) (1.506.858,00) (79.667,00) (1.586.525,00)
Total 2.197.305,00 (1.228.612,00) 968.693,00 (79.667,00) 889.026,00
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 1 - Contexto Operacional - O Lar Escola São Francisco - Centro de 5 - CONTAS A RECEBER - São compostas por: R$ Reabilitação (“Entidade”) é uma entidade filantrópica dedicada à 31.12.05 31.12.04 reabilitação de pessoas carentes portadoras de deficiência física. A 675.061 649.291 Lei n.º 9.532, de 10 de dezembro de 1997, através do artigo 12, trouxe Duplicatas a Receber 157.915 69.682 alterações para a legislação tributária federal das entidades filantró- Cartões a Receber e Outras 832.976 718.973 picas, entre as quais destacamos: Não estão abrangidos pela imunidade os rendimentos e ganhos de capital auferidos em aplica- Provisão para Créditos de (45.575) (45.575) ções financeiras de renda fixa ou variável. Para gozo de imunidade, Liquidação Duvidosa 787.401 673.398 as entidades filantrópicas estão obrigadas a atender aos seguintes 6 IMOBILIZADO É composto por: principais requisitos: a) não remunerar, por qualquer forma, seus Taxa Anual de R$ dirigentes pelos serviços prestados; b) aplicar integralmente seus Depreciação % 31.12.05 31.12.04 recursos na manutenção e no desenvolvimento de seus objetivos 4 1.060.236 1.060.236 sociais; e c) apresentar anualmente a declaração de rendimentos. A Edifícios Próprios 1.932.764 1.932.764 Entidade tem atendido substancialmente aos procedimentos reque- Terrenos Próprios ridos para suportar suas atividades filantrópicas. A Administração da Edificação - Terreno em 4 1.392.544 1.392.544 Entidade, visando o seu saneamento financeiro, envidará esforços na Comodato - PMSP 10 114.221 106.814 sua reestruturação, com redução dos custos e acréscimo das receitas Máquinas e Equipamentos 10 6.213 6.223 com atendimentos (convênios). 2 - Apresentação das Demonstra- Móveis e Utensílios ções Contábeis As demonstrações contábeis foram elaboradas de Veículos 20 234.712 214.327 20 137.588 134.189 acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as Equipamentos de Informática 13.910 13.910 disposições contidas na Resolução do Conselho Federal de Conta- Direito de Uso de Software 4.892.188 4.861.007 bilidade – CFC nº 966/03, de 16 de maio de 2003, CFC n.º 926/01, de 19 (1.408.628) (1.099.520) de dezembro de 2001, CFC nº 877/00, de 18 de abril de 2000, que Depreciações Acumuladas 3.483.560 3.761.487 aprovou a NBC T 10 – Dos Aspectos Contábeis Específicos em Entidades Diversas, item NBC T – 10.19 – Entidades Sem Finalidade O terreno em comodato possui contrato renovável periodicamente. de Lucros. 3 - Resumo das Principais Práticas Contábeis: a)- Em 1998, dentro dos preceitos requeridos pela legislação vigente, a Receitas e Despesas - São contabilizadas pelo regime de competência. Entidade efetuou a reavaliação dos imóveis, resultando no registro de b) Aplicações Financeiras - São registradas ao valor de custo, reserva de R$ 2.619.518, com base no laudo de peritos independentes. acrescido dos rendimentos auferidos até a data dos balanços. c) Em 2002, a Entidade efetuou nova reavaliação do imóvel situado na Contas a Receber - São contabilizadas pelo regime de competência. Rua França Pinto, o que resultou em um complemento de R$ 326.711 A provisão para créditos de liquidação duvidosa é considerada na reserva de reavaliação. O saldo da reserva de reavaliação em 31 suficiente para cobrir eventuais perdas na realização dos referidos de dezembro de 2004 é de R$ 2.456.091 (R$ 2.554.756 em 2003). 7 créditos. d) Outros Ativos e Passivos Circulantes - Correspondem Processos em Andamento 7-1 -Processos Trabalhistas A Entidade a valores a receber e/ou a pagar, registrados pelo valor de realização possui processos de natureza trabalhista e outras, para os quais está e/ou exigibilidade nas datas dos balanços e acrescidos, quando constituída provisão para contingências em 31 de dezembro de 2005 aplicável, de encargos contratuais e juros incorridos até as mesmas e 2004, considerando o atual estágio dos referidos processos e a 7-2 -Processos Judiciais A datas. e) Imobilizado - Registrado ao custo de aquisição e, no caso opinião dos nossos assessores jurídicos.7-2 dos imóveis, acrescido de reavaliação espontânea. As depreciações Prefeitura do Município de São Paulo, através de ação de execução são calculadas pelo método linear, às taxas descritas na nota explicativa fiscal de dívida ativa nº 688.965-4/05-6 e 717.741-0/05-8, está executando n.º 6, considerando a vida útil-econômica dos bens. f) Empréstimos a Entidade Lar Escola São Francisco, relativos aos processos 0028963/ - Os empréstimos obtidos com os colaboradores e entidade ligada 06 e 0019713/06 no montante aproximado de R$ 1.204.000,00. Tais não incidem encargos financeiros. g) Provisão de Férias - A provisão processos não estão sendo reconhecidos no passivo exigível, fundade férias é constituída levando-se em consideração as férias vencidas mentados na opinião de nossos consultores judiciais. 8 - Certificado e proporcionais até a data do balanço, calculadas sobre a remunera- de Entidade de Fins Filantrópicos Com datas de 04 de dezembro ção percebida pelos empregados, incluindo os encargos sociais de 2000 e 25 de agosto de 2003, a Administração da Entidade entrou com pedido no Ministério do Bem-estar Social de renovação do incidentes. 4 - DISPONIBILIDADES - São representadas por: Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos a partir de 1.º de janeiro de 2001, ainda não aprovado. Porém, o Conselho Nacional de AssisR$ 31.12.05 31.12.04 tência Social emitiu uma Declaração com a data de 20 de fevereiro de Caixa e Bancos 96.406 19.835 2006, sobre a renovação do referido certificado, cuja validade se estenderá até que o CNAS julgue os pedidos objeto de processos nº Aplicações Financeiras: Aplicações em Fundos de Investimento 4.979 19.636 4.400.6.003853/2000-10 e 71010.000676/2003-83, respectivamente, por 39.471 seis meses a partir da data da emissão desta declaração. 101.385 Clélia Salgado Teixeira Presidente Dr. Ulysses Fagundes Neto 1º Vice-Presidente
Maria Lucia Alckmin 2º Vice-Presidente Dr. Vilnei Mattioli Leite Diretor Clínico
DIRETORIA Tallulah Kobayashi A. Carvalho 1º Tesoureiro Dr. João Vernieri Sobrinho 2º Tesoureiro
Gustavo Orsolin Filho - Contador CRC 1SP 36755/O-9
Maria Lúcia Paiva Mesquita Barros 1ª Secretário Maria Augusta Freitas Pinto 2ª Secretário
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 EM REAIS Receitas Operacionais 31.12.05 31.12.04 Terapias Diversas 151.322,00 225.972,00 Convênios Públicos 2.950.740,00 2.505.127,00 Bazar de Doações 1.650.520,00 1.479.681,00 Donativos e Eventos Diversos 724.965,00 711.671,00 Oficina Ortopédica 927.475,00 684.068,00 Isenção Patronal de INSS 859.275,00 931.424,00 Outras Receitas 339.991,00 7.604.288,00 6.537.943,00 Despesas Operacionais Custos dos Produtos e Serviços (3.463.268,00) (2.816.519,00) Pessoal (1.637.478,00) (2.011.400,00) Gerais e Administrativas (1.082.124,00) (1.390.024,00) Depreciações (309.143,00) (279.895,00) Isenção Patronal de INSS (859.275,00) (931.424,00) (7.351.288,00) (7.429.262,00) Superávit Operacional 253.000,00 (891.319,00) Subvenções - Gov. do Est. de S. Paulo 3.585,00 Despesas Financeiras (332.667,00) (340.878,00) Déficit do Exercício (79.667,00) (1.228.612,00) DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 EM REAIS Origens de Recursos 31.12.04 31.12.05 Das Operações: Déficit do Exercício (79.667) Itens que não representam variações no capital circulante: Depreciação 309.142 Baixas do Ativo Imobilizado 10 309.152 Aumento do Exigível a Longo Prazo 817.876 81.886 Total das Origens 1.047.361 81.886 Aplicações de Recursos Nas Atividades: Déficit do Exercício 1.228.612 Itens que não representam variações no capital circulante Depreciações (279.895) Baixas do Ativo Imobilizado (1.155) 947.562 Adições ao Ativo Imobilizado 31.225 5.449 Total das Aplicações 953.011 31.225 Variação do Capital Circulante Líquido 1.016.136 (871.125) Ativo Circulante - No Final do Exercício 1.163.917 900.772 No Início do Exercício 900.772 854.774 263.145 45.998 Passivo Circulante - No Final do Exerc. 2.518.804 3.271.795 No Início do Exerc. 3.271.795 2.354.672 917.123 (752.991) PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Ilmos Srs. Diretores e Conselheiros do Lar Escola São Francisco – Centro de Reabilitação 1-Examinamos os Balanços Patrimoniais do Lar Escola São Francisco – Centro de Reabilitação Reabilitação, levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004, e as respectivas demonstrações do superávit ou déficit, das mutações do patrimônio social e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2-Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da Entidade; b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3-Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima citadas, representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Lar Escola São Francisco – Centro de Reabilitação Reabilitação, em 31 de dezembro de 2005 e 2004, o resultado de suas atividades, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Padrão Auditoria S/S, CRC2SP016.650/O-7, Yukio Funada - Contador - CRC 1-SP043.351/O-8. PARECER DA ASSEMBLÉIA FISCAL O Conselho Fiscal, de conformidade com as disposições legais e estatutárias, analisou o Balanço e as Demonstrações de Contas e Resultados do Lar Escola São Francisco, relativas ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. Considerou, com base nos documentos examinados e análises realizadas, nos esclarecimentos recebidos da administração e parecer dos auditores independentes, que as referidas demonstrações estão em condições de serem apreciadas pela Assembléia Geral. Observa, entretanto, que não foi constituída provisão no Balanço Patrimonial para sustentar eventuais perdas decorrentes da ação de execução fiscal de dívida ativa exercida pela Prefeitura de São Paulo contra a Entidade Lar Escola São Francisco. Essa ação prevê indenização de aproximadamente R$ 1.204.000,00. São Paulo, 05 de julho de 2006. José Maria de Mello Freire, Luiz Arthur de Godoy, Marcus Vinicius dos Santos Andrade.
DECLARAÇÃO
Quer falar com 26.000 empresários de uma só vez?
Publicidade Comercial - 3244-3344 Publicidade Legal - 3244-3643
segunda-feira, 14 de agosto de 2006
Seleção Alemão Liber tadores Francês
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3 É perfeitamente possível o São Paulo ganhar de 1 a 0 do Internacional no Beira-Rio." Rogério Ceni
EMPATE DÁ TÍTULO INÉDITO AO INTER
VANTAGEM COLORADA
D
epois de 137 jogos e mais de seis meses, a edição de 2006 da Libertadores terá nesta quarta-feira sua decisão: o Beira-Rio recebe Internacional e São Paulo para os 90 (ou 120) minutos finais. Depois da vitória por 2 a 1 no jogo de ida, no Morumbi, o time gaúcho joga por um empate em casa para conquistar o título inédito. Os paulistas precisam de uma vitória por dois gols de diferença para ficar o tetracampeonato. Como a regra dos gols fora de casa não vale na final, se o São Paulo vencer por um gol de diferença o jogo vai para a prorrogação - se houver empate, a decisão será nos pênaltis. Nas vésperas da decisão, os dois técnicos adotaram postura semelhante: escalaram times reservas no Brasileiro e esconderam os titulares em treinos secretos. O São Paulo fez apenas um treino físico pela manhã, enquanto o Inter trabalhou com o técnico Abel Braga, que nem acompanhou os reservas ao Ceará para o jogo contra o Fortaleza - o auxiliar Leomir foi o treinador. No São Paulo, o principal mistério de Muricy é no meiode-campo, já que no ataque, sem Ricardo Oliveira, que deve se reapresentar hoje ao Betis, Aloísio será o companheiro de Leandro. No meio, ele certamente não terá Josué, expulso no início da primeira partida, e pode ficar sem Danilo, que sente dores no ombro. Para o lugar do volante, Ramalho seria a primeira opção, mas o técnico prometeu mandar o time ao ataque e estuda escalar o lateral Ilsinho - nesse caso, Souza seria deslocado para o meio, sua posição de origem. O jogador não atuou ontem contra o Goiás, no qual os únicos titulares foram o suspenso Josué, Rogério e Edcarlos. Muricy não revela o que pretende fazer, mas já prometeu, apesar da ofensividade, não fazer loucuras - por exemplo, abandonar o 3-5-2 e jogar no 44-2 que treinou durante a Copa do Mundo. Por isso, a aposta em Souza parece a mais possível. "O Souza tem subido cada vez mais de produção", elogiou o treinador, que tem feito o mesmo com Ilsinho. Se Danilo, que saiu de campo vaiado pela torcida na quarta-feira passada, não puder jogar, uma opção é Lenílson, autor dos dois gols na vitória contra o Goiás. "Se me derem a
Alex Silva/AE
Marcelo Campos/AE
Leandro terá Aloísio como companheiro, no lugar de Ricardo Oliveira
Rafael Sóbis brilhou no Morumbi e deixou o Inter a um empate, em casa, do título inédito da Libertadores
oportunidade, estou à disposição, quero ajudar", disse Lenílson, que assegura respeitar o titular - "Ele tem uma história aqui, foi campeão mundial" mas deixa a decisão para o técnico. "Sei que tenho condições de ser titular." No Inter, Abel também faz mistério, embora Rafael Sóbis, que fez tratamento com gelo ainda no banco de reservas, logo depois de ser substituído depois de fazer os dois gols da vitória, tenha presença confirmada. A principal dúvida é no meio, no lugar do suspenso Fabinho, também expulso no Morumbi. Ele pode optar por Índio, o que deixaria o time com três zagueiros, ou por Wellington Monteiro, que tem as mesmas características do titular. "Para manter o hábito,
vamos divulgar o time minutos antes da entrada em campo", disse um monossilábico Abel, após o treino fechado na manhã de ontem. O resto do time é o mesmo que venceu o São Paulo e calou o Morumbi na última quarta-feira. O Inter aposta na força da torcida para buscar o título que ainda não conseguiu, mas viu o rival Grêmio vencer duas vezes. Os 58.500 ingressos acabaram de ser vendidos ontem e a diretoria já recomenda aos torcedores que não apareçam no Beira-Rio antes do jogo. Mas, mesmo com tanto entusiasmo, os jogadores garantem que mantêm a postura de humildade, de que nada está ganho. A história aponta cautela para os gaúchos, que em 1989 chegaram com vantagem se-
melhante nas semifinais, diante do Olimpia - o Inter venceu por 1 a 0 o jogo de ida, no Paraguai, e no Beira-Rio, chegou a estar com vantagem de 2 a 1, mas perdeu por 3 a 2, e caiu por 5 a 3 nos pênaltis. No gol estava Taffarel; o técnico, como hoje, era Abel Braga. "Entendemos o torcedor, mas temos que encarar a situação com calma", disse o festejado herói Rafael Sóbis. Já o zagueiro Bolívar está preocupado com a entrada de Aloísio. "Ele é perigoso, sabe jogar no corpo do zagueiro. Precisamos ter cautela para marcá-lo", disse o jogador, que estaria com transferência acertada para o Monaco, da França. "O negócio agora e pensar só no São Paulo. Depois vamos ver o que acontece", desconversa.
Nova Era Dunga começa em Oslo A bola volta a rolar na Alemanha JB Neto/Agência O Globo
H
otel de acomodações simples, com dois jogadores em cada quarto, e viagem em classe econômica. Assim começa a vida da Seleção Brasileira sob o comando do técnico Dunga para o amistoso de quarta-feira contra a Noruega, em Oslo. A comissão técnica e os jogadores que atuam no Brasil embarcaram, em dois vôos, na noite de ontem, em Cumbica. Os atletas em atividade na Europa vão chegar em vôos diferentes, e devem seguir de táxi até a concentração. Não haverá, como das outras vezes, ônibus ou carros especiais à espera de cada um. No Holmenkollen Park, um dos mais tradicionais de Oslo, mas sem o conforto dos hotéis das grandes redes internacionais, a equipe vai ter de conviver com outros hóspedes. Está encerrada a "blindagem" a que se acostumara o grupo nos últimos anos. Em Oslo, os seguranças contratados para cuidar da Seleção receberam a orientação de que devem interferir o mínimo possível na rotina do hotel.
D
Dunga dá autógrafos em Cumbica antes de embarcar para a Noruega
Dunga vai comandar apenas um treino em Oslo, amanhã. Será uma simples atividade para reconhecer o gramado do Ullevaal Stadion, mas, provavelmente, o novo treinador anunciará, então, a escalação do time para o jogo do dia seguinte. Entre os 22 convocados, cinco estão chegando pela primeira vez à Seleção: Daniel Carvalho, Jônatas, Morais, Marcelo e Wagner. Pelo amistoso, a CBF receberá em torno de U$ 1,5 milhão. Vai ser o quarto confronto en-
tre Brasil e Noruega. Os noruegueses venceram duas partidas - 4 a 2, em 1997, em Oslo; e 2 a 1, na Copa de 1998, na França. Dunga participou, como jogador, das duas derrotas. Houve ainda um empate (1 a 1, em 1988, também em Oslo). O jogo de quarta-feira começará às 15h10, horário de Brasília, com transmissão pela Globo. Na volta, Dunga deve anunciar a convocação para os amistosos contra a Argentina e o País de Gales, em Londres, nos dias 3 e 5 de setembro..
epois da Copa do Mundo, a Alemanha voltou a respirar futebol no fim de semana, com a rodada de abertura do Campeonato Alemão. Na sexta-feira, o bicampeão Bayern de Munique estreou em casa, vencendo o Borussia Dortmund por 2 a 0. Sábado foi a vez do Schalke 04 apenas empatar, em casa, com o Eintracht Frankfurt em 1 a 1. O brasileiro Lincoln, ex-Atlético Mineiro, perdeu um pênalti marcado a favor do Schalke. O Bayer Leverkusen do zagueiro Juan venceu o Alemania Aachen por 3 a 0. Ontem, completando a rodada, Wolfsburg e Hertha empataram em 0 a 0. O Werder Bremen ganhou fora de casa do Hannover por 4 a 2. O exsantista Diego estreou marcando o primeiro gol do Werder, aos 19 minutos do primeiro tempo. No Campeonato Francês, pela segunda rodada, o Lyon de Juninho Pernambucano não passou de um empate (1 a 1), em casa, com o Toulouse. O líder é o Lille.
ALEMANHA
FRANÇA
Bayern 2 x 0 Borussia Dortmund Bayer Leverkusen 3 x 0 A. Aachen Hamburgo 1 x 1 Arminia Bielefeld Mainz 2 x 1 Bochum Borussia Mönchen. 2 x 0 Energie Cottbus Schalke 1 x 1 Eintracht Frankfurt Stuttgart 0 x 3 Nurnberg Hannover 2 x 4 Werder Bremen Wolfsburg 0 x 0 Hertha
Lorient 0 x 1 Bordeaux Lyon 1 x 1 Toulouse Monaco 1 x 2 Saint-Etienne Nancy 3 x 1 Sedan Nice 1 x 1 Nantes Sochaux 1 x 1 Auxerre Troyes 2 x 2 Le Mans Valenciennes 0 x 0 PSG Lille 4 x 0 Lens Olympique 2 x 0 Rennes
Classificação
P
V
SG
GP
Classificação
P
V
SG
GP
1 Nuremberg
3
1
3
3
1 Lille
6
2
5
6
Bayer Leverkusen
3
1
3
3
2 Nancy
6
2
3
4
3 Werder Bremen
3
1
2
4
3 Bordeaux
6
2
3
3
4 Borussia Mönchengladbach
3
1
2
2
4 Lyon
4
1
2
4
5 Olympique
4
1
2
2
Bayern
3
1
2
2
6 Le Mans
4
1
1
3
6 Mainz
3
1
1
2
Sochaux
4
1
1
3
8 Lorient
3
1
0
3
3
1
0
3
3
1
-3
1
7 Eintracht Frankfurt
1
0
0
1
Arminia Bielefeld
1
0
0
1
Hamburgo 04
1
0
0
1
10 Lens
Schalke 04
1
0
0
1
11 Auxerre
2
0
0
2
1
0
0
0
12 Valenciennes
2
0
0
1
13 PSG
11 Hertha
1
0
0
0
13 Bochum
Wolfsburg
0
0
-1
1
14 Hannover
0
0
-2
2
15 Energie Cottbus
0
0
-2
Borussia Dortmund
0
0
0
0
0
0
17 Stuttgart Alemannia Aachen
Saint-Etienne
1
0
-1
2
1
0
-1
2
15 Nice
1
0
-1
1
0
16 Nantes
1
0
-2
2
-2
0
17 Sedan
1
0
-2
1
-3
0
Toulouse
1
0
-2
1
-3
0
19 Monaco
0
0
-2
1
20 Rennes
0
0
-3
1
Troyes
segunda-feira, 14 de agosto de 2006
Finanças Tr i b u t o s Nacional Empresas
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3
VENDAS A PRAZO SUBIRAM 3,8% NO INÍCIO DE AGOSTO
Shopping centers esperam um incremento de 5% a 13% nas vendas no Dia dos Pais.
DIA DOS PAIS, ESTE ANO, ENTUSIASMOU MAIS O CONSUMIDOR, QUE FOI ATRÁS DE ROUPAS E CALÇADOS
PREÇOS E TEMPO BOM PUXAM VENDAS
R
oupas, calçados e acessórios foram as peças mais requisitadas pelos filhos que circularam nos shopping centers e nas lojas do comércio de rua na cidade de São Paulo à procura de um presente de última hora para o Dia dos Pais, no fim de semana. Não é novidade para o varejo que estes são os itens preferidos nesta data. Tanto é verdade que a maioria das lojas desses segmentos incrementou seus estoques e fez promoções, aguardando um bom movimento de consumidores. E, ao contrário do que ocorreu em 2005, os lojistas sentiram que o Dia dos Pais propiciou um aumento nas vendas neste ano. A expectativa dos centros de compra é de que a data traga um incremento entre 5% e 13% no volume de vendas, e de 6% e 8% no fluxo de clientes. De modo geral, dois fatores contribuíram para que o comércio alcançasse este bom desempenho, na opinião de Emílio Alfieri, economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), e dos próprios varejistas: o bom tempo e a forte campanha de marketing para atrair os consumidores. "Como a seleção brasileira foi desclassificada da Copa do Mundo antes do esperado, as lojas, principalmente as grandes redes, precisaram arrumar um plano B para divulgar seus produtos, já que não era positivo continuar veiculando comerciais com os jogadores, como tinham programado. Por isso, houve uma forte ação para transferir as atenções da Copa para o Dia dos Pais, a próxima data a ser explorada como fonte de vendas do comércio", afirmou Alfieri. Segundo o economista, houve um aumento de 3,8% nas vendas pelo crediário, e de 6% no cheque, entre os dias 1º e 9 de agosto deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. O balanço final das vendas do Dia dos Pais será divulgado ainda esta semana pela ACSP. Para Alfieri, os bons preços, resultantes das promoções feitas para desencalhar as roupas e acessórios
Jaqueline Santos, da loja Polo Play, diz que promoções contribuíram para um aumento de 3% nas vendas, na comparação com o mesmo período do ano passado.
de inverno, vêm atraindo a atenção dos consumidores. Tanto é verdade que, em julho, o comércio já sentiu um aumento de 2,8% nas vendas, em relação ao mesmo período no ano passado. O crescimento se deve à antecipação do Liquida SP, tradicionalmente realizado no mês de agosto, que foi transferido para julho justamente para acabar com os estoques de inverno. "O comércio manteve as promoções no Dia dos Pais e, provavelmente, vai continuar para garantir a desova das sobras, já que não contará mais com o Liquida SP", acrescentou Alfieri.
vendermos mais", comentou Edileuza. A fórmula deu certo, já que as vendas aumentaram 10% em relação ao mesmo período no ano passado. Bom tempo – A gerente da loja Meninos de Rua, do Brás, Izolda Ribeiro da Silva, também comemorou o bom tempo no final de semana e o efeito que as promoções trouxeram para o incremento das vendas. "Se tivéssemos mais camisas do tipo pólo, teríamos vendido tudo porque foi a peça mais procurada aqui na loja. Na falta do produto, vendemos muitas camisetas básicas", afirmou Izolda, que prevê um cresci-
Fotos: Luiz Prado/LUZ
Natália e Gabriel, com a pequena Estela (acima), que escolheu o presente. Abaixo, o movimento na Rua Oriente.
Sirlei, com o filho Gabriel, foram cedinho ao shopping Tatuapé
Lojistas – A sub-gerente da Pólo Play, do Shopping Metrô Tatuapé, Jaqueline Paula dos Santos, confirmou essa tendência. De acordo com ela, as promoções garantiram para a loja um aumento de 3% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com a gerente da CNS, Edileuza Soares Aguiar, o estabelecimento, este ano, decidiu apostar em preços mais atraentes para o consumidor. "Trouxemos uma variedade de linhas de calçados a preços bem acessíveis para
mento de 10% nas vendas. O gerente da Grippon, Damião José Nunes, também acredita que o calor vem propiciando um bom volume de vendas para a loja. Mas, para ele, o Dia dos Pais manteve o mesmo resultado de 2005. "Não adianta, essa data não é tão boa para o comércio como o Dia das Mães. Ainda mais com esta onda de atentados do Primeiro Comando da Capital (PCC), a população ficou com receio de sair de casa para comprar", contou. Márcia Rodrigues
Muitos consumidores aproveitaram a data para passear no shopping
G
abriel, de 7 anos, e sua mãe, a faturista Sirlei Cassiano Garcia, de 39 anos, chegaram bem cedo, no sábado, ao Shopping Metrô Tatuapé para comprar uma camiseta e uma calça jeans. "Nós dois escolhemos a cor da camiseta e o modelo da calça. Como o Gabriel gostou mais do jeans, este será o seu presente, e o irmão dará o outro", disse Sirlei, que aguardava o marido com o outro filho para comprarem o presente de seus pais: provavelmente mais duas camisetas. "O presente do meu pai é mais fácil porque ele mudou de emprego e agora está
usando mais camisetas. Para o meu sogro é um pouco mais difícil, já que não sai de casa", comentou. Passeios – A família também aproveitou a data para almoçar e apreciar a exposição sobre as lendárias motos Harley-Davidson, instalada no centro de compras para homenagear os pais. A correria do dia-a-dia fez a engenheira civil Erina Bertinato deixar para comprar o presente do seu marido na última hora. Ela, juntamente com seus dois filhos, Felipe, de 9 anos, e Victor, de 1 ano e meio, compraram dois sapatos. "Ainda bem que chegamos
cedo e o movimento não está tão intenso. Também foi fácil escolher o presente porque sabíamos o que ele realmente queria", disse Erina. Já o casal Natália Gregori e Gabriel Polverini deixou por conta da filha Estela, de 2 anos, a escolha do presente do pai: um ursinho. "Compramos uma bermuda para cada um de nossos pais e a Estela quis escolher o seu presente, também. Ela se apaixonou por um ursinho e o Gabriel não teve como recusar", comentou a mãe, que é assistente de importação. "O importante é a forma carinhosa como o presente foi escolhido", gabou-se o pai. (MR)
4
Vôlei Tênis Basquete Automobilismo
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 14 de agosto de 2006
Precisamos de mais entrosamento, mas o grupo sabe se recuperar de situações adversas." Lula Ferreira
MUNDIAL MASCULINO COMEÇA NO SÁBADO
Mark Ralston/AFP
MELHORES DO MUNDO
O
s fãs do basquete voltam os olhos para o Japão a partir da madrugada de sábado, quando começa o 15º Mundial Masculino, com a presença de 24 seleções - entre eles a Sérvia, herdeira da Iugoslávia, atual bicampeã mundial; Argentina e Itália, campeã e vice olímpicas; e Estados Unidos, que querem apagar a má campanha de 2002, quando ficaram em sexto lugar no Mundial disputado em Indianapolis, o berço do esporte. Para o Brasil, é a chance de estar entre as principais seleções do mundo, depois de ficar ausente nas duas últimas Olimpíadas e de um histórico recente nada animador: foi oitavo em 2002, décimo em 1998, na Grécia, e 11º em 1994, no Canadá. Cchegou às semifinais pela última vez em 1986, com o quarto lugar. Mas a história do País é rica: venceu dois Mundiais, em 1959, no Chile, e 1963, em casa, foi duas vezes vice e duas vezes terceiro colocado.
A reta final de preparação da equipe foi marcada por duas derrotas em jogos equilibrados - 91 a 86 para os EUA, num amistoso, 76 a 75 para a Alemanha na Copa Stankovic. Ontem, enfim a primeira vitória: 88 a 78 sobre a China, resultado que garantiu a chance de disputar a medalha de bronze do torneio amistoso contra a Austrália, justamente o adversário da estréia no Mundial, à 1h de sexta para sábado (horário de Brasília). A "prévia" será às 4h da madrugada de hoje para amanhã, com transmissão do Sportv 2 - o canal também promete transmitir a decisão, na seqüência, entre Alemanha e Grécia, e vários jogos do Mundial, não só do Brasil. "Precisávamos de uma boa vitória", afirmou o pivô Tiago Splitter, que marcou 18 pontos e só ficou atrás de Leandrinho, cestinha da partida, com 20 pontos, e cotado para ser a maior estrela do Brasil no Mundial, principalmente após a desistência de Nenê, que se
recupera de uma cirurgia no joelho. "Estamos enfrentando seleções de alto nível, sabendo enfrentar as dificuldades e melhorando o nosso rendimento", disse o jogador do Phoenix Suns, um dos dois jogadores da seleção brasileira que atuam na NBA - o outro é o alapivô Anderson Varejão, que joga no Cleveland Cavaliers. Para o técnico Lula Ferreira, a oportunidade de ter um "aperitivo" da estréia é importante para estudar como parar a grande estrela australiana, o ala Bogut. "Temos que tirar proveito dessa partida, marcar muito bem e ter atenção especial com ele", disse Lula.
Leandrinho brilhou na vitória contra a China e é a principal aposta do Brasil para o Mundial do Japão
Classificado, mas longe do ideal
Brasil faz a Stock: Thiago festa na areia Camilo vence sultado é como uma vitória paem Curitiba ra nós. Na Finlândia as pessoas da Polônia
Jamil Bittar/Reuters
a primeira vez que contou com o time titular nesta Liga Mundial, com o meio-de-rede Gustavo ao lado de Ricardinho, André Nascimento, Dante, Giba, Rodrigão e o líbero Escadinha, o Brasil sofreu para bater ontem a Finlândia por 3 a 1 (25/23, 25/21, 23/25 e 25/23), mesmo placar da vitória de sábado (22/25, 25/19, 25/19 e 25/20), que garantiu a classificação para a fase final, daqui a duas semanas, na Rússia. O time se manteve como único invicto do torneio, mas não agradou ao técnico Bernardinho, que vê muita coisa a aperfeiçoar até a fase decisiva e o Mundial do Japão, em outubro. "Sem desmerecer a Finlândia, estamos abaixo do que podemos fazer", reclamou o técnico, que vê falta de concentração. "Perdemos o foco e pensamos que poderíamos imprimir um ritmo maior quando fosse preciso." No próximo fim de semana o Brasil pega Portugal, em Fortaleza, e Bernardinho tentará reforçar o entrosamento do time titular, mas ao mesmo tempo evitar o cansaço - a equipe
N
RESULTADOS: Grupo A - Polônia 3 x 2 EUA; Sérvia 3 x 0 Japão; Polônia 3 x 0 EUA; Sérvia 3 x 1 Japão. Grupo B - Brasil 3 x 1 Finlândia; Argentina 3 x 0 Portugal; Brasil 3 x 1 Finlândia; Argentina 3 x 0 Portugal. Grupo C - Itália 3 x 0 China; França 0 x 3 Rússia; Itália 3 x 0 China; França 3 x 2 Rússia. Grupo D - Coréia do Sul 3 x 2 Egito; Bulgária 2 x 3 Cuba; Coréia do Sul 3 x 1 Egito; Bulgária 3 x 0 Cuba.
O Brasil de Gustavo bateu a Finlândia e está nas finais da Liga Mundial
joga domingo de manhã no Ceará e, no máximo quatro dias depois, entra em quadra em Moscou. "Os jogadores sabem que saímos devendo. É
um time que sabe jogar, que já mostrou o que pode fazer outras vezes", disse. O técnico da Finlândia, o italiano Mauro Berrutto, ficou feliz. "Este re-
CLASSIFICAÇÃO: Grupo A - 1. Sérvia, 17; 2. Polônia, 17; 3. EUA, 15; 4. Japão, 11. Grupo B - 1. Brasil, 20; 2. Argentina, 16; 3. Finlândia, 13; 4. Portugal, 11; Grupo C 1. Rússia, 18; 2. França, 17; 3. Itália, 15; China, 10. Grupo D - 1. Bulgária, 18; 2. Cuba, 18; 3. Coréia do Sul, 14; 4. Egito, 10.
O aniquilador de recordes o caminho para se tornar o maior tenista de todos os tempos, o suíço Roger Federer igualou ontem o recorde de Pete Sampras ao conquistar seu 11º título de Masters Series, a segunda mais importante do tênis, com a vitória por 2 a 1 sobre o francês Richard Gasquet (2/6, 6/3 e 6/2) na final de Toronto. "Tive de lutar muito, mais do que esperava, para vencer este campeonato", admitiu Federer, que lamentou o mau começo de jogo contra Gasquet, a quem chamou de "adversário perigoso". "Não poupei energias, sabia que este troféu era muito importante para mim",
N
têm de estar orgulhosas." Gustavo, que ficara de fora dos jogos anteriores para cuidar de sua mulher, que se recupera de um linfoma de Hodgkin, disse que foi bom voltar, apesar da atuação irregular. "Tenho de melhorar no ataque, e no bloqueio preciso de mais velocidade", atestou.
credito
disse o suíço, que disputou sua 11ª final em 11 torneios no ano venceu sete e perdeu quatro, todas para o espanhol Rafael Nadal, que no Canadá caiu nas oitavas-de-final. Federer pode começar a tentar superar Sampras nesta semana, no Masters Series de Cincinatti, nos Estados Unidos. Ele estréia amanhã, contra o tailandês Paradorn Srichaphan. Nadal pega o norteamericano Sam Querrey. O título de Toronto foi o 40º da carreira de Federer, esta uma marca bem mais difícil de quebrar - o atual recordista, Jimmy Connors, foi campeão de 109 torneios.
Campeão em Toronto, Federer iguala marca de Sampras em títulos de Masters Series
R
icardo e Emanuel venceram ontem Franco e Pedro Cunha por 2 a 1 (21/19, 17/21 e 15/9) na final brasileira da etapa de Stare Jablonki, na Polônia, do Circuito Mundial de vôlei de praia. Com o quinto título da temporada, o primeiro em mais de um mês, eles abriram pontos vantagem sobre Márcio e Fábio Luiz, que ficaram em quarto com a derrota para os chineses Penggen Wu e Linyin Xu. Faltam duas etapas para o fim da competição, que só serão disputadas daqui a seis semanas, em Vitória (ES) e Acapulco, no México. Os campeões olímpicos podem garantir o tricampeonato do Circuito já no Brasil - têm 7.220 pontos, contra 6.660 de Márcio e Fábio Luiz. Nesse intervalo, as duplas jogam o Circuito Brasileiro.
T
IRL: Helinho é 3º e perde a liderança
Junqueira é 2º em Denver na ChampCar
H
B
elio Castroneves chegou em terceiro no GP do Kentucky e foi ultrapassado na liderança da IRL por seu companheiro de Penske, Sam Hornish Jr., que venceu a prova, a 12ª da temporada - só faltam duas para o final. Scott Dixon chegou em segundo, e o atual campeão, Dan Wheldon, foi o quarto colocado. Tony Kanaan foi o quinto colocado, seguido de Vitor Meira, mas os dois já estão praticamente fora da luta pelo título. CLASSIFICAÇÃO: 1. Hornish Jr. (EUA), 418; 2. Castroneves (BRA), 411; 3. Wheldon (ING), 394; 4. Dixon (NZL), 385; 5. Meira (BRA), 346; 6. Kanaan (BRA), 339; 7. Franchitti (ESC), 271; 8. Scheckter (AFS), 265; 9. Andretti (EUA), 263; 10. Patrick (EUA), 260.
hiago Camilo venceu sua primeira prova nesta temporada da Stock Car, ontem, em Curitiba, na sexta corrida do ano, e subiu para a terceira posição, com nove pontos a mais que o bicampeão Giuliano Losacco, terceiro colocado na prova - Rodrigo Sperafico foi o segundo. O líder Cacá Bueno chegou apenas na 16ª posição e não marcou pontos - viu diminuir a distância para Hoover Orsi, que ficou em sétimo e agora tem só 15 pontos a menos. CLASSIFICAÇÃO: 1. Cacá Bueno, 100 pontos; 2. Hoover Orsi, 85; 3. Thiago Camilo, 67; 4. Giuliano Losacco, 58; 5. Antonio Jorge Neto, 55; 6. Alceu Feldmann, 46; 7. Felipe Maluhy, 42; 8. Guto Negrão, 39; 9. Rodrigo Sperafico, 36; 10. Popó Bueno, 34.
runo Junqueira ficou em segundo lugar no GP de Denver, décima das 14 provas da temporada da Champ Car. O vencedor foi A.J. Allmendinger, que assumiu a vice-liderança no lugar de Justin Wilson - o companheiro do brasileiro Cristiano da Matta, que segue hospitalizado por causa do acidente ocorrido há dez dias, quando atropelou um cervo -, o oitavo colocado na prova. O líder Sebastien Bourdais acabou em sétimo lugar. CLASSIFICAÇÃO: 1. Bourdais (FRA), 275; 2. Allmendinger (EUA), 243; 3. Wilson (ING), 240; 4. Dominguez (MEX), Tracy (CAN) e Philippe (FRA), 149; 7. Power (AUS) 146; 8. Ranger (CAN), 142; 9. Da Matta (BRA) e Junqueira (BRA), 140.
4
Finanças Tr i b u t o s Nacional Empresas
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 14 de agosto de 2006
NOSSA CAIXA VAI RECEBER 700 MIL NOVAS CONTAS
150
mil é o número de fontes de informação que terá a segunda edição do anuário da Análise Editorial.
Andrea Felizolla/LUZ
Movimento tranqüilo na Nossa Caixa
Tasso Marcelo/AE
Varig sem a metade da malha de vôos
Agências do banco abriram as portas no sábado para atender funcionários públicos estaduais
O
movimento para abertura de contas do funcionalismo público estadual, no último sábado, foi tranqüilo nas agências da Nossa Caixa, que ficaram abertas das 10h às 16h. A jornada extra foi motivada por uma decisão do governo paulista de transferir o pagamento de salários e benefícios do banco Santander/Banespa para a Nossa Caixa. Pelas contas da Nossa Caixa cerca de 700 mil funcionários públicos, entre ativos e aposentados, farão a mudança de suas contas. O plantão pretende evitar correria nas agências durante os dias úteis. Segundo os funcionários do banco, os correntistas receberam uma notificação informando sobre a mudança de conta durante a última semana. Neste primeiro sábado de abertura das agências, a média era de 12 contas abertas até as 15hs. Muitos correntistas do Santander ligavam para obter informações sobre o processo de mudança e qual a documentação necessária para efetivar a transferência. Na Agência do Anhanga-
baú, na região central, a movimentação era tranqüila as 12:30h. Nove funcionários realizavam o atendimento. Até o horário informado, 11 contas já haviam sido abertas. Joaquim Vaz Gabriel, funcionário da Fazenda Pública há 40 anos, realizou sua transferência no Anhangabaú. Ele aproveitou o sábado para realizar a operação e não atrapalhar sua rotina durante a semana. Para Vaz, o Santander nunca trouxe problemas, mas como foi avisado que o salário de novembro será creditado exclusivamente na Nossa Caixa, ele decidiu mudar o mais rápido possível. "Recebi a notificação em casa. Depois nos informaram sobre a mudança do crédito do salário. Não mudaria se não fosse obrigado. Mas gostei do atendimento do pessoal daqui", disse Vaz. O mesmo número de contas havia sido aberto na agência da Nossa Caixa, no Brooklin Paulista, zona de sul de São Paulo, as 14h30. O tempo para a abertura, caso os documentos estivessem em ordem, era de 40 minutos. Já no posto da Penha de França, na zona les-
A O funcionário público Joaquim Luz Gabriel aproveitou o sábado para abrir sua conta na instituição
te, o número de contas chegou a 50, as 15h30. Dois andares foram colocados à disposição dos interessados em fazer a transferência. Caso a decisão fosse fechar a conta no Santander, os funcionários da Nossa Caixa alerta-
vam os novos correntistas a notificarem pessoalmente a agência sobre o encerramento. Outra dúvida dos funcionários públicos era sobre uma carta enviada pelo Santander, que informava que não havia obrigação alguma para a mu-
dança e que os benefícios continuariam sendo pagos normalmente, o que foi negado pela Nossa Caixa. Segundo o banco, todos os funcionários passarão a receber pela instituição ainda neste ano. Davi Franzon
Um raio X do comércio exterior Marcos Fernandes/LUZ
Segunda edição do anuário sobre comércio exterior é aguardada por empresários do setor. A publicação será lançada em setembro.
O jornalista Eduardo Oinegue, da Análise Editoria: "trabalho sem precedentes"
E
mpresas e entidades ligadas ao comércio exterior brasileiro esperam ansiosamente a segunda edição do anuário do setor, que será lançada em setembro pela Análise Editorial, empresa do jornalista Eduardo Oinegue. Publicado em outubro de 2005, o primeiro anuário, de 20052006, continha 24 mil dados sobre exportação e importação. "Sempre achei que havia lugar para uma editora que fizesse produtos que promovessem uma imersão temática", afirma Oinegue, que identificou no comércio exterior a porta de entrada para esse objetivo. Os números da elaboração da primeira edição falam por si só: cinco meses de trabalho, 40 pessoas envolvidas e 150 diferentes fontes de informação ouvidas. Cerca de 100 especialistas leram a revista inteira antes do fechamento da edição. "Foi um trabalho sem precedentes", diz Oinegue. O jornalista tem uma visão otimista do comércio exterior brasileiro. Há 50 anos, o País representava 2% do comércio mundial, percentual que encolheu para o 1% atual. No entanto, o comércio mundial cresceu de US$ 120 bilhões em 1948 para US$ 18 trilhões atualmente. "Deixamos de ser 2% de uma formiga para nos tornar 1% de um elefante", compara.
Ó RBITA
MP AGRÍCOLA
M
edida provisória que será publicada nos próximos dias pelo governo permitirá aos bancos oferecer A TÉ LOGO
Sem contar que, segundo ele, o Brasil passou por "um inferno" nas últimas décadas, com o suicídio de Getúlio Vargas, a renúncia de Jânio Quadros, o regime militar, o controle de remessa de divisas, as reservas de mercado de informática, a hiperinflação e a moratória da dívida externa. "Um dia, você, que foi um atleta saudável, sofre um acidente horrível. As pessoas o vêem de muletas e comentam: coitado. Mas elas não sabem o que você passou. É uma conquista estar de muletas." Para Oinegue, o empresariado brasileiro contornou as dificuldades nesse ambiente. Mas ele diz que 1% também não é um bom número. "O Brasil tem 1% do comércio mundial. Com mais 1%, seria um monstro", afirma. Oinegue cita como exemplos bem-sucedidos de expansão de exportações a Embraer e as empresas do setor de papel e celulose, que investiram US$ 10 bilhões na última década para ampliar as vendas. No anuário, no ranking dos produtos mais exportados, um ficou de fora: o imposto. "A cadeia produtiva que leva o produto para fora paga tributos muito altos. Ele acaba entrando no mercado internacional com preço menos competitivo", destaca. Kety Shapazian
capital de giro aos agricultores que pagaram em dia as parcelas vencidas em 2005 e 2006 do Programa Especial de Saneamento de Ativos (Pesa). Mas dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) mostram que cerca de 80 mil contratos estão em atraso. O Pesa foi lançado pelo governo em 1998 e permitiu a renegociação das dívidas superiores a R$ 200 mil. (AE)
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aceitou na última sexta-feira o plano de linhas apresentado pela Varig e anunciou a abertura de um processo de licitação para redistribuir os vôos que a e m p re s a n ã o p re t e n d e mais operar. No plano, a Varig abre mão de 54,4% de sua malha. Dos 272 vôos que a companhia operava até o início de maio, serão mantidos apenas 124. No aeroporto de Congonhas, mais concorrido do País, a Varig ocupava 125 slots (espaços para pousos e decolagens) e deixará de utilizar 53. Esses slots serão redistribuídos a partir de um sistema de rodízio. O juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, já foi comunicado formalmente da decisão da Anac de abrir licitação para redistribuir os slots. Os slots, assim como os balcões de check-in e outras áreas ocupadas nos aeroportos, foram "congelados" pela Justiça do Rio durante o processo de recuperação judicial. Nos últimos dias, a VarigLog, ex-subsidiária que adquiriu a Varig em leilão, apresentou um plano no qual tentava garantir a manutenção dos slots e dos espaços nos aeroportos pelos próximos dois anos. Demissões – As dificuldades financeiras da Varig levou a nova controladora a demitir 202 funcionários. O corte feito pela VarigLog equivale a 11% do seu quadro de pessoal, que foi reduzido de 1.824 para 1.622 funcionários por meio da terceirização de parte de seus serviços. Segundo o presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac), Celso Klafke, a exsubsidiária planeja cortar 25% dos custos de sua folha de pagamento. O sindicalista conta que, na semana passada a VarigLog, demitiu 87 funcionários só no Rio de Janeiro. Por meio de comunicado, o presidente da VarigLog, João Luis Bernes de Sousa, informa que "a redução da oferta de porões da Varig afetou parcial e temporariamente o seu movimento de carga internacional". Na nota, o executivo ressalta que "estará operando com força plena" a sua frota de 18 aviões cargueiros "já a partir de setembro". A Varig planeja retomar suas operações no Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão) assim que começar a receber aviões de grande porte, contam fontes que acompanham a reestruturação da companhia. O quase abandono do Galeão, constatado na nova malha aérea da companhia, concentrada em São Paulo, seria apenas transitório. (AE)
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
L
Meirelles diz que fundamentos da economia melhoraram
L
Lucro da Petrobras sobe 41% e alcança R$ 6,96 bilhões
L
União Européia ameaça impor barreiras a alimentos brasileiros
segunda-feira, 14 de agosto de 2006
Finanças Empresas Nacional Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
REFIS: ATRASO DE DOIS MESES, EXCLUSÃO
5
500
milhões de reais é quanto o governo paulista espera arrecadar com o programa de renegociação de débitos
CONTRIBUINTES QUE DEVEM AO LEÃO JÁ PODEM ADERIR AO NOVO PROGRAMA DE PARCELAMENTO
SINAL VERDE PARA ENTRAR NO REFIS
A
partir de hoje até o dia 15 de setembro, a s e m p re s a s p odem aderir ao Refis 3, programa de parcelamento de débitos tributários junto à Receita Federal, ProcuradoriaGeral da Fazenda Nacional (PGFN) e Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que oferece redução de até 80% no valor da multa para pagamento à vista ou em seis vezes, além de juros mais vantajosos. Para aderir, basta acessar os sites www.receita.faz enda.gov.br ou www.pgfn.fazenda.gov.br. O total do débito será atualizado pela taxa básica de juros (Selic) até o mês de adesão ao Refis. Além das vantagens para o pagamento à vista, o programa apresenta três modalidades de parcelamento. Os contribuintes que optarem em quitar o débito de uma só vez ou em seis prestações poderão incluir no Refis dívidas vencidas até 28 de fevereiro de 2003, com redução de 80% da multa e 30% dos juros, sem necessidade de apresentação de garantia. Quem preferir acertar seus débitos em até 130 prestações poderá incluir no programa as dívidas vencidas até 28 de fe-
Paulo Pampolin/Digna
Mota: cuidado com as exigências
vereiro de 2003, sem a necessidade de apresentação de garantia, mas apenas com redução de 50% da multa. Em compensação, as parcelas deverão ser atualizadas pela Taxa de Juros de Long Prazo (TJLP). Outra opção é o parcelamento em até 120 vezes. Nesse caso, só podem entrar débitos vencidos de 1º de março de 2003 a 31 de dezembro de 2005, sem redução de multa ou juros. As parcelas serão corrigidas pela Selic. Para esse parcelamento pode ser exigida garantia, segundo Wellinton Mota, da Confirp Consultoria Contábil. "Exceto para os optantes do Simples, é exigida apresenta-
Pablo de Sousa/LUZ
ção de bens ou fiança em garantia com relação a débitos inscritos em dívida ativa", diz. Inadimplência – Os contribuintes que aderirem ao parcelamento e deixarem de pagar duas parcelas consecutivas ou alternadas serão excluídos do programa. Isso vale tanto para as prestações do Refis como de tributos vencidos após 28 de fevereiro de 2003. Segundo Mota, no caso do parcelamento em 130 prestações, também é motivo para exclusão o nãopagamento em 30 dias, a contar da adesão, dos impostos e contribuições retidos na fonte. A empresa poderá ainda manter outros parcelamentos simultâneos. "Mas se for excluída do parcelamento comum, também será do Refis", alerta Mota. Para o advogado Jorge Henrique Zaninetti, do escritório Tozzini, Freire, Teixeira e Silva Advogados, o empresário deve avaliar quais débitos valem ser incluídos. "Se o valor for relativamente pequeno e a empresa tiver caixa, o melhor é parcelar em seis meses. Há redução da multa pela metade e a TJLP é bem mais interessante do que Selic", explica. Laura Ignacio
Clóvis Ferreira/Digna Imagem
Para o advogado Jorge Zaninetti, no caso de débito de baixo valor, parcelar em seis meses pode ser vantajoso
INFLAÇÃO Alta de 0,19% no IPCA em julho não assusta mercado Para analistas, indicador mostra uma situação estável, com altas pontuais
O ICMS terá programa especial
governo paulista pretende abrir um novo programa de renegociação de débitos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), conhecido como Refis. Para isso, encaminhou à Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) um projeto de lei (PL n° 501/2006) que, se aprovado, permitirá o pagamento de dívidas dos contribuintes apuradas até o dia 31 de dezembro de 2005, com redução do valor das multas e juros. Os débitos podem estar inscritos ou não na dívida ativa. Com base no resultado do último programa especial, implantado em 2003, a Secretaria de Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz) estima que o novo Refis estadual vai gerar arrecadação adicional de R$ 500 milhões. Desse total, perto de R$ 125 milhões deverão ser repassados aos municípios. Segundo o coordenador de Administração Tributária da
Sefaz, Henrique Shiguemi Nakagaki, o governo resolveu oferecer essa oportunidade para que as empresas tenham condições de reduzir a inadimplência e para estimular o cumprimento das obrigações tributárias em atraso. "Demais estados fizeram isso, várias iniciativas nesse sentido já haviam tramitado na Alesp e diversas entidades pleiteavam por um novo Refis", disse Shiguemi. A medida, caso seja aprovada, deve ainda reduzir o número de disputas judiciais quanto à cobrança do ICMS. Regras – As regras para adesão ao programa deverão ser publicadas por meio de resolução da Sefaz e da Procuradoria Geral do Estado (PGE) somente após a eventual aprovação do projeto e sanção do governador. "O governador solicitou à Assembléia regime de urgência para a tramitação do projeto", disse Shiguemi. A pressa é justificada. O projeto de lei prevê que os contri-
buintes que acertarem seus débitos até 30 de setembro terão redução de 100% no valor da multa e de 50% nos juros. Até o dia 31 de outubro, a diminuição será de 90% na multa e de 50% nos juros. Se o contribuinte optar pelo pagamento até 22 de dezembro, poderá usufruir de um desconto de 70% na multa e de 50% dos juros. Os juros e a atualização do imposto devido pela taxa básica da economia (Selic) serão calculados até a data do recolhimento. Os contribuintes com débitos de ICMS em parcelamento poderão passar as parcelas a vencer, sem os acréscimos financeiros, para o novo Refis. No parcelamento, o acréscimo financeiro é de 1,65% ou 2% ao mês. O imposto, multa e juros devidos em autuação poderão entrar no Refis. Para participar do programa, o contribuinte deverá desistir de qualquer recurso administrativo ou judiciário que questione os débitos incluídos no Refis. (LI)
Emergentes se recuperam
momento em que uma pausa na campanha norteamericana de elevação das taxas de juros fez aumentar o apetite dos investidores por risco. Conforme dados da Emerging Portfolio Fund Research (EPFR), os fundos de ações tiveram um fluxo positivo de US$ 418,7
milhões na semana terminada em 9 de agosto, depois de um superávit de US$ 509,4 milhões na semana anterior. Os recursos para os fundos de bônus de emergentes cresceram em torno de 70% no mesmo período, passando de US$ 164,6 milhões para US$ 280 milhões. (Reuters)
O
O
s fundos de ações de mercados emergentes registraram perto de US$ 1 bilhão de fluxo de entrada nas primeiras duas semanas de agosto. Foi a melhor performance desde maio, no
para se refletirem na vida do consumidor", afirma Marcela. Juros – Em relação ao acumulado nos últimos 12 meses, o IPCA soma até julho 3,97% — abaixo da meta de 4,5% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2006. "A inflação está sob controle e esse é mais um indicador de que o Copom (Comitê de Política Monetária) pode continuar baixando os juros", diz o economista do Instituto Gastão Vidigal Emílio Alfieri. Para ele, o único fator que
3,97 por cento é o acumulado de 12 meses do IPCA, percentual inferior à meta de inflação do ano, fixada em 4,5% pelo governo.
pode desestabilizar o indicador até o final do ano é um aumento substancial dos preços da gasolina ou do álcool. "Mas é improvável que isso chegue a tirar a inflação da meta", diz. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para a população de renda mais baixa, ficou em 0,11% em julho, ante queda de 0,07% em junho. Metodologia – O IBGE estreou na última sexta-feira uma nova forma de calcular o IPCA. Foram incluídos novos itens de despesa familiar, como gastos com internet e telecomunicações. Outros perderam peso, como álcool combustível e aluguel. A nova estrutura de pesos tem como referência a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) realizada pelo IBGE entre 2002 e 2003. Segundo o instituto, o objetivo foi atualizar as ponderações e os itens abrangidos no índice, atualizando-o segundo os hábitos de consumo das famílias. Fernanda Pressinott
Factoring
DC
Para Henrique Shiguemi Nakagaki, da Sefaz, essa é uma nova oportunidade de reduzir a inadimplência
Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador usado pelo governo federal como base da meta de inflação, sofreu pequena aceleração em julho em relação a junho (-0,21%) e fechou em 0,19%. Embora a alteração seja significativa do ponto de vista estatístico (0,40 ponto percentual), a coordenadora de índices de preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina Nunes dos Santos, diz que a situação está estável e apenas alguns elementos puxaram o indicador no mês passado. "Em julho, a queda do preço do álcool combustível puxou para baixo o IPCA. Agora, tudo está tranqüilo. As exceções são alimentos e transportes." No caso dos produtos alimentícios, a alta em julho foi de 0,09%, contra queda de 0,61% em junho. Nos transportes, que subiram 0,37% entre junho e julho, o destaque foi a gasolina, com aumento médio de 0,81%. No álcool combustível, a alta foi de 1,04%. Ainda em transportes, subiram as tarifas de ônibus interestaduais (6,64%) e dos intermunicipais (3,14%). Outro item a puxar a inflação no mês passado foi o salário dos empregados domésticos (1,18%). Como fator positivo para o cálculo da inflação do mês passado, a analista da consultoria Tendências Marcela Prado observa que itens importantes nas despesas das famílias, como energia elétrica e telefone, apresentaram deflação em julho. O primeiro item caiu 0,73% e o segundo, 0,27%. "Julho concentra os reajustes dos preços administrados, que neste ano não subiram porque os IGPs estavam muito baixos", diz. Ela se refere ao Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI) e ao Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), e utilizados para a correção das tarifas públicas. O primeiro está acumulado em 1,56% nos últimos 12 meses, e o segundo, em 1,39%. "As correções foram muito pequenas
O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com
6
Nacional Tr i b u t o s Empresas Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 14 de agosto de 2006
As peças expostas na Art Mundi estarão no Pavilhão de Exposições do Anhembi até o dia 20
MARIE TOSCANO CRIOU AS PEÇAS DA TAM
Fotos: Divulgação
Virou moda. Empresas deixam na mão de estilistas famosos a tarefa de criar as roupas usadas por funcionários. De companhia aérea a redes de fast food.
A TAM acaba de reformular a linguagem visual das salas VIP
Uniformes com design assinado
F
uncionários do McDonald's mal conseguem segurar a ansiedade. E o motivo não poderia ser mais fashion. No dia 1º de setembro, 60 restaurantes dos 544 da rede no Brasil vão passar a usar o novo uniforme da empresa, feito pelo estilista Alexandre Herchcovitch. Até o fim de 2007, empregados de outros 484 endereços vão usar a coleção, que terá cerca de 60 itens. Até mesmo acessórios, como meia, tênis, boné, cinto, gravata e prendedor de cabelo foram criados pelo estilista. A parceria, fechada em 2005, vai durar sete anos. Do atendente ao gerente, todos os níveis de funcionários
usarão os novos uniformes. Nem os empregados de manutenção e as grávidas ficarão de fora. No quesito tecidos, o jeans, nunca usado pela rede no País, é a novidade. Pela primeira vez também haverá cortes femininos e masculinos do uniforme, o que valoriza a individualidade do funcionário. A diretora de Comunicação do McDonald's no Brasil, Flávia Vígio, explica por que Herchcovitch foi escolhido. "O Alexandre tem uma ligação muito forte com o público jovem, de 18 a 21 anos de idade. E essa faixa etária representa até 80% dos nossos funcionários", afirma. A empresa tem hoje 34 mil empregados no País.
O processo de criação dos uniformes durou cerca de seis meses. Herchcovitch visitou restaurantes da rede em diferentes estados brasileiros, onde acompanhou o ritmo de atividade das equipes. Também foram montados grupos que representavam diversos segmentos de funcionários. Nas reuniões desses grupos com o estilista, foram discutidas sugestões de estilos, tecidos, modelos e acessórios que os jovens gostariam de encontrar no novo uniforme da rede. TAM – A TAM também está de guarda-roupa novo. As peças foram adotadas pelas equipes – pilotos, co-pilotos, comissários e pessoal de atendi-
mento – no mês passado, integrando as ações que compõem a programação de aniversário da TAM, que completa 30 anos neste ano. A estilista responsável pela mudança foi Marie Toscano, conhecida por seus chiques vestidos de noiva. " E s s a re f o r m u l a ç ã o d emonstra a constante preocupação em encantar os clientes, característica que a TAM procurou ressaltar ao longo de suas três décadas de existência. Com isso, também vamos investir na motivação de nossas equipes, aperfeiçoando nosso espírito de servir", afirma o presidente da TAM, Marco Antonio Bologna. A nova coleção adota o azulmarinho, cor escolhida pela estilista, e detalhes em vermelho e branco, cores da companhia. As roupas das comissárias têm como destaque um cinto com
fecho de metal que remete ao cinto de segurança. "A TAM me pediu um uniforme que fosse um pouco mais chique que o da concorrência", conta Marie, que criou, além do tailleur, uma opção de calça, vestido, vestido de inverno, saia, camisa e top para as comissárias. "Com vários looks, a roupa fica mais dinâmica, não fica engessada", destaca. Os tops e as camisas têm um collant embaixo para quando as funcionárias se abaixarem não aparecer nada. Acessórios — No total, incluindo pessoal de ar e de terra, Marie criou cerca de 60 peças. Bolsa, sapato e peça para prender o cabelo também entraram na coleção. Para os homens, além do uniforme novo, a estilista fez gravatas diferentes para cada cargo. "No fim, o uniforme ficou classudo e, ao mes-
Ana Hickman desfilou novo traje
mo tempo, modelado e sens u a l . S e g u n d o a TA M , o pessoal está adorando, as moças estão se sentindo o máximo, com a auto-estima lá em cima", diz Marie. A estilista também adorou a experiência. "É bom chegar no aeroporto e ver que aquela roupa é minha." Outras ações para o aniversário da TAM são a reformulação do interior das aeronaves, lançamento de campanha institucional e inauguração do Museu Asas de um Sonho, integrando o calendário das comemorações do centenário de Santos Dumont. Lojas e balcões também ganharam um banho de loja, adotando um novo padrão visual – os móveis dos aeroportos e das lojas de rua agora têm formato que reproduz o ambiente do interior de uma aeronave. Kety Shapazian
Aéreas desfilam alta costura
C
hamar estilistas famosos para dar uma cara nova ao velho uniforme sempre foi moda no exterior, principalmente entre as companhias aéreas. O estilista francês Christian Lacroix desenhou os novos uniformes da Air France. Christian Dior e Nina Ricci foram alguns dos responsáveis por looks anteriores da empresa.
A Delta Airlines contratou a designer de bolsas Kate Spade para criar os modelos de sua companhia aérea popular, a Song. Para a empresa principal, o designer escolhido para a tarefa foi Richard Tyler. Nos anos 1960, Emilio Pucci usou suas estampas chiques nos uniformes das aeromoças, como eram chamadas as comissárias de bordo, da Braniff
Airways. E Pierre Cardin desenhou lenços de cabeça para as comissárias muçulmanas da Pakistan Airlines. As coelhinhas da Playboy também trocaram de roupa: Roberto Cavalli deu "nova cara" para o biquíni preto tomara-que-caia justo, complementado por uma gravata borboleta, um par de orelhas de cetim e um rabo de náilon. (KS)
Paulo Pampolin/Hype
Todos os estados brasileiros estão representados na Art Mundi. Ao lado, peça produzida por artesãos de Minas Gerais
Volta ao mundo pela arte ma viagem por 22 países dos cinco continentes e 16 estados brasileiros é o roteiro da Art Mundi 2006, feira de artesanato que permanece no Anhembi até o próximo dia 20. Do México, vieram jóias em pedras e pratas. Do Paquistão, sapatos e xales. Os quenianos esculpiram, em madeira, animais das savanas africanas. Vestidos cheios de brilho, narguilés de vários modelos, tapetes de seda e bijuterias coloridíssimas recheiam a tenda do empresário egípcio Bahaa Eldin, que chegou ao Brasil há dois anos para negociar produtos de seu país. "Há mil peças nos cabides e esperamos vender mais da metade delas durante a feira", contou. "São modelos diferentes dos que se encontram no mercado e a preços bem abaixo da média." A maioria das peças trazidas para a feira não são vendidas
U
em quaisquer outros lugares. E, como o consumidor final pode comprar diretamente dos artesãos, os modelos importados custam metade do preço médio cobrado no mercado brasileiro. Um bom exemplo são as peças indonésias. Um amuleto de madeira em forma de gato custa cerca de R$ 80 nas lojas especializadas. Na feira, peça parecida sai por R$ 30. "Viajo o mundo participando de eventos de artesanato", contou a indonésia Efnida Husin, que trouxe 900 modelos. "É um pouco da cultura e da arte do meu país que passam a ser conhecidos por outros povos." Até os assentos de vasos sanitários ganharam exclusividade na feira: transparentes e recheados de conchinhas e estrelas-do-mar, eles chamam a atenção de quem passa pela feira. Também vêm da Indonésia e custam R$ 280. "Exporto esses modelos para 18 países,
mas não ainda para o Brasil", afirmou o empresário Fernando Reza. "Quem quiser um assento desse, precisa visitar a feira", acrescentou. Intercâmbio – Promover o intercâmbio técnico e cultural entre os artesãos e aproximálos do consumidor final são os objetivos da Art Mundi, que deve ser visitada por 150 mil pessoas. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o setor movimenta 2,8% do Produto Interno Bruto (PIB). É o equivalente a R$ 28 bilhões a cada ano. Hoje, 8,5 milhões de pessoas se dedicam à produção artesanal no País. Dessas, 7,3 milhões são mulheres. A Art Mundi vai até o dia 20 no Pavilhão Oeste do Anhembi, na Avenida Olavo Fontoura, 1209. De segunda à sábado, das 14 horas às 22 horas. Domingo, até às 21 horas. Sonaira San Pedro
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 14 de agosto de 2006
Indicadores Econômicos
7
3,97
por cento foi o acumulado pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos últimos 12 meses até julho.
11/8/06
Informe Publicitário
FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Fundo Empresarial LP Lastro Performance LP Múltiplo LP Esher LP Master Recebíveis LP
Posição em: 09/08/2006 09/08/2006 09/08/2006 09/08/2006 09/08/2006
P.L. do Fundo 7.771.720,12 1.411.491,78 7.374.178,76 9.552.043,60 1.088.339,65
Valor da Cota Subordinada 1.140.728799 1.059,397422 1.132,598509 1.115,621057 1.057,289927
% rent.-mês 0,8184 0,4786 1,0459 0,8836 0,4625
% ano 16,7618 5,9397 13,2599 11,5621 5,7290
Valor da Cota Sênior 0 1.066,868366 1.078,303995 0 0
% rent. - mês 0,3833 0,4176 -
% ano 6,6868 7,8304 -
rating A+(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)
DC
COMÉRCIO
4
Congresso Sanguessugas Eleição Estadual Planalto
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 15 de agosto de 2006
Esses criminosos querem cumprir pena do jeito que eles querem, mas será como a sociedade exige. Geraldo Alckmin
PT E PSDB DISCORDAM SOBRE VIOLÊNCIA
PARA ALCKMIN E SERRA, PCC QUER PREJUDICAR O PSDB NAS ELEIÇÕES.
O
s candidatos do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, e ao governo do Estado de São Paulo, José Serra, deram ontem o tom que o partido vai usar nessas eleições para justificar os ataques sucessivos do PCC em São Paulo. Para eles, trata-se de atos terroristas com fins políticos e eleitorais contra o PSDB. Alckmin e Serra fizeram uma caminhada conjunta pelas ruas do bairro do Ipiranga, na Zona Sul da Capital. Após o evento, José Serra prosseguiu sozinho para outro evento de rua, no bairro de São João Clímaco. Serra também usou o mesmo argumento para falar dos ataques. "O crime organizado (PCC) tem a intenção de influir na eleição contra o PSDB. Isso é muito claro", argumentou. Apesar de vincularem os ataques do PCC ao processo político-eleitoral, tanto Alckmin quanto Serra evitaram citar a participação de algum partido político. Os dois concederam entrevistas separadamente, mas utilizaram o mesmo discurso. "Esta ação se assemelha ao terrorismo, mas não estou dizendo que existe um partido (político) por trás do PCC. Estou dizendo que o PCC é contra o PSDB. Isso é indiscutível", afirmou Serra. Alckmin também seguiu a mesma linha: "Não estou dizendo que as ações do PCC são partidárias, e sim que os bandidos querem interferir no processo eleitoral contra nós, para prejudicar o PSDB". Ainda no mesmo tom, Alckmin e Serra elogiaram o trabalho que o governo de São Paulo vem fazendo no combate ao crime organizado. Para explicar o surgimento do PCC num Estado administrado há cerca de 12 anos pelos tucanos, eles disseram que isso vem ocorrendo porque a política de São Paulo é eficiente e é a que mais prende em todo o País. "O Lembo (governador de São Paulo, Cláudio Lembo) é um homem íntegro, correto, tem trabalhado bastante e está
Eymar Mascaro
ATAQUES DO PCC O SÃO POLÍTICOS, DIZEM TUCANOS
Tira-teima
s tucanos alimentam o sonho de que Geraldo Alckmin vai tirar a diferença que o separa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas com a campanha de televisão que começa hoje. Alckmin dá a largada ocupando 10 minutos e 22 segundos na tevê, enquanto Lula terá direito a um tempo inferior, 7 minutos e 11 segundos. A televisão representa a parte mais importante da campanha dos candidatos. Lula e Alckmin são os presidenciáveis que dispõem de tempo mais elástico na mídia eletrônica, já que Heloísa Helena (PSol) vai usar a tevê por apenas 1 minuto e 11 segundos. A campanha dos candidatos que começa hoje dura até 28 de setembro. É a derradeira oportunidade para quem precisa crescer nas pesquisas.
José Luis da Conceição / AE
COMO ESTÁ
CERTEZA
A campanha na televisão tem início num momento em que a média de Lula nas pesquisas é de 46% de índice de intenção de voto, contra 23% de Alckmin, uma diferença de 23 pontos percentuais.
O governador Aécio Neves (PSDB) e o expresidente Itamar Franco (sem partido) garantem que Alckmin vai subir nas pesquisas em Minas. Aécio é candidato à reeleição e tem mais de 70% de intenção de voto.
JUSTIFICATIVA Para os tucanos, Alckmin não cresceu o suficiente porque é pouco conhecido dos eleitores. A meta é pontuar nas pesquisas à medida em que o candidato vai transmitindo sua mensagem aos eleitores. Candidatos acreditam que bandidos reagiram à rigidez imposta pelo Regime Disciplinar Diferenciado.
enfrentando esta situação com galhardia", disse Serra. Ao justificar os ataques do PCC, Alckmin fez uma comparação com as ações das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), na Colômbia. "A diferença é que lá a política migrou para o crime, e aqui o crime está migrando para a política", afirmou. Segundo o ex-governador, o governo estadual criou o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), que impõe regras bem mais rígidas aos presos de alta periculosidade, e construiu o primeiro presídio de segurança máxima do Brasil. Por isso, no seu entender, o crime organizado estaria reagindo às políticas mais duras. Alckmin citou como exemplo o seqüestro da equipe de
reportagem da Rede Globo neste fim de semana. "Todo o manifesto deles (membros do PCC) na televisão foi sobre o que? Dizendo que não aceitam o Regime Disciplinar Diferenciado, e que não aceitam isolar os líderes do crime", afirmou. Segundo Alckmin, não foi coincidência que a ação tenha ocorrido a 45 dias da eleição. "Nós criamos o RDD e as penitenciárias de segurança máxima. Esses criminosos querem cumprir pena do jeito que eles querem, mas têm de cumprir como a sociedade exige", defendeu o ex-governador. Serra, por sua vez, disse ontem que, se eleito, manterá o Regime Disciplinar Diferenciado e que construirá mais um presídio, onde o regime também será aplicado. (Agências)
Reunião Plenária (informações, debates e busca de soluções)
Convidado Especial
Gilberto Kassab Prefeito de São Paulo
TEMA: Uma Visão de São Paulo
Dia: 21 de agosto de 2006, segunda-feira Horário: às 17 horas Local: Rua Boa Vista, 51 - 9º andar
MERCADANTE DEFENDE FORÇATAREFA NACIONAL EM SÃO PAULO
O
candidato a governador de São Paulo Aloizio Mercadante (PT), da Coligação Melhor pra São Paulo (PT-PRB-PC do B-PL), afirmou ontem que o seqüestro do jornalista Guilherme Portanova, da Rede Globo de Televisão, e a exigência da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) de que a emissora divulgasse um vídeo é uma situação "inaceitável". Para Mercadante, o momento que vive o Estado em relação à segurança pública exige que os governos estadual e federal parem de fazer acusações mútuas. "Isso não é tema de campanha eleitoral, mas de política de Estado", declarou, ao participar do Fórum de Debates Empresarial promovido pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB) no Clube Monte Líbano, na Zona Sul da cidade. Ele prometeu que, caso eleito, no primeiro dia de mandato implementará, em conjunto com o governo federal, uma força-tarefa no Estado para combater a criminalidade, contando com a participação das Forças Armadas, da Receita Federal, da Polícia Federal (PF) e do Banco Central (BC). "Eu começaria meu governo com a atuação de uma força-tarefa nacional", declarou o petista. Mercadante também criticou o governador do Estado, Cláudio Lembo (PFL), por não enviar criminosos de alta periculosidade à Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Catanduvas (PR). "Tem 40 vagas no presídio federal e São Paulo não enviou ninguém", disse. Entre as políticas propositivas, Mercadante sugeriu a criação de um observatório da violência no Estado, para que as diversas áreas da polícia possam trocar informações e estratégias; aumento da aplicação do regime de penas alternativas aos condenados e reajuste salarial aos policiais. (AE)
CONHECIMENTO Estudo atribuído ao coordenador da campanha tucana, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), indica, por exemplo, que Alckmin é conhecido por 50% do eleitorado nordestino. Só a televisão pode dar ao candidato a projeção que necessita na região.
REGIONAL O Nordeste é, talvez, o reduto eleitoral que mais preocupa Alckmin, pois as pesquisas têm revelado que Lula arranca 65% da preferência na região, contra a média de 15% do tucano. Para crescer, Alckmin confia nas lideranças aliadas locais.
IMPORTÂNCIA Com 33 milhões de eleitores, o Nordeste pode se tornar no ponto decisivo da eleição. O programa Bolsa-Família, carro-chefe da campanha de Lula, atinge a milhares de famílias que vivem na região.
RECUPERAÇÃO Alckmin espera usar a televisão para recuperar os pontos perdidos no Sul do País (quase 20 milhões de votos). Em um mês, o tucano caiu oito pontos na região: tinha 31% de intenção de voto e desabou para 23%.
APOIO Para se recuperar no Sul, Alckmin ainda tenta o apoio dos governadores Germano Rigotto (PMDB), do Rio Grande do Sul 7,5 milhões de votos) e Roberto Requião (também do PMDB), do Paraná ( 7 milhões de eleitores).
TRIÂNGULO Via tevê, Alckmin quer reconquistar a 2ª posição que perdeu para Heloísa Helena, no Rio (11 milhões de votos). Outro Estado em que o tucano precisa se recuperar é Minas (13 milhões). Em São Paulo (26 milhões) Alckmin continua na frente de Lula.
ALERTA Tucanos receberam a informação de que o candidato do PMDB ao governo do Rio, Sérgio Cabral (favorito nas pesquisas), tem conversado com o presidente do PT, Ricardo Berzoini. O PT corre atrás do apoio de Cabral naquele Estado.
TIRO NO PÉ Geraldo Alckmin vestiu saia justa em José Serra ao declarar que participar dos debates é um respeito ao eleitor. Acontece que Serra não compareceu ao debate dos candidatos a governador de São Paulo promovido pela TV Gazeta. Mercadante aproveita a deixa de Alckmin para criticar Serra. Em tempo: Lula também decidiu não ir a debates no 1º turno.
SINDICALISTAS Está prevista para hoje a manifestação de cerca de dois mil sindicalistas em apoio à candidatura de Geraldo Alckmin. A promoção é da Força Sindical. Sexta-feira é dia de outra central sindical, a CUT, promover ato de apoio a Lula.
ÉTICA O escândalo sanguessuga pode dificultar o uso da expressão ética pelos candidatos para criticar o adversário, pois quase todos os partidos têm parlamentares envolvidos com a compra de ambulâncias, com dinheiro do orçamento, superfaturada.
SANGUESSUGAS Começa hoje, na Comissão de Ética do PSB, a instalação dos processos internos contra os parlamentares envolvidos no esquema das ambulâncias superfaturadas. Os deputados Paulo Baltazar (RJ), João Mendes de Jesus (RJ), Isaías Silvestre (MG) e Marcondes Gadelha (PB) devem apresentar suas defesas.
terça-feira, 15 de agosto de 2006
Congresso Planalto CPMI Congresso
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5 Existe um ânimo grande no Senado para fazer esses julgamentos antes das eleições de outubro. João Alberto (PMDB-MA)
DAS INVESTIGAÇÕES ÀCASSAÇÃO
José Cruz / ABr
SANGUESSUGAS SENADORES: PROCESSO NA PRÓXIMA SEMANA O Conselho de Ética do Senado anunciou que os três senadores acusados de se envolver com a máfia dos sanguessugas – Ney Suassuna (PMDB-PB), Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko (PT-MT) – serão formalmente processados na semana que vem por falta de decoro parlamentar. Depois serão os deputados.
Quase lá: o deputado Antonio Carlos Biscaia entrega hoje relatório parcial contra 69 deputados.
ELEITOR DEVE TIRAR OS CORRUPTOS
E
nquanto o Poder Judiciário não tomar uma decisão definitiva sobre os candidatos envolvidos em escândalos, como os 'mensaleiros' e os sanguessugas, caberá ao eleitor agir contra os políticos corruptos que tentarão se reeleger em outubro. A exortação foi feita, em pronunciamento oficial, pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio Mello. "No dia 1.º de outubro, quem tem de agir e abandonar o faz-de-conta é o eleitor", afirmou Mello, que também é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), durante a fala. "Não se omita nem desanime." Ele informou que eventuais
contestações de candidaturas de políticos suspeitos de corrupção serão analisadas caso a caso pela Justiça Eleitoral. No pronunciamento, em cadeia nacional de rádio e televisão, feito na véspera do início da veiculação da publicidade eleitoral gratuita, Mello conclamou os eleitores a preocuparemse com as conseqüências do voto. "É hora de prestar atenção no que dizem (os candidatos) e como se comportam, no que fizeram no passado e, principalmente, de saber se essas pessoas são de fato pessoas corretas e cumpridoras dos deveres", alertou, lembrando que as conseqüências do voto são "duradouras" e repercutem "no desempenho das
instituições". E acrescentou: "Quem não obedece à lei não merece respeito e muito menos o seu " Antes de lembrar que o Brasil será "o resultado do voto" do eleitor, Mello pediu que o "cidadão brasileiro" se comporte como "chefe" dos políticos a eleger. "Você será o patrão, o chefe. Você selecionará, entre tantos candidatos, aqueles que considerar os mais dignos, os mais bem preparados para conduzir a Nação nos próximos anos", disse. Queixa-crime – A ONG Transparência Brasil , que faz campanha pelo voto consciente e pede em seu site que os eleitores não votem em políticos envolvidos em escândalos, foi alvo de uma queixa-crime do PT. (AE)
O
s processos por falta de decoro parlamentar que poderão levar à cassação dos mandatos de três senadores acusados de envolvimento com a máfia das ambulâncias deverão ser abertos na próxima semana. A informação é do presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto (PMDB-MA), que avisou que dará apenas três dias úteis para Ney Suassuna (PMDB-PB), Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko (PT-MT) apresentarem suas defesas por escrito. Hoje o presidente da CPMI dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PTRJ), entrega ao presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), relatório parcial da comissão de inquérito que recomenda a abertura de processo contra 69 deputados, além dos três senadores, por envolvimento com a máfia das sanguessugas. O relatório, que foi aprovado na semana passada pela CPMI, será enviado ao Conselho de Ética do Senado e à Corregedoria da Câmara para a abertura de processo contra os
72 parlamentares. "Existe um ânimo grande no Senado para fazer esses julgamentos antes das eleições de outubro", disse o senador João Alberto. "O processo pode andar muito rápido", completou. Assim que receber hoje formalmente o relatório, o presidente do Conselho de Ética vai notificar os três senadores. A partir daí, serão contados três dias úteis para que os senadores façam sua defesa prévia. Caberá a João Alberto decidir se o processo será aberto, com a nomeação de um relator para investigar o caso, ou se será arquivado. "Mas se eu decidir arquivar, qualquer senador poderá recorrer dessa decisão", observou o presidente do Conselho de Ética. Além de entregar formalmente o relatório parcial ao presidente do Senado, Biscaia vai decidir hoje se notifica os deputados Philemon Rodrigues (PTB-PB) e Salvador Zimbaldi (PSB-SP). Os dois foram envolvidos com a máfia das ambulâncias por Darci Vedoin, sócio da Planam, principal empresa do esquema. "Essa notificação é muito simples e estamos estudando
fazê-la", afirmou o vice-presidente da CPMI dos Sanguessugas, Raul Jungmann (PPSPE). A inclusão dos dois nomes na lista de parlamentares que poderão ser cassados precisará, no entanto, ser votada pelo plenário da comissão. A CPMI dos Sanguessugas marcou para hoje uma reunião administrativa para votar 120 requerimentos. Mas a própria cúpula da comissão admite que dificilmente haverá quorum para que se vote qualquer coisa. Entre os requerimentos à espera de votação estão os que tratam da convocação dos exministros da Saúde José Serra (PSDB), Humberto Costa (PT) e Saraiva Felipe (PMDB). Na lista de requerimentos também estão os que pedem a quebra de sigilo bancário e fiscal de 21 parlamentares e assessores que receberam dinheiro da família Vedoin. A expectativa é que a comissão só volte a funcionar a pleno vapor depois das eleições de outubro. Até lá, o deputado Júlio Redecker (PSDB-RS) deverá começar as investigações sobre as relações da máfia das sanguessugas com integrantes do poder Executivo. (AE)
Alan Marques /Folha Imagem - 08/08/2006
ENFERMEIRO EFICIENTE COOPTOU DEPUTADOS DO RIO
E
x-representante da Planam e responsável por quase todas as negociações de emendas ao orçamento com deputados federais e prefeitos do Estado do Rio envolvidos no caso das sanguessugas, Nylton José Simões Filho é enfermeiro e funcionário do Ministério da Saúde. Ele aparentemente, recebe sem trabalhar. De acordo com o cadastro do Ministério, ele estaria cedido à Fundação Municipal de Saúde de Niterói, para o Hospital Municipal "Orêncio Freitas". No hospital, nem a responsável pela enfermagem, Therezinha Ana Meneguini, nem o departamento de pessoal têm informações a seu respeito. Nunca o viram trabalhando. O salário dele, no entanto, é pago regularmente.
O enfermeiro entrou na máfia dos sanguessugas pelas mãos do próprio Luiz Antonio Vedoin, segundo depoimento do empresário à Justiça e à CPMI. E o sucesso do seu trabalho como intermediador nas negociatas pode ser medido por dois dados diferentes. O primeiro é o fato de o Rio possuir o maior número de políticos envolvidos no esquema. Treze deputados federais do Rio são considerados suspeitos. O presidente da CPMI dos Sanguessugas, Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), afirma que isso é resultado do trabalho desenvolvido por Simões Filho. Rede extensa– Outros dois, inocentados pelos colegas, continuam sob investigação do Ministério Público. Há também dez ex-deputados: seis da
PREÇO DA IMUNIDADE: R$ 130 MI. Acusados investirão R$ 130 milhões para manter o foro privilegiado
S Luiz Antonio Vedoin, da Planam.
atual legislatura e quatro que estiveram na Câmara entre 1998 e 2002. Entre estes, dois foram cassados por outros escândalos: André Luiz (PMDB) pelo caso da extorsão ao contraventor Carlinhos Cachoeira e Roberto Jefferson (PTB) pelo mensalão. Um terceiro, o bispo Carlos Rodrigues (PL), renunciou ao mandato. Já Cornélio Ribeiro (PMDB) trocou a Câmara pela Assembléia Legislativa em 2002. (AE)
anguessugas que não admitem perder a imunidade, muito menos privilégios e o poder que o mandato parlamentar lhes confere, vão torrar aproximadamente R$ 130 milhões na campanha eleitoral em busca da reeleição para o Congresso Nacional. Dos 72 parlamentares que a CPMI mandou para o banco dos réus, sob a suspeita de integrarem a máfia das ambulâncias superfaturadas, cerca de 60 almejam se manter ao abrigo do foro especial para dificultar as investigações de natureza criminal e eventuais punições judiciais. Para isso, pretendem gastar muito. De acordo com suas próprias declarações ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em média, cada um vai desembol-
sar quantia entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões. Alguns estão abaixo dessa quantia, outros extrapolam em muito esse teto. É o caso do senador Ney Suassuna (PMDB-PB), que estima em R$ 5 milhões sua campanha à reeleição. O deputado João Caldas (PL-AL) planeja investir R$ 2 milhões para garantir sua cadeira na Câmara. O ex-presidente do PT no Ceará, José Airton Cirilo, estimou perante o TSE gasto máximo de R$ 1,2 milhão na busca de votos. Integrante do Diretório Nacional do partido, ele não foi enquadrado como sanguessuga porque não é deputado, mas para a CPMI seu grau de envolvimento é comprometedor. . O petista teria indicado o caminho para os mafiosos in-
gressarem nos domínios do governador do Piauí Wellington Dias (PT) – que vai gastar R$ 6, 5 milhões na jornada pela reeleição, dos quais R$ 4,5 milhões só no 1º turno. Unido e Justo – Serys Marly Slhessarenko (PT) quer deixar o Senado e migrar para outro poder, o Executivo. Ela concorre ao cargo de governadora do Mato Grosso e prevê que sua campanha pela chapa Mato Grosso por Inteiro vai ficar em R$ 3 milhões. Lino Rossi (PP-MT), apontado como o homem que abriu as portas do Congresso para a máfia, estimou em R$ 1,4 milhão o custo de sua campanha pela chapa Mato Grosso Unido e Justo! Já Amauri Gasques (PL-SP) anuncia investimento de R$ 1,5 milhão. (AE)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 15 de agosto de 2006
Indicadores Econômicos
7
1,40
por cento foi a queda do Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo, no mês de agosto.
14/8/06
Informe Publicitário
FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Fundo Empresarial LP Lastro Performance LP Múltiplo LP Esher LP Master Recebíveis LP
Posição em: 10/08/2006 10/08/2006 10/08/2006 10/08/2006 10/08/2006
P.L. do Fundo 7.849.367,71 1.412.450,27 7.412.803,08 9.527.769,17 1.088.544,33
Valor da Cota Subordinada 1.152,125870 1.060,187549 1.134,929768 1.112,785950 1.057,488767
% rent.-mês 1,8257 0,5535 1,2539 0,6273 0,4814
% ano 17,9284 6,0188 13,4930 11,2786 5,7489
Valor da Cota Sênior 0 1.067,451629 1.078,946038 0 0
% rent. - mês 0,4382 0,4774 -
% ano 6,7452 7,8946 -
rating A+(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)
DC
COMÉRCIO
8
Empresas Tr i b u t o s Agronegócio Nacional
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 15 de agosto de 2006
PAÍS PRODUZ 12 MIL TONELADAS DE COELHO AO ANO
O quilo do coelho vivo é vendido a R$ 3,50. As matrizes rendem dez vezes mais.
Fotos: Luiz Prado/Luz
Do coelho, aproveita-se a carne, pele, lã, couro e sangue
Galpão da Fazenda Angolona
COELHO: MERCADO HÁ, MAS BRASIL NÃO SABE EXPLORÁ-LO Febre aftosa e cripe aviária fazem crescer procura por carnes alternativas
C
om casos em todo o mundo de febre aftosa, gripe aviária e vaca louca, cresce o interesse dos países por outras carnes para substituir as tradicionais bovina, suína e de frango. Quem pode ganhar com isso são os produtores de coelho, os cunicultores, que encontram um mercado restrito no Brasil. Mas, para exportar, precisam se reestruturar, se adequar às regras de cada importador e torcer para que o dólar volte a ter cotação f a v o r á v e l . E nquanto o mercado nacional aceita animais com até 1,4 quilo, o externo exige coelhos de 2,7 quilos. Os cortes também variam conforme os países, o que leva abatedouros a se adaptarem a cada destino. O produtor Ludwig Dewald Parashtn, da Fazenda Angolona, em São Roque (SP), como vários outros do setor, exportou carne de coelho por alguns anos na década passada, mas parou por conta da desvalorização do real (em relação ao dólar). Com o dólar girando entre R$ 2,20 e R$ 2,30, não conseguiu se manter no mercado internacional. Segundo Parashtn, o ideal seria o dólar entre R$ 2,70 e R$ 2,80. Para a Associação Científica Brasileira de Cunicultura (ACBC), o problema é que o setor coloca todas as esperanças na exportação. "A produção de coelho tem de ser melhor desenvolvida internamente. O Brasil tem condições climáti-
cas e de mão-de-obra favoráveis para criar o animal, mas falta infra-estrutura para a implantação da cunicultura com melhor desempenho", afirma o presidente da ACBC e professor titular do Departamento de Zootecnia/Cunicultura da Universidade Estadual de Maringá, Cláudio Scapinello. A falta de hábito cultural e custos elevados também atrapalham a expansão do setor. Para Scapinello, somente depois de o setor estar organiza-
do será possível um trabalho de marketing e de conscientização sobre os valores nutricionais do coelho. A carne apresenta baixos teores de colesterol, gordura e sódio. Produção – Segundo a ACBC, o Brasil produz cerca de 12 mil toneladas de carne de coelho anualmente. A produção mundial é de 1,6 milhão de toneladas e os maiore s p ro d u t o re s s ã o I t á l i a , França e Espanha, que, juntos, são responsáveis por 40% desse montante. A Alemanha também produz, mas tem como desvantagem em relação ao Brasil os altos custos por
ser um país frio. Demanda investimento quase dez vezes maior que por aqui. Entre os maiores consumidores estão os franceses, espanhóis, italianos e portugueses. Para o pesquisador, toda a cadeia produtiva deve se organizar para tirar o máximo proveito comercial do coelho. Não é apenas a carne que gera lucro, mas também as matrizes, pele, lã, couro, sangue, vísceras, cérebro e fezes. Eles transformam-se em casacos, artesanato, rações, medicamentos e adubo. Países como Estados Unidos e Alemanha, por exemplo, compram o pó seco do cérebro de animais de países como o Brasil, e mandam de volta a tromboplastina para ser usada na área de saúde. "Esses países ganham com valor agregado do que produzimos, assim como ocorre desde o descobrimento", afirma Scapinello. Enquanto a carne gera uma margem de lucro entre 15% e 18% ao cunicultor, que vende o quilo do animal vivo por até R$ 3,50, a venda de matrizes rende dez vezes mais. Para cada uma das finalidades, há raça, peso e idade específicos. Atualmente, há em todo o País cerca de 80 mil coelhos que são criados para uso comercial, segundo estimativas de Parashtn, da Fazenda Angolona, que tem como principal atividade a venda de matrizes para criadores de todo o País. "Ganho dez vezes mais do que com a venda da carne", afirma ele, que há quase 60 anos atua neste mercado. A Fazenda Angolona cria 7 mil coelhos, mas, na época em que exportava, chegou cerca de ter 70 mil animais. Feira – Pesquisadores, produtores e estudantes de cunicultura de todo o mundo vêm ao Brasil participar do 3º Congresso Internacional de Cunicultura das Américas, que será realizado entre os dias 21 e 23 de agosto em Maringá (PR). O evento se propõe a discutir as perspectivas da cunicultura e os avanços científicos mais recentes. Nos dias 19 e 20, haverá cursos pré-congresso sobre tecnologia de processamento de peles e manejo e alimentação. As inscrições podem ser feitas pelo site www.arc.uem.br. Adriana David
Parashtn: exportações não compensam mais para os criadores
Peles rendem mais que carne
Criação exige cuidados femininos
C
om seis gestações por ano, as coelhas parem entre dois e 17 filhotes a cada dois meses. Com tal velocidade de reprodução, o animal pode ser um negócio rentável. Mas isso vai depender do cuidado e atenção que o criador tiver. Como todo empreendimento, o planejamento é a base do sucesso. É preciso atenção técnica para o local, gaiolas, ração e conhecimento de mercado. "O custo do coelho é muito alto, em especial por causa dos impostos embutidos em rações, medicamentos e outros insumos", diz
Ludwig Dewald Parashtn, da Fazenda Angolona. Para o manejo dos 7 mil coelhos em sua fazenda, Parashtn dá atenção especial à mão-deobra, que tem de ser especializada e feminina. "As mulheres são mais delicadas. Cada coelho tem que ser cuidado individualmente", explica. O uso de uma ração de qualidade é outro item que tem de ser cumprido. Segundo ele, há muita ração que não é fiscalizada pelos órgãos competentes e pode gerar problemas aos animais. "Se os remédios para os humanos às vezes não são
fiscalizados, imagine os produtos veterinários", diz. Para Ludwig, a atividade tem de ser profissionalizada e o produtor precisa ter a assessoria de um bom técnico e dedicar-se totalmente à cunicultura para obter resultado. O criador precisa ainda de muita organização para comercializar o produto. "Se ele começar a criar, precisará de um local para o abate. Se não tem, não venderá", afirma o presidente da ACBC e professor de Cunicultura da Universidade Estadual de Maringá, Cláudio Scapinello. (AD)
Paulo Pampolin/Hype
Paulo Pampolin/Hype
Coelho ao vinho do restaurante La Casserole, um clássico
Marie France: diversidade
Restaurantes finos oferecem a carne
C
omo não faz parte da cultura alimentar brasileira, a carne de coelho congelada ou mesmo pronta é difícil de ser encontrada. Mas não é impossível. Ela pode ser comprada em supermercados e empórios finos ou degustada em restaurantes franceses, italianos e espanhóis de bairros nobres paulistanos, como os Jardins. Na Casa Santa Luzia, a carne de coelho é encontrada congelada em diversas formas: inteiro, em pedaços, só o lombo, traseiro, dianteiro, os três juntos. Os preços variam de R$ 16,10 o quilo de cortes de dianteiros a R$ 28 o quilo do lombo. O mais vendido é o coelho inteiro em cortes de traseiro, dianteiro e lombo, que custa R$ 18,10. Segundo Ana Fanelli, nutricionista da Santa Luzia, há alguns anos o coelho passou a ser vendido em cortes. Antes era apenas inteiro. "Houve mais aceitação dos clientes pela facilidade. Mas ainda tem muito mercado a ser desenvolvido", diz. Na Casa Santa Luzia, os interessados em comer coelho recebem ajuda dos funcionários para preparar a carne. Algumas granjas também distribuem folhetos com receitas. O restaurante Fasano ofere-
ce o lombo de coelho recheado com funghi envolto em bacon e dourado na panela e acompanhado de nhoque de azeitona preta. No francês Le Casserole, o coelho pode ser degustado de duas formas: o clássico, ao molho de vinho tinto, e ao molho de ameixa seca. Para o preparo de ambos os pratos, que custam R$ 39,50, a carne é marinada antes do cozimento por 24 horas com vinho, ervas e legumes. No inverno, acompanhado de um bom vinho, o consumo de coelho aumenta cerca de
25%, segundo a proprietária do restaurante Le Casserole, Marie France Henry. Da cozinha dessa francesa saem entre 15 e 20 pratos por semana. Para garantir que não falte o produto, Le Casserole e a Casa Santa Luzia compram coelho de várias granjas, mas não são muitas as opções. Em São Paulo, há apenas cinco criadores. Alguns supermercados, como Pão de Açúcar e Carrefour, também vendem carne de coelho, mas apenas em lojas dirigidas ao público de classe alta, a partir de R$ 20 o quilo. (AD)
SERVIÇO
As tocas onde pode ser encontrado Onde comer: Le Casserole: Largo do Arouche, 346 - São Paulo SP. Telefone: (11) 3331-6283 Fasano: Rua Haddock Lobo, 1644 - São Paulo - SP. Telefone: (11) 3082-1866 Bar Buenos Aires: Rua da Matriz, 62 - Embu - SP. Telefone: (11) 4781-1346 Onde comprar: Casa Santa Luzia: Al. Lorena, 1471 - São Paulo SP. Telefone: (11) 3897-5000 Carrefour: Nas lojas
destinadas ao público da classe A Pão de Açúcar: É mais fácil encontrar nas seguintes lojas: Morumbi: Avenida Francisco Morato, 2.385 Afonso Brás : Avenida Professor Alfonso Bovero, 1.425 Real Parque: Avenida Major Sylvio de Magalhães Padilha, 1.300 Brigadeiro: Av. Brigadeiro Luís Antônio, 3.126
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 15 de agosto de 2006
1
800
mil novos clientes foi quanto o Banco do Brasil incorporou no primeiro semestre do ano
INDICADOR ATINGIU A MARCA DE 204 PONTOS-BASE EM DIA DE CAUTELA NOS MERCADOS INTERNACIONAIS
RISCO VOLTA A TER MÍNIMA HISTÓRICA
O
s mercados financeiros mundiais iniciaram a semana na defensiva. Apesar de algumas notícias positivas – como o cessar-fogo no Líbano, a queda dos preços do barril do petróleo e a redução do risco-Brasil –, a economia americana ainda é a principal referência para a formação de preços nas mesas de operações. Por isso, os investidores preferiram aguardar a divulgação, nos Estados Unidos, dos índices de preços ao produtor, hoje, e ao consumidor, amanhã, para fazer apostas mais arriscadas. O dado positivo do dia foi a nova rodada de baixa da taxa de risco do Brasil. O indicador, apurado pelo banco americana JP Morgan, chegou a operar em 204 pontos-base no meio da tarde de ontem. No encerramento dos negócios no Brasil,
Leonardo Rodrigues/Digna Imagem – 16/5/05
o risco estava em 205 pontosbase. Segundo analistas, o número reflete as boas condições da economia brasileira, que ajudam a atenuar os efeitos de crises externas no País. As bolsas de Nova York tiveram uma segunda-feira de alta, mas perderam força à tarde. Foi o suficiente para que a queda dos papéis mais negociados na bolsa paulista (Petrobras, Vale do Rio Doce e Banco do Brasil) empurrasse o Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), para baixo. Petrobras e BB refletiram os resultados apresentados em seus balanços, que não foram ruins, mas também não surpreenderam positivamente. A Vale operou em baixa, ainda sob a influência da oferta de compra da canadense Inco. O Ibovespa fechou em baixa de 1,05%, com 36.556 pontos.
Com esse resultado, a bolsa passou a acumular queda de 1,4% em agosto e alta de 9,27% em 2006. O giro financeiro ficou em R$ 1,796 bilhão. O índice Dow Jones, da Bolsa de Valores de Nova York, fechou praticamente estável, com variação positiva de 0,09%. Já o índice Nasdaq, que lista empresas de tecnologia, teve alta de 0,55% no fechamento. Dólar — O dólar comercial fechou na máxima do dia, cotado a R$ 2,162, em queda de 0,14%. Fraca volatilidade e volumes financeiros reduzidos caracterizaram a sessão, de acordo com os operadores. O Banco Central (BC) realizou mais um leilão de compra da moeda americana e manteve o comportamento da semana passada. A autoridade monetária aceitou apenas três propostas à menor taxa pedida pelos bancos, de R$ 2,16. (AE)
Investimento externo cresce menos
O
s investimentos est r a n g e i ro s d i re t o s (IEDs) de pequeno porte estão crescendo mais este ano, enquanto perde velocidade a expansão dos empreendimentos de grande porte. A conclusão é de pesquisa da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet). Com isso, o ingresso dos IEDs neste ano crescerá menos do que no ano passado. "Para 2006, a tendência é de queda no ritmo de crescimento dos investimentos diretos es-
trangeiros", diz o economistachefe da Sobeet, Alexander Xavier. Em 2005, as entradas foram de US$ 22 bilhões, 68% acima do ano anterior. Para este ano, a sociedade projeta um ingresso ao redor de US$ 28 bilhões, 27% acima de 2005. Parte disso se deve ao aumento da entrada de investimentos de menor porte. No primeiro trimestre desse ano, o volume de investimentos abaixo de US$ 10 milhões cresceu 22,8%, mais do que o dobro de igual período de 2005. Já a expansão do ingresso dos in-
vestimentos acima de US$ 100 milhões de janeiro a junho de 2006 foi a metade da registrada no primeiro semestre de 2005. De acordo com o economista, o avanço dos investimentos de menor porte está ligado, basicamente, à "permanência das empresas no mercado e à necessidade de manutenção dos negócios". Além disso, ele diz que o Brasil tem novos competidores, como os países do Leste Europeu e da Ásia, principalmente a China. A carga tributária elevada no País afasta os interessados. (AE)
Rossano Maranhão, presidente do BB: lucro no nível do mercado mesmo sem itens extraordinários.
BB tem lucro recorde de R$ 3,9 bi no 1º semestre
governo estuda um conjunto de medidas para aumentar o poder de barganha dos clientes dos bancos e forçar a concorrência entre as instituições. O objetivo é reduzir os custos para o consumidor, por meio de tarifas bancárias ou queda dos juros. Um dos instrumentos em análise, segundo fonte do governo, é o chamado DOC reverso. Por esse mecanismo o cliente poderá, por exemplo, transferir todo o salário que recebe em um banco para outro de sua preferência, sem precisar se deslocar
até a instituição onde tem a conta que recebe o pagamento. De acordo com essa fonte, hoje um cliente que vá ao banco para transferir todo o seu saldo para outra instituição sofre pressão do gerente e, muitas vezes, acaba desistindo da operação. Com o DOC reverso isso muda. O cliente vai diretamente ao banco de sua preferência, abre a conta e lá mesmo faz a operação de transferência de fundos por DOC. O documento se chama DOC reverso porque é feito a partir do banco que receberá o dinheiro.
Instituído, o DOC reverso será um instrumento a mais para facilitar a transferência de recursos. Atualmente os correntistas podem fazer essa operação utilizando um cheque específico, sobre o qual não incide Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF). No DOC reverso, haverá a cobrança. Ainda assim, o governo acredita que esse será mais um instrumento de barganha. Com maior possibilidade de perder o correntista, o banco tende a tratá-lo melhor. (AE)
Banco do Brasil (BB) registrou, na primeira metade de 2006, o maior lucro líquido semestral de sua história: de R$ 3,9 bilhões. O resultado foi maior do que o obtido pelos principais bancos privados do País, como o Bradesco (R$ 3,132 bilhões) e o Itaú (R$ 2,958 bilhões). O lucro líquido dos primeiros seis meses de 2006 supera em 96,5% o resultado de igual período de 2005 — R$ 1,979 bilhão. O presidente do BB, Rossano Maranhão Pinto, reconheceu que parte do lucro líquido da instituição deveu-se a receitas extraordinárias. No primeiro trimestre, o BB incorporou créditos tributários de R$ 1,5 bilhão. No segundo, o lucro foi engordado por um acordo com a Previ, o fundo de pensão dos funcionários do banco. Maranhão ressaltou, no entanto, que mesmo sem as receitas extraordinárias o lucro da instituição estaria no mesmo nível dos demais bancos. O re-
Nossa Caixa ganha mais
período de abril a junho de 2005, no entanto, o ganho do banco caiu, de R$ 290 milhões para R$ 115 milhões. O diretor financeiro do banco, Rubens Sardenberg, atribuiu a diminuição do resultado à redução do rendimento da carteira de títulos prefixados da Nossa Caixa, que representa 45% do total. Mas ele disse acreditar que essa influência
negativa seja compensada nos próximos meses. A carteira de crédito da Nossa Caixa somava R$ 6,8 bilhões no fim de junho, 5% mais do que no fim do primeiro trimestre. Sardenberg informou que 74,6% da carteira é formada por pessoas físicas, cujo volume de operações totalizava R$ 5,1 bilhões no fim de junho passado. No
caso das pessoas jurídicas, a carteira estava em R$ 1,7 bilhão. A diferença entre os dois segmentos existe, segundo Sardenberg, porque as pequenas e médias empresas são as que mais sofrem em situações adversas da economia. Tarifas — As receitas com prestação de serviços (tarifas) cresceram 35,9% no primeiro semestre em
Governo deve criar DOC reverso
O
O
lucro líquido da Nossa Caixa no primeiro semestre foi de R$ 289,9 milhões, montante 6,3% superior ao registrado em igual período de 2005. Na comparação do segundo trimestre de 2006 com o
ADVOGADOS Wadih Helú - Waldir Helú
Advocacia Cível - Comercial - Família - Tributária Escritórios: Rua José Bonifácio, 93 - 9º andar, conj. 91 - CEP 01003-001 Av. Nove de Julho, 4.887 - 10º andar, conj. 101-B - CEP 01407-200 Fones: (11) 3242-8191 e (11) 3704-3407
O
sultado seria de aproximadamente R$ 2,9 bilhões, graças, sobretudo, à elevação da base de clientes e ao aumento da carteira de crédito. Em 12 meses, o BB agregou 1,8 milhão de novos clientes — 800 mil deles no primeiro semestre do ano. O saldo das operações de crédito atingiu em junho um total de R$ 113,1 bilhões, com crescimento de 17,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Entre as modalidades que mais cresceram, o presidente do BB destacou as de pessoas físicas que, em junho, alcançaram saldo de R$ 20,5 birelação à primeira metade do ano passado, passando de R$ 289,1 milhões para R$ 391,9 milhões. Segundo ele, a Nossa Caixa espera a transferência de todas as contas correntes dos funcionários públicos estaduais do Santander Banespa para suas agências até o mês de janeiro de 2007. Sardenberg informou que o banco
lhões, com alta de 22,4% em relação a dezembro de 2005. Imóveis — Entre as operações com pessoas físicas, destacaram-se os empréstimos consignados, com expansão de 58,5% no semestre. O crédito consignado no BB alcançou saldo de R$ 6 bilhões. Para o futuro, o BB pretende aumentar seus lucros ao entrar em um nicho importante, que é o do financiamento imobiliário. "O crédito imobiliário é importante para tornar a clientela fiel", disse Maranhão, acrescentando que esse é um produto que falta no BB. (AE) prepara produtos específicos para o funcionalismo, como uma linha de financiamento de veículos. O diretor financeiro afirmou também que a migração desses correntistas acarretará a elevação do volume de empréstimos consignados, já que o servidor passará a receber seus proventos no banco. Davi Franzon
Ano 81 - Nº 22.191
Sanguessugas e os 40 mensalões caçam o seu voto
R$ 0,60
A campanha eleitoral na TV começa hoje com um aviso feito pelo ministro Mello, o presidente do TSE: "Você será o patrão, o chefe". E o Brasil, "o resultado do voto". Sanguessugas e mensaleiros vão se reeleger, revelam as pesquisas. Págs. 5 e 8
Jornal do empreendedor
R$ 130 mi para garantir imunidade Para não perder privilégios sanguessugas vão gastar fortunas em campanhas para se reelegerem.
São Paulo, terça-feira 15 de agosto de 2006
Abê
w w w. d co m e rc i o. co m . b r
É a bancada da impunidade pedindo bis
Edição concluída às 00h40
Marcos Alves/Diário de S.Paulo/O Globo
Debate com cadeira vazia
O PT não quer Transparência Brasil
Presidente Lula cumpre o que prometeu: não aparece no primeiro debate entre presidenciáveis na TV Bandeirantes. Mas foi criticado como se estivesse lá. Pág. 8
Além de queixa-crime o partido entra com liminar para a retirada do conteúdo do site. Pág. 5
O menor risco Brasil A marca é de 204 pontos-base. Indica economia forte. E 1 Paulo Pampolin/Hype
Reprodução
Somos irmãos em Cristo e em Castro
De frei Betto, que foi a Cuba, não conseguiu visitar o amigo Fidel Castro no hospital, mas defendeu a soberania da ilha. C 4
Ernesto Rodrigues/AE
Fim de uma praia paulistana
Mohamed Azakir/Reuters
Logomarcas animadas conquistam clientes
Pesquisa mostra que 65,2% dos paulistanos vão aos shoppings para comprar. E 5
Tecnologias digitais criam as peças que ajudam a vender.
A volta da guerra que não acabou
Reencontre o seu notebook Sistema localiza equipamento perdido. Informática
AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 29º C. Mínima 16º C.
Seqüestro: há dois suspeitos Um deles é ligado ao PCC e outro o chileno Norambuena. Repórter está sob proteção (foto). C 1
DC
HOJE Parcialmente nublado Máxima 32º C. Mínima 15º C.
Famílias de libaneses, animadas com o cessarfogo, retornam ao Sul do país. Mas Israel já acusa Hezbollah de ataques com foguetes. C 4
www.finanfactor.com Pabx (11)
6748-5627 (Itaquera) 6749-5533 (Artur Alvim)
Lucro dos bancos: R$ 11 bi no semestre Só o do Banco do Brasil chegou a R$ 3,9 bi. É um recorde. Em 2º está o Bradesco, com R$ 3,1 bi. E 1
DIÁRIO DO COMÉRCIO
2 -.ECONOMIA/LEGAIS
terça-feira, 15 de agosto de 2006
ATAS
CHEMIN CONSTRUTORA S.A. CNPJ Nº 43.109.891/0001-21 - NIRE 35.300.033.213 Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 27/06/2006 1. Dia, Hora e Local: Aos 27 (vinte e sete) dias do mês de junho de 2006, às 11h00min, na sede social da Sociedade, na cidade de São Paulo - SP, na Rua Sebastião Gil nº 22 - sobreloja. 2. Mesa: Presidente: Arnaldo Giácomo Chemin. Secretário: Luiz Nicodemo Chemin. 3. Presença: Presentes os acionistas representando a totalidade do capital social, conforme assinatura no “Livro de Presença de Acionistas”. 4. Convocação: Dispensada a publicação dos avisos previstos no artigo 124 da Lei nº 6.404/76, face à faculdade prevista no § 4º do mesmo artigo (comparecimento da totalidade dos acionistas). 5. Ordem do Dia: 5.1. Deliberar sobre a transformação de parte das Ações Ordinárias em Ações Preferenciais sem direito de voto; 5.2. Deliberar sobre a aprovação do novo Estatuto Social; 5.3. Deliberar sobre o preenchimento ou não do cargo de Diretor Jurídico. 6. Deliberações: 6.1. Ações Preferenciais: Em relação ao item (5.1.) da ordem do dia, por decisão unânime dos acionistas, foi aprovada a transformação de 29.620.439 (vinte e nove milhões, seiscentas e vinte mil e quatrocentas e trinta e nove) ações ordinárias nominativas em ações preferenciais nominativas sem direito de voto, remanescendo ainda 37.025.551 (trinta e sete milhões, vinte e cinco mil e quinhentas e cinqüenta e uma) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. As ações preferenciais ora transformadas pertencerão aos acionistas na mesma proporção já existente. Face à deliberação retro, o Capital Social da Sociedade, no valor de R$ 8.597.648,07 (oito milhões, quinhentos e noventa e sete mil, seiscentos e quarenta e oito reais e sete centavos), totalmente subscrito e integralizado, está dividido em 74.051.100 (setenta e quatro milhões, cinqüenta e uma mil e cem) ações nominativas, sem valor nominal, sendo 37.025.551 (trinta e sete milhões, vinte e cinco mil e quinhentas e cinqüenta e uma) ações ordinárias com direito de voto e 37.025.549 (trinta e sete milhões, vinte e cinco mil e quinhentas e quarenta e nove) ações preferenciais sem direito de voto, divididas entre os acionistas da seguinte maneira: a) ao Sr. Arnaldo Giácomo Chemin pertencem 9.071.260 (nove milhões, setenta e uma mil, duzentas e sessenta) ações ordinárias nominativas e 9.071.259 (nove milhões, setenta e uma mil, duzentas e cinqüenta e nove) ações preferenciais nominativas; b) ao Sr. Luiz Nicodemo Chemin pertencem 9.071.260 (nove milhões, setenta e uma mil, duzentas e sessenta) ações ordinárias nominativas e 9.071.259 (nove milhões, setenta e uma mil, duzentas e cinqüenta e nove) ações preferenciais nominativas; e c) ao Sr. Luiz Alberto Chemin pertencem 18.883.031 (dezoito milhões, oitocentas e oitenta e três mil e trinta e uma) ações ordinárias nominativas e 18.883.031 (dezoito milhões, oitocentas e oitenta e três mil e trinta e uma) ações preferenciais nominativas. 6.2. Novo Estatuto Social - Quanto ao item (5.2) da ordem do dia, o Sr. Presidente passou à leitura e discussão do Novo Estatuto Social, previamente distribuído aos acionistas, o qual foi aprovado por unanimidade pelos presentes, e anexado em sua íntegra, à Ata desta Assembléia como seu Anexo I. 6.3. Vacância de Cargo: Quanto ao item (5.3.) da ordem do dia, os acionistas decidiram por unanimidade não ser necessário o preenchimento do cargo de Diretor Jurídico, que ficará vago por tempo indeterminado. 7. Encerramento: Nada mais havendo a ser tratado, o Sr. Presidente ofereceu a palavra a quem dela quisesse fazer uso e, como ninguém se manifestou, foram suspensos os trabalhos pelo tempo necessário à lavratura desta ata no livro próprio, a qual, reaberta a sessão, foi lida, achada conforme, aprovada por unanimidade e assinada. A presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio. Arnaldo Giácomo Chemin - Presidente da Mesa. Luiz Nicodemo Chemin - Secretário da Mesa. Anexo I - À Ata de Assembléia Geral Extraordinária da Chemin Construtora S.A. realizada em 27 de junho de 2006. Estatuto Social da Chemin Construtora S.A. - CNPJ Nº 43.109.891/0001-21 - NIRE 35.300.033.213. Capítulo I - Nome - Sede - Objeto - Duração - 1. Nome e Duração - A Chemin Construtora S.A. é uma sociedade por ações, com prazo de duração indeterminado, regida pelo disposto no presente Estatuto Social e pelas disposições legais aplicáveis, em especial a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e suas alterações posteriores. 2. Sede - A Sociedade tem sua sede e foro na cidade de São Paulo - SP, na rua Sebastião Gil nº 22, sobreloja, e poderá abrir e fechar filiais, agências, sucursais, escritórios e depósitos, onde e quando convier aos interesses sociais, a critério exclusivo da Diretoria, que por sua vez, poderá fechá-los a qualquer tempo. 3. Objetivo - A Sociedade tem por objetivo: a. A realização de empreendimentos imobiliários; b. A incorporação de imóveis; c. A construção de edifícios e residências, por conta própria ou de terceiros, por empreitada ou administração; d. A compra, venda, corretagens e administração de bens imóveis, e. A administração de bens móveis e imóveis próprios; f. A industrialização, compra e venda de materiais de construção; e g. A participação em outras sociedades, nacionais ou estrangeiras, na qualidade de sócia, acionista ou quotista. Capítulo II - Capital Social - Ações - 4. Capital Social - O capital social é de R$ 8.597.648,07 (oito milhões, quinhentos e noventa e sete mil, seiscentos e quarenta e oito reais e sete centavos), totalmente integralizado, dividido em 74.051.100 (setenta e quatro milhões, cinqüenta e uma mil e cem) ações nominativas, sem valor nominal, sendo 37.025.551 (trinta e sete milhões, vinte e cinco mil e quinhentas e cinqüenta e uma) ações ordinárias com direito de voto e 37.025.549 (trinta e sete milhões, vinte e cinco mil e quinhentas e quarenta e nove) ações preferenciais sem direito de voto. 5. Propriedade das Ações - A propriedade das ações será comprovada pela inscrição do nome do Acionista no livro de “Registro de Ações Nominativas”. 6. Direito de Voto - Cada ação ordinária confere ao seu titular o direito de 01 (um) voto nas Assembléias Gerais de Acionistas, cujas deliberações serão tomadas na forma da legislação aplicável. 7. Mudança de Espécie - As ações não poderão ter sua espécie alterada de ordinária para preferencial ou vice-versa, ressalvada deliberação da maioria dos acionistas em Assembléia ou determinação legal neste sentido. 8. Proporções e Classes - Por deliberação dos acionistas que representam a maioria das ações ordinárias, em Assembléia Geral especialmente convocada para este fim, poderão ser emitidas ações, sem guardar a proporção das espécies e/ou classes das ações já existentes, bem como criar classes de ações preferenciais, desde que o número de ações preferenciais não ultrapasse o limite de 50% (cinqüenta por cento) do total das ações emitidas. 8.1. As ações ordinárias e preferenciais participarão igualitariamente dos aumentos de capital oriundos de incorporação de lucros e reservas, reavaliação do ativo e correção anual do capital social, se aplicável. 9. Ações Preferenciais - As ações preferenciais, que não têm direito de voto, não resgatáveis, asseguram aos seus titulares as seguintes vantagens: 9.1. Plena participação com prioridade no recebimento de dividendo mínimo, não cumulativo anual de 5% (cinco por cento), calculado sobre o valor do lucro líquido apurado no balanço encerrado em 31 de dezembro de cada exercício. 9.2. Participação, em igualdade de condições com as ações ordinárias, na distribuição de lucros que excederem ao mínimo estabelecido no inciso anterior, bem como nas bonificações em dinheiro ou em títulos que a Sociedade vier a distribuir. 9.3. Prioridade, em relação às ações ordinárias, no reembolso do capital, sem prêmio. 10. Aquisição, do Direito de Voto pelas Ações Preferenciais - As ações preferenciais adquirirão o exercício do direito de voto, nos termos do art. 111, § 1º, da Lei 6.404/76, se a sociedade deixar de pagar o dividendo prioritário por 03 (três) exercícios consecutivos, direito que conservarão até que ocorra o pagamento, se tais dividendos não forem cumulativos. 11. Direito de Preferência - As ações representativas do Capital Social somente poderão ser cedidas e/ou transferidas a terceiros após terem sido oferecidas em igualdade de condições aos demais acionistas, que terão o direito de preferência na aquisição das referidas ações, pelo prazo de 30 (trinta dias) contados do recebimento do aviso por escrito do acionista disposto a ceder e/ou transferir suas ações. Decorrido este prazo sem que exercida a preferência pelos demais acionistas, terceiros poderão adquirir as ações desde que nos mesmos termos e condições às oferecidas aos acionistas. 11.1 Dentre os acionistas, terão preferência para aquisição de qualquer ação, independentemente da classe a que pertence a ação cedida/alienada, em primeiro lugar os acionistas ordinaristas, seguidos pelos acionistas preferencialistas. 11.2 Caso haja interesse na aquisição das ações por mais de um acionista portador da mesma classe de ações, as ações cedidas e/ou transferidas serão transferidas e/ou cedidas para os acionistas remanescentes obecedendo-se a proporção existente antes da cessão e/ou transferência. 12. Aumento de Capital Social - A distribuição das ações decorrentes de aumento de capital social deverá se efetivar dentro de 60 (sessenta) dias, contados da data da publicação da Ata da Assembléia Geral que o aprovar, observadas as prescrições legais. 13. Suspensão - As transferências, desdobramentos e conversões de ações serão suspensas 10 (dez) dias antes da realização das assembléias gerais. Capítulo III - Administração - Diretoria - 14. Administração - A administração da Sociedade compete à Diretoria, que terá as atribuições conferidas por lei e pelo presente Estatuto Social, estando os Diretores dispensados de oferecer garantia para o exercício de suas funções. 15. Posse - Os Diretores eleitos tomarão posse por Termo lavrado no livro de Atas de Reuniões da Diretoria, observadas as prescrições legais. 16. Remuneração - A Assembléia Geral de Acionistas deverá estabelecer a remuneração total dos membros da Diretoria, cabendo a esta deliberar sobre a sua distribuição a seus membros. 17. Mandatos - Os membros da Diretoria serão eleitos ou reeleitos por 03 (três) anos, em Assembléia Geral que lhes fixará a remuneração. 17.1 Findo o mandato, os membros da Diretoria permanecerão em seus cargos, até a eleição e posse de seus substitutos legais. 18. Composição - A Sociedade será administrada por uma Diretoria composta por no mínimo 03 (três) e no máximo 07 (sete) membros, acionistas ou não, residentes no país, sendo um Diretor Presidente, um Diretor Vice-Presidente, um Diretor Superintendente, um Diretor Industrial, um Diretor Comercial, um
Diretor Administrativo-Financeiro e um Diretor Jurídico. 18.1 No caso de vacância de cargo da Diretoria, a respectiva necessidade de substituição será deliberada pela Assembléia Geral de Acionistas, a ser convocada no prazo de até 90 (noventa) dias, contados da vacância. 19. Poderes - Compete: 19.1. À Diretoria, que se reunirá com a presença da maioria de seus membros titulados, desde que presentes ou o Diretor Presidente, ou o Diretor Vice-Presidente ou o Diretor Superintendente: a) Deliberar sobre a orientação dos negócios sociais, e organizar os planos globais de desenvolvimento da Sociedade; b) Preparar o relatório anual, a ser apresentado na Assembléia Geral, juntamente com o Balanço Geral e a Demonstração do Resultado do Exercício; c) Instalar, manter, transferir ou extinguir filiais, agências, sucursais, escritórios ou depósitos; d) Deliberar sobre outros assuntos que, na forma deste Estatuto, lhe competir. 19.2 A qualquer dos Diretores Titulados, isoladamente: a) Presidir as reuniões da Diretoria e da Assembléia Geral; b) Convocar a Assembléia Geral; c) Representar a sociedade ativa e passivamente, em juízo ou fora dele, assim como perante as repartições públicas federais, estaduais, entidades autárquicas ou paraestatais, empresas de serviços públicos, privadas ou mistas, nacionais ou internacionais, no endosso de cheques para depósitos em contas correntes bancárias mantidas pela sociedade, nas requisições de saldos, extratos, posições de aplicações financeiras e talões de cheques; e; d) Praticar todos ou outros atos de gestão ordinária não prevista nos demais incisos. 19.3 Aos Diretores Titulados, agindo sempre 02 (dois) deles em conjunto, ou 01 (um) deles em conjunto com procurador com poderes específicos: a) Movimentar todas e quaisquer contas mantidas pela Sociedade em bancos ou outras instituições financeiras, públicas, privadas ou mistas, nacionais ou internacionais; b) Representar a outorgante na assinatura de contratos particulares de compromisso de venda e compra de imóveis em construção ou construídos pela Sociedade e respectivas frações ideais de terreno; e c) Na outorga de procurações “ad-judicia”. 19.4 Aos Diretores Presidente, Vice-Presidente ou Superintendente, agindo 02 (dois) deles em conjunto, independentemente da ordem de nomeação ou, qualquer um deles em conjunto com outro diretor titulado ou procurador com poderes específicos: representar a outorgante na compra, venda e oneração de bens móveis e imóveis, podendo receber o preço, dar quitação e transmitir posse, domínio, direito e ação, responder pela evicção legal, na outorga de penhores, na alienação fiduciária de bens da sociedade, na prestação de avais ou fianças, na obtenção de empréstimos ou financiamentos no País ou no Exterior e na outorga de procurações. 19.5 Aos Diretores Titulados, agindo sempre um deles em conjunto com procurador com poderes específicos: para representar a companhia na compra, venda e oneração de bens móveis e imóveis, podendo receber o preço, dar quitação e transmitir posse, domínio, direito e ação, e responder pela evicção legal sobre os bens. 20. Da Validade dos Mandatos - Na ausência de determinação de período de validade nas procurações outorgadas pela Sociedade, presumir-se-á que as mesmas foram outorgadas pelo prazo de validade de 12 (doze) meses, com exceção daquelas para fins judiciais, que terão seu prazo de validade indeterminado. 21. Atos Estranhos à Sociedade - São expressamente vedados, sendo nulos e inoperantes com relação à Sociedade, os atos de qualquer Diretor, procurador ou funcionário que envolverem em obrigações relativas a negócios ou operações estranhos aos objetivos sociais. Capítulo IV - Assembléia Geral de Acionistas - 22. A Assembléia Geral dos Acionistas é órgão soberano da Sociedade e tem poderes conferidos em lei, a qual será presidida por um Diretor titulado acionista, que convidará um dos presentes para atuar como secretário. 23. Assembléias ordinárias - As Assembléias Gerais de Acionistas realizar-se-ão ordinariamente uma vez por ano, até o 04º (quarto) mês seguinte ao encerramento de cada exercício social, a fim de que sejam discutidos os assuntos previstos em lei. 24. Assembléias Extraordinárias - As Assembléias Gerais Extraordinárias serão realizadas sempre que necessário, quando os interesses sociais assim exigirem, ou quando as disposições do presente Estatuto Social ou da legislação aplicável exigir deliberação dos Acionistas. 25. Convocação - As Assembléias Gerais de Acionistas, Ordinárias ou Extraordinárias, serão convocadas por qualquer Diretor. 25.1. A assembléia geral pode também ser convocada por acionistas que representem 20% (vinte por cento), no mínimo, do capital social, quando os Diretores não atenderem, no prazo de 08 (oito) dias, o pedido de convocação que apresentarem, o qual deverá ser devidamente fundamentado e obrigatoriamente conter a indicação das matérias a serem tratadas. 25.2. A convocação far-se-á mediante anúncio publicado por 03 (três) vezes, no mínimo, e deverá conter, além do local, data e hora da assembléia, a ordem do dia, e, no caso de reforma do estatuto, a indicação da matéria. 26. Dispensa Independentemente das formalidades previstas na Cláusula (25) retro, será considerada regular a assembléia geral a que comparecerem todos os acionistas. 27. Quorum de Instalação - ressalvadas as exceções previstas em lei, a Assembléia Geral será instalada em primeira convocação, com a presença de acionistas que representem, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) do capital social com direito de voto; em segunda convocação, com qualquer número. Capítulo V - Conselho Fiscal - 28. Composição - A sociedade terá um Conselho Fiscal não permanente, composto de 03 (três) membros e de suplentes em igual número, acionistas ou não, residentes no país, que somente será instalado por deliberação da Assembléia Geral, nos casos previstos no artigo 161 da Lei 6.404/76, a esta competindo fixar-lhes a remuneração atendendo-se ao disposto no artigo 162, § 3º, da mesma Lei. 28.1. O Conselho Fiscal não permanente somente poderá ser instalado pela Assembléia Geral, a pedido de acionistas que representem, no mínimo, 20% (vinte por cento) das ações sem direito a voto, e cada período de seu funcionamento terminará na primeira Assembléia Geral ordinária após a sua instalação. 29. Instalação - O Conselho Fiscal, quando instalado, funcionará até a primeira Assembléia Geral Ordinária que vier a realizar-se após sua instalação. 30. Atribuições - As atribuições, deveres e responsabilidades dos membros do Conselho Fiscal são os previstos na Lei das Sociedades Anônimas em vigor. Capítulo VI - Do Departamento Técnico - 31. A Sociedade manterá um Departamento Técnico, dirigido por profissional habilitado, com participação efetiva e autoria declarada, e com absoluta independência de ação em seu campo técnico. Capítulo VII - Exercício Social - Balanço Geral - Reservas - Dividendos - 32. Exercício Social - O exercício social iniciar-se-á em 1º de janeiro e terminará em 31 de dezembro de cada ano, quando então se procederá, de conformidade com as determinações legais, ao levantamento do Balanço Geral da Sociedade. 33. Balanços Intermediários - A Diretoria poderá mandar proceder ao levantamento de balanços semestrais e, se julgar de interesse da Sociedade, promover a distribuição dos lucros apurados, respeitadas as prescrições legais e estatutárias, tudo “ad-referendum” da Assembléia Geral que aprovar as contas do exercício. 34. Destinação - A Assembléia Geral deliberará sobre a distribuição dos resultados verificados anualmente em balanço, mediante proposta da Diretoria, atendidos os seguintes critérios: a) 05% (cinco por cento) para a constituição de um Fundo de Reserva Legal, destinado a assegurar a integridade do capital societário, dedução esta que deixará de ser obrigatória tão logo este fundo atinja 20% (vinte por cento) do capital social; b) O valor equivalente a 05% (cinco por cento) do lucro líquido do exercício como parcela necessária ao pagamento do Dividendo Mínimo às ações preferenciais e ordinárias, a todos os acionistas, a serem distribuídos no prazo fixado neste Estatuto ou na Assembléia Geral, se esta dispuser em prazo diferente, e observado o disposto na Cláusula (9.1) deste Estatuto. c) Até 85% (oitenta e cinco por cento) do lucro líquido, a título de Reserva Especial de Expansão, destinada a atender os planos de expansão da Sociedade. 34.1. Os dividendos deverão ser obrigatoriamente distribuídos aos acionistas dentro de 60 (sessenta) dias salvo deliberação em contrário da Assembléia Geral e contados da data da publicação da Ata de referida Assembléia Geral que os aprovar, observada a prioridade para distribuição conforme estipulado neste estatuto. 34.2. Os dividendos não reclamados dentro de 60 (sessenta) meses contados da data do aviso de pagamento prescreverão em favor da Sociedade. 35. Bonificação - Sempre que houver de ser distribuída aos acionistas uma bonificação em ações, em decorrência da incorporação ao capital seja de reservas, seja de lucros, seja de fundos, seja do produto de reavaliação ou correções determinadas ou permitidas por Lei, respeitar-se-á o direito de cada acionista de receber gratuitamente (no caso de bonificação) ou subscrever (no caso de subscrição) uma quantidade de ações proporcional à de que for titular. Capítulo VIII - Dissolução e Liquidação - 36. Dissolução - A sociedade não se dissolverá pela morte, interdição, incapacidade, ou insolvência de qualquer Acionista e continuará a existir com os acionistas remanescentes e com os herdeiros ou sucessores do acionista falecido, interditado, declarado incapaz ou insolvente, ou com terceiros para as quais tenham sido transferidas. 37. Liquidação - A Sociedade será liquidada nos casos previstos em lei, sendo a Assembléia Geral o órgão competente para determinar o modo de liquidação e indicar o liquidante. 37.1. Durante a fase de liquidação, o liquidante poderá prosseguir nos negócios da Sociedade. Capítulo IX - Disposições Finais - 38. Acordo de Acionistas - A Sociedade deverá observar os eventuais Acordos de Acionistas e deverá a Diretoria se abster de praticar atos contrários aos seus termos, nos termos do artigo 118 da Lei 6.404/ 76. 39. Casos Omissos - Em tudo que eventualmente for omisso o presente Estatuto Social serão aplicadas as disposições legais pertinentes. 40. Impenhorabilidade - As ações da sociedade são revestidas do caráter de impenhorabilidade, conforme disposto na legislação vigente, e não podem ser penhoradas por terceiros, sob pena de nulidade. 41. Foro - As partes elegem o foro da comarca Cidade de São Paulo - SP, ressalvado o direito da Sociedade, a seu exclusivo critério, eleger o foro de domicílio de seus acionistas, conforme disposto no artigo 111, do CPC. O presente estatuto é cópia fiel do texto aprovado na Assembléia Geral Extraordinária realizada em 27 de junho de 2006, transcrito e assinado no Livro de Atas das Assembléias Gerais da Sociedade. a) Arnaldo Giácomo Chemin; a) Luiz Nicodemo Chemin; a) Luiz Alberto Chemin. Secretário da Mesa. Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o nº 206.015/06-9 em 07/08/2006. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.
REPÚBLICA DO LÍBANO EMPREENDIMENTO IMOBILIÁRIO LTDA CNPJ/MF Nº 05.448.167/0001-33 - NIRE Nº 35.217.875.954 ATA DE RESOLUÇÃO DE SÓCIOS DE 01 DE AGOSTO DE 2006 titular de 162.664.496 (cento e sessenta e dois milhões, seiscentas e sessenta e quatro mil, quatrocentas e noventa Pelo presente instrumento: 1. WGM PARTICIPAÇÕES LTDA, com sede na Rua Helena nº. 235 – Cjto. 11 – Sala 03 - Vila Olímpia - São Paulo e seis) quotas totalmente integralizadas em moeda nacional; em função desta redução, a TAQUARAL receberá - SP. – CEP 04552-050, inscrita no CNPJ/MF sob nº. 02.228.353/0001-79, constituída conforme contrato social da Sociedade o equivalente a 85,8565% da fração ideal de terreno de 8,068400%, vinculada à unidade 161 (cento registrado na JUCESP sob NIRE nº. 35.216.134.861, em 24 de outubro de 1997, e última alteração datada de 01 e sessenta e um) do empreendimento, a título de restituição de capital; 3. a participação da sócia DEPLAN é de março de 2006, registrada na JUCESP sob nº. 78.157/06-7, em sessão de 17 de março de 2006, neste ato reduzida de R$ 1.992.403,70 (um milhão, novecentos e noventa e dois mil, quatrocentos e três reais e setenta representada pelos seus sócios Antonio Augusto Miele, brasileiro, casado, engenheiro, portador da Cédula de centavos) para R$ 1.626.644,96 (um milhão, seiscentos e vinte e seis mil, seiscentos e quarenta e quatro reais e Identidade RG nº. 8.712.073 SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob nº. 045.684.828-28, e, João Luiz Miele, brasileiro, noventa e seis centavos), uma redução, portanto, de R$ 365.758,74 (trezentos e sessenta e cinco mil, setecentos divorciado, engenheiro, portador da Cédula de Identidade RG nº. 8.712.072 SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob nº. e cinqüenta e oito reais e setenta e quatro centavos), com o cancelamento de 36.575.874 (trinta e seis milhões, 054.164.328-29, domiciliados e residentes na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, com escritório no quinhentas e setenta e cinco mil, oitocentas e setenta e quatro) quotas, passando a DEPLAN a ser titular de endereço supra, doravante denominada WGM; 2. CONSTRUTORA E ADMINISTRADORA TAQUARAL LTDA, 162.664.496 (cento e sessenta e dois milhões, seiscentas e sessenta e quatro mil, quatrocentas e noventa e seis) com sede na Av. Ibirapuera nº. 2907, Cjto.1420 - São Paulo – SP, CEP 04029-200, inscrita no CNPJ/MF sob nº. quotas totalmente integralizadas em moeda nacional; em função desta redução, a DEPLAN receberá da Sociedade 60.560.489/0001-88, constituída conforme contrato social registrado na JUCESP sob NIRE nº. 35.217.574.971, e o equivalente a 85,8565% da fração ideal de terreno de 8,068400%, vinculada à unidade 181 (cento e oitenta e um) última alteração datada de 03 de maio de 2004, registrada na JUCESP sob nº. 315.688/04-0, em sessão de ______, do empreendimento, a título de restituição de capital; e, 4. a participação do sócio SILVIO é reduzida de R$ neste ato representada pelos seus sócios João Antonio Zogbi Filho, brasileiro, casado, industrial, portador da 3.218.003,22 (três milhões, duzentos e dezoito mil, três reais e vinte e dois centavos) para R$ 2.627.253,06 (dois Cédula de Identidade RG nº. 5.884.074 SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob nº. 029.532.968-83, e, Fábio João Zogbi, milhões, seiscentos e vinte e sete mil, duzentos e cinqüenta e três reais e seis centavos), uma redução, portanto, brasileiro, casado, administrador de empresas, portador da Cédula de Identidade RG nº. 5.884.081 SSP/SP, de R$ 590.750,16 (quinhentos e noventa mil, setecentos e cinqüenta reais e dezesseis centavos), com o inscrito no CPF/MF sob nº. 073.627.508-89, domiciliados e residentes na cidade de São Paulo, Estado de São cancelamento de 59.075.016 (cinqüenta e nove milhões, setenta e cinco mil e dezesseis) quotas, passando SILVIO Paulo, com escritório no endereço supra, doravante denominada TAQUARAL; 3. DEPLAN DESENVOLVIMENTO a ser titular de 262.725.306 (duzentos e sessenta e dois milhões, setecentas e vinte e cinco mil, trezentas e seis) E PLANEJAMENTO IMOBILIÁRIO LTDA, com sede na Rua Helena nº. 235 – Cjto. 11 - Sala 09 – Vila Olímpia – quotas, totalmente integralizadas em moeda nacional; em função desta redução, SILVIO receberá da Sociedade São Paulo – SP, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 00.363.158/0001-26, com seus atos constitutivos registrados na i) o equivalente a 14,1435% da fração ideal de terreno de 8,068400%, vinculada à unidade 161 (cento e sessenta JUCESP sob o NIRE 35.212.742.395, última alteração datada de 20 de dezembro de 2005, registrada na JUCESP e um) do empreendimento; ii) o equivalente a 14,1435% da fração ideal de terreno de 8,068400%, vinculada à sob nº. 78.129/06-0, em 17 de março de 2006, neste ato representada pelos seus sócios Armando Salvador unidade 181 (cento e oitenta e um) do empreendimento; iii) o equivalente a 10,7932% da fração ideal de terreno Sorrentino, brasileiro, casado, engenheiro civil, portador da cédula de identidade RG nº 5.225.715-SSP/SP, de 7,761800%, vinculada à unidade 221 (duzentos e vinte e um) do empreendimento; e, iv) a fração ideal de terreno inscrito no CPF/MF sob nº 814.295.688-87, e, Roberto Carlos Nahas, brasileiro, casado, engenheiro civil, portador de 8,068400%, correspondente à integralidade da unidade 201 (duzentos e um) do empreendimento, todas a título da cédula de identidade RG nº. 4.674.587-7-SSP/SP, inscrito no CPF-MF sob nº. 570.482.748-91, ambos de restituição de capital. A presente redução de capital é deliberada com fundamento no inciso II do artigo 1.082 residentes e domiciliados na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, com escritório no endereço supra, do Código Civil, ficando determinado aos administradores da Sociedade a procederem à publicação da presente doravante denominada DEPLAN; e, 4. SÍLVIO SANDOVAL FILHO, brasileiro, casado, engenheiro, portador da ata, observando o disposto no § 1º do artigo 1.084 c/c § 1º do artigo 1.152, ambos do Código Civil; nos termos do Cédula de Identidade RG nº 3.386.519-SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob o nº 598.363.188-87, residente na cidade § 2º do artigo 1.084 do Código Civil, a redução de capital somente será eficaz se esta, no prazo de noventa dias, de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Rafael Ielo nº. 156 – Jardim Leonor, CEP 05652-040, doravante contados da data da referida publicação, não for impugnada por eventual credor; não havendo impugnação, os denominado SILVIO, titulares de quotas representativas de 100% (cem por cento) do capital social da sociedade sócios formalizarão a correspondente alteração do contrato social da Sociedade, que passará a refletir as REPÚBLICA DO LÍBANO EMPREENDIMENTO IMOBILIÁRIO LTDA, com sede na Av. Ibirapuera nº. 2.907 – 14º. deliberações aqui tomadas e será levado a registro na JUCESP juntamente com a presente ata; e, v) alterar a Andar – Cjto. B1421, no bairro de Moema, na cidade de São Paulo, – CEP 04029-200, inscrita no CNPJ-MF nº. redação da CLÁUSULA QUARTA do contrato social, tendo em vista as deliberações retro, que passará a vigorar 05.448.167/0001-33, com seus atos constitutivos registrados na JUCESP sob NIRE 35.217.875.954, e última de acordo com a seguinte redação: 4ª) – CAPITAL SOCIAL O capital da sociedade é de R$ 7.506.437,29 (sete alteração de contrato social datada 07 de maio de 2003, registrada na JUCESP sob nº. 130.196/03-4, em 03 de milhões, quinhentos e seis mil, quatrocentos e trinta e sete reais e vinte e nove centavos), dividido em 750.643.729 julho de 2003, doravante denominada simplesmente “SOCIEDADE”, constituída com a finalidade de incorporar (setecentos e cinqüenta milhões, seiscentas e quarenta e três mil, setecentas e vinte e nove) quotas, com valor empreendimento imobiliário denominado “EDIFÍCIO RESIDENCIAL ALTANA”, em fase de construção, e que nominal de R$ 0,01 (um centavo de real) cada uma, totalmente subscrito, integralizado em moeda corrente nacional, receberá o nº. 25 da Rua Afonso Braz, em São Paulo, objeto da matrícula nº. 170.854 do 14º. Oficial de Registro com a observância do disposto no parágrafo segundo desta cláusula 4ª., distribuídas entre os sócios da seguinte de Imóveis da comarca de São Paulo, com fundamento no art. 1.072, § 3º. do Código Civil, dispensando-se, por maneira: WGM – 162.589.431 quotas nominativas, do valor nominal de R$ 0,01 cada uma, no valor total de R$ conseguinte, a realização de assembléia dos sócios, resolvem, por unanimidade: i) alterar o valor nominal das 1.625.894,31, representantes de 21,66% (vinte e um ponto sessenta e seis por cento) do capital social total; quotas em que se divide o capital social, de R$ 1,00 (hum real) para R$ 0,01 (um centavo de real) cada uma, pelo TAQUARAL – 162.664.496 quotas nominativas, do valor nominal de R$ 0,01 cada uma, no valor total de R$ qual o capital social de R$ 1.060.000,00 (hum milhão e sessenta mil reais) passa a ser dividido em 106.000.000 1.626.644,96, representantes de 21,67% (vinte e um ponto sessenta e sete por cento) do capital social total; (cento e seis milhões) de quotas, distribuídas entre os sócios de acordo com as respectivas participações no capital DEPLAN – 162.664.496 quotas nominativas, do valor nominal de R$ 0,01 cada uma, no valor total de R$ social; ii) aumentar o capital social de R$ 1.060.000,00 (hum milhão e sessenta mil reais) para R$ 9.194.294,89 1.626.644,96, representantes de 21,67% (vinte e um ponto sessenta e sete por cento) do capital social total; e, (nove milhões, cento e noventa e quatro mil, duzentos e noventa e quatro reais e oitenta e nove centavos) SILVIO – 262.725.306 quotas nominativas, do valor nominal de R$ 0,01 (um centavo de real) cada uma, no valor convertendo-o em nova quantidade de quotas, ou seja, 919.429.489 (novecentas e dezenove milhões, quatrocen- total de R$ 2.627.253,06, representantes de 35% (trinta e cinco por cento) do capital social total. CAPITAL tas e vinte e nove mil, quatrocentas e oitenta e nove) quotas, com valor nominal de R$ 0,01 (um centavo de real) SÓCIAS QUOTAS VALOR (R$) cada uma, com um aumento, portanto, de R$ 8.134.294,89 (oito milhões, cento e trinta e quatro mil, duzentos e 162.589.431 1.625.894,31 noventa e quatro reais e oitenta e nove centavos), totalmente integralizados, em moeda corrente nacional, mediante WGM 162.664.496 1.626.644,96 a capitalização dos créditos decorrentes de adiantamentos para futuro aumento de capital em nome dos sócios, TAQUARAL 162.664.496 1.626.644,96 realizados até o dia 30 de junho de 2006, com a conseqüente criação de 813.429.489 (oitocentas e treze milhões, DEPLAN 262.725.306 2.627.253,06 quatrocentas e vinte e nove mil, quatrocentas e oitenta e nove) quotas, as quais são distribuídas entre os sócios SILVIO 750.643.729 7.506.437,29 de acordo com as respectivas participações no capital social, a saber: 1. WGM – 176.188.827 (cento e setenta e TOTAL seis milhões, cento e oitenta e oito mil, oitocentos e vinte e sete) quotas, no valor total de R$ 1.761.888,27 (um Parágrafo Primeiro. A responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem milhão, setecentos e sessenta e um mil, oitocentos e oitenta e oito reais e vinte e sete centavos), integralizados na solidariamente pela integralização do capital social (art. 1.052, Código Civil/2002). Parágrafo Segundo. As forma antes referida; 2. TAQUARAL – 176.270.170 (cento e setenta e seis milhões, duzentas e setenta mil, cento deliberações para aportes e aumentos de capital serão tomadas pelos diretores da sociedade, por maioria simples, e setenta) quotas, no valor total de R$ 1.762.701,70 (um milhão, setecentos e sessenta e dois mil, setecentos e que estipularão os montantes conforme a necessidade para execução do empreendimento descrito na Cláusula um real e setenta centavos), integralizados na forma antes referida; 3. DEPLAN – 176.270.170 (cento e setenta 3ª, retro, de acordo com as negociações para a aquisição do imóvel, com o andamento da obra de construção, e, e seis milhões, duzentas e setenta mil, cento e setenta) quotas, no valor total de R$ 1.762.701,70 (um milhão, também, com as demais despesas relativas incorridas pela sociedade, devendo ser integralizados por todos os setecentos e sessenta e dois mil, setecentos e um reais e setenta centavos), integralizados na forma antes referida; sócios, conforme as respectivas participações, em moeda corrente, na data estipulada pelos próprios diretores. e, 4. SILVIO – 284.700.322 (duzentas e oitenta e quatro milhões, setecentas mil, trezentas e vinte e duas) quotas, Parágrafo Terceiro. No caso de descumprimento da obrigação de integralização na data devida, caso não entenda no valor total de R$ 2.847.003,22 (dois milhões, oitocentos e quarenta e sete mil, três reais e vinte e dois centavos), pela exclusão prevista no parágrafo quinto desta Cláusula 4ª, ficará assegurado à sociedade o direito de proceder integralizados na forma antes referida; iii) reduzir, ato contínuo, o excessivo capital social, tendo em vista a à cobrança judicial do crédito, como título de execução extrajudicial, independentemente de notificação, acrescendiminuição das atividades sociais, decorrentes do estágio de execução do empreendimento que constitui o único do-se ao valor do débito, que deverá ser devidamente atualizado pela variação do IGP-M, multa de 20% (vinte por objeto social da SOCIEDADE, de R$ 9.194.294,89 (nove milhões, cento e noventa e quatro mil, duzentos e noventa cento) e juros moratórios de 1% (um por cento), ou fração, incidentes sobre o valor corrigido, mais as custas e e quatro reais e oitenta e nove centavos) para R$ 7.506.437,29 (sete milhões, quinhentos e seis mil, quatrocentos honorários de advogado de 10% (dez por cento) a 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação. Parágrafo e trinta e sete reais e vinte e nove centavos), uma redução, portanto, de R$ 1.687.857,60 (hum milhão, seiscentos Quarto. Fica determinado que, no caso de interesse da sociedade, mediante deliberação da maioria dos demais e oitenta e sete mil, oitocentos e cinqüenta e sete reais e sessenta centavos), com o cancelamento e extinção de sócios, o sócio faltoso poderá permanecer na sociedade, caso em que este terá sua participação societária 168.785.760 (cento e sessenta e oito milhões, setecentos e oitenta e cinco mil, setecentos e sessenta) quotas, no reduzida, ou estancada, até o momento já integralizado, procedendo-se à oferta, primeiramente entre os sócios e, total, diminuindo-se proporcionalmente o valor da participação dos sócios, de acordo com o seguinte: 1. a após, a terceiros, das quotas que lhe correspondam pelo aumento de capital não integralizado. Parágrafo Quinto. participação da sócia WGM é reduzida de R$ 1.991.484,27 (um milhão, novecentos e noventa e um mil, Sendo igualmente de interesse da sociedade, mediante deliberação da maioria dos demais sócios, poderá se quatrocentos e oitenta e quatro reais e vinte e sete centavos) para R$ 1.625.894,31 (um milhão, seiscentos e vinte proceder à exclusão do faltoso, caso em que abrirá aos sócios em dia com suas obrigações, proporcionalmente e cinco mil, oitocentos e noventa e quatro reais e trinta e um centavos), uma redução, portanto, de R$ 365.589,96 às quotas tituladas, a possibilidade de assumir a posição do sócio excluído, ao qual caberá apenas, receber os (trezentos e sessenta e cinco mil, quinhentos e oitenta e nove reais e noventa e seis centavos), com o cancelamento valores até então aportados como integralização, devidamente atualizado pela variação do IGP-M, depois de de 36.558.996 (trinta e seis milhões, quinhentas e cinqüenta e oito mil, novecentas e noventa e seis) quotas, deduzidos todos os encargos, incluindo multa de 20% (vinte por cento), e despesas que seu inadimplemento passando a WGM a ser titular de 162.589.431 (cento e sessenta e dois milhões, quinhentas e oitenta e nove mil, acarretou, pagos em moeda corrente, em 36 (trinta e seis) parcelas mensais e sucessivas, corrigidas monetariaquatrocentas e trinta e uma) quotas totalmente integralizadas em moeda nacional; em função desta redução, a mente pelo IGP-M, sendo a primeira 15 (quinze) dias após a data da referida deliberação. Parágrafo Sexto. No WGM receberá da Sociedade o equivalente a 89,2068% da fração ideal de terreno de 7,761800%, vinculada à caso do sócio faltoso exercer a administração da sociedade, este será imediatamente destituído de suas funções, unidade 221 (duzentos e vinte e um) do empreendimento, a título de restituição de capital; 2. a participação da sócia devendo ser convocada reunião de quotistas para a indicação do seu substituto. Nada mais havendo a tratar, os TAQUARAL é reduzida de R$ 1.992.403,70 (um milhão, novecentos e noventa e dois mil, quatrocentos e três reais sócios assinam a presente ata, em 04 (quatro) vias, a fim de que as resoluções retro deliberadas produzam os seus e setenta centavos) para R$ 1.626.644,96 (um milhão, seiscentos e vinte e seis mil, seiscentos e quarenta e quatro efeitos de direito. São Paulo, 01 de agosto de 2006. WGM PARTICIPAÇÕES LTDA. Antonio Augusto Miele e João reais e noventa e seis centavos), uma redução, portanto, de R$ 365.758,74 (trezentos e sessenta e cinco mil, Luiz Miele. CONSTRUTORA E ADMINISTRADORA TAQUARAL LTDA. João Antonio Zogbi Filho e Fábio João setecentos e cinqüenta e oito reais e setenta e quatro centavos), com o cancelamento de 36.575.874 (trinta e seis Zogbi. DEPLAN DESENVOLVIMENTO E PLANEJAMENTO IMOBILIÁRIO LTDA. Armando Salvador Sorrentino milhões, quinhentas e setenta e cinco mil, oitocentas e setenta e quatro) quotas, passando a TAQUARAL a ser e Roberto Carlos Nahas. SÍLVIO SANDOVAL FILHO
CONVOCAÇÃO
EDITAL PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP
ABERTURAS DE LICITAÇÃO SITE: www.riopreto.sp.gov.br MODALIDADE: CONCORRÊNCIA DE PREÇOS Nº 24/2006 Objeto: ALIENAÇÃO DE IMÓVEIS, visando a instalação de empresas que desenvolvem processos de tecnologia e informação nas diversas áreas de atuação, neste Município. Limite p/ entrega dos envelopes 14/09/2006 às 16:00h e abertura dia 15/09/2006 às 09:00h.
Quer falar com 26.000
Publicidade Comercial - 3244-3344
empresários de uma só vez?
Publicidade Legal - 3244-3643
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 15 de agosto de 2006
1 Você tá aqui por quê? Você é cagüeta, mano? Tá devendo pro tráfico, meu? Um dos seqüestradores de Portanova
POLÍCIA JÁ TEM SUSPEITOS DE SEQÜESTRO Um dos mentores do crime contra o jornalista da TV Globo pode ser o chileno Maurício Hernandez Norambuena, que seqüestrou Washington Olivetto, em 2002.
Mais PCC na página seguinte e na página 3 do primeiro caderno.
Epitácio Pessoa/AE
Marcola, do PCC, ficará isolado por mais 30 dias
O
Guilherme Portanova chega ao Deic, onde depôs na tarde de ontem. O repórter da Globo foi libertado depois de 42 horas.
Crime foi notícia no mundo seqüestro e a libertação do jornalista da TV Globo Guilherme Portanova e do auxiliar técnico Alexandre Calado foi notícia ontem nas edições online da imprensa mundial. A suspeita de envolvimento do chileno Hernández Norambuena, que seqüestrou o publicitário Washington Olivetto e está preso no Brasil, era a principal manchete no site do El Mercurio, do Chile. O jornal já publicara uma reportagem sobre o seqüestro em sua edição impressa. Outro diário chileno, o La Tercera, também destacou a notícia, com chamada na capa do site. Até a versão em inglês do site da Al-Jazeera, emissora árabe que se notabilizou ao veicular vídeos da organização terrorista Al-qaeda desde os atentados às torres gêmeas em 11 de setembro, noticiou a ação do crime organizado em São Paulo. No domingo, o site trouxe a notícia do seqüestro, lembrando que a ação coroou uma semana de ataques da facção criminosa que atua nos presídios paulistas, o PCC. O texto reproduziu trechos do manifesto lido pelo criminoso na TV e explicou como a quadrilha foi formada. O New York Times, que no domingo publicou uma reportagem do correspondente Larry Rohter sobre a onda de violência em São Paulo, atualizou ontem a notícia sobre a libertação de Guilherme Portanova. Rohter diz que a facção ampliou seus ataques, levando pânico aos cidadãos. "A quadrilha tem mostrado maior poder de fogo que a polícia, inclusive com o uso de granadas, bombas e outras
O
armas de uso exclusivo das Forças Armadas", escreveu Rohter. O repórter relata ainda a disputa política entre o governo federal, o governo de São Paulo e o candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, em torno da questão da segurança no estado. O Finantial Times também publicou, no domingo, um artigo sobre a violência em São Paulo, dizendo que o estado temia um massacre no fim de semana do Dia dos Pais, por causa da liberdade temporária concedida a prisioneiros de regime semi-aberto. "Pela terceira vez neste ano, a população de São Paulo se prepara para um fim de semana de violência da facção criminosa", diz o texto. O Washington Post foi outro jornal americano que publicou a notícia em sua edição online. O jornal lembra que Portanova trabalhou em reportagens sobre as rebeliões em presídios e os ataques a bases policiais, bancos, supermercados, entre outros, realizados pela facção criminosa. O texto também reproduziu as reivindicações lidas por um bandido no vídeo que a TV Globo foi obrigada a veicular para garantir a libertação com vida de seu repórter. No sábado, o Guardian, da Inglaterra, já havia publicado um extenso texto sobre a violência que está assustando a maior cidade do País, dizendo que especialistas já consideram que o estado vive uma guerra civil. A notícia do seqüestro de Portanova foi veiculada também na imprensa argentina, espanhola, venezuelana, italiana e portuguesa. (Agências)
Vania Delpoio/Agência O Globo
A
polícia paulista identificou dois suspeitos de participação no seqüestro do jornalista Guilherme Portanova e do auxiliar técnico Alexandre Calado. Um deles seria um ex-presidiário ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). O repórter da TV Globo passou por três cativeiros na zona sul. Ficou amarrado em todos eles e com os olhos vendados – primeiro por um blusão vermelho e, depois, por óculos com lentes cobertas por fita isolante. O repórter foi libertado na madrugada de ontem, após 42 horas de cativeiro. Calado já havia sido libertado na noite de sábado, mesmo dia do seqüestro. A emissora havia cedido à exigência do PCC para soltá-lo, exibindo à 0h28 de domingo um vídeo da facção, com cerca de três minutos de duração. A transmissão alcançou 20 pontos no Ibope na Grande São Paulo, onde cada ponto equivale a 54.500 domicílios. No vídeo, um homem encapuzado reclamava do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) utilizado em cadeias. Pelo menos dez pessoas participaram do seqüestro, inclusive gente que não sabia quem era Portanova, de 30 anos. Um deles era o carcereiro que tomou conta do jornalista no segundo cativeiro, uma casa para onde Portanova foi levado depois da libertação de Calado. "Você tá aqui por quê? Você é cagüeta, mano, tá devendo pro tráfico, meu?", perguntou o carcereiro a Portanova. Quando ele respondeu que era repórter e trabalhava na Globo, o bandido não acreditou. "E eu sou Papai Noel". Só depois, quando chegou outro seqüestrador, é que o carcereiro foi informado pelo comparsa de que Portanova estava ali por causa do "vídeo que tem de passar na TV". Plano - O jornalista não foi agredido. Os bandidos planejavam seqüestrar dois apresentadores da TV Globo. Como não encontraram os dois, resolveram levar a primeira equipe da emissora que encontrassem. Sabiam que os jornalistas freqüentavam uma padaria perto da sede da Globo. Foi lá que apanharam Portanova e Calado no sábado pela manhã. O repórter teve pés e mãos amarrados no primeiro cativeiro, uma casa perto da avenida Interlagos. Na ida para o segundo cativeiro, os criminosos levaram Portanova em um carro. Ele ficou nessa casa por algumas horas até que foi transferido para um terceiro lugar. Desta vez, o jornalista foi levado a pé. Para que ele não identificasse o caminho, os bandidos mandaram-no pôr óculos escuros com a lente coberta. Nesse lugar, Portanova foi obrigado a permanecer com as pernas amarradas. O repórter ouvia sons de pássaros e de um rio. De repente, ouviu uma movimentação e os seqüestradores lhe disseram que ele seria libertado. Portanova foi colocado no porta-malas de um carro e levado para o Morumbi. Depoimento - Portanova prestou depoimento ontem à tarde no Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) durante três horas. Na madrugada, ele deu uma entrevista no estacionamento da sede da TV Globo. "Eu estou bem de saúde, estou legal, ninguém me agrediu e fui alimentado nesse tempo todo", disse. O repórter estava descontraído e já falava em voltar ao trabalho. "Queria agradecer a solidariedade. O pessoal falou que vocês estavam bem apreensivos aí. Isso aí é que faz a gente ter vontade de continuar trabalhando." Portanova disse que não viu o rosto dos seqüestradores, que fizeram muita pressão para que fosse exibido o vídeo do comunicado do PCC. "Falavam que eles queriam ver a reivindicação deles no ar e, se a reivindicação deles não estivesse no ar, eles poderiam tomar outras medidas." O repórter acha que decidiram libertá-lo após a exibição da fita também no Fantástico. "Ali eles sentiram que talvez estivesse completo o serviço deles", afirmou. Quando foi libertado, Portanova reencontrou os pais, que vieram de Porto Alegre, na TV Globo. "Eles estavam mal, eles estavam muito preocupados e foi emocionante para mim vê-los. Foi um encontro que eu achei que pudesse não acontecer, por um bom tempo eu não ia voltar a vê-los", disse Guilherme. Segundo o diretor de jornalismo da Globo em São Paulo, Luiz Cláudio Latgé, Portanova foi deixado por volta da 1h na região do Morumbi. Ele abordou o carro de uma empresa de segurança e pediu ajuda. Avisou a emissora que já estava livre e foi levado até lá. "Ele chegou assustado e sem camisa. Estava incomodado com uns arranhões e com umas picadas de insetos." Indagado sobre a possibilidade de novos seqüestros de jornalistas, Latgé acha difícil, mas disse que "a escalada de violência é imprevisível." Suspeita – A polícia suspeita que a ordem para o crime tenha partido de presos que estão em Presidente Prudente e em Presidente Venceslau. Marcos William Herbas Camacho, o Marcola, líder do PCC, está entre os suspeitos. Há ainda a suspeita de que um dos mentores do crime seja o chileno Maurício Hernandez Norambuena, líder dos seqüestradores do publicitário Washington Olivetto, em 2002.
LENTO REGRESSO – Preso beneficiado por liberação temporária regressa ao Centro de Detenção Provisória do Belém, em São Paulo. Até o fim da noite de ontem não havia uma estimativa de quantos presos haviam voltado a seus presídios.
... não fui agredido e me alimentaram. Eles sentiram talvez que tivessem concluído o serviço e resolveram me soltar. Guilherme Portanova, jornalista seqüestrado
...eu te amo muito, meu filho, estou tirando um peso enorme de cima de mim, que bom que deu tudo certo. Milton Portanova, pai do jornalista
Ele chegou assustado e sem camisa. Estava incomodado com uns arranhões e com umas picadas de insetos. Luiz Cláudio Latgé, diretor de jornalismo da TV Globo
s presos Marcos Camacho, o Marcola; Luiz Henrique Fernandes, o LH; Eduardo Lapa dos Santos, o Lapa; e Marcelo Moreira Prado; o Exu, ficarão mais 30 dias em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) do Centro de Readaptação Penitenciária de Presidente Bernardes (na página seguinte, veja o que é o RDD). A decisão de prorrogar o prazo de internação dos detentos foi tomada pela juíza Isaura Cristina Barreira, da Vara de Execuções Criminais da Comarca de São Paulo, na quintafeira passada. Apontados como lideranças do PCC, os quatro estão isolados no castigo desde 13 de maio, quando teve início a primeira onda de ataques. A decisão definitiva sobre o futuro de Marcola, LH, Lapa e Exu só deve sair depois que a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) concluir sindicância interna que apura o envolvimento deles nos atentados Em outro parecer, assinado no início do mês, a juíza Ariane de Fátima Alves Dias, também da Vara de Execuções Criminais, determinou a internação de Robson Lima Ferreira, o Marcolinha, no RDD durante 360 dias. Para justificar sua decisão, a juíza usou trecho de uma interceptação telefônica feita pelo Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado. Nela o preso conversa com Cynthia Giglioli da Silva, namorada de Marcola. (AE)
Bandidos obrigam vendedor a levar rojões ao Deic
"A
gora você vai para a porta do Deic e mostra isso para eles, lá. Nós vamos te seguir, se você não for para o Deic, nós mataremos você, porque nós estamos te seguindo" disse um criminoso ao vendedor Alexandre Garrido, de 65 anos, depois de prender explosivos em seu corpo. Ele fez o que foi exigido e chegou a sede do departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic), na avenida Zaki Narchi, em Santana, às 13h30. Desesperado, o vendedor desceu de seu carro, um Ford Fiesta, e pediu ajuda aos policiais. Ao verificar o material, a polícia viu que eram rojões embalados com papel alumínio presos com fita adesiva. Passado o susto, Garrido contou que trabalha com venda de travas para automóveis. Eram 13h quando a vítima havia saído da loja de um cliente no bairro da Vila Carrão, na zona leste. Nessa hora, Garrido foi rendido por um homem alto, negro, e armado com uma pistola. O criminoso foi para o banco traseiro do Fiesta. Ele tomou R$ 400 em dinheiro e R$ 245 em cheques da vítima. Depois colou os explosivos no corpo do vendedor e deixou o carro O bandido entrou num Ômega, que seguiu a vítima. Em depoimento, Garrido contou que ao passar pelo viaduto Aricanduva não viu mais o Ômega. Mas mesmo assim ele seguiu para Santana. Ele chegou meia hora depois e parou em frente ao Deic. Começou a acenar para os investigadores, pedindo ajuda. Segundo o delegado do Deic José Roberto de Arruda o vendedor tinha ficha criminal: por estelionato e receptação. (AE)
terça-feira, 15 de agosto de 2006
Nacional Agronegócio Empresas Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3 Cientistas descobriram a possível presença do vírus da gripe aviária nos EUA em cisnes selvagens
VARIG ANTIGA ESCOLHE PRESIDENTE AMANHÃ
JUIZ RESPONSÁVEL PELA RECUPERAÇÃO DA EMPRESA IMPEDE REDISTRIBUIÇÃO DE POUSOS E DECOLAGENS
JUSTIÇA MANTÉM ROTAS DA VARIG
O
Vania Delpoio/AG
Enquanto os balcões de outras companhias aéreas têm grandes filas, os da Varig permanecem vazios
Pontualidade em xeque
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgou ontem os dados referentes ao mês de julho dos índices de regularidade (vôos previstos e realizados sem cancelamento), pontualidade (horários de vôos previstos e cumpridos) e eficiência operacional (combinação do desempenho em regularidade e pontualidade dos vôos). Em regularidade no setor doméstico, a Varig despencou para 17% (em junho a empresa tinha 51% de regularidade), enquanto TAM e Gol tiveram o
A
mesmo percentual de 93%, mantendo, sem oscilação, a performance de junho. No mercado internacional, o desempenho da Varig foi de apenas 15% de regularidade nos vôos, contra 46% em junho. A TAM teve 100% e a Gol, 88%, mesmos percentuais de junho. No índice referente à pontualidade de vôos no mercado doméstico, a Gol ficou na frente da TAM, com 98%, mesmo índice de junho. A TAM, com 94% em julho, teve um desempenho menor em relação a junho, quando registrou 96%
ETANOL O banco Société Générale participa de fundo de US$ 1 bilhão para investir no Brasil.
EMBRAER LUCRA 6,28% MENOS
Ó RBITA
de pontualidade. A Varig, pelos dados da Anac, ficou com 89% e registrou aumento em relação a junho, quando tinha 82% de pontualidade. No mercado internacional, a Varig ficou com 79% de pontualidade, contra 83% de junho. TAM e Gol tiveram o mesmo índice, de 96%, sendo que a TAM cresceu em relação a junho, quando registrou 94% e a Gol teve queda, já que em junho tinha 99% de pontualidade no mercado internacional. Em eficiência operacional, a Gol liderou o índice com 91%. (AG)
VIGOR Alta das ações da empresa na bolsa gerou rumores de venda para a Perdigão.
Paulo Pampolin/Digna Imagem – 7/3/03
O
lucro líquido consolidado da fabricante de aviões Embraer caiu 6,28% no segundo trimestre em relação a igual período do ano passado, totalizando R$ 155,793 milhões. A empresa registrou receita líquida de R$ 2,3 bilhões, uma alta de 18,92% na mesma comparação. A companhia contabilizou valor negativo de R$ 67 milhões referentes a variações monetárias e cambiais líquidas.
JUROS
A
s projeções do mercado financeiro para a taxa básica de juros neste mês ficaram estáveis em 14,5% ao ano, na pesquisa semanal Focus divulgada ontem pelo Banco Central (BC). O percentual embute uma expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) venha a cortar os juros em 0,25 ponto percentual na reunião dos dias 29 e 30 deste mês. (AE) A TÉ LOGO
O aumento da receita líquida da Embraer acompanhou o avanço do número de entregas no período. De abril a junho, a companhia entregou 36
aeronaves, 20% a mais do que os 30 jatos de igual intervalo do ano anterior. Aproximadamente 90% do faturamento da empresa vêm de exportações. (AE)
TESOURO RESGATA US$ 3O BI EM TÍTULOS
N
os últimos dois anos, o Brasil já resgatou, de forma antecipada, o equivalente a US$ 30,5 bilhões de papéis da dívida externa de responsabilidade do governo. A informação é do Secretário do Tesouro Nacional, Carlos Kawall. Nesse total, estão incluídos os US$ 15,5 bilhões de antecipação de pagamentos ao Fundo Monetário Internacional
(FMI) e os restantes US$ 15 bilhões eram títulos diversos, especialmente os vinculados à renegociação da dívida externa brasileira na década passada. Kawall disse que o Tesouro mantém a estratégia de recompra de títulos da dívida externa, mas não tem sido fácil. "Os titulares de papéis da dívida brasileira estão relutando em se desfazer dos títulos." (AE)
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
L
Aumento de gasolina e diesel só deve sair após as eleições
L
Lucro de bancos no Brasil atinge R$ 11,91 bilhões no primeiro semestre
L
Acidentes dão mais prejuízos do que roubos de cargas
juiz Luiz Roberto Ayoub, responsável pela recuperação judicial da Varig, publicou ontem decisão que impede que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) redistribua as concessões de pouso e decolagem (slots) da empresa. A determinação vale para o prazo de 30 dias após a homologação da nova Varig como concessionária de transportes aéreos, o que está previsto para o próximo dia 25. A Anac informou ontem à noite que ainda não havia recebido o comunicado do juiz Ayoub e que prevalece a sua intenção de redistribuir os slots, mas a data para que isso aconteça ainda não foi definida. Por meio de comunicado, o juiz Ayoub lembrou que na semana passada a Varig apresentou seu plano de negócios dividido em três etapas, sendo que a primeira prevê operação para 10 destinos nacionais e três internacionais, o que corresponde a 30% de toda a malha aérea da Varig, com frota de 18 aviões. Segundo a nota da Jus-
TAM opera 13 novos vôos
A
TAM inicia hoje a operação de novos vôos domésticos para 13 cidades: Aracaju, Belo Horizonte, Brasília, Florianópolis, Fortaleza, Ilhéus, João Pessoa, Maceió, Natal, Rio de Janeiro,
tiça, a Anac entendeu que não interessaria para a nova controladora da Varig, a VarigLog, 70% da operação restante. Por isso, a agência comunicou que faria a redistribuição imediata desses slots que restaram. "Essa decisão está embasada na defesa do interesse público e dos usuários da aviação civil", disse a nota da agência. As se mb lé ia – Três nomes concorrem quarta-feira para o cargo de gestor judicial da Varig antiga, durante assembléia de credores da companhia. O nome mais cotado para assumir o que na prática é a presidência da empresa é o do ex-vice-presidente operacional e técnico, Miguel Dau. Estão no páreo o atual diretor de vendas da Varig, Carlos de Oliveira Muzzio, e Ivan Garcia Diniz, do setor de aviação especializada em plataformas de petróleo. Os credores devem votar pela aprovação da Oliveira Trust como responsável pelas emissões de títulos de dívida (debêntures) da Varig antiga. "Os sindicatos ligados à
CUT vão votar no Miguel Dau. Ele sempre levou muito a sério as questões. Sempre teve diálogo com a gente, pilotando a empresa de maneira correta", afirmou a presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino. Dau tem 48 anos e foi piloto de caça da Força Aérea Brasileira (FAB). Trabalhou na Varig durante 19 anos, dois dos quais como vice-presidente. Até seu pedido de demissão, no ano passado, fez vôos da ponte aérea. "Estou bastante confiante na possibilidade de fazer um trabalho que possa somar: reestruturar a velha Varig e satisfazer os credores", disse. Diniz, de 52 anos, disse que está na aviação executiva e de helicópteros para plataformas de petróleo há 17 anos. Ele conta que se candidatou por iniciativa própria. "Vai ser uma função bastante árdua. O desafio é enorme", disse o candidato. Muzzio foi procurado, mas não retornou as ligações até o fechamento desta edição. (AE)
Salvador, São Luís e São Paulo. A operação dos novos vôos da empresa tem como objetivo atender ao aumento da demanda nesses mercados. A cidade de João Pessoa ganhou duas novas freqüências. O vôo JJ 3101 faz a ligação diária para os aeroportos do Galeão (Rio de Janeiro), Congonhas (São Paulo) e
Florianópolis, com retorno no vôo JJ 3104. O vôo JJ 3555 liga a capital paraibana a Brasília, com retorno pelo vôo JJ 3554. A companhia também inicia vôo diário ligando São Luís a Fortaleza, Rio de Janeiro (Galeão) e Belo Horizonte (Confins). A freqüência terá aviões Airbus A320. (AE) INFORME PUBLICITÁRIO
Os clubes de investimentos Existem três maneiras de participar do mercado de ações: aplicando o dinheiro individualmente, colocando nos chamados Fundos de Investimento ou formando um Clube de Investimento. Clube de Investimento é uma aplicação financeira criada por algumas pessoas que desejam investir seu dinheiro em ações de empresas, ou seja, querem ser sócias delas. U m C l u b e d e I n v e s t imento pode ter de três a 150 participantes, sendo que um deles deverá ser escolhido para representar o grupo. Feito isso, basta entrar em contato com uma das Corretoras Membros da Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA (no site www.bovespa.com.br é possível encontrar a relação completa). Ela será a responsável pela organiza-
ção de todos os documentos exigidos para que um Clube de Investimento funcione de acordo com o que é exigido pela lei. O representante do grupo de investidores e a Corretora de Valores escolhida decidirão sobre a gestão do Clube de Investimento formado e caberá à BOVESPA registrá-lo e fiscalizá-lo, em conjunto com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que é o órgão do governo que regulamenta todo o mercado de ações. ESTATUTO Para que seu funcionamento seja adequado, todo Clube de Investimento tem um Estatuto Social, ou seja, um regulamento. Nele estão todas as normas e leis que devem ser seguidas pelos participantes, além do tempo mínimo exigido para que o dinheiro fique
aplicado, as regras para a entrada de um novo participante, entre outras informações importantes. CARTEIRA O dinheiro arrecadado pelo Clube de Investimento é aplicado em uma carteira de ações, que é dividida em cotas. Dessa forma, cada investidor pode aplicar valores diferentes no Clube, sem que se perca o controle de quanto cada um investiu. Já os critérios para a escolha das ações que vão compor a carteira fazem parte da política de investimento de cada administrador. No entanto, todo Clube de Investimento deve ter, no mínimo, 51% do seu dinheiro aplicado em ações. Os outros 49% restantes poderão ser investidos de outra forma como, por exemplo, em títulos de renda fixa.
OPERAÇÕES
ASSEMBLÉIA
BALANÇO
I Os investidores de um Clube de Investimento podem comprar títulos e ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo. Entretanto, operações mais complexas e realizadas no mercado futuro são limitadas.
I A Assembléia Geral Ordinária (AGO) é usada para que os participantes do Clube de Investimento decidam, por meio de votação, possíveis mudanças no Estatuto Social, entre outras coisas. Ela pode ser realizada uma vez por mês ou em convocações extras.
I Atualmente, a Bolsa de Valores de São Paulo possui mais de 90 Corretoras Membros, que administram 1.527 Clubes de Investimento. Juntos, estes Clubes reúnem mais de 125,1 mil participantes do mercado de ações.
Acompanhe quinzenalmente, nesta seção, mais informações sobre a importância do mercado de ações para a economia do país
2
Compor tamento Urbanismo Polícia Transpor tes
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 15 de agosto de 2006
No RDD, os detentos são proibidos de usar aparelhos de rádio e TV e não têm direito a visita íntima.
ESPECIALISTAS DEFENDEM O REGIME
Rigor do RDD, motivo do crime Bandidos do PCC querem abrandamento do Regime Disciplinar Diferenciado. Rigor em presídios fez cair criminalidade na Colômbia. Jonathan Campo/Gazeta do Povo/AE
Ivan Ventura
U
O
fim do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) é hoje a principal reivindicação da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A exigência veio à tona com o seqüestro do repórter da Rede Globo, Guilherme Portanova. A condição dos criminosos para libertar a vítima: a emissora deveria exibir o vídeo no qual um membro do PCC pedia o fim do RDD. Na opinião dos detentos ligados à facção criminosa, esse tipo de regime contraria a Lei de Execuções Penais do País. Já especialistas em segurança pública defendem esse formato de presídio, fórmula considerada bem-sucedida no combate ao crime organizado, como aconteceu na Colômbia – onde houve diminuição até no índice de homicídios: ele caiu de 80 num universo de 100 mil habitantes, em 1993, para 18, no ano passado. O regime foi criado em 2002 e é aplicado somente em São Paulo. Existem três presídios com o RDD: Avaré (com capacidade para 540 presos), Presidente Bernardes e Taubaté (que pode comportar 160 detentos), todos localizados no interior do estado. Hoje, o RDD de Taubaté está temporariamente desativado para reformas. Somados os dois em funcionamento, são 242 presos confinados. No total (contabilizando os três presídios) são 840 vagas disponíveis. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), o RDD é aplicado, com determinação judicial, aos presos provisórios ou condenados (nacionais ou estrangeiros) que praticam crimes dolosos ou quando promovem situações contra a ordem ou disciplina do estabelecimento prisional. Suspeitos de envolvimento ou participação em organizações criminosas, quadrilha ou bando, além dos que apresentem alto risco para a ordem e a segurança da sociedade também são confinados nesses locais.
Cidade pode amanhecer sem metrô. Empresa monta esquema.
No presídio federal de Catanduvas, no Paraná, os presos não terão contato no banho de sol nem durante as refeições Divulgação
Jorge Santos/Oeste Notícias/AE
Fernandinho Beira-Mar é hoje o único preso em Catanduvas
Marcola, líder do PCC, está no RDD, em Presidente Prudente
Os primeiros – Os primeiros sentenciados foram levados para o RDD no dia 8 de abril de 2002. Entre os mais conhecidos destaca-se Marcos William Herbas Camacho, o Marcola, justamente o líder
máximo do PCC. Passaram ainda pelo RDD, Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e Maurício Hernandez Norambuena, acusado do seqüestro de Washington Olivetto, em 2002.
A permanência do detento no regime é de 360 dias, prazo que pode ser ampliado em caso de nova falta grave. No RDD, o preso é recolhido em cela individual e, uma vez por semana, pode receber até duas visitas – sem contar crianças. Os presos ainda têm direito a duas horas de banho de sol, mas em grupos separados – presos de facções rivais nunca compartilham o mesmo horário de banho de sol. Outro tipo de contato com mundo exterior é feito também por meio de cartas ou leitura de livros. Em contrapartida, os detentos são proibidos de usar aparelhos de rádio e TV e não têm direito a visita íntima. A SAP ainda revelou que a única atividade dos presos nesses locais é a leitura: os três RDDs tem um acervo de aproximadamente 2.600 livros. Controle – Nos RDDs estão os mais modernos equipamentos no controle dos detentos. Todos possuem bloqueadores de celular (desativados em 2003 a pedidos da operadoras de celulares), placas de aço no piso para evitar escavações de túneis, cabos de aço para evitar tentativas de resgate via aérea, parlatórios para atendimento de advogados, técnicos e diretores com separação de grades e vidros temperados. A comu-
nicação é feita por interfone. Os agentes de segurança penitenciária que trabalham no RDD receberam treinamento específico da PM, para aprendizado de técnicas de contenção, invasão de celas, uso de tonfa, algemas e de gás pimenta. O número desses agentes não é divulgado pela SAP . Catanduvas – Atualmente no País apenas o presídio federal de Catanduvas, no Paraná, é considerado equivalente ou até mais rígido do que os RDDs. Nele não se admite contato com outros presos no banho de sol nem durante as refeições. Nas celas, um único preso. No presídio federal as celas são revistadas diariamente e não são permitidos objetos pessoais – nem mesmo livros. Os agentes têm um microfone na lapela ligado a uma central, visando minimizar tentativas de suborno. Em Catanduvas, no entanto, são permitidas visitas íntimas – dependendo da decisão do diretor do presídio e comportamento do preso. O único preso em Catanduvas é Fernadinho Beira-Mar, que está com o seu pedido de visita íntima em análise. O presídio federal tem 207 celas e custou R$ 20 milhões, quase o triplo da unidade do RDD de Presidente Bernardes, orçada em R$ 7,7 milhões.
Jorge Santos/Oeste Notícias/AE
Batalhão do Choque chega para blitz em Presidente Bernardes
ma greve de 24 horas prometida pelo Sindicato dos Metroviários de São Paulo para começar a zero hora de hoje, em protesto contra a continuidade do processo de privatização da Linha 4, pode deixar a pé 2,6 milhões de passageiros. Se houver greve, o rodízio de veículos será suspenso. O Tribunal Regional do Trabalho manteve ontem liminar prevendo que, em caso de greve, os metroviários garantam a manutenção de 100% da frota de cada linha nos horários de pico (entre 6h e 9h e entre 16h e 19h), e de 80% nos demais horários. Ontem, a Companhia do Metrô de São Paulo anunciou que acionaria um esquema de emergência a partir de zero hora para minimizar as conseqüências da prometida paralisação. Segundo o Metrô será colocado em prática o Plano de Apoio entre Empresas de Transporte frente a Situações de Emergência (Paese), por meio do qual a SPTrans desintegra as linhas de ônibus dos terminais urbanos para que os coletivos cheguem até o Centro da cidade. Ao mesmo tempo, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) aciona um esquema especial de tráfego e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) reforça sua operação, principalmente na zona leste. A Polícia Militar entra com reforço do policiamento. Ainda segundo o Metrô, a presidente do TRT-SP, juíza Dora Vaz Treviño, determinou também que o descumprimento da liminar que garante o transporte em caso de greve, acarretará aos responsáveis multa diária no valor de R$ 100 mil, a favor do Hospital São Paulo, Hospital das Clínicas e da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. "A Companhia do Metrô, em cumprimento à determinação judicial, montou esquema especial para garantir o acesso dos seus empregados aos postos de trabalho e alertou todos os funcionários sobre a responsabilidade de se realizar uma greve abusiva", conclui a nota. (Agências)
Ó RBITA
TURISTA MORTO turista português André O Costa Ramos Bordalo, de 19 anos, morreu esfaqueado
domingo, na praia de Copacabana, no Rio. Ele estava deitado, tomando sol, e se assustou ao ver um assaltante puxar sua mochila. Bordalo levantou-se, reclamou e foi atacado. Sob os gritos de "pega ladrão", Claudeci Bezerra da Silva, de 23 anos, foi preso na esquina da rua Constante Ramos com avenida Nossa Senhora de Copacabana. Com ele a polícia recuperou a mochila roubada com carteira, máquina fotográfica e um guia turístico do Brasil. Os pais do rapaz ficaram em estado de choque. "Ele passou por mim correndo, com uma faca nas mãos. Saquei a arma e gritei para ele parar. Ele respondeu: já esfaqueei um, esfaqueio outro", contou o soldado PM Davi Marinho. (AE)
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 -.OPINIÃO
terça-feira, 15 de agosto de 2006
RESENHA
INTERNACIONAL
AOS CAMARADAS CARCEREIROS
G A ditadura
chinesa se mantém graças ao apoio de dirigentes políticos e econômicos ocidentais: compramos os produtos chineses e lhes fornecemos tecnologia... Enquanto 500 mil estudantes se reuniam na praça Tien Anmen (da Paz Celestial) para defender a limerdade de expressão e um diálogo com o PC, Zhao, influenciado pelo exemplo de Gorbatchev, se dizia favorável ao diálogo. Mas o comitê central do PC, dirigido então por Deng Xiaoping, preferiu enviar uma tropa. Resultado: 3 mil mortos na noite de 4 de junho de 1989. Todos os chineses se lembram dessa decisão e nenhum deles a perdoa. Mas este tema é tabu, proibido de ser mecionado. Ding Zilin, mãe de uma das vítimas, tentou, depois de 15 anos, elaborar uma lista dos mortos para que, ao menos, eles pudessem ser relembrados. Em vão: Ding Zilin é constantemente presa e
COMENTÁRIO DE GUY SORMAN, DE HONG KONG WWW.HEBDO.CH/SORMANBLOG.CFM
C hin Chong começa a ser julgado hoje
Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente em exercício Alencar Burti Presidente licenciado Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi
Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)
Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: , Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046
JOÃO DE SCANTIMBURGO
PCC CONTRA Céllus
incomodada pela polícia secreta. Os responsáveis pelo massacre da praça continuam no poder ou foram substituídos por seus herdeiros diretos. Sua estratégia é a de apagar o fato da memória popular na esperança de que as gerações futuras ignorarão todo o passado da China e as origens do partido. Esta anestesia geral não contradiz o sistema econômico adotado na China: um modelo fundado sobre a exploração de uma mãode-obra dócil e no mercado que trabalha pela exploração. A anestesia do Estado, dos cérebros, são elementos de cálculo econômico: é importante que o povo não pense demais sobre si mesmo. Na China, o crescimento é um ópio do povo: ou, mais exatamente, a esperança de crescimento, já que três quartos da China vegetam e numa miséria absoluta, sem recursos, sem escolas e sem medicamentos. Relembremos também o caso de Shin Tao, outro jornalista preso por ter colocado uma mensagem num website democrático: foi detido pela divulgação de segredos de Estado e foi denunciado pelo Yahoo. A ditadura chinesa se mantém graças ao apoio de dirigentes políticos e econômicos ocidentais: compramos os produtos chineses e lhes fornecemos tecnologia... Esta escolha ocidental é evidentemente imoral, mas seria também realista? O realismo deveria nos incitar a escutar os chineses e não apenas os carcereiros dessas prisões.
Reprodução
A
abertura, hoje, em Pequim, do processo a portas fechadas do jornalista de Cingapura Chin Chong traz de volta, oportunamente, a questão sobre a natureza do regime chinês: a ditadura total do Partido Comunista. Acusado de espionagem - acusação digna do livro 1984, de George Orwell - Ching Chong conseguiu colocar as mãos em uma declaração do antigo chefe do partido, Zhao Ziyang, de 1989.
Coragem para crescer MÁRCIO CYPRIANO
É
uma boa notícia: de acordo com os crédito é um indicador de confiança da resultados semestrais divulgados sociedade e de vigor do sistema financeiro e, até agora por bancos e empresas, e por isso, merece ser tratado como também pelos indicadores ferramenta indispensável para o macroeconômicos, o Brasil encerrou o crescimento e o desenvolvimento nacional. primeiro semestre de 2006 com um Para fortalecê-lo, é preciso cortar os excessos desempenho bastante satisfatório. Os de regulamentação, direcionamentos e prognósticos que analistas e empresários contingenciamentos, eliminar os exageros fizeram, no começo do ano, a respeito da fiscais. atividade econômica, inflação, nível de Diante do quadro de queda da inflação e emprego, juros, afinal se realizaram. Este é das conquistas no terreno fiscal e, mais um fato de muita relevância: o ambiente importante, da expectativa positiva em econômico brasileiro tornou-se previsível. relação à continuidade da política Se ainda existe alguma volatilidade, é aquela econômica, é importante voltarmos a que se aceita sem sobressaltos – justamente discutir a conveniência do atual elevado porque é natural dentro de uma economia nível dos depósitos compulsórios. Há dinâmica. Mas a insegurança do passado, espaço para reduzir suas alíquotas, com aquela que impedia o planejamento de intensos benefícios para toda a sociedade, médio e longo prazo e atravancava sem prejuízos à política econômica. investimentos, essa não existe mais. Tem s juros a sido assim já há algum consumidores e tempo. empresas cairão Dentro desse quadro, o G P re c i s am o s no momento Bradesco encerrou o primeiro de coragem pa- seguinte a uma eventual semestre de 2006 com um ra crescer. Não flexibilização dos excelente resultado. Parcela significativa de seu lucro veio nos interessam ju- compulsórios. E a monetária do aumento das operações de ros que tornem o autoridade crédito, com ênfase naquelas ganhará, certamente, mais crédito inacessí- espaço de manobra para destinadas às pessoas físicas. vel. Não nos in- administrar o ritmo de As áreas de Previdência, Seguros e Capitalização teressa o crédi- queda da Selic. Trata-se de firmemente tiveram contribuição to que se torne medida escorada na alta qualidade importante. E novas áreas de impagável. dos fundamentos da negócios, como a de economia brasileira. Consórcios, ganharam Outro ponto a ser relevância de forma rápida G A conquista nas atividades do Banco. observado é que o Brasil é o da estabilidade único país a acumular a Entendo que o bom e c o n ô m i c a cobrança de quatro tributos desempenho é uma expressão de confiança de a b r i u a o p a í s sobre as transações nossos clientes, pessoas São eles o IOF, u m a s é r i e d e financeiras. a CPMF, o PIS e a Cofins. físicas e empresas. Confiança oportunidades, Somados ao depósito não apenas numa instituição como mostra a compulsório, elevam em saudável como o Bradesco, mas também, e safra de bons cerca de um terço o custo dinheiro para o principalmente, no futuro do resultados em- do tomador. O governo tem País. Confiança que deriva presariais. Atin- sido prudente na condução exatamente da previsibilidade a que nos gir o próximo pa- da política econômica. Mas referimos linhas atrás, fruto deve deixar que a tamar, o do cresci- não prudência se transforme da estabilidade econômica mento vigoroso, em timidez. Precisamos de que conquistamos e da credibilidade administrativa tornou-se uma coragem para crescer. Não derivada da transparência e interessam juros que questão de von- nos tornem o crédito boas práticas de governança tade e coragem inacessível. Não nos corporativa. política. interessa o crédito que se Essas conquistas devem ser preservadas e servir de apoio torne impagável. para um novo avanço, sociedade brasileira escolherá, em baseado em decisões racionais, em direção a um desenvolvimento econômico mais outubro, os seus novos equânime, robusto e sustentado do Brasil. governantes. Em termos Parte desse esforço depende das empresas. econômicos, há alguns pontos Elas precisam ser boas empresas, prestar que são consensuais, como a continuidade bons serviços, fabricar produtos de da política de redução da taxa Selic, criando qualidade, além de remunerar oportunidade para níveis maiores de adequadamente seus acionistas, investir em consumo e investimento. Entre os partidos treinamento e aprimoramento tecnológico. políticos com maior expressão, também parece haver consenso a respeito da s bancos, exercendo o seu papel necessidade de produzir superávits de promover a intermediação primários e de manter a Lei de Responsabilidade Fiscal. financeira da economia, são A existência de acordo a respeito desses cruciais nesse processo. E para temas já é, em si, um bom sinal, mas há uma cumprir bem esse papel precisam manter-se questão maior que se sobrepõe. É a como instituições sólidas, com bons necessidade de o Brasil construir uma resultados. Avançamos, mas ainda há muito agenda de crescimento, com distribuição de por fazer para que o sistema financeiro possa renda. Só assim poderemos avançar sobre os contribuir com toda sua capacidade ao problemas urgentes nas áreas da educação, desenvolvimento brasileiro. Este salto, segurança pública, infra-estrutura, capaz de marcar um novo ciclo de produtividade dos serviços prestados pelo crescimento, está diretamente condicionado Estado. ao aumento do crédito disponível. Para isso, A conquista da estabilidade econômica é preciso mudar o foco da abordagem que se abriu ao país uma série de oportunidades, dá ao papel do crédito na economia. Sua como mostra a safra de bons resultados inspiração ainda se baseia na lógica do empresariais. Atingir o próximo patamar, o controle monetário como instrumento do crescimento vigoroso, tornou-se uma exclusivo de combate à inflação. questão de vontade e coragem política. Se conseguimos avançar até aqui, está Tomara que possamos dar em breve à mais que na hora de dar o passo seguinte e sociedade brasileira mais essa boa notícia. promover uma mudança necessária. O
O
A
O
M árcio Cypriano é presidente da Febraban e do Bradesco
A IMPRENSA
E
videntemente, os membros dirigentes do PCC - Primeiro Comando da Capital vão se considerar ganhadores da partida em que seu movimento terrorista ganhou, obrigando a Rede Globo a ler uma página contra a administração penitenciária estadual. A vida do repórter seqüestrado não era o caso, pois o PCC sabia perfeitamente que a Rede Globo aceitaria a imposição dos seqüestradores para salvar o seu funcionário, que teria se sacrificado no exercício de funções jornalísticas dentro de inteira liberdade de informação. Sabiam o jornalista e a Rede Globo que estavam correndo para um sacrifício. Toda a imprensa está certa de que o repórter da Rede Globo cumpriu com o seu dever.
D
epois de tantos anos de lutas, de barricadas, de discussões, de empastelamentos e ressurreições, não cabe discutir ainda qual é a função da imprensa. A Rede Globo agiu acertadamente, considerando a vida do repórter seqüestrado absolutamente acima de qualquer discussão. Uma vez aceita a leitura do manifesto contra a administração penitenciária e os governantes, não mais se julgaria sujeita a seqüestro de um funcionário.
O
s membros dirigentes do PCC sabem o querem e até onde podem chegar. A situação dos prisioneiros é observada com absoluta nitidez, assim entendendo o governo do Estado. Mas também a profissão do repórter deve ser respeitada, pois quando ele foi seqüestrado encontrava-se numa padaria, tomando o café da manhã, depois de uma longa noite de trabalho. Temos certeza de que o PCC levou estas considerações em devida medida, colocando-se em posição na qual a sua exigência tenha como mérito a vida do repórter e sua função como agente de um poder livre, que é a imprensa do Brasil. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
G A Rede Globo
agiu com acerto, considerando a vida do repórter seqüestrado absolutamente acima de qualquer discussão.
4
Empresas Tr i b u t o s Comércio Exterior Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
A
27,2
EXPORTAÇÕES ATINGIRAM US$ 5,54 BI EM AGOSTO
TUDO AZUL NA BALANÇA
balança comercial nas duas primeiras semanas de agosto registrou superávit de US$ 2,106 bilhões e alimentou as expectativas de cumprimento da nova meta do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), de um saldo positivo de US$ 42 bilhões no ano. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados ontem mostram que o
terça-feira, 15 de agosto de 2006
superávit acumulado de 1º de janeiro até a última sexta-feira alcançou US$ 27,275 bilhões. Para cumprir a meta, será necessário obter superávit mensal médio de US$ 5,034 bilhões de agosto a dezembro. O desafio parece razoável, pelo menos em agosto. Nas duas primeiras semanas do mês, a média diária de exportações chegou a US$ 615,9 milhões, e a de importações somou US$ 381,9 milhões. Man-
tidos os resultados até o último dia do mês, agosto encerrará com um saldo de positivo de cerca de US$ 5,4 bilhões. Embora os números desse período não sejam tão expressivos quanto os recordes de julho passado, pelo menos indicaram recuos nos desempenhos apenas em dois setores exportadores – têxteis e suco de laranja – e de duas categorias de importações (petróleo e produtos químicos). Expansão geral – Nas duas semanas de agosto, as exportações somaram US$ 5,543 bilhões, e a média diária de embarques apresentou crescimento de 24,8% na comparação com agosto de 2005. Com exceção das quedas de 11,6% nos embarques de produtos têxteis e de 19,1% nos de suco de laranja, houve expansão em
todos os outros principais setores exportadores. O conjunto dos produtos básicos contabilizou média diária de US$ 190,2 milhões em embarques, o que significou uma ampliação de 14%, na mesma comparação. Esse desempenho se deve aos embarques de milho em grãos, mármore e granito, farelo de soja, minério de ferro, soja em grãos e fumo. Principal categoria de exportação do Brasil, os manufaturados apresentaram crescimento de 24,9% na média diária, que alcançou US$ 323,7 milhões. Os destaques foram itens como álcool etílico, tubos de ferro fundido, óleos combustíveis, gasolina, chassis com motor, aparelhos de telefonia, motores para veículos, autopeças e automóveis de passageiros. (AE)
bilhões de dólares foi o valor do superávit da balança de janeiro a agosto deste ano
Mercosul perde peso
O
Mercosul continua sendo o mais importante destino das exportações argentinas. No entanto, o bloco comercial tem cada vez menos importância relativa para esse país. Enquanto o peso relativo das compras "mercosulenses" diminuiu, a Argentina exporta cada vez mais para o mercado asiático. Tanto que os analistas portenhos de comércio exterior falam sobre a "asiatização" das exportações argentinas. Os asiáticos compram, preponderantemente, produtos primários e manufaturas de origem agropecuária, enquanto os países latino-americanos adquirem manufaturas argentinas de origem industrial (60%
ATAS
das exportações argentinas de manufaturas são destinadas aos países da região). Entre 2000 e 2006, a participação chinesa no total das vendas argentinas para o exterior, subiu de 5% para 8%. Além disso, as exportações argentinas para a Índia cresceram de 2% para 3% do total. Entre junho de 2005 e o mesmo mês deste ano, as vendas argentinas para o Mercosul somaram US$ 8,48 bilhões. As exportações para a União Européia chegaram a US$ 7,31 bilhões. As vendas para os países do Nafta alcançaram US$ 6,26 bilhões. O Chile, tradicional destino de suas exporta, absorveu US$ 4,66 bilhões em produtos argentinos. (AE) FALÊNCIA &
RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 14 de agosto de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência e recuperação judicial: Requerente: TBM Indústria e Comércio Ltda. - Requerido: Luca Comércio e Representação de Peças p/Tratores Ltda. - EPP - Avenida Montemagno, 971 - 2ª Vara de Falências Requerente: Modelação Brasileira Ltda. - Requerido: Ciwal Acessórios Industriais Ltda. - Rua Terceiro Sargento João Soares de Faria, 220 - 254 - 2ª Vara de Falências Requerente: Esso Brasileira de Petróleo Ltda. Requerido: Auto Posto Playgas Ltda. Avenida Marquês de São Vicente, 999 - 2ª Vara de Falências RECUPERAÇÃO JUDICIAL Requerente: Desvebras - Desmontadora de Veículos do Brasil Ltda. - Requerido: Desvebras - Desmontadora de Veículos do Brasil Ltda. - Avenida Morvan Dias de Figueiredo, 1.809 Galpão A 1 - 2ª Vara de Falências
Bradesco Vida e Previdência S.A. CNPJ no 51.990.695/0001-37 - NIRE 35.300.006.020 Grupo Bradesco de Seguros Extrato da Ata da 25a Assembléia Geral Ordinária e 56a Assembléia Geral Extraordinária realizadas cumulativamente em 30.3.2005 Data, Hora e Local: Aos 30 dias do mês de março de 2005, às 13h, na sede social, na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP. Presença: Totalidade do Capital Social. Mesa: Presidente: Marco Antônio Rossi; Secretário: Jair de Almeida Lacerda Júnior. Convocação: Dispensada (§ 4o do Artigo 124 da Lei no 6.404/76). Deliberações: Assembléia Geral Ordinária: I) aprovadas, sem reservas, as contas dos Administradores, o Relatório da Administração, as Demonstrações Financeiras e o Parecer dos Auditores Independentes, relativos ao exercício social findo em 31.12.2004; II) aprovada a proposta da Diretoria para a destinação do lucro líquido do exercício encerrado em 31.12.2004, no valor de R$894.977.733,88, conforme segue: R$44.748.886,69 para a conta “Reserva de Lucros - Reserva Legal de 2004”; R$70.228.847,19 para a conta “Reserva de Lucros - Reserva Estatutária de 2004”; R$780.000.000,00 para pagamento de dividendos, os quais deverão ser pagos até 31.12.2005. Aprovada também a transferência do saldo da conta “Lucros Acumulados” para a conta “Reserva de Lucros - Reserva Estatutária de 2004”, no valor de R$455.393,40; III) para composição da Diretoria, foram reeleitos, com mandato de 1 (um) ano, até 30.3.2006, os senhores: Diretor-Presidente: Marco Antônio Rossi, brasileiro, casado, securitário, RG 12.529.752/SSP-SP, CPF 015.309.538/55, com domicílio e residência na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP; Diretor Gerente: Marcos Suryan Neto, brasileiro, divorciado, securitário, RG 12.925.794/SSP-SP, CPF 014.196.728/51, com domicílio e residência na Avenida Paulista, 1.415, São Paulo, SP; Diretores: Jair de Almeida Lacerda Júnior, brasileiro, casado, securitário, RG 30.784.795-0/SSP-SP, CPF 750.204.247/49; Lúcio Flávio Condurú de Oliveira, brasileiro, separado, securitário, RG 1.692.514/SSP-PA, CPF 236.703.472/91; e Eugênio Liberatori Velasques, brasileiro, casado, engenheiro, RG 07.293.428-4/IFP-RJ, CPF 445.999.357/00, todos com domicílio e residência na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, os quais permanecerão em suas funções até que os nomes dos Diretores que forem eleitos em 2006 recebam a homologação da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP e seja a Ata arquivada na Junta Comercial e publicada. Ratificada as seguintes designações: 1) senhor Marcos Suryan Neto, Diretor Gerente, como responsável: a) administrativo-financeiro pela supervisão das atividades administrativas e econômico-financeiras, englobando o cumprimento de toda a legislação societária e aquela aplicável à consecução dos respectivos objetivos sociais - Circular SUSEP no 234, de 28.8.2003; b) pela incumbência de desenvolver e implementar procedimentos de controle que viabilizem a fiel observância das disposições sobre os crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores - Circular SUSEP no 234, de 28.8.2003; c) pela implementação de controles internos das atividades da Sociedade, de seus sistemas de informações e do cumprimento das normas legais e regulamentares a elas aplicáveis - Circular SUSEP no 249, de 20.2.2004; 2) Jair de Almeida Lacerda Júnior, Diretor, como responsável pelas Áreas Técnicas de Previdência e Seguros e como Diretor de Relações com a SUSEP, de conformidade com o disposto na Circular SUSEP no 234, de 28.8.2003; IV) fixados: a) o montante global anual da remuneração dos Administradores, no valor de até R$8.000.000,00; b) a verba de até R$4.500.000,00, destinada a custear os Planos de Previdência dos Administradores. Assembléia Geral Extraordinária: aprovadas, sem qualquer alteração ou ressalva, as propostas da Diretoria para: 1) alterar o Estatuto Social, no Artigo 7o reduzindo de 6 (seis) para 5 (cinco) o número máximo de cargos na Diretoria; no Parágrafo Primeiro do Artigo 8o aprimorando a sua redação; e no Artigo 10 inserindo o Parágrafo Único, visando adaptá-lo ao disposto nas Circulares SUSEP nos 234 e 249, respectivamente de 28.8.2003 e 20.2.2004, que regulamentam a atribuição de funções aos Diretores da Sociedade por áreas de atividades, relacionadas às responsabilidades técnica; administrativa-financeira; pelos crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores; pelos controles internos; e de Relações com a SUSEP, os quais passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 7o) A Sociedade será administrada por uma Diretoria, eleita pela Assembléia Geral, com mandato de 1 (um) ano, composta de 3 (três) a 5 (cinco) membros, sendo 1 (um) Diretor-Presidente, 1 (um) Diretor Gerente e de 1 (um) a 3 (três) Diretores sem designação especial. Art. 8o) - Parágrafo Primeiro - Dependerá de prévia autorização do Conselho de Administração do acionista controlador, direto ou indireto: a) a aquisição, alienação ou oneração de bens integrantes do Ativo Permanente e de participações societárias de caráter não permanente, quando de valor superior a 1% (um porcento) do Patrimônio Líquido da Sociedade; b) a constituição de ônus reais e a prestação de garantias a obrigações de terceiros; c) associações envolvendo a Sociedade, inclusive participação em acordo de acionistas. Art. 10) - Parágrafo Único - A Assembléia Geral designará dentre os Diretores da Sociedade os que devam ocupar as funções específicas instituídas pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, quais sejam: I. Diretor Responsável pelas Relações com a SUSEP: responderá pelo relacionamento com a Autarquia, prestando, isoladamente ou em conjunto com outros Diretores, as informações por ela requeridas; II. Diretor Responsável Técnico: supervisionará as atividades técnicas, englobando a elaboração de produtos, respectivos regulamentos, condições gerais e notas técnicas, bem como os cálculos que permitam a adequada constituição das provisões, reservas e fundos; III. Diretor Responsável Administrativo-Financeiro: supervisionará as atividades administrativas e econômico-financeiras, englobando o cumprimento de toda a legislação societária e aquela aplicável à consecução dos respectivos objetivos sociais; IV. Diretor Responsável pelo Cumprimento do Disposto na Lei no 9.613, de 3 de março de 1998, que Dispõe sobre os Crimes de “Lavagem” ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores: terá a incumbência de desenvolver e implementar procedimentos de controle que viabilizem a fiel observância das disposições estabelecidas na referida Lei e respectiva regulamentação complementar; V. Diretor Responsável pelos Controles Internos: terá a incumbência de adotar estratégias, políticas e medidas voltadas à difusão da cultura de controles internos, mitigação de riscos e zelar pelo cumprimento das normas legais e regulamentares aplicáveis.”; 2) cancelar 33 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, existentes em tesouraria, representativas do seu próprio Capital Social, sem redução deste; 3) aumentar o Capital Social no valor de R$242.190,80, elevando-o de R$701.348.168,06 para R$701.590.358,86, mediante a capitalização de parte do saldo da conta “Reserva de Lucros - Reserva Legal de 1997”, sem emissão de ações, de acordo com o Parágrafo Primeiro do Artigo 169 da Lei no 6.404/76; 4) alterar, em conseqüência dos itens 2 e 3, o “caput” do Artigo 6o do Estatuto Social, que passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 6o) O Capital Social é de R$701.590.358,86 (setecentos e um milhões, quinhentos e noventa mil, trezentos e cinqüenta e oito reais e oitenta e seis centavos), dividido em 182.381 (cento e oitenta e duas mil, trezentas e oitenta e uma) ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal.”; 4) reformular a Convenção do Grupo Bradesco de Seguros, destacando a alteração da denominação para Grupo Bradesco de Seguros e Previdência, a saída da filiada Bradesco Saúde S.A. e a mudança da denominação da filiada União Novo Hamburgo Seguros S.A. para Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a Ata da referida Assembléia encontra-se lavrada no livro próprio, homologada pela Superintendência de Seguros Privados – SUSEP e arquivada conforme segue: “Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania – Junta Comercial do Estado de São Paulo – Certifico o registro sob número 145.393/06-9, em 29.5.2006. a) Cristiane da Silva F. Corrêa – Secretária Geral.”. Bradesco Vida e Previdência S.A. aa) Jair de Almeida Lacerda Júnior, Lúcio Flávio Condurú de Oliveira.
EDITAL GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO FLORESTAL
PREGÃO PRESENCIAL Nº 029/2006 Encontra-se aberto o procedimento licitatório na modalidade PREGÃO (PRESENCIAL) para a contratação de serviços de plantio de florestas dos gêneros Pinus, melhorados geneticamente para produção de resina e madeira nas terras pertencentes ao estado de São Paulo nas Unidades do Instituto Florestal. O PREGÃO (PRESENCIAL) Nº 029/2006, será realizado no dia 29 de agosto de 2006, às 10:00 horas na Sala de Licitações, localizada no prédio nº 05 do Instituto Florestal sito à Rua do Horto, 931 (entrada pela Avenida Luiz Carlos Gentille de Laet, altura do nº 600) Horto Florestal, São Paulo – SP. O Edital completo está disponível na Seção de Despesas e será fornecida cópia em mídia, gratuitamente deste que apresentado um CD prata virgem com código de barras do fabricante e no síte www.e-negociospublicos.com.br. Maiores informações poderão ser obtidas pelo fone 6231-8555 - ramal 2019 ou pelo fax ramal 2064.
COMUNICADO CONVOCAÇÕES SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CERÂMICA DA LOUÇA DE PÓ DE PEDRA, DA PORCELANA E DA LOUÇA DE BARRO NO ESTADO DE SÃO PAULO ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA EDITAL DE CONVOCAÇÃO Pelo presente Edital, ficam convocados os associados deste Sindicato que estejam quites e no pleno gozo de seus direitos sociais para se reunirem em Assembléia Geral Ordinária, a realizar-se no próximo dia 24 de agosto do corrente ano, na R. Siqueira Campos, 111, 2º andar, Pedreira - SP, às 13h30, em 1ª convocação, ou às 14h em 2ª convocação, quando se instalará com qualquer número de associados presentes, para deliberação por escrutínio secreto: a) Leitura, discussão e deliberação do Balanço Geral do ano de 2005, acompanhadas do parecer do Conselho Fiscal, e b) outros assuntos gerais de interesse deste Sindicato. São Paulo, 15 de agosto de 2006. Nelson Ferreira Dias - Presidente.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
FDE AVISA: TOMADA DE PREÇOS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Construção de ambientes complementares, de sala de aula e Reforma de prédio(s) escolar(es): TOMADA DE PREÇOS N.º - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – ÁREA - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/1904/06/02 - EE Profª Margarida Paroli Soares – Rua Tulio Taques de Lemos, s/nº - Jardim Ibirapuera - Limeira/SP – 150 - 964,39 - R$ 62.101,00 – R$ 6.210,00 – 09:30 – 31/08/2006. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 16/08/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). O Edital completo através de cópias reprográficas/heliográficas terá o custo de R$ 0,10 (dez centavos) por cópia reprográfica e R$ 3,00 (três reais) por cópia heliográfica. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 30/08/2006, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Willian Sampaio de Oliveira Diretor Executivo
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 15 de agosto de 2006
Internacional
3 O objetivo de conseguir uma cadeira no CS levou o Brasil a se comprometer com a situação do Haiti em nome de um objetivo pouco realista. Demétrio Magnoli
Marcelo Casal Jr/ABr
O que vale essa cadeira que tantos cobiçam?
Para se firmar como líder mundial, Brasil não desiste de uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU
N
o dia 12 de setembro, a Organização das Nações Unidas (ONU) realiza sua 61ª Assembléia Geral, dando início a um ano de discussões dos problemas e temas de interesse dos 192 países membros. Uma das questões em pauta será a reforma do Conselho de Segurança (CS), e a expectativa é de que o Brasil reapresente sua candidatura a uma vaga como membro permanente do órgão. O Itamaraty tem feito de tudo para fazer o mundo acreditar que o Brasil está preparado para este desafio e um exemplo é a atuação do Brasil na crise do Líbano. Além de retirar os brasileiros da área de conflito, o País se dispôs a ajudar cidadãos da América Latina a voltarem a seus países. O chanceler brasileiro, Celso Amorim, visita hoje Beirute para levar apoio à solução do conflito com Israel e também 2,5 toneladas de medicamentos e de 16
kits de farmácia – o suficiente para ajudar no atendimento de emergência de 145 mil pessoas. Em declarações recentes, Amorim mandou um recado sutil: se o País integrasse o Conselho de Segurança da ONU, talvez pudesse fazer mais pelo Líbano. A proposta brasileira – na verdade, do G4, grupo do qual, além do Brasil, participam Japão, Alemanha e Índia – é ousada: uma ampla reforma do CS com a ampliação do número de membros. As atuais 15 vagas, das quais apenas 5 para membros permanentes, seriam substituídas por 25 vagas, com seis novas cadeiras permanentes e 4 rotativas (veja quadro). Esta é a proposta formal, que na prática significaria que, das 6 cadeiras permanentes, 4 seriam ocupadas pelos países do G4 e 2 por países africanos. O argumento é de que é preciso democratizar as decisões do CS e dar mais força a novas potências regionais.
forças na política internacional", analisa. "Além disso, não está provado que o CS seja reformável por meio de um processo pacífico. O debate político não cria novas potências. O que redefine quem são as reais potências mundiais são as guerras gerais", argumenta. Uma reforma do CS poderiam acirrar conflitos regionais. A proposta do G4 mostra isso: na Ásia, a China tem fortes resistências à entrada do Japão. O Paquistão não pode sequer pensar na presença da Índia no CS, já que os dois países estão em conflito na região da Caxemira. Na Europa, a França não tem interesses em dividir seu poder com a Alemanha. Na América do Sul, México e Argentina se opõem à idéia de ver o Brasil ocupar um posto no CS. Magnoli entende que existe outro grande empecilho à reforma defendida pelo Brasil. "Essa proposta criaria uma maioria contra os EUA na maioria das questões". Uma proposta alternativa à do G4 é a do México, que sugePresidente Lula no discurso de abertura da Assembléia Geral da ONU em 2004 re a criação de novos postos permanentes Os próprios países membros no CS para cada região. As vaReforma – A necessidade de reforma do CS é quase consenso do CS, hoje, têm como missão gas seriam ocupadas de forma internacional. Criado após a Se- discutir uma reforma. Mas isso rotativa. Na prática, o assento gunda Guerra Mundial, quan- não significa que haja acordo. permanente destinado à Amédo a organização substituiu a Segundo o especialista em re- rica Latina teria México, ArgenLiga das Nações, com o objetivo lações internacionais Demé- tina e Brasil como candidatos de manter a paz e prevenir con- trio Magnoli, alterar a compo- naturais a cada rodada, o que flitos, o argumento principal sição do CS significaria alterar equilibraria as forças, em vez de dos defensores dessa idéia é de todas as relações de forças re- acirrar rivalidades. Política externa – Apesar de que o CS já não reflete mais o ce- gionais. "A necessidade de renário internacional. A legitimi- forma do CS é uma verdade in- todos esses entraves, assumir dade da própria ONU está na telectual, não política. A lógica uma cadeira permanente no berlinda desde a Guerra do Ira- do poder é outra, é a de interes- Conselho de Segurança é priorique e o atual conflito entre Israel ses particulares, e países como dade da política externa brasie a milícia libanesa do Hezbol- EUA e China não aceitarão leira. A idéia tomou corpo no lah, em que houve muitas difi- uma reforma que dilua o po- governo Itamar Franco, foi coloculdades de dois membros per- der. Qualquer alteração no CS cada em banho-maria na admimantes do CS – França e EUA – representaria uma mudança nistração Fernando Henrique muito grande nas relações de Cardoso e voltou com força em chegar a um acordo.
Venezuela é candidata a cadeira provisória
A
lém de pleitear uma posição permanente no Conselho de Segurança da ONU, o Brasil hoje apóia a candidatura da Venezuela a um assento provisório no mesmo órgão. Na próxima Assembléia Geral da ONU, 5 dos atuais 10 membros provisórios serão substituídos. Os principais candidato a uma dessas vagas, a da Argentina, são Venezuela e Guatemala. A Venezuela tem contra sua candidatura o fato de ser um dos principais desafetos dos EUA na América Latina. A
Guatemala tem, a seu favor, o fato de já ter colaborado em várias operações da ONU. Mas a Venezuela tem se tornado cada vez mais importante no cenário comercial, e isso conta pontos, até porque o assento provisório concede poucos poderes ao país. O Brasil já ocupou 9 vezes uma vaga provisória e o apoio à Venezuela é uma mostra seu poder regional. "O Brasil nunca se alinhou totalmente aos EUA em questões de política internacional, o que coloca o País como um mediador natural de crises na América do Sul. Ao apoiar a candidatura venezuelana, o País exerce esta função", diz Demétrio Magnoli. (HRC)
quando Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a Presidência e Celso Amorim, o Itamaraty. Para reforçar sua candidatura, o País tem mobilizado esforços: quitou em 2005 uma dívida de dez anos com a ONU. Eram mais de US$ 135 milhões, em sua maior parte herança dos dois mandatos de FHC. "Uma série de ações da política externa brasileira, desde as viagens de Lula à África até a aproximação com a China e o envio de tropas à missão da paz da ONU no Haiti, têm como objetivo colocar o País no CS", diz Magnoli. Por um lado, essas ações colocam o País como um protagonista da diplomacia mundial, mas também criam situações de embaraço e problemas extras. O envio de tropas ao Haiti, por exemplo, se tornou um peso para o Brasil, que atendeu a um pedido dos EUA e, agora, não pode retirar de lá seus soldados. Mas a situação política no país está longe de se estabilizar. Outra situação delicada: segundo Magnoli, a fim de obter apoio de países africanos à sua candidatura ao CS, o Brasil votou contra uma proposta de intervenção da ONU no conflito de Darfur, no Sudão. Segundo organizações não-governamentais que atuam na região cerca de 400 mil pessoas já morreram no conflito entre 2003 e 2006. E a ONU não conseguiu aprovar uma intervenção, decisão da qual o Brasil participou. Decisões como esta e o fato de o governo Lula fazer vistas grossas para as violações dos direitos humanos na China fazem Magnoli questionar os objetivos brasileiros de integrar o CS. Ele lembra que uma posição como esta tem custos e responsabilidades sérias. "Ocupar um assento permanente implica em obter poder nas negociações da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), tomar decisões sobre questões como controle de armas, negociar processos de paz, e também exige compromissos com o envio de tropas para forças da ONU, o que custa dinheiro, porque quem paga estas tropas é o próprio país", pondera. Heci Regina Candiani
terça-feira, 15 de agosto de 2006
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Empresas Tr i b u t o s Nacional Finanças
5
3,3
VALOR MÉDIO DAS COMPRAS FOI DE R$ 60
por cento foi o aumento no número de consultas ao SCPC, o termômetro das vendas a prazo
MOVIMENTO FICOU DENTRO DO ESPERADO E VENDAS CRESCERAM 4,25% EM RELAÇÃO AO ANO PASSADO
QUEDA DE JUROS AUMENTOU VENDAS
O
movimento no comércio na capital paulista aumentou 4,25% no Dia dos Pais em relação à mesma data no ano passado. É o que mostra levantamento feito pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O crescimento foi considerado dentro do esperado, segundo o economista da ACSP, Emílio Alfieri. Ele atribuiu a alta do movimento à queda nas taxas de juros. Isso ajudou a sustentar as vendas no crediário. A deflação de preços no varejo causada pela concorrência com artigos importados, em razão do dólar baixo, também motivou o consumidor a gastar. O levantamento comparou o intervalo entre os dias 2 e 14 de agosto deste ano com 1º e 13 de agosto de 2005. No período referente a 2006 foram feitas 747.451 consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), o termômetro das vendas a prazo, um salto de 3,3% em relação às consultas feitas no intervalo de comparação de 2005. No UseCheque, indicador das vendas à vista, as consultas aumentaram 5,2% neste ano, registrando 881.369 buscas nos dias que antecederam o Dia dos Pais. Vestuário, CDs e DVDs foram os presentes mais procu-
rados para os pais, segundo Alfieri. O valor médio das compras foi de R$ 60. A última pesquisa divulgada pela ACSP antes do Dia dos Pais, com dados obtidos até o dia 8 de agosto, apontava para uma alta além dos 4,9%. "Sábado, que deveria registrar o maior movimento, foi fraco. Isso porque o clima bom tirou o paulistano da cidade no final de semana", explicou Alfieri. Shoppings – Os shoppings também tiveram maior fluxo de pessoas. O Shopping ABC registrou aumento de 18% no número de consumidores neste Dia dos Pais, se comparado com a mesma data do ano passado. No último final de semana, passaram pelo shopping 127 mil pessoas, público 11% superior ao de um final de semana normal. Essa multidão ajudou o shopping a elevar as vendas em 15% em relação ao mesmo período de 2005. O Central Plaza Shopping registrou aumento de 7% na circulação de pessoas no centro de compras (100 mil consumidores passaram pelo local). Com isso, as vendas aumentaram 5% na comparação com 2005. Além de vestuário, celulares e eletroeletrônicos foram os produtos que mais apareceram na lista de compras para o Dia dos Pais no Central Plaza. Renato Carbonari Ibelli
Emprego industrial estagnado
O
emprego industrial ficou estagnado em junho, enquanto a renda do trabalhador prossegue em alta. O número de ocupados caiu 0,1% em junho em relação a maio e recuou o mesmo percentual na comparação com igual mês de 2005. Os dados da ocupação são negativos e incluem mau desempenho no primeiro semestre (-0,5%) e nos últimos 12 meses (-0,3%). Para o economista André Macedo, da coordenação de indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o quadro do emprego industrial em junho é de estabilidade, acompanhando o que vem ocorrendo na produção. Segundo ele, para números mais fortes na ocupação industrial, será preciso uma forte reação do setor. Marcelo de Ávila, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), também acredita que só um ritmo mais forte de produção pode garantir um
aumento da ocupação. "Por enquanto, os funcionários estão dando conta do recado", disse ele, para quem os empresários estão "postergando" contratar enquanto não têm certeza do equilíbrio do nível dos estoques. Macedo explicou que a forte ligação entre o desempenho da produção e os resultados do emprego fica clara nos dados setoriais. Os segmentos que apresentaram pior resultado no mercado de trabalho industrial em junho – calçados e artigos de couro, máquinas e equipamentos e vestuário – são aqueles que têm enfrentado dificuldade na produção, ou concorrência de produtos importados ou pelas perdas dos produtores agrícolas. Para Macedo, com os resultados de junho, o mercado de trabalho industrial fecha o primeiro semestre com um "quadro negativo", com queda de 0,5% na ocupação, ante igual período do ano passado. (AE)
Fotos: Paulo Pampolin/Hype
Setor produtivo mantém ritmo lento
O
Henrique Magalhães: sensação de segurança
Fernanda Guimarães: duas vezes por semana
Shopping é local de compras e lazer
A
economista Fernanda Guimarães costuma ir ao shopping center duas vezes por semana para fazer compras. Não gosta de procurar roupas ou sapatos em lojas de rua. Prefere a variedade que esses centros de compras oferecem aos consumidores. Fernanda representa o perfil do paulistano que freqüenta shopping centers, de acordo com pesquisa realizada pelo Programa de Administração de Varejo – Provar , da Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (USP). Segundo o estudo, 65,2% dos paulistanos vão aos shoppings somente para fazer compras. Mais da metade deles (52,6%) freqüenta esses centros mais de uma vez por semana. "Nos finais de semana, os paulistanos visitam os shoppings para ir ao cinema
ou curtir outra forma de lazer", diz o coordenador geral do Provar, professor Claudio Felisoni de Angelo. De segunda a sexta-feira, os consumidores vão almoçar ou fazer compras. "Mais do que um simples centro de compras, os shoppings ocupam um espaço importante na sociedade brasileira." Durante a semana, 23,2% dos entrevistados vão ao shopping fazer compras, 19,2% para utilizar os serviços, enquanto 24,2% preferem almoçar com colegas de trabalho ou do colégio. É o caso do estudante Henrique Magalhães, que costuma reunir seus amigos do cursinho no horário do almoço. "Preferimos o shopping porque a variedade de restaurantes é maior do que se fôssemos comer na rua", conta. "Assim, cada um escolhe o que prefere saborear. E, ainda, temos maior segurança."
Aguiar ALFAIATE
www.aguiaralfaiate.hpg.com.br Um alfaiate de classe, para pessoas de classe! 50 anos de dedicação profissional
Av. Angélica, 2.341 - Higienópolis Fone: (11) 8453-7529
Mais vagas para executivos alta gerência e diretoria. O domínio do idioma inglês foi exigência básica em 85% delas. Para o diretor da Laerte Cordeiro Consultores em Recursos Humanos, Laerte Cordeiro, a oferta de empregos para gerentes e diretores em São Paulo deve crescer nos próximos meses. Segundo pesquisa que avalia ofertas publicadas nos principais jornais da cidade, os primeiros sete meses deste ano registraram aumento de 9% no número de vagas para executivos, quando comparado ao mesmo período do ano passado. Foram 1.036 contra 948 anúncios. "Esperamos que o mercado melhore no segundo semestre e que o crescimento de vagas chegue a 12% no fim do ano", disse ele. Exigências – O mercado de trabalho está cada vez mais exigente, de acordo com o consultor de Carreira e diretor da Thomas Case e Associados, Renato Nishimura. Segundo ele, as empresas estão procurando cada vez mais profissionais com MBA, inglês fluente e ampla experiência.
É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim)
Maristela Orlowski
E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com
Factoring
DC
O
mercado de trabalho para cargos executivos, como diretores e gerentes, voltou a dar sinais de aquecimento em julho depois de dois meses de retração, de acordo com pesquisa divulgada pela Manager Consultoria, especializada em recrutamento e seleção. O número de contratações aumentou 11,7% no mês avaliado, ante o declínio de 13,43% registrado entre maio e junho. Segundo a gerente de Planejamento de Carreira, Patricia Fadini, a melhora deve ser gradativa nos próximos meses devido ao cenário econômico do País. "O comércio e a indústria são os setores que mais contratam quando o mercado aquece", disse a especialista. Em julho, houve aumento de 29,75% e 20,92% do número de vagas nas áreas comercial e industrial, respectivamente, em relação ao mês anterior. As carreiras mais tradicionais, como engenharia e administração, foram as mais requeridas pelas empresas. Cerca de 46% das vagas requisitavam profissionais para gerência e, 23%, para
O que é Factoring?
Henrique citou o fator que mais motiva os consumidores a escolherem os shoppings para comprar e passear. De 1 a 10, a importância do quesito segurança, na opinião dos entrevistados para a pesquisa, recebeu nota 9,19. A praça de alimentação desses centros de compras (9,06) e o ambiente agradável (8,95) são outros elementos que motivam o consumidor a visitar um shopping. O estudo da Provar, realizado em maio, baseou-se na opinião e hábitos de consumo de 500 paulistanos. Os resultados da pesquisa podem ser uma ferramenta para os varejistas planejarem estratégias de vendas e tomar decisões. De acordo com a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), o setor detém 488 mil empregos diretos em 263 empreendimentos do gênero. Sonaira San Pedro
s indicadores industriais de junho divulgados ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram um quadro de estabilidade em relação a maio. As vendas reais cresceram apenas 0,3% em termos dessazonalizados, enquanto as horas trabalhadas na produção caíram 0,04%. O emprego industrial apresentou leve queda, de 0,01% em relação a maio. Na comparação com junho de 2005, no entanto, as vendas reais tiveram queda de 3,75% e as horas trabalhadas diminuíram 1,15%. O emprego nesse mesmo período subiu 1,29%. No acumulado do primeiro semestre, as vendas reais acumulam queda de 1,49% no mesmo período. As horas trabalhadas na produção aumentaram 0,66% no primeiro semestre e o emprego cresceu 1,42%. O índice de utilização da capacidade instalada da indústria de transformação em junho atingiu 82,3% em termos dessazonalizados. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), esse é o percentual mais alto para um mês em 2006. No entanto, afirmou a CNI, esse aumento do indicador não altera a trajetória de estabilidade no uso da capacidade instalada. (AE)
8
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Congresso Planalto Debate CPI
terça-feira, 15 de agosto de 2006
Durante o governo de seu partido nasceu o PCC. O que o senhor não fez para que isso acontecesse? De Eymael para Alckmin
CANDIDATOS SE ENFRENTAM NA TEVÊ
Fotos: Luiz Prado / LUZ
PRIMEIRO DEBATE: LULA NÃO VAI E É ATACADO Como havia prometido, o presidente Lula não participou do primeiro debate entre os candidatos à presidência. E todos lembraram dele em ataques.
S Todos contra todos: candidatos mantiveram o tom e concentraram críticas no presidente, ausente.
ALCKMIN
P
rometeu muita coisa: o combate à corrupção, desenvolvimento e educação. Cobrou a ausência de Lula (depois de Heloísa Helena). Aumentou o tom ao dividir o problema da violência com o governo federal. Procurou mostrar liderança ao afirmar que fará as reformas política e tributária em seu governo. "Vou cortar gastos e desperdícios, eliminar a corrupção e cortar, assim, os juros", garantiu. Seu único contraponto foi Heloísa Helena no debate da segurança. Ela atacou duramente os governos tucanos na gestão da segurança pública. Alckmin mostrou tranqüilidade e tratou de dividir a responsabilidade do problema com o governo federal e o Congresso Nacional. "Lula e o Congresso amoleceram com o crime organizado". O tucano relatou que quando assumiu o governo paulista a polícia não tinha nem colete à prova de balas e enfatizou que 90 mil criminosos saíram das ruas.
I
HELOÍSA
F
oi a candidata de sempre. Criticou os governos FHC e Lula por não terem feito a reforma tributária e por "saquearem" recursos do orçamento para fazer o "jogo sórdido dos banqueiros". Dura com Lula, mostrou-se apaixonada pela causa das camadas mais pobres. "Não sou uma mulher de fazer de conta", sentenciou. Ela só baixou o tom quando debateu o tema da segurança pública com Cristovam . A candidata debateu com Alckmin questões de saúde (investimentos) e a segurança pública. Foi aí que o tom subiu. Heloísa responsabilizou os tucanos pelo caos na segurança em São Paulo. Prometeu fazer a reforma tributária e assentar um milhão de famílias por ano. "Sobre a reforma agrária, eu vou fazer. FHC e Lula fizeram projetos de 'favelização rural'. Violência no campo é retrato do desrespeito dos governos aos agricultores. O problema do Brasil é a corrupção e a ausência da reforma agrária."
LUCIANO BIVAR niciou a participação falando de suas prioridades: emprego e reforma tributária. Criticou a informalidade e prometeu instituir a alíquota única de 1,7% de imposto no País. Na questão da segurança, propôs a privatização dos presídios, um dos carros-chefe de sua campanha. Deu uma alfinetada em Lula ao criticar o excesso de cargos de confiança. E foi só. Atrapalhou-se em um dos blocos ao perguntar a Cristovam Buarque, em vez de José Maria Eymael.
CRISTOVAM
S
em preocupar-se em rebater os ataques de adversários, ele dedicou o debate para divulgar a sua principal bandeira de campanha: a Educação. Sua proposta é a da federalização da área, comparando a uniformidade do trabalho dos funcionários e agências do Banco do Brasil em todo o País, com a necessidade de um sistema semelhante para a Educação. "O governo tem a obrigação de dar um padrão mínimo, e manter os prefeitos no gerenciamento desse sistema", disse Cristovam. A senadora Heloísa Helena compartilhou da opinião e se colocou como uma "apaixonada" pela área. Na tréplica, Cristovam manteve a "rasgação de seda". De acordo com o candidato, a sua meta é colocar as crianças na escola e dar empregos temporários para seus familiares. Ele cobrou a ausência de Lula e prometeu mudar o Bolsa-Família e a reativar o Bolsa-Escola.
EYMAEL
O
segundo candidato a perguntar foi José Maria Eymael, que questionou Alckmin: "Durante o governo de seu partido nasceu e se desenvolveu o PCC. O que o senhor não fez para que isso acontecesse?". Alckmin não respondeu. Eymael emendou a réplica para dizer que as propostas da Democracia Cristã são a criação do Ministério da Segurança Pública, a implantação de um Plano Nacional de Segurança pública e uma reforma imediata do regime prisional.
em o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à reeleição – que teve uma cadeira vazia reservada no programa –, começou ontem o primeiro debate entre os presidenciáveis, promovido pela "Rede Bandeirantes de Televisão". Mediado pelo jornalista Ricardo Boechat, de 53 anos, o debate teve início com um bloco no qual os candidatos – Cristovam Buarque (PDT), Heloísa Helena (P-SOL), Geraldo Alckmin (PSDB), José Maria Eymael (PSDC) e Luciano Bivar (PSL) – responderam a uma pergunta de 30 segundos elaborada pela produção, por ordem de sorteio feito na hora: "Mais emprego mais educação, mais segurança, menos corrupção. É o que todos prometem. Escolha o que seria a prioridade de seu governo." Cada candidato teve dois minutos para a resposta. O bloco foi aberto por Luciano Bivar. Para ele, a alta tributação empurra os cidadãos à marginalidade. Por isso, defendeu o Imposto Único como remédio para todos os problemas. Alckmin, o segundo a responder, afirmou que sua prioridade absoluta é "resgatar a esperança de uma população desencantada". Colocou em primeiro plano uma agenda do crescimento econômico e da Educação, a "grande arrancada para o desenvolvimento o Brasil sendo líder e não último da fila". Fez uma síntese de seu programa. Cristovam Buarque bateu na tecla que vem insistindo: a revolução pela Educação, "único meio de resolver todos os outros problemas." Eymael dirigiu-se a todos com um discurso sobre "o mal contra o mal" – mal do governo de Fernando Henrique contra o mal do governo Lula, forças causadoras das crises vividas
Cadeira vazia: mantida.
pelo País, como a da corrupção e da segurança... O compromisso fundamental é um novo modelo tributário, destacou. Heloísa Helena fechou o bloco manifestando indignação pela "arrogância" de Lula que não apareceu para o debate. Culpoundo a taxa de juros e os banqueiros por tudo. Falou dos "filhos da pobreza" e da necessidade de repressão ao crime organizado. Os outros blocos – Nos segundo e terceiros blocos, candidatos perguntaram a candidatos, também por sorteio. Alckmin escolheu Heloísa Helena para perguntar, criticou Lula sobre a atuação na Saúde e indagou sobre a proposta do PSol para o setor. A candidata insistiu que é preciso reduzir juros para viabilizar investimentos na área. E disse que os números do orçamento são manipulados para garantir o atendimento ao interesse dos banqueiros. Na réplica, Alckmin fez explanação sobre distribuição de remédios e leitos hospitalares. Na tréplica, Heloísa Helena falou do atropelamento de seu filho, da falta de medicamentos no hospital da rede pública que o atendeu com traumatismo craniano, mantendo críticas a Lula. O segundo candidato a perguntar foi Eymael, que questionou Alckmin. "Durante o governo de seu partido nasceu e se desenvolveu o PCC. O que
o senhor não fez para que isso acontecesse?". Alckmin falou da prisão de 90 mil apenados em seu governo, da redução do número de homicídios e latrocínios no Estado, na criação do Regime Disciplinar Diferenciado. Falou até em terrorismo político-eleitoral, mas não respondeu a pergunta. Eymael emendou a réplica para dizer que as suas propostas são a criação do Ministério da Segurança Pública, a implantação de um Plano Nacional de Segurança pública e uma reforma do regime prisional Alckmin, na tréplica, criticou a ausência de Lula e a omissão do governo federal no combate ao tráfico de drogas e de armas nas fronteiras. A terceira a fazer perguntas foi Heloísa Helena, que perguntou a Cristovam sobre Educação. Deu a ele a oportunidade de falar sobre a proposta da federalização da Educação, comparando a uniformidade do trabalho dos funcionários e agências do Banco do Brasil em todo o País . A senadora compartilhou da opinião e se colocou como uma "apaixonada" pela área. Na tréplica, Cristovam manteve os elogios Bivar perguntou a Eymael em que consistiria a sua proposta de privatização dos presídios. "O que o País realmente precisa hoje é de um presidente que chame para si as responsabilidades". Bivar, na tréplica, insistiu na tese de seu partido, de privatização das cadeias. Para encerrar, Cristovam perguntou a Bivar se a decepção do povo foi maior com a seleção brasileira ou com Lula. Bivar disse que a decepção com o governo Lula é maior e falou da reforma eleitoral e fim do aliciamento eleitoral. Cristovam comparou a ausência de Lula aos jogadores que não voltaram ao País. (AE)
COMEÇA O HORÁRIO ELEITORAL s candidatos a presidente da República abrem hoje o horário gratuito no rádio e televisão. Pela ordem de sorteio, a candidata Heloísa Helena (PSol) será primeira a aparecer na telinha. Geraldo Alckmin (PSDB) é o candidato que dispõe de mais tempo: 10 minutos e 22 segundos, seguido do petista Luiz Inácio Lula da Silva com 7 minutos e 21 segundos (veja o quadro). A campanha termina em 28 de setembro, totalizando 45 dias. Aposta – Aliados de Alckmin apostam no desempenho do tucano para disputar o 2º turno contra Lula, que lidera com folga as pesquisas. Os tucanos afirmam que a campanha será propositiva, sem ataques diretos a Lula.
O
O analista político Cristiano Noronha, da Arko Advice, diz que não é fácil a tarefa de Alckmin. De acordo com o analista, nas últimas três eleições - 1994, 1998 e 2002 - o candidato que liderava as pesquisas antes do início da propaganda foi eleito presidente. A única alteração substancial ocorreu em 2002 quando o tucano José Serra passou Ciro
Gomes nas pesquisas e disputou o 2º turno contra Lula, mas perdeu a eleição. Na avaliação de Noronha, o Alckmin precisará acrescentar às propostas os escândalos do governo Lula, como o mensalão, mas sem exagerar. Segundo o analista, a corrupção é tema de obrigatório. A justificativa é que na entrevista ao Jornal Nacional, quinta-feira
passada, Lula deu novas versões e errou números ao responder as perguntas sobre os escândalos no seu governo. "A questão ética é o calcanhar de Aquiles do presidente. Todavia, é necessário não exagerar nos ataques pois ele podem não agradar o eleitorado e até prejudicar o PSDB". O filósofo e professor Denis Rosenfeld (UFRGS) diz que Alckmin precisará "ser preciso nos ataques e se "mostrar como um candidato que conhece os problemas do País" para ter uma chance efetiva. Risco– O professor Cláudio Couto (PUC/SP) afirma que Alckmin precisa ter cuidado com Heloísa Helena que, apesar do tempo escasso (1 minuto e 11 segundos), pode ser um dor de cabeça para o tucano. "O seu discurso de desqualificação da classe política pode atrair uma parcela importante do eleitorado brasileiro e mudar o rumo da eleição". Os candidatos a presidente falarão no rádio às 7h e 12h e na TV às 13h e 20h30min, às terças, quintas e sábados. Cada bloco terá duração de 25 minutos, seguidos pelos candidatos a deputado federal. Sergio Kapustan
6
Nacional Empresas Tr i b u t o s Agronegócio
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 15 de agosto de 2006
Condomínios se mobilizam para reduzir em 30% taxa paga pelos moradores
LEI KANDIR: ESTADOS VÃO RECEBER R$ 1,95 BI
A ADOÇÃO DE UM REGIME DIFERENCIADO DE TRIBUTAÇÃO VAI DOMINAR DEBATES NO ENCONTRO DO SETOR, DIA 17
CONDOMÍNIOS QUEREM O SIMPLES
C
om o objetivo de reduzir em cerca de 30% o valor pago pelos condôminos, o Sindicato dos Condomínios e Edifícios Residenciais, Comerciais, Mistos e Verticais do Município de São Paulo (Sinconedi) vai apresentar na próxima quinta-feira (17), durante o 1º Encontro Regional de Síndicos da Região do ABC, uma proposta de projeto de lei para criar um sistema de tributação diferenciado para o pagamento dos encargos trabalhistas, uma espécie de Simples do setor. A campanha em busca da aprovação do projeto que reduza as alíquotas cobradas do setor, denominada Queremos ser Simples, será apresentada no evento, que será realizado às 19h no Hotel Ibis de Santo André, mas deve continuar até o final do ano. "Pagamos tributos como uma multinacional. É incoerente", afirma o presidente do Sinconedi, Arnaldo Camilo dos Santos, ao lembrar que os condomínios recolhem 21% do salário de faxineiras, porteiros e demais funcionários ao Instituto Nacional de Seguro Nacional (INSS). Sem lucro – At u a lm e n te , apesar de não possuírem personalidade jurídica e não visarem ao lucro, os condomínios pagam impostos como se fossem empresas de grande ou médio portes – já que as micros e pequenas têm a oportunidade de ingressar no Simples e, portanto, têm encargos menores. "Os encargos atuais chegam a dobrar o valor pago em carteira para o trabalhador e pesam muito no orçamento dessas entidades", diz o secretário da Comissão de Direito Imobiliário e Urbanístico da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), Adwin Britto.
Alex Ribeiro/DC
Os representantes do Sinconedi pretendem debater e elaborar o texto da lei ainda neste semestre, em conjunto com moradores e síndicos, e apresentá-lo ao Congresso no começo do próximo ano. Abaixo-assinado – Até lá, o presidente do Sinconedi espera conseguir apoio de todos os associados da entidade e reunir, no mínimo, 50 mil assinaturas de todos os representantes dos condomínios, em abaixo-assinado que será enviado à Câmara dos Deputados junto com o projeto de lei. O sindicato também não descarta a hipótese de solicitar a aprovação de um regime de tributação diferenciado para os condomínios por meio de uma medida provisória, já que sua tramitação no Congresso costuma ser mais rápida do que a de um projeto de lei. "A alteração da legislação é fundamental. A carga é muito alta e sai do bolso dos moradores, que muitas vezes não conseguem suportá-la. Tem sido comum encontrar locais em que o valor do condomínio é quase a metade do aluguel. É demais", afirma Santos. Ações – Além da campanha Queremos ser Simples, o Sinconedi também tem assessorado condomínios na busca de soluções para conflitos como a cobrança de taxas e impostos considerados indevidos pelo sindicato. Uma das ações atuais é o combate à cobrança de taxas de esgoto de condomínios que não foram beneficiados pela instalação da rede. Outra será o questionamento judicial da Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública (Cosip). A entidade pretende entrar com um mandado de segurança contra a taxa nas próximas semanas. Clarice Chiquetto
Novas bondades à vista
O
governador de Minas Gerais, Aécio Neves, afirmou ontem que o governo federal deve editar em breve uma medida provisória que desonera a indústria de semicondutores. A informação foi confirmada pelo assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda. A MP conterá incentivos ao setor e deverá ser editada nos próximos dias. A assessoria não especificou qual seria a natureza desses incentivos. O governador de Minas Gerais não quis dar detalhes sobre o conteúdo da MP, mas afirmou que o objetivo principal é in-
centivar a atração de investidores na área de semicondutores para o Brasil com a implantação da TV digital no País. "É uma precondição fundamental para que o setor se instale no Brasil", disse o governador mineiro, após reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em que discutiram esse e outros assuntos. Na última quinta-feira, entretanto, o secretário de Política Econômica da Fazenda, Júlio Sérgio Gomes de Almeida, havia informado que o governo não trabalha com a hipótese de oferecer nenhuma medida de desoneração. (Agências)
Divulgação
Exemplar custará R$ 20
Livro mostra caminhos a empresários Altos encargos: condomínios recolhem ao INSS 21% da folha de salários, encarecendo o valor da taxa
Administradoras de shoppings querem se livrar da Cofins
A
Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que as administradoras de shopping centers devem recolher a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre o valor dos aluguéis recebidos de suas lojas. O Shopping Center Jardins, de Pernambuco, havia entrado com mandado de segurança para derrubar a exigência do tributo, mas o fisco saiu vitorioso por um placar de cinco votos a quatro. Segundo o advogado Luiz Gustavo Bichara, do escritório Bichara, Costa & Rocha Advogados, na ação, a administradora do centro de compras sustentou que, como o lojista já paga a contribuição, a cobrança sobre os aluguéis recebidos configura bitributação. O argumento, entretanto, não foi aceito pelo ministro João Otávio de Noronha. Mesmo assim, Bichara acredita que ainda há chances de
reverter a decisão no Supremo Tribunal Federal (STF), mas com um outro argumento. "O STF já decidiu que a base da Cofins é a receita bruta, ou seja, o faturamento das empresas", lembra. "Como o tribunal entende que faturamento é a receita oriunda de venda de mercadorias ou prestação de serviços, a Cofins não deve incidir sobre o aluguel", afirma o advogado, que tem mais de 20 ações contestando a incidência da contribuição sobre o aluguel recebido por administradoras de shoppings. De acordo com o advogado, em 65% das ações patrocinadas por seu escritório, as administradoras têm sido vitoriosas. "Alguns processos ainda tramitam na primeira instância. Mas há várias ações que só aguardam o julgamento pelo Supremo", informa. Sistema – Segundo Bichara, a não-incidência da Cofins só continua em vigor até hoje para as empresas que apuram o
Imposto de Renda (IR) pela sistemática do lucro presumido. "As empresas tributadas pelo lucro real só podem pedir a não-incidência da contribuição até 2003. Isso porque, a partir de 2004, entrou em vigor a Lei n° 10.833", afirma. De acordo com essa legislação, a contribuição deve incidir sobre o faturamento mensal "assim entendido o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil". O diretor superintendente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping Centers (Alshop), Luiz Augusto Ildefonso da Silva, afirma que a maioria dos contratos de locação nos shoppings já embute a Cofins. "Se as administradoras conseguirem se livrar do pagamento da contribuição nos contratos de locação, deverão repassar essa economia para os lojistas", diz. Laura Ignacio
Lei Kandir: 2ª parcela virá por MP
O
ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou ontem que o governo vai editar em breve uma medida provisória com a liberação da segunda parcela de ressarcimento da Lei Kandir, que desonerou as exportações do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A liberação dos R$ 1,95 bilhão, exigida há tem-
pos pelos governadores, será feita em quatro vezes, nos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro. A edição de uma nova MP é resultado da reunião que o ministro da Fazenda teve com o governador de Minas Gerais e candidato à reeleição, Aécio Neves (PSDB). No início do ano, na votação do Orçamento da União, o governo havia
acertado com os estados a devolução de R$ 5,2 bilhões em três parcelas. Mas somente a primeira foi liberada. A segunda parte virá através da MP. Já a liberação da terceira parcela, de R$ 1,3 bilhão, está condicionada ao aumento de arrecadação ainda neste ano e a estudos em andamento no governo, segundo Mantega. (AE)
M
etanóia Contábil: Transformando a Gestão dos Negócios é o título do livro que o empresário e contabilista Rogério Massami Kita vai lançar na próxima sextafeira. Metanóia significa mudanças, e a proposta da obra é justamente mostrar quais os caminhos que o pequeno ou médio empresário pode seguir na gestão contábil de sua empresa para alcançar os melhores resultados possíveis. "Por ser um empresário contábil, sei que a maioria das empresas enxerga a contabilidade como um mal necessário. Mas ela pode diminuir custos e aumentar a lucratividade das empresas", defende o autor. Em um dos prefácios, o presidente licenciado da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e candidato ao Senado, Guilherme Afif Domingos, destaca a visão abrangente de Kita sobre as micros e pequenas empresas, mostrando sua importância na economia e apresentando exemplos que podem fazer da contabilidade um instrumento de gestão. "Mais de 50% das micros e pequenas empresas fecham em cinco anos e um dos motivos é a má gestão contábil", diz Kita. O lançamento será na NK Assessoria Contábil e Fiscal, à Rua Frei Eusébio da Soledade, 60, Vila Mariana, às 18 horas. A obra está disponível nas principais livrarias e no site www.metanoiacontabil.com.br
Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO
Certamente, há uma tentativa de alguns de me tornar uma não-pessoa. Do escritor alemão Günter Grass, se defendendo de críticas que recebeu após admitir que integrou a elite militar do regime nazista, a SS. Grass, Nobel de Literatura de 1999, fez referência ao termo "unperson", usado pelo escritor George Orwell em sua obra "1984" para se referir a alguém cuja existência foi apagada de todos os registros.
Joel Robine/AFP
www.dcomercio.com.br/logo/
terça-feira, 15 de agosto de 2006
AGOSTO
2 -.LOGO
15 Recolhimento de ICMS, Pis-Pasep, IRRF Morte do pintor belga René Magritte (1967-1898), ao lado em auto-retrato Dia do Solteiro
M EIO AMBIENTE E M
C A R T A Z
ÓPERA
Terra em chamas
R ELIGIÃO
Aquecimento de 3°C vai mudar a configuração global em 100 anos
A
Terra pode enfrentar u m a re a l i d a d e e uma configuração completamente novas em cem anos, caso as previsões dos cientistas de que o planeta vai esquentar ainda mais se confirmem. Um aquecimento global de apenas 3°C causaria o desaparecimento de florestas, queimadas ainda mais freqüentes e algumas regiões estarão mais sensíveis a secas ou inundações. Segundo estudo publicado nesta semana na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), a Amazônia abrirá espaço para o cerrado, em um processo de savanização, mais suscetível a secas e queimadas. A floresta boreal, nas regiões árticas, pode sumir totalmente. Uma vez instalado o cenário, lá para 2100, os riscos continuam a aumentar
mesmo se a composição atmosférica se mantiver constante pelo século seguinte. O trabalho segue a mesma linha analisada pelo climatologista Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Atmosféricas (Inpe). Ele também indica que o aquecimento global pode levar ao que chama de savanização da Amazônia. "Este trabalho é consistente com os resultados que obtive. Todos os dados científicos começam a seguir a mesma direção, a mesma projeção", diz. Futuro – Pode causar estranhamento levar em consideração cenários tão distantes. Mas governos trabalham cada vez mais com projeções como essa para evitar o pior. A temperatura média global atual é de 14,6°C. Ela tem crescido rapidamente graças ao aumento da concentração de gás carbô-
nico na atmosfera, emitido em atividades humanas como queima de petróleo e carvão e desmatamento de florestas tropicais, como a Amazônia. Outra descoberta é que as regiões que hoje absorvem o carbono da atmosfera (e assim ajudam a manter o gás em uma taxa equilibrada) podem passar a emiti-lo - aumentando assim a concentração do gás no ar. Locais como a Amazônia (que para todos os efeitos é um sumidouro de carbono), transformados em cerrado, têm menos capacidade de absorção, e a maior parte da matéria orgânica do solo terá se convertido em gás carbônico novamente. A boa notícia é que, se a temperatura não subir tanto, o estrago é menor. Com até 2°C a mais, o risco é de 13%; entre 2°C e 3°C, é de 10%. (AE) www.pnas.org
Jamie Fine/Reuters
B RAZIL COM Z
Escândalo no concurso
FAÇA AMOR - No 61º aniversário da vitória sobre o Japão, casais americanos recriam, na Times Square, a cena da fotografia de Alfred Eisenstaedt, que mostrava um marinheiro beijando uma enfermeira, e que se tornou o símbolo do fim da Segunda Guerra Mundial. E SPAÇO
A história perdida O
F RANÇA Pierre Verdy/AFP
L
Imagem da Virgem Maria foi levada ontem por milhares de franceses pelo rio Sena até a catedral de Notre-Dame.
Enciclopédia virtual de artes
Para quem chega tarde em casa, esse aparelhinho é útil: uma pequena luz sobre a maçaneta facilita visualizar a fechadura. E a luz se acende por um sensor sonoro, basta estalar os dedos ou assobiar. Custa US$ 5 no site.
Os internautas podem mergulhar no mundo artístico brasileiros com a Enciclopédia Itaú Cultural de Artes Visuais. Criada em 2005, a ferramenta hoje conta com mais de três mil verbetes, com informações sobre as escolas, movimentos, tendências etc. É possível encontrar também dados sobre artistas brasileiros e até estrangeiros que realizaram trabalhos no Brasil. E como não podia faltar, e enciclopédia traz mais de 12 mil imagens de obras de arte para todos os gostos.
itemdy00.asp?c=&T1=K2671&GEN1=
www.itaucultural.org.br/
Safety&SKW=Safety&PageNo=1#zoom
aplicexternas/enciclopedia_ic/
Numa exibição de mais de 200 charges sobre o Holocausto aberta ontem em Teerã (foto) como resposta às caricaturas do profeta Maomé, publicadas em um jornal dinamarquês em 2005, o Brasil é o terceiro país com maior número de obras e 21 artistas inscritos, atrás apenas do Irã e da Turquia. As obras são fortemente influenciadas pela visão do presidente linha-dura do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, líder muito criticado por ter chamado o Holocausto de "mito" e ter dito que Israel deveria ser destruído. Um dos desenhos, feito pelo indonésio Tony Thomdean, mostra a Estátua da Liberdade segurando um livro sobre o holocausto em uma das mãos e dando uma saudação nazista com a outra. A exibição é também uma competição e termina em 13 de setembro, quando o vencedor receberá US$ 12 mil. Raheb Homavandi/Reuters
Uma caça ao tabagismo Neil Armstrong na Lua: imagem só em fotos
de transmissões das missões lunares Apollo estão sumidas, disse. "Não diria que estamos preocupados – temos todas as informações. Tudo o que estava nas fitas nós temos de uma forma ou de outra", disse Hautaloma. A Nasa conservava cópias de transmissões televisivas oferecia vários clipes em seu web site. Mas aquelas imagens têm qualidade inferior às originais. Como o equipamento da
Nasa não era compatível com a tecnologia atual da televisão, as transmissões originais tinham que ser passadas em um monitor e refilmadas por uma câmera de TV para serem transmitidas. Hautaloma disse que o material era responsabilidade dos Arquivos Nacionais, mas voltou para as mãos da Nasa no final dos anos 1970. "Estamos examinando a papelada para ver onde elas foram vistas pela última vez", disse. (Reuters)
Uma severa lei destinada a combater o tabagismo passou a vigorar ontem no Chile, limitando a publicidade de cigarros, proibindo o fumo em locais públicos e a venda de tabaco em áreas próximas às escolas, além de obrigar restaurantes e bares a reservarem espaços delimitados para fumantes e não fumantes. Segundo números do governo cerca de 14.000 pessoas morrem anualmente no Chile vítimas de câncer de pulmão. O fumo custa ao país US$ 1,5 bilhão por ano. L OTERIAS Concurso 151 da LOTOFÁCIL
A TÉ LOGO
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
Japão: Koizumi visita polêmico santuário Yasukuni dedicado a mortos da Segunda Guerra A Philips estuda mecanismo que permite registrar sinais vitais em casa e enviá-los pela TV
L
Luz com sensor de som para maçaneta
P OLÊMICA
C HILE
L
F AVORITOS
www.igeva.com.br
JSC/Nasa
governo dos Estados Unidos perdeu o registro original da primeira ida do homem à Lua, incluindo a frase famosa de Neil Armstrong: "um pequeno passo para o homem, mas um passo enorme para a humanidade". A revelação foi feita ontem por um portavoz da Nasa. A f a m o s a c a m inhada espacial de Armstrong, vista por milhões de espectadores em 20 de julho de 1969, está entre as transmissões que a Nasa não conseguiu encontrar após um ano de buscas, disse o porta-voz Grey Hautaloma. "Nós não a vimos por algum tempo. Estamos procurando [as fitas] há mais de um ano e elas não apareceram", disse Hautaloma. As fitas também contêm informações sobre a saúde dos astronautas e a condição da tripulação espacial. Ao todo, cerca de 700 caixas
L
G @DGET DU JOUR
www.whatever works.com/
L
que a seleção dos concorrentes seria política e que deveriam estar entre os finalistas representantes de vários países. "Vamos selecionar três chineses, mas é preciso ter certeza de que teremos mais brasileiros do que chineses, porque é uma competição brasileira", disse Rechtman citando Neschling, que negou todas as acusações ao The New York Times. Mesmo assim, as suspeitas sobre o concurso permanecem e a reputação da competição despencou. A pianista americana Inna Faliks, uma das finalistas, desistiu de competir. Sete dos onze jurados também saíram do evento em que, aparentemente, até as listas de notas teriam sido adulteradas.
Uma transmissão via internet ao vivo que foi realizada ontem à noite, no subsolo de um shopping da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, marcou o início do funcionamento da TV Igeva (Igrejas Evangélicas). A iniciativa é o mais novo passo do portal Igeva, criado em 1999, e que atualmente reúne mais de 90 igrejas cadastradas, das mais variadas denominações evangélicas. Desde então, o site já recebeu pelo menos 25 milhões de acessos. O site também oferece aos fiéis internautas arquivos de áudio e colocará à disposição as transmissões anteriores. O fiel cadastrado também pode acessar sermões pelo celular.
Holocausto é piada no Irã
Trechos da ópera Madama Butterfly, de Puccini. Com Claudia Ferrari (soprano), Magda Paino (mezzo-soprano), Paulo Queiroz e Sérgio Weintraub (tenores) e Daniel Lee (barítono). Ao piano, Achille Pichi. Galeria Olido. Av. São João, 473. Telefone: 3334-0001. 18h. Grátis.
O jornal norte-americano The New York Times publicou ontem com destaque uma reportagem de seu correspondente no Brasil sobre as irregularidades que envolvem o Concurso Internacional de Piano VillaLobos, promovido pela Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp). A reportagem do jornal norte-americano não traz grandes novidades sobre o escândalo, que já foi divulgado na imprensa local, mas se aprofunda no conflito entre duas figuras de peso da Osesp: o pianista israelense Ilan Rechtman, demitido em abril, e o maestro e diretor artístico da Sinfônica, John Neschling. Segundo Rechtman, Neschling teria dito claramente
Site oferece sermões virtuais
Redução no nível de alerta de segurança não melhora situação nos aeroportos Londres
Por problemas técnicos da Caixa Econômica Federal (CEF) não foram divulgados os resultados do sorteio de ontem. Confira os números no site. www.caixa.gov.br
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 15 de agosto de 2006
DOISPONTOS -77
Site na internet www.blog. dcomercio.com.br
Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br
PAULO SAAB COLABORAÇÃO AOS CANDIDATOS
O
O CIRCO CHEGOU
D
gam na usura institucionalizada dos bancos e financeiras quando se permitem comprar algum bem para momentaneamente esquecer de como sua rotina é dura e como seu consumo se deprime mais e mais a cada ano que passa. Os espertalhões que apinham os recursos do Estado morrem de rir com isto. Porque passa eleição, vem eleição, e fica tudo mais ou menos igual. Os mais criticados - geralmente porque são corruptos - usam seu poder financeiro para dar a "gloriosa" volta por cima. Assim voltam à cena pública novos velhos políticos. Inevitavelmente voltam também o dólar na cueca, os mensaleiros e os sanguessugas. Voltam os anões de Orçamento e os gigantes do desfalque, os grandes corruptos e os maiores ainda. É nesta toada que a gente vai levando, sem causar maiores penalidades e desprazeres, a estes que se servem continuamente e de forma cada vez mais abusada do dinheiro público, que deveria servir ao país como um todo, em forma de invesG O circo é timento, garantindo o bem-estar social, incentiminuciosamente vando políticas sérias e endurecendo suas ações ensaiado. Políticos para punir exemplarmente quem vai contra este se desmoralizam, status quo.
iariamente lemos ou vemos muitos artigos e matérias sobre política. É inevitável. Chego a pensar se a política tem tanta relevância para ocupar este exagerado espaço em nosso dia-a-dia. Infelizmente tem, pois o Brasil, sendo um país de contrastes, tem uma parte grande de sua população que vive da esperança, da convicção que o Brasil vai finalmente mudar e se preparar para a transição ao tão esperado país do futuro. Essencialmente existem dois caminhos quando se fala da participação política do povo: ou se excluem total e completamente de todo o processo político ou participa dele. Quem participa ou o faz de forma maliciosa, esperando obter ganho de alguma natureza ou apenas como passatempo, para se ter assunto nos almoços de domingo, ou para se encherem de razão ao criticar isso, debochar daquilo. Esta última é a classe dominante, sendo responsável pela elaboração dos chavões mais clássicos, tais como: o "Brasil não é um país sério", "Aqui impera a impunidade" ou "no Brasil o crime compensa, ah! se compensa". Refletindo sobre isto, encho de razão estas duras verdades que podem soar uma falta de comprometimento com a pátria amada, mas não deixam de ser duras verdades. Entretanto a proposição deve seguir de ação. Nossos formadores de opinião escolheram a verborragia à ação. Criticar vende, refresca, mas não altera nada. E quando alguém se dispõe a trucidar verbalmente uma corrente ideológica, um partido político, um punhado de governantes, qualquer lado que estejam da mesa, sem propor ação e sem respaldar com atitudes sua posição e críticas, está disfarçando sua intenção.
G Políticos, antes acuados, porque a verdade rondava sua sombra, vendo o foco do holofote mudar de direção, saem de seus gabinetes com ar de autoridade eclesiástica, pregando a purificação do Congresso, o fim da corrupção deslavada e ressurgindo como novos paladinos da ética e moralidade.
E
que apoio uma renovação total de deputados estaduais, federais e de senadores. Chega de tudo!
ste é o circo onde somos espectadores. Políticos que antes se viam acuados porque a verdade rondava sua sombra, agora vendo o foco do holofote mudar de direção, saem de seus gabinetes com ar de autoridade eclesiástica, pregando a purificação do congresso, o fim da corrupção deslavada e ressurgindo, como uma novidade recondicionada, se postando como os mais novos paladinos da ética e moralidade. Então percebo como o circo é minuciosamente ensaiado. Políticos se desmoralizam, trocam ofensas, mas quando na guilhotina estão, são salvos pelos mesmos expoentes da moralidade que os condenaram. Não há formas de não acreditar que tudo faz parte de uma sincronia de movimentos disfarçados e repetitivos, onde o objetivo é brincar com o senso comum dos brasileiros. Brasileiros que por descrença se afastam da política. Brasileiros que estão cansados, magoados com tanto descaso com a coisa pública. Brasileiros honrados, pais e mães de família que pagam altos impostos sem ter nada em troca, que pagam os juros mais altos do mundo quando precisam de dinheiro e se afo-
trocam ofensas, mas são salvos na guilhotina pelos mesmos expoentes da moralidade que os condenaram. G É por isso
Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br
M
as, agora, pense: se este desejo de mudança, esta necessidade de moralizar a política no Brasil não emanar do povo, da sua sociedade, é plausível pensar que brotará dos mamadores institucionais que criamos com a omissão política do povo? Será que basta criticar, mobilizar e participar de passeatas e movimentos se nesta eleição corre-se muito o risco de termos de novo mais do mesmo? É hora de falar menos e pensar mais. A mudança, ainda que em um aspecto muito limitado, está na ponta de nossos dedos. Não nos convençamos que quem pouco fez agora está disposto a dar sua vida pelo povo, que quem não apresentou nada, agora, subitamente, começará a propor novas idéias, se esforçando para dar a sociedade tudo o que nunca deu. Chega de hipocrisia! Devemos ter em nossas mentes que, se cada um não atuar como um agente individual de mudanças, nada sairá do mesmo. É por isso que apoio uma renovação total de deputados estaduais, federais e de senadores. Chega de tudo! Vamos dar chance a quem ainda é "vassoura nova", que não tem os mesmos velhos vícios e quem ainda (como eu) tem esperanças de ver o Brasil crescer sem medo, gerar um ambiente menos burocrático e nefasto para os empreendedores e empresas, que pague menos juros e invista mais, que não tenha medo de ousar e enfrentar este estabelecimento que a coisa pública se encontra. Renovação, agora, para um futuro de mudanças. CARLOS EDUARDO SEDEH É MEMBRO DO FÓRUM DE JOVENS EMPRESÁRIOS (FJE ) DA ACSP
setor empresarial está sempre disposto a oferecer sugestões aos candidatos a cargos eletivos sobre como melhorar o País. Com o objetivo de buscar a retomada do crescimento em bases sustentáveis, a Ação Empresarial está encaminhando aos políticos e candidatos, documento que sugere medidas para superarmos os atuais baixos índices de crescimento econômico, que nos colocam a reboque do mundo e da América Latina. Entendem os empresários, de forma correta, que precisamos recuperar a capacidade de investimento mediante o aumento da poupança interna, a desoneração tributária, do investimento e da produção, bem como a redução da despesa pública e da carga tributária.
O
s principais pontos desse documento e suas divisões referem-se à modernização das instituições políticas; à gestão pública e eficiência do Estado; reforma tributária; segurança pública e jurídica; reforma da previdência e da assistência social; reforma sindical e trabalhista; infra-estrutura; meio ambiente; agronegócio; mercado e comércio exterior. São temas aparentemente repetitivos, recorrentes. Na realidade, nunca se anda com eles na forma necessária e os mesmos caem no desgaste da discussão estéril porque governantes e políticos não mexem em nada para se beneficiar do status quo do país. Quando o governo mexe em algo por exemplo, a título de reforma tributária - é para aumentar a sua monumental arrecadação.
O
Brasil precisa ser repensado e agir com urgência antes que se transforme num novo Iraque ou algo parecido, porquanto as técnicas de terrorismo internacional estão desembarcando em nosso país nas barbas de autoridades (in)competentes. Isso é um fato novo que se soma ao acúmulo de erros e omissões históricos, que nos fazem ser um país sempre menor do que possível. A íntegra das sugestões da
Ação Empresarial pode ser encontrada em meu site (www.paulosaab.com.br), onde reproduzo também a coluna publicada neste Diário do Comércio. O importante ali, para os interessados em um país melhor, é verificar que para cada capítulo aqui mencionado há especificações de atitudes, de ações, que aplicadas darão passo decisivo para tirar o Brasil da mesmice que se tornou, da mediocridade em que estacionamos.
P
enso que o leitor está cansado e o eleitor enjoado da cena pública nacional. Ao gosto do magnânimo atual ocupante do trono presidencial, posso afirmar que "nunca antes nesse país" houve uma dimensão tão grande, desavergonhada, de desrespeito aos cargos públicos, de assalto ao erário, de infiltrações e atitudes criminosas de tudo e de todos, incluindo altos dirigentes dos três poderes públicos. A sensação é de que o Brasil é um imenso navio à deriva, com os ratos roendo tudo que podem enquanto a água vai aos poucos se infiltrando e os privilegiados assaltam os escaleres para sua fuga. Aliás, um parênteses sem nenhuma insinuação. Só para não esquecer. Por que a insigne primeira-dama buscou para si e familiares a cidadania italiana, alegando, segundo se lê na internet, estar pensando no futuro da sua família? Que futuro ela prevê para o Brasil sob o comando de seu amado esposo, neo e qualificado representante da alta burguesia nacional?
A
contribuição empresarial não se limita a gerar empregos, recolher (muitos, muitos, muito além de muitos milhões e milhões de) imposto, promover o desenvolvimento, criar riqueza nacional. O empresário brasileiro quer reformas e educação, para um crescimento sustentável num país governado, legislado e com justiça de verdade, não a fantasia de hoje, onde o crime, a impunidade, a desfaçatez agridem cada brasileiro que trabalha honestamente para o sustento seu, de sua família e do País, que o sangra com impostos achacadores. PAULO SAAB É JORNALISTA PSAAB@UOL.COM.BR
G O empresário
brasileiro quer reformas, educação, crescimento sustentável e um país governado, legislado e com justiça de verdade, não a fantasia de hoje.
FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894
América do Sul Estados Unidos Oriente Médio Europa
terça-feira, 15 de agosto de 2006
TRANQÜILIDADE FOI ROMPIDA À NOITE COM FOGUETES
TRÉGUA É FRÁGIL, MAS LIBANESES RETORNAM Quando tudo parecia que o grupo terrorista Hezbollah e o exército israelense haviam se rendido ao cessar-fogo acertado com a ONU, foguetes foram lançados, à noite, no sul do Líbano, onde se encontravam soldados israelenses. AFP
U
Soldados israelenses que se encontravam no sul do Líbano comemoram com um V de vitória após receberem instruções para o cessar-fogo Reuters
AFP
No primeiro dia da trégua, libaneses se dirigem de carro ao sul do país
Apesar da destruição de casas, muitos começam a voltar para casa
da que Fidel apareça segurando o exemplar de domingo do jornal Granma, há em Miami quem ache que houve uma montagem com rostos mais antigos do líder comunista. "Não acho que a foto de Fidel Castro seja autêntica", disse Paul Salgueiro, médico que deixou Cuba em 1961. "Eu gostaria que fosse ao contrário e que ele não aparecesse mais na foto". Até ontem, muitos mantinham as esperanças de que seu velho inimigo Fidel estivesse morto. Fala – Conversando diante de um popular restaurante cubano do bairro, muita gente se perguntava por que Fidel não falou pelo rádio ou pela tevê, se está se recuperando tão bem quanto sugerem as fotos. "Se ele está falando ao telefone, por que não disse nada [publicamente]?", questionou José Fábregas, para quem as fotos são falsas. Fábregas acha que Fidel está em estado terminal, mas ainda vivo. Seu amigo Juan Delgado concorda. "Está vivo, sem dúvida", disse Delga-
ri Grossman, de 20 anos, filho do famoso escritor israelense David Grossman, conhecido pela sua defesa veemente pelo cessar-fogo entre israelenses e o grupo terrorista Hezbollah, foi mais uma das vítimas do conflito. M o r re u n o último sábado em um combate do Exército de Israel, onde era primeiro-sargento, com o Hezbollah, no sul do Líbano, depois que um míssil atingiu um tanque onde ele viajava. Segundo parentes, Uri se mostrou feliz ao telefone com as notícias de um possível cessar-fogo. Um migo de David Grossman falou de sua proximidade com as crianças, tendo escrito livros para elas. Nos primeiros dias do conflito, chegou a ir ao norte do Líbano onde lia para crianças nos abrigos antibombas.
Reuters
Frei Betto vai a Cuba, mas não vê o líder Fidel
A
agora, no vídeo
D
das estradas que levam para o sul, congestionadas de carros que negociavam a passagem pelos desvios de uma só mão das pontes, viadutos e trechos de estradas destruídos pelos bombardeios israelenses, jovens distribuíam pôsteres com uma foto de Nasrallah e a frase em inglês: "A vitória divina". Às 20h, Nasrallah fez um pronunciamento e proclamou "uma vitória estratégica e histórica" e prometeu ajudar a reconstruir as casas destruídas. Apesar do caos nas estradas, os libaneses demonstravam contentamento, nos carros e nas vans apinhados de gente, colchonetes e roupas. Muitos traziam a bandeira amarela e verde do Hezbollah com um fuzil como símbolo, e faziam o "V" da vitória com os dedos.
Escritor pacifista perde filho em conflito no Líbano
FIDEL Bom na foto e, epois de liberar a divulgação de fotos do presidente de Cuba, Fidel Castro, no final de semana e ontem, o regime cubano veiculou na tevê estatal um vídeo da reunião que o líder cubano manteve, no último domingo, com o presidente venezuelano, Hugo Chávez. Também participou do encontro o irmão e sucessor designado de Fidel, Raúl Castro. As primeiras fotos de Fidel desde que ele se submeteu a uma cirurgia para tratar de uma hemorragia intestinal, em 31 de julho, foram divulgadas no jornal Juventud Rebelde, exatamente no dia em que Fidel completava 80 anos. Aparentemente, a intenção era tranqüilizar a população cubana quanto a seu estado de saúde. Mas também abriu espaço para rumores. Suspeitas – Antes da divulgação do vídeo, um grupo de exilados cubanos do bairro de Litte Havana, em Miami, chegou a suspeitar da veracidade das fotos. Em uma delas, ain-
"Somos irmãos em Cristo e irmãos em Castro" Frei Betto
Fotos: AFP
D
e z f o g u e t e s K atyusha lançados ontem pelo grupo terrorista Hezbollah contra soldados israelenses que se encontravam no sul do Líbano podem ser um sinal da fragilidade do cessar-fogo previsto na resolução das Organizações das Nações Unidas (ONU), que começou nesta segunda-feira. Apesar de não terem sido registrados feridos, o ataque quebra a trégua acertada, na sexta-feira, com a ONU. Os disparos foram feitos à noite, depois de um dia relativamente tranqüilo, com o registro de apenas um incidente: um ataque de um militante do Hezbollah contra uma unidade militar de Israel, no sul libanês. O atacante foi morto. O lançamento dos foguetes não chegou a surpreender, uma vez que, ao anunciar a aceitação do cessar-fogo, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, afirmou que o grupo se reservava o direito de atacar as forças israelenses enquanto permanecessem no Líbano. Hoje, o ministro da Defesa do Líbano, Elias Murr, disse que o Exército enviará, até sexta-feira, 15 mil soldados para o norte do Rio Litani. Mas não informou quando o grupo deverá ir para o sul. Retorno – Ansiosos por voltar para suas casas, milhares de libaneses pegaram as estradas ontem em direção ao sul, a partir das 7h (1h em Brasília), horário em que o cessar-fogo entrou em vigor. O que se viu foi uma guerra de palavras e imagens. Beirute amanheceu com novos panfletos despejados por aviões israelenses. Um, dirigido aos cidadãos de Beirute, diz: "O Hezbollah, que serve a seus mestres, os iranianos e sírios, levou-os à beira do abismo. O Hezbollah, com seus atos enganadores e tolos, trouxe a vocês tantas realizações, tais como a destruição, os semteto e a morte. Vocês podem pagar esse preço de novo? Saibam! O Exército de Defesa de Israel voltará e agirá com força contra quaisquer ações terroristas lançadas do Líbano contra o povo de Israel." À tarde, o Hezbollah contraatacou. Nos entroncamentos
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Hu go Chávez (esq.), durante visita ao líder cubano Fidel Castro, no último final de semana
do, cujo pai sobreviveu, aos 82 anos, a uma cirurgia contra uma hemorragia intestinal, semelhante à de Fidel. Em quase todas as fotos recentes, Fidel parece estar sentado numa cama em trajes esportivos. Ao longo das últimas décadas, o líder cubano raramente foi fotografado em roupas descontraídas. O governo dos Estados Unidos também está atento às fotos. "Dado o fato de ele ter sofrido uma importante cirurgia há duas semanas, ele parece muito bem para um homem da sua idade", disse uma autoridade norte-americana, acrescentando que o serviço de inteligência continua analisando o material. Para esse funcionário, "não há
razão para duvidar da autenticidade das fotos". Já o portavoz da Casa Branca, Tony Snow, discorda. "A primeira [foto] era uma imagem semvergonha usando o [software de manipulação de imagens] Photoshop. Pelo menos a segunda ficou um pouco melhor", afirmou. Ontem, mais oito fotos do presidente cubano ao lado de Hugo Chávez e Raúl Castro, no quarto onde se recupera da operação, foram publicadas, agora pelo diário Gr anm a, com a manchete "Uma tarde entre irmãos". A recepção ao presidente venezuelano marcou a primeira aparição pública de Raúl Castro desde que ele recebeu de Fidel as funções do governo.
Manifesto – Em meio aos rumores sobre a veracidade ou não das imagens, mais de 10 mil artistas e intelectuais, entre eles nove Prêmios Nobel e o compositor brasileiro Chico Buarque, assinaram o manifesto lançado em Havana exigindo de Washington respeito pela soberania de Cuba. O país está sob governo provisório desde 31 de julho. A declaração "A soberania de Cuba deve ser respeitada" foi lançada há uma semana com a assinatura inicial de 400 intelectuais de 50 países, incluindo o escritor português José Saramago. A declaração condena a política agressiva histórica e atual do governo norte-americano contra Havana. (Agências)
migo do presidente cubano, Fidel Castro, há mais de 20 anos, o dominicano Frei Betto retornou, ontem pela manhã, de uma viagem a Havana, onde esteve com Raúl Castro, que há duas semanas substitui o irmão e líder cubano no comando do país. Carlos Alberto Libânio Christo, o Frei Betto, foi a Cuba para a comemoração do aniversário de 80 anos de Fidel, no domingo, mas desde a quartafeira, quando chegou à ilha, não conversou com o comandante. "Os médicos recomendaram que ele não recebesse muitas visitas. Fiquei na minha", disse Betto. Ele confirmou que Fidel Castro ainda está em um hospital, mas disse não saber indicar em qual. Apesar do não encontro com o líder cubano, Frei Betto chamou a atenção entre as várias personalidades estrangeiras que visitam Cuba neste momento. Em uma conversa com o pastor cubano Raúl Suárez sobre a defesa da soberania de Cuba, afirmou: "Somos irmãos em Cristo e irmãos em Castro". (Reuters/Agências)
Manoel Marques/Digna Imagem
4
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 15 de agosto de 2006
1
Informática
As soluções de animação digital dão retorno praticamente certo ao investimento
Paulo Pampolin/Hype
Anime a sua empresa Logomarcas criadas pelas tecnologias de animação digital fazem sucesso junto aos consumidores, ajudam a vender mais e a fixar a imagem da empresa
A garotinha criada para divulgar os Supermercados Sonda passou a divulgar a rede em três dimensões e conquistou mais clientes para a rede
Por Rachel Melamet les arrastam multidões aos cinemas de todo o planeta. Personagens engraçados e fofinhos com atributos humanizados, criados por programas de computador em 3D (três dimensões), arrebanham simpatia e são admirados pelos fãs tanto quanto os grandes astros que concordam em ficar no segundo plano e emprestar a eles o brilho de suas vozes. Os brinquedos vivos de Toy Story, o ogro Shrek e seus amigos Burro e Gato de Botas, os animais amalucados de A Era do Gelo 1 e 2 e Madagascar, as gracinhas do galinho Chicken Little figuram nas listas dos filmes mais bem-sucedidos nas bilheterias do século XXI. Na onda desse sucesso, pequenas e grandes empresas no mundo todo, inclusive no Brasil, estão aderindo cada vez mais às soluções de animação digital em 3D para suas campanhas de publicidad e e m a r k eting, e não têm do que se queixar: o retorno do investimento é praticamente certo, a empatia e a fixação da marca junto aos consumidores é muito rápida e, consequentemente, os lucros também. Se você pensa que este recurso é para poucos empresários, que têm verbas astronômicas para contratar agências de propaganda capazes de criar e produzir os mascotes digitais para uso nas mais diferentes mídias – dos comerciais de TV a jornais e revistas, passando pelas novas alternativas como internet e celular – a boa notícia é que agora você mesmo pode buscar esse recurso, direto nas produtoras de efeitos visuais. Direto de Holywood –A criatividade dos profissionais brasileiros de animação digital já chamou a atenção dos grandes estúdios de Holywood. Até há pouco tempo sem op-
Quem já teve uma gripe forte consegue se identificar imediatamente com a família Rinosoro, com seus enormes narizes vermelhos criados por pela Sumatra Visual Efects
ções de cursos superiores e de pós-graduação nesse tema em nossa terra, os talentos brazucas começaram a migrar para os Estados Unidos em busca de aperfeiçoamento e muitos fizeram carreira na terra do cinema. Os brasileiros vêm desenvolvendo trabalhos notáveis e alguns retornaram ao Brasil, continuando a brilhar na área dos filmes publicitários. É o caso de Eduardo Gurman, 32 anos, formado em Desenho Industrial e Publicidade, que foi aos Estados Unidos para fazer mestrado no American Film Institute, em Los Angeles, e acabou na Spectrum Studios, onde trabalhou na animação digital dos filmes Matrix 2 e 3 – mais especificamente nas duplicatas do agente Smith em suas lutas com Neo, o personagem de Keanu Reeves, são obra em 3D de Gurman – e do game gerado em conseqüência do sucesso da trama. De volta ao Brasil, em 2003, Eduardo Gurman já sabia o que queria fazer: utilizar toda a experiência adquirida no estúdio e nas aulas de cinema com figurões como os diretores David Lynch e Robert Altman e o diretor de fotografia Vitorio Storaro (do filme O Último Imperador, de Bernardo Bertolucci) e criou a Sumatra Visual Effects cujo site é www.sumatravfx.com.br. "Eu sabia do enorme potencial da animação digital no mercado publicitário brasileiro, pois são poucas as produtoras que dominam a tecnologia nessa área. Embora as agências prefiram não arriscar com novatos, estamos crescendo porque trabalhamos também sem intermediários, atendendo direto aos clientes", conta Eduardo Gurman. Remédio e comida –Ent re os muitos trabalhos bem-sucedidos já realizados pela Sumatra, um dos que mais se destaca é a Família Rinosoro, uma turminha de nariz grande e vermelho composta por pai, mãe e dois filhos, sempre em situações engraçadas com seus narigões entupidos, salvos na "hora H" pelo descongestionante nasal. "Eles já tinham o persona-
A graça que vende
Veja na próxima página o talento brasileiro que domina a cena da animação em Hollywood
tradicional máxima da publicidade – se tiv e r i m a g e m d e c achorro e criança, é certo que vende – ganha novos atributos com a animação digital, explica Eduardo Gurman. "Os personagens animados têm sempre um lado alegre, são dinâmicos, simpáticos, cativantes, permitem criar situações que agregam valor positivo a uma marca ou produto". Mas nem só de comerciais vive a animação digital corporativa. Empresas como a Ford usam o recurso para vídeos especiais mostrados em treinamentos e eventos; a Faber Castell recorreu ao computador para criar um protótipo de display eletrônico para seus produtos de papelaria; a Plantronics colocou produtos modelados em 3D em seu vídeo institucional. Custo-benefício – Se tudo isso parece custar uma fortuna, fique tranquilo: só pare-
ce. "O custo é a grande vantagem da animação digital para o cliente", afirma Eduardo Gurman. "Um comercial tradicional, mesmo barato, demanda muitos custos além da criação. É preciso contratar atores e modelos, pagar por uma locação ou set de filmagem, iluminação e revelação da película". "Com a animação, o custo se resume à mão-de-obra e ao software utilizados. Sobra muito mais dinheiro para gastar em veiculação. De uma mesma animação saem todos os subprodutos para TV, mídia impressa, outdooors, internet, sem custo adicional. E o cliente fica sendo 'dono' do projeto, pode usá-lo como quiser e, depois de um ano, se desejar, pode renovar a validade por cerca de 40% do valor investido", explica Gruman. Então? Não parece tentador animar a empresa já?
gem. Chegaram para nós e disseram: 'Queremos a família inteira'. Nós desenvolvemos os novos narigudinhos, criamos o filme e a transposição para mídia impressa", explica o animador. Já o mascote da rede de supermercados Econ foi totalmente criado pela Sumatra. O papagaio vermelho logo ganhou a simpatia dos clientes e, segundo Gurman, o aumento nas vendas foi "imediato". Por sua vez, o Sonda Supermercados deu um "upgrade" em sua mascote, uma simpática menininha, antes desenhada em 2D, que ganhou um banho de tecnologia e virou um personagem bem mais ativo e detalhado em 3D. Para a escola de informática SOS Computadores a equipe da Sumatra criou um anúncio em forma de mangá (os quadrinhos japoneses), que caiu em cheio no gosto do público jovem que a empresa queria atingir. A operadora Claro também encomendou vinhetas animadas para os downloads dos celulares da companhia.
Eduardo Gusmão mostra mais um personagem da Sumatra
2
Te c n o l o g i a Animação Comércio Segurança
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 15 de agosto de 2006
A automação total dos supermercados virá em cinco ou dez anos Sandeep Krishnamurthy
SUPERMERCADO: MENOS FUNCIONÁRIOS
Um brasileiro animado em Hollywood O sucesso de Saldanha, Michielin e outros está impulsionando a animação digital no Brasil Por Rachel Melamet
le é o maior exemplo do sucesso que todos almejam alcançar. Em 2007, o animador carioca Carlos Saldanha, de 35 anos, deve pisar pela terceira vez no tapete vermelho da festa de entrega do Oscar, pela provável indicação de mais um trabalho seu ao cobiçado prêmio – "A Era do Gelo 2", primeiro longa de animação em que assumiu a direção. Ele já concorreu duas vezes à estatueta, como co-diretor de "A Era do Gelo", em 2001, e com o curta "Gone Nutty", em 2003. Saldanha, diretor do mega estúdio de animação Blue Sky, em Nova York – um dos maiores dos Estados Unidos e que, curiosamente, fica bem longe de Los Angeles, a terra do cinema – é o nome mais badalado entre os profissionais brasileiros que fazem sucesso no ramo fora do país, conquistando prêmios e fama nas publicações especializadas e nos grandes estúdios. Lucia Modesto, que trabalhou em "Shrek", é outra profissional sempre lembrada. No momento, a estrela verde-amarela em ascenção é o paulista Péricles Michielin, c o n t r a t a d o d a S o n y I m ageworks e um dos responsáveis pelas cenas espetaculares de animação digital que devem invadir as telas em fevereiro de 2007, com o lançamento de "Ghost Rider" (Motoqueiro Fantasma), mais um anti-herói das histórias em quadrinhos que virou filme, vivido pelo ator Nicholas Cage.
Divulgação
Formado em Engenharia Mecânica, Péricles Michielin sempre gostou de animação. Ao assistir Toy Story, teve um "estalo" e decidiu que queria trabalhar com animação digital. Mas não encontrou nenhum curso específico sobre o tema no Brasil. "Eu já estava trabalhando com engenharia, mas comecei a fazer alguns cursos de desenho, porque, na época, o requisito para entrar numa faculdade dessa área nos Estados Unidos era um portfólio de desenhos, que é avaliado pela instituição", conta Péricles. Ele mandou seus trabalhos para a Ringling School of Art and Design, na Flórida, que abre apenas cem novas vagas a cada ano. "Eles me aceitaram e aí eu pensei: 'bom, agora eu tenho que ir'", lembra o animador. Oito meses, 2 minutos – Único brasileiro em sua turma, Péricles foi para a Flórida em 2001. Varou muitas noites nos computadores da escola, especialmente no último ano, para fazer o trabalho de conclusão de curso, um curta-metragem de apenas dois minutos que consumiu oito meses de dedicação 24 horas. Mas valeu a pena. Seu filme "Football Toys" foi premiado em festivais nos EUA, Itália e Alemanha, onde ficou em 2º lugar na categoria Curtas de Animação. O trabalho foi ainda eleito uma das dez melhores animações feitas por estudantes em todo o mundo, pela revista 3D World. Outra vantagem da escola escolhida por Michielin é que as empresas do ramo estão sempre em contato, ávidas para
Michielin: prêmios no exterior
contratar os mais talentosos. "No meu caso, a Sony Imageworks, que fica na Califórnia, gostou do meu trabalho. Eles me fizeram uma proposta e no ano passado, em junho, assim que terminei o curso, me mudei para cá", conta o brasileiro, que vive em Los Angeles. Arrasa-quarteirões – Na Sony, o primeiro trabalho de animação de Péricles foi logo um provável "arrasa quarteirão" de bilheteria. Em "Ghost Rider", o animador usou seu talento na técnica chamada Match Move para construir as cenas em que a cabeça do ator Nicholas Cage pega fogo e sua face "derrete", tornando-se a caveira incandescente e assustadora do anti-herói do filme. Com o motoqueiro fantasma pronto para assombrar as bilheterias, Michielin curte um descanso, faz treinamento em novos programas e já está escalado pela Sony para a próxima tarefa: ele vai integrar a equipe de efeitos especiais de "Beowulf", filme baseado em um épico inglês de autor desconhecido que já teve
Ghost Rider: motoqueiro fantasma tem a marca do brasileiro
dos brasileiros lá for a ajudou a impulsionar a animação digital no Brasil, não apenas como opção corporativa para alavancar campanhas pu bl ici tár ia s, mas também no setor eduNicholas Cage: Ghost transposto para o cinema cacional. Universidades uma versão estrelada por Cris- conceituadas trataram de criar topher Lambert e que volta às disciplinas especializadas e já telas protagonizada por nin- surgiram cursos de gradução e guém menos que Anthony pós específicos, pois a procura é grande. Hopkins e Angelina Jolie. Eduardo Gurman, dono da Quanto Péricles ganha por mês para mexer com as faces Sumatra Visual Effects e anidestes superastros? Segredo de mador de Matrix, leciona DeEstado. "Aqui cada pessoa ga- senho Animado e Cinema no nha por seu talento, os contra- curso de Publicidade da Unitos de trabalho são individuais, versidade Mackenzie, desde não há um salário médio para que voltou ao Brasil, em 2002. No Rio de Janeiro, a Univercomparar", esquiva-se ele. Fazendo escola - O sucesso sidade Veiga de Almeida, em
parceria com o grupo CGMax, oferece desde março deste ano o primeiro curso brasileiro de Graduação em Ilustração e Animação Digital 3D para Cinema, Web e TV. A UVA tem ainda o curso de Pós-Graduação em Animação e Modelagem Digital, ambos coordenados pelo especialista Paulo Marcos Figueiredo de Andrade. Futuro com Linux –Pa ra Carlos Saldanha, a computação gráfica vai continuar evoluindo cada vez mais, criando personagens e ambientes que antes eram inimagináveis. "Mas o futuro da animação não depende somente destes avanços tecnológicos. O verdadeiro desafio é o de criar histórias e personagens interessantes e carismáticos, que possam prender a atenção e levar mais pessoas aos cinemas – não só as crianças, mas toda a família". "Tem gente que se deslumbra com a tecnologia e vira escravo dela. Mas é a tecnologia que deve nos servir", afirma o animador. Como a produção de um longa-metragem pode durar de dois a quatro anos, é necessário atualizar os softwares de animação, que custam muito caro. Para a produção de "A Era do Gelo 2", Saldanha decidiu trocar todos os computadores Silicon Graphics da Blu Sky, cujos programas são protegidos, por PCs com Linux, o sistema operacional de código aberto criado pelo programador finlandês Linus Torvalds, que permite o uso de programas livres de pagamento de licenças. "Já deu para economizar um dinheirinho", revela.
O supermercado automatizado do futuro Por Sergio Kulpas
Checagem biométrica nas portas, atendentes virtuais, carrinhos inteligentes e check-outs sem fila serão comuns
No futuro, não haverá funcionários para atender os clientes
omo será um superm e rc a d o o u h i p e rmercado na próxima década? O que mudará na experiência de compra dos consumidores? Um grupo de especialistas da Universidade de Washington projetou um cenário onde o supermercado do futuro seria totalmente automatizado, um ambiente onde o consumidor teria relação direta com as mercadorias, e pouco relacionamento com funcionários. Seria essa uma previsão acurada? O professor Sandeep Krishnamurthy, que coordenou o estudo da Universidade de Washington, diz que esse supermercado totalmente automatizado pode se tornar realidade nos próximos cinco ou dez anos. Segundo o cenário imaginado por Krishnamurthy, ao entrar nesse supermercado do futuro, você não verá quase nenhum funcionário para ajudá-lo. Na maior parte do tempo, você vai encontrar apenas outros compradores andando pela loja. Entre 3 e 6 da manhã, será possível ver funcionários repondo mercadorias nas prateleiras, e depois as equipes de limpeza. O consumidor vai entrar nesse supermercado do futuro após passar por uma checagem biométrica na porta. Os clientes cadastrados vão ter acesso à loja simplesmente apertando o polegar em um scanner de digitais. Esses scanners poderão ter alturas diferentes, para acomodar variações de tamanho das pessoas. O sistema vai garantir
que apenas visitantes autorizados tenham acesso ao espaço da loja. Câmeras digitais vão registrar imagens dos visitantes para arquivos de segurança. Novos clientes deverão passar antes pela recepção, onde preencherão um formulário com dados pessoais e serão fotografados. Depois disso, suas digitais serão registradas no sistema do supermercado para autenticar o acesso. Uma vez dentro da loja, cada consumidor será saudado individualmente pelo sistema inteligente que supervisiona o supermercado. Uma saudação típica poderia ser algo como "Bom dia, Sra. Fulana. Bemvinda ao nosso supermercado. "Há uma promoção especial na seção de artigos infantis, no corredor 26. Posso responder alguma pergunta?" Essa saudação poderá ser feita por um personagem virtual, em quiosques espalhados por toda a loja. Esse personagem virtual poderá ter uma aparência e voz similar a cada consumidor, para oferecer uma assistência mais simpática ao cliente individual. Se o cliente for uma mulher, o assistente virtual será uma mulher, e possivelmente da mesma etnia e faixa etária. Esses assistentes virtuais poderão oferecer as melhores ofertas baseadas no perfil do cliente, com informações sobre todas as ofertas da loja. Carrinhos inteligentes Nesse supermercado do futuro, os clientes trarão suas listas de compras em computadores de mão ou PDAs. Ao chegar na loja, bastará conectar esse computador ao carrinho de compras, que terá seu próprio computador. Depois disso, o carrinho de compras vai auxiliar o consumidor com a lista de compras, indicando a
localização exata de cada mercadoria e sugerindo promoções complementares para cada categoria de compras. Além disso, o carrinho será capaz de lembrar compras anteriores do cliente, acelerando o processo de compras. Se o consumidor não encontrar o item procurado com facilidade, o carrinho terá um botão de "Ajuda", que o conectará com um call center especializado no atendimento aos clientes. Esse call center poderá ser centralizado, oferecendo assistência para dezenas de lojas e resolver os problemas dos consumidores. Check-out sem filas No supermercado do futuro, o cliente se torna responsável pelo processo de checkout. Mas isso não significa que ele terá uma tarefa complexa ou cansativa pela frente. Graças à tecnologia, o consumidor poderá passar pelo caixa sem esperar muito em filas. Todos as mercadorias terão etiquetas inteligentes com microtransmissores de rádio (RFIDs). Quando o consumidor chegar ao caixa, o sistema será capaz de ler todas as etiquetas e calcular o preço total da compra graças aos RFIDs. Para finalizar a compra, o consumidor poderá optar entre pagar em dinheiro, cartão de débito ou crédito, ou pagamento pelo sistema biométrico: ao se cadastrar como cliente do supermercado, o consumidor poderá associar sua impressão digital a uma conta bancária ou cartão de crédito, de onde será debitado o valor da compra. Um sistema mais avançado permitirá ainda que o consumidor receba uma conta consolidada pelas compras do mês, com várias opções de pagamento. Esse supermercado do futu-
ro poderá oferecer vários tipos de "parceria" ao consumidor. Em troca de descontos especiais, o cliente poderá participar de pesquisas de consumo, que ajudarão o sistema inteligente do super- Divulgação mercado a aperfeiçoar a experiência de compra. Programas de fidelidade ind i v id u a l i za d o s darão descontos em produtos comprados com regularidade pelo consumidor. O cenário proposto por Krishnamurthy é interessante, mas foi obviamente imaginado para uma economia desenvolvida como a dos EUA. O supermercado futurista imaginado pelo professor obviamente não leva em consideração as particularidades do mercado de trabalho de países em desenvolvimento. Feita essa observação, o essencial aqui é notar que as tecnologias mencionadas na previsão estão amadurecendo rapidamente, e devem se tornar padrão dentro do prazo imaginado. Nos EUA e países da Europa, o desafio será familiarizar os consumidores com essa parafernália automatizada, que virá substituir boa parte da presença humana. Em países como o Brasil, a China e a Índia, o desafio será dobrado, ao imaginar que essa nova onda tecnológica poderá extinguir categorias inteiras de empregos -- como já aconteceu no setor bancário, por exemplo. O estudo completo do professor Krishnamurthy pode ser visto no end e r e ç o h t t p : / / f a c u lt y. w a s h i n g t o n . e d u / s a n d eep/automated. sergiokulpas@gmail.com
Muitas máquinas para facilitar as compras dos consumidores, com informações sobre os produtos e serviços
terça-feira, 15 de agosto de 2006
Desktops novos
hega no Brasil a HP Desktop Pavilion b1200br, nova linha de desktops para consumo elaborada pela HP. Nos modelos b1210, b1215, b1220, b1230 e b1240, a HP Desktop Pavillion traz a extensão do PC, que também pode ser usado como televisão. Cada modelo varia no tamanho de memória em disco e em espaço no HD, além de oferecer gravador de CD e/ou DVD. Todos os produtos vêm com design elegante, mouse óptico e várias entradas USB 2.0, e são ideais como computadores de residência tanto para entretenimento digital quanto para educação. De acordo com os fabricantes, os preços variam de R$ 999,00 a R$ 3.499,00.
Animação Comércio Segurança Equipamento
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3
NO BRASIL, FORAM CRIADOS RASTREADORES ESPECIAIS
Mais de 300 notebooks foram roubados nos aeroportos de Congonhas e Cumbica, em São Paulo
Não deixe o notebook para trás Se o equipamento foi roubado ou perdido, o sistema de rastreamento FindMe localiza onde ele está a semana passada a Marinha norte-americana comunicou o desaparecimento de dois laptops com dados pessoais de 31 mil oficiais da instituição, cuja perda só foi notada agora, dois meses depois do ocorrido, durante um inventário de patrimônio da instituição. Os notebooks eram protegidos por senhas e criptografia, mas continham dados importantes como contas de banco, cartões de crédito e números de previdência social. Esta não é a primeira vez que acontece isso com laptops do governo dos Estados Unidos. E nem será a última. Em São Paulo também é cada vez mais comum a ocorrência de roubos de computadores em áreas de grande circulação de pessoas, especialmente nos aeroportos de Congonhas e Cumbica. Nos últimos dois anos e meio mais de 300 notebooks foram roubados nos dois aeroportos paulistas, segundo a Secretaria de Segurança Pública. Além da preocupação com a segurança dos dados do computador, como utilização de senhas e criptografia, o usuário pode se valer também de outras alternativas para tentar recuperar seu equipamento ou, pelo menos, apagar os dados remotamente para não serem usados indevidamente por estranhos. A FindMe, uma empresa paulista de sistemas de localização, dispõe de soluções de rastreamento justamente para pessoas que se locomovem muito
com seus notebooks e guardam dados importantes e confidenciais da empresa. O FindMe Trace é um desses produtos. Tratase de um software que pode ser baixado diretamente do site da F i n d M e ( w w w . f i n dme.com.br). Após pagar pela licença de uso (R$ 198), o usuário cria uma senha na Bios da máquina para impedir a formatação do HD por algum intruso, e instala o programa em um diretório oculto do disco rígido. Se o equipamento for perdido ou roubado e alguém conectá-lo à internet, o verdadeiro proprietário saberá como localizá-lo, já que o software detecta o número IP da máquina e o provedor de acesso e envia as informações para um endereço de e-mail definido pelo dono. Como agir – Segundo o diretor da FindMe, o engenheiro civil Theodoros Megalomatidis, o dono do notebook pode
agir de duas formas depois de fazer o BO na delegacia de polícia. Acionar a FindMe para que ela resolva tudo e encontre a máquina com a localização da rua e do número onde ela está, graças às informações fornecidas pelo provedor, ou pedir à própria polícia que faça isso. Se o laptop tiver um GPS embutido nele, o software captura também as coordenadas e as envia para o e-mail do proprietário. O programa funciona em Windows e Linux e conta com cerca de 850 clientes, especialmente corporativos, desde que foi lançado há pouco mais de um ano. "Se o equipamento for realmente roubado, poderemos apagar também os dados do disco rígido ou da pasta Meus Documentos (na versão corporativa) de forma remota", diz Megalomatidis. Mas o software, criado pela empresa Inspice,
Divulgação
Na palma da mão, o rastreador que custará cerca de R$ 300
do Oregon (EUA), e distribuído aqui pela FindMe, ainda tem uma limitação porque só funciona se o micro estiver conectado à internet. Por isso, a equipe da FindMe está desenvolvendo um novo rastreador, com menos de 80 gramas, para ser integrado ao notebook e que funcionará mesmo com ele desligado. Preço – O protótipo está pronto e deve chegar ao mercado nos próximos 60 dias ao preço de R$ 300. O rastreador no formato de uma caixinha servirá como uma extensão do software (embora possa funcionar em separado) e poderá ser integrado a uma base de dados de mapas do Geoportal (www.geoportal.com.br) que cobre 2.200 cidades. Mas se a preocupação for com a localização de crianças, idosos, animais de estimação, cargas de caminhões, carros ou objetos de valor, a FindMe também dispõe de uma outra solução de localização, os portáteis MultiUso, com antena para GPS. São dispositivos também pequenos, movidos a bateria e que operam em freqüências da rede GSM (850/900/1800/1900 MHz). As caixinhas pesam 87 gramas, cabem na palma da mão (4,5 x 6,6 x 2,5 cm) e podem ser colocadas de forma discreta nas pessoas, animais (coleira) ou objetos que se quer controlar. O MultiUso informa a posição da pessoa ou do veículo com precisão de até 15 metros, enviando mensagens via celular, e-mail ou para uma central de segurança e monitoramento. Bárbara Oliveira
Para não perder dados Katalogo Software lança no Brasil o Intelli Smart para Windows, programa que pretende acabar com o susto da perda de dados gravados no HD, toda vez que a mensagem "erro fatal" aparece na tela. Quando roda no computador, o Intelli Smart atua como um sistema de monitoramento, e avisa sobre qualquer falha no sistema operacional ou na leitura incorreta do disco rígido. Assim, o usuário tem a chance de fazer backup ou salvar os dados antes que seja tarde demais. O alerta é feito por meio de janela pop-up e envio de e-mail. A Katalogo disponibilizou em seu site o programa para teste, que funciona gratuitamente por duas semanas. Para adquirir a versão permanente, o custo é de R$ 80,00. www.katalaogo.com.br
4
Comércio Segurança Equipamento Gestão
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 15 de agosto de 2006
No Brasil, o mercado de monitores neste ano é de 6,2 milhões de unidades, 30% deles com telas de cristal líquido.
OS MONITORES LCD ESTÃO DESBANCANDO OS DE TUBO
Fotos: Divulgação
O AL1917-ABM, da Acer, será distribuído pela Bell Micro
O 931BA, da Samsung, é o monitor saudável
A Acer pretende vender 20 mil unidades mensais no Brasil
MONITORES Pouco espaço na mesa, muito espaço no mercado.
Novas tecnologias e design trazem mais conforto aos usuários das telas de cristal líquido
Entediado no banco? Ansioso no médico? Relaxe e veja um filme, assista a um programinha de TV, reveja seu álbum de fotos ou ouça seus CDs preferidos.
Bárbara Oliveira s monitores de cristal líquido vêm se firmando como alternativa não só para substituírem aqueles pesadões de tubo e que tanto espaço ocupam no escritório, mas também porque, além de finos e elegantes, trazem novas tecnologias para garantir conforto visual aos usuários que ficam horas na frente da tela trabalhando. No Brasil, o mercado estimado de monitores é de 6,2 milhões de unidades em 2006, cerca de 30% deles se referem a telas de cristal líquido. Mas os institutos de pesquisa de TI dão como certo que as vendas de equipamentos LCD serão superiores às de tubo já a partir de 2007 no País, informa Paulo Gragnani, gerente da área de Produtos Digitais e Monitores, da Samsung. A Samsung é um desses players que aposta forte no mercado de monitores fininhos. A fabricante coreana desenvolveu uma nova tecnologia que permite "preservar a saúde" do usuário enquanto ele está trabalhando na frente da tela. O novo modelo LCD 931BA é o primeiro da série de cristal líquido a ter o recurso Magic Green, uma tecnologia exclusiva da Samsung que faz muito sucesso atualmente na China e na própria Coréia. Gragnani explica que este é o terceiro modelo da era dos "monitores saudáveis", já que a Magic Green estava embutida em dois modelos de tubo lançados em abril no País. Segundo Gragnani, o 931BA, que será importado por enquanto, "libera íons negativos,
O mais fino LG também lançou, na semana passada, os LCDs que ela afirma serem os mais finos do mundo, com apenas 18 mm de espessura, da série Fantasy. São três modelos denominados de Eclipse, Ring e Jar. O primeiro já está à venda por R$ 1.999, o Ring chega agora em agosto e o Jar terá comercialização sob consulta. Todos têm 19 polegadas e além do design e do contraste de 2000:1, o mais alto índice do mercado, segundo a gerente de produtos da área, Patrícia Moraes, o equipamento vem com a função Smart. Por ela, é possível analisar e ajustar a imagem automaticamente deixando-a o mais realista possível. Outro destaque da linha é a resposta ultra-rápida de 4 milisegundo de velocidade, o que evita aquele efeito sombra, típico dos monitores de LCD mais antigos e lentos, tornando-
o apropriado para filmes, games e animações. O design do suporte também é um diferencial. No modelo Ring, quando o monitor é ligado uma luz vermelha circula na parte inferior do equipamento. No Eclipse, a iluminação se concentra na parte traseira, e no Jar há três graduações de brilho no suporte, com luz que liga e desliga automaticamente.
neutralizando os efeitos danosos dos íons positivos na atmosfera e estimulando a produção de endorfinas que provocam uma sensação de bem-estar no usuário". É mais ou menos co-
mo se a pessoa tivesse saído de uma sessão de ginástica ou comido um pedaço de chocolate, ficando com aquela sensação de prazer no corpo. Na verdade, explica o ge-
Série Fantasy, da LG: 18 mm.
rente da Samsung, os monitores de LCD dispõem de um "motorzinho" na parte inferior para a geração dessas partículas "do bem", tudo baseado no princípio da energia liberada pelos monitores e nas reações químicas das partículas de água presentes no ambiente. Essa combinação resulta na geração de frações de cargas negativas que neutralizam as positivas - essas sim, responsáveis pelo desconforto e cansaço provocado por equipamentos elétricos em funcionamento num mesmo ambiente. Mas o consumidor não precisa entender de leis da física ou de química na hora de escolher o equipamento, pois o que importa para ele é o nível de conforto e proteção proporcionado pelo monitor durante o uso. Segundo Gragnani, por incrível que possa parecer, a tecnologia Magic Green é responsável por mais partículas protetoras (íons negativos) do que a planta Espada-de-São-Jorge que algumas pessoas costumam colocar ao lado do monitor para neutralizar o ambiente. Testes feitos pelo Instituto Coreano de Construção de Materiais concluíram que uma cachoeira, por exemplo, emite de 2 a 4 mil íons negativos por cm³, enquanto que o monitor Samsung libera até 50 mil partículas dessas por cm³. Ponto para a tecnologia. Isso não significa que estar na frente do monitor seja mais saudável (e prazeroso) do que ficar admirando as Cataratas do Iguaçu in loco. O monitor 931BA está com preço de lançamento de R$
1.499. A Samsung também está com modelos LCD de 15 até 46 polegadas (os maiores servem como displays em empresas comerciais), além da linha de tubo de 15 a 19 polegadas. Outra asiática, a Acer, também ingressou fortemente no segmento dos monitores de LCD no Brasil e acaba de fechar uma parceria com a distribuidora Bell Micro para comercializar quatro equipamentos da linha LCD Value de 17 e 19 polegadas. Até o fim do ano outros modelos chegarão, inclusive os de 24 polegadas. Anne Garcia, diretora-geral da Acer no Brasil, acha que o mercado brasileiro está amadurecendo para esse tipo de equipamento. A expectativa da Bell Micro é de vender 20 mil unidades mensais dos monitores slim até dezembro. O Brasil ainda era um dos poucos países a não figurar na lista dos mercados de monitores de cristal líquido da companhia. Nos Estados Unidos, a Acer é a terceira marca do setor, segundo a Display Research, com um crescimento de 63% no primeiro trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado (vendeu 600 mil monitores no mercado norte-americano). Aqui, a idéia da empresa é vender via canal de distribuição no começo, e depois através dos grandes magazines. Os modelos de 17 e 19 polegadas trazem resolução de 1280 x 1024 pixels com tempo de resposta de 8 e 5 ms, e custam entre US$ 168 e US$ 191, respectivamente, nos Estados Unidos. No Brasil, os preços ainda não foram definidos pela distribuidora.
Tudo no bolso: TV, DVD, som, gravador... udo é possível com o MultiPlayer MP 7700 que a Extralife está lançando: gravar, assistir, tocar. O aparelho pesa apenas 250 gramas, tem preço acessível - R$ 699,90 - e permite gravação e reprodução de vídeos da TV e de aparelhos de DVD, além da gravação de músicas e de voz. O pequeno aparelho possui tela retangular LCD de 2,5 polegadas, umas das maiores do mercado em aparelhos simila-
res, e resolução de 65 milhões de cores. Executa arquivos em WMA, MP3, AVI, ASF, grava sinais de TVs, DVDs e aparelhos de som e ainda possibilita a conexão com o computador. Com todos esses recursos, a novidade da Extralife permite ainda a conversão dos conteúdos em fitas VHS para arquivos digitais, através de um cabo para ser conectado diretamente ao vídeocassete. "O Multiplayer vem com saídas e cabos para conexão com outros equipamentos, o que o torna um aparelho multimídia mais completo do que os presentes atualmente no mercado", destaca Mário Guedes, superintendente da Extralife. "Por esses diferenciais, nossa expectativa de comercialização no Brasil é fantástica", afirma o executivo. Memória expansível - O MP 7700 apresenta compatibilida-
de com cartões SD ou MMC, o que significa expansão da capacidade interna de 512Mb. Também inclui um álbum de fotos, slide show e os jogos Snake e Russian, além de um calendário. A novidade tem bateria recarregável de Lítio para até 6 horas de uso, carregável pelo cabo USB ou ainda pela fonte de alimentação AC 5V DC. O som possui tecnologia surround, com fones de ouvido estéreo, cabos P2 e RCA (para conexão direta de áudio e vídeo) e possui conexão USB para transmissão de dados. Acompanha o produto um CD com software de instalação e decodificação de arquivos de vídeo e áudio - que converte os formatos para os utilizados pelo aparelho - e é plug & play, reconhecido automaticamente pelo Windows 98 em diante.(ME / 2000 / XP ou supe-
rior). Tem garantia de um ano. Suas dimensões são: 11 cm de largura, 6,5 cm de altura e 2 cm de profundidade. É de fácil operação, com menu interativo na tela e apenas seis botões de comando. Preço - O preço sugerido do MultiPlayer MP 7700 é de R$699,90. Para saber qual a revenda mais próxima, ligue para Televendas: SP (11) 38721070 ou 0800175 088 (outras localidades) ou visite o site http://www.extralife.com.br. Rachel Melamet
Com o MultiPlayer MP7700, da Extralife acaba-se com o tédio e com a falta do que fazer
terça-feira, 15 de agosto de 2006
DIÁRIO DO COMÉRCIO
INFORMÁTICA - 5
6
Segurança Equipamento Gestão Games
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 15 de agosto de 2006
A CASA DAS CUECAS INVESTIU R$ 350 MIL NO NOVO ERP
Com o novo ERP, as transações com cartões serão liberadas em menos de quatro segundos
Vestido para gerenciar
rede de varejo Casa d a s C u e c a s (www.casadascuecas.com.br), composta por 12 unidades (8 em shopping centers e 4 em lojas de rua), está investindo R$ 350 mil na implementação de um novo ERP (Enterprise Resource Planning ou sistema integrado de gestão empresarial), fornecido pela Linx (www.grupolinx.com.br) e desenvolvido especialmente para atender às necessidades de empresas do ramo de vestuário. Também foi implantada uma interligação da matriz com todas as lojas por meio de uma rede dedicada. O Sistema de Gestão ERP Linx será totalmente implementado na rede de lojas até janeiro de 2007, incluindo os módulos Administrativo/Financeiro, Contabilidade, Fiscal, Business Intelligence (BI), Planejamento de Varejo e Retaguarda de Lojas.
"A Casa das Cuecas optou pelo Grupo Linx por reconhecer o valor de soluções focadas no seu ramo de negócio, ou seja, desenvolvidas para atender as necessidades e a dinâmica de uma moderna rede de varejo", afirma Nelson Lana Castello Branco, gerente de Marketing do Grupo Linx. "O ERP Linx foi escolhido para substituir um sistema com caráter genérico, concebido para vários perfis de indústrias e customizado para as especificidades do varejo de vestuário", enfatiza. "Também, por sermos a única empresa de soluções de conectividade e telecom focada no varejo, podemos oferecer serviços mais completos que garantem custos mais acessíveis, melhor performance, disponibilidade e segurança", diz. Branco conta que grande parte dos custos de implementação de um ERP está no servi-
Solução que está sendo implantada pela Linx permitirá uma melhor gestão do negócio e agilidade no pagamento por meio de cartão pelos clientes Divulgação
Castelo Branco: O ERP Linx substituirá um sistema genérico, que agilizará as compras dos clientes da rede Casa das Cuecas
ço de customização, que é a adaptação do sistema às necessidades do cliente, já que cada empresa possui suas regras de negócio, fluxo de trabalho, diversos departamentos, necessita de diferentes informações gerenciais para tomada de decisões etc. Quanto mais complexa for a customização, mais tempo será necessário, o que significa custos em consultoria e horas de trabalho. "Um ERP genérico, além de ter um custo de licença maior, caso seja de uma marca famosa, também consome entre 9 e 11 meses de customização. No nosso caso, por sr uma solução desenvolvida para atender o varejo, a implementação será feita em 6 meses na matriz e nas 12 lojas da rede", afirma. Interligação – O projeto de conectividade que o Grupo Linx está desenvolvendo inclui a interligação matriz-filiais por meio de uma rede de-
dicada, baseada em links de frame-relay e MPLS, para tráfego dedicado de TEF (Transferência Eletrônica de Fundos), dados em geral e emails. Também serão prestados serviços de suporte e administração ativa e passiva da conectividade e dos meios de pagamento eletrônicos, redundância nas comunicações com as administradoras de cartão, entre outros. "Em breve, os clientes de todas as lojas da Casa da Cuecas terão suas transações eletrônicas por cartão liberadas em menos de 4 segundos", enfatiza Branco. "Este é um grande diferencial de qualidade no atendimento ao cliente, pois evita o constrangimento de esperar por, no mínimo 40 segundos, para o cartão ser aceito na maquininha, como acontece com as lojas que operam com rede discada". Carlos Ossamu
ERP integra operações ERP, qualquer que seja ele, é formado por uma única base de dados e módulos integrados, que se inter-relacionam. Uma ação, como a venda de uma mercadoria, desencadeia uma série de outras tarefas, como a baixa no estoque, pedido do produto, registro na contabilidade etc.
No ERP Linx, os módulos Financeiro, Contábil e Fiscal estão totalmente integrados, com fácil parametrização. Neles, é possível ajustar o sistema de acordo com as regras da empresa e da legislação. A integração entre os módulos é direta, permitindo o total rastreamento das movimentações.
No Financeiro, o setor de contas a receber tem os lançamentos gerados pelas vendas de atacado ou lojas. As duplicatas, cheques pré-datados e cartões de crédito, possuem no sistema um controle específico. Facilita a cobrança e a baixa dos títulos e cheques, com borderôs configuráveis para a re-
messa de títulos e instruções bancárias, bem como para o retorno com as baixas. O sistema permite controle das contas correntes dos clientes, contas correntes de comissões dos representantes e também dos gerentes. Os processos de pagamento são agilizados pelo tratamento dos borderôs de remessa e retorno bancário, assim como pela conciliação dos extratos das contas correntes. Os pagamentos também podem ser efetuados por débito em conta ou emissão de cheques. O sistema permite ainda a administração dos vencimentos pela data real. O Fluxo de Caixa possibilita prever a futura disponibilidade financeira. Os módulos Contábil e Fiscal são destinados à geração de informações legais e podem administrar dados gerenciais. O sistema apresenta facilitadores: lançamentos em partida simples ou dobrada; históricos padronizados; criação de parâmetros para minimizar erros dos lançamentos; rateios por centro de custo e filiais; integração com os movimentos fiscais e
VÍRUS Fortes rumores: maciços ataques de vírus, os mesmos que atacaram em 2004 e em 2005.
financeiros, sem conciliação; encerramento do exercício automático e bloqueio de data por usuário para o contábil. Face às prestações de contas ao fisco municipal, estadual e federal, os módulos Contábil e Fiscal registram todas as movimentações da empresa. O módulo Fiscal gera: informações; cartas; registros de entradas e saída de mercadorias e serviços; registros de apuração e recolhidos para fornecedores e pelos clientes dos ICMS, IPI, ISS, PIS e COFINS; resumo de ECF (Emissor de Cupom Fiscal); livro-registro de entradas e saídas de serviços; registro de inventário; livro-registro de movimentações de estoque e produção – modelo 3; integração com SINTEGRA, SEF-PE, G I A - S P e o u t ro s E s t a d o s , I N 8 6 , D E S - S P, C I A P, PER/DCOMP. Para a direção da empresa, ter informações em real time é valioso. Para tanto, o ERP Linx traz o módulo de Business Intelligence, que gera as informações executivas através de um datawarehouse. A ferramenta de extração de dados
@ Ó RBITA
permite que se investiguem dados à procura de padrões com valor para a empresa. É possível saber qual a posição de venda de cada loja, que produto cada unidade vendeu, qual item teve maior ou menor saída e em qual horário etc. Um Painel de Controle Estratégico (Cockpit) apresenta os fatores decisivos de sucesso a partir de variáveis definidas por executivos e consultores. O sistema apresenta visual amigável e dispensa grandes conhecimentos de informática, pois possui recursos gráficos e funcionalidades em uma única ferramenta. Permite exportação de dados para XML, Excel, Word, HTML. Ele oferece autonomia na criação de layouts próprios, possibilita o inter-relacionamento e comparações de dados e a criação de colunas com cálculos personalizados. O sistema possibilita o controle do planejamento estratégico, facilitando a tomada de decisões on demand, conforme as necessidades detectadas pelos fatores críticos do negócio. (CO)
PERIGO Todos os usuários de Windows devem aplicar rapidamente as correções de bugs.
Vista grátis
Clone RFID
uem comprar um computador novo a partir de outubro receberá um cupom para ser trocado por uma atualização gratuita do Windows Vista, próximo sistema operacional da Microsoft. Este foi um acordo entre a gigante do software e os fabricantes de PCs, para incentivar as compras pré-natalinas. Segundo o site DigiTimes, o trato foi fechado em julho e só revelado agora para evitar impacto negativo nas vendas . http://www.digitimes.com/ systems/a20060810A1001.html
hacker Lukas Grunwald conseguiu fazer um clone do conteúdo de um chip de identificação por freqüência de rádio (RFID) usado nos passaportes eletrônicos que estão em testes nos Estados Unidos e Europa. Para isso, ele usou um programa chamado RFDump que intercepta, copia e modifica os dados do epassaport. Grunwald, que trabalha como consultor na empresa de segurança de informática DN-Systems Enterprise Internet Solutions, diz que todo o sistema do e-passaport "parece ter sido feito por débeis mentais". "Na minha opinião, desperdiçaram dinheiro com a tecnologia. Ele não melhora em nada a segurança nos aeroportos", ele diz no site Black Hat. Link: http://www.blackhat.com/
Passeio á imaginou, sem sair de casa, ir a Nova York, Paris ou Londres e fazer um passeio de avião? Pois isso já é possível, graças ao Googles, game criado em tecnologia flash por Mark Caswell-Daniels. . Link: http://www.isoma.net/ games/goggles.html
Torradas românticas ansou-se de enviar flores e cartões sonoros à sua amada no dia do aniversário dela? Pois eis uma forma original de demonstrar seu amor: torradas românticas. O preparo é feito por uma torradeira com placas especiais
que escrevem no pão a frase "I Love You". A bela surpresa custa US$ 56,68 no site Find Me a Gift. http://www.find-me-agift.co.uk/gifts-formen/personal-gift/i-loveyou-toaster.html
terça-feira, 15 de agosto de 2006
Equipamento Gestão Games Fotografia
DIÁRIO DO COMÉRCIO
7
GAMES ALÉM DA DIVERSÃO: PODEM SER FERRAMENTAS.
uma nova forma de apresentar conteúdo de treinamento: por meio de games.
JOGOS SÉRIOS e você é um dos que acreditam que os jogos para computador são apenas diversões eletrônicas para garotos ou marmanjões que não se decidem se querem ser adultos ou crianças, é melhor começar a mudar seu conceito. Os games estão entrando mais no mundo das empresas, principalmente para aquelas que desejam reduzir, de forma significativa, o tempo e os custos em treinamentos. Se os recursos de áudio e vídeo já são ferramentas importantes na aprendizagem, principalmente para quem utiliza softwares de apresentação, como o PowerPoint, imagine ter a possibilidade de o usuário colocar em prática tudo aquilo que aprendeu. Um mundo virtual, com os princípios de um mundo real. Esses games, conhecidos como "jogos sérios", propõem uma experiência inovadora, p o s s i b il i t a n d o ensinar a um grande número de funcionários a cultura da empresa e conhecimentos específicos de áreas e cargos. Na verdade, a integração de jogos em ensino a distância serve para fixar a aprendizagem, ou melhor, imersão e entendimento do conteúdo exposto em treinamentos ou cursos.
A Gestum é uma das empresas especializadas em educação corporativa à distância que usam esse recurso para fixação da aprendizagem em seus treinamentos. Sua equipe multidisciplinar conta integrantes das mais diversas áreas, como cientistas da Captura de tela co mpu taçã o, p ed ag og os , designers, analistas de RH, entre outros profissionais, para tratar de todos os dados significativos para o desenvolvimento de ensino à distância. Entre seus clientes estão a HP (Hewlett-Packard), Grupo Randon, ONA/Anvisa, Lojas Colombo, Lojas Renner, IESDE Brasil e ASBACE.
Nas empresas, os "jogos sérios" possibilitam ensinar a um grande número de funcionários.
Não são apenas diversão Os games também têm lugar nas empresas Por Fábio Pelegrini
"Essa é uma nova forma de apresentar o conteúdo do treinamento. Existe a questão prática em alguns cursos que podem ser bem difíceis de serem aplicadas num processo normal de ensino. Com contexto dos jogos, o conteúdo fica bem mais em destaque. O aluno aprende a construir seu conhecimento vendo o conteúdo, sendo por animações ou áudio, e em seguida aplicando o que aprendeu", explica Everton Vieira, gerente de Jogos e Simulações da Gestum. As lojas Colombo foi uma das que introduziram, como ação estratégica, cursos online para seus gerentes, vendedores e funcionários de outros setores da companhia. Além de
assistir a animações e realizar testes, com conteúdo específico elaborado para chegar ao nível de atendimento esperado pela companhia, os "jogadores" precisam colocar em prática o que aprenderam ao comandar uma loja virtual. Como gerente de uma loja, o gamer deve elevar o nível de satisfação dos funcionários e seus clientes. "O treinamento da Colombo é classificado em uma categoria de aculturamento dos colaboradores, que passam a ver a importância da utilização do padrão de atendimento da empresa. Lá, já foram treinados cerca de 700 colaboradores", explica Everton. Segundo o gerente, um in-
vestimento nesse tipo de recurso pode variar entre R$ 40 mil e R$ 70 mil e sua elaboração pode durar até três meses para a conclusão. "Tudo depende da complexidade que o cliente exige. Fazemos pesquisas e testes com os usuários para garantir a entrega de um produto dentro das expectativas do cliente", completa. As entidades de ensino também têm se beneficiado dos jogos. Em junho de 2005, teve início o primeiro curso de pósgraduação a distância em Direito no Brasil, o Programa de Especialização Jurídica PEJ, oferecido pelo Inteligência Educacional e Sistemas de
Quem pode comandar uma loja? Será mais fácil descobrir se as primeiras tentativas forem feitas em uma loja virtual.
Ensino - IESDE, desenvolvido em parceria com a Gestum. Os benefícios do ensino à distância puderam ser vistos logo no começo. Um ano depois, mais de 350 advogados de todo o Brasil estão concluindo o primeiro curso do PEJ, voltado para o Direito do Trabalho. A especialização, que custa R$ 189 por mês, tem duração de 11 meses e utiliza a ferramenta Alumni, da Gestum. Trata-se de um ambiente de aprendizagem que disponibiliza biblioteca virtual, chat, agenda, relatórios de desempenho, entre outros recursos. Um simulador situacional, baseado em uma plataforma com inteligência artificial desenvolvida pela Gestum, permite ao aluno a absorção e retenção do conhecimento adquirido em sala de aula, graças aplicação do conteúdo em um ambiente virtual. "O aluno assume a identidade de um advogado no jogo e participa das d i v e r s a s s eqüências em cenários virtuais, fazendo escolhas e tomando decisões que irão interferir no desfecho do jogo. Na medida em que as d ú v i d a s s u rgem, ele pode contar com um guia experiente e consultar as leis antes de tomar decisões", explica Cesar Braga, diretor da Gestum.
Informação, discussão: tudo sobre games. s interessados em saber mais sobre as aplicações de jogos no dia-adia e conhecer de perto as suas aplicações podem conferir, de hoje até o dia 19, o Universo Games Senac 2006, na unidade Lapa Tito. Com o tema "A convergência dos games - jogos um-line", o evento vai trazer informações, discussões e conhecimentos sobre as aplicações e possibilidades que o universo dos jogos eletrônicos oferece aos profissionais de mercado, educadores e, claro,
aos jogadores em geral. A entrada é gratuita e o público poderá se divertir na LAN house, assistir a palestras e mesas-redondas e conferir a exposição sobre a evolução dos games e dos computadores. A viagem começa com o primeiro jogo eletrônico à válvula da década de 50, passando pelos conhecidos e famosos Atari, Nintendo, Gameboy e Mega Drive. Somente as oficinas técnicas serão pagas: R$ 25 (público em geral) e R$ 15 (para alunos e ex-alunos), cada
uma. O restante é gratuito. As discussões sobre tendências, mercado, comportamento e conectividade, entre outros temas relacionados ao universo dos games, ficam por conta das mesas-redondas programadas para acontecer sempre às 19h30. Participam representantes das mais expressivas empresas e associações ligadas aos jogos eletrônicos, como a Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos (Abraga-
mes), Nintendo, Microsoft, Te c To y M o b i l e , N Vi d i a e Level Up, entre outras. Para quem gosta de uma disputa nos games, o Senac promoverá campeonatos durante o evento. Poderá participar qualquer pessoa, acima de 18 anos, em uma das duas categorias: time ou solo. Na competição, os jogadores mostrarão suas habilidades nos jogos Unreal 2004 e Counter Strike. Os vencedores serão premiados com bolsas de estudo, jogos, entre outros brindes. (FP)
Nem sempre a tecnologia resolve Guido Orlando Júnior le precisava entregar o relatório na manhã seguinte sem falta, pois o prazo havia se esgotado, mas conseguira convencer as pessoas envolvidas que tanto fazia naquele dia ao final do expediente ou na manhã seguinte. Às sete da manhã estaria no escritório, pois estava de rodízio e junto com ele, o documento. Pegou as anotações feitas nas reuniões, dados que havia levantado e outras informações para fazer o texto, que não chegaria a 3 páginas impressas. O mais importante era o conteúdo e não a quantidade de linhas escritas. O pessoal inclusive não gostava de relatórios extensos e sim de síntese nas análises dos projetos. Como não eram necessários gráficos nem planilhas, ficava mais fácil ainda. Quando foi desligar o notebook para ir embora, o aparelho apitou acusando bateria fraca. Sem esboçar a menor preocupação, desligou a máquina, colocou-a na mala e
saiu. Chegou em casa, tomou banho, jantou com a família, viu um pouco de TV e foi para o escritório escrever o relatório. O que ocorreu em seguida parecia que havia sido combinado. No exato momento em que acionou o interruptor, em vez
da luz acender, todas as outras do apartamento se apagaram, inclusive a TV; melhor dizendo, o prédio inteiro se apagou; pior: a rua, o quarteirão, o bairro inteiro ficou no escuro. Sem se dar conta, pensou que a lâmpada tivesse queimado e quando deu meia volta para providenciar uma nova, notou o que tinha acontecido. "Ainda bem que eu trouxe o..." pensou, mas parou no meio lembrando da bateria arriada. "Deve ser algum problema passageiro e daqui a pouco deve voltar", disse consigo mesmo. Providenciadas as velas,
ficaram ele, a mulher e o filho de 10 anos na sala conversando dos mais variados assuntos, coisa que os três juntos não faziam havia muito tempo: como tinha sido o dia dele na escola, ficou espantado em saber que o garoto estava indo muito bem em matemática, reparou que a mulher tinha cortado o cabelo – mas fazia já uma semana – e surpreso com a notícia de que tinha vizinhos novos no andar. Isso não era muita novidade, pois nos três anos que moravam lá nem tinha conhecido os anteriores. Uma hora sem luz. "Não vai voltar?" Impaciente, pegou o celular e ligou para a companhia de energia elétrica. Ocupado. Tentou de novo e novamente ocupado. Deu um tempo. Liga de novo e nada. Liga para o irmão, que mora longe de seu bairro. "Em último caso vou até a casa dele fazer o relatório." Surpreso, fica sabendo que lá também estão sem energia elétrica. Fica atônito quando escuta do outro lado da linha a palavra apagão. "Praticamente o sudeste inteiro do país está às escuras e não tem previsão para o retorno. Ouvi no rádio do carro agora, pois acabei de chegar. O trânsito está um caos para o horário." Sem acreditar no que acabara de escutar, faz mais umas
ligações para amigos nos diversos pontos da cidade e a resposta é sempre a mesma: "estamos sem luz." Indignado, liga para um primo que mora numa cidadezinha no Paraná, perto do Estado de Santa Catarina, que não falava há vários anos, só para confirmar a informação do irmão. O tal primo atende, voz de assustado, sonolento – pois eram quase onze horas da noite –, que fica surpreso quando descobre quem é. "O que aconteceu? Morreu alguém?", pergunta. "Felizmente não. Tudo bem? Diz uma coisa: tem luz aí?" O primo, ainda sem entender direito a pergunta, diz: "Sei lá... quando fui dormir, tinha. Deixa eu ver... Não tem não", responde. Depois de alguns segundos mudo, explica sobre o apagão para o parente, que fala: "Ainda bem que é à noite, né? Amanhã, quando a gente acordar já deve ter luz. Boa noite e lembranças. Vou voltar a dormir." Começa a entrar em desespero. Precisa entregar o maldito relatório, pois já adiou por duas vezes e não vão tolerar outra desculpa, mesmo que seja o apagão. Como vai explicar que deixou o notebook descarregar a bateria? O desespero vira pânico com essas consta-
tações. Fica imóvel, pensando, explica a situação para a mulher que, numa lembrança tirada do sabe-se lá de onde, diz: "Se não me engano aquela máquina de escrever portátil está em algum lugar. Não dá para fazer à moda antiga?" Ele olha pra ela como há muito tempo não olhava e diz: "Você é mesmo minha salvação. Sem você não sei o que seria de mim". Saem procurando pela casa. Para o filho foi uma verdadeira caça ao tesouro, ainda mais porque ele não tinha a menor idéia de como era aquilo que estavam tentando achar, por mais que os pais explicassem. "Achei!", gritou a mulher lá do quarto da emp re ga da . Os dois saíram correndo e quando ele se deparou com ela em cima d a e s c ad a , i l uminada pela vela e segurando a máquina ainda guardada no estojo, teve a impressão de estar vendo uma santa miraculosa levitando naquele pequeno espaço do apartamento. Mais do
que depressa vão para o escritório, cheios de esperanças e expectativas: ela, por ter achado uma solução para o problema; ele, para saber se a fita ainda dava conta do recado; e o filho, porque finalmente ia saber o que era aquela máquina misteriosa tão importante. Tirado o pó que cobria o estojo ele é aberto, a máquina colocada na mesa – no centro de três velas – ele estrala os dedos, coloca o papel utilizado na impressora jato de tinta e digita alguma coisa para ver se a fita não havia ressecado. Alívio! Ainda funciona! Ele e a mulher se abraçam e se beijam. O filho vê a cena, também fica aliviado, apesar de n ã o e ntender quase nada, olha para a máquina e pede para o pai digitar alguma coisa novamente. Enquanto ele vai digitando, o menino arregala os olhos, abre a boca e diz: "Pai! Que computador moderno! Já digita e sai no papel! Não precisa nem de impressora!"
8
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Gestão Games Fotografia Mercado
terça-feira, 15 de agosto de 2006
OS USUÁRIOS BRASILEIROS ESTÃO MUDANDO
Em 2005, havia no mundo 105,2 milhões de câmeras digitais com resolução de 3 a 4 MP
Fotos: Ana Maria Gariglia
Mais destaque para a vela, de acordo com a necessidade de realce
Na última tomada, a ave tem tanto destaque quanto a vela
É OUTRA SENSIBILIDADE Ana Maria Guariglia Foram necessários quase dez anos de pesquisa para desenvolver o modelo, que representa um novo estágio na evolução das digitais
ais do que seus megapixels, de 6,3 MP, a nova Finepix F30 tem a sensibilidade ISO 3.200, o que significa a possibilidade de capturar imagens com qualidade mesmo em baixas condições de iluminação. Nos equipamentos do tipo reflex tradicionais, a leitura das sensibilidades é referência importantíssima porque se re p o r t a à v e l o c i d a d e q u e quanto mais "rápida", mais é sensível à luz. Nas tradicionais, a sensibilidade é indicada pela emulsão do filme, nas digitais é indicada pelos circuitos eletrônicos acoplados ao
sensor CCD, que captura as imagens e que está na sexta geração Fujifilm. Segundo os engenheiros japoneses, para confeccionar a F30, foi necessário quase uma década de pesquisas. Flávio Hiroshi Takeda, da empresa no Brasil, disse ao Diário do Comércio, que esse modelo representa um novo estágio da evolução da tecnologia das câmeras digitais. "Foge ao velho e antigo conceito dos pixels (que são os pontos que formam a imagem) e os coloca em uma compacta simples e de fácil manuseio, mas com excelentes resultados." O sistema de medição ISO usa escalas aritméticas, deter-
minando que o ajuste em ISO 200, por exemplo, é duas vezes mais rápido que o de ISO 100 e cada aumento ISO equivale à duplicação da velocidade. Nossos testes comprovaram a influência da sensibilidade nas fotos. A camerazinha tem vários recursos como o flash embutido batizado de inteligente, por combinar o facho de luz com a exposição a ser usada, sem iluminação exagerada, que torna as fotos lavadas e sem as cores originais. As 15 exposições automáticas, que permitem selecionar um modo para cada cena, como retratos e paisagens, vêm com uma novidade: luz natural combinada com o flash pa-
ra melhorar a iluminação das partes escuras do assunto. O monitor de cristal líquido tem 2,5 pol, a objetiva é de 8/24,9 mm (equivalente a 36/128 mm das câmeras 35 mm), com zoom óptico de três vezes e digital, de 6,2 vezes. O manual diz que é possível tirar 500 fotos com a bateria lithium recarregável. A Finepix F30 custa R$ 1.999. Para obter mais informações, consulte este endereço: www.fujifilm.com.br
MERCADO FOTOGRÁFICO O perfil dos fotógrafos mudou: eles estão despreocupados e menos agressivos no uso do material Divulgação
Destaque na Photoimagem
câmera 720SW, da Olympus, foi um dos destaques da feira internacional de imagem PhotoImageBrazil, que terminou na semana passada em SP. Além dos seus 7,1 MP, tem recursos curiosos como poder suportar uma queda de 1,5 m, em chão duro, e continuar intacta. Também pode fazer imagens submarinas até 3 m de profundidade sem problemas, graças ao seu corpinho totalmente vendado com material de ligas leves usado nas caixas estanques das câmeras subaquáticas. A 720SW tem monitor de 2,5 pol, zoom óptico de três vezes e estabilizador de imagens para que as fotos não saiam tremidas. Lisa Osorio, diretora de marketing e vendas da empresa japonesa Imaging America Inc., disse que é um equipamento que pode durar muito tempo mesmo nas mãos de estabanados. "O design é à prova de choques, água e poeira, por isso acreditamos que ela estabelece novo padrão de desempenho e versatilidade". A 720SW também vem com um processador de imagens TruPic Turbo e possui 28 modos automáticos para várias modalidades fotográficas. O preço sugerido é de R$ 2.399. Para saber mais: www.olympus.com.br. (AMG)
om a realização da Em contrapartida, alguns feira internacional usuários trocaram suas câmeP h o t o I m a ge B r a z i l , ras 35 mm pensando apenas em SP, e que termi- em substituir os filmes por um nou na semana passada, o mer- cartão de memória. É de se nocado fotográfico revelou uma tar que o uso desse produto série de números relativos ao praticamente dobrou as vendas: em 2004, foram vendidos seu movimento em 2005. De acordo com as pesquisas 170 milhões, em 2005, foram (*), as câmeras fotográficas ad- mais de 320 milhões. No que se quiridas em lojas e pela impor- refere aos filmes 35 mm, em tação oficial resultaram em 2004, foram vendidos 73 mipouco mais de 2,6 milhões, cer- lhões de rolos e, em 2005, o conca de 35% compactas tradicio- sumo caiu para 58 milhões. Entre as digitais mais vendinais, e 65% digitais, mas se estima que há cerca de 4 milhões das estão a Sony, seguida pela Canon, Olymdestas circupus e Kodak. lando pelo Em relação país, adquiriàs câmeras fodas por turisne (celular tas em viagem com câmera), e em comércio as pesquisas livre. Diante indicaram que dessa cifra, estão em ativiuma das pesdade no país quisas constam a i s d e t rê s tou a mudanÉ o número de milhões de ça do perfil câmeras digitais em unidades. dos fotógrafos Cerca de 68% da era digital. todo o Brasil dos seus proEles são desprietários usap re oc u pa do s e menos agressivos, bem dife- ram a função de câmera, mas rente dos usuários de compac- apenas 11% fizeram cópias, o tas 35 mm, que se detêm preo- que equivale a aproximadacupados em compor as cenas mente 8,6 milhões delas. No cômputo geral, o Brasil para não perder muito filme.
4 milhões
imprimiu 3,3 bilhões de fotos das quais 35% foram provenientes de câmeras digitais e 65% de imagens de filmes 35 mm, quase sempre no tamanho padrão de 10 X 15 cm. Falando em impressão, um dos dados das pesquisas se refere ao número de mini laboratórios digitais e ópticos (para filmes tradicionais) em atividade. No ano passado eram um pouco mais de 6 mil, divididos em 1,2 mil do tipo digital e o restante do tipo óptico. Para este ano, se prevê que serão mais de 1,73 mil digitais. Fato relevante uma vez que a maioria dos mini labs ópticos devem ser repostos para se transformarem em digitais. Sobre os quiosques, em que o usuário coordena sozinho suas cópias, daí seu sucesso nos Estados Unidos e na Europa, no Brasil não ultrapassam a casa dos 4 mil e as empresas que possuem o produto dizem que eles ainda não conseguiram conquistar os consumidores. Números globais – Os números das pesquisas globais mostram que, em 2005, existiam 105,2 milhões de câmeras digitais, com média de resolução de 3 a 4 MP. Em contrapartida, havia 300 milhões de câ-
meras fone. Apesar da superioridade dos celulares, quem deseja tirar fotos opta por uma digital. No mesmo ano, foram vendidas mais de 200 milhões de impressoras para cópias caseiras, mas do total de cópias feitas, em torno de 160 bilhões, 45% foram originadas das chamadas "mídias digitais", 23% copiadas em mini labs, 18% em quiosques e 10% encomendas via internet. Existem cerca de 70 mil quiosques no mundo dos quais 30 mil estão nos EUA. Segundo as pesquisa, o volume de uso de impressoras domésticas tende a cair neste ano devido aos custos dos papéis fotográficos e cartuchos de tintas originais. Esses insumos vêm com a impressora na hora da compra, porém, o problema é a reposição. Tinta e papel podem custar até mais que a impressora nova. Como curiosidade, em 2004, o número de mini labs no mundo era de 170 mil, 73% ópticos e 27% digitais. Em 2005, a rápida mudança dos filmes 35 mm para entradas digitais, calcula-se a duplicação das unidades digitais. (*) Photo Marketing Association International (PMAI) e editora Fhox. (AMG)
Câmeras a preços populares o completar 54 anos de existência, a Sosecal promete dar continuidade ao seu lema de 1o preço. Representando as marcas Mirage, SanDisk e Case Logic, a empresa apresentou duas digitais, a Premium e Steel, que custam R$ 299 e R$ 399 e com 3 MP. Segundo Guila Barbosa, gerente de marketing da empresa, esses preços basicamente não encontram concorrências, possuindo boa qualidade. "Assim, dá para todo mundo ter uma digital e, dependendo da loja, pagar até em dez vezes". Os próximos lançamentos da Mirage já preparam o final do ano, quando as vendas aumentam em função das festas. A Mirage Digital Smart 5MP,
com design que lembra uma filmadora, grava vídeos com resolução de 640 x 480 pixels, com som. Além disso, reproduz músicas em formato MP3 e pode ser usada como webcam. Conta com resolução máxima de 5MP e zoom digital de oito vezes. O monitor é de 2,0 polegadas e a memória interna de 24 MB, que pode ser expandida com cartão SD de até 1GB. Dispõe de doze diferentes molduras para incrementar a fotografia. Disponível a partir de outubro, com preço sugerido de R$ 759. Outra novidade é a Mirage Digital Vision de 8,1 MP e zoom óptico de seis vezes. Tem função de estabilizador de imagem, que não borra a foto, mesmo quando a câmera se
Di
vu
lg
aç
ão
SanDisk: MP3 com tecnologia U3
mexe. O monitor é de 2,8 pol e a memória interna de 26MB, que pode ser expandida com cartão SD de até 1GB. Faz vídeos com áudio e pode ser usado como gravador de voz. Disponível a partir de setembro, com
preço sugerido de R$ 1.599. Já a SanDisk apresenta seus lançamentos mundiais de MP3 e MP4 players, pen drives com a tecnologia U3, cartões SD Plus e caixas de som para MP3. No entanto, algumas das novidades ainda não têm previsão para chegar ao Brasil. A Case Logic expõe linha completa de produtos que vêm ganhando espaço nas prateleiras do país devido à ampliação da parceria com a Sosecal, ocorrida no ano passado. São bolsas e estojos organizadores para carros, produtos de informática, áudio, vídeo e fotografia, além de um organizador de ferramentas para casa e jardim. Para saber mais, acesse www.sosecal.com.br (AMG)
A Finepex F30 conta com vários recursos como o flash embutido e seu preço é R$ 1.999
Divulgação
A Finepix F30 capta imagens mesmo com pouca iluminação
Ferramentas tudo-em-um Apple apresentou na feira da PhotoImageBrazil, que terminou na semana passada em SP, a ferramenta tudo-emum, o software Aperture para fotógrafos profissionais e que roda nativamente em computadores Macintosh, com processador Intel Core Duo como Imac, MacBook Pro e também em alguns PCs. O Aperture oferece um fluxo de trabalho em RAW, o arquivo bruto ou o chamado negativo da foto digital, que protege os direitos autorais do fotígrafo. O software permite trabalhar as imagens em RAW da câmera com a facilidade do formato JPEG. Também apresenta poderosas ferramentas de comparação e seleção, processamento de imagens, impressão com gerenciamento de cores e publicação personalizada para a web e para books. "É possível navegar projetos inteiros em uma área de trabalho de tela cheia e que pode ser expandido para um conjunto de múltiplos monitores", explicou Fernando Del Granado, do marketing para a América Latina e Caribe. A Apple iniciou a revolução do PC pessoal nos anos 70 com o Apple II e o reinventou nos anos 80 com o Mac. Há pouco tempo atrás, parecia ter desaparecido do cenário eletrônico dando vezes às plataformas do Windows. No entanto, com o boom das imagens digitais, dos notebooks e tocadores portáteis de sons digitais, como o iPod, líder desse mercado e os iTunes, a loja online de música. O software Aperture custa R$ 735 e para obter mais informações, consultar www.apple.com.pr/products (AMG)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 15 de agosto de 2006
Política
3 Eu lamento que as pessoas não tenham auto-censura, que é tão bom para a gente poder viver. Governador Cláudio Lembo
Celso Júnior/AE
O seqüestro do repórter Guilherme Portanova e do auxiliar técnico Alexandre Calado, da TV Globo, no final de semana, não produziu apenas indignação e revolta. A ação do PCC levou o presidente Lula a reunir ministros, assessores e especialistas para aprofundar o debate sobre a questão e discutir formas de combate mais eficazes contra o crime organizado em São Paulo. Para o ministro da Justiça, Márcio Thomas Bastos, o ato foi muito mais uma "manifestação
de derrota" do que de força da organização criminosa. O governador de São Paulo, Cláudio Lembo, manteve sua postura de classificar o ataque como uma ação isolada e sem desdobramentos. Ele admitiu, porém, que por conta das sucessivas investidas da facção os seus fins de semana têm sido ruins. "É um pior do que o outro". E o senador Antonio Carlos Magalhães procurou relacionar o seqüestro à entrevista do presidente Lula ao Jornal Nacional, da TV Globo, na quinta-feira.
PARA BASTOS, AÇÃO FOI DESESPERO.
O
Daniel Pera/AE
BERALDO VÊ POLITIZAÇÃO DO CRIME EM SP
O
acirramento da crise na área da segurança em São Paulo, sobretudo o assassinato do vereador tucano Paulo Sérgio Batista, da Câmara Municipal de Mairinque, é um sinal de que a politização do crime organizado é uma realidade. A avaliação é do presidente do Diretório Estadual do PSDB de São Paulo, deputado Sidney Beraldo. "Todas estas ações (aumento da violência) estão deixando claro e evidente que o crime organizado declarou guerra contra o PSDB", emendou. Para Sidney Beraldo, as notícias registradas nos últimos meses sobre o aumento da violência e a divulgação de ações relacionadas com a morte do vereador do PSDB apontam para a realidade da politização do crime organizado. (AE)
Lembo inaugurou biblioteca da Imprensa Oficial e descartou revisões no Regime Disciplinar Diferenciado
LEMBO DEFENDE MANUTENÇÃO DO RDD
governador de São Paulo, Cláudio Lembo, disse ontem que não haverá discussão sobre o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Neste final de semana, seqüestradores de uma equipe de repórteres da TV Globo obrigaram a emissora a veicular mensagem em que um porta-voz do crime organizado critica o regime utilizado em presídios de segurança máxima. Lembo, que até então não havia se pronunciado sobre o seqüestro, declarou que não era nem contra nem a favor da divulgação, e que respeitou a decisão da emissora. A cúpula da Segurança Pública do estado foi contra a divulgação do vídeo. O RDD mantém o preso isolado do mundo, restringe visitas e o banho de sol, entre outras medidas disciplinares. O RDD foi sempre solicitado pela sociedade e especialistas em segurança perceberam a força desse sistema para isolar os criminosos. A experiência do RDD em outros países foi positiva, particularmente na Itália, onde o regime acabou coma
O
máfia - afirmou o governador. Perguntado se a polícia tinha pistas dos seqüestradores, Lembo disse que preferia silenciar sobre o assunto. Contrariando a opinião da maioria dos especialistas em Segurança Pública, Cláudio Lembo disse que não há terrorismo nem guerra civil no estado. Falácias – Falam tolices e eu lamento que o brasileiro tem uma capacidade de falar ingenuidades todo o tempo. Isso cria uma clima absolutamente artificial. Quando eu vejo alguns analistas, particularmente de instituições acadêmicas, que falam coisas absolutamente fora de lugar eu lamento. Lamento que as pessoas não tenha uma auto-censura, que é tão bom para a gente poder viver, afirmou. Digo não – Mais uma vez, o governador paulista afastou a oferta do governo federal de colocar tropas do Exército nas ruas. No fim-de-semana, o governador e o ministro Márcio Thomaz Bastos conversaram por telefone sobre o seqüestro. O ex-governador Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à sucessão presidencial, tam-
bém tem telefonado freqüentemente, segundo Lembo. Contagem regressiva – O governador não esconde que está contando os dias para deixar o cargo, culpa da série de ataques do crime organizado. Ontem, durante a inauguração da livraria da Imprensa Oficial do Estado, que conta com 900 títulos, Lembo fez contagem regressiva. Ele disse duas vezes que faltam 138 dias para deixar o Palácio dos Bandeirantes. Mas este não foi o pior fim de semana para o governador. Lembo está descrente quanto ao futuro. Disse que a cada fim de semana as coisas pioram. "A vida de governadores e vice-governadores é feita de certezas e incertezas. E eu digo que só tenho incertezas", respondendo à pergunta da reportagem sobre se o fim de semana passado havia sido o pior de sua gestão. Sem terror – O governador admite a existência de muita violência do crime organizado em São Paulo. Porém, diz que não existem ações terroristas. "Há a violência do crime. Mas não há a violência dessa pala-
Dida Sampaio / AE
LULA ESTAVA MENTINDO NO JN, DIZ ACM
O
senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) relacionou ontem o desempenho ruim do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na entrevista ao Jornal Nacional com o seqüestro do repórter e cinegrafista da emissora. "É muita coincidência o PCC fazer isto depois da entrevista da Globo", afirmou. "Coincidência, talvez aspeada, mas não pode ficar sem a revolta da sociedade". ACM elogiou os jornalistas que entrevistaram Lula,
ACM quer CPI para Orçamento.
Fátima Bernardes e William Bonner, "que levaram o presidente à loucura". "Ele estava nervoso porque estava mentindo", disse o senador. Para ele, no momento em que Lula se desculpou pela corrupção no seu governo, dizendo que "há coisas na própria família que não se sabe", os entrevistadores deve-
riam ter perguntado sobre os R$ 15 milhões que a Telemar deu para a empresa do filho do presidente, Fábio Luiz. "Eles não quiseram praticar um ato que poderia humilhálo. Mas eu posso perguntar: Presidente, fale dos R$ 15 milhões que a Telemar deu ao seu filho na Gamecorp". ACM defendeu a criação de uma CPI para investigar o desvio de verbas do Orçamento. Ele disse que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não é muito favorável à idéia, mas sugeriu criar uma subcomissão para analisar a execução orçamentária. "A Comissão de Orçamento ou será extinta ou será ela que vai desmoralizar o Congresso". (AE)
vra que você usou", explicou, referindo-se ao terrorismo. Global – O governador falou sobre o caso envolvendo a equipe de reportagem da TV Globo e afirmou que não haverá mais seqüestros de jornalistas no Estado. "O jovem repórter sobreviveu. E isso me deixa muito feliz. Não haverá seqüestros (de jornalistas) a todo momento em São Paulo. Já a divulgação de mensagem da facção criminosa pela TV Globo foi um risco assumido. A cúpula da polícia orientou a não-divulgação da fita. A gente sabia que era um risco imenso. A gente tinha de respeitar a decisão (da Globo). É norma da Polícia Civil de São Paulo dialogar (com seqüestradores) via telefone, apenas", disse. Apesar dos momentos de tensão, Lembo afirmou que o seqüestro do repórter da Globo não desmoralizou o trabalho da Secretaria da Segurança Pública. O governador também defendeu a manutenção do Regime Disciplinar Diferenciado nas penitenciárias paulistas. "Aqui o regime é tão firme que eles (os bandidos) reagiram", disse. (Agências)
presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi informado na manhã de ontem, pelo ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, da libertação do repórter da Globo Guilherme Portanova, seqüestrado em São Paulo. Em conversa por telefone da capital paulista, Bastos fez uma avaliação ao presidente do problema da violência no Estado. O ministro participou à tarde da reunião do grupo de coordenação política no Palácio do Planalto. Durante a reunião, Lula e os ministros mais influentes discutiram as recentes ondas de violência atribuídas à facção criminosa PCC. Passa ou repassa– Em plena campanha pela reeleição, Lula quer ouvir dos ministros a avaliação do papel que o governo federal deve exercer diante da opinião pública no enfrentamento da crise. O Planalto e os partidos oposicionistas PSDB e PFL travam guerra sobre o assunto, cada um transferindo a responsabilidade no caso para outro. O governo federal não planeja ampliar, por enquanto, o auxílio acertado com o governo de São Paulo por causa das últimas ações do Primeiro Comando da Capital (PCC). Durante o encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Thomaz Bastos garantiu que o conjunto de medidas em curso, fruto da cooperação en-
tre os dois governos, será suficiente para conter a onda de violência do PCC, que já dura três meses. Derrotados? – Lula está particularmente preocupado com os estragos que a crise de segurança pode trazer à sua campanha, já que o eleitorado identifica a co-responsabilidade federal com o problema. Bastos explicou ao presidente que as medidas começam a dar resultados, e que o seqüestro foi muito mais uma "manifestação de derrota" do que de força do PCC. "Foi um gesto de desespero, que demonstra que estamos no caminho certo", afirmou o ministro, conforme o relato de um assessor que teve acesso à reunião. Em pé de guerra – Lula insistiu, todavia, para que seja mantida de pé a oferta do envio de 10 mil homens do Exército para auxiliar os órgãos de segurança de São Paulo, caso a situação volte a recrudescer. Ações – Além da aprovação de R$ 107 milhões por medida provisória, em julho, dos quais R$ 44 milhões já foram transferidos, o governo federal está auxiliando o governo paulista com ações de inteligência e operações pontuais das Polícias Federal e Rodoviária no combate ao tráfico de armas e ao crime organizado. A União também emprestou equipamentos e programas de alta tecnologia para auxiliar nas investigações. (AE)
GOVERNOS REFORÇAM AÇÃO CONJUNTA
e a tranqüilidade sejam restabelecidas por completo. Essa é a obrigação constitucional do Estado e dela não pode e não vai abrir mão". A nota, assinada pelo porta-voz da Presidência, André Singer, destaca que o combate à criminalidade não deve ser objeto de disputa política e assegura que o presidente Lula, como chefe de Estado e de Governo, tem responsabilidades no combate ao crime. Diz ainda que Lula "não entrará em discussões que visam tirar proveito eleitoral das graves circunstâncias pelas quais passa a população paulista". Outros detalhes avançaram na ação, principalmente no repasse de verbas e equipamentos . (AE)
N
ota divulgada ontem pela Presidência da República informa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em reunião com o governador de São Paulo, Cláudio Lembo, acertou que será reforçada a ação conjunta para impedir que o crime organizado continue a atemorizar os paulistas. "A sociedade pode estar certa de que o Estado brasileiro não se deixará intimidar pela ação dos criminosos", afirma a nota. E completa: "As forças da lei não recuarão até que a paz
DIÁRIO DO COMÉRCIO
2 -.ECONOMIA/LEGAIS
quarta-feira, 16 de agosto de 2006
ATAS
DECLARAÇÃO À PRAÇA
Quer falar com 26.000
A empresa Prorosca Imp. e Com. de Ferramentas Ltda - CNPJ: 62.655.899/0001-38 Insc. Estadual: 108.292.535-114, sita à Rua Dom Francisco de Souza, 147 Centro - São Paulo - SP declara à praça que foi extraviada a nota fiscal nº. 008775 emissão em 07/08/2006.
empresários de uma só vez?
Publicidade Comercial - 3244-3344 Publicidade Legal - 3244-3643
BALANÇO
FALÊNCIA &
Proquitec Indústria de Produtos Químicos S.A. CNPJ/MF 49.493.653/0001-49 Balanço Patrimonial do Exercício de 2005 ATIVO
PASSIVO
Circulante Circulante Fornecedores 3.993.494,58 Caixa e Bancos 51.107,93 Impostos e Contr. Recolher 494.551,79 Realizável a Curto Prazo Empréstimos/Financiamentos 2.997.919,39 Dupl. a receber 4.780.128,53 Salários e Ordenad. a Pagar 73.725,00 Impostos a Recuperar 197.044,17 Contas a Pagar 203.478,15 Desp. Exerc. Seguinte 19.680,72 Outras Obrigações 242.219,78 8.002.388,69 Outros Créditos 43.314,94 Total do Circulante 8.002.388,69 Estoques 2.272.754,18 7.312.922,54 Exigível a Longo Prazo Total do Circulante 7.364.030,47 Outras Obrigações Realizável a Longo Prazo Total do Exigível a Longo Prazo Depósito Judicial 2.102.004,33 Patrimônio Líquido Títulos de Capitalização 3.000,00 2.105.004,33 Capital Social 2.064.770,05 Total Realizável a L. Prazo 2.105.004,33 Reserva de Capital Permanente Lucros (Prej.) Acumulados (99.655,56) 1.965.114,49 Investimentos 977,03 Total do Patrimônio Líquido 1.965.114,49 Imobilizado 497.491,35 498.468,38 Total do Permanente 498.468,38 Total do Passivo 9.967.503,18 Total do Ativo 9.967.503,18 Reconhecemos a exatidão do presente Balanço Patrimonial de empresa, encerrado nesta data com suas Demonstrações de Resultados do Exercício, bem como do Ativo e Passivo, com respectivos totais de R$ 9.967.503,18. São Paulo, 31 de dezembro de 2005
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO DE 2005 Receita Operacional Bruta 44.472.423,90 (-) Dev. e Abatimentos (158.083,61) (-) Impostos Faturados (7.770.378,14) (7.928.461,75) Receita Operacional Líquida 36.543.962,15 (-) Custo dos Produtos Vendidos (32.478.164,49) Lucro Operacional Bruto 4.065.797,66 Despesas / Rec. Operacionais (-) Despesas Administrativas (2.629.988,07) (-) Despesas c/ Vendas (901.791,27) (-) Despesas Tributárias (147.839,89) (-) Despesas Financeiras (700.662,34) (+) Receitas Financeiras 522.845,28 (3.857.436,29) Resultado Operacional 208.361,37 Receitas / Desp. não Operacionais (-) Receitas não Operacionais 19.669,97 Lucro/(Prej.) Antes das Provisões 228.031,34 (-) Provisão p/ I. R./ Contrib. Social (38.672,44) Lucro do Período 189.358,90 A DIRETORIA Luiz Antonio Bonini - Contador CRC 1SP 116482/0-5
RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 15 de agosto de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência e recuperação judicial: Requerente: Calvo Comercial Importação e Exportação Ltda. - Requerida: Realtex S/ A Engenharia Ltda. - Rua Itapeva nº 378 - 12º andar conjunto 122 - 1ª Vara de Falências
quarta-feira, 16 de agosto de 2006
Tr i b u t o s Estilo Conjuntura Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3 A Embraer, forte no comércio exterior, agora quer investir para vender no mercado interno.
CRISE REDUZ TURISMO DE ESTRANGEIROS
LEVANTAMENTO DA FGV MOSTRA QUE 53,6% DAS EMPRESAS QUEREM AMPLIAR CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
INDÚSTRIA DEVE AMPLIAR INVESTIMENTO
O
José Patrício/AE
Trabalhadores da Varig fazem nova manifestação no Aeroporto de Congonhas, na capital paulista
Varig antiga terá duas rotas
Varig antiga, que permanece em recuperação judicial para reduzir o passivo de R$ 7,9 bilhões da empresa, deverá começar a operar em dois meses, conta o presidente da Varig, Marcelo Bottini. Segundo ele, até o fim do ano a operação da companhia poderá ser maior do que apenas uma rota, conforme o plano de recuperação. Há a possibilidades de vôos para Fernando de Noronha e a rota Rio-Salvador. Nesta quartafeira, os credores escolherão o gestor judicial e o agente fiduciário da Varig antiga. "A Varig antiga não está limitada a fazer só uma rota. Ela pode fazer outras, vai depender de aviões e tripulação dis-
A
poníveis", afirmou Bottini. Ele esclareceu que o número de funcionários da Varig antiga vai extrapolar os 50 previstos como pessoal de suporte no plano de reestruturação. No total, serão 130 empregados. O juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio, continuará monitorando e decidindo sobre medidas que afetem o andamento da reestruturação da nova Varig até que ela receba a concessão como empresa de transporte aéreo, o que está previsto para ocorrer no próximo dia 25. Depois disso, vai se concentrar apenas na Varig antiga. O Tribunal Regional de Trabalho, do Rio, vai julgar no dia 24 três ações civis públi-
cas ajuizadas para garantir direitos trabalhistas aos funcionários da Varig. Os recursos judiciais pedem que a Justiça responsabilize a VarigLog pelo pagamento de salários atrasados e rescisões e foram movidos pelo Ministér i o P ú b l i c o d o Tr a b a l h o (MPT) do Rio e por duas associações de empregados ligadas ao Trabalhadores do Grupo Varig (TGV). Turistas — A crise da Varig fez o governo reduzir a previsão de entrada de turistas internacionais no País este ano. De acordo com o ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia, a meta de atrair 7 milhões de estrangeiros em 2006 não deve ser alcançada. (AE)
CASAS BAHIA FECHA LOJAS NO SUL
A Ó RBITA ALUMÍNIO A CBA será a maior fábrica integrada de alumínio do mundo a partir de fevereiro de 2007.
CASA PRÓPRIA
O
rede, que possui 530 lojas em oito estados, emprega 56 mil funcionários e prevê um faturamento este ano de R$ 13,5 bilhões. As unidades fechadas foram as de Campo Bom e Caxias do Sul (RS), Concórdia (SC), Cascavel e Maringá (PR). "Com a crise, o poder de compra da população dessas cidades diminuiu", explicou a assessoria. Em Cascavel e Maringá a rede possuía duas lojas em cada cidade. (AE)
A TÉ LOGO Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
L
Crescimento da China é o maior em dez anos
L
Spread só cai com menos exigências
L
Americanas.com vende até champanhe pela web
L
Usina de Araucária deve entrar em operação
L
pacote de incentivo ao crédito e ao financiamento habitacional só deve ser anunciado pelo governo em 15 dias. Segundo o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC), Paulo Safady, o governo tem dúvidas sobre como resolver o problema das garantias para o desconto em folha. (AE)
crise que atinge a região Sul por causa do declínio da agricultura, prejudicada em quatro safras seguidas pela estiagem, alta cotação do real, baixa rentabilidade e aumento dos custos de produção, atingiu um gigante do comércio varejista: a Casas Bahia, que fechou cinco lojas na região nos últimos dois meses. "As lojas não estavam rendendo o que esperávamos", justificou a assessoria de imprensa da
Disputa pela Inco fica cada vez mais acirrada
in v e st i m en t o produtivo na indústria voltou a crescer neste ano. Mais da metade das empresas (53,6%) pretendem aumentar os gastos em novas fábricas, compra de máquinas e equipamentos para ampliar a capacidade de produção em relação ao que foi investido no ano passado. Isso é o que revela a 160ª Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O setor de bens intermediários, isto é, as fábricas que produzem insumos para serem agregados à produção de outras indústrias, registra o maior índice de crescimento do investimento em 2006. De acordo com a pesquisa, que ouviu 642 empresas durante o mês passado, essas companhias planejam investir o total de R$ 21,5 bilhões em 2006. Isso representa um acréscimo de 19,7% em relação a 2005. No ano passado, as indústrias aplicaram R$ 17,9 bilhões no aumento da capacidade de produção, a cifra mais baixa registrada na década.
Vendas — Quando se avalia a relação entre o investimento e as vendas das 642 companhias, o índice previsto para este ano é 7%. Em 2005, esse indicador foi menor, de 6,1% para essas mesmas empresas. "Há maior ímpeto das indústrias para investir neste ano comparativamente a 2005", afirma o coordenador da pesquisa, Aloisio Campelo Jr., enfatizando que a economia está em recuperação. A retomada do investimento é confirmada quando se analisa uma série histórica mais longa da sondagem da FGV, desde 2000, que leva em conta um número bem maior de empresas na relação investimento/vendas. Nessa série, o indicador é 7,29% para o conjunto de todas as indústrias em 2006, o que revela um forte crescimento na comparação com o índice registrado no ano anterior, que foi de 5,9%, o segundo menor da década. Campelo Jr. observa que essa série histórica deixa claro que o investimento na indústria voltou a crescer em ritmo mais acelerado neste ano, mas
ele pondera que o nível ainda está abaixo dos melhores anos da década, que foram 2004 (9,97%), 2003 (9,92%) e até mesmo 2001, o ano do racionamento de energia elétrica, quando o indicador investimento/venda foi de 8,37% para a indústria como um todo. Intermediários — O economista destaca que a maior expansão do investimento na capacidade de produção ocorre neste ano no segmento de bens intermediários. De acordo com a sondagem, na relação entre o investimento e as vendas, esse indicador é 9,3% para os bens intermediários, muito acima da média da indústria. Em 2005, a relação entre investimento e vendas para os bens intermediários foi de 8,1%. Campelo Jr. explica que as indústrias de bens intermediários estão estimuladas pela maior demanda internacional, especialmente da China, e pelos preços ascendentes das commodities no mercado internacional. Além disso, são exatamente esses setores que estão atualmente trabalhando a todo vapor. (AE)
Petrobras usa mais propaganda
A
despesa operacional da Petrobras mais que dobrou entre o primeiro e o segundo trimestres do ano, principalmente em razão de "contratos de consultoria e comunicação", segundo informou ontem o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa, em teleconferência com analistas de mercado, em que falou a respeito do balanço trimestral da empresa, divulgado na última sexta-feira. No período de abril a junho, as despesas atingiram R$ 890 milhões, contra os R$ 428 milhões do primeiro trimestre –
P
um crescimento de 107,9%. O gasto com propaganda e projetos culturais alcançou a cifra de R$ 450 milhões no trimestre passado, informou um assistente do diretor, que não se identificou na teleconferência. O aumento chamou a atenção dos analistas, que bombardearam Barbassa com perguntas. De acordo com ele, a comparação entre os trimestres "é atípica, já que a base de comparação foi baixa". "Se observarmos o quarto trimestre de 2005, veremos que o valor também era alto", disse o executivo da estatal na teleconferência.
Petros — O gasto com o fundo de pensão dos funcionários da empresa — o Petros — foi outro ponto muito questionado pelos analistas. Um dos aspectos levantados foi a despesa que a estatal terá com o déficit atuarial do fundo, no valor de R$ 9 bilhões, pelos critérios da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). De acordo com Barbassa, no balanço da Petros o déficit registrado é de R$ 4,5 bilhões, e será pago se continuar existindo, "já que o tamanho do déficit depende da rentabilidade do fundo ao longo do tempo". (Reuters)
Tecnologia nacional no México
ara antecipar a produção de petróleo para 2009 nos campos do Golfo do México, a Petrobras adotará um projeto em duas fases. Com a meta de produzir em reservatórios nunca antes desenvolvidos nessa profundidade na região, inicialmente dois poços em Cascade e pelo menos um em Chinook serão operados com um Sistema de Produção, Armazenamento e Bombeamento flutuante (FPSO). Essa tecnologia é usada em larga escala pela empresa no Brasil, para exploração em águas profundas, como na Bacia de Campos. Conforme os resultados obtidos nessa fase inicial, a estatal pretende adotar, numa etapa seguinte, poços e instalações adicionais para esses campos em que ampliou sua participação.
Será a primeira vez que a tecnologia FPSO será usada no Golfo do México. De acordo com a companhia, a estratégia de exploração na área é "bastante agressiva", e inclui a aquisição de blocos exploratórios adicionais e participações em poços que estão sendo perfurados, ou estão planejados para serem perfurados em futuro próximo. Colômbia – A Petrobras entrou na disputa pelo controle da refinaria de Cartagena, na Colômbia, que será aberta à iniciativa privada pela estatal local Ecopetrol. A estatal brasileira apresentou sua proposta ontem e concorre com a suíça Glencore International. O governo colombiano quer capital privado para aumentar em 40% a capacidade da refinaria, atualmente em 100 mil barris
de petróleo por dia. A Ecopetrol calcula que o investimento pode atingir os US$ 800 milhões e está disposta a entrar com até US$ 250 milhões no projeto. (AE)
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 -.OPINIÃO
quarta-feira, 16 de agosto de 2006
RESENHA
NACIONAL
PARA ENTENDER O PCC
JOÃO DE SCANTIMBURGO
de bocas de fumo, seria esta organização. Com isso a taxa de homicídios despencaria. Depois da desestabilização da Rocinha, com a saída do CV, aquela tendência deixou de ser possível a médio prazo. Sorte do Rio. Em SP, a lógica de comportamento do narcovarejo não deve ser diferente. O PCC tornou-se monopólico. De fato, a taxa de homicídios despencou. Só que, como monopólio do crime organizado e tendo como lógica comportamental a descrita acima, surgiram suas ações de confronto com a polícia, atentados, atos de terror. O que aparentemente não se explica e parece irracional é sua lógica. Na verdade, se explica pela lógica do prazer
A LICENÇA DO LÍDER MÁXIMO Céllus
E
A população como refém MARCEL SOLIMEO
A Reprodução da TV Globo
m 2001, numa reunião em Madrid, uma das pessoas que havia trabalhado com o presidente Pastrana nas negociações com as FARC disse que o grande equívoco naquela negociação foi pensar que as FARC tivessem como objetivo o poder político. Não, disse ela. O que eles querem é continuar a fazer o que estão fazendo. Sua lógica nem é política, nem é a dos barões da cocaína. Têm prazer em fazer aquilo que fazem, combater o exército, controlar regiões, ter poder sobre a vida dos que os contrariam... Se quisermos entender sua lógica pela nossa, não chegaremos a lugar nenhum. Só há um caminho, concluiu: prisão ou morte em combate.
Ou o monopólio no uso da força é da polícia, ou é do PCC.
Em análises posteriores com policiais seniors, chegouse a conclusão que se trata da mesma lógica comportamental do narcovarejo no Rio. Não há foco na capitalização. Há prazer em ser notícia, embora oculto. Há prazer de se ter poder sobre a vida das pessoas e em especial de policiais. Sabem que aos 25 anos ou se estará morto, ou preso. Há prazer de ser o "dono" da favela e ter direitos sobre qualquer mulher, etc. Setores da polícia do Rio e alguns policiólogos associados imaginaram que seria possível regionalizar o tráfico (cada um em sua região, como ocorreu com a contravenção no passado), e que isso produziria uma queda acentuada dos homicídios. Pura ilusão. Depois, imaginaram que se houvesse o monopólio de uma só organização, isso ocorreria naturalmente. O Comando Vermelho, que detinha uma grande maioria
em fazer aquilo que se faz, sem apego a vida, sem limites de violência, etc. Não há como imaginar que se possa fazer alguma coisa e que isso tranqüilizaria o PCC. Mesmo que se atendesse às suas "exigências" sobre o regime carcerário diferenciado, daria no mesmo, pois sua lógica não é política e nem tradicionalmente delituosa. Tudo vai continuar da mesma forma, pois a única saída é a eliminação, prendendo ou enfrentando com a energia necessária. A idéia dos policiólogos do Rio de que o monopólio produziria a paz pela ausência de confrontos entre gangs deu no que deu em SP. O caminho único é confrontar. Ou o monopólio no uso da força é da polícia ou do PCC! TRECHOS DO COMENTÁRIO DE CESAR MAIA, PREFEITO DO RIO (PFL) BLOGCM@CENTROIN.COM.BR
S ua lógica não é política e nem delituosa por si
Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente em exercício Alencar Burti Presidente licenciado Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi
Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)
Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: , Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046
greve dos funcionários do Metrô, que se afigura como de nítida inspiração político-ideológica, pois decorre da posição contrária de seu sindicato à forma como se definiu a construção da Linha 4, revela, mais uma vez, a necessidade de se rever a legislação relativa às paralisações nos serviços públicos. A população brasileira tem assistido indefesa e estarrecida a uma sucessão de greves absurdas, afetando setores vitais não apenas da economia, como, em muitas delas, talvez a maioria, o bem-estar ou até a saúde dos cidadãos. Basta lembrar que assistimos recentemente mais de cem dias de greve das universidades federais sem que nada tenha acontecido aos grevistas, sendo os estudantes, que não eram parte das negociações entre governo e universidade, os únicos punidos. No caso do INSS, a camada mais sofrida da população - doentes, idosos e necessitados – é também a mais atingida, não apenas durante o longo período das paralisações, como, posteriormente, em virtude do acúmulo da demanda, o que agrava a "normal" precariedade no atendimento desse órgão, tão vital para a coletividade. As diversas paralisações de funcionários da Receita Federal têm atingido diretamente o processo produtivo, dificultando importações e exportações, acarretando prejuízos financeiros às empresas, perda de arrecadação tributária e redução da produção, da renda e do emprego. À elas se somou a greve dos servidores da Anvisa, levando ao negligenciamento da vigilância sanitária, com graves riscos para as exportações brasileiras de agropecuária e - o que foi pior - dificultando e até mesmo impossibilitando a importação de matérias-primas para medicamentos e remédios essenciais, compromenten-
do a saúde e, às vezes, a vida de pessoas. Quem é responsabilizado por todos os prejuízos causados por essas greves, que não são contra os "patrões", uma vez que eles não sofrem diretamente os seus efeitos? Na prática, o que se busca é atingir a seus "patrões", os governos, castigando a sociedade, que não dispõe de mecanismos para sua defesa. No caso desta paralisação do Metrô, além dos aspectos ideológicos contrariados pela privatização da Linha 4 - quando, na verdade, se trata da aplicação de uma PPP (Parceria Pública Privada) -, parece existir também um aspecto político-eleitoral de contestação a uma medida do ex-governador Geraldo Alckmin. Mais grave do que promover uma greve, porque não se conseguiu atingir na Justiça o objetivo de paralisar a licitação, é a insensibilidade demonstrada pelos seus mentores, que não consideraram a situação dramática que vem sendo enfrentada pela população paulistana, já castigada pelos freqüentes ataques aos ônibus, o que lhe tem imposto pesados sacrifícios, castigando, principalmente, os mais humildes, que depedem de transporte público.
A
irresponsabilidade dessa paralisação não pode ficar sem a punição dos que a promoveram e o Ministério Público, como defensor da sociedade, precisa atuar nesse sentido. É necessário, ainda, que se proponha uma legislação capaz de proteger a população das greves em serviços públicos, prevendo os casos e as formas em que elas devem ocorrer, impondo a responsabilização dos dirigentes e ônus aos grevistas em caso de abuso. A sociedade não pode ficar refém da ação de grupos minoritários que não levam em consideração as dificuldades da população.
O s brasileiros têm assistido indefesos a uma sucessão de greves absurdas
Muito além da utopia ABRAM SZAJMAN E PAULO SKAF
O
homem criou a ONU e os organismos multilaterais à sua imagem e semelhança. A conquista da harmonia entre os povos está condicionada ao pleno restabelecimento do respeito aos fóruns internacionais, dentre eles a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial do Comércio (OMC). Estas instituições, que deliberam sobre os mais sensíveis, importantes e polêmicos temas da globalização, reúnem conteúdos capazes de estabelecer parâmetros adequados às soluções das disputas políticas e econômicas. Ambas possuem reconhecido arcabouço de normas, jurisprudências, decisões embasadas em competentes estudos e, sobretudo, mentes brilhantes, imparciais e bem-intencionadas. Tal reflexão é inevitável em momentos de crise como a que, estupefatas, assistem no Líbano as pessoas de boa vontade. Afinal, para pôr fim às cenas de violência que chocam o planeta bastaria acatar o quase desesperado apelo feito pela ONU em 1º de agosto, uma posição coerente, equilibrada e sensata. O atropelo às deliberações, tratados, acordos e até a medidas vem se intensificando, criando, assim, focos crescentes de tensão. Desde a Guerra do Iraque, passando pelo Protocolo de Quioto, a produção industrial pirata, as práticas inadequadas à ética e ao livre mercado e aspectos relevantes da Rodada Doha, são muitos os pontos de desrespeito às entidades responsáveis pela mediação. À medida que se acentua o desacato aos organismos multilaterais, amplia-se a fragilidade dos cidadãos de todo o mundo ante a ação unilateral de governos, grupos guerrilheiros, ditadores, economias inescrupulosas e interesses comezinhos sobrepostos aos direitos humanos. A luta entre Israel e o Hezbollah é exemplo taxativo das conseqüências negativas de se agir à revelia dos fóruns mediadores. As vítimas serão os civis, que choram a perda de filhos, pais, irmãos, maridos, mulheres, amigos e amigas. A dor inerente a esta “catástrofe” (como definiu a
ONU) tem reflexos diretos no Brasil, onde vivem seis milhões de libaneses e seus descendentes e 160 mil judeus, populações ungidas pela fraternidade e solidariedade e que muito têm contribuído para o progresso de nossa pátria, na qual encontram espaço para uma convivência harmoniosa e solidária. O repúdio à violência e o desejo sincero de assistir ao fim do confronto expressaram-se - de modo singelo, emocionante e profundamente sincero - nas recentes passeatas realizadas no Rio de Janeiro e em São Paulo por representantes das colônias libanesa e judaica. De mãos dadas, esses irmãos na brasilidade reivindicaram a paz. Ora, que se estenda a eles o pulso forte e reconfortante da justiça universal! Que seja atendido o seu apelo! Que as relações fraternas, tão fortes, unindo judeus e libaneses no contexto da sociedade brasileira, possam servir de inspiração à paz no Oriente Médio!
N
ão se pode permitir que a recrudescência de conflitos comerciais e bélicos afastem as nações dos propósitos da paz e desenvolvimento. Jamais devemos encarar tais objetivos como quimera. Entre o monstro da guerra e o sonho aparentemente impossível do entendimento, há todo um espaço concreto para a negociação das divergências. A presente civilização criou a ONU, a OMC, a Unesco, o Unicef e a Cruz Vermelha à sua imagem e semelhança, pois esses organismos nasceram do propósito de tolerância, prosperidade, justiça e bem-estar, valores verdadeiros da essência contemporânea. Portanto, definir o ódio e o egoísmo como variáveis antropológicas exógenas não significa cultuar a utopia, mas sim manter viva a crença num amanhã melhor! ABRAM SZAJMAN É PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DO ESTADO DE SÃO PAULO E PAULO SKAF É PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO
E ntre o monstro da guerra e o sonho da paz há espaço para a negociação
E
m 15 de novembro de 1958, companheiros de Fidel Castro estavam nas sessões da Interamerica Press Association em Washington , órgão que reunia jornais do continente, e como tal se familiarizaram com as informações que davam aos jornalistas americanos sobre a Revolução Cubana, que deveria cair nas mãos de Fidel Castro e seus companheiros. Manifestamos o desejo de ir a Havana e um dos cubanos se propôs nos arranjar os vistos para visitarmos Havana, eu e Carlos Rizzini. Com franqueza, não vimos nada que configurasse uma revolução imediata para depor o sargento Batista, então presidente. Voltamos para Havana em 16 de novembro e de lá viemos para o Brasil, em 1º de janeiro de 1959, quando Fidel Castro tomava o governo do sargento Batista, que fugiu.
E
ncerrava-se aí a história de um país que conquistara bela posição econômica, por concordar com variações de turismo em que entrava a prostituição de jovens cubanas e o domínio da noite de Havana pelas orquestras famosas. A rigor não vimos nada, eu e Carlos Rizzini, motivo pelo qual a conquista do poder por Fidel Castro nos surpreendeu. Como especialista livresco em América Latina, afirmei à Rizzini que deveríamos aceitar o fato consumado, de que Cuba cairia, como caiu, nas mãos de revolucionários já conquistados pelo comunismo soviético. Eram todos românticos, sobressaindo ao lado de Fidel Castro o Che Guevara, que previa para o continente uma revolução prolongada, que de resto, nunca se realizou. Foi assim que soubemos como agia Fidel Castro e seus companheiros, que nos prometia o comunismo soviético trasladado para Cuba. No fundo uma ilusão, que logo cairia em nossas preocupações. A saúde do líder máximo está contida nesse episódio, do qual participamos; ele vai acabando, porque não há corpo que resista a uma revolução destruidora. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
G A conquista
do poder por Fidel Castro nos surpreendeu. A rigor não vimos nada, eu e Carlos Rizzini.
4
Tr i b u t o s Empresas Finanças Nacional
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 16 de agosto de 2006
40
BANCOS SUÍÇOS TÊM LUCROS RECORDES
milhões de reais é o total captado pela fabricante de embalagens Canguru com seus recebíveis
BOVESPA TEVE MAIOR ALTA DESDE MEADOS DE JULHO, E DÓLAR FECHOU NA MENOR COTAÇÃO EM TRÊS MESES
INFLAÇÃO NOS EUA AGRADA MERCADOS
A
Keith Bedford/Reuters
Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve ontem o melhor dia de agosto, impulsionada por dados de inflação abaixo do esperado nos Estados Unidos e pela proximidade do vencimento de índice futuro e do exercício de opções sobre ações. O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, avançou 2,02%, para 37.295 pontos. Foi a maior alta desde o último dia 19 de julho, quando o indicador subiu 4,71%. Naquele dia, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, afirmou no Senado americano que via moderação no núcleo da inflação do país. A avaliação foi corroborada pelo índice de preços no atacado (PPI, na sigla em inglês) anunciado na manhã de ontem, que subiu 0,1% em julho. O núcleo do índice — que exclui preços de alimentos e
energia — caiu 0,3%. Analistas de Wall Street projetavam alta de 0,4% para o índice cheio e de 0,2% para o núcleo. O dado aumentou a aposta de que o Fed deva manter o juro estável. Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 1,19% e o Nasdaq, 2,22%. O índice de American Depositary Receipts (ADRs), os recibos de ações de empresas brasileiras nos Estados Unidos, disparou 2,8%. Dos 54 papéis do Ibovespa, apenas quatro caíram. Os dois mais negociados foram Petrobras PN, que subiu 2,01%, para R$ 45,20, e Companhia Vale do Rio Doce PNA, que perdeu 1,07%, para R$ 40,86. A Petrobras foi ajudada pela proximidade dos vencimentos no mercado de derivativos. As maiores altas do índice foram Vivo PN (6,48%), Light ON (5,91%) e Telemar Norte Leste PNA (5,31%). As maiores baixas, na outra ponta, foram Sabesp ON (-2,39%) e Vale ON (-1,79%).
Dólar — O dólar comercial recuou 0,93%, em um dia de forte volume de negócios, com o mercado otimista após dados mostrarem inflação comportada nos Estados Unidos. A moeda americana terminou a R$ 2,141, a menor cotação desde 16 de maio. Segundo analistas, perto do fechamento, o volume de negócios registrados no segmento interbancário estava próximo a R$ 2,7 bilhões, contra R$ 1,16 bilhão na sessão de segunda-feira. "O mercado teve um movimento muito acima do normal", afirmou o gerente de Câmbio da corretora Novação, José Roberto Carreira. Analistas do mercado de câmbio disseram ontem que existe a expectativa de que o Banco Central (BC) volte, nos próximos dias, a realizar leilões de swaps cambiais reversos, além de manter os leilões diários de compra de dólares no mercado. (Reuters)
Seguradoras faturam R$ 28 bi no primeiro semestre
operados pelos corretores, excluindo, portanto, os valores relativos aos negócios com previdência privada VGBL e seguros de saúde. O faturamento, nesses casos, foi de R$ 17,4 bilhões no primeiro semestre de 2006, com crescimento de 16% em relação a 2005. A Bradesco Seguros continua líder absoluta do mercado, com participação
de 13,58%, considerando todos os ramos menos saúde e o plano de previdência privada VGBL. Em seguida vêm SulAmérica e a AIG Unibanco, nas mesmas posições do ano passado. As três maiores companhias de seguros do País, juntas, têm quase 32% do mercado – uma concentração que, apesar de alta, diminuiu em relação a 2005, quando ultrapassava 35%. (AE)
A
s seguradoras faturaram cerca de R$ 28 bilhões nos seis primeiros meses de 2006, conforme levantamento do Sindicato dos Corretores de Seguros do Estado de São Paulo (Sincor-SP). O estudo dá destaque aos ramos
Investidores em Nova York viram no indicador de inflação ao produtor motivo para estabilidade dos juros
Bancos suíços querem investir no mercado brasileiro
A
té os tradicionais bancos suíços, conhecidos como os mais eficientes do mundo, querem ganhar dinheiro com o sistema financeiro brasileiro. Ontem, o UBS anunciou lucros recordes em suas operações mundiais e aproveitou para destacar que o mercado brasileiro "tem um potencial enorme" para as atividades do banco. Outras instituições financeiras suíças, como o Bank Leu, também querem ganhar espaço no País. Um estudo feito pelo consultor em assuntos bancários Carlos Coradi mostra que os bancos brasileiros só perdem em rentabilidade para as instituições financeiras suíças. Pelo levantamento, o retorno sobre o patrimônio na Suíça é de 26,9%, contra 24,7% no Brasil. Uma consulta entre as praças financeiras de Genebra e Zurique mostra que essa rentabilidade está sendo acompanhada de perto pelos bancos suíços. Em seus balanços semestrais, os bancos Bradesco, Itaú e Unibanco registraram ga-
nhos recordes. Curiosamente, os dois principais bancos suíços, o Credit Suisse e o UBS, também divulgaram nas últimas semanas seus balanços e com lucros recordes. Ganhos — Ontem, em Zurique, o UBS superou todas as previsões ao anunciar ganhos de US$ 5,3 bilhões no primeiro semestre, uma alta de 40% em relação ao ano passado. No primeiro semestre de 2006, o fluxo líquido do banco chegou a US$ 67 bilhões, um aumento de 27% em comparação ao primeiro semestre de 2005. O Credit Suisse também já havia anunciado resultados recordes no início do mês. No primeiro semestre do ano, somou ganho de US$ 3,9 bilhões, 68% acima do mesmo período em 2005. Os lucros líquidos foram duas vezes superiores aos alcançados no ano anterior. Mesmo com todos esses lucros, os bancos suíços não deixam de dar atenção ao Brasil. O Credit Suisse foi o primeiro a desembarcar no mercado brasileiro, em 1998. Hoje, o banco
FMI
tem um ativo total de cerca de US$ 9,7 bilhões no Brasil. Os porta-vozes do UBS não mediam palavras ontem para elogiar as potencialidades do mercado brasileiro. "Não éramos um banco com uma presença forte no Brasil até há pouco tempo. Mas estamos vendo que o País oferece boas oportunidades de crescimento. Existe um potencial crescente para a indústria de serviços financeiros no Brasil que queremos desenvolver", afirmou Patrick Zuppiger, um dos porta-vozes da maior instituição financeira da Suíça. Segundo o UBS, uma oportunidade para entrar de forma mais consolidada no mercado brasileiro foi por meio da compra do banco Pactual. "O processo de aquisição deve estar concluído até o final do ano", disse Zuppiger. A compra do banco brasileiro foi a maior realizada pelo UBS nos últimos seis anos e exigiu US$ 11,8 bilhões. Desde 2005, o Bank Leu amplia sua representação em São Paulo. (AE)
Estudo feito por economistas do Fundo diz que a eficácia das políticas monetárias pode ser prejudicada por um elevado endividamento dos setores públicos. Para eles, dívida menor diminui a vulnerabilidade.
Dívida afeta emergentes
U
m estudo do Departamento Fiscal do Fundo Monetário Internacional (FMI) constatou que a eficácia da política monetária em países emergentes pode ser limitada pelo elevado endividamento do setor público. Os autores do trabalho — Taimur Baig, Manmohan Kumar, Garima Vasishtha e Edda Zoli — também usaram dados de Brasil, Turquia e Polônia para analisar como as variáveis macroeconômicas determinadas pelo mercado desses países reagem ao noticiário. No caso do Brasil, o levantamento, que se baseou em dados coletados entre 1992 e
2005, constatou que a divulgação de indicadores fiscais parece não ter um impacto relevante sobre os spreads soberanos do País. Mas notícias relacionadas a ações na política fiscal têm um grande efeito. Em relação às variáveis no Brasil, o FMI constatou que "o componente não antecipado de mudanças na taxa básica de juros" não tem um grande impacto sobre os spreads. "Quando as vulnerabilidades são elevadas, notícias relacionadas ao orçamento têm o impacto mais significativo sobre as taxas de juros, e o impacto da política monetária é enfraquecido", escreveram os
economistas. Esse efeito foi constatado mais claramente na Turquia entre 2001 e 2002. "Como o ambiente fiscal pode exercer um impacto significativo sobre a eficácia da política monetária, diretamente ou por meio das expectativas, a elevada dívida do setor público poderia reduzir a independência da política monetária, como também do mecanismo de transmissão", afirmaram. Segundo eles, a redução da dívida pública, além de diminuir a vulnerabilidade e oferecer maior flexibilidade ao orçamento, pode também fortalecer a eficácia dos instrumentos da política monetária. (AE)
Canguru capta com recebíveis
C
om o objetivo de reduzir custos e "testar" o mercado de capitais, a indústria Canguru, tradicional fabricante de embalagens de Santa Catarina, lançou ontem no Rio de Janeiro um Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC) para captar R$ 40 milhões.
O fundo deve pagar 120% de CDI (taxa de referência de rentabilidade no mercado financeiro), com prazo de cinco anos, renováveis, segundo o sócio-diretor da Hampton Solfise, Luciano Araújo. A Hampton foi responsável pela estruturação do fundo, que tem como participantes Standard &
Poor's, Itaú, Mellon, a KPMG, Pinheiro Neto Advogados e a corretora Equipe. A carteira do FIDC da Canguru é formada por recebíveis "performados", oriundos de pedidos já atendidos e faturados para os clientes da empresa que, por enquanto, não pretende abrir o capital. (AE)
quarta-feira, 16 de agosto de 2006
Compor tamento Polícia Urbanismo Transpor tes
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3
SUBPREFEITURAS ASSUMIRÃO CUSTO DE R$ 2 MILHÕES
A comunidade anseia pela revitalização da Augusta há cinco anos. A contrapartida é que o comércio plantará 300 palmeiras na via. Célia Marcondes, advogada da Samorcc
Prefeitura banca calçadas na Augusta Na rua, que vai do Centro aos Jardins, a reforma já começou. Na avenida Lins de Vasconcelos, na Vila Mariana, os comerciantes é que deverão reformar as calçadas.
E
Fotos de Andrea Felizolla/Luz
Rejane Tamoto
m busca do glamour e do charme dos anos 60, duas tradicionais ruas de comércio de São Paulo serão revitalizadas. O objetivo é transformá-las em shoppings a céu aberto. A diferença entre a revitalização da rua Augusta, que vai do Centro aos Jardins, e da avenida Lins de Vasconcelos, na Vila Mariana, é que no caso da primeira, as obras já começaram e serão bancadas com recursos públicos. Desde segunda-feira, as calçadas da rua Augusta, no trecho entre a rua Martins Fontes e Estados Unidos, já começaram a ser substituídas por blocos intertravados. O custo do projeto, superior a R$ 2 milhões, será pago pelas subprefeituras da Sé e de Pinheiros. Enquanto isso, na avenida Lins de Vasconcelos – que liga os bairros da Vila Mariana e Cambuci –, na zona sul da cidade, a Prefeitura terminou o recapeamento, mas a troca das calçadas vai depender de iniciativas da própria comunidade. Na segunda-feira, representantes de entidades da Vila Mariana e do governo levaram a proposta de troca de calçamento aos comerciantes e moradores da Lins de Vasconcelos. E esperam adesões, já que a manutenção e conservação das calçadas deste endereço não são de responsabilidade da Prefeitura. Augusta - A estimativa da Prefeitura é de que em três meses, aproximadamente 16 mil metros quadrados de calçadas da rua Augusta sejam trocados. Segundo informações da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, o calçamento da rua Augusta será pago com recursos públicos por se tratar de uma via estrutural. No site do Programa Passeio Livre, uma via estrutural é definida como aquela utilizada como ligação da Capital com os municípios da Região Metropolitana e demais cidades do Estado de São Paulo ou usada como ligação interna dentro do próprio município. "A comunidade anseia pela revitalização da rua Augusta há cinco anos. A contrapartida do comércio será o plantio de 300 palmeiras em toda a via. Os lojistas terão de alterar a sinalização das fachadas e retirar a poluição visual. Estamos conversando com empresas para que patrocinem o paisagismo e também o mobiliário urbano, cujo valor é estimado em cerca de R$ 2 milhões", explicou Célia Marcondes, advogada da Sociedade dos Amigos e Moradores do Bairro Cerqueira César (Samorcc). Lins - Na manhã de segunda-feira, a proposta de troca de calçadas da Lins de Vasconcelos foi levada a aproximadamente 500 comerciantes pelo subprefeito da Vila Mariana, Fabio Lepique, pelo superintendente da Distrital Sudeste da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Giacinto Cosimo Cataldo, e pelo presidente da Ação Local Viva Lins, Alfredo
estabelecimentos que estiverem com irregularidades", disse Lepique. Segundo o subprefeito, a multa mínima para quem não se adequar é de R$ 115. Se, mesmo assim, não houver adesão, a Prefeitura pode reformar a calçada e depois mandar a conta para o responsável. Segundo Alfredo Bruzzese, presidente da Ação Local Viva Lins, quanto mais comerciantes estiverem interessados no projeto, menor será o preço do metro quadrado para a compra e instalação do bloco intertravado nas calçadas da avenida Lins de Vasconcelos. Assim que as adesões estiverem completas será definido o custo total do material. Crescimento - Claudia Ferreira Cassiano é uma das cinco comerciantes da avenida Lins de Vasconcelos interessadas em aderir ao projeto. Proprietária de uma franquia da lavanderia 5àSec, ela acredita que o investimento na calçada irá valorizar o estabelecimento e também a imagem da marca entre os clientes. "Em quatro anos, o bairro No início da rua Augusta a reforma começou. O piso está sendo substituído por blocos intertravados. mudou e o comércio melhorou bastante. O número de moradores do bairro aumentou. Estes novos clientes não conhecem direito a região, porque não andam por aqui. Acho que, com novas calçadas, podemos atrair estas pessoas pra o comércio local", disse. A empresária, que não é proprietária do imóvel, está disposta a investir no novo Lepique e Cataldo entregam cartilhas a lojistas na Lins de Vasconcelos calçamento, independente da adesão de seus vizinhos ao projeto. explicou Cataldo. Atualmente, as calçadas da avenida Lins de O superintendente explicou que a reforma do Vasconcelos não são padronizadas. Durante a passeio público funciona como uma medida caminhada pela avenida, a equipe encontrou para inibir a instalação de barracas de trechos esburacados e que não tinham ambulantes. "Um dos projetos que consta na O trabalho na Augusta começou na segunda-feira condições de tráfego. A rua tem perfil de cartilha da Prefeitura prevê 75 centímetros comércio misto e concentra universidades, para equipamentos públicos e paisagismo, 1,20 metro para a circulação de pedestres e um supermercados, docerias, mecânicas e lojas de Bruzzese. A equipe percorreu os três confecções. espaço restante (que depende do tamanho da quilômetros da via e distribuiu cartilhas com Bruzzese afirmou que é importante o calçada) para a fachada das lojas. Trata-se de orientações sobre as regras para a reforma das comércio aderir à revitalização da Lins de uma arquitetura que não oferece espaço para calçadas, com o objetivo de conscientizar Vasconcelos, justamente em um momento os camelôs", garante. moradores e comerciantes. em que a Vila Mariana passa por forte Fiscalização – O subprefeito Fabio Lepique "A revitalização na avenida já começou crescimento. "Em três anos, estima-se que o disse que, após a reforma das calçadas, a quando a Prefeitura promoveu uma série de bairro receba em torno de dez mil novos avenida receberá um novo mobiliário ações, dentre elas a mudança do trânsito, moradores. Esse fenômeno, que vem urbano. "Estamos alertando as pessoas para liberando o estacionamento na Lins de acontecendo há três anos, já refletiu em uma que cuidem das calçadas. A partir de Vasconcelos e a construção de rampas de melhora nas vendas do comércio, que acessibilidade próximas aos semáforos. Agora setembro, faremos um mutirão para cresceu cerca de 10%", afirmou. fiscalizar, de maneira rigorosa, os é a vez da comunidade cuidar das calçadas",
260 metros com 3 wc e copa cozinha no 2º andar. Escritura registrada direto c/ proprietário. R. Barão de Itapetininga, 151 Centro - São Paulo-SP Tel.: (11) 3120-3688 - c/ José Augusto
Ó RBITA
MUITO CALOR ão Paulo e Rio de Janeiro S tiveram o dia mais quente deste inverno ontem. Na
capital paulista, foram registrados 30,7 graus no Mirante de Santana, na zona norte. No Rio, 36,6 graus, no Realengo, segundo a empresa Climatempo. A umidade continua baixa nas duas cidades, mas a aproximação de uma frente fria, vinda do sul, vai amenizar a situação. Em São Paulo, onde a umidade relativa do ar ficou em 27% ontem, há previsão de chuva para o início da noite de hoje , 16. Mas o tempo não vai esfriar tanto. "Até o fim da semana, os dias na capital paulista serão de muita nebulosidade e com chuvas durante as noites e as manhãs, principalmente", disse o meteorologista da Climatempo André Madeira. Para hoje, a previsão é de máxima de 28 graus e mínima de 15 graus. No Rio de Janeiro, a previsão é de que os termômetros cheguem aos 37 graus hoje. A temperatura só vai diminuir a partir de sexta-feira. (Agências)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 16 de agosto de 2006
3
Política HORÁRIO
Ele perdeu, perdeu por W.O. Alckmin, sobre a ausência do presidente Lula no debate
Apu Gomes/Folha Imagem
PARA TARSO, LULA FEZ BEM EM NÃO COMPARECER.
ELEITORAL COMEÇOU SEM ATAQUES
O
Palácio do Planalto considerou "técnico", "frio" e de dar "sono" o início para valer da campanha eleitoral no rádio e na TV. Ao rebater críticas pela ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no debate promovido anteontem pela Rede Bandeirantes, o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, disse que os adversários se articularam em ataques ao governo. "Pelo resultado do debate, pelo sonífero que representou para a população brasileira, o presidente efetivamente não se arrependeu de não ter participado", afirmou. Tarso Genro avaliou que Heloísa Helena, do PSol, Geraldo Alckmin, do PSDB, e Cristovam Buarque, do PDT, não se "saíram bem" no debate. "Pelo menos na minha pesquisa, as pessoas ficaram com sono, pois o debate não teve tensão, cobrança de posição e afirmação de projetos", disse o ministro. "Os ataques ao presidente foram previsíveis." No ar – Ao comentar o primeiro dia dos programas eleitorais em rádio e TV, o ministro disse o tom foi o esperado. "Heloisa Helena apresentou uma linguagem forte e Geraldo Alckmin, um rol de obras de engenharia, o que é uma opção", observou. Botox – Ele avaliou que as Comissões Parlamentares de Inquérito que investigaram irregularidades no governo viraram campos de ataques, mas que não beneficiaram os adversários. Questionado se o presidente Lula fez alguma cirurgia plástica para gravar os programas, Tarso Genro brincou: "Quem botou botox fui eu". (AE)
Alckmin almoça no Bar "Presidente", enquanto Palocci faz sua campanha para deputado federal.
ALCKMIN PERDE ESTRÉIA NA TV
O
candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, planejou assistir sua estréia do horário eleitoral gratuito no Bar e Lanches Presidente, na zona sul da cidade, local que costumava freqüentar assiduamente quando chegou a São Paulo, em 1994; mas acabou perdendo o próprio programa. O tucano chegou ao local com meia hora de atraso, exatamente no momento em que seu programa estava terminando. "Peguei o adversário", reagiu, quando entrou no restaurante e olhou para televisão, que exibia as primeiras cenas do programa do candidato do PCO, Rui Pimenta. Apesar da trapalhada, Alckmin manteve o bom humor. Ele ressaltou que a campanha eleitoral começou pra valer agora e que vai aproveitar o tempo na TV para apresentar suas propostas ao País. "A tendência é esquentar, mas não no sentido de agressividade. É esquentar no sentido da proximidade da eleição, do interesse do eleitor", acrescen-
tou, dizendo que não pretende mudar nenhuma estratégia da campanha. Sobre o primeiro debate entre os candidatos ao Planalto, na TV Bandeirantes, o ex-governador afirmou que o presidente e candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "perdeu por WO". "Acho que foi ruim para ele não ter ido. Acho que foi falta de respeito com o eleitor", afirmou. Quanto à ausência de lideranças políticas de peso na platéia do debate de terça-feira, Alckmin se considerou prestigiado pelas presenças dos presidentes do PSDB, PFL e PPS, respectivamente, Tasso Jereissati, Jorge Bornhausen e Roberto Freire. Políticos, como o candidato do PSDB ao governo paulista, José Serra, e o expresidente da República, Fernando Henrique Cardoso, não engrossaram a platéia. "O Serra tem que fazer campanha. Da mesma maneira que, se tiver debate no Estado, eu também não poderei comparecer", explicou. Sobre a ausência de FHC, Alckmin afirmou: "O Fernando
Henrique não é o presidente do partido. Deve ter ficado em casa assistindo ao debate." A 'língua do povo' - Aliados da campanha de Alckmin começam a torcer o nariz para o discurso "hermético" usado pelo candidato, insuficiente para conquistar votos das camadas mais populares. A avaliação é de que só será possível forçar um segundo turno se o tucano aprender a falar a linguagem do povo. Para o núcleo central da campanha, Alckmin tem condições de sobra para arrancar votos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas precisa antes se esforçar para traduzir suas propostas ao eleitor de baixa renda, que ainda prefere o candidato petista. "Ele (Alckmin) impressiona pelo conhecimento que tem da administração pública, mas precisa traduzir um pouco mais as suas idéias para chegar ao grande público, já que no público formador de opinião ele está muito bem", afirmou o senador Álvaro Dias (PSDBPR), membro do conselho político da campanha. (Agências)
ONG SE DEFENDE DE AÇÃO DO PT
A
DEBATE: AÉCIO PODE FICAR FORA
dos pessoais básicos, trabalho parlamentar, funções públicas que os candidatos exerceram, declaração de bens e processos. Estão no cadastro, entre outros candidatos, João Paulo Cunha, denunciado no esquema do mensalão, e Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda que se envolveu na quebra do sigilo bancário caseiro Francenildo dos Santos Costa. O segundo ponto questionado é um artigo de Cláudio Weber Abramo, diretor-executivo da ONG, publicado no Correio Braziliense em julho e disponibilizado no site. O artigo "Não Vote em Mensaleiro" compara a Copa do Mundo com a eleição. Segundo Abramo, o técnico da seleção brasileira, Carlos Al-
Abramo: cadastro não ofende PT
berto Parreira, errou ao escalar jogadores que não se prepararam para disputar o Mundial, e o mesmo poderia acontecer nas urnas se eleitor permitisse a eleição de "mensaleiros, vampiros e outros animais
dessa mesma família". De acordo com o presidente estadual do PT, Paulo Frateschi, a campanha da ONG atinge a honra e a moral dos candidatos do partido. Para ele, é preciso respeitar o princípio de presunção de inocência: ninguém pode ser condenado antes de se julgar a ação. "Ter sobre si qualquer suspeita já significa ser culpado”, disse. Cláudio Abramo negou que o cadastro prejudique os candidatos do PT. Na avaliação dele, as informações coletadas são de "domínio público"(veja na página 7). Já o artigo manifesta a posição da ONG, mas não ofende o PT, pois não faz referência direta a integrantes do partido.
A
O
governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), candidato da Coligação Minas Não Pode Parar (PSDB-PP-PTB-PSC-PL-PPSPFL-PAN-PHS-PSB) à reeleição, sinalizou ontem que não pretende participar de debates com os demais candidatos a governador. Ele também desconversou sobre a sua presença em outros programas. "Vou avaliar na hora certa", disse ele, que lidera com bastante folga a disputa estadual, de acordo com as pesquisas. Aécio não criticou a ausência do presidente Lula no debate da TV Bandeirantes). "Foi uma opção dele e não cabe a mim comentar." (AE)
O
horário eleitoral gratuito na televisão começou ontem às 13 horas num tom ameno, sem acusações ou críticas mais contundentes por parte dos candidatos. Durante 20 minutos foram exibidos os filmes publicitários de Heloísa Helena (PSOL), José Maria Eymael (PSDC), Geraldo Alckmin (PSDB), Rui Costa Pimenta (PCO), Cristovam Buarque (PDT), Luciano Bivar (PSL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de acordo com a ordem sorteada pelo Tribunal Superior Eleitoral. Vidas – Tanto Lula quanto Alckmin, os dois candidatos melhor posicionados nas pesquisas eleitorais, dedicaram os programas para apresentar suas biografias e apontar pontos principais de seus projetos de governo, ressaltando o crescimento e desenvolvimento como suas principais tarefas. Futurista – O candidato tucano, com o slogan "Geraldo presidente", apresentou-se como "administrador competente" que tem "visão de futuro". Alckmin ressaltou seu papel de governador do Estado, e prometeu fazer pelo País o que "já fez pelos brasileiros de São Paulo", indicando a estratégia de nacionalizar os resultados da administração no Estado. Alckmin defendeu um projeto nacional de desenvolvimento, que abrange obras de infra-estrutura e geração de empregos. Ele ainda citou os escândalos de corrupção, e afirmou que, se eleito, irá "continuar e melhorar as coisas que já estão andando, como o Bolsa-Família, que deve ser mantido, ampliado e melhorado". Emoção – Já o programa de Lula mostrou que ele deverá manter o tom emotivo já verificado na campanha anterior. Os três apresentadores – um índio, uma mulher negra e um homem branco – ressaltaram as realizações da administração do petista, como obras de infra-estrutura, projetos sociais e o desempenho na área econômica, além da diminui-
ção da desigualdade social e ascensão social. O programa resumiu a história de Lula, fazendo um paralelo entre sua origem humilde e seus feitos na Presidência. Lula foi apresentado como "além de presidente do povo, presidente do futuro, porque já fez e pode fazer muito mais". O candidato ressaltou que "em termos quantitativos, alguns países cresceram mais do que a gente, porém nenhum cresceu com esta qualidade. Agora, poderemos ampliar as reformas, e crescer com mais intensidade, sem risco de inflação". Para Lula, seu governo provou que é possível crescer e ao mesmo tempo distribuir renda. Matriarca – O programa de Heloísa Helena, "candidata a presidenta do Brasil", ressaltou sua origem humilde e seu papel de mulher e mãe. Ela repetiu o discurso utilizado no programa eleitoral no rádio, e atacou o "político corrupto, que engana os pobres e governa para os banqueiros. Que finge que não vê roubalheira, mensalão e sanguessugas, mas cinicamente vive com eles". Revolução – Cristovam Buarque reiterou seu projeto de "revolução pela educação". O programa rendeu homenagem a Leonel Brizola e apresentou seu trabalho como governador do Distrito Federal. Nanicos – José Maria Eymael defendeu a "nova era de transformação" e sua "obsessão pelo desenvolvimento". Rui Pimenta apresentou seu projeto de defesa do trabalhador e "luta pelo socialismo", enquanto Luciano Bivar aproveitou seu programa para criticar a imprensa escrita. Módulos – O PSDB entrou com um requerimento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) comunicando a intenção de dividir em módulos de 15 segundos, as inserções referentes à propaganda eleitoral para a Presidência da República. O horário eleitoral irá até 28 de setembro. Se houver segundo turno, será estendida até 27 de outubro. (AE)
No rádio, só biografias.
Milton Mansilha / LUZ
ONG Transparência Brasil irá apresentar até amanhã a defesa preliminar em resposta à notícia crime do PT de São Paulo por suposta ofensa à honra a candidatos do partido em seu site. Na ação, os petistas pedem, em caráter de liminar, a retirada de conteúdos ofensivos a integrantes do partido da Internet. O PT sustenta que a ONG se excedeu ao veicular um cadastro com o histórico de todos os candidatos que buscam à reeleição à Câmara, ex-prefeitos e ex-ministros. O cadastro faz parte de uma campanha para melhorar a qualidade do Legislativo em 2007. O levantamento inclui: da-
Paulo Pampolin / Digna Imagem
Ao contrário do que se esperava, o programa eleitoral gratuito foi morno e sem atrativos. Sem exceção, candidatos se limitaram a apresentar suas histórias de vida e a trajetória política que cumpriram até aqui.
ALGUÉM SABE O NOME DELE? Para não correr riscos de passar despercebido, o candidato Enéas Carneiro, que raspou a barba – sua marca registrada – debutou ontem no programa eleitoral com um bordão novo. Dessa vez, tendo ao fundo uma foto antiga, ele avisa aos eleitores do Prona: "Com barba ou sem barba, o meu nome é Enéas".
propaganda eleitoral gratuita no rádio não trouxe grandes surpresas em relação aos anos anteriores. No dia destinado aos candidatos a presidente da República, os primeiros programas destas eleições, iniciados às 7 horas em rede nacional, foram marcados pelo tom ameno e pelo destaque às biografias dos candidatos. Os dois candidatos em melhor colocação nas pesquisas de intenção de voto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o exgovernador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), destinaram boa parte de seus tempos para um resumo da história de suas vidas. Ambos os programas foram acompanhados por jingles
com estilos musicais populares nordestinos. Com um tempo maior de propaganda, de dez minutos e 22 segundos, Alckmin foi o terceiro candidato a se apresentar e foi caracterizado com "um homem que dá valor ao trabalho e à honestidade". Lula, por sua vez, em sete minutos e 23 segundos, encerrou a propaganda dos presidenciáveis e foi caracterizado como um "homem do povo" e de origem muito humilde. Com pouco tempo no ar, os demais candidatos à Presidência pouco puderam apresentar. A terceira colocada nas pesquisas, a senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) falou da origem humilde sobre a importância da honestidade. (AE)
quarta-feira, 16 de agosto de 2006
Empresas Tr i b u t o s Nacional Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5
210
LARANJAS ESTÃO COM PESO 20% MENOR
pontos foi a alta no café brasileiro na Bolsa de Nova York, e sinaliza aumento de preços do produto no futuro.
OS PLANTIOS DE LARANJA E CAFÉ JÁ SOFREM AS CONSEQUÊNCIAS DE 80 DIAS SEM CHUVA FORTE NO ESTADO
SECA PODE PREJUDICAR SAFRA 2007
A
Ivan Amorin/Diário do Norte do Paraná
80
Adiada divulgação de análise de rebanho do MS
F
A falta de chuvas faz com que as laranjas sejam mais adequadas para a indústria de sucos
Petrobras pode oferecer 30% da demanda de álcool do Japão
C
aso a política do governo japonês de incentivo ao uso do álcool combustível torne obrigatória a adição de 10% do etanol à gasolina, será criada uma demanda de 6 bilhões de litros. A Petrobras teria condições de suprir apenas 30% desse volume, ou 1,8 bilhão de litros, se efetivar o acordo assinado com a trading Mitsui. Ontem, o diário Nihon Keizai Shimbun informou que o governo japonês deve apressar a mistura de 10% do etanol à gasolina, atualmente em 3%, de forma não-mandatória. Pelo acordo firmado entre a Petrobras e a Mitsui, a estatal brasileira e a trading japonesa negociam com usineiros uma parceria tripartite para a cons-
trução de destilarias de etanol no Brasil. A Mitsui financia os projetos, os usineiros entram com terra e cana e a Petrobras, com a logística. Não está prevista a participação da Petrobras como sócia nos projetos, já que a empresa estatal foi escolhida pelos japoneses como uma espécie de "avalista". Várias reuniões com produtores já foram feitas e ao menos cinco projetos de construção de novas unidades já estariam acertados. Até novembro, os projetos serão encaminhados para a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que será a mediadora societária para determinar a participação dos usineiros e da Mitsui nas novas unidades. Contratos – Os contratos de fornecimento seriam por 20
Gás: Bolívia dá ultimato ao Brasil
A
Bolívia pedirá uma arbitragem internacional se, no prazo de dois meses, não chegar a um acordo com o Brasil para elevar o preço do gás natural que abastece o mercado de São Paulo, disse o ministro de Hidrocarbonetos, Andrés Soliz, segundo informou ontem a agência estatal ABI. Soliz afirmou que o governo do presidente Evo Morales não quer outro adiamento de 60 dias como o que entrou em vigor no final da semana passada, porque considera "urgente" definir uma nova fórmula de reajuste do preço que responda à realidade do mercado internacional. O preço vigente desde julho é de US$ 4 por milhão de unidades térmicas britânicas
(BTU) e, ao planejar a mudança na fórmula de cálculo, o governo boliviano disse que o preço deveria ser de US$ 7. "Se não houver acordo dentro de 60 dias, haverá uma arbitragem, essa é a decisão do governo boliviano", disse So-
O
mou a presença do vírus causador da doença. A partir de então, destacou o DSA, "todas as medidas previstas no Plano Nacional de Contigência foram adotadas". De acordo com o Ministério da Agricultura, o Estado do Amazonas não possui expressiva atividade avícola comercial. O interesse do estudo de vigilância nessa área se deve à sua posição geográfica estratégica nas rotas de migração de aves. Recentemente, foi detectado um foco de Newscastle no Rio Grande do Sul, no município de Vale Real. Diversos países suspenderam, total ou parcialmente, as compras de carne de frango do estado. (AG)
liz, de acordo com a ABI. Bolívia e Brasil negociam o assunto desde fins de junho e até agora há a negativa brasileira de aceitar que o preço se relacione mais com o mercado internacional do que com seu mercado doméstico. (Reuters)
Factoring O que é Factoring?
É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com
ATA
COMUNICADOS COMUNICADO - Solicito o comparecimento da Srª Lindalva Alves Vasconcelos - RG 00192939300, portadora da CTPS 78523 série 58-SP no prazo de 3 dias. O seu não comparecimento caracterizará ABANDONO DE EMPREGO, conforme artigo 482 da CLT. Mário Fernando Corrêa Jr.
Foco de Newcastle em Manaus
Ministério da Agricultura informou ontem ter detectado a doença de Newcastle em um pato em uma propriedade próxima ao parque industrial de Manaus (AM). O caso foi identificado durante atividades de monitoramento para influenza aviária e Newcastle em propriedades com populações avícolas de subsistência. Segundo uma nota técnica do Departamento de Saúde Animal (DSA), em 21 de junho último foram colhidas amostras de nove patos e seis galinhas. O material foi enviado ao Laboratório Nacional Agropecuário de São Paulo. Dois dias depois, a instituição confir-
anos, e os japoneses se beneficiariam de projetos de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) para conseguirem créditos de carbono gerados pelas unidades produtoras. As novas destilarias deverão ser construídas, prioritariamente, na nova fronteira canavieira do Centro-Oeste, em Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com fácil acesso aos álcooldutos projetados pela Petrobras. O primeiro, previsto para 2008, ligará Goiânia (GO) a Paulínia (SP) e ao porto de São Sebastião (SP). O segundo álcoolduto, ainda em fase de estudo de viabilidade, deve ter início em algum ponto no Rio Tietê, aproveitando a hidrovia Tietê-Paraná, e seguir também até Paulínia. (AE)
oi adiada para amanhã a revelação dos resultados de análises sorológicas do material colhido de mais de 400 bovinos de Mato Grosso do Sul. Os animais vivem na área de risco situada no extremo sul do estado, divisa com o Paraguai, onde foram identificados 17 focos de febre aftosa em Eldorado, Japorã e Mundo Novo, de outubro do ano passado até o início deste ano. A coleta foi feita no dia 3 de julho. O estudo foi encomendado depois da conclusão dos trabalhos de combate, que incluíram o abate sanitário de 35 mil bovinos. Técnicos sanitários recolheram sangue de bois que não estavam contaminados pelo vírus nas áreas de risco, enviaram para o Laboratório Lanagro, no Rio Grande do Sul, e aguardavam os resultados finais na semana passada. O anúncio foi transferido para ontem e novamente adiado para o final da semana. A demora pode causar especulações prejudiciais, conforme acredita o superintendente federal de Agropecuária, José Antônio Felício. Ele explicou que, "em uma primeira bateria, alguns apresentaram reação, mas há informações de que estes animais teriam sido vacinados e isso pode ter interferido no resultado inicial. Não existe animal com a doença na região, mas a notícia sobre a existência do vírus no Paraguai traz apreensão". Felício desconhece o resultado final. Há dez dias recebeu a informação de que os exames não eram "conclusivos", necessitando de novas pesquisas. (AE)
DC
falta de chuva no déficit hídrico das lavouras de Estado de São Pau- café já chega a 134 milímetros. l o j á p r e j u d i c a O café, segundo o diretor, suplantios que sus- porta cerca de 150 milímetros tentam a agricultura regional. desse déficit. Em Marília e GarProdutores de laranja e café do ça, também no interior do estaestado estão trabalhando para do, a situação é parecida. "Com levantar os prejuízos da seca, as temperaturas registradas que ainda não foram repassa- nesses locais, perdem-se entre dos para o consumidor final. 3 e 4 mililitros de água por dia. Mas tudo indica que acarreta- Se nos próximos dez dias a rão alta dos preços desses pro- chuva não vier para o interior, dutos antes do final do ano. A o prejuízo para a safra futura Bolsa de Nova York já sinaliza será enorme", diz Lima. O diretor da Cocapec explica tendência de alta do café brasileiro. Como a expectativa que a safra atual já sentiu proinicial de chuva na área plan- blemas com o chamado veratada do País não se confirmou, nico de janeiro, que comproa cotação do café brasileiro, meteu o desenvolvimento dos que estava em queda, fechou frutos. Agora, a falta de chuva com 210 pontos de alta. Os in- prejudica a maturação. A convestidores já apostam na com- seqüência é um café com mais pra do produto esperando defeitos, segundo Lima. A falta de chuva deve ser mais traubons preços futuros. Peso menor – No caso da la- mática para a primeira safra de ranja, as safras atuais colhidas café de 2007, já que as lavouras apresentam frutos com peso foram sobrecarregadas para até 20% menor pela falta de driblar a seca deste ano. "Deve água. Para a indústria, frutas faltar café de qualidade. Esse com esse perfil ainda são van- tipo de café vai encarecer natutajosas, já que conservam os ralmente", diz Lima. Apesar da estiagem, o preço açúcares que garantem a qualidade de sucos e outros pro- da maioria dos produtos agrícessados. "Mas para o agricul- colas para o consumidor final ainda não sot o r, u m a l afreu altas até o ranja que permomento, sede muita água gundo o ecofica murcha e nomista da seu preço cai Companhia de tanto no merEntrepostos e cado que ela dias sem chuva acima Armazéns Geacaba nem de 10 milímetros em rais de São sendo colhida. Na falta da todo o Estado de São P a u l o ( C e agesp) Flávio fruta, o preço Paulo forma cafés Godas. Em para o consucomparação midor final com mais defeitos; ao mesmo pesobe", explica e o produto ríodo do ano o consultor do pode encarecer. passado, a méGrupo de dia dos preços C on su lt ores das frutas, verem Citros duras e legumes está 20% me(Gconci) Gilberto Tozatti. Mas, de acordo com Tozatti, nor. De acordo com Godas, atenção maior deve ser dada às verduras e legumes são cultisafras do próximo ano. Segun- vados próximos dos centros do ele, como o estresse hídrico urbanos, locais que geralmenenfrentado pelos pomares de te são abastecidos por bons sislaranja é grande, já que há mais temas de irrigação. Quanto às de 80 dias o estado não vê chu- frutas, a maior variação de prev a b o a p a r a a a g r i c u l t u r a ços foi registrada no mamão (aquela acima de 10 milíme- Havaí, que na última semana tros), as plantações estão con- teve alta de 7%. No semestre, a sumindo suas reservas de car- fruta acumula alta de 40%. boidrato para se manter. "Com "Mas essa fruta vem da Bahia e o desgaste atual, vai faltar Espírito Santo. Por lá, tem feito energia para as primeiras sa- frio nas madrugadas, o que fras do próximo ano, colhidas a tem prejudicado a maturação partir de julho, e a produção se- do mamão. O agricultor adiou rá menor. Nem adianta adubar a colheita no semestre, e o premais, pois o processo de recu- ço subiu", diz o economista. Mais problemas – O pesquiperação não é tão rápido", diz. Segundo o consultor do sador Orivaldo Brunini, do Gconci, o problema da estia- Instituto Agronômico (IAC), gem afeta a produção de laran- lembra que, como a estiagem ja das regiões central e norte de aumenta a dependência de irSão Paulo, responsáveis por rigação nas culturas, o chamamais da metade da produção do conflito de uso pela água já começa a aparecer. "O nível da cultura no estado. Café – A falta de chuva já é dos lençóis freáticos está baicrítica em algumas localidades xo, no mesmo momento que a produtoras de café. Segundo o utilização deles é mais exigida, diretor da Cooperativa de Ca- já que além de água para o confeicultores e Agropecuaristas sumo a irrigação também de(Cocapec), Ricardo Lima, em pende dessas reservas", diz. Franca, no interior paulista, o Renato Carbonari Ibelli
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
FDE AVISA:
CONVOCAÇÃO SINDICATO DAS EMPRESAS DE COMPRAS, VENDA, LOCAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS DE SÃO PAULO – SECOVI-SP
EDITAL DE CONVOCAÇÃO - ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA Pelo presente edital, ficam convocados todos os associados e sindicalizados deste Sindicato, quites e em pleno gozo de seus direitos sindicais, para participarem da Assembléia Geral Extraordinária, a ser realizada no dia 23 de agosto de 2006, às 11h30 (onze horas e trinta minutos), à Rua Dr. Bacelar, 1043 - Vila Mariana, a fim de deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: a) Outorga à Diretoria de plenos poderes para negociar com as respectivas entidades representativas das categorias profissionais, firmar convenções coletivas de trabalho, decidir sobre alterações de data-base, requerer instauração de dissídios coletivos, relativos ao período de 17 de setembro de 2006 a 16 de setembro de 2007, com as Federações e Sindicatos das categorias profissionais próprias do setor; b) Deliberação sobre a Contribuição Assistencial; c) Outros assuntos trabalhistas de interesse da categoria econômica. Não havendo, na hora acima indicada, número legal de associados e sindicalizados, para a instalação dos trabalhos em primeira convocação, a Assembléia será realizada uma hora após, no mesmo dia e local, em segunda convocação, com qualquer número de associados e sindicalizados, presentes. São Paulo, 23 de agosto de 2006. LAIR ALBERTO SOARES KRÄHENBÜHL - Presidente em Exercício do SECOVI-SP.
PREGÃO PRESENCIAL Nº 14/0322/06/05 OBJETO: FORNECIMENTO DE EQUIPAMENTOS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE VIDEOCONFERÊNCIA MULTIPONTO, MULTIPLATAFORMA E MULTIPROTOCOLO. A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para fornecimento de equipamentos e prestação de serviços de videoconferência multiponto, multiplataforma e multiprotocolo para atender às necessidades da Secretaria da Educação do Governo do Estado de São Paulo. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 16/08/2006, na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – CEP 01121-900 – São Paulo/SP, de segunda a sextafeira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http:// www.fde.sp.gov.br. O credenciamento do representante das proponentes e o recebimento dos Envelopes “Proposta” e “Documentos de Habilitação” ocorrerão na sede da FDE, no endereço acima mencionado, às 14:00 horas do dia 30/08/2006. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital. Willian Sampaio de Oliveira Diretor Executivo
Quer falar com 26.000
Publicidade Comercial - 3244-3344
empresários de uma só vez?
Publicidade Legal - 3244-3643
DIÁRIO DO COMÉRCIO
8
quarta-feira, 16 de agosto de 2006
Aqui, a equipe de médicos e de enfermeiras já conhece meu filho Mara, mãe de Wellington
Fotos: Leonardo Rodrigues/Hype
Palhaçadas para humanizar o hospital
ONGs dão vida nova ao ambiente no hospital
E
m 2005, o hospital do Graacc diagnosticou 285 casos novos de câncer infantil. Para atender estes novos pacientes e suas famílias, o complexo conta, além de seu corpo clínico e de seus funcionários, com a atuação de diversas Organizações Não Governamentais (ONGs) que proporcionam aos pequenos pacientes momentos de conforto e atividades a que muitos deles não têm acesso em sua vida diária. Por isso, o compromisso destas entidades é desenvolver um trabalho sério de acompanhamento dos pacientes e de suas famílias antes e durante o tratamento com o objetivo de não só trazer alívio em fases difíceis da quimioterapia (que provoca fortes reações físicas como dores e vômitos) mas também nos momentos que o antecedem nas salas de espera. Palhaços sérios – Pode parecer contraditório mas esta é a meta que Cláudia Rubinstein e Rosali Sobelman alcançaram em 12 anos de atividade da ONG Operação Arco-Íris. Com foco exclusivo no trabalho em hospitais, Cláudia explica que a dupla sempre se concentrou neste tipo de atividade, pois nunca fizeram festas. "Fomos a primeira ONG que chegou ao Graacc. Para mim, o palhaço é uma revelação de nós mesmos e é a forma mais verdadeira de se comunicar com as pessoas". Rosali acrescenta que, durante o desenvolvimento do trabalho, a dupla sempre respeita a vontade da criança. "Ela é o nosso ponto de partida e sempre atuamos envolvendo o seus acompanhantes para que o ambiente seja positivo para ela e a nossa parceria com o Graacc deu certo porque ele adotou uma política de portas abertas e cuida da família e não só do doente. Aqui a política de humanização não é só uma política, é uma realidade". Cláudia diz que a ONG capacita todos os seus palhaços e eles são treinados para lidar com todas as situações que envolvem tratamento médico em hospitais e a convivência com famílias e profissionais. Durante a apresentação das duas em uma das salas de espera do hospital, elas envolveram em brincadeiras os pequenos pacientes, suas mães, funcionários do hospital e até mesmo a equipe de reportagem do Diário do Comércio. Todos participaram de uma aula de dança. "Estamos aqui porque o hospital é um porto de esperança para potencializar a aleg r i a e a esperança que todos têm". Arte para todos – Há oito anos no Graacc, a AsHistórias envolvem pais e filhos sociação Arte Despertar (AAD) ampliou sua missão de transmitir informações sobre a história da arte, música e desenvolver atividades de contar histórias para pacientes e seus acompanhantes e passou a atuar também junto ao corpo médico e de funcionários do hospital. "Quando trouxemos o projeto começamos a atuar somente na Brinquedoteca. Hoje, estamos também nas salas de espera porque vimos que as crianças e os pais não faziam nada lá e queríamos dar outro sentido para elas no momento de espera do tratamento. Depois, quando passamos para a UTI, criamos atividades diferenciadas e as dirigimos também aos profissionais porque as enfermeiras gostaram do trabalho de relaxamento com música. Acho que o profissional de saúde também precisa ser atendido", explica Maria Helena da Cruz Sponton, coordenadora do projeto pedagógico para hospitais da AAD. Ela afirma que, agora, médicos e enfermeiras já reconhecem a importância das atividades das ONGs junto às famílias e seus pacientes e que a mentalidade destes profissionais está começando a mudar. Histórias que valem ouro – Há cinco anos no Graacc, a ONG Viva e Deixe Viver também começou a atuar na Brinquedoteca. A contadora Débora Geiger diz que as atividades ajudam as crianças e também os pais. "Já contei histórias na seção de quimioterapia onde a criança tomava o remédio, vomitava e pedia para que a contadora não interrompesse a história. Os pais gostam porque ajuda a criança e eles acabam participando. Os profissionais da área médica também passaram a aprovar a atividade porque ela distrai a criança e eles trabalham com mais facilidade". (PC)
ONGs ajudam as crianças a enfrentar o tratamento
Jennifer no Graac: agora, sua mãe, Leilane Cristina, se sente mais segura.
Ajudando Jennifer
Mara Pereira Mascarenhas e seu filho Wellington participam de atividade enquanto esperam a consulta com o médico
Como muitas e muitas crianças, Jennifer Rafaela, 4 anos, encontrou tratamento e amigos no Graacc, que está completando 15 anos
N
a última sexta-feira, algumas mães com seus filhos aguardavam o momento de subir para a ala médica e receber o tratamento. Leilane Cristina Sá de Oliveira e sua filha Jennifer Rafaela, de 4 anos, esperam a consulta de acompanhamento. A menina dirige-se ao brinquedo favorito enquanto a mãe conta o longo percurso em hospitais até o diagnóstico no Hospital São Paulo que indicou um tumor nos rins e a encaminhou ao Graacc. "Agora, eu me sinto segura porque os médicos são competentes. Minha filha terminou a quimioterapia há uma semana e está entrando em período de manutenção. Quando passei pelos outros hospitais, fiquei desesperada, mas agora sei que o tratamento é o correto. Deus me encaminhou para o lugar certo no momento certo", disse. Este é o Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graacc). Oferecer tratamento especializado, apoio psicológico e financeiro, com equipes especializadas e que trabalham integradas é o objetivo do Graac, que está completando 15 anos e que ampliou o atendimento a estes pacientes com parcerias com a iniciativa privada e entidades do Terceiro Setor que oferecem atividades a eles, seus familiares e até aos funcionários do hospital. As crianças reagem - Toda esta preocupação em oferecer tratamento e apoio diferenciados a crianças e adolescentes com câncer pode ser sentido desde a entrada da sede do hospital, localizado na Vila Mariana na capital paulista, até as dependências de tratamento, como a Quimioteca, montada pela Fundação Orsa. Já na sala de espera, mães e filhos aguardam a chamada para as consultas e sessões de quimioterapia desenvolvendo atividades artísti-
cas oferecidas por ONGs como a Associação Arte Despertar (AAD), Viva e Deixe Viver e Operação Arco-Íris, entre outras (veja perfis nas demais reportagens). Os resultados positivos com a adoção de técnicas diferenciadas de tratamento e abordagem podem ser observados facilmente pela reação das crianças e de suas mães enquanto aguardavam a chamada para o tratamento na Brinquedoteca Terapêutica Senninha Ely Lilli, concebida e instalada pelo Instituto Ayrton Senna. Atendimento integral – "Aqui, a equipe de médicos e de enfermeiras é fixa. Eles já me conhecem e conhecem meu filho. Não é como nos outros hospitais em que a cada dia um médico diferente atende as pessoas. A gente se conhece e faz amizade com eles", diz Mara Pereira Mascarenhas, acompanhada de seu filho Wellington de 5 anos. Ao contrário da experiência de Jennifer, o diagnóstico de leucemia foi alcançado em pouco tempo. O Hospital São Paulo encaminhou logo o menino ao Graacc, assim que não conseguiu detectar nada nos exames, mas seus médicos perceberam que o menino se queixava incessantemente de dor no pescoço. Em tratamento há dois anos, Wellington teve uma recaída e a equipe de assistentes sociais e psicólogos apoiaram a mãe. "Agora a tia dele está me ajudando, mas trago o menino sempre sozinha. Mas tenho a ajuda dos voluntários, que passam por todos os andares e conversam comigo e com meu filho, e das psicólogas que me ouvem. Quando me sinto muito para baixo, marco uma consulta e isso me ajuda bastante. Sinto que não estou sozinha", conclui. Paula Cunha
TROTE Na Belas Artes de São Paulo, neste dia 18, está programado o Trote da Cidadania.
DIFERENÇA
S
erá em 27 de agosto o Dia de Fazer a Diferença (ou "Make a Difference Day", em inglês). Criada em 1992 nos Estados Unidos, a data é hoje uma das mais importantes no calendário de milhões de voluntários no mundo inteiro, pois reúne líderes comunitários e entidades em projetos sociais articulados em centenas de cidades de vários países. No Brasil, a Rede Record de televisão, além de dezenas de empresas
e ONGs, já estão envolvidas. Visite o site do movimento: www.makeadifferen ceday.com
AMBIENTE
A
Fundação Boticário recebe, até o dia 31, inscrições de fundações ou entidades nãogovernamentais sem fins lucrativos, interessadas em participar do Programa de Incentivo à Conservação da Natureza. Veja: www.fundacaoboti cario.org.br
Ó RBITA
COLÓQUIO
E
stão abertas, até 3 de setembro, as inscrições para o VI Colóquio Internacional de Direitos Humanos, realizado pela ONG Conectas Direitos Humanos anualmente. Reúne ativistas e acadêmicos de dezenas de países para fortalecer as redes de contato e ações. O Colóquio acontece de 11 a 17 de novembro, em São Paulo. Informações: www.conectas.org/ coloquio.
M
ais de 4 mil pessoas já passaram pelo hospital do Graacc em 15 anos. A cada ano, são mais 300 pequenos pacientes porque a cada dia duas crianças ou adolescentes chegam para obter diagnóstico e uma delas tem câncer. Por isso, o hospital reforça a sua filosofia de "ter as portas abertas para atender a todos". Ao declarar que esta é a principal regra do Graacc, a gerente de Desenvolvimento Institucional, Tammy Allersdorfer, explica que em média 70% dos pacientes alcançam a cura. "É um índice estabelecido internacionalmente e é difícil de ser alcançado. Para mantê-lo, e tentar superá-lo, as parcerias com empresas e fundações são imprescindíveis". O hospital é administrado pelo Graacc e a assistência médica, ensino e pesquisa são parte do convênio com a Universidade Federal de São Paulo. Hoje, 95% dos pacientes atendidos pelo Graacc são do Sistema Único de Saúde (SUS), que cobre 40% dos custos; os 60% restantes por doações (destes 60%, quase dois terços são doações de pessoas físicas e 40% de jurídicas). O McDia Feliz, do Instituto Ronald McDonald, gera R$ 16 milhões, soma significativa já que um mês de atividades do hospital custa R$ 2,3 milhões. Além dos custos dos procedimentos médicos, o hospital auxilia as famílias carentes para que elas não interrompam o tratamento. "No começo, a desistência por motivos sócioeconômicos era alta e, hoje, é zero", diz Tammy. História –Construir um hospital para atender casos de câncer infantil era a meta de Sérgio Petrilli, chefe da Oncologia do Departamento de Pediatria da Escola Paulista de Medicina, de Jacinto Antonio Guidolin, engenheiro voluntário, e Lea Mingioni, do setor de voluntariado. A iniciativa foi bem-sucedida em razão da parceria entre universidade, iniciativa privada e doadores voluntários, que se uniram para transformar a pequena unidade de tratamento no hospital que hoje ocupa um edifício de 11 andares, na Vila Mariana. (PC)
TROTE? Serão entregues agasalhos para o Fundo Social e livros para o Projeto Aprendiz.
VOLUNTÁRIOS
P
esquisa sobre o vírus HPV recrutará 800 homens saudáveis de 18 a 70 anos do Estado de São Paulo. O objetivo é desenvolver programas eficientes de prevenção. É só ligar para 11-55491967 ou escrever para estudohim@crt.saude. sp.gov.br.
EDUCADORES
E
Graacc tem as portas abertas para todos
nsinar menos para aprender mais. O conhecimento que leva ao Saber. Esse é o
tema do Congresso Saber 2006, que deve reunir, entre 1º e 3 de setembro, 25 mil educadores de todo o Brasil, no ITM-Expro, em São Paulo. Haverá 100 palestras e uma feira de serviços e produtos. www.congressosaber. com.br
DOAÇÃO
A
Staples, empresa de produtos para escritório, controladora da Officenet, doou US$ 500 mil para o projeto Geração Muda Mundo,
da Ashoka, que conta com mais de 1,7 mil empreendedores sociais em 60 países. É a primeira iniciativa que a Staples apóia na América Latina. Com essa doação, a Ashoka pretende ampliar sua atuação em mais sete países: México, Brasil, Argentina, Estados Unidos, Índia, África do Sul e Tailândia. A meta é criar mais oportunidades para que jovens desenvolvam projetos sociais e, com isso, transformem a sociedade. (PC)
4
Debate Congresso Eleição Estadual CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 16 de agosto de 2006
ATAQUES E DEFESAS COMPÕEM DIA DOS CANDIDATOS
GREVE NO METRÔ FAZ COM QUE O EVENTO SINDICAL SEJA TRANSFERIDO
Petista diz que Serra foge
Márcio Fernandes / AE
A
s conversas camufladas do presidente do PT, Ricardo Berzoini, com o candidato do PMDB ao governo do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, começam a preocupar o comando de campanha de Geraldo Alckmin. O medo dos tucanos é que Cabral, líder absoluto nas pesquisas, acabe por declarar apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Seria o xeque-mate no trabalho que o PSDB imprime na tentativa de deslanchar a candidatura do tucano no Estado. A situação de Alckmin, no Rio, é desconfortável. O Estado tem 11 milhões de eleitores e quem lidera as pesquisas de presidente na região é o candidato do PT. O grande problema que o PSDB enfrenta é que Alckmin foi ultrapassado no Estado por Heloísa Helena (PSol). Portanto, o candidato tucano está em 3º lugar no Rio. Serra não ficou nem cinco minutos no local. Deu meia volta e saiu sem dar explicações.
APOIO DA FORÇA É ADIADO Desorganização esvazia evento e irrita candidatos tucanos
F
racassou o evento promovido pela Força Sindical para manifestar apoio aos candidatos do PSDB à Presidência e ao Governo do Estado, Geraldo Alckmin e José Serra. Alckmin não compareceu e Serra ficou menos de cinco minutos no local. Acompanhado de assessores e seguranças, Serra desceu em frente ao prédio, entrou por uma das portas e foi até o salão principal. Porém, sem falar nada, o candidato deu a volta e foi embora por outra porta, entrando no carro sem explicar porque estaria deixando o evento. Correligionários de José Serra informaram que o evento estava esvaziado por causa da greve do metrô, e seria realizado em outra ocasião, com data ainda a ser definida. O senador José Jorge (PFL-PE), vice na chapa da coligação PSDB-PFL de Alckmin, aparentemente constrangido, disse que não sabia o que estava acontecendo. José Jorge, que chegou ao local por volta das 18h, deixou o evento sem encontrar Alckmin, que até às 19h não
havia comparecido. Este seria o primeiro encontro de Alckmin e Serra na capital que contaria com um grande número de cabos eleitorais e material de campanha, inclusive um pequeno carro de som. Serra questionou os organizadores do evento a respeito do horário que eles definiram com sua assessoria. Segundo o exprefeito, o evento estava previsto para às 18h, mas os organizadores marcaram com os sindicalistas muito mais cedo. Quando o candidato tucano chegou ao local, já estava completamente esvaziado. Serra não escondeu a irritação. Depois de muita confusão e informações desencontradas, a assessoria de Alckmin informou que o presidenciável não conseguiu chegar a tempo porque ficou preso no trânsito, que ficou muito complicado por causa da greve do metrô que atingiu a Capital. Ainda de acordo com a assessoria, quando ainda estava a caminho, Alckmin teria sido informado que o evento seria transferido para outro dia, por causa do caos do trânsito. (Agências)
Paulo Liebert / AE
PARA QUÉRCIA, PSDB ONEROU SP
O No microfone: defesa de Lula e ataque a Serra.
Eymar Mascaro
O bote do PT
O
candidato do PT ao governo do Estado de São Paulo, senador Aloizio Mercadante, defendeu ontem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por ele não ter ido ao debate com os demais candidatos à Presidência, na segunda-feira à noite na TV Bandeirantes. Para Mercadante, o currículo do presidente Lula é “maior do que um debate”. Na semana passada, Mercadante afirmara que a não participação no debate da TV Gazeta era prejudicial ao currículo de seu principal adversário na disputa estadual: o tucano José Serra. "Acho que ele (Lula) tem uma longa militância, uma longa contribuição ao povo e ao Brasil. O currículo dele é muito maior do que um debate", afirmou Mercadante, O Serra ao comentar a ausência de não só Lula no debate da TV renunciou Bandeirantes. à Sem constrangimentos por Prefeitura, usar um peso e duas medidas para tratar de um mesmo como assunto – a não participação renuncia de candidatos em debates ao debate públicos tradicionais e já anunciados pelas emissoras e rádio e televisão –, Mercadante acredita que a ausência de Lula não anula as suas críticas a Serra. "Não só disse como reitero: o Serra não só renunciou à Prefeitura, como está renunciando ao debate democrático", disse, referindo-se à ausência já anunciada do candidato tucano no debate entre candidatos ao governo paulista. O candidato do PT ao governo do Estado comentou também que Lula saiu fortalecido mesmo sem ter ido ao debate porque a discussão foi “superficial”. "Acho que o debate só ganharia com a presença do presidente Lula. Quem assistiu ao debate vota no Lula e, se ele fosse, votaria com mais convicção". (AOG)
O currículo dele (presidente Lula) é muito maior do que um debate Aloizio Mercadante
candidato ao governo de São Paulo pelo PMDB, Orestes Quércia, afirmou ontem que não teria dificuldades em se adaptar à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), aprovada em 2000, após o período que governou o Estado (de 1987 a 1991). Ele reiterou que, caso seja eleito, renegociará a dívida ativa do Estado.
Quércia rebateu acusações de que teria sido um dos responsáveis pelo aumento da dívida do Estado. "Em 1994, quatro anos após eu sair, a dívida de São Paulo era de R$ 25 bilhões. O PSDB fez um acordo de pagamento, que onera violentamente e injustamente o erário de São Paulo, com 13% (do orçamento) por mês de pagamento. (AE)
ACROBATAS ALERTAM CONTRA VOTO NULO
Reunião Plenária (informações, debates e busca de soluções)
Convidado Especial
Gilberto Kassab Prefeito de São Paulo
TEMA: Uma Visão de São Paulo
Dia: 21 de agosto de 2006, segunda-feira Horário: às 17 horas Local: Rua Boa Vista, 51 - 9º andar
O
s eleitores fluminenses que passavam pelo centro do Rio, ontem pela manhã, tiveram um bom exemplo de como as eleições podem adquirir uma importância fundamental para a vida dos brasileiros, a partir de 1º de outubro. Um grupo de quatro acrobatas fantasiados de corvos suspensos em cima de pernas de pau chamava a atenção de quem passava pela Cinelândia, tradicional bairro boêmio carioca na região central. A intervenção urbana, idealizada e conduzida pelada companhia "Nós nos Nós" tinha como objetivo alertar os eleitores sobre o voto nulo e do risco que ele representa, tanto pela possibilidade de transferência de votos para determinado candidato não desejado ou para uma legenda que também não seja a da preferência do eleitor. O primeiro dia de veiculação da publicidade eleitoral gratuita foi escolhido para que a data não passasse despercebida. Ao contrário dos manifestantes tradicionais, que carregam faixas e cartazes, os equilibristas fizeram uma manifestação silenciosa, que deixou os pedestres curiosos, sem saber do que se tratava. Fotógrafos e produtores independentes de vídeos foram convidados para captar imagens das "aves" e da reação dos eleitores no momento.
PONTEIROS O que tem prejudicado a campanha de Alckmin no Rio é o profundo desentendimento entre os aliados da sua candidatura. César Maia (PFL), o prefeito, um dos coordenadores da campanha, não consegue acertar os ponteiros com tucanos e aliados.
FUGA Anthony Garotinho (PMDB) chegou a fazer juras de amor a Alckmin, mas César Maia condicionou sua participação no comando da campanha tucana ao não engajamento do exgovernador. Garotinho foi atirado no colo de Heloísa Helena.
DIVERSIDADE Alckmin procura contemporizar os brigões. Quando vai ao Rio faz campanha em dois palanques: dos candidatos a governador Eduardo Paes (PSDB) e Denise Frossard (PPS), mas ambos não estão bem situados nas pesquisas. Alckmin está abrindo janela na sua agenda para visitar o Rio semanalmente.
COMPLICAÇÃO Depois do Rio, outro Estado no Sudeste que está merecendo atenção especial dos tucanos é Minas Gerais. Com 13 milhões de eleitores, Minas ainda não dá vitória a Alckmin. O tucano continua atrás de Lula nas pesquisas encomendadas no Estado.
PREOCUPAÇÃO O PSDB luta para agregar a campanha de Geraldo Alckmin à de Aécio Neves. O governador, que é candidato à reeleição, está com mais de 70% de índice de intenção de voto. Muitos eleitores em Minas, por enquanto, estão pensando em votar em Aécio para governador e em Lula para presidente, revelam as pesquisas atuais.
APOIO Mesmo assim, Alckmin melhorou sua posição em Minas depois que recebeu o apoio de Itamar Franco. O ex-presidente tem aproveitado para fazer críticas a Lula enquanto faz a campanha de Alckmin. Itamar tem vomitado Lula.
INVESTIDA O PSDB vai fazer um acompanhamento diário para apurar se Alckmin vai aproveitar bem a televisão para reduzir a diferença que o separa de Lula, sobretudo no Nordeste. O tucano começou ontem a campanha na tevê com
cerca de 15% de intenção de voto no Nordeste contra 65% do petista.
RECUPERAÇÃO Os tucanos admitem que podem recuperar os oito pontos que Alckmin perdeu em um mês no Sul do País. A região tem quase 20 milhões de eleitores. Alckmin, na pesquisa de julho, tinha 31% de votos no Sul, mas caiu em agosto para 23%.
ASSÉDIO Tucanos e petistas tem o mesmo objetivo: atrair o apoio – ainda no 1º turno dos governadores peemedebistas Germano Rigotto (RS, 7,5 milhões de votos) e Roberto Requião (PR, 7 milhões). Só que PT e PSDB não conseguiram até agora dobrar os dois governadores neutros na campanha.
SUBIDA O ABCD foi a região em que Lula mais cresceu em São Paulo no último mês, diminuindo a diferença em relação a Alckmin. Mesmo com o crescimento de Lula, Alckmin continua na frente nas pesquisas. Em tempo: São Paulo é o maior colégio eleitoral do País, com 26 milhões de eleitores.
MEDIÇÃO O PT ainda não sabe, com exatidão, a extensão do prejuízo eleitoral causado ao partido e ao candidato pela ausência de Lula no debate da TV Bandeirantes. O partido espera pela medição dos institutos de pesquisas para saber se o presidente acertou em não participar dos debates no 1º turno.
SINDICAL Sexta-feira que vem, o presidente Lula recebe o apoio de sindicalistas ligados à CUT, em São Paulo. É a resposta da CUT ao apoio que sindicalistas da Força Sindical hipotecaram ontem a Alckmin.
DUELO CUT e Força Sindical continuam se duelando na prática política. A Força Sindical, por exemplo, mas uma vez se coloca em posição oposta aos cutistas. Detalhe: a cúpula da Força Sindical é na sua maioria filiada ao PDT, mas a entidade até agora não deu sinal de apoio à candidatura de Cristovam Buarque.
6
Nacional Tr i b u t o s Empresas Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 16 de agosto de 2006
Francisco Araújo, da Porão, reclama do desempenho das vendas em 2006
DELL CONVOCA 4,1 MILHÕES DE CLIENTES
EXPLOSÃO DE BATERIA EM OSAKA MOTIVOU A EMPRESA A CONVOCAR CONSUMIDORES DE TODO O MUNDO
DELL FAZ RECALL DE COMPUTADORES
O
s proprietários de notebooks dos modelos Latitude, Inspiron ou Precision devem ficar atentos para o recall da Dell, a maior fabricante de computadores pessoais do mundo. A marca anunciou ontem que vai substituir as baterias dos modelos vendidos entre abril de 2004 e julho de 2006. Isso porque a bateria de íon de lítio, produzida pela Sony, pode superaquecer e pegar fogo. O proprietário de bateria com defeito deve removê-la do notebook e recarregar apenas pela tomada de energia até a substituição do produto. O anúncio foi feito pela matriz da Dell nos Estados Unidos, onde 4,1 milhões de notebooks serão convocados para o recall. Não se sabe o número exato desses modelos no Brasil, já que a empresa somente divulga vendas globais.
Evandro Monteiro/Digna Imagem
Os clientes devem contactar a Dell pelo telefone 08009703355 para informar-se se sua bateria deve ser substituída. Os proprietários dos computadores devem ter em mãos o número de identificação da bateria – que aparece em um adesivo branco – quando entrarem em contato com a empresa. Explosão – A razão desse recall foi a recente explosão de uma bateria instalada em laptop na cidade japonesa de Osaka. Estima-se que a operação custe US$ 200 milhões, a maior parte custeada pela Sony. Esses modelos de baterias também são usados por outros fabricantes de computadores, como a Hewlett-Packard e a Apple, que ainda não se pronunciaram sobre o assunto. O recall é o maior já feito pela indústria de eletrônicos para consumo e representa mais um golpe para a Dell, que regis-
trou o menor crescimento das vendas em quatro anos, depois que os consumidores se queixaram da confusa política de descontos e da espera prolongada para atendimento por telefone nos EUA. Em maio, a Dell informou que investiria US$ 100 milhões para melhorar seus serviços e produtos e recuperar a fatia de mercado que perdeu para a Hewlett-Packard Co. A Dell informou que o recall não afetará os lucros. A Sony disse que o problema está associado à combinação da bateria com o carregador da Dell e não deve afetar outros consumidores. A empresa recomendou que os consumidores parem de utilizar as baterias imediatamente e entrem em contato para a substituição do produto. Na Bolsa de Tóquio, as ações da Sony cederam 0,4% ontem. Sonaira San Pedro/Agências
VW faz chamadas para Fox Volkswagen do Brasil está convocando proprietários dos veículos Fox 1.6 e Cross Fox 1.6, Polo Hatch e Sedan, Golf, Kombi e SpaceFox a comparecerem ao concessionário Volkswagen de sua preferência para a verificação da galeria de combustível e eventual troca de peças. A medida é gratuita para os clientes da montadora. De acordo com a empresa, foram detectados problemas
A
na galeria de combustível, onde ficam montados os bicos injetores dos motores 1.6 e 1.4 dos modelos citados, e podem apresentar fissuras. A ação tem como objetivo verificar a possibilidade de ocorrência de vazamento de combustível na peça, que envolve lotes do componente produzidos entre os meses de janeiro e março de 2006. Na Kombi, além da verificação e possível troca da galeria
de combustível, será substituído também o amortecedor da direção que pode, em casos extremos, causar dificuldade na manobra do veículo. A empresa está enviando cartas aos proprietários dos veículos envolvidos nessa ação. Além disso, colocou à disposição a Central de Relacionamento com Clientes. Para esclarecer dúvidas, é preciso entrar em contato pelo telefone 0800-0195775. (AG)
Festa do Peão de Barretos incentiva consumidores a aderir ao visual country também na capital
Festa de Barretos aquece setor country
P
ara fazer bonito na 51ª festa de Peão de Boiadeiro de Barretos, que será realizada a partir de amanhã até 27 de agosto, é preciso estar com tudo em cima e não dar pinta de "abelha" – pessoas que gostam do estilo, mas não são freqüentadores dos lugares country, e logo são percebidas. De acordo com o proprietário da Tassa, uma das grifes mais conhecidas dessa "tribo", Nagib Michel, as calças jeans, sempre justíssimas, serão mais claras, e as camisas – igualmente coladas ao corpo, com padrão xadrez, listrado, com muitos apliques – vêm em tecidos mais finos. Tudo acompanhando o verão. "Além disso, o material passará por uma espécie de lixamento, para que fique mais macio. Quem vê a camisa, não percebe nada de diferente. Mas quem a toca, sente o detalhe aveludado", explica Michel. As novidades animam, os negócios nem tanto. O empresário afirma que a cada ano o faturamento cresce 15%. "Nossos clientes são das classes média e média alta. Conseguimos vender porque lançamos 25 produtos mensalmente." A Indiana, grife de Itapecerica da Serra recém-chegada a São Paulo, vende camisas com preços entre R$ 59 e R$ 100. "Barretos é a maior festa do gênero no Brasil. Mas ainda não registramos aumento de faturamento. O evento começa nesta quinta-feira e o movimento já deveria ter crescido", afirma a gerente da loja, Cristiane França de Almeida. "A festa de Barretos não provoca muita expectativa e traz
Evandro Monteiro/Digna Imagem
Moda country se renova e tem adaptações para acompanhar o verão
poucos resultados", opina o proprietário da loja Porão, Francisco de Assis Raposo de Araújo. "O público que freqüenta o evento já participou de outros, de março até agora. Os consumidores já compraram ao longo desse período", diz. "O maior movimento de vendas aconteceu há sete anos. Mas isso não significa que não volte a acontecer." Segundo ele, o faturamento caiu 33% entre março e agosto. "Este é o pior ano dos últimos quatro. A novela América, da rede Globo, ajudou a recuperar 30% dos 50% perdidos em seis anos até 2005. Mas em 2006 tudo foi à estaca zero", lamenta o empresário. Moda na cabeça – Mas peão que é peão tem que ter chapéu. Mas não qualquer um. Os detalhes fazem a diferença. A Chapéus Cury, uma das mais tradicionais fabricantes do item no Brasil, com 87 anos de existência, aposta na copa (a parte de cima) mais aberta, à moda norte-americana para a temporada. "Para os que não
freqüentam os espaços country, isso não tem importância. Mas para quem gosta, é fácil perceber, por algumas características, se a pessoa é ou não da turma", explica Paulo Cury Zakia, proprietário da fabricantes de chapéus. Para ele, Barretos é formadora de opinião. As vendas da Cury aumentam 20% em agosto, em razão da festa. A empresa também vende peças jeans, cuja saída também cresce no período – 25%. "O mercado country sente a retração registrada no comércio. Mas o faturamento cresce 8% anuais. Neste ano não será diferente." Para os interessados: os preços dos chapéus vão de R$ 80 a R$ 2,5 mil (com pêlo de castor). Neide Martingo
SERVIÇO 51ª Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos. De 17 e 27 deste mês no Parque do Peão de Barretos, a 420 km de São Paulo Rodovia Brigadeiro Faria Lima, km 428. Ingressos: entre R$ 5 e R$ 50
Balada para peões urbanos arretos fica a 420 quilômetros da capital paulista. Mas a festa acontece também em São Paulo. Duas das mais procuradas casas noturnas country aproveitam o evento e desenvolvem ações promocionais para divulgar o nome da balada e faturar. A Estância Alto da Serra, em São Bernardo do Campo, fez o lançamento e prepara a "ressaca" da festa. "Nos dias cinco e seis deste mês organizamos a abertura. No dia 1º de setembro faremos a ressaca do evento, uma espécie de despedida. Muita gente que mora em São Paulo tem parentes que estão ou estiveram no interior. Nos-
Milton Mansilha/LUZ
B
Estância Alto da Serra: "ressaca"
sa preocupação é fazer com que os freqüentadores relembrem suas raízes", diz o proprietário da Estância Alto da Serra, Elói Carlone. Segundo ele, haverá "etiquetagem" de carros em Barretos. "Distribuiremos adesivos para os motoristas colarem nos veículos", afirma Carlone. As comemorações serão realizadas
nas duas unidades da Estância Alto da Serra – em São Bernardo do Campo e em São Paulo. O Villa Country, na Água Branca, é considerada uma das maiores casas freqüentadas por essa "tribo" no País. A casa noturna também vai distribuir adesivos na cidade de Barretos para os donos dos mais de 100 mil carros que chegarão à cidade nos dias do rodeio, além de folhetos de divulgação. O Villa Country montou um verdadeiro museu no local, com peças trazidas de fazendas do Texas, nos Estados Unidos, itens usados nos filmes de John Wayne, além de indumentárias indígenas. (NM)
Logo Logo 16 DIÁRIO DO COMÉRCIO
Argentina, Brasil e outros países latinoamericanos vivem a febre da soja transgênica. Preços tentadores, rendimentos multiplicados (...) No Brasil, o governo Lula executou uma dessas piruetas da democracia e disse sim à soja transgênica ainda que seu partido tenha dito não durante toda a campanha. Do escritor uruguaio Eduardo Galeano, autor de As Veias Abertas da América Latina, ontem, no jornal argentino Página 12.
quarta-feira, 16 de agosto de 2006
www.dcomercio.com.br/logo/
AGOSTO
2 -.LOGO
50 anos da morte do ator romeno Béla Lugosi (1882-1956), astro dos filmes de terror e intérprete do Drácula
I NTERNET M EIO AMBIENTE
Brasil sem Google?
Seca dos países ricos O Fundo Mundial para a Natureza (WWF) afirmou ontem que a crise de água, vista tradicionalmente como um problema dos países pobres, tornase algo cada vez mais preocupante também para países mais ricos como Espanha, EUA, Japão, Reino Unido e até Austrália. A poucos dias da Semana Mundial da Água, que começa em 20 de agosto, a organização publicou um relatório no qual diz que a escassez de água pode se tornar "uma crise autenticamente mundial". Mudança climática, secas, má
gestão da água e a perda de terrenos úmidos, assim como "uma irracional confiança nas infraestruturas hidrológicas" são as causas da crise, aponta a WWF. "Inevitavelmente, estas situações se agravarão com a diminuição das chuvas, com o aumento da evaporação e com as modificações no degelo causadas pela mudança climática", adverte o WWF, explicando que "a riqueza econômica não se traduz em abundância de água" e passando a responsabilidade de encontrar soluções também aos países ricos.
L UXO Reuters
Procuradoria quer fechar sede da empresa no País por causa do Orkut
A
queda de braço entre o Ministério Público Federal (MPF) e o site de relacionamentos Orkut entra em uma nova fase. O Congresso Nacional, por meio da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, envia ao Congresso dos EUA até sexta-feira um relatório com denúncias de crimes cometidos no site. Pornografia infantil, neonazismo, incitação a crimes, maus-tratos contra animais, homofobia e intolerância religiosa são algumas das denúncias. De acordo com Tiago Tavares, presidente da ONG Safernet, que defende os direitos humanos na internet, sempre que a Justiça obriga o escritório
do Google no Brasil – que representa a Google Inc., proprietária do Orkut –, a quebrar o sigilo de criminosos cadastrados no site, a empresa não cumpre a determinação. Por isso, o escritório do Google no Brasil poderá ser fechado. "O Google já deixou claro, através de seu representante no Brasil e de seus dois fundadores, que não tem compromisso social e jurídico com o Brasil. Eles disseram várias vezes que estão no Brasil apenas para ganhar dinheiro", diz Tiago. O relatório preparado pela Safernet e encaminhado ao MPF diz mais ou menos a mesma coisa. Segundo Sérgio Gardenghi Suiama, procurador da República no Estado de São Paulo, o
MPF pediu a quebra do sigilo de dados de 29 pessoas do Orkut. Os pedidos foram autorizados pela Justiça, mas o escritório do Google no Brasil teria se recusado a fornecer as informações, alegando que elas estão baseadas na empresa norte-americana. O MPF pediu a instauração de inquéritos policiais e, após a investigação, se a empresa continuar se recusando a colaborar, o escritório do Google Brasil pode ser fechado. "Como eles se recusam a cumprir a legislação brasileira, após decisão da Justiça, pediremos ao Poder Judiciário que decrete o fechamento da empresa, porque eles estão assegurando a impunidade de criminosos", explicou o procurador. (AE)
Bob Strong/Reuters
L
Vista aérea das ilhas do sul das Bahamas compradas pelo ilusionista David Copperfield por US$ 50 milhões. Copperfield disse que encontrou no lugar "a fonte da juventude". Seu pequeno arquipélago é formado por quatro ilhas, agora particulares.
R OCK
29 anos sem o Rei
Cerca de 50 mil fãs fizeram ontem na sua mansão, Graceland, em Memphis (EUA), uma vigília pela morte do cantor norte-americano Elvis Presley, que completa hoje 29 anos. Elvis morreu de insuficiência cardíaca causada por overdose e foi um dos mais importantes músicos populares dos EUA. Com mais de 100 milhões de discos vendidos e uma extensa memorabilia ligada ao seu nome, ele continua até hoje a influenciar bandas de rock e de música pop. Com uma mistura original de country, blues, gospel e rhythm'n'blues, o cantor estabeleceu, a partir dos anos 50, a linguagem musical e visual do rock. B RAZIL COM Z
Á USTRIA
A Amazônia e a Vênus platinada
Polêmica do nazismo. De volta
E M
Enquanto esclarecem que o filme deve, sim, conter os períodos mais obscuros do festival, seus líderes se recusaram a mostrar o vídeo durante o evento porque ele "mente usando imagens". Uma dessas mentiras seria a imagem em que Joseph Goebbels, ministro de propaganda de Hitler, cumprimenta um dos maestros após um concerto, em um salão cheio de bandeiras nazistas. O fato aconteceu, sim, mas em Berlim, bem longe de Salzburgo. Hitler, que no verão preferia visitar um festival na Alemanha, foi a Salzburgo apenas uma vez.
L
O Festival de Salzburgo, criado em 1920 e um dos principais eventos culturais do verão austríaco, traz todos os anos apresentações de ópera, peças e concertos. Mas, este ano, um documentário sobre a história do festival, produzido pelo cineasta Tony Palmer, que está sendo apresentado paralelamente ao evento tem gerado polêmica. Com duração de 3h15, o documentário é criticado pela organização do festival por causa dos relatos sobre o relacionamento do evento com os oficiais nazistas da Alemanha, que anexou a Áustria em 1938.
ALONGAMENTO - Nos treinos de ontem em Oslo – onde a seleção brasileira enfrenta hoje a equipe da Noruega –, os jogadores brasileiros fizeram uma preparação física caprichada. O primeiro treino de Dunga foi assistido por cerca de cinco mil pessoas.
M ÍDIA
Todos os leitores de Frias
C A R T A Z
MÚSICA A Concertos internacionais. Com o grupo I Musici de Montreal. Obras de Dvórak, Shostakovich e Tchaikovsky (foto). Teatro São Bento. Largo de São Bento, s/nº. Telefone: 3188-4157. 21h. R$ 85.
Aula virtual de informática
A Ondine está lançando um sistema que funcionará como mordomo eletrônico na hora do banho. Conectado às torneiras, o Ondine ESS Tub Control permite definir a temperatura e o volume ideal da água, e mantêm a banheira aquecida enquanto você faz outras coisas. Ainda sem preço definido. www.interbath.com/
Apostilas com aulas sobre webdesign, programação, sistemas operacionais, hardware e todos os tipos de software necessários para sobreviver no mundo da informática podem ser encontradas no site Apostilando. Além de baixar as apostilas no site e aprender em casa a tirar o melhor proveito do computador, é possível participar de um concurso. O próprio internauta pode criar apostilas ensinado os internautas a usar algum programa. As melhores apostilas ganharão prêmios.
ondine/esstub.html
www.apostilando.com
Mais planetas no sistema solar
Acima, Octavio Frias com o filho. Abaixo, à esquerda, o publisher da Folha de S. Paulo com Alencar Burti, da ACSP e, à direita, Frias e o prefeito Gilberto Kassab
futuras gerações. Outros líderes empresariais, como Olavo Setúbal, Mário Amato, Lázaro Brandão e Mauro Salles, falaram do estilo arrojado de Frias. Essa capacidade de inovar foi destacada também pelo governador Cláudio Lembo (PFL), pelo prefeito de São
Paulo, Gilberto Kassab (PFL), pelo presidente da Assembléia Legislativa, Rodrigo Garcia (PFL) e pelos exgovernadores Laudo Natel, Orestes Quércia, Paulo Maluf e pelos senadores Marco Maciel (PFL) e Jorge Borhnausen, presidente do PFL. Sergio Leopoldo Rodrigues
As aulas de geografia podem mudar na próxima semana, quando os membros da União Astronômica Internacional (IAU) votam uma nova definição de planeta. Se aprovada, o sistema solar como é conhecido hoje, com 9 planeta, ganhará imediatamente 3 novos integrantes: Ceres, localizado entre Marte e Júpiter; Caronte, próximo a Plutão; e 2003 UB313 – ainda sem nome oficial, mas apelidado de Xena por seu descobridor. Até hoje, entendiase com um planeta qualquer objeto mais ou menos esférico, com pelo menos 2 mil quilômetros de diâmetro. O "novo" planeta será definido pela massa mínima e não mais pelo diâmetro. L OTERIAS Concurso 479 da DUPLA SENA Primeiro Sorteio 09
15
17
28
38
50
29
37
46
Segundo Sorteio
A TÉ LOGO
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo: 08
Faltam no País farmacêuticos capacitados para trabalho com plantas medicinais brasileiras D. Aloisio Lorscheider é internado em Fortaleza após sofrer uma descompensação cardíaca
L
Controle de luxo para banheira
A STRONOMIA
L
F AVORITOS
Milton Mansilha/Luz
L
G @DGET DU JOUR
grande estrela do lançamento do livro A Trajetória de Octavio Frias de Oliveira, do jornalista Engel Pachoal (Editora Mega Brasil), foi o próprio Frias, publisher da Folha de S. P au l o, que completou 94 anos, dia 5 passado. Sentado numa poltrona, recebeu uma centena de amigos, figurões da política e do empreendedorismo nacional – na noite desta segunda-feira, no Instituto Tomie Ohtake. Octavio Frias, que forjou uma carreira meteórica nos negócios de comunicações, iniciada nos anos 1960, agradeceu singelamente a presença dos amigos que apresentaram o livro para seu autógrafo. Octavio Frias Filho, lembrou o esforço de seu pai para criar um ambiente empresarial para o mundo da imprensa da época. Essa iniciativa foi destacada pelos empresários e políticos presentes no lançamento. O presidente em exercício da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Alencar Burti, salientou que o espírito criativo de empreendedor de Octavio Frias deve servir de exemplo para as novas e
O jornal norte-americano The Washington Post destacou ontem em sua edição impressa a nova novela da Rede Globo, que será filmada na Amazônia. Segundo a publicação, a intenção é de ampliar o debate nacional e internacional sobre os problemas da maior floresta tropical do mundo e mostrar as condições de pobreza em que a maioria da população local vive. "As telenovelas da Rede Globo atraem uma audiência enorme", explica o jornal a seus leitores norteamericanos, "e são comercializadas em mais de 80 países, retratando com freqüência os problemas sociais do país como racismo e violência".
Estudo realizado com 35 mil pacientes avalia os riscos reais da quimioterapia em mulheres
10
20
Concurso 1639 da QUINA 07
14
25
38
68
quarta-feira, 16 de agosto de 2006
Congresso Planalto Sanguessugas Câmara
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5
Quero deixar claro que a CPMI não tem medo. Júlio Redecker (PSDB-RS)
ACUSADOS GANHAM TEMPO PARA RENUNCIAR
Dida Sampaio /AE
SANGUESSUGAS
OPERAÇÃO ABAFA GERA BATE-BOCA NA CPMI
O
mesmo que o deputado renuncie ao seu mandato a investigação prossegue e o parlamentar estará sujeito a ficar sem os direitos políticos caso a perda de mandato seja aprovada. O pedido de cassação é assinado pelo presidente do PV, José Luiz Pena. O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), que participa ativamente da comissão, afirmou que o PPS e o PSol também deverão subscrever a representação. Ao longo de sua participação nas investigações e estudo dos documentos recolhidos até agora pela comissão o deputado colheu o descontentamento de diversos colegas. Primeiro, por não poupá-los do constrangimento de terem os seus nomes divulgados como suspeitos, a partir do de-
poimento do empresário Luiz Antonio Vedoin, da Planam, que os acusa. Segundo, por sustentar essa mesma postura durante o processo de elaboração do relatório parcial. Isso lhe rendeu bate-bocas com diversos parlamentares, como Wellington Salgado, na semana passada e, ontem, com o presidente do Senado Renan Calheiros (veja nessa página). Adiamento – O presidente do Conselho de Ética da Câmara, Ricardo Izar (PTB-SP), reagiu à decisão do presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoBSP), de enviar ao colegiado ainda hoje a representação contra os 69 deputados denunciados na CPMI dos Sanguessugas. Em telefonema ao presidente da Câmara, Izar pediu a Aldo que deixe para encaminhar os
processos na próxima semana, já que não teria condições de receber todos de uma vez neste momento. Izar alegou que está sem estrutura no Conselho e que não tem assessores suficientes para cuidar de todos os 69 processos. O presidente da Câmara teria concordado em atrasar até o fim desta semana o encaminhamento da representação apresentada hoje pelo PV. Com isso, Izar anunciou que vai instaurar os processos na próxima segunda ou terça-feira. Assim, os deputados que pensam em renunciar antes da abertura do processo ganham mais alguns dias. Izar confirmou que recebeu o telefonema de quatro parlamentares que pretendem renunciar antes da abertura do processo. (AE)
MPF PEDE QUEBRA DE SIGILO DE CIRILO
Ministério Público Federal (MPF) pediu o bloqueio dos bens e a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico do candidato a deputado federal pelo PT do Ceará, José Airton Cirilo (PT), apontado como sendo o chefe da máfia dos sanguessugas no Estado. A ação cautelar, de autoria do procurador Alessander Sales, também abrange os seguintes cearenses acusados de envolvimento na compra superfaturada de ambulâncias: o deputado federal e candidato à reeleição, Almeida de Jesus (PL); o prefeito de Barbalha, Rommel Feijó (PTB-CE); e o exassessor parlamentar, Raimundo Lacerda Filho, que trabalhava no gabinete do senador Luiz Pontes (PSDB-CE) e que é sobrinho de José Airton. Elementos – De acordo com o procurador, a medida tem por objetivo buscar elementos para a abertura de uma eventual ação de improbidade ad-
Jarbas Oliveira/AE- 22/10/02
O
José Airton Cirilo, apontado como o chefe dos sanguessugas no Ceará.
ministrativa contra os acusados. As solicitações do MPF precisarão ainda ser apreciadas pela Justiça Federal. O deputado Almeida de Jesus e o prefeito Rommel Feijó, que até o fim de 2004 exercia mandato de deputado federal, são acusados de receber propina em troca da apresentação de emendas parlamentares para a compra das ambulâncias.
José Airton, segundo depoimento dos empresários Luiz Antonio Vedoin e Darci Vedoin, sócios da Planam, intermediou a liberação de dinheiro junto ao Ministério da Saúde. Lacerda Filho seria seu representante no esquema. A ação cautelar faz referência ao fato dos quatro acusados ocuparem cargos federais, à época das supostas irregulari-
dades. O procurador pede a indisponibilidade de todos os bens móveis e imóveis e de qualquer quantia encontrada em contas bancárias ou aplicações financeiras. Dinheiro – O objetivo é garantir a possibilidade de ressarcimento aos cofres públicos caso fique comprovada a fraude. É pedida ainda a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico, com a abertura do registro das ligações efetuadas desde 2002, quando eles teriam começado a atuar no esquema. Segundo o advogado de Rommel Feijó, Paulo Quezado, seu cliente irá liberar sua movimentação bancária e telefônica. José Airton também garantiu ao presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, que abre mão de seus sigilos bancário, fiscal e telefônico. José Airton disse, em sua propaganda eleitoral, que tem sido perseguido por "pessoas que estão inventando mentiras" contra ele. (AE) Ed Ferreira/AE
ZÉLIA NA MIRA
NOVOS FILIADOS
O
Ministério Público Federal recorreu da decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) de Brasília, que absolveu a ex-ministra da Fazenda, Zélia Cardoso de Mello, na acusação de corrupção passiva por suposto envolvimento no esquema de corrupção comandado pelo empresário Paulo César Farias, tesoureiro de campanha do expresidente Fernando Collor de Mello. Zélia foi acusada de ter recebido R$ 514 mil do esquema, em valores atuais, para o pagamento de despesas pessoais e da reforma de sua casa. A exministra foi absolvida por insuficiência de provas.
MULTA
D Ó RBITA
JANENE: SÓ APÓS AS ELEIÇÕES.
O
presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), decidiu que o processo de cassação do mandato do deputado José Janene (PP-PR) só será colocado na pauta de votação após as eleições de outubro. De acordo com o presidente da Câmara, a falta de quórum por causa do período eleitoral pode prejudicar a apreciação do processo.
os mais de 126 milhões de eleitores cadastrados para as eleições de 1º de outubro, apenas 11,5 milhões são filiados a um dos 29 partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De 2002 até agora, 429 mil brasileiros filiaram-se a partidos. O PT foi o partido com maior número de novas adesões — 219,3 mil a mais — nos últimos quatro anos, ficando em terceiro lugar. O PMDB perdeu quase 200 mil filiados no mesmo período, mas continua com o maior número de eleitores filiados: dois milhões. O PSDB atraiu 41,3 mil novos eleitores de 2002 até agora.
O
SUASSUNA FORA itado pela CPMI dos Sanguessugas, o líder do C PMDB no Senado, Ney Suassuna (PMDB-PB), decidiu afastar-se da liderança do partido nos próximos dois meses. A decisão foi comunicada por telefone ao senador Pedro Simon (PMDB-RS). O vicelíder Wellington Salgado (PMDB-MG) assume.
candidato a senador Guilherme Afif Domingos (PFL) e o diretório estadual do PFL foram multados em R$ 21.282,00 cada. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) concluiu que "houve implícito pedido de votos" na propaganda veiculada em maio em que Afif dizia: "Estou voltando. Vem com a gente nessa luta". Pela legislação eleitoral a propaganda só seria permitida a partir de 6 de julho. O PFL vai recorrer da decisão. "O partido não se conforma. Não houve campanha antecipada. Na propaganda eu disse que voltava, mas não especifiquei para quê", afirmou Afif.
( )#" ! ' * +# " !" # ! $%& ' "
Partido Verde (PV) protocolou ontem na presidência da Câmara e no Conselho de Ética da casa representação com o pedido de cassação dos deputados acusados pela CPMI dos Sanguessugas de suposto envolvimento na compra superfaturada de ambulâncias. No pedido, o PV anexa o relatório da CPMI com o nome de 69 deputados. A secretaria geral da mesa vai analisar ainda hoje se a representação atende às regras ou se será necessário um pedido separado para cada um dos deputados. Caso a secretaria considere válida a representação, será desnecessário o processo pela corregedoria da Câmara. Assim que o processo for aberto pelo Conselho de Ética,
I
J. Freitas /Ag.Senado
PV PEDE CASSAÇÃO DE TODOS
ntegrantes da cúpula da nan, irritado, mandou desligar CPMI dos Sanguessugas os microfones e encerrou a sesrevelaram ontem que são do Congresso. Hoje, o presidente da CPMI, vêm sofrendo pressões e ameaças constantes para ali- deputado Antônio Carlos Bisviar as investigações sobre os caia (PT-RJ), também declarou colegas acusados de envolvi- que a comissão vem enfrentanmento com a máfia das ambu- do todo o tipo de resistência inlâncias. O deputado Fernando terna, mas se recusou a falar Gabeira (PV-RJ), sub-relator em nomes. Já o sub-relator, deda comissão, acusou direta- putado Júlio Redecker (PSDBm e n t e p a r l a m e n t a r e s d o RS), revelou que a CPMI vem recebendo rePMDB e o prócados de parprio presidenlamentares te do Senado, i ns a ti s fe i to s Renan Calheicom os rumos ros (PMDBdas investigaAL), de operações. rem para es"Constantevaziar as inmente recebevestigações. mos recados Durante de gente que reunião da diz: “Isso não CPMI, Gabeiv a i f i c a r a sra chamou de sim”. Mas “quadrilha” o A resistência principal quero deixar grupo comanclaro que a dado por Renós quebramos: Renan CPMI não tem nan. " A resise seu grupo, a quem eu medo". tência princichamo de quadrilha. O relatório pal nós queFernando Gabeira parcial da CPbramos: a do MI recomenRenan e seu dou na semagrupo do na passada a P M D B , a abertura de quem eu chaprocessos de mo de quadricassação conlha", disparou tra 73 parlaGabeira. mentares: 69 O presidendeputados e te do Senado três senadoreagiu irritares. do às acusaNos próxiç õ e s . " D emos 15 dias a monstrei em comissão reutodos os moDemonstrei em todos nirá todas as mentos isenos momentos isenção provas sobre a ção e equilípartic ipação brio. Não dá e equilíbrio. Não dá d e p re f e i t upra responder pra responder a isso. ras, governos a isso", disse Renan Calheiros estaduais e Renan. ministérios Gabeira e Renan já haviam discutido em nas vendas superfaturadas de maio, quando o presidente do ambulâncias e equipamentos Senado arquivou o primeiro hospitalares. A investigação pedido de abertura da CPMI começará pelos convênios de alegando um erro técnico no mais de 50 prefeituras do País, requerimento. O deputado citados pelo empresário Luiz disse à época que o PMDB es- Antonio Vedoin em seu depoitava envolvido até a alma nas mento à Justiça. Em todos os fraudes e ameaçou ir ao Supre- casos, as licitações eram de carmo Tribunal Federal para ga- tas marcadas em favor do grurantir a criação da CPMI. Re- po Planam. (AOG) Lindomar Cruz /ABr - 17/01/06
Presidente da CPMI , Antonio Carlos Biscaia ( o 2º à esquerda), entrega relatório da comissão ao presidente do Senado, Renan Calheiros.
Gabeira, sub-relator da CPMI, chama de quadrilha o grupo de Renan Calheiros.
! "#$% & & !' ( % !) *+ + , ! ' - . ' / ! ! 0% ! !' . ' / " 1 & +, !' 2% ! %' !*+ ,+ ' ,, 3 '' % & 45 6 & .% ' - " + , !' ! - - " + !' ! - " + !' ! " + !' ! )'! 7 , 8 1 9 & : % - : + , , * )'! * /; ' - * )'! ( % - ' , - 2 + & )'! /; !& 8& < ! , - !& 8<= ,,
! !"#!
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 16 de agosto de 2006
Indicadores Econômicos
7
2,737
reais é o valor de cada euro para venda de acordo com a cotação de ontem. A moeda européia se desvalorizou pelo quarto dia consecutivo.
15/8/2006
Informe Publicitário
FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Fundo Empresarial LP Lastro Performance LP Múltiplo LP Esher LP Master Recebíveis LP
Posição em: 11/08/2006 11/08/2006 11/08/2006 11/08/2006 11/08/2006
P.L. do Fundo 7.859.891,03 1.413.678,97 7.420.498,22 11.753.380,58 1.089.488,76
Valor da Cota Subordinada 1.153,670477 1,061,282819 1.136,194426 1.109,937510 1.058,406253
% rent.-mês 1,9622 0,6574 1,3667 0,3697 0,5686
% ano 18,0865 6,1283 13,6194 10,9938 5,8406
Valor da Cota Sênior 0 1.068,034824 1.079,588038 0 0
% rent. - mês 0,4931 0,5371 -
% ano 6,8035 7,9588 -
rating A+(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)
DC
COMÉRCIO
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 16 de agosto de 2006
DOISPONTOS -77
Condomínios querem o Simples
E
stranhamos a publicação neste jornal, à página 6 do Caderno de Economia, na edição de ontem, de extensa reportagem com o título acima, tendo como fonte principal o sr. Arnaldo Camilo dos Santos, que se apresenta como "presidente" do pretenso Sindicato dos Condomínios e Edifícios, Residenciais, Comerciais, Mistos, Horizontais e Verticais do Município de São Paulo e Região (Sinconedi). Sem entrar no mérito do que é dito na reportagem, questionamos aqui a
autoridade da pretensa entidade sindical em falar em nome dos condomínios, dos quais o Secovi-SP, o Sindicato da Habitação, que em junho último completou 60 anos de existência, é o único e legítimo representante. Só para que se tenha uma idéia a respeito de quem estamos falando, vale ressaltar que o Sr. Arnaldo Camilo dos Santos, "presidente" do Sinconedi, é o mesmo que assinou em outubro de 2005 e com validade até 30 de
setembro de 2006, a Convenção Coletiva de Trabalho referente à categoria dos empregados em condomínios de Osasco e região, na qualidade de presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação, Empregados em Edifícios e Condomínios Residenciais e Comerciais e Empregados em Turismo e Hospitalidade de Osasco e Região – Seacothur. Tal Convenção Coletiva de Trabalho encontra-se, inclusive, disponibilizada no site
do Secovi-SP – www.secovi.com.br – (clicar em Convenção Coletiva, depois em Empregados em Edifícios e Condomínios Residenciais, Comerciais e Mistos e, por fim, em Ano 2005, data-base 1º de outubro, Osasco), para quem queira constatar a procedência da informação aqui prestada. É de se estranhar, portanto, que uma pessoa que até recentemente presidia um sindicato de empregados em condomínios, lutando por suas reivindicações,
surja agora à frente de um sindicato patronal de condomínios, como seu presidente, o que significa dizer que o Sr. Arnaldo Camilo dos Santos, simplesmente mudou de lado, não se sabe com que propósitos. Diga-se, por fim, que a pretensa entidade sequer possui registro sindical junto ao Ministério do Trabalho e Emprego, o que lhe retira qualquer legitimidade de se apresentar como representante dos condomínios.
CLÁUDIO WEBER ABRAMO
SEM PÉ NEM CABEÇA
A
OSWALDO FELICIANO DOS SANTOS É DIRETOR-EXECUTIVO DO SECOVI-SP
Site na internet www.blog. dcomercio.com.br
Beto Barata/AE
Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br
O
A VOZ DO POVO
s números das pesquisas há muito intrigam o eleitor e confundem aqueles que buscam, por meio deste instrumento importante, as informações que lhes faltam para subsidiar suas futuras decisões e voto. Cansamos de constatar que, na medida em que o dia da eleição se aproxima, as diferenças numéricas se reduzem bastante e que, na véspera do pleito, convergem para resultados muito próximos daqueles que serão revelados pelas urnas. As explicações, quase sempre insuficientes, resvalam na metodologia empregada, período pesquisado, universo atingido, formatação da pesquisa e competência do pesquisador. Quando não são atribuídas à falta de idoneidade do instituto de pesquisa ou a eventuais compromissos com o resultado esperado ou desejado pelo contratante do serviço. Ainda recentemente, uma revista de grande circulação e competência expôs à exaustão as inúmeras formas encontradas pelos institutos para burlarem o cidadão, oferecendo-lhe números muito distantes daqueles realmente encontrados. Para não me alongar, fixo-me na ampliação do número de pessoas pesquisadas. Assim, o instituto que registrou no TRE uma pesquisa na qual ouviria 2.000 pessoas, na verdade, vai além e ausculta centenas de pessoas a mais. Depois, o trabalho é apenas o de selecionar as 2.000 com respostas mais adequadas e interessantes ao contratante ou a seu candidato. E perpetrar o esbulho da população. Com isso, melhoram o desempenho de seus candidatos, reduzem as chances dos seus adversários, criam expectativas de vitórias e derrotas que não acontecerão e oferecem farto material aos
marqueteiros, para que vendam seus produtos e G É importante enganem os cidadãos. Eles acreditam que uma para o PT convencer a todos parcela expressiva da população é sempre inque a vitória do seu fluenciada por esta manipulação e que, pretendendo não "perder" seu voto, escolhe como cancandidato é didato o indicado pela pesquisa. inevitável. Custe o que custar. esta eleição, muito se discute sobre as Afinal, há muito reais possibilidades de uma vitória do ultrapassaram presidente Lula da Silva no primeiro turtodos os limites. no. Torcem muito por isto os "vermelhinhos cam-
N
panheiros" e os "companheiros" do velho falastrão. Temem os petistas que, confrontado de forma prolongada com um candidato mais preparaque uma parcela do para gerir o País, com uma história de vida expressiva da pessoal irrepreensível e sem envolvimento em população graves escândalos éticos, como os episódios dos é sempre mensaleiros, sanguessugas, Caixa 2 e cuecões, influenciada por Lula não resista. É importante, para eles, convenesta manipulação cer a todos que a vitória do seu candidato é inee que, pretendendo vitável. Custe o que custar. Afinal, há muito, ulnão "perder" seu trapassaram todos os limites. voto, escolhe É a única explicação plausível para os resultacomo candidato dos díspares que mostra a última pesquisa CNTo indicado pela Sensus. Duvido que alguém possa assinar esta pesquisa sem ficar corado e baixar os olhos, quanpesquisa. do confrontado com seus filhos. Mas é esta a herança maldita que nos legará o PT: a falta de verG Temem os gonha, a ausência de limites, a farra continuada petistas que Lula com o erário público e a confiança inabalável da não resista. impunidade que lhes parece ser garantida por aquele ministro acostumado a defender criminosos comuns. G Eles acreditam
MILTON FLÁVIO FOI VICE-LÍDER DO GOVERNO GERALDO ALCKMIN NA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA EPMILTONFLAVIO@YAHOO.COM.BR
Transparência Brasil foi surpreendida, anteontem, pela notícia de que o PT de São Paulo havia entrado com notícia crime contra a campanha Não vote em mensaleiro, que a organização promove, bem como com pedido liminar para que menções à campanha fossem extirpadas de nosso sítio de Internet (www.transparencia.org.br). No desenvolvimento da representação, o partido faz confusão entre a campanha e outra iniciativa da entidade, o projeto Excelências (perfil.transparencia.org.br). Este último consiste num cadastro com os históricos de todos os candidatos que buscam reeleição à Câmara dos Deputados, de todos os estados e de todos os partidos. Tais perfis são compostos exclusivamente com informações de domínio público, extraídas da Câmara dos Deputados, do Tribunal Superior Eleitoral, dos tribunais superiores de Justiça, dos Tribunais de Justiça estaduais, dos Tribunais de Contas etc. Alega o PT que a reunião de informação relativa a candidatos que pertencem a seu partido ser-lhes-ia prejudicial, e que portanto a Transparência Brasil incorreria em crime eleitoral ao fazê-lo. A defesa jurídica da Transparência Brasil está sendo preparada pelo escritório Rubens Naves Santos Júnior – Hesketh e os argumentos jurídicos apropriados serão expostos nessa defesa.
D
eixando tecnicalidades de lado, não se compreende, absolutamente, qual poderia ser o fundamento da reclamação do Partido dos Trabalhadores. É um direito constitucional garantido a emissão de opinião a respeito de preferências ou rejeições eleitorais. Afirmar-se Não vote em mensaleiro (como continuamos a reafirmar) é um direito de qualquer um. Espanta que o PT se insurja contra isso, considerando-se, inclusive, o extensíssimo uso que esse partido fez, no passado, de mensagens idênticas, dirigidas contra adversários.
No mais das vezes, esses adversários do passado do Partido dos Trabalhadores mereceram o que ouviram à época. Como hoje merecem mensaleiros de todos os partidos, incluindo-se os do PT, ouvir opiniões no sentido de que o eleitor não deve votar neles, como não deve votar em sanguessugas etc. etc. etc. Votar nesse pessoal faz mal à saúde cívica. Se o PT de São Paulo pretende censurar a Transparência Brasil, deveria antes, por motivo de coerência, representar contra o ministro Marco Aurélio, do TSE, que disse a mesma coisa. Independentemente do que possam imaginar os próceres do PT que inspiraram o oferecimento de notícia- crime contra a Transparência Brasil, a mensagem de que o eleitor fará melhor se não votar em mensaleiro e fênix e faraó não fere nenhum direito individual, não afirma nenhuma inverdade e não constitui ataque a nenhum candidato. Afinal, além de mensaleiros e sanguessugas, mais de uma centena de candidatos à reeleição à Câmara respondem a processos na Justiça.
Q
uando o PT de São Paulo reclama só da menção a mensaleiros, parece não dar-se conta de que com isso abrange todos esses sujeitos indiciados em crimes. Por isso, chega a ser difícil acreditar que, de fato, a direção do partido tenha pensado bem no que fez. Essa atitude é incondizente com as tradições senão do partido, ao menos de muitos de seus integrantes, é incompatível com sua história e com o que representou para o País nos anos de sua existência anteriores à sua assunção ao poder central. A Transparência Brasil não tem nenhuma dúvida de que a reclamação do PT de São Paulo não conseguirá prosperar na Justiça Eleitoral, por completa falta de fundamento ou mesmo lógica elementar. Melhor faria o PT se desistisse dessa ação sem pé nem cabeça. CLÁUDIO WEBER ABRAMO É DIRETOR EXECUTIVO DA
TRANSPARÊNCIA BRASIL WWW.TRANSPARENCIA.ORG.BR
G Afirmar
Não vote em mensaleiro é um direito de qualquer um. Espanta que o PT se insurja contra isso.
FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894
8
Nacional Tr i b u t o s Estilo Empresas
O
professor de filosofia Ricardo Quadros Gouvêa compra até 40 revistas de histórias em quadrinhos por mês. Quando chega em casa, se joga no sofá e se rende às aventuras dos heróis da Marvel, do mesmo jeito que fazia quando criança. Na sala, os gibis se misturam a livros de sociologia e política, "para os momentos maduros". "O melhor dos gibis é que eles têm histórias cheias de criatividade e que não precisam ser levadas a sério", diz. "Os desenhos estão cada vez melhores e os enredos, mais sofisticados." O Brasil nunca viu tantos quadrinhos e tamanha qualidade de produção dos gibis. Pelo menos é isso que dizem os especialistas no assunto. "O mercado está super segmentado, com menores tiragens e maior diversidade. E cada vez mais os adultos têm embarcado nessas histórias", diz o jornalista Sidney Gusman, especializado em quadrinhos e autor do livro Maurício - Quadrinho a Quadrinho, pela Editora Globo. "Maurício de Souza continua sendo o maior formador de leitores do País", diz. "Tem diversos títulos que superam os 10 mil exemplares mensais cada um." Além de escrever quase que diariamente sobre o assunto, Gusman coleciona quadrinhos desde os dez anos de idade. Parou de contar os exemplares há quatro anos, quando somavam 35 mil. Ele tem títulos raros, como edições da década de 1940 autografadas pelo próprio autor, Will Eisner, criador da série Spirit. Gostoso de ler "A grande diferença dos quadrinhos para os livros é que texto e imagem atraem duplamente o leitor, e o espaço sempre se mostra livre para inovações gráficas", diz o diretor de arte da Fábrica de Quadrinhos, Rogério Vilela. "A imaginação das pessoas completa a ação que acontece entre um quadro e outro." Os desenhos deixam os gibis mais leves que as dezenas de páginas de livros e as histórias, bem amarradas em séries abertas, prendem o interesse do leitor para os volumes seguintes. "Os lançamentos têm se voltado para o público adulto, com enredos mais densos e histórias que se estendem por várias edições", diz a editora da linha de mangás da Panini Comics, Elza Keiko. Mangás são quadrinhos japoneses e a editora Panini é especializada neles, mas também comercializa gibis ocidentais. Tanto que a Turma da Monica está deixando a Editora Globo para, a partir de janeiro de 2007, fazer par-
Coisa de Colecionador
N
o blog do site Universo HQ há dicas para quem quer começar uma coleção de gibis. Cuidados
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 16 de agosto de 2006
A Comix Book Shop vende títulos que custam entre R$ 2,99 e R$ 228, além de bonecos e DVDs
HISTÓRIAS ESTÃO MAIS DENSAS E LONGAS
GIBIS
Fotos: Milton Mansilha/Luz
UMA PAIXÃO QUE TAMBÉM CONQUISTA OS ADULTOS Colecionadores fazem a alegria de editoras e lojas especializadas
Rodrigues, gerente da Comix: editoras trabalham com público fiel Marcos Fernandes/Luz
Cerca de 5 mil títulos podem ser encontrados na loja Comix, frequentada por apaixonados por HQ
te da Panini, o que fará dela a maior vendedora de quadrinhos do País. Em busca de HQs Para garimpar gibis raros não há lugar melhor que os sebos. "O Mercado Livre (site de leilão), na internet, também chama a atenção dos que procuram edições antigas, difíceis de serem achadas", diz o colecionador Roberto Guedes e autor do livro A Saga dos SuperHeróis Brasileiros, lançado pela editora Opera Graphica. A Comix Book Shop, nos Jardins, é tida como o melhor pedaço no Brasil para comprar quadrinhos novos. Por ali, espalham-se 5 mil títulos, que custam entre R$ 2,99 e R$ 228, além de bonecos de personagens das séries e DVDs. "Recebemos cerca de 50 pessoas por dia, são clientes habituais", diz o gerente da loja, Ricardo Jorge Rodrigues.
O mercado dos quadrinhos passa por transformações constantes desde os anos 1990. "As editoras têm trabalhado com tiragens pequenas para públicos específicos e fiéis", afirma Rodrigues, enquanto folheia um quadrinho Tex, daquelas histórias do Velho Oeste americano. "O lucro é menor, mas é garantido." Para criar quadrinhos A Fábrica de Quadrinhos ( w w w . f a b r i c a d e q u a d r inhos.com.br) e a Impacto Quadrinhos (www.impactoquadrinhos.com.br) oferecem cursos para quem quer criar gibis. "A criação dos personagens e a ambientação são os primeiros passos para se fazer HQ", diz o gerente de estúdio da Fábrica de Quadrinhos, André Vazzios. "Depois, é preciso se preocupar com o ritmo da narrativa: se ela será fechada em um álbum ou aberta em série, dei-
xando sempre um gancho para as futuras edições". É uma das formas de prender o interesse do leitor. "Amarrar as idéias e o cuidado artístico são as chaves para uma boa história."
com a conservação e catalogação são fundamentais. Um exemplo de dica é guardar as revistas em sacos plásticos para evitar o contato delas com o ar. Os grampos também
devem ser evitados, pois enferrujam e sujam o papel. É melhor tirá-los antes de guardar a revista. Para arrancar as etiquetas de preços coladas nas capas dos quadrinhos, é só utilizar benzina, que solta a cola e
seca sem deixar manchas. Para facilitar a organização, o blog indica a separação dos exemplares por editoras, títulos e, depois, por numeração. Assim, fica bem mais fácil localizá-los. (SSP)
Sonaira San Pedro
SERVIÇO Comix Book Shop Al. Jaú, 1998, Cerqueira César, telefone: (11) 3061-3893. Para saber mais: G www.universohq.com.br G Mauricio - Quadrinho a Quadrinho, Sidney Gusman. Editora Globo. G Como fazer histórias em quadrinhos, Juan Acevedo. Editora Global. G O mundo das histórias em quadrinhos, Leila Rentroia Iannone e Roberto Antonio Iannone. Editora Moderna.
Gouvêa em casa e na loja de gibis: gosto vem da infância
Para garimpar gibis raros, os colecionadores usam a Internet, sebos e lojas especializadas.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4
AFP
quarta-feira, 16 de agosto de 2006
Internacional AFP
Soldados israelenses que se encontravam no sul do Líbano, atacados pelo Hezbollah, evitaram reagir e começaram a fazer o caminho de volta
RUÍNAS COMPÕEM A PAISAGEM PARA OS QUE RETORNAM
Entre os que chegam às áreas destruídas, há só tristeza e desolação.
Reconstrução se transforma na nova disputa após cessar-fogo
Marcello Casal Júnior./Agência Brasil
A
Dois dias após o início do cessar-fogo, milhares de moradores que fugiram durante a guerra perambulam pelas ruas empoeiradas em busca do que sobrou dos bombardeios. Entre eles, jornalistas e muitos soldados agora de folga.
A
té quem olha de longe o prédio mais alto de Kiryat Shmona percebe um rombo na parede, entre o 6º e 7º andares. O buraco foi deixado por um dos foguetes Katyusha lançados pelo grupo terrorista Hezbollah que caíram na cidade, a 8 quilômetros da fronteira com o Líbano. Kiryat Shmona foi o local mais atingido durante o confronto entre Israel e o Hezbollah. Foram cerca de 1.100 foguetes, quase um quarto do total dos 3.900 que caíram no norte de Israel. Dois dias depois do começo do cessar-fogo, milhares de moradores que fugiram durante a guerra começam a voltar. Perambulam pelas ruas checando o que sobrou das casas e dos edifícios. Carros com famílias inteiras fazem fila desde a segunda-feira para entrar na cidade, invadida agora por jornalistas de todo o mundo e por soldados em folga, que se misturam em meio à poeira levantada pelos comboios de veículos militares que rumam em direção ao sul. Tristeza – Para muitos, o retorno é amargo. Caso da secretária Chava Mendelevitz, de 49 anos, que passou boa parte do tempo refugiada na casa de amigos ou escondida em abri-
Internado desde julho, o ex-ditador do Paraguai Alfredo Stroessner, de 93 anos, teve sua saúde agravada, ontem.
gos antiaéreos. Ela não acreditou ao ver seu apartamento praticamente destruído pelo foguete que atingiu o prédio mais alto de Kiryat Shmone. "Justamente na minha casa?", se perguntou a secretária, que passou o dia de ontem implorando por assistência da prefeitura. "Preciso pelo menos de um lugar para dormir. A casa dos meus pais, aqui na esquina, também levou Katyusha. Não tenho para onde ir." Mais de 600 construções foram danificadas só em Kiryat Shmona. Na prefeitura, a fila de desabrigados é extensa. E deve aumentar nos próximos dias. Cerca de 80% dos 25 mil moradores fugiram durante a guerra. Nem todos voltaram ainda, por medo da fragilidade do cessar-fogo. Ajuda – Para ajudar a volta dos refugiados, agências humanitárias tentam suprir as necessidades básicas, especialmente em áreas mais destruídas, onde os serviços essenciais, como eletricidade, foram cortados nos ataques. "Mais de 6.000 pessoas se dirigem por hora ao sul", contabilizou a porta-voz da Unicef, Wivina Belmonte. Depois de semanas em que o trânsito de comboios humanitários foi quase impossível de-
vido à intensidade dos bombardeios, carregamentos com produtos básicos começaram a chegar a áreas isoladas no sul do Líbano, relataram oficiais da ONU. A porta-voz do Programa Mundial de Alimentação, Christiane Berthiaume, disse que um navio carregando 21 caminhões repletos de alimentos, água potável, produtos de higiene e tabletes de purificação de água, e mais outros dois com combustível, partiu de Beirute para Tiro nesta terça-feira. Soldados – Os primeiros soldados do Exército do Líbano começarão a chegar ao sul do Rio Litani nesta quinta-feira, ao mesmo tempo em que Israel prossegue com a lenta retirada de suas tropas da região. O comando militar israelense informou que espera remover todo o seu contingente num prazo de sete a dez dias, dependendo da rapidez da chegada do Exército libanês e das primeiras tropas da força internacional de paz. Hoje, Israel deverá entregar o controle de algumas posições à força das Organizações das Nações Unidas (ONU), a Unifil, que atualmente mantém apenas dois mil homens no Líbano, mas será expandida nas próximas semanas. (Agências)
Autoridades libanesas recebem Celso Amorim no aeroporto
Brasil ficará fora da força de paz
O
ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, informou ontem em Beirute que uma participação do Brasil na força de paz em formação para o Líbano "não está sendo considerada agora". Viajando num Hércules C130 da Força Aérea Brasileira, Amorim levou 9 toneladas de ajuda humanitária para o Líbano, das quais 2,7 toneladas em medicamentos doados pelo governo e o restante, mantimentos arrecadados pela comunidade de origem libanesa no Brasil. O chanceler brasileiro foi recebido na Base Aérea do Aeroporto Rafic Hariri pelo seu colega libanês, Fawzi Salloukh. De origem xiita e um dos dois ministros do Hezbollah no gabinete
libanês, Salloukh fez questão de mostrar a destruição causada pelos bombardeios israelenses no bairro de Haret Hreik, no sul de Beirute, onde o partido tinha o seu quartelgeneral. O chanceler se reuniu separadamente com o presidente do Parlamento, o xiita Nabih Berri, com o primeiroministro, o sunita Fuad Siniora, e com o presidente da República, o cristão Émile Lahoud. Ouviu deles que o Líbano está agradecido com o apoio tanto político quanto humanitário - dado pelo Brasil, e eles têm consciência de que a trégua em vigor desde segundafeira é frágil, podendo ser rompida por alguma provocação, ainda que involuntária. (AE)
corrida pela reconstrução do Líbano já começou e as empresas francesas não pretendem perder o bonde depois que o governo do país esteve na origem de numerosas iniciativas diplomáticas, incluindo o texto que resultou na resolução das Organizações Unidas (ONU) pelo cessar-fogo. Outros países europeus, e até mesmo os Estados Unidos, por meio de filiais de grandes empresas especializadas, são também candidatos e deverão participar da primeira reunião com esse objetivo, marcada para o início da próxima semana em Helsinque, capital da Finlândia. Os contratos para a reconstrução do Líbano são atraentes. Numerosas obras de infraestrutura se tornaram indispensáveis com os bombardeios, entre elas, a reconstrução de 84 pontes, estradas, hospitais, entre outras. Por enquanto, as estimativas das perdas libanesas com a destruição oscilam entre US$ 5 bilhões e US$ 15 bilhões. Os franceses não estão dispostos a perder uma situação privilegiada, como foi o caso no Iraque, quando perdeu espaço para países como os EUA e a Grã-Bretanha ao se opor às teses da ONU que serviram de justificativa para deflagrar a invasão do Iraque, isto é, a presença de armas de destruição em massa nos arsenais de Saddam Hussein. Desta vez, a participação do governo francês, tradicionalmente um grande aliado do Líbano, pode ser constatada de forma intensa no nível econômico e também diplomático. (AE)
Regalos muy amigos N
a visita que fez ao líder cubano Fidel Castro, no último domingo, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, presenteou-o com peças que chamaram a atenção. Como uma taça de porcelana com a imagem do general e estadista Simon Bolívar, o homem que libertou a América Latina do domínio espanhol, durante o século 19. Parte do território invadido por Bolívar é onde está situada hoje a Venezuela. Muitos dos objetos entregues por Chávez a Fidel como presente de aniversário do líder cubano teriam sido de Bolívar. Mas as peças, atualmen-
te, pertenceriam ao povo venezuelano, como parte do patrimônio histórico da Venezuela. E foi justamente isso que chamou a atenção. A notícia dos presentes dados por Chávez ao presidente de Cuba saíram no jornal Gramma, de Havana. Mas foi criticada por militantes contrários a Chávez, que alegam que as peças fazem parte do patrimônio nacional venezuelano e, portanto, não poderiam ter sido dadas de presente a Fidel Castro. Afirmam, ainda, que a atitude de Chávez de presentear um tirano como Fidel Castro com símbolos que representam a luta pela liber-
dade do povo da Venezuela configura um grave atentado contra os venezuelanos. Entre os presentes estariam uma taça de porcelana com a imagem de Bolívar, um prato e uma adaga com a empunhadura em mármore, que também teria pertencido a Bolívar por muitos anos até transformar-se em patrimônio histórico da Venezuela. Hugo Chávez é um admirador de Simon Bolívar. Já chegou a comparar a queda do império espanhol à falência política dos EUA. Mais apoio – Ontem, o líder do governo comunista da Coréia do Norte, Kim Jong Il, enviou uma mensagem de soli-
dariedade a Fidel, que no domingo completou 80 anos enquanto se recupera de uma cirurgia intestinal, informou ontem a agência estatal de notícias KCNA. Em sua mensagem, Kim reafirma a Fidel o apoio e a solidariedade de seu país para com Cuba. "Te desejamos as mais sentidas felicitações em teu 80º aniversário", disse Kim, segundo a agência. Cuba e Coréia do Norte são os cinco países comunistas remanescentes no mundo após o colapso da União Soviética e a queda do Muro de Berlim, no final dos anos 80. Os outros três s ã o C h i n a , L a o s e Vi e t n ã . (Agências)
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 16 de agosto de 2006
1
6
bilhões de reais é quanto a Receita acha que vai perder em arrecadação com o Supersimples
Wilton Junior/ AE
LEI GERAL DA MICROEMPRESA SERÁ VOTADA EM SETEMBRO A nova legislação para as micros e pequenas empresas, que vem sendo chamada de Supersimples, deve ser votada no plenário da Câmara na primeira semana de setembro. Estudo que mostra números positivos do atual Simples pode convencer os parlamentares de que haverá aumento na arrecadação.
N
a primeira semana de setembro, finalmente, deverá ser votada a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. A data foi definida entre os presidentes do Sebrae, Paulo Okamoto, da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoBSP), e o vice-presidente da República, José Alencar. A Receita Federal estima perder R$ 6 bilhões em arrecadação, caso a nova legislação seja aprovada. "Mas como será um estímulo à formalidade e à abertura de empresas, a tendência é de aumento de arrecadação com o decorrer do tempo", rebate o consultor de Políticas Públicas do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e às Pequenas Empresas (Sebrae), André Spinola. O estudo denominado Contribuição do Simples para a Geração de Emprego, do economista do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), José Roberto Afonso, conclui que foi justamente isso o que ocorreu quando o regime simplificado de tributação foi instituído, em 1997. De acordo com o levantamento, de 2000 a 2004 a arrecadação tributária das optantes do Simples aumentou 44,5%. No mesmo período, as empresas não participantes do sistema engordaram em 24% os cofres públicos. Mais formais – O aumento da formalidade é apontado por especialistas como o grande motivo do crescimento da arrecadação das empresas optantes do Simples. Tanto que, no mesmo período, o número de empregados formais nas empresas tributadas pelo sis-
tema simplificado de tributação registrou elevação de 45,2% e, nas não-optantes, de apenas 15%. Além disso, o estudo detectou que o salário médio pago pelas empresas optantes cresceu 6,7%, enquanto nos estabelecimentos que não aderiram ao sistema simplificado o salário médio registrou queda de 5,2%. A pesquisa revelou ainda que, de 2000 a 2004, houve abertura de 312.631 estabelecimentos pelo Simples e fechamento de 10.392 de não-optantes do sistema simplificado de
Quando há um sistema que ataca a alta tributação e a burocracia, as empresas passam a ter melhores condições. Gilberto Luiz do Amaral, presidente do IBPT tributação. O documento detalha também que, dos 4,4 milhões de empregos formais criados nesse período, 42,5% são de empresas do Simples. Burocracia – A diminuição da burocracia, esperada com a aprovação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, também deve levar ao aumento no número de empresas formalizadas e, conseqüentemente, à elevação da arrecadação, de acordo com Spinola. "Basta observar que a declaração anual de Imposto de Renda de uma empresa do Simples tem uma página, enquanto a de uma
empresa tributada pelo lucro presumido pode ter cerca de 13", afirma o consultor. Hoje, há 10 milhões de empresas informais e 5 milhões de formais no País, segundo o Sebrae. Carga menor – Segundo o consultor do Sebrae, a Lei Geral deve levar mais empresas à formalidade por propiciar a redução da carga tributária. "A primeira causa que leva as empresas à informalidade é a alta carga tributária", diz. De acordo o consultor, uma empresa do comércio com faturamento de R$ 15 mil por mês que aderir ao Simples depois da aprovação da legislação passará a ter carga de 4,5% ao mês. "Isso nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Bahia, onde a alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) será de 0%", explica. Para o presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), Gilberto Luiz do Amaral, sem o Simples, o número de empresas informais seria muito mais alarmante do que hoje. "Quando existe um sistema que ataca alta tributação e burocracia, as empresas passam a ter melhores condições de se estruturar", afirma. Mas Amaral critica o texto final da Lei Geral que está para ser votado pelo Congresso Nacional. "Vejo que a legislação é o boi de piranha para a manutenção do sistema tributário caótico atual, que pune boa parte do setor produtivo nacional. O governo não faz alterações profundas no sistema tributário, alegando as supostas perdas com a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas", reclama. Laura Ignacio
Pequenos poderão parcelar débitos
D
esde segunda-feira, as micros e pequenas empresas optantes do Simples podem aderir ao Refis 3, programa de parcelamento de débitos tributários junto à Receita Federal, ProcuradoriaGeral da Fazenda Nacional (PGFN) e Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com possibilidade de redução de até 80% da multa e 30% dos juros. A medida criou polêmica
porque a Lei do Simples prevê a exclusão de empresas com débito inscrito em dívida ativa do regime simplificado de tributação. Mas, segundo André Spinola, do Sebrae, não há riscos para essas empresas. "A partir do momento que entrarem no Refis 3, estarão salvas", afirma. A parcela mínima é de R$ 200, valor dez vezes menor que a prestação mínima exigi-
da das empresas não-optantes do Simples. Pelo novo programa, o pagamento dos débitos tributários pode ser feito à vista, em seis, 120 ou 130 vezes. O pedido de adesão deve ser feito pelo site www.receita.fazenda.gov.br até 15 de setembro. É possível baixar pelo site www.sebrae.com.br uma cartilha com orientações aos empresários interessados no parcelamento. (LI)
O economista do BNDES, José Roberto Afonso, coordenou estudo que mostra os benefícios do Simples na arrecadação Divulgação
Ricardo Lui/Pool 7 (30/06/03)
Spinola, do Sebrae: nova lei vai estimular empresas
Gilberto Amaral, do IBPT: Lei Geral é boi de piranha
De 2000 a 2004, as empresas optantes do Simples engordaram em 44,5% os cofres públicos.
Indústrias de chips vão receber incentivos fiscais
O
s primeiros projetos para implantar uma indústria de s em ic o nd u to re s no Brasil devem ser em Minas Gerais e Rio Grande do Sul. A idéia, segundo o ministro das Comunicações, Hélio Costa, é aproveitar iniciativas em andamento nos setores de fabricação e de desenho de chips, que são usados, por exemplo, em televisores digitais. A implantação dessa indústria poderá ter ainda, segundo o ministro, a participação da empresa japonesa Toshiba. Costa confirmou que o governo trabalha na MP para dar incentivos fiscais ao setores de semicondutores, eletroeletrônicos e transmissores de sinais de TV digital. "Pelo que entendo, a
MP cobre vários setores", afirmou, sem dar maiores detalhes. Segundo ele, não deverá haver isenção total de tributos, como o Imposto de Importação (II). "Não acredito muito em zerar alíquotas", disse. Os incentivos devem atrair investimentos fora da Zona Franca de Manaus na produção de equipamentos que serão usados, principalmente, com a implantação da TV digital no País. É aí que entra o projeto de Minas Gerais, elaborado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para a instalação de uma fábrica de semicondutores na região metropolitana de Belo Horizonte. No Rio Grande do Sul, a idéia é ampliar o trabalho de
desenho de chips do Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec). "São dois lugares onde estamos sentindo que há um maior interesse", disse o ministro. O assunto foi tratado na semana passada com o governador gaúcho Germano Rigotto e com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. "A ministra ficou interessada e eu fiquei muito entusiasmado com a idéia", afirmou. A instalação de uma fábrica de semicondutores, segundo Costa, leva menos de cinco anos. O projeto do BNDES prevê investimentos de US$ 500 milhões a US$ 1 bilhão, que, segundo o ministro, podem vir do BNDES ou do banco japonês JBIC. (AE)
José Cruz/ABr
Liberais em compasso de espera
M
arcado para ser realizado ontem no Supremo Tribunal Federal (STF), o aguardado julgamento da constitucionalidade da cobrança da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) das sociedades de profissionais liberais, como advogados e médicos, foi adiado mais uma vez. Desta vez, a análise da matéria foi suspensa por causa de um pedido de vistas do ministro Eros Grau ao recurso extraordinário proposto pela Savoi e Cabral Associados. Antes, o ministro Gilmar Mendes, relator do processo, havia ne-
gado o pedido do recurso, mantendo a cobrança da Cofins para as sociedades civis de profissões regulamentadas. É a terceira vez que a votação do processo é adiada. Vaivém – A análise da questão pelas instâncias superiores é aguardada com ansiedade pelos contribuintes por causa de um precedente da primeira turma do Supremo – o processo agora está sendo julgado pelos cinco ministros da segunda turma. Em maio último, a primeira turma declarou a competência do Supremo para julgar o tema. Até então, a questão era pacífica no Superior Tribunal
de Justiça (STJ), que entendia que a contribuição não era devida pelas sociedades. Inconformada com a decisão, a Fazenda Nacional conseguiu reabrir a discussão ao levar a matéria para o Supremo, alegando que se trata de assunto constitucional por envolver isenção tributária e que, portanto, deve ser julgada pela Corte. A primeira turma de ministros do STF havia decidido, por unanimidade, pela cobrança da Cofins. Por enquanto, não há previsão de quando o tema será novamente colocado na pauta da segunda turma do STF. Clarice Chiquetto
O ministro das Comunicações, Hélio Costa, confirmou que governo estuda MP com incentivos fiscais
Ano 81 - Nº 22.192
São Paulo, quarta-feira 16 de agosto de 2006
R$ 0,60
Jornal do empreendedor
Edição concluída às 23h50
w w w. d co m e rc i o. co m . b r Hélvio Romero/AE
Metroviários castigam São Paulo
Pergunte-se aos passageiros de metrô por que os metroviários os deixaram a pé ontem, e o trânsito, caótico. PPP? Será uma dissidência do PCC? Contra a PPP, os metroviários agiram como o PCC: castigaram toda a população da cidade. A Parceria Público-Privada é apenas a única fórmula de construir a nova linha 4 do Metrô.
Lawrence Bodnar/Diário de SP/Ag.O Globo
Congestionamento na Radial Leste, luta para embarcar nos ônibus: uma cidade desesperada.
J.F. Diorio/AE
O DIA EM QUE FUNCIONOU SÓ A LINHA POLÍTICA DO METRÔ HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 28º C. Mínima 15º C.
AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 26º C. Mínima 14º C.
1.600 metroviários sindicalizados decidiram em assembléia a greve que levou o caos a 10 milhões de habitantes, afetou 2,6 milhões de passageiros do metrô, provocou a queda de até 80% nas vendas do comércio e complicou a situação de presos que tinham de se reapresentar ontem de manhã. Leia no editorial "A população como refém" a crítica à posição dos metroviários que pararam só porque tiveram posições ideológicas e políticas contrariadas pela privatização da Linha 4 do Metrô. Em Opinião, C 1 e C 2
C idades METRÔ PÁRA DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 16 de agosto de 2006
1 Mais informações sobre a greve política promovida pelos metroviários em www.dcomercio.com.br
- DECISÃO POLÍTICA AFETA 2,6 MILHÕES
CIDADE PÁRA - 188 KM DE CONGESTIONAMENTOS COMÉRCIO SOFRE - LOJAS TÊM QUEDA NAS VENDAS A
Milhões de paulistanos pagaram caro ontem pela greve política de 24 horas promovida pelos metroviários de São Paulo, contrários à Parceria Público-Privada (PPP) entre o governo do Estado e o consórcio que vai operar a Linha 4 (Luz-Vila Sônia). Hoje o metrô funcionará normalmente. Caio Guatelli/Folha Imagem
decisão de 1.600 metroviários, tomada em assembléia na quinta-feira, selou o destino de 10 milhões de habitantes de São Paulo ontem: enfrentar um dia de caos com a greve de 24 horas do metrô. Ao todo, 2,6 milhões de passageiros tiveram de encontrar uma opção de transporte. O saldo final foi de 188 quilômetros de lentidão no trânsito e cerca de R$ 70 milhões em prejuízos. O governador Claudio Lembo classificou a greve como "selvagem, irresponsável, injusta e ilegítima". Ele disse que o movimento tem caráter político e faltou bom senso aos seus líderes. "Esse sindicalismo não tem responsabilidade social. Pegaram a po- Raimundo Pacco/Folha Imagem pulação já fragilizada pelos ataques do PCC. Depois do PCC, vem o sindicalismo." A greve coincidiu com o primeiro dia do horário eleitoral gratuito em rádio e TV e não teve fundo trabalhista, mas sim o de protestar contra a concessão da Linha 4 d o m e t rô , a primeira Parceria Público-Privada (PPP) do País. Por meio da PPP uma empresa privada vai assumir a gestão da li- J.F.Diorio/AE nha – o que só vai ocorrer daqui a dois anos. Desde março, o sindicato luta na Justiça, sem sucesso, contra a concorrência que definiu na semana passada o consórcio vencedor, MetroQuatro. "A mobilização é política no sentido de lutar por melhores políticas públicas", disse o presidente do Sindicato dos Me tro viá rio s, Flávio Godói. Enquanto a cidade parava, diretores do Metrô e sindicalistas debatiam, meios de transporte, mais o desem entrevistas, pontos comple- gaste dos automóveis, os danos xos de uma licitação cujas con- ao ambiente, a perda na arrecaseqüências para a população dação de impostos e vários ousão nulas neste momento. Os tros fatores, pode representar metroviários afirmaram que os prejuízo de R$ 70 milhões." funcionários a serem contrataPara minorar os efeitos da dos para operar a Linha 4 em greve, a Prefeitura suspendeu o 2008 não terão as mesmas ga- rodízio, a frota de ônibus foi rerantias trabalhistas de hoje. Para forçada, as empresas colocao presidente do Metrô, Luiz ram nas ruas mais veículos freCarlos David, é provável que tados. Mesmo assim, a cidade parte deles ganhe até mais. teve ontem o segundo maior Para a população, o prejuízo congestionamento do ano: 188 foi além da dor de cabeça do km, às 9h (a média para o horátrânsito. Segundo o engenheiro rio é de 70 km). O maior índice Marcelo Rozenberg, especialis- este ano foi de 195 km, às 18h de ta em transporte, a soma do nú- 15 de maio, quando o PCC atermero de pessoas que podem ter rorizou São Paulo. (AE) faltado ao trabalho (no mínimo Mais sobre a greve do metrô na um terço dos 900 mil passageipágina 2 e no editorial ros do metrô), mais 20% de via"A população como refém", na gens adicionais em outros página 6 do primeiro caderno
Hélvio Romero/AE
J.F.Diorio/AE
Dia caótico para quem teve de sair de casa. Nas fotos, congestionamento, ônibus abarrotados, gente indo a pé ou de bicicleta para o trabalho. Os trens do metrô ficaram parados, como no pátio da estação Corinthians-Itaquera (acima).
PRESOS PERDEM ÔNIBUS PARA BAURU. SÃO FUGITIVOS? Pág. 2
Em algumas lojas, 80% de queda Maristela Orlowski
O
comércio de rua paulistano foi prejudicado, mais uma vez, pela falta de transporte público. No Centro da cidade, por exemplo, o movimento foi fraco e as vendas caíram até 80%, segundo os lojistas, por causa da greve do metrô. Na região da rua 25 de Março, o mais tradicional centro de comércio popular de São Paulo, a maioria dos comerciantes reclamou da retração dos negócios, principalmente no período da manhã. Os indicadores da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), até as 17h, mostravam uma perda de 17 % nas consultas para vendas à vista e de 11% nas consultas para o crediário. O comércio costuma ter em média uma queda de 15% a 20% no movimento em paralisações de transportes. Segundo o gerente da loja de calçados Global Shoes, Adilson de Carvalho, até o meiodia de ontem não havia sido vendido nem 50% do que se comercializa em dias normais. "Geralmente, atingimos a casa dos R$ 15 mil antes das 11h. Hoje [ontem], não chegamos nem a R$ 8 mil", disse. Já para o gerente da Gall Moda Íntima, Elcer Luis Arruda, a diminuição nos negócios foi pior ainda e chegou a 80%. Segundo ele, somente depois do almoço o movimento da loja começou a melhorar um pouco. Até então, os funcionários permaneceram de braços cruzados, aguardando a entrada de algum cliente . Por outro lado, a gerente da Aslan Armarinhos – que comercializa produtos no atacado –, Carmen Maria Correia
Moura, disse não ter sentido muita diferença para os outros dias. "A falta do metrô não nos afetou muito. Como negociamos somente em grandes quantidades, a partir de R$ 150, 00, grande parte dos nossos clientes é formada por lojistas que vêm de outras cidades, muitas vezes, em excursão. Por incrível que pareça, hoje [ontem], pode ser o melhor dia dos últimos dois meses." Atraso – A greve dos metroviários pegou muita gente de surpresa. A gerente da Aslan informou que dos 30 funcionários da loja, apenas dez chegaram no horário. "A média de
atraso foi de 30 a 50 minutos", disse Carmen. Dos 40 funcionários da Global Shoes, cinco atrasaram e seis nem chegaram, segundo a gerência. A vendedora Eliane da Silva Campelo Deniz só notou que não havia transporte quando chegou na porta do metrô Barra Funda, às 6h30. "Fui caminhando até o começo da avenida São João para pegar um ônibus que pára no Correio. O trânsito estava um horror", contou Eliane, que conseguiu chegar ao trabalho com 30 minutos de atraso. O vendedor Daniel Novaes Lima, morador da Ponte Rasa,
na zona leste, recebeu a notícia da greve quando ia pegar a lotação até a estação Patriarca do metrô. "Optei por andar 20 minutos até o ponto de ônibus que pára no Terminal Parque Dom Pedro, aqui no Centro. Chegando lá, tinha cinco filas de gente na minha frente. Foram mais 40 minutos de espera até entrar no ônibus." Mas há quem demorou mais tempo. A recepcionista da farmácia de manipulação Farmavital, Maria Márcia Pereira, que mora próximo ao Jabaquara, na zona Sul da cidade, disse que levou seis horas para chegar ao trabalho.
2
Compor tamento Urbanismo Transpor te Ambiente
Robson Ventura/Folha Imagem
DIÁRIO DO COMÉRCIO
CONSÓRCIO VAI OPERAR A LINHA 4 (LUZ-VILA SÔNIA)
quarta-feira, 16 de agosto de 2006
É como nos corredores de ônibus. A Prefeitura se encarrega da estrutura, tarifa e obras e a iniciativa privada opera o sistema. Luiz Carlos David, presidente do Metrô
PPP, o motivo da greve Parceria Público-Privada que motivou a greve dos metroviários nem foi assinada. Ainda depende de julgamento de recurso.
O
Na Barra Funda, preso que perdeu o ônibus
Com metrô parado, presos de Bauru ficam na Barra Funda
C
erca de 200 detentos do Instituto Penal Agrícola (IPA) de Bauru, no interior de São Paulo, não conseguiram, na manhã de ontem, retornar ao presídio. Beneficiados pela saída temporária para passar em casa o Dia dos Pais, eles foram diretamente afetados pela paralisação de 24 horas feita pelos metroviários. Os presos teriam de pegar os ônibus fretados por eles mesmos, nas proximidades da estação Barra Funda do metrô. Mas, em razão da greve dos metroviários e do trânsito caótico na cidade, eles não conseguiram chegar à estação às 9h, conforme estava combinado. Os ônibus partiram sem eles. Se não voltassem até as 17h de ontem ao Instituto Penal Agrícola, eles passariam a ser considerados fugitivos. A Secretaria Estadual da Administração Penitenciária informou que não sabia onde os presos estavam e que estaria providenciando uma alternativa para o transporte. A direção do IPA informou que apenas 60 detentos – dos 200 que não conseguiram embarcar em São Paulo por conta da greve do metrô – são daquele estabelecimento. Os demais são de diversas penitenciárias do interior. Todos, segundo nota, foram transportados por ônibus da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) e deveriam chegar ao destino até a noite e ontem. Até o final da tarde ainda não havia sido feita a contagem dos que voltaram após a liberação para o Dia dos Pais. Foram liberados na sexta-feira 933 detentos do Instituto Penal, 126 da Penitenciária 1 e 182 da Penitenciária 2. Ambas têm alas de progressão de pena, onde os detentos também têm direito aos indultos temporários. Mais de uma dezena desses detentos liberados pelos presídios de Bauru foram presos cometendo delitos ou em locais impróprios. Eles foram recolhidos ao sistema fechado e perderão o benefício do sistema de progressão. Na Capital, dos 707 presos libertados temporariamente, 27 não retornaram aos presídios onde cumprem suas penas – menos de 4% do total. Dos 27, 23 são mulheres detentas da penitenciária feminina do Butantã, na zona oeste da cidade. Dois outros são detentos do Centro de Detenção Provisória Belém II. Os dois últimos são do Centro de Progressão Penitenciária de São Miguel Paulista, na zona leste. (Agências)
contrato da Parceria Público-Privada (PPP) entre o governo do Estado de São Paulo e o consórcio que vai operar a Linha 4 do Metrô (Luz-Vila Sônia) ainda não foi assinado, pois depende do julgamento de um recurso do Sindicato dos Metroviários, no Tribunal de Justiça. Apesar de ainda não ter sido oficializada, provocou a greve de 24 horas dos metroviários, que são contrários àparceria. Pela PPP, o consórcio MetroQuatro terá de comprar 29 trens –14 na primeira fase, até 2008, e 15 na segunda, a partir de 2012 –, será responsável pelos sistemas de controle, operação da linha e manutenção. A obra civil e construção da infra-estrutura é feita pelo governo. "É como nos corredores de ônibus. A Prefeitura se encarrega da estrutura, tarifa e obras e a iniciativa privada opera o sistema", disse o presidente do Metrô, Luiz Carlos David, após a divulgação do consórcio escolhido, em 9 de agosto. O consórcio é liderado pela Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR), que tem 68% do capital total, e formado também por um fundo de investimentos e por operadoras dos metrôs de Buenos Aires e Paris. A Montgomery Participações, que inclui o banco português Banif, entrou com 30% no consórcio; a operadora do metrô parisiense RATP, com 1%; e a argentina Benito Roggio, concessionária do metrô de Buenos Aires, com 1%. O critério de seleção foi a menor exigência de contraprestação do governo, ou seja, do valor necessário para complementar o retorno do investimento do parceiro privado. Segundo o vice-presidente da CCR, Marcio Batista, foi exigência do Metrô a presença de empresas do setor, para agregar experiência ao funcionamento da linha. A CCR, formado pelas construtoras Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Serveng-Civilsan, tem experiência em rodovias sob concessão, como a NovaDutra, AutoBan e Viaoeste. Na comparação com as rodovias, Batista disse que provavelmente o passageiro vai levar mais tempo para notar diferença nos serviços. "O nível de exigência do Metrô é extremamente elevado. Mas o padrão dos trens dessa linha é bastante acima dos atuais, terão mais conforto e segurança", explicou.
Eduardo Nicolau/AE
Engenharia Eduardo Lafraia, em artigo publico pelo jornal O Estado de São Paulo dia 10 . Já os metroviários são contrários à PPP, que vêem como início da privatização do setor e do sucateamento do sistema. A categoria chegou a pedir à Justiça que suspendesse a licitação, mas a ação foi derrubada pelo Metrô. "Somos contra a privatização porque o metrô é um serviço público e não pode entrar na mesma lógica de mercado de outros setores", disse o assessor do sindicato, Manuel Xavier Lemos Filho. Dos 7.600 funcionários do metrô, 6.800 são sindicalizados. "O sindicato deve ter consciência de que o Metrô não toma nenhuma decisão sem o aval da Justiça. Aquilo que ela determinar, nós vamos cumprir", advertiu, segunda-feira, o presidente Luiz Carlos David, para quem a greve foi abusiva e inconseqüente. "Ela pode causar mais prejuízos do que a onda de ataques a ônibus do PCC", comparou. "Não se pode comparar uma greve de trabalhadores a um problema de segurança públic", rebateu o presidente do Marronzinho, na avenida do Estado, em dia de greve de metroviários sindicato, Flávio Godoi. Na primeira etapa da parceSolução – Para o governo estadual e o Metrô, ria, que deve terminar em 2008, estarão em opea PPP é vista como a melhor solução para a es- ração seis estações: Butantã, Pinheiros, Faria Licassez de recursos públicos para serem investi- ma, Paulista (integração com a Linha 2, Imidos na expansão da malha metroviária. "Na ci- grantes-Vila Madalena), República (interligadade de São Paulo, depois do automóvel, o me- ção com a linha 3, Continthians/Itaquera-Barra trô é o melhor meio de transporte. Seu maior de- Funda) e Luz (interligação com a Linha 1, Jabafeito é ser pequeno. Nos 30 anos de operaçã, sua quara-Tucuruvi, e com os trens da CPTM). A rede expandiu apenas 2 quilômetros por ano. O previsão é de que, nessa etapa, utilizem a linha Estado, hoje, gasta 95% do seu orçamento com 700 mil passageiros por dia. Quando estiver em custeio, pessoal e juros, restando 5% para inves- operação plena, a Linha 4 deverá ser utilizada timento", explicou o presidente do Instituto de por 940 mil pessoas diariamente. (Agências)
Caso Globo: já são 20 suspeitos
A
Polícia de São Paulo informou ontem que já tem 20 suspeitos de participação no seqüestro dos funcionários da Rede Globo no último sábado. A informação foi dada em entrevista concedida pelo delegado Wagner Giudice, da Delegacia Anti-Seqüestro (DAS), que está acompanhando o caso. Os policiais estão fazendo diligências na zona sul de São Paulo, pois é nesta região da cidade que estariam os cativeiros pelos quais o repórter Guilherme Portanova teria passado. O jornalista afirmou que ficou em três cativeiros diferentes. Para libertá-lo, os bandidos exigiram que a TV Globo exibisse um vídeo no qual, durante pouco mais de três minutos, um homem encapuzado fez críticas ao sistema carcerário em vigor no Brasil, especialmente ao Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), que mantém lideranças do primeiro Comando da Capital (PCC) em situação de rigorosa reclusão no estado de São Paulo. O DVD chegou à TV pelas mãos de Alexandre Calado, o técnico que havia sido sequestrado junto com Portanova. Ele foi liberado no sábado à noite com o objetivo de levar o vídeo. O repór-
ter só ficou livre no início da madrugada de segunda-feira. Depois que as imagens foram novamente exibidas no Fantástico. No domingo à noite, informação que chegou pelo Disque-Denúncia (181) levou a polícia a prender em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, um suspeito de ter participado do seqüestro. Portanova e o técnico Alexandre Calado reconheceram em retratos falados feitos por testemunhas dois dos três homens apontados como autores do seqüestro. Um deles é semelhante a um bandido conhecido como Fininho, que seria um dos chefes do da facção criminosa que tem promovido atentados em São Paulo desde maio. Durante o tempo em que permaneceu nas mãos dos seqüestradores, por aproximadamente 42 horas, Portanova ficou vendado e amarrado, mas disse que foi alimentado e não foi agredido. Para dois cativeiros foi levado de carro. Ao último chegou a pé. O repórter foi libertado no Morumbi e conseguiu ajuda com o motorista de um carro de segurança particular. Na segunda-feira, ainda abatido, Portanova prestou depoimento no Deic e disse que não estava em pânico.
Marcola – O Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo concedeu ontem habeas- corpus que retira o líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Camacho, o Marcola, do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Apesar de os desembargadores considerarem a internação em RDD inconstitucional, Marcola continuará no regime especial, pois sua internação foi determinada em duas ocasiões: uma em janeiro deste ano e outra em maio. E o habeas-corpus refere-se somente à de janeiro. De acordo com o TJ, o Departamento de Execuções Criminais da capital informou que Marcola "permanece no RDD em razão de sua internação determinada desde maio, prorrogada desde anteontem e por mais 30 dias, a pedido da Secretaria de Assuntos Penitenciários". Tiros – Policiais civis foram recebidos a tiros na tarde de ontem quando procuravam suspeitos na região de Itaquera, na zona leste . Houve perseguição, com apoio do helicóptero Pelicano, da Polícia Civil, e pelo menos três pessoas suspeitas foram presas próximo ao Hospital Santa Marcelina, por volta das 15h30. Não há informações sobre feridos A ocorrência será registrada no 53º Distrito Policial (DP). (Agências)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
ESPECIAL - 5
MOOCA - 450 ANOS
Greves, barricadas, mortes. Operários exigem seus direitos Salários baixos, inflação alta, exploração de mulheres e crianças. Então os proletários da Mooca se revoltaram e iniciaram uma greve pela primeira vez em 1917. Ali, o operariado paulista começou a entender e a exigir os seus direitos
Reprodução/AE
O
bairro começava a crescer, e os terrenos eram baratos naqueles anos que delimitavam os séculos XIX e XX. Por isso, as fábricas foram se instalando por aí.
A inflação chegava a 60% em 1916 sem que os operários tivessem reajuste salarial. Começou então um movimento que iria mudar a história do País
Impulsionado pela força do trabalho, São Paulo produzia e crescia cada vez mais. As condições dos operários, porém, não eram minimamente aceitáveis. Trabalhavase em media 14 horas diárias, sem férias, sem descanso semanal remunerado. Nem havia qualquer tipo de assistência. Recebiam salários insuficientes para o sustento da família, o que levava mulheres e crianças a também se empregarem nas fábricas, recebendo salários ainda menores.
Os serviços eram insalubres, sem horário para as refeições, feitas ao lado das máquinas. Em 1912 - segundo relata o historiador Augusto Buonicore, mestre em ciência política pela Unicamp 67% dos trabalhadores têxteis eram mulheres. Em 1918, mais de 50% do operariado fabril era constituído de menores, como se constata neste trecho de artigo publicado num jornal da época: “Assistimos à entrada de cerca de 60 menores, às 7 horas da noite (...) Essas crianças
saem às 6 horas da manhã. Trabalham, pois, 11 horas a fio em serviço noturno, apenas com um descanso de 20 minutos (...) O pior é que elas se queixam de serem espancadas pelo mestre de fiação (...) Alguns apresentam mesmo ferimentos produzidos por uma manivela. Tratase de crianças de 12, 13 e 14 anos”. A explicação, muito fácil: as mulheres recebiam 50% dos salários pagos aos homens, enquanto para as crianças não passavam de 10%. Para piorar, o custo de
vida aumentava, pois boa parte da produção de gêneros alimentícios era vendida para a Europa, em guerra. Em 1916, a inflação chegava a 60% sem que os operários tivessem reajuste salarial. Vai começar ali um movimento que iria mudar a história do País. Com o apoio de vários jornais de tendência esquerdista, a Liga Operária da Mooca, criada em maio de 1917 (primeira organização desse tipo formada no Brasil) começa a mobilizar os
trabalhadores. Uma comissão de operários do Cotonifício Crespi procura a direção da empresa, exigindo 20% de aumento e o fim de uma taxa de 2% que se pagava em favor do Cominato Italiano PróPátria (um tributo de guerra imposto pelos industriais italianos aos seus trabalhadores, independentemente da nacionalidade). Não há acordo e os operários decidem entrar em greve. Em resposta, os patrões fecham a fábrica.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
ESPECIAL - 19
MOOCA - 450 ANOS
Um gol e um soco no ar O mais bonito dos 1.283 gols que Pelé fez em sua carreira foi contra o Juventus, na rua Javari. Foi o primeiro soco no ar, que depois virou marca registrada do Rei. Gol tão bonito que virou mais um orgulho da Mooca AE
N
aquele dia, 2 de agosto de 1959, Pelé estava endiabrado. Já havia feito um gol no primeiro tempo e outro no segundo - e o Santos vencia por 3 a 0, pois o ponta Dorval também tinha marcado o dele. Nada de anormal, já que o Santos daqueles tempos era uma máquina de jogar futebol, com um ataque arrasador que, além de Pelé, tinha Dorval, Jair, Coutinho e Pepe. Até se esperava uma certa resistência do Juventus, o adversário que, conforme diziam os cronistas esportivos, “vinha numa boa fase”. Por isso, o acanhado estádio da rua Javari lotou. Seus dez mil lugares não foram suficientes e até sobrou gente na rua. Os que conseguiram entrar e se deliciavam com as diabruras do Rei mal sabiam que ainda seriam testemunhas de um fato histórico naquela tarde de domingo: o gol mais bonito dos 1.283 que Pelé fez em sua carreira. Não jogava mal o Juventus, conforme relata o jornalista Álvaro Paes Leme no seu comentário para o jornal Última Hora, na edição do dia seguinte: “Não foi o Juventus uma equipe pequena que procurou se defender de qualquer forma. Longe disso. Os avinhados jogaram
“Faltava apenas o goleiro Mão-de-Onça, que saiu para abafar a bola. O Pelé também deu um chapéu nele e completou o lance de cabeça, com uma lucidez impressionante”
conscienciosamente com a bola no chão, na base de passes curtos e jogadas hábeis, não permitindo que em nenhum momento se verificasse qualquer descontrole em suas linhas”. Apesar de afirmar que “Pelé vinha sendo o homem mais brilhante em campo” e de rotular o gol como “um desses tentos que passam a história”, Álvaro Paes Leme é bastante comedido na descrição do lance. Um relato mais minucioso, e até mais emotivo, foi feito tempos depois por um dos personagens em campo, o zagueiro Clóvis, a quem cabia justamente a missão de marcar Pelé. “A nossa torcida, sempre muito fanática, começou a mexer com ele (Pelé). Não sei por que foram incomodar o diabo! Eram decorridos 36 minutos do segundo tempo e o Santos estava atacando para o gol dos fundos (aquele situado ao lado da Creche Marina
Reprodução
Crespi). O Dorval estava na ponta direita. Ele cruzou, a bola passou por cima da grande área. “Tira!, tira!”, gritei. Quando a bola desceu encontrou o Pelé. Sem deixá-la fugir, ele, com um leve toque por baixo da bola, encobriu o zagueiro Julinho que chegava para dar combate e em seqüência deu um chapéu no Homero. Fui para cima dele e também tomei o meu. Faltava apenas o goleiro Mão-de-Onça, que saiu para abafar a bola. O Pelé também deu um chapéu nele e completou o lance de cabeça, com uma lucidez impressionante. Tinha chovido bastante de manhã e havia uma poça d'água na pequena área. O Mão-de-Onça pegou só barro. Ele ficou com a cara sobre a lama”. A descrição está no site Portal da Mooca, que não se esquece de registrar que os próprios jogadores do Juventus foram
cumprimentar Pelé. E também registra que Clóvis já morreu. Na verdade, alguns dos torcedores que estavam naquele dia no estádio da rua Javari (os que torciam para o Juventus) foram mais do que testemunhas. Tornaram-se testemunhas e também protagonistas daquele e de outro fato: o soco no ar, pois foi a primeira vez que Pelé comemorou o gol com esse gesto. A história começa logo depois do segundo gol do Santos, já no segundo tempo, quando Pelé atingiu o zagueiro Pando, que saiu de maca e não pôde mais voltar a campo. Como na época não existiam substituições, o Juventus terminou o jogo com dez jogadores. O lance foi acidental, mas a torcida do Juventus não perdoou. O relato é do próprio Pelé: “A partir daí, a torcida do Juventus passou a me vaiar e a me ofender. Quando fiz o gol, parti para cima da torcida, num desabafo. Fui xingando mesmo os caras e socando o ar. Um gesto que saiu sem querer, fruto de uma raiva momentânea, que acabou se perpetuando depois”. Com certeza os mooquenses, daqueles, e que ainda estiverem vivos não se arrependem. O gol e o soco no ar são mais dois orgulhos do bairro. (TT)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 -.ESPECIAL
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
MOOCA - 450 ANOS Dep. de Patrimônio Histórico
A greve se amplia, estendendo-se a outras categorias. E começam os incidentes. O primeiro, no dia 8 de julho, na porta do Cotonifício Crespi, com vários feridos após um choque entre operários e policiais. Na manhã do dia seguinte, novo incidente, desta vez na porta da Companhia Antárctica. Enfurecidos, alguns trabalhadores destroem um caminhão da companhia e seguem
Os trabalhadores do Cotonifício Crespi pararam e foram participar das manifestações de rua. No fim do movimento, o jornal O Estado de S. Paulo noticiou: “Com a volta de alguns milhares de operários ao trabalho, a cidade retomou ontem o aspecto que tinha antes de se iniciar o movimento grevista”
para o Brás até a Tecelagem Mariângela. Novo conflito e, desta vez, um operário cai morto. Seu nome: José Iñeguez Martinez, um sapateiro espanhol de 21 anos. A praça Vermelha Na fria manhã de 11 de julho, uma multidão de dez mil pessoas acompanha o enterro de Martinez até o cemitério do Araçá. Pela primeira vez a classe proletária estava nas ruas. Seguiram-se manifestações e discursos na praça da Sé e em outros locais, inclusive na praça Vermelha. A praça Vermelha, embora não tivesse esse nome, era o local como ficou conhecido o espaço compreendido pela confluência das ruas da
Mooca, Taquari, Paes de Barros e Oratório. Ali, o operariado paulista começou a entender e exigir os seus direitos. O Comitê de Defesa Proletária, formado no dia seguinte à morte de Martinez, assumiu a direção do movimento e apresentou sua pauta de reivindicações: aumento de 35% dos salários, proibição do trabalho de menores de 14 anos, abolição do trabalho noturno para mulheres, jornada de trabalho de 8 horas, respeito ao direito de associação, congelamento de preços dos alimentos e redução dos aluguéis. Enquanto os patrões relutavam em aceitar as reivindicações, explodiam manifestações de descontentamento. Populares saqueavam lojas e armazéns. O
número de grevistas cresceu rapidamente, chegando perto de 40 mil no auge do movimento, com a adesão de várias categorias. Sucedem-se os conflitos, bondes são incendiados e os operários começam a armar barricadas nas ruas. As ruas da Mooca tornam-se quase intransitáveis. Uma nota da Delegacia Geral, publicada nos jornais do dia 13 de julho, dizia: “Pedimos ao povo pacifico que se recolha às suas casas para não ser recolhido no meio dos desordeiros (...), pois a polícia (...) vai manter a ordem, para isso empregando os meios mais enérgicos”. Mas dentro da própria Força Pública começavam a surgir casos de insubordinação e de simpatia aos
grevistas. O governo apela para as tropas da Infantaria e da Cavalaria, que desembarcam no porto de Santos para reprimir o movimento. Num dos tiroteios, uma bala perdida mata a menina Eduarda Binda, de 12 anos, na porta da sua casa, na Barra Funda. Pouco depois, morre outro operário, o pedreiro Nicola Salermo. A greve operária havia transformado São Paulo num palco de insurreição. Uma comissão de jornalistas entra em cena para tentar mediar o conflito. Apresenta uma proposta de aumento geral de salários de 20%, respeito ao direito de associação, não dispensa dos grevistas. O governo se compromete a libertar os presos e a estudar medidas que protejam os
trabalhadores menores de 18 anos e as mulheres no trabalho noturno. O comendador Rodolfo Crespi, o mais renitente em relação a um acordo com os grevistas (e por eles apelidado de “Barão da Greve”), acaba concordando. Os demais empresários também e o acordo põe fim à paralisação. “Com a volta de alguns milhares de operários ao trabalho, a cidade retomou ontem o aspecto que tinha antes de se iniciar o movimento grevista”, noticiou o jornal O Estado de São Paulo. Mas, como ainda registra Augusto Buonicore, “São Paulo não seria mais a mesma. A paisagem urbana havia mudado com a entrada em cena de um novo personagem - o proletariado”. (TT)
Cívil Dr. Flávio Martin Pires Criminal Família Imobiliário www.advogadosvirtuais.adv.br R.: Manuel Vieira de Souza n°35 Empresarial
Advocacia OAB/SP 139.851
(11) 6121-7611
DIÁRIO DO COMÉRCIO
20 -.ESPECIAL
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
MOOCA - 450 ANOS Reprodução
O primeiro time de futebol do Juventus em 1930, na rua dos Trilhos. Ele teve pelo menos três nomes até chegar ao atual, inspirado no clube de Turim. A opção pela cor da camisa homenageou o Torino
Juventus da Mooca, o teimoso “Moleque Travesso” Quase sempre em crise, o Juventus nunca deixou de ser apenas um “Moleque Travesso”, apelido que ganhou por aprontar surpresas contra os grandes do futebol paulista. Muitos craques já vestiram sua camisa
O
futebol, que um tal de Charles Muller havia trazido para o Brasil, estava virando febre na cidade. Assim, os operários do Cotonifício Rodolfo Crespi resolveram montar também a sua equipe. E o que existe a partir daí é uma grande confusão sobre as origens e transformações do clube. A começar pelo primeiro nome, que alguns dizem ter sido Extra e que teria uma camisa tricolor (preto, branco e vermelho). A verdade é trazida por Vicente Romano Netto, como o nome diz neto de Vicente Romano, um dos fundadores do clube, ao lado do português Manoel Vieira de Souza, ambos funcionários do cotonifício. Oriundo da Campania, sul da Itália, Romano deu ao clube o nome de La Grécia (pois foram os gregos que dominaram aquela região por longo período). E ele tinha poderes para isso, pois fora escolhido como primeiro presidente. Por algum tempo, a sede do clube foi a sua própria casa, na rua dos Trilhos, 42 (hoje no 600). O time foi ganhando fama, a ponto de ganhar também a simpatia dos donos do cotonifício, que cederam um terreno na rua Javari para a construção de um campo. E mais: ganhou também a adesão de uma equipe interna do próprio cotonifício. Em 1923, pouco depois de Rodolfo Crespi (dono do cotonifício) receber o título de “Cavaliere del Lavoro”, o time passou a se chamar Cavalheiro Crespi FC. No ano seguinte, mudou para Cotonifício Crespi FC e começou a disputar o Campeonato Amador. Em 1930, inscreveu-se na APEA (Associação Paulista de Esportes Athleticos), a entidade que organizava o futebol paulista
Marcelo Min/AFG
Na década de 60 o Juventus: construiu a sede social e o parque poliesportivo numa área de 85 mil metros quadrados no Parque da Mooca
na época. Mas teve de mudar o nome de novo, pois a APEA não admitia clubes classistas. Assim, surgiu o nome Clube Atlético Juventus, inspirado na Juventus de Turim. Contrário ao profissionalismo, que chegou em 1933, o Juventus resolveu se afastar por dois anos. Nesse tempo, para não ficarem parados, os jogadores formaram um novo time, o Fiorentino. Mas é apenas essa - os jogadores - a única ligação entre os dois clubes, embora a taça de campeão amador de 1929, ganha pelo Fiorentino, faça parte da galeria de troféus montada pelo Juventus. Quanto às cores: para fazer jus à Juventus de Turim, o conde Crespi queria que fossem branco e preto. Mas houve re-
sistência da APEA porque já havia pelo menos quatro clubes com essas cores. Pelo mesmo motivo, não se aceitou preto, branco e vermelho. A opção pelo grená utilizado até hoje (e que lembra outro time de Turim, o Torino) foi a solução diante da falta de alternativas. Moleque Travesso A decisão de aderir ao profissionalismo veio em 1935, quando ingressou na Liga Bandeirante de Foot-Ball, que depois passaria a se chamar Liga Paulista de Foot-Ball. Em 1941, ao lado do Palmeiras, Corinthians, Santos, São Paulo, Portuguesa, Ypiranga, Comercial, Jabaquara e Nacional fundou a Federação Paulista de Futebol. Mas, em 1950, os Cres-
pi se afastaram e o Juventus passou por nova crise. Esteve a ponto de promover uma insólita fusão com a Ponte Preta, de Campinas, mas o espírito da Mooca falou mais alto, e o clube resistiu. Nova crise em 1954, quando caiu para a Segunda Divisão, mas no ano seguinte estava de volta. Até o início da década de 50 os limites do Juventus se restringiam a uma área de 13 mil m² entre a rua dos Trilhos, Javari e João Antônio de Oliveira. Nesse período, as atividades do clube se limitavam apenas ao futebol e à prática de alguns esportes amadores, embora um salão de festas, construído anos depois ao lado do campo de futebol, também servisse para festas de carnaval e até de cenário para as
filmagens de algumas chanchadas. No futebol, o Juventus nunca deixou de ser apenas um “Moleque Travesso” (apelido que ganhou do jornalista Thomaz Mazzoni, do jornal A Gazeta Esportiva, pela teimosia em aprontar surpresas contra os considerados papões do futebol de São Paulo), mas, ao longo da história, grandes jogadores vestiram sua camisa, como os goleiros Caxambu, Oberdã Catani, Picasso, Félix e Cabeção, os zagueiros Juvenal, Alfredo Ramos, Ditão e Geraldo Scotto, os meias Luisinho e Lima, e os atacantes Teleco, Hércules, Júlio Botelho, Pinga, Rodrigues e Baltazar todos com passagem pela Seleção Brasileira, alguns até com
disputa de Copa do Mundo no currículo. Isso sem falar em César Luis Menotti, um ponta que passou sem muito sucesso pela rua Javari, mas que seria campeão do mundo como treinador com a seleção da Argentina em 1978. Na década de 60, o moleque resolveu crescer. Numa área de 85 mil m² no Parque da Mooca, começou a erguer sua sede social e um parque poliesportivo. Contratou-se uma empresa imobiliária para a venda de títulos patrimoniais. Sucesso total: em pouco tempo, o clube havia vendido quase 40 mil títulos, o que acelerou a realização das obras, incluindo ginásios, piscinas, auditório, salão de jogos, quadras para várias modalidades, churrasqueira, play-ground, campo de futebol, bares, lanchonetes, restaurante, sauna, academia de ginástica, vestiários, departamento médico, sala de bingo, butique, berçário e um gigantesco salão de festas (o maior de São Paulo), além da sede administrativa com mais de 5,5 mil m2. Para completar, uma capela e uma boate. O sucesso da venda de títulos permitiu ao clube comprar o terreno do estádio da rua Javari, que ainda pertencia à família Crespi, além de alguns imóveis colados ao estádio, o que ampliou sua área para 15 mil m2. O estádio, porém, continuou acanhado e o sonho de fazer do Juventus um dos grandes de São Paulo não vingou. O próprio número de sócios refluiu (hoje, embora o clube não divulgue, os sócios patrimoniais não seriam mais do que cinco mil), mas o time de camisetas grenás continua cantando alto no seu terreiro - exatamente como nos tempos dos operários do Cotonifício Crespi. (TT)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
ESPECIAL - 7
MOOCA - 450 ANOS
A DOCE SAGA DOS DI CUNTO O navio fez uma parada extra e o jovem Donato desceu por engano no porto de Santos. Bendito engano: aqui ele descobriria a América. Começa assim a saga dos Di Cunto, história que toda a Mooca conhece e reverencia. A cidade também
N
ão era fácil a vida na Itália de 1870. Formado por várias províncias de origens étnicas distintas, o país passou por guerras para conseguir a unificação do seu reino. A população, essencialmente rural, vivia em péssimas condições, com a concentração das terras cultiváveis nas mãos de poucos proprietários. E pagavase imposto sobre tudo, incluindo-se os produtos que os agricultores cultivavam para seu próprio consumo e até mesmo sobre os animais domésticos. A ganância do governo era tão grande que, em certas regiões, se chegava a pagar até 31% sobre tudo o que era produzido. (Mal eles sabiam que num certo país da América do Sul, pouco mais de um século depois, essa carga iria se aproximar dos 40%). Empobrecidos e endividados, os pequenos proprietários abandonavam suas terras e seguiam para as cidades, passando a conviver com novos problemas: desemprego, marginalidade e fome (até que a emigração passasse a representar uma alternativa). Era essa a situação dos Di Cunto, que viviam na região de San Marco di Castelabate, no sul da Itália. Órfão de pai desde os 14 anos, o primogênito Donato resolveu tentar a sorte na América aos 17. Corria o ano de 1878, quando ele embarcou em Nápoles com destino a Montevidéu, onde a mãe tinha alguns parentes. Analfabeto, recebeu a orientação de desembarcar no terceiro porto contado após a travessia do Atlântico: Rio de Janeiro seria o primeiro, Santos o segundo, Montevidéu o terceiro. O surto de uma doença a bordo obrigou o navio a fazer uma parada extra e o jovem Donato imaginou que o porto de Santos era a terceira parada. Bendito engano: aqui sim ele descobriria a América. Sem parentes, amigos ou conhecidos (o patrícios só iriam chegar nas levas de imigração quase dez anos depois), Donato foi à luta: trabalhou uns tempos na construção de uma escola em Santos e, depois, em São Paulo, conseguiu um emprego de ajudante de carpinteiro no Banco União, onde seu chefe seria ninguém menos do que o arquiteto Ramos de Azevedo. Aplicado, fez carreira e, aproveitando as oportunidades que o banco oferecia, estudou, aprendeu desenho, chegou a mestre de obras da carpintaria. Juntou um dinheirinho, trouxe o irmão José e com ele montou uma das primeiras padarias da cidade. Local escolhido: rua Viscon-
Foto: acervo Família Di Cunto
Donato veio, fez a América e foi embora, mas quatro de seus dez irmãos reacenderam o forno restaurado. E a família prosperou
de de Parnaíba. Começa assim a saga dos Di Cunto, uma história que toda a Mooca conhece e reverencia. A cidade também. Por algum tempo, Donato tocaria a padaria ao lado do irmão, antes de voltar para a Itália, onde se casaria com Rosália e a traria para o Brasil. Os negócios prosperaram e foi possível abrir um a segunda padaria, esta na alameda Taubaté (atual rua Borges de Figueiredo), em 1896. Quatro anos depois, já com dois filhos, retornou à Itália, com planos de trazer toda a família para o Brasil. Surgiu, porém, um contratempo: Donato tinha uma irmã paraplégica e as leis de imigração brasileiras não aceitavam pessoas portadoras de deficiência.
Contrariado, ficou por lá mesmo e quem acabou vindo para o Brasil foram os filhos, pouco depois de sua morte, em 1932. No dia 14 de março de 1935, quatro dos dez irmãos - Vicente, Lorenzo, Roberto e Alfredo - reacenderam o forno restaurado. Estava funcionando novamente a padaria do velho Donato. Mas os tempos também não eram fáceis. A concorrência era grande (na Mooca e região existiam dezenas de padarias: Roma, Itália, Trieste e Trento, Sguillaro, Iervolino, Batipaglia, Bifulco, Favorita, Sete Estrelas, Grandino, Flor do Brás, além de outras que abriram e fecharam em p o u c o t e mpo).
DIÁRIO DO COMÉRCIO
8 -.ESPECIAL
MOOCA - 450 ANOS
i Cunto
mília D
cervo Fa
Fotos: a
O s Di Cunto aprenderam com a prática e o faro para os negócios. Em 1936 criaram a entrega em domicílio, coisa em que jamais alguém já havia pensado. No início, usaram um veículo de tração animal, depois um pequeno furgão. Herança da criatividade do velho Donato (à direita)
Imobiliária Belém Ltda. CRECI j.13720-8
COMPRA - VENDA E LOCAÇÃO DE IMÓVEIS ESTACIONAMENTOS - ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS EM GERAL - DEPTO. JURÍDICO Rua Herval,923 (Próx. Metrô Belém) São Paulo-SP Fones/Fax: (11) 6292-8488 / 6291-2662 / 6693-8450 / 6096-8899 E-mail: imovelone@ig.com.br
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 -.OPINIÃO
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
LENTE
DE AUMENTO
O PRIMEIRO DIA DE PROPAGANDA ELEITORAL como governador de São Paulo. Ao invés de vinculações com a gestão de Fernando Henrique Cardoso, preferiu colar-se ao ex-governador Mário Covas (falecido em 2001). Também aproveitou para apresentar algumas propostas de campanha, como desenvolvimento e temas sociais. Programa de boa qualidade técnica. Usou muitas imagens do programa partidário do PSDB veiculado em junho. Uma boa opção que pode dar certo. Não atacou Lula e explorou sua imagem de bom moço. Lula (PT), além de sua trajetória de sindicalista à presidente da República, apresentou os resultados de seu governo, como
Milton Mansilha/LUZ
Alckmin preferiu a imagem de bom moço
religioso. Cristovam Buarque (PDT) abriu sua participação se apresentando como candidato da educação. Com um pouco mais de tempo do que a senadora Heloísa Helena, além de abordar o tema principal de sua campanha, fez breve apresentação de sua carreira política como reitor na Universidade de Brasília, governador do Distrito Federal, senador e ministro da Educação. Foi um programa inovador cujo ponto fraco foi o jingle utilizado. Cristovam pareceu excessivamente maquiado. Geraldo Alckmin (PSDB), com o maior tempo entre os candidatos, teve oportunidade de detalhar melhor sua trajetória política. Apresentou resultados de sua gestão
balança comercial e queda do risco-país. Colocou-se para o eleitor como o candidato do futuro. Procurou não atrelar sua imagem à do PT. Programa de boa qualidade técnica. Os jingles de abertura e de encerramento (ritmo nordestino muito triste de início) não foram as melhores escolhas. Nenhum dos programas dos candidatos líderes trouxe novidades. Os programas dos candidatos intermediários também não tiveram grande impacto. Ainda é cedo para esperar grandes mudanças nas pesquisas. Mas a pesquisa Ibope/TV Globo, a ser divulgada na sexta, já pode trazer algum reflexo do debate, da propaganda partidária e das inserções no rádio e na TV. ANÁLISE DA CONSULTORIA ARKO ADVICE WWW.ARKOADVICE.COM.BR
N enhum dos programas trouxe novidades
Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente em exercício Alencar Burti Presidente licenciado Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi
Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)
Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: , Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046
O DEBATE Céllus
O
primeiro dia de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV foi marcado pelas apresentações e pelo tom ameno entre os candidatos. Não houve ataques mútuos. Heloísa Helena (PSOL) foi a primeira. Um programa básico, sem muitas novidades. Por conta do pouco tempo, não pôde falar muito. Algumas vezes, o sorriso ficou fora do lugar. Outras, caía no lugar-comum das palavras de ordem. Para quem gosta dela, nenhuma novidade. O programa de Heloísa Helena, como esperado, foi o mais agressivo apesar de temperado com palavras amáveis e de cunho moral-
JOÃO DE SCANTIMBURGO
A
To ti?
BENEDICTO FERRI DE BARROS
E
ra a pergunta que Sócrates fazia aos seus interlocutores, quando se viam mistificados por alguma questão. Não consta que Sócrates haja assistido à entrevista que Lula deu ao Jornal Nacional na noite de 10 de agosto. E seguramente nenhum dos telespectadores éramos Sócrates. Mas todos os que assistimos a essa entrevista, diante da confusão e mistificação que sentíamos dadas pelas respostas, poderíamos nos perguntar : "To ti?" – O que é isso? Os sofistas que infestavam Atenas eram mestres em confundir os atenienses com seus recursos retóricos que escamoteavam as verdadeiras questões, dando respostas verdadeiras a questões falsas. O método empregado por Sócrates para restaurar a verdade na mente dos seus conterrâneos era perguntar-lhes: que negócio é esse? Que negócio foi esse que se passou na entrevista, cujo formato enlatado, que excluía a elucidação do confuso, pode ter deixado na maioria dos telespectadores a sensação de estarem sendo mistificados sem direito a réplica e esclarecimento? Foi ele quem nomeou o procurador que denunciou a existência de uma quadrilha de criminosos fazendo tudo para se perpetuar no poder? Foi. Mas então, tanto pior, pois deve-se dar todo o crédito ao que disse o procurador. É verdade que a polícia age com autonomia e nunca se prendeu tanta gente por corrupção? É. Mas, então isso significa que no seu governo a cor-
rupção chegou ao auge. É verdade que os pais podem ignorar que um filho é drogado e criminoso? É. Mas ele não podia ignorar quem eram os companheiros de jornada com os quais conviveu intimamente por dezenas de anos, compartilhando ideologia e estratégias e que ele implantou na cúpula de seu governo. É verdade que foi ele que afastou Dirceu e Palocci? Já isso não é. Eles não foram afastados, caíram por denúncias de terceiros e se escafederam por conta própria. Lula se limitou a referendar suas demissões. É verdade que jamais o mar de lama se tornou maior e mais explicito e mais combatido no País? É. Mas também é verdade que seu governo que veio para mudar tudo o que aí estava converteu grande número do que ele chamou de "300 picaretas" em centenas de mensaleiros. É verdade que foram petistas e não o PT que foi atingido? Já isso, não é. Porque foram atingidos seus próceres, que foram os cabecilhas de todas as nojeiras montadas e praticadas.
A
o reafirmar sua velha posição de que não sabia de nada, acrescentando a novidade de que se considera responsável por tudo, passa um autoatestado de incompetência e irresponsabilidade, mas que soa eleitoralmente como simpática confissão de humildade – o que ninguém ignora que é o que mais lhe falta. – E acrescentou, encerrando o programa sorridente e aliviado: "O tempo acabou." "To-ti?" – é isso aí.
Q ue negócio foi esse que se passou na entrevista de Lula, sem direito a réplica?
O óbvio MILTON LOURENÇO
S
ó agora, ao final do mandato do atual governo, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, anuncia que pretende empreender uma aproximação comercial com os EUA. Como se sabe, com um PIB ao redor de US$ 12,4 trilhões, os EUA constituem o maior mercado do planeta, responsável por 16% das exportações mundiais, segundo dados da Organização Mundial do Comércio (OMC). Não se sabe por que o ministro demorou tanto a descobrir o óbvio. Nem se o anúncio resultou de alguma aferição que lhe tenha permitido traçar planos para o novo mandato presidencial que começa em janeiro de 2007. Até porque o ministro, antes mais afinado com um partido de oposição ao atual governo, nem sempre tem encontrado apoio entre os seus pares. Pelo contrário. Não foram poucas as ocasiões em que trocou farpas com integrantes de outros ministérios. De qualquer modo, antes tarde do que nunca. É possível que a mudança de orientação tenha partido de uma conclusão óbvia, depois que a orientação antiamericana do Itamaraty chegou a ponto de levar o presidente brasileiro a cometer a gafe de comemorar em público o fracasso das negociações para a formação da Alca. Mas agora, com o malogro nas negociações multilaterais no âmbito da OMC, parece que ao governo não resta outra saída a não ser batalhar por maior acesso ao bilionário mercado norteamericano. Afinal, os números não mentem. Sendo hoje o 15º maior exportador para os EUA, o Brasil começa a perder espaço para a China naquele mercado, a exemplo do que já ocorre na América Latina, inclusive na Argentina, nosso maior parceiro no Mercosul. De nada adianta o MDIC procurar levantar uma cortina de fumaça, anunciando que os latino-americanos se tornaram os maiores compradores do País, absorvendo cerca de 25% de nossas exportações, acima de EUA e União Européia. O que dói é ver o Brasil perder espaço num mercado extremamente rico como o norteamericano. Exportamos para os EUA US$ 24,4 bilhões, o que representa apenas um décimo do total que os chineses venderam. Já os chineses que, em 1985, venderam apenas US$ 7 bilhões
EM QUESTÃO
para os EUA, exportaram no ano passado US$ 243 bilhões. Ninguém pode defender de maneira irrealista que o Brasil tente competir com o dragão chinês, mas também não pode chegar ao exagero de ver o mercado norte-americano como supérfluo. O resultado dessa política comercial vesga já se reflete nos números dos últimos anos. Em 2004, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações brasileiras para o mercado norte-americano haviam crescido 20%, mas, no ano passado, essa taxa caiu para 10%. Pior ainda: nos primeiros seis meses de 2006, a taxa despencou para 4,3%. E isso ocorreu exatamente num momento em que as importações feitas pelos EUA cresceram 43,6%. Quer dizer: o País começa a pagar caro pela ausência de uma estratégia clara de conquista do mercado norte-americano. Não bastasse isso, a China já supera o Brasil como maior fornecedor de produtos manufaturados para os países da América Latina. Em 1990, os chineses eram responsáveis apenas por 0,7% das importações do mercado latino-americano, mas, em 2004, já haviam abocanhado 7,8%. Não há dados disponíveis para 2005, mas não é difícil imaginar que tenham evoluído para mais de 10%.
S
ejamos claros: depois do fracasso da Alca e da Rodada Doha, a competitividade brasileira, sem a proteção de acordos comerciais com grandes blocos ou com nações que, de fato, importam (nos dois sentidos) no contexto mundial, começa a ruir. O único acordo comercial de que dispomos, o Mercosul, não tem sido capaz sequer de impedir o avanço chinês num mercado que, praticamente, era cativo do Brasil, o de calçados na Argentina. Depois que o muy amigo governo argentino limitou as importações de calçados brasileiros a uma cota anual de 13 milhões de pares nos dois últimos anos, os chineses entraram com tudo, apesar da tarifa de 35% aplicada pelo Mercosul aos países de fora do bloco. Assim, o Brasil viu a sua participação cair de 90% para 50% no mercado argentino de calçados. MILTON LOURENÇO É PRESIDENTE DA FIORDE LOGÍSTICA INTERNACIONAL FIORDE@FIORDE.COM.BR
P arece que não resta outra saída que aumentar o acesso ao mercado dos EUA
Rede Bandeirantes abriu a temporada dos debates televisivos sem a presença do seu ator principal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que as pesquisas de opinião vêm favorecendo seguidamente. Essas realizações dos órgãos de comunicação são conhecidas e não trazem novidades. Lula obedeceu a uma decisão de seu conselho de campanha e ficou mudo, deixando que seus concorrentes encontrassem respostas para as perguntas que lhes foram feitas. A tática do presidente Lula não pode ser duradoura, pois chegará o momento em que deverá enfrentar seus opositores com perguntas que vão lhe fazer mal, com questões até agora escondidas do grande público. Goste ou não de programas de televisão, deve se submeter ao que já faz parte das campanhas políticas e que serve para dar a medida da competência do candidato a governar o Brasil. Não podem fugir a esse dever os candidatos inscritos.
S
em dúvida, poderá haver a fraqueza de um candidato em face de outro, que o leve a perder votos, mas esse perigo é do jogo democrático, que premia quem se dispõe a debater programas políticos e administrativos em público e com capacidade de guardar as respostas dos candidatos para avaliá-las em face da realidade. Não é a primeira vez que uma televisão organiza um debate e um dos candidatos reserva-se ao direito de não comparecer, sendo este o presidente do Brasil, enquanto outros estiveram no estúdio para responder as perguntas que lhes foram formuladas. No fundo, o programa de televisão é um desvestimento, do qual o candidato não pode fugir. Em definitivo, o debate em televisão é altamente ético, pois apresenta os candidatos na sua inteireza e na sua retidão sobre assuntos que vai enfrentar depois do pleito, se eleito. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
G No fundo,
o programa de televisão é um desvestimento, do qual o candidato não pode fugir.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
REELEIÇÃO DE LULA lckmin não vê razão para A um segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva. Questionado sobre qual será o mote que usará para receber o voto dos eleitores e ir para o 2º turno, respondeu que representa uma nova política, em que há "menos discurso e mais ação". Segundo o candidato tucano, um presidente só é reeleito quando faz um grande governo ou possui um grande sonho. "Este governo é um descalabro sob o ponto de vista ético. Nesta gestão, a corrupção se generalizou na máquina pública, contaminando os poderes. O Brasil regrediu. O sonho deste governo é manter-se no poder". Para Alckmin, o governo não funciona. "Temos 34 ministérios, a carga tributária representa 39% do PIB e investe 0,4%. Há mais de duas mil obras paradas atualmente", disse. Alckmin questionou ainda a força política do governo num novo mandato. "Onde está a base de sustentação o governo?", disse, citando o senador Ney Suassuna (PMDB-PB), Jader Barbalho (ex-senador, PMDB-PA) e Newton Cardoso (candidato do PMDB ao Senado por Minas) – todos envolvidos em denúncias de corrupção.
INSS
déficit da Previdência O enfrentado pelo INSS e pelo setor público (União,
Estados e municípios) poderá ser combatido com a redução da informalidade do mercado de trabalho brasileiro, com o combate à sonegação e a regulamentação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que estipula tetos de benefícios aos servidores públicos. Esse conjunto de medidas foi defendido pelo candidato do PSDB à Presidência da República. "Metade da mão-de-obra economicamente ativa está na informalidade", sustentou o Alckmin, ao pregar a necessidade de o governo federal promover "desburocratização e redução de encargos" para expandir a massa de trabalhadores formais no País. Alckmin considera que o INSS tem um papel importante de distribuição de renda no País e lembra que o benefício médio pago pelo órgão é de dois salários mínimos. Ao reforçar que entende ser necessária a manutenção da dotação orçamentária da União para o pagamento dos benefícios, o tucano acrescentou que o combate à sonegação seria um componente essencial para o equilíbrio das contas previdenciárias.
Política
Metade da mão-de-obra economicamente ativa está na informalidade. Candidato Geraldo Alckmin, ontem, na sabatina.
PÍLULAS DE VIDA DO DOUTOR ALCKMIN Epitácio Pessoa / AE
Mudanças à vista: "Com boa gestão e com política de crescimento acho que o Brasil pode andar melhor e mais depressa", diz Alckmin.
O
candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou ontem, no início da sabatina com presidenciáveis, promovida pelo Grupo Estado, que, se eleito, pretende promover reformas importantes para o País. Outro ponto destacado pelo ex-governador de São Paulo foi a importância da ética, que, somada à boa gestão e ao crescimento econômico, poderá trazer melhor resultado para o Brasil. "Entendo que, com avanços de natureza ética – porque para mim, ética não é somente não roubar ou não deixar roubar, mas é eficiência –, com boa gestão e com política de crescimento, acho que o Brasil pode andar melhor e mais depressa", comentou Alckmin. Entre as primeiras reformas de um eventual mandato, o presidenciável citou que pretende "implementar rapidamente" no País a reforma política. Além dela, Alckmin citou a importância de uma reforma tributária e a melhoria na qualidade do ensino brasileiro. Geraldo Alckmin foi o primeiro sabatinado no ciclo de entrevistas "Eleições 2006 no Estadão", que convida ao auditório do jornal, em São Paulo, os quatro primeiros colocados nas pesquisas de opinião sobre a disputa presidencial. Na entrevista, formatada em blocos por assuntos, como pílulas de opinião e informação, Alckmin respondeu a perguntas formuladas pelos jornalistas Dora Kramer, colunista de política de "O Estado de S.Paulo", Celso Ming, comentarista de economia do jornal, José Nêumanne, editorialista do "Jornal da Tarde", José Márcio Mendonça, analista político da "Rádio Eldorado" e Elizabeth Lopes, repórter especial da "Agência Estado". A mediação do evento foi feita pelo
jornalista Roberto Godoy, de "O Estado de S. Paulo". O ciclo prosseguirá sexta-feira, dia 18, com a entrevista do candidato Cristovam Buarque (PDT), e na sexta-feira seguinte, dia 25, a entrevistada será a candidata Heloísa Helena (PSol). Até anteontem à noite a assessoria do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não tinha confirmado a data da sua entrevista, embora tenha dito que o candidato-presidente mantém a sua intenção de participar da iniciativa. Governo estadual - Para a próxima semana estão marcadas as entrevistas dos candidatos ao governo de São Paulo. Aloizio Mercadante (PT) será o entrevistado do dia 22, terça-feira; o candidato Orestes Quércia (PMDB) comparecerá no dia 23, quarta-feira; e o candidato José Serra (PSDB) será o inquirido no dia 24, quinta-feira. Crise interna – O principal desafio da campanha do candidato tucano ao Planalto, Geraldo Alckmin, é superar a crise interna, travada entre o PSDB e o PFL: bater ou não no presidente Luiz Inácio Lula da Silva na TV, na exibição da propaganda eleitoral gratuita. Essa polêmica está em curso desde o início da campanha e será um dos assuntos da conversa entre o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, para avaliar as dificuldades da campanha. O PFL defende um discurso mais agressivo e duro em relação a Lula. O senador Antonio Carlos Magalhães (PFLBA) quer, por exemplo, que o presidente seja chamado em alto e bom som de ladrão na TV. Não é o que pensam os tucanos. O coordenador-executivo da campanha, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), acha que essa discussão se prolongará ao longo da campanha, mas considera correta a estratégia traçada pelo coordenador de comunicação, jornalista Luiz Gonzalez. Acompanhe a seguir os principais trechos da longa sabatina com o candidato tucano.
Clayton de Souza/AE
REFORMAS
TRIBUTOS
lckmin garantiu que o ser pressionado a A implementará as A assumir diretamente um reformas tributária e política valor para os compromissos
NOSSA CAIXA ex-governador de São O Paulo, Geraldo Alckmin, rebateu que sua
administração à frente do governo paulista tenha enfrentado denúncias de corrupção, especialmente em relação à contratação da agência publicitária do banco Nossa Caixa. "Houve um erro. A agência de publicidade foi contratada por licitação por 18 meses podendo ter o contrato prorrogado por mais 18 meses. O contrato não foi prorrogado e, dois meses depois, a direção do banco cancelou o contrato, abriu sindicância e o responsável foi demitido", relatou o tucano. Segundo Alckmin, a Nossa Caixa é um banco marcado pelo "profissionalismo", prova disso é o fato de estar listado no Novo Mercado da Bovespa.
3
O que aumenta o imposto é o gasto público, sobre o qual o governo não tem controle. Geraldo Alckmin
em seu governo. Questionado sobre como faria as reformas com um Congresso como o atual, disse que a cláusula de barreira deixará que apenas seis ou sete partidos, em vez de 19 ou 20, tenham representação na Câmara, e que isso, por si só, já vai melhorar a situação. O candidato afirmou que, se eleito, enviará, já em janeiro, um projeto de fidelidade partidária, que espera ser aprovado rapidamente pelo Congresso. O ex-governador voltou a afirmar que o governo precisa cortar gastos. Ele prevê que a carga tributária chegue a 40% do PIB em 2007 com o aumento das despesas neste ano. "O que aumenta o imposto é o gasto público, sobre o qual o governo não tem controle." Alckmin disse que unificará o ICMS e o IVA. E negou que tenha barrado a tentativa de unificação do ICMS feita pelo governo Lula.
sobre o montante de cortes que promoveria nos gastos públicos e na carga tributária, Alckmin disse: "Essa coisa de numerologia não tem sentido. O Lula prometeu 10 milhões de empregos e ficou aquela disputa entre os candidatos, de sete, oito milhões de empregos", disse. "(Mário) Covas não disse vou cortar R$ 1 bilhão ou R$ 100 milhões. Pegou o governo de São Paulo com déficit de 25% ao ano e foi reduzindo, até chegar a 5% e depois zerar", complementou. Alckmin insistiu que o objetivo de uma eventual administração tucana será diminuir, "e se possível zerar", o déficit nominal do País. Assim, garantiu que haverá espaço nas contas públicas para a promoção de cortes na carga tributária. Ele afirmou também que é favorável à autonomia do Banco Central, mas ressaltou que esse assunto não é prioridade.
AMANHÃ CRISTOVAM BUARQUE (PDT) SERÁ SUBMETIDO À SABATINA DO GRUPO ESTADO.
SEGURANÇA candidato do PSDB à O Presidência da República evitou realizar uma
autocrítica sobre a gestão tucana na segurança pública, durante seu governo no Estado de São Paulo. Alckmin se esquivou de uma eventual mea-culpa e preferiu não mencionar quaisquer erros, além de evitar realizar crítica direta ao atual secretário de Segurança Pública, Saulo de Castro , nomeado por ele. "Se eu tivesse (erros), eu já teria corrigido", afirmou Alckmin. "Eu sou admirador do Saulo. Claro que ele tem personalidade controvertida", disse. "Os estilos são diferentes, mas é um bom gestor", acrescentou, mencionando feitos de Saulo, como, entre outros, a extinção de unidades da Febem. Ao ser questionado, se eleito, levaria Saulo para Brasília, já que o admirava, Alckmin se mostrou desconcertado e apenas afirmou que a indicação de nomes de ministros, sem a eleição consumada, "dá um azar danado". Indagado sobre as recentes declarações do secretário, de que o PT estaria ligado aos recentes ataques do PCC a São Paulo, Alckmin limitou-se a dizer: "Aí é um assunto da polícia. Eu não vou fazer nenhuma ligação."
DÓLAR o responder o A questionamento sobre quais medidas pretende
adotar para combater a apreciação do real frente ao dólar, o ex-governador de São Paulo disse que é um defensor do câmbio flutuante e citou o ajuste fiscal como medida essencial para permitir uma política monetária melhor. Segundo Geraldo Alckmin, a diferença da nossa taxa de juros interna com as de fora tem levado a uma "enxurrada" de dólares, valorizando o real. Alckmin também disse não concordar com as medidas que o atual governo adota, como a compra de dólares. "Está comprando US$ 5 bilhões por mês. Estão queimando dinheiro e não seguram o dólar". Ele listou os problemas gerados por essa valorização. "As indústrias estão indo embora, de roupa, sapato, brinquedos. No agronegócio, a soja é plantada aqui e esmagada na Argentina. Não dá para plantar com o dólar a R$ 2,40 e vender a R$ 2,10. A paisagem da indústria vai virar um deserto", disse.
CPI´s tucano também O rechaçou a acusação de que o governo dele em São
Paulo impediu a abertura de uma série de CPIs na Assembléia Legislativa. "CPI é coisa séria, não objeto de luta política. De novo o PT queria fazer CPI aqui porque havia CPI em Brasília, dentro de uma tática de que somos todos iguais", justificou . "Não somos iguais", disse. Ao ser lembrado que foram requisitadas CPIs para investigar os contratos do Rodoanel e a Nossa Caixa, entre outros, Alckmin insistiu que não aceitaria fazer luta política nesses casos e observou que a Assembléia é um poder independente do Executivo. Mais uma vez, o tucano foi avisado que possuía a maioria da bancada na Casa, mas rejeitou tal observação: "Se eu tivesse a maioria na Assembléia, teria eleito o meu candidato a presidente (do legislativo paulista). O PSDB não participa nem sequer da mesa da Assembléia".
4
Congresso CPI Eleição Planalto
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
Ninguém nunca mais chamou vocês de marajás. Presidente Lula, ontem aos funcionários do BB
DEPOIS DA CAIXA, CANDIDATO-PRESIDENTE VAI AO BB
PRESIDENTE VISITA BANCO E ALCKMIN NÃO EMPLACA EM PERNAMBUCO
N
a visita ao Banco do Brasil (BB), ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato da Coligação A Força do Povo (PT-PRBPC do B) à reeleição, disse que, no governo dele, a imagem da instituição e dos funcionários só melhorou. "Eu vim aqui para dizer o seguinte: ninguém nunca mais chamou vocês de marajás", afirmou. "Vocês nunca viram ninguém do governo descarregar em funcionário do Banco do Brasil discurso de que ele ganha bem." Lula salientou que bons funcionários precisam ser bem pagos, especialmente no momento em que o mercado exige dinamismo e competitividade. A visita dele foi em clima eleitoral. Lula destacou ações do BB que beneficiam camadas mais pobres, como o microcrédito e os crédito consignado e do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Segundo o presidente, esses três programas tornam disponíveis, atualmente, R$ 25 bilhões. "Não é pouca coisa", afirmou Lula, que ouviu de empregados que acompanharam a visita, músicas da campanha eleitoral. Cútis – O presidente disse ainda que a população percebe as ações do governo. "O povo está sentindo na pele que as coisas estão melhorando. Ele (o povo) está tendo acesso e conseguindo ser atendido em bancos públicos", disse. Ao defender o microcrédito e os créditos consignado e do Pronaf, Lula afirmou que o BB e outros bancos públicos também foram beneficiados com as propostas. "Está provado que o Banco do Brasil não precisa emprestar muito dinheiro para poucos para ganhar dinheiro. O banco pode emprestar pouco dinheiro para muitos e ter um ganho extraordinário", afirmou. Jingle - O presidente demonstrou preocupação com o clima de campanha na visita ao BB, diante das exigências e regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). (AE)
LULA AFIRMA TER RECUPERADO IMAGEM DO BB Ed Ferreira/AE
Eymar Mascaro
Desafio
C
andidato do PSDB à presidência da República, Geraldo Alckmin tinha ontem à noite importante compromisso de participação em um comício programado para a cidade industrial de Betim, região metropolitana de Belo Horizonte. O ato era fundamental porque o candidato tucano continua perdendo para Lula nas pesquisas feitas no Estado. Alckmin estaria ao lado do governador Aécio Neves e do ex-presidente Itamar Franco. No último mês, Alckmin cresceu pouco em Minas e Aécio quer aproveitar a campanha pela televisão para reduzir a diferença que separa os dois candidatos. pelo crescimento do seu candidato usando a tevê.
ELEITORADO O Nordeste está com 33 milhões de eleitores. A região só perde para o Sudeste (50 milhões). Lula continua liderando as pesquisas no Nordeste, com mais de 60% nas pesquisas. A média de Alckmin na região é 15%.
Lula cumprimenta funcionários do BB, pede que não façam greve e diz que não existe mais caça a marajás.
EM PERNAMBUCO, ALCKMIN SOME Candidato tucano enfrenta restrições até de seus aliados no nordeste
S
em apelo nem apoio popular em Pernambuco, de acordo com as pesquisas de opinião, o candidato tucano a presidente Geraldo Alckmin não foi citado uma só vez pelos seus aliados no estado no primeiro programa eleitoral gratuito dos candidatos a governador, senador e deputado estadual. O candidato do PFL, governador Mendonça Filho, preferiu atrelar sua campanha a Jarbas Vasconcelos (PMDB), ex-governador e candidato ao Senado. Jarbas, por sua vez, ligou sua imagem à de Mendonça no seu horário. Lado de lá– O único a citar Alckmin, com o objetivo de
vincular – de forma negativa – o tucano a Mendonça e Jarbas, foi o candidato ao Senado pela Frente de Esquerda, Luciano Siqueira, do PC do B. "Venha para o nosso lado, o lado de Lula e de Humberto (Costa, candidato do PT a governador)", disse Luciano, ao frisar que "o lado de lá" é o de Alckmin, Jarbas e Mendonça, que falam mal de Lula, o presidente que está com o povo. Em contrapartida, Humberto Costa e Eduardo Campos (PSB) abusaram da imagem de Lula, sempre vinculando as suas candidaturas ao presidentecandidato, grande favorito do
eleitor pernambucano. Não teve depoimento de Lula a favor de nenhum dos dois. O ex-governador Miguel Arraes (PSB) também teve sua imagem explorada pelos socialistas, a pretexto do primeiro aniversário de sua morte. Seu herdeiro político é o neto Eduardo Campos. Contínuos - De alguma forma, os três principais candidatos pregaram a continuidade. Eduardo, a continuidade da luta do avô Miguel Arraes; Mendonça Filho a continuidade de Jarbas Vasconcelos; e, tanto Humberto como Eduardo, a continuidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.(AE)
TV Reunião Plenária (informações, debates e busca de soluções)
Convidado Especial
Gilberto Kassab Prefeito de São Paulo
Participação Secretário dos Transportes Metropolitanos
Jurandir Fernando Ribeiro Fernandes Presidente do Metrô
Carlos Frayze David TEMA: Uma Visão de São Paulo Dia: 21 de agosto de 2006, segunda-feira Horário: às 17 horas Local: Rua Boa Vista, 51 - 9º andar
SEGURANÇA DOMINA FALAS DOS CANDIDATOS
N
o segundo dia no horário eleitoral, ontem, nas emissoras de rádio e tevê, a segurança foi o tema de maior destaque. José Serra, PSDB, seguiu o roteiro iniciado anteontem pelos candidatos presidenciais, com apresentação da sua trajetória política. Quanto a promessas de governo, Serra se comprometeu a expandir o programa ‘Remédio em Casa’. Mas não falou da crise de segurança que se abate sobre o estado, o que não foi poupado pelos adversários. Aloísio Mercadante, PT, abriu seu programa dizendo que queria se apresentar ao eleitorado e falar sobre temas importantes como saúde e educação, mas que a crise na segurança pública e o caos em São Paulo era uma questão urgente. Prometeu, se eleito, construir uma força-tarefa contra o crime, constituída pela Polícia Federal, Forças armadas, Polícia Civil e Militar. A crise na segurança também foi um dos destaques do candidato Orestes Quércia, do PMDB, que se comprometeu a resolver a questão da segurança em São Paulo. (AE)
MÁGOA
VANGUARDA
Marqueteiros que cuidam da campanha de Alckmin não gostaram da declaração de FHC que atribuiu a José Serra melhores dotes para governar o País. FHC é acusado de não ter se engajado na campanha de Alckmin e agora atrapalha o candidato.
Pernambuco (5,8 milhões de votos), terra do coordenador da campanha tucana, Sérgio Guerra, continua sendo o Estado nordestino em que Lula alcança maior índice de intenção de voto: cerca de 70%. Em tempo: Pernambuco é também terra de Lula.
IMPORTÂNCIA
SILÊNCIO
Com 13 milhões de eleitores, Minas é o segundo maior colégio do País. Só perde para São Paulo (26 milhões de votos). Aos poucos, Alckmin vai acoplando sua candidatura à reeleição de Aécio Neves.
Sem apelo nem apoio popular em Pernambuco, Alckmin não foi citado uma só vez pelos aliados no Estado, no primeiro programa eleitoral gratuito dos candidatos a governador, senador e deputado estadual.
IMPULSO
PRETERIDO
Quem também está interessado no crescimento de Alckmin em Minas é Itamar Franco. O ex-presidente ainda está magoado com Lula, porque o presidente apoiou Newton Cardoso como candidato do PMDB ao Senado.
O candidato do PFL em Pernambuco, governador Mendonça Filho, preferiu atrelar sua campanha a Jarbas Vasconcelos (PMDB), ex-governador e candidato ao Senado. Jarbas, por sua vez, ligou sua imagem à de Mendonça.
VITÓRIA
PROPAGANDA
Outro Estado em que o PSDB deve eleger o governador é São Paulo: José Serra está disparado nas pesquisas. Alckmin está vencendo Lula entre eleitores paulistas. Na medida do possível, Alckmin e Serra fazem campanha juntos.
A partir do dia 25, o PSDB espera divulgar em partes, pela tevê, o programa de governo de Geraldo Alckmin. O candidato dará ênfase à educação e à saúde e ao crescimento do País.
IMBRÓGLIO Por enquanto, Alckmin não conseguiu encontrar a fórmula ideal de campanha para se recuperar no Rio (11 milhões de votos). O tucano continua em terceiro lugar nas pesquisas, atrás de Lula (em primeiro) e Heloísa Helena (PSol, em segundo).
CREDENCIAL Alckmin iniciou a campanha na tevê se apresentando ao eleitor. O tucano acha, por exemplo, que só pode crescer quando for mais conhecido. Os programas de tevê do tucano no futuro serão de críticas ao presidente Lula.
CONHECIMENTO Até o início da campanha na televisão, Alckmin era conhecido por 50% dos eleitores no Nordeste, segundo o coordenador de campanha do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). Os tucanos esperam
ENGAJAMENTO O PT espera pela participação de três mil sindicalistas no ato de apoio de Lula, marcado para amanhã. A iniciativa é da CUT, braço sindical do PT. Sindicalistas ligados à Força Sindical anunciaram apoio a Alckmin.
ATUAÇÃO O empresário e presidente licenciado da Associação Comercial de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, estreou seu programa de campanha ao Senado, no rádio e tevê, se apresentado ao eleitor, mas não deixou de dar um cutucão no governo pela elevada carga tributária imposta ao contribuinte.
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
Congresso Planalto Eleição Estadual CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5
SERRA CULPA MIGRAÇÃO POR QUALIDADE DO ENSINO
Os nordestinos em São Paulo são a solução, e não o problema. Aloizio Mercadante
Evelson de Freitas / AE
SERRA NÃO DIZ SE FICARIA ATÉ O FIM DO MANDATO Para tucano, 2010 ainda está longe e não é possível prever o futuro até lá. Ele diz que deixou a Prefeitura ao perceber a importância do Estado para a cidade.
Candidato do PSDB fez caminhada no centro de Guarulhos e cumprimentou clientes de um salão de beleza. Eduardo Nicolau / AE
PETISTA VÊ PRECONCEITO EM TUCANO
O
ex-prefeito da capital José Serra (PSDB-SP) tratou de forma preconceituosa a população nordestina, ao citar as migrações regionais como fator de má qualidade do ensino no Estado, acusou ontem o candidato do PT ao governo paulista, senador Aloizio Mercadante (PT-SP). O petista apontou o fato de a região dar origem a 58% dos movimentos migratórios para São Paulo para atacar seu adversário. "Se expressa nessa declaração mais uma vez um preconceito inaceitável. Os nordestinos em São Paulo são solução, e não o problema", disse o senador, acrescentando
O
candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, se mostrou irritado quando foi questionado sobre a possibilidade de não cumprir todo o mandato se vier a ser eleito, durante entrevista ao telejornal SPTV, da TV Globo. Serra e o governador mineiro e candidato à reeleição Aécio Neves são tidos como os potenciais tucanos a disputar a eleição presidencial de 2010, independentemente do resultado da corrida eleitoral deste ano. Serra afirmou que 2010 está muito longe e que ninguém sabe o futuro até lá. Assegurou, porém, que vai trabalhar
para "corresponder à expectativa dos eleitores", se for vitorioso. Ele aproveitou para esclarecer que não assinou em cartório o compromisso de que ficaria até o fim de seu mandato à frente da Prefeitura de São Paulo. Disse que fez esta afirmação durante uma entrevista a órgãos de imprensa e que as circunstâncias mudaram. "Naquela época, eu fui sincero, disse o que eu pensava. A conjuntura é que mudou de lá pra cá", afirmou. Ele justificou o abandono do mandato no município dizendo que, enquanto permaneceu na Prefeitura, notou a importância do Estado para a municipalidade. "Eu percebi o quão
importante é o Estado para a Prefeitura. Segurança, saneamento, transporte de metrô e trens, tudo isso é exclusivo do Estado. Sem falar de metade da educação, metade da saúde e mais do que a metade da habitação", lembrou. Nordestinos e educação Durante a entrevista, Serra cometeu uma gafe: apontou a "migração" como causa da má qualidade do ensino no Estado. "Diferentemente dos estados do Sul, que são os que têm melhor situação, São Paulo tem muita migração, além de uma expansão quantitativa muito grande do ensino", explicou. "Vamos investir na qualidade do ensino". (AE)
QUÉRCIA FAZ 'ANTIPROMESSA' Serra desconsideroua contribuição dos nordestinos, diz Mercadante.
que Serra demonstrou um posicionamento "conservador, odioso de discriminação". As afirmações foram feitas logo após um almoço com líderes empresariais na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Mercadante
acusou o rival de desconsiderar a contribuição dos nordestinos ao desenvolvimento do Estado. "É como se ele dissesse que o nordestino não tem condições de aprender e por isso prejudica a educação em São Paulo", disse. (AE)
O
restes Quércia, candidato do PMDB ao governo de São Paulo, fez ontem uma espécie de antipromessa ao afirmar que não concederia às universidades paulistas aumento de porcentagem do repasse do Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). "Não acho legítimo porque o Estado tem outras responsabilidades, não só as universidades", disse, depois de participar de evento da Associação Nacional de Jornais (ANJ), na zona sul da capital.
USP, Unicamp e Unesp recebem hoje 9,57% sobre a arrecadação do ICMS. "Tenho condições de dizer isso porque dei autonomia às universidades para administrarem os recursos de acordo com o que recebem", argumentou. (AE)
2
Evandro Monteiro/Digna Imagem
Compor tamento Ambiente Poluição Visual Transpor te
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
ESTÃO PROIBIDAS FAIXAS EM POSTES E EM PLACAS
A propaganda começou logo após o prefeito Gilberto Kassab ter declarado guerra à poluição visual.
Patrícia Cruz/Luz
A VOLTA DOS SUJÕES Políticos estão fazendo propaganda de acordo com a lei, o que não elimina a sujeira nas ruas Fotos de Newton Santos/Hyoe
Ivan Ventura
Dalton Silvano é contrário
Fiorillo: vereadores interessados
Marcos Fernandes/Luz
Marcos Fernandes/Luz
Soninha vai estudar melhor
Zerbini: bancada dividida
Cidade Limpa está em discussão na Câmara
O
principal projeto de lei da cidade de 2006 começou a ser discutido na Câmara já cercado por polêmica e opiniões divergentes. Na manhã de ontem, o PL 379/06, conhecido como Cidade Limpa, de autoria do prefeito Gilberto Kassab, começou a ser debatido na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A expectativa é aprovar o projeto original nas comissões permanentes e depois em primeira votação. Após as duas etapas, os parlamentares irão propor um substitutivo que seguirá para a segunda e definitiva votação. Contrário a proposta, Dalton Silvano (PSDB) prometeu que irá a CCJ e deverá enumerar os motivos da ilegalidade e inconstitucionalidade da proposta. Ontem, o presidente da Comissão, vereador João Antonio (PT) nomeou o parlamentar Ushitaro Kamia (PFL) como relator do PL. De acordo com Silvano, a proposta descumpre a Constituição Federal, a Lei Orgânica do Município, o Plano Diretor Estratégico, a Lei Complementar 101 e a Lei Municipal 13.474. Segundo o artigo 165 da Constituição, a Prefeitura irá cometer a chamada renúncia fiscal em caso de aprovação do projeto. Para provar sua tese, o vereador irá citar a cobrança da Taxa de Fiscalização de Anúncio (TFA), que neste ano deve arrecadar R$ 57 milhões. "A prefeitura deverá explicar como irá repor esse dinheiro, caso seja extinta a mídia exterior na cidade". O vereador tucano acredita ainda que a proposta fere o ar-
tigo 170 da Constituição, que versa sobre os princípios gerais da atividade econômica. Para Dalton as empresas de mídia exterior exercem uma atividade reconhecida no país, pagam tributos e empregam milhares de pessoas. "Caso a proposta seja aprovada em seu formato original, poderá acarretar na extinção de 20 mil empregos diretos e indiretos". Por fim, Silvano disse que a proposta fere princípios do plano diretor municipal, a lei complementar 101 e a lei municipal 13.474. Entre esses descumprimentos, o foco principal será no Plano Diretor: no capítulo sobre a Política de Paisagem Urbana não está prevista a extinção do segmento. Os líderes dos partidos também divergem sobre o projeto. O líder do PSDB na Câmara, Marcos Zerbini, afirmou que a bancada está dividida. "Nem todos são contrários. A nossa idéia é criar um substitutivo. Existem questões polêmicas que devem ser estudadas". O assunto também não é unanimidade entre os vereadores do PT. Paulo Fiorillo (PT) disse que vereadores como Soninha Francine e Donato se mostraram interessados no combate à poluição visual, mas vão aprofundar a análise antes de emitirem opiniões. Considerado radical até pelo prefeito, a proposta promete acabar com a poluição visual na cidade e também com as empresas de mídia exterior. A idéia é extinguir as publicidades das ruas e avenidas e permitir apenas os anúncios indicativos nas fachadas dos estabelecimentos. (IV)
A
Garoto pinta muro com nome de candidato na rua Professor Antônio Carlos da Fonseca, na Saúde
Ainda não se sabe se o uso de cavalete é permitido
Prefeitura permanece irredutível
A
Prefeitura continua irredutível na proposta de eliminar todo tipo de publicidade externa na cidade, incluindo outdoors (como os vistos nas marginais), anúncios luminosos, propagandas em fachadas de prédios e telões eletrônicos (como os existentes na avenida Paulista). "Queremos limpar a cidade para depois adequar a estrutura da nossa publicidade externa", ressaltou ontem o secretário municipal de Coordenação das Subprefeituras, Andrea Matarazzo. No front político contra as entidades do mercado publicitário, como o Sindicato das Empresas de Publicidade no Esta-
Propaganda eleitoral no viaduto Pompéia
do de São Paulo (Sepex), Matarazzo é taxativo. "O Sepex quer a nossa cidade com a cara de pós-guerra. Eu apóio completamente a pesquisa encomendada pela Central do Outdoor (veja na página 1) e espero que entendam que a população acha a cidade muito poluída." O secretário afirmou que a atual legislação torna "impossível" a fiscalização dos anúncios publicitários externos. "A lei tem critérios subjetivos de fiscalização. Ela é confusa e complexa, pois deixa aos critérios da boa vontade, do tempo e da percepção do fiscal a sua aplicação", argumentou. O sindicato que representa os fiscais da Prefeitura concorda com o secretário, mas reclama do número insuficiente de contratados para fiscalizar as 306 atribuições e cerca de 6 mil leis de responsabilidade da categoria nas ruas da capital. "Somos apenas 782 nomeados,
quando seriam necessários no mínimo 5 mil. A fiscalização é amadora, pois depende da boa vontade do fiscal em aplicar a lei" explicou o secretário-geral do Sindicato dos Agentes Municipais, José Carlos Jorge. O sindicalista também reclama da diferença salarial entre as várias carreiras de fiscalização. "Nós recebemos R$ 1.200,00 de salário inicial, mais um ganho de produtividade de no máximo 25%. A Prefeitura tem auditores fiscais que recebem cerca de R$ 12 mil por mês com os ganhos por produtividade", comparou Jorge. "Como garantir que um agente vistor, que ganha no máximo R$ 2 mil por mês, não caia em tentação ao ter em suas mãos o poder de aplicar multas no valor de milhões." Para o sindicalista, os fiscais ainda estão "estigmatizados" após o escândalo de 2000, conhecido como a Máfia dos Fiscais. (AE)
sujeira eleitoral já está nas ruas. Os muros estão sendo pichados com nome e número dos candidatos, faixas são colocadas nas residências e carros exibem adesivos. A propaganda começou logo após o prefeito Gilberto Kassab ter declarado guerra à poluição visual com a criação do projeto de lei Cidade Limpa. As normas para a propaganda eleitoral de 2006 foram publicadas dias antes do início da campanha, em 6 de julho. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibiu faixas em postes e em placas de sinalização, muros pichados em prédios públicos e particulares (nesse caso só se houver autorização do dono) e outdoors em terrenos particulares. Os candidatos parecem obedecer a regulamentação, mas estão muito próximos de cometer irregularidades. A reportagem do Diário do Comércio circulou por bairros das zonas norte, sul, leste, oeste e central e constatou que residências de bairros periféricos são as mais atingidas pela propaganda eleitoral. Além disso, veículos circulam com adesivos com os nomes dos candidatos e existe ainda a famosa pichação em muros de casas particulares (com a aprovação do dono que recebe, em média, R$ 100). Faixas também foram encontradas, mas dentro de residências. Há ainda candidatos utilizando cavaletes. È esse tipo de publicidade que poderá causar dor de cabeça aos políticos. Na resolução federal, não fica claro se o cavalete é irregular. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo entende que o cavalete se enquadra na categoria de "cartazes não fixos", permitidos pela lei. O advogado Fernando Augusto Fontes Rodrigues, especialista em direito eleitoral, reafirma a posição do TRE, mas pondera: "tudo depende da interpretação de um juiz eleitoral. Há quem acredite que cavalete é um cartaz não fixo. Porém, também é possível que o juiz não entenda dessa forma e o cavalete seria proibido". O presidente licenciado da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e candidato ao senado, Guilherme Afif Domingos (PFL) propôs uma campanha limpa, como aconteceu no Rio de Janeiro na eleição passada. Lá, houve um pacto entre os partidos pela não utilização de faixas e publicidades similares nas ruas.
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
Administração Compor tamento Polícia Urbanismo
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3 Os dois seqüestradores estavam fortemente armados, inclusive com metralhadoras.
EMPRESÁRIO FICOU 43 DIAS EM CATIVEIRO
Raimundo Poccó/Folha Imagem
INTOXICAÇÃO
INDENIZAÇÃO
m homem morreu, uma U mulher grávida continua internada e 20 pessoas
procuraram atendimento médico depois do consumo de carne assada e maionese em uma festa na noite de sábado, em Valinhos, no interior do Estado. Todos se queixaram dos mesmos sintomas: dor de cabeça, vômito e diarréia. A suspeita é de intoxicação alimentar por meio da bactéria salmonela que, em geral, está presente em ovo cru usado no preparo de maionese caseira. (AE)
PRESOS
Promotoria de Justiça do m cinco dias, 44 presos A E Consumidor entrou que saíram para o Dia dos Pais foram surpreendidos ontem com uma ação civil Ó RBITA
CALOR capital teve mais um dia de calor ontem. A A temperatura máxima chegou
a 31 graus, no Mirante de Santana, na zona norte, novo recorde para este inverno, superando a marca de terçafeira, quando foram registrados 30,7 graus.
contra o Sindicato dos Metroviários de São Paulo, pedindo indenização de R$ 500 mil aos consumidores lesados pela greve de 24h da terça-feira. A paralisação deixou cerca de 2,8 milhões de pessoas sem metrô. O Metrô enviará representação hoje ao Ministério Público Federal (MPF) pedindo que a diretoria do sindicato também seja processada criminalmente pela greve.
cometendo crimes– de desobediência a homicídio – e três morreram em confronto com a polícia. A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) divulgou ontem balanço parcial da volta de detentos de 45 prisões que liberaram condenados De 5.730 que deveriam voltar, 5.370 retornaram (93,3%). Ao todo, 12.985 presos de 72 presídios ganharam o benefício. (AE) Empresário sendo retirado de cativeiro na zona sul da cidade
Seqüestrado é libertado na zona sul
D
epois de mais de mais de cinco horas de negociação, terminou às 12h06 de ontem, o seqüestro de um homem de 57 anos, que era mantido refém na zona sul de São Paulo. Os dois seqüestradores que mantinham o empresário de São Bernardo do Campo, na região do ABC, no cativeiro foram presos. Sem ferimentos, a vítima, que ficou 43 dias em poder dos seqüestradores, foi levada para o Hospital Nossa Senhora de Lourdes, no Jabaquara, também na zona sul. "Me sinto aliviado. Não fui ferido", disse logo após ser retirado do local. Segundo informações da polícia, o homem teria passado por vários cativeiros antes de ser encontrado .Um dos seqüestradores presos após a negociação é menor de idade. A Polícia Militar descobriu ontem de manhã o o cativeiro, na favela da Vila Clara, no bairro de Americanópolis, também na zona sul. Os dois seqüestradores estavam fortemente armados, inclusive com metralhadoras, segundo informações dos próprios policiais militares.
Por volta das 6h, um carro da PM passou em frente ao cativeiro. Pensando ter sido descoberto, um dos seqüestradores disparou contra a viatura dos policiais, que revidaram. Na troca de tiros, o homem que abriu fogo contra o carro da polícia morreu e outros dois seqüestradores ficaram dentro do cativeiro com o refém. A única exigência dos criminosos, segundo a polícia, foi a garantia de vida e a presença de uma equipe de televisão para registrar o fim do seqüestro. A Tropa de Choque da PM e o Grupo de Operações Especiais (GOE) assumiram a negociação, por volta das 6h50. O empresário chegou a ficar com uma metralhadora na boca enquanto ocorria a negociação. Cerca de 30 carros da polícia foram ao local, dando apoio para a ação. Às 11h50, o Grupo Especial de Resgate da Polícia Civil chegou. Durante a negociação, a favela ficou fechada pelas equipes policiais. No cativeiro foram encontrados uma pistola, um revólver, um carregador de metralhadora e uma faca. (Agências)
8
Congresso Planalto Sanguessugas Eleições
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
CPMI VAI PEDIR A CASSAÇÃO DE MAIS DOIS DEPUTADOS
Estou impressionado (com o ranking parlamentar da propina). Júlio Redecker (PSDB-RS)
SANGUESSUGA: QUEM RECEBEU MAIS LEVOU R$ 3 MILHÕES. QUEM RECEBEU MENOS LEVOU R$ 10 MIL. Dida Sampaio/AE
CPMI RASTREIA OS CAMPEÕES DA PROPINA
T
écnicos e auditores de contas a serviço da CPMI dos Sanguessugas concluíram o rastreamento sobre 19 dos 72 parlamentares acusados de envolvimento com a máfia das ambulâncias. Os 19 (26,4% dos sanguessugas) receberam R$ 6,15 milhões, 12 deles em conta própria e os outros sete em contas de assessores ou de familiares. O dossiê dos 19 foi encaminhado ontem ao Conselho de Ética da Câmara. O campeão da propina, indica o mapa da mina, é o deputado Lino Rossi (PP-MT). Ele recebeu 119 pagamentos que somaram R$ 3 milhões, metade do montante captado pelos outros 18. Lino fez 47 emendas direcionadas para 28 prefeituras de seu Estado. Articulação – A Polícia Federal reuniu evidências de que foi Lino Rossi quem abriu as portas do Congresso para a quadrilha. Lino desistiu de tentar a reeleição. Ontem ele comunicou sua decisão ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em Cuiabá. Alega que o caixa da campanha vai mal porque não conseguiu arrecadar nada até agora.
Mas ele não vai renunciar ao mandato. Jura inocência. Ao Conselho de Ética, planeja entregar uma carta do empresário Darci Vedoin, da cúpula da máfia, que lhe teria pedido desculpas por tê-lo incluído no escândalo. Lino sustenta que Darci financiou sua campanha em 2002, daí os cheques emitidos a seu favor. Os 19 investigados contra os quais as provas são consideradas contundentes fizeram 606 emendas entre 2000 e 2006 beneficiando 404 municípios de 12 Estados. O dossiê mostra que eles receberam 293 pagamentos da máfia. Os técnicos definiram tais aportes como "transações". Vice-campeão– O segundo colocado no ranking da propina é o deputado Ricarte de Freitas (PTB-MT), com 27 emendas para 16 prefeituras. Recebeu 14 pagamentos que totalizaram R$ 747, 94 mil. O terceiro da lista é Nilton Capixaba (PTB-RO), com 42 emendas para 23 prefeituras. Em 48 pagamentos embolsou a quantia de R$ 646 mil. Fernando Gonçalves (PTBRJ) aparece em quarto lugar entre os mais bem aquinhoa-
dos. Autor de 28 emendas destinadas a 28 prefeituras, Gonçalves faturou 11 pagamentos que somaram R$ 411, 5 mil. Cleuber Carneiro (PFLMG), com 20 emendas destinadas a 10 prefeituras, e Edna Macedo (PTB-SP), 7 emendas para 2 prefeituras, são os que menos receberam em valores, o que para a CPMI não diminui seu grau de comprometimento. Carneiro ficou com R$ 14, 4 mil e Edna com R$ 10 mil, dinheiro que foi para a conta do filho dela, Otavinho Bezerra. Surpresas – "Estou impressionado", declarou o deputado Júlio Redecker (PSDB-RS), sub-relator da CPMI que investiga a ação da máfia em setores do Executivo, incluindo prefeituras, ministérios e governos estaduais. Ele destacou os resultados do cruzamento de dados realizado pelos técnicos do Tribunal de Contas da União, Banco Central e Controladoria-Geral da União recrutados pela CPMI. "Ainda vamos ter boas surpresas", completou. A fraude passava por convênios do Ministério da Saúde com as prefeituras que promoviam licitações direcionadas. (AE)
Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), entrega relatório da CPMI ao procurador-geral Antonio Fernando Souza.
A LISTA VAI PARA 71 Dois deputados, além dos 69, enfrentarão processo no Conselho de Ética
O
Conselho de Ética da Câmara abrirá na próxima terça-feira mais dois processos de cassação além dos 69 envolvendo deputados acusados pela CPMI das Sanguessugas por suposto envolvimento com a máfia das ambulâncias. A Mesa da Câmara enviou ontem ao colegiado representação contra os deputados B.Sá (PSB-PI) e Domiciano Cabral (PSDB-PB), licenciados do mandato, por supostamente terem negociado o
UM DEPUTADO DO PARÁ DESISTE. OUTRO RESISTE.
recebimento de propina de construtoras em troca da liberação de dinheiro referente a emendas feitas ao Orçamento da União. Com a abertura do processo, acaba a possibilidade de os deputados acusados renunciarem aos seus mandatos para fugir de uma eventual cassação e perda dos direitos políticos. A representação contra os 69 deputados acusados pela CPMI já está no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara. Com a ação, a Mesa
Diretora da Casa enviou 80 volumes contendo o resultado das investigações desenvolvidas pela CPMI e o relatório sobre cada um dos deputados citados. O Conselho de Ética pedirá agora à secretaria da Mesa Diretora que indique cada processo com o nome do parlamentar. Na terça-feira, o presidente do colegiado, Ricardo Izar (PTB-SP) , vai instaurar todas as representações. No dia 4 serão escolhidos os relatores das ações. (AE)
Ed Ferreira / AE
A
pontado pela CPMI das Sanguessugas como envolvido no esquema de venda superfaturada de ambulâncias a prefeituras por meio de e m e n d a a o o rç a m e n t o d a União, o deputado federal e pastor evangélico Josué Bengston (PTB-PA) anunciou na quarta-feira passada sua desistência de concorrer à reeleição. "Este será meu último mandato. Saio por questão de foro íntimo. Estou tranqüilo e em paz ", disse o deputado. A decisão de Bengston surpreendeu os fiéis. Ele se disse decepcionado com os últimos acontecimentos de sua vida como parlamentar. No meio da pregação, falou sobre as provações mencionadas na Bíblia e a capacidade de cada cristão para enfrentá-las. "Não se sintam desqualificados quando passarem por lutas. Enfrentem tudo de cabeça erguida", ensinou. Embora negue a pressão que vinha sofrendo para renunciar à candidatura, o deputado admitiu que precisava dar uma satisfação ao eleitorado evangélico. "Como deputado, eu poderia tranqüilamente disputar a reeleição, mas como pastor não me sinto numa posição confortável tendo que responder ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados", explicou. Segundo ele, a desistência será benéfica para a igreja, porque a partir de agora terá mais tempo para se dedicar à construção da Igreja do Evangelho Quadrangular. Outro deputado paraense, Raimundo Santos (PL), que também é pastor, anunciou que vai manter a candidatura, mesmo pressionado por outros colegas pastores da Assembléia de Deus. "Sou inocente, tudo não passa de armação política e perseguição contra mim", alega Santos. (AE)
SÓ PEDALANDO – Com tanto escândalo ofuscando a visibilidade dos candidatos, Fredo, do PCdoB encontrou uma maneira de mudar a paisagem de Brasília: usar bicicletas de forma seqüencial defronte da Catedral projetada por Niemeyer. Gabriel de Paiva / AOG
SÓ GRITANDO – Os eleitores não lhe escutam? Não ouvem a sua mensagem? Seus problemas acabaram. Basta fazer como o candidato ao governo do Rio, Marcelo Crivela: megafone na mão, ele apresenta suas propostas sob a força dos pulmões. Gilberto Marques / AOG
SÓ RECLAMANDO – Ainda bem que o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, apareceu no Pronto Socorro Municipal "Dr. Álvaro Dino de Almeida", ontem. Revoltada com o atendimento, uma paciente pôde se queixar diretamente a quem manda.
Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO
Nesse momento em que vivemos a ameaça de assassinatos em massa, precisamos aceitar que os direitos individuais dos quais desfrutamos devem ser e serão equilibrados com o direito coletivo à segurança e à proteção da vida, conforme exigem nossos cidadãos.
BBC News/AFP
Do secretário de Interior da Grã-Bretanha, John Reid, sobre as ameaças de terrorismo.
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
www.dcomercio.com.br/logo/
AGOSTO
2 -.LOGO
17 Morte do poeta e cronista brasileiro Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)
F UTEBOL P ALESTINA
Querida viúva Suha Arafat, viúva de Yasser Arafat – o ex-presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) –, se casou em segredo com Lahasn al-Trabulsi, cunhado do presidente da Tunísia, Zine elAbidine Ben Ali, divulgou ontem um site tunisiano. Al-Trablusi é irmão de Leila Ben Ali, esposa de Ben Ali. A notícia do casamento, não é oficial, mas surge logo após uma série de rumores sobre a intenção de al-Trabulsi de se casar com a irmã de Suha. Ele se divorciou há poucos meses para se casar com Suha, e não sua irmã, e é
acusado de dar o golpe do baú. Antes de sua morte, Arafat teria feito um acordo que previa a concessão de US$ 22 milhões por ano, a Suha. Na época, Suha foi acusada de proibir membros da ANP de visitá-lo no hospital e de tomar decisões sobre o desligamento das máquinas que o mantinham vivo até que ela recebesse o valor prometido. O atual presidente da ANP, Mahmoud Abbas, decidiu pagar para colocar fim às discussões. O dinheiro de Suha viria de uma suposta "fortuna secreta" da ANP.
M ARROCOS Marc Burleigh/AFP
Internacional. De verdade. Time gaúcho empata com o São Paulo e leva a Taça Libertadores
D
iante de um BeiraRio totalmente lotado e vibrante por sua vitória, o Internacional empatou ontem o jogo decisivo da Copa Libertadores por 2 a 2 com o São Paulo. Fernandão e Tinga marcaram pelo Inter e Fabão e Lenílson, pelo São Paulo. O empate era mais do que o Inter precisava para levar a taça e ainda destruir o sonho do São Paulo de um tetracampeonato. O tricampeão da Copa Libertadores e campeão do Mundial vai adiar o desejo por
pelo menos mais um ano. Jogando em casa, o time gaúcho conquistou o título pela primeira vez em sua história, tornando-se campeão de uma competição internacional. O Internacional, agora é internacional de verdade. O título é a coroação de um time formado em 2002, depois de uma péssima campanha no Campeonato Brasileiro. Naquele ano, o Internacional ficou na 21ª posição de um torneio com 26 equipes e só escapou do rebaixamento na última rodada.
L
Daniel Sannun Lauten/AFP
Para chegar ao título, o Internacional contou com a excelente campanha que realizou em seu estádio. Nas sete partidas que disputou no Beira-Rio na Libertadores de 2006, o time gaúcho acumulou cinco vitórias e dois empates. A vitória também acaba com o estigma do treinador Abel Braga. Depois de perder duas vezes a Copa do Brasil para times pequenos (o Santo André quando estava no Flamengo e o Paulista com o Fluminense), Abel Braga conquistou, com o Inter, sua maior glória.
L
Estudante em trajes típicos se prepara para encenar peça sobre as leis marroquinas. Instituída pelo rei Mohammed IV, a nova legislação incentiva mulheres a se casarem apenas aos 18 anos, lhes concede o direito de pedir o divórcio e de ter propriedades em seu nome.
M ÉXICO
'Lost', mas na vida real Três jovens pescadores mexicanos que passaram quase 10 meses à deriva no oceano Pacífico – sobrevivendo da água da chuva e de gaivotas e peixes crus – foram resgatados na semana passada por um pesqueiro taiwanês, a 8.000 km do México. Os pescadores de tubarões saíram de Nayarit, noroeste do México, em outubro de 2005, em um barco de 3m de largura por 9m de comprimento. O motor quebrou deixando-os à mercê dos ventos do Pacífico e de uma corrente marinha que desemboca na costa da Austrália. Em 9 meses, a conversa foi o único E M
recurso para combater o cansaço, as feridas provocadas pela permanente exposição ao sol e a impotência. Vários barcos e navios passaram por eles, que não foram vistos. "Ficávamos alegres quando víamos um barco, fazíamos sinais e quando víamos que não nos dava bola, que ia embora, ficávamos tristes algumas vezes, outras chorávamos... Depois nos esquecíamos e começávamos a conversar para passar o tempo", disse Jesús Eduardo Vidal. "Uma vez passamos 15 dias sem comer nada, e apareceu um pato", lembrou Vidal.
C A R T A Z
VISUAIS
ESTRÉIA - O técnico Dunga estreou ontem no comando da seleção brasileira com um empate contra a Noruega por 1 a 1, em Oslo. Os gols da partida amistosa saíram no segundo tempo Pedersen abriu o placar e Daniel Carvalho fez o gol do empate. Com muito mais disposição da mostrada na Copa do Mundo, a seleção foi elogiada pelo novo comandante. A primeira preleção de Dunga como técnico foi considerada exemplar pelos poucos que tiveram acesso ao hotel. Consta que os jogadores ficaram emocionados.
M ETRÓPOLES
Xixi em NY O
Aulas de ciências com diversão
O Sonic Super Ear é um aparelho muito útil para espionagem. O fabricante diz que permite aumentar em até 50 decibéis o som de uma fonte distante. É fácil de usar, funciona com uma pilha AAA e é pequeno o bastante para ser escondido em vários lugares. Custa US$ 40 no site.
In Vivo é um site da Fundação Oswaldo Cruz com um conjunto de informações sobre atualidades selecionadas para informar e divertir. A página traz artigos e exposições virtuais sobre temas que foram destaque no Museu da Vida, o espaço real da Fiocruz no Rio de Janeiro e, é uma oportunidade de levar conhecimento para quem não pode ir até o museu. Ciência, história e saúde são os temas sempre em destaque, apresentados em textos, jogos e fotografias.
www.thinkgeek.com/ gadgets/security/677e/
where-to-pee-193968.php Reproduções
READY MADE Banheiro do restaurante Marimoto: estilo psicodélico e muitos espelhos criam ambiente "confortável"
A TÉ LOGO
O urinol invertido (acima) é considerado a manifestação mais radical da obra de Marcel Duchamp (1887-1968). Na intenção de romper com a prática artística, ele propôs escolher objetos da vida cotidiana e elevá-los à categoria de obra de arte, apenas dando a eles um local de destaque e retirando-os do ambiente usual. "Será arte tudo o que eu disser que é arte", disse Duchamp para explicar a idéia.
Agribusiness empurra o real O diário financeiro norteamericano The Wall Street Journal faz uma análise detalhada do agribusiness brasileiro em sua edição de ontem. Segundo o jornal, as commodities agricolas são responsáveis por mais de um terço das receitas de exportação do Brasil, em grande parte graças à soja. O sucesso, entretanto, está virando contra os empresários do setor, já que o País está atraindo mais investidores e o dólar está em baixa. O jornal diz que o lobby dos fazendeiros para desvalorizar a moeda brasileira está cada vez mais forte. C INEMA
Procura-se Elvis Presley. Vivo. O cineasta americano Adam Muskiewicz está oferecendo US$ 3 milhões para quem provar que Elvis Presley não morreu. A promoção integrará seu próximo filme The Truth About Elvis (A verdade sobre Elvis), que deve ser lançado em agosto de 2007, aniversário de 30 anos de morte do cantor. Baseado em depoimentos de amigos, parentes e pessoas que dizem ter visto o cantor após 1977, o filme quer provar que Elvis está vivo. Na teoria, isso já está provado. Só falta, mesmo, o personagem principal.
A diferença entre homens e macacos está realmente no cérebro, segundo estudo a ser publicado hoje na revista Nature. Segundo os cientistas, um gene humano ligada ao desenvolvimento do cérebro parece ter evoluído 70 vezes mais rápido do que o resto do código genético e teve papel fundamental na triplicação do tamanho do córtex cerebral, área responsável por algumas funções como linguagem e processamento de informações. Este gene é ativado 7 semanas após a concepção. L OTERIAS Concurso 646 da LOTOMANIA 01
07
11
12
21
23
25
26
30
36
41
45
48
59
61
72
87
91
94
00
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
Cientistas descobrem ponto fraco do vírus da gripe aviária e estudam novo medicamento Cristiano Da Matta deve deixar UTI até sexta-feira, mas ainda não recobrou a consciência
L
www.invivo.fiocruz.br
york/territorial-pissing-in-nyc-
L
Espionagem, faça você mesmo
B RAZIL COM Z
Questão de cérebro
L
F AVORITOS
O World Aquarium de St. Louis, EUA, querem entrar para o Guinness numa categoria inédita: "maior número de animais de duas cabeças em exibição". No momento, o aquário tem 10 cobras e tartarugas de duas cabeças, incluindo We (Nós), uma rara serpente albina e bicéfala. Se o dono de uma loja local de animais aderir á iniciativa com mais uma cobra, o total de cabeças chegará a 22. O aquário também quer cruzar We com outra cobra albina de duas cabeças, na esperança de obter uma ninhada de bicéfalos.
C IÊNCIA
www.gridskipper.com/travel/new-
G @DGET DU JOUR
Bichos de duas cabeças
www.elviswanted.com
site Gridskipper traz um guia de sobrevivência para quem está em Nova York e precisa de alívio imediato, mas não quer encarar um banheiro sujo. São quatro os endereços: dos restaurantes Schiller's Liquor, Morimoto, Sputyen Duyvil e do pronto-socorro do hospital St. Vincent. Leitores também dão dicas de endereços para mulheres.
Azulejos (foto) desenhados pelo carioca Athos Bulcão, 88 anos. Atrium do Sesc Vila Mariana. Rua Pelotas, 141. Telefone: 5080-3000. Das 9h às 21h30. Grátis.
E UA
Afeganistão amplia cultivo da papoula em 40% e deve bater recorde de produção de ópio
Concurso 790 da MEGA-SENA 02
06
19
22
28
43
EM
PAUTA
Quem ganha com o avanço do PCC?
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
G O único
"benefício" do seqüestro do repórter da Globo (e da divulgação do DVD) foi mostrar ao povo que o governo do
PSDB
endureceu
o jogo com os criminosos. Isto é o que quer uma parcela significativa da população (segundo pesquisa do
DataFolha). Como tem sido sugerido que a culpa pelo crescimento da criminalidade é do governo estadual, essa nova percepção colocará claramente que o verdadeiro culpado é o governo federal, que não deu apoio financeiro às necessidades do Estado, tentando prejudicar a imagem de seus administradores.
G O povo está
no meio do picadeiro. Quem arma a lona para o espetáculo são os políticos, mas, como faz parte da tradição,
o povo faz
papel de
palhaço e ainda tem de ficar assistindo a esses
DOISPONTOS -77
saltimbancos do Planalto fazendo malabarismo em meio a crise nacional, principalmente no que diz respeito à segurança pública.
OLAVO DE CARVALHO UM POVO
CÍCERO ANTÔNIO ALENCAR
MARGINALIZADO
CA-ALENCAR@BOL.COM.BR
S
GILBERTO DIB GILBERTO@DIB.COM.BR
Site na internet www.blog. dcomercio.com.br
Reprodução TV Globo
Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br
egundo uma pesquisa da Folha de S. Paulo, 47% dos brasileiros se dizem de direita e só 30% de esquerda; e entre os 23% restantes, que se definem como centristas, predominam amplamente as posições conservadoras em matéria de moral e segurança pública. Por que não existe então um partido conservador para dar expressão política a essa opinião majoritária? Por que, num país de direitistas, a última eleição presidencial foi disputada entre quatro esquerdistas? A coisa mais óbvia do mundo é que uma plataforma conservadora teria o apoio maciço do eleitorado. Por que ninguém tem a coragem de levantar essa bandeira?
A
COMANDANTE PCC
E
mbora já tenha escrito sobre a ousadia dos criminosos ante a total ausência de ousadia das chamadas autoridades constituídas, não posso deixar passar em branco a nova onda de ataques do chamado crime organizado. Insisto que não há crime organizado e sim um Estado desorganizado e/ou conivente. Se é fato que existe organização no crime, sua primeira tarefa é nunca afrontar o Estado, pois isso é mau para os negócios. Não me parece que um traficante deseje afrontar o Estado, para que este ponha maior efetivo policial nas ruas, exija mais dos chefes de polícia, que ao exigirem mais dos subalternos tornam mais difícil a tarefa do tráfico, do crime e mais caras as propinas; portanto, menos lucrativa a atividade. É uma lógica difícil de assimilar. Não se trata somente dos ataques atribuídos ao tal PCC e ao TCC. A leniência com o crime não começou agora e tem pelo menos quinze anos. Seu objetivo maior foi o Estatuto do Desarmamento e o malfadado referendo, que deixaria todos os cidadãos desarmados e os criminosos armados. Por que somente agora estariam esses criminosos afrontando o Estado? Por que às vésperas das eleições? Será o PCC o futuro Partido da Causa Carcerária? O episódio do seqüestro de um cinegrafista e do repórter Portanova, da TV Globo, abre uma porta nova na questão da segurança. Se a moda pega, em breve os militantes das facções terão um programa diário na TV, fazendo frente às dezenas de emissoras evangélicas: será O Apocalipse na TV! Fica claro que não mais se está lidando com uma questão policial, pelo menos da forma convencional, e sim com o terrorismo. A ação do crime tem características e uma delas é a pessoalidade: rouba-se alguém, seja Pessoa Física ou Jurídi-
G Não se pode ca, mata-se alguém. Porém, quando se ataca inadmitir que um distintamente, trata-se de um ataque à sociedade idiota mascarado, ou um crime contra o Estado, e todo atentado contra o Estado tem conotação política. a mando de A utilização de um expediente, como o sefacções políticas qüestro de um repórter, para se obter a difusão e/ou criminosas, do pronunciamento de um suposto marginal é, venha impor sua sem dúvida, mais um capítulo dos atentados vontade à terroristas que vimos sofrendo. Aliás, o que de sociedade. Isso fato disse o clone do Comandante Marcos? Veio é terrorismo e deve para dizer que não estão satisfeitos com a disciser duramente plina carcerária? Nós também não estamos sareprimido. tisfeitos, diga-se a bem da verdade, muitos não G Por que somente agora estariam esses criminosos afrontando o Estado? Por que às vésperas das eleições? Será o PCC o futuro Partido da Causa Carcerária? G Não há crime organizado e sim um Estado desorganizado e/ou conivente
estão nada satisfeitos, até porque não têm três ou quatro refeições diárias e por vezes nem colchões para atear fogo.
O
fato é que há muita fumaça para pouco fogo. A intenção não era dizer algo, mas - ao que parece - apenas e tão somente afrontar, um ato meramente político, um atentado terrorista. Está certo que estamos em pleno horário eleitoral, onde diversos bandidos vão pôr a cara na TV e ainda pedir voto sem estarem encapuzados e dentro do que a lei permite. O que não se pode admitir é que um idiota mascarado, a mando de facções políticas e/ou criminosas, venha ao arrepio da lei e da ordem impor sua vontade à sociedade. Isso é terrorismo e deve ser duramente reprimido, sem tibieza e sem sutileza, pois o caso Portanova não pode criar precedente. É como dizem na roça: “Porteira que passa um boi, passa uma boiada”. MARCO AURÉLIO SPROVIERI É PRESIDENTE DO SINCOELETRICO E CONSELHEIRO DA ACSP
resposta está no mesmo jornal. Segundo sua edição de 14 de agosto, a 4ª edição da Festa Literária Internacional de Parati, com um público total estimado em 12 mil pessoas, foi uma orgia de vociferações esquerdistas e anti-americanas. “Até aí, sem novidades”, comenta a Folha: “Desde sua primeira edição, em 2003, a Flip sempre reuniu autores e público que não hesitam em esbravejar contra os EUA. ‘Noventa e nove por cento das pessoas que vêm para festivais como esse pensam assim’, disse o escritor inglês Christopher Hitchens.” Será preciso mais para comprovar o abismo que se abriu entre a nação brasileira e a miúda elite falante que domina as instituições de cultura, a educação e a mídia? Para não dizerem que tomei birra com a Folha, vejam o caderno Prosa & Verso de O Globo. Boa ou ruim, é uma publicação cultural importante, expressa as preferências dos medalhões acadêmicos.
V
ejam os escritores que aparecem na edição de duas semanas atrás. Fora o próprio Hitchens, um esquerdista que irrita um pouco os seus pares por não ser apaixonado pelo Hezbollah, e Jorge Amado, que o jornal lembra sobretudo como
vítima de perseguições anticomunistas na juventude, aparecem: Ricardo Piglia (do Partido Comunista Argentino); Tariq Ali (ídolo do esquerdismo mundial); Mourid Barghouti (apologista dos palestinos); Alonso Cueto (autor de um livro sobre as maldades cometidas pelos militares peruanos contra os pobres terroristas do Sendero Luminoso); Mário de Carvalho (militante histórico do Partido Comunista Português e admirador devoto do stalinista Álvaro Cunhal); Olivier Rolin (militante maoísta); Faïza Guène, jovem escritora de origem argelina autora de choradeiras quanto à condição dos árabes na Europa, onde eles respondem com bombas ao Estado malvado que lhes dá ensino e assistência médica.
T
odas as seções culturais dos jornais do Rio e de São Paulo são assim: propaganda esquerdista ostensiva, interbadalação desavergonhada entre os politicamente corretos. Nessa atmosfera, todas as opiniões conservadoras, sem exceção, são marginalizadas e criminalizadas como “extremismo de direita”. Mas, ante os políticos e os líderes empresariais brasileiros, essa troupe de palhaços desfruta de uma autoridade verdadeiramente eclesiástica. Os homens práticos, incapazes de entender do que os papagaios estão falando, curvam-se diante deles em sinal de temor reverencial, acreditando que eles estão mesmo falando de alguma coisa. É ridículo, mas é verdade. O destino do Brasil está nas mãos de homens ricos e poderosos que tremem como donzelas pudicas diante dos tagarelas cínicos e semiletrados que dominam o meio intelectual provinciano. Resultado: um povo conservador não tem políticos conservadores e líderes empresariais conservadores que o representem porque todos estão psicologicamente seqüestrados por uma clique subintelectual grotesca. Até quando? OLAVO DE CARVALHO É JORNALISTA
G O destino do
Brasil está nas mãos de homens ricos e poderosos que tremem como donzelas pudicas diante dos tagarelas cínicos que dominam o meio intelectual provinciano
FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894
DIÁRIO DO COMÉRCIO
CURITIBA
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
TURISMO - 1
TAMBÉM NO SUL, JOINVILLE SURPREENDE
Henrique Cunha
Revelamos seis atrações turísticas na maior cidade de Santa Catarina (ao lado, foto do Pórtico de Entrada). Confira na pág. 4
Divulgação/Carlos Ruggi/SMCS
Capital brasileira da qualidade de vida Divulgação
Divulgação/Juliano Martins/SMCS
M oderna, bem-
planejada e segura, a capital do Paraná dá o exemplo de boa administração e de bemviver. Espaços culturais e gastronômicos, 26 parques e bosques e uma coleção de bares atraem visitantes e divertem moradores. E mais: não perca o passeio de trem rumo a Paranaguá, com vista para a Serra do Mar e parada obrigatória na bela Morretes. Págs. 2 e 3 Veja mais imagens desta edição na nossa galeria de fotos virtual no site www.dcomercio.com.br/ galeria/boa viagem_index.htm
Muito freqüentado, o Parque Tingüi é um memorial aos imigrantes ucranianos (no topo). Em outro parque, o Barigüi (abaixo, à dir.), curitibanos relaxam ao ar livre. Praças do centro da cidade também exibem áreas verdes e viram o quintal dos moradores, como a Praça Santos Andrade (abaixo, à esq.), onde fica o Teatro Guairá, e a Praça Osório (abaixo, no centro). Símbolo da modernidade, o ônibus biarticulado virou atração turística (acima). E, sobre os trilhos, a viagem ao litoral catarinense rende ótimas fotos Divulgação/Nani Góis/SMCS
Divulgação/Carlos Ruggi/SMCS
Divulgação/César Brustolin/SMCS
DIÁRIO DO COMÉRCIO
2 -.TURISMO
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
Fotos: Divulgação/Nani Góis/SMCS
A Praça Garibaldi abriga as casas dos primeiros moradores de Curitiba, atualmente centros culturais
Portal do Bosque Alemão, um dos 26 parques locais, que possui um famoso mirante
Um exemplo de cidade. No Paraná Com influência da imigração européia, áreas verdes em abundância (no total, são 55 m² por habitante) e cultura de sobra, Curitiba está na mira de turistas e de grandes empresas Por Davi Franzon
Divulgação/Sérgio Vieira/SMCS
C
onsiderada uma das melhores cidades para se viver no Brasil, Curitiba mistura qualidade de vida com uma moderna e planejada estrutura. O clima temperado, aliado a seu famoso inverno, atraí turistas e empresários para a capital paranaense. O desafio de Curitiba é manter, principalmente, sua proporção de 55 metros quadrados de área verde por habitante, com um projeto de atração de empresas e feiras empresariais. Essa busca pode chocar o visitante que acaba de "pisar" na cidade, afinal, além da limpeza nas ruas, o visual é o mesmo das cidades de grande porte brasileiras. Para acabar com essa impressão, o visitante precisará somente entrar em umas das estações de embarque do sistema de ônibus curitibano. O biarticulado, conhecido ligeirinho, mais parece um trem e logo despeja os passageiros de um lado e recebe todos os que o aguardam do lado oposto. A passagem é paga na estação. Como não há filas dentro do veículo a saída é rápida, o que facilita a chegada do próximo carro. A simplicidade e a modernidade do sistema é uma das principais idéias e ações que transformaram Curitiba num modelo de administração. Pelos parques – Passada a viagem de ônibus, essa impressão urbanóide será totalmente enterrada após uma visita a um dos 26 parques e bosques públicos da capital paranaense. Espalhados por todas as regiões da cidade, os cerca de 1,6 milhão de habitantes aproveitam o verde em abundância para a prática de esportes, banhos de sol ou simplesmente para uma pausa na
Mistura saudável: a cidade aproveita o passado para melhorar o presente. Pitoresco, o bonde elétrico virou centro de informações turísticas
hora do almoço. Mas esse elevado número de parques não possui somente uma função paisagística ou para o bemestar da população. Dentro do projeto urbanístico de Curitiba cada um deles foi concebido após um estudo de aproveitamento de fundos de rios com a função não só de preservar remanescentes de matas nativas, mas prevenir enchentes e alagamentos. Um dos parques mais freqüentados pelo curitibano é o Barigüi. Suas pistas de cooper e trilhas para ciclistas, além do bosque e do lago com pedalinhos, atraem grande parte dos moradores e freqüentadores da região central da ci-
dade. Já o Parque São Lourenço é mais uma prova dos projetos positivos de Curitiba. O local era uma antiga fábrica de cola. Após uma reforma e criação de todo jardim, as águas represadas do Rio Belém permitiram a criação do Lago São Lourenço. Outra ação de recuperação de uma área degrada permitiu a transformação de um depósito de lixo na famosa Pedreira Paulo Lemisnki, homenagem ao poeta paranaense. O local abriga um anfiteatro e um espaço para shows com capacidade para 60 mil pessoas. Já em outra pedreira, agora ao lado de uma pequena área de mata nativa, foi criada a
C Parque Barigüi, um dos mais freqüentados pelos curitibanos
Presidente em exercício Chefe de reportagem Alencar Burti Arthur Rosa Presidente licenciado Editor de Fotografia Guilherme Afif Domingos Masao Goto Diretor de Redação Editor de Arte Moisés Rabinovici José Coelho Editor-Chefe Diagramação José Guilherme Rodrigues Ferreira Djinani S. de Lima Editora Ilustração Antonella Salem Jair Soares antonellasalem@uol.com.br Gerente Comercial Sub-editora Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Lygia Rebello Impressão Diário de S. Paulo lygiarebello@uol.com.br www.dcomercio.com.br
Universidade Livre do Meio Ambiente. Cursos e exposições ocorrem no prédio de eucalipto à beira de um lago e próximo a um mirante. Imigração – Curitiba é marcada por sua forte imigração, principalmente de europeus, por isso uma parte de seus parques é uma homenagem aos imigrantes que escolheram a cidade como moradia. Um deles é o Bosque João Paulo II, inaugurado após a visita do papa a Curitiba, em 1980. O local abriga o Memorial da Imigração Polonesa. Já o Tingüi, um dos mais belos da cidade, é um memorial aos ucranianos, com uma réplica da Igreja de São Miguel
Arcanjo, erguida no fim do século 19. A construção foi realizada de acordo com as normas do rito católico do ramo bizantino, com o altar voltado para o leste. Sua cúpula é oitavada, revestida externamente de cobre e toda coberta em telhas de pinho. Seguindo a linha da imigração, o Bosque Português tem mosaicos com desenhos que lembram o mar, caravelas e um caminho de pedras. Caminhando por ali, o visitante encontrará 22 pilares revestidos com azulejos pintados à mão com trechos de poesias de autores portugueses. O Bosque Alemão é famoso por seu espelho d'água que forma uma cas-
cata. Uma passarela leva a um mirante de 15 metros de altura. O mural do bosque reconta a clássica história infantil de 'João e Maria'. Cultura – Curitiba é um contraste entre o passado e uma cidade moderna e planejada. Isso fica claro quando se visita as casas dos primeiros moradores urbanos, na Praça Garibaldi, todas recuperadas e transformadas em casas de cultura e museus. O Memorial é um exemplo dessa diferença saudável. Um espaço de quatro pavimentos de vidro e metal, ao lado da igreja mais antiga da cidade, a Igreja da Ordem, de 1740. Projetado para lembrar as formas de um pinheiro do Paraná, o Memorial abriga exposições e um mirante. Sua localização é o Largo da Ordem, famoso ponto da boemia e juventude curitibana. Bares e espaços culturais estão espalhados por todo o largo, fechado para circulação de veículos aos fins de semana. Um dos marcos de Curitiba é sua Ópera de Arame, formada por uma estrutura de ferro com tela aramada que remete à Ópera de Paris. É considerada uma das marcas futuristas da cidade. Mas o Museu Oscar Niemeyer luta para assumir esse posto. O espaço se destaca por uma construção em forma de olho. Essa "luta" entre o passado e o futuro vem transformando Curitiba em uma cidade organizada e planejada para os próximos anos. Prova disso é sua escolha como a melhor região para a realização de negócios, segundo uma pesquisa da revista Exame, Editora Abril, feita com empresas de grande porte nacionais e multinacionais, o que a coloca no eixo do desenvolvimento tão desejado por seus habitantes. A viagem foi a convite do Curitiba Convention Bureau (CCVB)
Noite curitibana é de dar inveja
uritiba possui uma vida noturna invejável para qualquer grande cidade brasileira. As opções de bares, casas noturnas e espaços teatrais e artísticos estão espalhados por toda cidade. Pontos como o Largo da Ordem e a Avenida Batel concentram grande parte dos principais destaques da agitação curitibana. A diversidade vai de restaurantes japoneses, indianos e tailandeses a bares que funcionam por 24 horas, cafés e casas de vinho e cachaça. Todas com grande freqüência durante toda a semana. No Largo da Ordem, próximo ao centro histórico, estão os principais botecos. O local é um calçadão que impede o trânsito de veículos. O Bar do Alemão é um dos mais tradicionais, ao lado do Memorial de Curitiba, o Alemão é um dos preferidos curitibanos e dos turistas, principalmente por sua bebida mais conhecida: o Submarino. Uma união entre chope estupidamente gelado e uma pequena caneca de steinhaeger dentro. A cada pedido, o cliente fica com sua "canequinha" de steinhaeger como prêmio. O preço do Submarino: R$ 5,50. Outra boa opção é o "Distinto Cavalheiro". Típico boteco "carioca", o bar concentra grande parte dos seus freqüentadores durante o happy hour curitibano. Um dos destaques da casa é a empadinha Caruso, um segredo da casa, cuja preparação o dono não libera para ninguém. Nos fins de semana, o Distinto funciona das 18h até o último cliente. Segunda-feira é a noite do jazz e as quintas são dedicadas ao chorinho. Grupos da cidade se apresentam
Divulgação/Nani Góis/SMCS
De restaurantes variados a botecos, a cidade tem muito a oferecer
durante toda a noite. Unindo restaurante, padaria, choperia, cafeteria e uma revistaria, o Babilônia é um dos projetos mais ousados da noite curitibana. Seu restaurante especializado em culinária asiática, o Miss Saigon, conquistas aos poucos o curitibano. Com capacidade para cerca de 200 pessoas, o Saigon ainda possui um espaço aberto para os dias de verão. O destaque fica por conta do dia da caça, que ocorre uma vez por, quando o cardápio é formado por pratos à base de carne de javali e perdiz. Já na noite das degustações, o Babilônia oferece uma noite regada a vinhos. (D.F.)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
E era prática no comércio o uso de cadernetas, onde as vendas eram registradas e os fregueses se comprometiam a pagar a conta no final do mês. Cada devedor que perdia o emprego ou mudasse de endereço era mais um prejuízo na contabilidade. Os Di Cunto aprenderam com a prática e com o faro para os negócios. Em 1936, criaram a entrega em domicílio, coisa em que jamais alguém já havia pensado. No início, usaram um veículo de tração animal, depois um pequeno “furgão”. Aumentaram a produção, diversificaram produtos e, em 1939 começaram a entregar o panetone, que, até hoje, é um dos pontos altos da casa. A segunda Guerra Mundial trouxe o racionamento de gasolina, trigo, sal e até de lenha. Novos tempos difíceis. Mas os Di Cunto persistiram, ainda que obrigados a reduzir a produção. Em 1949, com a normalização do abastecimento das matérias primas, foi inaugurada a seção de confeitaria e reiniciada a fabricação do panetone. Aliás, na Di Cunto, é Natal o ano inteiro: o panetone sai dos seus fornos religiosamente todas as semanas do ano. A partir dos anos 50, os Di Cunto iniciaram o atendimento de festas de aniversário, casamentos, batizados, chegando a fazer banquetes para até cinco mil convidados. Hoje, além da padaria, mantêm o serviço de buffet, seção de rotisserie e restaurante com 250 lugares, vendendo massas, pratos semiprontos, além de doces, bolos, salgados e, obviamente, os pães. Chegaram a abrir uma filial na rua Augusta, fechada tempos depois. Agora, mantêm uma filial no Tatuapé e um sistema de parceria no Itaim Bibi, além da matriz até hoje instalada no mesmo local da antiga alameda Taubaté. Em qualquer uma das lojas é possível encontrar o espetacular fusile artesanal, “ainda feito com ferrinho”, segundo conta Pedro Porta, casado com Paula Di Cunto, uma das netas do patriarca. Ou a Torta Regina, a sfogliatela e a zepola, pontos altos da casa. Sem falar na coxinha (que chega a vender mil unidades por dia), ou do éclair de chocolate (mais de 3,5 mil por semana). Ao todo, são 1.100 itens na linha de produção. Para manter tudo funcionando, a Di Cunto consome mais de 100 sacos de farinha de trigo e mais de 40 mil ovos por semana.
ESPECIAL - 9
MOOCA - 450 ANOS Fotos: Divulgação
Doces, panforte, profiteroles e sfogliatella: na cozinha Di Cunto não se usa nada artificial, nenhum aditivo, nenhum conservante
Na cozinha, não se usa nada artificial, nenhum aditivo, nenhum conservante. Até o famoso panetone utiliza um inédito processo de fermentação natural, criado por Alfredo, o
último dos filhos do patriarca e fundador. Alfredo morreu em 2004 e, hoje, a casa já é tocada pela terceira geração, que conserva o mesmo perfil familiar. Tanto que, dos 186 funcioná-
rios da empresa, muitos deles já passaram dos 40 anos de casa. Talvez por isso mesmo, até os fregueses sejam antigos. “Outro dia, entrou aqui uma senhora que ainda trazia a ca-
derneta de compra de pão, criada em 1939”, conta Pedro Porta. A essa forma de conduzir os negócios, a herdeira Paula Di Cunto junta duas palavras pa-
ra explicar o sucesso da empresa: diversidade e qualidade. Mas, em tempo, se lembra de uma terceira: sorte. “Não foi muita sorte, meu avô ter errado o caminho?”, diz. (TT)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
TURISMO - 3
Divulgação
De trem, para o litoral Com duração de três horas, o passeio vai de Curitiba a Paranaguá. Destaque: a visita a Morretes
U
ma viagem de trem pela Serra do Mar. Esse é um dos passeios mais belos para quem sai de Curitiba com destino ao litoral paranaense. Construída há 116 anos a Ferrovia Curitiba-Paranaguá é um dos canais de escoamento da produção de todo o Estado do Paraná para o Porto de Paranaguá. A obra foi inaugurada pelo imperador d. Pedro II no dia 1º de maio de 1875. A Estrada de Ferro é considerada uma das maiores engenharias já construídas pelas mãos do homem. Saindo da Estação Ferroviária de Curitiba com destino final a cidade de Paranaguá (pela Serra Verde Express, percurso de 70 quilômetros), o passageiro terá uma belíssima paisagem formada por uma das maiores reservas de Mata Atlântica do Brasil. A viagem dura cerca de três horas, passando pelas cidades de Pinhais e Piraquara. No entanto, a parte mais bela do percurso começa quando os túneis se aproximam. O primeiro, mais imponente e grandioso, é o Roça Nova, um dos 13 túneis e está localizado no ponto mais elevado do trajeto, a cerca de 900 metros. Continuando o trajeto, o destino é a Casa Ipiranga, onde se hospedou o d. Pedro II e o famoso pintor paranaense Alfredo Andersen. Neste ponto a visão do Rio Ipiranga é impressionante. Outro destaque é a Cachoeira Véu da Noiva, que impressiona pelo
grande volume de água que sai da rocha e pelo barulho ensurdecedor feito pela queda d'água. O Pico do Diabo, a Garganta do Diabo e o Santuário do Cadeado completam o trecho mais belo da viagem. Parada certa – Na Estação Morretes, parada obrigatória, o turista descerá na cidade que leva seu nome. Morretes é conhecida como um dos destinos mais bonitos do Paraná e de fundamental importância histórica para o Estado. A região possui uma das mais belas paisagens do Sul e tem como marco central o Rio Nhundiaquara, que corta a cidade e ainda permite, aos mais corajosos, a prática de esportes como a canoagem, bóia-cross e pescarias. Uma dica é aproveitar a grande diversidade de artesanato comercializado por lá. Há também uma série de alambiques instalados pelas ruas de Morretes e todos permitem que o visitante prove os sabores de cachaça à venda. Mas o grande destaque de Morretes é o barreado, o principal prato da cozinha do litoral paranaense. De herança cabocla, é preparado com charque, toucinho e temperos. O segredo é vedar a panela durante todo o processo de cozimento, que dura em torno de 12 horas. O processo impede perda de vapor do cozido e faz com que a carne cozinhe até desfiar. O barreado é servido com banana assada, batata, farinha e pirão. (D.F.)
Ana Lucia Borges/Agência O Globo
Fabiana Gonçalves/AE
Morretes: parada principal da viagem. Entre os atrativos estão o artesanato, alambiques e a culinária regional
No percurso: pequenas cidades do interior, vistas panorâmicas, 13 túneis e pontos históricos
Divulgação/Valdecir Galor/SMCS
Eventos culturais por todo o canto
C
Ópera de Arame, grande espaço artístico
uritiba é famosa por seus eventos culturais. A cidade possui três grandes espaços para peças, exposições e atividades artísticas: a Ópera de Arame, o Teatro Guairá e o Paiol. Além dos Museus Alfredo Andersen, Oscar Niemeyer, Paranaense e do Expedicionário. E a capital do Paraná possui mais de 30 espaços para arte e cultura. O turista que passa pela cidade também encontrará uma série de atividades culturais nas ruas, principalmente no Largo da Ordem e na conhecida Rua 24 horas. Aos domingos uma feira artesanal é realizada em todo o largo. Artistas
e grupos de teatro amador realizam apresentações durante toda a tarde. Espaços como o Electric Café (Rua David Carneiro, 469), a Galeria Espaço de Arte (Rua Alberto Folloni, 1.534) e a Galeria Arte Sacra (Largo da Ordem) recebem exposições fotográficas, de multimídia e apresentações de poetas e escritores locais de outros Estados brasileiros. Uma visita obrigatória é o Museu Metropolitano de Arte (Muma – Avenida República da Argentina, 3.430). Seu acervo possui obras de Pancetti, Guignard, Di Cavalcanti, Djanira, Portinari, Mário Cravo, Burle Marx. (D.F.)
RAIO X COMO CHEGAR A partir de São Paulo, a TAM (tel. 11/40025700, www.tam.com.br) e a Gol (tel. 11/21253200, www.voegol.com.br) têm passagem para Curitiba. Ida-e-volta, a partir de R$ 199 (tarifa promocional válida até 15/12, sujeita a disponibilidade) e R$ 510, respectivamente. Para os que optarem pela viagem de ônibus (são 488 quilômetros), o bilhete custa cerca de R$ 50 nas viações Itapemirim (tel. 0800/7232121, www.itapemirim.com.br), e Cometa (tel. 11/3868-5800, www.viacaocometa.com.br), ambas saindo da Rodoviária do Tietê. ONDE DORMIR Boubon Curitiba Hotel & Tower: Rua Candido Lopes, 102, tel. (41) 3221-4600, www.bourbon.com.br. Localizado em pleno centro comercial e financeiro de Curitiba, é a escolha certa para os que viajam a trabalho, mas aproveitam umas horas de folga para lazer e compras. A diária custa, em média, R$ 175 durante a semana e R$ 157 nos fins de semana. Crowne Plaza Curitiba Hotel: Rua Pres. Carlos Cavalcante, 600, tel. (41) 3259-5500, www.crownecuritiba.com.br. Próximo ao Palácio do Governo, no centro histórico de Curitiba e a duas quadras do shopping Mueller. Acesso fácil aos principais centros de convenções. A diária sai por, em média, R$ 139. Mercure Curitiba Batel: Rua Alferes Ângelo Sampaio,1.177, tel. (41) 3342-9350, www.accorhotels.com.br. Localizado no Batel, um dos bairros mais nobres de Curitiba, o Mercure está cercado por lojas, restaurantes e boates. A diária custa, em média, R$ 100. Quality Curitiba Hotel: Rua Dom Pedro II, 740, tel. (41) 2103-4000, www.atlanticahotels.com.br. Também
localizado no Batel, o Quality fica próximo aos principais shoppings e centros de compra de Curitiba. A diária custa, em média, R$ 244. ONDE COMER E BEBER Distinto Cavalheiro: Rua Saldanha Marinho, 894, centro, tel. (41) 3019-4771. Típico boteco carioca, é perfeito para o happy hour. Um dos destaques da casa é a empadinha Caruso. Babilônia: Rua Dom Pedro II, 541, tel. (41) 3566-6464. Funciona de segunda a segunda, por 24 horas. Reúne restaurante (o Miss Saigon, de cozinha asiática), padaria, choperia, cafeteria e uma revistaria. Sheridan’s Irish Pub: Rua Bispo Dom José, 2.295, tel. (41) 3343-7779. Um legítimo pub irlandês, com pratos da cozinha irlandesa, além de cervejas especiais como a Guinness. Duchamp Bistrô: Alameda Princesa Izabel, 1895, tel (41) 3024-5233. Localizado em uma casa restaurada de imigrantes alemães e italianos, tem em seu cardápio pratos da culinária francesa além de belas misturas das cozinhas do Brasil e da França. Pátio Arvoredo: Rua Manoel Ribeiro de Campos, 620, tel. (41) 3383-5766, São José dos Pinhais. Em uma área verde de 3 mil m²,
com jardins e quiosques cobertos e abertos, o local oferece um bistrô que leva o nome de Cielo Verde, uma adega de vinhos e uma livraria. Boa escolha para o fim de tarde na livraria e aproveitar para jantar no mesmo espaço quando a noite cair. A Landerna: Rua Padre Agostinho, 690, tel. (41) 3233-4218. Uma casa italiana com 31 anos de história. Nos dias mais quentes, disponibiliza suas varandas para os clientes, com direito a uma bela visão da noite curitibana. Bar Brahama: Rua João Negrão, 195, (41) 3566-7025. Um dos espaços mais concorridos na cidade, fica dentro de uma antiga fábrica de cerveja. FAÇA AS MALAS Cultura: informações sobre toda a programação cultural da cidade no portal da Fundação Cultural de Curitiba www.fundacaoculturaldecuritiba.com.br/. Passeio a Morretes: a viagem pode ser feita de trem ou litorina (vagão mais luxuoso). Ambos os serviços são realizados pela Serra Verde Express. www.serraverdeexpress.com.br, tel. (41) 3323-4007. O pacote com a viagem, almoço e um city tour por Morretes sai por R$ 195 (litorina) e R$ 160 (trem). Táxi: um táxi do Aeroporto Internacional Afonso Pena até o centro de Curitiba sai por volta de R$ 50. Transporte: os hotéis disponibilizam de vans que levam os hóspedes aos principais centros de compras e gastronomia de Curitiba. Informe-se junto à recepção sobre os horários de saída e retorno. Internet: www.curitibacvb.com.br. Locação de carros: Thrifty Car Rental (tel. 41/3016-0909 ) e Standby Rent a Car (tel. 41/ 3299-9906 ).
Museu Paranaense, outro cartãopostal da cultura em Curitiba
DIÁRIO DO COMÉRCIO
10 -.ESPECIAL
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
MOOCA - 450 ANOS
Cotonifício Crespi, para marcar a história da Mooca Rodolfo Crespi desembarcou no Brasil com apenas 33 liras no bolso. Construiu um império. O cotonifício da Mooca, por exemplo, chegou a ser a maior indústria da América Latina. Hoje é um supermercado Fotos: reprodução
P
O cotonifício do conde Crespi (no alto) parou na greve de 1917. Seus tecidos vestiram tropas paulistas na Revolução de 1932 e as tropas de Mussolini durante a Segunda Guerra
arece que foi ontem - tão impregnadas estão as lembranças nas paredes do bairro e na memória das pessoas -, mas já lá se vão mais de 100 anos que o imigrante Rodolfo Crespi resolveu erguer o seu sonho, que por algum tempo seria a maior indústria da América Latina. Instalado num prédio monumental de três andares e 48 mil m2, no quadrilátero formado pelas ruas dos Trilhos, Taquari, Javari e Visconde de Laguna, o Cotonifício Crespi marcaria a história da Mooca. Rodolfo Crespi chegou ao
Brasil em 1890, aos 23 anos de idade. Vinha de Busto Arsizio, na Lombardia, uma região com tradição fabril. Natural que começasse por aí. O cotonifício cresceu rápido, chegou trabalhar com seis mil operários. Depois vieram o lanifício, uma fábrica de chapéus, o Hotel Esplanada (que chegou a ser o mais importante de São Paulo) e seus domínios se estenderam ainda por plantações de café, algodão e cereais na região de Araras. Nada desprezível para um jovem que havia desembarcado em Santos com apenas 33 liras no bolso. O primeiro e único emprego
que o jovem Rodolfo encontrou em São Paulo foi na Malharia Regole. Pertencia a Pietro Regole, um italiano de Firenze que havia chegado alg u m t e m p o a n t e s . Competente, caiu nas graças do patrão e também da sua filha Marina, com quem se casou logo em seguida. De empregado, passou a sócio. E de sócio, a único dono. Expandiu os negócios e fundou o Cotonifício Crespi, inaugurado em 1897. Importou alguns teares, comprou outros por aqui, deu emprego a muita gente. Até por uma questão de proximidade, o primeiro lugar que os “oriun-
di” procuravam ao desembarcar na estação da Hospedaria dos Imigrantes era no cotonifício: se houvesse vaga, estavam empregados. Equipada com 14 mil fusos e 500 teares, a fábrica tinha fiação, tecelagem, tinturaria e malharia. Consumia 3 mil HPs de energia, complementados pelo consumo de 200 toneladas mensais de óleo em suas caldeiras. Roupas para Mussolini Funcionando 24 horas sem parar, a indústria produzia cada vez mais: seus tecidos vestiram as tropas paulistas durante a Revolução Constituciona-
lista de 1932 e, depois, as tropas de Mussolini durante a Segunda Guerra Mundial. Não quer dizer, porém, que não passou por dificuldades. Além de ser palco das primeiras manifestações operárias do Brasil, em 1917 (veja matéria à parte), esteve na iminência de fechar durante a Revolução de 1924, quando se exigia a renúncia do presidente Arthur Bernardes. A adesão dos tenentes em São Paulo criou um clima insustentável para o governador Carlos Campos, que abandonou o Palácio dos Campos Elíseos. São Paulo foi duramente bombardeada pelas for-
ças federais e o cotonifício, seriamente atingido, precisou paralisar suas atividades. Recuperado, enfrentaria novas dificuldades (estas mais de ordem política) quando o Brasil decidiu entrar na Segunda Guerra Mundial. Com equipamentos obsoletos, passou a enfrentar dificuldades a partir da década de 50. A situação foi se agravando gradativamente até que veio o pedido de concordata e o fechamento das portas em 1963. Por um bom período, o prédio monumental permaneceu fechado.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4 -.TURISMO
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
SANTA CATARINA
Joinville seis estrelas Dança, progresso e qualidade de vida. Assim é Joinville, hoje a maior cidade do Estado de Santa Catarina. Com mais de meio milhão de habitantes, a chamada "Cidade dos Príncipes" – slogan herdado da época colonial – fica num ponto estratégico, entre a serra e o mar. Num clima ameno proporcionado pela geografia, reúne uma diversidade de culturas, fruto da imigração suíça, alemã, italiana, francesa e migração de brasileiros de todo o País. Grande pólo industrial do Sul, a cidade soube manter tradições, belezas urbanas e rurais. Bela, florida, plana, ecologicamente correta, ela oferece passeios para toda a família. O 'DC Boa Viagem' registrou seis. Por Lúcia Helena de Camargo Fotos: Henrique Cunha
ARTE – Dentro do shopping center América, a escultura do espanhol Antonio Mir traz dois monumentais bailarinos estilizados. O artista plástico ibérico adotou Joinville como casa e pretende pintar ali o maior quadro ao ar livre do mundo.
ENTRADA – Ao lado do Pórtico de Entrada da cidade, um moinho erguido na década de 1970 faz a festa dos turistas. Dentro dele funciona a Secretaria Municipal de Turismo, que atende visitantes sete dias por semana. Rua XV de Novembro, tel. (47) 453-0177.
PATRIMÔNIO – A Alameda Brüstlein, conhecida como Rua das Palmeiras, leva ao Palácio dos Príncipes. As árvores, trazidas no século 19 do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, hoje pertencem ao Patrimônio Histórico Nacional, por sua raridade. Uma palmeira bifurcada é listada entre as três únicas no mundo de sua espécie.
BALÉ – Inaugurada em março de 2000, a Escola do Teatro Bolshoi de Moscou é a única do mundo fora da Rússia. Forma bailarinos com a mesma excelência de sua matriz e é o xodó de Joinville. Permite visitas às instalações, com agendamento prévio. Avenida José Vieira, 315, Centro, tel. (47) 422-4070.
ARENA – Joinville promove anualmente o maior festival de dança do mundo – reconhecido pelo Guinness Book. Participam mais de 4 mil dançarinos, vistos por um público de 50 mil pessoas. O Centreventos Cau Hansen, onde ocorrem as apresentações do festival, é uma grandiosa arena multiuso de 25 mil metros quadrados, que ostenta em sua entrada o painel 'O Circo', do artista Juarez Machado.
MIRANTE – Bom lugar para entender o mapa local é o mirante que fica no alto do Morro do Boa Vista, conhecido como Morro das Antenas. A 250 metros de altura, está garantida a vista panorâmica de Joinville, da Baía da Babitonga e, em dias mais claros, da cidade histórica de São Francisco do Sul.
Reembolso de passagens em debate
T
rês comitês da Associação Brasileira dos Gestores de Viagens Corporativas (ABGev), o CE-30, o de cartão de crédito e o de aviação, se reuniram em São Paulo para debater um tema que é dor-decabeça para muitas empresas: o reembolso de passagens aéreas. Como o problema já está identificado, a ABGev está analisando as soluções existentes no mercado, estudando os gargalos e buscando soluções. Participaram da reunião os representantes da TMC Brasil e do Favecc, além dos quatro GDSs e das companhias aéreas Gol e da TAM. Amadeus, Galileo, Sabre e Worldspan já fizeram suas apresentações, mostrando as ferramentas de pedido de reembolso de que dispõem. "Elas não eram muito divulgadas e as pessoas acabam insistindo no papel", explica Alberto Martins. Uma das apresentações foi feita pelo agente de help desk da Worldspan, Marques Santos, que explicou como funciona cada sistema automatizado. "Muito agente não sabe que a ferramenta existe, mas ainda tem muita companhia aérea que não aceita o reembolso automatizado", explicou Santos. A Worldspan disponibiliza o serviço há mais de um ano e vai até o cliente para fazer os testes. "Mesmo assim, tem agência que ainda não aceita", lamenta. Ele explica que a vantagem é que o reembolso feito automaticamente é mais rápido. "No papel demora até 40 dias, enquanto o automático entra na fatura seguinte", diz. Nos casos de cartão de crédito tem de fazer pelo sistema antigo, no papel, e ainda têm de entrar em contato com a operadora de cartão. "Cabe às empresas aéreas usarem a ferramenta e aceitarem o reembolso automático", sugere o agente de help desk da Worldspan. Já a apresentação da Amadeus foi feita em slides e baseada nas necessidades que os clientes solicitam pelo help desk. "Muitas vezes recebíamos as dúvidas e as pessoas temiam usar a ferramenta", conta a supervisora de treinamento Marina Salgado. Por esse sistema é permitido que o reembolso seja total ou parcial. As entradas são simples e geram para o BSP e back-office, que já é automático e dali mesmo já é possível imprimir o recibo. O sistema tem até
relatório contábil para maior controle do agente. "É preciso acostumar que o sistema faz tudo por ele", diz Marina. Ferramentas – A Galileo Brasil optou por apresentar o processo disponível e como ele funciona. A empresa aproveitou para mostrar o cenário dos mercados, explicou que a agência entra, faz o pedido e a companhia aérea aceita. "Uma informação importante é que dá para validar até 90 dias. Se passar desse prazo só com a companhia aérea", explica o gerente sênior de operações no Brasil da Galileo, Alexandre Xavier. "O agente tem de preencher tudo certo para efetuar na fatura. Se errar, volta!", alerta. Uma observação importante é que o pedido de reembolso no papel pode demorar 120 dias, segundo Xavier, já que passa por muitos departamentos. Já o automático vem na fatura seguinte. "É nosso papel mostrar as ferramentas, mas cabe à agência realmente utilizar e saber que seu posto de serviço esteja preparado", diz. Por outro lado, a companhia aérea deve decidir se vai fazer automatizado ou não. A ferramenta está disponível. "O processo é picado, a Galileo só dispõe da ferramenta", arremata. Aéreas – A Gol, representada por Eduardo Bernardes, e a TAM, por Tony Garcia, também apresentaram suas soluções on-line. Segundo Martins, entre os problemas de reembolso está o estouro dos prazos estabelecidos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A agência estipula em 30 dias o limite para reembolsos, mas de acordo com Alberto Martins a média de mercado é de 30 a 180 dias. Na reunião, a Gol discutiu ajustes no processo de reembolso das passagens pelas companhias aéreas. Cada uma adota um método diferente e a idéia é criar um padrão mais uniforme, rápido e simplificado, que obedeça o reembolso no prazo estabelecido pela legislação, que é de até 30 dias. Já a TAM apresentou o funcionamento do fluxo de reembolso. Agora, resta confiar nos documentos on-line e acabar de vez com os papéis. Mais informações sobre o Panrotas Corporativo no site www.panrotas.com.br. Assinaturas pelo tel. (11) 5070-4816 ou 5070-4804, e-mail assinaturas@panrotas.com.br.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
D epois passou a ser locado e sublocado para diversas atividades, que provocaram sua rápida deterioração, assim como dos seus anexos que ocupam todo o quarteirão, com projeto assinado pelo arquiteto italiano Giovanni Battista Bianchi. No final de 2003, o Grupo Pão de Açúcar alugou o imóvel para abrir um hipermercado no local - e isso provocou reações contraditórias, pois foi necessário colocar parte da história no chão. “O problema da restauração do Cotonifício Crespi é que se priorizou o seu novo uso em detrimento do seu valor histórico. Esse é o erro mais comum cometido nas restaurações de edificações industriais”, protestou a tecnóloga em construção civil e especialista em patrimônio arquitetônico, Cláudia Yamada, uma das vozes mais atuantes contra o projeto de restauração do cotoníficio. O supermercado, que investiu 20 milhões de reais nas obras de restauração e construção, alega que o edifício estava condenado. “A restauração foi realizada por uma empresa especializada e manteve as características originais do prédio, recuperando tijolo por tijolo e todos os caixilhos da parte externa da fachada”, diz um material de divulgação da empresa. “Não considero a obra
ESPECIAL - 11
MOOCA - 450 ANOS Marcelo Min/AFG
Alguns moradores se mobilizaram para tentar barrar a demolição do cotonifício, que acabou virando supermercado. Mas, pelo menos, a fachada foi mantida, apesar dos protestos
realizada no Cotonifício Crespi como um restauro, já que não foram respeitadas suas características históricas, estéticas e memoriais. A estrutura foi toda descaracterizada, apenas a fachada foi mantida, boa parte do conjunto industrial
foi demolido para ser transformada em estacionamento”, emendou Manoela Rossinetti Rufinoni, arquiteta da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Alguns moradores se mobilizaram para tentar
barrar a demolição. Mas a própria Cláudia Yamada faz uma ressalva: “Apesar de tudo, dentro do quadro de total abandono do cotonifício, talvez a restauração realizada tenha sido a melhor solução encontrada”. Durante o período em que
perduraram as discussões, o Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) da Prefeitura de São Paulo e o Ministério Público Federal conseguiram uma liminar para paralisar as obras de restauro. Mas o embargo durou pouco tempo devido ao fato do cotonifício
não ser um patrimônio histórico tombado - o processo de tombamento encontra-se em análise há 13 anos no próprio DPH, sem solução. Assim, a obra prosseguiu e, em março de 2005, o hipermercado foi inaugurado. (TT)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
4
Internacional
Dan Halutz, que enfrenta a pressão para que renuncie após admitir que vendeu ações no início do conflito
Eric Gaillard/Reuters
Exército de Israel inicia retirada do sul do Líbano
O
Saída começou após acordo entre membros da força de defesa israelense, a Unifil e o Exército libanês
O
Exército israelense iniciou, ontem, sua retirada do sul do Líbano, entregando algumas de suas posições a uma força da Organização das Nações Unidas (ONU), segundo fontes militares. "Depois de um acordo entre membros das forças de defesa israelenses, a Unifil (força da ONU) e o Exército libanês, se iniciou o processo de transferência de autoridade", disse um comandante do Exército de Israel. Também ontem, o gabinete de governo do Líbano aprovou um plano para posicionar, a partir de hoje, 15 mil soldados do Exército nacional ao sul do Rio Litani, na região que fica de 20 a 30 quilômetros da fronteira israelense. Será a primeira vez em quase quatro décadas que o governo passa a controlar militarmente essa ampla área de maioria xiita. A medida cumpre dispositivo-chave da resolução do Conselho de Segurança da ONU que impôs o cessar-fogo entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah (que tem dois ministros no governo do Líbano). No entanto, o ministro da Informação do Líbano, Ghazi Aridi, afirmou que o Exército não irá desarmar a milícia do Hezbollah nem perseguir seus membros. "Não haverá confrontos entre o Exército e os irmãos no Hezbollah. Essa não é a missão do Exército. Eles não vão caçar ou vingar-se do Hezbollah", disse Ghazi. O comunicado do gabinete iria especificar, segundo as autoridades, que o Exército não permitirá a presença de nenhum grupo armado na região, mas não mencionaria a retirada da milícia nem de seus foguetes e outras armas do sul do Líbano. Apesar de a decisão do governo libanês não atender à exigência de remoção da milícia do grupo Hezbollah de
perto da fronteira, é um grande passo à estabilização da área. Pressão – Poucas horas antes, o comandante-chefe do Exército de Israel, general Dan Halutz, havia advertido que a retirada integral das tropas israelenses do sul do Líbano, prevista para dentro de dez dias, estaria condicionada ao envio das tropas libanesas e de uma força internacional de paz. Dan Halutz está em uma situação delicada. Enfrenta a pressão de parlamentares israelenses que exigem sua renúncia após o jornal local Maariv ter publicado matéria informando que ele vendeu ações de seu portfólio pouco antes da eclosão da guerra contra o Hezbollah, no Líbano. O general Halutz admitiu ter vendido ações no valor equivalente a 120 mil shekels (o correspondente a cerca de US$ 28.000) na tarde de 12 de julho, três horas depois de o grupo Hezbollah ter atacado uma patrulha de Israel, matando três soldados e capturando outros dois. Ajuda – No calor da discussão, agentes humanitários desviavam ontem das bombas não detonadas espalhadas pelo sul do Líbano para distribuir comida e combustível às pessoas isoladas por mais de 30 dias de violência e retirar os feridos, informaram autoridades locais. Perto da fronteira, o quadro é desolador, segundo o porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha em Genebra, Annick Bouvier. A distribuição de comida, medicamentos, combustível para permitir o funcionamento de bombas d'água e outros bens de primeira necessidade está sendo feita ao sul de Marjayoun e áreas às quais os agentes humanitários não tiveram acesso durante os 34 dias de hostilidade entre Israel e o Hezbollah. (Agências)
Ministra pede o fim das hostilidades
Ajuda humanitária começa a levar comida, medicamentos e combustível, bens de primeira necessidade Hassan Ammar/AFP
O líder do Hezbollah no sul do Líbano, Nabil Qawuq (ao centro), chega a Tyre escoltado por guarda-costas
não-cumprimento, por parte do Hezbollah, da resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) tem despertado críticas especialmente por parte de Israel. Ontem, a ministra das Relações Internacionais de Israel, Tzipi Livni, fez um apelo à comunidade internacional para que intervenham no assunto. Livni quer o fim das hostilidades e, para isso, diz, é preciso que a resolução nº 1.701 do Conselho de Segurança da ONU seja cumprida integralmente. Para ela, o momento, agora, é da verdade para a comunidade internacional. "A plena implementação da resolução é uma oportunidade para a mudança no Líbano e para o futuro de todos", disse a ministra israelense após ter se encontrado com o secretário da ONU, Kofi Annan. Livni, durante o encontro, teria discutido sobre uma solução para o desarmamento do grupo terrorista Hezbollah. Mas o grupo terrorista tem descartado, por enquanto, a questão de abandonar as armas. "O Hezbollah é uma organização terrorista que representa os interesses iranianos na região, semeia o ódio e a ideologia iraniana contra israelenses e contra o mundo ocidental", afirmou a ministra israelense. Paz – A França aceitou ontem chefiar os 15 mil homens da força internacional da ONU, a Unifil, que será ampliada para patrulhar a região sul do Líbano, na fronteira com Israel, em conjunto com o Exército libanês. Junto com a Turquia, a França mandara, ontem, a Beirute, seus mais altos diplomatas para um debate sobre a composição do contingente da força de paz internacional. Ao fazer o anúncio, a ministra francesa da Defesa, Michele Alliot-Marie, enfatizou que espera que o contingente tenha funções claramente definidas e poder suficiente para cumprir suas obrigações. Atualmente a Unifil, força de observação da ONU na fronteira, conta com apenas dois mil soldados e já está sob o comando da França. (Agências)
Reuters
Paraguai não se comove com morte de Stroessner Exilado no Brasil desde 1989, o ex-ditador tornouse uma farpa nas relações Brasil-Paraguai
O
ex-ditador do Paraguai Alfredo Stroessner, de 93 anos, morreu ontem pela manhã em um hospital de Brasília, cidade onde vivia em exílio desde 1989. Comandante da mais longa ditadura sul-americana, que se estendeu por 35 anos, Stroessner estava internado desde 29 de julho passado para o tratamento de uma hérnia inguinal. Seu estado de saúde, no entanto, agravou-se em conseqüência de uma pneumonia. Nos últimos dias, respirava com a ajuda de aparelhos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Até o início da noite de ontem, o local de seu sepultamento era razão de controvér-
sias na família Stroessner. De acordo com a embaixada do Paraguai no Brasil, que sempre acompanhou à distância os movimentos do ex-ditador em Brasília, não haveria nenhum impedimento para o sepultamento do corpo no país. Parte da família apoiava essa decisão, mesmo com a ausência de sinais do governo paraguaio de que poderia conceder honras de Estado ao ex-presidente. Filho – Essa opção tornaria improvável o comparecimento na cerimônia de seu filho, o ex-coronel da Aeronáutica paraguaia, Gustavo Stroessner Mora. Também exilado no Brasil, o ex-coronel tem contra si um mandado de prisão
O ex-ditador Alfredo Stroessner (à esq.) com o também ex-ditador Augusto Pinochet, do Chile, em 1974
no Paraguai. O corpo de Stroessner foi velado desde o início da noite de ontem na casa em que vivia há 17 anos, no Lago Sul, bairro de classe alta de Brasília. Sua família preferiu uma "cerimônia íntima".
Exilado no Brasil desde 1989, quando foi derrubado por um golpe militar, o general Stroessner tornou-se uma farpa nas relações Brasil-Paraguai. Embora tivesse adotado um perfil discreto em Bra-
sília e evitado qualquer envolvimento direto na vida política paraguaia, o ex-ditador tornou-se alvo de vários pedidos de extradição emitidos por Assunção e jamais acatados pelo governo brasileiro.
Golpe – Ex-combatente na Guerra do Chaco, o sangrento conflito entre Bolívia e Paraguai, em 1932, Stroessner alcançou a patente de general de divisão do Exército em 1954, aos 42 anos, e liderou em seguida o golpe que destituiu o então presidente Federico Chávez. Por meio de processos eleitorais questionáveis, foi reeleito presidente por oito vezes sucessivas. Stroessner manteve um governo de estreitas relações com os Estados Unidos e de perseguição contra políticos de esquerda e também de tolerância com ex-nazistas, que acabou na era Reagan. "Quando morreu o generalíssimo Francisco Franco na Espanha, multidões saíram às ruas para manifestar seu pesar, mas com Stroessner ocorre o contrário: existe total indiferença, como se para a maioria (dos paraguaios) isso não importasse", disse hoje a jornalistas o analista político Alfredo Boccia. Segundo ele, "é uma pena que Stroessner esteja morrendo muito tarde, quando ninguém mais se recorda dele". (Agências)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
12 -.ESPECIAL
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
MOOCA - 450 ANOS
Imigração, guerras, revoluções. A história passa pela Mooca Conta-se aqui a saga dos imigrantes, abrigados numa hospedaria no século XIX. Contam-se também histórias de fugitivos de guerras e aquele lugar virou até presídio político. Hoje é o Memorial do Imigrante Acervo Instituto Agronômico de Campinas
E ssa história começa em meados do século XIX, quando a lavoura de café se expandia em São Paulo, exigindo braços para cultivá-la e para construir estradas que dessem vazão à produção. Com a proibição do tráfico de escravos, começaram a chegar
Fotos: acervo Memorial do Imigrante
Imigrantes eram recebidos na hospedaria da Mooca, vacinados, passavam por uma triagem, recebiam o “cartão de rancho”, depois encaminhados aos locais de trabalho. A maioria acabaria indo mesmo para as lavouras de café
os imigrantes. Na verdade, já em 1827 há registro da chegada de um grupo de 226 deles todos alemães - que subiram a Serra do Mar a pé e se fixaram (os que resistiram) na região de Santo Amaro. Mas o movimento se acentua a partir de 1880. Para receber os imigrantes criou-se uma hospedaria, primeiro no bairro de Santana (logo desativada) e, em seguida, no Bom Retiro, que, depois de alguns anos, também se tornou inadequada. Assim, em 1885, o governo decidiu construir uma nova hospedaria. A escolha do local, na Mooca, foi estratégica: o cruzamento dos trilhos das duas ferrovias que serviam a cidade de São Paulo, a antiga Central do Brasil, que vinha do Rio de Janeiro, e a São Paulo Railway, que vinha de Santos. Era desses
dois portos que chegavam os imigrantes. Em 1887, antes mesmo de estar concluída, a Hospedaria dos Imigrantes (como ficou conhecida) recebeu o primeiro grupo de estrangeiros, pois um surto de varíola e difteria havia sido detectado na hospedaria do Bom Retiro. Concluída em 1888, a hospedaria funcionava como um hotel provisório, mantido pelo governo. Ali os imigrantes eram recebidos e permaneciam pelo prazo de 6 a 8 dias. Durante esse tempo, passaram por uma triagem, eram vacinados e recebiam o “cartão de rancho”, que lhes dava direito às refeições e servia também como documento pessoal. Depois, eram apresentados à Agência Oficial de Colonização e Trabalho (dentro
da própria hospedaria) para serem encaminhados aos locais de trabalho, de acordo com suas profissões (a maioria acabaria indo mesmo para as lavouras de café). Num terreno de 34 mil m2, o prédio (com cerca de 10 mil m2 de área) foi erguido em forma de E, de acordo com projeto do engenheiro Antonio Martins Haussler, exibindo uma mistura de estilos (com predominância do neoclássico). Estava dimensionado para receber três mil imigrantes, mas houve períodos em que abrigou mais de oito mil. Em apenas dez anos (1891 a 1900) a hospedaria registrou a passagem de 1.129.315 imigrantes. Até pouco antes da primeira Guerra Mundial esse número chegaria perto de três milhões. Não só os imigrantes co-
nheceram as instalações da hospedaria. Durante a Revolução de 1924 ocorrida em São Paulo, a Secretaria da Segurança utilizou a hospedaria como presídio político. Em 1929, recebeu os desabrigados pela maior enchente que a cidade conheceu. E, em 1932, novamente serviu para fins políticos, desta vez como prisão para os getulistas capturados durante a Revolução Constitucionalista. Em 1943, durante a segunda Guerra Mundial, o Dops requisitou novamente a hospedaria, para proteção de alguns imigrantes alemães, italianos e japoneses, considerados “súditos do Eixo”. A partir de 1930 refluiu a imigração estrangeira e começou a aumentar a migração interna. Incentivadas pelo próprio governo (até com propaganda enganosa, como
já havia acontecido também com os estrangeiros) levas de mineiros e nordestinos chegaram à hospedaria. Até 1968, a hospedaria ficou sob a gerência da Secretaria da Agricultura, função assumida a partir daí pela Secretaria da Promoção Social, que muda o nome para Departamento de Migrantes. Nessa época, o perfil dos “hóspedes” já havia mudado também: antes voltados essencialmente para atividades agrícolas, agora os trabalhadores se destinavam à construção civil. O último grupo de imigrantes estrangeiros chegou em 1978: eram perto de 50 mil coreanos, que acabariam se estabelecendo com pequenas indústrias e comércio de tecidos no Brás e Bom Retiro.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
ESPECIAL - 13
MOOCA - 450 ANOS Fotos: Marcelo Min/AFG
exige pesquisa manual. Quem não vai em busca de registros familiares pode visitar o espaço
imigrantes em São Paulo. ala são a Pacific 353 Faz parte também dessa ala um bonde de 1912, , mais conhecida que pertencia à “The City of Santos como Improvements “Velha Senhora” - Company”. (TT) locomotiva a vapor de SERVIÇO 1927, O Memorial do Imigrante considerada fica na rua Visconde de a maior Parnaíba, 1.316 (Mooca), existente proximidades da Estação no Brasil. Bresser do Metrô. Está Ou então a aberto de terça a domingo, Nº 5, a das 10 às 17 horas. A “Marta”, entrada custa R$ 4 (R$ 2 outra locomotiva, para estudantes). Grátis de 1922. para menores de 7 anos e Ambas, maiores de 60. Há visitas num passeio de curta reservado para a monitoradas, que devem preservação da memória duração, tentam remeter ser agendadas pelo telefone os passageiros ao do transporte. As 6692-7804. principais atrações dessa ambiente da chegada dos
DC
ombado pelo Condephaat em 1982, a hospedaria virou Centro Histórico do Imigrante em 1986; quatro anos depois, tornou-se o Memorial do Imigrante, e guarda ali dentro toda a memória desse tempo. Uma visita ao Memorial revela as condições em
que os imigrantes viajavam. Ali são encontradas também as listas de passageiros de navios, livros de registro de entrada na hospedaria e comprovantes de assentamento nos núcleos coloniais. Muitos estrangeiros ou seus descendentes buscam certidões de desembarque, necessárias para tirar passaporte, receber pensão ou obter naturalização, herança ou até mesmo a correção da grafia do nome. Parte do material está informatizado e pode ser consultado em cinco terminais à disposição do público. O restante
Os 48 Anos Em Qualidade e Confiança da
DOCEIRA MODELO, Você Encontra Também Aqui RESTAURANTE
DE
KIMODELO
9
T
A hospedaria virou Centro Histórico do Imigrante e depois Memorial do Imigrante. Ali estão todos os registros, toda a memória dos imigrantes, como as listas de passageiros de navios ou livros de registro. E as locomotivas “Velha Senhora” e “Marta” estão ali para uma volta ao passado
SDE 199
O MELHOR SELF SERVICE DA REGIÃO
(11) 6292.9845 / 6692.3196 R. Padre Raposo, 79 - Piso Superior - Mooca www.doceiramodelo.com.br
DIÁRIO DO COMÉRCIO
14 -.ESPECIAL
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
MOOCA - 450 ANOS
O jeito de falar, aquele cheiro do molho de domingo
A
Tudo se conta com muito orgulho na Mooca: o que dizer de um bairro que tem hino, bandeira, brasão e até marco-zero? Aos domingos, por exemplo, o bairro vira uma grande família e atrai os filhos desgarrados
influência italiana ainda mantém nas ruas da Mooca aquele sotaque típico, aquele jeito de falar com os braços, entremeados de expressões que só a Mooca tem. As origens, paradoxalmente, não fizeram da Mooca um centro gastronômico, ainda que algumas casas, como a Don Carlini, defendam galhardamente a honra da culinária italiana. Mas aos domingos, o dia do sagrado almoço da “mamma”, o bairro vira uma grande família e atrai os filhos desgarrados. O cheiro de molho de tomate toma os ares e aquela bela macarronada vai embalar as conversas tarde a fora. “A região ficou muito tempo ilhada por causa dos trilhos e por isso pouco mudou nos últimos anos”, explica Fernando Crespi, herdeiro do que restou do cotonifício que leva o nome da família. O fato é que, por essa ou outras razões, a Mooca se fez um mundo à parte. Tanto é que - pasmem! - só agora, com 40 anos de atraso em relação a outros bairros da cidade, ganhou seu primeiro shopping center. Nada disso é capaz de tirar o orgulho mooquense: “Aqui tem de tudo e de tudo que é bom”, garante Felício de Souza, 67 anos, talvez o fotógrafo mais antigo do bairro.
Fotos: Marcelo Min/AFG
Hino da Mooca Letra: José das Neves Eustáquio
A bandeira da Mooca é azul, com uma cruz branca e um círculo também branco que carrega o brasão. Que dizer de um bairro que tem hino, bandeira, brasão e até marco-zero?
Orgulhosos por morarem ali, os filhos da Mooca relutam em deixar o bairro. Até mesmo nas férias. “O máximo que me ausentei daqui foi por um
mês, quando fui para Santos. Fui bom e voltei doente”, conta Edson Casseb, de 78 anos. E não se pense que isso é coisa apenas dos mais velhos. O
empresário Edson Mairena, 58 anos, dono de um dos bares da moda na região, o Vilarejo, conta que, oito anos atrás, resolveu se mudar para o Tatuapé. Não resistiu por muito tempo: “Caí na real e voltei para cá. Não dá para ficar muito tempo longe desse clima família”. Difícil explicar tudo isso. Mas que dizer de um bairro que tem hino, bandeira, brasão e até marco-zero? Está certo que o marco-zero nada mais é do que uma placa metálica redonda, de pouco mais de 5 cm de diâmetro, cravada na escada de uma loja, na confluência da rua Oratório com a rua da Mooca. Mas que ninguém duvide: ela faz parte do
orgulho mooquense. A bandeira da Mooca (de cor azul, com uma cruz branca e um círculo também branco que carrega o brasão) é de autoria do heraldista e vexilólogo Lauro Ribeiro Escobar. É dele próprio a interpretação da simbologia: “O azul e o branco se revestem do mesmo simbolismo referido para os esmaltes do brasão de armas. A cruz é símbolo de fé e o círculo, de eternidade, pois se trata de figura geométrica que não tem princípio nem fim, salientando o propósito dos moradores do bairro de perpetuar a existência deste”.
Sou da Mooca, sou moquense. Amo esta região, Meu bairro muito querido Estás no meu coração. Mooca, bairro tradição Da Zona Leste és portal Símbolo de uma região, No trabalho és triunfal. Teu dinamismo de agora São heranças bem distantes. Foste trilha outrora De valentes bandeirantes. Tens esportes, tens cultura, Universidade até. Os teus templos abrigam Um povo com muita fé. Desde o Parque D. Pedro Tudo em ti é sucesso Tuas ruas e avenidas Representam o teu progresso. Sou da Mooca, sou moquense, Amo esta região Meu bairro muito querido Estás no meu coração. É bonito o teu brasão Bela é a tua bandeira Nas festas de nosso povo Tremula sempre altaneira. Teu poema é história Deste bairro hospitaleiro Nascido à margem de um rio Deste solo brasileiro. Mooca em tupi quer dizer Nossa casa, nosso abrigo, No trabalho e no lazer O moquense é muito amigo. És valente, meu torrão. Toca, meu bairro, toca O canto com emoção. Mooca, Mooca, Mooca
Também é de Lauro Ribeiro Escobar a concepção do brasão, enquanto José das Neves Eustáquio compôs o hino da Mooca. (TT)
Perde-se a vocação industrial, edifícios ocupam espaços Durante muito tempo a Mooca abrigou grande número de indústrias. Esse tempo passou. Hoje as principais construtoras estão na região e o subprefeito Eduardo Odloak tem muito trabalho com as transformações
E
le não é o mooquense típico. Afinal, não descende de italianos nem fala com aquele sotaque característico: o avô - um mestre de obras - era checo e chegou ao Brasil em 1930. Mas Eduardo Odloak nasceu na Mooca, nunca saiu do bairro e hoje, aos 34 anos, é o responsável pela Subprefeitura local. Além da Mooca, a Subprefeitura responde também pela administração dos bairros da Água Rasa, Belém, Brás, Pari e Tatuapé. Como o bairro está consolidado, pois nasceu junto com São Paulo, as maiores preocupações do subprefeito são administrar as transformações que ocorrem. Quanto a isso, pode-se dizer que Eduardo Odloak tem muito trabalho. Hoje a Mooca está passando por uma grande transformação. Depois de abrigar por muito tempo um grande número de indústrias, algumas das maiores do País, a Mooca foi perdendo sua vocação industrial. Atraídas por condições mais favoráveis oferecidas por outros bairros e até cidades do interior, e forçadas pelos processos de modernização, as indústrias foram fechando suas portas na Mooca. Restaram enormes instalações, imensos galpões - tudo vazio. O fato é que, com uma área de 7,7 km2, o bairro tem apenas 63 mil habitantes. As empresas imobiliárias descobriram nesses espaços
um filé para seus investimentos. Na última década acentuou-se a construção de edifícios. Concorreu também para isso o fim de alguns problemas, como a redução das inundações na parte baixa do bairro e a recuperação do seu ponto nevrálgico - a rua da Mooca, que estava degradada. Além disso, trata-se de um bairro de localização privilegiada, atendido por trem, metrô e uma infinidade de linhas de ônibus. Mais ainda: imóveis a custos acessíveis. O resultado é que as principais construtoras já colocaram suas marcas na região. E uma nova série de lançamentos para classe média e classe média alta agita o mercado. Só na rua Cassandoca são três grandes empreendimentos. A Tricury, por exemplo, ergue o Spazio Vivere, com três torres e 204 apartamentos. A Setin comprou uma área de 31,6 mil m2, para construir 324 unidades, em seis edifícios. A Cyrela faz um empreendimento maior ainda: num terreno de 47,4 mil m2, constrói nove torres, com um total de 564 apartamentos. O empreendimento terá lago artificial, pista de Cooper, cascatas e até um anfiteatro entre os mais de 50 itens de lazer. Na rua Marina Crespi, a Tecnisa levanta quatro torres de 22 andares, com 340 unidades, enquanto a Schahin lança o empreendimento Stupendo, na rua Borges de Figueiredo, no espaço antes ocupado pelas Máquinas Piratininga: três
Eduardo Odloak: “O que tranqüiliza é saber que a Mooca é muito bem servida em infra-estrutura”
edifícios, 204 apartamentos. No total, nos próximos 24 meses, a Mooca ganhará cerca de 3,5 mil novos unidades habitacionais, 1.148 já prontas, 2.134 em construção. Dessa forma, calcula-se que nos pró-
ximos três anos doze mil novos moradores estarão chegando ao bairro, revertendo o crescimento negativo da população registrado pelo IBGE nos últimos censos. “Tudo isso, é claro, implica
em demandas de serviços públicos”, diz o administrador Eduardo Odloak: “É mais gente circulando, mais carros, mais problemas de trânsito, mais necessidade de serviços. Tudo isso tem que ser pensado, encaminhado e resolvido. O que tranqüiliza é saber que a Mooca é muito bem servida em infra-estrutura. Além disso, a maioria dos novos empreendimentos está nas proximidades de grandes eixos. Se estivessem localizados mais para o lado do Parque da Mooca, por exemplo, com certeza teríamos mais problemas, principalmente de trânsito”. A maior preocupação do subprefeito é o encaminhamento de outro problema: compatibilizar a verticalização com o lado histórico do bairro: “Temos muitos imóveis desocupados que têm seu valor histórico. Não podemos simplesmente botar tudo no chão e construir moradias. A população, inclusive, cobra uma posição enérgica da Prefeitura nesse sentido”. Por outro lado, a imposição de normas rígidas para aproveitamento desses imóveis desestimula os investimentos. A conseqüência acaba sendo a sua destinação a fins menos nobres, o que, no fundo, não garante nem mesmo a preservação. “Não se pode restringir de todo, nem permitir tudo. O ideal é estabelecer um meio termo. Se o imóvel tem valor histórico, isso tem de ser respeitado pelas construtoras,
mas de uma forma que não se inviabilize o empreendimento”, explica o administrador. Segundo Odloak, a maioria dos empreendimentos em construção foi aprovada antes do Plano Diretor (que é de 2005): “Hoje, com as normas impostas pelo Plano Diretor, acredito que muitos desses empreendimentos já não seriam viáveis”. Por isso, ele está empenhado em conseguir algumas alterações no plano. Uma delas contemplaria o alargamento do viaduto São Carlos, que liga a Mooca ao Cambuci. Ele lembra que a Mooca está ilhada, com poucos pontos de acesso (situação de certa forma melhorada com a construção das avenidas Salim Farah Maluf e Anhaia Mello): “Diante do caos que é a cidade, ainda não vejo o trânsito com um problema sério na Mooca, mesmo sabendo que temos alguns gargalos. Mas, num futuro, talvez tenhamos que repensar o aproveitamento dos grandes eixos, como a Radial Leste”. Outro problema do bairro - a poluição - resolveu-se quase naturalmente com a saída de boa parte das indústrias. Assim, resta só mais uma preocupação para o subprefeito: “Temos poucas áreas verdes na Mooca (são apenas 47, com um total de 61 mil m2). Esse é um ponto que tem de ser pensado. E essa pode ser uma contrapartida para as construtoras que querem realizar empreendimentos no bairro”. (TT)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
ESPECIAL - 15
MOOCA - 450 ANOS
Eis o Arnesto. É da Mooca e nunca deu mancada
Marcelo Min/AFG
Perto de completar 92 anos, perfeitamente lúcido, Ernesto Paulella ainda se lembra muito bem dessa história, do samba que Adoniran Barbosa fez em sua homenagem: “Ernesto... Arnesto é melhor. Até porque Arnesto dá samba”
O
Arnesto nos convidô prum samba/ Ele mora no Brás”. É o que diz a letra de um dos sambas mais famosos de Adoniran Barbosa. Mas não é verdade. O Arnesto - na verdade, Ernesto - mora na Mooca. Aos 91 anos, perto de completar 92, perfeitamente lúcido, Ernesto Paulella ainda se lembra muito bem dessa história, que ele mesmo vai contar mais adiante. É verdade que nasceu no Brás, na rua Flora, onde os pais - imigrantes italianos da região de Nápoles - haviam se instalado desde que desembarcaram no Brasil em 1896. Mas cinco anos depois já estavam na Mooca, na rua Andrade Leão, e na Mooca iriam construir sua história de vida. Com seis anos, Ernesto corria as ruas do bairro vendendo chuchu, para ajudar o pai, sapateiro de ofício. Aos 11, arrumou seu primeiro emprego num armazém de secos e molhados na rua João Antônio de Oliveira, ganhando 14 mil réis por mês.
"
aposentado, formou-se em Direito. E ainda iria advogar por mais 30 anos. Música na veia Tinha 16 anos e trabalhava numa papelaria no Brás quando comprou seu primeiro violão, para fazer serenatas com o pai, que, além das habilidades no ofício de sapateiro, exibia também qualidades como tenor. Algum tempo depois juntou-se a alguns colegas de serviço para formar o conjunto “Chorinho da Madrugada”. Começaram a tocar no programa de Nhá Zefa, na Rádio Bandeirantes, que tinha seu estúdio na rua São Bento. Um dia foram dar uma “canja” na Rádio Record, na rua Conselheiro Crispiniano. E é ali que a história vai começar, pois Adoniran Barbosa estava na porta. Nhá Zefa fez as apresentações, Adoniran pediu um cartão, olhou e murmurou: - Ernesto Paulella. Não seria melhor Arnesto? Ernesto não entendeu. Adoniran emendou: - É, Arnesto é melhor. Até porque Arnesto dá samba.
“
Min/AFG
E
rnesto continuou sem entender. Mas, antes de se despedirem, Adoniran ainda lhe disse: - Vou fazer um samba com o seu nome, você duvida? A empatia surgida naquele
- Arnesto, você gostou do samba que eu fiz pra você? - Se gostei? Você quase me abriu ao meio de emoção. - Então, me dá um abraço, que você é meu cumpadre
”
Luiz Novaes/Folha Imagem
Marcelo
Esperto, honesto e inteligente, conseguia cativar os patrões, e assim trocou várias vezes de emprego, sempre ganhando um pouco mais. E sempre trabalhando como atendente e balconista. Tinha pouco mais de 20 anos e trabalhava na Casa Planeta, uma loja de miudezas na região do Mercado, quando recebeu um convite para trabalhar na Fábrica de Ceras Record e assistiu a um a das cenas mais insólitas da sua vida: os dois patrões se engalfinhando, na disputa pelo “passe” do empregado. Mais forte, e até porque tinha também um revólver na mão, Salvadore Basile (o dono da fábrica de ceras) acabou levando a melhor. E, mesmo constrangido, Ernesto foi trabalhar com ele, com o dobro do salário e direito a participação nos lucros. Dali só sairia 36 anos depois, quando já ocupava o cargo de sócio-diretor. A necessidade de trabalhar não deixou muito tempo para os estudos. Mesmo assim, não deixou de freqüentar as aulas no Colégio Oswaldo Cruz na rua da Mooca e, aos 64 anos, já
momento se transformaria em grande amizade, alimentada por longos papos na Leiteria Pereira, na esquina da rua São Bento com a praça Patriarca, onde Ernesto tomava água Prata e Adoniran variava entre o conhaque e o Martini. E de onde os dois partiam para tocar nos bancos da praça da Sé. Era início dos anos 40 e, a partir daí, os dois tomariam rumos diferentes, para só voltarem a se cruzar mais de quinze anos depois. Ernesto casou-se em 1941, com Alice, com quem teve seis filhos, um dos quais (uma menina) morreu tragicamente ao escapar das mãos do médico na hora do parto. Nesse período, depois de passar pela rua Madre de Deus e pela rua do
Hipódromo e já morando num sobrado da rua Tagi, próximo da rua dos Trilhos, viu a Mooca se transformar. A começar pela praça existente ao lado da sua casa (hoje praça Kennedy), na época reduto inexpugnável do 5 de outubro, um dos times mais valentes da várzea da Mooca. E também pela própria rua dos Trilhos, onde existia apenas um córrego e onde na época de menino seus colegas costumavam caçar passarinhos. Depois veio a Radial Leste, construída sobre a antiga rua Conselheiro Justino e que roubou cinco metros do seu quintal. E estava exatamente ali, no quintal, num dia de 1955, quando ouviu pela primeira
vez pelo rádio o “Samba do Arnesto”, cantado pelos Demônios da Garoa. Chamou a mulher: - Alice, essa peteca é minha! - Que história de peteca é essa, Ernesto? - É o samba que o Adoniran disse que iria fazer para mim. Comovidos, os dois se abraçaram. “Não deu para não chorar”, lembra ele hoje, novamente com os olhos úmidos. Mas ainda se passariam dois anos até que Ernesto conseguisse reencontrar o amigo. Convidado para fazer uma apresentação na TV Record, na avenida Miruna, estava nos corredores da emissora quando apareceu
Adoniran Barbosa. Os dois se abraçaram e Adoniran perguntou: - Arnesto, você gostou do samba que eu fiz pra você? - Se gostei? Você quase me abriu ao meio de emoção. - Então, me dá um abraço, que você é meu cumpadre. Os dois se abraçaram novamente, mas Ernesto não deixou de reclamar: - Mas você me deixou mal com essa história de dizer que eu dei mancada, que deveria ter deixado um recado na porta. Todo mundo me cobra isso. Adoniran puxou o amigo pelo braço, deu uma piscada:
- Arnesto, segura essa: se não tinha mancada, não tinha samba. Adoniran voltaria a emocionar o amigo doze anos depois, no programa Clube dos Artistas, comandado por Ayrton Rodrigues, na TV Tupi, quando lhe entregou autografada a partitura original do “Samba do Arnesto”. O violão espanhol comprado em 1930 na Loja Salmeron, ali ao lado da praça da Sé, e que deu origem a toda essa história, ainda está guardado - em perfeito estado - num canto da sala. E é a ele que recorre para dedilhar alguma música, quando bate aquela vontade de lembrar um pouquinho do passado. (TT)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
ESPECIAL - 16
! " # $% & '( ) * "+,$, + & " - . - - '/0 + 1 " . 2 3 ,' +/$ 4 , 3 4 4+ ",5/' 0 - ,/, 6 4 (+ '0, &,/7, 6
- > ! " # $ % " " ; +4 ;- ) * "+, $, + & " -. - - '/0 + #1 " # > +/$ 4 , 0/ / /, 3 4+ ",5/' 0 - ,/, 64 (+ '0, &, /7, 4 5A ( + # 6
! " !#$% &
! " # * % & '(/: +@$ ) "+,$, + & /0 + " '/0 + 1 " . 2 ,' ",5 ,/, - 6 4 (+ '0, +/$ 4 , 0/ % /, ?30/4 &,/7, 6 # !$"
,4, >& %&% 89 ! " # ' &% % ' () '* % & '(/: +@$ ;,7 ) * "+,$, + " ! < ",5/' 0 - ,/, 6 4 ;+ '0, '/0 + = " . +/$ 4 , 0/ / /, ?30/4 &,/7, 6
! " !#$%
! &
89 ! " # / & '(/: +,$ ;,7 ) * "+,$, + " ! < ",5/' 0 - ,/, 6 4 (+ '0, '/0 + #= " # > +/$ 4 , 0/ / /, ?30/4 &,/7, 6
< ! " # % " " ; +4 ) ) ) * "+,$, + " ! < '/0 + #BB " # > +/$ 4 , 0/ % /, ?30/4 ",5/' 0 - ,/, 6 4 (+ '0, &,/7, 4 5A ( + # 6
'( $#
'( " "') *&+
& - 3 '0 ) 89 , &8,'' ! " # $% " "> ; +4 ;- ) * C "+,$, + " ! < '/0 + #BB " # > +/$ 4 , 0/ % /, ?30/4 ",5/' 0 - ,/, 6 4 (+ '0, &,/7, 4 5A ( + # 6
> 3 '0 ) .. , &8,'' ! " # / &D >73+ ) - & ) * "+,$, + " ! < '/0 + #= " #. ! 2 3 ,', +/$ 4 , 0/ / /, ?30/4 ",5/' 0 - ,/, 6 4 ;+ '0, &,/7, 4 5A ( + # 6
! &
'( " "') *&+
< > ! " # / &D >73+ ) - ) * "+,$, + " ! < '/0 + #= " #. ! 2 ,', +/$ 4 , 0/ / /, ?30/4 ",5/' 0 - ,/, 6 4 ;+ '0, &,/7, 4 5A ( + # 6
3 '0
D'0 * "< 3 '0 .. 89 , &8,'' ! ) " # $% 4 '(/: +@$ ) * "+,$, + " ! < '/0 + #1 " #. ! 2 ,', +/$ 4 , 0/ / /, E30/4 ",5/' 0 - ,/, 6 4 (+ '0, &,/7, 4 5A ( + # 6
'( " "') *&+ ! " !#$% , "-!% * D'0 *# - '0 .. , &8,'' ! " > " > # / &D >73+ ) >< )) ) * "+,$, + " ! < +/$ 4 , 0/ /, ?30/4 '/0 + #= " #. ! 2 ,', ",5/' 0 ,/, 6 ;+ '0, &,/7, 4 5A ( + # 6
< D > D < '0 /': 0 ' ! ) " > " > # / &D >73+ D , ' ) " F ) * "+,$, + " ! < +/$ 4 , 0/ /, ?30/4 '/0 + #= " #. ! 2 ,', ",5/' 0 ,/, 6 ;+ '0, &,/7, 4 5A ( + # 6
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
1
2,6
por cento foi a alta da inadimplência no mês de julho em comparação com junho deste ano
Fotos: Milton Mansilha/LUZ
À VISTA OU A PRAZO, VENDAS CRESCERAM NA ÚLTIMA QUINZENA O Dia dos Pais movimentou o comércio nos primeiros 15 dias de agosto
O
Dia dos Pais movimentou o varejo na primeira quinzena de agosto. No período, o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), termômetro das venda a prazo, cresceu 3% em relação ao mesmo período do ano passado. Na mesma comparação, o UseCheque, que mede as vendas à vista, subiu 5,3%. Os números que mostram a movimentação no comércio foram divulgados ontem pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Apesar da força do Dia dos Pais na primeira quinzena de agosto, segundo o economista da ACSP, Emílio Alfieri, as liquidações que vêm sendo adotadas no varejo devem continuar "porque até o Dia das Crianças, em outubro, não há motivo para mudar as vitrines". Levando em consideração esse cenário fixo, a previsão é de que agosto termine registrando crescimento aproxima-
Inadimplência sobe em julho
E
mbora os números da Associação Comercial de São Paulo mostrem queda da inadimplência no início de agosto, em julho ela ainda subia, de acordo com a Serasa. O índice entre as pessoas físicas cresceu 2,6% em julho na comparação com junho. Naquele mês, a falta de pagamentos havia caído 12,8% em relação a maio. Na comparação de
4% é a previsão de crescimento nas vendas do varejo no mês de agosto, segundo a Associação Comercial de São Paulo.
do de 4% em relação a agosto do ano passado, a mesma média de expansão registrada ao longo do ano. "A situação do mercado é hoje favorável ao consumidor. O juro baixo, que beneficia o crediário, a concorrência dos importados que torna os produtos em geral mais baratos nas prateleiras e o aumento do salário mínimo têm sustentado esse crescimento", comentou Alfieri. Inadimplência – Segundo o julho deste ano com igual período de 2005, a alta no número de consumidores que deixaram de pagar suas dívidas foi mais expressiva, de 16,3%. Nos primeiros sete meses de 2006, houve aumento de 15,5% no indicador em relação a 2005. Segundo a Serasa, no mês passado, as dívidas com cartões de crédito e financeiras tiveram o maior peso entre os que não quitaram os pagamentos, com participação de 33,7%, percentual inferior ao de
economista da ACSP, as financeiras começaram a facilitar a vida para os devedores, o que tem se refletido na queda gradual da inadimplência. Na primeira quinzena de agosto, o número de registros recebidos verificados pela ACSP cresceu 2,6% em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, os registros cancelados, que agregam os débitos quitados ou renegociados, subiram 5,5% no período. "Até maio, a inadimplência veio crescendo, mas as financeiras atentaram para isso e começaram a abater multas", explicou Alfieri. Os números de consultas registrados pelos sistemas de proteção ao crédito da ACSP mostraram 872.567 chamadas ao SCPC nos primeiros quinze dias de agosto deste ano contra 846.745 registradas na primeira quinzena de agosto de 2005. No caso do UseCheque, na mesma comparação, foram detectadas 1.025.844 consultas, contra 974.569 em 2005. Renato Carbonari Ibelli
julho de 2005, que foi de 34,9%. O segundo maior índice na representatividade da inadimplência da pessoa física em julho foi o de cheques sem fundos, que teve participação de 31,8%, inferior à registrada em julho de 2005 (32,7%). As dívidas com os bancos registraram a terceira maior participação no indicador, de 31,6%. No mesmo mês de 2005, esses registros tiveram peso de 29,8%. Os títulos protestados tiveram participação de 2,9% . (AE)
Varejo cresceu 5,68% no primeiro semestre
A
Copa do Mundo afetou as vendas do varejo em junho. O fechamento das lojas nas tardes de jogos do Brasil levou a uma queda de 0,38% ante maio, após três meses consecutivos de expansão ante mês anterior. Na comparação com junho de 2005, houve aumento de 4,08%, menor do que a variação apurada nos meses anteriores. Apesar da leve perda de ritmo no mês, o varejo fechou o primeiro semestre com crescimento nas vendas de 5,68%, o melhor resultado em seis meses desde o segundo semestre de 2004. O técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Reinaldo Pereira, disse que o bom desempenho acumulado confirma que "não há necessariamente uma desaceleração (em junho) porque esses resultados podem ser pontuais". A avaliação é compartilhada pelo economista da MB Associados Sérgio Vale. Para ele, o comércio deve mostrar reação em julho. Ele aposta na melhoria do segmento de móveis e eletrodomésticos, na continuidade do crescimento do setor
5,07% foi a queda nas vendas dos segmentos de móveis e eletrodomésticos, setores que tiveram os piores resultados
de super e hipermercados e também de automóveis. "Os dados da indústria mostraram que houve uma expansão da produção de veículos no mês passado e isto deve se refletir no comércio", comparou. R en d a – Reinaldo Pereira observou que os resultados das vendas do varejo em junho e no acumulado do primeiro semestre mostram que o aumento do rendimento está tendo um efeito maior sobre o desempenho do setor do que o crédito. "Observamos que está havendo uma troca de variável que explica o comportamento do comércio. Em 2005, o crédito claramente era a principal
influência sobre o setor; em 2006, parece que começamos a chegar a um limite de crédito e está havendo uma reversão, com a renda se tornando o principal impacto para as vendas do setor", disse. Como exemplo, Pereira destacou que as vendas do grupo de super, hipermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com crescimento de 8,49% em junho ante igual mês de 2005, puxaram o aumento das vendas do varejo (4,08%) nessa base de comparação. No primeiro semestre, com aumento de 7,57% ante igual período do ano passado, esse grupo também puxou as vendas do comércio (5,68%). Pereira observou que os dados trimestrais e semestrais do setor comprovam que não há desaceleração nas vendas. O aumento de 5,68% no primeiro semestre deste ano foi superior ao apurado no segundo semestre de 2005 (5,02%) e no primeiro semestre do ano passado (4,64%). As atividades do varejo com pior resultado em junho foram as de móveis e eletrodomésticos, com queda de 5,07% ante maio, seguidas pelos ramos de tecidos, vestuário e calçados (-2,35%). (AE)
Lojistas apostam na temporada de liquidação da coleção outono-inverno para desovar estoques
Cleide Brogio: a vez do verão
Aparecido de Lima: nova loja
Descontos chegam a 70%
Lojistas começam a trocar vitrines de inverno
A
s vendas do comércio paulistano tiveram leve aquecimento na primeira semana de agosto. Depois de julho – um mês de férias e de calor fora de época, que resultou na retração de até 20% dos negócios –, o mercado voltou a dar sinais de melhora em torno de 15% para os lojistas da região da Rua Augusta. Os comerciantes dessa via estão confiantes e esperam elevar o faturamento na próxima estação. Por lá, promoções e liquidações da coleção outonoinverno estão em alta. O consumidor pode comprar produtos com até 70% de desconto. A gerente da loja Empório Calçados, Cleide Brogio, disse que o inverno deste ano não foi bom e deixou a desejar, pois o calor constante não estimulou os consumidores a gastar com botas e calçados mais pesados. No entanto, o Dia dos Pais ajudou a alavancar as vendas da loja, que, na primeira quinzena, foram 10% melhores, quando comparadas a igual período do ano passado. Segundo Cleide, o tíquete médio de cada cliente foi de R$ 80, com parcelamento de até três vezes. Na loja, ainda é possível encontrar calçados, principalmente botas, pela metade do preço. "Vamos apostar na coleção primavera e verão, que deve chegar nas próximas semanas ou no começo de setembro", ressaltou a gerente. Segundo ela, a nova estação vai explorar os estilos indiano e indígena. O preto e o branco tradicionais vão sair um pouco de lado. Dourado, bronze e prateado serão as cores do momento. Cleide também aposta no sucesso das sandálias havainas, cujos preços variam entre R$ 9 e R$ 40. A expectativa da gerente para a segunda quinzena do mês é de um incremento na ordem de 15%. A artista plástica Iliana Steiner também está confiante nos resultados das vendas da Universo Pop. Segundo ela, os negócios da unidade da Augusta, na primeira quinzena do mês, aumentaram 15% em relação ao mesmo período de 2005 – índice similar ao atingido pela loja do Shop-
ping Anália Franco. Para ela, ainda é cedo para lançar a coleção primavera-verão. "Nossa moda de inverno tem peças leves, que podem ser usadas no verão. Por isso, ainda apostamos nessa linha." Iliana também contou que muitos de seus fornecedores repassaram os estoques para a Universo Pop a preço de custo, o que possibilitará estender as liquidações até a primeira semana de setembro. Na loja, há peças com até 70% de desconto. Na próxima estação, segundo a empresária, a tendência seguirá um estilo oriental, ex-
plorando estampas de mangás e bordados de dragões. Os anos 80 vão inspirar a nova coleção, que terá muito brilho. A Colombo, rede de moda masculina, chegou há 13 dias na região e já está confiante no sucesso da iniciativa, segundo o gerente Aparecido de Lima. Segundo ele, o Dia dos Pais ajudou a aumentar as vendas. "Muitas pessoas compareceram à loja para comprar camisas, ternos, gravatas e sapatos. Com R$ 220 na mão, é possível comprar tudo isso. E ainda dá para parcelar." Maristela Orlowski
Aguiar ALFAIATE
www.aguiaralfaiate.hpg.com.br Um alfaiate de classe, para pessoas de classe! 50 anos de dedicação profissional
Av. Angélica, 2.341 - Higienópolis Fone: (11) 8453-7529
ADVOGADOS Wadih Helú - Waldir Helú
Advocacia Cível - Comercial - Família - Tributária Escritórios: Rua José Bonifácio, 93 - 9º andar, conj. 91 - CEP 01003-001 Av. Nove de Julho, 4.887 - 10º andar, conj. 101-B - CEP 01407-200 Fones: (11) 3242-8191 e (11) 3704-3407
2
Nacional Empresas Agronegócio Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
20
BRASIL VENDEU 97,9 MIL TONELADAS PARA OS EUA
frigoríficos têm autorização para vender carne para os Estados Unidos
NOVAS HABILITAÇÕES DEVEM AUMENTAR AS EXPORTAÇÕES PARA OS ESTADOS UNIDOS ENTRE 15% E 20%
EUA FAZEM INSPEÇÃO DE CARNE DO PAÍS
O
governo deve habilitar mais três unidades frigoríficas para exportação de carne bovina processada para os Estados Unidos. As novas habilitações devem incrementar de 15% a 20% os embarques do Brasil para o mercado norte-americano, segundo o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), Nelmon Oliveira da Costa. Segundo ele, 20 unidades têm autorização para vender para os Estados Unidos e, desse total, oito unidades serão inspecionadas pelo veterinário Don Carlson, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que chegou ontem ao Brasil para avaliar as condições dos frigoríficos, indústrias de processamento de carne e laboratórios de quatro estados. Ele ficará no Brasil até 12 de setembro, quando terá uma reunião final com técnicos do Ministério da Agricultura em São Paulo. Segundo números da Associação Brasileira da Indústria BALANÇO
Exportadora de Carnes (Abiec), as exportações de carne industrializada renderam US$ 165,129 milhões de janeiro a julho deste ano. O volume embarcado foi de 97,9 mil toneladas. Em igual período do ano passado, o volume embarcado foi de 61,78 mil toneladas e as vendas renderam US$ 84,8 milhões. Costa explicou que 2005 foi atípico porque, durante alguns meses, o Ministério da Agricultura não emitiu os certificados que permitem a exportação, pois os frigoríficos não estavam cumprindo as regras previstas no acordo sanitário firmado entre o Brasil e os Estados Unidos. Em 2006, a situação é melhor, disse. A visita do técnico americano é de rotina e, segundo o diretor, o fato de ela ocorrer só uma vez neste ano é um indicativo de que os Estados Unidos estão satisfeitos com o programa de controle adotado pelas empresas. No ano passado, quando houve a suspensão dos certificados de exportação, os americanos estiveram quatro vezes no Brasil. (AE)
Ministro Guedes rebate críticas A
o comentar pela primeira vez as críticas do Tribunal de Contas da União (TCU) ao sistema de defesa sanitária do País, o ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes Pinto, disse ontem que algumas deficiências apontadas pelo TCU "foram superadas". Na semana passada, o TCU divulgou um relatório contundente apontando "falhas graves" no sistema brasileiro de vigilância. No final de semana, uma reportagem do O Estado de S. Paulo mostrou que não há controle para o trânsito de animais na fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai. "São vários tópicos que são ali levantados (pelo TCU) e na realidade alguns estão superados. O relatório tem mais de um ano", afirmou. Entre os pontos que ele con-
sidera superados, citou a questão dos laboratórios. O TCU criticou a precariedade na infra-estrutura dos laboratórios, mas, segundo Guedes, o ministério investiu R$ 40 milhões nos laboratórios em 2005. "Boa parte das críticas sobre esse aspecto já está superada." Ele procurou demonstrar tranqüilidade em relação aos problemas sanitários do País. Focos de febre aftosa no Mato Grosso do Sul e no Paraná e registros de Newcastle em propriedades de subsistência do Rio Grande do Sul e do Amazonas são exemplos das dificuldades sanitárias enfrentadas pelo País na área animal. Aftosa e Newcastle são doenças que atacam, respectivamente, bovinos e aves, mas não representam riscos para o ser humano. (AE)
UE quer revisão de tarifas de frango
D
epois de ganhar a disputa do peito de frango salgado contra a União Européia (UE), em 28 de junho, os exportadores brasileiros se vêem às voltas com nova barreira comercial que pode ser imposta pelo bloco. Invocando o artigo 28 ainda dos tempos da Rodada do Uruguai do antigo Acordo Geral de Tarifas (Gatt 1994), que permite a rediscussão de tarifas, os europeus querem a revisão das classificações tarifárias das carnes de aves brasileiras. Na prática, a UE pretende estabelecer cotas para a importação de três categorias até então isentas desse tipo de barreira. É o caso das carnes de frango e peru industrializadas e do peito de frango salgado. O pedido de revisão foi feito em junho, um dia depois de o Brasil ter vencido a disputa do peito de frango salgado, pelo
qual a UE teve de se comprometer a cobrar tarifa de 15,4% sobre as compras do produto, ante uma combinação de tarifa e salvaguarda que chegava a 1.324 euros por tonelada. Desde então, duas reuniões de negociação foram realizadas, em julho e agosto, e uma terceira será feita em setembro. Mas, para Ricardo Gonçalves, presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef), quaisquer que sejam os resultados da negociação, o Brasil sairá perdendo. "As exportações para a Europa ficarão limitadas. Qualquer resultado será amargo para o País." Como exemplo, ele citou o caso do peito salgado. Antes da barreira, o Brasil exportava cerca de 130 mil toneladas por ano para o bloco. Depois, as vendas caíram para apenas três toneladas anuais. (AE)
EDITAIS Empresa Municipal de Processamento de Dados - EMPRO
AVISO DE LICITAÇÃO Pregão Presencial n° 009/2006 Objeto: Fornecimento do sistema PORTAL DE COMPRAS, para otimizar a gestão de compras, conforme nas especificações constantes do Edital. Abertura: 31/08/2006 às 09:30 horas, na Av. Alberto Andaló, 3030, 6° andar - São José do Rio Preto. Edital completo na sede da EMPRO ou pela Internet www.empro.com.br. São José do Rio Preto/SP, 16 de agosto de 2006. Cássio Domingos Dosualdo Moreira - Pregoeiro.
“EDITAL À PRAÇA” Comunicamos à praça a existência de notas fiscais e duplicatas emitidas em nome da empresa AÇOS CANADÁ LTDA, de forma IRREGULAR e INDEVIDA, cuja apuração de crime está sendo averiguada pela autoridade policial nos autos do Boletim de Ocorrência 1556/2006, em trâmite perante o 6º Distrito Policial de Guarulhos. Referidas notas fiscais e duplicatas indevidas encontramse emitidas sem numeração, em papel unitário, sendo certo que as notas fiscais emitidas regularmente por nossa empresa são emitidas em papel contínuo com a devida numeração sequencial.
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP
ABERTURA DE LICITAÇÃO SITE: www.riopreto.sp.gov.br MODALIDADE: TOMADA DE PREÇOS Nº 13/2006. Objeto: empreitada de mão-de-obra com fornecimento de materiais para execução da reforma e adequação do sistema de iluminação das Av. Bady Bassitt e Av. Alberto Andaló. Data limite para entrega dos envelopes: 04/09/2006 às 16:00 hs e abertura dia 05/09/2006 às 08:30 horas.
COMUNICADOS
Comunicado à CETESB SM COUTINHO GRÁFICA E EDITORA LTDA EPP torna público que requereu na CETESB a Licença Prévia nº 30001515, de instalação nº 30003711 e requereu a Licença de Operação para Impressos Gráficos em Geral, Sito: Praça Manoel de Mesquita nº 14 - Vila Invernada - São Paulo - SP - Cep: 03350-040.
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO FLORESTAL Faço público nos termos da Lei Estadual 6.544/89 e Lei Federal 8.666/93, atualizada pela Lei 8.883/94, que o Instituto Florestal, órgão da Secretaria do Meio Ambiente, fará realizar o Leilão Público, com vistas à venda de GOMA RESINA, a realizar-se na Estação Experimental de Itirapina, localizada no Bairro Santa Cruz, Município de Itirapina - SP, no dia 30 DE AGOSTO DE 2006, com início às 10:00 horas e término, às 12:00 horas, totalizando aproximadamente 21.600 quilos de Pinus Elliottii e 2.200 quilos de
CONVOCAÇÕES CAB – COMPRESSORES INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. CNPJ/MF n.º 30.516.108/0001- 00 - NIRE n.º 35.201.742.674 EDITAL DE CONVOCAÇÃO – REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA Ficam os senhores quotistas da CAB - Compressores Ind. e Com. Ltda. convocados para se reunirem em Reunião Extraordinária, que se realizará na sede social, à R. Mario Junqueira da Silva, n.º 646, Jd. Eulina, CEP.: 13.063-000, Campinas/SP, no dia 25/08/06, em 1ª convocação às 11:00 hs e em 2ª e última convocação às 11:30 hs, para deliberar sobre a seguinte Ordem do Dia: (i) Apresentação, discussão e votação das demonstrações financeiras para o período social que se encerrou em 31/12/05; (b) outros assuntos relacionados aos interesses da sociedade. Campinas, 17/08/06. Juberto Piragibe Carnaval Junior - Administrador.
Quer falar com 26.000 empresários de uma só vez?
Publicidade Comercial - 3244-3344 Publicidade Legal - 3244-3643
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
Tr i b u t o s Empreendedores Agronegócio Nacional
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3
SIEMENS LANÇA TURBINA PARA USINAS
10
por cento foi a fatia do mercado interno que os produtores de açúcar perderam para os adoçantes
EXPECTATIVA É DE EXPANSÃO ENTRE 1,8% E 2% NO CONSUMO DE AÇÚCAR AO ANO ATÉ A SAFRA 2013/2014
USINEIROS ESPERAM CRESCIMENTO
O
Paulo Libert/AE – 1/3/06
setor sucroalcooleiro brasileiro perdeu 10% do mercado nacional de açúcar para os adoçantes nos últimos anos, segundo o presidente da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica), Eduardo Carvalho. "É uma fatia de mercado que não volta mais para o açúcar", afirmou. Apesar disso, a Unica espera um crescimento interno no consumo de açúcar de 1,8% a 2% ao ano a partir de agora, com projeção até a safra
89 Expectativa é de que frente fria eleve a umidade relativa do ar. Enquanto isso, queima está proibida em SP.
Secretaria proíbe queima de cana
A
Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo voltou a proibir a queima da palha da cana-de-açúcar, em qualquer horário, nas regiões de São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Araraquara e Barretos a partir de ontem. Os motivos alegados são os mesmos das outras duas suspensões anteriores, feitas desde o mês passado: baixa umidade do ar, que chegou a 15% ontem em Ribeirão Preto, e alta temperatura, superior a 35 graus Celsius. Entre os dias 26 e 29 de julho,
em todo o estado, e entre terçafeira e sábado da semana passada, em algumas regiões, a queima também havia sido suspensa pelas mesmas condições. Ainda conforme os critérios estabelecidos pela secretaria, a queima da palha da cana estará proibida entre as 6 horas e 20 horas nas regiões de Presidente Prudente, Araçatuba, Campinas e Marília. Umidade — A Secretaria do Meio Ambiente informou ainda que tão logo os índices de umidade relativa do ar se apresentem satisfatórios, ou seja,
acima dos 25%, a queima será liberada. Está prevista para entre amanhã e sexta-feira a chegada de uma frente fria no Estado de São Paulo, que deve aumentar os níveis de umidade do ar e baixar as temperaturas em algumas regiões. Se o produtor descumprir a determinação, será advertido inicialmente e, se reincidente, poderá ser autuado pela Cetesb e multado em valores que variam de 10 a 10 mil Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (Ufesps), ou seja, de R$ 139,30 a R$ 139,3 mil. (AE)
projetos de montagem de usinas de álcool estão em andamento no País, com investimento de US$ 6 bilhões. 2013/2014. Hoje, a produção de açúcar é de 10 milhões de toneladas ao ano. O aumento na produção deve ocorrer mesmo com o preço do produto em alta, sob pressão da elevação da demanda pelo álcool no Brasil e no mercado internacional. A análise da situação atual do futuro do setor foi feita pelo presidente da União na abertura de um encontro promovido pela Siemens, em Campinas. A
empresa mostrou seu novo produto, uma turbina a vapor de co-geração de energia. Álcool — Segundo Carvalho, a previsão de crescimento não está restrita ao açúcar, que na safra 2013/2014 deve ter consumo interno de 12,82 milhões de toneladas e exportação de 27 milhões de toneladas. Isso deve manter o Brasil com 40% do mercado mundial e produção total de 39,82 milhões de toneladas. No que se refere ao álcool, no mesmo período, a produção nacional deve chegar a 30,85 bilhões de litros. Desse total, 24,95 bilhões ficarão no mercado interno e apenas 5,9 bilhões vão para outros países. Para que isso aconteça, espera-se a moagem de 673 milhões de toneladas de cana. Atualmente, com investimentos de US$ 6 bilhões, existem 89 novos projetos de usinas de processamento de açúcar e álcool no território brasileiro. Dessas, dez estão sendo implantadas no Norte-Nordeste e 79 no Centro-Sul. Só em São Paulo serão inauguradas 33 usinas. Mercado — É nesse mercado em expansão que a Siemens pretende estabelecer seu novo produto. De acordo com o vice-presidente para geração, transmissão e distribuição de energia da multinacional, Newton Duarte, foram investidos R$ 15 milhões na fábrica de Jundiaí para adaptá-la à produção da turbina, que até agora era importada da matriz, na Alemanha.
A turbina também é utilizada em outros setores, como o de produção de papel. Segundo Duarte, é a melhor opção para as empresas que necessitam de grandes quantidades de energia. "Além disso, o excedente pode ser vendido para as distribuidoras", afirmou. O encontro promovido pela Siemens termina hoje. Além da turbina, a empresa apresenta ao setor sucroalcooleiro soluções desenvolvidas em parceria com a Dedini Indústrias de Base, de Piracicaba, no interior de São Paulo, para destilação e desidratação do álcool. Os empresários e engenheiros participantes também receberam informações sobre as novidades em técnicas para aumentar a eficiência energética e a produtividade da unidade industrial. A Siemens, segundo a própria empresa, está no Brasil há cerca de 100 anos. Ela atua nos setores de infra-estrutura tecnológica para telecomunicações, transporte metro-ferroviário, eletro-medicina e iluminação, indústria de base e energia elétrica. Tem 10 mil empregados em 14 fábricas. Também trabalha com automação industrial, controle e movimentação de máquinas industriais de processo e de máquinas-ferramenta, automação e segurança predial, sistemas de logística, instalações elétricas industriais, prediais e residenciais. Faturou R$ 925,3 milhões em 2005 no País. Mário Tonocchi
4
Nacional Tr i b u t o s Empresas Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
STJ suspende liminar que obrigava fabricantes de TV de plasma a informar consumidor sobre má qualidade da imagem.
VARIG QUER COMPRAR 12 AVIÕES DE GRANDE PORTE
COMPANHIA PRETENDE FINANCIAR COMPRA DE 50 AVIÕES DA EMBRAER. NEGÓCIO SERÁ DE US$ 2 BILHÕES.
VARIGLOG PEDE DINHEIRO AO BNDES Yago Monteiro/AE
Luiz Prado/LUZ
Alfried Plöger, um dos coordenadores do novo comitê, com Raymundo Magliano, da Bolsa de Valores de SP.
Miguel Dau foi eleito em assembléia o gestor judicial da Varig antiga
Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) Maria Silvia Bastos Marques também participou da reunião no BNDES, como consultora para a estrutur a ç ã o d a n o v a Va r i g . E l a chegou a ser convidada para a presidência da empresa, mas recusou o convite e preferiu assessorar a companhia por três meses. "Não estou pensando nisso neste momento", disse Maria Silvia, ao ser questionada se ainda poderia presidir a Varig. Audi, por sua vez, não descartou essa possibilidade. Crédito – O BNDES tem uma linha para estimular as vendas de jatos brasileiros para as empresas nacionais. Na prática, o novo formato de crédito é uma adaptação ao mercado doméstico da linha de concorrência internacional que a Embraer já utilizava no passado para a exportação de suas aeronaves.
Nessa modelagem, a linha cobrirá até 85% de cada aeronave; o financiamento é quase todo em reais (90% do total – o restante é em dólar); e o spread de risco fica em 1% – a metade do cobrado, em média, nas operações do banco. O financiamento anterior foi feito em moeda estrangeira. Varig antiga – Ontem, os credores da Varig também elegeram em assembléia o ex-vicepresidente operacional e técnico da companhia, Miguel Dau, como gestor judicial da Varig antiga, que permanece em recuperação judicial para abater o passivo de R$ 7,9 bilhões. A Oliveira Trust ainda foi escolhida como seu agente fiduciário, responsável por emissões de títulos de dívida (debêntures), que terão como finalidade reduzir os débitos da companhia, que deve voltar a voar ainda neste ano. (AE)
Parceria em busca da padronização
U
ma parceria entre a iniciativa privada, governo e entidades acadêmicas resultou, ontem, na instalação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), que ajudará a reduzir o custo Brasil, estimular o comércio transnacional e inserir definitivamente o País no mercado global de capitais. Em resumo, a iniciativa dará maior eficiência e transparência às informações contábeis de forma a reduzir custos dos demonstrativos financeiros das empresas e promoverá sua interface com as normas internacionais. Isso facilitará o processo de decisão dos investidores nacionais e estrangeiros, e dará maior solidez ao mercado de capitais brasileiro. Divergências – Segundo Eliseu Martins, um dos quatro coordenadores do CPC, e integrante do conselho da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecapi), há várias di-
vergências "cosméticas" entre os procedimentos contábeis vigentes no Brasil e os internacionais. Mas, alertou Martins, existem muitas áreas em que há uma "profunda" falta de convergência desses padrões, que dificultam a vida dos negócios, como, por exemplo, nas fusões e incorporações, leasing financeiro, amortização de ágios e concessão de incentivos fiscais, entre outros. O professor Martins lembrou que o processo de harmonização levou cinco anos na Europa e foi concluído apenas em 2005. Ele acredita que, no Brasil, estará completo em três ou quatro anos, apesar dos avanços já obtidos. Tudo isso levou o mercado a considerar a criação do CPC um marco histórico. Transparência – "Vamos ter um padrão de contabilidade para dar visibilidade e transparência a investidores e trabalhadores que participam do mercado de ações", disse Raymundo Magliano, presi-
dente da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Sua criação foi fruto de um entendimento entre as seis entidades que reúnem a comunidade do mercado de capitais, para organizar as práticas contábeis de acordo com as modernas trocas de informações utilizadas no século 21, explicou Alfried Plöger, outro coordenador do CPC e presidente da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca). O CPC não é um órgão regulador. Seu objetivo é reunir todos os segmentos do mercado para estudar e preparar pronunciamentos técnicos, orientações e interpretações para serem levadas como sugestões aos órgãos reguladores, como Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e Banco Central, que participam do novo comitê, o que facilita e agiliza a revisão das normas na perspectiva das regras internacionais. Sergio Leopoldo Rodrigues
Moda: entendendo o consumidor
C
omo as mulheres asiáticas estão influenciando o resto do mundo? Como a moda exerce uma influência que vai muito além das passarelas? Por que no comportamento dos consumidores hoje a emoção prevalece sobre a razão quando se fala em espaços, marcas e principalmente produtos? Essas e outras perguntas serão respondidas por palestrantes nacionais e internacionais convidados para o 1º Seminário Internacional de Comportamento e Consumo, Entenda o Novo Consumidor. Com foco em moda e de-
sign, o encontro será realizado hoje na cidade do Rio de Janeiro, pelo Senai/Cetiqt, das 9 às 19 horas no Centro de Convenções Empresarial Mário Henrique Simonsen, localizado na Barra da Tijuca. Um dos destaques do seminário será o sociólogo e escritor italiano Francesco Morace, presidente do Future Concept Lab, de Milão, que há 20 anos acompanha as transformações no consumo e dá consultorias para marcas como Alessi, Illy, Veuve Clicquot, Philips e Nokia, entre várias internacionais, e no Brasil está realizando pesquisas estratégicas para
Havaianas e O Boticário. Outra convidada estrangeira é Sally Lohan, editora-chefe na Califórnia do site WGSN. Entre os palestrantes nacionais estão Tiago Pinto, gerente de Iniciativas de Marketing da Nike no Brasil, o designer Guto Índio da Costa e a jornalista especializada em moda Érika Palomino. Com o intuito de informar profissionais da moda e empresários sobre as novas tendências de consumo, o seminário vai traçar um panorama das principais mudanças e seu impacto sobre produtos e posicionamento no mercado. Sabina Deweik
PRÊMIO ECONOMISTA DO ANO
O Ó RBITA IPC-S O indicador apurou desaceleração da inflação na semana terminada em 15 agosto. O índice captou alta de 0,19%, contra 0,21% na semana anterior.
CHINA
A
A TÉ LOGO
Borges, da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), também foram premiados, pelo vice-presidente da Ordem, Gilson Garófalo (na foto à dir., com Solimeo), por suas ações em defesa do comércio. (SLR)
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
L
Bancos argentinos lucram mais que em 2005
L
Inadimplência faz juro ao consumidor subir
L
s exportações do Brasil para a China em julho atingiram o recorde histórico de US$ 1,067 bilhão, maior volume já exportado em um mês, segundo a Câmara BrasilChina de Desenvolvimento Econômico, com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior. (AE)
professor da PUC-RJ e ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), André Lara Resende, recebeu na última terçafeira o prêmio de Economista do Ano 2006, promovido pela Ordem dos Economistas do Brasil. Os economistas Marcel Solimeo, diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), e Antônio Carlos
Leonardo Rodrigues/Hype
A
VarigLog planeja entregar hoje ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) uma carta-consulta para formalizar o pedido de financiamento para a compra de 50 aviões da Embraer. O negócio, segundo o presidente do conselho de administração da nova controladora da Varig, Marco Antonio Audi, está avaliado em US$ 2 bilhões, dos quais 85% poderão ser emprestados pelo banco e os 15% restantes viriam da VarigLog. Audi afirmou que, em paralelo à Embraer, está havendo negociações com a americana Boeing e a européia Airbus, apesar de esta última ter negado que foi procurada. O objetivo é adquirir as 50 aeronaves para o mercado doméstico, com capacidade entre 115 e 135 passageiros. O plano inclui pedidos firmes e opções de compra, mas essa definição depende de quantas concessões de horários de vôos (hotrans) a nova Varig terá. Outro projeto é comprar 12 aviões de grande porte, para 245 passageiros no mínimo, para os vôos internacionais. "O BNDES é um instrumento de compra dos aviões da Embraer. Mas a compra pode ser realizada também via leasing ou outros bancos", disse Audi, que participou ontem de reunião com técnicos do banco para apresentar seu plano de negócios. Recusa – A ex-presidente da
Suzano Petroquímica anuncia duplo comando
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
Empresas Nacional Finanças Empreendedores
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5
30,36
BANCOS "ACORDARAM" PARA O CRÉDITO
por cento foi a participação dos títulos prefixados no total da dívida pública em julho
NA DISPUTA COM A NOSSA CAIXA, BANCO ESPANHOL OFERECE BENEFÍCIOS PARA FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS
SANTANDER ACIRRA BRIGA POR SERVIDOR
O
Santander Banespa decidiu acirrar a briga com o banco estatal Nossa Caixa pelas contas dos funcionários públicos do Estado de São Paulo. O banco espanhol parece disposto a usar muitas armas para evitar que os cerca de 650 mil servidores estaduais encerrem suas contas depois que passarem a receber os salários pela Nossa Caixa, a partir do início de 2007. O Santander tinha a exclusividade do pagamento de salários desde que comprou o Banespa, em 1998. A estratégia do banco é fazer com que os clientes continuem a movimentar a conta corrente, o cartão de crédito e os limites de empréstimo. Para isso, criou uma série de benefícios exclusivos para os servidores estaduais. O Santander Banespa vai devolver ao funcionário público o gasto que tiver com os DOCs que fizer para transferir os proventos que receber na Nossa Caixa. Na transferência, o servidor também não vai arcar com o pagamento da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), despesa que será assumida pela instituição. Imóveis — O funcionário público também terá linha especial para financiamento da
casa própria, cujo valor poderá atingir R$ 150 mil. "Temos R$ 2 bilhões para essa linha", informou o vice-presidente do Santander, Román Blanco. O "estoque de munição" não pára por aí. O banco também vai oferecer aos servidores cartão de crédito com anuidade grátis e desconto de 2% em compras em postos de gasolina e supermercados. O pacote inclui, ainda, a segmentação no atendimento, com gerentes para grupos diferentes de servidores — professores, funcionários administrativos, policiais militares, entre outros. Nossa Caixa — Ciente da postura agressiva dos espanhóis, a Nossa Caixa também procura criar produtos que atraiam os servidores estaduais. A principal arma, nesse caso, é a ampla oferta de crédito consignado, com as parcelas descontadas do holerite. Na apresentação do balanço do segundo trimestre, a diretoria da Nossa Caixa adiantou ter reduzido as expectativas de lucro por causa dos investimentos na modernização da rede de atendimento. O banco pretende até entrar em segmentos de mercado em que ainda não atua, como o de financiamento de veículos. Davi Franzon
Dívida pública cai 0,21%
A
pesar do pagamento de aproximadamente R$ 11,7 bilhões em juros com a emissão de novos papéis, a dívida interna em títulos públicos federais caiu 0,21% no mês passado, atingindo R$ 1,014 trilhão. Em junho, a dívida era de R$ 1,016 trilhão. O fator determinante para a queda foi o resgate líquido – quando os vencimentos superam os lançamentos de novos títulos no mercado – de R$ 13,85 bilhões em julho. Segundo o coordenador de Operações da Dívida Pública da Secretaria do Tesouro Nacional, Manuel Augusto Silva, o resgate líquido foi elevado no mês passado porque houve uma concentração muito forte de vencimentos de títulos com rentabilidade prefixada (com juros fixos e estabelecidos no momento da compra dos papéis). O mês de julho é um dos chamados "cabeça de trimestre", em que há mais vencimentos de papéis prefixados. Além da queda na dívida, esse movimento provocou
uma redução na participação dos títulos prefixados no total da dívida pública, de 31,45% para 30,36%. Os títulos com remuneração pós-fixada (atrelada à taxa de juros básica, a Selic) tiveram sua participação no estoque da dívida elevada de 46,25% para 46,95% de junho para julho. Mas esse movimento deve ser revertido nos próximos meses, segundo Silva. Ele explicou que, em agosto e setembro, as emissões de papéis prefixados devem superar os vencimentos, mantendo a trajetória de elevação da parcela desses títulos no estoque da dívida, conforme política adotada pelo governo. Silva destacou que no mês passado as condições de mercado para o financiamento do Tesouro tiveram melhora significativa. "O movimento de recuperação de junho foi ampliado de forma consistente em julho. Apesar das incertezas no mercado externo, os indicadores positivos no mercado doméstico ajudaram a administração da dívida." (AE)
Bancos crescem com a economia
O
CVM amplia limite para fundos
O
s fundos de investimentos brasileiros poderão aplicar no exterior mais do que 10% do patrimônio líquido. Esse era o teto inicial dos estudos técnicos feitos pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no processo de mudança da Instrução 409, que regula os fundos de investimentos no País. Mas ontem o superintendente de relações com investidores institucionais da entidade, Carlos Eduardo Sussekind, disse que o limite ficará acima disso. Além do volume de recursos direcionados ao exterior, outro ponto polêmico em exame na autarquia está relacionado ao tipo de ativos que poderão participar da carteira dos fundos. Segundo Sussekind, há uma corrente que defende que papéis de maior risco, as Cédulas de Crédito Bancário (CCBs) só possam fazer parte da carteira de fundos se contarem com garantia bancária.
Outros argumentam que, se houver essa exigência, esses títulos dificilmente serão emitidos. "São pensamentos distintos. Cada um com argumentos fortes a favor ou contra a exigência de mais garantias", comentou. Ele não quis dar sua opinião pessoal sobre o tema. "Vou sair desta reunião e conversar com meus colegas de outras áreas para decidir sobre alguns pontos pendentes." A determinação final será do Colegiado da CVM. Papéis privados — Su ssekind não quis adiantar pontos específicos das mudanças, alegando que a decisão caberá aos diretores, mas acrescentou que o objetivo é preparar os fundos de investimentos do País para uma nova realidade, com a predominância dos papéis de empresas privadas. "A tendência é uma redução da participação dos títulos públicos e ampliação do financiamento do setor privado", afirmou.
EDITAL
FALÊNCIA & RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de
Capital, os seguintes pedidos de falência e recuperação judicial:
Reqte.: SPP Agaprint Industrial Comercial Ltda. - Reqda.: Ediplast Indústria e Com. de Plásticos Ltda. - Rua Ataulfo Alves, 181 - 1ª Vara de Falências Reqte: Intercross Controladora Partic. e Servs. Artísticos Ltda. - Reqda.: Manufatura de Brinquedos Estrela S/A - R. Roupen Tilkian, 375 Prédio A - 1ª Vara de Falências Reqte.: Excim Importação e Exportação Ltda. - Reqdo: Elcon Confecções Ltda. - Rua Henrique Dias, 242 - 1ª Vara de Falências Reqte.: Tecelagem Geulfi Ltda. - Reqdo.: Luiz César R. Quinco Confecções Ltda - EPP - Rua Itapiracaba, 293 - 2ª Vara de Falências Reqte.: Lúmen Química Ltda. - Reqda.: Mega Abastecedora de Sinalização - Rua Domingos José Sapienza, 444 - 1ª Vara de Falências Reqte.: Alumigon Metais Indústrias e Comércio Ltda. - Reqda.: Aluminium Indústria e Comércio Ltda - Rua Sagrado Coração de Jesus, 251 - 1ª Vara de Falências
Factoring
DC
São Paulo, foram ajuizados no dia 16 de agosto de 2006, na Comarca da
O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com
Além de contribuir para o financiamento das empresas privadas, os novos fundos permitirão ao mercado avaliar "quem é melhor gestor" de recursos de terceiros, disse Sussekind. "Atualmente existe quase uma padronização, já que o maior volume de recursos é direcionado para os papéis do governo, que têm os mesmos riscos e mesmas taxas de rentabilidade", comentou. A respeito dos limites máximos para aplicação em papéis privados, Sussekind, foi evasivo. "Não haverá alteração relevante em relação à situação atual. Os novos limites são compatíveis com o que a indústria está adotando", observou. Representantes dos fundos reclamam que a CVM estaria propondo um limite máximo de 30% para a participação de títulos privados na carteira dos fundos, mas Sussekind não quis entrar em detalhes sobre os tetos. (AE)
s crescimentos da economia brasileira e dos lucros dos bancos nunca estiveram tão atrelados quanto neste ano. Na visão de analistas, quanto mais as instituições financeiras avançam em crédito, mais precisam da resposta da economia brasileira para alimentar seus ganhos. "Acho que são coisas interdependentes. O crescimento do lucro também depende do crescimento econômico. E, com a queda da taxa básica de juros, a intermediação financeira, mais notadamente o crédito, tende a ter mais importância", disse o gerente de Análise da ABN Amro Corretora, José Francisco Cataldo. Estudo do Instituto de Ensino e Pesquisa em Administração (Inepad) mostra que, no primeiro semestre, a participação do crédito na receita tornou-se preponderante no grupo dos líderes: Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Unibanco e Santander. Para o analista do Inepad Edson Carminatti, já se pode dizer que os bancos acordaram para o crédito. "Costumamos dizer que os bancos demoraram para acordar. Tradicionalmente, no exterior, eles ganham dinheiro oferecendo crédito", observou o analista. (AE)
6
Nacional Empresas Tr i b u t o s Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
FRAUDE FEZ RECEITA PERDER MAIS DE R$ 500 MI EM IMPOSTOS
A Operação Dilúvio, a maior da história da Receita, mobilizou 1,2 mil policiais e fiscais.
RECEITA E POLÍCIA FEDERAL DESCOBREM O MAIOR ESQUEMA DE FRAUDES NO COMÉRCIO EXTERIOR
QUADRILHA FRAUDOU R$ 1,1 BILHÃO
D
epois de quase dois anos de investigação, a Receita Federal e a Polícia Federal deflagraram na madrugada de ontem uma mega-operação para desmantelar o maior esquema de fraudes no comércio exterior já descoberto no Brasil. Batizada de Dilúvio, a operação mobilizou 1,2 mil agentes da PF e da Receita em oito estados – Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará e Espírito Santo – e nos Estados Unidos, onde a quadrilha tinha ramificações. Até a noite de ontem foram presas 95 pessoas. A Justiça expediu 118 mandados de prisão. Também foram cumpridos 220 mandados de busca e apreensão, até mesmo em grandes lojas de departamento e empresas. Entre os presos está o líder do esquema, o empresário de São Paulo Marco Antônio Mansur. Prejuízos – A organização atuava há cerca de dez anos num complexo esquema, que envolvia dezenas de empresas de fachada e empresários laranjas para a importação a preços subfaturados de produtos de marca, principalmente eletroeletrônicos, equipamentos de informática e telecomunicações, pneus, carros, embala-
José Luis da Conceição/AE
Agentes policiais e fiscais prendem, em São Paulo, um dos suspeitos
gens, perfumaria, vitaminas, motos, tecidos, materiais cirúrgicos e baterias. Empresas varejistas também estão envolvidas no esquema. A Receita calcula que, nos últimos quatro anos, cerca de R$ 1,1 bilhão foram importados pelo grupo de forma ilegal. Nesse mesmo período, pelo menos R$ 500 milhões deixaram de ser pagos em impostos. O valor, entretanto, pode ser muito maior, disse o secretário da Receita, Jorge Rachid. Segundo ele, o subfaturamento chegava, em média, a 50% do valor real do produto, permitindo a sonegação de Imposto de Importação (II), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Programa de Integração
Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), além do Imposto de Renda. EUA – Com a colaboração do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, a PF e a Receita também fizeram operações de busca e apreensão em estabelecimentos controlados pelo grupo brasileiro em Miami, onde foi encontrado um grande depósito de mercadorias que seriam embarcadas para o Brasil. O braço do grupo em Miami, Adilson Soares, responsável pela Feca International, empresa que atuava nos Estados Unidos junto aos grandes ata-
cadistas internacionais, já está a caminho do Brasil. Ele deverá ser preso ao desembarcar no País, segundo a PF. Narciso – O grupo de Mansur já tinha sido alvo das inves-
ATA
Dekote Brasil Comercial Importadora e Exportadora de Confecções S.A. CNPJ/MF nº 06.267.813/0001-29 Ata de Transformação da Sociedade Limitada, Denominada Dekote Brasil Comercial Importadora e Exportadora de Confecções Ltda, em Companhia. Data, Hora e Local: Aos 22 dias do mês de junho do ano de 2006, às 9 (nove) horas, na sede social da para aprovação da Assembléia Geral, um Plano Anual contendo o orçamento financeiro e planejamento de Sociedade, situada na Rua Frei Bonifácio Dux, 141, Jardim Colombo, São Paulo, Estado de São Paulo, CEP negócios para o exercício seguinte. Parágrafo 1º - São atribuições do Diretor Geral: (i) exercer as suas 05629-000, reuniram-se os Sócios quotistas Leonardo Luiz Barreto Barletta, brasileiro, divorciado, funções observando e fazendo observar as regras deste Estatuto e a legislação aplicável às Sociedades Empresário, portador da cédula de identidade RG nº 3014481273 SSP/RS, inscrito no CPF/MF sob o nº Anônimas e em especial ao administrador de Companhia; representar a Companhia ativa e passivamente 405.006.080-91, residente e domiciliado na Rua Frei Bonifácio Dux, 141, Jardim Colombo, São Paulo, e supervisionar a gestão dos seus negócios; (ii) definir regras necessárias à condução das atividades da Estado de São Paulo, CEP 05629-000; e Andréa Zilio de Morais, brasileira, separada, Empresária, portadora Companhia e fixar a orientação geral dos seus empreendimentos. (iii) definir as atribuições dos Diretores; da cédula de identidade RG nº 2059876686 SSP/RS, inscrita no CPF/MF sob o nº 661.128.420-68, residente (iv) supervisionar e coordenar os trabalhos dos demais Diretores, em estrita observância das atribuições e domiciliada na Rua Frei Bonifácio Dux, 141, Jardim Colombo, São Paulo, Estado de São Paulo, CEP pertinentes consignadas neste Estatuto; (v) presidir as reuniões da Diretoria e conduzir os trabalhos das 05629-000; Quorum: Sócios representando a totalidade do capital social da sociedade limitada denominada sessões; (vi) estabelecer critérios para a prática dos atos necessários ao funcionamento regular da Dekote Brasil Comercial Importadora e Exportadora de Confecções Ltda, com seus atos constitutivos Companhia. Parágrafo 2º - Compete ao Diretor de Operações: (i) assistir o Diretor Geral no exercício de registrados na Junta Comercial do Estado de São Paulo - JUCESP, sob o NIRE 35.218.993381, em sessão suas funções e exercer as funções que lhes forem atribuídas por ele. (ii) organizar e conduzir o planejamento de 28 de abril de 2004, e Alteração Contratual registrada sob o nº 230.115/05-6 e resolveram, de comum dos negócios da Companhia, estabelecer políticas de preços, exercer as atividades inerentes a distribuição, acordo, deliberar o seguinte: Deliberações aprovadas por unanimidade: 1 - Da Transformação - 1.1 - promoção e controle de qualidade; (iii) supervisão e Coordenação da Área Comercial da Companhia; (iv) Transformar a sociedade em Companhia, sem dissolução ou liquidação, nem importando tal transformação controle, planejamento e Previsões de vendas, em conformidade com os Planos, Critérios, calendários e em qualquer dissolução de continuidade, permanecendo em vigor todos os direitos e obrigações sociais, Diretrizes da Companhia; (v) ditar a rede e os canais de distribuição de produtos para a obtenção dos o mesmo patrimônio, a escrituração comercial e fiscal e o mesmo objeto social, passando, em conseqüência, resultados previstos pela Companhia; (vi) coordenar todas as ações da área de vendas, estabelecendo a sociedade a girar sob a denominação social de Dekote Brasil Comercial Importadora E Exportadora De ordem de faturamento, o acompanhamento e monitorando as metas projetadas; (vii) discutir, transigir e Confecções S.A., a qual assumirá para todos os fins e efeitos de direito, todo o ativo e todo o passivo da definir, em conjunto com os demais membros do quadro Diretivo, assuntos inerentes à política e Sociedade Limitada, transformada em COMPANHIA, que passa a reger-se pela Lei nº 6.404, de 15 de funcionamento dos setores da área, e dos fatores econômicos da produção direta ou indiretamente envolvidos dezembro de 1976, suas alterações posteriores e demais dispositivos legais aplicáveis. 2 - Da Nova nos resultados operacionais da Companhia; (viii) Exercer, supervisionar e coordenar a área administrativa Constituição Do Capital Social. 2.1 - Em decorrência da transformação deliberada no item 1, acima, O e financeira da Companhia. Artigo 9º - De acordo com as disposições deste Estatuto, 2 (dois) Diretores, Capital Social, antes constituído por quotas passa a ser constituído por ações, no montante atual de 10.000 agindo conjuntamente, têm amplos poderes de administração e gestão dos negócios sociais, competindo(dez mil) ações, todas ordinárias, nominativas e sem valor nominal, distribuídas entre os acionistas na lhes a representação ativa e passiva da Companhia, deliberar sobre a prática de todos os atos necessários mesma proporção das quotas por eles possuídas no capital social da sociedade ora transformada; 3. Do ao seu funcionamento regular, que não forem de competência privativa da Assembléia Geral, na forma Projeto Do Estatuto Social: 3.1 - Aprovar por unanimidade o Projeto do Estatuto Social da Companhia, estabelecida neste Estatuto, podendo ainda, representar e validamente obrigar a Companhia nos seguintes cuja redação consta do Anexo I desta Ata; 4. Da Administração: 4.1 Da Diretoria: 4.1.1 - Eleger os casos: celebração de quaisquer contratos, abertura, encerramento e movimentação de contas bancárias, membros da Diretoria da Companhia para o primeiro mandato de 3 (três) anos, com início nesta data e emissão de cheques, ordens de pagamento, notas promissórias, letras de câmbio e duplicatas; aquisição, término em 21 de junho de 2009, cuja composição é a seguinte: (i) para o Cargo de Diretor Geral o Sr. alienação e oneração de bens do ativo permanente; aquisição, alienação e oneração a qualquer título, de Leonardo Luiz Barreto Barletta, brasileiro, divorciado, Empresário, portador da cédula de identidade bens imóveis, bem como a cessão de quaisquer direitos sobre os mesmos, registros de ações e registro RG nº 3014481273 SSP/RS, inscrito no CPF/MF sob o nº 405.006.080-91, residente e domiciliado na Rua de transferência de ações nominativas, Parágrafo 1º - A Companhia obrigar-se-á também quando Frei Bonifácio Dux, 141, Jardim Colombo, São Paulo, Estado de São Paulo, CEP 05629-000 ; (ii) para o representada: (a) pela assinatura de 1 (um) diretor em conjunto com a assinatura de 1 (um) procurador Cargo de Diretor de Operações a Sra. Andréa Zilio de Morais, brasileira, separada, Empresária, portadora constituído para representar a Companhia, quando assim designado no respectivo instrumento de mandato da cédula de identidade RG nº 2059876686 SSP/RS, inscrita no CPF/MF sob o nº 661.128.420-68, residente e somente na extensão dos poderes que nele se contiverem; ou (b) pela assinatura conjunta de 2 (dois) e domiciliada na Rua Frei Bonifácio Dux, 141, Jardim Colombo, São Paulo, Estado de São Paulo, CEP procuradores indicados por 2 (dois) diretores para representar a Companhia, quando assim designado nos 05629-000, permanecendo vagos os demais cargos da Diretoria, os quais foram investidos no cargo, respectivos instrumentos de mandato e somente na extensão dos poderes que neles se contiverem, (c) pela mediante termo de posse lavrado no Livro de Atas da Diretoria da Companhia.4.1.2 Será criado um Conselho assinatura isolada de 1 (um) diretor ou de 1 (um) procurador indicado por 2 (dois) diretores para representar de Administração a partir da data que ingressar um novo acionista na Companhia, ocasião em que o Estatuto a Companhia, quando assim designado no respectivo instrumento de mandato e somente na extensão dos Social será alterado visando a sua adequação à nova situação, com a inserção das disposições pertinentes poderes que nele se contiverem, ressalvado, entretanto, que a representação da Companhia nessas condições a tal Órgão e conseqüente eleição dos seus membros. 4.2 – Os Administradores eleitos declaram, neste é limitada aos seguintes atos: representação perante a Justiça do Trabalho, repartições públicas federais, ato, para todos os fins de direito, que não estão impedidos de exercerem a administração de sociedades, estaduais e municipais, inclusive órgãos da Secretaria da Receita Federal, autarquias, Empresa Brasileira por lei especial, ou em virtude de condenação criminal, ou por se encontrar sob os efeitos dela, a pena que de Correios e Telégrafos, Departamento do Comércio Exterior (DECEX), Secretaria do Comércio Exterior vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos, ou por crime falimentar, de prevaricação, (SECEX) do Banco do Brasil e outros bancos autorizados a praticar operações de câmbio, Banco Central peita ou suborno, concussão, peculato ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, do Brasil, Companhia de Estradas de Rodagem, Aérea e Marítima, bem como a assinatura de contra normas de defesa de concorrência, contra as relações de consumo, fé pública ou a propriedade. 5. correspondência, inclusive bancária; quitação por pagamentos feitos à Companhia através de cheques Da Remuneração da Diretoria - 5.1 – Fixar a remuneração global anual da Diretoria em até R$100.000,00 nominativos a favor desta; agir como preposto na Justiça do Trabalho e Juizados Especiais Cíveis; endosso (cem mil reais), certo que o Diretor Geral se encarregará da sua divisão entre seus membros. - Conclusão de cheques para depósito em conta-corrente bancária da Companhia; endosso e reconhecimento de duplicatas, e Encerramento Dar por efetivamente transformada a sociedade em Companhia com a denominação de letras de câmbio e outros títulos de crédito exclusivamente para cobrança bancária e respectivo depósito Dekote Brasil Comercial Importadora e Exportadora de Confecções S.A., uma vez observadas e em conta bancária da Companhia e representar a Companhia em quaisquer processos administrativos ou cumpridas todas as formalidades legais, considerando-se encerrados os trabalhos da presente reunião, judiciais, bem como em propostas para licitações particulares. Parágrafo 2º - A Companhia poderá, lavrando-se a presente ata em forma de sumário, a qual, após lida e discutida, foi aprovada na forma em eventualmente, ser representada e obrigar-se por atos ou pela execução de acordos específicos pela que está lavrada. Confere com o original lavrado em livro próprio. São Paulo, 22 de junho de 2006. Sócios/ assinatura de 1 (um) diretor ou de 1 (um) procurador especialmente indicado por 2 (dois) diretores para Acionistas: 1 - Leonardo Luiz Barreto Barletta. 2 - Andréa Zilio de Morais. representar a Companhia, ressalvado que tal ato do Diretor ou do procurador deve ser prévia, específica ESTATUTO SOCIAL e expressamente aprovada em Reunião da Diretoria. Parágrafo 3º - Todas as procurações outorgadas pela Dekote Brasil Comercial, Importadora e Exportadora de Confecções S.A. Companhia deverão ser assinadas por 2 (dois) diretores, ter prazo de validade determinado e vedar o Capítulo I - Denominação, Sede, Objeto e Prazo de Duração: Artigo 1º - A sociedade opera sob a substabelecimento, sob pena de nulidade. Parágrafo 4º - As procurações outorgadas a advogados, para denominação de Dekote Brasil Comercial, Importadora e Exportadora de Confecções S.A. (a “Companhia”) representação da Companhia em processos judiciais e administrativos, poderão ser assinadas e rege-se pelo presente Estatuto Social e pelas disposições legais aplicáveis, especialmente a Lei nº 6.404, individualmente por 1 (um) diretor ou por 1 (um) procurador, - deste que este último tenha poderes para de 15 de dezembro de 1976 e alterações posteriores. Artigo 2º - A Companhia tem sede e foro na Cidade tanto assim previsto no respectivo instrumento de mandato - ter prazo de validade indeterminado e permitir de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Frei Bonifácio Dux, 141, Jardim Colombo, São Paulo, Estado o substabelecimento. Artigo 10º - Todos e quaisquer atos praticados pelos diretores ou procuradores que de São Paulo, CEP 05629-000, podendo, por deliberação da Diretoria, abrir e/ou encerrar filiais, sucursais, sejam estranhos ao objeto social e aos negócios da Companhia, tais como avais, fianças, endossos e outras bases, agências, escritórios, oficinas ou qualquer outro tipo de estabelecimento, nomeando quando garantias em favor de terceiros, são expressamente proibidos e serão nulos de pleno direito. Capítulo IV necessário, os seus representantes. Artigo 3º - A Companhia tem prazo indeterminado de duração. - Conselho Fiscal - Artigo 11º - A Companhia terá um Conselho Fiscal, composto por 3 (três) membros Artigo 4º - A Companhia tem por objeto social o seguinte: A - Comércio, importação e exportação de: podendo ter igual número de suplentes, acionistas ou não, residente no País. O Conselho Fiscal não terá - lingeries e acessórios; moda praia, moda fitness; tecidos em geral; artigos de vestuários e caráter permanente, e será instalado quando solicitado por acionistas, nos termos da lei. Capítulo V complementos; artigos de couro e de viagem; calçados; e artigos de armarinho; - móveis e utensílios; Assembléias Gerais. Artigo 12º - A Assembléia Geral Ordinária se reúnir-se-á, ordinariamente, nos - máquinas, equipamentos, software, hardware e materiais de informática e de escritório em geral; quatro meses seguintes ao término do exercício social e, extraordinariamente, sempre que o interesse - aparelhos eletrônicos; -máquinas, aparelhos e equipamentos elétricos de uso pessoal e social o exigir. Parágrafo Único - A Assembléia Geral será dirigida por uma mesa composta por um doméstico; - instrumentos musicais e acessórios; B - Prestação de serviços de manutenção e a presidente escolhido pelos acionistas presentes, o qual escolherá um secretário dentre os presentes. locação de sistemas, de equipamentos eletrônicos, de informática, de softwere, de hardwere e de periféricos; Artigo 13º - Sem prejuízo das disposições legais aplicáveis à convocação e instalação da Assembléia C - Representação comercial de produtos nacionais e importados. Parágrafo único – É vedado à Geral, a convocação da Assembléia Geral poderá ser feita individualmente, por escrito, aos acionistas, Companhia a concessão de avais, fianças, endossos e garantias assemelhadas a terceiros. Capítulo II - com antecedência mínima de 10 (dez) dias. Artigo 14º - O Acionista pode ser representado por procurador, Capital Social e Ações. Artigo 5º - O capital social totalmente subscrito e integralizado é de R$ 10.000,00 na forma da Lei, que deposite na sede da Companhia, o respectivo instrumento de mandato, pelo menos 03 (dez mil reais) representado por 10.000 (dez mil) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, (três) dias antes da data marcada para a realização da Assembléia Geral. Artigo 15º - A Companhia pode Parágrafo 1º - As ações são indivisíveis em relação à Companhia. Parágrafo 2º - Cada ação ordinária suspender a transferência de ações antes da realização das Assembléias Gerais, pelo prazo previsto no confere direito a um voto nas assembléias gerais. Parágrafo 3º - Na proporção do número que possuírem, artigo 37 da Lei nº 6.404/76. Capítulo VI - Exercício Social, Balanços, Lucros e sua Aplicação - Artigo têm os acionistas o direito de preferência para subscrição do aumento de capital, exceção feita ao caso 16º - O exercício social tem início em 1º de janeiro será encerrado em 31 de dezembro de cada ano, quando previsto no parágrafo único, do artigo 172, da Lei nº 6.404/76. Parágrafo 4º - As ações da Companhia a Diretoria fará elaborar as demonstrações financeiras exigidas por lei. Artigo 17º - O lucro líquido poderão ser escriturais, mantidas em conta de depósito em nome de seus titulares junto a instituição apurado em balanço, observado o que a respeito dispuser a legislação aplicável, terá a seguinte distribuição: financeira indicada pela Diretoria, podendo ser cobrado dos acionistas os custos de que trata o parágrafo I - 5% (cinco por cento) para a constituição da reserva legal, que não excederá a 20% (vinte por cento) do 3º do art. 35 da lei n° 6.404/76. Parágrafo 5º - A Companhia não emitirá cautelas, títulos ou certificados capital social. II - 25% (vinte e cinco por cento) serão distribuídos aos acionistas, como dividendo mínimo representativos de ações; Capítulo III - Administração - Artigo 6º - A Companhia é administrada por legal. III - O saldo remanescente terá a destinação que a Assembléia Geral deliberar. Artigo 18º - É uma Diretoria composta por 02 (dois) membros, sendo um o Diretor Geral e o outro, Diretor de Operações, facultada a distribuição antecipada de dividendos ad referendum da Assembléia Geral, com base em lucro ambos eleitos pela Assembléia Geral. Parágrafo 1º - O prazo de gestão dos membros da Diretoria é de parcial verificado em balanço ou balancete intermediário, observadas as restrições da Lei Fiscal e Tributária. 3 (três) anos, sendo permitida a reeleição. Parágrafo 2º - Em caso de vacância, a Assembléia Geral será Capítulo VII – Liquidação - Artigo 19º - A Companhia entrará em liquidação nos casos previstos em lei, convocada nos 10 (dez) dias seguintes, para preenchimento do cargo vago devendo o substituto completar competindo à Assembléia Geral estabelecer o modo de liquidação, eleger os liquidantes e o Conselho o prazo de gestão do substituído. Parágrafo 3º - Os membros da Diretoria são dispensados da prestação Fiscal que deverão funcionar no período de liquidação, fixando-lhes os honorários e o prazo de liquidação. de caução. Parágrafo 4º - Findo o prazo de gestão, os diretores permanecerão no exercício dos respectivos Capítulo VIII - Continuidade da Companhia - Artigo 20º - A Companhia não se dissolverá pela cargos até a investidura dos novos administradores. Artigo 7º - A Diretoria reunir-se-á sempre que o recuperação judicial ou extrajudicial, falência ou liquidação de qualquer acionista, que continuará com os interesse social o exigir; Parágrafo Único - As reuniões da Diretoria serão convocadas por qualquer de acionistas remanescentes, os quais terão preferência na aquisição das ações do acionista em recuperação seus membros e suas deliberações deverão ser tomadas por maioria de votos, cabendo ao Diretor Geral judicial ou extrajudicial, falido ou que se retira, pelo valor contábil estabelecido no Balanço Patrimonial da além de seu voto, o de qualidade em caso de empate. Artigo 8º - A Diretoria tem amplos poderes de Companhia, especialmente levantado nos 30 (trinta) dias seguintes do requerimento da concordata ou administração e gestão dos negócios sociais, e a ela compete a representação ativa e passiva da Companhia, liquidação. Capítulo IX - Acordos de Acionistas - Artigo 21º - Os acordos de acionistas, devidamente podendo deliberar sobre a prática de todos os atos e operações relacionados com o seu objeto social e registrados na sede da Companhia, que estabeleçam cláusulas e condições em caso de alienação de ações necessários ao seu funcionamento regular, que não forem de competência privativa da Assembléia Geral, de sua emissão, discipline o direito de preferência na respectiva aquisição ou regulem o exercício do direito na forma estabelecida neste estatuto. Além dos poderes gerais estabelecidos neste artigo, são atribuições de voto dos acionistas, serão respeitados pela Companhia e pela sua administração. Capítulo X específicas da Diretoria: (a) zelar pela observância da lei e do estatuto social e fazer cumprir as Disposições Gerais - Artigo 22º - O presente Estatuto Social rege-se pelas disposições da Lei n° 6.404,de deliberações tomadas pela Assembléia Geral; (b) propor à Assembléia Geral a distribuição e a declaração 15 de dezembro de 1976 e suas alterações, aplicando-se as normas dessa legislação, em tudo o que nele de dividendos anuais, intermediários e intercalares, quando houver; (c) apresentar anualmente o Relatório for omisso. São Paulo, 22 de junho de 2006. Leonardo Luiz Barreto Barletta, Andréa Zilio de Morais. Naelson da Administração sobre os negócios sociais e os principais fatos administrativos do exercício findo, bem Pacheco Queiroz - Advogado OAB/RJ 53.461. Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania - Junta Comercial como o Balanço Patrimonial e demais Demonstrações Financeiras; (d) propor à Assembléia Geral do Estado de São Paulo - certifico o registro sob o n° 209.403/06-8 e NIRE sob o n° 35.300.333.675 em 11/ orçamentos anuais de operações e investimentos da Companhia; e (e) preparar e apresentar anualmente, 08/06. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.
tigações na Operação Narciso, que desmantelou, no ano passado, o esquema de subfaturamento na Daslu, loja de produtos de luxo de São Paulo. O esquema também abastecia com produtos o grupo de Law Kim Chong, considerado o maior contrabandista do País, que está preso. "A Operação Narciso foi uma chuva perto do dilúvio de hoje (ontem)", definiu o diretor-executivo da PF, Zulmar Pimental, ao informar que foram expedidos 118 mandados de prisão e cerca de 220 de busca e apreensão no Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará e Espírito Santo. Os principais clientes do grupo eram empresas de São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco, sendo que 24 comercializavam os produtos importados pela quadrilha. Esses reais importadores, muitas vezes, tinham conhecimento e até participavam das irregularidades. O esquema permitia a eles expressiva redução dos custos, o que garantia vantagem em relação aos preços da concorrência. Fontes que participaram das investigações informaram que entre as empresas que receberiam mercadorias do grupo estão a Shoptime (canal de TV de venda de
produtos), a CIL Informática de São Paulo e a loja de roupas masculinas Via Veneto. Dinheiro vivo –Além de Mansur, foi preso ontem, em Santa Catarina, o assessor da Secretaria de Fazenda do Estado, Aldo Hey Neto. Em sua residência, foram encontrados US$ 1 milhão e R$ 470 mil em dinheiro vivo. A assessora financeira da quadrilha, Alessandra Salewski, também foi presa na operação. O filho de Marco Antônio Mansur, o Marquito (Marco Antônio Mansur Filho), foi preso e estaria colaborando com as investigações. O braço da quadrilha no Rio de Janeiro, Antonio Carlos Barbeito Mendes, e nove servidores da Receita envolvidos no esquema também foram presos. Segundo as investigações, o grupo atendia de pequenos a grandes distribuidores de marcas conhecidas. A organização sustentava o chamado "mercado cinza", de marcas mais vendidas de produtos eletrônicos e de informática. Apesar de alcançarem grandes grupos, as investigações ainda vão esclarecer se eles agiram de má-fé ou se foram ludibriados. Entre esses grupos estão também o Carrefour e a Sony. (AE)
Até tribunal foi vítima de posto
N
em juízes e procuradores, que buscam o cumprimento da lei, escaparam das fraudes do setor de combustível. O posto de gasolina que abastecia carros do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e da Procuradoria Regional da República está entre os seis – cinco da região de Presidente Prudente e um da capital – que tiveram a inscrição estadual cassada ontem pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP), por vender combustível adulterado. O Auto Posto Salu, localizado na região central da capital, tinha contrato de exclusividade para abastecer as viaturas oficiais do TJ-SP e da Procuradoria. A autuação ocorreu porque os órgãos detectaram que seus veículos estavam com baixo rendimento e falha constante nos motores. "O posto já tinha sido fiscalizado em fevereiro, mas não detectamos alteração. Como os problemas com os veículos permaneceram, o TJ enviou outro ofício
pedindo nova averiguação, agora no mês de julho, e finalmente constatamos a adulteração", disse o diretor-adjunto da Diretoria Executiva de Arrecadação Tributária (Deat), Eribelto Rangel. Ontem, também, mais 30 postos – 20 da região de Ribeirão Preto e 10 da região de Jundiaí – foram alvo de uma força-tarefa da Sefaz para a verificação de documentos contábeis e coleta de amostras de combustíveis. A ação teve a participação de cerca de 80 agentes fiscais de renda, policiais civis e integrantes da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon). Desde o início da Operação De Olho na Bomba, em abril do ano passado, 167 postos tiveram sua inscrição estadual cassada por venderem "gasolina batizada". Em todo o mês de junho, cerca de 1,8 mil postos foram visitados pelos fiscais, que colheram amostras de seus combustíveis para serem analisadas no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Márcia Rodrigues
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
Indicadores Econômicos
7
14
por cento é a taxa para Certificação de Depósito Bancário (CDB) para 61 e 90 dias, de acordo com a Enfoque Sistemas.
16/7/2006
Informe Publicitário
FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Fundo Empresarial LP Lastro Performance LP Múltiplo LP Esher LP Master Recebíveis LP
Posição em: 14/08/2006 14/08/2006 14/08/2006 14/08/2006 14/08/2006
P.L. do Fundo 7.854.676,74 1.415.102,41 7.425.084,71 11.657.216,26 1.089.297,33
Valor da Cota Subordinada 1.152,905126 1.062,597450 1.136,901048 1.100,856175 1.058,220284
% rent.-mês 1.8946 0,7821 1,4298 -0,4515 0,5509
% ano 18,0081 6,2597 13,6901 10,0856 5,8220
Valor da Cota Sênior 0 1.068,619079 1.080,231226 0 0
% rent. - mês 0,5481 0,5970 -
% ano 6,8619 8,0231 -
rating A+(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)
DC
COMÉRCIO
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
Finanças Empresas Empreendedores Nacional
DIÁRIO DO COMÉRCIO
8 A Quínua Real importava 300 quilos do produto por mês. Neste ano, a demanda subiu para 20 toneladas.
EXISTEM 21 TIPOS DE QUÍNUA NA BOLÍVIA
Fotos: Rogério Albuquerque/AFG
PAULISTA DESCOBRE E IMPORTA QUÍNUA BOLIVIANA Cereal típico dos Andes, permite a produção de uma espécie de farinha altamente nutritiva, que pode ser consumida por atletas, grávidas e até portadores da doença celíaca. A empresária Lavínia Junqueira importa o produto há dois anos e pretende implantá-lo no cardápio de todos os brasileiros em produtos prontos, que já estão sendo vendidos para o atacado.
D LETREIRO
P
ara introduzir uma novidade alimentícia no mercado, desconhecida do grande público, melhor estratégia não há do que fixar a marca com o próprio nome do produto. Ainda mais sendo um nome imponente, apetitoso e agradável aos ouvidos. Essa é a opinião da empresária Lavínia Junqueira, que trouxe para o Brasil a quínua boliviana e montou a empresa Quínua Real. Com o logotipo, a idéia foi a mesma. (ASN)
SEGREDO
S
egundo Lavínia Junqueira, proprietária da Quínua Real Brasil, o segredo de seu sucesso foi descobrir a existência de um grão super poderoso, altamente nutritivo e com alto poder de comercialização devido ao crescimento do mercado de produtos naturais e orgânicos. "As pessoas estão buscando cada vez mais alimentos saudáveis e livres de agrotóxicos", diz. (ASN)
e tradicional família de agropecuaristas, Lavínia Junqueira deixou a fazenda em Orlândia, no interior de São Paulo, para embrenhar-se em uma nova atividade comercial, que tem se revelado altamente promissora. Está trazendo da Bolívia, por meio de sua empresa, a Quínua Real Brasil Ltda, um supergrão andino, que, até a primeira remessa, em 2004, era desconhecida pela maioria dos brasileiros. "Conheci a quínua (Chenopodium quinoa) por meio de um amigo que visitou os Andes e me interessei pelo assunto." Sua curiosidade foi aguçada pelo fato de seu pai agrônomo também desconhecer o pseudo-cereal (a quínua se assemelha a uma leguminosa) de valor altamente nutritivo. De gosto neutro e suave, é indicado para o incremento de diversos pratos, sopas, suflês e saladas, permite a produção de uma série de derivados. Aveia, flocos, barras de cereais e extensa linha de massas – espaguete, rigatoni e cabelinho de anjo – são agora oferecidos ao mercado atacadista em belas embalagens. "Orgânica, isenta de agrotóxicos e outras substâncias químicas, a quínua contém lisina, um aminoácido que ajuda a desenvolver a inteligência, a rapidez de reflexos, a memória e a aprendizagem", explica a empresária. Com elevada reserva energética e proteínas que atuam na elasticidade das fibras musculares, recuperação de tecidos e células e ativação da produção de hormônios e enzimas, é indicada para atletas, crianças, adolescentes em fase de crescimento, vegetarianos, mulheres grávidas e lactantes. Além disso, pode ser consumida por celíacos, que normalmente sofrem com um cardápio insosso por não poderem comer glúten – proteína contida na aveia, cevada, centeio e trigo. "A Organização Mundial de Saúde (OMS) considerou a quínua o alimento de origem vegetal mais balanceado do mundo", revela Lavínia. Grão de ouro Para montar a empresa, a
empresária foi investigar o quanto esses grãos poderiam ser conhecidos mundo afora. Empolgou-se: "Encontrei em vários países da Europa, nos Estados Unidos, Canadá e Japão; percebi que tinha nas mãos um grão de ouro!". Na verdade, muitos: conta a lenda que, ao invadirem a Bolívia no século XVI, ambiciosos para se apoderarem dos grandes depósitos de prata ali encontrados, os espanhóis desconfiaram que a quínua (um produto para eles desconhecido) era a responsável pela forte constituição do povo quechua, que os ameaçava. Então, visando enfraquecê-lo, os espanhóis arrasaram os campos e substituíram o produto por milho e batata. Mas os descendentes da antiga civilização Tiahuanaco não se deram por vencidos e passaram a cultivar os grãos na clandestinidade de seus pequenos quintais. Dado factual é que, na década de 1960, a Agência Espacial Norte-americana (Nasa) realizou um estudo para identificar quais seriam os alimentos mais nutritivos e resistentes às longas viagens; a quínua lhes mostrou seu grande poder... Testes e receitas Conferidas as altíssimas possibilidades comerciais, mas cismada porque o produto continuava à sombra no mercado brasileiro, Lavínia contatou a Associação Nacional dos Produtores de Quínua (Anapqui) e pediu amostras, que lhe foram enviadas em saquinhos a granel. "Ofereci a amigos, desenvolvi receitas, fiz jantarzinhos e distribuí em lojas de produtos naturais. O pessoal adorou", comenta. Sempre em contato com a Anapqui e com capital de aproximadamente R$ 40 mil, a empresária abriu a representação Quínua Real Brasil e desenvolveu o design das embalagens, em um processo que levou dois anos. Ao receber a primeira encomenda, participou da BioFach América Latina 2004 (feira de origem alemã dedicada à exposição de produtos orgânicos) no Rio de Janeiro – a próxima será em outubro no Transamérica Expo
Center em São Paulo. Na ocasião, o produto gerou grande curiosidade, mas poucos pedidos. "Recebemos apoio da Clínica de Terapia Alimentar Zoe Nutri; da Adalton V. Stracci de iridologia biomolecular; da farmácia Phillipe de Lyon; e de um proprietário de uma banca em feira de orgânicos da AAO" (Associação de Agricultura Orgânica), recorda. Mas papo vem, papo vai, conversando em um boteco, um jornalista da revista Trip antenou a conversa e publicou o assunto: "O negócio decolou!", alegra-se Lavínia. Para dar mais impulso ao negócio, aceitou a colaboração de uma assessoria de imprensa. "Foi fundamental para nosso crescimento", confessa. Inicialmente, a empresa importava 300 quilos de quínua por mês. Neste ano, a demanda passou para 20 toneladas, fornecidas para 732 pontos de venda no País. Embora haja 21 tipos de quínua – entre as quais a doce, a sajarana e a negra (para fins medicinais) – o governo boliviano empenha-se na produção da espécie real. Semelhante à taboa, repleta de florzinhas verdes, vermelhas e amareladas, a planta também brota espontaneamente nas margens do Salar Yuni, um deserto de sal com 12,5 mil quilômetros quadrados e a 3,5 mil metros de altitude, um lugar de extrema beleza, como os Andes em geral. Dessa forma, constata-se que as melhores condições de plantio são em lugares frios, altitudes elevadas e vastos campos ensolarados. Isso não impede, porém, que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) experimente a possibilidade de cultivar a variedade piabiru nos extensos cerrados goianos. Sucesso total, Lavínia prepara-se para introduzir a quínua em uma extensa lista de compras do consumidor brasileiro: sopas prontas, papinhas de bebê, barras de cereais e cereal matinal (Quínua Flakes). E diferentes vegetais andinos, o canháua e o amaranto. Mas essa é outra história... Armando Serra Negra
PEDRA
V
encer o medo de que os narcotraficantes bolivianos pudessem mandar drogas ao Brasil usando a marca Quínua Real foi um dos problemas de Lavínia Junqueira na importação da quínua. Mas não o único. O desembaraço alfandegário de mercadorias provenientes da Bolívia continua bem mais difícil do que o de importados de outros países, revela a empresária. (ASN)
O design das embalagens da empresa Quínua Real levou cerca de dois anos para ser feito. Agora, ficará conhecido em sopas prontas, papinhas de bebê e barras de cereais.
No alto, Lavínia mostra os grãos de quínua, cereal que foi considerado o mais nutritivo do mundo. Acima, espécie de farinha feita com o produto.
CABECEIRA Bruxaria nos negócios
A
Sabedoria de Liderança do té o lançamento Mundo dos Bruxos (Editora de Harry Potter e a Planeta), ele explica como Ordem de Fênix – o colocar em prática os sexto livro da série –, a conceitos estabelecidos por escritora inglesa J.K J.K Rowling na saga do Rowling, criadora do bruxo-mirim. bruxinho mais famoso do Coincidência ou não, o planeta, acumulou uma centro de pesquisa da fortuna de US$ 442 General Eletric tem o milhões. Mas o que nome de The House of Magic há por trás das (A Casa da Magia). peripécias do menino bruxo que os executivos Dora Carvalho podem aproveitar no mundo dos negócios o Divulgaçã e na carreira? Tom Morris, professor de filosofia da Universidade de NotreDame, na França, e consultor das principais empresas norteamericanas, mostra que há mais lições de liderança, planejamento e criatividade no universo de Harry Potter do que se pode imaginar. Em E se Harry Potter dirigisse a General Electric? –
Ano 81 - Nº 22.193
São Paulo, quinta-feira 17 de agosto de 2006
R$ 0,60
Jornal do empreendedor
Edição concluída às 00h20
w w w. d co m e rc i o. co m . b r Paulo Liebert/AE
Ayrton Vignola/Folha Imagem
Eliaria Andrade/Agência O Globo
José Luís da Conceição/AE
Bye, bye muamba de Miami
O jipão Hummer H3, motos, eletrônicos, pneus, perfumes, tecidos, materiais cirúrgicos, vitaminas... o shopping da muamba tinha de tudo. Marquito (foto), filho do líder Mansur, está colaborando com a PF.
A muambalândia dos brasileiros em Miami foi liquidada por 1.200 agentes da PF e Receita Federal, ontem, com a prisão de 95 pessoas no Brasil e nos EUA. O líder da rede que "importou" R$ 1,1 bi em 4 anos, sonegando R$ 500 mi, o empresário paulista Marco Antônio Mansur, está preso. Outro preso guardava em casa US$ 1 mi e R$ 470 mil em cash. O "Dilúvio", E 6 Newton Santos/Hype
Nani Góis/SMCS
Começa a campanha. E voltam os sujões
Curitiba rima com qualidade de vida
Candidatos esquecem a guerra do prefeito Kassab à poluição visual. Picham muros, soltam faixas e enfeiam a cidade (foto). C 1
Na moderna capital paranaense, o bem viver mora nos parques (na foto, o Jardim Botânico) e nos espaços culturais e gastronômicos. Boa Viagem Marcelo Min/AFG
Eduardo Knapp/Folha Imagem
Vendas crescem, à vista ou a prazo Dia dos Pais movimentou a última quinzena e estimula projetos do comércio para o Dia das Crianças. em oputubro. E 1
HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 28º C. Mínima 15º C.
AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 27º C. Mínima 15º C.
Libertadores: festa vermelha O Inter teve de lutar até o último segundo para segurar o empate de 2 a 2 com o São Paulo. A comemoração do título começou no Beira Rio (foto), todo colorado. Em Logo
Aos 450 anos, a Mooca é o bairro paulistano que ainda continua preso em algum lugar do passado. E luta para preservar seu ar interiorano, com cadeiras na calçada, uma mesa para o dominó (foto), tudo com muito sotaque, né bello! Caderno Especial
DC
Parabéns Mooca ! www.finanfactor.com Pabx (11)
6748-5627 (Itaquera) 6749-5533 (Artur Alvim)
C idades Poluição visual mobiliza a cidade DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
1
Queremos uma fiscalização coerente, correta e em ordem pela Prefeitura. Carlos Alberto Nanô, diretor de pesquisa da Central de Outdoor
PESQUISA IBOPE
REAÇÃO NA CÂMARA
SUJEIRA ELEITORAL
86% dos paulistanos consideram São Paulo poluída visualmente. Mas estão mais preocupados com a poluição ambiental e com a violência. Nesta Página
Vereadores vão propor um substitutivo ao projeto de lei de Gilberto Kassab, de tolerância zero aos outdoors. Mas a Prefeitura está irredutível. Página 2
A propaganda eleitoral mal começou e a Capital já está sendo invadida por cartazes, pichações e cavaletes com nomes de candidatos. Página 2
Milton Mansilha/Luz - 08/06/2006
Rejane Tamoto
Q
uando o assunto é poluição e paisagem urbana, 86% dos paulistanos consideram que São Paulo está muito poluída visualmente. Para 80% dos paulistanos, esse tipo de poluição é um problema grave ou muito grave. Esses são os resultados de uma pesquisa de opinião quantitativa divulgada ontem pelo Ibope. A pesquisa levantou junto aos paulistanos opiniões relacionadas à poluição visual em relação a outros problemas da cidade. O levantamento também verificou a percepção do paulistano sobre a definição da poluição visual e das leis para regulamentar a questão. Segundo o diretor de pesquisa da Central de Outdoor – entidade que encomendou o levantamento ao Ibope – Carlos Alberto Nanô, as constatações são importantes para confirmar a opinião dos paulistanos sobre o assunto. "Até então, a discussão sobre a poluição visual na cidade estava num campo aleatório e subjetivo", disse. Fiscalização – A pesquisa, que tem margem de erro de quatro pontos porcentuais para mais ou para menos, ouviu 602 eleitores da capital, entre os dias 6 e 10 de julho, ocasião em que o projeto de lei Cidade Limpa, da Prefeitura, foi encaminhado para votação na Câmara Municipal. O projeto de lei do prefeito Gilberto Kassab defende a eliminação radical de peças publicitárias ao ar livre e determina regras mais rígidas quanto aos anúncios indicativos do comércio. O posição das empresas do setor é de que a lei que rege a publicidade na cidade atualmente (de combate à publicidade ilegal) seja aplicada, o que resguardaria o trabalho de empresas que exercem a publicidade legalizada. "Queremos uma fiscalização coerente, correta e em ordem pela Prefeitura", disse Nanô. Segundo o presidente da Central de Outdoor, Raul Nogueira Filho, a pesquisa será formatada e anexada ao projeto substitutivo que as entidades do setor enviarão à Câmara. "Apresentaremos uma proposta do corpo empresarial, por meio de seu sindicato, com embasamentos jurídicos, técnicos e com esta pesquisa. Até agora o Poder Público dizia que o povo pensava de uma maneira. Ouvimos a população e documentamos que ela pensa diferente", afirmou Nogueira. A lei – A maioria dos entrevistados pelo Ibope não tinha conhecimento do projeto de lei da Prefeitura e 69% deles ouviram falar sobre o assunto pela primeira vez durante a pesquisa. Esta seria também uma das explicações para opiniões contraditórias em relação ao projeto de Kassab. Enquanto 83% dos entrevistados defendem que a Prefeitura aplique com rigor a legislação existente, 72% acreditam que não há outra forma de resolver o problema da poluição visual, a não ser com uma nova e mais rígida legislação. Segundo o gerente de projetos do Instituto Ibope, Maurício Garcia, essa contradição dos que ora são favoráveis à legislação atual e que ora defendem uma nova lei, mostra que
a população quer a fiscalização e eliminação da poluição visual, não importando qual legislação seja adotada. Um exemplo disso é que 66% dos entrevistados defenderam a aplicação mais rigorosa da lei existente nº 13.525, para punir os infratores e preservar os que agem dentro da lei. A maioria dos e n t re v i s t a d o s , 56%, sabem que há uma regulamentação para a propaganda ao ar livre na cidade, mas 91% acreditam que existe pouca ou nenhu- Outdoors luminosos na avenida Paulista: estão na mira do projeto de lei do prefeito ma fiscalização. Andrea Felizolla/Luz - 29/08/2006 Pouca importância – O levantamento do Ibope constatou que mesmo que a poluição visual seja considerada um problema, ainda não é uma questão prioritária para a cidade. Quando a pergunta enfocou a poluição, de maneira mais ampla, apenas 9% dos paulistanos consideraram a poluição visual como a mais problemática. A maioria dos entrevistados, 61%, respondeu que a poluição do ar é mais grave para São Paulo, seguido pela poluição da água, com 19%, e pela poluição sonora, com 10%. Se o problema da poluição ainda for comparado a outros incômodos que os moradores da cidade vivenciam, seu índice de importância cai para 4%. Isso porque a falta de policiamento, o desemprego e a violência - juntos - preocupam 53% dos paulistanos. Percepção – Diferentemente do item que a Prefeitura classifica como o principal poluente da paisagem urbana de São Paulo (a publicidade) o que realmente incomoda a maioria dos paulistanos ouvidos pelo Ibope são as pichações em muros. Ao responderem espontaneamente a questão 'o que é Cartazes na rua São Bento, Centro da cidade: Prefeitura é contra poluição visual?', 32% disseram que são as pichações, 18% mo porcentual de entrevista- população foi o outdoor, por responderam que são os carta- dos respondeu que o proble- 75% das pessoas. No entanto, a zes colados em postes, muros e ma é de responsabilidade da percepção de 37% dos entrelambe-lambes, e 17% afirma- população. "A noção da divi- vistados é que o outdoor é pouram que as placas sujam a cida- são da responsabilidade pela co poluidor e considerado um de. O lixo nas ruas também foi poluição visual é um dado in- meio legal de publicidade por apontado como poluidor vi- teressante e raro nas pesqui- 69%. "Acreditamos que esta insual do espaço urbano, na opi- sas", afirmou Maurício Gar- terpretação existe porque os nião de 16% dos paulistanos. indicativos têm uma multiplicia, do Ibope. As peças publicitárias apareAo visualizar fotos de peças cidade de mensagens em um cem abaixo desses itens, no ran- publicitárias e de fachadas de mesmo espaço", disse Nanô. king que classifica a poluição vi- comércio, a maioria dos entresual. As principais peças polui- vistados soube diferenciar os doras, na opinião da população, dois tipos de anúncios. A persão as faixas nas ruas, com 15% e cepção da população é a de que os outdoors, com 13%. as propagandas em muros, faiNas respostas estimuladas xas e placas e em anúncios indisobre os elementos que mais cativos de comércio são negatipoluem a cidade visualmente, vas, mais poluidoras e ilegais. a percepção não muda tanto. As propagandas em muros Para 81%, o maior problema são mais percebidas por 93% são as pichações, 58% respon- da população. E também são as sabilizam os lambe-lambes, consideradas mais poluido38% disseram ser problemáti- ras, por 79%, e ilegais por 81% ca a fiação elétrica exposta e do universo pesquisado. 37% as faixas e placas. Nessa As faixas e placas são mais modalidade de pergunta (em vistas por 92% dos pesquisados. que o entrevistador cita as op- Elas foram classificadas como ções de respostas) o outdoor e peças ilegais e responsáveis peos anúncios de fachada são vis- la poluição visual, com 85% e tos como poluidores por 11% 81%, respectivamente. As peças dos entrevistados, cada item. indicativas de comércio são visResponsabilidades – A res- tas por 85% dos entrevistados, ponsabilidade pela poluição que definiram o material como visual na cidade foi atribuída à poluidor (64%) e ilegal (70%). Prefeitura por 37% das pessoas Outdoor – O quarto tipo de ouvidas na pesquisa. O mes- propaganda mais visto pela
Questão dos outdoors deve ser debatida
O
posição da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em relação ao projeto Cidade Limpa, do prefeito Gilberto Kassab, é que o combate à poluição visual seja reavaliado e que haja um diálogo em busca do meio termo entre a situação atual e o desejo de diminuir o volume de propaganda externa na cidade. Em editorial publicado na edição do dia 28 de julho do Diário do Comércio, a ACSP expôs sua preocupação com a proibição radical de todo tipo de anúncio publicitário e a limitação do anúncio indicativo, por meio do qual as empresas informam aos clientes sobre produtos e serviços. O projeto de lei Cidade Limpa revela, assim, um viés autoritário e desconsidera os custos para empresas e trabalhadores. Na cidade, já vigora a Lei 13.525, de fevereiro de 2003, que regulamenta o setor.
Com base nessa lei, destacou o editorial, a Prefeitura deveria cumprir a fiscalização da publicidade externa e punir os infratores. Ao defender a proibição total da publicidade externa, a Prefeitura de São Paulo, de acordo com o editorial, estaria revelando sua omissão na fiscalização, inclusive de atividades mais graves, como a invasão de ambulantes no Centro da cidade. Do ponto de vista da empresas ligadas à mídia exterior, segundo série de reportagens veiculada pelo Diário do Comércio, acham louvável a preocupação do prefeito em combater a poluição visual em São Paulo. De qualquer forma, destacam que, sem radicalismos, a Prefeitura deveria, por exemplo, determinar locais onde a propaganda externa fosse possível e levasse em conta a necessidade de manter viva a publicidade, importante segmento da economia. (RT)
Marcelo Min/AFG
Antônio Lúcio/AE
Suplemento Especial / São Paulo, quinta-feira 17 de agosto de 2006
DIÁRIO DO COMÉRCIO
2 -.ESPECIAL
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
MOOCA - 450 ANOS Fotos: Marcelo Min/AFG
São Paulo cresceu para todos os lados, e parece ter esquecido a Mooca, que está ali bem dentro do seu ventre
TEXTOS DE TIM TEIXEIRA
A CIDADE CHAMADA MOOCA
É
Presa em algum lugar do passado, a Mooca mantém o linguajar característico, as pessoas estão mais próximas, uma só família. Emprestam-se ovos, trocam-se confidências. O tempo aqui é ainda mais relativo
, bello! São 450 anos! Te m p o q u e transformou a p e q u e n a a ldeia de jesuítas na 7ª maior cidade do mundo. Mas que não foi capaz de mudar a Mooca: embora também tenha passado por muitas transformações, o bairro continua preso em algum lugar do passado. Com uma área de 7,7 km2 e uma população de pouco mais de 63 mil habitantes, a Mooca é uma ilha que tenta resistir aos ataques do monstro que a envolve. São Paulo cresceu para todos os lados, e parece ter esquecido a Mooca, que
está ali bem dentro do seu ventre. Ali persistem os aglomerados de casas baixas, simples e geminadas, onde ainda se respira um ar tipicamente interiorano. O jornalista Mino Carta, no seu livro “Histórias da Mooca” (Berlendis & Vertecchia Editores) constata que, na Mooca, ainda se fazem procissões, como nas pacatas cidades do Interior. E as relata de forma poética: “Já não se fazem fogos para acrescentar estrelas às noites das procissões, mas estas ainda se movem da igreja de San Gennaro, na Sexta-feira da Paixão e no dia do padroeiro, e caminham pe-
la rua da Mooca enquanto velhos gorros de lã surgem nas janelas e jovens acorrem à porta dos bares, empunhando tacos de bilhar. Contra a luz fulva que palpita dentro das casas, os vultos desenhados na mol-
dura das janelas compõem, na perspectiva da rua, uma galeria de retratos, e é difícil furtar-se à impressão de que estão ali desde sempre, na expectativa da procissão. Anos e anos mooquenses, de improviso, se
Diretor em exercício Alencar Burti Diretor licenciado Guilherme Afif Domingos Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editor Luciano Ornelas Chefe de reportagem Arthur Rosa Repórter Tim Teixeira
Editor de Fotografia Masao Goto Editor de Arte José Coelho Diagramação Lino Fernandes Ilustração Abê Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Impressão Folha de S. Paulo
www.dcomercio.com.br
coagulam num único momento, ao som dos passos arrastados que seguem o andor do santo, ou o ataúde do Cristo morto”. É meu! Na Mooca, influência dos imigrantes que ali se instalaram para fazer suas indústrias andarem, se criou um linguajar característico, onde às vezes os gestos têm tanta importância quanto as palavras. Ali, ao contrário do que ocorre em outros bairros, as pessoas estão mais próximas umas das outras. Essa proximidade que devassa a intimidade também une, como se todos formassem uma só família. Pelos muros bai-
xos emprestam-se ovos, uma cabeça de alho, ou uma xícara de açúcar - e trocam-se confidências. Em algum ponto dali, no final-do-dia-começo-danoite, as cadeiras ainda vão para calçada, pois esse sempre foi o horário sagrado da “parolagem”. Em alguma esquina ainda é possível encontrar quem jogue a velha “morra”, ou quem jogue dominó em alguma pracinha meio escondida. Também se joga conversa fora através das janelas - e o tempo escorre com uma placidez que parece ancorada no século passado. Não há dúvida de que, na Mooca, o tempo é ainda mais relativo.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
ESPECIAL - 17
MOOCA - 450 ANOS Fotos: acervo Demônios da Garoa
O jeito irreverente e o sotaque bem paulistano - típico da Mooca -, ao lado do talento natural, levaram os meninos Demônios da Garoa ao sucesso. A terceira geração mantém o ritmo
Demônios da Garoa, voz e cadência da Mooca
T
A terceira geração dá seqüência ao trabalho do conjunto, cara da Mooca e de São Paulo. A parceria com Adoniran Barbosa começou em 1951 e durou 29 anos. Até hoje “Trem das Onze” é interpretação obrigatória
udo começou como um hobby, na década de 40. Um grupo de meninos entre 12 e 14 anos de idade, apaixonados por cantoria e batucada, se encontrava todas as noites após o trabalho na casa de um deles, na rua Cassandoca, para tocar os sucessos da época, imitando grupos famosos, como Quatro Ases e Um Coringa, Anjos do Inferno, Quitandinha e Serenaders, Os Cariocas e os Vocalistas Tropicais. Além disso, costumavam se apresentar em festinhas de amigos, serenatas e em clubes. Batizaram o
conjunto com o nome de Grupo do Luar, mas não tinham pretensões artísticas nem recebiam nada pelas apresentações. Contentavam-se com os aplausos. Arnaldo (vocal), os irmãos Antônio e Benedito (tantã e afoxé), Waldemar (violão), Zezinho (violão e vocal) e Bruno (pandeiro) teriam terminado a vida como trabalhadores humildes que eram não tivesse a fama do grupo se espalhado pelo bairro da Mooca, onde todos viviam, a ponto de serem incentivados a se inscrever no programa de calouros “A Hora da Bomba”, da Rádio Bandeirantes. Ali
acabariam ganhando um contrato de um ano e um conselho do radialista Vicente Leporace: deveriam mudar o nome, pois a menção à palavra grupo lembrava jogo do bicho. Um concurso, patrocinado pelo próprio Leporace, levou o conjunto a adotar o nome de Demônios da Garoa. O jeito irreverente e o sotaque bem paulistano - típico da Mooca -, ao lado do talento natural levaram os meninos ao sucesso. Disputado por várias emissoras, o grupo acabou assinando um contrato com a Rádio Record, que duraria doze anos. Porém, só depois de sete anos de carreira entraram
“Sou poeta e cidadão mooquense. Não preciso mais do que isso” Raphael Luongo Cardamone, 76 anos, o Raluca, garante já ter escrito mais de 500 poemas, sempre à mão. Estão colados em bares, padarias, restaurantes, farmácias e lojas da região. É assim que ele espalha suas filosofias e seu amor pela Mooca
N
em mooquense restaurantes, farmácias e lojas mentável em que se encontraele é, pois nas- da região, há sempre algum va o Teatro Arthur Azevedo c e u n o B r á s . poema colado na porta. É as- (um dos orgulhos da Mooca), e M a s p o u c o s sim que Raluca espalha suas fi- tomou as providências para amam e defen- losofias e seu amor pela Moo- sua imediata recuperação. Tempos atrás, ficou revoldem a Mooca ca. Apesar de achar que “naquanto ele. Filho de pai italia- quele tempo” as coisas eram tado com a Prefeitura, que cono e mãe norte-americana, Ra- melhores, não parece ter sau- locou novas placas na rua da phael Luongo Cardamone, 76 dade de nada. Nem mesmo Mooca. “Escreveram Mooca com acento! Veja anos, o Raluca, cos- Ricardo Padue/AFG que absurdo!”, estuma dizer que é um braveja ainda hoje, imigrante, pois lembrando o traba“imigrou” para a lho que deu: manMooca aos 2 anos de dou ofício para a idade. E dali nunca Prefeitura, fez mais saiu. campanha, brigou O avô materno, e esperou até que D o m i n g o s L u o nfuncionários da go, foi dono de uma Regional aparecesmansão na avenida s e m p a r a r a s p a r, Paes de Barros e de um a um, os acenuma das primeiras tos das placas: casas lotéricas de “Acompanhei de São Paulo: a Casa perto todo o trajeLuongo, na rua XV to, porque o nome de Novembro, cende um lugar é a sua tro da cidade. Mas identidade: precisa ele nunca se preoser respeitado, e tocupou em dar sedos nós sabemos guimento aos neque Mooca não tem gócios da família. acento”. Poeta desde os 15 Poemos de Raluca estão colados em portas de bares, Nas ruas, todos o anos, teve vários padarias, restaurantes, farmácias e lojas da região conhecem e para empregos, estudou alemão, lutou boxe e capoei- dos tempos em que integrava a todos tem sempre uma palara, casou, criou três filhos, fi- Escuderia Pepe Legal, famosa vrinha para dar; na pior das cou viúvo e hoje ainda cuida por suas participações nas gin- hipóteses, um sorriso. “Dinheiro não tenho, mas sou da mãe de 96 anos (a quem canas da TV Record. chama de “minha nova naComo tempo não falta, ain- poeta e cidadão mooquense. morada”) com a aposentado- da escreve para os jornais do E não preciso mais do que isria que recebe. bairro. Foi depois de um indig- so”, sentencia, exibindo uma Garante já ter escrito mais de nado texto escrito para o Jornal camiseta onde se lê: “Mooca, 500 poemas, sempre à mão. Os da Zona Leste, que a então pre- que o meu coração evoca”. A mais atentos já notaram que, feita Luiza Erundina tomou frase é dele, é claro. (TT) ao entrar nos bares, padarias, conhecimento do estado la-
pela primeira vez num estúdio para fazer uma gravação: “Marvina”, de Adoniran Barbosa. Essa parceria, iniciada em 1951, iria durar 29 anos, chegando à marca de 42 discos e quase 50 músicas de Adoniran. Com um disco de 78 rotações, que tinha duas músicas do compositor - “Saudosa Maloca” de um lado e “Samba do Arnesto” do outro -, conseguiram ficar um ano e meio nos primeiros lugares das paradas de sucesso. Algo inédito, pois o sucesso era duplo. Alguns anos depois, outro estrondoso sucesso com “Trem das Onze”, até hoje interpretação obrigatória, por exigência
do público, em todos os shows e apresentações. Ganharam várias vezes o título de campeões do carnaval e, mais que isso, o reconhecimento artístico e do público. Ao longo dos anos, o grupo sofreu várias alterações na sua formação. Dos seis integrantes iniciais resta apenas a linhagem de Arnaldo Rosa: o filho Sérgio Rosa, o Serginho, de 52 anos, que toca pandeiro e afoxé, e o neto Ricardinho, de 21 anos, responsável pela percussão. É a terceira geração dando seqüência ao trabalho do conjunto, que é a cara da Mooca e de São Paulo. E que, depois de correr o Brasil em todos os sen-
tidos, desde 1994 figura no Guinnes Book, o livro dos recordes, como conjunto vocal mais antigo do Brasil em atividade. Serginho Rosa ainda se lembra dos primeiros tempos da rua Cassandoca e é muito grato ao bairro onde nasceu: “A Mooca representa muito para mim. Foi na Mooca que nasci, cresci, passei minha infância e minha juventude, fiz meus amigos e é na Mooca que estão muitos deles”. E embora já não more mais na Mooca, ao explicar esse seu amor, ele dá uma das melhores definições sobre o bairro: “A Mooca evoluiu sem modificar”. (TT)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
ESPECIAL - 3
MOOCA - 450 ANOS
A velha Mooca, motor da locomotiva São Paulo Havia o hipódromo, fábricas de tecidos, calçados, produtos químicos e farmacêuticos, móveis, produtos alimentícios, indústrias metalúrgicas e gráficas. Agora a Mooca vê o espocar de cordilheiras de arranha-céus Joquei Clube de São Paulo
A
Marcelo Min/AFG
A Mooca era o bairro do hipódromo: Paes de Barros instalou ali o Clube Paulista de Corridas de Cavalos. Hoje tem outro perfil e se concentra no comércio e nos serviços
li era o local em que viviam os índios guaianases, ao lado direito das margens do rio Tamanduateí, que ao mesmo tempo os alimentava e os protegia dos brancos, há pouco tempo instalados na outra margem, onde haviam fundado um colégio que depois viraria uma cidade. Apenas dois anos depois os jesuítas resolveram construir uma ponte sobre o Tamanduateí e os guaianases nunca mais tiveram sossego. Eles viram os brancos avançarem sobre suas terras e, assustados, diziam: “Moo” (fazer) “Oca” (casa). Assim nasceu a Mooca e a data exata é a data da construção da ponte: 17 de agosto de 1556, de acordo com documentação levantada pelo historiador Eugênio Luciano Júnior. Por volta de 1605 a região ainda era conhecida como o Arraial de Nicolau Barreto,
que ao longo dos anos foi sendo repartido em chácaras e fazendas. Uma das fazendas pertencia ao Mosteiro de São Bento, na qual se instalara, em 1631, uma olaria responsável pela produção de tijolos para Vila de São Paulo. Tropas de burros e carros de boi cruzavam suas trilhas para além do morro da Mooca e avançavam pela planície em direção à atual região do ABC. Por mais de dois séculos a situação quase não se alterou. Tanto que na famosa planta de Rufino José Felizardo e Costa, elaborada em 1810, não há o registro de um único bairro na cidade de São Paulo. A planta limita-se apenas ao que hoje é conhecido como o centro da cidade. Mas lá está identificada a ponte sobre o rio Tamanduateí, no fim da atual rua Tabatingüera. Trinta anos depois, os mapas da cidade registram um “Caminho da Mooca”, mais ou menos onde hoje se localiza a rua Piratininga, único lugar a
salvo das inundações na várzea do rio. A ocupação da área começa a se acelerar a partir daí, meados do século XIX. O progresso, a cavalo Nesse tempo, a região era tomada por chácaras e residências esparsas. Foi o período da Grande Imigração (1870-90) que iria provocar uma revolução no bairro e definir o que a Mooca é hoje. Com terrenos baratos, a região atraiu muitas indústrias e também facilitou a instalação dos próprios operários, que foram se instalando em casinhas simples, geminadas. Em 1876, Raphael de Aguiar Paes de Barros, proprietário de vasta área na região, aficionado por cavalos, resolveu instalar ali o Clube Paulista de Corridas de Cavalos. Sobre esse senhor, que hoje dá nome a uma das ruas mais importantes do bairro, diz a lenda que tinha tanto dinheiro que, nas suas viagens à Europa, costumava levar suas próprias vacas, para garantir o seu
abastecimento de leite. O fato é que ele levantou o hipódromo no local que hoje é ocupado pela Regional Mooca, da Prefeitura, e passou a atrair para ali a elite paulistana. Há registros até da presença da Marquesa de Santos nas suas tribunas. Não importa que a primeira corrida tenha sido disputada por apenas dois cavalos e um tal de Macaco tenha cruzado a fita de chegada na frente, depois de acirrada disputa com Republicano. Já no ano seguinte era inaugurada a linha de bonde Mooca-Centro, com tração animal, é claro. Especialmente para atender os apostadores que vinham da região de Campinas, a São Paulo Railway resolveu estender seus trilhos até as proximidades do hipódromo. Hoje, as ruas do Hipódromo e dos Trilhos são marcas desse tempo. Aos 86 anos, Antônio Humberto Alonso conta que nasceu dentro do hipódromo, onde seu pai era jóquei e o avô, administrador. “Meu sonho tam-
bém era ser jóquei, mas já aos 14 anos, tinha altura e peso incompatíveis com essa profissão”, diz, lembrando que o pai morreu aos 40 anos talvez em conseqüência dos seguidos regimes que fazia, também por ser alto e pesado demais. O velho e o novo As primeiras indústrias que se instalaram na região dedicavam-se à produção de bens de consumo voltados ao mercado interno. Havia fábricas de tecidos, calçados, produtos químicos e farmacêuticos, móveis, produtos alimentícios, indústrias metalúrgicas e gráficas. Além das Indústrias Mataraz-
zo e do Cotonifício Crespi, vieram a Companhia Antárctica, São Paulo Alpargatas, Frigorífico Anglo, Máquinas Piratininga, Moinhos Gamba, Alumínios Fulgor, Fábrica de Meias Mousseline, Tecelagem Irmãos Andraus, Companhia de Calçados Clark. Já no começo do século, a Mooca era o motor daquilo que iria se chamar a “locomotiva São Paulo”. Para o bairro, porém, o progresso caminhou lentamente. Tanto que perto dos anos 50 ainda havia bebedouros para os carroceiros refrescare m s e u s c avalos na rua Oratório.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
18 -.ESPECIAL
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
MOOCA - 450 ANOS Divulgação
De simples reunião da comunidade, a Festa de San Gennaro ganhou status de evento turístico. Entrou até no calendário da Embratur
Nesta festa, a Mooca é mais italiana do que nunca Diz a lenda que San Gennaro, ao ser decapitado, teve o seu sangue armazenado numa ampola de vidro. Na crença que move a história do santo, o sangue solidificado deve tornar-se líquido três vezes por ano. Se isso não ocorrer, sinal de desgraças pela frente
A
igreja nasceu em 1914, fincada entre a rua da Mooca e a antiga rua Nichteroy, para atender aos anseios religiosos dos napolitanos, que eram maioria no bairro, devotos - é claro - de San Gennaro. Sessenta anos depois, porém, para tristeza do padre Esvigio, continuava tão pobre como quando nasceu. Vivendo da minguada contribuição dos fiéis e das rifas que o padre insistia em passar entre os adoradores do santo, a igreja fazia água pelos telhados e ostentava pelas paredes uma pobreza capaz de colocar em dú-
vida tanta devoção. Diz a lenda que San Gennaro, ao ser decapitado, teve o seu sangue armazenado numa ampola de vidro. E dentro da crença que move a história do santo, o sangue solidificado deve tornar-se líquido três vezes por ano. Uma delas no dia consagrado ao próprio santo: 19 de setembro. Se isso não ocorrer, é sinal de desgraças pela frente. Naquele estado, desgraça maior não poderia ocorrer à igreja de San Gennaro. Mas, naquele ano de 1973, ocorreu ao fiel Alfonso Iervolino sugerir ao padre Esvigio que, além das rifas, se organizasse uma festa em
ri
gé
Ro
E
/A
sis
s oA
louvor ao santo. E rolaram pizza e macarronada, rolaram vinho e alegria. Não há números dessa festa, mas, em 1981, segundo registrado no livro “Histórias da Mooca”, a contabilidade guardada pelo cioso tesoureiro Pascoal Cataldi aponta que os cem mil freqüentadores da festa deixaram em suas mesas 4,2 milhões de cruzeiros. Com patrocínios, aluguel de espaço e outras formas de receita, a arrecadação total alcançou quase 15 milhões. Com despesas da ordem de 6 milhões, o lucro da festa chegou perto dos 9 milhões. Mais que o suficiente para o padre sorrir e mandar consertar o telhado e fazer as outras melhorias que o santo merecia. De simples reunião da comunidade, a Festa de San Gennaro ganhou status de evento turístico. Entrou até no calendário da Embratur. Hoje, sempre próximo do dia 19 de setembro, fecham-se as ruas Lins e San Gennaro e as nonas preparam toneladas do que há de melhor na culinária napolitana. No cardápio, polpettas, espaguete, rigatoni, fettuccine e lasanha, regados ao molho bolonhesa. Há ainda as sfogliatelle e as zepolle. Sem esquecer a fogazza e a pizza - muita pizza! E por alguns dias a Mooca é mais italiana do que nunca. (TT)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4 -.ESPECIAL
A
própria água de que se serviam os moradores chegava nas pipas carregadas pelos “aguadeiros”, como lembra Elídio Raimondi, 64 anos, há mais de 50 vivendo na Mooca, onde hoje mantém um concorrido bar, que oferece um chope insuperável e mais de cem tipos de petiscos. Crescendo sempre, o bairro chegou a ter 100 mil habitantes no final da década de 40 (mais do que tem hoje) e não é exagero dizer que boa parte da vida da cidade estava concentrada ali. Apesar do progresso, a linha da estrada de ferro parecia estabelecer uma espécie de “apartheid”. No Alto da Mooca (proximidades da avenida Paes de Barros), instalavam-se os mais endinheirados. Na Mooca Baixa (área mais próxima do Parque D. Pedro), basicamente os operários. Quanto aos empresários que ali ergueram suas fábricas, estes preferiam o conforto de suas mansões na avenida Paulista. Mesmo assim, o bairro fervilhava. Havia footing aos sábados e domingos na rua da Mooca, onde as moças casadoiras disputavam os olhares dos rapazes. E ali mesmo, e nas ruas adjacentes, se concentrava uma dezena de cinemas, que traziam os últimos lançamentos de Hollywood. Os mais velhos se lembram do Cine Moderno, que ocupou o lugar de um teatro e, tempos depois, deu sua vez a uma agência do Bradesco. Fazendo justiça ao nome, os funcionários ostentavam uniformes de gala e, no saguão de entrada, os fregueses podiam desfrutar de um bar que oferecia vinhos e outras bebidas, muitas delas importadas. Na rua Madre de Deus, cessaram os tiros de John Wayne no Cine Aliança, pois os tempos já eram dos automóveis - e ali surgiu uma oficina mecânica. Entre os anos 60 e 70, quase todos eles estavam com suas portas fechadas. O bonde e os paralelepípedos desapareceram da rua da Mooca, que passou a concentrar uma infinidade de lojas. Embora algumas indústrias resistam até hoje, o bairro foi trocando seu perfil, para se concentrar no comércio e nos serviços. Num certo período, esteve sob o risco de deterioração. Mas a ação de entidades locais como a Amo a Mooca e a Sociedade dos Amigos da Mooca -, além da mobilização da comunidade, inspirada no chamado “orgulho mooquense”, fez o bairro se recuperar. Agora, meio assustada, a Mooca vê o espocar de cordilheiras de arranha-céus, que passam a definir a nova paisagem do seu território. Há quem diga que, em pouco tempo, a Mooca não mais será a mesma. Talvez para a alegria de uns, e tristeza de outros. (TT)
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
MOOCA - 450 ANOS Fotos: Arquivo Ag.Estado
A rua da Mooca em obras em 1961. Dos tempos do lampião a gás ou do footing, o bairro quase se deteriorou. Mas o “orgulho mooquense” o recuperou Marcelo Min/AFG
8
Empresas Finanças Imóveis Nacional
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de agosto de 2006
FINANCIAMENTO CRESCEU 103% NO 1º SEMESTRE
Faturamento da indústria de materiais de construção cresceu 3% no primeiro semestre deste ano
Luiz Prado/Luz
SETOR DE CONSTRUÇÃO VIVE BOOM DE CONSUMO Redução de imposto ajudou a aumentar a demanda
O
varejo da construção civil vive a melhor fase em pelo menos 12 anos. A redução de impostos sobre os materiais básicos, a abundância de financiamentos e a queda dos preços de produtos importantes do setor têm levado o consumidor a colocar a mão no bolso para reformar ou construir. No ritmo em que as vendas caminham, a previsão é de que as lojas de materiais de construção cheguem ao final deste ano com crescimento de 8% no faturamento, alcançando R$ 37,3 bilhões. Até julho, segundo a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), as revendas faturaram 5,5% mais que no mesmo período do ano passado. Os materiais básicos puxaram o bom desempenho do setor. No primeiro semestre de 2006, as vendas de aço e cimento cresceram, respectivamente, 12% e 11% em relação ao mesmo período do ano passado. A queda nos preços desses produtos ajudou a motivar o consumidor. O saco de ci-
mento de 50 quilos recuou 18,22% em 12 meses até junho, segundo o Sindicato da Construção de São Paulo (Sinduscon-SP). De acordo com Carlos Roberto Corazzin, diretor de marketing da Dicico, um saco de cimento, que no início do ano era vendido a R$ 18, hoje é encontrado por R$ 11 em suas lojas. "O natural é que daqui para a frente cresça o consumo de produtos para acabamento", diz Corazzin. O faturamento da Dicico aumentou 15% no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2005, levando-se em conta o mesmo número de lojas, diz o diretor. E, como o segundo semestre costuma representar cerca de 60% do volume faturado no ano para o setor, se essa média for mantida, Corazzin prevê que a Dicico feche 2006 faturando R$ 400 milhões. A marca terminou o ano passado com R$ 290 milhões. "Além do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido para alguns produtos, há financiamentos com juros menores. Essas notícias deixam o consumi-
Financiamento mais elástico ajuda a vender produtos
Consumidores escolhem produtos na loja C&C. Copa do Mundo diminuiu o movimento da rede em 30%, mas isso foi compensado em vendas.
dor mais confiante, investindo em qualidade de vida", diz. Impostos – No início deste ano, o governo reduziu e até zerou alíquotas de IPI de alguns materiais, como cerâmica, tintas, pisos e esquadrias. Isso levou o mercado a diminuir os preços para o consumidor. A redução variou entre 5 e 7 pontos percentuais dependendo do produto. Também, recentemente, os governos de Santa Catarina, São Paulo e Paraná diminuíram o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de alguns materiais de construção. Essas medidas sustentaram o faturamento da C&C nos primeiros seis meses do ano. A rede de lojas não divulga números, mas o diretor executivo da C&C, Jorge Gonçalves Filho, diz que a marca teve "leve crescimento no primeiro semestre" na comparação com o mesmo período de 2005. "Medidas motivadoras dos governos, como redução do IPI e do ICMS, motivaram o consumo", diz o diretor. O crescimento, segundo Gonçalves Filho, só não foi maior devido à Copa do Mundo, que, segundo a Anamaco, diminuiu o mo-
vimento nas lojas em 30%. Indústria – O bom desempenho do varejo motivou, obviamente, um movimento maior na indústria. Na primeira metade do ano, o setor produtivo viu seu faturamento crescer 3% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat). Até o final deste ano, a previsão de Melvyn David Fox, presidente da Abramat, é que o faturamento da indústria cresça 7% sobre 2005, previsão semelhante à do comércio, que espera incremento de 8%. Além da redução do IPI, a liberação de financiamentos foi outro fator que ajudou a dar suporte à demanda por materiais de construção. No primeiro semestre, o volume liberado aumentou 103,6% sobre o mesmo período do ano passado. Para este ano inteiro, a projeção da economista Amaryllys Romano, da consultoria Tendências, é de que sejam despejados R$ 9,5 bilhões de recursos no setor. Isso representa um acréscimo de quase 98% na comparação com 2005. Renato Carbonari Ibelli/ AE
Medidas motivadoras do governo aceleraram o consumo
O preço do aço caiu 12%, enquanto o do cimento teve queda de 11%
Itens de acabamento devem vender mais no segundo semestre
Ação de incorporadora é boa opção ma perspectiva positiva de retorno após a abertura de capital, somada ao aquecimento do setor com novos projetos para as classes média e média alta, coloca as ações das principais incorporadoras de imóveis do País como uma boa escolha para este ano. A avaliação é do Banco Fator e tem como base um cenário positivo para a construção civil, com a queda da taxa básica de juros (Selic), isenção de Imposto de Renda sobre o ganho com a venda de imóveis e a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para alguns itens da construção. Com esse horizonte positivo, as incorporadoras partiram para o Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A Cyrela foi a primeira a abrir capital, ainda no mês de setembro de 2005. A receptivi-
U
166
por cento foi o crescimento das ações da Cyrela no primeiro trimestre deste ano. Os papéis da empresa fecharam ontem a R$ 34,30. dade positiva do mercado ficou nítida com a valorização de 166,66% dos seus papéis no primeiro trimestre deste ano. Com um preço inicial de R$ 15, as ações da empresa fecharam ontem a R$ 34,30. O valor mais expressivo foi registrado em fevereiro, quando o preço por ação chegou a R$ 40.
Seguindo o mesmo caminho, a Rossi Residencial partiu para a abertura de seu capital no mês de janeiro deste ano. Seu papel entrou no mercado a R$ 25, um mês depois já era negociado a R$ 29, uma elevação de 16%. Ontem, a cotação era de R$ 20,62. Segundo informações da Bovespa, os pedidos de reserva dos papéis da Rossi foram atendidos integralmente. Já a Abyara, ao entrar no Novo Mercado com uma oferta pública primária de 6,550 milhões de ações ordinárias, captou R$ 163,75 milhões. O preço de venda de cada ação foi de R$ 25. Na análise do banco Pactual, a empresa acertou ao destinar esses recursos para novos projetos imobiliários. Essa postura trará mais confiança ao investidor, devido à valorização dos papéis e do lucro líquido da empresa, que fechou o primeiro trimestre em R$ 2,149 milhões.
Em sua análise de opções, a corretora do ABN Amro Real coloca a Incorporadora e Construtora Company como "boa" escolha de compra. O banco justifica a indicação com as boas perspectivas de crescimento da construção civil e a rentabilidade de 19% na receita líquida da empresa no período de 12 meses. A previsão é de que o preço-alvo de cada ação da Company seja de R$ 21,45 até o final deste ano. Ontem, o papel fechou a R$ 14,30. Para o Pactual, o sinal mais claro de rentabilidade do setor vem dos múltiplos das incorporadoras – indicadores relativos ao desempenho operacional. Hoje, os valores de mercado da Gafisa (R$ 1,84 bilhão), Rossi (R$ 1,23 bilhão) e Cyrela (R$ 5 bilhões) são um aval suficiente para os investidores incluírem esses papéis em suas carteiras de ações. Davi Franzon
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de agosto de 2006
DIÁRIO DO COMÉRCIO
LAZER - 1
Z VIAGEM AO OLIMPO Mostra Deuses Gregos exibe obras nunca antes vistas no Brasil. São 22 toneladas de patrimônio artístico, que ajudam visitante a entender a trajetória da cultura ocidental Lúcia Helena de Camargo
ATENA Deusa da sabedoria e da guerra, Atena – ou Minerva – dá nome à capital da Grécia.
Ânfora de 350 a.C., restaurada, retrata batalhas
Deuses Gregos - Coleção do Museu Pergamon de Berlim Museu de Arte Brasileira da Faap, Rua Alagoas, 903, Higienópolis, tel.: (11) 36627198. Agendamento de visitas educativas pelo telefone (11) 3662-7200. Aberta de terça a sexta-feira, das 10h às 20h. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 17h. Até 26 de novembro. Ingresso: grátis.
vu
lg
aç
ão
Fotos: Marcos Fernandes/LUZ
Vista geral: grandiosidade. Complicada operação para montar a exposição envolve técnicos e especialistas brasileiros e alemães.
Di
APOLO
Elmo coríntio em bronze. E Sarcófago de Guirlandas com Máscaras (dir.), na sala do teatro.
Apolo, cujo nome romano é Febo, é o deus da música, da poesia e da eloqüência, além de ser considerado o mais belo filho de Zeus.
Mais sobre deuses e cultura greco-romana na página 3.
eus, Apolo, Atena e outros deuses poderão ser vistos em grande estilo na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) a partir de segunda-feira, dia 21. A mostra terá 200 peças da coleção greco-romana do Museu Pergamon de Berlim, expostas pela primeira vez fora da capital alemã. É uma exibição de fôlego, montada com cenografia caprichada e envolta em números superlativos: são aproximadamente 22 toneladas de patrimônio artístico e o seguro total é da ordem de milhões de dólares. "Cedemos as obras porque confiamos na excelência da montagem e estamos absolutamente satisfeitos com o resultado", diz o alemão Andreas Scholl, diretor do Pergamon. A escultura de Atena, deusa da sabedoria e das artes, figura em destaque no salão do Museu de Arte Brasileira, em uma encenação do Panteão grego. Ao seu lado, a estátua de Apolo, cujo pênis foi arrancado na Idade Média. Os autores da "mutilação", arriscam os pesquisadores, foram cristãos ou muçulmanos raivosos com a representação sexual. "Essa foi a época em que os deuses gregos caíram em desgraça." Com ou sem credo em um deus único, o fato é que a cultura greco-romana está arraigada em diversas áreas da vida ocidental, dos mitos que auxiliam a psicologia a desvendar alma ao ideal de beleza adotado. "A busca pelo corpo perfeito era uma constante, tanto que os deuses vão ficando cada vez mais jovens e mais despidos", observa o antropólogo Tiago de Oliveira Pinto, responsável pela curadoria. "No início do helenismo, as esculturas retratam adultos semi-vestidos. Na fase final, as estátuas são de adolescentes sem qualquer roupa." Duas representações de Afrodite, a deusa do amor, foram colocadas lado a lado para exemplificar essa tese. No mármore esculpido na primeira metade do século 2, ela traz alguns mantos sobre o corpo. Na estátua do século 3, Vênus – seu nome em Roma – está totalmente nua. Na sala do teatro, máscaras e sátiros fazem a festa de Dionísio. "É a celebração da festa e do êxtase", explica o curador. Uma maquete do teatro de Delphis ajuda o visitante a compreender o espaço físico no qual aconteciam os espetáculos. Na entrada do Salão Cultural, a réplica do quadro Grécia em Flor, de Friedrich Schinkel, anuncia o que se verá. O visitante entra é abarcado pela monumental construção que representa o templo, suas colunas, escadas e as impressionantes réplicas em escala 1:1 do altar de Pergamon e do friso que retrata a luta feroz dos deuses gigantes contra o caos, para estabelecer a ordem no mundo. Há ainda a maquete do Santuário de Zeus, em Olímpia, com todas as edificações e ornamentos. Visitar a mostra ajuda a entender processos mentais adotados no Ocidente e, em certa medida, a trajetória humana. Para ver outra coleção tão impressionante, apenas indo ao Museu do Louvre, em Paris, ou viajando para a Grécia.
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de agosto de 2006
1
222
milhões de reais foi quanto o Leão abocanhou nos sete primeiros meses deste ano.
NO MÊS PASSADO OS BRASILEIROS PAGARAM R$ 33,84 BILHÕES EM IMPOSTOS PARA A RECEITA FEDERAL
JULHO RECORDE PARA O LEÃO
A
arrecadação de tributos federais em julho alcançou R$ 33,84 bilhões, um recorde para o mês, e vai aumentar mais. O resultado representa um crescimento real (com correção pela inflação) de 4,37% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, foram arrecadados R$ 222,21 bilhões. O secretário-adjunto da Receita Federal, Ricardo Pinheiro, anunciou ontem que novas medidas serão adotadas para elevar a arrecadação. Esse esforço adicional, segundo o secretário, está ocorrendo para compensar o recolhimento das chamadas "receitas a d m i n i s t r adas", que incluem taxas e contribuições c o n t ro l a d a s por outros órgãos, que, até julho, ficaram um "pouquinho abaixo" do previsto para o período. "Há possibilidade de recuperar, sim. Estamos adotando medidas para tentar puxar mais um pouco a arrecadação e torcendo para que a economia se mantenha num patamar sustentável de crescimento", disse Pinheiro. Entre as medidas adotadas, ele citou o julgamento mais rápido de processos, controle dos grandes pedidos de compensação de tributos pelas empresas, fiscalização e uso da inteligência. A estratégia da Receita, segundo Pinheiro, é identificar procedimentos que dão retorno imediato na arrecadação de impostos. "A ciência do bom planejamento é ter mecanismos de desvios e ajustes de rotas à medida que a realidade
Antonio Cruz/ABr
dos fatos exige", comentou. Real – Em julho, a arrecadação cresceu 4,37% em termos reais, ou seja, descontada a inflação pelo IPCA. Em relação ao mês anterior, houve queda de 0,74%. No acumulado do ano, foram R$ 222,21 bilhões, com crescimento de 3,25%. Esse resultado, segundo Pinheiro, é significativo porque o governo conseguiu superar a arrecadação do ano passado, mesmo com as medidas de desoneração, que são estimadas em R$ 8,97 bilhões.
"Essa superação é, na prática, bem maior. Estamos conseguindo não só superar o efeito desoneração, como também crescer um pouco", comemorou o secretário. IPI – A redução a zero das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de bens de capital e materiais de construção contribuiu para a arrecadação do tributo cair 9,25% nos sete primeiros meses do ano. Por outro lado, o IPI incidente sobre automóveis cresceu 13,21% no período, com o aumento de 8,3% no volume de vendas ao mercado interno. O Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribui-
ção Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) também estão apresentando bom desempenho, mesmo com uma base de comparação elevada em 2005. O IRPJ cresceu 10,32% e a CSLL, 5,2%. Essa expansão está sendo puxada pelos setores de combustíveis (94,62%), extração de minerais metálicos (45,16%) e eletricidade (22, 38%). A queda de 0,74% observada na comparação com junho deve-se a fatores sazonais como o pagamento em junho da primeira cota ou cota única do IRPJ e da C S L L r e f erentes ao seg u n d o t r imestre do ano. Também em junho, houve o pagamento semestral do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre rendimentos de capital. Embora o secretário tenha afirmado que a Receita terá de adotar medidas para colocar a a r re c a d ação dentro das estimativas, no último relatório de despesas e receitas enviado ao Congresso já com uma visão parcial do comportamento da arrecadação em julho, o governo aumentou a previsão de arrecadação das receitas administradas para 2006 em quase R$ 4 bilhões, passando para R$ 362,31 bilhões. Até julho, as receitas administradas somavam R$ 209,56 bilhões. A arrecadação previdenciária totalizou R$ 10,37 bilhões, 9,07% a mais na comparação com julho de 2005 e uma queda de 1,87% em relação a junho deste ano. Nos sete primeiros meses do ano, a arrecadação da Previdência acumula R$ 70,95 bilhões. (AE)
Fisco desconhece nova MP pesar de o próprio ministro da Fazenda Guido Mantega, ter garantido que a divulgação da medida provisória que dará incentivos para a implantação de fábricas de semicondutores no País é uma questão de dias, o secretárioadjunto da Receita Federal, Ricardo Pinheiro, lançou ontem dúvidas sobre a edição da MP. Ele manifestou desconforto com o pacote de incentivos tri-
A
butários em exame pelo governo e disse que o assunto só foi levado recentemente ao secretário da Receita, Jorge Rachid, "numa discussão ainda muito embrionária" para a definição do modelo a ser adotado. Segundo Pinheiro, a Receita não recebeu a proposta com os itens a serem desonerados. Na última quarta-feira, Mantega, a quem Pinheiro é subordinado, disse que as medidas devem ser anunciadas
até a próxima semana. O ministro mostrou a jornalistas papéis que seriam a minuta da MP e afirmou que o setor seria desonerado de impostos federais no que fosse possível. A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, está coordenando as discussões no governo. Confrontado com a informação de que a minuta da MP estaria pronta, Ricardo Pinheiro respondeu com uma indagação: "Onde?". (AE)
"Dilúvio" está longe de terminar
E
m dois dias da Operação Dilúvio, a Polícia Federal (PF) prendeu 102 acusados de participar de um dos maiores esquemas de fraude no comércio exterior já identificados no País. Ontem foram presos mais quatro suspeitos em São Paulo e um na Bahia, além dos dois sócios do empresário Marco Antônio Mansur em Miami, Adilson Tadeu Soares e Márcio Campos Gonçalves, que se entregaram à polícia. Mansur, idealizador do esquema que permitiu a sonegação de pelo menos R$ 500 milhões em cinco anos, continua preso na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo com o filho Marcos Antônio Mansur Filho. Até o fim da noite de ontem,
Luis Tito/Ag. A tarde
Haroldo Castro: preso na Bahia
a PF havia cumprido 28 mandados de prisão e 58 de busca e apreensão na capital paulista. Foram apreendidos US$ 189,1 mil e R$ 5,2 mil em dinheiro, 40 cheques no valor total de
R$ 135,1 mil e R$ 7,5 mil em notas promissórias. Várias empresas mencionadas na operação negaram participar do esquema. O Carrefour divulgou nota em que afirma que não foi comunicado oficialmente pelas autoridades a respeito das irregularidades. A empresa disse que atua dentro da legislação. Outra empresa de porte, a Sony Brasil, informou que tomou conhecimento da operação pela imprensa. A H.Stern, em nota, afirmou que não foi notificada oficialmente. A GP observou que suas atividades sempre foram pautadas pela legalidade, o que será devidamente comprovado. A Via Veneto também disse estar na legalidade e se colocou à disposição das autoridades. (AE)
Secretário-adjunto da Receita, Ricardo Pinheiro, disse que medidas serão tomadas para aumentar a arrecadação
Desarticulado mais um esquema de fraude do INSS Polícia Federal (PF) deflagrou ontem a Operação Cabo em conjunto com os ministérios Público (MP) e da Previdência Social e desarticulou um esquema fraudulento de concessão de benefícios de pensão por morte. A PF informou que as fraudes ocorriam desde 1995, o que representa um rombo que pode chegar a até R$ 1 milhão por mês aos cofres do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Foram identificados pelos peritos, até o momento, 36 processos fraudulentos. Parte deles com efeito retroativo, o que elevaria o valor do golpe. Foram presos dez acusados, entre eles quatro funcionários do INSS e um de um cartório. Eles foram indiciados por estelionato, falsidades ideológica, documental, de documento público, particular e de reconhecimento de firma, podendo pegar de um a seis anos de cadeia, se condenados. Além das prisões, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão e dois de seqüestro de bens móveis adquiridos com dinheiro da irregularidade. Um grupo de 50 homens da PF em Pernambuco e representantes do Ministério da Previdência de Brasília participaram da ação. Parte dos documentos foi apreendida na agência do instituto na Avenida Mário Melo, no Recife.
A
Na residência de um casal suspeito de ser a cabeça do esquema, na Praia de Enseada dos Corais, em Cabo de Santo Agostinho, no litoral sul, a polícia apreendeu quatro carros, cinco aparelhos celulares, computador, equipamento de falsificação de documentos, R$ 5.465 em espécie, 30 certidões de nascimento e de óbito,
CENSO Ministério da Previdência Social está reconvocando desde ontem aposentados e pensionistas chamados para fazer o censo em junho. Segundo informações do órgão, do total de 1,5 milhão de beneficiários chamados para o censo naquele mês, 240.949 ainda não compareceram às agências bancárias para atualizar os dados cadastrais. Os que têm endereço válido, no INSS, serão reconvocados por meio de cartas registradas. Os demais terão seus nomes publicados em jornais de grande circulação, em cada estado do País. Os que não responderem a mais essa convocação da Previdência terão o benefício suspenso. (AE)
O
além de 25 Cadastros da Pessoa Física (CPFs), 34 carteiras de identidade, nove carnês do INSS e ainda talões de cheque e cartões bancários. As investigações devem continuar, e mais suspeitos podem estar envolvidos. O processo corre em segredo de Justiça e nenhum nome foi revelado. O Ministério da Previdência iniciou uma auditoria em janeiro e a PF instaurou inquérito no mesmo mês. Benefícios – Nenhum dos 36 benefícios supostamente irregulares foi cancelado, de acordo com a representante do Ministério da Previdência, Marinalva Rodrigues dos Santos, que considerou o golpe "organizado". Segundo a polícia, integrantes do grupo fraudavam papéis que eram autenticados no cartório ligado ao crime. Com esses documentos, eram pedidos os benefícios de pensão por morte a funcionários que integravam o esquema e imprimiam maior agilidade ao processo de concessão. Gente simples, talvez arregimentada pelo próprio cartório, assinava procurações ou os requerimentos de proventos em troca de cestas básicas ou algum trocado. Acredita-se que nos processos haja suspeitos que não existem, que não morreram ou que tiveram alteração na data da morte para aumentar o período de pagamento da pensão. (AE)
Ano 81 - Nº 22.194
São Paulo, sexta-feira a domingo, 18 a 20 de agosto de 2006
R$ 0,60
Jornal do empreendedor
Edição concluída às 23h50
w w w. d co m e rc i o. co m . b r
R$ 33,84 bilhões não matam a fome do Leão
De olho no crime Ipiranga e São João, filmadas por uma das 13 câmeras espalhadas no Centro. Ação já inibe comércio ilegal. Mas ainda não foi suficiente para para acabar de vez com ele. C 1
Mesmo recordista em julho, Fisco quer mais E 1 Tiago Queiroz/AE
Rei só do IR: 68 leões à míngua. São 68 miseráveis leões abandonados por circos, segundo o Ibama. Não têm a fome insaciável do primo rico da Receita Federal. Ficam pele e osso, raquíticos. Baru, o da foto, foi adotado pelo Rancho dos Gnomos, em Cotia. Alguns acabam deportados.Logo
Alex Silva/AE
Jonas Oliveira/Folha Imagem
Não O PSDB abandonei não me o PT abandonou E Lula explica: agora não é candidato de partido único. Pág. 10
Alckmin diz que o sumiço de seu nome "é natural". Pág. 10
OS DEUSES CHEGAM NA SEGUNDA-FEIRA
Andrea Felizolla/LUZ
Divulgação
O MUNDO VAI ACABAR NA TERÇA-FEIRA
Priscila Prade/Divulgação
Autran, o avarento de Molière
O Museu da Faap abre a mostra Deuses Gregos, com obras nunca vistas antes no Brasil. Terça, 22, data em que há mil anos Zaratustra profetizou o fim do mundo, o presidente do Irã diz se pára ou não de ameaçar o Ocidente com a guerra nuclear. C 4
O ator (esq.) estréia sua 90ª peça, uma sátira com sabor político.
HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 24º C. Mínima 16º C.
AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 23º C. Mínima 15º C.
Detalhe do quadro Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse, de Dürer
DCultura
DIÁRIO DO COMÉRCIO
2 -.LAZER
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de agosto de 2006
CINEMA Manipulação e propaganda, em Obrigado por Fumar. E romance com Sandra Bullock e Keanu Reeves. Columbia Pictures/Divulgação
Paula Kasparian/Divulgação
CABARÉ
Fox Film/Divulgação
Terror em Silent Hill: portal para o inferno
OUTRAS ESTRÉIAS
A
Nick Naylor (Aaron Eckhart): lobista
Fumaça nos olhos Geraldo Mayrink
C
do mito de Humphrey Bogart sem fumaça e uma bagana dependurada nos lábios?) até ser expulso das telas por força das hordas antitabagistas, que querem proibir baforadas até em ruas varridas pelo vento. Por isto, Obrigado por Fumar prometia ser uma primeira tentativa de reavaliação moral mas vale mais pelo título irônico. Os hipnóticos cilindros, longos ou curtos, com ou sem filtros, ainda não foram chamados para o lado saudável do mundo. Talvez nem venham a ser (embora na vida tudo passe) e na verdade Obrigado por Fumar trata pouco de cigarro e muito mais de manipulação e propaganda. Seu personagem, Nick Naylor (Aaron Eckhart), não fuma. Mas faz parte de uma erva daninha tão poderosa que nem precisa ser reabilitada. Ele é um lobista a serviço de qualquer um que lhe pague, seja santo ou demônio. Por isso defende em qualquer lugar, principalmente na mídia, as grandes empresas de tabaco. Não acredita nelas nem no seu produto, mas como profissional do blá-blá-blá se esforça e resume seu trabalho em duas palavras: "Eu falo" Está mais preocupado em cuidar do filho pequeno desde que sua mulher o trocou por ou-
tro, mas é tão vilipendiado pelo que faz que chega a provocar simpatia. A imprensa o devora, literalmente, e assim é arrastado para a cama por uma jornalista de TV (Katie Holmes), que quer ver "onde o diabo dorme". Honestíssimo, o lobista denuncia e desmoraliza a repórter estupradora-interesseira. Não é para rir? É, e naturalmente o filme do estreante Jason Reitman não pode ser levado muito a sério pois é uma sátira, bem leve, a uma situação que poderia ter mais senso de humor. O cronista Luís Fernando Verissimo previu que a humanidade se extinguirá numa batalha final entre fumantes, tossindo muito, e não fumantes, respirando tão fundo que perdem o fôlego. Pelo visto na tela, não é para já. E ninguém, em Obrigado por Fumar, dá uma tragada em cena. Obrigado por Fumar (Thank You For Smoking, EUA, 2005, 92 minutos). Direção: Jason Reitman. Com Aaron Eckhart, Maria Bello, Cameron Bright, Adam Brody, Sam Elliott, Katie Holmes, David Koechner, William H. Macy, J.K. Simmons, Robert Duvall, Kim Dickens, Rob Lowe. Fox Films.
Warner Bros/Divulgação
omo na vida tudo passa, os médicos agora andam dizendo que o ovo de galinha, que fazia mal só de ser olhado, não causa nenhum dano à saúde, e espera-se o momento em que frituras com bacon serão boas para as artérias e o colesterol. Faltava o cigarro, focalizado em Obrigado por Fumar, mas o perdão ainda não aconteceu. O fenômeno de vai-e-vem naturalmente atinge as telas e nos últimos anos o cinema, mais especialmente Hollywood, tão carregada de culpas, vem trazendo para o lado bom da vida vilões que antes mandava para o inferno. Primeiro vieram os índios, depois os negros (agora chamados de afro-americanos), as minorias hispânicas, ex-cucarachas, os imigrantes de pele amarela e olhinhos repuxados. Também certos vícios como o alcoolismo, ligados à degradação em tantos filmes, já não assustam tanto em Sideways - Entre umas e Outras, e dia virá em que a cocaína, que já é cheirada com alegria nas telas, será reconhecida como boa para as vias respiratórias e os músculos. Ainda faltava porém a reabilitação do cigarro, companheiro inseparável de tantos galãs e divas de antigamente (o que seria
lmas Reencarnadas (R inne, ção é feita de forma excêntrica por Japão, 2005, 95 minutos). A jo- meio do Método Grönhom. Quando vem atriz Yüka consegue um dos pa- tudo parece estar sob controle, os jopéis em um filme de terror baseado gos colocam os rapazes em situaçõesem fatos verídicos. A história real limite. O fato de saberem que estão conta sobre um professor universitá- sendo observados aumenta a tensão. rio que, na década de setenta, assas- Dirigido por Marcelo Piñeyro. Stay Alive – Jogo Mortal (Stay Alive, sinou 11 pessoas em um hotel. Yüka interpretará a última vítima. Logo Estados Unidos, 2006, 85 minutos). A que as filmagens começam, a jovem mistura de videogames, lendas e realipassa a ser atormentada por alucina- dade faz parte da fita dirigida por Wilções. Dirigido por Takashi Shimizu, o liam Brent Bell. O game de terror Stay Alive, ainda está em fase de testes mas mesmo de O Grito. Anjos do Sol (Brasil, 2006, 92 minu- chega por meio de uma cópia ilegal em tos). Maria (foto) tem 12 anos e mora Nova Orleans. Os ousados amigos que em um vilarejo distante do nordeste resolvem jogar a fita começam a morbrasileiro. Sua irmã mais velha foi com- rer da mesma forma que os personaprada por um traficante de crianças e gens do game. A partir de então, a luta pela vida passa a ser l o g o o m e s m o Downton Filmes/Divulgação primordial. acontece com ela. Terror em Silent Seu comprador é Hill (Silent Hill, CaTadeu que viaja nadá, Japão, Estacom ela para um dos Unidos, França, bordel. Depois de 2 0 0 6 , 1 2 7 m i n usofrer diversas tos). A produção diformas de violênrigida por Christocia e ver a morte de uma amiga, Maria faz de tudo para phe Gans conta sobre o tormento de fugir de onde está. O longa é dirigido Rose da Silva (Radha Mitchell) ao ver a filha à beira da morte, vítima de uma por Rudi Lagemann. Quase Virgem (The Long Weekend, doença fatal. Em busca da cura, Rose Estados Unidos/Inglaterra/Canadá, atravessa um portal e perde a garota 2005, 85 minutos). O protagonista da em uma cidade deserta. Durante a comédia dirigida por Pat Holden é Ed procura, descobre que o lugar é habiWaxman (Brendan Fehr). Sua vida de tado por criaturas demoníacas. Buena Vida Delivery (Buena Vida publicitário começa a ter complicações quando ele é informado que tem DeliveryBuena Vida Delivery, Argentiapenas um fim de semana para criar na/França/Holanda, 2005, 93 minuuma campanha. Nada muito difícil se tos). Hernán tem 24 anos e vive soziEd não tivesse sido deixado dias antes nho na casa do pai, já que a família pela namorada. Para ajudá-lo o irmão emigrou para a Espanha. Apaixonado por Patrícia, que está a procura de moCooper entra na história. O que você faria? (El Método, Ar- radia, logo oferece o quarto vazio que gentina/Espanha/Itália, 2005, 115 mi- tem em casa. A surpresa acontece nutos). Uma vaga em uma empresa é quando a família da garota chega e se disputada entre sete executivos. Mas hospeda, sem previsão de saída. Diripara a surpresa dos candidatos, a sele- gido por Leonardo Di Cesare. (RA) Divulgação
UTE A diva
A
Sandra Bullock é Kate: romance luta contra o tempo
cantora e performer alemã Ute Lemper (abaixo) é considerada, hoje, a melhor intérprete de canções alemãs de cabaré (anos de 1930-40). Ela recria, com humor, elegância e grande musicalidade, o estilo da diva Marlene Dietrich. Como La Dietrich, canta, sem sotaque, também em francês e inglês. Dois de seus melhores CDs: Ute Lemper Sings Kurt Weil(parceiro deBrecht) e Ute Lemper - Berlin Cabaret Songs, com clássicos de Spoliansky, um mestre dos musicais.
Beijo no Asfalto: a derrocada de uma reputação
TEATRO
Mídia e difamação
Um lago, o tempo. Cartas, o amor.
E
m uma casa fantástica – ainda que mal cuidada – com vidro por todos os lados, construída à beira de um lago, o arquiteto Alex Wyler (Keanu Reeves) pensa em grandes projetos e tenta restaurar a construção. Lá fora, neva. Em outro inverno, a médica Kate Forster (Sandra Bullock) mora na mesma casa. Eles começam a trocar correspondência desde que ela se muda dali e deixa uma carta na caixa de correio. Como se espera, eles se apaixonam. Mas diferente do empecilho de Nunca Te Vi, Sempre Te Amei, em que Helene Hanff (Anne Bancroft), nos Estados Unidos, e Frank Doel (Anthony Hopkins), na Inglaterra, mantêm uma terna
relação, o que separa o casal neste A Casa do Lago é uma inexplicável lacuna no tempo. Ele vive no ano de 2004, e ela, em 2006. Reeves dá conta do recado com seu jeitão de garoto desamparado e faz um par convincente com Bullock. Dirigido pelo argentino Alejandro Agresti, que desponta como um dos novos queridinhos em Hollywood, A Casa do Lago tem no elenco ainda Christopher Plummer, no papel do pai distante que dedicou à vida ao trabalho e entre outras coisas, construiu a tal casa no lago. E Dylan Walsh (conhecido pela participação na série Nip Tuck), como Morgan, o compreensivo namorado de Kate. O livro Persuasão (Persuasion), da
inglesa Jane Austen empresta o tom à história. Esquecido por Kate em uma estação de trem, conta a saga de amantes que travam uma peculiar batalha contra o tempo na tentativa de fazer o romance engrenar. A trama não se preocupa em explicar o porquê do intrincado truque temporal. Alívio. Ninguém quer uma longa explanação pseudofísica sobre dobras no espaço-tempo ou que mais teorias. Sobra uma leve história de amor, que pode ter final feliz. Ou não. (LHC) A Casa do Lago (The Lake House, Estados Unidos, 2006, 105 minutos). Dirigido por Alejandro Agresti. Com Keanu Reeves e Sandra Bullock.
scrita por Nelson Rodrigues em 1961, a pedido da atriz Fernanda Montenegro, a peça Beijo no Asfalto pode ser apontada como uma das primeiras críticas já feitas ao poder de manipulação da mídia – numa época em que nem se falava na tal sociedade do espetáculo. Na trama, em cartaz no Teatro Folha, um sujeito, após ser atropelado por um ônibus, pede a um desconhecido (Arandir, papel de Emilio Orciollo Neto), que lhe dê um beijo na boca. Arandir concede. Um repórter presencia a cena e extrai dela a sua manchete do dia seguinte. Arandir, o desconhecido que beijou o atropelado, transforma-se de cidadão comum no homossexual mais famoso da cidade em menos de 24 horas. Perde o emprego e assiste incrédulo ao fim do seu casamento. Sem permitir que a história caia no esquecimento, o repórter cria fatos novos a cada dia, até chegar a hora em que afirma que Arandir, no meio de uma crise de ciúmes, empurrou aquele sujeito, já então promovido a namorado, para debaixo das rodas do ônibus. Dirigido por Michel Bercovitch, Beijo no Asfalto, peça que integra o ciclo de Nelson Rodrigues conhecido como Tragédias Cariocas, chega a São Paulo depois de uma temporada na Casa de Cultura Laura Alvim, no Rio de Janeiro. Além de Orciollo Neto, o elenco é encabeçado por Leopoldo Pacheco, que vive o inescrupuloso repórter Amado Ribeiro. (SR) Beijo no Asfalto, Teatro Folha, Shopping Pátio Higienópolis, tel.: (11) 3823-2323. Quarta e quinta às 21h. Ingressos a R$ 14.
Reprodução
E
T
rechos de três de suas peças mais conhecidas, leitura de seus grandes poemas e uma série de intelectuais dispostos, por meio de palestras e depoimentos, a mostrar por que o alemão Bertolt Brecht, passados 50 anos de sua morte, continua sendo um dos poetas e dramaturgos mais influentes do século 20. Brechtianas Kabaré, evento que ocupa até o próximo fim de semana o galpão do Sesc Pompéia, se propõe a, além de tudo que foi descrito acima, situar a obra de Brecht (1898-1956) em um espaço no qual ela parece ficar mais à vontade: o cabaré – principalmente aquele perdido na Berlim dos anos 20 e 30, antes da ascensão do nazismo. Idealizado pela diretora baiana Eugênia Thereza de Andrade, o projeto Brechtianas Kabaré combina assim, num espetáculo de três horas e meia de duração, a ironia e as alfinetadas sociais das canções de Brecht e de seu parceiro Kurt Weill com a contundência política de sua obra teatral, sem deixar de lado o primeiro dos mandamentos brechtianos: teatro é, acima de tudo, diversão. Por isso, a cenografia do espetáculo procurou reproduzir a ambientação dos cabarés alemães do início do século 20. A instalação de uma escada na entrada do galpão do Sesc pretende transmitir a sensação de que o público está se dirigindo a um movimentado porão. O espaço da platéia será ocupado por uma série de mesas que contarão normalmente com serviço de bar. Ou seja: será possível beber e comer enquanto os artistas se apresentam. Foram criadas quatro versões diferentes para o espetáculo, uma para cada noite de apresentação (de ontem até o próximo domingo), com reprises de quinta a domingo da semana que vem. As músicas de Brecht e Kurt Weill serão interpretadas pelos cantores Carlos Careqa, Carlos Fernando (ex-Nouvelle Cuisine), Madalena Bernardes, Tatiana Parra, Luzia Dvorek, além de uma participação especial de Mônica Salmaso, que irá mostrar músicas do álbum Ópera do Malandro, de Chico Buarque, e Beradêro, de Chico César. Os trechos das três peças de Brecht (Na Selva das Cidades, A Ópera dos Três Vinténs e O Senhor Puntila e seu Criado Matti) ficaram a cargo dos atores Tuna Dwek, Maíra de Andrade, Carlos Alberto Escher e Marcelo Mello (foto). Recheando tudo isso, o premiado pianista André Mehmari comanda um time composto por quatro músicos, entre eles Toninho Ferragutti, que irá acompanhar Mônica Salmaso no acordeão. Mehmari, que assina a direção musical do projeto, é o arranjador das canções do espetáculo e, além do piano, responderá também pela flauta e violino. (Sérgio Roveri) Brechtianas Kabaré, Galpão do Sesc Pompéia, Rua Clélia, 93, tel.: (11) 3871-7700. De hoje, sexta (18) a domingo (20) e de quinta a domingo da semana que vem. Início às 20h. Ingressos a R$ 15.
2
Nacional Finanças Agronegócio Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de agosto de 2006
15
ÁREA PLANTADA DIMINUIRÁ 9%
por cento foi o aumento das exportações de carne bovina, apesar de focos de febre aftosa no País
É A MAIOR REDUÇÃO DESDE O PLANTIO DE 1995 E EQUIVALE AO ESPAÇO QUE O PARANÁ RESERVA À SOJA
SAFRA TERÁ RETRAÇÃO RECORDE
O
s agricultores brasileiros vão reduzir em 4 milhões de hectares a área de grãos que será cultivada na próxima safra de verão 2006/2007. A área equivale ao espaço que o Paraná reserva para o plantio de soja. O recuo recorde será de 9%, segundo cálculos da consultoria Agroconsult. É a maior redução de área de grãos identificada pela consultoria desde a safra 1995/1996, quando 3,4 milhões de hectares deixaram de ser cultivados, uma redução também de 9% na época. Segundo André Pessoa, sócio-diretor da Agroconsult, a maior queda em dez anos é parte do ajuste promovido pelos produtores depois de dois anos sucessivos de prejuízos na agricultura de grãos. Há, de acordo com o levantamento, dois tipos de áreas que serão abandonadas a partir de agora. O primeiro é formado por
áreas de pastagens que foram recuperadas e transformadas em campos de soja. No início da década, os bons lucros da sojicultura estimularam muitos produtores a aumentar a área plantada. O segundo, bem menor, é formado por áreas nobres, mas que não cabem no orçamento curto para custeio da próxima safra. Renda – A perda de renda dos produtores de grãos nos últimos dois anos reduziu muito nesta safra a oferta de crédito privado para custeio. A Agroconsult vai medir a dívida em aberto dos produtores com os fornecedores de insumos (sementes, defensivos e fertilizantes) e com as tradings. "Até o final de maio e início de junho, a dívida dos produtores com os fornecedores estava próxima a R$ 7 bilhões. Talvez tenha caído, mas ainda é suficiente para reduzir a oferta de novo crédito de custeio", explica Pessoa. (AE)
Aftosa: faltou dar Exportações de carne vacina, diz ministro alcançam R$ 2 bilhões
O
ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes Pinto, disse ontem que os pecuaristas tiveram grande responsabilidade no surgimento dos focos de febre aftosa diagnosticados no ano passado em Mato Grosso do Sul. "Há grande responsabilidade do produtor neste e em outros casos. Há recomendações técnicas para que se vacine de duas a três vezes por ano. Naquela região, houve recomendação para uma terceira vacinação. Infelizmente, nem todos seguem", disse. O governo determina que os pecuaristas do Centro-Sul vacinem seus rebanhos duas vezes por ano, em maio e novembro. Guedes Pinto afirmou que
muitas vezes o pecuarista compra a vacina para ter uma nota fiscal, mas joga fora as doses. Outras vezes, segundo ele, o pecuarista compra só a nota fiscal. Para comprovar a vacinação, é preciso entregar o comprovante de compra da vacina ao órgão estadual de defesa sanitária. Os produtores dizem que não vacinam os animais porque os rebanhos perdem peso após a imunização, o que os obriga a manter os animais por mais tempo nas fazendas. Mas essa prática, disse o ministro, está diminuindo. Ele criticou indiretamente os pecuaristas que trazem, de forma irregular, animais do Paraguai, onde a arroba do boi costuma custar menos. (AE)
A
pesar dos surtos de febre aftosa que atacaram rebanhos de gado brasileiro desde outubro do ano passado, o valor das exportações brasileiras de carne bovina cresceram 15% de janeiro a julho deste ano em relação ao mesmo período de 2005. O total exportado atingiu US$ 2,04 bilhões, ante US$ 1,76 bilhão, no período anterior, segundo dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O principal fator responsável pelo crescimento foi a alta dos preços internacionais do produto, segundo a entidade, já que, em quantidade, a exportação de carne bovina nesses sete meses subiu apenas 1,12% em relação ao ano passa-
do, passando de 807,9 para 816,9 milhões de toneladas. A carne ao natural apresentou queda 0,89% na quantidade vendida, mas teve 10,8% de aumento no preço. De acordo com a CNA, os embarques de carne industrializada subiram 15,2%, e os valores se elevaram 41,3% no período. As exportações de miudezas de bovino caíram 0,7% em quantidade, enquanto os preços subiram 12,9%. O presidente do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira, disse que os frigoríficos estão conseguindo "driblar" os embargos dos países importadores porque parte das restrições é dirigida a estados específicos e não a todo o País. (AE)
AVISOS AOS ACIONISTAS
ATA EDITAL
CONVOCAÇÕES
UNIVERSAL BEAUTY COMÉRCIO, IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA.
CNPJ nº 07.997.498/0001-58 EDITAL DE CONVOCAÇÃO Ficam convocados os Srs. Sócios desta sociedade a se reunirem em AGE a realizar-se em 28/08/2006, às 9:30 h, na Rua Manoel da Nóbrega, 772, S. Paulo - SP, para deliberar sobre: 01 - Exclusão de sócio remisso; 02 - Reforma e Consolidação do Contrato Social; 03 - Outros assuntos de interesse social. A Diretoria.
CAB – COMPRESSORES INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. CNPJ/MF n.º 30.516.108/0001- 00 - NIRE n.º 35.201.742.674 EDITAL DE CONVOCAÇÃO – REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA Ficam os senhores quotistas da CAB - Compressores Ind. e Com. Ltda. convocados para se reunirem em Reunião Extraordinária, que se realizará na sede social, à R. Mario Junqueira da Silva, n.º 646, Jd. Eulina, CEP.: 13.063-000, Campinas/SP, no dia 25/08/06, em 1ª convocação às 11:00 hs e em 2ª e última convocação às 11:30 hs, para deliberar sobre a seguinte Ordem do Dia: (i) Apresentação, discussão e votação das demonstrações financeiras para o período social que se encerrou em 31/12/05; (b) outros assuntos relacionados aos interesses da sociedade. Campinas, 17/08/06. Juberto Piragibe Carnaval
ATA
BANCO J. SAFRA S.A. CNPJ Nº 03.017.677/0001-20 NIRE 35300170733 ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM 30 DE JUNHO 2005. DATA, HORA E LOCAL: Aos 30 (trinta) dias do mês de junho de 2005 (Dois mil e cinco), às 15 (quinze) horas, na sede social do Banco J. Safra S.A., na Avenida Paulista, 2150, na Cidade e Estado de São Paulo. AVISO DE CONVOCAÇÃO: Dispensada a publicação do edital de convocação em conformidade com o parágrafo quarto do artigo 124 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. PRESENÇA: a totalidade dos acionistas titulares das ações representativas do capital social, conforme assinatura no Livro de Presença. COMPOSIÇÃO DA MESA: Presidente: João Batista Videira Martins. Secretário: Benedito Ivo Lodo Filho. ORDEM DO DIA: deliberar sobre: a) a incorporação da Casabranca Representações e Participações Ltda. (“Casabranca”), inscrita no CNPJ sob o nº 07.414.043/0001-62, com sede social na Avenida Paulista, nº 2150, na Cidade e Estado de São Paulo, com seus atos arquivados na Junta Comercial do Estado de São Paulo, sob o NIRE 35219971756, pelo Banco J. Safra S.A., conforme Proposta e Justificativa de Incorporação nos termos do Protocolo firmado pela Administração de ambas sociedades; b) a nomeação de peritos para proceder a avaliação da patrimônio líquido da Casabranca a ser incorporada e a aprovação do Laudo de Avaliação; e c) a extinção da sociedade incorporada; e d) outros assuntos de interesse da Sociedade. DELIBERAÇÕES: Foram aprovadas pela totalidade dos acionistas presentes: (a) a incorporação nesta data, da Casabranca, pelo Banco J. Safra S.A. sem aumento de capital, tendo em vista que o Banco possui a totalidade das quotas da Casabranca recebidas quando da integralização decorrentes de aumentos de capital realizados anteriormente; (b) a “Proposta e Justificativa de Incorporação da Casabranca pelo Banco J. Safra S.A.” (“Proposta”) que faz parte integrante da presente como Anexo I, da operação de incorporação nos termos do “Protocolo de Incorporação de Casabranca Representações e Participações Ltda. com incorporação do acervo do patrimônio líquido pelo Banco J. Safra S.A.” (“Protocolo”) anexo à presente como Anexo II, o qual descreve os termos e condições da incorporação, pela Sociedade. Esta incorporação apresentase como a melhor opção de reorganização societária, visando a racionalização de custos e despesas administrativas; (c) a nomeação dos peritos para a avaliação, na data-base de 31 de maio de 2005, do patrimônio líquido da Casabranca, objeto de transferência ao Banco J. Safra S.A., e elaboração do Laudo de Avaliação, os Srs. MARIA ISABEL RODRIGUES, brasileira, solteira, contadora inscrita no Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo sob o nº 1SP136757/O-6, portadora da cédula de identidade RG nº 13.616.606-4 e inscrita no Ministério da Fazenda sob o CPF nº 035.790.678-00, residente e domiciliada na Cidade de São Bernardo do Campo, com escritório na Avenida Paulista, nº 2150, São Paulo - SP; CARLA CECÍLIA JULIATTO, brasileira, divorciada, contadora inscrita no Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo sob o nº 1SP228712/P-7, portadora da cédula de identidade RG nº 21.873.247 e inscrita no Ministério da Fazenda sob o CPF nº 250.012.248-45, residente e domiciliado na Cidade de Valinhos, Estado de São Paulo, com escritório na Avenida Paulista, nº 2150, São Paulo - SP; e MARCELO ALCIDES IGNÁCIO PEREIRA, brasileiro, divorciado, contador inscrito no Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo sob o nº 1SP212924/O-3, portador da cédula de identidade RG nº 10.663.366-1 e inscrito no Ministério da Fazenda sob o CPF nº 101.744.778-05, residente e domiciliado na Cidade e Estado de São Paulo, com escritório na Avenida Paulista, nº 2150, São Paulo - SP; (d) o Laudo de Avaliação, anexo à presente como Anexo III, o qual contém a avaliação de todos os direitos e obrigações relativas ao patrimônio líquido da Casabranca a ser vertido para a Sociedade, conforme refletido no balanço-base, datado de 31 de maio de 2005, apurado de acordo com os princípios fundamentais da contabilidade; e (e) como conseqüência das deliberações acima, foi aprovada a extinção da Casabranca, competindo aos administradores da Sociedade a promoção de todos os atos referentes à incorporação, pela Sociedade, bem como o arquivamento de todos os documentos e a publicação dos atos societários e demais documentos pertinentes. ENCERRAMENTO: Colocada a palavra para que fossem discutidos outros assuntos de interesse da Sociedade, e, não tendo ninguém se manifestado, deu, o Sr. Presidente, por encerrados os trabalhos da Assembléia, suspendendo a sessão para o tempo necessário da lavratura da presente ata, que após lida e achada em tudo conforme, foi assinada por todos os presentes. São Paulo, 30 de junho de 2005. (a.a.) João Batista Videira Martins - Presidente; Benedito Ivo Lodo Filho - Secretário. a) J. SAFRA HOLDING S.A. Vicky Safra e Marcelo Curti - Diretores. a) JOSEPH YACOUB SAFRA. a) VICKY SAFRA. São Paulo, 30 de junho de 2005.CERTIDÃO: Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico que este documento foi registrado sob o nº 200.391/06-9 em 27/07/06. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.
FALÊNCIA & RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia17 de agosto de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência e recuperação judicial:
Quer falar com 26.000 empresários de uma só vez? Publicidade Comercial 3244-3344 Publicidade Legal 3244-3799
Reqte.: Adelco Sistemas de Energia Ltda. - Reqda.: PEM Engenharia S/A - Rua Luiz Góes, 1.780 - 2ª Vara de Falências Reqte.: Ipiranga Comercial Química S/A - Reqdo.: Plásticos Fênix Comercial Ltda. - Rua do Oratório, 1.460 - 1ª Vara de Falências Reqte.: Nextrans Transportes Ltda. - Reqda.:Belmerix Ind. e Com. de Infraestrutura de Comunicações Ltda. - Rua Fidêncio Ramos, 100 7º Andar - 1ª Vara de Falências Reqte.: Impulso Fomento Mercantil Ltda. - Reqda.: Rol Lex S/A – Indústria e Comércio Rua Ernesto Mariano, 283 - 1ª Vara de Falências Reqte.: Maria Dora Fazzini - Reqte.: Julia Ágata Bordignon - Reqte.: Elias Bordignon Reqdo.: Resiscone Com. de Resíduos Têxteis - Rua Newton Prado, 556 - 1ª Vara de Falências
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de agosto de 2006
1 Vamos importuná-los até irem embora. Esperamos do governo uma diretriz de ação na fiscalização de ambulantes. Ewander Simão de Almeida, coordenador da Central de Monitoramento da GCM
Olhos da GCM inibem, mas não solucionam crimes no Centro Treze câmeras flagram vários delitos, mas os guardas ainda não conseguem chegar a tempo de coibi-los. Mesmo assim a iniciativa é positiva e será ampliada. Rejane Tamoto
P
assava das 15h quando um homem de camisa branca atrai uma multidão de pessoas ao transitar com um carrinho de sorvetes na praça da Sé, região central. Quem olha a cena, ao vivo, conclui que o alvoroço todo é causado pelo calor e pelo interesse em comprar sorvetes. O senhor de camisa branca, na verdade, retirava de um inocente carrinho de sorvetes relógios e celulares, que passavam de mão em mão até serem vendidos. Acobertado pela aglomeração, o comércio ilegal, só pôde ser flagrado em detalhes por causa das lentes dos novos olhos do Centro. Dezoito dias depois da inauguração da Central de Monitoramento da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e da instalação de 13 câmeras nas principais vias da região central, a segurança não mudou muito. A percepção geral é que a ação de marginais foi inibida em alguns locais, onde as câmeras estão instaladas. Mas isso não evitou a migração da criminalidade. Além disso, o sistema ainda apresenta limitações na resolução de crimes. Olhos – Emumasemanaperturbada pelos ataques do PCC, por exemplo, os olhos eletrônicos não puderam evitar a detonação de uma bomba em um prédio público da rua Riachuelo, no Centro. Segundo o inspetor Ewander Simão de Almeida, coordenador da Central de Monitoramento da GCM, os resultados do novo sistema, nas primeiras semanas em operação, foram somente a inibição dos pequenos delitos. Neste período, foram registrados em média dez flagrantes com boletins de ocorrência envolvendo o consumo de entorpecentes, receptação e roubo. "É prematuro avaliar o sistema. Ainda falta a instalação de 22 câmeras no Centro. Quando o projeto todo estiver concluído, teremos um mês para avaliar os resultados", disse. Segundo ele, um total de 35 câmeras irá cobrir todas as ruas da região central da cidade até setembro. Com todo o sistema em operação, será possível prevenir até ataques do PCC. A expectativa dos comerciantes, até o projeto completo entrar em funcionamento, é que o próprio monitoramento e ação feitos pela GCM sejam mais rápidos. Após o flagrante do suposto vendedor de sorvetes na praça da Sé, por exemplo, a transmissão de informações aos guardas e a chegada deles ao local ultrapassou os quatro minutos previstos pelo inspetor e coordenador da Guarda. Nenhum material foi apreendido, dada à rapidez do ambulante em esconder o produto ilegal. Uma hora e meia depois, o vendedor de sorvetes retornou ao local. Migração - Além da falta de agilidade nas ações, parte do comércio reclamou da migração do crime para as áreas que as câmeras não alcançam. O gerente da loja Babush, Anderson Felix Pereira, tem uma câmera da GCM em um poste bem em frente ao seu estabelecimento, na esquina da Ipiranga com a rua 24 de Maio. Ele disse que, como sabem onde as
câmeras estão, os marginais mudam de esquina. "Estou aqui há sete anos e ainda vejo assaltos a pedestres. Os marginais são muito espertos e a polícia demora. Isso é péssimo porque por aqui passam muitos turistas que, orien- Na foto tados pelos hotéis a não andar ao lado, com dinheiro, não consomem câmera da GCM que está nada", reclamou. No mesmo quarteirão, antes instalada na da rua Barão de Itapetininga – esquina mais onde uma câmera ainda está famosa da cidade: sendo instalada – o gerente da a das avenidas Drogaverde, Edmilson Fran- Ipiranga com São João. cisco Braz, também não sentiu Abaixo, o equipamento melhora na segurança. "Conti- colocado na praça da Sé nuam roubando os pedestres flagra o comércio ilegal de durante o dia", afirmou. Se- relógios. Ainda serão instaladas mais gundo o inspetor da GCM, a 22 câmeras na região central da cidade. migração é natural e assim que a câmera da rua Barão de Itape- Fotos de Andrea Felizolla/Luz tininga estiver instalada, os marginais sairão do local. "A migração faz parte do processo de revitalização. Quando o sistema estiver concluído no Centro, eles migrarão para outro bairro. Isso é o progresso. Este outro bairro passará pelo mesmo processo e eles migrarão até saírem do Estado de São Paulo", explicou. Para alguns comerciantes, o monitoramento da GCM causou uma percepção positiva ao inibir a ação de nóias. A gerente da loja Zapata, Vera Lucia Ferreira, e o jornaleiro Fernando Jorge Pereira, acreditam que diminuiu o número de marginais que freqüentemente assaltavam carros no cruzamento da avenida Ipiranga com a São João, onde também há uma câmera. "Uns quatro nóias que assaltavam no f a r o l s u m iram. Não vejo eles, há quase d u a s s e m anas", disse Fernando. Sistema De acordo com o inspetor da GCM e coord enador da Central de M o n i t o r aRuas são monitoradas 24 horas por dia, segundo o inspetor Ewander (abaixo) mento, Ewander Simão de Almeida, as 13 u m a p e s s o a câmeras, de 360 graus de rota- realmente caiu tividade e alcance de mil me- no chão por acitros, gravam e fotografam du- d e n t e o u s e a rante 24 horas. Os equipamen- queda faz parte tos têm zoom que possibilitam do golpe em que a identificação de rostos e de o marginal siplacas de veículos. Na central, m u l a a q u e d a quatro funcionários monito- para, ao ser ajuram 65 ruas e, utilizando da ex- d a d o , r o u b a r periência adquirida em rondas c ar te ir a s. " Os na cidade, identificam cenas f u n c i o n á r i o s de perigo iminente. também obserEles informam a suspeita a vam se o suspeium supervisor que libera uma to porta armas e avisa os poli- trabalho de inteligência munimensagem à Central de Teleco- ciais", disse o inspetor. O mo- cipal na área da segurança. No municações, onde trabalham nitoramento serve para iden- entanto, o sistema ainda aprecinco pessoas. Nesta central, as t i f i c a r c a r a c t e r í s t i c a s d e senta limitações, principalinformações são repassadas ao nervosismo, que precedem a mente quanto ao desfecho dos Copom (Comando de Opera- ação de marginais, e atua na crimes captados pelas lentes. ções da Polícia Militar) e o guar- prevenção da segurança. Ou- Um exemplo disso é que o flada que estiver em um posto de tra função das câmeras, expli- grante das câmeras só se transatendimento mais próximo vai cou Ewander, é o alerta quan- forma em boletim de ocorrênaté o local. Na região onde estão do há acidentes de trânsito e cia se o policial chegar em temas câmeras existem seis postos também o repasse de informa- po hábil ao local e apreender de atendimento. ções sobre pessoas em situa- provas dos crimes. O guardas que monitoram ções de rua à Secretaria de DeSe a viatura chegar e a pesas câmeras observam detalhes senvolvimento e Assistência soa lançar os objetos ou as drode uma situação suspeita, com Social e ao Conselho Tutelar. gas para longe, o flagrante não objetivo de dar suporte ao Limitações - O monitora- é concluído", explicou Ewanguarda que irá até o local. Eles mento por câmeras, na opinião der. As imagens captadas pelo identificam, por exemplo, se do inspetor, é o início de um sistema de monitoramento
Vera: houve melhorias
Anderson: ladrões migraram
não servem como provas. Somente podem ser usadas em um processo se houver um pedido do Ministério Público ou de uma autoridade policial. São imagens confidenciais e não de acesso público. Essas limitações dificultam o combate ao comércio ilegal. O sistema de comunicação informal dos ambulantes irregulares é mais rápido e, em segundos, eles desaparecem, antes que os guardas entrem na mira das câmeras. "Mas vamos importuná-los até irem embora. Esperamos do governo uma diretriz de ação na fiscalização de ambulantes", disse. Projetos - A instalação de 35 câmeras no Centro irá consumir, até o final deste mês, os R$ 2,7 milhões patrocinados pela
Te l e f ônica. Neste mês, serão instaladas câmeras nas ruas Boa Vista, 25 de Março e na região da Nova Luz, locais com histórico índice de furtos. "A meta é que no fim do ano, as pessoas possam andar tranqüilamente nas ruas para as compras de Natal", disse. Em seguida, o projeto de instalação de câmeras terá como endereço a avenida Paulista. Naquele local, serão 16 equipamentos, sendo oito deles só no Parque Trianon. Outras regiões que receberão câmeras são o Glicério, Santa Efigênia e praça Júlio Mesquita. "Estes projetos aguardam patrocínio", disse Ewander. O projeto na região central gerou a manifestação de outras subprefeituras, que também estão interessadas em passar pelo monitoramento de segurança das câmeras. "Estamos conversando com as subprefeituras da Penha, São Mateus e Lapa. Vamos estudar os locais para que o custo do sistema não fique muito alto", disse. Na Penha, onde as discussões avançaram mais, há a previsão de instalação de 12 câmeras. Outras solicitações vêm da rua José Paulino (Bom Retiro) e dos bairros da Mooca, Perus, Santana, Tucuruvi e Cidade Ademar. Com o aumento de câmeras na cidade, está prevista a mudança de endereço da Central de Monitoramento da GCM para a rua General Couto de Magalhães, na Nova Luz. Com uma verba de R$ 7 milhões, rateada entre o município e o Estado, será feita a reforma de um prédio de seis andares para a nova sede. O local também terá equipamentos e um link que possibilitarão o compartilhamento de imagens entre GCM e PM. A data da mudança para o novo prédio ainda não foi divulgada. USP - A estimativa é que em São Paulo já existam mais de 700 mil câmeras em prédios públicos e privados. A Universidade de São Paulo (USP) publicou, no último dia 3, um edital de licitação para a compra de 85 câmeras de monitoramento. Os equipamentos que serão instalados na área externa do campus da Cidade Universitária fazem parte da primeira fase do projeto. A idéia é instalar, no total, 168 câmeras. Segundo informações da USP, as câmeras terão giro de 360 graus e sistema infravermelho para captar imagens à noite. No campus da zona oeste, já existem 22, instaladas em pontos estratégicos, em 2003, para inibir infrações de trânsito e furtos de automóveis. No local, o número de ocorrências é crescente e também registram assaltos e estupros.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de agosto de 2006
GRÉCIA
LAZER - 3
LEITURA Primavera dos Livros, aventura animal, arte popular Divulgação
A herança greco-romana está presente nas artes, ciências exatas e humanas. É a base da filosofia. A literatura vai buscar lá suas referências. Até a beleza seria diferente sem os gregos.
João Pedro Neto/Divulgação
Edição passada atraiu público de todas as idades
FÍDIAS
FILÓSOFOS Platão e Aristóteles (foto, em obra de Rafael), com sua filosofia, influenciaram como ninguém a forma de pensar da humanidade.
Estação das letras Marcos Fernandes/LUZ
Escultor ateniense (490 a.C - 430 a.C), Fídias executou esculturas de Apolo, Zeus e, entre outras, a monumental escultura de Atena do Partenon. Em ouro e marfim, a peça tinha 12 metros de altura.
Estátua Torso de Doryphoros, um atleta, exemplifica o ideal de beleza masculina. "A busca pelo corpo perfeito era uma constante, tanto que os deuses vão ficando cada vez mais jovens e mais despidos", diz o curador Tiago de Oliveira Pinto
PERGAMON HOMERO
A
s exposições no museu da Faap nunca passam despercebidas. Dono de um respeitável acervo de arte brasileira – Anita Malfatti, Brecheret, Di Cavalcanti, Lasar Segall, Portinari, entre outros – faz, de tempos em tempos, uma exibição de porte, para embasbacar o público e bater recordes. Entre as recentes, a mostra A Arte no Egito no Tempo dos Faraós, que atraiu 400 mil pessoas. Nesta Deuses Gregos, o autor da cenografia é Jorge Elias. E Tato cuidou da bela iluminação que incide delicadamente sobre as peças, valorizando entalhes das esculturas e minúcias pintadas ou incrustadas nos vasos, detalhes das oferendas votivas, linhas sinuosas de mãos, pernas, pés e semblantes eternizados em mármore antes da era cristã. Uma tarefa particularmente trabalhosa foi reproduzir o friso do altar de Pergamon. O alto-relevo central foi executado em gesso. E para dar a dimensão lateral desejada, entraram representações fotográficas impressas com plotagem. A Copa da Cultura, parceria da Faap com o Ministério da Cultura na área de intercâmbio cultural entre o Brasil e a Alemanha, possibilitou trazer ao Brasil essa mostra tão grandio-
sa. O acordo foi firmado em setembro de 2004. Desde então, 15 pesquisadores e técnicos, especialistas de diversas áreas, viajaram de Berlim para São Paulo e vice-versa. O Museu do Pergamon, patrimônio histórico da humanidade reconhecido pela Unesco, possui em seu acervo cerca de 100 mil obras. São originais mais de 90% da coleção agora exposta. O trabalho de retirada das peças de 80 caixas de madeira e instalação sobre os pedestais foi acompanhado de perto pelos envolvidos, alemães e brasileiros, numa mistura de idiomas, instruções, alertas. A operação de desencaixotar a obra Sátiro com Hermafrodita, por exemplo, envolveu nove carregadores, três técnicos, o diretor de museu, o curador (foto) e a arqueóloga alemã Dagmar Grassinger, coordenadora da parte científica do projeto, que só tem elogios para a equipe brasileira. Em coro, Andreas Scholl enfatiza a importância da restauração de algumas peças especialmente para este evento e a vinda de obras em exibição no Pergamon. "Em Berlim, os visitantes saberão da relevância da mostra ao encontrar, no lugar da obra, uma placa informando que ela está no Brasil." (LHC)
Centro Cultural São Paulo. Rua Vergueiro, 100, Paraíso, tel.: (11) 3383-3402. Das 10h às 21h. Até domingo (20). Ingresso: grátis.
Um latido entre as estantes
N
a Primavera dos Livros o público mirim terá a chance de conhecer diversas novidades durante os lançamentos de livros infantis. Uma delas é Pra Fora, Rex! da Alis Editora (12 páginas, R$ 17), escrito pelo jornalista Chicolelis, do DC. Sua estréia na literatura infantil vem ilustrada por Carlos Maia e mostra como o cãozinho Rex ficou triste e decepcionado ao perceber que seus donos tratam os novos animais da casa de forma diferente. As histórias infantis entraram na vida do autor por meio dos dois filhos, já adultos, que quando tinham entre cinco e dez anos, pediam para que ele contasse histórias. O tema era escolhido pela dupla, que depois ouviu as criações do pai. "Fazia pequenos registros, para me ajudar num possível, 'bis'. Há cerca de oito anos encontrei estes registros naqueles montes de papéis que tenho guardado. E resolvi escrever todas as histórias, mais ou menos umas 15". A primeira delas, transformada em livro, traz como protagonista o cachorro Rex, baseado em um vira-latas de um casal de amigos. Mas esse não foi o único Rex que passou pela vida do autor. Ele lembra que a família morava em Ponte Nova, Minas Gerais, e tinha um cão branco chamado Rex, certamente vira-latas. Em Pra Fora, Rex! a compreensão mútua e o companheirismo entre os cães e seus donos, também fazem parte da história. Mauro, o chefe da família, é quem tenta acabar com o baixoastral do cachorrinho. Na vida real não é diferente e o inventor do Rex sabe disso. "Essa relação deve existir sempre, ainda que seja com um cão, com um gato (o cão é melhor, na minha opinião), muito embora o melhor seja a relação existir entre seres humanos, com o animal atuando como um complemento", reflete. Em relação ao seu primeiro infantil, Chicolelis deseja apenas despertar um sentimento: emoção. Ele quer que os leitores percebam que é preciso sempre olhar com atenção para os seres humanos e bichos. "É só prestando atenção que você será capaz de descobrir coisas nas pessoas, nos animais e até mesmo nos seres inanimados, que o ajudarão a fazer aflorar sua emoção. Seres inanimados? Sim, um quadro, uma leiteira de louça antiga, podem trazer de volta bons momentos da nossa infância, mas se você não
ão
COPA DA CULTURA
ches e confecção de brinquedos de papel estão entre as atrações. Entre as tradicionais oficinas, Juca Kfouri é um dos autores convidados. Com seu primeiro livro infantil, O Passe e o Gol, o jornalista fará a alegria da garotada fanática por leitura e futebol. Outro destaque da programação infantil é o Show de Física, criado por cientistas do Instituto de Física da Universidade de São Paulo. A apresentação interativa traz experimentos que desvendam as riquezas do mundo da ciência. Cinema - Os frutos da união entre a sétima arte e a literatura serão exibidos em um mostra paralela, Cinema & Literatura. As sessões acontecerão até o próximo dia 24 na sala Lima Barreto e trarão filmes estrangeiros e nacionais. Lavoura Arcaica, de Luiz Fernando Carvalho e O Invasor, de Beto Brant são alguns destaques da seleção brasileira. Já entre os clássicos internacionais estão Trono Manchado de Sangue, de Akira Kurosawa e Glória Feita de Sangue, de Stanley Kubrick. A programação completa da Primavera dos Livros pode ser acessada em www.primaveradoslivros.com.br.
oduç
Marcos Fernandes/LUZ
fará uma leitura performática e uma sessão de caligrafia japonesa. Blogs - Os amantes do mundo online têm espaço garantido na Primavera. O dia deles é sábado (19) com o debate Blog e literatura, blog é literatura? Entre os convidados estará Bruna Surfistinha, garota de programas conhecida por ter transformado seu diário virtual em um best-seller, com mais de 130 mil exemplares vendidos. O debate, mediado pelo jornalista Marcelo Duarte, ainda terá as escritoras Índigo e Ivana Arruda Leite e a jornalista Rosana Hermann. Pasquim - O Pasquim, jornal criado em 1969 que unia subversão e bom humor, será tema de um bate-papo no domingo (20). O cartunista Jaguar falará sobre o legado do periódico que reunia Millôr Fernandes, Ziraldo, Sérgio Cabral, Henfil, Paulo Francis e outros. Além disso, o público ainda poderá conhecer capas do semanário exibidas em exposição. Também no domingo a companhia teatral Os Satyros fará, a partir das 15h, uma leitura dramática da peça Juliette, de Sade. Crianças - Se a intenção é divertir a criançada, atividades lúdicas e criativas não faltarão para estimular nos pequenos o gosto pela leitura. Contação de histórias, criação e desenho de personagens, representação com fanto-
Repr
Grande poeta grego de biografia obscura, teria vivido há 3.500 anos e a ele é atribuída a autoria da Ilíada e da Odisséia, obras épicas definitivas.
O Museu Pergamon fica na Ilha dos Museus, sobre o Rio Spree, em Berlim. Inaugurado em 1930, é patrimônio histórico da humanidade, e integra a Fundação Cultural Prussiana.
O
s fãs de literatura não têm do que reclamar neste mês. Depois do fim da Festa Literária Internacional de Parati (Flip), é a vez de São Paulo sediar outro evento que traz os livros como personagens principais. É a Primavera dos Livros, que acontece no Centro Cultural São Paulo até domingo, dia 20. A feira é uma iniciativa da Liga Brasileira de Editoras (Libre) e, em sua quarta edição, conta com 90 expositores. O leitor assíduo ou o iniciante não se assustarão com os preços dos exemplares. Na feira, os descontos oferecidos pelas editoras variam de 20% a 40%. Além disso, os títulos prometem agradar a todos os gostos. Na estante, literatura brasileira e estrangeira, obras técnicas, de referência e literatura infanto-juvenil. A programação também inclui debates, palestras e oficinas. Poesia -O destaque internacional da Primavera dos Livros é Gozo Yoshimasu (foto), escritor integrante da geração de poetas japoneses que quebraram com a tradicional contagem silábica dos poemas curtos (haikai e tanka). Yoshimasu participará da feira no domingo (20), e também poderá ser visto em um trecho do filme Song of Island, exibido a partir das 16 horas. Depois do longa, ele ainda
CORDEL
Rita Alves
N
a capa, uma xilogravura ou clichê metálico. No recheio do livreto, poesias narrativas de métrica regular, quase sempre sextilhas, que contam histórias de amor, acontecidos curiosos de duelos e pelejas, sagas de vida e morte, encontros no céu, pessoas que se transformam em animais, bichos que falam e seres mitológicos que aparecem, encantando ou assustando quem está por perto. Esse é o universo do cordel, celebrado até o dia 26 no evento Cordel na Cortez, que pelo quinto ano reúne em sua livraria produtores e amantes da arte popular. No 5º Cordel na Cortez, estão à disposição mais de mil títulos. Exemplos: Romance do Pavão Misterioso (marcada na imaginação popular via novela Saramandaia, na voz de Ednardo), de José Camelo de Melo; As Proezas de João Grilo, de João Ferreira de Lima, entre muitos outros, todos impressos no tradicional papel encadernado em tamanho 11x16 centímetros, vendidos sempre a R$ 2 cada. Barato, sem luxos desnecessários, mas cheio de alma. Assim é o cordel. A distribuição dos folhetos, cuja maior produção acontece na região Nordeste do País, não raro provoca aglomerações, leva a cantorias e leituras coletivas. É uma festa. Na programação do evento paulistano entram palestras, oficinas de xilogravura, exposições, saraus poéticos e a demonstração do Cordelar, um empreendimento cultural que pretende manter a tradição da linguagem tipográfica e xilográfica na impressão de folhetos de cordel. (LHC) 5º Cordel na Cortez Livraria Cortez - Rua Bartira, 317, Perdizes, tel.: (11) 38737111. Até sábado, dia 26. Divulgação
prestar atenção, isso se perde e, muitas vezes, para sempre". Quem terá chance de prestar atenção nas aventuras de Rex é a criançada da Favela de Heliópolis. É lá que, a partir das 15h de hoje (18), o Instituto General Motors distribuirá exemplares de Pra Fora, Rex!com a presença de seu inventor, Chicolelis. Já na Primavera dos Livros o lançamento será no sábado (19), às 16h. (RA)
Rex em sessão de Raio X. E ao lado, capa de Pra Fora, Rex!, de Chicolelis.
2
Compor tamento Urbanismo Polícia Ambiente
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de agosto de 2006
POLÍCIA ACREDITA TER IDENTIFICADO O HOMEM MASCARADO
Chega a seis o número de suspeitos em seqüestro
Reprodução da TV Globo
Projeto Cidade Limpa vence primeira batalha na Câmara
O
Um dos bandidos, o Balengo, foi reconhecido rapidamente pelas vítimas. Ele saiu de uma unidade prisional em fevereiro e teria um alto posto dentro do PCC. Outros suspeitos da facção estão na lista, mas ainda não foram identificados por meio de imagens.
A
polícia já tem seis suspeitos de envolv i m e n t o n o s eqüestro do repórter Guilherme Portanova e do auxiliar-técnico Alexandre Coelho Calado, funcionários da Rede Globo. A dupla foi capturada na manhã sábado por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), que exigiu a exibição de um vídeo com reivindicações da facção para pôr fim ao seqüestro do repórter. Segundo o delegado Wagner Giudice, titular da Divisão AntiSeqüestro (DAS), a polícia já tem nomes de suspeitos com passado criminoso, mas que ainda não foram reconhecidos pelas vítimas. A polícia também acredita ter identificado o homem mascarado que aparece no vídeo enviado pelo PCC . Entre os suspeitos do seqüestro, estão o ex-presidiário Carlos Alberto da Silva, o Balengo, que cumpria pena na
Penitenciária 1 de Avaré e foi solto no dia 23 de fevereiro, Sherley Nogueira, conhecido como Fininho, que fugiu do sistema penitenciário em 2005, e Alexandre Campos dos Santos, o Jiló. Retr atos – Imagens foram mostradas às vítimas para um possível reconhecimento fotográfico. O Departamento de Inteligência da Secretaria da Administração Penitenciária (Disap) tem dado contribuição importante à polícia. Na manhã de domingo, logo depois da divulgação dos retratos falados, confeccionados a partir de depoimentos de testemunhas do seqüestro das vítimas, os técnicos do Disap se reuniram e começaram a trabalhar. Um dos retratos surpreendeu os homens da inteligência. Quando bateram os olhos na imagem, as vítimas identificaram imediatamente um dos suspeitos. Tratava-se de Balengo. Durante alguns meses, ele
Dois suspeitos são ´sintonias da rua´, ou seja, fazem parte do elo entre a cúpula da facção e as células das ruas.
Encapuzado lê manifesto contra o sistema penal brasileiro: exigência para libertar repórter seqüestrado
foi monitorado de perto pela polícia, até sair do Estado. Chegou-se a pensar que ele havia desistido de trabalhar para a facção. Em maio, no entanto, a polícia levantou alguns indícios de que ele estaria articulando os atentados que ocorreram na capital paulista. Além das semelhanças físicas com os retratos falados, Balengo e Fininho ocupam posição elevada na hierarquia da facção, o que reforça o suposto envolvimento deles no seqüestro. Eles são apontados como dois ´sintonias da rua´, como é chamado que faz parte do elo entre a cúpula da facção e as células das ruas. Os sintonias funcionam como gerentes das operações criminosas, com autonomia, inclusive, para ordenar as ações.
Fininho seria o sintonia da região oeste da Capital, enquanto Balengo atuaria na região Central e também do município de Santo André, no ABCD. Os dois também são suspeitos de terem articulado a primeira série de atentados contra policiais, em maio. A polícia está à caça desses suspeitos para possível reconhecimento pessoal. Chileno – O Deic suspeita ainda da participação do chileno Maurício Hérnandez Norambuena, líder dos seqüestradores do publicitário Washington Olivetto, no planejamento do seqüestro dos funcionários da Globo. Norambuena está detido com a cúpula do PCC. O líder da facção, Marcos Herbas Camacho, o Marcola, revelou a policiais que Norambuena é seu melhor amigo na prisão. Outra tentativa da polícia para tentar identificar os autores do seqüestro é usar o sistema chamado Fênix. Trata-se de um equipamento de identificação digital de voz, imagens e impressões digitais que a Polícia Civil começou a utilizar recentemente. Foi por meio dele que os policiais selecionaram as fotos de suspeitos do crime, todos eles ex-presidiários ligados ao PCC. Outra tentativa é usar o banco de dados de voz para confirmar a identificação do homem que aparece no vídeo no PCC.
Resgate – O dinheiro do resgate pedido pela quadrilha que seqüestrou o empresário José Fortes Reina, de 57 anos, libertado quarta-feira pela polícia, seria usado para financiar fugas em cadeias do Estado. As oito bananas de dinamite encontradas no cativeiro seriam usadas contra alvos policiais e agências bancárias. Esta, pelo menos, é a principal suspeita da polícia. Segundo reportagem do Bom Dia São Paulo, da TV Globo, o crime poderia ter relação com o seqüestro o repórter Guilherme Portanova e do auxiliar-técnico Alexandre Calado. A Secretaria de Segurança Pública, porém, ainda não confirma a ligação. Reina teve de esperar longas seis horas de negociação para ser libertado, sem ferimentos. Em confronto entre seqüestradores e a polícia, um bandido foi baleado no rosto e morreu ao cair da laje do sobrado que servia de cativeiro, na Favela da Vila Clara, Americanópolis. Reina foi seqüestrado na manhã do dia 18 de julho, no caminho para a sua construtora, em São Bernardo. Ele dirigia na Rua Sebastião Barbosa de Lima quando um carro fechou a passagem. Os seqüestradores, armados, o obrigaram a entrar em outro veículo. Reina foi então levado para a favela. "Começou aqui e acabou aqui", disse, muito abalado, logo depois de ser libertado. (Agências)
s vereadores integrantes da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal de São Paulo decidiram ontem, por unanimidade, considerar legal e constitucional o polêmico projeto de lei Cidade Limpa – proposta do prefeito Gilberto Kassab que ficou conhecida pela tolerância zero contra a poluição visual na cidade e que deverá acabar com a publicidade externa no município. Foi o primeiro round da tramitação do projeto no Legislativo que, agora, seguirá para outras comissões. Em seguida, haverá duas votações e audiências públicas, até ir à sanção do prefeito. Contrário à proposta, o vereador e publicitário Dalton Silvano (PSDB) tentou apresentar ontem argumentos de ilegalidade e inconstitucionalidade da proposta na CCJ. Foi impedido pelo relator do PL do executivo, o parlamentar Ushitaro Kamia (PFL), que esclareceu que Silvano não era membro da comissão. Kamia ainda citou o artigo 307 do regimento interno da Câmara que diz que o pedido do tucano serviria apenas "para reclamar das formalidades e levantar dúvidas sobre a interpretação do regimento". Ainda disse que a análise pela legalidade e constitucionalidade da proposta já é feita pela CCJ. O presidente da CCJ, vereador João Antonio (PT) acatou o pedido de Kamia, mas prometeu anexar as indagações de Silvano ao relatório que segue a outras comissões. "Esses questionamentos ajudariam no entendimento de lacunas que o projeto de lei tem em seu formato original. Os questionamentos de inconstitucionalidade e ilegalidade do projeto deverão ficar para as audiências públicas”, disse Silvano. Ao final da reunião, os membros da CCJ admitiram a necessidade da criação de um substitutivo ao PL. A idéia é aprovar a proposta original em primeira votação e, antes ir a segunda e definitiva discussão, os vereadores apresentariam um substitutivo. Ivan Ventura
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4 -.LAZER
GASTRONOMIA
HAPPY HOUR
Sérgio de Paula Santos
Tentação em goles Como menu-degustação, as porções são pequenas. Por outro lado são bem numerosas, de 30 a 35 por refeição, entre várias entradas, tapas, primeiros, segundos e terceiros "pratos", ante-postres (pré-sobremesas), sobremesas de variações de frutas e doces aos quais se seguem o café e os destilados. Com relação aos vinhos, a escolha é ampla, e se o menu-degustação foi de surpresa, optamos nos vinhos por uma "cava" (espumante) brut do Penedés, por um Alvarinho galego (Pazo de Señorans Rias Baixas), por um Mersault les Santenots 2000, ao qual se seguiu um Pavilly-Fuissé Hors-Classe Tournant de Povilly 2001. Com as sobremesas, um fortificado catalão, Mataró, 2004. Foram cerca de quatro horas de sacrifício, ao qual resistimos com bravura... E v i d e n t emente, o conceito de restauração de Adrià é polêmico e discutível mesmo, com críticos e louvadores incondicionais. Abstraindo os "críticos" profissionais de gastronomia, que só podem ver virtudes, sem o que perderiam seus empregos, a cozinha de Ferran Adrià é muito interessante e bem diversa da grande maioria, em uma atividade em que quase tudo se copia e se repete. Em seu livro de 2005, transcreve mais de 1200 receitas e dá-nos alguns dos fundamentos de sua cozinha. Destes, o primeiro é: "A cozinha é uma linguagem através da qual se pode expressar harmonia, criatividade, felicidade, beleza, poesia, complexidade, magia, humor, provocação e cultura". Apreciando bastante, ou menos, o que é pouco provável, a cozinha de Ferran Adrià é absolutamente notável, criativa e original. Se possível, vale a pena conhecê-la. Sérgio de Paula Santos é médico e crítico de vinhos. Membro-Fundador da Federação Internacional dos Jornalistas e Escritores do Vinho (Fijev), é autor de livros sobre vinhos, o último dos quais, O Vinho e suas Circunstâncias, Senac, São Paulo, 2003.
A nova jornada de Natalie José Guilherme Ferreira
O
site e os artigos sobre vinhos da escritora e sommelère canadense Natalie MacLean já se tornaram cult no seu país. Beminformada, apresenta em newslettersos lançamentos de reconhecidos produtores mundiais. Nunca esquece de estabelecer os inúmeros vínculos culturais do vinho e de valorizar a boa mesa de jantar como território de "tolerância e unidade". Revela um bom humor e um senso crítico inconfundíveis ao analisar comportamentos. Num de seus artigos na internet, descreve o "wine snob" como ave rara capaz de eriçar a
Amplo balcão, quadros brincando com a temática cervejeira no Devassa. Público diferente é presença constante.
"plumagem verbal" na presença de um Cabernet de boa origem. Relata ainda os hábitos da hilária subespécie Borus technotalkatus que, em intervalos regulares, emite sons como "fermentação maloláctica". Ou as manias daquela outra subespécie de esnobe que, ao degustar o vinho, percebe não só a região e a vinícola de origem, mas também "o que o viticultor e sua mulher estavam conversando no dia em que as uvas eram colhidas". As tiradas de Natalie são as de uma observadora perspicaz: "o que distingue o verdadeiro esnobe dos falastrões que se autodenominam connaisseurs é atitude. Estes provarão novos vinhos, de novas regiões; esnobes estão convencidos que somente um bom château pode fazer um bom vinho". Não é à toa, portanto, a expectativa em torno do primeiro livro de Natalie Red, White, and Drunk All Over: A Wine-Soaked Journey from Grape to Glass (Doubleday Canada), a ser lançado no próximo dia 29.
http://www.nataliemaclean.com http://gremolata.com/natalie_maclean.htm
Armando Serra Negra
C
omo disse Oscar Wilde: "Resisto a tudo, menos a uma tentação". E é assim mesmo que a Cervejaria Devassa, carioca da gema, instalada nas docas do bairro Santo Cristo desde 2002, ousa apresentar-se ao público. Despudorada, deliciosa. Com capacidade produtiva de 350 mil litros mensais, são cervejas e chopes artesanais, com estratégia de marketing inovadora, introduzindo o produto a partir de seus próprios bares. O primeiro Devassa nasceu no Leblon, espraiou-se para Ipanema, Jardim Botânico, Barra da Tijuca, Flamengo, Centro, Niterói, agora atracando em Sampa. "Cada uma delas conta com um público diferente; a do centro atrai executivos, no Leblon os da velha guarda, a moçada na Barra e Ipanema", explica Fernando Mendonça. Arquiteto da
PPMS Arquitetos Associados, desenvolveu o novo projeto em ponte aérea com o colega Franklin Iriarte. "As casas seguem um padrão evolutivo; idéias daqui foram para lá, as de lá vieram para cá", contrapõe. A Inglaterra já está importando cerca de mil caixas por mês das long-necks tipo premium (triplamente filtradas). Nas bandas de cá, o chope Índia, o que mais sai, tem uma história curiosa: por ocasião do império britânico, os ingleses desenvolveram um tipo de cerveja mais fermentada, mais forte, que agüentasse a longa travessia até a Índia, para saciar a sede dos colonizadores; tradicionalizando-se como india pale ale (IPA), continua fartamente consumida na Grã-Bretanha. Cervejas e chopes, a diferença que há entre eles – interferindo no gosto e no preço – é
que a primeira (mais barata), engarrafada, passa por um processo de pasteurização que elimina os lactobacilos vivos, conferindo-lhe maior durabilidade; já o chope, mais caro e saboroso, é uma bebida "viva", não pasteurizada e com baixíssima durabilidade – um barril não garante a qualidade da bebida por mais de uma semana – também exige maior mão-de-obra para chegar à mesa. Tons ocre, verde, madeira clara e escura, amplo balcão, o Devassa tem um salão principal elegante – barulhento como toda choperia que se preze. Amplo balcão, quadros brincando com a temática cervejeira, pin-ups pop art, grande lousa centra o ambiente, desnudando o teor das garotas: pilsen loira 4,8% vol (R$ 4,20), ale ruíva 4,8% vol (R$ 4,70), dark negra 5% vol (R$ 4,70), índia
6% vol (R$ 4,90). Fugindo da algazarra, no jardim de inverno anexo, mais silencioso (a proteção acústica do bar é de primeira linha), teto de vidro, é bom para namoricos. O segundo andar oferece sobriedade e discrição para acolher jantares mais formais. Generoso como o sotaque da simpática garçonete, são as porções que Célia sugere: Maria Bonita e Lampião (carne seca desfiada, puxada na cebola com cobertura de aipim frito, R$ 20,80), Camarões Camaradas (médios, empanados, levemente crocantes, molho golf, R$ 32,90), Pimentinha (croquetes de carne bem apimentados R$ 16,50). Devassa - Alameda Lorena, 1040, Jardins, tel: (11) 3083-4470.
RÁDIO
Decifrando tradições André Domingues
É
simpático ver crianças fantasiadas, buscando dançar e cantar como seus avós – ou como os avós dos seus avós –, mas o folclore pode ser mais do que isso. Pode ser presente, vivo, atuante no dia-a-dia. É o que prova o produtor Júlio de Paula, da Rádio Cultura FM, com seu programa Veredas, dedicado a explorar essa mata quase virgem da música popular tradicional brasileira. E os frutos que colhe são tão bons, que uma edição do programa, "Quebra-Coco: Canto que virou dança, dança que virou canto", ganhou, há pouco, o 3° lugar na categoria "Programa Musical" na gigantesca Bienal de Rádio, organizada pelo Conselho Nacional para a Cultura e as Artes do México, que reuniu trabalhos de países como México, EUA, Alemanha, Argentina, Rússia e Chile. Júlio de Paula, também produtor do ousado Supertônica, apresentado por Arrigo Barnabé, insere-se numa nova visão sobre o folclore. Essa visão está bem menos ligada à formação de um grandioso nacionalismo musical, como desejavam os antigos folcloristas Mário de Andrade e Câmara Cascudo, do que na dinâmica própria de cada pequena comunidade produtora de música. Sem deixar de louvar a contribuição que esses mestres modernistas legaram, Júlio encontra seus pares na turma da etnomusicologia, um campo formado na interseção da antropologia, com a musicologia e a história que vem trazendo debates muito interessantes. Um deles, aliás, é a discussão sobre os preconceitos que o termo ‘folclore’ carrega: ser uma manifestação artística menor, feita de qualquer jeito e, principalmente, cristalizada num passado longínquo. Nada mais distante disso do que Veredas, que, pelo contrário, costuma ir a campo e flagrar manifestações musicais valiosas, presentes na vida do sertão nordestino ou da cidade de São Paulo. Gente atenta, como os meninos dos grupos A Barca, Cordel do Fogo Encantado, Mestre Ambrósio e o Duo Axial – que têm lugar cativo na programação, vale dizer –, já percebeu a imensa riqueza desse repertório e vem incorporando-o sistematicamente à sua música. E com razão. Menos que uma peça de museu, Veredas mostra que o folclore é como a nossa biodiversidade: um imenso reservatório de alternativas para o presente e para o futuro. Veredas - Cultura FM, 103.3) - Domingo, dia 20, à meia noite: batuques do Sudeste (do samba rural paulista ao jongo com Clementina de Jesus); músicas do álbum Extremosa-Rosa, de Roberto Correa e temas da tradição ibérica dos fandangos e romances. Reprise na sexta, dia 25, às 22h.
Arquivo DC
O
Milton Mansilha/LUZ
El Bulli
s apreciadores da boa gastronomia e da boa restauração, os gourmets e amantes da mesa notaram há tempos que os centros de referência e o eixo das mais louvadas cozinhas se deslocaram. Modismos à parte, o eixo Paris-Lyon deslocou-se, segundo a maioria dos gastrônomos, de algumas centenas de quilômetros para oeste, para o de Madri-Barcelona. Nesse deslocamento, em que vários nomes devem ser lembrados, um é obrigatório, o do catalão Ferran Adrià (foto), do restaurante El Bulli. Sua referência é Barcelona, da qual o restaurante dista cerca de 179 quilômetros. Em não se estando motorizado, os primeiros 140 quilômetros podem ser percorridos de trem, até Figueras, em confortáveis vagões. O restante, até Roses, tranqüilo balneário catalão, se faz de carro. O Bulli está na periferia de Roses, no alto de uma colina, junto à uma encosta íngreme, sobre uma praia. A vista do alto é linda. É uma construção simples, quase despojada, sóbria e elegante, com apenas 50 lugares, mas com uma infra-estrutura de 53 funcionários, entre cozinha e garçons. Mesmo com esse acesso complexo, a demanda supera em muito a disponibilidade da casa. Para cerca de 400 mil pedidos anuais de reservas, somente 20% são atendidos. A espera, para pedidos feitos agora, no segundo semestre de 2006, é de dois anos. E ouvimos comentários que no final de 2008 a casa deve mudar-se. Como dito, são comentários. O restaurante fica aberto apenas seis meses por ano, e ainda assim fecha às segundas e terças-feiras, com exceção do mês de julho, em que funciona diariamente. Nos outros meses, Ferran ocupa seu tempo em um laboratório de gastronomia, em Barcelona, onde, com um irmão químico, experimenta e cria suas iguarias, redige seus livros e viaja por todas as partes, para palestras, cursos e para tomar contato com ingredientes e especiarias menos conhecidos na Europa. O serviço do Bulli é um menu-degustação bem ampliado e principalmente original, com alterações de forma (mexilhões esferificados), de consistência (espuma de polpas de frutas) e de estrutura ("caviar" de manga), numa variedade teórica e prática ilimitada, como a imaginação e a criatividade.
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de agosto de 2006
Veredas da música popular F
oi inesperada essa premiação? Júlio de Paula: De certa forma, sim. Eu acredito que o programa seja bacana em forma e conteúdo, mas a reação depende bastante de quem esteja ouvindo. Eles devem ter contado muito o formato: não tocar música, simplesmente, mas contar uma história através da música, com citações de pesquisadores, folcloristas clássicos, entrevistas de campo... É um tipo de musical próximo do "ficture", gênero pouco divulgado por aqui, que se utiliza da linguagem da ficção para contar algo da realidade. O que é folclore, hoje em dia? Júlio de Paula:Para falar a verdade, eu acho a palavra folclore um tanto problemática. O programa tem cinco anos e eu nunca usei essa palavra no ar. Faço opção por "música popular tradicional". Essa música existe em todo lugar, inclusive nas cidades grandes. Na favela Real Parque, aqui de São Paulo, por exemplo, tem uma comunidade de 400 índios Pankararu, emigrados do nordeste, que mantém alguns
rituais, como o Toré. O povo guarani quando a gente vai gravar coisas em também está aqui, no extremo da Zo- campo – o que só é possível 10% das vezes, infelizmente! –, a idéia é tentar na Sul, e faz seus rituais toda tarde. A cidade grande é capaz de gerar transpor a vivência dali para o ouvinte, com o mínimo de innovos folclores? terferência. Lá onde Júlio de Paula:Sim. vive o artista popular O baile funk carioca é é onde ele fica à vonfruto de uma cultura tade e sempre mospopular urbana e pode tra algo mais. vir a se tornar tradicioE como o progranal. Quem sabe? As ma repercute entre coisas estão em moviesses artistas? mento... Hoje, deve ter Júlio de Paula: uma porção de emboladas falando da cabe- O programa tem cinco Olha, em termos de çada do Zidane! anos e eu nunca usei artistas, nem sempre E o que muda na essa palavra (folclore) eu consigo retornar o programa, mas o transposição dessas situações comunitá- no ar. Faço opção por momento da grava"música popular ção já costuma ser rias para o rádio? muito gratificante. A Júlio de Paula: É tradicional". realmente complicaJúlio de Paula repercussão mais interessante que eu tido, no rádio já vira ouve foi em Parintins. tra coisa, até porque a manifestação nunca é só música, envol- Fui para lá e vi que aquela música de ve dança, outras artes, e tem todo um boi estava pasteurizada. Resolvi, enambiente que cerca aquilo. Por isso, tão, só descrever a festa e ver o que
aconteceu pra ficar assim, mas, aí, acabei encontrando o núcleo original do boi de Parintins. Foi lindo! Gravei um velhinho que sabia diversas melodias do boi que eles faziam há 50 anos atrás. Eles se sentiram valorizados de tal forma com a gravação, que, a partir disso, a comunidade decidiu recriar o seu boi. (AD) Alguns lugares já visitados por Júlio: - Sertão de Minas, zona rural Cordisburgo, Araçaí e região. - Garanhuns, agreste pernambucano - Quilombo Castainho (derivado de Palmares), quase na divisa de Pernambuco e Alagoas - Arcoverde, "portal" do sertão pernambucano - Aldeias guaranis, na extrema Zona Sul de São Paulo
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de agosto de 2006
Compor tamento Urbanismo Tu r i s m o Polícia
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3
PROJETO PREVÊ AJUDA DA INICIATIVA PRIVADA
A exemplo de outras grandes capitais do mundo, o Centro tem de ser referência turística. Marco Antônio Ramos de Almeida, presidente da Viva o Centro
Paulo Pampolin/Hype - 23/07/2004
Ó RBITA
Ó RBITA
CONFRONTO NA 25
BOMBA NO INSS
U
m confronto entre camelôs e agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM), na rua 25 de Março, terminou ontem com três feridos e a prisão de três pessoas. Segundo a GCM, a confusão começou durante uma fiscalização de rotina. Os camelôs se revoltaram e iniciaram o confronto. Os ambulantes atiraram pedras, dois guardas ficaram feridos e foram encaminhados ao Hospital do Servidor Público Municipal. Uma GCM, que levou uma pedrada na cabeça e sofreu pancadas na coluna, está em estado grave. Outro guarda perdeu a falange do dedo. Duas mulheres e um homem foram presos em flagrante. O ambulante preso também ficou ferido e foi socorrido. (AE)
ma bomba de fabricação caseira levou a polícia a U evacuar o prédio e a
Projeto quer transformar Centro em atração turística
suspender os atendimentos, ontem, na sede do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), em Presidente Prudente (SP). A polícia trabalha com a possibilidade de que a bomba, localizada no canteiro de entrada do prédio, tenha sido colocada por simpatizantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) com intuito de aterrorizar a população. A bomba, com 20 centímetros de comprimento e 1,5 polegada de diâmetro, foi desmontada pela Polícia Militar e levada à sede da Polícia Federal. Dentro do artefato havia pólvora, esferas de chumbo e pedriscos. (AE)
ATROPELAMENTOS
Idéia é criar mecanismos que atraiam turistas para a região. Hoje eles são aconselhados a evitá-la.
TURISTAS
número de mortes O provocadas por atropelamentos no Estado de
Clarice Chiquetto
São Paulo caiu 46% nos últimos dez anos, segundo pesquisa divulgada pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). Em 1996, o índice era de 10 mortes por 100 mil habitantes. O último estudo, referente ao ano passado, revelou que esse índice caiu para 5,4 mortes por 100 mil habitantes. Em relação a 2004, quando aconteceram 5,5 óbitos por 100 mil habitantes, a queda foi pequena. Na capital paulista, onde estão concentrados 29% dos óbitos por atropelamento do Estado, houve diminuição de 57% nas taxas de mortalidade. Passaram de 11,5 para 5 óbitos por 100 mil habitantes, entre 1996/1997 e 2004/2005. (AE)
METRÔ Ministério Público do Estadual determinou O ontem o início de uma
investigação que tentará coletar provas para fundamentar uma Ação Civil Pública que pleiteará, no mínimo, a soma de RS$ 70 milhões do Sindicato dos Metroviários de São Paulo. A ação é contra o seu presidente, Flávio Godoi, que declarou à imprensa ter sido política, e não trabalhista, a greve que parou São Paulo, na terçafeira. A investigação é comandada pelo promotor Saad Mazloum, para quem a "greve constituiu exercício ilegal de protesto, exorbitou todos os parâmetros, feriu os interesses da coletividade. São Paulo merece uma resposta sob a forma de reparação de danos morais e materiais”, diz. (AE)
O Centro tem apenas 4,4 km2, mas abriga 8% dos empregos, representa 30% da área ocupada pelo sistema financeiro e tem um comércio rico
Dudu Cavalcanti/N Imagens - 11/03/03
Evandro Monteiro/Digna Imagem - 25/08/04
P
ara transformar o Centro no cartão postal da cidade e, com isso, atrair turistas, o Conselho Municipal d e Tu r i s m o d e S ã o P a u l o (Comtur) e a São Paulo Turismo (SPTuris) pretendem elaborar um plano de turismo específico para o local, tendo como base uma proposta desenvolvida pela Associação Viva o Centro. Já foi assinado, inclusive, pelas duas instituições municipais, um projeto que prevê o uso de parcerias com empresas privadas para alavancar a idéia de "reembalar" a região. "A exemplo de outras grandes capitais do mundo, São Paulo precisa ter um Centro que seja referência turística. É aqui que está a história da cidade e é nele que as pessoas precisam pensar quando vêm para cá", afirma o presidente da Viva o Centro, Marco Antônio Ramos de Almeida. Discussão – A proposta elaborada pela associação será discutida com mais detalhes com a SPTuris em cerca de dez dias. Fazem parte do projeto, ações como a instalação de placas turísticas e roteiros sinalizadores nas calçadas, placas indicativas de pontos turísticos, como museus e teatros, a distribuição de folders, mapas e pequenos guias nos aeroportos, hotéis e pontos de turismo, a criação de locais adequados para os ônibus turísticos estacionarem perto de locais como o Teatro Municipal e Pinacoteca, além do aumento no número de pontos de informação com pessoal especializado. A idéia também é fazer uma
Caio Carvalho: início em 2007
Para Iazzetta, o Centro melhorou
Luiz Prado/Luz
Milton Mansilha/Luz
Ramos, da Viva o Centro
Municipal entrará no roteiro
campanha turística convocando os visitantes a se hospedarem e circularem pelo Centro – situação inversa à atual, quando é comum as pessoas serem desaconselhadas a evitar o roteiro. Para isso, especialistas forneceriam explicações e direções aos turistas. "Quem for recebê-los será treinado. Essas ações vão gerar novos empregos e renda para os profissionais do ramo de Turismo", diz Ramos de Almeida. Para isso, devem ser desenvolvidos planos segmentados setoriais detalhados, como se fosse criado um plano
diretor de ocupação específico para o Centro. O presidente da SPTuris, Caio Luiz de Carvalho, espera que o projeto seja elaborado até novembro e comece a ser colocado em prática no início de 2007. A sugestão já tem o aval do Secretário das Subprefeituras, Andrea Matarazzo. Cultura – A intenção principal de Carvalho é aumentar as opções culturais da região central, trazendo exposições, peças e shows para serem exibidos, inclusive ao ar livre. A Virada Cultural – projeto que começou em 2005 e é uma maratona de eventos com 24 hor a s d e d u r a ç ã o q u e re ú n e mais de 3 mil artistas e atrações – é um exemplo do tipo
de ação que a SPTuris pretende implantar. No documento encaminhado aos conselheiros do Comtur com as justificativas para sua proposta, a Viva o Centro destaca o fato de o Centro ser uma área pequena – 4,4 km2, ou 0,5% da área da cidade –, mas abrigar 8% dos empregos formais paulistanos, 30% da área ocupada pelo sistema financeiro, servir de destino a 20% das pessoas que andam diariamente na capital, possuir alta concentração de edifícios tombados e um comércio rico . "O Centro da cidade de São Paulo tem todas as ferramentas necessárias para atrair visitantes que queiram passear e também consumir. Mas para isso é preciso um alto investimento em melhorias turísticas, em limpeza pública e também em segurança", opina Ramos de Almeida. Maurício Iazzetta, diretor da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), e membro do Comtur, ressalta que um projeto de foco turístico como esse é imprescindível para o Centro da cidade e só pode ser colocado em prática por meio de parcerias, pois o poder público já tem seus recursos comprometidos com outras questões. "As empresas do Centro têm interesse em efetivar um projeto como esse, que valoriza a região", opina. Iazzetta acredita, entretanto, que a região melhorou muito nos últimos anos, está mais iluminada e limpa, além de ter algumas áreas e estrut uras remodeladas. Para o diretor, falta divulgação do poder público e da mídia para atrair os próprios paulistanos ao Centro, o que, por si só, já ajudaria a aumentar o número de turistas.
m menos de 13 horas, 19 E turistas estrangeiros foram assaltados ontem no
Rio. Os ladrões levaram, ao todo, quatro câmeras digitais, dois celulares, vários relógios, uma filmadora e dinheiro: R$ 900 e US$ 60. O comandante da Polícia Militar, coronel Hudson de Aguiar, disse que "pensar que tudo vai ser resolvido só com polícia é um discurso ultrapassado". Ele criticou indiretamente a prefeitura ao citar a presença de "menores perambulando, moradores de rua, mendigos e uma prostituição que leva a drogas, bebida e lesões corporais". À tarde, seis homens, em três motos, seguiram uma van da agência de viagens Brasil Expedition com 14 turistas e a interceptaram perto da Escadaria da Lapa. (Agências)
OURO LEGAL polícia de Araguari (MG) ficou surpresa A anteontem, quando registrou
o pouso de emergência de um avião bimotor Seneca 2, na zona rural da cidade. No interior da aeronave havia uma carga de cerca de 150 quilos de ouro em barras, avaliada em mais de R$ 3 milhões. Segundo o comandante da PM local, major Ademir Ribeiro Moura, um técnico da Receita Estadual constatou que a carga pertencia à empresa Rio Paracatu Mineração e que o avião seguia de Brasília com destino a São Paulo. "Houve uma preocupação em relação à carga, mas não foi levantada nenhuma ilegalidade", disse o major. A carga total era de 153,5 quilos de ouro, avaliada em R$ 3.766.455,83. (AE)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de agosto de 2006
LAZER - 5
Clóvis Ferreira/Digna Imagem
TELEVISÃO TV Cultura exibe entrevista e show de Moacir Santos. No SescTV, segredos da escultura.
LEITURA
O pernambucano Moacir Santos, morto nos EUA no dia 6: aluno de Cláudio Santoro, HansJoachin Koellreutter e Guerra Peixe.
Mainardi, um artista em progresso Renato Pompeu
A Mestre da renovação harmônica Regina Ricca
O
poetinha Vinicius de Moraes já o homenageou na letra do Samba da Bênção, mas todas as outras reverências que se fizer ao maestro e compositor Moacir Santos serão sempre bem-vindas. É o que faz a TV Cultura neste domingo, dia 20, às 20h30, ao músico pernambucano, um dos grandes mestres da renovação harmônica da MPB, falecido no último dia 6 nos Estados Unidos. O programa recupera uma entrevista de Moacir Santos ao maestro Nelson Ayres, concedida em 2004 e apresenta algumas das composições de sua autoria – April Child, Nanã, Bluishmen – executadas no Festival
de Música de Tatuí em 2004 pelos músicos da banda Brasil Instrumental, e no Free Jazz em 2001, desta vez pelo grupo comandado por Mario Adnet e Zé Nogueira. Santos também aparece no programa revivendo um registro histórico de um show que fez em 1992 no Teatro de Cultura Artística, em São Paulo, interpretando no saxofone, ao lado da Banda Savana, sua canção Maracatucutê. Ex-integrante da memorável Orquestra Tabajara de Severino Araújo, Moacir Santos foi aluno de mestres do quilate de Cláudio Santoro, Hans-Joachin Koellreutter e Guerra Peixe. Com eles aprendeu o
que ensinou mais tarde a outros expoentes da MPB, como Roberto Menescal, Nara Leão e Sergio Mendes. A intimidade com o mundo da arte é outra janela cultural que se abre nesta semana, de segunda a sexta-feira, às 20h30, ao se sintonizar o canal SescTV. O primeiro episódio – Escultura: Do Barro ao Bronze – mostrará ao telespectador como se dá o processo de criação dessas obras, do primeiro molde até o trabalho de fundição da peça, e algumas das jóias da escultura que embelezam a cidade de São Paulo. Na terça, entra em cena um mestre da escultura, Caciporé Torres, que vai revelar segredos do seu processo criativo,
e comentar as transformações de sua obra em 40 anos de carreira. Na quarta, entra em cartaz o especial Xico Stockinger: O Sentido da Escultura, que mostrará as fases, os materiais e os principais temas do artista plástico, considerado um dos mais importantes escultores do Brasil. No dia 24, será a vez de Felix Bressan: Escultura em Movimento, que exibirá a performance do artista plástico gaúcho em seu ateliê, na cidade de Caxias do Sul (RS). Finalmente, no dia 25/08, confira as evoluções na obra do artista plástico cearense Eduardo Frota, que explora as relações da obra de arte com o espaço expositivo.
Dores e delícias da maternidade
O
Div
ulga
ção
paraíso, endereço que nove entre dez mulheres acreditam ser parada obrigatória após a maternidade, não é lá um lugar tão tranqüilo assim. A constatação, recheada de doses singulares de bom humor, partiu de duas publicitárias – Juliana Sampaio e Laura Guimarães. Ambas passaram quatro anos contando as aventuras e desventuras de ser mãe no blog www.mothern.blogspot.com, dali enfileiraram mais histórias no livro Mothern - Manual da Mãe Moderna (Matrix Editora), outras tantas nas páginas da Re vista Trip e agora deram munição suficiente para a realização da primeira série de ficção nacional do canal GNT, Mothern, que estréia neste sábado, 19, às 20h30. A série dirigida por Luca Paiva Mello, cuja primeira temporada contará com 13 episódios, é livremente inspirada
no blog de Juliana e Laura. Mas na ficção as dores e as delícias da maternidade serão vividas por quatro jovens personagens: a arquiteta Beatriz (Juliana Araripe), a chef de cozinha Mariana (Fernanda D’Umbra, na foto), a dona de livraria Luiza (Melissa Vettore) e a publicitária Raquel (Camila Raffanti). A cada capítulo, porém, a série contará também com depoimentos reais. "Mothern é divertida, direta e fala sem rodeios às mulheres que estão vivenciando a maternidade hoje. Está tudo lá: da alegria do primeiro filho à dureza que é ser mãe, mulher e profissional 24 horas por dia", afirma Letícia Muhana, diretora do canal GNT. Buscar esse difícil equilíbrio entre ser mãe e profissional é o carro-chefe das histórias. Mas a cada episódio o quarteto de mulheres vai viver as situações pertinentes à maternidade do século 21: a escolha da primeira escola, as festinhas de aniversário, o sexo depois do parto, a adaptação de uma vida desregrada à disciplina materna ou ao cotidiano de ter de conviver e educar a filha do primeiro casamento de seu atual marido. Mothern vai ao ar também nas madrugadas de sábado para domingo às 3h30, aos domingos às 8h e 17h30, às segundas às 14h30, às sextas às 11h e 23h45, e aos sábados ao meio-dia e meio. (RR)
ROSA PASSOS
Levemente, sem truques
R
osa Passos acaba de lançar Rosa (Telarc/Universal Music). Os tempos vividos fora do País deram a Rosa fluidos carregados de ousadia. O reconhecimento de seu talento por músicos de renome internacional, feito o violoncelista franco-japonês YoYo-Ma, o saxofonista e clarinetista cubano Paquito D’Rivera ou o compositor e cantor francês Henry Salvador, confirma nela aquilo que alguns brasileiros já sabiam. Rosa passeia por clássicos como Eu Não Existo Sem Você (Tom Jobim e Vinícius de Moraes), Até Quem Sabe (João Donato e Lysias Enio), O lhos Nos Olhos (Chico Buarque), Sentado à Beira do Caminho (Roberto Carlos e Erasmo Carlos) e Molambo (Augusto Mesquita e Jayme Florence), sem se importar com a existência de várias outras interpretações. Compositora, Rosa Passos também gravou várias parcerias suas: a linda Sutilezas, com Sérgio Natureza; Demasiado Blues e Detalhe, com Fernando de Oliveira; Edredon de Seda, com Arnoldo Medeiros; o bolero Desilusíon, com Santiago Auserón, e Inverno, com Walmir Palma. Registrou também Não Sei o que Acontece (Alexandre Leão), Jardim (Kerten Ann Zeidel e Benjamin Biolay) e Fusión (Jorge Drexler). Mas quem é Rosa Passos, essa que crê estarmos aqui prontos e disponíveis para ouvi-la cantar simplesmente? Quem é ela que parece pretensiosa a tal ponto que imagina nos cativar só pela sua voz? Quem é essa cantora que
imagina poder gravar um disco inteiro só com seu cantar e a batida de seu violão; suas canções e suas fantasias? Ora, ela é unicamente Rosa Passos, a música que criou mais que um disco para se mostrar ainda mais ao mundo; a música que gravou um testamento melodioso para deixar aos amantes da música como mensagem. Mensagem como aquela que os náufragos colocam na garrafa que vaga pelas marés até chegar à costa, quando então um pescador irá expô-la e consagrá-la, desvendando seu segredo como se cantasse uma canção praieira de Dorival Caymmi. Ora, essa cantora é Rosa, mulher que se deu ao luxo de acreditar plenamente em si própria e gravar o que revela o momento que vivencia. Afinadíssima, essa é Rosa Passos. Sua voz não tem extensão de muitas oitavas. Nem precisa. Basta-lhe ser confiante em sua voz leve sem precisar de truques; ser resoluta com sua voz que é suculenta sem carecer de subterfúgios; estar decidida que sua voz é doce sem precisar lambuzar com ela os ouvidos alheios, aflitos apenas por ouvir música bem cantada, bem tocada. Segura de si, Rosa como que fecha os olhos e busca se conectar com os apaixonados pelas obras-primas escolhidas por ela para se mostrar como sempre foi: cantora do primeiro time, alguém que sabe o que quer porque sabe do tantão que é capaz de ser. Intérprete que honra este título e ainda mais o consagra.
Arquivo DC
Aquiles Rique Reis
Rosa, no primeiro time. Uma dama da música popular brasileira, que, no mínimo, consegue se superar a cada trabalho.
Atrevida, Rosa Passos não mediu ousadias. Logo de cara cantou no CD Duas Contas (Garoto) a capella. Grande, linda sacada! Estava dada a senha para mais de uma hora de puro enlevo musical. Certamente, rosas não falam; mas uma, dentre tantas rosas, canta, toca, encanta sem retoques. Delicada, como se cantasse para uma criança amedrontada pelos mistérios impenetráveis do mundo adulto, essa Rosa canta como se a ninasse com sua voz macia. Rosa despetalada não canta, perfuma, enobrece, mas se a rosa cantasse seria com aquela outra Rosa, a que segue no compasso de músicas belas e tranqüilas como são todas as crianças adormecidas nos braços de quem as acalanta e protege.
Rosa que exala perfumes harmônicos, suaves. Rosa flor que murmura, mastiga, saboreia notas como se degustasse pétalas de uma outra rosa, tão bela e tão imponente quanto ela, Rosa cantora, violonista, compositora. Rosa que canta como se o fizesse bem pertinho, aconchegada a quem a ouve. Rosa que canta como se estivesse na mesma sala, no mesmo chão, na mesma balada, no mesmo sonho, na mesma trip, no mesmo embalançar amoroso, enamorado, inebriado, em tons quase sublime. Rosa Passos. Aquiles Rique Reis é vocalista do MPB4 e autor de O gogó de Aquiles, editora A Girafa.
proveitando o embalo da venda de 40 mil exemplares, desde dezembro de 2004, do livro de crônicas A tapas e pontapés, do jornalista, escritor e roteirista de cinema Diogo Mainardi (foto), 44 anos, colunista da revista Veja, a editora Record está relançando todas as quatro obras de ficção do autor, o que permite avaliar sua evolução como artista. Prêmio Jabuti - O livro de estréia, Malthus (1989), apresentado na própria edição como romance, novela, noveleta e catalogado como conto, é uma imaginosa história, de linguagem vivaz e agradável, cujo fio condutor são as sucessivas mudanças de residência de Loyola y Loyola, um cidadão que vive de vender os móveis da casa onde mora, pertencentes a outras pessoas, e que casa com a filha do capitão de um navio em que mora temporariamente. O livro valeu a Mainardi, aos 28 anos, o Prêmio Jabuti, em 1990. A obra tem o andamento de uma história em quadrinhos, lembra a escrita automática do surrealismo, as comédias de pastelão do cinema mudo, o cinema da nouvelle vague francesa, ou seja, é bastante complexa estruturalmente e bem contemporânea. Como acontece com muitos estreantes, é um livro que depende, para ser plenamente aproveitado, de referências externas – são numerosas as referências à cultura greco-romana, à cultura renascentista, à hagiologia católica romana, etc etc – e de um código que deve ser decifrado, acessível somente para iniciados. Também há diálogos longos, em que o leitor a certa altura deixa de saber quem está falando; e Mainardi usa as formas "Procrustes", ao invés de Procrusto; "monastério", ao invés de mosteiro, e Joana de "Castilha", ao invés de Joana de Castela. O segundo romance de Mainardi, Arquipélago (1992), exige ainda mais do leitor para ser bem aproveitado. Trata-se de uma ficção filosófica, uma espécie de anti-utopia ou distopia, sobre sobreviventes de uma inundação causada pelo rompimento da barragem de Ilha Solteira (SP), que se abrigam na abóbada de uma igreja, única coisa que permanece acima das águas no horizonte visível, e que tentam, sem êxito, criar uma nova sociedade. O texto é bastante requintado, mas exige conhecimento profundo de filosofia para ser bem compreendido. Além disso, o autor usa termos eruditos pouco usuais, como "viso" (no sentido de "fisionomia"), "improviso" (como adjetivo, no sentido de "improvisado", "imprevisto") e "vorticoso" (no sentido de "vertiginoso"). Sertão - No seu terceiro romance, Polígono das Secas (1995), que na verdade poderia ser considerado uma novela-ensaio, Mainardi mostra uma grande evolução, no sentido de que a obra não depende de referências externas para ser plenamente aproveitada. Trata-se de uma sucessão de episódios, sem um entrecho propriamente dramático, sobre sertanejos nordestinos, cada um deles apresentado, não como "antes de tudo um forte", ao contrário do que escreveu Euclides da Cunha, mas como bárbaro, supersticioso e incapaz de raciocínio lógico. Sucedem-se as torturas, mutilações, assassínios, crendices e o espalhamento propositado de doenças
contagiosas. A obra, que fica entre a ficção de terror e o grand guignol francês, demonstra um grande esforço de pesquisa sobre o Nordeste, cujas paisagens naturais e sociais são descritas com precisão. Pelo lado ensaístico, há uma crítica aos famosos romances regionalistas nordestinos – e mesmo à obra de Guimarães Rosa –, no sentido de que teriam assimilado a tosca visão-de-mundo dos sertanejos, ao invés de criticá-la do ponto de vista da chamada alta cultura. O estilo é frio, impiedoso, sem emoção e sem esperança, mas está longe de ser desagradável. O livro se realiza mais como documentação social do que como grande estética. Também mais documental do que estético, mais informativo do que belo, mais satírico do que romanesco, mais picaresco do que dramático, é o último romance do autor, Contra o Brasil (1998). Tratase igualmente de uma narrativa ensaística, em que o lado narrativo enfoca a passagem do personagem principal, Pimenta Bueno, pelas terras dos índios Nambiquara, um dos mais "primitivos" do planeta (o mais "primitivo" é o povo de Andamã, ilha indiana, que é o único a não controlar o fogo), e o lado ensaístico é composto de uma série de citações de autores estrangeiros que visitaram o Brasil, do século 16 ao século 20. Entre eles estão nomes famosos como o antropólogo francês Claude LéviStrauss e os poetas Giuseppe Ungaretti, italiano, e Joseph Brodsky, russo, e que invariavelmente denunciam as mazelas brasileiras – a escravidão, a contribuição quase nula para as artes e as ciências universais, as torturas, a corrupção etc etc – numa documentação impressionante sobre os males do País e as limitações da nossa cultura. Infelizmente, a maior parte da documentação cobre os séculos 16 a 19 ou os Nambiquara, pouco se falando do século 20. Não se fala, por exemplo, do Estado Novo ou do governo militar. Nesse romance, é de notar que, desta vez, ao contrário de Malthus, os falantes dos diálogos estão muito bem identificados, com seus nomes invariavelmente vindo antes de suas falas, como num texto de teatro. O romance é uma espécie de Macunaíma em que os heróis não são louvados, e sim atacados, por não terem nenhum caráter. Escravidão - Uma observação a ser feita é que o povo brasileiro ainda está em formação, pois a escravidão impediu a sua constituição e ainda há seqüelas disso, e é cedo para dizer se seu impacto sobre o mundo vai ser negativo ou positivo. Na verdade, embora tenha como alvo o povo todo, as citações de Mainardi atacam mais as elites e os povos "primitivos" do que os brasileiros em geral, além do que quase não se referem a épocas mais recentes. Desde 1999, quando começou sua coluna na Veja, Mainardi nunca mais publicou um romance. Fica nos devendo ainda uma obra mais plenamente realizada, mais artística, mais à altura de seu talento e de sua cultura. Renato Pompeu é jornalista e escritor, autor do ensaio biográfico Canhoteiro, o Homem que Driblou a Glória (Ediouro) e do romance-ensaio O Mundo Como Obra de Arte Criada pelo Brasil, a ser lançado pela Editora Casa Amarela.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 -.LAZER
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de agosto de 2006
TEATRO Paixões proibidas, ódios, medos e perseguições . Um clássico de Molière iluminado por Paulo Autran. Fotos: Luludi/LUZ
UM SOPRO DE BRASIL NA RIBALTA O Avarento, sátira de 318 anos, soa como uma mensagem ética nos dias de hoje. um amontoado de paixões proibidas, casamentos por interesses, empregados fofoqueiros e transações financeiras com usurários. Neste ambiente, Harpagon pode ser descrito, em poucas palavras, como um personagem capaz de passar a perna no próprio filho para conquistar sua noiva. “A conduta de Harpagon é idêntica a de muitos políticos brasileiros, mas eu não diria que me inspirei em algum deles em especial para compor o personagem”, disse o ator, durante uma entrevista de pouco mais de uma hora em que fumou apenas três cigarros. Esta montagem de O Avarento vem reforçar uma das lendas do teatro brasileiro contemporâneo – a incrível disposição de Autran para o trabalho. Ele terminou a temporada de sua última peça, Adivinhe Quem Vem Para Rezar, em um sábado do mês de junho. Na segunda seguinte, após apenas um dia de descanso, deu largada aos ensaios da comédia de Molière, que se estenderam por quase dois meses. E, durante as duas primeiras semanas da temporada do espetáculo, irá dividir seu tempo entre São Paulo e Buenos Aires, onde irá filmar uma pequena participação em El Passado, próximo longa de Hector Babenco.
Oito vezes Paulo Priscila Prade/Divulgação
arpagon é um sujeito de poucos escrúpulos, que passou a vida toda mais preocupado em colecionar moedas de ouro do que amigos e afeições. Costuma ser cruel com os filhos, desrespeitoso com os empregados e indiferente ao fato de ter esquecido em algum ponto do passado o significado da palavra ética. Apesar de tudo isso, ou talvez por causa de tudo isso, Harpagon consegue ser extremamente engraçado e sedutor. Tal perfil poderia credenciar Harpagon a circular com desenvoltura pelo atual universo político brasileiro, a não ser por dois detalhes: ele é francês, e tem 318 anos. Protagonista da comédia O Avarento, Harpagon será, a partir de amanhã, o novo disfarce de Paulo Autran. Prestes a completar 84 anos (no próximo 7 de setembro), o ator chega, com este texto de Molière, à nonagésima peça de uma carreira que teve início em 1949. Dirigido por Felipe Hirsch, O Avarento entra em cartaz no Teatro de Cultura Artística, amparado por um elenco no qual se destacam desde nomes mais consolidados, como os de Karin Rodrigues e Elias Andreato, até recentes revelações dos palcos paulistanos, a exemplo de Gustavo Machado e Arieta Correa, egressa do CPT de Antunes Filho. “Desde Rei Lear, de 1996, que eu estava com muita vontade de voltar aos clássicos”, diz o ator. “Eu tenho de procurar personagens que sejam condizentes com a minha idade. Eu não tenho mais 18 anos, embora não pareça... O Avarento é uma peça cômica deliciosa, estou saciando a minha vontade de fazer uma comédia”. O Avarento discorre sobre
Obra de Molière sacia a vontade do ator de fazer comédia. Personagem sem escrúpulos protagoniza montagem.
O Avarento, estréia amanhã no Teatro de Cultura Artística, Rua Nestor Pestana, 196, tel.: (11) 3258-3344. Quinta a sábado às 21h, domingo às 18. Ingressos de R$ 30 a R$ 80
Priscila Prade/Divulgação
H
Sérgio Roveri
A atriz Karin Rodrigues, um dos destaques da peça que mescla nomes mais consolidados e revelações
Molière. Ou a sátira.
M
olière é o nome pelo qual ficou conhecido. Nascido Jean-Baptiste Poquelin em 1622, o francês era filho de um rico fornecedor de tapetes. Estudou em ótimos colégios, mas recusou-se a seguir a carreira do pai e foi para o teatro, onde atuou e escreveu peças. Em 1643 fundou em Paris, junto com outros nove atores, a companhia L'IllustreThéâtre, que se apresentou na capital francesa durante dois anos. Tentou manter o teatro, mas as dívidas o
levaram duas vezes à prisão e obrigaram o grupo a deixar a cidade. Original, Molière revitalizou a comédia satírica, na qual opostos – verdade e mentira, inteligência e pedantismo – confrontam-se. Usava suas obras para criticar os costumes da época. Em janeiro de 1673, representando no palco o protagonista de sua última obra, Le Malade Imaginaire(O Doente Imaginário), Molière sofreu um colapso, morrendo poucas horas depois em sua casa, em Paris.
HIRSCH
F
Protegido pelas chamas
oram necessários dez anos para que o diretor Felipe Hirsch conseguisse se encaixar na agenda de Paulo Autran – e vice-versa. Os dois se conhecem desde a época em que Hirsch dirigiu Nostalgia, seu segundo espetáculo em São Paulo, após o êxito de A Vida é Cheia de Som e Fúria. Nesta montagem de O Avarento Hirsch assina, além da direção, uma nova tradução e a adaptação. “Mas não propus alterações no texto de Molière,
que continua de uma atualidade impressionante”, diz o diretor. “Estamos fazendo uma montagem diferente das outras já realizadas no Brasil não por causa do texto, mas pela proposta de encenação. Minha intenção foi transformar este palco em uma espécie de bunker no meio de uma cidade que está em chamas”. O cenário, de Daniela Thomas, revestiu os fundos do palco do Cultura Artística de caixotes de madeira crua de diversos tamanhos. Ao que tudo in-
dica, Hirsch se contentou apenas com isso e abandonou as telas, as projeções e a profusão de efeitos visuais que sempre marcaram seu trabalho. “As referências que o público tem ao meu respeito agora pertencem ao passado”, garante. “Estou criando uma concepção totalmente nova, eu nunca me voltei tanto ao trabalho de ator como agora. Estou num período estritamente teatral. O que eu tenho de novo a oferecer é um conceito, e não mais os efeitos especiais”. (SR)
Uniões por interesse Antes os pais recomendavam aos filhos que se casassem com parceiros ricos. Hoje os pais não precisam mais pedir isso, os jovens já fazem sozinhos. Jovens atores Os atores jovens que vêm trabalhar comigo dizem que sentem medo no início. Depois de algum tempo, admitem que eu sou um cara legal. Idade Eu aceito fazer tudo o que me convidam porque sei que meu tempo é curto. Por isso, eu quero fazer tudo o que posso. Mas às vezes me arrependo tanto de ter dito sim para alguns projetos. Cigarro Comecei a fumar aos 23 anos, durante uma viagem a Buenos Aires, numa época em que era permitido fumar nos aviões. Estupidamente, pedi um cigarro para um amigo e nunca mais parei. Não consigo deixar de fumar, sei que sou um burro por isso, mas não consigo. Exigências do personagem Harpagon exige que eu tenha muito fôlego – e parte dele o cigarro já consumiu. Eu não paro um minuto, estou sempre irritado em cena. Quando vou para a coxia, aproveito para relaxar um pouco. Parceria com Karin Nem preciso falar de minha admiração pela Karin Rodrigues. Fizemos umas 20 peças juntos, mas a última, Para Sempre, foi um completo fracasso. Experiência A experiência profissional é algo que vai se acumulando dentro de você. Talvez seja mais fácil hoje dar conta de algumas tarefas do teatro. Mas cada novo personagem é um enigma total. Ninguém tira de letra. Se algum ator disser que tira um trabalho de letra, é porque ele vai recorrer a todos os clichês que acumulou ao longo da vida. Cinema Gosto muito de fazer cinema, embora nem sempre me aprecie na tela. No meu último filme, A Máquina, ocorreu algo estranho: adorei me ver em cena. É um filme lindo, que ficou duas semanas em cartaz e ninguém foi ver. Um completo fracasso, uma pena.
Diretor faz nova adaptação, sem alterar texto original
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de agosto de 2006
Internacional
FIM DO MUNDO COM DATA MARCADA 22 A coincidência entre a data escolhida pelo presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad para anunciar ao mundo se aceita ou não os pedidos do Ocidente para que encerre as operações de enriquecimento de urânio que lhe permitiriam, no futuro, produzir a bomba atômica e tradições religiosas abrem espaço para especulações.
AGO
STO
Nahum Sirotsky, de Israel
T
erça-feira, 22, é dia muito sério. Corresponde ao fim do mês de Mordad, do calendário persa. Segundo Kurosh Nikman, representante da comunidade de seguidores de Zoroastro no Majlis, o Parlamento, a palavra representa erro de pronuncia. Deveria ser Amordad, que significa o oposto. Mordad , como chamam atualmente o quinto mês do calendário, significa Morte e o Nada. O Persa (Parsi) designava os meses do calendário para lembrar os esforços, a consciência ou o conhecimento. Vida Amordad significa vida e eternidade. Nikman propôs uma volta ao antigo nome. A proposta foi publicada no site árabe mehrnews.com. Ignoro se foi aprovada. Mas Mordad é o que se lê no cabeçalho de diários em inglês sobre o Irã, de 23 de julho a 22 de agosto. Desculpe ser um tanto didático. Mas de que adianta saber que Nikman representa os seguidores de Zoroastro, também conhecido como Zaratustra, sem saber nada desta que é das mais antigas religiões e que pregava a existência de uma Unidade? Há três mil anos? Mil anos antes profetizava que iria aparecer um Salvador, um Messias que inúmeros intérpretes dizem ter sido Jesus. E que profetizou que uns três mil anos depois da passagem dele reapareceria o Messias na Pérsia, hoje Irã, como Espírito Divino, que muitos dizem ser no dia 22 do mês corrente. Zoroastro se dizia Mensageiro da Revelação Divina que teria recebido aos 30 anos de idade. A tradição diz que era um sábio em tenra idade. Um modelo de bondade e caridade para com os pobres e animais em toda a sua longa vida. Foi assassinado aos 77 anos, enquanto rezava. Sua mensagem, na pratica monoteísta numa época em que predominava o politeísmo (crença em vários deuses), foi condenada por gerar confusão na mente do povo e perseguida por sacerdotes. Acabou sendo a religião oficial por um um tempo. Sua mensagem é contida no " ZendAvesta", ou " Comentário sobre o Conhecimento". E dizia, entre outras coisas, que "quem semeia milho, semeia religião". E o que mais vale no trabalho é a dedicação do trabalhador". Entre seus mandamentos: falar a verdade; cumprir o prometido; evitar dívidas. No site www.bahai.org.religão.br consta uma boa idéia do que pregava. Perdoem se cito fontes. É que elas têm autoridade de conhecimentos que não tenho. Em Albawaba, website árabe, leio que a decisão de Mahmoud Ahmadinejad, o presidente do Irã, de adiar para o dia 22 uma nova resposta ao Ocidente para que cesse o seu esforço na área nuclear leva a curiosas conclusões. Talvez "esteja no coração de tradição islâmica ao mesmo tempo que ressalta a inabilidade do Ocidente para entender o alcance do conflito de civilizações entre a tradição judaico-cristã e aquela de seu sucessor, o Islã." Na tradição xiita, que é a seita do presidente do Irã, o chamado Imã escondido, Imã-Mahdi, o décimosegundo na lista da qual Ali, genro de Maomé, inspirador do xiismo, foi primeiro, manteve-se vivo desde o ano de 874 depois de Cristo. E deve reaparecer num momento de guerra e caos global depois do qual predominará a justiça do Islã. Na mesma tradição o Imã é o líder de todos os muçulmanos. Líder mundial. Um sábio superior e acima de todos os sábios. Albawaba (www.albawaba.com) diz que muitos acreditam que ele reaparecerá neste mês, no dia 22, data na qual Saladino, o grande general muçulmano, conquistou Jerusalém, à época dominada pelos cristãos. Seria o dia em que Irã chegaria aos meios de construir a Bomba. O tempo dirá, escreve o autor que não assina, (albawaba.com./em/countries/201361) se Ahmadinejad tenta influir para o retorno do ImãMahdi e de influência global da justiça islâmica inclusive sobre Jerusalém. O atual presidente do Irã não se cansa de proclamar seu desejo de ver Israel desaparecer do mapa e ódio aos americanos, aos cruzados, como qualificados por Bin Laden e o Hezbollah, de seitas muçulmanas diferentes. O titulo do artigo publicado por Albawaba é "Apocalipse Agora Introduzido por Ahmadinejad. Apenas juntei fatos relacionados ao dia 22 próximo. Para escrever o que foi escrito urge conhecimentos que não tenho.
Assim falou Zaratustra
O
fim do mundo está próximo. Próximo demais. Tão próximo que até já tem data marcada. O mundo vai acabar nesta terçafeira, dia 22. A que horas? Bom, aí já seria pedir demais. O fato é que tantas proximidades têm explicações muito claras e evidentes. Pelo menos para os muçulmanos xiitas. Se tudo o que será relatado a seguir for algo bem além da mais coincidente das coincidências, então é melhor prepararmos a mala para a mais longa das viagens. A viagem sem volta. A viagem para o outro mundo. O apocalipse. O fim dos tempos. O passar desta vida para uma melhor. Melhor? Vamos aos fatos. Atenção! Um exercício de raciocínio se impõe a partir de agora, além de um pouco de boa vontade. Segundo as mais remotas tradições religiosas da antiga Pérsia (o Irã de hoje), e segundo o que falou Zaratustra (ele e Zoroastro são a mesma pessoa), está escrito que os derradeiros dias do mês de Mordad (mês de Agosto), o quinto no calendário persa, pode revelar fatos extraordinários. Para entender melhor é necessário ir por partes. A palavra Mordad significa Morte, o Nada. Há quem diga que a tradução estaria errada. Na verdade, que a grafia estaria errada. Que a palavra exata deveria ser Amordad, que significa Vida. Dá para entender por que é preciso ter cuidado? Lidamos com possibilidades opostas: vida e morte. Foi dito no primeiro parágrafo que o mundo acabará na terça-feira, dia 22 de Agosto. Mesmo dia em que o líder iraniano (persa), Mahmoud Ahmadine-
Reuters
Presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad (foto), é muçulmano xiita e, crente, sabe que o dia 22 do mês de Agosto, coincide com outra data importante do calendário islâmico
jad, dirá ao mundo se concorda com as demandas ocidentais para que desista de suas futuras pretensões nucleares. A questão é que, depois disso, poderemos morrer todos. Como tudo está parecendo um jogo, volte algumas casas, até o capítulo da tradição muçulmana, da qual Ahmadinejad é fervoroso seguidor. É sabido que o Imã-Mahdi, conhecido como o Imã escondido, se manteve miraculosamente vivo desde seu desaparecimento, no ano 874 depois de Cristo. O Imã-Mahdi é o décimo-segundo na lista da qual Ali, inspirador do xiismo e, antes disso, genro do profeta Maomé, é o primeiro. Pois bem, o Imã-Mahdi vai reaparecer, crêem os xiitas. E vai reaparecer em um momento conturbado, de guerra, de caos, de banhos de sangue. Sua missão: restaurar a paz. A paz islâmica. Fim do mundo? Bem, se considerarmos o mundo
concebido na ótica da tradição judaico-cristã, sim. Vamos todos morrer? Não. Mas pode ser que sim. Por quê? Avancemos algumas casas no jogo. Ahmadinejad é muçulmano xiita e, crente, sabe do retorno do Imã escondido. Sabe, também, que o dia 22 do mês de Mordad coincide com outra data importante do calendário islâmico: o Rajab 28, data da tomada de Jerusalém por Saladino*, então sob o jugo cruzado-cristão (quem se lembra do filme Cruzada, de Ridley Scott?). O líder iraniano escolheu o Morad 22 para anunciar se aceita os termos ocidentais ou se o Irã faz a bomba, podendo, com ela, mandar não apenas Jerusalém, aqui uma metáfora de Israel (como gostaria), mas o mundo inteiro pelos ares, selando seu fim. Se isso acontecer, as dúvidas, expostas no fim do parágrafo anterior, estarão respondidas. E nós, fritos. Literalmente.
Há quem ache que o ImãMahdi voltará exatamente neste fim de agosto, mesma época em que especialistas militares do Ocidente acreditam que o Irã estará apto a construir sua primeira bomba atômica. Levando-se em conta que, aparentemente, Ahmadinejad se vê como alguém que pavimentará o caminho de volta do ImãMahdid, e um novo Saladino, fica mais fácil especular por que o líder iraniano escolheu o dia 22 próximo para dar a resposta ao mundo. Morad 22, a Morte, o Nada, Imã-Mahdi, Rajab 28, Saladino, Cruzadas, retomada de Jerusalém, Zoroastro, Pérsia, Irâ, Agosto 22, bomba atômica, novo fim de Jerusalém/Israel/civilização judaico-cristã, fim do Ocidente, fim do mundo. Se tudo isso acontecer, um bom fim de semana para todos. Será o último da Humanidade. Ôpa! Faltou mencionar um detalhe. A tradição xiita diz que o Imã-Mahdi vai sobrepujar o caos e trazer ao mundo a paz islâmica. Para que isso aconteça, o mundo não pode acabar. E se o Deus islâmico é o mesmo Deus cristão e judaico, então estaremos todos salvos e a palavra Morad estará realmente escrita de forma errada. O certo seria mesmo Amorad. Vamos ter de continuar pagando nossas contas. Viva a vida! * Saladino, herói muçulmano contra os cruzados, era curso, de Tikrit, cidade a noroeste de Bagdá, capital do Iraque. Portanto, conterrâneo de Saddam Hussein, que massacrou curdos. Se além de conterrâneos os dois tivessem sido também contemporâneos, a história poderia ser outra. Roseli Lopes
6
MELLO ALERTA: RENÚNCIA É DRIBLE.
O
presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio Mello, classificou como um drible a renúncia de congressistas suspeitos de envolvimento com irregularidades como as investigadas pela Operação Sanguessuga. "Qual é o objetivo? Eles estão simplesmente desistindo da vida pública? Vamos ver o passo seguinte. Eles serão candidatos". Segundo Mello, "eles estão simplesmente renunciando para evitar uma possível glosa, ou seja, uma possível cassação que deságüe em inelegibilidade". "Não há dúvida de que é um drible. Só uma pessoa ingênua imagina que alguém acusado renuncie porque está aborrecido por ser acusado. É uma forma de evitar a seqüência do processo", afirmou o presidente do TSE. Mello disse que cabe aos eleitores a tarefa de barrar os políticos envolvidos com irregularidades, não votando neles. Na Justiça, os políticos suspeitos de corrupção somente podem ser excluídos da disputa em caso de uma decisão definitiva. "O eleitor está com a palavra. Não é vítima. É autor. É ele quem coloca o político no cargo", afirmou.
Só uma pessoa ingênua imagina que alguém acusado renuncie porque está aborrecido. Marco Aurélio Mello O presidente do TSE reafirmou que seria bom se o Código de Defesa do Consumidor pudesse ser usado contra candidatos que fazem propaganda enganosa. "Gostaria de aplicar o Código de Defesa do Consumidor contra a propaganda enganosa. Isso (propaganda enganosa) sempre ocorrerá, mas nós não somos ingênuos. Não subestimem o povo brasileiro", afirmou. Em maio, ele já havia dado uma declaração semelhante. "Como seria bom se pudéssemos aplicar às eleições o código do consumidor", disse na ocasião. Mas o presidente do TSE esclareceu que, ao dar declarações sobre propaganda enganosa, estava falando em tese e não sobre um programa eleitoral de um candidato específico. Ele inclusive disse que não tem assistido a todos os programas do horário eleitoral gratuito no rádio e na TV. "É hora de o eleitor não acreditar em promessas vãs", afirmou Mello. (AE)
Congresso Planalto Senado CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de agosto de 2006
Eles estão renunciando para evitar uma possível cassação que deságüe em inelegibilidade. Marco Aurélio Mello, ministro do TSE
BRIGA NO CONSELHO DE ÉTICA
SANGUESSUGAS
Câmara dos Deputados está instalando equipamentos de filtragem de ar para que servidores e visitantes possam fumar sem sair do prédio e sem incomodar os não-fumantes.
05
Antonio Fernando Souza, procurador.
DENÚNCIA: DEPUTADO TROCA VOTO POR CIRURGIA.
O
João Alberto Souza (PMDB-MA), presidente do Conselho de Ética do Senado, diz que denúncias da CMPI dos Sanguessugas não acabarão em pizza.
SENADORES DEVEM SER JULGADOS E ABSOLVIDOS
O
presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA), recuou ontem e afirmou que as denúncias contra os três senadores acusados de envolvimento com a máfia das ambulâncias não terminarão em pizza. Na quarta-feira passada, Souza deu sinais de que arquivaria o pedido de abertura de processo por falta de decoro contra os senadores Ney Suassuna (PMDB-PB), Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko (PT-MT). Mas, depois da repercussão negativa, ele afirmou que deverá designar relatores para os processos. "Não vai terminar em pizza. Meu ânimo é não arquivar. Vou até o final com muito equilíbrio", assegurou. Souza disse que aguardará a defesa deles até terça-feira à tarde para então definir se abrirá processo e designará relatores. Apesar de afirmar que os processos não acabarão em pizza, o presiden-
Roberto Stuckert Filho/ Ag. O Globo
te do Conselho de Ética do Senado voltou a desqualificar as declarações do empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin, um dos sócios da Planam, empresa que comandou a fraude das ambulâncias. "O Vedoin é bandido, mas podem ter outros. O depoimento dele tem de estar robustecido com provas", disse. Constrangimento – Antes de viajar para o Maranhão, onde é candidato a vice-governador na chapa encabeçada pela senadora Roseana Sarney (PFL-MA), Souza observou que ficou numa situação "muito ruim" com a divulgação de que arquivaria os processos contra os três senadores. Ele disse ainda que não está constrangido por presidir o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar que, provavelmente, investigará Suassuna. "Se o líder errou, não é líder. Tem de ser julgado como todos outros", sentenciou. Depois do senador Ney Suassuna (PMDB-PB), ontem
São duas cabines, que têm equipamentos que captam a fumaça do cigarro e purificam o ar por meio de uma filtragem. Um deles já está em funcionamento na sala vip do plenário da Câmara. A instalação faz parte de um convênio firmado com o Sindicato de Bares e Restaurantes do Distrito Federal, sem custo para os
cofres públicos. Os espaços, conhecidos como "smoke points", estão em fase de testes e serão monitorados por uma equipe da Universidade de Brasília (UnB), durante um ano, período em que ficarão montados na Câmara. Na cabine especial para fumantes cabem quatro pessoas. (AOG)
procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, denunciou no Supremo Tribunal Federal (STF) os deputados Asdrúbal Bentes (PMDB-PA) e Francisco Garcia (PMDB-AM) por supostas irregularidades cometidas na eleição municipal de 2004. Asdrúbal Bentes é acusado de recrutar eleitoras para sua campanha e de pedir votos em troca de cirurgias gratuitas de laqueadura entre janeiro e março de 2004. Na época, ele era pré-candidato a prefeito de Marabá (PA). Segundo o procurador, as eleitoras eram operadas sem os procedimentos précirúrgicos necessários e sem que ficasse comprovada a necessidade da intervenção. Antonio Fernando Souza sustenta que Bentes cometeu crimes como estelionato, formação de quadrilha e realização de esterilização cirúrgica em desacordo com o estabelecido na lei. Já Francisco Garcia foi denunciado por desacato e boca-de-urna. (AE)
BRIGA NO CONSELHO DE ÉTICA DO SENADO Com a corda no pescoço, Serys e Malta tentam cooptar Demóstenes.
foi a vez da senadora Serys Slhessarenko renunciar ao cargo de suplente do Conselho de Ética. Suassuna e Serys fazem parte da lista de 72 parlamentares acusados pela CPMI dos Sanguessugas. Junto com o senador Magno Malta, os dois deverão ser investigados pelo Conselho. O Conselho de Ética do Senado é integrado por 15 titulares e 15 suplentes. O senador
A
A
/AE - 21/06/
Roberto Stuckert Filho/ Ag. O Globo
Suassuna era titular do Conselho, mas no início da semana renunciou à vaga. Ele também deixou a liderança do PMDB no Senado. Na divisão de forças, o governo leva uma pequena vantagem na composição do Conselho. A expectativa, mesmo dos parlamentares de oposição, é que os três senadores – que são da base aliada – sejam absolvidos no Conselho de Ética. (AE)
BRANT E QUEIROZ CONDENADOS
ELES SUGAM. E AGORA PODEM ATÉ TRAGAR.
Dida Sampaio
3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça (TJ) de Minas Gerais confirmou a condenação dos deputados Roberto Brant (PFL-MG) e Romeu Queiroz (PTB-MG) por dano ao erário, quando ocupavam, na década de 80, respectivamente, a presidência e a diretoria da extinta Carteira Bancária da Caixa Econômica do Estado de Minas Gerais (Minascaixa). Brant e Queiroz, investigados no escândalo do "mensalão", foram acusados na época de irregularidades na concessão de empréstimos bancários, como a não-cobrança de garantia e posterior redução do valor da dívida e das taxas bancárias. Valores – Em 2005, a Justiça determinou que eles e outros dez acusados fossem obrigados a ressarcir os cofres públicos em Cr$ 478 milhões, na moeda da época. Convertido para a moeda atual, o valor nominal corresponde a cerca de
R$ 122,3 mil. Corrigido com juros calculados a partir de 1985, como determina a sentença, o ressarcimento ao erário passa os R$ 300 mil. Em acórdão publicado no dia 28, desembargadores da 3ª Câmara Cível negaram provimento aos recursos movidos por Roberto Brant e Romeu Queiroz e mantiveram a decisão do juiz Maurício Pinto Coelho Filho. Ação– Após 19 anos de tramitação na Justiça de Minas, em janeiro de 2005, Coelho Filho condenou os deputados do PFL e do PTB de Minas Gerais à devolução dos recursos. Brant e Queiroz ainda poderão recorrer no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O caso teve início em 1986, quando uma ação popular foi ajuizada contra a Minascaixa, contra os deputados do PFL e do PTB de Minas, oito beneficiários das operações e mais outros dois suspeitos. (AE)
O
vice-presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, Demóstenes Torres (PFL-GO), acusou o presidente do conselho, o senador João Alberto Souza (PMDB-MA), de agir "despoticamente" ao sinalizar que poderia arquivar os pedidos de abertura de processo contra os senadores Ney Suassuna (PMDB-PB), Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko (PT-MT) – acusados de envolvimento na máfia das ambulâncias. Torres ameaçou recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), caso os pedidos de abertura do processo de cassação sejam arquivados. Para o senador pefelista, o argumento de Souza de que as denúncias partiram de um "bandido", não convence. Ele lembrou ainda o exemplo do ex-mafioso Tomazzo Buscceta, cujas declarações ajudaram a Justiça italiana a desvendar a atuação de mafiosos. "É claro que não cabe ao arcebispo de Brasília tomar conhecimento sobre atividades criminosas. Quem tem de falar é alguém que, realmente, participou do esquema, como é o caso do Luiz Antonio Vedoin", afirmou Torres, que deixou a campanha ao governo de Goiás às pressas para tentar evitar o arquivamento dos processos contra os três senadores. Além de entrar no Supremo, Torres informou que recorrerá ao plenário do Senado, caso Souza insista em engavetar os pedidos. (AE)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de agosto de 2006
LEGAIS - 7
BEM - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 00.066.670/0001-00 - Sede: Cidade de Deus - Prédio Novíssimo - 4o andar - Vila Yara - Osasco - SP Demonstração do Resultado dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil
Relatório da Administração Senhores Cotistas, Apresentamos a V.Sas. as Demonstrações Financeiras da BEM - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda., elaboradas na forma da Legislação Societária, referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2006. No semestre, a BEM Distribuidora registrou Lucro Líquido de R$ 327 mil, correspondente a R$ 11,37 por lote de mil cotas e Patrimônio Líquido de R$ 4,100 milhões. Osasco, SP, 3 de agosto de 2006. Diretoria
Balanço Patrimonial em 30 de junho – Em Reais mil ATIVO
2006
2005
PASSIVO
CIRCULANTE ............................................................................................. DISPONIBILIDADES .................................................................................. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ........................................................................................... Carteira Própria ........................................................................................... Moedas de Privatização ............................................................................ RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS ........................................................ Transferências Internas de Recursos ......................................................... OUTROS CRÉDITOS .................................................................................. Rendas a Receber ...................................................................................... Diversos .....................................................................................................
3.494 21
2.828 1
3.155 3.154 1 – – 318 190 128
2.768 2.767 1 13 13 46 16 30
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ................................................................ OUTROS CRÉDITOS .................................................................................. Diversos .....................................................................................................
1.286 1.286 1.286
1.315 1.315 1.315
PERMANENTE ........................................................................................... IMOBILIZADO DE USO ............................................................................... Outras Imobilizações de Uso ..................................................................... Depreciações Acumuladas ........................................................................
– – – –
– – 345 (345)
T OT A L .....................................................................................................
4.780
4.143
2006
2005
CIRCULANTE ............................................................................................. RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS ........................................................ Transferências Internas de Recursos ......................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES ............................................................................. Sociais e Estatutárias ................................................................................ Fiscais e Previdenciárias .......................................................................... Diversas .....................................................................................................
361 38 38 323 95 148 80
88 – – 88 46 42 –
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ...................................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES ............................................................................. Diversas .....................................................................................................
319 319 319
398 398 398
PATRIMÔNIO LÍQUIDO ................................................................................ Capital: - De Domiciliados no País ......................................................................... Reservas de Capital ................................................................................... Reservas de Lucros ................................................................................... Lucros Acumulados ...................................................................................
4.100
3.657
2.589 1 109 1.401
2.589 1 89 978
T OT A L .....................................................................................................
4.780
4.143
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil CAPITAL REALIZADO EVENTOS
CAPITAL SOCIAL
RESERVAS DE CAPITAL
AUMENTO DE CAPITAL
ESTATUTÁRIA
LUCROS/ (PREJUÍZOS) ACUMULADOS 1.117 – (138)
RESERVAS DE LUCROS LEGAL
TOTAIS
SALDOS EM 31.12.2004 ............................................................................... AUMENTO DE CAPITAL ............................................................................... PREJUÍZO ....................................................................................................
1.500 1.089 –
1.089 (1.089) –
1 – –
62 – –
26 – –
3.795 – (138)
SALDOS EM 30.6.2005 .................................................................................
2.589
–
1
62
26
979
3.657
SALDOS EM 31.12.2005 ............................................................................... LUCRO LÍQUIDO .......................................................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas ......................................................................... - Dividendos Declarados ....................................................
2.589 – – –
– – – –
1 – – –
67 – 16 –
26 – – –
1.168 327 (16) (78)
3.851 327 – (78)
SALDOS EM 30.6.2006 .................................................................................
2.589
–
1
83
26
1.401
4.100
2006
2005
RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ...................................... Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários .................... RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ...................... OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ................................. Receitas de Prestação de Serviços ......................................................... Outras Despesas Administrativas ............................................................ Despesas Tributárias ................................................................................. Outras Receitas Operacionais .................................................................. Outras Despesas Operacionais ................................................................ RESULTADO OPERACIONAL .................................................................... RESULTADO NÃO OPERACIONAL ........................................................... RESULTADO ANTES DATRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO ....................... IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL .................................. LUCRO LÍQUIDO/( PREJUÍZO) ..................................................................
229 229 229 252 444 (109) (76) 3 (10) 481 – 481 (154) 327
248 248 248 (480) 45 (101) (30) – (394) (232) 7 (225) 87 (138)
Número de cotas ....................................................................................... Lucro/(Prejuízo) por lote de mil cotas em R$ ............................................
28.766.526 11,37
28.766.526 (4,80)
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil 2006
2005
ORIGEM DOS RECURSOS ....................................................................... LUCRO LÍQUIDO ........................................................................................ RECURSOS DETERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Aumento dos Subgrupos do Passivo ..................................................... Relações Interdependências .................................................................. Outras Obrigações ................................................................................... - Diminuição dos Subgrupos do Ativo ...................................................... Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos .. Relações Interdependências .................................................................. - Alienação de Bens e Investimentos (Baixa por Incorporação) .............. Bens não de Uso Próprio ........................................................................ Imobilizado de Uso ................................................................................. APLICAÇÃO DOS RECURSOS ................................................................. PREJUÍZO DO PERÍODO .......................................................................... JUROS S/ CAPITAL PRÓPRIO E DIVIDENDOS PAGOS E/OU DECLARADOS AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO ................................................ Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos .... Relações Interdependências .................................................................... Outros Créditos .......................................................................................... AUMENTO/(REDUÇÃO) DAS DISPONIBILIDADES .................................. MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA
Início do Período ................................................ Fim do Período ................................................... Aumento/(Redução) das Disponibilidades ........
463 327
680 –
130 38 92 6 – 6 – – – 535 – 78 457 218 – 239 (72)
408 – 408 240 240 – 32 21 11 679 138 – 541 – 13 528 1
93 21 (72)
– 1 1
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 1)
CONTEXTO OPERACIONAL A BEM - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. é uma instituição financeira que tem por objetivo efetuar operações de intermediação no mercado aberto, além de gerir e administrar recursos de terceiros. A BEM - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda., é parte integrante da Organização Bradesco, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnológicos, e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto.
2)
APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil (BACEN), que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas.
3)
PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial. b) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação – adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda – que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento – adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. c) Imposto de renda e contribuição social A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. Os créditos tributários sobre a base negativa de contribuição social são realizados de acordo com a geração de lucros tributáveis. d) Ativos e Passivos contingentes e Obrigações Legais – Fiscais e Previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM 489/05. • Ativos Contingentes: Não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações financeiras. • Passivos Contingentes: São constituídos levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade; e no posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como de perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente, devendo ser apenas divulgados nas demonstrações financeiras, e os classificados como remotos não requerem provisão e divulgação. • Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias: Decorrem de processos judiciais relacionados a obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade, que independente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras. e) Outros ativos e passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos.
4)
7)
Em 30 de junho - R$ mil 2006 Provisão para impostos e contribuições sobre lucros .......................................................................................... Impostos e contribuições sobre lucros a pagar ..................................................................................................... Impostos e contribuições a recolher ...................................................................................................................... Total ........................................................................................................................................................................
8)
1 a 30 dias
Títulos para negociação ... Letras financeiras do tesouro Notas do tesouro nacional Letras do tesouro nacional Moeda de privatização ..... Certificados de depósito bancário .......................... Títulos disponíveis para venda .............................. Moeda de privatização ..... Total em 2006 ................... Total em 2005 ...................
31 a 180 dias
181 a 360 dias
645 – – 644 1
31 2 – – –
401 53 – 236 –
2.078 906 209 865 –
3.155 961 209 1.745 1
3.155 961 209 1.745 1
– – – – –
2.767 2.546 – 4 –
2.767 2.546 – 4 –
– – – – –
–
29
112
98
239
239
–
217
217
–
– – 645 –
– – 31 346
– – 401 1.408
– – 2.078 1.014
– – 3.155
– – 3.155
– – –
1 1
1 1
– –
2.768
2.768
–
(1)
As aplicações em cotas de fundos de investimento foram distribuídas de acordo com os papéis que compõem suas carteiras, preservando a classificação da categoria dos fundos. Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis, independentemente de sua classificação contábil; e (2) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado disponível, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custo atualizado reflete o valor das respectivas cotas que já estão a valor de mercado. b) Resultado de títulos e valores mobiliários. Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006
9)
229 229
PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital social O capital social, totalmente subscrito e integralizado é composto por 28.766.526 cotas.
DESPESAS ADMINISTRATIVAS Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 Propaganda e publicidade ............................................................................................................................................ Serviços do sistema financeiro .................................................................................................................................... Outras ............................................................................................................................................................................ Serviços técnicos especializados ............................................................................................................................... Viagem no país ............................................................................................................................................................. Total ...............................................................................................................................................................................
10)
2005 71 28 7 3 – 109
DESPESAS TRIBUTÁRIAS 2006
2005
Impostos e taxas .......................................................................................................................................................... Contribuição ao COFINS ............................................................................................................................................... Imposto sobre serviços ................................................................................................................................................ Contribuição ao PIS/PASEP ......................................................................................................................................... Despesas com CPMF ................................................................................................................................................... Total ............................................................................................................................................................................... 11)
32 27 9 4 4 76
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006
2005
Emolumentos judiciais e cartorários ............................................................................................................................ Contribuição a entidades associativas ........................................................................................................................ Variação monetária sobre impostos ............................................................................................................................. Provisão para passivos contingentes – trabalhistas ................................................................................................... Despesas gerais ........................................................................................................................................................... Total ...............................................................................................................................................................................
5 3 2 – – 10
TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR As transações com o controlador, foram efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações, foram eliminadas nas demonstrações financeiras: Em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 Receitas Ativos Ativos Receitas (passivos) (despesas) (passivos) (despesas) Disponibilidades: Banco BEM S.A. .............................................................................................................. 21 – 1 – Dividendos: Banco BEM S.A. .............................................................................................................. (95) – (46) – Valores a receber: Banco BEM S.A. .............................................................................................................. 3 – 3 – Serviços prestados: Banco Bradesco S.A. ....................................................................................................... – – – (1)
13)
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social
Em 30 de junho - R$ mil 2006
Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ................................................................................ Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ............. Despesas indedutíveis líquidas de receitas não tributáveis ................................................................................ Outros valores ........................................................................................................................................................ Imposto de renda e contribuição social do semestre .........................................................................................
248 248
2005 481 (164) (2) 12 (154)
Em 30 de junho - R$ mil Impostos diferidos Constituição no semestre, sobre adições temporárias ......................................................................................... Subtotal .................................................................................................................................................................. Impostos correntes Imposto de renda e contribuição social devidos ................................................................................................... Imposto de renda e contribuição social do semestre ..........................................................................................
6)
2005 577 454 161 133 85 3 1 1.414
593 454 161 133 – 3 1 1.345
Processos trabalhistas São ações ajuizadas por ex-empregados, visando a obter indenizações, em especial o pagamento de “horas extras”.
II -
Saldo das Provisões Constituídas
Provisão para contingências trabalhistas ....................................................................... Total dos créditos tributários (Nota 5) .............................................................................
398
398
133 133
(154) (154)
(46) 87
Saldo em 31.12.2005 Constituição 133 – 133 –
Realização
d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias
– –
Saldo em 30.6.2006 133 133
Em 30 de junho - R$ mil Diferenças temporárias Imposto de renda
2006 .................................................................................................................................. 2007 .................................................................................................................................. 2008 .................................................................................................................................. 2009 .................................................................................................................................. 2010 .................................................................................................................................. Total ..................................................................................................................................
Saldo em 30.6.2005
Saldo em 30.6.2006
2005 – –
R$ mil
Em - R$ mil Saldo em 31.12.2005
2006
c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos
ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES a) Ativos Contingentes No 1º semestre de 2006 não foram reconhecidos contabilmente ativos contingentes. b) Passivos Contingentes classificados como perdas prováveis A empresa é parte em processos judiciais de natureza trabalhista, decorrentes do curso normal de suas atividades. As provisões foram constituídas levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e, no posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da empresa entende que a provisão constituída é suficiente para atender perdas decorrentes dos respectivos processos. I-
(225) 77 (2) 12 87
b) Composição da conta de resultado de imposto de renda e contribuição social
Em 30 de junho - R$ mil Impostos e contribuições a compensar ....................................................................................................................... Devedores por depósitos em garantia – trabalhistas ................................................................................................... Devedores por depósitos em garantia – outros ............................................................................................................ Crédito tributário (Nota 13c) .......................................................................................................................................... Devedores diversos - Pais ........................................................................................................................................... Valores a receber de sociedades ligadas .................................................................................................................... Devedores por depósitos em garantia – fiscais ........................................................................................................... Total ...............................................................................................................................................................................
– – – 390 4 394
12)
OUTROS CRÉDITOS – DIVERSOS 2006
12 12 2 2 2 30
OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS
c) A BEM - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. não possuía posição de instrumentos financeiros derivativos em 30 de junho de 2006 e de 2005. 5)
38 – 11 49 3 101
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil
2005
Fundos de investimentos ....................................................................................................................................... Total ........................................................................................................................................................................
35 3 4 42
b) Juros sobre o capital próprio e/ou dividendos Conforme disposição contratual, aos cotistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária.
2006
Títulos (1)
2005 135 8 5 148
b) Diversas Refere-se basicamente à provisão para passivos contingentes trabalhistas no valor de R$ 398 mil (2005 - R$ 398 mil).
TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Classificação por categorias e prazos Em 30 de junho - R$ mil 2005 Valor de Marcação Valor de Valor de Marcação Valor de custo Acima de mercado/ a mercado/ custo a 360 dias contábil (2) atualizado mercado contábil (2) atualizado mercado
OUTRAS OBRIGAÇÕES a) Fiscais e previdenciárias
Contribuição social 19 19 20 20 20 98
Total 7 7 7 7 7 35
26 26 27 27 27 133
A projeção de realização de crédito tributário trata-se de estimativa e não é diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. e) O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação praticada pela Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 118 mil (2005 - R$ 117 mil).
398
c) Passivos Contingentes classificados como perdas possíveis A empresa mantém um sistema de acompanhamento para todos os processos administrativos e judiciais em que a instituição figura como “autora” ou “ré” e amparada na opinião dos assessores jurídicos classifica as ações de acordo com a expectativa de insucesso. Neste contexto os processos contingentes avaliados como de risco de perda possível não são reconhecidos contabilmente.
Diretoria
14)
OUTRAS INFORMAÇÕES A BEM - Distribuidora de Títulos e Valores Ltda. administra fundos de investimentos em Títulos e Valores Mobiliários, cujos patrimônios líquidos em 30 de junho de 2006, montam R$ 30.545.183 mil (2005 – R$ 14.535.396 mil), cuja receita de taxa de administração desses fundos no 1o semestre de 2006 foi de R$ 444 mil (2005 – R$ 45 mil), registrado em receita de prestação de serviços.
Parecer dos Auditores Independentes
Diretor-Presidente
Aos Administradores e Acionistas
Márcio Artur Laurelli Cypriano
BEM - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda.
Diretores Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo Sérgio de Oliveira
1. Examinamos o balanço patrimonial da BEM - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. em 30 de junho de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos do semestre findo nessa data, elaborados sob a responsabilidade da administração da Instituição. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras.
Silvio José Alves Contador - CRC 1SP202567/O-5
2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nosso exame compreendeu, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Instituição, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Instituição, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
Quer falar com 26.000 empresários de uma só vez?
3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da BEM - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. em 30 de junho de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos da Instituição do semestre findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. O exame das demonstrações financeiras do semestre findo em 30 de junho de 2005, apresentadas para fins de comparação, foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram parecer com data de 5 de agosto de 2005, sem ressalvas. São Paulo, 4 de agosto de 2006
PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5
Washington Luiz Pereira Cavalcanti Contador CRC 1SP172940/O-6
Publicidade Comercial
3244-3344 Publicidade Legal
3244-3643
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de agosto de 2006
Nacional Tr i b u t o s Empresas Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3
INVESTIMENTO VARIA ENTRE R$ 150 MIL E R$ 230 MIL
Rede tem 56 lojas em todo o País e terá mais cinco unidades em São Paulo
Fotos: Newton Santos/Hype
Rede aposta em produtos mais naturais, sem gordura ou fritura
SUBWAY RENOVA A MARCA E ABRE 15 LOJAS
Idário Dias montou loja no Shopping Interlagos e não deu certo. Faz sucesso agora na Alameda Santos.
Rede norte-americana muda estratégia de expansão e vai abrir as novas unidades até o final deste ano
A
n or te- am eri ca na Subway, segunda maior rede de fast food do mundo com 26 mil unidades espalhadas por 84 países, deve abrir mais 15 unidades até o final do ano no Brasil, cinco delas em São Paulo. A marca tenta se reencontrar no mercado brasileiro depois do fiasco que foi sua primeira tentativa no País, na década de 90. Desde 2003, a Subway voltou a apostar no País, mas preferiu uma abordagem mais convencional no trato com seus franqueados. Caiu o conceito do master franqueado, modelo responsável pelo naufrágio da marca em sua investida inicial no mercado brasileiro. Agora, uma subsidiária da marca dá apoio aos
Unidade da Alameda Santos
franqueados. Desde 2003, a Subway dobra, ano a ano, as unidades no País. Hoje são 56. O investimento inicial é estimado entre R$ 150 mil e R$ 230 mil. Segundo o agente de desenvolvimento nacional da marca Frederico Lanat Pereira, o fato de os equipamentos serem de fabricação nacional e a possibilidade de a instalação ser feita em espaço pequeno ajudam a reduzir os custos da franquia. Como a Subway não tem produtos fritos, suas lojas podem ser localizadas dentro de outros estabelecimentos, como locadoras, postos de gasolina ou faculdades. O tempo estimado de retorno para o investimento é de 18 a 24 meses. Por outro lado, a filosofia da matriz da marca é não contri-
buir com verba publicitária. Não se vê propaganda da Subway, algo contraditório para uma rede que tenta se reestruturar e apagar a imagem ruim do passado que ficou em alguns estados, como São Paulo. Segundo Pereira, os esforços de marketing da empresa são feitos regionalmente por meio de fundos de propaganda, mas apenas em estados onde a marca já se firmou, como no Paraná e na Bahia. Foco – O público atendido pela Subway se concentra nas classes A e B. Apesar do preço de seus lanches girar em torno de R$ 10, mesma média de outras grandes redes de fast food, a marca não tem tido muito sucesso entre camadas mais populares. Recentemente uma
loja da franquia instalada no Shopping Interlagos, sabidamente um empreendimento popular, teve de mudar para a Alameda Santos depois de se manter por seis meses no shopping. Hoje essa unidade está em um local mais apropriado para a marca e fatura três vezes mais que no Interlagos, segundo Pereira. "Sabemos da importância de atingir outras classes para crescer. Mas esse é um projeto para médio e longo prazos, já que para se popularizar é preciso de escala. Precisamos ter mais franqueados, para negociar contratos melhores com fornecedores e baratear o produto, além de investir em marketing", diz o agente da Subway. É o empresário Idario Char-
les Risola Dias quem está à frente da unidade recém-instalada na Alameda Santos, depois de obter resultados ruins no Shopping Interlagos. A loja, que hoje fatura três vezes mais no novo endereço, recebe uma média diária de 600 pessoas. "Trabalhar limitado ao público A e B não é problema. O que às vezes é difícil é encontrar um local para instalar uma unidade que concentre este tipo de público", diz Dias. Segundo ele, a principal vantagem de investir em uma franquia Subway é o fato de não precisar se dedicar exclusivamente a ela. "A rede tem um sistema de controle de vendas que permite ao franqueado estar fora da loja. Um bom gerente segura os negócios. Eu tenho a franquia e toco minha empresa também", diz Dias. O projeto da Subway é ter 350 pontos-de-venda espalhados pelo País até 2010. A principal força atual da marca é o interior do Paraná, com 15 unidades, se-
Meta é chegar a 350 pontos
guido por Curitiba, com dez, Bahia e São Paulo, com oito, e Santa Catarina e Rio de Janeiro, com cinco unidades cada uma. A rede chegou ao País em 1995 com um master franqueado que era responsável pelo suporte de todos os franqueados brasileiros. Não deu certo. Das quase 50 unidades que a marca chegou a ter no final da década de 1990, sobreviveram apenas três em 2002. Em 2003, a matriz norte americana, intermediada pelos agentes locais, passou a dar suporte aos parceiros. O faturamento mundial é de US$ 8 bilhões, com um atendimento diário de 6 milhões de clientes. A cada dia são abertas cinco novas unidades. Renato Carbonari Ibelli
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
8 -.OPINIÃO
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de agosto de 2006
RESENHA
NACIONAL
COMO COLLOR SE FERROU COM FIDEL
G Enquanto
Collor defendia a abertura econômica, na platéia o velho ditador espargia a sua presença ligada à triste miséria do povo cubano. Cultura, fiquei no ora-veja. Mas soube depois, cavando daqui e dali, que os “barbudinhos” do Itamaraty tinham convencido o novo presidente não só a receber Fidel na posse presidencial, mas a adotar a política do “não-alinhamento” e de “independência” face aos EUA, especialmente naquelas circunstâncias, em que o comunismo soviético desmoronava e Cuba andava na completa pindaíba. De fato, Cuba e Fidel no breve governo Collor passaram a ter tratamento VIP. Em troca de charutos, garrafas de Havana Club e tratamento matreiro, o governo Collor abriu as pernas para o ditador e logo de cara votou na ONU contra o justo embargo dos EUA imposto a Cuba. Depois, não satisfeito, oficializou um “Acordo Comercial de Alcance Parcial” e, logo em seguida,
outro “Acordo de Cooperação Científica, Técnica e Tecnológica” – ambos demagógicos e lesivos aos interesses nacionais. (de uma tacada só, intermediada por Brizola, Collor autorizou a compra de um lote da inócua vacina cubana por US$ 150 milhões). No fundo, Collor de Mello, como já escrevi, era um infante. Sem grande vivência da guerra políticoideológica travada pelas esquerdas no Brasil, percebeu mal a força dos seus arquiinimigos, os comunistas. Enquanto Collor recebia os “puros” de Fidel, via “D. Pablo”, o PC Farias, Zé Dirceu, o homem da Inteligência cubana (DGI), utilizando os serviços de Waldomiro Diniz, articulava dentro da “conjuntura tática” do PT o esquema do impeachment, escorado no eficiente biombo do “Movimento pela Ética na Política”. Algum tempo depois, já escorraçado do poder, Collor, para não perder a pose, foi a Cuba em viagem de férias e procurou o Comandante. Diz a imprensa da época que Fidel evitou recebê-lo, limitando-se a ceder uma das suas casas na praia de Varadero, uma “cortesia” de rotina que o tirano oferece para se safar de aliados sem mais serventia. Quanto a mim, daquela época guardo comigo um gesto de auto-estima do qual me orgulho. Depois de escrever alguns artigos duros contra a tirania de Castro no Estadão, me vi nomeado por Collor Secretário Nacional da Cultura. Justamente por isso, depois do almoço oferecido aos representantes estrangeiros, no dia da posse, aproximou-se de mim o embaixador Ítalo Zappa propondo me apresentar ao “Comandante”- já grisalho, embranquecido e sardento. Fui direto: Está de porre, Zappa! Nem morto. Procure o Chiarelli (Carlos) ou o Alceni (Guerra), eu não. E saí de perto, ciente de que tinha feito a coisa certa. TRECHOS DO COMENTÁRIO DE IPOJUCA PONTES DISPONÍVEL NO WWW.MIDIASEMMASCARA.ORG
F ora do poder, Collor não foi recebido por Fidel
Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente em exercício Alencar Burti Presidente licenciado Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi
Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)
Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: , Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046
JOÃO DE SCANTIMBURGO Céllus
V
i que o governo Collor de Mello não tinha futuro logo no primeiro dia, quando, no momento em que o presidente eleito discursava, Fidel Castro movia-se na platéia do Congresso Nacional. Tomei um susto: o que fazia ali o velho tirano da ilha-cárcere justo na posse de um político tido como de “direita” e que fora eleito para introduzir a moderna sociedade de mercado no Brasil? Sim, prevalecia ali uma bruta contradição: em vez de Margareth Thatcher, via-se ali o velho tirano do Caribe e sua truculenta corte de guarda-costas. Como não pertencia a nenhuma patota dentro do governo, embora assumisse a pasta da
O PARADEIRO DA VIOLÊNCIA
D
Votar melhor PAULO SAAB
S
olidarizo-me com os leitores (e eleitores) que assistindo ao início do horário político obrigatório ficaram revoltados em ver aparecer como cândidos candidatos figurinhas hoje carimbadas na vida nacional, pedindo voto de confiança e voto na urna eletrônica para retornarem ao Congresso Nacional. Fizeram e fazem parte da mais indigna legislatura de que se tem notícia na história da República. Não vou fulanizar para não fazer propaganda desses notórios maus representantes da população de São Paulo que, com uma desfaçatez sem limites, querem continuar sobrevivendo às custas do contribuinte brasileiro (paulista, mais especificamente), como se os atos de desrespeito ao mandato popular não tivessem sido mais do que uma obrigação cumprida. Recebi telefonemas e e-mails de leitores pedindo que se alerte a população para não reconduzir parlamentares que provaram não ser dignos do voto. Estou solidário e reafirmo aqui o que já havia escrito: é preciso uma reoxigenação contundente, radical, nas cadeiras do Congresso Nacional, começando pela Câmara dos Deputados e seguindo no Senado onde este ano se renova um terço das cadeiras. Aquela deputada da dança da pizza e aquele ex-deputado que renunciou e continuou presidindo um partido – esses eu vi - aparecem pedindo voto de confiança com uma deslavada face de madeira. Mas são muitos mais. O lei-
tor/eleitor deve estar atento e conscientizar-se de que, sem exceção, todos os corruptos, coniventes, omissos, desrespeitadores, antiéticos, desmoralizados, são eleitos, um a um, com o voto de cada cidadão de São Paulo, no caso, e do Brasil, em geral. É vital que nas eleições de 1 de outubro próximo os candidatos a senador, deputado federal e estadual (assim como nos cargos executivos) não sejam escolhidos sem um critério que implique análise de caráter, currículo, passado e propostas de quem quer a boquinha nas casas legislativas.
Q
uando o cidadão brasileiro e a cidadã brasileira tiverem noção de que as quadrilhas e os parlamentares desonestos existem no Congresso porque os votos foram dados de forma alienada, o rumo da vida representativa do país será mais promissor. Temos a faca e o queijo na mão. E damos o queijo cortadinho aos ratos que infestam a cena política nacional. Para reverter isso é preciso que haja investimentos maciços na educação, no sentido de alfabetização e de conhecimento, para o brasileiro melhor discernir sobre quem pede seu voto. Como quem aprova os investimentos são os mesmos que garfam os cofres públicos, e o Executivo que também não tem interesses nesse discernimento, a bola volta ao voto de cada um de nós. É hora de acordar para votar melhor.
É preciso uma reoxigenação contundente, radical, nas cadeiras do Congresso.
Senhores candidatos ANDRÉ ZINN
O
Sindicato Nacional das Empresas de Produtos Siderúrgicos – Sindisider foi fundado em 1988 para organizar e representar as empresas brasileiras de distribuição de produtos siderúrgicos em todo o território nacional. Dentre suas atribuições, formalizadas em seu estatuto social, encontram-se: Desenvolver ações focadas que proporcionem a elevação do consumo per capita de aço no país, contribuindo para o desenvolvimento econômico e industrial, e o Exercício da representatividade jurídica nas negociações trabalhistas e em quaisquer assuntos de interesse dos sindicalizados. Com vistas a exercer seu papel democrático de compromisso com seus representados, o sindicato disponibilizou em seu site www.sindisider.org.br, desde março, uma ferramenta de pesquisa de opinião, para saber o que pensam e o que querem os distribuidores de aço brasileiros sobre as políticas públicas para o desenvolvimento do país e de seus negócios. Baseado nestas informações e nas opiniões de seus especialistas econômicos, o sindicato vem a público fazer as reivindicações expostas a seguir para os candidatos à Presidência da República: 1) Política fiscal: elevação da meta de superávit primário para 6%, sem elevação da carta tributária. O sindicato entende que a atual política fiscal do governo de perseguir o superávit primário de 4,25% tem mantido a relação dívida pública/PIB constante. Por estar em nível elevado, essa relação desestimula o investimento produtivo no País. Para garantir uma queda sustentá-
vel desse indicador, propõe-se elevar o superávit primário para 6% no primeiro ano do governo, por meio de uma gestão mais eficiente dos gastos públicos. Esta meta seria progressivamente diminuída nos anos seguintes, conforme caíssem a taxa básica de juros (Selic) e a carga tributária brasileira. 2) Política monetária: Autonomia do Banco Central. Apesar da autonomia do Banco Central estar garantida por decreto presidencial, tal medida precisa ser definitivamente completada, com a inclusão dessa independência na Constituição, assegurando-se maior segurança econômica ao país, com conseqüente redução na taxa básica de juros. 3) Reformas microeconômicas: reforma trabalhista, reforma tributária, reforma da Previdência Social e reforma sindical. Para termos um ambiente de negócios saudável e favorável aos investimentos produtivos, o País precisa flexibilizar suas leis trabalhistas, sua legislação tributária e previdenciária, e modernizar suas relações sindicais, desburocratizando processos. Isto criaria expectativas de retorno positivas para os empresários.
O
setor entende que, nos últimos anos, os avanços na racionalidade da política econômica brasileira devem ser elogiados, mas que as reformas precisam prosseguir, no sentido de garantir o desenvolvimento econômico sustentável do País. ANDRÉ ZINN É PRESIDENTE DO SINDISIDER
A s reformas precisam garantir o desenvolvimento econômico sustentável
erivou para o espaço dos editoriais do New York Times – primeiro jornal do mundo – o que deveria ficar restrito a nós. Sentimos que a violência transbordou e que foi estuar nas plagas do grande jornal americano. Não é o que nos convém, mas é a realidade colhendo no seu ímpeto governantes, comunicadores e milhões de pessoas inocentes, as quais ninguém deu atenção, a não ser elas mesmas. Não percebemos que a violência cresceu muito e que está estendendo um lençol de aproveitamento muito amplo, em que vamos cabendo todos nós. Não podemos pactuar com a violência no seu estado destruidor. Foram subjugadas as nossas relações com fenômenos exigentes, desses que envolvem populações desprevenidas para o embate com as forças extra-oficiais articuladas dentro das prisões. Não sabemos quantas englobam, quantas são municiadas e quantas obedecem a um comando unificado que seria imprevisível.
E
videntemente, a massa popular não está preparada para um confronto bélico nas ruas e nas avenidas da grande capital que é São Paulo. É o que deve ter em mente o professor Claudio Lembo e seus companheiros de trabalho na área de segurança pública. A violência está nos levando para uma situação de irreflexão, o que deve ser levado em consideração pelas autoridades públicas. E, principalmente, pela massa popular, sujeita a golpes inesperados para ceder a sua neutralidade. O problema da violência é sumamente grave e deve ser encarado nessa perspectiva, antes que se torne incontrolável perante as forças concentradas no PCC Primeiro Comando da Capital. Esse é o problema que governo e sociedade devem enfrentar antes que seja tarde e que corramos o risco de nos preciptar numa situação sem saída. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
G Não
percebemos que a violência cresceu muito e que está estendendo um lençol de aproveitamento muito amplo, em que vamos cabendo todos nós.
4
Nacional Finanças Empresas Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de agosto de 2006
AMERICANOS CONTROLARÃO A INTERNET ATÉ 2011
O ministro das Comunicações, Hélio Costa, ameaçou ontem intervir na Anatel.
AGÊNCIA DESCUMPRE DECISÃO JUDICIAL E INICIA RETOMADA DE AUTORIZAÇÕES DE POUSO E DECOLAGEM
ANAC RETIRA CONCESSÕES DA VARIG
A
Tasso Marcelo/AE
O juiz Luiz Roberto Ayoub disse que a Anac terá de assumir a responsabilidade pelo que fez
A3 deixa de ser produzido no Brasil
O
último modelo A3 brasileiro será produzido em São José dos Pinhais (PR) dentro de duas semanas. O carro de médio porte da Audi, tradicional empresa alemã cujo símbolo são quatro alianças entrelaçadas, sai de linha sete anos depois da inauguração da fábrica, em uma associação com a Volkswagen. A Audi é mais uma marca que abandona a produção local para voltar a ser importadora. A nova geração do A3, bem mais cara que a atual, começará a ser importada da Alemanha em setembro. Da leva de novas montadoras que chegaram ao País nos últimos dez anos, a Audi é a quarta a desistir da produção. A Chrysler fechou a fábrica da picape Dakota no Paraná. A International desativou a linha de caminhões no Rio Grande do Sul e a Land Rover deixou
de montar no ABC o jipe Defender. A Mercedes-Benz acabou com o Classe A em Minas Gerais, mas fará um novo modelo para exportação. O A3 é feito na mesma plataforma do Volkswagen Golf, que ganhará nova cara em 2007. A reestilização prorrogará a vida do automóvel, que tem o mesmo design desde 1998. O Golf brasileiro é o da quarta geração, enquanto na Europa circula a quinta geração desde o ano de 2003. Senna – Ancorada na imagem do piloto Ayrton Senna, que trouxe a marca para o País como importador e depois fez parceria com a montadora na área de distribuição, a Audi tornou-se sonho de consumo. Agora, o sonho ficou mais distante. O novo A3, o Sportback, deve custar entre R$ 110 mil e R$ 150 mil. A versão nacional custa a partir de R$ 66,9 mil.
Desde o início da produção, em 1999, foram vendidas 50 mil unidades. "O A3 brasileiro é mais acessível, atende a uma camada específica de consumidores, mas a partir de agora o degrau para ter um será mais alto", analisa Alejandro Penedo, da consultoria Interbrand. Só 1,4% do mercado de automóveis no Brasil se concentra em carros de luxo, a maioria importados. A Audi liderou o segmento, tendo o A3 como carro-chefe. A marca tem modelos que custam até R$ 709 mil, como o A8 Limousine 6.0. A matriz fez o anúncio em janeiro de 2004, na Alemanha. A produção seria interrompida no final de 2005. Leonardo Senna, que assumiu o negócio após a morte do irmão, conseguiu um ano extra de produção. A Audi brasileira fez estoques para vender o modelo até dezembro deste ano. (AE)
MENOS BRINQUEDOS CHINESES NO BRASIL
A Ó RBITA TELEMAR Empresa desistiu de realizar a operação de venda de ações que anunciou no último mês de abril.
NOVO RATING
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias
Brasil troca experiência sobre bancos com China
L
Adiada decisão sobre correção da dívida de Itaipu
L
Companhia Siderúrgica Nacional teve seu rating pela Fitch aumentado de "BB+" para "BBB-", considerado grau de investimento. (AE)
A TÉ LOGO
uma participação equivalente à obtida em 2005, tendo por base vendas de março a novembro. "Esse limite é flexível", disse o presidente da Abrinq, Synésio Batista da Costa. Segundo ele, o acordo preserva uma indústria que emprega 37 mil pessoas e poupa o Brasil e a China de constrangimentos e atritos diplomáticos. (BBC Brasil)
L
A
Associação Brasileira de Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) fechou ontem em Pequim um acordo que limita as importações de brinquedos chineses nos próximos quatro anos pelo Brasil. A China Toy Association e a Câmara de Comércio de Produtos Leves e Artesanato do país concordaram em restringir suas exportações a
Leilão de linhas de transmissão terá 27 empresas
Agência Nacional de Aviação Civil ( A n a c ) d e s c u mpriu ontem uma decisão judicial e iniciou a retomada das concessões de pouso e decolagem e horários de vôos que não constam no plano básico de linhas da Varig. "A Anac fez isso e deve assumir a responsabilidade pelo que fez", afirmou o juiz Luiz Roberto Ayoub, autor da decisão que impedia que a agência retomasse as concessões, logo após saber do comunicado divulgado pela entidade. Ontem à tarde, antes da decisão da agência, Ayoub chegou a afirmar que não acreditava que a Anac redistribuiria imediatamente concessões da Varig. "O Judiciário e o Executivo, com a Anac, sempre tiveram uma linha de conduta respeitosa, educada e cordial. Não há nenhuma desarmonia entre nós e a Anac", afirmara Ayoub. De noite, no entanto, o juiz já pensava no que faria em relação à desobediência da Anac. "Não vou me pronunciar sobre o que farei ou não. Vou tomar conhecimento da decisão e o Judiciário vai decidir o que fazer", disse. A Anac informou que "colocou em prática a decisão da reunião de sua Diretoria Cole-
giada do dia 10 de agosto", que definiu a retomada dos horários e slots. O órgão determinou às Superintendências de Serviços Aéreos (SSA) e de Relações Internacionais (SRI) "a adoção de providências imediatas para a retomada dos hotrans, slots e freqüências" que não fazem parte do plano básico de linhas da nova Varig. Na última segunda-feira, Ayoub publicou decisão na qual lembra que a nova Varig tem 30 dias, após sua homologação como concessionária de transporte aéreo, para comprovar que pode manter concessões que não estão no plano inicial de vôo. O prazo consta de uma portaria da própria agência, que deverá certificar a companhia em meados do dia 25. Na última quarta-feira, porém, a agência divulgou comunicado para informar que, do total de 272 rotas que a Varig fazia antes de 11 de maio, somente 124 serão operadas pela companhia, restando 178 rotas que seriam imediatamente retomadas pelo órgão. BNDES — A operação de financiamento à Varig poderá ser concluída em menos de dois meses, caso seja aprovada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A avaliação
foi feita ontem pelo presidente do banco, Demian Fiocca, com base no prazo médio de operações no banco. O tempo do processo dependerá da "capacidade de fornecer informações" por parte da VarigLog, que até ontem não havia dado entrada no pedido. O banco não terá ações da companhia aérea. Na última quarta-feira, diretores do BNDES, da VarigLog e da Embraer reuniram-se no Rio e, ao fim do encontro, o presidente do conselho de administração da VarigLog, Marco Antonio Audi, declarou que enviaria ontem pedido de financiamento, o que não ocorreu. A empresa quer comprar 50 jatos da Embraer, num negócio de US$ 2 bilhões. Uma linha do banco permite financiar até 85% (US$ 1,7 bilhão) da compra de jatos comerciais. FGTS — Também ontem o Ministério Público do Trabalho (MPT) do Rio ajuizou uma ação para pedir o pagamento antecipado do FGTS dos trabalhadores da Varig demitidos em julho e agosto (5,5 mil pessoas). Além disso, o MPT pede que a Varig, em 48 horas, "forneça aos empregados dispensados todos os termos de rescisão de contrato de trabalho com os valores devidos e não pagos assinalados". (AE)
EUA continuam no controle da web
O
governo dos Estados Unidos vai manter o controle técnico sobre a internet até 2011. Nesta semana, sem alarde, Washington renovou seu contrato técnico com a Icann, empresa com sede na Califórnia e que é responsável pela gestão da rede mundial de computadores. A novidade é um balde de água fria para os objetivos do Brasil e de outros países emergentes que, desde 2003, vêm pressionando para que o controle da rede mundial seja "democrático e multilateral". O contrato foi renovado por apenas um ano, mas com a opção de que o governo amplie o controle por mais quatro anos. Depois de um longo período sendo controlado pelo governo, a solução foi criar, nos anos 1990, uma entidade que pudesse administrar a rede. Mas um entendimento foi concluído entre essa organização, a Icann, e o Departamento de Comércio dos Estados Unidos para que a internet não se tornasse uma rede sem qualquer controle da Casa Branca. Em 2002, o governo americano havia indicado que a renovação do acordo por mais quatro anos seria a última e que, após esse período, a Icann poderia atuar de forma independente. Mas, desde o ano passado, a Casa Branca vem adotando uma posição diferente e favorável à manutenção do controle. A maioria dos funcionários envolvidos com o sistema da internet admite que o governo americano está pronto para realizar uma tran-
sição para um modelo mais autônomo, ainda que isso não queira dizer o total afastamento da Casa Branca da administração da rede mundial. Interferência – Poucos, porém, se arriscam a dizer quanto tempo essa "transição" levaria. Por enquanto, portanto, Washington continua tendo poderes de interferir nas operações técnicas que administram os endereços da web, se julgar necessário. O próximo passo dos EUA
O contrato da Icann com o governo americano é um mistério. Não sabemos nem mesmo quem toma as decisões. Roberto Schaw, conselheiro da UIT seria renovar outro contrato, também com a Icann, mas com conteúdo mais político. O entendimento está sendo avaliado pelo governo que, em maio, abriu a possibilidade para que cidadãos e organizações comentassem o acordo. Até agora, a Casa Branca já soma mais de 400 sugestões de como reformar o entendimento. Mas, com o anúncio da extensão do acordo técnico, a previsão é de que o segundo contrato também seja renovado. Por ele, a Icann é obrigada a manter e fornecer informa-
ções sobre quem registra sites e endereços da internet. Futuro — A decisão americana de renovar sua ligação com a Icann ocorre dois meses antes de uma reunião promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), na Grécia, e que discutirá o futuro da internet. Em 2005, na Tunísia, uma cúpula das Nações Unidas terminou sem um acordo entre os países sobre o tema. De um lado, Brasil, China, África do Sul e Índia insistiam que a internet deveria ser controlada por todos e que o monopólio da Icann, e portanto dos Estados Unidos, deveria ser revisto. Já Washington deixou claro que não abriria mão desse controle da tecnologia. A Icann alegava que, ao dividir o controle da rede com outros países, existiria o risco de uma quebra no sistema e mau funcionamento da rede. A ameaça era negada pelos países emergentes. Sem um consenso, a ONU optou por criar um grupo de trabalho que pudesse continuar avaliando o assunto. Mas um dos conselheiros da União Internacional de Telecomunicações (UIT), Roberto Schaw, alerta que o primeiro encontro desse grupo na Grécia não estará autorizado a tratar do tema do controle da internet pela Icann. Isso porque os americanos conseguiram retirar o tema da agenda do encontro. "O lobby foi grande", disse. "O contrato da Icann com o governo americano é um mistério. Não sabemos nem mesmo quem toma as decisões." (AE)
Começa amanhã a Gift Fair
A
maior feira de artigos para casa da América do Sul, a House & Gift Fair South America, terá 900 expositores nacionais e internacionais, que se espalharão por 50 mil metros quadrados do Expo Center Norte, entre os dias 19 e 22 de agosto. Entre os produtos expostos, novidades em eletrodomésticos,
eletroportáteis e aparelhos de imagem e som. Artigos de cama, mesa, banho, piscinas e jardins, tecidos e revestimentos, iluminação, cristais e pratarias também ocupam os estandes. O acesso ao evento é exclusivo aos lojistas e empresas dos setores citados, que podem fazer os pedidos de mercadorias já no evento. Durante os quatro
dias de feira, serão realizadas palestras gratuitas sobre temas como vendas, preparação de vitrines e atendimento ao cliente. Sonaira San Pedro
SERVIÇO House & Gift Fair De 19 a 22 de agosto, no Expo Center Norte, em São Paulo. www.grafitefeiras.com.br
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de agosto de 2006
Política 'O PT É O
Paulo Liebert/AE
PARTIDO DA BAIXARIA', DIZ SERRA. Os humores se alteraram na campanha ao governo de São Paulo. Serra acusa Mercadante de distorcer suas palavras, enquanto o petista afirma que o tucano desconhece o estado que quer governar.
O Na cantilena política contra seu principal adversário, o tucano José Serra, candidato petista subiu o tom de suas críticas.
PARA MERCADANTE, SERRA É DESINFORMADO. Candidato diz ter orgulho de seu passado, mas manteve distância de mensaleiro.
O
candidato do PT ao governo do Estado, Alozio Mercadante, voltou a criticar, ontem, seu adversário José Serra, candidato pelo PSDB, por ter atribuído aos migrantes a baixa qualidade do ensino público de São Paulo. Com dados do Ministério da Educação, Mercadante mostrou que, de 1997 a 2005, houve queda de cerca de 600 mil alunos no Ensino Fundamental em São Paulo. Considerando apenas escolas estaduais, o declínio foi maior (1,6 milhão de alunos). Sem acerto – "Achei inaceitável a declaração dele (Serra) sobre os migrantes. O que ele deu a entender é que os migrantes têm dificuldade de aprendizagem", afirmou. "Ele tentou consertar, mas não houve fluxo migratório que justificasse essa afirmação. Ele está errado, desinformado, não estudou os problemas do Estado de São Paulo para ser governador, não sabe sequer analisar por que a qualidade de ensino caiu tanto nesses últimos 12
estão escondendo o Alckmin anos", acrescentou. Durante almoço em Barueri, (Geraldo Alckmin, candidato Grande São Paulo, Mercadan- a presidente pelo PSDB). O te foi informado de que José FHC, então, parece que está Serra também cumpriria agen- clandestino na campanha. O da de candidato na cidade. único jeito de ele aparecer é se Questionado sobre a coinci- eu der espaço para ele se defender, porque nindência, Mercadanguém do PSDB dete declarou: "Mifende o governo nha agenda é púdele", cutucou. blica. A dele (SerMercadante r a ) n ã o f o i Eu não sei por r e afirmou que divulgada. De onque eles estão quer Lula em sua tem para hoje, deescondendo o campanha. "Eu teve estar correndo Alckmin. O FHC, nho orgulho do atrás do prejuízo". então, parece governo do qual C l an d e s t in o – participei como líSobre a representaque está der no Senado e da ção que o PSDB clandestino na história que consajuizou contra o campanha. truímos. Vamos P T, c o m a a r g ucontinuar juntos, mentação de que a propaganda eleitoral gratuita respeitando qualquer decisão ao cargo de governador estaria da Justiça", disse. Também participou da casendo utilizada para promover o presidente Luiz Inácio minhada, o ex-presidente da Lula da Silva, candidato à ree- Câmara João Paulo Cunha, leição, Mercadante afirmou candidato a reeleição a depuque os tucanos estão muito tado federal. Os dois não chepreocupados com a campanha garam juntos e mantiveram dele. "Eu não sei por que eles uma certa distância. (AE)
TRE TIRA SITE DO PT DO AR
O
Tribunal Regional Eleitoral (TRE) determinou a suspensão do site da campanha do PT ao governo estadual, até que seja retirada da publicação um texto ofensivo ao candidato a governador de São Paulo pelo PSDB, José Serra. O TRE concedeu a Serra direito de resposta a ser publicado no site petista. Segundo a decisão da justiça eleitoral, o PT distorceu os fatos e atribui ao candidato do PSDB preconceito contra migrantes. O senador Aloizio Mercadante, candidato do PT ao cargo, disse que "decisão da Justiça a gente não discute, está feito", mas insistiu que Serra agiu de forma preconceituosa. (AE)
candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José S e r r a d i s s e , o ntem, que se depender do seu adversário Aloizio Mercadante (PT), o debate eleitoral cairá para a baixaria. "O PT é o partido da baixaria. Se depender deles, (o debate) será sempre de baixo nível", afirmou o exprefeito, durante visita ao município de Cotia, na Grande São Paulo. O tucano fez campanha ainda em Barueri, Santana de Parnaíba e Vargem Grande Paulista. Pendenga – Na última quarta-feira, Mercadante disse que Serra era preconceituoso por ter declarado que uma das razões da baixa qualidade do ensino nas escolas estaduais é a migração de outros estados para São Paulo. O tucano afirmou não temer os ataques e estar preparado para enfrentar a situação. Segundo ele, o PSDB não entrará no jogo do PT. "Baixo nível fica sem resposta. Vamos responder com propostas, altura, dignidade e Justiça".
Migração – Serra disse ter ficado ofendido com as acusações de Mercadante e adiantou que o partido entrou com uma notícia-crime contra o petista. "Claro que fiquei ofendido. É uma mentira, uma verdadeira infâmia o que estão fazendo". O tucano acrescentou: "Não quis dizer nada daquilo que estão dizendo." Fora do ar – O site da campanha estadual do PT teve a suspensão determinada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) até que seja retirada a publicação do texto que, segundo o TRE, distorceu os fatos e atribui ao tucano preconceito contra migrantes. O TRE concedeu a Serra direito de resposta no site do PT . Dispensa - Para receber Serra, vários órgãos da prefeitura de Santana de Parnaíba, administrada pelo PFL - coligado aos tucanos - , dispensaram seus servidores para engrossar o público. O artigo 73 da Lei Eleitoral proíbe que servidores públicos participem de campanhas eleitorais durante o horário de expediente. (AE)
Epitácio Pessoa/AE
Clayton de Souza/AE
EDUCAÇÃO: QUÉRCIA QUER REFORÇO. O
candidato do PMDB ao governo de São Paulo, Orestes Quércia, pretende criar um reforço escolar caso seja eleito. "Vou criar a educação complementar. Os alunos farão uma avaliação a cada dois meses, e quem não estiver indo bem vai ter aulas para melhorar a aprendizagem", afirmou Quércia, antes de seguir em carreata pela cidade. Segundo ele, não há como definir agora quantos professores seriam contratados para esse serviço, mas ele explicou que pretende fazer convênio com as universidades para que elas colaborem com o projeto. Quércia disse ainda que não pretende acabar com a progressão continuada (quando a aprovação do aluno é automática) "se o ensino tem qualidade, a progressão continuada não é
3
um problema". Dinheiro – De dentro de uma picape, Quércia participou da carreata que durou cerca de 40 minutos no fim da manhã. Depois, o candidato fez uma rápida caminhada no centro comercial da cidade e participou de minicomício, quando voltou a reafirmar que pretende renegociar a dívida do Estado com a União para que haja mais dinheiro no caixa do Estado para investimentos. Radar – O candidato afirmou que os radares das rodovias estaduais são necessários, mas disse acreditar que há "evidentes exageros" no número de radares instalados. "Virou uma indústria em cima de um serviço público. Vamos ter que limitar essa questão". Multas – Quércia e o diretório estadual do PMDB recorreram ao Tribunal
José Serra em literal corpo-a-corpo de campanha
ALCKMIN NÃO DEVE MUDAR, ACHA AÉCIO.
A
Quércia diz que, com reforço, progressão continuada é desnecessária.
Superior Eleitoral (TSE) contra o pagamento da multa de R$ 21 mil, por propaganda eleitoral antecipada. A multa foi fixada pelo
Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo. O peemedebista alega que houve desvio do uso de propaganda partidária e não antecipada. (AE)
o admitir que a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) sofreu uma "derrapada", o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), que disputa a reeleição, disse ontem que considera uma "bobagem" qualquer tentativa de transformar Alckmin num candidato agressivo. "Acho uma bobagem essa coisa de ter que mudar, ter que bater. Ele tem que ser cada vez mais o que é. Ele virou candidato, teve um governo aprovadíssimo em São Paulo sendo o que ele é. Inventar uma nova figura agora é um erro", afirmou, durante sabatina promovida pelo jornal "Folha de S. Paulo", em Belo Horizonte. Aécio demonstrou otimismo numa recuperação do tucano com o início do horário eleitoral
gratuito. Mas observou: "Não defendo um programa ofensivo, agressivo. Tem que ser um programa firme, corajoso, apontando para o futuro. Eu acho que nós temos uma boa chance". Segundo ele, Alckmin tem condições de se recuperar da recente queda nas pesquisas de intenções de voto e chegar ao segundo turno. Aécio foi questionado sobre o fato de o candidato à Presidência não ter aparecido na primeira edição de seu palanque eletrônico, mas procurou minimizar o caso. Alegou que tem se empenhado bastante na campanha de Alckmin, mas reafirmou que a "transferência de votos tem suas limitações". Polêmicas – Sobre a discriminalização da maconha, disse que há "outros caminhos". Falou que é contra a legalização do aborto, mas respeita o "direito à escolha" da mulher. E disse que não se opõe à união civil de homossexuais. (AE)
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de agosto de 2006
Imóveis Finanças Nacional Empresas
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5
80
FGTS SERÁ USADO EM INFRA-ESTRUTURA
por cento do patrimônio do FGTS, cerca de R$ 16 bilhões, poderá ser o repasse para o fundo de infra-estrutura
GOVERNO QUER QUE TRABALHADOR DESTINE PARTE DO FGTS PARA NOVO FUNDO DE INVESTIMENTO
DEPOIS DA HABITAÇÃO, INFRA-ESTRUTURA
Melhor recuperação salarial em dez anos
O
s acordos de negociações salariais realizados de janeiro a junho deste ano alcançaram os melhores resultados na correção de salários nos últimos dez anos, segundo informou ontem o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em 96% das 271 negociações realizadas houve ao menos a reposição da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O estudo "Balanço das negociações de reajustes salariais no primeiro semestre de 2006" creditou boa parte do desempenho das negociações salariais do período aos baixos índices de inflação. Conforme o levantamento, as taxas inflacionárias estiveram em declínio, passando de um INPC de pouco mais de 5% nos 12 meses anteriores à data-base de janeiro para algo como 2,75% no período encerrado em junho. Por setores, o comércio foi o que ofereceu melhores ganhos, beneficiando 91% das categorias com aumento superior ao INPC. Na indústria, esse percentual foi de 84% e no setor de serviços, de 77%. Outros – A pesquisa relata que 0,7% do total das negociações acompanhadas no primeiro semestre obtiveram reajuste de mais de 5% acima do INPC; 2,2% ficaram entre 4,01% e 5% acima da inflação; 4,4% de 3,01% a 4% acima do INPC; 13,7% de 2,01% a 3% além do INPC; 25,5% de 1,01%
a 2% acima do índice; e 35,4% de 0,01% a 1% acima do INPC. Apenas 4,4% das negociações ficaram abaixo da inflação acumulada até a data-base. Na avaliação do supervisor do Dieese em São Paulo, José Silvestre Prado, "há uma tendência de mobilização sindical na busca de ganhos reais acima da inflação ou de, no mínimo, conquistar a reposição inflacionária em todos os setores econômicos, independentemente da área geográfica e convenção coletiva do trabalho". Motivos – Os técnicos do Dieese apontaram que esses ganhos são conseqüência do bom desempenho da economia brasileira. Principalmente porque houve expansão do mercado consumidor interno, estimulado pela maior oferta de crédito, pelo efeito dos programas sociais dos governos estaduais e federal e pelo impacto dos últimos aumentos reais do salário mínimo oficial. O órgão também avaliou que os êxitos nos acordos são reflexos da política de redução progressiva da taxa básica de juros, a Selic, hoje em 14,75% ao ano, e dos investimentos privados na área produtiva. O levantamento, entretanto, faz um alerta: apesar dos resultados obtidos nas negociações, parte expressiva dos trabalhadores não desfruta desses benefícios por estar na informalidade e porque o mercado ainda conta com índices elevados de desemprego e rotatividade de mão-de-obra. (Agências)
Luiz Marinho: trabalhador terá melhora na rentabilidade do FGTS
Petrobras avança nos Estados Unidos e Turquia
A
Petrobras informou ontem, em comunicado, que arrematou o maior número de blocos no Lease Sale 200, leilão do setor norte-americano de petróleo do Golfo do México, realizado na quarta-feira. "Com um total de US$ 45,483 milhões, oferecidos para 34 blocos, a Petrobras também foi a maior ofertante no que diz respeito ao total investido", disse a empresa. A Petrobras procurou, neste leilão, consolidar sua posição em duas das atuais áreas que são o foco de suas atividades: as águas ultraprofundas no quadrante Keathley Canyon e as águas profundas na região de Garden Banks. "A participação no Lease Sale 200 está alinhada com o Plano Estratégico da Petrobras, que determina um crescimento interna-
Desânimo em São Paulo
A
decepção com o desempenho da economia no primeiro semestre do ano diminuiu o ânimo dos empresários paulistas para esta segunda metade de 2006. A pesquisa semestral Rumos da Indústria Paulista, realizada pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) em julho, mostra que 44% dos 694 empresários entrevistados têm expectativas mais otimistas em relação ao comportamento de suas indústrias no segundo semestre em relação ao mesmo período de 2005; 15% estão pessimistas e 3%, muito pessimistas. Os números de julho são piores do que os verificados no levantamento anterior, de dezembro de 2005. Naquela época, o percentual de otimistas era maior (49%), e o de pessimistas e muito pessimistas, menor (12% e 2%, respectivamente), quando comparado às projeções realizadas em julho. "Já sabíamos que as exportações patinariam, mas havia expectativa de comportamento mais animado no mercado interno, o que não se concretizou. Todos os indicadores estão muito modestos, e o comportamento do Copom (Comi-
tê de Política Monetária) nas próximas reuniões voltou a causar incertezas", disse Boris Tabacof, diretor do Departamento de Economia do Ciesp. O levantamento mostrou também que o primeiro semestre de 2006 foi pior para 44% das indústrias e melhor para 28%. A pesquisa de julho de 2005 revelou que o primeiro semestre daquele ano havia sido pior para 38% das indústrias e melhor para 37%. Do total da amostra, 63% são micros e pequenas empresas, segmento que teve o maior percentual com desempenho pior no primeiro semestre deste ano (47%). Entre as grandes, 43% ficaram decepcionadas com o comportamento de seus negócios de janeiro a junho. A pesquisa revelou, ainda, que 74% das indústrias não pretendem contratar no segundo semestre e 26% têm intenção de admitir trabalhadores. Não houve perguntas sobre demissões. Preços – Segundo o levantamento, 49% dos entrevistados afirmaram que vão manter os níveis atuais de preços, mesmo que haja um aumento acima 20% no uso de sua capacidade instalada, provocado por incremento do consumo. (AE)
cional forte em áreas-foco, entre elas as águas ultraprofundas do Golfo do México." Turquia – Também ontem, a agência de notícias Ihla, da Turquia, anunciou que a Petrobras e a estatal turca Turkiye Petrolleri Anonim Ortakligi, ou TPAO, concordaram em explorar, juntas, petróleo e gás natural na costa turca do Mar Negro. As petrolíferas assinaram dois acordos de extração em águas profundas nos blocos Kirklareli e Sinop. Elas terão fatias de 50% cada uma. Representantes dizem que as relações entre ambas começaram com US$ 50 milhões e poderão avançar para uma cooperação de US$ 10 bilhões nos próximos anos. Nos últimos três anos a Turquia tem acelerado suas atividades de exploração de petróleo e gás. (AE)
governo quer permitir que os trabalhadores com recursos no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) utilizem parte do saldo para aquisição de cotas do fundo de investimento de infra-estrutura a ser criado por projeto de lei que será encaminhado ao Congresso Nacional depois das eleições. A informação foi dada ontem pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho, durante encontro com empresários do setor de infra-estrutura na Associação Brasileira de Infra-estrutura e Indústrias de Base (Abdib), na capital paulista. "Além de financiarmos novos projetos de infra-estrutura de que o País necessita para se desenvolver, o trabalhador terá uma melhora de rentabilidade de sua conta de FGTS", disse o ministro em entrevista coletiva, revelando que a operação seguiria os modelos já utilizados para compra de ações da Petrobras, Vale do Rio Doce e Banco do Brasil. Hoje, as contas do FGTS são remuneradas pela correção da Taxa Referencial (TR) e até 3% ao ano. Informalmente, dirigentes da Abdib estimam que, com a participação dos correntistas, o fundo de infra-estrutura poderá superar, em cinco anos, o volume de recursos disponibilizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o financiamento do setor, atualmente em R$ 60 bilhões. Assim, empresários admitem que o País poderá dobrar a oferta de receita para o financiamento de projetos de infra-estrutura. O projeto que cria o fundo de investimento com dotação de verbas do FGTS será apresentado ao Conselho Curador do fundo na reunião ordinária agendada para o próximo dia 29. A proposta é de que o go-
verno repasse até 80% do patrimônio líquido do FGTS (hoje em R$ 20 bilhões) para o fundo de infra-estrutura, o que permitiria investimentos de até R$ 16 bilhões em novos empreendimentos de saneamento básico, portos, rodovias, ferrovias e de energia elétrica. Disponibilidade – A disponibilidade inicial do novo fundo proposto pelo governo será de R$ 5 bilhões, podendo atingir até os R$ 16 bilhões, e a participação no financiamento será de até 30% do custo total do projeto, por meio de aquisição de ações ou debêntures. A concessão enfrenta resistência do setor da construção civil, temeroso de que diminua a disponibilidade de verbas do fundo para o financiamento do setor. "O Conselho Curador é quem vai delimitar esse volume de investimento do correntista. Temos que ter clareza para não descaracterizar a missão do FGTS, de investir em construção civil e saneamento básico", salientou Marinho. A proposta recebeu apoio integral da Abdib. "É um projeto inovador e que cria um novo tipo de funding (suporte financeiro) para a infra-estrutura. Apoiamos a iniciativa e a forma como poderá ser montada", declarou o presidente da Abdib, Paulo Godoy. "A proposta é de aplicação de governança moderna e eficiente, que atinja o objetivo de gerar desenvolvimento e emprego." Marinho e Godoy admitiram que, se depender da velocidade de tramitação do projeto de lei no Congresso, os primeiros contratos poderão ser assinados já em 2007. "Queremos que os empreendimentos aconteçam e olharemos a seriedade da governança dos empreendimentos com regras claras e seguras. Aventureiros não terão acesso a esses recursos", afirmou o ministro. (AE)
Factoring
DC
O
Marcello Casal Jr/ABr - 26/07/2006
O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com
EDITAL
10
Congresso Planalto Eleição CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de agosto de 2006
ABANDONO FOI TEMA DE EXPLICAÇÕES DOS CANDIDATOS.
PRESIDENTE NEGA QUE QUEIRA DESCOLAR SUA IMAGEM DOS SÍMBOLOS DO PT, QUE APARECEM POUCO NA TV. Ricardo Stuckert / ABr
Dida Sampaio / AE
Petróleo e festa: Lula inaugura dique no Rio Grande do Sul e festeja vitória do Internacional.
Não é bem assim: tucano diz, em encontro com lideranças paranaenses, que as alianças têm ajudado .
LULA: EU NÃO ABANDONEI O PT NEM OS ALIADOS. Na cerimônia de inauguração de um dique seco em Rio Grande (RS), ontem, o presidente diz que sempre foi do PT, mas reiterou que não é candidato de um partido único.
M
esmo na condição de candidato à reeleição pela coligação "A Força do Povo" (PT-PRB e PCdoB), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não discursou na cerimônia de que particpou, ontem, no município de Rio Grande (RS), de assinatura de contrato para instalação de um dique seco na cidade. Nem se mostrou muito preocupado com isso. Assim, coube à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, a incumbência de falar na ocasião em nome do governo e assumir as pompas e
circunstâncias por ele. Como tem feito em todas as solenidades de inauguração de obras de que tem participado desde que assumiu formalmente a candidatura, Lula vestiu, literalmente, o uniforme da ocasião - no caso, o macacão laranja da Petrobras, que assinava contrato com a Rio Bravo Investimentos e o Estaleiro Rio Grande para a instalação do dique, um empreendimento destinado à construção e reparo de plataformas usadas na produção de petróleo. Bem-humorado, ele até posou segurando a camiseta do
Internacional, que na noite de quarta-feira empatou com o São Paulo por 2 a 2 e conquistou, assim, o título inédito da copa Libertadores da América em Porto Alegre. Perguntado se teria determinado à ministra da Casa Civil que falasse em seu nome, por conta da fiscalização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que poderia considerar o ato propaganda eleitoral, Lula disse que não pode deixar de governar só porque é candidato à reeleição. Ele considerou "absurda" a afirmação de que teria ignorado o PT no seu programa eleitoral na TV, por motivo de vergonha, depois das denúncias de corrupção que envolveram o partido. Segundo o presidente, não se pode colocar mais PT na televisão do que ele mesmo. Lula disse que é do PT , mas não é candidato de um partido único. Ao ser questionado se tinha desistido da proposta de uma Assembléia Nacional Constituinte exclusiva para discutir a reforma política, o presidente disse que considera a idéia simpática, mas que não cabe a ele decidir, e sim ao Congresso Nacional. "O que importa é saber se o Congresso tem a intenção de fazer a reforma necessária", afirmou o presidente, que participou de almoço em Pelotas, e embarcou para Brasília ainda na tarde de ontem. (AE)
ALCKMIN: O PSDB NÃO ME ABANDONOU. Em campanha em Curitiba, ontem, o candidato tucano procurou minimizar a omissão de seu nome em propagandas estaduais, como dizem seus adversários.
T
ão logo desembarcou em Curitiba (PR), o candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, procurou desfazer-se de um incômodo destacado por seus adversários na corrida pelo Palácio do Planalto: o abandono eleitoral de que estaria sendo vítima. Preocupado com a repercussão que isso poderia ter em sua campanha, Alckmin minimizou o fato de as campanhas estaduais de seu partido omitirem seu nome na propaganda eleitoral
gratuita anteontem em pelo menos seis Estados, para não acompanhá-lo na queda das últimas pesquisas de intenção de voto, apontada por diversos institutos de pesquisa. "Eleição estadual é para fazer campanha do Estado", disse. "O nosso horário é às terças, quintas e sábados. É natural que seja assim", comentou em seguida, com desdém. O tucano voltou a enfatizar "que não falta nenhum empenho" nem do PSDB, nem dos partidos aliados, em fortalecer sua campanha.
"Está todo mundo trabalhando". Ele também evitou comentar a declaração do candidato tucano ao governo de São Paulo, José Serra, que atribuiu anteontem à migração as notas ruins do Sistema Nacional de Avaliação de Educação Básica (Saeb). "Isto é um tema estadual", limitou-se a dizer. No primeiro compromisso do dia no Paraná – um encontro com prefeitos e lideranças políticas da região –, Alckmin voltou a afirmar que o modelo praticado pelo governo federal "é errado". "O Brasil gasta muito e gasta mal. Vamos fazer um grande esforço para melhorar a questão do gerenciamento do Estado", comentou. O ex-governador paulista insistiu na necessidade de o País crescer mais do que 5% ao ano e de gerar emprego. "Gerar emprego não é obra do acaso. É preciso trabalho do governo, ajudando os empreendedores a reduzir gastos de má qualidade, reduzir impostos e apoiar a agricultura", defendeu. Na capital paranaense, Alckmin foi recepcionado pelo prefeito da cidade, Beto Richa (PSDB), pelo candidato do partido ao Senado, Álvaro Dias, e pelos candidatos a governador do Estado Rubens Bueno (PPS) e Osmar Dias (PDT). (AE)
Alberto César Araújo/Correio Amazonense/AE
HELOÍSA HELENA É AMIGA DA ONÇA
S
ob um calor de 40 graus, a candidata do PSol à presidência da República, senadora Heloísa Helena (AL), fez um comício ao meio-dia de ontem no centro de Manaus em cima de um caixote trazido por feirantes: "Sei que estou vários pontos (nas pesquisas) acima do picolé de chuchu aqui no Amazonas. Mas se cada um de vocês conseguirem com seus amigos mais dois votos, nós vamos para o segundo turno contra o rei da abobrinha, sua majestade barbuda". Segundo a senadora, o governo federal adiantou "por motivos eleitoreiros" a discussão sobre a possível perda de exclusividade da Zona Franca de Manaus para a produção da TV Digital em favor de Minas Gerais e o Rio Grande do Sul. On ça– Antes de ir à caminhada no centro, a candidata deu uma parada no zoológico do Exército. Disse que queria conhecer onças. Próximo à gaiola do gavião-real, ouviu atenta a explicação de que o animal só tinha uma companheira na vida e comentou: "Tão diferente do macho humano, que está longe desse sentimento de fidelidade".
CAMPANHA COMEÇA A MUDAR, AOS POUCOS.
O Heloísa Helena afaga sem medo onça de dois anos durante visita a Zoológico do Exército, em Manaus (AM).
Passando pela gaiola dos tucanos brincou com os fotógrafos escondendo o rosto. Ao chegar à ala de onças, a onçapintada macho Simba, de dois anos, aceitou os carinhos da senadora, que se disse uma admiradora de felinos. Ao ser informada que técnicos do Ibama tinham batizado com seu nome uma jaguatirica que está sendo tratada com acupuntura porque a felina seria muito brava, riu: "Ah, que honra, queria conhecer essa. E a gente não tem em comum só a braveza, mas também a acupuntura, que uso para tratar problemas no estômago". (AE)
País se transformou", disse. CRISTOVAM Em quatro anos, esse montante seria elevado para QUER R$ 7 BI R$ 20 bilhões. Segundo os recursos viriam NA EDUCAÇÃO Buarque, do Orçamento da União e do
O
candidato a presidente Cristovam Buarque (PDT) afirmou, em Cuiabá, que, se eleito, aplicará mais R$ 7 bilhões na educação em 2007, além de fazer o repasse constitucional obrigatório do Orçamento do governo. "Só uma revolução na educação vai conter a criminalidade e a guerrilha urbana em que esse
lucro de todas as estatais. Ele disse que se considera um candidato subversivo por defender um pacto nacional pela educação dos mais jovens como plataforma eleitoral. Buarque prevê que, daqui a cinco anos, a situação da segurança pública se tornará ainda mais explosiva, caso não ocorram investimentos maciços no setor educacional. (AE)
s candidatos que disputam a campanha presidencial exploraram um leque variado de artifícios para cativar o eleitor em seus programas eleitorais gratuitos de ontem no rádio e na tevê. Lula listou os benefícios de seus programas assistenciais e diversas cifras como os 6 milhões de empregos gerados em seu governo, 4 milhões dos quais com carteira assinada, além da ascensão social de 7 milhões de brasileiros à classe média. Geraldo Alckmin mostrou uma curiosa trajetória de sua família que, egressa da Europa, passou pelo oeste da Bahia, "onde ainda tem muito Alckmin", pelo norte de Minas Gerais, até chegar em São Paulo, na geração de seu pai. A idéia era
arrebanhar mais votos nesta região, em especial no nordeste, onde o candidato não apresenta bom desempenho. Mal na fita – Para especialistas em estética, no entanto, todos os candidatos em campanha na tevê estão mal na fita. Eles assistiram ao programa eleitoral gratuito a pedido do jornal "O Globo" e não gostaram. "Lula está com uma testa que parece de plástico. Ele fala e nada se mexe no rosto, nem a sobrancelha", observa Ricardo Moreno, maquiador do canal GNT, que já cuidou de Pedro Bial e Rodrigo Santoro. Para o cirurgião plástico Ricardo Cavalcanti, o presidente dá sinais de ter usado botox para disfarçar rugas. "Alckmin também aparenta ter feito o mesmo", observou. (AE)
4
Eleição CPI Segurança Eleição
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de agosto de 2006
Bastos, Lembo e cúpula militar discutem hoje novas estratégias de combate ao crime organizado
ENCONTRO DEVE DEFINIR AÇÕES CONTRA O PCC
THOMAZ BASTOS PARTICIPA DE REUNIÃO DO GABINETE DE SEGURANÇA.
Eymar Mascaro
Preto no branco
REUNIÃO DEFINE O INTEGRAÇÃO DA POLÍCIA
A
Elói Corrêa / AE
torno do fortalecimento do setor de inteligência em São Paulo, para criar capacidade de identificação de criminosos ligados a facções e o planejamento de ações. São Paulo era o único Estado federativo que não integrava o Plano Nacional de Segurança Pública, criado em 2003 pelo governo federal. A adesão paulista ficou selada após reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador Cláudio Lembo, na sexta-feira
primeira reunião do Gabinete de Gestão Integrada da Segurança Pública em São Paulo, hoje na sede do Comando Militar do Sudeste, no Ibirapuera, zona sul, terá a participação do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos; do comandante militar do Sudeste, general Luiz Edmundo de Carvalho; e do governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL). A principal discussão girará em
ESTADOS PODEM EDITAR MPs
P
or ampla maioria, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou constitucional a edição de medidas provisórias (MPs) pelos governos dos Estados. A decisão foi tomada durante o julgamento de uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) ajuizada em 2001 pelo PT contra a Assembléia Legislativa de Santa Catarina. A presidente do Supremo Tribunal, ministra Ellen Gracie, foi a relatora da Adin. Gracie argumentou que o uso de medidas provisórias pelos estados está implicitamente autorizada pela Constituição. "Se a lei fundamental não autorizou explicitamente os Estados membros a adotarem MPs, ela ofereceu, no entanto, forte e significativa indicação quanto a essa possibilidade", afirmou a presidente do STF. Embora o julgamento da Adin tenha provocado muita discussão entre os ministros, todos votaram de acordo com o voto da Gracie, menos o ministro Carlos Ayres Britto, que votou contra. Para ele, a ques-
tão fere o princípio da separação de poderes, previsto na Constituição. Com base neste argumento, não caberia estendê-la aos estados. O ministro Gilmar Mendes não participou da resolução por ter atuado como advogado-geral da União na época em que o PT entrou com a ação. Dívida com a União - O STF também decidiu que o governo do Rio Grande do Sul deve pagar sua dívida com a União, no valor de R$ 2,3 bilhões, referente ao Programa de Apoio à Reestruturação e Ajuste Fiscal dos Estados (Proes), mesmo que o valor ultrapasse 13% da receita líquida estadual. Por seis votos a quatro, os ministros do STF negaram pedido ajuizado pelo Estado, que queria pagar os débitos com até 13% de sua receita líquida. O empréstimo da União na época tinha como objetivo o saneamento do sistema financeiro estadual - formado pela Caixa Econômica Estadual (Sulcaixa) e pelo Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul). (Agências)
da semana passada. Lembo quer vinculação da Força Nacional à Polícia Federal em São Paulo, maior compartilhamento de equipamentos especiais como bloqueadores e escutas de telefones celulares, aparelhos de raios-X, rastreamento da origem de armas e drogas apreendidas pelas polícias e auditoria das contas bancárias de integrantes do crime organizado, para tentar recuperar o dinheiro lavado e roubado. (AE)
JUSTIÇA MULTA LULA EM R$ 900 MIL
O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofreu ontem uma grande derrota no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao ser multado em R$ 900 mil. Por 4 votos a 2, o tribunal entendeu que o presidente fez propaganda eleitoral fora de época ao editar a cartilha "Brasil um País de Todos", distribuída em janeiro passado. Com tiragem de 1 milhão de exemplares, a publicação apresentou um balanço do governo Lula e comparou sua administração com a antecessor, Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O advogado de Lula no TSE, José Antônio Toffoli, já anunciou que vai recorrer da decisão ao Supremo Tribunal Federal (STF), com a alegação de que a decisão tomada ontem contraria ao menos quatro dispositivos constitucionais. Enquanto o recurso não for julgado, Lula não precisa pagar a multa. Toffoli disse que, em tese, como o TSE considerou que a cartilha era uma propaganda eleitoral, em caso de derrota poderá ser usado
dinheiro da campanha para pagar a multa. Ao pedir o registro da candidatura à reeleição, Lula declarou ter um patrimônio de R$ 839 mil, que é inferior ao valor da multa. A publicação e a distribuição da cartilha foram contestadas no TSE pelo PSDB, partido do candidato à Presidência Geraldo Alckmin. Os tucanos alegaram que a cartilha - editada sob a responsabilidade da Casa Civil, da Secretaria-Geral da Presidência da República e do Ministério do Planejamento - trazia "intensa publicidade das realizações do governo federal". O valor da multa aplicada corresponde ao custo estimado da p ro d u ç ã o d e 1 m i l h ã o d e exemplares. No início do julgamento, em junho, o relator do caso no TSE, ministro José Delgado, disse estar certo de que a cartilha fazia "louvor aos feitos do chefe do Poder Executivo". E, para ele, isso "está longe de se caracterizar como propaganda de cunho educativo". (AE)
JUCÁ RECORRE AO TSE CONTRA MULTA DE R$ 30 MIL DO TRE
O
Reunião Plenária (informações, debates e busca de soluções)
Convidado Especial
Gilberto Kassab Prefeito de São Paulo
Participação Secretário dos Transportes Metropolitanos
Jurandir Fernando Ribeiro Fernandes Presidente do Metrô
Carlos Frayze David TEMA: Uma Visão de São Paulo Dia: 21 de agosto de 2006, segunda-feira Horário: às 17 horas Local: Rua Boa Vista, 51 - 9º andar
candidato a governador de Roraima, Romero Jucá (PMDB), da Coligação Roraima Tem Solução (PMDB-PPSPSB-PMN-PRB-PT-PC do BPSC-PTC-PV), entrou com um recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que o condenou a pagar multa de R$ 30 mil pela prática de publicidade eleitoral antecipada em junho. Na representação, movida pelo PSDB contra Jucá, o partido alegou que, durante uma entrevista concedida por ele ao programa "A Voz do Povo", da Rádio Equatorial, em 13 de junho, o peemedebista teria violado o artigo 36 da Lei Eleitoral, que proíbe a publicidade antes de 5 de julho. Durante a entrevista, de acordo com a ação do partido tucano, o senador Romero Jucá teria dito que ocupou a tribuna do Senado para anunciar a sua candidatura ao governo estadual. O anúncio teria sido feito para os membros da Casa e para "a população do País". De acordo com o TSE, os advogados de Jucá esclarecem que o acórdão do Tribunal Regional teria apontado a ocorrência de "propaganda subliminar manifesta", mas que não teria indicado em quais trechos exatamente o ilícito teria ocorrido. Ao fim, pedem a cassação da multa ou, alternativamente, a redução ao valor mínimo legal. (AE)
Ibope vai divulgar nas próximas horas nova pesquisa sobre a corrida presidencial. Os partidos saberão, por exemplo, se Lula foi prejudicado por não comparecer ao debate promovido pela TV Bandeirantes. A audiência do programa ficou em quatro pontos, não foi das melhores. O Ibope divulgado na semana passada não foi bom para os adversários de Lula, a não ser para a senadora Heloísa Helena (PSol), que cresceu três pontos percentuais em relação à pesquisa anterior. Ainda não se sabe se a nova pesquisa teve tempo de incluir os primeiros programas de campanha na televisão.
PREOCUPAÇÃO
MAR DE VOTOS
O novo Ibope é esperado com expectativa sobretudo pelos tucanos. Seu candidato, Geraldo Alckmin, caiu na pesquisa da semana passada em quase todas as regiões do País.
Os tucanos querem esmiuçar a nova pesquisa Ibope para saber se houve alteração no quadro sucessório no Nordeste, depois do projeto que Alckmin lançou para recuperar a região. Lula tem arrancado mais de 60% de intenção de voto no Nordeste.
PREVISÃO O coordenador de comunicação da campanha tucana, Luiz Gonzalez, admite que só em setembro os partidos terão uma noção exata do desempenho dos candidatos na mídia eletrônica.
CAUTELA Os primeiros programas de Lula e Alckmin na tevê foram considerados insípidos. Não houve ataques pesados aos adversários, com exceção do programa de Heloísa Helena que deu novas alfinetadas em Lula.
DENÚNCIA Tucanos e pefelistas de Brasília não aprovaram inteiramente os programas iniciais de Geraldo Alckmin. Eles queriam que Alckmin fosse mais duro com Lula, denunciando corrupção no governo do PT.
APOIO Para consolidar sua liderança no Rio (11 milhões de votos), Lula está investindo também na área cultural. Na próxima segunda-feira, o candidato tem encontro marcado com artistas e intelectuais na casa do ministro da Cultura, Gilberto Gil.
SATISFAÇÃO Alckmin está satisfeito com as informações de que está reagindo em Minas, Estado que tem 13 milhões de eleitores. Com o apoio do governador Aécio Neves e do ex-presidente Itamar Franco, a tendência de Alckmin é de crescimento na região.
ATRITO Os tucanos estão preocupados com a confusão que reina entre os aliados da candidatura Alckmin no Paraná (7 milhões de eleitores). Se a paz não voltar o candidato corre o risco de ficar sem palanque no Estado.
PERDA No último mês, Alckmin perdeu oito pontos no Sul do País (Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina). O tucano tinha 31% de intenção de voto na pesquisa de julho e caiu para 23% em agosto. Por isso, o tucano insiste em conseguir o apoio dos governadores Germano Rigotto (RS) e Roberto Requião (PR).
RENÚNCIAS Os deputados envolvidos no escândalo sanguessuga foram avisados que tem prazo até segunda-feira para a renúncia de seus mandatos evitando a suspensão de seus direitos políticos se forem cassados. Na terça-feira começam a pipocar os processos de cassação.
PERDÃO COMO ESTÁ A situação dos candidatos no Rio ainda não mudou: Lula continua em 1º lugar seguido de Heloísa Helena, em 2º, e de Geraldo Alckmin, em 3º. A tevê é a esperança do tucano para reverter a situação na região.
CONSOLIDAÇÃO Alckmin decidiu também intensificar a campanha em São Paulo (26 milhões de votos), região em que lidera nas pesquisas. O tucano acha que ainda existe espaço para crescer mais no Estado. Alckmin foi aconselhado a permanecer mais em São Paulo e menos em Brasília.
Presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto continua provocando reações com sua tendência de amaciar a situação dos três senadores envolvidos na crise dos sanguessugas: Ney Suassuna (PMDBPB); Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES).
NOTA SÓ O candidato a presidente Cristovam Buarque (PDT) afirmou em Cuiabá, que, se eleito, aplicará mais R$ 7 bilhões na educação em 2007. Daqui a cinco anos, segundo ele, a situação da segurança pública se tornará ainda mais explosiva, caso não ocorram investimentos maciços na educação.
6
Empresas Nacional Finanças Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de agosto de 2006
1,58
REMESSAS DE LUCRO CAÍRAM EM JULHO
bilhão de dólares foi o total de Investimentos Estrangeiros Diretos no mês passado
SUPERÁVIT DE US$ 3 BILHÕES EM JULHO É O MAIOR DA SÉRIE HISTÓRICA DO BANCO CENTRAL, INICIADA EM 1947
CONTAS EXTERNAS BATEM RECORDE
C
Givaldo Barbosa/Agência O Globo
queda no pagamento de juros da dívida externa em relação aos meses anteriores. No mês passado, as remessas líquidas de lucros e dividendos foram de US$ 864 milhões, praticamente a metade do US$ 1,63 bilhão de junho e bem abaixo da média mensal do ano, de US$ 1,38 bilhão. As despesas com juros, por sua vez, somaram no mês US$ 1,09 bilhão, contra US$ 1,21 bilhão em junho e US$ 1,39 bilhão em julho do ano passado. Investimentos — Os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED), no último mês, totalizaram US$ 1,58 bilhão, ficando dentro da projeção do mercado e do próprio BC. Em julho de 2005, o saldo foi de US$ 2,03 bilhões. De janeiro a julho, o fluxo atingiu US$ 8,97 bilhões, ante US$ 10,54 bilhões em igual período do ano passado. Na primeira metade deste mês, o BC ampliou o ritmo de compra de dólares no mercado de câmbio iniciado em julho. Pelas contas de mercado, foram adquiridos, em 15 dias, cerca de US$ 3,2 bilhões, uma média de US$ 213 milhões por dia. Ontem o BC informou que comprou, em julho, US$ 4,4 bilhões, o que significa média de US$ 146,7 milhões diários. Mas, mesmo com as compras vultosas de dólares feitas pelo do BC, a moeda apresentou valorização de 2,2% no mês, passando de R$ 2,19 para R$ 2,14. "Os fundamentos econômicos do País estão pesando mais sobre a formação da taxa de câmbio do que as compras do BC", afirmou Guilherme Loureiro, economista da consultoria Tendências. As reservas internacionais saltaram nos primeiros 15 dias deste mês de US$ 66,819 bilhões para US$ 69,524 bilhões. (AE)
Saia-justa na Febraban
A
s medidas do governo para reduzir as taxas de juros para o consumidor nem saíram do papel e já estão causando polêmica. Ontem, em entrevista à Agência Estado, o economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Roberto Troster, atacou duramente as medidas que estão em estudo no Ministério da Fazenda e, pouco depois, foi desautorizado pela diretoria da entidade. A Febraban divulgou nota oficial dizendo que ele não falou em nome da instituição. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ter ficado surpreso com as declarações
do economista. "Elas foram inoportunas e alguns decibéis fora do tom", disse Mantega. "Ele nem conhece as medidas e já está dizendo que não vão funcionar", acrescentou. Troster afirmou que falta transparência do Banco Central (BC) na divulgação de dados a respeito do crédito no País, o que também gerou reação. O BC divulgou comunicado rebatendo a avaliação do economista da Febraban. Troster disse ainda que as medidas são uma "manobra diversionista", que não levarão à redução significativa das taxas cobradas do consumidor nas operações de crédito. (AE)
Juros influenciam decisão de compra
O Lopes destacou a queda das despesas com os juros da dívida externa Artur de Leos/LUZ – 28/4/05
Na briga pelos servidores, Monteiro aposta na tradição de juro baixo
Nossa Caixa rebate dados do Santander
A
disputa entre a Nossa Caixa e o Santander Banespa pelos funcionários públicos do Estado de São Paulo está gerando uma guerra de informações. Um dia depois de o Santander ter convocado a imprensa para detalhar seu plano de benefícios para os servidores, ontem foi a vez do banco estatal apresentar seu lado na briga. De acordo com o presidente da Nossa Caixa, Carlos Eduardo Monteiro, os números divulgados pelo banco espanhol são distorcidos. Discordando da informação de que 650 mil dos 850 mil funcionários estaduais recebem os salários pelo Santander Banespa, Monteiro disse que, no quinto dia útil deste mês, a Nossa Caixa fez o pagamento de aproximadamente 570 mil servidores. "E esse fluxo aumenta a cada dia. Em agosto, já abrimos 57 mil contas ", afirmou. A briga esquenta neste semestre porque, segundo determinação do governo estadual, a folha de pagamento sairá do Santander para a Nossa Caixa a partir de janeiro de 2007. Por isso, o banco espanhol quer
convencer os clientes a manter a movimentação, usando as contas na Nossa Caixa apenas para receber o salário. O banco estatal, por sua vez, age para garantir a fidelidade dos servidores estaduais. Tradição — O presidente da Nossa Caixa questionou o pacote de vantagens criado pelo Santander, que inclui a redução de taxas de juros em algumas linhas de crédito. "Juro baixo já é uma tradição na Nossa Caixa, como há 31 meses mostra a pesquisa de taxas da Fundação Procon de São Paulo. Não precisamos lançar mão de novas estratégias nessa área para conquistar os clientes", ressaltou Monteiro. De qualquer forma, a Nossa Caixa está oferecendo aos funcionários públicos que abrirem uma conta corrente, ao invés de "uma simples conta-salário", isenção total de tarifas até o próximo mês de março. Além disso, algumas agências do banco estão abrindo aos sábados, das 10 às 16 horas, especialmente para atender os funcionários públicos estaduais que ainda não abriram conta. Maristela Orlowski
consumidor brasileiro calcula o valor dos juros embutidos no financiamento antes de realizar uma compra. Essa é a conclusão de pesquisa realizada pela TNS Interscience com consumidores da cidade de São Paulo pertencentes às classes A, B e C com mais de 18 anos. De acordo com o estudo, a taxa de juros tem impacto efetivo sobre a decisão de compra. Dos 500 entrevistados, todos usuários do sistema bancário, 80% responderam ter uma grande preocupação com as taxas de juros e medo de não conseguir quitar as dívidas por causa do aumento no valor financiado provocado pelos encargos financeiros. Das pessoas ouvidas, 81% assumiram que já deixaram de fechar um contrato de crédito pessoal ou financiamento de um bem depois de calcular o peso do juro nas prestações. "A pesquisa mostra que, nesse universo, a parcela de consumidores que assumem uma dívida porque a prestação cabe no bolso é pequena. A maioria evita fechar um contrato quando acha que a taxa é muito elevada", disse o diretor da TNS Interscience, Paulo Secches. Dos consumidores ouvidos, 74% disseram que o atual patamar dos juros no Brasil é eleva-
do. Outros 24% afirmaram considerar as taxas proibitivas e os 2% restantes consideraram os percentuais justos. Segundo Secches, muitos consumidores não conhecem os componentes dos juros, o que pode justificar as respostas. Cartões — Em relação ao uso do cartão de crédito, 57% dos entrevistados informaram que utilizariam mais esse meio de pagamento caso as taxas de juros fossem mais baixas — hoje a taxa média do rotativo chega a 12% ao mês no Brasil. Secches disse que dois fatores básicos provocam a inadimplência: os juros e a falta de planejamento financeiro. Ele ressaltou que qualquer imprevisto na vida financeira do consumidor desequilibra o orçamento e o leva a deixar de honrar seus compromissos. Outro aspecto que contribui para a ampliação do calote é o próprio critério utilizado pelas instituições financeiras para considerar alguém inadimplente: em muitos casos, se o comprador atrasa 10 dias já é considerado inadimplente. Quanto a um possível endividamento excessivo do consumidor com a ampliação da oferta de crédito, o diretor do TNS Interscience disse que isso ainda não é preocupante. Davi Franzon
BNDES Médias ganham crédito
O
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou ontem uma linha de financiamento de R$ 1 bilhão para estimular o crescimento das indústrias de médio porte no País. O banco vai oferecer, a partir de agora, crédito para capital de giro para indústrias que faturam até R$ 300 milhões ao ano e que tenham feito investimento nos últimos três anos. "É o nascimento de uma política orientada a um tipo de empresa que não estava amparada por medidas dedicadas", disse o diretor de Planejamento do BNDES, Antonio Barros de Castro. O valor do financia-
mento será equivalente ao montante do investimento realizado nos últimos três anos, limitado a 10% do faturamento do último exercício. Na prática, foi estendido ao grupo de empresas de médio porte um financiamento que já estava disponível para as que faturavam até R$ 60 milhões, chamado Progeren. Não houve redução de spreads bancários na nova linha. O financiamento cobra Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). A remuneração do BNDES será entre 3% e 4,5%, com spread de risco de crédito entre 0,8% e 1,8%, em um prazo total de 36 meses, com 18 meses de carência. (AE)
Só BEBIDAS Promoções de Inverno
DC
om o impulso proporcionado pelo superávit recorde da balança comercial, o Brasil teve em julho o maior saldo em suas transações com o exterior da série estatística divulgada pelo Banco Central (BC), iniciada em 1947. No mês passado, segundo o BC, houve um saldo positivo de US$ 3,04 bilhões na conta corrente do balanço de pagamentos. Essa linha registra todas as operações de comércio, serviços e transferência de renda do Brasil com o exterior. Em julho de 2005, o superávit havia sido de US$ 2,566 bilhões. Em junho passado, de US$ 614 milhões. "Esse resultado alto de julho era relativamente esperado por conta do comportamento da balança comercial", afirmou o economista Sérgio Vale, da MB Associados. Em julho, a balança comercial registrou diferença positiva de US$ 5,64 bilhões entre exportações e importações. "Mas esse resultado recorde na conta corrente não é uma tendência. Nos próximos meses, o superávit deve se acomodar em nível menor", avaliou. De fato, o BC já projeta que em agosto o saldo positivo vai ficar em US$ 1,5 bilhão. De janeiro a julho, de acordo com o banco, o saldo na conta corrente ficou em US$ 6,13 bilhões, contra US$ 7,82 bilhões nos sete primeiros meses de 2005. No período de 12 meses encerrado em julho, o superávit foi de US$ 12,5 bilhões, o correspondente a 1,45% do Produto Interno Bruto (PIB). Remessas — O chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, apontou ainda outras duas causas do superávit recorde: o movimento mais fraco de remessas de lucros e dividendos para o exterior e a
Importadas
SÓ bebidaS Nacionais
“MANIA DE VENDER BARATO”
Vinho Espanhol Riscal R$ 44,00
Vinho Chileno Casa Mayor R$ 19,90
Porca de Murça R$ 17,90
Vinho Italiano Chianti R$ 29,90
Lambrusco R$ 11,50
Vinho Francês Côtes du Rhône R$ 29,90
Vinho do Porto Senador R$ 27,90
Vinho Português Mateus Rosé R$ 19,90
Vinho Italiano Gabia D´Oro R$ 13,50
Vinho Chileno Gato Negro R$ 17,90
Vinho Português Cartuxa R$ 64,90
Vinho Português Redondo R$ 29,90
Vinho Português Grand Jo R$ 25,50
Vinho Chileno Carta Vieja Carmenére/Cabernet
R$ 14,90
* preços para unidade na caixa.
ACEITAMOS CARTÕES DE CRÉDITO
PABX: 3106-9898 / 3112-0398 www.sobebidas.com.br
Pça. João Mendes, esquina c/ Rua Quintino Bocaiúva, 309 - Centro * BEBA COM MODERAÇÃO
Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO
Eu me considero uma cantora verdadeira. Da cantora Maria Rita, ontem, em entrevista ao UOL Música, sobre o rótulo de atriz dramática. musica.uol.com.br
www.dcomercio.com.br/logo/
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de agosto de 2006
AGOSTO
2 -.LOGO
18 Último dia, não oficial, do Festival de Woodstock, em 1969
O RIENTE MÉDIO
Em missão de paz
C ELEBRIDADES
Exército libanês começa a assumir o controle do sul, desocupado gradualmente por Israel
T Ditando moda A revista norte-americana Vanity Fair divulgou sua lista internacional de homens e mulheres mais bem vestidos. A lista, que já virou tradição anual e está na sua 67ª edição, traz a apresentadora norte-americana, presidente da Harpo Inc. e "rainha da mídia" Oprah Winfrey liderando as dez mulheres mais elegantes de 2006. O jogador inglês de futebol, estrela do Real Madrid e galã de comerciais David Beckham foi o escolhido como o mais arrumadinho do mundo masculino. A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, vem em segundo lugar na lista feminina da Vanity Fair, que pela primeira vez traz uma dobradinha afro-americana no topo. Selma
Blair (atriz), Charlotte Casiraghi (estudante), Sofia Coppola (cineasta), Fran Lebowitz (escritora), Gwen Stefani (cantora), Blaine Trump (socialite) e Renée Zellweger (atriz) completam a lista feminina. Além de Beckham, a lista masculina traz George Clooney (ator, diretor, roteirista e produtor de cinema), Anderson Cooper (âncora de TV), Lapo Elkann (promotor de marcas), Count Manfredi della Gherardesca (consultor de arte), Richard Johnson (colunista do jornal New York Post), Príncipe William (herdeiro da coroa britânica e oficial militar), Kanye West (produtor) e Brian Williams (âncora do noticiário da NBC).
ropas libanesas chegaram ontem ao sul do Líbano e estabeleceram contato com as tropas de paz da ONU para assumirem o controle de redutos do Hezbollah, enquanto Israel abandona o território após 34 dias de conflito. Mais de cem veículos militares libaneses passaram pela ponte improvisada sobre o Litani – Israel destruiu a ponte anterior – e entraram na cidade cristã de Marjayoun, a oito quilômetros da fronteira. A ONU pretende enviar um novo contingente à região para ajudar o Exército libanês, mas o plano sofreu um golpe com a notícia de que a França só vai dar 200 soldados para a força suplementar. Países reunidos na ONU para discutir a nova força fo-
Ammar Awad/Reuters
Tanque e soldados libanêses chegam a Tiro
ram alertados de que a demora pode fazer a guerra recomeçar. A Alemanha descartou o envio de tropas terrestres, mas prometeu ajuda naval. Os combatentes do Hezbollah foram sumindo da região à medida em que as tropas liba-
nesas cruzavam o rio Litani, cerca de 20 quilômetros ao norte da fronteira com Israel. Há três décadas o Exército libanês não controlava a região. Até os militantes desarmados que eram vistos nos últimos dias dando ordens à popu-
Crack Palinggi/Reuters
B RAZIL COM Z
O país mais sexy do mundo
www.vanityfair.com
E UA Peter Foley/Reuters
L
L
Começaram ontem em Nova York as obras de fundação do World Trade Center Memorial. A estrutura - que abrigará também um museu - vai ocupar o local onde estavam as torres gêmeas do WTC, alvos dos atentados da Al-Qaeda em 11 de setembro de 2001.
PAU-DE-SEBO - Na Indonésia, moradores de Jacarta tentam chegar ao topo de paus-desebo para conquistar prêmios, principalmente bicicletas, na festa da independência. Antiga colônia holandesa, a Indonésia comemora 61 anos como país livre. M EIO AMBIENTE
E M
C A R T A Z
CINEMA O Ciclo do diretor Aleksandr Sokurov. A Arca Russa (foto), de 2002. Cine Olido. Avenida SãoJoão, 473. Telefone: 3334-0001. 17h. Grátis.
Museu de trotes virtuais
Esse aparelho permite controlar até 16 aparelhos eletrônicos diferentes. O Universal LCD Remote Control tem uma tela de cristal líquido em que podem ser programados os controles de TV, som, DVD, ar-condicionado, etc, etc. Custa cerca de US$ 62 no site. screen-universal-remote-control-with-
Com tantas denúncias de manipulação digital de imagens – a última aconteceu com um fotógrafo da Reuters no Líbano – cresce a demanda por um banco de dados que registre todas as mentiras que correm pela internet e enganam o internauta menos avisado. O Museu dos Hoaxes é um dos sites que tenta salvar os trotes e aleitar os usuários. Em inglês, a página oferece até um teste para você descobrir se sabe diferenciar uma foto original de uma montagem digital.
backlight-p-703.htm
www.museumofhoaxes.com
www.igadget.com.au/catalog/touch-
A TÉ LOGO
lícia e, até que o Ibama lhes dê abrigo, ficam até em delegacias. Não podem ser soltos na natureza, porque são perigosos e não fazem parte da fauna brasileira. As opções: mandálos para zoológicos, entregálos a criadores particulares ou devolvê-los à África. Até o sacrifício já foi cogitado, porque os criadores credenciados já estão no limite. No ano passado, dez leões foram enviados a um zôo da África do Sul e há dúvidas de que estejam bem. Entidades de defesa dos animais suspeitam que estejam mortos hoje, abatidos
em campos de caça - fracos, são alvos fáceis. Para evitar a reprodução, o Ibama pretende criar normas que obriguem circos, zoológicos e criadores a fazer vasectomia nos animais. A importação também deve ser proibida. Para a diretora no Brasil da entidade de defesa dos animais WSPA, Elizabeth MacGregor, o ideal é que não haja nenhum leão no País. "Lugar de animal selvagem é no hábitat de origem ". Isso, segundo ela, vale também para outros "estrangeiros", como tigres, ursos e elefantes. (AE)
Tiago Queiroz/AE
O leão Baru, recentemente "abrigado" por um criador de Cotia
A revista Slate publicou ontem relatos das "aventuras" de um norte-americano em terras cariocas. Matthew Polly, que faz elogios à imagem das garotas de Ipanema vistas de costas na praia, garante que o País é o mais sexy do mundo. Segundo o autor, não é apenas a beleza física que coloca o Brasil neste posto, mas o fato de os brasileiros não terem vergonha de falar, praticar e vender sexo. Bastante parcial, já que Polly se dedicou apenas a investigar clubes de striptease, "american bars" e similares, a reportagem é repleta de gírias brasileiras como "gatas" e "transas". Ao fim da noite, depois de perambular por Copacabana e já bêbado, o repórter não conseguiu muita coisa, apenas ouviu de uma das garotas que os norteamericanos são muito tolos quando o assunto é sexo. www.slate.com/id/ 2147712/entr y/2147710/
C UBA
Confidências entre Fidel e Boff Em um artigo sobre os 80 anos de Fidel Castro publicado no site Adital, o teólogo da libertação Leonardo Boff fala de sua admiração por Castro e critica Joseph Ratzinger, o papa Bento XVI. Boff conta um diálogo que teve com Fidel. O líder cubano contou que, na prisão, aprendeu a pensar lendo Marx. "Por causa da pressão dos EUA me aproximei da URSS. Se naquele tempo tivesse a teologia da libertação, a teria abraçado e aplicado em Cuba". Boff respondeu: "se o cardeal Ratzinger entendesse a metade do que você entende sobre a teologia da libertação, meu destino como pessoa e o futuro dessa teologia seriam bem diferentes".
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
L OTERIAS
Donos da terceira maior reserva do mundo, iraquianos sofrem com falta de petróleo Mel Gibson, condenado a três anos de prisão por dirigir embriagado, pega condicional
L
Controle remoto. Universal mesmo.
s leões, estrelas absolutas dos circos, estão sendo abandonados pelo caminho. Um levantamento recém-concluído do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) revela que há 68 leões sem-teto no País. Um dos últimos abandonos ocorreu no ano passado: um bando de leões deixados na beira de uma estrada de Uberaba (MG). No lugar de feras os policiais encontraram cinco melancólicos animais. A rejeição é resultado de leis municipais e estaduais que proíbem os animais em circos. Há pelo menos 15 projetos de lei no Congresso para estender a proibição a todo o País, porque a maioria dos circos, sem dinheiro, não trata adequadamente os animais que, nos bastidores, são confinados em jaulas minúsculas e comem pouco – eles precisam de 6 kg de carne por dia. Não é raro que domadores serrem os dentes e arranquem as garras dos animais, os queimem ou espanquem. Depois, os abandonam. Sem emprego, são resgatados por prefeituras e pela po-
L
F AVORITOS
Reis, mas sem-teto
L
G @DGET DU JOUR
lação desapareceram. O Hezbollah vai colaborar com as tropas do Líbano e da ONU, mas deixou claro que não vai se desarmar nem deixar o sul. Dezenas de pessoas se aglomeraram nas estradas, agitando bandeiras libanesas e jogando arroz e flores nos soldados, para celebrar sua chegada. "Que Deus lhes proteja", gritou Khadeeja Sheet, 64, para os soldados. A ONU aprovou na sextafeira a resolução que estabelece a trégua, em vigor desde segunda-feira. O texto prevê o envio de até 15 mil soldados estrangeiros ao sul do Líbano, de onde o Hezbollah e Israel teriam de sair. A intenção era enviar 3.500 homens nas próximas duas semanas, mas a reticência da França pode prejudicar esse plano. (Reuters)
Estilistas criam coleção em homenagem a Santos Dumont e ao centenário do 14 Bis
Concurso 1640 da QUINA 10
20
50
64
67
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de agosto de 2006
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de agosto de 2006
Indicadores Econômicos
7
2,40
reais é o valor de cada dólar no paralelo para venda. Essa cotação não sofre alteração há três dias.
17/8/2006
Informe Publicitário
FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Fundo Empresarial LP Lastro Performance LP Múltiplo LP Esher LP Master Recebíveis LP
Posição em: 15/08/2006 15/08/2006 15/08/2006 15/08/2006 15/08/2006
P.L. do Fundo 7.869.139,56 1.416.511,81 7.435.339,73 11.636.030,75 1.090.170,18
Valor da Cota Subordinada 1.155,027971 1.063,895878 1.138,624693 1.098,855509 1.059,068233
% rent.-mês 2,0822 0,9053 1,5835 -0,6324 0,6315
% ano 18,2254 6,3896 13,8625 9,8856 5,9068
Valor da Cota Sênior 0 1.069,204033 1.080,875217 0 0
% rent. - mês 0,6031 0,6570 -
% ano 6,9204 8,0875 -
rating A+(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)
DC
COMÉRCIO
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 18, 19 e 20 de agosto de 2006
DOISPONTOS -99
tão imenso quanto o do primeiro ataque do PTCC, prejudicando mais de 10 milhões de pessoas do mesmo povo.
O NEIL FERREIRA
O INIMIGO DO POVO
Q
Da política para o crime ou do crime para a política. Não importa o caminho da escalada: com a aliança entre a autoridade federal e o terrorismo continuaremos a receber más notícias.
F
Roberto Fendt G Sou incapaz
de traduzir, ou mesmo relatar, o impacto do seqüestro dos jornalistas da Globo. Seria preciso um García Márquez. G Há poucos crimes mais hediondos que um seqüestro. Mas podemos conjecturar sobre a forma de pôr fim a essa nova escalada da desmoralização do Estado, em uma de suas principais funções, a manutenção do Estado de Direito.
Ilustração de Roberto Alvarenga
G Acabamos de
entrar pelo mesmo caminho que trilhou a Colômbia. O mesmo caminho, mas talvez na direção oposta.
az trinta anos, Gabriel García Márquez publicou o seu livro Notícia de um seq üe st ro . Tratava-se da volta do escritor de ficção, Prêmio Nobel de Literatura de 1982, às origens de repórter, onde García Márquez julgava que residia o verdadeiro jornalismo. Tratava-se também, com a Notícia de um seqü es tro, de materializar o que havia dito em uma entrevista à revista Tri unf o, 25 anos antes: "Quero escrever outra coisa: reportagens romanceadas. Um pouco à maneira de Truman Capote, mas menos preciosista". Foi o que fez. Como repórter, passou três anos investigando o seqüestro de sete colombianos pelos Extraditáveis, o grupo do narcotraficante Pablo Escobar. Os protagonistas são de carne e osso, têm nome e endereço. Em A peste, obra magistral do também prêmio Nobel francês Albert Camus, os vivos presenciavam diariamente o transporte dos mortos pela peste. Os protagonistas do horror não eram os mortos, contudo, mas os vivos que sobre eles lançavam flores e os enterravam. Porque sabiam que poderiam, no dia seguinte, estar eles mesmos a caminho do cemitério. Na Peste, a população está sitiada na cidade, assolada pela peste, de onde não pode sair, e de onde só espera a morte. Camus, nascido na Argélia, prêmio Nobel de literatura de 1957, jornalista, filósofo, continua a nos propor que respondamos à pergunta: por que temos que acreditar que as vítimas são os mortos, os desconhecidos, e não os ainda vivos, que conhecemos e amamos? No texto de Camus, o doutor Rieux tem a resposta: não podemos sentir o horror de cem milhões de pessoas mortas. Daí nossa tendência, nossa natureza humana, que nos leva a abstrair, a nos sentir separados, desconectados emocionalmente da realidade da praga e de seus horrores. Com os seqüestros e com a violência irracional e sem qualquer sentido — como a do PCC — sentimos o mesmo.
A
técnica de García Márquez é semelhante. Não há sentimentalismo no livro de García Márquez. Não há descrições detalhadas de assassinatos brutais. Como disse o autor, em entrevista à revista colombiana Cambio 16, "em uma boa reportagem não há nem maus nem bons, mas fatos concretos para que o leitor tire suas conclusões". Anteriormente havia dito em um artigo, Duas ou três coisas sobre o romance da violência, publicado no La Calle, de Bogotá, em 1959, que "o drama era o ambiente de terror que
provocou esses crimes. O drama não estava nos mortos com as entranhas à mostra, mas nos vivos que deviam suar gelo em seu esconderijo".
L
embrei de tudo isso por duas razões. Primeiro, porque sou incapaz de traduzir, ou mesmo relatar, o impacto do seqüestro dos jornalistas da Globo em São Paulo. Seria preciso um García Márquez. Segundo, porque o narcotráfico paulista está em uma escalada para impor o terror no estado. Tudo isso sob o olhar complacente do governo federal, que é cúmplice dos terroristas do MST e de suas subfacções, como a que invadiu e depredou o Congresso Nacional. Acabamos de adentrar pelo mesmo caminho que trilhou a Colômbia. O mesmo caminho, mas talvez na direção oposta: lá, da política para o crime; aqui, do crime para a política. Ironia do destino, em García Márquez trata-se de um ex-jornalista a narrar um seqüestro; em São Paulo, os próprios jornalistas são os seqüestrados. Há poucos crimes mais hediondos que um seqüestro. Mas podemos conjecturar sobre a forma de pôr fim a essa nova escalada da desmoralização do Estado, em uma de suas principais funções, a manutenção do Estado de Direito. Na Colômbia, a violência decresceu de maneira acentuada desde a posse do presidente Uribe. Primeiro, pela tolerância zero com o narcotráfico e a guerrilha; nas prisões, pelas melhores condições para os agentes carcerários e mais dureza com os terroristas encarcerados; pela coordenação das ações envolvendo os poderes federal e local; e, principalmente, pela determinação de restabelecer o Estado de Direito, pondo paradeiro ao "estado de natureza" hobbesiano local, à guerra de todos contra todos os colombianos.
H
á claras lições a tirar dessa experiência. Primeiro, o Estado, mais claramente representado pelo governo federal, recebeu delegação para proteger a vida dos cidadãos diante das ameaças internas e externas. Tem se mostrado completamente inepto diante das primeiras, embora continue insistindo em se imiscuir em todos os demais aspectos da vida dos cidadãos. Segundo, o governo federal não pode continuar do lado do MST e de suas subfacções. Finalmente, cabe à sociedade dar um basta a esse conluio entre a autoridade federal e o terrorismo. Sem isso, infelizmente continuaremos a ter pela frente mais notícias de seqüestros.
ualquer um que tenha acesso a cinco minutos de notícias no rádio ou na tv, ou a cinco linhas de texto em qualquer jornal ou revista, sabe que o Inimigo do Povo hoje é o PT. Já foi o Imperialismo Ianque, depois o Tubaronato Nacional e seu patrão, o FMI, a Globalização passou por aí, exercendo um falso charme. Isso quer dizer que o PT vai passar, como tudo na vida, o PT vai passar, só que não sei quando - eu calculo umas quatro gerações - estão "pavimentando os trilhos" de um Reich de uns quarenta anos. A comprovação do que estou falando é dramática e aparece aos nossos olhos quase uma vez por semana. O Geraldo subiu um pouquinho nas pesquisas e o PCC atacou com senso de oportunidade política, organização e violência fora do comum.
G Com a quase
certeza de que o Noço Guia está reeleito, a delinquência virou suas armas contra o Serra Claro que pode ter sido coincidência. Aí, em seguida, saiam novas pesquisas e a candidatura do Geraldo aparecia detonada, estatelada no chão. Também por coincidência os governistas, o criminalista Thomaz Bastos à frente, apareciam na mídia oferecendo os serviços de uma Força Especial virtual, que não existe no mundo verdadeiro, ou dez mil recrutas armados mas não treinados, para policiamento nas ruas, e que já tinham dado errado em missão igual nas favelas do Rio. Aí a gente soma PT com PCC, noves fora PTCC. Com a quase certeza de que o Noço Guia está reeleito, a delinquência política virou suas armas contra o Serra e no primeiro dia da propaganda eleitoral um partido ficou 24 horas no ar, o PTCUT, com a greve do metrô atingindo 3 milhões de pessoas do povo, provocando um congestionamento quase
s poucos metroviários, que em nome de 7 mil funcionários decidiram este ataque à população indefesa, não apresentaram nenhuma reivindicação trabalhista, a essência do direito de greve. O sindicato, filiado à CUT, disse que o movimento era contra a Parceria Público-Privada da Linha 4 do metrô, que será efetivada daqui a dois anos, uma "greve preventiva" portanto. As Parcerias PúblicoPrivadas foram aprovadas no "governo" Lulla, que ainda não sabemos se é o braço político da CUT (todo mundo no "governo" é ou foi da CUT), ou se a CUT é o braço sindical do "governo".
A
versão: os sindicalistas afirmam que com essa parceria a Linha 4 será privatizada e os seus futuros empregados não terão os mesmos "direitos de funcionário público" que os atuais cumpanhêros têm. É a cavação antecipada para a cumpanherada que nem pegou no batente ainda. Abre parênteses. A parceria da Linha 4 foi feita para arranjar dinheiro para as obras. O cumpanhêro "Profeçor" Felício, presidente da CUT, como conçelheiro do BNDES que ganha R$ 10.600,00 por reunião fora as despesas, tem obrigação de çaber que o BNDES deu 600 milhões de dólares para financiar o metrô de Caracas, na Venezuela rica de petróleo do cumpanhêro Chávez, e não deu um tostão para o metrô de São Paulo, que foi obrigado a buscar dinheiro na iniciativa privada, sob suas regras. Fecha.
O
fato: eu afirmo que os sindicalistas estão tentando enganar todo mundo com esse papo de cerca-lourenço. Com a instalação do caos em São Paulo miram agora no Serra. A capital e o estado de São Paulo estão sendo transformados num caldeirão do inferno. Ao PT não interessa se o povo paga o mico e sofre. O que importa é destruir o Geraldo e o Serra, ainda que se destrua São Paulo junto. Mercadante promete trazer "o Brasil de Lulla para São Paulo". Palocci, oito indiciamentos na Polícia Federal, quatro por corrupção e dois CPFs, está aí de novo. Nunca "nesse país" nossas carteiras correram tanto risco de serem batidas de novo. NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO NEIL_FERREIRA@UOL.COM.BR
G VOTO NULO
É VOTO LULLA
FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894
Ambiente Compor tamento Inclusão Polícia
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 21 de agosto de 2006
Os espaços que serão reformados receberão rampas, pisos táteis e direcionais e sinalização sonora.
OBRA USARÁ ASFALTO FEITO COM PNEU
UM ZOOLÓGICO PARA TODOS Projeto de reforma pretende tornar o parque mais acessível a portadores de deficiências e pessoas com mobilidade reduzida Fotos: Marcelo Soares/Hype
Rejane Tamoto
A
os nove anos, Fátima de Oliveira teve um sentimento contraditório quando visitou, pela primeira vez, o Zoológico de São Paulo. No colo da professora, ficou fascinada pelo elefante, leão e tigre, bichos que ficaram em sua memória. Por outro lado, sentiu na pele a sensação de isolamento ao permanecer sentada, à espera das crianças que conferiam as demais atrações do parque. "Aos 15 anos, quando ganhei minha cadeira de rodas, voltei com a família e pude conhecer mais animais", contou Fátima, de 46 anos, auxiliar-administrativo da Associação para Valorização e Promoção de Excepcionais (Avape). Fátima teve paralisia infantil quando tinha 1 ano e 5 meses de idade. Na sexta-feira passada, ela voltou ao zôo. Desta vez com um sorriso de quase triunfo. Isso porque o parque deve se tornar mais acessível a deficientes. Essa é a proposta que a Avape, o Instituto Via Viva e a
ambiente e pela geração de empregos. Isso porque a reforma de 37 mil m² das calçadas e da pavimentação do parque utilizará o concreto DI (Deformável e Isolante), desenvolvido pelo Instituto Via Viva. É um material que agrega borracha de pneu inservível triturada e misturada ao concreto, no lugar da pedra britada. "O projeto prevê emprego para deficientes, que coletarão os pneus em Ecopontos. Além disso, a natureza será beneficiada porque os pneus deixarão de poluir o meio ambiente. A brita, que é um recurso natural, será menos utilizada na composição", explicou Jorge Gonçalves, da Via Viva. De acordo com o diretor administrativo da Fundação Parque Zoológico, Antonio Carlos de Carvalho Filho, a primeira fase do projeto será a Fátima testa rampa de acesso em escada no zôo. Reformas contarão com o apoio da iniciativa privada. construção de um Ecoponto, cujo custo é estimado entre Fundação Parque Zoológico principal, calçadas, quiosO objetivo é, em até três R$ 15 a 20 mil. Além disso, será feita a de São Paulo fizeram a cerca de ques, sanitários, serviços de anos, atender melhor a popu200 empresários. O objetivo alimentação e estacionamen- lação com deficiência e mobili- adaptação de um espaço inutidas instituições é captar recur- to. Estes espaços receberão dade reduzida que freqüenta o lizado do parque para a conssos para a reforma de adapta- rampas, pisos táteis e direcio- parque. Em 2005, mais de 36 trução de uma sala sensorial, ção física, tais como da entrada nais e sinalização sonora. mil pessoas nestas condições voltada para cerca de 20 pesestiveram no zoológico, que soas, entre deficientes físicos, recebeu 1,2 milhões de visitan- visuais e auditivos. "Neste espaço haverá sons de animais, tes neste período. Os custos do projeto ainda placas em braille, bichos taxinão foram definidos. "Vamos dermizados. O contexto é de nos reunir com empresas inte- sala de aula, onde eles poderão ressadas para definir os valo- aprender mais sobre os anires. Ao patrocinar a adaptação mais", disse o diretor. A reforde setores do zoológico, a em- ma da sala sensorial, com custo presa divulgará sua logomar- de cerca de R$ 6 mil, deve coca, que estará associada à res- meçar até o final do ano. O zoológico de São Paulo, ponsabilidade social e ambiental", disse Jorge Gonçalves construído há 48 anos, foi avados Santos, coordenador-geral liado por uma equipe técnica da Avape, composta por médido Instituto Via Viva. Projeto - O cunho sócio-am- co, engenheiro, técnico de sebiental do projeto é formado gurança e deficientes físicos e pela inclusão de pessoas com visuais. Eles detectaram aclinecessidades especiais ao zoo- ves e pisos irregulares inadelógico, pelo respeito ao meio quados aos deficientes. C o n v í v i o - S egundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) existem na cidade 1,4 milhão de pessoas com algum tipo de deficiência. "São pessoas não saem de casa porque não tem capacitação, emprego e transporte. A acessibilidade é uma maneira de resgatar nestas pessoas o gosto do convívio social", disse o paraplégico Roberto Rios, assessor de projetos da Secretaria Especial da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida. Rios: acessibilidade resgata o convívio social
CET lança campanha para reduzir acidentes Clarice Chiquetto
P
ara tentar evitar, ou no mínimo diminuir, os quatro acidentes fatais de trânsito que ocorrem diariamente na cidade de São Paulo, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), em parceria com a Rino Publicidade, começa a veicular, a partir de hoje, quatro filmes publicitários na televisão que têm o objetivo de conscientizar todos os agentes do trânsito paulistano – motoristas, pedestres e motociclistas. O mote da campanha, "respeite o próximo, ele pode ser você", surgiu depois que uma pesquisa da Rino constatou que 80% dos agentes creditam a culpa das infrações e acidentes aos outros. "Não faremos uma campanha impositiva ou punitiva, vamos mostrar o lado do outro, já que as pessoas nunca se consideram culpadas. E, na verdade, todos são tanto causadores como vítimas", explica Fernando Piccinini, vice-presidente de criação da Rino. Um dos filmes da campanha vai mostrar uma mãe que, ao buscar o filho na escola, pára o carro em fila dupla, não usa cinto de segurança e passa batom enquanto está parada no farol. Quando abre o semáforo e ela vai sair e avança na faixa de pedestres, quase atropela uma mulher que também havia buscado o filho na escola e ainda terminava de atravessar a rua – ou seja, poderia ser ela mesma poucos minutos antes. A CET decidiu investir nessa campanha de mobilização e conscientização depois de analisar os dados de acidentes de 2005, quando 1.505 pessoas morreram no trânsito, sendo dois pedestres, uma vítima de moto e outra de causas diversas por dia. "Percebemos que a principal causa dos acidentes é o comportamento humano. As pessoas têm dificuldade de identificar e avaliar os riscos de seus atos. Leva tempo para mudar isso, mas se conseguirmos transformar 1% dos agentes já valerá a pena", declarou o presidente da Companhia, Roberto Scaringella. A campanha vai envolver diversos patrocinadores, como a empresa Porto Seguro, responsável pela primeira etapa, e a princípio vai até o final do ano. Mas, sem divulgar valores, a CET e a Rino já negociam com outros possíveis interessados para poder dar continuidade ao projeto em 2007.
Só BEBIDAS Promoções de Inverno
DC
2
Importadas
SÓ bebidaS Nacionais
“MANIA DE VENDER BARATO”
Vinho Espanhol Riscal R$ 44,00
Vinho Chileno Casa Mayor R$ 19,90
Porca de Murça R$ 17,90
Vinho Italiano Chianti R$ 29,90
Lambrusco R$ 11,50
Vinho Francês Côtes du Rhône R$ 29,90
Vinho do Porto Senador R$ 27,90
Vinho Português Mateus Rosé R$ 19,90
Vinho Italiano Gabia D´Oro R$ 13,50
Vinho Chileno Gato Negro R$ 17,90
Vinho Português Cartuxa R$ 64,90
Vinho Português Redondo R$ 29,90
Vinho Português Grand Jo R$ 25,50
Vinho Chileno Carta Vieja Carmenére/Cabernet
R$ 14,90
* preços para unidade na caixa.
ACEITAMOS CARTÕES DE CRÉDITO
PABX: 3106-9898 / 3112-0398 www.sobebidas.com.br
Pça. João Mendes, esquina c/ Rua Quintino Bocaiúva, 309 - Centro * BEBA COM MODERAÇÃO
2
D
Passe Livre Série B Camp. Brasileiro Série C
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 21 de agosto de 2006
O presidente disse que Tevez cumprirá seu contrato. E eu não o libero.” Leão
CORINTHIANS GANHA 2º JOGO SEGUIDO
EFEITO LEÃO
paSse livre
Clayton de Souza/AE
ois jogos, duas vitórias. Este é o balanço do Corinthians na Era Leão, que começou na quarta-feira com uma vitória fora de casa (2 a 1 sobre o Fluminense, no Maracanã) e teve continuidade ontem. A vítima, dessa vez, foi o Botafogo, derrotado por 1 a 0 no Pacaembu. O resultado ainda não foi suficiente para tirar a equipe da zona de rebaixamento — o Corinthians é apenas o 17º colocado, à frente de Atlético-PR (que tem uma partida disputada a menos), Botafogo e Santa Cruz. Uma coisa, porém, já ficou clara: o Corinthians de Leão é uma equipe muito mais aplicada do que era o time de seu antecessor, Geninho. Ontem, o Corinthians agrediu o Botafogo sem dar espaços na defesa, como Leão pede. O gol da vitória veio aos 26 minutos do segundo tempo, com o estreante Nadson, aproveitando jogada individual de Tevez. “Mostrei que não perdi o
Roberto Benevides
Rogério faz história Com um gol do estreante Nadson, Corinthians faz 1 a 0 no Botafogo e já começa a se afastar das últimas colocações
faro de gol”, afirmou o jogador, que sofreu duas cirurgias e não jogava havia um ano. Mesmo machucado e com seu destino incerto (no final da partida, admitiu até que aquele poderia ter sido seu último jogo pelo Corinthians), Tevez, mais uma vez, foi fundamental. Correu muito, desperdiçou boas chances e de seus pés
saiu o cruzamento para o gol da vitória. “Minha vontade é seguir jogando aqui, ao lado desta gente do Corinthians que me deu tudo”, disse Tevez, referindose às possíveis propostas do Manchester United, da Inglaterra, e do Bayern Munique, da Alemanha. “Mas temos de conversar. Não posso só pen-
sar em mim, temos de ver o melhor para a minha família.” O argentino deixou o campo mancando, com entorse no tornozelo direito, numa pancada sofrida na hora da jogada do gol. Para o próximo jogo, contra o Juventude, em Caxias, Leão também não terá os suspensos Eduardo, Rubens Júnior e Carlos Alberto.
V
É LÁ
ALÔ, ALÔ
Mal acabou a Libertadores, com o Internacional campeão, e já se foram embora o zagueiro Bolívar e o meia Tinga. Podem ir, nos próximos dias, o ala e meia Jorge Wagner, pretendido pelo Betis, e o atacante Rafael Sóbis, pretendido pelo Milan. No vice-campeão São Paulo, concretizaram-se as baixas anunciadas: o zagueiro Lugano e o atacante Ricardo Oliveira. E assim, como Dunga, precisaremos continuar de olhos no futebol europeu para acompanhar os principais jogadores brasileiros.
Até a apresentação para os amistosos contra a Argentina e País de Gales, marcados para Londres nos dias 3 e 5 de setembro, os jogadores brasileiros que atuam na Europa vão receber telefonemas semanais, avisa o treinador Dunga: - Quero saber como se encontram para que o Paulo Paixão possa planejar a carga de exercícios na preparação para os amistosos. Parece claro que o novo técnico da Seleção Brasileira vai marcar em cima seus jogadores, à semelhança do que faz Bernardinho com a rapaziada do vôlei.
*Com Agência Estado e Reuters
SÉRIE C Barueri é o melhor paulista
SÉRIE B
E
Guarani cai de oito Ricardo Fernandes/Futura Press
17ª rodada Paulista 3 x 1 Remo Náutico 4 x 1 Avaí Ceará 1 x 2 Portuguesa Marília 2 x 0 Gama América-RN 3 x 1 Guarani Sto. André 4 x 1 São Raimundo Paysandu 2 x 1 Vila Nova Ituano 0 x 1 CRB Atlético-MG 2 x 1 Coritiba Brasiliense 2 x 0 Sport 18ª rodada Vila Nova 2 x 2 Portuguesa Atlético-MG 3 x 0 Ceará Sport 8 x 1 Guarani CRB 2 x 0 Avaí Coritiba 2 x 1 Gama Santo André 1 x 0 América-RN Paysandu 1 x 1 Paulista Ituano 1 x 1 Náutico São Raimundo 1 x 0 Remo Brasiliense x Marília (adiado)
Série B do Brasileiro tem um novo líder: é o Coritiba, que no sábado derrotou o Gama, em casa, por 2 a 1, e foi beneficiado tanto pelo empate do Náutico com o Ituano, em Itu (1 a 1), quanto pela derrota do Avaí para o CRB, em Maceió (2 a 0). Mas nenhum outro resultado do final de semana chamou mais a atenção que a goleada do Sport
sobre o Guarani por 8 a 1. Adriano Magrão fez cinco dos oito gols rubro-negros (Fumagalli, dois, e Marco Antônio completaram o placar, e Edmílson descontou para o Bugre). Com o resultado, o Guarani ficou perto da zona de rebaixamento e o técnico Carlos Gainete pediu demissão. O jogo entre Brasiliense e Marília, que também deveria
Classificação
P
V
S
1 Avaí
30
8
7
16
2 Coritiba
29
8
9
29
3 Náutico
28
8
2
27
4 Sport
26
7
6
21
5 Paulista
23
6
2
20
GP
6 CRB
23
6
0
29
7 Atlético-MG
23
5
8
26
8 Marília
23
5
4
23
9 Paysandu
22
6
3
25
10 Brasiliense
21
6
5
25
11 Vila Nova
21
6
-2
20
12Gama
21
6
-5
23
13 Santo André
21
5
0
18
14 Guarani*
20
5
3
21
15 Ituano
20
5
0
23
16 América-RN
19
6
-5
22
17 São Raimundo
16
3
-6
16
18 Portuguesa
14
3
-9
16
19 Ceará
14
2
-6
15
20 Remo
12
3
-16
17
*Perdeu 3 pontos no STJD.
Com a goleada para o Sport, time fica perto da zona de rebaixamento
A
ice-campeão da América e ainda campeão do mundo, o São Paulo ganhou seu último título brasileiro em 1991. Rogério Ceni, com 18 anos, era apenas uma das promessas do Morumbi para vestir no futuro a camisa que pertencia a Zetti quando o São Paulo de Telê Santana bateu o Bragantino de Carlos Alberto Parreira - 1 a 0 em casa e 0 a 0 em Bragança - na decisão daquele título. Hoje, Rogério Ceni é a estrela principal da companhia e o grande líder da nova escalada tricolor rumo ao título que - embora campeão paulista, americano e mundial - ele ainda não conquistou. No 2 a 2 de ontem com o Cruzeiro, o goleiro se fez também o fiador do atual líder do Campeonato Brasileiro. Defendeu um pênalti quando o jogo estava 2 a 0 para o Cruzeiro e fez os dois gols do empate - o primeiro, de falta; o segundo, de pênalti. Agora com 64 gols na carreira, o número 1 do São Paulo ultrapassou o paraguaio Chilavert e é o goleiro que mais fez gols na história do futebol. Tratado como semideus pela torcida tricolor, o goleiro-artilheiro comprovou no Mineirão que é um raro fora-de-série da posição. Quatro dias depois de falhar na decisão da Libertadores, deu a volta por cima. Gloriosamente. Este empate que deixa o São Paulo muito perto de virar o turno na liderança vale simbolicamente mais do que o ponto registrado na tabela de classificação. Perder o primeiro jogo após a frustração na Libertadores seria um enorme risco a esta altura do Campeonato Brasileiro. Rogério Ceni chutou a preocupação para o alto. O 2 a 2 que leva a sua assinatura na defesa e no ataque vale como uma vitória, por ter sido conquistado em território do adversário e pelas circunstâncias do jogo que, aos 34 minutos, parecia definido em azul. Rogério deu-lhe acabamento em preto, vermelho e branco, as cores que dominam este Campeonato Brasileiro. Ninguém mais do que ele merece o título que o Morumbi espera há década e meia.
ter se realizado no sábado, em Taguatinga, acabou adiado por causa dos problemas de segurança apontados pelo Corpo dos Bombeiros nos estádios do Distrito Federal. Entre os clubes do Estado, o Paulista de Jundiaí continua sendo o mais bem colocado, mas caiu para a sétima colocação depois de uma vitória em casa contra o Remo e um em-
pate fora com o Paysandu. Em seguida, no oitavo lugar, está o Santo André, que sábado derrotou o América de Natal em casa. A Portuguesa, depois de trocar o técnico Luiz Carlos Barbieri por Candinho, conseguiu, durante a semana, dois bons resultados fora de casa e já começa a deixar a zona de rebaixamento: venceu o Ceará e empatou com o Vila Nova.
ncerrado o primeiro turno da segunda fase do Campeonato Brasileiro da Série C, somente uma das três equipes paulistas lidera seu grupo. É o Grêmio Barueri, que ontem derrotou a Anapolina por 2 a 1, em Anápolis (GO). Com seis pontos, o time da Grande São Paulo é o primeiro do Grupo 22, por ter melhor saldo de gols (4 a 2) que o segundo colocado, o Americano-RJ. Também ontem, em Bauru, o Noroeste foi derrotado pelo Criciúma, por 1 a 0, e caiu para o terceiro lugar do Grupo 23, com três pontos. O time catarinense está em segundo lugar, com seis pontos, atrás do Joinville, que tem melhor saldo de gols (4 a 0). No sábado, o Rio Branco empatou com o Ulbra-RS, por 0 a 0, em Americana, e ficou na terceira posição do Grupo 24, com dois pontos. O J. Malucelli-PR, líder com sete pontos, venceu o Brasil-RS, segundo com seis pontos, por 2 a 1, em Pelotas-RS. Pelo Grupo 20, o Vitória da Bahia perdeu dois jogos em casa nesta semana — para o Ferroviário-CE e o ConfiançaSE — e agora está apenas em terceiro lugar, justamente atrás desses dois times.
RESULTADOS (16 e 17/8): Grupo 17 - Tuna Luso-PA 2 x 0 Ananindeua-PA; Operário-MT 5 x 2 Maranhão-MA. Grupo 18 - Fast Club-AM 1 x 2 Rio Negro-AM; River-PI 2 x 0 Mixto-MT. Grupo 19 - Bahia 2 x 1 Coruripe-AL; Icasa-CE 1 x 1 TrezePB. Grupo 20 - Ferroviário-CE 2 x 1 Porto-PE; Vitória-BA 1 x 2 Confiança-SE. Grupo 21 - América-MG 1 x 0 Ipatinga-MG; Jataiense-GO 1 x 1 Atlético-GO. Grupo 22 - ItuiutabaMG 4 x 1 Anapolina-GO; Americano-RJ 2 x 1 Grêmio Barueri. Grupo 23 - Joinville-SC 5 x 1 Criciúma-SC; Cabofriense-RJ 2 x 1 Noroeste-SP. Grupo 24 - J. Malucelli-PR 0 x 0 Rio Branco-SP; Brasil-RS 3 x 0 Ulbra-RS RESULTADOS (19 e 20/8): Grupo 17 - Operário-MT 0 x 0 Tuna LusoPA; Ananindeua-PA 1 x 1 MaranhãoMA. Grupo 18 - River-PI 2 x 1 Fast Club-AM; Rio Negro-AM 0 x 0 MixtoMT. Grupo 19 - Bahia-BA 4 x 3 IcasaCE; Treze-PB 3 x 1 Coruripe-AL. Grupo 20 - Porto-PE 2 x 1 Confiança-SE; Vitória-BA 2 x 3 Ferroviário-CE. Grupo 21 - América-MG 9 x 0 JataienseGO; Atlético-GO 1 x 2 Ipatinga-MG. Grupo 22 - Anapolina-GO 1 x 2 Grêmio Barueri-SP; Americano-RJ 3 x 1 Ituiutaba-MG. Grupo 23 - JoinvilleSC 5 x 2 Cabofriense-RJ; NoroesteSP 0 x 1 Criciúma-SC. Grupo 24 - Rio Branco-SP 0 x 0 Ulbra-RS; Brasil-RS 1 x 2 J. Malucelli-PR
segunda-feira, 21 de agosto de 2006
Futebol europeu Liber tadores Basquete Tênis
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3 Foi 3 a 0, mas tivemos de correr muito. Fiquei convencido de que a torcida gostou de nossa atuação." Belletti
BRASIL COMEÇA MUNDIAL DE FORMA IRREGULAR
APERITIVO SABOROSO
C
Cesar Rangel/AFP
ampeão espanhol e europeu, o Barcelona começou bem a temporada, ao conquistar o título da Supercopa da Espanha, com a vitória por 3 a 0 sobre o arqui-rival catalão Espanyol, campeão da última Copa do Rei. O time já havia vencido o jogo de ida por 1 a 0, na semana passada, e fechou com chave de ouro a pré-temporada, iniciada com a excursão por México e EUA. Xavi abriu o placar, e Deco marcou os outros dois gols que asseguraram a conquista do Barcelona. No próximo fim de semana, a equipe inicia a luta pelo tricampeonato espanhol. O adversário na estréia, fora de casa, será o Celta. Já o Espanyol, que escapou por pouco do rebaixamento, pega o Gimastica Terragona, que acaba de subir, enquanto o Real Madrid joga contra o Villarreal. Em Portugal, outro time cheio de brasileiros comemorou a conquista da Supercopa: o Porto bateu o Vitória de Setúbal, também por 3 a 0, com um gol de Adriano Louzada, ex-
Com dois gols de Deco, Barcelona bateu Espanyol e ganhou Supercopa
Palmeiras, e outro de Anderson, ex-Grêmio. O Português também começa na próxima semana: o Porto abre a competição sexta-feira, em casa, contra o União Leiria. O Campeonato Inglês começou neste fim de semana, com destaque para a goleada do Manchester United, 5 a 1 em cima do Fulham. O bicampeão Chelsea venceu o Manchester City por 3 a 0, e o Arsenal apenas empatou com o Aston Villa
Duelo pela Liga
O
Fenerbahce, do técnico Zico, tem uma parada indigesta nesta quarta-feira: tem de vencer o Dínamo de Kiev por dois gols de diferença para se garantir na fase de grupos da Liga dos Campeões. E não sabe se poderá contar com o reforço do uruguaio Lugano, recém-chegado à Turquia. O Dínamo
venceu por 3 a 1 em casa, com dois gols do brasileiro Diogo Rincón. Quem também terá páreo duro é o Milan, que venceu o Estrela Vermelha por 1 a 0 e joga por empate na Sérvia. Já o Arsenal tem missão bem mais tranqüila: bateu o Dínamo de Zagreb por 3 a 0, na Croácia, e pode até perder por dois gols.
Ahmet Ada/Reuters
Lugano já se apresentou ao Fenerbahce, mas não sabe se vai jogar partida contra o CSKA, nesta quarta-feira
em 1 a 1, no primeiro jogo oficial no Emirates Stadium - o brasileiro Gilberto Silva fez o gol da equipe. Na França, com um gol de Fred, o Lyon venceu o Bordeaux por 2 a 1, de virada, e manteve-se ao lado de Olympique e Le Mans na ponta. Na Alemanha, a liderança também é dividida por três times: Nuremberg, Werder Bremen e Bayern, que ontem bateu o Bochum por 2 a 1.
INGLATERRA
FRANÇA
ALEMANHA Nurnberg 1 x 0 Borussia Mönchen. Alemannia Aachen 0 x 1 Schalke Borussia Dortmund 1 x 1 Mainz Eintracht Frankfurt 0 x 0 Wolfsburg Energie Cottbus 2 x 2 Hamburgo Hertha 4 x 0 Hannover Werder Bremen 2 x 1 B. Leverkusen Arminia Bielefeld 2 x 3 Stuttgart Bochum 1 x 2 Bayern
Auxerre 0 x 3 Olympique Le Mans 3 x 2 Valenciennes Lens 1 x 1 Lorient Nantes 1 x 1 Troyes PSG 1 x 0 Lille Rennes 1 x 1 Monaco Saint-Etienne 1 x 0 Nancy Sedan 1 x 1 Sochaux Toulouse 1 x 0 Nice Bordeaux 1 x 2 Lyon
Sheffield 1 x 1 Liverpool Arsenal 1 x 1 Aston Villa Everton 2 x 1 Watford Newcastle 2 x 1 Wigan Portsmouth 3 x 0 Blackburn Reading 3 x 2 Middlesbrough West Ham 3 x 1 Charlton Bolton 2 x 0 Tottenham Manchester United 5 x 1 Fulham Chelsea 3 x 0 Manchester City
Classificação
P
V
SG
GP
Classificação
P
V
SG
GP
Classificação
P
V
SG
GP
1 Nuremberg
6
2
4
4
1 Olympique
7
2
5
5
1 ManchesterUnited
3
1
4
5
2 Werder Bremen
6
2
3
6
2 Lyon
7
2
3
6
2 Chelsea
3
1
3
3
3 Bayern
6
2
3
4
3 Le Mans
7
2
2
6
3
1
3
3
4 Hertha
4
1
4
4
4 Lille
6
2
4
6
4 West Ham
3
1
2
3
5 Mainz
4
1
1
3
5 Bordeaux
6
2
2
4
5 Bolton
3
1
2
2
Nancy
Portsmouth
6 Schalke 04
4
1
1
2
6
2
2
4
6 Reading
3
1
1
3
7 Bayer Leverkusen
3
1
2
4
7 Saint-Etienne
6
2
1
4
7 Everton
3
1
1
2
8 Borussia Mönchengladbach
3
1
1
2
8 Sochaux
5
1
1
4
3
1
1
2
9 Lorient
4
1
0
4
1
0
0
1
9 Stuttgart
3
1
-2
3
10 PSG
4
1
0
3
Aston Villa
1
0
0
1
10 Hamburgo
2
0
0
3
11 Toulouse
4
1
-1
2
Liverpool
1
0
0
1
11 Eintracht Frankfurt
2
0
0
1
12 Lens
4
1
-3
2
Sheffield
1
0
0
1
12 Wolfsburg
2
0
0
0
13 Troyes
2
0
-1
3
13 Middlesbrough
0
0
-1
2
13 Arminia Bielefeld
1
0
-1
3
2
0
-1
3
14 Watford
0
0
-1
1
Valenciennes
Newcastle 9 Arsenal
14 Energie Cottbus
1
0
-2
2
15 Nantes
2
0
-2
3
Wigan
0
0
-1
1
15 BorussiaDortmund
1
0
-2
3
16 Sedan
2
0
-2
2
16 Charlton
0
0
-2
1
16 Bochum
0
0
-2
2
17 Auxerre
2
0
-3
2
17 Tottenham
0
0
-2
0
17 Alemannia Aachen
0
0
-4
2
18 Monaco
1
0
-2
2
18 Blackburn
0
0
-3
0
18 Hannover
0
0
-6
2
19 Nice
1
0
-2
1
20 Rennes
1
0
-3
2
Manchester City 20 Fulham
0
0
-3
0
0
0
-4
1
Ronaldinho x Inter à vista A
possibilidade de voltar a enfrentar Ronaldinho Gaúcho é uma das conseqüências da conquista da Libertadores, que garantiu ao Internacional uma vaga no Mundial de Clubes, em dezembro, no Japão. A torcida já sonha em vingar a brilhante atuação do jogador na final do Gaúcho de 1999, quando fez o gol do título após um drible desconcertante em Dunga. Com o empate por 2 a 2 diante do São Paulo, o time do Rio Grande do Sul se junta aos outros três clubes já classificados: o espanhol Barcelona, campeão da Liga dos Campeões da Europa; o mexicano América, que venceu a Copa dos Campeões da Concacaf; e o neozelandês Auckland, que ganhou a Copa dos Campões da Oceania. Os dois últimos decidem
quem pega o Barcelona. O adversário do Inter nas semifinais será o ganhador do duelo entre os campeões africano e asiático, que serão definidos apenas em novembro.
Robert Laberge/AFP
Futuro em jogo Kazuhiro Nogi/AFP
Sem Nadal nem Federer nas semifinais, americano foi bi em Cincinnati
A vez de Roddick
D
Mundial de Basquete: o Brasil de Lula Ferreira perde para a Austrália, vence o Catar e tem um jogo decisivo, hoje, contra a Turquia
D
epois de estrear perdendo para a Austrália por 83 a 77, a seleção brasileira de basquete masculino venceu, na madrugada do domingo, o Catar por 97 a 66 pelo grupo C do Campeonato Mundial disputado no Japão e enfrenta hoje a Turquia num jogo decisivo para as pretensão de ficar entre os três primeiros e, assim, evitar o confronto com os Estados Unidos já nas oitavas-de-final. Brasil, Austrália, Catar e Turquia disputam o grupo C
com Grécia, campeã européia, e Lituânia, uma das principais forças do basquete mundial. Classificam-se quatro times para as oitavas-de-final. O Brasil tinha mostrado muitas falhas no setor defensivo contra a Austrália, mas melhorou de produção na vitória de ontem sobre o Catar. Forçando o ritmo desde o início, a seleção brasileira não teve problemas para terminar o primeiro tempo 22 pontos à frente do fraco adversário: 51 a 29. No início da segunda etapa,
a equipe árabe melhorou seu esquema defensivo e passou a insistir nos arremessos de três pontos. O Brasil teve dificuldades para impedir os chutes de longa distância, mas o técnico Lula Ferreira colocou o armador Nezinho na quadra, a defesa melhorou e, no fim do terceiro quarto, o placar chegou a 75 a 48. No último quarto, o Brasil ampliou a vantagem e terminou com a vitória por 97 a 66. "Nossa pegada na defesa foi bem melhor nesse jogo. Sabemos que não atuamos bem
contra a Austrália. Agora, vamos fazer um jogo decisivo contra a Turquia, que é um time muito forte, atua muito bem na defesa e no ataque", lembra o armador Leandrinho. Como a Turquia venceu seus dois primeiros jogos, o Brasil precisa de uma vitória, hoje às 7h30, pois enfrentará depois os adversários mais fortes do grupo - Grécia e Lituânia - e evidentemente não terá futuro na competição se cruzar com a equipe americana na fase seguinte.
e volta aos bons momentos de sua carreira, Andy Roddick fez a festa da torcida norte-americana ao conquistar o título do Masters Series de Cincinnati. Bateu na final o também recuperado espanhol Juan Carlos Ferrero por 2 a 0 (6/3 e 6/4). É verdade que Roddick teve uma vantagem: a eliminação precoce de Roger Federer, na segunda rodada, pelo escocês Andy Murray, e de Rafael Nadal, nas quartas-de-final, por Ferrero. É a primeira vez no ano que um torneio com a presença dos dois fica sem ambos entre os quatro melhores. Mas a reação do norte-americano vem em boa hora: a uma semana do início do Aberto dos EUA, último Grand Slam
do ano, que marcará a despedida de Andre Agassi e pode consagrar Roddick como o novo nome do tênis dos Estados Unidos. "Há tempos não me sentia tão bem", disse o campeão de Cincinnati. "Muitos já falavam de mim como se tivesse acabado, e um título importante como esse não poderia ter vindo em melhor momento", afirmou Roddick, de 23 anos, que venceu e m N o v a Yo r k s e u ú n i c o Grand Slam, em 2003. Para Ferrero, que já foi campeão de Roland Garros mas sofreu nos últimos anos com seguidas lesões, a semana também foi ótima, pois, além de Nadal, derrotou outro compatriota de alto nível, Tommy Robredo, nas semifinais.
4
Vôlei Ginástica Atletismo Natação
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 21 de agosto de 2006
FABIANA MURER BATE RECORDE NO SALTO COM VARA
Quero que sejamos capazes de jogar bem, garantir a vaga na semifinal e, então, pensar no título." Bernardinho
CADA VEZ MAIS ALTO
F
Antonio Calanni/AP
abiana Murer deu um passo para tornar seu nome cada vez mais conhecido entre os torcedores que acompanham o atletismo brasileiro. Ontem, ela conquistou a medalha de ouro no salto com vara nbo Super Grand Prix de Mônaco, e bateu seu própria recorde pela quinta vez: desta vez, marcou 4,66 m, dez centímetros a mais que a marca anterior, que havia sido estabelecida em maio, no Torneio Ibero-Americano, em Porto Rico. A marca de Fabiana em Mônaco foi a quinta melhor da temporada. Ela volta às pistas na sexta-feira, no Super Grand Prix de Bruxelas, na Bélgica. Lá, deve reencontrar rivais de alto nível como a polonesa Monika Pyrek, medalha de prata em Mônaco com 4,61 m, e que já saltou 4,75 m, a melhor marca na modalidade que não tem a assinatura da russa Yelena Isinbayeva - recordista mundial da prova, com 5,01 m. A vitória de ontem foi mais um passo na vitoriosa carreira de Fabiana, de 25 anos, que tem como meta principal con-
P
Na rota do hexa
FIVB
Luis Carlos Moreira/AE
ortugal deu trabalho aos reservas da seleção brasileira neste fim de semana, em Fortaleza, mas não teve forças para tirar a invencibildade do Brasil na Liga Mundial. A equipe de Bernardinho venceu duas vezes por 3 a 1 e chega à fase final, que começa quartafeira, em Moscou, como a única equipe invictas da competição, com seis sets perdidos. Enquanto reservas como Sidão e Bruninho (filho de Bernardinho) batiam os portugueses, com parciais de 22/25, 25/20, 25/21 e 25/18 no sábado, e 25/17, 32/34, 25/20 e 25/17 ontem, os titulares - à exceção de Gustavo, que ainda recupera a forma física - já estavam a caminho da Rússia, onde o Brasil buscará o sexto título no torneio - ganhou em 1993, 2001, 2003, 2004 e 2005. A tabela da fase final ainda não foi definida pela FIVB (Federação Internacional de Voleibol), que ainda convidará uma equipe - a favorita a esse convite é a Itália. A Rússia joga como país-sede, e também estarão Sérvia, França e Bulgária, campeãs de seus grupos. Para Bernardinho, é difícil fazer prognósticos depois de pegar uma chave relativamente fácil na primeira fase. "Não sabemos como estamos em relação aos outros", diz.
D
Fabiana Murer bateu seu próprio recorde sul-americano no salto com vara, com 4,66 m, e conquistou o ouro no Super Grand Prix de Mônaco
quistar a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio, no ano que vem. Por enquanto, não está difícil, já que a vitória em Santo Domingo, em 2003, ficou com a norte-americana Melissa Mueller, que bateu o recorde da competição com 4,40 m. Ela acredita que, com 4,60 m, poderá vencer o Pan. Fabiana é uma das pioneiras do Brasil no salto com vara, modalidade que começou há pouco mais de uma década a ser disputada pelas mulheres. Ela praticava ginástica, mas os bons resultados a fizeram optar de vez pelo atletismo - hoje, treina até sete horas por dia. Também em Mônaco, no salto triplo, Jadel Gregório ganhou a segunda medalha em três dias - fora prata na sextafeira, em Surique - ao ficar com o terceiro lugar, com 17,12 m. O ouro foi do romeno Marian Oprea, com 17,33 m, e a prata, do cubano Yoandri Betanzos, com 17,18 m. Nos 1.500 m, Hudson de Souza ficou em sexto, com 3min33s88, segunda melhor marca sul-americana da prova - 63 centésimos acima de seu próprio recorde.
Brasileiras festejam vitória contra o Japão: líderes do Grand Prix
Bom começo O
Único titular em quadra, Gustavo ajudou Brasil a seguir invicto na Liga Mundial; a fase final começa quarta RESULTADOS: Grupo A - Sérvia 3 x 2 EUA; Polônia 3 x 1 Japão; Sérvia 3 x 0 EUA; Polônia 3 x 2 Japão. Grupo B - Brasil 3 x 1 Portugal; Argentina 3 x 2 Finlândia; Brasil 3 x 1 Portugal; Argentina 0 x 3 Finlândia. Grupo C - França 3 x 1 China;
Rússia 0 x 3 Itália; França 3 x 0 China; Rússia 2 x 3 Itália. Grupo D Egito 0 x 3 Bulgária; Cuba 3 x 0 Coréia do Sul; Cuba 3 x 0 Coréia do Sul; Egito 0 x 3 Bulgária. CLASSIFICAÇÃO: Grupo A - 1.
Sérvia, 21; 2. Polônia, 21; 3. EUA, 17; 4. Japão, 13. Grupo B - 1. Brasil, 24; 2. Argentina, 19; 3. Finlândia, 16; 4. Portugal, 13. Grupo C - 1. França, 21; 2. Rússia, 20; 3. Itália, 19; China, 12. Grupo D - 1. Bulgária, 22; 2. Cuba, 22; 3. Coréia, 16; 4. Egito, 12.
Brasil começou com braço direito a caminhada rumo ao sexto título do Grand Prix de vôlei feminino: venceu os três jogos que disputou em Tóquio e assumiu a liderança da competição, com apenas um set perdido. "Ainda pecamos um pouco na relação entre bloqueio e defesa", adverte o técnico José Roberto Guimarães. No próximo fim de semana, o Brasil joga na chave de Macau, diante de República Dominicana, Estados Unidos e China. RESULTADOS: Tóquio (JAP) Brasil 3 x 0 Coréia do Sul; Cuba 0 x 3 Japão; Cuba 1 x 3 Brasil;
Coréia do Sul 0 x 3 Japão; Cuba 3 x 0 Coréia do Sul; Brasil 3 x 0 Japão. Hong Kong - Rú ss ia 3 x 2 Azerbaijão; China 3 x 0 Tailândia; Rússia 3 x 1 Tailândia; China 3 x 2 Azerbaijão; Azerbaijão 3 x 2 Tailândia; China 3 x 0 Rússia. Byd g os zc z (POL) - EUA 2 x 3 República Dominicana; Polônia 0 x 3 Itália; Itália 3 x 0 República Dominicana; Polônia 1 x 3 EUA; Itália 3 x 1 EUA; Polônia 1 x 3 República Dominicana. CLASSIFICAÇÃO: 1. Brasil, 6; 2. China, 6; 3. Itália, 6; 4. Japão, 5; 5. Rússia, 5; 6. República Dominicana, 5; 7. Azerbaijão, 4; 8. EUA, 4; 9. Cuba, 4; 10. Polônia, 3; 11. Tailândia, 3; 12. Coréia do Sul, 3. Caco Argemi/CBV
Oito vezes Daniele
aniele Hypolito mostrou sua força e conquistou ontem seu oitavo título brasileiro de ginástica, na competição disputada em Goiânia. Na soma dos quatro aparelhos, a atleta paulista, que compete pelo Flamengo, somou 57,650 pontos e superou com muita facilidade a vice-campeã Bruna Costa (Guarulhos/São Paulo) e a terceira colocada, Joselane dos Santos (Brasil/Santos), que tiveram a mesma soma, 53,500 pontos. "Estou muito feliz com mais esse título que me servirá de incentivo para as próximas competições internacionais", disse a ginasta, que foi campeã nacional em 96, 97, 2000, 2001, 2002, 2003 e 2005, e disputará o Mundial de Aarhus, na Dinamarca, em outubro, e a Superfinal da Copa do Mundo, em dezembro, em São Paulo.
Lailson Duarte
Ginasta conquistou ontem o octacampeonato brasileiro de ginástica
Daiane dos Santos, que também disputa as duas competições, não participou do Brasileiro porque está sem clube, treinando apenas pela seleção brasileira, em Curitiba.
Diego Hypolito, que neste ano já ganhou quatro medalhas na Copa do Mundo, ficou em terceiro entre os homens. O campeão foi Michel Conceição, e o vice, Danilo Nogueira.
Brasil ganha um bronze no Pan-Pacífico
Fábio Luiz e Márcio vencem em Maceió
T
M
hiago Pereira, terceiro colocado nos 400 m medley, conquistou a única medalha do Brasil no Pan-Pacífico de natação, competição que marcou o início da fase de preparação para os Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007. Foi a primeira competição em piscina longa disputada pelos brasileiros desde o início do ano. A prova foi vencida pelo norte-americano Michael Phelps. Nas eliminatórias, Thiago havia obtido o novo recorde sul-americano da prova, com 4min16s86. O Pan-Pacífico teve três recordes mundiais batidos por norte-americanos: nos 200 m costas, com Aaron Peirsol, nos 200 m borboleta, com Phelps, e no revezamento 4 x 100 m livre.
árcio e Fábio Luiz venceram os arqui-rivais Ricardo e Emanuel na final da etapa de Maceió do Circuito Brasileiro. O placar de 2 a 0 (20/18 e 18/14) marcou a sétima vitória da dupla sobre os campeões olímpicos em 11 jogos na temporada. "Eles são os melhores, mas também queremos conquistar o nosso espaço", disse Fábio. "É um jogo sempre difícil e sempre igual, o detalhe é que faz a diferença", completou Márcio. O campeão olímpico na quadra Nalbert, que joga com Luizão, ganhou o bronze após a vitória sobre Pedro Solberg e Alex por 2 a 1 (14/18. 18/10 e 24/32). "Só a gente é que sabe o quando custa subir ao pódio", afirmou Nalbert.
Dupla bateu Ricardo e Emanuel em etapa do Circuito Brasileiro
No feminino, Ana Paula e Leila venceram juntas pela primeira vez no Circuito Brasileiro, ao derrotarem na final Juliana e Larissa por 2 a 1 (18/12, 16/18 e 15/10). "Tive muitos obstáculos, mas as coisas estão fluindo agora", disse Leila. Na decisão do bronze, Adriana Behar e Shelda bateram Renata e Talita por 2 a 1.
São Paulo, 21 de agosto de 2006
DCARR
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Nº 134
Pablo de Sousa
Divulgação
Jeep vence terrenos difíceis. É comum. Diferente é quando ele faz isso levando sete pessoas. O Commander está na página 4. Apesar de pequena, ganhou o apelido de superesportiva. É a nova Honda CBR 600RR. Encontre seu teste na página 11.
COMO LEVAR O MELHOR AMIGO DO HOMEM
SEGURO PRA CACHORRO PÁGINAS 6 E 7
2
DCARRO
São Paulo, segunda-feira, 21 de agosto de 2006
Como viabilizar o hidrogênio “gás do futuro” pode estar mais próximo da realidade da indústria automotiva brasileira. A Indústria Brasileira de Gases (IBG) deu início a um amplo estudo para viabilizar, a custos mais competitivos, a produção de hidrogênio como combustível para veículos. Outro objetivo da empresa é encontrar uma forma de aumentar o nível de segurança no manuseio do gás. Uma das alternativas seria justamente a liquefação do hidrogênio. O gás pode ser obtido, por meio do processo denominado reforming, a partir do gás natural, etanol ou por eletrólise. A IBG também está tentando encontrar meios de permitir a reforma dos combustíveis fósseis para obtenção do hidrogênio. Como combustível, o hidrogênio tornou-se a aposta de montadoras em pesquisas e protótipos de todo o mundo, por garantir emissão zero de poluentes nos escapes dos veículos. Os carros movidos a hidrogênio apresentam ainda um nível de ruído de 20% a 30% inferior ao das fontes de energia tradicionais, além do dobro do rendimento dos modelos flex fabricados atualmente. Já existem, inclusive, estudos em estágio avançado na Alemanha, pela BMW, e nos Estados Unidos
e Japão, pela Toyota. É importante ressaltar o grande valor energético e a combustão inteiramente limpa do gás. Especialistas no setor estimam que, em 20 anos, o hidrogênio seja aplicado em 25% do parque automobilístico. Atualmente, a indústria emprega o hidrogênio como matéria-prima na fabricação de produtos como fertilizantes derivados de amônia, na hidrogenação de óleos orgânicos comestíveis, na conversão de óleo líquido em margarina e ainda no processo de fabricação de polipropileno e resfriamento de geradores e motores. A agência especial dos Estados Unidos, a NASA, também o utiliza nos seus projetos para propulsão de foguetes. Fundada em 1992, a IBG desponta no segmento de gases como a única sobrevivente entre as diversas companhias locais e multinacionais que tentaram se fixar no mercado nacional nos últimos 50 anos. A empresa atende mais de 3 mil empresas nas áreas médico-hospitalar, industrial, microeletrônica, metalurgia, siderurgia, processamento e estocagem de alimentos, saúde, petroquímica, indústria automobilística e indústria química.
Presidente em exercício Alencar Burti Presidente licenciado Guilherme Afif Domingos Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editor chicolelis chicolelis@dcomercio.com.br Repórteres Alzira Rodrigues alzira@dcomercio.com.br Anderson Cavalcante acavalcante@dcomercio.com.br
Chefe de reportagem Arthur Rosa Editor de Fotografia Masao Goto
O
índice IMPORTADO - 4 Jeep Commander chega ao Brasil com preço a partir de R$ 237 mil.
NA EUROPA - 5 A Kia mostra o Cee'd, que será produzido na Eslováquia.
CAPA - 6 e 7 Dicas sobre a melhor forma de transportar o cachorro no carro.
MERCADO - 9 Venda de usados cresce mais de 40% até julho.
DUAS RODAS - 11 A nova CBR 600RR possui belo design e é fácil de ser pilotada.
aGenDa 26 de agosto
Dezenas de pilotos e navegadores de rali de regularidade estarão em ação na capital baiana para a disputa da terceira etapa da Copa Troller Nordeste 2006.
30 de agosto
Com o objetivo de discutir a falta de segurança no sistema viário, a AEA promove o “Seminário Segurança Veicular: Veículos x Vias”, no Centro de Convenções Milenium, Rua Dr. Bacelar, 1.043, São Paulo.
Newton de Oliveira, presidente da IBG
Editor de Arte José Coelho Diagramação Hedilberto Monserrat Junior Ilustração Abê / Céllus / Jair Soares Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Impressão S/A O Estado de S. Paulo www.dcomercio.com.br/dcarro
São Paulo, segunda-feira, 21 de agosto de 2006
DCARRO
3
4
DCARRO
São Paulo, segunda-feira, 21 de agosto de 2006
COMMANDER
O primeiro modelo da marca com três fileiras de bancos começa a ser vendido no Brasil este mês. Seu motor é um Hemi V-8.
O modelo, que tem motor 5.7 litros, com 326 cv de potência, custa R$ 237 mil
J
á está à venda no Brasil o novo Commander, primeiro modelo da família Jeep a oferecer de série três fileiras de assentos, acomodando até sete pessoas. O veículo tem motor V-8 Hemi de 5.7 litros a gasolina, gerando 326 cv, e transmissão automática de cinco velocidades, que foi refinada para melhorar a qualidade das mudanças de marcha e para maximizar a capacidade de reboque do veículo. Seu preço: R$ 237 mil. No Commander, cada fileira de bancos é levemente mais alta que a da frente, numa disposição "tipo teatro" que melhora a visibilidade para todos os passageiros. Os assentos da segunda e terceira fileiras podem ser dobrados para a frente, criando um piso de carga plano. Apesar de
Divulgação
comportar sete passageiros, o Commander é apenas 37 mm mais longo que o Grand Cherokee. Conforto total - Em complemento ao teto solar frontal, o modelo possui o Command-View, novo e inovador sistema de tetos solares panorâmicos sobre a primeira e segunda fileiras de assentos. Para garantir o máximo conforto a todos os ocupantes, o veículo possui um sistema de aquecimento, ventilação e ar-condicionado na terceira fileira. Totalmente independente, dispõe de ar aquecido ou refrigerado, com uma saída ao nível do piso e duas saídas circulares giratórias nas laterais traseiras. Mesmo com ocupação total de pas-
sageiros, o Commander ainda tem espaço para 170 litros de bagagem. Dobrando os assentos da terceira fileira, a capacidade de carga aumenta para 973,5 litros e, utilizando-se a segunda fileira, chega-se a 1.775,6 litros. Segurança - O Programa Eletrônico de Estabilidade (ESP), que equipa o Commander de série, ajuda o motorista em difíceis manobras de direção em qualquer tipo de superfície. O ESP utiliza os sinais, encaminhados por sensores localizados em todo o veículo, para determinar os ajustes de frenagem e aceleração adequados para manter a estabilidade. O Commander está disponível com o sistema permanente de tração nas quatro rodas Quadra-Drive II, que proporciona distribuição eletrônica de torque para o eixo dianteiro e traseiro e para cada roda, caso necessário. Como resultado a transferência de força é mais rápida, necessitando somente de 45 graus de volta de uma roda para ativação do torque.
Próprio para o fora de estrada, o Commander acomoda sete pessoas. Como complemento, tem tetos solares panorâmicos sobre a primeira e segunda fileiras de assentos.
segunda-feira, 21 de agosto de 2006
Ambiente Compor tamento Distritais Urbanismo
DIÁRIO DO COMÉRCIO
SUGESTÕES SERÃO ENVIADAS AO GOVERNO ESTADUAL
GIr Hoje Cívica e Cultural da ACSP coordenada pelo vicepresidente Francisco Giannoccaro. Às 15h, rua Boa Vista, 51, 11º andar, salas Tadashi 1,2,3 e 4. I Plenária - O presidente interino da ACSP, Alencar Burti, participa da reunião plenária quinzenal referente à gestão março de 2005/2007. Ele recebe o prefeito Gilberto Kassab. Às 17h, rua Boa Vista, 51/9º andar, plenária. I Cazaquistão - O vicepresidente da ACSP Alfredo Cotait Neto recebe o embaixador do Brasil no Cazaquistão, Frederico Duque Estrada Meyer. Às 17h, rua Boa Vista, 51/11º a., sala Tadashi 4. I São Miguel - A distrital realiza reunião do núcleo setorial de salão de beleza do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 18h. I Distritais - Reunião do conselho das sedes das distritais da ACSP coordenada pelo vice-presidente Valmir Madazio. Às 19h, rua Boa Vista, 51/11º a., salas Tadashi 1,2 e 3.
Terça I Exterior - O vice-presidente
da ACSP Renato Abucham coordena reunião da Comissão de Comércio Exterior. Às 17h, rua Boa Vista, 51/1º, sl. Tadashi. I São Miguel - A distrital realiza reunião do núcleo setorial de bufês e eventos do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 19h. I São Miguel – A distrital realiza reunião ordinária da diretoria executiva e do conselho diretor. Às 19h. I Pinheiros – A distrital realiza reunião ordinária da diretoria executiva e do conselho diretor. Às 19h. I Santo Amaro - A distrital promove reunião do núcleo setorial de pet shops do Projeto Empreender, coordenada pela consultora Maria Cristina Imbimbo Gonçalves. Às 19h, Centro de Eventos São Luís, rua Luiz Coelho, 295. I Penha – A distrital realiza reunião Viva a Penha, coordenada por Eugênio Cantero Sanches. Às 19h30. I Jabaquara – A distrital promove a palestra Gerenciamento da Saúde, coordenada por Maria Raymunda Ribeiro. Às 19h30.
Quarta I Santo Amaro – A distrital
promove a palestra O que enriquece e o que empobrece uma nação, coordenada por João Melão Neto. Às 19h. I Mooca – A distrital promove a palestra Os 7 passos essenciais para vencer no século 21 como empresário, com Elberto Mellio. Às 19h. I Pirituba – A distrital promove a palestra A importância da prosperidade
industrial na Gestão de Negócios, coordenada por Neto Galizi e Luiz Orozimbo Domiciano. Às 19h30. I Vila Maria – A distrital promove a palestra Integração Família/Empresa – Programa de desarmamento infantil, coordenada por voluntário do Projeto Criança Feliz Wilson Roberto Giglio. Às 19h30. Confirmar presença: 69546303/6967-5686/6955-7646 ou pelo dvilamaria@acsp.com.br. I São Miguel – A distrital realiza reunião do núcleo setorial de móveis e colchões do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 20h.
Fotos: Paulo Pampolin/Hype
Friedhofer (acima à esquerda), Desgualdo (esquerda) e o major Afonso do Rego (direita) participaram do fórum na distrital. Outras reuniões para discutir a segurança serão realizadas.
Quinta I São Miguel – A distrital
realiza reunião do núcleo setorial de escolas particulares do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 9h. I Conjuntura - Reuniãoalmoço do Comitê de Avaliação da Conjuntura da ACSP. Às 12h30, rua Boa Vista, 51/12º andar, no Enre. I Penha – A distrital promove evento em comemoração ao Dia do Maçon, coordenado pelo conselheiro Roberto José Korsakas. Às 19h. I Centro – A distrital realiza reunião do núcleo de segmento de ótica do Projeto Empreender, coordenada por Elias Nunes M. Martins. Às 19h. I São Miguel - A distrital realiza reunião do núcleo setorial de automecânicas do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 20h.
Sexta I Aniversário – O vice-
presidente da ACSP Francisco Giannoccaro participa do aniversário do marechal-deExército Luís Alves de Lima e Silva, Patrono do Exército, e da condecoração dos agraciados com a Medalha do Pacificador. Às 10h30, no Comando Militar do Sudeste, avenida Sargento Mário Kozel Filho, 222. I Centro - A distrital, em parceria com o Creci/SP (Zona Centro), promove o ciclo permanente de palestras Mudanças comportamentais em busca do sucesso, coordenado pela escritora Tânia Gorodniuk. Às 19h. I Pinheiros – A distrital, em parceria com a Associação Beneficente e Cultural da Comunidade e do Hospital das Clínicas de São Paulo, presta homenagem de honra ao mérito aos médicos do Hospital das Clínicas. Às 20h.
Sábado I Pinheiros – A distrital, em
parceria com a Interagir Mediadores, promove o Seminário 2006 – Uma proposta estratégica no gerenciamento de conflitos. Inscrições no www.interagirmediadores.com.br ou pelo telefone 0800-177770. Às 8h.
A questão da segurança envolve fatores que vão além de homicídios e crimes violentos. Marcelo Flora Stockler, superintendente da Distrital Centro
FÓRUM DEBATE MAIS SEGURANÇA PARA O CENTRO DA CIDADE
Agendas da Associação e das distritais
I Cívica- Reunião da Comissão
3
A
Distrital Centro da A s s o c i a ç ã o C omercial de São Paulo (ACSP) promoveu um fórum de debates sobre Segurança Pública, com a presença de representantes das polícias Civil e Militar e de entidades de classe. A reunião foi a primeira de muitas que estão programadas, com o objetivo de levantar os problemas relativos à segurança no Centro. A idéia é, ao final, elaborar um documento com sugestões que será encaminhado à Secretaria de Segurança Pública e ao Governo do Estado. A iniciativa de discutir a segurança surgiu antes mesmo dos atentados promovidos pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo o superintendente da Distrital Centro, Marcelo Flora Stockler, a questão da segurança é complexa e envolve uma série de fatores que vão além de homicídios e crimes violentos.
"Os menores de rua e, principalmente, o comércio informal, que muitas vezes trabalha com produtos roubados e contrabandeados, estão relacionados ao crime organizado. Quando a cidade estiver mais limpa e segura, com certeza aumentará o turismo e o comércio na região", disse. Propostas – Entre as propostas para a segurança no Centro, destacam-se a colocação de câmeras de vigilância em pontos mais críticos – o que já está sendo feito pela GCM – e um policiamento ostensivo. "Sei que as polícias Civil e Militar fazem o que podem e têm recursos limitados. Mas acho que falta comunicação entre elas nas operações". Para o sub-comandante do 11º Batalhão da PM, major Sandro Afonso do Rego, a polícia procura agir de maneira preventiva. "Estudamos os locais mais perigosos, mas não conseguimos estar em todos os pontos ao mesmo
tempo. Daí a importância da sociedade denunciar", disse. O major acredita que a legislação é falha em muitos aspectos. "A segurança pública não se faz apenas com a polícia, mas com os três poderes. Na hora do voto, a população está fazendo segurança. A polícia apenas aplica o que o poder legislativo propõe. Infelizmente nós temos regras a cumprir e os criminosos não", ressaltou. A mesma opinião tem o delegado assistente da 1ª seccional de Polícia do Centro Antônio Carlos Desgualdo. "É preciso valorizar o policial. Com tecnologia e capacitação, a polícia cumpre seu papel, mas sempre nos limites da lei. Temos que ter provas, mas sempre encontramos empecilhos legais que nos impedem de agir de determinada maneira", disse. Aliança – Uma aliança entre as iniciativas pública e privada foi defendida por Marco Antônio Rocha, diretor-presidente
da DefendBrasil, empresa que atua na área de segurança patrimonial por monitoramento eletrônico. Segundo Rocha, a polícia exerce suas atividades com muita competência, mas somente com a participação da sociedade a violência na capital diminuirá. "Se existe venda de produtos piratas e roubados é porque existe comprador, assim como acontece com as drogas. Trata-se de um problema cultural", explicou. Segundo o presidente do Conselho Comunitário de Segurança da Sé (Conseg Sé), Mauro Friedhofer, existe uma aproximação maior entre as entidades que colaboram com a segurança, como a sociedade, a polícia, as universidades e a imprensa. "Esperamos, em outubro, entregar um documento substancial para as autoridades com sugestões e propostas de segurança debatidas nos fóruns", disse Friedhofer. André Alves
Divulgação
Penha planeja atividades
E Geraldo Mantovani Filho, José Paulo Tavares e Cássio Loschiavo
Revitalização em avenida
A
Distrital Jabaquara da ACSP realizou um encontro para discutir a revitalização da avenida Santa Catarina, na zona sul da cidade. O objetivo foi esclarecer aos comerciantes que as subprefeituras Jabaquara e Santo Amaro estão comprometidas com o projeto. A Distrital Jabaquara coloca sua casa à disposição de todos os comerciantes da re-
gião para futuras reuniões e maiores informações. O encontro foi dirigido pelo diretor superintendente interino, José Paulo Fonseca Tavares, e contou com a presença do subprefeito do Jabaquara Cássio Freire Loschiavo, do subprefeito de Santo Amaro, Geraldo Mantovani, comerciantes e entidades de classe do bairro.
m reunião ordinária, os conselhos Diretor e da Mulher Empreendedora e o Fórum de Jovens Empreendedores da Distrital Penha fizeram um balanço das atividades do primeiro semestre e planos para o segundo semestre. Foram destacadas as seguintes iniciativas: participação da Campanha De Olho no imposto; Natal Iluminado; Programa Degrau; trabalho junto à CET e ao SPTrans para melhoria do trânsito; parceria com a Subprefeitura da Penha; conservação do posto policial na esquina das avenidas Gabriela Mistral e Cangaíba; solicitação junto à Secretaria Municipal do Planejamento de alteração do Plano Diretor Regional; dois Happy Hours de Negócios; par-
ticipação no processo de tombamento do prédio do Estadual da Penha. Atividades planejadas para os próximos meses: início das obras de restauro no colégio estadual; reunião em comemoração ao dia da maçonaria penhense; no dia 8 de setembro, comemoração do 339º aniversário do bairro com a procissão de Nossa Senhora da Penha; em 17 de setembro, o sexto passeio de carros antigos e culto ecumênico na igreja Metodista da Penha; em 8 de outubro, desfile cívico e campeonato de bandas e fanfarras; em 27 de outubro, jantar dançante em comemoração ao 55º aniversário de fundação da Distrital Penha; trabalho para a revisão do Plano Diretor Regional da área da Penha.
São Paulo, segunda-feira, 21 de agosto de 2006
DCARRO
5
SALÃO DE PARIS Divulgação
O primeiro Kia europeu O Cee'd será lançado em setembro, mas suas vendas só começam no fim do ano ee’d é o nome do primeiro veículo da Kia a ser produzido na Europa, que tem lançamento programado para setembro, no Salão do Automóvel em Paris. As vendas do novo hatchback para cinco pessoas, no entanto, só serão iniciadas em dezembro. "Nosso novo modelo do segmento C define mais um ponto da mudança dos objetivos na história da Kia e seu nome, Cee' d, tem diversas razões", explica Jean-Charles Lievens, vice-presidente sênior da Kia Motors na Europa. "O ‘CE’ simboliza que este modelo está sendo feito na comunidade européia e o ‘ED’ indica que é um projeto criado especialmente para os consumidores europeus". O Cee'd será fabricado na Eslováquia, na primeira unidade de produção européia da montadora de origem coreana. Fundada em 1944, a Kia é a mais antiga produtora de veículos motorizados da Coréia e uma das que cresceram mais rapidamente no mundo. Atualmente, produz 1,1 milhão de veículos por ano e distribui seus modelos por meio de uma rede de distribuidores presente em 160 países. Com mais de 32,5 mil
C
O modelo será
funcionários, a empresa tem faturamento produzido na Eslováquia anual de US$ 15 bilhões. Desde 1992 atua no mercado brasileiro para representada pela Kia Motors do Brasil abastecer os que, atualmente, conta com uma rede países da com 56 pontos-de-vendas. Os modelos Europa. A Kia comercializados no País são o utilitário garante que Bongo, os utilitários esportivos Sorento e seu espaço Sportage, os sedãs Cerato, Magentis e interno é bem amplo. Ópirus, e a minivan Carnival. A confiança na qualidade de seus produtos permite à Kia Motors comercializar a linha no Brasil com 3 anos de garantia. No caso dos sedãs Magentis e Ópirus e da minivan Carnival a garantia é de 5 anos, sem limite de quilometragem, e 10 anos contra perfuração de chapa.
CUPÊ ESPORTIVO
GM decide produzir um novo Camaro A
General Motors decidiu produzir uma versão totalmente nova do cupê esportivo Camaro, que terá por base o conceito que foi grande atração no Salão de Detroit deste ano. "Tivemos diversos pedidos de produção do modelo", revela o presidente mundial da GM, Rick Wagoner.
O novo Camaro começará a ser produzido no fim de 2008 e estará à venda a partir do primeiro trimestre do ano seguinte. "Ele será quase idêntico ao conceito, uma interpretação completamente moderna do modelo 1969, considerado por muitos o melhor projeto da primeira
Divulgação
Suas vendas só serão iniciadas no primeiro trimestre de 2009
geração do carro," diz Ed Welburn, vice-presidente global de Design da Generl Motors Corporation, que possui um Camaro 1969 SS. O modelo será oferecido em uma série de versões, com a escolha de transmissões manuais e automáticas e de motores V6 e V8.
DCARRO
SEGURANÇA
6
Transportar de forma correta e visitar o veterinário antes de viajar com seu animal tornam o passeio mais seguro. Mas mesmo na cidade é necessário alguns cuidados especiais.
São Paulo, segunda-feira, 21 de agosto de 2006
São Paulo, segunda-feira, 21 de agosto de 2006 Fotos: Pablo de Sousa
Viagem pode ser perigosa pra cachorro O transporte correto de um animal deixa o passeio mais seguro para você, para ele e evita multas ANDERSON CAVALCANTE
C
ena comum nas cidades e também em estradas é ver as nossas crianças se divertindo com o "cachorrinho" do carro ao lado. Para os pimpolhos isso é muito atraente, mas o que eles não sabem é que aquele animal pode a qualquer momento ser o personagem de um grave acidente. Tornouse corriqueiro ver cachorros pendurados no vidro do passageiro ou, ainda, no colo do motorista. Apesar de "bonitinho", esse modo de transportar animais não é seguro e está fora das regras. Segundo a entidade inglesa Royal Society for the Prevention of Accidents (Rospa), que ajuda a prevenir acidentes, cachorro como um Border Collie de 25 kg seria arremessado com força equivalente à de nove homens de 76 quilos em uma brecada do veículo a 50 Km/h . Além disso, animais de estimação transportados de forma inadequada podem causar distração do motorista provocando sérios acidentes.
Legislação - Se o perigo de graves acidentes não é o bastante para gerar consciência, o artigo 252 do Código Brasileiro de Trânsito prevê punição para os motoristas que transportam animais à sua esquerda ou entre os braços e pernas, com quatro pontos, por ser uma infração média, e multa. Já aqueles que transportarem o animal na caçamba de picapes, sem os devidos cuidados ou em gaiolas sobre o teto do veículo, o artigo 235 do mesmo Código estabelece que a infração é grave, fazendo com que o motorista seja punido com cinco pontos na carteira, multa e a possível retenção do veículo e do animal. Os principais equipamentos para um transporte seguro de cães e gatos são as caixas ou gaiolas, que envolvem uma série de opções, de acordo com o tamanho do animal, e podem custar de R$ 100 a R$ 900 em modelos imO cinto para cães garantiu a mobilidade da portados. Tem ainda o cinto de secadela Nicole, sem riscos no transporte gurança, a partir de R$ 15. É próprio para os cachorros, na verdade, um tipo de coleira peitoral, presa a um dos cintos do carro, que dá mobilidade para que ele deite-se ou sentese, mas evita que pule para o banco da frente ou aproxime-se demais da janela. A veterinária Luciane Martins Neves, que atende no Pet Center Marginal (Marginal Tietê com a Ponte da Vila Guilherme), explica que os riscos de uma fratura de membros A veterinária Luciane deu ou luxações patelares, dicas de como acalmar a são grandes para os Nina, que depois de utilizar animais e que o ideal é o produto FitoGuard tirou que desde pequeno o uma "soneca" seu pet seja acostu-
mado a passear no carro. "Leve-o a pequenas viagens sempre com o equipamento adequado e, de preferência, vá a lugares agradáveis como um parque. Assim ele fará sempre a associação do carro com a ida a um lugar agradável". A veterinária explica, também, que não se deve escutar música muito alta dentro do carro. "A acuidade auditiva, principalmente dos cães, é muito sensível. Se o som estiver sempre em volume elevado, vai haver uma associação e o cão pode começar a rejeitar os passeios". Outra dica para que seu animal sinta-se melhor nas caixas de transporte é colocar algum brinquedo no interior da gaiola, deixá-lo no local fechado por alguns minutos para se acostumar e ir aumentando o tempo de permanência progressivamente. Para dias de calor, uma ótima dica é dar cubos de gelo aos cães. Muitos deles gostam de quebrar gelo, deixando-os hidratados. Tente não dar comida para o cão ou gato, no mínimo, duas horas antes da viagem para diminuir as chances de enjôo e a utilização do remédio Dramin pode ser feita, mas com a indicação de um veterinário que irá verificar a dose correta de acordo com o peso do animal.
DCARRO
7
sário levar a Guia de Transporte Animal (GTA), um atestado de saúde e a ficha de vacinação atualizada do seu animal de estimação" conta a veterinária, Luciane Martins. A GTA é fornecida por veterinários credenciados pelo Ministério da Agricultura e atesta a sanidade do animal de estimação e é necessária na ida e uma nova guia para o retorno ao Estado de origem. De posse da documentação necessária, tente viajar no começo da manhã ou no final da tarde, quando a temperatura é mais fresca. Lembre-se dos equipamentos necessários (cinto de segurança próprio ou caixa de transporte) e faça paradas para que ele se movimente, beba água e faça suas necessidades fora do carro. Quando parar, utilize sempre a coleira e não deixe o animal sozinho em nenhum momento. Teste - Durante um passeio com a cadela Nina, testamos o produto fitoterápico FitoGuard Comportamen-
Outros "bichos" - No caso de pássaros ou de outros animais com pouca ou muita idade é importante manter o ar-condicionado des- Gaiola: outra opção para transportar seu cão ligado ou não muito frio, pois há o risco de hipotermia. O im- tal. Segundo a empresa fabricante, o portante é que o veículo esteja arejado spray atua acalmando o sistema nere sem a entrada de muito vento na voso dos bichos de estimação, sem direção do animal. Peixes devem ser qualquer tipo de efeitos colaterais ou transportados em recipientes plásticos contra-indicações. tampados e apoiados numa embalaNina, que estava bem inquieta durante gem firme, para que não balancem o passeio, após a aplicação do produto muito. Abra a tampa de vez em quando no carro mostrou-se "aparentemente" para renovar o oxigênio. irritada com o cheiro, esfregando o O grande perigo de carregar um gato focinho no banco por duas ou três vezes. solto dentro do carro deve-se prin- Apesar de agradável, o perfume é forte e cipalmente à sua curiosidade e, por isso, lembra a substância básica do FitoGuard: é indispensável uma caixa de transporte. óleo de capim-limão. Já houve casos de "bichanos" que desSegundo a veterinária responsável cobriram como abrir o vidro em carros, pelo produto, no laboratório Humâcolocando suas "sete vidas" em risco. nita, Rita de Cássia Baptista, o FiPor isso, lembre-se de ativar as travas de toGuard começa a apresentar resposta segurança do seu veículo. entre 5 e 10 minutos após a borrifação e sua ação residual acontece em média Na estrada - Se em um breve pas- por uma hora. "Quanto ao fato da Nina seio pela cidade os animais já ne- ter esfregado o focinho no banco, devecessitam de cuidados especiais, em se entender que os animais possuem viagens mais longas a atenção deve ser um olfato apurado, mas em todos os redobrada. Antes de viajar, lembre-se testes feitos com o produto e, prinque é essencial pegar a carteira de cipalmente, por ele ser fitoterápico, vacinação do animal e levá-lo ao dificilmente irá apresentar alguma reaveterinário caso a viagem seja muito ção adversa". longa. O veterinário pode orientar No restante da viagem, devidamente sobre como tranqüilizar o animal em protegida pelo cinto de segurança aprodeterminados tipos de passeio. priado, Nina mostrou-se tranqüila e até "Em viagens interestaduais é neces- aproveitou o tempo para uma "soneca".
Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO
Todo mundo sabe que existe prostituição infantil, mas as pessoas agem como quem não quer ver. Queria que elas confrontassem o rosto dessas meninas, mesmo que sejam atrizes, numa ficção. Rudi Lagemann, diretor do filme Anjos do Sol – sobre prostituição infantil – e vencedor do 34º Festival de Cinema de Gramado
www.dcomercio.com.br/logo/
segunda-feira, 21 de agosto de 2006
AGOSTO
2 -.LOGO
21 Recolhimento de ICMS, Simples, INSS Paes Dia da Habitação
C ONCERTO A RQUEOLOGIA
Espanha devolve múmia a aborígenes O Museu de Antropologia de Madri, na Espanha, prepara-se para devolver uma múmia secular às Ilhas Canárias, intensificando a recente tendência internacional de devolução de restos humanos a seus países de origem. O diretor de arqueologia do Museu da Natureza e do Homem de Tenerife, Richard Gonzalez, disse que um comitê do Senado espanhol quer que o museu de antropologia devolva os restos mortais de um representante dos
guanches, o povo aborígine das Canárias, que foram levados nos anos 1700. Falta agora a transferência ser aprovada pelo Parlamento espanhol. Os guanches tinham o costume de mumificar os corpos de personalidades importantes, e a múmia guardada em Madri, que data de antes da conquista espanhola, está exposta num invólucro de vidro. Um museu argentino devolveu múmias guanches em 2003.
M EIO AMBIENTE Paul Zhang/Reuters
Chinês vence Villa-Lobos Concurso internacional é dominado pela qualidade dos pianistas orientais
A
pós uma semana de grandes apresentações na Sala São Paulo, o júri do Concurso Internacional de Piano Villa-Lobos escolheu o jovem chinês, de 16 anos, Chun Wang, como grande vencedor. A surpresa não ficou apenas por conta do primeiro lugar, os chineses também levaram a vice-liderança com a jovem Jie Chen, uma pianista de 30 anos. O concurso é promovido pela Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp). Os dois compatriotas ficaram à frente do francês Romain David, 28 anos, que ficou em terceiro lugar, e da estoniana Irina Zahharenkova, 30 anos, vencedora dos dois últimos concursos dos quais partici-
pou e ganhadora do quarto lugar neste ano. Além do prêmio do júri, a chinesa Jie Chen também ganhou o primeiro lugar no voto popular. Wang, o primeiro colocado, receberá US$ 30 mil, a gravação de um CD e a participação
em três concertos na série oficial da Osesp, em abril de 2007, além de uma série de apresentações em recitais. Na internet, é possível conhecer a biografia de todos os ganhadores. www.cipvl.org.br
Raimundo Pacco/Folha Imagem
L
S AÚDE
Índice de massa corpórea em xeque
FESTIVAL - Cerca de 600 índios de 13 etnias brasileiras apresentam suas danças típicas no III Jogos Tradicionais Indígenas do Pará, no município de Conceição do Araguaia. A festividade começou no último dia 18 e vai até o dia 23, no Museu Emílio Goeldi. B ATE-PRONTO
www.thelancet.com
C A R T A Z
SCHUBERT A Schubertíade. Os franceses Régis Pasquier (violino, foto) e Emmanuel Strosser (piano) e o israelense Michael Haran, "spalla" dos violoncelos da Orquestra Filarmônica de Israel. Espaço Cultural BankBoston. Av. Dr. Chucri Zaidan, 246, Vila Cordeiro. Telefone: 3081-1911. Hoje e quarta, às 21h. R$ 30 a R$ 45.
Além do Sítio do Pica-Pau Amarelo
Mares azuis e continentes coloridos, assim é o globo que levita. Funciona com bateria, tem 8 polegadas e roda com um toque sutil. Para brincar e também para estudar, programar viagens, se localizar no mundo... Custa US$ 39,95 no Amazon. B0001IU8BW/ref=nosim/
Pesquisadores da Unicamp criaram um site dedicado a exclusivamente a Monteiro Lobato, um dos mais influentes escritores brasileiros do século 20. O objetivo é divulgar informações a partir de fontes primárias de propriedade da família do autor, como trechos de livros, documentos de trabalho, fotos de família, desenhos e pinturas em aquarela de Lobato, teses, dissertações e ensaios sobre o autor, mostrando um Lobato muito além do Sítio do Pica-pau Amarelo.
002-6872458-6106420?n=284507
www.unicamp.br/iel/monteirolobato
www.amazon.com/gp/product/
A TÉ LOGO
EDSON CORDEIRO
nor (Paulus), no qual interpreta árias cantadas pelos antigos castrati. Ele revela ao Diário do Comércio curiosidades sobre este timbre de voz. Por que os contratenores tinham de ser castrados no século XVIII? Esses cantores eram sobrehumanos porque tinham os testículos retirados na infância. Eles cantavam com o poder da caixa torácica masculina, mas com a pureza da voz de uma criança, sem testosterona. Hoje nós, contratenores, temos o mérito de cantar sem sermos castrados. Que cenário o contratenor encontra hoje na música erudita?
O contratenor está inserido cada vez mais como timbre de voz na música erudita. Não é mais uma aberração, como na época dos castrados. Quem começou a abrir esse caminho foi o inglês Alfred Daller, contratenor da década de 50, que divulgou a técnica falsete. Na música moderna, o compositor Philip Glass também escreveu para contratenores. Como era a relação entre os compositores e os cantores castrados? Cada compositor que interpreto no CD Contratenor teve uma experiência com os cantores castrados, algumas traumáticas. Na era do barroco, período de Händel, Vivaldi e Hasse, o cantor era quem mandava e a música vinha antes da palavra. A partir de Mozart e Gluck isso muda. Gluck é o principal responsável pela reforma, porque começou a fazer óperas voltadas para a poesia. E Mozart também. (Rejane Tamoto) Mozarteen. Faculdade de Medicina. Av. Dr. Arnaldo, 455. Amanhã, às 12h. Entrada franca.
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
Vendas de CDs caíram 12,5% em faturamento e 21,7% em unidades comercializadas São Paulo é a cidade com maior queda no número de assassinatos do País
L
Globo terrestre. Em órbita.
ópera Mitridate, que consagrou o gênio e c o m p o s i t o r Wo l fgang Amadeus Mozart em dezembro de 1770, também é famosa por ter marcado o fim de um período em que os cantores tinham de ser impreterivelmente castrados para cantarem em contratenor (timbre de intervalo de um alto ou soprano). Amanhã, ao meio-dia, o contratenor Edson Cordeiro e a Orquestra Sinfônica da USP (Osusp), apresentam Mitridate no concerto Mozarteen, na Faculdade de Medicina da USP. O concerto homenageia os 250 anos do nascimento de Mozart e a idade com a qual o compositor se tornou famoso em Milão, aos 14 anos. A primeira participação do cantor Edson Cordeiro na Osusp inaugura uma nova fase da orquestra, que abrirá espaço para talentos da música brasileira. Cordeiro é conhecido por experimentar uma diversidade de gêneros – que vão da MPB à dance music – e se relaciona com a música erudita há 20 anos. No ano passado, o cantor lançou seu primeiro CD erudito, o Contrate-
L
F AVORITOS
Pureza de voz
L
G @DGET DU JOUR
O My Teddy On Tour (Meu urso no tour) é um serviço prestado para quem adoraria conhecer Berlim, a capital da Alemanha, mas não tem o dinheiro suficiente. Por pouco mais de 100 euros (para quem está fora da Europa), é possível enviar seu bicho de pelúcia pelo correio e a empresa o levará para fazer turismo na cidade. No fim do passeio, você recebe seu brinquedo de volta e um álbum de fotos contando todas as suas aventuras. Em julho, um deles foi até num jogo da Copa do Mundo. www.my-teddy-on-tour.de
B RAZIL COM Z
Programa de aids em destaque
U NIVERSIDADES
L
E M
pacientes. Os testes estatísticos mostraram que apenas no caso da obesidade mórbida havia uma correlação direta com o IMC e problemas cardíacos e, mesmo assim, quando existia algum tipo de disfunção cardíaca prévia. “O índice não diferencia gordura de fibras musculares”, disse Abel Romero-Carral, da Clinica Mayo, principal autor do estudo. “Definitivamente, esse índice deve ser deixado de lado quando a intenção for relacionar obesidade com doenças cardíacas”, afirmou uma comentadora do estudo.
Férias para o ursinho de pelúcia
Aproveitando a 16ª Conferência Internacional de Aids, que aconteceu na semana passada e terminou na sexta-feira, no Canadá, a revista Embassy, que trata da política externa canadense, publicou uma entrevista com Anne-Christine d'Adesky, jornalista especialista em Aids. Ela criticou a falta de pulso firme dos governos de todos os países em enfrentar as indústrias farmacêuticas para quebrar patentes e baixar o custo dos remédios. Todos os países com exceção do Brasil. "Você só vê o Brasil continuando a encarar as empresas farmacêuticas", disse d'Adesky.
Garoto chinês brinca em terras afetadas pelas secas. As altas temperaturas e a seca deixaram mais de 10 milhões de pessoas sem água na China e afetaram a distribuição de energia elétrica, provocando três mortes e um blecaute na semana passada.
O índice de massa corporal (IMC), em geral usado para definir se uma pessoa está acima do peso e obtido pela divisão do peso (em quilos) pela altura ao quadrado (em metros), está em xeque. pelo índice, pessoas com o IMC entre 18,5 e 24,9 têm peso normal. Abaixo ou acima disso, há problemas. Mas um estudo que acaba de ser publicado pela revista médica britânica The Lancet, uma das mais conceituadas da área, mostra que o cálculo pode não ser tão útil quanto se pensava. A pesquisa reuniu informações de 40 estudos e dados referentes a 250 mil
T URISMO
Argentina concluirá terceira usina atômica após 25 anos e já pensa na construção da quarta
Princeton, a melhor A Universidade de Princeton chegou ao topo do mais recente ranking de universidades do U.S.News & World Report, quebrando três anos de empate com Harvard. Yale volta a aparecer na terceira colocação da classificação. Empatados em quarto lugar estão os Institutos de Tecnologia da Califórnia (CalTech), de Massachusetts (MIT) e de Stanford. A fórmula que gera os rankings contém dados como taxa de alunos formados, porcentagem dos ex-alunos que fazem doações e os recursos financeiros das instituições. Mas o fator de maior peso é a reputação da cada instituição em meio às demais. E UA
Movediço tanque de chocolate Um rapaz de 21 anos ficou preso num tanque de chocolate por cerca de duas horas na sexta-feira, no Estado americano de Wisconsin. Segundo a polícia estadual, o rapaz trabalhava numa fábrica de chocolates e caiu no tanque no momento em que tentava desligar uma máquina. Ele ficou preso até a altura da cintura. "Era muito espesso. Parecia areia movediça", disse o policial do caso. Outros funcionários, policiais e bombeiros só conseguiram retirar o rapaz do tanque quando o chocolate começou a ser dissolvido. O jovem sofreu ferimentos superficiais no tornozelo e foi levado a um hospital próximo para fazer curativos.
8
DCARRO
São Paulo, segunda-feira, 21 de agosto de 2006
PROJEÇÃO
Em 4 anos, mais moto que carro Fabricantes estão animados e acreditam que até 2010 volume de duas rodas supera o de automóveis CARLOS PETROCILO
por meio de consórcio. A Sundown está oferecendo a Hunter 90, moto de 90 cc por R$ 120 por mês. Segundo o presidente da empresa, Antonio Carlos Romanoski, o modelo é hoje uma boa uma opção de transporte e, por isso, a empresa vem ampliando vendas. Desse jeito ficou mais fácil comprar uma moto, e a indústria comemora.
A
indústria de veículos de duas rodas já fala em ultrapassar a de automóveis em unidades comercializadas. A expectativa de vendas para este ano é de 1,5 milhão de carros de passeio e 1,15 milhão de motos. As vendas de motocicletas têm apresentado um crescimento muito maior que as de carros. Paulo Shuiti Takeuchi, presidente da Abraciclo, a associação dos fabricantes de veículos duas rodas, acredita que "fatores favoráveis no segmento de motos podem fazer com que possamos vender no mercado interno um volume superior ao de carros nos próximos quatro anos". Os fatores favoráveis são o crescimento expressivo continuado no segmento de motos pequenas, até 150 cilindradas, usadas principalmente para o trabalho e, mais recentemente, a grande procura por motos de grande cilindrada. O segmento acima de 250 cc teve um aumento considerável de participação. No primeiro semestre deste ano as motos grandes ficaram com 18% do mercado. "O consumidor, ultimamente, não tem pensado na moto apenas para o trabalho. Ele procura esse tipo de veículo também para o lazer", disse Takeuchi. O diretor de Vendas da Honda, Marco Fermanian, atentou para as novidades das montadoras nesse nicho. "A moto acima de 251 cc pode, além do uso urbano, ser utilizada em viagens. Ela atende o consumidor que já não se satisfaz com uma
moto de 150 cc. Os fabricantes estão atentos a essa procura e colocam mais opções no mercado", disse. Em 2000, das empresas filiadas à Abraciclo, apenas Honda e Yamaha fabricavam modelos acima de 200 cc. Naquele ano, a Honda, com a VT 600 Shadow, e a Yamaha, com as XV 535 e a XT 600E, chegaram a vender 6.149 unidades nessa categoria. Agora, em 2006, mais três montadoras filiadas à entidade produzem motos acima de 200 cc e apenas um modelo, a NX 4 Falcon, da Honda, fechou este semestre com 6.532 unidades, mais do que todo o segmento em 2000. Crescimento expressivo - Nesse embalo, a Harley-Davidson mais que dobrou
suas vendas no mercado brasileiro. A montadora, que é conhecida por fabricar motos clássicas, aumentou em 125% as vendas no primeiro semestre (898 unidades) em relação ao mesmo período de 2005 (399 unidades). Rodrigo Coutinho, gerente de Operações da Harley-Davidson na América Latina, atribuiu esse aumento ao cenário da economia nacional. "Valeu mais pelo mercado brasileiro do que pelos nossos esforços." Outro fator é a facilidade na hora da compra. Segundo o vice-presidente da Abraciclo, Moacyr Alberto Paes "as taxas de juros estão menores e a quantidade de parcelas maior". Do montante de vendas da Honda, por exemplo, 50% é realizada em forma de financiamento (CDC) e 30%
Produção - No acumulado dos primeiros sete meses deste ano, o setor produziu 804.198 motos e cresceu 17,5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando fabricou 684.653 unidades. Em função deste resultado, a Abraciclo ampliou de 10% para 12% a meta de crescimento da indústria de duas rodas para este ano. O que vem garantindo o bom desempenho do setor é principalmente o mercado interno. No período de janeiro a julho a indústria comercializou no Brasil um total de 708.510 unidades, com alta de 23% em relação aos primeiros sete meses de 2005. A estimativa do setor para este ano é de aumento de 15% nas vendas domésticas. Em julho, particularmente, houve queda de produção e também do volume de motos emplacadas no País por causa de férias coletivas concedidas pela maioria das empresas que atuam na área, mais especificamente no Pólo Industrial de Manaus. A produção atingiu 92.228 unidades, 21,8% menos que a registrada em junho (117.922). As vendas internas totalizaram 80.296 motos, 22,2% a menos do que no mês anterior.
EXPOSIÇÃO
PICAPES
Fuscas invadem Taboão D
Hilux: o 4x4 mais vendido O
e hoje até 31 de agosto será realizada na Praça de Eventos do shopping Taboão a "Exposição de Fuscas", que mostra a evolução e história do veículo que ainda hoje tem fãs pelo Divulgação mundo todo. Entre as raridades estão oito modelos originais e modificados, como um 1954 importado da Alemanha, um modelo vermelho de 1979 com rodas cromadas, banco concha e equipamentos de som e a Limusine Fusca na cor branca, com chassi de 1974, som, espaço para copos de champagne e salão de festas. Além dos veículos, os visitantes poderão conferir mais 110 réplicas em mi-
niaturas e peças curiosas, produzidas em diversos materiais. Durante o domingo (27 de agosto), no estacionamento do shopping, acontecerá também o Encontro de Fuscas e Carros Antigos, quando são esperados mais de 800 veículos que vão competir a prêmios em várias categorias. A exposição acontece, com entrada gratuita, de segunda a sábado, das 10h às 22h, e domingo das 14h às 20h. Já o encontro de antigos ocorrerá das 9h às 15h e os proprietários de veículos participantes devem levar 2 kg de alimentos não perecíveis, que serão doados para instituições sociais de Taboão da Serra.
segmento de veículos 4x4 tem pouca participação nas vendas, mas é um produto muito importante para as montadoras, pois tem um público fiel e exigente, que busca a qualidade e não o preço baixo. E nesse universo, a picape Hilux é o veículo fora de estrada mais vendido do Brasil. Os números mostram que no acumulado de janeiro a julho foram comercializadas 7.234 unidades da picape da Toyota com tração 4x4. Seguindo a lista, vem a picape L200, da Mitsubishi, que vendeu 5.929 unidades no mesmo período e a picape S10, da Chevrolet, com um total de 5.872 unidades de janeiro a julho. "As picapes dominam o setor de 4x4 no Brasil" - informa Cláudio De Simone, do Departamento de Pesquisa da Agência AutoInforme, que fez o
levantamento da participação dos veículos de tração nas quatro rodas no mercado total. Ele lembra que, dos 973.988 carros e comerciais leves vendidos no acumulado dos sete primeiros meses deste ano, 36 mil têm tração nas quatro rodas e, desse total, 23.401 são picapes. O ranking dos veículos 4x4 mais vendidos no País mostra que dos primeiros oito colocados, seis são picapes médias e grandes. Elas ocupam as três primeiras posições e, na seqüência, aparecem os utilitários esportivos Pajero (com 4.342 unidades no ano) e SW4, da Toyota (2.416). Depois seguem outras três picapes: Frontier, Ranger e F250. Os veículos 4x4 são responsáveis por uma fatia de 3,7% das vendas totais no mercado interno.
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 21 de agosto de 2006
DOISPONTOS -77
de juro. É verdade que a taxa básica foi reduzida da média de 20% anuais que vigorou no governo FHC para os 10% atuais, mas isso ainda é um juro real fantástico e se mantém o maior do mundo.
Os companheiros de Dom Menas que pensam. O tipo é capaz de anunciar no horário eleitoral gratuito obras que não saíram do papel. Nem Maluf chegou a tanto! Dom Menas não é gente a ser levada a sério. Que a maioria dos eleitores o leve, é algo que explica nossa miséria. Não se trata de preconceito. Basta ver quem está com ele: todos os mensaleiros, todos sanguessugas. Dom Menas só anda em má companhia. A começar por certos bispos e padres, de crenças variadas. Anote: estão com Dom Menas, entre outros e outras: 1 – Deputada Ângela Guadagnin (a bailarina obesa do mensalão); 2 – Deputado João Paulo Cunha (cabo eleitoral de Mercadante e mensaleiro); 3 – Deputado e "professor" Luizinho (mensaleiro);
4 – Ex-deputado José Dirceu (cassado, sob a acusação de comandar, por assim dizer, um esquema de corrupção jamais visto neste país corrupto); 5 – Ex-deputado José G e n o ín o (aquele que recebeu R$ 100 mil, a título de indenização pelo tiro que, felizmente, não levou, mas cujo irmão de sangue e ideologia tem como assessor o homem da grana na cueca); 6 – Senador Aloísio Mercadante – candidato a economista e ao governo do Estado de São Paulo –, que não se constrange em votar contra os interesses de quem deveria representar, para puxar o saco de José Sarney, seu pai adotivo. Bem, a lista é extensa, e o espaço, curto. Não seria justo dar o nome de todos os implicados sem lembrar que tem muita gente tida como "do bem" dá seu apoio a
Dom Menas anda em má companhia: mensaleiros, sanguessugas...
Dom Menas. Suplicy é um deles. Festivo, oportunista, ele quer um novo mandato de senador. Para dar uma "renda mínima" a Antônio Ermírio de Morais! Há quem o tome por sério. Neste país, tudo é possível. Suplicy é uma espécie de Pedro Simon que não deu certo. Já que ele é tão sério – capaz de vestir pijama de seda para dormir em favela – por que não foi para o PSOL, de Heloísa Helena e do Plínio Arruda Sampaio? Estaria em casa. Com o direito de falar as besteiras que lhe povoam a mente arruinada pelo boxe amador. Suplicy é Dom Menas. Professor Luizinho, José Dirceu, Ângela Guadagnin, mensaleiros e sanguessugas também. Vote certo. Não vote em nenhum deles.
ANTONIO DELFIM NETTO
A QUEDA DO MURO
F
inalmente, parece que "caiu a ficha" da diretoria do Banco Central, que acordou para o problema da concentração no sistema bancário brasileiro. Ao término da sua reunião mensal o presidente Henrique Meirelles informou que chegaram à conclusão que é necessário "dar mais poder ao cliente" que procura a banca. É o reconhecimento tácito de que o sistema bancário brasileiro tem muito pouca competição, o que vinha sendo negado
ORLANDO SILVEIRA ORLANDOSILVEIRA@UOL.COM.BR
N
ão é só por aí que se transferem recursos que estavam disponíveis para impulsionar o setor privado, mais produtivo, para o setor improdutivo da economia, que é o governo: além de capturar o crédito, aumentou a carga tributária de 26% do PIB (que vigia no último ano do governo Itamar) para 37% no final do segundo mandato tucano. Hoje está em 38% do PIB, o que também é um destaque negativo se compararmos com a carga de tributos dos países com renda per capita semelhante à nossa e que habitualmente concorrem conosco no comércio mundial. Todo esse crescimento da carga de impostos se deve também ao aumento da dívida, cujo serviço tem que ser Hélvio Romero/AE
D
om Menas é o que se sabe: um analfabeto impostor. Antes que algum padre de passeata rasgue a batina em desatino, que fique claro: Dom Menas é analfabeto e impostor por opção. Até o Vicentinho fez curso superior. Não se tem notícia de que Vicentinho tenha vendido a alma ao compadre, se me entendem... Dom Menas, o que nada sabe e tudo faz, foi sincero até não mais poder. Disse o que dito p re c i s a v a s e r : " N enhum governo combateu tanto a ética como o meu". Claro que foi um ato falho de Sua Alteza. Claro que foi um deslize de Sua Majestade. E daí? Ele queria dizer o contrário: disse a verdade. Movido a quê? Não se sabe. Supõe-se. O analfabeto por opção lavou a alma no Jornal N ac i on a l. Não a dele, mas a nossa, a alma dos
Site na internet www.blog. dcomercio.com.br
Alan Marques/Folha Imagem
Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br
Um país pobre em crédito persistentemente nesses últimos anos. Se significa que é hora de ampliar a oferta de crédito, está na direção correta , depois de uma abstinência que explica porque o Brasil se tornou um "lanterninha" na corrida do desenvolvimento econômico nos últimos 10 anos e um campeão olímpico de levantamento de taxas de juro.
Faliu I
lude-se quem quer – por ignorância ou irresponsabilidade: o sistema político-eleitoral de que dispomos é uma lástima, inservível. O Congresso Nacional perdeu a legitimidade. As Assembléias Legislativas, idem. As Câmaras Municipais, em particular as que se julgam "representativas" dos cidadãos das cidades médias e grandes, ibidem. O atual sistema faliu. E faz tempo. O que temos hoje? Um conjunto de regras que serve para muitas coisas, menos para o que importa: o fortalecimento da democracia representativa. Muito pelo contrário. Ele está aí para solapá-la. O que, a rigor, não incomoda certos agrupamentos políticos, como os que se consideram de esquerda, PT à frente. Estes costumam tecer loas à democracia direta, muito embora flertem sem nenhum pudor com a ditadura cubana. A verdade é que há um abismo entre representantes e representados. Os candidatos são, na prática, obrigados a buscar votos em todo o Estado, competem com seus companheiros de legenda, precisam gastar muito além do que seria razoável. Depois de – e se – eleitos, já nem sabem bem a
G Há um abismo
entre representantes e representados.
G O atual sistema faliu. E faz tempo. O Congresso Nacional perdeu a legitimidade, as Assembléias Legislativas idem. As Câmaras Municipais, ibidem. G É preciso que se busque a aprovação, ainda neste ano, de medidas capazes de quebrar a espinha do modelo atual.
quem dar satisfações, tantas as promessas, tantos os votos pingados obtidos aqui e acolá. Em sendo assim e a depender dos resultados das eleições de outubro próximo, é preciso que se busque a aprovação, ainda neste ano, de medidas pontuais, mas que sejam capazes de quebrar a espinha do modelo atual.
A
saída passa pelo voto distrital – aquele em que cada partido só pode lançar um candidato por região, o que facilitará a vida do eleitor. É ilusório imaginar que, de uma penada só e definitivamente, vamos conseguir fazer todas as alterações necessárias. É da vida avançar aos poucos. Se não dá para obter o ideal, que se tenha o possível. Um pássaro nas mãos, nós sabemos todos, é melhor que nada. É evidente que não há lei imune à burla. A criatividade dos transgressores é infinita. Nem por isso devemos cruzar os braços. Isso nos imporia uma condição "dantesca": a de sermos obrigados a chamar o ladrão. ARNALDO MADEIRA É VICE-LÍDER DO PSDB NA CÂMARA FEDERAL E EX-SECRETÁRIO DA CASA CIVIL DE SÃO PAULO (GESTÃO GERALDO ALKMIN) DEP.ARNALDOMADEIRA@UOL.COM.BR
O
Brasil é um dos países mais pobres em matéria de crédito. Antes de escolher este caminho do crescimento medíocre, a oferta de crédito era da ordem de 80% do PIB, como é normal nos países desenvolvidos ou que estão em desenvolvimento. Hoje estamos com o crédito no nível de 32% do PIB. Para onde foi essa diferença? A diferença está no endividamento do Estado. Em 1994, quando se iniciou a primeira governança tucana, devíamos 30% do PIB e quando terminou em 2002 a dívida estava em 57% do PIB. Caiu um pouco agora, para 50%, mas ainda é extremamente elevada. Os governos tomam para si o crédito que antes estava disponível ao setor privado e o fazem pela via da elevação das taxas
honrado. Em termos absolutos, a captura desses 11% do PIB a mais, representa algo como 130 a 140 bilhões de reais todo ano que migram da economia privada para o sustento dos serviços do Estado e para garantia aos credores da Dívida Pública.
N
ão dá para estranhar a sustentabilidade desses níveis de crescimento medíocre da economia brasileira. Se realmente o Banco Central acordou de sua letargia e vai usar os instrumentos de que dispõe para aumentar a competição no setor bancário, os juros deverão cair. Com maior oferta de crédito à produção , poderemos assistir à queda de algumas barreiras importantes ao nosso desenvolvimento. ANTONIO DELFIM NETTO É DEPUTADO FEDERAL (PMDB), PROFESSOR EMÉRITO DA
FEA/USP E EX-MINISTRO DA FAZENDA, DA AGRICULTURA E DO PLANEJAMENTO. dep.delfimnetto@camara.gov.br
G Somos
lanterninha no desenvolvimento econômico e campeões olímpicos de levantamento de taxas de juro
FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894
São Paulo, segunda-feira, 21 de agosto de 2006
DCARRO
9
MERCADO/AUTOINFORME
Crescem as vendas de usados
A expansão, no acumulado dos primeiros sete meses, é de 40,7%, num total de 574.881 veículos
O
volume de negócios envolvendo carros usados em julho foi 2,2% superior ao registrado em junho. Foram negociadas 87.199 unidades ao longo do mês, conforme informações da Assovesp, entidade que reúne os revendedores independentes do Estado de São Paulo. Em relação a julho do ano passado, crescimento foi de 47%. O acumulado dos primeiros sete meses do ano também é superior ao do mesmo período de 2005. O mercado cresceu 40,7%, comercializando 574.881 veículos ante 408.357 do ano passado. Os carros populares, com motor 1.0, foram responsáveis por 70% das vendas em julho. Foram vendidas 61.039 unidades, ou 2,2% a mais do que em junho e 55,9% acima do que no mesmo mês do
ano passado, quando foram negociados 39.152 carros usados. Este aumento de vendas no segmento pode ter sido um reflexo do maior período de financiamento concedido pelas empresas que atuam na área. No mês passado o prazo médio foi de 41 meses, enquanto que, em junho, era de 37 meses. Zero-quilômetro - Também o mercado de carros novos vem se mantendo aquecido com relação ao ano passado. Números preliminares do Renavam mostram que a indústria automobilística vendeu, na primeira quinzena deste mês, 77.398 unidades de carros e comerciais leves, número extremamente próximo ao do mesmo período de julho (77.815). Se for considerada a média das vendas diárias (7.036 unidades), verifica-se alta de 12,4% em relação ao resultado de agosto de 2005, quando foram comercializados 6.229 carros por dia. Com base no resultado parcial do mês, tudo indica que a Fiat vai se manter na posição de líder do mercado nacional. A
marca italiana vendeu, na primeira quinzena, 20.030 unidades, conquistando 25,9% de participação. A Volkswagen ficou em segundo lugar, com 17.817 unidades. A General Motors não conseguiu sustentar as boas vendas do mês anterior e totalizou apenas 14.823 carros e comerciais leves, uma queda de 11,3% em relação ao mesmo período do mês anterior. A GM fechou a quinzena com 19,2% do mercado. A Ford vendeu 9.443 unidades, ficando com 12,2% do bolo total. Marcas recentes - Entre as novas montadoras, aquelas que se instalaram no
Brasil a partir dos anos 90, a Toyota disparou no ranking. A empresa japonesa vendeu 3.598 unidades e terminou a primeira quinzena de agosto com 4,6% de participação. As vendas da montadora cresceram 22% em relação ao mesmo período do mês passado. Uma novidade neste mês, ao menos no balanço parcial das vendas, é a Peugeot passando a Honda no ranking nacional. A marca francesa vendeu 38,9% mais e totalizou 2.802 unidades, enquanto a Honda, que ficou em sétimo no ranking, teve queda de 9,8% e somou 2.799 unidades. Ambas as montadoras fecharam a quinzena com 3,6% de participação. Por conta do bom desempenho que o mercado de carros zero-quilômetro vem registrando até agora, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), mantém a expectativa de um crescimento de 7,1% este ano, o que representaria um total de 1,84 milhão de veículos emplacados em 2006. Até julho, a alta foi de 9,4%, com mais de 1 milhão de unidades vendidas internamente. A produção deve ter um índice de expansão inferior ao do mercado doméstico porque as exportações estão crescendo em ritmo menor. A meta é fabricar 2,64 milhões de veículos este ano, 4,5% a mais do que em 2005 (2,56 milhões).
10
DCARRO
São Paulo, segunda-feira, 21 de agosto de 2006
UTILITÁRIOS
DCARRO POR AÍ
AÇÃO DE MARKETING DA FORD Divulgação
A
Master ganhou luzes e acabamento interno novos
A Renault Master 2007 no mercado om preços que variam entre R$ 75.990 (cabine e chassi para encarroçar) e R$ 92.490 (minibus para 16 passageiros) foi iniciada, na rede de concessionárias Renault, a venda da linha 2007 do utilitário Master (Furgão, Chassi Cabine e Minibus), que traz alterações visuais externas e novos itens de acabamento. A partir de agora o Master tem novos conjuntos ópticos dianteiro e traseiro, ficando mais modernos.
C
Internamente - As mudanças não se resumem apenas à parte externa. As versões de acabamento do Renault Master receberam o novo tecido "Yourte" no revestimento dos bancos dianteiros e traseiros, nos dois modelos de Minibus ampliando a luminosidade do habitáculo do Master. A Renault espera comercializar 3.000 unidades da linha Master até o final deste ano, o que representa 20% de participação dentro do segmento de furgões grandes (FU3). Esses números mostram um crescimento de 16,3% em relação ao ano passado (2.581 unidades e participação de 20% no segmento). A linha de veículos utilitários Renault Master tem como versão de entrada da carroceria furgão o L1H1 (chassi curto com teto baixo), com capacidade para transportar 8 m³ de carga, ao preço de R$ 78.920, seguido pelos furgões L1H2 (chassi curto com teto elevado), com
Ford já colocou no ar uma nova ação de marketing denominada "Viva com um Ford". Alinhada à sua nova assinatura, "Viva o Novo", a campanha apresenta duas grandes novidades. A primeira é um convite para test-drive comparativo do Ford Fiesta com os principais concorrentes da categoria. A segunda é um concurso cultural no qual a Ford dará um carro novo ao vencedor, a cada cinco anos, durante toda sua vida. Para que os consumidores possam efetivamente fazer um com-
parativo, a Ford está disponibilizando veículos Palio (Fiat), Corsa (Chevrolet) e Fox (Volkswagen) em suas revendedoras. A ação é complementada por uma oferta competitiva de preço. O Fiesta está sendo comercializado a partir de R$ 25.990 e o Ford EcoSport a R$ 45.990. Além disso, a Ford mantém o seu financiamento com R$ 1.000 de entrada e 60 meses para pagar, sendo que neste mês o prazo da primeira parcela foi ampliado para janeiro de 2007.
PNEU PARA OFFROAD E PICAPES
PROGRAMA PROCAMINHONEIRO
D
O
estinado principalmente aos utilitários esportivos, carros com estilo off-road e picapes, o Scorpion ATR é a novidade que a Pirelli acaba de lançar no mercado brasileiro. O produto consolida a evolução dos mod e l o s q u e c o mpõem a linha Scorpion, criada no final dos anos 80 como a primeira especialmente desenvolvida para este segmento de veículos. Atende a um público que busca soluções diferenciadas e valoriza atributos de performance e estilo. O novo pneu chega em um momento de expansão do mercado, alimentado por inúmeros lançamentos das montadoras. As vendas de utilitários esportivos e picapes cresceram 51% entre 2003 e 2005, enquanto os offroad tiveram alta, no mesmo período, de 150%.
Banco Mercedes-Benz já está oferecendo aos clientes da marca o Procaminhoneiro, programa de financiamento lançado recentemente pelo BNDES. "Já adequamos nossos processos internos para facilitar o atendimento dos interessados por esta nova modalidade de crédito. Nosso objetivo é contribuir para o sucesso do programa", conta Xavier Accariès, diretor Comercial e de Marketing do banco.
MWM ATENDE VW NA ÁFRICA DO SUL
A
MWM International, líder na fabricação de motores diesel no Mercosul, está equipando com os motores 4.10 e 6.10 TCA os ônibus Volksbus, que acabam de entrar em produção na recém-construída fábrica da Volkswagen Caminhões e Ônibus, em Port Elizabeth, na África do Sul. Com capacidade de 900 veículos por ano, a nova fábrica da Volkswagen começará a produzir em 2007.
CRESCE VENDA DE TINTA AUTOMOTIVA capacidade de carga de 9,1 m³, R$ 82.090; L2H2 (chassi médio com teto elevado) de 10,8 m³, R$ 85.890; e L3H2 (chassi longo com teto elevado), capaz de transportar 12,6 m³, R$ 89.690. Os modelos Minibus, com 13 e 16 lugares, R$ 90.790 e R$ 92.490, respectivamente, baseados na L2H2, e Chassi Cabine, destinado à instalação de implementos, tais como caçamba de madeira, baú de alumínio, por R$ 75.990, também fazem parte da linha.
A
DuPont praticamente triplicou seu faturamento com a venda de tintas automotivas desde 2002. Os resultados positivos se devem às estratégias agressivas adotadas pela companhia, à aplicação da metodologia Six Sigma e à implementação de um novo plano estratégico de marketing. "Com a produção brasileira de automóveis atingindo uma média de
crescimento de 13% ao ano, adotamos iniciativas eficazes para atender à expansão da demanda das montadoras de automóveis na região", diz Antonio Carlos Oliveira, diretor de negócios OEM da América do Sul da DuPont Automotive Systems. A metodologia Six Sigma tem por objetivo diferenciar produtos, serviços e processos a fim de garantir melhor atendimento aos clientes,
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 21 de agosto de 2006
1 O livro de Alberto Serrentino analisa a questão da infidelidade crescente do consumidor a marcas e lojas
Fotos: Paulo Pampolin/Hype
INFIDELIDADE
´ EXPLICITA A DIFÍCIL MISSÃO DE CONQUISTAR O CONSUMIDOR
R
Fotos: Marcelo Soares/Hype
eter o cliente é uma tarefa cada vez mais difícil para o varejo. As lojas ampliam suas operações com linhas de produtos e serviços, e ramos distintos de negócio disputam o mesmo cliente, a cada dia mais infiel. Farmácias vendem doces, padarias servem refeições, supermercados vendem roupas e lojas de roupas agora oferecem pacotes de viagem. Some-se a isso a tecnologia, que oferece ao consumidor, além de possibilidades de compras, pesquisas de produtos e preços pela internet. E assim também o varejo virtual se torna uma novidade e mais um canal de disputa pelo cliente. A empresa de pesquisa e-bit apurou que, no primeiro semestre deste ano, o comércio eletrônico brasileiro faturou R$ 1,75 bilhão, contra R$ 974 milhões em igual período de 2005, impulsionado especialmente pela adesão de consumidores de menor poder aquisitivo. Até então, a expansão era observada entre clientes das classes A e B. Para esse público abastado, o varejo em geral sempre desenhou negócios mais elaborados, para contemplar seu grau de exigência. Hoje, porém, as classes populares estão mais conscientes de seus direitos, comenta o professor Maurício Morgado, do Centro de Excelência em Varejo, da Fundação Getúlio Vargas (FGV/SP). Pesaram para essa mudança, segundo ele, além da instituição do Código de Defesa do Consumidor, a estabilidade econômica e o aumento da concorrência. Conseqüência – A infidelidade às lojas e marcas é só uma conseqüência desse processo e se alinha a um comportamento que, de resto, é universal. "Existe uma infidelidade crônica e crescente", diz o consultor e sócio sênior da Gouvêa de Souza & MD, Alberto Serrentino, que lançou Inovações do Varejo - Decifrando o quebra-cabeça do consumidor (Ed. Saraiva), no qual analisa essa questão.
Eduardo Dellavolpi: pesquisa
Divulgação
Serrentino: infidelidade crônica
Lojas multis: caminho para trazer de volta os consumidores infiéis
"A progressiva 'comoditização' no varejo vem pasteurizando produtos, marcas e lojas e acentuando o grau de infidelidade do consumidor, que está se tornando multicanal, multiformato, multimarca e multibandeira", escreve Serrentino. A exclusividade torna-se quase impossível. "O foco deve ser construído por relacionamentos entre a loja, sua marca e o consumidor, de tal forma que permitam ampliar a participação nos gastos em relação a seus clientes-alvo." O gerente do Banco do Brasil Eduardo Dellavolpi Ribeiro, assíduo freqüentador da livraria Fnac de Pinheiros, é um exemplo disso. Na última sexta-feira, como faz pelo menos três vezes por semana no horário de almoço, ele aproveitava "o ambiente tranqüilo" da loja para ler seu livro. "Aqui é o cantinho do sossego. Às vezes
eu trago até material do trabalho para estudar." De quebra, Ribeiro efetua no mínimo uma compra por mês (em geral, livro) na loja e ainda faz uso do café a ela incorporado. Pesa a favor da Fnac a proximidade loja-trabalho. Na hora de compras de maior valor, no entanto, ele não abre mão das pesquisas na internet. Para o advogado Victor Lopes, a proximidade do trabalho também é determinante nas visitas diárias à Fnac. "Venho depois do almoço, para passear, independente de fazer compras, mas sempre encontro uma promoção." A loja explora o "conceito de terceiro lugar", ou seja, ser o local onde o cliente quer estar além do trabalho e da sua casa, explica o gerente da loja de Pinheiros, Francisco Antonio Rodrigues. Sobre o sucesso do formato, o diretor comercial da
empresa no Brasil, Eric Blösch, diz que "o mais importante é tentar desvincular a relação exclusiva varejo-cliente-compra, para que o consumidor fique à vontade". A Fnac promove eventos para estimular que o cliente vá à loja sem intenção de compra, e oferece ainda mix a m p l o d e p ro d u t o s ( C D s , DVDs, livros, revistas e aparelhos eletrônicos), para fazer da marca uma referência. Desde o início deste ano, a Fnac também vende pela internet, que lhe rende receita equivalente a 50% daquela registrada em uma loja física. A meta é que ela cresça mais que o dobro em 2007. Segundo o professor da FGV Maurício Morgado, o consumidor que visita um site com informações sobre um produto tem um terço a mais de chance de comprar naquele ponto-de-venda ou de adquirir aquela marca. Oportunidade – O varejo precisa inovar a partir do conhecimento do consumidor, afirma Serrentino. Perfis demográficos, segundo o consultor, dizem cada vez menos sobre o comportamento de compra e relação com marcas, produtos e lojas. Seu livro está recheado de exemplos apontando soluções encontradas para contemplar as demandas desse consumidor em diferentes ramos de atividade. Empresas de todos os portes têm obrigação de acompanhar essas demandas e tendências emergentes pelo mundo afora, para não cair na vala comum do preço. "Preço é condição de entrada, mas não é o que ganha o jogo." O livro sintetiza vários eixos de demanda. A busca pela conveniência é um deles. "O consumidor tem menos tempo, por isso o varejo tem que vender soluções", explica. Criar "experiência de compra" também estimula fidelidade. Eventos esportivos praticados por lojas do ramo são um bom exemplo. Além de conquistar o consumidor, fortalecem o poder da marca como ativo. Fátima Lourenço
Merchandising afina o ponto Marcelo Soares/Hype
esquisa da Popai Brasil, entidade dedicada a desenvolver o merchandising, mostra que 81% das decisões de compra ocorrem no ponto-de-venda. O índice mostra o comportamento em hiper e supermercados, a partir da checagem da lista de compra na chegada e na saída do cliente. "O que ele comprou além da lista foi porque lembrou enquanto andava pela loja", afirma a presidente do Popai Brasil, Heloisa Omine. A função do merchandising é promover a comunicação de produtos e marcas. E
P
Testeiras sinalizam o produto
fornecedores podem ser bons parceiros nessa tarefa. Muitos dos conceitos podem
ser adaptados para diferentes tipos de negócios. Confira algumas dicas: G Testeiras: Ficam no alto e sinalizam o tipo de produto (salgadinhos, por exemplo). Farmácias ou lojas de cosméticos usam o recurso para indicar mercadorias de uma mesma marca. G Orelhas: Permitem que o cliente localize promoções ou lançamentos enquanto caminha entre as gôndolas sem que precise virar a cabeça. G Adesivos: Nas geladeiras, indicam a marca de refrigerante. Muitas vezes o equipamento é totalmente "envelopado" pelo fornecedor.
G Novas tecnologias: Já é comum um televisor ser usado como um "cartazete" para mostrar o efeito de um produto ou benefícios de uma promoção. Em redes de lojas, o recurso permite customizar a oferta, de acordo com o perfil da clientela. G Cross-mer chandising: Mistura vários itens ou marcas afins (macarrão, molho, queijo ralado) e potencializa a compra. G Complemento: Para efetivar a compra é necessário dar condições para a aquisição do produto, como preço e condições de pagamento adequados. (FL)
De Meo: mudanças para atender o cliente e vencer a concorrência
Bom atendimento em 113 anos de loja
A
De Meo ferramentas tem 113 anos de mercado e pode-se dizer que fez a lição de casa direitinho. De um comércio de tesouras e bicicletas, hoje a marca serve de bandeira para 13 lojas de ferragens e ferramentas, preparadas para um consumidor exigente e concorrência feroz. "A loja é puro merchandising", define o gerente Natanael Florentino dos Santos, responsável pelo ponto do Largo São Bento, porta de entrada para a Rua Florência de Abreu, reduto da sua concorrência. Ali, o balcão que separava o consumidor das mercadorias foi abolido há mais de dez anos. "A intenção é vender com autoserviço. Embora essa seja uma exigência do cliente, o vendedor ainda é necessário. Temos muitas peças técnicas", explica Santos. Mas o que faz o cliente voltar é o atendimento inicial, complementa. Além disso, o público é diversificado. Há compradores que alimentam um hobby; profissionais, como pedreiros, arquitetos e engenheiros; além de consumidores da linha industrial. Da parceria com seus fornecedores – e com o sindicato do setor –, a De Meo tira o treinamento para os funcionários e beneficia-se da presença de
promotores das marcas, especialmente nos lançamentos. Os fabricantes também cedem vitrines que ajudam a compor a sinalização. "O cliente entra por necessidade, mas a exposição dos produtos conta muito", diz Santos. É preciso apresentar novidades e ainda satisfazer quem faz compras na hora do almoço e tem pressa de encontrar o produto. Iniciativa – Observador, há dois anos Santos reproduziu na loja o que via nas feiras do ramo, para aproveitar o grande fluxo de pedestres do lugar. "Muitos passavam, mas não viam a loja." Ele contratou um demonstrador para mostrar o funcionamento da serra de tungstênio, aquela que corta tudo, mas "que você só vende se demonstrar como funciona". Atribui a essa iniciativa a venda de 80 a 100 dessas serras por semana. A performance, garante, fez crescer 15% a venda dos outros produtos. Atento à operação, Santos descobriu que produtos expostos à direita, na entrada da loja, vendiam mais e passou a tirar proveito desse comportamento do consumidor. Mas ele também credita o sucesso das vendas às facilidades de pagamento, opções de preço, agilidade na entrega e simpatia. (FL)
2
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Finanças Empresas Nacional Tr i b u t o s
segunda-feira, 21 de agosto de 2006
400
SÓ NOVE PAÍSES COBRAM MAIS POR ENERGIA
reais é o quanto um consumidor residencial chega a pagar por um megawatt/hora, enquanto as empresas pagam cerca de R$ 50
J.L. Cibils/AE - 23/10/200
LUZ PARA POUCOS Tarifas de energia elétrica no Brasil estão entre as mais altas do mundo
O
Tolmasquim, o custo para produzir energia nas hidrelétricas, atualmente, varia entre US$ 35 a US$ 40 o megawatthora, ou seja, cerca de R$ 0,10 por quilowatt, considerando o mesmo câmbio do estudo. Diferenças – "Entretanto, o preço da energia para o consumidor brasileiro varia muito de estado para estado. Temos tarifas diferentes quando ela chega na casa do servidor, na planta industrial ou no comércio", afirma Tolmasquim. O setor industrial paga menos pela energia que o residencial. As empresas pagam cerca de R$ 50 o megawatt-hora, enquanto os consumidores residenciais chegam a desembolsar até R$ 400 pela mesma quantidade de eletricidade. Tolmasquim explica que, historicamente, sempre existiu um subsídio cruzado no Brasil. "As tarifas residenciais são mais altas de maneira a subsidiar o setor industrial. Desde 2003, esse subsídio está
que a de 21 países: Islândia, Luxemburgo, Irlanda, Reino Unido, Espanha, França, Suécia, Turquia, Finlândia, México, Polônia, Noruega, Hungria, Coréia, Grécia, Estados Unidos, República Tcheca, República Eslováquia, Nova Zelândia, Austrália e Canadá. Fonte renovável – "É estranho o País ter uma tarifa tão cara sabendo-se que a energia daqui vem primordialmente a partir da água, que é renovável e gratuita. Como, então, conseguimos ter um valor tão próximo ao de países que são dependentes de petróleo e praticamente não têm rios para a produção de energia?", questiona o consultor na área de energia e coordenador de pós-graduação de Engenharia da UFRJ, Roberto Pereira d'Araújo. No Brasil, o custo da geração de um quilowatt depende da fonte de energia e da região consumidora. Segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício
preço da energia elétrica no Brasil é o décimo maior do mundo, equivalente ao que pagam os consumidores de alguns países europeus com renda per capita bem maior que a brasileira. "Pagamos o mesmo que países como a Espanha e o Reino Unido", afirma o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Luiz Pinguelli Rosa, expresidente da Eletrobrás. A comparação entre as tarifas foi feita no estudo Key World 2004, da Agência Internacional de Energia (AIE). Em relação ao Brasil, a base foi o valor divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2004, convertido para dólar, quando a moeda norte-americana valia R$ 2,4. Considerando a conversão, a tarifa brasileira só era mais barata que a de nove países: Suíça, Bélgica, Itália, Portugal, Áustria, Alemanha, Holanda, Japão e Dinamarca. E mais cara
Apesar de ter a décima maior tarifa do mundo, a energia brasileira é gerada, essencialmente, em usinas hidrelétricas, a partir da água, fonte renovável e gratuita
sendo paulatinamente eliminado ao ritmo de 25% ao ano. Então, está havendo aumentos menores no setor residencial e maiores no industrial." Outra explicação, essa dada por Pinguelli para justificar a
diferença entre as tarifas, é o fato de as indústrias também terem um custo de produção menor, já que adquirem energia a uma voltagem muito elevada e exigem menos transformadores, rebaixamento, menos rede
de distribuição. "Apesar da lógica, acho que é excessiva essa diferença de preço", afirma. Pinguelli culpa, ainda, as privatizações pelo fato da tarifa de luz brasileira estar entre as mais caras do mundo. (ABr.)
CONVOCAÇÕES CAB – COMPRESSORES INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. CNPJ/MF n.º 30.516.108/0001- 00 - NIRE n.º 35.201.742.674 EDITAL DE CONVOCAÇÃO – REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA Ficam os senhores quotistas da CAB - Compressores Ind. e Com. Ltda. convocados para se reunirem em Reunião Extraordinária, que se realizará na sede social, à R. Mario Junqueira da Silva, n.º 646, Jd. Eulina, CEP.: 13.063-000, Campinas/SP, no dia 25/08/06, em 1ª convocação às 11:00 hs e em 2ª e última convocação às 11:30 hs, para deliberar sobre a seguinte Ordem do Dia: (i) Apresentação, discussão e votação das demonstrações financeiras para o período social que se encerrou em 31/12/05; (b) outros assuntos relacionados aos interesses da sociedade. Campinas, 17/08/06. Juberto Piragibe Carnaval Junior - Administrador.
UNIVERSAL BEAUTY COMÉRCIO, IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA.
CNPJ nº 07.997.498/0001-58 EDITAL DE CONVOCAÇÃO Ficam convocados os Srs. Sócios desta sociedade a se reunirem em AGE a realizar-se em 28/08/2006, às 9:30 h, na Rua Manoel da Nóbrega, 772, S. Paulo - SP, para deliberar sobre: 01 - Exclusão de sócio remisso; 02 - Reforma e Consolidação do Contrato Social; 03 - Outros assuntos de interesse social. A Diretoria.
ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO Assembléia Geral -Edital de Convocação Pelo presente Edital, a requerimento da Diretoria Executiva da ASSETJ, ficam convocados os associados para participarem da Assembléia Geral Extraordinária, de acordo com os arts. 30 e 31 do estatuto social, a realizar-se no dia 06/09/06, às 19:00 horas, em 1ª convocação e meia hora depois em 2ª convocação, em sua sede à Rua Conselheiro Furtado nº 93, 3º andar, para deliberar sobre a adaptação das apólices de Seguro de Vida, nas quais a ASSETJ figura como estipulante ao novo Código Cível em vigor desde 11/01/2003 e circulares nº 302 e 317 da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, com vigência a partir de 01/07/2006. São Paulo, 17/08/06. (a) José Gozze, Presidente. (21, 22, 23/08/06)
ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO Assembléia Geral - Edital de Convocação Pelo presente Edital, ficam convocados os associados desta Associação para participarem da Assembléia Geral Ordinária para ratificarem, se for o caso, da decisão conjunta do Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal e Diretoria Executiva, em cumprimento ao art. 29, alínea “a” do estatuto social, a realizar-se no dia 06/09/2006, às 18:00 horas, em 1ª convocação e meia hora depois em 2ª convocação, em sua sede, à Rua Conselheiro Furtado, nº 93, 3º andar. São Paulo, 17 /08/2006. (a) José Gozze, Presidente. (21, 22, 23/08/06)
EDITAIS PREFEITURA
MUNICIPAL
DE
GUARATINGUETÁ/SP
Processo: Concorrência Pública nº 002/06 Objeto: Execução de obras de infra-estrutura, terraplenagem e sistema de drenagem com realização de guia e sarjeta, para a implantação do Sistema Viário Mário Covas (Modificado). A Comissão Permanente de Licitações redesignou sessão pública para o dia 22 de agosto de 2006, às 14:00 horas, para a abertura dos envelopes propostas.
PREFEITURA
MUNICIPAL
DE
GUARATINGUETÁ/SP
Aviso de abertura de licitação Processo: Pregão Eletrônico nº 064/06 A Prefeitura Municipal de Guaratinguetá, informa que este Pregão será realizado por meio de sistema eletrônico, pela internet. Objeto: Aquisição de pneus novos. Endereço Eletrônico do Pregão: www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico. Data de Credenciamento para o Pregão: até às 23:59 horas do dia 30/08/2006. Data e horário do recebimento das Propostas: até às 13:00 horas do dia 04/09/2006. Data e horário do recebimento dos lances: das 14:00 horas às 15:00 horas do dia 04/09/2006. Disponibilização do edital e informação no endereço web www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico, no item Editais.
BALANÇO
Instituto das Franciscanas Missionárias de Maria no Brasil CNPJ/MF nº 33.648.056/0001-06 Balanços Patrimoniais encerrados em 31 de dezembro de 2005 e 2004 – Em R$ ATIVO 2005 Circulante 1.214.417,43 Disponibilidades 408.482,53 Caixa e bancos 128.605,80 Aplicações financeiras 279.876,73 Realizáveis 805.934,90 Anuidades a receber 170.664,94 Aplicações financeiras 145.983,69 Adiant. trabalhistas/fornecedores 456.231,43 Outros créditos 28.255,30 Despesas antecipadas 4.799,54 Realizável a Longo Prazo 6.250,00 Devedores diversos 6.250,00 Permanente 15.764.735,01 Imobilizado 15.764.735,01 Total do Ativo 16.985.402,44
2004 761.021,68 515.607,20 80.589,72 435.017,48 245.414,48 73.356,15 106.359,87 59.719,43 3.435,25 2.543,78 6.250,00 6.250,00 15.467.247,41 15.467.247,41 16.234.519,09
PASSIVO 2005 Circulante 369.086,97 Fornecedores 135.660,94 Ordenados e contas a pagar 80.322,70 Impostos e contribuições a recolher 10.374,37 Provisão de férias 33.894,00 Obrigações por convênios 75.000,00 Receitas antecipadas 33.834,96
2004 122.420,69 9.501,44 73.006,35 3.340,04 36.572,86 – –
Exigível a Longo Prazo Isenção usufruída sob análise
962.290,47 962.290,47
765.003,74 765.003,74
Resultado de Exercício Futuro Receitas antecipadas
– –
24.309,66 24.309,66
Patrimônio Líquido
15.654.025,00
15.322.785,00
Total do Passivo
16.985.402,44
16.234.519,09
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis Notas Explicativas as Demonstrações Contábeis de 31 de Dezembro de 2005 (Valores expressos em R$) 1. Contexto Operacional – O Instituto das Franciscanas Missionárias de Maria no Brasil é uma associação civil, sem fim lucrativo, confessional de caráter educacional e de assistência social, que tem por finalidade a educação infantil, o ensino básico e médio e a prestação de serviços de assistência e promoção social e que se rege pelo seu estatuto social e legislação aplicável. 2. Apresentação das Demonstrações Contábeis – As demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo com a Lei das Sociedades por Ações nº 6.404/76, Resolução nº 877/00 do CFC, e demais disposições complementares, sendo os principais critérios apresentados a seguir. 3. Principais práticas contábeis – a) apuração do resultado: conforme regime de competência; b) aplicações financeiras: foram reconhecidas pelo regime de competência; c) contas a receber: foram reconhecidas em função da realização da receita; d) provisão para créditos de liquidação duvidosa: constituída em montante considerado suficiente para absorver possíveis perdas; e) Imobilizado: avaliado pelo custo de aquisição, acrescido de reavaliação espontânea, depreciado pelo método linear à taxas que levam em consideração a vida útil dos bens; f) Provisões: a provisão de férias foi constituída sobre os direitos adquiridos, acrescidos dos encargos sociais, até dezembro de 2005; a Instituição é imune do imposto sobre a renda da pessoa jurídica, da COFINS e da contribuição social sobre o lucro; a provisão referente a isenção usufruída sob análise foi constituída com base nos valores que seriam devidos da quota patronal sobre folhas de pagamento e autônomos; g) Gratuidades e isenções: as gratuidades relativas a assistência educacional e a assistência social são registradas em contas específicas de despesas. As isenções usufruídas sobre a cota patronal referente a folha de pagamento e a contribuição empresarial para o INSS sobre serviços prestados por autônomos são contabilizadas em contas de despesas. 4. Ativo permanente Conta 2005 2004 Imobilizado 15.764.735,01 15.467.247,41 Imóveis 7.538.626,00 7.538.626,00 Edificações 7.559.714,00 7.559.072,00 Veículos 80.027,00 73.200,00 Móveis e utensílios 427.287,61 409.935,91 Instalações 2.238,00 – Maquinas e equipamentos 47.161,21 41.355,21 Equipamentos de informática 54.574,00 43.752,00 Software 643,00 – Imobilizações em andamento 770.858,00 257.500,00 (-) Depreciação acumulada (716.393,81) (456.193,71) 5. Isenção usufruída sob análise – Refere-se a provisão da quota patronal sobre a folha de pagamento e a contribuição empresarial para o INSS sobre serviços prestados por autônomos, nos exercícios de 2000 à 2005.
Demonstração das Mutações do Patrimônio Social dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 – Em R$ Patrimônio Descrição Social Total Saldo em 31/12/2003 15.390.477,57 15.390.477,57 Ajustes de exercícios anteriores (5.904,51) (5.904,51) Déficit do exercício (61.788,06) (61.788,06) Saldo em 31/12/2004 15.322.785,00 15.322.785,00 Ajustes de exercícios anteriores 742,71 742,71 Superávit do exercício 330.497,29 330.497,29 Saldo em 31/12/2005 15.654.025,00 15.654.025,00
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis 6. Receitas Antecipadas/Resultado de exercício futuro – Representa anuidades recebidas por ocasião da matrícula, relativas ao ano seguinte. 7. Patrimônio Social – Formado por resultados apurados em exercícios anteriores, desde sua fundação em 1935. 8. Ajustes de Exercícios Anteriores – Refere-se, basicamente, a despesa registrada indevidamente a maior. 9. Doações 2005 2004 Doações recebidas 1.636.960,64 1.335.504,70 Total 1.636.960,64 1.335.504,70 10. Base de cálculo da filantropia: Assistência educacional e social – Em atendimento aos seus objetivos estatutários e em aderência aos preceitos estabelecidos no inciso VI do artigo 3º do Decreto nº 2536/98, a entidade aplicou uma parcela substancial dos seus recursos em projetos de assistência social e outras ações de caráter filantrópico, conforme resumido no quadro a seguir: Descrição 2005 2004 Base de cálculo: Receitas escolares 1.157.784,66 1.048.553,11 Receitas c/ doações e promoções 1.636.960,64 1.335.504,70 Receitas financeiras 43.443,17 67.731,74 Outras receitas operacionais 406.294,76 294.069,22 Total 3.244.483,23 2.745.858,77 Aplicação mínima exigida – 20% 648.896,65 549.171,75 2005 2004 Gratuidades realizadas: Assistência educacional (bolsas de estudos) 106.644,39 89.632,43 Assistência social 880.790,13 1.122.853,13 Total 987.434,52 1.212.485,56 Percentual realizado 30,43% 44,16% Isenção do INSS usufruída 197.286,73 187.817,66 Assistência aplicada a maior em relação a isenção usufruída 790.147,79 1.024.667,90 11. Receitas / Despesas não operacionais – Refere-se a resultado obtido na venda de bens do ativo imobilizado.
Ir. Josefa Castells Bartroli – Tesoureira
Demonstração do Superávit ou Déficit dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 – Em R$ 2005 2004 Receitas Escolares 1.139.725,51 1.031.121,06 Receitas escolares 1.157.784,66 1.048.553,11 (-) Deduções da receita (18.059,15) (17.432,05) Outras Receitas Operacionais 2.043.255,40 1.629.573,92 Receitas c/ doações e promoções 1.636.960,64 1.335.504,70 Outras receitas operacionais 406.294,76 294.069,22 (-) Custo Assist.social e Educac. (1.615.730,16) (1.885.057,47) Gastos c/ assistência educacional (734.940,03) (762.204,34) Gastos com assistência social (880.790,13) (1.122.853,13) (=) Superávit Bruto 1.567.250,75 775.637,51 (-) Despesas Operacionais (1.241.330,56) (1.031.490,49) Desp. administr.,gerais e tributárias (727.864,56) (700.732,69) Despesas com pessoal e terceiros (553.721,93) (396.990,14) Receitas financeiras 43.443,17 67.731,74 Despesas financeiras (3.187,24) (1.499,40) Resultado Operacional 325.920,19 (255.852,98) Despesas não operacionais – – Receitas não operacionais 4.577,10 194.064,92 Superávit/(Déficit) do Exercício 330.497,29 (61.788,06) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 – Em R$ 2005 2004 Origens de Recursos das Operações 568.760,73 – (-) Ajustes ao resultado de valores que não afetam o capital circul. líq. Superávit do exercício 330.497,29 – Resultado na venda de imobilizado (4.577,10) – Variações no R.E.F (24.309,66) – Depreciação 267.150,20 – De Terceiros 222.713,73 421.838,58 Venda de imobilizado 25.427,00 231.020,92 Aumento no Ex.L.P 197.286,73 187.817,66 Redução do R.L.P – 3.000,00 Total das Origens 791.474,46 421.838,58 Aplicações dos Recursos Nas Operações – 52.389,52 (-) Ajustes ao resultado de valores que não afetam o capital circul. líq. Déficit do exercício – 61.788,06 Resultado na venda de imobilizado – 194.064,92 Variações no R.E.F – 63.173,82 Depreciação – (266.637,28) Aumento no Realizável a L. Prazo – – Aquisição de imobilizado 585.487,70 339.986,12 Total das Aplicações 585.487,70 392.375,64 Ajustes de Exercícios Anteriores 742,71 (5.904,51) (Redução) / Aumento do CCL 206.729,47 23.558,43 Demonstrativo do CCL 2005 2004 Variação no ativo circulante 453.395,75 58.869,24 Variação no passivo circulante 246.666,28 35.310,81 Variação Total 206.729,47 23.558,43 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis 12. Reavaliação – Em 28.03.2003 foi efetuada a reavaliação dos bens do ativo imobilizado, conforme laudo técnico, resultando em uma reserva de reavaliação de R$ 13.142.411,37 sendo realizada no exercício, face à baixas e depreciação, a parcela de R$ 141.090,32 (Acumulada em R$ 460.706,07). O laudo técnico determinou a vida útil remanescente dos bens, fixando diferentes taxas de depreciação. 13. Seguros – Como medida preventiva a Instituição, em função de análises administrativas de risco, adota a política de contratar cobertura de seguros contra incêndios e riscos diversos.
José Carlos Roberto – Contador CRC1SP131.147/O-4
Parecer dos Auditores Independentes Ilmas. Sras. Diretoras do Instituto das Franciscanas Missionárias de Maria no Brasil São Paulo-SP 1. Examinamos os balanços patrimoniais do Instituto das Franciscanas Missionárias de Maria no Brasil, levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004, e as respectivas demonstrações do superávit ou déficit, das mutações do patrimônio social e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.
2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas brasileiras de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume das transações e o sistema contábil e de controles internos da Entidade; (b) a constatação com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis referidas no parágrafo 1, representam adequadamente, em todos os aspectos rele-
ATAS
vantes, a posição patrimonial e financeira do Instituto das Franciscanas Missionárias de Maria no Brasil, em 31 de dezembro de 2005 e 2004, os superávits ou déficits de suas operações, as mutações de seu patrimônio social e as origens e aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 14 de agosto de 2006. & Cia S/C Auditores Independentes CRC 2 SP 17245/O-0
Marco Antonio de Carvalho Fabbri Contador CRC 1 SP 148961/O-2
FALÊNCIA & RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 18 de agosto de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência e recuperação judicial:
Requerente: Construtora Triunfo S/ A - Requerido: Comércio de Pneus e Acessórios Itália Ltda. - Rodovia BR 116 – 107,5 nº 20180 - 02ª Vara de Falências Requerente: Geraldo Araújo Tecidos Ltda. - Requerido: Brasil Modas e Confecções Ltda. Rua Ragueb Chohfi, 1970 - 01ª Vara de Falências
Requerente: Aplike Produtos Adesivos Ltda. - Requerido: Studio Lune Indústria e Comércio Ltda. - Rua N/C. - 01ª Vara de Falências Requerente: Arnaldo Aparecido de Carvalho - Requerido: SQG Empreendimentos e Construções Ltda. - Rua Roma, 620 - Sala 43 - 02ª Vara de Falências
segunda-feira, 21 de agosto de 2006
Empresas Tr i b u t o s Nacional Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3 Produtos apresentados na Gift Fair prometem agradar a todos os gostos de consumidores
GIFT FAIR MOVIMENTA R$ 100 MILHÕES
FABRICANTES E LOJISTAS DO SETOR DE PRESENTES NEGOCIAM O QUE ESTARÁ NAS LOJAS NESTE NATAL
NOVIDADES DE ENCHER OS OLHOS
P
ara renovar os estoques e abastecê-los com novidades para as vendas de Natal, lojistas de todo o País e do exterior devem se encontrar na 33ª House & Gift Fair South America, que acontece no Expo Center Norte, em São Paulo, até amanhã. Especializada em artigos para casa, presentes finos, artesanato e decoração, a feira é a quinta maior do mundo no gênero e a mais importante da América do Sul. O evento se espalha por 50 mil metros quadrados e reúne, nesta edição, 900 expositores nacionais e internacionais. Veterana na Gift Fair, a empresária da marca Artes e Ofícios, Ana Cristina Renda, espera alcançar, em quatro dias de feira, o faturamento equivalente a quatro meses de trabalho: R$ 800 mil. "Participamos do evento há 15 anos, e sempre conquistamos bons resultados", disse. A empresa é especializada em peças de decoração feitas com cerâmica colorida. Segundo Ana, os lojistas já estão atrás de artigos para as vendas de Natal. "Peças em vermelho e branco são as mais procuradas e os comerciantes têm feito as encomendas para o mês de novembro", contou. A empreendedora Soraya Ligeri, por sua vez, resolveu aproveitar o evento para lançar sua marca, a Aquarela. Na linha, destacam-se taças e pratos de vidros coloridos e trabalhados. Até ontem, ela havia feito negócios com lojistas do Nordeste e do Rio Grande do Sul. "Se os negócios continua-
rem como começaram, as expectativas são muito boas." Soraya espera contatar empresários estrangeiros para exportar seus produtos aos Estados Unidos e Europa. Rumo ao exterior – A feira abre portas para o ingresso no mercado externo, e é por isso que a marca Vizia – linha ligada à Sanremo e que produz utensílios de resina – participa desta edição. "Muitos empresários estrangeiros vêm ao evento conhecer as novidades brasileiras para importá-las", disse a responsável pelo marketing da Vizia, Grisly Steffen. "Por conta da Gift Fair, já conseguimos negociar com empreendedores da África do Sul, México, Peru e países da América Central", revelou. Entre os expositores estrangeiros, que vieram de 40 países, se destacam 130 executivos chineses, 50 deles da cidade de Shenzen. Eles reservaram um espaço de mil metros quadrados no evento para apresentar os produtos de sua região aos empresários brasileiros. Shenzen abriga companhias de alta tecnologia, vestuário e de bijuterias. "Estamos aqui para conhecer o mercado da América do Sul, e começamos por São Paulo", disse a gerente da marca Classic, Ye Zhang. "A maioria dos empresários que vieram de Shenzen procuram representantes no Brasil que queiram importar nossos produtos." Ela vende artigos de cristal no atacado, com pedidos mínimos de 500 peças, ao preço médio de R$ 31 cada uma.
INDIANA Seguradora faturou R$ 196 mi no 1º semestre do ano, 19,5% a mais que em 2005.
Ó RBITA
Fotos: Paulo Pampolin/Hype
Evento que reúne artigos para casa e presentes traz oportunidades para empresários estreantes, como Soraya Ligeri (acima), que lança sua marca na feira, e veteranos, como Ana Cristina Renda (abaixo).
Feira – A expectativa é que a 33ª House & Gift Fair South America movimente cerca de R$ 100 milhões em negócios. De acordo com os organizadores, com base no volume vendido durante a feira e em projeções para o restante do ano, o valor total movimentado chegue a R$ 1 bilhão. Para otimizar o tempo dos visitantes da Gift Fair, que só recebe lojistas e empresas do setor, os organizadores dividiram o evento em seis salões temáticos. Eletro House abriga novidades em eletrodomésticos, imagem e som. No pavi-
INTERNET Telefonia com voz sobre IP deve crescer 23% ao ano até 2010, segundo a consultoria IDC.
CHÁVEZ CORRE ATRÁS DO MERCADO CHINÊS DE PETRÓLEO Zohra Bensemra/Reuters - 16/05/2006
A
Venezuela quer ser parte da solução para a sede cada vez maior da China por petróleo. A Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) destaca que Caracas já passou a ocupar a décima colocação entre os maiores fornecedores de petróleo para Pequim, tendência que deve se consolidar até o fim do ano. Não por acaso, nesta semana, o presidente Hugo
Chávez (foto) faz uma visita oficial à China para assinar acordos de construção de uma frota de navios para transportar combustível,
acertar a compra de equipamentos e atrair investimentos no setor petrolífero venezuelano. De acordo com a Opep, os chineses são hoje os maiores responsáveis pelo aumento da demanda pelo combustível no mundo. Pequim já consome cerca de 7 milhões de barris de petróleo por dia, volume superior ao de toda a América Latina. (AE)
CALÇADOS
ANGLO
CONCENTRAÇÃO
P
rimeiro foi a China. Agora, é a Índia que começa a atrair brasileiros para a sua indústria calçadista. Atraídos pelo know-how do Brasil, empresários indianos têm feito visitas periódicas aos pólos calçadistas, em especial no Sul do País. A Índia é o segundo maior produtor de calçados do mundo, com 2 bilhões de pares/ano, mas ainda peca pela má qualidade. (AE) A TÉ LOGO
A
Anglo American, terceira maior mineradora do mundo, pode enfrentar uma potencial proposta de rivais para se dividir, no valor de US$ 80 bilhões, segundo o jornal britânico Observer. A Companhia Vale do Rio Doce, a Xstrata e a Rio Tinto estudam uma possível proposta de divisão e contrataram consultores para uma potencial oferta, afirmou o jornal. (Reuters)
E
studo concluído em dezembro pelo Banco Central mostra que, das 49 financeiras em operação no País, as 9 ligadas a conglomerados bancários respondem por 83% dos ativos totais do setor, de R$ 38,29 bilhões. A distribuição de mercado no setor se assemelha a um oligopólio. Só a Itaucard, com ativo de R$ 19,6 bilhões no final de 2005, responde por 51,1% do segmento. (AE)
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
L
Juros nos Estados Unidos ainda causam dúvida no mercado
L
Grupo português Espírito Santo vai investir em turismo no Brasil
L
Turbulência internacional tira US$ 20 bilhões de países emergentes
mento Têxtil House, encontram-se artigos de cama, mesa e banho. Presentes, acessórios de viagem e papelaria fina estão hospedados no espaço World of Gifts. Já artesanato, paisagismo, móveis e decoração ficam no In Domus. O salão
Utility House hospeda mesas postas, pratarias e utensílios para cozinha em geral. E banheiros, piscinas, home offices, quartos, tapetes e revestimentos se reúnem no pavimento Linea Domus. Sonaira San Pedro
SERVIÇO: 33ª House & Gift Fair South America. Até 22 de agosto. Das 9h às 19h, no Expo Center Norte. www.grafitefeiras.com.br
4
Nacional Empresas Tr i b u t o s Comércio Exterior
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 21 de agosto de 2006
Indústria paulista de informática ganha prazo maior para recolher o ICMS
SETOR DE INFORMÁTICA SOB A LUPA DA SEFAZ
Newton Santos/Hype
BÚSSOLA PARA ECONOMIZAR EM IMPOSTOS E AUMENTAR LUCRO Especialmente nas grandes empresas, os gerentes de tributos vêm sendo cada vez mais valorizados. Entre as suas funções está a de tirar proveito, quando possível, das mudanças constantes na legislação, esmiuçada diariamente.
A
alta carga de imp o s t o s e a s f r eqüentes mudanças na legislação tributária têm feito da carreira de gerente de tributos uma das mais valorizadas dentro das empresas. Esses profissionais funcionam como uma espécie de bússola para encontrar o caminho da lucratividade. "Certa vez, com base na Lei Federal n° 10.637/02, nossos fornecedores passaram a obter isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Foi importante atentarmos para isso porque pudemos negociar preços mais baixos", exemplifica o gerente de tributos da Danone, Sérgio Luiz Gambini, que trabalha na empresa desde janeiro de 1998. Uma da funções do gerente de tributos é verificar diariamente as mudanças da legislação tributária – nas esferas municipal, estadual e federal –, analisar como as alterações vão
interferir nos negócios da empresa e comunicar aos demais departamentos. "Anos atrás, o gerente de tributos era responsável, apenas, por apurar os impostos, fazer o recolhimento desses tributos, preencher declarações e fazer contatos com os fiscos. Hoje, ele tem uma função estratégica dentro da empresa por causa da maior voracidade do fisco, cada vez mais informatizado para pegar os contribuintes", explica Augusto Negreiros, gerente de tributos da Icatu Hartford. As constantes mudanças na legislação exigem que o gerente de tributos seja detalhista e ágil, para que as empresas não sejam surpreendidas. "A lei é publicada hoje para vigorar amanhã e, às vezes, uma medida provisória aumenta a carga tributária da empresa de um dia para outro. É preciso se organizar para planejar o aumento de custo", afirma Gambini. De acordo com dados divul-
gados no site do movimento pela transparência tributária De Olho no Imposto (www.deolhonoimposto.org.br), atualmente, há 112 tributos, gravames e encargos; 16.202 normas; 181.851 artigos; 423.945 parágrafos; 1.355.525 incisos; e 178.312 alíneas em vigor. Além disso, segundo pesquisa recente do Banco Mundial, o Brasil é um dos países onde se despende o maior número de horas para o cumprimento das obrigações tributárias: 2,6 mil por ano. Na vizinha Bolívia, para cumprir a mesma função são gastas 1,08 mil horas/ano, na República Checa, 930, na Etiópia, 52, e nos Emirados Árabes, apenas 12. Os gerentes de tributos também são responsáveis pelo planejamento tributário das empresas. Nessas operações, eles orientam aquisições de outras empresas e incorporações, por exemplo, de maneira que o estabelecimento possa economizar milhões de reais em impos-
O gerente de tributos da Danone, Sérgio Luiz Gambini, diz que é preciso planejar o aumento de custo
tos. "Uma vez, fizemos uma avaliação da saúde fiscal da empresa que seria adquirida por nós e descobrimos um passivo tributário de R$ 2 milhões que nem a própria empresa sabia que tinha. Pedimos diminuição do valor de compra para compensar", diz Negreiros. Equipe – O atual diretor de impostos da KPMG, Edilberto Salge, foi gerente de tributos de empresas por oito anos. Ele
explica que o trabalho do profissional é sempre em equipe, junto a contabilistas, administradores e advogados das empresas. "Mantemos sempre a comunicação com os departamentos jurídicos. Por exemplo, uma liminar que afeta a base de cálculo de um imposto é uma informação importante para nós porque pode majorar ou minorar a carga tributária do cliente", afirma.
As interpretações da legislação tributária pela Receita Federal também são alvos dos gerentes de tributos. "Uma questão recente foi a Instrução Normativa n° 633/06, sobre mercado futuro. Nesse caso, nossa missão foi orientar os empresários sobre como aplicar a norma de maneira a causar o melhor impacto tributário na empresa", conta. Laura Ignacio
Beto Barata/AE
Importação de insumos de informática tem ICMS suspenso na entrada no território paulista
Bondades para a informática s indústrias de informática do Estado de São Paulo já podem se credenciar na Secretaria da Fazenda paulista para usufruir dos benefícios fiscais instituídos p e l o D e c re t o e s t a d u a l n ° 51.011/06. No dia 8 de agosto foi publicada a Portaria da Coordenadoria da Administração Tributária (CAT) n° 53/06, que regulamenta o decreto. A medida deve beneficiar dezenas de empresas, que ganharão mais tempo para recolher o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Somente na Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica ( A b i n e e ) , h á 8 8 e m p re s a s paulistas associadas. Uma das novidades é a transferência da obrigatoriedade do pagamento do ICMS incidente nas vendas de insumos e material de embalagem, que antes era do fornecedor, para o fabricante do produto final. A outra é a suspensão do imposto na importação de insumos, desde que o desembaraço da mercadoria ocorra em território paulista. Mas so-
A
O melhor é as empresas fazerem o credenciamento o quanto antes. As novas regras começam a valer em 1º de outubro. Luiz Antônio Pacheco mente as empresas contempladas pela Lei Federal n° 8.248/91, de incentivo fiscal à informática, poderão utilizar as novas regras estaduais. A legislação federal concedeu benefícios fiscais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para as empresas com projetos aprovados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, que utilizam insumos nacionais e apresentam valores mínimos de investimento em pesquisa. Cadastro – Para fazer o credenciamento na Fazenda, as empresas devem levar ao posto fiscal mais próximo os documen-
tos listados na portaria, como req u e r i m e n t o a o d i re t o r d a Diretoria Executiva da Administração Tributária (Deat), relação de mercadorias produzidas de acordo com o Processo Produtivo Básico a que se refere o artigo 4° da Lei Federal n° 8.248/91, declaração de que a empresa está em dia com o pagamento de impostos e documento que comprove estar quite com o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), entre outros. "O melhor é as empresas fazerem o credenciamento o quanto antes, porque as novas regras começam a valer para os fatos geradores a partir de 1° de outubro", disse Luiz Antônio Pacheco, supervisor de fiscalização setorial da Deat. Controle – O fisco também ganha com as novas regras, já que, com o cadastramento, terá maior controle sobre as empresas do setor. Segundo a supervisora de comércio exterior da Sefaz, Elizabeth Lattmann, com a medida será possível saber quem são os efetivos importadores, além de permitir o controle sobre o pagamento do imposto. (LI)
segunda-feira, 21 de agosto de 2006
Nacional Tr i b u t o s Empresas Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5 Casa Santa Luzia entra no segmento de varejo especializado. Esse modelo é o que mais deu certo no País.
VINAGRE SOFISTICADO CUSTA MAIS CARO
Fotos: Paulo Pampolin/Hype
VINAGRE BRASILEIRO PECA PELA BAIXA QUALIDADE Estudo desenvolvido pela pesquisadora Gabriela Alves Macedo, da Unicamp, mostra que os vinagres brasileiros mais comuns nas prateleiras dos supermercados estão fora dos padrões estabelecidos pela legislação federal brasileira
Paulo Pampolin/Digna Imagem
Via Spinosa custa R$ 15 Paulo Pampolin/Hype
Os comuns são vendidos por R$ 1
em 2001, os produtos não obtidos a partir do etanol devem apresentar 90% de vinagre de álcool e 10% de vinagre de vinho tinto ou branco. Devem ainda ser identificados como vinagre de álcool, ou agrin, o que, segundo a pesquisa, não foi encontrado nos rótulos dos frascos analisados. Associação – O presidente da Associação Nacional das Indústrias de Vinagre, Marcelo Cereser, concorda plenamente com a pesquisa da Unicamp. Segundo ele, entretanto, apenas uma parcela do em-
presariado do setor lança mão de desvios éticos nesse mercado. "São marcas conhecidas que desrespeitam a legislação. O problema é que o Ministério da Agricultura, responsável pela fiscalização, como acontece em outras áreas, não tem condições de fazer esse trabalho", diz o presidente. Assim como os problemas de custo da pesquisadora que se transformou em empresária para desenvolver vinagres especiais, as grandes empresas que estão dentro da legislação também se debatem com a indústria fora de padrão. "Um vinagre de baixa qualidade chega a ser vendido, hoje, a R$ 0,60. A maioria dos consumidores, sem dinheiro, acaba comprando o mais barato, já que a qualidade do vinagre nunca foi questionada. Como não há nenhuma exigência sobre a qualidade, as pessoas compram esse vinagre de má qualidade sem qualquer restrição", diz Cereser. Quanto ao vinagre brasileiro ser de etanol e não de vinho, como algumas pessoas acreditam que deveria ser, o presidente da Anav defende o setor observando o que ocorre no mundo. Segundo Cereser, os vinagres populares de cada país são produzidos a partir do que há de mais abundante na região. "No Japão, o vinagre mais popular é o de arroz. Já na Europa, o produto é feito a partir do vinho, nos Estados Unidos, de milho e na Bolívia, de banana", revela. Empresário – Marcelo Cereser também é diretor-superintendente da Castelo Alimentos, instalada em Jundiaí, no interior de São Paulo. A empresa é uma das maiores do setor no Brasil. Vai produzir 64,5 milhões de litros dos 173 milhões que serão consumidos no País este ano. A Castelo tem 30% do mercado de vinagres domésticos e, para ampliar sua participação, também aposta em vinagres especiais como os balsâmicos saborizados. Na linha comercial estão os produtos de vinho branco, vinho tinto, álcool, limão, maçã, arroz e hortelã. A empresa vai investir R$ 8 milhões na ampliação da produção neste ano. Mário Tonocchi
Produto mantém características O vinagre produzido de vinho e frutas, segundo a pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Gabriela Alves Macedo, mantém as características da matéria-prima. Assim, o produto não perde sais minerais, compostos fenólicos e vários ácidos monocarboxílicos, como os ácidos tartárico, succínico, málico e láctico. Esses últimos são responsáveis pela acidez.
São essas propriedades que garantem fonte de saúde para o homem, por possuírem capacidade antioxidante e de reagir com radicais livres. A pesquisadora também constatou que os vinagres nacionais são produzidos da oxidação do álcool etílico a ácido acético, realizada em recipientes de aço inoxidável e não de madeira. Em tonéis de madeira, como faz a empresária da Dom Spinosa, o produto incorpora alguns
compostos polifenólicos retirados da lignina, também eficientes como antioxidantes e no seqüestro de radicais livres no organismo. Mas a legislação brasileira determina que os recipientes de madeira sejam trocados pelos de aço para preservação da saúde pública. Nesse caso, a pesquisadora realizou a fermentação em aparas de madeira, o que incorporou uma quantidade significativa de polifenóis. (MT)
O Supermercado Econ fica entre o modelo de loja de desconto e os estabelecimentos de vizinhança
Lojas de descontos ainda são modelos que patinam no Brasil
O
segmento de supermercados caminha para uma divisão de formatos de vendas, seguindo uma tendência européia. Dois modelos passaram por um processo de consolidação na última década: as lojas especializadas e as tradicionais. Já os chamados hard discount (lojas de descontos), ainda patinam no País, pois não agradam justamente aos consumidores das classes mais populares às quais se destinam. O modelo de loja de desconto deve demorar para ser incorporado ao varejo nacional, na opinião de Cláudio Czapski, superintendente ECR Brasil. A associação reúne indústrias, comércio e toda a cadeia de logística na busca de padrões comuns, para reduzir ao mínimo os custos das empresas. Nos Estados Unidos e Europa, os supermercados são os que mais praticam esse formato. O objetivo é uma gestão de negócios voltada para a economia dos custos, cultura que os empresários brasileiros ainda não desenvolveram. Lá, segundo Czapski, essas lojas têm uma linha enxuta de produtos, pouquíssimos funcionários e quase nada de serviços. "São supermercados que não tiram os produtos da caixa. Apenas um operador faz a reposição da mercadoria nas prateleiras, e o consumidor tem que pegar do jeito que está. Com isso, um funcionário basta para reabastecer todas as gôndolas", diz Czapski. Além disso, os estabelecimentos trabalham com linhas bem restritas de produtos, não há xampus para cabelos enrolados, secos, escuros ou claros. Normalmente, apenas três fragrâncias compõem o mix de
mercadorias de um segmento. "Esses mercados também trabalham com quase 90% de produtos de linha própria, o que ajuda a baratear ainda mais o custo. E não têm, por exemplo, verduras em embalagens especiais. Isso fica para o varejo especializado", diz o superindente da ECR. Em sua opinião, não há ainda no Brasil nenhum supermercado que se assemelhe aos hard discounts. Os mais próximos são o Econ e o Dia%. "Talvez os impostos sejam muito altos no País, o que inviabiliza a economia de custos", avalia Czapski. "A tradição da população de preferir produtos com aparência mais elaborada espanta o consumidor desse modelo. O público não sente atração por estabelecimentos que não têm as prateleiras arrumadas. O cliente se sente menosprezado", afirma. Nem um, nem outro – O Econ não se intitula como um hard discount. "Estamos entre o hard e o mercado de vizinhança. Temos uma linha pequena de produtos, mas oferecemos serviços", explica a gerente de marketing do Econ, Luana Fátima de Souza. Entre os serviços estão a entrega em
domicílio, produtos retirados da caixa e rádio nas lojas. Mas o Econ, na verdade, foi concebido com a idéia de ser um hard discount pelo Bank of America. Porém, há três anos, quando foi vendido para o Grupo CBA, houve uma mudança de planos. "Achamos que os custos brasileiros de logística, mão-de-obra e aluguel não nos permitiriam ser um legítimo hard discount. Então, optamos por ser um mercado de vizinhança, que vende os artigos do dia-a-dia das consumidoras do bairro. Também não queremos ser um hipermercado", esclarece Luana. Hoje, o Econ tem um mix de produtos em cada um dos bairros onde atua, dependendo da demanda da região. Já o Dia% declara que é um supermercado hard discount porque oferece preços de 15% a 20% mais baixos que a concorrência. São 250 lojas em todo o País. A rede opera com diversos itens de marca própria, mas não manifestou se é isso que diminui seus custos ou alguma outra medida. A reportagem do Diário do Comércio tentou falar com a empresa, mas não obteve resposta. Fernanda Pressinott
Factoring
DC
são produzidos a partir do etanol e em uma solução de ácido acético a 4%. Esta é a concentração ácida mínima exigida pela legislação com a adição de um antioxidante. "Essa composição tão pobre compromete o aroma e o sabor. Na verdade, esse tipo de vinagre serve bem mesmo é para limpeza de pisos e outros fins caseiros, mas não para temperar saladas", afirma a pesquisadora. Pela legislação brasileira que regulamentou o mercado,
Divulgação
A
o trocar a pesquisa acadêmica pelos negócios, em 2005, a engenheira química Vilma Spinosa tinha na cabeça mais do que apenas montar uma pequena indústria de vinagres artesanais e especiais de frutas tropicais. Queria, e ainda deseja, oferecer ao paladar brasileiro o que o mundo já conhece há séculos: aromáticos e saborosos vinagres que servem para temperar os alimentos e para ajudar na saúde. Hoje, a empresária tenta desenvolver novos produtos à base de vinagre e aposta na exportação para manter a empresa aberta. "No Brasil, os consumidores não estão acostumados à qualidade do vinagre", diz a empresária. Sua indústria, a Dom Spinosa, produz vinagres orgânicos fermentados a partir de laranja, manga, goiaba, cana-de-açúcar e limão. Entre os não-orgânicos, são produzidas a variação de milho e de frutas da estação. "Desenvolv e m o s u m p ro d u t o c o m a mandioca, que é utilizado por grandes chefes de cozinha em pratos especiais", afirma. Mais do que a falta de paladar do brasileiro que considera o vinagre um produto de segunda categoria, a empresária também tem problemas quando o assunto é preço. Como o sistema que ela utiliza não produz em escala para não afetar a qualidade, um vidro de 500 miligramas pode custar R$ 15. Já o vinagre popular considerado de boa qualidade não sai por mais de R$ 1. Hoje, a empresa coloca seus produtos em algumas lojas de especialidades de São Paulo e Curitiba. Pesquisa – O desconhecimento do consumidor brasileiro em relação ao tempero o faz, inclusive, comprar "gato por lebre". Um trabalho desenvolvido pela pesquisadora Gabriela Alves Macedo, do Departamento de Ciências de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mostra que os vinagres brasileiros mais comuns das prateleiras dos supermercados estão fora dos padrões estabelecidos pela legislação federal. De acordo com a pesquisa, vinagres populares brasileiros
Consumidores brasileiros ainda não estão acostumados a avaliar a qualidade do vinagre e a diversidade de sabores e aromas
O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com
6
Comércio Exterior Tr i b u t o s Empresas Nacional
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 21 de agosto de 2006
Bonecas são uma das apostas da Gulliver para o Dia das Crianças. Na foto, um dos lançamentos.
O NATAL DA INDÚSTRIA DE BRINQUEDOS
Fotos: Paulo Pampolin/Hype
Newton Santos/Hype
Márcio Gavranic, gerente-geral da Armarinhos Fernando, diz que já na segunda quinzena de setembro o número de consumidores nas lojas sobe de 3 mil para 5 mil, pela proximidade com o Dia das Crianças.
Na varejista Ri Happy, expectativa é de alta de 5% nas vendas para o Dia das Crianças
Na Armarinhos Fernando, produtos a partir de R$ 1
DIA DAS CRIANÇAS JÁ COMEÇOU
P
ara os fabricantes de brinquedos, o Natal chega mais cedo todos os anos. Precisamente, em 12 de outubro, quando é comemorado o Dia das Crianças. O gerente nacional de Vendas da Gulliver, fabricante de brinquedos e jogos, Paulo Benzatti, afirma que o faturamento do segundo semestre representa 65% do ano. "Todos os anos, fazemos cerca de 70% dos lançamentos a partir de agosto." A expectativa da empresa é de que as vendas para o Dia das Crianças em 2006 cresçam 15% na comparação com igual data de 2005. O executivo da Gulliver estima que, neste ano, os preços dos produtos devem ter uma queda média de 10%, principalmente em razão da desvalorização do dólar em relação ao real. "Do total de brinquedos, 50% são importados da China", afirma Benzatti. Os produtos
da Gulliver vão custar entre R$ 2 e R$ 200. A grande aposta da empresa serão os bichos de estimação eletrônicos. A Brinquedos Estrela também espera aumento nas vendas no Dia das Crianças, de até 12% em relação à data em 2005. "O primeiro semestre já foi bastante positivo, com alta de 20% nas vendas em relação aos primeiros seis meses do ano passado. Dos 180 lançamentos deste ano, 100 estarão no mercado a partir deste mês", diz o diretor de Marketing da Estrela, Aires José Leal Fernandes. Entre eles estão as bonecas Jessi e a Baby Amore, que pedem para a criança brincar, além de ter expressão facial. Para os meninos, a empresa aposta nos jogos eletrônicos e nos bonecos Transformer, personagens do próximo filme do diretor Steven Spielberg. Pirataria — A maior preocupação da tradicional fabrican-
te de brinquedos atualmente é a ameaça dos produtos pirateados. "O mercado informal não tem controle. Oferece produtos que não têm qualidade, além de levar risco à saúde do consumidor", afirma. Do outro lado estão os clientes das indústrias – as lojas,
que atendem o consumidor final. Entre elas está a rede Armarinhos Fernando, com 11 unidades em São Paulo. A central, que fica na Rua 25 de Março, começou a registrar o interesse pelos brinquedos logo após o Dia dos Pais. "Atualmente atendemos os atacadis-
tas de outros estados e do interior de São Paulo. Na segunda quinzena de setembro, será a vez do varejo. Nessa época, o número de consumidores que visitam a loja todos os dias sobe de 3 mil para 5 mil", diz o gerente-geral da Armarinhos Fernando, Márcio Gavranic.
China: indústria aprova acordo
nésio Batista da Costa. Para obter o acordo, no entanto, a indústria teve de ceder. Os brasileiros defendiam um pacto até 2013, mas os chineses conseguiram que ele vigore apenas até 2010. Em julho, Costa havia dito que a Abrinq aceitaria uma negociação que resultasse em uma fatia de 30% para os chineses no mercado brasileiro de brinquedos, ou a adoção de salvaguardas no setor. Os chineses conseguiram o percentual de 40%.
De qualquer forma, segundo ele, o "acordo de convivência" evita um confronto comercial maior entre os dois países, que poderia chegar à Organização Mundial do Comércio (OMC). O tratado, assinado pelos fabricantes, assessorados por representantes dos dois governos, prevê uma avaliação semestral da evolução do mercado de brinquedos para verificar a ocorrência de novos fatores que justifiquem mudanças nos termos. (AE)
O
acordo fechado na última quinta-feira entre os fabricantes de brinquedos do Brasil e da China, que limita as exportações chinesas do setor para o País ao nível de 2005, ou 40% do mercado (US$ 90 milhões no ano passado), foi visto de maneira positiva pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria de Brinquedos (Abrinq), Sy-
Os brinquedos já foram expostos nos locais de destaque nos corredores das lojas. A expectativa de Gavranic é de que as vendas sejam até 6% maiores em relação ao Dia da Criança de 2006. "Atendemos clientes de todas as camadas sociais. Por isso, oferecemos produtos com preços que variam entre R$ 1 e R$ 1 mil. Mas a compra média deverá ser de aproximadamente R$ 40 neste ano", diz o gerente-geral. A Ri Happy aposta em uma alta de 5% nas vendas neste Dia das Crianças, em relação à data no ano passado. "A expectativa poderia ser melhor. Mas houve o barateamento dos produtos importados. Além disso, o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro não teve um bom desempenho e as vendas devem acompanhar o índice de expansão da economia", afirma o diretor comercial da Ri Happy, Ricardo Sayon. Segundo ele, os preferidos pelas meninas são as bonecas — "pelo instinto maternal" — e pelos meninos, os jogos. Neide Martingo
Modelos aterrissaram nas passarelas do Aeroporto de Guarulhos: desfile contou a evolução da moda
Das passarelas para o exterior
O
público que passou pelo Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica, Guarulhos, na quinta e sexta-feira da semana passada, foi surpreendido por algo inusitado: um desfile de moda da grife Lemier, especializada em jeans. A segunda edição do Lemier Airport Fashion homenageou o centenário do primeiro vôo do pai da aviação, Santos Dumont. O desfile foi realizado em uma passarela com o formato da aeronave 14 Bis. A proposta do evento foi simular um túnel do tempo da moda, partindo de modelos da década de 1920 até os dias atuais, com a nova coleção primavera-verão 2007 da grife. Para a gerente de Marketing da Lemier, Nancy De Febba, a iniciativa teve o intuito de mostrar a marca para o mundo, já que cerca de 100 mil pessoas, de diversas etnias e estilos, circulam pelo aeroporto diariamente. "Esperamos que cerca de 5 mil pessoas tenham asssistido ao desfile, não somente no local do evento, mas também através dos telões e televisores de plasma espalhados pelo aeroporto", explicou Nancy.
Desfile nas asas do 14 Bis
A empresa, há 33 anos no mercado atacadista da região do Brás, segue tendências internacionais. "O jeans é universal e fala diversos idiomas. Vestimos desde a pessoa mais tradicional até aquela mais fashion", ressaltou Nancy. Segundo ela, o mercado da moda cresce a cada ano e supera as expectativas. "O volume de vendas está sempre crescendo. Precisamos, cada vez mais, aumentar a produção e a variedade dos modelos. Neste ano, vamos superar em 20% o volume
de vendas de 2005." A grife também faz sucesso no exterior: cerca de 20% da produção é destinada ao mercado internacional, como Europa, Estados Unidos, Canadá e África do Sul. Desfile —Foram duas semanas de pesquisa para reproduzir no desfile o clima das décadas passadas. Segundo o produtor do evento, Augusto Rezende, foi necessário percorrer brechós e antiquários, além de um atelier especializado em roupas para teatro – o Roupa de Cena –, para contar a história da moda abordando todos os detalhes. "Foi uma verdadeira releitura das épocas. Tivemos que reproduzir também o cabelo e a maquiagem." Para o especialista, a iniciativa trará resultados positivos. Essa edição do Airport Fashion, ao contrário da primeira, que ocorreu em outubro do ano passado, teve também a participação de outra empresa de moda, a Líquido, especializada em moda praia. "Quem sabe nos próximos anos o evento não se torne um Airport Fashion Week?", finalizou o produtor. Maristela Orlowski
São Paulo, segunda-feira, 21 de agosto de 2006
D C A R R O 11
MOTO/TESTE
Pequena grande superesportiva CÉLIA MURGEL/MOTORCAR
P
arece que a Honda acertou em cheio ao trazer do Japão, para o nosso mercado, a nova CBR 600RR. Os aficionados por motocicletas Supersport não têm do que reclamar. Ela possui belo design, é leve, fácil de ser pilotada, faz curva com segurança, freia muito e mesmo sem um motor exageradamente potente, tem ótimo desempenho. "Por ser leve, ágil no trânsito e muito fácil de ser pilotada, parece uma 125 cc com motor de Fórmula 1", define o piloto Paulo Mansi, Campeão Brasileiro de Motociclismo, depois de alguns dias de avaliação do modelo. Melhor em viagens - "A CBR 600RR é ideal para viagens e de preferência com retas e curvas travadas, mas com asfalto liso. Apesar de ser ágil, por conta de ser leve, é uma moto que a princípio cansa quando pilotada no trânsito por muito tempo, por causa da posição mais deitada de pilotar, mas que o usuário acaba se acostumando", explica Mansi. E não poderia ser diferente já que ela foi inspirada na Honda RC 211V, participante do Campeonato Mundial de Motovelocidade. E tem mais. Traz características consagradas no mundo das competições, como tecnologia avançada, alta performance e segurança. Está equipada com motor de 4 cilindros em linha, supercompacto e leve, do tipo DOHC (Doublé Over Head Camshaft), com duplo comando de válvulas no cabeçote, de 599 centímetros cúbicos, 4 tempos, 16 válvulas que desenvolve potência máxima de 117 cavalos a 13.000 rpm e torque máximo de 6,73 mkgf a 11.000 rpm. Na opinião do piloto, parece impossível se atingir a velocidade final nessa moto, porque "você acelera, acelera e acelera, mas o motor não pára de crescer. Parece interminável". E para uma esportiva desse porte, não pode faltar um sistema de frenagem eficiente. A CBR 600RR conta com freio dianteiro composto por dois discos flutuantes, com acionamento hidráulico, de 310 mm com pinças de fixação radial com quatro pistões, e o traseiro dispõe de um único disco com acionamento hidráulico, apresentando diâmetro de 220 mm e cáliper de pistão simples. "A 600RR - diz Mansi - transmite segurança para o piloto nas curvas, mesmo as mais travadas. A suspensão dianteira e a traseira são muito firmes e isto nos traz muita tranquilidade, mesmo andando no limite". Mas não é apenas a parte tecnológica que remete às pistas de competição. O design e as cores escolhidas
Em todos os itens a nova moto apresenta pontos positivos, desde o design, passando pelo painel, até sua mecânica
Sílvio Porto/MotorCar
A CBR 600RR vem em pequenas dimensões mas com potência de moto grande. Confira avaliação desta superesportiva.
Comportamento da CBR no asfalto supera expectativas
também. A CBR 600RR é oferecida em duas cores: a tradicional preta e a cor laranja – tons das motocicletas da equipe oficial Honda que disputa o Mundial de MotoGP. Desenho destacado - Seu design é marcante, com formas angulares. Na dianteira, destaque para os faróis acoplados. Vista de lateral essa superesportiva agrada ainda mais. Um grande logo identifica o modelo CBR. Seu estilo racing está por toda parte. Chama a atenção os inúmeros detalhes em alumínio. Na traseira, o grande chamariz está no escapamento com uma única saída sob a lanterna traseira. Ele é responsável pela redução da resistência de ar e melhora a capacidade de inclinação nas curvas. Defeitos? Difícil - Para o piloto, é praticamente impossível achar um defeito nesta moto, exceção, talvez para a posição do garupa, não tão confortável. Como ponto realmente negativo acrescenta que, por se tratar de moto esportiva, ideal para viagens, as pernas esquentam um pouco no trânsito. Mas é o seu estilo". Uma bela moto para quem gosta de modelos com estilo superesportivo. Painel - O seu painel é pequeno, mas conta com todos os instrumentos necessários para o piloto. É composto por velocímetro, hodômetro total/parcial e marcador do nível de combustível, todos digitais, além do tacômetro eletrônico. Todos de fácil visualização. O contagiros possui a faixa vermelha a partir dos 15.000 rpm. Pilotagem noturna - Na dianteira, chama a atenção o farol duplo acoplado à carenagem. Segundo a Honda, o equipamento adota o sistema Line Beam com lâmpadas de 55W e refletores multifocais, que projetam feixe luminoso potente e constante, assegurando maior segurança, principalmente na pilotagem noturna. A CBR 600RR tem preço sugerido de US$ 22.109 (cerca de R$ 48.700, com o dólar a R$ 2,20), valor que não inclui despesas com óleo, frete e seguro.
12
DCARRO
São Paulo, segunda-feira, 21 de agosto de 2006
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 -.OPINIÃO
segunda-feira, 21 de agosto de 2006
RESENHA
NACIONAL
PESQUISA E ATRASO
Desenvolvimento agrícola se faz com doutrinas exóticas?
é serem obrigados a sair por força de mandados de reintegração de posse. Como no Brasil tudo conduz ao lobby e à rapinagem, fazendeiros espertos conseguem superavaliações de suas propriedades e vultosas desapropriações. O Incra e o Banco do Brasil conhecem bem essa história. Mas o MST não é apenas uma organização criminosa. O agronegócio, que tem sido fundamental às exportações brasileiras e motivo de orgulho, pela elevada produtividade, é o inimigo a vencer, anuncia o líder do MST, João Pedro Stédile. E o que isto tem a ver com a pesquisa? A pesquisa no Brasil concentrou-se maciçamente na Universidade e em empresas estatais. Isso se deveu especialmente à falta de incentivos à aplicação de recursos em pesquisas nas empresas privadas, à burocrática demora no
destinadas a pesquisas de técnicas de exploração de grandes extensões como, para fazê-lo, tem tripulado a direção da Embrapa com sindicalistas e petistas desclassificados para a função. Não é por mero acaso que, há menos de um ano, o MST destruiu laboratórios e plantações da Aracruz onde se desenvolviam há 20 anos estudos sobre a melhoria genética de sementes de eucalipto. A Monsanto teve igualmente destruídas sua plantação experimental de transgênicos. É assim que caminha o atraso: organizações sustentadas pelo Estado, saudosas do período stalinista, querem rever agora as pesquisas porque o desenvolvimento trabalha contra as doutrinas exóticas como é o socialismo.
Céllus
registro de novas descobertas e invenções e à baixa proteção ao direito de propriedade industrial. O assunto vai longe, mas o que é pertinente à questão em exame é o sucesso que teve o campo brasileiro graças, em grande parte, às pesquisas desenvolvidas pela Embrapa, permitindo o desenvolvimento de novas sementes, novas tecnologias de plantio, colheita e armazenamento. Transgênicos são resultado de pesquisas. O MST é contrário ao desenvolvimento de pesquisas que beneficiem a produtividade nas grandes propriedades, que são a base do agronegócio, e o governo petista tem não apenas remanejado as verbas
Novo baile na Ilha Fiscal? ROBERTO FENDT
O Renata Carvalho/Folha Imagem
J
aime Amorim, líder do MST em Pernambuco, anunciou que o movimento efetuará 135 novas invasões de terra. Diz isto com a mesma tranqüilidade com que o PCC (Primeiro Comando da Capital), organização criminosa de bandidos de São Paulo, seqüestra repórteres, mata carcereiros, incendeia ônibus e supermercados, bancos e outros estabelecimentos comerciais. Os criminosos do PCC correm, sempre, o risco de serem mortos ou presos porque estão cometendo ilegalidades. Para os invasores de propriedades rurais privadas, crime capitulado, não há preocupações. O pior que lhes pode ocorrer
auto-engano é o pior dos erros. É quando nos convencemos de que o bem nunca se acaba, o mais das vezes para evitar encarar de frente um futuro que vai ficando cada vez mais claro — e que exige de nós, agora, mudanças de curso. O ufanismo do governo e a certeza que tentam nos passar de que vivemos no melhor dos mundos possíveis, e que esse melhor dos mundos possíveis é obra dele, pode nos deixar de calças curtas mais adiante. O que ocorreria conosco se a economia dos Estados Unidos desacelerasse em 2007? Antes que se diga que meio mundo vem falando isso há mais de três anos, vale recordar alguns fatos, como acaba de fazer Stephen Roach, economista-chefe do banco Morgan Stanley. A economia mundial vem crescendo a taxas excepcionalmente elevadas. No período 20032006, a taxa média de crescimento é de 4,8% ao ano. Entre os principais fatores explicativos desse crescimento está o fato de que a economia dos EUA, que tem 25% do PIB mundial, continuar se expandindo a taxas asiáticas. China, Índia, Tigres Asiáticos e até o Japão retomando o crescimento, completam o quadro. Estamos atravessando um período de crescimento que o mundo não vê desde a década de setenta. Contudo, há sinais cada vez mais claros de que as coisas podem não continuar como estão. O crescimento recente da economia dos EUA ainda é conseqüência da reação do Fed (banco central dos EUA) à desaceleração da economia na época de Alan Greenspan. Então, as taxas de juros foram progressivamente reduzidas, até que ficaram abaixo da inflação. O Banco Central Europeu acompanhou o Fed e a taxa de juros chegou a zero no Japão. Ao mesmo tempo, impulsionada pela necessidade de gastos militares com as guerras no Afeganistão e no Iraque, a política fiscal americana tornouse francamente expansionista. A combinação de uma política monetária frouxa com uma política fiscal expansionista aumentou acentuadamente o déficit em conta corrente dos EUA e trouxe de volta a aceleração da inflação. Do outro lado do mundo, o cresci-
Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente em exercício Alencar Burti Presidente licenciado Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi
Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)
Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: , Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046
O
que é preocupante é a parte que é responsabilidade só nossa. O atual governo, com preocupações nitidamente eleitorais, criou despesas permanentes, cujo maior impacto se dará em 2007 e nos anos subseqüentes. A Previdência Social mudou seu patamar de gastos, já que o aumento de 16,7% no salário mínimo foi como uma injeção na veia das suas despesas. A expansão dos programas assistencialistas também não tem retorno. Tudo isso vem sendo custeado com o crescimento da carga tributária. Agora, com a perspectiva cada dia mais clara de desaceleração da economia mundial — com reflexos diretos em nossa própria economia — talvez não seja possível sustentar o permanente crescimento da arrecadação. Que programas serão cortados nessa eventualidade? Não dá para cortar o investimento porque o governo há muito não investe; cortará as despesas correntes? A corrupção? Será suficiente? Finalmente: quem será agora o responsável pela "herança maldita" que este governo deixará para o sucessor do presidente Lula, ou para o si mesmo, caso se reeleja? Pouco importa. Como de hábito, pagaremos a conta.
C om a perspectiva de desaceleração da economia mundial, quem paga a conta?
Segurança pede sinergia
TRECHOS DO EDITORIAL DO INSTITUTO LIBERAL WWW.INSTITUTOLIBERAL.ORG.BR
O MST quer combater o agronegócio.
mento sem precedentes da China promoveu um dos mais espetaculares aumentos dos preços das commodities no período recente. Crescendo a mais de 10% ao ano, com uma infra-estrutura deficiente e um sistema bancário à beira da insolvência, já se notam os primeiros sinais de desaceleração da economia chinesa — objetivo, de resto, do próprio governo do País do Meio. Uma desaceleração simultânea dos EUA e da China não passará em branco para as perspectivas de crescimento da Índia. Esses desenvolvimentos obviamente trarão conseqüências para o governo que se instalar em 2007 no Brasil. Por um lado, de forma inevitável: o mundo inteiro depende do mundo inteiro e não há nada a fazer a respeito. Parte expressiva do nosso medíocre crescimento vem sendo ditada pelo setor externo.
DIMAS DE MELLO PIMENTA II
A
nte as ondas de ataques do crime organizado, é legítimo que empresas e pessoas recorram a serviços particulares de segurança. A indústria de segurança eletrônica, abrangendo controle de acessos, catracas, câmeras e sistemas integrados de alta tecnologia, cresce 10% e movimenta US$ 920 milhões por ano no Brasil, onde sua expansão tem sido maior do que a média mundial. Em todo o planeta, o faturamento do setor é estimado em US$ 30 bilhões/ano, podendo chegar a US$ 100 bilhões, segundo o Escritório Comercial dos Estados Unidos. Os números da segurança privada, em especial no Brasil, denotam a justificada preocupação da sociedade com a violência e a criminalidade, cujas estatísticas, infelizmente, continuam assustadoras. O problema exige ações articuladas de todas as instâncias governamentais, Congresso Nacional, Justiça, polícia e sociedade civil. Esta sinergia é imprescindível para que a Nação consiga vencer o desafio. Sua complexidade também implica soluções de longo prazo, incluindo o resgate da dívida social, que alimenta a violência e é caldo de cultura para o recrutamento de jovens pelo crime organizado. É num cenário de violência que cidadãos e empresas buscam a segurança privada, procurando auto-suprir, da melhor forma possível,
um direito que o Estado há muito não consegue garantir à sociedade. No caso específico das empresas, nas quais o conceito de segurança eletrônica associa-se cada vez mais ao controle de acesso, a responsabilidade é grande por parte dos gestores e/ou executivos encarregados da compra, instalação e gerenciamento dos sistemas. Afinal, está-se lidando com o patrimônio humano e físico das organizações. Considerada tal premissa, torna-se muito claro o risco decorrente de investimentos equivocados na contratação de serviços e compra de equipamentos e software. Ou seja, o aparato tecnológico deve, necessariamente, ser adequado.
H
á um aspecto nem sempre levado em conta nos processos de implantação de sistemas de controle de acesso e segurança: todo programa dessa natureza somente será eficaz se os colaboradores da empresa tiverem o devido treinamento e forem conscientizados sobre a importância de respeitar os procedimentos recomendados. Esta vinculação é bastante lógica, pois a eficiência dos sistemas será proporcional à somatória da qualidade da tecnologia e do engajamento do quadro de funcionários à causa da segurança, comum a todos os cidadãos. DIMAS DE MELLO PIMENTA II, É PRESIDENTE DA DIMEP E DIRETOR DO DEPARTAMENTO SINDICAL DA FIESP.
A indústria de segurança cresce 10% e movimenta US$ 920 mi por ano
JOÃO DE SCANTIMBURGO
ELEITORADO E CANDIDATO
P
erdoe-me o editor de Veja se vou contrariar o seu otimismo sobre a provável decisão do pleito de outubro próximo. A gentil eleitora Gilmara Cerqueira pode retratar o eleitor, mas ela não terá essa visão da pequenina Irará, cidade onde mora. Considero-me mais realista e vejo em Lula o vitorioso do pleito futuro. Recebe votos o candidato já sobejamente conhecido. É o caso de Lula. Mas reconheço que Geraldo Alckmin vai ter a oportunidade de fazer sua propaganda e conquistar os grotões desconhecidos.
D
isse-me Juscelino Kubitschek, poucos dias antes de morrer, que havia uma eleição mais dura de ser vencida que a da Presidência, a da Academia Brasileira de Letras, onde ele perdeu a eleição para Bernardo Élis. Alckmin, que vai disputar pela primeira vez a Presidência da República, conta muito com a televisão para fazer a sua propaganda e penetrar em terras desconhecidas, como me disse Gabriel Chalita, um de seus homens de visão para o pleito que se aproxima. Em suma, a sorte está lançada e na minha opinião é favorável a Lula, que pôde disputar a reeleição sem deixar o poder.
A
companho a eleição presidencial desde a campanha de 1945. Tinha, então, certeza que o Brigadeiro Eduardo Gomes ganharia do candidato quase mudo, o marechal Eurico Dutra. Ganhou o candidato que tinha o apoio de Getúlio Vargas e do eleitorado que o seguiria - e também à sua CLT - onde quer que ele fosse. Anunciava-se o resultado muito antes do pleito se realizar. Sabia-se que Juscelino seria eleito, que Jânio Quadros seria eleito, que os generais distribuiriam o poder segundo suas simpatias, que José Sarney seria mantido no poder, e assim por diante, até os nossos dias. Em conclusão, considero necessárias as sondagens de opinião, que não sejam contudo consideradas impositivas. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
G Recebe
votos o candidato já sobejamente conhecido. Vejo em Lula o vitorioso.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 21 de agosto de 2006
Indicadores Econômicos
7
2,147
reais é quanto vale um dólar comercial para venda, de acordo com a cotação de sexta-feira.
18/8/2006
Informe Publicitário
FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Fundo Empresarial LP Lastro Performance LP Múltiplo LP Esher LP Master Recebíveis LP
Posição em: 16/08/2006 16/08/2006 16/08/2006 16/08/2006 16/08/2006
P.L. do Fundo 7.875.668,20 1.417.843,72 7.441.655,18 11.614.391,89 1.091.004,79
Valor da Cota Subordinada 1.155,986241 1.065,106480 1.139,641270 1.096,812030 1.059,879032
% rent.-mês 2,1669 1,0201 1,6742 -0,8172 0,7085
% ano 18,3235 6,5106 13,9641 9,6812 5,9879
Valor da Cota Sênior 0 1.069,789640 1.081,520021 0 0
% rent. - mês 0,6582 0,7171 -
% ano 6,9790 8,1520 -
rating A+(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)
DC
COMÉRCIO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 21 de agosto de 2006
3
Política LULA IGNORA
Se eu tivesse tanta gente assim gritando meu nome eu já estaria eleito. Presidente Lula, diante da militância de João Paulo Cunha.
Mário Angelo /Folha Imagem
COMPANHEIROS MENSALEIROS
No palanque, em Osasco, os petistas da linha de frente: Mercadante, Lula, Aldo Rebelo e Emídio de Souza. Clayton de Souza /AE
ALCKMIN: 'LULA DEU AS COSTAS AO POVO'.
O
candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, classificou de "descabida" as declarações de seu rival, Luiz Inácio Lula da Silva, e disse que na realidade o presidente deu as costas ao povo brasileiro, à Justiça e aos bons costumes, a partir do momento em que trabalhou ao lado de vários parlamentares e assessores envolvidos em escândalos de corrupção, lembrando do caso Waldomiro Diniz, do mensalão e dos sanguessugas. Ontem, Alckmin participou de almoço promovido por devotos da Irmandade de São Benedito, na Casa Verde, comeu feijoada e dançou com uma aposentada ao som de "Meu ébano", da cantora Alcione, na quadra da escola de samba Império da Casa Verde (Zona Norte da capital). Heloísa – A candidata do PSol à Presidência, Heloísa Helena, participou da 21ª Romaria da Terra do Paraná, em Tamarana – organizada pela Pastoral da Terra, que alerta para a pobreza no campo. "Só existe ocupação de terra quando existe governo incompetente, irresponsável, insensível e incapaz de cumprir a Constituição e fazer a reforma agrária. Por isso existe a violência no campo. Nós seremos capazes de discutir com os movimentos sociais uma política clara de reforma agrária no Brasil", garantiu. (Agências)
Alckmin samba na quadra do Império da Casa Verde Josoé de Carvalho / AE
Heloísa participa de Romaria da Terra em Tamarana
TRIBUNAIS PROTEGEM A 'REPUTAÇÃO DO PT'. PSDB é proibido de falar em baixaria e infâmia. Artigo 'Não vote em mensaleiro' é censurado.
A
tendendo a liminar proposta pela Coligação Melhor para São Paulo (PT-PC do B-PL-PRB), o juiz Percival Nogueira determinou a retirada das expressões "baixaria", "infâmia" e "mentirosos" do site de campanha do candidato do PSDB a governador de São Paulo, José Serra. O juiz entendeu que as expressões eram ofensivas ao candidato petista ao governo do Estado, senador Aloizio Mercadante, ao PT e aos filiados do partido. A liminar foi concedida para determinar a retirada de matéria publicada no site. Cabe recurso ao Tribunal Regional Eleitoral. Transparência Brasil – Em outra decisão, o juiz auxiliar Percival Nogueira determinou, na sexta-feira, a retirada de trecho do artigo "Não Vote em Mensaleiro", publicada em página da Associação Transparência Brasil, na internet. De acordo com a decisão, o artigo traz a expressão "e outros animais da mesma família", ao se referir a mensaleiros e vampiros", e pode ser considerada
ofensiva. Segundo Nogueira, "embora seja aceitável a indignação cívica do autor do artigo, não se pode permitir que se passe ao extremo de chamar os ‘mensaleiros’ de ‘animais’, veiculando mensagem degradante em site de grande alcance e repercussão popular". Dessa decisão também cabe recurso ao TRE. Lula em campanha – Em defesa protocolada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou que sua visita à sede do Banco do Brasil, na última quarta-feira, tenha sido um ato de campanha. A representação contra ele foi apresentada por um eleitor, que se baseou em notícias de jornais. Com o argumento de que não se pode impedir "que um governante governe", os advogados de Lula sustentaram que matérias jornalísticas não podem ser consideradas provas, indícios ou circunstâncias dos fatos, "pois são instrumentos de formação de opinião, muitas vezes tendencionais e parciais". (AOG)
Ainda à sombra do escândalo do mensalão, deputados petistas que tiveram seus nomes envolvidos no esquema deixaram o presidente e candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva, numa tremenda saia-justa durante sua campanha em São Paulo, neste final de semana. João Paulo Cunha e Professor Luizinho levaram claques para os comícios. A militância chegou a insistir para que eles fossem chamados ao palanque em Diadema, no sábado à noite (reduto de Luizinho), e ontem em Osasco (reduto de João Paulo). Lula não atendeu ao apelo do público . Nem sequer citou os colegas. Manteve-se em larga distância.
A
o tentar se manter distante do foco das denúncias de corrupção que recaíram sobre seu governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrentou neste fim de semana uma saia-justa por causa da presença, em seu palanque, de dois parlamentares envolvidos no escândalo do mensalão: os deputados federais João Paulo Cunha (PT-SP) e Professor Luizinho (PT-SP). Nitidamente constrangido, o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha tentou passar despercebido no comício, ontem em Osasco. No palanque, ficou atrás da fileira de convidados. Acusado de receber dinheiro do mensalão, o deputado não renunciou ao cargo e foi absolvido em votação na Câmara. (Leia matéria especial sobre a campanha dos mensaleiros na página 5). Voz do povo– Depois de quase 40 minutos falando a 2 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, e diante de um público que implorava a presença de João Paulo no palanque, Lula disse: " Se eu tivesse tanta gente assim gritando meu nome eu já estaria eleito". Neste instante, o deputado não era mais visto entre os convidados. Segundo assessores, Lula e João Paulo conversaram
rapidamente antes do comício. João Paulo teria aconselhado Lula a não chamá-lo para evitar constrangimento. Em Diadema, sábado, Professor Luizinho chegou a ser ovacionado enquanto discursava antes da chegada do presidente. Mais tarde, Lula, com microfone na mão, pediu votos para eleger uma "bancada forte", mas não fez qualquer citação ao colega petista, cujo reduto eleitoral é justamente no ABC paulista. Azul predomina– Tanto em Diadema quanto em Osasco os palanques usados tinham o azul como cor predominante. A bandeira do PT perdeu espaço. Pequenas estrelas com o número 13 podiam ser vistas apenas na lateral do palco. No centro do palanque, uma foto de Lula ao lado de um garoto. Em Osasco, Lula disse que não responderá a provocações ou a ataques: "Meus adversários podem provocar e baixar o nível da campanha. Eles podem colocar quantas denúncias quiserem. Não moverei nenhuma palha contra eles, porque eu sei que vocês moverão o paiol inteiro contra eles". Lula criticou ainda a declaração do candidato do PDSB ao governo de São Paulo, José Serra, que atribuiu à migração o baixo desempenho do ensino
público no Estado. " Todos sabem que sou nordestino e que devo tudo a São Paulo. Mas não posso admitir gente que vai na tevê vomitar preconceitos contra o povo nordestino que tanto ajudou a construir este Estado. Talvez eles achassem que, para ser presidente, deveria nascer em berço de ouro ", disse Lula, para quem Serra concorre já de olho na eleição presidencial de 2010. Contra Alckmin, Lula disse que o presidenciável do PSDB preferiu investir na construção de unidades da Febem, deixando o sistema educacional de São Paulo em segundo plano: "Fizemos no ano passado a Prova Brasil, envolvendo 41 mil escolas e 3,5 milhões de alunos da 4º e da 8º séries. Sabe o que aconteceu? São Paulo não participou. Talvez, com medo, porque o discurso da qualidade do ensino que eles fizeram a vida toda talvez não aparecesse na prova". Lula ainda retomou a rixa com o senador Arthur Virgílio (PFL-AM), candidato ao governo do Amazonas que aperece nas pesquisas com 3% de intenção de votos. Depois de lembrar que Virgílio foi à tribuna do Senado e ameaçou lhe bater, Lula disse: "O povo está sabido e sabe distinguir verdade de mentira". (Agências)
8
Tr i b u t o s Finanças Comércio Exterior Empresas
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 21 de agosto de 2006
Visitei várias cidades da China, mas preferi fazer negócios com Shezen pela qualidade dos produtos. Daniel Borrelly, da Beatrade
ECOPÁTIO RECEBERÁ 3,5 MIL CAMINHÕES
Marcos Fernandes/Luz
EMPRESA QUER MODERNIZAR PÁTIO EM SANTOS A Ecopátio vai apresentar projeto ao BNDES que prevê agilidade nos processos
O
Ecopátio Logística Limitada, empresa do Grupo Ecorodovias (concessionária de estradas) apresenta hoje ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) um ambicioso projeto orçado em R$ 90 milhões para modernizar e dar eficiência máxima a um estacionamento de 443 mil metros quadrados, que pode abrigar 3,5 mil caminhões, junto ao Porto de Santos (SP). Se tudo correr como o previsto, já que a parte ambiental está praticamente aprovada, o projeto estará concluído no máximo em um ano, informou Ricardo Luiz Napoleão, gerente de Operações do Ecopátio, e m re u n i ã o n o C o m i t ê d e Usuários dos Portos e Aeroportos do Estado de São Paulo (Comus), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), na quinta-feira passada. Napoleão disse que o projeto dará maior segurança, menor espera aos caminhões, agilidade a embarques e desembarques, além de desafogar as cidades de Santos e Guarujá das filas de espera dos caminhoneiros. Ele terá impacto positivo também no custo do frete e dos seguros. Rastreabilidade – A implantação prevê que R$ 80 milhões serão aplicados em pavimentação, esgotos, edifica-
ções para administração e postos de atendimento ao caminhoneiro. Os R$ 10 milhões restantes irão para a instalação de um avançado sistema de tecnologia da informação aplicada em sistemas de rastreabilidade, adequada à realidade brasileira. "O custo não pode inviabilizar sua operação", enfatizou o gerente. Por isso, o Ecopátio – assumido pela Ecorodovias, em abril
90
milhões de reais serão necessários para que o estacionamento fique mais moderno e eficiente
passado – vai customizar cada operação, ou seja, adequá-la às necessidades de cada cliente. Atualmente, pelo Ecopátio passam caminhões que transportam essencialmente açúcar a granel, farelo de laranja e soja. A idéia central do projeto é manter o caminhão parado o mínimo possível no estacionamento, para otimizar o frete. Assim, o Ecopátio vai investir
também em uma "central de frete" para que um caminhoneiro não retorne do porto para sua base "vazio", como ocorre hoje em 60% dos casos. Permanência – De abril para cá, o Ecopátio conseguiu a marca de três a quatro horas médias de permanência de um caminhão no estacionamento; o máximo de seis horas em um dia de chuva. "Ao custo de R$ 8 por seis horas", afirmou Napoleão. Essa marca deverá melhorar, com o tráfego do caminhão/carga monitorado desde o ponto de partida até a descarga no porto. Além disso, a adoção dessa tecnologia deverá reduzir os gastos com seguro de cargas e pessoas ao evitar, além da espera no estacionamento, acidentes e roubos. Luís Vitiritti, gerente de riscos da Itaú Seguros, confirmou que, em alguns casos, o potencial de perdas caiu até 70% com o sistema de rastreamento. Deu como exemplo uma empresa têxtil que conseguiu desembolsar com seguros, em 2005, apenas um sexto do que há dez anos. Para José Cândido Senna, coordenador do Comus, esses investimentos ajudam a racionalizar e dar maior competitividade ao Porto de Santos, com enorme benefício para o avanço do comércio exterior brasileiro.
No alto, chinesa de Shenzen mostra um pouco da cultura oriental, em reunião com empresários no Hotel Renaissence, em São Paulo. Acima, o prefeito da cidade, Li Hongzhong, é recebido pelo coordenador da SP Chamber, Alfredo Cotait Neto. Shenzen tem cerca de 20 mil investidores e empresas estrangeiras instaladas.
Sergio Leopoldo Rodrigues
Botsuana quer se aproximar do Brasil
D
esde o começo do ano, o superávit brasileiro nas relações comerciais com Botsuana foi de apenas US$ 2,3 milhões. Um número insignificante perto do total da corrente comercial do País, mas significa o dobro do registrado no mesmo período do ano passado, US$ 1,1 milhão, segundo a Câmara de Comércio Afro-Brasileira. O crescimento dos negócios e seu potencial futuro estiveram na pauta do encontro ocorrido na última quinta-feira na Associação Comercial de São Paulo (ACSP) entre uma delegação de empreendedores de Botsuana, a São Paulo Chamber of Commerce da ACSP e empresários paulistas. Botsuana, país que faz fronteira com a África do Sul, exporta diamantes, carne e níquel de cobre. E precisa importar maquinário elétrico, produtos de alimentação e bebidas. "Chegou a hora de afinarmos parcerias e aproximarmos os dois países pelo comércio", disse o coordenador da São Paulo Chamber of Commerce da ACSP, Hélio Nicoletti. "E estudarmos as áreas de oportunidades para vários empreendimentos."
Estratégia – Na estratégia de aproximação entre Brasil e Botsuana, um dos planos do governo do país africano é diversificar sua economia para depender menos da mineração. "Queremos nos concentrar nas áreas em que temos vantagem competitiva e queremos que o Brasil seja nosso parceiro", afirmou o gerente de Promoção para a Exportação da Botswana Export Development and Investment Authority (Bedia), Kgakgamatso Moloi. A entidade ajuda a promover joint ventures, a captar parceiros para exportação e importação entre países amigos da Botsuana e a atrair investimentos de capital estrangeiro para a nação africana. "Alguns setores são prioridade e precisam ser desenvolvidos, como as áreas têxtil, o turismo e manufatura de couro." Moloi vê o agrobusiness como um ramo de grandes oportunidades para os brasileiros. Na delegação botsuana também esteve presente o ministro das Relações Exteriores botsuano, Mompati Meraphe. Além de ter 1,7 milhão de habitantes, possíveis consumidores para os produtos brasileiros, Botsuana integra a Sou-
Andrea Felizolla/Luz
À esquerda, Hélio Nicoletti recebe ministro das Relações Exteriores botsuano, Mompati Meraphe. Chegou a hora de buscar parcerias entre as nações.
thern African Customs Union (Sacu), que reúne cinco países e 5 milhões de pessoas, e a Southern African Development Community, com 14 países e 200 milhões de potenciais consumidores. Esses acordos garantem o livre comércio regional, como o Mercosul, e funcionam como uma extensão do mercado botsuano para os empresários brasileiros. Parcerias – Na reunião na ACSP, diversos pequenos e grandes empreendedores brasileiros buscaram fechar negócios com botsuaneses. Um deles era a Sadia, que já exporta para a África do Sul e quer vender também para Botsuana. As transações entre empresários das duas nações já começaram a ocorrer. "Estamos negociando móveis, alimentos e bebidas", contou Manoel de Paula, da empresa Bassam Brasil. E os botsuanos também se mostraram otimistas. "É o primeiro encontro, mas devemos fechar negócio logo, logo", garantiu o diretor da Patouk’s Investiments, Bakang Sethole. Mais informações sobre Botsuana podem ser obtidas no site: www.bedia.bw. Sonaira San Pedro
Delegação de Shenzen visita ACSP
E
m julho, o Brasil exportou US$ 1,06 bilhão para a China e bateu o recorde mensal histórico de vendas para o país oriental, segundo a Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico. (CBCDE). Por conta do elevado número de negociações comerciais entre esses dois países, uma delegação comercial da cidade chinesa de Shenzen veio ao Brasil para visitar órgãos governamentais e entidades como a Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Shenzen, uma das cidades chinesas que mais faz negócios com o País, é responsável por 13% das exportações totais da China. Nos primeiros cinco meses deste ano, o comércio bilateral entre Shenzen e o Brasil movimentou US$ 336 milhões, e registrou um crescimento de 93% em relação ao mesmo período do ano passado. No último ano, as exportações brasileiras para a cidade chinesa cresceram 159% e as importações, 78%. Shenzen é forte nos setores de informática, eletrônicos, jóias, bijuterias, vestuário, couro e maquinários em geral, e sua economia está totalmente voltada para o comércio internacional. Metade da produção mundial de óculos e um terço da fabricação de relógios saem da região. "O fato de fazermos divisa
com Hong Kong nos beneficia muito nas negociações com outros países", disse o prefeito de Shenzen e chefe da delegação, Li Hongzhong. "Há cerca de 20 mil empresas e investidores estrangeiros com sede na cidade, o que mostra como tratamos essas companhias. Redução de impostos é um dos benefícios que oferecemos." Durante a visita da delegação ao Brasil, Hongzhong encontrou-se com o vice-presidente da ACSP e coordenador da São Paulo Chamber of Commerce, Alfredo Cotait Neto. Na ocasião, ficou determinado que uma missão de empreendedores brasileiros deve ir à China em novembro e visitar a cidade, disse Cotait. "Os chineses se mostraram muito interessados nos produtos alimentícios do Brasil, na cultura e no turismo." Recordes – Para o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Ivan Ramalho, o crescimento das vendas do Brasil para os chineses deve continuar batendo recordes históricos. "A estimativa é de que, em 2006, a corrente comercial entre essas duas nações ultrapasse US$ 15 bilhões", afirmou. Para chegar a esse dado, o secretário-executivo estima que haverá um crescimento de 42% nas relações comer-
ciais entre brasileiros e chineses no primeiro semestre do ano que vem, em relação à mesma época deste ano. "Os chineses são nossos terceiros parceiros comerciais, atrás apenas dos americanos e argentinos", disse Ramalho. Na China, é a cidade de Shenzen que se destaca quando o assunto são negócios com empreendedores brasileiros. Lá, as empresas e investidores estrangeiros têm direito a isenção de impostos por dois anos, além de outros benefícios fiscais oferecidos por períodos mais longos. Informática – Quem está investindo nessa cidade chinesa é o empresário Daniel Borrelly, diretor da Beatrade. Ele fez uma parceria com um empreendedor chinês e, juntos, abriram uma empresa sino-brasileira, para importar acessórios de informática para o Brasil. As mercadorias começaram a chegar a São Paulo no mês de novembro do ano passado, e os pedidos aumentam conforme o crescimento das vendas. "Visitei algumas fábricas na China e escolhi fazer negócios em Shenzen pelos bons preços e qualidade dos produtos", contou Borrelly. "Às vezes, temos a impressão de que a China é muito longe, mas posso garantir que somos vizinhos de apenas mil milhas de distância." Sonaira San Pedro
4
Senado Congresso Eleições CPMI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 21 de agosto de 2006
São boas as músicas compostas para adocicar as imagens deles? Fraquíssimas! Aquiles Rique Reis
HORA DE AVALIAR A PROPAGANDA POLÍTICA
O MECANISMO USADO PARA ATINGIR O INCONSCIENTE DO ELEITOR
Eymar Mascaro
INDIGESTÃO
JINGLE POLÍTICO. L MÚSICA PARA ILUDIR.
ula e Alckmin continuam embaraçados porque não conseguem encontrar o mote ideal para abordar o tema da segurança nas suas campanhas de televisão. Os dois consideram o tema desgastante e jogaram o abacaxi para os coordenadores de suas campanhas descascarem. Mais segurança é uma das principais reivindicações dos eleitores, sobretudo os que moram em São Paulo e no Rio. A violência cresceu no País todo, mas o caso é mais grave em São Paulo devido à presença do crime organizado. O tema será oportunamente veiculado na televisão por Lula e Alckmin.
Por Aquiles Rique Reis
POLÍTICA Alckmin continua convencido de que as ações do crime organizado em São Paulo são contra sua candidatura. Para o tucano, são ações de ordem política com o objetivo de atingi-lo.
COMO FOI
M
úsica é sinônimo de vida e qualquer forma de e x i s t ê n c i a r equer sons para melhor se expressar. O que não dizer então do horário político na televisão e no rádio ? A partir de agora os eleitores escolhem seus candidatos a Presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual. Quase sempre muito simples, às vezes simplórios, os jingles vendem ilusões, sonhos. Servem como pano de fundo que busca atingir o inconsciente de quem os ouve. Dada a sua repetição exaustiva, qualquer jingle tem grande possibilidade de penetrar nos ouvidos e se instalar em nosso imaginário. Quem não é capaz de recordar reclames que nos marcaram a vida? Os marqueteiros políticos usam a música para adornar as
propostas com as imagens de seus candidatos. Não importa que sejam mentirosas, vazias: o eleitor precisa ser iludido, convencido, e nada como uma boa musiquinha para fazer com que ele se lembre do número do candidato em quem deverá votar. Dentre os candidatos à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT, PCdoB, PRB) vem com um xaxado de João Santana e Kapenga: "Não adianta tentar me calar...". Geraldo Alckmin (PSDB-PFL) vem com um forró de Dominguinhos ("Aperte a mão do Geraldo, minha gente") e a marchinha "Não pro mensalão...". Tem José Maria Eymael (PSDC) com seu indefectível "Ei, Ei, Eymael". Cristovam Buarque (PDT) – "O presidente da educação" – e Heloísa Helena (PSol) – "Não vote nulo, vote nela", com sons incidentais.
Dentre os candidatos a governador de São Paulo, o tucano José Serra vem com um samba, à la Adoniran Barbosa, cantado ao jeito dos Demônios da Garoa: "São Paulo tá querendo Serra...". O petista Aloizio Mercadante: "São Paulo tem jeito...". E o peemedebista Orestes Quércia: "Quero olhar nos olhos dos meus filhos...", ambos com funks ao gosto dos "mano" da periferia. Já os candidatos ao Senado, Guilherme Afif Domingos (PSDB – PFL) vem com uma marchinha: "São Paulo quer um homem batalhador...". Eduardo Suplicy (PT – PCdoB) "Não dá pra ficar sem ele", e Alda Marco Antonio (PMDB) "A senadora da família", se valem de sons incidentais. O PRONA, do sr. Malek ("Meu nome é..."), vem novamente com Beethoven. São bons os jingles dos can-
didatos? São ótimos! Afirmo. São boas as músicas compostas para adocicar as imagens deles? Fraquíssimas! Há diferença entre a música de Dominguinhos e a de João Santana e Kapenga? Sim! Dominguinhos compôs música melhor do que a da dupla. E quanto ao samba de Serra? Como samba é fraco; como peça publicitária é extremamente funcional. E os funks de Mercadante e Quércia? O feito para o candidato do PT é melhor, mas como funk nenhum tem nada a ver. E os tais sons incidentais? Pobres, franciscanamente pobres. Quanto às marchinhas de Afif e Serra... Ora, como todos os demais, funcionam, digamos, profissionalmente. Mas poucos são os que transcendem este desígnio e ficam para a posteridade. Aquiles Rique Reis é vocalista do MPB4
TERMINA HOJE PRAZO PARA SANGUESSUGAS RENUNCIAREM
Reunião Plenária (informações, debates e busca de soluções)
Convidado Especial
Gilberto Kassab Prefeito de São Paulo
Participação Secretário dos Transportes Metropolitanos
Jurandir Fernando Ribeiro Fernandes Presidente do Metrô
Carlos Frayze David TEMA: Uma Visão de São Paulo Dia: 21 de agosto de 2006, segunda-feira Horário: às 17 horas Local: Rua Boa Vista, 51 - 9º andar
O
s deputados acusados de participação no esquema dos sanguessugas tem até às 20h de hoje para renunciar se quiserem escapar da abertura de processo por quebra de decoro parlamentar. A expectativa de lideranças da Câmara e do Conselho de Ética é que pouco mais de 10% dos 69 denunciados no relatório parcial da CPMI dos Sanguessugas abra mão de seus mandatos. Integrante da cúpula da Câmara – que, nos últimos dias, conversou com ao menos 30 parlamentares acusados – calcula que sete podem renunciar: Nilton Capixaba (PTBRO), Marcelino Fraga (PMDBES), César Bandeira (PFLMA), Benedito Dias (PP-AP), Carlos Nader (PL-RJ), João Caldas (PL-AL) e Reginaldo Germano (PP-BA). O presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PTBSP), vai instaurar o processo contra os deputados envolvidos com a máfia dos sanguessugas amanhã, às 10h30. Até sexta-feira, só Coriolano Sales (PFL-BA) havia apresentado renúncia. Ele não quis arriscar a chance de assumir a prefeitura de Vitória da Conquista. Segundo colocado em 2004, Sales processou seu adversário por abuso do poder econômico e aguarda o resultado a seu favor. (AE)
Segundo a CPI do Roubo de Cargas, o crime organizado teria começado a se instalar em São Paulo, na região de Campinas, na época em que era governador Franco Montoro (PMDB), com a implantação da política de humanização nos presídios paulistas.
reeleição do governador Lúcio Alcântara (PSDB) não projetaram o nome de Alckmin. Espalha-se pelo Estado a campanha da dobradinha Lu-Lu.
PREGAÇÃO Dirigentes do PSDB e PFL deram a ordem para que as campanhas estaduais de seus candidatos vinculem também o nome de Geraldo Alckmin. Os dirigentes detectaram que apenas os nomes dos candidatos a governador estão sendo veiculados em alguns estados.
NACIONAL Quando abordarem o tema na televisão, os tucanos vão lembrar que a segurança também é uma atribuição do governo federal, que não estaria combatendo nas fronteiras, por exemplo, o contrabando de armas.
QUEDA
TAREFA
Atribui-se, entre tucanos, ao "efeito PCC" a causa da queda de Geraldo Alckmin nas pesquisas, no último mês. O tucano caiu em quase todas as regiões, incluindo São Paulo (áreas do ABCD e Campinas).
Tucanos mineiros trabalham para desfazer a onda de petistas que tentam disseminar pelo Estado o voto em Aécio Neves para governador e Lula para presidente. Minas tem 13 milhões de eleitores e é o 2º maior colégio do País.
SETORIAL
SANGUESSUGAS
No Sul do País (Rio Grande, Paraná e Santa Catarina), com cerca de 20 milhões de eleitores, Alckmin sofreu uma baixa de oito pontos e, no Sudeste (50 milhões de votos), sua queda foi de seis pontos.
Presidente do Conselho de Ética da Câmara, Ricardo Izar, prometeu instaurar, amanhã, os processos de cassação dos 69 deputados acusados de envolvimento com o escândalo sanguessuga.
AJUDA
Além dos 69, uma outra lista envolve outros 27 deputados implicados com a venda de ambulâncias superfaturadas. A lista foi encaminhada ao STF pela Procuradoria-Geral da República pedindo abertura de inquéritos contra os novos denunciados.
Apesar de ser um dos coordenadores de campanha de Alckmin no Rio (11 milhões de votos), o prefeito César Maia continua incentivando a candidatura de Heloísa Helena (PSol) em seu blog. Heloísa ocupa o 2º lugar nas pesquisas feitas no Estado.
MAIS 27
APOIO
RIGOTTO
Continuam as conversações entre emissários do PT e do candidato do PMDB ao governo do Rio, Sérgio Cabral, líder nas pesquisas. Os petistas tentam o apoio de Cabral a Lula ainda no 1º turno.
Pesquisa do Ibope para as eleições a governador do Rio Grande do Sul mostram o atual governador e candidato à reeleição, Germano Rigotto, na liderança e sete pontos à frente do candidato do PT, Olívio Dutra.
NÚMEROS O PSDB examina novos números de pesquisas que chegaram do Nordeste, região que preocupa demais o partido porque Lula tem conseguido arrancar mais de 60% de índice de intenção de voto.
ALERTA O tucanato continua de olho no Ceará, porque os primeiros programas de campanha na tevê à
SOBE E DESCE Há cerca de dois meses eles estavam empatados. Rigotto passou de 26% das intenções de voto na pesquisa estimulada para 28%, enquanto Olívio caiu dos mesmos 26% da pesquisa anterior para 21% na última. Também cresceu quatro pontos a candidata do PSDB, Yeda Crusius, que passou de 11% para 15% das intenções de voto.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
8 -.INTERNACIONAL/OPINIÃO
situação na terrinha anda tão deprimente que se tornou uma questão de auxílio humanitário lembrar aos brasileiros, de tempos em tempos, que o nosso país não tem o monopólio da patifaria universal. A propaganda anti-religiosa espalhada por ONGs milionárias, por intelectuais ativistas e pela mídia chique nos EUA tem apelado a expedientes tão mesquinhos, tão sórdidos, que às vezes chego a me perguntar se não fui demasiado impiedoso com os vigaristas nacionais em O Imbecil Coletivo. O artigo que reproduzo abaixo foi escrito originariamente em inglês para um público americano, mas, tão logo botei nele um ponto final, achei que seria útil para os meus compatriotas, não só pelo que informa da guerra cultural nos EUA, mas por fornecer um exemplo de como as sociedades altamente desenvolvidas são também altamente desenvolvidas no que não presta. Espero que sirva de consolo aos leitores do noticiário nacional da semana. O motivo que me levou a escrevê-lo foi um artigo cheio de golpes baixos publicado pelo prestigioso biólogo Jerry Coyne em The New Republic, uma revista esquerdista que, em geral, é anormalmente decente. O autor da coisa, irritado com a articulista conservadora Ann Coulter, tentava desmoralizá-la esfregando no nariz dela suas credenciais acadêmicas de professor da Universidade de Chicago; mas, levado pelo ódio emburrecedor, acabava apresentando argumentos que fariam corar de vergonha o próprio dr. Emir Sader, se não padecesse de icterícia mental. A sra. Coulter disputa com Rush Limbaugh e Michael Savage o primeiro lugar na lista dos colunistas mais odiados pelo establishment de esquerda. O currículo que ela apresenta para isso constitui-se de uma língua ferina vitaminada por um senso de humor desconcertante e uma capacidade de pesquisa fora do comum. Além disso, como a mulher é bonitona, fica mais irritante ainda. Sua popularidade cresceu a tal ponto que uma fábrica de brinquedos fez dela o modelo para uma bonequinha da série Barbie: você aperta a barriguinha dela e ela diz coisas horríveis contra os esquerdistas. O prof. Coyne ficou especialmente revoltado com o último livro da sra. Coulter, Godless: The Church of Liberalism, “Os Sem Deus: A Igreja do Esquerdismo” (Crown Forum, 2006), que submete a seita esquerdista-materialista-evolucionista a um tratamento tão sádico quanto merecido. Para insinuar que a dona estava enfeitiçada, o cientista de Chicago deu a seu artigo de protesto o título trocadilhesco de “Coultergeist” e anunciou solenemente sua intenção de exorcizar a sra. Coulter mediante a água benta da sua erudição biológica. Infelizmente, a raiva foi tanta que o capeta acabou se apossando é da mente do professor, induzindo-o a exibições de raivinha mais próprias da inveja feminina do que da investigação científica. Mas não pensem que esse artigo constitui uma exceção aberrante. O que me chamou a atenção nele foi, ao contrário, a sua tipicidade: querendo contestar o retrato cruel que Ann Coulter fizera da tribo intelectual esquerdista, o prof Coyne o ilustra com exatidão milimétrica. Esperei uns dias e, como ninguém respondesse ao professor, resolvi fazê-lo eu mesmo, escrevendo, a duras penas, em língua de gringo, que aqui retraduzo em português: O modo de raciocínio do prof. Coyne Ao comentar o artigo do prof. Jerry Coyne, “Coultergeist” (The New Republic, online, 31 july 2006) não tentarei defender Ann Coulter -- eu poderia antes tomar lições dela sobre como defender-me a mim mesmo. Nem prodigalizarei aos gentis leitores as minhas eruditíssimas opiniões sobre evolução, design inteligente, etc., pela simples razão de que não tenho nenhuma. Concedendo à minha irresoluta pessoa o direito de permanecer em dúvida em questões nas quais as certezas absolutas são tão abundantes hoje em dia, deixarei de lado essas altas matérias, limitando-me a enfocar alguns dos argumentos do prof. Coyne, os quais ilustram de maneira muito didática como a profunda ignorância de um assunto não é jamais obstáculo a que alguém o discuta com elevada autoridade científica. De modo geral, boa parte da atividade acadêmica hoje em dia consiste em delimitar com cuidadosa precisão as fronteiras de um campo especializado de pesquisas e, com base na autoridade adquirida no seu estudo, dar opiniões sobre tudo o mais. Como tarimbado professor de ecologia e evolução da Universidade de Chicago, o prof. Coyne está habilitado a afirmar que faltam à sra. Coulter as habilidades acadêmicas requeridas para a discussão desses assuntos. Mas, das 2432 palavras do artigo que ele escreveu contra ela, só 179 são argumentos científicos especializados. Ao longo das restantes 2253, o prof. Coyne, que tão modestamente se furtou a nos oferecer uma exibição plena da sua alegada superioridade profissional, presenteia os leitores com suas idéias sobre história, filosofia, política e religiões comparadas, entre outros campos nos quais suas credenciais acadêmicas são tão minguadas quanto as da sra. Coulter em biologia. A falta de educação acadêmica numa área especializada não é em si prova de ignorância total nessa área. O que distingue o prof. Coyne é que ele condensa na sua pessoa ambas essas carências ao mesmo tempo. Ele realmente não sabe nada de assuntos que não pertencem à sua esfera de competência universitária, e esta é precisamente a razão pela qual ele imagina que pertencem. O seguinte parágrafo fornece um exemplo do que estou dizendo: “O erro de igualar o darwinismo a um código de conduta leva Coulter a formular a sua acusação mais idiota: a de que o Holocausto e os inumeráveis crimes de Stalin podem ser jogados na cara de Darwin. ‘De Marx a Hitler, os homens responsáveis pelos maiores morticínios em massa do século XX foram ávidos darwinistas.’ Quem quer que seja religioso deve tomar muito cuidado ao dizer uma coisa dessas, porque, ao longo da história, mais matanças foram feitas em nome da religião do que de qualquer outra coisa.” Poucos autores poderiam superar o prof. Coyne em sua habilidade de comprimir tanta ignorância histórica em tão escasso número de linhas. É claro que a biologia evolucionária e a ideologia evolucionária podem ser distinguidas conceptualmente, e de fato o são para fins práticos e pedagógicos. É igualmente óbvio que a primeira pode ser defendida nos seus próprios termos, sem necessidade de recorrer a argumentos extraídos da
MuNDO
reAL
por OLAVO DE CARVALHO, de Washington DC
velmente farão, que as ideologias evolucionistas não são pura ciência, na medida em que a mesma falta de pureza original pode ser legitimamente imputada às motivações religiosas dos cruzados ou dos inquisidores. Ademais, no que concerne ao cristianismo em especial, nenhum sinal de anuência à necessidade de homicídios em qualquer número que fosse está nem remotamente presente no Evangelho, ao passo que o pai fundador do evolucionismo científico foi suficientemente explícito ao declarar que as matanças em massa deveriam ser aceitas como um fenômeno evolutivo normal como qualquer outro. Mais significativo ainda é o fato de que a Igreja não apelou a nenhum tipo de brutalidade antes de decorridos muitos séculos da sua fundação, ao passo que o evolucionismo já serviu de estimulante a uma das ideologias revolucionárias logo após a publicação de A Origem das Espécies, e à outra umas décadas depois, graças sobretudo aos esforços do segundo-no-comando das hostes evolucionistas, Ernst Haeckel. A afirmação do prof. Coyne de que “Se Darwin é culpado de genocídio, Jesus Cristo também é” não passa de um aberrante jogo de palavras nascido de uma mistura de ignorância histórica e ódio antireligioso vulgar. Essa mesma mistura leva o prof. Coyne a ostentar, como prova de que a religião é a causa universal das violências, a afirmação ridícula de que “a razão pela qual Hitler escolheu os judeus (como alvos de perseguição) foi que os cristãos os encaravam como assassinos de Cristo”. Bem, como Hitler, segundo declarou a Hermann Rauschning, estava abertamente interessado em “esmagar a Igreja como quem pisa num sapo”, é difícil acreditar que estivesse também ansioso por vingar-se do assassinato de Cristo, já que isso implicaria logicamente que além dos judeus ele atacasse também os herdeiros professos do Império Romano, isto é, os fascistas italianos, que no entanto ele escolheu como seus mais queridos aliados. Nenhum historiador especializado do período tendo jamais sustentado a idéia de que o Evangelho fosse uma influência importante na formação da mente de Hitler, a maioria deles reconhece no entanto que autores evolucionistas como Houston Stewart Chamberlain, Edgar Dacqué, Ernst Haeckel e Fritz Lenz tiveram um papel essencial na origem da futura ideologia nazista. Chamberlain apela explicitamente a motivos darwinianos como argumentos contra os judeus. Mais significativamente ainda, a maior parte das doutrinas racistas alemãs já estava pronta para uso antes mesmo de que Hitler estreasse na política. Elas foram criadas por importantes biólogos evolucionistas da Liga Monista Alemã, cujas doutrinas foram subseqüentemente incorporadas pelo Partido Nazista. O fundador da Liga, Hawckel, fazia pregação anti-semita desde pelo menos 1893. Ele era um materialista que via o cristianismo como “o principal obstáculo à vitória da ciência”. (5) Obviamente o prof. Coyne não tem a capacidade (ou a vontade) de distinguir entre uma crença doutrinal genuína e uma frasede-efeito adotada hipocritamente muito depois como incidental e secundário artifício de propaganda, usado, aliás, menos como um meio de seduzir a platéia religiosa séria (Hitler não tinha ilusões quanto a isso), do que como camuflagem para desviar a atenção popular das perseguições em massa impostas aos cristãos. Não comentarei as linhas que o prof. Coyne gasta em falsear as credenciais acadêmicas alheias para enaltecer as suas próprias, nem as insinuações mesquinhas com que ele tenta ferir a Sra. Coulter na sua dignidade feminina. O modo de raciocínio do prof. Coyne já fornece prova suficiente da sua baixeza de caráter e da sua total falta de integridade intelectual, de modo que posso me dispensar de sondar as camadas mais profundas de uma mentalidade fedorenta.
Ensaio de patifaria comparada Das 2432 palavras do artigo do prof. Coyne (para a The New Republic, online) só 179 são argumentos científicos. Ao longo das restantes 2253 presenteia os leitores com idéias em campos em que suas credenciais são tão minguadas quanto as da sra. Coulter em biologia.
Deborah Feingold/Corbis
A
segunda-feira, 21 de agosto de 2006
Ann Coulter (foto) é uma das colunistas mais odiadas pela esquerda americana. Mas ela tem senso de humor. Uma fábrica de brinquedos baseou-se nela para produzir uma boneca Barbie que diz coisas horríveis contra esquerdistas, se tiver a barriga pressionada.
O biólogo Jerry Coyne ficou especialmente irritado com o último livro da sra. Ann Coulter, Godless: The Church of Liberalism (Os Sem Deus: AIgreja do Esquerdismo), que submete a seita esquerdistamaterialista-evolucionista a um tratamento tão sádico quanto merecido.
segunda. Mas isso não significa que na sua origem elas fossem campos separados e irrelacionados, que só vieram a ser unidos por um artifício retórico concebido ex post facto pela malvada sra. Coulter. Nenhum historiador sério ignora que a ideologia evolucionária, tal como concebida por Herbert Spencer, precedeu e inspirou Charles Darwin (1). Nem ignora que Darwin, como biólogo, aceitava de bom grado a conseqüência prática mais terrível daquela ideologia, isto é, a necessidade de exterminar raças e povos inteiros em proveito da “evolução” (2); nem que, imediatamente após ter sido formulado como teoria biológica, o evolucionismo foi posto de novo a serviço da ideologia, e isto por obra de biólogos evolucionistas eminentes e não de algum doutrinário alheio aos estudos científicos. (3) Historicamente, a evolução como ideologia e a evolução como teoria biológica estão tão entrelaçadas que só puderam ser separadas por uma distinção abstrativa posterior e pela conseqüente decisão administrativa de enviar uma delas ao departamento de História e a outra ao departamento de Ciências Naturais. Como o prof. Coyne é demasiado preguiçoso para atravessar a distância entre esses dois edifícios universitários, ele termina por tomar uma abstração mental como realidade histórica, e depois inverte os termos da sua própria confusão para debitá-la na conta da sra. Coulter. Fortalecido pelo sucesso imaginário do seu argumento ginasiano, o prof. Coyne rapidamente descarta a afirmativa da sra. Coulter de que “os maiores assassinos em massa do século XX foram ávidos darwinistas”, como se fosse demasiado estúpida para ser discutida, quando, na verdade, ela é um fato histórico bem estabelecido. Entre os muitos livros que eliminam toda dúvida razoável quanto às crenças evolucionistas de Marx, Lenin, Stalin, Hitler e Mao Tse Tung, o prof. Coyne poderia ao menos ter checado alguns poucos (4), se ele não fosse antes inclinado a respaldar-se na sua própria imaginação como fonte historicamente confiável. No entanto, não seria justo dizer que o prof. Coyne nem mesmo tenta raciocinar contra a afirmativa da sra. Coulter. Ele chega a construir contra ela uma sentença inteira: “Não me lembro de qualquer menção ao darwinismo no julgamento dos Médicos de Moscou.” Infelizmente, a tentativa erra o alvo por muitas milhas. O fato de um determinado princípio geral não ser alegado em defesa de um certo argumento específico não prova que ele não seja uma das premissas em que esse argumento se baseia. Ao contrário, quanto mais um princípio é geralmente aceito como senso comum, menos necessidade há de apelar explicitamente a ele em qualquer discussão específica. Na circunstância precisa apontada pelo prof. Coyne, o recurso a argumentos evolucionistas estaria aliás bastante fora do lugar, de vez que os réus (acusados de tentar envenenar Stalin) não eram membros da classe burguesa “atrasada” mas traidores pertencentes à própria elite partidária “progressista”. Quem quer que tenha se beneficiado de uma formação científica deveria estar apto a distinguir entre o argumento pertinente e uma desconversa extravagante. O prof. Coyne não está. Mas, antes de encerrar o seu parágrafo, o prof. Coyne ainda teve tempo para enriquecê-lo com um mantra que, embora ele não o saiba, foi originariamente concebido para ser repetido pelos iletrados do mundo: “Mais matanças foram feitas em nome da religião do que de qualquer outra coisa.” Tanto quanto a evolução animal, o fenômeno dos homicídios em massa é objeto de investigação científica que requer observação acurada e rigoroso método lógico, aos quais deve-se acrescentar o alto nível de seriedade moral comproporcionado à natureza do assunto. Nenhum historiador profissional ignora que os homicídios em massa devidos a conflitos religiosos, por mais horror que nos inspirem, jamais produziram um número de vítimas nem mesmo remotamente comparável ao dos modernos movimentos revolucionários inspirados em ideologias “científicas”.O mais completo estudo quantitativo do assunto foi feito por R. J. Rummel, professor emérito de ciência política na Universidade do Havaí. As conclusões de sua pesquisa de quatro décadas são apresentadas nos livros Understanding Conflict and War, 5 vols., Thousand Oaks (CA), Sage Publications, 1975-1981, e Death By Government, New Brunswick (NJ), Transaction Publications, 1994. Ampliando o conceito para além da nuance racial implícita na palavra “genocídio”, o prof. Rummel propõe o termo “democídio” para descrever de maneira mais genérica as matanças de povos inteiros. O desenho que ele obtém do estudo dos homicídios em massa ao redor do mundo não difere, em substância, do consenso usual dos historiadores, mas lhe acrescenta a precisão do método quantitativo e a nitidez das escalas comparativas. Em suma, o número de seres humanos mortos em menos de oito décadas pelas duas ideologias evolucionistas, nazismo e comunismo (140 milhões de pessoas), ultrapassa em dez milhões a taxa total de mortos dos homicídios em massa conhecidos no mundo desde 221 a.C. até o começo do século XX, dos quais os resultantes de motivos religiosos são apenas uma fração, e a parte devida aos cristãos uma fração da fração. É absolutamente inútil alegar, como alguns inevita-
NOTAS 1 O evolucionismo social de Spencer, que inclui rudimentos de uma teoria da evolução biológica semelhante à de Darwin, foi exposto no seu livro Social Statics, publicado em 1850, nove anos antes de The Origin of Species. Foi Spencer, não Darwin, quem criou a expressão “sobrevivência do mais apto”. Darwin leu e elogiou o livro, e muito do seu trabalho posterior é uma longa discussão amigável com Spencer. V. Robert J. Richards, “The Relation of Spencer’s Evolutionary Theory to Darwin’s”, em http://home.uchicago.edu/~rjr6/articles/SpencerLondon.doc -- um trabalho que o prof. Coyne deveria conhecer, já que o autor é seu colega na Universidade de Chicago. 2 “Em algum período futuro, não muito distante se medido em séculos, as raças civilizadas do homem quase que com certeza exterminarão e substituirão as raças selvagens ao redor do mundo. Ao mesmo tempo, os macacos antropomorfos serão sem dúvida exterminados. A distância entre o homem e seus parceiros mais próximos será então maior.” (Charles Darwin, The Descent of Man, 2nd ed., New York, A. L. Burt Co., 1874, p. 178). 3 Por exemplo, Thomas Huxley, o mais importante evolucionista inglês depois de Darwin, escreve: “Nenhum homem racional, conhecendo os fatos, acredita que o negro médio seja igual, e muito menos superior, ao homem branco.” (Thomas H. Huxley, Lay Sermons, Addresses and Reviews, New York, Appleton, 1871, p. 20.) 4 Sugiro: Daniel Gasman, The Scientific Origins of National-Socialism, New Brunswick (NJ), Transaction Publishers, 2004; James Reeeve Pusey, China and Charles Darwin, Harvard University Press, 1983; Richard Weikart, Socialist Darwinism. Evolution in German Socialist Thought From Marx to Bernstein, San Francisco (CA), International Scholars Publications, 1999; Richard Weikart, From Darwin to Hitler. Evolutionary Ethuics, Eugenics and Racism in Germany, New York, Palgrave, 2004. 5 Gasman, p. 55.
segunda-feira, 21 de agosto de 2006
Congresso Planalto Eleição CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5 Não sou de fazer campanha lá na frente (exposto) João Paulo Cunha
CAMPANHA SIM, MAS SEM ALARDE.
Valdemar da Costa Neto & João Paulo Cunha
Psss... Somos candidatos, mas não espalhe! Acusados como mensaleiros, o presidente nacional licenciado do PL, Waldemar Costa Neto, e o ex-presidente da Câmara, João Paulo Cunha, estão em campanha, sim. Mas na surdina. Marcos Fernandes / LUZ
Sergio Kapustan
OS MENSALEIROS SE ENCOLHEM
D
iscrição e cautela não combinam com eleição, mas é dessa forma que dois candidatos a deputado federal – João Paulo Cunha (PT) e Valdemar Costa Neto (PL) – estão fazendo campanha. Políticos de grande expressão nacional até o ano passado, os dois foram obrigados, na gíria popular, a "baixar a bola", depois de se envolverem no escândalo do mensalão. E acusaram o golpe. Candidato à reeleição, João Paulo é evitado em compromissos do candidato a governador Aloizio Mercadante (PT). Presidente nacional licenciado do PL, Valdemar não dá entrevistas há um ano, quando renunciou ao mandato de deputado, e não divulga onde vai buscar votos. Outros candidatos a deputado estão na mesma situação (leia reportagem nesta página). Para demonstrar normalidade, João Paulo divulga na internet a sua agenda. Um dos seus compromissos na quintafeira passada foi acompanhar Mercadante (PT) em Osasco, Carapicuíba, Barueri, Itapevi e Jandira, na Região Metropolina de São Paulo. As cidades, principalmente Osasco, são redutos de João Paulo. Ele mobilizou cabos eleitorais e carro de som para os eventos. Mas o que se viu? João Paulo de um lado e Mercadante de outro, o tempo todo. Em Barueri, foi programada uma caminhada no comércio. O ato se encerraria com um almoço com aliados. Enquanto Mercadante se dirigia ao restaurante cercado de jornalistas e fotógrafos, João Paulo deixava o local discretamente acompanhado de assessores. No último compromisso, em Jandira, a cena foi quase idêntica. Mercadante cumprimentou eleitores no centro da cidade. João Paulo misturouse à romaria de cabos eleitorais na rua. O deputado federal saiu do anonimato por alguns minutos quando foi chamado ao microfone de campanha para saudar a população. Questionado do distanciamento, Mercadante deu uma resposta "politicamente correta": "Na campanha, tenho centena de militantes", disse. "Quem quiser pode andar ao meu lado, e isto está absolutamente aberto". João Paulo procurou minimizar o fato. Segundo o petista, a sua prioridade é se reeleger e ajudar ''outros candidatos do PT" . Ele fez dobradinha com mais de 60 candidatos a deputado estadual em diversas cidades. "Não sou de fazer campanha lá na frente", afirmou o petista, ao se deparar com um boneco gigante de um candidato de Jandira que faz dobradinha com ele. Ao fazer o balanço de campanha, João Paulo nega o ostracismo. O petista afirma que está trabalhando 24 horas por dia para se reeleger. Seu slogan de campanha pede um voto de confiança da população. Perguntado se está pedindo um perdão ao seu eleitorado, João Paulo não responde diretamente. Diz apenas que "não pode errar de novo". Sumido – Desde que renunciou ao mandato de deputado federal, há um ano, Valdemar
Eles querem votos, como qualquer candidato. Mas só isso.
E
m junho do ano passado, o deputado Roberto Jefferson (PTBRJ) minava os planos do PT paulista e de aliados do presidente Lula ao denunciar o esquema do mensalão – mesada paga a deputados da base governista em troca de apoio no Congresso. Apesar do escândalo, quase todos estão em campanha. Segundo o petebista, o publicitário Marcos Valério seria o principal fornecedor de recursos financeiros para os partidos aliados. O esquema, apelidado de valerioduto, segundo Roberto Jefferson, envolvia o deputado Valdemar Costa Neto e o ministro José Dirceu (Casa Civil). O primeiro admitiu receber dinheiro "não-contabilizado" – eufemismo para designar o caixa dois – na eleição de 2002 e renunciou ao mandado para escapar da cassação. Valdemar mantém o apoio ao PT. Dirceu caiu e voltou à Câmara para ser cassado por falta de decoro parlamentar e agora ajuda nas campanhas de colegas petistas. Mais três deputados do PT
Marcos Fernandes / LUZ
Leonardo Rodrigues / Hype
Na foto maior, João Paulo quer aparecer menos que o candidato de Jandira. À esquerda, Fátima Teixeira Eugênio, que nunca mais viu Valdemar. Não dá entrevista há um ano e nem no comitê (acima) ele aparece mais.
Costa Neto mudou sua rotina, principalmente em Mogi das Cruzes, na Região Metropolitana de São Paulo. A cidade é o berço do ex-deputado, cujo pai, Valdemar Costa Filho, foi prefeito da cidade quatro vezes. Até renunciar, Valdemar era freqüentador do restaurante Morumbi, administrado por uma família portuguesa há 40 anos e ponto tradicional da cidade. O local é muito procurado por políticos em época de eleição. "Muitos (candidatos) já estiveram aqui. Só não veio o Valdemar e já faz tempo", diz a proprietária do negócio, Fátima Teixeira Eugênio. Fátima acrescenta que, comparada à eleição de 2002, a campanha do ex-deputado está muito fraca esse ano. "Se fosse como antes, a cidade já estaria cheia de propaganda dele", observa.
Na zona central de Mogi, a campanha está em placas, muros e adesivos de carros, mas. moradores da cidade afirmam que até semana passada o tema Valdemar Costa Neto estava totalmente esquecido. Bastou ele aparecer no horário gratuito confessando que usou dinheiro do caixa dois para recomeçar a discussão em bares e praças. "O melhor seria ele ficar fora da eleição pra todo mundo esquecer o que aconteceu", diz Luiz Claudio, 41 anos, músico. "Depois de quatro anos, ele poderia retornar à política. Seria bom para ele e para a cidade", avalia. O promoter André Luiz de Lima, 26 anos, acrescenta: "Ele poderia se dedicar a outra atividade, menos disputar a eleição". E s tr u t ur a – Para se eleger deputado, Valdemar montou um comitê no centro da cidade. O comitê está ainda em fase
de estruturação. Uma única faixa, afixada na parede externa, decora a casa. De acordo com uma funcionária, o deputado esteve lá uma vez e pediu que o material fosse retirado. "Ela (a faixa) não vai ficar muito tempo aqui", contou. Parte da campanha de Valdemar está concentrada na sede do PL, também na zona central da cidade. Ali se reúnem assessores e candidatos do partido. A sala é repleta de fotos de Valdemar com políticos, como presidentes da República, governadores, prefeitos e ministros de Estado. Pessoas próximas a Valdemar negam que o candidato esteja sumido da cidade. Justificam que ele está fazendo campanha em várias cidades. A não-divulgação de eventos, contudo, faz parte da estratégia de precaução.
260 metros com 3 wc e copa cozinha no 2º andar. Escritura registrada direto c/ proprietário. R. Barão de Itapetininga, 151 Centro - São Paulo-SP Tel.: (11) 3120-3688 - c/ José Augusto
– João Paulo Cunha (acusado de ter recebido R$ 50 mil do esquema ), Professor Luizinho (acusado de ter recebido R$ 20 mila) e José Mentor (acusado de ter recebido R$ 120 mil) foram denunciados pelo Conselho de Ética, mas acabaram absolvidos graças ao voto secreto. Outra vítima do caixa dois foi José Genoino, candidato a deputado federal. Ele não resistiu à denúncia e renunciou ao cargo. Agora, tenta, de forma discreta, voltar à Câmara, onde foi um dos políticos de mais destaque na época em que o PT era o maior partido de oposição no Congresso. Duas versões – Presidente da Câmara de 2003 a 2005, João Paulo Cunha foi processado porque sua mulher, Márcia Regina Cunha, sacou R$ 50 mil de uma conta de Marcos Valério no Banco Rural. João Paulo apresentou versões diferentes para o fato. Disse inicialmente que a mulher havia ido pagar uma conta de TV a cabo, mas depois afirmou ter utilizado o dinheiro na campanha do PT em Osasco, em 2004.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4
segunda-feira, 21 de agosto de 2006
Internacional
O Irã está criando complicações. Eles reduziram à cooperação ao mínimo previsto nas obrigações internacionais. De um diplomata ocidental
PORTA-VOZ DO PAÍS AFIRMOU QUE ENRIQUECIMENTO DE URÂNIO É PARA FINS PACÍFICOS E NÃO VAI PARAR TV iraniana/AFP
IRÃ: TESTE NUCLEAR CONTINUA
O
Irã afirmou ontem que não suspenderá o enriquecimento de urânio, descartando a principal exigência do plano nuclear apoiado pelas seis potências mundiais. O pacote visa aliviar os temores ocidentais de que os iranianos estariam tentando construir a bomba atômica. O porta-voz do Ministério do Exterior do Irã, Hamid Reza Asefi, disse que o país responderá formalmente até amanhã à proposta feita pelos EUA, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha. Os seis países ofereceram incentivos para o Irã suspender o enriquecimento de urânio, um processo que pode ter uso civil ou militar. Teerã, que insiste que o seu programa nuclear tem fins civis, não dá nenhum sinal de que aceitará o plano. "Não vamos suspender. Tudo deve vir das negociações, mas a suspensão do enriquecimento de urânio não está na nossa agenda", afirmou o porta-voz. O caso do Irã já foi enviado de volta ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, porque Teerã não respondeu no prazo estipulado. No mês passado, o conselho aprovou uma resolução que exige a suspensão do enriquecimento iraniano até 31 de agosto, sob pena de o país vir a sofrer sanções. O pacote ocidental oferece
ao Irã tecnologia nuclear, facilidades comerciais e outros incentivos diplomáticos. Os EUA se comprometeram a realizar diálogos com o Irã, país com o qual cortaram laços depois da Revolução Islâmica de 1979. Caso os iranianos rejeitem a proposta, Washington prometeu ações no âmbito das Nações Unidas. Complicações – Diplomatas ocidentais que acompanham o trabalho da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) afirmam que o Irã está "complicando" a atuação da agência, às vésperas do prazo final de 31 de agosto. "Não é obstrução, mas o Irã está criando complicações. Eles reduziram à cooperação ao mínimo previsto nas obrigações internacionais", afirmou um diplomata ocidental na Europa. Um exemplo disso, foi a negação do visto para um inspetor da ONU na semana passada. O diplomata era especialista em centrífugas, equipamentos com os quais o país começou a enriquecer urânio em abril para uso como combustível nuclear. Analistas afirmam que a atitude do Irã tem como base a avaliação de que as divisões na ONU acarretem em penalidades moderadas, como restrição de viagens de autoridades. China e Rússia têm se oposto a sanções mais duras. (Reuters)
INGLATERRA Investigações avançam
A
complô estava em marcha. Houve uma intervenção. Nos próximos dias veremos o que ocorrer em termos de acusações", afirmou. Os investidores têm até hoje para interrogar dois suspeitos e até a próxima quarta-feira para interrogar outros 21. As autoridades podem deter os suspeitos por um prazo de 28 dias antes de apresentarem as acusações contra eles. O suposto complô foi divulgado no dia 10 de agosto por Reid, que disse que a polícia e os serviços de segurança frustraram um plano que iria causar "a queda de vários aviões por explosões durante o vôo". (AP/AE)
Timm Schamberger/AFP
polícia que investiga o suposto complô para destruir aviões durante vôos entre Londres e os Estados Unidos recolheu "material importante", disse neste ontem o secretário do Interior britânico, John Reid. "A polícia e as autoridades das agências de segurança estão satisfeitas, pois em suas investigações conseguiram reunir material importante que lhes permitirá avançar no processo judicial", disse Reid em entrevista à rede de tevê norte-americana ABC. Ele se negou a dar mais detalhes a respeito das investigações. "A polícia e as autoridades estão convencidas de que um
PRISÃO – Libanês suspeito de colocar uma bomba no trem alemão, em um ataque terrorista que falhou, é levado pela polícia local. O material genético do jovem de 21 anos foi encontrado na maleta, onde estava a bomba.
TV iraniana mostra segundo dia de testes militares com mísseis na província de SitanBaluchestan, ao oeste de Zahedan, na fronteira com o Paquistão
Ataque deixa 20 mortos no Iraque
Wissam Al-Okaili/AFP
Wissam Al-Okaili/AFP
Ali Al-Saadi/AFP
No alto, policial iraquiano tenta controlar ataques. Acima, mulher xiita chora enquanto reza e feridos são levados a hospitais de Bagdá.
ranco atirados abriram fogo ontem contra uma multidão de peregrinos xiitas em Bagdá, matando pelo menos 20 pessoas e ferindo 300. Os ataques ocorreram durante a manhã, em diversos bairros do centro da capital iraquiana. Segundo fontes do Ministério da Saúde, o incidente foi causado por extremistas sunitas. A segurança da cidade havia sido foi reforçada para evitar
F
conflitos durante a cerimônia. A maioria dos ataques ocorreu quando a procissão de muçulmanos xiitas passava por uma área sunita, a caminho da mesquita do imã Moussa Kadhim, um santo do século VIII. Em algumas áreas, houve troca de tiros entre policiais e extremistas. Disparos contra a multidão ocorreram do alto de telhados e até de um cemitério. Os ataques não foram uma surpresa por causa da escalada
de violência entre muçulmanos sunitas e xiitas em Bagdá após o atentado a uma mesquita xiita na cidade de Samarra, em 22 de fevereiro. Esse ataque gerou diversos outros, que têm matado uma média de 100 pessoas por dia e podem levar o país a uma guerra civil. Disputa – Os sunitas, minoria no Iraque, dominavam o governo durante a ditadura de Saddam Hussein (1979-2003). Com a invasão liderada pelos
Estados Unidos e a queda do ditador, criou-se uma disputa pelo poder político, apesar da tentativa de se formar um governo de coalizão. O ex-ditador deve começar a ser julgado hoje pelo genocídio de milhares de curdos, em 1988. Nesse processo também é acusado seu primo Ali Hassan al-Majid, conhecido como "Ali Químico". Saddam Hussein também enfrenta vários outros processos. (AP/AE)
Zohra Bensemra/Reuters
ONU em direção ao Líbano Organização quer enviar 13 mil soldados e evitar incursões entre Israel ou Hezbollah
A
s leis de combate para o exército de pacificadores da Organização das Nações Unidas (ONU) no sul do Líbano deverão sair nos próximos dias e, uma vez finalizadas, deverão encorajar governos a contribuir com tropas para a força. Até agora, poucos países se comprometeram a enviar reforços porque as leis de combate não estavam bem definidas. "As leis estão quase prontas", disse Vijay Nambiar, um assessor especial do secretário-geral da ONU, durante visita a Beirute. A resolução do Conselho de Segurança da ONU para pôr fim aos conflitos entre o Hezbollah e Israel autoriza o reforço do cessar-fogo com o envio de mais 13 mil soldados de paz para reforçar a tropa de 2 mil já presente no Líbano. O enviado norte-americano Terje Roed-Larsen, em visita ao Líbano com Nambiar, disse que uma incursão de Israel aos guerrilheiros do Hezbollah,
Mulheres libanesas mostram fotografias de seus maridos, mortos no conflito entre Hezbollah e Israel
como ocorreu no sábado, não Fragilidade – Larsem coencoraja governos a contribuir mentou que a trégua entre Ispara o fim do conflito. rael e o Hezbollah pode desA ONU condenou o ataque moronar facilmente em "um como quebra abismo de da resolução Ali Hashisho/Reuters violência e que colocou d e r r a m afim na guerra mento de de 34 dias. sangue" se O governo sua resolução libanês, que for violada inclui dois minovamente. nistros do HeO governo zbollah, está do Líbano enviando mi- Enterro dos atingidos no sábado prometeu relhares de troprimir qualpas para o sul do Líbano. quer ato que tente romper o O Hezbollah prometeu coo- cessar-fogo em seu território. perar com as forças libanesas e "O Exército será muito duro no da ONU, mas deixou claro que tratamento dessa questão", manterá suas armas. afirmou o ministro da Defesa
do Líbano, Elias al-Murr. "Qualquer foguete disparado do Líbano beneficiará Israel", declarou ele, sugerindo que um incidente desse tipo daria um pretexto para o estado judaico atacar o país. O ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, por sua vez, advertiu ontem que as Forças Armadas devem se preparar "para uma segunda ofensiva" contra o Hezbollah. "Precisamos estar prontos para o próximo round", disse Peretz. Olmert também reiterou que não aceitará que soldados de países que não reconhecem Israel integrem a força internacional e solicitou que a Itália coordene a ação. (Agências)
Infidelidade do consumidor não se cura só com preço Lojas devem ser "o terceiro lugar", depois da casa e do trabalho, diz consultor. Consumidor quer facilidades para escolher e testar equipamentos (na foto, espaço na Fnac). Fidelidade tem balançado com vendas online e "pasteurização" do varejo. E 1
Dia das Crianças já anima o comércio Vendas crescerão 15%. E 6 Marcelo Soares/Hype
Ano 81 - Nº 22.195
São Paulo, segunda-feira 21 de agosto de 2006
R$ 0,60
Jornal do empreendedor
Jingles no hit-parade
Edição concluída às 23h45
Pág. 4
w w w. d co m e rc i o. co m . b r
Saia-justa em palanque com mensaleiros na moita
Ichiro Guerra/Divulgação
Marcos Fernandes/LUZ
Lula fez campanha ontem em Osasco (foto) e foi testado por uma claque que gritava em favor de dois deputados petistas envolvidos no escândalo do Mensalão, João Paulo Cunha e Professor Luizinho. O presidente petista não citou os candidatos no discurso, nem os convidou para o palanque. João Paulo, que já tinha sido deixado de lado pelo companheiro Aloizio Mercadante na semana passada, teria pedido a Lula que não o chamasse. Para evitar constrangimento. Os mensaleiros têm a difícil tarefa de fazer campanha na moita, sem aparecer. Valdemar da Costa Neto, que renunciou antes de ser julgado na Câmara, não dá entrevistas desde então. Mas uma decisão deve ajudá-los. A Justiça determinou que a palavra "mensaleiro" seja retirada de artigo do site da Transparência Brasil, onde se lê: "Não vote em mensaleiro". Págs. 3 e 5 João Paulo em Jandira, na quinta-feira
Pablo de Souza
AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 22º C. Mínima 7º C.
TV do Irã/AFP
Até para passageiros como Nina (foto) HOJE
O salto de ouro do Brasil
O maior goleiro-artilheiro do mundo é Rogério (foto). Ontem, ele manteve o time em 1º no Brasileiro.
Fabiana Murer (foto) bate recorde sul-americano no salto com vara do Super Grande Prix de Monaco.
Daniel de Cerqueira/O Tempo/Futura Press
Viagem segura para todos Parcialmente nublado Máxima 18º C. Mínima 10º C.
O número 1 salva o Tricolor
Irã atômico avisa: programa nuclear continua Pressionado para que interrompa o enriquecimento de urânio, país rebate com teste de novo míssil. C 4
Eic Estrade/AFP
ESPORTES
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 21 de agosto de 2006
1 Acho que a gente só conhece a São Paulo do trabalho. José Lenivaldo Filho, o Gaguinho, chapa
Fotos de Paulo Pampolin/Hype
CHAPA SÃO PAULO NA PALMA DA MÃO Eles trabalham nas principais entradas de São Paulo e, no seu labirinto de vias, guiam caminhoneiros de todo o País ao destino de suas cargas. São os chapas. Para eles, São Paulo não tem mistérios. Mas não dispensam um bom guia de ruas. Super-homem, só no cinema. Fernando Vieira
O
escritório não tem paredes. Nem mesas. Telefone, tem. Público. Blocos de concreto viram banquinhos. No lugar do telhado, a copa da árvore – os vãos preenchidos por uma lona preta. Endereço não existe. Nem número. Apenas uma referência: canteiro central da marginal Tietê, próximo à ponte Freguesia do Ó. Três placas caseiras, pintadas em madeira e papelão, identificam o serviço que ali é prestado: CHAPAS, em letras maiúsculas. Nada mais. Nenhuma explicação. Aos poucos vão chegando os donos do escritório. Se dizem sócios, ou melhor, trabalhadores que se esforçam para driblar o desemprego. Um deles traz a garrafa de café. Outro, duas de água. Uma é para beber. A outra vira torneira. Tudo pronto para o início do expediente. São duas horas da manhã. Esse é cenário e os preparativos que marcam a rotina diária de um grupo de guias paulistanos. Não, eles não fazem parte de um circuito turístico alternativo. Eles têm uma função diferente, especializada e com tradição no meio de atuação. Embora não reconhecida profissionalmente. São chamados de chapas (como anunciado nas placas) – uma alcunha emprestada de um dos sinônimos da palavra amigo, segundo os dicionários. São trabalhadores informais que ganham a vida guiando caminhoneiros pelas ruas de São Paulo e desempenham um importante papel no transporte de cargas e abastecimento de mercadorias da capital. Na maioria das vezes, os chapas passam despercebidos pelos motoristas comuns, mas essa atividade é encarada como profissão e fonte de sustento por pelo menos cinco mil pessoas apenas na capital, com inúmeros 'escritórios' espalhados por diversos pontos, geralmente nas vias de acesso a São Paulo. “E não falta trabalho”, garantem. José Lenivaldo Filho, de 45 anos, é sempre um dos primeiros a chegar ao escritório improvisado junto à ponte da Freguesia do Ó, onde trabalham cerca de 30 chapas. De segunda a sextafeira, acorda por volta de uma hora da manhã. Para ele, bastam apenas três ou quatro horas de sono, apesar de jornadas de trabalho que podem ir além de 14 horas. Lenivaldo toma o café da manhã, na verdade só um cafezinho, já no "escritório", distante uns 25 minutos de sua casa, na Vila Palmeira,
zona norte. Vai a pé. Nada a reclamar. "Para mim não tem nada mais especial do que a pista. É daqui que tiro meu sustento e cuido de mais oito pessoas", diz, com orgulho. Apesar de engrossar os indicadores da economia informal, os chapas conseguem renda média mensal de R$ 1.000. Há doze anos ele trabalha nesse mesmo ponto, que é um dos mais conhecidos entre os clientes, os caminhoneiros. A vivência na profissão lhe rendeu clientes fiéis, que agendam com antecedência o serviço de guia via celular – a tecnologia fez com que os chapas já não utilizem com a mesma freqüência o orelhão do ‘escritório’. “É um serviço de responsabilidade e de confiança. Acompanhamos entregas de cargas que valem até R$ 200 mil, o que para nós é uma honra”, define com seriedade. A única brincadeira fica por conta dos apelidos entre chapas. “Não tem jeito. Quem chega, ganha o apelido que vira o nome usado na pista”, revela Gaguinho, pseudônimo de Lenivaldo. Assim como os demais, ele descobriu a atividade por meio de um amigo. Logo depois de perder o emprego de motorista de ônibus, foi apresentado aos chapas que ali já estavam. “Aqui todo mundo se conhece. Só trabalha quem é apresentado por um chapa mais antigo”, conta. A exigência é uma condição de segurança. “Tem muito bandido que se infiltra no meio dos chapas”, diz Inácio de Souza Lima, de 50 anos, o Mancha. E essa não é a única precaução. Para evitar problemas, os chapas cumprem uma rotina cheia de regras. Se revezam no ponto praticamente 24 horas por dia. Na madrugada, a escuridão é vencida por uma pequena fogueira. A medida é bem mais do que uma fonte improvisada de iluminação. É um sinal para os caminhoneiros de que há chapas de plantão. “Quem não é chapa não sabe do código. É um alerta para os motoristas da noite. Se tiver alguém aqui e a fogueira não estiver acessa é porque não é chapa”, diz Francisco dos Santos, de 54 anos, o Chicão. Quando não há agendamentos, os chapas acenam para os caminhoneiros que passam.
No "escritório' da marginal Tietê, dois chapas acenam para caminhoneiros. Na grande cidade, eles indicam os caminhos até o destino final da carga
Apesar de conhecerem os labirintos de São Paulo como ninguém, especialmente os da periferia, o chapa não dispensa um bom guia de ruas. "Não dá para conhecer cada beco, a cidade é grande", diz Júlio César Batista, o Julião (acima).
Em caso de sucesso, se algum motorista parar para a ‘contratação do serviço’, devese respeitar a ordem de chegada de cada chapa. “Aqui todos têm vez. É muito difícil ficar sem trabalho”, afirma Aparecido Virgulino, o Barba, um dos chapas mais antigos do ponto, enquanto embarca no caminhão de um cliente. O preço do serviço também tem um valor médio estipulada. Um "leva" (ver glossário) custa cerca de R$ 40. Um "carga ou descarga" sai por R$ 70. Apesar de conhecerem a cidade quase na palma da mão, nenhum chapa ousa sair para o trabalho sem um companheiro inseparável: o guia de ruas de São Paulo. “Não dá para conhecer cada beco. A cidade é muito grande. Mas basta dar um mapa na minha mão que eu vou longe”, garante Júlio César Batista, 27 anos, o Julião, caçula do grupo. Curiosamente, apesar de toda a experiência pelas ruas da cidade, especialmente pela periferia, pontos como o Pátio do Colégio e a torre do Banespa ainda são desconhecidos para alguns chapas desse grupo. Do parque do Ibirapuera, a maioria já ouviu falar, embora nenhum deles o tenha visitado. “Acho que a gente só conhece a São Paulo do trabalho”, explica Gaguinho.
Aparecido Virgulino, o Barba (acima), ajuda caminhoneiro a encontrar seu destino na cidade. À direita, o gesto típico do chapa em busca de clientes. Para que todos tenham trabalho, código de ética respeita ordem de chegada.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 21 de agosto de 2006
Vivemos dias difíceis, mas nosso time reagiu à perda do título e também de um amigo.” Muricy Ramalho
1
Esporte
Estou satisfeito com o que vi, conseguimos um importante empate.” Tite
Daniel Cerqueira/Futura Press
almanaque especial Celso Unzelte
O NÚMERO 1 Contra o Cruzeiro, Rogério Ceni defende pênalti, faz dois gols, ajuda o São Paulo a garantir a liderança e torna-se o maior goleiro-artilheiro de todos os tempos
N
o empate por 2 a 2 entre Cruzeiro e São Paulo, ontem, no Mineirão, o goleiro tricolor Rogério Ceni só não fez chover. Ele falhou em um dos gols do empate por 2 a 2 contra o Inter, na quarta-feira, que valeu o título da Libertadores aos gaúchos. Mas, ontem, deu um show particular. Quando o Cruzeiro já ganhava por 2 a 0 (gols de Alex Silva, contra, logo aos 7 minutos, e Michel, aos 35), Rogério defendeu um pênalti de Wagner, impedindo que o adversário chegasse ao terceiro gol ainda no primeiro tempo. Três minutos depois, aos 42 daquela primeira etapa, Rogério foi à frente e marcou, de falta, o 63º gol de sua carreira, superando a marca do paraguaio Chilavert e tornando-se, assim, o goleiro que mais gols marcou na
história do futebol em todos os tempos. Mas tinha mais. No segundo tempo, aos 15 minutos, Rogério marcou novamente, cobrando pênalti de Luizão em Aloísio e ampliando seu recorde para 64 gols marcados (leia, ao lado, no Almanaque Especial). “É mais um jogo na minha vida, especial como todos. Vestir a camisa do São Paulo e entrar em campo é uma coisa especial”, minimizou Rogério Ceni depois da partida. “Logicamente que os gols colaboraram para isso, o pênalti defendido, o resultado final, que não foi como no término do primeiro tempo, foi ao menos com um empate. Mas vamos firmes. Agora, temos o Paraná, uma equipe que joga bem fora de casa.” De fato, o empate foi fundamental para as pretensões do
São Paulo neste Brasileiro. Graças a ele, a equipe aumentou para três pontos a vantagem que a separa do vice-líder, agora o Paraná Clube. As duas equipes enfrentam-se na última rodada do primeiro turno, no Morumbi, mas têm um jogo a menos em relação à maioria dos outros adversários, por conta dos jogos adiados por causa da decisão da Libertadores, entre São Paulo e Inter. Para o técnico Muricy Ramalho, o poder de reação dos jogadores foi fundamental para o time sair do Mineirão com o empate diante do Cruzeiro, após estar perdendo por 2 a 0. Muricy lembrou os momentos difíceis vividos pela equipe nas últimas semanas, com a morte do goleiro reserva Weverson, em um acidente de carro, e a perda do título da Libertadores para o Internacional.
Marcus Desimoni/AE
Ricardo Saibun/O Globo
Fernando Gomes/Zero Hora
Era uma vez uma invencibilidade
Só o resultado agradou
F
F
oram 21 jogos, oito deles por este Campeonato Brasileiro, com sete vitórias e um único empate, diante do Botafogo. Mas ontem, diante do Vasco, o Santos enfim perdeu jogando na Vila Belmiro. Na última vez que isso havia acontecido, no dia 13 de outubro do ano passado, o Corinthians ganhou por 3 a 2, em um dos jogos remarcados pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). “Um dia iríamos perder jogando em casa. Só lamento a oportunidade que deixamos escapar de sermos líderes do Brasileiro”, resumiu o técnico Vanderlei Luxemburgo, logo depois dos 2 a 0 para o Vasco, gols de Abedi, aos 17, e Morais, aos 33 minutos do segundo tempo. O técnico também culpou o juiz, Giulliano Bozzano, pelo resultado: “O Dalmo [na verdade, Giulliano, que é filho do também árbitro Dalmo Bozzano] deixou de dar um pênalti
Vasco, de Morais, derrotar o Santos, de Wendell, na Vila Belmiro: 2 a 0
quando um zagueiro do Vasco 'trepou' nas costas do Wellington Paulista. A televisão não mostrou porque não havia interesse. Depois, ele marcou um contra o Santos”. A maior queixa do técnico santista foi em relação ao que ele chamou de tolerância do juiz em relação ao antijogo. “Não houve violência, mas ele
deixou o Vasco conduzir a partida da maneira que mais lhe interessava, retardando as cobranças de falta, os arremessos e tiros de meta.” Maldonado recebeu o terceiro amarelo e volta a desfalcar o time diante do Santa Cruz, quarta-feira à noite, no Recife. Mas Luxemburgo volta a contar com Cléber Santana.
oi um verdadeiro festival de passes errados: mais de 50 para cada lado. Mesmo assim, o jogo de ontem, no Beira-Rio, entre o Internacional, campeão da Libertadores, e o Palmeiras, agradou a ambos pelo resultado. E terminou com um justo empate em 1 a 1, com gols de Rafael Sobis, para os gaúchos, aos 42 minutos do primeiro tempo, e de Paulo Baier, para o Palmeiras, aos 5 do segundo. Satisfeito com o placar — afinal, seu time jogou com um homem a menos desde os acréscimos do primeiro tempo, quando Perdigão foi expulso —, o técnico do Internacional, Abel Braga, justificou: “Foi uma partida de muita pegada, de marcação forte e, por tudo isso, é natural que ocorram os erros. Sem problema”. Abel aproveitou, ainda, para dar um puxão de orelhas no meia Perdigão. “As faltas ocorrem, mas ele reclamou e acabou prejudicando
Palmeiras, de Paulo Baier, fica no 1 a 1 com o campeão daAmérica
nosso time”, disse, curto e grosso. “Em uma partida importante como essa, erros assim não podem de jeito nenhum acontecer.” Do outro lado, o técnico palmeirense Tite disse que “o Palmeiras apresentou raça e bom futebol”. Comemorou, ainda, o empate por 1 a 1 na casa do adversário. “Com a confiança
que o Internacional está, a equipe mostra que cresce a cada partida”, justificou o treinador. Para ele, o Palmeiras demonstra sempre mais que se tornou outra equipe desde sua chegada. “Aumentou a autoconfiança do grupo, todos estão percebendo isso. E, aos poucos, os resultados vão aparecendo”, afirmou.
PEN DRIVE (OU TELEFONE) Faça a próxima ligação pelo FITphone, com pen drive plugado em qualquer computador. INFORMÁTICA Ano 81 - Nº 22.196
São Paulo, terça-feira 22 de agosto de 2006
Jornal do empreendedor
R$ 0,60
Edição concluída às 23h55
w w w. d co m e rc i o. co m . b r
CRÉDITO LIMITADO Comércio negocia paz com cartões Executivos do Banco Central, reunidos na Associação Comercial de São Paulo, discutiram ontem com representantes de lojistas a crise na aceitação de cartões de crédito. O comércio, insatisfeito com as taxas cobradas pelas administradoras, tem restringido as formas de pagamento. O consumidor não vê a hora da paz. E 1
Representantes de entidades financeiras e comerciais: em primeiro plano Márcio Aranha, superintendente-geral da ACSP.
is
Corb
Andrea Felizolla/LUZ
SANGUESSUGAS FAZEM SUAS APOSTAS Ontem foi dia de decisão para dezenas de parlamentares acusados de fraudar a compra de ambulâncias. Renunciar ou não? Pág. 8 Newton Santos/Hype
Victor Fraile/Reuters
Uma história sentimental da Paulista Ex-moradora de casarão na avenida, geógrafa Blanche de Bonneval (foto) preserva a história da Paulista que abrigou seu avô, em 1896. C 3
Avenida Paulista em1907, com vista para a Consolação
HOJE Sol Máxima 21º C. Mínima 6º C.
AMANHÃ Sol Máxima 25º C. Mínima 8º C.
Volks quer fechar fábrica no ABC E2
Dois acidentes, um na periferia do Cairo, Egito, outro no norte da Espanha, província de Palencia, deixaram pelo menos 60 mortos e 170 feridos. O trem espanhol com seis vagões, levava 400 passageiros. Na foto, operações do serviço de resgate. C 4 DC
Guilherme Gaensly
Trens da morte
www.finanfactor.com Pabx (11)
6748-5627 (Itaquera) 6749-5533 (Artur Alvim)
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 22 de agosto de 2006
1 Na América Latina existem 430 projetos de PPP em andamento. No Brasil há quatro em discussão. Jurandir Fernandes, secretário dos Transportes Metropolitanos
Tarifa do metrô não aumenta com PPP Passagem na linha 4 (amarela), que ligará a Vila Sônia à Luz, será mantida pelo menos no primeiro ano de funcionamento sob concessão da iniciativa privada. Rejane Tamoto
Leonardo Rodrigues / Hype
A
tarifa para a operação da linha 4/amarela do metrô – que fará a ligação entre a Vila Sônia, na zona oeste, a estação Luz, na região central – não deverá ser aumentada, pelo menos no primeiro ano de funcionamento sob a concessão da iniciativa privada. A afirmação, do secretário dos Transportes Metropolitanos do Estado, Jurandir Fernandes, fez parte de uma série de esclarecimentos sobre Parcerias Público Privadas (PPP) feitos na tarde de ontem na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Em palestra, o secretário defendeu a consolidação de PPP para colocar em operação a linha 4, que terá 12,8 quilômetros de extensão, e está prevista para ser implantada em duas fases, em 2008 e 2012. A participação da iniciativa privada na linha 4 foi o mote para a greve dos metroviários, que prejudicou mais de 2 milhões de pessoas, na semana passada. "O que aconteceu foi imerecível para a população que paga a passagem e os impostos. É preciso uma mobilização da sociedade para que tais fatos não se tornem corriqueiros na cidade", afirmou o presidente em exercício da ACSP, Alencar Burti. Licitação – O presidente do Metrô, Luiz David, disse que as empresas vencedoras da licitação para operação da linha 4 são a CCR (Companhia de Concessões Rodoviárias) e a RATP, empresa que opera o metrô de Paris. "Aguardamos a análise do mérito de recurso jurídico pelo Tribunal de Justiça para a contratação das empresas", disse Jurandir. Segundo o secretário é urgente a necessidade de operação da linha 4 por meio de uma PPP. "É uma das obras mais importantes de mobilidade e acessibilidade para a cidade. E sua forma de financiamento não pode ser custeada pelo Estado, que tem capacidade esgotada", afirmou Jurandir. Segundo ele, o custo global da linha 4 é de US$ 1,3 bilhão. O Estado custeará 73% desse valor na construção dos túneis e da rede de infra-estrutura e obras, na qual trabalham 3.500 pessoas em 27 canteiros de obras. Os 27% restantes serão de responsabilidade da iniciativa privada, que comprará 14 trens na primeira fase e mais 15 trens na segunda etapa, além de bancar a sinalização e setores de comunicação e controle operacional. Contratação – Jurandir assegurou que a empresa que operar a nova linha deverá contratar 700 funcionários, que não terão salários rebaixados. A tarifa do metrô deve permanecer a mesma (hoje custa R$ 2,10),
Atletas de rua lamentam tantos buracos
B
Peter Walker, secretário adjunto dos Transportes, Jurandir Fernandes, Alencar Burti, Gilberto Kassab e Luiz David em reunião na ACSP Marcos Alves/Diario SP/Agência O Globo
pelo menos no primeiro ano de operação. Isso porque a concessionária fará reajustes anuais na tarifa, correspondentes a 50% do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) e de 50% do IGPM (Índice Geral de Preços ao Mercado). "O governo pode assumir e bancar esses subsídios para estacionar a tarifa. A tarifa pode mudar em um ano ou em 10 anos", disse. A passagem do metrô de R$ 2,10 não é reajustada desde janeiro de 2005. Segundo o secretário, Estado e Prefeitura chegam a pagar juntas cerca de R$ 1 bilhão de subsídios em transportes por ano. "O sindicato ignora esse fator. Não estamos entregando o patrimônio público ao setor privado. Trata-se de uma parceria parecida com a que a Prefeitura faz com as empresas de ônibus. Ela constrói os corredores e as empresas operam. Por trás do discurso sindicalista há uma briga corporativa que teme que a excelência e viabilização da linha de operação privada coloque em xeque os benefícios do setor corporativo", afirmou Jurandir. Conc essão – As empresas responsáveis pela linha 4 permanecerão com a concessão por 30 anos e receberão 100% do valor das tarifas de passageiros que embarcarem e desembarcarem nas estações da linha. "Do passageiro que vier de outra linha, a concessionária receberá 50% da tarifa", disse o secretário. Nos primeiros quatro anos, se houver aumento ou diminuição na demanda de passageiros da linha amarela, a concessionária assumirá o risco. O Estado, no entanto, absorve cerca de 60% do aumento ou diminuição no número de passa-
CONTRA O CÂNCER
geiros se estes oscilarem entre 10% e 20%. Segundo o secretário, estão previstos ônibus gratuitos, com interligação para Taboão da Serra, para a demanda da linha, que deve chegar a 970 mil passageiros/dia. "Na América Latina existem 430 projetos de PPP em andamento. No Brasil há quatro em discussão e nenhum em andamento. A PPP para a linha 4 é um paradigma", afirmou. Natal - Durante a reunião plenária, foi assinado o convênio para o Natal Iluminado en-
HAXIXE
unca a medicina N investigou tanto o momento exato em que o
câncer começa a se espalhar pelo corpo, a chamada metástase. Das 399 drogas contra câncer atualmente estudadas, 250 são contra metástase. No Brasil, pelo menos três drogas contra o câncer metastático deverão chegar até o fim do ano. Duas estão em fase de avaliação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e uma acaba de ser aprovada. O sunitinibe (nome comercial Sutent), da Pfizer, contra câncer de rim e gastrointestinal, recebeu o aval em maio da agência brasileira e até o fim do ano, será comercializado. (AE)
Kassab vistoria obra de recuperação da praça da Sé, no Centro
islandês Ingolfur Runan O Sigurz, de 29 anos, foi preso no Aeroporto
Ó RBITA
TORCEDORES Ministério Público O Estadual denunciou 15 torcedores do Corinthians
pela morte do palmeirense Diogo Lima Borges, de 23 anos, assassinado a tiros em 16 de outubro de 2005, em uma briga na estação Tatuapé do Metrô, zona leste. Oito palmeirenses foram agredidos com paus e ferros, incluindo Olival Manuel Tibúrcio Júnior, 23, que levou um tiro e sobreviveu.
Internacional de São Paulo tentando embarcar para Amsterdã, capital holandesa, com 12 quilos de haxixe. Policiais federais revistaram o estrangeiro e encontraram o entorpecente escondido em uma caixa com alto-falante dentro de uma mala. Segundo a polícia, não é a primeira vez que o islandês vem ao Brasil, porém ele nunca havia sido detido por algum ato ilegal. O traficante foi autuado em flagrante e encaminhado à sede da PF, na Lapa. A pena prevista para tráfico internacional de drogas varia de 3 a 15 anos. (AE)
tre o prefeito Gilberto Kassab e o presidente em exercício Alencar Burti. A iniciativa, que ocorre há sete anos, promove iluminação e decoração nas comemorações de fim de ano. Balanço -O prefeito Gilberto Kassab fez um balanço da gestão, iniciada com o então prefeito José Serra. "No primeiro ano, a cidade estava cheia de dívidas e foi o período certo para reorganização. Realizamos importantes investimentos como o recapeamento das vias da cidade, equivalente ao
que foi feito em 17 anos", afirmou Kassab. Segundo o prefeito, em cerca de um mês, o recapeamento das marginais Pinheiros e Tietê serão finalizados. Segundo ele, a cidade está mais limpa e bem cuidada, com obras de manutenção que estão sendo feitas na atual gestão. Outra prioridade que Kassab elencou foi na área de educação, que deve receber melhorias até o final da gestão. Um dos projetos é acabar com os três turnos dentro das escolas. "Serão dois turnos e será incorporada uma hora à carga horária das aulas", disse. Na saúde, o prefeito disse que foram feitas reformas em 30% das Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Além disso, houve a construção de AMAs (Assistência Médica Ambulatorial) na cidade. Sugestões – O prefeito respondeu também às dúvidas e ouviu sugestões dos presentes na reunião plenária. Questionado quanto a mudanças no projeto Cidade Limpa, de combate à poluição visual, Kassab disse que após a aprovação do projeto na Câmara, poderá apresentar outra proposta que determine outros locais à mídia exterior de empresas regularizadas. Além disso, outra importante marca da gestão é a recuperação do Centro. "Mais de 200 empresas aderiram ao projeto da Nova Luz. Em poucos meses, a região estará reformulada, com empresas e escritórios", afirmou Kassab. Na manhã de ontem, o prefeito visitou as obras de revitalização das praças da Sé e República. Ambas devem ser entregues no início de 2007.
uraco na rua, bueiros destampados, árvores sem poda, lixo entulhado. Tem de tudo no caminho daqueles que andam pelas vias de São Paulo – inclusive no caminho de quem se dispõe a resolver tantos problemas. Gente como Amilcar Aquino Navarro, de 46 anos, procurador do Estado, que corre nas horas vagas. Ele é uma das pessoas que acessaram o link do projeto Cidadania Correndo, disponível no site da Corpore ( w w w. c o r p o re o rg . b r ) , maior clube de corredores de rua da América Latina. A iniciativa, colocada em prática desde o dia 25 de junho, funciona em parceria com a Prefeitura e possibilita a qualquer cidadão enviar sua reclamação diretamente às subprefeituras. "Mandei uma sugestão sobre as calçadas", diz Amilcar. "Elas têm muitos buracos, falhas, não dá. Espero que funcione mesmo." "Vai funcionar. As soluções tendem a ser mais rápidas porque essas solicitações estão chegando direto às minhas mãos", avalia o secretário de Coordenação das Subprefeituras e autor do projeto, Andrea Matarazzo. A cada minuto, pelo menos um buraco é tapado em alguma rua da cidade – são 1.824 por dia. A Subprefeitura de M’Boi Mirim é a recordista, com 6.711 buracos cobertos no primeiro semestre. Se um corredor ou pedestre quer colaborar, basta acessar o site da Corpore e dar um clique na logomarca do programa. O link leva o usuário para uma área na qual o projeto é explicado. Lá, o internauta encontra várias opções: enviar uma reclamação ao SAC, entrar em contato com a administração dos parques ou avaliar e fazer sugestões sobre o programa. Até agora, foram registrados 950 acessos, segundo a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras. "O atleta nota os problemas da cidade, mesmo que não queira, porque torce o pé no buraco da calçada ou sente falta de água no bebedouro quebrado", afirma David Cytrynowicz, presidente da Corpore. Desde 5 de junho, o projeto De Olho na Cidade funciona em Campo Limpo. Motoboys procuram desde buracos a bocas-de-lobo entupidas. Segundo Matarazzo, a idéia é estender o projeto às 31 subprefeituras. (AE)
2
Transpor te Ciência Clima Polícia
DIÁRIO DO COMÉRCIO
MADRUGADA DE HOJE FOI UMA DAS MAIS FRIAS DO ANO
Hoje, na Capital, a máxima não passará de 21 graus. A mínima vai variar entre 7 a 8 graus.
Michel Filho/Agência O Globo
LAW KIN CHONG
Temperatura em São Paulo começa a subir amanhã
O
comerciante chinês Law Kin Chong não obteve permissão de sair temporariamente da prisão, onde cumpre pena de quatro anos, pelo crime de corrupção ativa. A decisão é da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que negou habeas-corpus que pretendia cassar decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região, sobre a restrição das saídas temporárias e ao impedimento de progressão ao regime prisional aberto. Segundo informações do site do STJ, a defesa de Chong sustentou que uma vez "concedido ao paciente o direito de ingressar no regime estabelecido na decisão de primeiro grau, descabe estabelecer, em decisão definitiva do órgão colegiado de segundo grau, proibições de benefícios típicos desse regime.
pedido da Procuradoria Geral do Estado de Mato Grosso do Sul, o Tribunal de Justiça do Estado determinou, por meio de liminar, a reabertura dos 19 passeios turísticos que na sexta-feira haviam sido interditados em Bonito, município localizado a 257 quilômetros de Campo Grande (MS). Bonito é considerado o principal destino no Brasil no ecoturismo e abre, hoje, a 7ª Edição do Festival de Inverno. A visitação aos pontos turísticos voltou ao normal no fim de semana.
RACISMO PUNIDO
GCM, POR SINAIS
Ó RBITA
BONITO
S
A
PM NEGA CHACINA NO RIO omeçou ontem o julgamento do policial C militar Carlos Jorge Carvalho
(acima, à esq.), um dos acusados pela chacina da Baixada Fluminense, no Rio. Julgado pelo assassinato de 29 pessoas, ocorrido nos municípios de Nova Iguaçu e Queimados, em
31 de março de 2005, Carvalho se declarou inocente. O julgamento deve durar três dias. Ao ser interrogado pela juíza Elizabeth Louro, Carvalho declarou inocência. Ele disse que não havia sangue das vítimas no carro que e usara no dia do crime.
Evelson de Freitas/AE
Tribunal de Justiça de s deficientes auditivos Minas Gerais (TJ-MG) somam 247.217 O O condenou o sócio de um clube paulistanos, segundo o
de Juiz de Fora a pagar indenização de R$ 7,5 mil por danos morais, agressões verbais racistas e agressão física contra o vigilante Sidney Roberto do Nascimento. O fato ocorreu no dia 10 de junho de 2005, quando o vigilante estava escalado para trabalhar durante uma seresta. Por volta das 22h40, Nascimento viu que vários carros estavam parados em fila única e que a caminhonete de Élcio Navarro de Oliveira estava estacionada na rampa de acesso ao salão. Segundo o TJ-MG, o vigilante pediu ao sócio que desse ré no veículo para facilitar o trânsito. Oliveira teria se recusado e passou a ofendê-lo com palavras racistas. (AE)
terça-feira, 22 de agosto de 2006
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Eles se perdem na cidade, são assaltados, sentem-se mal na rua e têm muitas queixas. O problema é que quase ninguém entende o que eles falam com as mãos. No entanto, algumas iniciativas estão ajudando a diminuir o constrangimento desse grupo. A oficialização da Língua Brasileira de Sinais (Libras), em 2002, levou a Guarda Civil Metropolitana de São Paulo a investir em um curso. A iniciativa fez tanto sucesso que a GCM tornou-se referência: 210 oficiais (quase 0,5% da corporação, que tem 5 mil pessoas) já falam por sinais. A sétima turma começou ontem.
INCÊNDIO EM FÁBRICA DA MOOCA m incêndio de grandes U proporções atingiu ontem o prédio da fábrica do Açúcar União, na Mooca. O Centro de Operações do Corpo de Bombeiros informou que o fogo, de causas desconhecidas, teria começado por volta das 14h15. Treze equipes do
Corpo de Bombeiros foram mandadas para o local. A CET informou que o tráfego na rua João Antonio de Oliveira, 546, foi totalmente bloqueado desde às 14h50. A opção para o motorista era seguir por um desvio na rua Guaratinguetá. Houve lentidão nas proximidades.
ão Paulo vai amanhecer bem fria. A massa de ar seco e frio que passa pelo Estado também deve provocar geada na Serra da Mantiqueira, principalmente nos municípios de Campos do Jordão e Santo Antonio do Pinhal. O que favorece a geada, segundo os meteorologistas do Centro de Previsão do Tempo e E s t u d o s C l i m á t i c o s ( C ptec/Inpe), são as baixas temperaturas que devem ser menores de cinco graus. Ontem, em Campos do Jordão, a mínima registrada no Horto Florestal foi de 1,9 grau. A previsão para hoje é que a temperatura fique entre 3 e 15 graus. Apesar da chuva no fim de semana no litoral, a semana, de acordo com a meteorologia, segue sem chuva. A previsão era de muito frio na manhã de hoje. Ao longo da semana, porém, as baixas temperaturas perderão força. Hoje, na Capital, as máximas não passarão de 21 graus segundo previsão do Cptec e as mínimas vão variar de 7 a 8 graus. As temperaturas sobem até amanhã, quando as mínimas já serão de 15 graus. No último sábado uma forte chuva de granizo em Campos do Jordão, na Serra da Mantiqueira, destruiu telhados de casas localizadas em bairros da região central da cidade como a Vila Sodipe e o Jardim Márcia. Carros também foram danificados com a força da chuva, que durou cerca de meia hora. No Rio – O bairro dos Jesuítas, em Santa Cruz, zona oeste do Rio, foi um dos mais atingidos pela frente fria que chegou no fim de semana. Os fortes ventos, com rajadas de até 100 km/h, e a chuva de granizo destruíram cinco casas e provocaram danos em várias ou-
tras. Ninguém ficou ferido. Na Baixada Fluminense, pelo menos 50 moradores da Favela do Maruí, em Jardim Gramacho, ficaram desalojados. O temporal de granizo causou estragos em vários municípios do Estado. Em Itatiaia, a cidade mais afetada da região sul fluminense, setenta e três pessoas ficaram desabrigadas. A prefeitura decretou estado de emergência. Sul – O Rio Grande do Sul teve uma das madrugadas mais frias do ano na última segunda-feira, quando a água congelou dentro de encanamentos e na superfície de pequenos córregos e lagos em diversos municípios da região serrana. A estação da MetSul Meteorologia registrou 4,1 graus negativos no cume do Monte Negro, a 1,4 mil metros de altitude, em São José dos Ausentes, na divisa com Santa Catarina. A temperatura só não foi a mais fria do ano porque no dia 31 de julho, no mesmo local, o termômetro marcou 6,2 graus negativos. O boletim diário do 8º Distrito de Meteorologia indicou como temperatura mínima do dia os 3,5 graus negativos verificados pela estação de Cambará do Sul. Também relatou a ocorrência de geadas fortes em Bom Jesus, Passo Fundo e Encruzilhada do Sul e moderadas em São Luiz Gonzaga, Lagoa Vermelha, Ibirubá, Santa Maria, Bagé e Uruguaiana. O frio que atinge todo o Estado deve-se à chegada de uma massa de ar polar que vai perder intensidade durante a semana. Há previsão de geadas até quinta-feira, mas as temperaturas tendem a subir gradativamente. Hoje, segundo o 8º Distrito de Meteorologia, a temperatura vai oscilar entre um grau negativo e 20 graus.
Duda Pinto/Zero Hora
No Rio Grande do Sul as baixas temperaturas provocaram geadas
Bandidos roubam e atiram em juíza na zona leste da cidade
95% dos presos beneficiados no Dia dos Pais voltaram
A
A
juíza do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região Sonia Aparecido Gindro, de 48 anos, foi baleada na noite de domingo durante assalto no largo São José do Maranhão, no Tatuapé, zona leste. Ela está internada, mas não corre risco de morte. Segundo a assessoria do TRT, a juíza está em observação no Hospital Paulistano. Segundo a Polícia Civil, os criminosos abordaram Sonia no momento em que ela estacionava seu carro, um Vectra prata. Ela ia buscar os filhos em uma festa. Investigações preliminares indicam que os ladrões dispararam quando ela descia do carro. Logo após ferir a juíza, os criminosos fugiram em seu carro, levando seus pertences pessoais. O caso foi registrado no 52º DP (Parque São Jorge).
proximadamente 95% dos presos beneficiados pela saída temporária do Dia dos Pais, no segundo domingo de agosto, voltaram para as unidades. O número é maior do que o registrado nos últimos dois anos. Segundo informações da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), 12.999 presos saíram das penitenciárias do Estado. Deste total, 721 não retornaram. Na Grande São Paulo, 2.201 presos saíram das cadeias e 100 deles não voltaram. Na saída do Dia dos Pais de 2004, 93,02% dos detentos não voltaram para as unidades prisionais. No ano passado, o índice dos presos que não retornaram foi de 92,73% . Aqueles que não voltam para a cadeia são considerados foragidos pela Justiça e passam a ser procurados. (Agências)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 22 de agosto de 2006
LEGAIS - 9
Finasa Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 62.246.939/0001-98 - Sede: Avenida Paulista, 1.450 - 6o andar - Bela Vista - São Paulo - SP Relatório da Administração
Demonstração do Resultado dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil
Senhores Acionistas, 2006
Apresentamos a V.Sas. as Demonstrações Financeiras da Finasa Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A., elaboradas na forma da Legislação Societária, referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2006. No semestre, a Finasa Distribuidora registrou Lucro Líquido de R$ 4 mil, correspondente a R$ 0,31 por lote de mil ações e Patrimônio Líquido de R$ 3,568 milhões. São Paulo, SP, 3 de agosto de 2006. Diretoria
RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ............................................. Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários .........................
Balanço Patrimonial em 30 de junho – Em Reais mil ATIVO
2006
2005
PASSIVO
CIRCULANTE ....................................................................................................... DISPONIBILIDADES ............................................................................................ APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ ............................................ Aplicações em Depósitos Interfinanceiros .......................................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS .................................................................................................... Carteira Própria ..................................................................................................... OUTROS CRÉDITOS ............................................................................................ Diversos ...............................................................................................................
1.615 20 990 990
1.748 – – –
309 309 296 296
1.583 1.583 165 165
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO .......................................................................... OUTROS CRÉDITOS ............................................................................................ Diversos ...............................................................................................................
2.847 2.847 2.847
2.903 2.903 2.903
PERMANENTE ..................................................................................................... INVESTIMENTOS ................................................................................................. Outros Investimentos ........................................................................................... Provisões para Perdas ......................................................................................... IMOBILIZADO DE USO ......................................................................................... Outras Imobilizações de Uso ...............................................................................
493 463 1.081 (618) 30 30
438 408 1.026 (618) 30 30
T O T A L ..............................................................................................................
4.955
2006
2005
CIRCULANTE ....................................................................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES ....................................................................................... Sociais e Estatutárias .......................................................................................... Fiscais e Previdenciárias .................................................................................... Diversas ...............................................................................................................
1.019 1.019 1 1.016 2
738 738 278 460 –
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ................................................................................ OUTRAS OBRIGAÇÕES ....................................................................................... Fiscais e Previdenciárias ....................................................................................
368 368 368
890 890 890
PATRIMÔNIO LÍQUIDO .......................................................................................... Capital: - De Domiciliados no País ................................................................................... Reservas de Capital ............................................................................................. Reservas de Lucros ............................................................................................. Prejuízos Acumulados .........................................................................................
3.568 3.496 69 3 –
130 130
RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ............................
99
130
OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ....................................... Outras Despesas Administrativas ................................................................... Despesas Tributárias ........................................................................................ Outras Receitas Operacionais ......................................................................... Outras Despesas Operacionais .......................................................................
(95) (88) (25) 27 (9)
(51) (45) (26) 30 (10)
RESULTADO OPERACIONAL ...........................................................................
4
79
RESULTADO NÃO OPERACIONAL ...................................................................
1
(544)
RESULTADO ANTES DATRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO .............................
5
(465)
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL .........................................
(1)
(19)
LUCRO LÍQUIDO/(PREJUÍZO) ...........................................................................
4
(484)
3.461
Número de ações ..............................................................................................
12.861.018
12.861.018
3.496 434 15 (484)
Lucro/(Prejuízo) por lote de mil ações em R$ .................................................
0,31
(37,63)
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil 2006
T O T A L ..............................................................................................................
5.089
4.955
5.089
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil CAPITAL REALIZADO EVENTOS
2005 99 99
CAPITAL SOCIAL
RESERVAS DE CAPITAL
REDUÇÃO INCENTIVOS DE CAPITAL FISCAIS - IR
RESERVAS DE LUCROS LUCROS/ (PREJUÍZOS) ACUMULADOS ESTATUTÁRIA
LEGAL
OUTRAS
TOTAIS
SALDOS EM 31.12.2004 ................................................................................................................................ REDUÇÃO DE CAPITAL POR CISÃO ........................................................................................................... PREJUÍZO ......................................................................................................................................................
24.500 (21.004) –
(21.004) 21.004 –
– – –
434 – –
1 – –
14 – –
– – (484)
3.945 – (484)
SALDOS EM 30.6.2005 ..................................................................................................................................
3.496
–
–
434
1
14
(484)
3.461
SALDOS EM 31.12.2005 ................................................................................................................................ ABSORÇÃO DO PREJUÍZO ........................................................................................................................... ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ................................................................................................. LUCRO LÍQUIDO ............................................................................................................................................. DESTINAÇÕES: - Reservas ........................................................................................................................... - Dividendos Declarados ....................................................................................................
3.496 – – – – –
– – – – – –
94 (94) – – – –
359 (326) 36 – – –
1 (1) – – – –
14 (14) – – 3 –
(435) 435 – 4 (3) (1)
3.529 – 36 4 – (1)
SALDOS EM 30.6.2006 ..................................................................................................................................
3.496
–
–
69
–
3
–
3.568
2005
ORIGEM DOS RECURSOS .................................................................................
1.039
574
LUCRO LÍQUIDO ..................................................................................................
4
–
RECURSOS DE TERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Aumento dos Subgrupos do Passivo .............................................................. Outras Obrigações ............................................................................................. - Diminuição dos Subgrupos do Ativo ............................................................... Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ......... - Alienação de Bens e Investimentos (Baixa por Incorporação) ..................... Investimentos ...................................................................................................
5 5 1.030 1.030 – –
27 27 – – 547 547
APLICAÇÃO DOS RECURSOS ..........................................................................
1.029
574
PREJUÍZO DO PERÍODO ....................................................................................
–
484
DIVIDENDOS DECLARADOS .............................................................................
1
–
AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO ......................................................... Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ........................................................... Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ........... Outros Créditos ....................................................................................................
1.028 990 – 38
90 – 55 35
AUMENTO DAS DISPONIBILIDADES ...............................................................
10
–
Início do Período .......................................................... Fim do Período ............................................................. Aumento das Disponibilidades ..................................
10 20 10
– – –
MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 1)
2)
3)
CONTEXTO OPERACIONAL A Finasa Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. é uma instituição financeira que tem por objetivo efetuar operações de intermediação no mercado aberto, além de gerir e administrar recursos de terceiros. A Finasa Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. é parte integrante da Organização Bradesco, sendo suas operações conduzidas de forma integrada a um conjunto de empresas que atuam nos mercados financeiro e de capitais, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnológicos e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto.
e)
f)
APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil (BACEN), que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas. PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a)
5)
Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial. As operações pós-fixadas ou indexadas a moeda estrangeiras são atualizadas até a data do balanço. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez São registradas ao custo de aquisição, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidas de provisão para desvalorização, quando aplicável. c) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda - que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. d) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo) A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Classificação por categorias e prazos
g)
4)
Investimentos Os títulos patrimoniais da CETIP - Câmara de Custódia e Liquidação são avaliados com base no valor patrimonial, não auditado, informado pela CETIP, e os incentivos fiscais são avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perda, quando aplicável. Ativos e Passivos contingentes e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM 489/05. • Ativos Contingentes: Não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações financeiras. • Passivos Contingentes: São constituídos levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade; e no posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como de perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente, devendo ser apenas divulgados nas demonstrações financeiras, e os classificados como remotos não requerem provisão e divulgação. • Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias: Decorrem de processos judiciais relacionados a obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade, que independente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras. Outros ativos e passivos Os ativos são demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos.
APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ a)
Vencimentos Em 30 de junho de 2006 - R$ mil 181 a 360 dias
b)
Aplicações em depósitos interfinanceiros ................................... 990 990 Total ............................................................................................... 990 990 Receitas de aplicações interfinanceiras de liquidez Classificadas na demonstração de resultado como resultado de operações com títulos e valores mobiliários.
1 a 30 dias
6)
31 a 180 dias
Rendas de aplicações em depósitos interfinanceiros ... Total .................................................................................
Devedores por depósitos em garantia .................................................. Pagamentos a ressarcir ........................................................................ Créditos tributários (Nota 16c) .............................................................. Impostos e contribuições a compensar ............................................... Opções por incentivos fiscais .............................................................. Total .......................................................................................................
Valor de custo atualizado
Marcação a mercado
Em 30 de junho - R$ mil 2005 Valor Marcação de custo a atualizado mercado
Valor de mercado/ contábil (2)
c)
OUTROS INVESTIMENTOS
Investimentos por incentivos fiscais ................................................... Títulos patrimoniais .............................................................................. Subtotal ................................................................................................. Provisão para perdas em investimentos por incentivos fiscais .......... Total .......................................................................................................
844 237 1.081 (618) 463
844 182 1.026 (618) 408
ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS a) b)
Ativos Contingentes No 1o semestre de 2006 não foram reconhecidos contabilmente ativos contingentes. Passivos Contingentes classificados como perdas prováveis e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A empresa é parte em processos judiciais de natureza fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades. As provisões foram constituídas levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e, no posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável.
9)
Márcio Artur Laurelli Cypriano
Diretores Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo
João Roberto Marzura Contador - CRC 1SP209875/O-5
Atualizações de impostos e contribuições .................................. Impostos e taxas .......................................................................... Contribuição ao COFINS ............................................................... Contribuição ao PIS/PASEP ......................................................... Despesas com CPMF ................................................................... Total ...............................................................................................
2006 Provisão para riscos fiscais ................................................................. Provisão para impostos e contribuições sobre o lucro ........................ Impostos e contribuições a recolher .................................................... Total .......................................................................................................
Em 30 de junho - R$ mil 2005 1.375 8 1 1.384
Atualização monetária de impostos e tributos ............................. Outras ............................................................................................ Total ...............................................................................................
b)
25 2 27
27 3 30
14) RESULTADO NÃO OPERACIONAL No semestre findo em 30 de junho de 2005, o resultado não operacional refere-se substancialmente a perdas ocorridas na baixa de títulos patrimoniais no montante de R$ 544 mil em janeiro de 2005. 15) TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR E EMPRESAS LIGADAS As transações com controlador e empresas ligadas foram efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações, foram eliminadas nas demonstrações financeiras: 2006 Ativos (passivos)
Receitas (despesas)
Em 30 de junho - R$ mil 2005 Receitas Ativos (passivos) (despesas)
Disponibilidades Banco Bradesco S.A. ................................. 20 – – – Dividendos e juros sobre o capital próprio: Banco Bradesco S.A. ................................. (1) – (278) – Aplicações em depósitos interfinanceiros (a): Banco Bradesco S.A. ................................. 990 67 – – Serviços prestados: Bradesco S.A. CTVM .................................. – (3) – – Banco Bradesco S.A. ................................. – – – (2) (a) Aplicações interfinanceiras de liquidez - depósitos interfinanceiros de ligadas, com taxas equivalentes às do CDI - certificado de depósito interfinanceiro. 16) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a)
Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social 2006
b)
c)
Em 30 de junho - R$ mil 2005
Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ....... 5 Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ....................................... (2) Despesas indedutíveis líquidas de receitas não tributáveis ....... (2) Outros valores ............................................................................... 3 Imposto de renda e contribuição social do semestre ................. (1) Composição da conta de resultado de imposto de renda e contribuição social 2006
(465) 158 (195) 18 (19)
Em 30 de junho - R$ mil 2005
Impostos diferidos Constituição no semestre, sobre adições temporárias ................ 7 Subtotal ......................................................................................... 7 Impostos correntes Imposto de renda e contribuição social devidos .......................... (8) Imposto de renda e contribuição social do semestre ................. (1) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos
8 8 (27) (19) R$ mil
Saldo em 31.12.2005
d)
Constituição
Realização
Provisão para contingências fiscais .. 227 7 Provisão para desvalorização de títulos e investimentos ........................... 63 – Total dos créditos tributários sobre 290 7 diferenças temporárias .................. Total dos créditos tributários (Nota 6) . 290 7 Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias
Saldo em 30.6.2006 –
234
–
63
– –
297 297
Em 30 de junho - R$ mil
1.332 17 1 1.350
Capital social O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é dividido em 12.861.018 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. Juros sobre capital próprio e/ou dividendos Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária.
12 7 6 1 – 26
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005
Imposto de renda
10) PATRIMÔNIO LÍQUIDO a)
11 7 5 1 1 25
13) OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS
OUTRAS OBRIGAÇÕES - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS
e)
Contribuição social
Total
2006 ............................................................. 100 45 145 2007 ............................................................. 101 45 146 2008 ............................................................. 4 1 5 2009 ............................................................. 1 1 Total ............................................................. 206 91 297 A projeção de realização de crédito tributário trata-se de estimativa e não é diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação praticada pela Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 286 mil (2005 - R$ 263 mil).
Parecer dos Auditores Independentes Aos Acionistas e Diretores da Finasa Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A.
Diretor-Presidente
Saldo em 30.6.2005
– 4 4 33 4 45
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005
Fiscais e Previdenciárias ........... 1.355 20 1.375 1.332 Passivos Contingentes classificados como perdas possíveis A empresa mantém um sistema de acompanhamento para todos os processos administrativos e judiciais em que a instituição figura como “autora” ou “ré” e amparada na opinião dos assessores jurídicos classifica as ações de acordo com a expectativa de insucesso. Neste contexto os processos contingentes avaliados como de risco de perda possível não são reconhecidos contabilmente.
Diretoria
Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha
Constituição
Saldo em 30.6.2006
72 6 5 – 5 88
12) DESPESAS TRIBUTÁRIAS
R$ mil Saldo em 31.12.2005
1.704 743 283 240 98 3.068
Em 30 de junho - R$ mil 2006 2005
8)
Valor de mercado/ contábil (2)
Acima de 360 dias
Em 30 de junho - R$ mil 2005 1.704 787 297 257 98 3.143
Propaganda e publicidade ............................................................ Provisão para riscos fiscais ......................................................... Serviços do sistema financeiro .................................................... Serviços técnicos especializados ............................................... Outras ............................................................................................ Total ...............................................................................................
67 67
Títulos para negociação Letras financeiras do tesouro .................. – – 5 89 94 94 – 704 704 – Letras do tesouro nacional ...................... 63 – 23 85 171 171 – 285 285 – Notas do tesouro nacional ...................... – – – 20 20 20 – – – – Certificados de depósito bancário .......... – 3 11 10 24 24 – 347 347 – Debêntures .............................................. – – – – – – – 234 234 – Notas promissórias ................................. – – – – – – – 13 13 – Total em 2006 .......................................... 63 3 39 204 309 309 – Total em 2005 .......................................... 173 172 418 820 1.583 1.583 – (1) As aplicações em cotas de fundos de investimento foram distribuídas de acordo com os papéis que compõem suas carteiras, preservando a classificação da categoria dos fundos. Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis, independentemente de sua classificação contábil; e (2) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado disponível, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundo de investimento, o custo atualizado reflete o valor das respectivas cotas, que já estão a valor de mercado. A Administração da empresa entende que a provisão constituída é suficiente para atender perdas b) Resultado de títulos e valores mobiliários decorrentes dos respectivos processos. Semestres findos em 30 de junho - R$ mil O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial é mantido até o ganho definitivo da ação, 2006 2005 representado por decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, ou a sua prescrição. Receita de aplicações interfinanceiras de liquidez ............. 67 – I - Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias Fundos de investimentos ...................................................... 32 130 Total ....................................................................................... 99 130 A empresa vem discutindo judicialmente a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmente provisionados não obstante as boas chances de êxito c) A Finasa Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. não possuía posição de instrumentos a médio e longo prazo, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos. financeiros derivativos em 30 de junho de 2006 e de 2005. II - Movimentação das Obrigações Legais Constituídas OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS 2006
7)
181 a 360 dias
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005
Semestre findo em 30 de junho de 2006 - R$ mil
2006 Títulos (1)
Total
11) DESPESAS ADMINISTRATIVAS
Examinamos o balanço patrimonial da Finasa Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. em 30 de junho de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos do semestre findo nessa data, elaborados sob a responsabilidade da administração da Instituição. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nosso exame compreendeu, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Instituição, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Instituição, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Finasa Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. em 30 de junho de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos da Instituição do semestre findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. O exame das demonstrações financeiras do semestre findo em 30 de junho de 2005, apresentadas para fins de comparação, foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram parecer com data de 5 de agosto de 2005, sem ressalvas. São Paulo, 4 de agosto de 2006
Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5
Washington Luiz Pereira Cavalcanti Contador CRC 1SP172940/O-6
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
10 -.OPINIÃO
terça-feira, 22 de agosto de 2006
LENTE DE
AUMENTO
VINTE TEMAS INTOCÁVEIS
O amigo pagou as contas, o presidente disse que não sabia. Depois, disse que sabia.
poderosas empresas como Furnas, Correios, IRB, foram afastadas por denúncias de corrupção. 5-A Executiva do partido do presidente foi afastada por corrupção. 6-O presidente da Câmara dos Deputados, do PT, e os líderes do PT e do governo na Câmara e no Senado foram afastados por denúncias de corrupção. 7-O ministro da Fazenda foi demitido e responde a vários processos por corrupção em Ribeirão Preto e violação de conta bancária. 8-O poderoso vicepresidente do mais importante fundo de pensão do Brasil, o Previ-BB, do PT, foi afastado por corrupção. 9-O ministro que mandava na propaganda do governo e nos fundos de pensão foi afastado num quadro de corrupção. 10-Um canal de corrupção entre agências de publicidade, o PT, o governo, bancos e políticos da base do governo foi
JOÃO DE SCANTIMBURGO
Caixa 2 do PT. 16-A esposa do ex-prefeito de Campinas, do PT, diz que ele foi assassinado por razões políticas. 17-Telefônicas combinavam seus negócios com intervenção do tesoureiro do PT e de uma agência de publicidade. 18-O relator da CPI da Evasão de Divisas, deputado do PT, mantinha relações espúrias com doleiros. 19-A agência de publicidade que fez a campanha do presidente reconheceu que recebeu através de Caixa 2 de campanha no exterior, e continua com contas do governo federal. 20-O amigo do presidente pagou suas contas dizendo que o presidente não sabia. Depois, o presidente disse que sabia. E o sigilo do amigo não foi aberto. E muito mais, o que se sabe e o que não se sabe... TRECHOS DO COMENTÁRIO DE CESAR MAIA, PREFEITO DO RIO BLOGCM@CENTROIN.COM.BR
O silêncio reforça a idéia de que todos são iguais
Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente em exercício Alencar Burti Presidente licenciado Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi
Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)
Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: , Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046
Céllus
descoberto, na mais ampla rede de corrupção política de que se tem notícia. 11-O Ministério da Saúde, articulado com a Casa Civil, uma empresa privada e dezenas de parlamentares, criou um sistema de liberação de emendas com pagamento de propina. 12-A Caixa Econômica, os bingos e a Casa Civil armaram licitação milionária e fraudulenta. 13-Um carro Land Rover foi dado como compensação ao secretário-geral do PT. 14-Os cartões de crédito (secretos) da Presidência foram usados para gastos privados com amigos e parentes. 15-O prefeito de Santo André foi assassinado, provavelmente por causa do
"Querem acabar com meu governo." BENEDICTO FERRI DE BARROS
G Beto Barata/AE
I
ncrível, mas nenhum candidato à Presidência tocou nesses assuntos. Bem, até hoje! Ninguém fala nada, ninguém, passando para a opinião pública que todos são iguais e que um candidato não pode falar do outro. Vejamos: 1-De 2005 para cá os presidentes do PT, PL, PTB e do PP foram acusados e afastados, ou perderam o mandato. 2-O poderoso ministrochefe da Casa Civil foi demitido, cassado e acusado de ser chefe de uma quadrilha. 3-Seu assessor mais importante foi demitido por corrupção registrada em vídeo. 4-Todas as diretorias de
overno não é propriedade – é delegação. Quando à incompetência se soma o despreparo, se acresce a esperteza e a esse trinômio se adiciona a ganância, potencializada pela desonestidade e elevada ao infinito pela presunção messiânica e a egolatria autista, a somatória é zero, política e governamental. Esta é a soma da equação esquerdista comandada pelo PT e a soma do desgoverno sob o mandato Lula. Numa recente manchete da imprensa ele aparece dizendo: "Querem acabar com meu governo." Essa declaração revela com a limpidez cristalina de um "abobrão", o nível de desatino, que a crise em curso detonou na mente presidencial. Para começar, se houvesse governo não haveria essa crise, e se algo a oposição, a imprensa e a sociedade têm evidenciado diante do cataclismo em curso é tentar preservar a continuidade de seu mandato para poupar-se a Nação de um traumatismo maior. Mas nada disso pode ser conseguido se, como ele próprio reitera, a não se apurar a verdade até o fim e os culpados por crimes (e não por erros, como ele diz) não forem apurados e exemplarmente punidos. Há outras impropriedades gritantes na declaração presidencial. Elas estão sintetizadas na expressão "meu governo". Se Lula dissesse "meu desgoverno" reduziria o erro pela metade. Mas dizer "meu" mantém metade de seu equívoco. Governo não é propriedade, governo não é prerrogativa, governo não concede incolumidade – a não ser no caso-limite do poder ilimitado de governos totalitários de esquerda ou de direita, onde inexiste democracia, nem Estado de Direito, nem vigora o regime da lei. Onde tudo isso existe, não há donos nem pro-
prietários do governo. Ao contrário, o governo é um ônus, uma obrigação, a responsabilidade mais ampla e pesada de que o povo pode investir qualquer cidadão. Se, eventualmente, as ações que a sociedade civil brasileira, exercida por suas instituições legais e democráticas, vierem a revelar situações e atos em que envolvam o presidente, infringindo princípios, normas e leis, a que o mais humilde cidadão não pode infringir, o cidadão supremo, o mais responsável não poderá querer conservar o seu (o "meu") governo, violando o mandamento supremo da ordem democrática e do império da lei.
O
desfecho da crise não depende, portanto, nem de declarações que fazem manchetes, de se ter coração de mãe, ou de se querer ser engolido na próxima eleição – mas da verdade dos fatos que venham a ser apurados. Se vierem. Pois ninguém ignora os muito casos em que os titulares do governo fizeram tudo o que era possível para acobertar ilícitos. A incompetência não resulta apenas da penúria de quadros petistas, como alegou Lula para justificar os "erros" do seu partido – o PT – desfalcado pela transferência para cargos do governo de suas figuras mais competentes. A incompetência é mais funda e generalizada, origina-se da indigência de seus mentores intelectuais, que se apóiam em ideologia historicamente arcaica. Mais do que isso, sepultada nos escombros do bunker de Hitler e sob os escombros de Muro de Berlim. Em outras palavras, o problema do PT é o de ser guiado por uma esquerda burra, que, ao contrário de progressista é, do ponto de vista histórico, reacionária.
G overno não é propriedade. Se Lula dissesse "desgoverno" o erro seria menor.
Soluções para a casa popular RICHARD MORETON TREACHER
C
oncentrado nas áreas urbanas (76%) e nas famílias com renda mensal de até três salários mínimos (83%), o déficit habitacional brasileiro é de 7,2 milhões de moradias, ou seja, a maior carência de imóveis é entre os que ganham pouco e residem nas cidades, segundo informações da Fundação João Pinheiro, com dados de 2002. Famílias com renda mensal entre 3 e 6 salários mínimos completam o quadro de carência habitacional, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Embora a questão habitacional seja também prioritária para as faixas de renda imediatamente superiores, as propostas para minimizar a falta de moradias devem se concentrar nas famílias com renda até 6 salários mínimos mensais, pois representam mais de 90% do déficit. Diversos trabalhos acadêmicos, teses e seminários diagnosticando o problema geram intermináveis discussões com relação a quais seriam os programas mais adequados, qual deveria ser o papel da Caixa Econômica Federal, do Ministério das Cidades, das esferas de governo, entre outros. Ocorre que o problema é gravíssimo, portanto é urgente passar do campo dos diagnósticos para o campo das ações. Nestes últimos 20 anos verificou-se um aumento expressivo da favelização, das ocupações irregulares das áreas de risco e de preservação de mananciais, com o conseqüente aumento da violência urbana e a um custo ambiental ainda por ser avaliado. A principal causa destas anomalias é a falta de moradia digna e regularizada, a preços acessíveis, para a população. A solução depende do governo e socie-
dade colocarem a habitação como prioridade. Com isso, o setor da construção proporcionará o impulso necessário para o crescimento econômico, social e industrial, em virtude do efeito multiplicador gerado pelas novas moradias ao longo de sua vida útil. Para tanto, será necessária uma política habitacional focada no social, com intervenções amplas, que envolvam a construção de novos núcleos habitacionais, produção de lotes urbanizados, recuperação e legalização de áreas degradadas e a utilização intensiva de espaços urbanos ociosos. Tudo isso está previsto na Lei 11.124, de 16/06/2005, que criou o Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social(SNHIS). Mas, mesmo antes da regulamentação da nova lei, algumas ações imediatas deveriam ser implementadas, para eliminar os principais entraves causadores da sobra de recursos destinados à habitação.
A
s principais ações nesse sentido consistem, principalmente, em reduzir o custo do financiamento, acabar com a comercialização prévia, reformular a análise do candidato, desonerar tributos, reduzir a burocracia e incentivar a tecnologia, entre outras. Cada uma destas ações, isoladas, contribui para agilizar e aumentar a produção habitacional de interesse social. Juntas, ajudarão a minimizar o déficit habitacional brasileiro num prazo estimado de 15 anos, com investimentos anuais equivalentes a 0,5% do PIB atual (aproximadamente R$ 10 bilhões anuais). Não há dúvida de que é um custo elevado. A dúvida maior é quanto ao custo de não fazê-lo. RICHARD MORETON TREACHER É DIRETOR SUPERINTENDENTE DO INOCOOP- SP
É possível reduzir o déficit habitacional de famílias com renda entre 3 e 6 salários
ISRAEL E O LÍBANO
O
exército de Israel, que é todo poderoso, proclamou vitória nos últimos dias, mas o grupo terrorista xiita Hezbollah também se proclamou vitorioso, deixando-nos absortos, sem saber quem está com a razão. Deixemos estas minúcias e fiquemos com a decisão da ONU de exercer a função pacificadora que lhe é atribuída, embora sem eficácia, como sabemos, e façamos reflexões sobre o que vai acontecer no Oriente Médio com o exército de Israel, com o Hezbollah e com o exército do Líbano. Sabemos que o exército de Israel é dos melhores do mundo e o Hezbollah, que atua no Líbano, é excelentemente bem armado e bem municiado. Cabe, então, ao exército de paz organizado pela ONU e comandado pela França a decisão de gerar a paz no Líbano. Na Terra Santa não tem sido possível a realização de festas religiosas, comuns no passado e por muitos anos sob governo israelense.
O
comando da ONU tem uma matéria difícil de tratar, pois os ânimos estão inflamados e de um momento para o outro podem reatar hostilidades sem mesmo dar atenção a um aviso prévio, e os mortos serão chorados como nas vezes passadas. O que é preciso fazer é afastar o Hezbollah do Líbano e essa ação cabe aos islamitas moderados, que exercem a política em território libanês, dividindo suas atividades com os cristãos, que também agem e mantêm relações harmoniosas com outras confissões, também minoritárias. Não se trata, pois, de uma disputa entre maiorias religiosas, mas, sim, de minorias que se capacitam para não recomeçar atividades bélicas que conduzem à morte e não à vida e à existência, como temos visto pelos números de baixas dadas a cada disputa guerreira. Finalizando, creio que a ONU pode realizar a pacificação tão desejada por Israel e pelos xiitas do Hezbollah. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
G O que é
preciso fazer é afastar o Hezbollah do Líbano e essa ação cabe aos islâmicos moderados
terça-feira, 22 de agosto de 2006
Ambiente Compor tamento Memória Urbanismo
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3 A avenida Paulista continuará sempre viva na memória, do jeito que era na minha infância. Blanche de Bonneval, ex-moradora da Paulista
AVENIDA PASSOU POR TRÊS FASES DISTINTAS
Guilherme Gaensky/Reprodução do Álbum Iconográfico da Avenida Paulista
Newton Santos/Hype
Trabalhadores instalando o trilho do bonde, em 1900, na avenida Paulista, no trecho entre as ruas Pamplona e Joaquim Eugênio de Lima
A avenida Paulista vista da janela do passado
Blanche de Bonneval em frente ao Banco Central, onde ficava sua casa Arquivo da família
Ex-moradora de um casarão da Paulista, no número 1.804, conta a história da avenida ao longo dos anos Fotos: Reproduções do Álbum Iconográfico da Avenida Paulista de Benedito Lima de Toledo
Vanessa Rosal
Q
uem passa diariamente pela avenida Paulista, com sua rotina agitada de um dos principais centros financeiros do País, sequer pode imaginar que o local já foi sinônimo de tranqüilidade. Até a década de 60, no lugar dos arr a n h a - c é u s q u e h o j e b l oqueiam o horizonte, existiam elegantes e belos casarões, repletos de árvores e jardins. Quando foi inaugurada, em 8 de dezembro de 1891, a Paulista não tinha nenhuma construção. Resumia-se a uma série de terrenos uniformes, rodeados por cercas de arame de três fios. Aos poucos, os barões do café foram erguendo suas mansões e, em pouco tempo, morar na Paulista e em seus arA avenida Paulista, em 1935, já cercada de casarões e pequenos prédios. O verde também predomina. redores ganhou status de riqueza. A avenida era uma de a conclusão de sua pesquipatos e perus", afirmou. vitrine de reA segunda fase vai até 1966, sa, em 1979. A idéia agora é sidências luum período residencial com transformar a tese em livro, xuosas com progresso do setor terciário. com ilustrações antigas. estilos muito "Pude verificar uma grande Blanche conta que, naquela diferentes. época, a avenida Paulista pos- poluição visual com placas, Preservar a suía hospitais, clubes e escolas. mensagens que aparecem em história da "Identifiquei este período na toda a sua extensão de forma Paulista e entese como aquele em que a desorganizada, notei a degratender suas Paulista se torna núcleo do se- dação dos equipamentos, os tr ans for mator terciário, principalmente buracos nas calçadas, e a falta ções são as de manutenção das fachadas. em saúde, educação e lazer". Vista do jardim da casa de Maurício Rotschild principais atiJá a terceira fase é um períovidades de do totalmente terciário, que uma antiga vai de 1966 até os dias de hoje. moradora do É o período de instalação dos n ú m e r o grandes bancos e escritórios, 1.804, onde que tomaram conta de quase h o j e e n c o ntoda a extensão. "Ainda sobratra-se o imporam alguns edifícios residennente prédio ciais, mas esta não é a principal do Banco característica da avenida". Central. A Blanche conta que das janelas geógrafa de sua antiga casa viu a construBlanche de ção do metrô e o alargamento da Bonneval viavenida. Observou também Corrida de automóvel realizada em 1924 veu na avenigrandes prédios serem erguida desde que dos à sua volta, e toda a confunasceu, em 1949, até completar mamãe nunca mais foi ao nú- são que as obras criaram, com 24 anos. "Saímos da nossa casa mero 1.804", afirmou. poeira, terra e barulho. em abril de 73, quando eu curF ut ur o - "Na primeira vez Tese - Após observar as sava o segundo ano de faculda- transformações bruscas na em que eu vi o prédio do Banco de. Ninguém quis voltar para Paulista, Blanche realizou Central, no terreno onde ficava saber o que ia ser construído no uma pesquisa para o seu dou- minha casa, tive sentimentos terreno. Deixamos para trás torado e constatou três fases estranhos e uma imensa sauuma vida", disse, emocionada. aparentes da avenida. dade. O prédio atual é muito A família de Blanche foi moA primeira vai de 1880, pe- bonito, mas o contexto não é rar na região em 1896, na casa ríodo da inauguração, até os mais aquele que eu conheci", construída pelo seu bisavô. A anos 30, quando houve a que- disse Blanche. mãe de Blanche, hoje com 82 bra da Bolsa de Nova York, Mais de vinte anos depois de anos, sente saudades da Pau- prejudicando os cafeicultores ter escrito a tese e após 30 anos lista, mas se recusa a voltar à paulistas. "No final dos anos de ausência do País, a geógrafa avenida. "Hoje ela vive seis 20, nossa casa abrigava vacas e percorreu os 2,8 mil metros da meses na França, onde nasceu, cavalos no fundo do quintal. Paulista a pé, observando as e seis meses em São Paulo. A Criávamos também galinhas, mudanças que ocorreram des-
Casarão onde a família Bonneval viveu de 1896 até 1973
Agora percebi sua vocação popular, com passeatas e manifestações", disse. "Eu acredito numa quarta fase da avenida Paulista, porque a cidade evolui muito rápido. Sempre a avenida Paulista continuará viva na memória, do jeito que era na minha infância". História – Antes de se instalar na avenida Paulista, a família de Blanche morava na praça da República e possuía uma fazenda de café em Itu, no interior. O avô largou a cafeicultura para trabalhar no setor imobiliário. "Quando houve a crise do café, a minha família não sofreu muito", explicou. O pai de Blanche, o Conde de Bonneval, era militar. Lutou na Segunda Guerra e conheceu em Paris a sua esposa, Maria Antonieta, a Condessa de Bonneval. Na casa de Blanche, viviam 14 empregados – jardineiros, copeiros, motoristas, mordomos, arrumadeiras, lavadeiras, cozinheiras e enfermeiras – que bri-
gavam entre si. Certa vez, contou, um copeiro foi atingido pelo copo do liquidificador atirado por outro empregado. Sua avó teve de socorrê-lo Blanche se lembra também das festas de arromba. Segundo ela, sempre em torno de 300 pessoas participavam das comemorações, controladas pela avó. "Se algum espertinho apagava as luzes, ela acendia", disse. Além disso, patrulhava o jardim onde os namorados costumavam se esconder. "A vovó acabava com a farra". Blanche se recorda muito também do edifício localizado do outro lado da avenida, no lado ímpar, o Baronesa de Arari. O apartamento de cobertura pertenceu a Cacilda Becker. No local havia uma sala de espetáculos para cem pessoas, onde autores novos foram lidos e consagrados e muitos sucessos ensaiados. "É a avenida da arte, da vida e do amor", concluiu Blanche.
terça-feira, 22 de agosto de 2006
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3
Política SERRA REAGE E
Ele (Lula) foi tão grosseiro que eu não me sinto em condições de travar um diálogo. José Serra, sobre declarações do presidente contra ele.
Márcio Fernandes /AE
DIZ QUE LULA É "GROSSEIRO" Tucano diz que não vai responder ao atual presidente e candidato do PT à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva, que no fim de semana declarou, em Osasco, que Serra "vomitava preconceito" contra os nordestinos. "As caneladas estão crescendo", afirma.
Daniel Pera / Agência O Globo
Rumos diferentes: enquanto o candidato tucano José Serra se dedicou a conversas na Fiesp (no caso, com o expresidente Mário Amato),o petista Aloizio Mercadante conversou com mendigos no bairro de Pinheiros. E o peemedebista Orestes Quércia, que pretende integrar a CDHU à Nossa Caixa, fez corpo-a-corpo no Largo 13. Jonne Roriz / AE
TRE DETERMINA RETIRADA DE PROPAGANDA DO PT
O
juiz James Siano, do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, determinou a retirada do ar da propaganda em bloco dos candidatos a deputado federal da Coligação PT/PCdoB veiculada no dia 17 de agosto, durante a noite, que exibiu imagem e som criticando o candidato ao governo pelo PSDB, José Serra. Assim, serão retiradas do ar as propagandas onde candidatos a deputado federal apareciam criticando José Serra por renunciar à Prefeitura de São Paulo para concorrer ao Governo do Estado. De acordo com a decisão, os candidatos a cargos federais (no caso específico, deputados) não podem utilizar o tempo na propaganda eleitoral para fazer críticas a qualquer adversário que esteja disputando cargos na esfera estadual. Poderia ser admitido que os comentários a respeito de Serra estivessem restritos ao campo da crítica política. Porém, a alegação de houve quebra de promessa ao deixar a Prefeitura e a necessidade de manter a honra referem-se à condição de Serra como candidato. (AE)
O
candidato do PSDB ao governo do Estado de São Paulo, José Serra, reagiu às acusações de que "vomitava preconceito", feitas no domingo pelo presidente e candidato à reeleição pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, durante comício realizado em Osasco. "Ele (Lula) foi tão grosseiro que eu não me sinto em condições de travar um diálogo. Quando ele fizer observações sem grosseria, eu posso responder", destacou Serra, após almoço com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na avaliação do tucano, as "caneladas estão crescendo" cada vez mais nesta campanha. Ele considerou que, apesar de prever este tipo de ataque, não contava "com caneladas deste tamanho". E contou que sua campanha para a Prefeitura de São Paulo, em 2004,
na qual sua adversária foi a petista Marta Suplicy, teve um nível muito melhor. No seu entender, responder aos ataques que está sofrendo "seria baixar o nível da campanha". Questionado se teme alguma retaliação por parte do presidente Lula, caso o candidato de seu partido à Presidência da República, Geraldo Alckmin, não vença este pleito, Serra foi cauteloso: "São Paulo não pode sofrer retaliação impunemente. Não acredito que sofra retaliação de nenhum presidente da República, pelo peso que tem o Estado e a força que vou dar para o governo de São Paulo", disse. E complementou: "Eu espero que essa consideração seja desnecessária, porque estou confiante na eleição de Alckmin". Serra classificou como positivo o encontro com os empresários da Fiesp, salientando que eles têm muitos pontos em comum com o seu programa
de governo. "O problema número um de São Paulo e do Brasil é o emprego, por isso faremos uma aliança pelo emprego e pela produção". FHC de volta - Durante o encontro, Serra trouxe o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de volta ao cenário eleitoral. Ele defendeu o governo FHC e citou números da agricultura para comparar com o atual governo. Apesar de dizer que não responde diretamente às declarações de seu adversário, o petista Aloizio Mercadante, Serra trouxe FHC para o centro dos debates justamente após críticas de Mercadante, que acusava os tucanos de esconderem ex-presidente e não defenderem seu governo. Serra propôs a criação de três agências: uma de competitividade e tecnologia, uma de investimentos e uma de fomento, todas subordinadas a uma única secretaria. (AE)
MERCADANTE GANHA APOIO ATÉ NO RÁDIO m seu programa no horário político eleitoral nas rádios, ontem, quando focou a questão da segurança pública em São Paulo, o candidato petista ao governo paulista, senador Aloizio Mercadante, ganhou bem mais do que um apoio a sua campanha. Ele contou com a participação direta do próprio presidente e candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva, que durante a programação não apenas fez elogios a Mercadante e ao seu trabalho no Senado Federal como pediu votos para ele ao eleitorado. "Existe muita gente que me apóia em São Paulo, mas que não sabe ainda se vai votar no Mercadante", disse. "Então eu digo que ele é um bom candidato e que vai governar São Paulo sem discriminar nin-
E
guém". O recado tinha um alvo direto: era uma referência à entrevista do candidato tucano, José Serra, ao jornal SPTV, da Rede Globo, que mencionou a dificuldade de se enfrentar a Educação em São Paulo por causa da migração, especialmente de nordestinos. Laptops – Ao cumprir a agenda de campanha Mercadante prometeu, caso seja eleito, distribuir laptops para alunos da rede estadual de ensino. O petista não especificou quantos alunos receberiam os equipamentos ao longo de seu eventual mandato. "Nós temos, em perspectiva ao longo do tempo, que todos os alunos da escola pública que têm condições de usar um laptop venham a ter (o equipamento) porque é assim nos países ricos. Se nós quisermos superar a pobreza, nós temos que
investir na educação de qualidade", afirmou o candidato, após participar de entrevista para a Associação Paulista dos Jornais (APJ), pela manhã. A idéia de Mercadante é embarcar no projeto do laptop de US$ 100 desenvolvido pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), dos Estados Unidos, e que tem apoio do governo federal para ser vendido no Brasil. Ainda não há data para o equipamento ser disponibilizado no País. "US$ 100 por criança, R$ 220, é barato", avaliou. "Um jovem na Febem custa R$ 22 mil por ano. É por aí que nós vamos mudar São Paulo", disse. Segundo a Secretaria Estadual da Educação, a rede tem 5,067 milhões de alunos. Se cada um recebesse um laptop, o custo seria superior a R$ 1 bilhão. (Agências)
Quércia quer mudar CDHU Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) será submetida à Nossa Caixa. Foi o que prometeu o candidato do PMDB ao governo de São Paulo, Orestes Quércia, caso seja eleito. Segundo ele, o banco administraria o repasse de 1% da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS) destinado à habitação popular. À CDHU caberia apenas cuidar da questão habitacional. "Estamos elaborando uma idéia de fazer da Nossa Caixa a coordenadora da habitação de São Paulo. Nós depositaríamos os recursos do CDHU na Nossa Caixa. Isso significaria a possibilidade do banco ampliar os financiamentos pelo potencial dos recursos investidos", explicou o candidato, após participar de um debate
A
organizado por entidades do setor da construção civil no Instituto de Engenharia. Quércia acredita que, aplicar os recursos destinados ao CDHU na Nossa Caixa, multiplicaria em "três ou quatro vezes o montante dos recursos que hoje existem" para financiar moradias populares. "E ainda vai sobrar recursos da Nossa Caixa para podermos financiar a pequena e média empresa, sobretudo a agroindústria em São Paulo." O CDHU atende famílias com renda entre um e dez salários mínimos. Segundo seu site, a CDHU movimenta cerca de R$ 550 milhões por ano. A empresa já construiu e comercializou cerca de 356 mil habitações em 93% dos municípios paulistas desde a sua fundação, em 1949. Os números correspondem a 1,7 milhão de pessoas atendi-
das pelos programas habitacionais neste período. Recursos - Quércia e o diretório estadual do PMDB ajuizaram dois recursos especiais no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ambos foram condenados a pagar multa de R$ 21.282, em cada representação, por propaganda eleitoral antecipada. O Ministério Público Eleitoral (MPE) argumentou, junto ao TRE, que o PMDB teria divulgado, por meio de inserções estaduais em rádio e televisão, nos dias 21, 23, 26 e 28 de junho deste ano, propaganda eleitoral antecipada em benefício do candidato. Quércia e o PMDB alegam que a pena para este caso não inclui multa, e sim suspensão do direito de transmissão do partido de propaganda gratuita no semestre seguinte. O ministro Cezar Peluso é o relator dos recursos. (AE)
8
Congresso Planalto Eleições CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 22 de agosto de 2006
NA CORRIDA POR VOTOS, O PODER DOS PREFEITOS.
Fotos: Alaor Filho/AE
PRESIDENTE INVESTE NO APOIO DE PREFEITOS
José Feitosa/AE
Helvio Romero/AE
Cabos eleitorais experientes, os 5.562 prefeitos do Brasil mantêm contato direto com a população e são os chefes de 5 milhões de servidores públicos.
H ALCKMIN: LULA ELIMINA EMPREGOS Em entrevista no rádio, candidato tucano diz que presidente é um "exterminador" de postos de trabalho.
O
candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, chamou ontem seu principal adversário, o presidente e candidato à reeleição pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, de "exterminador do emprego". A declaração foi feita em seu primeiro compromisso público do dia – uma entrevista ao programa de Paulo Barbosa, na Rádio Capital. "Lula está virando exterminador de emprego", afirmou, argumentando que a atual política de juros, impostos e câmbio do governo vai na contramão de um modelo que tem como meta a geração de emprego. Em seguida, Alckmin voltou a reclamar do oponente. Ao falar com jornalistas, reba-
teu a afirmação de Lula de que os tucanos "vomitam preconceito". Apesar de insistir que fará uma campanha propositiva, não se conteve. Disse que seu adversário anda irritado e anotou que campanha preconceituosa quem tem feito é o petista, e não ele. "O presidente Lula anda bravo, dizendo que os tucanos, acho que se referindo ao Serra (José Serra, candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB), vomitam preconceito. É uma coisa totalmente injusta", afirmou Alckmin. O ex-governador paulista saiu em defesa de Serra, lembrando que o ex-prefeito de São Paulo "é filho de imigrante e não tem preconceito nenhum". "É menino do Brás (na
verdade Serra nasceu na Mooca), filho de verdureiro. Uma pessoa simples", comentou, sobre seu colega de partido. Alckmin disse ainda que Lula tem feito "campanha totalmente preconceituosa, utilizando uma frase colocada na TV (em entrevista ao SPTV Serra atribuiu à migração as notas baixas do Saeb) para tentar ganhar voto, tirar proveito". Por fim, ele salientou que poderia "dizer tanta coisa", mas que, "em respeito aos eleitores", preferia apenas comentar que a frase de Lula era "injusta e mal colocada". Alckmin insistiu que fará campanha falando do País e que o foco de seu discurso não é "falar mal de ninguém". Mas avisou: "Vou mostrar o contraditório."
Alckmin disse ainda que o governo federal não agiu de maneira correta quando a Bolívia decidiu, em maio, nacionalizar as reservas de gás e petróleo. Segundo ele, o governo foi "dúbio e submisso", o que fez com que o episódio fosse muito ruim para o Brasil, que fez altos investimentos em solo boliviano. "O governo brasileiro foi dúbio, foi submisso e tinha que ter sido duro, exigindo que os contratos (entre os dois países)fossem respeitados". Alckmin também criticou o que chamou de "ingerência política" do Executivo nas agências reguladoras e o veto ao reajuste de 16,6% para os aposentados, embutido na medida provisória de reajuste do salário mínimo. (AE)
GOVERNOS SÃO UMA FARSA, DIZ HELOÍSA.
em Maceió com o candidato Cristovam Buarque (PDTDF) e o candidato a vice na chapa do PSDB, José Jorge (PSDB-PE). O evento abriu a 63ª Semana Oficial de Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia (SOEAA). Heloísa Helena apontou como prioridades a democratização do acesso à terra e dos espaços urbanos, da agricultura e o investimento em políticas sociais. A senadora afirmou que o seu programa de
governo está baseado em quatro eixos, que prevêem a democratização da riqueza por meio da alteração da política econômica, com a redução da taxa de juros, do superávit primário e investimentos nos setores produtivos. A candidata do PSol disse que pretende reduzir a taxa de juros pela metade, aumentando a meta de crescimento do PIB do Brasil. De sua parte, o candidato pedetista Cristovam
Buarque afirmou que se o presidente Lula ganhar no primeiro turno, sem base parlamentar de sustentação, sofrerá uma "tentação autoritária muito grande". Para o candidato do PDT, Lula já demonstrou que isso pode acontecer quando declarou que, se reeleito, vai propor uma nova Constituição. "Lula vai, na verdade, ditar a nova Constituição e pode cair na tentação do autoritarismo", alertou.(AE)
A
candidata do PSol à Presidência, senadora Heloísa Helena, chamou de "farsa técnica e fraude política" a atuação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do expresidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) nos últimos 12 anos no País. Ela participou de um debate
50 mil escolas e mais de 200 mil agentes de saúde em contato direto com a população. "Sobretudo em municípios menores, prefeitos influem sobre 20% a 30% do eleitorado", calcula Paulo Ziulkoski, presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), uma das três entidades nacionais de prefeitos. Apoios da oposição– Lula já fez reuniões em Campinas (SP), Salvador (BA) e Montes Claros (MG), nas quais recebeu apoio de mais de 300 prefeitos de 18 partidos. No fim de semana, Lula vai buscar a p o i o s n o R i o d e J a n e i ro . "Além de manter bons programas sociais, o governo se diferencia por uma relação respeitosa com os municípios", diz o prefeito de Montes Claros, Athos Avelino (PPS). Durante o governo Lula, a participação dos municípios no bolo tributário nacional, que vinha caindo desde 1989, cresceu pela primeira vez para pouco mais de 15% do total, e os prefeitos conseguiram avançar sobre um naco de R$ 6 bilhões ao ano. Eles ganharam uma fatia de R$ 700 milhões na Cide (o imposto de combustíveis), parte do fundo de compensação de exportações (Lei Kandir) e o direito de arrecadar o imposto sobre propriedades rurais (ITR). (Reuters)
E O PROGRAMA DE GOVERNO?
O
lançamento do programa de governo da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da coligação A Força do Povo (PT-PCdoB-PRB), foi adiado em uma semana, do dia 22 para o dia 29 deste mês. Segundo a Assessoria de Comunicação da campanha eleitoral, o adiamento foi decidido por conta de dificuldades de conciliação da agenda do presidente com a
agenda de candidato. Até o momento, os coordenadores da campanha de Lula apresentaram somente as linhas gerais do programa: prioridade para a educação, desenvolvimento tecnológico e investimentos em infra-estrutura; aprofundamento do desenvolvimento econômico com progresso social e ampliação da participação do Brasil no cenário internacional. (AE)
Só BEBIDAS Promoções de Inverno
DC
Alckmin: confiante antes de entrevista à Rádio Capital. No alto, Lula entre as bandeiras dos EUA e Cuba. E Heloísa aponta artilharia para FHC.
oje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontra com prefeitos do Sul de Minas Gerais em Varginha, como já 'ocorreu em outros Estados. Ele quer receber em votos a retribuição pelo tratamento diferenciado dado aos prefeitos durante seu governo, compensando o apoio da maior parte dos governadores ao presidenciável tucano Geraldo Alckmin. Em setembro, a coordenação de campanha de Lula divulgará um manifesto de apoio suprapartidário de 1.500 prefeitos, inclusive dos oposicionistas PSDB, PFL, PPS e PDT. "Nunca houve presidente que tratasse tão bem os prefeitos, sem distinguir partido, e, por isso, estou com ele, mesmo tendo sido eleito pelo PFL", afirma o prefeito Vitor Pletsch, de Nova Prata, município de 22 mil habitantes no Rio Grande do Sul. Pletsch, 63 anos, está no terceiro mandato e pela primeira vez diverge do partido nas eleições presidenciais. Deixou o PFL para não ser expulso da legenda. Eficientes cabos eleitorais, principalmente nas localidades com menos de 10 mil habitantes (48% do total), os 5.562 prefeitos comandam 5 milhões de servidores públicos, incluindo professores de mais de
Importadas
SÓ bebidaS Nacionais
“MANIA DE VENDER BARATO”
Vinho Espanhol Riscal R$ 44,00
Vinho Chileno Casa Mayor R$ 19,90
Porca de Murça R$ 17,90
Vinho Italiano Chianti R$ 29,90
Lambrusco R$ 11,50
Vinho Francês Côtes du Rhône R$ 29,90
Vinho do Porto Senador R$ 27,90
Vinho Português Mateus Rosé R$ 19,90
Vinho Italiano Gabia D´Oro R$ 13,50
Vinho Chileno Gato Negro R$ 17,90
Vinho Português Cartuxa R$ 64,90
Vinho Português Redondo R$ 29,90
Vinho Português Grand Jo R$ 25,50
Vinho Chileno Carta Vieja Carmenére/Cabernet
R$ 14,90
* preços para unidade na caixa.
ACEITAMOS CARTÕES DE CRÉDITO
PABX: 3106-9898 / 3112-0398 www.sobebidas.com.br
Pça. João Mendes, esquina c/ Rua Quintino Bocaiúva, 309 - Centro * BEBA COM MODERAÇÃO
Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO
Eu sempre choro. O CD é tão bom.
terça-feira, 22 de agosto de 2006
AGOSTO
2 -.LOGO
www.dcomercio.com.br/logo/
Da herdeira da rede de hotéis Hilton e agora cantora, Paris Hilton, sobre a experiência de ouvir seu primeiro CD, 'Blender', que será lançado em setembro.
22 Nascimento do bluesman norte-americano John Lee Hooker(1917-2001)
M EIO AMBIENTE C ÊNCIA
O mundo seco
A mordida mais rápida do mundo Uma minúscula formiga – a Odontomachus bauri – tem a mordida mais rápida do mundo: este inseto caçador de menos de um centímetro de comprimento é capaz de fechar as presas com velocidade entre 125 km/h e 233 km/h, de acordo com artigo publicado ontem no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences. Isso tira de um pequeno crustáceo o título de bote mais rápido. A formiga também é capaz de fechar as presas com tanta força que o "coice" a joga para trás,
longe do perigo. A equipe de cientistas usou vídeos de alta velocidade para gravar a mordida da formiga. O tempo médio de um ataque é de 0,13 milissegundos, 2.300 vezes mais rápido que um piscar de olhos. E um clique rápido das presas, contra o solo, pode oferecer uma rota de fuga para a formiga, que dá uma cambalhota no ar e se afasta. As formigas não se machucam com a manobra: caem, rolam e saem andando. Às vezes, se agarram a algum apoio ainda durante a queda.
A RTE William West/AFP
L
Becos das artes é um programa da cidade australiana de Melbourne que transforma as principais passagens estreitas da cidade em galerias para artistas. Acima, Lauren Rogers mostra seu 'Life Coach', que os críticos acreditam ser inspirado na Jornada nas Estrelas.
I NTERNET
Relatório mostra que 1,5 bilhão de pessoas já sofrem com a escassez de água
A
escassez de água no mundo não tem sido levada à sério, segundo uma série de mapas e dados organizados pelo International Water Managment Institute (Instituto Internacional de Gerenciamento de Água, IWMI, em inglês). As análises deram origem a um relatório apresentado na Semana Mundial de Água, que acontece em Estocolmo, na Suécia. O relatório aponta que 1,5 bilhões de pessoas em todo o mundo vivem em zonas onde há pouca água, em especial o norte de África, o norte da China e o sudoeste dos EUA. Mais de 1 bilhão de pessoas vivem em regiões onde a água disponível provém de rios e águas subterrâneas, mas onde não há infra-estruturas a explorá-la. A projeção é de que em 2025 esta situação será ainda mais alarmante. A África Subsaariana e a Índia são as regiões que mais vão sofrer. Já o resto do mundo terá de aumentar as suas fontes de água em 25% para evitar chegar a uma situação de escassez total. Países que hoje não têm problemas com falta de água –
como o Brasil – estarão na situação crítica de escassez econômica do recurso. A escassez econômica ocorre devido à falta de investimento e é caracterizada por pouca infra-estrutura e distribuição desigual de água. Outro tipo de escassez é a física, quando já não há recursos hídricos capazes de atender à demanda da população. Segundo o IWMI, ainda é possível reduzir a escassez de água, alimentar as pessoas e cuidar da questão da pobreza. Mas isso só acontecerá se as formas de gerenciar e usar a água mudarem. E mudarem agora. O estudo, apoiado pelas
Nações Unidas e por vários grupos de investigação agrícola, contempla as práticas nos últimos 50 anos de gestão dos recursos aquáticos e revela que os números da escassez da água são superiores ao que era previsto. De acordo com o relatório a água usada na agricultura absorve 74% de toda a água usada pelo ser humano e deverá aumentar nos próximos 50 anos em cerca de 80%. Assim, a solução para a escassez da água passa por uma gestão mais eficaz da mesma no uso agrícola, reduzindo pela metade o uso de água no cultivo de alimentos.
Sebastian Willnow/AFP
B IOLOGIA
Bactérias, energia alternativa Pesquisadores norteamericanos estão analisando a possibilidade de usar micróbios para ampliar a vida útil de poços de gás metano na Bacia do Rio Powder, nos EUA. De acordo com o Laboratório Nacional Argonne, um centro de pesquisa do departamento de Energia do país, a idéia é descobrir se as bactérias que naturalmente geram metano a partir de materiais orgânicos podem ser levadas a produzir o gás mais depressa e por um período maior. A equipe fez um trabalho E M
preliminar no carvão da região, e testou algumas teorias sobre a química dos micróbios em lodo de esgoto. Agora chegou a hora de testar a teoria nos micróbios do poço de gás. As bactérias, que vivem em um ambiente anaeróbico – sem oxigênio – e no escuro, comem o carvão que existe nos poços e produzem metano. Agora, os cientistas querem determinar as condições físicas ideais para que as bactérias sobrevivam nos poços e produzam o gás mais depressa.
Google contra o Ministério Público A Google Brasil anunciou ontem que entrou com uma ação na Justiça pedindo que seja indicado um especialista com o objetivo de confirmar que o Google Brasil não possui informações de usuários do Orkut.com. A empresa é acusada pelo Ministério Público Federal de não fornecer os dados sobre os usuários do Orkut que cometem crimes como racismo e pedofilia. A empresa diz que não fornece os dados porque não os possui. A decisão da empresa dá novo gás à briga com o MPF, que pode pedir o fechamento do escritório da empresa no Brasil caso não consiga informações para chegar aos criminosos. B RAZIL COM Z
Ameaçados de extinção A organização Survival, que ajuda as populações indígenas de todo o mundo a defender seus direitos e vidas, divulgou ontem uma nota explicando o risco de extinção dos índios arara no Brasil. Segundo o website da organização, um procurador federal ordenou que a Funai reconheça o território dos índios arara justificando a decisão pelo fato de que diversos crimes ambientais ameaçam as áreas desse povo e podem levá-lo à extinção, que vive na Amazônia, na região de Cachoeira Seca. A Funai será multada em US$ 4.700 por dia se não apresentar um programa de demarcação das terras em 30 dias. F OTOGRAFIA Joyce Naltchayan/AFP
C A R T A Z
L
FERNANDA
Fernanda Montenegro (foto) e Jean Louis Steuerman interpretam a peça Enoch Arden (para narrador e piano), do poeta Alfred Tennyson, com música de Richard Strauss. Sala São Paulo. Praça Júlio Prestes, s/n. Telefone: 3337-5414. 21h. R$ 60 a R$ 100.
PARTIDA - Trabalhador avalia a estátua de 33 toneladas de Karl Marx, o principal teórico do comunismo, na entrada da Universidade de Leipzig, na Alemanha. A estátua, que foi colocada ali em 1974, será retirada para as obras de reforma da universidade. A STRONOMIA
O espaço em números I G @DGET DU JOUR
F AVORITOS
Imãs de geladeira Direitos humanos, para 'tetrismaníacos' para quem?
www.planalto.gov.br/sedh
L
ever ything/tetrius/
A TÉ LOGO
L
www.ar tlebedev.com/
O site da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República traz um conjunto de informações sobre a legislação brasileira relativa à defesa dos direitos humanos. Há também detalhes sobre as ações específicas para grupos como crianças e adolescentes, portadores de deficiência e testemunhas ameaçadas, dados sobre promoção e educação em direitos humanos e notícias sobre o tema. Uma das informações do site é de que 90% das violações de direitos humanos na internet acontecem via Orkut.
L
Esse simpático jogo de imãs tem os formatos do popular jogo eletrônico Tetris, onde as peças devem ser encaixadas à medida que caem. Um enfeite interessante, e um bom passatempo. Custa US$ 10, mas só estará disponível a partir de setembro.
magens valem mais do que mil palavras e provocam indagações. Segundo cálculos aproximados do engenheiro naval Francisco Zuccato, Plutão, o menor planeta do Sistema Solar – com diâmetro de 2.274 km e massa de 1.27 X 10²² kg – é 150,8 vezes menor do que a Terra, cuja área é de 510,3 milhões de metros quadrados. Júpiter, por seu turno, seria capaz de abrigá-la 1648,5 vezes, aninhando-se, ele mesmo, outras 918,7 dentro do Sol. E todos os nove planetas do Sistema Solar juntos – Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão –
Reprodução
Escala representa os nove planetas
multiplicariam-se por 544,4 confortavelmente, dentro do Astro Rei. Mais ainda, comparado a Antares, a maior estrela já observada – uma gigante vermelha de primeira grandeza brilhando na constelação de Escorpião – o Sol representa a ponta de uma agulha em relação a uma
bola de basquete. "Ele é uma estrelinha de quinta grandeza, entre as mais de 100 bilhões da Via Láctea, pesando só 2 quinquilhões de toneladas", avalia o astrônomo André Fonseca, do Centro de Estudos do Universo (CEU). (Armando Serra Negra) www.fundacaoceu.org.br
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
Morre, aos 90 anos, o escritor israelense Yizhar Smilansky, expoente da literatura hebraica Três novas drogas usadas para inibir metástases devem chegar ao Brasil até o fim do ano Reportagem premiada sobre escutas ilegais nos EUA causa problemas ao New York Times
Morre Joe Rosenthal O fotógrafo Joe Rosenthal, cuja foto de marines colocando a bandeira americana em Iwo Jima (Japão) se tornou uma das mais famosas da 2ª Guerra Mundial, morreu aos 94 anos na Califórnia de causas naturais. O norte-americano Rosenthal ganhou o Prêmio Pulitzer com a lendária foto, mas lutou durante toda a vida contra aqueles que o acusavam de ter forjado a imagem. A cena registrada por ele foi transformada em monumento (ao fundo, na foto acima). A imagem, em preto e branco, mostra quatro soldados lutando para fincar um mastro com a bandeira americana no Monte Suribachi, durante a batalha pela estratégica ilha, na qual morreram quase 20.000 japoneses e mais de 6.000 nor te-americanos. L OTERIAS Concurso 152 da LOTOFÁCIL 03
04
05
06
07
08
13
15
17
19
20
22
23
24
25
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 22 de agosto de 2006
DOISPONTOS -11 11
população e não só para si. Isto vai continuar eternamente, num círculo vicioso?
PPP com o PCC?
N
o momento em que a administração de presídio vier a ser divida com empresas particulares, a segurança nunca mais será a mesma. Se é ruim, ficará pior. Se membros do crime organizado e do tráfico já se infiltraram até no Congresso Nacional mediante uma considerável votação popular, certamente, sob a forma de empresas de respeito, se infiltrarão na administração dos
presídios com a subserviência passiva da parte pública. Ora, a segurança social deve ser garantida pelos poderes públicos, pois essa é uma razão - hoje tão importante quanto à saúde e a educação da arrecadação de impostos. Não é outra coisa que está escrito na Constituição: "A segurança pública, dever do Estado, direito e
responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas..." (artigo 144). Considerado, que o Exército está sendo chamado para dar apoio logístico e técnico no combate ao crime, é oportuno que os chefes militares devam ser ouvidos a respeito dessa idéia de parceria públicoprivada na gestão dos presídios. Ademais, o que estimula uma empresa privada é o
Jonathan Campos/Gazeta do Povo/AE
Se o crime organizado se infiltrou até no Congresso Nacional, certamente se infiltrará na administração dos presídios.
lucro, que é, sempre, não há outra, a sua meta. Como será obtido lucro numa atividade que é notoriamente improdutiva por natureza? Nessas parcerias, a instituição do trabalho obrigatório para o preso resultará na instituição de uma nova forma de trabalho escravo que, então, estará associada ao cárcere público.
A
PAULO SAAB
CHOVER NO MOLHADO
O
PEDRO VERGUEIRO PEDROVER@MATRIX.COM.BR
Site na internet www.blog. dcomercio.com.br
Reprodução TV/Milton Mansilha
Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br
ministro Marco Aurélio Mello, do STF, disse que a sociedade brasileira não pode se considerar refém dos políticos, porque é essa mesma sociedade que os escolhe, através do voto livre e direto. Somo a essa declaração o trabalho que a Jovem Pan vem fazendo, ao perguntar às pessoas, nas ruas, em quem elas votaram para deputado nas últimas eleições. Ninguém se lembra. Já houve uma pesquisa, publicada pela Folha de S. Paulo, no mesmo sentido. Pessoalmente, há tempos pergunto em palestras com diversos públicos a mesma coisa, e também indago para quê servem os deputados e senadores. A esmagadora maioria das respostas fala de esquecimento ou puro desconhecimento. Perguntar à população brasileira em quem votou nas últimas eleições, ou sobre como funcionam as nossas instituições democráticas, é chover no molhado. Raramente alguém sabe responder. O mesmo fenômeno ocorre entre pessoas de classe social e educacional mais elevada, sendo, portanto, uma anomalia, uma ignorância disseminada. A cada período eleitoral o tema volta à tona.
Seu nome é D
ENÉAS O
horário eleitoral gratuito está de volta – e, com ele, Enéas Carneiro – o estridente. O líder do Prona é candidato à reeleição. Em 2002, foi eleito deputado federal com pouco menos de 1,6 milhão de votos. É evidente que aquela votação deve ser atribuída ao desejo de parte da população de manifestar sua desconfiança na classe política. O problema é que certos tipos de protestos acabam nos custando caro, muito caro. Duvido que ele venha a ter a mesma votação. Nem sei se será reeleito. A se julgar pelo que fez na Câmara Federal, penso que não. Sua vocação para o barulho inconseqüente não serviu para lhe tirar do baixo clero, meio em que vive sem sobressaltos. Em 2002, Enéas recebeu votos suficientes para eleger outros cinco deputados pelo Prona. Alguns nem de São Paulo eram. Um ano antes das eleições, eles transferiram seu domicílio eleitoral para cá, a fim de dar curso à estratégia do ex-barbudo. Um deles foi eleito com 275 – isto mesmo: 275 – votos. Outro, com 382. O terceiro, com 484. O quarto, com 673. E o quinto recebeu o apoio de 18.417 eleitores. Não conseguiria, num partido de fato, se eleger vereador numa cidade média.
G Certos tipos de protesto acabam nos custando caro, muito caro. Quem vota em cacareco leva, de contrapeso, sanguessugas. Depois, não adianta reclamar. G Em 2002, Enéas
recebeu votos suficientes para eleger outros cinco deputados pelo Prona.
sado sob a acusação de chefiar a quadrilha dos mensaleiros: José Dirceu, do PT, "ex-primeiro-ministro" de Lula da Silva, o alienado. Mas voltemos à turma do Enéas. Cuja trupe sempre apoiou Lula da Silva. Tão logo tomaram posse, em 2003, quatro dos cinco deputados "eleitos" por Enéas trataram de se bandear para partidos da base governista – três foram para o PP, de Paulo Maluf, um para o PL de Valdemar Costa Neto, que teve que renunciar dois anos depois por conta do recebimento de mesadas e pagamentos indevidos. Nem é preciso ser esperto para imaginar as razões que levaram os quatro a abandonar o "líder".
O
que parte dos eleitores não sabia – e talvez ainda ignore – é que o seu protesto contribuiu para levar quatro sanguessugas para o Congresso Nacional. Dos cinco que foram eleitos em função dos votos dados a Enéas CarG O que parte dos neiro, quatro pertencem à "máfia das ambulâneleitores não sabia cias". Os valores das comissões por eles recebidas (e talvez ainda são variáveis. ignorem) Fatos como estes demonstram o quão absurdo é é que o protesto o nosso sistema político-eleitoral. Isso, no entancontribuiu para to, não exime os cidadãos de sua responsabilidaevidente que a quantidade de votos recebi- levar quatro de. Quem vota em "cacareco" leva, de contrapeso, dos não confere aval de boa conduta a sanguessugas sanguessugas. Depois, não adianta reclamar. quem quer que seja. Em 2002, depois de para o Congresso. MILTON FLÁVIO (PSDB) FOI VICE-LÍDER DO GOVERNO NA Enéas, o deputado federal mais votado pelo EsASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DE SÃO PAULO, EPMILTONFLAVIO@YAHOO.COM.BR tado de São Paulo foi aquele mesmo, que foi cas-
É
urante a campanha há um reacendimento da questão política, que acontece certamente pela obrigatoriedade do horário político no rádio e na televisão, decorrência do voto igualmente obrigatório. No Brasil, não se vota por consciência cívica de se buscar as melhores pessoas e soluções para os temas que nos afetam. Em nosso país vota-se por ser obrigação, para se livrar de um incômodo, um encargo. Atrevo-me a dizer que pouca gente vai à urna eletrônica com a sensação de que está em seu voto a possibilidade de melhorar ou piorar a própria vida. Vota-se mecanicamente. Vota-se sem o conhecimento de que, ao apertar a tecla da urna, sairão os corruptos, mensaleiros, sanguessugas, corporativistas, quadrilheiros e toda sorte de bandidos, misturados entre os poucos que efetivamente têm o desejo de fazer algo pela
ruptura desse círculo virá quando a sociedade em peso entender que a educação deve ser prioridade nacional. Entendendo, agir na criação de programas e investimentos plurianuais maciços, que obriguem o poder público a dar a prioridade exigida na melhor formação, na alfabetização e no conhecimento político e institucional (maturidade política) do pobre ignorante cidadão brasileiro, mesmo tendo dinheiro. A questão é por onde começar. Os políticos, cujos nomes não lembramos após a votação, estão interessados na permanência desse estado, nessa situação. São beneficiários e usufrutuários da ignorância política (e outras) da massa votante e não-votante. O TSE nesta campanha está estimulando o eleitor a pensar melhor antes de votar. A ter mais critério na escolha de seu representante e governante. É um grão de areia no deserto. Ainda assim, melhor do que nada. Lastimo que os meios de comunicação, hoje em dia chamados pelo apelido de mídia, não dediquem maior profundidade e prioridade ao assunto.
A
pesar de algumas iniciativas para melhorar a qualidade do cidadão brasileiro, isoladas, ainda não-sinergéticas, o efeito prático é pequeno. Tudo indica que, mais uma vez, a massa votante vai para o curral, ops, para a zona eleitoral bovinamente, displicente em relação ao conteúdo, ao valor, à importância de seu voto. E serão eleitos artistas, celebridades, bandidos, coronéis, enfim, toda sorte de candidatos. Menos alguém que de fato represente o que pensa quem o elege. Nas próximas eleições já teremos, todos, em meio ao lamaçal provocado pelos que vamos eleger, esquecido seus nomes e atuação, e estaremos prontos, novamente, a dar-lhes o voto de confiança pedido na cara dura, para seguirem sugando nossas entranhas, com nossa aquiescência. Acorda, Brasil! PAULO SAAB É JORNALISTA PSAAB@UOL.COM.BR
G Vota-se
sem saber que da urna sairão mensaleiros, sanguessugas, e toda sorte de bandidos
FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4
terça-feira, 22 de agosto de 2006
Internacional
Grupo libanês Hezbollah disse que não entregará suas armas conforme prevê resolução de cessar-fogo da ONU
Irã avisa que vai manter programa nuclear
AFP
Conselho de Segurança da ONU pediu suspensão
O AFP
Acidentes com trens no Egito e na Espanha A 20 quilômetros da cidade do Cairo, no Egito, um trem de passageiros colidiu com outro comboio. Perto da capital espanhola, um descarrilamento.
D
ois acidentes de trem, um no Egito e outro na Espanha, deixaram pelo menos 60 mortos e 170 feridos, ontem. No norte do Egito, a apenas 20 quilômetros da capital, Cairo, um trem de passageiros invadiu uma estação ferroviária e atingiu outro comboio, provocando a morte de 58 pessoas e ferindo 140, segundo autoridades locais. A Agência de Notícias Oriente Médio, ligada ao governo egípcio, atribuiu ao ministro da Saúde Hatem el-Gabaly a informação sobre o número de vítimas da tragédia. O vagão principal de um dos trens foi totalmente destruído enquanto os demais tombaram. Os dois comboios seguiam viagem rumo à capital. Um trem havia saído de Mansoura e outro, de Benha. O comboio procedente de Mansoura viajava a cerca de 80 quilômetros por hora no momento da colisão. Aparentemente o maquinista não teve tempo de frear ao ver um
sinal para parar pouco antes da estação de Qalyoub, onde estava parado o comboio procedente de Benha, informaram fontes na polícia. O maquinista do trem saído de Mansoura morreu no acidente. Um incêndio, iniciado pouco depois da colisão, foi rapidamente apagado pelo corpo de bombeiros. A defesa civil, a polícia e o Exército trabalhavam juntos na manhã de ontem em busca de sobreviventes e corpos de passageiros mortos. À tarde, guindastes começaram a remover os destroços. O Egito tem um extenso histórico de graves acidentes ferroviários, normalmente atribuídos à manutenção precária dos equipamentos. Boa parte desses acidentes envolve trens da região do Delta do Nilo. Antes da tragédia de ontem, 20 pessoas ficaram feridas em fevereiro deste ano na colisão de dois trens no Delta do Nilo. Em maio, um acidente similar na mesma região deixou 45 feridos.
Na Espanha, um descarrilamento de outro trem deixou 30 feridos
Em fevereiro de 2002, o Egito registrou o pior acidente ferroviário de sua história. Na época, 363 pessoas morreram. Boa parte delas retornava ao sul do país depois da celebração de uma festividade islâmica. Espanha – No norte da Espanha, cinco pessoas morreram e perto de 30 ficaram feridas no descarrilamento de um trem de passageiros. A composição de seis vagões levava 460 pessoas. Segundo a polícia, aparentemente não se tratou de um ato terrorista ou de um incidente provocado. As autoridades locais continuam investigando as causas do acidente. Um porta-voz da empresa estatal RENFE, que opera o trem, disse que o acidente ocorreu pouco antes das 16 horas (horário local) no povoado de Villada, na província de Palencia, ao norte da Espanha. Villada está localizada a cerca de 150 quilômetros a noroeste de Madri, capital espanhola. Dos feridos,
três foram levados a um hospital. O restante foi medicado por paramédicos na estação. O acidente ocorreu um mês depois que 43 pessoas morreram quando um trem subterrâneo descarrilou em Valência, no leste da Espanha. Moscou – Um terceiro acidente, porém em um mercado de Moscou, também na manhã de ontem, provocou a morte de pelo menos dez pessoas e ferimentos em dezenas de outras, após uma bomba ter explodido no local. Evidências encontradas durante as investigações iniciais apontam para um conflito relacionado a uma disputa comercial. Mas a hipótese de ação extremista não foi descartada. Dois suspeitos foram detidos, segundo a agência de notícias Interfax. A agência mencionou fontes não identificadas na polícia dizendo que os dois homens foram vistos deixando uma sacola perto de um dos pavilhões do mercado pouco antes da explosão. (AE)
Hezbollah mantém armas Grupo libanês diz que não deverá adotar o desarmamento previsto em resolução de cessar-fogo da ONU
O
Hezbollah anunciou ontem ter enviado seu representante Abdullah Safieh Eddin a Teerã para informar o governo iraniano – que o patrocina – de que o grupo "não vai entregar suas armas", como prevê a resolução das Organizações das Nações Unidas (ONU) que introduziu o cessar-fogo na região, há uma semana. O presidente do Líbano, o general Émile Lahoud, respaldou a decisão, declarando que ninguém pedirá ao Hezbollah para se desarmar. "Especialmente nessa situação, jamais", disse Lahoud, um cristão apoiado pela Síria, que dá suporte logístico ao Hezbollah. "Precisamos de unidade no Líbano", continuou o presidente, em entrevista a um canal de televisão venezuelano, e que acabou sendo reproduzida pe-
AFP
Primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, tenta desarmar críticas
la emissora libanesa LBC. Israel anunciou ter disparado contra três combatentes do Hezbollah que se dirigiam à sua fronteira, no sul do Líbano. O comunicado não informou o que aconteceu com os combatentes. É o segundo confronto desde que entrou em vigor o cessar-fogo. No sábado, co-
mandos israelenses atacaram uma posição do Hezbollah perto de Baalbek, a 85 quilômetros a leste de Beirute. Força de paz – Ontem, em Roma, o primeiro-ministro da Itália, Romano Prodi, afirmou que seu país está disposto a comandar a força de paz da ONU no sul do Líbano, a Finul. Prodi
disse ter comunicado essa posição ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan. A Itália é o país que até agora ofereceu mais soldados para a Finul: três mil, dos quais dois mil poderiam fazer par contingente de 3.500 homens que a ONU espera mandar ao sul do Líbano em setembro. O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, tentou ontem desarmar as críticas contra sua atuação durante a guerra contra o Hezbollah prometendo reconstruir as áreas fronteiriças atingidas por projéteis da milícia islâmica. Também não poupou críticas a seus antecessores, dizendo que falharam. Desde que um cessar-fogo apoiado pela ONU foi posto em prática na região, a frustração da opinião pública diante da performance do governo e do comando militar durante a ofensiva cresce. (AE)
História do Iraque se repete
A
o rejeitar, ontem, a entrada de inspetores da ONU em uma de suas instalações nucleares subterrâneas, o Irã pode não sofrer apenas com as sanções impostas pelo Ocidente, como vaticinou ontem o presidente norteamericano George W. Bush ao afirmar que "quem contraria o Conselho de Segurança da ONU tem de sofrer as conseqüências", A recusa do Irã em permitir que seja inspecionado repete a história vivida pelo Iraque, anos atrás. Dirigido pelo então ditador Saddam
Mohammad Saidi, vice-diretor da Organização de Energia Atômica do Irã, órgão que representa o país nas reuniões na área nuclear. Resposta – Ainda assim, Saidi disse que o Irã responderá hoje ao pacote de incentivos. O governo iraniano tem indicado que sua resposta não será um mero "sim" ou "não", pois terá uma "dimensão múltipla". Funcionários iranianos disseram que a resposta será possivelmente enviada aos embaixadores da França, Grã-Bretanha e Alemanha em Teerã ou ao chanceler da União Européia, Javier Solana. Ao mesmo tempo em que deu sinais de que rejeitará os benefícios, o Irã vetou há dias a entrada de inspetores da ONU numa ala subterrânea de suas instalações nucleares de Natanz, no centro do país. Essa informação foi divulgada apenas ontem à imprensa por diplomatas da ONU. Eles disseram que a recusa prejudica os esforços do Irã de provar que seu programa nuclear tem objetivos pacíficos – o de produção de energia elétrica. Mas não está claro se esse veto viola normas internacionais. O Irã está sob pressão do Conselho de Segurança porque o Ocidente teme que mantenha um projeto armamentista secreto, com a finalidade de fabricação de bombas atômicas. (AE) Hussein, deposto e atualmente enfrentando julgamento (ver matéria nesta página), o Iraque acabou acusado pelos Estados Unidos de produzir armas químicas. Assim como o Irã, também Saddam Hussein não deixou que inspetores da ONU verificassem os arsenais iraquianos. Sem ceder, o Iraque acabou invadido em março de 2003. Foi ocupado por tropas de coalizão lideradas pelos Estados Unidos. Saddam Hussein foi deposto, fugiu por nove meses até ser capturado, em dezembro do mesmo ano, e preso. Três anos depois da invasão, no entanto, nenhuma prova da existência de armas químicas foi encontrada no Iraque. (DC)
Ceerwan Aziz/Reuters
No Egito, trem invade uma estação ferroviária atingindo outro comboio. Ao menos 58 pessoas morreram e 140 ficaram feridas no acidente.
prazo anunciado era hoje. Mas ontem o Irã já respondeu ao Ocidente que não irá suspender o enriquecimento de urânio, exigência feita ao governo iraniano pelo Conselho de Segurança da ONU, que ameaça impor sanções ao país, caso ele se recuse a acatar o pedido. Na véspera de responder a uma oferta de seis potências do Conselho de Segurança para que suspenda a atividade nuclear, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, reiterou que o país vai continuar com seu programa nuclear. Em junho, seis potências do Conselho de Segurança (França, China, Alemanha, Rússia, EUA e Grã-Bretanha) ofereceram ao Irã benefícios econômicos e tecnológicos em troca da suspensão do projeto. Depois, deram prazo até o dia 31 deste mês para que o país aceitasse a oferta, evitando sanções. "A República Islâmica do Irã tomou sua decisão. Na questão da energia nuclear, vai continuar seu caminho poderoso. E receberá os doces frutos de seus esforços", disse Khamenei, segundo a TV estatal. O aiatolá não mencionou o enriquecimento de urânio, mas uma alta autoridade da área nuclear foi clara: "Considerando o avanço técnico dos cientistas iranianos, a suspensão não é mais possível", afirmou
UM SADDAM HUSSEIN DESAFIADOR – No segundo julgamento, onde é acusado de massacrar até 180 mil curdos no Iraque, nos anos 80, o ex-ditador iraquiano desafiou promotores ao não responder se considerava-se culpado ou não pelas mortes.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 22 de agosto de 2006
1
Informática e os celulares e os dispositivos handsfree para falar e manter as mãos desocupadas estão cada vez menores, a solução que a FITec Inovações Tecnológicas apresenta a partir de amanhã na Telexpo VoIP 2006 deve revolucionar o mercado de telefonia de vez, ao somar a portalibidade do celular à redução de custos das ligações telefônicas via internet. Trata-se do FITphone para Pen Drive, dispositivo do tamanho de um dedo que carrega em seu corpo o softphone da FITec e pode ser plugado em qualquer computador ou notebook que esteja conectado à internet em banda larga e tenha uma porta USB. Até agora, o uso dos softphones ficava restrito à presença do usuário junto ao PC onde o programa estivesse ins-
ve ser muito maior que o de um pen drive comum — os de 256 Mb podem ser encontrados por menos de cem reais. "Nosso parceiro para comercialização do produto deve anunciar o preço final durante o evento", informa o diretor da FITec. Segurança e qualidade - A edição 2006 da Telexpo VoIP Exposição e Congresso de Voz sobre IP e Telefonia IP, organizada pela Questex Media, começa amanhã e vai até quinta, e tem a segurança das comunicações via web como um de seus principais temas. As palestras e discussões abordarão ainda temas como qualidade, mobilidade, oferta de serviços e aspectos regulatórios e legais da telefonia. Entre as palestras mais esperadas está a de "Segurança das Comunicações VoIP", moderada por Aderbal Borges, diretor
Com o lançamento de novos aparelhos, telefonar via Internet, em qualquer lugar, ficou fácil.
seguinte da conversação pelos interlocutores, mas um dado perdido pode criar o caos, observa o executivo. "O Brasil ainda não tem uma rede de banda larga dedicada IP. Os meios existentes que os provedores de Voz sobre IP utilizam foram feitos para banda fixa, para a telefonia analógica. O consumidor precisa ter garantia de que a telefonia sobre IP tenha a mesma qualidade que a telefonia tradicional", afirma Borges. Não imune a grampo - Outro tema que deve agitar a Telexpo VoIP 2006 também é relativo à segurança: embora todos queiram que o sistema tenha o máximo de privacidade possível, através de criptografia e certificação, é preciso instituir meios que permitam a interceptação legal de chamadas VoIP, ou seja, o "grampo" autorizado judicialmente.
TELEXPO VoIP 2006 Data: 23 a 24 de agosto de 2006 Horário: Congresso, das 9h00 às 18h; Exposição, das 10h às 20h Local: Mercure Grand Hotel, Rua Joinville, 515 - São Paulo Mais informações: http://www.rnt.com.br/ telexpovoip/2006
Por Rachel Melamet
Fale com o mundo e economize até 80%
COMO FUNCIONA O DID
Seu telefone fica ligado a um aparelho (ATA) que se liga à Internet. Daí, a comunicação entra na rede pública e, afinal, chega ao telefone chamado.
epois de um ano e meio de testes em diversas empresas, a Matrix Internet, desenvolvedora de soluções em telecomunicações, está oferecendo o DID, serviço VoIP (Voz sobre Protocolo de Internet) de números telefônicos virtuais. A solução permite que empresas tenham contatos locais em outras cidades, reduzindo custos para si e para seus clientes em até 80% nas ligações DDD e DDI. "O DID é como uma linha telefônica, só que virtual, já que existe apenas na internet", diz Patricia Nunes, gerente de produtos VoIP da Matrix. O diferencial do produto em relação a outras soluções de telefonia web é que o DID não é um softfone que precisa estar instalado em um computador, como o Skype. Tudo é feito por um aparelho conversor ATA que a Matrix instala na empresa do cliente, junto ao PABX e à entrada da internet em banda larga. O equipamento é cedido em comodato pela Matrix — o cliente não precisa adquirir o aparelho. A empresa utiliza marcas conhecidas como Linksys, Grandstream e Intelbrás e se compromete a trocar o ATA caso seja danificado, ainda que por mau uso do cliente - como derramar líquidos ou quebra. R eq ui si to s - Tudo que o usuário precisa ter para implantar o DID é um sistema de PABX com entrada FXS (praticamente todos já vêm de fábrica com essa entrada) e uma conexão de internet em banda larga. O resto permanece inalterado e é só sair falando, com os mesmos aparelhos e ramais da telefonia fixa tradicional já existentes. Pode-se receber
chamadas e ligar para qualquer telefone fixo ou celular, em qualquer parte do mundo. "Uma empresa localizada em São Paulo pode ter um DID de Londres. Assim, quando um parceiro desse local desejar contatá-la, a partir de telefone fixo ou móvel, ligará para um número de Londres, pagando tarifa local, e a ligação é automaticamente transferida para o Brasil", explica Patrícia. Para usar o DID paga-se uma assinatura mensal e pelas ligações, com tarifas até 80% mais baratas Pode-se adquirir uma ou mais linhas. Não é preciso discar nenhum código de operadora. Basta discar diretamente o código do país + da cidade + número do telefone do destino a ser chamado. Pr oxim idad e - De acordo com a gerente da Matrix, o fato de oferecer um número telefônico da mesma localidade do parceiro traz também uma sensação de proximidade, valorizada por muitos clientes. Empresas com filiais em diferentes cidades brasileiras também podem ser beneficiadas. A própria Matrix utiliza a tecnologia para atender seus funcionários: a sede fica em Santa Catarina e há filiais em São Paulo e operações em Miami, Londres e Tóquio. O serviço tem cobertura em São Paulo e cidades próximas, Fortaleza, Belo Horizonte, Rio, Florianópolis, Curitiba, Porto Alegre, Buenos Aires, Tóquio, Londres e Nova York. "Nossa previsão é atingir todas as capitais brasileiras e principais centros comerciais do mundo até o final do ano", revela a executiva. Preços - A assinatura mensal nacional é de R$ 10; a internacional, R$ 25. A Matrix oferece planos personalizados, de acordo com a necessidade da empresa. Mais informações: h t t p : / / w w w. p o n t o m atrix.com/vox.html (RM)
aç lg vu
da FITec, que colocará em debate como garantir um ambiente mais seguro para aplicações críticas via Internet. "Os serviços de VoIP ainda não explodiram no mercado por conta da segurança. Grandes corporações, como bancos, que enviam pacotes gigantescos de dados, querem baratear o custo das tgransmissões mas não podem se arriscar a perder partes dos dados", explica Aderbal Borges. O "picote" da voz, em uma ligação telefônica via VoIP, pode ser recuperado no momento
Di
Minúsculo e handsfree, o novo FITphone permite aproveitar a redução de custos da telefonia via internet com segurança, a partir de qualquer computador com conexão à web em banda larga.
talado. Com o FITphone para Pen Drive isso acabou. Para falar, não precisa nem segurar um aparelho: um mini head set — ou qualquer head set que o usuário já possua e queira plugar em qualquer computador, como os que são usados nos tocadores de MP3 — garante a privacidade das conversações até em locais públicos como cybercafés e lan houses. A novidade ainda não tem preço definido, mas segundo Aderbal Alves Borges, diretor de Desenvolvimento de Negócios da FITec, seu custo não de-
ão
PEN DRIVE FONE No escritório da filial, no hotel, na casa de um amigo, até em cybercafes: ligações mais baratas via internet.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
9
Indicadores Econômicos
terça-feira, 22 de agosto de 2006
1,19
por cento foi a rentabilidade média dos fundos de renda fixa em julho, de acordo com Associação Nacional de Bancos de Investimento.
21/8/2006
Informe Publicitário
FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Fundo Empresarial LP Lastro Performance LP Múltiplo LP Esher LP Master Recebíveis LP
Posição em: 17/08/2006 17/08/2006 17/08/2006 17/08/2006 17/08/2006
P.L. do Fundo 8.015.137,06 1.418.882,47 7.456.689,82 11.579.962,33 1.091.829,99
Valor da Cota Subordinada 1.157,082516 1.065,985867 1.142,222358 1.093,560654 1.060,680689
% rent.-mês 2,2638 1,1035 1,9045 -1,1112 0,7847
% ano 18,4357 6,5986 14,2222 9,3561 6,0681
Valor da Cota Sênior 0 1.070,375630 1.082,165222 0 0
% rent. - mês 0,7133 0,7771 -
% ano 7,0376 8,2165 -
rating A+(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)
DC
COMÉRCIO
10 -.ECONOMIA
Finanças Empresas Agronegócio Nacional
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, terça-feira,22 22de deagosto agostode de2006 2006
PINUS LEVA 16 ANOS PARA ATINGIR PONTO DE CORTE
75
por cento da madeira consumida no País pela indústria é proveniente das florestas plantadas
Agliberto Lima/AE
INDÚSTRIA CORRE RISCO DE "APAGÃO FLORESTAL" Florestas plantadas de pinus e eucalipto estão diminuindo
P
arece brincadeira, mas falta madeira no Brasil. Pelo menos madeira para abastecer a indústria, proveniente basicamente das chamadas florestas plantadas. No levantamento mais recente, elaborado no final de 2005 pela consultoria STCP Engenharia de Projetos, a carência de pinus, espécie consumida principalmente pelas indústrias moveleiras, e a de madeira processada mecanicamente (portas, dormentes, engradados) era de 2,7 milhões de metros cúbicos. Enquanto a necessidade de pinus da indústria brasileira bate os 45 milhões de metros cúbicos ao ano, a capacidade de produção desse tipo de madeira é de 42 milhões de metros cúbicos anuais. A falta da matéria-prima, e a natural elevação do preço de um bem escasso, tem quebrado empresas do setor, principalmente no Sul do País. E esse quadro não está nem perto de mudar. Quase ninguém mais quer plantar pinus. Em 2005, os produtores ligados à Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf) expandiram em 289 mil hectares a área de plantio. Entretanto, apenas 22 mil hectares foram utilizados para produção de pinus. Em São Paulo, o segundo maior produtor do País, atrás apenas do Paraná, os pequenos produtores dessa madeira estão substituindo as florestas por plantações de soja, segundo o pesquisador do Instituto Florestal Marco Aurélio Nalon. O pinus é menos interessante economicamente para o produtor que outras espécies, em especial o eucalipto, porque seu ciclo de produção leva o dobro do tempo e sua produtividade é menor. Do plantio até o corte do pinus são necessários em média 16 anos, enquanto para o eucalipto sete anos bastam. A despeito da disparidade dos ciclos, o investimento nas duas culturas é o mesmo. Para uma área de 50 hectares, os gastos com a produção de pinus ou eucalipto giram em torno de R$ 3 mil. Mas a velocidade de retorno desse investimento faz os produtores optarem pelo eucalipto, até porque o preço final dos produtos é quase o mesmo: o metro cúbico em pé (antes de cortar a árvore) do eucalipto é de R$ 27, enquanto o de pinus está em R$ 30. Dependendo do uso, cada metro cúbico equivale a uma quantidade de toras. Para as queimadas siderúrgicas por exemplo, 1 metro cúbico equivale a 85 toras, para celulose, 1 metro cúbico são 40 toras e, para a indústria moveleira, cerca de 15 toras. Legislação –A legislação para se abrir novas áreas de plantio é limitadora. Ela exige estudos de impacto ambiental e licenças de órgãos estaduais e federais que arrastam esse trâmite por anos, diz César Reis, diretor executivo da Abraf. "Apesar de terem aparecido
nos últimos anos linhas de financiamento compatíveis com o ciclo de formação das florestas, elas são poucas." As limitações e burocracias que envolvem a abertura de novas áreas de florestas se arrastam por quase 20 anos, desde o final da década de 1980. Na época, todos os incentivos oferecidos pelo governo federal aos produtores foram suspensos por indícios de mau aproveitamento dos repasses de recursos. Desde então, a retomada do ritmo de plantio tem sido lenta frente às necessidades da indústria. Eucalipto – Os problemas listados não se referem somente à expansão do pinus. A oferta de eucalipto só não é deficitária ainda porque seu plantio é mais lucrativo e, principalmente, porque os detentores de quase a totalidade das florestas plantadas são as indústrias de papel e celulose e a siderúrgica, que preferem o eucalipto. Mesmo assim o estoque desse tipo de madeira já está quase no limite. De acordo com a Abraf, hoje a oferta de eucalipto supera a demanda em 2,5 milhões de metros cúbicos. E as projeções da entidade não são otimistas. Se o crescimento industrial se mantiver nos níveis atuais, até 2020 a carência de eucalipto chegará a 25 milhões de metros cúbicos. Esse cenário foi batizado pelo setor de "apagão florestal". As florestas plantadas respondem por 75% da madeira consumida pela indústria nacional. São 5,5 milhões de hectares que concentram basicamente duas espécies de árvores, o pinus, que ocupa 36% da área total de plantio, e o eucalipto, plantado em 60% da área. Os 4% restantes correspondem a espécies menos visadas pela indústria. Em relação ao destino das espécies principais, metade do pinus produzido vai para a indústria da madeira sólida, ou seja, a moveleira e a da construção civil. No caso do eucalipto, a indústria de papel e celulose é a principal usuária, consumindo 45% da produção, seguida pelas siderúrgicas, que usam 29% da madeira de eucalipto produzida anualmente. Regiões – A grande maioria das áreas de madeira plantada está concentrada nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste. Isoladamente, considerando-se as florestas plantadas com eucalipto, destacam-se os estados de Minas Gerais, São Paulo e Bahia. No caso das plantações de pinus, os destaques ficam por conta dos estados do Paraná e Santa Catarina. Apesar da situação crítica, a Abraf acredita que há possibilidades de segurar o apagão florestal. "Com os investimentos anunciados pela iniciativa privada para os próximos dez anos, que compreendem pelo menos seis novas fábricas de celulose no Brasil, estima-se uma taxa de crescimento do plantio de madeira em torno de 10% ao ano", afirma Reis. Renato Carbonari Ibelli
Hélvio Romero/AE
No alto, reserva florestal da Kablin, que utiliza somente eucalipto. Ao lado, área de reflorestamento em Araraquara, no interior de SP.
Fabricantes param a produção falta de madeira para indústria, em especial a carência de pinus, fez com que vários fabricantes de madeira processada mecanicamente (utilizada para portas, dormentes, entre outros) parassem a produção. Com a falta da matéria-prima, o mercado naturalmente elevou seus preço. Para piorar, essa indústria, que exporta mais de 70% do que produz, teve de enfrentar a queda do dólar (em relação ao real), o que começou a não compensar os gastos. Segundo Jeziel Adam de Oliveira, superintendente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abinci), em 1998, o preço da tora representava apenas 37% do preço final médio de expor-
A
tação do compensado de pinus (um dos produtos dessa indústria), enquanto em 2005 esse insumo representou cerca de 72% do preço médio final de exportação do produto. Entre 2004 e 2005, a valorização do insumo foi, em média, de 25%. Nesse mesmo período, a inflação acumulada foi de 13%, segundo a Abinci. A conseqüência dessa disparidade foi a redução de postos de emprego e fechamento de empresas do setor, principalmente no Sul do País. "Os produtos que usam o pinus como matéria-prima – portas e molduras, por exemplo – tiveram redução média de produção de 30%. No caso do compensado, essa queda foi de 35%", diz Oliveira. "As empresas do setor estão diminuindo a capacidade produtiva no aguardo de si-
nais positivos da economia", completa Oliveira. Emprego – O número de trabalhadores formais na fabricação de produtos de madeira apresentou uma redução de 8,1% no ano passado, em comparação a 2004. Outro ponto que tem prejudicado o setor, segundo o superintendente da Abinci, é a concentração das florestas nas mãos de poucos. As reservas de pinus e eucaliptos são praticamente monopolizadas pelas indústrias de papel e celulose e siderúrgica. Somente as empresas Aracruz, Suzano, Klabin, International Paper e Gerdau concentram cerca de 20% das florestas plantadas do País. "Quando o dólar estava em alta, as toras eram cotadas tendo essa moeda como referência. Com a queda do dólar, a
Brasil volta a recorrer contra EUA
O
Brasil recorreu oficialmente à Organização Mundial do Comércio (OMC) para que a entidade julgue mais uma vez a legalidade dos subsídios americanos ao algodão. O Itamaraty enviou o pedido à entidade máxima do comércio para que o tema seja incluído na reunião do Órgão de Solução de Disputas, agendada para o dia 1º de setembro. Washington também recebeu um comunicado oficial de Brasília. Pelo pedido brasileiro, o órgão deve estabelecer um painel com três árbitros para julgar se a Casa Branca cumpriu ou não a ordem de retirar seus subsídios ilegais à produção do algodão. No
ano passado, a OMC condenou os subsídios americanos a pedido do Brasil. Mas, até hoje, a Casa Branca cumpriu apenas parcialmente as ordens e retirou de funcionamento programas que representam apenas 15% do protecionismo ao algodão. O Itamaraty, esperando que Washington fosse retirar os subsídios, estabeleceu um acordo com a Casa Branca para não retaliar os norteamericanos. Agora, com o descumprimento da decisão da OMC, uma nova batalha jurídica já tem data para ser iniciada em Genebra. No próximo dia 1º, os brasileiros vão declarar aos demais membros da OMC que os norte-americanos estão dan-
do subsídios, mesmo depois de serem condenados. Árbitros devem julgar se, de fato, Washington está descumprindo as determinações. Caso os árbitros cheguem à conclusão de que os EUA não cumpriram a decisão, a OMC dará autorização para que o Brasil imponha sanções aos americanos. Para o Itamaraty, essa retaliação poderia chegar a US$ 4 bilhões. Mas os produtores norteamericanos estão certos de que não irão ficar sem a proteção. Para o Conselho Nacional do Algodão dos Estados Unidos, "ao eliminar um componente importante do programa americano ao setor, os EUA já lidaram de forma suficiente com o caso". (AE)
referência passou a ser o real", diz Oliveira. Mesmo gigantes do setor, como as empresas fabricantes de painéis de madeira, que abastecem toda a indústria moveleira, prevêem problemas. Hoje, oito empresas (entre as quais duas multinacionais chilenas) dominam a produção nacional de painéis de madeira. Dessas, seis possuem áreas de florestas plantadas. Os entraves burocráticos para a criação de novas áreas assustam. Segundo Rosane Dunati, diretora da Associação Brasileira da Indústria de Painéis de Madeira (Abipa), para que a oferta de madeira acompanhasse o crescimento das indústrias, seria necessária a ampliação de 200 mil hectares por ano de áreas plantadas até 2010. (RCI)
PIB agrícola cairá cerca de 4% até o final do ano
D
ois anos seguidos de crise no campo reduzirão o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio em R$ 10,25 bilhões em 2006. A queda é de 3,99% na comparação com o PIB da agropecuária em 2005. As estimativas são da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea-USP). A previsão será detalhada hoje, às 14h30, em entrevista coletiva na sede da CNA, em Brasília. A receita do agronegócio obtida com as exportações cresceu 9,6% no acumulado do ano até julho, graças, segundo a CNA, aos embarques de soja, açúcar e álcool. (AE)
12
Congresso Planalto Corr upção CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 22 de agosto de 2006
SANGUESSUGAS PREOCUPADOS: ENCARAM OU RENUNCIAM?
Vou repetir: se ele estiver isentando alguém, pode voltar para a prisão. Antonio Carlos Biscaia
Sérgio Lima / Folha Imagem
ESCOLHA DO RELATOR PODE LIVRAR SENADORES
DEPUTADOS TÊM 24H PARA SE DEFENDER NO TRE-RJ
O
O
Conselho de Ética do Senado deve se reunir hoje para dar início aos processos disciplinares contra três senadores ameaçados de perder o mandato: Ney Suassuna (PMDB-PB), Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES). O presidente do conselho, senador João Alberto (PMDB-MA), convidou o vicepresidente do órgão, Demóstenes Torres (PFL-GO), para relatar o processo contra Serys. No caso dos dois outros senadores, Alberto procura por relatores aliados do governo. Sua primeira opção para relatar o processo contra Suassuna é o senador Sibá Machado (PT-AC), único na CPMI dos Sanguessugas que se absteve na votação do parecer do relator Amir Lando (PMDB-RO). Sibá disse ter ouvido que seria chamado para a relatoria, mas negou que vá aceitá-la: "Eu defendo a tese que os petistas devem ficar fora disto porque sempre vai sobrar dúvidas". Ele disse que está aguardando a líder do PT, Ideli Salvatti (SC), se manifestar sobre a idéia de deixar o petistas fora das relatorias. Para parlamentares da oposição, a tática de João Alberto tem por finalidade assegurar o arquivamento dos processos contra Ney Suassuna (PMDBPB) - hoje chamado de "homem José Cruz/ABr
A tática seria assegurar o arquivamento dos processos contra Ney Suassuna (PMDB-PB) - hoje chamado de 'homem-bomba'.
-bomba", pelas ameaças de retaliar denunciando caciques do PMDB - e Magno Malta (PTES). Desta forma, o presidente garantiria, ainda, a rejeição no conselho de uma eventual acusação contra Serys, mesmo se ela vier a ser denunciada por Demóstenes. Está em campo uma estratégia capaz de concretizar a idéia inicial do presidente do conselho de absorver os três acusados pela CPMI dos Sanguessugas. Para "cuidar" do processo contra Magno Malta, o presidente deve optar entre os senadores Luiz Otávio ou Ana Júlia, também conhecidos pela submissão à cúpula peemedebista e ao Planalto. No encontro que teve ontem à tarde com João Alberto, Demóstenes disse que esperava tratar da escolha dos relatores. Em vez disto, o presidente se limitou a convidá-lo para relatar o processo contra Serys. O vice-presidente levou o nome de três colegas - o corregedor Romeu Tuma (PFL-SP), Jefferson Peres (PDT-AM) e Juvêncio da Fonseca (PSDB-MS) para as relatorias. Todos foram rejeitados pelo presidente. (AE)
Deputado e consultor: o presidente da Conselho de Ética, Ricardo Izar, passou boa parte do dia e da noite, ontem, ouvindo colegas acusados.
O QUE DECIDEM OS DEPUTADOS SANGUESSUGAS? Até a noite de ontem eles consultavam o presidente da Comissão de Ética da Câmara, deputado Ricardo Izar (PTB-SP) sobre o que seria melhor para eles: enfrentar o processo ou renunciar ao mandato para fugir da cassação. Os processos serão abertos hoje e Izar prevê a renúncia de seis deputados.
O
Conselho de Ética da Câmara vai abrir hoje os processos de cassação contra os deputados acusados pela CPI das Sanguessugas de envolvimento na máfia das ambulâncias. Para ganhar tempo, o presidente do colegiado, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), anunciou que dará prioridade para os casos em que há provas mais robustas contra os parlamentares. Esse critério atinge 15 deputados contra os quais a CPI teria encontrado pagamentos dos empresários acusados de chefiarem o esquema de venda superfaturada de ambulâncias a prefeituras com dinheiro do Orçamento da União. Até a noite de ontem Izar estava sendo consultado por deputados acusados preocupados em avaliar se o melhor era enfrentar o processo ou renunciar ao mandato para fugir da
"Sou pastor evangélico e não cassação. Ele previa a renúncia de seis deputados. O presiden- me senti confortável em conte da Câmara, Aldo Rebelo correr a uma eleição, na qual (PCdoB-SP), decidiu estender seria eleito, com o processo no o prazo para a apresentação de Conselho de Ética", afirmou o deputado. De acorrenúncia até a meiado com Izar, Bengtnoite de ontem. son entregou ontem O deputado Coriomesmo a sua defesa lano Sales (PFL-BA) prévia no processo. renunciou ao man- Sou pastor Assim que ele deidato na semana pas- evangélico e xou a sala, o seu adsada para fugir da vogado, Itapuan cassação e, até o iní- não me senti cio da noite de on- confortável em Messias, se reuniu com Izar. tem, nenhum outro concorrer a Izar informou que d o s 6 9 d e p u t a d o s uma eleição pretende notificar acusados pela CPI com processo. todos os acusados havia protocolado Josué no prazo de dez dias. carta de renúncia na Bengtson Ele já marcou uma secretaria da Mesa. O reunião do Consedeputado Josué Bengtson (PTB-PA) declarou, lho para o dia 4 de setembro, após se reunir com Izar, que quando indicará os relatores, não renunciaria ao mandato. que não podem ser do mesmo Ele, no entanto, afirmou que Estado nem do mesmo partido não vai mais se candidatar à re- do deputado processado. Izar eleição (veja reportagem detalha- afirmou que no caso de 15 deputados contra os quais pesa a da nesta página).
acusação de que teriam recebido dinheiro os processos deverão andar mais rapidamente. "Comprovantes de depósito na conta bancária são provas cabais", afirmou. Recurso no STF – No afã de escapar da guilhotina política, um grupo de parlamentares investigados pela CPMI dos Sanguessugas protocolou ontem quatro mandados de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF). O conteúdo dos pedidos não foi divulgado pelo STF, porque tramitam em segredo de Justiça. Os deputados que recorrem são César Bandeira (PFL-MA), Heleno Silva (PL-SE), João Batista (PP-SP), João Mendes de Jesus (PSB-RJ), José Divino (sem partido-RJ), Jorge Pinheiro (PL-DF), Marcelino Fraga (PMDB-ES), Marcos Abramo (PP-SP), Marcos de Jesus (PFLPE), Paulo Gouvêa (PL-RS) e Vieira Reis (PRB-RJ). (AE)
VEDOIN VOLTA A DEPOR NA CPMI Ele terá que explicar por que citou o nome do senador Antero Paes de Barros no esquema das ambulâncias.
A
C P M I d o s S a nguessugas vai ouvir amanhã o empresário Luiz Antônio Vedoin, dono da Planam, principal empresa da máfia dos sanguessugas. A comissão decidiu reconvocá-lo depois que ele incluiu o nome do senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) entre os supostos beneficiários do esquema. Esta será a terceira vez que a CPMI interroga o empresário. "Teremos de ouvi-lo, para que ele esclareça qual a razão de não ter declarado em juízo o nome do senador", disse ontem o presidente da CPI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ). Segundo ele, o tucano só será notificado após o novo depoimento, se for o caso. Biscaia voltou a levantar suspeitas sobre Vedoin, sugerindo que o empresário pode estar preservando alguns parlamentares envolvidos. "Ele tem que se explicar. O Antero é do Estado dele e até agora não tinha aparecido em nenhum depoimento. Já falei para ele e vou repetir: se ele estiver isentando alguém, pode perder a delação premiada e voltar para a prisão." Em entrevista à revista Veja, Luiz Antônio Vedoin disse que Antero se entendeu com o pai dele, Darci Vedoin, e chegou a
negociar R$ 40 mil de propina, por meio do deputado Lino Rossi (PP-MT). "Meu pai conversou pessoalmente com o senador. O acordo era para a totalidade das emendas, que somavam R$ 3,8 milhões. Antero apresentou R$ 400 mil e tínhamos de dar R$ 40 mil de comissão. Ele pediu para passarmos o dinheiro diretamente para Lino Rossi", afirmou. O senador admitiu ter estado com Darci uma vez no Congresso, mas jamais tratou do assunto. Antero acusa o governador Blairo Maggi (PPS-MT), candidato à reeleição, de patrocinar a acusação e disse que vai processar Vedoin. Também acusado pelo dono da Planam na entrevista, o deputado Eunício Oliveira (PMDB-CE) negou ontem a suspeita de ter favorecido a máfia no período em que foi ministro das Comunicações, até o fim de 2005. Segundo Vedoin, o lobista José Airton Cirilo (PT-CE) ajudou o esquema a estender a influência para a pasta. "Enquanto estive no ministério, realizei apenas quatro convênios relacionados ao programa de inclusão digital. Os recursos não tiveram origem em emendas parlamentares e não tiveram relação com o senhor Cirilo", garantiu Eunícioo. (Agências)
Lindomar Cruz/ABr
Antero Paes de Barros (PSDB-MT) tenta barrar reportagem comprometedora
TRE LIBERA "VEJA" NO HORÁRIO ELEITORAL
O
Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Mato Grosso negou pedido do senador e candidato ao governo de Mato Grosso, Antero Paes de Barros (PSDB), que ingressou com ação cautelar inominada no tribunal para proibir a reprodução ou utilização de reportagem da revista "Veja" desta semana em veículos de comunicação e no horário eleitoral. Na reportagem, um dos sócios da Planam – a
empresa que liderava a máfia dos sanguessugas –, Luiz Antônio Vedoin, diz que negociou propina de R$ 40 mil com ele para a compra de ambulâncias. A juíza Marilsen Adário considerou a ação do tucano inepta. Radialista e jornalista de formação, a ação do senador causou perplexidade entre políticos e profissionais da imprensa. Paes acusa o governador Blairo Maggi (PPS) pela reportagem. (AE)
Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) estabeleceu ontem um prazo de 24 horas para oito deputados federais da bancada fluminense acusados de envolvimento com a máfia das ambulâncias apresentarem suas defesas. Dos 13 parlamentares do Rio que tiveram seus nomes enviados pela CPMI das Sanguessugas para a Comissão de Ética da Câmara por suposta participação no escândalo, oito pretendem tentar a reeleição. Amanhã o TRE-RJ vai julgar os pedidos de registro de candidatura destes deputados, e está disposto a considerar informações oficiais, como as que constam no relatório da CPMI, sobre o envolvimento dos parlamentares em atos de improbidade administrativa ou mesmo sobre acusações de corrupção. O prazo de 24 horas determinado pelo TRE-RJ é válido para os deputados Almir Moura (PFL) Carlos Nader (PL), Elaine Costa (PTB), Fernando Gonçalves (PTB) Laura Carneiro (PFL), Paulo Baltazar (PSB), Reinaldo Betão (PL) e Reynaldo Gripp (PL). A deputada Almerinda de Carvalho (PMDB), também citada no relatório da CPMI, já protocolou ofício no TRE desistindo da candidatura. Os deputados José Divino, João Mendes de Jesus e Vieira Reis tiveram as legendas negadas por seus partidos, justamente por estarem com o nome na relação dos sanguessugas. O deputado Paulo Feijó, por sua vez, teve a candidatura impugnada pelo TRE por ter deixado o PSDB e estar atualmente sem partido. (AOG)
BENGTSON RENUNCIA. MAS SÓ À REELEIÇÃO.
O
deputado Josué Bengtson (PTB-PA) permanecerá no mandato, mas renunciou à candidatura à reeleição. Um dos 69 deputados acusados pela CPMI dos Sanguessugas de envolvimento na máfia das ambulâncias, Bengtson fez a declaração após se reunir com o presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Ricardo Izar (PTB-SP). Ao chegar para o encontro, Bengtson ainda demonstrava dúvida sobre a renúncia do mandato, e disse que ainda estava pensando no caso. Na saída, no entanto, ele foi categórico ao dizer que não vai renunciar e que vai permanecer no mandato. O parlamentar não quis revelar o teor da conversa que teve com Izar, mas disse que vai defender-se das acusações no Conselho de Ética. O deputado disse que já protocolou, no Tribunal Regional Eleitoral do Pará, a desistência de sua candidatura a deputado federal. "Sou pastor evangélico. Não me senti confortável em concorrer a uma eleição em que seria eleito com um processo no Conselho de Ética. Acredito na Justiça e responderei ao processo no Conselho de Ética sem problemas", afirmou o parlamentar. Izar abrirá hoje os processos de cassação contra os deputados acusados pela CPMI. O deputado que quiser renunciar ao mandato para evitar o processo teria de fazê-lo até a meia-noite de ontem, último prazo para que a renúncia seja formalizada a tempo no Diário da Câmara. (AE)
4
Corr upção Gover no Eleições Planalto
DIÁRIO DO COMÉRCIO
DE ALCKMIN NO ESTADO de Esquerda (PSOL-PSTUPCB), que subiu de 8% para 16% nas intenções de voto. Entre os 1.008 eleitores entrevistados, 10% não souberam informar ou não opinaram e 7% indicaram a opção em branco ou nulo. O senador Cristovam Buarque (PDT) recebeu 2%, ante 1% de junho. O advogado José Maria Eymael (PSDC), o empresário Luciano Bivar (PSL), o jornalista e redator Rui Costa Pimenta (PCO) e a cientista política Ana Maria Rangel (PRP), os dois últimos que tiveram a candidatura indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), receberam 1% cada neste levantamento. Virada – Numa simulação de segundo turno, Alckmin ficou à frente de Lula, com 45% das intenções de voto, ante 39% do adversário. A margem de erro é de três pontos porcen-
PSDB QUER SABER DOS BURACOS TAPADOS A
liderança do PSDB encaminhou ontem à Mesa do Senado requerimento de informações do senador Arthur Virgílio (AM) ao ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos. O tucano quer que seja apresentado o balanço da chamada "Operação Tapa-
Buracos", anunciada no início do ano pelo governo. Quanto? – Entre os questionamentos do líder do PSDB está a extensão de rodovias recuperadas pelo programa, o custo final das obras e as providências tomadas em relação às empreiteiras responsáveis
os 32 presos na Operação Saúva dia 11, apenas oito D continuam na cadeia. No fim
da noite de anteontem, o juiz Reginaldo Pereira, da 2ª Vara Criminal da Justiça Federal expediu dez alvarás de soltura para os envolvidos e ordenou que um fosse transferido, o "saúva-rainha", empresário Cristiano Cordeiro. Sete dos oito ainda presos são empresários. Eles tiveram a prisão preventiva decretada e não há prazo para serem liberados. (AE)
Infidelidades
S
etores de cúpula do PSDB e PFL ainda ameaçam intervir nas campanhas dos candidatos estaduais da coligação que se recusarem a incluir o nome de Geraldo Alckmin nas peças publicitárias. O aliados admitem que a omissão estaria prejudicando a candidatura de Alckmin nas pesquisas, como revelou o Ibope divulgado no fim de semana. A omissão teria ocorrido mais no Nordeste, região em que Lula está com mais de 60% de índice de intenção de voto. Há casos em que candidatos do PSDB e PFL queiram aproveitar a popularidade do petista e vincular seus nomes à campanha de reeleição do presidente.
NA MESMA Os tucanos esperavam que Alckmin crescesse já na primeira semana de campanha na televisão, mas não foi o que o Ibope registrou. O tucano continuou com o mesmo índice de 21% de preferência eleitoral da pesquisa anterior. Foi uma decepção para o tucanato.
OSCILAÇÃO
ELÉTRONS – O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo faz a checagem dos equipamentos eletrônicos que serão utilizados pelos eleitores da cidade no pleito do dia 1° de outubro.
Em compensação, Lula cresceu um ponto dentro da margem de erro de dois pontos da pesquisa: foi de 46% para 47%. Mas o PSDB justifica o resultado lembrando que a pesquisa foi iniciada no primeiro dia de campanha no rádio e televisão.
MISTURA
Valter Campanato/ABr Abril de 2006
Em Pernambuco (5, 8 milhões de votos), a campanha de Mendonça Filho (PFL) a governador exibiu Lula em sua campanha de tevê, e não Alckmin. Detalhe: naquele Estado, a pesquisa constatou que o petista tem 70% de intenção de voto. O pefelista quis aproveitar a popularidade do petista para se projetar. Foi admoestado. Virgílio: requerimento cobra os resultados da operação
pelas obras que prestaram serviços com indícios de "irregularidades graves" apontadas pelo TCU, segundo o documento. O Ministério dos Transportes divulgou, no começo de julho, que mais de 80% das obras da Operação Tapa-Buracos já estavam
concluídas. "Ofereço ao ministro a oportunidade de apresentar o balanço do programa", disse o tucano. O programa, segundo o ministério, pretende restaurar este ano, em todo o país, mil quilômetros de rodovias. Para isso serão investidos R$ 400 milhões até dezembro. (AOG)
REPETECO Apurou-se também que na Paraíba (2,6 milhões de eleitores) tem gente fazendo a campanha de reeleição de Cássio Cunha Lima (PSDB) a governador e de Lula para presidente. Formou-se em João Pessoa a dobradinha Lu-Ca. A mesma coisa estaria acontecendo no Ceará (5,3 milhões de votos), com o candidato à reeleição ao governo estadual, Lúcio Alcântara (PSDB), fazendo campanha em dupla com Lula. Nasceu em Fortaleza a chapa Lu-Lu, contestada pelo comando de campanha do PSDB.
Monalisa Lins/AE
candidato a presidente O Geraldo Alckmin (PSDB), ainda não teve chance
FORMIGUEIRO
das indicações, enquanto Lula lidera, com 35%, e Heloísa fica em segundo, com 18%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio Grande do Sul sob o número 52.645/2006. (AE)
Eymar Mascaro
FENÔMENO
SEM CHANCE
na publicidade eleitoral gratuita da Coligação União por Pernambuco. Nem o nome dele foi citado na publicidade eleitoral de ontem, em que o governador Mendonça Filho (PFL), candidato à reeleição, e o candidato a senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) fazem dobradinha. Os candidatos da Coligação Melhor pra Pernambuco (PTPC do B-PTB) usam Alckmin para dizer que os que estão com Lula são a favor do povo, enquanto "o outro lado" é dos que estão com o tucano. (AE)
tuais para mais ou menos. Na pesquisa anterior, os dois apareciam tecnicamente empatados na simulação de segundo turno. Alckmin também leva vantagem na pergunta sobre rejeição, com 15% Paulo Whitaker/Reuters
O
Chega de ter governador brigando com presidente. Marcelo Crivella senador
ALCKMIN SOFRE RETALIAÇÃO NOS ESTADOS
IBOPE RS PESQUISA INDICA ALTA candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB), da Coligação Por um Brasil Decente (PSDB-PFL), reduziu a diferença para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato da Coligação A Força do Povo (PT-PRB-PC do B) à reeleição, entre os eleitores gaúchos entrevistados pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) na mais recente pesquisa sobre a disputa presidencial no Rio Grande do Sul. Subindo – Em levantamento divulgado ontem pelo jornal "Zero Hora", Alckmin aparece com 29% das intenções de voto, ante 26% da sondagem anterior, feita entre 19 e 22 de junho. Lula recebeu 34% agora, ante 39% da pesquisa anterior. Em terceiro lugar, ficou a candidata Heloísa Helena (PSOL), da Coligação Frente
terça-feira, 22 de agosto de 2006
Ó RBITA
LULA LÁ governador do Ceará, O Lúcio Alcântara (PSDB), candidato da Coligação Pra
Frente Ceará à reeleição, além de não fazer qualquer referência ao candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB), da Coligação Por um Brasil Decente (PSDB-PFL), demonstrou, na publicidade eleitoral gratuita de ontem, apoio à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato da Coligação A Força do Povo (PT-PRB-PC do B). O ato pode selar o rompimento político entre o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), e Alcântara. Jereissati e ele desentendemse desde a insistência do governador em disputar mais um mandato. "Eu e o presidente Lula temos um ótimo relacionamento, baseado no respeito às nossas diferenças e na consciência comum de que os interesses do povo do Ceará e do Brasil estão acima de tudo", disse Alcântara, na televisão. (AE)
RECLAMAÇÃO PARASITA – Enquanto na Câmara Municipal tramita um projeto que impede propaganda excessiva nos espaços públicos, Lula aproveita um outdoor para colocar o seu, na avenida 23 de Maio.
ALCKMIN PRETERIDO NO RIO exemplo do que tem ocorrido em outros Estados, o A candidato do PSDB ao governo fluminense, deputado Eduardo Paes, não citou ontem o candidato tucano à
presidência, Geraldo Alckmin, em seu programa no horário político. Paes deu ênfase aos temas da Saúde e da Segurança Pública, este último considerado por analistas como ponto fraco de Alckmin, por causa dos seguidos ataques do PCC. Paes não tem bom desempenho nas pesquisas de intenções de voto, nas quais aparece atrás dos senadores Sérgio Cabral (PMDB) e Marcelo Crivella (PRB) e da também deputada federal Denise Frossard (PPS). Ironicamente, o candidato do PT, Vladimir Palmeira, não deu destaque ao candidato de seu partido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, favorito nas sondagens. A imagem de Lula foi explorada por Crivella, que é do mesmo partido do vice-presidente, José Alencar, mantido na chapa do presidente este ano após muitas especulações sobre uma troca. Crivella gastou praticamente todo o tempo do programa destacando sua ligação com o presidente Lula, que o apóia. (AE)
O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) insiste para Alckmin mudar o estilo de campanha. O senador quer que o candidato seja mais duro com Lula. Se não alterar o discurso, diz ACM, o tucano não conseguirá reverter o quadro sucessório. Alckmin quer manter o mesmo estilo.
IMPORTÂNCIA O Nordeste pode ser decisivo na eleição para presidente, advertem os tucanos. Com 33 milhões de eleitores, a região dá ampla vantagem a Lula. O Nordeste é a região em que a camada mais pobre da população é atendida pelo Bolsa-Família, carrochefe da campanha do PT.
IRONIA Outro cardeal da política que também faz restrições à campanha de Alckmin é o prefeito do Rio (11 milhões de votos), César Maia (PFL). Além de criticar com ironia a campanha de Alckmin, Maia usa seu blog na Internet para dar dicas à candidata Heloísa Helena (Psol).
DESVANTAGEM A recente pesquisa Ibope indicou que a situação de Alckmin continua a mesma no Sudeste (50 milhões de eleitores) e no Sul (20 milhões). No Sudeste, o tucano está seis pontos atrás de Lula e, no Sul, oito.
SUBIDA O que preocupa o comando da campanha tucana é o crescimento de Lula em São Paulo (26 milhões de votos). Segundo a pesquisa, o petista foi de 32% para 35%, enquanto Alckmin ficou com 38%, depois de conquistar 43% na pesquisa anterior.
A CONFERIR Alckmin pode comparecer hoje ao km 328 da Rodovia Presidente Dutra para depositar flores no local do acidente que provocou a morte de Juscelino Kubitschek. Hoje é o 30º aniversário da morte do expresidente. Alckmin iria acompanhado de Aécio Neves, José Serra e Eduardo Paes, candidatos aos governos de Minas, São Paulo e Rio.
MUDANÇAS Consta do projeto anticorrupção de Alckmin a redução no número de ministérios e cargos de confiança na área do governo federal. Além disso, o tucano quer mexer no sistema de elaboração de emendas dos deputados para a liberação de verbas da peça orçamentária
SANGUESSUGAS Fernando Gabeira (PV-RJ) quer convocar Luiz Antonio Vedoim, da Planam, para apresentar na CPMI dos Sanguessugas as provas de que o senador tucano Antero Paes de Barros (MT) teria se envolvido com o superfaturamento na compra de ambulâncias com verbas do Orçamento. A denúncia foi feita pela revista Veja.
CASSAÇÃO O Conselho de Ética da Câmara inicia hoje os processos de cassação dos deputados envolvidos com os Sanguessugas. São 69 deputados implicados, mas algumas renúncias eram esperadas ontem.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 22 de agosto de 2006
LEGAIS - 5
Banco Alvorada S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 33.870.163/0001-84 - Sede: Cidade de Deus - Prédio Novíssimo - 4o andar - Vila Yara - Osasco - SP Demonstração do Resultado dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil
Relatório da Administração Senhores Acionistas, Apresentamos a V.Sas. as Demonstrações Financeiras do Banco Alvorada S.A., elaboradas na forma da Legislação Societária, referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2006. No semestre, o Banco registrou Lucro Líquido de R$ 333,877 milhões, correspondente a R$ 3.979,37 por ação e Patrimônio Líquido de R$ 4,653 bilhões. Osasco, SP, 3 de agosto de 2006. Diretoria
Balanço Patrimonial em 30 de junho – Em Reais mil ATIVO CIRCULANTE ...................................................................................................... DISPONIBILIDADES ........................................................................................... APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ ........................................... Aplicações no Mercado Aberto ........................................................................... Aplicações em Depósitos Interfinanceiros ......................................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS .................................................................................................... Carteira Própria .................................................................................................... Vinculados à Prestação de Garantias ................................................................ RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS ...................................................................... Créditos Vinculados: - Depósitos no Banco Central ............................................................................. - SFH - Sistema Financeiro da Habitação ........................................................... RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS ................................................................. Transferências Internas de Recursos .................................................................. OUTROS CRÉDITOS ........................................................................................... Rendas a Receber ............................................................................................... Negociação e Intermediação de Valores ............................................................ Diversos .............................................................................................................. Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa .................................... OUTROS VALORES E BENS .............................................................................. Outros Valores e Bens ......................................................................................... Provisões para Desvalorizações ........................................................................ Despesas Antecipadas ....................................................................................... REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ......................................................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS .................................................................................................... Carteira Própria .................................................................................................... Vinculados à Prestação de Garantias ................................................................ Títulos Objeto de Operações Compromissadas com Livre Movimentação ....... OUTROS CRÉDITOS ........................................................................................... Diversos .............................................................................................................. PERMANENTE .................................................................................................... INVESTIMENTOS ................................................................................................ Participações em Coligadas e Controladas: - No País .............................................................................................................. Outros Investimentos .......................................................................................... Provisões para Perdas ........................................................................................ IMOBILIZADO DE USO ........................................................................................ Imóveis de Uso ................................................................................................... Outras Imobilizações de Uso .............................................................................. Depreciações Acumuladas ................................................................................. DIFERIDO ............................................................................................................ Gastos de Organização e Expansão .................................................................. Amortização Acumulada .....................................................................................
2006 4.223.460 320 3.961.827 5.535 3.956.292
2005 3.888.576 329 1.836.419 36.639 1.799.780
94.692 94.336 356 50
1.897.773 1.888.543 9.230 356
– 50 1.413 1.413 160.314 3.321 526 157.533 (1.066) 4.844 12.460 (7.616) – 882.541
306 50 2.271 2.271 137.211 29.173 520 108.315 (797) 14.217 21.397 (7.181) 1 1.041.861
78.535 23.881 6.754 47.900 804.006 804.006 453.425 425.795
406.507 29.287 302 376.918 635.354 635.354 258.102 227.997
387.237 81.254 (42.696) 27.630 56.505 6 (28.881) – 44.036 (44.036)
196.298 74.030 (42.331) 30.105 57.615 6 (27.516) – 30.826 (30.826)
T O T A L ..............................................................................................................
5.559.426
5.188.539
PASSIVO
2006
CIRCULANTE ...................................................................................................... CAPTAÇÕES NO MERCADO ABERTO ............................................................... Carteira Livre Movimentação .............................................................................. OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS ................................................................. Empréstimos no País - Instituições Oficiais ...................................................... OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO PAÍS - INSTITUIÇÕES OFICIAIS .............. CEF ...................................................................................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES ...................................................................................... Sociais e Estatutárias ......................................................................................... Fiscais e Previdenciárias ................................................................................... Diversas ..............................................................................................................
2005
462.162 49.740 49.740 320 320 1.899 1.899 410.203 163.879 216.693 29.631
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ............................................................................... OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS ................................................................. Empréstimos no País - Instituições Oficiais ...................................................... OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO PAÍS - INSTITUIÇÕES OFICIAIS .............. CEF ...................................................................................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES ...................................................................................... Fiscais e Previdenciárias ................................................................................... Diversas ..............................................................................................................
444.301 614 614 6.727 6.727 436.960 422.929 14.031
PATRIMÔNIO LÍQUIDO ......................................................................................... Capital: - De Domiciliados no País .................................................................................. - De Domiciliados no Exterior ............................................................................. Reserva de Capital .............................................................................................. Reservas de Lucros ............................................................................................ Ajuste ao Valor de Mercado - TVM e Derivativos ...............................................
T O T A L ..............................................................................................................
769.707 405.280 405.280 322 322 2.188 2.188 361.917 145.847 179.322 36.748
445.696 911 911 8.414 8.414 436.371 435.369 1.002
4.652.963
3.973.136
3.670.039 3.920 12.294 935.252 31.458
3.533.537 3.920 5.060 440.764 (10.145)
5.559.426
5.188.539
AÇÕES EM LUCROS TESOURARIA ACUMULADOS
TOTAIS
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil CAPITAL REALIZADO EVENTOS
SALDOS EM 31.12.2004 ......................................................... AUMENTO DE CAPITAL .......................................................... CANCELAMENTO DE AÇÕES EM TESOURARIA ................. AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS . ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS .......................... LUCRO LÍQUIDO ................................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas ................................................... - Dividendos Declarados ............................
CAPITAL SOCIAL
AUMENTO DE CAPITAL
AJUSTE AO VALOR DE MERCADO TVM E DERIVATIVOS
RESERVAS DE LUCROS RESERVA DE CAPITAL
LEGAL
ESTATUTÁRIA
PRÓPRIAS
COLIGADAS E CONTROLADAS
2006
2005
RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ................................................ Operações de Crédito .......................................................................................... Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários .............................. Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos .......................................
326.159 1.582 324.573 4
346.427 2.792 343.631 4
DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .............................................. Operações de Captações no Mercado ................................................................ Operações de Empréstimos e Repasses ........................................................... Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ...............................................
24.431 24.761 461 (791)
44.695 43.923 618 154
RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ................................
301.728
301.732
OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ........................................... Receitas de Prestação de Serviços ................................................................... Despesas de Pessoal ......................................................................................... Outras Despesas Administrativas ...................................................................... Despesas Tributárias ........................................................................................... Resultado de Participações em Coligadas e Controladas ................................. Outras Receitas Operacionais ............................................................................ Outras Despesas Operacionais ..........................................................................
106.157 3 (168) (16.590) (16.094) 148.073 11.110 (20.177)
41.081 206 (63) (7.122) (15.909) 71.172 20.486 (27.689)
RESULTADO OPERACIONAL ..............................................................................
407.885
342.813
RESULTADO NÃO OPERACIONAL .....................................................................
20.389
7.469
RESULTADO ANTES DATRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO E PARTICIPAÇÕES
428.274
350.282
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ............................................
(94.397)
(92.339)
LUCRO LÍQUIDO ..................................................................................................
333.877
257.943
Número de ações ................................................................................................ Lucro por ação em R$ .........................................................................................
83.902 3.979,37
81.338 3.171,25
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil 2006
2005
1.679.833
1.622.808
LUCRO LÍQUIDO ..................................................................................................
333.877
257.943
AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO .......................................................................... Depreciações e Amortizações ............................................................................ Resultado de Participações em Coligadas e Controladas ................................. Provisão para Perdas em Sociedades Coligadas e Controladas ......................
(147.173) 900 (148.073) –
(69.972) 1.081 (71.172) 119
AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TÍTULOS DISPONÍVEIS PARA VENDA ...
36.163
(637)
RECURSOS DE ACIONISTAS ............................................................................. Aumento do Capital .............................................................................................
136.502 136.502
– –
– – – 1.091.659 1.091.170 306 183 – 148.615 11.430 2 137.183
79.705 31.321 48.384 1.196.611 1.135.436 4.884 – 56.291 68.885 2.477 22.435 43.973
ORIGEM DOS RECURSOS .................................................................................
RECURSOS DE TERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Aumento dos Subgrupos do Passivo ............................................................... Captações no Mercado Aberto .......................................................................... Outras Obrigações ............................................................................................. - Diminuição dos Subgrupos do Ativo ................................................................ Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ............ Relações Interfinanceiras ................................................................................. Relações Interdependências ............................................................................ Outros Créditos .................................................................................................. - Alienação (Baixa) de Bens e Investimentos .................................................... Bens não de Uso Próprio .................................................................................. Imobilizado de Uso e de Arrendamento ............................................................ Investimentos .................................................................................................... - Juros sobre o Capital Próprio/Dividendos Recebidos de Coligadas e Controladas .....................................................................................................
80.190
90.273
1.679.833
1.622.810
DIVIDENDOS PAGOS E/ OU DECLARADOS ......................................................
79.295
61.262
INVERSÕES EM ................................................................................................. Bens não de Uso Próprio .................................................................................... Imobilizado de Uso ............................................................................................. Investimentos ......................................................................................................
195.006 242 – 194.764
6.767 364 34 6.369
AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO .......................................................... Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ............................................................ Relações Interdependências .............................................................................. Outros Créditos ....................................................................................................
961.573 785.846 – 175.727
1.553.162 1.552.476 686 –
REDUÇÃO DOS SUBGRUPOS DO PASSIVO ..................................................... Captações no Mercado Aberto ............................................................................ Obrigações por Empréstimos e Repasses ......................................................... Outras Obrigações ...............................................................................................
443.959 348.696 1.134 94.129
1.619 – 1.619 –
APLICAÇÃO DOS RECURSOS ...........................................................................
2.739.442 791.656 – – – – – –
798.015 (791.656) – – – – – –
1.753 – – – 3.307 – – –
16.006 – – – – – 12.897 –
228.079 – (2) – – – 183.784 –
(9.508) – – (3.924) – – – –
– – – 3.287 – – – –
(2) – 2 – – – – –
– – – – – 257.943 (196.681) (61.262)
3.773.785 – – (637) 3.307 257.943 – (61.262)
SALDOS EM 30.6.2005 ...........................................................
3.531.098
6.359
5.060
28.903
411.861
(13.432)
3.287
–
–
3.973.136
SALDOS EM 31.12.2005 ......................................................... AUMENTO DE CAPITAL (Nota 13) .......................................... AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS . ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS .......................... LUCRO LÍQUIDO ................................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas ................................................... - Dividendos ................................................ SALDOS EM 30.6.2006 ...........................................................
3.537.457 – – – – – – 3.537.457
– 136.502 – – – – – 136.502
8.081 – – 4.213 – – – 12.294
44.742 – – – – 16.694 – 61.436
635.928 – – – – 237.888 – 873.816
(11.544) – 16.059 – – – – 4.515
6.839 – 20.104 – – – – 26.943
– – – – – – – –
– – – – 333.877 (254.582) (79.295) –
4.221.503 136.502 36.163 4.213 333.877 – (79.295) 4.652.963
REDUÇÃO DAS DISPONIBILIDADES ..................................................
–
(2)
Início do Período .............................................. Fim do Período ................................................. Redução das Disponibilidades .......................
320 320 –
331 329 (2)
MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 1)
2)
3)
CONTEXTO OPERACIONAL O Banco Alvorada S.A. é uma instituição financeira, que tem por objetivo efetuar operações bancárias em geral, inclusive câmbio. O Banco Alvorada S.A. é parte integrante da Organização Bradesco, sendo suas operações conduzidas de forma integrada a um conjunto de empresas que atuam nos mercados financeiros e de capitais, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnológicos e na gestão de riscos, e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto.
4)
1 a 30 dias Aplicação no mercado aberto: Posição bancada ................... Letras financeiras do tesouro . Letras do tesouro nacional ..... Aplicações em depósitos interfinanceiros .................... Total em 2006 ......................... Total em 2005 .........................
APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil (BACEN), que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas. PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial, exceto aquelas relacionadas com operações com o exterior, as quais são calculadas com base no método linear. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez As operações compromissadas realizadas com acordo de livre movimentação são ajustadas pelo valor de mercado. Os demais ativos são registrados ao custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidos de provisão para desvalorização, quando aplicável. c) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda - que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. d) Outros créditos com característica de concessão de crédito e provisão para outros créditos de liquidação duvidosa São classificados nos respectivos níveis de risco, observando: (i) os parâmetros estabelecidos pela Resolução no 2682 do CMN, que requer a sua classificação em nove níveis, sendo “AA” (risco mínimo) e “H” (risco máximo); e (ii) a avaliação da Administração quanto ao nível de risco. Essa avaliação, realizada periodicamente, considera a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos e globais em relação às operações, aos devedores e garantidores. Adicionalmente, também são considerados os períodos de atraso definidos na Resolução no 2682 do CMN, para atribuição dos níveis de classificação dos clientes da seguinte forma: Período de atraso
APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ a) Vencimentos
5)
Em 30 de junho - R$ mil Total 2006 2005
31 a 180 dias
181 a 360 dias
2.496 2.496 –
3.039 – 3.039
– – –
5.535 2.496 3.039
36.639 – 36.639
– 2.496 1.836.419
– 3.039 –
3.956.292 3.956.292 –
3.956.292 3.961.827
1.799.780
b) Receitas de aplicações interfinanceiras de liquidez Classificadas na demonstração de resultado como resultado de operações com títulos e valores mobiliários. Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 Rendas de aplicações em operações compromissadas: Posição bancada ........................................................................ Subtotal ....................................................................................... Rendas de aplicações em depósitos interfinanceiros ............... Total .............................................................................................
1.836.419
1.731 1.731 233.425 235.156
764 764 125.250 126.014
TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Classificação por categoria e prazos Em 30 de junho - R$ mil 2005
2006
Títulos (1) Títulos para negociação ......................................... Letras financeiras do tesouro .................................. Letras do tesouro nacional ...................................... Debêntures .............................................................. Certificados de depósito bancário .......................... Notas do tesouro nacional ...................................... Notas do Banco Central .......................................... Ações ...................................................................... Outros ...................................................................... Títulos disponíveis para venda .............................. Letras financeiras do tesouro .................................. Ações ...................................................................... Debêntures .............................................................. Fundo de desenvolvimento social .......................... Outros ...................................................................... Total em 2006 .......................................................... Total em 2005 ..........................................................
Valor de mercado/ contábil (2)
1 a 30 dias
31 a 180 dias
181 a 360 dias
Acima de 360 dias
– – – – – – – – – 94.336 – 94.336 – – – 94.336 33.482
356 356 – – – – – – – – – – – – – 356 1.035.393
– – – – – – – – – – – – – – – – 149.405
6.754 6.754 – – – – – – – 71.781 47.900 – – – 23.881 78.535 1.086.000
Valor de custo Marcação atualizado a mercado (3)
7.110 7.110 – – – – – – – 166.117 47.900 94.336
7.110 7.110 – – – – – – – 158.877 47.879 77.913
– – – – – – – – – 7.240 21 16.423
– 23.881 173.227 –
3.046 30.039 165.987 –
(3.046) (6.158) 7.240 –
Valor de mercado/ contábil (2) 1.875.165 1.258.768 18.444 312.331 235.091 567 516 9.395 40.053 429.115 376.919 22.910 2.108 – 27.178 – 2.304.280
Marcação Valor de custo atualizado a mercado (3) 1.875.155 1.258.756 18.446 312.331 235.091 567 516 9.395 40.053 449.466 382.928 28.353 2.108 2.506 33.571 – 2.324.621
10 12 (2) – – – – – – (20.351) (6.009) (5.443) – (2.506) (6.393) – (20.341)
(1) As aplicações em cotas de fundos de investimento foram distribuídas de acordo com os papéis que compõem suas carteiras e no caso de operações compromissadas pelos respectivos papéis que estão lastreando as operações, preservando a classificação da categoria dos fundos. Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis, independentemente de sua classificação contábil; (2) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custo atualizado reflete o valor das respectivas cotas que já estão a valor de mercado; e (3) Representado pelos títulos da carteira própria, sendo que o ajuste no patrimônio líquido inclui R$ 26.942 mil, líquido dos efeitos tributários, referente a coligadas.
Classificação do cliente
b) Resultado de títulos e valores mobiliários • de 15 a 30 dias .................................................................................... B • de 31a 60 dias ..................................................................................... C • de 61 a 90 dias .................................................................................... D • de 91 a 120 dias .................................................................................. E • de 121 a 150 dias ................................................................................ F • de 151 a 180 dias ................................................................................ G • superior a 180 dias .............................................................................. H A atualização (“accrual”) das operações de crédito vencidas até o 59O dia é contabilizada em receitas de operações de crédito e, a partir do 60O dia, em rendas a apropriar. A provisão para outros créditos de liquidação duvidosa é apurada em valor suficiente para cobrir prováveis perdas e leva em conta as normas e instruções do BACEN, associadas às avaliações procedidas pela Administração, na determinação dos riscos de crédito. e) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo) A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. Os créditos tributários sobre prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social serão realizados de acordo com a geração de lucros tributáveis. O imposto de renda e contribuição social diferidos, calculados sobre base negativa de contribuição social e adições temporárias, são registrados na rubrica “Outros créditos - diversos” e a provisão para as obrigações fiscais diferidas sobre amortização de deságio e ajustes a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é registrada na rubrica “Outras obrigações - fiscais e previdenciárias”. f) Investimentos Os investimentos relevantes em controladas e coligadas foram avaliados pelo método de equivalência patrimonial. Os títulos patrimoniais da CETIP - Câmara de Custódia e Liquidação e da Bolsa de Mercadorias & Futuros - BM&F são avaliados com base no valor patrimonial, não auditado, informado pelas respectivas bolsas e os acréscimos ou decréscimos são registrados diretamente no patrimônio líquido, e os incentivos fiscais e outros investimentos foram avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perda, quando aplicável. g) Ativo imobilizado Demonstrado ao custo de aquisição, líquido das respectivas depreciações acumuladas, calculadas pelo método linear de acordo com a vida útil-econômica estimada dos bens, sendo: imóveis de uso - edificações - 4% ao ano; móveis e utensílios e máquinas e equipamentos - 10% ao ano; sistema de processamento de dados - 20% a 50% ao ano e sistema de comunicação - 10% ao ano. h) Ativos e Passivos contingentes e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM 489/05. • Ativos Contingentes: Não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações financeiras. • Passivos Contingentes: São constituídos levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade; e no posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como de perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente, devendo ser apenas divulgados nas demonstrações financeiras, e os classificados como remotos não requerem provisão e divulgação. • Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias: Decorrem de processos judiciais relacionados a obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade, que independente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras. i) Outros ativos e passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos.
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 Rendas de aplicações interfinanceiras de liquidez ............................................................................................................................................................................................ Títulos de renda fixa ............................................................................................................................................................................................................................................. Resultado com instrumentos financeiros derivativos ......................................................................................................................................................................................... Fundos de investimento ....................................................................................................................................................................................................................................... Total ......................................................................................................................................................................................................................................................................
2005 235.156 28.150 4 61.267 324.577
126.014 35.477 4 182.140 343.635
c) O Banco Alvorada S.A. não possuía posição de instrumentos financeiros derivativos em 30 de junho de 2006 e de 2005. 6)
OUTROS CRÉDITOS COM CARACTERÍSTICAS DE CONCESSÃO DE CRÉDITO E PROVISÃO PARA OUTROS CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA a) Modalidades e prazos
Em 30 de junho - R$ mil
Curso normal 1 a 30 dias Outros créditos ................................................................................... Total em 2006 .................................................................................... Total em 2005 ....................................................................................
1.641 1.641 342
31 a 60 dias
61 a 90 dias
1.232 1.232 342
91 a 180 dias
1.232 1.232 343
181 a 360 dias
3.596 3.596 5.227
Acima de 360 dias
7.080 7.080 14.654
Total (A) 2006
50.539 50.539 10.316
2005
65.320 65.320
31.224 31.224
b) Provisão para outros créditos de liquidação duvidosa Em 30 de junho - R$ mil Saldo da carteira Níveis de Risco A ....................................................................................................................................... B ....................................................................................................................................... C ....................................................................................................................................... Subtotal ............................................................................................................................ Operação sem característica de operação de crédito ..................................................... Subtotal ............................................................................................................................ Total em 2006 ................................................................................................................... Total em 2005 ...................................................................................................................
Provisão requerida
Curso anormal vencidas
Curso normal
– – – – 407 407 407 407
51 64.959 310 65.320 – – 65.320 31.224
Total 51 64.959 310 65.320 407 407 65.727 31.631
%
Vencidas 0,08 99,45 0,47 100,00 100,00 100,00
Genérica – – – – 407 407 407 407
Existente – 650 9 659 – – 659 390
– 650 9 659 407 407 1.066 797
c) Movimentação da provisão para outros créditos de liquidação duvidosa Em 30 de junho - R$ mil 2006 Saldo inicial ......................................................................................................................................................................................................................................................... Constituição ......................................................................................................................................................................................................................................................... Baixas .................................................................................................................................................................................................................................................................. Saldo final ............................................................................................................................................................................................................................................................ - Provisão específica (1) ...................................................................................................................................................................................................................................... - Provisão genérica (2) ......................................................................................................................................................................................................................................... - Operações recuperadas no período (3) ..............................................................................................................................................................................................................
2005 1.857 9 (800) 1.066 407 659 1.582
644 273 (120) 797 407 390 2.792
(1) Para as operações que apresentem parcelas vencidas; (2) Constituída em razão da classificação do cliente ou da operação e portanto, não enquadradas no item anterior; e (3) Registrada em receitas de operações de crédito, como previsto nas normas e instruções do BACEN. 7)
OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS
Em 30 de junho - R$ mil 2006
Devedores por depósito em garantia ......................................................................................................................................................................................................................... Créditos tributários (Nota 21c) ................................................................................................................................................................................................................................... Pagamentos a ressarcir ............................................................................................................................................................................................................................................. Devedores por compra de valores e bens ................................................................................................................................................................................................................. Impostos e contribuições .......................................................................................................................................................................................................................................... Valores a receber de sociedades ligadas ................................................................................................................................................................................................................. Devedores diversos ................................................................................................................................................................................................................................................... Outros ......................................................................................................................................................................................................................................................................... Total ............................................................................................................................................................................................................................................................................
2005 450.900 286.097 112.775 65.320 33.629 7.578 3.101 2.139 961.539
219.126 356.630 101.575 31.224 31.307 – 1.611 2.196 743.669 Continua
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 22 de agosto de 2006
1 Sempre recomendamos atenção à legislação. Marcos Galindo, do Sindilojas
EM REUNIÃO ONTEM NA ACSP, COMEÇOU MOVIMENTO DE NEGOCIAÇÃO COM AS ADMINISTRADORAS DE CARTÕES
COMÉRCIO MOSTRA CARTÃO AMARELO
C
om o objetivo de iniciar um movimento de negociação entre o comércio e as administradoras de meios eletrônicos de pagamento (cartões de débito e crédito), a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) convidou o chefe do Departamento de Operações Bancárias do Banco Central (BC), José Antonio Marciano, para um encontro com lojistas na sede da entidade. "Por receber queixas dos comerciantes em relação aos cartões, a ACSP torna-se parte no processo de discussão para chegar a uma solução razoavelmente satisfatória para os dois lados", disse o diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV), da ACSP, Marcel Solimeo. Na reunião, realizada ontem, Marciano ouviu uma série de reclamações de lojistas e de representantes de entidades de varejo sobre as altas taxas cobradas pelas administradoras. Em resposta, Marciano disse que o BC disponibilizará, em setembro, um questionário para que os empresários relacionem os problemas com os sistemas de cartões de crédito e débito. Com base nos resultados dessa pesquisa, ele disse acreditar que será possível intermediar negociações com as administradoras de cartões. Os varejistas dizem que as despesas com o sistema eletrônico – correspondentes às taxas por transação e ao aluguel das máquinas cobrados pelas administradoras – acabam inibindo a aceitação dos plásticos. Isso em um período de forte crescimento do uso dos cartões pelos consumidores. De acordo com o BC, entre 1999 e 2005, o uso de cartões de crédito cresceu 29%. Risco – Nesse cenário, os comerciantes têm de optar por aceitar os cartões, arcando com altas despesas, ou se arriscar a perder os clientes, que querem usar os meios eletrônicos de pagamento. Assim, o varejista que opta por não aceitar cartões espera sempre ter a compreensão do cliente. "As taxas elevadas reduzem sensivelmente nossa margem
Leonardo Rodrigues/Hype
Aluguel de máquinas eleva custo
de lucro", disse o proprietário da padaria Monte Líbano, Valdomiro Rocha. Mesmo a contragosto, ele ainda aceita pagamentos com cartões de débito. Em geral, um pagamento com cartão de crédito faz o comerciante perder cerca de 10% do valor da venda, equivalentes à taxa da administradora e ao aluguel da máquina. E os lojistas dizem que as empresas não fazem qualquer tipo de negociação desses custos. Repasse — O proprietário de um tradicional bar de São Paulo, que preferiu não se identificar, disse que, se aceitasse pagamentos com cartões, seria obri-
Por receber queixas dos comerciantes em relação aos cartões, a ACSP torna-se uma parte no processo de discussão. Marcel Solimeo, diretor do IEGV gado a aumentar os preços para repassar os custos. O proprietário da loja de acessórios Segura Mão, Eduardo Lee, afirmou que alguns clientes reclamam do fato de não aceitar cartões, mas que todos entendem a posição. "Pago à vista os produtos que estão disponíveis na minha loja. Por isso, sem aceitar cartões, tenho
condições de vender mais barato", afirmou o lojista. Fiado — O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de São Paulo (Sincofarma), Pedro Zidoi, relatou no encontro na ACSP que as dificuldades com os cartões de crédito fizeram muitas pequenas farmácias voltarem ao tempo da caderneta, trocando a venda no cartão pelo crédito direto para os clientes, o velho fiado. Além de se queixar dos custos altos, o gerente executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-SP), Sérgio Marques Junior, informou que o setor sofre muito com as constantes quedas nos sistemas das administradoras. A proposta do sindicato ao BC é a criação de uma opção de pagamento off-line, idéia, segundo ele, malvista pelas administradoras. Os comerciantes reclamaram, ainda, da duplicidade de cobranças nos pagamentos com débito. "Esse problema é comum, mas as operadoras se recusam a assumir a responsabilidade pelas falhas. Aos comerciantes, resta arcar com o ressarcimento do cliente e esperar para receber o dinheiro de volta", disse Marques. Pesquisa – Em resposta aos comerciantes, Marciano disse que o BC disponibilizará, em setembro, um questionário para que lojistas relacionem os problemas com os sistemas de cartões. Com base nos resultados da pesquisa, ele disse acreditar que será possível intermediar negociações com as administradoras de cartões. O assessor de Relações Institucionais do Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo (Sindilojas), Marcos Galindo, disse que a entidade recebe muitos pedidos de esclarecimento a respeito dos pagamentos com cartões. "Sempre informamos aos comerciantes que eles precisam estar atentos à legislação, mantendo, por exemplo, aviso visível quando não aceitarem os cartões", afirmou. (leia mais sobre o que diz a lei em reportagem nesta página). Davi Franzon e Flávia Gianini
Pão de Açúcar faz 58 anos com campanha om o tema "Aniversário Pão de Açúcar: o mundo pela metade do preço", a PA Publicidade, agência interna do grupo Pão de Açúcar, desenvolveu uma ação, considerada inédita pela empresa, para a rede de supermercados em comemoração ao seu 58º aniversário. O valor do investimento na campanha é duas vezes superior à média mensal. Durante todo o mês, as 156 lojas da rede irão distribuir cupons de descontos para passagens aéreas de ida e volta para vários lugares do mundo. A rede irá distribuir bônus equivalentes a 100 mil viagens. O período é de grande expectativa para a rede, que aposta em vendas 15% superiores em comparação com o mesmo período do ano passado. A expectativa justifica-se pela força do aniversário: a data é considerada a segunda melhor época do ano em vendas, ficando atrás só de dezembro. Para participar é simples: a cada R$ 50 em compras o cliente recebe um cupom. Com vários deles, o cliente
C
156 é o número de lojas da rede que estão participando da campanha de distribuição de cupons de desconto. receberá um "bônus Pão de Açúcar", que lhe dará direito a adquirir bilhetes aéreos com descontos de 50% para vários lugares do mundo. Fazem parte da promoção cidades da América do Sul, Estados Unidos e Europa. O cliente pode trocar quatro cupons por um bônus que lhe dará direito a viajar para Buenos Aires, Córdoba, Rosário e Montevidéu por seis parcelas de US$ 33,33. Para viajar para os Estados Unidos (Miami, Nova York, Orlando e Boston), são necessários oito cupons. A passagem sairá por 6 parcelas de US$ 99,99. Dezesseis cupons dão di-
reito a ir para Europa (Paris, Lisboa, Roma e Madri). Nesse caso, a passagem custará 6 parcelas de US$ 139,99. "Experiências anteriores e pesquisas com consumidores indicam a preferência do cliente Pão de Açúcar por promoções que dependam exclusivamente da sua própria adesão, sem vínculos a sorteios ou concursos", afirma Heloisa Morel, diretora de marketing. Sobre a escolha do prêmio, ou seja, os bônus em bilhetes de viagens, Heloisa diz que "faz parte do perfil do nosso cliente o gosto pelo bem viver, em que se incluem viagens internacionais". Além das passagens adquiridas pela metade do preço, os clientes poderão facilitar o pagamento de seus bilhetes aéreos em até seis vezes sem juros. A troca dos bônus vai até 15 de setembro e as viagens podem ser agendadas até 31 de março de 2007. Para viabilizar essa ação, foi fechada uma parceria com a Gol (América do Sul), Delta (América do Norte) e a Tap (Europa), e com a operadora Ancoradouro. Kety Shapazian
Andrea Felizolla/LUZ
Galindo (no alto), do Sindilojas, recomenda que lojas avisem os clientes quando não aceitarem cartões. Marciano (esq.), do BC, ouviu queixas do comércio na ACSP.
Restrições são ilegais pesar de cada vez mais comuns, as restrições às compras feitas com cartões de crédito ou de débito no comércio são ilegais, segundo o Código de Defesa do Consumidor. A lei estabelece que o pagamento por meios eletrônicos ou cheque corresponde ao feito em dinheiro. A loja não pode dar desconto só para o pagamento com dinheiro ou fixar um valor mínimo para cartões de débito ou de crédito. Basta uma volta por ruas comerciais do Centro de São Paulo, no entanto, para perceber que muitos se arriscam a infringir a lei. É fácil encontrar avisos sobre os limites para as várias modalidades de pagamento. Na loja de artigos in-
A
fantis Nossa Loja e na Santa Clara Lingerie, ambas na Rua 25 de Março, os cartões de crédito e débito só são aceitos para pagamentos acima de R$ 10. Os comerciantes se defendem, alegando que são obrigados a aceitar os meios eletrônicos de pagamento para não perder clientes. E dizem que os altos patamares das taxas cobradas pelas administradoras dos cartões (taxas por transação e aluguel das máquinas) são impraticáveis para vendas com valores muito baixos. A Ladeira Bijouterias, na Ladeira Porto Geral, estipulou valor mínimo de R$ 30 para aceitar cartões de crédito. "Tentamos controlar as vendas com meios eletrônicos porque nem sempre elas são vantajo-
sas", disse a gerente da loja, Edna Tiemi. Para débito, o estabelecimento não faz restrições. Os altos custos com os cartões levam muitos comerciantes a optar por não aceitar os plásticos, o que é permitido pelo Código de Defesa do Consumidor. De acordo com a Fundação Procon-SP, no entanto, o aviso deve ser claro e estar visível no estabelecimento. O órgão tem reforçado a fiscalização em shoppings e centros comerciais da capital para coibir o desrespeito à lei. Na última blitz, realizada entre os dias 17 e 28 de julho, os técnicos estiveram em 445 estabelecimentos e encontraram irregularidades relacionadas a meios de pagamento, eletrônicos ou não, em 92 deles. (FG)
ADVOGADOS Wadih Helú - Waldir Helú
Advocacia Cível - Comercial - Família - Tributária Escritórios: Rua José Bonifácio, 93 - 9º andar, conj. 91 - CEP 01003-001 Av. Nove de Julho, 4.887 - 10º andar, conj. 101-B - CEP 01407-200 Fones: (11) 3242-8191 e (11) 3704-3407
2
Vo I P Te l e f o n i a Te c n o l o g i a Música
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 22 de agosto de 2006
AS APRESENTAÇÕES VALIDARÃO PLANOS ESTRATÉGICOS
Uma das melhores maneiras de aprender é ver a teoria aplicada a situações reais
A tecnologia que podemos esperar O evento mostrará quais deverão ser as preocupações dos CEO das empresas no futuro Por Fábio Pelegrini
Divulgação
Feinberg analisará as motivações econômicas e técnicas de TI na AL
ntre os dias 22 e 24 de agosto, São Paulo terá mais uma edição da Conferência Anual do Gartner, líder mundial em pesquisa e análises sobre tecnologia. O encontro chamado O Futuro da Tecnologia é um dos m a i s i m p o rtantes do setor, sendo dirig i d o p r i n c ipalmente aos CIOs, gerentes, diretores e executivos de Tecnologia da Informação. A agenda d o e n c o n t ro prevê a participação dos executivos Carl Claunch, Donald Feinberg, Jay Heiser e Ken Dul a n e y, q u e a pre se nt a rã o pesquisas inéditas, selecionadas com base no perfil do mercado brasileiro. Os analistas do instituto apresentarão aos cerca de 800 executivos inscritos no evento as tecnologias que devem impactar no cotidiano das empresas e departamentos de TI em
2007 e no futuro, como o futuro da TI na América Latina, cenários de Business Intelligence, Segurança da Informação, Tecnologias WLAN, entre outros assuntos. O vice-presidente de Pesquisa e analista emérito do Gartner, Donald Feinberg, examinará durante a palestra as motivações econômicas e técnicas da TI na América Latina e as principais tendências desse mercado na região. O executivo mostrará ainda quais devem ser as preocupações do CIO nos próximos anos. "Teremos apresentações magistrais que darão uma visão clara do estado atual e das tendências futuras das tecnologias de maior impacto sobre seu negócio nos próximos cinco anos. Estas sessões irão ajudar a validar os planos estratégicos, alinhar os projetos com os objetivos mais críticos do negócio e a destinar os recursos de TI, segundo suas prioridades específicas. Uma das melhores maneiras de aprender é ver a teoria aplicada em situações reais", explica Donald Feinberg. BI e segurança – Outro assunto que estará em destaque no encontro será o Business Intelligence (BI). O executivo Andreas Bitterer, avaliará a necessidade de investimento em BI e como a tecnologia, os for-
necedores e o mercado devem evoluir até 2015. A segurança é um assunto que não pode faltar nesse setor. A palestra ministrada por Jay Heiser, abordará a evolução das soluções de segurança da informação, as novas tecnologias e os processos de negócios que ameaçam as estruturas de segurança das empresas. O ponto-chave é verificar quais são as soluções que estão maduras para combater essas e outras vulnerabilidades. Olhar para o futuro na área de redes requer uma visão centrada e estudos ainda mais criteriosos. Ken Dulaney, analista do Gartner, exporá a evolução dos padrões e da tecnologia WLAN até 2011, os critérios para a seleção de tecnologia e fornecedores, além das melhores práticas para implementar e gerenciar redes WLAN. Waldir Arevolo, diretor de Pesquisa do Gartner, avaliará como as tecnologias, como portais, gerenciamento de conteúdo, ferramentas de comunicação, VoIP, tecnologias de suporte e colaboração, dispositivos móveis, entre outras, têm modificado o ambiente de trabalho. Além das palestras-chave, a agenda prevê apresentações dos analistas Bern Elliot, Carl Claunch, Cassio Dreyfuss, Colleen Young, Gene Phifer, Mark Beyer, Martin Reynolds,
Matt Cain, Paul Procter e Stanley Zaffos, que estarão disponíveis para entrevistas nas seções one-to-one. A "XI Conferência Anual sobre O Futuro da Tecnologia" terá ainda exposições de estudos de caso de empresas nacionais, painéis e debates, demonstrações de soluções e serviços de organizações como a Adobe, Business Objects, Check Point, Cisco Systems, Citrix, Compuware, Datasul, Execplan, Hyperion, InfoBuild Brasil, Informática, Juniper, Microsoft, MicroStrategy, Nokia, SAS, SENAC, Serena, Teradata, TOPMIND e Websense.
SERVIÇO XI CONFERÊNCIA ANUAL O FUTURO DA TECNOLOGIA Data: 22 a 24 de agosto Horário: a partir das 8h Local: WTC Hotel Endereço: Av. das Nações Unidas, 12.559 Mais informações: (11) 3079-6724 ramal 3 Inscrições pelo telefone (11) 3079-6724 ramal 3 ou pelo e-mail: latin.america@gartner.com. Ainda pelo site www.gartner.com/br/econit. A inscrição custa R$ 2.985 e garante a participação em todas as atividades do encontro, inclusive a agendamento de entrevistas com os especialistas do Gartner.
Em pauta Motivações econômicas Motivações técnicas Business Intelligence Segurança de ambiente
Aproveite enquanto há privacidade De etiquetas inteligentes a lagartas robóticas, que entram no corpo humano para desobstruir artérias, a tecnologia avança cada vez mais para controlar a vida humana
Por Guido Orlando Júnior ada dia mais estão sendo lançadas tecnologias pessoais que influenciam diretamente na vida de quem as incorporam. São avanços que buscam facilitar a vida das pessoas, mas que por outro lado podem fazer com que se perca desde a liberdade até a maneira de como vão se comportar a partir da instalação de um deles no corpo, na roupa, nos documentos ou mesmo no automóvel. Isso sem contar invenções que estão em andamento. Um cientista norte americano, por exemplo, está desenvolvendo uma espécie de lagarta robótica, capaz de ser introduzida no corpo humano e dessa forma desobstruir vasos e artérias entupidos. Por enquanto o professor Barry Trimmer, da Universidade Tufts (Estados Unidos), está estudando como elas se movimentam e transpõem obstáculos na vida real. Ele recebeu um aporte de um milhão de dólares para dar continuidade a seu projeto. Enquanto ele olha minuciosamente para as rastejantes lagartas, veja alguns outros exemplos que já estão disponíveis ou que estarão em um curto espaço de tempo. Etiquetas inteligentes Rapidamente as etiquetas inteligentes RFID – identifica-
ção por radiofreqüência – vêm ganhando espaço e os pedágios sem-parar são um exemplo. Na semana passada o Detran de São Paulo anunciou que planeja obrigar esse tipo de etiqueta a todos os carros da capital paulista e, através de uma grande rede de antenas, m o n i t o r a r c o n d ições do tráfego. Daí para saber se u m v e ículo está como IPVA atrasado ou se tem multas, por exemplo, é um passo. O que me preocupa é a ação de hackers num sistema desses para monitorar uma pessoa que pode ser alvo de seqüestro, por exemplo. Não adianta dizer que o sistema será imune a invasão ou espionagem, pois ninguém pode garantir isso. Também está em estudos avançados o uso dessas etiquetas nos passaportes, que identificam seu portador assim que ele coloca os pés em um aero-
porto que possui esse sistema. Chip anti-sequestro Seguindo a mesma linha de dispositivo ultra pessoal, já é considerável o número de pessoas que utilizam um minúsculo chip subcutâneo que emite 24 horas por dia o posicionamento exato do usuário a partir de qualquer ponto da terra, via satélite e GPS (Gl obal P os i ti oning System – Sistem a d e P o s icionamento Global). Ou seja, quem tem um desses implantado pode ser facilmente encontrado em caso de seqüestro, mas acabou-se a privacidade. As alternativas de locais em que o "chipado" pode ser encontrado eu deixo por conta do leitor. Já imaginou a confusão que pode acontecer? Mesmo não sendo implantado, mas praticamente coma a mesma função, a Vivo comer-
cializa já há algum tempo um celular que permite outra pessoa saber exatamente onde o dono do aparelho se encontra naquele momento. Coração monitorado Ainda falando sobre isso, uma empresa alemã oferece um sistema de rastreamento de doentes cardíacos. Funciona assim: uma pessoa que tem problemas coronários implanta um chip que controla todas as funções referentes ao coração, tais como pressão arterial, batidas do coração, nível de colesterol, oxigenação do sangue e peso. Caso algumas dessas funções sofram alterações importantes, é disparado um sinal via satélite para a central na Alemanha e o usuário do chip corpóreo pode ser avisado ou até mesmo socorrido em curto espaço de tempo. Esse serviço está disponível em qualquer lugar do mundo, inclusive no Brasil. Não é difícil imaginar que o portador de um dispositivo desses pode dizer adeus a uma feijoada, pernil, pizza, rodízio de churrasco, caipirinha, cerveja ou mesmo uma inocente porção de batata frita consumida às escondidas. Aí eu pergunto: sem essas maravilhas da culinária, pra que ele vai querer viver mais tempo?
Em um futuro não muito distante, o ser humano carregará em seu corpo a tecnologia que controlará todas as suas ações. O preço a ser pago pela maior segurança será a perda da privacidade.
EUA mantêm controle sobre a internet a semana passada, Washington renovou seu contrato técnico com a Icann, empresa da Califórnia que gere a rede mundial de computadores. A notícia é um balde de água fria para os objetivos do Brasil e de outros emergentes que, desde 2003, vêm pressionando para que o controle da internet seja "democrático e multilateral".
O contrato foi renovado por apenas um ano, mas com a opção de que o governo amplie o controle por mais 4 anos. Depois de anos sendo controlado pelo governo, a solução foi criar, nos anos 90, uma entidade que pudesse administrar a rede. Mas um entendimento foi concluído entre a Icann e o Departamento de Comércio
dos EUA para que a internet não ficasse sem qualquer controle da Casa Branca. Em 2002, o governo americano indicou que a renovação do acordo por mais 4 anos seria a última e que depois a Icann seria independente. Mas, desde o ano passado, a Casa Branca adotou uma posição favorável ao controle.
Admite-se que o governo americano está pronto para realizar a transição para um sistema mais autônomo, ainda que isso não queira dizer o total afastamento da Casa Branca. Poucos, porém, arriscam dizer quanto tempo essa "transição" levaria. Por enquanto, Washington continua com poderes de interferir nas operações que
administram os endereços da internet. O próximo passo do governo americano seria renovar um outro contrato, também com a Icann, mas com um conteúdo mais político. Ele está sendo avaliado pelo governo que, em maio, abriu a chance para que cidadãos e organizações comentassem o acordo. Até agora, há mais de 400
sugestões. Mas diante da extensão do acordo, a previsão é de que o segundo contrato também seja renovado. Por ele, a Icann é obrigada a manter e fornecer dados sobre quem registra sites da web. Esta decisão ocorre dois meses antes da reunião promovida pela ONU, na Grécia, que discutirá o futuro da internet. (AE)
2
Finanças Nacional Empresas Agronegócio
A
Volkswagen do Brasil deu ontem um ultimato aos trabalhadores da unidade de São Bernardo do Campo: ou aceitam o plano de reestruturação ou a fábrica pode fechar. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC tem até a próxima sexta-feira para chegar a um acordo com a montadora. A empresa alega que em setembro haverá reunião na matriz para definir novos investimentos. Sem o acerto, a unidade mais antiga do grupo, inaugurada há 47 anos, ficará de fora dos planos da companhia e "o risco de a operação ser encerrada é real". A montadora disse, ainda,
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 22 de agosto de 2006
3,6
SINDICATO DISCUTE PLANO DE REESTRUTURAÇÃO DA VW
VOLKS AMEAÇA FECHAR FÁBRICA DE SÃO BERNARDO Ultimato foi dado ontem aos trabalhadores da unidade Anchieta: se não houver reestruturação, fábrica pára que iniciará demissões de 1,8 mil trabalhadores em 21 de novembro, quando acaba o acordo de estabilidade na fábrica. Sem acordo, o total de dispensas poderá dobrar. Desde maio, a empresa tenta negociar um plano de demissões para 3,6 mil funcionários da Anchieta, além de corte de benefícios.
Segundo o gerente-executivo de Relações Trabalhistas da Volkswagen, Nilton Júnior, caso não haja acordo, a fábrica não receberá novos modelos e terá a produção reduzida dos atuais 900 carros por dia para 300 ou 400. "Considerando esse cenário, ocorrerá um corte adicional de cerca de 2,5 mil."
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijóo, convocou para hoje uma assembléia com os trabalhadores e só depois comentará a ameaça da Volks. O presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos da Central Única dos trabalhadores (CUT), Adi dos Santos Lima,
BALANÇO
acha que a montadora está pressionando os trabalhadores para obter a resposta que deseja. "Não vale a pena um confronto desse tamanho." Essa é a primeira vez que a empresa informa oficialmente que a unidade Anchieta corre risco de fechar. A Volkswagen alega como motivo a queda de
mil demissões fazem parte do plano de reestruturação da Volkswagen até 2008
exportações por causa do real valorizado ante o dólar. História – Inaugurada em 1959 pelo presidente Juscelino Kubitschek, a fábrica de São Bernardo foi o símbolo da chegada da indústria automobilística ao País. As operações começaram com a montagem do Fusca e da Kombi, até hoje em linha. Já foi considerada uma cidade, com toda infraestrutura de um município. Nos anos 70, empregou 40 mil pessoas. Hoje, as cinco fábricas do grupo (três de automóveis, envolvidas no plano de reestruturação, uma de motores e outra de caminhões) empregam 24 mil pessoas. (AE)
ATAS
Uno-E Brasil Banco de Investimento S.A. (nova denominação social do Banco Uno-E Brasil S.A.) CNPJ nº 45.283.173/0001-00 Relatório da Diretoria Senhores Acionistas: Submetemos à apreciação de V. Sas. os balanços patrimoniais, as demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações dos recursos relativos aos exercícios encerrados em 30 de junho de 2006 e de 2005, acompanhados das Notas Explicativas e do Parecer dos auditores sobre as referidas Demonstrações Financeiras. São Paulo, 30 de junho de 2006. A Administração Demonstrações de resultados - Semestres findos em 30/06/06 e 2005 Balanços patrimoniais em 30 de junho de 2006 e 2005 (Em milhares de Reais) (Em milhares de Reais, exceto o lucro por ação) Ativo 2006 2005 Passivo 2006 2005 2006 2005 Circulante 80.631 73.849 Circulante 8.508 7.420 4.569 3.796 Disponibilidades 19 47 Outras obrigações 8.508 7.420 Receitas da intermediação financeira 3.796 Títulos e valores mobiliários e Sociais e estatutárias 7.052 6.646 Resultado de operações com títulos e valores mobiliários 4.569 4.569 3.796 instrumentos financeiros derivativos 80.612 73.788 Fiscais e previdenciárias 1.445 769 Resultado bruto da intermediação financeira Carteira própria 80.612 73.788 (474) (402) Diversas 11 5 Outras receitas (despesas) operacionais Outros créditos 1 14 Exigível a longo prazo 2.424 2.148 Despesas com pessoal (15) Diversos 1 14 Outras obrigações 2.424 2.148 Despesas administrativas (221) (206) Fiscais e previdenciárias 935 880 Despesas tributárias (228) (229) Realizável a longo prazo 3.824 3.782 Outras contingências 1.489 1.268 Outras receitas (despesas) operacionais (10) 33 Outros créditos 3.824 3.782 Patrimônio líquido 73.527 68.066 Result. antes da tributação s/ o lucro e participações 4.095 3.394 Imposto de renda a compensar 1.353 1.468 Capital social: Imposto de renda e contribuição social (1.430) (733) Depósitos judiciais 2.471 2.314 De domiciliados no exterior 55.981 55.981 Lucro líquido do semestre 2.665 2.661 Reserva de lucros 1.308 1.014 Juros sobre o capital próprio - (1.321) Permanente 3 3 Lucros acumulados 16.238 1.071 Lucro líquido por ação - R$ 0,05 0,05 Investimentos 3 3 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Total do ativo
84.459 77.634 Total do passivo 84.459 77.634 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Demonstrações das mutações do patrimônio líquido - Semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 (Em milhares de Reais) Reserva Capital Social de lucros Capital aumento Reserva Lucros realizado de capital legal acumulados Total Saldos em 31 de dezembro de 2004 45.394 881 9.864 56.139 Lucro líquido do semestre 2.661 2.661 Aumento de capital 10.587 10.587 Destinações: Reserva legal 133 (133) Juros sobre o capital próprio (1.321) (1.321) Saldos em 30 de junho de 2005 45.394 10.587 1.014 11.071 68.066 Saldos em 31 de dezembro de 2005 55.981 1.175 13.848 71.004 Ajustes de exercícios anteriores (16) (16) Lucro líquido do semestre 2.665 2.665 Destinações: Reserva legal 133 (133) Dividendos (126) (126) Saldos em 30 de junho de 2006 55.981 1.308 16.238 73.527 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Notas explicativas às demonstrações financeiras - Semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 (Em milhares de Reais) 1 - Contexto operacional - A Sociedade, que é parte integrante do grupo judicialmente a legalidade da exigência de diversos impostos e contribuições BBVA (Banco Bilbao Viscaya Argentaria) no Brasil, tem por objeto principal e, com base na opinião de seus assessores legais, não espera a ocorrência a prática de operações de investimento, a administração da carteira de de perdas no desfecho desses processos, além das já provisionadas na valores mobiliários e fundos de investimento. Em Assembléia Geral rubrica de provisão para riscos fiscais. 6 - Provisões, contingências ativas Extraordinária, realizada em 9 de junho de 2005, foi alterada a denominação e passivas - O Banco é par te em ações judiciais e processos social de Banco Uno-E Brasil S.A. para Uno-E Brasil Banco de Investimento administrativos perante vários tribunais e órgãos governamentais, S.A. 2 - Elaboração e apresentação das demonstrações financeiras: envolvendo questões tributárias, trabalhistas, aspectos cíveis e outros a. Apresentação das demonstrações financeiras - As demonstrações assuntos. a. Composição das provisões - A Administração, com base financeiras foram preparadas de acordo com as práticas contábeis em informações de seus assessores jurídicos e análise das demandas emanadas da legislação societária brasileira em consonância com as judiciais pendentes, constituiu provisão em montante considerado suficiente diretrizes estabelecidas pelo Banco Central do Brasil (BACEN). b. para cobrir as perdas estimadas com as ações em curso, como segue: Saldo em 31 Saldo em Saldo em 30 Principais critérios contábeis - O resultado é apurado pelo regime de de dezembro Atualização 30 de junho de junho de competência. As estimativas contábeis foram fundamentadas em fatores de 2005 monet. de 2006 2005 objetivos e subjetivos, com base no julgamento da Administração para a determinação do valor adequado a ser registrado nas demonstrações Contribuição Social Não Adição do IR fonte da financeiras. Itens significativos sujeitos a essas estimativas e premissas JCP do ano de 1996 no incluem a provisão para contingências. A liquidação destas poderá resultar Lucro Líquido 910 25 935 880 em valores divergentes em razão de imprecisões inerentes ao processo Total da provisão para de sua determinação. O ativo e o passivo, circulante e a longo prazo, são riscos fiscais 910 25 935 880 demonstrados pelos valores de realização e compromissos estabelecidos nas contratações, incluindo, quando aplicável, os rendimentos ou encargos Dedutibilidade da TLP no cálculo da Contr. Social 1.266 62 1.328 1.192 auferidos ou incorridos até a data dos balanços. As aplicações em fundos 156 5 161 76 de investimento estão classificadas na categoria de títulos para negociação, Outras provisões fiscais Total de outras de acordo com a Resolução no 3.068 do BACEN e são atualizadas provisões fiscais 1.422 67 1.489 1.268 diariamente conforme o valor da cota divulgada pelo administrador do fundo. 2.332 92 2.424 2.148 Os rendimentos correspondentes são apropriados nas contas de resultado. A provisão para o imposto de renda é constituída com base no lucro, Existem outros processos substancialmente relacionados à contribuição ajustado pelas inclusões e exclusões de caráter permanente, à alíquota de social sobre o lucro líquido no valor aproximado de R$ 12 que são avaliados 15%, acrescida de adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente a pelos assessores jurídicos como sendo de risco possível, portanto nenhuma R$ 120 (semestral). A contribuição social foi constituída à alíquota de 9%. provisão foi constituída. a. - Contingências ativas não provisionadas 3 - Títulos e valores mobiliários - A carteira de títulos e valores mobiliários, Em 30 de junho de 2006 e 2005, não havia contingências ativas relevantes classificada na categoria títulos para negociação, está assim representada: não reconhecidas nas demonstrações financeiras. 7 - Patrimônio líquido 2006 2005 - O capital social em 30 de junho de 2006, totalmente subscrito e Bradesco FIC de FI Referenciado DI Federal Plus 23.219 19.720 integralizado, é representado por 55.980.634 (55.980.634 em 2005) ações Bradesco FIC de FI Renda Fixa Marte 48.243 44.408 ordinárias nominativas, sem valor nominal. Conforme disposição estatutária, Bradesco FIC de FI Cambial Dólar 9.150 9.660 está assegurado aos acionistas dividendo mínimo de 5% do lucro líquido Total 80.612 73.788 do exercício, após a destinação de reserva legal, que em 30 de junho está 4 - Outros créditos - A conta de outros créditos está representada, provisionado no montante de R$126. Em Assembléia Geral Extraordinária basicamente, por antecipação de imposto de renda e contribuição social (AGE) realizada em 28 de abril de 2005, foi autorizado o aumento de capital em R$ 1.353 (R$ 1.468 em 2005) e por devedores de depósitos judiciais social do Banco, mediante a capitalização de TJLP dos exercícios de 1996 em R$ 2.471 (R$ 2.314 em 2005). 5 - Outras obrigações: a. Sociais e (R$ 1.479), 1997 (R$ 1.503), 1998 (R$ 1.959), 1999 (R$ 3.310) e 2000 estatutárias - Referem-se a juros sobre o capital próprio e dividendos à (R$ 2.336), perfazendo o total de R$ 10.587 sendo emitidas 10.587.068 disposição dos acionistas. b. Fiscais e previdenciárias - Referem-se à ações todas ordinárias nominativas, sem valor nominal. Na mesma AGE, provisão para imposto de renda, no valor de R$ 1.051 (R$ 536 em 2005); foi aprovado o pagamento aos acionistas de R$ 1.321 a título de juros provisão para contribuição social, no valor de R$ 379 (R$ 197 em 2005); sobre capital próprio (em substituição ao dividendo mínimo) calculado com provisão para riscos fiscais, no valor de R$ 935 (R$ 880 em 2005); e outras base no patrimônio líquido de 31 de dezembro de 2004. Essa distribuição contribuições, no valor de R$ 15 (R$ 36 em 2005). O Banco vem contestando consta como destinação do resultado, diretamente na demonstração das Parecer dos auditores independentes Aos Acionistas e Administradores do Uno-E Brasil Banco de Investimento ação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas S.A. - São Paulo - SP. Examinamos os balanços patrimoniais do Uno-E adotadas pela Administração do Banco, bem como da apresentação das Brasil Banco de Investimento S.A. (nova denominação social do Banco demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as Uno-E Brasil S.A.) levantados em 30 de junho de 2006 e 2005 e as respec- demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamentivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e te, em todos os aspectos relevantes, as posições patrimonial e financeira das origens e aplicações de recursos correspondentes aos semestres fin- do Uno-E Brasil Banco de Investimento S.A. em 30 de junho de 2006 e dos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua Adminis- 2005, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio tração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos demonstrações financeiras. Nossos exames foram conduzidos de acordo semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o adotadas no Brasil. 11 de agosto de 2006 planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que KPMG Auditores Independentes Cláudio Rogélio Sertório suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliCRC 2SP014428/O-6 Contador CRC 1SP212059/O-0
Demonstrações das origens e aplicações de recursos Semestres findos em 30/06/06 e 2005 (Em milhares de Reais) 2006 2005 Origens de recursos 2.649 13.248 Lucro líquido ajustado do semestre 2.665 2.661 Lucro líquido do semestre 2.665 2.661 Recursos de acionistas (16) 10.587 Aumento de capital - 10.587 Ajustes de exercícios anteriores (16) Aplicações de recursos 2.653 13.266 Dividendos propostos/ Juros sobre o capital próprio 126 1.321 Aumento dos subgrupos do ativo circulante e realizável a longo prazo 1.920 2.790 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 1.920 2.671 Outros créditos 119 Diminuição dos subgrupos do passivo circulante e exigível a longo prazo 607 9.155 Outras obrigações 607 9.155 Diminuição das disponibilidades (4) (18) Modificações na posição financeira Disponibilidades Início do semestre 23 65 Fim do semestre 19 47 Diminuição das disponibilidades (4) (18) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. mutações do patrimônio líquido, na forma da Circular nº 2.739 do Banco Central do Brasil, e reduziu a despesa com imposto de renda e contribuição social do semestre em aproximadamente R$ 437. 8 - Imposto de renda e contribuição social a. Encargos com imposto de renda e contribuição social 2006 2005 Imp. de Contrib. Imp. de Contrib. Receita/despesa renda social renda social Lucro antes do imposto de renda e contribuição social 4.095 4.095 3.394 3.394 Adições Permanente Multas 39 Outras provisões, receitas e despesas Indedutíveis 22 22 17 17 Temporárias Prov. p/ contingências fiscais e outras 96 96 102 102 (-) TJLP - (1.321) (1.321) Base de cálculo 4.252 4.213 2.192 2.192 Encargos do sem. às alíquotas de 15% (imposto de renda) e 9% (contribuição social) (638) (379) (329) (197) Adicional de (imp. de renda) a 10% sobre parcela excedente a R$ 120 (413) (207) Imposto de renda/contribuição social do semestre (1.051) (379) (536) (197) O Banco não efetua o registro contábil dos créditos tributários decorrentes de diferenças temporárias por não haver expectativa de realização. O valor dos créditos tributários não reconhecidos monta a R$ 23 (2005 - R$ 18). 9 - Outras informações - a. Derivativos - Não havia operações de instrumentos financeiros derivativos em 30 de junho de 2006 e 2005. b. Limites operacionais (acordo de Basiléia) - O Uno-E Brasil Banco de Investimento S.A., em 30 de junho de 2006, atingiu o índice de 171,87% (2005 -173,53%). c. Despesas administrativas Outras despesas administrativas é composta por: 2006 2005 Despesa de serviços técnicos 104 138 Despesa de publicação 65 Despesa de contribuição a entidades de classe 22 17 Despesa de serviços de terceiros 14 22 Despesas de comunicação 7 5 Despesa de processamento de dados 5 3 Despesa de serviços do sistema financeiro 2 18 Outras 2 3 Total 221 206 d. Outras receitas (despesas) operacionais Outras receitas/(desp.) operacionais é composta por: 2006 2005 Variação monetária sobre tributos 125 158 Reversão de provisão 9 Multa compensatória (30) Juros fiscais (1) Juros sobre contribuição social (25) (29) Multa punitiva indedutível (39) Juros sobre passivos contingentes (71) (74) Total (10) 33 e. Ajuste de exercícios anteriores - O ajuste do exercício anterior, referese à atualização de depósito judicial resgatado em 25 de outubro de 2005 que foi apropriado ao resultado até o final do exercício de 2005.
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP
ABERTURAS DE LICITAÇÃO SITE: www.riopreto.sp.gov.br MODALIDADE: CONCORRÊNCIA DE PREÇOS Nº 27/2006 Objeto: Alienação do lote 47 da quadra 02, localizado no Distrito Industrial “Dr. Waldemar de Oliveira Verdi”. Limite p/ entrega dos envelopes 25/09/2006 às 16:00h e abertura dia 26/09/2006 às 08:30h. MODALIDADE: CONCORRÊNCIA DE PREÇOS Nº 28/2006 Objeto: Empreitrada de mão-de-obra com fornecimento de materiais para execução de pavimentação asfáltica, guias e sarjetas e correlatos nas ruas do Minidistrito Adail Vetorazzo. Limite p/ entrega dos envelopes 22/09/2006 às 16:00h e abertura dia 25/09/2006 às 08:30h. FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR
PREGÃO Nº 032/2006-FAMESP/HEB PROCESSO Nº 220/2006-FAMESP/HEB REGISTRO DE PREÇO 020/2006-FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 22 de agosto de 2006 a 04 de setembro de 2006, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignoli s/n, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680–ramal 111FAX(0xx14)3882-1885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/HospitalEstadual Bauru, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL - PREGÃO Nº 032/2006-FAMESP/HEB - PROCESSO Nº 220/ 2006-FAMESP/HEB, que tem como objetivo a Aquisição de Contratação de empresa especializada para proceder ao Fornecimento de soluções para Nutrição Parenteral (NP) Pediátrica e Adulta, aos pacientes do Hospital Estadual Bauru. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 05 de setembro de 2006, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100 – Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. Botucatu, 22 de agosto de 2006. Prof. Dr. Pasqual Barretti - Diretor Presidente - FAMESP.
COMUNICADOS
DIRETORIA Carlos Masetti Júnior – CRC-1SP 179400/O-5
Comunico ao público em geral que no dia 28/07/2006 o meu RG 10.459.951 e a carteira de Habilitação foram roubados do interior do meu veículo, conforme B.O nº 6099/2006. Solange Rodrigues da Silva Comenale.
CONVOCAÇÕES EDITAL DE CONVOCAÇÃO Ficam convocados os servidores da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania para se reunirem em Assembléia Geral, no próximo dia 05 de setembro de 2006, às 13 horas, no Salão dos Anjos - Páteo do Colégio, 184 - 1º andar, para apresentação da Nova Diretoria. Chapa Vencedora: Presidente: Luciana dos Reis, Administrativo: Simone da Costa e Financeiro: Salvador Pantuffi Filho. São Paulo, 18 de agosto de 2006. aa) A Diretoria.
EDITAIS
UNIVERSAL BEAUTY COMÉRCIO, IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA.
CNPJ nº 07.997.498/0001-58 EDITAL DE CONVOCAÇÃO Ficam convocados os Srs. Sócios desta sociedade a se reunirem em AGE a realizar-se em 28/08/2006, às 9:30 h, na Rua Manoel da Nóbrega, 772, S. Paulo - SP, para deliberar sobre: 01 - Exclusão de sócio remisso; 02 - Reforma e Consolidação do Contrato Social; 03 - Outros assuntos de interesse social. A Diretoria.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
FDE AVISA: TOMADA DE PREÇOS
ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO Assembléia Geral - Edital de Convocação Pelo presente Edital, a requerimento da Diretoria Executiva da ASSETJ, ficam convocados os associados para participarem da Assembléia Geral Extraordinária, de acordo com os arts. 30 e 31 do estatuto social, a realizar-se no dia 06/09/06, às 19:00 horas, em 1ª convocação e meia hora depois em 2ª convocação, em sua sede à Rua Conselheiro Furtado nº 93, 3º andar, para deliberar sobre a adaptação das apólices de Seguro de Vida, nas quais a ASSETJ figura como estipulante ao novo Código Cível em vigor desde 11/01/2003 e circulares nº 302 e 317 da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, com vigência a partir de 01/07/2006. São Paulo, 17/08/06. (a) José Gozze, Presidente. (21, 22, 23/08/06)
ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO Assembléia Geral - Edital de Convocação Pelo presente Edital, ficam convocados os associados desta Associação para participarem da Assembléia Geral Ordinária para ratificarem, se for o caso, da decisão conjunta do Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal e Diretoria Executiva, em cumprimento ao art. 29, alínea “a” do estatuto social, a realizar-se no dia 06/09/2006, às 18:00 horas, em 1ª convocação e meia hora depois em 2ª convocação, em sua sede, à Rua Conselheiro Furtado, nº 93, 3º andar. São Paulo, 17 /08/2006. (a) José Gozze, Presidente. (21, 22, 23/08/06)
A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Reforma de Prédio(s) Escolar(es) construído em Estrutura Pré-Fabricada Metálica (Sistema Nakamura): TOMADA DE PREÇOS N.º - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO – PRAZO PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/1944/06/02 - EE Joaquim Simão – Rod. Pref. Joaquim Simão, KM - 66 - Varadouro - Santa Isabel/SP – 75 EE Roberto Bianchi - Av. Keita Harada, 99 - Vila Ipelândia - Suzano/SP - 30 R$ 26.843,00 – R$ 2.684,00 – 09:30 – 12/09/2006. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 23/08/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). O Edital completo através de cópias reprográficas/heliográficas terá o custo de R$ 0,10 (dez centavos) por cópia reprográfica e R$ 3,00 (três reais) por cópia heliográfica. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 11/09/2006, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Willian Sampaio de Oliveira Diretor Executivo
FALÊNCIA & RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 21 de agosto de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência e recuperação judicial:
Reqte: Dynatech Química Ltda - Reqdo: VPC Vânia Polímeros e Compostos Ltda. - Av. Guarapiranga, 291 1ª Vara Falências Reqte: JAC Comércio Materiais Elétricos Ltda - Reqdo: AGH Assessoria e Construções Ltda. - Rua Pequetita, 145 - 1ª Vara Falências Reqte: Frigorífico Suzano Indústria e Comércio de Carnes Ltda - Reqdo: Frigorífico Líder Comércio de Carnes Ltda. - Av. Agenor Alves
Meira, 350 - 2ª Vara Falências RECUPERAÇÃO JUDICIAL Reqte: Amorim Ind e Com de Mármores e Granitos Ltda - Reqdo: Amorim Ind e Com de Mármores e Granitos Ltda. - R. Mirapiranga, SN – Lote A, QD. 46 - 1ª Vara Falências Reqte: Amorim Serviços Ltda ME Reqdo: Amorim Serviços Ltda ME - R. São Saturnino, 153 - 1ª Vara Falências.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 -.LEGAIS
terça-feira, 22 de agosto de 2006
Banco Alvorada S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 33.870.163/0001-84 - Sede: Cidade de Deus - Prédio Novíssimo - 4o andar - Vila Yara - Osasco - SP Continuação 8)
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras
INVESTIMENTOS a) Os ajustes decorrentes da avaliação pelo método de equivalência patrimonial dos investimentos foram registrados em contas de resultado, sob a rubrica de “Resultado de participações em coligadas e controladas”. R$ mil Empresas I - CONTROLADAS Alvorada Leasing Brasil S.A. Arrendamento Mercantil ................ Alvorada Administradora de Cartões Ltda. (1) ............................ Alvorada Serviços e Negócios Ltda. Alvorada Cia. Securitizadora de Créditos Financeiros S.A. ............. Bradescor Corretora de Seguros Ltda. (1) ........................... Scopus Tecnologia Ltda. (1) ............ Settle Consultoria e Assessoria de Sistemas Ltda. (1) ................... Nova Paiol (1) (9) ............................. Baneb Corretora de Seguros S.A. (1) Outras Controladas .......................... Total das empresas controladas .... II– COLIGADAS Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A. (1) (6) .. Ezibrás Imóveis e Representações Ltda. (1) (2) .................................... Tecnologia Bancária S.A. - TECBAN (3) (4) (5) ......................................... Serasa S.A. (3) (4) (5) ...................... Cibrasec - Companhia Brasileira de Securitização (3) (4) (5) ................ VISANET - Companhia Brasileira de Meios de Pagamento (1) ............... CIP - Câmara Interbancária de Pagamentos .................................. Visavale (3) (4) (5) ........................... Embaúba Holdings Ltda. (2) ............ Nova Marília Adm. de Bens Móveis e Imóveis Ltda. (10) .......................... American BankNote S.A. (7) (11) .... Manacás Holdings (1) (8) ................ Outras coligadas ............................. Total das empresas coligadas ........ TOTAL DE INVESTIMENTOS .........
Quantidade de ações/cotas possuídas (em milhares) O.N. P.N. Cotas
Patrimônio líquido ajustado
Capital Social
Imóveis de uso: - Terrenos ................................ - Edificações .......................... Outras imobilizações de uso . Total em 2006 ......................... Total em 2005 .........................
2006
2005
Ativos (passivos)
–
–
–
–
–
–
–
(2.118)
16.530 –
5.314 –
– –
– –
16.510 –
99,878% –
354 –
5.307 –
4.520 16.990
354 –
478 (291)
–
–
–
–
–
–
–
–
18.074
–
2.591
13.737 41.750
15.448 44.007
– –
– –
13.737 41.750
99,999% 100,000%
364 3.822
15.448 44.007
15.628 38.170
364 3.822
1.611 2.973
200 48.841 3.300 –
677 96.608 6.994 –
– 18.000 419 –
– – – –
200 – – –
100,000% 100,000% 54,110% –
(25) 21.120 435 –
677 96.608 3.784 36 165.867
682 – 3.386 – 97.450
(25) 18.477 235 2 23.229
(62) – 240 2 5.424
302.930
289.326
13.460
–
–
2,736%
12.007
7.916
7.407
329
(363)
225.635
244.911
–
–
22.902
10,261%
11.448
25.130
21.325
1.175
2.443
92.468 139.000
148.406 214.007
104.390 175
– 46
– –
2,762% 5,946%
14.745 44.722
4.099 12.725
4.020 9.200
407 2.637
129 2.049
68.475
72.091
6
–
–
9,090%
5.044
6.553
5.901
458
550
74.534
424.632
3.490
–
–
25,838%
308.884
109.716
39.826
113.505
61.830
– 8.720 723.618
– 35.428 768.067
– 687 –
– – –
– – 36.123
– 34,332% 3,787%
– 11.845 37.987
– 12.163 29.127
– 6.018 –
– 4.067 280
43 1.668 –
– – 28.032 –
– – 28.030 –
– – – –
– – – –
– – 11.107 –
– – 39,622% –
– – (1) –
– – 11.106 2.835 221.370 387.237
– – – 5.151 98.848 196.298
167 1.486 (1) 334 124.844 148.073
– – – (2.601) 65.748 71.172
Depreciação
10.966 45.539 6 56.511 57.621
– (28.881) – (28.881) (27.516)
Em 30 de junho - R$ mil Valor residual 2006 2005 10.966 16.658 6 27.630
11.380 18.719 6 30.105
10) CAPTAÇÕES NO MERCADO ABERTO a) Captação do mercado 1 a 180 dias Carteira livre movimentação - títulos públicos ....... Total em 2006 .......................................................... Total em 2005 .......................................................... b) Despesas com operações de captação do mercado
Em 30 de junho - R$ mil 181 a 360 dias Total
– – 405.280
49.740 49.740 –
49.740 49.740 405.280
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 Captações no mercado aberto .................................................... Outras despesas de captação (1) ............................................... Total .............................................................................................
24.761 – 24.761
33.428 10.495 43.923
(1) Refere-se a Captação de depósito interfinanceiro com o Banco Bradesco S.A. e Banco Bradesco BBI S.A. (Atual denominação social do Banco BEM S.A.). 11) ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS a) Ativos Contingentes No 1o semestre de 2006 não foram reconhecidos contabilmente ativos contingentes. b) Passivos Contingentes classificados como perdas prováveis e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A empresa é parte em processos judiciais, de natureza trabalhista, cível e fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades. As provisões foram constituídas levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e, no posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da empresa entende que a provisão constituída é suficiente para atender perdas decorrentes dos respectivos processos. O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial é mantido até o ganho definitivo da ação, representado por decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, ou a sua prescrição. I - Processos trabalhistas São ações ajuizadas por ex-empregados, visando a obter indenizações, em especial o pagamento de “horas extras”. II - Processos cíveis São pleitos de indenização por dano moral e patrimonial. Essas ações são controladas individualmente e provisionadas para processos específicos com base na opinião de assessores jurídicos, levando em consideração: a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e, no posicionamento de nossos Tribunais. As questões discutidas nas ações normalmente não constituem eventos capazes de causar impacto representativo no resultado financeiro. III - Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A empresa vem discutindo judicialmente a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmente provisionados não obstante as boas chances de êxito a médio e longo prazo, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos. IV - Movimentação das Provisões Constituídas Em 30 de junho - R$ mil Fiscais e PreviTrabalhista Cível dênciárias (1) No início do semestre ..................................... 6.108 12.222 557.409 Atualização monetária ..................................... – – 15.705 Constituições ................................................... 167 – 12.579 Reversões ........................................................ – – (6.442) Pagamentos ..................................................... (270) – (250) Saldo em 2006 ................................................. 6.005 12.222 579.001 Saldo em 2005 ................................................. 2.822 12.129 559.641 (1) Compreende, substancialmente, obrigações legais. c) Passivos Contingentes classificados como perdas possíveis A empresa mantém um sistema de acompanhamento para todos os processos administrativos e judiciais em que a instituição figura como “autora” ou “ré” e amparada na opinião dos assessores jurídicos classifica as ações de acordo com a expectativa de insucesso. Neste contexto os processos contingentes avaliados como de risco de perda possível não são reconhecidos contabilmente.
12) OUTRAS OBRIGAÇÕES a) Fiscais e previdenciárias 2006 Provisão para riscos fiscais ....................................................... Provisão para impostos e contribuições sobre lucro ................. Provisão para impostos e contribuições diferidos ..................... Impostos e contribuições sobre lucros a pagar .......................... Impostos e contribuições a recolher ........................................... Total ............................................................................................. b) Diversas
2006 Credores diversos – país ............................................................ Provisão para passivos contingentes – cíveis .......................... Provisão para passivos contingentes – trabalhistas ................. Provisão para pagamentos a efetuar .......................................... Obrigações por aquisição de bens e direitos ............................. Total .............................................................................................
Em 30 de junho - R$ mil 2005
579.001 50.868 9.054 588 111 639.622
559.641 46.559 5.273 2.902 316 614.691
Em 30 de junho - R$ mil 2005 16.693 12.222 6.005 4.721 4.021 43.662
16.894 12.129 2.822 4.652 1.253 37.750
13) PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital social O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é dividido em 83.902 ações ordinárias, nominativasescriturais, sem valor nominal. b) Movimentação do capital social em ações Quantidade de ações
14) DESPESAS ADMINISTRATIVAS Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 14.578 – 900 – 201 725 – 34 86 15 51 16.590
1.983 1.081 1.081 461 454 450 371 230 220 212 579 7.122
15) DESPESAS TRIBUTÁRIAS Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 Contribuição ao COFINS ................................................................... Contribuição ao PIS/PASEP ............................................................. Despesas com CPMF ....................................................................... Impostos e taxas .............................................................................. Impostos sobre serviços .................................................................. Total ...................................................................................................
12.580 2.044 1.370 79 21 16.094
12.769 2.075 299 672 94 15.909
16) OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 Juros e atualização monetária sobre impostos a compensar ......... Atualização monetária sobre depósito vinculado ............................ Reversão de provisão operacional ................................................... Recuperação de encargos e despesas ............................................ Variação monetária ativa .................................................................. Outras ................................................................................................ Total ...................................................................................................
6.163 3.355 524 150 1 917 11.110
7.304 3.517 4.572 809 1.626 2.658 20.486
17) OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 Atualização de impostos e contribuições ........................................ Despesas gerais ............................................................................... Juros e variação monetária sobre obrigações diversas .................. Provisão para contingências fiscais ................................................ Outras ................................................................................................ Total ...................................................................................................
12.959 2.562 4.127 360 169 20.177
14.185 9.455 3.175 389 485 27.689
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 Lucros na alienação de investimentos ............................................ Dividendos recebidos ....................................................................... Rendas de aluguéis .......................................................................... Receitas na alienação de bens do imobilizado ............................... Resultado na alienação de valores e bens ...................................... Provisão para desvalorização de bens e investimentos ................. Perdas de capital .............................................................................. Outras ................................................................................................ Total ...................................................................................................
3.956.292
233.425
1.799.780
125.196
– –
– –
– –
(10.438) (58)
5.535
908
36.639
764
(49.740)
(24.761)
(405.280)
(33.256)
(108.731)
–
(97.024)
–
(4.369) (4.085) (46.372)
– – –
(4.369) (4.085) (40.072)
– – –
– 1.754
– –
24.561 2.978
– –
– –
2.180 21
– –
2.335 –
– –
(4) –
– –
– (6)
–
–
2.108
173
7.578
–
–
–
(2.910)
–
–
–
(a) Aplicações interfinanceiras de liquidez - depósitos interfinanceiros de ligadas, com taxas equivalentes às do CDI - certificado de depósito interfinanceiro; e (b) Recompras e/ou revendas a liquidar, de operações compromissadas, lastreadas em títulos públicos, com taxas equivalentes às do “overnight ”. 20) BENEFÍCIOS A EMPREGADOS O Banco Alvorada S.A. (incorporador do Banco Baneb S.A. e por sua vez incorporador do Banco BEA), mantém um plano de previdência complementar administrado pela Caixa de Previdência dos Funcionários do BEA - CABEA, que se encontra em processo de retirada de patrocínio, com data-base fixada em 30 de novembro de 2002, cujas contribuições do patrocinador cessaram a partir de 1o de dezembro de 2002. Os participantes também deixaram de contribuir a partir dessa mesma data. As obrigações atuariais do plano estão integralmente cobertas pelo patrimônio do plano. O Banco Alvorada S.A. (incorporador do Banco Baneb S.A.) mantém planos de aposentadoria complementar de contribuição variável e de benefício definido, por meio da Fundação Baneb de Seguridade Social BASES (relativos aos ex-empregados do Baneb). As obrigações atuariais dos planos de contribuição variável e benefício definido estão integralmente cobertas pelos patrimônios dos planos. Os recursos garantidores dos planos de previdência são investidos de acordo com a legislação pertinente (títulos públicos e privados, ações de companhias abertas e imóveis). 21) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social Em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ..... 428.274 Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ................................. (145.613) Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Juros sobre capital próprio, recebidos ........................................ (464) Participações em coligadas e controladas ................................ 50.344 Despesas e provisões indedutíveis liquidas de receitas 783 tributáveis ................................................................................ Benefícios fiscais ....................................................................... 581 Outros valores ............................................................................. (28) Imposto de renda e contribuição social do semestre ............... (94.397) b) Composição da conta de resultado de imposto de renda e contribuição social 2006
Saldo em 31.12.2005
13.587 2.799 2.360 2.093 (281) (128) – (41) 20.389
– – 2.940 – 7.662 (2.416) (1.243) 526 7.469
Constituição
350.282 (119.096) (227) 24.198 475 1.647 664 (92.339)
Em 30 de junho - R$ mil 2005
Impostos diferidos Constituição/(realização) no semestre, sobre adições temporárias ............................................................................................. 6.296 Utilização de saldos iniciais de: Base negativa de contribuição social ........................................ (7.989) Prejuízo fiscal ............................................................................. (22.203) Subtotal ....................................................................................... (23.896) Impostos correntes Imposto de renda e contribuição social devidos ........................ (70.501) Imposto de renda e contribuição social do semestre ............... (94.397) c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos
Realização
1.828 (7.566) (21.105) (26.843) (65.496) (92.339) R$ mil Saldo em 30.6.2006
Provisão para créditos de liquidação duvidosa ................................................. 6.664 3 272 6.395 Provisão para contingências cíveis ........ 4.568 57 – 4.625 Provisão para contingências fiscais ....... 77.122 9.532 – 86.654 Provisão para contingências trabalhistas 1.949 – 90 1.859 Provisão para desvalorização de títulos e investimentos ......................................... 22.614 14 788 21.840 Provisão para desvalorização de bens não de uso .............................................. 1.054 71 23 1.102 Ajuste a valor de mercado dos títulos para negociação ............................................. 32 4 – 36 Ágio amortizado ....................................... 13.723 431 2.643 11.511 Outros ....................................................... 7.594 – – 7.594 Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias ............................... 135.320 10.112 3.816 141.616 Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social .......................................... 71.848 – 30.192 41.656 Subtotal .................................................... 207.168 10.112 34.008 183.272 Ajuste ao valor de mercado - TVM e instrumentos financeiros ............................ 5.884 – 5.884 – Contribuição social a compensar MP 108.417 – 5.592 102.825 n o 2158-35 de 24.8.2001 (1) .............. Total dos créditos tributários (Nota 7) ..... 321.469 10.112 45.484 286.097 Obrigações fiscais diferidas .................... 5.716 3.338 – 9.054 Crédito tributário liquido das obrigações fiscais diferidas ..................................... 315.753 6.774 45.484 277.043 (1) Até o final do exercício, há previsão de realização do valor de R$ 4.086 mil, que será contabilizado quando de sua efetiva realização (Nota 21d). d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias, prejuízo fiscal, base negativa de contribuição social e crédito tributário de contribuição social MP no 2158-35. Em 30 de junho - R$ mil Diferenças Prejuízo fiscal e temporárias base negativa Imposto de Contribuição Imposto de Contribuição renda social renda social Total 2006 .................................. 2007 .................................. 2008 .................................. 2009 .................................. 2010 .................................. 2011 (1º Semestre) ........... Total em 2006 ...................
Valor em 2006
18) RESULTADO NÃO OPERACIONAL
Diretoria
Aplicações em depósitos interfinanceiros (a): Banco Bradesco S.A. .................................... Captações em depósitos interfinanceiros (a): Banco Bradesco S.A. .................................... Banco BEM S.A. ............................................ Aplicações no mercado aberto (b): Banco Bradesco S.A. .................................... Captações no mercado aberto (b): Banco Bradesco S.A. .................................... Dividendos e juros sobre o capital próprio: Banco Bradesco S.A. .................................... Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil ...................................................... Banco Mercantil de São Paulo S.A. .............. Banco Finasa S.A. ......................................... Cia. Brasileira de Meios de Pagamentos VISANET ..................................................... Outras Controladas e Coligadas .................... Aluguéis: Banco Bradesco S.A. .................................... Bradesco Vida e Previdência S.A. ................ Serviços prestados: Bradesco S.A. CTVM ..................................... Banco Bradesco S.A. .................................... Debêntures: Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil ...................................................... Valores a receber: Embauba Holdings Ltda. ............................... Valores a pagar: Bradesplan Participações S.A. .....................
Receitas (despesas)
R$ mil
Em 30 de junho de 2005 ............................................ 81.338 3.537.457 Em 31 de dezembro de 2005 ..................................... 81.338 3.537.457 Aumento de Capital Social com emissão de ações (AGOE de 27.4.2006) (1) .......................................... 2.564 136.502 Em 30 de junho de 2006 ............................................ 83.902 3.673.959 (1) Em Assembléia Geral Extraordinária de 27 de abril de 2006, foi aprovado aumento de capital no montante de R$ 136.502 mil, com a emissão de 2.564 ações ordinárias, nominativas–escriturais, sem valor nominal, com utilização de parte do crédito referente aos dividendos a pagar do exercício de 2005, aguardando homologação pelo Banco Central. c) Juros sobre o capital próprio e/ou dividendos Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária.
Serviços técnicos especializados ................................................... Manutenção e conservação de bens ............................................... Depreciação ...................................................................................... Aluguéis ............................................................................................ Propaganda e publicidade ................................................................ Contribuições filantrópicas ............................................................... Despesas com água, energia e gás ................................................. Processamento de dados ................................................................. Serviços de terceiros ........................................................................ Serviços do sistema financeiro ........................................................ Outras ................................................................................................ Total ...................................................................................................
Em 30 de junho - R$ mil 2005 Receitas Ativos (passivos) (despesas)
2006
–
Custo
– 4% 20%
Ajuste decorrente de avaliação (12) 2006 2005
Valor Contábil
–
IMOBILIZADO DE USO
Taxa
Lucro líquido/ (prejuízo) ajustado
–
(1) Dados relativos a 30 de junho de 2006; (2) Empresa adquirida em dezembro de 2005 com conferência de bens representados pelos investimentos: Ezibrás Imóveis e Representações Ltda., Alvorada Cia. Securitizadora de Créditos Financeiros S.A. e Alvorada Serviços e Negócios Ltda.; (3) Dados relativos a 31 de maio de 2006; (4) Empresa com controle compartilhado pelo acionista controlador e suas empresas controladas; (5) Empresas que não foram auditadas por auditores independentes; (6) Empresa passou a ser controlada direta do Banco Bradesco S.A.; (7) Empresa adquirida em fevereiro de 2006; (8) Empresa adquirida em 31 de maio de 2006; (9) Empresa adquirida em 28 de junho de 2006; (10) Empresa vendida em 31 de maio de 2006; (11) Empresa alienada parcialmente em maio de 2006 e o investimento transferido para o Ativo Circulante, em junho de 2006; e (12) Ajuste decorrente de avaliação: considera os resultados apurados pelas companhias a partir da aquisição e inclui variações das investidas nas decorrentes de resultados, bem como os ajustes por equalização de princípios contábeis, quando aplicáveis. b) Composição de outros investimentos Em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 Investimentos em coligadas e controladas ................................ 387.237 196.298 Outros investimentos .................................................................. 81.254 74.030 Subtotal ....................................................................................... 468.491 270.328 Provisão para perdas .................................................................. (42.696) (42.331) Total ............................................................................................. 425.795 227.997 9)
Participação no capital social
19) TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR, CONTROLADAS E EMPRESAS LIGADAS As transações com o controlador, controladas e empresas ligadas foram efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações, foram eliminadas nas demonstrações financeiras:
21.326 34.077 52.321 2.668 770 84 111.246
6.547 9.350 13.672 720 81 – 30.370
12.741 25.988 – – – – 38.729
2.927 43.541 – 69.415 – 65.993 – 3.388 – 851 – 84 2.927 183.272 Em 30 de junho - R$ mil
2006
Crédito tributário de contribuição social MP nº 2158-35 2012 e 2007 2008 2009 2010 2011 2013
4.086
13.818
13.335
16.699
17.449
17.396
Total
20.042 102.825
A projeção de realização de crédito tributário trata-se de estimativa e não é diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. e) O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação praticada pela Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 255.659 mil (2005 - R$ 295.975 mil), sendo R$ 130.774 mil (2005 - R$ 114.787 mil) de diferenças temporárias, R$ 39.913 mil (2005 R$ 95.161 mil) de prejuízos fiscais e base negativa e R$ 84.972 mil (2005 - R$ 86.027 mil) de crédito tributário de contribuição social MP no 2158-35. f) Obrigações fiscais diferidas A sociedade possui obrigações fiscais diferidas de imposto de renda e contribuição social no montante de R$ 9.054 mil (2005 - R$ 5.273 mil) relativas a: amortização de deságio - R$ 3.072 mil (2005 - R$ 3.072 mil), ajuste a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos R$ 2.537 mil (2005 - R$ 149 mil) e outras obrigações diferidas - R$ 3.445 mil (2005 - R$ 2.052 mil).
Parecer dos Auditores Independentes Aos Acionistas e Diretores do Banco Alvorada S.A.
Diretor-Presidente Márcio Artur Laurelli Cypriano
Examinamos o balanço patrimonial do Banco Alvorada S.A. em 30 de junho de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos do semestre findo nessa data, elaborados sob a responsabilidade da administração do Banco. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras.
Diretores Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi
Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nosso exame compreendeu, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo
Marcos Aparecido Galende Contador - CRC 1SP201309/O-6
Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Alvorada S.A. em 30 de junho de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos do Banco do semestre findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
O exame das demonstrações financeiras do semestre findo em 30 de junho de 2005, apresentadas para fins de comparação, foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram parecer com data de 5 de agosto de 2005, sem ressalvas. São Paulo, 4 de agosto de 2006
PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5
Washington Luiz Pereira Cavalcanti Contador CRC 1SP172940/O-6
terça-feira, 22 de agosto de 2006
A oferta cresce mercado de venda de música legal no País não prosperou ainda por causa da pirataria, o que explica um pouco a falta de interesse da Apple em disponibilizar a loja iTunes por aqui. Mesmo assim, o iMúsica, criado em 2000 pela holding IdéiasNet e pioneiro na América Latina, está otimista e pretende dispor de 1 milhão de títulos até 2007 para atender à demanda dos clientes. A empresa também atua como provedora de solução e conteúdo para portais como o MSN Music Brasil, Yahoo, Submarino e lojas Americanas, e deve fechar parcerias com outros fabricantes de celulares além da Nokia. No mês passado, o portal UOL também abriu sua loja de músicas digitais, a Megastore (www.megastore. uol.com.br), e o Terra pretende inaugurar uma até o fim do ano. Ricardo Cidale, um especialista no assunto e diretorpresidente da LabOne, dedicada a aplicações multimídia online, acredita que o mercado de música digital no Brasil estará maduro a partir de 2007. A Microsoft não quer ficar de fora e anunciou o player Zune e uma loja virtual para antes do Natal. Ambos vão concorrer com o iPod e com o iTunes. (BO)
Te c n o l o g i a Privacidade Música Sistemas
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3
O CELULAR COMEÇA A OCUPAR O ESPAÇO DO IPOD
s consumidores brasileiros podem parar de ter inveja dos no rt e- am eri ca no s, europeus e asiáticos. A partir de setembro, o aparelho N91, da Nokia, um 3 em 1 com funções de celular, player e câmera fotográfica, também poderá fazer downloads de músicas diretamente de uma loja virtual, o portal brasileiro iMúsica. Será o primeiro serviço musical disponível em um celular no País. O iMúsica Mobile (versão compacta) vai integrar o sistema operacional Symbian (comum nos telefones da Nokia), dentro do qual o usuário poderá navegar, escolher suas faixas e baixá-las para o celular pagando por elas, é claro. O diretor-executivo do site i M ú s i c a ( w w w . i m u s ica.com.br) , Felippe Llerena, observa que o N91, à venda a partir de setembro, chega para brigar num mercado hoje ocupado pelos players e principalmente pelo iPod, embora o brasileiro não tenha acesso à loja iTunes da Apple por absoluta falta de interesse da empresa pelo Brasil. Além da capacidade de 4 GB, o N91 tem a vantagem de ser um multitarefa, o que permite ao usuário substituir o celular, a câmera e o player e carregar tudo em um único dispositivo. Com essa capacidade o celular pode armazenar até 3 mil canções, embora a memória também deva ser compartilhada para guardar as fotos (a câmera tem resolução de 2 Mpixel). O preço do N91 deve ficar acima de R$ 2 mil. As músicas baixadas terão no máximo 1 MB de tamanho no formato de compressão AAC+ e protegidas pela tecnologia de direito autoral DRM (Digital Rights Mana-
O N91, com 4 GB, é multitarefa: celular, câmera e player
Uma loja de música no celular Por Bárbara Oliveira gement) versão OMA 1.0, a mesma usada para ringtones e truetones (campainhas musicais dos celulares). O conteúdo da loja dentro do aparelho virá com cerca de 100 mil títulos de uma gravadora multinacional e várias independentes. "Estamos fazendo outros contratos com as grandes gravadoras em função dos novos formatos de compressão, pois o AAC+ é diferente (e menor) do WMA utilizado para download diretamente no PC", esclarece Llerena. Na internet, a loja tem disponíveis mais de 300 mil títulos e o iMúsica mantém con-
tratos com as principais gravadoras Sony-BMG, EMI, Universal Music, Warner, Som Livre e outras 300 independentes. Até o fim do ano o site pretende dispor de todo o catálogo também para o celular. Mas se o usuário não encontrar o que procura na versão compacta do iMúsica, o N91 pode receber arquivos diretamente do PC pelo cabo USB e em vários formatos. Os preços das canções variam de R$ 0,99 a R$ 2,99, dependendo do artista, e, para facilitar, o aparelho terá um ícone dedicado ao iMúsica Mobile. O usuário acessa a loja online via Wi-Fi
O N91, da Nokia, tem grande capacidade: pode armazenar até três mil canções
(recurso embutido no N91) se estiver numa área coberta pela rede de hot spots e sem precisar passar pela operadora. Mas, se preferir, pode se valer da rede GPRS/Edge, aí sim passando pela operadora da telefonia móvel. Ao entrar no portal, o consumidor faz um rápido cadastro e dá o número do cartão de crédito. A partir daí, navega pelo menu em busca das músicas, álbuns ou artistas preferidos e confirma a compra. Feito isto, é só fazer o download. Se utilizar a conexão via GPRS, vai ter o custo do tráfego da conexão, mas se usar o Wi-Fi não pagará mais nada. Apesar de os arquivos estarem protegidos por DRM, o que impede os usuários de passarem o arquivo adiante O aparelho N91 para outro celular – via Bluetoterá capacidade oth, por exemplo, – ele terá algumas vantagens ao comprar para baixar as da loja, lembra Felippe Llerena. Uma delas é o fato de poder músicas baixar gratuitamente para o diretamente do PC as músicas adquiridas no celular, com o mesmo login e portal sem senha. "O aparelho tem espaço passar pela limitado, então ele pode guardar o que comprou também no operadora ou HD ou num CD, só que com 4 pelo PC MB de tamanho e no formato WMA em cada faixa". Outra possibilidade é o usuário recuperar seus arquivos que foram apagados no Divulgação N91. "Queremos criar um novo hábito no consumidor de forma que ele perceb a q u e c o mprando músicas agrega valor ao dispositivo e ganha algumas vantagens", diz Llerena. iMusica: primeiro serviço para celulares no Brasil
terça-feira, 22 de agosto de 2006
Nacional Finanças Empresas Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
A VARIG TERÁ 124 POSIÇÕES DE VÔO
3 Governo argentino vai tentar convencer o Brasil a suspender barreiras brasileiras para a farinha de trigo do país vizinho
AGÊNCIA FARÁ LICITAÇÃO DE CONCESSÕES A PARTIR DE OUTUBRO. VARIGLOG APELA À JUSTIÇA.
ANAC VAI REDISTRIBUIR VÔOS DA VARIG
A
Internet: 13,4 milhões de usuários
O
número de internautas residenciais no Brasil ficou estável em julho, em 13,4 milhões de usuários. Julho foi o mês em que os sites de vídeos e f i l m e s re g i s t r a r a m o maior acréscimo de novos usuários, atingindo 4,2 milhões de internautas. Os dados foram divulgados ontem pela companhia de pesquisa Ibope/NetRatings. Na comparação com julho de 2005, o número de internautas residenciais ativos cresceu 17%. A pesquisa mostrou que o tempo de navegação também ficou inalterado no mês passado, em em 20 horas e 39 minutos. O resultado firmou o Brasil como o primeiro colocado em termos de horas navegadas, seguido do Japão. (Reuters) Sem salários, comissárias da Varig decidem posar nuas para a Playboy
AÇO FORTE A produção de aço bruto fechou julho em 2,7 milhões de toneladas, 9,4% mais do que em 2005.
INADIMPLÊNCIA Cai o número de consumidores da cidade de São Paulo com dívidas em atraso.
Ó RBITA Gustavo Magnusson/Divulgação
NOVA GASLOCAL JÁ TEM CONTRATOS
A
GasLocal, empresa constituída pela Petrobras e pela White Martins para transportar e vender o gás natural liquefeito (GNL) produzido na primeira planta de liquefação de gás natural do País, já firmou contratos de fornecimento com as concessionárias Gasmig (MG), Goiasgás (GO) e CEBgás (DF). De acordo com o presidente da White Martins, Domingos Bulus, o GNL deve custar entre 25% e 30% mais do que o gás boliviano entregue via gasodutos. A cerimônia de inauguração da planta de liquefação foi realizada ontem em Paulínia (SP) e contou com a presença do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. (AE) A TÉ LOGO
distribuição de vôos e slots (horários para pouso e decolagem) que deixaram de ser operados pela Varig será feita pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) por licitação, a partir de outubro. Para evitar esta redivisão, a VarigLog, nova dona da Varig, pediu hoje à 8ª Vara Empresarial do Rio que envie ofício à agência com a decisão de congelar a distribuição, sob o risco de penalidades, como multa pessoal. Hoje, a Infraero se reunirá com empresas concorrentes para distribuir espaços em aeroportos. O pedido da VarigLog deverá ser julgado ainda hoje pelo juiz Luiz Roberto Ayoub, que conduz o processo de recuperação da empresa aérea. A decisão sobre o congelamento já havia sido definida anteriormente e a informação é de que também já havia sido oficiada à Anac. Ontem , a Anac explicou que a redistribuição dos vôos e slots não poderia ser imediata, por causa da necessidade de fazer os editais para o repasse a empresas aéreas concorrentes. A diretoria da Anac vai se
reunir hoje em Brasília para analisar o assunto. A agência poderia recorrer à Justiça para tentar garantir a decisão de redistribuir os horários e slots, apesar da decisão de primeira instância da 8ª Vara Empresarial do Rio. Não há um prazo definido para a redistribuição, mas a expectativa é de que o trabalho seja desenvolvido ao longo de setembro e já a partir do início de agosto o processo de redivisão poderá começar. Dos 272 vôos que operava em maio, a Varig, agora sob novo dono, mantém apenas 124. Cerca de 148 vôos não estão sendo operados pela nova Varig nessa primeira etapa e 53 slots ficaram sem utilização, a maior parte deles em aeroportos de grande movimento, como Congonhas, em São Paulo. Balcões – Enquanto isso, o diretor de operações da Infraero, Rogério Barzellay, terá reunião com representantes das empresas aéreas para discutir a redistribuição de espaços físicos deixados ociosos pela Varig nos aeroportos, como balcões e outras áreas. A expectativa é de que a definição da nova divisão saia
ainda hoje, mas o novo aproveitamento das áreas levaria algum tempo, até a formalização da redivisão e a ocupação efetiva. Com a crise da Varig, balcões das empresas concorrentes ficaram sobrecarregados de passageiros. Até o início da noite de ontem, a VarigLog não havia dado entrada na carta-consulta ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com pedido de financiamento para a compra de jatos da Embraer. Equipes da empresa e do banco tem mantido contato freqüente e a indicação é que o pedido chegará ao banco ainda nesta semana. Mudança de comando – O presidente da Varig, Marcelo Bottini, que acumulava a função de gestor interino, deixou ontem a direção da empresa. Sua saída, bem como o afastamento de todo o conselho de administração da empresa, estava prevista no plano de recuperação. Com a venda da parte boa da Varig para a VarigLog, não havia mais sentido manter essa estrutura. A Varig antiga será comandada pelo gestor judicial Miguel Dau. (AE)
TV digital é alvo de ação judicial
O
Ministério Público Federal (MPF) em Minas Gerais ajuizou ontem, na 20ª Vara da Justiça Federal em Belo Horizonte, uma ação civil pública contra o decreto que instituiu o Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre. Na ação, o MPF pede a suspensão de todos os efeitos do regulamento ou, pelo menos, de seis artigos do texto e que, ao final, declare a nulida-
de absoluta do decreto. Os procuradores apontam pelo menos cinco violações a diferentes leis e à própria Constituição Federal. A primeira delas diz respeito à ausência de motivação do decreto. De acordo com o MP, "todo administrador público é obrigado a fundamentar seus atos e, no caso do decreto impugnado, não houve qualquer motivação para a escolha feita pelo
governo federal quanto ao padrão de transmissão adotado, o ISDB, também chamado de padrão japonês". A ação ainda argumenta que, hoje, os televisores produzidos no País estão capacitados exclusivamente para a recepção de sinais analógicos. A mudança para o sistema digital obrigará todos os usuários do serviço a adquirir um decodificador para "traduzir" os novos sinais. (AE)
Factoring
DC
Ana Carolina Fernandes/Folha Imagem
O que é Factoring?
A GasLocal foi inaugurada ontem na cidade de Paulínia (SP)
HP SURPREENDE ANALISTAS
A
queda de 51% no lucro trimestral da Dell, maior fabricante de computadores pessoais, é a indicação mais recente para o contraste entre a empresa e a concorrente HewlettPackard, que teve resultados acima das expectativas de Wall Street, dizem analistas.
A HP surpreendeu os investidores com resultados acima do esperado para o trimestre, além de elevar sua projeção de lucro por ação pelo quarto trimestre consecutivo. A empresa também divulgou uma operação de recompra de ações no valor de US$ 6 bilhões. (Reuters)
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
L
Chile anuncia tratado de livre comércio com a China
L
Pagamento ao Clube de Paris decreta o fim das dívidas da era soviética
L
Parecer da CVM faz ações da Telemar caírem 18,8%
É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 22 de agosto de 2006
LEGAIS - 7
NXQ6+.+ +68|G7 6o.K8Q KP+P-K+OGP8Q G +PXG78KOGP8Q # OR6G7+ .+ 6I+PK\+nlQ 6+.G7-Q 0 , #G.G K.+.G .G G97 6o.KQ 0QXs77KOQ Q +P.+6 8KN+ ;+6+ 7+7-Q # "GN+8x6KQ .+ .OKPK786+nlQ
GOQP786+nlQ .Q "G79N8+.Q .Q7 #GOG786G7 HKP.Q7 GO .G L9PJQ ± O "G+K7 OKN
#GPJQ6G7 -KQPK78+7
R6G7GP8+OQ7 + 8 #+7 +7 GOQP786+n|G7 KP+P-GK6+7 .+ NXQ6+.+ +68|G7 6o.K8Q KP+P-K+OGP8Q G +PXG78KOGP8Q # GN+,Q6+.+7 P+ HQ6O+ .+ .GIK7N+nlQ #Q-KG8D6K+ 6GHG6GP8G7 +Q 7GOG786G HKP.Q GO .G L9PJQ .G 0Q 7GOG786G + NXQ6+.+ +68|G7 6GIK786Q9 .9-6Q .s59K.Q .G " OKNJ|G7 -Q66G7RQP.GP8G + " RQ6 NQ8G .G OKN +n|G7 G +86KOzPKQ .s59K.Q .G " OKNJ|G7
7+7-Q # .G +IQ78Q .G K6G8Q6K+
+N+PnQ
+86KOQPK+N GO .G L9PJQ ± O "G+K7 OKN
$ +8
± ±
" .+<È8 . . 0 " < 7$" # "@ +$ # KXG67Q7
$ $ .
# # +8
+" 7. 0$ +# 0+ +.+ # .+ ?® # +0$ " +0 0 +" # .+!7+ < RNK-+n|G7 GO GRx7K8Q7 +P8G6HKP+P-GK6Q7 $Ë$7. # 8 . " # / +.+È"+ # +0#$"7/ 0$ # +0 0 +" # "+8 $+8 # +68GK6+ 6xR6K+ " . ?® # +0$ " 0 Ç0 + # $6+P7HG6qP-K+7 +P8G6P+7 .G "G-967Q7 7$" # "@ +$ # KXG67Q7
GOQP786+nlQ .+7 /98+n|G7 .Q
+" 7. 0$ 7$" # "+ ?® # K7-+K7 G 6GXK.GP-KD6K+7
:+ Ë8 . . 0 " < 7$" # "+ ?® # K7-+K7 G 6GXK.GP-KD6K+7 KXG67+7
$"+/Ð0+ .Ë!7+ +RK8+N G QOK-KNK+.Q7 PQ +s7 6GL9s\Q7 -9O9N+.Q7
" +$ # +0$ "/ + ? +0 0 +" RG6+n|G7 .G 6o.K8Q "G79N8+.Q .G RG6+n|G7 -QO $s89NQ7 G 8+NQ6G7 /Q,KNKD6KQ7
" #7.$ "7$ +0$ "/ + ? +0 0 +"
7$" # " +$ # # # # " + 0 +# G7RG7+7 .G G77Q+N 986+7 G7RG7+7 .OKPK786+8KX+7 G7RG7+7 $6K,98D6K+7 986+7 "G-GK8+7 RG6+-KQP+K7 986+7 G7RG7+7 RG6+-KQP+K7
" #7.$ " + 0 .
" #7.$ 0$ # $"+ 7$ ? # " .7 "
+/ #$ " 0 0$"+ 7+? # + .
.7 " .Ë!7+ " ,7Ë<
0}OG6Q .G +n|G7 .9-6Q 6GL9s\Q RQ6 NQ8G .G OKN +n|G7 GO "
GOQP786+nlQ .+7 6KIGP7 G RNK-+n|G7 .G "G-967Q7 .Q7 #GOG786G7 HKP.Q7 GO .G L9PJQ ± O "G+K7 OKN
$ $ .
+86KOzPKQ .s59K.Q ± O "G+K7 OKN +$ . " .+<
8 0$ #
" ,7Ë< # 7/7. #
7/ 0$ +$ .
+$ . # + .
$ $ +#
"+ / # " 7"# #
.7 " .Ë!7+
±
" 7"# # $ " +" # "+ +0È"+ # 9OGP8Q .Q7 #9,I69RQ7 .Q +77KXQ 986+7 ,6KI+n|G7 KOKP9KnlQ .Q7 #9,I69RQ7 .Q 8KXQ $s89NQ7 G 8+NQ6G7 /Q,KNKD6KQ7 G +P7869OGP8Q7 KP+P-GK6Q7 G6KX+8KXQ7 "GN+n|G7 +P8G6.GRGP.qP-K+7 986Q7 6o.K8Q7
±
.+ ? # " 7"# #
# . # /
±
" ,7Ë<
±
" ,7Ë<
±
±
7/ 0$ # #7 "7 # $+8 RNK-+n|G7 +P8G6HKP+P-GK6+7 .G .K59K.G\ $s89NQ7 G 8+NQ6G7 /Q,KNKD6KQ7 G +P7869OGP8Q7 KP+P-GK6Q7 G6KX+8KXQ7
±
±
7/ 0$ " 7? # +# 0+ +.+ #
/ + + ?® # 0 #+? +0 0 +"
±
# . # /
±
# . # /
±
.7 " .Ë!7+
±
±
# . # /
±
+Ps-KQ .Q G6sQ.Q KO .Q G6sQ.Q 9OGP8Q "G.9nlQ .+7 K7RQPK,KNK.+.G7
0Q8+7 ZRNK-+8KX+7 i7 GOQP786+n|G7 KP+P-GK6+7
0$ :$ " + 0 . NXQ6+.+ +68|G7 6o.K8Q KP+P-K+OGP8Q G +PXG78KOGP8Q # 8GO -QOQ Q,LG8KXQ +7 QRG6+n|G7 .G -QP-G77lQ .G -6o.K8Q7 G HKP+P-K+OGP8Q7 .G ,GP7 G 7G6XKnQ7 HKP+P-K+OGP8Q7 .G -+RK8+N .G IK6Q G +.OKPK786+nlQ .G 6G-967Q7 .G 8G6-GK6Q7 ,GO -QOQ + GOK77lQ G +.OKPK786+nlQ .G -+68|G7 .G -6o.K8Q R6xR6KQ7 G Q9 .G 8G6-GK6Q7 KP-N97KXG + -Q,6+Pn+ .G H+896+7 G Q HKP+P-K+OGP8Q +Q7 -NKGP8G7 NXQ6+.+ +68|G7 6o.K8Q KP+P-K+OGP8Q G +PXG78KOGP8Q # o R+68G KP8GI6+P8G .+ 6I+PK\+nlQ 6+.G7-Q 98KNK\+P.Q 7G .G 7G97 6G-967Q7 +.OKPK786+8KXQ7 G 8G-PQNxIK-Q7 G 79+7 .GOQP786+n|G7 HKP+P-GK6+7 .GXGO 7G6 GP8GP.K.+7 PG78G -QP8GZ8Q
" # 0$ ? # / 0#$" ?® # +0 0 +" # 7 .GOQP786+n|G7 HKP+P-GK6+7 HQ6+O GN+,Q6+.+7 + R+68K6 .+7 .K6G86K\G7 -QP8D,GK7 GO+P+.+7 .+ .GK .+7 #Q-KG.+.G7 RQ6 n|G7 R+6+ + -QP8+,KNK\+nlQ .+7 QRG6+n|G7 +77Q-K+.+7 i7 PQ6O+7 G KP7869n|G7 .Q QP7GNJQ /QPG8D6KQ 0+-KQP+N /0 G .Q +P-Q GP86+N .Q 6+7KN 0 59G KP-N9GO R6D8K-+7 G G78KO+8KX+7 -QP8D,GK7 PQ 59G 7G 6GHG6G i -QP78K89KnlQ .G R6QXK7|G7 7 6G79N8+.Q7 GHG8KXQ7 RQ.GO 7G6 .KHG6GP8G7 .+59GN+7 G78KO+8KX+7 G R6GOK77+7
"+0 + +# +" $"+< # 0$È +# + R96+nlQ .Q 6G79N8+.Q 7 6G-GK8+7 G .G7RG7+7 7lQ 6GIK786+.+7 .G +-Q6.Q -QO Q 6GIKOG .G -QORG8qP-K+ 7 QRG6+n|G7 -QO 8+Z+7 R6GHKZ+.+7 7lQ 6GIK786+.+7 RGNQ X+NQ6 .G 6G7I+8G G +7 6G-GK8+7 G .G7RG7+7 -Q66G7RQP.GP8G7 +Q RG6sQ.Q H9896Q +R6G7GP8+.+7 GO -QP8+ 6G.98Q6+ .Q7 6G7RG-8KXQ7 +8KXQ7 G R+77KXQ7 7 6G-GK8+7 G .G7RG7+7 .G P+896G\+ HKP+P-GK6+ 7lQ -QP8+,KNK\+.+7 RGNQ -6K8o6KQ ³pro-rata” .K+ G -+N-9N+.+7 -QO ,+7G PQ Oo8Q.Q GZRQPGP-K+N , RNK-+n|G7 KP8G6HKP+P-GK6+7 .G NK59K.G\ #lQ 6GIK786+.+7 +Q -978Q .G +59K7KnlQ +-6G7-K.+7 .Q7 6GP.KOGP8Q7 +9HG6K.Q7 +8o + .+8+ .Q ,+N+PnQ .G.9\K.+7 .G R6QXK7lQ R+6+ .G7X+NQ6K\+nlQ 59+P.Q +RNK-DXGN - $s89NQ7 G X+NQ6G7 OQ,KNKD6KQ7 $s89NQ7 R+6+ PGIQ-K+nlQ ± +.59K6K.Q7 -QO Q R6QRx7K8Q .G 7G6GO +8KX+ G H6G5 GP8GOGP8G PGIQ-K+.Q7 7lQ +L978+.Q7 RGNQ X+NQ6 .G OG6-+.Q GO -QP86+R+68K.+ +Q 6G79N8+.Q .Q RG6sQ.Q $s89NQ7 .K7RQPsXGK7 R+6+ XGP.+ ± 59G PlQ 7G GP59+.6GO -QOQ R+6+ PGIQ-K+nlQ PGO -QOQ O+P8K.Q7 +8o Q XGP-KOGP8Q 7lQ +L978+.Q7 RGNQ X+NQ6 .G OG6-+.Q GO -QP86+R+68K.+ i -QP8+ .G78+-+.+ .Q R+86KOzPKQ Ns59K.Q .G.9\K.Q .Q7 GHGK8Q7 86K,98D6KQ7 G $s89NQ7 O+P8K.Q7 +8o Q XGP-KOGP8Q ± +.59K6K.Q7 -QO + KP8GPnlQ G -+R+-K.+.G HKP+P-GK6+ R+6+ 79+ O+P98GPnlQ GO -+68GK6+ +8o Q XGP-KOGP8Q 7lQ +X+NK+.Q7 RGNQ7 -978Q7 .G +59K7KnlQ +-6G7-K.Q7 .Q7 6GP.KOGP8Q7 +9HG6K.Q7 GO -QP86+R+68K.+ +Q 6G79N8+.Q .Q RG6sQ.Q . +ORQ78Q .G 6GP.+ G -QP86K,9KnlQ 7Q-K+N R6QXK7lQ R+6+ KORQ78Q .G 6GP.+ o -QP78K89s.+ i +Ns59Q8+ ,+7G .G .Q N9-6Q 86K,98DXGN +-6G7-K.+ .Q +.K-KQP+N .G R6QXK7lQ R+6+ -QP86K,9KnlQ 7Q-K+N o -+N-9N+.+ 7Q,6G Q N9-6Q +P8G7 .Q KORQ78Q .G 6GP.+ -QP7K.G6+P.Q + +Ns59Q8+ .G Q6+O -QP78K89s.+7 R6QXK7|G7 R+6+ Q7 .GO+K7 KORQ78Q7 G -QP86K,9Kn|G7 7Q-K+K7 .G +-Q6.Q -QO +7 6G7RG-8KX+7 NGIK7N+n|G7 XKIGP8G7
G 8KXQ7 G +77KXQ7 QP8KPIGP8G7 G ,6KI+n|G7 .GI+K7 ± K7-+K7 G 6GXK.GP-KD6K+7 6G-QPJG-KOGP8Q + OGP796+nlQ G + .KX9NI+nlQ .+7 -QP8KPIqP-K+7 +8KX+7 G R+77KX+7 G Q,6KI+n|G7 NGI+K7 7lQ GHG89+.Q7 .G +-Q6.Q -QO Q7 -6K8o6KQ7 .GHKPK.Q7 P+ GNK,G6+nlQ 8/ 8KXQ7 QP8KPIGP8G7 0lQ 7lQ 6G-QPJG-K.Q7 -QP8+,KNOGP8G GZ-G8Q 59+P.Q + .OKPK786+nlQ RQ779K 8Q8+N -QP86QNG .+ 7K89+nlQ Q9 59+P.Q JD I+6+P8K+7 6G+K7 Q9 .G-K7|G7 L9.K-K+K7 H+XQ6DXGK7 7Q,6G +7 59+K7 PlQ -+,GO O+K7 6G-967Q7 -+6+-8G6K\+P.Q Q I+PJQ -QOQ R6+8K-+OGP8G -G68Q 7 +8KXQ7 -QP8KPIGP8G7 -QO R6Q,+,KNK.+.G .G qZK8Q R6QXDXGN 7lQ +RGP+7 .KX9NI+.Q7 P+7 .GOQP786+n|G7 HKP+P-GK6+7 +77KXQ7 QP8KPIGP8G7 #lQ -QP78K89s.Q7 NGX+P.Q GO -QP8+ + QRKPKlQ .Q7 +77G77Q6G7 L96s.K-Q7 + P+896G\+ .+7 +n|G7 7KOKN+6K.+.G -QO R6Q-G77Q7 +P8G6KQ6G7 -QORNGZK.+.G G PQ RQ7K-KQP+OGP8Q .G PQ77Q7 $6K,9P+K7 7GOR6G 59G + RG6.+ HQ6 +X+NK+.+ -QOQ R6QXDXGN Q 59G Q-+7KQP+6K+ 9O+ R6QXDXGN 7+s.+ .G 6G-967Q7 R+6+ + NK59K.+nlQ .+7 Q,6KI+n|G7 G 59+P.Q Q7 OQP8+P8G7 GPXQNXK.Q7 HQ6GO OGP796DXGK7 -QO 79HK-KGP8G 7GI96+Pn+ 7 R+77KXQ7 -QP8KPIGP8G7 -N+77KHK-+.Q7 -QOQ .G RG6.+7 RQ77sXGK7 PlQ 7lQ 6G-QPJG-K.Q7 -QP8+,KNOGP8G .GXGP.Q 7G6 +RGP+7 .KX9NI+.Q7 P+7 .GOQP786+n|G7 HKP+P-GK6+7 G Q7 -N+77KHK-+.Q7 -QOQ 6GOQ8Q7 PlQ 6G59G6GO R6QXK7lQ G .KX9NI+nlQ ,6KI+n|G7 .GI+K7 K7-+K7 G 6GXK.GP-KD6K+7 G-Q66GO .G R6Q-G77Q7 L9.K-K+K7 6GN+-KQP+.Q7 + Q,6KI+n|G7 86K,98D6K+7 -9LQ Q,LG8Q .G -QP8G78+nlQ o 79+ NGI+NK.+.G Q9 -QP78K89-KQP+NK.+.G 59G KP.GRGP.GP8G .+ +X+NK+nlQ +-G6-+ .+ R6Q,+,KNK.+.G .G 79-G77Q 8qO Q7 7G97 OQP8+P8G7 6G-QPJG-K.Q7 KP8GI6+NOGP8G P+7 .GOQP786+n|G7 HKP+P-GK6+7 H 986Q7 +8KXQ7 G R+77KXQ7 7 +8KXQ7 HQ6+O .GOQP786+.Q7 RGNQ7 X+NQ6G7 .G 6G+NK\+nlQ KP-N9KP.Q 59+P.Q +RNK-DXGN Q7 6GP.KOGP8Q7 G +7 X+6K+n|G7 OQPG8D6K+7 GO ,+7G “pro-rata” .K+ +9HG6K.Q7 G R6QXK7lQ R+6+ RG6.+ 59+P.Q L9NI+.+ PG-G77D6K+ 7 R+77KXQ7 .GOQP786+.Q7 KP-N9GO Q7 X+NQ6G7 -QPJG-K.Q7 G -+N-9NDXGK7 +-6G7-K.Q7 .Q7 GP-+6IQ7 G .+7 X+6K+n|G7 OQPG8D6K+7 GO ,+7G “pro-rata” .K+ KP-Q66K.Q7
.+ ?® # +0$ " +0 0 +" # .+!7+ < + 8GP-KOGP8Q7
# # # ## . "GHG6G 7G + R6Q-G77Q7 86+,+NJK78+7 PQ OQP8+P8G .G " OKN ± " OKN # # # /+0+#$" $+8 #
9,NK-+n|G7 #G6XKnQ7 8o-PK-Q7 G7RG-K+NK\+.Q7 #G6XKnQ7 .Q 7K78GO+ HKP+P-GK6Q ,6KI+n|G7 7Q-K+K7 ± -QP86K,9KnlQ 7KP.K-+N KXG67+7 $Q8+N
RNK-+n|G7 GO .GRx7K8Q7 KP8G6HKP+P-GK6Q7 $Q8+N
+ .K+7
7$" # " +$ # " + 0 +#
#GOG786G7 HKP.Q7 GO .G L9PJQ " OKN 89+NK\+nlQ .G .GRx7K8Q7 L9.K-K+K7 8+6K+nlQ OQPG8D6K+ 7Q,6G 86K,98Q7 $Q8+N
7$" # # # # " + 0 +#
#GOG786G7 HKP.Q7 GO .G L9PJQ " OKN 6QXK7lQ R+6+ R+77KXQ7 -QP8KPIGP8G7 -sXGK7 6QXK7lQ R+6+ R+77KXQ7 -QP8KPIGP8G7 6K7-Q7 HK7-+K7 KXG67+7 $Q8+N
, "G-GK8+7 .G +RNK-+n|G7 KP8G6HKP+P-GK6+7 .G NK59K.G\ N+77KHK-+.+7 P+ .GOQP786+nlQ .G 6G79N8+.Q -QOQ 6G79N8+.Q .G QRG6+n|G7 -QO 8s89NQ7 G X+NQ6G7 OQ,KNKD6KQ7 #GOG786G HKP.Q GO .G L9PJQ .G " OKN "GP.+7 .G +RNK-+n|G7 GO .GRx7K8Q7 KP8G6HKP+P-GK6Q7 $Q8+N
$" 0# ?® # / 0$" . " / " # # .+ # 7 86+P7+n|G7 -QO Q -QP86QN+.Q6 G GOR6G7+7 NKI+.+7 HQ6+O GHG89+.+7 GO -QP.Kn|G7 G 8+Z+7 -QOR+8sXGK7 -QO +7 Oo.K+7 R6+8K-+.+7 -QO Q 8G6-GK6Q7 XKIGP8G7 P+7 .+8+7 .+7 QRG6+n|G7
$Ë$7. # 8 . " # / +.+È"+ # +0#$"7/ 0$ # +0 0 +" # "+8 $+8 # + N+77KHK-+nlQ RQ6 -+8GIQ6K+7 G R6+\Q7 O .G L9PJQ " OKN $s89NQ7
+ .K+7
+ .K+7
+ .K+7
8+NQ6 .G OG6-+.Q -QP8D,KN
-KO+ .G .K+7
8+NQ6 .G -978Q +89+NK\+.Q
/+6-+nlQ + OG6-+.Q
8+NQ6 .G OG6-+.Q -QP8D,KN
8+NQ6 .G -978Q +89+NK\+.Q
+8 /QXKOGP8+nlQ .+7 6QXK7|G7 QP78K89s.+7
, "G79N8+.Q .G 8s89NQ7 G X+NQ6G7 OQ,KNKD6KQ7 N+77KHK-+.+7 P+ .GOQP786+nlQ .G 6G79N8+.Q -QOQ 6G79N8+.Q .G QRG6+n|G7 -QO 8s89NQ7 G X+NQ6G7 OQ,KNKD6KQ7 #GOG786G7 HKP.Q7 GO .G L9PJQ " OKN "GP.+7 .G +RNK-+n|G7 KP8G6HKP+P-GK6+7 .G NK59K.G\ $s89NQ7 G X+NQ6G7 OQ,KNKD6KQ7 ± $Q8+N - NXQ6+.+ +68|G7 6o.K8Q KP+P-K+OGP8Q G +PXG78KOGP8Q # PlQ RQ779s+ RQ7KnlQ .G KP7869OGP8Q7 HKP+P-GK6Q7 .G6KX+8KXQ7 GO .G L9PJQ .G G .G
7$" # "@ +$ # ± +8 "# # O .G L9PJQ " OKN ±
6o.K8Q7 86K,98D6KQ7 G KORQ78Q7 G -QP86K,9Kn|G7 0Q8+ - GRx7K8Q7 GO I+6+P8K+ .G 6G-967Q7 HK7-+K7 GRx7K8Q7 GO I+6+P8K+ .G 6G-967Q7 86+,+NJK78+7 GRx7K8Q7 GO I+6+P8K+ ± Q986Q7 +ORQ78Q7 G -QP86K,9Kn|G7 + -QORGP7+6 $Q8+N
-
6Q-G77Q7 86+,+NJK78+7 #lQ +n|G7 +L9K\+.+7 RQ6 GZ GOR6GI+.Q7 XK7+P.Q + Q,8G6 KP.GPK\+n|G7 GO G7RG-K+N Q R+I+OGP8Q .G ³JQ6+7 GZ86+7´
++
6Q-G77Q7 -sXGK7 #lQ RNGK8Q7 .G KP.GPK\+nlQ RQ6 .+PQ OQ6+N G R+86KOQPK+N 77+7 +n|G7 7lQ -QP86QN+.+7 KP.KXK.9+NOGP8G G R6QXK7KQP+.+7 R+6+ R6Q-G77Q7 G7RG-sHK-Q7 -QO ,+7G P+ QRKPKlQ .G +77G77Q6G7 L96s.K-Q7 NGX+P.Q GO -QP7K.G6+nlQ + P+896G\+ .+7 +n|G7 7KOKN+6K.+.G -QO R6Q-G77Q7 +P8G6KQ6G7 -QORNGZK.+.G G PQ RQ7K-KQP+OGP8Q .G PQ77Q7 $6K,9P+K7
+++ ,6KI+n|G7 .GI+K7 ± K7-+K7 G 6GXK.GP-KD6K+7 GOR6G7+ XGO .K7-98KP.Q L9.K-K+NOGP8G + NGI+NK.+.G G -QP78K89-KQP+NK.+.G .G +NI9P7 86K,98Q7 G -QP86K,9Kn|G7 Q7 59+K7 G78lQ 8Q8+NOGP8G R6QXK7KQP+.Q7 PlQ Q,78+P8G +7 ,Q+7 -J+P-G7 .G qZK8Q + Oo.KQ G NQPIQ R6+\Q .G +-Q6.Q -QO + QRKPKlQ .Q7 +77G77Q6G7 L96s.K-Q7
7$" # "+ ?® # + K7-+K7 G R6GXK.GP-KD6K+7
6QXK7lQ R+6+ 6K7-Q7 HK7-+K7 6QXK7lQ R+6+ KORQ78Q7 G -QP86K,9Kn|G7 7Q,6G N9-6Q7 6QXK7lQ R+6+ KORQ78Q7 G -QP86K,9Kn|G7 .KHG6K.Q7 +ORQ78Q7 G -QP86K,9Kn|G7 + 6G-QNJG6 $Q8+N
+ORQ78Q7 .KHG6K.Q7 QP78K89KnlQ 6G+NK\+nlQ PQ 7GOG786G 7Q,6G +.Kn|G7 8GORQ6D6K+7 +7G PGI+8KX+ .G -QP86K,9KnlQ 7Q-K+N 6GL9s\Q HK7-+N #9,8Q8+N +ORQ78Q7 -Q66GP8G7 +ORQ78Q .G 6GP.+ G -QP86K,9KnlQ 7Q-K+N .GXK.Q7 +ORQ78Q .G 6GP.+ G -QP86K,9KnlQ 7Q-K+N .Q 7GOG786G
#+N.Q GO QP78K89KnlQ 6QXK7lQ R+6+ -QP8KPIqP-K+7 -sXGK7 6QXK7lQ R+6+ -QP8KPIqP-K+7 HK7-+K7 6QXK7lQ R+6+ -QP8KPIqP-K+7 86+,+NJK78+7 $Q8+N .Q7 -6o.K8Q7 86K,98D6KQ7 7Q,6G .KHG 6GPn+7 8GORQ6D6K+7 6GL9s\Q HK7-+N G ,+7G PGI+8KX+ .G -QP86K,9KnlQ 7Q-K+N ± $Q8+N .Q7 -6o.K8Q7 86K,98D6KQ7 0Q8+
O .G L9PJQ " OKN
O .G L9PJQ " OKN
± ± ± ±
"G+NK\+nlQ ± ±
" OKN #+N.Q GO
6GXK7lQ .G 6G+NK\+nlQ .Q7 -6o.K8Q7 86K,98D6KQ7 7Q,6G .KHG6GPn+7 8GORQ6D6K+7 R6GL9s\Q HK7-+N G ,+7G PGI+8KX+ .G -QP86K,9KnlQ 7Q-K+N O .G L9PJQ " OKN 6GL9s\Q HK7-+N KHG6GPn+7 8GORQ6D6K+7 G ,+7G PGI+8KX+ +ORQ78Q .G QP86K,9KnlQ +ORQ78Q .G QP86K,9KnlQ 6GP.+ 7Q-K+N 6GP.+ 7Q-K+N $Q8+N
7 R6QXK7|G7 R+6+ -QP8KPIqP-K+7 HQ6+O -QP78K89s.+7 NGX+P.Q GO -QP7K.G6+nlQ + P+896G\+ .+7 +n|G7 7KOKN+6K.+.G -QO R6Q-G77Q7 +P8G6KQ6G7 -QORNGZK.+.G G PQ RQ7K-KQP+OGP8Q .G PQ77Q7 $6K,9P+K7 7GOR6G 59G + RG6.+ HQ6 +X+NK+.+ -QOQ R6QXDXGN .OKPK786+nlQ .+ 6I+PK\+nlQ GP8GP.G 59G + R6QXK7lQ -QP78K89s.+ o 79HK-KGP8G R+6+ +8GP.G6 GXGP89+K7 RG6.+7 .G-Q66GP8G7 .Q7 6G7RG-8KXQ7 R6Q-G77Q7 L9.K-K+K7
K6G8Q6K+
±
- 6KIGO .Q7 -6o.K8Q7 86K,98D6KQ7 .G KORQ78Q .G 6GP.+ G -QP86K,9KnlQ 7Q-K+N .KHG6K.Q7
O .G L9PJQ " OKN
$"+/Ð0+ .Ë!7+ + +RK8+N 7Q-K+N -+RK8+N 7Q-K+N 8Q8+NOGP8G 79,7-6K8Q G KP8GI6+NK\+.Q o 6GR6G7GP8+.Q RQ6 +n|G7 Q6.KPD6K+7 PQOKP+8KX+7 G7-6K896+K7 7GO X+NQ6 PQOKP+N , ,96Q7 7Q,6G Q -+RK8+N R6xR6KQ G Q9 .KXK.GP.Q7 QPHQ6OG .K7RQ7KnlQ G78+898D6K+ +Q7 +-KQPK78+7 G78lQ +77GI96+.Q7 L96Q7 7Q,6G Q -+RK8+N R6xR6KQ G Q9 .KXK.GP.Q7 59G 7QO+.Q7 -Q66G7RQP.+O PQ OsPKOQ + .Q N9-6Q Ns59K.Q .Q GZG6-s-KQ +L978+.Q PQ7 8G6OQ7 .+ NGK 7Q-KG8D6K+
±
, QORQ7KnlQ .+ -QP8+ .G 6G79N8+.Q .G KORQ78Q .G 6GP.+ G -QP86K,9KnlQ 7Q-K+N
.
+/ #$ " 0 0$"+ 7+? # + . + GOQP786+nlQ .Q -DN-9NQ .Q7 GP-+6IQ7 -QO KORQ78Q .G 6GP.+ G -QP86K,9KnlQ 7Q-K+N O .G L9PJQ " OKN "G79N8+.Q +P8G7 .Q KORQ78Q .G 6GP.+ G -QP86K,9KnlQ 7Q-K+N P-+6IQ 8Q8+N .Q KORQ78Q .G 6GP.+ G -QP86K,9KnlQ 7Q-K+N i7 +Ns59Q8+7 .G G 6G7RG-8KX+OGP8G HGK8Q .+7 +.Kn|G7 G GZ-N97|G7 PQ -DN-9NQ .Q7 86K,98Q7 G7RG7+7 KP.G.98sXGK7 Ns59K.+7 .G 6G-GK8+7 PlQ 86K,98DXGK7 986Q7 X+NQ6G7 +ORQ78Q .G 6GP.+ G -QP86K,9KnlQ 7Q-K+N .Q 7GOG786G
, KXG67+7
6QXK7lQ R+6+ -QP8KPIqP-K+7 -sXGK7 6QXK7lQ R+6+ -QP8KPIqP-K+7 86+,+NJK78+7 $Q8+N
O .G L9PJQ .G " OKN 8KXQ7 "G-GK8+7 R+77KXQ7 .G7RG7+7
+ RNK-+n|G7 KP8G6HKP+P-GK6+7 .G NK59K.G\ ± .GRx7K8Q7 KP8G6HKP+P-GK6Q7 .G NKI+.+7 -QO 8+Z+7 G59KX+NGP8G7 i7 .Q + ± -G68KHK-+.Q .G .GRx7K8Q KP8G6HKP+P-GK6Q O .G L9PJQ .G + NXQ6+.+ +68|G7 6o.K8Q KP+P-K+OGP8Q G +PXG78KOGP8Q # PlQ RQ779s+ 7+N.Q7 .G 86+P7+n|G7 -QO Q -QP86QN+.Q6 G GOR6G7+7 NKI+.+7
+77KXQ7 QP8KPIGP8G7 -N+77KHK-+.Q7 -QOQ RG6.+7 RQ77sXGK7 GOR6G7+ O+P8oO 9O 7K78GO+ .G +-QOR+PJ+OGP8Q R+6+ 8Q.Q7 Q7 R6Q-G77Q7 +.OKPK786+8KXQ7 G L9.K-K+K7 GO 59G + KP78K89KnlQ HKI96+ -QOQ ³+98Q6+´ Q9 ³6o´ G +OR+6+.+ P+ QRKPKlQ .Q7 +77G77Q6G7 L96s.K-Q7 -N+77KHK-+ +7 +n|G7 .G +-Q6.Q -QO + GZRG-8+8KX+ .G KP79-G77Q 0G78G -QP8GZ8Q Q7 R6Q-G77Q7 -QP8KPIGP8G7 +X+NK+.Q7 -QOQ .G 6K7-Q .G RG6.+ RQ77sXGN PlQ 7lQ 6G-QPJG-K.Q7 -QP8+,KNOGP8G
$+8 # ##+8 # 0$+0 0$ # "+ ?® # . +# ± +# +# " 8+ 0 +È"+ # + 8KXQ7 QP8KPIGP8G7 0Q Q 7GOG786G .G PlQ HQ6+O 6G-QPJG-K.Q7 -QP8+,KNOGP8G +8KXQ7 -QP8KPIGP8G7 , +77KXQ7 QP8KPIGP8G7 -N+77KHK-+.Q7 -QOQ RG6.+7 R6QXDXGK7 G ,6KI+n|G7 .GI+K7 ± K7-+K7 G 6GXK.GP-KD6K+7 GOR6G7+ o R+68G GO R6Q-G77Q7 L9.K-K+K7 .G P+896G\+ 86+,+NJK78+ -sXGN G HK7-+N .G-Q66GP8G7 .Q -967Q PQ6O+N .G 79+7 +8KXK.+.G7 7 R6QXK7|G7 HQ6+O -QP78K89s.+7 NGX+P.Q GO -QP8+ + QRKPKlQ .Q7 +77G77Q6G7 L96s.K-Q7 + P+896G\+ .+7 +n|G7 7KOKN+6K.+.G -QO R6Q-G77Q7 +P8G6KQ6G7 -QORNGZK.+.G G PQ RQ7K-KQP+OGP8Q .G PQ77Q7 $6K,9P+K7 7GOR6G 59G + RG6.+ HQ6 +X+NK+.+ -QOQ R6QXDXGN .OKPK786+nlQ .+ GOR6G7+ GP8GP.G 59G + R6QXK7lQ -QP78K89s.+ o 79HK-KGP8G R+6+ +8GP.G6 RG6.+7 .G-Q66GP8G7 .Q7 6G7RG-8KXQ7 R6Q-G77Q7 R+77KXQ 6GN+-KQP+.Q i Q,6KI+nlQ NGI+N GO .K7-977lQ L9.K-K+N o O+P8K.Q +8o Q I+PJQ .GHKPK8KXQ .+ +nlQ 6GR6G7GP8+.Q RQ6 .G-K7|G7 L9.K-K+K7 H+XQ6DXGK7 7Q,6G +7 59+K7 PlQ -+,GO O+K7 6G-967Q7 Q9 + 79+ R6G7-6KnlQ +
O .G L9PJQ " OKN K7-+K7 G 6GXK.GP-KD6K+7 sXGN ±
$6+,+NJK78+ 0Q KPs-KQ .Q 7GOG786G 89+NK\+nlQ OQPG8D6K+ QP78K89Kn|G7 ± #+N.Q GO #+N.Q GO QOR6GGP.G 79,78+P-K+NOGP8G Q,6KI+n|G7 NGI+K7
K7RQPK,KNK.+.G7 +P-Q 6+.G7-Q # RNK-+n|G7 GO .GRx7K8Q7 KP8G6HKP+P-GK6Q7 + +P-Q 6+.G7-Q # #G6XKnQ7 R6G78+.Q7 6+.G7-Q # $8/
/+6-+nlQ + OG6-+.Q
$s89NQ7 R+6+ PGIQ-K+nlQ .G86+7 HKP+P-GK6+7 .Q 8G7Q96Q ± ± ± G68KHK-+.Q7 .G .GRx7K8Q ,+P-D6KQ ± ± ± 0Q8+7 .Q 8G7Q96Q P+-KQP+N ± ± ± ± ± ± ± .G86+7 .Q 8G7Q96Q P+-KQP+N ± ± ± G,qP896G7 ± ± ± ± ± ± ± ± 0Q8+7 R6QOK77x6K+7 ± ± ± ± ± ± ± ± $Q8+N GO $Q8+N GO 7 +RNK-+n|G7 GO -Q8+7 .G H9P.Q7 .G KPXG78KOGP8Q HQ6+O .K786K,9s.+7 .G +-Q6.Q -QO Q7 R+RoK7 59G -QOR|GO 79+7 -+68GK6+7 R6G7G6X+P.Q + -N+77KHK-+nlQ .+ -+8GIQ6K+ .Q7 H9P.Q7 0+ .K786K,9KnlQ .Q7 R6+\Q7 HQ6+O -QP7K.G6+.Q7 Q7 XGP-KOGP8Q7 .Q7 R+RoK7 KP.GRGP.GP8GOGP8G .G 79+ -N+77KHK-+nlQ -QP8D,KN G X+NQ6 .G OG6-+.Q .Q7 8s89NQ7 G X+NQ6G7 OQ,KNKD6KQ7 o +R96+.Q .G +-Q6.Q -QO + -Q8+nlQ .G R6GnQ .G OG6-+.Q P+ .+8+ .Q ,+N+PnQ #G PlQ JQ9XG6 -Q8+nlQ .G R6GnQ7 .G OG6-+.Q .K7RQPsXGN Q7 X+NQ6G7 7lQ G78KO+.Q7 -QO ,+7G GO -Q8+n|G7 .G .K786K,9K.Q6G7 OQ.GNQ7 .G .GHKPKn|G7 .G R6GnQ7 OQ.GNQ7 .G -Q8+n|G7 Q9 -Q8+n|G7 .G R6GnQ7 R+6+ KP7869OGP8Q7 -QO -+6+-8G6s78K-+7 7GOGNJ+P8G7 0Q -+7Q .+7 +RNK-+n|G7 GO H9P.Q7 .G KPXG78KOGP8Q Q -978Q +89+NK\+.Q 6GHNG8G Q X+NQ6 .+7 6G7RG-8KX+7 -Q8+7 59G LD G78lQ + X+NQ6 .G OG6-+.Q
#GOG786G7 HKP.Q7 GO .G L9PJQ " OKN QP86K,9KnlQ +Q +0# QP86K,9KnlQ +Q +# # G7RG7+7 -QO / G7RG7+7 -QO KORQ78Q7 G 8+Z+7 ± $Q8+N
$Q8+N
# # # $"+ 7$È"+ #
O .G L9PJQ .G " OKN + .K+7
#GOG786G7 HKP.Q7 GO .G L9PJQ " OKN
G
± ± #GOG786G ± ± $Q8+N GO R6QLGnlQ .G 6G+NK\+nlQ .G -6o.K8Q 86K,98D6KQ 86+8+ 7G .G G78KO+8KX+ G PlQ o .K6G8+OGP8G 6GN+-KQP+.+ i GZRG-8+8KX+ .G N9-6Q7 -QP8D,GK7 X+NQ6 R6G7GP8G .Q7 -6o.K8Q7 86K,98D6KQ7 -+N-9N+.Q7 -QP7K.G6+P.Q + 8+Z+ Oo.K+ .G -+R8+nlQ R6+8K-+.+ RGN+ 6I+PK\+nlQ 6+.G7-Q Ns59K.+ .Q7 GHGK8Q7 86K,98D6KQ7 OQP8+ " OKN 7GP.Q " OKN .G .KHG6GPn+7 8GORQ6D6K+7 G " OKN .G R6GL9s\Q HK7-+N G ,+7G PGI+8KX+ .G -QP86K,9KnlQ 7Q-K+N
+6G-G6 .Q7 9.K8Q6G7 +P.GRGP.GP8G7 Q7 -KQPK78+7 G K6G8Q6G7 .+ NXQ6+.+ +68|G7 6o.K8Q KP+P-K+OGP8Q G +PXG78KOGP8Q #
K6G8Q6 6G7K.GP8G /D6-KQ 6896 .+96GNNK [R6K+PQ
K6G8Q6G7 ,9NKQ .G #K59GK6+ +6X+NJQ .G 6+9LQ
.+o6-KQ N,KPQ G\+6 6P+N.Q NXG7 8KGK6+ .9K\ +6NQ7 $6+,9-Q +RRK
/KN8QP NOK-+6 #KNX+ 8+6I+7 ,Q7o .9K\ -+6 G.6Q
#o6IKQ #Q-J+
0Q6,G68Q KP8Q +6,G.Q
/+6-Q7 R+6G-K.Q +NGP.G QP8+.Q6 " #
Z+OKP+OQ7 Q ,+N+PnQ R+86KOQPK+N .+ NXQ6+.+ +68|G7 6o.K8Q KP+P-K+OGP8Q G +PXG78KOGP8Q # GO .G L9PJQ .G G +7 -Q66G7RQP.GP8G7 .GOQP786+n|G7 .Q 6G79N8+.Q .+7 O98+n|G7 .Q R+86KOzPKQ Ns59K.Q G .+7 Q6KIGP7 G +RNK-+n|G7 .G 6G-967Q7 .Q 7GOG786G HKP.Q PG77+ .+8+ GN+,Q6+.Q7 7Q, + 6G7RQP7+,KNK.+.G .+ +.OKPK786+nlQ .+ OR6G7+ 0Q77+ 6G7RQP7+,KNK.+.G o + .G GOK8K6 R+6G-G6 7Q,6G G77+7 .GOQP786+n|G7 HKP+P-GK6+7 0Q77Q GZ+OG HQK -QP.9\K.Q .G +-Q6.Q -QO +7 PQ6O+7 .G +9.K8Q6K+ +RNK-DXGK7 PQ 6+7KN +7 59+K7 6G59G6GO 59G Q7 GZ+OG7 7GL+O 6G+NK\+.Q7 -QO Q Q,LG8KXQ .G -QOR6QX+6 + +.G59+.+ +R6G7GP8+nlQ .+7 .GOQP786+n|G7 HKP+P-GK6+7 GO 8Q.Q7 Q7 7G97 +7RG-8Q7 6GNGX+P8G7 Q68+P8Q PQ77Q GZ+OG -QOR6GGP.G9 GP86G Q986Q7 R6Q-G.KOGP8Q7 + Q RN+PGL+OGP8Q .Q7 86+,+NJQ7 -QP7K.G6+P.Q + 6GNGXjP-K+ .Q7 7+N.Q7 Q XQN9OG .G 86+P7+n|G7 G Q7 7K78GO+7 -QP8D,KN G .G -QP86QNG7 KP8G6PQ7 .+ OR6G7+ , + -QP78+8+nlQ -QO ,+7G GO 8G78G7 .+7 GXK.qP-K+7 G .Q7 6GIK786Q7 59G 79RQ68+O Q7 X+NQ6G7 G +7 KPHQ6O+n|G7 -QP8D,GK7 .KX9NI+.Q7 G - + +X+NK+nlQ .+7 R6D8K-+7 G G78KO+8KX+7 -QP8D,GK7 O+K7 6GR6G7GP8+8KX+7 +.Q8+.+7 RGN+ +.OKPK786+nlQ .+ OR6G7+ ,GO -QOQ .+ +R6G7GP8+nlQ .+7 .GOQP786+n|G7 HKP+P-GK6+7 8QO+.+7 GO -QPL9P8Q
Quer falar com 26.000 empresários de uma só vez?
#QOQ7 .G R+6G-G6 59G +7 6GHG6K.+7 .GOQP786+n|G7 HKP+P-GK6+7 +R6G7GP8+O +.G59+.+OGP8G GO 8Q.Q7 Q7 +7RG-8Q7 6GNGX+P8G7 + RQ7KnlQ R+86KOQPK+N G HKP+P-GK6+ .+ NXQ6+.+ +68|G7 6o.K8Q KP+P-K+OGP8Q G +PXG78KOGP8Q # GO .G L9PJQ .G G Q 6G79N8+.Q .+7 QRG6+n|G7 +7 O98+n|G7 .Q R+86KOzPKQ Ns59K.Q G +7 Q6KIGP7 G +RNK-+n|G7 .G 6G-967Q7 .+ OR6G7+ .Q 7GOG786G HKP.Q PG77+ .+8+ .G +-Q6.Q -QO +7 R6D8K-+7 -QP8D,GK7 +.Q8+.+7 PQ 6+7KN GZ+OG .+7 .GOQP786+n|G7 HKP+P-GK6+7 .Q 7GOG786G HKP.Q GO .G L9PJQ .G +R6G7GP8+.+7 R+6+ HKP7 .G -QOR+6+nlQ HQK -QP.9\K.Q 7Q, + 6G7RQP7+,KNK.+.G .G Q986Q7 +9.K8Q6G7 KP.GRGP.GP8G7 59G GOK8K6+O R+6G-G6 -QO .+8+ .G .G +IQ78Q .G 7GO 6G77+NX+7 #lQ +9NQ .G +IQ78Q .G
6K-GY+8G6JQ97G QQRG67 9.K8Q6G7 +P.GRGP.GP8G7 " #
9+7JKPI8QP .9K\ G6GK6+ +X+N-+P8K QP8+.Q6 " #
Publicidade Comercial
3244-3344 Publicidade Legal
3244-3643
4
Privacidade Música digital Sistemas TV digital
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 22 de agosto de 2006
Com o Leopard, a Apple pretende aumentar a sua liderança no campo da inovação de softwares
MICROSOFT E APPLE PROMETEM MAIS SOFISTICAÇÃO
LEOPARD ou VISTA ?
ecentemente, durante o Worldwide Developers Conference 2006, em São Francisco (EUA), Steve Jobs, o principal executivo da Apple, deu uma prévia do que será o novo sistema Leopard, mas admitiu que alguns recursos serão revelados mais para frente. Ao contrário da Microsoft, que oferece versões de testes (Beta) para milhares de usuários, com o objetivo de corrigir falhas (bugs), a Apple costuma manter segredo de seus produtos. "Não queremos que as fotocopiadoras de Redmond ligadas tão cedo", brincou Jobs, alfinetando o rival. O executivo prometeu o Leopard para a primavera (outono no Brasil) de 2007 e afirmou que com ele a Apple irá aumentar sua liderança em inovação de software, com funções diferenciadas, incluindo o Time Machine, um meio de fazer backups e recuperar dados automaticamente, e Spaces, maneira inteiramente nova de mudar entre grupos de aplicações exigidas para várias tarefas. O Leopard também inclui avanços com as ferramentas Mail e iChat, incluindo o Stationary, Notes e To-Dos no Mail e efeitos do Photo Booth, com possibilidade de se colocar em qualquer foto ou vídeo como fundo do chat ou apresentações do iPhoto, Keynote e vídeos no iChat. "Funções inovadoras assim são bons exemplos de como o Mac OS X lidera a indústria na inovação de sistemas", disse Steve Jobs, CEO da Apple. "Enquanto a Microsoft tenta copiar a antiga versão do OS X, Captura de tela
A Apple divulgou como será o novo sistema operacional Mac OS Leopard, que chega no início do próximo ano
Uma prévia da nova Mac OS estamos saindo na frente novamente com Leopard". Pensando no futuro, o Mac OS Leopard vai oferecer suporte total e nativo a aplicações de 64 bits, ao mesmo tempo em que mantém compatibilidade com aplicativos para Mac OS X e drivers existentes em 32 bits. Isso significa que o sistema será capaz de rodar aplicações de 32 e 64 bits simultaneamente, sem qualquer tipo de emulação ou tradução. Softwares para a plataforma 64 bits ainda são poucos, mas devem crescer. Entre os recursos, o Time Machine (máquina do tempo) salva todos os arquivos em um disco rígido externo ou no Mac OS Server. Caso um arquivo seja apagado, usuários podem buscar no passado, por data, usando uma janela intuitiva para encontrar e recuperar o arquivo. Com apenas um clique, o Time Machine recupera qualquer coisa, de um simples arquivo ou foto, ou até mesmo tudo que havia no seu Mac. O Spaces é um recurso focado em produtividade, que agrupa determinados aplicativos de acordo com a tarefa que está sendo executada dentro de um "espaço", e depois ins-
tantaneamente mudar entre os diferentes "espaços" para trazer os aplicativos exigidos para aquela dada tarefa. Usuários podem ver de uma vez todos os seus Spaces e escolher para qual deles querem ir com apenas uma combinação de teclas ou clique do mouse. Com o iChat do Leopard, a Apple leva a comunicação com amigos, família e colegas a um novo patamar. O iChat agora faz chats de vídeo de maneira mais divertida, com a possibilidade de usar efeitos do Photo Booth e colocar imagens e vídeos no fundo. O iChat Screen Sharing pode ser usado como uma ferramenta de produtividade para grupos de trabalho, pois permite compartilhar o desktop com outras pessoas para trabalharem juntos em tempo real, como na edição de um livro do iPhoto ou ajudar um amigo a decifrar algo no Mac. Com o iChat Theater, os usuários podem compartilhar um slideshow do iPhoto, um filme do QuickTime ou uma apresentação do Keynote em uma janela iChat. Já o Mail do Leopard inclui novas funções, como o Mail Stationary, que inclui mais de 30 modelos personalizáveis para criar mensagens divertidas, enriquecidas com fotos e gráficos. Os modelos incluem coleções de fotos, convites, cartões de aniversário. Com o Mail Notes, os usuários podem rapidamente colocar idéias e pensamentos, adicionar gráficos e usar o familiar aplicativo Mail para gerenciálos como uma mensagem. Além disso, os To Dos podem ser criados a partir de qualquer mensagem ou nota e visto no iCal ou enviado a amigos. Os feeds de RSS agora aparecem no Mail, permitindo aos usuários receber notícias em suas caixas postais, além de usar as Caixas de Correio Inteligentes para organizar notícias. Carlos Ossamu
uem lembra da chegada do Windows XP sabe que não é fácil a transição de uma versão de sistema operacional para outro. Na época, muitos tiveram de comprar máquinas novas, pois o programa exigia chips mais poderosos e pelo menos 128 MB de memória, contra 32 MB do Windows 98. A mesma história vai se repetir quando o Windows Vista chegar – a previsão é o início de 2007. O usuário precisará de máquinas mais poderosas, com mínimo de 512 MB de memória RAM e placa gráfica de 64 MB. A Microsoft colocou uma página em seu site para apresentar o novo produto: h t t p : / / w w w. m i c r o s o f t . com/brasil/windowsvista. O p r i m e i ro i m p a c t o d o usuário será com a interface gráfica, toda mudada. Alguns detalhes parecem inspirados no MacOS, como o tema Aero para a área de trabalho, com janelas e quadros transparentes. Os ícones estão mais detalhados e podem ser dimensionados. O usuário pode visualizar os documentos armazenados nas pastas por meio de imagens miniaturizadas (thumbnails). Elementos importantes dos Explorers no Windows Vista foram criados para ajudar a obter as informações que o usuário precisa. O recurso de Pesquisa Rápida está sempre disponível. O painel de navegação contém o novo recurso Pastas de Pesquisa, bem como as pastas tradicionais criadas pelo usuário no computador. As de pesquisas permitem que documentos sejam organizados por tags – informações reunidas pelo sistema de arquivos – independentemente de sua localização ou tipo (texto, planilha, fotos, música). Ao salvar o documento, o usuário registra essas informações. Ao abrir pasta de pesquisa chamada Férias, surgirão todos os do-
Um Windows mais sofisticado cumentos que o usuário relacionou a essa palavra. Na parte de segurança, o Windows Vista apresenta um conjunto de recursos de controle de restrição para menores. Esses recursos ajudam a proteger as crianças, permitindo que os pais monitorem, gerenciem e administrem o modo como seus filhos usam o computador. O programa torna mais fácil restringir o acesso a jogos, por exemplo. Os pais podem permitir ou proibir determinados títulos de jogos, limitar o acesso a jogos com classificação etária ou nível específico, ou bloquear aqueles com tipos de conteúdo que não devam ser vistos ou ouvidos pe-
saindo do computador (o firewall do XP verifica apenas os que entram). Por padrão, a verificação dos dados que saem estará ativa apenas nas versões corporativas. Se estiver ligada nas versões domésticas, toda aplicação que precisar acessar a web, como a verificação de novos e-mails, o usuário precisará de privilégios de administrador para oferecer a permissão. Dessa forma, será melhor adquirir um firewall de mercado. Triagem de e-mails – Haverá ainda filtro anti-spam, que realizará uma triagem automática dos e-mails, com o objetivo de identificar e separar o lixo eletrônico. Ao contrário de outros filtros, que exigem que você os "treine" para identificar o lixo, o E-mail do Windows identificará automaticamente esse tipo de mensagem em sua primeira utilização. Será possível ajustar a sensibilidade do filtro para bloquear mais ou menos e-mails. Um filtro de phishing também virá no programa. Phishing é um tipo de fraude criada para roubar identidade
Captura de tela
Novo sistema operacional terá uma interface mais sofisticada e melhores recursos para localização de arquivos
los filhos. O Windows Vista fornece relatório detalhado, que mostra exatamente o que as crianças costumam fazer no computador, incluindo os games jogados, os sites visitados e os aplicativos usados. A Microsoft anunciou uma nova versão do firewall que virá com o Windows Vista: pode monitorar o tráfego de dados
e dados pessoais valiosos (números de cartão de crédito e senhas, por exemplo). E-mails de phishing alegam ser de instituições financeiras ou serviços online confiáveis.O e-mail do Windows possui filtro de phishing que analisa as mensagens para detectar links fraudulentos e proteger o usuário. (CO)
SINALIZAÇÃO DIGITAL Preços em queda e tecnologia avançada tornam esse recurso atraente para varejo Por Sergio Kulpas randes painéis eletrônicos, de plasma e cristal líquido, estão começando a se tornar comuns no varejo. A queda contínua nos preços dos equipamentos e tecnologias cada vez mais avançadas tornam os sistemas de sinalização digital mais atraentes para o comércio. Hoje há um grande número de empresas que fornecem soluções especializadas para lojas e outros estabelecimentos comerciais. Os primeiros a adotar a sinalização digital como forma de comunicação com o público foram as estações de transportes, como aeroportos, ferroviárias e rodoviárias. No setor varejista, os painéis eletrônicos começaram a ganhar terreno há cinco ou seis anos, e sua adoção vem crescendo rapidamente. Nos Estados Unidos, o número de painéis e projetores usados no comércio deve saltar de 342.000 unidades em 2005 para cerca de 1,4 milhão em 2010. Ao mesmo tempo, os preços devem manter a tendência de queda. Soluções para pequenas Pequenos e médios negócios estão começando a considerar a instalação de sinalização digital em seus estabelecimentos devido a essa queda nos preços. Grandes distribuidores de sistemas de sinalização digital como Ingram Micro e CDW estão anunciando soluções em
kits, criados especialmente para pequenas empresas. No mês passado, uma parceria entre a American Industrial Systems e a D&H Distributing facilitou a distribuição de kits de fácil montagem para pequenos negócios. Em vez de comprar hardware e softwares separadamente, a parceria oferece uma solução integrada, que funciona de modo mais simples. No futuro, a rede vai vender produtos da linha MediaView e SmartView, que funcionam por conexões "wireless" (sem fio) e permitem a exibição simultânea de vídeos, fotos e textos. Atualmente, telas de plasma são a tecnologia dominante em sinalização digital no varejo, mas até 2008 os painéis de cristal líquido (LCD) devem dest
ronar os modelos de plasma. Aeroportos e outras estações de transporte já dão preferência à tecnologia de cristal líquido. O crescimento dos painéis de LCD se deve em parte a um problema das telas de plasma: algumas imagens ficam "queimadas" na tela, e permanecem visíveis depois que a imagem muda. Produtos já - Empresas como ViewSonic e Samsung já estão lançando seus sistemas de sinalização digital. A ViewSonic está lançando um painel LCD de 42 polegadas. A Samsung lança o SyncMaster 400PXn, um LCD de 40 polegadas, que roda Windows XP e permite mudanças à distância usando o software MagicNet da Samsung. Já a Toshiba está lançando
Divulgação
As telas sinalizadoras ajudam a vender mais
um projetor para grandes espaços, o TDP-TW350U DLP (Digital Light Processing). O aparelho pesa 6 quilos e oferece alta qualidade de imagem na projeção, com brilho acima de 3.500 lumens e resolução de 1.024 x 768. O aparelho funciona por conexão sem fio, o que permite sua instalação em qualquer ponto da loja. No Brasil, a empresa norteamericana de sinalização digital Scala Inc. se associou à brasileira Ya Mogu para oferecer um sistema de sinalização digital para a rede Casa & Vídeo, especializada em produtos eletrônicos e produtos para o lar. A rede Casa & Vídeo tem lojas em 31 cidades, a maior parte delas no Rio de Janeiro. A Casa & Vídeo está testando o sistema da Scala e Ya Mogu em uma loja no centro do Rio, onde foram instalados painéis de plasma de 42 polegadas, controlados a partir do centro de operações da Ya Mogu. O contrato foi assinado entre a Casa & Vídeo e a companhia de mídia VTV-Comunicação Digital, parceira da Ya Mogu que também é responsável pela venda de anúncios. O conteúdo exibido nos painéis incluem vídeos produzidos pela Casa & Vídeo e mensagens publicitárias criadas pelos fornecedores da rede. É um sistema pioneiro no Brasil, e a Ya Mogu espera poder oferecê-los para outras empresas varejistas do Brasil. sergiokulpas@gmail.com
4
Empresas Finanças Nacional Agronegócio
DIÁRIO DO COMÉRCIO
EXPORTAÇÃO PODE TER NOVO RECORDE
terça-feira, 22 de agosto de 2006
1,02
bilhão de dólares foi o superávit da balança comercial na terceira semana de agosto.
APESAR DO REAL FORTE, VENDAS EXTERNAS CRESCERAM MAIS QUE AS IMPORTAÇÕES NA ÚLTIMA SEMANA
EXPORTAÇÃO PUXA RITMO NA BALANÇA
M
Diario El deber/Reuters
esmo com a taxa mulado subiu para US$ 3,12 bi- um novo nível, em torno de de câmbio desfa- lhões, e no ano, para US$ 28,29 US$ 600 milhões por dia. Ele vorável, as ex- bilhões. Em 2005, o saldo co- observou que os US$ 611 miportações brasi- mercial no mesmo período era lhões de média diária registrados neste mês estão bem acima leiras voltaram, em agosto, a menor: US$ 27,14 bilhões. Por conta desses resultados, dos US$ 529 milhões dos sete crescer em ritmo maior do que as importações. Até a terceira o ministro Luiz Fernando Fur- primeiros meses do ano. "É um semana do mês, enquanto a lan afirmou que as exporta- nível que não se imaginava média diária das importações ções brasileiras e a corrente de que seria alcançado ainda em (US$ 387,6 milhões) registrou comércio do País poderão ba- 2006", disse Castro. Segundo o dirigente da alta de 15,8%, a média da ven- ter novos recordes neste mês. das externas (US$ 611 milhões) Segundo o ministro, as expor- AEB, as vendas externas do cresceu 23,9% em relação a tações vão ultrapassar em Brasil estão sendo favorecidas, agosto, pelo segundo mês con- principalmente, pelo preço do agosto do ano passado. No acumulado do ano, no secutivo, a casa dos US$ 13 bi- petróleo e de minérios no mercado internacioentanto, o ritmo Valéria Gonçalvez/AE nal. Além disso, de expansão das o período de importações agosto é favorácontinua maior, vel para as ventendência que das de soja. Casera esperada patro destacou que ra 2006. Até a teras importações ceira semana de também estão a g o s t o , a s i mem nível elevado portações neste e só não crescem ano mostram mais porque a crescimento de demanda inter23,1% e as exporna está fraca. tações, de 16,2%. Setores – De A m e s m a t e nd ê n c i a a i n d a Furlan: novos recordes na exportação e na corrente de comércio acordo com os dados do Minisprevalece quando se comparam os dados de lhões. No ano, Furlan disse que tério, considerando a média agosto com julho último: as as exportações poderão rom- diária, as exportações nas três exportações até a terceira se- per a meta estipulada pelo Mi- primeiras semanas deste mês mana deste mês apresentam nistério, de US$ 132 bilhões. cresceram em todas as categoretração de 5,8% e as importa- "Os números (da balança co- rias de produtos comparativações, alta de 1,9%, sempre con- mercial) mostram uma vitali- mente a agosto do ano passasiderando a média diária. dade muito grande, de manei- d o : s e m i m a n u f a t u r a d o s Na terceira semana de agos- ra que a gente pode, pela se- ( 7 0 , 2 % ) , m a n u f a t u r a d o s to, a balança comercial apre- gunda vez, ultrapassar US$ 13 (22,7%) e básicos (12,8%). O crescimento de 15,8% das sentou superávit de US$ 1,02 bilhões de exportação." bilhão. O saldo, segundo o MiEstabilidade – Para o vice- importações até a terceira senistério do Desenvolvimento, presidente da Associação de mana de agosto foi puxado Indústria e Comércio Exterior, Comércio Exterior do Brasil principalmente pelos gastos foi resultado de US$ 3,01 bi- (AEB), José Augusto de Cas- com as compras externas de lhões de exportações e de tro, os dados deste mês indi- adubos e fertilizantes (80,3%) US$ 1,98 bilhão em importa- cam que aparentemente as ex- para a preparação da safra e sições. No mês, o superávit acu- portações se estabilizaram em derúrgicos (36,5%). (Agências)
Furlan critica burocracia ministro do Desenv o l v i m e n t o , I ndústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, defendeu ontem a reforma no sistema de licitações de obras emergenciais de infra-estrutura para elevar os ganhos de competitividade e produtividade das indústrias exportadoras e, assim, compensar a valorização do real em relação ao dólar.
O
Em encontro com empresários na capital paulista, o ministro reclamou do excesso de burocracia do setor público, que impede "as coisas de acontecerem". "A tendência do setor público é abraçar um monte de prioridades, mas aprendemos na escola que quem tem todas as prioridades acaba não tendo nenhuma", disse. Tendo a melhora da infra-estrutura logística como uma
das bandeiras centrais de seu ministério, Furlan citou como exemplo de ineficiência pública o projeto de modernização de 11 portos brasileiros, aprovado em setembro de 2004, mas que ainda não concretizou nem metade das obras previstas. "O governo tem recursos, mas a burocracia pesada e os mandados de segurança, de licença ambiental, impedem a realização dos projetos." Ele informou que está "quase maduro" no Ministério do Planejamento um estudo de medidas para desburocratizar as licitações de obras públicas, mas não deu detalhes das ações que serão adotadas. O ministro também afirmou que foram enviados à Câmara de Comércio Exterior (Camex) seis acordos de Promoção de Proteção de Investimentos (PPIs) que estão em desacordo com a legislação brasileira. Esses acordos serão revisados e adaptados à legislação brasileira para que possam passar pela Câmara, onde há 16 acordos de PPIs emperrados. Semicondutores – O ministro também comentou que o pacote de estímulo ao setor de semicondutores anunciado na semana passada é "inovador", mas estimou que só trará impacto para a economia em 2007. "As decisões do governo daqui para a frente produzirão efeitos mais concretos no ano que vem", afirmou. Furlan comentava as medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para o setor de semicondutores, que podem sair em medida provisória ainda nesta semana, e de redução do spread bancário. Na avaliação de Furlan, as medidas econômicas tomadas pelo governo neste ano, até o momento, garantirão ao País um crescimento econômico "ao redor ou um pouco acima de 4%". (Agências)
Se não houver desenvolvimento regional, manifestantes ameaçam cortar bombeamento de gás natural
Índios guaranis da Bolívia ameaçam parar gasoduto ndígenas guaranis do sudeste da Bolívia, que ocupam desde o final de semana uma estação de um gasoduto, ameaçaram ontem cortar o bombeamento de gás para o Brasil se as três principais petrolíferas estrangeiras do país não cumprirem suas promessas de desenvolvimento regional. Eles reivindicam o pagamento de US$ 9 milhões, a título de "direito de passagem", como ficou fixado no ano passado. O presidente da Assembléia d o P o v o G u a r a n i , Wi l s o n Changaray, que lidera o protesto, disse a emissoras de rádio local que esperava uma mediação entre o governo e a Transierra, a empresa proprietária do duto que transporta mais de 60% do gás que a Bolívia exporta para o Brasil. A Transierra é uma empresa formada pela brasileira Petrobras, a espanhola Repsol-YPF e a francesea Total para construir e operar o gasoduto que funciona desde abril de 2003
I
entre os grandes campos de gás do distrito de Tarija e o gasoduto principal Bolívia-Brasil. O duto da Transierra transporta entre 16 milhões e 17 milhões de metros cúbicos de gás natural e foi tomado pelos guaranis pelo rio Parapetí, a cerca 1,1 mil quilômetros a sudeste de La Paz. Changaray disse que os guaranis que chegaram à estação de controle do gasoduto eram mais de 500, "dispostos a fazer valer seus direitos, porque a Transierra não cumpriu seus compromissos, sem desembolsar sequer um peso do acertado". "Conhecemos a ameaça de fechar as válvulas do gasoduto, que não ocorreu até a manhã desta segunda-feira (ontem), já que as operações de exportação continuam normais", disse o diretor de dutos da Superintendência de Hidrocarbonetos, Abel Pantoja. Reação – Apesar dos protestos, o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, disse que a estatal não prevê risco de desa-
bastecimento de gás natural boliviano. Ele falou durante inauguração da primeira planta de gás natural liquefeito (GNL) do País, em Paulínia (SP), a 120 quilômetros de São Paulo (saiba mais na pág. 3) "Mesmo em momentos mais críticos, sempre enfatizamos a confiança na continuidade do suprimento", afirmou Gabrielli. Segundo ele, representantes do Ministério da Agricultura boliviano se reuniriam com os índios na tarde de ontem para tentar negociar uma retirada do local. "É óbvio que a ocupação não pode permanecer. Isso passa por uma negociação com o conjunto de atores", acrescentou Gabrielli, referindo-se também às outras empresas que participam do gasoduto da Transierra. Gabrielli disse que a aceleração dos investimentos em infra-estrutura pode ser uma das alternativas para a desocupação da estação de controle do gasoduto. "Isso é uma questão de negociar", disse. (Agências)
Gás prejudica atuação da BR avanço do gás natural e o aumento da concorrência no setor de combustíveis reduziram em 1,2 ponto percentual a participação de mercado da BR Distribuidora no primeiro semestre deste ano. O desempenho da distribuidora foi na contramão do setor, que registrou aumento de 0,9% nas vendas no mesmo período. Segundo a presidente da BR, Maria das Graças Silva Foster, o gás natural vem roubando mercado do óleo combustível
O
vendido pela distribuidora, situação que tende a se agravar com a conclusão do Gasoduto Coari-Manaus. Ele vai levar gás às térmicas da capital do Amazonas, atualmente consumidoras de óleo combustível. A executiva afirmou que a empresa luta para recuperar terreno. Ela não quis, porém, estimar o quanto a companhia pode crescer até o fim do ano. Orçamento – A BR tem orçamento de R$ 5,4 bilhões para investir até 2011, e o principal objetivo é aumentar sua fatia de mercado no período. Ques-
tionada se a empresa pretende comprar outras distribuidoras, Maria das Graças disse que "aquisições não estão descartadas", mas não há negociações em andamento. "Aquisição nem sempre significa aumentar market share (participação)", disse, e explicou que, se o mercado voltar a ficar tumultuado, a empresa pode perder os pontos conquistados com a compra de uma distribuidora. "Não precisamos ter muitos postos, mas pontos-de-venda com maior oferta de produtos." (AE)
Uruguai quer acordo com EUA
O
presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, pediu ontem apoio das lideranças dos principais partidos da oposição para iniciar as negociações sobre um Tratado de Livre Comércio (TLC) com os Estados Unidos. Os líderes opositores reuniram-se com Vázquez para analisar os riscos e benefícios de um TLC de "última geração", que abrangeria o comércio de bens, serviços, propriedade intelectual e acesso a compras governamentais. Após o encontro, Vázquez declarou que somente em ou-
tubro ficará definido qual será o caminho para aumentar o fluxo comercial com os EUA. "Aí saberemos se será um Tratado de Livre Comércio ou outro tipo de acordo", explicou. No dia 2 de outubro uma comissão bilateral Uruguai-EUA começará a analisar os primeiros passos para a negociação. A oposição costuma expressar sua decepção com o Mercosul e seu desejo de assinar um acordo com os EUA. No entanto, as lideranças opositoras, após a reunião, explicaram que o governo não tem um "rumo" definido na política externa.
Os opositores se referiam à pouca precisão de Vázquez sobre sua posição em relação ao acordo com os EUA. Enquanto na oposição existe um consenso sólido a favor do TLC, dentro da própria coalizão de governo, a Frente Ampla, as divergências são profundas. Vázquez declarou que nos próximos dias pretende conversar sobre as negociações com os EUA de forma pessoal ou por telefone com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que atualmente ocupa a presidência pro tempore do Mercosul. (AE)
terça-feira, 22 de agosto de 2006
DIÁRIO DO COMÉRCIO
data se for preciso INFORMÁTICA -5
terça-feira, 22 de agosto de 2006
Nacional Empresas Tr i b u t o s Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5
CONTRIBUINTE TEM 30 DIAS PARA ACERTAR IPVA
838
mil proprietários de automóveis no Estado de São Paulo estão devendo IPVA
SECRETARIA DA FAZENDA PAULISTA COMEÇA A NOTIFICAR CONTRIBUINTES DEVEDORES DO IMPOSTO DO CARRO
IPVA: FISCO COBRA R$ 198 MILHÕES
A
Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz) começou a enviar as notificações de débitos do Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA), referentes ao período de 2001 a 2005, de valor inferior a R$ 2 mil. Ontem, foram encaminhadas, pelo correio, 313.767 das 838.740 notificações. No total, os débitos somam R$ 198,9 milhões. Os contribuintes têm 30 dias para pagar a dívida ou fazer a contestação. Quem optar pelo pagamento, deve procurar os bancos credenciados, dos quais pelo menos seis oferecem linha de crédito para quitar a dívida com o fisco. O Diário Oficial do último sábado publicou a lista do primeiro lote de notificações referentes a veículos com placa com finais 1 e 2. No próximo dia 26 serão publicadas as notificações correspondentes a veículos de placas com finais 3 e 4; no dia 23 de setembro, os de placas com finais 5 e 6; no dia 30 de setembro, 7 e 8; e no dia 21 de outubro, 9 e 0. O prazo para pagar ou contestar o débito deve ser contado a partir da publicação da notificação. Mas no site h t t p : / / w w w. i m p r e n s a o f icial.com.br/suplementos/fazenda/20060819_home.asp, os proprietários podem consultar a listagem de notificações, digitando o número do CPF
ou do CNPJ. Para contestar a cobrança, contribuinte deve preencher um pedido de impugnação, cujo modelo está disponível no site www.fazenda.sp.gov.br, e juntar cópia do Certificado de Registro do Veículo, comprovante de recolhimento do IPVA (se for o caso), além de outras provas que julgar relevantes para levar ao posto fiscal mais próximo.
Pagamento – Segundo a Sefaz, o valor médio da dívida por veículo é de R$ 634,07, incluindo juros e multas. O pagamento pode ser realizado nas casas lotéricas ou demais bancos credenciados. O Banco Santander Banespa é um dos que oferece uma linha de crédito especial para o pagamento da dívida, em até 24 meses, com parcela mínima de R$ 15 e juros de 2,90% ao mês. Já o Unibanco oferece o financiamento para o valor mínimo de R$ 100 e máximo de R$ 15 mil, prazo de 24 meses e carência de 60 dias para o primeiro pagamento. O banco não informou os juros a serem cobrados. O Banco Schahin está reativando uma linha de crédito criada para financiar débitos relacionados a veículos, o Produto Cifra Fácil. Mas, nesse caso, o pagamento só pode ser feito por meio de despachante. O valor mínimo do débito deve ser de R$ 200 e o máximo, de R$ 4 mil, dividido de três a 18 parcelas. "Os juros dependem do plano escolhido, mas a média é de 5,5% ao mês", informa o gestor do produto, Christian Campos. A Caixa Econômica Federal (CEF) também está reativando sua linha de crédito para a quitação do IPVA, mas não informou os detalhes. Em caso de ausência de pagamento e contestação, o débito de IPVA será inscrito em dívida ativa para execução fiscal na Justiça. Laura Ignacio
Eletroeletrônicos em alta ma pesquisa preliminar da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) revela que as vendas do setor cresceram 14,43% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2005. Os aparelhos de imagem e som lideraram as vendas, com expansão de 34,17% sobre o período de janeiro a junho do ano passado. No mesmo período, a linha branca cresceu 5,07% e a de portáteis teve uma queda de 8,37%. Segundo o presidente da Eletros, Paulo Saab, o bom desempenho se deve à Copa do Mundo, ao crescimento do crédito e também à redução dos
U
Aguiar ALFAIATE
www.aguiaralfaiate.hpg.com.br Um alfaiate de classe, para pessoas de classe! 50 anos de dedicação profissional
Av. Angélica, 2.341 - Higienópolis Fone: (11) 8453-7529
ATA
preços de vários produtos. O segundo semestre, no entanto, deve apresentar avanço menor que o registrado nos primeiros seis meses do ano. Saab credita a desaceleração ao menor volume de vendas dos televisores, que deverá ser de 4 milhões de unidades, ante 6 milhões de unidades até junho. Em julho, a vendas de televisores caíram 35% na comparação com junho. Isso após uma expansão de 37,84% no primeiro semestre. Nos primeiro seis meses, as vendas de aparelhos de DVD cresceram 40,87%, confirmando a curva crescente da demanda pelas novas tecnologias. Na linha branca, os produtos que tiveram os melhores de-
sempenhos no 1º semestre foram refrigeradores (5,82%), fogões (6,23%) e lavadoras automáticas (3,58%). O segmento de portáteis foi o único que apresentou queda na comparação com 2005, mas, ainda assim, as vendas de aspiradores de pó cresceram 3,58% e as de secadores, 16,74%. (AE)
RACISMO Vigilante chamado de "crioulão" ganha indenização de R$ 7,5 mil
A
12ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) condenou o sócio de um clube de Juiz de Fora, em Minas Gerais, a pagar indenização no valor de R$ 7,5 mil por danos morais, agressões verbais racistas e físicas contra o vigilante Sidney Roberto do Nascimento. O fato ocorreu no dia 10 de junho de 2005, quando o vigilante estava escalado para trabalhar à noite, durante uma seresta realizada no salão principal do clube. Por volta das 22h40, Nascimento detectou que vários carros estavam parados em fila única e que a caminhonete Dakota, de propriedade de Élcio Navarro de Oliveira, se encontrava estacionada na rampa que dá acesso ao salão. De acordo com o TJ-MG, o vigilante pediu ao sócio que desse marcha a ré no veículo para facilitar o trânsito no estacionamento. Oliveira, porém, teria se recusado a atender o pedido e, quando o vigilante insistiu, passou a ofendê-lo com palavras racistas, como macacão, negão e crioulão. Cerca de meia hora depois, Oliveira retornou ao estabelecimento e foi reclamar com o gerente do clube. O vigilante foi chamado à sala da gerência onde foi surpreendido pelo sócio,
que teria exclamado: "É atrás de você que eu estou, seu negão, seu macacão. Eu resolvo é na porrada". Briga – Nascimento alegou, nos autos, que foi agredido com socos e pontapés e jogado no chão do salão, onde ocorria a seresta, cheia de associados e convidados. O vigilante registrou ocorrência sobre a agressão em uma delegacia da cidade. Para o desembargador Saldanha da Fonseca, relator do recurso, as provas testemunhais "deixam a firme convicção de que o vigilante se viu agredido por expressões racistas". Segundo ele, palavras de cunho racista "causam sofrimento e humilhação, pois discriminam o indiscriminável, ou seja, a pessoa humana, cujo direito à dignidade é assegurado pela Constituição da República". Seu voto foi acompanhado pelos desembargadores Domingos Coelho e José Flávio de Almeida. O advogado de Oliveira, Marcos Poggianella Salomão, disse que aguarda a publicação do acórdão do TJ-MG, que julgou recursos da sentença de 1ª instância para estudar se entra com um embargo declaratório ou um recurso especial. Ele salientou que seu cliente não concorda com a decisão e não confirma as declarações racistas. (AE)
Frigoríficos são acusados de formar cartel
A
Secretaria de Direito Econômico (SDE), vinculada ao Ministério da Justiça, pediu ontem ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a condenação de oito frigoríficos e de 13 dirigentes, por formação de cartel no abate de gado bovino. Segundo relatório técnico da SDE, as empresas fizeram acordo com a finalidade de fixar preço, restringindo a livre concorrência do setor. O principal indício usado como prova pela SDE é uma tabela de classificação da carcaça do gado abatido e a fixação de deságios nos preços pagos aos pecuaristas. Segundo o relatório, "a tabela tinha por objetivo uniformizar os critérios de aquisição do gado bovino, por meio de deságio no preço pago". A investigação contra os frigoríficos começou em março de 2005, após uma denúncia formalizada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da Comissão de Agricultura da Câmara. Se forem condenados pelo Cade, as empresas e seus dirigentes poderão ser multados com valores que vão de 1% a 30% do faturamento anual dos estabelecimentos. A SDE pediu a condenação das seguintes empresas: Indústria e Comércio de Carnes Minerva; Frigorífico Mataboi S.A; Frigorífico Estrela D'Oeste; Marfrig Frigoríficos e Comércio de Alimentos; Friboi Ltda; Bertin Ltda; Frigol Comercial Ltda e a Franco Fabril Alimentos Ltda. Sugeriu, ainda, o arquivamento de denúncias contra três frigoríficos, por falta de comprovação de participação no suposto cartel. São eles Boifran, Tatuibi e Bom Charques. (AE)
6
Empresas Agronegócio Finanças Nacional
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 22 de agosto de 2006
CRÉDITO ELEVA LUCRO DO ABN NO BRASIL
4,5
por cento é a estimativa de analistas de mercado para o IPCA de 2007, de acordo com o Focus
OCTÁVIO DE BARROS, DO BRADESCO, QUESTIONOU TESE DE QUE CRESCIMENTO DEPENDE DE QUEDA DE JUROS
ECONOMISTA DEFENDE AÇÕES DO BC
D
ez entre dez economistas e empresários dizem que a taxa básica de juros (Selic) precisa cair para que o País cresça de forma significativa. O economista-chefe do banco Bradesco e membro do Conselho Superior de Economia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Octávio de Barros, concorda, mas questiona: "Para o Brasil crescer é preciso que os juros caiam, ou para que os juros caiam é necessário que o País cresça antes?" Segundo ele, os empresários ficam muito ligados a movimentos do governo e se esquecem de que a demanda interna já está em ascensão há algum tempo, com contínua tendência de crescimento. "Já faz dez anos que a macroec onom ia brasileira mostra sinais rígidos de fortalecimento. A demanda está mais firme do que nunca, com salários crescendo, com a popularização do crédito e a expansão de programas como o Bolsa-Família. A hora é de aproveitar isso", disse o economista, ontem, para uma platéia de empresários associados à Câmara Brasil-Alemanha. Barros disse que o Banco Central (BC) faz o seu papel ao segurar a Selic para evitar que a inflação aumente. "A demanda reage imediatamente à queda dos juros. A oferta, por sua vez, demora. O empresário não investe mais a cada vez que a Selic diminui e o BC acaba por ser mais cauteloso."
Hélvio Romero/AE – 20/10/03
Mais agressividade — Em sua opinião, o empresariado n a c i o n a l p re c i s a s e r m a i s agressivo em seus investimentos. De acordo com Barros, no entanto, o governo tem sua parcela de responsabilidade. Os dois últimos governos investiram muito no estímulo à demanda e deixaram de lado o setor produtivo da economia. "Com exceção da lei de falências, nada mais foi feito para estimular a indústria e o comércio. Quando o empresário decide expandir seus negócios, logo pensa na carga tributária, nos altos custos de mão-
de-obra e infra-estrutura e acaba desistindo", afirmou. "Por isso, o próximo governo precisa ser mais firme e melhorar o ambiente para o empresário, com reformas trabalhista, previdenciária e tributária e efetivação de ações como as PPPs", disse, referindo-se às Parcerias Público-Privadas. Câmbio — Barros afirmou, porém, que o Brasil vai continuar crescendo nos próximos anos, sem saltos quantitativos, de maneira sólida e moderada. E, em função disso, o dólar continuará caindo em relação ao real. "Não adianta esperar milagre. Toda nação que tem credibilidade tem moeda apre-
ciada porque os investidores vão para esses países. Se conseguirmos chegar nesse patamar, como espero, o câmbio vai continuar ruim para as exportações", afirmou. A solução, segundo o economista, é conquistar clientes no exterior pela qualidade e não pelo preço. "Se o BC não interviesse no mercado como anda fazendo, o dólar já estaria abaixo de R$ 1,80. Esse é o sistema de câmbio flutuante, e é ótimo para a credibilidade de qualquer país", observou. Nesse momento da palestra de Barros, na platéia, o presidente do grupo Siemens, Hermann Wever, disse que o problema do câmbio não afeta apenas a exportação, mas também a importação, principalmente de produtos chineses a preços extremamente baixos. "Na teoria, e s s a s re g r a s ma croe co nômicas são lindas, mas estamos concorrendo com um país que não respeita as regras, que tem o yuan apreciado e que está invadindo o mundo com produtos muito mais baratos", afirmou Wever. A conseqüência para o Brasil, de acordo com ele, é que vários setores que utilizam muita mão-de-obra, como os de calçados e têxteis, vão mandar brasileiros embora e isso vai afetar toda a política de crescimento nacional. Outros empresários apoiaram o presidente da Siemens, enquanto Barros se defendeu: "Há um preço a se pagar para ter um país estável e confiável". Fernanda Pressinott
Focus mostra leve queda das projeções para o IPCA Em relação aos juros básicos da economia (Selic), as expectativas se mantêm em 14,5% ao ano para o final deste mês. Na avaliação do mercado financeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve reduzir a Selic em 0,25 ponto percentual na reunião da semana que vem. Para o fim do ano, as previsões também continuam estáveis, em 14% ao ano, pela terceira semana seguida. Dólar — Já as projeções sobre a cotação do dólar do final deste mês caíram de R$ 2,18 para R$ 2,16. Essa foi a segunda queda consecutiva das previsões, que estavam em R$ 2,20 há quatro semanas. Para o fim do ano, na avaliação do mercado financeiro, o dólar deve continuar estável em R$ 2,20. A pesquisa também indica queda nas projeções sobre a dívida líquida do setor público neste ano: de 50,4% para 50,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Para 2007, a expectativa é um recuo de 49,2% para 49,1% do PIB. A economia deve crescer em
menor ritmo, de acordo com as expectativas de mercado. As projeções de crescimento para este ano, que eram de 3,55%, caíram para 3,53%. Essa foi a segunda redução seguida das projeções, que estavam em 3,6% há quatro semanas. Agora, as previsões ficaram ainda mais distantes dos 4% calculados pelo BC. As projeções para o superávit da balança comercial neste ano subiram de US$ 41 bilhões para US$ 41,2 bilhões — foi a terceira alta seguida das previsões, que estavam em US$ 40 bilhões há quatro semanas. Já em relação ao fluxo de investimento estrangeiro direto (IED) neste ano, a pesquisa aponta aumento de US$ 15,5 bilhões para US$ 16 bilhões. Apesar da alta, o valor ainda é inferior aos US$ 18 bilhões projetados pelo BC. Há quatro semanas, as previsões estavam em US$ 15 bilhões. Para o ano de 2007, as estimativas de fluxo de IED continuam estáveis em US$ 16 bilhões, pela nona semana seguida. (AE)
22% em relação ao mesmo ABN lucra período de 2005. O resultado impulsionado pelo R$ 686 milhões foi crescimento da carteira de
De acordo com o ABN, o lucro de R$ 686 milhões já considera a perda relativa à variação cambial. O impacto da oscilação da moeda sobre a estrutura de proteção cambial do capital do banco gerou um resultado negativo de R$ 119 milhões no semestre. (AE)
s projeções dos analistas do mercado financeiro para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2006 caíram de 3,74% para 3,73% na pesquisa semanal Focus divulgada ontem pelo Banco Central (BC). Essa previsão de queda interrompeu uma seqüência de duas semanas de estabilidade. Com a redução, a expectativa é de que o índice para este ano fique ainda mais abaixo da meta central de 4,5% fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). As cinco instituições com maior margem de acerto nessas projeções prevêem estabilidade do índice em 3,56% no cenário de médio prazo. Já para 2007, a estimativa de variação do IPCA continuou em 4,5% pela 53ª semana consecutiva, o que corresponde à meta central de inflação fixada pelo CMN para o próximo ano. Para este mês, as previsões se mantêm em 0,3%, expectativa que interrompeu seqüência de três semanas de queda.
A
O
ABN Amro Brasil encerrou o primeiro semestre do ano com lucro líquido de R$ 686 milhões, o que significa crescimento de
crédito, de 30,9% em 12 meses, para R$ 43,353 bilhões. Somada ao volume de R$ 6,04 bilhões de avais e finanças, a carteira totalizou R$ 49,393 bilhões.
Barros, economista-chefe do Bradesco, cobrou mais agressividade dos empresários nos investimentos
Negócios com dívidas de emergentes batem recorde
O
s negócios com a dívi- lhões registrados no segundo da de países emergen- trimestre de 2005. Dívida brasileira — As tes quebraram um novo recorde no segundo trimes- transações com instrumentos tre deste ano, atingindo a cifra da dívida brasileira somaram de US$ 1,659 trilhão, informou US$ 389 bilhões entre abril e juontem a Emerging Markets nho, uma queda de 10% em reTrade Association (EMTA), lação aos US$ 432 bilhões reentidade que reúne bancos e gistrados em igual período do fundos de investimentos. Isso ano passado e de 12% sobre os representa um aumento de US$ 444 bilhões do primeiro 22% em relação a igual período trimestre de 2006. Os negócios com os bônus do ano passado e de 2% sobre o soberanos brasileiros que têm primeiro trimestre deste ano. Foi o maior volume de negó- vencimento em 2040 totalizacios com títulos emergentes ram US$ 157 bilhões, uma didesde que a associação come- minuição de 14% em relação çou a monitorar esse segmento aos US$ 182 bilhões do segundo trimestre de 2005 e um aude mercado, em 1997. O estrategista-chefe do ban- mento de 9% na comparação co ING, David Spegel, disse com os US$ 143 bilhões do prique os negócios foram estimu- meiro trimestre deste ano. A dívida brasileira foi reslados pelo forte movimento de ponsável por venda ocorri24% do voludo no mês de me total de maio, causado transações pela preocupacom títulos ção com a alta e m e rg en t e s , dos juros prosua menor famovida pelo bilhões de dólares foi tia desde o fiFederal Resero volume financeiro nal de 2003. ve (Fed, o banNo primeico central dos total das transações ro trimestre, Estados Unicom a dívida esse número dos) e pelos tehavia sido de mores de uma brasileira, entre 24%. A dívida d e s v a l o r i z aabril e junho, de argentina foi ção do dólar. acordo com a EMTA a terceira "É importanmais negociate notar que, da, de acordo hi stor icam ente, os níveis dos volumes de com o estudo da EMTA. Novo recorde — H ou ve transações com emergentes, geralmente, declinam durante uma alta de 44% dos volumes períodos de alta volatilidade de negócios com a dívida donos preços dos ativos nos mer- méstica dos emergentes, que cados, como ocorreu em 2004 e somou US$ 941 bilhões no seem 2005", disse Spegel. "Entre- gundo trimestre. Esses instrutanto, a situação desta vez foi mentos representaram 57% do diferente", destacou o estrate- volume total de negócios, um nível recorde. Os papéis da dígista-chefe do ING. Base de investidores — Se- vida doméstica do México sogundo ele, a intensificação dos maram US$ 364 bilhões, seguinegócios com esses papéis dos pelos da dívida pública mostra a crescente amplitude brasileira, que totalizaram da base dos investidores e sua US$ 136 bilhões. "Esses númemaior familiaridade com os ros podem ser indicador de riscos dos países emergentes. uma diversificação da exposi"Os volumes do segundo tri- ção dos investidores nos mermestre demonstram a maior cados emergentes pelo fato de maturidade dessa classe de eles procurarem diversificar sua exposição à moeda norteativos", acrescentou Spegel. A EMTA também informou americana", reforçou o estrateque os papéis da dívida do Mé- gista chefe do ING. "Os dados dos países emerxico foram os mais negociados no período de abril a junho gentes refletem também a saídeste ano. O volume de nego- da e reentrada de posições enciações ultrapassou o dos bô- tre os mercados domésticos de nus brasileiros. As transações maior volatilidade, como o da com títulos mexicanos soma- Turquia, Brasil e México, duram US$ 431 bilhões, mais do rante os meses de maio e juque o dobro dos US$ 183 bi- nho", acrescentou. (AE)
389
EUA e Japão freiam crescimento
A
s economias dos 30 países mais ricos do mundo desaceleraram durante o segundo trimestre, refletindo a queda na atividade nos Estados Unidos e no Japão. Segundo dados divulgados ontem pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Produto Interno Bruto (PIB) combinado dos 30 países do grupo registrou uma expansão de 0,7% no segundo trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior e de 3,1% em comparação com igual período de 2005. Ambas as variações são inferiores às registradas no primeiro trimestre, quando a economia dos 30 países cresceu 1%, em base trimestral, e 3,3%, em base anual. A desaceleração provém de queda no ritmo da expansão da economia norte-americana, para 0,6% no segundo trimestre em relação ao período anterior, quando houve crescimento de 1,4%; assim como no Japão, cuja economia teve expansão de apenas 0,2% no segundo trimestre sobre o primeiro, quando avançou 0,7%. A zona do euro mostrou-se mais dinâmica. A economia na região cresceu 0,9% no segundo trimestre em relação ao primeiro, quando registrou expansão de 0,7%. O Reino Unido cresceu 0,8% no segundo trimestre, ante 0,7% registrado no período de janeiro a março. O indicador antecedente da OCDE indica que a economia dos 30 países continuará a desacelerarse durante 2007. No relatório semestral divulgado em 23 de maio passado, a OCDE elevou sua projeção de crescimento para o próximo ano de 2,9% para 3,1%, observando que a economia global continua a demonstrar resistência frente à alta dos preços do petróleo e ante outros choques externos. Apesar da queda no ritmo durante o segundo trimestre, os Estados Unidos continuam a responder pela maior parte da atividade entre os países da OCDE, com uma contribuição de 1,3 ponto percentual para o crescimento de 3,1% do período, em base anual. (AE)
6
Música Sistemas TV digital Livros
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Teremos caixas conversoras e tevês com sintonizador embutido, comercialmente, em 2008 Benjamin Sicsú, da Samsung.
A SAMSUNG INVESTIRÁ EM CENTROS DE PESQUISAS
Investindo na TV digital Foram investidos US$ 15 milhões no domínio da tecnologia e no desenvolvimento de conversores
terça-feira, 22 de agosto de 2006
Por Barbara Oliveira Samsung tem pressa em ingressar na disputa pelo bilionário mercado da TV digital no Brasil, cujas primeiras transmissões experimentais estão previstas para meados de 2007 em São Paulo. Na semana passada, a fabricante anunciou investimentos de US$ 15 milhões para domínio da tecnologia e desenvolvimento de conversores (set-top boxes) de sinais digitais e de televisores já prontos para receber o novo sistema. O investimento será aplicado nos próximos 30 meses nos centros de pesquisas e desenvolvimento da Samsung, em Manaus e em outros cinco que ela tem no resto do mundo. As cinco unidades de P&D trabalharão em conjunto especialmente para dominar o sistema digital. "Tínhamos que decidir entre comprar a tecnologia ou desenvolvê-la, optamos por criar uma plataforma de engenharia que nos garantisse auto-suficiência em TV digital e sem precisarmos pagar royalties", observou o vice-presidente de Novos Negócios da Samsung, Benjamin Sicsú.
"Com a escolha do governo brasileiro pelo sistema de modulação japonês, decidimos que faríamos tanto os aparelhos de tevês como os conversores (usados em tevês analógicas) para disputar uma liderança no mercado, e isso requer agilidade", acrescentou o executivo. A S a ms u n g d i spõe de outros centros de P&D em n o v e p a íses, mas especificamente para o projeto de TV digital brasileiro mobilizará o de Manaus que coordenará outros cincos, na China, Coréia, Inglaterra, Japão e Polônia. "Com esses seis centros teremos a auto-suficiência em hardware e em software". Equipe contratada – Foram contratados até agora 20 engenheiros para o centro brasileiro de um total de 50 que serão responsáveis pela coordenação do projeto de pesquisas em Manaus. Em um primeiro momento, no entanto, as equipes brasileiras serão treinadas em Manaus e o desenvolvimento de equipamentos será feito lá fora, mas com a absorção do conhecimento; em um segundo momento, os produtos serão feitos em conjunto. É bom lembrar que as inovações tecnológicas, especificações e desenvolvimento do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD) - cuja base é o padrão japonês de modulação ainda estão em fase inicial de discussão pelo Fórum SBTVD (formado por acadêmicos, cientistas, engenheiros, técnicos do governo e representantes da sociedade civil). Uma entre as inúmeras especificações a serem decididas é a po-
tência do sinal dos conversores e das tevês. Se ela for mais forte, não vai exigir uma antena externa, por exemplo, na casa ou prédio do morador. Mesmo assim, Sicsú garante que quando o sinal digital estiver pronto para ir ao ar, a Samsung terá seus produtos funcionando. "Se tudo correr bem, teremos protótipos de caixas conversoras e de tevês com o sintonizador embutido em 2007 e, comercialmente, no início de 2008". O governo prevê que a transição do sistema de transmissão analógico para o digital deva durar ainda cerca de dez anos. "Continuaremos a produzir televisores analógicos por mais algum tempo", afirma Benjamin Sicsú. A Samsung fabrica em Manaus televisores de tela plana, DVDs, monitores e HDs. Embora o sistema japonês permita a transmissão da tevê digital diretamente para os celulares, sem passar pelas operadoras de telefonia, a Samsung ainda não definiu detalhes da fabricação dos aparelhos preparados para essa tecnologia. Nos Estados Unidos, a Samsung desenvolveu plataformas para mobilidade e portabilidade adaptadas para o sistema norte-americano de TV digital (ATSC). O Brasil é o oitavo centro de pesquisas da Samsung no mundo e investiu, no ano passado, cerca R$ 70 milhões em pesquisa e desenvolvimento. Além do centro de Manaus, a fabricante mantém outros dois para telecomunicações, em Campinas e em Recife, este em parceria com o C.E.S.A.R (Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife). O ministro das Comunicações, Hélio Costa, elogiou a agilidade da Samsung no
apoio ao sistema brasileiro de tevê digital. Mas, nos últimos dias, a relação do ministro com o setor industrial, especialmente o eletroeletrônico da Zona Franca de Manaus, não têm sido das mais amistosas, isso porque Hélio Costa quer incluir o set-top box, no âmbito de uma Medida Provisória mais ampla, na lista de bens de informática, assim eles poderiam ser fabricados fora da Zona Franca e em condições mais competitivas. Desta forma, além dos benefícios fiscais previstos em lei (Imposto de Importação, IPI etc.), poderiam concorrer com fretes mais baratos para os centros de consumo das regiões Sul e Sudeste. Benjamin Sicsú não quer entrar em polêmica com o ministro, mas lembrou que se Manaus começasse a concentrar também a produção de eletrodomésticos como geladeiras, freezers, máquinas de lavar, a indústria da linha branca concentrada na região Sul e Sudeste "não ficaria nada satisfeita".
Fabricante coreana vai investir US$ 15 milhões na produção de conversores e aparelhos de tevê em Manaus e no exterior
Divulgação
Sicsu: opção pela criação de uma plataforma de engenharia para a autosuficiência
DICAS DC
HDs de até 500Gb
Recrutamento online sistema UCN de cadastramento de currículos e vagas de emprego on-line, desenvolvido pelo site curriculum.com.br, acaba de ganhar novos clientes: S.O.S Computadores, Henkel, Mate Leão e Tintas MC acabam de se tornar usuárias. Ela se unem a outras 34 mil empresas, como Volkswagen, Credicard e Carrefour, que disponibilizam no site mais de 146 mil vagas e analisam mais de 1,6 milhão de currículos. Com o UCN, a Curriculum.com.br garante que nenhum currículo seja duplicado, pois cada código UCN está vinculado a um CPF. A atualização também é um ponto forte do sistema: quando um usuário altera seu currículo, todas as empresas que já têm seus dados gravados recebem as novas informações. www.curriculum.com.br.
distribuidora Controle Net traz ao Brasil os novos HDs externos da Iomega, que fazem parte da linha Silver da empresa. Com conexão USB 2.0, velocidade de até 7200 RPMs e memória cache de 8Mb, os equipamentos são vendidos em dois modelos, com capacidade para 320Gb e 500Gb, e são compatíveis com PCs e Macs, desktops e notebooks. Com preço entre R$ 1.300,00 e R$ 2.500,00, os HDs podem armazenar mais de um milhão de fotos, milhares de horas de áudio ou centenas de horas de vídeos. A Iomega atua no mercado há 15 anos, e oferece 11 linhas de produtos. A Controle Net oferece no Brasil produtos da Iomega e de outras empresas, como Lacie, Sony e Panasonic.
Micro a prova de fogo Anacom anunciou o lançamento da linha de microcomputadores rebustecidos Triton, fabricados pela alemã Kontron e indicados para ambientes hostis e explosivos, como a indústria petroquímica e de gás. Com o Panel PC (foto acima), o computador fica atrás de um monitor LCD, e o
Triton resiste a uma diversidade de fatores perigosos: fogo e temperaturas muito altas, explosões, trepidações, choques, líquidos corrosivos etc. A linha à venda no Brasil inclui os modelos Triton D1, Triton Z2 e Triton PM, e o preço nos Estados Unidos varia entre US$ 6 mil e US$ 18 mil.
E-mail no celular Brasil Telecom lançou o Brasil Mail, sistema que permite a funcionários de empresa a conexão em tempo real com seu e-mail corporativo, podendo receber e enviar mensagens, além de fazer alterações na agenda de
contatos e compromissos. Disponível em sete modelos de telefones (Sony Ericsson P900, Sony Ericsson P910, Nokia 9500, Nokia 9300, Nokia 6670, Treo 600 e Treo 650), o serviço oferece ainda a sincronia entre celular e computador para servidores
que utilizam os protocolos POP e IMAP. Com a tecnologia Push Mail, o usuário recebe uma mensagem pelo celular sempre que um novo email chega em sua caixapostal, que é monitorada pelo Brasil Mail.
terça-feira, 22 de agosto de 2006
Sistemas TV digital Livros Fotografia
DIÁRIO DO COMÉRCIO
7 "É preciso encontrar uma nova forma de pensar e agir na esfera pública." Mário Rosa
ESTAMOS MUITO MAIS EXPOSTOS NA ERA DIGITAL
LIVROS
Navegador GPS para o Brasil Airis, marca de bens de consumo eletrônico da Europa, anuncia, no Brasil, os navegadores GPS, que traçam rotas e indicam o caminho ao motorista durante o percurso. Ela traz para o país o modelo Airis T920A, já com software em português e mapas das regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. "Agora os brasileiros também poderão usufruir da facilidade e da segurança que eles trazem", afirma Ricardo Kamel, vicepresidente da Airis na América Latina. Apresenta tela LCD de 3,5 polegadas, com 178 gramas e recursos amigáveis. O usuário informa o destino e a preferência pelo caminho e o software traça a rota desejada. Durante o percurso, o equipamento fala ao motorista, em português, as ruas e conversões a serem feitas. Se ele errar ou mudar o caminho, o navegador refaz a rota. Preço: R$ 1.999,99.
quantidade de equipamentos eletrônicos e de informática existentes na vida moderna gera inúmeras facilidades para usuários que hoje desfrutam de computadores, notebooks, celulares, palm-tops e ipods. Mas a utilização da tecnologia vista sob o ponto de vista da reputação das pessoas ainda não havia sido devidamente explorada, ao menos até a edição do novo livro do jornalista Mário Rosa, "A Reputação na Velocidade do Pensamento – Imagem e Ética na Era Digital", da Geração Editorial, lançado semana passada no Jockey Club de São Paulo. Autor também de A Era do Escândalo, Mário Rosa afirma em sua nova obra que é preciso encontrar com urgência uma nova forma de pensar e de agir na esfera pública, uma nova forma de refletir sobre a reputação. "Nova tecnologia não é nova teoria. É nova prática". Em seu livro, que conta com o prefácio de Paulo Coelho, o autor relata o desenvolvimento da tecnologia na última década e mostra como o uso da mesma tornou-se um verdadeiro campo minado para a defesa da credibilidade. "A revolução tecnológica que acaba de fazer 10 anos está produzindo uma outra revolução – a de como preservar a reputação num mundo em que nunca estivemos tão expostos ao olhar alheio, através de equipamentos cada vez mais baratos e capazes de produzir flagrantes de todos os tipos, revelando transgressões que rapidamente podem se espalhar pelo planeta", ex-
Reputação e tecnologia Fotos: Divulgação
A obra e seu autor, Mario Rosa (à dir.): como a tecnologia devassa a vida das pessoas
plica Mário Rosa. Mas em vez de encarar essa realidade com pessimismo, o jornalista destaca vários pontos que comprovam a necessidade de as pessoas encararem uma nova postura, sejam elas ligadas ao poder público ou à vida privada. "Muitos ainda não compreenderam os avanços da internet nesses 10 anos. Não mudamos apenas uma década, mas sim uma nova era, que traz novos desafios para preservar a credibilidade de qualquer cidadão". Ele resume isso com o exemplo de um militante partidário que entra num elevador carregando uma mala supostamente cheia de dinheiro. "Ha-
OLHOS Um software detecta problemas de visão: www.penido burnier.com.br
via uma microcâmera no elevador. Esse sujeito não estava entrando apenas num elevador, mas sim nos lares de milhões de brasileiros pelo noticiário do horário nobre". Escândalos políticos aconteceram, nos últimos anos, quase sempre pautados pelo uso do aparato eletrônico. Primeiro foi o encontro de documentos (papéis) referentes ao caso de PC Farias no governo Collor. Depois veio o uso da imagem no governo de Itamar Franco (a foto do então presidente com uma modelo num flagrante de cima para baixo). No governo de Fernando Henrique Cardoso, foi o áudio que registrou conver-
sas suspeitas durante a privatização do sistema de telefonia. E por fim o mix áudioimagem que levou às tevês o lance de um funcionário do quinto escalão dos Correios recebendo uma propina de R$ 3 mil. "Isso tudo feito com uma maleta dotada de câmera comprada num camelô de Brasília!", ressalta o autor. Para Mário Rosa, essa popularização de equipamentos reforça a tese de que a nova tecnologia não dará trará força ao lado mais poderoso, como previa o livro "1984", de George Orwell, em que um Big Brother era apresentado como um sistema opressor pelo qual os poderosos iriam controlar os mais fracos através da tecnologia. Nas 372 páginas de "A Reputação na Velocidade do Pensamento Imagem e Ética na Era Digital", ele cita o exemplo dos soldados norte-americanos que fotografaram com câmeras digitais baratas os maus-tratos aos prisioneiros da penitenciária de Abu Ghraib, no Iraque, mandaram as imagens via internet e o resultado é que o presidente da nação mais poderosa do mundo sofreu um enorme desgaste mundial. Ou então o exemplo local da senhora idosa que durante meses filmou e fotografou traficantes agindo perto da casa dela, no Rio de Janeiro – material esse que foi usado como prova para a prisão dos criminosos. "Se as masmorras do Exército mais poderoso do planeta estão mais devassadas, você já parou para pensar em seu escritório ou na sua casa?", finaliza Mário Rosa.
TV digital é vulnerável às pragas virtuais uidado! Os vírus, que ameaçam computadores e telefones móveis, podem atacar também a TV digital. "Essa é uma das preocupações dos radiodifusores", afirmou José Marcelo do Amaral, diretor de Rede Record. O televisor digital parece um computador. Ele tem capacidade de processamento e armazenamento de dados. Para evitar esse tipo de praga virtual, as emissoras estudam criar autoridades certificadoras para garantir que o conteúdo que distribuem não contém código malicioso. As máquinas precisam ser imunes também ao ataque de transmissores de baixa potência, usados por pessoas mal intencionadas. Outras questões do mundo da informática, como a atualização de software e a pirataria, terão de ser enfrentadas pelos radiodifusores. (AE)
Cyro Fiuza
WEBMAIL O site Inova (www.inova.net) está oferecendo webmail gratuito por 30 dias
@ Ó RBITA
João Magalhães
Amazon Digital Video
blog Kokogiak do webmaster norteamericano Alan Taylor, está exibindo telas da futura página inicial da "Amazon Digital Video". Pelo que se pode ver nelas, o novo serviço incluirá um player de vídeo ao estilo do iTunes, da Apple, mas somente para Windows XP e NT. Repórteres do site CNET News perguntaram a um portavoz da Amazon se as telas eram verdadeiras. A resposta foi a seguinte: "Infelizmente, por norma da empresa, não podemos falar sobre o que vamos ou não fazer no futuro". Várias das
Divulgação
de Piratas do Caribe: O Baú da Morte. Bem cotados também estão Angelina Jolie, Ben Affleck, Adan Sandler e Julia Roberts. Entre os filmes de maior cotação figuram Indiana Jonas 4 e Homem Aranha 3. Para começar a operar no Hollywood Stock Exchange o futuro investidor recebe de cara dois milhões de dólares hollywoodianos. Link: http://www.hsx.com/
A cara do Zune, rival do iPod telas em questão já foram tiradas do ar, depois que a Amazon.com foi contatada pela reportagem do CNET
News. Mais informações podem ser obtidas através do link: http://www.kokogiak.com/
No Orkut, Lula perde e valesse a votação dos integrantes do Orkut, rede social do Google, o candidato Geraldo Alkmin estaria eleito presidente da República. Ele conta com 81.458 votos, o dobro que o povo do Orkut deu a Lula (46.541 votos). No calcanhar do petista está a
Bolsa de astros online olsa de Valores não é negócio feito só para empresas. As cotações de produções cinematográficas também sobem e descem no site Hollywood Stock Exchange. Lá, pode-se ganhar (ou perder) dinheiro (virtual) apostando no sucesso de filmes e seus atores. A boa do momento é comprar ações de Johny Depp, que está em alta, em razão do sucesso estrondoso
senadora Heloísa Helena, do PSOL, com 44.442 votos. Os simpatizantes de Alckmin estão eufóricos com a pesquisa, feita pela agência de notícias Reuters. Em uma comunidade dedicada a Alkmin, criada pelo estudante de Administração Pública, Thierry Besse, o
internauta pode colocar em sua foto digital um banner do candidato tucano com os dizeres "Não voto em quem não vai a debate", referência à ausência de Lula no primeiro confronto dos presidenciáveis, promovido pela TV Bandeirantes. Link:www.orkut.com
YouTube faz acordo com gravadoras YouTube, que já contabiliza 100 milhões de visitas por dia, irá oferecer, além de seu imenso arquivo de vídeos amadores, clips musicais dos grandes selos norte-americanos. Já está quase tudo acertado entre
as partes. Falta saber como o material será comercializado. Os criadores do YouTube estão estudando um modelo negócio, mas garantem desde já que não adotarão o pay-per-view. Link: www.youtube.com
Gizmodo, blog norteamericano especializado em lançamentos de novas tecnologias, exibe em primeira mão uma foto do protótipo do Zune, player digital que a Microsoft pretende colocar no mercado neste Natal. O design é muito semelhante ao do iPod, da Apple. Os fones de ouvido, porém, parecem menos vistosos que o produto da rival. Segundo o Gizmodo, cerca de 150 funcionários da Microsoft estão testando o player. É bem provável que o Zune
seja vendido com alguns clips musicais da EMI, terceira maior gravadora do mundo. Mas, de acordo com a agência de notícias Reuters, o bônus não incluirá sucessos de astros e estrelas da música pop. A oferta restringe-se a faixas de CDs de bandas alternativas. Link: www.gismodo.com
Estátuas excêntricas á muitas estátuas no mundo que assombram pela sua forma extravagante e, às vezes, porque são de um extremo ridículo. Um blog publicou fotos desses achados, como o robô "Mazinger Z", na estação Atocha, em Madri, na Espanha, a orelha com pés e mãos na universidade alemã de Tiebingen e o Monumento ao Turista, em Shangai, na China, que parece uma vagina gigante. Link: http://haha.nu/funny/strangestatues-around-the-world
AOL caça tesouro de spammer avis Wolfgang Hawke, mais conhecido como "rei do spammer", foi condenado no ano passado a pagar uma indenização de US$ 12,8 milhões à America Online (AOL). Mas até agora a
gigante da internet não recebeu nenhum tostão porque a fortuna de Hawke desapareceu misteriosamente. A AOL está levando geólogos e escavadeiras para um terreno de propriedade
dos pais de Hawke, no estado de Massachusetts, porque desconfia que o spammer enterrou seu tesouro lá. A inusitada busca está sendo acompanhada diariamente por blogueiros de todo o mundo.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 22 de agosto de 2006
ECONOMIA/LEGAIS - 7
Banco Credibel S.A.
UMA EMPRESA DO GRUPO
CNPJ 69.141.539/0001-67 Av. Paulista, 1.754 - 9º andar - Fone/Fax: (0XX11) 2171-7000 - Internet: http://www.credibel.com.br
RELATÓRIO DAADMINISTRAÇÃO Apresentamos as Demonstrações Financeiras relativas aos semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005, acompanhadas das Notas Explicativas e do parecer dos Auditores Independentes. Agradecemos aos nossos clientes pela preferência e aos colaboradores pela dedicação. São Paulo, 28 de julho de 2006 BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em milhares de reais) 2006 ATIVO Circulante Disponibilidades Aplicações interfinanceiras de liquidez Aplicações no mercado aberto Aplicações em depósitos interfinanceiros Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Carteira própria Vinculados a compromissos de recompra Instrumentos financeiros derivativos Vinculados à prestação de garantias Relações interfinanceiras Pagamentos e recebimentos a liquidar Créditos vinculados - depósitos no Banco Central do Brasil Créditos vinculados - correspondentes no País Operações de crédito Operações de crédito - setor privado Provisão para operações de crédito de liquidação duvidosa Outros créditos Carteira de câmbio Negociação e intermediação de valores Diversos Outros valores e bens Outros valores e bens Despesas antecipadas Realizável a longo prazo Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Carteira própria Operações de crédito Operações de crédito - setor privado Outros créditos Diversos Outros valores e bens Despesas antecipadas Permanente Investimentos Participações em controladas no País Imobilizado de uso Outras imobilizações de uso Depreciações acumuladas Diferido Gastos de organização e expansão Amortização acumulada Total do ativo
269.797 65 23.086 18.401 4.685 101.736 23.047 72.058 481 6.150 884 57 721 106 129.482 133.707 (4.225) 11.661 7.813 – 3.848 2.883 27 2.856 46.745 8.987 8.987 31.995 31.995 1.478 1.478 4.285 4.285 3.858 2.411 2.411 783 1.995 (1.212) 664 976 (312) 320.400
2006
2005
170.914 69.221 6.851 15.196 47.174 90.000 72.000 18.000 17 17 19 19 7.683 7.683 661 661 3.313 64 243 806 198 2.002 72.554 70.855 70.855 1.699 1.699 – – 76.932 86.376 86.376 – – (9.444)
79.302 19.739 6.722 2.137 10.880 56.887 56.887 – 157 157 41 41 – – 92 92 2.386 17 260 316 42 1.751 73.461 71.151 71.151 2.310 2.310 22 22 68.310 84.000 84.000 76 (18) (15.748)
2005 211.374 284 2.647 500 2.147 149.417 90.771 56.896 100 1.650 94 75 – 19 57.753 64.741 (6.988) 985 – 24 961 194 32 162 6.933 – – 6.754 6.754 179 179 – – 2.788 1.944 1.944 647 1.792 (1.145) 197 390 (193) 221.095
PASSIVO Circulante Depósitos Depósitos à vista Depósitos interfinanceiros Depósitos a prazo Captações no mercado aberto Carteira própria Carteira de terceiros Relações interfinanceiras Recebimentos e pagamentos a liquidar Relações interdependências Recursos em trânsito de terceiros Obrigações por empréstimos e repasses Empréstimos no exterior Instrumentos financeiros derivativos Instrumentos financeiros derivativos Outras obrigações Cobrança e arrecadação de tributos e assemelhados Sociais e estatutárias Fiscais e previdenciárias Negociação e intermediação de valores Diversas Exigível a longo prazo Depósitos Depósitos a prazo Outras obrigações Diversas Resultado de exercícios futuros Resultado de exercícios futuros Patrimônio líquido Capital Domiciliados no País Reserva de lucros Ajuste ao valor de mercado - TVM e derivativos Prejuízos acumulados
Total do passivo
320.400
221.095
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em milhares de reais) Ajuste ao valor de Capital Aumento Reservas de lucros mercado - TVM Prejuízos social de capital Reserva legal e derivativos acumulados Saldos em 31 de dezembro de 2004 64.000 20.000 – (139) (17.196) Aumento de capital 20.000 (20.000) – – – Ajuste ao valor de mercado - TVM e derivativos – – – 121 – Lucro líquido do semestre – – – – 1.524 Destinações do lucro: - Reserva legal – – 76 – (76) Saldos em 30 de junho de 2005 84.000 – 76 (18) (15.748) Saldos em 31 de dezembro de 2005 84.000 – – – (13.514) Aumento de capital 2.376 – – – – Lucro líquido do semestre – – – – 4.070 Saldos em 30 de junho de 2006 86.376 – – – (9.444)
Total 66.665 – 121 1.524 – 68.310 70.486 2.376 4.070 76.932
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em milhares de reais) 1. Contexto Operacional O Banco Credibel S.A. é um banco múltiplo, que opera com as carteiras comercial, inclusive câmbio, de crédito, financiamento e investimento.
b) Composição por prazo de vencimento:
2. Base de Preparação e Apresentação das Demonstrações Financeiras As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e normas e procedimentos do Banco Central do Brasil, segundo as seguintes práticas contábeis: a) Apuração do resultado: As receitas e despesas são apropriadas pelo regime de competência, observando-se o critério “pro rata” dia para as de natureza financeira. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro são registradas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez: As aplicações interfinanceiras de liquidez são apresentadas pelo valor de aplicação, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço. c) Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos: Os títulos e valores mobiliários são classificados de acordo com a intenção da Administração, nas seguintes categorias: Títulos para negociação; - Títulos disponíveis para venda; - Títulos mantidos até o vencimento. Os títulos classificados como para negociação e disponíveis para venda são avaliados, na data do balanço, pelo seu valor de mercado e os classificados como títulos mantidos até o vencimento são avaliados pelo seu custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço. Os títulos para negociação estão classificados no ativo circulante, independente do prazo de vencimento. Os ajustes ao valor de mercado dos títulos classificados para negociação são reconhecidos no resultado do período. Os ajustes ao valor de mercado dos títulos classificados como disponíveis para venda são contabilizados em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, líquido dos efeitos tributários, sendo transferidos para o resultado do período quando da efetiva realização, por meio da venda definitiva dos respectivos títulos e valores mobiliários. O Banco não possui títulos classificados na categoria disponíveis para venda em 30 de junho de 2006. Os instrumentos financeiros derivativos compostos pelas operações de “swap” e opções são contabilizados de acordo com os seguintes critérios: - operações de swap - o diferencial a receber ou a pagar é contabilizado em conta de ativo ou passivo, respectivamente, apropriado como receita ou despesa “pro rata” até a data do balanço; - operações com opções - os prêmios pagos ou recebidos são contabilizados no ativo ou passivo, respectivamente, até o efetivo exercício da opção, e contabilizado como redução ou aumento do custo do bem ou direito, pelo efetivo exercício da opção, no resultado, no caso de não exercício. Os instrumentos financeiros derivativos são avaliados, pelo valor de mercado, contabilizando a valorização ou a desvalorização conforme segue: - Instrumentos financeiros derivativos não considerados como “hedge” - Em conta de receita ou despesa, no resultado do período. - Instrumentos financeiros derivativos considerados como “hedge” - São classificados como “hedge” de fluxo de caixa. Os “hedge” de risco de mercado são destinados a compensar os riscos decorrentes da exposição à variação no valor de mercado do item objeto de “hedge” e a sua valorização é contabilizada em contrapartida às contas de receita ou despesa, no resultado do período. O “hedge” de fluxo de caixa são destinados a compensar a variação no fluxo de caixa futuro estimado e sua valorização ou desvalorização é contabilizada em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido. Os respectivos itens objeto de “hedge” são ajustados pelo valor de mercado na data do balanço. O Banco não possui instrumentos financeiros derivativos considerados como “hedge” em 30 de junho de 2006. Os vencimentos dos títulos e valores mobiliários, independentemente da classificação por categoria e estratégia constam na nota 3. d) Operações de crédito e provisão para créditos de liquidação duvidosa: As operações de crédito são classificadas de acordo com o julgamento da administração quanto ao nível de risco, levando em consideração a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos em relação à operação, aos devedores e garantidores, observando os parâmetros estabelecidos pela Resolução nº 2.682 do Banco Central do Brasil, que requer a análise periódica da carteira e sua classificação em nove níveis, sendo “AA” (risco mínimo) e “H” (perda). As rendas das operações de crédito vencidas há mais de 60 dias, independentemente de seu nível de risco, somente são reconhecidas como receita, quando efetivamente recebidas. As operações classificadas como nível “H” permanecem nessa classificação por 6 meses, quando então são baixadas contra a provisão existente e controladas, por cinco anos, em contas de compensação, não mais figurando no balanço patrimonial. As operações renegociadas são mantidas, no mínimo, no mesmo nível em que estavam classificadas. As renegociações de operações de crédito que já haviam sido baixadas contra a provisão e que estavam em contas de compensação, são classificadas como nível “H”, e os eventuais ganhos provenientes da renegociação somente são reconhecidos como receita, quando efetivamente recebidos. A provisão para créditos de liquidação duvidosa, considerada suficiente pela administração, atende ao requisito mínimo estabelecido pela Resolução nº 2.682 do Banco Central do Brasil, conforme demonstrado nas notas 4 e 5. e) Investimentos: Os investimentos em controladas são avaliados pelo método da equivalência patrimonial, com base em balanços levantados na mesma data. Os demais investimentos são avaliados ao custo de aquisição, deduzidos de provisão para perdas, quando aplicável. f) Imobilizado: É demonstrado pelo custo de aquisição, deduzido da respectiva depreciação acumulada. A depreciação é calculada pelo método linear, de acordo com taxas anuais que contemplam o prazo de vida útil estimada dos bens. g) Imposto de renda e contribuição social: A provisão para imposto de renda é calculada pela alíquota de 15%, acrescida do adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente a R$ 120 (R$ 240 para o período de um ano). A contribuição social foi computada pela alíquota de 9%. Em 30 de junho de 2006, foram constituídos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social, calculados sobre as diferenças temporárias, representadas pelo montante das despesas apropriadas e ainda não dedutíveis para fins de apuração do imposto e contribuição correntes. O total dos créditos tributários está registrado na rubrica “Outros créditos - diversos” no grupo dos ativos circulante e realizável a longo prazo.
Títulos Títulos públicos: Títulos para negociação: Letras do Tesouro Nacional - LTN Notas do Tesouro Nacional - NTN Títulos privados: Títulos mantidos até o vencimento: Cotas subordinadas de fundo de investimento em direitos creditórios Títulos para negociação: Ações de companhia abertas Outros papéis - CPR Instrumentos financeiros derivativos: Prêmios de opções
3. Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos: Composição da carteira de títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos: a) Composição da carteira 2006 Valor de Ajuste a Valor custo mercado contábil (1) Carteira própria: 32.532 (498) 32.034 Títulos para negociação: 23.545 (498) 23.047 Letras do Tesouro Nacional - LTN 13.090 19 13.109 Notas do Tesouro Nacional - NTN 7.111 (86) 7.025 Ações de companhia abertas 2.513 (431) 2.082 Outros papéis - CPR 831 – 831 Títulos mantidos até o vencimento: 8.987 – 8.987 Cotas subordinadas de fundo de investimentos 8.987 – 8.987 Vinculados a compromissos de recompra: 71.955 103 72.058 Títulos para negociação: 71.955 103 72.058 Letras do Tesouro Nacional - LTN 71.955 103 72.058 Vinculados à prestação de garantias: 6.141 9 6.150 Títulos para negociação: 6.141 9 6.150 Letras do Tesouro Nacional - LTN 6.141 9 6.150 Instrumentos financeiros derivativos: 895 (414) 481 Prêmios de opções 895 (414) 481 111.523 (800) 110.723 Instrumentos financeiros derivativos: Passivo: Operações de Swap 7 – 7 Vendas de opções de compra 1.091 (437) 654 1.098 (437) 661 (1) Reflete o valor contábil após a marcação a mercado, exceto os papéis classificados como títulos “Mantidos até o Vencimento”, cujo valor de mercado, em 30 de junho de 2006, é igual ao valor de custo, conforme segue: Custo Mercado Efeito MTM Carteira própria Cotas subordinadas de fundo de investimentos 8.987 8.987 – 8.987 8.987 –
Carteira própria: Títulos disponíveis para venda: Letras do Tesouro Nacional - LTN Letras Financeiras do Tesouro - LFT Títulos para negociação: Notas do Tesouro Nacional - NTN Ações de companhia abertas Vinculados a compromissos de recompra: Títulos disponíveis para venda: Letras do Tesouro Nacional - LTN Letras Financeiras do Tesouro - LFT Títulos para negociação: Notas do Tesouro Nacional - NTN Vinculados à prestação de garantias: Títulos para negociação: Notas do Tesouro Nacional - NTN Instrumentos financeiros derivativos: Prêmios de opções Instrumentos financeiros derivativos: Passivo: Operações de Swap Vendas de opções de compra
Valor de custo 90.804 87.232 81.920 5.312 3.572 2.421 1.151 56.917 55.013 25.007 30.006 1.904 1.904 1.662 1.662 1.662 175 175 149.558 1 128 129
2005 Ajuste a mercado (33) (22) (22) – (11) (17) 6 (21) (7) (7) – (14) (14) (12) (12) (12) (75) (75) (141) – (37) (37)
Valor contábil 90.771 87.210 81.898 5.312 3.561 2.404 1.157 56.896 55.006 25.000 30.006 1.890 1.890 1.650 1.650 1.650 100 100 149.417 1 91 92
O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários foi apurado com base na cotação obtida na ANDIMA. Os valores de mercado dos instrumentos financeiros derivativos são apurados pelas cotações divulgadas pelas bolsas especializadas e em alguns casos, quando da inexistência de liquidez ou mesmo cotações, são utilizadas estimativas de valores presentes e outras técnicas de precificações.
Títulos Títulos públicos: Títulos disponíveis para venda: Letras do Tesouro Nacional - LTN Letras Financeiras do Tesouro - LFT Títulos para negociação: Notas do Tesouro Nacional - NTN Títulos privados: Ações de companhia abertas Instrumentos financeiros derivativos: Operações de Swap - Diferencial a receber
Até De 31 a 30 dias 90 dias – – – –
De 91 a 180 dias – –
2006 De 181 a 360 dias 91.317 91.317
De 361 a 720 dias 7.025 7.025
Acima 720 dias – –
Total geral 98.342 98.342
–
–
–
91.317
–
–
91.317
– 2.082
– 416
– 415
– –
7.025 8.987
– –
7.025 11.900
–
–
–
–
8.987
–
8.987
– 2.082
– 416
– 415
– –
8.987 –
– –
8.987 2.913
2.082 –
– 416
– 415
– –
– –
– –
2.082 831
– – 2.082
– – 416
481 481 896
– – 91.317
– – 16.012
– – –
481 481 110.723
Até De 31 a 30 dias 90 dias – 142.216
De 91 a 180 dias –
2005 De 181 a 360 dias –
De 361 a 720 dias 5.944
Acima Total 720 dias geral – 148.160
– 142.216
–
–
–
– 142.216
– 106.898
–
–
–
– 106.898
– –
35.318 –
– –
– –
– 5.944
– –
35.318 5.944
– 1.157
– –
– –
– –
5.944 –
– –
5.944 1.157
1.157
–
–
–
–
–
1.157
–
–
–
100
–
–
100
– – 1.157 142.216
– –
100 100
– 5.944
– 100 – 149.417
4. Operações de Crédito As informações da carteira em 30 de junho de 2006 e 2005 são assim sumariadas: a) A composição da carteira de operações de crédito, por modalidade de operação está assim representada: 2006 2005 Capital de giro 36.343 11.086 Conta garantida 58.539 37.837 Títulos descontados 5.398 4.502 Financiamento rural 315 584 Crédito pessoal 5.770 84 Cheque especial – 43 Adiantamento a depositante 7 2 Financiamentos de veículos 46.149 1.546 Aquisição de créditos 13.181 15.811 Subtotal 165.702 71.495 Outros créditos adiantamento sobre contratos de câmbio 8.115 – Total 173.817 71.495 b) Diversificação da carteira por segmento de mercado: 2006 2005 Valor % Valor % Intermediários financeiros 13.181 7,58 11.510 16,10 Indústria 64.791 37,28 31.487 44,04 Comércio 9.249 5,32 11.053 15,46 Outros serviços 25.522 14,68 10.816 15,13 Pessoas físicas 61.074 35,14 6.629 9,27 173.817 100,00 71.495 100,00 c) Diversificação da carteira por vencimento: 2006 2005 Valor % Valor % Vencidas 2.055 1,18 6.019 8,42 A vencer Até 30 dias 37.254 21,43 18.344 25,66 De 31 a 60 dias 25.767 14,83 18.462 25,82 De 61 a 90 dias 27.705 15,94 12.932 18,09 De 91 a 180 dias 25.098 14,44 4.036 5,65 De 181 a 360 dias 23.943 13,77 4.948 6,92 Acima de 360 dias 31.995 18,41 6.754 9,44 171.762 98,82 65.476 91,58 Total 173.817 100,00 71.495 100,00 d) Diversificação da carteira por nível de concentração: 2006 2005 Valor % Valor % 10 maiores devedores 63.010 36,25 32.120 44,93 20 maiores devedores 83.767 48,19 48.617 68,00 50 maiores devedores 112.658 64,81 64.041 89,57 100 maiores devedores 119.176 68,56 65.950 92,24 150 maiores devedores 120.101 69,10 66.392 92,86 e) Composição da carteira por nível de risco: 2006 2005 Nível de Percentual Curso Total da Curso Total da risco de provisão normal Vencidas Carteira Provisão normal Vencidas carteira Provisão AA – 24.524 – 24.524 – 7.781 – 7.781 – A 0,50 72.537 – 72.537 363 8.280 – 8.280 41 B 1,00 47.706 142 47.848 478 34.183 3 34.186 341 C 3,00 23.654 305 23.959 719 13.073 65 13.138 394 D 15,00 1.375 195 1.570 236 213 636 849 127 E 30,00 678 167 845 253 96 21 117 35 F 50,00 423 103 526 263 – – – – G 70,00 202 114 316 221 949 1.731 2.680 1.876 H 100,00 663 1.029 1.692 1.692 901 3.563 4.464 4.174 171.762 2.055 173.817 4.225 65.476 6.019 71.495 6.988 5. Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa Nos exercícios findos em 30 de junho de 2006 e 2005, a provisão para créditos de liquidação duvidosa apresentou as seguintes movimentações: 2006 2005 4.817 22.501 Saldo inicial Complemento de provisão 1.571 714 Baixas contra a provisão (2.163) (16.227) Total 4.225 6.988 No exercício findo em 30 de junho de 2006, foram recuperados créditos anteriormente baixados para prejuízo, no montante de R$ 27 (R$ 12 em 2005).
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em milhares de reais, exceto lucro líquido por ação) 2006 28.859 21.957 6.902 – – (15.280) (12.585) (337) (92) (695) (1.571) 13.579 (9.770) 2.781 (5.792) (6.534) (1.213) 113 1.087 (212) 3.809 (249) 3.560 749 749 (239) 4.070 19,36
Receitas da intermediação financeira Operações de crédito Resultado de operações com títulos e valores mobiliários Resultado de operações de câmbio Resultado das aplicações compulsórias Despesas da intermediação financeira Operações de captação no mercado Resultado com instrumentos financeiros derivativos Resultado de operações de câmbio Operações de empréstimos e repasses Provisão para créditos de liquidação duvidosa Resultado bruto da intermediação financeira Outras receitas (despesas) operacionais Receitas de prestação de serviços Despesas de pessoal Outras despesas administrativas Despesas tributárias Resultado de participações em controladas Outras receitas operacionais Outras despesas operacionais Resultado operacional Resultado não operacional Resultado antes da tributação sobre o lucro e participações Imposto de renda e contribuição social Ativo fiscal diferido Participações estatutárias no lucro Lucro líquido do semestre Lucro líquido por ação - em R$
Origem de recursos Resultado ajustado do período Lucro líquido do semestre Depreciações e amortizações Resultado de participações em controladas Ajuste ao valor de mercado - TVM e derivativos Variação nos resultados de exercícios futuros Recursos de acionistas: Aumento de capital Recursos de terceiros: Aumento dos subgrupos do passivo circulante e exigível a longo prazo: Depósitos Captações no mercado aberto Instrumentos financeiros derivativos Relações interfinanceiras e interdependências Obrigações por empréstimos e repasses Redução dos subgrupos do ativo circulante e realizável a longo prazo: Aplicações interfinanceiras de liquidez Relações interfinanceiras e interdependências Alienação de bens e investimentos Imobilizado de uso Investimentos Aplicação dos recursos Inversões em: Imobilizado de uso Investimentos Aplicações no diferido Aumento dos subgrupos do ativo circulante e realizável a longo prazo: Aplicações interfinanceiras de liquidez Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Relações interfinanceiras e interdependências Operações de crédito Outros créditos Outros valores e bens Redução dos subgrupos do passivo circulante e exigível a longo prazo: Relações interfinanceiras e interdependências Instrumentos financeiros derivativos Outras obrigações Redução das disponibilidades Modificação na posição financeira: Início do período Final do período Redução das disponibilidades
Créditos tributários de impostos e contribuições Impostos e contribuições a compensar Devedores por depósitos em garantia Opções por incentivos fiscais Adiantamento e antecipações salariais Outros
2006 73.043 4.127 4.070 170 (113) – (1) 2.376 2.376 66.541
2005 82.168 1.597 1.524 174 (101) 121 (46) – – 80.496
65.836 32.719 24.958 447 29 7.683
66.180 11.083 55.097 – – –
– – – 705 5 700 73.732 377 127 250 172
14.191 13.309 882 125 125 – 82.858 478 478 – 69
70.768 10.325 13.044 603 35.139 5.880 5.777
78.790 – 41.671 – 36.684 289 146
2.415 – – 2.415 (689)
3.521 730 1.216 1.575 (690)
754 65 (689)
974 284 (690)
Os créditos tributários de impostos e contribuições foram constituídos sobre as diferenças temporárias indedutíveis. Em atendimento ao requerido pela Resolução nº 3.355, de 31 de março de 2006 e 3.059, de 20 de dezembro de 2002, do Banco Central do Brasil, o incremento, reversão ou a manutenção dos créditos tributários deverá ser avaliada periodicamente, tendo como parâmetro a apuração de lucro tributável para fins de imposto de renda e contribuição social em montante que justifique os valores registrados. No semestre findo em 30 de junho de 2006 os créditos tributários apresentaram as seguintes movimentações: Saldo Saldo 31/12/2005 Constituição Realização 30/06/2006 Imposto de renda Provisão para créditos de liquidação duvidosa 777 393 – 1.170 Prejuízo fiscal 700 216 – 916 Provisão para despesas de pessoal 256 220 (256) 220 Provisão para participação no lucro 52 60 (52) 60 Provisão para contingências 47 – – 47 Outras provisões 42 12 (42) 12 Total imposto de renda 1.874 901 (350) 2.425 Contribuição social Provisão para créditos de liquidação duvidosa 280 141 – 421 Base negativa da contribuição social 252 78 – 330 Provisão para despesas de pessoal 92 79 (92) 79 Provisão para participação no lucro 18 21 (18) 21 Provisão para contingências 17 – – 17 Outras provisões 15 4 (15) 4 Total contribuição social 674 323 (125) 872 Total geral 2.548 1.224 (475) 3.297 Com base no estudo técnico elaborado em junho de 2006, a administração acredita que os créditos tributários registrados em 30 de junho de 2006 tenham a expectativa de realização de: R$ 2.117 no 2º semestre de 2006, R$ 443 no 1º semestre de 2007, R$ 407 no 2º semestre de 2007, R$ 267 em 2008 e R$ 63 em 2010; e o valor presente do crédito tributário é estimado em R$ 2.652, utilizando aproximadamente a taxa média de captação de (15%) estimado para respectivos períodos de realização. Em 30 de junho de 2006, a Instituição não reconheceu créditos tributários de imposto de renda e contribuição social, no montante de R$ 2.349 (R$ 8.848 em 2005), referente a anos anteriores, sobre diferenças temporariamente indedutíveis de provisão de créditos de liquidação duvidosa. 7. Participações em Controladas
Capital social Patrimônio líquido Lucro líquido/prejuízo do semestre Participação Saldos no início do semestre Investimento Redução de capital Equivalência patrimonial Saldos no final do semestre
2006 2005 D.T.V.M. Corretora Consultoria D.T.V.M. Corretora (1) (2) (3) (1) (2) 1.520 27 250 800 27 2.072 92 249 1.862 82 109 4 (1) 97 4 99,96% 99,96% 99,99% 99,96% 99,96% 2.662 86 – 1.765 78 – – 250 – – (700) – – – – 109 5 (1) 97 4 2.071 91 249 1.862 82
(1) Credibel Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. (2) Credibel Corretora de Seguros S.A. (3) Credibel Consultoria Financeira Ltda. 8. Depósitos, Captações no Mercado Aberto e Obrigações por Empréstimos e Repasses a) Depósitos 2006 Vencimento Até De 31 a De 91 a De 181 a Acima em dias 30 dias 90 dias 180 dias 360 dias 360 dias Total À vista 6.851 – – – – 6.851 Interfinanceiros 6.114 2.002 7.080 – – 15.196 A prazo 4.160 7.274 16.486 19.254 70.855 118.029 17.125 9.276 23.566 19.254 70.855 140.076 b) Captações no mercado aberto 2006 Vencimento Até De 31 a De 91 a De 181 a Acima em dias 30 dias 90 dias 180 dias 360 dias 360 dias Total Carteira própria – – – 72.000 – 72.000 Letras do Tesouro Nacional - LTN – – – 72.000 – 72.000 Letras Financeiras do Tesouro - LFT – – – – – – Notas do Tesouro Nacional - NTN – – – – – – Carteira de terceiros – – 18.000 – – 18.000 Letras do Tesouro Nacional - LTN – – 18.000 – – 18.000 – – 18.000 72.000 – 90.000 c) Despesas de operações de captações no mercado 2006 Despesas de depósitos interfinanceiros 476 Despesas de depósitos a prazo 8.359 Despesas de operações compromissadas 3.573 Despesas de contribuições ao Fundo Garantidor de Crédito - FGC 177 12.585 d) Obrigações por empréstimos e repasses 2006 Vencimento Até De 31 a De 91 a De 181 a Acima em dias 30 dias 90 dias 180 dias 360 dias 360 dias Total Obrigações por empréstimos Empréstimos no exterior 3.293 2.195 2.195 – – 7.683
2005 Total 6.722 2.137 82.031 90.890 2005 Total 56.887 25.000 30.001 1.886 – – 56.887 2005 183 6.797 2.309 125 9.414 2005 Total –
9. Outras Obrigações - Diversas a) Fiscais e previdenciárias 2006 218 158 148 135 147 806
Impostos e contribuições sobre salários PIS/COFINS CPMF a recolher Imposto sobre operações com títulos de renda fixa Outros
2005 185 88 21 6 16 316
b) Diversas
2005 Circulante 10 116 484 – 118 233 961
2005 19.241 7.969 9.719 30 1.523 (10.713) (9.414) (585) – – (714) 8.528 (6.713) 551 (4.145) (3.046) (587) 101 761 (348) 1.815 (31) 1.784 – – (260) 1.524 7,49
DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em milhares de reais)
6. Outros Créditos - Diversos 2006 Longo Circulante prazo 2.560 737 680 – – 562 – 179 185 – 423 – 3.848 1.478
A Administração
Longo prazo – – – 179 – – 179
2006
Provisão para pagamentos a efetuar Provisão para contingências trabalhistas Provisão para ações indenizatórias Provisões para outros passivos Credores diversos - País
Circulante 1.810 – – 2 190 2.002
2005 Longo Longo prazo Circulante prazo – 1.088 – 480 – 292 1.219 – 2.018 – 663 – – – – 1.699 1.751 2.310 continua
8
TV Digital Livros Fotografia Games
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 22 de agosto de 2006
FAZER RETRATOS É UMA ARTE — COM QUALQUER CÂMERA
O fotógrafo tem de identificar os ângulos mais favoráveis para fazer um bom retrato
Ana Maria Gariglia
RETRATOS O virtuosismo do retrato depende do fotógrafo. As novas câmeras ajudam. Técnicas como utilizar fundo pouco nítido em relação ao primeiro plano, prestar atenção aos maneirismos dos retratados e utilizar a iluminação para ressaltar o tom da pele contribuem para bons resultados
Ana Maria Guariglia m todas as categorias das câmeras digitais, da mais simples, hoje de 3 MP, até as de maiores resoluções, como 10 MP, se encontra a modalidade retrato, representada pelo ícone de um busto. Isso acontece porque o retrato é uma das práticas mais antigas da fotografia e, com os recursos das digitais, essa experiência pode se transformar em um hábito freqüente. O retrato é tão importante que, nos velhos tempos, pelo menos uma vez por ano, as famílias se reuniam em estúdios para registrar em preto-e-branco seus membros e os patriarcas, todos dispostos a ter suas imagens imortalizadas. Essa modalidade também foi popularizada pelos pintores de todos os tempos. O retrato ou portrait nas digitais foi colocado como opção da exposição automática justamente para descomplicar o enquadramento e a i l u m i n ação. Mas não bastam as competências técnicas e as exposições certinhas – a digital permite deletar o retrato que não sair bem. O v i rt u o s is m o do retrato de-
pende do olhar do fotógrafo, de uma certa sensibilidade e de uma dose de criatividade. Dessa forma, poderá captar o clima propício e interpretar a individualidade do retratado em seus aspectos peculiares. Como fazer Qualquer tipo de cenário pode ser significativo, embora alguns possam não contribuir para destruir o clima e a composição. É bom que o fundo fique menos nítido em relação ao primeiro plano. A iluminação dá o toque do clima, ressaltando a textura da pele e os contornos do rosto e a naturalidade. Os retratistas sempre exploram os olhos e a boca, que são os traços mais capazes de indicar a expressão habitual do rosto. Na composição, é bom prestar atenção nos maneirismos e expressões características do retratado. Apesar dos cuidados, valem a originalidade e o registro e certas poses instantâneas antes que desapareçam. Grandes retratistas, como Youssuf Karsh (1908-2002), tornaram-se célebres ao reproduzir a personalidade dos seus modelos. Karsh se preocupava com o ambiente e os traços do modelo para sugerir sua posição pessoal e profissional. Um dos segredos era a iluminação e o enquadramento. Fotografou o escritor Bernard Shaw e a rainha Elizabeth 2a da Inglaterra. A maior parte dos retratos feita pelos amadores e até por profissionais está na categoria dos
informais, valendo até as poses. As digitais são ótimas para essa modalidade, mas contam com as habilidades do fotógrafo. Se você quer apurar seus conhecimentos na técnica e na arte do retrato, é bom ficar sempre esperto e tomar decisões imediatas ao se deparar com gestos e posturas que vão identificar a pessoa que deseja registrar. Para ter boa iluminação, não precisa de um estúdio e refletores de luz contínua. Você pode aproveitar a luz solar como projetor e para produzir sombras suaves sobre o rosto, o sol deve ficar atrás do modelo, um pouco à direita ou à esquerda. Se ficar diretamente voltada para o sol, a pessoa corre o risco de semicerrar os olhos. Com flash, use a indicação automática da câmera. O ponto de vista também destaca a pessoa. Uma dica é deslocá-la do centro da foto. A posição da cabeça tem importância crítica numa foto de frente e, às vezes, pouco favorece a pessoa. As imagens de perfil se diferenciam pelas linhas do nariz, do queixo e a forma da cabeça. Às vezes, não fornecem informação sobre o retratado, mas são curiosas e interessantes. Ao clicar crianças, não se incline, fotografando de cima para baixo. Essa postura passa uma atmosfera de inferioridade. O melhor é se agachar e ficar no plano dos baixinhos. A mesma postura se aplica às
pessoas sentadas ou de pouca altura. Para não cometer erros de ponto de vista, a fórmula equivale manter a câmera ao nível dos olhos. A pintura pode disfarçar características e imperfeições do rosto, mas a câmera digital (também a convencional) registra sem piedade tudo o que é mostrado. Cabe ao fotógrafo descobrir e identificar os ângulos mais favoráveis, mesmo que em algumas ocasiões quebre as normas de iluminação e de enquadramento. A fotografia digital permite que o fotógrafo corrija algumas imperfeições da foto. Depois de pronta, utilize o programa de manipulação que acompanha a câmera. Na maioria das vezes, os retoques podem produzir resultados mais favoráveis, podendo também acrescentar objetos ou extraí-los, clarear ou escurecer os fundos ou o segundo plano. Entre outras operações, é poderá puxar o contraste e o brilho do rosto e até apagar rugas ou imperfeições da pele. Tome apenas cuidado para não tirar as particularidades do retratado. Para saber mais: www.herba rio .c om. br/ fot ow eb/ teleobj.htm
GAMES
Do cinema direto para o PC Por Fábio Pelegrini
ssa é a sensação ao se jogar o DVD-ROM Carros, produção da Pixar. Aproveitando a carona do lançamento do filme no cinema, a Positivo Informática acaba colocar nas prateleiras brasileiras as aventuras do Relâmpago McQueen. Como o filme, o jogo garante diversão para toda a família, com fortes emoções em alta velocidade, situações cômicas e um grande aprendizado. A história conta a aventura de um carro de corridas ambicioso, o Relâmpago McQueen, que já em sua primeira temporada na Copa Pistão quer torna-se um astro: ser o primeiro estreante a vencer o campeonato. Tudo isso para conseguir um patrocínio com a cobiçada Dinoco. Achando que não precisa de
ajuda de ninguém, nosso herói sente nos pneus a que ponto a sua arrogância pode levá-lo. Na última corrida, seus dois pneus traseiros estouram próximo ao final, levando seus arqui-rivais Rei e Chicks cruzarem a linha de chegada juntamente com ele. A partir daí para experimentar as sensações vividas pelos carros protagonistas do filme, o usuário pode começar o jogo pelo modo "História" – um tipo de tutorial do game. O modo possibilita dois níveis de dificuldade: "Compacto" para fazer o reconhecimento do circuito e explorar a cidade de Radiator Spring, e o "Integral", que já traz uma aventura completa do nosso herói. O jogador deverá escolher um carro personagem para entrar no modo "Arcade" ou "Versus" e ficar de olho na tela para
acompanhar o seu desempenho e de seus adversários. Na opção "Arcade" é possível participar das "Corridas de Estrada", das provas da "Copa Pistão" ou ainda disputar os minigames que são destravados à medida que o usuário evoluiu na partida. Esses minijogos remetem a situações hilárias do filme. Em um deles, por exemplo, o desafio é tombar os tratores no "Campo de Frank", exatamente como Mate e Relâmpago fizeram em uma das cenas mais divertidas do longa-metragem. Nas "Corridas de Estrada", a sugestão é mostrar toda suas habilidades nas ruas de Radiator Springs com Relâmpago McQueen, em mais de 20 provas de queimar o asfalto. Nas provas da "Copa Pistão" voe pela pista com o Relâmpago McQueen em cinco corridas de alta
Divulgação
velocidade e tente tirar Chick Hicks de vez do caminho. O modo "Versus" leva o jogador a uma partida contra um amigo, bastando para isso configurar o teclado para dois jogadores e pisar fundo no acelerador, ou melhor, pressionar rapi-
damente as teclas necessárias. Apesar de ser extremamente fácil de se jogar, é possível escolher o nível de dificuldade entre novato, profissional, campeão ou treino. Cenários – A qualidade gráfica e sonora é de primeira. Os belos cenários e desenhos feitos por computador mostra porque a Pixar é uma das líderes no que faz. São efeitos de primeira, o que remete o jogador a uma imersão a história do filme, com toda a emoção proposta. Durante os jogos, o usuário tem a opção de recolher bônus que servem para destravar mais personagens de Carros. O gamer pode alcança bônus colecionando raios, realizando manobras legais durante as corridas, colecionando troféus e batendo e estabelecendo recordes.
CARROS Distribuição: Positivo Informática Tels: (41) 3316.7807 e 3316 7850 DDG: 0800 414636 Requisitos mínimos do sistema: Microsoft Windows 2000 ou XP, 256 de memória RAM, 512 MB RAM necessários para jogos com cinco ou seis jogadores, processador Pentium III de 1,2 GHz, ou AMD Athlon XP equivalente, 1,2 GB de espaço livre em disco, placa de vídeo GeForce2 / ATI 7500, com no mínimo 32 MB de VRAM e placa de som de 16 bits compatível com DirectX 9.0c (incluído no disco) e unidade de DVD-ROM. Preço sugerido: R$ 59,90 Faixa etária: Livre
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 22 de agosto de 2006
Banco Credibel S.A.
UMA EMPRESA DO GRUPO
8 -.ECONOMIA/LEGAIS continuação
CNPJ 69.141.539/0001-67 Av. Paulista, 1.754 - 9º andar - Fone/Fax: (0XX11) 2171-7000 - Internet: http://www.credibel.com.br
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em milhares de reais) 10. Patrimônio Líquido Em 30 de junho de 2006 e 2005, o capital social, totalmente subscrito e integralizado, é composto de 153.366 (148.470 em 2005), ações ordinárias nominativas sem valor nominal e 56.814 (55.000 em 2005), ações preferenciais nominativas sem valor nominal. Aos acionistas está assegurado um dividendo mínimo correspondente a 25% do lucro líquido remanescente do exercício, após constituição das reservas previstas em lei. Durante, o semestre findo em 30 de junho de 2006, não houve destinação do resultado. A Assembléia Geral Extraordinária realizada em 20 de março de 2006 aprovou o aumento de capital no valor de R$ 2.376, mediante a emissão de 6.710 ações, sendo 4.896 ordinárias e 1.814 preferenciais, sem valor nominal. Esse aumento de capital foi realizado, com aproveitamento do crédito de juros sobre o capital próprio, distribuídos no exercício findo em 31 de dezembro de 2005, no montante de R$ 2.380, deduzido do imposto de renda no montante de R$ 420. Em 5 de junho de 2006, foi homologado pelo Banco Central do Brasil, o aumento de capital social de R$ 84.000 para R$ 86.376, decidido na Assembléia Geral Extraordinária realizada em 20 de março de 2006.
13. Despesas Tributárias
11. Receitas de Prestação de Serviços
Participações estatutárias no lucro
Receitas de cobrança Receita bruta de TAC Receita de tarifa de emissão de TED Comissões sobre fianças Outras
2006 289 2.427 31 2 32 2.781
2005 300 67 33 80 71 551
2006 3.388 718 216 265 874 229 85 160 31 568 6.534
2005 890 415 95 208 333 120 37 275 – 673 3.046
2006 Despesas de impostos sobre serviços de qualquer natureza - ISSQN
139
22
Despesas de contribuição ao PIS e COFINS
966
509
Despesas de CPMF
78
33
Outras despesas tributárias
30
23
1.213
587
14. Imposto de Renda e Contribuição Social A apuração do imposto de renda e contribuição social correntes são demonstrados como segue: Resultado antes do imposto de renda e contribuição social
2006
2005
3.560
1.784
(239)
(260)
3.321
1.524
Adições (Exclusões) Permanentes
245
(58)
Resultado de participação em controladas
(113)
(101)
Despesas/provisões indedutíveis e outras
383
43
Outras rendas operacionais - dividendos
(25)
–
(8.459)
(5.057)
Temporárias
12. Outras Despesas Administrativas Serviços de terceiros Processamento de dados Comunicações Aluguéis Serviços do sistema financeiro Manutenção e conservação de bens e material Despesas de viagens Promoções, propaganda e publicidade Despesas e contribuições filantrópicas Outras
2005
Provisão para créditos de liquidação duvidosa Créditos baixados para prejuízo
1.571
714
(10.441)
(5.757)
469
(14)
Provisão para despesa de pessoal
1.104
–
Realização de provisões operacionais
(1.401)
–
Ajuste MTM
239
–
(4.893)
(3.591)
Participações estatutárias no lucro - funcionários Base de cálculo do imposto de renda e contribuição social 15. Transações com Partes Relacionadas
Em 30 de junho de 2006 e 2005, as transações com partes relacionadas observam prazos e condições usuais de mercado, e estão assim sumariadas:
O CONSELHO DAADMINISTRAÇÃO
A DIRETORIA
2006 2005 Depósitos Depósitos Despesa de Depósitos Depósitos Despesa de à vista a prazo captação à vista a prazo captação Credibel D.T.V.M. Ltda. 1 – – 2 – – Credibel Corretora de Seguros S.A. – 89 (7) 1 80 (7) Credibel Consultoria Financeira Ltda. 249 – – – – – ACRTS Associação Cultural e Renov. Tecnologia Sorocabana 2 19.232 (1.380) 8 14.986 (1.184) Tolvi Participações S.A. (a) 186 – – 1.087 4.269 (465) CSM - Cartões de Segurança Ltda. 3 23.100 (1.877) 977 17.416 (1.162) Selte Servs. Eletr. Telefônicos Ltda. 79 15.490 (1.343) 2 2.224 (199) SPL Construtora e Pavimentadora Ltda. 1.244 15.474 (727) 930 7.447 (642) Splice do Brasil Telecomunicações e Eletrônica S.A. 90 – – 105 8.262 (439) Splice Indústria, Comércio e Serviços Ltda. 492 9.109 (582) 13 1.614 (249) TV Rouxinol S.A. – 1.266 (91) 1 1.075 (88) Belpart Participações Ltda. (b) – – – 9 1.932 (158) Fixcel S.A. (b) – – – 3 2.025 (179) 2.346 83.760 (6.007) 3.138 61.330 (4.772) (a) Anteriormente Credibel Factoring Fomento Comercial S.A. (b) Empresa incorporada na Tolvi Participações S.A. 16. Contingências O Banco vem discutindo judicialmente, bem como vem respondendo a alguns processos nas esferas fiscal, cível e trabalhista. A Administração do Banco, baseada na opinião de seus assessores jurídicos, entende que são boas as chances de que os processos serão concluídos favoravelmente, sendo mantidas provisões em montantes julgados suficientes para cobrir eventuais perdas com os processos existentes. 17. Outras Informações a) Os avais e fianças concedidos totalizam R$ 627 em 30 de junho de 2006 (R$ 6.410 em 2005). b) Cessão de operações de crédito: O Banco firmou contratos de cessões de crédito, sem coobrigações, cujos valores contábeis e de cessões dos créditos, bem como os reflexos patrimoniais e no resultado do semestre, decorrentes das respectivas transações, cujos valores nas datas das transações são assim resumidos: 2006 Valor presente Valor recebido Valor Apropriação Valor futuro Rendas a na data da pela cessão apropriado dos custos de Resultado da carteira apropriar cessão dos créditos no resultado comissão da cessão 11.334 (4.439) 6.895 8.600 1.705 (1.049) 656 CONTADOR - José do Nascimento CRC 1SP 154.428/O-6
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Ilmos Srs. Diretores e Acionistas do Banco Credibel S.A. Examinamos os balanços patrimoniais do Banco Credibel S.A. levantados em 30 de junho de 2006 e 2005, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.
Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos do Banco; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam adequadamente,
em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Credibel S.A. em 30 de junho de 2006 e 2005, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos correspondentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 28 de julho de 2006 Auditores Independentes S.S. Flávio Serpejante Peppe CRC 2SP015199/O-6 Contador CRC 1SP172167/O-6
Luiz Carlos Nannini Contador CRC 1SP171638/O-7
Credibel Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda.
UMA EMPRESA DO GRUPO
CNPJ 01.963.219/0001-59 Av. Paulista, 1.754 - 9º andar - Fone/Fax: (0XX11) 2171-7000 - Internet: http://www.credibel.com.br
BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em milhares de reais) ATIVO Circulante Disponibilidades Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Carteira própria Outros créditos Diversos Realizável a longo prazo Outros créditos Diversos Total do ativo
Saldos em 31 de dezembro de 2004 Lucro líquido do semestre Destinações do lucro: - Reserva legal Saldos em 30 de junho de 2005 Saldos em 31 de dezembro de 2005 Redução de capital - em dinheiro Aumento de capital - com reservas Lucro líquido do semestre Destinações do lucro: - Reserva legal Saldos em 30 de junho de 2006
2006
2005
2.063 1 2.058 2.058 4 4 11 11 11 2.074
1.888 2 1.886 1.886 – – 11 11 11 1.899
PASSIVO Circulante Outras obrigações Fiscais e previdenciárias Patrimônio líquido Capital Domiciliados no País Reserva de capital Reserva de lucros Lucros acumulados Total do passivo
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em milhares de reais) Capital Aumento Reserva de Reserva de lucros social de capital capital Reserva legal 800 – 10 38 – – – –
2006
2005
2 2 2 2.072 1.520 1.520 10 54 488 2.074
37 37 37 1.862 800 800 10 43 1.009 1.899
Lucros acumulados 917 97
Total 1.765 97
– 800 800 – – –
– – 700 (700) 720 –
– 10 10 – – –
5 43 48 – – –
(5) 1.009 1.105 – (720) 109
– 1.862 2.663 (700) – 109
– 800
– 720
– 10
6 54
(6) 488
– 2.072
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em milhares de reais) a) Composição da carteira 1. Contexto Operacional: A Credibel Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. tem como objetivo principal subscrever emissões de títulos e valores mobiliários para revenda; intermediar oferta 2006 pública, comprar, vender e distribuir títulos e valores mobiliários no mercado; e administrar e custodiar Valor de Ajuste a Valor carteiras. 2. Base de Preparação e Apresentação das Demonstrações Financeiras: custo mercado contábil As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas Títulos e valores mobiliários no Brasil e normas e procedimentos do Banco Central do Brasil, segundo as seguintes práticas Títulos para negociação contábeis: a) Apuração do resultado: As receitas e despesas são apropriadas pelo regime de Letras do Tesouro Nacional - LTN 2.052 6 2.058 competência, observando-se o critério “pro rata” dia para as de natureza financeira. As operações com 2005 taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate e as receitas e despesas correspondentes ao Valor de Ajuste a Valor período futuro são registradas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. b) Títulos e custo mercado contábil valores mobiliários: Os títulos e valores mobiliários são classificados de acordo com a intenção da Títulos e valores mobiliários Administração, nas seguintes categorias: - Títulos para negociação; - Títulos disponíveis para venda; Títulos vinculados a compromisso de recompra - Títulos mantidos até o vencimento. Os títulos classificados como para negociação e disponíveis para Notas do Tesouro Nacional - NTN 1.886 – 1.886 venda são apresentados no ativo circulante e avaliados, na data do balanço, pelo seu valor de mercado Os valores de mercado dos títulos públicos foram apurados com base nas cotações obtidas na e os classificados como títulos mantidos até o vencimento são avaliados pelo seu custo de aquisição, ANDIMA. 4. Outros Créditos - Diversos: Representados por opções por incentivos fiscais, líquidos acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do balanço. Em 30 de junho de 2006 e 2005 não de provisão para perdas julgada suficientes pela administração para fazer face aos valores prováveis existiam títulos classificáveis nas categorias de disponível para venda e mantidos até o vencimento, de realização. 5. Capital Social: O capital social está representado em 30 de junho de 2006 por bem como não existiam operações com instrumentos financeiros derivativos. c) Imposto de renda e 800.000 quotas, com valor nominal de R$1,90 cada quota, (em 30 de junho de 2005, 800.000 quotas contribuição social: A provisão para imposto de renda foi calculada à alíquota de 15%, acrescida do como valor nominal de R$ 1,00), totalmente integralizadas pelos cotistas domiciliados no País. adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente a R$ 120 no semestre (R$ 240 no exercício). Conforme Alteração do Contrato Social de 15 de julho de 2005, o capital da Distribuidora foi aumentado A contribuição social foi constituída à alíquota de 9%, considerando em suas bases de cálculo os ajustes em R$700, passando de R$800 para R$1.500. Conforme decisão da administração em 6 de fevereiro por adições e exclusões. 3. Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos: de 2006, o capital da Distribuidora foi reduzido em R$700, passando de R$1.500 para R$800. A redução do capital foi aprovada pelo Banco Central do Brasil em 9 de março de 2006. Conforme Composição da carteira de títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos: A DIRETORIA
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em milhares de reais, exceto o lucro líquido por quota) 2006 188 182 – 6 188 (79) (65) (14) – 109 109 – – – 109 0,14
2005 175 154 21 – 175 (38) (27) (8) (3) 137 137 (40) (25) (15) 97 0,12
DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em milhares de reais) 2006 Origem de recursos 723 Resultado ajustado do período 109 Lucro líquido do semestre 109 Recursos de terceiros: 614 Redução dos subgrupos do ativo circulante e realizável a longo prazo: 614 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 614 Aplicação de recursos 727 Recursos de acionistas: 700 Redução de capital 700 Aumento dos subgrupos do ativo circulante e realizável a longo prazo: 4 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos – Outros créditos 4 Redução dos subgrupos do passivo: 23 Outras obrigações 23 Redução das disponibilidades (4) Modificações na posição financeira: Início do período 5 Final do período 1 Redução das disponibilidades (4)
2005 97 97 97 – – – 104 – – 96 96 – 8 8 (7)
Receitas da intermediação financeira Resultado de operações com títulos e valores mobiliários Resultado com instrumentos financeiros derivativos Resultado das aplicações compulsórias Resultado bruto da intermediação financeira Outras receitas (despesas) operacionais Outras despesas administrativas Despesas tributárias Outras despesas operacionais Resultado operacional Resultado antes da tributação sobre o lucro Imposto de renda e contribuição social Provisão para imposto de renda Provisão para contribuição social Lucro líquido do semestre Lucro líquido por quota - em R$
9 2 (7)
alteração do contrato social de 26 de abril de 2006, o capital da Distribuidora foi aumentado em R$720, passando de R$800 para R$1.520, mediante a incorporação de parte dos lucros acumulados, estando pendente de homologação pelo Banco Central do Brasil. 6. Transações com Partes Relacionadas: Em 30 de junho de 2006 e 2005, as transações com partes relacionadas, observam prazos e condições usuais de mercado, e estão assim sumariadas: Banco Credibel 2006 2005 Ativo Disponibilidades 1 2 Total 1 2 CONTADOR - José do Nascimento - CRC 1SP154428/O-6
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Ilmos. Srs. Administradores e Cotistas da Credibel Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. Examinamos os balanços patrimoniais da Credibel Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda., levantados em 30 de junho de 2006 e 2005, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.
Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da Distribuidora; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Distribuidora, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam adequadamente, em
todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Credibel Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. em 30 de junho de 2006 e 2005, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos correspondentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 28 de julho de 2006 Auditores Independentes S.S. Flávio Serpejante Peppe CRC 2SP015199/O-6 Contador CRC 1SP172167/O-6
Luiz Carlos Nannini Contador CRC 1SP171638/O-7
FORAM ABERTAS 155.455 VAGAS NO MÊS DE JULHO. O RESULTADO É O SEGUNDO MELHOR DESDE 2004.
EMPREGO FORMAL ESTÁ EM ALTA A 31,4
s empresas brasileiras criaram 154.357 empregos com carteira assinada em julho passado. Embora inferior ao do mês de junho, quando 155.455 vagas foram abertas, o resultado foi o segundo melhor já registrado para o mês, perdendo apenas para julho de 2004, quando o saldo líquido de empregos (contratações menos demissões) chegou a 202.033. O número de empregos criados no mês passado foi ainda 31,4% maior do que o de julho de 2005, cujo saldo ficou em 117.473 vagas. Segundo o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Demitidos (Caged) indicam que a geração de empregos formais está se acelerando. Ele observou que, nos sete primeiros meses deste ano, foram criados 1.078.155 postos de trabalho. Embora o total ainda seja inferior ao do mesmo período em 2005
Antonio Cruz/ABr
por cento foi a taxa de crescimento no número de vagas de emprego em julho deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.
(1.083.776), a diferença entre os números de um ano e de outro vem caindo. Até junho, o ano de 2006 registrava 42.505 empregos a menos do que 2005. No mês passado, eram apenas 5.621 vagas. A queda levou Marinho a reafirmar a previsão de que o segundo semestre deste ano será melhor que o do ano passado. "Agosto, setembro e outubro seguramente superarão 2005", disse o ministro. O Caged mede a variação do emprego com
carteira assinada em todo o País mediante informação prestada pelas próprias empresas ao governo. Os dados não incluem as vagas do funcionalismo público nem empregados domésticos. Os setores que mais geraram emprego em julho foram serviços (52.118), comércio (28.085) e agricultura (27.748). A região em que mais vagas foram abertas foi a Sudeste (98.618), com São Paulo liderando a criação de novos postos de trabalho. As empresas do estado criaram 56.910 novas ocupações. Pela análise dos técnicos, o interior do País vem gerando mais empregos que os grandes centros urbanos. Enquanto as nove maiores áreas metropolitanas foram responsáveis por 53.326 novos empregos, o interior ofereceu 65.762 novas ocupações. A expansão do emprego no interior, segundo os técnicos, está relacionada a fatores sazonais, como o ciclo agrícola de vários municípios.
Para o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, o segundo semestre deste ano será melhor
No período de janeiro a julho, mais uma vez foi o setor de serviços que mais contribuiu para a geração de
empregos. Os serviços foram responsáveis pela geração líquida de 376.947 novos postos de trabalho. Em
segundo lugar veio a indústria de transformação, com 235.875 vagas; depois a agricultura, com 219.329. (AE)
4
CPMI Congresso Eleições Polícia Federal
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 23 de agosto de 2006
Há 10 anos, São Paulo tinha um agente penitenciário para cada dois presos. Hoje tem um agente para cinco. Aloizio Mercadante
OS PROJETOS PARA SÃO PAULO
SABATINA REALIZADA PELO GRUPO ESTADO COM ALOIZIO MERCADANTE Candidato ao governo de São Paulo, o senador Aloizio Mercadante (PT) bombardeou os tucanos que governaram o Estado nos últimos 12 anos nos quesitos segurança, desenvolvimento e guerra fiscal. Ele defendeu mais investimentos públicos e a implementação das Parcerias Público Privadas (PPPs).
Hoje o entr evistado é o candidato ao govern o paulista O restes Qué rc ia (PMDB). A manhã se rá Jo sé Serra (PSD B). E na se xta-feira será a vez da preside nciável Heloísa H elena (PSo l).
'NÃO É FALTA DE CADEIA, É FALTA DE GOVERNO'.
D
Márcio Fernandes /AE
bre a privatização da Linha 4 é justo. Ele criticou a negociação que envolve o metrô paulista, mas disse que é favorável à idéia de Parceria Público-Privada (PPP). "O motivo que levou os metroviários paulistanos à greve tem fundamento, porque a negociação da parceria entre Estado e setor privado deveria ter sido melhor negociada. Ele (setor privado) tem a garantia da bilhetagem, tem o aporte de R$ 75 milhões e investe menos de um terço. E com o que é que o setor privado fica? Fica com toda a receita da bilhetagem, durante 30 anos, toda a propaganda que for feita, todo o aluguel das estações, shoppings, lojas que foram feitas", comentou.
urante sabatina realizada ontem no auditório do Grupo Estado, o candidato ao governo de São Paulo, senador Aloizio Mercadante (PT), culpou o governo do PSDB pela onda de violência que atingiu o Estado. "O PCC nasceu, cresceu e se desenvolveu ao longo desse governo. Não é só falta de cadeia, é falta de governo", afirmou. Para Mercadante, o problema no governo paulista é que "está faltando entusiasmo". "É fadiga de material, depois de 12 anos de mando dos tucanos". Como o PSDB afirmou, "o Estado cresceu abaixo da média nacional, apenas 18% contra 67% dos outros Estados". Ele acusou os tucanos de "não terem enfrentado a guerra fiscal" e se disse favorável a dar incentivos, "mas não estímulo ilegal para atrair fábricas". A seguir, os principais temas abordados:
SEGURANÇA O primeiro grande equívoco da atual gestão na segurança pública, segundo ele, foi misturar, no mesmo presídio, réus primários com chefes do crime organizado. O candidato defendeu a separação dos presos em quatro níveis de periculosidade e o total isolamento dos chefes do crime organizado. As parceiras com a iniciativa privada, para trazer trabalho aos presídios, seriam uma forma de permitir ao preso aprender profissões e conseguir renda para quando deixar a cadeia, o que traria uma real perspectiva de recuperação e ressocialização. Além disso o salário da polícia civil de São Paulo é o segundo pior piso do Brasil. Faltam coisas simples, como por exemplo digitalizar as impressões digitais dos indivíduos fichados. "Há 10 anos existe software para isso. É muito mais eficiente, economiza tempo e muda o trabalho de investigação". O candidato do PT afirmou que a diminuição da proporção de agentes penitenciários para o número de presos foi "outro grande equívoco" que possibilitou o controle dos presídios pelo crime organizado. "Há 10 anos, São Paulo tinha um agente penitenciário para cada dois presos. Hoje, temos um agente para cinco. Então, um plantão do presídio tem mil presos e 30 agentes penitenciários. Isso fez com que os agentes do Estado transferissem o controle dos presídios para o crime organizado."
DESENVOLVIMENTO Seu primeiro grande de desafio, caso seja eleito governador, será retomar o desenvolvimento do Estado que cresceu apenas 18% quando a média nacional dos estados foi de 67%. O desempenho da economia paulista tem ficado aquém das suas tradições. "Nesses 12 últimos anos São Paulo cresceu muito abaixo da média do desenvolvimento do Brasil. Particularmente a indústria, chegou a crescer, entre 1996 e 2003, um terço do que cresceu a indústria dos demais Estados da Federação", comentou.
Mercadante expõe seus planos durante sabatina do Grupo Estado
AJUSTE FISCAL A questão fiscal, "hoje o maior problema do País", foi abordada de forma contundente. "O Estado não fez ajuste fiscal e não criou um regime de previdência social", disse. Segundo ele, São Paulo tem hoje despesas com aposentados e pensionistas de R$ 12 bilhões e receita de apenas R$ 2 bilhões déficit de R$ 10 bilhões. Ainda de acordo com o senador, 25% do funcionalismo público tem mais de 50 anos de idade e, nos últimos 12 anos, houve redução de 40 mil servidores ativos e aumento de 70 mil servidores ativos. Mercadante citou ainda o acúmulo de mais de R$ 17 bilhões em precatórios. Segundo o candidato, mais de 80% da receita de São Paulo provém do ICMS. "Se não houver crescimento econômico, não há receita para investimento", disse. Ele acusou os governos anteriores de não serem capazes de enfrentar a guerra fiscal com outros Estados. "O governo assistiu de forma passiva indústrias serem desmontadas em São Paulo para irem trabalhar na fronteira com o Mato Grosso do Sul", exemplificou. "A Constituição Estadual permite e exige do governador a defesa da economia do Estado". O petista disse ser favorável a incentivos em áreas como as regiões Nordeste e Norte, mas rejeitou estímulos fiscais "ilegais, inconstitucionais, sem transparência". "São Paulo não pode permitir isso", afirmou. Segundo ele, a inexistência de agências de desenvolvimento, fomento e inovação tecnológica prejudicou o Estado nos últimos anos. PREVIDÊNCIA Embora entenda que o governo federal realizou as mudanças necessárias no sistema de previdência do País, Mercadante alegou que, mesmo que a União não promovesse essa
reforma, não há justificativa para o Estado de São Paulo não ter criado fundos previdenciários para os servidores estaduais. "O que digo é que a lei criou a possibilidade de termos um regime de previdência pública com fundos em estados e municípios e isso não foi feito em 12 anos de governos tucanos", justificou. METROVIÁRIOS Mercadante disse que não apoiou a greve dos metroviários realizada na capital paulista na terça-feira passada. Mas ressaltou que o debate colocado pelos trabalhadores so-
PEDÁGIOS Ao criticar as privatizações feitas pelo governo do PSDB no Estado, Mercadante ressaltou que as estradas estaduais tiveram, em 10 anos, reajustes superiores a 200% do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), indicador que mede a inflação na cidade de São Paulo. "Evidente que eu não vou fazer aqui arroubos de voluntarismo e quebrar um ato jurídico". TREM-BALA Uma prioridade dele será a construção da linha do trembala (como existe no Japão), ligando São Paulo a Campinas, com a participação da iniciativa privada. "Pretendo restabelecer esta prioridade. O custo deste projeto é de R$ 2,7 bilhões em quatro anos. Com parceria com a iniciativa privada, dá para fazer", salientou, dizendo que o governo do PSDB foi "incapaz de pensar em projetos estruturantes" durante o período em que governou o Estado. (AE)
Eymar Mascaro
O peso do voto
O
comando de campanha do PT decidiu que Lula vai concentrar sua campanha no Sul e Sudeste, duas regiões em que a diferença para Geraldo Alckmin nas pesquisas é menor. No Sul, com cerca de 20 milhões de votos, Lula tem, segundo o Ibope, 35% de intenção de voto contra 26% de Alckmin. No Sudeste, com 50 milhões de eleitores, o petista surge com 37%, contra 25% de Alckmin. Nos últimos 20 dias, Lula visitou São Paulo (26 milhões de votos) quatro vezes, e fez o mesmo no Rio (11 milhões). Em São Paulo, Alckmin bate Lula por 38% a 35%. No Rio, o petista tem 45% e o tucano 15%.
VANTAGEM Apesar de vencer Lula em São Paulo, Alckmin perdeu alguns pontos no último mês, na região. Sua queda ocorreu no ABCD e na área de Campinas, dois importantes redutos eleitorais no Estado. Alguns tucanos atribuíram a queda ao "efeito PCC".
ESFORÇO Alckmin está recebendo pesquisas diárias feitas pelo Ibope, por telefone. O tucano quer recuperar a 2ª posição que perdeu para Heloísa Helena no Rio. O PFL quer que Alckmin aumente o poder de fogo contra Lula.
MINEIROS Lula ainda vence Alckmin nas pesquisas em Minas, mas o tucano está crescendo na região, que tem 13 milhões de eleitores. A recuperação gradual de Alckmin em Minas se dá com a intensificação da campanha desenvolvida pelo governador Aécio Neves e o ex-presidente Itamar Franco.
CONQUISTA Continua intensa a luta de Alckmin e Lula para atrair o apoio do governador Germano Rigotto (RS – PMDB). O Estado tem 7,5 milhões de eleitores, mas seu governador mantém a neutralidade. Rigotto não quer apoiar nenhum candidato a presidente no 1º turno.
Nordeste. O coordenador de sua campanha, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), continua afirmando que o tucano só vai crescer na região quando for mais conhecido dos eleitores.
DESCONHECIDO Segundo Sérgio Guerra, Alckmin é conhecido por apenas 50% do eleitorado nordestino. O candidato depende da projeção de sua imagem pela televisão, porque em alguns Estados (como na Bahia) PFL e PSDB brigam e prejudicam a sua candidatura na região.
DÚVIDA O comando da campanha tucana não consegue entender por que Lula arranca, por exemplo, apoio de 70% dos eleitores em Pernambuco (5,8 milhões de votos), Estado em que tem o apoio do exgovernador Jarbas Vasconcelos (PMDB), líder nas pesquisas como candidato ao Senado.
BAIANOS Embora o governador Paulo Souto (PFL) seja líder absoluto nas pesquisas como candidato à reeleição, Alckmin ainda não alcançou Lula na Bahia. O tucano é prejudicado pela briga pelo Senado que sustentam os candidatos Rodolpho Tourinho (PFL) e o ex-prefeito de Salvador, Antonio Imbassahy (PSDB).
JUSTIFICATIVA
MESMA COISA O mesmo se repete no Paraná (7 milhões de eleitores), com o governador Roberto Requião (PMDB). Também candidato à reeleição, a exemplo de Rigotto, Requião vai sustentando a neutralidade. O PMDB paranaense está rachado entre Alckmin e Lula.
AINDA NO SUL Apesar de contar com o apoio do ex-governador Luiz Henrique (PMDB), candidato à reeleição, Alckmin ainda não convenceu a unanimidade de prefeitos catarinenses do PSDB e do PFL. Alguns prefeitos dos dois partidos já estiveram com Lula. Em tempo: Santa Catarina concentra 4,3 milhões de eleitores.
IMBRÓGLIO Mas a maior preocupação de Alckmin continua sendo o
O tucano Lúcio Alcântara, candidato à reeleição ao governo do Ceará (5,3 milhões de votos) está usando (ou já usou) a imagem de Lula na sua campanha de tevê, com medo de que o adversário Cid Gomes (PSB) faça o mesmo. Em tempo: Cid é irmão do exministro Ciro Gomes, lulista juramentado.
CASSAÇÃO O presidente da CPMI dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), deverá divulgar hoje os 27 nomes de parlamentares que estão sendo investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sob acusação de envolvimento na chamada máfia das ambulâncias.
SUPREMO Além dos inquéritos contra esses 27 deputados, o STF já abriu processos contra outros 57 parlamentares também acusados de integrar o esquema . Ou seja, o Supremo investiga um total de 84 deputados e senadores. O relatório preliminar aprovado pela CPMI menciona um total de 90 parlamentares, e contra 72 deles já há pedidos de abertura de cassação de mandato.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 23 de agosto de 2006
LEGAIS - 5
BRAM - Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora deTítulos e Valores Mobiliários Empresa da Organização Bradesco CNPJ 62.375.134/0001-44 - Sede: Av. Paulista, 1.450 - 6o e 7o Andares - Bela Vista - São Paulo - SP Demonstração do Resultado dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil
Relatório da Administração
2006
Senhores Acionistas, Apresentamos a V.Sas. as Demonstrações Financeiras da BRAM – Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, elaboradas na forma da Legislação Societária, referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2006. A BRAM, empresa especializada na gestão de recursos de terceiros, atende aos segmentos do mercado, tais como Bradesco Prime, Bradesco Empresas, Corporate, Private, Varejo e Investidores Institucionais. Em 30 de junho, 3.387 mil eram os investidores em 430 Fundos e 100 Carteiras Administradas, representando R$ 122,110 bilhões. No semestre, a Bram Distribuidora registrou Lucro Líquido de R$ 32,989 milhões, correspondente a R$ 3.538,81 por lote de mil ações, e Patrimônio Liquido de R$ 127,223 milhões. Agradecemos aos nossos clientes pelo apoio e confiança e aos nossos funcionários e colaboradores pela dedicação ao trabalho. São Paulo, SP, 3 de agosto de 2006. Diretoria
Balanço Patrimonial em 30 de junho – Em Reais mil ATIVO
2006
2005
PASSIVO
CIRCULANTE .................................................................................................. DISPONIBILIDADES ....................................................................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ................................................................................................ Carteira Própria ................................................................................................ Vinculados à Prestação de Garantias ............................................................ RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS ............................................................. Transferências Internas de Recursos .............................................................. OUTROS CRÉDITOS ....................................................................................... Rendas a Receber ........................................................................................... Diversos ..........................................................................................................
92.362 678
59.929 384
85.151 84.552 599 32 32 6.501 186 6.315
52.002 51.508 494 – – 7.543 3.017 4.526
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ..................................................................... OUTROS CRÉDITOS ....................................................................................... Rendas a Receber ........................................................................................... Diversos. .........................................................................................................
4.097 4.097 – 4.097
12.938 12.938 139 12.799
PERMANENTE ................................................................................................ INVESTIMENTOS ............................................................................................ Participações em Coligadas e Controladas - No País ................................... Outros Investimentos ...................................................................................... Provisões para Perdas .................................................................................... IMOBILIZADO DE USO .................................................................................... Outras Imobilizações de Uso .......................................................................... Depreciações Acumuladas ............................................................................. DIFERIDO ........................................................................................................ Gastos de Organização e Expansão .............................................................. Amortização Acumulada .................................................................................
52.919 32.962 32.604 570 (212) 1.328 3.745 (2.417) 18.629 39.674 (21.045)
30.861 7.617 7.313 516 (212) 1.572 3.497 (1.925) 21.672 39.658 (17.986)
T OT A L ..........................................................................................................
149.378
103.728
2006
2005
CIRCULANTE .................................................................................................. RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS ............................................................. Transferências Internas de Recursos .............................................................. OUTRAS OBRIGAÇÕES .................................................................................. Sociais e Estatutárias ..................................................................................... Fiscais e Previdenciárias ............................................................................... Diversas ..........................................................................................................
21.065 – – 21.065 11.956 4.221 4.888
6.373 66 66 6.307 – 2.547 3.760
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ........................................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES .................................................................................. Fiscais e Previdenciárias ............................................................................... Diversas ..........................................................................................................
1.090 1.090 932 158
1.959 1.959 1.675 284
PATRIMÔNIO LÍQUIDO ..................................................................................... Capital: - De Domiciliados no País .............................................................................. Reservas de Capital ........................................................................................ Reservas de Lucros ........................................................................................ Prejuízos Acumulados ....................................................................................
TOTAL ..............................................................................................................
127.223
95.396
97.150 79 29.994 –
97.150 24 – (1.778)
149.378
103.728
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil
EVENTOS
CAPITAL REALIZADO ATUALIZADO
RESERVAS DE CAPITAL
RESERVAS DE LUCROS
CAPITAL SOCIAL
OUTRAS
LEGAL
PREJUÍZOS ACUMULADOS
TOTAIS
ESTATUTÁRIA
SALDOS EM 31.12.2004 .................................................................................................................................... LUCRO LÍQUIDO ................................................................................................................................................. SALDOS EM 30.6.2005 ......................................................................................................................................
97.150 – 97.150
24 – 24
– – –
– – –
(9.481) 7.703 (1.778)
87.693 7.703 95.396
SALDOS EM 31.12.2005 .................................................................................................................................... ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ..................................................................................................... LUCRO LÍQUIDO ................................................................................................................................................. DESTINAÇÕES: - Reservas ............................................................................................................................... - Dividendos ............................................................................................................................
97.150 – – – –
43 36 – – –
448 – – 1.649 –
5.959 – – 21.938 –
– – 32.989 (23.587) (9.402)
103.600 36 32.989 – (9.402)
SALDOS EM 30.6.2006 .........................................................................................................................................
97.150
79
2.097
27.897
–
127.223
2005
RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ............................................ Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários .......................... RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ............................ OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ....................................... Receitas de Prestação de Serviços ............................................................... Despesas de Pessoal ..................................................................................... Outras Despesas Administrativas .................................................................. Despesas Tributárias ....................................................................................... Resultado de Participações em Coligadas e Controladas ............................. Outras Receitas Operacionais ........................................................................ Outras Despesas Operacionais ...................................................................... RESULTADO OPERACIONAL .......................................................................... RESULTADO NÃO OPERACIONAL ................................................................. RESULTADO ANTES DATRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO ............................. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ........................................ LUCRO LÍQUIDO ..............................................................................................
5.810 5.810 5.810 32.261 28.598 (13.766) (2.204) (2.437) 23.761 78 (1.769) 38.071 247 38.318 (5.329) 32.989
3.879 3.879 3.879 7.452 24.566 (11.606) (2.862) (2.078) 848 280 (1.696) 11.331 233 11.564 (3.861) 7.703
Número de ações ............................................................................................ Lucro por lote de mil ações em R$ .................................................................
9.322.059 3.538,81
9.322.059 826,32
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil 2006
2005
ORIGEM DOS RECURSOS ............................................................................. LUCRO LÍQUIDO .............................................................................................. AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO ...................................................................... Depreciações e Amortizações ........................................................................ Amortização de Ágio ....................................................................................... Resultado de Participações em Coligadas e Controladas .............................
25.062 32.989 (21.980) 252 1.529 (23.761)
14.148 7.703 917 236 1.529 (848)
RECURSOS DETERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Aumento dos Subgrupos do Passivo ........................................................... Relações Interdependências ........................................................................ Outras Obrigações ......................................................................................... - Diminuição dos Subgrupos do Ativo ............................................................ Relações Interfinanceiras e Interdependências ........................................... Outras Créditos .............................................................................................. - Alienação de Bens e Investimentos (Baixa por Incorporação) .................... Imobilizado de Uso ....................................................................................... - Dividendos Recebidos de Coligadas e Controladas ....................................
9.614 – 9.614 4.425 – 4.425 14 14 –
2.520 66 2.454 2 2 – – – 3.006
APLICAÇÃO DOS RECURSOS ....................................................................... DIVIDENDOS PAGOS E/OU DECLARADOS ................................................... INVERSÕES EM ............................................................................................. Imobilizado de Uso ......................................................................................... Investimentos ..................................................................................................
28.762 9.402 761 193 568
17.805 – – – –
INVERSÕES EM ............................................................................................. Imobilizado de Uso .........................................................................................
– –
91 91
APLICAÇÕES NO DIFERIDO .......................................................................... AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO ...................................................... Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos .......... Relações Interdependências .......................................................................... Outros Créditos ................................................................................................
15 18.584 18.552 32 –
66 17.648 15.273 – 2.375
(REDUÇÃO) DAS DISPONIBILIDADES ..........................................................
(3.700)
(3.657)
4.378 678 (3.700)
4.041 384 (3.657)
MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA
Início do Período ........................................................ Fim do Período ........................................................... (Redução) das disponibilidades ................................
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 1)
2)
3)
4)
CONTEXTO OPERACIONAL A BRAM – Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, tem como objetivo praticar operações e atividades pertinentes às disposições legais e regulamentares aplicáveis às sociedades da espécie, inclusive a administração de carteira de Valores Mobiliários por intermédio de carteiras de fundos, clubes de investimentos e outros assemelhados, alem da execução de outros serviços ou atividades correlacionados à administração de recursos, podendo, para tal fim, celebrar convênios, bem como comprar e vender participações societárias e participar como sócia ou acionista de outra Sociedade. É parte integrante da Organização Bradesco, sendo suas operações conduzidas de forma integrada a um conjunto de empresas, que atuam nos mercados financeiro e de capitais, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnológicos, e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto.
d) Investimentos O investimento relevante em controlada, foi avaliado pelo método de equivalência patrimonial. Os títulos patrimoniais da CETIP – Câmara de Custódia e Liquidação são avaliados com base no valor patrimonial, não auditado, informado pela CETIP, e os incentivos fiscais e outros investimentos foram avaliados pelo custo de aquisição, deduzidos de provisão para perda, quando aplicável.
APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil (BACEN), que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere a constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas.
f) Ativo diferido Está registrado ao custo de aquisição ou formação, líquido das respectivas amortizações acumuladas de 20% ao ano. O ágio na aquisição de investimentos, com base em expectativa de rentabilidade futura, possui amortização de 10% ao ano.
e) Ativo imobilizado Demonstrado ao custo de aquisição, líquido das respectivas depreciações acumuladas, calculadas pelo método linear de acordo com a vida útil-econômica estimada dos bens, sendo: móveis e utensílios e máquinas e equipamentos – 10% ao ano; sistema de processamento de dados – 20% a 50% ao ano; e sistema de comunicação e segurança - 10% ao ano.
g) Ativos e Passivos contingentes e Obrigações Legais – Fiscais e Previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM 489/05. • Ativos Contingentes: Não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações financeiras. • Passivos Contingentes: São constituídos levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade; e no posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como de perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente, devendo ser apenas divulgados nas demonstrações financeiras, e os classificados como remotos não requerem provisão e divulgação. • Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias: Decorrem de processos judiciais relacionados a obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade, que independente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras. h) Outros ativos e passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos.
PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial. b) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda - que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. c) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo) A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. Os créditos tributários sobre prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social serão realizados de acordo com a geração de lucros tributáveis. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Classificação por categorias e prazos
10) OUTRAS OBRIGAÇÕES a) Fiscais e previdenciárias 2006 Provisão para riscos fiscais .................................................. Impostos e contribuições sobre lucros a pagar ..................... Impostos e contribuições a recolher ...................................... Total ........................................................................................
Títulos para negociação Letras financeiras do tesouro ................ Certificados de depósito bancário ........ Notas do tesouro nacional .................... Letras do tesouro nacional .................... Total em 2006 ........................................ Total em 2005 ........................................
31 a 180 dias
– – – 17.249 17.249 –
46 779 – – 825 6.419
2005 Valor de mercado/ contábil (2)
Acima de 360 dias
181 a 360 dias 1.427 3.008 – 6.326 10.761 26.715
24.890 2.635 5.592 23.199 56.316 18.868
Valor de custo atualizado
26.363 6.422 5.592 46.774 85.151
Valor de mercado/ contábil (2)
Marcação a mercado
26.363 6.422 5.592 46.774 85.151
– – – – –
Valor de custo atualizado
Marcação a mercado
47.878 4.044 – 80
47.877 4.044 – 80
1 – – –
52.002
52.001
1
(1) As aplicações em cotas de fundos de investimento foram distribuídas de acordo com os papéis que compõem suas carteiras, preservando a classificação da categoria dos fundos. Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis, independentemente de sua classificação contábil; e (2) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado disponível, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custo atualizado reflete o valor das respectivas cotas que já estão a valor de mercado. b) Resultado de títulos e valores mobiliários Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 Títulos de renda fixa .............................................................................................................................................................................................................................................. 82 Aplicações em fundos de investimento ............................................................................................................................................................................................................... 5.753 Ajuste a valor de mercado .................................................................................................................................................................................................................................... (25) Total ....................................................................................................................................................................................................................................................................... 5.810 c) A BRAM - Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários não possuía posição de instrumentos financeiros derivativos em 30 de junho de 2006 e de 2005. 5)
OUTROS CRÉDITOS – DIVERSOS
2006 Provisão para pagamentos a efetuar ..................................... Provisão para passivos contingentes – trabalhistas ............ Total ........................................................................................
Créditos tributários (Nota 19c) .................................................................................................................................................................................................................................... Impostos e contribuições a compensar ..................................................................................................................................................................................................................... Adiantamentos e antecipações salariais ................................................................................................................................................................................................................... Depósitos em garantia de recursos fiscais ................................................................................................................................................................................................................ Aluguéis a receber ...................................................................................................................................................................................................................................................... Outros .......................................................................................................................................................................................................................................................................... Total .............................................................................................................................................................................................................................................................................
41 3.838 – 3.879
Empresa I – CONTROLADA Bradesco Templetom Asset Management Ltda. (1) ...................
Capital social
618
Quantidade de cotas possuídas (em milhares)
65.338
Participação no capital social
308
8.661 1.073 443 175 41 19 10.412
11.720 4.960 407 175 41 22 17.325
Lucro líquido ajustado
49,900%
47.617
Em 30 de junho - R$ mil Ajuste decorrente de avaliação (2) 2006 2005
Valor contábil 2006
32.604
2005
7.313
23.761
848
(1) Dados relativos a 30 de junho de 2006; e (2) Considera o resultado apurado a partir da aquisição e inclui variações patrimoniais da investida não decorrentes de resultado, bem como os ajustes por equalização de princípios contábeis, quando aplicáveis. b) Composição de outros investimentos
9) 2006
Investimentos por incentivos fiscais ..................................... Títulos patrimoniais ................................................................ Certificados de investimentos ............................................... Outros investimentos ............................................................. Subtotal .................................................................................. Provisão para perdas em investimentos por incentivos fiscais Total ........................................................................................ 7)
218 236 100 16 570 (212) 358
218 182 100 16 516 (212) 304
IMOBILIZADO DE USO Taxa Imóveis de uso: - Móveis e equipamentos de uso ................... - Sistema de segurança e comunicação ........ - Sistema de processamento de dados .......... Total em 2006 .................................................. Total em 2005 ..................................................
8)
Em 30 de junho - R$ mil 2005
10% 10% 20 a 50%
Custo 693 484 2.568 3.745 3.497
Em 30 de junho - R$ mil Valor Depreciação residual (348) (174) (1.895) (2.417) (1.925)
345 310 673 1.328 1.572
DIFERIDO O diferido é composto basicamente pelo ágio na aquisição de investimentos, fundamentado em rentabilidade futura, na Deutsche Bank Investimentos DTVM S.A., no montante de R$ 18.607 mil (2005 - R$ 21.666 mil), líquido de amortização que possui o seguinte fluxo de amortização: Em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 2005 ............................................................................................. – 1.528 2006 ............................................................................................. 1.528 3.059 2007 ............................................................................................. 3.059 3.059 2008 ............................................................................................. 3.059 3.059 2009 ............................................................................................. 3.059 3.059 2010 ............................................................................................. 3.059 3.059 2011 ............................................................................................. 3.059 3.059 2012 ............................................................................................. 1.784 1.784 Total dos Ágios ............................................................................ 18.607 21.666
4.704 342 5.046
3.702 342 4.044
12) RECEITAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS Referem-se a receitas pela gestão de recursos de terceiros, calculado com base em percentual definido em contrato de intermediação de negócios. 13) DESPESAS DE PESSOAL Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 Proventos ..................................................................................... Encargos sociais ......................................................................... Benefícios .................................................................................... Treinamento .................................................................................. Total ..............................................................................................
9.756 3.356 531 123 13.766
8.409 2.585 473 139 11.606
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005
ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS – FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS a) Ativos Contingentes No 1º semestre de 2006 não foram reconhecidos contabilmente ativos contingentes. b) Passivos Contingentes classificados como perdas prováveis e Obrigações Legais – Fiscais e Previdenciárias A empresa é parte em processos judiciais, de natureza trabalhista e fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades. As provisões foram constituídas levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e, no posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da empresa entende que a provisão constituída é suficiente para atender perdas decorrentes dos respectivos processos. O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial é mantido até o ganho definitivo da ação, representado por decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, ou a sua prescrição. I-
Comunicação ............................................................................... Aluguéis ....................................................................................... Depreciação e amortização ......................................................... Serviços técnicos especializados .............................................. Serviços de terceiros ................................................................... Despesas de viagens .................................................................. Processamento de dados ............................................................ Propaganda e publicidade ........................................................... Transporte ..................................................................................... Despesas de material .................................................................. Manutenção e conservação de bens .......................................... Contribuições filantrópicas .......................................................... Outras ........................................................................................... Total ..............................................................................................
490 329 252 247 237 199 92 81 71 65 28 – 113 2.204
Processos trabalhistas São ações ajuizadas por ex-empregados, visando a obter indenizações, em especial o pagamento de “horas extras”.
II - Obrigações Legais – Fiscais e Previdenciárias A empresa vem discutindo judicialmente a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmente provisionados não obstante as boas chances de êxito a médio e longo prazo, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos.
15) DESPESAS TRIBUTÁRIAS Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 Contribuição ao COFINS .............................................................. Impostos sobre serviços – ISS ................................................... Contribuição ao PIS/PASEP ........................................................ Impostos e taxas ......................................................................... Total ..............................................................................................
1.390 716 226 105 2.437
1.158 620 188 112 2.078
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 Amortizações de ágio .................................................................. Despesas diversas ...................................................................... Atualização monetária ................................................................. Total ..............................................................................................
1.529 174 66 1.769
Saldo em 30.6.2006
R$ mil Saldo em 30.6.2005
Trabalhista ......................................... 342 342 342 Fiscais e Previdenciárias ................... 2.015 2.015 2.015 c) Passivos Contingentes classificados como perdas possíveis A empresa mantém um sistema de acompanhamento para todos os processos administrativos e judiciais em que a instituição figura como “autora” ou “ré” e amparada na opinião dos assessores jurídicos classifica as ações de acordo com a expectativa de insucesso. Neste contexto os processos contingentes avaliados como de risco de perda possível não são reconhecidos contabilmente.
1.530 145 21 1.696
17) RESULTADO NÃO OPERACIONAL Em 30 de junho de 2006 refere-se à rendas de aluguéis, no montante de R$ 247 mil (2005 - R$ 233 mil). 18) TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR E EMPRESAS LIGADAS As transações com controlador e empresas ligadas foram efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações, foram eliminadas nas demonstrações financeiras: Em 30 de junho - R$ mil 2005 Receitas Ativos (passivos) (despesas)
2006
Disponibilidades: Banco Bradesco S.A. ..................................... Dividendos e juros sobre o capital próprio: Banco Bradesco S.A. ..................................... Banco Bradesco BBI S.A. .............................. Bradesco Templeton Asset Management Ltda. Aluguel: Banco Bradesco S.A. ..................................... Bradesco Templeton Asset Management Ltda. Serviços prestados: Bradesco S.A. CTVM ...................................... Banco Bradesco S.A. .....................................
Ativos (passivos)
Receitas (despesas)
678
–
384
–
(2.554) (9.402) –
– – –
– – 3.006
– – –
– –
(245) 124
– 41
(294) 233
– –
(4) –
– –
– (2)
19) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social
2006 Resultado antes do imposto de renda e contribuição social Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ............................ Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Participação em controlada ................................................... Despesas indedutíveis líquidas de receitas não tributáveis Outros valores ........................................................................ Imposto de renda e contribuição social do semestre ..........
Em 30 de junho - R$ mil 2005 38.318
11.564
(13.028)
(3.932)
8.079 (343) (37) (5.329)
288 (128) (89) (3.861)
b) Composição da conta de resultado de imposto de renda e contribuição social
III - Saldo das Provisões constituídas: Saldo em 31.12.2005
496 306 236 385 245 205 156 531 69 95 40 24 74 2.862
16) OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS
INVESTIMENTOS a) O ajuste decorrente da avaliação pelo método de equivalência patrimonial do investimento foi registrado em conta de resultado, sob a rubrica de “Resultado de participação em controlada”: Patrimônio líquido ajustado
Em 30 de junho - R$ mil 2005
11) PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital social O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é composto por 9.322.059 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. b) Juros sobre o capital próprio e/ou dividendos Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados correspondam, no mínimo, a 30% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária.
Em 30 de junho - R$ mil 2005
2006
6)
2.015 1.773 434 4.222
14) DESPESAS ADMINISTRATIVAS
2006 1 a 30 dias
2.015 2.295 843 5.153
b) Diversas
Em 30 de junho - R$ mil
Títulos (1)
Em 30 de junho - R$ mil 2005
2006 Impostos diferidos Constituição/(realização) no semestre, sobre adições/exclusões temporárias .................................................................. Utilização de saldos iniciais de: Base negativa de contribuição social ................................... Prejuízo fiscal ........................................................................ Subtotal .................................................................................. Impostos correntes Imposto de renda e contribuição social devidos ................... Imposto de renda e contribuição social do semestre ..........
Em 30 de junho - R$ mil 2005
202
394
(424) (1.255) (1.477)
(329) (966) (901)
(3.852) (5.329)
(2.960) (3.861)
CONTINUA
8
Tr i b u t o s Finanças Estilo Empresas
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 23 de agosto de 2006
UM AQUÁRIO DE LUXO PODE CUSTAR R$ 50 MIL
A moda atual é usar aquários, em vez de espelhos, como peças decorativas de banheiros e lavabos
Milton Mansilha/Luz
A A
lguns arquitetos descobriram um nicho de trabalho em que a concorrência quase não existe – a especialização na montagem de aquários usados como parte da decoração. Gisela Coelho, da Água e Estilo, é um desses profissionais. Trabalhando apenas com projetos exclusivos de aquários, ela diz que o objetivo da empresa é fugir daquela peça de mogno com detalhes em dourado, tão usada nas décadas passadas. "Um verdadeiro elefante branco, que acabava destoando do resto do ambiente." A Água e Estilo, de acordo com a arquiteta, se espelhou em empresas dos Estados Unidos, onde a procura por aquário como objeto de decoração é bem maior que aqui. "No Brasil, a atividade ainda está começando. Só de uns anos para cá passou a atrair um número maior de pessoas", diz. Segundo ela, os clientes estão atrás de um objeto decorativo e de uma aproximação com a natureza, nem que seja pequena. "Trato como arte os aquários que faço", comenta. A empresa fornece ainda uma equipe de estudantes de biologia para cuidar da manutenção dos projetos na casa dos clientes. E não precisa ter feito o aquário com a Água e Estilo para usufruir dessa mordomia. Grandes projetos O custo do serviço varia com o tamanho e tipo do aquário. Apesar de gostar de "todos" os seus projetos, um dos preferidos, conta a arquiteta, é uma peça de 7,5 metros de comprimento e 3,5 mil litros d'água, que foi colocada debaixo da escada de uma casa. O preço? Cerca de R$ 35 mil. Não pense, porém, que é preciso tanto dinheiro para ter um aquário em casa. A arquiteta diz que vende "muito" um modelo de cerca de 60 litros, usado como quadro ou no lugar do espelho do lavabo – como na loja Bendito Seja, onde a empresa tem duas peças expostas – por R$ 1 mil. "O ideal é que o lugar tenha boa ventilação e não é necessário muita iluminação", ensina. Hobbismo Diferentemente de Gisela, que trabalha com aquários, mas não pratica o aquarismo, os arquitetos André Longarço e Luca Galarraga, da empresa Aquabase, fizeram da paixão uma profissão. Hobbistas desde a década de 1970, os dois montaram em 2002 uma empresa de arquitetura de aquários devido à dificuldade de encontrar profissionais que fornecessem um "serviço de qualidade". Segundo Longarço, hobbista desde os sete anos, a procura por esse tipo de serviço tem aumentado bastante. "Mas não dá para viver só de montar aquário." Ele e o sócio
Prazer, beleza e natureza no meio da sala Aquarismo ganha mais adeptos. Peças são usadas para decoração
QUÁRIO
Milton Mansilha/Luz
aceitam outros trabalhos. Fora a parte estética, os arquitetos fornecem ainda toda a técnica necessária para a atividade. "Já vamos com o bolo pronto", diz Longarço. "Agimos como arquitetos, decoradores e designers." Ele conta que, devido à vitória da dupla em um concurso de aquarismo (leia matéria abaixo), as consultas de orçamento têm aumentado e até quatro projetos são executados por mês. Hoje, 50% dos clientes são hobbistas e os outros 50%, institucionais – empresa, hospital, restaurante, escritório. Antes, o número de clientes hobbistas chegava a 70%. Para Longarço, um aquário no hospital serve, por exemplo, para acalmar quem está na sala de espera. Em uma empresa, o objetivo é que o tempo não demore a passar para quem está esperando para ser atendido. A loja de equipamento para pesca Sugoi Big Fish, no shopping ABC, apesar de não vender peixes ornamentais, tem um aquário para atrair clientes. "Nos fins de semana, tem até congestionamento na porta, de tanta gente que pára para
ver os peixes", afirma o gerente Diogo Lafiandre. Um aquário, considerado "simples" por Longarço custa cerca de R$ 3 mil. O céu, porém, é o limite. A empresa já fez projeto de R$ 50 mil para um cliente que quis um aquário de 3 metros no seu apartamento. Atualmente, o aquário está desativado porque o dono foi viajar e ficará meses no exterior. Os peixes estão "hospedados" na Aquabase até a volta do proprietário. Longarço e o sócio Galarraga "odeiam" quando um cliente pede para montar o aquário debaixo de uma escada. "Não é um local nobre", sentencia o primeiro. Para eles, o aquário, além de estar no lugar de maior permanência social, tem de ser o ponto focal do ambiente. "Não dá para ter um aquário e uma TV de plasma juntos", diz Longarço. A Aquabase faz manutenção apenas em aquários montados pela empresa. Kety Shapazian
SERVIÇO
Água e Estilo: 3032-6498 Aquabase: 3487-5986
Concurso atrai até estrangeiros
C
Gisele Coelho, da Água e Estilo: no País, a atividade está só começando, mas já é febre nos Estados Unidos
onsiderado o mais importante do Brasil, o Concurso Brasileiro de Aqua-paisagismo (CBPA) atrai participantes até de outros países. Segundo o analista de sistemas Marne Campos, criador do portal Aquarismo Online e do concurso, tudo começou com um site pessoal sobre o hobby, praticado por ele desde os sete anos de idade, quando ganhou um aquário de uma prima. Hoje, além do portal, há o site do concurso e o de uma loja virtual criada por ele. Ao todo, são registradas cerca de 4 mil visitas por dia nos três endere-
ços. Aquaristas dos Estados Unidos, Portugal e Japão também acessam os sites e participam do CBPA, mas apenas como convidados, sem direito à premiação em dinheiro. Dificuldades Campos diz que quem está começando no aquarismo gasta mais porque perde muito peixe e compra equipamento mal-dimensionado. A culpa são das lojas que se dizem especializadas. "Tem muito lugar amador e o erro do lojista se reflete no cliente. Muita gente desiste do hobby no começo, porque acha que é caro e dá trabalho." (KS)
Milton Mansilha/Luz
Luiz Prado/Luz
Um aquário simples custa cerca de R$ 3 mil
Luiz Prado/Luz
Sugoi Big Fish atrai clientes pelo grande aquário
Milton Mansilha/Luz
Empresas especializadas oferecem profissionais para cuidar dos peixes ornamentais dos clientes
REX NA FAVELA. ESTÍMULO À LEITURA Ano 81 - Nº 22.197
São Paulo, quarta-feira 23 de agosto de 2006
R$ 0,60
Terceiro Setor
Jornal do empreendedor
17,9% do PIB são do Leão
Edição concluída às 23h50
E5
w w w. d co m e rc i o. co m . b r
O Conselho de Ética da Câmara, presidido por Ricardo Izar (na foto com Carlos Biscaia, do PT), quer punir os deputados acusados de envolvimento com a máfia das ambulâncias. Marcelino Fraga (PMDB) e Coriolano Sales (PFL), também suspeitos, renunciaram antes. Os processados apostam no curto período que resta desta legislatura para escapar da cassação. Pág. 12 Paulo Pampolim/Hype
R$ 15 milhões em notas falsas. Maior vítima é o comércio
Lula amplia vantagem Em nova pesquisa Datafolha, o presidente chega a 49% contra 26% de Alckmin. Na enterior, o placar era de 47% a 25%. Hoje, Lula seria reeleito no 1º turno. Página 8
Este valor foi registrado pelo BC em 2005. E a previsão é de que a fraude aumentará em 2006. Veja um pequeno guia de defesa do comerciante. E 1 Paulo Pampolin/Hype
Milson Mansilha/LUZ
Mais gás para o pequeno varejo Como o consumidor de comprinhas pode ser estimulado a gastar mais e melhor.E 6 Maurício Lima/AFP
HOJE Sol Máxima22º C. Mínima 8º C.
AMANHÃ Sol Máxima 25º C. Mínima 10º C.
Um sonoro "não" à proposta da Volks Metalúrgicos de São Bernardo foram às ruas (foto) contra plano de demitir 3,6 mil funcionários e cortar benefícios. Sindicalistas e direção da montadora devem conversar de novo até sexta-feira. Sindicato ameaça "endurecer". E 3
Nadando em dinheiro A arquiteta Gisele simboliza um tipo de comércio rendoso: projetos de decoração com aquários. E 8
Dida Sampaio/AE
Processos contra 67 sanguessugas
E conomia CUIDADO. PODE SER FALSA. DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 23 de agosto de 2006
1
No ano passado, o Banco Central apreendeu R$ 15,5 milhões em notas falsas.
Olh ier: "
Xav
O
ra"
xtu o a te
volume de notas falsas que circulam no mercado brasileiro cresceu no ano passado. E continua em alta este ano, tendo como principal vítima o comércio. Em 2005, segundo dados do Banco Central (BC), foram apreendidas 422,9 mil cédulas falsas, avaliadas em R$ 15,5 milhões – R$ 9,04 milhões a mais do que foi registrado em 2004. Neste ano, até o mês de julho, já foram encaminhadas à autoridade monetária para destruição 182,9 mil notas, no valor de R$ 7,1 milhões. E uma pesquisa feita pelo BC revelou que 74% dos estabelecimentos comerciais brasileiros já receberam dinheiro falsificado em algum momento. A nota falsa é colocada em circulação das mais variadas formas. Há casos de saque de cédulas em caixas eletrônicos e, até, na boca do caixa de agências bancárias, o que vem gerando ações na Justiça por danos morais movidas por clientes (veja texto nesta página). Para evitar ações desse tipo e, também, o constrangimento aos clientes, os bancos vêm adotando a postura de trocar a nota falsa por outra autêntica depois da comprovação de que a cédula foi realmente sacada de um de seus caixas. Mas, antes disso, é feito um levantamento do dia e horário da transação para verificar se as informações prestadas pelo cliente são verdadeiras. Segundo o superintendente de projetos especiais da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Jorge Higashino, os bancos também treinam seus funcionários para avaliar a reação do cliente quando ele apresenta uma nota falsa, afirmando que sacou de um caixa eletrônico. "Dá para perceber quando um cliente realmente sacou o dinheiro falso da instituição. A abordagem é diferente", conta. Experiência – Do lado do comércio, o conhecimento empírico de caixas e gerentes de lojas é a arma para evitar o recebimento de dinheiro falso. De acordo com a pesquisa do BC, 90% dos caixas que atuam no comércio têm o costume de checar a autenticidade das notas, de forma visual ou pelo tato. E, quando recebem uma cédula falsa, 72% devolvem para o consumidor. O gerente da loja Nelson Bolsas, Adofino Xavier Neto, por exemplo, verifica a autenticidade da nota pela textura do papel e presença da marca d'água. "Como trabalho muito com dinheiro, só de olhar percebo quando é falsa", comentou. A mesma tática é usada pela subgerente da AZ Calzature, Luciana Braga. "Sempre observo a marca d'água, a textura e a numeração do BC no canto inferior esquerdo da cédula. Com isso, nunca recebi uma que não fosse verdadeira", disse. A gerente da loja O Boticário da Rua São Bento, Vanessa Guizoelin, informou que, pelo fato de sempre estar atenta ao fato, nunca foi surpreendida pela fraude. "A maioria de nossas transações é feita com cartão de crédito ou débito, mas quando o pagamento é em dinheiro, verificamos a autenticidade de cada cédula", afirmou.
Apesar dos muitos itens de segurança, ninguém está livre de receber uma cédula de dinheiro falsa. Dados do Banco Central apontam um aumento no número de apreensões de notas falsas. E o comércio é uma das
Paulo Pampolin/Hype
principais vítimas. Para evitar prejuízos, lojistas se viram como podem. Uns investem na compra de equipamentos, outros apostam na visão ou no tato para escapar de uma possível fraude.
Ferre
ira: c
anet
a res
olve
Clientes recorrem à Justiça
A
A marca da linha d'água é um dos itens de segurança que pode ser visualizado para averiguar a autenticidade da nota
sofisticação dos falsificadores é tamanha que nem os bancos escapam da fraude, colocando dinheiro falso para saque nos caixas eletrônicos, o que tem gerado ações judiciais. Em uma das ações, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), o ministro Carlos Alberto Menezes determinou ao Banco do Brasil o pagamento de uma indenização de R$ 10 mil a Apolinário Gonçalves Marinho pelo constrangimento que sofreu com a retirada de uma nota falsa de um de seus caixas eletrônicos. Na ação, o cliente relatou que sacou o dinheiro do banco para pagar contas em outra instituição financeira e foi surpreendido com a acusação de que, no meio das notas que entregou ao caixa, havia uma falsa. Em outro processo, no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), a Credicard S.A. Administradora de Cartões de Crédito foi condenada a pagar R$ 3 mil a uma cliente que havia sacado R$ 200 em um caixa da rede Banco 24 Horas.
Jorge Higashino, do Banco Central, diz que é possível checar quando a nota falsa saiu do caixa eletrônico
Caneta – Já a rede de lojas Econômica resolveu comprar um detectador portátil de dinheiro falso depois de ter recebido uma nota de R$ 20. "A cópia era tão perfeita que não c o n s e g u i m o s i d e n t i f i c a r. Desde então, utilizamos a caneta Detecta para checar a autenticidade de notas suspeitas", contou o gerente Marcos Ferreira da Silva. Para o diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo, é importante que o varejo intensifique a qualificação de
seus funcionários para evitar prejuízos decorrentes dessa fraude. Até porque, segundo a pesquisa do BC, em 80% dos casos de recebimento de notas falsas, é o estabelecimento que assume o prejuízo. "Além da orientação, principalmente aos caixas, os lojistas também devem ficar atentos aos equipamentos disponíveis no mercado para facilitar a identificação do dinheiro falso", completou o economista. Penalidade – São simples os cuidados para evitar o recebimento de notas falsas. Caso não funcionem, o ideal é entre-
gar a cédula falsa a um banco para que seja encaminhada para análise do BC. De acordo com o artigo 289 do Código Penal Brasileiro (CPB), "falsificar moeda metálica ou papelmoeda" pode resultar em pena de três a 12 meses de reclusão. "Essa penalidade é aplicada quando fica comprovada a intenção de falsificar. Mas, mesmo que uma pessoa não saiba que está portando uma nota falsa, ela também pode ser presa por, no mínimo, seis meses", alertou o promotor de Justiça Marco Antonio Ferreira Lima. Márcia Rodrigues
260 metros com 3 wc e copa cozinha no 2º andar. Escritura registrada direto c/ proprietário. R. Barão de Itapetininga, 151 Centro - São Paulo-SP Tel.: (11) 3120-3688 - c/ José Augusto
Averiguação – Segundo o superintendente de projetos especiais da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Jorge Higashino, é possível aos bancos verificarem se o dinheiro falso foi realmente retirado do caixa eletrônico. "Averiguamos porque já houve casos de clientes que afirmaram ter sacado uma nota falsa de R$ 50 quando, na verdade, eram cédulas de R$ 20 e 10", afirmou, ao informar que os bancos, para escaparem das ações por danos morais, também treinam seus funcionários no trato com o cliente. De acordo com o superintendente da Febraban, apesar dos cuidados para evitar a infiltração de notas falsas em caixas eletrônicos, "nenhum sistema é infalível". "Todas as notas que entram numa agência bancária passam por um sensor para verificar sua autenticidade antes de serem colocadas nos caixas", disse Higashino. (MR)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 23 de agosto de 2006
LEGAIS - 7
Zogbi Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. Empresa da Organização Bradesco
CNPJ 62.042.890/0001-51 - Sede: Cidade de Deus - Prédio Novíssimo - 4o Andar - Vila Yara - Osasco - SP Relatório da Administração
Demonstração do Resultado dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil
Senhores Cotistas, Apresentamos a V.Sas. as Demonstrações Financeiras da ZOGBI Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda., elaboradas na forma da Legislação Societária, referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2006. No semestre, a ZOGBI Distribuidora apresentou Lucro Líquido de R$ 960 mil, correspondente a R$ 79,34 por lote de mil cotas e Patrimônio Líquido de R$ 25,469 milhões. Osasco, SP, 3 de agosto de 2006 Diretoria
Balanço Patrimonial em 30 de Junho – Em Reais mil 2006
ATIVO
2005
PASSIVO
CIRCULANTE ..................................................................................................... DISPONIBILIDADES .......................................................................................... APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ .......................................... Aplicações em Depósitos Interfinanceiros ........................................................ TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ................................................................................................... Carteira Própria ................................................................................................... OUTROS CRÉDITOS .......................................................................................... Diversos .............................................................................................................
17.544 7 17.062 17.062
1.364 1 – –
230 230 245 245
836 836 527 527
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ........................................................................ APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ .......................................... Aplicações em Depósitos Interfinanceiros ........................................................ OUTROS CRÉDITOS .......................................................................................... Diversos .............................................................................................................
11.295 8.613 8.613 2.682 2.682
25.109 23.218 23.218 1.891 1.891
PERMANENTE ................................................................................................... INVESTIMENTOS ............................................................................................... Outros Investimentos ......................................................................................... Provisões para Perdas .......................................................................................
268 268 443 (175)
213 213 388 (175)
T OT A L .............................................................................................................
29.107
26.686
2006
2005
CIRCULANTE ..................................................................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES ..................................................................................... Sociais e Estatutárias ........................................................................................ Fiscais e Previdenciárias .................................................................................. Diversas .............................................................................................................
1.014 1.014 869 145 –
905 905 885 17 3
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO .............................................................................. OUTRAS OBRIGAÇÕES ..................................................................................... Fiscais e Previdenciárias ..................................................................................
2.624 2.624 2.624
2.266 2.266 2.266
PATRIMÔNIO LÍQUIDO ........................................................................................ Capital: - De Domiciliados no País ................................................................................. Reservas de Capital ........................................................................................... Reservas de Lucros ........................................................................................... Lucros Acumulados ...........................................................................................
25.469
23.515
12.100 646 12.039 684
9.375 591 2.339 11.210
2005
1.918 1.918
2.012 2.012
RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ...............................
1.918
2.012
OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS .......................................... Outras Despesas Administrativas ..................................................................... Despesas Tributárias .......................................................................................... Outras Receitas Operacionais ........................................................................... Outras Despesas Operacionais .........................................................................
(217) (90) (97) 118 (148)
(228) (111) (97) – (20)
RESULTADO OPERACIONAL .............................................................................
1.701
1.784
RESULTADO ANTES DATRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO ................................
1.701
1.784
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ...........................................
(741)
(597)
LUCRO LÍQUIDO .................................................................................................
960
1.187
Número de cotas ................................................................................................ Lucro por lote de mil cotas em R$ ....................................................................
12.100.000 79,34
12.500.000 94,96
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil 2006
T OT A L .............................................................................................................
29.107
26.686
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil RESERVAS DE LUCROS
CAPITAL SOCIAL REALIZADO
RESERVAS DE CAPITAL
SALDOS EM 31.12.2004 ..........................................................................................................................................
9.375
591
1.148
1.132
10.967
23.213
DIVIDENDOS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES ....................................................................................................... LUCRO LÍQUIDO .................................................................................................................................................. DESTINAÇÕES: - Reservas ..................................................................................................................................... - Dividendos Declarados ..............................................................................................................
– – – –
– – – –
– – 59 –
– – – –
(588) 1.187 (59) (297)
(588) 1.187 – (297)
SALDOS EM 30.6.2005 ............................................................................................................................................
9.375
591
1.207
1.132
11.210
23.515
SALDOS EM 31.12.2005 .......................................................................................................................................... ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ........................................................................................................... AUMENTO DE CAPITAL POR RESERVAS .............................................................................................................. LUCRO LÍQUIDO .................................................................................................................................................. DESTINAÇÕES: - Reservas ..................................................................................................................................... - Dividendos Declarados ..............................................................................................................
9.375 – 2.725 – – –
610 36 – – – –
1.283 – – – 48 –
1.132 – (2.725) – 12.301 –
12.301 – – 960 (12.349) (228)
24.701 36 – 960 – (228)
SALDOS EM 30.6.2006 ............................................................................................................................................
12.100
646
1.331
10.708
684
25.469
EVENTOS
2006 RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ............................................... Resultado de Operações comTítulos e Valores Mobiliários ............................
LEGAL
LUCROS ACUMULADOS
ESPECIAL
TOTAIS
2005
ORIGEM DOS RECURSOS ................................................................................
1.294
2.787
LUCRO LÍQUIDO .................................................................................................
960
1.187
RECURSOS DE TERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Aumento dos Subgrupos do Passivo .............................................................. Outras Obrigações ............................................................................................ - Diminuição dos Subgrupos do Ativo ............................................................... Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ...........
– – 334 334
736 736 864 864 2.786
APLICAÇÃO DOS RECURSOS ..........................................................................
1.291
DIVIDENDOS PAGOS E/OU DECLARADOS ......................................................
228
885
AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO ......................................................... Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ........................................................... Outros Créditos ...................................................................................................
921 845 76
1.901 1.901 –
REDUÇÃO DOS SUBGRUPOS DO PASSIVO .................................................... Outras Obrigações ..............................................................................................
142 142
– –
AUMENTO DAS DISPONIBILIDADES ...............................................................
3
1
MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA
4 7 3
– 1 1
Início do Período ........................................................... Fim do Período .............................................................. Aumento das Disponibilidades ....................................
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 1)
2)
APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil (BACEN), que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas.
3)
PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial. As operações pós-fixadas ou indexadas a moedas estrangeiras são atualizadas até a data do balanço. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez São registradas ao custo de aquisição, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidas de provisão para desvalorização, quando aplicável. c) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda - que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento – adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. d) Imposto de renda e contribuição social A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. e) Investimentos Os títulos patrimoniais da CETIP – Câmara de Custódia e Liquidação, são avaliados com base no valor patrimonial, não auditado, informado pela CETIP, e os acréscimos ou decréscimos são registrados diretamente no patrimônio líquido, e os incentivos fiscais são avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perda, quando aplicável.
5)
f)
CONTEXTO OPERACIONAL A Zogbi Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. é uma instituição financeira que tem por objetivo efetuar operações de intermediação no mercado aberto, além de gerir e administrar recursos de terceiros. A Zogbi Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. é parte integrante da Organização Bradesco, sendo suas operações conduzidas de forma integrada a um conjunto de empresas que atuam nos mercados financeiro e de capitais, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnológicos e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto.
Ativos e Passivos Contingentes e Obrigações Legais – Fiscais e Previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM 489/05. • Ativos Contingentes: Não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações financeiras. • Passivos Contingentes: São constituídos levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e, no posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como de perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente, devendo ser apenas divulgados nas demonstrações financeiras, e os classificados como remotos não requerem provisão e divulgação. • Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias: Decorrem de processos judiciais relacionados a obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade, que independente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras.
g) Outros ativos e passivos Os ativos são demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos. 4)
Títulos para negociação Letras financeiras do tesouro ............ Certificados de depósito bancário .... Notas do tesouro nacional ................ Letras do tesouro nacional ................ Total em 2006 .................................... Total em 2005 ....................................
31 a 180 dias – – – 47 47 –
– 2 – – 2 104
12)
Acima de 360 dias
17.062 17.062 –
8.613 8.613 23.218
25.675 25.675 –
2006
2006
13)
4 9 – 17 30 425
66 7 15 63 151 307
Valor de custo atualizado
Marcação a mercado
70 18 15 127 230
70 18 15 127 230
– – – – –
Atualização de depósitos em garantia .......................... Atualização de provisão para riscos fiscais ................. Atualização de impostos e contribuições ..................... Outras ............................................................................. Total ................................................................................
23.218 – 23.218
14)
1.902 1.902
Valor de mercado/ contábil (2)
Valor de custo atualizado
Marcação a mercado
2006 Receita de aplicações interfinanceiras de liquidez Rendas de aplicações em fundos de investimento Total .........................................................................
2005 1.902 16 1.918
769 66 – 1
769 66 – 1
– – – –
836
836
–
15)
Saldo em 31.12.2005
6)
2.010
Em 30 de junho - R$ mil 2006
7)
2005 2.128 768
1.743 643
21 10 2.927
21 11 2.418
Em 30 de junho - R$ mil
Investimentos por incentivos fiscais ............................ Títulos patrimoniais ....................................................... Subtotal .......................................................................... Provisão para perdas em investimentos por incentivos fiscais .......................................................................... Total ................................................................................
2005 206 237 443
206 182 388
(175) 268
(175) 213
2.128
10)
b) Passivos Contingentes classificados como perdas prováveis e Obrigações Legais – Fiscais e Previdenciárias A empresa é parte em processos judiciais de natureza fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades. As provisões foram constituídas levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e, no posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da empresa entende que a provisão constituída é suficiente para atender perdas decorrentes dos respectivos processos. O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial é mantido até o ganho definitivo da ação, representado por decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, ou a sua prescrição.
1.743
23.218
1.902
(869)
–
(885)
–
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social
2005 1.701
1.784
(579)
(607)
(172)
–
(2) 12 (741)
(2) 12 (597)
2005
Impostos diferidos Constituição/(realização) no trimestre, sobre adições temporárias ..............................................
(42)
–
Impostos correntes Imposto de renda e contribuição social devidos .... Imposto de renda e contribuição social do semestre
(699) (741)
(597) (597)
c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos
2.128 497 130 14 2.769
R$ mil
1.743 523 – 17 2.283
Saldo em 31.12.2005 Provisões para perda em ações fiscais ...................................... Provisões para desvalorização de títulos patrimoniais ............. Provisões para perdas de investimentos ................................... Totaldos créditos tributários sobre diferenças temporárias (Nota 6)
12.500.000 12.500.000
R$ mil
(3.125.000)
–
2.725.000 12.100.000
2.725 12.100
Constituição
Saldo em 30.6.2006
Realização
684
40
82
642
67
–
–
67
59
–
–
59
810
40
82
768
d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias
9.375 9.375
Em 30 de junho - R$ mil Diferenças temporárias Imposto Contribuição de renda social 2006 ..................................................................... 2007 ..................................................................... 2008 ..................................................................... 2009 ..................................................................... Total em 2006 ......................................................
(*) O Instrumento Particular de Alteração do Contrato Social de 28.4.2006 deliberou: - Alterar o valor nominal de cada cota de R$ 0,75 para R$ 1,00, com a conseqüente alteração da quantidade total de cotas, que passa de 12.500.000 para 9.375.000 cotas; e - Aumentar o Capital Social em R$ 2.725.000,00, elevando-o de R$ 9.375.000,00 para R$ 12.100.000,00. c) Juros sobre o capital próprio e/ou dividendos Conforme disposição estatutária, aos cotistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária.
Diretoria
1.902
2005
Quantidade de cotas
ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS – FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS a) Ativos Contingentes No 1º semestre de 2006 não foram reconhecidos contabilmente ativos contingentes.
25.675
Dividendos e juros sobre o capital próprio: Banco Finasa S.A ............................
Em 30 de junho - R$ mil
PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital Social Capital social, totalmente subscrito e integralizado é composto por 12.100.000 cotas, com valor nominal de R$ 1,00 cada. b) Movimentação do capital social em cotas Em 30 de junho de 2005 ......................................... Em 31 de dezembro de 2005 .................................. 1 – Alteração do valor nominal de cada cota de R$ 0,75 para R$ 1,00 (*) ........................................ Aumento de Capital Social mediante capitalização de Reservas (*) ...................................................... Em 30 de junho de 2006 .........................................
–
2006
Em 30 de junho - R$ mil Provisão para riscos fiscais .......................................... Provisão para impostos e contribuições sobre o lucro . Provisão para impostos e contribuições diferidos ........ Impostos e contribuições a recolher ............................. Total ................................................................................
1
b) Composição da conta de resultado do imposto de renda e contribuição social
OUTRAS OBRIGAÇÕES – FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS 2006
OUTROS INVESTIMENTOS
2006
8)
9)
–
Saldo em 30.6.2005
Saldo em 30.6.2006 118
7
Aplicações em depósitos interfinanceiros (a): Banco Bradesco S.A .......................
Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ................................................ Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente Créditos tributários constituídos relativos a exercícios anteriores ............................................................... Despesas indedutíveis líquidas de receitas não tributáveis .............................................................. Outros valores ......................................................... Imposto de renda e contribuição social do semestre
c) Passivos Contingentes classificados como perdas possíveis A empresa mantém um sistema de acompanhamento para todos os processos administrativos e judiciais em que a instituição figura como “autora” ou “ré” e amparada na opinião dos assessores jurídicos classifica as ações de acordo com a expectativa de insucesso. Neste contexto os processos contingentes avaliados como de risco de perda possível não são reconhecidos contabilmente.
OUTROS CRÉDITOS – DIVERSOS
Devedores por depósitos em garantia – recursos fiscais Créditos tributários (Nota 15c) ....................................... Devedores por depósitos em garantia – recursos trabalhistas .................................................................. Opções por incentivos fiscais ....................................... Total ................................................................................
Atualização monetária
Disponibilidades: Banco Bradesco S.A .......................
Em 30 de junho - R$ mil
R$ mil
c) A Zogbi Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. não possuía posição de instrumentos financeiros derivativos em 30 de junho de 2006 e de 2005.
Receitas (despesas)
2006
II - Movimentação das Obrigações Legais – Fiscais e Previdenciárias
1.902 110 2.012
Em 30 de junho - R$ mil 2005 Ativos Receitas (passivos) (despesas)
(a) Aplicações interfinanceiras de liquidez - depósitos interfinanceiros de ligadas, com taxas equivalentes às do CDI – Certificado de depósito interfinanceiro.
I - Obrigações Legais – Fiscais e Previdenciárias A empresa vem discutindo judicialmente a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmente provisionados não obstante as boas chances de êxito a médio e longo prazo, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos.
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil
– – (14) (6) (20)
TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR E EMPRESAS LIGADAS As transações com o controlador e empresas ligadas foram efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações, foram eliminadas nas demonstrações financeiras:
Ativos (passivos) 1.902 1.902
2005 118 (118) (21) (9) (30)
2006
(1) As aplicações em cotas de fundos de investimento foram distribuídas de acordo com os papéis que compõem suas carteiras, e no caso de operações compromissadas, pelos respectivos papéis que estão lastreando as operações, preservando a classificação da categoria dos fundos. Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis, independentemente de sua classificação contábil; e (2) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado disponível, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custo atualizado reflete o valor das respectivas cotas, que já estão a valor de mercado. b) Resultado de títulos e valores mobiliários
80 13 4 97
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil
Em 30 de junho - R$ mil 2005 Valor de mercado/ contábil (2)
2005 77 12 8 97
OUTRAS RECEITAS/(DESPESAS) OPERACIONAIS
2005
Rendas de aplicações em depósitos interfinanceiros Total .........................................................................
Acima de 360 dias
56 23 16 8 8 111
DESPESAS TRIBUTÁRIAS
Contribuição ao COFINS ................................................ Contribuição ao PIS ....................................................... Despesas de CPMF ....................................................... Total ................................................................................
b) Receitas de aplicações interfinanceiras de liquidez Classificadas na demonstração de resultado como resultado de operações com títulos e valores mobiliários. Semestres findos em 30 de junho - R$ mil
181 a 360 dias
2005 72 – 11 4 3 90
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil
Em 30 de junho - R$ mil Total 2006 2005
2006 1 a 30 dias
2006 Propaganda e publicidade ............................................. Serviços técnicos especializados ................................ Aluguéis ......................................................................... Serviços do sistema financeiro ..................................... Serviços de terceiros ..................................................... Total ................................................................................
2006
181 a 360 dias Aplicações em depósitos interfinanceiros ........................ Total em 2006 ............................ Total em 2005 ............................
DESPESAS ADMINISTRATIVAS Semestres findos em 30 de junho - R$ mil
APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ a) Vencimentos
TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Classificação por categorias e prazos
Títulos (1)
11)
16 164 334 51 565
6 59 120 18 203
Total 22 223 454 69 768
A projeção de realização de crédito tributário trata-se de estimativa e não é diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. e) O valor presente dos créditos tributários, calculado considerando a taxa média de captação praticada pela Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 695 mil (2005 - R$ 599 mil).
Parecer dos Auditores Independentes Aos Cotistas e Diretores da Zogbi Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda.
Diretor-Presidente Márcio Artur Laurelli Cypriano
Diretores
1.
Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo
Examinamos o balanço patrimonial da Zogbi Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. em 30 de junho de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos do semestre findo nessa data, elaborados sob a responsabilidade da administração da Instituição. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras.
2.
Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nosso exame compreendeu, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Instituição, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Instituição, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
3.
Maurilo Gonçalves Siqueira Contador - CRC 1SP114890/O-0
Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Zogbi Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. em 30 de junho de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos da Instituição do semestre findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
4.
O exame das demonstrações financeiras do semestre findo em 30 de junho de 2005, apresentadas para fins de comparação, foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram parecer com data de 5 de agosto de 2005, sem ressalvas.
São Paulo, 4 de agosto de 2006
PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5
Washington Luiz Pereira Cavalcanti Contador CRC 1SP172940/O-6
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 23 de agosto de 2006
Sebastião Moreira/AE
1 O PL promete combater a poluição visual e, de quebra, extinguir os anúncios publicitários
PROTESTO NA CÂMARA CONTRA 0 'CIDADE LIMPA' Representantes de vários segmentos de mídia exterior foram à Câmara para pedir aos vereadores que não aprovem o projeto do prefeito Kassab. A proposta quer acabar com a poluição visual na cidade, mas proíbe também a maioria da publicidade existente hoje, como outdoors, placas e mídia televisiva. Ivan Ventura
Manifestantes lotaram a galeria do plenário na Câmara. Eles ouviram discursos contrários ao projeto de lei. Marcos Fernandes/Luz
Protesto em frente à Câmara, no viaduto Jacareí, reuniu perto de 500 pessoas ligadas à mídia exterior. Patrícia Cruz/Luz/26/01/2006
Proposta de Kassab: tolerância zero
C
hamado de tolerância zero com a poluição visual na cidade, o projeto de lei Cidade Limpa promete extinguir o segmento de mídia exterior em São Paulo. Estariam proibidos outdoors, empenas cegas, back lights, front lights, entre outras peças publicitárias hoje utilizadas. Caso o projeto seja aprovado em duas votações e sancionado pelo prefeito Gilberto Kassab, só seriam permitidos os anúncios indicativos (com a logomarca e nome da empresa) e que não poderão exceder 4m². Em contrapartida, a publicidade migraria para o chamado mobiliário urbano (pontos de ônibus e relógios) e a prefeitura repassaria o gerenciamento da mídia exterior a empresas privadas. (IV)
Líderes do PCC processados Marcola e três integrantes do PCC foram denunciados por morte de carcereiro
O
1º Tribunal do Júri do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) aceitou ontem uma denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) contra Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e mais três integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Eles são acusados pela morte do carcereiro Elias Pereira Dantas, ocorrida em 14 de maio deste ano. Além de Marcola foram denunciados Júlio César Guedes de Moraes, conhecido como Julinho Carambola, Michael do Rosário, o Zara, e Leandro Lopes Badollato, o Toquinho. Preventiva - A decisão do juiz Richard Francisco Chequini também decretou a
prisão preventiva dos quatro acusados. No caso de Marcola e de Carambola, que estão presos no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) no Centro de Readaptação Penitenciária (CRP) de Presidente Bernardes, no interior do Estado, a preventiva deve impedir que eles tenham qualquer tipo de benefício na progressão da pena. Zara está foragido e Toquinho é réu primário. O próximo passo do processo será agora obter o interrogatório dos réus. Denúncias - Além da denúncia pela morte do carcereiro, o Ministério Público Estadual (MPE) já havia acusado Marcola e Carambola pelo ataque a três ônibus, por tráfico de drogas, associação para o tráfico e
também por porte ilegal de arma. A denúncia foi oferecida no dia 7, na 3ª Vara Criminal da Capital. Segundo o MPE, Marcola e Carambola devem ser denunciados por todos os crimes que foram praticados por seus subordinados, que cumpriram as ordens dos líderes. Ontem o procurador-geral da Justiça, Rodrigo Pinho, protocolou reclamação contra a decisão unânime da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ), que concedeu habeas-corpus a Marcola. Os desembargadores haviam considerado inconstitucional a internação do bandido no regime RDD, em janeiro. O castigo foi prorrogado em maio, por mais 30 dias. (AE)
A
p ro x i m ad a m en t e 500 pessoas ligadas, direta e indiretamente, ao setor de mídia exterior na cidade realizaram, ontem à tarde, uma manifestação em frente à Câmara Municipal contra o projeto de lei (PL) 379/06, conhecido como Cidade Limpa, de autoria do prefeito Gilberto Kassab. A proposta municipal promete combater a poluição visual na capital e, de quebra, extinguir os anúncios publicitários espalhados pelas ruas e avenidas. No local, os manifestantes promoveram um apitaço e até um carro de som foi usado para tentar sensibilizar os membros do Legislativo municipal contra o PL. Segundo a Polícia Militar, não houve registro de incidentes. O ato teve início ao meio dia, só terminou por volta das 17h e contou com a participação de empresas e entidades como a Central de Outdoors, o Sindicato dos Publicitários, Sepex e Sindivulgue, entre outros. "Pedimos que cinco pessoas de cada instituição participasse da manifestação. Se viessem todos, o viaduto Jacareí teria de ser fechado", disse a coordenadora do protesto, Solange Pacheco da Costa, gerente comercial da Meta Painéis. Votação – De acordo com Solange, a manifestação foi motivada por um boato de que a proposta poderia ser votada, em primeira discussão, ainda na tarde de ontem. "Por conta disso viemos pressionar os vereadores para que não aprovassem o projeto", afirmou Solange. Nos corredores da Câmara já se comenta que os vereadores estariam dispostos a rediscutirem o projeto de lei do prefeito Kassab. No fim, não houve votação de projetos na tarde de ontem. A proposta, no entanto, deverá ir à votação na sessão extraordinária marcada para hoje. Segundo o vereador e publicitário Dalton Silvano (PSDB), o projeto passará pelas comissões permanentes de Política
Os taxistas usam parte do dinheiro que recebem da publicidade com o projeto Anjos da Cidade, que poderá ser extinto. Solange Pacheco da Costa, gerente comercial
Sou favorável ao combate à poluição visual, mas sem a extinção do segmento. O ideal é a elaboração de um substitutivo ao projeto do prefeito. Soninha, vereadora petista Urbana, Atividade Econômica, Administração Pública e Finanças. "Depois deverá ir ao Congresso de Comissões e será votado em primeira no formato original", disse o vereador. A elaboração de um substitutivo está previsto apenas depois da aprovação do PL em primeira discussão. O Congresso de Comissões voltou a ser instituído na Câmara durante a presidência de José Eduardo Cardozo (PT), na época da gestão da ex-prefeita Marta Suplicy. O objetivo é acelerar a liberação dos projetos de lei que lotam as comissões da Câmara. Segmentos – Além das entidades ligadas diretamente à mídia exterior, a manifestação contou com representantes de outros segmentos, como os representantes dos taxistas. Afinal, a proposta, caso seja aprovada, também prevê a proibição de anúncios nos táxis. Em carta entregue aos vereadores, os motoristas alegam que a proposta do prefeito irá prejudicar cerca de 5 mil profissionais, que perderão a renda dos
anúncios – em média, cada taxista recebe o equivalente a R$ 100 mensais para expor o anúncio no veículo. "Os taxistas ainda usam parte desse dinheiro no projeto Anjos da Cidade. Trata-se de uma rede de 500 taxistas que contratam jovens para monitor as ruas, informando sobre congestionamentos, semáforos quebrados e buracos. Com esse projeto, o Anjos da Cidade também poderá ser extinto", disse Solange. Plenário –Depois do ato em frente à Câmara, os manifestantes foram convidados para assistir sessão ordinária na galeria do Plenário, que ficou lotado. Com o início da sessão, vários vereadores opinaram sobre o projeto Cidade Limpa. Dalton Silvano foi o primeiro. Em discurso inflamado, o vereador tucano defendeu a criação de uma fiscalização especializada em publicidade exterior. "Os agentes vistores que fiscalizam os outdoors e outras peças publicitárias são os mesmos que fecham bares e restaurantes. O ideal seria treinar pessoas somente para a mídia exterior", disse. Ainda segundo o tucano, o dinheiro para financiar tal idéia poderia vir da Taxa de Fiscalização de Anúncio (TFA), que tem uma previsão de arrecadação de R$ 57 milhões para este ano. O parlamentar tucano ressaltou ainda que já conseguiu o apoio de outros colegas da base governista da Câmara Municipal (formada por PSDB e PFL). Em seguida, outros parlamentares discursaram sobre o projeto de lei de Kassab. Adilson Amadeu (PTB), Beto Cust ó d i o ( P T ) , Wi l l i a m Wo o (PSDB) e Soninha (PT), entre outros vereadores, foram alguns que levantaram a bandeira contra o projeto em seu formato original. A vereadora petista, por exemplo, comentou que é favorável ao combate à poluição visual, mas sem a extinção do segmento no município. Na opinião dela, o ideal é a elaboração de um substitutivo ao projeto do prefeito.
2 -.ECONOMIA/LEGAIS
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 23 de agosto de 2006
ATAS
EDITAIS
COMUNICADO
COMUNICADO GHD - SERVIÇOS PEDIÁTRICOS LTDA. declara ter sido registrada em 10/08/2006 no 5º. Oficial de Registro de Pessoa Jurídica nesta capital, através do nº 33689. São Paulo 18 de agosto de 2006.
CONVOCAÇÕES
quarta-feira, 23 de agosto de 2006
Nacional Estilo Tr a b a l h o Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3 Executiva da Embraer diz que empresa não teria condições de atender, no curto prazo, uma grande encomenda da Varig.
BNDES EMPRESTOU R$ 2 BI À VOLKS
FUNCIONÁRIOS DA VOLKSWAGEN DE SÃO BERNARDO QUEREM AUMENTAR PRODUTIVIDADE DA FÁBRICA
METALÚRGICOS REJEITAM PROPOSTA
O
J.F. Diorio/AE
Em assembléia realizada ontem, funcionários da Volks de São Bernardo rejeitaram demissões na fábrica
IGP-M Na segunda prévia de agosto, índice captou inflação de 0,25%, informou ontem a FGV.
Marcos Peron/Virtual Photo
S abaixo, portanto, dos 4% projetados pelo governo. A CNA estima que a agricultura responderá por uma retração de 0, 4% no PIB nacional, explicou o superintendente técnico da CNA, Ricardo Cotta. "A
COMÉRCIO EXTERIOR
O
coordenador da Comissão de Comércio Exterior da ACSP, Renato Abucham, afirmou ontem que as empresas comerciais exportadoras terão, cada dia mais, um papel de destaque na inserção das pequenas e médias empresas no comércio exterior. Mas, para isso, o Brasil precisa lutar por procedimentos menos burocratizados. (SLR) A TÉ LOGO
de cerca de 6 mil funcionários no Brasil. Diretores da Central Ú n i c a d o s Tr a b a l h a d o re s (CUT) e do Sindicato dos Metalúrgicos procuraram o presidente do banco, Demian Fiocca, para tentar vincular a liberação do empréstimo à garantia de manutenção dos empregos nas unidades. Apesar de aprovado, há quatro meses, o parecer da área técnica, a empresa ainda não foi chamada pelo banco de fomento para assinar o contrato, a penúltima etapa até a liberação efetiva do dinheiro. O financiamento de quase R$ 500 milhões será destinado à melhora de produção da Volkswagen em cinco fábricas, incluindo a unidade de São Bernardo do Campo. Também serão aplicados recursos nas unidades de Taubaté e São Carlos, no Estado de São Paulo, e também em São José dos Pinhais, no Paraná. O contrato do BNDES com a montadora alemã conterá uma cláusula padrão nos financiamentos do banco, dizendo que, em caso de risco de dispensa de funcionários, a empresa se compromete a treinar e reciclar os trabalhadores para reaproveitamento futuro da mão-de-obra. (AE)
Para Prefeitura, será o caos
U
ma estimativa divulgada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) indica a queda de 1,91% do Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio em 2006. O PIB do setor deve fechar o ano em R$ 527,38 bilhões, com perda de R$ 10,25 bilhões em relação ao resultado de 2005, que foi de R$ 537,63 bilhões. A desaceleração das atividades do setor em quase 2% do PIB confirma as previsões de um menor crescimento econômico,
car "tudo na mesa" numa negociação, inclusive a abertura de um Programa de Demissão Voluntária (PDV), desde que a empresa não se limite a um acordo "puro e simples" de demissões e cortes de benefícios. "Vamos aguardar até sábado por alguma resposta. Se a Volks não aceitar a negociação, vamos para o enfrentamento", ameaçou, destacando que o sindicato não vai misturar as negociações em fábricas diferentes da montadora. BNDES — Os contratos de financiamento da Volks com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) somaram R$ 2,09 bilhões de 2000 ao início de 2006. Considerada a última operação, aprovada em abril mas ainda não contratada, no valor de R$ 497,1 milhões, a cifra sobe para R$ 2,587 bilhões. O último empréstimo destina-se à produção de veículos da linha Fox. O banco está prestes a assinar o contrato para o desembolso da primeira etapa do financiamento, no valor de R$ 358 milhões. Menos de um mês depois da aprovação do projeto, a Volkswagen anunciou um programa mundial de reestruturação, prevendo a demissão
economia brasileira crescerá menos neste ano em razão da crise do setor rural. Não fosse o resultado negativo do agronegócio nacional, o Brasil poderia ter crescimento de 3,8%", afirmou Cotta. (AE)
EDEMAR CID FERREIRA LIVRE
O
ex-controlador do Banco Santos, Edemar Cid Ferreira, reconquistou ontem o direito à liberdade. Por 4 votos a 1, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) concederam liminar e determinaram a soltura do ex-banqueiro. A maioria dos ministros concluiu que não havia fundamento para a prisão preventiva. Ele foi preso em
maio por suspeita de tentar obstruir as investigações sobre a quebra do banco. Para justificar, foram citadas correspondências trocadas entre o ex-banqueiro e seus advogados nas quais traçariam estratégias de defesa. Os ministros observaram que todo investigado tem direito de ter estratégias de defesa com seus advogados. (AE)
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
L
Contas de luz de seis distribuidoras vão ter reajuste no fim da semana
L
Governo boliviano negocia com índios que ocuparam gasoduto
L
Sindicatos querem manter cobrança da contribuição assistencial
erá o caos. Assim a Prefeitura de São Bernardo do Campo vê a possibilidade de a Volkswagen fechar a unidade Anchieta, instalada há 47 anos no município do ABC paulista. A ameaça coloca em risco cerca de 16 mil empregos indiretos, gerados pelos comerciantes e prestadores de serviços que atendem a montadora e seus funcionários, de acordo com estimativa da administração municipal. O ultimato dado pela montadora na última segunda-feira, caso os metalúrgicos não aceitem o plano de reestruturação da fábrica, que prevê um corte de 3,6 mil funcionários até 2008, já teve repercussão no governo federal e foi visto com "estranheza" pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. Ele afirmou ontem que a situação da Volks "não combina" com o desempenho do se-
tor automobilístico no País, que vem batendo recordes de produção e vendas. Marinho reiterou que o governo federal está disposto a intermediar as negociações entre a montadora e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, "caso qualquer uma das partes ache necessário". Mas, segundo ele, a suposta crise da Volks no País é decorrente de "uma série de erros estratégicos cometidos no passado", que implicaram a perda de participação de mercado para outras montadoras. "O setor automobilístico no Brasil vive o melhor momento da história", afirmou o ministro. Bastidores – Mesmo que não haja um convite oficial ao governo federal para negociações, o impasse pode ser resolvido nos bastidores. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,
Factoring
DC
PIB RURAL CAIRÁ 1,91% NESTE ANO
Ó RBITA
ENERGIA A Aneel aprovou a venda da Elektro para a Ashmore Energy International.
s trabalhadores da Vo l k s w a g e n d e São Bernardo do Campo decidiram ontem, em assembléia organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que não aceitarão a proposta da empresa de demitir um total de 3,6 mil funcionários e cortar benefícios. Segundo o presidente do sindicato, José Lopes Feijóo, os empregados propõem à montadora a formação de forças de trabalho para a busca de ganhos de competitividade na unidade e a preservação de postos de trabalho. O próximo encontro entre sindicalistas e direção da empresa deve ocorrer até a próxima sexta-feira. "O trabalhador do ABC é reconhecidamente o mais qualificado, e temos absoluta certeza de que podemos desenvolver um programa de ganho de eficiência. Em contrapartida, a empresa pode produzir aqui novos produtos, de maior valor agregado e de grande rentabilidade", afirmou. Na última segunda-feira, a montadora informou que pode fechar as portas da unidade caso os trabalhadores não aceitem a proposta de reorganização. Os funcionários, por sua vez, se dizem dispostos a colo-
O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com
Luiz Fernando Furlan, está organizando um jantar em sua casa, amanhã, que reunirá o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os ministros Marinho, Guido Mantega (Fazenda) e Dilma Rousseff (Casa Civil) e executivos como Hans-Cristian Maergner, presidente da Volkswagen do Brasil. Por enquanto, de mãos atadas no meio do turbilhão, o prefeito de São Bernardo do Campo, William Dib, apelou ontem a ambos os lados para terem bom senso. Fernando Vieira
2
Ambiente Compor tamento Clima Urbanismo
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 23 de agosto de 2006
A menor temperatura no País, 3 graus negativos, foi registrada em Campos Novos, em Santa Catarina.
OITO MIL VAGAS OCUPADAS NOS ABRIGOS
Almeida Rocha/Folha Imagem
SECAS E ENCHENTES COM UM MÊS DE ANTECEDÊNCIA Um novo sistema mundial poderá prever fenômenos naturais mais rapidamente
U
Paulistanos enfrentam um dia gelado na Paulista, depois da madrugada mais fria do ano, de 7,7 graus. Miro de Souza/Agência RBS
m sistema de observação global, capaz de prever enchentes, furacões, secas e tsunamis, entre outros fenômenos naturais, com até um mês de antecedência. Parece um sonho, mas, se a Comunidade Européia e os 65 países que já aderiram ao projeto cumprirem as metas estabelecidas, vai se transformar em realidade em menos de uma década. Conhecido como Sistema dos Sistemas de Observação Global da Terra (Geoss, em Inglês), a ferramenta de monitoramento foi apresentada ontem no 11º Congresso Mundial de Saúde Pública, no Riocentro, pelo vice-almirante Conrad Lautenbacher, representante do Ministério da Saúde
nos Estados Unidos. Segundo ele, o sistema, que também já recebeu a adesão de 43 instituições internacionais, poderá ajudar a reduzir a proporção de mortes relacionadas a eventos climáticos e atmosféricos. Só na última década, elas representaram 25% do total de óbitos no mundo. Foram 500 mil vítimas fatais, com prejuízos de US$ 750 bilhões. "A correlação entre meio ambiente e saúde pública é muito forte. No Paquistão, por exemplo, o risco de uma epidemia de malária é cinco vezes maior no ano seguinte ao El Nino que, por sua vez, ocorre em um período que varia entre dois e cinco anos", disse. Coleta – Serão mil pontos de coleta espalhados na terra e no espaço, para reunir informa-
ções por dispositivos variados, como satélites, sensores e bóias. O Brasil é um dos 12 países do comitê executivo do Geoss, que atuará em nove áreas, como saúde e energia até a agricultura e a bióetica. Os dados poderão ser acessados por um site ou um kit composto por uma antena de satélite, um microcomputador, e uma caixa de recepção, ao custo estimado de US$ 1.500. Gilberto Câmara, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e coordenador técnico do Geoss no Brasil, informou que o País dispõe de recursos que podem ajudar o sistema, entre eles, os satélites de observação da terra em conjunto com a China. Um deles, o Cbers-2, já está em órbita. Há outros três em construção. (AE)
Em Portão, no Rio Grande do Sul, geada cobriu o pasto. Temperaturas foram negativas no estado.
A
madrugada de ontem foi a mais fria do ano na capital paulista, com 7,7 graus. Os albergues da cidade alcançaram, pela primeira vez em 2006, a lotação máxima: as 8 mil vagas foram ocupadas por moradores de rua. Agentes da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social salvaram uma moradora de rua de morrer de frio, por hipotermia. Maria Aparecida de Souza, de 37 anos, estava caída perto da estação do metrô Armênia. Ela estava roxa, dura e gemendo e foi encaminhada para o ProntoSocorro de Santana. No interior do Estado, a
ontem o dia mais frio do ano. A menor temperatura, 3 graus negativos, foi no início da manhã em Campos Novos, em Santa Catarina. São Joaquim, outra cidade catarinense, teve 2,5 graus negativos. Nos dois locais, a geada foi forte. As menores temperaturas costumam ser registradas no final da madrugada. As baixas temperaturas são resultado de uma massa de ar polar que cobre a região centro-sul do País e deve permanecer pelo menos até hoje. No Paraná, o local com mais frio ontem foi União da Vitória, com 1,7 grau negativo. Palmas registrou 1,1 grau negativo e Toledo, 0,6 grau negativo. Em Pinhão e
Palotina a temperatura mínima foi de zero grau. Pela manhã, em Curitiba e em outros municípios paranaenses os termômetros marcaram 1,8 grau. Os campos ficaram cobertos por uma camada de geada. Durante a noite foram recolhidas 190 pessoas nas ruas da cidade. Campos – Em Campos do Jordão, a 175 quilômetros de São Paulo, a temperatura caiu para um grau abaixo de zero e houve geada no Horto Florestal da cidade, que amanheceu coberta por uma névoa que chegou a esconder as montanhas e araucárias. Por volta das 8h, a temperatura ainda estava em torno de 1 grau. Para os próximos dias, de acordo com a previsão do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos do Inpe, a temperatura pode subir um pouco, mas as mínimas ainda deverão ficar entre 3 e 7 graus. (AE)
Só BEBIDAS Promoções de Inverno
DC
do ar melhorou. Em Na madrugada umidade Ribeirão Preto, após uma segunda-feira com clima de mais fria do deserto (4,7%), a cidade às 15h de ontem, ano, albergues registrou índice de 11,2%. Mais frio – Diversas ficam lotados cidades do País registraram
Importadas
SÓ bebidaS Nacionais
“MANIA DE VENDER BARATO”
Vinho Espanhol Riscal R$ 44,00
Vinho Chileno Casa Mayor R$ 19,90
Porca de Murça R$ 17,90
Vinho Italiano Chianti R$ 29,90
Lambrusco R$ 11,50
Vinho Francês Côtes du Rhône R$ 29,90
Vinho do Porto Senador R$ 27,90
Vinho Português Mateus Rosé R$ 19,90
Vinho Italiano Gabia D´Oro R$ 13,50
Vinho Chileno Gato Negro R$ 17,90
Vinho Português Cartuxa R$ 64,90
Vinho Português Redondo R$ 29,90
Vinho Português Grand Jo R$ 25,50
Vinho Chileno Carta Vieja Carmenére/Cabernet
R$ 14,90
* preços para unidade na caixa.
ACEITAMOS CARTÕES DE CRÉDITO
PABX: 3106-9898 / 3112-0398 www.sobebidas.com.br
Pça. João Mendes, esquina c/ Rua Quintino Bocaiúva, 309 - Centro * BEBA COM MODERAÇÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 23 de agosto de 2006
LEGAIS - 9
Bradesco A dm inistradora de Consórcios Ltda. C.N .P.J.N o 52.568.821/0001-22 Sede:Cidade de D eus s/no -Prédio Verde -Vila Yara -O sasco -SP
Relatório da Administração
Demonstração dos Resultados - Em Reais mil
Senhores Cotistas: Em cumprimento às disposições legais e dispositivos estabelecidos pelo Banco Central do Brasil, apresentamos para apreciação de V.Sa(s), as Demonstrações Financeiras da Bradesco Administradora de Consórcios Ltda. relativas ao período encerrado em 30 de junho de 2006, acompanhadas das notas explicativas e do parecer dos auditores independentes. Cidade de Deus, 04 de agosto de 2006 Diretoria e Administração
Balanço Patrimonial - Em Reais mil AT IV O
30.6.2006
31.12.2005
CIRCULANTE .............................................................................................. DISPONIBILIDADES ................................................................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS ......................................................... Carteira Própria ............................................................................................ OUTROS CRÉDITOS ................................................................................... Rendas a Receber ....................................................................................... Diversos ...................................................................................................... OUTROS VALORES E BENS ...................................................................... Despesas Antecipadas ...............................................................................
198.395 – 195.161 195.161 3.190 – 3.190 44 44
157.843 – 154.138 154.138 3.657 620 3.037 48 48
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ................................................................. OUTROS CRÉDITOS ................................................................................... Diversos ......................................................................................................
1.561 1.561 1.561
981 981 981
PERMANENTE ............................................................................................ INVESTIMENTOS ........................................................................................ Outros Investimentos .................................................................................. Provisão para Perdas .................................................................................. IMOBIILIZADO DE USO ............................................................................... Imobilizado .................................................................................................. Depreciação ................................................................................................ DIFERIDO ....................................................................................................
2.821 1 12 (11) 1.094 1.743 (649) 1.726
1.618 1 12 (11) 1.617 2.151 (534) –
TOTAL ..........................................................................................................
202.777
160.442
P A S S IVO CIRCULANTE .............................................................................................. OUTRAS OBRIGAÇÕES .............................................................................. Obrigações Sociais e Estatutárias ............................................................. Fiscais e Previdenciárias ........................................................................... Diversas ......................................................................................................
30.6.2006
31.12.2005
55.464 55.464 29.039 18.081 8.344
50.511 50.511 17.396 24.842 8.273
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ....................................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES .............................................................................. Fiscais e Previdenciárias ...........................................................................
171 171 171
170 170 170
PATRIMÔNIO LÍQUIDO ................................................................................. Capital: - De Domiciliados no País .......................................................................... Reservas de Capital .................................................................................... Reservas de Lucros .................................................................................... Lucros Acumulados ....................................................................................
147.142
109.761
55.800 10 56.402 34.930
14.800 10 5.938 89.013
TOTAL ..........................................................................................................
202.777
160.442
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - Em Reais mil RESERVAS DE LUCROS
LUCROS ACUMULADOS
CAPITAL SOCIAL REALIZADO
RESERVAS DE CAPITAL
SALDOS EM 30.6.2005 ..............................................................................................
14.800
10
3.911
–
60.141
78.862
LUCRO DO SEMESTRE .............................................................................................
–
–
–
–
40.523
40.523
EVENTOS
LEGAL
TOTAIS
ESTATUTÁRIA
DESTINAÇÕES: RESERVA LEGAL ....................................................................................................
–
–
2.027
–
(2.027)
–
DIVIDENDOS PROPOSTOS .....................................................................................
–
–
–
–
(9.624)
(9.624)
SALDOS EM 31.12.2005 ............................................................................................
14.800
10
5.938
–
89.013
109.761
AUMENTO DE CAPITAL .............................................................................................
41.000
–
–
–
(41.000)
–
CONSTITUIÇÃO DE RESERVAS ...............................................................................
–
–
–
48.013
(48.013)
–
LUCRO DO SEMESTRE .............................................................................................
–
–
–
–
49.024
49.024
1o Semestre 2006 RECEITAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ............................................. Impostos Incidentes sobre serviços ........................................................... RECEITA LÍQUIDA DOS SERVIÇOS ........................................................... RECEITAS / (DESPESAS) OPERACIONAIS .............................................. Despesas de Pessoal ................................................................................. Despesas Administrativas .......................................................................... Despesas Tributárias ................................................................................... Despesas Comerciais ................................................................................. Receitas Financeiras .................................................................................. Outras Receitas Operacionais .................................................................... Outras Despesas Operacionais .................................................................. RESULTADO OPERACIONAL ...................................................................... RESULTADO ANTES DATRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO ......................... IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL .................................... Provisão para Imposto de Renda ................................................................ Provisão para Contribuição Social ............................................................. Ativo Fiscal Diferido .................................................................................... LUCRO LÍQUIDO DO SEMESTRE ...............................................................
92.067 (9.671) 82.396 (9.388) (5.003) (5.471) (498) (13.476) 12.908 2.267 (115) 73.008 73.008 (23.984) (17.604) (6.335) (45) 49.024
85.340 (8.652) 76.688 (14.252) (5.011) (7.191) (166) (15.828) 12.135 1.918 (109) 62.436 62.436 (21.913) (15.980) (5.982) 49 40.523
Número de cotas ......................................................................................... Lucro Líquido por cota em R$ .....................................................................
55.800.000 0,88
14.800.000 2,74
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos - Em Reais mil 1o Semestre 2006
2o Semestre 2005
ORIGEM DOS RECURSOS ......................................................................... Lucro Líquido .............................................................................................. Ajustes ao lucro líquido .............................................................................. Depreciação ................................................................................................ Recursos de Terceiros Originários de: ...................................................... - Aumento dos Subgrupos do Passivo: ...................................................... Outras Obrigações ..................................................................................... - Diminuição dos Subgrupos do Ativo: ....................................................... Outros Valores e Bens ............................................................................... Imobilizado ................................................................................................
54.505 49.024 115 115 5.366 4.954 4.954 412 4 408
53.394 40.523 108 108 12.763 12.763 12.763 – – –
APLICAÇÃO DOS RECURSOS ................................................................... Dividendos Propostos ................................................................................. Inversões em: ............................................................................................. Imobilizado .................................................................................................. Diferido ........................................................................................................ Aumento dos Subgrupos do Ativo: ............................................................. Títulos e Valores Mobiliários ....................................................................... Outros Créditos ............................................................................................ Aumento/Redução das Disponibilidades ...................................................
54.505 11.643 1.726 – 1.726 41.136 41.023 113 –
53.403 9.624 1.020 1.020 – 42.759 40.136 2.623 (9)
– – –
9 – (9)
MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA
–
–
2.451
–
(2.451)
–
DIVIDENDOS PROPOSTOS .....................................................................................
–
–
–
–
(11.643)
(11.643)
SALDOS EM 30.6.2006 ..............................................................................................
55.800
10
8.389
48.013
34.930
147.142
Demonstração Consolidada dos Recursos de Consórcio - Em Reais mil 30.6.2006
AT I V O
31.12.2005
CIRCULANTE E REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ...................................... DISPONIBILIDADES ................................................................................... APLICAÇÕES FINANCEIRAS - Grupos em Andamento e Formação ......... Aplicações Financeiras .............................................................................. Aplicações Financeiras Vinculadas a Contemplações .............................
1.859.700 – 706.398 70.548 635.850
1.441.060 32 507.585 51.273 456.312
OUTROS CRÉDITOS ................................................................................... Direitos junto a Consorciados Contemplados ............................................ Normais ..................................................................................................... Em Atraso .................................................................................................. Em Cobrança Judicial ............................................................................... Bens Retomados .........................................................................................
1.153.302 1.153.302 1.140.338 7.052 5.862 50
933.443 933.443 926.176 4.292 2.828 147
COMPENSAÇÃO ......................................................................................... Previsão mensal de recursos a receber de consorciados ......................... Contribuições devidas ao grupo ................................................................. Valor dos Bens a Contemplar ......................................................................
11.878.924 107.749 6.056.814 5.714.361
10.636.448 92.382 5.410.817 5.133.249
TOTAL ..........................................................................................................
13.738.624
12.077.508
30.6.2006
PASSI VO
31.12.2005
CIRCULANTE E EXÍGIVEL A LONGO PRAZO ............................................ Obrigações com Consorciados ................................................................... Valores a Repassar ..................................................................................... Obrigações por Contemplações a Entregar ................................................ Recursos a Devolver a Consorciados ........................................................ Recursos dos Grupos ..................................................................................
1.859.700 947.433 8.185 635.850 168.748 99.484
1.441.060 782.774 7.248 456.312 121.397 73.329
COMPENSAÇÃO ......................................................................................... Recursos mensais a receber de consorciados .......................................... Obrigações do grupo por contribuições ...................................................... Obrigações por futuras contemplações ......................................................
11.878.924 107.749 6.056.814 5.714.361
10.636.448 92.382 5.410.817 5.133.249
TOTAL ..........................................................................................................
13.738.624
12.077.508
Início do Período .................................................. Fim do Período ..................................................... Aumento/Redução das Disponibilidades ............
Demonstração Consolidada das Variações nas Disponibilidades de Grupos - Em Reais mil
DESTINAÇÕES: RESERVA LEGAL ....................................................................................................
2o Semestre 2005
1o Semestre 2006
2o Semestre 2005
DISPONIBILIDADES NO INÍCIO DO PERÍODO ........................................... Depósitos Bancários ................................................................................... Aplicações Financeiras .............................................................................. Aplicações Financeiras Vinculadas a Contemplações (Cotas de Fundos de Investimentos e LFT) ............................................................................
507.617 32 51.273
373.206 – 40.482
456.312
332.724
( + ) RECURSOS COLETADOS .................................................................... Contribuições para aquisição de bens ....................................................... Taxa de Administração ................................................................................ Contribuições ao fundo de reserva ............................................................. Rendimentos de aplicações financeiras .................................................... Multas e juros moratórios ............................................................................ Prêmios de seguro ...................................................................................... Custas Judiciais ......................................................................................... Outros ..........................................................................................................
815.986 644.959 88.674 19.426 27.348 3.368 22.495 337 9.379
717.494 571.320 83.768 15.400 23.604 2.835 20.422 145 –
( - ) RECURSOS UTILIZADOS ..................................................................... Aquisição de Bens ...................................................................................... Taxa de Administração ................................................................................ Multas e juros moratórios ............................................................................ Prêmios de seguro ...................................................................................... Devolução a Consorciados Desligados ..................................................... Custas Judiciais ......................................................................................... Seguros Contratados - Quebra de Garantia ................................................. Outros ..........................................................................................................
(617.205) (488.703) (90.994) (1.694) (22.338) – (338) (12.807) (331)
(583.083) (468.258) (83.423) (1.408) (19.655) – (144) (10.139) (56)
DISPONIBILIDADES NO FINAL DO PERÍODO ........................................... Depósitos Bancários ................................................................................... Aplicações Financeiras .............................................................................. Aplicações Financeiras Vinculadas a Contemplações (Cotas de Fundos de Investimentos e LFT) ............................................................................
706.398 – 70.548
507.617 32 51.273
635.850
456.312
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 1 - CONTEXTO OPERACIONAL A Bradesco Consórcios iniciou, em 09 de dezembro de 2002, a venda de cotas de consórcio a funcionários e, em 21 de janeiro de 2003, para correntistas e não correntistas das instituições financeiras da Organização Bradesco, passando o consórcio a ser parte do portfolio de produtos oferecidos pela Organização. Atuando na Administração de Grupos de Consórcios de Imóveis, Automóveis, Tratores, Caminhões e Colheitadeiras, conta com toda a infraestrutura de atendimento da Organização Bradesco. Como parte da Organização Bradesco, utiliza-se, de forma compartilhada, da infraestrutura administrativa e tecnológica de seu Controlador (Banco Bradesco) e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto. A capilaridade e a segurança associadas à Marca Bradesco são vantagens importantes na expansão das vendas. 2 - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DA ADMINISTRADORA E DOS GRUPOS DE CONSÓRCIO As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir de diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Banco Central do Brasil (BACEN), específicas para as administradoras de consórcios e incluem estimativas e práticas contábeis no que se refere à constituição de provisões. A carta-circular no 3.147/04 do BACEN alterou e consolidou as diretrizes contábeis a serem utilizadas pelos grupos de consórcios, que incluem a preparação das demonstrações consolidadas dos recursos de consórcio e das variações nas disponibilidades de grupos de consórcio. 3 - PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS DA ADMINISTRADORA a) Apuração do resultado O resultado é apurado pelo regime de competência. A taxa de administração é reconhecida mensalmente em função dos recebimentos das contribuições pelos grupos, e a comissão sobre venda de cotas de consórcio quando da inclusão nos grupos, cujo pagamento se dá em parcela única. b) Títulos e Valores Mobiliários São demonstrados pelos valores de aplicação acrescidos dos rendimentos incorridos até a data do balanço, e quando aplicável constituído provisão para perdas com base no valor de mercado. As aplicações em cotas de fundos de investimentos são valorizadas com base no valor da cota disponibilizada pelo administrador do fundo, Banco Bradesco S.A. (gestão da BRAM - Bradesco Asset Management S.A. DTVM), para a data-base. c) Ativos circulante e realizável a longo prazo São demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base pro rata dia). d) Permanente Demonstrado ao custo, combinado com: • Investimentos – Constituição de provisão para perdas quando aplicável. • Imobilizado de Uso – Depreciado às taxas que levam em consideração a vida útil dos bens representados por: Instalações e Móveis e Utensílios 10% a.a.; Equipamentos de Informática e Direito de Uso de Softwares 20% a.a. • Diferido – Registrado ao custo de aquisição ou formação, liquido das respectivas amortizações acumuladas, quando aplicável. e) Passivos circulante e exigível a longo prazo Os valores demonstrados incluem, quando aplicável, os encargos e as variações monetárias (em base pro rata dia) incorridas. f) Impostos e contribuições Os impostos e contribuições foram calculados às alíquotas abaixo mencionadas, considerando, para efeito das respectivas bases de cálculo, a legislação vigente pertinente a cada tributo: Imposto de Renda ............................................................................................ 15% Adicional de Imposto de Renda ......................................................................... 10% Contribuição Social .......................................................................................... 9% PIS .................................................................................................................. 1,65% COFINS .......................................................................................................... 7,60% Para efeito de apuração da base de cálculo do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido, em 2006 a sociedade optou pela utilização do lucro real. 4 - PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS DOS GRUPOS DE CONSÓRCIOS a) Aplicações Financeiras São demonstradas pelos valores de aplicação acrescidos dos rendimentos incorridos até a data do balanço, e quando aplicável constituído provisão para perdas com base no valor de mercado. As aplicações em cotas de fundos de investimentos são valorizadas com base no valor da cota disponibilizada pelo administrador do fundo, Banco Bradesco S.A. (gestão da BRAM - Bradesco Asset Management S.A. DTVM), para a data-base. Esses valores representam os recursos disponíveis e não utilizados pelos grupos e são aplicados de acordo com as diretrizes da Circular no 3.261/04, do BACEN. Os rendimentos dessas aplicações são incorporados ao fundo comum e de reserva de cada grupo diariamente.
b) Outros Créditos Noativocirculante,outros créditos referem-seaDireitos juntoaconsorciados contemplados e representam os valores a receber dos consorciados contemplados referentes às parcelas vincendas do fundo comum e fundo de reserva, calculados com base no valor de mercado dos bens na data do balanço. c) Passivo Circulante I. Obrigações com Consorciados As obrigações com consorciados representam o fundo comum recebido de consorciados não contemplados para aquisição de bens e o fundo comum, a taxa de administração e o seguro recebido de consorciados dos grupos em formação e são determinados com base no valor do bem objetos da operação e no percentual de pagamentos estabelecidos de acordo com o prazo de duração dos grupos. II. Valores a Repassar Os valores a repassar referem-se a valores recebidos de consorciados a serem repassados, referentes à taxa de administração, prêmios de seguros, multas e juros e outros. III. Obrigações por Contemplações a Entregar Correspondem ao valor de bens contemplados nos grupos, a serem entregues após a data das demonstrações financeiras, acrescidos dos rendimentos financeiros entre a data de contemplação e a data do Balanço. IV. Recursos a Devolver a Consorciados Referem-se a valores a ser ressarcidos aos consorciados ativos por ocasião do encerramento do grupo, referentes a pagamentos a maior de parcelas, e a valores a pagar aos consorciados desistentes e excluídos, atualizados pela variação do bem. V. Recursos dos Grupos Referem-se aos recursos a serem rateados aos consorciados ativos quando do encerramento do grupo, pelos valores de fundo de reserva, remunerações de aplicações financeiras, multas e juros moratórios retidos pelo grupo, atualização da variação do preço do bem e valores de prestações não recebidas dos consorciados após esgotados os procedimentos de cobrança. d) Contas de Compensação I. Previsão Mensal de recursos a receber de consorciados e recursos mensais a receber de consorciados Demonstram a previsão de contribuições a receber (fundo comum e fundo de reserva) de consorciados para o mês subseqüente ao mês base das demonstrações financeiras. O montante foi calculado considerando o valor de mercado dos bens objeto das operações de consórcio em 30 de junho de 2006. II. Contribuições devidas ao grupo e obrigações do grupo por contribuições Referem-se aos valores totais das contribuições (fundo comum e fundo de reserva) devidas pelos consorciados ativos (grupos em andamento) até o final do grupo, considerando o valor de mercado dos bens objeto das operações de consórcio na data do balanço. III. Valor dos Bens a Contemplar e obrigações por futuras contemplações Correspondem ao valor dos bens a serem contemplados em assembléias futuras, considerando o valor de mercado dos bens objeto das operações de consórcio na data do balanço. 5 - TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS – ADMINISTRADORA Os títulos e valores mobiliários estão compostos como segue: Em R$ mil 30 de junho 31 de dezembro de 2006 de 2005
Descrição Cotas de Fundos de Investimentos: a) Próprias ................................................................................ b) Grupos Encerrados (nota 6c) ................................................. Total ...........................................................................................
188.531 6.630 195.161
147.808 6.330 154.138
6 - OUTROS CRÉDITOS E OUTRAS OBRIGAÇÕES – ADMINISTRADORA a) No ativo circulante e realizável a longo prazo, outros créditos diversos referem-se a outros adiantamentos R$ 1.272 mil (em 31 de dezembro de 2005 – R$ 544 mil) créditos tributários R$ 68 mil (em 31 de dezembro de 2005 – R$ 113 mil), devedores por depósitos em garantia R$ 385 mil (em 31 de dezembro de 2005 – R$ 384 mil), impostos e contribuições a compensar R$ 3.026 mil (em 31 de dezembro de 2005 – R$ 2.977 mil). b) Outras obrigações fiscais e previdenciárias referem-se principalmente a provisão para imposto de renda, contribuição social, impostos e contribuições s/ serviços de terceiros e salários R$ 18.081 mil (em 31 de dezembro de 2005 – R$ 24.842 mil) e provisão para riscos fiscais R$ 171 mil (em 31 de dezembro de 2005 – R$ 170 mil). c) No passivo circulante e exigível a longo prazo, outras obrigações diversas referem-se a provisão para pagamentos a efetuar R$ 1.714 mil (em 31 de dezembro de 2005 – R$ 1.943 mil), valores a ressarcir a consorciados de grupos encerrados R$ 6.630 mil (em 31 de dezembro de 2005 – R$ 6.330 mil), em virtude do encerramento, em exercícios anteriores, da carteira de grupos de consórcio, estando estes recursos à disposição dos respectivos consorciados.
7 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO - ADMINISTRADORA Em 30 de junho de 2006 o capital social é de R$ 55.800 mil, representado por 55.800.000 cotas ao valor nominal de R$ 1,00 cada. Neste semestre houve o aumento do capital social utilizando as reservas de lucros no montante de R$ 41.000 mil. Aos cotistas estão asseguradas as distribuições de dividendos mínimos obrigatórios correspondentes a 25% do lucro líquido, ajustado nos termos da legislação. A sociedade registrou o valor de R$ 11.643 mil (em 31 de dezembro de 2005 – R$ 17.396 mil) como dividendos propostos. 8 - IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - ADMINISTRADORA a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social: Em R$ mil Descrição
30.6.2006
Resultado antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social ........................ Imposto de Renda e Contribuição Social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente Efeito das adições/exclusões no cálculo dos tributos ......................................... Total dos encargos de Imposto de Renda e Contribuição Social ..............
73.008 23.939 45 23.984
b) No semestre foram realizados R$ 45 mil de créditos tributários decorrentes de adições temporárias, restando em 30 de junho de 2006 R$ 68 mil referentes a diferenças temporárias. A sociedade não possui créditos tributários não ativados. 9 - OUTRAS INFORMAÇÕES - ADMINISTRADORA a) As despesas administrativas no valor de R$ 5.471 mil (em 31 de dezembro de 2005 – R$ 7.191 mil) estão representadas basicamente por despesas com comunicação, material gráfico, processamento de dados, serviços prestados por terceiros e treinamento. b) As despesas de pessoal no valor de R$ 5.003 mil (em 31 de dezembro de 2005 – R$ 5.011 mil) estão representadas por salários, benefícios, encargos sociais trabalhistas e provisões de 13º salário e férias. c) As despesas comerciais no valor de R$ 13.476 mil estão representadas principalmente por despesas com comissões,eventos e propaganda (em 31 de dezembro de 2005 – R$ 15.828 mil). d) Outras receitas operacionais no valor de R$ 2.267 mil (em 31 de dezembro de 2005 – R$ 1.918 mil) referem-se principalmente taxas para recuperação de despesas junto aos consorciados, conforme previsto contratualmente. 10 - APLICAÇÕES FINANCEIRAS - GRUPOS As aplicações financeiras dos grupos de consórcio (em andamento e em formação) no valor de R$ 706.398 mil (em 31 de dezembro de 2005 – R$ 507.585 mil), estão compostas por R$ 54.561 mil em operações compromissadas com lastro em títulos públicos federais (em 31 de dezembro de 2005 – R$ 51.265, junto ao Banco Bradesco S.A., e R$ 651.837 mil (em 31 de dezembro de 2005 – R$ 456.320 mil) em cotas de fundos de investimentos. A taxa de administração paga pelos fundos ao administrador dos Fundos - Banco Bradesco S.A., no semestre foi de R$ 7.472 mil (no exercício findo em 31 de dezembro de 2005 - R$ 9.393 mil). 11 - RESUMO DAS OPERAÇÕES DE CONSÓRCIOS As operações de consórcios em 30 de junho de 2006 e 31 de dezembro de 2005 apresentam a seguinte posição em quantidades:
Grupos em andamento ................................................................ Grupo encerrado ......................................................................... Bens entregues no período/exercício ............................................ Bens entregues totais .................................................................. Consorciados ativos .................................................................... Desistentes e cancelados (período/exercício) .............................. Consorciados contemplados ....................................................... Bens pendentes de entrega .......................................................... Taxa média de inadimplência ......................................................
30.6.2006
31.12.2005
1.326 1 14.983 56.166 242.425 31.424 70.635 18.331 2,10%
1.150 – 26.463 41.183 212.652 57.122 59.561 13.243 1,51%
12 – OUTRAS INFORMAÇÕES Os consorciados mantêm seguros de vida e quebra de garantia, junto ao Grupo Bradesco Seguros e Previdência, cujos valores dos prêmios pagos encontram-se demonstrados em prêmios de seguros e seguros contratados – quebra de garantia.
Parecer dos Auditores Independentes
Diretoria Aos Administradores e Cotistas da Bradesco Administradora de Consórcios Ltda.
Diretor-Presidente ANTONIO CELSO MARZAGÃO BARBUTO
1. Examinamos o balanço patrimonial da Bradesco Administradora de Consórcios Ltda. em 30 de junho de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos do semestre findo nessa data, bem como as demostrações consolidadas dos recursos de consórcio em 30 de junho de 2006 e das variações nas disponibilidades de grupos para o semestre findo nessa data, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras.
Diretor ADEMIR COSSIELLO
4. O exame das demonstrações financeiras do semestre findo em 30 de junho de 2005, apresentadas para fins de comparação, foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram parecer com data de 26 de agosto de 2005, sem ressalvas. São Paulo, 4 de agosto de 2006
2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nosso exame compreendeu, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da entidade, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da entidade, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
José Alves Bicudo Filho Contador CRC 1SP124.511/O-3
3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Bradesco Administradora de Consórcios Ltda. em 30 de junho de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos do semestre findo nessa data, bem como as demonstrações consolidadas dos recursos de consórcio em 30 de junho de 2006 e das variações nas disponibilidades de grupos do semestre findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5
Washington Luiz Pereira Cavalcanti Contador CRC 1SP172940/O-6
4
Estilo Empresas Finanças Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 23 de agosto de 2006
21,9
VR QUER AMPLIAR BASE DE CLIENTES
por cento é a fatia do patrimônio da Funcef que está aplicado em ativos de renda variável
PARA HONRAR COMPROMISSOS, TESOURO NACIONAL TROCA EMISSÕES POR COMPRA DE DÓLARES NO BRASIL
GOVERNO ABRE MÃO DE CAPTAÇÕES
A
ncorado nos bons resultados da balança comercial, que aumentaram fortemente o fluxo de dólares para o Brasil, o governo anunciou ontem que poderá se dar ao luxo de não captar recursos no exterior para honrar seus compromissos externos até 2008. A partir de agora, os dólares para esses pagamentos serão obtidos pelo governo preferencialmente com compras no mercado doméstico, o que deve contribuir, porém, para elevar a dívida interna. Novas emissões de títulos no mercado internacional só serão feitas para melhorar a qualidade da dívida externa, quando as condições forem consideradas muito favoráveis, informou o secretário do Tesouro Nacional, Carlos Kawall. Até há pouco tempo, o governo era muito dependente dos dólares obtidos com novas emissões de bônus externos para fechar as contas do setor público e do País. Ao anunciar a estratégia de financiamento da dívida externa pública federal para 2007 e 2008, Kawall informou que o Tesouro vai precisar de um total de US$ 14,1 bilhões para honrar os compromissos no período. O valor caiu US$ 4,95 bilhões porque nos últimos 13 meses o Tesouro conseguiu reduzir o estoque da dívida em US$ 36,2 bilhões com uma série de operações, como a recompra de títulos de curto prazo, o resgate antecipado dos
Marcelo Casal Jr./ABr
chamados "bradies" (papéis ligados à renegociação da dívida dos anos 1990) e o pagamento antecipado ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Sem meta — Ao contrário do que fazia anteriormente, desta vez o Tesouro não estabeleceu uma meta de captação de títulos externos para os próximos dois anos. Essa estratégia só está sendo possível, de
14,1 bilhões de dólares é o total de recursos de que o Tesouro vai precisar para honrar compromissos em 2007 e 2008. acordo com Kawall, porque a situação das contas externas é bastante favorável. Com o superávit comercial recorde e as reservas internacionais elevadas e aproximando-se de máximas históricas, o risco-Brasil atingiu nos últimos dias os menores níveis já registrados. "Temos atualmente uma situação no balanço de pagamentos bastante confortável, que pode atender à necessidade de financiamento externo apenas por meio da aquisição de moedas no mercado local", afirmou.
O secretário aproveitou a análise sobre a melhora na posição externa do Brasil para dar uma estocada no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que fez estudo colocando o Brasil como um dos países mais vulneráveis. "Apesar de o estudo do Ipea dizer o contrário, a prática mostra que estamos mais resistentes a choques", disse Kawall, que ainda defendeu a política de redução da vulnerabilidade externa, apesar de seu custo em termos de endividamento interno. "Ninguém contrata um seguro sem comprar a apólice." O anúncio do governo ocorre justamente no momento em que há uma grande procura dos investidores estrangeiros por papéis novos de países emergentes com melhor situação econômica, como é o caso do Brasil. O secretário admitiu que a nova estratégia contribuirá para aumentar a atração dos investidores estrangeiros por títulos da dívida interna. Compras — As compras de dólares no mercado interno são pagas por meio de emissão de dívida interna ou com o caixa do Tesouro — o chamado "colchão de liquidez". Segundo Kawall, o governo poderá alternativamente pagar seus compromissos com as reservas no Banco Central. "Mas isso não quer dizer que não emitiremos mais. Há interesse, ocasionalmente, em emitir no mercado internacional por questões de melhora do perfil da dívida." (AE)
O secretário Carlos Kawall disse que o Tesouro só fará novas emissões para melhorar qualidade da dívida
Patrimônio da Funcef cresce 7%
A
Fundação dos Economiários Federais, (Funcef), fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal (CEF), fechou o primeiro semestre do ano com um patrimônio total de R$ 23,2 bilhões, com alta de 7% em relação a dezembro de 2005, quando o patrimônio do terceiro maior fundo de pensão do País era de R$ 21,7 bilhões. Segundo o presidente da Funcef, Guilherme Lacerda, o patrimônio da entidade aumentou em razão da rentabilidade obtida no período, de 8,33%, muito superior à meta atuarial estabelecida pela fundação. Nos primeiros seis meses do ano, a Funcef obteve um superávit de R$ 477 milhões, o que já representa 92% do realizado em todo o ano de 2005, quando o saldo positivo foi de R$ 515,7 milhões. Na Funcef, todos os
superávits obtidos desde 2003 estão sendo depositados em um fundo previdenciário, constituído para bancar a mudança do plano de benefício dos funcionários da Caixa. Caixa — Ao contrário da Petros, o fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, que vai precisar de um vultoso aporte de recursos da patrocinadora para bancar a mudança de plano, a Funcef tem em caixa cerca de R$ 3,1 bilhões. O fundo previdenciário da Funcef já contou com R$ 6,8 bilhões, mas R$ 3,7 bilhões foram revertidos para cobrir as despesas com a mudança da tábua de mortalidade (os economiários, assim como a população brasileira, estão vivendo mais e isso implica pagamento por mais tempo do benefício) e o fim da exigência de idade mínima para aposentadoria inte-
gral no sistema da Funcef. O diretor de Benefícios da Funcef, Sérgio Francisco da Silva, garantiu que os recursos em caixa serão suficientes para bancar a mudança de plano em curso. Os 65 mil economiários – 45 mil ativos e 20 mil aposentados – têm até o final do mês para optar pelo novo plano, o de contribuição variável. No primeiro semestre, a Funcef obteve rentabilidade de 12,54% nas aplicações em renda variável e de 7,5% nas aplicações em renda fixa. A carteira imobiliária da fundação teve ganho de 4,73%. A maior parte dos recursos da Funcef, 66,7%, estão aplicados em renda fixa. Os investimentos em renda variável somam 21,9% do patrimônio da entidade. O restante está aplicado em imóveis (7,2%) e em operações de empréstimo para os participantes (3,86%). (AE)
Unibanco e VR fecham parceria
O
Unibanco e o Grupo VR, líder no mercado de vale-refeição, fecharam uma parceria para compartilhamento dos sistemas de atendimento. Agora, trabalhadores que utilizam o vale-refeição da VR terão também acesso a empréstimos e financiamentos, incluindo o crédito consignado, do Unibanco. A esses novos clientes a instituição financeira vai oferecer condições e juros especiais. A parceria prevê a transferência das operações de crédito com desconto em folha do Grupo VR para a carteira do Unibanco. A assessoria de imprensa do VR informou, no entanto, que essa transferência não significará o fim dos empréstimos consignados aos trabalhadores associados.
Receitas — Um ponto ainda em discussão entre as partes é a divisão das receitas obtidas com os produtos vendidos no âmbito da parceria. De acordo com o Grupo VR, todo o retorno obtido com o pacote de benefícios, será, por enquanto, dividido igualmente. Depois da conclusão do negócio, o Unibanco terá acesso a uma carteira de 20 mil empresas, todas clientes dos serviços do VR. Já o grupo de benefícios terá uma nova opção de divulgação de seu portfólio de produtos, hoje restrito a um grupo de 100 agentes de venda. O presidente do Grupo VR, Cláudio Szajman, afirmou que a parceria com o Unibanco faz parte de um processo de modernização do setor de concessão de benefícios no País.
Queda no superávit
A
divulgação, amanhã, do resultado primário consolidado do setor público em julho será monitorada com particular atenção pelos investidores externos. Embora a possibilidade de o País não superar neste ano a meta de superávit primário de 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB) não esteja praticamente descartada, analistas acreditam que o superávit fiscal no mês passado teve queda. O banco ABN Amro prevê que o superávit primário, que em junho atingiu R$ 10,4 bilhões, tenha declinado para R$ 6,8 bilhões no mês passado. Se esse resultado for confirmado, o saldo primário anualizado cairá para 4,4% do PIB, ainda acima da meta para 2006. Entre as razões para a queda, os analistas incluem a redução sazonal da arrecadação tributária e o aumento no déficit da Previdência. Eles observam que, nos 12 meses anteriores a junho, a arrecadação cresceu apenas 8,5% em termos reais, enquanto os gastos saltaram 16,3%. (AE)
Com um mercado muito disputado, principalmente depois da entrada da Visa Vale – empresa controlada pelos gigantes Banco do Brasil, Bradesco e Real – no segmento em 2003, a VR também estabeleceu novas metas para sua carteira de clientes, que hoje é de 2,5 milhões de usuários. A empresa quer aumentar a base em 1 milhão de usuários. A empresa fechou o ano de 2005 com faturamento de R$ 3,5 bilhões. Para 2006, a previsão é de aumento de 15%, com receita total de R$ 4 bilhões. A atual rede de atendimento do grupo é formada por 220 mil estabelecimentos credenciados. Neste ano, a VR conseguiu transferir 95% dos vales de papel para cartões. Davi Franzon
Empresas lucram mais
P
esquisa divulgada ontem pela consultoria Economática mostra que os lucros das empresas não-financeiras avançaram 198,9% no governo Lula, em comparação ao segundo mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Considerando uma amostra com 180 balanços, elas embolsaram R$ 213,9 bilhões nos últimos três anos e meio, contra R$ 71,5 bilhões entre 1999 e 2002. Os valores foram corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) até 30 de junho passado. Desconsiderando a Petrobras, o salto é ainda maior – de 366%, variação que supera a lucratividade dos bancos no mesmo período. O gerente da Economática Einar Rivero afirmou que o desempenho das empresas não-financeiras está ligada ao aumento de preços das commodities (que impulsionou os ganhos com exportações) e também à forte valorização do real frente ao dólar (com efeito positivo sobre o grau de endividamento das companhias). (AG)
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
10 -.OPINIÃO
quarta-feira, 23 de agosto de 2006
LENTE DE
AUMENTO
INFLAÇÃO PARA 2007 ESTÁ NO FOCO
JOÃO DE SCANTIMBURGO
associado ao resultado fraco da produção industrial em junho. Para 2007, a mediana para o PIB permanece em 3,7% há diversas semanas. Outro fator que pode contribuir para uma revisão nas projeções de inflação para 2007 são os resultados de inflação corrente abaixo das expectativas, que indicam menor inércia para o próximo ano. Com relação às expectativas para 2006, a mediana passou de 3,74% para 3,73%. Não houve mudança nas projeções mensais, mas isso pode ocorrer na próxima pesquisa, dado que esta semana contém a data crítica para o cadastramento do IPCA. A mediana para o IPCA de agosto está em 0,30%, mas como os últimos índices de
Céllus
N
O Chile e o perfeito idiota latino-americano ROBERTO FENDT
O Marcos Peron/Virtual Photo
a pesquisa Focus, divulgada anteontem, não houve grandes alterações nas expectativas de inflação. A mediana para 2007 permaneceu em 4,5%, enquanto a média apresentou mais uma leve queda, de 4,46% para 4,45%, valor um pouco abaixo da meta. Caso este movimento da média esteja associado a uma revisão mais geral nos cenários de inflação, pode sinalizar uma queda da mediana para abaixo da meta de 4,5%. Por outro lado, as expectativas em 12 meses permanecem bem próximas da meta, em 4,48%, o que revela que o mercado segue projetando taxas mais elevadas para o segundo semestre deste ano e
Alimentos com preços baixos primeiros meses de 2007 em comparação aos baixos resultados de inflação do primeiro semestre deste ano Esse movimento de redução na média das expectativas de inflação para 2007, para um valor levemente abaixo da meta, está possivelmente relacionado a mudanças nos cenários para as principais variáveis determinantes da inflação. Nesse sentido, observa-se alguma revisão no cenário do mercado para a taxa de câmbio que, para o final de 2006, passou de R$ 2,23/US$ na época da última reunião do Copom para R$ 2,20/US$ e, para o final de 2007, variou de R$ 2,35/US$ para R$ 2,30/US$. No cenário de atividade, também se nota uma redução nas expectativas, mas somente para 2006. As projeções para o PIB de 2006 passaram de 3,6% para 3,53% recentemente, movimento que pode estar
preços (IPC-Fipe e IPC-S) apresentaram resultados abaixo da expectativa por conta da fraca recuperação de preços dos alimentos, é possível que haja uma revisão para baixo nessas estimativas. Isso poderia ter como conseqüência mais uma redução nas expectativas para 2006, mas sem reflexo sobre as projeções para prazos mais longos. COMENTÁRIO DE MARCELA PRADA, DA TENDÊNCIAS CONSULTORIA WWW.TENDENCIAS.COM.BR
G Expectativas
para a inflação de 2007 seguem de perto a meta de 4,5%, mas o mercado já projeta taxas mais elevadas para o segundo semestre e o início de 2007
A s projeções do PIB de 2006 caíram para 3,53%
Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente em exercício Alencar Burti Presidente licenciado Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi
Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)
Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: , Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046
Chile deu hoje um novo passo muito importante para aprofundar a nossa bemsucedida inserção na globalização. Palavras da presidente do Chile, Michelle Bachelet. A ocasião: a assinatura do tratado de livre-comércio, TLC, entre o Chile e a China, nesta segunda-feira. Esse TLC é o primeiro que a China participa fora da Ásia. Por ele, as exportações chilenas para a China terão uma redução imediata de 92% das alíquotas tarifas aduaneiras impostas pela China às suas importações. O TLC firmado com a China não é o primeiro que o Chile assina com uma economia inúmeras vezes maior que a sua. Anteriormente ao TLC com a China, o Chile já tem, desde 2004, um tratado similar com os Estados Unidos. Enquanto patinamos junto com os parceiros do Mercosul, o Chile já tem também tratados de livre-comércio com a União Européia, além de TLCs com o México e a Coréia do Sul. Pelo acordo de livre-comércio com a China, espera-se um aumento significativo das exportações chilenas para o mercado chinês de diversos produtos em que o Chile detém vantagens comparativas, como cobre, minério de ferro, vinho, frutas e pescado. Em troca, a China espera exportar para o Chile eletrônicos, máquinas e automóveis. O atual fluxo de comércio entre o Chile e a China é da ordem de sete bilhões de dólares, valor que se espera que vá crescer muito com o novo tratado de livre-comércio. No Manual do perfeito idiota latino-americano, de Carlos Alberto Montaner, há o tipo que acredita que seremos explorados no comércio com países maiores que nós. Que o comércio piora a distribuição de renda. Que o comércio é uma tramóia das multinacionais para nos escravizar. Esse tipo de gente deve estar chateado com o Chile e com sua presidenta, a proclamar as virtudes da inserção competitiva no mercado mundial. E com o sucesso dessa estratégia de integração. Desde a década de setenta do século passado, o Chile tornou-se modelo pela sua política econômica global. Os tratados de livre-comércio
chilenos são apenas uma faceta mais recente de sua política comercial. O Chile foi o primeiro país das Américas a praticamente unificar o percentual cobrado como imposto de importação e de reduzi-lo a níveis que tornam a proteção aos cartórios locais irrisória (hoje em 6%). Com isso, a estratégia de promoção de substituição seletiva de importações, que tantos custos impuseram aos consumidores dos demais países latino-americanos, tornou-se anti-econômica para os empresários chilenos. Diversos cartórios ineficientes, protegidos pelas altas tarifas então praticadas, deixaram de existir, beneficiando os consumidores com o acesso a produtos melhores e mais baratos disponíveis no mercado internacional. Os trabalhadores que estavam empregados naquelas atividades mudaram-se para os segmentos com vantagens comparativas voltadas para a exportação, com melhores salários e condições de trabalho.
S
e alguém acha que ocorreu um milagre no Chile está, ao mesmo tempo, certo e errado. Errado, porque diz o bom senso que fazer milagres não é da natureza humana; requer uma natureza maior. Por outro lado, como ignorar que tenha sido possível que uma nação pequena, com um PIB similar ao do estado do Rio de Janeiro, com uma população de 16 milhões de habitantes, tenha tido o descortino de perceber que é possível comerciar com os EUA e a China e não ser "explorada" por esses gigantes, como tantos acreditam aqui? É por seus efeitos positivos para o povo chileno que a presidenta Bachelet disse nessa segunda-feira que "apesar das recentes dificuldades na Rodada de Doha, a abertura multilateral do comércio continuará a avançar". Por enquanto, beneficiando apenas as nações cujos povos não se opõem ao livre comércio, não acreditam em bicho-papão e que estão convictos que a aritmética e a geometria também se aplicam abaixo do Equador - diferentemente de tantos perfeitos idiotas latino-americanos.
A globalização beneficia só as nações que não acreditam em bicho-papão
O couro pirata e o consumidor UMBERTO CILIÃO SACCHELLI
M
ais um componente do chamado Custo Brasil – essa somatória de ineficiências que atravanca o desenvolvimento do País – acaba de ser descortinada. Desta feita, a revelação foi realizada pelo Conselho Nacional de Combate à Pirataria, que fechou seus cálculos sobre o tamanho do mercado de produtos falsificados. De acordo com as projeções feitas pela entidade, nada menos do que R$ 56 bilhões foram movimentados no ano passado pela indústria da pirataria. Esse mercado irregular ou ilegal, vale assinalar, representa algo em torno de o equivalente a 3% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Os prejuízos decorrentes desta atividade ilícita não se restringem, entretanto, aos danos econômicos provocados a empresas e prestadores de serviço, que operam no terreno da legalidade. É preciso atentar para os estragos provocados às classes trabalhadoras. Os cálculos da entidade demonstram que a indústria da pirataria aborte a criação de quase 2 milhões de novos empregos por ano. O setor coureiro-calçadista não constitui exceção neste cenário. A falsificação de produtos acabados de couros – calçados, móveis, estofamentos, etc. – não é de hoje, mas a verdade é que esse processo vem ganhando assustadora velocidade. Ciente da gravidade do problema, os diversos elos da cadeia produtiva do couro estão colocando em curso diversas ações para inibir a prática ilegal e para esclarecer o consumidor. A
própria organização da 38ª Francal, maior feira de calçados, acessórios de moda, máquinas e componentes da América Latina, desenvolveu eficiente campanha. No âmbito institucional, outro importante contraponto à indústria da falsificação foi lavrado com a edição da chamada Lei do Couro, 11.211, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no final do ano passado.
G
anham todos os elos da cadeia produtiva, a começar pelo consumidor, que terá garantias de que o produto adquirido é artigo genuíno, justificando o investimento feito em sua aquisição. As empresas que atuam com a comercialização de produtos à base de couro terão a oportunidade de agregar maior valor à atividade. Por fim, as indústrias que operam com a produção e processamento de couro poderão contar com um aumento da demanda por seus produtos, induzindo à criação de novos empregos e de novos investimentos. A Lei do Couro, como se vê, constitui um valioso estímulo para a geração de negócios e à criação de novos empregos, aspectos importantes de uma atividade que movimenta US$ 21 bilhões, reúne cerca de 10 mil indústrias, emprega mais de 500 mil pessoas e exportou cerca de US$ 4,2 milhões no ano passado. UMBERTO CILIÃO SACCHELLI É PRESIDENTE DO CENTRO DAS INDÚSTRIAS DE CURTUMES DO BRASIL
A falsificação de produtos de couro vem ganhando assustadora velocidade
APLAUSO AO CANDIDATO
O
s jornais noticiaram que o governador do Ceará, Lúcio Alcântara, candidato à reeleição, não hesitou em apoiar Lula em lugar de Alckmin, candidato lançado e apoiado por seu partido, pondo à prova a tênue fragilidade nos laços de apoio político que oferece um membro de diretório local do PSDB. Será assim no decorrer da campanha, haverá sempre um revoltado que prefira Lula a Alckmin. Foi o governo dos generais que enfraqueceu a "partidocracia" brasileira. Não adiantou nada extingüir os partidos da Era Pós-Vargas. A "partidocracia" brasileira ainda não está institucionalizada e já se encontrava em degradação acelerada quando o marechal Castelo Branco, de uma só penada, mostrou a fragilidade da instituição partidária, ainda que partidos como PSD, UDN e PTB tivessem características próprias.
O
Brasil teve no Império dois partidos, o Liberal e o Conservador; foram partidos que ocuparam a cena política durante os anos de governo dos dois Bragança, que lhe deram apoio e que souberam resistir às crises políticas que marcaram o regime. Na República, tivemos o PRP e os partidos estaduais que completavam o partido republicano, fazendo com que as agremiações estaduais se completassem na cúpula quando se tratava da escolha de presidente da República e de candidatos a mandatos no Senado e na Câmara dos Deputados, saindo do partido situacionista com réplica no partido minoritário. Essa situação durou até 1930, quando, no dizer de João Neves, os gaúchos rebelados foram para o embate das urnas, e se não a ganhassem iriam, como foram, para o embate das armas, na qual saíram vencedores. Posso dizer que quando não está firme a "partidocracia" brasileira, não se sabe qual rumo tomará o vencedor da luta eleitoral, como a que se aproxima neste ano. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
G Quando não está firme a partidocracia brasileira, não se sabe qual será o rumo do vencedor da luta eleitoral
12
O
presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), instaurou ontem os processos de cassação contra 67 deputados, acusados pela CPMI dos Sanguessugas de suposto envolvimento com a máfia das ambulâncias superfaturadas e adquiridas por prefeituras de todo o País por meio de emendas ao orçamento da União. Ele anunciou, também, que a renúncia dos outros deputados que foram listados pela CPMI – Coriolano Sales (PFL-BA) e Marcelino Fraga (PMDB-ES) – foram publicadas ontem mesmo no Diário do Congresso. Ao instaurar os processos, Izar informou que nos próximos dias 4 e 5 de setembro serão sorteados e escolhidos os respectivos relatores. O conselho tem 15 titulares e 15 suplentes, mas de acordo com o regimento da Câmara dos Deputados nem o presidente nem o corregedor podem relatar a matéria. O presidente do Conselho de Ética também afirmou que iniciará a notificação dos acusados, de acordo com a seguinte sistemática: procurar o deputado pessoalmente; caso não seja encontrado, entregar a notificação ao funcionário do gabinete. No caso de negativa do recebimento, determinar uma hora e dia para notificar o deputado acusado. Se ainda assim não for possível, a última alternativa será enviar telegrama anunciando que a notificação será Definido o publicada processo de no Diário do cassação, a Congresso, Comissão de por meio de Ética inicia edital. Esses procedioutro: o da mentos caça aos serão fujões. A adotados notificação para vai começar impedir o hoje mesmo. que ocorreu na época dos acusados de envolvimento com o mensalão, quando alguns deputados evitavam aparecer e ser notificados para atrasar propositalmente o julgamento. Além da abertura de processos contra 67 deputados citados no relatório da CPMI dos Sanguessugas, o presidente do Conselho de Ética da Câmara anunciou ontem a abertura de processos contra mais dois deputados – B. Sá (PSB-PI) e Cabral (PSDB-PB). Izar também anunciou ontem que o deputado José Otávio Germano (PP-RS) será o relator dos processos de cassação de ambos. Domiciano Cabral está licenciado. Os dois são acusados de suposto recebimento de propina em troca da liberação de dinheiro de orçamentos para obras executadas por empreiteiras. Gravação de conversas telefônicas feitas pela Polícia Federal teriam flagrado esse esquema. B. Sá é acusado de negociar propina com um funcionário da OAS, construtora encarregada das obras da barragem de Poço Marruá, no seu estado, o Piauí. Domiciano Cabral enfrenta uma acusação diferente. De acordo com a denúncia, teria proposto ao sogro, dono da construtora Cojuda, que fizesse negócios com o Ministério dos Transportes, com a promessa de que haveria vantagens financeiras para os dois. (Agências)
Congresso Planalto Sanguessuga Eleições
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 23 de agosto de 2006
É uma manobra protelatória. Não tem cabimento o Conselho fazer uma investigação sobre algo que já veio apurada da CPMI e da Polícia Federal. Jefferson Perez (PDT-AM)
AS MANOBRAS PARA LIVRAR OS SENADORES
CONSELHO DE ÉTICA ABRE PROCESSO CONTRA 67 DEPUTADOS Conforme havia prometido, o presidente do Conselho de Ética na Câmara, Ricardo Izar, instaurou o processo de cassação dos colegas denunciados pela CPMI dos Sanguessugas. Eles tinham prazo até meia-noite da última segunda-feira para apresentar a renúncia ao mandato, mas apenas dois – Marcelino Fraga (PMDB-ES) e Coriolano Sales (PFL-BA) – fizeram isso. Os outros decidiram enfrentar a degola . Alan Marques / Folha Imagem
Geraldo Mage
la / Agência Se
nado
CALHEIROS TENTA JUSTIFICAR JOGADA
O
Abaixo a máfia: deputados José Eduardo Cardozo, Júlio Delgado e Antonio Carlos Biscaia durante a sessão que 'pendurou" sanguessugas. Andre Dusek/AE
Fraga, o único a renunciar
O
Assessor de Marcelino Fraga que entregou renúncia do deputado
deputado Marcelino Fraga (PMDB-ES), acusado de envolvimento no caso dos sanguessugas, renunciou ao mandato ontem à noite para escapar do processo de cassação. Um advogado do deputado entregou a carta de renúncia na Mesa da Câmara às 23h55, cinco minutos antes do fim do prazo. Além de Fraga, apenas o deputado Coriolano Sales (PFL-BA) renunciou por envolvimento com os sanguessugas, ainda na semana passada.
O presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PTB-SP), calculava que entre cinco e seis parlamentares renunciariam. Mas parte dos deputados adotou outra estratégia. Para atrasar a abertura do processo por quebra de decoro, pelo menos dez deputados recorreram ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a tramitação do processo na Câmara. À noite, porém, o ministro Eros Grau negou o pedido de nove deputados e arquivou o mandado de segurança. (AOG)
presidente do Senado, Renan Calheiros, tentou justificar, na tarde de ontem, a alteração no rito de cassação dos senadores acusados de envolvimento com a máfia dos sanguessugas, que deve fazer com que os processos só sejam abertos depois das eleições de outubro. " O Senado não é um tribunal de exceção e os três senadores acusados têm o direito a ampla defesa", disse. Renan alegou que tem que dar prazo suficiente para os acusados apresentarem suas defesas e que a Mesa do Senado não poderia ficar responsável por abrir os processos e colher as provas. Por isso encaminhou ao Conselho de Ética uma denúncia, e não uma representação, contra os senadores Ney Suassuna (PB), Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko (PT-MT) (leia mais sobre a manobra regimental que ele fez em matéria abaixo). Não é de hoje que Renan usa artifícios para barrar CPIs. Os relatórios das CPIs da Terra, dos Bingos e dos Correios, aprovados durante sua gestão à frente do Senado, ainda não foram oficialmente encaminhados ao Ministério Público. Tarefa que só cabe à ele. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) diz que isso compromete a imagem do Senado e alimenta a desconfiança em relação à seriedade das investigações . "É bom lembrar que uma CPI, além de ter eventuais gastos de seu funcionamento custeados com dinheiro público, implica em meses de dedicação de deputados e senadores", disse Dias. (Agências)
BISCAIA: SUSPEITOS NÃO MANOBRA ATRASA PSB APRESENTA DEVERIAM SE CANDIDATAR. PROCESSO CONTRA QUEIXA-CRIME A tendência é que o plenário presidente da CPMI dos Sanguessugas, o do TRE mantenha a mesma inCONTRA GABEIRA OS SENADORES deputado Antônio terpretação que levou à im-
O
Carlos Biscaia (PT-RJ), defendeu ontem que a Justiça Eleitoral adote em todo o País o entendimento do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio, que estuda impugnar as candidaturas dos parlamentares envolvidos em casos de corrupção. "O Judiciário tem que interpretar a legislação sempre no sentido dos princípios que regem a Constituição. A moralidade é um deles. Entendo que, para se obter um emprego, a pessoa não pode ter uma anotação, um registro qualquer de investigação. Imagina um parlamentar, que tem uma representação (da sociedade), que foi investigado e a respeito de quem existem elementos suficientes para incriminá-lo", disse Biscaia. Rio dá o exemplo – O presidente do TRE do Rio, desembargador Roberto Wider, requisitou à CPMI dos Sanguessugas informações sobre os candidatos às eleições proporcionais do Estado que estão sendo investigados para que elas sejam incluídas nos processos de registro de candidatos ainda não julgados. Segundo Wider, o TRE-RJ pretende avançar na interpretação das leis "para vetar candidatos sabidamente ruins".
pugnação do registro de Henrique Valadares (PSC), que teve a candidatura a deputado estadual impugnada, a pedido do Ministério Público Eleitoral, por ter sido reprovado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) na prestação de contas de sua gestão como prefeito de Araruama (RJ). Biscaia também reforçou o protesto de parlamentares contra o voto secreto. "O voto aberto é essencial para os avanços dos processos de cassação", disse. Membros da CPMI dos Sanguessugas avaliam que a estratégia dos suspeitos da comissão de inquérito será tentar de todas as formas adiar o julgamento, evitando receber a notificação do processo, apontando novas testemunhas, pedindo perícia de documentos e apelando para recursos na Justiça. "Os acusados têm certeza de que serão absolvidos por causa do espírito de corpo, do número de acusados e pelos acordos que serão feitos", afirmou o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que foi relator do pedido de cassação do ex-deputado José Dirceu (PT-SP) e depois deixou o colegiado em protesto contra as absolvições de 'mensaleiros'. (Agências)
U
m artifício regimental usado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), vai atrasar a abertura dos processos que poderão levar à cassação do mandato dos três senadores acusados de envolvimento com a máfia das ambulâncias. Com a manobra, os processos contra Ney Suassuna (PMDB-PB), Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko (PT-MT) só deverão ser abertos depois das eleições de outubro. Até lá, os senadores poderão renunciar a seus mandatos caso queiram escapar do processo. A sobrevida política e o tempo a mais dado aos senadores foi possível porque Renan Calheiros enviou ao Conselho de Ética do Senado uma denúncia, e não uma representação, contra os três parlamentares. Graças a essa firula jurídica, o primeiro passo do Conselho é investigar se a denúncia feita pela CPMI dos Sanguessugas contra os três senadores tem fundamento. Se o Conselho chegar à conclusão de que a denúncia é factível, o parecer é enviado à Mesa Diretora do Senado. Esse parecer será analisado pela Mesa que o encaminha novamente ao Conselho e, aí sim, é aberto o processo por falta de decoro parlamentar contra os senadores. Ou seja, os parlamentares ganharam, no mínimo, o prazo de um mês. "Isso é uma coisa descabida. É uma manobra protelatória. Não tem cabimento o Conselho fazer uma investigação preliminar sobre algo que já veio apurada da CPMI e da Polícia Federal", afirmou o senador Jefferson Perez (PDT-AM), que foi escolhido para ser o relator do caso do senador Suassuna. (AE)
I
Gilberto Nascimento / Ag. Câmara
rritado com as recentes declarações do deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), subrelator da CPMI dos Sanguessugas, o presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, anunciou ontem que vai apresentar uma queixa-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado e pedir indenização na Justiça por perdas e danos à legenda. Em nota, Roberto Amaral diz que o partido luta pela democracia e a ética na política desde 1947 e não "servirá de pasto para o exibicionismo doentio do deputado". Recentemente, Gabeira disse que o PSB transformou a pasta da Ciência e Tecnologia em uma espécie de "ministério de c o m p a d re s " . No início do mês, Amaral, que foi ministro da Ciência e Tecnologia do governo Lula, entrou com representação no Conselho de Ética da Câmara contra Gabeira, por ter acusado o PSB de ter se beneficiado coletivamente das irregularidades investigadas pela Polícia Federal. Segundo Amaral, Gabeira usa de seu cargo na CPMI para tentar se reeleger. "O parlamentar abusa de seus poderes e prerrogativas como sub-relator da CPMI dos Sanguessugas para manter-se na mídia", diz a nota. Roberto Amaral diz que o partido abriu processo na comissão de ética para apurar as denúncias de supostas irregularidades atribuídas a parlamentares da legenda. (AOG)
8
Congresso Planalto Eleições CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 23 de agosto de 2006
AUMENTA O TOM DAS ACUSAÇÕES NAS CAMPANHAS
PRESIDENCIÁVEL TUCANO ABANDONA RECATO E PARTE PARA O ATAQUE A LULA
SOBE A TEMPERATURA Bruno Domingos / Reuters
PCdoB QUER MUDAR O PROGRAMA PETISTA
DURANTE PROGRAMA, ALCKMIN BATE FORTE
O
aliado PC do B cobra do presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma guinada à esquerda no programa de governo para um eventual segundo mandato. Junto com o nanico PRB, do vice José Alencar, o PC do B forma a coligação Força do Povo, que sustenta a candidatura de Lula à reeleição. O partido quer mudanças, como a fixação de metas mais ousadas para a reforma agrária e a adoção de mecanismos que inibam o crescimento do ensino privado e, por outro lado, promovam a abertura de mais vagas no ensino público. O parceiro – cujo presidente, Renato Rabelo faz parte do conselho político da campanha de Lula – pede ainda que o candidato à reeleição assuma compromissos desenvolvimentistas. O partido prega, por exemplo, a intervenção no câmbio para melhorar os superávits comerciais e o fortalecimento das estatais, principalmente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os comunistas não aceitam nem ouvir falar em independência do Banco Central, uma meta defendida pelo ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci. Para o PCdoB, o governo deve ter o controle sobre o Banco Central, para transformá-lo em mecanismo de crescimento econômico e promover a "democratização" do Conselho Monetário Nacional (CMN). Quanto à política externa, cujos críticos acusam de hostil em relação a países decisivos como os Estados Unidos, ela é elogiada pelo PCdoB. O partido quer que haja ainda maior avanço nas relações com países em desenvolvimento, num aprofundamento da linha política conhecida como "SulSul" – vista pelos comunistas como uma forma de "combate ao imperialismo". Para o PCdoB, são inadmissíveis as taxas de juros atuais, praticadas com a justificativa de que servem para controlar a inflação. A redução dos juros, na visão do partido, serviria para aliviar o peso da dívida pública e também o do superávit primário, considera elevado demais pelos membros do partido comunista. A legenda deve realçar os feitos dos quatro anos do governo Lula, em comparação com os oito anos de Fernando Henrique Cardoso. (AE)
O
Batendo asas: candidato tucano deixa de lado o tom brando e diz que o presidente Lula não fez nada de bom para o País desde que assumiu. Fabio Mota / AE
Datafolha: Lula sobe 2% após horário eleitoral
P
esquisa do Datafolha divulgada ontem à noite pelo Jornal Nacional, da Rede Globo, mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém sua vantagem sobre o candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin. Na primeira pesquisa do instituto de pesquisa realizada após o início do horário eleitoral gratuito, Lula aparece com 49% da intenção de votos. Na pesquisa anterior do Datafolha, em que ele tinha 47% dos votos declarados. Alckmin também cresceu em relação à pesquisa passada, mas apenas 1%, passando de 24% para 25% das intenções de voto. Heloísa Helena (PSOL), aparece com 11% e Cristovam Buarque (PDT), com
1%. Os candidatos Luciano Bivar (PSL), José Maria Eymael (PSDC) e Ruy Costa Pimenta (PCO) ficaram com menos de 1% cada. Lula ganharia no primeiro turno, mas o Datafolha também simulou um segundo turno entre o presidente e o ex-governador de São Paulo. Lula venceria com 55% dos votos. Alckmin teria 36%. O Datafolha ouviu 6.240 pessoas em 272 cidades em 21 e 22 de agosto. Do total dos entrevistados, 6% devem votar em branco e 7% se declararam indecisos. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 13889/2006.
PF na cabeça: Lula ouve pedidos de agentes no Rio de Janeiro.
PT LIDERA CONTESTAÇÕES
O
Tr i b u n a l S u p e r i o r Eleitoral (TSE) recebeu 19 representações referentes à propaganda eleitoral desde o início do horário eleitoral gratuito, há uma semana. A campeã de pedidos de contestação foi a coligação A Força do Povo (PT-PRB-PCdoB), do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que encaminhou dez representações. Em segundo lugar ficou a coligação Por Um Brasil Decente (PSDB-PFL), do candidato Geraldo Alckmin, que apresentou sete representações. Destas, seis foram contra a coligação de Lula por propaganda supostamente irregular
no rádio e na TV, e outra contra uma emissora de televisão, que não teria exibido a propaganda de Alckmin. Segundo as informações do site do TSE, o tribunal indeferiu cinco das 19 representações e aceitou uma até agora. As 12 restantes estão ainda em tramitação. Além disso, o TSE determinou ontem que todas as emissoras de televisão retirem do ar uma peça publicitária de 15 segundos da coligação A Força do Povo, que contém cenas externas, a pedido da coligação adversária, representada pelo tucano Geraldo Alckmin. (veja a matéria completa ao lado). (AE)
NO TSE, VITÓRIAS DO PSDB.
P
elo menos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o candidato tucano Geraldo Alckmin vence a batalha contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde que começou o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão, na semana passada, Alckmin conseguiu duas decisões contrárias a Lula. A mais recente delas determinou a retirada do ar de inserções da campanha de Lula com imagens externas e uso de recursos da computação gráfica. Uma liminar ordenou que todas as emissoras de televisão deixem de veicular a inserção na qual são usadas imagens ex-
ternas sobre o programa "Bolsa Família". O uso de gravações externas e de computação gráfica é proibido pela legislação eleitoral. Na segunda decisão contrária a Lula, o TSE proibiu a coligação "Melhor para São Paulo", que tem como candidato ao governo paulista o petista Aloizio Mercadante, de veicular no horário eleitoral gratuito propaganda do presidente Lula. Na avaliação do tribunal, estava ocorrendo uma "invasão" de horário destinado à propaganda para a eleição estadual, o que também é proibido pela lei eleitoral. (AE)
Sérgio Lima/Folha Imagem
HELOÍSA DEFENDE PACTO
A
candidata à Presidência da República, senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), condenou ontem o que ela classificou como "debate eleitoreiro e inconseqüente" em relação às discussões travadas entre governo e oposição sobre a crise de segurança pública de São Paulo. "O presidente [Lula] deveria se ausentar de sua condição de candidato para coordenar um novo pacto que viabilizasse uma alternativa concreta," defendeu Heloísa na tribuna do Senado. A candidata também afirmou que "não há racionalidade técnica" do governo federal em defender a atual política econômica do País. "Se alguém se reivindica de esquerda e ado-
ta essa prática [defender a política econômica], o faz ou por ignorância ou por cinismo e vigarice política," atacou. A senadora passou a tarde no plenário do Senado aparteando discursos de seus colegas. Pela manhã, ela participou de uma carreata que saiu do centro de Brasília e seguiu por cerca de 50 quilômetros até a cidade goiana de Santo Antônio do Descoberto. No local, a candidata visitou uma creche mantida pela comunidade. Hoje, a candidata faz campanha em Porto Alegre. Na agenda: caminhadas pelas principais ruas da cidade e ato político em frente à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). (Reuters)
programa do candidato à Presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin, atacou ontem em duas frentes: criticou duramente o governo do presidente e candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e mostrou as realizações da administração do PSDB nas áreas de infra-estrutura em São Paulo. O tucano criticou a ausência de um "ambiente favorável ao investimento" logo após o programa de Lula, no qual foram exaltadas as obras da administração petista e o "novo modelo de desenvolvimento". Alckmin começou o seu programa com o depoimento de um homem na feira afirmando que Lula "não fez nada para o País em benefício do povo". O tucano atacou seu adversário justamente nos pontos que Lula defendeu em seu programa: os resultados econômicos e os investimentos em projetos de desenvolvimento. O tucano comparou a taxa de crescimento do PIB brasileiro com a de outros países latino-americanos para depois atacar Lula: "O governo não cria aqui dentro um ambiente favorável ao investimento: não investe em estradas, não dá apoio à agricultura, não faz obras para gerar empregos e ainda aumenta os impostos". O tucano criticou também a operação tapa-buraco do governo federal, feita "na base do improviso, sem licitação e não adiantou nada". Alckmin mostrou as obras realizadas em infra-estruturaquando foi governador do Estado, para depois afirmar: "O que fiz por São Paulo, vou fazer pelo Brasil". (AE)
CÉSAR MAIA CRITICA CAMPANHA TUCANA
O
prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia (PFL), criticou duramente a campanha do ex-governador Geraldo Alckmin e candidato da coligação PFL/PSDB à presidência da República. Maia afirma que Alckmin "fixa-se em fazer afirmações mais ou menos genéricas do que fará e se esquece de dizer ao eleitor porque não deve votar em Lula". Por outro lado, Maia elogia o candidato ao governo estadual, José Serra, dizendo que ele "está na linha certa, empurrando seus adversários para a crítica ao governo do PSDB, cuja identificação com Serra este sim por seu currículo - é apenas parcial e remota". O prefeito do Rio, reconhecido pela sua capacidade de interpretar pesquisas, diz ainda que "uma campanha com candidato à reeleição tem suas características básicas. A tendência do eleitor é ficar com quem ele conhece, a menos que a percepção do governo deste seja um desastre". César Maia considera que a campanha de Geraldo Alckmin deveria dar mais ênfase à corrupção do governo petista, já que o assunto "tem sido tema crescente na agenda das campanha eleitorais pelo mundo afora, respondendo à reação da opinião pública a casos de corrupção". (AE)
quarta-feira, 23 de agosto de 2006
Finanças Empresas Nacional Estilo
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5 A arrecadação não cai porque a economia está crescendo, está gerando mais renda e mais lucro. Guido Mantega
CARGA TRIBUTÁRIA CONTINUA EM ALTA
RECEITA FEDERAL CONFIRMA QUE CARGA TRIBUTÁRIA CONTINUA SUBINDO APESAR DAS DESONERAÇÕES
PESO DOS IMPOSTOS CONTINUA ALTO
O
Evaristo Sa/AFP
peso dos impostos PIB. Porém, alerta o instituto, o no bolso dos brasi- Brasil permanecerá com um dileiros voltou a su- ferencial muito grande para bir em 2005. A Re- emergentes com os quais comceita Federal confirmou on- pete. O peso dos impostos na tem, como havia antecipado o China e na Rússia está em torno secretário Jorge Rachid ao de 17%. Já Chile, México e Ar"Correio Braziliense", que so- gentina estão na faixa de 20%. Motivos – O ministro do Plamente a carga tributária do governo federal fechou o ano nejamento, Paulo Bernardo, passado entre 17,6% e 17,9% justificou o aumento da carga do Produto Interno Bruto tributária afirmando que a ar(PIB), contra 17,13% do PIB em recadação de impostos e con2004. Apesar do compromisso tribuições federais vem batendo governo de não aumentar a do recordes porque o trabalho carga, os recordes de arrecada- da Receita Federal ganhou efição têm feito com que ela man- ciência. Ele destacou ainda que as desonerações de tributos tenha movimento de alta. O número ainda não inclui o feitas desde 2003 somam R$ 19 peso dos impostos nas esferas bilhões. O ministro também estaduais e municipais, cuja disse que espera que as novas medidas de divulgação o des onera ção governo vem que o goveradiando por no estuda pacausa do pera o setor de ríodo eleitos e mi c o nd ur a l . A c a rg a t o re s s a i a m bruta de 2004 bilhões de reais logo. a t i n g i u foi o total de Já o secretá35,91% do rio -adju nto PIB, o que rerecolhimento de da Receita, presentou um impostos e R i c a r d o P iaumento de contribuições nheiro, disse 1,01 ponto que a arrecapercentual federais até julho, dação, mesem relação a mantendo o mo recorde, 2003, quando movimento de alta está um poufoi de 34,9% co abaixo do do PIB. previsto para M a s m e smo o número preliminar da honrar as despesas do período, carga tributária mostra que as o que torna pequeno o espaço desonerações feitas pelo go- para novas desonerações. Promessa mantida – O miverno no ano passado, de R$ 7,8 bilhões, não foram sufi- nistro da Fazenda, Guido cientes para compensar o peso Mantega, afirmou que vai dos impostos no País. De acor- cumprir o compromisso firdo com dados do Instituto Bra- mado por seu antecessor, Ansileiro de Planejamento Tribu- tonio Palocci, de manter a cartário (IBPT), em 2005 a carga tri- ga tributária nos níveis de butária total do País ficou em 2002. "A arrecadação não cai porque a economia está cres37,82%, a maior da história. Neste ano, as desonerações cendo, está gerando mais rensomam R$ 9 bilhões. Mas, mes- da e mais lucro. Está diminuinmo com a Receita batendo re- do a sonegação e, com isso, escordes de arrecadação, até julho tamos arrecadando mais. A o recolhimento de impostos e promessa está sendo cumpricontribuições federais somou da. Estamos fazendo desoneR$ 222,219 bilhões, o IBPT prevê ração e vamos continuar fapequeno recuo, para 37% do zendo", disse. (Agências)
222,2
COMUNICADO
Semicondutores terão isenção total de impostos
O
Mittal com o presidente Lula: confiante em uma decisão favorável
Mittal aguarda recurso na CVM
O
presidente do Conselho da Arcelor Mittal, o indiano Lakshmi Mittal, afirmou ontem que não pensa neste momento em recorrer à Justiça contra a decisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para que a empresa faça uma oferta pública de compra aos acionistas minoritários da Arcelor Brasil. Ele disse que tampouco pretende propor um acordo a esses acionistas minoritários. "Neste momento, estamos dependendo de nosso recurso na CVM", afirmou, após encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto. A CVM determinou que a Arcelor Mittal faça uma oferta pública para os mi-
noritários da Arcelor Brasil, acompanhando a operação no exterior, em que a Mittal Steel comprou o grupo Arcelor. A Mittal recorreu da decisão e argumenta que não houve uma aquisição, e sim uma fusão entre a Arcelor e a Mittal. O empresário afirmou que está confiante em uma decisão favorável ao recurso da empresa na CVM. Segundo ele, a avaliação de seus advogados é de que não há necessidade de uma oferta pública compulsória, já que não houve mudança do controle acionário da Arcelor. Mittal fez uma maratona de visitas a autoridades em Brasília. Ele foi acompanhado pelo presidente da Vale do Rio Doce, Roger Agnelli. (AE)
ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que a indústria de semicondutores terá isenção total de tributos, com o objetivo de facilitar sua implantação no País. Segundo o ministro, incidirão sobre o setor apenas tributos indiretos. "Os empresários não vão pagar quase nenhum imposto. Ficaremos com impostos indiretos, relacionados à folha de pagamentos", disse. Mantega comentou que o Brasil está defasado em relação a outros países, especialmente os asiáticos, que oferecem vantagens competitivas. "Como temos uma competição forte de países asiáticos, que concederam benefícios ao setor antes, temos de dar condições para que agora essas indústrias possam se implantar no Brasil", explicou o ministro. Além disso, acrescentou, empresários do ramo também terão incentivos financeiros para construir as fábricas. "O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) não tem limite de recursos para o setor. Todo empresário que precisar de recurso emprestado, preenchendo as condições, vai conseguir o empréstimo para implantar a
indústria de semicondutores", disse Mantega, lembrando que as taxas cobradas pelo banco ficarão em cerca de 10% ao ano. O ministro comparou as medidas que estão sendo estudadas para semicondutores aos incentivos dados na década de 1950 para impulsionar a indústria automobilística. "Vamos recuperar o tempo perdido e, de fato, terá quase o impacto do que se fez para a indústria automobilística no passado." Bancos – O ministro também anunciou que o trabalhador vai poder transferir dinheiro da conta de onde recebe seu salário para outra, em banco de sua escolha, sem pagar Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) ou tarifas bancárias. "Estamos dando ao trabalhador o direito de escolher o banco com o qual quer trabalhar. Ele vai poder fazer isso sem pagar CPMF e sem tarifas." A decisão faz parte de um conjunto de medidas que devem ser anunciadas nos próximos dias para promover a competitividade entre os bancos e, com isso, reduzir os juros. "Queremos que os bancos corram atrás do cliente e não que o cliente fique pedindo favores aos bancos." (ABr.)
CONVOCAÇÕES ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO Assembléia Geral - Edital de Convocação Pelo presente Edital, a requerimento da Diretoria Executiva da ASSETJ, ficam convocados os associados para participarem da Assembléia Geral Extraordinária, de acordo com os arts. 30 e 31 do estatuto social, a realizar-se no dia 06/09/06, às 19:00 horas, em 1ª convocação e meia hora depois em 2ª convocação, em sua sede à Rua Conselheiro Furtado nº 93, 3º andar, para deliberar sobre a adaptação das apólices de Seguro de Vida, nas quais a ASSETJ figura como estipulante ao novo Código Cível em vigor desde 11/01/2003 e circulares nº 302 e 317 da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, com vigência a partir de 01/07/2006. São Paulo, 17/08/06. (a) José Gozze, Presidente. (21, 22, 23/08/06)
FALÊNCIA & RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 22 de agosto de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência e recuperação judicial:
Requerente: Brasmanco Indústria e Comércio Ltda. - Requerida: Edileide Lima Carrasco Borrachas - EPP - Rua Flora, 63 - 2ª Vara de Falências Requerente: Infra Engeth Infraestrutura Constr e Comércio Ltda. Requerido: ITL Empreendimentos e Construções Ltda. - Rua do Rocio, 288 - 3º andar - 2ª Vara de Falências Requerente: Açocorte Ferro e Aço Ltda. - Requerido: Belmerix Ind. Com. Infraestrutura e Comunicação Ltda. - R. Fidêncio Ramos, 100 - 7º andar - 1ª Vara de Falencias Requerente: Distribuidora de Medicamentos Santa Cruz Ltda. Requerido: Drogaria Cereja Ltda - ME - Avenida Amador Bueno da Veiga, 1.975 - 2ª Vara de Falências
ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO Assembléia Geral - Edital de Convocação Pelo presente Edital, ficam convocados os associados desta Associação para participarem da Assembléia Geral Ordinária para ratificarem, se for o caso, da decisão conjunta do Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal e Diretoria Executiva, em cumprimento ao art. 29, alínea “a” do estatuto social, a realizar-se no dia 06/09/2006, às 18:00 horas, em 1ª convocação e meia hora depois em 2ª convocação, em sua sede, à Rua Conselheiro Furtado, nº 93, 3º andar. São Paulo, 17 /08/2006. (a) José Gozze, Presidente. (21, 22, 23/08/06)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 23 de agosto de 2006
3
Política ELEIÇÃO EM 2006
Ele (Alckmin) vai crescer e acredito que vá para o segundo turno. José Serra
Paulo Liebert / AE
POLÍTICA DE LULA É ELEITORAL, DIZ SERRA
TERÁ RECORDE DE VOTOS JOVENS
O
tucano José Serra, da Coligação Compromisso com São Paulo (PSDB-PFLPTB-PPS), acusou o governo Lula de fazer uma política econômica eleitoralista, durante campanha realizada ontem no interior de São Paulo. Serra fez a acusação ao comentar o plano de demissões anunciado pela Volkswagen em São Bernardo do Campo, na região do ABC em São Paulo. "A dificuldade da Volks não são os trabalhadores. A dificuldade é a política de juros e cambial do governo que está levando ao estrangulamento a atividade produtiva da indústria no País", afirmou. Em visita a Pindamonhangaba, cidade natal do candidato à Presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin, Serra bateu duro na atual política econômica. Disse que a combinação entre "juros siderais" e "dólar artificialmente barato" só contribui para o desemprego e situações como a da Volkswagen. "Dólar baratíssimo facilita muito a importação, prejud i c a a s e x p o r t a ç õ e s . Ti r a emprego de São Paulo e do resto do Brasil e manda para o exterior. É uma política econômica eleitoralista". Segundo Serra, o governo do PSDB no Estado tem feito muito para ajudar o setor industrial. "Dentro do alcance do
Em 2006, 3,2 milhões de eleitores com idades entre 16 e 17 anos irão às urnas pela primeira vez. O número é recorde, considerando que, para este grupo, o voto não é obrigatório. O TSE constatou um crescimento de 45% no número de jovens eleitores em comparação com as eleições de 2002.
A O tucano bateu duro na atual política econômica do governo petista.
governo do Estado, fizemos muita coisa. Diminuímos, por exemplo, os impostos para mais de 200 produtos", disse o candidato, que emendou mais críticas a Lula. "O Lula disse que iria criar 10 milhões de empregos, mas em quatro anos criou menos da metade." Além de Pindamonhangaba, Serra também visitou a cidades de Lorena. Em quase duas horas, caminhou pelo centro comercial dos dois municípios, cumprimentando o eleitorado. Pela manhã, o exprefeito esteve em Resende (RJ) para uma homenagem ao 30º aniversário da morte do presidente Juscelino Kubits-
chek, na Via Dutra. Segundo turno - Serra disse não acreditar em abandono da campanha de Geraldo Alckmin por parte do PSDB. "Não acho que ele foi abandonado. Ele vai crescer e acredito que vá para o segundo turno". O ex-prefeito não quis comentar a atitude do candidato do PSDB ao governo do Ceará, Lúcio Alcântara, de veicular em seu programa de TV declaração de apoio de Lula à sua candidatura. "Não tenho informações além das que estão nos jornais. Prefiro primeiro saber o que houve, para então dar a minha opinião a respeito" justificou Serra. (AE)
Sergio Barzaghi (AOG)
TSE PROÍBE 'USO' DE LULA EM PROGRAMA
O Mercadante: veto à aparição do presidente em seu favor. João Vieira / AE
Olho no litoral: peemedebista fala em fortalecer a região.
QUÉRCIA: APOIO À BAIXADA
F
ortalecer a economia da região metropolitana da Baixada Santista, adotando uma administração compartilhada para o porto de Santos, com o gerenciamento feito pelos municípios, estado e governo federal, além de promover a reindustrialização de São Paulo, com enfoque especial para o pólo industrial de Cubatão, foram algumas das propostas apresentadas ontem pelo candidato do PMDB ao Governo do Estado, Orestes Quércia que, pela primeira vez, visitou Santos e São Vicente em campanha. Depois de dar entrevista a três emissoras de televisão e de ter participado de uma carreata em São Vicente, o ex-governador afirmou contar com pesquisas qualitativas que mostram que haverá segundo turno para as eleições
majoritárias de São Paulo. "Estamos confiantes e, com todo o respeito aos meus adversários, temos certeza de que iremos para o segundo turno", arriscou. O candidato criticou o PSDB, destacando que em 12 anos de governo os tucanos deixaram que as indústrias fossem embora. "Eles não entraram na guerra fiscal, permitindo que muitas indústrias migrassem para outros estados ou até fechassem suas portas", emendou, afirmando que vai ampliar os recursos da Nossa Caixa, para transformar o banco em um instrumento para financiar a pequena e a média empresa. "Vamos fazer não só aqui, mas principalmente no Vale do Ribeira, um trabalho especial, concedendo isenção de impostos e industrializando toda a região", disse. (AE)
ministro Marcelo Ribeiro, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), proibiu a coligação "Melhor para São Paulo", que tem como candidato ao governo paulista o senador Aloisio Mercadante (PT), de veicular, no horário eleitoral gratuito, propaganda do presidente-candidato Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão foi tomada a pedido da coligação "Por um Brasil Decente", que tem como candidato a presidente o tucano Geraldo Alckmin. Após assistir ao DVD do programa questionado no TSE, o ministro chegou à conclusão de que ocorreu "a chamada invasão de horário destinado à propaganda para eleição estadual". Na ação analisada pelo ministro, a coligação que apóia o candidato tucano argumentou que, no programa, o presidente Lula teria dito que "ter um governador em São Paulo como o Mercadante significa a possibilidade de uma parceria permanente entre o governo federal e o governo do Estado". E isso configuraria mais do que um apoio ao candidato, e sim uma promessa de aliança que poderia influenciar as demais candidaturas. "Em uma análise preliminar", diz o ministro, "penso que assiste, em parte, razão à representante. Assisti à fita de vídeo (DVD) anexada aos autos e verifiquei que, enquanto o presidente da República manifesta seu apoio ao candidato ao governo de São Paulo de seu partido, inclusive aludindo a uma parceria entre gestões - estadual e federal -, aparece imagem com a expressão: "Lula presidente", afirmou na decisão Marcelo Ribeiro. Diante disso, o ministro decidiu proibir terminantemente a propaganda feita ao petista pelo presidente Lula. (AE)
pesar da idéia de que não estão nem aí para as eleições e de não serem obrigados a votar antes da maioridade, os jovens de 16 e 17 anos devem ter em outubro deste ano maior participação nas urnas desde que exerceram o direito pela primeira vez, nas eleições municipais de 1992. De acordo com os números definitivos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para as eleições, este ano mais de 3 milhões de eleitores adolescentes devem ir às urnas, o que representa, além de um recorde, um crescimento de 45% em comparação às eleições de 2002. Na prática, significa que há um milhão de jovens a mais para participar da disputa este ano. Este grupo representa 2,47% do total de brasileiros aptos a votar, bem à frente dos 2,24%, segundo maior nível, observados nas eleições de 1994, quando o tucano Fernando Henrique Cardoso elegeu-se presidente em dois turnos. Este ano, 41% dos adolescentes entre 16 e 17 anos possui título de eleitor. O grupo está equilibrado no que se refere à divisão por sexo, com uma ligeira vantagem feminina: 1,56 milhão de garotas, ante 1,5 milhão de rapazes. Para o cientista social Sérgio Abranches, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), essa alta participação não se deve ao interesse por política, mas sim a fatores psicológicos e questões populacionais, como um ritual de passagem para a fase adulta. "Eles tiram título de eleitor porque é o primeiro documento da idade adulta ao qual eles têm acesso, já que não podem dirigir, por exemplo. É uma es-
pécie de credencial para a vida adulta, mais para satisfação pessoal do que vontade de exercer influência no processo político", disse Abranches. "Esse número é grande porque eles fazem parte do maior conjunto de pessoas nascidas no mesmo período", acrescentou o cientista político. Meninos e meninas - Há quatro anos, na eleição que levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto, houve uma leve predominância de homens entre os 2,2 milhões de jovens eleitores. Eles superavam 1,1 milhão de votos, ante cerca de 1 milhão de mulheres. Juntos, eles compunham 1,92% do total de eleitores na época. Hoje a maior parte desse grupo que irá às urnas é de garotas, como a secundarista Fabiana Sawaya, de 17 anos. "Na verdade eu nem gosto de política. Tirei o título porque fico irritada com os governantes do Brasil e com as pessoas que não enxergam o que ocorre. Por isso eu quis tirar o título, para me diferenciar", disse. Ela votará no candidato do PSDB, Geraldo Alckmin. Já o estudante Éverton Rodrigo da Silva, que completará 17 anos no fim de agosto, votará em Lula, por herança familiar. "Em casa a gente discute política e todo mundo sempre votou no PT. Não voto no Lula só por causa do meu pai ou da minha mãe, mas acho que isso pesou bastante na minha decisão, tanto para tirar o título mais cedo como para escolher o candidato", afirmou. Em 1994, quando Fernando Henrique Cardoso venceu as eleições presidenciais, 2,1 milhões de adolescentes entre 16 e 17 anos foram pela primeira
vez às urnas, representando 2,24% do eleitorado. Quatro anos mais tarde, na reeleição do então presidente, o número caiu: 1,78% do eleitorado foi composto por menores de idade, somando 1,9 milhão de pessoas. Segundo Abranches, não há tendência de crescimento da participação dos menores de idade no eleitorado apesar dos níveis recorde destas eleições. "Vai continuar grande o número de eleitores se inscrevendo, mas esse número tende a se estabilizar. Na próxima eleição talvez não seja tanto quanto nesta", completou. Ainda de acordo com os números do TSE, o interesse dos eleitores pelo voto varia de acordo com o tipo de eleição. Quando se trata de uma disputa municipal, o índice de participação deste grupo nas urnas é maior do que as eleições estaduais, ou mesmo para presidente da República. De 1992 – data em que os adolescentes entre 16 e 17 anos puderam tirar o título de eleitor pela primeira vez, ainda que não fossem obrigados a votar – até 2004, a média de jovens que votaram para prefeito e vereadores ficou em 45%, contra uma média de 33% registrada nas eleições gerais, incluindo a de 2006. Na região Nordeste, surpreendentemente, o número de jovens com título de eleitor em mãos é maior do que a média do País, superando até mesmo a região Sudeste. Lá, 46% dos jovens menores de 18 anos estão aptos a votar nas próximas eleições. No Sudeste, este índice chega a 32%. O voto opcional aos jovens foi concedido pela Constituição de 1988. (Agências)
NA FESTA DO PEÃO, O LAÇO É NO ELEITOR.
O
s candidatos ao governo do Estado de São Paulo Aloizio Mercadante (PT) e Orestes Quércia (PMDB) já estão com o laço prontos: ambos devem comparecer a 51ª Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, a 425 quilômetros de São Paulo, neste sábado. Trata-se da maior festa do gênero do País e de uma oportunidade especial para buscar eleitores desgarrados – que ainda não decidiram o seu voto.
Segundo a assessoria de imprensa do evento, eles vão participar do tradicional concurso culinário da Queima do Alho. O senador Romeu Tuma (PFL-SP) e o deputado federal Luiz Antonio Fleury Filho (PTB-SP), candidato à reeleição, também confirmaram presença. Queima do Alho é o nome dado à culinária típica das comitivas de peões de boiadeiro e virou uma das principais atrações da festa de Bar-
retos. O cardápio inclui arroz carreteiro, feijão gordo, paçoca de carne e churrasco. A comida é feita em fogão improvisado, bem próximo ao chão. Vence o concurso quem melhor preparar este cardápio à moda dos tropeiros, dentro do menor espaço de tempo. O concurso, restrito a convidados, é realizado sempre no segundo sábado da festa, que termina no próximo domingo. (AE)
3
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 23 de agosto de 2006
Todo mundo tem capacidade para criar uma história Chicolelis
Pra dentro
Marcelo Soares/Hype
(da imaginação),
crianças! Lançamento do livro "Pra Fora, Rex" transforma-se em ação de estímulo à leitura para crianças da comunidade de Heliópolis, em São Paulo. Elas tiveram a oportunidade de conversar pela primeira vez com um escritor. O encontro foi emocionante.
Projeto Parceiros da Criança
Após o autógrafo do autor, a alegria por conhecer as peripécias de Rex e seus donos
O
A alegria de descobrir o destino de Rex na história e o gosto pela leitura dentro do projeto Parceiros da Criança, em Heliópolis
título do livro é "Pra fora, Rex!", mas o seu objetivo é trazer as crianças para dentro do mundo da leitura e da imaginação. Ele foi lançado na última sexta-feira para um público especial: meninos e meninas atendidos pelo projeto Parceiros da Criança que atua na comunidade de Heliópolis, na capital paulista. Seu autor, o editor do DCarro, do Diário do Comércio, Chicolelis, acredita que "todo mundo tem capacidade para criar uma história. Pode ser triste, alegre ou baseada em fatos reais". Para transmitir esta convicção ao público mirim que compareceu ao evento de que todos têm criatividade, ele conversou com cada uma das crianças do projeto e autografou os livros, escrevendo dedicatórias especiais com informações que elas mesmas forneciam a ele durante uma breve mas intensa conversa. I n ic i a t iv a s como esta são essenciais para a criação de novos leitores, já que uma pesquisa da Câmara Brasileira do Livro (CBL), realizada em 2001, constatou que a leitura de livros é realmente apreciada por apenas um terço da população adulta alfabetizada no Brasil, o que equivale a um público leitor ativo (aquele que leu pelo menos um livro nos últimos três meses) de 26 milhões leitores em uma população de 186,9 milhões, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Diante destes números assombrosos e do imenso camiMcDia Feliz No dia 26, sábado, não se esqueça de comprar um ou mais Big Macs. É por uma boa causa.
DIREITOS
APOIO AO LÍBANO
C
Chicolelis em ação: meninos e meninas conversam com o autor
nho a ser percorrido para a conquista de novos leitores em todo o País, a iniciativa do Instituto GM e da União dos Núcleos, Associações e Sociedade de Moradores de Heliópolis e São João Clímaco (Unas) de apresentar o autor do livro aos jovens leitores é um passo importante para reverter este quadro. Tanto o autor quanto os representantes das entidades estavam convictos, ao final do evento, de que a semente do gosto pela leitura foi plantada em cada uma das crianças que saiu de lá com um exemplar do livro "Pra Fora, Rex!" nas mãos. (veja a história do Projeto Parceiros na matéria ao lado) Para o vice-presidente do Instituto GM, Pedro Luiz Dias, a essência da missão do Instituto GM confirmou-se com as parcerias com a Unas e a Universidade São Marcos e o interesse das crianças pelo lançamento do livro foi a comprovação de que as diretrizes da entidade estão corretas. Brilho nos olhos –De n tro desse clima, Alaina Cristina Novaes Carvalho aguardava ansiosa pela sua vez na fila de autógrafos. Aos dez anos, ela nunca teve um livro autografado pelo autor e disse que gostou de conversar com Chi-
Ó RBITA
CALENDÁRIO 2007
rasília recebe, entre 30 de Médicos Sem Fronteiras, Ação Educativa já B agosto e 2 de setembro, o I A organização humanitária A começou a coletar Congresso Interamericano de internacional de médicos e imagens relacionadas aos
Educação em Direitos Humanos, que reúne especialistas do Brasil e do mundo em políticas de educação em direitos humanos. O congresso produzirá também o Plano Nacional de Direitos Humanos, com a proposta de implantar a política em nível nacional. Informações em www.educacionenvalores.org (em espanhol) ou pelos telefones (61) 429-3142 / 429-3454 / 223-2260.
jornalistas voluntários que ajudam vítimas de conflitos armados em todo o mundo, está recebendo doações em favor da população libanesa. Para ajudar, acesse o endereço https://ssl135.locaweb. com.br/msf2/doacao/ doacao.asp e veja como fazer sua contribuição.
temas educação e saúde para montar seu calendário institucional, que trará informações sobre a situação atual da juventude no país, além de dar maior visibilidade a atas e eventos de mobilização pelo direito à educação. As 24 imagens selecionadas farão parte também de uma mostra fotográfica. A inscrição de fotos pode ser feita até 30 de agosto pelo site www.acaoeducativa.org
colelis. O "Pra fora, Rex!" fará parte de sua pequena biblioteca composta de outros três volumes que guarda cuidadosamente e que ganhou do Projeto Parceiros da Criança e dos que comprou quando ganhou dinheiro dos pais para ir a uma festa. "Gostei de conhecer o Chico. Na hora do autógrafo, ele perguntou o meu nome e se eu gostava de ler". Entusiasmada porque gosta de história de bichos, Janaína Maria da Silva, de 8 anos, esperou pacientemente pela sua vez para conversar com o autor do livro. "Tenho um cachorro chamado Cachorro Valente e gosto muito de histórias de bichos. Tenho cinco irmãos e vou deixar minha irmã ler o livro". Vaidosa e alegre, Luana do Nascimento Ferreira ficou muito contente quando Chicolelis disse a ela que os seus cabelos eram lindos. Fã de histórias engraçadas, ela contou que este não será o o primeiro livro que leu. Ansiosa para saber o destino do Rex, ela correu com o volume nas mãos, sentou-se perto das amigas e começou a ler. Mais tímido, Vítor Lucas Ferreira contou que foi bom conversar com o autor do li-
Dias: projeto manteve a essência
vro e que gosta de ler. "Gosto também de jogar videogame", disse. Ágda Anani, que freqüenta o projeto há um ano e gosta de brincar com as amigas, também "achou legal" conversar com Chicolelis. Folheando o livro, Kethleen da Conceição Santos disse que não falta às atividades do projeto e que gosta de estar ali. Ela certamente é mais uma das crianças tocadas pela magia da leitura e que terão a imaginação povoada por muitas histórias e personagens como o Rex e seu dono. No final do lançamento do livro, Maria Ohana de Oliveira e Amanda Gonçalves Simões brincavam na entidade e sentaram-se no chão para ler o "Pra Fora, Rex! Acima delas, havia um mural com um depoimento do educador Paulo Freire que dizia que "Escola é um lugar onde se faz amigos, não se trata só de prédios, salas, quadras, programas, horários, conceitos... Escola é sobretudo gente, gente que trabalha". Ao final do texto, alguém acrescentou, com uma caneta vermelha as palavras: "o projeto também". O entusiasmo das crianças com os livros nas mãos na última sexta-feira confirmou a afirmação. Paula Cunha
GRAACC A renda obtida vai para as crianças com câncer e os hospitais que cuidam delas
ALIMENTOS
RECRUTAMENTO
Centro de O Convenções Pompéia, em São Paulo, hospeda o II
contece hoje a amanhã, A na Escola Politécnica da USP, a 16ª edição do
Simpósio da Sociedade Brasileira de Alimentos Funcionais (SBAF), que ocorre nos dias 24 e 25 de agosto. Planejado para estudantes, pesquisadores e profissionais da saúde e de engenharia de alimentos, o evento discute o papel dos alimentos funcionais no retardo do envelhecimento e na prevenção de doenças, e tem o apoio da Escola Superior de Agricultura da USP. As inscrições podem ser feitas pelo site www.latinevent. com.br/sbaf ou no próprio local. (Av. Pompéia, 888, São Paulo)
Workshop Integrativo, feira de recrutamento universitário da Poli Júnior – empresa júnior da Escola. Durante o evento, quase 40 empresas vão expor seus programas de estágio e trainee a um público esperado de oito mil alunos, que poderão cadastrar seus currículos e participar de palestras e oficinas. A entrada é gratuita. Mais informações: 3091-5477 ou www.polijr.com.br/workshop.
idadania, cultura e atitude. É isso que pauta o projeto Parceiros da Criança, criado em 1998 no bairro do Ipiranga e que atende hoje 262 crianças e adolescentes de baixa renda, com idades entre 7 a 14 anos. Os jovens da região, sobretudo das comunidades de Heliópolis e São João Clímaco, recebem complemento escolar, fazem duas refeições por dia, aprendem informática e são incentivados a participar de atividades artísticas, ecológicas, literárias e musicais, entre outras. As efemérides levam a programas especiais. A festa pelo Dia do Índio (19 de abril) aconteceu em uma animada excursão a Bertioga, no litoral. Tudo é documentado pelo grupo, em fotos expostas no mural. Entre outros eventos lembrados pela turma, a visita ao zoológico, Museu da Língua Portuguesa e a Caminhada pela Paz em Heliópolis. O projeto é mantido por meio de parcerias entre o Instituto General Motors e a União dos Núcleos, Associações e Sociedade de Moradores de Heliópolis e São João Clímaco (Unas). A orientação pedagógica é feita, desde 2001, pela Universidade São Marcos, que capacita os educadores. Todos os participantes estudam em escolas públicas e alternam a permanência na sede – em um total de quatro horas diárias – com seu período escolar. "Em primeiro lugar, visamos o sucesso escolar", diz a pedagoga Takako Arima, coordenadora da equipe de professores. "E não descuidamos da alimentação, recreação e incentivo à formação de cidadãos conscientes", complementa Cleide Alves, diretora do projeto. A cada nova atividade, os pequenos são convidados a refletir sobre o que viram ou fizeram. No terreno fértil da mente infantil, não raro despertam senso crítico e vocações. "Paz é ter o que comer", diz um cartaz afixado. "A professora falou do Santos Dumont, que inventou o avião porque era inteligente. Então, quando eu crescer, também vou ser inteligente, ter o meu avião e levar todo mundo daqui para passear nele", diz Lucas Henrique Vilela Domingos, de 7 anos, que já voa alto. Lúcia Helena de Camargo Marcelo Soares/Hype
Novos leitores em Heliópolis
6
Nacional Finanças Empresas Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
CLIENTES PREFEREM PAGAR EM DINHEIRO
quarta-feira, 23 de agosto de 2006
42
por cento das compras realizadas no pequeno varejo foram feitas por impulso
ESTUDO MOSTRA QUE CONSUMIDOR FAZ VISITAS DIÁRIAS AO COMÉRCIO DE VIZINHANÇA, MAS GASTA POUCO
PÚBLICO É FIEL AO PEQUENO VAREJO
O
cliente do pequeno varejo tem clareza do que quer; realiza suas compras rapidamente; em geral gasta um valor baixo a cada visita à loja e, na maioria das ocasiões, faz o pagamento em dinheiro. Mas o volume de compras é pequeno e o perfil desse cliente não favorece o consumo por impulso, que poderia incrementar o faturamento de padarias, de lojas de conveniência e dos chamad o s m e rc a d i n h o s d e v i z inhança. Essas são as conclusões do 2º Estudo sobre Comportamento do Consumidor no Pequeno Varejo do Popai Brasil, entidade dedicada ao desenvolvimento da atividade de merchandising. O estudo foi divulgado ontem pela organização e aponta ainda que, ao longo do mês, esse consumidor freqüenta muitas vezes o mesmo estabelecimento – em muitos casos até com visitas diárias – abrindo aos lojistas e aos seus fornecedores, amplo espaço para ações que ajudem a capitalizar melhor a presença do cliente no ponto-de-venda. "As padarias, por exemplo, poderiam avaliar melhor a exposição de produtos que ficam escondidos (como balas, confeitos e chocolates), para motivar a compra por impulso", comentou a vice-presidente de pesquisa do Popai Brasil, Maria Egia Chamma, responsável pela apresentação do estudo. A análise leva
Paulo Pampolin/Hype
Estudo do Popai Brasil aponta oportunidades para elevar as vendas
em conta mercadinhos, padarias e lojas de conveniência das regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Recife. Hábitos– A principal razão de compra no pequeno varejo, nos três segmentos de negócio analisados pelo Popai Brasil, está associada à proximidade da loja ao local de tra-
balho ou à residência. O consumidor também é atraído por preço e atendimento, no caso dos mercadinhos; atendimento e qualidade dos produtos, quando vai às padarias; e atendimento, seguido de facilidade de acesso e horário de funcionamento (24 horas), nas lojas de conveniência, locais em que permanecem,
em média, quatro minutos, contra os seis minutos gastos para comprar nos outros formatos de estabelecimentos. Pães, carnes, refrigerantes, biscoitos, leite e hortifrutigranjeiros são os produtos mais adquiridos a partir de compras planejadas pelo consumidor que freqüenta mercadinhos, conforme o estudo. No caso das padarias, a lista inclui, além de pães e refrigerantes, os cigarros. Esse item voltou a aparecer entre os produtos mais planejados nas compras feitas também em lojas de conveniência. Nesses lo-
cais, a procura por refrigerantes, cervejas, salgadinhos e sorvetes é muito freqüente. Compras por impulso – A pesquisa mostrou que, apesar das passagens breves e das compras planejadas, o cliente do pequeno varejo também pode consumir por impulso. Do total de produtos comprados (excetuando-se os sem marca, como carnes e pães), 42% foram adquiridos a partir de decisão tomada no pontode-venda – a metade deles formada por marcas não habituais ao consumidor. Nos mercadinhos, entre os
itens de maior compra por impulso figuram os sucos, sabão em pó, queijo/mussarela, cigarro, refrigerante e leite. Entre os três formatos de loja pesquisados, nos pequenos supermercados é que o consumidor está mais sujeito às compras por impulso. Nas padarias, os destaques de compras por impulso ficaram para o queijo/mussarela, leite e salgadinho. Já nas lojas de conveniência, encabeçam a lista de compras não planejadas balas, chocolates, gomas de mascar e sorvetes. Fátima Lourenço
Cai a desigualdade de renda
O
reajuste do salário mínimo não é o fator que explica a significativa queda na desigualdade de renda do trabalho desde 2004. A constatação é da pesquisa "Redistribuição à brasileira: ingredientes trabalhistas", divulgada ontem pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (CPS-FGV). O economista Marcelo Neri, chefe do CPS-FGV, analisou os microdados da Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e constatou que, entre março de 2002 e junho de 2006, a fatia da renda do trabalho apropriada pelos 50% mais pobres entre os trabalhadores das seis maiores regiões metropolitanas do País cresceu de 10,11% do total para 12,2% do total. O Índice de Gini – um termômetro da desigualdade que, quanto mais perto de zero, melhor – da renda domiciliar per capi-
ta do trabalho caiu de 0,633 para 0,6. E o percentual dos trabalhadores pobres caiu de 23,95% para 18,57% do total. No entanto, o grande avanço nesses indicadores ocorreu entre abril e julho de 2004. Nesse curto período, a fatia de renda apropriada pelos 10% mais pobres cresceu de 10,5% para 11,62%; o Índice de Gini caiu de 0,626 para 0,609 e o número de pobres de 23,88% para 19,45% do total. E, em 2004, o salário mínimo sofreu um pequeno reajuste, de R$ 240 para R$ 260, apenas repondo perdas da inflação, ou seja, sem ganho real para os trabalhadores. Em compensação, em 2005 houve aumento real de 9% no salário-mínimo e, neste ano, de 13%. Mas não houve uma redução drástica da desigualdade, como ocorreu em 2004. Neri analisou ainda os números do emprego formal no período do reajuste do salário mínimo. Entre abril e julho de
2005 – no ano passado, o reajuste foi em maio – houve uma redução de 14,15% no número de postos de trabalho formais na faixa salarial afetada pelo mínimo, ou seja, entre R$ 260 ( p i s o a n t e s d o re a j u s t e ) e R$ 300 (após o reajuste). Entre março e junho de 2006 – neste ano, o salário mínimo subiu em abril –, a queda no número de vagas na faixa mais sensível (entre R$ 300 e R$ 350, ou seja, valor anterior e posterior ao piso) foi de 19,13%. Efeitos – "Com o reajuste do salário mínimo, os trabalhadores perdem o emprego ou caem na informalidade. No passado, o efeito positivo do salário mínimo na redução da pobreza era muito forte. Os números mostram que a partir de 2004 isso já não é mais tão evidente. O salário mínimo aumentou 100% em termos reais desde 1995. Mas os efeitos adversos sobre o mercado de trabalho já superam os positivos", afirmou Neri. (AG)
Petrobras: três refinarias até 2014
O
d i re t o r d a á re a d e abastecimento da Pet ro b r a s , P a u l o R oberto Costa, afirmou ontem que a empresa terá concluído, até 2014, três novos projetos de refinarias previstos no plano de negócios 2007-2011. A refinaria do Nordeste, com sede em Pernambuco, receberá investimentos de US$ 2,8 bilhões, com capacidade para processar 200 mil barris por dia, dos quais 100 mil barris de óleo virão da Venezuela e a outra metade do Brasil. O projeto será feito em parceria com a PDVSA, a estatal venezuelana de petróleo, e estará
concluído em 2012. Costa afirmou que em janeiro será finalizado o projeto básico e, no segundo semestre de 2007, a Petrobras terá condições de iniciar a terraplenagem. Inicialmente, o investimento previsto era de US$ 2 bilhões, mas Costa explicou que o acréscimo de US$ 800 milhões deve-se tanto ao aumento de custos como ao fato de o projeto hoje estar mais detalhado. "Toda a decisão de investimento da Petrobras passa por algumas fases. Sendo a primeira de estudos; a segunda, o projeto conceitual; e a terceira, o projeto básico. Quanto mais
da companhia, Motorola lança brasileira Enrique Ussher. A pretende lançar mais 46 modelos empresa no Brasil, neste ano, 46
A
segunda maior fabricante de celulares do mundo, a Motorola, anunciou ontem que prevê lançar seu novo aparelho para mercados emergentes, o Motofone, antes do Natal, provavelmente em novembro, afirmou o presidente da subsidiária
modelos de celulares, entre eles o Motofone e o Q, celular inteligente que mistura recursos de computador. O lançamento, segundo o executivo, também ocorrerá nessa época na América Latina. Ele previu que o aparelho GSM terá preço, sem
avançadas as fases, melhor nossa capacidade de previsão dos volumes e valores." A segunda refinaria a ser construída será a do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). O projeto conceitual deven ser concluído no final deste mês, e a terraplenagem, iniciada no final de 2007. A expectativa de conclusão é também em 2012. Ainda em fase de estudos, a refinaria Premium será a última a ser concluída, em 2014, com capacidade de processamento de 500 mil barris por dia, mas ainda não tem local definido. (AE) subsídios de operadoras, entre R$ 110 e R$ 149. A subsidiária brasileira fabricará o produto também para exportação. O Motofone é umas das novidades da Motorola para tentar conquistar uma fatia maior dos mercados emergentes. O telefone é voltado para usuários interessados em conversas por voz e mensagem de texto. (Reuters)
Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO
Quando meus argumentos pararam de chegar até eles (a diretoria do Solidariedade), dei instruções para finalizarem minha afiliação. Já não pago mais a contribuição.
Javier Soriano/AFP
De Lech Walesa, ao anunciar sua renúncia ao movimento Solidariedade, o legendário sindicato fundado por ele em 1980 e que o conduziu à Presidência da Polônia e ao Prêmio Nobel da Paz.
www.dcomercio.com.br/logo/
quarta-feira, 23 de agosto de 2006
AGOSTO
2 -.LOGO
23 Recolhimento de IRRF Dia do Artista
M ÚSICA E M
C A R T A Z
KUROSAWA
Antologia de cinema. Clássico japonês: Trono Manchado de Sangue (1961), de Akira Kurosawa, baseado em Mcbeth, de Shakespeare. Na foto, o ator Akira Kubo. Centro Cultural São Paulo. Rua Vergueiro, 1000. Telefone: 3277-3611. 20h. Grátis. I NTERNET
Google X MPF: novo round feira, o Google Brasil entrou com uma ação na Justiça pedindo que seja indicado um especialista para confirmar, de maneira independente, que a empresa não possui informações de usuários do Orkut pedidas pelas autoridades. A empresa afirma que os servidores que hospedam as páginas do Orkut estão localizados na sede da companhia nos EUA e que as autoridades do Brasil precisam pedir ao Google Inc., e não ao Google Brasil, os dados sobre os criminosos. "Esta medida legal foi tomada para mostrar que, apesar dos ataques do Ministério Público, o Google Brasil não possui o banco de dados das comunidades virtuais do Orkut ou qualquer informação sobre esses usuários", diz a subsidiária brasileira da companhia de busca. O Google diz ter respondido a todas as solicitações do MPF. Além de negar, o MPF quer que, mesmo dissolvida, e empresa mantenha uma equipe no Brasil capaz de colaborar rapidamente com investigações de acusados de crimes pelo Orkut.
Nascido em Heliópolis, o músico Adriano Chaves está a caminho da Filarmônica de Israel
"A
arte torna o homem melhor". A frase dita pelo professor de música, interpretado pelo ator Petrônio Gontijo, na peça Acorda Brasil corresponde à opinião de Adriano Costa Chaves, de 18 anos. Ele é um dos 65 músicos do espetáculo, que saiu de cartaz no último domingo, quando foi homenageado, e viu sua vida tomar outro rumo. Ontem, a música levou Adriano para fora do País, a caminho da Academia da Orquestra Filarmônica de Israel. O contrabaixista, morador de Heliópolis e aluno do Instituto Bacarelli, foi visto há um ano pelo maestro Zubin Mehta. Na ocasião, convidado pelo Instituto Votorantim e por iniciativa do Centro da Cultura Judaica, o regente se deslocou até a maior favela da América Latina para conhecer o Instituto Bacarelli, que faz um tra-
Paulo Pampolin/Hype
balho de inclusão social por meio da arte. Ao assistir a apresentação da Sinfônica Heliópolis, Mehta ficou encantado com a orquestra. O fascínio resultou no convite para Adriano tocar, no dia seguinte, na Sala São Paulo. "Depois da apresentação, soube que tinha ganhado a bolsa de estudos do maestro para a Academia da Orquestra Filarmônica de Israel", diz o contrabaixista. O diretor de relações internacionais do Instituto Bacarelli, Edmilson Venturelli, conta que Adriano deve ficar um ano em Israel. "Os primeiros seis meses serão de estudo. A partir do sétimo mês, ele atuará músico estagiário da orquestra". O Centro da Cultura Judaica foi responsável por promover a viagem e preparar o adolescente com aulas de cultura judaica e hebraico, o mais novo fascínio para Adriano. "Toda cultura de lá é muito diferente da nossa,
mas o que mais me deixou encantado foi o idioma. Gostei muito de aprender hebraico". O contrabaixista também revela que uma das suas maiores curiosidades é conhecer Jerusalém. Em Heliópolis, o contato com a música aconteceu por acaso. Quando ele tinha 16 anos foi procurado por um primo que tinha decidido trocar o contrabaixo pelo violino. "Ele não podia abandonar as aulas sem colocar um substituto no lugar dele. Foi por isso que eu comecei a tocar". Adriano diz que no início a família não acreditava muito que ele pudesse seguir carreira. "Só depois meus pais perceberam que era sério. Eu me dedicava bastante, treinando cerca de oito horas por dia". Hoje, apesar da preocupação da viagem, a família é a maior incentivadora do músico, fã confesso de Beethoven e Mozart.
Adriano com Antonio Ermírio, autor de Acorda, Brasil: peça revelou o músico
M ÉXICO
Ídolo nacional, agora em selos "Chavo del Ocho" e Chapulin Colorado", mais conhecidos no Brasil como as variações do personagem das séries de TV Chaves e Chapolin, viraram selos da série Ídolos Populares, da empresa postal mexicana. Os personagens eram interpretado por Roberto Gómez Balaños, conhecido como Chespirito, pelos mexicanos, apelido que significa Pequeno Shakespeare. Susa
na G
onza
lez/A
FP
NA LAMA - Terapia com lama é um dos tratamentos de saúde oferecidos em Anshan, no leste da China. A lama mineral, acredita-se, alivia a dor de reumatismos, artrites e traumatismos, além de amenizar sintomas de algumas doenças de origem nervosa. A STROLOGIA
A RQUEOLOGIA
A pureza de virgem
Simone Marinho/AOG
D L
Os pesquisadores da UFRJ fizeram a primeira reconstituição na América do Sul de um mamífero que viveu há 58 milhões, após a extinção dos dinossauros. O Carodnia vierai era um "gigante dócil" de 2,2m de comprimento e 1m de altura que se alimentava, provavelmente, de ramos e flores, dizem os cientistas.
G @DGET DU JOUR
Rita Alves
China Daily/Reuters
L
Depois de uma audiência pública, várias reuniões e uma solicitação de colaboração feita à empresa Google – ainda sem atendimento –, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM) entregou ontem à embaixada dos Estados Unidos um relatório contendo várias denúncias de crimes de pornografia infantil e pedofilia cometidos no Orkut. Mas este é um fato paralelo à confusão em que se envolveu o Google no Brasil. Também ontem, a Procuradoria da República no Estado de São Paulo ajuizou uma ação civil para que a Justiça Federal de São Paulo obrigue o Google no Brasil a cumprir as ordens de quebra de sigilo de dados de comunidades e perfis criminosos. Caso a determinação não seja cumprida, a multa diária pedida é de pelo menos R$ 200 mil. O Ministério Público Federal (MPF) pediu ainda que, caso o Google descumpra a determinação, sua "filial seja compulsoriamente dissolvida". Na noite de segunda-
Talento em harmonia
F AVORITOS
www.sharperimage.com/us/en/
O site do Grupo Tortura Nunca Mais, sediado no Rio, reúne uma série de serviços de apoio a familiares de vítimas de desrespeito de direitos humanos no País. A idéia do grupo é atuar em casos de desaparecimentos forçados, prisões por razões políticas, campanhas, informações jurídicas, estatutos e até informações sobre um projeto clínico desenvolvido pelo grupo podem ser encontradas no site. As páginas do grupo na rede trazem ainda informações sobre história e artigos sobre a questão na América Latina.
catalog/product/sku__SI212BLU
www.tor turanuncamais-rj.org.br
Armando Serra Negra
L OTERIAS Concurso 481 da DUPLA SENA Primeiro Sorteio 02
11
18
30
47
48
16
28
42
Segundo Sorteio
A TÉ LOGO
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo: 02
Ex-empregada acusa presidente de Israel, Moshe Katsav, de assédio sexual. Polícia investiga Pescadores mexicanos que sobreviveram nove meses à deriva são suspeitos de narcotráfico
L
Este abridor para latas de todos os tamanhos funciona automaticamente. Além de livrar as mãos do usuário, o fabricante garante que o aparelho abre 100 latas com a energia de apenas duas pilhas. A criação da Sharper Image Design custa US$ 25.
observavam tão rigidamente que poucos fragmentos vieram à tona. Assim referiu-se a eles Cícero, 100 anos antes de Cristo: "Estes mistérios são tudo o que há de mais elevado. Abrandaram-nos o caráter e tornaram nossos costumes mais delicados; fizeramnos ultrapassara condição de selvagens e atingir a verda-
L
Direitos humanos na rede
Arte: O. Sequetin
deira humanidade. Deramnos a conhecer não só o modo de viver alegremente como também nos ensinaram a m o r re r a c a l e n t a n d o sempre a esperança em algo melhor". Associada à fertilidade, portanto, é a Virgem quem doa é o pod e r d e re p ro d u ç ã o e crescimento da lavoura, dos animais e dos homens, tornando-se, por extensão, a deusa do amor sexual. Divindade protetora das prostitutas, é ela quem desperta o impulso sexual nos animais e nos homens. Ligada às nascentes e ao orvalho, era comum na Idade Média que tais banhos fossem prescritos como poderoso feitiço contra a impotência. Características do signo: pureza, limites, discernimento, seleção, abundância, generosidade, serviço, ecologia.
L
'Olha, pai, sem as mãos'
e hoje a 22 de setembro, Ishtar, a rainha das estrelas, empunha a inflorescência de seu cetro de trigo no céu. Deméter para os gregos, Ceres para os latinos, assim era conhecida a Virgem no vale do rio Eufrates, onde todas as constelações nasceram. Os caldeus representavam a mãe natureza com uma espiga na mão, o símbolo da fertilidade. Spica, ou Alpha Virginis, é a sua principal estrela. O culto à Magna Dea do Oriente foi o mais disseminado na antiguidade. Na Grécia, os grandes festivais de setembro prolongavam-se por nove dias, em cortejos e sacrifícios, acompanhados de danças e cânticos. Relatados por muito escritores, a principal das cerimônias, contudo, realizada no recinto do templo, nunca foi descrita; os que a assistiam juravam sigilo absoluto, e o
Gênio russo rejeita o prêmio de US$ 1 milhão da Fields Medal, o Nobel da Matemática
10
12
Concurso 1642 da QUINA 15
17
57
73
74
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 23 de agosto de 2006
Indicadores Econômicos
7
1,08
por cento é a queda do Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo, no mês de agosto até ontem.
22/8/2006
Informe Publicitário
FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Fundo Empresarial LP Lastro Performance LP Múltiplo LP Esher LP Master Recebíveis LP
Posição em: 18/08/2006 18/08/2006 18/08/2006 18/08/2006 18/08/2006
P.L. do Fundo 8.026.968,04 1.419.783,64 7.462.248,55 11.543.818,28 1.090.571,01
Valor da Cota Subordinada 1.158,790462 1.066,709938 1.143,103085 1.090,147369 1.059,457627
% rent.-mês 2,4147 1,1722 1,9831 -1,4199 0,6685
% ano 18,6105 6,6710 14,3103 9,0147 5,9458
Valor da Cota Sênior 0 1.070,961553 1.082,810374 0 0
% rent. - mês 0,7962 0,8372 -
% ano 7,685 8,2810 -
rating A+(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)
DC
COMÉRCIO
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 23 de agosto de 2006
DOISPONTOS -11 11
A
Lula e o esquema de João Paulo no Ceagesp
Q
uem vem comandando o Ceagesp pela boca do ministro da Agricultura, Carlos Guedes, é o próprio Lula. A principal função do atual presidente do Ceagesp, Cajueiro, é esconder a sujeira dos petistas de Osasco e conquistar votos para a reeleição da atual
quadrilha que nos desgoverna. Os ilícitos e o tráfico de influência praticados pelo ex-gerente de entreposto, Edvaldo Pereira de Souza e diretores (um deles, íntimo de Silvio Pereira), não foram realmente investigadas pelo menino Cajueiro. Há anos venho
denunciando a corrupção no Ceagesp, administrado pelo PT de Osasco. Nem os duzentos mil reais que o assessor petista disse ser proveniente da venda de verduras no Ceagesp teve sua real origem explicada. O dinheiro para a reeleição do mensaleiro João Paulo vem da corrupção do
Jamil Bittar/Reuters
O PT de Osasco, controlando o Ceagesp
Ceagesp, que é muito maior do que a dos Correios. Quando João Paulo estava para ser cassado, Cajueiro assumiu a presidência, para aliviar o PT. Para acabar com a ladroagem, não vote nem em mensaleiro e nem em cajueiro...
CLÁUDIO WEBER ABRAMO MON ONCLE BRASILIENSE
FRANCISCO ANÉAS FRANCISCO.ANEAS@ UOL.COM.BR
A
Site na internet www.blog. dcomercio.com.br
André Penner
Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br
G Minha vida
podia ter terminado ali. Muitas terminam, a gente lê isso todo dia nos jornais e acha que nunca vai acontecer conosco. Só que o cerco está se fechando. G Tínhamos que
deixar de ser frouxos e partir pra cima desses canalhas e exigir que trabalhem, que sejam competentes e transparentes. A sociedade tinha que se unir. G Enquanto
batalho 12 horas por dia para pagar as contas e fazer meu negócio crescer honestamente, esses vermes montam esquemas para me roubar sem parar. Tenho medo do que vem por aí. Vocês não?
M
eu carro foi i nt e rc ep t ad o na Linha Vermelha, no Rio, por um outro veículo com dois caras armados com fuzis. Sem resistir, enquanto os motoristas atrás de mim davam ré, apavorados, entreguei o carro com tudo dentro - pranchas de surfe no rack, bagagem, dinheiro, câmeras, documentos e muitos, etc. É que eu acabava de chegar de uma viagem de duas semanas na Libéria, na África. Vinha do Galeão, 8 e meia da noite. O moleque não tinha mais do que 15 anos e parecia ligado, tremendo. Minha vida podia ter terminado ali. Muitas terminam, a gente lê isso todo dia nos jornais e acha que nunca vai acontecer conosco. Só que o cerco está se fechando. Quando cheguei à pa tr ulh a, na verdade um Gol caindo aos pe-
Canalhas! daços, estacionada a uns 300 metros do incidente, os dois policiais foram da maior educação. E educadamente me explicaram que viram o carro descendo o viaduto, mas que não poderiam sair do local. Disseram que não passam de fantoches (foi essa a palavra que usaram). Explicaram que os equipamentos não funcionam. E que suas armas são infinitamente inferiores às dos bandidos. Enquanto esperava uma patrulha que deveria me levar até a delegacia para dar queixa, e que nunca chegou, ouvi pelo rádio o anúncio de mais três outros roubos de carros na mesma Linha Vermelha. Os dois acabaram confessando que são mais de 80 veículos roubados todos os dias naquela área; 80, todos os dias. Não tenho raiva daquele adolescente. Nem
fico indignado com os policiais. Ambos são vítimas dessa grande tragédia chamada Brasil. Um país rico e que poderia ser tudo, mas que caminha a passos largos para o abismo.
T
enho é muito nojo desses políticos safados que há décadas saqueiam o meu Brasil. Que roubam merenda, que roubam ambul â n c i a , q u e ro u b a m sangue, que roubam educação, que roubam saúde, e que roubam segurança. Esses caras estão acabando com o Brasil. Canalhas! E nós, que trabalhamos e produzimos riqueza e pagamos impostos, estamos condenados a sustentar esses cretinos nas suas contínuas e ridículas reeleições, para que continuem a nos roubar ainda mais. Como fazer pra acabar com esse ci-
clo vicioso de destruição de uma nação? Eu não sei, só sei que tem que acabar. O Brasil não precisa de Fome Zero, essa campanha populista de um presidente ignorante e mal intencionado como Lula. O Brasil precisa é de Corrupção Zero. Essa é a única saída. Se os americanos tinham na Guerra do Vietnã algo por que lutar, os brasileiros têm a luta contra a corrupção. Nós, brasileiros, tínhamos que deixar de ser frouxos e partir pra cima desses canalhas, ladrões - todos eles, do município, do estado, de Brasília - e exigir que trabalhem, que sejam competentes e transparentes. A sociedade tinha que se unir. Os empresários tinham que se unir. E, se não funcionar a pressão, iniciar uma outra campanha, Imposto Zero. Chega de pagar suados
lguns poucos entre os eventuais leitores desta coluna hão de lembrar-se do filme Mon Oncle (Meu Tio), do cineasta francês Jacques Tatit. Além de dirigir, Tatit por vezes representava suas produções, casos em que assumia o personagem do excêntrico M. Hulot . Mon Oncle conta as peripécias de M. Hulot com a família de sua irmã, casada com um burguês daqueles que só a França é capaz de produzir em toda a sua pretensão. Hulot visita o sobrinho (daí o título do filme), acontecimento que rende retratos impagáveis do vazio da vida burguesa. Uma cena que me ficou para sempre na memória mostra Hulot a aproximar-se da casa do sobrinho. A casa é uma mostruosidade modernosa, à qual se chega por um caminho sinuoso que corta um jardim de pedregulhos. Quando entra no caminho, Hulot olha de frente para a casa. A irmã e o sobrinho estão cada qual em uma janela circular. Hulot acena, a família acena de volta, Hulot vai andando e continua a acenar. Acontece que o caminho serpenteia. Hulot, que é um tanto desligado, vai seguindo a trilha e vai acenando as mãos, mas não vira o corpo. Acena sempre para a frente, não importa a direção em que caminhe. Assim, ora gesticula em direção ao vizinho da esquerda, ora ao da direita.
M
tributos para o dinheiro sumir no ralo da corrupção e da incompetência. E para pagar salário de funcionário público incompetente e parasita. Mas eu não sei como organizar nada disso.
E
nquanto batalho 12 horas por dia para pagar as contas e fazer meu negócio crescer honestamente, esses vermes montam esquemas para me roubar sem parar. Eles são um câncer. O cerco está se fechando. Tenho medo do que v e m p o r a í . Vo c ê s não?".
uitos dos protagonistas dos escândalos recentes fazem a mesma coisa. Não por serem desligados, mas ao contrário, porque são ligadões. É o que aconteceu com caso do Mensalão, conforme cansativamente apontado nesta coluna, e é o que está acontecendo no episódio da Máfia das Ambulâncias, também conhecida como dos Sanguessugas. Presta-se uma atenção danada nos deputados que inseriram emendas ao Orçamento, as quais depois resultaram em licitações dirigidas, e não se dá a menor importância nem aos municípios nem ao ordenador primário das transferências, a saber, o Ministério da Saúde.
imprensa vai direitinho atrás do que o mestre mandou (no caso, as “fontes” brasilienses) e não faz as perguntas mais elementares, a saber: 1. Como é que o Ministério da Saúde (e os demais ministérios, naturalmente) meramente manda uma grana para um município e lava as mãos quanto ao modo como o numerário é usado? 2. Como é que os Tribunais de Contas dos estados deixam a coisa andar solta nos municípios? 3. Qual é o desperdício de recursos (não só por causa de corrupção) que acontece na esmagadora maioria dos municípios brasileiros, que não são submetidos a nenhuma espécie de controle, seja interno, seja pela Câmara de Vereadores (faz-me rir), seja pelos tais Conselhos “cidadãos”, seja pelos meios de comunicação locais (com raríssimas exceções controlados pelos mesmíssimos sujeitos que desbaratam o erário)?
H
á em Brasília, no Congresso Nacional, na Esplanada dos Ministérios, nos dois Setores Comerciais (onde ficam as sucursais de nossos jornais e revistas) um verdadeiro exército de senhores Hulot. Caminham pela vida acenando para o lugar errado. Com isso levam a tigrada de trambolhão. Exprimem-se indignações sobre sanguessugas, mensaleiros, piranhas e vampiros, brada-se por sua cassação (justa, é claro), mas quanto à raiz dos problemas, necas. Não adiantará nada trocar um deputado sanguessuga por outro, um mensaleiro por um desconhecido, uma capivara por um neófito, caso não se alterem as condições que originaram as malfeitorias. Em três tempos se verificará entrutações dos substitutos, em operações Bactéria, Celenterado etc. Os problemas que originam a corrupção estão em alguns artigos da Constituição, em certas leis e regulamentos, mas muito mais fundamentalmente na inépcia administrativa que grassa na União, nos estados e nos municípios. Acenar para o vazio não resolverá esse problema. CLÁUDIO WEBER ABRAMO É DIRETOR EXECUTIVO DA
TRANSPARÊNCIA BRASIL WWW.TRANSPARENCIA.ORG.BR
G A corrupção
começa em artigos da Constituição, em leis e regulamentos. E na inépcia administrativa.
FRED D'OREY OFFICEBR@TOTEMPRAIA. COM.BR
FALE CONOSCO Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br
E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 23 de agosto de 2006
4
Internacional ENVIO DE TROPAS DE PAZ GERA DISCUSSÃO
"Fidel Castro está relaxando pela primeira vez na vida" Ramón Castro, irmão do líder cubano
AFP
Países interessados em participar da força de paz da ONU esperam por regras mais claras sobre mandato
E
nquanto as Organizações das Nações Unidas (ONU) tentam garantir um maior número de soldados para manter a paz no Líbano, elevando de dois mil para 15 mil os integrantes das tropas de paz, vários países europeus esperam que as regras do mandato fiquem mais claras para se comprometerem com a ação. Membros da União Européia devem se reunir na sextafeira, em Bruxelas, para discutir o envio das tropas. Ontem, o primeiro ministro italiano, Romano Prodi, anunciou que a Itália está pronta para enviar 3.500 soldados e assumir o comando da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul), que contará com 15 mil homens. Mas segundo o ministro do Exterior italiano, Massimo D'Alema, isso se daria apenas quando Israel começar a respeitar o cessar-fogo, disse ele em entrevista publicada ontem. A incursão da Itália foi uma surpresa. Há dez dias, em todas as partes se pensava que a "coluna vertebral" da Finul seria a França. O presidente francês empreendeu todos os esforços para pôr fim à guerra no
sul do Líbano e implementar o programa da ONU. Riscos – Um dos problemas para a falta de um consenso à criação da força de paz está nos riscos da operação. A Itália recebeu o apoio dos israelenses. Um apoio um pouco envenenado. Pode tornar os soldados italianos suspeitos aos olhos do Hezbollah. Dias atrás, o ministro das relações Exteriores da Itália, Massimo D´Alema, dialogou com o Hezbollah. Em troca, o Hezbollah, garantiu a segurança dos italianos. Hoje, D’Alema enviará duas delegações ao Líbano, uma para revisar as condições do envio da força de paz e uma segunda para discutir a questão da reconstrução do país. As forças de paz da ONU poderão abrir fogo em autodefesa e para proteger civis. Mas não poderão buscar armas do Hezbollah. A informação foi publicada, ontem. pelo jornal francês Le Monde. Faz parte de um documento provisório sobre o mandato das forças. O jornal diz ter obtido uma cópia do documento classificado como "restrito à ONU". Funcionários dos Ministérios do Exterior e da Defesa franceses não comentaram a reportagem. (Agências)
Soldados indianos da ONU guardam a fronteira entre Israel e o Líbano. Acordos sobre formação das tropas de paz ainda está longe do fim.
~
IRA O
diplomata iraniano Ali Larijani, encarregado das negociações envolvendo o programa nuclear do Irã, anunciou ontem que o governo de seu país está pronto para ingressar em "negociações sérias" a partir desta quarta-feira para solucionar o impasse em torno de suas atividades de enriquecimento de urânio. Larijani não detalhou, entretanto, se o Irã aceitou o pedido do Ocidente para que suspenda suas atividades de enriquecimento de urânio no decorrer das negociações. Também não foram
Resposta ao Ocidente veio com pedido de novas negociações divulgados detalhes da resposta iraniana ao pacote de incentivos apresentado em junho pela Alemanha, China, pelos Estados Unidos, pela França, Grã-Bretanha e pela Rússia, países que compõem o Conselho de Segurança da Organizações das Nações Unids (ONU). De acordo com a televisão estatal iraniana, Larijani entregou em mãos a resposta aos embaixadores da Alemanha, China, França, Grã-Bretanha, Rússia e Suíça durante uma reunião realizada ontem em Teerã. O governo suíço é responsável pelos contatos entre o Irã e os
Estados Unidos. Os dois países romperam relações há quase três décadas. "O Irã está preparado para ingressar, a partir de 23 de agosto, em sérias negociações" com os países que propuseram o pacote de incentivos políticos e econômicos, informou a televisão estatal iraniana, citando Larijani. Representantes europeus não se manifestaram ainda alegando que teriam de estudar a resposta iraniana. O embaixador dos Estados Unidos na ONU, John Bolton, também sugeriu que a resposta iraniana seria
"estudada cautelosamente", mas ameaçou que buscará sanções contra Teerã, se ela não for considerada "positiva". De acordo com fontes ligadas ao processo, o governo iraniano ofereceu aos embaixadores estrangeiros uma "nova fórmula" para solucionar o impasse referente a seu programa nuclear. Os EUA acusam o Irã de desenvolver em segredo um programa nuclear bélico. O governo iraniano nega e assegura que suas usinas atômicas têm fins de geração de energia elétrica. (AE)
AFP
Bombeiros tentam conter o fogo do Tupolev-154 que caiu perto da cidade de Donetsk, na Ucrânia, matando todos os seus passageiros, entre eles 45 crianças. Queda da aeronave teria sido provocada pelo mau tempo.
170 morrem em queda de Tupolev m avião russo Tupolev -154 caiu ontem na Ucrânia matando todos os 170 passageiros. Entre os mortos estão 45 crianças. O mau tempo foi apontado como o motivo da queda. Funcionários da companhia Pulkovo Airlines disseram que a aeronave teria sido atingida por um raio durante uma tempestade. Segundo o ministério de
U
Situações de Emergência ucraniano, um incêndio no avião começou quando a aeronave estava a 10 mil metros de altitude. O piloto optou por realizar um pouso forçado, mas o trem de pouso não abriu, informou o portavoz do ministério. O vôo da companhia Pulkovo Airlines fazia a rota entre a cidade turística russa de Anapa e San Petersburgo. A queda ocorreu a 45 km ao
norte de Donetsk, cidade no leste da Ucrânia. De acordo com o governo russo, houve um pedido de socorro vindo do avião às 15h37, hora local. Dois minutos depois, a aeronave não foi mais detectada pelos radares. Segundo o vice-diretor da companhia Pulkovo Airlines, Anatoly Samoshin, o piloto tentou subir mil metros para tentar fugir da tempestade, mas após subir dois mil
metros mandou a primeira mensagem de alerta. Outras duas vieram em seguida. Há dois anos, também em agosto, ocorreu um acidente em que dois aviões russos foram explodidos quase simultaneamente. As explosões, que mataram 90 pessoas, foram atribuídas a terroristas chechenos. No acidente de ontem, porém, hipótese semelhante foi descartada. (AE)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 -.LEGAIS
quarta-feira, 23 de agosto de 2006
BRAM - Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora deTítulos e Valores Mobiliários Empresa da Organização Bradesco CNPJ 62.375.134/0001-44 - Sede: Av. Paulista, 1.450 - 6o e 7o Andares - Bela Vista - São Paulo - SP Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras
CONTINUAÇÃO
d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias, prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social
c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social Realização
R$ mil Saldo em 30.6.2006
54 116
– –
– –
54 116
70 1.734 633
– – 367
– 165 –
70 1.569 1.000
2.607
367
165
2.809
7.531 10.138
– 367
1.679 1.844
5.852 8.661
Saldo em 31.12.2005 Provisão para contingências fiscais .......... Provisão para contingências trabalhistas .. Provisão para desvalorização de títulos e investimentos ........................................... Ágio amortizado .......................................... Provisão para pagamento de PLR .............. Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias ................................ Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social ............................................ Total dos créditos tributários (Nota 5) ........
Constituição
Diferenças Temporárias Imposto Contribuição de renda social
e) O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação praticada pela Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 8.163 mil (2005 – R$ 10.690 mil), sendo R$ 2.628 mil (2005 – R$ 2.366 mil) de diferenças temporárias e R$ 5.535 mil (2005 – R$ 8.324 mil) de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social.
Em 30 de junho - R$ mil Prejuízo fiscal e base negativa Imposto Contribuição Total de renda social
2006 ...................................... 2007 ...................................... 2008 ...................................... 2009 ......................................
797 633 321 321
287 225 113 112
825 3.061 368 –
326 1.103 169 –
2.235 5.022 971 433
Total ......................................
2.072
737
4.254
1.598
8.661
Diretoria
A projeção de realização de crédito tributário trata-se de estimativa e não é diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis.
20) OUTRAS INFORMAÇÕES A BRAM - Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários administra fundos de investimentos em Títulos e Valores Mobiliários, cujos patrimônios líquidos em 30 de junho de 2006, montam R$ 122.110.121 mil (2005 – R$ 103.243.529 mil), cuja receita de taxa de administração desses fundos no semestre foi de R$ 28.598 mil (2005 – R$ 24.566 mil), registrado em receita de prestação de serviços.
Parecer dos Auditores Independentes Aos Acionistas e Diretores da BRAM - Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários
Diretor-Presidente Márcio Artur Laurelli Cypriano
1.
Examinamos o balanço patrimonial da BRAM - Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários em 30 de junho de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos do semestre findo nessa data, elaborados sob a responsabilidade da administração da Instituição. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras.
2.
Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nosso exame compreendeu, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Instituição, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Instituição, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
Diretor Vice-Presidente José Luiz Acar Pedro
Diretor Gerente Sérgio de Oliveira
Diretor Superintendente Robert John van Dijk
Adelmo Agnelli Neto Contador - TC-CRC 1SP090360/O-1
3
Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da BRAM - Bradesco Asset Management S.A.
Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários em 30 de junho de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos da Instituição do semestre findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4
O exame das demonstrações financeiras do semestre findo em 30 de junho de 2005, apresentadas para fins de comparação, foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram parecer com data de 5 de agosto de 2005, sem ressalvas.
São Paulo, 4 de agosto de 2006
PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5
Washington Luiz Pereira Cavalcanti Contador CRC 1SP172940/O-6
FHC ACHA QUE IMPEACHMENT SERIA POSSÍVEL
FHC TEM DESEQUILÍBRIO EMOCIONAL, RESPONDE TARSO.
O
O
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso cobrou anteontem mais dramaticidade de seus aliados na responsabilização do presidente Lula pelos escândalos de corrupção no governo. FHC disse que há condições legais para o impeachment de Lula. Sem citar o nome do candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, FHC lembrou o ex-governador da Guanabara Carlos Lacerda como exemplo de político que dava dramaticidade às causas que defendia. "Eu não tenho posição para isso hoje, mas quem tem posição tem que cobrar e diretamente. No passado, tivemos exemplos de pessoas com as quais eu não tinha nenhuma afinidade, como Carlos Lacerda, mas que tinha essa capacidade de dramatizar e de cobrar. Geralmente, a meu ver, cobrava errado, mas tinha conseqüências, ele conseguia abalar", disse. Como exemplo recente, citou o exdeputado Roberto Jefferson (PTB), que denunciou o mensalão e foi cassado por crime eleitoral. "Se Roberto Jefferson não fizesse o que fez, tudo estaria como dantes no quartel de Abrantes" disse, aplaudido pela platéia num evento promovido pela União Paulista pela Ética e Cidadania num hotel de São Paulo. O encontro, que seria um debate sobre ética, se transformou num evento de campanha tucana, com discussão sobre os erros cometidos até agora. No telão foi exibido o logotipo de Alckmin com o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra — que estava na platéia. Os organizadores deram uma informação falsa sobre os custos do evento. A economista Priscila Ferraz disse que o espaço e os refrigerantes eram cortesia. Mas a assessoria de imprensa do WTC desmentiu. (AOG)
ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, reagiu com veemência ontem às declarações do expresidente tucano Fernando Henrique Cardoso, que em palestra no último domingo, em evento promovido pela União Paulista pela Ética e Cidadania, em São Paulo, disse haver fundamentos para o impedimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Tarso disse que Fernando Henrique Cardoso mostrou "desequilíbrio emocional e político" e que seu comportamento é uma vingança pelo fato de seus oito anos de governo não estarem sendo defendidos na propaganda eleitoral de seu candidato à Presidência, o tucano Geraldo Alckmin. O ministro disse ainda que o governo recebeu com surpresa as declarações de FHC. "Ele aparece com um visível desequilíbrio político, sendo escondido por seus companheiros de partido e tendo o seu governo ignorado pelo seu candidato a presidente. Ele volta as baterias contra o governo de uma forma extemporânea. É uma postura de uma grosseria política inaceitável. Ainda bem que o ex-presidente não é mais considerado nem pelos seus aliados", ironizou Tarso. Para o ministro das Relações Institucionais, Fernando Henrique Cardoso destoa de Geraldo Alckmin, que tem pautado seu programa eleitoral pela apresentação de programas, e não em críticas ao governo. "Fernando Henrique Cardoso passa a impressão de que considera a eleição perdida para seu candidato. Há ainda um mês de campanha e teremos um segundo turno. Nós estamos preparados para qualquer debate e não temos medo de nenhum tipo de ataque" disse. (AOG)
Dida Sampaio/AE.
.POLÍTICA
DE QUATRO PELA DEMOCRACIA – No detalhe, o deputado federal Marcelo Ortiz (PV-SP) agacha-se para incluir sua assinatura entre os mais de 5 mil nomes já presentes no documento-tapete que foi estendido em protesto, ontem, em pleno solo do Congresso Nacional. O objetivo do manifesto é sensibilizar os parlamentares para que pressionem a mesa Diretora da Câmara a colocar em votação a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 349/01, que elimina a possibilidade de votações secretas nas duas casas do Legislativo brasileiro. A votação no escuro tem sido utilizada para inocentar deputados que sofrem processos de cassação, como aconteceu com a maioria dos mensaleiros.
Vel/AE 18/08/2006.
Marcos Fernandes/LUZ 18/08/2006.
Ó RBITA
NA MIRA DA ONU Organização das Nações A Unidas (ONU) fará uma investigação sobre a
corrupção no Brasil. A relatora especial das Nações Unidas para o Combate à Corrupção, Christy Mbonu, no entanto, foi aconselhada pelo governo a não iniciar qualquer missão no País antes das eleições presidenciais de outubro. Christy negocia com o governo desde fevereiro para agendar o estudo no País – o primeiro fora da África a ser avaliado pela ONU. Ela disse que seu plano era marcar a visita para junho. "Eu queria ir ao Brasil em junho, mas me disseram que seria difícil antes de outubro", explicou Christy. A nova previsão é de que a viagem ocorra no início de 2007. (AE)
GENOINO: DO ESTRELATO ÀS BASES andidato a deputado federal, o ex-presidente C do PT José Genoino disse
ontem que não quer mais ser estrela no partido que ajudou a construir. Genoino, que vinha evitando os jornalistas desde a saída do comando do partido, assumiu um tom conciliador e pregou a “necessidade de retornar às bases”. Ele evitou comentários sobre a campanha majoritária, mas afirmou manter boa relação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Nunca fui abandonado,
pelo contrário. O PT tem sido muito solidário comigo", afirmou Genoino, durante o lançamento do livro “Entre o sonho e o poder”, uma biografia autorizada escrita pela jornalista Denise Paraná. O ex-presidente petista disse que seu livro é um resumo de reflexões sobre sua trajetória política e dedica alguns capítulos à crise vivida em 2005 pelo governo e pelo Partido dos Trabalhadores. Genoino recomenda no livro que o PT retorne aos braços da militância para reencontrar seu rumo. (AOG)
MALUF LIBERADO
IMPUGNADOS
Tribunal Regional O Eleitoral (TRE) de São Paulo deferiu ontem o pedido
Tribunal Regional O Eleitoral de São Paulo negou ontem à noite o pedido
de candidatura do ex-prefeito Paulo Maluf (PP) a deputado. Segundo a assessoria do TRE, "as irregularidades apontadas no pedido de registro, acerca de ausência de certidões criminais, quitação eleitoral e declaração de bens, foram sanadas". De acordo com a avaliação do Tribunal Regional, a documentação apresentada foi considerada regular e Maluf poderá concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados. (AE)
DESLULIZANDO Coligação Ceará Vota A para Crescer, encabeçada pelo PT, que tem o engenheiro Cid Gomes (PSB) candidato ao governo, protocolou ontem na Justiça Eleitoral ação questionando a legalidade do uso de falas do presidente Lula pelo governador Lúcio Alcântara (PSDB), candidato à reeleição, na publicidade eleitoral. A solicitação é de que as peças não sejam reprisadas. (AE)
BANCO DOS RÉUS ais de dez anos depois M da morte do extesoureiro de campanha de
Fernando Collor, Paulo Cesar Farias e de sua namorada Suzana Marcolino, os quatro seguranças que estavam com o casal na noite da morte deverão ser julgados por um júri popular. A 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça rejeitou recurso de Adeílton dos Santos, Reinaldo de Lima Filho, José Geraldo da Silva e Josemar Faustino dos Santos que queriam anular a denúncia por homicídio duplamente qualificado. Eles são acusados de terem participado do crime. (AOG)
de registro do ex-presidente da Câmara dos Deputados, e candidato a deputado federal pelo PT, João Paulo Cunha. A decisão foi unânime - e o motivo foi a falta de comprovação, nos papéis do candidato, de que ele havia quitado antigas dívidas com a justiça eleitoral. O TRE também indeferiu o registro da candidatura a deputado federal do expresidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. Caso não apresente até quinta-feira uma certidão relativa ao inquérito policial que tramita em São José do Rio Preto, interior paulista, Valdemar terá de abandonar a corrida rumo à Câmara. Segundo o TRE, Cunha tinha multas pendentes por causa de irregularidades constatadas logo após as eleições de 2002. João Paulo, que teve seu nome incluído na lista de beneficiados do mensalão e foi absolvido pelo plenário da Câmara, terá três dias para defender-se. (AE)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
ECONOMIA/LEGAIS - 3
Banco Votorantim S.A. C.N.P.J. 59.588.111/0001-03 Av. Roque Petroni Jr. 999 - 16º andar - CEP 04707-910 São Paulo - SP Tel. (11) 5185-1700 Fax (11) 5185-1900 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas - Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. as demonstrações a carteira de financiamento de veículos e estendendo sua atuação às operações de crédito pessoal, incluindo o crédito consignado e financeiras referentes ao semestre encerrado em 30 de junho de 2006, bem como o parecer dos auditores independentes. Cenário financiamento de material de construção. O conjunto de operações representou saldo de R$ 9,3 bilhões no semestre, representando Econômico - Os princípios que norteiam a política econômica mantiveram a trajetória positiva da evolução dos fundamentos brasileiros. aumento de 62% em relação a junho de 2005. A BV Financeira encerrou o semestre com Lucro Líquido de R$ 188,5 milhões, atingindo A estabilidade financeira foi colocada à prova no mês de maio, em meio a incertezas sobre os caminhos da economia mundial, e a Patrimônio Líquido de R$ 1,04 bilhão. Por sua vez, a BV Leasing encerrou o semestre com uma carteira de R$ 33,3 milhões, Lucro resposta foi a melhor possível. Após duas semanas de volatilidade os ativos brasileiros voltaram a se valorizar, atingindo níveis recordes Líquido de R$ 32,4 milhões e Patrimônio Líquido de R$ 633,0 milhões. No primeiro semestre a BV Leasing efetuou uma emissão de em diversos casos. A principal responsável foi a eliminação da exposição cambial, como decorrência de medidas que têm sido adotadas debêntures, divididas em duas séries, no montante total de R$ 3,3 bilhões. Em termos consolidados, as operações de crédito atingiram desde 1999, aumentando a blindagem contra choques externos, e, também, a maior abertura da economia, que permitiu elevar as um montante de R$ 14,4 bilhões, com acréscimo de 60% comparado a junho de 2005. A captação de recursos por Depósitos a Prazo receitas correntes em moeda forte, reduzir o endividamento externo e aumentar as reservas internacionais. Quanto aos indicadores do continuou registrando evolução, atingindo o saldo de R$ 18,6 bilhões ao final do semestre, significando crescimento de 40% em mercado interno, o tamanho da dívida pública em relação ao PIB manteve-se em declínio, passando de 51,5% em 2005 para 50,3% ao relação a junho de 2005. No segmento de administração de recursos, a Votorantim Asset Management encerrou o semestre com Lucro final deste primeiro semestre. O aumento da confiança dos agentes na solvência do Estado permitiu, inclusive, uma substancial Líquido de R$ 7,4 milhões, Patrimônio Líquido de R$ 64,7 milhões e um volume de recursos administrados da ordem de R$ 14,2 melhora no perfil da dívida, via aumento da parcela desindexada (que a torna mais previsível e melhor administrável) e alongamento bilhões. A Votorantim Corretora apurou Lucro Líquido de R$ 16,9 milhões no semestre, encerrando o período com Patrimônio Líquido dos prazos médios de vencimento. A valorização do Real, atingindo a mínima de R$ 2,16 por dólar em 30 de junho, contribuiu de R$ 124,2 milhões. No segmento internacional, o Banco Votorantim atuou através da agência de Nassau, da subsidiária Votorantim determinantemente para a redução da inflação neste período, assim como a queda dos preços dos alimentos, apesar do clima adverso Bank Ltd. e com o apoio do escritório de representação de Londres. Em 26 de abril de 2006 foi integralizado o capital da Banco em várias regiões. O índice oficial ficou abaixo da meta do Banco Central, em 4%, conferindo-lhe elevado conforto para seguir diminuindo Votorantim Securities, Inc. instalada em Nova York - Estados Unidos da América. As carteiras do Banco Votorantim e das controladas o patamar de juros do País, que voltou a atingir a menor taxa da história da Selic, em 15,25%, no final do primeiro semestre. A queda são compostas por títulos para negociação e, portanto, marcadas a mercado. A agência de Nassau possui títulos na categoria “Mantidos da inflação gerou ganhos de renda para o trabalhador que superaram 4%. Isto, juntamente com a continuidade da expansão do até o Vencimento”, o que reflete a intenção e capacidade financeira da instituição de mantê-los até o resgate final. Em fevereiro de 2006 emprego, elevou a massa de salários em mais de 6%. Por outro lado, o volume de crédito na economia também continuou aumentando foi aprovado pelos acionistas aumento do capital social, em espécie, no montante de R$ 500 milhões. No primeiro semestre foram atingindo 32,4% do PIB. Estes dois fatores contribuíram para que o comércio registrasse crescimento de 5,7% no primeiro semestre. aprovadas pelos acionistas a distribuição de dividendos, no valor de R$ 20 milhões, referente ao exercício de 2001, e de R$ 126 O setor externo da economia brasileira continuou se beneficiando do crescimento mundial. A despeito das turbulências nos mercados milhões, referente a esse exercício, deliberadas em 31 de maio e em 30 de junho, respectivamente. Ainda, de acordo com a faculdade financeiros, a expansão econômica se manteve vigorosa, liderada pelo consumo americano que impulsionou os níveis de produção ao prevista na Lei nº 9.249/95, o Banco creditou no período juros sobre o capital próprio a pagar aos acionistas, com base na Taxa de redor do mundo, com destaque para a China. Demanda forte e preços em elevação fizeram com que nosso volume de exportações de Juros de Longo Prazo (TJLP) vigente no semestre, no montante de R$ 174,9 milhões. Eventos Subseqüentes - Em 7 de agosto de US$ 60,9 bilhões registrasse novo recorde para o período, com aumento de 13% sobre o ano anterior. O saldo comercial ficou em US$ 2006 foi aprovado novo aumento de capital, em espécie, no valor de R$ 500 milhões de reais. Em 16 de agosto de 2006 foi autorizado 19,5 bilhões, semelhante ao de 2005 e ajudou a manter o balanço de transações correntes superavitário. O PIB deve ter registrado o funcionamento da controlada Banco Votorantim Securities, Inc. que passará a atuar como broker dealer. Responsabilidade Social crescimento próximo de 2,7% no primeiro semestre, e, pela primeira vez em seis anos, sem depender do desempenho do setor - O Banco Votorantim, objetivando gerar ações no segmento social, promoveu, em conjunto com seus funcionários, a criação do externo, mas com uma participação significativa do mercado doméstico, devido aos ganhos de renda da classe baixa. Portanto, o Projeto Viver, implementado por meio da Associação Viver em Família para um Futuro Melhor, que atua desde junho de 2001. A partir ganho de credibilidade do País, uma vez passado o primeiro grande teste da economia e ressaltando a relativa calmaria do cenário de julho de 2004, o Banco adotou a política de doar R$ 1 para cada real doado por seus funcionários ao Projeto Viver. O objetivo é político em ano de eleições gerais, permite manter a confiança de estarmos no rumo certo para o crescimento sustentado com desenvolver ações para a melhoria da qualidade de vida de comunidades carentes. A primeira iniciativa ocorre atualmente na Comunidade distribuição de renda e para melhoria de nossa imagem frente às demais nações do globo. Desempenho - A atuação do Banco nesse do Jardim Colombo, zona sul de São Paulo. Além de tornar viável o funcionamento de duas creches para 185 crianças, o projeto realiza semestre foi dirigida pela consolidação da estratégia de diversificação da fonte de resultados, aliada ao crescimento nas áreas em que diversas ações culturais, educativas, recreativas e profissionalizantes. Em abril de 2005 foi inaugurado na comunidade o Espaço Viver tem presença. Tudo isso sem perder de foco a expertise em aproveitar oportunidades de mercado, amparado numa gestão de risco Melhor - centro multifuncional de 750 m2, construído em um terreno de 1.500m2, a um custo de R$ 1,7 milhão. O Espaço Viver Melhor compatível com os princípios e valores do Grupo Votorantim. Nesse sentido, o Banco vem adaptando sua estrutura em termos de é dotado de consultórios médicos e odontológicos, salas de aula, laboratório de informática, brinquedoteca, quadra poliesportiva, tecnologia e pessoal qualificado, com instalação de novas dependências, Curitiba e Campinas, mais 24 filiais da BV Financeira, e anfiteatro, cozinha industrial, etc., que rapidamente transformou-se em um pólo de atividades em prol da melhoria da qualidade de vida adequação de controles, tendo encerrado o semestre com 3.346 funcionários (Banco e associadas). Como resultado dessa estratégia, e do desenvolvimento sustentável da comunidade. Agradecimentos - Externamos nossos agradecimentos aos clientes, parceiros e o Banco encerrou o semestre com Lucro Líquido de R$ 473,5 milhões, obtendo retorno sobre o Patrimônio de 21,2%, anualizado, equipe de funcionários pela confiança e dedicação que possibilitaram estes resultados. (21,4% sobre Patrimônio Líquido médio) e Patrimônio Líquido de R$ 4,7 bilhões, possibilitando um capital ratio de 15,7%, calculado de São Paulo, 17 de agosto de 2006. acordo com a legislação e o Comitê da Basiléia. No segmento de varejo, a BV Financeira continuou seu ritmo de crescimento, ampliando A Administração BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 - (Em milhares de reais) Banco Consolidado Banco Consolidado 2006 2005 2006 2005 Ativo 2006 2005 2006 2005 Passivo Circulante 45.877.425 30.334.753 40.799.689 29.320.890 Circulante 29.320.556 21.988.204 28.902.134 21.834.623 Disponibilidades 6.966 118.961 31.552 137.331 Depósitos 10.271.457 8.631.270 9.722.428 8.453.126 Aplicações interfinanceiras de liquidez 25.434.536 12.836.002 16.372.274 7.680.698 Depósitos a vista 60.809 41.221 72.195 54.027 Aplicações no mercado aberto 14.949.033 6.611.686 14.949.033 6.611.686 Depósitos interfinanceiros 1.520.414 1.589.195 926.723 1.420.844 Aplicações em depósitos interfinanceiros 10.400.184 6.116.237 1.337.922 960.933 Depósitos a prazo 8.689.962 7.000.795 8.723.238 6.978.196 Aplicações em moeda estrangeira 85.319 108.079 85.319 108.079 Outros depósitos 272 59 272 59 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 15.442.021 13.923.151 13.424.166 14.223.449 Captações no mercado aberto 12.396.062 7.620.898 12.055.612 7.417.982 Carteira própria 6.387.639 5.885.838 5.160.689 6.185.559 Carteira própria 3.117.045 2.813.625 2.776.595 2.610.709 Vinculados a compromissos de recompra 3.552.597 3.931.895 2.774.728 3.931.895 Carteira de terceiros 8.351.105 4.807.273 8.351.105 4.807.273 Instrumentos financeiros derivativos 1.962.689 1.274.578 1.713.991 1.237.301 Carteira livre movimentação 927.912 927.912 Vinculados ao Banco Central 1.527.252 1.462.119 1.527.252 1.462.119 Recursos de aceites e emissão de títulos 239.934 767.332 239.934 762.674 Vinculados à prestação de garantia 2.011.844 1.368.721 2.247.506 1.406.575 Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior 239.934 767.332 239.934 762.674 Relações interfinanceiras 1.332.926 832.429 1.332.926 832.429 Relações interfinanceiras 6.535 5.500 6.535 5.500 Pagamentos e recebimentos a liquidar 981 590 981 590 Recebimentos e pagamentos a liquidar 6.535 5.500 6.535 5.500 Depósitos no Banco Central 1.331.625 831.622 1.331.625 831.622 Relações interdependências 34.456 586 34.856 639 Correspondentes 320 217 320 217 Recursos em trânsito de terceiros 34.456 586 34.856 586 Operações de crédito 2.318.631 1.074.535 7.601.226 4.485.529 Transferências internas de recursos 53 Empréstimos- Setor público 1.910 85 1.910 85 Obrigações por empréstimos e repasses 1.957.593 938.102 1.957.828 938.180 Empréstimos- Setor privado 1.016.734 509.014 1.450.334 605.365 Empréstimos no País - Outras instituições 46.366 46.366 Financiamentos- Setor privado 1.152.652 435.709 6.202.307 3.854.810 Empréstimos no exterior 879.098 541.474 879.098 541.474 Financiamentos- Rurais e agroindustriais 60.247 43.324 60.247 43.324 Repasses no País - Instituições oficiais 1.032.129 396.628 1.032.364 396.706 Financiamentos- Títulos e valores mobiliários 112.187 94.394 112.187 94.394 Instrumentos financeiros derivativos 2.321.800 2.306.854 2.483.007 2.284.223 Provisão para operações de créditos de liquidação duvidosa (25.099) (7.991) (225.759) (112.449) Instrumentos financeiros derivativos 2.321.800 2.306.854 2.483.007 2.284.223 Operações de arrendamento mercantil 10.991 8.821 Outras obrigações 2.092.719 1.717.662 2.401.934 1.972.299 Arrendamento a receber - Setor privado 35.545 31.551 Carteira de câmbio 633.569 739.782 633.569 739.782 Rendas a apropriar de arrendamento mercantil (14.785) (12.041) Sociais e estatutárias 149.387 158.285 214.014 197.802 Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa (9.769) (10.689) Fiscais e previdenciárias 865.488 427.432 1.118.226 590.631 Outros créditos 1.340.105 1.540.244 1.751.516 1.786.694 Negociação e intermediação de valores 61.132 69.506 89.759 81.670 Carteira de câmbio 881.200 996.055 881.200 996.055 Diversas 383.143 322.657 346.366 362.414 Rendas a receber 4.956 4.463 5.053 3.994 Exigível a longo prazo 19.353.772 11.881.045 17.416.741 11.764.864 Negociação e intermediação de valores 74.305 152.405 90.480 165.470 Depósitos 15.542.951 7.754.425 12.001.405 7.298.178 Diversos 384.353 391.729 779.492 625.583 Depósitos interfinanceiros 5.664.833 1.415.394 2.128.492 956.997 Provisão para outros créditos de liquidação duvidosa (4.709) (4.408) (4.709) (4.408) Depósitos a prazo 9.878.118 6.339.031 9.872.913 6.341.181 Outros valores e bens 2.240 9.431 275.038 165.939 Captações no mercado aberto 395.039 938.044 395.039 967.072 Outros valores e bens 20.966 11.926 Carteira própria 395.039 938.044 395.039 967.072 Despesas antecipadas 2.240 9.431 254.072 154.013 Recursos de aceites e emissão de títulos 235.040 1.388.756 235.040 Realizável a longo prazo 5.595.695 5.167.013 10.241.424 7.450.983 Recursos de debêntures 1.388.756 Aplicações interfinanceiras de liquidez 1.098.930 425.366 1.086.884 116.121 Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior 235.040 235.040 Aplicações em depósitos interfinanceiros 1.098.930 425.366 1.086.884 116.121 Obrigações por empréstimos e repasses 1.445.801 1.026.809 1.446.094 1.026.834 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 1.819.626 2.903.380 1.985.700 2.918.954 Empréstimos no País - Outras instituições 47.268 47.268 Vinculados a compromissos de recompra 82.776 582.024 82.776 582.024 Empréstimos no exterior 547.750 249.917 547.750 249.917 Instrumentos financeiros derivativos 1.393.519 2.321.356 1.559.593 2.336.930 Repasses do País - Instituições oficiais 898.051 729.624 898.344 729.649 Vinculados à prestação de garantia 343.331 343.331 Instrumentos financeiros derivativos 1.953.943 1.915.139 1.950.801 2.121.283 Operações de crédito 2.507.351 1.821.652 6.242.298 4.010.365 Instrumentos financeiros derivativos 1.953.943 1.915.139 1.950.801 2.121.283 Empréstimos- Setor público 155.687 116.009 155.687 116.009 Outras obrigações 16.038 11.588 234.646 116.457 Empréstimos - Setor privado 995.354 759.669 1.357.405 817.912 Carteira de câmbio 1.170 1.170 Financiamentos- Setor privado 1.287.979 855.794 4.730.473 3.017.674 Fiscais e previdenciárias 14.868 11.053 233.476 115.922 Financiamentos- Rurais e agroindustriais 88.992 100.014 88.992 100.014 Diversas 535 535 Financiamentos- Títulos e valores mobiliários 112 112 13.784 3.064 13.784 3.064 Provisão para operações de créditos de liquidação duvidosa (20.661) (9.946) (90.259) (41.356) Resultados de exercícios futuros Participações de acionistas não controladores 108.320 110.353 Operações de arrendamento mercantil 12.217 9.127 4.687.637 3.122.147 4.687.637 3.122.147 Arrendamento a receber - Setor privado 27.395 19.779 Patrimônio líquido Capital social: Rendas a apropriar de arrendamento mercantil (14.847) (10.534) de domiciliados no País 2.880.000 1.880.000 2.880.000 1.880.000 Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa (331) (118) Reservas de capital 14.553 13.388 14.553 13.388 Outros créditos 169.788 16.098 761.237 324.229 Reservas de lucros 1.591.457 993.600 1.591.457 993.600 Carteira de câmbio 1.091 1.091 Lucros acumulados 201.627 235.159 201.627 235.159 Negociação e intermediação de valores 23 23 Diversos 168.703 16.075 760.152 324.206 Provisão para operações de créditos de liquidação duvidosa (6) (6) Outros valores e bens 517 153.088 72.187 Despesas antecipadas 517 153.088 72.187 Permanente 1.902.629 1.492.694 87.503 63.178 Investimentos 1.887.074 1.480.174 27.838 22.911 Participações em controladas no País 1.861.644 1.462.126 Participação em controladas no exterior 10.857 4.636 Outros investimentos 14.573 13.412 27.838 22.911 Imobilizado 12.412 10.768 39.102 28.753 Outras imobilizações de uso 32.345 27.570 75.924 57.533 Depreciação acumulada (19.933) (16.802) (36.822) (28.780) Diferido 3.143 1.752 20.563 11.514 Gastos de organização e expansão 9.825 7.689 40.837 26.218 Amortização acumulada (6.682) (5.937) (20.274) (14.704) 53.375.749 36.994.460 51.128.616 36.835.051 Total do Ativo 53.375.749 36.994.460 51.128.616 36.835.051 Total do Passivo
Receitas da intermediação financeira Operações de crédito Operações de arrendamento mercantil
3.245.114
2.492.629
4.116.817
3.129.997
281.472
85.802
1.762.867
1.135.213
-
-
10.404
9.836
2.261.414
1.925.284
1.612.367
1.449.139
Resultado com instrumentos financeiros derivativos
611.553
415.093
640.504
469.359
Resultado das aplicações compulsórias
90.675
66.450
90.675
66.450
Despesas da intermediação financeira
(2.731.710)
(2.174.007)
(2.839.747)
(2.178.320)
Operações de captação no mercado
(2.610.711)
(2.075.569)
(2.535.670)
(1.997.594)
(81.968)
(38.022)
(82.000)
(46.118)
Resultado de operações com títulos e valores mobiliários
Operações de empréstimos, cessões e repasses Operações de arrendamento mercantil Resultado de operações de câmbio
-
-
(7.609)
(7.495)
(22.633)
(47.071)
(22.633)
(47.071)
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
(16.398)
(13.345)
(191.835)
(80.042)
Resultado bruto da intermediação financeira
513.404
318.622
1.277.070
951.677
Outras receitas/(despesas) operacionais
86.642
47.984
(530.402)
(426.683)
Receitas de prestação de serviços
18.844
9.413
196.903
101.752
Despesas de pessoal
(55.359)
(27.228)
(129.060)
(75.890)
Outras despesas administrativas
(31.312)
(26.297)
(197.307)
(128.437)
5.634
(6.362)
(65.940)
(43.110)
232.726
235.102
-
-
Despesas tributárias Resultado de participações em coligadas e controladas Outras receitas operacionais
2.715
664
9.060
2.837
Outras despesas operacionais
(86.606)
(137.308)
(344.058)
(283.835)
Resultado operacional
600.046
366.606
746.668
524.994
32
4
(4.143)
63
Resultado antes da tributação e participações no lucro
600.078
366.610
742.525
525.057
Imposto de renda e contribuição social
(103.786)
(8.616)
(191.000)
(131.074)
Provisão para imposto de renda
(147.208)
(87.541)
(255.456)
(179.731)
Provisão para contribuição social
(52.995)
(31.515)
(93.193)
(66.187)
Ativo fiscal diferido
96.417
110.440
157.649
114.844
Resultado não operacional
Participações no lucro
(22.786)
(12.978)
(74.763)
(46.182)
Lucro líquido antes da participação de acionistas não controladores
473.506
345.016
476.762
347.801
-
-
(3.256)
(2.785)
473.506
345.016
473.506
345.016
7,07
6,68
Participação de acionistas não controladores Lucro líquido do semestre Lucro líquido por lote de mil ações - R$
DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS Semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 - (Em milhares de reais) Banco Semestres 2006 2005 Origem dos recursos 8.205.960 9.540.670 Lucro líquido do semestre 473.506 345.016 Ajustes ao lucro líquido (230.501) (233.190) Depreciação e amortização 2.225 1.912 Resultado de participações em controladas (232.726) (235.102) Ajustes de exercícios anteriores 67 Participações de acionistas não controladores Recursos de acionistas 500.000 Integralização de capital 500.000 Recebimento de juros sobre o capital próprio 78.897 Variação nos resultados de exercícios futuros (4.540) 635 Constituição de reservas 727 7.628 Subvenção para investimentos 727 7.628 Recursos de terceiros originários de: 7.387.804 9.420.581 Aumento dos subgrupos do passivo 6.975.245 5.498.710 Depósitos 4.869.927 2.651.108 Captações no mercado aberto 1.875.207 Recursos de aceites e emissão de títulos 1.820 Relações interdependências 29.669 Relações interfinanceiras 6.535 5.500 Obrigações por empréstimos e repasses 277.593 Instrumentos financeiros derivativos 2.564.509 Outras obrigações 192.087 Diminuição dos subgrupos do ativo 408.289 3.915.155 Aplicações interfinanceiras de liquidez 3.915.155 Títulos e valores mobiliários e instrumentos derivativos Outros créditos 406.129 Outros valores e bens 2.160 Alienação de bens e investimentos 60 54 Imobilizado de uso 60 54 Dividendos 4.210 6.662 Aplicação dos recursos 8.206.456 9.427.512 Distribuição de dividendos 146.600 170.705 Juros sobre o capital próprio 174.950 145.885 Inversões em: 11.372 3.023 Investimentos 7.086 680 Imobilizado de uso 2.928 1.772 Diferido 1.358 571 Aumento dos subgrupos do ativo 7.380.843 4.039.585 Aplicações interfinanceiras de liquidez 6.526.280 Títulos e valores mobiliários e instrumentos derivativos 145.696 2.968.563 Relações interfinanceiras 237.578 110.095 Operações de crédito 471.289 515.852 Operações de arrendamento mercantil Outros créditos 444.727 Outros valores e bens 348 Diminuição dos subgrupos do passivo 492.691 5.068.314 Captações no mercado aberto Recursos de aceites e emissão de títulos 307.537 Relações interdependências 8.282 Obrigações por operações compromissadas 4.642.687 Obrigações por empréstimos e repasses 412.414 Instrumentos financeiros derivativos 80.277 Outras obrigações 109.808 Aumento (redução) das disponibilidades (496) 113.158 Modificação na posição financeira Disponibilidades: No início do semestre 7.462 5.803 No fim do semestre 6.966 118.961 Aumento (redução) das disponibilidades (496) 113.158
Consolidado Semestres 2006 2005 8.005.984 10.498.171 473.506 345.016 7.711 5.589 7.711 5.589 67 (5.313) (87.540) 500.000 500.000 (4.540) 635 727 7.628 727 7.628 7.033.826 10.226.843 4.857.544 5.304.024 1.331.927 2.672.264 1.833.928 1.390.576 30.037 6.535 5.500 277.224 35.919 2.349.036 228.622 2.176.222 4.922.722 4.922.722 2.008.500 167.722 60 97 60 97 8.000.676 10.380.590 146.600 170.705 174.950 145.885 19.527 11.623 1.179 2.595 11.419 5.812 6.929 3.216 7.247.664 5.075.273 4.735.850 2.708.238 237.578 110.095 2.177.507 1.601.939 107 1.735 609.015 96.622 44.251 411.935 4.977.104 4.604.293 306.906 8.231 411.935 57.674 5.308 117.581 26.244 31.552 5.308
19.750 137.331 117.581
(Continua)
DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS Semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 - (Em milhares de reais, exceto o lucro líquido do período por lote de mil ações) Banco Consolidado Semestres Semestres 2006 2005 2006 2005
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4 -.ECONOMIA/LEGAIS (continuação)
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
Banco Votorantim S.A. C.N.P.J. 59.588.111/0001-03 Av. Roque Petroni Jr. 999 - 16º andar - CEP 04707-910 São Paulo - SP Tel. (11) 5185-1700 Fax (11) 5185-1900
Saldos em 31 de dezembro de 2004 Distribuição de dividendos Aumento de capital Constituição de reservas: Subvenção para investimentos Lucro líquido do semestre Destinações do lucro líquido: Reserva legal Juros sobre o capital próprio Saldos em 30 de junho de 2005 Saldos em 31 de dezembro de 2005 Ajustes de exercícios anteriores Distribuição de dividendos Aumento de capital Constituição de reservas: Subvenção para investimentos Lucro líquido do semestre Destinações do lucro líquido: Reserva legal Juros sobre o capital próprio Distribuição de dividendos Saldos em 30 de junho de 2006
2
3
4
6
Total 3.086.093 (170.705) -
-
-
6.950 -
678 -
-
-
345.016
7.628 345.016
1.880.000 2.380.000 500.000
-
9.030 9.030 -
4.358 4.796 -
17.251 126.890 149.927 -
866.710 1.437.855 (20.000) -
(17.251) (145.885) 235.159 53.279 67 -
(145.885) 3.122.147 4.034.887 67 (20.000) 500.000
-
-
-
727 -
-
-
473.506
727 473.506
2.880.000
-
9.030
5.523
23.675 173.602
1.417.855
(23.675) (174.950) (126.600) 201.627
(174.950) (126.600) 4.687.637
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - Semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 - (Em milhares de reais) categoria “títulos mantidos até o vencimento”, tanto o título como o instrumento financeiro derivativo são avaliados e contabilizados Contexto operacional pelas condições intrínsecas contratadas, não sendo registrados pelo valor de mercado. As atividades operacionais do Banco Votorantim S.A. e empresas controladas se referem, principalmente, à sua atuação no merOs efeitos da adoção dos critérios podem ser assim demonstrados: cado financeiro, operando como banco múltiplo com as carteiras comercial, de crédito, financiamento e investimento; em bolsa de Banco 2006 2005 valores negociando e distribuindo títulos e valores mobiliários por conta própria ou de terceiros; com carteira de arrendamento Resultado do semestre antes dos ajustes 497.985 348.411 mercantil e administração de fundos de investimento. Efeito no semestre dos ajustes de mercado: As operações do Banco Votorantim S.A. são conduzidas no contexto de um conjunto de instituições financeiras que atuam no (48.011) (105.130) Carteira de títulos e valores mobiliários mercado financeiro e certas operações têm a co-participação ou a intermediação dessas instituições. Os benefícios dos serviços Instrumentos financeiros derivativos 10.921 99.986 prestados entre essas instituições e os custos da estrutura operacional e administrativa são absorvidos segundo a praticabilidade Imposto de renda e contribuição social sobre os ajustes 12.611 1.749 e razoabilidade de lhes serem atribuídos, em conjunto ou individualmente. Resultado do semestre após os ajustes 473.506 345.016 Apresentação das demonstrações financeiras Consolidado 2006 2005 As demonstrações financeiras do Banco Votorantim S.A. e as demonstrações financeiras consolidadas do Banco Votorantim S.A. e Resultado do semestre antes dos ajustes 390.037 262.858 empresas controladas foram elaboradas em consonância com a legislação societária - Lei nº 6.404/76 - e com as normas do Banco Efeito no semestre dos ajustes de mercado: Central do Brasil. Carteira de títulos e valores mobiliários (73.262) (128.141) Atendendo ao disposto na Resolução nº 2.723, do Banco Central do Brasil, as operações de dependência no exterior estão sendo Carteira de financiamentos 189.375 163.480 apresentadas de forma consolidada com a matriz e demais agências no País. Instrumentos financeiros derivativos 10.355 89.650 Demonstrações financeiras consolidadas Contratos de assunção de obrigações (506) As demonstrações financeiras consolidadas, preparadas de acordo com a legislação societária e com as normas do Banco Central Imposto de renda e contribuição social sobre os ajustes (42.999) (42.325) do Brasil, incluem o Banco Votorantim S.A. e suas controladas diretas, a seguir relacionadas: Resultado do semestre após ajustes 473.506 345.016 Percentual de participação c. Outros ativos 2006 2005 Demonstrados pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos calculados com base “pro rata” dia e das variações moneControladas diretas no País tárias e cambiais, auferidas até a data do balanço, e ajustados, quando aplicável, por provisão considerando os valores de Votorantim Corretora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. 99,98 99,98 realização. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é fundamentada na análise das operações de crédito em aberto, Votorantim Asset Management Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. 99,99 99,99 efetuada pela Administração para determinar o valor necessário, levando em consideração a conjuntura econômica, a experiBV Financeira S.A. - Crédito, Financiamento e Investimento 99,99 99,99 ência passada e os riscos específicos e globais da carteira, bem como as normas do Banco Central do Brasil. BV Leasing - Arrendamento Mercantil S.A. 99,99 99,99 São reconhecidos créditos tributários relativos, basicamente, de provisão para créditos de liquidação duvidosa, prejuízo fiscal Controladas diretas no exterior e base negativa de contribuição social. Votorantim Bank Limited (vide nota explicativa nº 10a) 4,03 4,03 d. Estimativas contábeis Banco Votorantim Securities Inc. 100,00 A elaboração de demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração Descrição dos principais procedimentos de consolidação use de julgamento na determinação e registro de estimativas contábeis. Ativos e passivos significativos sujeitos a essas estimativas a. Eliminação dos saldos das contas de ativos e passivos entre as empresas consolidadas; e premissas incluem provisão para créditos de liquidação duvidosa, provisão para desvalorização de certos ativos e imposto de b. Eliminação das participações no capital, reservas e lucros acumulados das empresas controladas; renda diferido ativo, provisão para contingências e valorização de títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros c. Eliminação dos saldos de receitas e despesas, bem como de lucros não realizados, decorrentes de negócios entre as emprederivativos. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores diferentes dos estimados, sas; devido a imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A Instituição revisa as estimativas e premissas pelo menos d. As demonstrações financeiras da empresa controlada BV Leasing - Arrendamento Mercantil S.A. foram reclassificadas, mensalmente. extracontabilmente, no intuito de refletir no consolidado sua posição financeira e seu resultado em conformidade com o método e. Ativo permanente financeiro; Demonstrado ao custo (corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995), combinado com os seguintes aspectos: e. Os saldos contábeis do Votorantim Bank Limited e do Banco Votorantim Securities Inc., que são preparados de acordo com as i. Avaliação dos investimentos em sociedades controladas, no País e no exterior, pelo método da equivalência patrimonial. normas internacionais de contabilidade (IFRS), foram convertidos para reais, utilizando-se a cotação do dólar norte-americano ii. Depreciação do imobilizado pelo método linear, com base em taxas anuais que contemplam a vida útil-econômica dos na data do encerramento do semestre. Para fins de cálculo de equivalência e de consolidação, esses saldos foram ajustados às bens, composto por móveis e utensílios, sistema de comunicação - 10%, equipamentos de processamento de dados e práticas contábeis emanadas pela legislação societária brasileira. veículos - 20%. Descrições das principais práticas contábeis iii. Outros investimentos são representados, substancialmente, por títulos patrimoniais da Bolsa de Valores de São Paulo a. Apuração do resultado BOVESPA, Bolsa de Mercadorias e Futuros - BM&F, CIP - Câmara Interbancária de Pagamentos e Central de Compensação O resultado é apurado pelo regime de competência. Agente “A”, demonstrados pelo valor nominal, atualizados com base nas informações recebidas das próprias bolsas e câmaras. b. Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos iv. Amortização do diferido pelos prazos em que os correspondentes benefícios são gerados. Atendendo ao disposto na Circular nº 3.068, do Banco Central do Brasil, os títulos e valores mobiliários são classificados nas f. Outros passivos seguintes categorias, de acordo com a intenção de investimento da Administração: Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, os encargos apurados com base “pro rata” Títulos para negociação; dia e as variações monetárias ou cambiais, incorridos até a data do balanço. Títulos disponíveis para venda, e As provisões para imposto de renda e contribuição social correntes são constituídas às alíquotas de 15%, acrescidas de Títulos mantidos até o vencimento. adicional de 10%, e 9%, respectivamente, de acordo com a legislação vigente. O imposto de renda e a contribuição social Os títulos e valores mobiliários classificados na categoria títulos para negociação ou na categoria títulos disponíveis para venda diferidos foram calculados sobre o ajuste a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários, instrumentos financeiros derivatidevem ser avaliados e registrados a valor de mercado e a diferença em relação ao custo corrigido é reconhecida no resultado do vos e resultado não realizado na valorização de instrumentos financeiros derivativos às mesmas alíquotas do imposto corrente. período ou em conta específica do Patrimônio líquido, respectivamente. Quando classificados na categoria títulos mantidos até No Consolidado foi reconhecido imposto de renda diferido, calculado à alíquota de 25% sobre o ajuste da superveniência de o vencimento devem ser registrados pelo respectivo custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do depreciação da carteira de arrendamento mercantil, e imposto de renda e contribuição social diferidos, calculados sobre o balanço. ajuste a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos, da carteira de financiamentos De acordo com a Circular nº 3.082, do Banco Central do Brasil, os instrumentos financeiros derivativos são avaliados e contabilizados e do resultado não realizado na valorização de instruentos financeiros derivativos, à alíquota de 15%, acrescida de adicional de a valor de mercado e classificados como “hedge” (proteção) ou “não-hedge”. O “hedge” é classificado como: (i) “hedge de risco de 10%, e 9%, respectivamente. mercado” ou (ii) “hedge de fluxo de caixa”. É reconhecido no balanço o passivo decorrente de uma obrigação legal e é provável que um recurso econômico seja requerido Os critérios para registro são os seguintes: para saldar a obrigação. Esses passivos são registrados tendo como base as melhores estimativas do risco envolvido. Para os instrumentos financeiros derivativos que não se destinam a “hedge”, bem como para aqueles classificados como “hedge de risco de mercado”, os ajustes a valor de mercado são contabilizados em contrapartida à adequada conta de receita 5 Aplicações interfinanceiras de liquidez A carteira é composta por depósitos interfinanceiros, remunerados às taxas pós-fixadas e pré-fixadas, com vencimento até agosto ou despesa, no resultado do semestre. de 2015, no montante de R$ 11.499.114 (2005 - R$ 6.541.603), no Banco Votorantim S.A., e R$ 2.424.806 (2005 - R$ 1.077.054), Para os instrumentos financeiros derivativos classificados como “hedge de fluxo de caixa”, a parcela efetiva do “hedge” deve no Consolidado, por aplicações no mercado aberto, lastreadas em títulos públicos, totalizando R$ 14.949.033 (2005 - R$ 6.611.686), ser contabilizada em contrapartida à conta destacada do Patrimônio líquido e qualquer outra variação em contrapartida à no Banco Votorantim S.A., e no Consolidado, e por aplicações em moedas estrangeiras no montante de R$ 85.319 (2005 adequada conta de Receita ou Despesa, no resultado do semestre. - R$ 108.079), no Banco Votorantim S.A. e no Consolidado. No caso de instrumentos financeiros derivativos que se destinam à proteção de títulos e valores mobiliários classificados na de debêntures, divulgados pela ANDIMA, levando em conta a adoção de critérios julgados adequados à aferição de preço para Títulos e valores mobiliários papéis de baixa liquidez. Para os ativos das investidas no exterior são considerados os preços de fechamento para os títulos da Os critérios de precificação de títulos e valores mobiliários são definidos pela área de gerenciamento de risco, que consideram dívida pública no mercado internacional, divulgados pela Bloomberg e outros serviços de informação, bem como a adoção de preços e taxas oficialmente divulgados por entidades como ANDIMA e BM&F, além de eventuais ajustes nos preços de títulos de critérios julgados adequados à correta precificação de títulos de baixa liquidez. baixa liquidez, que consideram ofertas, últimos preços praticados, dispersão possível e outros fatores que possam determinar de Fundamentada na capacidade financeira do Banco Votorantim S.A., a Administração tem a intenção na manutenção dos títulos até forma mais adequada e justa o valor de mercado, tanto no mercado interno quanto externo. o vencimento, sendo avaliados pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida do resultado do Para os títulos negociados no mercado brasileiro são consideradas as taxas médias dos papéis, divulgadas pela ANDIMA, para a semestre, conforme Circular nº 3.068, do Banco Central do Brasil. data de fechamento, bem como o preço de fechamento divulgado para as posições na BM&F e os preços das últimas negociações Banco Títulos para negociação Tipo NTN-A NTN-B NTN-C NTN-D NTN-F NBC-E LFT LTN Letra hipotecária CRI Debêntures Eurobonds / Bradies BR Exit CDB CPR TDA C Bond Ações Fundos de investimento Total Títulos mandidos até o vencimento Tipo Eurobonds (Agência de Nassau) Total
2006
Tipo NTN-A NTN-B NTN-C NTN-D NTN-F NBC-E LFT LTN Letra hipotecária CRI Debêntures Eurobonds / Bradies BR Exit CDB CPR TDA C Bond Ações Fundos de investimento Total
Valor de Custo 61.826 1.872.571 604.488 110.467 701.757 443 4.355 3.584.150 7.905 15.082 2.958.992 1.291.199 278.145 493.118 437 20.898 370.351 947.722 13.323.906
Valor de mercado 69.555 1.847.039 595.035 116.623 707.991 437 4.356 3.587.770 7.905 15.082 3.019.212 1.291.199 278.145 493.118 437 20.898 384.547 947.722 13.387.071
Lucro (Prejuízo) não realizado 7.729 (25.532) (9.453) 6.156 6.234 (6) 1 3.620 60.220 14.196 63.165
Até 3 meses 390.612 23.379 1.404.030 7.905 3.780 53.949 2.035 437 3.529 384.547 947.722 3.221.925
de 3 a 12 meses 378 1.905 437 4.339 2.146.417 56.228 3.567 2.213.271
Valor de Custo 518.368 518.368
Valor de mercado 526.792 526.792
Lucro (Prejuízo) não realizado 8.424 8.424
Até 3 meses -
de 3 a 12 meses 92.261 92.261
de 1 a 3 de 3 a 5 anos anos 540.313 854.508 593.130 93.244 354.750 167.898 17 37.323 153.244 126.048 450.063 54.180 436.903 10.587 3.207 1.836.788 2.038.627 Faixas de vencimentos de 1 a 3 de 3 a 5 anos anos 426.107 426.107 -
de 5 a 15 anos 69.555 61.227 185.343 15.082 680.678 730.959 278.145 8 2.020.997
acima de 15 anos 1 2.055.462 2.055.463
Total 69.555 1.847.039 595.035 116.623 707.991 437 4.356 3.587.770 7.905 15.082 3.019.212 1.291.199 278.145 493.118 437 20.898 384.547 947.722 13.387.071
Valor de mercado 74.389 353.038 2.131.348 170.148 468.169 20.684 245.309 3.762.508 12.242 908.166 2.768.880 467.015 230.969 789.862 12.402.727
de 5 a 15 anos -
acima de 15 anos -
Total 518.368 518.368
Valor de custo 827.870 827.870
2006 Valor de Custo 235.232 1.872.571 604.488 111.692 701.757 25.584 4.355 3.600.352 7.905 15.082 903.530 1.315.409 278.145 493.118 437 20.898 370.351 948.481 11.509.387
Valor de mercado 287.809 1.847.039 595.035 117.833 707.991 26.110 4.356 3.603.968 7.905 15.082 963.750 1.315.409 278.145 493.118 437 20.898 384.547 948.481 11.617.913
Lucro (Prejuízo) não realizado 52.577 (25.532) (9.453) 6.141 6.234 526 1 3.616 60.220 14.196 108.526
Até 3 meses 390.612 23.379 1.404.030 7.905 3.780 53.949 2.035 437 3.529 384.547 948.481 3.222.684
de 3 a 12 meses 378 1.905 26.110 4.339 2.146.417 56.228 3.567 2.238.944
Valor de Custo 518.368 518.368
Valor de mercado 526.792 526.792
Lucro (Prejuízo) não realizado 8.424 8.424
Até 3 meses -
de 3 a 12 meses 92.261 92.261
Títulos mandidos até o vencimento Tipo Eurobonds (Agência de Nassau) Total
2005 Faixas de vencimentos
Consolidado Títulos para negociação
7
Lucros acumulados 53.279 -
2005 Faixas de vencimentos de 1 a 3 de 3 a 5 anos anos 540.313 854.508 593.130 94.454 354.750 167.898 17 53.521 153.244 126.048 450.063 54.180 436.903 10.587 3.207 1.854.196 2.038.627
de 5 a 15 anos 287.809 61.227 185.343 15.082 680.678 755.169 278.145 8 2.263.461
acima de 15 anos 1 1
Total 287.809 1.847.039 595.035 117.833 707.991 26.110 4.356 3.603.968 7.905 15.082 963.750 1.315.409 278.145 493.118 437 20.898 384.547 948.481 11.617.913
Valor de mercado 353.720 353.038 2.131.348 171.416 468.169 50.340 245.309 3.762.508 12.242 908.166 2.796.200 467.015 230.969 789.862 12.740.302
de 5 a 15 anos -
acima de 15 anos -
Total 518.368 518.368
Valor de custo 827.870 827.870
Faixas de vencimentos
Instrumentos financeiros derivativos O Conglomerado Financeiro do Grupo Votorantim efetua operações que envolvem instrumentos financeiros derivativos, atuando em mercados organizados e de balcão, com objetivo de possibilitar uma gestão de risco de mercado adequada à política do Grupo. O gerenciamento de risco de mercado é efetuado de forma centralizada, por área administrativa que mantém independência com relação à mesa de operações, e pelo acompanhamento do Comitê de Riscos, composto pela diretoria e vice-presidência do Banco Votorantim S.A., que se reúne periodicamente para avaliação dos riscos e definição de limites operacionais. O gerenciamento de riscos adota como procedimentos básicos a) monitoramento da adequação de posições e riscos aos limites estabelecidos pelo Comitê de Riscos e limites legais; b) integridade da precificação de ativos e derivativos; c) avaliação do risco de mercado pela metodologia “Value at Risk” e pela simulação de cenários; d) acompanhamento de resultados diários com testes de aderência da metodologia (“back-test”). A política de gerenciamento de riscos de mercado considera, ainda, a utilização de instrumentos financeiros derivativos para “hedge” de posições, para atender demanda de contrapartes e como meio de reversão de posições em momentos de grandes oscilações. As operações observam os limites deliberados pelo Comitê e estabelecidos pela legislação, após análise dos riscos de crédito e liquidez, quando apropriados, caso em que envolvem as políticas de liquidez e crédito e as deliberações do respectivo Comitê.
de 1 a 3 anos 426.107 426.107
de 3 a 5 anos -
Os critérios de precificação de instrumentos financeiros derivativos são definidos pela área de gerenciamento de risco, que consideram preços e taxas oficialmente divulgados pela ANDIMA e BM&F, bem como cálculos de prêmios de opção e outros riscos de acordo com metodologias convencionais e consagradas. Todas as etapas das operações estão sujeitas às verificações da auditoria interna e aos procedimentos de controles internos, definidos e acompanhados por área específica e independente, adequados ao nível de transações e riscos envolvidos. Os valores a receber dos contratos de “swap” em aberto montam a R$ 3.143.234 (2005 - R$ 3.141.717) e os valores a pagar montam a R$ 776.938 (2005 - R$ 1.053.418) e estão registrados em Instrumentos financeiros derivativos, no Banco Votorantim S.A. No Consolidado, os valores a receber montam a R$ 3.060.610 (2005 - R$ 3.120.014) e os valores a pagar montam a R$ 935.003 (2005 - R$ 1.236.931). Os valores a receber por vendas de ações a termo montam a R$ 133.973 (2005 - R$ 180.121), no Banco Votorantim S.A. e no Consolidado. Os valores a pagar por compras de ações a termo montam a R$ 11.242 (2005 - R$ 62.098), no Banco Votorantim S.A. e no Consolidado. Os valores a receber por compra de ações a termo montam a R$ 10.454 (2005 - R$ 42.135) no Banco Votorantim S.A. e no Consolidado. Os valores a pagar por venda de ações a termo a entregar montam a R$ 141.591 (2005 - R$ 170.305), no Banco Votorantim S.A. e no Consolidado. Os valores recebidos pelos contratos de box de opções de captação montam a R$ 3.273.725 (2005 - R$ 2.831.530) e estão
(Continua)
1
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - Semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 - (Em milhares de reais) Reservas de capital Reservas de lucros Subvenções para Atualização Capital social Aumento de capital investimentos de títulos patrimoniais Legal Expansão 1.750.250 129.750 2.080 3.680 109.639 1.037.415 (170.705) 129.750 (129.750) -
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
(continuação)
ECONOMIA/LEGAIS - 5
Banco Votorantim S.A.
C.N.P.J. 59.588.111/0001-03 Av. Roque Petroni Jr. 999 - 16º andar - CEP 04707-910 São Paulo - SP Tel. (11) 5185-1700 Fax (11) 5185-1900 NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - Semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 - (Em milhares de reais) registrados em Instrumentos financeiros derivativos, no Banco Votorantim S.A. e no Consolidado. montavam a R$ 169.657, no Ativo, e R$ 53.731, no Passivo, e estão registrados em Instrumentos financeiros derivativos, no Banco Os prêmios pagos por contratos de opções adquiridos montam a R$ 68.547 (2005 - R$ 62.304) e os prêmios recebidos por contratos Votorantim S.A. e no Consolidado. de opções lançadas montam a R$ 72.247 (2005 - R$ 50.911) e estão registrados em Instrumentos financeiros derivativos, no Banco As operações negociadas no mercado de bolsas organizadas têm como contraparte instituições financeiras autorizadas, pelo Banco Votorantim S.A. e no Consolidado. Central, para atuarem no mercado financeiro. As operações efetuadas no mercado de balcão são registradas no Cetip e as contrapartes Os ajustes diários das operações no mercado futuro montam a R$ 13.895 no Ativo (2005 - não houve), e R$ 285 (2005 - R$ 28.730) no são empresas não integrantes do Sistema Financeiro Nacional. Passivo, no Banco Votorantim S.A. e R$ 13.895 no Ativo (2005 - não houve), e R$ 6.907 (2005 - R$ 28.730) como redutor do Passivo, As margens depositadas na BM&F totalizam R$ 1.170.091 (2005 - R$ 1.205.390), no Banco Votorantim S.A., e R$ 1.686.819 (2005 no Consolidado, e estão registrados em Negociação e intermediação de valores. Em 2005 os ajustes referentes a operações de NDF R$ 1.395.060), no Consolidado. BANCO 2006 2005 Valores a Valores a Lucro/ Faixas de vencimentos Valores/ Valor receber/ receber/ (Prejuízo) de de de de Valor receber(idos) Tipo original do pagar pagar não Até 3 3 a 12 1a3 3a5 5 a 15 original pagar (os) SWAP contrato contratual mercado realizado meses meses anos anos anos Total do contrato mercado DI 2.413.636 4.451.674 4.383.224 (68.450) 786.794 (81.660) 3.131.837 1.141.839 (595.586) 4.383.224 6.371.838 7.512.007 Dólar (2.964.252) (2.555.203) (2.421.332) 133.871 (567.051) (953.387) (1.366.395) (272.719) 738.220 (2.421.332) (5.792.966) (4.911.724) Iene (15.283) (14.723) Euro (18.898) (18.178) (18.178) (19.562) 1.384 (18.178) IGPM (296.445) (485.398) (484.041) 1.357 (48.738) 83.347 (504.833) (56.080) 42.263 (484.041) (1.656.609) (1.861.585) IPCA (1.360.132) (1.404.082) (1.374.808) 29.274 (406.877) 229.550 (370.894) (615.389) (211.198) (1.374.808) (210.000) (159.814) Pré 2.244.224 2.281.514 2.302.796 21.282 775.374 3.084.390 (738.098) (1.636.639) 817.769 2.302.796 1.309.201 1.358.834 TRM (15.000) (17.013) (17.578) (565) (17.578) (17.578) TJLP (3.133) (3.787) (3.787) (3.787) (3.787) (6.181) (6.234) Total 2.249.527 2.366.296 116.769 516.153 2.363.624 134.039 (1.438.988) 791.468 2.366.296 2.088.299 FUTUROS
Ações Br exit Dólar DI Flexível IND Total Outros Instrumentos Financeiros Derivativos
2.643.454 (3.218.676) (81.303) (3.381.768) (460) 6.136 389.574 (3.643.043)
(17.183) 21.073 137 (4.304) (8) 366 13.529 13.610
(17.183) 21.073 137 (4.304) (8) 366 13.529 13.610
-
499.923 (692.991) 26.736 1.248.025 (460) 281.359 1.362.592
2.777.408 (1.386.831) (108.039) (5.513.675) 6.136 108.215 (4.116.786)
2.053.880 (1.138.854) 1.064.537 1.979.563
(1.282.264) (28.941) (1.311.205)
(1.405.493) (151.714) (1.557.207)
2.643.454 (3.218.676) (81.303) (3.381.768) (460) 6.136 389.574 (3.643.043)
2.704.678 76.288 93.314 (13.621.693) (239.499) 665.469 (10.321.443)
(23.919) (2.551) 145 (2.404) (3.366) 119.291 87.196
(234.751) (75.750) 402.488 132.255 224.242
(33.380) (558) 6.057 39.758 11.877
(42.548) (558) (471) 39.877 (3.700)
(9.168) (6.528) 119 (15.577)
41.856 88.275 (39.500) 90.631
(276.607) 266.213 171.755 161.361
(75.750) 48.000 (27.750)
-
-
(234.751) (75.750) 402.488 132.255 224.242
(1.517) (82.264) 1.551.125 (1.075.950) (303.627) (900) 86.867
8.279 (606) 5.448 (4.201) 1.957 516 11.393
-
(3.273.725) (3.273.725)
(3.273.725) (3.273.725)
-
(534.618) (534.618)
(1.074.897) (1.074.897)
(1.664.210) (1.664.210)
-
-
(3.273.725) (3.273.725)
-
(2.831.530) (2.831.530)
Valor original do contrato 1.544.220 (2.063.595) (18.898) (300.707) (1.360.132) 2.217.245 (3.133) (15.000) -
Valores a receber/ pagar contratual 3.825.193 (2.098.095) (18.178) (489.688) (1.404.082) 2.243.451 (3.787) (17.013) 2.037.801
Valores a receber/ pagar mercado 3.756.990 (1.993.667) (18.178) (488.346) (1.374.808) 2.264.981 (3.787) (17.578) 2.125.607
Lucro/ (Prejuízo) não realizado (68.203) 104.428 1.342 29.274 21.530 (565) 87.806
Até 3 meses 589.693 (488.168) (19.562) (48.734) (406.876) 753.589 (3.787) 376.155
de 3 a 12 meses (299.581) (978.371) 1.384 79.037 229.550 3.061.698 2.093.717
Faixasde vencimentos de de 1a3 3a5 anos anos 2.757.415 1.258.974 (865.380) (367.310) (504.832) (56.080) (370.895) (615.389) (731.436) (1.636.639) (17.578) 267.294 (1.416.444)
2.646.501 (3.902.190) (81.302) (11.618.814) (460) 6.136 389.574 (12.560.555)
(14.585) 21.073 137 290 (8) 366 13.529 20.802
(14.585) 21.073 137 290 (8) 366 13.529 20.802
-
499.923 (825.772) 26.736 (17.046) (460) 281.359 (35.260)
3.509.848 (1.525.311) (108.038) (8.232.370) 6.136 108.215 (6.241.520)
1.324.487 (1.551.107) (3.035.575) (3.262.195)
(234.751) (75.750) 402.488 132.255 224.242
(33.380) (558) 6.057 39.758 11.877
(42.548) (558) (471) 39.877 (3.700)
(9.168) (6.528) 119 (15.577)
41.856 88.275 (39.500) 90.631
(276.607) 266.213 171.755 161.361
-
(3.273.725) (3.273.725)
(3.273.725) (3.273.725)
-
(534.618) (534.618)
(1.074.897) (1.074.897)
Box opções Total CONSOLIDADO
2006 Tipo SWAP DI Dólar Euro Iene IGPM IPCA Pré TJLP TRM Total FUTUROS DDI Dólar IND DI Café Euro Reais Pré Total OPÇÕES Ações Br exit Dólar DI Flexível IND Total Outros Instrumentos Financeiros Derivativos Box opções Total 8
Operações de crédito, câmbio e arrendamento mercantil a. Composição das operações 2006 157.597 2.012.088 2.440.631 149.239 112.187 -
Empréstimos - Setor público Empréstimos - Setor privado Financiamentos - Setor privado Financiamentos – Rurais e agroindustriais Financiamentos – Títulos e valores mobiliários Arrendamento Mercantil Carteira de câmbio - Adiantamentos sobre contratos de câmbio e rendas a receber (classificados em Outros créditos e Outras obrigações). 268.652 Total 5.140.394 b. Composição da carteira por tipo de cliente e atividade econômica Indústria Comércio Rural Outros serviços Intermediários financeiros Pessoas físicas Total c. Composição da carteira por vencimentos
2006 2.512.854 508.476 149.239 1.445.425 13.172 511.228 5.140.394
Banco 2005 116.094 1.268.683 1.291.503 143.338 94.506 -
2006 157.597 2.807.740 10.932.780 149.239 112.187 33.308
Consolidado 2005 116.094 1.423.277 6.872.484 143.338 94.506 28.755
356.870 3.270.994
268.652 14.461.503
356.870 9.035.324
Banco 2005 1.644.435 196.905 143.338 906.333 379.983 3.270.994
2006 2.513.687 1.200.235 149.239 1.463.077 16.862 9.118.403 14.461.503
Consolidado 2005 1.645.557 690.033 143.338 921.237 5.635.159 9.035.324
Banco Consolidado Faixas de vencimentos 2006 2005 2006 2005 Parcelas vencidas: A partir de 15 dias 762 160 179.759 104.257 Parcelas a vencer: Até 3 meses 982.107 684.525 2.617.282 1.746.080 3 a 12 meses 1.628.343 754.711 5.318.186 3.124.228 1 a 3 anos 1.534.367 1.292.758 5.186.143 3.471.082 3 a 5 anos 586.396 338.881 751.714 389.718 5 a 15 anos 408.419 199.959 408.419 199.959 Total 5.140.394 3.270.994 14.461.503 9.035.324 d. Composição da carteira nos correspondentes níveis de risco, conforme estabelecido na Resolução nº 2.682, do BACEN Banco 2006 2005 Créditos Créditos Total das Créditos Créditos Total das Nível de risco a vencer vencidos operações a vencer vencidos operações AA 1.957.462 1.957.462 1.314.450 1.314.450 A 1.328.795 1.328.795 827.001 827.001 9 B - atraso entre 15 e 30 dias 934.967 51.224 986.191 791.007 1.644 792.651 C - atraso entre 31 e 60 dias 812.929 1.808 814.737 335.304 75 335.379 D - atraso entre 61 e 90 dias 42.118 165 42.283 1.434 1.434 E - atraso entre 91 e 120 dias 104 882 986 F - atraso entre 121 e 150 dias 9.715 134 9.849 G - atraso entre 151 e 180 dias 42 42 H - atraso superior a 180 dias 49 49 79 79 Total 5.086.090 54.304 5.140.394 3.269.275 1.719 3.270.994 Consolidado 2006 2005 Créditos Créditos Total das Créditos Créditos Total das Nível de risco a vencer vencidos operações a vencer vencidos operações AA 2.489.065 2.489.065 1.659.793 1.659.793 A 8.893.586 8.893.586 5.562.517 5.562.517 B - atraso entre 15 e 30 dias 971.759 526.644 1.498.403 805.166 290.863 1.096.029 C - atraso entre 31 e 60 dias 824.902 307.440 1.132.342 344.862 190.391 535.253 D - atraso entre 61 e 90 dias 45.597 103.428 149.025 4.020 45.817 49.837 E - atraso entre 91 e 120 dias 1.376 62.586 63.962 195 24.651 24.846 F - atraso entre 121 e 150 dias 10.401 48.842 59.243 46 20.998 21.044 G - atraso entre 151 e 180 dias 282 37.362 37.644 28 16.984 17.012 H - atraso superior a 180 dias 1.821 136.412 138.233 1.652 67.341 68.993 Total 13.238.789 1.222.714 14.461.503 8.378.279 657.045 9.035.324
2005 Valores/ receber(idos) pagar (os) mercado 7.403.503 (5.041.804) (14.273) (1.861.541) (159.813) 1.563.245 (6.234) 1.883.083
(1.405.493) (151.714) (1.557.207)
2.646.501 (3.902.190) (81.302) (11.618.814) (460) 6.136 389.574 (12.560.555)
2.704.678 76.288 93.314 (13.621.693) (239.499) 665.469 (10.321.443)
(23.919) (2.551) 145 (2.404) (3.366) 119.291 87.196
-
-
(234.751) (75.750) 402.488 132.255 224.242
(1.517) (82.264) 1.551.125 (1.075.950) (303.627) (900) 86.867
8.279 (606) 5.448 (4.201) 1.957 516 11.393
-
-
(3.273.725) (3.273.725)
-
(2.831.530) (2.831.530)
(1.282.264) (182.109) (1.464.373)
(75.750) 48.000 (27.750) (1.664.210) (1.664.210)
e. Avaliação a valor de mercado No Consolidado foi procedida a avaliação de parte da carteira de financiamentos da BV Financeira S.A. - C.F.I a valor de mercado, considerando o respectivo “hedge” no mercado futuro de DI junto à BM&F, conforme determina a Resolução nº 3.082, de 30 de janeiro de 2002, do Banco Central do Brasil. A avaliação desses ativos gerou ajuste positivo não realizado, no montante de R$ 764.525 (2005 – R$ 414.611), o qual está classificado em Outros créditos - Diversos, no Ativo. O valor de mercado das parcelas CDC foi apurado com base em taxa composta pelo custo de captação, acrescida dos custos de produção passíveis de estimativa, refletindo com mais propriedade os efeitos das taxas de juros nos resultados. Hedge Parcela - CDC Valor Valor Valor Ajuste mercado mercado contábil mercado 2006 8.925.153 8.493.723 7.729.198 764.525 2005 5.166.840 5.238.774 4.824.163 414.611 f. Constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa por nível de risco Banco Consolidado Nível de risco Provisão % 2006 2005 2006 2005 A 0,5 6.644 4.135 53.582 38.142 B - atraso entre 15 e 30 dias 1,0 9.862 7.927 14.984 10.960 C - atraso entre 31 e 60 dias 3,0 24.442 10.061 33.970 16.058 D - atraso entre 61 e 90 dias 10,0 4.228 143 14.903 4.984 E - atraso entre 91 e 120 dias 30,0 296 19.189 7.454 F - atraso entre 121 e 150 dias 50,0 4.925 29.622 10.521 G - atraso entre 151 e 180 dias 70,0 29 26.350 11.908 H - atraso superior a 180 dias 100,0 49 79 138.233 68.993 Total 50.475 22.345 330.833 169.020 Os créditos recuperados durante o semestre, que foram contabilizados como recuperação de créditos baixados como prejuízo, consoante determinado no COSIF, montam a R$ 11.629 (2005 - R$ 16.570), no Consolidado. O montante de bens recuperados durante o semestre monta a R$ 50.515 (2005 - R$ 35.516), no Consolidado. No mesmo período apresentou saldo de R$ 258.107 (2005 - R$ 166.904) em operações renegociadas, no Banco Votorantim S.A. e R$ 334.908 (2005 - R$ 207.886), no Consolidado. No Consolidado, a provisão para crédito de liquidação duvidosa foi complementada pelos valores dos diferenciais não liquidados dos contratos de arrendamento mercantil, indexados ao dólar, que se encontram em discussão judicial, no montante de R$ 9.168 (2005 - R$ 10.398), os quais estão apresentados substancialmente no nível de risco “A”. g. A provisão para devedores duvidosos apresentou a seguinte movimentação no semestre Banco Consolidado 2006 2005 2006 2005 Saldo inicial 34.197 9.269 218.195 146.144 Constituições/(reversões) 16.398 13.345 191.835 80.042 Baixas para prejuízo (1) (125) (79.078) (57.010) Variação cambial (119) (144) (119) (156) Saldo final 50.475 22.345 330.833 169.020 Outros créditos Banco Consolidado 2006 2005 2006 2005 Carteira de câmbio (a) 882.291 996.055 882.291 996.055 Rendas a receber 4.956 4.463 5.053 3.994 Negociação e intermediação de valores (b) 74.305 152.428 90.480 165.493 Diversos (c) 553.056 407.804 1.539.644 949.789 Provisão para outros créditos de liquidação duvidosa (4.715) (4.408) (4.715) (4.408) Total 1.509.893 1.556.342 2.512.753 2.110.923 a. Referem-se, basicamente, a saldos de compras de moeda estrangeira a liquidar, líquidas de adiantamentos, no montante de R$ 786.278 (2005 - R$ 608.461); direitos por venda de moeda estrangeira, líquidas de adiantamentos, no montante de R$ 91.159 (2005 - R$ 384.532), no Banco Votorantim S.A. e no Consolidado. b. Representados, substancialmente, por diferencial a receber de contratos de mercado futuro, descritos na nota 7, e depósito de margem em garantia de operações compromissadas no exterior, no montante de R$ 42.902 (2005 - R$ 117.052), e por diferencial a receber de operações efetuadas na BOVESPA, no montante de R$ 7.360 (2005 - R$ 35.353), no Banco Votorantim S.A. e no Consolidado. c. Correspondem, basicamente, a impostos e contribuições a compensar, no montante de R$ 22.776 (2005 - R$ 5.092), no Banco Votorantim S.A. e R$ 73.399 (2005 - R$ 34.508), no Consolidado; créditos tributários, no montante de R$ 281.862 (2005 - R$ 113.161), no Banco Votorantim S.A., e R$ 434.689 (2005 - R$ 198.220), no Consolidado; ajuste positivo do valor de mercado da carteira de financiamentos, descrito na nota 8e., no Consolidado; opções por incentivos fiscais, no montante de R$ 8.983 (2005 – R$ 8.983), no Banco Votorantim S.A., e R$ 13.423 (2005 - R$ 13.423), no Consolidado e valor a receber por venda de títulos, no montante de R$ 233.418 (2005 - R$ 179.766), no Banco Votorantim S.A. e no Consolidado.
10 Investimentos
BV Financeira S.A. - Crédito, Financiamento e Investimento Votorantim Corretora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. Votorantim Bank Limited Votorantim Asset Management Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. BV Leasing - Arrendamento Mercantil S.A. Banco Votorantim Securities, Inc. Total
Total 3.756.990 (1.993.667) (18.178) (488.346) (1.374.808) 2.264.981 (3.787) (17.578) 2.125.607
Valor original do contrato 5.625.720 (5.234.599) (15.283) (1.656.610) (210.000) 1.496.953 (6.181) -
de 5 a 15 anos (549.511) 705.562 42.263 (211.198) 817.769 804.885
2006 Quantidade de quotas/ações possuídas 126.353 20.177 1.000.000
Participação no capital social - % 99,99 99,98 4,03
Patrimônio líquido 1.039.854 124.193 112.767
Lucro líquido 188.462 16.860 3.375
8.999.800 510.398 3.000.000
99,99 99,99 100,00
64.690 633.010 6.308
7.422 32.443 (186)
2005
Resultado de participações 188.454 4.667 (223)
Valor contábil dos investimentos 1.039.788 124.167 4.550
Resultado de participações 191.906 4.856 (687)
Valor contábil dos investimentos 704.515 121.718 4.636
7.429 32.439 (40) 232.726
64.688 633.000 6.308 1.872.501
7.960 31.067 235.102
51.946 583.947 1.466.762
(Continua)
DDI Dólar IND DI Café Euro Reais Pré Total OPÇÕES
6 -.ECONOMIA/LEGAIS (continuação)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
Banco Votorantim S.A.
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - Semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 - (Em milhares de reais) conforme determinação do art. 32 da Lei nº 11.051, de 29 de dezembro de 2004, de acordo com a liquidação do contrato, cessão a. Votorantim Bank Limited: O resultado de equivalência patrimonial refere-se, substancialmente, ao reconhecimento do resultado ou encerramento de posição das operações de mercados derivativos (Swap e Mercado Futuro). da investida, adicionado dos efeitos da variação cambial sobre investimentos efetuados em moeda estrangeira, e de ajustes Consolidado reconhecidos diretamente no Patrimônio líquido. O Banco Votorantim S.A. detém 100% das ações ordinárias (4,03% do total a. Encargos devidos sobre as operações do semestre das ações) de emissão do Votorantim Bank Limited, o que lhe assegura o controle acionário. Segue a demonstração do imposto de renda e da contribuição social, incidente sobre as operações do semestre: b. Em 26 de abril de 2006 foi integralizado o capital da Banco Votorantim Securities, Inc., localizada em Nova York - Estados 2006 2005 Unidos da América. O resultado de equivalência patrimonial refere-se, substancialmente, ao reconhecimento do resultado da Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 742.525 525.057 investida, adicionado dos efeitos da variação cambial sobre investimentos efetuados em moeda estrangeira. Encargos (imposto de renda e contribuição social) c. Outras instituições financeiras: O resultado de equivalência patrimonial refere-se ao reconhecimento do Lucro líquido, adicionado à alíquota nominal de 25% e 9%, respectivamente (252.458) (178.519) de ajustes reconhecidos diretamente no Patrimônio líquido. Exclusões/(adições) permanentes 13.888 (45.856) d. Em 27 de fevereiro de 2002 entrou em operação a agência do Banco no exterior, localizada em Nassau - Ilhas Bahamas. Os saldos Despesas não dedutíveis (2.458) (1.080) das contas patrimoniais e de resultado das operações dessa dependência, que estão consolidadas no Banco Votorantim S.A. são os Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social (92.136) (104.941) seguintes: Total de Ativos de R$ 6.228.234 (2005 - R$ 6.097.581), Total de Passivos de R$ 5.400.363 (2005 - R$ 5.187.643), Participações no lucro 25.423 15.666 Patrimônio líquido de R$ 827.871 (2005 - R$ 901.056) e resultado do semestre de R$ 17.426 (2005 - R$ 25.111). Resultado de controlada e dependência no exterior (5.971) (8.578) 11 Depósitos Juros NTN-A 2.721 3.476 Representados, substancialmente, por depósitos a prazo, no montante de R$ 18.568.080 (2005 - R$ 13.339.826), com vencimento Juros sobre o capital próprio 86.309 49.601 até março de 2016, no Banco Votorantim S.A. e R$ 18.596.151 (2005 - R$ 13.319.377), no Consolidado. Exclusões/(adições) temporárias 153.476 152.067 12 Captações no mercado aberto Provisão para créditos de liquidação duvidosa (54.852) (7.508) As operações com compromisso de recompra, contratadas junto às Instituições financeiras, montam a R$ 12.791.101 (2005 Ajuste a mercado - Circulares nºs 3.068 e 3.082 42.999 42.325 R$ 8.558.942), no Banco Votorantim S.A., possuindo como lastro papéis públicos e privados. No Consolidado são apresentados Provisões para contingências (1.094) (2.395) os montantes de R$ 12.450.651 (2005 - R$ 8.385.054), referentes a essas operações. Superveniência de depreciação 14 284 13 Recursos de aceites e emissão de títulos e obrigações por empréstimos e repasses Derivativos - Lei nº 11.051 210.975 150.560 a. Recursos de aceites e emissão de títulos Outros (44.566) (31.199) Banco Imposto de renda e contribuição social correntes (85.094) (72.308) As obrigações por recursos de aceites e emissão de títulos representam recursos em moeda estrangeira e nacional, captados Imposto de renda e contribuição social exercícios anteriores 19.559 via emissão de títulos no mercado internacional e com bancos no exterior para repases a clientes no País, com vencimentos Imposto de renda e contribuição social diferidos (263.555) (193.169) até janeiro de 2007, incidindo encargos financeiros de até 4,00% ao ano, acrescidos de variação cambial. Imposto de renda e contribuição social total (348.649) (245.918) Consolidado b. O imposto de renda e a contribuição social diferidos com efeito sobre o resultado foram calculados como segue: Representado por 335.000 debêntures não conversíveis em ações, de emissão pública, emitidas em 20 de abril de 2006, em 2006 2005 duas séries, e que foram colocados no mercado em 23 de junho de 2006, no montante de R$ 3.444.218. Somente a primeira Imposto de renda e contribuição social diferidos série contêm cláusula de repactuação. Adições/(exclusões): A primeira série, composta de 135.000 debêntures, com valor unitário de R$ 10.000, com vencimento em 20 de abril de 2016, Ajuste a mercado - Circulares nºs 3.068 e 3.082 (42.999) (42.325) incidindo encargos financeiros referenciados na taxa média dos depósitos interfinanceiros, acrescida de mais 0,5% ao ano, Superveniência de depreciação (14) (284) calculada de forma exponencial e cumulativa, que serviu para gerar recursos para aumento dos limites operacionais da Emissora. Derivativos - Lei nº 11.051 (220.542) (150.560) A primeira repactuação ocorrerá em 20 de abril de 2011. Imposto de renda e contribuição social diferidos no semestre (263.555) (193.169) A segunda série, composta de 200.000 debêntures, com valor unitário de R$ 10.000, com vencimento em 20 de abril de 2026, Crédito tributário incidindo 100% da taxa DI calculada de forma exponencial e cumulativa, servindo para incrementar o número de operações de Adições/(exclusões): arrendamento mercantil, que serão realizadas se houver demanda do mercado para tanto. Provisão para créditos de liquidação duvidosa 54.852 7.508 b. Obrigações por empréstimos Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social 92.136 104.941 Representados por recursos em moeda estrangeira, captados em bancos no exterior e no País, principalmente para empréstimos Provisões para contingências 1.094 2.395 a clientes, com vencimentos até abril de 2010, incidindo encargos de até 7,84% ao ano, acrescidos de variação cambial ou Resultado não realizado - derivativos 9.567 monetária, se pós-fixado, no Banco Votorantim S.A. Ativo fiscal diferido no semestre 157.649 114.844 c. Obrigações por repasses c. Imposto de renda e contribuição social diferidos Representados por recursos provenientes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, através da 2006 2005 sua Agência Especial de Financiamento Industrial - FINAME, com vencimentos até agosto de 2016, incidindo atualização Ativo (Outros créditos - Diversos) monetária (Taxa de Juros a Longo Prazo - TJLP e Cesta de moedas) e encargos financeiros de até 12,00% ao ano. Saldo inicial 253.824 83.376 14 Outras obrigações Provisão para créditos de liquidação duvidosa 54.852 7.508 Banco Consolidado Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social 115.596 104.941 2006 2005 2006 2005 Provisão para contingências 1.094 2.395 Carteira de câmbio (a) 634.739 739.782 634.739 739.782 Resultado não realizado - derivativos 9.567 Sociais e estatutárias (b) 149.387 158.285 214.014 197.802 Resultado no exterior (246) Fiscais e previdenciárias (c) 880.356 438.485 1.351.702 706.553 Outros (1) Negociação e intermediação de valores (d) 61.132 69.506 89.759 81.670 Saldo final 434.686 198.220 Diversas (e) 383.143 323.192 346.366 362.949 Passivo (Outras obrigações - Fiscais e previdenciárias) 2006 2005 Total 2.108.757 1.729.250 2.636.580 2.088.756 Saldo inicial 660.169 167.870 a. Carteira de câmbio refere-se a obrigações, por compra de moeda estrangeira a liquidar, líquida de adiantamentos, no montante Ajuste a mercado - Circulares n°s 3.068 e 3.082 42.999 42.325 de R$ 541.300 (2005 - R$ 289.048), e por venda de moeda estrangeira a liquidar, líquidas de adiantamentos, no montante de Superveniência de depreciação 14 284 R$ 93.439 (2005 - R$ 450.734), no Banco Votorantim S.A., e no Consolidado. Resultado no exterior (246) b. Sociais e estatutárias são representadas, basicamente, por saldo de dividendos a pagar, no montante de R$ 126.600 (2005 Derivativos - Lei nº 11.051 244.002 150.560 R$ 145.885), no Banco Votorantim S.A., e R$ 139.230 (2005 - R$ 145.885), no Consolidado, e provisão de participações no Outros 1 (1) lucro, no montante de R$ 22.786 (2005 - R$ 12.400), no Banco Votorantim S.A., e R$ 74.784 (2005 - R$ 40.917), no Consolidado. Saldo final 946.939 361.038 c. Os saldos de Fiscais e previdenciárias são representados, substancialmente, por imposto de renda e contribuição d. Estimativa de realização social a pagar, no montante de R$ 85.094 (2005 - R$ 72.166), no Consolidado; imposto de renda e contribuição social 2006 2007 2008 2011 Total diferidos, no montante de R$ 647.356 (2005 - R$ 187.699), no Banco Votorantim S.A., e R$ 946.939 (2005 - R$ 361.038), Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social 74.279 103.650 90.195 268.124 no Consolidado; provisão para riscos fiscais, no montante de R$ 7.510 (2005 - R$ 6.910), no Banco Votorantim S.A., e Provisão para créditos de liquidação duvidosa 108.435 30.417 138.852 R$ 27.026 (2005 - R$ 12.068), no Consolidado, e impostos e contribuições a recolher, no montante de R$ 225.490 Resultado não realizado – derivativos 8.875 5.755 5.755 20.385 (2005 - R$ 243.876), no Banco Votorantim S.A., e R$ 292.640 (2005 - R$ 261.281), no Consolidado. Provisão para contingências 7.325 7.325 d. Os saldos de Negociação e intermediação de valores são representados, substancialmente, por ajustes diários de operações Total 74.279 220.960 126.367 13.080 434.686 efetuadas no mercado futuro, descritos na nota 7, e por diferencial a pagar de operações efetuadas na Bovespa, no montante 17 Partes relacionadas - Banco de R$ 52.621 (2005 - R$ 319), no Banco Votorantim S.A., e R$ 53.368 (2005 - R$ 473), no Consolidado. As transações entre partes relacionadas foram realizadas a valores e prazos usuais de mercado e estão assim representadas: e. Os saldos de Diversas são representados, substancialmente, por valores a pagar por compra de títulos, no montante de 2006 2005 R$ 236.695 (2005 - R$ 300.105), no Banco Votorantim S.A., e R$ 236.699 (2005 - R$ 300.105), no Consolidado, e por Ativos: operações a liquidar via BM&F no montante de R$ 117.419 (2005 - R$ 39), no Banco Votorantim S.A., e R$ 21.786 (2005 Aplicações em depósitos interfinanceiros 9.208.819 5.602.547 - R$ 39), no Consolidado. Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 2.822.013 725.059 15 Patrimônio líquido - Banco Dividendos e bonificações a receber 4.210 3.667 a. Capital social Valores a receber de sociedades ligadas 609 563 O capital social, subscrito e integralizado, é representado por 66.983.345.530 (2005 - 51.672.452.590) ações ordinárias, sem Passivos: valor nominal. Depósitos a vista 1.720 3.237 Em 29 de agosto de 2005 foi aprovado pelos acionistas, em Assembléia Geral Extraordinária - AGE, aumento do capital social, Depósitos interfinanceiros 4.130.031 626.748 em espécie, no montante de R$ 500.000, mediante a emissão de 8.064.516.129 novas ações, passando o capital social a ser Depósitos a prazo 5.253 52.449 representado por 59.736.968.719 ações ordinárias, sem valor nominal. Captações no mercado aberto 345.481 225.774 Em 15 de fevereiro de 2006 foi aprovado pelos acionistas, em Assembléia Geral Extraordinária – AGE, aumento do capital Instrumentos financeiros derivativos 119.662 57.718 social, em espécie, no montante de R$ 500.000, mediante a emissão de 7.246.376.811 novas ações, passando o capital social Outras obrigações – sociais e estatutárias 126.600 145.885 a ser representado por 66.983.345.530 ações ordinárias sem valor nominal. Negociação e intermediação de valores 484 751 b. Dividendos Outras obrigações - diversas 95.633 Aos acionistas é assegurado um dividendo mínimo correspondente a 25% do lucro líquido de cada exercício, deduzida a Obrigações por títulos e valores mobiliários 4.659 reserva legal. Os dividendos não distribuídos são destinados à “Reserva de Expansão”. Resultado: Em 31 de maio de 2006, foi aprovada pelos acionistas em AGE a distribuição de dividendos no valor de R$ 20.000 (R$ 0,30 por Rendas de aplicações no mercado aberto 1.717 lote de mil ações, referente ao semestre de 2001). Rendas de aplicações em depósitos interfinanceiros 624.883 446.301 Em 30 de junho de 2006, foi aprovada pelos acionistas em AGE a distribuição de dividendos no valor de R$ 126.600 (R$ 1,89 Resultado com títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 241.603 464.926 por lote de mil ações, referente ao semestre de 2006). Receitas de prestação de serviços 3.431 3.628 c. Juros sobre o capital próprio Despesas de depósitos interfinanceiros (52.224) (61.036) De acordo com a faculdade prevista na Lei nº 9.249/95, a Instituição calculou em 2006 juros sobre o capital próprio com base Despesas de depósitos a prazo (567) (4.073) na Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), vigente no semestre, no montante de R$ 174.950 (2005 – R$ 145.885), os quais Despesas de captações no mercado aberto (25.261) (18.913) foram contabilizados em despesas financeiras, conforme requerido pela legislação fiscal. Para efeito dessas demonstrações financeiras, esses juros foram eliminados das despesas financeiras do semestre e estão sendo apresentados na conta de 18 Provisões, passivos e contigências A Instituição e suas controladas são parte em ações judiciais e processos administrativos perante vários tribunais e órgãos Lucros acumulados. governamentais, decorrentes do curso normal das operações, envolvendo questões tributárias, trabalhistas e aspectos cíveis. O imposto de renda e a contribuição social do semestre foram reduzidos em R$ 59.483 (2005 – R$ 49.601), aproximadamente, A Administração, com base em informações de seus assessores jurídicos, análise das demandas judiciais pendentes e, quanto às em decorrência da dedução desses impostos pelos juros sobre o capital próprio creditados aos acionistas. ações trabalhistas e cíveis, com base na experiência anterior referente às quantias reivindicadas, constituiu provisão em montante d. Ajustes de exercícios anteriores considerado suficiente para cobrir as perdas estimadas com as ações em curso, como segue: Neste semestre foi efetuada a contabilização de imposto de renda na fonte incidente sobre juros sobre o capital próprio recebido Banco Consolidado de outros investimentos referentes ao exercício de 2005, em “Ajustes de exercícios anteriores”, no montante de R$ 67. 2006 2005 2006 2005 16 Imposto de renda e contribuição social Tributárias (Fiscais e previdenciárias - impostos e contribuições a recolher) 195.182 226.347 243.595 228.418 Banco Tributárias (Fiscais e previdenciárias - provisão para riscos fiscais) 7.510 6.910 27.027 12.069 a. Encargos devidos sobre as operações do semestre Cíveis (Diversas) 12.114 8.807 Segue abaixo demonstração do imposto de renda e da contribuição social, incidentes sobre as operações do semestre: Trabalhistas (Diversas) 501 535 5.988 4.025 2006 2005 Total 203.193 233.792 288.724 253.319 Lucro antes do imposto de renda e contribuição social 600.078 366.610 Depósitos judiciais Encargos (imposto de renda e contribuição social) à Os depósitos judiciais efetuados, que estão classificados em “Outros créditos”, no Realizável a longo prazo, montam a: alíquota nominal de 25% e 9%, respectivamente (204.027) (124.647) Banco Consolidado Exclusões/(adições) permanentes 8.087 (13.421) 2006 2005 2006 2005 Despesas não dedutíveis 1.323 (19) Tributárias 3.834 3.389 3.978 8.214 Participações no lucro 7.748 4.413 Cíveis 2.593 234 Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social (90.922) (105.906) Trabalhistas 55 49 865 173 Equivalência patrimonial e variação cambial 35.768 46.352 Total 3.889 3.438 7.436 8.621 Resultado de controlada e dependência no exterior (5.971) (8.578) Contingências não provisionadas Juros NTN-A 658 716 A Instituição possui outras contingências passivas envolvendo questões tributárias no montante estimado de R$ 9.815, no Banco Juros sobre o capital próprio 59.483 49.601 Votorantim S.A. e no Consolidado. Em função do estágio em que se encontram, e com base no julgamento da Administração, o Exclusões/(adições) temporárias 195.940 138.068 desfecho final dessas ações não pode ser determinado o momento e, portanto, nenhuma provisão para perdas foi consignada nas Provisão para créditos de liquidação duvidosa (5.495) (4.534) demonstrações financeiras. Ajuste a mercado - Circulares nºs 3.068 e 3.082 (12.611) (1.749) Derivativos – Lei nº 11.051 212.814 140.364 19 Outras informações a. A Votorantim Asset Management Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. administra diversos fundos de renda fixa e Outros 1.232 3.987 de renda variável, cujos patrimônios líquidos montam a R$ 19.540.940 (2005 - R$ 14.794.185). O rendimento por essa Imposto de renda e contribuição social correntes administração foi de R$ 20.733 (2005 - R$ 19.286) e está registrado em “Receitas de prestação de serviços”. Imposto de renda e contribuição social exercícios anteriores 19.559 b. No Consolidado, despesas antecipadas representam, basicamente, comissões pagas aos lojistas por intermediação de operações Imposto de renda e contribuição social diferidos (200.203) (138.615) de financiamento e arrendamento mercantil, no montante de R$ 384.797 (2005 - R$ 210.492). Imposto de renda e contribuição social total (200.203) (119.056) c. Avais e fianças prestados montam a R$ 2.810.076 (2005 - R$ 1.269.205) e estão registrados em contas de compensação. b. O Imposto de renda e contribuição social diferidos com efeito sobre o resultado foram calculados como segue: d. Outras receitas operacionais se referem, principalmente, à atualização monetária de Ativos no montante de R$ 2.335 (2005 Imposto de renda e contribuição social diferidos 2006 2005 R$ 3.272), no Banco Votorantim S.A., e R$ 3.030 (2005 - R$ 3.846), no Consolidado, e reversão de provisão operacional no Adições/(exclusões): montante de R$ 2.672 (2005 - não houve), no Consolidado. Ajuste a mercado - Circulares nºs 3.068 e 3.082 12.611 1.749 e. Outras despesas operacionais no Banco Votorantim S.A. se referem, principalmente, à atualização monetária de provisão Derivativos - Lei nº 11.051 (212.814) (140.364) para riscos fiscais e impostos a pagar, no montante de R$ 10.559 (2005 - R$ 18.216) e variação cambial de investimentos na Imposto de renda e contribuição social diferidos no semestre (200.203) (138.615) Agência de Nassau, no exterior, no montante de R$ 66.055 ( 2005 - R$ 115.525). No Consolidado se referem, principalmente, Crédito tributário às comissões pagas aos lojistas, por intermediação de operações de financiamento e arrendamento mercantil, no montante Adições/(exclusões): de R$ 220.678 (2005 - R$ 121.460); atualização monetária de provisão para riscos fiscais e impostos a pagar, no montante Provisão para créditos de liquidação duvidosa 5.495 4.534 de R$ 13.128 (2005 - R$ 20.283) e variação cambial de investimentos na Agência de Nassau, no Votorantim Bank Limited e Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social 90.922 105.906 na Banco Votorantim Securities, Inc., no exterior, no montante de R$ 66.273 (2005 - R$ 116.978). Ativo fiscal diferido no semestre 96.417 110.440 f. Despesas tributárias se referem, substancialmente, à contribuição ao Programa de Integração Social - PIS, calculada à alíquota c. Imposto de renda e contribuição social diferidos de 0,65%, e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, calculada à alíquota de 4%, sobre as 2006 2005 receitas operacionais e reversão de provisão de PIS, no Banco Votorantim S.A. e no Consolidado. Ativo (Outros créditos - Diversos) g. Os contratos de arrendamento mercantil possuem cláusulas de não-cancelamento, de opção de compra e de taxas de juros Saldo inicial 162.232 2.721 pré-fixadas, variação cambial ou de repactuação periódica das taxas de juros. O seguro do imobilizado de arrendamento é Provisão para créditos de liquidação duvidosa 5.495 4.534 efetuado com cláusula de benefício em favor da Sociedade. Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social 114.382 105.906 h. Em 25 de julho de 2003, a Instituição protocolou junto à Secretaria da Receita Federal sua adesão ao Programa de Parcelamento Resultado no exterior (246) Especial - PAES, instituído pela Lei nº 10.684/03, do Governo Federal. A adesão ao programa possibilitou o parcelamento do Outros (1) PIS, referente ao período de janeiro de 2000 a janeiro de 2003, o qual vinha sendo questionado judicialmente e registrado em Saldo final 281.862 113.161 provisão para riscos fiscais. Os montantes relativos ao PIS, inclusos no programa, foram parcelados em 120 meses, calculados Passivo (Outras obrigações - Fiscais e previdenciárias) 2006 2005 com base na limitação de 1,5% da receita bruta de intermediação financeira, atualizados com base na variação da Taxa de Saldo inicial 423.938 49.084 Juros de Longo Prazo - TJLP e reclassificados para impostos e contribuições a recolher. A Instituição está cumprindo com as Ajuste a mercado - Circulares nºs 3.068 e 3.082 (12.611) (1.749) condições do referido programa quanto à adimplência aos pagamentos parcelados, bem como quanto ao recolhimento dos Derivativos – Lei nº 11.051 236.274 140.364 demais impostos devidos mensalmente. Resultado no exterior (246) Outros 1 Banco Saldo final 647.356 187.699 Principal e multa atualizados Saldo em 30 de d. Estimativa de realização na data de adesão Atualização – TJLP Amortização junho de 2006 2006 2007 2008 Total 13.220 3.236 4.555 11.901 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 10.052 6.529 16.581 Consolidado Prejuízo fiscal e base negativa de Contribuição Social 74.279 100.807 90.195 265.281 Principal e multa atualizados Saldo em 30 de Total 74.279 110.859 96.724 281.862 na data de adesão Atualização – TJLP Amortização junho de 2006 Banco - Estudo técnico de realização do crédito tributário 18.392 4.493 6.361 16.524 Os créditos tributários foram constituídos nos termos da legislação em vigor, baseados em estudos comprobatórios da capacidade i. O Banco Votorantim S.A. apura seus limites de patrimônio líquido mínimo exigido de forma consolidada, dentro dos parâmetros de realização e, entre outros fatores, as seguintes premissas: previstos na Resolução nº 2.099, do Banco Central do Brasil, de 17 de agosto de 1994, e normativos posteriores aplicáveis. A Atendimento às condições da Resolução nº 3.059, de 20 de dezembro de 2002, do Banco Central do Brasil, alterada pela relação entre o patrimônio líquido apurado na forma consolidada e o total dos ativos ponderados é de 15,72% (2005 - 14,28%). Resolução nº 3.355, de 31 de março de 2006. j. No Consolidado, receita de prestação de serviços inclui, além das receitas por administração de fundos mencionados na Nota Crédito tributário sobre diferenças temporais: constituído sobre provisão para créditos de liquidação duvidosa, cuja realização 19 a., rendas de taxa de abertura de crédito no montante de R$ 109.225 (2005 - R$ 65.181). se condiciona aos prazos legais para dedutibilidade, conforme Lei nº 9.430/96 (art. 9), após esgotados os recursos legais de k. No Consolidado “Outras despesas administrativas” incluem, principalmente, despesas com serviços técnicos especializados, cobrança. Eventuais recuperações ou redução da perda implicam na redução da provisão, gerando valores a serem excluídos no montante de R$ 24.926 (2005 - R$ 13.492); despesas com promoções e relações públicas, no montante de R$ 21.976 (2005 da base tributável. Estimativa de realização: de 1 a 2 anos, no máximo. - R$ 12.855); despesas com serviços de processamento de dados, no montante de R$ 25.340 (2005 - R$ 20.897); serviços do Crédito tributário constituído sobre prejuízo fiscal decorre, principalmente, dos efeitos dos instrumentos financeiros derivativos, sistema financeiro, no montante de R$ 14.157 (2005 - R$ 8.733); tributos e custas sobre bens retomados, no montante de pelo advento da Lei nº 11.051 (art. 32), de 29 de dezembro de 2004, cuja amortização deverá ocorrer no prazo de 2 a 3 anos, R$ 8.239 (2005 - R$ 7.164); serviços de terceiros, no montante de R$ 14.288 (2005 - R$ 7.806) , despesas com comunicações oriundo da projeção de resultado e da realização de tais derivativos. no montante de R$ 18.006 (2005 - R$ 12.859), emolumentos judiciais e cartoriais no montante de R$ 6.534 (2005 - R$ 8.202) O saldo contábil é considerado o valor presente dos créditos tributários. e taxas de registro de contratos no montante de R$ 9.373 (2005 - não houve). Não foi constituído crédito tributário sobre provisão para contingências no montante de R$ 170 (2005 - R$ 182). 20. Evento subsequente As obrigações fiscais diferidas foram constituídas nos termos da legislação em vigor e se referem às receitas a serem tributadas na Em 07 de agosto de 2006 foi aprovado pelos acionistas, em Assembléia Geral Extraordinária - AGE, aumento do capital social no sua realização, decorrentes da diferença entre valor contábil e valor de mercado de títulos e valores mobiliários e instrumentos montante de R$ 500.000, passando o capital social a ser representado por 74.126.202.673 ações ordinárias sem valor nominal. financeiros derivativos, cuja realização está prevista para períodos posteriores e receitas a serem tributadas na sua realização, Lupercio de Souza Izabel - Contador - 1SP109632/O-4
(Continua)
C.N.P.J. 59.588.111/0001-03 Av. Roque Petroni Jr. 999 - 16º andar - CEP 04707-910 São Paulo - SP Tel. (11) 5185-1700 Fax (11) 5185-1900
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
(continuação)
ECONOMIA/LEGAIS - 7
Banco Votorantim S.A.
C.N.P.J. 59.588.111/0001-03 Av. Roque Petroni Jr. 999 - 16º andar - CEP 04707-910 São Paulo - SP Tel. (11) 5185-1700 Fax (11) 5185-1900 RESUMO DO RELATÓRIO DO COMITÊ DE AUDITORIA internos, as auditorias internas, auditorias externas e demonstrações financeiras, incluindo contratação de consultoria para avaliação Introdução O Comitê de Auditoria do Banco Votorantim S.A., instituído por dispositivo estatutário aprovado pelo Banco Central do Brasil em 28 de estrutural da auditoria interna e reuniões com participantes de vários projetos. junho de 2004, em conformidade com a Resolução nº 3.198, de 27 de maio de 2004, do Banco Central do Brasil, é constituído de três Além disso, reuniões periódicas e extraordinárias foram efetuadas com a Gerência de Auditoria Interna e Externa, onde foi revisado o membros permanentes. programa de auditoria para o ano de 2006, discutidos os principais pontos de auditorias identificados, definidos os planos de ação para Ao Comitê compete analisar e avaliar a exatidão dos controles internos e das operações do Banco Votorantim S.A e controladas, os pontos de auditoria com as Vice-presidências e Diretorias responsáveis. Os resultados das atividades estão documentados nas atas das reuniões efetuadas. baseando-se nos regulamentos e leis aplicáveis. A Administração tem a responsabilidade pelas atividades operacionais, gerência de riscos, de controles e de processos, e pela elaboração Conclusão: Com base nos resultados dos trabalhos efetuados, o Comitê de Auditoria avalia como adequadas à qualidade e à eficiência dos e divulgação das demonstrações financeiras do Banco Votorantim S.A e controladas. A KPMG Auditores Independentes é responsável pela auditoria das demonstrações financeiras, certificando que as posições patrimoniais processos e relatórios de Auditoria Interna, a estruturação e eficácia dos Controles Internos, a qualidade e independência dos processos e relatórios da Auditoria Externa, e a exatidão das Demonstrações Financeiras referentes a 30 de junho de 2006. e financeiras estão em conformidade com os princípios contábeis, legislação societária e normas dos reguladores oficiais. Atividades do Comitê São Paulo, 11 de agosto de 2006 Durante o primeiro semestre de 2006, o Comitê de Auditoria coordenou atividades de forma a estabelecer opiniões sobre os controles João Batista Donizete de Souza José Manoel Lobato Barletta Vivaldo Monteiro Costa Diretor Presidente José Ermírio de Moraes Neto
Diretores Vice-Presidentes Marcus Olyntho de Camargo Arruda Milton Roberto Pereira
Diretor 1º Vice-Presidente Wilson Masao Kuzuhara
Diretor Executivo Milton Egon Eggers
Aos Administradores e Acionistas do Banco Votorantim S.A. São Paulo - SP Examinamos os balanços patrimoniais do Banco Votorantim S.A. (“Banco”) e os balanços patrimoniais consolidados desse Banco e suas controladas (“Consolidado”), levantados em 30 de junho de 2006 e 2005 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do Patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.
Celso Marques de Oliveira João Batista Donizete de Souza José Manoel Lobato Barletta
Diretores Pedro Paulo Mollo Neto Reinaldo Hossepian Salles Lima
Marcelo Parente Vives Mario Antonio Thomazi
Silvio Alfredo Frugoli Vivaldo Monteiro Costa da Silva
Superintendentes Abraham B. V. Weintraub Marcelo Augusto de Castro Nelson Jorge de Freitas José Roberto de Mattos Curan Carlos Montone Marta Cibella Knecht Ronaldo José Iser Laércio Goulart Paiva Júnior Fábio Eduardo S. Szwarcwald PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no suas controladas em 30 de junho de 2006 e 2005, os resultados de suas operações, as Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância mutações do seu Patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do correspondentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas Banco e suas controladas; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos contábeis adotadas no Brasil. 11 de agosto de 2006 registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração do Banco e suas controladas, bem como da apresentação das demonstrações financeiras KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6 tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Giuseppe Masi Banco Votorantim S.A. e a posição patrimonial e financeira consolidada desse Banco e Contador CRC 1SP176273/O-7
Votorantim Asset Management Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. C.N.P.J. 03.384.738/0001-98 Av. Roque Petroni Jr., 999 - 10º andar - Cep: 04707-910 - São Paulo - SP Tel.: (011) 5185-1700 Fax: (011) 5185-1900 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Essa atuação gerou receitas de administração de fundos da ordem de R$ 20,7 milhões, o que possibilitou à Votorantim Asset Senhores Cotistas, Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V. Sas, as demonstrações financeiras referen- Management o encerramento do semestre com lucro líquido de R$ 7,4 milhões e Patrimônio Líquido de R$ 64,7 milhões. De acordo com a faculdade prevista na Lei nº 9.249/95, a Instituição creditou aos cotistas em 2006, juros sobre o capital próprio com tes ao semestre encerrado em 30 de junho de 2006, bem como o parecer dos auditores independentes. Amparado em sólida gestão de riscos e ampliando sua base de atuação para novos segmentos, tais como o Private, a Votorantim base na Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), vigente no semestre, no montante de R$ 1,9 milhão. Asset Management registrou expansão no volume de recursos e base de clientes, encerrando o semestre com um volume de Agradecemos aos nossos clientes, parceiros e colaboradores pelo sucesso alcançado no semestre. São Paulo, 11 de agosto de 2006 R$ 14,2 bilhões em recursos administrados, significando um aumento de 12,9% no período e 34,7% em comparação ao mês A Diretoria de junho de 2005. BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em milhares de reais) Ativo 2006 2005 Passivo Circulante 69.583 57.115 Circulante Disponibilidades 110 113 Outras obrigações Aplicações interfinanceiras de liquidez 63.880 52.583 Sociais e estatutárias Aplicações no mercado aberto 63.880 52.583 Fiscais e previdenciárias Outros créditos 5.571 4.351 Diversas Rendas a receber 4.307 3.198 Patrimônio líquido Negociação e intermediação de valores 68 Capital social: Diversos 1.264 1.085 de domiciliados no País Outros valores e bens 22 68 Reserva de capital Despesas antecipadas 22 68 Reserva de lucros Realizável a longo prazo 643 643 Lucros acumulados Outros créditos 643 643 Diversos 643 643 Permanente 1.798 1.252 Investimentos 218 218 Outros investimentos 218 218 Imobilizado de uso 1.120 1.032 Outras imobilizações de uso 1.984 1.639 Depreciação acumulada (864) (607) Diferido 460 2 Gastos de organização e expansão 1.396 867 Amortização acumulada (936) (865) Total do Ativo 72.024 59.010 Total do Passivo
2006 7.334 7.334 2.526 3.650 1.158 64.690
2005 7.057 7.057 1.477 4.487 1.093 51.953
9.000 473 300 54.917
1.500 473 300 49.680
72.024
59.010
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - Semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 - (Em milhares de reais) Reserva Reserva de capital de lucros Capital Aumento Reserva de Reserva Lucros social de capital incentivos fiscais legal acumulados Saldos em 31 de dezembro de 2004 1.500 132 300 42.059 Constituição de reserva: Incentivos fiscais 341 Lucro líquido do semestre 7.621 Saldos em 30 de junho de 2005 1.500 473 300 49.680 Saldos em 31 de dezembro de 2005 1.500 7.500 473 300 49.395 Aumento de capital 7.500 (7.500) Lucro líquido do semestre 7.422 Destinações do lucro líquido: Juros sobre o capital próprio (1.900) Saldos em 30 de junho de 2006 9.000 473 300 54.917
Total 43.991 341 7.621 51.953 59.168 7.422 (1.900) 64.690
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - Semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 - (Em milhares de reais) 1
2
3
Contexto operacional A Votorantim Asset Management Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. tem como objetivo social, principalmente, intermediar, comprar e vender títulos e valores mobiliários por conta própria ou de terceiros; instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento; e atuar nas demais atividades permitidas e regulamentadas pelo Banco Central do Brasil (BACEN). As operações são conduzidas no contexto de um conjunto de instituições que atuam integradamente no mercado financeiro, e certas operações têm a co-participação ou a intermediação de instituições associadas, integrantes do sistema financeiro. Os benefícios dos serviços prestados entre essas instituições e os custos da estrutura operacional e administrativa são absorvidos segundo a praticabilidade e a razoabilidade de lhes serem atribuídos em conjunto ou individualmente. Descrição das principais práticas contábeis As práticas contábeis adotadas para a contabilização das operações e para a elaboração das demonstrações financeiras emanam da Lei das Sociedades Anônimas, associadas às normas e instruções do BACEN. a. Apuração do resultado O resultado é apurado pelo regime de competência. b. Outros ativos Demonstrados pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos calculados com base “pro rata” dia e das variações monetárias, auferidas até a data do balanço. c. Estimativas contábeis A elaboração de demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração use de julgamento na determinação e registro de estimativas contábeis. Ativos e passivos significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem provisão para desvalorização de certos ativos e provisão para contingências. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores diferentes dos estimados, devido a imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A Instituição revisa as estimativas e premissas pelo menos mensalmente. d. Ativo permanente Os investimentos são representados, substancialmente, por títulos patrimoniais da Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos Privados (CETIP) e Certificado de Investimentos, demonstrados pelo valor nominal. A depreciação de bens do imobilizado é calculada pelo método linear, com base em taxas anuais que contemplam a vida útil econômica dos bens. A amortização do diferido é efetuada pelos prazos em que os correspondentes benefícios são gerados. e. Outros passivos Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, os encargos apurados com base “pro rata” dia e as variações monetárias ou cambiais, incorridas até a data do balanço. As provisões para imposto de renda e contribuição social correntes foram constituídas às alíquotas de 15%, acrescida de adicional de 10%, e 9%, respectivamente, de acordo com a legislação vigente. É reconhecido no balanço o passivo decorrente de uma obrigação legal e é provável que um recurso econômico seja requerido para saldar a obrigação. Esses passivos são registrados tendo como base as melhores estimativas do risco envolvido. Aplicações interfinanceiras de liquidez A carteira é composta por aplicações no mercado aberto lastreadas em títulos públicos, remuneradas a taxas pós-fixadas, no montante de R$ 63.880 (2005 –
4
5
6
7
DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS Semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 (Em milhares de reais, exceto lucro líquido por quota de capital social) 2006 2005 Receitas da intermediação financeira 4.718 4.328 Resultado de operações com títulos e valores mobiliários 4.718 4.328 Outras receitas/(despesas) operacionais 8.025 8.653 Receitas de prestação de serviços 20.733 19.286 Despesas de pessoal (4.901) (2.634) Outras despesas administrativas (5.700) (6.197) Despesas tributárias (1.920) (1.695) Outras receitas operacionais 94 20 Outras despesas operacionais (281) (127) Resultado operacional 12.743 12.981 Resultado antes da tributação e participações no lucro 12.743 12.981 Imposto de renda e contribuição social (2.814) (3.893) Provisão para imposto de renda (2.061) (2.856) Provisão para contribuição social (753) (1.037) Participações no lucro (2.507) (1.467) Lucro líquido do semestre 7.422 7.621 Lucro líquido por quota do capital social 0,82 5,08 DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS Semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 - (Em milhares de reais) 2006 2005 Origens dos recursos 8.767 9.359 Lucro líquido do semestre 7.422 7.621 Ajustes ao lucro líquido 192 122 Depreciação e amortização 192 122 Constituição de reservas 341 Reserva decorrente de incentivos fiscais 341 Recursos de terceiros originários de: 1.153 1.275 Diminuição dos subgrupos do ativo 1.153 1.275 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 539 Outros créditos 1.153 736 Aplicações dos recursos 8.789 9.348 Juros sobre o capital próprio 1.900 Inversões em: 157 46 Imobilizado de uso 155 46 Diferido 2 Aumento dos subgrupos do ativo 4.565 6.218 Aplicações interfinanceiras de liquidez 4.562 6.160 Outros valores e bens 3 58 Diminuição do subgrupo do passivo 2.167 3.084 Outras obrigações 2.167 3.084 Aumento / (redução) das disponibilidades (22) 11 Modificação na posição financeira Disponibilidades No início do semestre 132 102 No fim do semestre 110 113 Aumento / (redução) das disponibilidades (22) 11
R$ 52.583), com vencimentos até julho de 2006. Patrimônio líquido a. Capital Social O capital social, subscrito e integralizado, é representado por 9.000.000 (2005 - 1.500.000) quotas de valor nominal de R$ 1 cada uma. b. Juros sobre o capital próprio De acordo com a faculdade prevista na Lei nº 9.249/95, a Instituição calculou em 2006 juros sobre o capital próprio com base na Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), vigente no semestre, no montante de R$ 1.900 (2005 - não houve) os quais foram contabilizados em despesas financeiras, conforme requerido pela legislação fiscal. Para efeito dessas demonstrações financeiras, esses juros foram eliminados das despesas financeiras do semestre e estão sendo apresentados na conta de Lucros acumulados. O imposto de renda e a contribuição social do semestre foram reduzidos em R$ 646 (2005 - não houve) aproximadamente, em decorrência da dedução desses impostos pelos juros sobre o capital próprio creditados aos quotistas. Imposto de renda e contribuição social 8 a. Encargos devidos sobre as operações do semestre Segue a demonstração do imposto de renda e da contribuição social, incidentes sobre as operações do semestre: 2006 2005 Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 12.743 12.981 Encargos (imposto de renda e contribuição social) à alíquota nominal de 25% e 9%, respectivamente (4.332) (4.414) Exclusões/(adições) permanentes 1.489 495 Despesas não dedutíveis (9) (4) Juros sobre o capital próprio 646 Participações no lucro 852 499 Exclusões/(adições) temporárias 29 26 Outras 29 26 Imposto de renda e contribuição social correntes (2.814) (3.893) Transações com partes relacionadas Os saldos e as transações com partes relacionadas foram realizados, substancialmente, com o Banco Votorantim S.A., efetuados de acordo com condições usuais de mercado e considerando a ausência de risco, assim representados: Ativo: 2006 2005 Disponibilidades 110 113 Aplicações interfinanceiras de liquidez 63.880 52.583 Passivo: Outras obrigações - Diversas 408 411 Resultado: Rendas aplicações interfinanceiras de liquidez 4.718 4.315 Outras despesas administrativas (encargos de convênio operacional) (2.445) (2.610) Provisões, passivos e contingências A Sociedade é parte em ações judiciais e processos administrativos perante órgãos governamentais, decorrentes do curso normal das operações, envolvendo questões tributárias. A Administração, com base em informações de seus assessores jurídicos, análise
das demandas judiciais pendentes, constituiu provisão em montante considerado suficiente para cobrir as perdas estimadas com as ações em curso, como segue: 2006 2005 Tributárias (Fiscais e previdenciárias - impostos e contribuições a recolher) 170 170 Outras informações a. A Sociedade administra fundos de investimento, cujos patrimônios líquidos, em 30 de junho de 2006, montam a R$ 19.540.940 (2005 - R$ 14.794.185). As receitas decorrentes da cobrança de taxas de administração e de performance dos fundos de investimento são registradas em “Receitas de prestação de serviços” e os valores a receber apresentados em “Rendas a receber”. b. “Outros créditos - Diversos” inclui o montante de R$ 1.024 (2005 - R$ 971), referente às antecipações de imposto de renda e contribuição social e aplicação em incentivos fiscais, no montante de R$ 473 (2005 - R$ 473). c. “Outras obrigações - Diversas” se referem, substancialmente, às provisões com pessoal, no montante de R$ 566 (2005 - R$ 476), e ressarcimento de despesas administrativas com o Banco Votorantim S.A., no montante de R$ 408 (2005 R$ 411). d. “Outras despesas operacionais” incluem atualização monetár ia de impostos a pagar. e. Em 30 de junho de 2006 e de 2005 não haviam operações com instrumentos financeiros derivativos em aberto. f. Outras despesas administrativas se referem, principalmente, às despesas de aluguéis, no montante de R$ 202 (2005 – R$ 297); despesas de processamento de dados, no montante de R$ 1.386 (2005 – R$ 1.526); despesas de propaganda e publicidade, no montante de R$122 (2005 – R$ 205), e despesas de encargos de convênio operacional, no montante de R$ 2.445 (2005 – R$ 2.610). g. As Instituições Financeiras integrantes do Grupo Financeiro Votorantim apuram seus limites de patrimônio líquido mínimo exigido de forma consolidada, dentro dos parâmetros previstos na Resolução nº 2.099, do Banco Central do Brasil, de 17 de agosto de 1994, e normativos posteriores aplicáveis. h. Em conformidade com a Resolução nº 3.198, de 27 de maio de 2004, do Banco Central do Brasil, os membros efetivos do Comitê de Auditoria do Banco Votorantim S.A. e Instituições Controladas, constituído por dispositivo estatutário e aprovado pelo Banco Central do Brasil em 28 de junho de 2004, estabeleceram atividades com o propósito de analisar e avaliar a exatidão dos Controles Internos e das operações do Grupo Financeiro Votorantim, baseando-se nos regulamentos e leis aplicáveis. Lupercio de Souza Izabel - Contador - CRC 1SP194632/O-4.
Diretoria Sócios Administradores Milton Roberto Pereira Marcus Olyntho de Camargo Arruda Milton Egon Eggers Wilson Masao Kuzuhara Paulo Geraldo Oliveira Filho Aos Administradores e Quotistas da Votorantim Asset Management Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. São Paulo - SP Examinamos os balanços patrimoniais da Votorantim Asset Management Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. levantados em 30 de junho de 2006 e 2005 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.
Administradores João Batista Donizete de Souza José Manoel Lobato Barletta PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e controles internos da Sociedade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Sociedade, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira
Superintendentes Alexandre Augusto Vitorino Reinaldo Holanda de Lacerda
Rogério dos Santos
da Votorantim Asset Management Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. em 30 de junho de 2006 e 2005, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 11 de agosto de 2006 KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6
Giuseppe Masi Contador CRC 1SP176273/O-7
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
LEGAIS - 3
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em milhares de reais)
Saldos em 1º de janeiro de 2005 ...................................................................... Aumento (redução) de Capital: Com reservas conforme Portaria SUSEP nº 424 de 11 de fevereiro de 2005 ...
Capital social 1.301.000
Aumento (redução) de capital (em aprovação) (425.913)
239.000
(239.000)
Reservas de reavaliaçãoImóveis Reservas próprios e de de capital controladas 8.407 39.092 -
Reservas de lucros Reserva legal Estatutária 241.690 1.555.359
-
-
-
Ajustes com títulos e valores mobiliários 321.747
Lucros acumulados -
Total 3.041.382
-
-
-
Por subscrição realizada conforme Portaria SUSEP nº 2.117 de 17 de fevereiro de 2005 ..............................................................................
5.799
(5.799)
-
-
-
-
-
-
-
Cancelamento de Ações em Tesouraria conforme AGE/AGO de 30 de março de 2005
-
8.627
-
-
-
(8.627)
-
-
-
Com lucros e reservas conforme AGO/AGE de 30 de março de 2005 .............
-
515.014
-
-
(36.257)
(478.757)
-
-
-
-
(365.590)
-
-
-
-
-
-
(365.590) 698
Redução de capital mediante entrega de participação acionária conforme AGO/AGE de 31 de março de 2005 ................................................. Reservas de reavaliação: Constitução ...........................................................................................................
-
-
-
698
-
-
-
-
Realização ............................................................................................................
-
-
-
(600)
-
-
-
600
-
Ajustes com títulos e valores mobiliários ................................................................
-
-
-
-
-
-
(96.017)
-
(96.017)
Transferência entre reservas ................................................................................
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Lucro líquido do semestre ....................................................................................... Saldos em 30 de junho de 2005 ........................................................................
1.545.799
(512.661)
8.407
39.190
205.433
1.067.975
225.730
1.008.557 1.009.157
1.008.557 3.589.030
Saldos em 1º de janeiro de 2006 ...................................................................... Aumento (redução) de capital: Com reservas conforme AGO/AGE de 30 de março de 2006 ............................ Mediante incorporação de ações conforme AGO/AGE de 31 de maio de 2006 Com reservas conforme Portaria SUSEP nº 2438 de 03 de maio de 2006 ........ Reservas de reavaliação: Realização ............................................................................................................ Ajustes com títulos e valores mobiliários ................................................................ Dividendos pagos ( R$ 531,92 ) ............................................................................. Lucro líquido do semestre ....................................................................................... Dividendos antecipados ( R$ 319,15 ) ................................................................... Saldos em 30 de junho de 2006 ........................................................................
1.398.728
(365.590)
8.407
29.993
293.799
2.334.494
252.007
-
3.951.838
(365.590)
800.000 2.165.239 365.590
-
-
-
(800.000) -
-
-
2.165.239 -
1.033.138
2.965.239
8.407
(529) 29.464
293.799
(500.000) 1.034.494
(51.459) 200.548
513 (7) 1.039.750 (300.000) 740.256
(16) (51.466) (500.000) 1.039.750 (300.000) 6.305.345
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em milhares de reais) 1.
Contexto operacional A Seguradora, como líder do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência, tem por objetivo social a exploração das operações de seguros e resseguros dos ramos elementares e vida, em qualquer das suas modalidades, tais como definidas na legislação em vigor, operando através de sucursais nos principais centros econômicos do País. Por intermédio de subsidiárias específicas, atua também nos segmentos de seguro saúde, ramos elementares, capitalização, seguro de vida e previdência complementar aberta. As operações são conduzidas no contexto do conjunto das empresas integrantes do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência, atuando de forma integrada no mercado, e os custos das estruturas operacional e administrativa comuns são absorvidos segundo a praticabilidade e a razoabilidade de lhes serem atribuídos, em conjunto ou individualmente.
2.
Apresentação das demonstrações financeiras As demonstrações financeiras foram elaboradas com base nas práticas contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações e normas expedidas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP, pela Superintendência de Seguros Privados SUSEP, pela Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS, e estão sendo apresentadas segundo critérios estabelecidos pelos planos de contas instituídos pela Circular SUSEP nº 314/2005 e Resolução Normativa nº 28/2003 da ANS. A Circular SUSEP nº 314/2005 introduziu alterações na classificação das contas do balanço patrimonial, da demonstração de resultado, bem como a modificação na forma de apresentação da demonstração das origens e aplicações de recursos. Em decorrência, os saldos e valores do semestre findo em 30 de junho de 2005 foram reclassificados para fins de comparação.
3.
Demonstrações financeiras consolidadas As práticas contábeis foram adotadas de forma uniforme em todas as empresas consolidadas e consistentes com aquelas utilizadas no mesmo semestre do ano anterior. As demonstrações financeiras consolidadas incluem as demonstrações financeiras da Bradesco Seguros S.A. e das suas controladas diretas e indiretas relacionadas a seguir: 2006 2005 Controladas diretas Átria Participações S.A. ................................................................................. 100,00 100,00 Bradesco Capitalização S.A. ......................................................................... 100,00 Bradesco Argentina de Seguros S.A. ........................................................... 99,90 99,77 Bradesco Vida e Previdência S.A. ................................................................ 100,00 100,00 Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros ................................................... 100,00 Bradesco Segprev Investimentos Ltda. ......................................................... 100,00 Atlântica Capitalização S.A. ........................................................................... 100,00 100,00 Finasa Seguradora S.A. ................................................................................. 100,00 Marília Reflorestamento e Agropecuária Ltda. ............................................... 68,58 Percentual de participação 2006 2005 Empresas Controladas indiretas Bradesco Saúde S/A (1) ................................................................................ 100,00 Bradesco Capitalização S.A. ......................................................................... 100,00 Bradesco International Health Service ........................................................... 100,00 Marília Reflorestamento e Agropecuária Ltda. ............................................... 30,91 Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros ................................................... 100,00 Finasa Seguradora S.A. ................................................................................. 100,00 Neon Holding S.A. ........................................................................................... 60,65 60,65 Titan Holding S.A. ........................................................................................... 100,00 Cygnus Holding S.A. ....................................................................................... 100,00 Ipê Holding S.A. .............................................................................................. 100,00 Indiana Seguros S.A. (2) ................................................................................ 40,00 40,00 Selenium Holdings S.A. .................................................................................. 60,65 60,65 BPS Participações e Serviços Ltda. .............................................................. 98,00 98,00 Alvorada Vida S.A. ......................................................................................... 100,00 100,00 Serel Participações em Imóveis Ltda. ............................................................ 100,00 100,00
(1) Em fevereiro de 2005, a Bradesco Saúde S.A. foi vendida para o Banco Bradesco S.A. e readquirida pela Bradesco Segprev Investimentos Ltda. em maio de 2006. Assim, as demonstrações financeiras consolidadas do semestre findo em 30 de junho de 2006 devem ser lidas no contexto deste evento societário, uma vez que o mesmo afetou a comparabilidade dessas demonstrações financeiras com aquelas do semestre findo em 30 de junho de 2005. (2) A Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros detém 40% do capital total, mas detém 51% das ações ordinárias. Descrição dos principais procedimentos de consolidação (a) Eliminação dos saldos das contas de ativos e passivos entre as empresas consolidadas; (b) Eliminação das participações no capital, reservas e lucros acumulados das empresas controladas; (c) Eliminação dos saldos de receitas e despesas decorrentes de negócios entre as empresas; e (d) Destaque do valor da participação dos acionistas minoritários nas demonstrações financeiras consolidadas. 4. Resumo das principais práticas contábeis (a) Apuração do resultado Os prêmios de seguros e cosseguros, e comissões, deduzidos dos prêmios cedidos em cosseguro e resseguro e comissões correspondentes, são apropriados ao resultado quando da emissão das respectivas apólices e faturas de seguro, e diferidos para apropriação, em bases lineares, no decorrer do prazo de vigência das apólices, por meio de constituição e reversão da provisão de prêmios não ganhos e das despesas de comercialização diferidas. As receitas e despesas decorrentes de operações de seguros do ramo DPVAT são contabilizadas com base nos informes recebidos da Federação Nacional de Seguros Privados - FENASEG. As operações de cosseguros aceitos e de retrocessões são contabilizadas com base nas informações recebidas das congêneres e do IRB - Brasil Resseguros S.A., respectivamente. As comissões de agenciamento de operações de seguros são diferidas e apropriadas ao resultado, de forma linear, pelo prazo de 12 meses. As contribuições de planos previdenciários e os prêmios de seguros de vida com cobertura de sobrevivência são reconhecidas no resultado quando do seu efetivo recebimento. As receitas dos planos de capitalização são reconhecidas contabilmente quando de seu efetivo recebimento. As correspondentes provisões técnicas são constituídas simultaneamente ao reconhecimento das receitas. As despesas com colocação de títulos, classificadas como Despesas de comercialização , são reconhecidas contabilmente quando incorridas. As despesas de corretagem são registradas quando do efetivo recebimento das contribuições aos planos de capitalização. O pagamento dos resgates por sorteios é considerado como despesa do mês em que os mesmos se realizam. A participação dos funcionários, apurada com base na convenção coletiva firmada com o sindicato da categoria, é reconhecida no resultado de acordo com as metas estipuladas pela Administração do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência.
(b) Ativos circulante e realizável a longo prazo (i) Títulos e valores mobiliários Conforme determinações da SUSEP e da ANS, as sociedades seguradoras, de capitalização e entidades abertas de previdência complementar devem classificar os títulos e valores mobiliários em três categorias: I- Títulos para negociação: adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados; II- Títulos disponíveis para venda: os títulos que não se enquadram nas categorias I e III; e III- Títulos mantidos até o vencimento: adquiridos com a intenção de mantê-los em carteira até o vencimento. Os títulos classificados como para negociação e disponíveis para venda são registrados pelo valor de custo, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço, e ajustados pelo seu valor de mercado. Os títulos mantidos até o vencimento são avaliados pelo custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço. Os ajustes ao valor de mercado dos títulos classificados como para negociação são contabilizados em contrapartida ao resultado do exercício, e os ajustes ao valor de mercado dos títulos classificados como disponíveis para venda são contabilizados em contrapartida a conta destacada do patrimônio líquido, líquidos dos efeitos tributários, sendo transferidos para o resultado do exercício quando da efetiva realização pela venda dos respectivos títulos e valores mobiliários. (ii) Operações em moeda estrangeira Os saldos em moeda estrangeira, oriundos de operações com seguros realizadas com o IRB - Brasil Resseguros S.A., foram convertidos para reais com base na taxa de câmbio vigente na data do balanço. (iii) Demais ativos Os demais ativos são demonstrados pelo valor de custo, acrescido, quando aplicável, dos rendimentos e das variações monetárias auferidos. A Seguradora e suas subsidiárias constituem provisão para créditos duvidosos em montante julgado suficiente para fazer face às eventuais perdas na realização de créditos. Os impostos ativos diferidos decorrentes de prejuízos fiscais, base negativa da contribuição social e diferenças temporárias foram constituídos de acordo com as alíquotas vigentes. (c) Permanente (i) Investimentos Os investimentos em controladas e coligadas foram avaliados pelo método da equivalência patrimonial e os outros investimentos são avaliados pelo custo de aquisição, ajustado ao seu valor de provável realização mediante constituição de provisão para desvalorização. As demonstrações financeiras de controladas no exterior são adaptadas aos critérios contábeis vigentes no Brasil e convertidas para reais, sendo seus efeitos reconhecidos no resultado do período. Os imóveis destinados à renda estão demonstrados pelo custo de aquisição e deduzidos da depreciação acumulada, calculada pelo método linear à taxa anual de 4%. Os imóveis foram reavaliados de forma compulsória em 1998 por força das disposições das Circulares SUSEP n°s 7/1997 e 50/1998. A provisão para desvalorização refere-se, substancialmente, a valores relativos a incentivos fiscais. (ii) Imobilizado Demonstrado pelo custo de aquisição, líquido das respectivas depreciações acumuladas, calculadas pelo método linear de acordo com a vida útil-econômica dos bens, sendo: imóveis - 4% a.a., máquinas e equipamentos, móveis e utensílios - 10% a.a. e equipamentos de informática e veículos - 20% a.a. Os imóveis foram reavaliados de forma compulsória em 1998 por força das disposições das Circulares SUSEP n°s 7/1997 e 50/1998. Conforme disposto na Circular SUSEP nº 260, de 8 de julho de 2004, estão desobrigadas da reavaliação periódica as Sociedades que apresentam índice de imobilização inferior a 30%, e portanto, nesse semestre não foi necessária a reavaliação desses imóveis. (iii) Diferido As despesas de instalações e as despesas incorridas com desenvolvimento e implantação de novos sistemas são amortizadas à taxa anual de 20%. (d) Passivos circulante e exigível a longo prazo (i) Provisões técnicas - seguros de ramos elementares e saúde A provisão de prêmios não ganhos é constituída pela parcela dos prêmios comerciais retidos de seguros correspondentes aos períodos de riscos não decorridos dos contratos de seguros, de acordo com os critérios determinados pelas Resoluções CNSP nºs 36/2000 e 120/2004 (Resolução CNSP n° 89/2004 em 2004), no que diz respeito às sociedades Seguradoras que operam com seguro saúde e com vida e ramos elementares, respectivamente. As mencionadas resoluções também instituíram a Provisão para insuficiência de prêmios. As Seguradoras mantêm Notas Técnicas Atuariais devidamente aprovadas pela SUSEP. Os cálculos efetuados não indicaram necessidade de constituição nas datas de balanços. A provisão de prêmios não ganhos relativa às operações de retrocessão é constituída com base em informações recebidas do IRB - Brasil Resseguros S.A.. O valor apresentado na rubrica Provisão de Benefícios a Conceder das operações de saúde, no consolidado, refere-se à cobertura de remissão por cinco anos para os dependentes do titular em caso de falecimento deste, adotando-se formulação constante de Nota Técnica Atuarial aprovada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS. Durante o exercício de 2005, a Seguradora alterou a metodologia de cálculo desta provisão levando-se em conta a expectativa de permanência dos titulares no plano até a sua saída do grupo por falecimento, o que significa ter-se adotado o regime de capitalização. Essa mudança no critério de cálculo, que não deriva de norma obrigatória da ANS, resultou em aumento, em 2005, de R$ 124.276. No semestre findo em 30 de junho de 2006, conforme aprovação da ANS, a provisão foi complementada em R$ 247.234 tendo como contrapartida o resultado do semestre. A provisão de Benefícios Concedidos é constituída da seguinte forma: pelas obrigações decorrentes das cláusulas contratuais de remissão das contraprestações pecuniárias referentes à cobertura de assistência à saúde e sua constituição obedece ao previsto na Resolução Normativa RN nº 75/2004, da ANS. pelos prêmios de remissão por pagamento dos segurados participantes do seguro Bradesco Saúde Plano GBS . O valor apresentado na rubrica Outras Provisões refere-se à provisão para segurados com 59 anos ou mais dos planos de saúde individuais comercializados posteriormente à Lei nº 9.656/98. De acordo com essa lei, com o Estatuto do Idoso, e com os normativos da ANS, os planos dos segurados com 59 anos ou mais não são reajustados por mudança de idade havendo, conseqüentemente, necessidade da constituição de provisão específica. A Seguradora, visando mitigar os riscos dessa operação, optou por incluir no cálculo da provisão os segurados que ainda não completaram 59 anos e adotar o regime de capitalização, com base em Nota Técnica Atuarial aprovada pela ANS. Essa mudança no critério de cálculo, que não deriva de norma obrigatória da ANS, resultou em aumento, em 2005, de R$ 285.703. No semestre findo em 30 de junho de 2006, a provisão foi complementada em R$ 27.907 tendo como contrapartida o resultado do semestre. A provisão para sinistros a liquidar foi constituída por estimativa de pagamentos prováveis, líquidos de recuperações, determinada com base nos avisos de sinistros recebidos até a data do balanço. A provisão de sinistros a liquidar dos ramos de Automóvel e Saúde foi constituída para fazer face a todos os sinistros judiciais existentes na data do balanço. Conforme previsto em Notas Técnicas Atuariais aprovadas
20
Empresas Finanças Empreendedores Nacional
Fotos: Ricardo Padue/AFG
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
O Koban consumiu, em investimentos, R$ 500 mil, que devem retornar ao proprietário em 12 meses.
KOBAN TEM SUSHI COM GOIABADA E GERGELIM
A ARTE DE UM
LETREIRO
A
fonte de inspiração, não só para o nome como para a arquitetura do novo restaurante de Elson da Silva, foi a koban – uma moeda de ouro ovalada do período dos samurais no Japão, o Edo (1603-1867). O Manekineko, famoso gato da sorte japonês que tem uma das patas levantadas, segura uma koban. Os arquitetos responsáveis pelo projeto identificaram na moeda as diretrizes para a elaboração do mobiliário, do logotipo e, até mesmo, do projeto gráfico do cardápio. O resultado foi um restaurante com um nome "forte" e uma arquitetura ousada que agrada aos clientes. "Os clientes gostam, dizem que é moderno", acredita o proprietário do Koban. (KS)
SUSHI PURO BAIANO
O
SEGREDO
O
velho ditado "o olho do dono engorda o boi" encaixa-se perfeitamente na história de Elson da Silva, proprietário de três restaurantes japoneses. Segundo o empreendedor, o segredo do sucesso é a mão do chef. Além de treinar todos os sushimen dos restaurantes pessoalmente, checar os peixes (e devolver aqueles que não lhe agradam), Silva ainda trabalha os sete dias da semana, até mesmo quando os restaurantes estão fechados, às segundas-feiras. Nunca vai dormir antes das 3 horas. Para estar de pé novamente às 7h30. (KS)
s puristas devem torcer o nariz, mas os sushis do baiano Elson da Silva agradam em cheio à clientela do restaurante Koban, no bairro de Moema, zona sul de São Paulo. Lado a lado com os tradicionais sashimis de salmão, atum e peixe branco, as iguarias levam tomate seco, rúcula e goiabada. Até de geléia, Silva chegou a fazer. Esse último sushi, porém, não passou pelo crivo dos clientes mais antigos, que servem de cobaia para as experiências do sushiman, dono de três restaurantes e que está à procura de um ponto para a mais nova casa. O endereço deve ser em um bairro da zona oeste: Vila Leopoldina, Vila Madalena ou Perdizes. "Dizem que a Leopoldina é a futura Moema", comenta sobre a atual tendência do antigo bairro, que renasceu com numerosos lançamentos de edifícios e o reflorescimento do comércio, de padarias, bares e casas noturnas. Em Moema, acredita Silva, não cabe mais restaurante japonês. O sushiman saiu sozinho da Bahia com apenas 13 anos de idade. Deixou para trás pai, mãe e irmãos. O destino foi o mesmo da maioria dos m i g r a n t e s n o rd e s t i n o s , a construção civil em São Paulo. Trabalhou em obras na Lapa, depois arrumou emprego em um supermercado, primeiro como empacotador, depois, como vendedor. Em 1983, foi parar em um restaurante chinês, em Pinheiros, onde ficou por cinco anos. De lá, foi para outro restaurante, só que desta vez japonês. Outros seis anos se passaram e o próximo emprego foi um salto profissional na vida do baiano de Jacobina: foi admitido no famoso Nagayama, no Itaim Bibi, como chef. Dali foi um pulo até o pri-
meiro restaurante próprio, o Hiro, no Jardim Peri-Peri, perto da Rodovia Raposo Tavares. O negócio, no entanto, não deu certo. "Problemas com a sociedade", conta Silva, econômico com as palavras e com os sorrisos. Um ano depois de desfeita a união, o sushiman inaugurou o Sushi Kinka, em Moema. "Esse eu não posso vender", diz com carinho sobre o restaurante primogênito. No começo de fevereiro deste ano, abriu o moderno Koban, no coração do mesmo bairro, na Alameda dos Arapanés. O investimento foi de R$ 500 mil e Silva calcula que o retorno desse valor será alcançado em 12 meses .
Fachada do Koban: segurança triplicada após ataques do PCC
Hoje, são duas unidades do Sushi Kinka. E o próximo restaurante de Silva também deve se chamar Koban – está nos planos do empreendedor e sushiman começar uma rede de franquias. Cuidados especiais Para fazer os sushis de goiabada cascão, tomate seco ou peixe-prego grelhado com gergelim, só o Koban compra diariamente 150 quilos de peixe. Só de olhar o atum, Silva já sabe se está bom. "Não mexo com atum que não esteja muito bonito", diz, enfático. Nos finais de semana, até 350 pes-
soas passam por dia em cada endereço do empreendedor. Por causa da arquitetura ( v e r L e t re i ro ) d o K o b a n , a clientela "briga" para sentarse nos módulos no centro do restaurante. Enquanto os quatro sushimen e o limpador de peixes (todos treinados pelo chef) trabalham, Silva explica por que não se vê mulher atrás do balcão. A culpa é da mão quente que elas têm – essa característica prejudica o feitio da comida. "No dia em que existir uma 'sushiwoman', ela vai virar atração e ganhar muito dinheiro", brinca. A filha mais velha de Silva, que de vez em quando é vista no escritório aprendendo o ofício do pai, passa longe dos peixes crus. O empreendedor também conta que peixe do dia anterior não serve mais para sushi nem para sashimi, só para os pratos quentes. Rodízio de peixe O forte das casas de Silva é o rodízio – 80% dos pedidos. Por R$ 23,90 (almoço) ou R$ 29,90 (jantar), o cliente "come exageradamente". Só o toro (o atum gordo) fica de fora desse sistema, por ser "muito caro" para ser servido em rodízio. Silva estudou apenas até a oitava série, gostaria de fazer faculdade de Administração de Empresas, mas diz que o tempo é curto demais. Para os funcionários, tenta passar o que aprendeu: ficar longe das drogas, da violência e, principalmente, trabalhar muito. "Passei por tudo nessa vida. Fome, então... Muita gente quis que eu partisse para o crime. Colocavam arma na minha mão. Hoje, estão todos mortos e eu estou aqui." Por causa dos ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC), Silva teve de triplicar o número de seguranças na porta do Koban. "Não é um problema fácil de se resolver", diz, referindo-se à questão da segurança pública na cidade.
No alto, clientes se divertem no Koban, enquanto Silva prepara os pratos mais consumidos de sushi e sashimi. Funcionários são treinados pelo chef, que exige dedicação.
Kety Shapazian
CABECEIRA EMPREENDEDORES PEDRA
N
unca se debateu tanto o fato de o resultado das empresas estar diretamente ligado ao bem-estar dos colaboradores. Diante de tantas especulações de como motivar as equipes de trabalho, especialistas descobriram algo contraditório. Companhias de sucesso quase que invariavelmente têm um grande percentual de pessoas muito infelizes no quadro de funcionários. Em Empresa de Sucesso Pessoas Infelizes? – A Gestão de Pessoas e a Ciência (Editora SenacRio), o físico Clemente Nóbrega aponta, com uma abordagem científica, os erros que as corporações cometem no
S
egundo Elson da Silva, proprietário de três restaurantes japoneses, a maior dificuldade pela qual passou foi a "crise do salmão", que derrubou em 40% o movimento dos seus estabelecimentos por um mês. Em meados do ano passado, após um surto de infecção provocado pela ingestão de sashimi e sushi, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento recomendou à população que evitasse o consumo desse peixe cru, defumado ou malcozido. De março de 2004 a março de 2005, foram confirmados 28 casos da doença, sendo 18 só no primeiro trimestre do ano passado. Além de São Paulo, foram confirmados casos no Chile, Peru e Argentina. (KS)
Sucesso exige tristeza?
Silva conhece a qualidade do atum de olhar e só utiliza peixes do dia anterior em pratos quentes
que se refere à gestão de pessoas. E uma das principais conclusões do estudo é: os atuais líderes de grandes corporações dispensam muito tempo tentando mudar a personalidade dos colaboradores. Dora Carvalho
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4 -.LEGAIS
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
pela SUSEP e ANS, respectivamente, todos os demais sinistros referentes aos ramos de Automóvel e Saúde que não envolvam discussões judiciais estão contemplados na provisão de sinistros ocorridos mas não
A provisão administrativa, também apresentada na rubrica Outras provisões , foi constituída para cobrir
avisados, considerando a experiência de sinistralidade.
metodologia descrita na Avaliação Atuarial SUSEP 2005.
A provisão para sinistros ocorridos mas não avisados ( Provisão de IBNR ) relativa às operações próprias foi
despesas administrativas dos planos, tendo sido calculada, a partir do primeiro semestre de 2005, conforme
(iv) Demais passivos
apurada com base em cálculos atuariais, efetuados por atuário interno, de acordo com Notas Técnicas
São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes
Atuariais aprovada pela SUSEP e ANS. A provisão de IBNR relativa a operações de retrocessão foi constituída
encargos e variações monetárias incorridas até a data do balanço. Foram constituídas provisões para
com base nos valores informados pelo IRB - Brasil Resseguros S.A.
imposto de renda, à alíquota de 15% sobre o lucro tributável, acrescida de adicional de 10% sobre o lucro
A subsidiária Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros alterou, durante o segundo semestre de 2005, a
tributável excedente a R$ 120, e para contribuição social sobre o lucro, à alíquota de 9% nos termos da
metodologia de cálculo da provisão de sinistros ocorridos mas não avisados (IBNR) do ramo automóvel,
legislação em vigor.
consoante Nota Técnica Atuarial encaminhada à SUSEP. A alteração diz respeito ao alongamento do histórico de sinistros, de 60 (sessenta) para 84 (oitenta e quatro) meses, tendo resultado em um aumento da provisão
(e) Ativos e Passivos contingentes e Obrigações Legais Fiscais e Previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações legais
no valor de R$ 15.000.
são efetuados de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM 489/05.
Em conformidade com a Resolução CNSP no 112, de 5 de outubro de 2004, e com base em informações fornecidas pela Administração do Convênio do Seguro DPVAT, é constituída provisão para fazer face a
(i)
Ativos Contingentes: Não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não
encargos futuros, conforme valores informados pela FENASEG.
cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com
(ii) Provisões técnicas vida em grupo, previdência complementar e seguro de vida com cobertura
probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações financeiras.
de sobrevivência A provisão de prêmios não ganhos é constituída pela parcela dos prêmios retidos de seguros, correspondente
(ii) Passivos Contingentes: São constituídos levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e no posicionamento de nossos Tribunais,
aos períodos de riscos não decorridos dos contratos de seguros, de acordo com os critérios determinados
sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a
pelas normas da SUSEP.
liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança.
A provisão de sinistros a liquidar é constituída pela totalidade dos capitais segurados de sinistros avisados e
Os passivos contingentes classificados como de perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente,
ainda não pagos, líquidos de cosseguros e/ou resseguros, determinada com base nos avisos de sinistros
devendo ser apenas divulgados nas demonstrações financeiras, e os classificados como remotos não
recebidos até a data do balanço.
requerem provisão e divulgação.
As provisões matemáticas relacionadas a planos de previdência conhecidos como tradicionais representam
(iii) Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias: Decorrem de processos judiciais relacionados a obrigações
a diferença entre o valor atual dos benefícios futuros e o valor atual das contribuições futuras, correspondentes
tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade, que independente da avaliação
às obrigações assumidas sob a forma de planos de renda e de pensão e pecúlio, e são calculadas segundo
acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações
metodologia e premissas estabelecidas em Notas Técnicas Atuariais.
financeiras.
As provisões matemáticas de benefícios a conceder vinculadas a seguros de vida e planos de previdência
(f)
da modalidade gerador de benefícios livres (VGBL e PGBL) representam o montante das contribuições
Estimativas contábeis A elaboração de demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer
efetuadas pelos participantes, líquidas de carregamento e outros encargos contratuais, acrescidas dos
que a Administração use de julgamento na determinação e no registro de estimativas contábeis. Ativos e
rendimentos financeiros gerados pela aplicação dos recursos em fundos de aplicação em cotas de fundo de
passivos significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem ajustes a valor de mercado dos
investimento especialmente constituído (FICs).
títulos e valores mobiliários, provisão para riscos sobre créditos, imposto de renda e contribuição social
A provisão de benefícios a conceder refere-se aos participantes cuja percepção dos benefícios ainda não foi
diferidos, provisão para desvalorização, provisões técnicas e provisões para contingências. A liquidação
iniciada e a provisão de benefícios concedidos refere-se àqueles já em gozo de benefícios.
das transações envolvendo essas estimativas poderá ser efetuada por valores diferentes dos estimados em razão de imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A Seguradora e suas subsidiárias revisam
A provisão de insuficiência de contribuições (PIC) é constituída para fazer face à eventual oscilação desfavorável
essas estimativas e premissas periodicamente.
nos riscos técnicos assumidos na provisão matemática de benefícios a conceder e na provisão matemática de benefícios concedidos, considerando tendência de maior sobrevida dos participantes, tomando por base
5.
a tábua de sobrevivência AT-2000 Male (Suavizada), tábua de sobrevivência de inválidos AT - 1949 Male e a
(a) Resumo da classificação das aplicações financeiras
Aplicações
taxa real de juros de 4,50% ao ano. A provisão de eventos ocorridos mas não avisados relativa às operações de previdência é constituída de acordo com as determinações da Circular SUSEP n° 288 de 1° de abril de 2005. A provisão de excedente financeiro foi calculada de acordo com a Nota Técnica Atuarial aprovada pela SUSEP e corresponde aos resultados financeiros calculados sobre o valor do rendimento que exceda a rentabilidade mínima dos planos de previdência com cláusula de participação de excedente financeiro. A provisão para despesas administrativas, apresentada na rubrica Outras provisões , é constituída para cobrir as despesas administrativas dos planos de benefício definido e contribuição definida, segundo metodologia estabelecida em Nota Técnica Atuarial.
Controladora 2006 Percentual 2005 Percentual Títulos para negociação .........................................
1.829.553
85,07
982.643
77,17
Títulos de renda fixa - fundos de investimentos .....
1.821.334
84,69
982.643
77,17
Títulos de renda variável - fundos de investimentos .
8.219
0,38
-
-
Títulos disponíveis para venda ............................
319.054
14,84
290.655
22,83
Títulos de renda fixa - letras do tesouro nacional ...
150.070
6,98
200.542
15,75
Títulos de renda variável - ações ............................
168.984
7,86
90.113
7,08
Outras aplicações ....................................................
1.929
0,09
-
-
2.150.536
100,00
1.273.298
100,00
A provisão de oscilação financeira, registrada na rubrica Outras provisões , é constituída de acordo com a
Consolidado 2006 Percentual 2005 Percentual
metodologia prevista em Nota Técnica Atuarial até o limite de 15% sobre a provisão matemática de benefícios a conceder, conforme legislação em vigor. Para o cálculo dessa provisão é utilizada a taxa de juros real de Títulos para negociação .........................................
33.367.201
66,28
33.114.594
86,44
Títulos de renda fixa - fundos de investimento .......
10.311.964
20,48 16.383.813
42,77
provisão de excedente financeiro e da provisão de oscilação financeira, são classificados como Despesas
Títulos de renda fixa - certificado de depósito bancário ..
15.885
0,03
153.449
0,40
financeiras .
Títulos de renda fixa - letras financeiras do tesouro ..
-
-
334.298
0,87
A provisão para insuficiência de prêmios é constituída se for constatada insuficiência da provisão para
Títulos de renda fixa - letras do tesouro nacional ...
-
-
1
-
prêmios não ganhos para cobertura dos sinistros a ocorrer, considerando indenizações e despesas
Títulos de renda variável - fundos de investimento ...
334.798
0,67
88.054
0,23
relacionadas, sendo calculada de acordo com a Nota Técnica Atuarial. Considerando o envelhecimento dos
Títulos de renda variável - debêntures e
segurados das apólices abertas de vida em grupo foi consituída PIP no valor de R$ 48.934 mil.
letras hipotecárias ....................................................
-
-
97.944
0,26
A provisão de sinistros/eventos ocorridos mas não avisados é constituída com base no histórico de sinistros/
Títulos de renda variável - ações ............................
-
-
23.765
0,06
eventos avisados até a data do balanço, conforme metodologia prevista na Nota Técnica Atuarial.
Quotas de fundos especialmente constituídos .......
22.704.554
45,10 16.033.270
41,85
Títulos disponíveis para venda ............................
2.016.997
4,01
2.010.188
5,25
Em relação às operações de capitalização, as provisões para resgates e para sorteios são calculadas sobre
Títulos de renda fixa - debêntures e letras hipotecárias
101.426
0,20
498.503
1,30
os valores nominais dos títulos e atualizadas monetariamente, quando aplicável, com base em Notas Técnicas
Títulos de renda fixa - certificado de depósito bancário ...
2.585
0,01
2.129
0,01
Atuariais aprovadas pela SUSEP.
Títulos de renda fixa - letras financeiras do tesouro
617.329
1,23
359.702
0,94
A provisão para resgates de títulos vencidos, incluída na provisão para resgates, é constituída pelos valores
Títulos de renda fixa - notas do tesouro nacional ...
-
-
99.268
0,26
de títulos já vencidos, porém não resgatados, sendo atualizada monetariamente com base nos indexadores
Títulos de renda fixa - fundo de imobiliário ..............
26.770
0,05
28.439
0,07
Títulos de renda variável ações ............................
1.268.887
2,52
1.022.147
2,67
Outras aplicações ....................................................
7.611
0,02
413
-
Títulos mantidos até o vencimento ....................
14.948.064
29,69
3.177.516
8,30
Títulos de renda fixa - fundos de investimento .......
11.251.982
22,35
-
-
Títulos de renda fixa - notas do tesouro nacional ...
3.216.405
6,39
3.177.516
8,30
nominal de alguns planos com base em Notas Técnicas Atuariais aprovadas pela SUSEP, e sua constituição
Títulos de renda fixa - debêntures ...........................
479.677
0,95
-
-
tem por objetivo garantir a manutenção das obrigações diante de imprevistos que possam vir a ocorrer em
Outras aplicações ....................................................
-
-
5.235
0,01
100,00 38.307.946
100,00
4,00% ao ano. Os encargos financeiros creditados às provisões técnicas, bem como a constituição e/ou reversão da
(iii) Provisões técnicas - capitalização
previstos em cada plano. A provisão para resgates de títulos antecipados, incluída na provisão para resgates, é constituída pelos valores de títulos com resgate solicitado e que ainda estão cumprindo carência, ou serão pagos aos clientes no mês seguinte e títulos com resgate solicitado cujo valor não foi retirado pelos clientes, sendo atualizada monetariamente com base nos indexadores previstos em cada plano. A provisão para contingências, apresentada na rubrica Outras provisões , é calculada sobre o valor
determinado plano.
50.339.873
(b) Composição das aplicações financeiras por prazo e por título Apresentamos a seguir a composição das aplicações financeiras por prazo e por título, incluindo os títulos que compõem as carteiras dos fundos de investimento. Os títulos classificados como para negociação estão apresentados no ativo circulante, independentemente dos prazos de vencimento. Os títulos que pertencem a fundos de investimento abertos foram considerados com base no percentual de participação da Seguradora no fundo. Controladora
1 a 30 dias ou sem vencimento 39.156 18 233 38.905 177.260 168.984 8.276 1.929
31 a 180 dias 103.379 85.054 16.157 2.144 24 47.302 47.302 -
181 a 360 dias 431.536 292.954 85.165 53.417 17.080 17.080 -
Acima de 360 dias 1.255.482 87.053 146.906 61.786 925.569 26.393 7.775 77.412 77.412 -
Valor contábil 1.829.553 465.079 248.461 156.252 925.569 26.417 7.775 319.054 168.984 150.070 1.929
Valor de referência (*) 1.829.553 465.079 248.461 156.252 925.569 26.417 7.775 339.458 189.428 150.030 1.929
Ajuste da avaliação a mercado (20.404) (20.444) 40 -
Total em 2006
218.345
150.681
448.616
1.332.894
2.150.536
2.170.940
(20.404)
Total em 2005
91.456
357.969
467.245
356.628
1.273.298
1.281.645
(8.347)
Títulos Títulos para negociação Certificado de depósito bancário Letras financeiras do tesouro Letras do tesouro nacional Notas do tesouro nacional Debêntures Ações Títulos disponíveis para venda Ações Letras financeiras do tesouro Outras aplicações
(*) Representa o valor de mercado para os títulos classificados como para negociação e valor de custo atualizado para os demais. O valor de mercado das aplicações em fundos de investimento foi obtido a partir dos valores das quotas divulgadas pelas instituições financeiras administradoras desses fundos. Os títulos de renda fixa privados têm o seu valor atualizado de acordo com os índices pactuados com a instituição financeira, e se aproxima do seu valor de mercado. Os títulos de renda fixa públicos tiveram seus valores de mercado obtidos a partir das tabelas de referência divulgadas pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto - ANDIMA. Os títulos de renda variável tiveram seus valores de mercado obtidos a partir da cotação média do último dia útil em que foram negociados no mês de levantamento do balanço.
Ano 81 - Nº 22.198
São Paulo, quinta-feira 24 de agosto de 2006
R$ 0,60
Jornal do empreendedor
Edição concluída às 00h05
w w w. d co m e rc i o. co m . b r Milton Mansilha/LUZ
PAINEL ELEITORAL 'MÓVEL' Um recurso contra lei confusa. C 1
Você ainda vai se vestir assim ESPECIAL
INVASÃO AO SITE DO PT Estragos e estrela queimada. Pág. 8
27 sanguessugas serão investigados no Supremo CPMI divulgou a lista, já no STF, com 27 deputados acusados de envolvimento com a máfia das ambulâncias. Poderá, ainda, rever a absolvição preliminar de outros 14. Pág. 8 Cris Berger
Casas Bahia vai demitir 2.000
BOA VIAGEM
Rede revê faturamento, faz ajustes e já se prepara para investir no comércio eletrônico. E 9
Bianca Cordeiro, na Haddock Lobo, uma das ruas do circuito Hi-Lo
Vinícius Pereira/Agência O Globo
WValente/AFG
Explodiu. Era movido a gás HOJE Sol Máxima 25º C. Mínima 9º C.
AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 27º C. Mínima 11º C.
DC
Cilindro rompeu na hora do abastecimento em posto no bairro do Limão. C 3
TOSCANA Brinde à arte Na terra das delícias gastronômicas (foto), do Chianti e da capital Florença, berço de Michelangelo.
www.finanfactor.com Pabx (11)
6748-5627 (Itaquera) 6749-5533 (Artur Alvim)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
LEGAIS - 5
Consolidado 1 a 30 Títulos
Ajuste da
dias ou sem
31 a 180
181 a 360
Acima de
Valor
Valor de
avaliação a
vencimento
dias
dias
360 dias
contábil
referência (1)
mercado (2)
Títulos para negociação .....................................................
3.925.965
5.840.324
9.620.769
13.980.143
33.367.201
33.367.201
-
Certificado de depósito bancário .........................................
26.820
3.286.043
4.850.832
1.658.135
9.821.830
9.821.830
-
Letras financeiras do tesouro ..............................................
1.530.911
2.440.765
2.991.373
5.305.340
12.268.389
12.268.389
-
Letras do tesouro nacional ..................................................
1.840.342
113.200
1.778.554
4.702.634
8.434.730
8.434.730
-
Notas do tesouro nacional ....................................................
-
-
10
1.549.310
1.549.320
1.549.320
Ações ....................................................................................
324.840
-
-
69.916
394.756
394.756
-
Debêntures ...........................................................................
-
316
-
323.844
324.160
324.160
-
Outras aplicações .................................................................
-
-
-
370.964
370.964
370.964
Quotas de fundos de investimentos ....................................
203.052
-
-
-
203.052
203.052
-
Títulos disponíveis para venda ........................................
1.395.013
217.504
99.950
304.530
2.016.997
1.595.613
421.384 421.822
Ações ....................................................................................
1.268.887
-
-
-
1.268.887
847.065
Letras do tesouro nacional ...................................................
94.126
190.878
95.513
192.493
573.010
572.703
307
Debêntures ...........................................................................
27
-
-
101.399
101.426
102.207
(781)
Letras financeiras do tesouro ..............................................
2.618
22.653
2.572
3.287
31.130
31.080
50
Notas do tesouro nacional ....................................................
-
3.973
1.865
7.351
13.189
13.203
(14)
Fundo de investimento imobiliário .........................................
26.770
-
-
-
26.770
26.770
-
Certificado de depósito bancário .........................................
2.585
-
-
-
2.585
2.585
-
Títulos mantidos até o vencimento ................................
5.178.814
1.113.374
-
8.655.876
14.948.064
14.948.064
Notas do tesouro nacional ....................................................
4.695.295
1.086.509
-
8.172.385
13.954.189
13.954.189
-
Letras do tesouro nacional ...................................................
483.512
-
-
3.823
487.335
487.335
-
Letras financeiras do tesouro ..............................................
-
26.865
-
-
26.865
26.865
-
Debêntures ...........................................................................
7
-
-
479.668
479.675
479.675
-
Outras aplicações ................................................................ Total em 2006 ........................................................................
3.463 10.503.255
4.148 7.175.350
9.720.719
22.940.549
7.611 50.339.873
7.611 49.918.489
421.384
Total em 2005 ........................................................................
1.287.361
7.090.015
10.279.272
19.651.298
38.307.946
37.907.597
400.349
(1) Representa o valor de mercado para os títulos classificados como para negociação e o valor de custo atualizado para os demais. (2) Para fins de apuração do ganho ou perda não realizado, dos títulos classificados na categoria para negociação e disponível para venda , o valor dos títulos pertencentes às carteiras dos fundos de investimento não foi considerado, uma vez que os títulos já estão avaliados a valor de mercado nas carteiras de origem. O valor das aplicações em fundos de investimento foi obtido a partir dos valores das quotas divulgadas pelas instituições financeiras administradoras desses fundos. Os títulos de renda fixa privados têm o seu valor atualizado de acordo com os índices pactuados com a instituição financeira, e que se aproximam ao seu valor de mercado. Os títulos de renda fixa públicos tiveram seus valores de mercado obtidos a partir das tabelas de referência divulgadas pela ANDIMA. Os títulos de renda variável tiveram seus valores de mercado obtidos a partir da cotação média do último dia útil em que foram negociadas no mês de levantamento do balancete ou balanço. (c) Reclassificação de títulos Em conformidade a Circular nº 314/2005, os seguintes ativos foram reclassificados no consolidado: Fundos exclusivos que têm seus títulos corrigidos pela curva foram reclassificados de títulos para negociação para títulos mantidos até o vencimento. Debêntures foram reclassificados de títulos para negociação para títulos disponíveis para venda. Debêntures foram reclassificados de títulos disponíveis para venda para títulos mantidos até o vencimento. (d) Instrumentos financeiros Durante os semestres em 30 de junho de 2006 e 2005, a Seguradora e suas subsidiárias não efetuaram operações com instrumentos financeiros derivativos. O valor contábil dos instrumentos financeiros referentes aos demais ativos e passivos, em seu conjunto, equivale ao valor de realização desses instrumentos. 6. Créditos tributários e previdenciários e provisão para tributos diferidos (a) Ativo circulante Referem-se, basicamente, aos créditos tributários do imposto de renda, contribuição social e Finsocial a compensar, nos valores de R$ 15.542 (R$ 5.375 em 2005), R$ 5.933 (R$ 1.349 em 2005) e R$ 76.513, na Controladora, e R$ 108.386 (R$ 35.946 em 2005), R$ 19.989 (R$ 57.968 em 2005) e R$ 82.801 no Consolidado, respectivamente. (b) Ativo realizável a longo prazo Referem-se, basicamente, aos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos, equivalentes a R$ 105.771 (R$105.445 em 2005), R$ 23.650 (R$30.458 em 2005) na Controladora, e R$ 314.458 (R$265.549 em 2005), R$ 79.359 (R$70.078 em 2005) no Consolidado, respectivamente, registrados para refletir os efeitos fiscais futuros atribuíveis a diferenças temporárias, prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social. Os créditos tributários foram contabilizados levando em consideração o histórico de rentabilidade e sua previsão de realização, fundamentada por estudo técnico, pode ser assim demonstrada:
2006 15,84
Previsão de realização % ................................
Controladora 2007 2008 7,89 75,97
2009 0,30
O valor presente dos créditos tributários calculado à taxa média de captação da Organização Bradesco, líquido dos efeitos tributários, monta a R$ 124.659 mil. Consolidado 2006 2007 2008 2009 Previsão de realização % ............................... 17,03 17,86 62,56 2,55 O valor presente dos créditos tributários calculado à taxa média de captação da Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 452.351 mil. (c) Passivo exigível a longo prazo Na Controladora referem-se ao imposto de renda e à contribuição social diferidos, registrados para refletir os efeitos fiscais futuros referentes à reserva de reavaliação de imóveis e atualização monetária de depósito judicial, equivalentes a R$ 10.956 (R$ 15.806 em 2005) e R$ 26.794. No Consolidado referem-se também, substancialmente, ao imposto de renda e à contribuição social diferidos, equivalentes a R$ 165.864 (R$ 115.454 em 2005), registrados para refletir os efeitos fiscais futuros referentes aos ajustes positivos dos títulos e valores mobiliários mantidos em carteira. 7.
Depósitos judiciais e fiscais Finsocial ............................................................. Fiscal e Trabalhistas .......................................... ICMS ................................................................... ILL ....................................................................... INSS ................................................................... IR e CSLL ........................................................... PIS ...................................................................... Plano Verão ........................................................ Sinistros ............................................................. Outros ................................................................
Controladora 2006 2005 34.511 16.808 9.421 7.809 165.996 101.214 55.879 39.109 14.085 3.449 9.264 7.924 289.156 176.313
Consolidado 2006 2005 36.430 17.974 43.138 35.034 3.125 1.397 1.833 1.833 482.205 114.141 202.106 148.337 3.981 1.885 2.060 1.649 96.632 70.001 35.151 12.292 906.661 404.543
8. Participações Societárias As participações societárias estão assim representadas: 2006 Quantidade de ações possuídas Percentual Capital ON/PN de partisocial (em lote de mil) cipação Controladas e Coligadas Átria Participações S.A .................................................................. Áurea Seguros S.A. ....................................................................... Bradesco Argentina de Seguros S.A. ........................................... Bradesco SegPrev Investimentos Ltda (a) .................................... Bradesco Capitalização S.A. ......................................................... Bradesco Vida e Previdência S.A. ................................................ Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros (b) ............................. SBCE - Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação ............... Atlântica Capitalização S.A. ........................................................... Marília Reflorestamento e Agropecuária Ltda (c) .......................... Finasa Seguradora S.A. (b) ........................................................... Votorantim Cimentos Américas S.A. (d) ........................................ Embaúba Holdings S.A. (e) ............................................................ Nova Marília Administração de Bens Móveis e Imóveis S.A. (e) .. IRB - Brasil Resseguros S.A. (f) .................................................... Outras Participações em Coligadas (g) .........................................
5.250 11.726 2.588.046 137.897 580.000 10.800 -
34.475 9.007 2.588.046 452 182 10.323 -
100,00 99,90 100,00 100,00 100,00 100,00 68,58 -
Outras Participações Societárias ..................................................
Lucro líquido (prejuízo) ajustado
Patrimônio líquido ajustado
378 (707) 329.742 146.902 510.713 466 23.353 -
7.859 12.628 3.024.687 435.691 1.794.140 15.105 45.505 -
Resultado da equivalência patrimonial Controladora 2006 2005 378 393 (727) 4.683 329.742 146.902 510.713 859.978 - 34.884 466 652 15.729 12.034 355 - 30.960 1.003.203 943.939 1.003.203 943.939
Resultado da equivalência patrimonial Consolidado 2006 2005 127 76 32.172 24.792 19.693 6.919 83.779 83.779
Saldos dos investimentos Controladora 2006 2005
Saldos dos investimentos Consolidado 2006 2005
7.859 7.271 (74) 3.149 12.615 10.980 - 3.024.687 435.691 - 1.794.140 1.579.647 619.136 78 1.808 15.105 14.271 31.207 9.933 30.960 - 145.556 - 103.754 - 346.843 350.879 - 30.476 381.843 5.321.304 2.241.238 631.586 293 293 2.531 381.843 5.321.597 2.241.531 634.117
2.604 1.848 74.014 78.466 1.970 80.436
(a) (b) (c) (d) (e) (f) (g)
Participações acionárias adquiridas em dezembro de 2005. Participações acionárias alienadas para a Bradesco SegPrev Investimentos Ltda., em Dezembro/2005. Participações acionárias adquiridas em abril de 2006. Participações acionárias adquiridas em março de 2005, e transferidas para outros investimentos conforme Acordo de Acionistas. Empresas Incorporadoras da Titan e Cygnus Holdings S.A. respectivamente, em janeiro de 2006. Participação acionária de 21,24% adquiridas em abril de 2006 pela Bradesco SegPrev Investimentos Ltda. e entregues, medianteredução de capital à Bradesco Seguros S.A. que alienou a Bradesco Saúde S.A. em junho 2006. Outras participações em coligadas, no consolidado, correspondem a investimentos nas seguintes empresas: America Bank Note R$ 33.080 em 2005, Marlim Participações S.A. R$ 12.707 (R$ 18.078 em 2005), Nova Marlim Participações S.A. R$ 17.769 (R$ 22.856 em 2005). Em 2005, a receita de equivalência patrimonial inclui R$ 326.121 de investimentos alienados no 1º semestre de 2005.
9.
Imobilizado
Imóveis ................................... Equipamentos ........................ Móveis, máquinas e utensílios .. Veículos ................................. Outras Imobilizações .............
11. Transações e saldos com partes relacionadas Controladora Custo Depreciação Reavaliado acumulada 54.688 25.619 244.657 194.821 20.018 17.239 440 315 319.803 237.994
2006
2005
Líquido 29.069 49.836 2.779 125 81.809
Líquido 31.582 56.022 3.825 178 2.599 94.206
Consolidado 2006 2005 Líquido 58.930 55.761 6.639 1.107 30 122.467
Líquido 49.136 61.362 8.130 946 3.010 122.584
10. Diferido
Despesas de instalações .............................................. Despesas com benfeitorias em imóveis de terceiros .. Amortização ...................................................................
Controladora 2006 2005 876 876 (656) (520) 220 356
Consolidado 2006 2005 127.684 108.413 876 876 (88.137) ( 53.875) 40.423 55.414
Controladora Recuperação Contas (encargos) Valores a receber Receitas a receber das despesas Receitas (pagar) cosseguro com (pagar) administrativas (despesas) aceito líquido cosseguro Empresas Banco Bradesco S.A. ......... (1.221.026) 14.186 Bradesco Capitalização S.A. 937 5.523 96 Atlântica Capitalização S.A. .. 4 Bradesco Vida e Previdência S.A. ................. 2.057 11.384 248 (1.919) (4.236) Bradesco Saúde S.A. ........... 8.240 45.127 1.882 Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros .............................. 2.108 41.082 5.849 (655) (51) Bradesco SegPrev Investimentos Ltda ................ 3.765 85 Indiana Seguradora S.A. ...... Em 2006 .............................. (1.203.915) 103.116 22.261 (2.489) (4.287) Em 2005 ..............................
(19.413)
118.285
24.533
(3.162)
(5.537)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4 -.ESPECIAL
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
Pode ser uma camisetinha do mais novo super herói o Super Empty (R$128) e um jeans bacana da True Religion (R$1.000) Patsy Scarpa
PEÇAS COM ESTILO
Pulseira em ouro branco e couro e brincos de argola: Dryzum com Hello Kitty
o luxo do cotidiano
uito desse "movimento" hilo se explica pela nova postura dos consumidores, que procuram peças de roupa que possam traduzir seu estilo e seu modo de encarar o mundo. Um dos exemplos mais relevantes de fragmentação do consumidor se exprime exatamente pela liberdade de combinar, por exemplo, peças da Zara, H&M, Bershka, Reener, C&A e de outras cadeias com acessórios de grandes maisons francesas. É uma fragmentação do gosto, que corresponde à liberdade de combinação do consumidor. "Marcas como estas não só produzem com qualidade compatível como também sabem incorporar aos produtos valores como moda, design e novidade, de modo cada vez mais ágil", afirma Dario Caldas A Adidas, por exemplo já começou a comercializar no Brasil um kit chamado "Adicolor White Series", uma série limitada de tênis e confecção para serem customizados. Ao adquirir as peças brancas (tênis, camisetas e jaquetas), o consumidor pode dar asas à criatividade com sprays, tintas, cadarços e acessórios coloridos (que vêm junto com a peça) e criar um produto exclusivo, de acordo com seu estilo. A marca também está lançando a "Colour Series": tênis nos modelos originais brancos que foram reinterpretados por renomados artistas plásticos e designers como Emilio Pucci, Taro Okamoto e Bill Mcmullen, que trabalharam com as cores da cartela da marca (vermelho, azul, amarelo, verde, rosa e preto) e se inspiraram em personagens como Mr. Happy, Miss Piggy e Betty Boop. A febre de misturar luxo com referências do cotidiano pode ser comprovada pela grande onda de parcerias entre joalherias e estilistas, como Alexandre Herchcovitch, com criações que traduzem perfeitamente o movimento hi-lo. A Dryzum, em parceria com a Sanrio, lançou uma coleção de jóias inspiradas na personagem Hello Kitty, com direito a diamantes, pérolas, safiras e ametistas na confecção de pulseiras, piercings e colares com a cara da gatinha. A peça mais cara da coleção com a silhueta do rosto da gatinha
Gina Stocco/Futura Press/12/7/2006
M
Gianni Albertoni com rede de estampas da Zoomp Paulo Witaker/Reuters/18/7/2006
Coleção de Jefferson Kulig na SPFW 2006
todo em ouro e dimante custa R$ 3.845,00. Até mesmo a alta-joalheria se rendeu a inspirações mundanas. É o caso da grife de Boucheron que lançou uma coleção com referências ao mundo da gastronomia. L’Eau à la Bouche, uma analogia entre bouche ( boca) e Boucheron: ou seja, de um lado há um produto destinado a durar no tempo, do outro, a comida, destinada ao consumo imediato. De um lado, a cultura das jóias e seu contexto de luxo, do outro, o prazer do paladar. Dois mundos distantes que se combinam de forma inusitada, irônica e preciosa. No mundo do jeans, acontece o caminho inverso – um produto com raízes proletárias, que nasceu desvalorizado, cai nas graças do consumidor é alçado à categoria premium ou de luxo. Jeans de luxo parece até mesmo uma contradição, mas de acordo com analistas de vendas, o mercado dessa categoria de jeans está entre os de maior crescimento nos últimos quatro anos. Aqui no Brasil os preços variam entre R$ 800 R$ 1400, dependendo da marca e do modelo. Grande parte destas marcas está disponível em SP na loja Jeans Hall, no Shopping Iguatemi, assim como na Clube Chocolate. Prova do sucesso estrondoso da categoria são as marcas que se especializaram neste produto. E são várias: Diesel, Seven e Paper, Chip & Pepper, Joe’s Jeans, Rock & Republic, Yanuk, Paper Denim & Cloth, Miss Sixty, Replay, Evisu, True Religion, Seven, entre outras. Segundo Patsy Scarpa, gerente de Marketing da loja Clube Chocolate, lá mesmo é possível personalizar um look hi-lo. "Pode ser uma camisetinha do nosso mais novo super herói o Super Empty (R$128,00) e um jeans bacana da True Religion que gira em torno de R$1.000,00", sugere ela. Resposta da moda à revisão de valores do novo milênio, Hi-lo é a nova democracia do vestir. E segundo a expert Manu Carvalho, a onda deve continuar por um bom tempo na moda e por muito tempo na vida das pessoas, de maneira geral. "É um novo jeito de pensar, uma nova atitude diante do consumo e do estilo", completa.
Fotos: Divulgação
Herchcovitch: Hi-lo com Hello Kitty na passarela também.
DICAS Dicas de Manu Carvalho, consultora de moda e diretora do núcleo de moda e imagem da gravadora Trama, de como usar um hi-lo legítimo:
1. Top legal jeans
salto
2. Vestido de seda Havaianas
3. Camiseta básica calça de alfaiataria 4. Look com bolsa de marca (Dior, Chanel, Louis Vuitton) sandália Havaianas ou a clássica alemã, birkenstok 5. Saia de lã mais rústica top delicado e brilhante
Dicas de Patsy Scarpa, gerente de Marketing da loja conceitual multimarcas Clube Chocolate 1. Camisetinha branca básica jeans velho bolsa super brinco hypada poderoso.
2. Misturar todas as linhas da Clube Chocolate: Chocolate Bossa (desenhado por Adriana Barra), Estudio Chocolate (roupa mais clássica) e Chocolate Jeans (jeanswear).
inho No mundo do jeans, acontece o cam inverso – um produto com raízes proletárias é alçado à categoria premium ou de luxo.
!
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 -.LEGAIS
Todas as operações com partes relacionadas foram contratadas a taxas e prazos usualmente praticados no mercado para operações semelhantes, levando em consideração a ausência de riscos. O contas a receber e a pagar são distribuídos nas diversas contas do balanço patrimonial de cada empresa de acordo com as características das operações. O rateio das despesas administrativas compartilhadas é efetuado através da aplicação de percentuais de alocação para cada Empresa, definidos com base em medidores de atividades e critérios estabelecidos na Convenção do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência. Em de março de 2005, foi firmado Acordo de Compartilhamento de Infra-estrutura e Custos entre a Bradesco Seguros S.A. e Bradesco Saúde S.A. com objetivo de compartilhar os serviços comuns. 12. Provisões técnicas e despesas de comercialização diferidas - seguros Controladora Provisões Provisão de Despesas de técnicas de Sinistros sinistros ocorridos comercialização 2006 seguros a liquidar mas não avisados diferidas Incêndio .............................................. 267 85 86 Automóvel/RCF .................................. 9 52 Transporte nacional/internacional ..... 25 48 Marítimo/Aeronáutico ......................... 1 13 16 Responsabilidade civil ....................... 17 45 Vida/Acidentes pessoais .................. 1 20.143 5.856 2 Riscos de engenharia ........................ 2 37 DPVAT ................................................ 4.541 137.017 24 Demais ............................................... 297 24.807 143.181 2 Provisões técnicas de 2005 seguros Incêndio .............................................. 1.406 Automóvel/RCF .................................. 45 Transporte nacional/internacional ..... Marítimo/Aeronáutico ......................... 2 Responsabilidade civil ....................... 62 Vida/Acidentes pessoais .................. 6 Riscos de engenharia ........................ 3 Riscos diversos ................................. 275 DPVAT ................................................ 7 Demais ............................................... 1.806
Sinistros a liquidar 263 21 20.562 3.262 24.108
Provisão de Despesas de sinistros ocorridos comercialização mas não avisados diferidas 102 307 66 4 48 16 34 45 51 6.374 1 37 1 16 27 110.132 8 116.844 425
Provisões técnicas de 2006 seguros Incêndio .............................................. 38.132 Automóvel/RCF .................................. 1.026.937 Transporte nacional/internacional ..... 4.469 Marítimo/Aeronáutico ......................... 9.821 Responsabilidade civil ....................... 4.551 Vida/Acidentes pessoais .................. 521.538 Riscos de engenharia ........................ 6.957 Riscos diversos ................................. 19.925 DPVAT ................................................ VGBL ................................................. 15.557.875 Saúde individual ................................. 805.213 Saúde grupal ..................................... 215.727 78.373 Demais ............................................... 18.289.518
Sinistros a liquidar 69.336 268.006 33.663 10.799 60.652 419.120 4.968 13.114 4.612 38.847 19.363 26.301 968.781
Consolidado Provisão de Despesas de sinistros ocorridos comercialização mas não avisados diferidas 34.598 9.673 382.258 175.849 18.808 11 9.019 1.497 14.854 410 237.976 34.399 4.564 1.789 12.514 2.608 249.605 298.239 68 418.276 18.153 13.688 9.345 1.694.399 253.802
Provisões técnicas de 2005 seguros Incêndio .............................................. 68.600 Automóvel/RCF .................................. 1.023.472 Transporte nacional/internacional ..... 680 Marítimo/Aeronáutico ......................... 10.254 Responsabilidade civil ....................... 4.020 Vida/Acidentes pessoais .................. 10.831.708 Riscos de engenharia ........................ 6.380 Riscos diversos ................................. 19.006 DPVAT ................................................ 10.266 Demais ............................................... 11.974.386
Provisão de Despesas de Sinistros sinistros ocorridos comercialização a liquidar mas não avisados diferidas 68.322 31.876 19.638 203.352 317.827 181.842 29.534 9.641 10.679 5.497 1.820 63.328 9.733 450 324.925 152.064 39.889 11.133 3.092 2.558 13.295 4.793 3.076 3.326 212.346 30.489 9.392 349 758.383 756.261 249.622
13. Provisões técnicas - Previdência Complementar Saldos em 1o de janeiro Contribuições ...................................................................................... Benefícios ........................................................................................... Resgates ............................................................................................. Atualização monetária e juros ............................................................ Variação da provisão de eventos ocorridos mas não avisados ............ Outras movimentações ...................................................................... Saldos em 30 de junho ..................................................................
Consolidado 2006 2005 20.319.673 18.972.922 1.025.740 991.868 (199.033) (195.655) (1.049.819) (1.144.219) 980.930 1.055.588 (500) 2.476 (313.712) 27.729 20.763.279 19.710.709
14. Provisões técnicas - Capitalização (i) Composição: Provisão para resgates ................................................................. Provisão matemática para resgate ................................................. Provisão para resgate de títulos vencidos ..................................... Provisão para resgate antecipado de títulos .................................. Provisão para sorteios .................................................................. Provisão para sorteio a realizar ...................................................... Provisão para sorteio a pagar ........................................................ Outras provisões ............................................................................ Provisão para contingências ........................................................... Provisão administrativa ................................................................... Saldo em 30 de junho ....................................................................
2006 2.110.942 1.780.055 142.359 188.528 19.297 18.587 710 96.747 43.360 53.387 2.226.986
2005 1.947.743 1.669.299 121.186 157.258 16.459 15.738 721 88.036 46.275 41.761 2.052.238
(ii) Movimentação: Saldo em 1o de janeiro ................................................................... Adições decorrentes de emissão de títulos ...................................... Atualização monetária e juros ............................................................ Amortização ........................................................................................ Saldo em 30 de junho ....................................................................
2006 2.138.909 588.611 72.597 (573.131) 2.226.986
2005 1.985.526 554.092 72.290 (559.670) 2.052.238
15. Ativos e Passivos contingentes e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias (a)Ativos Contingentes A Seguradora não tem ativos contingentes, que sejam relevantes, passíveis de registros contábeis ou de divulgação. (b)Passivos Contingentes classificados como perdas prováveis e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A Bradesco Seguros S.A. e suas subsidiárias são parte em processos judiciais, de natureza trabalhista, cível e fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades. As provisões foram constituídas levando em conta a opinião dos assessores jurídicos, a natureza das ações, a similaridade com processos anteriores, a complexidade e o posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da Seguradora e suas subsidiárias entende que as provisões constituídas são suficientes para fazer face a eventuais perdas decorrentes dos respectivos processos. O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial é mantido até o ganho definitivo da ação, representado por decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, ou a sua prescrição. I. Obrigações Legais Fiscais e Previdenciárias A Bradesco Seguros e suas subsidiárias vem discutindo judicialmente a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmente provisionados não obstante as boas chances de êxito a médio e longo prazo, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos. As principais questões são: CSLL Alíquota diferenciada ECR 01/94 e EC 10/96 e 17/97 R$ 139.517, na controladora e R$ 357.893 no consolidado: Questionamento da CSLL exigida das companhias seguradoras, nos anos-base de 1995 a 1998 por alíquotas superiores às aplicadas às pessoas jurídicas em geral, em desrespeito ao princípio constitucional da isonomia; IRPJ - Dedução da CSLL da base de cálculo R$ 5.778, na controladora e R$ 133.957 no consolidado: Pleiteia calcular e recolher o imposto de renda devido, relativo ao ano-base de 1997 e subseqüentes, sem efetuar a adição da CSLL na base de cálculo respectiva, determinada pelo artigo 1º, da Lei nº 9.316/96, uma vez que essa contribuição representa uma despesa efetiva, necessária e obrigatória da Seguradora; INSS Contribuição Previdenciária Corretores de seguro e médicos referenciados (LC 84/96 e artigo 22, inciso I da Lei 8.212/91) R$ 119.322, na controladora e R$ 432.677 no consolidado: Discute a incidência da contribuição previdenciária sobre as remunerações pagas a corretores de seguro e médicos referenciados, instituída, inicialmente, pela LC nº 84/96, após, pela Lei nº 9.876/99 (nova redação dada ao artigo 22, inciso I da Lei nº 8.212/91), à alíquota de 20% e adicional de 2,5%, sob o argumento de que os serviços não são prestados às seguradoras, mas aos segurados, estando desta forma fora do campo de incidência da referida contribuição. II. Processos trabalhistas Os passivos contingentes decorrentes de litígios trabalhistas são apurados com base no valor médio das perdas ocorridas nos últimos doze meses, aplicado sobre a quantidade de processos ativos e, quando aplicável, são complementados por provisões para causas específicas. III. Processos cíveis Referem-se à estimativa global de perdas com ações relacionadas a sinistros decorrentes do curso normal das operações, cujos valores estão sendo discutidos judicialmente pela Seguradora e suas controladas. As questões discutidas nas ações normalmente não constituem eventos capazes de causar impacto representativo no resultado do semestre. Não existem em curso passivos contingentes relevantes para os quais as chances de perdas sejam prováveis que não tenham sido razoavelmente estimados.
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
IV. Movimentação das Provisões Constituídas Controladora Fiscais e Trabaprevidenciárias lhistas No início do semestre .. 361.172 14.825 Constituições ............... 232 8.729 Reversões ................... (876) 90.223 Atualização monetária . No final do semestre de 2006 ..................... 451.627 22.678 No final do semestre de 2005 ..................... 350.218 12.873
Consolidado Fiscais e TrabaCíveis previdenciárias lhistas Cíveis 8.960 1.012.535 30.508 157.859 147 27.544 12.295 66.625 (8.918) (3.430) (43.927) 247.210 2.281 189
1.287.289
39.373
182.838
10.173
823.345
22.121
95.943
16. Patrimônio líquido (Controladora) (a) Capital social e dividendos O capital social, totalmente subscrito e integralizado, já considerados os atos societários abaixo, é representado por 939.998 (627.530 em 2005) ações escriturais, ordinárias e nominativas, sem valor nominal. De acordo com as disposições estatutárias, a cada ação corresponde um voto nas Assembléias Gerais, sendo garantido aos acionistas um dividendo mínimo de 25% do lucro líquido de cada exercício, ajustado nos termos da legislação societária brasileira. Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 31 de março de 2005, os acionistas da Seguradora deliberaram sobre a redução do capital social por julgá-lo excessivo, de acordo com o disposto no artigo 173 da Lei nº 6.404/76, no montante de R$ 365.590, sem modificação do número de ações, mediante restituição de capital em bens, ao Banco Bradesco S.A., com ações ordinárias nominativas - escriturais, sem valor nominal, pelo valor contábil em 31 de março de 2005, de emissão da Aquarius Holding S.A. no valor de R$ 60.271, e ações preferenciais nominativas do IRB - Brasil Resseguros S.A. no valor de R$ 305.319. Este ato societário foi aprovado pela Superintência de Seguros Privados SUSEP através da Portaria nº 2.438, de 03 de maio de 2006. Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 31 de maio de 2006, os acionistas da Seguradora deliberaram sobre o aumento de capital, no montante de R$ 2.165.239 com a emissão de 312.468 novas ações ordinárias nominativas-escriturais, sem valor nominal, com a integralização mediante a conferência de 2.165.239.000 cotas de emissão da Bradesco SegPrev Investimentos Ltda. Este ato societário encontrase em fase de aprovação pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP. (b)Reserva de reavaliação Nos termos da Circular SUSEP nº 15/1992, a reserva de reavaliação está apresentada líquida dos tributos incidentes. (c) Reserva legal Constituída, ao final do exercício, na forma prevista na legislação societária brasileira, podendo ser utilizada para a compensação de prejuízos ou para aumento do capital social. (d)Reserva estatutária Constituída por até 100% do lucro líquido remanescente após as deduções legais e a constituição de reserva legal, é efetuada ao final de cada exercício social, até atingir o limite de 95% do capital social, estando sujeita à deliberação em Assembléia Geral. 17. Garantia das provisões técnicas de seguros Os valores dos bens e direitos oferecidos em cobertura das provisões técnicas são os seguintes: Controladora Consolidado 2006 2005 2006 2005 Ações ............................................................................. 40.374 18.368 868.230 726.158 Títulos de renda fixa ....................................................... 138.819 126.992 20.035.147 29.333.229 Títulos de renda variável ................................................ 62.209 49.343 Depósitos especiais no IRB - Brasil Resseguros S.A. .. 6 6 5.574 5.499 Quotas e fundos de investimentos não exclusivos ...... 22.682.781 4.934.339 Imóveis ............................................................................ 29.233 25.200 Direitos creditórios (líquido dos Prêmios vencidos 1.636 440.175 514.668 e não pagos) (*) .......................................................... 179.199 147.002 44.123.349 35.588.436 (*) Conforme previsto na Circular SUSEP no 220/2002. 18. Principais ramos de atuação
2006 Automóvel/RCF .................................. Vida/Acidentes pessoais .................. Riscos diversos ................................. Incêndio .............................................. DPVAT ................................................ Transporte nacional/internacional ..... Marítimo/Aeronáutico ......................... Responsabilidade civil ....................... Demais ................................................
2005 Automóvel/RCF .................................. Vida/Acidentes pessoais .................. Riscos diversos ................................. Incêndio .............................................. DPVAT ................................................ Transporte nacional/internacional ..... Marítimo/Aeronáutico ......................... Responsabilidade civil ....................... Demais ................................................
Controladora Prêmios Sinistros Despesas de ganhos retidos Percentual comercialização Percentual 20 272 67 600 64.846 78 4 81 11 65.979
18 2.597 71 74.945 30 10 2 (1) 77.672
90,00 954,78 11,83 115,57 38,46 250,00 2,47 (9,09)
1 28 7 99 669 4 2 810
5,00 10,29 10,45 16,50 5,13 2,47 -
Prêmios Sinistros Despesas de ganhos retidos Percentual comercialização Percentual 134 2.656 233 798 28.682 180 711 188 346 33.928
(37) (1.013) (7) 119 22.630 (44) (15) 21 95 21.749
(27,61) (38,14) (3,00) 14,91 78,90 (24,44) (2,11) 11,17 27,46
12 239 19 126 370 (16) 169 123 1 1.043
8,96 9,00 8,15 15,79 1,29 (8,89) 23,77 65,43 0,29
Consolidado 2006 Automóvel/RCF .................................. Vida/Acidentes pessoais .................. Riscos diversos ................................. Incêndio .............................................. DPVAT ................................................ Marítimo/Aeronáutico ......................... Responsabilidade Civil ....................... Compreensivo Empresarial ................ Compreensivo Residencial ................ Transporte nacional/internacional ..... Saúde individual ................................. Saúde coletivo ................................... Prestamistas ...................................... Demais ................................................
2005 Automóvel/RCF .................................. Vida/Acidentes pessoais .................. Riscos diversos ................................. Incêndio .............................................. DPVAT ................................................ Transporte nacional/internacional ..... Saúde individual ................................. Saúde coletivo ................................... Marítimo/Aeronáutico ......................... Responsabilidade Civil ....................... Demais ................................................
Prêmios Sinistros Despesas de ganhos retidos Percentual comercialização Percentual 1.036.213 576.598 21.792 68.470 134.645 8.305 4.718 2.876 2.597 34.868 119.542 476.723 1.590 72.871 2.561.808
770.322 398.847 10.829 31.904 136.109 6.888 6.816 1.422 973 27.585 158.016 382.987 148 13.495 1.946.341
74,34 69,17 49,69 46,60 101,09 82,94 144,47 49,44 37,47 79,11 132,18 80,34 9,31 18,52
187.738 125.086 3.574 16.690 1.381 1.427 755 1.306 1.121 5.819 553 17.432 708 32.407 395.997
18,12 21,69 16,40 24,38 1,03 17,18 16,00 45,41 43,17 16,69 0,46 3,66 44,53 44,47
Prêmios Sinistros Despesas de ganhos retidos Percentual comercialização Percentual 950.996 575.918 21.868 64.671 83.428 47.592 75.787 205.777 5.697 6.525 65.772 2.104.031
706.836 341.575 9.515 45.121 61.128 44.190 82.943 180.267 9.371 3.551 19.920 1.504.417
74,33 59,31 43,51 69,77 73,27 92,85 109,44 87,60 164,49 54,42 30,29
19. Detalhamento de contas da demonstração de resultado (a) Despesas de comercialização - seguros Controladora 2006 2005 Comissões sobre prêmios emitidos ............................... 3.994 5.031 Comissões sobre prêmios cancelados .......................... (167) (52) Comissões sobre prêmios restituídos ............................ (5) (2) Comissões de agenciamento ......................................... Comissões sobre prêmios de cosseguros cedidos ...... (3.126) (3.814) Comissões sobre prêmios de resseguros cedidos ...... 5 (48) Despesas com angariação de cartão proposta ............ 1 174 108 (246) Variação das despesas de comercialização diferidas . 810 1.043
169.519 137.459 3.463 19.370 984 5.942 589 7.686 1.988 812 8.108 355.920
17,83 23,87 15,84 29,95 1,18 12,49 0,78 3,74 34,90 12,44 12,33
Consolidado 2006 2005 361.278 359.767 (24.224) (24.599) (4.719) (5.122) (46) (10.870) (11.852) (4.079) (7.182) 56.760 60.649 21.851 (15.695) 395.997 355.920
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
ESPECIAL - 5
Ricardo Padue/AFG
Pechinhas não significam falta de informação fashion ou má qualidade – basta ter bom olhar para desfilar por aí com verdadeiros achados, que poderiam até despertar inveja em quem só compra nos mais caros shoppings da Cidade. Por Érika Masckiewic e Juliana Chucre
Consumidoras de olho em peças expostas no megapólo de moda do Brás WValente/AFG
WValente/AFG
"BOMRA"
ada de pensar que as tendências de moda se restringem às vitrines de luxo do Shopping Iguatemi, tampouco às das lojas do refinado quadrilátero de ruas dos Jardins, também na capital paulista. No comércio popular, é possível, da mesma forma, encontrar peças com informação de moda. E o melhor: estas seguem as tendências apresentadas nos mais concorridos desfiles de Paris, Milão e Nova York. Foi na década de 30 que houve o início da comercialização de mercadorias tanto no Bom Retiro quanto no Brás, bairros localizados na região central da cidade de São Paulo. A princípio eram os imigrantes italianos e portugueses que faziam isso, mesmo informalmente, como vendedores ambulantes. No entanto, com a chegada dos árabes, sem vocação para o trabalho na lavoura, os italianos perderam espaço, diante de uma atividade mais organizada, com pontosde-venda e muitos atrativos. Um dos grandes: as liqüidações. De lá para cá, aconteceram inúmeras mudanças, principalmente com o advento dos coreanos. Considerando-se os números desse tipo de mercado, entretanto, não há dúvidas do resultado positivo. No Bom Retiro, por exemplo, há 1.200 lojistas, responsáveis pela produção de aproximadamente 20 mil peças por mês cada um e por 50 mil empregos diretos e indiretos. Das 70 mil pessoas que diariamente circulam pelo "Bomra" para garimpar novidades, muitas vêm de outras regiões, do Interior de São Paulo e até mesmo de outros Estados, passageiras de um dos 30 ônibus que diariamente aportam nesse pólo de compras. É o caso da fotógrafa Luci Lemes, que quase mensalmente elege o reduto para fazer suas comprinhas, mesmo morando tão longe, em Umuarama, no Paraná. "Adoro acompanhar as tendências, dentro do meu estilo hippie chic, e sempre venho para cá em busca de peças que possam incrementar o meu guarda-roupa", diz com propriedade, afinal, sua bata sobreposta ao macacão é modismo. Adepta a um look similar – macaquinho –, a manequim da loja Cor Doce, Priscila Campos, fica a par dos hits de cada temporada sem sair do trabalho, graças a orientações de uma equipe afinada, expert nas possibilidades do vestuário. Para agradar a consumidores tão antenados, os empresários pensam em tudo, do conceito da peça ao da vitrine – geralmente proposta por um profissional já familiarizado com essa linguagem — passando por reformas nas lojas. Como o bairro revitalizou-se, a Câmara de Dirigentes Lojistas do Bom Retiro (CDL) criou ações compatíveis com essa nova imagem, a começar por desfiles de moda, que já acontecem há um ano, a céu aberto. "O evento é um convite para o público conhecer o nosso trabalho e, assim, perceber que o comércio daqui é baseado em tendência", explica Kelly
TECID
O
A IS
N
SP
IO N
CIRCUITO DE COMPRAS
BRÁS
ROFISS "Um bom negócio para você" Lj. 1 - R: Joli, 515 Brás S. Paulo SP Cep: 03016-020 Tel/Fax: (11) 6693-9417 / 6693-7651 / 6693-9168 / 6695-3342 Lj. 2 - R: Alm. Barroso, 278 Brás S. Paulo SP Cep: 03025-000 Tel/Fax: (11) 6692-1634 / 6693-6150 / 6694-0324 / 6698-0439 Lj. 3 - R: Alm. Barroso, 382 Brás S. Paulo SP Cep: 03025-000 Tel/Fax: (11) 6693-2212 / 6698-0564
www.eptecidos.com.br / eptecidos@eptecidos.com.br
Rami Marie, no Bom Retiro Guelt, no BomRetiro: achados para as combinações hi-lo WValante/AFG
AUGUSTA WValente/AFG
Vitrine da loja Santa do Cabaré, na Rua Augusta, que tem o comércio centralizado na Galeria Ouro Fino WValente/AFG
Fábio Shoel: EUA e internet
Priscila Campos: "macaquinho"
WValente/AFG
Yamara Vuolo: sensualidade
Lopes, secretária-executiva da Câmara. Sabe aquela camisa com jabôs, caríssima em butiques de shoppings? Pois bem. Lá no Bom Retiro, ela é reproduzida à exaustão e vendida por precinhos camaradas. E os achados não param por aí: nas vitrines, shorts e bermudas acompanham casaquinhos, leggings são colocados sob batas ou vestidos amplos, faixas incrementam camisas básicas e ainda laços, fitas e rendas resgatam o romantismo do tempo da vovó. Basta despontar uma novidade, por exemplo, na galeria Collete, em Paris, ou mesmo na megastore londrina Selfridge’s que os lojistas já traduzem a inspiração das peças para o mercado brasileiro. "Antes de lançar uma coleção, faço pesquisas na internet e vou para os Estados Unidos, de onde trago muitas roupas para serem fotografadas quando volto. A partir disso, adapto tudo para a mulher brasileira, afinal, o que faz sucesso lá nem sempre agrada aqui, como cós alto", revela Fabio Shoel, dono da marca Guelt.
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
Lei contra outdoor passa na Câmara. Sujões saem da toca.
1
Placar: 38 vereadores votaram a favor e 5 contra. Foram registradas 4 abstenções e 8 ausências.
Fotos de Milton Mansilha/Luz
O projeto Cidade Limpa, de autoria do prefeito Gilberto Kassab, foi aprovado na Câmara em primeira votação, apesar dos protestos. A proposta pretende acabar com a mídia exterior na cidade. Alheios a um outro tipo de poluição visual, a eleitoral, políticos sujões espalharam sua propaganda pelas avenidas da cidade. Ivan Ventura
O
s v e re a d o re s d a Câmara Municipal aprovaram ontem, em primeira discussão, o polêmico projeto de lei 379/06, denominado Cidade Limpa. De autoria do prefeito Gilberto Kassab, a proposta prevê o fim de todo tipo de publicidade externa na cidade. Agora, o projeto passará por audiências públicas, por uma segunda votação e, finalmente, será encaminhado à apreciação do prefeito. Mesmo com a aprovação do projeto original, Kassab ainda não tem o que comemorar: com o objetivo de atenuar o radicalismo da proposta do Executivo, vereadores já anunciam a apresentação de um substitutivo. A idéia é combater a poluição visual, mas de forma mais flexível, sem prejudicar anunciantes e empresas de mídia. Alheios a esse debate, candidatos sujões intensificaram ontem a colocação de faixas e cavaletes pela cidade. A votação de ontem na Câmara contou novamente com a presença de representantes de empresas de mídia exterior, contrário ao projeto de Kassab. O projeto passou em poucas horas por quatro comissões permanentes (Política Urbana, Administração Pública, Trânsito, e Finanças e Orçamento) e imediatamente foi incluído na pauta de votação. Placar – Oplacar:38vereadores votaram favoravelmente ao projeto e 5 votaram contrários. Foram registradas 4 abstenções e 8 ausências. Os vereadores que votaram contra o projeto foram William Woo e Dalton Silvano, ambos do PSDB, e os petistas Senival Moura, Rubens Calvo e Beto Custódio. Silvano, que é publicitário, reiterou os impactos negativos que a medida poderá causar: 20 mil desempregados, renúncia fiscal por parte da Prefeitura (referente à Taxa de Fiscalização de Anúncio) e a extinção do segmento no município. O vereador Milton Leite (PMDB) votou favoravelmente ao projeto, mas deixou claro que o "ideal seria um substitutivo após a primeira votação". No Regimento Interno da Câmara, a apresentação de um substitutivo só pode ser feita depois da primeira votação. Em defesa do projeto de lei, o
Cavalete do candidato Turco Loco, na avenida 23 de Maio, aparentemente vigiada por rapaz sentado Marcos Fernandes/Luz
Vereador Dalton Silvano em protesto contra o projeto do prefeito Milton Mansilha/Luz - 16/02/2006
Propaganda de Bruno Covas também na avenida 23 de Maio Niels Andreas/AE - 20/06/2006
Andrea Matarazzo e Kassab: pelo fim da poluição visual
vereador Gilson Barreto, líder do governo na Câmara, colocou em dúvida alguns dados divulgados sobre o tema. "Não vai tirar emprego, mesmo porque os anúncios indicativos (os únicos permitidos pelo projeto) serão feitos pelas mesmas empresas de mídia exterior. Isso não é real", disse. Barreto ainda questionou o número de desempregados, caso a proposta seja aprovada. "Te-
nho minhas dúvidas quanto ao número de pessoas que serão atingidas e até o valor de arrecadação da TFA para esse ano (de aproximadamente R$ 57 milhões)", concluiu. Proibidos – De maneira geral, segundo a proposta de Kassab, não serão permitidos anúncios publicitários nos imóveis da cidade – sejam eles públicos, privados, edificados ou não. Se aprovada, a nova lei proibirá a
cidade nas fachadas dos prédios ou nas empenas cegas (uma das faces de um edifício, geralmente sem janelas). Veículos (inclusive ônibus e táxis), motocicletas, bicicletas, trailers e carretas também não poderão carregar mensagens publicitárias. O objetivo da proposta, segundo o prefeito Kassab, é permitir apenas os anúncios inGilson Barreto duvida de números da oposição dicativos (que visam instalação de outdoors, ba- identificar, no próprio local, os cklights e frontlights (outdoors estabelecimentos ou profissioiluminados), totens, bonecos in- nais que dele fazem uso). Na fláveis (comuns em postos de prática, as placas deverão exigasolina) e qualquer outro tipo bir apenas o nome e logomarca de dispositivo que contenha da empresa – e não poderão exceder área de 4 m² por imóvel. mensagem publicitária. O projeto cita ainda a publi- Além disso, a altura da placa
não poderá ultrapassar 5 metros, contados a partir do chão do estabelecimento. Todos os pedidos de colocação de publicidade continuarão sendo encaminhados à Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU) da Prefeitura, antes de ser expedido o Cadastro de Anúncios (Cadan). Em contrapartida, o prefeito só permitirá anúncios no chamado mobiliário urbano (pontos de ônibus e relógios) e o gerenciamento da prática será feito por empresa privada, escolhida por meio de licitação. Sujões - Enquanto o assunto era debatido na Câmara, candidatos a deputados estaduais e federais intensificavam a colocação de cavaletes e faixas pela cidade. Ontem, na avenida 23 de Maio, que liga o Centro à zona sul, dois exemplos de sujeira eleitoral: cavaletes dos candidato Bruno Covas (neto do ex-governador tucano Mario Covas) e de Turco Louco Hiar, ambos dos PSDB e pleiteando uma vaga na Assembléia Legislativa. O cavalete de Turco Loco era, aparentemente, vigiado por um rapaz sentado ao lado dele. Esse tipo de publicidade poderá causar dor de cabeça aos políticos. Na resolução federal, não fica claro se o cavalete é irregular. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo entende que se enquadra na categoria de "cartazes não-fixos", permitidos pela lei. O advogado Fernando Augusto Fontes Rodrigues, especialista em direito eleitoral, concordou com a posição do TRE, mas ponderou: "Tudo depende da interpretação do juiz eleitoral. Para alguns o cavalete é um cartaz não-fixo. Porém, também é possível que o juiz não entenda dessa forma e, assim, o cavalete seria proibido".
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
(b) Outras receitas e despesas operacionais - seguros Controladora 2006 2005
Consolidado 2006 2005
Outras receitas operacionais IRB - Brasil Resseguros S.A.
-
-
16
308
Receitas com administração do VGBL ..........................
-
-
179.224
132.354
Custo de apólices ...........................................................
1
2
33.797
39.513
Despesas com cobrança ...............................................
(2.526)
(1.590)
(3.971)
(2.648)
Despesas com inspeção de riscos ...............................
(9)
(43)
(12.290)
(14.693)
Contribuições sobre comissões ....................................
(247)
(317)
(361)
(3.936)
Despesas com administração de apólices ....................
-
-
(5.116)
(4.153)
Despesas com encargos sociais sobre comissões .....
-
-
(1.523)
(3.936)
Prejuízos atribuídos seguros e cosseguros ..................
-
-
(2.595)
(2.910)
Despesas de seguros ....................................................
(1.868)
(22)
(49.966)
(5.797)
Contingências cíveis e fiscais ........................................
8.771
4.546
15.800
1.493
Provisão para perdas sobre prêmios ............................
1.823
3.325
2.344
9.153
Outras receitas/despesas operacionais .......................
(666)
-
(13.716)
633
5.279
5.901
141.643
145.381
(c)Outras despesas operacionais - previdência Consolidado 2006
2005
Receita com taxa de gestão - FAPI e PGBL ....................
73.581
62.627
Reversão para contingências .........................................
(39.810)
7.463
Provisão de despesas administrativas para resgates ...
(51.604)
-
Outras despesas operacionais.......................................
(765)
(286)
(18.598)
69.804
(d) Despesas administrativas Controladora
Consolidado
2006
2005
2006
2005
Despesas com pessoal próprio .....................................
20.241
6.240
203.781
139.101
Despesas com serviços de terceiros ............................
2.946
6.468
78.731
63.481
Despesas com localização e funcionamento ................
5.732
1.827
95.934
94.097
Despesas com publicidade e propaganda ....................
416
6
20.661
12.420
Despesas com donativos e contribuições ....................
372
90
4.139
3.882
Constituição (reversão) de provisão trabalhista ...........
7.853
(16.569)
7.853
(16.569)
Outras despesas administrativas ..................................
1.619
1.179
7.963
11.850
39.179
(759)
419.062
308.262
(e) Despesas com tributos
LEGAIS - 7
(h) Resultado não operacional
Lucro na alienação do permanente ............................... Constituição (reversão) de provisão para perdas diversas ............................................................. Recuperação de processo fiscal .................................. Resultado com títulos de capitalização ..........................
Controladora 2006 2005 5.922 734
Consolidado 2006 2005 6.132 7.492
11.096 17.018
14.821 9.978 (5.988) 24.943
(3.715) (2.981)
(71.450) (63.958)
20. Imposto de renda e contribuição social A conciliação do imposto de renda e da contribuição social calculados pela aplicação das alíquotas fiscais vigentes e os impostos contabilizados em resultado é como se segue: Controladora Consolidado 2006 2005 2006 2005 Resultado antes de impostos e participações ............... 1.084.981 1.044.218 1.495.040 1.328.897 Imposto de renda e contribuição social às alíquotas básicas de 25% e 9%, respectivamente ....................... (368.894) (355.034) (508.314) (451.825) Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Equivalência patrimonial tributada nas controladas e coligadas ...................................................................... 340.624 320.939 27.917 132.414 Participações no lucro .................................................... 1.470 294 5.385 1.105 Receitas não tributáveis indedutíveis ............................ (11.725) (1.323) 52.329 69 Despesas indedutíveis ................................................... (8.666) Ajustes efetuados na declaração de rendimento ......... 62 85 Outros valores ................................................................ (2.380) 266 (4.809) 2.338 Imposto de renda e contribuição social contabilizados no semestre .................................................................... (40.905) (34.796) (436.158) (315.814) 21. Cálculo do patrimônio líquido ajustado e margem de solvência A seguir detalhamos o cálculo do patrimônio líquido ajustado e margem de solvência da Controlada em 30 de junho: 2006 2005 Patrimônio líquido contábil ...................................................................
6.305.345
3.589.030
4.834.534
2.146.571
outras atividades ................................................................................
294.614
3.635 683
(-) 100% de participações diretas ou indiretas em sociedades seguradoras, capitalização e previdência, atualizadas pela efetiva equivalência patrimonial ......................................................... (-) 50% de participações diretas e indiretas em empresas de (-) Despesas antecipadas .................................................................
971
(-) Ativo diferido ..................................................................................
220
356
Patrimônio líquido ajustado .................................................................
1.175.006
1.437.785
18.299
12.037
Margem de solvência Controladora
Consolidado
A) 0,20 Prêmios retidos - Média últimos 12 meses ............................
2006
2005
2006
2005
B) 0,33 Sinistros retidos - Média últimos 36 meses ..........................
21.208
17.403
Despesas com PIS ..........................................................
298
300
11.825
8.742
Patrimônio líquido ajustado .................................................................
1.175.006
1.437.785
Despesas com COFINS ..................................................
1.834
1.844
72.702
53.759
(-) Margem de solvência: (valor de A ou B = o maior) ....................... Suficiência ..........................................................................................
21.208 1.153.798
17.403 1.420.382
Despesas com taxa de fiscalização ..............................
160
347
1.772
1.557
Impostos federais/estaduais/municipais ........................
893
1.909
5.949
3.979
Outras despesas com tributos .......................................
-
-
3.178
-
3.185
4.400
95.426
68.037
(f) Receitas financeiras Controladora
Consolidado
2006
2005
2006
2005
Receitas com títulos de renda fixa Privados ..............
92.571
65.194
555.405
1.297.253
Receitas com títulos de renda fixa Públicos ...............
11.480
19.635
1.081.669
281.085
Receitas com títulos de renda variável ..........................
44.387
6.188
229.433
159.543
Receitas com operações de seguros e resseguros ....
430
(18)
37.535
45.179
Receitas financeiras com quotas de fundos
22. Outras informações (a)Plano de previdência dos funcionários A Seguradora e suas subsidiárias mantêm planos de aposentadoria complementar para seus empregados e dirigentes, nas modalidades de benefício definido e de contribuição definida (PGBL), que estão integralmente cobertos por provisões técnicas, conforme se segue: Controladora Consolidado 2006 2005 2006 2005 Benefícios concedidos ............................................. 98.257 92.585 167.681 155.712 Benefícios a conceder ............................................. 119.996 86.884 354.795 118.289 218.253 179.469 522.476 274.001 Contribuições para os planos ..................................
3.126
2.662
15.214
10.998
(b)Títulos e créditos a receber A rubrica Títulos e créditos a receber , no ativo circulante, inclui R$ 4.082 (R$926 em 2005) de dividendos a receber de participações societárias.
especialmente constituídos garantidores de planos
(c) Obrigações a pagar
de benefícios ..................................................................
-
-
1.361.597
1.104.504
Atualização monetária de depósitos judiciais e fiscais .
99.491
-
254.061
-
Outras receitas financeiras ...........................................
7.354
(421)
49.227
11.727
255.713
90.578
3.568.927
2.899.291
A rubrica Obrigações a pagar , no passivo circulante, inclui R$ 1.229.674 (R$9.045 em 2005) referentes a dividendos a pagar. (d)Outras receitas/despesas patrimoniais A rubrica Outras receitas/despesas patrimoniais , na demonstração de resultado, refere-se à provisão para desvalorização de investimentos - incentivos fiscais, constituída em função da expectativa do valor
(g) Despesas financeiras Controladora
de realização dos mesmos.
Consolidado
2006
2005
2006
2005
Despesas com operações com seguros .......................
(10.120)
-
(911.251)
(686.931)
A rubrica Ajustes de investimento em controladas e coligadas , na demonstração de resultados, refere-
Despesas com juros .......................................................
-
822
(2.079)
(24.364)
se ao resultado de equivalência patrimonial e outros valores, equivalentes a R$ 1.003.203 (R$ 943.939 em
Tributação sobre operações financeiras ......................
(6.754)
(4.062)
(22.021)
(15.425)
2005) e R$ (1.369) (R$ (2.607) em 2005) na Controladora e R$ 83.779 (R$ 381.843 em 2005) e R$ (1.670)
Atualização monetária de impostos ...............................
(2.549)
-
(2.985)
(10.997)
Atualização monetária de operações de resseguro .....
(26.808)
(e)Ajustes de investimento em controladas e coligadas
(R$ (924) em 2005) no Consolidado, respectivamente. (f) Comitê de auditoria - Resolução CNSP n° 118/04
-
-
(32.684)
de previdência ................................................................
-
-
(980.931) (1.055.589)
Despesas financeiras com títulos de capitalização ......
-
-
(72.597)
(72.290)
Despesas com CPMF ......................................................
(3.890)
(4.627)
(17.955)
(42.432)
Atualização monetária de contingências passivas .......
(90.223)
(7.255)
(247.210)
(1.797)
normativo também referenda para utilização obrigatória pelas sociedades seguradoras, a partir de 2006,
Outras despesas financeiras ........................................
(2.194)
(4.335)
(38.061)
(11.258)
os critérios estabelecidos no pronunciamento NPC 22 do IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes
Despesas financeiras com provisões técnicas
(115.730)
(19.457) (2.327.774) (1.947.891)
O resumo do relatório do Comitê de Auditoria foi divulgado junto com as demonstrações financeiras do Banco Bradesco S.A. (acionista controlador) em 09 de agosto de 2006. (g)Circular SUSEP nº 314/05 Em 28 de dezembro de 2005, a SUSEP emitiu a Circular SUSEP nº 314, instituindo um novo plano de contas para entrar em vigor a partir de 1º de janeiro de 2006. Além de diversas alterações introduzidas, o
do Brasil, que trata de provisões, passivos, contingências passivas e contingências ativas.
DIRETORIA Luiz Carlos Trabuco Cappi - Diretor-Presidente Aurélio Conrado Boni - Diretor Geral de Tecnologia Samuel Monteiro dos Santos Júnior - Diretor Geral Administrativo e Financeiro Luiz Tavares Pereira Filho - Diretor Gerente Marcos Suryan Neto - Diretor Gerente Ivan Luiz Gontijo Júnior - Diretor Gerente Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa - Diretor
Luiz Henrique Cajado de Azeredo Coutinho Atuário MIBA nº 701 Getúlio Antônio Guidini Contador CRC-1RS034447/S-3SP
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas Bradesco Seguros S.A. 1. Examinamos o balanço patrimonial da Bradesco Seguros S.A. e o balanço patrimonial consolidado da Bradesco Seguros S.A. e empresas controladas (consolidado) em 30 de junho de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos da Bradesco Seguros S.A. e as correspondentes demonstrações consolidadas do resultado e das origens e aplicações de recursos do semestre findo nessa data, elaborados sob a responsabilidade da sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nosso exame compreendeu, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da seguradora, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da seguradora, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Bradesco Seguros S.A. e da Bradesco Seguros S.A. e empresas controladas (consolidado) em 30 de junho de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos da Bradesco Seguros S.A. do semestre findo nessa data, bem como o resultado consolidado das operações e as origens e aplicações de recursos consolidadas desse semestre, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. O exame das demonstrações financeiras do semestre findo em 30 de junho de 2005, apresentadas para fins de comparação, foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram parecer com data de 22 de agosto de 2005, com ressalva sobre o fato de que as demonstrações financeiras de determinadas coligadas, que serviram de base para os cálculos de equivalência patrimonial, não terem sido examinadas por auditores independentes. Esses investimentos estavam representados no ativo permanente, em 2005, por R$125.447 mil na Controladora e R$76.853 mil no Consolidado e o resultado positivo de equivalência patrimonial, no semestre findo em 30 de junho de 2005, foi de R$59.090 mil na Controladora e R$56.503mil no Consolidado. São Paulo, 22 de agosto de 2006 Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5
Edison Arisa Pereira Contador CRC 1SP127241/O-0
DIÁRIO DO COMÉRCIO
14 -.ECONOMIA/LEGAIS (continuação)
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
VOTORANTIM - CORRETORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS LTDA. C.N.P.J. 01.170.892/0001-31 Av. Roque Petroni Jr. 999 - 16º andar - conj. B - CEP: 04707-910 - São Paulo - SP Tel: (011) 5185-1700 Fax: (011) 5185-1900
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 - (Em milhares de reais) 12 Outras informações g. Em 23 de julho de 2003, a Sociedade protocolou junto à Secretaria da Receita Fedecom base na limitação de 1,5% da receita bruta de intermediação financeira, a. “Outros créditos - Diversos” incluem o montante de R$ 3.443 (2005- R$ 1.449), ral sua adesão ao Programa de Parcelamento Especial - PAES, instituído pela Lei nº atualizados com base na variação da Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP e 10.684/03, do Governo Federal. A adesão ao programa possibilitou o parcelamento reclassificados para impostos e contribuições a recolher. A Sociedade está cumprindo referentes às antecipações de imposto de renda e contribuição social e o mondo PIS, referente ao período de janeiro de 2000 a janeiro de 2003, o qual vinha sendo com as condições do referido programa quanto à adimplência aos pagamentos tante de R$ 95.633 (2005 – não houve) referente a operações de swap a liquidar com instituição ligada. questionado judicialmente e registrado em provisão para riscos fiscais. Os montantes parcelados, bem como quanto ao recolhimento dos demais impostos devidos b. “Negociação e intermediação de valores” refere-se a operações de clientes com relativos ao PIS inclusos no programa foram parcelados em 120 meses, calculados mensalmente. liquidação financeira pendente, apresentadas no Ativo e no Passivo. Principal e multa atualizados Saldo em 30 de c. “Receitas de prestação de serviços” se referem, substancialmente, a corretagem na data de adesão Atualização - TJLP Amortização junho de 2006 por intermediação de operações em bolsas de valores e mercadorias. 1.384 339 476 1.247 d. “Outras receitas operacionais” se referem, principalmente, a bônus recebidos da BOVESPA a título de prêmio por volume de operações. S.A. e Instituições Controladas, constituído por dispositivo estatutário e aprovado h. As Instituições Financeiras integrantes do Grupo Financeiro Votorantim apuram seus e. “Outras despesas operacionais” se referem, basicamente, à atualização monetápelo Banco Central do Brasil em 28 de junho de 2004, estabeleceram atividades limites de patrimônio líquido mínimo exigido de forma consolidada, dentro dos ria de contingências fiscais. parâmetros previstos na Resolução nº 2.099, do Banco Central do Brasil, de 17 de com o propósito de analisar e avaliar a exatidão dos Controles Internos e das f. “Outras despesas administrativas” se referem, basicamente, às despesas de agosto de 1994, e normativos posteriores aplicáveis. operações do Grupo Financeiro Votorantim, baseando-se nos regulamentos e leis processamento de dados, no montante de R$ 688 (2005 - R$ 652), e despesas i. Em conformidade com a Resolução nº 3.198, de 27 de maio de 2004, do Banco aplicáveis. de encargos de convênio operacional, no montante de R$ 987 (2005 - R$ 1.018). Central do Brasil, os membros efetivos do Comitê de Auditoria do Banco Votorantim Lupercio de Souza Izabel - Contador - CRC 1SP194632/O-4 Diretoria Administradores João Batista Donizete de Souza Abraham Bragança de Vasconcellos Weintraub Marcelo Parente Vives Milton Egon Eggers Silvio Alfredo Frugoli José Manoel Lobato Barletta Celso Marques de Oliveira Mario Antonio Thomazi Milton Roberto Pereira Wilson Masao Kuzuhara PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequanião sobre essas demonstrações financeiras. Aos Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no damente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Votorantim Administradores e Quotistas da Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância Corretora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. em 30 de junho de 2006 e 2005, os Votorantim Corretora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e São Paulo - SP Examinamos os balanços patrimoniais da Votorantim Corretora de Títulos e Valores Sociedade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que aplicações de seus recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, de Mobiliários Ltda. levantados em 30 de junho de 2006 e 2005 e as respectivas demonstra- suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 11 de agosto de 2006 ções de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da KPMG Auditores Independentes recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a res- Sociedade, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em Giuseppe Masi CRC 2SP014428/O-6 ponsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opi- conjunto. Contador CRC 1SP176273/O-7
Votorantim Seguros e Previdência S.A. CNPJ/MF nº 06.928.167/0001-01 Av. Roque Petroni Jr. 999 - 11º andar, conjunto “A” - Jardim das Acácias - CEP 04707-910 São Paulo - SP Tel. (11) 5185-1700 Fax (11) 5185-1900 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 Senhores Acionistas, A Seguradora vem cumprindo com suas obrigações legais e regulamentares, com (Em milhares de reais, exceto o lucro líquido por ação) Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de observância das normas do Conselho Nacional de Seguros Privados — CNSP e da 2006 V.Sas. as demonstrações financeiras referentes ao período encerrado em 30 de junho Superintendência de Seguros Privados — SUSEP. Despesas administrativas (60) de 2006, bem como o parecer dos auditores independentes. Despesas com tributos (57) Até a presente data a Seguradora encontra-se em fase pré-operacional, estando, São Paulo, 11 de agosto de 2006 Resultado financeiro 610 portanto, sem atividades. A Diretoria Receitas financeiras 617 BALANÇO PATRIMONIAL EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 - (Em milhares de reais) Despesas financeiras (7) 493 Ativo 2006 2005 Passivo 2006 2005 Resultado antes dos impostos e participações (44) Circulante 8.439 7.683 Circulante 174 170 Contribuição social (111) Disponível 173 20 Contas a pagar 174 170 Imposto de renda (1) Caixa e bancos 173 20 Obrigações a pagar 3 2 Ativo fiscal diferido 337 Provisões para impostos e contribuições 159 164 Lucro líquido Aplicações 8.248 7.641 6.600 Outras contas a pagar 12 4 Quantidade de ações (mil) Títulos de renda fixa 8.248 7.641 Patrimônio líquido 8.265 7.513 Lucro líquido por ação 0,05 Títulos e créditos a receber 18 22 Capital social 6.600 6.600 DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS Créditos tributários e previdenciários 18 22 Reservas de lucros 1.328 544 Semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 Lucros acumulados 337 369 (Em milhares de reais) Total do Ativo 8.439 7.683 Total do Passivo 8.439 7.683 2006 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Lucro líquido do semestre 337 Semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 - (Em milhares de reais) Atividades operacionais Capital social Reserva de lucros Lucros acumulados Total - Variação aplicações (16) Saldos em 31 de dezembro de 2004 6.600 27 517 7.144 - Variação de títulos e créditos a receber 25 Lucro líquido do semestre 369 369 - Variação de contas a pagar (192) Proposta para destinação do lucro: (183) Reserva para expansão 517 (517) - Caixa líquido gerado nas atividades operacionais 154 Saldos em 30 de junho de 2005 6.600 544 369 7.513 Aumento das disponibilidades Saldos em 31 de dezembro de 2005 6.600 1.328 7.928 Disponibilidades no início do período 19 Lucro líquido do semestre 337 337 Disponibilidades no final do período 173 Saldos em 30 de junho de 2006 6.600 1.328 337 8.265 Aumento (diminuição) nas disponibilidades 154
2005 (51) (80) 653 653 522 (44) (109) 369 6.600 0,06
2005 369 (484) 230 (119) (373) (4) 24 20 (4)
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - Semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 - (Em milhares de reais) 1
2
3
Contexto operacional A Votorantim Seguros e Previdência S.A. é uma sociedade anônima, constituída em 15 de janeiro de 2004, com o objetivo de atuar com operação de seguros, exclusivamente no ramo vida, operação de planos de benefícios de caráter previdenciário, concedidos em forma de renda continuada ou pagamento único, acessíveis a quaisquer pessoas físicas, vinculadas ou não a uma pessoa jurídica contratante, conforme legislação vigente, e a participação em outras sociedades, na qualidade de sócia ou acionista, exceto em sociedades corretoras de seguros. A Sociedade, desde a obtenção da autorização de funcionamento concedido pela SUSEP em 23 de junho de 2004, encontra-se em fase de análise para definição das estratégias para sua implementação, não tendo realizado 4 nenhuma operação até a presente data. As operações são conduzidas no contexto de um conjunto de instituições e empresas do Grupo Financeiro Votorantim e certas operações têm a co-participação ou a intermediação de empresas associadas. Os benefícios dos serviços prestados entre essas empresas e os custos da estrutura operacional e administrativa são absorvidos segundo a praticabilidade e razoabilidade de lhes serem atribuídos, em 5 conjunto ou individualmente. Apresentação e elaboração das demonstrações contábeis As demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com observância das normas do Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP e Superintendência de Seguros Privados - SUSEP. Principais práticas contábeis As principais práticas contábeis adotadas pela Sociedade são: 6 a. Apuração do resultado O resultado é apurado pelo regime contábil de competência. b. Aplicações Conforme disposto na Circular SUSEP nº 314/2005, os títulos de renda fixa são classificados em categorias, de acordo com a intenção de investimento da Administração. • Títulos para negociação; • Títulos disponíveis para venda; e • Títulos mantidos até o vencimento. Os títulos de renda fixa classificados na categoria títulos para negociação devem ser avaliados e registrados a valor de mercado e a diferença em relação ao custo corrigido é reconhecida no resultado do semestre. Os títulos classificados na categoria títulos disponíveis para venda devem ser registrados a valor de mercado e a diferença em relação ao custo corrigido é reconhecida em conta específica do Patrimônio líquido. Os títulos classificados na categoria títulos mantidos até o vencimento devem ser registrados pelo respectivo custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço. c. Títulos e créditos a receber Demonstrados ao custo, acrescidos dos rendimentos auferidos com base “pro
Diretoria:
Diretores Executivos Marcus Olyntho de Camargo Arruda Milton Roberto Pereira
rata” dia e, quando aplicável, ajustado a valor de mercado, conforme disposto c. Imposto de renda e contribuição social diferidos na Circular SUSEP nº 314/2005 e disposições complementares aplicáveis. São Ativo (Outros créditos - Diversos) 2006 2005 reconhecidos créditos tributários referentes à diferença entre valor contábil e Saldo inicial 1 valor de mercado de aplicação em títulos de renda fixa. Ajuste a valor de mercado (1) 4 d. Contas a pagar Saldo final 4 Demonstrado por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicá7 Patrimônio líquido ajustado – PLA e margem de solvência vel, os encargos apurados com base “pro rata” dia, incorridos até a data do Segue a demonstração do Patrimônio líquido ajustado e da margem de solvência: balanço. As provisões para imposto de renda e contribuição social correntes 2006 2005 são constituídas às alíquotas de 15%, acrescidas de adicional de 10%, e 9%, Patrimônio líquido 8.265 7.513 respectivamente, de acordo com a legislação vigente. Créditos tributários e impostos a compensar 18 22 Aplicações Patrimônio líquido ajustado 8.247 7.491 Representados por Letras Financeiras do Tesouro - LFT, com vencimento em 13 de dezembro de 2006, classificadas como “títulos para negociação”. O valor de mercado Margem de solvência (*) desses títulos é de R$ 8.248 (2005 - R$ 7.641) e o valor do custo atualizado é de (*) A Sociedade, desde a obtenção da autorização de funcionamento concedida R$ 8.247 (2005 - R$ 7.653). Conseqüentemente, o resultado não realizado é de R$ pela SUSEP em 23 de junho de 2004, encontra-se em fase de análise para defini1 (2005 - R$ 12). O critério de precificação dos títulos considera taxas divulgadas ção das estratégias para sua implementação, não tendo realizado nenhuma operapela ANDIMA. ção até a presente data. Patrimônio líquido 8 Transação com partes relacionadas a. Capital social 2006 2005 O capital social da Sociedade, totalmente subscrito e integralizado, é represenAtivo: tado por 6.600.000 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. Disponível - Banco Votorantim S.A. 173 20 b. Dividendos Passivos: Aos acionistas é assegurado um dividendo mínimo obrigatório, correspondente a 25% do lucro de cada exercício, deduzida a reserva legal. Obrigações a pagar 3 3 Imposto de renda e contribuição social Resultado: a. Encargos devidos sobre as operações do semestre Despesas administrativas (16) (15) Segue a demonstração do imposto de renda e da contribuição social, inciden- 9 Outras informações tes sobre as operações do semestre: a. Despesas administrativas são compostas, principalmente, por gastos com 2006 2005 publicações legais, no montante de R$ 39 (2005 – R$ 26); com aluguel, no Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 493 522 montante de R$ 16 (2005 – R$ 15), e com serviços de terceiros, no montante de Encargos (imposto de renda e contribuição social) à R$ 5 (2005 – R$ 6). b. Receitas financeiras correspondem às receitas com títulos de renda fixa, no alíquota nominal de 25% e 9%, respectivamente (168) (177) montante de R$ 614 (2005 – R$ 653). Exclusões/(adições) temporárias 13 24 c. Despesas com tributos são compostas por despesas de Contribuição Provisória Ajuste a valor de mercado (1) 4 sobre Movimentação Financeira - CPMF, Programa de Integração Social - PIS, Outros 14 20 Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS e taxa de Imposto de renda e contribuição social correntes (155) (153) fiscalização SUSEP. b. Imposto de renda e contribuição social diferidos com efeito sobre o resuld. Títulos e créditos a receber se referem, substancialmente, ao imposto de renda tado e à contribuição social antecipados sobre os lucros, que serão compensados 2006 2005 com impostos e contribuições devidos sobre o resultado do exercício. Crédito tributário e. Em 30 de junho de 2006 e 2005 não haviam operações com instrumentos Adições/(exclusões): financeiros derivativos em aberto. Ajuste a valor de mercado (1) 4 Nelson Jorge de Freitas - Contador - CRC 1 SP 103971/O-1 Ativo fiscal diferido no semestre (1) 4
Diretor de Relações com a SUSEP Marcelo Kehl Jobim
Aos Administradores e Acionistas da Votorantim Seguros e Previdência S.A. São Paulo - SP Examinamos os balanços patrimoniais da Votorantim Seguros e Previdência S.A. levantados em 30 de junho de 2006 e 2005 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.
Diretor Técnico e Diretor de Controles Internos Mario Antonio Thomazi
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Seguradora; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Seguradora, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira
Diretor Administrativo-Financeiro e Diretor de Supervisão João Batista Donizete de Souza
da Votorantim Seguros e Previdência S.A. em 30 de junho de 2006 e 2005, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 11 de agosto de 2006
KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6
Giuseppe Masi Contador CRC 1SP176273/O-7
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 -.ESPECIAL
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
O PARAÍSO DO JEANS Ricardo Padue/AFG
BRÁS
A indústria do Brás não pára de crescer, destacando-se pela produção de peças em índigo: 10 milhões por mês.
Olivier Claisse/Ag. Fotosite/12/06/2006
em todos os que passeiam pelas ruas do Brás sabem o porquê de o bairro ser hoje referência quando se fala em moda. Essa tradição começou no século 19, quando, com a passagem de tropeiros em direção à cidade de Santos e de uma procissão que saía da Penha rumo à igreja matriz, pipocaram os primeiros comércios da região. Também movimentou o lugar a construção de estações ferroviárias, na virada do século 19 para o 20, que trouxe muitos imigrantes italianos. Mais tarde, nos anos 30, foi a vez de os nordestinos descobrirem esse trecho da terra da garoa. Aos poucos, as indústrias foram desaparecendo do bairro e, no lugar delas, surgiram oficinas de costura, aquecendo as relações comerciais, potencializadas na década de 70, quando a instalação do metrô ocupou uma área antes destinada aos moradores. Passados mais de 30 anos, a indústria local não pára de crescer, destacando-se pela produção de peças em índigo: 10 milhões por mês, graças ao empenho de 4 mil fabricantes. "O forte daqui é o jeans, tanto que as grandes marcas do Brasil têm fornecedores no Brás", garante Kamal Soueid, diretor de Marketing da Associação de Lojistas do Brás (Alobrás). Seu sonho de consumo é um jeans italiano premium, com lavagem megadiferenciada? Os do Brás não ficam atrás no layout, mas, sim, no preço – nada mal. Para garantir à clientela satisfação por adquirir um produto especial, as empresas capricham em pesquisa de tendência, renovam maquinário e investem em qualificação profissional. "Nos dedicamos 100% ao nosso produto, tanto que viajamos, de duas a três por ano, para a Europa e os Estados Unidos em busca de novidades e de contatos para exportação", afirma a estilista da marca Byzance, Wilma Rocha. E acrescenta: "Peças mais elaboradas, com pedras, por exemplo, fazem sucesso na Itália, mas não aqui. No Brasil, as mulheres preferem calças básicas e com preços mais acessíveis." Não é só a mulherada que consome na região. Os homens também passeiam e, claro, WValente/AFG compram no Brás. "Considero as novelas verdadeiras vitrines de moda e delas pego idéias de como me vestir. Vejo na tevê e venho gastar aqui", conta Diego Fagundes, Kamal: a fortaleza do jeans estudante adepto ao estilo descolado, seguindo uma linha mais básica. Há quem prefira um look menos casual, elegendo peças rebuscadas para compor o armário, como Natália Martins, filha de um lojista da região, superfeminina em seu traje corde-rosa. "Aqui as roupas são bem diferentes, trabalhadas, às vezes mais que em shopping."
N
JARDINS
Detalhe de bota na passarela com Alexandre Herchcovitch
Detalhe de vitrine da loja Byzance, no Brás. Produtos em jeans são fruto do empenho de 4 mil fabricantes Ricardo Padue/AFG
WValente/AFG
O sobe-e-desce caracteriza a rua Augusta. Nos anos 70, ela era reduto de luxo, com butiques e apelo para a idéia de glamour, depois deu uma caidinha até conquistar a sua verdadeira identidade: a da cultura alternativa. Seu comércio é centralizado na Galeria Ouro Fino – existente há mais de 40 anos –, onde moderninhos escolhem roupas de vanguarda e curiosos circulam na tentativa de entenderem o sucesso da construção. "Sou carioca, mas quis conhecer a tão falada Ouro Fino. Já tinha uma noção, por comentários, de como eram as lojas e a freqüência, mas ainda assim fiquei surpresa com tanta inovação", declara a Shirley tradutora Alexandra Queiroz, Dartor, bem na moda com seu moda na vestido sobreposto à calça. Galeria Mas, afinal, quem são Ouro os habitués do reduto? Fino "Pessoas quem vêm em busca de vanguardismo. Sempre vejo artistas, cantores, publicitários, um pessoal da moda e gente do cinema aqui", revela Raquel Carlos, estilista e proprietária da Pop Chiq. Sobre as suas referências, vai logo avisando. "Dou uma olhada nessa história de tendência, até pesquiso em revistas de fora, mas na hora de criar sigo o meu feeling mesmo." Seguir a própria intuição parece ser característica de quem se identifica com a Galeria. É o caso da ceramista Cecília Mercado, que tem o talento de perceber os modismos antes mesmo de eles serem aceitos em massa e não se envergonha de admitir seu gosto por brechós e peças reformadas — na ocasião, usava saia xadrez plissada, camisetinha preta básica e colar com forma arrojada. Mesmo do lado de fora desse centro de compras, as pessoas tendem a arrasar no visual, como a designer de jóias Simone Lopes. "Observando quem passa na rua sempre me inspiro. Aqui é um mundo eclético, ao contrário do shopping, restrito demais. Gosto de customizar roupas, inventar." Personificação do que é in, a estudante de Economia Maria Camila Coelho conseguiu em uma mesma composição mostrar duas tendências: bermuda e colete, visual incrementado por um longo colar de pérolas. E, apesar de ter vindo do Rio, a estudante de Moda Maira Brito gosta mesmo é do estilo de Sampa, menos balneário, como ela insiste em definir. O resultado dessa sua preferência? Regatinha preta, o bom e velho jeans, cinto com tachas, em referência ao universo do rock e, para completar, um boné rosa, à Penélope Charmosa.
Mar de jeans: 10 milhões de peças por mês
Bianca Cordeiro: moda na Rua Haddock Lobo Fotos Rogério Albuquerque/AFG
Vestindo a casa namoro entre moda e decoração está firme e forte. Não é à toa que o mercado de interiores busca parcerias com designers para incrementar produtos. Com um olhar nesse filão, a Dominici convidou oito estilistas – Adriana Barra, Cris Barros, Jum Nakao, Mario Queiroz, Dudu Bertholini, Rita Comparato, Rita Wainer e Ronaldo Fraga – para transferirem algumas de suas criações apresentadas no São Paulo Fashion Week ao mesmo modelo de luminária. "Há uma necessidade de personalizar a casa e vesti-la de acordo com os anseios de cada um. O mais interessante é saber que hoje estamos livres das ditaduras de estilo e que assim podemos expressar nossas individualidades, tanto através do que vestimos quanto da maneira como vivemos", diz a diretora de criação da marca, Baba Vacaro. Sabe as lindas estampas florais criadas por Adriana Barra? E os tricôs de Lili Piovesan? Agora, graças à Micasa, eles podem servir de decoração, conferindo um quê de diferenciação a poltronas e a porta-revistas. "Existe um movimento muito forte de entrelaçamento entre decoração e moda, justamente porque a moda promove esse glamour especial", diz Houssein Jarouche, proprietário da loja. Associar elementos fashion a propostas de décor é também interesse da Collectania, que transformou essa união em mostra: "A Moda brinca com a decoração", que reuniu 12 armários da MisuraEmme desenvolvidos por arquitetos de destaque no mercado e em cada um deles havia roupas de estilistas igualmente em voga – Arthur Casas e Alexandre Herchcovitch, David Bastos e Isabela Capeto, bem como Fernanda Marques e Lorenzo Merlino foram algumas das duplas formadas.
O
A estilista Fafa Oliveira e o arquiteto Roberto Migotto
Armário de Barros e Isabella
Criação de Cioni e Olegário de Sá
2
Urbanismo Ambiente Design Compor tamento
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
As empresas de papelão produziriam os móveis e o governo compraria as peças para ajudar as famílias. Ivo Pons, professor coordenador do projeto
PROJETO, DE ESTUDANTES, AGORA ESPERA POR APOIO
Nas emergências, sofá de papelão Móveis feitos de uma espécie de papelão resistente poderiam ser utilizados em casos de catástrofes, como enchentes e incêndios Fotos de Newton Santos/Hype
C
adeiras, mesas, berços, camas, estantes e sofás feitos com uma espécie de papelão resistente, capazes de suportar um peso de até 130 quilos, deverão entrar em breve no mercado. A mobília seria utilizada, principalmente, por famílias que passaram por catástrofes, como enchentes e incêndios, e acabaram perdendo tudo o que tinham. Desenvolvido por estudantes de desenho industrial da Universidade Mackenzie, o projeto social Mobiliário Temporário para Desabrigados agora espera incentivo do governo e de empresas de embalagens para ser colocado em prática. A iniciativa conquistou visibilidade internacional depois que ganhou o apoio da Universidade de Firenze na Itália, que levou as peças, por duas vezes, para serem expostas na Feira do Móvel de Milão. No Brasil, os produtos foram apresentados na 9º Craft Design, em São Paulo. Durante a feira, realizada no Centro Fecomercio de Eventos até a última sexta-feira, o professor de desenho industrial da Universidade Mackenzie e coordenador do projeto, Ivo Pons, explicou que da parceria entre brasileiros e italianos nasceu a equipe Design Possível. "Estamos desenvolvendo o projeto do mobiliário em papelão em conjunto com os italianos já há um ano. Nosso objetivo é gerar patentes abertas para serem usadas em todo o mundo." Fabricação – O mobiliário temporário para desabrigados é produzido sem a utilização de cola. "Optamos por encaixar as peças de papelão justamente para facilitar o transporte de um local para o outro. Quando saírem do abrigo temporário, as famílias poderão, por exemplo, continuar utilizando os produtos em suas casas até poderem comprar novamente os móveis tradicionais", disse Pons. Segundo ele, a equipe realizará uma reunião, na próxima semana, com representantes do Centro de Vigilância Civil para tentar viabilizar a idéia. "As empresas de papelão ficarão responsáveis por produzir os móveis e o governo pela compra das peças para ajudar as famílias necessitadas." O próximo passo do Design Possível será firmar parcerias com empresas de desenho gráfico para pintar e desenvolver novas formas para os móveis, deixando as peças mais boni-
Nos objetos de decoração, a fauna e a flora
O
Ó RBITA
SUBGERENTE ois assaltantes invadiram D uma agência bancária do Sudameris, da avenida
Brigadeiro Faria Lima, e mataram a subgerente, por volta das 14h de ontem. Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), os dois homens entraram no segundo andar, informaram que queriam abrir uma conta, sentaram para conversar com um gerente e, pouco depois, anunciaram ao assalto. Os criminosos desceram ao primeiro andar e renderam um dos vigias. Houve troca de tiros e a sub-gerente foi baleada no rosto e chegou a ser socorrida. Os bandidos conseguiram fugir. (AE)
CONDENADO soldado da Polícia Militar Carlos Jorge O Carvalho foi condenado a 543
anos de prisão, em regime fechado, por participação na chacina da Baixada Fluminense, o maior massacre já registrado no Estado do Rio. O júri popular, composto de cinco mulheres e dois homens, o condenou por 29 homicídios, uma tentativa de homicídio e formação de quadrilha. O julgamento foi encerrado ontem. Parentes das vítimas, que acompanharam as mais de 27 de horas de julgamento, realizado no Tribunal do Júri de Nova Iguaçu, comemoraram a decisão, de mãos dadas. (AE)
FAMÍLIA s assaltantes que fizeram uma família refém por O mais de seis horas, na
madrugada de ontem, são vizinhos das vítimas em Cidade Líder. O caso aconteceu na casa do comerciante José Rodrigues, de 59 anos. Ele vinha do Canindé quando foi rendido após entrar na garagem. Seu filho, Fernando, 19 anos, ouviu o barulho dos ladrões e chamou a polícia. Os criminosos exigiram a presença de equipes de televisão para liberarem os reféns. Os dois ladrões discutiam e o pior momento aconteceu depois de mais de seis horas, quando a mulher de Rodrigues, Ione, desmaiou. Os dois criminosos acabaram detidos. (AE)
Só BEBIDAS Promoções de Inverno
DC
Vanessa Rosal
tas e modernas. A durabilidade de cada objeto criado pelo grupo é de aproximadamente seis meses. Depois disso, o papelão poderá ser reutilizado. De acordo com Pons, o mais importante dessa parceria foi unir o melhor de cada uma das culturas. "Os italianos são ótimos no conceito e os brasileiros são mais práticos e também mais criativos. O casamento foi perfeito". Decoração – A 9º Craft Design mostrou também outro projeto social que torna possível a confecção de peças decorativas com material reciclável. Flores, vasos, porta-copos, molduras de espelhos e até cortinas são produzidos usando-se jornais velhos. A iniciativa partiu da designer Adriana Yazbek. "O projeto é realizado em um albergue para desabrigados, na Oficina Boracéa, em Professor Pons, do Mackenzie, e o sofá de papelão: em busca de parcerias para levar o projeto adiante São Paulo, e já tem a participação de oito pessoas", explicou. Segundo e l a , 1 2 p e ssoas saíram bjetos que lembram do albergue e árvores e animais conseguiram também foram destameios finanque da 9º Craft Design. Decoceiros para se rar a casa de forma agradável e sustentar aconchegante com produtos com os lucros que representem a natureza é o do projeto. principal objetivo de esculto"No início, res, arquitetos e artistas plástipudemos cos que tiveram seus trabalhos contar com expostos na mostra. uma bolsa da Segundo a designer Ângela Secretaria de Bassan, a natureza sempre foi e Assistência e continua sendo a principal D e se n v ol v i- Grupo de bonecos feitos em metal. Um toque mais moderno na decoração. fonte de inspiração dos artistas mento Social pelo mundo. "Me baseio no do Estado de São Paulo para Pantanal brasileiro para criar sobreviver. Agora, já conseminhas peças. É a tendência do guimos andar com as nossas setor de decoração", disse a espróprias pernas", disse. cultora, que se inspirou em Os produtos feitos com jorborboletas e águas-vivas para nal já são vendidos para cliencriar fruteiras modernas. tes em todo o País. O reconheMóveis e iluminação – Há cimento da beleza desse tipo um ano no mercado, a de artesanato faz com que os Bambhoo já começa a ser recoparticipantes da Oficina Boranhecida no exterior com a procéa resgatem a auto-estima e dução de luminárias artesasejam inseridos na sociedade. nais de bambu, revestidas e deAs peças são produzidas a coradas com folhas, flores e separtir de uma técnica de enromentes secas. O lançamento da lar tiras de jornal. Molda-se o empresa é um lustre de papel objeto desejado e, com cola e Luminárias feitas em bambu com flores, folhas e sementes secas de fibra de algodão. "Dentro tinta ele é finalizado. Um pordele não tem lâmpada, e sim ta-copos de jornal custa, em um semi-condutor, que vai média, R$ 2. Um espelho com mudando de cor", explicou a moldura colorida, R$ 290. "Fadesigner Lígia Miguez. Fruteira, zemos do lixo, um verdadeiro Outra tendência são os móconfeccionada luxo", finalizou. veis rústicos feitos com madeiem resina, imita ra de eucalipto. Ter uma peça SERVIÇO uma borboleta. dessas é como ter uma árvore – Móveis de papelão: A fauna e a flora dentro de casa. "O interessante www.designpossivel.com.br. brasileiras estão é que nossos produtos são úni– Oficina Boracéa: 3392-6638. em alta entre os cos. Não há uma peça igual a – Bambhoo: 3269-5861 ou no objetos para outra", disse o designer Paulo www.bambhoo.com.br decoração. – O site da feira é o Werneck, proprietário do Galwww.craftdesign.com.br pão Contemporâneo. (VR)
Importadas
SÓ bebidaS Nacionais
“MANIA DE VENDER BARATO”
Vinho Espanhol Riscal R$ 44,00
Vinho Chileno Casa Mayor R$ 19,90
Porca de Murça R$ 17,90
Vinho Italiano Chianti R$ 29,90
Lambrusco R$ 11,50
Vinho Francês Côtes du Rhône R$ 29,90
Vinho do Porto Senador R$ 27,90
Vinho Português Mateus Rosé R$ 19,90
Vinho Italiano Gabia D´Oro R$ 13,50
Vinho Chileno Gato Negro R$ 17,90
Vinho Português Cartuxa R$ 64,90
Vinho Português Redondo R$ 29,90
Vinho Português Grand Jo R$ 25,50
Vinho Chileno Carta Vieja Carmenére/Cabernet
R$ 14,90
* preços para unidade na caixa.
ACEITAMOS CARTÕES DE CRÉDITO
PABX: 3106-9898 / 3112-0398 www.sobebidas.com.br
Pça. João Mendes, esquina c/ Rua Quintino Bocaiúva, 309 - Centro * BEBA COM MODERAÇÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
ECONOMIA/LEGAIS - 15
BV LEASING - ARRENDAMENTO MERCANTIL S.A. C.N.P.J. 01.858.774/0001-10 Rua Amazonas, 439 - 11º Andar - CEP: 09520-070 - Centro - São Caetano do Sul - SP Tel.: (011) 5185-1700 Fax: (011) 5185-1900 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO emissão de debêntures, divididas em duas séries, no montante total de R$ 3,3 bilhões. Senhores Acionistas, Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas, as demonstrações financeiras referentes A BV Leasing encerrou o semestre com um lucro líquido de R$ 32,4 milhões e Patrimônio Líquido de R$ 633,0 milhões. De acordo com a faculdade prevista na Lei nº 9.249/95, a Instituição creditou aos acionistas em 2006, juros sobre o capital ao semestre encerrado em 30 de junho de 2006, bem como o parecer dos auditores independentes. A BV Leasing tem sua atuação voltada ao segmento de arrendamento mercantil, atualmente atendendo à demanda do mercado de próprio com base na Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), vigente no semestre, no montante de R$ 36 milhões. “middle market”, complementando os produtos financeiros do conglomerado. Nesse contexto, a BV Leasing encerrou o semestre Agradecemos aos nossos clientes, parceiros e colaboradores, pelo resultado obtido no semestre. São Paulo, 11 de agosto de 2006 com uma carteira da ordem de R$ 33,3 milhões, distribuídos principalmente junto ao segmento de pessoas jurídicas classificadas A Diretoria no “middle market” (70%) e no segmento de pessoas físicas (30%). No primeiro semestre de 2006, a BV Leasing efetuou uma BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em milhares de reais) Ativo Circulante Disponibilidades Aplicações interfinanceiras de liquidez Aplicações em depósitos interfinanceiros Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Carteira própria Instrumentos financeiros derivativos Operações de arrendamento mercantil Arrendamentos a receber - setor privado Rendas a apropriar de arrendamento mercantil Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa Outros créditos Diversos Outros valores e bens Bens não de uso próprio Despesas antecipadas Realizável a longo prazo Aplicações interfinanceiras de liquidez Aplicações em depósitos interfinanceiros Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Instrumentos financeiros derivativos Operações de arrendamento mercantil Arrendamentos a receber - Setor privado Rendas a apropriar de arrendamento mercantil Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa Outros créditos Diversos Outros valores e bens Despesas antecipadas Permanente Investimentos Outros investimentos Imobilizado de uso Outras imobilizações de uso Depreciação acumulada Imobilizado de arrendamento Bens arrendados Depreciação acumulada Superveniência de depreciação Diferido Perdas em arrendamentos a amortizar Amortização acumulada Total do Ativo
2006 537.989 570 492.391 492.391
2005 128.699 310 85.351 85.351
36.411 25.895 10.516 (413) 24.141 (14.785)
35.296 29.656 5.640 (110) 22.620 (12.041)
(9.769) 8.827 8.827 203 62 141 3.545.043 3.536.341 3.536.341
(10.689) 7.667 7.667 185 52 133 465.703 458.398 458.398
(331) 14.847 (14.847)
4.579 4.579 (118) 10.534 (10.534)
(331) 6.362 6.362 2.671 2.671 52.131 574 574 186 (186) 48.891 63.514 (34.263) 19.640 2.666 8.351 (5.685) 4.135.163
(118) 2.734 2.734 110 110 46.307 574 574 186 (186) 42.778 54.155 (31.133) 19.756 2.955 8.067 (5.112) 640.709
Passivo Circulante Obrigações por empréstimos e repasses Repasses do País - instituições oficiais Instrumentos financeiros derivativos Instrumentos financeiros derivativos Outras obrigações Fiscais e previdenciárias Credores por antecipação de valor residual Diversos Exigível a longo prazo Recursos de aceites e emissão de títulos Recursos de debêntures Obrigações por empréstimos e repasses Repasses do País - instituições oficiais Outras obrigações Fiscais e previdenciárias Credores por antecipação de valor residual Patrimônio líquido Capital social: de domiciliados no País Reserva de capital Reservas de lucros Lucros acumulados
Total do Passivo
2006 50.525 236 236 50.289 27.850 21.233 1.206 3.451.628 3.444.218 3.444.218 292 292 7.118 746 6.372 633.010
2005 51.084 78 78 168 168 50.838 27.473 22.271 1.094 5.674 25 25 5.649 363 5.286 583.951
496.200 929 105.060 30.821
415.500 929 138.891 28.631
4.135.163
640.709
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 - (Em milhares de reais)
Saldos em 31 de dezembro de 2004 Subvenções para investimentos Lucro líquido do semestre Destinação do lucro líquido: Reserva legal
Capital Social 415.500 -
Aumento de capital -
Reserva de capital Subvenções para investimentos 929 -
Reservas de lucros
Legal 8.034 -
Para expansão 129.350 -
Lucros acumulados 30.138
Total 552.884 929 30.138
-
-
-
1.507
-
(1.507)
-
Saldos em 30 de junho de 2005
415.500
-
929
9.541
129.350
28.631
583.951
Saldos em 31 e dezembro de 2005 Aumento de capital Lucro líquido do semestre Destinação do lucro líquido: Reserva legal Juros sobre o capital próprio Saldos em 30 de junho de 2006
415.500 80.700 -
80.700 (80.700) -
929 -
12.887 -
126.551 -
32.443
636.567 32.443
496.200
-
929
1.622 14.509
(36.000) 90.551
(1.622) 30.821
(36.000) 633.010
DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS Semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 (Em milhares de reais, exceto lucro líquido por ação do capital social) 2006 2005 Receitas da intermediação financeira 62.368 59.182 Operações de arrendamento mercantil 10.404 9.836 Resultado de operações com títulos e valores mobiliários 47.737 42.589 Resultado com instrumentos financeiros derivativos 4.227 6.757 Despesas da intermediação financeira (11.282) (8.103) Operações de captação no mercado (3.902) (534) Operações de empréstimos, cessões e repasses (32) (15) Operações de arrendamento mercantil (7.609) (7.495) Provisão para créditos de liquidação duvidosa 261 (59) Resultado bruto da intermediação financeira 51.086 51.079 Outras receitas/(despesas) operacionais (20.590) (5.401) Despesas de pessoal (2.673) (9) Outras despesas administrativas (1.207) (786) Despesas tributárias (16.246) (3.776) Outras receitas operacionais 748 472 Outras despesas operacionais (1.212) (1.302) Resultado operacional 30.496 45.678 Resultado não operacional (11) (36) Resultado antes da tributação sobre o lucro 30.485 45.642 Imposto de renda e contribuição social 1.958 (15.504) Provisão para imposto de renda (191) (10.491) Provisão para contribuição social (63) (4.275) Ativo fiscal diferido 2.212 (738) Lucro líquido do semestre 32.443 30.138 Lucro líquido por ação 63,56 67,46 DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS Semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 (Em milhares de reais) Semestres 2006 2005 Origens dos recursos 3.496.624 41.445 Lucro líquido do semestre 32.443 30.138 Ajustes ao lucro líquido 7.415 5.856 Depreciação e amortização 7.472 6.994 Superveniência de depreciação (57) (1.138) Constituição de reservas 929 Subvenções para investimentos 929 Recursos de terceiros originários de: 3.456.766 4.522 Aumento do subgrupo do passivo 3.454.087 168 Recursos de aceites e emissão de títulos 3.444.217 Obrigações por empréstimos e repasses 479 Instrumentos financeiros derivativos 168 Outras obrigações 9.391 Diminuição dos subgrupos do ativo 327 2.554 Operações de arrendamento mercantil 327 835 Outros créditos 1.719 Alienação de bens e investimentos 2.352 1.800 Imobilizado de arrendamento 2.352 1.800 Aplicações dos recursos 3.496.414 41.621 Juros sobre o capital próprio 36.000 Inversões em: 9.829 10.090 Imobilizado de arrendamento 8.930 9.407 Diferido 899 683 Aumento dos subgrupos do ativo 3.450.585 10.860 Aplicações interfinanceiras de liquidez 3.441.932 9.305 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 908 1.535 Outros créditos 5.193 Outros valores e bens 2.552 20 Diminuição dos subgrupos do passivo 20.671 Obrigações por empréstimos e repasses 370 Outras obrigações 20.301 Aumento/(redução) das disponibilidades 210 (176) Modificação na posição financeira Disponibilidades No início do semestre No fim do semestre Aumento/(redução) das disponibilidades
360 570 210
486 310 (176)
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - Semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 (Em milhares de reais) 1 Contexto operacional A BV Leasing - Arrendamento Mercantil S.A. tem por objetivo social, principalmente, a realização de operações de arrendamento mercantil de veículos, bem como atuar nas demais atividades permitidas e regulamentadas pelo Banco Central do Brasil (BACEN). As operações são conduzidas no contexto de um conjunto de instituições que atuam integradamente no mercado financeiro e certas operações têm a co-participação ou a intermediação de instituições associadas, integrantes do sistema financeiro. Os benefícios dos serviços prestados entre essas instituições e os custos da estrutura operacional e administrativa são absorvidos segundo a praticabilidade e a razoabilidade de lhes serem atribuídos em conjunto ou individualmente. 2 Descrição das principais práticas contábeis As práticas contábeis adotadas para a contabilização das operações e para a elaboração das demonstrações financeiras emanam da Lei das Sociedades Anônimas, associada às normas e instruções do BACEN e da CVM. a. Apuração do resultado - O resultado é apurado pelo regime de competência. As operações de arrendamento mercantil são registradas na forma da Portaria MF nº 140/84 e ajustadas por provisão para superveniência ou insuficiência de depreciação, calculada com base no valor presente da carteira de arrendamento mercantil. b. Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos - Atendendo ao disposto na Circular nº 3.068 do BACEN, os títulos e valores mobiliários são classificados em categorias, de acordo com a intenção de investimento da Administração. • Títulos para negociação; • Títulos disponíveis para venda; e • Títulos mantidos até o vencimento. Os títulos e valores mobiliários classificados na categoria títulos para negociação devem ser avaliados e registrados a valor de mercado e a diferença em relação ao custo corrigido é reconhecida no resultado do semestre. Os títulos e valores mobiliários classificados na categoria títulos disponíveis para venda devem ser registrados a valor de mercado e a diferença em relação ao custo corrigido é reconhecida em conta específica do Patrimônio líquido. Os títulos e valores mobiliários classificados na categoria títulos mantidos até o vencimento devem ser registrados pelo respectivo custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço. De acordo com a Circular nº 3.082, do Banco Central do Brasil, os instrumentos financeiros derivativos são avaliados e contabilizados a valor de mercado e classificados como “hedge” (proteção) ou “não-hedge”. O “hedge” é classificado como: (i) “hedge de risco de mercado”; ou (ii) “hedge de fluxo de caixa”. Os critérios para registro são os seguintes: • Para os instrumentos financeiros derivativos que não se destinam a “hedge”, bem como para aqueles classificados como “hedge de risco de mercado”, os ajustes a valor de mercado são contabilizados em contrapartida à adequada conta de receita ou despesa, no resultado do semestre. • Para os instrumentos financeiros derivativos classificados como “hedge de fluxo de caixa” a parcela efetiva do hedge deve ser contabilizada em contrapartida à conta destacada do Patrimônio líquido e qualquer outra variação em contrapartida à adequada conta de receita ou despesa, no resultado do semestre. No caso de instrumentos financeiros derivativos que se destinam à proteção de títulos e valores mobiliários classificados na categoria “títulos mantidos até o vencimento”, tanto o título como o instrumento financeiro derivativo são avaliados e contabilizados pelas condições intrínsecas contratadas, não sendo registrados pelo valor de mercado. Os efeitos em resultado da adoção dos critérios podem ser assim demonstrados: 2006 2005 Resultado do semestre antes dos ajustes 33.774 32.296 Efeito no semestre dos ajustes de mercado: Carteira de títulos e valores mobiliários (2.303) (2.927) Carteira de instrumentos financeiros derivativos 286 163 Contratos de assunção de obrigações (506) Imposto de renda e contribuição social sobre os ajustes 686 1.112 Resultado do semestre após ajustes 32.443 30.138 c. Outros ativos - Demonstrados pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos calculados com base “pro rata” dia e das variações monetárias e cambiais, auferidas até a data do balanço. O saldo de arrendamentos a receber representa o saldo das contraprestações a receber no prazo dos contratos, retificado pelas rendas a apropriar de arrendamento mercantil. A provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa é constituída por valor suficiente para cobrir eventuais perdas, levando em consideração os riscos específicos e globais da carteira, bem como as diretrizes do BACEN. São reconhecidos os créditos tributários referentes a provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa e provisão para contingências. d. Estimativas contábeis - A elaboração de demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração use de julgamento na determinação e registro de estimativas contábeis. Ativos e passivos significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem provisão para créditos de liquidação duvidosa, provisão para desvalorização de certos ativos e imposto de renda diferido ativo, provisão para contingências e valorização de títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores diferentes dos estimados, devido a imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A Instituição revisa as estimativas e premissas pelo menos mensalmente. e. Ativo Permanente - Registrado ao custo e depreciado pelo método linear com base nas taxas anuais vigentes, condizentes com o prazo de vida útil dos bens. O imobilizado de arrendamento é deduzido pela respectiva depreciação calculada pelo método linear de forma acelerada nos casos previstos, segundo determinações da Portaria MF nº 113/88. O diferido é composto de perdas em arrendamento a amortizar, amortizadas pelo prazo remanescente de vida útil do bem. De acordo com a Circular nº 1.429, de 20 de janeiro de 1989, do BACEN, a Sociedade registrou, no semestre findo em 30 de junho de 2006, superveniência de depreciação no montante de R$ 57 (2005 - R$ 1.138), classificada na demonstração do resultado em “Receitas/despesas de operações de arrendamento mercantil”. f. Outros passivos - Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, os encargos apurados com base “pro rata” dia e as variações monetárias ou cambiais incorridas até a data do balanço. As provisões para imposto de renda e contribuição social correntes são constituídas às alíquotas de 15%, acrescida de adicional de 10%, e 9% respectivamente, de acordo com a legislação vigente. As obrigações fiscais diferidas foram constituídas nos termos da legislação em vigor e se referem, basicamente, à superveniência de depreciação sobre contratos de arrendamento mercantil. É reconhecido no balanço o passivo decorrente de uma obrigação legal e é provável que um recurso econômico seja requerido para saldar a obrigação. Esses passivos são registrados tendo como base as melhores estimativas do risco envolvido. 3 Aplicações interfinanceiras de liquidez A carteira é composta por depósitos interfinanceiros, remunerados às taxas pós-fixadas, com vencimento até abril de 2026, totalizando R$ 4.028.732 (2005 – R$ 543.749). 4 Títulos e valores mobiliários 2006 2005 Títulos para negociação Faixas de vencimentos Valor de Valor de Lucro não de 3 a 12 de 1 a 3 Valor de Tipo custo mercado realizado meses anos Total mercado NBC-E 25.232 25.673 441 25.673 25.673 29.656 CDB – Instituição Financeira Ligada 222 222 222 222 Total 25.454 25.895 441 25.673 25.895 29.656 Os critérios de precificação de títulos e valores mobiliários são definidos pela área de gerenciamento de risco que consideram preços e taxas divulgadas pela ANDIMA.
5 Instrumentos financeiros derivativos O Conglomerado Financeiro do Grupo Votorantim efetua operações que envolvem instrumentos financeiros derivativos, atuando em mercados organizados e de balcão, com objetivo de possibilitar uma gestão de risco de mercado adequada à política do Grupo. O gerenciamento de risco de mercado é efetuado de forma centralizada, por área administrativa que mantém independência com relação à mesa de operações, e pelo acompanhamento do Comitê de Riscos, composto pela diretoria e vice-presidência do Banco Votorantim S.A., que se reúne periodicamente para avaliação dos riscos e definição de limites operacionais. O gerenciamento de riscos adota como procedimentos básicos: a) monitoramento da adequação de posições e riscos aos limites estabelecidos pelo Comitê de Riscos e limites legais; b) integridade da precificação de ativos e derivativos; c) avaliação do risco de mercado pela metodologia “Value at Risk” e pela simulação de cenários; d) acompanhamento de resultados diários com testes de aderência da metodologia (“back-test”). A política de gerenciamento de riscos de mercado considera ainda a utilização de instrumentos financeiros derivativos para “hedge” de posições, para atender demanda de contrapartes e como meio de reversão de posições em momentos de grandes oscilações. As operações observam os limites deliberados pelo Comitê e estabelecidos pela legislação, após análise dos riscos de crédito e liquidez, quando apropriados, caso em que envolvem as políticas de liquidez e crédito e as deliberações do respectivo Comitê. Os critérios de precificação de instrumentos financeiros derivativos são definidos pela área de gerenciamento de risco, que consideram preços e taxas oficialmente divulgados pela ANDIMA e BM&F, bem como cálculos de prêmios de opção e outros riscos de acordo com metodologias convencionais e consagradas. Todas as etapas das operações estão sujeitas às verificações da auditoria interna e aos procedimentos de controles internos, definidos e acompanhados por área específica e independente, adequados ao nível de transações e riscos envolvidos. Os valores a receber originários de contratos de swap montam a R$ 10.516 (2005 – R$ 10.219) e estão registrados, no Ativo, em Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos. As operações têm como contraparte o Banco Votorantim S.A., sendo integralmente negociadas no mercado de Balcão. Os instrumentos financeiros derivativos podem ser assim resumidos: 2006 2005 Faixa de Valor Valores a Valores a vencimento Valor Valores a original receber/ receber/ Lucro de original receber/ do pagar pagar não 3 a 12 do pagar Tipo contrato contratual mercado realizado meses Total contrato mercado Swap Dólar (29.300) (26.016) (25.462) 554 (25.462) (25.462) (34.450) (29.596) DI 29.300 35.978 35.978 35.978 35.978 34.450 39.647 Total 9.962 10.516 554 10.516 10.516 10.051 6 Operações de arrendamento mercantil e provisão para créditos de liquidação duvidosa O valor dos contratos de arrendamento mercantil financeiro representa o valor presente dos contratos, apurado com base na taxa interna de retorno de cada contrato. Esses contratos, em atendimento às normas do BACEN, são apresentados em diversas contas patrimoniais, as quais são resumidas como segue: 2006 2005 Arrendamentos a receber - Setor privado 38.988 33.154 Rendas a apropriar de arrendamento mercantil (29.632) (22.575) Imobilizado de arrendamento financeiro 29.251 23.022 Diferido de arrendamento financeiro 2.666 2.955 Superveniência de depreciação 19.640 19.756 Credores por antecipação de valor residual (27.605) (27.557) Valor presente dos contratos de arrendamento financeiro 33.308 28.755 a. Composição da carteira por tipo de cliente e atividade econômica 2006 2005 Arrendamento financeiro: Indústria 833 1.122 Comércio 1.094 1.525 Intermediários financeiros 3.690 Pessoas físicas 10.039 11.204 Outros serviços 17.652 14.904 Total 33.308 28.755 b. Composição da carteira de operações de arrendamento mercantil por vencimento: Faixas de vencimentos 2006 2005 Parcelas vencidas A partir de 15 dias 9.593 10.658 Parcelas a vencer até 3 meses 3.011 2.317 3 a 12 meses 8.155 6.732 1 a 3 anos 11.534 8.887 3 a 5 anos 1.015 161 Total 33.308 28.755 c. Composição da carteira de operações de arrendamento mercantil, nos correspondentes níveis de risco, conforme estabelecido na Resolução nº 2.682, do BACEN: 2006 Saldo Provisão Créditos Créditos Total das Nível de risco a vencer vencidos operações % Valor A 31.871 31.871 (*) 0,5 9.273 B - Atraso entre 15 e 30 dias 150 150 1,0 2 C - Atraso entre 31 e 60 dias 76 76 3,0 2 D - Atraso entre 61 e 90 dias 64 64 10,0 6 E - Atraso entre 91 e 120 dias 455 455 30,0 137 F - Atraso entre 121 e 150 dias 5 5 50,0 3 G - Atraso entre 151 e 180 dias 32 32 70,0 22 H - Atraso superior a 180 dias 9 646 655 100,0 655 Total 31.880 1.428 33.308 10.100 continua
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
Ambiente Compor tamento Acidente Urbanismo
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3 Motorista disse que comprou sua caminhonete já com o cilindro que explodiu.
FRENTISTA SOFREU FERIMENTOS NOS BRAÇOS
CAMINHONETE MOVIDA A GÁS EXPLODE EM POSTO
NA MÉDIA São Paulo teve congestionamento de 116 km às 19h, dois km acima da média do horário.
BOLSAS Bolsa de residência médica terá reajuste de 30% em 2007 : de R$ 1.459 para cerca de R$ 1.900.
Ó RBITA José Luís da Conceição/AE
Cilindro não resistiu à pressão e se rompeu. Deslocamento de ar destruiu o carro e parte do estabelecimento.
A
Oslaim Brito/Agência O Globo
Factoring
DC
Caminhonete que explodiu e destruiu parte da cobertura de posto de gás natural veicular na zona norte
O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com
explosão de uma caminhonete Ranger prata, por volta das 14h da tarde de ontem, em um posto de gás natural veicular (GNV), localizado na esquina da avenida Engenheiro Caetano Álvares com a Rua Antonio Lopes Pereira, no bairro do Limão, na zona norte de São Paulo, deixou um ferido e causou danos materias ao estabelecimento. A explosão ocorreu no momento em que o veículo estava sendo abastecido com GNV. Assim que o motorista Ismael de Oliveira Alves, de 20 anos, desceu do carro e se distanciou um pouco dele, o cilindro de gás rompeu por não agüentar a pressão. O acidente não provocou um incêndio, mas o deslocamento de ar foi tão forte que destruiu o veículo totalmente, além de provocar a queda de parte do teto do posto de abastecimento. O frentista Edvaldo Costa, de 28 anos, teve pequenas queimaduras no braço e foi encaminhado ao Pronto-Socorro da Vila Penteado. Pedaços da picape foram parar do outro lado da rua. Um carro parado no posto e outro que estava no estacionamento ao lado também foram atingidos pelos estilhaços. Três equipes do Corpo de Bombeiros foram enviadas para o local. A Defesa Civil também foi acionada e informou que apesar de o posto continuar funcionando, as duas bombas de gás serão interditadas. De acordo com os bombeiros que atenderam a ocorrências, as causas do acidente ainda não foram esclarecidas. De qualquer forma, há suspeitas de que o cilindro utilizado não fosse adequado para aquele tipo de veículo e, por esse motivo, não teria agüentado a pressão exercida pelo gás. Para obter a comprovação, os bombeiros estão analisando os fragmentos, comparando-os a um cilindro utilizado em empilhadeiras. O motorista da picape afirmou que já comprou o veículo com o cilindro que explodiu. (AE)
QUEDA DE TORRE DEIXA UM MORTO ma pessoa morreu e sete Três equipes do Corpo de U ficaram feridas ontem Bombeiros foram acionadas. pela manhã na queda de uma Segundo a Ecovias, torre de torre de retransmissão de uma afiliada da rádio Bandeirantes São Bernardo do Campo, na região do ABC paulista. A torre (esquerda) estava montada em um terreno atrás do Rancho da Pamonha, localizado na altura do km 43 da rodovia dos Imigrantes, sentido São Paulo.
concessionária que administra a rodovia, as pessoas feridas foram removidas ao pronto-socorro de Cubatão e também para o Hospital de Diadema. As vítimas trabalhavam na torre. Até a tarde, não havia informações sobre as causas do acidente. O trânsito não foi alterado. (Agências)
DEIC: NÃO ERA BOMBA encontrada embaixo de uma m suposto artefato árvore pelo faxineiro do U explosivo encontrado em frente à sede do Departamento departamento. O esquadrão de Investigação sobre o Crime Organizado (Deic), na zona norte de São Paulo, na manhã de ontem, na verdade se tratava de uma caixa,
antibomba do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos foi acionado e concluiu que a suposta bomba não existia. (AE)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
8 -.LEGAIS
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas, Submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Financeiras da Bradesco Capitalização S.A., relativas ao semestre findo em 30 de junho de 2006, elaboradas na forma da legislação societária e das normas expedidas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP e pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, acompanhadas das respectivas Notas Explicativas e do Parecer elaborado pelos Auditores Independentes. Desempenho das Operações de Capitalização No semestre, a Bradesco Capitalização S.A. manteve a política de fortalecimento de sua participação no mercado, atingindo receita de R$ 665,554 milhões (R$ 640,904 milhões até junho de 2005). Foram sorteados 1.633 títulos, atingindo o montante de R$ 16,958 milhões de prêmios distribuídos aos clientes. Para oferecer o título que melhor se adapta ao perfil e ao orçamento dos clientes, foram desenvolvidos diversos produtos que variam de acordo com a forma de pagamento (único ou mensal), prazo de contribuição, periodicidade de sorteios e valor das premiações. Com isso, pautada por uma política de fidelização dos clientes voltada para a qualidade no atendimento e a oferta de produtos inovadores, a Bradesco Capitalização encerrou o semestre com 2,4 milhões de clientes e uma Carteira de 13,4 milhões de títulos ativos. Em 8 de março, Dia Internacional da Mulher, foi lançado o Pé Quente Bradesco O Câncer de Mama no Alvo da Moda, em parceria com o Instituto Brasileiro de Controle do Câncer. Investimentos Os ativos financeiros estão avaliados a valor de mercado, em atendimento à Circular SUSEP nº 314, de 28 de dezembro de 2005. Os efeitos gerados pela avaliação estão detalhados em nota explicativa específica. De acordo com o disposto nessa mesma Circular, a Bradesco Capitalização declara possuir a capacidade financeira e intenção de manter até o vencimento os títulos classificados na categoria títulos mantidos até o vencimento . Resultado do Semestre A Bradesco Capitalização S.A. apresentou no semestre Lucro Líquido de R$ 146,902 milhões (R$ 182,603 milhões em 2005), representando uma rentabilidade de 33,72% (40,32% em 2005) sobre o Patrimônio Líquido no final do semestre e 78,80% (96,91% em 2005) anualizada. Premiações A Bradesco Capitalização S.A. conquistou 3 importantes premiações, entre elas o prêmio Top Social 2006 , da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil/SP. A premiação visa a destacar as Organizações que fortalecem a criação ou permanência de seu produto, serviço ou marca, através de estratégias de marketing inovadoras ou consistentes. A Empresa ainda foi reconhecida na categoria Melhor Desempenho no prêmio Segurador Brasil 2006, patrocinado pela Revista Segurador Brasil e na categoria Melhores Empresas de Capitalização no Prêmio Mercado de Seguros com o troféu Gaivota de Ouro , concedido pela revista Seguro Total .
Rating A Bradesco Capitalização S.A. teve sua classificação de rating elevada de brAA/Estável para brAA+/Estável pela conceituada agência de classificação de riscos Standard & Poor s. Foi destacado o sólido padrão de proteção financeira e patrimonial que a Empresa garante a seus clientes. Sistema de Gestão da Qualidade A Bradesco Capitalização S.A. foi a primeira empresa de capitalização do País a receber o Certificado ISO 9002. No semestre, manteve o trabalho de manutenção do Certificado de Gestão da Qualidade, já na versão ISO 9001:2000 no escopo Gestão de Títulos de Capitalização Bradesco . Esse certificado, concedido pela Fundação Vanzolini, atesta a qualidade dos seus processos internos e vem confirmar o princípio que está na origem dos Títulos de Capitalização Bradesco: bons produtos, bons serviços e evolução permanente. Prevenção à Lavagem de Dinheiro A Bradesco Capitalização S.A. vem aperfeiçoando ferramentas tecnológicas e o treinamento de funcionários voltados ao processo de monitoramento das movimentações financeiras relativas às operações, com vistas a detectar situações caracterizadas na legislação como de lavagem de dinheiro. Designou um Diretor Estatutário para a missão de desenvolver, implementar e acompanhar a consecução de políticas relativas ao assunto. Controles Internos Durante o semestre, visando a atender as determinações da legislação sobre o tema, a Bradesco Capitalização S.A. prosseguiu com a implementação dos Controles Internos de conformidade e em consonância com os princípios e sistemática adotados pela Organização Bradesco. O responsável pelos Controles Internos é um Diretor Estatutário designado para esta função, ao qual incumbe verificar a eficiência dos controles internos da Empresa. Agradecimentos A Bradesco Capitalização S.A. agradece aos seus acionistas o apoio oferecido e a confiança depositada na Administração da Empresa. À Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, os nossos agradecimentos pelo apoio recebido. Aos funcionários e colaboradores da Organização o reconhecimento pela dedicação e pelo trabalho, que foram fundamentais para o bom desempenho de nossas atividades. São Paulo, 22 de agosto de 2006. Diretoria
BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em reais) ATIVO CIRCULANTE ......................................................................................
2006 2.518.633.644
2005 2.632.291.639
PASSIVO CIRCULANTE ......................................................................................
2006 888.411.338
2005 857.635.659
Disponível ........................................................................................
4.096.284
11.387.869
Contas a pagar ...............................................................................
61.510.595
72.257.487
Caixa e bancos ...............................................................................
4.096.284
11.387.869
Obrigações a pagar ........................................................................
7.136.527
21.617.810
Aplicações .......................................................................................
2.482.464.829
2.616.340.392
Títulos de renda fixa ........................................................................
17.274.466
221.350.185
Impostos e encargos sociais a recolher ........................................
720.784
451.327
Títulos de renda variável .................................................................
177.698.501
251.274.014
Provisões trabalhistas ....................................................................
364.438
348.443
Quotas de fundos de investimentos ...............................................
2.324.542.074
2.162.437.488
Provisões para impostos e contribuições ......................................
53.288.846
49.400.229
Provisão para desvalorização ........................................................
(37.050.212)
(18.721.295)
Outras contas a pagar ....................................................................
-
439.678
Títulos e créditos a receber .......................................................
31.925.608
4.295.247
Títulos e créditos a receber ............................................................
17.045.606
17.811.282
Créditos tributários e previdenciários .............................................
30.101.415
2.901.273
Outros créditos ...............................................................................
1.338.918
69.387
Provisão para riscos de créditos ...................................................
(16.560.331)
(16.486.695)
Despesas antecipadas .................................................................
146.923
268.131
Provisões técnicas - Capitalização............................................
826.900.743
785.378.172
Provisão para resgates ..................................................................
800.735.535
768.146.956
Provisão para sorteios ....................................................................
5.227.869
7.314.091
Outras provisões ............................................................................
20.937.339
9.917.125
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO .............................................................
1.632.780.258
1.476.345.782
Contas a pagar ...............................................................................
5.737.471
18.120.313
Administrativas ................................................................................
146.923
268.131
Provisão para tributos diferidos .....................................................
5.737.471
18.120.313
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO .......................................................
417.512.999
84.133.229
Provisões técnicas - Capitalização............................................
1.400.026.808
1.266.842.833
Aplicações .......................................................................................
324.059.327
15.337.282
Provisão para resgates ..................................................................
1.310.147.959
1.179.578.420
Títulos de renda fixa ........................................................................
324.059.327
15.337.282
Provisão para sorteios ....................................................................
14.069.130
9.145.397
Títulos e créditos a receber .......................................................
93.453.672
68.795.947
Outras provisões ............................................................................
75.809.719
78.119.016
Títulos e créditos a receber ............................................................
298.517
660.017
Outros passivos contingentes ..................................................
227.015.979
191.382.636
Contingências fiscais ......................................................................
225.507.855
189.714.817
Contingências trabalhistas ..............................................................
360.037
500.589
Créditos tributários e previdenciários .............................................
34.730.127
36.219.953
Depósitos judiciais e fiscais ............................................................
58.425.028
31.915.977
PERMANENTE .....................................................................................
20.735.673
70.405.747
Investimentos ................................................................................
20.436.855
70.111.418
Contingências cíveis .......................................................................
1.148.087
1.167.230
PATRIMÔNIO LÍQUIDO.......................................................................
435.690.720
452.849.174
Capital social ...................................................................................
135.000.000
160.000.000
Aumento (Redução) de capital (em Aprovação)............................
2.896.920
(25.000.000)
Reservas de capital ........................................................................
7.138.319
7.138.319
1.075.375
1.117.967
133.573.278
57.473.460
Participações societárias ................................................................
954.154
50.296.015
Imóveis destinados a renda ............................................................
16.720.188
16.720.188
Outros investimentos ......................................................................
56.500.009
56.500.009
Provisão para desvalorização ........................................................
(49.395.555)
(49.395.555)
Depreciação ....................................................................................
(4.341.941)
(4.009.239)
Reservas de reavaliação ................................................................
Imobilizado ......................................................................................
298.818
294.329
Reservas de lucros .........................................................................
Bens móveis ....................................................................................
672.596
615.365
Ajustes com títulos e valores mobiliários .......................................
9.083.515
69.884.386
146.923.313
182.235.042
2.956.882.316
2.786.830.615
Depreciação ....................................................................................
(373.778)
(321.036)
Lucros acumulados .........................................................................
TOTAL .................................................................................................
2.956.882.316
2.786.830.615
TOTAL .................................................................................................
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em reais)
DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em reais) 2006
2005
2006
2005
146.902.017
182.603.255
- Depreciações e Amortizações .......................................
193.398
191.077
Menos: - Resultado Positivo de Equivalência Patrimonial ............
-
47.081.669
- Reversão da provisão para desvalorização.................
4.724.299
1.431.782
a) Lucro Líquido Ajustado do Semestre ...................................
142.371.116
134.280.881
RECEITAS LÍQUIDAS COM TÍTULOS DE CAPITALIZAÇÃO ..........
659.809.194
647.700.166
Receita bruta com títulos de capitalização .....................................
669.350.624
642.483.367
Deduções sobre a receita bruta .....................................................
(3.796.948)
(1.579.044)
Variação das provisões técnicas ...................................................
(5.744.482)
6.795.843
DESPESAS COM TÍTULOS RESGATADOS E SORTEADOS ............
(573.117.589)
(559.667.212)
Despesas com resgates .................................................................
(556.159.636)
(541.763.190)
Despesas com sorteios ..................................................................
(16.957.953)
(17.904.022)
DESPESAS DE COMERCIALIZAÇÃO ...............................................
(7.081.927)
(6.727.788)
- Aumento (Redução) das Aplicações ............................................
57.681.149
(197.480.770)
OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS ........................
(18.833)
(105.964)
- (Redução) dos Créditos das Operações .....................................
-
(227.364)
Outras receitas operacionais .........................................................
50.212
209.594
- Aumento dos Títulos e Créditos a Receber ..................................
46.891.654
1.882.574
Outras despesas operacionais ......................................................
(69.045)
(315.558)
- Aumento das Despesas Antecipadas ..........................................
117.450
268.131
DESPESAS ADMINISTRATIVAS ........................................................
(21.388.773)
(18.870.703)
- (Redução) Aumento do Contas a Pagar ......................................
(28.608.642)
47.482.976
DESPESAS COM TRIBUTOS .............................................................
(6.068.979)
(4.916.820)
- (Aumento) de Provisões Técnicas - Capitalização .....................
(88.061.989)
(66.708.932)
RESULTADO FINANCEIRO .................................................................
156.607.523
140.893.246
- (Aumento) de Outros Passivos Contingentes .............................
(30.064.787)
(12.480.477)
Receitas financeiras .......................................................................
257.611.750
227.092.437
Despesas financeiras .....................................................................
(101.004.227)
(86.199.191)
- Redução de Ajustes com Títulos e Valores Mobiliários ...............
24.618.479
64.713.207
RESULTADO PATRIMONIAL ..............................................................
5.288.191
49.047.520
b) Caixa Líquido (Gerado) nas Atividades Operacionais ............
(17.426.686)
(162.550.655)
Receitas / despesas com imóveis de renda ..................................
563.893
534.071
Ajustes de investimentos em controladas e coligadas ..................
-
47.081.669
- Recebimento pela venda de ativo permanente ............................
-
52.472.580
Outras receitas / despesas patrimoniais .......................................
4.724.298
1.431.780
- Pagamento pela compra de ativo permanente .............................
(39.851)
(7.839.710)
RESULTADO OPERACIONAL .............................................................
214.028.807
247.352.445
RESULTADO NÃO OPERACIONAL ....................................................
7.480.030
224.805
(39.851)
44.632.870
RESULTADO ANTES DOS IMPOSTOS E PARTICIPAÇÕES .............
221.508.837
247.577.250
IMPOSTO DE RENDA ..........................................................................
(54.793.367)
(47.726.201)
- Distribuição de Dividendos ...........................................................
(159.298.880)
(330.965.441)
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ..................................................................
(19.661.195)
(17.222.492)
d) Caixa Líquido (Gerado) nas Atividades de Financiamento ...
(159.298.880)
(330.965.441)
PARTICIPAÇÕES SOBRE O RESULTADO .........................................
(152.258)
(25.302)
Aumento nas Disponibilidades (a-b+c+d) ..................................
459.071
10.498.965
LUCRO LÍQUIDO DO SEMESTRE ......................................................
146.902.017
182.603.255
Disponibilidades no Início do Semestre ...........................................
3.637.213
888.904
QUANTIDADE DE AÇÕES ...................................................................
451.623
451.623
Disponibilidades no Final do Semestre ...........................................
4.096.284
11.387.869
LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO - R$ ....................................................
325,28
404,33
Aumento nas Disponibilidades ....................................................
459.071
10.498.965
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
Lucro Líquido do Semestre .......................................................... Mais:
Atividades Operacionais
Atividades de Investimento
c) Caixa Líquido Aplicado (Gerado) nas Atividades de Investimento ......................................................................... Atividades de Financiamento
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
16 -.ECONOMIA/LEGAIS
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
BV LEASING - ARRENDAMENTO MERCANTIL S.A. C.N.P.J. 01.858.774/0001-10 Rua Amazonas, 439 - 11º Andar - CEP: 09520-070 - Centro - São Caetano do Sul - SP Tel.: (011) 5185-1700 Fax: (011) 5185-1900 2005 Saldo Provisão Créditos Créditos Total das Nível de risco a vencer vencidos operações % Valor A 27.719 27.719 (*) 0,5 10.468 B - Atraso entre 15 e 30 dias 2 319 321 1,0 3 C - Atraso entre 31 e 60 dias 2 279 281 3,0 8 D - Atraso entre 61 e 90 dias 46 46 10,0 5 E - Atraso entre 91 e 120 dias 54 54 30,0 16 F - Atraso entre 121 e 150 dias 3 3 50,0 1 G - Atraso entre 151 e 180 dias 83 83 70,0 58 H - Atraso superior a 180 dias 248 248 100,0 248 Total 27.723 1.032 28.755 10.807 (*) A provisão para créditos de liquidação duvidosa inclui complemento para cobertura dos diferenciais não liquidados dos contratos indexados ao dólar, que se encontram em discussão judicial, no montante de R$ 9.168 (2005 - R$ 10.398), os quais estão apresentados substancialmente no nível de risco “A”. d. Provisão para créditos de liquidação duvidosa 2006 2005 Saldo inicial 10.361 10.751 Constituição/(Reversão) (261) 59 Créditos baixados contra provisão (3) Saldo final 10.100 10.807 Os créditos recuperados durante o semestre, que foram contabilizados como recuperação de créditos baixados como prejuízo, consoante determinado no COSIF, montam a R$ 113 (2005 - R$ 335) e foram classificados em “Receitas de operações de arrendamento mercantil”. O montante de bens recuperados durante o semestre montam a R$ 90 (2005- R$ 127). A Sociedade possui um saldo de R$ 2.719 (2005 - R$ 2.701), referente a operações renegociadas. 7 Imobilizado de arrendamento 2006 2005 Arrendamento financeiro: Custo Depreciação Líquido Líquido Veículos 52.559 32.218 20.341 18.472 Máquinas e equipamentos 5.929 947 4.982 3.734 Sistema de processamento de dados 4.047 791 3.256 136 Móveis 370 150 220 533 Instalações 60 17 43 52 Outros 549 140 409 95 Total 63.514 34.263 29.251 23.022 Os bens arrendados estão compromissados à venda, por opção dos arrendatários por R$ 29.101 (2005 - R$ 28.870), e o valor residual recebido antecipadamente desses arrendatários monta a R$ 27.605 (2005 - R$ 27.557), estando registrado em “Outras obrigações - Credores por antecipação de valor residual”. O seguro do imobilizado de arrendamento é efetuado com cláusula de benefício em favor da Sociedade. 8 Recursos de aceites e emissão de títulos – Debêntures Representada por 335.000 debêntures não conversíveis em ações, de emissão pública, emitidas em 20 de abril de 2006, em duas séries, e que foram colocados no mercado em 23 de junho de 2006, no montante de R$ 3.444.218. Somente a primeira série contém cláusula de repactuação. A primeira série, composta de 135.000 debêntures, com valor unitário de R$ 10.000 com vencimento em 20 de abril de 2016, incidindo encargos financeiros referenciados na taxa média dos depósitos interfinanceiros, mais 0,5% ao ano, calculada de forma exponencial e cumulativa e que serviu para gerar recursos para aumento dos limites operacionais da Emissora. A primeira repactuação ocorrerá em 20 de abril de 2011. A segunda série, composta de 200.000 debêntures, com valor unitário de R$ 10.000 com vencimento em 20 de abril de 2026, incidindo 100% da taxa DI calculada de forma exponencial e cumulativa, servindo para incrementar o número de operações de arrendamento mercantil, que serão realizadas havendo demanda do mercado para tanto. 9 Obrigações por empréstimos e repasses Representados por recursos provenientes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, através da sua Agência Especial de Financiamento Industrial - FINAME, com vencimentos até março de 2010, incidindo atualização monetária da TJLP e encargos financeiros de até 10% ao ano. 10 Patrimônio líquido a. Capital social - O capital social, totalmente subscrito e integralizado, está representado por 510.404 (2005 - 446.730) ações ordinárias, sem valor nominal. b. Dividendos - Aos acionistas é assegurado um dividendo mínimo correspondente a 25% do lucro líquido de cada exercício, deduzido a reserva legal. Os dividendos não distribuídos são destinados à “Reserva de Expansão”. c. Juros sobre o capital próprio - De acordo com a faculdade prevista na Lei nº 9.249/95, a Instituição calculou em 2006 juros sobre o capital próprio com base na Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), vigente no semestre, no montante de R$ 36.000 (2005 – não houve), os quais foram contabilizados em despesas financeiras, conforme requerido pela legislação fiscal. Para efeito dessas demonstrações financeiras, esses juros foram eliminados das despesas financeiras do semestre e estão sendo apresentados na conta de Lucros acumulados. O imposto de renda e a contribuição social do semestre foram reduzidos em R$ 12.240 (2005 – não houve), aproximadamente, em decorrência da dedução desses impostos pelos juros sobre o capital próprio creditados aos acionistas. 11 Imposto de renda e contribuição social a. Encargos devidos sobre as operações do semestre Segue a demonstração do imposto de renda e da contribuição social, incidentes sobre as operações do semestre: 2006 2005 Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 30.485 45.642 Encargos (imposto de renda e contribuição social) à alíquota nominal de 25% e 9%, respectivamente (10.365) (15.518) Exclusões/(adições) permanentes 10.192 965 Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social (2.048) 965 Juros sobre o capital próprio 12.240 Exclusões/(adições) temporárias 173 1.201 Provisão para créditos de liquidação duvidosa (102) 412 Provisões para contingências (62) (639) Ajuste a valor de mercado - Circulares n°s 3.068 e 3.082 (686) (1.112) Superveniência de depreciação 14 284 Derivativos – Lei nº 11.051 926 2.242 Outros 83 14 Imposto de renda e contribuição social correntes (13.352) Imposto de renda e contribuição social diferidos (254) (1.414) Imposto de renda e contribuição social total (254) (14.766) b. Imposto de renda e contribuição social diferidos com efeito sobre o resultado 2006 2005 Imposto de renda e contribuição social diferidos Adições/(exclusões): Ajuste a valor de mercado - Circulares nºs 3.068 e 3.082 686 1.112 Derivativos – Lei nº 11.051 (926) (2.242) Superveniência de depreciação (14) (284) Imposto de renda e contribuição social diferidos (254) (1.414) Crédito tributário Adições/(exclusões): Provisões para contingências 62 639 Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social 2.048 (965) Provisão para créditos de liquidação duvidosa 102 (412) Ativo fiscal diferido no semestre 2.212 (738) c. Imposto de renda e contribuição social diferidos Ativo (Outros créditos - Diversos) 2006 2005 Saldo inicial 2.619 2.498 Provisões para contingências 62 639 Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social 2.048 (965) Provisão para créditos de liquidação duvidosa 102 (412) Saldo final 4.831 1.760 Passivo (Outras obrigações - Fiscais e previdenciárias) 2006 2005 Saldo inicial 8.050 7.260 Ajuste a valor de mercado - Circulares n°s 3.068 e 3.082 (686) (1.112) Derivativos – Lei nº 11.051 926 2.242 Superveniência de depreciação 14 284 Saldo final 8.304 8.674
(Continuação)
12 Estimativa de realização 2007 2008 2011 Total Provisão para créditos de liquidação duvidosa 159 158 317 Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social 2.843 2.843 Provisões para contingências 1.671 1.671 Total 3.002 158 1.671 4.831 Os créditos tributários foram constituídos nos termos da legislação em vigor, baseados em estudos comprobatórios da capacidade de realização e, entre outros fatores, as seguintes premissas: • Atendimento às condições da Resolução nº 3.059, de 20 de dezembro de 2002. • Crédito tributário sobre provisões para contingências: constituído sobre a provisão efetuada sobre possíveis perdas em discussões judiciais, cuja perda implicaria a dedução do lucro tributável à época, com a conseqüente realização. A realização depende de uma solução judicial definitiva, da qual não se pode estimar o prazo. • Crédito tributário sobre prejuízo fiscal: constituído sobre prejuízo fiscal, cuja amortização deverá ocorrer no próximo exercício social pela estimativa de lucro tributável suficiente neste período, conforme estudo aprovado pelos órgãos de administração. • Crédito tributário sobre diferenças temporais: constituído sobre provisão para créditos de liquidação duvidosa, cuja realização se condiciona aos prazos legais para dedutibilidade, conforme Lei nº 9.430/96, após esgotados os recursos legais de cobrança. Eventuais recuperações ou redução da perda implicam a redução da provisão, gerando valores a serem excluídos da base tributável. Estimativa de realização: de 1 a 2 anos, no máximo. • O saldo contábil é considerado o valor presente dos créditos tributários. • Não foi constituído crédito tributário sobre provisão para contingências no montante de R$ 4.550. • As obrigações fiscais diferidas foram constituídas nos termos da legislação em vigor e se referem às receitas a serem tributadas na sua realização, decorrentes da diferença entre valor contábil e valor de mercado de instrumentos financeiros derivativos, cuja realização está prevista em 2006; receitas a serem tributadas na sua realização, conforme determinação do art. 32 da Lei nº 11.051, de 29 de dezembro de 2004, de acordo com a liquidação do contrato, cessão ou encerramento de posição das operações de mercados derivativos (Swap) e superveniências de depreciação sobre contratos de arrendamento mercantil a serem realizadas até o término do contrato. 13 Transações com partes relacionadas Os saldos de transações com partes relacionadas realizadas, substancialmente, com o Banco Votorantim S.A., foram efetuadas de acordo com condições usuais de mercado, assim representadas: Ativos: 2006 2005 Disponibilidades 352 125 Aplicações interfinanceiras de liquidez 4.028.731 543.749 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 10.738 10.219 Passivo: Recursos de aceites e emissão de títulos 2.055.462 Resultado: Rendas de aplicações em depósitos interfinanceiros 49.415 45.102 Rendas com aplicações no mercado aberto 1.119 Resultado de títulos e valores mobiliários 16 Resultado com instrumentos financeiros derivativos 4.106 6.757 Despesas de captação (2.296) 14 Instrumentos financeiros Em atendimento à Instrução CVM nº 235/95, os saldos contábeis e os valores de mercado dos instrumentos financeiros inclusos no balanço patrimonial em 30 de junho de 2006 estão identificados a seguir: Saldo Valor de Descrição contábil mercado Ativos Aplicações Interfinanceiras de liquidez 4.028.731 4.028.731 Títulos e valores mobiliários 25.895 25.895 Operações de arrendamento mercantil 33.308 33.308 Derivativos 10.516 10.516 Passivos Recursos de aceite e emissão de títulos – Debêntures 3.444.218 3.444.218 Obrigações por empréstimos e repasses 528 528 Na Instituição, no caso de títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos, os valores demonstrados já estão a mercado (vide nota 2 b.). Para os demais instrumentos financeiros que estão registrados no balanço, os montantes demonstrados aproximam-se dos seus respectivos correspondentes valores de mercado, não produzindo, portanto, diferenças significativas na apresentação destas informações financeiras e os seus efetivos valores de mercado. Critérios, premissas e limitações utilizados no cálculo dos valores de mercado a. Títulos e valores mobiliários: Os critérios de precificação de títulos e valores mobiliários são definidos pela área de gerenciamento de risco que consideram preços e taxas divulgadas pela ANDIMA. b. Operações de Arrendamento mercantil: Foram determinadas mediante desconto dos fluxos de caixa estimados, adotando taxas de juros que equivalem às nossas taxas de juros para novos contratos de características similares praticadas na data do balanço. c. Obrigações por empréstimos de repasses: Foram calculados mediante ao desconto da diferença entre os fluxos de caixa nas condições contratuais e as taxas praticadas no mercado na data do balanço. d. Derivativos: Os critérios de precificação de Instrumentos financeiros derivativos são definidos pela área de gerenciamento de risco, que consideram preços a taxas oficialmente divulgados pela ANDIMA e BM&F, bem como cálculos de prêmios de opção e outros riscos de acordo com metodologias convencionais e consagradas. e. Debêntures: Os critérios de precificação das debêntures são definidos pela área de gerenciamento de risco que consideram preços e taxas divulgadas pela ANDIMA. Limitações Os valores de mercado foram estimados em um momento específico, baseados em informações relevantes de mercado. As mudanças nas premissas podem afetar significativamente as estimativas apresentadas. 15 Provisões, passivos e contingências A Sociedade é parte em ações judiciais e processos administrativos perante vários tribunais e órgãos governamentais, decorrentes do curso normal das operações, envolvendo questões tributárias e aspectos cíveis. A Administração, com base em informações de seus assessores jurídicos, análise das demandas judiciais pendentes, e quanto às ações cíveis, com base na experiência anterior referente às quantias reivindicadas, constituiu provisão em montante considerado suficiente para cobrir as perdas estimadas com as ações em curso, como segue: 2006 2005 Tributárias (Fiscais e previdenciárias – impostos e contribuições a recolher) 464 464 Tributárias (Fiscais e previdenciárias – provisão para riscos fiscais) 19.017 5.036 Cíveis (Diversas) 1.002 953 Total 20.483 6.453 Depósitos judiciais Os depósitos judiciais efetuados, que estão classificados em “Outros créditos”, no Realizável a longo prazo, montam a: 2006 2005 Tributárias 4.703 Cíveis 342 175 Total 342 4.878 16 Outras informações a. “Despesas antecipadas” representadas por intermediação de operações de arrendamento mercantil, no montante de R$ 224 (2005 - R$ 174), sendo apropriadas ao resultado no prazo dos contratos de arrendamento e por despesas com colocação de debêntures no montante de R$ 2.556 (2005 – não houve). b. “Outros créditos - Diversos” incluem o montante de R$ 4.831 (2005 - R$ 1.760), referente a créditos tributários; R$ 7.969 (2005 - R$ 2.834), referente a antecipações de imposto de renda e contribuição social; R$ 342 (2005 – R$ 4.878), referente a depósitos em garantia e R$ 929 (2005 – R$ 929), referente a aplicações em incentivos fiscais do FINOR. c. “Outras receitas operacionais” incluem ressarcimento de despesas no montante de R$ 241 (2005 – não houve), referente a ganhos obtidos em liquidações antecipadas de contratos de arrendamento mercantil, e R$ 426 (2005 – R$ 399), referente a atualização monetária de ativos. d. “Outras despesas operacionais” incluem o montante de R$ 71 (2005 - R$ 66), referente a comissões pagas a lojistas pela intermediação de operações; R$ 369 (2005 - R$ 342), referente a perdas na repactuação de contratos de arrendamento mercantil, e R$ 280 (2005 – R$ 691), referente à atualização monetária de provisão para impostos. e. “Resultado não operacional” refere-se a prejuízo líquido obtido na alienação de bens não de uso próprio. f. As Instituições Financeiras integrantes do Grupo Financeiro Votorantim apuram seus limites de patrimônio líquido mínimo exigido de forma consolidada, dentro dos parâmetros previstos na Resolução nº 2.099, do Banco Central do Brasil, de 17 de agosto de 1994, e normativos posteriores aplicáveis. g. Em conformidade com a Resolução nº 3.198, de 27 de maio de 2004, do Banco Central do Brasil, os membros efetivos do Comitê de Auditoria do Banco Votorantim S.A e Instituições Controladas, constituído por dispositivo estatutário e aprovado pelo Banco Central do Brasil em 28 de junho de 2004, estabeleceram atividades com o propósito de analisar e avaliar a exatidão dos Controles Internos e das operações do Grupo Financeiro Votorantim, baseando-se nos regulamentos e leis aplicáveis. Rita Maria Pacheco - Contadora - CRC 1SP 153459/O-8
Diretoria Diretor Executivo Wilson Masao Kuzuhara Milton Roberto Pereira
Diretores João Batista Donizete de Souza José Manoel Lobato Barletta Luis Henrique Campana Rodrigues
Milton Egon Eggers Paulo Ribeiro de Mendonça
Conselho de Administração Conselheiros Presidente do Conselho Marcus Olyntho de Camargo Arruda José Ermirio de Moraes Neto Wilson Masao Kuzuhara
Diretor de Relações com Investidores Milton Roberto Pereira
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas da BV Leasing - Arrendamento Mercantil S.A. São Paulo - SP Examinamos os balanços patrimoniais da BV Leasing - Arrendamento Mercantil S.A. levantados em 30 de junho de 2006 e 2005 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Sociedade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Sociedade, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. A Sociedade registra as suas operações e elabora as suas demonstrações financeiras com a observância das diretrizes contábeis estabelecidas pelo Banco Central do Brasil, que requerem o ajuste ao valor presente da carteira de arrendamento mercantil, por meio
de constituição de provisão para superveniência ou insuficiência de depreciação, classificada no ativo permanente, conforme mencionado nas Notas Explicativas às demonstrações financeiras nºs 2a, 2e e 6. Essas diretrizes não requerem a reclassificação das operações, que permanecem registradas de acordo com as disposições da Lei nº 6.099/74, para as rubricas do ativo circulante e realizável a longo prazo, e rendas e despesas de arrendamento, mas resultam na apresentação do resultado do semestre e do patrimônio líquido, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Em nossa opinião, exceto quanto à não-reclassificação de saldos mencionada no parágrafo anterior, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da BV Leasing Arrendamento Mercantil S.A. em 30 de junho de 2006 e 2005, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 11 de agosto de 2006 KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6
Giuseppe Masi Contador CRC 1SP176273/O-7
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
LEGAIS - 9
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em reais)
SALDOS EM 1º DE JANEIRO DE 2005 .......................................... Aumento de capital: Com reservas conforme AGE de 30 de março de 2005 ............ Cancelamento de ações em tesouraria conforme AGE de 30 de março de 2005 ................................. Reserva de reavaliação: Realização ................................................................................... Dividendos pagos ........................................................................... Ajustes com títulos e valores mobiliários ....................................... Lucro líquido do semestre .............................................................. SALDOS EM 30 DE JUNHO DE 2005 ............................................ SALDOS EM 1º DE JANEIRO DE 2006.......................................... Aumento de capital: Conforme aprovado pela portaria SUSEP nº 539 de 27 de março de 2006 .......................................................... Com reservas conforme AGE/AGO de 29 de março de 2006 ... Reserva de reavaliação: Realização ................................................................................... Ajustes com títulos e valores mobiliários ....................................... Lucro líquido do semestre .............................................................. Saldos em 30 de junho de 2006 ...............................................
Capital social 160.000.000
Aumento/ (redução) de capital (em aprovação) (25.479.657)
Reservas de capital 7.138.319
Reservas de reavaliaçãoImóveis próprios 1.139.262
Ajustes com títulos e valores mobiliários 98.484.845
Lucros acumulados -
Total 350.201.327
-
134.421
-
-
-
(134.421)
-
-
-
-
345.236
-
-
-
(345.236)
-
-
-
-
-
-
(21.295) -
-
(50.965.441) -
(28.600.459) -
21.295 (389.508) 182.603.255
(50.965.441) (28.989.967) 182.603.255
160.000.000
(25.000.000)
7.138.319
1.117.967
26.393.232
31.080.228
69.884.386
182.235.042
452.849.174
100.000.000
(82.103.080)
7.138.319
1.096.671
17.882.240
235.691.038
33.701.994
-
313.407.182
35.000.000 -
(35.000.000) 120.000.000
-
-
-
(120.000.000)
-
-
-
-
-
-
(21.296) -
-
-
(24.618.479) -
21.296 146.902.017
(24.618.479) 146.902.017
135.000.000
2.896.920
7.138.319
1.075.375
17.882.240
115.691.038
9.083.515
146.923.313
435.690.720
Reservas de lucros Reserva legal Estatutária 26.393.232 82.525.326
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em reais) 1. Contexto operacional A Empresa faz parte do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência e tem por objetivo social a exploração das operações de capitalização definidas na legislação vigente, operando em todo o território nacional. As operações são conduzidas no contexto do conjunto das empresas integrantes do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência, atuando de forma integrada no mercado, e os custos das estruturas operacional e administrativa comuns são absorvidas segundo a praticabilidade e a razoabilidade de lhes serem atribuídos, em conjunto ou individualmente. 2. Apresentação das demonstrações financeiras As demonstrações financeiras foram elaboradas com base nas práticas contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações e normas expedidas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP e pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, e estão sendo apresentadas segundo critérios estabelecidos pelo plano de contas instituído pela Circular SUSEP nº 314/2005, que introduziu alterações na classificação das contas do balanço patrimonial, da demonstração do resultado, bem como a modificação na forma de apresentação da demonstração das origens e aplicações de recursos. Em decorrência, os saldos e valores do semestre findo em 30 de junho de 2005 foram reclassificados para fins de comparação. 3. Resumo das principais práticas contábeis (a) Apuração do resultado As receitas dos planos de capitalização são reconhecidas contabilmente quando de seu efetivo recebimento e as correspondentes provisões técnicas são constituídas simultaneamente ao reconhecimento das receitas. As despesas com colocação de títulos, classificadas como Despesas de comercialização , são reconhecidas contabilmente quando incorridas. As despesas de corretagem são registradas quando do efetivo recebimento das contribuições aos planos de capitalização. Os pagamentos dos resgates por sorteios são considerados como despesas do mês em que os mesmos se realizam. (b) Ativos circulante e realizável a longo prazo (i) Aplicações Conforme determinações da SUSEP, as sociedades de capitalização devem classificar os títulos e valores mobiliários em três categorias: I. Títulos para negociação - Adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados; II. Títulos disponíveis para venda - Os títulos que não se enquadram nas categorias I e III; e III. Títulos mantidos até o vencimento - Adquiridos com a intenção de mantê-los em carteira até o vencimento. Os títulos classificados como para negociação e disponíveis para venda são registrados pelo valor de custo, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço e ajustados pelo seu valor de mercado. Os títulos mantidos até o vencimento são avaliados pelo seu custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço. Os ajustes ao valor de mercado dos títulos classificados como para negociação são contabilizados em contrapartida ao resultado e os ajustes ao valor de mercado dos títulos classificados como disponíveis para venda são contabilizados em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, líquidos dos efeitos tributários, sendo transferidos para o resultado quando da efetiva realização pela venda dos respectivos títulos e valores mobiliários. (ii) Demais ativos Os demais ativos são demonstrados pelo valor de custo, acrescido, quando aplicável, dos rendimentos e das variações monetárias auferidas. Os impostos ativos diferidos decorrentes de diferenças temporárias foram constituídos de acordo com as alíquotas vigentes. (c) Permanente (i) Investimentos Apresentados pelo custo de aquisição, ajustado ao seu valor de provável realização mediante constituição de provisão para desvalorização. Os investimentos em controladas e coligadas foram avaliados pelo método de equivalência patrimonial. Os imóveis destinados à renda estão demonstrados pelo custo de aquisição e deduzidos da depreciação acumulada, calculada pelo método linear à taxa anual de 4%. Os imóveis foram reavaliados de forma compulsória em 1998 por força das disposições das Circulares SUSEP nºs 7/1997 e 50/1998. A provisão para desvalorização refere-se, substancialmente, a valores relativos a incentivos fiscais. (ii) Imobilizado Demonstrado pelo custo de aquisição líquido das respectivas depreciações acumuladas, que são calculadas pelo método linear, de acordo com a vida útil-econômica estimada dos bens, sendo: máquinas e equipamentos, móveis e utensílios - 10% a.a. e equipamentos de computação - 20% a.a. Conforme disposto na Circular SUSEP nº 260, de 8 de julho de 2004, estão desobrigadas da reavaliação periódica as Sociedades que apresentam índice de imobilização inferior a 30%, e portanto, nesse semestre não foi necessária a reavaliação desses imóveis.
(d) Passivos circulante e exigível a longo prazo (i) Provisões técnicas As provisões para resgates e para sorteios são calculadas sobre os valores nominais dos títulos e atualizadas monetariamente, quando aplicável, com base em Notas Técnicas Atuariais aprovadas pela SUSEP. A provisão para resgates de títulos vencidos, incluída na provisão para resgates, é constituída pelos valores de títulos já vencidos, porém não resgatados, sendo atualizada monetariamente com base nos indexadores previstos em cada plano. A provisão para resgates de títulos antecipados, incluída na provisão para resgates, é constituída pelos valores de títulos com resgate solicitado e que ainda estão cumprindo carência, ou serão pagos aos clientes no mês seguinte e títulos com resgate solicitado cujo valor não foi retirado pelos clientes, sendo atualizada monetariamente com base nos indexadores previstos em cada plano. A provisão para contingências, apresentada na rubrica Outras provisões , é calculada sobre o valor nominal de alguns planos com base em Notas Técnicas Atuariais aprovadas pela SUSEP, e sua constituição tem por objetivo garantir a manutenção das obrigações diante de imprevistos que possam vir a ocorrer em um determinado plano. A provisão administrativa, também apresentada na rubrica Outras provisões , foi constituída para cobrir despesas administrativas dos planos, tendo sido calculada, a partir do primeiro semestre de 2005, conforme metodologia descrita na Avaliação Atuarial SUSEP 2005. (ii) Demais passivos São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridos até a data do balanço. Foram constituídas provisões para imposto de renda, à alíquota de 15% sobre o lucro tributável, acrescida de adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente a R$ 120 mil, e para contribuição social sobre o lucro, à alíquota de 9%, nos termos da legislação em vigor. ( e ) Ativos e Passivos contingentes e Obrigações Legais Fiscais e Previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM 489/05. (i) Ativos Contingentes: Não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações financeiras. (ii) Passivos Contingentes: São constituídos levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e no posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como de perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente, devendo ser apenas divulgados nas demonstrações financeiras, e os classificados como remotos não requerem provisão e divulgação. (iii) Obrigações Legais Fiscais e Previdenciárias: Decorrem de processos judiciais relacionados e obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade, que independente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras. (f) Estimativas contábeis A elaboração de demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração use de julgamento na determinação e registro de estimativas contábeis. Ativos e passivos significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem provisão para riscos sobre créditos, imposto de renda e contribuição social sobre o lucro diferidos, provisão para desvalorização, depreciação, provisões técnicas e provisões para contingências. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá ser efetuada por valores diferentes dos estimados devido a imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A Empresa revisa essas estimativas e premissas periodicamente. 4. Aplicações (a) Resumo da classificação das aplicações financeiras Títulos para negociação ............................................... Títulos de renda fixa - fundos de investimento .............. Títulos de renda variável - fundos de investimento ....... Títulos de renda fixa - debêntures ................................. Títulos disponíveis para venda .................................. Títulos de renda fixa - debêntures e letras hipotecárias . Títulos de renda fixa - letras financeiras do tesouro .... Títulos de renda fixa - notas do tesouro nacional ......... Títulos de renda variável - ações ................................... Títulos de renda fixa - fundo de investimento imobiliário . Títulos mantidos até o vencimento .......................... Títulos de renda fixa - fundos de investimento ..............
PerPer2006 centual 2005 centual 2.285.206.659 81,42 2.231.902.616 84,81 2.223.177.031 79,21 2.088.893.427 79,37 62.029.628 2,21 45.104.593 1,72 97.904.596 3,72 286.092.042 10,20 399.775.058 15,19 101.402.479 3,61 17.271.345 0,63 37.840.233 1,44 99.268.328 3,77 140.648.289 5,01 234.227.029 8,90 26.769.929 0,95 28.439.468 1,08 235.225.455 8,38 235.225.455 8,38 2.806.524.156 100,00 2.631.677.674 100,00
(b) Composição das aplicações financeiras por prazo e por título Apresentamos a seguir a composição das aplicações financeiras por prazo e por título, incluindo os títulos que compõem as carteiras dos fundos de investimento. Os títulos classificados como para negociação estão apresentados no ativo circulante, independentemente dos prazos de vencimento. Os títulos que pertencem a fundos de investimentoabertos foram considerados com base no percentual de participação da Empresa no fundo. 1 a 30 Ajuste da dias ou sem 31 a 180 181 a 360 Acima de Valor Valor de avaliação vencimento dias dias 360 dias contábil referência (*) a mercado Títulos 205.271.407 367.598.293 890.517.786 821.819.173 2.285.206.659 2.285.206.659 Títulos para negociação ..................................................... Certificado de depósito bancário ......................................... 3.270 166.950.589 574.074.018 161.555.254 902.583.131 902.583.131 Letras financeiras do tesouro .............................................. 157.011 200.620.776 175.251.977 324.276.157 700.305.921 700.305.921 Notas do tesouro nacional .................................................... 134.792.103 134.792.103 134.792.103 Letras do tesouro nacional ................................................... 205.111.126 141.191.791 21.852.915 368.155.832 368.155.832 Debêntures ........................................................................... 26.928 46.273.961 46.300.889 46.300.889 Ações .................................................................................... 61.374.139 61.374.139 61.374.139 Outros ................................................................................... 71.694.644 71.694.644 71.694.644 184.692.684 101.399.358 286.092.042 272.329.140 13.762.902 Títulos disponíveis para venda ........................................ Letras financeiras do tesouro .............................................. 17.271.345 17.271.345 17.268.612 2.733 Ações .................................................................................... 140.648.289 140.648.289 126.107.602 14.540.687 Fundo de investimento Imobiliário Panamby ...................... 26.769.929 26.769.929 26.769.929 Debêntures ........................................................................... 3.121 101.399.358 101.402.479 102.182.997 (780.518) 12.565.486 222.659.969 235.225.455 235.225.455 Títulos mantidos até o vencimento ................................ Letras do tesouro nacional ................................................... 12.565.486 600.536 13.166.022 13.166.022 Notas do tesouro nacional .................................................... 222.059.433 222.059.433 222.059.433 Total em 2006 ........................................................................ 402.529.577 367.598.293 890.517.786 1.145.878.500 2.806.524.156 2.792.761.254 13.762.902 Total em 2005 ........................................................................ 263.017.694 304.771.516 844.201.578 1.219.686.886 2.631.677.674 2.579.918.363 51.759.311 (*) Representa o valor de mercado para os títulos classificados como para negociação e o valor de custo atualizado para os demais. O valor de mercado das aplicações em fundos de investimento foi obtido a partir dos valores das quotas divulgadas pelas instituições financeiras administradoras desses fundos. Os títulos de renda fixa privados têm o seu valor atualizado de acordo com os índices pactuados com a instituição financeira, e se aproxima do seu valor de mercado. Os títulos de renda fixa públicos tiveram seus valores de mercado obtidos a partir das tabelas de referência divulgadas pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto - ANDIMA. Os títulos de renda variável tiveram seus valores de mercado obtidos a partir da cotação média do último dia útil em que foram negociados no mês de levantamento do balanço.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
10 -.LEGAIS
(c) Reclassificação de títulos Em conformidade a Circular nº 314/2005, em 30 de junho de 2006, os seguintes ativos foram reclassificados: Fundos exclusivos que têm seus títulos corrigidos pela curva foram reclassificados de títulos para negociação para títulos mantidos até o vencimento. Debêntures foram reclassificados de títulos para negociação para títulos disponíveis para venda. (d) Instrumentos financeiros Durante os semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005, a Empresa não efetuou operações com instrumentos financeiros derivativos. O valor contábil dos instrumentos financeiros referentes aos demais ativos e passivos, em seu conjunto, equivale ao valor de realização desses instrumentos. 5. Créditos tributários e previdenciários e provisão para tributos diferidos (a) Ativo circulante Referem-se, basicamente, aos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro, nos valores de R$ 2.896.464 (R$ 2.625.017 em 2005) e R$ 341.485 (R$ 265.882 em 2005), FINSOCIAL a compensar no valor de R$ 3.846.701 em 2006, PIS a compensar sobre a receita operacional bruta, recolhido nos termos dos Decretos Leis nos 2.445 e 2.449/88 naquilo que excedeu ao valor devido nos termos da Lei Complementar nº 07/70, no valor de R$ 23.005.128, sendo R$ 7.504.038 de principal e R$ 15.501.090 de atualização monetária, em 30 de junho de 2006. (b) Ativo realizável a longo prazo Referem-se aos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro diferidos, equivalentes a R$ 23.635.513 (R$ 24.784.636 em 2005) e R$ 11.094.614 (R$ 11.435.317 em 2005), respectivamente, registrados para refletir os efeitos fiscais futuros atribuíveis a diferenças temporárias. Os créditos tributários foram contabilizados levando em consideração o histórico de rentabilidade e sua previsão de realização, fundamentada por estudo técnico, que pode ser assim demonstrada: 2006 2007 2008 2009 Previsão de realização - % ...................................... 23,17 0,75 76,02 0,06 O valor presente dos créditos tributários calculado à taxa média de captação da Organização Bradesco, líquido dos efeitos tributários, monta a R$ 32.018.156. (c) Passivo exigível a longo prazo Referem-se, basicamente, ao imposto de renda e contribuição social sobre lucro diferido, equivalentes a R$ 3.440.726 (R$ 12.939.828 em 2005) e R$ 1.238.661 (R$ 4.658.338 em 2005), respectivamente, registrados para refletir os efeitos fiscais futuros referentes aos ajustes positivos sobre os títulos e valores mobiliários mantidos em carteira. 6. Depósitos judiciais e fiscais 2006 2005 IR e CSLL ........................................................................................................ 50.755.026 26.263.003 ILL ................................................................................................................... 1.833.163 1.833.163 Plano Verão .................................................................................................... 2.059.948 1.649.014 Finsocial ......................................................................................................... 1.918.882 922.142 Trabalhista ...................................................................................................... 417.515 495.726 CPMF .............................................................................................................. 407.341 192.915 Outros ............................................................................................................ 1.033.153 560.014 58.425.028 31.915.977 7. Participações societárias Titan Holding S.A. ........................................................................................... Neon Holding S.A. .......................................................................................... Outros investimentos .....................................................................................
2006 954.154 954.154
2005 7.220.485 42.121.376 954.154 50.296.015
No segundo semestre de 2005, as participações nas Empresas Titan Holding S.A. e Neon Holding S.A. foram transferidas pelo valor contábil, mediante redução de capital, ao Controlador Bradesco Seguros S.A. 8. Imobilizado
Equipamentos .................................................. Móveis, máquinas e utensílios ........................
Custo Reavaliado 591.778 80.818 672.596
9. Transações e saldos com partes relacionadas Empresas Atlântica Capitalização S.A. ........................................................... Banco Bradesco S.A. ..................................................................... Bradesco Seguros S.A. ................................................................. Bradesco Vida e Previdência S.A. ................................................. Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros ................................... Em 2006 ........................................................................................... Em 2005 ...........................................................................................
Depreciação acumulada (316.179) (57.599) (373.778)
2006
2005
Líquido 275.599 23.219 298.818
Líquido 265.635 28.694 294.329
Contas a receber (pagar) (4.483) 3.849.424 (937.131) (11.085.302) (18.680) (8.196.172) (5.860.412)
Receitas (despesas) 670.591 (5.619.128) 5.987.540 409.892 1.448.895 (2.484.300)
Todas as operações com partes relacionadas foram contratadas a valores, taxas e prazos usualmente praticados no mercado para operações semelhantes, levando em consideração a ausência de riscos. O contas a receber e a pagar são distribuídos nas diversas contas do balanço patrimonial de acordo com as características das operações. O saldo de despesas com a Bradesco Seguros S.A. inclui despesas administrativas que correspondem ao rateio dos custos da estrutura administrativa e operacional apurados através da aplicação de percentuais de alocação para cada Empresa, definidos com base em medidores de atividades e critérios estabelecidos na convenção do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência. 10. Provisões técnicas 2006 2005 (i) Composição: Provisão para resgates ............................................................................ 2.110.883.494 1.947.725.376 Provisão matemática para resgate ............................................................. 1.779.996.593 1.669.280.996 Provisão para resgate de títulos vencidos ................................................ 142.358.986 121.186.465 Provisão para resgate antecipado de títulos ............................................. 188.527.915 157.257.915 19.296.999 16.459.488 Provisão para sorteios ............................................................................. Provisão para sorteio a realizar ................................................................. 18.586.728 15.738.297 Provisão para sorteio a pagar .................................................................... 710.271 721.191 96.747.058 88.036.141 Outras provisões ....................................................................................... Provisão para contingências ...................................................................... 43.360.187 46.275.231 53.386.871 41.760.910 Provisão administrativa ............................................................................... Saldo em 30 de junho ................................................................................ 2.226.927.551 2.052.221.005 (ii) Movimentação: 2006 2005 Saldo em 1o de janeiro .............................................................................. 2.138.865.562 1.985.512.073 Adições decorrentes de emissão de títulos ................................................. 588.583.065 554.086.657 Atualização monetária e juros ....................................................................... 72.596.513 72.289.487 (573.117.589) (559.667.212) Amortização ................................................................................................... Saldo em 30 de junho ................................................................................ 2.226.927.551 2.052.221.005 11. Garantia das provisões técnicas Os valores dos bens e direitos oferecidos em cobertura das provisões técnicas são os seguintes: 2006 2005 Ações ............................................................................................................. 140.648.289 219.901.906 Títulos de renda fixa ...................................................................................... 2.075.999.798 1.907.058.082 Títulos de renda variável ............................................................................... 62.029.628 46.146.346 10.995.956 11.261.057 Imóveis ........................................................................................................... 2.289.673.671 2.184.367.391 12. Ativos e Passivos contingentes e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias (a) Ativos Contingentes No 1º semestre de 2006, a Empresa não reconheceu contabilmente ativos contingentes, porém, existem processos cuja perspectiva de êxito é provável, no qual pleiteia a devolução mediante compensação ou restituição dos valores recolhidos a título de Imposto sobre o Lucro Líquido - ILL, instituído pelo art. nº 35 da Lei nº 7.713/88, uma vez que o referido tributo foi julgado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, no montante de R$ 37.992.307. (b) Passivos Contingentes classificados como perdas prováveis e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A Empresa é parte em processos judiciais, de natureza trabalhista, cível e fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades. As provisões foram constituídas levando em conta a opinião dos assessores jurídicos, a natureza das ações, a similaridade com processos anteriores, a complexidade e o posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da Empresa entende que as provisões constituídas são suficientes para fazer face a eventuais perdas decorrentes dos respectivos processos. O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial é mantido até o ganho definitivo da ação, representado por decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, ou a sua prescrição. (i) Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A Empresa está discutindo judicialmente a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmente provisionados não obstante as boas chances de êxito a médio e longo prazo, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos.
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
As principais questões são: CSLL Alíquotas diferenciadas - ECR nº 01/94 e EC 10/96 - R$ 74.668.876: Questionamento da CSLL exigida das companhias seguradoras, nos anos-base de 1995 e 1996 por alíquotas superiores às aplicadas às pessoas jurídicas em geral, em desrespeito ao princípio constitucional da isonomia; CSLL Empresas sem empregados - R$ 88.636.362 - Pleiteia o não recolhimento da CSLL dos anos - base de 1996 a 1998, anos nos quais a empresa não possuía empregados, uma vez que o artigo nº 195 da Constituição prevê que essa contribuição somente é devida pelos empregadores. IRPJ Dedução da CSLL da base de cálculo - R$ 47.066.570: Pleiteia calcular e recolher o imposto de renda devido, relativo ao ano-base de 1997 e subseqüentes, sem efetuar a adição da CSLL na base de cálculo respectiva, determinada pelo artigo 1º, da Lei nº 9.316/96, uma vez que essa contribuição representa uma despesa efetiva, necessária e obrigatória da Seguradora. (ii) Processos trabalhistas Os passivos contingentes decorrentes de litígios trabalhistas são apurados com base no valor médio das perdas ocorridas nos últimos doze meses, aplicado sobre a quantidade de processos ativos e, quando aplicável, são complementados por provisões para causas específicas. (iii) Processos cíveis Referem-se à estimativa global de perdas decorrentes de curso normal das operações, cujos valores estão sendo discutidos judicialmente. As questões discutidas nas ações normalmente não constituem eventos capazes de causar impacto representativo no resultado do semestre. Não existem em curso passivos contingentes relevantes para os quais as chances de perdas sejam prováveis que não tenham sido razoavelmente estimados. (iv) Movimentação das Provisões Constituídas No início do semestre .................................................. Constituições ............................................................... Reversões .................................................................... Atualização monetária ................................................. No final do semestre de 2006 ...................................... No final do semestre de 2005 ......................................
Fiscais e Previdenciárias 195.512.112 9.376.275 20.619.468 225.507.855 189.714.817
Trabalhistas 310.993 77.797 (28.753) 360.037 500.589
Cíveis 1.128.087 4.029.646 (4.009.646) 1.148.087 1.167.230
13. Patrimônio líquido (a) Capital social e dividendos O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é representado por 451.623 em ações ordinárias, nominativas e escriturais, sem valor nominal. De acordo com as disposições estatutárias, a cada ação corresponde um voto nas Assembléias Gerais, sendo garantido aos acionistas um dividendo mínimo de 25% do lucro líquido de cada exercício, ajustado nos termos da legislação societária brasileira. (b) Reserva de reavaliação Nos termos da Circular SUSEP nº 15/1992, a reserva de reavaliação está apresentada líquida dos impostos incidentes. (c) Reserva legal Constituída ao final de cada exercício, na forma prevista na legislação societária brasileira, podendo ser utilizada para a compensação de prejuízos ou para aumento do capital social. (d) Reserva estatutária Constituída por até 100% do lucro líquido remanescente, após as deduções legais e a constituição de reserva legal, é efetuada ao final de cada exercício social, até atingir o limite de 95% do capital social, estando sujeita à deliberação em Assembléia Geral. 14. Detalhamento das contas de demonstração do resultado (a) Despesas administrativas 2006 2005 Despesas com pessoal próprio .................................................................... (6.169.238) (5.045.684) Despesas com serviços de terceiros ........................................................... (3.769.685) (3.047.899) Despesas com localização e funcionamento ............................................... (6.106.454) (6.711.439) Despesas com publicidade e propaganda .................................................... (4.464.929) (2.995.682) Despesas com depreciação e amortização ................................................. (27.048) (24.726) Despesas com donativos e contribuições .................................................... (77.543) (155.760) (773.876) (889.513) Outras despesas administrativas ................................................................. (21.388.773) (18.870.703) (b) Despesas com tributos 2006 2005 Despesas com PIS ......................................................................................... (796.728) (659.985) Despesas com COFINS ................................................................................. (4.902.942) (4.061.444) Taxa de fiscalização ...................................................................................... (213.473) (213.473) (155.836) 18.082 Outras despesas com tributos ...................................................................... (6.068.979) (4.916.820) (c) Receitas financeiras 2006 2005 Receitas com títulos de renda fixa - Privados .............................................. 178.717.619 173.185.152 Receitas com títulos de renda fixa - Públicos ............................................... 3.055.179 16.927.106 Receitas com títulos de renda variável ......................................................... 42.570.934 35.859.780 Receita com créditos tributários .................................................................... 15.663.391 Atualização monetária de depósitos judiciais ............................................... 17.214.209 390.418 1.120.399 Outras receitas financeiras ........................................................................... 257.611.750 227.092.437 (d) Despesas financeiras 2006 2005 Despesas financeiras eventuais - juros ....................................................... (2.059.517) (1.588.494) Tributação sobre operações financeiras ..................................................... (1.750.161) (2.049.156) Prejuízo na venda de títulos e valores mobiliários ........................................ (48.595) Atualização monetária contingências passivas ........................................... (20.619.468) (5.457.785) Despesas financeiras com títulos de capitalização ..................................... (72.596.513) (72.289.487) Despesas com CPMF ..................................................................................... (3.858.691) (4.640.989) ( 71.282) ( 173.280) Outras despesas ........................................................................................... (101.004.227) (86.199.191) (e) Resultado não operacional 2006 2005 Recuperação processo fiscal ....................................................................... 7.504.038 Constituição (reversão) de provisões .......................................................... (57.549) 252.937 33.541 (28.132) Outras (receitas) despesas não operacionais............................................. 7.480.030 224.805 15. Imposto de renda e contribuição social A conciliação da despesa de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro calculada pela aplicação das alíquotas fiscais vigentes e a despesa contabilizada em resultado é como se segue: 2006 2005 221.508.837 247.577.250 Resultado antes de impostos e participações .............................................. Imposto de renda e contribuição social às alíquotas básicas de 25% e 9%, respectivamente ..................................................................... (75.313.005) (84.176.265) Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Equivalência patrimonial tributada nas controladas e coligadas .................. 16.007.767 Participação no lucro ..................................................................................... 51.768 8.603 Receitas não tributáveis, líquidas de despesas indedutíveis ....................... 876.087 3.047.142 Ajustes efetuados na declaração de rendimentos ...................................... (73.640) (69.412) 237.700 Outros valores ............................................................................................... Imposto de renda e contribuição social no semestre ................................... (74.454.562) (64.948.693) 16. Cálculo do patrimônio líquido ajustado A seguir detalhamos o cálculo do patrimônio líquido ajustado em 30 de junho: Patrimônio líquido contábil .............................................................................. (-) 50% de participações diretas e indiretas em empresas de outras atividades ................................................................................. (-) Despesas antecipadas ............................................................................. Patrimônio líquido ajustado .............................................................................
2006 435.690.720
2005 452.849.174
146.923 435.543.797
24.670.930 268.131 427.910.113
17. Outras informações (a) Plano de previdência dos funcionários A Empresa mantém planos de aposentadoria complementar para seus empregados e dirigentes nas modalidades de benefício definido e de contribuição definida (PGBL), que estão integralmente cobertos por provisões técnicas, que totalizam R$ 27.552.090 (R$ 19.014.905 em 2005), sendo: benefícios concedidos - R$ 12.007.381 (R$ 10.272.296 em 2005); a conceder - R$ 15.544.709 (R$ 8.742.609 em 2005). A contribuição para o plano durante o 1º semestre de 2006 montou a R$ 744.705 (R$ 461.556 em 2005). (b) Comitê de auditoria - Resolução CNSP nº 118/04 O resumo do relatório do Comitê de Auditoria foi divulgado junto com as demonstrações financeiras do Banco Bradesco S.A. (controlador indireto) em 09 de Agosto de 2006. (c) Outras receitas/despesas patrimoniais Refere-se à provisão para desvalorização de investimentos - incentivos fiscais, constituída em função de expectativa do valor de realização dos mesmos. (d) Circular SUSEP n° 314/05 Em 28 de dezembro de 2005, a SUSEP emitiu a Circular SUSEP nº 314 instituindo um novo plano de contas para entrar em vigor a partir de 1° de janeiro de 2006. Além de diversas alterações introduzidas, o normativo também referenda para utilização obrigatória pelas sociedades de capitalização, a partir de 2006, os critérios estabelecidos no pronunciamento NPC 22 do IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil que trata de provisões, passivos, contingências passivas e contingências ativas. (e) Divulgação das demonstrações financeiras consolidadas Nos termos do artigo 275, parágrafo 3° da Lei 6.404/76, informamos que as demonstrações financeiras consolidadas de 30 de junho de 2006 da Bradesco Seguros S.A., empresa líder do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência, foram publicadas nesta mesma data na Gazeta Mercantil e Jornal do Commercio, e no dia 28 de agosto de 2006 no Diário Oficial do Estado de São Paulo.
DIRETORIA Luiz Carlos Trabuco Cappi - Diretor-Presidente Norton Glabes Labes - Diretor Geral de Capitalização Samuel Monteiro dos Santos Júnior - Diretor Marcos Suryan Neto - Diretor Ivan Luiz Gontijo Júnior - Diretor Ricardo Alahmar - Diretor
Luiz Henrique Cajado de Azeredo Coutinho Atuário MIBA nº 701 Getúlio Antônio Guidini Contador CRC-1RS034447/S-3SP PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES
Aos Administradores e Acionistas Bradesco Capitalização S.A. 1. Examinamos o balanço patrimonial da Bradesco Capitalização S.A. em 30 de junho de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos do semestre findo nessa data, elaborados sob a responsabilidade da sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nosso exame compreendeu, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da seguradora, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da seguradora, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Bradesco Capitalização S.A. em 30 de junho de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos do semestre findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. O exame das demonstrações financeiras do semestre findo em 30 de junho de 2005, apresentadas para fins de comparação, foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram parecer com data de 22 de agosto de 2005, sem ressalvas. São Paulo, 22 de agosto de 2006
Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5
Edison Arisa Pereira Contador CRC 1SP127241/O-0
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
DIÁRIO DO COMÉRCIO
ECONOMIA/LEGAIS - 17
BV FINANCEIRA S.A. - CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO C.N.P.J. 01.149.953/0001-89 Av. Roque Petroni Jr. 999 - 15º andar - conj. A - CEP: 04707-910 - São Paulo - SP Tel: (011) 5185-1700 Fax: (011) 5185-1900 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO a BV Financeira encerrasse o semestre com uma carteira de financiamento de R$ 9,3 bilhões, significando aumento de 24,1% no Senhores Acionistas, Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. as demonstrações financeiras referen- período e 61,9% em comparação com o mês de junho de 2005. No mesmo período, o Lucro Líquido apurado foi de R$ 188,5 milhões, atingindo um Patrimônio Líquido ao final do semestre de tes ao semestre encerrado em 30 de junho de 2006, bem como o parecer dos auditores independentes. A atuação da BV Financeira nesse semestre focou o crescimento da carteira de financiamento ao consumidor, que vem se conso- R$ 1,04 bilhão. lidando nos últimos anos, e a estruturação para atuação em novos mercados, como material de construção e crédito pessoal, De acordo com a faculdade prevista na Lei nº 9.249/95, a Instituição creditou aos acionistas em 2006, juros sobre o capital próprio destacando, nesse último segmento, o mercado de crédito consignado privado, público e de aposentados e pensionistas do INSS. com base na Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), vigente no semestre, no montante de R$ 41 milhões. Essa estratégia requereu a ampliação do número de filiais, novos convênios com lojistas e prestadores de serviços, apoio tecnológico Agradecemos aos nossos clientes, parceiros e colaboradores, pelo resultado obtido no semestre. São Paulo, 11 de agosto de 2006. A Diretoria e política de recursos humanos adequados, além de uma sólida gestão de risco de crédito. As medidas tomadas possibilitaram que DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em milhares de reais) Semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 Passivo 2006 2005 Ativo 2006 2005 (Em milhares de reais, exceto lucro líquido por ação do capital social) Circulante 9.539.985 5.471.360 Circulante 6.263.387 3.998.370 2006 2005 Depósitos 9.196.773 5.293.303 Disponibilidades 18.710 20.510 Receitas da intermediação financeira 1.485.268 1.070.463 Depósitos interfinanceiros 9.196.773 5.293.303 Aplicações interfinanceiras de liquidez 294.101 174.191 Operações de crédito 1.481.388 1.040.992 Relações interdependências 400 53 Aplicações no mercado aberto 281.601 173.191 Resultado de operações com títulos e valores mobiliários 21.112 14.679 Transferências internas de recursos 400 53 Aplicações em depósitos interfinanceiros 12.500 1.000 Resultado com instrumentos financeiros derivativos (17.232) 14.792 Instrumentos financeiros derivativos 751 8.036 Títulos e valores mobiliários e Despesas da intermediação financeira (800.581) (513.014) Instrumentos financeiros derivativos 751 8.036 instrumentos financeiros derivativos 2.721 4.544 Operações de captação no mercado (624.883) (446.285) Outras obrigações 342.061 169.968 Carteira própria 759 564 Provisão para créditos de liquidação duvidosa (175.698) (66.729) Sociais e estatutárias 48.852 26.623 Instrumentos financeiros derivativos 1.962 3.980 Resultado bruto da intermediação financeira 684.687 557.449 Fiscais e previdenciárias 212.927 105.669 Operações de crédito 5.282.565 3.410.979 Outras receitas/(despesas) operacionais (362.365) (237.436) Negociação e intermediação de valores 23.949 10.339 Empréstimos - setor privado 433.569 96.335 Receitas de prestação de serviços 151.992 70.168 Diversas 56.333 27.337 Financiamentos - setor privado 5.049.655 3.419.101 Despesas de pessoal (64.793) (45.205) 197.488 416.519 Provisão para operações de crédito de liquidação duvidosa (200.659) (104.457) Exigível a longo prazo Outras despesas administrativas (160.208) (96.612) Depósitos 12.046 309.245 Outros créditos 392.725 231.904 Despesas tributárias (50.892) (29.821) Depósitos interfinanceiros 12.046 309.245 Negociação e intermediação de valores 10.708 9.342 Outras receitas operacionais 4.847 1.306 Instrumentos financeiros derivativos 49 3.926 Diversos 382.017 222.562 Outras despesas operacionais (243.311) (137.272) Instrumentos financeiros derivativos 49 3.926 Outros valores e bens 272.565 156.242 Resultado operacional 322.322 320.013 Outras obrigações 185.393 103.348 Bens não de uso próprio 20.904 11.874 Resultado não operacional (4.165) 95 Fiscais e previdenciárias 185.393 103.348 Despesas antecipadas 251.661 144.368 Resultado antes da tributação sobre o lucro 318.157 320.108 Patrimônio líquido 1.039.854 704.563 Realizável a longo prazo 4.469.538 2.566.529 Imposto de renda e contribuição social (80.843) (99.459) Capital social: Títulos e valores mobiliários e Provisão para imposto de renda (103.330) (76.929) de domiciliados no País 342.000 280.000 503 2.310 instrumentos financeiros derivativos Provisão para contribuição social (37.368) (27.671) Reserva de capital 2.669 2.669 Instrumentos financeiros derivativos 503 2.310 Ativo fiscal diferido 59.855 5.141 Reservas de lucros 557.146 241.940 Operações de crédito 3.734.932 2.188.666 Participações no lucro (48.852) (31.224) Lucros Acumulados 138.039 179.954 Empréstimos - setor privado 362.036 58.195 Lucro líquido do semestre 188.462 189.425 Financiamentos - setor privado 3.442.494 2.161.880 Lucro líquido por ação 1.491,46 1.613,03 Provisão para operações de crédito de liquidação duvidosa (69.598) (31.409) Outros créditos 583.686 303.993 DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS Diversos 583.686 303.993 Semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 (Em milhares de reais) Outros valores e bens 150.417 71.560 2006 2005 Despesas antecipadas 150.417 71.560 Origens dos recursos 2.151.903 1.397.680 Permanente 44.402 27.543 Lucro líquido do semestre 188.462 189.425 Investimentos 2.125 1.115 Ajustes ao lucro líquido 5.273 3.476 Outros investimentos 2.125 1.115 Depreciação e amortização 5.273 3.476 Imobilizado de uso 25.329 16.671 Constituição de reservas 2.494 Outras imobilizações de uso 40.752 27.485 Subvenção para investimentos 2.494 Depreciação acumulada (15.423) (10.814) Recursos de terceiros originários de: 1.958.168 1.202.285 Diferido 16.948 9.757 Aumento dos subgrupos do passivo 1.956.886 1.154.800 Gastos de organização e expansão 29.601 17.660 Depósitos 1.815.293 1.075.975 Amortização acumulada (12.653) (7.903) Relações interdependências 368 51 Total do Passivo 10.777.327 6.592.442 Total do Ativo 10.777.327 6.592.442 Outras obrigações 141.225 78.774 Diminuição dos subgrupos do ativo 1.282 47.442 DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Títulos e valores mobiliários e instrumentos Semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 (Em milhares de reais) financeiros derivativos 1.282 47.442 Reserva Reservas Alienação de bens e investimentos 43 de capital de lucros Imobilizado de uso 43 Aplicações dos recursos 2.151.954 1.391.011 Subvenções Juros sobre o capital próprio 41.000 Capital Aumento para Para Lucros Inversões em: 13.911 6.631 de capital investimentos Legal expansão acumulados Total social Imobilizado de uso 8.340 3.986 Saldos em 31 de dezembro de 2004 280.000 175 12.595 219.874 512.644 Diferido 5.571 2.645 Subvenções para investimentos 2.494 2.494 Aumento dos subgrupos do ativo 2.096.849 1.376.019 Lucro líquido do semestre 189.425 189.425 Aplicações interfinanceiras de liquidez 45.629 8.392 Destinação do lucro líquido: Operações de crédito 1.706.237 1.155.008 Reserva legal 9.471 (9.471) Outros créditos 248.746 168.792 Outros valores e bens 96.237 43.827 Saldos em 30 de junho de 2005 280.000 2.669 22.066 219.874 179.954 704.563 Diminuição dos subgrupos do passivo 194 8.361 Saldos em 31 de dezembro de 2005 280.000 62.000 2.669 32.008 515.715 892.392 Instrumentos financeiros derivativos 194 8.361 Aumento de capital 62.000 (62.000) Aumento / (redução) das disponibilidades (51) 6.669 Lucro líquido do semestre 188.462 188.462 Modificação na posição financeira Destinação do lucro líquido: Disponibilidades Reserva legal 9.423 (9.423) No início do semestre 18.761 13.841 Juros sobre o capital próprio (41.000) (41.000) No fim do semestre 18.710 20.510 Aumento / (redução) das disponibilidades (51) 6.669 Saldos em 30 de junho de 2006 342.000 2.669 41.431 515.715 138.039 1.039.854 1
2
a.
b.
c.
d.
e.
f.
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - Semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 (Em milhares de reais) limites estabelecidos pelo Comitê de Riscos e limites legais; b) integridade da 3 Aplicações interfinanceiras de liquidez Contexto operacional precificação de Ativos e Derivativos; c) avaliação do risco de mercado pela A BV Financeira S.A. - Crédito, Financiamento e Investimento tem por objetivo a. Aplicações em depósitos interfinanceiros metodologia “Value at Risk” e pela simulação de cenários; d) acompanhamento de social, principalmente, a realização de operações de financiamento de veículos, A carteira é composta por depósitos interfinanceiros, remunerados às taxas resultados diários com testes de aderência da metodologia (“back-test”). bem como atuar nas demais atividades permitidas e regulamentadas pelo Banco pré-prefixadas, com vencimento até julho de 2006, no montante de R$ 12.500 A política de gerenciamento de riscos de mercado considera, ainda, a utilização de Central do Brasil (BACEN). (2005 - R$ 1.000). instrumentos financeiros derivativos para “hedge” de posições, para atender deAs operações são conduzidas no contexto de um conjunto de instituições que b. Aplicações no mercado aberto manda de contrapartes e como meio de reversão de posições em momentos de atuam integradamente no mercado financeiro e certas operações têm a co-partiA carteira é composta por operações compromissadas, remuneradas às taxas grandes oscilações. As operações observam os limites deliberados pelo Comitê e cipação ou intermediação de instituições associadas, integrantes do sistema fipós-fixadas, com vencimento até outubro de 2006, no montante de R$ 281.601 estabelecidos pela legislação, após análise dos riscos de crédito e liquidez, quannanceiro. Os benefícios dos serviços prestados entre essas instituições e os cus(2005 - R$ 173.191). do apropriados, caso em que envolvem as políticas de liquidez e crédito e as delitos da estrutura operacional e administrativa são absor vidos segundo a 4 Títulos e valores mobiliários berações do respectivo Comitê. praticabilidade e a razoabilidade de lhes serem atribuídos, em conjunto ou indivi2006 2005 Os critérios de precificação de instrumentos financeiros derivativos são definidos dualmente. Títulos para negociação Faixas de pela área de gerenciamento de risco, que consideram preços e taxas oficialmente vencimento Descrição das principais práticas contábeis divulgados pela BM&F, bem como cálculos de prêmios de opção e outros riscos de Valor Valor de Lucro não Até Valor de As práticas contábeis adotadas para a contabilização das operações e para elaboacordo com metodologias convencionais e consagradas. Todas as etapas das opeTipo de custo mercado realizado 3 meses Total mercado ração das demonstrações financeiras emanam da Lei das Sociedades Anônimas, rações estão sujeitas às verificações da auditoria interna, bem como aos procediFundo de Invest. 759 759 759 759 mentos de controles internos, definidos e acompanhados por área específica e associadas às normas e instruções do BACEN. CDB - Instituição independente, adequados ao nível de transações e riscos envolvidos. Apuração do resultado Financeira Ligada 564 Os valores a receber, originários de contratos de swap montam a R$ 2.465 (2005 O resultado é apurado pelo regime de competência. As rendas de operações de Total 759 759 759 759 564 R$ 6.290) e estão registrados no Ativo em Títulos e valores mobiliários - Instrucrédito são apropriadas ao resultado por meio da aplicação do método exponencial. 5 Instrumentos financeiros derivativos mentos financeiros derivativos, e os valores a pagar originários desses contratos Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos O Conglomerado Financeiro do Grupo Votorantim efetua operações que envolvem montam a R$ 800 (2005 - R$ 11.962) e estão registrados no Passivo em InstruAtendendo ao disposto na Circular nº 3.068 do BACEN, os títulos e valores mobiinstrumentos financeiros derivativos, atuando em mercados organizados e de balmentos financeiros derivativos. liários são classificados em categorias, de acordo com a intenção de investimento cão, com objetivo de possibilitar uma gestão de risco de mercado adequada à Os ajustes diários das operações no mercado futuro montam a R$ 10.861 (2005 da Administração. política do Grupo. R$ 1.353), no Passivo, e estão registrados em Negociação e intermediação de • Títulos para negociação; O gerenciamento de risco de mercado é efetuado de forma centralizada, por área valores. • Títulos disponíveis para venda; e administrativa que mantém independência com relação à mesa de operações e As operações de swap têm como contraparte o Banco Votorantim S.A., sendo inte• Títulos mantidos até o vencimento. pelo acompanhamento do Comitê de Riscos, composto pela diretoria e vice-presigralmente negociadas no mercado de balcão. Os títulos e valores mobiliários classificados na categoria títulos para negociação dência do Banco Votorantim S.A., que se reúne periodicamente para avaliação dos As margens depositadas na BM&F foram efetuadas com títulos públicos federais, ou na categoria títulos disponíveis para venda devem ser avaliados e registrados a riscos e definição de limites operacionais. O gerenciamento de riscos adota como objeto de operação compromissada, descrita na nota 3b, e totalizam R$ 281.601 valor de mercado e a diferença em relação ao custo corrigido é reconhecida no procedimentos básicos: a) monitoramento da adequação de posições e riscos aos (2005 – R$ 151.816). resultado do período ou em conta específica do Patrimônio líquido, respectivamenOs instrumentos financeiros derivativos podem ser assim resumidos: te. Quando classificados na categoria títulos mantidos até o vencimento devem ser 2006 2005 registrados pelo respectivo custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço. Faixas de vencimento De acordo com a Circular nº 3.082, do Banco Central do Brasil, os instrumentos Valor Valores a Valores a Valor Valores a financeiros derivativos são avaliados e contabilizados a valor de mercado e classificados como “hedge” (proteção) ou “não-hedge”. O “hedge” é classificado como: original receber/pagar receber/pagar Prejuízo Até 3 de 3 a 12 de 1 a 3 de 3 a 5 original receber/pagar (i) “hedge de risco de mercado” ou (ii) “hedge de fluxo de caixa”. Tipo do contrato contratual mercado não realizado meses meses anos anos Total do contrato mercado Os critérios para registro são os seguintes: Swap • Para os instrumentos financeiros derivativos que não se destinam a “hedge”, Pré (94.391) (64.943) (64.974) (31) (21.785) (47.497) 4.308 64.974 114.247 151.472 bem como para aqueles classificados como “hedge de risco de mercado”, os ajustes a valor de mercado são contabilizados em contrapartida à adequada conta de DI 94.391 66.639 66.639 21.977 48.467 (3.805) 66.639 (114.247) (157.144) receita ou despesa, no resultado do semestre. Total 1.696 1.665 (31) 192 970 503 1.665 (5.672) • Para os instrumentos financeiros derivativos classificados como “hedge de fluxo Futuros de caixa”, a parcela efetiva do “hedge” deve ser contabilizada em contrapartida à conta destacada do Patrimônio líquido e qualquer outra variação em contrapartida DI (8.925.153) (10.861) (10.861) - (1.398.692) (2.858.069) (4.515.224) (153.168) (8.925.153) (5.437.346) 1.353 à adequada conta de receita ou despesa, no resultado do semestre. No caso de instrumentos financeiros derivativos que se destinam à proteção de 6 Operações de crédito e provisão para créditos de liquidação duvidosa d. Provisão para créditos de liquidação duvidosa títulos e valores mobiliários classificados na categoria “títulos mantidos até o ven- a. Composição da carteira por tipo de cliente e atividade econômica 2006 2005 cimento”, tanto o título como o instrumento financeiro derivativo são avaliados e Saldo inicial 173.636 126.018 2006 2005 contabilizados pelas condições intrínsecas contratadas, não sendo registrados pelo Constituição 175.698 66.729 Comércio 690.665 491.603 valor de mercado. Créditos baixados contra provisão (79.077) (56.881) Pessoa física 8.597.089 5.243.908 Os efeitos em resultado da adoção dos critérios podem ser assim demonstrados: Saldo final 270.257 135.866 Total 9.287.754 5.735.511 2006 2005 Os créditos recuperados durante o semestre, que foram contabilizados como recub. Composição da carteira de operações de crédito por vencimento Resultado do semestre antes dos ajustes 63.662 90.918 peração de créditos baixados como prejuízo, consoante determinado no COSIF, Faixas de vencimentos 2006 2005 Efeito no semestre dos ajustes de mercado: montam a R$ 11.516 (2005 - R$ 16.235) e foram classificados em “Receitas de Parcelas vencidas: Carteira de financiamentos 189.375 163.480 operações de crédito”. O montante de bens recuperados durante o semestre monA partir de 15 dias 169.404 93.439 Carteira de instrumentos financeiros derivativos (284) (14.228) ta a R$ 50.425 (2005- R$ 35.389). A Sociedade apresenta R$ 74.082 (2005 - R$ Parcelas a vencer: Imposto de renda e contribuição social sobre os ajustes (64.291) (50.745) 38.281) de operações renegociadas no semestre. até 3 meses 1.632.148 1.059.228 Resultado do semestre após os ajustes 188.462 189.425 e. Avaliação a valor de mercado 3 a 12 meses 3.681.672 2.362.769 Outros ativos Foi procedida a avaliação de parte da carteira de financiamentos a valor de merca1 a 3 anos 3.640.227 2.169.399 Demonstrados pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos calculados do, considerando o respectivo “hedge” no mercado futuro de DI junto a BM&F, concom base “pro rata” dia e das variações monetárias e cambiais, auferidas até a 3 a 5 anos 164.303 50.676 forme determina a Resolução nº 3.082, de 30 de janeiro de 2002, do Banco Central data do balanço. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída por Total 9.287.754 5.735.511 do Brasil. A avaliação desses ativos gerou ajuste positivo não realizado, no monvalor suficiente para cobrir eventuais perdas, levando em consideração os riscos tante de R$ 764.525 (2005 – R$ 414.611), o qual está classificado em Outros créc. Composição da carteira de operações de crédito nos correspondentes níespecíficos e globais da carteira, bem como as diretrizes do BACEN. São reconheditos - Diversos, no Ativo. O valor de mercado das parcelas CDC foi apurado com veis de risco, conforme estabelecido na Resolução nº 2.682, do BACEN: cidos os créditos tributários referentes, principalmente, às provisões para créditos base em taxa composta pelo custo de captação, acrescida dos custos de produção 2006 de liquidação duvidosa. passíveis de estimativa, refletindo com mais propriedade os efeitos das taxas de Saldo Provisão Estimativas contábeis juros nos resultados. Créditos Créditos Total das A elaboração de demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis Hedge Parcela - CDC Nível de risco a vencer vencidos operações % Valor adotadas no Brasil requer que a Administração use de julgamento na determinaValor Valor Valor Ajuste AA 531.603 531.603 0,0 ção e registro de estimativas contábeis. Ativos e passivos significativos sujeitos a mercado mercado contábil mercado essas estimativas e premissas incluem provisão para créditos de liquidação duviA 7.532.920 - 7.532.920 0,5 37.665 2006 8.925.153 8.493.723 7.729.198 764.525 dosa, provisão para desvalorização de certos ativos e imposto de renda diferido B - Atraso entre 15 e 30 dias 36.792 475.270 512.062 1,0 5.121 2005 5.166.840 5.238.774 4.824.163 414.611 ativo, provisão para contingências e valorização de títulos e valores mobiliários e C - Atraso entre 31 e 60 dias 11.926 305.556 317.482 3,0 9.524 7 Depósitos interfinanceiros instrumentos financeiros derivativos. A liquidação das transações envolvendo esD - Atraso entre 61 e 90 dias 3.479 103.199 106.678 10,0 10.668 Representados por certificados de depósitos interfinanceiros, remunerados às tasas estimativas poderá resultar em valores diferentes dos estimados, devido a imxas pré-fixadas e pós-fixadas, com vencimentos até março de 2008, totalizando E - Atraso entre 91 e 120 dias 1.272 61.249 62.521 30,0 18.756 precisões inerentes ao processo de sua determinação. A Instituição revisa as estiR$ 9.208.819 (2005 - R$ 5.602.548). F - Atraso entre 121 e 150 dias 686 48.703 49.389 50,0 24.695 mativas e premissas pelo menos mensalmente. G - Atraso entre 151 e 180 dias 282 37.288 37.570 70,0 26.299 8 Patrimônio líquido Ativo permanente Demonstrado ao custo, combinado com os seguintes aspectos: H - Atraso superior a 180 dias 1.812 135.717 137.529 100,0 137.529 a. Capital social O capital social, subscrito e integralizado, é representado por 126.361 (2005 i. Depreciação do imobilizado, pelo método linear, com base em taxas anuais que Total 8.120.772 1.166.982 9.287.754 270.257 117.434) ações ordinárias, sem valor nominal. contemplam a vida útil-econômica dos bens, composto por móveis e utensílios, 2005 b. Dividendos sistema de comunicação - 10%, equipamentos de processamento de dados e veíSaldo Provisão Aos acionistas é assegurado um dividendo mínimo correspondente a 25% do lucro culos - 20%. Créditos Créditos Total das líquido de cada exercício, deduzida a reserva legal. Os dividendos não distribuídos ii. Outros investimentos são representados por investimentos oriundos de incentiNível de risco a vencer vencidos operações % Valor são destinados à “Reserva de Expansão”. vos fiscais. AA 345.343 345.343 0,0 - c. Juros sobre o capital próprio iii. Amortização do diferido pelos prazos em que os correspondentes benefícios De acordo com a faculdade prevista na Lei nº 9.249/95, a Instituição calculou em A 4.707.797 - 4.707.797 0,5 23.539 são gerados. 2006 juros sobre o capital próprio com base na Taxa de Juros de Longo Prazo B - Atraso entre 15 e 30 dias 14.157 288.900 303.057 1,0 3.030 Outros passivos (TJLP), vigente no semestre, no montante de R$ 41.000 (2005 – não houve), os C - Atraso entre 31 e 60 dias 9.492 190.037 199.529 3,0 5.986 Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, quais foram contabilizados em despesas financeiras, conforme requerido pela leos encargos apurados com base “pro rata” dia e as variações monetárias ou camD - Atraso entre 61 e 90 dias 2.586 45.771 48.357 10,0 4.836 gislação fiscal. Para efeito dessas demonstrações financeiras, esses juros foram biais, incorridas até a data do balanço. As provisões para imposto de renda e conE - Atraso entre 91 e 120 dias 195 24.597 24.792 30,0 7.438 eliminados das despesas financeiras do semestre e estão sendo apresentados na tribuição social correntes são constituídas às alíquotas de 15%, acrescidas de adiF - Atraso entre 121 e 150 dias 46 20.995 21.041 50,0 10.521 conta de Lucros. cional de 10%, e 9%, respectivamente, de acordo com a legislação vigente. É recoG - Atraso entre 151 e 180 dias 28 16.901 16.929 70,0 11.850 O imposto de renda e a contribuição social do semestre foram reduzidos em R$ nhecido no balanço o passivo decorrente de uma obrigação legal e é provável que H - Atraso superior a 180 dias 1.573 67.093 68.666 100,0 68.666 13.940 (2005 – não houve), aproximadamente, em decorrência da dedução desum recurso econômico seja requerido para saldar a obrigação. Esses passivos são Total 5.081.217 654.294 5.735.511 135.866 ses impostos pelos juros sobre o capital próprio creditados aos acionistas. registrados tendo como base as melhores estimativas do risco envolvido. (Continua)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
LEGAIS - 11
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas,
Controles Internos Durante o semestre, visando a atender as determinações da legislação sobre o tema, a dora S.A., relativas ao semestre findo em 30 de junho de 2006, elaboradas na forma da Finasa Seguradora S.A. prosseguiu com a implementação dos Controles Internos de legislação societária e das normas expedidas pelo Conselho Nacional de Seguros Priva- conformidade e em consonância com os princípios e sistemática adotados pela Organização Bradesco. O responsável pelos Controles Internos é um Diretor Estatutário dedos CNSP e pela Superintendência de Seguros Privados SUSEP, acompanhadas das signado para esta função, ao qual incumbe verificar a eficiência dos controles internos respectivas Notas Explicativas e do Parecer elaborado pelos Auditores Independentes. da Empresa. Resultado do Semestre Agradecimentos A Finasa Seguradora S.A. apresentou no semestre Lucro Líquido de R$ 231 mil (R$ 355 A Finasa Seguradora S.A. agradece aos seus acionistas o apoio oferecido e a confiança mil em 2005). depositada na Administração da Empresa. À Superintendência de Seguros Privados - SUSEP e ao IRB - Brasil Resseguros S.A. os Prevenção à Lavagem de Dinheiro nossos agradecimentos pelo apoio recebido. A Finasa Seguradora S.A. vem aperfeiçoando ferramentas tecnológicas voltadas ao proAos colaboradores da Organização o reconhecimento pela dedicação e pelo trabalho, que cesso de monitoramento das movimentações financeiras relativas às operações, com foram fundamentais para o bom desempenho de nossas atividades. vistas a detectar situações caracterizadas na legislação como de lavagem de dinheiro. São Paulo, 22 de agosto de 2006. Designou um Diretor Estatutário para a missão de desenvolver, implementar e acompaSubmetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Financeiras da Finasa Segura-
Diretoria
nhar a consecução de políticas relativas ao assunto. BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em reais) ATIVO
2006
2005
Circulante ...........................................................................
11.268.288
8.416.640
Disponível.......................................................................
55.952
Caixa e bancos .............................................................
PASSIVO
2006
2005
Circulante ...........................................................................
910.280
321.666
-
Contas a pagar ...............................................................
910.280
321.666
55.952
-
Obrigações a pagar ......................................................
801.257
159.632
Aplicações ......................................................................
11.175.009
8.215.232
Impostos e encargos sociais a recolher .......................
165
-
Títulos de renda fixa .....................................................
2.149.557
-
Quotas de fundos de investimentos .............................
9.025.452
8.215.232
Provisões para impostos e contribuições .....................
108.858
162.034
Título e créditos a receber ............................................
-
120.969
Exigível a longo prazo .......................................................
48
28
Títulos e créditos a receber ..........................................
-
120.969
Contas a pagar ...............................................................
48
28
Despesas antecipadas...................................................
37.327
80.439
Provisões para tributos diferidos ..................................
48
28
Administrativas .............................................................
37.327
80.439
Patrimônio líquido .............................................................
10.397.837
9.932.566
Realizável a longo prazo ...................................................
39.877
1.837.620
Capital social ................................................................
8.000.000
8.000.000
Aplicações ......................................................................
-
1.823.067
Reservas de capital ......................................................
612.537
612.537
Títulos de renda fixa - Públicos ....................................
-
1.823.067
Reservas de lucros .......................................................
1.554.254
965.240
Título e créditos a receber ............................................
39.877
14.553
Ajustes com títulos e valores mobiliários ......................
81
47
Créditos tributários e previdenciários ............................
39.877
14.553
Lucros acumulados ......................................................
230.965
354.742
TOTAL .................................................................................
11.308.165
10.254.260
TOTAL .................................................................................
11.308.165
10.254.260
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em reais)
DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em reais) 2006
2005
Despesas administrativas .................................................
385.952
176.456
Despesas com tributos .....................................................
73.338
119.707
Resultado financeiro .........................................................
790.873
816.013
2006
2005
230.965
354.742
591.869
29.770
- (Redução) dos Créditos das Operações ..........................
-
(11.791)
- Aumento dos Títulos e Créditos a Receber .....................
26.720
54.443
- Aumento das Despesas Antecipadas ..............................
37.327
80.439
- Redução (Aumento) do Contas a Pagar ..........................
(508.866)
97.765
Valores Mobiliários .........................................................
624
(47)
b) Caixa Líquido Aplicado nas Atividades Operacionais
147.674
250.579
a) Lucro líquido do semestre............................................ Atividades operacionais - Aumento das Aplicações ................................................
Receitas financeiras..........................................................
816.816
847.841
Despesas financeiras ........................................................
(25.943)
(31.828)
Resultado operacional ......................................................
331.583
519.850
Resultado não operacional ..............................................
(23)
-
Resultado antes dos impostos ..........................................
331.560
519.850
Imposto de renda ..............................................................
(70.790)
(118.226)
Distribuição de Dividendos ................................................
(183.464)
(105.112)
Contribuição social ...........................................................
(29.805)
(46.882)
c) Caixa Líquido (Gerado) nas Atividades de Financiamento
(183.464)
(105.112)
Lucro líquido do semestre ................................................
230.965
354.742
Diminuição nas disponibilidades (a-b+c) ........................
(100.173)
(949)
Quantidade de ações ........................................................
30.163.044
30.163.044
Disponibilidades no Início do Semestre .............................
156.125
949
Disponibilidades no Final do Semestre .............................
55.952
-
Lucro líquido por lote de mil ações - R$..........................
7,66
11,76
Diminuição nas disponibilidades .....................................
(100.173)
(949)
- Redução (Aumento) de Ajustes com Títulos e
Atividade de financiamento
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em reais) Reservas de lucros
Ajustes com
Capital
Reservas
Reserva
Reserva
títulos e valores
Lucros
social
de capital
legal
estatutária
mobiliários
acumulados
Total
Saldos em 1º de janeiro de 2005 ..............................................
8.000.000
612.537
63.294
901.946
-
-
9.577.777
Ajustes com títulos e valores mobiliários .......................................
-
-
-
-
47
-
47
Lucro líquido do semestre .............................................................
-
-
-
-
-
354.742
354.742
Saldos em 30 de junho de 2005 ................................................
8.000.000
612.537
63.294
901.946
47
354.742
9.932.566
Saldos em 1º de janeiro de 2006 ...............................................
8.000.000
612.537
101.917
1.452.337
705
-
10.167.496
Ajustes com títulos e valores mobiliários ......................................
-
-
-
-
(624)
-
(624)
Lucro líquido do semestre .............................................................
-
-
-
-
-
230.965
230.965
Saldos em 30 de junho de 2006 ................................................
8.000.000
612.537
101.917
1.452.337
81
230.965
10.397.837
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
18 -.ECONOMIA/LEGAIS
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
(Continuação)
BV FINANCEIRA S.A. - CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO C.N.P.J. 01.149.953/0001-89 Av. Roque Petroni Jr. 999 - 15º andar - conj. A - CEP: 04707-910 - São Paulo - SP Tel: (011) 5185-1700 Fax: (011) 5185-1900 9 Imposto de renda e contribuição social a. Encargos devidos sobre as operações do semestre Segue a demonstração do imposto de renda e da contribuição social, incidentes sobre as operações do semestre: 2006 2005 Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 318.157 320.108 Encargos (imposto de renda e contribuição social) à alíquota nominal de 25% e 9%, respectivamente (108.173) (108.837) Exclusões/(adições) permanentes 26.777 9.559 Participações no lucro 16.609 10.616 Despesas não dedutíveis (3.772) (1.057) Juros sobre o capital próprio 13.940 Exclusões/(adições) temporárias 4.989 48.669 Provisão para créditos de liquidação duvidosa (49.256) (3.385) Ajuste a valor de mercado - Circulares nºs 3.068 e 3.082 64.291 50.745 Provisões para contingências (1.032) (1.756) Derivativos - Lei nº 11.051 (9.567) 3.246 Outros 553 (181) Imposto de renda e contribuição social correntes (76.407) (50.609) Imposto de renda e contribuição social diferidos (64.291) (53.991) Imposto de renda e contribuição social total (140.698) (104.600) b. Imposto de renda e contribuição social diferidos com efeito sobre o resultado 2006 2005 Imposto de renda e contribuição social diferidos Adições/(exclusões): Derivativos - Lei nº 11.051 - (3.246) Ajuste a valor de mercado - Circulares nºs 3.068 e 3.082 (64.291) (50.745) Imposto de renda e contribuição social diferidos (64.291) (53.991) Crédito tributário Adições/(exclusões): Provisões para contingências 1.032 1.756 Derivativos - Lei nº 11.051 9.567 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 49.256 3.385 Ativo fiscal diferido no semestre 59.855 5.141 c. Imposto de renda e contribuição social diferidos Ativo (Outros créditos - Diversos) 2006 2005 Saldo inicial 88.139 78.157 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 49.256 3.385 Derivativos - Lei nº 11.051 9.567 Provisões para contingências 1.032 1.756 Saldo final 147.994 83.298 Passivo (Outras obrigações - Fiscais e previdenciárias) Saldo inicial 195.637 90.188 Derivativos - Lei nº 11.051 - 3.246 Ajuste a valor de mercado - Circulares n°s 3.068 e 3.082 64.291 50.745 Saldo final 259.928 144.179 2007 2008 2011 Total d. Estimativa de realização Provisão para créditos de liquidação duvidosa 98.225 23.730 - 121.955 Derivativos - Lei nº 11.051 8.875 5.755 5.755 20.385 Provisões para contingências - 5.654 5.654 Total 107.100 29.485 11.409 147.994 Os créditos tributários foram constituídos nos termos da legislação em vigor, baseados em estudos comprobatórios da capacidade de realização e, entre outros fatores, as seguintes premissas: • Atendimento às condições da Resolução nº 3.059, de 20 de dezembro de 2002. • Crédito tributário sobre provisões para contingências: constituído sobre a provisão efetuada sobre possíveis perdas em discussões judiciais, cuja perda implicaria na dedução do lucro tributável à época, com a conseqüente realização. A realização depende de uma solução judicial definitiva,a qual não se pode estimar o prazo. • Crédito tributário sobre diferenças temporais: constituído sobre provisão para créditos de liquidação duvidosa, cuja realização se condiciona aos prazos legais para dedutibilidade, conforme Lei nº 9.430/96, após esgotados os recursos legais de cobrança. Eventuais recuperações ou redução da perda implica na redução da provisão, gerando valores a serem excluídos da base tributável. Estimativa de realização: de 1 a 2 anos, no máximo.
• Crédito tributário sobre derivativos: contituído sobre o resultado não realizado de instrumentos financeiros derivativos, cuja realização se condiciona aos prazos legais para dedutibilidade, conforme Lei nº 11.051/04. Estimativa de realização: de 1 a 5 anos, no máximo. • O saldo contábil é considerado o valor presente dos créditos tributários. As obrigações fiscais diferidas foram constituídas nos termos da legislação em vigor e se referem a receitas a serem tributadas na sua realização, decorrentes da diferença entre valor contábil e valor de mercado de instrumentos financeiros derivativos, cuja realização está prevista no período de 2006 e avaliação a mercado da carteira de financiamentos, descrita na nota 6, cuja realização está prevista até o período de 2009. 10 Transações com partes relacionadas Os saldos e as transações com partes relacionadas foram realizados, substancialmente, com o Banco Votorantim S.A., efetuados de acordo com condições usuais de mercado e considerando a ausência de risco, assim representados: Ativos: 2006 2005 Disponibilidades 1.258 2.904 Aplicações interfinanceiras de liquidez 294.101 174.191 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 2.465 6.854 Passivos: Depósitos interfinanceiros 9.208.819 5.602.548 Instrumentos financeiros derivativos 800 11.962 Outras obrigações - Negociação e intermediação de valores 10.861 1.352 Outras obrigações – Diversas 283 3 Resultado: Rendas de aplicações em depósitos interfinanceiros 21.110 Resultado de títulos e valores mobiliários 14.679 Resultado com instrumentos financeiros derivativos (118) 1.226 Despesas de depósitos interfinanceiros (operações de captação no mercado) (624.883) (446.285) Despesas com serviços técnicos especializados (12.614) (4.140) Os serviços técnicos especializados prestados pela CP Promotora de Vendas Ltda. se referem à estrutura de vendas, sendo pagos de acordo com contrato mantido entre as partes e registrados em “Outras despesas administrativas”. 11 Provisões, passivos e contingências A Instituição é parte em ações judiciais e processos administrativos perante vários tribunais e órgãos governamentais, decorrentes do curso normal das operações, envolvendo questões tributárias, trabalhistas e aspectos cíveis. A Administração, com base em informações de seus assessores jurídicos, análise das demandas judiciais pendentes e, quanto às ações trabalhistas e cíveis, com base na experiência anterior referente às quantias reivindicadas, constituiu provisão em montante considerado suficiente para cobrir as perdas estimadas com as ações em curso, como segue: 2006 2005 Tributárias (Fiscais e previdenciárias – impostos e contribuições a recolher) 45.859 1.247 Tributárias (Fiscais e previdenciárias – provisão para riscos fiscais) 451 78 Cíveis (Diversas) 11.112 7.854 Trabalhistas (Diversas) 5.487 3.490 Total 62.909 12.669 Depósitos judiciais Os depósitos judiciais efetuados, que estão classificados em “Outros créditos”, no Realizável a longo prazo, montam a: 2006 2005 Tributárias 144 122 Cíveis 2.251 59 Trabalhistas 810 124 Total 3.205 305
Diretores Executivos Wilson Masao Kuzuhara Marcus Olyntho de Camargo Arruda Milton Roberto Pereira
Diretores Celso Marques de Oliveira João Batista Donizete de Souza José Manoel Lobato Barletta
12 Outras informações a. Despesas antecipadas são representadas basicamente por comissões por intermediação de operações de financiamento, apropriadas ao resultado no prazo dos contratos, por meio da aplicação do método exponencial, e apresentadas em “Outras despesas operacionais”. O resultado apropriado no semestre monta em R$ 175.417 (2005 - R$ 100.567). b. “Outros créditos - Diversos” incluem o montante de R$ 147.994 (2005 - R$ 83.298), referente a créditos tributários; R$ 35.439 (2005 - R$ 23.801), referente a antecipações de imposto de renda e contribuição social e ajuste da carteira de financiamentos a valor de mercado, no montante de R$ 764.525 (2005 – R$ 414.611), descrito na nota 6e. c. “Outras obrigações - Diversas” se referem, substancialmente, às provisões com pessoal, no montante de R$ 11.173 (2005 - R$ 7.645), provisões para pagamentos a efetuar no montante de R$ 4.330 (2005 - R$ 3.065) e provisão para processos de natureza cível e trabalhista, descritos na nota 11. d. Em 25 de julho de 2003, a Sociedade protocolou junto à Secretaria da Receita Federal sua adesão ao Programa de Parcelamento Especial - PAES, instituído pela Lei nº 10.684/03, do Governo Federal. A adesão ao programa possibilitou o parcelamento do PIS, referente ao período de janeiro de 2000 a janeiro de 2003, o qual vinha sendo questionado judicialmente e registrado em provisão para riscos fiscais. Os montantes relativos ao PIS, inclusos no programa, foram parcelados em 120 meses, calculados com base na limitação de 1,5% da receita bruta de intermediação financeira, atualizados com base na variação da Taxa de Juros de Longo Prazo -TJLP e reclassificados para impostos e contribuições a recolher. A Sociedade está cumprindo com as condições do referido programa quanto à adimplência aos pagamentos parcelados, bem como quanto ao recolhimento dos demais impostos devidos mensalmente. Os montantes inclusos no programa são: Principal e multa atualizados Atualização Saldo em 30 de na data de adesão TJLP Amortização junho de 2006 3.750 918 1.292 3.376 e. Despesas de pessoal inclui proventos, benefícios, encargos e treinamento de funcionários. f. “Outras despesas operacionais” incluem, além das despesas com comissões mencionadas na nota 11a, principalmente, a atualização monetária de provisão para riscos fiscais e impostos a pagar, no montante de R$ 1.365 (2005 – R$ 905), encargos sociais sobre comissões no montante de R$ 3.809 (2005 - R$ 3.157), constituição de provisão para contingências em processos de natureza cível e trabalhista no montante de R$ 5.494 (2005 – R$ 5.165) e outras comissões por serviços prestados no montante de R$ 44.878 (2005 – R$ 7.099). g. “Outras despesas administrativas” incluem, principalmente, despesas com serviços técnicos especializados, no montante de R$ 19.781 (2005 – R$ 8.958); despesas com promoções e relações públicas, no montante de R$ 20.048 (2005 – R$ 10.770); despesas com serviços de processamento de dados, no montante de R$ 14.427 (2005 – R$ 11.228); serviços do sistema financeiro, no montante de R$ 12.984 (2005 – R$ 7.831); tributos e custas sobre bens retomados, no montante de R$ 10.212 (2005 – R$ 8.294); serviços de terceiros, no montante de R$ 13.316 (2005 – R$ 6.108), despesas com comunicações no montante de R$ 15.595 (2005 – R$ 9.390), emolumentos judiciais e cartoriais no montante de R$ 5.910 (2005 – R$ 4.179) e taxas de registro de contratos no montante de R$ 9.373 (2005 – R$ 3.832). h. As Instituições Financeiras integrantes do Grupo Financeiro Votorantim apuram seus limites de patrimônio líquido mínimo exigido de forma consolidada, dentro dos parâmetros previstos na Resolução nº 2.099, do Banco Central do Brasil, de 17 de agosto de 1994, e normativos posteriores aplicáveis. i. Em conformidade com a Resolução nº 3.198, de 27 de maio de 2004, do Banco Central do Brasil, os membros efetivos do Comitê de Auditoria do Banco Votorantim S.A e Instituições Controladas, constituído por dispositivo estatutário e aprovado pelo Banco Central do Brasil em 28 de junho de 2004, estabeleceram atividades com o propósito de analisar e avaliar a exatidão dos Controles Internos e das operações do Grupo Financeiro Votorantim, baseando-se nos regulamentos e leis aplicáveis. j. Em 30 de junho de 2006 foi efetuada a cessão de parcelas da carteira de financiamentos para a BV Financeira Fundo de Investimento em Direitos Creditórios I no montante de R$ 3.386. A referida operação de cessão gerou ganho de R$ 8. Rita Maria Pacheco - Contadora - CRC1SP 153459/O-8 Superintendentes
Luis Henrique Campana Rodrigues Paulo Ribeiro de Mendonça Pedro Paulo Mollo Neto
Bartholomeu A. G. M. Ribeiro Didimo Santana Fernandes Jr Eduardo Antonio Morcelli
Geraldo Donizeti da Silva Rosemary de Souza Deliberato Yeh Jui Cheng
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES
Aos Administradores e Acionistas da BV Financeira S.A. - Crédito, Financiamento e Investimento São Paulo - SP Examinamos os balanços patrimoniais da BV Financeira S.A. - Crédito, Financiamento e Investimento levantados em 30 de junho de 2006 e 2005 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.
Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Sociedade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Sociedade, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da
ATA
INDÚSTRIA DE SUCO DE LARANJA VAI PAGAR INDENIZAÇÃO DE R$ 100 MI
BV Financeira S.A. - Crédito, Financiamento e Investimento em 30 de junho de 2006 e 2005, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 11 de agosto de 2006
KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6
Giuseppe Masi Contador CRC 1SP176273/O-7
Milton Mansilha/LUZ
s indústrias de suco de laranja aceitaram pagar indenização de R$ 100 milhões ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para se livrar de um processo por formação de cartel na compra de laranjas dos produtores. Caso o acordo seja fechado, será a primeira vez na história da defesa da concorrência no País que um setor pagará para encerrar uma investigação dos órgãos públicos. Pelos termos do acordo, as indústrias se comprometem ainda a acabar com a suposta prática de cartel, considerado crime contra a ordem econômica por impedir a competição. O fechamento do acordo depende ainda do aval dos conselheiros do Cade. Segundo o titular da Secretar i a d e D i re i t o E c o n ô m i c o (SDE), Daniel Goldberg, a intenção do governo é utilizar de agora em diante, sempre que possível, a cobrança de valores em troca da extinção de processos de investigação e, assim, tornar o sistema de defesa da concorrência mais eficiente. Entre 2000 e 2006, considerando todo o tipo de multa aplica-
A
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 23 de agosto de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Federal Tecnologia de Ativos e Fomento Mercantil Ltda. - Requerido: TPI Distribuidora de Autopeças Ltda. - Av. Engenheiro Roberto Zucolo, 343 - 01ª Vara de Falências Requerente: Daniele Banco Fomento Comercial e Participações Ltda. - Requerido: Mitex Importação e Exportação Ltda. - Rua Norma Pieruccini Giannotti, 130 - 02ª Vara de Falências
Dinheiro será destinado ao desenvolvimento da produção de laranja
da pelo Cade, o sistema recebeu apenas R$ 31 milhões. Condição – Ontem, a SDE, do Ministério da Justiça, enviou ao conselho um relatório das apurações feitas até agora e as sugestões do setor privado para o possível acerto. O pagamento da multa, ou indenização, como o Cade prefere chamar, foi uma condição das autoridades para negociar. A investigação foi iniciada em 1999, com base em denúncia de citricultores. A Cargill, Cutrale, Citrosuco, Coimbra, Citrovita e Montecitrus, além
da própria Associação Brasileira dos Exportadores de Cítricos (Abecitrus), estão sendo acusadas pelos produtores de laranja de dividirem o mercado e fixarem os mesmos preços de compra da fruta in natura. O valor de R$ 100 milhões foi estabelecido há 15 dias. "A posição da SDE e do Cade é sólida na direção de se manter esse valor (R$ 100 milhões) e, como 85% dos recursos retornam para o setor produtivo na forma de financiamento aos pequenos e médios citricultores, a indústria vai aceitar isso", disse o
presidente da Abecitrus, Ademerval Garcia. MPF – O relator do caso no Cade, conselheiro Luís Fernando Rigato, vai estudar o processo e ouvir a opinião da procuradoria-geral do Cade e do Ministério Público Federal para apresentar seu parecer sobre a possibilidade de um acordo ou não ao plenário do conselho. Os demais integrantes do conselho terão que homologar a proposta. Não há data para isso ocorrer, mas a expectativa dos empresários envolvidos é de que até setembro o assunto seja julgado. Firmado o acordo, a intenção do Cade é destinar R$ 85 milhões da indenização a projetos de pesquisa tecnológica e de desenvolvimento da p ro d u ç ã o d e l a r a n j a , p o r meio de um fundo de defesa da citricultura. Em princípio, o Cade defende que esse fundo tenha uma participação majoritária de citricultores em sua administração. Os R$ 15 milhões restantes da indenização deverão ser destinados a outros fundos de pesquisa e desenvolvimento do setor a serem definidos. (AE)
Conciliação: saída para conflitos judiciais ma das coordenadoras do Movimento pela Conciliação, a juíza Mariella Ferraz, explica que conflitos de várias naturezas podem ser solucionados nos chamados setores de conciliação, localizados em varas, fóruns e tribunais de todos os estados. O movimento foi lançado ontem pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
U
para mostrar à sociedade as vantagens de se resolver conflitos por meio de acordo entre as partes envolvidas, sem necessidade de abertura de processos judiciais. "Quaisquer ações de família, de cobranças, de indenização, discussões de contratos, relações de consumo, até de vizinhança (dois vizinhos que se desentendem) podem ser resolvidas no setor de
conciliação", afirmou. Segundo ela, um divórcio pode sair em até 15 dias, enquanto o processo judicial dura cerca de dois meses. De acordo com a juíza, também existem os postos de conciliação, que podem ser abertos em paróquias e administrações regionais, por exemplo. No lançamento do movimento, a ministra Ellen Gracie lembrou que em países
desenvolvidos o índice de conciliação é de cerca de 70%, enquanto no Brasil esse número está entre 30 e 35%. Segundo ela, o projeto foi desencadeado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) – órgão também presidido pela ministra –, envolvendo associações de magistrados, o Ministério Público e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). (Agências)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
12 -.LEGAIS
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em reais) 6. Transações e saldos com partes relacionadas
1. Contexto operacional A Seguradora faz parte do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência e tem por objetivo social a exploração das operações de seguros dos ramos elementares, em qualquer das suas modalidades, tais como definidas na legislação em vigor, operando através de sucursais nos principais centros econômicos do país. As operações com seguros estão temporariamente suspensas. As operações são conduzidas no contexto do conjunto das empresas integrantes do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência, atuando de forma integrada no mercado, e os custos das estruturas operacional e administrativa comuns são absorvidas segundo a praticabilidade e a razoabilidade de lhes serem atribuídos, em conjunto ou individualmente. 2. Apresentação das demonstrações financeiras As demonstrações financeiras foram elaboradas com base nas práticas contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações e normas expedidas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP e pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, e estão sendo apresentadas segundo critérios estabelecidos pelo plano de contas instituído pela Circular nº 314/2005, que introduziu alterações na classificação das contas do balanço patrimonial, da demonstração de resultado, bem como a modificação na forma de apresentação da demonstração das origens e aplicações de recursos. Em decorrência, os saldos e valores do semestre findo em 30 de junho de 2005 foram reclassificados para fins de comparação. 3. Resumo das principais práticas contábeis (a) Ativo circulante (i) Aplicações Conforme determinações da SUSEP, as sociedades seguradoras devem classificar os títulos e valores mobiliários em três categorias: I. Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados; II. Títulos disponíveis para venda - os títulos que não se enquadram nas categorias I e III; e III. Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção de mantê-los em carteira até o vencimento. Os títulos classificados como para negociação e disponíveis para venda são registrados pelo valor de custo, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço e ajustados pelo seu valor de mercado. Os títulos mantidos até o vencimento são avaliados pelo seu custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço. Os ajustes ao valor de mercado dos títulos classificados como para negociação são contabilizados em contrapartida ao resultado e os ajustes ao valor de mercado dos títulos classificados como disponíveis para venda são contabilizados em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, líquidos dos efeitos tributários, sendo transferidos para o resultado quando da efetiva realização pela venda dos respectivos títulos e valores mobiliários. (ii) Demais ativos Os demais ativos são demonstrados pelo valor de custo, acrescido, quando aplicável, dos rendimentos e das variações monetárias auferidas. (b) Passivo circulante Demonstrado por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridos até a data do balanço. Foram constituídas provisões para imposto de renda, à alíquota de 15% sobre o lucro tributável, acrescida de adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente a R$ 120 mil, e para contribuição social sobre o lucro, à alíquota de 9% nos termos da legislação em vigor. 4. Aplicações (a) Resumo da classificação das aplicações financeiras 2006 Percentual 9.025.452 80,76 Títulos para negociação ............................... Títulos de renda fixa - fundos de investimentos ........................................... 9.025.452 80,76 2.149.557 19,24 Títulos disponíveis para venda ................... Títulos de renda fixa - letras financeiras 19,24 do tesouro ............................................... 2.149.557 Total ............................................................. 11.175.009 100,00
774 4.234.945
1.597.319
4.205.261
Despesas (6.386) (6.386)
Em 2005 ............................................................................
56.549
(4.413)
As operações com partes relacionadas foram contratadas a valores, taxas e prazos usualmente praticados no mercado para operações semelhantes, levando em consideração a ausência de riscos. O contas a receber e a pagar são distribuídos nas diversas contas do balanço patrimonial de acordo com as características das operações. 7. Patrimônio líquido (a) Capital social e dividendos O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é representado por 30.163.044 ações escriturais, ordinárias e nominativas, sem valor nominal. De acordo com as disposições estatutárias, a cada ação corresponde um voto nas Assembléias Gerais, sendo garantido aos acionistas um dividendo mínimo obrigatório de 25% do lucro líquido de cada exercício, ajustado nos termos da legislação societária brasileira. (b) Reserva legal Constituída, ao final do exercício, na forma prevista na legislação societária brasileira, podendo ser utilizada para a compensação de prejuízos ou para aumento do capital social. (c) Reserva estatutária Constituída por até 100% do lucro líquido remanescente após as deduções legais e a constituição de reserva legal, é efetuada ao final de cada exercício social, até atingir o limite de 95% do capital social, estando sujeita à deliberação em Assembléia Geral. 8. Detalhamento das contas da demonstração de resultado (a) Despesas administrativas Despesas com serviços de terceiros .............................................. Despesas com localização e funcionamento ................................. Despesas com donativos e contribuições ...................................... Despesas com publicações ............................................................ Outras despesas administrativas ................................................... (b) Despesas com tributos Despesas com PIS ......................................................................... Despesas com COFINS ................................................................. Taxa de fiscalização ........................................................................ Outras despesas com tributos ........................................................
2005 Percentual 8.215.232 81,84
(c) Receitas financeiras
8.215.232 1.823.067
81,84 18,16
1.823.067 10.038.299
18,16 100,00
Receitas com títulos de renda fixa - Privados ................................ Receitas com títulos de renda fixa - Públicos ................................. Receitas com títulos de renda variável ...........................................
(b) Composição das aplicações financeiras por prazo e por título Apresentamos a seguir a composição das aplicações financeiras por prazo e por título, incluindo os títulos que compõem as carteiras dos fundos de investimento. Os títulos classificados como para negociação estão apresentados no ativo circulante, independentemente dos prazos de vencimento. Os títulos que pertencem a fundos de investimento abertos foram considerados com base no percentual de participação da Seguradora no fundo. 1 a 30 Ajuste dias ou Valor da avasem ven31 a 181 a Acima de Valor de refe- liação a Títulos cimento 180 dias 360 dias 360 dias contábil rência (*) mercado 9.025.452 9.025.452 Títulos para negociação ... 1.793.474 241.232 3.158.092 3.832.654 Certificado de depósito bancário ........................ 3.151 4.935 1.640 5.368 15.094 15.094 Letras financeiras do tesouro 15.128 138.457 720.753 1.619.583 2.493.921 2.493.921 Letras do tesouro nacional . 1.775.195 97.831 2.435.699 1.931.050 6.239.775 6.239.775 Notas do tesouro nacional .. 271.171 271.171 271.171 Debêntures ...................... 9 4.601 4.610 4.610 881 881 881 Outros .............................. Títulos disponíveis - 2.149.557 2.149.429 128 para venda .................. 2.149.557 - 2.149.557 2.149.429 128 Letrasfinanceiras do tesouro 2.149.557 Total em 2006 ................ 3.943.031 241.232 3.158.092 3.832.654 11.175.009 11.174.881 128 Total em 2005 ................
Empresas Banco Bradesco S.A. ......................................................... Em 2006 ............................................................................
Contas a receber (pagar) 10.000 10.000
10.038.299 10.038.224
75
(*)
Representa o valor de mercado para os títulos classificados como para negociação e valor de custo atualizado para os demais. O valor de mercado das aplicações em fundos de investimento foi obtido a partir dos valores das quotas divulgadas pelas instituições financeiras administradoras desses fundos. Os títulos de renda fixa públicos tiveram seus valores de mercado obtidos a partir das tabelas de referência divulgadas pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto - ANDIMA. (c) Instrumentos financeiros Durante os semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005, a Seguradora não efetuou operações com instrumentos financeiros derivativos. O valor contábil dos instrumentos financeiros referentes aos demais ativos e passivos, em seu conjunto, equivale ao valor de realização desses instrumentos. 5. Créditos tributários e previdenciários Realizável a longo prazo Referem-se aos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos, equivalentes a R$ 29.321 (R$ 10.701 em 2005) e R$ 10.556 (R$ 3.852 em 2005), respectivamente, registrados para refletir os efeitos fiscais futuros atribuíveis a diferenças temporárias. Os créditos tributários foram contabilizados levando em consideração o histórico de rentabilidade e sua previsão de realização, fundamentada por estudo técnico, pode ser assim demonstrada:
(d) Despesas financeiras Despesas com juros ....................................................................... Despesas com CPMF ..................................................................... Despesas com taxa de custódia .....................................................
2006 37.327 8.771 13.815 325.576 463 385.952
2005 18.773 315 13.753 143.260 355 176.456
2006 5.302 32.630 34.805 601 73.338
2005 5.510 33.914 80.052 231 119.707
2006 660.417 156.299 100 816.816
2005 821.824 26.017 847.841
2006 (7.058) (10.943) (7.942) (25.943)
2005 (3.297) (21.714) (6.817) (31.828)
9. Imposto de renda e contribuição social A conciliação da despesa de imposto de renda e contribuição social calculada pela aplicação das alíquotas fiscais vigentes e a despesa contabilizada em resultado é como se segue: 2006 2005 331.560 519.850 Resultado antes de impostos ............................................................ Imposto de renda e contribuição social às alíquotas básicas de 25% e 9%, respectivamente ...................................................... (112.730) (176.748) Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Receitas não tributáveis ................................................................. 34 ( 360) 12.101 12.000 Outros valores ................................................................................ Imposto de renda e contribuição social no semestre ..................... (100.595) (165.108) 10. Cálculo do patrimônio líquido ajustado Patrimônio Líquido Contábil................................................................ (-) Despesas Antecipadas ................................................................ Patrimônio Líquido Ajustado (*) .........................................................
2006 10.397.837 37.327 10.360.510
2005 9.932.566 80.439 9.852.127
(*) O patrimônio líquido ajustado é igual a margem de solvência, pois as operações com seguros estão temporariamente suspensas. 11. Outras informações (a) Comitê de auditoria - Resolução CNSP n° 118/04 O resumo do relatório do Comitê de Auditoria foi divulgado junto com as demonstrações financeiras do Banco Bradesco S.A. (controlador indireto) em 09 de agosto de 2006. (b)Circular SUSEP n° 314/05 Em 28 de dezembro de 2005, a SUSEP emitiu a Circular SUSEP nº 314 instituindo um novo plano de contas que entrou em vigor em 1º de janeiro de 2006. Além de diversas alterações introduzidas, o normativo também referenda para utilização obrigatória pelas sociedades seguradoras, a partir de 2006, os critérios estabelecidos no pronunciamento NPC 22 do IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, que trata de provisões, passivos, contingências passivas e contingências ativas. (c) Divulgação das demonstrações financeiras consolidadas
2006
2007
2008
2009
Nos termos do artigo 275, parágrafo 3° da Lei 6.404/76, informamos que as demonstrações financeiras
17,91
34,28
32,41
15,40
consolidadas de 30 de junho de 2006 da Bradesco Seguros S.A., empresa líder do Grupo Bradesco de
O valor presente dos créditos tributários calculado à taxa média de captação da Organização Bradesco, líquido dos efeitos tributários, monta a R$ 36.531.
Seguros e Previdência, foram publicadas nesta mesma data na Gazeta Mercantil e Jornal do Commercio, e
Previsão de realização - % ............................
no dia 28 de agosto de 2006 no Diário Oficial do Estado de São Paulo.
DIRETORIA
Luiz Carlos Trabuco Cappi Ricardo Saad Affonso Marcos Suryan Neto Carlos Eduardo Corrêa do Lago
-
Saint Clair Pereira Lima Atuário MIBA nº 943
Diretor-Presidente Diretor Diretor Diretor
Getúlio Antônio Guidini Contador CRC-1RS034447/S-3SP
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas Finasa Seguradora S.A. 1. Examinamos o balanço patrimonial da Finasa Seguradora S.A. em 30 de junho de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos do semestre findo nessa data, elaborados sob a responsabilidade da sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nosso exame compreendeu, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da seguradora, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da seguradora, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Finasa Seguradora S.A. em 30 de junho de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos do semestre findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. O exame das demonstrações financeiras do semestre findo em 30 de junho de 2005, apresentadas para fins de comparação, foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram parecer com data de 22 de agosto de 2005, sem ressalvas. São Paulo, 22 de agosto de 2006
Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5
Edison Arisa Pereira Contador CRC 1SP127241/O-0
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
Indicadores Econômicos
19
13,90
23/8/2006
por cento é a taxa para Certificação de Depósito Bancário (CDB) para 90 dias, de acordo com a Enfoque Sistemas.
COMÉRCIO
ERRATA - Na publicação do informe publicitário Petra do dia 23/08/2006
Informe Publicitário
FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Fundo Empresarial LP Lastro Performance LP Múltiplo LP Esher LP Master Recebíveis LP
% rent. - mês 0,7685 0,8372 -
Posição em: 21/08/2006 21/08/2006 21/08/2006 21/08/2006 21/08/2006
leia-se:
P.L. do Fundo 8.036.813,88 1.421.274,28 7.492.302,29 11.429.581,83 1.090.719,57
% ano 7,0962 8,2810 -
Valor da Cota Subordinada 1.160,211829 1.068,099263 1.142,995847 1.079,359382 1.059,601949
% rent.-mês 2,5404 1,3039 1,9735 -2,3954 0,6822
% ano 18,7560 6,8099 14,2996 7,9359 5,9602
Valor da Cota Sênior 0 1.071,548175 1.083,456309 0 0
% rent. - mês 0,8237 0,8974 -
% ano 7,1548 8,3456 -
rating A+(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)
DC
onde se lê: % ano % rent. - mês 0,7962 7,685 0,8372 8,2810 -
8
Empreendedores Finanças Transpor tes Nacional
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
Haverá menos caminhões cegonheiros, que transportam os veículos, nas rodovias do ABC
BNDES REDUZ JUROS PARA MÁQUINAS
VOLKSWAGEN E SINDICATO NÃO COMENTAM AVANÇOS, MAS BNDES GARANTE FINANCIAMENTO
EMPRÉSTIMO MESMO COM DEMISSÕES
F
oram sete horas de reunião ontem, mas nem o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, nem a direção da Volkswagen comentaram se houve avanços nas negociações para o programa de reestruturação na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Foi o primeiro encontro depois do ultimato que a Volks deu, na segundafeira, de que, sem a aprovação do plano, que prevê 3,6 mil demissões, a fábrica Anchieta, a maior e mais antiga do grupo no País pode fechar as portas. As negociações irão até amanhã e, somente na terça-feira, quando haverá nova assembléia de trabalhadores, é que os resultados serão divulgados. O presidente do sindicato, José Lopez Feijóo, rejeita os cortes. "É possível buscar alternativas. É um desafio difícil, mas vamos tentar. Se as negociações não avançarem, vamos à luta." O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, porém, indicou ontem que o governo já admite a possibilidade de fechamento da fábrica. "Temos que considerar que essa não é a única unidade do setor no Brasil, nem a única da Volks. O eventual fechamento de uma das unida-
des não é o fim da Volkswagen no Brasil", afirmou. Recursos – A Volks alega que, sem a reestruturação, a fábrica não receberá novos investimentos da matriz. Já o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Demian Fiocca, garantiu que as possíveis demissões não afetarão a liberação do financiamento de R$ 497,1 milhões à Volks. Fiocca desvinculou o empréstimo, aprovado em abril, do plano de demissões da empresa, eliminando dúvidas sobre restrições na operação caso não fossem mantidos os empregos. "O programa de reestruturação da Volks não se refere àquele investimento específico de desenvolvimento de novos designs de alguns modelos e melhorias nas fábricas. É um programa de estruturação mundial, um realinhamento estratégico da companhia. Houve coincidência, mas uma coisa não está relacionada à outra." Ele ressaltou, entretanto, que consta do contrato, ainda não assinado, uma cláusula prevendo que a Volks apresente ao BNDES uma proposta em que se comprometa a treinar e reciclar os trabalhadores, em
caso de demissão, para recolocação de mão-de-obra. Contradições – Na visão do especialista no setor automobilístico, André Beer, a situação da Volks é um fato isolado e pontual. Afinal, o cenário é favorável no segmento automotivo, com recorde de venda no mercado interno e pequena queda no número absoluto de unidades exportadas, mas com valores ajustados, o que manteve o equilíbrio. Beer credita a crise da empresa aos acordos sindicais firmados há quase seis anos. "Era previsível uma situação como essa no término da garantia de emprego firmada entre a Volks o sindicato. Devido à forte atuação sindical na região, os custos com altos salários e outros benefícios acabaram por diminuir condições de competitividade de exportações com outros países", disse. Mesmo relutantes em abordar o assunto, fontes do setor automobilístico também consideraram previsível a crise da empresa, especialmente, na unidade "superdimensionada" em São Bernardo, que já foi até chamada no passado de cidade Volkswagen.
Fotos: Luiz Prado/LUZ
Vista geral da "cidade" Volkswagen: reestruturação com 3,6 mil demissões ou atividades encerradas
Fernando Vieira/Agências
Empresas da vizinhança temem reflexos
U
m eventual fechamento da unidade Anchieta da Volkswagen, em São Bernardo do Campo, causaria um grande impacto na economia local, cuja dimensão ainda não pode ser definida. "Estima-se que, para cada emprego direto da Volks, são gerados de cinco a sete empregos indiretos", afirmou o consultor André Beer, especialista no setor automobilístico. Para comerciantes e empresas prestadoras de serviço da região, que ao longo das últimas quatro décadas se desenvolveram nas proximidades da empresa, a atual ameaça assusta e, caso venha a se concretizar, deve trazer prejuízos em efeito cascata, afetando do pequeno comércio do bairro às empresas terceirizadas. Segundo o vendedor Wagner Gean Ferreira, da Valetão Pneus, mais de 50% do movimento da loja é de caminhões cegonheiros, de empresas vizinhas, que em grande parte prestam serviços para a Volks. "Outra parte considerável da clientela é formada por funcionários da própria empresa." Em um dos mais tradicionais restaurantes da cidade, o São
Luiz Prado/LUZ
Ferreira: menos trocas de pneus
Judas Tadeu Demarchi, a clientela durante a semana é, na maioria, de funcionários da área administrativa da montadora. Ali também são realizadas constantemente reuniões e eventos da empresa com seus clientes e fornecedores. "Nos sentimos uma extensão da montadora. Sem dúvida, perceberíamos uma queda no movimento com a saída da empresa", disse o relações públicas do restaurante, Haroldo Rocha. A comerciante Fernanda Villa Nova Garcia teme que a loja de autopeças Cegonheiro,
inaugurada há apenas duas semanas, em frente a uma das portarias da unidade Anchieta da Volks, não tenha tempo para formar uma clientela antes da possível decisão de fechamento. "Se já vai ser difícil para outros comércios, acho que pode ser ainda pior para a gente que está começando." Adaptação – Na opinião do consultor André Beer, em um possível fechamento da unidade, a exemplo do que ocorre quando há grandes volumes de demissões, existe um período de adaptação para ex-empregados, comércio e prestadoras de serviços se adaptarem. "Isso foi observado em outras cidades que sofreram impactos consideráveis com a fuga de empresas que tinham poder de concentração." No caso dos empregados, a recolocação leva em média de seis a 12 meses. Já no comércio e prestadoras de serviço, a adaptação ocorre com mais facilidade, segundo o consultor. "A alteração de grandes proporções de uma empresa não ocorre de um dia para o outro, o que permite uma adequação gradual das que estão no entorno", afirmou. (FV)
Montadora pensa em ir para Camaçari
A
Volkswagen do Brasil iniciou contatos com a Prefeitura de Camaçari para estudar a possibilidade de instalar uma fábrica na cidade baiana, onde a Ford está desde 2002 e produz o Fiesta e o EcoSport. A fonte, ligada à Prefeitura da cidade, não revelou o estágio das negociações, mas confirmou o interesse da montadora alemã, que manifestou a intenção de encerrar as atividades na fábrica de São
Bernardo do Campo, na região do ABC paulista, se não conseguir um acordo com os trabalhadores para fazer a reestruturação da unidade. Perguntado sobre o que pensa a respeito de ter a Volkswagen como vizinha em Camaçari, o presidente da Ford Brasil, Barry Engle, abriu um largo sorriso e comentou: "Eles são bons vizinhos no ABC e poderão ser bons vizinhos aqui também". Ele estava ontem em Ca-
maçari para o lançamento do modelo Fiesta 1.0 Flex. No setor automobilístico comenta-se que a Volskawgen não está fazendo sondagens apenas em Camaçari, mas também em Gravataí, no Rio Grande do Sul, onde seria vizinha da General Motors; e no Paraná, onde já tem uma fábrica em São José dos Pinhais que produz o Golf e é vizinha da Renault e Nissan.
BNDES corta juro de linha
aquisição de máquinas e equipamentos de fabricação nacional. O anúncio foi feito ontem pelo presidente do banco, Demian Fiocca. A taxa fixa para o financiamento, que tem prazo de 5 anos, ficará entre 9,5% e 12%, dependendo da remuneração (spread) cobrada pelo agente financeiro que faz a intermediação dos repasses.
O banco está lançando também a opção de taxa variável para o Modermaq, seguindo a oscilação da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) durante o período do financiamento. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Newton de Mello, aprovou a redução de juros. (AE)
O
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) baixou de 13,95% para até 12% ao ano a taxa de juros final dos financiamentos do programa Modermaq, para
Fernanda e Marta, da Cegonheiros: temor por queda no movimento
Rocha: menos comida nas mesas
Caloi se instala em Atibaia
A
Caloi acaba de transferir sua planta industrial para a cidade de Atibaia, no interior paulista. Os benefícios fiscais oferecidos pelo município foram os principais motivos para a mudança. O primeiro resultado da redução de impostos pagos é a queda de 10% no preço do produto para o consumidor. Outra vantagem para a empresa será a proximidade com os depósitos de grandes varejistas dos quais a Caloi é fornecedora, como a Casas Bahia, o Magazine Luiza e a Lojas Cem. "Aproximadamente 50% do faturamento da Caloi está ligado a essas redes varejistas", destacou o vice-presidente de operações da empresa, Jayme Marques Filho. A fábrica de São Paulo empregava 250 pessoas, o mesmo número da atual planta de Atibaia. Apenas 20% dos trabalhadores foram aproveitados. Segundo o presidente da Caloi, Eduardo Musa, para repor o quadro de funcionários, foram contratados trabalhadores da região de Atibaia. O investimento total foi de R$ 10 milhões, metade para a construção e adequação da nova unidade e o restante para o fechamento da fábrica na capital paulista. A expectativa é de que sejam fabricadas 700 mil bicicletas este ano, o que representa um aumento de 8% em comparação com o número re-
Fotos: Paulo Pampolin/Hype
Musa: contratações locais
gistrado em 2005. "Vamos precisar de 210 funcionários temporários para dar conta da demanda no segundo semestre. O setor é sazonal. Em razão do Dia das Crianças e do Natal, as vendas crescem. Mais de 80% das bicicletas infantis são adquiridas entre agosto e dezembro", disse Musa. Em Atibaia serão fabricadas peças para adultos e crianças. Os produtos com maior valor agregado, feitos de alumínio e com marchas, serão feitos na unidade de Manaus. Novidade – O principal lançamento da Caloi este ano é o modelo Terra, que será destinado ao público que usa as bicicletas como meio de transporte. A empresa levou dois anos para desenvolver o produto e foram investidos cerca
de R$ 1,5 milhão. O modelo vai custar R$ 299 e tem 21 marchas, quadro de aço reforçado e rebaixado, o que possibilita subir e descer do veículo mais facilmente. Além disso, segundo o presidente, o selim é mais confortável. "Até o guidão, curvo, é diferenciado. Ele evita que o ciclista fique em posição incômoda." O Terra vem de fábrica com os pezinhos de apoio, com encaixe para os pára-lamas e bagageiro. O Brasil é o terceiro maior produtor de bicicletas do mundo, com 4,2 milhões de unidades ao ano. Média que oscila para até 4,7 milhões – patamar registrado entre 1996 e 2005. "O objetivo é fabricar 250 mil unidades do modelo Terra todo ano", afirmou Musa. Estímulo – A Caloi está preparando um documento para pedir ao governo federal uma política industrial para o setor. "A informalidade precisa acabar", ressaltou o presidente da tradicional marca. A China, tão temida por vários segmentos, assusta os executivos da Caloi porque fornece peças para o mercado informal. "Existem mais de 200 fábricas informais no País", afirmou o presidente da empresa. A Caloi vai sugerir também o desenvolvimento de programas governamentais de incentivo ao uso da bicicleta como meio de transporte. Neide Martingo
chicolelis, de Camaçari, BA
A Caloi pretende fabricar 250 mil unidades ao ano do modelo Terra, voltado para quem usa bicicleta como meio de transporte
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 -.LEGAIS
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
Bradesco Vida e Previdência S.A. CNPJ 51.990.695/0001-37 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras – Em milhares de Reais
CONTINUAÇÃO
b. Composição das aplicações financeiras por prazo e por título: Apresentamos a seguir a composição das aplicações financeiras por prazo e por título, incluindo os títulos que compõem as carteiras dos fundos de investimento. Os títulos que pertencem a fundos de investimento abertos foram considerados com base no percentual de participação da Seguradora no fundo. R$ mil TÍTULOS (1) Títulos para negociação .............................................................................................................. Certificado de depósito bancário ................................................................................................. Letras financeiras do tesouro ....................................................................................................... Notas do tesouro nacional ........................................................................................................... Letras do tesouro nacional ........................................................................................................... Debêntures ................................................................................................................................... Ações ........................................................................................................................................... Outros ........................................................................................................................................... Títulos disponíveis para venda ................................................................................................... Ações ........................................................................................................................................... Letras financeiras do tesouro ....................................................................................................... Títulos mantidos até o vencimento .............................................................................................. Notas do tesouro nacional ........................................................................................................... Debêntures ................................................................................................................................... Outras aplicações ........................................................................................................................ Outras aplicações - retrocessão .................................................................................................. Total em 2006 ............................................................................................................................... Total em 2005 ...............................................................................................................................
5 -
1 a 30 dias (5) 3.114.478 20.745 1.525.263 – 1.243.630 – 324.840 – 741.035 688.095 52.940 4.695.302 4.695.295 7 365 365 8.551.180 594.067
31 a 180 dias 5.000.888 2.796.521 2.163.835 – 40.306 226 – – 114.921 – 114.921 1.086.509 1.086.509 – – – 6.202.318 5.443.620
181 a 360 dias 6.885.769 3.168.177 2.598.135 10 1.119.447 – – – 47.816 – 47.816 – – – – – 6.933.585 8.511.843
Acima de 360 dias 10.798.156 1.183.451 4.470.175 415.014 4.243.933 186.325 – 299.258 81.185 – 81.185 6.828.883 6.349.214 479.669 – – 17.708.224 17.507.262
Valor contábil (2) (3) 25.799.291 7.168.894 10.757.408 415.024 6.647.316 186.551 324.840 299.258 984.957 688.095 296.862 12.610.694 12.131.018 479.676 365 365 39.395.307 32.056.792
11 - IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a. Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social 2006
Ajuste da marcação a mercado (4) – – – – – – – – 168.126 167.900 226 – – – – – 168.126 167.978
Valor de referência (6) 25.799.291 7.168.894 10.757.408 415.024 6.647.316 186.551 324.840 299.258 816.831 520.195 296.636 12.610.694 12.131.018 479.676 365 365 39.227.181 31.888.814
Empresas
Capital social
Patrimônio líquido
Quantidade de ações/cotas
Participação %
Valor do investimento
Resultado de equivalência
Em empresa do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência: Alvorada Vida S.A. ............................................................................................................................
14.400
21.593
940
10.000
100
21.593 21.593
940 940
Em outras controladas: BPS Participações e Serviços Ltda. ................................................................................................. Serel Participações em Imóveis Ltda. .............................................................................................. Marília Reflorestamento Agropecuária Ltda. .....................................................................................
– 260 23.506
4.698 917 45.505
1.535 63 23.353
98 260.000 7.266.000
98 100 30,91
4.604 917 14.066
1.504 63 6.800
19.587 41.180 598.377
8.367 9.307 496.237
TOTAL em 2006 .................................................................................................................................. TOTAL em 2005 ..................................................................................................................................
ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS a. Ativos contingentes A Seguradora não tem ativos contingentes, que sejam relevantes, passíveis de registros contábeis ou de divulgação. b. Passivos contingentes e obrigações legais - fiscais e previdenciárias A Bradesco Vida e Previdência é parte em processos judiciais em andamento, envolvendo questões de natureza trabalhista, cível e fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades, que totalizam 4.191 processos (2005 - 3.630 processos), dos quais 128 processos trabalhistas (2005 - 143 processos trabalhistas), 4.047 processos cíveis (2005 - 3.471 processos cíveis) e 16 processos fiscais (2005 - 16 processos fiscais). As provisões foram constituídas levando em conta a opinião dos assessores jurídicos, a natureza das ações, similaridade com processos anteriores, complexidade e o posicionamento dos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da Seguradora entende que as provisões constituídas são suficientes para atender eventuais perdas decorrentes dos respectivos processos judiciais. O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial é mantido até o ganho definitivo da ação, representado por decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, ou a sua prescrição. A natureza dos processos é descrita a seguir: I) Processos fiscais A Seguradora vem discutindo judicialmente a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, em especial os abaixo descritos, os quais estão totalmente provisionados não obstante as boas chances de êxito a médio e longo prazo, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos. CSLL - R$ 141.362: Questionamento da CSLL exigia das companhias seguradoras nos ano-base de 1996 a 1998 por alíquotas superiores às aplicadas às pessoas jurídicas em geral, em desrespeito ao princípio constituicional da isonomia;
Saldo em 31.12.2005
8 -
7 -
PATRIMÔNIO LÍQUIDO a. Capital social e dividendos O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é de R$ 580.000 (2005 - R$ 336.000) representado por 182.381 (2005 - 182.381) ações ordinárias e nominativas sem valor nominal. Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício ajustado nos termos da lei societária brasileira. b. Patrimônio líquido ajustado e margem de solvência A seguir, detalhamos o cálculo do patrimônio líquido ajustado e da margem de solvência em 30 de junho: Patrimônio líquido contábil ............................................................ (-) 100% de participações diretas ou indiretas em sociedades seguradoras, previdência complementar e capitalização atualizadas pela equivalência patrimonial ........................................... (-) 50% de participações diretas ou indiretas em empresas de outras atividades atualizadas pela equivalência patrimonial ................ (-) Despesas antecipadas .............................................................. (-) Marcas e patentes ...................................................................... (-) Ativo diferido .............................................................................. Patrimônio líquido ajustado ........................................................... Margem de solvência A) 0,20 Prêmios retidos (Média dos últimos 12 meses) ................ B) 0,33 Sinistros retidos (Média anual dos últimos 36 meses) ..... Patrimônio líquido ajustado ........................................................... (-) Margem de solvência (maior valor entre A ou B) ....................... Suficiência .....................................................................................
CSLL - R$ 27.993: Pleiteia calcular e recolher a CSLL, relativo ao ano-base de 1997 e subsequentes, sem efetuar a adição da CSLL na base de cálculo respectiva, determinada pelo artigo 1o, da Lei no 9.316/96, uma vez que essa contribuição representa uma despesa efetiva, necessária e obrigatória da empresa. Processos trabalhistas São ações ajuizadas por ex-empregados, visando a obter indenizações, em especial o pagamento de “horas extras”. O valor das contingências trabalhistas é provisionado com base na média móvel dos pagamentos de processos encerrados nos últimos 12 meses, considerando a similaridade desses processos. Com a implantação do controle efetivo da jornada de trabalho em 1992, por meio do sistema de “ponto eletrônico”, as horas extras são pagas durante o curso normal do contrato de trabalho, de modo que as ações trabalhistas ajuizadas a partir de 1997, individualmente, reduziram substancialmente seus valores.
2006
2005
1.794.140
1.579.647
(21.593)
(423.587)
(9.794) (623) (9) (39.895) 1.722.226
(87.395) (548) (9) (54.620) 1.013.488
271.032 201.461 1.722.226 (271.032) 1.451.194
Provisões técnicas 2006
Sinistros a liquidar 2005
VGBL ................................................................................................................ 15.557.787 Vida/acidentes pessoais ................................................................................. 517.290 DPVAT Convênio .............................................................................................. – Demais ............................................................................................................. 4.201 Total .................................................................................................................. 16.079.278 b. Detalhamento da movimentação das provisões técnicas de previdência complementar
10.409.513 417.321 – 2.965 10.829.799
2006 – 397.197 – 6.842 404.039
Provisão de sinistros/eventos ocorridos mas não avisados 2005 – 303.207 – 7.188 310.395
2006 – 230.850 92.408 4.258 327.516
2005
Saldo no início do semestre .................................................................................................................................................................................................................................................. Contribuições ......................................................................................................................................................................................................................................................................... Benefícios .............................................................................................................................................................................................................................................................................. Resgates ................................................................................................................................................................................................................................................................................ Atualização monetária e juros ............................................................................................................................................................................................................................................... Variação da provisão de eventos ocorridos mas não avisados ............................................................................................................................................................................................ Outras movimentações .......................................................................................................................................................................................................................................................... Saldo no final do semestre .................................................................................................................................................................................................................................................... Prêmios Ganhos 2006 2005
Sinistros retidos/ benefícios % 2005
2006
VGBL ............................................................. 15.865 (1) 61.409 (1) Vida/Acidentes pessoais ............................. 574.091 (2) 509.428 (2) DPVAT Convênio ........................................... 33.000 35.620 Demais .......................................................... 29.662 28.281 Total ............................................................... 652.618 634.738 (1) Valor líquido de resgates no montante de R$ 1.512.493 (2005 - R$ 1.242.882) (2) Valor líquido de resgates no montante de R$ 67.584 (2005 - R$ 79.416)
(45.202) (394.736) (31.704) (4.482) (476.124)
10 - DETALHAMENTO DE CONTAS DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO a. Outras receitas e despesas operacionais - seguros e resseguros Receitas com taxa de gestão - VGBL ............................................ Despesas com lucros atribuídos ................................................... Despesas com encargos sociais .................................................. Despesas com inspeção de riscos ............................................... Reversão de provisão para contingências cíveis ......................... Despesas com operações de seguros .......................................... Outras receitas e despesas ........................................................... Total ................................................................................................ b. Outras receitas e despesas operacionais - previdência Receitas com taxa de gestão - FAPI e PGBL ................................ Provisão / reversão para contingências cíveis e trabalhistas ...... Provisão de despesas administrativas para resgates .................. Outras receitas e despesas operacionais ..................................... Total ................................................................................................ c. Despesas administrativas Despesas com pessoal próprio ..................................................... Despesas com serviços de terceiros ............................................ Despesas com localização e funcionamento ............................... Despesas com publicidade e propaganda .................................... Despesas com donativos e contribuições .................................... Despesas administrativas diversas .............................................. Total ................................................................................................ d. Despesas com tributos COFINS ........................................................................................... PIS .................................................................................................. ISS .................................................................................................. Outros ............................................................................................. Total ................................................................................................
2006 179.224 (2.595) (31) (1.143) 8.250 (19.762) 709 164.652
2005 132.354 (2.910) (2.017) (836) 1.493 – (392) 127.692
2006 73.581 (39.810) (51.604) (765) (18.598)
2005 62.627 7.463 – (286) 69.804
2006 (69.359) (22.588) (28.684) (8.054) (3.041) (2.515) (134.241)
2005 (54.674) (17.662) (27.561) (6.756) (2.709) (6.843) (116.205)
2006
2005
(30.554) (348.827) (24.833) (7.142) (411.356) e. Receitas financeiras
2006 49,75 68,47 69,72 25,25
(28.122) (124.422) (354) (1.620) (154.518)
Despesas de comercialização % 2005 177,26 21,67 1,07 5,46
Disponibilidades: Banco Bradesco S.A. .............................. Aplicações Financeiras: CPM S.A. ................................................. Valores a Receber: Bradesco Capitalização S.A. (3) ............. Alvorada Vida S.A. (1) ............................. Bradesco Seguros S.A. (4) ...................... Bradesco Auto/RE Cia. de Seguros (4) ... Bradesco Saúde S.A. .............................. Indiana Seguros S.A. ............................... Serel Participações em Imóveis Ltda. (1) Valores a Pagar: Bradesco Seguros S.A. (4) (6) ................. Banco Bradesco S.A. .............................. Banco Bradesco S.A. (2) ......................... Banco Alvorada S.A. ............................... Bradesco Auto/RE Cia. de Seguros (4) (6) Prestação de Serviços de Custódia: Banco Bradesco S.A. .............................. Receitas com Aluguéis: Banco Bradesco S.A. .............................. Despesas Administrativas: Bradesco Seguros S.A. (5) ...................... Bradesco Auto/RE Cia. de Seguros ........ Comissões: Bradescor Corretora de Seguros Ltda. ..... Baneb Corretora de Seguros S.A. ............ Outras Despesas: Bradesco Capitalização S.A. (3) ............. Despesas com Aluguéis: Banco Bradesco S.A. .............................. Bradesco Seguros S.A. ........................... Banco Mercantil de São Paulo S.A. ........ Banco Alvorada S.A. ...............................
Receitas com títulos de renda fixa ................................................ Receitas com títulos de renda variável ......................................... Receitas financeiras com operações de seguros e resseguros ... Receitas financeiras com quotas de fundos especialmente constituídos .................................................................................. Atualização com depósitos judiciais e fiscais ............................. Outras receitas financeiras eventuais ........................................... Total ................................................................................................ f. Despesas financeiras
Despesas com títulos de renda variável ....................................... Despesas com títulos de renda fixa .............................................. Despesas financeiras com operações de seguros e resseguros . Despesas financeiras com operações de previdência ................. Outras despesas financeiras - Impostos, contribuições e eventuais ...................................................................................... Total ................................................................................................ g. Resultado patrimonial
2005 1.090.561 117.713 303
1.361.596 23.813 3.781 2.579.358
1.104.504 – 8.893 2.321.974
2006 (123) – (910.973) (980.931)
2005 (3.903) (83) (713.739) (1.055.588)
(56.287) (1.948.314)
(26.030) (1.799.343)
9.307 3.393 (354) – 12.346
2005 496.237 4.015 2.378 (2.523) 500.107
(41.264) (6.709) (5.056) (921) (53.950)
(24.956) (4.054) (3.899) 3.491 (29.418)
2006 Resultado na alienação de bens do ativo permanente ................. Resultado com títulos de capitalização ........................................ Reversão / provisão para perdas de títulos a receber ................... Total ................................................................................................
(15) (5.988) 1.304 (4.699)
2005 6.707 (4.609) (14.311) (12.213)
26.630 101.723 1.025 129.378
Saldo em 30.6.2005
2008
2009
2005
57.071 2.542 59.613
64.037 2.777 66.814
2005 Receita/ (despesa)
Receita/ (despesa)
Ativo/ (passivo)
34.630
–
58.948
–
–
2.097
23.766
2.010
11.085 – 1.919 343 – 297 42
– – 4.236 1.742 – – –
9.298 408 9.353 911 32 329
– – 5.537 1.508 –
(2.057) (1) (80.306) – (23)
– – – – –
(3.972) (1) (80.306) (1) (4.240)
– – – – –
–
(6)
–
(735)
–
3.187
–
3.569
– –
(11.384) –
– –
(8.263) (43)
– –
(48) (240)
– –
(1.355) (254)
–
(5.988)
–
(4.609)
– – – –
(307) (248) (30) (21)
– – – –
(309) (233) (30) –
(1) Dividendos a receber; (2) Dividendos a pagar; (3) Títulos de capitalização oferecidos a participantes adquirentes de planos de previdência em promoções comerciais; (4) Operações de cosseguro aceito e cedido; (5) Corresponde ao rateio dos custos da estrutura administrativa e operacional, que a partir de março de 2005 passou a ser efetuado por meio da aplicação de percentuais de alocação definidos com base em critérios estabelecidos na Convenção do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência; e (6) Transferência de carteira;
44,40 21,45 1,02 7,91
2006 1.091.256 98.632 280
2006 Resultado de equivalência patrimonial ......................................... Resultado com imóveis de renda .................................................. Provisão / reversão de incentivos fiscais ..................................... Amortização de ágio ...................................................................... Total ................................................................................................
%
(27.268) (109.285) (362) (2.236) (139.151)
Saldo em 30.6.2006
2006
2005 18.972.922 991.868 (195.655) (1.144.219) 1.055.588 2.476 27.729 19.710.709
h. Resultado não operacional
Diretoria Cidade de Deus, Osasco, SP, 22 de agosto de 2006
284,92 68,76 96,07 15,11
%
2007
Ativo/ (passivo)
PRINCIPAIS RAMOS DE ATUAÇÃO DE SEGUROS Ramos
Realização
Total
12 - TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS A Seguradora mantém com a Organização Bradesco operações realizadas em condições de mercado em termos de preços, prazos e demais condições. As principais transações com partes relacionadas envolvem:
– 38.099 – 1 38.100
2006 20.319.673 1.025.740 (199.033) (1.049.819) 980.931 (500) (313.713) 20.763.279
Constituição
2006
2005
– 32.827 – 1 32.828
Longo prazo
Curto prazo
Ajuste a valor de mercado - Títulos disponíveis para venda ........ Impostos sobre reserva de reavaliação ......................................... Total ................................................................................................
252.591 160.281 1.013.488 (252.591) 760.897
2006
(188.551) (185.051)
2005
Longo prazo
2006
Despesas de comercialização diferidas
– 144.608 80.681 2.652 227.941
(281.188) (253.831)
Previsão de Realização .............. 19,10% 23,78% 54,02% 3,10% O valor presente dos créditos tributários calculado à taxa média de captação da Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta R$ 123.428 (2005 - R$ 89.847). f. Composição da provisão para tributos diferidos
PROVISÕES TÉCNICAS a. Provisões técnicas de seguros e despesas de comercialização diferidas Ramos
9-
Cíveis 142.123 55.799 (25.120) 2.281 175.083 83.681
Não existem passivos contingentes relevantes, para os quais as chances de perdas sejam prováveis, que não tenham sido razoavelmente estimados.
IRPJ - R$ 80.671: Pleiteia calcular e recolher o imposto de renda devido, relativo ao anos-base de 1997 e subsequentes, sem efetuar a adição da CSLL na base de cálculo respectiva, determinada pelo artigo 1o, da Lei no 9.316/96, uma vez que essa contribuição representa um despesa efetiva, necessária e obrigatória da empresa;
II)
Trabalhistas 6.938 1.806 (925) – 7.819 3.911
3.500 3.500
Provisão para créditos de liquidação duvidosa 14.134 17.157 – 31.291 4.684 Provisão para contingências cíveis ................... 48.322 11.207 – 59.529 28.452 Provisão para contingências fiscais .................. 6.465 – – 6.465 6.465 Provisão para contingências trabalhistas .......... 2.359 433 (133) 2.659 1.330 Provisão para desvalorização de títulos e investimentos ....................... 14.101 14.686 – 28.787 10.416 Ajuste a valor de mercado de títulos para negociação 819 – (819) – 2.108 Amortização de ágio ..... 12.624 – (12.624) – 630 Outros ............................ 8.275 – (2.550) 5.725 11.499 Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias ................. 107.099 43.483 (16.126) 134.456 65.584 Ajuste a valor de mercado dos títulos disponíveis para venda ................... 3.365 – (3.365) – 4.816 Contribuição social a compensar (1) .............. 8.009 – (8.009) – 31.323 Total dos créditos tributários ........................... 118.473 43.483 (27.500) 134.456 101.723 (1) Refere-se a crédito de contribuição social (Medida Provisória no 2.158-35/2001) oriundo da incorporação da parcela cindida do patrimônio do Banco Baneb S.A. e. Previsão de realização dos créditos tributários Os créditos tributários foram contabilizados levando em consideração o histórico de rentabilidade e sua realização, fundamentada por estudo técnico, que pode ser assim demonstrado:
Movimentação das provisões constituídas Fiscais 251.408 – – 25.566 276.974 261.308
168.721 (274) 369 1.819 (185.051)
2005
Total Antecipações de IRPJ e CSLL ....................... 7.056 – 7.056 26.630 – Diferenças temporárias (nota 11 d) .................. 51.977 82.479 134.456 55.311 46.412 Impostos a compensar 1.221 – 1.221 1.025 – Total ............................. 60.254 82.479 142.733 82.966 46.412 d. Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos
III) Processos cíveis As ações propostas referem-se a assuntos atinentes à atividade comercial normal desenvolvida pela Seguradora, sendo assuntos constantes a devolução de contribuições de planos previdenciários, a cobrança de benefícios e indenizações por danos morais.
No início do semestre ....................................... Constituições .................................................... Reversões ......................................................... Atualização monetária ...................................... No final do semestre - 2006 .............................. No final do semestre - 2005 ..............................
(355.686)
27.357 27.357
2006 Curto prazo
No segundo semestre de 2005 foram transferidas participações ao controlador Bradesco Seguros S.A., pelo valor contábil, em pagamento de dividendos ou redução de capital das seguintes empresas: Bradesco Capitalização S.A., Cygnus Holdings S.A., American BankNote Ltda., Nova Marlim Participações S.A., Marlim Participações S.A., Neon Holdings S.A., Aquarius Holdings S.A. e IRB - Brasil Resseguros S.A. Houve ainda alienação da CP Cimentos e Participações S.A. para empresa não ligada. 6 -
1.046.135
c. Composição dos créditos tributários e previdenciários - (Ativo)
Informações sobre o investimento
Lucro líquido
2006
Impostos diferidos Constituição, no semestre, sobre adições temporárias ................ Subtotal .......................................................................................... Impostos correntes Imposto de renda e contribuição social devidos ........................... Imposto de renda e contribuição social do semestre ..................
(1) Na distribuição de prazos foram considerados os vencimentos dos papéis; (2) Representa o valor de mercado dos títulos classificados como para negociação e disponível para venda e o valor de custo acrescido de rendimentos, para os títulos classificados como até o vencimento; (3) O valor de mercado dos títulos da carteira própria é apurado da seguinte forma: (i) títulos públicos - pelas cotações do mercado secundário divulgadas pela Andima; (ii) Ações - pelas cotações divulgadas pela Bovespa; (iii) Certificado de depósito bancário - valor presente calculado com base na taxa futura do DI; (4) Para fins de apuração do ganho ou perda não realizado, dos títulos classificados na categoria “para negociação” e “disponível para venda”, o valor dos títulos pertencentes às carteiras dos fundos de investimento não foi considerado, uma vez que os títulos já estão avaliados a valor de mercado nas carteiras de origem; (5) Os títulos sem data de vencimento definida foram alocados na faixa de 1 a 30 dias; e (6) Representa o valor de mercado para os títulos classificados como "para negociação" e o valor de custo atualizado para os demais. c. Reclassificação de títulos Em conformidade com a Circular SUSEP no 314, os seguintes ativos foram reclassificados: - Fundos exclusivos que têm seus títulos corrigidos pela curva foram reclassificados de títulos para negociação para mantido até o vencimento; - Letras financeiras do tesouro foram reclassificadas de títulos para negociação para títulos disponíveis para venda; e - Debêntures foram reclassificadas de títulos disponíveis para venda para títulos mantidos até o vencimento. d. Instrumentos financeiros derivativos Durante os semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005, a Seguradora não efetuou operações com instrumentos financeiros derivativos. e. Títulos vinculados em garantia Encontram-se vinculados em garantia de ações judiciais, em 30 de junho de 2006, Letras Financeiras do Tesouro no montante de R$ 196.082 (2005 - R$ 67.319), registrados na rubrica “Títulos de renda fixa”. PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS Informações sobre a investida
2005
Resultado antes dos impostos e participações ............................ 768.510 Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente .................................... (261.293) Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Participações em coligadas .......................................................... 3.165 Despesas indedutíveis líquidas de receitas não tributáveis ........ 4.354 Participação de empregados nos lucros e resultados .................. 1.348 Outros valores ................................................................................ (1.405) Imposto de renda e contribuição social do semestre .................. (253.831) b. Composição da conta de resultado de imposto de renda e contribuição social
13 - ATIVOS GARANTIDORES DAS PROVISÕES TÉCNICAS Na data do balanço, os seguintes ativos encontram-se vinculados em garantia das provisões técnicas:
2006 Composição dos Ativos Garantidores das Provisões Técnicas Quotas de fundos especialmente constituídos ................................... Fundos de investimentos financeiro - renda fixa ................................ Títulos públicos ................................................................................... Ações de companhias abertas ............................................................ Debêntures ........................................................................................... Certificado de depósito bancário ......................................................... Fundos de investimentos financeiro - renda variável ......................... Imóveis ................................................................................................ Total ......................................................................................................
22.682.781 10.299.076 3.412.487 685.664 479.669 – – 1.289 37.560.966
2005 16.033.270 10.474.771 3.453.050 486.731 483.032 140.237 2.575 1.388 31.075.054
14 - OUTRAS INFORMAÇÕES a. Plano de previdência dos empregados A Seguradora mantém planos de aposentadoria complementar para seus empregados e dirigentes, nas modalidades de benefício definido e de contribuição definida (PGBL), que estão integralmente cobertos por provisões técnicas, que totalizam R$ 90.759 (2005 - R$ 57.881), sendo: benefícios concedidos R$ 23.752 (2005 - R$ 24.312); a conceder - R$ 67.007 (2005 - R$ 33.569). A contribuição para o plano durante o semestre de 2006 montou a R$ 4.112 (2005 - R$ 2.908). b. Administração de fundos de aposentadoria A Bradesco Vida e Previdência administra Fundos de Aposentadoria Programada Individual - FAPI, cujo patrimônio líquido em 30 de junho de 2006 monta R$ 331.225 (2005 - R$ 327.677). c. Comitê de auditoria - Resolução CNSP no 118/04 O resumo do relatório do Comitê de Auditoria foi divulgado junto com as demonstrações financeiras do Banco Bradesco S.A. (controlador indireto) em 9 de agosto de 2006. d. Divulgação das demonstrações financeiras consolidadas Nos termos do artigo 275, parágrafo 3o da Lei no 6.404/76, informamos que as demonstrações financeiras consolidadas de 30 de junho de 2006 da Bradesco Seguros S.A., empresa líder do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência, foram publicadas nesta mesma data nos jornais “Gazeta Mercantil” e “Jornal do Commércio”, e no dia 28 de agosto de 2006 no jornal "Diário Oficial do Estado de São Paulo".
Parecer dos Auditores Independentes Aos Administradores e Acionistas Bradesco Vida e Previdência S.A.
Diretoria Diretor-Presidente Marco Antonio Rossi
Diretor Gerente Marcos Suryan Neto
Diretores Jair de Almeida Lacerda Júnior Lúcio Flávio Condurú de Oliveira Eugênio Liberatori Velasques Jorge Pohlmann Nasser Jair de Almeida Lacerda Júnior Atuário - MIBA no 809 Alberto Barcellos Miranda Contador - CRC 1RJ094195/O-2 S SP
1. Examinamos o balanço patrimonial da Bradesco Vida e Previdência S.A. em 30 de junho de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos do semestre findo nessa data, elaborados sob a responsabilidade da sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nosso exame compreendeu, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da seguradora, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da seguradora, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Bradesco Vida e Previdência S.A. em 30 de junho de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos do semestre findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
4. O exame das demonstrações financeiras do semestre findo em 30 de junho de 2005, apresentadas para fins de comparação, foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram parecer com data de 22 de agosto de 2005, sem ressalvas.
São Paulo, 22 de agosto de 2006
PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5
Edison Arisa Pereira Contador CRC 1SP127241/O-0
Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO
Ele [Ronaldinho Gaúcho] vai na posição em que está habituado a jogar no Barcelona, e foi convocado para a posição que ele atua no Barcelona. Do técnico da seleção brasileira, Dunga, ontem, sobre a escalação do atacante do Barcelona para a equipe de agora em diante. Ana Carolina Fernandes/Folha Imagem
www.dcomercio.com.br/logo/
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
AGOSTO
2 -.LOGO
24 Nascimento do poeta brasileiro Paulo Leminski (1944-1989)
E CONOMIA R ELIGIÃO
Água fria sobre o álcool
Nir Elias/Reuters
Estudo destrói as expectativas de que etanol substituirá petróleo
A L
Mulheres que fazem parte da minoria étnica chinesa Bai realizam ritual de adoração no templo de Benzu, na província de Yunnan, sul da China, preservando tradições milenares do povo chinês.
G RÃ-BRETANHA
O ministério dos magrinhos
Ozzy, o "bobo" da corte
O governo britânico nomeou ontem a atual ministra da Saúde Pública, Caroline Flint, para um novo cargo: "ministra "para a forma física". Sua missão é combater a obesidade, garantindo que os britânicos comam melhor e pratiquem mais atividades físicas. Tudo para reverter o alarmante quadro da obesidade no país. Flint vai criar programas de atividades físicas diárias para a população e espera que, com suas medidas, os britânicos se tornem pessoas mais saudáveis para os Jogos Olímpicos de 2012, que ocorrerão em Londres. Em 2010, estima-se que 22% das meninas e 19% dos meninos [com idades entre dois e 15 anos] serão "cronicamente obesos" no Reino Unido.
Ele já foi o considerado rei do heavy metal. Também já comeu morcegos vivos, assustou criancinhas e toda a família. Agora, ele, o cantor Ozzy Osbourne, é o "bobo" da corte britânica. Pelo menos é o que aponta uma pesquisa da revista Reader's Digest com dois mil leitores da corte da rainha Elizabeth II: Ozzy foi eleito a celebridade "mais boba do Reino Unido". Ex-vocalista da banda Black Sabbath, Ozzy obteve fama internacional após participar do reality show da MTV The Osbournes. Na votação, o músico venceu o parlamentar conservador Boris Johnson e o ex-boxeador e atual apresentador de TV Chris Eubank.
E M
pesar da euforia criada no mercado internacional, o etanol ainda não conseguirá ser a solução para substituir o petróleo nos próximos 20 anos. A avaliação é do UBS, que publicou ontem seu relatório sobre o consumo de recursos naturais no mundo. Segundo o maior banco suíço, o etanol na melhor das hipóteses somente conseguirá abastecer 10% dos carros no mundo em 2020. Segundo os analistas, um mercado internacional de etanol também seria algo difícil de ser criado nas próximas duas décadas diante do volume de subsídios e impostos de importação sobre o produto. Atualmente, a produção de etanol é de pouco menos de 10 bilhões de galões por ano. Em 2020, essa produção ultrapas-
saria a marca dos 30 bilhões de galões. Apesar do aumento significativo, o volume ainda seria baixo em comparação ao consumo mundial de gasolina usada em veículos. Em 2005, por exemplo, a demanda era de 320 bilhões de galões. O etanol, portanto, representava apenas 3% do combustível usado nos veículos. Para 2020, mesmo se não houver um aumento no consumo, o que o banco acredita ser improvável, o etanol responderia por apenas 10% dos veículos. Para reverter esse crescimento, considerado lento pelo UBS, os analistas defendem altos investimentos no desenvolvimento tecnológico. Atualmente, a produção de cana-de-açúcar (no Brasil) ou milho (nos EUA) fica refém de condições climáticas. Outro
problema é a necessidade de terras aráveis, o que o banco considera que aumentaria o custo de produção em algumas regiões do mundo onde a terra é escassa. Para os analistas, a necessidade de terra "limitaria o potencial da produção de etanol". Quanto à criação de um mercado internacional, um dos objetivos do Brasil, o UBS alerta que vários obstáculos teriam de ser enfrentados. O primeiro deles é o fato da produção de etanol exigir subsídios significativos em vários países, o que poderia distorcer os mercados e impossibilitar um comércio. Outro problema é a existência de altas taxas de importação para tais produtos, o que exigiria negociações amplas com vários países para que um mercado fosse de fato estabelecido. (AE)
A STRONOMIA
Plutão, rebaixado? Astrônomos previram ontem que Plutão perderá sua condição de planeta, às vésperas da XXVI assembléia geral da União Astronômica Internacional (IAU), em Praga. A nova definição de planeta será divulgada hoje. Por enquanto, o que se sabe é que todas as propostas apresentadas reconhecem a existência de três grupos de astros: o primeiro teria oito planetas maiores (Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Netuno, Saturno e Urano); o segundo seria composto por asteróides, e o terceiro teria Plutão e UB313. Só os astros do primeiro grupo devem ter status de planetas. B RAZIL COM Z
Futebol francês com samba A edição online do francês Le Nouvel Observateur contou ontem a história do jogador brasileiro Wendell, de 24 anos, que assinou ontem um contrato de quatro anos para jogar no Girondins, de Bordeaux. Wendel Geraldo Mauricio da Silva, que jogava para o Santos, é considerado pelos franceses um jogador polivalente capaz de ocupar todas as posições defensivas e de adicionar um novo ritmo ao time do clube que o contratou. Um ritmo de samba.
Jeff Zelevansky/Reuters
C A R T A Z
C IÊNCIA
VISUAIS
Sotaque dos bovinos L
TESTEMUNHO - Em grades das proximidades do World Trade Center, em Nova York, fotógrafos expõem imagens que registraram em 11 de setembro de 2001, dia do ataque terrorista às torres, antecipando a proposta do Memorial que está em construção no local. A RQUEOLOGIA
A
Pinceladas, mostra de pinturas assinadas, entre outros, por Flávio de Carvalho (na foto, retrato de Niomar Bittencourt). Instituto Tomie Ohtake. Rua Coropés, 88. Telefone: 2245-1900. Das 11h às 20h. Grátis.
Patrimônios de todos nós
A Joby lançou este interessante tripé para máquinas fotográficas que é uma mão na roda em ambientes difíceis e íngremes. O "GorillaPod" é super-flexível sustenta câmeras digitais em qualquer posição, em pé ou pendurado. Custa US$ 24,95 no site.
O site da revista Patrimônio, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) reúne uma infinidade de informações sobre os museus brasileiros. Além de reportagens sobre iniciativas que vão desde o Museu do Inconsciente, no Rio de Janeiro, que também mantém um site super atualizado, até o Museu da Pessoa, onde todos podem contar histórias de vida, o site traz também artigos, entrevistas, uma coleção de fotografias, agenda de eventos e farto material para pesquisa e informação.
www.joby.com/products.html
www.revista.iphan.gov.br
A TÉ LOGO
T ELEVISÃO
Gato e rato, mas saudáveis Os desenhos animados da série Tom & Jerry serão reeditados na Grã-Bretanha para suprimir as cenas em que os personagens aparecem fumando. Tais cenas foram consideradas "inapropriadas" para crianças, segundo queixas da entidade local reguladora da televisão. A entidade examinou mai de 1,5 mil cartoons clássicos da produtora Hanna-Barbera. Além dos desenhos do gato e do rato, episódios de Os Flintstones e Scooby-Doo também serão reeditados. L OTERIAS Concurso 548 da LOTOMANIA
Acima, arqueólogos escavam a rede de irrigação de Ramat Rachel
01
03
10
20
26
28
30
35
36
50
56
57
61
62
73
81
88
89
91
98
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
Na Semana da Água, Aqüífero Guarani se torna alvo de projeto de proteção ambiental Mau uso da água já causa escassez do recurso na Europa e na América do Norte, diz WWF
L
Um tripé ultramoderno
Ronen Zvulum/Reuters
L
F AVORITOS
rqueólogos em Israel desenterraram um antigo sistema de água modificado pelos persas para transformar o deserto em um paraíso. A rede de reservatórios, dutos de escoamento e túneis subterrâneos atendeu a um dos grandes palácios do reinado bíblico da Judéia. Os arqueólogos descobriram em 1954 o palácio, uma estrutura construída sobre uma área de 2,4 hectares onde hoje está a fazenda coletiva de Ramat Rachel. Escavações recentes desenterraram quase 70 metros quadrados de um sistema de água considerado único e redesenhado ao longo dos séculos para atender às necessidades dos babilônios, persas, romanos e asmonianos que governavam a Terra Santa. Provavelmente, a água das chuvas descia do teto das casas e, por meio de escoadouros, era levada até reservatórios subterrâneos para, depois, ser direcionada para a irrigação de belos jardins, pequenos oásis do Oriente Médio, região dominada por desertos. (Reuters)
L
G @DGET DU JOUR
Oásis da Judéia
Estudo da Universidade de Londres divulgado ontem prova que as vacas, assim como as pessoas, têm sotaques. Criadores de vacas leiteiras observaram que os "muuuus" das vacas variavam de região para região. A idéia atraiu os cientistas, que comprovaram a existência de mugidos com sotaque. Passáros e cães também passarão pelo estudo do sotaque. Os cientistas dizem que em grupos pequenos, como rebanhos e matinhas, é possível encontrar dialetos, porque os animais seriam afetados pelos vizinhos mais próximos da mesma espécie.
Agência espacial japonesa anuncia para 2013 o primeiro jato supersônico de passageiros
Concurso 792 da MEGA-SENA 09
29
34
43
45
56
AUTA
O voto nulo é a melhor forma de protesto?
.
Gostaria, respeitosamente, de discordar do artigo de Paulo Saab sobre a utilidade do voto. Também já pensei assim antes. Melhorou alguma coisa? Com certeza não, as CPIs que o digam. Como posso votar numa pessoa, que diz querer ser meu representante, se sequer sei no que ele votou, ou se votou, pois o voto malandramente ainda é secreto? Esperar que gente que legisla em causa própria mude as regras é utopia. Se existem bons políticos (eu duvido) devem ser em número tão pequeno que não têm força para mudar nada. Por que não pregar o voto nulo, ou branco, para demonstrar nossa total insatisfação? WLADMIR BALESTRIN WLADMIRBALESTRIN@SUPERIG.COM.BR
DOISPONTOS -11 11
.
tornou, fora das ditaduras sob domínio, a autoridade moral imune a contestações.
A indignação do leitor procede. É um sentimento quase generalizado. Mas a deseducação civil só tende a piorar o quadro. Melhor insistir na educação de nossa população e fortalecer os mecanismos da democracia representativa, do que a omissão que só favorecerá os interessados em se beneficiar da coisa pública. Vamos votar com mais consciência, escolher melhores candidatos e ir depurando o processo. Em vez de se omitir, ajude em seu meio a influenciar as pessoas a terem melhor critério na escolha. PAULO SAAB
C
OLAVO DE CARVALHO
A HISTÓRIA INVISÍVEL
D
Site na internet www.blog. dcomercio.com.br
Luludi/AgLuz
Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br
Ademir da Guia, o Divino, mudou de time: do PC do B para o PL.
F
Cadê o Dudu?
utebol não me interessa. Já gostei disso. Cheguei a ser craque em futebol de botão. Talvez tenha sido esta a única coisa que fiz bem na vida. Não tenho mais idade nem paciência para retomar a luta. Minhas vítimas freqüentes – velhos amigos da adolescência – estão, como se diz por aí, em outra. Ninguém está condenado a não ter juízo por uma vida inteira. Os meus amigos sempre tiveram mais tino do que eu. Sorte deles. O futebol me aborrece. Há muita gente ruim ganhando uma fortuna. Não consigo entender como um sujeito possa ser considerado profissional, se não sabe fazer um passe, se ele não sabe fazer um cruzamento que preste, se ele perde gol praticamente feito – com o goleiro mais condenado que frango de avícola! O pior é o que vem depois do jogo vagabundo – entrevistas, debates, programas esportivos. Seja franco: pode haver algo mais ridículo que torcida organizada? Parte dessa turma, pelo vandalismo que promove, deveria estar mesmo atrás das grades. Talvez por isso ela goste tanto de Dom Menas e de Dom Mercadante. Afinal, um e outro, politicamente corretos, já declararam que são favoráveis à construção de escolas, mas que têm restrições à construção de presídios. Só não sei por que não levam o Marcola para se recuperar na casa do Suplicy e não contratam o padre Júlio Lancelotti como babá.
O
que me incomoda mesmo, no entanto, é que alguns de nossos "ídolos" acabam cedendo aos apelos dos partidos e saem candidatos a vereador, deputado estadual, deputado federal. Os que têm mais de três neurônios – são vários os que os têm – entre as orelhas caem fora. Viram técnicos, comentaristas, abrem postos de gasolina etc. Eles vão ganhar a vida – com
G Alguns de
nossos ídolos acabam cedendo aos apelos dos partidos e saem candidatos a vereador, deputado estadual, deputado federal. Os que têm mais de três neurônios caem fora. G Ademir da Guia
foi eleito pelo PC do B e está no PL! Eu tenho dúvidas de que o "Divino" tenha feito coisa que preste na Câmara Municipal. Boas intenções não sobrevivem ao despreparo. Fujam dos atletas, bispos de sacola, locutores populares, cantores de forró e afins.
dignidade. Os que cedem e saem candidatos e se elegem estão condenados ao ridículo. Em geral, nem sabem o papel que lhes cabe no parlamento. Quem não se lembra do Ademir da Guia? Pois é. O "Divino" foi eleito vereador pelo PC do B, em 2004. Logo em seguida, o craque já estava envolvido em denúncias. Foi acusado de abocanhar parte dos salários de seus funcionários. Hoje, está no PL, lado a lado com aquele que teve que renunciar para não ser cassado por corrupção: Valdemar Costa Neto, do PL. É isto mesmo: Ademir da Guia foi eleito pelo PC do B e está no PL! Eu tenho dúvidas de que o "Divino" tenha feito coisa que preste na Câmara Municipal. O fato é que o caso foi abafado. Por razões óbvias. Parem com isso: política é coisa para profissionais, gente preparada, que consiga ao menos entender o que lê. Boas intenções não sobrevivem ao despreparo. Fujam dos atletas, bispos de sacola, locutores populares, cantores de forró e afins. Não se trata de preconceito, não. A verdade é que, depois de eleita, a esmagadora maioria dessa gente não consegue fazer nada. Por incompetência. Mas exigir o quê de membros de torcidas organizadas?
A
desgraça é que o "caso" Ademir da Guia não é exceção. É a regra que se confirma a cada ano, a cada eleição – por conta da irresponsabilidade dos partidos políticos e de boa parcela dos eleitores. Não conheço um desportista que, ao se transformar em político profissional, tenha feito um trabalho que prestasse. Um amigo meu costuma dizer que, nos campos, "o Divino" foi o que foi por conta de seu talento e pelo talento e garra de Dudu. Por onde anda o Dudu, afinal? ORLANDO SILVEIRA É JORNALISTA ORLANDOSILVEIRA@UOL.COM.BR
istribuídas principalmente pela Reuters e pela Associated Press, dúzias de fotos adulteradas, forjadas em laboratório para dar ao público uma noção falsa da guerra no Líbano, têm sido publicadas como jornalismo confiável nas capas dos jornais e revistas de maior prestígio nos EUA, como New York Times e U. S. News & World Report, sem contar a infinidade de canais de TV que as exibem ao mundo como provas da maldade israelense. Tomar partido contra Israel e contra seu próprio país, é coisa que os
onforme expliquei em artigos anteriores, a mídia adquire, no novo contexto estratégico, uma importância incomparavelmente maior que a do desempenho militar em combate, reduzido a estopim de grandes operações de manipulação psicológica. Estas são desencadeadas dentro do território do país visado e usando maciçamente os préstimos de seus próprios formadores de opinião. Implicações imediatas e incontornáveis do fenômeno: 1) A classe jornalística como um todo, prevalecendo-se do prestígio e da liberdade inerentes às suas antigas funções, é a linha de frente das tropas assimétricas. Jornalistas, radialistas, profissionais do show business -- mas também professores de todos os graus de ensino - compõem uma gigantesca Quinta-Coluna, alguns como colaboradores A mídia é arma de guerra dos inimigos dos EUA
jornalistas americanos fazem desde a década de 60. A novidade é o emprego deliberado e constante de procedimentos de falsificação que eliminam qualquer hipótese de um mero automatismo preconceituoso. A grande mídia dos EUA tornou-se, deliberada e conscientemente, uma arma de guerra a serviço do inimigo.
O
s jornais brasileiros endossam e reproduzem alegremente o material falsificado, sem se desmentir ou pedir desculpas, acumpliciando-se portanto a um crime de difamação em massa idêntico, na técnica e nas intenções, às grandes campanhas de guerra psicológica empreendidas pela KGB e pelo Ministério da Propaganda nazista nas décadas de 30 e 40. Mas a identidade de procedimentos não deve nos induzir à impressão errônea de mera repetição de um precedente histórico. A propaganda nazista e comunista jamais conquistou tanto espaço na grande mídia ocidental, nem foi aceita tão facilmente como expressão da verdade, nem muito menos se
deliberados, outros intoxicados pela ilusão dos altos objetivos morais a que acreditam servir, muitos - a maioria boiando entre esses dois extremos, na névoa difusa da falsa consciência que acaba por corrompê-los integralmente. 2) As noções usuais de “infiltração”, “viés”, “patrulhamento” etc., com que os críticos conservadores explicam as distorções ideológicas do noticiário tornam-se totalmente impotentes para descrever uma situação na qual a totalidade organizada da “grande mídia”, com uma uniformidade e uma disciplina quase militares, camufla ou omite fatos essenciais, impondo toda uma cosmovisão falseada, perseverando na mentira por décadas a fio e tornando quase impossível a restauração da verdade após transcorrida uma geração.
É
o quadro inteiro da realidade histórica que assim se torna secreto e inacessível, fazendo dos debates públicos uma fútil agitação de espumas à superfície de um oceano de inconsciência. OLAVO DE CARVALHO É JORNALISTA
FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894
Foto (modificada) de Adnan Hajj/Reuters
P
EM
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
DIÁRIO DO COMÉRCIO
TOSCANA
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
ESCOLHA O SEU DESTINO PARA O 7 DE SETEMBRO Do aconchego da serra fluminense (foto) ao exotismo da Ilha de Páscoa, selecionamos 15 pacotes para o próximo feriado. Pág. 4
Sabor e arte
T erra de grandes
mestres como Michelangelo, Galileu Galilei e Leonardo da Vinci, esta região do noroeste da Itália ganha um colorido todo especial no outono. Entre suas maravilhas, conheça vinhedos e vilas medievais do Chianti e contemple a bela capital, Florença. Págs. 2 e 3
Veja mais imagens desta edição na nossa galeria de fotos virtual no site www.dcomercio.com.br/ galeria/boa viagem_index.htm
Vinhas da região do Chianti (no topo e à dir.), o maior representante entre os vinhos toscanos, encantam numa viagem de carro entre Florença (acima e abaixo à dir.) e Siena. Inclua no roteiro Monteriggione (à esq.) e Arezzo (abaixo) Fotos: Cris Berger
TURISMO - 1 Divulgação
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
LEGAIS - 13
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
Senhores Acionistas, Submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Financeiras da Atlântica Capitalização S.A., relativas ao semestre findo em 30 de junho de 2006, elaboradas na forma da legislação societária e das normas expedidas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP e pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, acompanhadas das respectivas Notas Explicativas e do Parecer elaborado pelos Auditores Independentes.
Controles Internos Durante o semestre, visando a atender as determinações da legislação sobre o tema, a Atlântica Capitalização S.A. prosseguiu com a implementação dos Controles Internos de conformidade e em consonância com os princípios e sistemática adotados pela Organização Bradesco. O responsável pelos Controles Internos é um Diretor Estatutário designado para esta função, ao qual incumbe verificar a eficiência dos controles internos da Empresa.
Resultado do Semestre A Atlântica Capitalização S.A. apresentou no semestre Lucro Líquido de R$ 466 mil (R$ 652 mil em 2005).
Agradecimentos A Atlântica Capitalização S.A. agradece aos seus acionistas o apoio oferecido e a confiança depositada na Administração da Empresa. À Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, os nossos agradecimentos pelo apoio recebido. Aos colaboradores da Organização o reconhecimento pela dedicação e pelo trabalho, que foram fundamentais para o bom desempenho de nossas atividades.
Prevenção à Lavagem de Dinheiro A Atlântica Capitalização S.A. vem aperfeiçoando ferramentas tecnológicas voltadas ao processo de monitoramento das movimentações financeiras relativas às operações, com vistas a detectar situações caracterizadas na legislação como de lavagem de dinheiro. Designou um Diretor Estatutário para a missão de desenvolver, implementar e acompanhar a consecução de políticas relativas ao assunto.
São Paulo, 22 de agosto de 2006. Diretoria
BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em reais) 2006
2005
Circulante .......................................................................................
387.626
590.661
Contas a pagar ...........................................................................
387.556
590.658
Obrigações a pagar .................................................................
172.633
287.227
Impostos e encargos sociais a recolher ..................................
90
2.926
Provisão para impostos e contribuições ..................................
214.833
300.505
Provisões técnicas - Capitalização..........................................
70
3
210.901
Provisão para sorteio ...............................................................
10
3
4.483
52.388
Outras provisões ......................................................................
60
-
Outros créditos ........................................................................
4.483
52.388
Exigível a longo prazo ..................................................................
1.059.558
590.550
Despesas antecipadas ..............................................................
24.885
53.626
Contas a pagar ...........................................................................
3.227
19.882
Administrativas ........................................................................
24.885
53.626
Provisão para tributos diferidos ...............................................
3.227
19.882
Provisões técnicas - Capitalização ..........................................
57.935
17.666
Realizável a longo prazo ..............................................................
1.285.887
803.348
Provisão para resgates ..........................................................
57.935
17.666
Títulos e créditos a receber .....................................................
1.285.887
803.348
Outros passivos contingentes .................................................
998.396
553.002
Créditos tributários e previdenciários ......................................
310.676
273.530
Contingências fiscais .............................................................
998.396
553.002
Depósitos judiciais e fiscais .....................................................
975.211
529.818
Patrimônio líquido .........................................................................
15.105.277
14.270.532
Permanente ...................................................................................
-
33.837
Capital social ..........................................................................
10.800.000
10.800.000
Investimentos ............................................................................
-
33.837
Reservas de capital ................................................................
473.391
473.391
Reservas de lucros .................................................................
3.359.300
2.311.464
Outros investimentos ...............................................................
801.724
801.724
Ajustes com títulos e valores mobiliários ..............................
6.264
33.754
Provisão para desvalorização .................................................
(801.724)
(767.887)
Lucros acumulados ................................................................
466.322
651.923
TOTAL .............................................................................................
16.552.461
15.451.743
TOTAL .............................................................................................
16.552.461
15.451.743
ATIVO
2006
2005
Circulante ......................................................................................
15.266.574
14.614.558
Disponível ..................................................................................
447
11.271
Caixa e bancos ........................................................................
447
11.271
Aplicações .................................................................................
15.236.759
14.497.273
Títulos de renda fixa ................................................................
15.052.842
14.286.372
Quotas de fundos de investimentos ........................................
183.917
Títulos e créditos a receber .....................................................
PASSIVO
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em reais)
DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em reais) 2006
2005
2006
2005
Receitas líquidas com títulos de capitalização...........................
14.421
6.300
a) Lucro líquido do semestre .......................................................
466.322
651.923
Receita bruta com títulos de capitalização ................................
14.438
6.300
Atividades operacionais
Variações das provisões técnicas .............................................
(17)
-
- Aumento (Redução) das Aplicações ........................................
(189.945)
434.324
Despesas com títulos resgatados e sorteados .........................
(13.242)
(3.233)
- Aumento dos Títulos e Créditos a Receber .............................
475.517
98.627
Despesas com resgates ..............................................................
(13.242)
(3.233)
- Aumento das Despesas Antecipadas .....................................
24.885
53.626
Despesas administrativas ............................................................
(396.874)
(174.109)
- Redução (Aumento) do Contas a Pagar ..................................
277.038
(138.885)
Despesas com tributos ................................................................
(82.970)
(85.041)
- (Aumento) de Provisões Técnicas - Capitalização ..................
(14.716)
(3.867)
Resultado financeiro ....................................................................
1.167.032
1.225.663
- (Aumento) de Outros Passivos Contingentes .........................
(445.394)
(35.595)
Receitas financeiras ....................................................................
1.590.392
1.248.039
- Redução de Ajustes com Títulos e Valores Mobiliários ..........
19.344
903
Despesas financeiras ..................................................................
(423.360)
(22.376)
b) Caixa Líquido Aplicado nas Atividades Operacionais .................
146.729
409.133
Resultado operacional .................................................................
688.367
969.580
(326.376)
(245.657)
Resultado antes dos impostos ....................................................
688.367
969.580
Imposto de renda ........................................................................
(160.092)
(230.395)
Financiamento ...........................................................................
(326.376)
(245.657)
Contribuição social ......................................................................
(61.953)
(87.262)
Diminuição nas disponibilidades (a-b+c) .....................................
(6.783)
(2.867)
Lucro líquido do semestre ...........................................................
466.322
651.923
Disponibilidades no Início do Semestre ...................................
7.230
14.138
Quantidade de ações ....................................................................
10.322.564
10.322.564
Disponibilidades no Final do Semestre ....................................
447
11.271
Lucro líquido por lote de mil ações - R$ ......................................
45,18
63,16
Diminuição nas disponibilidades .................................................
(6.783)
(2.867)
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
Atividades de Financiamento Distribuição de Dividendos ........................................................ c) Caixa Líquido (Gerado) nas Atividades de
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em reais) Reservas de lucros
Ajustes com títulos e valores
Lucros
Estatutária
mobiliários
acumulados
Total
153.816
2.157.648
34.657
-
13.619.512
-
-
-
(903)
-
(903)
-
-
-
-
-
651.923
651.923
Saldos em 30 de junho de 2005 .............................................................
10.800.000
473.391
153.816
2.157.648
33.754
651.923
14.270.532
Saldos em 1º de janeiro de 2006 ...........................................................
10.800.000
473.391
222.527
3.136.773
25.608
-
14.658.299
Ajustes com títulos e valores mobiliários ..................................................
-
-
-
-
(19.344)
-
(19.344)
Lucro líquido do semestre .......................................................................
-
-
-
-
-
466.322
466.322
Saldos em 30 de junho de 2006 .............................................................
10.800.000
473.391
222.527
3.136.773
6.264
466.322
15.105.277
Capital
Reservas
Reserva
social
de capital
legal
Saldos em 1º de janeiro de 2005 ............................................................
10.800.000
473.391
Ajustes com títulos e valores mobiliários ...............................................
-
Lucro líquido do semestre .......................................................................
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
2 -.TURISMO
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
Comer, beber, viver. Tudo na Toscana
Fotos: Cris Berger
Dentre as regiões da Itália, ela se destaca pelo charme irresistível: ruelas estreitas, fachadas atraentes, casas centenárias... E oferece especialidades como salame e queijos de leite de ovelha
A
Por Cris Berger
colheita da safra de 2006 já ocorreu e as folhas se tingem de ocre, vermelho, amarelo, e vão secando, caindo... prometendo para breve um gracioso strip-tease nos galhos dos vinhedos. Enquanto isso ainda não acontece, a paisagem parece pintada com as belas cores da estação do outono. É justamente nessa época que o sol demora a aparecer e a neblina matinal empresta um ar de conto de fadas ao já inebriante cenário italiano. Vinhedos, cidades medievais, ruelas de pedras, casas centenárias e pequenos vilarejos convidam os visitantes para uma viagem entre o passado e o presente, que começa na eletrizante Florença, segue por Arezzo e outras cidadezinhas e termina na encantadora Siena. Bem se sabe que a Itália é linda de ponta a ponta. Um dos destinos
mais desejados por turistas, ao lado de Espanha e França, é um dos países mais visitados da Europa. Como seus vizinhos, quando o assunto é culinária a Itália domina. Entre as belas e antigas províncias que formam este país em forma de bota, a Toscana se destaca pelo sabor e pela tradição de seus vinhos, além de orgulhar-se de suas especialidades: salame, queijos de leite de ovelha, panforte (um tipo de torrone) e azeite de oliva. Deixando a mesa, no quesito arte os toscanos também dão as cartas. São da Toscana grandes artistas como Michelangelo, que projetou a Basílica de São Pedro no Vaticano e pintou o ‘Giudizio Finale’ na Capella Sistina; Galileu Galilei, o físico que quase morreu por defender a idéia de que a Terra é redonda; Leonardo da Vinci, anatomista, poeta, pintor da ‘Mona Lisa’, o típico “homem da Renascença”, que exerce mil talentos. E não se pode esquecer, ainda, de Dante Alighieri, que com sua ‘Divina Comédia’ fez da Toscana o berço da língua italiana.
Florença, capital e porta de entrada
Antonella Salem/AE
A mais importante cidade da Toscana ainda carrega a atmosfera de uma vila, com um vaivém de bicicletas e lambretas e ruas de paralelepípedo
A
porta de entrada para a Toscana é Florença, berço do renascimento, que durante os anos de 1865 e 1871 foi capital da Itália e hoje é da Toscana. É verdade que ela carrega aquele clima caótico típico dos importantes centros financeiros. As ruas estreitas logo se tornam engarrafadas com o acúmulo de carros nas
horas do rush. Mas pequenos detalhes tão tipicamente italianos a deixam – mesmo assim – com uma atmosfera de pequena grande cidade. As ágeis lambretas, as bicicletas estacionadas aos pés de antigas estátuas, as ruas de paralelepípedo, as fachadas renascentistas, as vitrines exibindo pedaços de pizzas e sanduíches e aquele jeito de
falar alto e com as mãos são os sinais que se fazem notar a cada esquina e que inspiram os visitantes. Enquanto Florença vive seu dia-a-dia, turistas buscam decifrar mapas para não perder nenhuma dica do que deve ser visto e fotografado. Atrações imperdíveis ficam por conta do Palazzo Pitti e seus belos Jardins de Boboli e da Piazza del Duomo, onde está a Catedral de Santa Maria del Fiore – a quarta maior da Europa. Ela começou a ser construída em 1924 e só foi concluída em 1436. O projeto inicial era de Arnolfo di Cambio. Na fachada, traços góticos feitos com as mesmas pedras da construção original (mármore branco de Carrara, vermelho de Maremma e verde de Prato). Uma escada, com 463 degraus, leva até a cúpula e proporciona uma paisagem deslumbrante da bela Florença. Do outro lado da catedral
Jardins de Boboli, no Palazzo Pitti: clima bucólico, tranqüilidade e a visão para toda Florença
está o Batistério di San Giovanni, local onde Dante Alighieri foi batizado. De toda a cidade, é a construção mais antiga, projetada no século 5º. Observe os portões de bronze e atente-se para o Portão do Paraíso, que narra contos bíblicos. Pelas praças – Florença e suas praças... É uma piazza para cá, outra piazza para lá. A Piazza della Signora é a mais famosa da cidade. Nela se pode contemplar o Palácio Vecchio, onde morou a
aristocrática família Médici no século 6º. Hoje é sede do governo de Florença e museu aberto à visitação. Junto das praças, traços renascentistas embelezam as ruas e enchem os olhos. Pontes – O Rio Arno é outro ponto de referência imperdível. Sobre ele estão mais elementos básicos da capital da Toscana: suas pontes. A Vecchio é a mais importante delas, com um sem-fim de lojinhas que fazem a festa dos
comerciantes e de turistas interessados em compras. Lá pelas tantas encontrar refúgio em um dos muitos cafés e restaurantes que se tem pelo caminho é a mais bem-vinda decisão. Há charmosos lugares que invadem as calçadas sem a mínima cerimônia e convidam para horas da mais pura contemplação. Não importa sua escolha, ela certamente será a melhor, pois assim é estar em Florença. (C.B.)
RAIO X
Piazza del Duomo abriga a preciosa Catedral de Santa Maria del Fiore
Presidente em exercício Chefe de reportagem Alencar Burti Arthur Rosa Presidente licenciado Editor de Fotografia Guilherme Afif Domingos Masao Goto Diretor de Redação Editor de Arte Moisés Rabinovici José Coelho Editor-Chefe Diagramação José Guilherme Rodrigues Ferreira Djinani S. de Lima Editora Ilustração Antonella Salem Jair Soares antonellasalem@uol.com.br Gerente Comercial Sub-editora Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Lygia Rebello Impressão Diário de S. Paulo lygiarebello@uol.com.br www.dcomercio.com.br
COMO CHEGAR A melhor forma de voar para Florença é com a Alitália (tel 21/2171-7610, site www.alitalia.com), que tem vôos entre São Paulo e Milão – onde se pega a conexão para a capital da Toscana. Passagem ida-e-volta para o trecho completo custa a partir de US$ 1.383, tarifa válida até 18/9. Depois desta data, a partir de US$ 1.153. ONDE DORMIR Grand Hotel Continental: Banchi di Sopra, 85, Siena, tel. (390577) 5601, www.lhw.com. Localizado no coração de Siena, perto da Piazza del Campo. Uma mistura de passado e futuro com arquitetura do século 17. Diárias para casal a partir de 290 euros. Jolly Excelsior Siena: Piazza la Lizza 1, Siena, tel. (390577) 382111, www.jollyhotels.com. É um quatro-estrelas que foi recentemente reformado. Diárias para casal a partir de 225 euros. Grand Hotel Villa Médici: Via il Prato, 42, Florença, tel. (39055) 277171, www.lhw.com. O Villa Médici foi um palácio no século 18 e
hoje se converteu em um luxuoso hotel na região histórica de Florença. Diárias para casal a partir de 315 euros. Hotel Villa San Michele: Via Doccia, 4, Florença, tel. (39055) 5678200, www.lhw.com. Faz parte do grupo The Leading Hotels of The World. Desenhado por Michelangelo, no passado foi um monastério e hoje transformou-se em um prestigioso hotel. Com vista para cidade e o Vale de Arno. Diárias para casal a partir de 827 euros. Villa Teresa Località Canônica: Bazzanti Cristina, 347, tel. (39055) 984455 Região do Chianti. Situado no meio do triângulo Florença, Siena e Arezzo, esta bela vila toscana é cercada de oliveiras. As construções no estilo neoclássico são do século 19 e foram recentemente restauradas. Diárias para casal a partir de 180 euros. Arezzo Resort: Via Poggio Mondo, 10, Staggiano, tel. (390575) 360175 www.arezzoresort.it. Uma antiga casa colonial a três quilômetros de Arezzo, rodeada por verde e com uma linda vista. Todos os quartos possuem sacadas. Diárias para um casal a partir de 150 euros. ONDE COMER Trattoria La Carabaccia: Via Palazzuolo, 190, Florença, tel. (390552) 214782. Situado no coração da Florença medieval serve pratos tipicamente toscanos à base de pasta fresca, carnes grelhadas, sopas e também frutos do mar. Boa carta de vinhos e sobremesas artesanais. Cibreo: Via dei Macci, 18r, Florença, tel. (390552) 341100. Cardápio contemporâneo e ingredientes locais. Um dos mais famosos e badalados de Florença. Arnolfo: Via XX Settembre, 50, Colle di Val d’Elsa, Siena, tel. (390577) 920549. Oferece
um belo terraço com uma vista encantadora. E os clientes são recebidos pelos irmãos Trovato, donos do Arnoldo. Serve pratos da cozinha italiana. Ristorante Il Cardinale: Abbadia, Via Piemonte, 10, Siena, tel. (390577) 923707. Fica dentro do hotel Relais Della Rovere, que foi uma antiga abadia do século 11. Rodeado de um grande parque, serve comida típica da região da Toscana. Ristorante Badia di Coltibuono: Gaiole in Chianti, Siena, tel. (390577) 749424, www.coltibuono.com. Os pratos são preparados com massa caseira, ervas e vegetais. Carneiro e coelho também estão no menu. Oferece expressiva carta de vinhos de produção própria e tem vista para um jardim. FAÇA AS MALAS Visto: brasileiros não precisam de visto para a Itália se a permanência for de até 90 dias. Fuso: cinco horas a mais em relação a Brasília. Pacotes: na Maktour (tel. 11/3034-1234, site www.maktour.com.br) e na Interpoint (tel. 11/3087-9400, www.interpoint.com.br). Receptivo local: Yuri Marín & Francesca Moracci, tel. (39055) 967620, yurimarin@libero.it. Vinícolas: Dievole (Vagliagli, Siena, tel. 390577/322613, www.dievole.it) e Montevertine (Radda in Chianti, Siena, tel. (390577) 738009, www.montevertine.it). Visitas devem ser agendadas com antecedência. Internet: para ter acesso a informações sobre hotéis, atrações e restaurantes, além de novidades, veja www.chiantiturismo.it/ e www.portalitalia.com.br. Informações turísticas: em São Paulo, na Enit (Entidade Nacional Italiana para o Turismo), Av. Paulista, 2.073, 24º andar, Horsa II, tel. (11) 3179-0651.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
14 -.LEGAIS
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em reais) 1. Contexto operacional A Empresa faz parte do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência e tem por objetivo social a exploração das operações de capitalização definidas na legislação vigente, operando em todo o território nacional. As operações são conduzidas no contexto do conjunto das empresas integrantes do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência, atuando de forma integrada no mercado, e os custos das estruturas operacional e administrativa comuns são absorvidas segundo a praticabilidade e a razoabilidade de lhes serem atribuídos, em conjunto ou individualmente. 2. Apresentação das demonstrações financeiras As demonstrações financeiras foram elaboradas com base nas práticas contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações e normas expedidas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP e pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, e estão sendo apresentadas segundo critérios estabelecidos pelo plano de contas instituído pela Circular SUSEP no 314/2005, que introduziu alterações na classificação das contas do balanço patrimonial, da demonstração de resultados, bem como a modificação na forma de apresentação da demonstração das origens e aplicações de recursos. Em decorrência, os saldos e valores do semestre findo em 30 de junho de 2005 foram reclassificados para fins de comparação. 3. Resumo das principais práticas contábeis (a) Apuração do resultado As receitas dos planos de capitalização são reconhecidas contabilmente quando de seu efetivo recebimento e as correspondentes provisões técnicas são constituídas simultaneamente ao reconhecimento das receitas. As despesas com colocação de títulos, classificadas como Despesas de comercialização , são reconhecidas contabilmente quando incorridas. As despesas de corretagem são registradas quando do efetivo recebimento das contribuições aos planos de capitalização. Os pagamentos dos resgates por sorteios são considerados como despesas do mês em que estes se realizam. (b) Ativos circulante e realizável a longo prazo (i) Aplicações Conforme determinações da SUSEP, as sociedades de capitalização devem classificar os títulos e valores mobiliários em três categorias: I. Títulos para negociação - Adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados; II. Títulos disponíveis para venda - Os títulos que não se enquadram nas categorias I e III; e III. Títulos mantidos até o vencimento - Adquiridos com a intenção de mantê-los em carteira até o vencimento. Os títulos classificados como para negociação e disponíveis para venda são registrados pelo valor de custo, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço e ajustados pelo seu valor de mercado. Os títulos mantidos até o vencimento são avaliados pelo seu custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço. Os ajustes ao valor de mercado dos títulos classificados como para negociação são contabilizados em contrapartida ao resultado e os ajustes ao valor de mercado dos títulos classificados como disponíveis para venda são contabilizados em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, líquidos dos efeitos tributários, sendo transferidos para o resultado quando da efetiva realização pela venda dos respectivos títulos e valores mobiliários. (ii) Demais ativos Os demais ativos são demonstrados pelo valor de custo, acrescido, quando aplicável, dos rendimentos e das variações monetárias auferidas. Os impostos ativos diferidos decorrentes de diferenças temporárias foram constituídos de acordo com as alíquotas vigentes. (c) Permanente Os investimentos são apresentados pelo custo de aquisição, ajustado ao seu valor de provável realização mediante constituição de provisão para desvalorização. (d) Passivos circulante e exigível a longo prazo (i) Provisões técnicas As provisões técnicas para resgates e para sorteios são calculadas sobre os valores nominais dos títulos e atualizadas monetariamente, quando aplicável, com base em Notas Técnicas Atuariais aprovadas pela SUSEP. A provisão administrativa, apresentada na rubrica Outras provisões , foi constituída para cobrir despesas administrativas dos planos, tendo sido calculada, a partir do primeiro semestre de 2005, conforme metodologia aprovada em Nota Técnica Atuarial. (ii) Demais passivos São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridos até a data do balanço. Foram constituídas provisões para imposto de renda, à alíquota de 15% sobre o lucro tributável, acrescida de adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente a R$ 120 mil, e para contribuição social sobre o lucro, à alíquota de 9%, nos termos da legislação em vigor. (e) Ativos e Passivos contingentes e Obrigações Legais Fiscais e Previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM 489/05. (i) Ativos Contingentes: Não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações financeiras. (ii) Passivos Contingentes: São constituídos levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e no posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como de perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente, devendo ser apenas divulgados nas demonstrações financeiras, e os classificados como remotos não requerem provisão e divulgação. (iii) Obrigações Legais Fiscais e Previdenciárias: Decorrem de processos judiciais relacionados a obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade, que independente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras. (f) Estimativas contábeis A elaboração de demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração use de julgamento na determinação e registro de estimativas contábeis. Ativos e passivos significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem imposto de renda e contribuição social sobre o lucro diferido e provisões técnicas. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá ser efetuada por valores diferentes dos estimados devido a imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A Empresa revisa essas estimativas e premissas periodicamente. 4. Aplicações (a) Resumo da classificação das aplicações financeiras 2006 Percentual 2005 Percentual Títulos para negociação ....................................... 183.917 1,21 210.901 1,45 Títulos de renda fixa - fundos de investimentos ... 183.917 1,21 210.901 1,45 98,79 14.286.372 98,55 Títulos disponíveis para venda .......................... 15.052.842 98,79 14.286.372 98,55 Títulos de renda fixa - letras financeiras do tesouro 15.052.842 Total ........................................................................... 15.236.759 100,00 14.497.273 100,00 (b) Composição das aplicações financeiras por prazo e por título Apresentamos a seguir a composição das aplicações financeiras por prazo e por título, incluindo os títulos que compõem as carteiras dos fundos de investimento. Os títulos que pertencem a fundos de investimento abertos foram considerados com base no percentual de participação da Empresa no fundo. 1 a 30 Ajuste dias ou Valor da avasem ven31 a 181 a Acima de Valor de refe- liação a Títulos cimento 180 dias 360 dias 360 dias contábil rência(*) mercado Títulos para negociação 7.766 18.709 22.175 135.267 183.917 183.917 Certificado de depósito bancário ......................... 3.268 4.938 1.641 5.371 15.218 15.218 Letras financeiras do tesouro 4.498 13.762 20.534 111.348 150.142 150.142 Letras do tesouro nacional 11.262 11.262 11.262 Notas do tesouro nacional . 1.800 1.800 1.800 Debêntures ...................... 9 4.604 4.613 4.613 Outros ............................... 882 882 882 Títulos disponíveis 72.123 - 15.052.842 15.043.351 9.491 para venda ................. 5.636.000 9.344.719 Letras financeiras do tesouro 5.636.000 9.344.719 72.123 - 15.052.842 15.043.351 9.491 Total em 2006 ................. 5.643.766 9.363.428 94.298 135.267 15.236.759 15.227.268 9.491
Total em 2005 .................
775
25.473
18.205 14.452.820 14.497.273 14.443.637
53.636
(*)
Representa o valor de mercado para os títulos classificados como para negociação e valor de custo atualizado para os demais. O valor de mercado das aplicações em fundos de investimento foi obtido a partir dos valores das quotas divulgadas pelas instituições financeiras administradoras desses fundos. Os títulos de renda fixa privados têm o seu valor atualizado de acordo com os índices pactuados com a instituição financeira, e se aproxima do seu valor de mercado. Os títulos de renda fixa públicos tiveram seus valores de mercado obtidos a partir das tabelas de referência divulgadas pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto - ANDIMA. (c) Instrumentos financeiros Durante os semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005, a Empresa não efetuou operações com instrumentos financeiros derivativos. O valor contábil dos instrumentos financeiros referentes aos ativos e passivos, em seu conjunto, equivale ao valor de realização desses instrumentos. 5. Créditos tributários Realizável a longo prazo Referem-se aos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos, equivalentes a R$234.704 (R$ 207.390 em 2005) e R$ 75.972 (R$ 66.140 em 2005), respectivamente, registrados para refletir os efeitos fiscais futuros atribuíveis a diferenças temporárias. Os créditos tributários foram contabilizados levando em consideração o histórico de rentabilidade e sua previsão de realização, fundamentada por estudo técnico, pode ser assim demonstrada: 2006 2007 2008 2009 Previsão de realização - % ............................... 2,35 4,50 91,13 2,02
O valor presente dos créditos tributários calculado à taxa média de captação da Organização Bradesco, líquido dos efeitos tributários, monta a R$ 277.796. 6. Depósitos judiciais e fiscais Refere-se a depósitos judiciais e fiscais de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro, no valor de R$ 975.211 (R$ 529.818 em 2005). 7. Transações e saldos com partes relacionadas Contas a Empresas receber (pagar) Despesas Banco Bradesco S.A. ............................................................. 1.280 (6.722) Bradesco Seguros S.A. .......................................................... (4.765) Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros .......................... (1.704) 4.483 Bradesco Capitalização S.A. ................................................. Em 2006 ................................................................................. (706) (6.722) Em 2005 ................................................................................. DIRETORIA Luiz Carlos Trabuco Cappi Samuel Monteiro dos Santos Júnior Marcos Suryan Neto Norton Glabes Labes Ricardo Alahmar
(183.403)
-
( 6.077)
Todas as operações com partes relacionadas foram contratadas a valores, taxas e prazos usualmente praticados no mercado para operações semelhantes, levando em consideração a ausência de riscos. O contas a receber e o contas a pagar são distribuídos nas diversas contas do balanço patrimonial, de acordo com as características das operações. 8. Provisões técnicas 2006 2005 (i) Composição: 57.935 17.666 Provisão para resgates ....................................................................... Provisão matemática para resgate ....................................................... 57.935 17.666 10 3 Provisão para sorteios ....................................................................... Provisão para sorteio a realizar ............................................................ 10 3 60 Outras provisões ................................................................................. Provisões administrativas ..................................................................... 60 58.005 17.669 (ii) Movimentação: Saldo em 1o de janeiro .......................................................................... Adições decorrentes de emissão de títulos ......................................... Atualização monetária e juros .............................................................. Saldo em 30 de junho ...........................................................................
2006 43.289 13.242 1.474 58.005
2005 13.802 3.232 635 17.669
9. Garantia das provisões técnicas Em 2006, os valores dos bens e direitos oferecidos em cobertura das provisões técnicas correspondem a R$ 141.463 em títulos de renda fixa. 10. Ativos e Passivos contingentes e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias (a) Ativos Contingentes A Empresa não tem ativos contingentes, passíveis de registros contábeis ou de divulgação. (b) Passivos Contingentes classificados como perdas prováveis e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A Empresa é parte em processos judiciais, de natureza fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades. As provisões foram constituídas levando em conta a opinião dos assessores jurídicos, a natureza das ações, a similaridade com processos anteriores, a complexidade e o posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da Empresa entende que as provisões constituídas são suficientes para fazer face a eventuais perdas decorrentes dos respectivos processos. O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial é mantido até o ganho definitivo da ação, representado por decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, ou a sua prescrição. As questões discutidas nas ações normalmente não constituem eventos capazes de causar impacto representativo no resultado financeiro. Não existem em curso passivos contingentes relevantes para os quais as chances de perdas sejam prováveis que não tenham sido razoavelmente estimados. (i) Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A Empresa está discutindo judicialmente a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmente provisionados não obstante as boas chances de êxito a médio e longo prazo, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos. A principal questão é: IRPJ Dedução da CSLL da base de cálculo - R$975.211: Pleiteia calcular e recolher o imposto de renda devido, relativo ao ano-base de 1997 e subseqüentes, sem efetuar a adição da CSLL na base de cálculo respectiva, determinada pelo artigo 1º, da Lei nº 9.316/96, uma vez que essa contribuição representa uma despesa efetiva, necessária e obrigatória da Empresa. (ii) Movimentação das Provisões Constituídas Fiscais No início do semestre ...................................................................................................... 553.002 Constituições ................................................................................................................... 48.753 Atualização monetária .................................................................................................... 396.641 No final do semestre em 2006 ........................................................................................ 998.396 No final do semestre em 2005 ........................................................................................ 553.002 11. Patrimônio líquido (a) Capital social e dividendos O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é representado por 10.322.564 ações ordinárias, nominativas e escriturais, sem valor nominal. De acordo com as disposições estatutárias, a cada ação corresponde um voto nas Assembléias Gerais, sendo garantido aos acionistas um dividendo mínimo obrigatório de 25% do lucro líquido de cada exercício, ajustado nos termos da legislação societária brasileira. (b) Reserva legal Constituída, ao final de cada exercício, na forma prevista na legislação societária brasileira, podendo ser utilizada para a compensação de prejuízos ou para aumento do capital social. (c) Reserva estatutária Constituída por até 100% do lucro líquido remanescente após as deduções legais e a constituição de reserva legal, é efetuada no final de cada exercício social, até atingir o limite de 95% do capital social, estando sujeita à deliberação em Assembléia Geral. 12. Detalhamento das contas de demonstração do resultado (a) Despesas administrativas 2006 2005 Despesas com serviços de terceiros ..................................................... (33.405) (15.499) Despesas com localização e funcionamento ........................................ (6.313) (6.374) Despesas com donativos e contribuições ............................................. (7.580) (6.150) Despesas com publicações ................................................................... (349.101) (145.776) Outras despesas gerais e administrativas ............................................ (475) (310) (396.874) (174.109) (b) Despesas com tributos Despesas com PIS ................................................................................ Despesas com COFINS ........................................................................ Taxa de fiscalização ............................................................................... Outras despesas com tributos ............................................................... (c) Receitas financeiras Receitas com títulos de renda fixa Privados ...................................... Receitas com títulos de renda fixa Públicos ...................................... Atualização monetária de depósitos judiciais fiscais ............................ (d) Despesas financeiras Despesas financeiras eventuais juros ................................................ Atualização monetária de contingências fiscais ................................... Despesas com CPMF ............................................................................ Despesas financeiras com títulos de capitalização .............................. Despesas com taxa de custódia ............................................................
2006 (14.467) (41.097) (26.684) (722) (82.970)
2005 (8.132) (50.044) (26.685) (180) (85.041)
2006 11.183 1.182.568 396.641 1.590.392
2005 10.849 1.237.190 1.248.039
2006 (11.617) (396.641) (5.029) (1.474) (8.599) (423.360)
2005 (9.553) (4.349) (635) (7.839) (22.376)
13. Imposto de renda e contribuição social A conciliação da despesa de imposto de renda e contribuição social calculada pela aplicação das alíquotas fiscais vigentes e a despesa contabilizada em resultado é como se segue: 2006 2005 Resultado antes de impostos e participações ....................................... 688.367 969.580 Imposto de renda e contribuição social às alíquotas básicas de 25% e 9%, respectivamente ............................................................. (234.045) ( 329.657) Outros valores ........................................................................................ 12.000 12.000 Imposto de renda e contribuição social do semestre ........................... (222.045) ( 317.657) 14. Cálculo do patrimônio líquido ajustado 2006 2005 Patrimônio Líquido Contábil .................................................................... 15.105.277 14.270.532 (-) Despesas Antecipadas .................................................................... 24.885 53.626 Patrimônio Líquido Ajustado (*) .............................................................. 15.080.392 14.216.906 (*) O patrimônio líquido ajustado é igual a margem de solvência, pois as operações com seguros estão temporariamente suspensas. 15. Outras informações (a) Comitê de auditoria - Resolução CNSP nº 118/04 O resumo do relatório do Comitê de Auditoria foi divulgado junto com as demonstrações financeiras do Banco Bradesco S.A. (controlador indireto) em 09 de agosto de 2006. (b) Circular SUSEP n° 314/05 Em 28 de dezembro de 2005, a SUSEP emitiu a Circular SUSEP nº 314 instituindo um novo plano de contas que entrou em vigor em 1º de janeiro de 2006. Além de diversas alterações introduzidas, o normativo também referenda para utilização obrigatória pelas sociedades de capitalização, a partir de 2006, os critérios estabelecidos no pronunciamento NPC 22 do IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, que trata de provisões, passivos, contingências passivas e contingências ativas. (c) Divulgação das demonstrações financeiras consolidadas Nos termos do artigo 275, parágrafo 3° da Lei 6.404/76, informamos que as demonstrações financeiras consolidadas de 30 de junho de 2006 da Bradesco Seguros S.A., empresa líder do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência, foram publicadas nesta mesma data na Gazeta Mercantil e Jornal do Commercio, e no dia 28 de agosto de 2006 no Diário Oficial do Estado de São Paulo. Luiz Henrique Cajado de Azeredo Coutinho Atuário MIBA nº 701
Diretor-Presidente Diretor Diretor Diretor Diretor
Getúlio Antônio Guidini Contador CRC-1RS034447/S-3SP
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas Atlântica Capitalização S.A. 1. Examinamos o balanço patrimonial da Atlântica Capitalização S.A. em 30 de junho de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos do semestre findo nessa data, elaborados sob a responsabilidade da sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nosso exame compreendeu, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da seguradora, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas
pela administração da seguradora, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Atlântica Capitalização S.A. em 30 de junho de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos do semestre findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. O exame das demonstrações financeiras do semestre findo em 30 de junho de 2005, apresentadas para fins de comparação, foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram parecer com data de 22 de agosto de 2005, sem ressalvas. São Paulo, 22 de agosto de 2006 Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5
Edison Arisa Pereira Contador CRC 1SP127241/O-0
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
TURISMO - 3
Fotos: Cris Berger
Montevertine –a vinícola fica no alto de uma colina, a cerca de 30 km de Siena. Tudo começou em 1967, quando a propriedade foi comprada por Sergio Manetti, na época industrial siderúrgico, como casa de veraneio. A idéia inicial era produzir o próprio vinho. A safra se revelou tão boa e os vinhos alcançaram tamanha qualidade que algumas garrafas começaram a ser comercializadas. Manetti resolveu então assumir o ramo da vitivinicultura. O Chianti clássico com a uva sangiovese é sua grande obra. Visitas devem ser agendadas com antecedência
Pelas estradas da região do Chianti Entre Florença e Siena, a paisagem é tomada por parreirais. Pela estrada inspiradora, o vinho passa a ser o grande protagonista. Então, visite vinícolas e conheça vilas medievais
D
eixando Florença para trás, o cenário logo é dominado pela tranqüilidade da vida no campo. A bucólica paisagem parece ser surreal de tão bela. Entre as plantações de uvas aparece uma casa centenária que avisa haver ali sinais de civilização. A sensação é de que os vinhedos são coloridas colchas de retalhos em tons outonais. De um lado as parreiras, do outro as oliveiras e entre elas uma estreita estrada de asfalto em ziguezague que parece se perder no horizonte.
Daqui para frente o ideal é alugar um carro e percorrer com calma a região central de Chianti, que fica entre Florença e Siena. A estrada é inspiradora. É o mundo dos vinhos o grande protagonista do cenário. Domina a paisagem e as atividades do dia se voltam para ele: visitar uma vinícola, degustar alguns vinhos e trazer outros na mala deve ser a tarefa mais árdua e de bom senso a se considerar. Afinal, se as plantações encantam os olhos o que falar, então, do paladar? Agendados os tours com antecedência, as vinícolas
recebem felizes os visitantes. Alguns dados ajudam a entender o caráter vitivinícola da região: os vinhedos de Chianti, em 1932, foram divididos em sete zonas produtoras: Chianti Clássico, Colli Aretini, Colli Fiorentini, Colli Senesi, Colline Pisane, Montalbano e Rufina. O principal tipo de uva plantada neles é a sangiovese. O Chianti clássico é o mais importante vinho da Toscana. Hoje os melhores chiantis são cortes de sangiovese com cabernet sauvignon, merlot ou syrah. Depois de envelhecidos nos
barris de carvalho adquirem ótima presença de frutas contrariando os primeiros chiantis produzidos pelo Barão Ricasoli há um século. Eram vinhos jovens e de consumo rápido. Atualmente os grandes produtores da região são Antinori, Badia a Coltibuono, Castello dei Rampola, Castello di Ama, Castelo di San Polo in Rosso, Felsina Berardenga, Fontodi, Isole e Olena, Querciabella, Riecine e San Giusto a Rentennano. Mais à frente surgem os pequenos povoados, as ruelas, as janelas se abrindo preguiçosa-
mente para um novo dia, uma gente sem pressa. Hora de mais um expresso, outra especialidade do país. Na Itália está a quinta maior produtora de café do mundo, a Lavazza. Quem sabe uma bruschetta, uma bela pasta ou uma pizza que se come com a mão? Na Toscana come-se bem e mesmo o lugar mais simples oferece uma cozinha digna das “nonas” mais experientes. É fácil se perguntar se a parte rural da Toscana não parece um grande jardim? Em todos os cantos e recantos pode-se contemplar capricho e cuidado.
Quando castelos e cidades medievais adentram o cenário não se sabe mais em que século se está. A impressão é de encontrar-se na época medieval tamanha a boa conservação das construções. Foi justamente neste período da história a fase mais agitada – politicamente falando – da Toscana. Ocasião de acirradas disputas. Naquele tempo, Pisa – famosa pela torre inclinada – era a cidade-líder do território. Situação que mudou com a chegada do século 12, quando Florença e Siena passaram a dividir e disputar o poder. (C.B.)
No caminho, Monteriggioni e Arezzo
A "antiga Arezzo" toma conta dos vales de Arno e Tibre e réune...
D
uas preciosidades toscanas são as muralhas e torres de Monteriggioni e as belas ruelas e praças de Arezzo, cenário de "A Vida é Bela", de Roberto Benigni. Quando Siena e Florença eram inimigas, 14 torres foram construídas em Monteriggioni para proteger os domínios ao norte da medieval Siena dos ataques florentinos. Neste pequeno forte, hoje você descobre cantinas aconchegantes e enotecas que guardam tesouros de produção local do Castello Monteriggioni. É possível subir nas muralhas e contemplar a bela paisagem à sua volta. De cima das famosas torres, o horizonte se mostra distante e é fácil imaginar os combates medievais. Neste cenário mágico, a mente corre solta... remeter-se ao passado é uma prática quase involuntária. Arezzo, capital Arezzo, é uma província dividida em 39 comunas, fazendo fronteira com Florença, Perugia e Siena. A
S
parte mais velha da charmosa cidade é a "antiga Arezzo" e toma conta dos vales de Arno e Tibre em meio a montanhas e planícies. O cento histórico lembra as culturas etrusca e romana. Arte – Arezzo, lembre, era uma cidade etrusca, e seus habitantes foram os responsáveis por unificar a Toscana, já no séc. 11 aC. Na Igreja de São Francisco, o turista pode se deleitar com as pinturas de Piero della Francesca, marcantes pelas cores fortes e traços expressivos. Diferentemente de Florença, Arezzo não é roteiro turístico por excelência, o que a torna ainda mais agradável e surpreendente. Como nas demais cidades e vilarejos da Toscana, vale caminhar pelas ruelas, fotografar fachadas, namorar vitrines, conhecer igrejas e museus e depois entregar-se ao melhor pecado capital: a gula. Tratando-se de Itália, é uma contravenção absolvida sem deixar rastros de culpa. (C.B.)
Siena, a mais bela!
e Florença é a capital, Siena é a mais linda cidade da Toscana. Conhecida por ser – extra-oficialmente, claro – a capital de Chianti, nela ocorre todos os anos (desde o século 13) a tradicional Festa do Palio, na Piazza del Campo, nos dias 2 de julho e 16 de agosto. A principal atração é uma corrida de cavalos sem sela, além de desfiles e apresentações dignas dos tempos medievais, reunindo cerca de 100 mil pessoas. Fato é que nenhuma comemoração se faz necessária para se morrer de amores por Siena. Seu charme conquista no instante em que os olhos encontram a Piazza del Campo. Antes disso ruelas, vielas, labirintos de janelas e lojinhas foram deixados
Do alto, vista do casario colorido de Siena, palco da famosa festa do Palio, que ocorre duas vezes por ano
...arte, paisagens bucólicas e história – herança da cultura etrusca
A cidade de Monteriggioni ficou famosa por suas muralhas e torres. Dentro desse antigo forte, pitorescas cantinas e enotecas
para trás, e a vida se concentra em uma das praças mais bonitas da Europa. É aberta em um declive, circundada pelo gótico Palazzo Pubblico (construído em 1342), o Palazzo Sansedoni e a Torre del Magia – que alcança 102 metros de altura e oferece uma vista generosa de toda a cidade medieval, indo além de suas muralhas e passando por telhados ocre, sótãos e sacadinhas. Basta um pouco de animação para subir a escada até o alto da torre, o esforço justifica. A Piazza del Campo pede um par de horas dos visitantes – ali, a tarefa mais pesada deverá ser pedir um cálice de Chianti clássico e ficar a absorver a eletrizante atmosfera local. (C.B.)
A cidade é formada por um labirinto de ruelas, vielas e restaurantes, que servem delícias toscanas
A Torre del Magia se destaca na paisagem da Piazza del Campo
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
LEGAIS - 7
Alvorada Vida S.A. "em aprovação"
(antiga BBV Previdência e Seguradora Brasil S.A.) CNPJ 02.305.455/0001-40 Relatório da Administração o
Senhores Acionistas, Submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Financeiras do semestre encerrado em 30 de junho de 2006, na forma da Legislação Societária.
Em atenção ao disposto na Circular SUSEP n 314, de 28 de dezembro de 2005, a Alvorada Vida declara possuir apenas títulos classificados na categoria para negociação. Cidade de Deus, 22 de agosto de 2006
O Patrimônio Líquido ao final do período somou R$ 21,593 milhões e o Lucro Líquido foi de R$ 940 mil.
Diretoria
Balanços Patrimoniais em 30 de junho – Em milhares de Reais ATIVO CIRCULANTE .................................................................................................... DISPONÍVEL ..................................................................................................... Caixa e Bancos ................................................................................................. APLICAÇÕES .................................................................................................... Quotas de Fundos de Investimentos ................................................................ TÍTULOS E CRÉDITOS A RECEBER ................................................................ Créditos Tributários e Previdenciários .............................................................. DESPESAS ANTECIPADAS ............................................................................. Administrativas ................................................................................................. TOTAL DO ATIVO ...............................................................................................
2006 22.121 193 193 21.773 21.773 131 131 24 24 22.121
2005 20.990 218 218 20.323 20.323 419 419 30 30 20.990
PASSIVO CIRCULANTE .................................................................................................... CONTAS A PAGAR ............................................................................................ Obrigações a Pagar ........................................................................................... Provisão para Impostos e Contribuições ..........................................................
2006
2005 528 528 49 479
909 909 408 501
PATRIMÔNIO LÍQUIDO ....................................................................................... Capital Social .................................................................................................... Reservas de Lucros .......................................................................................... Lucros Acumulados ..........................................................................................
21.593 14.400 6.253 940
20.081 14.400 4.698 983
TOTAL DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ...........................................
22.121
20.990
Demonstrações dos Resultados dos Semestres Findos em 30 de junho – Em milhares de Reais (exceto o lucro líquido por ação) 2006 (70) (128) 1.605 1.613 (8) 1.407 (340) (127) 940
(87) (132) 1.692 1.700 (8) 1.473 (356) (134) 983
Quantidade de ações ........................................................................................ Lucro por ação em R$ .......................................................................................
10.000 93,99
10.000 98,28
Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos dos Semestres Findos em 30 de junho – Em milhares de Reais 2006
Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido – Em milhares de reais CAPITAL SOCIAL
DISCRIMINAÇÃO
SALDOS EM 31.12.2004 ............................................................................................................................................................. LUCRO LÍQUIDO DO SEMESTRE ...............................................................................................................................................
RESERVAS DE LUCROS LEGAL
14.400 –
ESTATUTÁRIA
334 –
2005
DESPESAS ADMINISTRATIVAS ...................................................................... DESPESAS COM TRIBUTOS ............................................................................ RESULTADO FINANCEIRO ................................................................................ Receitas Financeiras ........................................................................................ Despesas Financeiras ...................................................................................... RESULTADO ANTES DOS IMPOSTOS E PARTICIPAÇÕES ............................. Imposto de Renda ............................................................................................. Contribuição Socia ............................................................................................ LUCRO LÍQUIDO DO SEMESTRE .....................................................................
4.364 –
LUCROS ACUMULADOS
TOTAL
– 983
19.098 983
2005
LUCRO LÍQUIDO DO SEMESTRE ..................................................................... ATIVIDADES OPERACIONAIS Aumento das Aplicações .................................................................................. (Redução) de Títulos e Créditos a Receber ...................................................... Aumento das Despesas Antecipadas .............................................................. Redução de Contas a Pagar .............................................................................
940
983
750 (800) 24 997
936 (340) 30 361
CAIXA LÍQUIDO APLICADO NAS ATIVIDADES OPERACIONAIS ...................
971
987
(31)
(4)
SALDOS EM 30.6.2005 ...............................................................................................................................................................
14.400
334
4.364
983
20.081
DIMINUIÇÃO NAS DISPONIBILIDADES ...........................................................
SALDOS EM 31.12.2005 .............................................................................................................................................................
14.400
436
5.817
–
20.653
DISPONIBILIDADES NO INÍCIO DO PERÍODO .................................................
224
222
LUCRO LÍQUIDO DO SEMESTRE ...............................................................................................................................................
–
–
–
940
940
DISPONIBILIDADES NO FINAL DO PERÍODO .................................................
193
218
SALDOS EM 30.6.2006 ...............................................................................................................................................................
14.400
436
5.817
940
21.593
DIMINUIÇÃO NAS DISPONIBILIDADES ...........................................................
(31)
(4)
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras – Em milhares de reais 1-
CONTEXTO OPERACIONAL A Alvorada Vida S.A., parte integrante da Organização Bradesco, tem por objetivo social a exploração de operações de seguros de vida, bem como a instituição e operação de planos abertos de previdência complementar, definidos na legislação vigente, operando em todo território nacional, entretanto as operações com seguros e previdência complementar estão temporariamente suspensas. Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 30 de setembro de 2003 os acionistas deliberaram pela alteração da denominação social da BBV Previdência e Seguradora Brasil S.A. para Alvorada Vida S.A. O referido ato societário encontra-se em fase de aprovação pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP. 2 - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas em consonância com as práticas contábeis adotadas no Brasil, que incluem as práticas da Lei das Sociedades por Ações, normas do Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP e da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, bem como estão sendo apresentadas segundo critérios estabelecidos pelo plano de contas instituído pela Circular SUSEP no 314, de 28 de dezembro de 2005, que introduziu alterações na classificação das contas do balanço patrimonial, da demonstração do resultado, bem como a modificação na forma de apresentação da demonstração de origens e aplicações de recursos. Em decorrência, alguns dos saldos e valores do semestre findo em 30 de junho de 2005, anteriormente publicados, foram reclassificados com o objetivo de proporcionar melhores condições de comparabilidade. 3 - RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS a. Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência, observando-se o critério “pro-rata” dia. b. Aplicações Os títulos e valores mobiliários são classificados segundo a intenção da Administração em mantê-los até o seu vencimento ou negociá-los antes dessa data. Os títulos mantidos até o vencimento são valorizados pelo valor investido acrescido dos rendimentos auferidos. Os títulos sujeitos a negociação antes de seu vencimento têm o seu valor contábil ajustado ao valor de mercado. O ajuste ao valor de mercado, para mais ou para menos, é reconhecido no resultado do período (títulos classificados na categoria “para negociação”) ou em conta específica do patrimônio líquido (títulos classificados na categoria “disponíveis para venda”). De acordo com a regulamentação em vigor, os títulos que compõem as carteiras dos fundos exclusivos são classificados nas categorias “para negociação” ou “mantidos até o vencimento” , segundo instruções emitidas pelo quotista exclusivo ao administrador dos fundos. c. Passivo circulante Demonstrado por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridos até a data do balanço. Foram constituídas provisões para imposto de renda, à alíquota de 15% do lucro tributável, acrescida de adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente a R$ 120, e para contribuição social sobre o lucro, à alíquota de 9% nos termos da legislação em vigor. 4 - APLICAÇÕES A carteira de aplicações está composta por fundo de investimento exclusivo no valor de R$ 21.773 (2005 R$ 20.323) classificado na categoria “títulos para negociação”. A carteira do fundo de investimento é composta, em 30 de junho de 2006, por Letras do Tesouro Nacional (LTN) no valor de R$ 17.000 vencíveis de 1 a 30 dias e R$ 4.773 vencíveis de 181 a 360 dias. Em 2005 - LFT - R$ 11.537 e LTN - R$ 8.786, vencíveis entre 31 e 180.
5 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO a. Capital social e dividendos O capital social é de R$ 14.400 representado por 10.000 ações ordinárias, nominativas escriturais, sem valor nominal. Aos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados correspondem, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício ajustado nos termos da lei societária brasileira. b. Patrimônio líquido ajustado e margem de solvência A seguir detalhamos o cálculo do patrimônio líquido ajustado e margem de solvência: 2006 Patrimônio líquido contábil ............................................................ (-) Despesas antecipadas .............................................................. Patrimônio líquido ajustado ...........................................................
21.593 (24) 21.569
20.081 (30) 20.051
Margem de solvência A) 0,20 Prêmio retido (média dos últimos 12 meses) .................... B) 0,33 Sinistros retidos (média anual dos últimos 36 meses) .....
– 70
– 303
Patrimônio líquido ajustado ........................................................... (-) Margem de solvência (valor de A ou B = o maior) .....................
21.569 (70)
20.051 (303)
Suficiência .....................................................................................
21.499
19.748
6 - DETALHAMENTO DE CONTAS DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO a. Despesas administrativas 2006 Despesas com serviços de terceiros ............................................ Despesas com publicações .......................................................... Outras despesas administrativas .................................................. Total ................................................................................................
COFINS ........................................................................................... PIS .................................................................................................. Taxa de fiscalização ...................................................................... Total ................................................................................................
Diretor-Presidente
Diretores
Marco Antonio Rossi
Jair de Almeida Lacerda Júnior Lúcio Flávio Condurú de Oliveira
Diretor Gerente Marcos Suryan Neto
(68) (11) (53) (132)
(2) (5)
(2) (8)
(1) (8)
d. Receitas financeiras 2006 Receitas com títulos de renda fixa ................................................ Total ................................................................................................
2005
1.613 1.613
1.700 1.700
2006 1.407
2005 1.473
(478)
(501)
11 (467)
11 (490)
7 - IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Resultado antes do imposto de renda e contribuição social .............. Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ......................................................... Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Outros valores ...................................................................................... Imposto de renda e contribuição social do semestre ........................
O saldo da rubrica “Créditos tributários e previdenciários” registrada no ativo circulante é composto exclusivamente por antecipação de imposto de renda (IRPJ) e contribuição social (CSLL).
2006 Ativo/ (passivo) Disponibilidades Banco Bradesco S.A. ............................. Dividendos propostos Bradesco Vida e Previdência S.A. ......... Prestação de serviços de custódia Banco Bradesco S.A. .............................
2005
Receita/ (despesa)
Ativo/ (passivo)
Receita/ (despesa) –
22
–
48
–
–
(408)
–
–
(3)
–
(2)
9 - OUTRAS INFORMAÇÕES O resumo do relatório do Comitê de Auditoria foi publicado nas demonstrações financeiras do Banco Bradesco S.A. em 9 de agosto de 2006.
Congresso Gover no Eleições estaduais Assembléias
Aos Administradores e Acionistas Alvorada Vida S.A. “em aprovação” (antiga BBV Previdência e Seguradora Brasil S.A.)
3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Alvorada Vida S.A. em 30 de junho de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos do semestre findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
1. Examinamos o balanço patrimonial da Alvorada Vida S.A. em 30 de junho de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos do semestre findo nessa data, elaborados sob a responsabilidade da sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras.
4. O exame das demonstrações financeiras do semestre findo em 30 de junho de 2005, apresentadas para fins de comparação, foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram parecer com data de 5 de agosto de 2005, sem ressalvas.
2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nosso exame compreendeu, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da seguradora, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da seguradora, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
Alberto Barcellos Miranda Contador - CRC 1RJ094195/O-2 S SP
São Paulo, 22 de agosto de 2006
PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5
HORARIO ELEITORAL BAIXA PERFORMANCE
SEM PRESIDENCIÁVEIS
A
O
pressão para que Geraldo Alckmin ganhe espaço na publicidade eleitoral gratuita dos aliados nos Estados é resultado da baixa performance do candidato tucano nas pesquisas. Esta é a avaliação do candidato a senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). "Isso é decorrente da situação desconfortável do candidato nas pesquisas", destacou Jarbas. "Essa cobrança nunca aconteceu antes, seja nas eleições de 1998 nem de 2002." Nas eleições de 1998 e de 2002, Vasconcelos elegeu-se e depois se reelegeu governador sem vincular a campanha aos candidatos que apoiava - o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o candidato a governador de São Paulo José Serra (PSDB), e nem abrir espaço na publicidade eleitoral para eles, de acordo com a assessoria. Na época, Fernando Henrique era favorito nos levanta-
Chico Porto/AE
Jarbas: cobrança como nunca
mentos e, em 2002, Serra aparecia em melhor posição que Alckmin, atualmente. Ontem o candidato da Coligação Por um Brasil Decente a presidente permaneceu fora da propaganda do candidato do PMDB de Pernambuco a senador, assim como a do governador Mendonça Filho (PFL), candidato à reeleição. (AE)
s candidatos ao governo do Paraná têm evitado tocar nos nomes dos pretendentes à Presidência da República durante o horário eleitoral gratuito. Ontem, a exceção foi o candidato do PSol, Luiz Felipe Bergmann, que pediu votos para Heloísa Helena. Nem mesmo o PT, que em outras ocasiões vinculava o nome dos candidatos, tocou no nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A referência veio na segunda parte do programa, destinada aos candidatos a deputado. A imagem de Lula estava no pano de fundo, com referência inicial ao Bolsa-Família. Na primeira parte, o candidato ao governo, Flávio Arns, tratou apenas de fazer uma apresentação do que vai explorar nos próximos programas. No PDT, também não se fez nenhuma referência a Cristovam Buarque. Somente uma apresentação da família do
Edison Arisa Pereira Contador CRC 1SP127241/O-0
Vou restabelecer a autoridade perdida pelo governo. Orestes Quércia
CANDIDATOS A PRESIDENTE IGNORADOS
COM POUCO TEMPO PARA APRESENTAR SUAS PROPOSTAS, CANDIDATOS AOS GOVERNOS ESTADUAIS E LEGISLATIVOS IGNORAM OS ACERTOS DAS COLIGAÇÕES E NÃO CEDEM ESPAÇO PARA OS CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA.
NEM SERRA APRESENTOU ALCKMIN
G
(30) (57) – (87)
2005 (65) (10) (53) (128)
2005 (3) (3)
Parecer dos Auditores Independentes
Cidade de Deus, Osasco, SP, 22 de agosto de 2006
eraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência, continuou sem aparecer e sequer foi citado no programa de José Serra, candidato tucano ao governo de São Paulo, no horário eleitoral gratuito na TV. Em contrapartida, seu adversário do PT, Aloizio Mercadante, pegou carona nos programas do governo federal e utilizou um depoimento do candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva, pedindo votos para o petista. "Muita gente aqui em São Paulo me apóia, mas ainda não vota para o Mercadante", cobrou Lula. Serra mostrou um resumo sucinto de sua vida pública e apresentou propostas na área de educação, afirmando que "não existe uma prioridade mais importante do que investir no futuro, que são as crianças de São Paulo". Ele repetiu que o governo anterior, do PSDB, deu "passos importantes, mas nós temos que avançar muito mais", e relatou as realizações na área do governo do PSDB e as medidas que tomou durante o período em que foi prefeito da capital. Força – O tucano prometeu colocar duas professoras em cada sala da primeira série, implantar o reforço escolar e a avaliação contínua. (AE)
2005 (26) (42) (2) (70)
2006
2006 Despesas com custódia ................................................................ CPMF .............................................................................................. Outras despesas financeiras - Impostos, contribuições e eventuais ...................................................................................... Total ................................................................................................
8 - TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS A Seguradora mantém com a Organização Bradesco operações realizadas em condições de mercado em termos de preços, prazos e demais condições. As principais transações com partes relacionadas envolvem:
b. Despesas com tributos
Diretoria
Jair de Almeida Lacerda Júnior Atuário - MIBA no 809
2005
c. Despesas financeiras
candidato ao governo, Osmar Dias, e um currículo de suas atividades profissionais e políticas. O nome de Buarque foi esquecido até mesmo no tempo destinado aos candidatos à Assembléia Legislativa. O PCO, apesar da rejeição da candidatura de Rui Pimenta à Presidência, pediu voto para ele e fez um libelo contra os latifúndios nos poucos segundos que possui, além de fazer críticas à atual proposta de reforma trabalhista. O PSL e o PSDC, que têm como candidatos ao governo paranaense, respectivamente, Antônio Roberto Forte e Luiz Adão, também deixaram de falar nos candidatos à Presidência da República. Preferiram o discurso da renovação e do compromisso com as famílias. Sem candidato ao governo paranaense, o PSDB apenas mostrou o nome de Geraldo Alckmin entre um e outro candidato a deputado. (AE)
ALCÂNTARA: ESTRANHO NO NINHO
D
epois de deflagrar uma crise no ninho tucano, o governador do Ceará Lúcio Alcântara (PSDB) não mais usou o depoimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seu programa no horário eleitoral do rádio e da televisão. Ele, no Diário do Nordeste/AE entanto, continuou ignorando Geraldo Alckmin, candidato do partido dele à Presidência. Ontem, o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) acatou pedido de liminar interposto pela coligação de Cid Gomes (PSB), principal adversário de Lúcio na disputa, proibindo-o de exibir imagens e fala do presidente. O advogado de Lúcio, Meton César Vasconcelos, avisou que vai recorrer da decisão do TRE. Segundo Vasconcelos, o governador não fez campanha, mas apenas mostrou que tem uma parceria com o governo federal. "Foi uma postura institucional e a Constituição Federal define que essa parceria deve existir", entende o advogado. (AE)
8
A
C P M I d o s S a nguessugas poderá rever a absolvição de 14 deputados que foram inocentados no relatório parcial da comissão de inquérito, aprovado há duas semanas. A informação foi dada pelo presidente da CPMI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), ao divulgar ontem a lista de 27 parlamentares que também serão investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República, por suspeita de envolvimento com a máfia das ambulâncias. D iv er gê nc ia s – Os nomes dessa relação se somam aos 57 congressistas contra os quais a Procuradoria já tinha pedido a abertura de inquérito. Com isso, chega a 84 o total de parlamentares colocados sob suspeita no STF. Entre os 27 novos nomes, há três deputados inocentados no relatório parcial da CPMI: Gilberto Nascimento (PMDB-SP), Feu Rosa (PPES) e Helenildo Ribeiro (PSDB-AL). "Há uma divergência de entendimento entre a CPMI e o Ministério Público Federal", admitiu Biscaia. Excluídos – A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) e deputado Cleuber Carneiro (PTB-MG) aparecem na lista de acusados da CPMI, mas não estão na relação de parlamentares contra os quais a Procuradoria pediu investigação. "O procurador-geral me informou que trabalha com um universo de 100 a 110 parlamentares que poderão estar envolvidos com a máfia das ambulâncias. Desses, ele pediu abertura de inquérito contra 84. Mas ele ainda está analisando o caso e, portanto, o número de parlamentares investigados pelo Supremo pode aumentar", explicou Biscaia. No caso de Serys, a tendência da Procuradoria, segundo outro integrante da CPMI, é deixar que as investigações sejam conduzidas pelo MP de Mato Grosso. A apuração se concentrará em Paulo Roberto, genro dela citado pelo empresário Luiz Antônio Vedoin, um dos chefes da máfia das ambulâncias, como intermediário de uma propina de R$ 35 mil supostamente destinada ao pagamento de dívidas de campanha da senadora. (AE)
senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) protocolou ontem na secretaria da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) Sanguessugas e entregou também ao Ministério Público (MP) documentos que, segundo ele, comprovariam a ligação do governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PPS), com a Planam, empresa envolvida no esquema de vendas superfaturadas de ambulâncias. S e g u n d o B a r ro s , M a g g i mandou para a Assembléia Legislativa um projeto de lei favorecendo, exclusivamente, a Planam, ao isentá-la do pagamento de Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Na marra – Barros disse esperar que a CPMI e o MP investiguem a documentação e o procedimento dele. "A documentação no mínimo mostra a força da Planam na Assembléia Legislativa de Mato Grosso e no governo do estado", afirmou. "O que temos é uma organização criminosa que, felizmente, está sendo desbaratada", acrescentou. Barros lembra ainda que, segundo cálculos da Polícia Federal (PF) e do MP, a Planam vendeu cerca de mil veículos cujas faturas foram emitidas com preço acima do efetivamente cobrado. (AE)
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
IMPLICADOS ENFRENTAM AS ACUSAÇÕES NO STF
SANGUESSUGAS AGORA, 27 SÃO JULGADOS PELO SUPREMO. E outros 14 parlamentares que foram salvos pela CPMI são novamente suspeitos e serão investigados.
Não se trata de um julgamento político. Ritos de defesa agora são respeitados. Marcelo Bessa Antonio Cruz / ABr
Biscaia: dar nome aos bois.
André Dusek / AE
ACUSADOS NO STF PROCURAM ADVOGADOS Eles buscam os mesmos que atuaram no Mensalão
O
Sob tiroteio: senador João Aberto enfrenta a pressão dos colegas para denunciar Ney Suassuna, Serys Slhessarenko e Magno Malta. Roosewelt Pinheiro / ABr
Márcia Kalume / Agência Senado
Em segredo: senadores César Borges e Demóstenes Torres cochicham.
Mão na massa: deputada Maninha pede o início das cassações.
TRE DO RIO IMPUGNA OS CANDIDATOS ENVOLVIDOS
BARROS DIZ TER PROVAS CONTRA MAGGI
O
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Congresso Planalto Corr upção CPI
Tribunal diz que lei prevê vida pregressa limpa e princípios de moralidade para a ocupação do cargo eletivo.
O
deputado federal Paulo Baltazar, do PSDB, um dos 13 parlamentares da bancada do Rio de Janeiro, que segundo a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Sanguessugas estaria envolvido com a máfia das ambulâncias, teve o registro de sua candidatura à reeleição revisto e cassado por cinco votos a um pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O registro já havia sido concedido a Baltazar pelo TRE, mas agora perdeu a validade. Foi o primeiro de cinco casos que o Tribunal Regional do Rio analisou em torno da recandidatura de parlamentares cujos nomes constam da relação de envolvidos apresentada pela
CPMI na última segunda-feira. Outros candidatos poderão, igualmente, ser impugnados nos próximos dias. A tese que prevaleceu para a impugnação é de que o parágrafo nono do artigo 14 da Constituição brasileira prevê vida pregressa limpa e princípios de moralidade para a ocupação do cargo eletivo, pode ser analisado independentemente de leis complementares. E isso, segundo entendeu o Tribunal, não é cumprido pelos atuais postulantes à reeleição na Câmara Federal. Em outras palavras, o TRE concluiu que as provas existentes nos autos contra o parlamentar são suficientes para que o tribunal lhe negue o registro da candidatura em no-
me da moralidade pública. Baltazar ainda pode recorrer ao Superior Tribunal Eleitoral para reaver o registro. Na sessão que prosseguiu ontem também foram analisados os casos dos deputados fluminenses Laura Carneiro (PFL), Elaine Costa (PTB), Fernando Gonçalves (PTB) e Reinaldo Gripp (PL). Eurico fora – O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro também indeferiu ontem o registro de candidatura do presidente do Vasco, Eurico Miranda, que pretendia disputar um mandato de deputado federal pelo PP. A decisão foi unânime. A juíza Jaqueline Montenegro, relatora do caso, disse que o indeferimento se dá por falta
de condições morais de Eurico para exercer um mandato. Segundo ela, Eurico tem diversas anotações penais, inclusive por desacato a autoridade, o que é incompatível para alguém que pretenda ser um parlamentar. O trabalho dos juízes dos TREs continuavam ontem por todo o País e há muito ainda a julgar. Primeiro, porque o número de candidatos inscritos este ano foi bem maior do que a de eleições passadas, tendo em vista o crescimento dos colégios eleitorais. Segundo, porque os novos candidatos ignoram a legislação eleitoral e não apresentam a documentação requerida. Só em São Paulo o TRE já impugnou 272 candidaturas. (Agências)
CONSELHO SE IRRITA COM RENAN
de um artifício do regimento interno para retardar o início do processo de cassação dos senadores Ney Suassuna (PMDB-PB), Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES). Na terça-feira Renan enviou ao Conselho de Ética uma denúncia contra os senadores, e não uma representação, o que exigiria
novas investigações e, conseqüentemente, atrasaria os processos que podem levar à cassação dos mandatos. Na reunião de ontem, a primeira depois da nomeação dos relatores, os oito senadores presentes decidiram, por unanimidade, devolver a denúncia contra os acusados
à Mesa Diretora do Senado. Os integrantes do conselho querem que Renan envie para eles uma representação para a abertura do processo de cassação dos suspeitos, sem protelações regimentais. Renan anunciou que vai ouvir, por escrito, os membros da Mesa Diretora do Senado sobre o pedido feito pelo Conselho de Ética.
S
enadores do Conselho de Ética rebelaram-se contra a decisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que se utilizou
presidente da CPMI dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), divulgou ontem a lista com os nomes dos 27 parlamentares que estão sendo investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sob acusação de envolvimento com a máfia das ambulâncias. Todos os 27 nomes já constam do relatório preliminar aprovado no último dia 10 pela CPMI. Dos 27, três foram inocentados ontem pela CPMI – os deputados Gilberto Nascimento (PMDB-SP), Helenildo Ribeiro (PSDB-AL) e Feu Rosa (PP-ES). Para se defenderem no Conselho de Ética das acusações os deputados citados bateram nas portas dos advogados contratados pelos envolvidos no escândalo do Mensalão. Quatro advogados que atuaram na defesa dos mensaleiros, e que já conhecem os caminhos para tentar evitar – ou ao menos protelar – as cassações de mandato, estão de volta ao cenário da Câmara. Agora, em defesa dos envolvidos com o esquema chefiado pela família Vedoin. Contratado pelo Partido Liberal (PL), no ano passado, para defender o ex-líder da legenda Sandro Mabel e Wanderval Santos (PL-SP), envolvidos no Mensalão, o advogado Marcelo Bessa estendeu sua clientela. Ele vai prestar seus serviços, agora, para 16 deputados, de quatro partidos diferentes, que passam a responder a processo por quebra de decoro no Conselho. Bessa, como os outros advogados, disse que o principal ganho do julgamento dos mensaleiros é que, após os recursos interpostos no STF, em vários casos está garantido o amplo direito de defesa aos acusados. "Não se trata mais de apenas um julgamento político, como se falava o tempo inteiro. Ritos, principalmente de defesa, agora são respeitados", disse Marcelo Bessa. Advogado de Roberto Jefferson (PTB-RJ) no processo que culminou com a cassação do mandato do responsável pelas denúncias do Mensalão, Luiz Francisco Corrêa Barbosa assumiu alguns casos dos envolvidos com a máfia dos sanguessugas. Até entrou com um mandado de segurança para que a CPMI desse mais prazo de defesa. O Supremo negou. Barbosa afirmou que, no Conselho de Ética, os deputados seguem uma decisão já préestabelecida. (Agências)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4 -.TURISMO
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
LAZER
15 opções para o feriado da Independência
Fotos: Divulgação
Hotéis-fazenda a 100 km da capital, programas ecológicos e até roteiros pela América do Sul. Confira pacotes a partir de R$ 630 o casal – quatro diárias
C
amboriú (SC): pela CVC, o roteiro de quatro noites pelas praias catarinenses inclui aéreo, hospedagem com café da manhã, traslados e passeios ao Parque Unipraias, Blumenau e Florianópolis. A partir de R$ 948 por pessoa em apartamento duplo. Tel. (11) 21467011, site www.cvc.com.br Chapada dos Veadeiros (GO): são cinco dias de viagem por uma das chapadas mais bonitas do País – opção para os mais aventureiros. Pela Ambiental, o pacote sai a partir de R$ 1.430 por pessoa em quarto duplo. Inclui parte aérea, hospedagem com meia pensão, kit lanche para trilhas, acompanhamento de guias, seguro-viagem e passeios para Saltos do Rio Preto, Vale do Rio Macaquinho, Cachoeira Almécegas I, Cachoeira São Bento e Vale da Lua. Tel. (11) 3818-4600, site www.ambiental.tur.br. Engenheiro Paulo de Frontin (RJ): recém-inaugurada, a Vivenda Les 4 Saisons tem como seu principal atrativo a gastronomia, sob o comando do premiado chef holandês Jos Boomgaardt, expert em culinária fusion franco-asiática. Para o feriado, o pacote de três noites custa a partir de R$ 650 por casal, com café da manhã. Tel. (24) 2463-2892, site www.les4saisons.com.br Extrema (MG): situado a 100 km de São Paulo, mas já em território mineiro, o Hotel Fazenda das Amoreiras é boa opção para as famílias que querem passar dias no campo, com direito a passeio de charrete e ordenha de vacas para os pequenos. Ao pé da Serra da Mantiqueira, o hotel tem pacotes de quatro dias a partir de R$ 2.320 por casal. Cortesia para uma criança de
até 3 anos. Tels. (35) 3435-4000 e (11) 6942-4849, site www.hotelamoreiras.com.br. Ilhabela (SP): com apenas sete suítes e amenities da L’Occitane, a Pousada Ilha Splendor é destino para casais. Com decoração tropical, não aceita crianças menores de 12 anos. Para o feriado, o pacote de 6 a 10/9 custa a partir de R$ 1.120, com café da manhã incluído. Tel. (12) 3896-3346, site www.ilhasplendor.com.br. Itatiba (SP): esta sugestão é para quem quer aproveitar o feriado para emagrecer e não quer ir muito longe. A apenas 90 km da capital, o Spa Sete Voltas Resort oferece um farto cardápio de atividades – de caminhadas e alongamento a massagens de todos os tipos. Uma novidade é a recém-inaugurada piscina "Mandala", de 12 metros de diâmetro, usada para harmonizar "os corpos físico, etéreo e astral". O pacote de feriado (de 6 a 10/9) sai a partir de R$ 2.896 por casal, com pensão completa. Tel. (11) 4534-7800, site www.setevoltas.com.br. Maresias (SP): a apenas 150 metros das areias desta badalada praia do litoral norte de São Paulo, a Pousada dos Condes alia conforto a uma decoração inspirada em Bali. De 6 a 10/9, o pacote custa a partir de R$ 900, por casal, com café. Por preços entre R$ 50 e R$ 80, a pousada oferece programas como aulas de surfe, rapel em cachoeiras, mergulho e pesca. Aos hóspedes baladeiros, entradas VIPs para a casa noturna Sirena. Tel. (12) 3865-6322, site www.pousadadoscondes.com.br. Monte Alegre do Sul (SP): com vista para as montanhas, a Pousada Cafezal em Flor, a 130 km de São Paulo, tem como seu maior atrativo o café. Lá é pos-
Pousada dos Condes, em Maresias: feriado a R$ 900 por casal
Romântica, a Ilha Splendor só aceita crianças acima de 12 anos
Para não perder a maior feira de esportes e turismo de aventura
A
bre hoje para o público, no Pavilhão da Bienal do Parque do Ibirapuera, a 8ª Adventure Sports Fair – maior feira de esportes e turismo de aventura da América Latina. Ocupando uma área total de 25 mil metros quadrados e reunindo cerca de 300 expositores, o evento, que vai até domingo, espera receber 75 mil visitantes e ultrapassar os R$ 90 milhões em volume de
Para aproveitar todas as atrações naturais do Pantanal, a pedida é ficar hospedado no Refúgio Ecológico Caiman. Pacote de 4 dias por R$ 2.789
Hotel Fazenda das Amoreiras (à esq.), em Extrema, é opção para as famílias. E Vivenda Les 4 Saisons (acima), na serra fluminense, ideal para casais
sível fazer trilhas pelo cafezal e conhecer todo o processo de produção artesanal do produto, desde a colheita até a torrefação e moagem. Na estrutura de lazer, conta ainda com piscina e churrasqueira. Quatro diárias saem a partir de R$ 630 o casal, com café da manhã. Criança até 4 anos não paga. Tel. (19) 38992655, site www.cafezalemflor.com.br. Pantanal (MS): passar os dias de folga num cenário de natureza exuberante, com comodidade de sobra nas instalações das quatro pousadas do famoso Refúgio Ecológico Caiman. Pela CVC, o pacote de quatro dias, com aéreo, custa a partir de R$ 2.798 por pessoa em apartamento duplo. Inclui ainda pensão completa e dois passeios diurnos e um noturno por dia. Entre os passeios estão: passeio de Canoa Canadense, cavalgada, caminhada, alimentação de jacarés, safári fotográfico e focagem noturna de animais. Saída em 3/9. Tel. (11) 2191-8410, site www.cvc.com.br. Piedade (SP): sossego e boa gastronomia em meio a uma reserva florestal na Serra de Paranapiacaba. Esta é a proposta de feriado da Pousada Ronco do Bugio, a 110 km da capital. Com apenas oito suítes e decoração rústico-chique, ela oferece pacote de quatro diárias a partir de R$ 1.719 por casal, com café da manhã incluído. Tels. (11) 82597788 ou (15) 3299-8600, site www.roncodobugio.com.br. Rio de Janeiro (RJ): localizado a uma quadra da praia, o Ipanema Plaza Hotel está com valores promocionais para aqueles que quiserem aproveitar a Cidade Maravilhosa no feriado da Independência. São três diárias a partir de R$ 990 em apartamento duplo, com café da manhã. Tel. (21) 3687-2000, site www.ipanemaplaza.com.br. AMÉRICA DO SUL Bariloche (Argentina): ainda com os centros de esqui a pleno vapor, a charmosa cidade de montanha da Argentina é a op-
negócios. Uma das novidades deste ano, o Adventure Luxury Travel é um espaço voltado para a divulgação de destinos que unem luxo e aventura. Na programação, fórum sobre turismo sustentável, simpósio de mergulho técnico e o 2º Festival Brasileiro de Filmes de Aventura e Turismo. Entre as atrações para o visitante estão pistas de esqui e quadriciclo e, ainda, 15 toneladas de gelo do glaciar Perito Moreno, trazidos pela Argentina. É possível ter uma idéia do que é caminhar pelos campos de gelo da Patagônia. Não perca! Ingressos custam R$ 15. Tel. (11) 3511-0811, site www.adventuresportsfair.com.br.
ção da Fênix Operadora para o feriado. O roteiro, saindo 6/9 e voltando 11/9, custa a partir de US$ 646 por pessoa e inclui passagem aérea, traslados, seguro saúde, passeio panorâmico na cidade e hospedagem com café da manhã. Tel. (11) 3255-4666, site www.fenixtur.com.br. Buenos Aires (Argentina): com a Stella Barros, o roteiro de quatro noites para a charmosa capital argentina custa a partir de US$ 799 por pessoa em quar-
to duplo, com café da manhã. No pacote estão incluídos as passagens aéreas, traslados, um almoço e seguro-viagem. Tels. 0800/7028687 e (11) 2166-2250, site www.stellabarros.com.br. Ilha de Páscoa (Chile): com saída dia 6/9, o roteiro de seis noites para essa misteriosa ilha do Pacífico custa a partir de US$ 1.190 por pessoa em acomodação dupla. O pacote inclui passagem aérea, hospedagem com café da manhã, traslados e dois
passeios, à cidade de Ranga Hoa e à Ahu Akivi. Na Interpoint, tel. (11) 3087-9400, site www.interpoint.com.br. Machu Picchu (Peru): o roteiro de cinco dias da Natural Mar pelo exótico mundo dos incas no Peru inclui aéreo, visitas a Cuzco e Machu Picchu, hospedagem com café da manhã, passeios e traslados. A partir de US$ 1.232 por pessoa (quarto duplo. Tel. (11)3214-4949, site www.naturalmar.com.br.
Flytour Business Travel amplia aliança global
A
duas pontas, já que os serviços oferecidos Flytour Business Travel, divisão pela aliança combinam a presença nacional e da Flytour especializada em regional da Flytour à rede global da FCm, que gestão de viagens corporativas, é composta de mercados locais e regionais anunciou no mês passado uma em todos os continentes. "Buscamos nesta parceria internacional com a especialista parceria alcance geográfico e encaixe mundial em gerenciamento de serviços de estratégico", explica Barbara Asmussen, viagens corporativas, a FCm Travel gerente de alianças da Flytour. Solutions. A aliança, que faz parte do Ferramentas – Apresentando formatos, processo de realinhamento da empresa sistemas ou ferramentas que ultrapassam para se manter entre os melhores do as fronteiras nacionais, a Flytour/FCm Travel mercado, amplia a atuação na América Solutions Latin America Latina, cria uma nova Divulgação oferece maior poder de identidade para a empresa – negociação e possibilidades a Flytour/FCm Travel reais de redução de custos, Solutions Latin América – além de assegurar o pleno e projeta um expressivo aproveitamento do crescimento no investimento do cliente faturamento da Flytour. corporativo nas viagens de O nascimento da negócios. "Como Flytour/FCm Travel Flytour/FCm Travel Solutions Latin America é o Solutions Latin America, resultado de uma parceria aceitamos o desafio de global que considera a desenvolver uma forte experiência e a marca já rede de excelentes TMCs consolidada da Flytour com (Travel Management a atuação premiada Companies) na América internacionalmente da FCm Barbara Amunssen, da Flytour Latina, para atender às Travel Solutions no necessidades de serviços mercado. "Optamos pela de viagens dos nossos clientes, assim como FCm por ser uma organização arrojada em às de todos os clientes da rede da FCm seu planejamento estratégico, com Travel Solutions", diz Elói. excelente saúde financeira e que está O plano da Flytour/FCm Travel Solutions crescendo com forte equilíbrio num Latin América é se tornar a gerenciadora de mercado fragmentado", afirma Eloi D’Avila viagens preferencial em todos os de Oliveira, presidente e fundador do continentes. Para isso, dá o primeiro passo grupo Flytour. para conquistar a América Latina. Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru e Venezuela serão os primeiros pontos de Mais informações sobre o Panrotas Corporativo atuação da Flytour/FCm Travel Solutions no site www.panrotas.com.br. Assinaturas pelo tel. (11) 5070-4816 ou 5070-4804, Latin America. As vantagens valem para as e-mail assinaturas@panrotas.com.br.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
Internacional
Estados Unidos oferecem o fim de 44 anos de embargo a Cuba em troca de uma transição democrática
AFP
Decisão sobre bloqueio está nas mãos da ONU Aumenta a tensão sobre a decisão de Israel de manter o bloqueio aéreo e terrestre ao Líbano com a ameaça, ontem, da Síria de fechar suas fronteiras.
I
srael se recusa a sair total- ri, considerou, ontem, que o mente do sul do Líbano processo de paz do Oriente até que a Força Interna- Médio chegou a "um momento cional das Nações Unidas lastimável" após a ameaça da para o Líbano (Unifil, na sigla Síria de isolar ainda mais o Líem inglês) envie seu contin- bano, fechando suas fronteigente extra de soldados e apóie ras. Defendeu um novo esforos 15.000 militares libaneses ço internacional para solucioque começaram a ocupar os re- nar o conflito de décadas entre dutos do Hezbollah. Do outro Israel e os palestinos, sírios e lilado, o primeiro-ministro do baneses. Ontem, Phillippe DousteLíbano, Fuad Saniora, pediu, ontem, ao governo dos Esta- Blazy, ministro do Exterior da dos Unidos que ajude a encer- França, disse, durante conferar os bloqueios aéreo e maríti- rência em Paris da qual particimo impostos por Israel, asse- pou também a chanceler israegurando que seu país se esfor- lense Tzipi Livni, que Israel ça ao máximo para garantir a precisa encerrar o bloqueio aéreo e terrestre ao Líbano. segurança na fronteira. O esforço da ONU para conPor fim, a Síria ameaçou ontem fechar sua fronteira com o seguir apoio para a força de paz que compleLíbano se a Ormentará a ação ganização das do Exército libaNações Unidas nês mostrou-se (ONU) estacio mais difícil que nar tropas ao o imaginado. Já longo dela, co- Para o chefe de há cerca de 2.000 mo parte da mis- assuntos políticos da soldados da são que visa gaONU, Ibrahim ONU atuando rantir a trégua no Líbano, mas entre Israel e os Gambari, o processo há poucos paíguerrilheiros do de paz chegou a "um ses dispostos a Hezbollah. É es- momento lastimável" ceder os outros se o atual confli- e defendeu novo 13 mil soldados. to que a ONU esforço internacional Os ministros tem nas mãos para o fim do conflito das Relações Expara resolver. teriores da EuroIsrael quer pa devem se reuque as tropas da ONU policiem a fronteira en- nir na sexta-feira com o secretre a Síria e o Líbano para evitar tário-geral da ONU, Kofi Ana chegada de armas ao Hezbol- nan, sobre a mobilização. O lah. Acusa a Síria de fornecer objetivo é enviar 3.500 soldaarmamento ao grupo terroris- dos à região até 2 de setembro. O embaixador do Qatar na ta e informa que esse é o motivo pelo qual o bloqueio ainda ONU, Nassir Al-Nasser, o úninão foi suspenso. Já o governo co país árabe no Conselho de libanês considera o bloqueio Segurança, disse que a incapauma violação do cessar-fogo e cidade de tratar a questão papor isso pediu a intervenção da lestina e suas raízes "tem levado a um alto grau de tensão na comunidade internacional. Sem saída – O Estado judai- região, que se manifestou nos co amenizou o embargo desde eventos que ocorreram no Lío início do cessar-fogo, em 14 bano. Pior: o primeiro-minisde agosto. Mas nenhum avião tro de Israel, Ehud Olmert, diz pode usar o aeroporto de Bei- que seu país manterá o cerco rute e nenhum navio pode até que uma força internacioatracar nos portos libaneses nal de paz seja posicionada na fronteira entre os dois países. sem sua permissão. O chefe de assuntos políti- O que pode demorar semanas cos da ONU, Ibrahim Gamba- ou meses. (Agências)
Com o cessar-fogo, soldados libaneses procuram agora as bombas que foram lançadas por Israel no sul do Líbano, mas que não explodiram Jacques Demarthon/AFP
Líbano: agora campo minado
T
Philippe Douste-Blazy, ministro do Exterior da França, com a chanceler de israelense, Tzipi Livni, em Paris Timoty A. Clary/AFP
Annan quer garantir o cessar-fogo
O
secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, planeja ir ao Líbano e a Israel em breve e, provavelmente, também à Síria e ao Irã, para garantir o cessar-fogo no Líbano, segundo anunciou, ontem, Stephane Dujarric, porta-voz da ONU. O objetivo da visita de Annan é implementar a
resolução que pedia a trégua entre Israel e o grupo terrorista libanês Hezbollah, Annan: viagem informou Dujarric. A resolução fora determinada pelo Conselho de Segurança da ONU. O porta-voz não soube dizer, entretanto, se Kofi Annan estará no Irã antes de 31 de agosto, prazo dado pelo conselho de Segurança para que Teerã suspenda os trabalhos de enriquecimento de urânio.
Um diplomata europeu afirmou que há tempos o secretário-geral da ONU queria ir a Teerã para tratar da questão nuclear, e a guerra no Líbano lhe dá agora uma desculpa. Dujarric disse que Kofi Annan visitará Bruxelas na segunda-feira, onde se reunirá com ministros das Relações Exteriores europeus. O assunto será a organização dos soldados da ONU no Líbano. Depois da reunião, Annan iria para o Líbano e Israel "e também provavelmente Síria e Irã", além de outras paradas em países do Oriente. (Reuters)
rês soldados libaneses morreram, ontem, ao retirar granadas israelenses que não haviam explodido. Foram os primeiros soldados libaneses a morrer desde que o Exército começou a avançar para o sul, na quinta-feira da semana passada. Tentar encontrar as bombas que não explodiram é uma das missões de seus integrantes após o cessarfogo. Um especialista em minas terrestres afirmou, na última terça-feira, que ainda existem muitas bombas de fragmentação lançadas por Israel e que não explodiram no sul do Líbano, por isso representam perigo. Israel afirmou ter dado à Força Internacional das Nações Unidas para o Líbano (Unifil, na sigla em inglês) mapas mostrando onde as ogivas não detonadas podem estar. "Fizemos isso na tentativa de minimizar baixas entre a população libanesa", disse um porta-voz do Exército israelense. Na noite da última terça-feira, minas terrestres mataram um soldado israelense e deixaram feridos outros três. Quase 1.200 pessoas no Líbano e 157 em Israel morreram na guerra, iniciada depois que o Hezbollah capturou dois soldados israelenses. (Agências)
Contra-proposta de Irã não agrada Saddam: longe do banco dos réus
O
governo americano comunicou ontem que a resposta do Irã ao Conselho de Segurança da ONU ficou aquém das exigências para que o país suspenda seu programa de enriquecimento de urânio. Por isso, o governo americano começou a estudar os próximos passos, o que poderia incluir até uma proposta de resolução impondo sanções ao Irã. As autoridades não quiseram entrar em detalhes sobre que tipo de punição têm em mente, segundo o diário The New York Times. Mas as opções poderiam ser sanções econômicas ou políticas ou restrições no comércio internacional com o Irã. O governo iraniano enviou por escrito, na segunda-feira, a sua resposta a um pacote de benefícios econômicos e tecnológicos oferecidos por seis potências mundiais (EUA, China, Rússia, França, Alemanha
e Grã-Bretanha), integrantes do Conselho de Segurança da ONU. O texto não foi divulgado publicamente. Apenas se informou que o Irã propôs manter "negociações sérias" sobre seu programa nuclear, mas não concordou em interromper o enriquecimento de urânio. O próprio Irã garante ter oferecido sinais claros e positivos para resolver a crise sobre seu programa nuclear. Suspeita – A oferta de benefícios tinha como contrapartida a exigência de que o Irã suspenda, até o dia 31 deste mês, o enriquecimento de urânio, atividade que tanto pode servir para fins pacíficos como militares. O Irã alega que só pretende usar o material em usinas de energia nuclear, mas as potências suspeitam que o país tenha um programa secreto para produzir armas atômicas. Em um comunicado sucinto, o Departamento de Estado
dos EUA reconheceu, ontem, que o Irã considera sua resposta séria. "Vamos analisá-la", informou o governo americano, acrescentando que a mesma não é satisfatória. "Estamos mantendo consultas com outros membros do Conselho de Segurança sobre os próximos passos", diz o texto. Como os EUA não rejeitaram de imediato a resposta iraniana, e adotaram um tom cauteloso no comunicado, pode ser que tenham interpretado a posição do Irã como uma base para conversações, disseram analistas políticos em Washington. O governo francês reagiu com mais firmeza. O chanceler Philippe Douste-Blazy afirmou que o Irã tem de suspender o enriquecimento de urânio se quiser retornar às negociações. Já a China e a Rússia deram ênfase no diálogo e soluções negociadas. (AE)
D
epois de ouvir quatro s o b re v i v e n t e s d o s massacres ocorridos no final dos anos 80, durante a Guerra Irã-Iraque, Abdullah al-Amiri, presidente do júri no julgamento do ex-iraquiano Saddam Hussein, decretou recesso da corte até 11 de setembro para analisar um recurso no qual os advogados de defesa de Saddam contestam a legitimidade do tribunal. Um dos sobreviventes ouvidos disse que aviões de guerra bombardearam uma aldeia curda com armas químicas em 1987 e afirmou que helicópteros perseguiram as pessoas que fugiam para colinas próximas, também despejando bombas sobre elas. Além de Saddam, seis de seus antigos colaboradores também estão sendo julgados por acusações de crimes de guerra, genocídio e crimes contra a humanidade cometi-
dos no âmbito da chamada Operação Anfal. Culpa – Os promotores tentam demonstrar que Saddam e seus antigos colaboradores foram os responsáveis pela morte de 50.000 a 180.000 pessoas durante uma campanha militar deflagrada entre 1987 e 1988 na fronteira com o Irã. Segundo a acusação, gases venenosos teriam sido usados na ofensiva. Saddam e seus excolaboradores alegam que a operação militar tinha como objetivo afastar da região milicianos curdos aliados ao Exército iraniano na ocasião. Líderes das áreas autônomas curdas do norte do Iraque exigem que Bagdá pague indenização pela morte de curdos na Operação Anfal, durante a qual morreram dezenas de milhares de pessoas. A exigência do governo regional do Curdistão vem à tona apenas dois dias depois do início do julga-
mento do ex-ditador iraquiano por causa da Anfal. Segundo a acusação, gases venenosos teriam sido usados na ofensiva. Saddam Hussein e seus ex-colaboradores alegam que a operação militar tinha como objetivo afastar da região milicianos curdos aliados ao Exército iraniano na ocasião. O governo autônomo curdo manifestou satisfação com o início do julgamento e insistiu que "a justiça precisa ser feita e percebida", mas não entrou em detalhes sobre qual tipo de compensação espera. O documento, datado de 17 de agosto e enviado ao tribunal especial que julga Saddam, foi tornado público ontem. "Exigimos que o governo iraquiano compense as vítimas de crimes cometidos pelo governo de Saddam Hussein, assim como determina a Constituição do Iraque", dizia a carta. (AE)
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
Câmara Sanguessugas Eleição Congresso
DIÁRIO DO COMÉRCIO
9 Lula e Alckmin são aspirinas. São iguais, solucionam uma dor-de-cabeça agora, mas não estão preparados para resolver outras dores. Cristovam Buarque
PRESIDENCIÁVEIS UNIDOS CONTRA LULA
Atacar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva virou palavra de ordem dos candidatos à Presidência da República. Inconformados com o desempenho do governo petista nas recentes pesquisas de intenção de voto, eles começam a apelar para frases de efeito. Alckmin diz que " Lula vive em um mundo virtual". Cristovam Buarque diverte ao dizer que "Lula e Alckmin são candidatos aspirina, solucionam uma dor-de-cabeça agora, mas não estão preparados para resolver outras dores". Heloísa Helena arrisca e diz que "Lula é corrupto". Resta ver se a estratégia vai funcionar. Sérgio Dutti/Folha Imagem
ALCKMIN: LULA VIVE NUM MUNDO VIRTUAL.
SITE DO PT É INVADIDO POR HACKERS
Apesar da pressão para adotar um discurso mais duro contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidenciável Geraldo Alckmin tenta, mas continua light.
O
candidato da Coligação Por um Brasil Decente (PSDBPFL) à Presidência, Geraldo Alckmin, vem sofrendo fortes pressões entre seus aliados para lançar ataques pessoais ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mesmo assim, suas tentativas têm sido amenas: "O governo tem uma máquina publicitária muito grande, descolada da realidade, e o Lula vive em um mundo virtual", afirmou Alckmin. A ampliação da vantagem de Lula e o recorde da avaliação positiva do governo registrados pela última pesquisa Datafolha preocuparam os aliados do tucano. "A conjuntura é realmente desfavorável. Não dá para tapar o sol com a peneira", desabafou o senador Eduardo Azeredo (MG). "O problema é que, com a economia indo bem, muitos dos erros do governo e do presidente são relevados". O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), que até agora vinha sendo o único a protestar contra a decisão de Alckmin de "poupar" Lula, ganhou o reforço do senador Álvaro Dias (PSDB-PR). "O Lula está crescendo porque não está sendo atacado", disse o tucano.
"Subiu porque a campanha começou e nós paramos de bater". Mas Dias não responsabiliza seu candidato pelos números negativos: "Não é o Alckmin quem tem que fazer os ataques", afirmou. "Nós, seus aliados, é que devíamos ter nos organizado". Tentativa– Ontem, durante o 16º Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, Alckmin disse que, se eleito, vai regulamentar a emenda constitucional que obriga o governo a destinar parte da receita tributária a ações e serviços públicos de saúde. Segundo ele, Lula deixou de aplicar R$ 1,6 bilhão que poderia ajudar mais de 2 mil hospitais filantrópicos, atualmente em dificuldades. Em seu discurso à platéia de médicos, freiras e dirigentes da confederação das Santas Casas, o tucano também prometeu reajustar a tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), usada para remunerar os hospitais filantrópicos. E anunciou a intenção de fazer um Proer – o programa criado para socorrer bancos – para refinanciar as dívidas dessas entidades sem fins lucrativos que atendem sobretudo à população mais pobre. (Agências)
Bem aventurado: presidenciável Geraldo Alckmin cercado por freiras em Congresso de Santas Casas.
HELOÍSA REJEITA 'MIGALHAS' DO GOVERNO
A
candidata do PSol à Presidência, senadora Heloísa Helena (AL), chamou ontem em Porto Alegre, o presidente Lula de corrupto, acusando-o de usar os cofres públicos em favor de sua candidatura. E novamente o desafiou a comparecer aos debates. Heloísa caminhou na Rua da Praia, no centro da capital gaúcha, com militantes do PSol e do PSTU. Fez um rápido comício e cumprimentou eleitores. No Rio Grande do Sul, Heloísa tem 16% das intenções de voto. A senadora afirmou que o Brasil não pode mais conviver "com as migalhas da inclusão social", criticou a taxa de juros e defendeu a reforma tributária. Numa referência aos adversários Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), disse que enquanto "eles cortam os céus do Brasil com o Aerolula e o jatinho tucano, nós estamos aqui humildemente com esse pequeno solzinho (símbolo do PSol) para poder falar". Ela disse que seus quatro eixos de campanha são demo-
Mauro Vieira/AE
Heloísa entre os gaúchos: 16% das intenções de voto no Rio Grande do Sul.
cratização da riqueza, das políticas sociais, da informação e cultura, e da terra e dos espaços urbanos. Criticou a desvinculação de receitas da União (DRU) e afirmou que "só dois setores continuam ganhando muito no Brasil: banqueiros e políticos corruptos". Heloísa voltou a falar que deseja debater com Lula e não com “moleques de recado”. "Não converso com moleque de recado. Quero conversar é com o presidente. Ele tem que
deixar de ser arrogante e covarde e ir aos debates. É muito fácil mandar ministro, mensaleiro e sanguessuga para bater em mim nos meios de comunicação", disse Heloísa, ao lado da deputada Luciana Genro, filha do ministro Tarso Genro. O uso dos cofres públicos na campanha de Lula, segundo ela, é escandaloso: "Era preciso ou inocência ou vigarice para dizer que ele não está usando os cofres públicos em interesses eleitorais". (Agências)
A
página do PT na internet foi invadida por hackers no início da tarde de ontem. Por volta das 13 horas, um grupo que se autodenomina "Bios Team" postou uma mensagem no site do PT fazendo uma série de ataques ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No texto, acompanhado de uma imagem da estrela do partido em chamas com a inscrição "Chega dessa porra", os hackers afirmaram que Lula é "praticamente uma maldição, que vem acompanhada por "sete pragas": as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) dos Correios, dos Bingos, da Compra de Votos, e dos Sanguessugas, além do "mensalão" e de crises na agricultura (aftosa) e nas indústrias metalúrgicas. No fim da mensagem, aparecia ainda a inscrição "Voto 45", numa referência ao número do PSDB. Pouco tempo após a invasão, o PT tirou a página do ar. O presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, disse que vai pedir à Polícia Federal que investigue a invasão da página do partido na internet. Segundo ele, esta não é a primeira vez que hackers tentam invadir o site e publicar textos contra o presidente, mas essa foi a primeira vez que tiveram sucesso. (Agências)
Sergio Lima /Folha Imagem
EXCESSO DE OTIMISMO NO PLANALTO Em jantar com empresários, presidente diz que pela 1ª vez a produção teve lucro maior do que bancos.
O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem à noite, durante jantar com 27 empresários, que pela primeira vez as empresas produtivas tiveram lucro maior que os bancos e que isso demonstra que "valeu a pena investir no Brasil". "Os números são os melhores possíveis. Não há nenhum momento na história republicana em que a economia tenha dado um conjunto de solidez como agora", disse, ao entrar na residência do ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), no Lago Sul, em Brasília. Roger Agnelli, da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), disse, ao chegar para o jantar, que os empresários conversariam com Lula sobre a questão de logística na infra-estrutura, como portos, ferrovias, rodovias, energia elétrica e aeroportos. Agnelli afirmou que,
pelo nível de renda e pela necessidade de investimentos, é preciso que o governo cuide também do setor de energia. E defendeu a adoção de medidas que desburocratizem o pagamento de tributos e que reduzam a carga tributária. Segundo Agnelli, não havia nenhuma expectativa política em relação ao jantar. "Quando o presidente chama para conversar, o que nós temos que fazer é estar presentes." Justificativa– Questionado sobre as razões do jantar com o empresariado a menos de dois meses da eleição, Lula respondeu que o encontro faz parte de uma série de reuniões com setores produtivos. Lembrou que o primeiro, reunindo empresários do setor da construção civil, ocorreu em sua casa e disse que haverá outros dois na próxima semana –um na residência da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) e outro no Palácio da Alvorada.
CRISTOVAM MANTÉM NOTA SÓ: A EDUCAÇÃO.
O
Animado com o desempenho da economia, Lula reúne empresários. Eduardo Nicolau / AE
Paulinho, da Força Sindical, participa de encontro com Cristovam.
"Queremos discutir os passos a serem dados para consolidar definitivamente o crescimento da economia brasileira" afirmou o presidente. Presentes– Até as 20h50, haviam chegado ao jantar os ministros Guido Mantega (Fazenda), Paulo Bernardo (Planejamento) Luiz Marinho (Trabalho) e Dilma, e estava sendo aguardado Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidên-
cia). Também chegaram, pouco antes, os empresários Jorge Gerdau Johanpetter, do Grupo Gerdau, Fábio Barbosa, da ABN Amro Bank, Eleazar de Carvalho Filho, do BHP Billinton, Carlos Alberto Vieira, da Aracruz Celulose, Aristides Cordelline, da siderúrgica CSA, e Roger Agnelli, da Vale do Rio Doce, que organizou o encontro com o ministro Luiz Antonio Furlan. (AE)
candidato à Presidência da República pelo PDT, Cristovam Buarque, disse que seus adversários na disputa são "candidatos aspirinas". "Prefiro ser o candidato de uma nota só a ser o candidato aspirina", declarou ele, defendendo ao mesmo tempo seu carro-chefe na campanha: a educação. "Lula e Alckmin são iguais, solucionam uma dor-de-cabeça agora, mas não estão preparados para resolver outras dores", disse. Para Cristovam, seus adversários usam medidas paliativas para resolver questões imediatas, mas não colocam como prioridade a educação. "Esse é o meu diferencial e não vou abrir mão disso", ressaltou ele à "Rádio Bandeirantes". "Posso ficar com 1% até o fim, mas não vou mudar essa minha crença, a minha causa", disse. Durante a entrevista, o candidato defendeu ainda a substituição do atual Ministério da Integração Nacional por uma agência ligada à Presidência, aos moldes da Sudene, para levar ao Nordeste investimentos na área social. "Não vamos solucionar as desigualdades do Nordeste com indústrias, mas, sim, com escolas e hospitais", afirmou confiante o pedetista. (AE)
COLLOR ELE ESTÁ DE VOLTA À POLÍTICA O ex-presidente Fernando Collor de Mello está de volta. Em Alagoas, os carros já circulam com o adesivo “Collor voltou”, em várias cidades. O candidato ao Senado do seu partido (PRTB), Heraldo Firmino, oficializou ontem a renúncia da disputa eleitoral para facilitar a entrada de Collor em seu lugar. "Agora só falta o ex-presidente Collor atender aos apelos do partido. O caminho está livre", disse Firmino. Os suplentes, seguindo a orientação da cúpula partidária, também renunciaram à candidatura. O Tribunal Regional Eleitoral fixou o prazo de dez dias, a contar do dia 22, para o partido indicar o nome dos substitutos. O ex- presidente Fernando Collor tem afirmado que está fora da disputa eleitoral. Apesar das especulações, até ontem mantinha a mesma posição. Mas seus amigos mais próximos deixaram escapar que até o dia 28 o ex-presidente define se aceita ou não o convite para disputar uma cadeira de senador por Alagoas. (AOG)
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
DIÁRIO DO COMÉRCIO
LEGAIS - 1
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas, Submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Financeiras da Bradesco Seguros S.A., bem como as Demonstrações Financeiras consolidadas com suas controladas, relativas ao semestre findo em 30 de junho de 2006, elaboradas na forma da legislação societária e das normas expedidas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados CNSP, Superintendência de Seguros Privados SUSEP, acompanhadas das respectivas Notas Explicativas e do Parecer elaborado pelos Auditores Independentes. O Mercado de Seguros O mercado de seguros, previdência complementar aberta e capitalização cresceu 14,28% no primeiro semestre, em comparação ao mesmo período do ano passado. No acumulado do semestre, o setor arrecadou R$ 35,060 bilhões, contra R$ 30,680 bilhões em 2005. O segmento Seguro registrou R$ 28,088 bilhões em arrecadação de prêmios, incluindo o Ramo Saúde, representando expansão de 19,16% em relação ao mesmo período do ano passado, quando alcançou R$ 23,571 bilhões. O setor de capitalização também cresceu 2,05% e registrou arrecadação de R$ 3,389 bilhões, contra R$ 3,321 bilhões no primeiro semestre de 2005. Já o segmento de previdência complementar aberta sofreu retração de 5,41%. As contribuições atingiram R$ 3,583 bilhões, contra R$ 3,788 bilhões arrecadados em 2005. O mercado de seguros, previdência complementar aberta e de capitalização apresentou ao final do semestre volume de provisões técnicas equivalente a R$ 117,781 bilhões, crescimento de 23,11% em relação ao mesmo período do ano passado, quando atingiu R$ 95,675 bilhões. As provisões de seguro somaram R$ 56,090 bilhões; as de capitalização, R$ 10,823 bilhões; e as de previdência complementar aberta, R$ 50,869 bilhões. O volume de ativos totais do mercado de seguros, previdência complementar aberta e capitalização totalizou R$ 174,232 bilhões. Desempenho das Operações de Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização A Bradesco Seguros e suas Controladas, considerando as operações de Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização, ocupam a primeira posição do ranking do mercado. Especial destaque deve ser dado aos níveis de solvência mantidos pelas Empresas, que excedem às exigências regulamentares e constituem sólido lastro para as suas operações. Investimentos Os investimentos em Títulos de Renda Fixa, Títulos de Renda Variável, Ações de Coligadas e Controladas e outros investimentos permanentes alcançaram ao final do semestre o montante de R$ 51,254 bilhões (R$ 38,741 bilhões em 2005). Os ativos financeiros estão avaliados a valor de mercado, em atendimento à Circular SUSEP nº 314, de 28 de dezembro de 2005. Os efeitos gerados pela avaliação estão detalhados em nota explicativa específica. De acordo com o disposto nessa mesma Circular, a Bradesco Seguros declara possuir a capacidade financeira e intenção de manter até o vencimento os títulos classificados na categoria Títulos mantidos até o vencimento . Provisões Técnicas O valor contabilizado das Provisões Técnicas, ao final do semestre, era de R$ 43,943 bilhões (R$ 35,252 bilhões no mesmo período do ano anterior), com a seguinte composição: Provisões Técnicas de Seguros ......................................................................... R$ 20,953 bilhões Provisões Técnicas de Previdência Complementar Aberta ............................... R$ 20,763 bilhões Provisões Técnicas de Capitalização ................................................................ R$ 2,227 bilhões Os bens do Ativo garantidores das Provisões Técnicas atingiram, em 30 de junho, o valor de mercado de R$ 44,123 bilhões (R$ 35,588 bilhões no mesmo período do ano anterior). Receita do Semestre No agregado composto por Prêmios de Seguro, Rendas de Contribuições de Previdência e Receitas com Títulos de Capitalização, as Empresas alcançaram a arrecadação de R$ 7,384 bilhões (R$ 5,983 bilhões no primeiro semestre de 2005). As receitas tiveram a seguinte composição: Receitas de Prêmios de Seguros ...................................................................... R$ 3,024 bilhões Receitas de Contribuições de Previdência Complementar Aberta e Prêmios de Seguro de Vida Gerador de Benefício Livre - VGBL ....................... R$ 3,694 bilhões Receitas com Títulos de Capitalização .............................................................. R$ 666 milhões Resultado do Semestre A Bradesco Seguros e suas Controladas apresentaram Lucro Líquido de R$ 1,040 bilhão (R$ 1,009 bilhão no primeiro semestre de 2005), o que representa aumento de 3,07% e rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido Médio de 20,98%. A Bradesco Seguros S.A. destinou R$ 800 milhões a título de dividendos a serem pagos a seus acionistas, sendo R$ 500 milhões provenientes de reserva estatutária e R$ 300 milhões a título de antecipação, representando R$ 531,92 e R$ 319,15 por ação, respectivamente. Empresas Controladas Em 30 de junho, o Grupo Bradesco de Seguros e Previdência era constituído pelas seguintes sociedades, além da controladora Bradesco Seguros S.A., que atuam nos segmentos de Seguro, Previdência Complementar Aberta e Capitalização: Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros, Bradesco Saúde S.A., Finasa Seguradora S.A., Bradesco Argentina de Seguros S.A., Indiana Seguros S.A., Bradesco Vida e Previdência S.A., Bradesco Capitalização S.A. e Atlântica Capitalização S.A. A Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros mantém acordo de acionistas com a Itaberaba Participações S.C. Ltda., para o controle da Indiana Seguros S.A. Por esse acordo, a Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros, que detém a maioria do capital votante, e os demais acionistas signatários estabeleceram critérios de eleição de administradores, política de dividendos e direito de preferência na aquisição de ações, entre outras disposições típicas de acordos da espécie. A Bradesco Vida e Previdência manteve a liderança em todos os segmentos em que atua, participando com 37,82% do total das receitas dos produtos de Previdência Complementar Aberta e VGBL Vida Gerador de Benefícios Livre, e 15,61% dos prêmios de Vida e Acidentes Pessoais. A Bradesco Auto/RE, no ramo de automóveis, manteve a política de tarifação pela característica individual de cada segurado (Perfil), o que resultou em melhora significativa da sinistralidade. Nos ramos elementares continuou focado nos seguros massificados, em particular os residenciais, que apresentam baixa sinistralidade. A Bradesco Capitalização manteve a estratégia de fortalecer a venda de produtos de pagamento mensal, que representam 61,23% do total da Carteira. Com isso, pautada por uma política de fidelização dos clientes voltada para a qualidade no atendimento e a oferta de produtos inovadores, a Bradesco Capitalização encerrou o semestre com 2,4 milhões de clientes e uma Carteira de 13,4 milhões de títulos ativos. A Bradesco Saúde dirigiu seus esforços para as vendas dos produtos empresariais (Saúde e Dental), cuja participação no total de vidas seguradas atingiu 87,9%. Continuou mantendo política mais conservadora de provisionamento técnico com a constituição das provisões para nivelamento de prêmios dos segurados com 59 anos ou mais, dos planos anteriores à Lei 9.656/98, e para o benefício a conceder - planos remidos. Cabe ainda destacar o empenho, no semestre, das autoridades governamentais e das seguradoras de saúde, com vistas à adoção de medidas que contribuam para o equacionamento da operação do seguro-saúde individual. Eventos Societários Em Assembléias Gerais Extraordinárias realizadas no decorrer do semestre, os acionistas da Bradesco Seguros S.A. deliberaram aumentar o Capital Social por incorporação de Reservas de Lucros ou Reservas Disponíveis e por integralização, mediante a conferência de cotas de emissão Bradesco SegPrev Investimentos Ltda. Mais informações sobre esses eventos constam das Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras das respectivas envolvidas. Tecnologia da Informação A área de TI está reformulando as Metodologias de Sistemas visando a adequá-las às demandas de mercado, sem, contudo, comprometer a eficiência no desenvolvimento de aplicações. Na Evolução da Arquitetura de Sistemas para escopos mais abrangentes, o início dos trabalhos será baseado nos conceitos de EA (Enterprise Architecture) e SOA (Service Oriented Architecture). O Chat Corporativo, disponibilizado a todos os colaboradores, via Intranet, é uma realidade já bem-sucedida na redução de custos e aumento de colaboração. Em atendimento à Lei Sarbanes-Oxley, diversas adequações foram e estão sendo implementadas no Grupo Bradesco de Seguros e Previdência. No Saúde pode-se citar a nova regulamentação da ANS - Agência Nacional de Saúde Suplementar e a TISS -Troca de Informações em Saúde Suplementar, que trará significativas mudanças no processo de troca de informações com os referenciados. Para o segundo semestre de 2006, estão previstas as implementações das novas guias, tanto em papel quanto em formato eletrônico, e para o próximo ano estima-se adotar totalmente o padrão XML (Extensible Markup Language), atendendo a todas as ações previstas por esta nova legislação.
Marketing e Cultura As ações adotadas nos últimos anos para o fortalecimento da marca Bradesco Seguros e Previdência continuaram a ter seus resultados reconhecidos no primeiro semestre de 2006. Entre os prêmios recebidos, destaca-se a premiação As Melhores Seguradoras do Brasil , promovida pela revista Conjuntura Econômica , do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). A Bradesco Seguros e Previdência foi premiada na categoria Maior Seguradora por Lucro Líquido e Patrimônio Líquido , a Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros foi reconhecida por Maior Crescimento de Prêmios Ganhos entre as Grandes e a Bradesco Vida e Previdência na categoria Melhor Seguradora no Ramo Vida . Pelo quinto ano consecutivo, a Bradesco Seguros e Previdência recebeu o Prêmio iBEST 2006, a premiação máxima concedida a um Site no Brasil. A Seguradora foi vencedora na categoria Seguros , de acordo com o voto do público (júri popular). Também no primeiro semestre, a Bradesco Seguros e Previdência foi reconhecida pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil -ADVB, que concedeu a 36ª edição do prêmioTop de Marketing ADVB pelo case Árvore de Natal da Bradesco Seguros e Previdência - 10 Anos de Muita Luz e Emoção . Trata-se de uma das mais concorridas premiações do mercado e tem como objetivo contemplar as organizações que primam pela melhor sustentação de seu produto, serviço ou marca, por meio de estratégias de marketing inovadoras e consistentes. No anuário Valor Financeiro , o Grupo Bradesco de Seguros e Previdência foi destaque em diversas categorias. Em Ramos Gerais , a Bradesco Seguros liderou o ranking por Ativo Total , Lucro e Patrimônio Líquido . Em Vida e Previdência , a Bradesco Vida e Previdência foi apontada como a maior Companhia desse segmento. Na edição 2006 do anuário Maiores e Melhores , da revista Exame , a Bradesco Vida e Previdência liderou a categoria 50 Maiores Seguradoras por Prêmios . Empresas do Grupo realizaram diversos lançamentos nos seis primeiros meses de 2006. Em 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros lançou o Bradesco Seguro Auto Mulher, produto exclusivo para mulheres, que proporciona vantagens diferenciadas para o público feminino. A Bradesco Capitalização também marcou a data com o lançamento do título de capitalização Pé Quente Bradesco O Câncer de Mama no Alvo da Moda. O produto, o terceiro voltado para responsabilidade social, é fruto de uma parceria com o IBCC - Instituto Brasileiro de Controle do Câncer, e destina recursos à Campanha O Câncer de Mama no Alvo da Moda , promovida no Brasil pelo IBCC. A Bradesco Capitalização lançou também o Pé Quente Bradesco Universitário, produto destinado ao público universitário, e o Pé Quente Bradesco SOS Mata Atlântica 300, título de capitalização que fortalece a parceria firmada com a Fundação SOS Mata Atlântica, ao destinar parte dos recursos arrecadados para o programa de reflorestamento Clickarvore , promovida por essa Fundação. No primeiro semestre, a Bradesco Vida e Previdência lançou os produtos Multiplano 30, benefício resgatável acessível a camadas mais populares; Vida Mais Segura Bradesco, seguro de vida extensível ao cônjuge, com assistência funeral familiar plus, e o Vida Max Bradesco, seguro de vida com capital crescente, resgatável, voltado a empresas a partir de dois funcionários. A Seguradora manteve em 2006 seu investimento na divulgação da importância do seguro de vida. Desta vez reforçou o conceito quando você menos espera, as coisas podem acontecer . Na área cultural, a Bradesco Seguros e Previdência foi patrocinadora da Exposição Pennacchi 100 anos , que apresentou as obras de um dos mestres das artes plásticas brasileiras. A Exposição, realizada na Pinacoteca do Estado de São Paulo, foi composta por temas sacros, cenas e pessoas do povo, esculturas e esboços publicitários produzidos pelo artista na Itália e no Brasil. A Bradesco Seguros e Previdência foi a seguradora oficial da 19ª edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, realizada na capital paulista. ISO 9001: 2000 Pela segunda vez, a Bradesco Capitalização conquistou a Certificação NBR ISO 9001/2000, em razão da qualidade de seus processos internos e gestão. A Bradesco Vida e Previdência recebeu da Fundação Vanzolini os Certificados do Sistema de Qualidade ISO 9001/2000, reforçando as certificações anteriores, referentes aos seguintes pagamentos de planos previdenciários: benefícios; benefícios entidades fechadas; e rendas programadas e resgates. Recursos Humanos O UniverSeg, programa de capacitação para corretores e funcionários, que contempla cursos virtuais e presenciais do Grupo Bradesco Seguros e Previdência, completou em maio de 2006 dois anos de lançamento, tendo seu Site reformulado, tornando-se mais dinâmico e diversificado. Registramos, no primeiro semestre, cerca de 41.400 participações, sendo 11.800 em cursos presenciais e 29.500 em cursos virtuais, com aproximadamente 117.000 horas de capacitação. O ciclo de palestras De corretor para corretor que iniciou no final de 2005, continua percorrendo as principais capitais do País, oferecendo um conteúdo direcionado para consultores e corretores de vendas dos produtos Automóvel, Seguro Residencial /Bilhete e Ramos Elementares. Também o processo de Certificação Técnica, iniciado em 2005, por meio do Departamento de Treinamento do Banco Bradesco, está tendo continuidade e tem por objetivo cumprir as novas exigências estabelecidas pela SUSEP. Esta certificação é destinada a todos os colaboradores que atuam na área de regulação e liquidação de sinistros, nos sistemas de controles internos, no atendimento ao público e na venda direta dos produtos. Rating A Bradesco Seguros obteve novos ratings das conceituadas firmas de classificação de risco. A Fitch Ratings aumentou o Rating Internacional de Força Financeira de Seguradora (FFS) de BB para BBB (BBB menos) e o Rating Nacional de Força Financeira de AA (bra) para AA+ (bra). A Standard & Poor´s também elevou as notas da Bradesco Seguros e da Bradesco Capitalização, ambas de brAA para brAA +, destacando-se o sólido padrão de proteção financeira e patrimonial que estas empresas garantem a seus clientes. A modificação em alguns dos ratings reflete a perspectiva atribuída aos ratings soberanos da República Federativa do Brasil. Risco Operacional O Grupo Bradesco de Seguros e Previdência, integrante da Organização Bradesco, dentro do seu compromisso permanente de obtenção de conformidade às leis e regulamentos, tem adequado os seus processos e atividades, por meio da utilização de metodologias e recursos alinhados com as melhores práticas de mercado, sobretudo aquelas relacionadas à gestão de riscos. Dentro desse aspecto, para adequação às orientações emanadas pelo Novo Acordo de Capitais de Basiléia (Basiléia II), disposições da autoridade monetária e alinhamento a futuras definições relacionadas a Solvência II, estamos realizando o levantamento e análise dos eventos relativos ao risco operacional, possibilitando a melhoria na gestão e conhecimento das perdas e suas causas. Ao final desse processo, as contas contábeis internas das empresas do Grupo Segurador serão revisadas para melhor adequação no registro de eventos de perda de risco operacional, decorrentes de interrupção de negócios, falha de sistemas, erros, omissões, fraudes ou eventos externos, possibilitando assim a determinação do cálculo do capital regulatório para Risco Operacional segundo a metodologia adotada pela Organização Bradesco. Prevenção à Lavagem de Dinheiro A Bradesco Seguros e suas Controladas vêm aperfeiçoando ferramentas tecnológicas e o treinamento de funcionários voltados ao processo de monitoramento das movimentações financeiras relativas às operações, com vistas a detectar situações caracterizadas na legislação como de lavagem de dinheiro. Designou um Diretor estatutário para a missão de desenvolver, implementar e acompanhar a consecução de políticas relativas ao assunto. Controles Internos Durante o semestre, visando a atender as determinações da legislação sobre o tema, a Bradesco Seguros S.A. prosseguiu com a implementação dos Controles Internos em todas as suas controladas, de conformidade e em consonância com os princípios e sistemática adotados pela Organização Bradesco. O responsável pelos Controles Internos é um Diretor estatutário designado para esta função, ao qual incumbe verificar a eficiência dos controles internos da Bradesco Seguros S.A. e de suas controladas. Agradecimentos A Bradesco Seguros e suas Controladas agradecem aos seus acionistas o apoio oferecido e a confiança depositada na Administração. Agradecem, aos segurados e corretores, a preferência e a confiança, que propiciaram mais um semestre de expressivas realizações. À Superintendência de Seguros Privados SUSEP e ao IRB - Brasil Resseguros S.A., os agradecimentos pelo apoio recebido. Aos funcionários e colaboradores da Organização, o reconhecimento pela dedicação e pelo trabalho, que foram fundamentais para o bom desempenho nas atividades de Seguro, de Previdência Complementar Aberta e de Capitalização. São Paulo, 22 de agosto de 2006. Diretoria
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
Finanças Nacional Empresas Empreendedores
DIÁRIO DO COMÉRCIO
9 Previsão de faturamento da Casas Bahia para 2006 caiu de R$ 13,5 bilhões para R$ 12 bilhões.
REDE CRIOU EMPRESA DE CALL CENTER
REDE REVISOU EXPECTATIVA DE FATURAMENTO E VAI ENCERRAR O ANO COM 2 MIL EMPREGOS A MENOS
CASAS BAHIA PÕE O PÉ NO FREIO
P
Patrícia Cruz/LUZ – 20/11/05
Para Michel Klein, diretor da Casas Bahia, mercado de consumo no Brasil "atingiu o limite de saturação"
Rede quer vender pela internet
A
Casas Bahia está preparando o terreno para vender pela internet no médio prazo. A companhia acaba de criar uma empresa de call center para atender inicialmente à demanda da rede, como o atendimento ao consumidor e, posteriormente, aos negócios na web. O call center já está funcionando no bairro do Bom Retiro, em São Paulo. Foram contratadas cerca de 400 pessoas. O diretor administrativo e financeiro da rede, Michael Klein, contou que, anterior-
mente, o call center era um departamento de pequeno porte. Agora, desmembrado como uma empresa, a intenção, a médio prazo, é que ele também preste serviços ao mercado, como os de crédito e cobrança. Acompanhando o ajuste de custos pelo qual a empresa passa, Klein disse que os gastos com a postagem de correspondência para a cobrança, por exemplo, superam as despesas com um telefonema. Ao contrário das concorrentes, a Casas Bahia não antecipou as campanhas de cobran-
ça para o fim do ano. O diretor disse que não adianta tentar renegociar as dívidas em atraso agora porque o consumidor está com o orçamento esgotado. A intenção da rede é intensificar a cobrança a partir de novembro, quando boa parte da população recebe a primeira parcela do 13º salário. Por causa do esgotamento da capacidade de endividamento, a rede decidiu antecipar de novembro para setembro o pagamento da primeira parte do 13º salário de todos os seus funcionários. (AE)
ela primeira vez desde o ano de 2001, marcado pela crise do apagão de energia elétrica, a Casas Bahia, a maior rede de eletrodomésticos e móveis do País, crescerá menos que o previsto. A empresa decidiu fazer um ajuste para se adequar ao ritmo mais lento da economia brasileira. A rede planejava abrir 100 lojas neste ano, mas vai inaugurar 70. A expectativa inicial de faturar R$ 13,5 bilhões, 17,4% a mais do que em 2005, encolheu para R$ 12 bilhões. "Se crescermos 3% ou 4% neste ano estaremos satisfeitos", disse o diretor Administrativo e Financeiro, Michael Klein. Pela primeira vez na história recente, a empresa vai fechar o ano demitindo funcionários. Ao todo, Klein informou que serão cortados 2 mil trabalhadores, de vendedores a funcionários administrativos e de diretoria. Em 2005, a empresa, a terceira maior empregadora do País, abriu 22 mil postos de trabalho. A idéia inicial era fechar 2006 com um saldo de 10 mil contratações. O executivo afirmou que o mercado de consumo como um todo atingiu o limite de saturação. A inadimplência subiu um ponto percentual neste ano e, segundo ele, o crédito consignado, aquele com desconto das parcelas em folha de pagamento, reduziu a renda disponível no bolso do consumidor brasileiro. Apenas na Casas Bahia, cerca de 35% dos
funcionários tomaram empréstimos consignados. Klein contou que a retração no faturamento foi sentida no primeiro semestre e as vendas começaram a desacelerar logo depois do Dia das Mães. De janeiro a junho, a rede registrou diminuição de 5% nas vendas em relação a igual período de 2005 pelo critério do mesmo número de lojas (unidades que estão em operação há pelo menos um ano). "A economia está andando, mas é de lado", afirmou o diretor, que prevê que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) fique abaixo de 3,5% em 2006. Neste mês, as vendas estão iguais às de agosto de 2005, mesmo com o fechamento de algumas unidades. Klein disse acreditar que o volume de negócios só volte a crescer em novembro, com o pagamento da primeira parcela do 13º. Ajuste — O pano de fundo do ajuste da companhia é o ritmo mais lento da economia, agravado especialmente no Sul por causa da crise do agronegócio e da perda de fôlego das exportações de calçados e de frangos — produtos importantes na economia local. Nos últimos dois meses, a empresa fechou seis lojas na região e a idéia é encerrar a atividade de mais quatro até o final deste mês: Farroupilha (RS), Camaquã (RS), Mafra (SC) e Campo Mourão (PR). Por causa da queda de 50% nas vendas no Sul, a empresa também adiou os planos de construir um novo depó-
sito na região. Klein afirmou que a intenção é manter a presença no Sul, mas realocando as lojas para cidades onde a influência do agronegócio seja menor. Além das dez lojas do Sul, foram fechadas duas unidades em São Paulo, nos bairros de São Miguel Paulista e Itaquera. O motivo, segundo o diretor, é que havia sobreposição de outras unidades. "Estamos com os pés no chão", disse Klein. Ele comparou a Casas Bahia a um transatlântico, que não pode frear, mas está tendo agilidade para se adaptar ao novos tempos. Isso significa enxugar custos, o que se reflete no corte de pessoal. Megaloja — O projeto da SuperCasas Bahia, a megaloja que abre as portas em dezembro no Anhembi em São Paulo, está mantido. "Mas, em vez de contratarmos 2,5 mil funcionários efetivos, como no ano passado, desta vez serão apenas empregos temporários." Ele explicou que, com o ajuste na operação da rede, houve fusão de departamentos e, por conta disso, foram cortados funcionários antigos. O departamento de contas a pagar, por exemplo, foi fundido com a tesouraria. "O departamento de expansão não existe mais", disse Klein. Além disso, a rede vai deixar de vender artigos de vestuário, que são comercializados em 30 lojas e representam 2% das vendas. Para melhorar os resultados, a empresa vai vender artigos de cama, mesa e banho. (AE)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
2 -.LEGAIS
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em milhares de reais) ATIVO CIRCULANTE ........................................................................ Disponível ........................................................................
2006 2.301.960 1.181
Controladora 2005 1.266.816 19.358
2006 37.015.064 82.546
Consolidado 2005 26.690.266 137.026
Caixa e bancos ..............................................................
1.181
19.358
82.546
137.026
Aplicações .......................................................................
2.094.468
1.167.398
34.950.402
25.220.193
Títulos de renda fixa .....................................................
94.002
94.642
5.393.482
6.723.779
Títulos de renda variável ..............................................
193.815
100.212
1.330.769
1.049.293
Quotas de fundos de investimentos .............................
1.829.553
982.643
28.280.787
17.470.924
Outras aplicações ..........................................................
1.929
-
7.246
5.018
Provisão para desvalorização .......................................
(24.831)
(10.099)
(61.882)
(28.821)
Créditos das operações com seguros .........................
36.776
48.520
1.143.272
876.519
Prêmios a receber .........................................................
13.740
23.047
1.089.764
735.341
Operações com seguradoras ........................................
1.742
25.089
55.628
87.992
Operações com resseguradoras ....................................
2.505
4.803
41.500
14.137
Outros créditos operacionais ........................................
31.179
9.481
77.849
124.819
Provisão para riscos de créditos ...................................
(12.390)
(13.900)
(121.469)
(85.770)
Títulos e créditos a receber ...........................................
166.413
28.763
539.955
169.037
Títulos e créditos a receber ..........................................
85.744
39.567
334.632
109.246
Créditos tributários e previdenciários ...........................
98.155
7.190
244.209
95.981
Outros créditos ...............................................................
2.240
1.568
9.696
7.086
Provisão para riscos de créditos ...................................
(19.726)
(19.562)
(48.582)
(43.276)
Outros valores e bens ....................................................
2.149
1.669
45.450
38.429
Bens à venda .................................................................
-
-
42.481
36.226
Outros valores ................................................................
2.149
1.669
2.969
2.203
Despesas antecipadas ...................................................
971
683
2.948
2.349
Administrativas ..............................................................
971
683
2.948
2.349
Despesas de comercialização diferidas - Seguros....
2
425
250.491
246.713
Seguros e resseguros .....................................................
2
425
250.491
246.713
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ........................................
487.740
428.999
16.760.707
13.912.644
Aplicações .......................................................................
56.068
105.900
15.389.471
13.087.753
Títulos de renda fixa .....................................................
56.068
105.900
15.389.334
13.087.587
Outras aplicações ..........................................................
-
-
137
166
Títulos e créditos a receber ...........................................
431.672
323.099
1.367.925
821.982
Títulos e créditos a receber ..........................................
6.899
4.641
44.959
62.726
Créditos tributários e previdenciários ...........................
135.611
142.139
410.628
349.120
Depósitos judiciais e fiscais ..........................................
289.156
176.313
906.661
404.543
Outros créditos a receber ..............................................
6
6
5.677
5.593
Despesas de comercialização diferidas - Seguros....
-
-
3.311
2.909
PERMANENTE .....................................................................
5.562.010
2.497.163
1.077.161
610.806
Investimentos ..................................................................
5.479.981
2.402.601
914.271
432.808
Participações societárias ...............................................
5.321.597
2.241.531
634.117
80.436
Imóveis destinados a renda ..........................................
61.004
62.023
235.941
196.622
Outros investimentos .....................................................
149.347
151.307
290.275
338.854
Provisão para desvalorização .......................................
(43.910)
(45.038)
(186.322)
(130.164)
Depreciações .................................................................
(8.057)
(7.222)
(59.740)
(52.940)
Imobilizado .......................................................................
81.809
94.206
122.467
122.584
Imóveis ...........................................................................
54.688
55.389
91.532
77.740
Bens móveis ...................................................................
265.115
250.528
326.547
308.338
Outras imobilizações .....................................................
-
2.599
38
3.027
Provisão para desvalorização .......................................
-
-
(1.154)
(1.614)
Depreciação ...................................................................
(237.994)
(214.310)
(294.496)
(264.907)
Diferido .............................................................................
220
356
40.423
55.414
Despesas de organização, implantação e instalação ..
220
356
40.423
55.414
TOTAL ...................................................................................
8.351.710
4.192.978
54.852.932
41.213.716
PASSIVO CIRCULANTE ........................................................................ Contas a pagar ................................................................ Obrigações a pagar ........................................................ Impostos e encargos sociais a recolher ......................... Provisões trabalhistas ..................................................... Provisões para impostos e contribuições ...................... Débitos de operações com seguros............................. Prêmios a restituir ........................................................... Operações com seguradoras .......................................... Operações com resseguradoras ..................................... Comissões e juros sobre prêmios emitidos ................... Outros débitos operacionais .......................................... Débitos das operações com previdência complementar... Contribuições a restituir ................................................. Outros débitos operacionais .......................................... Depósitos de terceiros ................................................... Provisões técnicas - Seguros ....................................... Ramos elementares e vida em grupo ........................ Provisão de prêmios não ganhos .............................. Provisão de benefícios a conceder ............................ Provisão de benefícios concedidos ........................... Sinistros a liquidar ...................................................... Provisão de sinistros ocorridos mas não avisados ..... Vida com cobertura de sobrevivência ...................... Provisão matemática de benefícios a conceder ....... Provisão matemática de benefícios concedidos....... Provisão de riscos não expirados ............................... Provisão de eventos ocorridos mas não avisados ..... Provisão de insuficiência de prêmios ........................ Provisão de benefícios a regularizar ......................... Outras provisões .......................................................... Provisões técnicas - Previdência complementar ...... Planos não bloqueados ................................................. Provisão matemática de benefícios a conceder ....... Provisão matemática de benefícios concedidos....... Provisão de benefícios a regularizar ......................... Provisão de eventos ocorridos mas não avisados .... Provisão de insuficiência de contribuição................. Provisão de excedente financeiro ............................. Outras provisões .......................................................... Provisões técnicas - Capitalização ............................ Provisão para resgate ................................................ Provisão para sorteio .................................................. Outras provisões .......................................................... EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ............................................ Contas a pagar ................................................................ Provisão para tributos diferidos ..................................... Outras contas a pagar .................................................... Provisões técnicas - Seguros ....................................... Ramos elementares e vida em grupo ........................ Provisão de prêmios não ganhos .............................. Provisão de benefícios a conceder ............................ Outras provisões .......................................................... Vida com cobertura de sobrevivência ...................... Provisão matemática de benefícios a conceder ....... Provisão de excedente financeiro ............................. Provisões técnicas - previdência complementar ...... Planos não bloqueados ................................................ Provisão matemática de benefícios a conceder ....... Provisão de riscos não expirados ............................... Provisão de oscilação de riscos .................................. Provisão matemática de benefícios concedidos....... Provisão de insuficiência de contribuição................. Provisão de excedente financeiro ............................. Outras provisões .......................................................... Provisões técnicas - capitalização ............................ Provisão para resgate ................................................. Provisão para sorteio .................................................. Outras provisões .......................................................... Outros passivos contingentes ...................................... Contingências fiscais ...................................................... Contingências trabalhistas ............................................. Contingências cíveis ...................................................... PARTICIPAÇÃO DE ACIONISTAS MINORITÁRIOS ............ PATRIMÔNIO LÍQUIDO ........................................................ Capital social .................................................................. Aumento (redução) de capital (em aprovação)............ Reservas de capital ........................................................ Reservas de reavaliação ................................................ Reservas de lucros .......................................................... Ajustes com títulos e valores mobiliários ...................... Lucros acumulados......................................................... TOTAL ...................................................................................
2006 1.534.121 1.335.014 1.313.278 3.754 8.098 9.884 14.897 4.507 9.750 85 555 15.925 168.285 168.285 297 24.807 143.181 512.244 37.750 37.750 474.494 451.627 22.678 189 6.305.345 1.033.138 2.965.239 8.407 29.464 1.328.293 200.548 740.256 8.351.710
Controladora 2005 214.878 49.256 23.565 3.313 7.940 14.438 19.959 7.460 11.938 288 273 2.905 142.758 142.758 1.806 24.108 116.844 389.070 15.806 15.806 373.264 350.218 12.873 10.173 3.589.030 1.545.799 (512.661) 8.407 39.190 1.273.408 225.730 1.009.157 4.192.978
Consolidado 2006 2005 34.624.626 25.093.914 2.142.209 484.204 1.845.714 219.133 106.580 109.642 32.676 26.129 157.239 129.300 414.379 400.012 7.804 6.240 22.507 43.949 291.946 259.757 39.983 44.937 52.139 45.129 14.954 32.572 5.538 14.954 27.034 181.786 312.797 20.047.905 13.305.562 4.189.884 2.692.383 1.415.931 1.178.989 29.826 6.822 95.560 968.781 758.383 1.679.786 748.189 15.858.021 10.613.179 15.481.808 10.489.641 4.031 2.391 3.596 5.468 14.613 8.072 90.656 35.312 20.319 228.005 87.288 10.996.492 9.773.389 10.996.492 9.773.389 9.557.684 8.849.459 271.009 260.091 15.024 11.586 19.029 17.521 505.694 14.208 40.636 25.169 587.416 595.355 826.901 785.378 800.736 768.147 5.228 7.314 20.937 9.917 13.810.879 12.464.999 229.714 135.942 217.813 135.942 11.901 904.793 183.468 722.902 23.187 11.382 363.567 23.187 347.953 181.891 160.281 181.866 160.256 25 25 9.766.787 9.937.320 9.766.787 9.937.320 5.509.760 6.092.110 4.943 4.800 4.093 4.511 3.036.188 2.965.786 594.039 321.399 312.571 255.401 305.193 293.313 1.400.085 1.266.860 1.310.206 1.179.596 14.069 9.145 75.810 78.119 1.509.500 941.409 1.287.289 823.345 39.373 22.121 182.838 95.943 112.082 65.773 6.305.345 3.589.030 1.033.138 1.545.799 2.965.239 (512.661) 8.407 8.407 29.464 39.190 1.328.293 1.273.408 200.548 225.730 740.256 1.009.157 54.852.932 41.213.716
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em milhares de reais) Controladora Consolidado 2006 2005 2006 2005 OPERAÇÕES DE SEGUROS 65.654 33.723 3.801.915 2.724.157 Prêmios retidos ............................................................... Prêmios de seguros Prêmios diretos ......................................................... 167.107 103.034 5.710.699 4.382.455 Prêmios de cosseguros aceitos ................................ 139 3.855 63.755 71.253 Prêmios de cosseguros cedidos .............................. (20.279) (27.777) (85.616) (104.329) Prêmios estimados ................................................... 3.243 1.136 Prêmios cedidos a consórcios e fundos ..................... (70.898) (31.321) (147.212) (91.147) Prêmios cedidos em resseguros .................................. (10.415) (14.068) (163.009) (212.926) Prêmios de retrocessões............................................... 133 13 Prêmios de seguro de vida individual / VGBL............ (1.580.078) (1.322.298) 325 205 (1.240.107) (620.126) Variação das provisões técnicas ................................. Prêmios ganhos .............................................................. 65.979 33.928 2.561.808 2.104.031 Sinistros retidos .............................................................. 77.672 21.749 1.946.341 1.504.417 Sinistros diretos ........................................................ 21.834 18.520 1.904.025 1.399.309 Sinistros de cosseguros aceitos e retrocessões ....... 1 13 12.836 22.476 Sinistros de consórcios e fundos ............................. 44.354 20.093 91.815 54.165 Serviços de assistência ............................................ 52.913 50.941 Recuperação de sinistros ......................................... (15.018) (18.088) (118.025) (81.614) Salvados e ressarcimentos ...................................... (67.149) (63.721) Variação da provisão de sinistros ocorridos mas não avisados ....................................................... 26.501 1.211 69.926 122.861 47.704 32.943 Despesas com benefícios e resgates .......................... Despesas com benefícios ........................................ 45.202 30.554 Variação da provisão de eventos ocorridos mas não avisados ............................................... 2.502 2.389 Despesas de comercialização ...................................... 810 1.043 395.997 355.920 Comissões ................................................................. 3.822 4.977 332.335 330.000 Recuperação de comissões ..................................... (3.121) (3.862) (14.949) (19.034) Outras despesas de comercialização ...................... 1 174 56.760 60.649 Variação das despesas de comercialização diferidas ... 108 (246) 21.851 (15.695) 5.279 5.901 141.643 145.381 Outras receitas e despesas operacionais ................. Outras receitas operacionais ................................... 6 2 222.863 176.259 Outras despesas operacionais ................................. 5.273 5.899 (81.220) (30.878) OPERAÇÕES DE PREVIDÊNCIA ....................................... Rendas de contribuições retidas .................................. 1.025.740 991.868 Variação das provisões técnicas ................................. 438.141 304.784 1.248.352 1.342.350 Despesas com benefícios e resgates .......................... Despesas com benefícios ........................................ 199.033 195.655 Despesas com resgates ............................................ 1.049.819 1.144.219 Variação da provisão de eventos ocorridos mas não avisados .............................................. (500) 2.476 Despesas de comercialização ...................................... 65.549 54.796 (18.598) 69.804 Outras receitas e despesas operacionais .................. Outras receitas operacionais ................................... 75.454 64.008 Outras despesas operacionais ................................. (94.052) 5.796 OPERAÇÕES DE CAPITALIZAÇÃO 659.824 647.707 Receitas líquidas com títulos de capitalização .......... Receita bruta com títulos de capitalização............ 669.365 642.490 Deduções sobre a receita bruta .............................. (3.797) (1.579) Variação das provisões técnicas ............................. (5.744) 6.796 573.131 559.670 Despesas com títulos resgatados e sorteados .......... Despesas com resgates ............................................ 556.173 541.766 Despesas com sorteios ............................................. 16.958 17.904 Despesas de comercialização ...................................... 7.082 6.728 Outras receitas e despesas operacionais .................. (19) (106) Outras receitas operacionais ................................... 50 210 Outras despesas operacionais ................................. (69) (316) Despesas administrativas ............................................. 39.179 (759) 419.062 308.262 Despesas com tributos .................................................. 3.185 4.400 95.426 68.037 139.983 71.121 1.241.153 951.400 Resultado financeiro ....................................................... Receitas financeiras ................................................. 255.713 90.578 3.568.927 2.899.291 Despesas financeiras ................................................ (115.730) (19.457) (2.327.774) (1.947.891) 977.568 962.682 219.049 411.109 Resultado patrimonial ..................................................... Receitas/despesas com imóveis de renda .............. 15.193 15.206 20.643 20.238 Ajustes de investimentos em controladas e coligadas 1.001.834 941.332 82.109 380.919 Outras receitas / despesas patrimoniais ................. (39.459) 6.144 116.297 9.952 1.047.199 1.470.097 1.392.855 Resultado operacional.................................................... 1.067.963 17.018 (2.981) 24.943 (63.958) Resultado não operacional ............................................ 1.044.218 1.495.040 1.328.897 Resultado antes dos impostos e participações ............ 1.084.981 Imposto de renda ..................................................... (30.111) (25.669) (320.681) (227.471) Contribuição social .................................................. (10.794) (9.127) (115.477) (88.343) Participações sobre o lucro ..................................... (4.326) (865) (15.837) (3.249) (3.295) (1.277) Participação dos acionistas minoritários .................... Lucro líquido do semestre ............................................. 1.039.750 1.008.557 1.039.750 1.008.557 Quantidade de ações ...................................................... 939.988 627.530 Lucro líquido por ação - R$ ............................................ 1.106,13 1.607,19 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em milhares de reais) Controladora 2006 2005 1.008.557 Lucro líquido do semestre ........................................ 1.039.750 Mais: - Depreciações e Amortizações ......................... 12.643 14.805 - Participação dos acionistas minoritários .......... - Amortizações Ágio ............................................ 1.584 Menos: - Resultado Positivo de Equivalência Patrimonial . 1.003.203 943.939 - Lucro na venda de Investimentos ou Imobilizado . 5.922 734 - Reversão da provisão para desvalorização de investimentos ........................................... 6.144 - Outros .............................................................. 23 43.268 74.106 a) Lucro líquido ajustado do semestre .................. Atividades operacionais
2006 1.039.750 22.361 3.295 83.779 6.132
Consolidado 2005 1.008.557 23.756 1.277 4.107 381.843 7.492
88.942 1.616 884.937
16.979 8.810 622.573
- Aumento das Aplicações ..........................................
812.567
765.827
6.860.209
1.799.472
- Aumento (Redução) dos Créditos das Operações .
(7.911)
(39.564)
279.585
(165.860)
- Aumento (Redução) dos Títulos e Créditos a Receber ...
(233.046)
(806.711)
45.073
(81.343)
- Aumento (Redução) de Outros Valores e Bens ......
293
(151)
7.771
(26.187)
- Aumento das Despesas Antecipadas ......................
882
525
2.432
1.939
- Aumento (Redução) das Despesas de Comercialização Diferidas .....................................
(108)
246
(3.828)
(2.833)
- Redução (Aumento) de Contas a Pagar ..................
(60.888)
8.957
572.772
743.117
- Redução (Aumento) dos Débitos das Operações de Seguros e Resseguros .....................................
3.727
(2.518)
(12.902)
(37.166)
- Redução dos Débitos das Operações de Previdência
-
-
31.642
338.518
- (Aumento) de Dépósitos de Terceiros .....................
(10.728)
(399)
(17.441)
(71.069)
(37.500)
1.001
(4.021.037)
(818.571)
- Redução (Aumento) de Provisões Técnicas - Seguros e Resseguros ....................................... - (Aumento) de Provisões Técnicas - Previdência Complementar .........................................................
-
-
(443.605)
(737.787)
- (Aumento) de Provisões Técnicas - Capitalização ....
-
-
(88.077)
(66.712)
- Redução (Aumento) de Outros Passivos Contingentes ..
(89.537)
4.933
(489.150)
(8.681)
- Redução de Ajustes com Títulos e Valores Mobiliários ..
17.285
3.400
12.072
21.853
- Dividendos recebidos ...............................................
-
(265.271)
(9.739)
(36.671)
395.036
(329.725)
2.725.777
852.019
- Recebimento pela venda de ativo permanente ........
355.213
679.174
116.816
1.278.732
- Pagamento pela compra de ativo permanente ........
(22.478)
(78.237)
(447.108)
(82.132)
332.735
600.937
(330.292)
1.196.600
b) Caixa Líquido Aplicado (Gerado) nas Atividades Operacionais....................................... Atividades de Investimento
c) Caixa Líquido Aplicado (Gerado) nas Atividades de Investimento ................................ Atividades de Financiamento - Aumento (Redução) de capital .................................
-
(365.590)
2.165.393
(256.314)
- Distribuição de Dividendos .......................................
-
(626.000)
-
(626.000) (882.314)
d) Caixa Líquido Aplicado (Gerado) nas Atividades de Financiamento ..............................
-
(991.590)
2.165.393
Aumento (Diminuição) nas disponibilidades (a-b+c+d)
(19.033)
13.178
(5.739)
84.840
Disponibilidades no Início do Semestre ....................... Disponibilidades no Final do Semestre ....................... Aumento (Diminuição) nas disponibilidades.........
20.214 1.181 (19.033)
6.180 19.358 13.178
88.285 82.546 (5.739)
52.186 137.026 84.840
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
Suplemento Especial São Paulo, quinta-feira 24 de agosto de 2006
A moda dá passos democráticos. A rua e suas tribos passaram a contaminar as mais famosas passarelas. Neste Caderno Especial, confira o conceito determinante hoje no mundo fashion. Atende pelo nome pop de hi-lo, abreviatura de high (alto ou caro) e low (baixo ou barato). A idéia derruba o total look, aquela moda de vestir uma só marca do pé à cabeça. Vale é o mix criativo. O luxo é capaz de fazer boa dobradinha com roupas básicas e populares. E vice-versa.
Exposição "A Moda brinca com a decoração" reuniu decoradores e estlistas. E 12 armários!
Rogério Albuquerque/AFG
10
Finanças Nacional Empresas Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
A família de Silvia Valente, do Pet Shop Canarinho, está no negócio há 41 anos.
VARIG FAZ PEDIDO DE US$ 1,7 BILHÃO AO BNDES
ANAC PUBLICA DOCUMENTO COM A REDISTRIBUIÇÃO DE CONCESSÕES DE POUSOS E DECOLAGENS
EDITAL REDISTRIBUI VÔOS DA VARIG
A
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) publica hoje, no "Diário Oficial da União" edital oferecendo horários e slots (autorizações para pouso e decolagem) que deixaram de ser utilizados no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, entre eles os da Varig. A agência informou ontem que ainda não havia sido notificada da decisão da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro que congela a distribuição de horários e slots não usados atualmente pela Varig. Na última terça-feira, o juiz da 8ª Vara Empresarial do Rio, Luiz Roberto Ayoub, reiterou decisão judicial "que concedeu 30 dias de prazo para a Varilog, a contar da data da assinatura do contrato de concessão, para operar plenamente toda a malha aérea nacional da Varig ofertada no leilão judicial",
Leonardo Rodrigues/Hype
conforme nota divulgada pelo Tribunal de Justiça do RJ. Segundo a nota, apenas depois desse prazo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) poderia redistribuir as rotas não utilizadas. O TJ-RJ informou que um ofício seria encaminhado no mesmo dia à sede da Anac, no Rio. A nota chegou a informar que "boatos sobre o processo de licitação podem causar danos à imagem da empresa que inicia um processo de reorganização". O edital da Anac contempla os slots vagos de Congonhas. A distribuição dos horários da Varig em outros aeroportos deverá ficar para uma outra etapa, que será realizada a partir do início de outubro. O vice-presidente da VarigLog, Marco Antonio Audi, comentou a decisão da agência e afirmou que "não acredita que a Anac vá fazer nada fora
da lei". A VarigLog, dona da nova Varig, enviou na noite de terçafeira por e-mail ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a carta-consulta para possível aquisição de 50 aviões fabricados pela Embraer. O pedido feito ao BNDES é de cerca de US$ 1,7 bilhão para adquirir aeronaves com capacidade para transportar entre 115 e 135 passageiros, ao custo médio de US$ 40 milhões cada. A companhia aérea passou a negociar com empresas internacionais a possibilidade de ter prioridade na compra de jatos da Embraer. O Grupo Air Canada, que tem grande volume de encomendas com o fabricante brasileiro e presta consultoria na reestruturação da Varig, é um dos que poderá ceder espaço na fila de encomendas da Embraer. (AE)
Caixa Federal tem lucro recorde
A
Caixa Econômica Federal terminou o primeiro semestre com lucro recorde de R$ 1,344 bilhão. O valor ficou 43% acima dos R$ 937 milhões obtidos em igual período do ano passado. Para este semestre, de acordo com o vice-presidente de Controladoria e Finanças da Caixa, João Dornelles, a expectativa é de redução dos ganhos para cerca de R$ 1,1 bilhão. Mesmo assim, o lucro do ano terminaria em R$ 2,4 bilhões,
ainda superior aos R$ 2,1 bilhões registrados em 2005. O bom resultado da primeira metade do ano foi sustentado, em grande parte, pelas operações com títulos públicos feitas pela tesouraria da Caixa. "Cerca de 43% das nossas receitas no primeiro semestre vieram dessas operações", disse Dornelles. O crédito, de acordo com o executivo, respondeu por 24% das receitas, e os ganhos com a cobrança de tarifas contribuíram com mais 15%.
Despesas – Quanto às despesas do primeiro semestre, a Caixa registrou um aumento de 20% nos gastos com o pagamento de pessoal, fruto de um acordo coletivo dos funcionários e da contratação de mais 2 mil trabalhadores. Apesar do lucro, a Caixa não repassará dividendos ao Tesouro Nacional. "Isso acontec e r á p o rq u e a n t e c i p a m o s R$ 920 milhões em dividendos ao Tesouro nos meses de abril e maio", disse Dornelles. (AE)
A 8ª edição da Adventure Sports Fair tem 300 expositores e deve gerar R$ 90 milhões em negócios
Maior feira de esportes da AL deve receber 75 mil visitantes
C
omeça hoje no Pavilhão da Bienal do Ibirapuera a 8ª edição da Adventure Sports Fair, a maior feira do segmento de esportes e turismo de aventura na América Latina. Cerca de 300 expositores, entre eles companhias aéreas, marcas de equipamentos e operadoras de turismo, esperam receber 75 mil visitantes e gerar R$ 90 milhões em negócios. "A feira já tem a tradição de ser uma grande plataforma para exposição dos lançamentos de produtos para os aventureiros", disse o diretor da empresa organizadora do evento, a Promotrade, Sérgio Bernardi. No espaço também acontecem o III Fórum Internacional de Turismo Sustentável e o 3º Simpósio de Certificação em Turismo de Aventura, além de palestras sobre temas variados dos esportes de aventura. Descida de ski, estrada off road para test-drive, pista de quadriciclo e tanques de caiaque e mergulho garantem a interatividade com o público. Uma das maiores atrações
da feira, o setor de veículos reúne fabricantes de automóveis, motos, pneus e acessórios. A Yamaha investe forte quando o assunto são os quadriciclos. A marca acaba de lançar o único modelo do mercado brasileiro com injeção eletrônica e importa dez modelos do Japão. "Até 2007, a expectativa é de triplicar as vendas dos quadriciclos e familiarizar os brasileiros com esses modelos", disse o representante da marca Alessandro Medeiros. "Estamos lançando até quadriciclos infantis, para reunir a família toda", informou. Os últimos lançamentos em vestuário, que ainda nem chegaram às lojas, estão expostos na feira. Marcas como Timberland, Kailash, Try On e Tribo dos Pés vendem os produtos mais recentes, a maioria a preços abaixo do mercado. Uma novidade no evento é a participação de nove fabricantes e fornecedores da República Tcheca. "Estamos em busca de novas parcerias para negociar nossos produtos no Brasil",
afirmou o diretor da Czech Trade, Petr Klymec. Ciclismo –Bastante procurado pelos esportistas, o setor das bicicletas agora conta com a "Praça da Bike", recheada com marcas como a Kona, Fuji, Trek, KHS e Scott. Para os cicloturistas, também acontecem palestras e workshops ministrados por aqueles que mais viajam a bordo das bicicletas. Caiaques e veleiros reúnemse no espaço de canoagem. Fabricantes como Caiaker, Infláveis Remar, Brudden e Náutica trouxeram os últimos lançamentos. "O novo veleiro não sofre mais com a ação do tempo, resiste a impactos e deve ser procurado pelos marinheiros de primeira viagem", afirmou o responsável pelo departamento comercial da Brudden, André Comino. O produto custa R$ 5,5 mil e as expectativas de vendas são animadoras. "Devemos negociar o equivalente a um terço de nosso faturamento mensal", estimou Comino. Sonaira San Pedro
São Paulo lidera setor de pet shops
O
Brasil possui a segunda maior população de animais domésticos do mundo. Só perde para os Estados Unidos. A estimativa foi feita pela Associação dos Revendedores de Produtos, Prestadores de Serviço e Defesa destinados ao uso animal (Assofauna). O levantamento mostrou ainda que os brasileiros têm 25 milhões de cães, 11 milhões de gatos, 4 milhões de pássaros e 500 mil aquários. Para atender a tantos ani-
mais de estimação no País, o setor abriga 8 mil lojas. Metade, no Estado de São Paulo. Segundo o Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo (Sindilojas), o mercado cresce 20% ao ano. A informação foi divulgada durante o 2º Encontro de Lojistas de Pet Shop, realizado na última terça-feira, na capital paulista. "A cada dois dias, o Sindilojas recebe dez solicitações para a abertura de novos pet shops. Com tanta concorrência, o jeito é
inovar e oferecer serviços diferenciados", disse a advogada especializada no segmento de pet, Valquíria Furlani. No mercado há 41 anos, Silvia Valente, proprietária do Pet Shop Canarinho, precisou incluir serviços diferenciados para sobreviver à concorrência. "Antigamente, havia poucos produtos para cães e gatos. Hoje, tem até chantilly para misturar na ração, pasta de dente e silicone para pêlos." Vanessa Rosal
EDEMAR CID FERREIRA SAI DA PRISÃO
O Ó RBITA DASLU Denúncia aponta falsificação de documentos para facilitar entrada de produtos no País.
BM&F
A
Edemar é acusado de gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Na decisão, o STF entendeu que a revogação da prisão não oferece risco à sociedade. "O STF cumpriu a constituição, que não permite que ninguém fique preso por fundamentos fúteis", disse um dos advogados de Edemar, Sérgio Bermudes. "O habeascorpus está praticamente concedido." (AE)
A TÉ LOGO Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
L
MP dos semicondutores deve sair só em setembro
L
Alimentos pressionam alta de 0,19% do IPCA-15
L
Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) escolheu o grupo Rothschild como assessor para estudos de eventual abertura de capital (IPO), com o lançamento de ações no mercado. (AE)
ex-controlador do Banco Santos, Edemar Cid Ferreira, foi libertado ontem, por volta das 14h30, cerca de 24 horas depois de ser concedida a liminar pelo Superior Tribunal Federal (STF) autorizando sua saída da penitenciária José Augusto César Salgado, no Vale do Paraíba. Ele ficou preso por 88 dias, período em que trabalhou na lavanderia da cadeia, com uniforme cor de abóbora.
Itaú amortizará R$ 2,4 bi em ágio por BankBoston
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
10 -.OPINIÃO
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
LENTE DE
AUMENTO
GOVERNO LULA POR CIMA JOÃO DE SCANTIMBURGO
quase de um para dois, o que mostra o potencial de impacto dos programas. E os programas eleitorais? Lula e Alckmin voltaram a disputar a eleição para "Prefeito do Brasil", com temas sócio-municipaisestaduais como assistência social e ensino de primeiro e segundo graus. Até aqui não há candidato-estadista. Uma tática defensiva com grande chance seria destacar a fragilidade da figura do presidente-prefeito. Temas como ética, Chávez, mentiras (ele te enganou...), desmandos, riscos de autoritarismo futuro, desemprego num segundo governo, etc., passam batidos pelo programa. Curiosamente, nas
A ECONOMIA CUBANA EM 58 Céllus
A
Programa eleitoral BENEDICTO FERRI DE BARROS
N Milton Mansilha/LUZ
mais importante informação que vem da pesquisa Datafolha é quanto a avaliação de Lula. Pela primeira vez sua avaliação está acima da intenção de voto. Com isso, pela primeira vez ocorre uma correlação entre ambas, na medida que, como se sabe, avaliação ótimo+bom é teto de decisão de voto. Este crescimento da avaliação para 52% é claro reflexo do programa eleitoral de Lula, que se concentra em mostrar feitos do governo Lula, mesmo que não sejam dele. Este efeito aumenta ainda mais a necessidade da campanha de Alckmin desconstruir Lula, dizer ao eleitor - claramente - porque não deve votar em Lula
A avaliação do governo melhorou com a propaganda eleitoral
e o desastre que seria um hipotético segundo governo. Aquele quadrinho no início do programa - tipo final de Páginas da Vida - é tímido, não contrasta nem faz crítica contundente e direta. É inacreditável que o governo que viveu em suas entranhas o mais amplo quadro de corrupção na história do Brasil tenha chegado ao quarto dia de programa de tevê incólume. Aguardar para bater mais na frente pode dar margem a que críticas contundentes sejam vistas como apelação de candidato perdedor. A pesquisa mostrou que nada aconteceu na intenção de voto, nem para primeiro, nem para segundo turno, nestes primeiros três programas. Os demais candidatos somados têm 39%. Seria um excelente patamar com uma avaliação de pouco mais de 40%. Com 52%, já não o é. Mais que nunca cabe bater para derrubar esta avaliação, enquanto é tempo. A audiência na tevê é excelente, chegando a 46%,
entrevistas aos jornais, tevês e rádios, Alckmin se solta e trata de bater e criticar. No programa, onde tem vantagem do tempo, está engessado num telepromter com texto bem comportado. Na próxima semana entramos naquele período em que o eleitor, já acostumado ao programa, não dá muita bola e acelera o processo de troca de opiniões com seus conhecidos (jogo da coordenação, como dizem os especialistas) e as informações recebidas. Entrará neste jogo sem informação inoculada de desconstrução de Lula. Volta a dar atenção aos programas nos últimos dez dias. Pode não ser suficiente. Especialmente porque os candidatos a governador, senador, deputados, vão para o salve-se quem puder que vimos nos últimos dias no Nordeste. Em dezembro Lula estava arrinconado. Oito meses depois, a oposição se auto-arrincona. TRECHOS DO COMENTÁRIO DE CESAR MAIA, PREFEITO DO RIO BLOGCM@CENTROIN.COM.BR
A campanha de Alckmin precisa desconstruir Lula
Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente em exercício Alencar Burti Presidente licenciado Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi
Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)
Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: , Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046
ão sou nem nunca serei político, candidato a coisa alguma. Tenho alergia à política. Tendo estudado e visitado outros países, considero, (como tantos autores estrangeiros já se manifestaram), que este é um país maravilhoso, que tem um povo maravilhoso e que só não somos ainda um dos primeiros do mundo devido menos à nossa juventude histórica do que ao fato de termos a pior política e os piores políticos do mundo. Não passo de simples cidadão-eleitor-contribuinte, como os demais, que assiste inconformado, desolado e revoltado à indigente campanha eleitoral em curso, na qual, em contraste com a pletora de candidatos à Presidência que sabem não ter a menor chance de ser eleitos, se depara com uma miséria completa de plataformas e propostas para um governo que enfrente os grandes problemas nacionais e caminhe para realizar o desenvolvimento que necessitamos e de que somos capazes. Essa linha de considerações nos levou a imaginar o que e como poderia ser um governo que tivesse esses objetivos. Considerando que o maior capital de uma nação é seu capital humano, um projeto nacional deveria priorizar a saúde e educação de seus cidadãos. E considerando que a informática nas suas múltiplas aplicações já se coloca como a mais poderosa tecnologia para o desenvolvimento, completaríamos com ela o tríptico de objetivos e instrumentos a ser adotado para o desenvolvimento do País. Não há nenhuma inovação nisso. Foi com programas dessa natureza que nações como a Espanha, a Coréia e a Irlanda, em período inferior a duas gerações, mudaram seu destino e assombraram o mundo com seu desenvolvimento. Suas lições não foram, entretanto, devidamente divulgadas entre nós e muito menos aproveitadas pelos dirigentes e candidatos ao
governo nacional. Assim, como simples exercício de cidadania, imaginamos o que se poderia propor, como um programa de desenvolvimento nacional. Nos seguintes termos: SEI = Saúde (o corpo), Educação (a mente), Informática (o equipamento para o mundo atual).
E
prosseguindo nesse exercício de imaginação, elaboramos um elenco de medidas que poderiam ser tomadas para efeitos de curto e médio-longo prazos, conjugando Educação +Tecnologia de pontade-linha (informática). Assim: 1-PIB – Projeto de Inteligência Brasileiral- formação de grupos de elite (think- tanks) para equacionamento da problemática e da solucionática de desenvolvimento brasileiro 2- Programas para desenvolver emprego por iniciativa dos próprios desempregados, que estimulariam o desenvolvimento da mentalidade e de um plantel de líderes empresariais na população 3- Aprimoramento e vulgarização em escala nacional de cursos de toda a natureza pela internet 4-Simpósio de âmbito nacional sobre o milagre educacional irlandês, espanhol e coreano 5-Formação de redes internéticas para a campanha eleitoral 6- Para colocar a informatização ao alcance da população, colocar em cada cidade computadores públicos com múltiplas funções, com monitores para auxiliar seu uso 7-Um telão em cada cidade como central de informações, divertimento e instrução 8 -.Viabilizar programa de computadores de baixo custo 9- Criar para esses computadores programas educacionais de diferentes graus de ensino e de profissionalização.
O que se poderia propor como um programa de desenvolvimento nacional?
Crédito de ICMS RODRIGO CORRÊA MATHIAS DUARTE
O
Regulamento do ICMS do Estado de São Paulo e da maioria dos estados brasileiros, em atenção à Lei Complementar nº 87/96, determina que constitui fato gerador do imposto a saída de mercadoria a qualquer título de estabelecimento de contribuintes, ainda que para estabelecimento do mesmo titular. Porém, quanto à incidência de ICMS na saída de mercadorias para estabelecimento do mesmo titular, ou seja, a transferência entre filiais, essa norma revela-se inconstitucional, uma vez que a Constituição não autoriza tal exigência em seu art. 155, II, porque não ocorreu a operação de negócio mercantil. Nesse sentido, é possível a discussão perante o Poder Judiciário, conforme jurisprudência dos tribunais estaduais e do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Apesar do entendimento acima exposto, se considerarmos outra opção quanto à questão perante o Estado de São Paulo e outros estados, é possível observar que pode ser mais benéfica a utilização da sistemática de apuração com débito e crédito nas transferências entre filiais. Esse procedimento evita a necessidade de homologação do crédito para transferência e também o confronto com a fiscalização. A transferência entre filiais no Estado dá-se com o destaque do débito do ICMS na nota fiscal de saída. Conseqüentemente, a filial que recebe a mercadoria pode creditar-se do imposto em sua escrituração. Portanto, a empresa como um todo não terá prejuízo, pois o débito do remetente é anulado com o crédito do destinatário. Além disso, também é possível que empresas de mesma titularidade tirem proveito da forma da transferência de mercadorias determinadas pela legislação. Como exemplo, vale considerar que se a empresa remetente possui crédito e a empresa destinatária possui um débito a ser pago no período, é possível compreender que essa transferência de mercadoria entre filiais repre-
sente uma transferência de crédito. A empresa remetente pode, inclusive, fazer constar na nota fiscal de saída um valor próximo ao da venda futura que será efetuada. Assim, possibilitará a transferência de um crédito de valor relevante para o creditamento da empresa destinatária, podendo diminuir consideravelmente o valor de ICMS a ser pago pelo destinatário. E, dessa forma, vice-versa, caso a empresa destinatária não necessite de crédito, a transferência será feita no valor de aquisição do bem. Vale lembrar, ainda, que é causa de não incidência de ICMS-SP a transferência entre filiais de bem do ativo, opção esta que também pode ser utilizada como forma de planejamento. Ou seja, caso exista uma filial que necessite de créditos de ICMS, a outra filial pode transferir para a anterior bem do ativo imobilizado, aproveitando o crédito de aquisição em 48 parcelas. Dessa forma, beneficia-se da legislação que possibilita o direito do crédito ao destinatário do bem quanto às parcelas remanescentes.
C
om base nesses precedentes, resta concluir que existem opções benéficas quanto à transferência de mercadorias e bens entre estabelecimentos e filiais. O que vale ressaltar é que a adoção de cada alternativa deve ser analisada quanto aos objetivos e necessidades das empresas em cada caso específico. Seja para a opção de questionar judicialmente tal tributação indevida, ou na hipótese de utilização dos mecanismos legais que o próprio Regulamento de ICMS possibilita, o resultado final deve ser aquele que permite gerar um aproveitamento mais benéfico dos créditos entre as empresas pertencentes à mesma titularidade. RODRIGO CORRÊA MATHIAS DUARTE, DA INNOCENTI ADVOGADOS ASSOCIADOS
E xistem opções para a transferência de bens entre estabelecimentos e filiais
C
ontei no artigo anterior que fui com Carlos Rizzini a Cuba em 15 de novembro de 1958, exatamente um mês e meio antes de Fidel Castro conquistar o poder e se instalar por uma longa vida, que agora está bruxuliante. Fidel Castro tinha e tem ainda capacidade para conquistar as massas com seus longos discursos, mas não engana mais o povo cubano, que viu não se confirmarem todas as promessas feitas por ele e seus companheiros no longo período de mandonismo em Havana e com captura de fugitivos do "paraíso cubano".
C
uba fornecia açúcar para a Europa inteira, hoje não mais. A indústria de bebidas com base no melado de cana-de-açúcar também não vingou e em pouco tempo desapareceu sem deixar sucessor. O índice de renda popular per capita era dos maiores do Caribe e um dos maiores da América Latina e foi abalado pela Revolução. Também o turismo perdeu força pois se afugentou os turistas. Os discursos quilométricos de Fidel foram ouvidos somente como dever obrigatório pelos cidadãos. Uma quantidade enorme de imigrantes instalou-se nos EUA, criando-se a Little Havana. Somente não puderam os cubanos instalar na ilha as plataformas de mísseis fornecidas pela União Soviética, gerando uma crise que foi o ponto alto do governo de John Kennedy.
T
odas as promessas feitas por Fidel Castro e seus companheiros não se concretizaram. Cuba passou a ser a ilha da miséria, longe, portanto, da espetacular ilha que os aderentes do comunismo soviético esperavam dar existência viva junto ao povo cubano. Enfim, Cuba foi mais um desastre soviético que Fidel Castro não aceitou, apesar da realidade contundente ter se explicitado no decorrer dos anos. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
G Todas as
promessas feitas por Fidel Castro e seus companheiros não se concretizaram. Cuba passou a ser a ilha da miséria.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
2 -.ESPECIAL
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
EM DEFESA DA sabedoria do consumidor Para Francesco Morace, do Future Concept Lab, de Milão, "a roupa será cada vez menos um símbolo de status e se tornará cada vez mais uma linguagem capaz de traduzir nossas escolhas de vida e nossos valores mais profundos". Os consumidores não querem seguir tendências da moda e sim interpretá-las criativamente. Por Sabina Deweik ociólogo, escritor e jornalista, Francesco Morace, presidente do Future Concept Lab, instituto de pesquisas de tendências de consumo e consultoria estratégica com sede em Milão, em visita ao Brasil conversou com o Diário do Comércio e apontou os rumos e as tendências para a moda, para o Brasil e para o consumidor global. Há mais de 20 anos no campo de pesquisas sociológicas, posiciona estrategicamente e conceitualmente inúmeras empresas internacionais tais como Veuve Clicquot, Whirphool, Nokia, Nike, L’Oreal, Alessi, BMW, Swarovski, Philips... No Brasil, está desenvolvendo pesquisas para Havaianas e O Boticário além de promover seminários e palestras sobre estética, consumo, distribuição e varejo. No Rio, a convite do Senai-Cetiqt, participou neste mês do 1° Seminário Internacional de Comportamento e Consumo, onde falou da importância dos BRICs (Brasil Rússia, Índia e China) na economia mundial e identificou novos targets de consumo. Para Morace, que possui uma rede de correspondentes em mais de 50 países, os chamados cool hunters ou caçadores de moda, "o Brasil está demonstrando ser uma força emergente nas áreas de moda e design.
Divulgação
S
De alguns anos para cá, as pessoas não têm mais aceitado seguir as tendências da moda. Ao contrário, elas querem interpretá-las de maneira livre e criativa.
A roupa será cada vez menos utilizada como símbolo de status e se tornará cada vez mais uma linguagem que traduza nossas escolhas de vida e nossos valores mais profundos.
Future Concept Lab: Viale Gran Sasso, 7 Milão – Itália 02 29510015 info@futureconceptlab.com www.futureconceptlab.com
Como é possível detectar o que é realmente novo, cool? Há produtos que comunicam idéias novas e inspiram o consumidor. Para dar forma a estas idéias, designers, pesquisadores e gerentes têm que trabalhar em colaboração. Cool tem também uma outra definição: a originalidade e o caráter único. A observação 360 graus do que está sucedendo no mundo das ruas, as escolhas das pessoas em relação à moda, design, tecnologia, etc... eventos e lugares interessantes nas cidades são extremamente importantes para entender o que é realmente único. Desde 1994, trabalhamos com jovens profissionais e pesquisadores ao redor do mundo, capazes de tornar-se nossas antenas em territórios específicos, participando de projetos de observação e pesquisas internacionais. Qual a importância de se conhecer o comportamento dos consumidores ? É importante observar o comportamento do consumidor no âmbito da moda, do design e da estética para criar uma relação mais estreita com seu mundo de referência, com sua vida cotidiana e com suas escolhas de estilo. O Future Concept Lab, do qual sou presidente, ativou há mais de 10
Divulgação
anos um observatório permanente de 50 correspondentes em 40 cidades do mundo, entre as quais São Paulo, para observar continuamente os comportamentos, os gestos e as escolhas das pessoas no mundo. De alguns anos para cá as pessoas não têm mais aceitado seguir as tendências da moda. Ao contrário, elas querem interpretá-las de maneira livre e criativa. Por isso é importante também para as empresas observar e compreender como seus próprios produtos são interpretados no mundo. Como fica então o marketing neste novo contexto do consumidor? O marketing não deve se reduzir a uma reflexão econômica e estritamente empresarial, criando assim um mundo separado do contexto social, mas que se transforme em "societing", ou seja, a capacidade de trabalhar sobre as dinâmicas que emergem e que se exprimem através das especificidades culturais. Os vários países do mundo não são passivamente colonizados pelo Ocidente mas são eles mesmos os produtores de valores e modelos de consumo. E a moda, que papel tem com essa maior "sabedoria" do consumidor com relação aos produtos? A roupa será cada vez menos utilizada como símbolo de status e se tornará cada vez mais uma linguagem que traduza nossas escolhas de vida e nossos valores mais profundos. Não são mais as grifes que determinam a moda mas o modo de combinar a moda. Hoje, pela primeira vez na história, o prestígio e o luxo aproximam as pessoas ao invés de distanciá-las. O imperativo do total look assinado não existe mais e cada vez será mais fácil mixar peças com preços baixos. É por isso que assistimos a um triunfo dos acessórios. Enfim, as pessoas não seguem a moda. Elas a fazem!
veis e contraditórios nas estratégias de venda. O alto (high) e o baixo (l ow ) se confundem, jovens e adultos fazem escolhas freqüentemente imprevisíveis que convergem sobre o preço e a criatividade. Há dez anos, a Zara abriu um caminho, mas hoje estamos assistindo a uma revolução comercial de um inteiro País como o Brasil e de uma realidade como São Paulo, que com seus vinte milhões de habitantes entrou por mérito próprio no âmbito das cidades que fazem moda e cultura de moda, E de que forma o Brasil pode influenciar as tendências mundiais? De alguns anos para cá tivemos a oportunidade de trabalhar com grandes empresas brasileiras. Tivemos portanto a ocasião de verificar quanto hoje é importante a influência brasileira no mundo. A espontaneidade dos comportamentos, a alegria de viver, a sensualidade e riqueza de uma natureza única, são elementos e valores apreciados e seguidos em todo o mundo, onde podemos sintetizar um desejo renovado de felicidade. O Brasil está demonstrando no mundo da moda e do design ser uma força emergente. A capacidade de trabalhar a per-
cepção dos materiais e dos processos de construção dos produtos, são demonstrados por exemplo pelos irmãos Campana, que constituem um exemplo emblemático de quanto hoje o Brasil possa contribuir para uma evolução global do design. Um outro elemento leva em conta a relação nova que o Brasil propõe entre qualidade estética, alegria de viver cotidiana e acessabilidade econômica. O modo em que a Havaianas soube democratizar um acessório como as sandálias "flip-flops", que tornou-se item de moda, constitui um exemplo relevante. Emerge deste modo o talento brasileiro de valorizar o básico, enriquecendo-o com elementos típicos da cultura brasileira: das cores à dimensão natural, que por exemplo O Boticário optou por escolher na realização de suas próprias lojas. O Instituto trabalha com o que vocês chamam de Genius Loci (talento do local), valores locais de cada País que devem ser respeitados e valorizados para uma inserção global. Como é esta filosofia? As empresas internacionais e multinacionais, por exemplo, não podem li-
Diretor em exercício Alencar Burti
Editora Sabina Deweik
Diretor licenciado Guilherme Afif Domingos
Repórteres Sabina Deweik, Érika Masckiewic e Juliana Chucre
Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira
Existe alguma semelhança entre os consumidores do mundo? Existe um mercado com centenas de milhões de consumidores-pessoas como o Brasil, Índia e África, que permitem experimentar novas condições criativas. Atualmente a segmentação não é tão significativas mas são elementos comuns entre mundos distantes: o consumo continua a demonstrar que esta intuição esta correta. As pessoas, antes mesmo de serem consumidores, mostram e vivem comportamentos imprevistos, sobrepondo luxo
As empresas internacionais e multinacionais, por exemplo, não podem limitar-se mais a propor universalidade da marca.
As indústrias e os estilistas fazem hoje então o caminho inverso, são eles que observam o consumidor? A nossa percepção é a de que uma nova era comercial está começando a se desenvolver onde o preço, a capacidade de seguir a moda e a excelência do ponto de venda e do serviço não constituem mais elementos inconciliá-
Diretor de Redação Moisés Rabinovici
mitar-se mais a propor universalidade da marca. O tipo de mensagem deve ser algo que não imponha um modelo mas se coloque de maneira a dialogar com o consumidor. Para ajudar as empresas a navegarem pelo perigoso percurso da globalização o Future Concept Lab decidiu fornecer uma bússola que nós chamamos de a Rosa dos Ventos do consumidor. Esta propõe uma metodologia de geomarketing que parte das características dos mercados locais e de valores que são diferentes no Norte, Sul, Leste e Oeste. Por muitas décadas o Oeste (Estados Unidos e Europa) impuseram seu próprio modelo para o resto do mundo, ao passo que hoje o Norte (Escandinávia e Canadá), o Leste (China e Ásia) e o Sul (América Latina) estão aptos a influenciar o resto do mundo com seus próprios valores, estilos e caráter. A influência do Brasil se insere neste novo quadro em que a Rosa dos Ventos permite a cada país dar sua contribuição à criatividade global: a Fashion Week de São Paulo e o sucesso dos irmãos Campana são um exemplo nesta direção. O modelo da Rosa dos Ventos demonstra que hoje o consumidor é curioso e atraído pela diversidade estética e pelo gosto exótico.
Chefe de reportagem Arthur Rosa Editor de Fotografia Masao Goto
e básico ou criando alianças improvisadas entre gênero e gerações. Por exemplo, o mundo que vem sendo observado com atenção não é mais aquele das pessoas com 30/40 anos, mas sim o mundo dos adolescentes, por um lado e por outro aquele dos seniors, que têm muitos elementos em comum como o tempo livre, o jogo, a vontade de estar junto. A sociedade atual vive de quais necessidades e tendências? Estamos em uma fase de mudanças em que as tendências indicam uma nova centralidade de grandes valores: amizade, qualidade de vida e não só de consumo, direitos civis, sensibilidade humana e atenção ao ambiente. Estes valores têm uma declinação tanto na esfera pessoal quanto na dimensão coletiva, mudando os comportamentos e valores da pós-modernidade: a mídia e as tecnologias virtuais vêm sendo redimensionadas e utilizadas para reforçar a qualidade tangível da experiência. A gastronomia, por exemplo substitui a moda. O prazer pessoal permanece, mas não se exprime mais através de derivações narcisistas e individualistas.
Editor de Arte José Coelho Diagramação Lino Fernandes Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Impressão Folha de S. Paulo
www.dcomercio.com.br
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
Empresas Finanças Nacional Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
11 Essa queda no emprego no comércio é pequena e pode ser revertida. Marcel Solimeo, da ACSP
SÓ INDÚSTRIA E SERVIÇOS CONTRATARAM
NA CONTRAMÃO DA INDÚSTRIA E SERVIÇOS, O COMÉRCIO FOI RESPONSÁVEL PELAS DEMISSÕES EM JULHO
DESEMPREGO ESTÁVEL NA GRANDE SP Recua a produção da indústria de confecção
O
Sindicato da Indústria do Vestuário (Sindivest) informou ontem que a produção de roupas caiu 7,9% no primeiro semestre de 2006 ante o mesmo período do ano passado. Nos últimos 12 meses, o recuo acumulado na confecção é de 10%. Segundo o Instituto de Estudos de Marketing Industrial (Iemi), que realizou o levantamento para a entidade, as razões para a diminuição da produção no primeiro semestre foram a falta de dias frios no inverno, a importação crescente de produtos asiáticos, a redução da renda dos consumidores e a crescente informalidade de mão-de-obra intensiva, que afeta diretamente o setor. "O primeiro semestre de 2006 foi um dos mais fracos dos últimos anos para a indústria de confecção. Mas o comércio, ao contrário, está vendendo bem. Ou seja, estamos perdendo mercado para os importados, notadamente da China", disse o presidente do Sindivest, Marcel Zelazny. A expectativa mais otimista para o fechamento das vendas da indústria do vestuário no ano é de crescimento zero em relação a 2005, o que pode ser conseguido com o desempenho do segundo semestre, habitualmente melhor para o setor por conta das festas de fim
de ano. Ainda assim, o sindicato acredita que, se as importações da China a preços artificiais continuarem fortes, a queda na produção doméstica continuará e "a indústria entrará em colapso, com fechamento de empresas e demissões no final do ano". Nos primeiros sete meses do ano, a China respondeu por 59,2% das importações brasileiras de vestuário. De janeiro a julho de 2006, as importações do setor têxtil e de confecção subiram 39,4% em valor e 33,4% em volume, quando comparadas ao mesmo período de 2005. O aumento ocorreu em quase todos os segmentos da cadeia têxtil e de confecção, principalmente nos ramos de maior valor agregado. Para Zelazny, a forma como vem sendo feita a fiscalização das importações de roupas nos portos é inadequada. "Os tecidos, matéria-prima, recebem luz vermelha, são sempre parados e vistoriados, muitas vezes até atrasando a produção de roupas da estação. Já as roupas prontas passam com sinal verde pela alfândega. Há algo de muito estranho nisso", reclamou o empresário. "Os importados, o dólar baixo e a falta de inverno dão uma idéia da péssima situação em que se encontram as confecções brasileiras", completou. (AE)
O
nível de desemprego na Região Metropolitana de São Paulo está praticamente estável. De acordo com os dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) divulgada ontem pela Fundação Seade e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em julho o índice atingiu 16,7% da População Economicamente Ativa (PEA), contra 16,8% em junho. No mês passado, o contingente de desempregados na região somou 1,68 milhão de pessoas. A criação de postos de trabalho ficou concentrada na indústria (34 mil postos) e no setor de serviços (17 mil), enquanto as reduções foram observadas no comércio (9 mil). Esses números são confirmados pelo crescimento de homologações registrado pelo Sindicato dos Comerciários de São Paulo. Em julho deste ano elas totalizaram 6.935, contra 6.445 em junho. No acumulado de janeiro a julho, atingiram a m a rc a d e 4 1 . 1 0 7 , c o n t r a 33.402 no mesmo período de 2005, uma elevação de 23%. Para o presidente do sindicato, Ricardo Patah, as homologações aumentaram porque as altas temperaturas no inverno contribuíram para a queda nas vendas de vestuário. "Mas a expectativa é de que as empresas comecem a contratar temporários para o período de Natal, e isso vai ajudar a diminuir o desemprego", disse.
Milton Mansilha/LUZ - 03/08/2006
Demissões no varejo se refletiram na produção da indústria de roupas
Para Marcel Solimeo, diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), os números divulgados não são negativos porque o comércio "não costuma ser emprega-
dor nem desempregador. A desclassificação na Copa e o inverno sem frio trouxeram frustração. Houve paralisações de vendas nos dias de jogos," explicou. "Essa queda no emprego no comércio é pequena e po-
de ser revertida. Já em outubro o setor começará a contratar." Outros – De acordo com Alexandre Loloian, coordenador da equipe de análise da PED, a estabilidade registrada em julho é conseqüência da queda do desemprego oculto, que passou de 5,5% em junho para 5,4%, e da estabilidade do desemprego aberto, que situou-se em 11,3%. Loloian explicou que o total de desempregados, que estava estimado em 1,68 milhão de pessoas em junho, praticamente não registrou alteração no mês de julho, já que os números de ocupações criadas e o de pessoas que entraram no mercado de trabalho foram similares: 46 mil e 43 mil pessoas respectivamente. Para o coordenador da Fundação Seade, esses números indicam que o mercado de trabalho paulista está sendo influenciado pela avaliação da população em geral sobre as perspectivas de avanço na economia do País. "As pessoas estão decepcionadas com o crescimento e acreditam que a economia não deverá evoluir o quanto esperavam. Por isso, o comércio registrou eliminação de 9 mil postos de trabalho, o que pode ser considerado um ajuste diante desse quadro." Outro fator que contribuiu para o resultado foi a estabilização dos rendimentos e o aumento do nível de endividamento de grande parte da população nos últimos meses. Paula Cunha
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
3
Política SERRA
Já sou um gato escaldado em relação a pesquisas. Aloizio Mercadante
Célio Messias / AE
MANTÉM CRÍTICAS A LULA
Ó RBITA
FORA DO AR presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou O ao Tribunal Superior Eleitoral
que vai cumprir a decisão dos ministros, que retirou 15 segundos de uma de suas inserções da propaganda eleitoral na televisão. A coligação do presidente informou que a inserção seria exibida hoje. O TSE também proibiu a exibição da legenda "Lula Presidente" durante participação do presidente nas propagandas do candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante. Pela lei eleitoral, o candidato pode aparecer em programas de outros candidatos da mesma coligação, desde que não peça votos para a sua própria candidatura.
O candidato tucano encontrou-se com empresários no interior do Estado e disparou contra a política econômica do governo federal. Ele também acusou o governo do PT de desviar verbas da área de saúde no ano passado para outros programas.
O
SOB PRESSÃO alta do presidente Lula na pesquisa Datafolha A (de 47% para 49%) evidencia
ainda mais o favoritismo do petista e joga mais pressão sobre o tucano Geraldo Alckmin. A opinião é do analista da Arko Advice, Cristiano Noronha. Segundo o executivo, a ligeira queda no porcentual de votos da senadora Heloísa Helena (Psol), que passou de 12% para 11%, sugere que a ex-petista está próxima do seu teto, fato que dificulta ainda mais a realização de um segundo turno. "Com isso a responsabilidade de levar a eleição para um segundo turno pode recair exclusivamente sobre o Alckmin, o que dificulta ainda mais sua missão", explica Noronha.
Olho vivo: para o candidato do PSDB, Lula implantou uma "política de destruição" no setor agropecuário. Daniel Pera / AOG
MARTA PERDE
A
ABr
exprefeita de São Paulo, Marta Suplicy, terá que pagar as custas e despesas processuais, além dos honorários advocatícios do vereador Gilberto Natalini, do PSDB, no valor de R$ 2 mil. A decisão é da 3ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo. A exprefeita entrou com ação de indenização por dano moral contra Natalini, no valor de R$ 25 mil, contestando a afirmação de que vereadores receberiam quantias em dinheiro para aprovar projetos que seriam de interesse da Prefeitura.
LULA E NEWTÃO
O
apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva rendeu votos para o candidato do PMDB ao Senado em Minas Gerais. O ex-governador e ex-prefeito Newton Cardoso, de acordo com pesquisa do Instituto Datafolha, tem 27% das intenções de voto, seis pontos a mais do que foi verificado no levantamento realizado em 8 de agosto. Lula e Newtão, como é conhecido o candidato na região, fizeram um comício juntos no estado. O segundo colocado é o exministro Eliseu Resende, do PFL, com 16% dos votos. Na pesquisa anterior, Resende tinha 11% de preferência. Foram entrevistados 1.283 eleitores em 59 municípios entre 21 e 22 de agosto.
Idéias na cabeça: candidato petista promete investir em ensino e no desenvolvimento da região.
PLANOS PARA A BAIXADA
I
nvestir no ensino público de qualidade, promover o desenvolvimento econômico da região, com melhorias no porto de Santos e no pólo industrial de Cubatão, com a criação de mais empregos, além de aproveitar de forma mais racional a vocação turística das cidades do litoral. Estas foram algumas das propostas apresentadas ontem pelo candidato petista ao governo do Estado, o senador Aloizio Mercadante, aos eleitores da Baixada Santista. Depois de conceder entrevista a duas emissoras de televisão e de cumprimentar eleitores e simpatizantes concentrados na Praça Barão do Rio Branco, em São Vicente, o senador Mercadante foi recepcionado por políticos petistas com um almoço em um restaurante localizado em frente à Praia do Gonzaguinha. Crime organizado – O local serviu de palanque para que ele expusesse os seus projetos e falasse das pesquisas de intenção de voto e da denúncia veiculada em jornal da capital a respeito da gravação de conversas entre dois presos que, ao comentarem os ataques programados pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), teriam afirmado que não deveriam atingir políticos do PT e sim do PSDB e de outros partidos.
A responsabilidade pelo PCC só pode ser atribuída aos 12 anos de incompetência do PSDB. Isso é que permitiu que o crime organizado tomasse conta dos presídios. Aloizio Mercadante O jornal "Folha de S. Paulo" informou ter tido acesso à gravação de conversas entre os dois presos e reproduziu trechos do diálogo entre eles. Informou também que a partir da publicação o DEIC resolveu iniciar investigação para apurar eventual ligação entre o PT e a facção criminosa. Dirigentes tucanos, no entanto, consideraram absurda qualquer atribuição entre o PT e os ataques do PCC no Estado. Ao ser indagado a respeito, o senador disse estranhar que o fato tenha vindo a público somente agora, quando o episódio ocorreu em maio, ocasião em que foram desencadeados as primeiras investidas da facção criminosa. "Por que só agora? Pelo que eu li, o caso não foi investigado com rigor. Por que deixar para fazer isso a um mês da eleição?
Isso me parece mais um factóide", declarou, destacando que tudo deve ser muito bem investigado e apurado. "Agora, a responsabilidade pelo PCC só pode ser atribuída aos 12 anos de incompetência do PSDB, porque isso é que permitiu que o crime organizado tomasse conta dos presídios e ameaçasse toda a sociedade, da forma que estamos vendo", argumentou o candidato. Mercadante disse achar mais estranho ainda que o seu adversário, o candidato do PSDB José Serra, tenha feito ilação nesse sentido, fato que o levou a fazer uma queixa-crime, que culminou na abertura de um inquérito contra o representante tucano. "Depois da queixa-crime, ele acabou desdizendo tudo, como é de seu costume, razão pela qual eu insisto na apuração detalhada", completou. O candidato petista também avaliou as pesquisas de intenção de voto, lembrando que na ocasião em que era candidato a senador, seu nome sempre aparecia com percentual abaixo de um dígito, até uma semana antes da eleição. "De forma que não me surpreendo com as pesquisas, que apontam um percentual muito baixo em torno da minha candidatura ao governo do estado, porque já sou um gato escaldado em relação a isso", finalizou. (AE)
candidato a governador de São Paulo José Serra (PSDB), da Coligação Compromisso com São Paulo (PSDB-PFL-PTB-PPS), aproveitou as visitas que fez ontem à tarde às cidades de Ituverava, São Joaquim da Barra e Orlândia, na região nordeste do Estado, para repetir as críticas que vem fazendo à política econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição e principal adversário dos tucanos na disputa presidencial deste ano. Desta vez, os ataques de Serra foram feitos à política agrícola de Lula. Em Ituverava, o tucano não poupou palavras e cobrou ações para o setor. "A agricultura precisa de uma política nacional, pois o que o governo federal fez foi uma política de destruição", afirmou. Serra prometeu, se eleito, trazer "riscos sanitários zero para o Estado de São Paulo" e ainda "turbinar o setor agropecuário no Estado, que é a grande vítima da política do governo federal". O candidato acusou ainda a administração federal de desviar R$ 1,6 bilhão da saúde em 2005 para outros programas, e fez críticas aos ataques dos adversários, sem citar nomes, na corrida eleitoral. "São ataques abaixo da cintura, mas a gente recorre à Justiça", disse. Secretários – Em Orlândia, Serra afirmou que, se eleito, não levará seus ex-secretários na Prefeitura de São Paulo para ocuparem cargos no governo do Estado. Ele lembrou que,
ao renunciar à Prefeitura, seu vice e atual prefeito, Gilberto Kassab, manteve sua equipe. "Eu montaria um novo grupo para trabalhar no Palácio dos Bandeirantes, e não mexeria na equipe da Prefeitura". O candidato tucano prometeu também fazer uma aliança com empresários do setor produtivo, já que recebe muitos pedidos em sua campanha para a criação de empregos. Na reunião no clube de Orlândia estavam presentes representantes de várias empresas da região, como da usina Vale do Rosário, o grupo Agromen e o grupo Brejeiro, todos grandes processadores de cana-de-açúcar e de grãos. Serra voltou a comentar as pesquisas que apontam para o favoritismo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição e dele próprio ao governo do Estado. Ele considerou "normal e nada especial" o resultado apontado pelo Ibope. "Pesquisa não define resultado da eleição. Se fosse assim, eu já estaria eleito. No entanto, eu estou trabalhando", disse. O candidato do PSDB afirmou ainda que, caso vença as eleições este ano, terá "a representatividade do Estado para trazer as coisas que cabem a São Paulo". Serra não quis comentar as investigações que estão sendo feitas pela polícia de São Paulo para apurar o envolvimento entre o PCC e o PT, como mostra uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo de ontem. "Eu não tenho nada a falar, basta ler", disse. (AE)
TUCANO CAI, MAS VENCE NO 1º TURNO
dos Bandeirantes divulgada após o início do horário eleitoral gratuito. Em um eventual segundo turno, Serra teria 60% das intenções de voto, contra 29% de Mercadante. Em uma eventual disputa com Quércia, o tucano teria 62% das intenções dos eleitores contra 23% de votos para o candidato do PMDB. A pesquisa foi realizada nos dias 21 e 22 deste mês com 1.931 eleitores de 57 municípios do Estado. Minas Gerais - O governador Aécio Neves (PSDB) recuou três pontos percentuais em relação à última pesquisa, mas ainda mantém larga vantagem em relação aos demais candidatos e seria reeleito no primeiro turno. A pesquisa foi encomendada pela TV Globo Minas e pelo jornal "Folha de S. Paulo". Na pesquisa divulgada no dia 9 de agosto, Aécio obteve 74% das intenções de voto e agora tem 71%. Nilmário Miranda (PT) subiu dois pontos e chegou a 9%. Fábio Magalhães (Prona) e Rosane Cordeiro (PCO), mantiveram 2% e 1%, respectivamente. (AE)
S
e as eleições fossem realizadas hoje, o candidato do PSDB ao governo do Estado de São Paulo, José Serra, venceria no primeiro turno, com 48% das intenções de voto. É o que indica a mais recente pesquisa Datafolha, divulgada ontem pelo "SP TV", da Rede Globo. A pesquisa mostra também que o petista Aloizio Mercadante registrou 18% das intenções de voto, contra 10% de Orestes Quércia (PMDB) e de 1% de votos para Carlos Apolinário (PDT). As oscilações dos três principais concorrentes, de acordo com a pesquisa, estão dentro da margem de erro, que é de dois pontos porcentuais para mais ou mais menos. José Serra tinha 49% na mostra anterior, Mercadante tinha 17% e Quércia tinha 11%. Esta é a primeira pesquisa sobre sucessão ao Palácio
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
ESPECIAL - 3
oleton com salto alto, paetês com jeans, camiseta Hering com bolsa Louis Vuitton. Em comum, as esdrúxulas combinações têm o que se convencionou chamar de moda hi-lo. Abreviatura de high and low, ou seja, high (alto ou caro) e low (baixo ou barato). O conceito, que se estendeu pelo mundo fashion e está invadindo também outras áreas de consumo, mostra ser muito mais do que uma mera tendência passageira. O mix é uma de suas principais características: vale misturar peças de luxo ou de festa com um tênis ou comprar roupas com um custo relativamente baixo. Regra para quem é capaz de freqüentar ao mesmo tempo ruas populares e templos de luxo como Prada, Louis Vuitton, Christian Dior, Marc Jacobs, entre outras grifes. Muito mais do que um estilo de vestir, o hi-lo está mudando o perfil do consumidor que, ao contrário do que acontecia na década de 80, não quer mais ostentação e nem se veste no chamado look-total, mas mistura estilos, referências e marcas sem o menor pudor. "Hoje o consumidor está mais preocupado em buscar satisfação, prazer, experiências novas, buscar o novo, do que apenas símbolos de status", afirma Dario Caldas, especialista em tendências sociocomportamentais e coordenador da Observatório de Sinais, empresa que dá consultoria em gestão de marca e tendência. "Como conseqüência, diz Dario, essa tendência, que também é forte no design de objetos e interiores, responde a uma moda cada vez menos impositiva, cada vez mais variada, em que quase tudo é permitido, justamente porque o "consumidor móvel" faz suas escolhas por critérios de gosto pessoal, por idiossincrasias, cada vez mais distanciado e reflexivo em relação ao mercado, à publicidade e às mídias". E tem mais: quem andar logotipado de cima a baixo pode até ser taxado de brega. O luxo muda de cara, está menos ostensivo, mais pop e mais democrático, vai beber na fonte low, ou seja, nos guetos, nas tribos urbanas, nas ruas, no movimento hip-hop, estreitando as fronteiras entre a moda "real", feita pelos consumidores, e a moda pensada por grandes estilistas. "Outro dia fui a uma premiação com um vestido Dior e uma 'echarpe' que eu mesma fiz com alguns metros de tule preto, com uma trama mais aberta, e ficou lindo, comprado na 25 de março... Hi-lo é para toda hora", diz Manu Carvalho, consultora de moda e diretora do núcleo de moda e imagem da gravadora Trama. Internacionalmente, as alianças entre cadeias de lojas mais populares e estilistas de renome estão cada vez mais freqüentes como é o caso de Karl Lagerfeld com H&M (Hennes & Mauritz); designers da Topshop para a Dover Street Market em Londres e em breve para a loja conceito 10 Corso Como, em Milão, além de Jean Paul Gaultier para La Redoute. Em alguns lugares do planeta, certas pessoas já estão usando o que vai invadir todas as vitrines nas próximas estações. É gente de várias classes sociais, de várias tribos e de vários estilos, que, sem saber, processa e sintetiza comportamentos e informações de várias fontes: movimentos sociais e culturais, contingências econômicas, etc. De olho nesse povo que é naturalmente vanguarda, já há até mesmo profissionais pagos para observar tudo o que pode virar tendência de moda e de consumo. Hoje, para identificar o que é luxo é preciso ter olhar apurado, pois tanto a Daslu como a Renner partem dos mesmos referenciais na hora de produzir moda. Num mundo globalizado, a informação está ao alcance de todos e não existe mais uma ditadura do que se deve ou não usar. A jóia hoje vai à academia, o jeans a festas badaladas e o que importa é saber misturar o high com o low Abreviatura de high (alto ou caro) e low (baixo ou barato), o conceito hi-lo extrapolou a – tendência espelhada nas mulheres do hip-hop moda e já invade outras áreas de consumo. A idéia, democrática, derruba o total look: americano, que usam shorts curtos, bonés com correntes de ouro e saltos finos. "Hi-lo é muito mais hoje vale o mix criativo de peças de luxo com as mais populares. Por Sabina Deweik do que misturar caro e barato, o hi-lo consiste em equilibrar opostos de uma maneira ainda mais ampla: caro e barato, nobre e tosco, fosco Jaquetão recoberto de luxo e preciosidades pode custar mais do que um carro, e brilhante, seco e volumoso, liso e texturizado, leve e pesado, discreto estampado e sinal de que o consumidor de hoje ou está louco ou uma grande e ousado... é o conceito de moda do novo milênio", acredita Manu bermudão. mudança está acontecendo. Car valho. Maxime Perelmuter A primeira, que é complementar ao movimento hi-lo, é a O mundo da estética está passando por um verdadeiro processo de na SPFW tendência da personalização e customização de objetos. mudança que coloca em questão o tradicional gap entre o luxo (high) "Customização" é o ato da pessoa interferir em uma roupa: rasgar, Emília Carneiro/Divulgação e o básico (low), conceito que surge nos anos 90, quando a moda deixa cortar, desfiar, pintar e misturar peças e texturas. Tudo para criar um de ter o peso de uma "ditadura" para o consumidor e passa a se visual original, personalizado e único. Hoje todo tipo de consumidor apropriar das tendências de modo mais livre e pessoal, mixando os pode aderir ao hi-lo e transformar a roupa. "Ninguém mais é vítima elementos de estilos diversos dentro de uma linguagem própria. E do "total look" de uma marca só (vestir-se da cabeça aos pés com a assim emerge uma nova área de convergência: o luxo se marca x) e o consumidor contemporâneo se caracteriza por ser democratizando e o básico se travestindo de variações mais luxuosas. extremamente infiel, móvel e racional – ou seja, ele analisa, compara, Traduzindo em miúdos: uma bolsa Louis Vuitton pode ser grafitada ou muda de humor facilmente, muda de marca...", analisa Dario Caldas. trazer pequenas e divertidas estampas, como por exemplo no modelo criado há algumas coleções pelo artista japonês Takashi Murakami, que foi chamado para revitalizar o tradicional monograma LV com suas carinhas e florzinhas divertidas. O luxo muda de cara, fica menos Por outro lado, temos uma mera camiseta ou até mesmo as básicas te e confortáveis Havaianas transformadas em objeto de luxo, como foi o ostensivo, mais pop, vai beber na fon caso da parceria com a grife de jóias H. Stern em 2003, criando low, nos guetos, nas tribos urbanas, sandálias de tiras recobertas com ouro. Na época, o modelo mais nas ruas, no movimento hip-hop... sofisticado levava penas de ouro, diamantes, estrelinhas e um sapinho de ouro. Custava mais de R$ 50 mil. Se um par de sandálias de borracha Caldas: menos imposição Divulgação
M
Vestido solto e tênis: simplicidade chic. Maxime Perelmuter
Marcio Madeira/Ag. Fotosite
A NOVA DEMOCRACIA DA MODA
Marcio Madeira/Ag. Fotosite Divulgação
No alto, bolsa "grafitada" da Louis Vuitton. E tênis Adidas, para customização
ação
Divulg
Manu: "equilíbrio de opostos"
12
Empresas Nacional Finanças Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
Não lembro quem fixou (o teto da arrecadação). Não fui eu quem fixou. Guido Mantega
GASTO DO GOVERNO AUMENTOU 12,9%
PARA MINISTRO DA FAZENDA, CARGA FISCAL É MAIOR PORQUE O PAÍS CRESCEU E A INFORMALIDADE RECUOU
FOI UM ERRO FIXAR CARGA, DIZ MANTEGA
O
ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que "talvez tenha sido um erro" do governo fixar, na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), um teto de 16% do Produto Interno Bruto (PIB) para a arrecadação dos tributos administrados pela Receita Federal. Essas receitas são consideradas parte da carga tributária do governo federal, que voltou a crescer no ano passado. De acordo com a Receita, a carga tributária federal — que mede a fatia da produção nacional transferida para o governo na forma de tributos — fechou entre 17,6% e 17,9% do PIB em 2005, cerca de meio ponto percentual a mais do que em 2004. "Não lembro quem fixou. Não fui eu quem fixou", disse Mantega, a respeito do teto incluído na LDO. "Mas, de qualquer forma, talvez a gente não tenha calculado essa expansão da economia. A intenção era correta, e os instrumentos foram adequados. Acontece que subiu a arrecadação mais do que a gente imaginava", disse. Compromisso — Apesar da confirmação da Receita de que o peso dos tributos federais sobre a economia aumentou em 2005, Mantega disse que não considera que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha descumprido o compromisso de não aumentar a carga tributária. Isso porque, segundo ele, o governo não promoveu mudanças na legislação para aumentar a alí-
Antônio Cruz/ABr – 20/7/06
quota dos impostos. O ministro afirmou ainda que não se pode confundir aumento da arrecadação com elevação da carga fiscal. Na sua avaliação, a arrecadação vem subindo porque o País está crescendo e há uma redução da informalidade. Assim, mais empresas e pessoas estão pagando tributos. Além disso, citou o ministro, a arrecadação está aumentando por causa de maiores controles e fiscalização da Receita Federal. Mantega argumentou que, em 2005, as empresas brasileiras tiveram grandes lucros e, por isso, pagaram mais impostos. "Tudo isso leva a um aumento da arrecadação, mas não é que a carga está aumentando. É a arrecadação", insistiu. O ministro lembrou que, desde 2003, o governo já promoveu R$ 23 bilhões em desonerações de tributos em vár i o s s e t o re s e d i s s e q u e a orientação do presidente Lula é continuar nessa direção. "O caminho é esse. Vão haver novas reduções", afirmou. De acordo com Mantega, o aumento da carga tributária no País ocorreu no governo Fernando Henrique Cardoso, período em que o País crescia pouco e havia muita informalidade. "A arrecadação cresceu porque subiram os tributos. Não é o que está acontecendo agora", argumentou. Segundo os dados da Receita Federal, de 1995 a 2002, a carga tributária subiu de 29,7% para 35,5% do PIB. (AE)
BOLSA Para analista, ações ainda estão defasadas
A
Para Luiz Malan, quedas de juros e spread são um processo gradual
Juros caem, mas spread encarece as operações
O
consumidor brasileiro tem hoje mais acesso ao crédito e paga taxas menores, mas ainda enfrenta um custo elevado quando precisa fazer empréstimo. Dados divulgados ontem pelo Banco Central (BC) mos-
tram que, se os bancos decidissem simplesmente eliminar o spread (diferença entre o custo de captação dos recursos e o valor cobrado do tomador final), os juros médios para pessoas físicas cairiam dos atuais 54,3% para 14,6% ao ano. Isso significa que as taxas para o consumidor se aproximariam do juro básico da economia, a Selic, que hoje está em 14,75% anuais. Essa redução drástica ocorreria com a eliminação dos 39,7 pontos percentuais que definem o spread incorporado aos financiamentos concedidos em julho. A queda, no entanto, não é factível do ponto de vista das instituições financeiras, segundo reconhecem os técnicos do governo. O cálculo do spread é baseado em vários fatores, entre eles o risco de inadimplência e a margem de lucro que os bancos estabelecem para suas operações. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou ontem a pedir a colaboração dos bancos para que diminuam o spread. "É claro que os banqueiros gostariam que só o governo assumisse a responsabilidade de tomar medidas. E eu gostaria que também assumissem a responsabilidade de tomar iniciativas para diminuir o spread", afirmou. Mantega garantiu que, na próxima semana, o Conselho Monetário Nacional (CMN) divulgará medidas para baixar o custo do crédito. A pesquisa do BC mostrou que o volume total de recursos que os bancos emprestaram para qualquer finalidade subiu 12,3%, de R$ 405,83 bilhões em janeiro para R$ 453,49 bilhões em julho. Essa maior oferta de recursos foi acompanhada de uma queda de 5 pontos percentuais nas taxas de juros e de 3,1 pontos no spread. Os juros recuaram de 59,7% ao ano em janeiro para 54,3% anuais no final de julho. O chefe adjunto do Departamento Econômico do Banco Central (Depec), Luiz Malan, disse que as quedas das taxas de juros e do spread são um processo gradual. As medidas que o governo adotará, segundo ele, devem contribuir ainda mais para a redução das taxas. Malan destacou que os juros para pessoas físicas, de 54,3% anuais, são os menores da série histórica, iniciada em 1994. Para empresas, os juros caíram para 28,3% ao ano. (AE)
s dúvidas em relação ao compasso de crescimento das economias brasileira e mundial têm deixado o mercado financeiro doméstico inquieto. Mas é na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) que essa insegurança influencia mais claramente os preços dos ativos, de acordo com analistas. "A bolsa está atrasada", avaliou o diretor de Tesouraria do Standard Bank no Brasil, Luís Maurício Jardim, que comparou a evolução da Bovespa nos últimos três meses com a dos mercados de câmbio e juros. Nesse período, o temor de elevação forte da taxa básica de juros americana cresceu de forma significativa, desencadeando um movimento de saída de capitais estrangeiros do Brasil. Indicadores favoráveis da economia dos Estados Unidos arrefeceram em seguida, permitindo recuperação dos ativos. As ações brasileiras, no entanto, ficaram para trás. Do início de maio até o fechamento da última terça-feira, o Ibovespa, principal referência do mercado nacional de ações, caiu 12%. O real, que perdeu cerca de 10% em maio, acumula uma perda de apenas 3% desde maio. A projeção de
juros para dezembro negociada na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) estava em 14,74% ao ano no primeiro dia útil do mês de maio, chegou a 15,64% anuais 30 dias depois e, na última terça-feira, recuou para 14,27% ao ano. "Na minha opinião, o que pode estar influenciando negativamente a visão dos investidores em relação à Bovespa é o ritmo de crescimento econômico do País", disse Jardim. "Mas não sei se realmente existem motivos para uma defasagem tão grande em relação aos outros mercados", acrescentou. De acordo com a pesquisa Focus do Banco Central (BC) divulgada na última segundafeira, os analistas revisaram de 3,55% para 3,53% a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano. Mercados — A Bovespa registrou ontem o menor nível em pontos em pouco mais de um mês e o risco-Brasil, o maior patamar em 20 dias, diante de temores de desaceleração mais forte no ritmo de expansão da economia americana. O Ibovespa recuou 3,18% no fechamento, para 35.512 pontos. O dólar comercial subiu para R$ 2,152 e o risco-País foi a 223 pontos. (Agências)
Crescem despesas do governo
C
om a proximidade das eleições, as despesas do governo federal deram um novo salto e aumentaram 12,9% em julho em comparação ao mês anterior. De janeiro a julho, os gastos do governo Lula já cresceram 14,8%, enquanto as receitas subiram em ritmo menor: 11,1%. Apesar do aumento, apenas 2,6% do total de R$ 211,49 bilhões de despesas do período foram destinados a investimentos. A forte elevação das despesas reduziu a economia que o governo faz para pagar as despesas com os juros da dívida e evitar que ela saia do controle. O superávit primário do governo central, que reúne as contas do Tesouro Nacional, Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e Banco Central, fechou julho em R$ 2,9 bilhões, bem abaixo dos R$ 4,75 bilhões de julho de 2005 e praticamente a metade dos R$ 5,91 bilhões obtidos em junho passado. O superávit acumulado até julho (R$ 41,4 bilhões) ficou em 3,55% do Produto Interno Bruto (PIB). No mesmo período de 2005, era de 3,99% do PIB.
Sem preocupação — Ma s, para o secretário do Tesouro Nacional, Carlos Kawall, a expansão das despesas não preocupa. Segundo ele, isso já era esperado porque o governo decidiu antecipar os gastos, tendo em vista que a legislação eleitoral restringe as despesas nos meses que antecedem o pleito. Kawall disse que os gastos estão compatíveis com as metas fiscais do governo. Na avaliação do secretário, o fato de as despesas estarem crescendo este ano em ritmo mais acelerado do que as receitas não significa que está se formando um quadro de crise fiscal em 2007, como dizem alguns analistas econômicos. "Um quadro desse tipo seria incompatível com a situação que a economia brasileira vive hoje." Kawall reconheceu, no entanto, que esse cenário não pode "permanecer para sempre porque, assim, haveria um processo insustentável". Por isso, destacou, o comportamento das despesas do governo vai exigir atenção redobrada e, se forem necessárias, ações corretivas. (AE)
Baixa renda não está endividada
A
penas 20% das famílias brasileiras com renda mensal de até cinco salários mínimos estão excessivamente endividadas, ou seja, sem capacidade financeira para arcar com novos compromissos. Os 80% restantes podem fechar mais operações. Essa é a principal conclusão de pesquisa feita pelo instituto InterScience com consumidores das classes C e D. O estudo concluiu que, no universo pesquisado (que inclui cerca de 30 milhões de domicílios) aproximadamente 15% da renda líquida mensal vai para o pagamento de prestações ou juros de dívidas.
Juros altos — Na avaliação do responsável pela pesquisa, Paulo Secches, os altos juros limitam a expansão do crédito na fatia da população que ainda tem condições de pagar pelos recursos. Secches disse que o consumidor brasileiro ainda está longe de um nível preocupante de endividamento. O levantamento do InterScience mostra também que o alto índice (52%) de informalidade no segmento pesquisado é outro fator inibidor da expansão do crédito, porque os trabalhadores autônomos têm menor capacidade de fazer planejamento financeiro. Davi Franzon
4
Câmara Senado Eleições CPMI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
No governo, ele (Fleury) não foi fiel nem leal e ainda prejudicou São Paulo. Orestes Quércia
OS PROJETOS PARA SÃO PAULO
SABATINA REALIZADA PELO GRUPO ESTADO COM ORESTES QUÉRCIA O candidato a governador de São Paulo, Orestes Quércia (PMDB), deu o tom da entrevista a jornalistas do "O Estado de São Paulo": crítico e professoral. Ataques foram endereçados aos tucanos e aos senadores do seu partido, José Sarney (AP) e Renan Calheiros (AL).
Hoje o entrev
istado é o candidato a o governo paulista José Serra (PSDB ). Amanhã se rá a vez da candidata à Presidência pela Frente de Es querda (PSo l, PCB, PSTU), Heloísa Hel ena.
QUÉRCIA: O PSDB DEU MOLEZA PARA O PT.
H
á 16 anos fora do poder – Quércia deixou o governo paulista no início de 1991 – e muito mais inclinado a uma boa conversa, o candidato do PMDB usou e abusou da fórmula durante sabatina realizada ontem pelo jornal "O Estado de S.Paulo". Ele se mostrou arrependido com a escolha de Luiz Antônio Fleury Filho para sucedê-lo como governador de São Paulo. "Foi um erro eu ter apoiado (Fleury) para me suceder. Na verdade eu tinha de deixar o partido decidir. No governo, ele não foi fiel nem leal e ainda prejudicou São Paulo, fazendo um governo ruim." Quércia – que tem aparecido em terceiro lugar nas pesquisas, com 8% a 11% das intenções de voto – garantiu que vai para o 2º turno e fez fortes críticas à política de segurança pública do PSDB. Ele disse ainda que os tucanos perderam a oportunidade de pedir o impeachment de Lula. A seguir os temas abordados:
IMPEACHMENT Para o candidato do PMDB, "houve um momento", durante as denúncias da CPMI dos Correios, em 2005, "em que o impeachment do presidente Lula era possível, no auge das denúncias". No entanto, "o PSDB não quis e deu moleza para o adversário". Quércia referiu-se à decisão dos tucanos de "deixar (Lula) sangrar", logo após o depoimento do marqueteiro Duda Mendonça, de que as campanhas do PT haviam sido pagas em dólar, em contas secretas em Miami. "Hoje, Lula tem autenticidade política e pode superar tudo isso com a força de sua liderança.
Mas o PT, não. O partido está em frangalhos", comparou. RENAN E SARNEY "Os senadores José Sarney (AP) e Renan Calheiros (AL), presidente do Senado, não representam o PMDB. Não tenho nada de pessoal contra Sarney e Renan, mas eles não representam o partido, aquele do qual participei na derrocada do regime militar e na campanha pelas eleições diretas". O candidato disse que não apoiará os candidatos à presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB). "O Lula e o Alckmin não vão me apoiar. Como vou apoiá-los? Não é possível". DÍVIDA E BANESPA A renegociação da dívida do Estado, realizada na gestão do falecido governador tucano Mário Covas, " leva 13% de toda a arrecadação líqüida do Estado de São Paulo e foi feita de uma forma injusta para o Estado". Para Quércia, a privatização do Banespa foi um erro e provocou o prejuízo de R$ 5 bilhões aos cofres do Estado. Ainda sobre o endividamento
de São Paulo, ele citou que em 1994 a dívida era de R$ 25 bilhões, depois do acordo e de 11 anos sem inflação, foram pagos R$ 28 bilhões e o Estado ainda deve R$ 126 bilhões. "O que aconteceu?", questionou. Segundo o peemedebista, os governadores não queriam fechar esse acordo, mas foram "obrigados por pressões políticas". Além da "inflação artificial", o indexador escolhido foi o IGPDI e não o IPCA. "Se não tivéssemos aceitado o reajuste absurdo de 1000%, a situação hoje seria diferente. Pagamos quase R$ 6 bilhões por ano e a capacidade de investimento é de R$ 2,5 bilhões (ano). É o fim do mundo porque é uma dívida injusta, fabricada, mal negociada, que não é devida e que leva o dinheiro de São Paulo para o governo federal ". SEGURANÇA "Essa questão do crime organizado nasceu há muito tempo, foi gestada, e, evidentemente, o governo tucano sabia disso, claro. Eu fui governador. Naquela mesa passa tudo". Quércia disse que a coisa fundamental a ser feita em relação à segurança é "restabelecer a autoridade do governo em face da autoridade atingida na negociação, voluntária
Malabarismo
G
eraldo Alckmin está fazendo contorcionismo para driblar os problemas que enfrenta na campanha no Rio de Janeiro. Alckmin passou as últimas horas tentando o apoio de aliados de Sérgio Cabral, candidato do PMDB ao governo do estado e líder absoluto nas pesquisas. Mas o prefeito César Maia (PFL) continua ameaçando deixar o comando da campanha no estado se Alckmin se aliar àquela área do PMDB. Quem cuida do apoio eventual de aliados de Sérgio Cabral a Alckmin é o deputado Moreira Franco. Cabral não apóia nenhum dos presidenciáveis no 1º turno.
REAÇÃO
DESAFIO
ou involuntária, que foi feita com o crime organizado". Quércia acrescentou que, a partir do momento em que os presos dependem de "seus companheiros" para tomar banho de sol ou ter encontro íntimo, "você atingiu a autoridade do governo, a autoridade do governo foi embora". Quanto a primeira medida a ser tomada para restabelecer essa autoridade, disse: "autoridade é autoridade, ou existe, ou não existe".
A lck m in res o l veu rea gi r à s it u aç ã o i ncô m od a em q ue se en co nt ra su a ca mp a nha n o R i o. P ela s ú l t im a s p esq u is as , o t u ca no p erd e u o 2 º l u gar pa ra He lo í sa H el ena ( PS ol ) . Al ckm i n t e m 1 5% d e i nt enç ão d e v ot o no E st ad o c ont r a 4 5% d e L u la e 1 7% de He lo í sa H el ena .
A lém d o R io , o ut ro pro bl em a qu e A lck m in en fren ta é n o C ear á (5 , 8 mi l hõ es d e v ot o s) . Ca nd id a t o à ree l eiç ã o ao go ver no d o Es ta d o, o t uc ano L úc io Al câ nt ar a s e ex ib i u na t el ev is ão ao l ad o de L u l a. A cena re p e rc u t i u i nt ens am en te e ntre o s el e it ores cea re ns es.
IMPORTÂNCIA
SAÚDE "O problema da saúde em São Paulo são as filas. Se eleito, vou dotar todas as UBSs (Unidades Básicas de Saúde), do interior e da capital, de ultrassom, raio X, médico obstetra e coleta de sangue. Não é caro e é fundamental."
O c ol ég io el e it or a l do Ri o só p erde p a ra o s de Sã o P au lo ( 2 6 m il hõ es de v o to s) e M ina s ( 13 mi l hõ es ) . A ca mp a nha d e A lc km in na regi ão ve m s end o p reju d ic ad a p el o s d ese nt end i me nt os ex is t ent es e nt re o PF L d e Cé sa r M ai a e o P MDB d o c as al G a ro t i n h o .
Lúcio Alcântara, apesar de ser do PSDB, não se bica com o presidente do partido, Tasso Jereissati. Alcântara acha que Tasso estaria colaborando com a campanha de seu adversário, Cid Gomes (PSB). Tasso, no entanto, nega a colaboração.
Monalisa Lins /AE
Quércia: "Autoridade é autoridade, ou existe, ou não existe".
Eymar Mascaro
EDUCAÇÃO "Vamos substituir a atual política de progressão continuada nas escolas públicas por um programa de educação continuada. Hoje, a criança vai para a escola para fazer número. A progressão continuada é a ignorância continuada. Precisamos instituir provas de avaliação nas escolas estaduais a cada dois meses e uma política de ensino complementar, fora do período normal de aulas, para alunos com avaliação ruim. Vou valorizar e motivar os professores com melhores salários e qualificação". MST e PONTAL "O principal problema do Pontal é que os fazendeiros ali instalados não possuem escrituras. Estarei disposto a fazer concessões, vai sobrar uma imensa quantidade de terras para fazer assentamento e isso vai resolver o problema. Não imagino a possibilidade de negociar com o MST, por estar ligado ao governo federal".
INIMIGOS
MAR DE VOTOS O Nordeste continua sendo um maná de votos para Lula e uma pedra no sapato de Alckmin. A região tem 33 milhões de eleitores. As pesquisas Ibope e Datafolha dão ao petista, na região, cerca de 65% de preferência eleitoral, contra a média de 15% do tucano.
CRÍTICAS PERDA Devido a esses desentendimentos, Alckmin perdeu o apoio do ex-governador Antony Garotinho, que resolveu dar uma ajuda à candidatura de Heloísa Helena. César Maia colocou a faca no peito de Alckmin ao comentar "ou eu ou o PMDB".
RECUPERAÇÃO O Ibope e o Datafolha constataram que Alckmin se recuperou um pouco no Sul do País, mas o tucano ainda perde de Lula na região. O Sul (Rio Grande, Paraná e Santa Catarina) armazena cerca de 20 milhões de votos. Lula tem mais de 10 pontos na frente de Alckmin na região.
CHAVE Para crescer mais no Sul, Alckmin ainda luta para alcançar os apoios até agora impossíveis dos governadores Germano Rigotto (RS, 7,5 milhões de votos) e Roberto Requião (PR, 7 milhões), ambos do PMDB. Mas os dois já avisaram que não vão apoiar ninguém no primeiro turno. Querem manter a neutralidade.
CRESCIMENTO Outro Estado em que Alckmin começa a reagir é Minas, mas ainda perde de Lula na região. O candidato tucano se beneficia da campanha à reeleição do governador Aécio Neves e da ajuda que recebe do expresidente Itamar Franco. Aécio tem mais de 70% de índice de intenção de voto.
A segunda etapa da campanha de Alckmin na televisão será para explorar o programa anticorrupção do candidato. O tucano vai aproveitar a desvantagem apontada ontem pelo Datafolha para atacar Lula. Alckmin vai cutucar o presidente no seu ponto mais vulnerável: denúncia de corrupção na área do governo.
CONTUNDENTE O resultado da pesquisa Datafolha (49% para Lula e 25% para Alckmin) pode provocar maior pressão dos pefelistas para que o candidato tucano bata mais duro em Lula. Prevalece no PFL a tese de que é preciso desconstruir o candidato do PT.
NEGATIVO A pesquisa Datafolha registra que a rejeição de Lula atingiu 26% contra 24% de Alckmin. O presidente alcançou seu menor índice. Na pesquisa anterior Lula tinha 29%. A queda no quesito rejeição ocorre na 1ª semana de campanha gratuita na televisão.
ATENTOS Os tucanos se preocuparam também com um item na pesquisa Datafolha: o que aponta crescimento de Lula na avaliação positiva do governo. O petista foi de 45% no levantamento anterior para 52% em pouco mais de um mês. Lembrete: a pesquisa recorda que o índice máximo atingido pelo ex-presidente FHC foi de 47%.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
LEGAIS - 5
Bradesco Vida e Previdência S.A. CNPJ 51.990.695/0001-37 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP
Relatório da Administração Senhores Acionistas,
As Provisões Técnicas relativas aos Planos de Previdência e VGBL cresceram 20,03%, somando R$ 36,154 bilhões (2005 - R$ 30,120 bilhões), e a Carteira de Investimentos 20,36%, atingindo R$ 38,056 bilhões (2005 - R$ 31,619 bilhões), 42,96% do total do mercado, conforme dados divulgados pela ANAPP - Associação Nacional da Previdência Privada. Em atenção ao disposto na Circular SUSEP no 314, de 28 de dezembro de 2005, a Bradesco Vida e Previdência declara possuir capacidade financeira e intenção de manter até o vencimento os títulos classificados na categoria títulos mantidos até o vencimento. Visando à prevenção aos crimes de “lavagem” de dinheiro, a Bradesco Vida e Previdência vem aperfeiçoando ferramentas tecnológicas e o treinamento de funcionários voltados ao processo de monitoramento das movimentações financeiras de clientes, com vistas a coibir o trâmite de transações ilícitas. Para o segundo semestre de 2006, continuaremos investindo na formação e ampliação dos canais de distribuição, objetivando atingir diferentes segmentos de mercado e proporcionar aos clientes melhorias em nossos produtos e serviços. A Empresa dará continuidade à sua estratégia de pioneirismo e inovação, centrando esforços no aumento da oferta de produtos e facilitando o acesso à previdência complementar e ao seguro no Brasil.
Submetemos à apreciação de V.S.as as Demonstrações Financeiras do semestre encerrado em 30 de junho de 2006, na forma da Legislação Societária. A Bradesco Vida e Previdência, desde a sua fundação em 1981, vem apresentando elevados índices de crescimento em um dos setores mais dinâmicos da economia brasileira, graças ao compromisso de manter uma política de produtos inovadores e à confiança conquistada no mercado. Manteve a liderança em todos os segmentos em que atua, participando com 37,82% do total das receitas dos produtos de Previdência Complementar Aberta e VGBL - Vida Gerador de Benefício Livre e 15,61% dos prêmios de Vida e Acidentes Pessoais. As receitas de Contribuições de Planos de Aposentadoria, Pensão e Pecúlio, somadas aos Prêmios do VGBL, apresentaram crescimento de 32,40%, totalizando no semestre R$ 3,694 bilhões (2005 - R$ 2,790 bilhões). O volume de prêmios de Vida e Acidentes Pessoais atingiu R$ 710,187 milhões, significando aumento de 11,83% (2005 - R$ 635,065 milhões).
Demonstrações dos Resultados dos Semestres Findos em 30 de junho –
Balanços Patrimoniais em 30 de junho – Em milhares de Reais ATIVO
2006
2005
PASSIVO
2006
2005
CIRCULANTE ................................................................................................ DISPONÍVEL ................................................................................................. Caixa e Bancos ............................................................................................. APLICAÇÕES ................................................................................................ Títulos de Renda Fixa ................................................................................... Títulos de Renda Variável ............................................................................. Quotas de Fundos de Investimentos ............................................................ Outras Aplicações ......................................................................................... CRÉDITOS DAS OPERAÇÕES COM SEGUROS E RESSEGUROS ............ Prêmios a Receber ........................................................................................ Operações com Seguradoras ........................................................................ Operações com Resseguradoras .................................................................. Outros Créditos Operacionais ....................................................................... Provisão para Riscos de Créditos ................................................................ TÍTULOS E CRÉDITOS A RECEBER ............................................................ Títulos e Créditos a Receber ......................................................................... Créditos Tributários e Previdenciários .......................................................... Outros Créditos .............................................................................................. Provisão para Riscos de Créditos ................................................................ DESPESAS ANTECIPADAS ......................................................................... Administrativas ............................................................................................. DESPESAS DE COMERCIALIZAÇÃO DIFERIDAS ...................................... Seguros e Resseguros ..................................................................................
32.919.831 34.736 34.736 32.485.239 1.302.194 688.095 30.494.585 365 127.250 110.377 28.381 1.030 32.284 (44.822) 239.155 180.958 60.254 1.294 (3.351) 623 623 32.828 32.828
28.843.392 59.169 59.169 28.424.534 552.022 496.329 27.375.770 413 193.982 118.673 24.656 41 97.892 (47.280) 127.059 43.647 82.966 2.367 (1.921) 548 548 38.100 38.100
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ................................................................... APLICAÇÕES ................................................................................................ Títulos de Renda Fixa ................................................................................... Quotas de Fundos de Investimentos ............................................................ TÍTULOS E CRÉDITOS A RECEBER ............................................................ Títulos e Créditos a Receber ......................................................................... Créditos Tributários e Previdenciários .......................................................... Depósitos Judiciais e Fiscais ......................................................................
7.189.957 6.910.068 2.690.750 4.219.318 279.889 37.220 82.479 160.190
3.871.049 3.632.258 3.632.258 – 238.791 55.524 46.412 136.855
PERMANENTE .............................................................................................. INVESTIMENTOS .......................................................................................... Participações Societárias ............................................................................. Imóveis Destinados à Renda ........................................................................ Outros Investimentos .................................................................................... Provisão para Desvalorização ...................................................................... Depreciação .................................................................................................. IMOBILIZADO ................................................................................................ Bens Móveis ................................................................................................. Outras Imobilizações .................................................................................... Depreciação Acumulada ............................................................................... DIFERIDO ...................................................................................................... Despesas de Organização, Implantação e Instalação ................................. Amortização Acumulada ...............................................................................
183.063 139.253 41.180 112.570 73.220 (42.963) (44.754) 3.915 36.241 10 (32.336) 39.895 126.419 (86.524)
822.446 763.099 598.377 117.879 120.404 (31.852) (41.709) 4.727 35.655 10 (30.938) 54.620 107.042 (52.422)
TOTAL DO ATIVO ...........................................................................................
40.292.851
33.536.887
CIRCULANTE ................................................................................................ CONTAS A PAGAR ........................................................................................ Obrigações a Pagar ....................................................................................... Impostos e Encargos Sociais a Recolher .................................................... Provisões Trabalhistas .................................................................................. Provisão para Impostos e Contribuições ...................................................... DÉBITOS DE OPERAÇÕES COM SEGUROS E RESSEGUROS ................. Prêmios a Restituir ........................................................................................ Operações com Seguradoras ........................................................................ Operações com Resseguradoras .................................................................. Comissões e Juros sobre Prêmios Emitidos ............................................... Outros Débitos Operacionais ........................................................................ DÉBITOS DE OPERAÇÕES COM PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ......... Contribuições a Restituir ............................................................................... Outros Débitos Operacionais ........................................................................ DEPÓSITOS DE TERCEIROS ....................................................................... PROVISÕES TÉCNICAS - SEGUROS E RESSEGUROS ............................. RAMOS ELEMENTARES E VIDA EM GRUPO ............................................. Provisão de Prêmios Não Ganhos ................................................................ Provisão de Benefícios a Conceder ............................................................. Sinistros a Liquidar ....................................................................................... Provisão de Sinistros Ocorridos mas Não Avisados ................................... VIDA COM COBERTURA DE SOBREVIVÊNCIA .......................................... Provisão Matemática de Benefícios a Conceder ......................................... Provisão Matemática de Benefícios Concedidos ........................................ Provisão de Riscos Não Expirados .............................................................. Provisão de Oscilação de Riscos ................................................................ Provisão de Excedente Financeiro ............................................................... Provisão de Eventos Ocorridos mas Não Avisados .................................... Provisão de Insuficiência de Prêmios .......................................................... Provisão de Benefícios a Regularizar .......................................................... Outras Provisões ........................................................................................... PROVISÕES TÉCNICAS - PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ..................... PLANOS NÃO BLOQUEADOS ...................................................................... Provisão Matemática de Benefícios a Conceder ......................................... Provisão Matemática de Benefícios Concedidos ........................................ Provisão de Insuficiência de Contribuição ................................................... Provisão de Benefícios a Regularizar .......................................................... Provisão de Excedente Financeiro ............................................................... Provisão de Eventos Ocorridos mas Não Avisados .................................... Outras Provisões ........................................................................................... EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ......................................................................... CONTAS A PAGAR ........................................................................................ Provisão para Tributos Diferidos ................................................................... PROVISÕES TÉCNICAS - SEGUROS E RESSEGUROS ............................. RAMOS ELEMENTARES E VIDA EM GRUPO ............................................. Provisão de Benefícios a Conceder ............................................................. VIDA COM COBERTURA DE SOBREVIVÊNCIA .......................................... Provisão Matemática de Benefícios a Conceder ......................................... Provisão de Excedente Financeiro ............................................................... PROVISÕES TÉCNICAS - PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ..................... PLANOS NÃO BLOQUEADOS ...................................................................... Provisão Matemática de Benefícios a Conceder ......................................... Provisão de Riscos Não Expirados .............................................................. Provisão de Oscilação de Riscos ................................................................ Provisão Matemática de Benefícios Concedidos ........................................ Provisão de Insuficiência de Contribuição ................................................... Provisão de Excedente Financeiro ............................................................... Outras Provisões ........................................................................................... OUTROS PASSIVOS CONTINGENTES ......................................................... Contingências Fiscais .................................................................................. Contingências Trabalhistas ........................................................................... Contingências Cíveis .................................................................................... PATRIMÔNIO LÍQUIDO ................................................................................... Capital Social ................................................................................................ Aumento/(Redução) de Capital (Em Aprovação) .......................................... Reservas de Capital ...................................................................................... Reservas de Reavaliação ............................................................................. Reservas de Lucros ...................................................................................... Ajustes com Títulos e Valores Mobiliários ................................................... Lucros Acumulados ...................................................................................... TOTAL DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO .......................................
28.017.924 255.715 143.540 41.942 7.424 62.809 52.369 118 9.697 1.149 2.157 39.248 14.954 – 14.954 82.072 16.616.322 758.301 35.049 6.310 404.039 312.903 15.858.021 15.481.808 4.031 3.596 836 152 14.613 90.656 35.312 227.017 10.996.492 10.996.492 9.557.684 271.009 505.694 15.024 40.636 19.029 587.416 10.480.787 59.613 59.613 194.511 12.620 12.620 181.891 181.866 25 9.766.787 9.766.787 5.509.760 4.943 4.093 3.036.188 594.039 312.571 305.193 459.876 276.974 7.819 175.083 1.794.140 77.531 502.469 14.001 11.357 567.057 110.785 510.940 40.292.851
21.430.280 160.608 88.972 13.229 6.506 51.901 64.255 115 18.327 2.112 3.577 40.124 32.571 5.538 27.033 205.248 11.194.209 581.030 43.944 6.822 310.395 219.869 10.613.179 10.489.641 2.391 5.468 – – 8.072 – 20.319 87.288 9.773.389 9.773.389 8.849.459 260.091 14.208 11.586 25.169 17.521 595.355 10.526.960 66.814 66.814 173.926 13.645 13.645 160.281 160.256 25 9.937.320 9.937.320 6.092.110 4.800 4.511 2.965.786 321.399 255.401 293.313 348.900 261.308 3.911 83.681 1.579.647 850.000 (514.000) 14.001 11.811 127.568 230.042 860.225 33.536.887
Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido – Em milhares de Reais DISCRIMINAÇÃO
SALDOS EM 31.12.2004 ........................................... AUMENTO/REDUÇÃO DE CAPITAL - Redução de Capital - 54a AGE de 23.2.2005 .......... - Aumento de Capital - Portaria SUSEP no 429 de 24.2.2005 ................................................................. - Aumento de Capital - 25a AGO / 56a AGE de 30.3.2005 ................................................................. - Redução de Capital - 57a AGE de 31.3.2005 .......... RESERVAS DE CAPITAL - Cancelamento de Ações em Tesouraria ................. RESERVAS DE REAVALIAÇÃO - Realização por Depreciação ................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS ....................... DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS ............................. LUCRO LÍQUIDO DO SEMESTRE ............................. SALDOS EM 30.6.2005 ............................................. SALDOS EM 31.12.2005 ........................................... AUMENTO/REDUÇÃO DE CAPITAL - Aumento de Capital - 26ª AGO / 65ª AGE de 29.3.2006 ................................................................. - Aumento de Capital - Portaria SUSEP no 2435 de 26.4.2006 ................................................................. - Redução de Capital - Portaria SUSEP no 2435 de 26.4.2006 ................................................................. - Aumento de Capital - Portaria SUSEP no 2438 de 3.5.2006 ................................................................... - Redução de Capital - Portaria SUSEP no 2438 de 3.5.2006 .................................................................. - Aumento de Capital - Portaria SUSEP no 2438 de 3.5.2006 ................................................................... - Redução de Capital - Portaria SUSEP no 2438 de 3.5.2006 ................................................................... - Redução de Capital - Portaria SUSEP no 2438 de 3.5.2006 ................................................................... RESERVAS DE REAVALIAÇÃO - Realização por Depreciação ................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS ........................ LUCRO LÍQUIDO DO SEMESTRE ............................. SALDOS EM 30.6.2006 .............................................
AUMENTO/ (REDUÇÃO) AÇÕES EM DE CAPITAL TESOURARIA (EM APROVAÇÃO)
CAPITAL SOCIAL 541.452
441.720
(523)
RESERVAS DE CAPITAL
RESERVAS DE REAVALIAÇÃO
14.524
12.038
RESERVAS DE LUCROS LEGAL
LUCROS COLIGADAS ACUMULADOS E CONTROLADAS
127.810
264.987
223.036
99.751
–
1.724.795 (281.824)
(281.824)
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
– –
242 (365.590)
– –
– –
– –
(242) –
– –
– –
– –
– –
– (365.590)
–
–
523
(523)
–
–
–
–
–
–
–
– – – – 850.000 983.153
– – – – (514.000) (905.622)
– – – – – –
– – – – 14.001 14.001
(227) – – – 11.811 11.584
– – – – 127.568 71.876
– – (264.987) – – 997.650
– (108.078) – – 114.958 144.269
– 15.333 – – 115.084 –
227 – – 859.998 860.225 –
– (92.745) (264.987) 859.998 1.579.647 1.316.911
–
502.469
–
–
–
–
(502.469)
–
–
–
–
19
(19)
–
–
–
–
–
–
–
–
–
(281.824)
281.824
–
–
–
–
–
–
–
–
–
242
(242)
–
–
–
–
–
–
–
–
–
(365.590)
365.590
–
–
–
–
–
–
–
–
–
125.678
(125.678)
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
(72.469)
72.469
–
– – – 77.531
– – – 502.469
– – – –
Quantidade de ações .................................................................................... Lucro Líquido por ação em R$ ......................................................................
2006
2005
1.827.532 3.447.222 3.456.828 31.401 (44.416) 3.409 (3.543) 4 (36.074) (1.580.077) (1.174.914) 652.618 (428.419) (395.877) (15.160) (23.879) (8.056) 43.595 37 (29.079) (47.705) (45.202) (2.503) (154.518) (112.794) 5.143 (36.687) (10.180) 164.652 186.633 (21.981)
1.144.634 2.507.848 2.505.070 35.467 (33.651) 962 (1.977) 4 (38.943) (1.322.298) (509.896) 634.738 (378.413) (321.497) (18.077) (20.858) (7.256) 26.378 16 (37.119) (32.943) (30.554) (2.389) (139.151) (99.647) 5.167 (44.878) 207 127.692 138.608 (10.916)
1.025.740 1.025.740 438.141 (1.248.352) (199.033) (1.049.819) 500 (65.549) (18.598) 75.454 (94.052) (134.241) (53.950) 631.044 2.579.358 (1.948.314) 12.346 3.393 9.307 (354) 773.209 (4.699) 768.510 (186.528) (67.303) (3.966) 510.713
991.868 991.868 304.784 (1.342.350) (195.655) (1.144.219) (2.476) (54.796) 69.804 64.008 5.796 (116.205) (29.418) 522.631 2.321.974 (1.799.343) 500.107 4.015 493.714 2.378 1.058.348 (12.213) 1.046.135 (135.813) (49.238) (1.086) 859.998
182.381 2.800,25
182.381 4.715,39
2006
PRÓPRIOS
(308.548)
–
OPERAÇÕES DE SEGUROS PRÊMIOS RETIDOS ...................................................................................... PRÊMIOS DE SEGUROS .............................................................................. Prêmios Diretos ............................................................................................. Prêmios de Cosseguros Aceitos .................................................................. Prêmios de Cosseguros Cedidos ................................................................. Prêmios Estimados ....................................................................................... PRÊMIOS CEDIDOS EM RESSEGUROS ..................................................... PRÊMIOS DE RETROCESSÕES .................................................................. PRÊMIOS CEDIDOS A CONSÓRCIOS E FUNDOS ...................................... RESGATES SEGURO DE VIDA INDIVIDUAL/VGBL ..................................... VARIAÇÃO DAS PROVISÕES TÉCNICAS .................................................... PRÊMIOS GANHOS ...................................................................................... SINISTROS RETIDOS ................................................................................... Sinistros Diretos ............................................................................................ Sinistros de Cosseguro Aceitos e Retrocessões ......................................... Sinistros de Consórcios e Fundos ................................................................ Serviços de Assistência ............................................................................... Recuperação de Sinistros ............................................................................. Salvados e Ressarcimentos ......................................................................... Variação da Provisão de Sinistros Ocorridos mas Não Avisados ............... DESPESAS COM BENEFÍCIOS ................................................................... Despesas com Benefícios ............................................................................ Variação da Provisão de Eventos Ocorridos mas Não Avisados ................ DESPESAS DE COMERCIALIZAÇÃO .......................................................... Comissões .................................................................................................... Recuperação de Comissões ......................................................................... Outras Despesas de Comercialização ......................................................... Variação das Despesas de Comercialização Diferidas ............................... OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS ................................. Outras Receitas Operacionais ...................................................................... Outras Despesas Operacionais .................................................................... OPERAÇÕES DE PREVIDÊNCIA RENDAS DE CONTRIBUIÇÕES RETIDAS ................................................... Rendas de Contribuições .............................................................................. VARIAÇÕES DAS PROVISÕES TÉCNICAS ................................................. DESPESAS COM BENEFÍCIOS E RESGATES ............................................ Despesas com Benefícios ............................................................................ Despesas com Resgates .............................................................................. Variação da Provisão de Eventos Ocorridos mas Não Avisados ................ DESPESAS DE COMERCIALIZAÇÃO .......................................................... OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS ................................. Outras Receitas Operacionais ...................................................................... Outras Despesas Operacionais .................................................................... DESPESAS ADMINISTRATIVAS .................................................................. DESPESAS COM TRIBUTOS ........................................................................ RESULTADO FINANCEIRO ............................................................................ Receitas Financeiras .................................................................................... Despesas Financeiras .................................................................................. RESULTADO PATRIMONIAL .......................................................................... Receitas com Imóveis de Renda .................................................................. Ajustes de Investimentos em Controladas e Coligadas .............................. Outras Despesas/Receitas Patrimoniais ...................................................... RESULTADO OPERACIONAL ........................................................................ RESULTADO NÃO OPERACIONAL ............................................................... RESULTADO ANTES DOS IMPOSTOS E PARTICIPAÇÕES ......................... Imposto de Renda ......................................................................................... Contribuição Social ....................................................................................... PARTICIPAÇÕES SOBRE O RESULTADO .................................................... LUCRO LÍQUIDO DO SEMESTRE .................................................................
TOTAL
ESTATUTÁRIA
–
311.678
Em milhares de Reais (exceto o lucro líquido por ação)
Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos dos Semestres Findos em 30 de junho – Em milhares de Reais
AJUSTE COM TVM
308.548
(311.678)
Cidade de Deus, 22 de agosto de 2006 Diretoria
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
– – – 14.001
(227) – – 11.357
– – – 71.876
– – – 495.181
– (33.484) – 110.785
– – – –
227 – 510.713 510.940
– (33.484) 510.713 1.794.140
2005
LUCRO LÍQUIDO DO SEMESTRE ................................................................. Depreciações e Amortizações ...................................................................... Resultado Negativo de Equivalência Patrimonial ....................................... Amortizações de Ágio ................................................................................... Prejuízo na Venda de Investimentos ou Imobilizado ................................... Resultado Positivo de Equivalência Patrimonial ........................................ Lucro na Venda de Investimentos ou Imobilizado ........................................ Outros ............................................................................................................
510.713 8.075 330 15 (9.637) 485
859.998 7.359 1.492 2.523 (497.729) (6.707) (3.993)
A) LUCRO LÍQUIDO AJUSTADO DO SEMESTRE ......................................... ATIVIDADES OPERACIONAIS Aumento das Aplicações .............................................................................. (Redução) Aumento dos Créditos das Operações ........................................ (Redução) de Títulos e Créditos a Receber .................................................. Aumento das Despesas Antecipadas .......................................................... (Redução) Aumento das Despesas de Comercialização Diferidas ............. Redução de Contas a Pagar ......................................................................... (Aumento) de Débitos de Operações com Seguros e Resseguros .............. Redução de Débitos de Operações com Previdência .................................. (Aumento) de Depósitos de Terceiros ........................................................... (Aumento) de Provisões Técnicas - Seguros e Resseguros ........................ (Aumento) das Provisões Técnicas - Previdência Complementar ............... (Aumento) de Outros Passivos Contingentes ............................................... Redução de Ajustes de TVM (PL) ................................................................. Dividendos Recebidos de Controladas e Coligadas ....................................
509.981
362.943
2.644.597 (9.850) (231.134) 334 (10.180) 336.984 (21.155) 31.642 (24.478) (2.110.218) (443.605) (59.407) 33.484 (1.120)
1.829.893 22.566 (451.644) 336 207 300.809 (37.960) 459.332 (174.012) (1.381.522) (737.787) (21.857) 108.078 (88.199)
B) CAIXA LÍQUIDO APLICADO (GERADO) NAS ATIVIDADES OPERACIONAIS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Recebimento pela Venda de Ativo Permanente ........................................... Pagamento pela Compra de Ativo Permanente ............................................
135.894
(171.760)
41 (18.982)
1.272.397 (61.445)
C) CAIXA LÍQUIDO (APLICADO) GERADO NAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Redução de Capital ....................................................................................... Distribuição de Dividendos ...........................................................................
(18.941)
1.210.952
(332.550)
(647.414) (1.044.987)
D) CAIXA LÍQUIDO (APLICADO) NAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO AUMENTO NAS DISPONIBILIDADES (A-B+C+D) ........................................ DISPONIBILIDADES NO INÍCIO DO PERÍODO ............................................. DISPONIBILIDADES NO FINAL DO PERÍODO ............................................. AUMENTO NAS DISPONIBILIDADES ..........................................................
(332.550) 22.596 12.140 34.736 22.596
(1.692.401) 53.254 5.915 59.169 53.254
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras – Em milhares de Reais 1 -
CONTEXTO OPERACIONAL A Bradesco Vida e Previdência S.A. é controlada direta da Bradesco Seguros S.A. e indireta do Banco Bradesco S.A.Tem por objetivo social a instituição e operação de seguros de vida, compreendendo todas as modalidades de seguros de pessoas, excluídas quaisquer espécies de seguros de dano, bem como a instituição e operação de planos previdenciários nas modalidades de pecúlio e de renda, tais como definidos em Lei. Como parte integrante da Organização Bradesco, suas operações são conduzidas em um contexto que envolve um conjunto de Empresas que atuam no mercado segurador, previdenciário e financeiro, se utilizando, de forma compartilhada, da infra-estrutura tecnológica e administrativa dessas Empresas. Suas demonstrações financeiras devem ser entendidas nesse contexto operacional.
2 -
APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas em consonância com as práticas contábeis adotadas no Brasil, que incluem as práticas da Lei das Sociedades por Ações, normas do Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP e da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, bem como estão sendo apresentadas segundo critérios estabelecidos pelo plano de contas instituído pela Circular SUSEP no 314, de 28 de dezembro de 2005, que introduziu alterações na classificação das contas do balanço patrimonial, da demonstração do resultado, bem como a modificação na forma de apresentação da demonstração de origens e aplicações de recursos. Em decorrência, alguns dos saldos e valores do semestre findo em 30 de junho de 2005, anteriormente publicados, foram reclassificados com o objetivo de proporcionar melhores condições de comparabilidade.
3 -
RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS a. Apuração do resultado O resultado é apurado pelo regime contábil de competência, observando-se o critério “pro-rata” dia e por estimativa para receitas de prêmios, nos casos em que o risco coberto só é conhecido após o decurso do período de cobertura. Os prêmios de seguros e cosseguros bem como os prêmios cedidos de cosseguros e resseguros e suas respectivas despesas de comercialização são reconhecidas no resultado quando da emissão das respectivas apólices, e apropriados ao resultado em bases lineares, no decorrer do prazo de vigência do risco por meio de constituição ou reversão da provisão de prêmios não ganhos e da despesa de comercialização diferida. As comissões de agenciamento de operações de seguros são diferidas e apropriadas ao resultado, de forma linear, pelo prazo de 12 meses. As operações de cosseguro aceito, retrocessão e do convênio DPVAT são contabilizadas com base nas informações recebidas das congêneres, do IRB-Brasil Resseguros S.A. e da Federação Nacional de Seguros Privados - FENASEG, respectivamente. As contribuições de planos previdenciários e os prêmios de seguros de vida com cobertura de sobrevivência são reconhecidos no resultado quando do seu efetivo recebimento. b. Aplicações Os títulos e valores mobiliários são classificados segundo a intenção da Administração em mantê-los até o seu vencimento ou negociá-los antes dessa data. Os títulos mantidos até o vencimento são valorizados pelo custo de aquisição acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço. Os títulos sujeitos a negociação antes de seu vencimento têm o seu valor contábil ajustado ao valor de mercado. O ajuste ao valor de mercado, para mais ou para menos, é reconhecido no resultado do semestre (títulos classificados na categoria “para negociação”) ou em conta específica do patrimônio líquido pelo seu valor líquido dos efeitos tributários, sendo transferido para o resultado do período quando da venda dos respectivos títulos e valores mobiliários (títulos classificados na categoria “disponíveis para venda”). Os títulos classificados como “para negociação” são apresentados no ativo circulante, independentemente de seu vencimento. Os títulos classificados como “disponíveis para venda” e “mantidos até o vencimento” são apresentados no ativo circulante e realizável a longo prazo de acordo com seu vencimento. De acordo com a regulamentação em vigor, os títulos que compõem as carteiras dos fundos exclusivos são classificados nas categorias “para negociação” ou “mantidos até o vencimento”, segundo instruções emitidas pelo cotista exclusivo ao administrador dos fundos. c. Créditos de operações de seguros e outras contas a receber Representam os valores contratados que se encontram pendentes de recebimento, em razão da data de vencimento da fatura, sendo, quando aplicável, constituída a provisão para riscos de crédito em montante julgado suficiente para fazer face às eventuais perdas na realização de créditos. d. Investimentos Os investimentos em controladas e coligadas foram avaliados pelo método de equivalência patrimonial e os outros investimentos são avaliados pelo método de custo. Os imóveis destinados à renda estão demonstrados pelo custo de aquisição, corrigidos monetariamente até 31 de dezembro de 1995, e foram reavaliados em 1998. Conforme disposto na Circular SUSEP no 260 de 8 de julho de 2004, estão desobrigadas da reavaliação periódica, as sociedades que apresentam índice de imobilização inferior a 30%, e portanto, neste semestre não foi necessária a reavaliação desses imóveis. A reavaliação de imóveis líquida da respectiva depreciação monta R$ 13.357 (2005 - R$ 14.045). No resultado foi reconhecido R$ 344 (2005 - R$ 344), referente à parcela de depreciação, calculada pelo método linear, com base na vida útil estimada à taxa anual de 4%. e. Imobilizado Demonstrado ao custo de aquisição, corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, líquido das respectivas depreciações acumuladas calculadas pelo método linear, com base na vida útil estimada dos bens, às taxas anuais de 10% para móveis, máquinas e utensílios e 20% para equipamentos de informática.
f. Diferido As despesas de instalações e as despesas incorridas com desenvolvimento e implantação de novos sistemas estão demonstradas ao custo de aquisição, e são amortizadas pelo método linear, à razão de 20% ao ano. g. Provisões técnicas As provisões técnicas são constituídas em consonância com as determinações e critérios estabelecidos na Resolução CNSP no 120, de 24 de dezembro de 2004. Seguro de vida em grupo e acidentes pessoais: A provisão de prêmios não ganhos é constituída pela parcela dos prêmios retidos de seguros, correspondentes aos períodos de riscos não decorridos dos contratos de seguros, de acordo com os critérios determinados pelas normas da SUSEP. A provisão para insuficiência de prêmios é constituída se for constatada insuficiência da provisão para prêmios não ganhos para cobertura dos sinistros a ocorrer, considerando indenizações e despesas relacionadas, sendo calculada de acordo com a Nota Técnica Atuarial. Considerando o envelhecimento dos segurados das apólices abertas de vida em grupo foi constituida PIP no valor de R$ 48.934. A provisão de sinistros a liquidar é constituída pela totalidade dos capitais segurados de sinistros avisados e ainda não pagos, líquidos de cosseguro e/ou resseguro, determinada com base nos avisos de sinistros recebidos até a data do balanço. A provisão de sinistros/eventos ocorridos mas não avisados, é constituída com base no histórico de sinistros/eventos avisados até a data do balanço, conforme metodologia prevista na Nota Técnica Atuarial. Operações de previdência complementar e de seguros de vida com cobertura de sobrevivência: As provisões matemáticas relacionadas a planos de previdência conhecidos como “tradicionais” representam a diferença entre o valor atual dos benefícios futuros e o valor atual das contribuições futuras, correspondentes as obrigações assumidas sob a forma de planos de renda e de pensão e pecúlio, e são calculadas segundo metodologia e premissas estabelecidas em Notas Técnicas Atuariais. As provisões matemáticas de benefícios a conceder vinculadas a seguros de vida e planos de previdência da modalidade “gerador de benefícios livres” (VGBL e PGBL) representam o montante das contribuições efetuadas pelos participantes, líquidas de carregamento e outros encargos contratuais, acrescidas dos rendimentos financeiros gerados pela aplicação dos recursos em fundos de aplicação em cotas de fundo de investimento especialmente constituído (FICs). A provisão de benefícios a conceder refere-se aos participantes cuja percepção dos benefícios ainda não foram iniciadas e a provisão de benefícios concedidos refere-se àqueles já em gozo de benefícios. A provisão de insuficiência de contribuições (PIC) é constituída para fazer face a eventual oscilação desfavorável nos riscos técnicos assumidos na provisão matemática de benefícios a conceder e na provisão matemática de benefícios concedidos, considerando tendência de maior sobrevida dos participantes, tomando por base a tábua de sobrevivência AT-2000 Male (Suavizada), tábua de sobrevivência de inválidos AT-1949 Male e a taxa real de juros de 4,5% ao ano. A provisão de eventos ocorridos mas não avisados relativa às operações de previdência, é constituída de acordo com as determinações da Circular SUSEP no 288 de 1o de abril de 2005. A provisão de excedente financeiro foi calculada de acordo com a Nota Técnica Atuarial aprovada pela SUSEP e corresponde aos resultados financeiros calculados sobre o valor do rendimento que exceda a rentabilidade mínima dos planos de previdência com cláusula de participação de excedente financeiro. A provisão para despesas administrativas, apresentada na rubrica “Outras provisões” é constituída para cobrir as despesas administrativas dos planos de benefício definido e contribuição definida, segundo metodologia estabelecida em Nota Técnica Atuarial. A provisão de oscilação financeira, registrada na rubrica “Outras provisões”, é constituída de acordo com a metodologia prevista em Nota Técnica Atuarial até o limite de 15% sobre a provisão matemática de benefícios a conceder, conforme legislação em vigor. Para o cálculo dessa provisão é utilizada a taxa de juros real de 4% ao ano. 4 -
Os encargos financeiros creditados às provisões técnicas, bem como a constituição e/ou reversão da provisão de excedente financeiro e da provisão de oscilação financeira, são classificados como “Despesas financeiras”. Operações com o consórcio DPVAT: A provisão de sinistros ocorridos mas não avisados para encargos futuros é calculada e informada pelo Consórcio DPVAT. Sobre os valores constituídos, provisionados juros à razão de 6% ao ano, a débito da conta de “Despesas financeiras”. h. Imposto de renda e contribuição social A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente a R$ 120 no semestre e para contribuição social sobre o lucro, à alíquota de 9%, nos termos da legislação em vigor. O imposto de renda e contribuição social diferidos, calculados sobre as adições temporárias, são registrados na rubrica “Créditos tributários e previdenciários”, e a provisão para as obrigações fiscais diferidas sobre os ajustes a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários e as reservas de reavaliação são registradas na rubrica “Provisão para tributos diferidos”. i. Outros ativos e passivos Os ativos estão demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias até a data do balanço, e ajustados por provisão, quando julgado necessário. Os passivos são demonstrados por valores conhecidos e calculáveis acrescidos, quando aplicável, dos encargos e das variações monetárias incorridos até a data do balanço. j. Estimativas contábeis A elaboração de demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração use de julgamento na determinação e registro de estimativas contábeis. Ativos e passivos significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem provisão para riscos de créditos, provisões técnicas, provisões para contingências e o ajuste a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá ser efetuada por valores diferentes dos estimados devido a imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A Seguradora revisa essas estimativas periodicamente. k. Ativos e passivos contingentes e obrigações legais - fiscais e previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM 489/05. Ativos Contingentes: Não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações financeiras. Passivos Contingentes: São constituídos levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e no posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como de perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente, devendo ser apenas divulgados nas demonstrações financeiras, e os classificados como remotos não requerem provisão e divulgação. Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias: Decorrem de processos judiciais relacionados a obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade, que independente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras.
APLICAÇÕES a. Resumo da classificação das aplicações financeiras: 2006 Títulos para negociação ............................................................................................................................................................................................ - Títulos de renda fixa - fundos de investimentos ...................................................................................................................................................... - Títulos de renda fixa - certificado de depósito bancário .......................................................................................................................................... - Títulos de renda fixa - letras financeiras do tesouro ................................................................................................................................................ - Títulos de renda variável - fundos de investimentos ............................................................................................................................................... - Títulos de renda variável - ações resgatáveis ......................................................................................................................................................... - Quotas de fundos especialmente constituídos ....................................................................................................................................................... Títulos disponíveis para venda ................................................................................................................................................................................. - Títulos de renda fixa - debêntures ............................................................................................................................................................................ - Títulos de renda fixa - letras financeiras do tesouro ................................................................................................................................................ - Títulos de renda variável - ações ............................................................................................................................................................................. - Outras aplicações - retrocessão .............................................................................................................................................................................. Títulos mantidos até o vencimento ............................................................................................................................................................................ - Títulos de renda fixa - fundos de investimentos ...................................................................................................................................................... - Títulos de renda fixa - notas do tesouro nacional .................................................................................................................................................... - Títulos de renda fixa - debêntures ............................................................................................................................................................................ Total ............................................................................................................................................................................................................................
25.799.291 3.055.816 – – 60.694 – 22.682.781 985.322 – 296.862 688.095 365 12.610.694 8.914.612 3.216.405 479.677 39.395.307
%
2005 65,49 7,76 – – 0,15 – 57,58 2,50 – 0,75 1,75 – 32,01 22,63 8,16 1,22 100
27.870.257 11.306.410 140.237 330.486 36.089 23.765 16.033.270 1.009.019 498.503 13.774 496.329 413 3.177.516 – 3.177.516 – 32.056.792
% 86,94 35,27 0,44 1,03 0,11 0,07 50,02 3,15 1,56 0,04 1,55 – 9,91 – 9,91 – 100
CONTINUA
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
DIÁRIO DO COMÉRCIO
ECONOMIA/LEGAIS - 13
VOTORANTIM - CORRETORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS LTDA. C.N.P.J. 01.170.892/0001-31 Av. Roque Petroni Jr. 999 - 16º andar - conj. B - CEP: 04707-910 - São Paulo - SP Tel: (011) 5185-1700 Fax: (011) 5185-1900 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO de corretagens no mercado de derivativos e de ações. Senhores Cotistas, Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. as demonstrações financeiras referentes ao A Votorantim Corretora distribuiu lucro do semestre da ordem de R$ 16,9 milhões. Agradecemos aos nossos clientes e parceiros, bem como à nossa equipe de funcionários, responsáveis pelo resultado conseguido no semestre encerrado em 30 de junho de 2006, bem como o parecer dos auditores independentes. semestre. São Paulo, 11 de agosto de 2006 A Votorantim Corretora encerrou o semestre com Ativos da ordem de R$ 1,2 bilhão e Patrimônio Líquido de R$ 124,2 milhões. A Diretoria O Lucro Líquido apurado no semestre foi de R$ 16,9 milhões, decorrentes dos resultados em intermediação financeira e nas receitas DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 - (Em milhares de reais) Semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 Ativo 2006 2005 Passivo 2006 2005 (Em milhares de reais, exceto lucro líquido por quota do capital social) Circulante 684.899 493.873 Circulante 703.303 157.007 Disponibilidades 8 95 Captações no mercado aberto 22.858 2006 2005 22.622 21.034 Aplicações interfinanceiras de liquidez 88.800 82.000 Carteira própria 22.858 Receitas da intermediação financeira Aplicações em depósitos interfinanceiros 88.800 82.000 Instrumentos financeiros derivativos 661.070 89.336 Resultado de operações com títulos e valores mobiliários (19.455) (11.682) Títulos e valores mobiliários e Instrumentos financeiros derivativos 661.070 89.336 Resultado com instrumentos financeiros derivativos 42.077 32.716 480.131 405.759 Outras obrigações 42.233 44.813 Despesas da intermediação financeira (2.237) (3.934) instrumentos financeiros derivativos Carteira própria 242.745 Sociais e estatutárias 17.459 15.084 Operações de captação no mercado (2.237) (3.934) 20.385 17.100 Vinculados a compromissos de recompra 5.031 51.886 Fiscais e previdenciárias 8.309 25.570 Resultado bruto de intermediação financeira 2.607 2.068 Instrumentos financeiros derivativos 239.438 73.274 Negociação e intermediação de valores 16.023 3.832 Outras receitas/(despesas) operacionais Receitas de prestação de serviços 8.104 6.487 Vinculados à prestação de garantias 235.662 37.854 Diversas 442 327 Outros créditos 115.953 6.006 Exigível a longo prazo 419.907 895.009 Despesas de pessoal (1.328) (800) Outras despesas administrativas (2.053) (1.942) Negociação e intermediação de valores 16.812 4.524 Captações no mercado aberto 5.031 29.028 Despesas tributárias (2.457) (1.369) Diversos 99.141 1.482 Carteira própria 5.031 29.028 Outras receitas operacionais 446 78 Outros valores e bens 7 13 Instrumentos financeiros derivativos 382.407 864.823 Despesas antecipadas 7 13 Instrumentos financeiros derivativos 382.407 864.823 Outras despesas operacionais (105) (386) 22.992 19.168 Realizável a longo prazo 551.904 672.024 Outras obrigações 32.469 1.158 Resultado operacional Títulos e valores mobiliários e Fiscais e previdenciárias 32.469 1.158 Resultado antes da tributação e participações no lucro 22.992 19.168 Patrimônio líquido 124.193 121.743 Imposto de renda e contribuição social 551.170 671.290 instrumentos financeiros derivativos (5.513) (3.603) Provisão para imposto de renda (2.666) (1.914) Instrumentos financeiros derivativos 551.170 671.290 Capital social: Provisão para contribuição social (2.013) (1.689) Outros créditos 734 734 de domiciliados no País 59.250 59.250 Diversos 734 734 Reservas de capital 12.709 9.953 Ativo fiscal diferido (834) (619) (407) Permanente 10.600 7.862 Reserva de lucros 10.334 9.260 Participações dos empregados no lucro 16.860 15.158 Investimentos 10.348 7.592 Lucros acumulados 41.900 43.280 Lucro líquido do semestre Outros investimentos 10.348 7.592 Lucro líquido por quota do capital social 835,44 751,10 Imobilizado de uso 239 267 DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS Outras imobilizações de uso 594 584 Semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 - (Em milhares de reais) Depreciação acumulada (355) (317) 2006 2005 Diferido 13 3 Gastos de organização e expansão 16 3 Origens dos recursos 231.515 305.743 Lucro líquido do semestre 16.860 15.158 Amortização acumulada (3) Ajustes ao lucro líquido 21 18 Total do Ativo 1.247.403 1.173.759 Total do Passivo 1.247.403 1.173.759 Depreciação e amortização 21 18 DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - Semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 - (Em milhares de reais) Subvenções para investimentos 438 698 Reservas de capital Reserva de lucros Recursos de terceiros originários de: 214.196 289.869 Capital Atualização de títulos Reserva de Reserva Lucros Aumento do subgrupo do passivo 214.146 174.836 patrimoniais incentivos fiscais legal acumulados Total social Captações no mercado aberto 25.260 Instrumentos financeiros derivativos 214.146 149.576 Saldos em 31 de dezembro de 2004 59.250 9.079 176 8.502 43.547 120.554 Diminuição dos subgrupos do ativo 50 115.033 Distribuição de dividendos (14.667) (14.667) Aplicações interfinanceiras de liquidez 108.243 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros Constituição de reserva: derivativos 44 Subvenções para investimentos 318 380 698 Outros créditos 6.790 Outros valores e bens 6 Lucro líquido do semestre 15.158 15.158 Aplicações dos recursos 231.712 305.752 Destinação do lucro líquido: Distribuição de dividendos 16.840 14.667 Inversões em: 439 1.929 Reserva legal 758 (758) Investimentos 438 1.918 Saldos em 30 de junho de 2005 59.250 9.397 556 9.260 43.280 121.743 Imobilizado de uso 1 11 Aumento dos subgrupos do ativo 173.185 272.852 Saldos em 31 de dezembro de 2005 59.250 11.715 556 10.334 41.880 123.735 Aplicações interfinanceiras de liquidez 84.696 Constituição de reserva: Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 272.852 Subvenções para investimentos 438 438 Outros créditos 88.489 Lucro líquido do semestre 16.860 16.860 Diminuição do subgrupo do passivo 41.248 16.304 Captações no mercado aberto 32.338 Destinação do lucro líquido: Outras obrigações 8.910 16.304 Distribuição de dividendos (16.840) (16.840) Redução das disponibilidades (197) (9) Modificação na posição financeira Saldos em 30 de junho de 2006 59.250 12.153 556 10.334 41.900 124.193 Disponibilidades No início do semestre 205 104 NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - Semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 - (Em milhares de reais) No fim do semestre 8 95 títulos e valores mobiliários classificados na categoria “títulos mantidos até o 1 Contexto operacional Redução das disponibilidades (197) (9) vencimento”, tanto o título como o instrumento financeiro derivativo são avaliados A Votorantim Corretora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. tem por objetivo social e contabilizados pelas condições intrínsecas contratadas, não sendo registrados 6 Investimentos operar em bolsas de valores, negociar e distribuir títulos e valores mobiliários por 2006 2005 pelo valor de mercado. conta própria ou de terceiros, bem como atuar nas demais atividades permitidas e Incentivo fiscal 400 400 Os efeitos em resultado da adoção dos critérios podem ser assim regulamentadas pelo Banco Central do Brasil (BACEN). Título patrimonial - BOVESPA 5.449 3.290 demonstrados: As operações são conduzidas no contexto de um conjunto de instituições que atuam Título patrimonial - BM&F 4.290 3.693 2006 2005 integradamente no mercado financeiro e certas operações têm a co-participação ou CETIP 9 9 Resultado do semestre antes dos ajustes 32.381 25.952 a intermediação de instituições associadas, integrantes do sistema financeiro. Os SISBEX - BM&F 200 200 Efeito no semestre dos ajustes de mercado: benefícios dos serviços prestados entre essas instituições e os custos da estrutura Total 10.348 7.592 Carteira de títulos e valores mobiliários (22.948) (20.083) operacional e administrativa são absorvidos segundo a praticabilidade e a razoabilidade 7 Captações no mercado aberto Instrumentos financeiros derivativos (568) 3.729 de lhes serem atribuídos em conjunto ou individualmente. Trata-se de operações com compromisso de recompra, contratadas junto às Imposto de renda e contribuição social sobre os ajustes 7.995 5.560 2 Descrição das principais práticas contábeis instituições financeiras, no montante de R$ 5.031 (2005 - R$ 51.886), com vencimento Resultado do semestre após os ajustes 16.860 15.158 As práticas contábeis adotadas para a contabilização das operações e para a até dezembro de 2007, possuindo como lastro papéis privados. c. Outros ativos elaboração das demonstrações financeiras emanam da Lei das Sociedades Anônimas, Demonstrados pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos calculados 8 Patrimônio líquido associadas às normas e instruções do BACEN. a. Capital social com base “pro rata” dia e das variações monetárias auferidas até a data do balanço. a. Apuração do resultado O capital social, subscrito e integralizado, é representado por 20.181 quotas de d. Estimativas contábeis O resultado é apurado pelo regime de competência. valor nominal de R$ 2.935,95 cada uma. A elaboração de demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis b. Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos b. Dividendos adotadas no Brasil requer que a Administração use de julgamento na determinação Atendendo ao disposto na Circular nº 3.068, do BACEN, os títulos e valores Foi aprovada pelos quotistas, em 30 de junho de 2006, a distribuição de dividendos, e registro de estimativas contábeis. Ativos e passivos significativos sujeitos a essas mobiliários são classificados nas seguintes categorias, de acordo com a intenção no montante de R$ 16.840, sendo R$ 834,45 por quota, referente ao lucro deste estimativas e premissas incluem provisão para desvalorização de certos ativos e de investimento da Administração: semestre. Títulos para negociação; imposto de renda diferido ativo, provisão para contingências e valorização de Títulos disponíveis para venda; e títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos. A liquidação 9 Imposto de renda e contribuição social a. Encargos devidos sobre as operações do semestre Títulos mantidos até o vencimento. das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores diferentes Segue a demonstração do imposto de renda e da contribuição social, incidentes Os títulos e valores mobiliários classificados na categoria títulos para negociação dos estimados, devido a imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. sobre as operações do semestre: ou na categoria títulos disponíveis para venda devem ser avaliados e registrados A Instituição revisa as estimativas e premissas pelo menos mensalmente. 2006 2005 a valor de mercado e a diferença em relação ao custo corrigido é reconhecida no e. Ativo permanente Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 22.992 19.168 resultado do período ou em conta específica do Patrimônio líquido, Os investimentos são representados, substancialmente, por títulos patrimoniais, Encargos (imposto de renda e contribuição social) demonstrados pelo valor nominal, atualizado com base nas informações recebidas respectivamente. Quando classificados na categoria títulos mantidos até o à alíquota nominal de 25% e 9%, respectivamente (7.817) (6.517) vencimento devem ser registrados pelo respectivo custo de aquisição, acrescido das próprias bolsas de valores e de mercadorias, mediante a constituição de Exclusões/(adições) permanentes 3.111 2.898 dos rendimentos auferidos até a data do balanço. reserva de capital no Patrimônio líquido. A depreciação de bens do imobilizado é Participações no lucro 214 138 De acordo com a Circular nº 3.082, do BACEN, os instrumentos financeiros calculada pelo método linear, com base em taxas anuais que contemplam a vida Juros NTN-A 2.063 2.760 derivativos são avaliados e contabilizados a valor de mercado e classificados útil-econômica dos bens. Prejuízo fiscal e base negativa de imposto de renda 834 como “hedge” (proteção) ou “não-hedge”. O “hedge” é classificado como: (i) “hedge f. Outros passivos Exclusões/(adições) temporárias (1.166) (836) de risco de mercado” ou (ii) “hedge de fluxo de caixa”. Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, Ajuste a valor de mercado - Circulares n°s 3.068 e 3.082 (7.995) (5.560) Os critérios para registro são os seguintes: os encargos apurados com base “pro rata” dia e as variações monetárias, incorridas Para os instrumentos financeiros derivativos que não se destinam a “hedge”, Derivativos - Lei nº 11.051 6.802 4.708 até a data do balanço. As provisões para o imposto de renda e a contribuição Outros 27 16 bem como para aqueles classificados como “hedge de risco de mercado”, os social correntes são constituídas às alíquotas de 15%, acrescida do adicional de Imposto de renda e contribuição social correntes (5.872) (4.455) ajustes a valor de mercado são contabilizados em contrapartida à adequada 10%, e 9%, respectivamente, de acordo com a legislação vigente. É reconhecido Imposto de renda e contribuição social diferidos 1.193 852 conta de receita ou despesa, no resultado do semestre. no balanço o passivo decorrente de uma obrigação legal e é provável que um Para os instrumentos financeiros derivativos classificados como “hedge de Imposto de renda e contribuição social total (4.679) (3.603) recurso econômico seja requerido para saldar a obrigação. Esses passivos são fluxo de caixa”, a parcela efetiva do “hedge” deve ser contabilizada em b. Imposto de renda e contribuição social diferidos registrados tendo como base as melhores estimativas do risco envolvido. contrapartida à conta destacada do Patrimônio líquido, e qualquer outra 3 Aplicações interfinanceiras de liquidez com efeito sobre o resultado variação em contrapartida à adequada conta de receita ou despesa, no Imposto de renda e contribuição social diferidos 2006 2005 A carteira é composta por aplicações em depósitos interfinanceiros, remunerados às resultado do semestre. Adições/(exclusões): taxas pré-fixadas com vencimento até julho de 2006, no montante de R$ 88.800 No caso de instrumentos financeiros derivativos que se destinam à proteção de Ajuste a valor de mercado - Circulares nºs 3.068 e 3.082 7.995 5.560 (2005 - R$ 82.000). Derivativos - Lei nº 11.051 (6.802) (4.708) 4 Títulos e valores mobiliários Imposto de renda e contribuição social 2006 2005 diferidos no semestre 1.193 852 Títulos para negociação Faixas de vencimento Crédito tributário 2006 2005 Valor Valor Lucro de 1 a 3 de 5 a 15 Valor Adições/(exclusões): Tipo de custo de mercado não realizado anos anos Total de mercado Prejuízo fiscal e base negativa de imposto de renda (834) Ativo fiscal diferido no semestre (834) NTN-A 173.046 218.254 45.208 218.254 218.254 279.331 c. Imposto de renda e contribuição social diferidos LTN 16.202 16.198 (4) 16.198 16.198 Ativo (Outros créditos – Diversos) 2006 2005 NTN-D 1.225 1.210 (15) 1.210 1.210 1.268 Saldo Inicial 834 CDB - Instituição Financeira Ligada 5.031 5.031 5.031 5.031 51.886 Prejuízo fiscal e base negativa de imposto de renda (834) Total 195.504 240.693 45.189 22.439 218.254 240.693 332.485 Saldo final Passivo (Outras obrigações - Fiscais e previdenciárias) 2006 2005 Os critérios de precificação de títulos públicos são definidos pela área de gerenciamento de risco, que consideram preços e taxas oficialmente divulgados pela ANDIMA e BM&F, Saldo inicial 32.544 21.338 além de eventuais ajustes nos preços de títulos de baixa liquidez, que consideram ofertas, últimos preços praticados, dispersão possível e outros fatores que possam determinar Ajuste a valor de mercado - Circulares n°s 3.068 e 3.082 (7.995) (5.560) de forma mais adequada e justa o valor de mercado, tanto no mercado interno quanto externo. Derivativos – Lei nº 11.051 6.802 4.708 5 Instrumentos financeiros derivativos ções do respectivo Comitê. Saldo final 31.351 20.486 O Conglomerado Financeiro do Grupo Votorantim efetua operações que envolvem Os critérios de precificação de instrumentos financeiros derivativos são definidos pela As obrigações fiscais diferidas foram constituídas nos termos da legislação em instrumentos financeiros derivativos, atuando em mercados organizados e de balcão, área de gerenciamento de risco, que consideram preços e taxas oficialmente vigor e se referem às receitas a serem tributadas na sua realização, decorrentes com objetivo de possibilitar uma gestão de risco de mercado adequada à política do divulgados pela ANDIMA e BM&F, bem como cálculos de prêmios de opção e outros da diferença entre valor contábil e valor de mercado de instrumentos financeiros Grupo. riscos de acordo com metodologias convencionais e consagradas. Todas as etapas derivativos, cuja realização está prevista em 2006 e receitas a serem tributadas O gerenciamento de risco de mercado é efetuado de forma centralizada, por área das operações estão sujeitas às verificações da auditoria interna e aos procedimentos na sua realização, conforme determinação do art. 32 da Lei nº 11.051, de 29 de administrativa que mantém independência com relação à mesa de operações, e pelo de controles internos, definidos e acompanhados por área específica e independente, dezembro de 2004, de acordo com a liquidação do contrato, cessão ou acompanhamento do Comitê de Riscos, composto pela diretoria e vice-presidência adequados ao nível de transações e riscos envolvidos. encerramento de posição das operações de mercados derivativos (Swap e Futuro). do Banco Votorantim S.A., que se reúne periodicamente para avaliação dos riscos e Os valores a receber originários de contratos de swap montam a R$ 790.608 (2005 - 10 Transações com partes relacionadas definição de limites operacionais. O gerenciamento de riscos adota como R$ 744.564) e estão registrados no Ativo em Títulos e valores mobiliários e Os saldos de transações com partes relacionadas foram realizados, principalmente, procedimentos básicos: a) monitoramento da adequação de posições e riscos aos Instrumentos financeiros derivativos, e os valores a pagar originários desses contratos com o Banco Votorantim S.A., em condições usuais de mercado e assim reprelimites estabelecidos pelo Comitê de Riscos e limites legais; b) integridade da montam a R$ 1.043.477 (2005 - R$ 954.159) e estão registrados no Passivo em sentados: precificação de ativos e derivativos; c) avaliação do risco de mercado pela metodologia Instrumentos financeiros derivativos. 2006 2005 “Value at Risk” e pela simulação de cenários; d) acompanhamento de resultados Os ajustes diários das operações no mercado futuro montam a R$ 7.192 e estão Ativos: diários com testes de aderência da metodologia (“back-test”). registrados em Negociação e intermediação de valores, como redutor do Passivo. Disponibilidades 6 94 A política de gerenciamento de riscos de mercado considera, ainda, a utilização de As operações negociadas no mercado de bolsas organizadas têm como contraparte Aplicações interfinanceiras de liquidez 88.800 82.000 instrumentos financeiros derivativos para “hedge” de posições, para atender instituições autorizadas pelo BACEN, para atuarem no mercado financeiro. As Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros demanda de contrapartes e como meio de reversão de posições em momentos de operações efetuadas no mercado de balcão são registradas no CETIP e as derivativos 111.713 92.094 grandes oscilações. As operações observam os limites deliberados pelo Comitê e contrapartes são empresas não integrantes do Sistema Financeiro Nacional. Outros créditos - Negociação e intermediação de valores 11.345 2.103 estabelecidos pela legislação, após análise dos riscos de crédito e liquidez, quando As margens depositadas na BM&F totalizam R$ 235.127 (2005 - R$ 37.854) e foram Outros créditos - Diversos 95.633 apropriados, caso em que envolvem as políticas de liquidez e crédito e as deliberaefetuadas com títulos públicos federais. Passivos: Instrumentos financeiros derivativos 765.751 712.929 Os instrumentos financeiros derivativos podem ser assim resumidos: Outras obrigações - Sociais e estatutárias 4.210 3.667 2006 2005 Outras obrigações – Diversas 201 152 Faixas de vencimentos Resultado: Valores a Valores a Lucro/ Valor Valores a Rendas de aplicação interfinanceira de liquidez 2.240 14.881 Valor receber/ receber/ (Prejuízo) original receber/ Resultado com títulos e valores mobiliários 551 3.925 original pagar pagar não Até 3 3 a 12 1a3 3a5 5 a 15 do pagar Resultado com instrumentos financeiros derivativos (243.999) (244.876) Tipo do contrato contratual mercado realizado meses meses anos anos anos Total contrato mercado Despesas de captações no mercado aberto (1.717) Swap Outras despesas administrativas Dólar 929.956 468.829 453.127 (15.702) 78.882 477 501.015 (94.590) (32.657) 453.127 592.817 (271.508) (encargos de convênio operacional) (987) (1.018) DI (944.694) (729.098) (728.851) 247 (219.079) (304.768) (368.214) 117.135 46.075 (728.851) (894.817) (299.602) 11 Provisões, passivos e contingências A Sociedade é parte em ações judiciais e processos administrativos perante órgãos IGPM (4.262) (4.289) (4.306) (17) 3 (4.309) (4.306) 44 governamentais, decorrentes do curso normal das operações, envolvendo questões IPCA 1 1 1 1 tributárias. Pré 19.000 26.880 27.160 280 27.160 27.160 302.000 361.471 A Administração, com base em informações de seus assessores jurídicos, análise Total (237.677) (252.869) (15.192) (140.194) (281.439) 132.801 22.545 13.418 (252.869) (209.595) das demandas judiciais pendentes, constituiu provisão em montante considerado suficiente para cobrir as perdas estimadas com as ações em curso, como segue: FUTUROS 2006 2005 DDI 3.047 2.598 2.598 732.440 (729.393) 3.047 Tributárias (Fiscais e previdenciárias – Impostos DI 688.107 4.594 4.594 133.621 139.374 415.112 688.107 e contribuições a recolher) 1.920 190 Dólar (683.513) - (132.780) (138.480) (412.253) (683.513) Tributárias (Fiscais e previdenciárias – Provisão para riscos fiscais) 49 45 Total 1.969 235 Total 7.641 7.192 7.192 841 733.334 (726.534) 7.641 (Continua)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
12
Geral Aos pés de um quadro. E da história
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
A PUC está fazendo superávit... com a certeza de que a universidade vai sair da crise e vai ser até mais renovada. D. Cláudio Hummes, sobre a PUC-SP, que faz 60 anos
Fábio Motta/AE
Quadro "A Primeira Missa" começa a ser restaurado
O
quadro A Primeira Missa no Brasil, de Victor Meireles, um dos mais conhecidos no País, por ilustrar todos os livros de história, está em restauro para retornar à exposição permanente no fim do ano, quando será reaberta a Galeria do Século 19 do Museu Nacional de Belas Artes (MNBA). O trabalho começou em abril com quatro especialistas coordenados pela restauradora Andréa Pedreira. Atualmente, a tela de 9,5 metros quadrados (como um quarto médio) está esticada no chão, enquanto as auxiliares de Andréa retiram as impurezas acumuladas pelo tempo. Após essa etapa, a tela será colada a um reforço de linho e recolocada em seu suporte para receber os retoques artísticos. "Esta primeira fase requer tato, pois as menores imperfeições do linho e da tela são retiradas a mão", ensina Andréa, que nos anos 90 restaurou "A Batalha do Avaí", também de Meirelles, com 62 metros quadrados (como um apartamento de quarto e sala). "Para refazer a pintura fotografamos cada detalhe com raios X e infra-vermelho, que permitem ver as cama-
das de tinta usadas. Em alguns lugares, notamos que ele ia pintar uma figura, mas desistiu ou substituiu uma planta ou outro elemento por uma pessoa." Pintado por encomenda da Real Academia de Belas Artes, o quadro foi exposto no Salão de Paris em 1861. Na época, Victor Meireles, ex-aluno da escola, tinha 28 anos e vivia lá como bolsista. Retrata a missa rezada por frei Henrique Coimbra em Porto Seguro, na Páscoa de 1500, quatro dias após o descobrimento. O artista recorreu à carta de Pero Vaz de Caminha para pintá-lo, mas a figura dos índios segue a tradição romântica. Veio para o Brasil no ano seguinte e, em 1876, foi emprestado à Exposição Universal da Filadélfia, nos Estados Unidos. A restauração custa R$ 200 mil, financiados pelo BNDES, pela Lei Rouanet e faz parte da obra projeto de revitalização do MNBA, que começou em 2004. A reserva técnica e os laboratórios de restauro de pintura, papel e escultura já foram ampliados. O telhado e a fachada, que dá para a Avenida Rio Branco, ficam prontos no fim do ano e o restante das obras, no centenário do prédio em 2008". (AE)
A Primeira Missa no Brasil, de Vítor Meirelles: patrimônio recuperado com investimentos de R$ 200 mil
Equipe trabalha na restauração do quatro, camada a camada, num minucioso trabalho de recuperação das cores e do brilho original, exposto pela primeira vez em 1861, em Paris
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
1
880
bilhões é quanto os contribuintes devem à Receita, ao INSS e à Procuradoria da Fazenda Nacional.
CONTRIBUINTES DEVEDORES DO FISCO ESTÃO INSEGUROS SOBRE O PARCELAMENTO DAS DÍVIDAS
REFIS 3: ENTRAR OU NÃO? EIS QUESTÃO.
O
s empresários estão cautelosos em aderir ao Refis 3, o novo programa de parcelamento de débitos tributários com a Receita Federal, Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que têm a receber R$ 880 bilhões. A maior dúvida entre os contribuintes é se realmente vão conseguir pagar as prestações do programa e, ao mesmo tempo, manter em dia os impostos do mês. E um dos motivos para tanto receio é a rigidez das regras na comparação com os programas anteriores. No Refis 3, por exemplo, quem atrasar duas parcelas consecutivas ou alternadas é excluído do programa. Segundo o gerente societário da Confirp Consultoria Contábil, Flávio de Oliveira, nove clientes manifestaram a intenção de aderir ao parcelamento. Até agora, entretanto, nenhum oficializou o pedido. "No Refis 1 e Paes (Programa Especial de Parcelamento), os contribuintes são excluídos após três parcelas consecutivas ou seis alternadas não pagas. No atual, além da inadimplência com relação a duas prestações, a existência de qualquer débito tributário em aberto implica exclusão", explica Oliveira.
Patrícia Cruz/LUZ
Oliveira: correção pela Selic
Prestações – O tamanho das prestações também vem sendo levado em conta pelos empresários. O valor da parcela mínima para as optantes do Simples, por exemplo, passou de R$ 100, no Paes, para R$ 200, no Refis 3. A questão dos juros é outro ponto. Embora o programa atual possibilite redução de até 30% dos juros e 80% da multa – o Refis 1 e o Paes só permitem abatimento de 50% da multa – a taxa de juros cobrada no Refis 3 deve ser considerada. "Nos programas anteriores, as parcelas eram corrigidas pela TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo). No atual, a correção será feita pela Selic (taxa básica de juros) para parcelamento em seis ou 120 meses", diz o consultor. Nas Organizações King, cer-
ca de 25 clientes já confirmaram a adesão ao Refis 3. De acordo com Neusa Soares de Souza, encarregada da contabilidade, a maioria são micros e pequenas empresas, interessadas em parcelar suas dívidas em 130 vezes. E a maioria não tem parcelamento anterior. Para a encarregada de contabilidade da King, o que vem assustando os empresários, também, é a obrigação de quitar – ou colocar no parcelamento comum – os débitos constituídos de 1º de janeiro de 2006 à data da formalização do pedido de adesão ao Refis 3 para poder aderir ao novo programa. Antes de tomar qualquer decisão, Neusa aconselha que os empresários analisem o fluxo de caixa da empresa e reduzam ao máximo os custos do estabelecimento para, depois, calcular quanto poderá ser pago por mês. "Tudo isso, considerando os impostos correntes e os juros", afirma. Balanço – Segundo a Receita Federal, dos 455 mil contribuintes que aderiram ao Paes, 80,3 mil foram excluídos. No Refis 1, dos 129,1 mil que entraram no programa, 105,3 mil foram expulsos. De acordo com o fisco, esses números devem ser avaliados com cuidado, já que entre os excluídos estão contribuintes que quitaram a dívida.
Ambev condenada a pagar R$ 1 milhão por assédio moral coletivo
INSS: saldo negativo de R$ 3,4 bi A
A
Previdência Social fechou o mês de julho com um saldo negativo de R$ 3,4 bilhões, segundo cálculo do governo federal. O déficit foi 11% maior que o de julho do ano passado, de R$ 3 bilhões. Apesar do aumento do déficit, a arrecadação bateu novo recorde, atingindo R$ 10,4 bilhões – valor que supera em 11,2% o total recolhido no mesmo mês de 2005. O crescimento do déficit foi atribuído ao reajuste concedido aos aposentados. Outro motivo é o "desrepresamento" do pagamento de benefícios por conta da greve dos funcionários da Dataprev, ocorrida no mês de junho. "Houve um aumento de R$ 300 milhões nos gastos com benefícios que deveriam ter sido pagos em junho", explicou o secretário de Políticas de Previdência Social, Helmut
Advogados livres da NF-e
A
s sociedades uniprofissionais, como as de advogados, médicos e engenheiros, não estão obrigadas a emitir a Nota
Laura Ignacio
Schwarzer. De acordo com ele, a greve na DataPrevi, entre os dias 6 e 28, não paralisou todas as atividades. "Caso contrário, não teríamos tido o pagamento de benefícios, mas ela dificultou a concessão de benefícios que ficaram represados", afirmou Schwarzer. Benefícios – Os gastos com benefícios também cresceram no último mês. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) teve despesas de R$ 13,2 bilhões, 2,7% a mais que as registradas em junho (R$ 12,8 bilhões) e 10,7% maiores do que as de julho do ano passado. Segundo Schwarzer, a Previdência Social teve melhoria da sua arrecadação no mês de julho em função da recuperação do mercado de trabalho. "Houve a criação de novos postos de trabalho formais, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregos)", afirmou
o secretário. "Essa formalização do mercado de trabalho ajuda a arrecadação da Previdência Social. Por outro lado, continuam fazendo efeito as melhorias gerenciais na Secretaria da Receita Previdenciária que, inclusive, tem mostrado algum otimismo em relação às metas de arrecadação que haviam sido estabelecidas para todo o ano", completou. De acordo com Schwarzer, as metas de arrecadação foram estimadas em R$ 118 bilhões no início do ano e, hoje, já estão em torno de R$ 122 a R$ 123 bilhões para o financiamento exclusivo da Previdência Social. No mês de julho, 16,3 milhões (67,7%) de beneficiários pagos pelo sistema receberam valor de até um salário mínimo. Os benefícios pagos pela Previdência Social atingiram, no período, o valor médio de R$ 521,83. (AE)
Fiscal Eletrônica (NF-e) ao recolherem o Imposto sobre Serviços (ISS). A determinação, segundo a seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), está na legislação que criou o documento. "Muitas sociedades de profissionais autônomos
estão confusas, achando que são obrigadas a usar a nota eletrônica", diz o advogado Anis Kfouri Jr, membro da Comissão de Assuntos Tributários da seccional paulista da OAB-SP. Segundo o advogado, essas sociedades devem continuar emitindo faturas. (CC)
ADVOGADOS Wadih Helú - Waldir Helú
Advocacia Cível - Comercial - Família - Tributária Escritórios: Rua José Bonifácio, 93 - 9º andar, conj. 91 - CEP 01003-001 Av. Nove de Julho, 4.887 - 10º andar, conj. 101-B - CEP 01407-200 Fones: (11) 3242-8191 e (11) 3704-3407
Companhia de Bebidas das Américas (Ambev) foi condenada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (TRTRN), no Rio Grande do Norte, a pagar R$ 1 milhão de indenização a seus funcionários por assédio moral coletivo. A juíza Joseane Dantas dos Santos, relatora do caso, manteve a decisão da 1ª Vara do Trabalho de Natal. Os empregados relataram no processo que o assédio moral ocorria contra aqueles que não atingiam a cota de vendas estabelecida pelos supervisores da empresa em Natal. Nos testemunhos, eles afirmaram que os trabalhadores da empresa eram alvo de insultos e de apelidos, tinham suas mesas viradas por outros empregados, eram obrigados a fazer flexões de braço, a dançar "na boquinha da garrafa", a assistir reuniões em pé, além de andar fantasiados pelas dependências da empresa . A sentença foi motivada por uma ação civil pública do Ministério Público do Trabalho. A juíza da 2ª instância entendeu que os motivos destacados inicialmente já eram suficientes para uma intervenção do Ministério Público na tentativa de tentar encerrar tais atitudes e aceitar o pedido de indenização por dano moral. A Ambev, por meio de uma nota, declarou que repudia condutas inadequadas em relação aos seus empregados. Também informou que vai re-
correr da decisão. Caso perca, a indenização deverá ser revertida ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Epidemia – A decisão, mesmo não sendo definitiva, deve servir de base para outras ações que envolvam o mesmo tema, recorrente em todo o mundo. Em seu livro recém lançado, "A Outra Face do Poder", por exemplo, a executiva Amália Sina, que atua há mais
Aguiar ALFAIATE
www.aguiaralfaiate.hpg.com.br Um alfaiate de classe, para pessoas de classe! 50 anos de dedicação profissional
Av. Angélica, 2.341 - Higienópolis Fone: (11) 8453-7529
de 20 anos no mercado e já foi diretora de diversas multinacionais, destaca que o assédio moral tem sido considerado uma "epidemia" mundial no mercado de trabalho. Tanto que países desenvolvidos, como a Suécia, a Finlândia ou os Estados Unidos, têm se dedicado a analisar o tema do ponto de visto jurídico, empresarial e até psiquiátrico. Clarice Chiquetto
DIÁRIO DO COMÉRCIO
2 -.ECONOMIA/LEGAIS
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
ATAS
COMUNICADOS
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS
A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Reforma de Prédio(s) Escolar(es) construído em Estrutura Pré-Fabricada Metálica (Sistema Nakamura): TOMADA DE PREÇOS N.º - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO PRAZO - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/1837/06/02 - EE Jardim Bela Vista – Rua dos Battel, 210 - Jardim Bela Vista - Conchal/SP 60 - R$ 48.762,00 – R$ 4.876,00 – 09:30 – 13/09/2006. 05/1948/06/02 - EE Profª Beathris Caixeiro Del Cistia - Rua Arthur Cagliari, 1205 - Jardim São Conrado - Sorocaba/SP EE João Rodrigues Bueno - Rua Valderez Camargo Curto, s/nº - Vila Carol - Sorocaba/SP EE Prof. Antonio Cordeiro - Rua Maria Mestre Rosa, s/nº - Parque Laranjeiras - Sorocaba/SP EE Profª Genezia Isabel Cardoso Mencacci - Rua Antonio Basso, 413 - Jardim Novo Horizonte - Sorocaba/SP 30 - R$ 22.336,00 – R$ 2.233,00 – 10:30 – 13/09/2006. 05/1797/06/02 - EE Vila São Luis II – Rua Pietro Garcella, s/nº - Jardim São João - Campo Limpo - São Paulo/SP – 60 EE Jd. Santa Fé II - Rua Hierápolis, s/nº - Jardim Santa Fé - Capela do Socorro - São Paulo/SP - 90 R$ 83.509,00 – R$ 8.350,00 – 14:00 – 13/09/2006. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 25/08/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). O Edital completo através de cópias reprográficas/heliográficas terá o custo de R$ 0,10 (dez centavos) por cópia reprográfica e R$ 3,00 (três reais) por cópia heliográfica. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 12/09/2006, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Willian Sampaio de Oliveira Diretor Executivo
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS
DECLARAÇÃO DE PROPÓSITO
A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Reforma de Prédio(s) Escolar(es) construído em Estrutura Pré-Fabricada Metálica (Sistema Nakamura): TOMADA DE PREÇOS N.º - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO – PRAZO PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/1831/06/02 - EE Cid. Satélite Iris II – Rua Dr. Julio Wilfredo C. Perez, s/nº - Lot. Cid. Satélite Iris II - Campinas/SP – 90 EE Dic I - Rua Adilio de Oliveira, 265 - Dic I - Campinas/SP – 60 R$ 98.520,00 – R$ 9.852,00 – 10:30 – 12/09/2006. 05/1832/06/02 - EE Jardim Bom Sucesso – Rua Guarita - Res. Rodoanel Carapicuiba, s/nº - Jardim Bom Sucesso Carapicuiba/SP – 60 R$ 32.287,00 – R$ 3.228,00 – 14:00 – 12/09/2006. 05/1835/06/02 - EE Vila Nova Curuçá II – Rua Nova Galvão, s/nº - Vila Nova Curuçá - São Miguel Paulista - São Paulo/SP – 90 R$ 48.665,00 – R$ 4.866,00 – 15:00 – 12/09/2006. 05/1836/06/02 - EE Prq. Res. Almerinda Chaves – Av. José Benedito Constantino da Rosa, s/nº - Prq. Almerinda Chaves Jundiaí/SP – 90 R$ 53.432,00 – R$ 5.343,00 – 16:00 – 12/09/2006. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 25/08/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). O Edital completo através de cópias reprográficas/heliográficas terá o custo de R$ 0,10 (dez centavos) por cópia reprográfica e R$ 3,00 (três reais) por cópia heliográfica. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 11/09/2006, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Willian Sampaio de Oliveira Diretor Executivo
CONVOCAÇÕES
AVISO DE LICITAÇÃO PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP
ABERTURA DE LICITAÇÃO SITE: www.riopreto.sp.gov.br MODALIDADE: PREGÃO PRESENCIAL N. 084/2006. Objeto: Contratação de empresa para prestação de serviços de condução de veículos automotores categoria D, operador de máquina pesada, operador de patrol, operador de trator e serviço de zeladoria. Data de processamento do pregão: 06/09/2006 às 08:30 h.
EDITAL
Publicidade Legal - 3244-3643
6
Nacional Finanças Empresas Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
A rede Casa do Pão de Queijo aposta na duplicidade de pontos-de-venda.
ESTRATÉGIA AJUDA A DIVULGAR A MARCA
Paulo Pampolin/Hype
Paulo Pampolin/Hype
Para driblar a concorrência e vender mais, lojistas investem em vários pontos-de-venda em um mesmo shopping center. Mas especialistas alertam: nem todos os segmentos podem usar essa estratégia.
MAIS DE UMA LOJA NO SHOPPING É BOM NEGÓCIO
Renata Rouchou, da Casa do Pão de Queijo: rede tem 430 lojas de 272 franqueados
A
existência de mais de uma loja de uma bandeira num shopping pode parecer, inicialmente, um movimento arriscado do empresário, mas mostra-se, muitas vezes, como uma oportunidade para a consolidação da operação no estabelecimento. Mais que isso: a decisão de abrir outro ponto-de-venda no centro de compras revela uma ação planejada contra a entrada de um concorrente num território já dominado e controlado por uma marca. A empresária Rosa Aparecida Koth, dona da Very Rosy, loja de vestuário de tamanhos grandes e para gestantes, aproveitou o espaço maior do Shopping Leste Aricanduva para arriscar uma operação de um segundo ponto. "Tentamos a sorte e nos demos bem", afirma Rosa, que não fez nenhuma pesquisa para o investimento no novo ponto-de-venda, inaugurado em 2000. De acordo com a empresária, a segunda loja promoveu, no prazo de cinco meses, um incremento de cerca de 20% nas vendas do ponto já instalado. Atualmente, os faturamentos das duas unidades se equivalem. "A gente conseguiu se perp e t u a r, o b o c a - a - b o c a f o i maior", diz. Confiante na sua marca, Rosa vai inaugurar uma unidade do Shopping Center Norte e já cogita a abertura de um segundo ponto-de-venda nesse centro de compras.
Segundo a gerente de expansão de franquias da rede Casa do Pão de Queijo, Renata Rouchou, um lojista perde cerca de 20% do faturamento com uma concorrência direta. "O benefício (para o franqueado) é ocupar o lugar da concorrência. É uma forma de aumentar as vendas", afirma. Além disso, ressalta a possibilidade de redução de custo na administração das duas operações no mesmo local, permitindo que o franqueado opte por um único gerente, por exemplo. Cautela – "Um mesmo estabelecimento, com layout semelhante, distinguindo-se apenas em posição, não me parece que seja alternativa das mais promissoras", avalia o coordenador geral do Programa de Administração do Varejo (Provar), da Fundação Instituto de Administração (FIA), Claudio Felisoni. Na avaliação dele, é mais viável e já bastante comum em países como Estados Unidos a atuação de empresas com uma loja fixa e um quiosque . Celulares, perfumes, bijuterias, lenços e cintos são alguns dos itens que permitem uma segunda unidade nesse formato, considerado por ele muito rentável. "Esse modelo deve servir de âncora para a loja principal", reforça Felisoni. O coordenador do Provar destaca que a duplicidade de operação volta-se àqueles segmentos que possuem produtos cujas características facili-
Marca tem três lojas no Terminal Tietê
Newton Santos/Hype
Newton Santos/Hype
A grife Very Rosy tem tem duas unidades no Shopping Aricanduva
Rosa Koth diz que segunda loja ajudou a conquistar clientes
tam uma compra gerada mais por impulso. "A percepção do consumidor é seletiva. Ao colocar o produto mais perto dele, há o estímulo à compra." Segundo Felisoni, a área de confecção, por exemplo, não está tão associada à compra por impulso e exige uma programação para a aquisição do produto. Além disso, envolve mais critérios de escolha, ao contrário de segmentos como o de cafeterias e de sorveterias, em que a decisão de consumo é mais imediata. Análise de custos – Para evitar problemas no caminho da expansão, o lojista deve considerar o custo da locação do espaço e o potencial de receita do novo ponto-de-venda. Observar corretamente o contrato de locação também é imprescindível para evitar situações que levem ao prejuízo, aponta Feli-
soni. Ele avalia que ainda há bastante espaço nos centros comerciais para o uso dos corredores como forma de aproveitar o fluxo de pessoas que freqüentam o shopping. Oportunidades – O diretorsuperintendente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), Luiz Augusto Ildefonso, aposta na viabilidade do negócio também nos segmentos de calçados e de vestuário, além daqueles como alimentação rápida e perfumaria. Segundo ele, a ampliação dos shoppings possibilita a execução desse tipo de estratégia, já que a área maior permite a instalação de operações não tão perto uma da outra. Ildefonso aponta que as lojas abertas em sistemas de franchising normalmente pertencem ao mesmo franqueado e não represen-
tam concorrência predatória. Para Ildefonso, a experiência adquirida com as dificuldades já enfrentadas na primeira operação e o conhecimento que o lojista tem sobre o shopping são fatores que contribuem para uma operação bem-sucedida. Boa concorrência – Eventualmente, franqueados diferentes podem dividir o mesmo mercado. A Casa do Pão de Queijo, franquia na área de alimentação, possui dois franqueados na operação dos pontos-de-venda no Shopping Eldorado. De acordo com a gerente Renata, essa é a exceção à regra que estabelece um mesmo proprietário para as unidades. "Na época, o primeiro franqueado não quis outra loja e concordou com o novo ponto. Temos zero de conflito. Mas foi um caso pontual. Não vamos estimular isso", afirma, ressaltando que a oportunidade surgiu a partir da abertura de um outro corredor de lojas
no centro de compras. Atualmente, a rede possui 430 lojas, pertencentes a 272 franqueados em todo o País. Dessas lojas, afirma a gerente, cerca de 15 são o segundo ponto instalado num mesmo estabelecimento. A dupla operação da rede em shoppings, que já ocorre há alguns anos, ainda está restrita aos centros de compras de São Paulo. A novidade fica por conta da duplicidade de lojas fora dos shoppings. A Casa do Pão de Queijo está presente em dose dupla, por exemplo, nos aeroportos de Porto Alegre, Manaus, São Luís e Campo Grande, e na Fundação Armando Álvares Penteado, faculdade localizada na capital paulista. No Terminal Rodoviário Tietê, também em São Paulo, três lojas da marca ocupam áreas próximas ao embarque, desembarque e ao andar que dá acesso à estação do metrô. A terceira delas foi aberta há cerca de um ano. Lorena Vieira
Fotos: Danilo Verpa/Hype
Luxo em suaves parcelas
P
rodutos de luxo agora estão disponíveis para compra na internet e podem ser pagos em suaves prestações. As grifes famosas estão se rendendo ao mundo virtual e expandindo os negócios. Para o consumidor, há a vantagem de não ficar intimidado ao pedir para parcelar a compra, como ocorre em uma loja "real". No site de compras Submarino, marcas como Dryzun, Timberland, Yatchsman, Cori, Benetton e Fause Haten já vendem em até 12 vezes. Embora reconheça que o parcelamento impulsiona as vendas, o diretor de marketing do Submarino, André Shinohara, afirma que ainda não dá para falar em "popularização" dos produtos de luxo. "O custo desses itens ainda é alto para a grande maioria da população. Mas o fato de ter acesso a eles por meio da facilidade das prestações auxilia no processo de compra", revela Shinohara. Parceiros – A grife masculina Yatchsman começou a vender pela internet quando foi procurada pelo Submarino, há dois anos. "Fazer isso no nosso site exigiria o desenvolvimento de uma grande estrutura", afirma a gerente da unidade de atacado da marca, Cristiane Schwartz. Ela diz que, no início, o movimento era pequeno. Mas, nesses dois anos, as vendas cresceram 50%. As facilidades de pagamen-
tos deverão intensificar a popularização de alguns artigos de luxo, na opinião do diretor de marketing do site Comprafacil, Gustavo Bach. E os objetos do desejo dos consumidores estão mais fáceis de comprar, segundo ele, graças ao número maior de prestações. Mas tudo depende de como o internauta interpreta o preço anunciado. Um refrigerador duplex com televisão da Bosch sai por R$ 12.999,00 – ou por dez parcelas de R$ 1.299,90. O preço de uma TV de 42 polegadas da Philips é R$ 5.549,00, ou dez vezes de R$ 549,90. E um notebook Durabook é vendido à vista por R$ 5.529,90; ou pode ser adquirido em dez prestações de R$ 552,99. A marca de cosméticos Anna Pegova também parcela as compras, mas em até quatro vezes, no próprio site, segundo o responsável pela área de comércio eletrônico e marketing direto da empresa, Henri Robert Mouracade. "Montamos um kit com três cremes para o rosto para o Dia das Mães,
com valor de R$ 300. O parcelamento ajudou as vendas a cresceram 10%", diz. Público exigente – De acordo com levantamento feito pelo e-bit, empresa de marketing online, o público que compra produtos pela internet tem renda familiar média de R$ 3,7 mil. "São pessoas que têm acesso às melhores lojas e sabem comparar preços", diz o diretor-geral do e-bit, Pedro Guasti. O gerente de projeto Ricardo Sorrenti se encaixa no perfil do consumidor internauta descrito pela empresa. Ele utiliza o computador para fazer compras desde 2001. Já adquiriu acessórios para o automóvel, que custaram entre R$ 1 mil e R$ 4,5 mil, além de um DVD e home theater, por R$ 1,2 mil. Em todos os casos, Sorrenti parcelou o pagamento. Ele faz coleção de relógios – todos caros. O que mais usa, a última aquisição pela internet, custou aproximadamente R$ 1,2 mil. "Resolvi fechar o negócio em três parcelas", conta. Para o coordenador do curso de marketing para produtos de luxo da ESPM, Ismael Rocha, oferecer facilidades de pagamento faz com que o internauta se sinta participando do mesmo grupo de pessoas que compram os itens sofisticados. "É isso que promove a marca e faz com que a demanda seja crescente", conclui. Neide Martingo
Ricardo Sorrenti se encaixa no perfil do internauta que compra itens de maior valor agregado
Carrefour aumenta fatia no setor
A
pesar de o setor de supermercados ter registrado queda acumulada de 2,74% no faturamento no primeiro semestre de 2006, o Carrefour deve crescer ainda mais neste ano e atingir a marca de 26% de participação no mercado nacional. Sem divulgar cifras, representantes do grupo afirmam que a margem líquida de lucro também registrou alta no primeiro semestre de 2006. A expectativa é de elevação de 6% nas receitas no segundo semestre deste ano. O otimismo é conseqüência das estratégias adotadas para conquistar novos consumidores e da abertura de mais lojas. A empresa também investiu na renovação da marca. Além
dessas medidas, o diretor comercial alimentar da rede, Cesar Collier de Oliveira, destacou também as campanhas diferenciadas em datas comemorativas, como a Páscoa, e as promoções, como Marcas do Coração e Código Mágico. "Chegamos à conclusão que ou recuávamos e passaríamos a segurar as margens de lucros como fizeram os concorrentes ou criávamos campanhas diferenciadas. Optamos por essa última", afirmou Oliveira. Ainda sem divulgar números, ele acrescentou que a rede ainda está investindo na oferta de produtos diferenciados como chocolates, bebidas destiladas e fermentadas (24 novas marcas estrangeiras de cerve-
ja), azeites, itens de perfumaria e vinhos. Esse último vem registrando aumento nas vendas da ordem de 40% mensalmente, desde o início do ano. A procura por produtos da cesta básica também registrou aumento no Carrefour. Segundo Oliveira, esses artigos representam 60% das vendas. Natal – Para o final do ano, a rede de supermercados pretende aumentar o mix de produtos natalinos importados, aproveitando o dólar desvalorizado. A partir de outubro, os consumidores poderão escolher diversos tipos de cestas com itens sofisticados, que serão vendidas em algumas unidades da rede. Paula Cunha
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
CD
Duas mulheres. Ótima literatura e alguns conselhos úteis.
Spix e Martius/ Reprodução
LEITURA
LAZER - 5
G
Enfim, uma obra-prima brasileira no século 21
N
ão se pode ter outra reação: o romance de quase mil páginas Um Defeito de Cor, da escritora mineira Ana Maria Gonçalves, editado pela Record, é a primeira obra-prima da literatura brasileira no século 21. Trata-se da saga, muito bem pesquisada e com uma fabulação que se tem de qualificar como literalmente fabulosa, de uma escrava africana que veio ao Brasil no começo do século 19. Não se sabe o que mais admirar: se a perfeita reconstituição dos ambientes, das casas, dos locais de trabalho, das vivências de livres e cativos, ou a prosa primorosa cheia de cores festivas das paisagens ainda virgens do Brasil de duzentos anos atrás e dos tons sombrios das torturas infligidas aos escravos. A literatura brasileira é parca em obras-primas. Como disse o crítico Antonio Cândido, da Universidade de São Paulo, nossa literatura, comparada às grandes, é "pobre e pequena", embora devamos cultivá-la porque é o que temos e, se não cuidarmos dela, ninguém vai cuidar. O problema é que Cândido e outros estabeleceram, a partir dessa literatura "pobre e pequena", um cânone, a partir do qual são medidas as novas criações. Desse modo, a esmagadora maioria dos escritores brasileiros, nas últimas décadas, se tem preocupado em criar obras que aspirem a atingir a média desse cânone. Conseguem assim criar, no máximo, obras agradáveis de ler, bem documentadas, mas que se
C
larice Lispector sempre foi uma escritora mergulhada no lado oculto do universo feminino e suas histórias mais marcantes mostram isso: o sofrimento da nordestina Macabéia, vítima do preconceito, em A Hora da Estrela; a angústia de Joana em Perto do Coração Selvagem; as dores do aprendizado do amor de Lóri, em Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres. Mas é outra a Clarice que se revela no recém-lançado Correio Feminino (Rocco, R$ 42,50). Ou seriam outras Clarices? Com capa rosa, o livro reúne texto da escritora publicados em colunas femininas dos jornais cariocas Comício, Diário da Noite e Correio da Manhã entre os anos de 1950 e 60. Nesta época, Clarice freqüentava os jornais sob os pseudônimos de Helen Palmer, Tereza Quadros e Ilka Soares – a atriz e manequim de quem Clarice foi a ghost writer. Nesses textos, Clarice nos fala do cotidiano da mulher moderna e das suas obrigações com a vida doméstica, o almoço e o jantar, a "faceirice", a discrição, aquilo que os homens gostam e não gostam mas, sobretudo, com a beleza. Para estas mulheres, a Clarice que não estava nos livros sempre tinha palavras e
Doçura e sobriedade
Renato Pompeu constituem muito mais em documentos sociais e psicológicos importantes do que em obras de grande arte. Ana Maria Gonçalves, porém, com muita ambição, plenamente realizada, vai muito além desse cânone, e criou o que vem a ser uma obra-prima segundo os mais importantes cânones mundiais.
constituição do povo brasileiro; é uma obra que nos torna conscientes do que somos, que nos inscreve na grande história dos povos. O Brasil escravista colonial e imperial surge a nossos olhos recriado como obra de grande arte, em que a autora nunca perde o tom épico, mesmo nos menores gestos
Jean-Baptiste Debret/Reprodução
Trata-se da "autobiografia" da jeje (etnia africana) Kehinde, que recebe o nome cristão de Luísa e que possivelmente foi inspirada na mãe, também chamada Luísa, do famoso intelectual abolicionista Luís Gama, nome de tantas ruas em tantas cidades do País. Mais do que um romance, é uma saga, uma epopéia. Este, ao lado de obras de autores como Machado de Assis, Guimarães Rosa e Jorge Amado, é um dos poucos romances que podem ser considerados como marcos na
das personagens, mesmo quando estão cozinhando, pescando, trabalhando na cana-de-açúcar ou em fundição, ou arrumando a casa, ou se arrumando para se embelezarem. A maldade dos maus tratos aos escravos surge descrita num tom neutro e esteticamente belo, sem diferença em relação à prosa da descrição das mais belas paisagens, um tom nada demagógico, que faz ainda mais ressaltar os horrores vividos nos troncos, nas senzalas, nos eitos. Os
senhores que estupram escravas jovens e belas e os que traficam cativos não são apresentados como monstros, mas como seres humanos "normais" de sua época, com tantas preocupações morais quanto qualquer pessoa que conheçamos. Isso nos faz meditar se, na nossa própria época, coisas que consideramos "normais", não vão, daqui a poucos séculos, ser consideradas "horrores". E esse é um dos pontos máximos a que uma obra de arte pode aspirar. De grande importância, e de grande beleza também, é a reconstrução da religiosidade africana e afro-brasileira, apresentada não como curiosidade etnográfica, ou como "macumba para turista ver", mas em toda sua grandiosidade de fé intensa e inabalável, de vivência espiritualizada individual e coletiva. De qualquer ponto de vista que se analise esse romance de Ana Maria Gonçalves, como narrativa prazerosa, como reconstrução de toda uma vivência que foi real no passado, como obra fundadora de uma nacionalidade que ainda se está constituindo, estamos, ao lê-lo, nos engrandecendo a nós próprios. Valeu a pena nascer no Brasil, para desfrutar de momentos tão gloriosos como a leitura dessa obra-prima.
Os senhores que estupram escravas jovens e belas e os que traficam cativos não são apresentados como monstros, mas como seres humanos "normais" de sua época
Renato Pompeu é jornalista e escritor, autor de Canhoteiro, o Homem que Driblou a Glória (Ediouro), e do romance internético O Poder Virtual (www.carosamigos.com.br)
CLARICE
La vie en rose Heci Regina Candiani fotografias das revistas femininas olhos brilhantes e cabelos sedosos. imagens para oferecer. Além de escrever os textos – alguns européias que ilustravam suas Mesmo quando envereda a sugestões de moda e beleza. deles comprometidos com um "conversa" com as leitoras para as Mergulhar neste veio exposto da merchandising indireto da marca de necessidades da vida doméstica, as vida feminina foi exatamente compras, a lida com as Arquivo DC o que Clarice fez, como se sobras de comida, o estivesse descobrindo o relacionamento com a outro lado das personagens empregada e os filhos de seus livros. Como enfatiza "difíceis", a escritora sempre a pesquisadora Aparecida dá um toque de elegância ao Maria Nunes, que selecionou cotidiano: seja no e organizou os artigos do comportamento, na postura, livro entre os mais de 450 no modo de falar, na textos escritos pelas outras maneira de se vestir e se Clarices, as mulheres que se relacionar no trabalho fora desvendam nos jornais são de casa, as mulheres de praticamente idênticas a Clarice Lispector sempre suas personagens: viveram a estão em busca do belo. mesma época, sob as "Beleza é quase sinônimo mesmas normas sociais e de alegria e saúde" ou "...a tiveram as mesmas beleza de uma mulher pode inquietações. e deve ser cultivada, não Em Correio Feminino, o somente por vaidade e que muda não é a mulher, satisfação própria, mas para mas o olhar que se lança seu respeito e para a sobre ela. E também muda satisfação de sua família e Clarice, que se revela em seus amigos" são os suas outras faces, sob outros conselhos da escritora nas nomes, em estilos diversos, e páginas dos jornais. Clarice: colunas femininas nos jornais cariocas no reconhecimento de Conselhos simples, voltados caminhos diversos para a mesmo para aquela parte da busca da felicidade que, como ela vida das mulheres que é envolta em cosméticos Pond´s, que patrocinava rosas que combinam com beges, pós sua coluna –, Clarice Lispector produzia mesma diz em uma de suas colunas, se fabrica "progressivamente, dia e esmaltes, batons e perfumes, sedas suas páginas, buscava informações e após dia". e saltos altos, peles bem cuidadas, inspiração em livros, recortava
Aquiles Rique Reis
rata surpresa na praça: Augusto Martins! Este novato cantor carioca acaba de lançar seu terceiro CD, No Meio da Banda, pela gravadora Fina Flor (do músico Rui Quaresma), mais uma a remar contra a maré para trazer caras novas a público. O moço nasceu para a música, embora só atentasse para isso após cursar medicina na Universidade Federal Fluminense. Formado e influenciado por seu pai, cantor que aos 73 anos gravou o primeiro disco, percebeu que a música dizia mais a seu coração do que os compêndios médicos. Foi seu pai que fez chegar a ele as vozes de Dolores Duran e Silvio Caldas e o trompete de Louis Armstrong. Logo Augusto se viu instigado a romper com a medicina após assistir a um show de Fátima Guedes. Emocionado com aquele cantar, o jovem médico lembrou-se dos versos de Cecília Meirelles: “Não tenho inveja das cigarras. Quero morrer de cantar”. Como felizmente ninguém morre de cantar, Augusto vive para cantar. Este é Augusto Martins, um cantor de voz personalíssima. Timbre agradável. Bom sambista, suas divisões rítmicas lembram as dos que souberam com elas elevar aos mais altos patamares o cantar do samba. Augusto gravou em São Paulo seu primeiro CD, em 1997. A gravadora Dabliú, do poeta Costa Neto, teve o privilégio de lançá-lo. Já aparecia neste primeiro trabalho a preocupação com a seleção do repertório – Cartola e Gonzaguinha. Afinal, o cantor novo, e também o veterano, que escolhe mal o que cantar, costuma gaguejar nas estradas da vida profissional. Freqüentando o boteco carioca Bip-Bip, do boa-praça Alfredinho, já amparado pelas bênçãos da fada-generosamadrinha Beth Carvalho, logo Augusto encontrou outra grande cantora que também se encantou com sua voz: Leila Pinheiro. Assim, o jovem cantor lança seu segundo disco, este dedicado à obra de Djavan. Rodando os palcos em show dirigido pelo pernambucano competente Reprodução Túlio Feliciano, Augusto Martins concebeu No Meio da Banda. Com direção musical impecável de Paulo Pauleira Malaguti (pianista e vocalista do Céu da Boca), com quem trabalha Martins: timbre agradável desde seu primeiro CD, Augusto se cercou de ótimos músicos: Ney Conceição (baixo acústico), Zé Carlos (violão, cavaquinho e violão de 12 cordas), Edu Szajnbrum (percussão), João Donato (participação especial ao piano, no inspirado Bolero dos Anjos, dele e de Francisco Blanco), Israel Meirelles (gaita), Vitor Bertrami (bateria), Moacyr Luz (participação especial nos violões, na canção Cavaleiro das Marés, dele e de Paulo César Pinheiro, poeta que fez parceria com Ivan Lins em Carta do Adeus, muito bem cantada por Augusto), Mário Seve (sax soprano), Fred Martins (participação especial no violão, no melhor samba do disco: A Lei), Paulinho Athayde (participação especial no violão, no sincopado samba Trem). Neste CD, Augusto Martins surge como letrista de quatro músicas. A elas se juntam outras boas letras, como, por exemplo, a de Francisco Blanco para Bolero dos Anjos; a de Eduardo Gudim para Sublime, com Fátima Guedes; a de Paulo César Pinheiro para Carta do Adeus, inspirada melodia de Ivan Lins; a de Elisa Lucinda para Bom Tarde, Amor; e a de Paulinho Pauleira para Música, Sim. Aliás, o trabalho de Pauleira deve ser destacado. Seus arranjos são tudo de bom para que brilhe o cantor. A delicadeza de cada um deles permite que o cantor se sobressaia sem, no entanto, ofuscar as primorosas intervenções, como por exemplo a do baixo de Ney Conceição, a do sax de Mário Seve ou a da gaita de Israel Meirelles. Como é bom ouvir uma bela voz masculina. Num universo musical em que se destacam ótimas vozes femininas, um cantor feito Augusto Martins deve ter exaltados seu registro médio de voz que exala doçura, suas finas interpretações e sua sobriedade, que dispensa afetações e privilegia a dicção e a afinação. Anotem este nome: Augusto Martins. O moço tem tudo para logo se tornar um intérprete destacado da música brasileira. Aquiles Rique Reis é vocalista do MPB4 e autor de O gogó de Aquiles, editora A Girafa.
A beleza de uma mulher pode e deve ser cultivada, não somente por vaidade e satisfação própria, mas para seu respeito e para a satisfação de sua família e seus amigos Clarice Lispector
DVD Arquivo DC
O
maestro Seiji Ozawa (foto), presença constante no pódio das mais famosas orquestras do mundo, é um faz-tudo da música erudita. Dirige óperas, realiza ciclos de concertos didáticos em parceria com pop stars e grava DVDs a metro. Um de seus mais recentes espetáculos ao vivo com a Filarmônica de Berlim, já nas lojas brasileiras, é dedicado ao compositor americano George Gershwin. Foi gravado em 2003, no parque Waldbühne, em Berlim. Melhor momento: Concerto em Fá, com o pianista de jazz Marcus Roberts e seu conjunto.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 -.LAZER
Andrea
Fotos: Arquivo DC
R$ 3
/LUZ Felizolla
Benedito Junqueira Duarte - Acervo SAN/DPH/SMC/PMSP
Chico Buarque estréia quarta (30) no Tom Brasil. Tel.: (11) 2163-2000.
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
GRÁTIS
São Paulo em tempos de mudanças Lúcia Helena de Camargo Andrea Felizolla/LUZ
SONZÃO A Floresta, pintado por Portinari para os Prado
N Orquestra Jazz Sinfônica mais Spok do Recife (Inaldo Cavalcante de Albuquerque), ao sax. Regentes: Cyro Pereira e João Maurício Galindo. Participação: Luciana Alves e Almir Ávlis (vocais); Adelson Silva (percussão) e Flaira (passista). Programa: Ventania Frevo (Cyro); Passo de Anjo (Spok) e alguns clássicos do frevo. Memorial da América Latina. Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664. Tel.: (11) 3823-4600. Quarta (30). 21h. R$ 15 a R$ 30.
Irene Giobbi. E Fábio Prado (dir)
o início dos anos de A casa onde hoje funciona o MCB era 1930, São Paulo era a residência do casal. Tanto iconografia uma cidade promisso- quanto esculturas e peças de mobiliára. A população beirava rio ali expostos explicam e ilustram a o primeiro milhão de habitantes e a ci- história da cidade. dade acabava de ser colocada no mapa Com visão privilegiada para investicultural com a Semana de Arte Moder- mentos culturais, o novo prefeito nona de 1922. Apesar da derrota paulista meou Mário de Andrade para comanna Revolução de 1932 – e um pouco em dar o Departamento de Cultura e Reconseqüência dela – fortaleceu-se a ci- creação, fez construir a Biblioteca Munidadania. Foi a época das grandes obras. cipal e o Estádio do Pacaembu. Quatro O ano de 1934, no qual Fábio da Silva parques infantis foram construídos na Prado assumiu a Prefeitura, foram inau- gestão de Mário. O objetivo inicial era gurados o aeroporchegar a 53 parto de Congonhas, o ques, que contaedifício Martinelli riam com alimenta(maior arranha-céu ção e orientação arà época, com 26 antística para as criandares e 105 metros ças. "Talvez tenha de altura), e a Unisido um projeto versidade de São avançado demais Pa u l o ( U S P ) . N a para a época", avaocasião, o poeta lia a professora da Obra da Biblioteca Municipal Sergio Milliet deUSP Maria Ruth
"Nossa vizinha Buenos Aires iniciara seu metrô, mas por aqui achou-se o transporte subterrâneo muito caro e resolveram investir em avenidas." Início do caos - O túnel da Nove de Julho, a avenida Rebouças, Itororó (hoje 23 de Maio) e a remodelação do Viaduto do Chá são exemplos de obras executadas na gestão de Prado. O professor Lemos classifica como "imediatista, prudente e operoso" o urbanismo impresso em São Paulo por Fábio Prado, que governou a cidade até 1938. "De certa forma, ele foi um dos causadores deste caos automobilístico que vivemos hoje", resume a professora, que dá aulas no Departamento de História da Arquitetura e Estética da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Casados em 1914, Prado e sua mulher, Renata Crespi Prado, não tiveram fi-
DIONNE
De volta à cidade com o seu som black (Alfie, Walk on By), a americana Dionne Warwick (foto) continua craque no "balanço" soul. Uma das preferidas do compositor Burt Bacharach, cantará o sucesso I Say a Little Prayer, que ele adorava. Via Funchal. Rua Funchal, 65. Tel.: (11) 3089-6999. Sábado (26). Às 21h30. R$ 80 a R$ 250. Há promessa de um show extra na segunda (28).
Busto de Renata Crespi Prado, encomendado a Victor Brecheret
Mário de Andrade, no comando do Departamento de Cultura e Recreação: construção de quatro parques
Fotos: Acervo Fundação Crespi/Prado
Sob a batuta do superstar Kent Nagano (foto), a Orquestra Jovem das Américas faz um concerto ao ar livre no Sesc Itaquera. Integrada por músicos de 14 a 24 anos, essa instituição tem como patrono o tenor Plácido Domingo, e cumpre uma extensa agenda anual, em todos os continentes. O programa prometido para o público que for vêla no Sesc é bem light: valsas de Johann Strauss, peças ligeiras de Mozart, aberturas de óperas, e, talvez, algumas surpresas (Villa-Lobos, Tom Jobim). Sesc Itaquera - Palco da Orquestra Mágica (15 mil pessoas). Av. Fernando do Espírito Santo Alves Matos, 1000. Tel.: (11) 6523-9200. Domingo (27), 15h. Ingresso: R$ 3.
Avenida Rebouças em construção: carros ganharam status privilegiado
clarou: "De São Paulo não sairão mais guerras civis anárquicas, e sim uma revolução intelectual e científica suscetível de mudar as concepções econômicas e sociais dos brasileiros." A mostra Renata e Fábio Prado – A casa e a cidade, em cartaz no Museu da Casa Brasileira (MCB), retrata a exuberância e as transformações da época, em fotografias e objetos de arte.
Amaral de Sampaio, que faz – juntamente com Carlos Lemos – a curadoria da exposição. Ao mesmo tempo, iniciou as obras viárias projetadas por Prestes Maia, dando início a uma metrópole na qual os carros ganharam status privilegiado. "Na época, todo o transporte era feito por bondes, cujas linhas tinham no máximo nove quilômetros", diz Ruth.
A casa nos anos de 1950
lhos. Formado em engenharia pela Universidade de Liège (Bélgica), ele era filho de fazendeiros do café e ela, do industrial Rodolpho Crespi, compartilhavam o amor pelas artes e nelas investiam a fortuna. Mandam pintar um Portinari (A Floresta) para decorar a sala, e encomendam um busto a Victor Brecheret para eternizar a dona da casa em mármore branco. Na atual exibição estão ainda móveis e louças, pratarias, quadros e objetos do casal. Além de 50 fotografias, podem ser vistos documentos originais, e o projeto da casa, de autoria do arquiteto carioca Wladimir Alves de Souza, construída no estilo neoclássico, que agrava à elite paulista. A planta da casa foi doada por Renata para a Fundação Padre Anchieta e administrada em comodato pela Secretaria de Estado da Cultura. Hoje chamada de avenida Brigadeiro Faria Lima, o local era então rua Iguatemi, antiga estrada da boiada, tendo como moradores uma maioria de chacareiros portugueses. O curador Lemos chama a atenção para a opção por "soluções passadistas" na construção. Embora o casal estivesse ligado às artes, ainda achava-se atrelado inapelavelmente "ao luxo, a academismo, às porcelanas e aos cristais." Fábio e Renata mudaram-se para a nova residência em 1945. Ali viveram 18 anos, até a morte de Fábio Prado, em 1963. Adélia Borges, diretora do MCB, conta que a idéia da exposição surgiu devido à curiosidade demonstrada pelos visitantes do museu em relação aos antigos moradores do edifício. A mostra foi montada com colaboração da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Crespi Prado. A cenografia é da Apiacás Arquitetos, com projeto de Giancarlo Latorraca. A pesquisa de documentos e iconografia foi feita por Wilton Guerra, historiador do museu. Nostalgia - Para alguns, a visita à exposição funciona como uma aula de história paulistana. Para quem viveu a época, como Irene Giobbi, de 88 anos, é uma maneira de lembrar de tempos melhores. Amiga da primeira-dama Renata Prado, ela freqüentou a casa durante muitas décadas. "Os objetos foram preservados e isso é louvável", elogia. "Porém, a região ao redor cresceu demais e sem planejamento, como quase tudo na cidade, o que me faz lamentar e lembrar com muita nostalgia daqueles tempos em que a vida era mais glamurosa, as pessoas menos apressadas e São Paulo, muito mais agradável." Renata e Fábio Prado – A casa e a cidade, Museu da Casa Brasileira, Av. Faria Lima, 2705, Jardim Paulistano, tel.: (11) 3032-3727. Agendamento de visitas monitoradas pelo telefone (11) 3032-2564. De terça a domingo, das 10h às 18h. Até 1º de outubro. Ingresso: R$ 4. Grátis aos domingos.
A Orquestra de Contrabaixos Tropical, liderada pelo francês Tibô Delor, faz um concerto matinal animado. É boa chance para curtir o timbre especial do contrabaixo, e, depois, visitar a mostra Renata e Fábio Prado (matéria ao lado). Canções de Edu Lobo (Casa Forte); Tom Jobim (Surfboard) e Pablo Aslan (Desde El Hondo Bajo Fondo). Museu da Casa Brasileira -Terraço. Av. Brigadeiro Faria Lima, 2705. Tel.: (11) 30323727. Domingo (27).
DANÇA Pina Bausch (abaixo) e sua companhia apresentam o espetáculo Para as Crianças de Ontem, Hoje e Amanhã. Teatro Alfa. Rua Bento Branco deAndrade Filho, 722. Tel.: (11) 56934000. Segunda (28). 21h. R$ 30 a R$ 200.
Andrea Felizolla/LUZ
Interior: suntuosidade
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
LEGAIS - 17
Banco Finasa S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 57.561.615/0001-04 - Sede: Av. Alphaville, 1.500 - Piso 3 - Alphaville - Barueri - SP Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras
CONTINUAÇÃO 11) OBRIGAÇÕES POR DEPÓSITOS
Em 30 de junho - R$ mil 1 a 30 dias Depósitos à vista ......................................... Depósitos interfinanceiros ........................... Depósitos a prazo ........................................ Total em 2006 ............................................... Total em 2005 ...............................................
31 a 60 dias
11 1.056.778 251 1.057.040 4.430.772
– 961.230 – 961.230 428.653
61 a 90 dias
91 a 180 dias
181 a 360 dias
1a3 anos
3a5 anos
– 1.944.873 – 1.944.873 442.353
– 2.627.321 – 2.627.321 1.216.650
– 4.070.779 – 4.070.779 2.058.501
– 6.776.500 – 6.776.500 3.815.115
– 535.823 – 535.823 94.723
12) ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS a) Ativos contingentes - No 1o semestre de 2006 não foram reconhecidos contabilmente ativos contingentes. b) Passivos contingentes classificados como perdas prováveis e obrigações legais - fiscais e previdenciárias A empresa é parte em processos judiciais, de natureza trabalhista, cível e fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades. As provisões foram constituídas levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e, no posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da empresa entende que a provisão constituída é suficiente para atender perdas decorrentes dos respectivos processos. O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial é mantido até o ganho definitivo da ação, representado por decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, ou a sua prescrição. IProcessos trabalhistas São ações ajuizadas por ex-empregados, visando a obter indenizações, em especial o pagamento de “horas extras”. II - Processos cíveis São pleitos de indenização por dano moral e patrimonial. Essas ações são controladas individualmente e provisionadas para processos específicos com base na opinião de assessores jurídicos, levando em consideração: a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e, no posicionamento de nossos Tribunais. Não existem em curso processos administrativos significativos por descumprimento das normas do Sistema Financeiro Nacional ou de pagamento de multas, que possam causar impactos representativos no resultado financeiro. III - Obrigações legais - fiscais e previdenciárias A empresa vem discutindo judicialmente a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmente provisionados não obstante as boas chances de êxito a médio e longo prazo, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos. As principais questões são: - COFINS - R$ 61.792 mil: Pleiteia calcular a Cofins, a partir de outubro de 2005, sobre o efetivo faturamento, cujo conceito consta do artigo 2o da Lei Complementar no 70/91, afastando-se, assim, a inconstitucional ampliação da base de cálculo pretendida pelo parágrafo 1o do artigo 3º da Lei 9.718/98; - IRPJ/CSLL - Perdas de Crédito - R$ 15.004 mil: Pleiteia deduzir, para efeito de apuração da base de cálculo do IRPJ e da CSLL devidos, o valor das perdas efetivas e definitivas, totais ou parciais, sofridas no ano-calendário de 2002, no recebimento de créditos, independentemente do atendimento das condições e prazos previstos nos artigos 9o ao 14o da Lei 9.430/96 que só se aplicam às perdas provisórias; - CSLL - R$ 9.990 mil: Questionamento da CSLL exigida das instituições financeiras nos anoscalendários de 1996 a 1998 por alíquotas superiores às aplicadas às pessoas jurídicas em geral, em desrespeito ao princípio constitucional da isonomia. IV - Movimentação das Provisões Constituídas
Trabalhista No início do semestre ...................................... Atualização monetária ..................................... Constituições ................................................... Reversões ........................................................ Saldo em 2006 ................................................. Saldo em 2005 .................................................
5.749 – 648 – 6.397 5.875
50.969 1.656 6.921 36.159 95.705 27.650
(1) Compreende, substancialmente, obrigações legais. c) Passivos contingentes classificados como perdas possíveis A empresa mantém um sistema de acompanhamento para todos os processos administrativos e judiciais em que a instituição figura como “autora” ou “réu” e amparada na opinião dos assessores jurídicos classifica as ações de acordo com a expectativa de insucesso. Neste contexto os processos contingentes avaliados como de risco de perda possível não são reconhecidos contabilmente.
Provisão para riscos fiscais .............................. Provisão Impostos e contribuições a recolher .. Provisão para impostos e contribuições diferidos (Nota 22 c,g) ...................................... Provisão Impostos e contribuições sobre lucros a pagar .............................................................. Total em 2006 ..................................................... Total em 2005 ..................................................... b) Diversas
Reservas de Capital .......................................... Reservas de Lucros .......................................... - Reserva Legal (1) ............................................. - Reserva Estatutária (2) ..................................... (1)
(2)
27.650 9.176
50.030
13.972
46.627 197.457
934
Credores por antecipação de valor residual (Nota 6 g) .......................................................... Credores diversos .............................................. Provisão para passivos contingentes cíveis e trabalhistas ....................................................... Provisão para pagamentos a efetuar ................. Outras ................................................................. Total em 2006 ..................................................... Total em 2005 .....................................................
139.765 39.547
6.878 5.836 1.207 510.231
7.011 6.458 1.588
(1)
1.500.467.429 318.200.903 128.190.092 1.946.858.424
Recuperação de encargos e despesas ................... Reversão de Provisões Operacionais ..................... Atualização monetária ............................................. Outras ....................................................................... Total ..........................................................................
Comissões sobre financiamentos (Nota 8) ............. Amortização de ágio (1) (Nota 10) ........................... Descontos concedidos ............................................ Contingências fiscais .............................................. Atualização de impostos ......................................... Outras ....................................................................... Total ..........................................................................
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 Desvalorização de outros valores e bens ............... Lucro/prejuízo na alienação de valores e bens ...... Outras ....................................................................... Total ..........................................................................
Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Participações em coligadas e controladas ....... Despesas indedutíveis líquidas de receitas não tributáveis ......................................................... Outros valores .................................................... Imposto de renda e contribuição social do semestre ..........................................................
R$ mil 314.450 162.285 67.301 544.036
120.443
146.464
(40.951)
(49.798)
48.628
35.241
(8.939) 13
(129) 54
(1.249)
(14.632)
b) Composição da conta de resultado de imposto de renda e contribuição social
Impostos diferidos Constituição/(realização) no semestre, sobre adições temporárias ......................................... Subtotal .............................................................. Impostos correntes Imposto de renda e contribuição social devidos Subtotal .............................................................. Imposto de renda e contribuição social do semestre ..........................................................
Em 30 de junho - R$ mil 2005
126.435 126.435
6.574 6.574
(127.684) (1.249)
(21.206) (21.206)
(1.249)
(14.632)
c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos
Saldo em 31.12.2005 Constituição Realização
(879) (517) 117 (1.279)
– 1.359 321 1.680
Provisão para créditos de liquidação duvidosa Provisão para contingências cíveis .............. Provisão para contingências fiscais ............. Provisão para desvalorização de bens não de uso Provisão para desvalorização de títulos e investimentos ............................................... Ágio amortizado ............................................. Ajuste a valor de mercado dos instrumentos financeiros derivativos ................................. Outros ............................................................. Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias .................................................. Contribuição Social - Medida Provisória no 2158 - 35 de 24.8.2001 ........................... Total dos créditos tributários (Nota 7) ........... Obrigações fiscais diferidas (Notas 13a e 22g) Créditos tributários líquidos das obrigações fiscais diferidas ...........................................
Ativos Receitas Receitas Ativos (passivos) (despesas) (passivos) (despesas) Aplicações em depósitos interfinanceiros (a): Banco Bradesco S.A. .......................................... 1.648 568 1.464 Captações em depósitos interfinanceiros (a): Banco Bradesco S.A. .......................................... (17.874.360) (1.323.590) (12.355.248) Banco Mercantil de São Paulo S.A ..................... – – (45.942) Zogbi Leasing S.A. .............................................. (100.467) (7.244) (85.353) Instrumentos financeiros derivativos: Banco Bradesco S.A. .......................................... (8.253) (2.268) (78.153) Aplicações no mercado aberto (b): Banco Bradesco S.A. .......................................... 24.078 4.474 8.164 Dividendos e juros sobre o capital próprio: Banco Bradesco S.A. .......................................... (28.308) – (193.596) Banco Alvorada S.A. ........................................... 46.372 – 40.072 Finasa Promotora de Vendas Ltda. ...................... 8.760 – 6.830 Zogbi DTVM Ltda. ................................................ 868 – 885 Zogbi Leasing S.A. .............................................. 7.378 – 3.668 Serviços terceiros: Finasa Promotora de Vendas Ltda. (c): ................ – (174.534) – Bradesco Capitalização S.A. .............................. – 416 – Bradesco S.A. CTVM ........................................... – (3) – Valores a receber: Finasa Promotora de Vendas Ltda. ...................... 784 – 11.185 Valores a pagar: Finasa Promotora de Vendas Ltda. ...................... (857) – (1.299)
366 (877.565) (943) (7.099) 689 3.360 – – – – – (155.165) – – – –
(a) Aplicações interfinanceiras de liquidez - depósitos interfinanceiros de ligadas, com taxas equivalentes às do CDI - certificado de depósito interfinanceiro; (b) Recompras e/ou revendas a liquidar, de operações compromissadas, lastreadas em títulos públicos, com taxas equivalentes às do “overnight”; e (c) Basicamente refere-se à Prospecção de negócios através de sua subsidiária (Nota 9a (2) e 15 (1)).
Saldo em 30.6.2006
180.936 1.955 11.861 155
165.289 220 15.030 347
50.179 – – 183
296.046 2.175 26.891 319
1.354 19.141
– –
– 85
1.354 19.056
1.786 7.736
87 67
1.068 3.090
805 4.713
224.924
181.040
54.605
351.359
61.366 286.290 27.261
– 181.040 22.807
4.157 58.762 38
57.209 408.568 50.030
259.029
158.233
58.724
358.538
d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias e crédito tributário de contribuição social Medida Provisória no 2158-35
Diferenças temporárias Imposto de Contribuição renda social 2006 ........................................................................... 2007 ........................................................................... 2008 ........................................................................... 2009 ........................................................................... 2010 ........................................................................... 2011 ........................................................................... Total ...........................................................................
20) TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR, COLIGADAS E CONTROLADAS As transações com o controlador e empresas ligadas foram efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações, foram eliminadas nas demonstrações financeiras: Em 30 de junho - R$ mil 2005 2006
109.543 57.355 43.466 47.633 287 12 258.296
39.328 21.406 15.404 16.918 5 2 93.063
Total 148.871 78.761 58.870 64.551 292 14 351.359
Crédito tributário de contribuição social MP no 2158-35 2008 2006 2007 Total Valor ................................................................
14.069
27.921
15.219
57.209
A projeção de realização de crédito tributário é uma estimativa e não é diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. e) O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação praticada pela Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 381.820 (30 de junho de 2005 R$ 251.383 mil), sendo R$ 328.101 mil (30 de junho de 2005 - R$ 191.863 mil), de diferenças temporárias e R$ 53.719 mil (30 de junho de 2005 - R$ 59.520 mil), de crédito tributário de contribuição social MP no 2158-35. f) Créditos tributários não ativados Não foram constituídos créditos tributários no montante de R$ 612 mil (30 de junho de 2005 - R$ 612 mil), em suas controladas. g) Obrigações fiscais diferidas As obrigações fiscais diferidas no montante de R$ 50.030 mil (30 de junho de 2005 - R$ 13.972 mil), são relativas à superveniência de depreciação - R$ 49.669 mil (30 de junho de 2005 - R$ 13.972 mil), e Imposto de Renda, Contribuição Social, PIS e COFINS sobre os ajustes a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários - R$ 361 mil. 23) OUTRAS INFORMAÇÕES a) Obrigações por repasses do país, correspondem a operação de FINAME no montante de R$ 4.393 mil (30 de junho de 2005 - R$ 10.132 mil), com vencimentos até 15 de outubro de 2008 e rendimentos pela TJLP mais juros; b) Resultado de exercícios futuros referem-se a equalização de taxas de contratos de créditos direto ao consumidor, recebidas antecipadamente, apropriados de acordo com a vigência dos contratos; e c) O seguro dos bens arrendados está vinculado a cláusulas específicas dos contratos de arrendamento mercantil.
Parecer dos Auditores Independentes Banco Finasa S.A.
Maurilo Gonçalves Siqueira Contador - CRC 1SP114890/O-0
198.273 34.913 6.577 2.259 1.186 13.578 256.786
19) RESULTADO NÃO OPERACIONAL
Aos Acionistas e Administradores do
Dirceu da Assumpção Variz Evanir Coutinho Ussier José Renato Simão Borges Wagner José Del Nery
302.996 34.913 24.178 105 3.747 30.495 396.434
Refere-se a amortização de ágio das empresas Banco Zogbi no montante de R$ 28.229 mil (30 de junho de 2005 - R$ 28.229 mil), Promovel Empreendimentos e Serviços no montante de R$ 6.684 mil (30 de junho de 2005 - R$ 6.684 mil).
Márcio Artur Laurelli Cypriano
Diretores
14.774 – 5.008 1.600 21.382
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005
Diretor-Presidente
Paulo Eduardo D’Avila Isola
58.547 2.706 262 4.162 65.677
18) OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS
Diretoria
Diretor-Gerente
28.792 4.679 3.196 2.346 784 39.797
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005
Em Assembléia Geral Extraordinária de 29 de dezembro de 2005 deliberou-se, aumentar o Capital Social em R$ 162.285 mil, elevando-o para R$ 476.735 mil, mediante a emissão de 318.200.903 novas ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, ao preço de R$ 0,51000798 por ação, com integralização à vista, no ato da subscrição, o processo foi homologado pelo BACEN em 21 de fevereiro de 2006. 2) Em Assembléia Geral Extraordinária de 20 de abril de 2006 deliberou-se, aumentar o Capital Social em R$ 67.301 mil, elevando-o para R$ 544.036 mil, mediante a emissão de 128.190.092 novas ações ordinárias nominativas-escriturais, sem valor nominal, ao preço de R$ 0,525009373 por ação, com integração à vista, no ato da subscrição, o processo foi homologado pelo BACEN em 14 de junho de 2006. c) Juros sobre o capital próprio e/ou dividendos Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária. Foram provisionados dividendos relativos ao semestre findo em 30 de junho de 2006, no montante de R$ 28.308 mil, que estão apresentados em outras obrigações sociais e estatutárias.
Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo
46.765 7.599 3.032 3.377 1.822 62.595
17) OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS
1)
DiretoresVice-Presidentes
Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ........................................... Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ................................................................
Representados basicamente por serviços prestados pela sua promotora de vendas (vide nota 9a (2)).
Cofins ....................................................................... Pis/Pasep ................................................................ Imposto sobre serviços de qualquer natureza - ISS CPMF ....................................................................... Outros ....................................................................... Total ..........................................................................
14) PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Composição do capital social em ações O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é composto por 1.946.858.424 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. b) Movimentação do capital social Quantidade de ações
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 253.075 212.382 18.512 20.322 15.212 6.094 4.801 5.179 4.444 3.773 3.002 741 2.550 41 1.387 2.519 1.199 377 2.149 871 306.331 252.299
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005
(1)
Em 30 de junho - R$ mil 2005
2006
16) DESPESAS TRIBUTÁRIAS
194.369
Em 30 de junho de 2005 .................................... AGE de 29.12.2005 (1) ....................................... AGE de 20.04.2006 (2) ....................................... Em 30 de junho de 2006 ....................................
7.311 326.000 32.073 293.927
a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social
2006
Serviços de terceiros (1) .......................................... Propaganda e publicidade ....................................... Comunicações ......................................................... Processamentos de dados ...................................... Indenizações cíveis ................................................ Emolumentos judiciais ............................................ Contribuições associativas ..................................... Serviços do sistema financeiro ............................... Transportes ............................................................... Outras ....................................................................... Total ..........................................................................
Em 30 de junho - R$ mil 2005 444.732 51.578
7.366 532.436 45.610 486.826
Constituída obrigatoriamente à base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado, ou 30% do capital social, acrescido das reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capital ou para compensar prejuízos; e Visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da sociedade, pode ser constituída em 100% do lucro líquido remanescente após destinações estatutárias, sendo o saldo limitado a 95% do Capital Social Integralizado.
51.732
2006
Em 30 de junho - R$ mil 2005
22) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
15) DESPESAS ADMINISTRATIVAS
Em 30 de junho - R$ mil 2005 95.705 5.095
Total em 2005 11 12.486.543 213 12.486.767
2006
13) OUTRAS OBRIGAÇÕES a) Fiscais e previdenciárias 2006
Total em 2006 11 17.974.827 251 17.975.089
O cálculo dos Juros sobre Capital Próprio e/ ou dividendos relativos ao 1o semestre de 2006, está demonstrado a seguir: R$ mil Lucro líquido do semestre .......................................................................................... 119.194 Reserva legal ............................................................................................................. 5.960 Base de cálculo ......................................................................................................... 113.234 28.308 Dividendos provisionados (a pagar) 1o semestre de 2006 ...................................... Dividendos provisionados (pagos) 1o semestre de 2005 ......................................... 31.310 d) Reservas de Capital e de Lucros
Em 30 de junho - R$ mil Fiscais e previdenciárias Cível (1)
289 – 192 – 481 1.136
Acima de 5 anos – 1.523 – 1.523 –
21) BENEFÍCIOS A EMPREGADOS O Banco Finasa S.A. utiliza a infra-estrutura operacional e administrativa da controlada Finasa Promotora de Vendas Ltda., que mantém planos de previdência complementar para seus empregados e dirigentes, na modalidade de contribuição definida, administrados pela Bradesco Vida e Previdência S.A. Em 30 de junho de 2006, esses planos encontram-se integralmente cobertos pelo patrimônio FIFE - Fundo de Investimento Financeiro Exclusivo, onde estão aplicadas as reservas técnicas. As despesas com contribuição efetuadas no semestre montam a R$ 483 mil (30 de junho de 2005 R$ 278 mil).
1. Examinamos o balanço patrimonial do Banco Finasa S.A. em 30 de junho de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos do semestre findo nessa data, elaborados sob a responsabilidade da administração do Banco. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras.
4. Somos de parecer que, exceto pela não reclassificação mencionada no terceiro parágrafo, as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Finasa S.A. em 30 de junho de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos do Banco do semestre findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 5. O exame das demonstrações financeiras do semestre findo em 30 de junho de 2005, apresentadas para fins de comparação, foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram parecer com data de 5 de agosto de 2005, com ressalva mencionada no terceiro parágrafo.
2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nosso exame compreendeu, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
São Paulo, 4 de agosto de 2006
3. O Banco registra suas operações e elabora suas demonstrações financeiras com a observância das práticas contábeis estabelecidas pelo Banco Central do Brasil e Comissão de Valores Mobiliários, que requerem o ajuste ao valor presente da carteira de arrendamento mercantil como provisão para superveniência de depreciação, classificada no ativo permanente. Essas práticas não requerem a reclassificação das operações para as rubricas dos ativos circulante e realizável a longo prazo e receitas ou despesas de operações de arrendamento mercantil, mas resultam na apresentação do lucro líquido e do patrimônio líquido de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, de forma condizente com as normas expedidas pelo Banco Central do Brasil.
PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5
Washington Luiz Pereira Cavalcanti Contador CRC 1SP172940/O-6
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
Nacional Empresas Tr i b u t o s Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
7
16 MIL DONOS DE CARROS NA MIRA DO FISCO PAULISTA
O álcool será o primeiro alvo, por ser muito usado na adulteração de combustíveis. Clóvis Cabrera, diretor da Sefaz-SP
FISCO PAULISTA PREPARA PLANO QUE TEM COMO ALVO OS SETORES QUÍMICO, DE BEBIDAS E DE COMBUSTÍVEIS
SEFAZ INICIA AÇÕES CONTRA SONEGAÇÃO E 50
Paulo Pampolin/Hype
Shiguemi, da Sefaz: experiência bem sucedida
Cabrera: crédito de ICMS indevido em análise
STF suspende julgamento da Cofins
U
m pedido de vistas do processo do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), impediu ontem a retomada da discussão sobre a inclusão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na base de cálculo da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). O tema vem sendo analisado desde 1999, quando a empresa Auto Americano Distribuidor de Peças ingressou com ação questionando a sistemática de cálculo. A inclusão do imposto esta-
dual na base de cálculo da Cofins foi estabelecida pela Lei Complementar (LC) nº 70/91. Na ação, a empresa alega que a medida fere o artigo nº 195 da Constituição Federal. A norma constitucional prevê que o financiamento da seguridade social incide sobre a receita bruta da companhia. Segundo os advogados da empresa, ao incluir o ICMS, a lei desvirtuou o conceito técnico de faturamento, já que o imposto não faz parte da receita da empresa, mas do Estado. A retirada do ICMS seria vantajosa para o contribuinte,
pois diminuiria o valor a ser pago pela empresa. Na primeira vez que o assunto foi discutido pelo STF, o único voto do julgamento, do ministro Marco Aurélio de Mello, foi favorável à retirada do imposto. Na ocasião, o ministro ressaltou que "a base de cálculo da Cofins não pode extravasar, sob o ângulo do faturamento, o valor do negócio, ou seja, a parcela percebida com a operação mercantil ou similar". Na época, a votação foi suspensa por um pedido de vistas do ministro Nelson Jobim. Márcia Rodrigues
nquanto a reforma tributária que promete acabar com a guerra fiscal não sai do papel, a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz) investe em novas ferramentas para combater a sonegação e a perda de arrecadação para outros estados. No próximo mês, por exemplo, será implantada a Nota Fiscal Eletrônica (NFE) aos contribuintes do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), sistema que enviará à Fazenda e Receita informações fiscais das empresas. "O projeto piloto será concluído com sucesso no final do mês com 19 companhias", afirmou o coordenador da Administração Tributária da Sefaz, Henrique Shiguemi Nakagaki, ontem, durante o I Seminário de Estudos Tributários, que termina hoje na capital. As novidades no combate à sonegação não param por aí. No dia 1º de outubro, começa a vigorar o Passe Fiscal Interestadual, um sistema que fiscalizará o tráfego das distribuidoras de álcool entre os estados. "O álcool será o primeiro alvo, por ser muito usado na adulteração de combustíveis", disse o diretor da Diretoria da Administração Tributária (Deat) da Sefaz, Clóvis Cabrera. De acordo com ele, diferentemente dos outros estados, São Paulo não possui postos fiscais para controlar as transações das distribuidoras. IPVA – O diretor da Sefaz in-
milhões de reais é o valor total da multa aplicada pela Sefaz a 40 empresas paulistas que tomaram crédito indevido de ICMS
O projeto piloto (da Nota Fiscal Eletrônica) será concluído com sucesso no final do mês com 19 companhias. Henrique Shighemi Nakagaki, da Sefaz-SP formou também que, até o final do ano, 16 mil proprietários de veículos poderão ser notificados por fraude de domicílio no registro de automóveis. Isso ocorre quando um contribuinte com domicílio residencial ou comercial em São Paulo registra o carro em outros estados, como Paraná, Santa Catarina e Tocantins, para pagar menos Imposto sobre Propriedade de Veículo Auto-
motor (IPVA). "Nesse caso, o prejuízo é dividido entre estado e município, pois 50% da arrecadação do imposto vai para as prefeituras", disse Cabrera. Bebidas – O fisco paulista também não deixou de lado a Operação Glosa de Créditos. Até agora, a Sefaz já autuou 40 estabelecimentos, em um total de R$ 50 milhões. Segundo o supervisor de fiscalização dos setores de alimentos, bebidas e farmacêuticos da Sefaz, Eduardo Fridman, muitas empresas autuadas fabricavam produtos em São Paulo, levavam as mercadorias para outros estados que concedem benefícios fiscais e, depois, as traziam de volta para obter crédito do imposto junto à Secretaria da Fazenda paulista. "Fazem isso para pagar ICMS reduzido e, depois, pedir o crédito cheio em São Paulo. É um benefício ofensivo", criticou Fridman. Até abril de 2007, o fisco vai analisar créditos obtidos de julho de 2001 a dezembro de 2002, que somam R$ 250 milhões. O setor químico será o próximo a ser fiscalizado. Outra novidade é a regulamentação da lei que permite a cassação de inscrições estaduais das empresas que cometem fraude fiscal. Segundo o diretor-adjunto da Diretoria de Administração Tributária (Deat), Antonio Carlos de Moura Campos, a norma deve ser publicada em setembro. As fábricas de refrigerantes serão os primeiros alvos. Laura Ignacio
DIÁRIO DO COMÉRCIO
8
Indicadores Econômicos
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
14,25
24/8/2006
por cento é a taxa de swap para 182 dias, de acordo com a Enfoque Sistemas.
Informe Publicitário
FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Fundo Empresarial LP Lastro Performance LP Múltiplo LP Esher LP Master Recebíveis LP
Posição em: 22/08/2006 22/08/2006 22/08/2006 22/08/2006 22/08/2006
P.L. do Fundo 8.099.076,56 1.422.707,38 7.492.040,20 11.374.629,24 1.087.805,29
Valor da Cota Subordinada 1.161,982096 1.069,423481 1.142,828653 1.074,169901 1.056,770812
% rent.-mês 2,6968 1,4295 1,9586 -2,8647 0,4132
% ano 18,9372 6,9423 14,2829 7,4170 5,6771
Valor da Cota Sênior 0 1.072,135067 1.084,102645 0 0
% rent. - mês 0,8789 0,9576 -
% ano 7,2135 8,4103 -
rating A+(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)
DC
COMÉRCIO
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
18 -.OPINIÃO
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
LENTE DE
AUMENTO
JUROS E VOLUME DE CRÉDITO
G E m julho,
o spread para pessoas jurídicas caiu 0,2 ponto percentual, de 13,6 pontos percentuais para 13,4. pessoas jurídicas com recursos livres (incluindo operações de leasing, cooperativas de crédito e parcelas de cartão de crédito pagas à vista) aumentou 20,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo R$ 235,6 bilhões em empréstimos. No mês, as modalidades de crédito préfixadas que apresentaram as maiores expansões foram as operações de aquisição de bens (2,2%) e leasing (6,4%), atingindo os volumes de R$ 12,6 bilhões e R$ 16,7 bilhões, respectivamente. Já as operações com taxas pós-fixadas, que dependem da variação cambial e são referenciadas em dólar, como o ACC (adiantamento de contrato de câmbio) e os repasses externos, tiveram um incremento de 6,4% e 6,1% no mês (quando computadas em reais), somando R$ 26,6 bilhões e R$ 17,7 bilhões respectivamente. Se computadas em dólar, as mesmas operações tiveram um incremento de
JOÃO DE SCANTIMBURGO
5,6% e 5,4%, respectivamente, atingindo US$ 12,2 bilhões e US$ 8,1 bilhões, graças à depreciação cambial ocorrida no mês de julho em relação ao mês de junho de 0,7%. Em junho o dólar terminou o mês valendo 2,16 reais, enquanto em julho, 2,18 reais. No mês, as taxas de juros para pessoas jurídicas caíram na maioria das modalidades de crédito, em particular, no hot money (de 50,7% ao ano em junho para 47,1% ao ano em julho), no desconto de duplicatas (de 37,6% ao ano para 37,2% ao ano, no mesmo período de comparação), no desconto de promissórias (de 48,9% ao ano para 47,8% ao ano) e na aquisição de bens (de 26,3% ao ano para 26,0% ao ano). Ponderadamente, a taxa de juros para pessoas jurídicas caiu 0,5 ponto percentual no mês e 4,7 pontos percentuais em 12 meses, indo de 28,8 % ao ano, em junho, para 28,3% ao ano, em julho de 2006, em linha com a queda da taxa Selic. O spread para pessoas jurídicas também caiu 0,2 ponto percentual, de 13,6 pontos percentuais em junho para 13,4 pontos percentuais em julho. Cabe destacar que o prazo médio das operações de crédito para pessoas físicas vem aumentando. Esta tendência veio para ficar. Isto significa que os financiamentos estão ficando cada vez mais acessíveis à população de menor renda, já que prazos maiores refletem parcelas de financiamento a pagar menores. O aumento do prazo dos financiamentos, se tudo o mais permanecer constante, certamente implicarão em uma queda futura da inadimplência.
CAUDILHOS Céllus
À VISTA
Profilaxia eleitoral aos trancos e barrancos PAULO SAAB
É
saudável o rigor que os Tribunais Regionais Eleitorais, especialmente dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, estão adotando na impugnação de candidaturas cujos postulantes a cargos eletivos possuam ficha criminal ou de violação à ética parlamentar. Nesses dois estados os respectivos tribunais estão assumindo um papel específico da Justiça Eleitoral, que não era anteriormente executado, de fiscalização prévia sobre quem deseja exercer função pública, representativa, em nosso país. O exemplo deveria ser seguido em todas as unidades da federação. Já teríamos um primeiro round, se isso acontecesse de vitória da sociedade contra os maus políticos que infestam a vida pública brasileira. É pouco provável que aconteça fora dos eixos mais desenvolvidos do país. Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, entre outros estados, poderiam seguir rapidamente o exemplo, livrando a população brasileira, antes da votação, de candidatos que desonram o mandato. Mais do que isso, dele se valem para cometer crimes, acobertar falcatruas e desfalcar o erário. Entre outras coisas desonrosas. A verdadeira corrida de assalto ao dinheiro público, que tomou conta da atual legislatura no Congresso Nacional, exige uma renovação profunda no quadro de deputados federais e se-
Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente em exercício Alencar Burti Presidente licenciado Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi
Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)
Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: , Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046
O
utro aspecto saudável neste pleito, que merece ser comemorado, é a ausência do lixo visual que emporcalhava as cidades em anos eleitorais. A estas alturas, em outros anos, as cidades brasileiras estariam tomadas por propaganda de rua que somente polui e suja. A proibição desse tipo de divulgação, de colagem de cartazes, faixas, da tomada do bem público, elimina também o número de bueiros entupidos, de brigas na madrugada por disputa de espaço e livra os cidadãos das agressões comunicativas eleitorais. Aos trancos e barrancos, mais aos trancos e com muitos barrancos, vamos avançando. O problema é que o País, suas necessidades de ajuste e crescimento, inclusive moral, são tão grandes que nunca conseguimos um ritmo que indique solução à vista.
Trocando seis por menos de meia dúzia ANTÔNIO LEOPOLDO CURI
A
TRECHOS DA NOTA DA FEBRABAN SOBRE CRÉDITOS DO SISTEMA FINANCEIRO
O crédito para cartão à vista cresceu 20,5%
nadores a serem eleitos em primeiro de outubro. O mesmo se aplica, por extensão, aos estaduais e aos cargos executivos. O Brasil necessita de uma profilaxia eleitoral que minimize as possibilidades de se dar mandato popular a pessoas que não mereçam. A ação da Justiça Eleitoral deve ser aplaudida e estimulada. Lugar de bandidos é na cadeia e eles hoje dominam a cena pública nacional. Embora de dentro das cadeias outros bandidos dividam o palco fazendo também sua dominação.
L ugar de bandidos é na cadeia e eles hoje dominam a cena pública nacional
Marcos Peron/Virtual Photo
E
m julho de 2006 o volume de crédito como percentagem do PIB aumentou 3,3 pontos porcentuais em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo 32,6% do PIB (sendo 22,1% em recursos direcionados e 10,5% em recursos livres), o maior valor desde 1995. O volume total de crédito atingiu R$ 668,7 bilhões, um incremento de 1,5% em relação a junho e 21,8% em 12 meses (em termos nominais). O crédito direcionado alcançou R$ 215,2 bilhões, enquanto o crédito com recursos livres somou R$ 453,5 bilhões, expansões nominais de 16,2% e 24,7%, respectivamente. O volume de crédito para
economia brasileira vem de comemorar mais um feito: está sistematicamente baixando os números do risco-país, metodologia criada por organizações internacionais para, dentre outros objetivos, medir a confiabilidade que os empreendedores podem ter a respeito de realizar investimentos em determinadas nações. Os números são tão otimistas que as organizações responsáveis por avaliar o risco-país com maior credibilidade já estudam outras metodologias e critérios para aferir o índice em países emergentes como o Brasil. Por exemplo, o banco Morgan Stanley, talvez o principal elaborador dessas medições, já se prepara para introduzir um novo método, que denominou de Radar micro. Trata-se de metodologia que analisa a qualidade regulatória e institucional dos países e é complementar ao Radar micro, mais preocupado com a solvência e grau de liquidez. Pois bem, sob este novo critério, o Brasil é considerado um dos mais fracos países emergentes, enquanto o Chile está entre os mais fortes da América-Latina. Não há mistério algum neste baixo desempenho brasileiro. O Radar micro mede exatamente fatores impeditivos do desenvolvimento, dentre eles, o peso da carga tributária, o acesso ao crédito, a rigidez das leis trabalhistas e, por último, mas não menos importante, estruturas legais que dificultam os negócios. É o que está acontecendo, por exemplo, na tentativa de se implantar o sistema de Notas Fiscais Eletrônicas, que já têm até uma sigla: NF-e. Na verdade, trata-se de dois sistemas: a NF-e Municipal e a NF-e Estadual. O que se sabe, com certeza, é que o principal beneficiário da NF-e em São Paulo será o tomador do serviço, uma vez que o município prevê para ele um abatimento de até 50% do IPTU com base no ISS recolhido. Sob o aspecto deste benefício, a NF-E Municipal até que é positiva, uma vez que deve transformar o consumidor em verdadeiro fiscal da administração pública.
Quanto à NF-e Estadual, sem oferecer qualquer benefício, nem cumpre a discutível tarefa de induzir o consumidor a ser um agente para aumentar ainda mais a sanha arrecadatória do Estado brasileiro. O sistema, iniciado em abril, está ainda em fase piloto em São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul Santa Catarina, Goiás e Maranhão. Nestes, foram escolhidas cerca de 20 grandes empresas que estão testando o modelo. E é aí que entra o Radar micro elaborado pelo Morgan. A única conclusão que se conseguiu tirar nestes meses de experimento é a de que cada empresa, ao aderir ao sistema, teve de desembolsar entre R$ 300 mil e R$ 1,5 milhão, apenas na fase de testes, para adquirir os sistemas de hardware e software que fazem funcionar a NF-e Estadual.
S
ão números que dão o que pensar. Será que sob a alegação de se introduzir mais uma novidade de primeiro mundo não estaremos pagando para ficar mais ainda no terceiro? O Brasil, que precisa gerar empregos urgentemente, estará inevitavelmente desempregando dezenas de milhares de trabalhadores com a implantação dos sistemas de NF-e trará graves impactos para pelo menos um segmento da economia brasileira: a indústria gráfica de formulários. Este segmento emprega cerca de 102 mil trabalhadores. Com a implantação das NF-e, aproximadamente cinco mil empresas de formulários e gráficas de todo o País correm o risco de fechar suas portas, desempregando, numa estimativa conservadora, perto de 16 mil pessoas! Além dos investimentos que as empresas brasileiras terão de fazer para se adequar às normas das NF-e, este é outro triste preço que teremos de pagar. É o caso de se perguntar: será que não estamos trocando seis por menos de meia dúzia? ANTÔNIO LEOPOLDO CURI É PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE FORMULÁRIOS, DOCUMENTOS E GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES
A implantação das NF-e trará graves impactos na indústria gráfica
E
screvi em meu livro sobre a América Latina que o caudilho está em plena floração no continente latinoamericano. Grandes caudilhos como Rosas, Facundo, Madero, Zapata, Pancho Villa e outros não vieram a ser glória da humanidade. A América Latina tem vocação para o caudilhismo, até mesmo o Brasil, que é avesso. Tivemos aqui Getúlio Vargas, João Goulart e outros gaúchos, que atuaram apenas durante as guerras revolucionárias que circularam pelo continente na fronteira do Rio Grande do Sul. Faltou-nos o grande cenário, que tem sido ocupado nos países de língua espanhola pelos caudilhos, formando-os num ambiente que lhes é propício. Não direi que é uma falha não termos caudilhos e de os terem os países espanhóis, com as suas vibrações glóticas e sua eloquência falada, onde o último frasista conhecido e aplaudido, o líder máximo Fidel Castro, cometeu o erro de supor que a União Soviética poderia ampará-lo em sua divergência com os EUA.
O
s caudilhos que surgem agora são mais econômicos do que sociológicos e estão ocupando espaço com os recursos econômicos que os fazem projetarem-se nos demais países, onde obtêm sua expansão. Não sei prever quando findará a época dos caudilhos, mas ela está longe de se anunciar, pois até mesmo o corte de cabelo fez com que Carlos Menem não conseguisse adaptar o sangue turco às originalidades hispanoamericanas. Não vejo o caudilhismo como uma força em decadência, ao contrário, vejo-o disputando espaço em vários países, menos no Brasil, que se adapta mais às figuras como Antônio Conselheiro, imortalizado por Euclides da Cunha. É o tipo que calha bem ao Nordeste, às suas soalheiras e à sua miséria, que não sabemos quando será retirada de cena. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
G Não vejo o
caudilhismo como força em decadência, vejo-o disputando espaço em vários países, menos no Brasil, que se adapta mais às figuras como Antônio Conselheiro.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
ECONOMIA/LEGAIS - 9
(Nova denominação do Banco de Tokyo-Mitsubishi Brasil S/A) CNPJ 60.498.557/0001-26 - Avenida Paulista, 1274 - Bela Vista - São Paulo RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas: Em cumprimento às disposições legais, submetemos à apreciação de V.Sas. as demonstrações financeiras relativas aos semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005. São Paulo, 04 de agosto de 2006.
BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO (Em milhares de reais) PASSIVO ....................................................................................... ATIVO ............................................................................................ 2006 2005 Circulante ..................................................................................... 625.323 784.695 Circulante ..................................................................................... Disponibilidades ....................................................................... 681 4.919 Depósitos ................................................................................... Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ................................ 252.242 178.291 Depósitos à Vista ..................................................................... 108.918 Aplicações no Mercado Aberto ................................................ 205.000 Depósitos Interfinanceiros ....................................................... Aplicações em Depósitos Interfinanceiros ............................... 47.242 69.373 Depósitos a Prazo .................................................................... Títulos e Valores Mobiliários .................................................... 82.330 227.643 Outros Depósitos ..................................................................... Carteira Própria ....................................................................... 25.179 189.622 Captações no Mercado Aberto ................................................ Vinculados a Compromissos de Recompra ............................. 7.100 Carteira Própria ....................................................................... Vinculados a Prestação de Garantias ...................................... 56.961 27.059 Carteira de Terceiros ................................................................ 3.862 Instrumentos Financeiros Derivativos ...................................... 190 Relações Interfinanceiras ........................................................ Relações Interfinanceiras ........................................................ 442 572 Recebimentos e Pagamentos a Liquidar ................................. Pagamentos e Recebimentos a Liquidar ................................. 10 Créditos Vinculados: Relações Interdependências ................................................... Depósitos no Banco Central .................................................. 442 562 Recursos em Trânsito de Terceiros .......................................... Operações de Crédito ............................................................... 133.729 190.487 Obrigações por Empréstimos .................................................. Operações de Crédito: Empréstimos no Exterior ......................................................... Setor Privado ......................................................................... 135.035 193.350 Obrigações por Repasses do País - Instituições Oficiais ..... Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ..................... (1.306) (2.863) BNDES ..................................................................................... Outros Créditos ......................................................................... 155.356 182.327 Obrigações por Repasses do Exterior .................................... Carteira de Câmbio .................................................................. 154.722 181.376 Repasses do Exterior .............................................................. Rendas a Receber ................................................................... 282 320 Instrumentos Financeiros Derivativos .................................... Negociação e Intermediação de Valores ................................. 912 298 Instrumentos Financeiros Derivativos ...................................... Diversos ................................................................................... 418 860 Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa ......... (978) (527) Outras Obrigações .................................................................... Outros Valores e Bens .............................................................. 543 456 Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados ........... 188 Outros Valores e Bens ............................................................. 220 Carteira de Câmbio .................................................................. Despesas Antecipadas ............................................................ 323 268 Sociais e Estatutárias .............................................................. Realizável a Longo Prazo ............................................................ 78.259 100.517 Fiscais e Previdenciárias ......................................................... Títulos e Valores Mobiliários .................................................... 3.269 49.028 Negociação e Intermediação de Valores ................................. Carteira Própria ....................................................................... 32.193 Diversas ................................................................................... Vinculados a Prestação de Garantias ...................................... 15.251 Exigível a Longo Prazo ................................................................ Instrumentos Financeiros Derivativos ...................................... 3.269 1.584 Depósitos ................................................................................... Operações de Crédito ............................................................... 16.852 27.152 Depósitos a Prazo .................................................................... Operações de Crédito: Setor Privado ......................................................................... 16.965 27.485 Obrigações por Repasses do País - Instituições Oficiais ..... Operações de Crédito de Liquidação Duvidosa: BNDES ..................................................................................... Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ..................... (113) (333) Obrigações por Repasses do Exterior .................................... Outros Créditos ......................................................................... 58.132 24.327 Repasses do Exterior .............................................................. Devedores por Depósitos em Garantia .................................... 57.874 19.532 Outras Obrigações .................................................................... Diversos ................................................................................... 258 4.795 Fiscais e Previdenciárias ......................................................... Outros Valores e Bens .............................................................. 6 10 Provisão para Passivos Contingentes ..................................... Despesas Antecipadas ............................................................ 6 10 Resultado de Exercícios Futuros ............................................... Permanente .................................................................................. 5.646 5.800 Patrimônio Líquido ...................................................................... Investimentos ............................................................................ Outros Investimentos ............................................................... 260 260 Capital Social ............................................................................ Provisão para Perdas ............................................................... (260) (260) De Domiciliados no País .......................................................... Imobilizado de Uso ................................................................... 3.503 3.601 De Domiciliados no Exterior .................................................... Imóveis de Uso ........................................................................ 8.564 8.564 Reservas de Capital .................................................................. Outras Imobilizações de Uso ................................................... 5.206 4.965 Reservas de Lucros .................................................................. Depreciações Acumuladas ...................................................... (10.267) (9.928) Ajuste ao Valor de Mercado - TVM e Derivativos .................... Diferido ...................................................................................... 2.143 2.199 Lucros Acumulados .................................................................. Gastos de Organização e Expansão ....................................... 6.119 8.225 Ações em Tesouraria ................................................................ Amortização Acumulada .......................................................... (3.976) (6.026) Total do Passivo e Patrimônio Líquido ...................................... Total do Ativo ............................................................................... 709.228 891.012 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
2006 351.100 75.174 29.236 2.000 43.937 1 48.192 48.192 345 345 16.395 16.395 91.852 91.852 4.027 4.027 65.974 65.974 3.435 3.435 45.706 4 41.069 427 1.886 227 2.093 62.102 12.634 12.634 8.308 8.308 8.757 8.757 32.403 22.584 9.819 250 295.776 186.911 4.445 182.466 5.103 107.147 (3.385) 709.228
2005 533.831 103.351 19.795 3.000 80.301 255 82.723 7.077 75.646 684 684 19.182 19.182 170.479 170.479 4.016 4.016 99.932 99.932 2.113 2.113 51.351 22 46.983 15 1.155 966 2.210 70.868 6.401 6.401 12.208 12.208 15.385 15.385 36.874 21.244 15.630 338 285.975 186.911 4.445 182.466 5.103 12.622 (822) 85.315 (3.154) 891.012
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA OS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em milhares de reais) ........................................................................................... ........................................................................................... ........................................................................................... ........................................................................................... Saldos em 31 de dezembro de 2005 ............................... Reversão de Dividendos Propostos de Anos Anteriores Ajuste ao Vlr.de Mercado-TVM e Derivativos ................. Aquisição de Ações de Própria Emissão ........................ Transferência para Reserva Estatutária .......................... Lucro Líquido do Semestre ............................................. Destinação do Lucro: Reserva Legal ................................................................. Dividendos (R$ 4,50 por lote de 1.000 ações) .................................. Saldos em 30 de junho de 2006 ...................................... Mutações do Semestre .................................................... Saldos em 31 de dezembro de 2004 ............................... Reversão de Dividendos Propostos de Anos Anteriores Ajuste ao Vlr.de Mercado-TVM e Derivativos ................. Aquisição de Ações de Própria Emissão ........................ Prejuízo do Semestre ..................................................... Saldos em 30 de junho de 2005 ...................................... Mutações do Semestre ....................................................
Capital Social 186.911 -
Reservas de Capital Ágio por Outras Subscrição reservas de Ações de Capital 4.947 156 -
-
Reservas de Lucro
Legal Estatutária 12.622 94.169 356
Ajuste ao Valor de Mercado - TVM e Derivativos (7) 7 -
Lucros Acumulados 87.815 3 (94.169) 7.129
Ações em Tesouraria (3.312) (73) -
Total 289.132 3 7 (73) 7.129
-
(356)
-
-
7 (109) (713) (822) (713)
(422) (87.815) 122.755 21 (37.461) 85.315 (37.440)
(3.385) (73) (3.014) (140) (3.154) (140)
(422) 295.776 6.644 324.268 21 (713) (140) (37.461) 285.975 (38.293)
-
186.911 4.947 156 12.978 94.169 356 94.169 186.911 4.947 156 12.622 186.911 4.947 156 12.622 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
A Administração.
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em milhares de reais) ............................................................................................... 2006 2005 27.714 (23.352) Receitas da Intermediação Financeira ............................... Operações de Crédito ......................................................... (4.217) (8.849) Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários 28.357 18.245 Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos ........ 3.574 (32.748) Despesas da Intermediação Financeira ............................. (1.817) (3.856) Operações de Captação no Mercado ................................. 10.744 18.233 Operações de Empréstimos e Repasses ........................... (13.325) (34.633) Resultado de Operações de Câmbio .................................. 991 11.938 Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa .................. (227) 606 Resultado Bruto da Intermediação Financeira ................. 29.531 (19.496) Outras Receitas (Despesas) Operacionais ........................ (20.028) (17.784) Receitas de Prestação de Serviços .................................... 1.773 2.107 Despesas de Pessoal ......................................................... (9.414) (9.958) Outras Despesas Administrativas ....................................... (8.105) (7.980) Despesas Tributárias .......................................................... (1.158) (1.601) Outras Receitas Operacionais ............................................ 2.819 1.282 Outras Despesas Operacionais .......................................... (5.943) (1.634) Resultado Operacional ........................................................ 9.503 (37.280) Resultado Não Operacional ................................................ 30 30 Resultado antes da Tributação sobre o Lucro .................. 9.533 (37.250) Imposto de Renda e Contribuição Social .......................... 2.404 211 Provisão para Imposto de Renda ....................................... 1.764 155 56 Provisão para Contribuição Social ...................................... 640 Lucro/Prejuízo Líquido do Semestre .................................. 7.129 (37.461) Quantidade de Ações .......................................................... 1.585.396.643 1.585.396.643 R$ (23,63), Lucro/Prejuízo por Lote de Mil Ações ................................ R$ 4,50, As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em milhares de reais) ....................................................................................................... 2006 2005 231.589 304.931 Origens dos Recursos ................................................................. Lucro Ajustado do Semestre ................................................... 7.882 Lucro Ajustado do Semestre .................................................... 7.129 Depreciações e Amortizações ................................................. 753 Reversão de Dividendos Propostos de Anos Anteriores ..... 3 21 Variação nos Resultados de Exercícios Futuros ................... (122) (33) Recursos de Terceiros Originários de: .................................... 223.826 304.943 Aumento dos Subgrupos dos Passivos Circulante e Exigível a Longo Prazo ......................................................... 25.183 37.010 Relações Interfinanceiras e Interdependências ..................... 3.393 Instrumentos Financeiros Derivativos .................................... 776 1.099 32.518 Outras Obrigações ................................................................. 24.407 Diminuição dos Subgrupos dos Ativos Circulante e Realizável a Longo Prazo ..................................................... 198.531 267.559 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ................................. 203.983 Títulos e Valores Mobiliários e Inst. Financeiros Derivativos . 152.536 Relações Interfinanceiras e Interdependências ..................... 61 Operações de Crédito ............................................................ 45.919 63.576 Outros Valores e Bens ........................................................... 15 Alienação de Bens e Investimentos ......................................... 112 374 Imobilizado de Uso ................................................................ 112 374 Aplicações dos Recursos ........................................................... 238.788 309.063 Prejuízo do Semestre ............................................................... 36.698 Prejuízo do Semestre .............................................................. 37.461 Depreciações e Amortizações ................................................. (763) Variação do Valor de Merc.dos Títulos Disponíveis p/Venda (7) 713 Dividendos Pagos e Propostos ............................................... 422 Aquisição de Ações de Própria Emissão ............................... 73 140 Inversão em: .............................................................................. 175 439 Imobilizado de Uso .................................................................. 175 439 Aplicações do Diferido ............................................................. 484 113 Aumento dos Subgrupos dos Ativos Circulante e 150.590 106.575 Realizável a Longo Prazo ..................................................... Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ................................... 86.500 Títulos e Valores Mobiliários .................................................... 103.800 Outros Créditos ........................................................................ 64.090 2.771 Outros Valores e Bens ............................................................. 4 Redução dos Subgrupos dos Passivos Circulante e 87.051 164.385 Exigível a Longo Prazo .......................................................... Depósitos ................................................................................. 14.747 48.378 Captações no Mercado Aberto ................................................ 3.284 30.997 Relações Interfinanceiras e Interdependências ....................... 962 85.010 Obrigações por Empréstimos e Repasses .............................. 68.058 Aumento / Diminuição das Disponibilidades ......................... (7.199) (4.132) Modificações nas Disponibilidades Disponibilidades Início do Semestre ................................................................... 7.880 9.051 Fim do Semestre ...................................................................... 681 4.919 Aumento / Diminuição das Disponibilidades ......................... (7.199) (4.132) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PARA OS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado) 1. Nova Denominação Social - Em decorrência da fusão havida em 1º de janeiro de 2006 entre o The Bank of Tokyo-Mitsubishi, Ltd. e o UFJ Bank Limited, e conseqüente constituição do The Bank of Tokyo-Mitsubishi UFJ, Ltd., a denominação social desta instituição financeira foi alterada para Banco de Tokyo-Mitsubishi UFJ Brasil S/A. 2. Contexto Operacional - O Banco desenvolve todas as atividades permitidas às instituições bancárias e opera como instituição financeira múltipla. 3. Elaboração e Apresentação das Demonstrações Financeiras - As demonstrações financeiras foram elaboradas em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações, associada às normas e instruções do Banco Central do Brasil - BACEN, consubstanciadas no Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional - COSIF. 4. Principais Práticas Contábeis - (a) Apuração de Resultado: O regime contábil de apuração do resultado é o de competência. (b) Ativos e Passivos, Circulantes e a Longo Prazo: São demonstrados pelos valores de realização e/ou exigibilidade, incluindo os rendimentos, encargos e variações monetárias ou cambiais auferidos e/ou incorridos até a data do balanço, calculados “pro rata” dia e, quando aplicável, o efeito dos ajustes para reduzir o custo de ativos ao seu valor de mercado ou de realização. As provisões para operações de crédito são fundamentadas nas análises das operações de crédito em aberto (vencidas e não vencidas) na experiência passada, expectativas futuras e riscos específicos das carteiras, e na política de avaliação de risco da Administração do Banco na constituição das provisões, exigidas pelas normas e instruções do BACEN. Os saldos realizáveis e exigíveis em até 12 meses são classificados no ativo e passivo circulantes, respectivamente. As carteiras de títulos e valores mobiliários e os instrumentos financeiros derivativos estão demonstrados pelos seguintes critérios de registro e avaliação contábeis: Títulos e Valores Mobiliários - a) Títulos para negociação; b) Títulos disponíveis para venda; e c) Títulos mantidos até o vencimento. Na categoria “títulos para negociação” estão registrados os títulos e valores mobiliários adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados; na categoria “títulos disponíveis para venda” estão registrados aqueles que não se enquadram nas categorias descritas nos itens a) e c) acima; e na categoria “títulos mantidos até o vencimento”, aqueles para os quais existe intenção de o Banco mantê-los em carteira até o vencimento. Os títulos e valores mobiliários classificados nas categorias a) e b) acima estão demonstrados pelo valor de aquisição acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço e, quando aplicável, calculados “pro rata” dia, e ajustados ao valor de mercado, computando-se a valorização decorrente de tal ajuste em contrapartida: (1) da adequada conta de receita ou despesa, no resultado do período, quando relativa a títulos e valores mobiliários classificados na categoria “títulos para negociação”; e (2) da conta destacada do patrimônio líquido, quando relativa a títulos e valores mobiliários classificados na categoria “títulos disponíveis para venda”. Os títulos e valores mobiliários classificados nessa categoria “mantidos até o vencimento” estão demonstrados pelo valor de aquisição acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço, calculados “pro rata” dia, os quais estão registrados no resultado do período, sendo registradas provisões para perdas sempre que houver perda permanente no valor de realização de tais títulos e valores mobiliários. Instrumentos Financeiros Derivativos - Os instrumentos financeiros derivativos são registrados pelo seu correspondente valor de mercado, computando-se a valorização ou a desvalorização decorrente de tal ajuste ao valor de mercado em adequada conta de receita ou despesa, exceto os instrumentos derivativos designados como parte de uma estrutura de proteção contra riscos (hedge), que podem ser classificados como: I - “Hedge” de risco de mercado; II - “Hedge” de fluxo de caixa. Os instrumentos financeiros derivativos destinados a “hedge” e os respectivos objetos de “hedge” são ajustados ao valor de mercado, observado o seguinte: (1) Para aqueles classificados na categoria I, a valorização ou a desvalorização são registradas em contrapartida as adequadas conta de receita ou despesa, no resultado do período; (2) para aqueles classificados na categoria II, a valorização ou desvalorização são registradas em contrapartida a conta destacada do patrimônio líquido. (c) Ativo Permanente: Está demonstrado ao custo, corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, combinando com os seguintes aspectos: • A depreciação do imobilizado de uso é calculada pelo método linear, com base nas seguintes taxas anuais: imóveis de uso - edificações - 4%; máquinas e equipamentos e móveis e utensílios - 10%; e sistema de processamento de dados e veículos - 20%. • A amortização do diferido é calculada pelo método linear, no prazo de até dez anos ou segundo o prazo contratual, nos casos de benfeitorias em bens locados. (d) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social: A provisão para imposto de renda foi constituída à alíquota de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10% sobre o lucro anual tributável excedente a R$ 240 (lucro semestral de R$ 120), e a provisão para contribuição social foi constituída à alíquota de 9% sobre o lucro ajustado antes do imposto de renda. (e) Provisões para passivos contingentes: As provisões para contingências de quaisquer naturezas, são reavaliadas periodicamente pela administração, que leva em consideração, entre outros fatores, as possibilidades de êxito da ação e da opinião de seus consultores jurídicos e é considerada suficiente para cobrir prováveis perdas que podem ser incorridas pela Instituição. 5. Títulos e Valores Mobiliários Categorias ............................. Até 3 meses, De 3 a 12 meses, Total Valorização Títulos para Negociação ......... 25.179 56.961 82.140 119 Total ........................................ 25.179 56.961 82.140 119 ...................................................... 2006 2005 ...................................................... Valor de Valor de Valorização Valor de Tipos de Títulos ........................... Custo Mercado (Desvalorização) Mercado Letras Financeiras de Tesouro ...... 11.772 Letras do Tesouro Nacional .......... 82.021 82.140 119 150.789 Notas de Tesouro Nacional ........... 2.017 Notas do Banco Central - E .......... 57.237 Total .............................................. 82.021 82.140 119 221.815 O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado considerando o seu fluxo de caixa estimado, descontado a valor presente conforme as correspondentes curvas de juros aplicáveis, consideradas como representativas das condições de mercado por ocasião do encerramento do balanço. 6. Operações de Crédito - No primeiro semestre de 2006 foram recuperados créditos anteriormente baixados contra a provisão para créditos de liquidação duvidosa no montante de R$ 788 (2005 - R$ 86). De acordo com a Resolução nº 2.682/99 do BACEN, apresentamos a seguir a composição da carteira de operações de crédito e de outros créditos (carteira de câmbio - adiantamento de contratos de câmbio) com os correspondentes níveis de risco: 2006 Total de Operações Nível % Provisão Créditos de % Efetivo de Mínima Curso Créditos Total das Total da de Risco Requerida Normal em Atrasos Operações Provisão Provisão AA 232.756 572 233.328 490 0,21 A 0,5 22 22 0,50 B 1,0 18.061 18.061 253 1,40 C 3,0 3.781 303 4.084 221 5,42 D 10,0 14.329 14.329 1.433 10,00 268.949 875 269.824 2.397
2005 Nível de Risco % Curso Normal Atraso Total AA 305.614 604 306.218 A 0,5 39 39 B 1,0 12.852 6 12.858 C 3,0 39.065 39.065 D 10,0 13.031 8 13.039 Total 370.601 618 371.219 Composição do total da carteira de crédito por setor de atividade: Operações de crédito: ................................................................. Indústria ....................................................................................... Comércio ...................................................................................... Outros serviços ............................................................................ Pessoa física ................................................................................
Provisão Constituída 704 129 1.586 1.304 3.723 2006 113.930 12.598 25.450 22 152.000
2005 160.546 24.998 35.253 39 220.836
Outros créditos - carteira de câmbio: Adiantamento sobre contratos de câmbioIndústria ...................................................................................... Comércio ..................................................................................... Outros serviços ...........................................................................
86.619 120.415 30.906 28.606 299 1.362 117.824 150.383 Total ............................................................................................... 269.824 371.219 Composição da carteira de crédito por faixa de vencimento das operações: ....................................................................................................... 2006 2005 A vencer: De 1 a 180 dias ............................................................................ 202.566 238.900 De 181 a 360 dias ........................................................................ 49.418 104.215 Acima de 360 dias ....................................................................... 16.965 27.486 ....................................................................................................... 268.949 370.601 Vencidas: De 01 a 15 dias ............................................................................ 572 604 De 16 a 30 dias ............................................................................ 6 Acima de 31 dias ......................................................................... 303 8 875 618 Total ............................................................................................... 269.824 371.219 A movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa foi a seguinte durante o semestre: 2006 2005 Saldo Inicial .................................................................................... 2.624 3.117 Constituição (Reversão) do Semestre ........................................... (227) 606 Saldo Final ..................................................................................... 2.397 3.723 7. Transações com Partes Relacionadas Semestres findos em 30 de Junho ................................................................. 2006 2005 ................................................................. Ativo Receitas Ativo Receitas ................................................................. (Passivo) (Despesas) (Passivo) (Despesas) Disponibilidades ....................................... (1.737) 1.482 (3.115) Aplicações interfinanceiras de liquidez .... 45.191 (332) 44.071 Operações “Swap” ................................... 14 5 11.827 (235.617) 29.735 Obrigações por empréstimos ................... (150.132) Outras Obrigações ................................... (306) (533) As transações com partes relacionadas foram contratadas a taxas compatíveis com as praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações, levando-se em consideração a redução de risco. Obrigações por Empréstimos e Repasses: As obrigações por empréstimos e repasses referem-se substancialmente a (i) captações em moeda estrangeira com o The Bank of Tokyo-Mitsubishi UFJ, Ltd.: para financiamento de operações de comércio exterior no montante de R$ 89.610 (2005 - R$ 132.899) e para repasses a clientes locais na forma da Resolução nº 2.770, com vencimentos até abril de 2008 no montante de R$ 60.522 (2005 68.499) e são atualizadas pela variação cambial acrescidas de “spread” e com o Japan Bank International Cooperation - JBIC para repasses a clientes locais na forma da Resolução nº 2.770 do BACEN, no montante de R$ 14.209 (2005 - R$ 46.818), que não estão incluídas no saldo de transações com partes relacionadas e são atualizadas pela variação cambial acrescidas de “spread”. e (ii) Recursos do BNDES para repasse a clientes locais no montante de R$ 12.335 (2005 - R$ 16.224). 8. Carteira de Câmbio - a. Outros Créditos - Ativo: O saldo é composto, principalmente, por câmbio comprado a liquidar - exportação no valor de R$ 121.928 (2005 - R$ 151.162), direitos sobre vendas de câmbio no valor de R$ 32.661 (2005 - R$ 31.807), saldo credor de adiantamentos em moeda nacional recebidos de R$ 1.772 (2005 - R$ 2.987), rendas a receber de adiantamentos concedidos no valor de R$ 1.847 (2005 - R$ 1.393). b. Outras Obrigações - Passivo: O saldo é composto, principalmente, por câmbio vendido a liquidar no valor de R$ 32.476 (2005 - R$ 31.157), obrigações por compras de câmbio no valor de R$ 124.569 (2005 - R$ 164.815), saldo devedor de adiantamentos sobre contratos de câmbio no valor de R$ 116.039 (2005 - R$ 149.023), rendas a apropriar de adiantamentos concedidos no valor de R$ 62 (2005 - R$ 34). 9. Capital Social - O capital social é representado por 1.585.396.643 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, sendo 16.454.706 de ações de acionistas residentes no país, 21.859.530 em tesouraria e 1.547.082.407 ações de residentes no exterior. O estatuto social prevê a distribuição de um dividendo mínimo semestral de 6% do lucro líquido. As reservas de capital são compostas pela reserva de ágio por subscrição de ações e a reserva de ágio na alienação de ações em tesouraria. A reserva de lucros corresponde à reserva legal e é constituída na forma prevista na legislação societária, podendo ser utilizada para a compensação de prejuízos ou para aumento do capital social. A reserva estatutária corresponde à transferência dos recursos contabilizados na conta de lucros acumulados, para formação de Capital de Giro e Manutenção de Margem Operacional conforme previsto no Estatuto. 10. Instrumentos Financeiros Derivativos: O Banco possui como política a minimização de riscos de mercado resultantes de suas operações através da utilização de instrumentos derivativos. A administração dos riscos de mercado é efetuada por área independente, que se utiliza de práticas que incluem a medição, e o acompanhamento da utilização de limites previamente definidos em comitês internos, do valor em risco das carteiras, das sensibilidades a oscilações na taxa de juros, da exposição cambial, dos “gaps” de liquidez, dentre outras práticas que permitem o acompanhamento dos riscos de oscilações nos preços de ativos, nas taxas de juros e outros fatores que podem afetar as posições das carteiras da Instituição nos diversos mercados onde atua. Os instrumentos financeiros derivativos utilizados como hedge possuem sempre risco de crédito igual ou inferior àquele do instrumento financeiro coberto. O valor de mercado dos “swaps” é apurado considerando o fluxo de caixa estimado de cada uma de suas pontas, descontado a valor presente conforme as correspondentes curvas de juros aplicáveis, consiDIRETORIA
Akira Takeuchi Diretor Presidente
Atsushi Yasuda Diretor Vice-Presidente
Gen Idogawa Diretor
Aos Administradores e Acionistas Banco de Tokyo-Mitsubishi UFJ Brasil S/A 1. Examinamos os balanços patrimoniais do Banco de Tokyo-Mitsubishi UFJ Brasil S/A em 30 de junho de 2006 e de 2005 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam
Masaru Nakayasu Diretor
Satoshi Oki Diretor
deradas como representativas das condições de mercado por ocasião do encerramento do balanço. As principais curvas de taxas de juros são extraídas dos futuros e “Swaps” negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros - BM&F, sendo que ajustes a tais curvas são efetuados sempre que determinados pontos são considerados ilíquidos ou que, por motivos atípicos, não representem fielmente as condições de mercado. Em 30 de Junho, as posições em instrumentos financeiros derivativos eram representadas como segue: 2006 Futuros Até 90 dias, De 91 a 360 dias, Total DDI Compra 5.923 5.923 5.923 5.923 DI1 Compra 3.902 1.173 5.075 3.902 1.173 5.075 DDI Venda 63.738 64.637 128.375 63.738 64.637 128.375 25.154 76.614 DI1 Venda 51.460 51.460 25.154 76.614 DOLAR Venda 8.186 8.186 8.186 8.186 127.286 96.887 224.173 Valor Valor MTM (Pagar) / Valor Valorização / Referencial Receber (a) Accrual (b) Desvalorização (a) - (b) 8.942 3.354 2.910 444 Swap CDI X US$ 7.093 3.269 2.859 410 PRÉ X US$ 1.849 85 51 34 Valor Valor MTM (Pagar) / Valor Valorização / Referencial Receber (a) Accrual (b) Desvalorização (a) - (b) A Termo 46.587 (3.329) (2.668) (661) 46.587 (3.329) (2.668) (661) 2005 Futuros Até 90 dias, De 91 a 360 dias, Acima de 360 dias,, Total DDI Compra 124.212 46.176 10.688 181.076 124.212 46.176 10.688 181.076 DI1 Compra 2.744 2.257 5.001 2.744 2.257 5.001 DDI Venda 10.443 10.443 10.443 10.443 DI1 Venda 8.903 119.776 - 128.679 8.903 119.776 - 128.679 DOLAR Compra 1.774 1.774 1.774 1.774 145.332 168.696 12.945 326.973 Valor Valor MTM (Pagar) / Valor Valorização / Referencial Receber (a) Accrual (b) Desvalorização (a) - (b) 35.330 2.938 2.469 469 Swap CDI X US$ 26.510 2.112 1.673 439 PRÉ X US$ 8.820 826 796 30 Valor Valor MTM (Pagar) / Valor Valorização / Referencial Receber (a) Accrual (b) Desvalorização (a) - (b) 13.670 380 270 110 A Termo 13.670 380 270 110 11. Imposto de Renda e Contribuição Social - Os encargos com imposto de renda e contribuição social incidentes sobre as operações do semestre são demonstrados a seguir: .............................................................................................................. 2006 2005 Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ................ 9.533 (37.250) Encargos (imposto de renda e contribuição social) às alíquotas de 25% e 9% respectivamente .......................................................... (3.241) 12.665 Acréscimos/decréscimos aos encargos de imposto de renda e contribuição sociais decorrentes de: (940) (Adições) exclusões temporárias .......................................................... (2.430) (Adições) exclusões permanentes ........................................................ 1.750 873 Ajuste .................................................................................................... 1.517 (12.809) Total das despesas com imposto de renda e contribuição social . (2.404) (211) O Banco não constitui créditos tributários de imposto de renda e contribuição social sobre as despesas temporariamente indedutíveis, cujo montante do crédito, em 30 de Junho de 2006, é de R$ 11.832 (2005 - R$ 13.791), exceção efetuada aos ajustes decorrentes de marcação a mercado de títulos e valores mobiliários e de instrumentos financeiros derivativos, onde, considerando os curtos prazos de realização, o Banco decidiu pelo registro dos correspondentes efeitos tributários, atendendo à circular do Bacen. 12. Ajuste de Marcação ao Mercado de Títulos de Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos - Conforme descrito na nota 4b o Banco registrou no resultado do semestre findo em 30 de junho de 2006 perdas/ ganhos decorrente da avaliação a valores de mercado de Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos no montante de R$ (98) (R$ (65) líquidos dos efeitos tributários). 13. Outras Informações - a. Avais e fianças prestados montam a R$ 90.982 (2005 - R$ 112.676). b. Os patrimônios líquidos dos fundos de investimento administrados pelo Banco montam a R$ 570.047 (2005 - R$ 600.992). c. Outras receitas operacionais: referem-se substancialmente a variações negativas das operações passivas. d. Outras despesas operacionais: referem-se substancialmente a variações negativas das operações ativas. e. O Banco é patrocinador do Previda Sociedade de Previdência Privada, uma entidade fechada de previdência privada contribuindo mensalmente com um percentual sobre a folha de pagamento dos participantes, com o objetivo de complementar os benefícios prestados pela previdência social, em um plano de benefício definido, sendo esta a única responsabilidade do Banco como Patrocinador. No semestre findo em 30 de junho de 2006, o montante dessa contribuição foi de R$ 119 (2005 - R$ 122). Em 31 de dezembro de 2005 (data da avaliação atuarial mais recente), conforme cálculos atuariais a Previda apresenta obrigação atuarial a valor presente no montante de R$ 41.727 sendo que o valor justo dos ativos monta a R$ 51.972; conseqüentemente, conforme o disposto no artigo 49, alínea “g” da Deliberação CVM 371 de 13 de dezembro de 2000, nenhum passivo foi consignado nas demonstrações financeiras. A determinação do passivo atuarial considerou as seguintes principais premissas: Taxa de desconto ........................................................................................... 11,30% a.a. Taxa de retorno esperada dos investimentos ................................................ 11,30% a.a. Índice de aumento salarial estimado ............................................................. 7,10% a.a. Índice de reajuste de benefícios estimado .................................................... 5,00% a.a. CONTADOR
Takehiko Kimura Diretor
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam
Toshiya Kominami Diretor
Antonio A. Hagihara CRC - 1SP187521/O-5
adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco de Tokyo-Mitsubishi UFJ Brasil S/A em 30 de junho de 2006 e de 2005 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 4 de agosto de 2006 Ricardo Baldin Auditores Independentes Contador CRC 2SP000160/O-5 CRC 1SP110374/O-0
4
Compor tamento Ambiente Distritais Urbanismo
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
Um plano de segurança para o Centro fez parte das discussões entre os empresários da região
FOI CRIADO O COMITÊ DE POLÍTICA URBANA
CENTRO DEBATE PLANO DIRETOR E SEGURANÇA
DESFILE O Lions Tremembé realizará, dia 3, entre 9h e 12h, o já tradicional desfile cívico do bairro.
SAÚDE Dia 3, a Distrital Jabaquara realiza a 3ª Feira da Saúde na Universidade Ibirapuera.
Ó RBITA
Divulgação
DIABETES
BORDADOS
O
Conselho da Mulher Empreendedora (CME) da Distrital Santana promoveu curso de bordado em pedrarias com o objetivo de incentivar as donas de casa a colaborarem com o orçamento doméstico. "Elas podem vender as peças", explicou Therezinha Favari, coordenadora do CME. As aulas foram dadas por Bia Wong, dona do Ateliê Stylo e Classe e diretora 2ª secretária da distrital. O curso teve duração de quatro semanas.
A distrital promoveu três encontros com o objetivo de discutir melhorias para a região e para seus empreendedores
A
ESCOLAS REUNIDAS EM SÃO MIGUEL
A palestra Nota Fiscal Eletrônica (acima) contou com a presença de auditores fiscais da Prefeitura paulistana. À esquerda, reunião da diretoria executiva que discutiu melhorias para a região central.
apresentado o novo consultor do Programa Empreender, Elias Nunes Monteiro Martins. Ele pretende aumentar o número dos núcleos setoriais do projeto, que tem por objetivo unir empresários de um mesmo setor, aumentando a competitividade e melhorando o resultado das empresas. Notas fiscal – A distrital, em parceria com o Sescon/SP, realizou a palestra Nota Fiscal Eletrônica, criada pelo município de São Paulo com o objetivo de reduzir a carga tributária individual do cidadão. A palestra foi dada por José Luiz Patta e Marina Aun, auditores fiscais da Prefeitura. Com a nova sistemática, o prestador de serviço que emitir a NF e quem contratou o serviço
serão informados, automaticamente, a respeito da emissão da nota. Isso ocorrerá a partir do sistema da Prefeitura, que vai garantir a autoria da Nota Fiscal Eletrônica emitida. Todas as informações vão poder ser acessadas via internet. Quando a empresa prestadora de serviços gerar o documento de arrecadação para pagamento do ISS no sistema da NF – e recolher o tributo–, o cliente dessa empresa vai receber o crédito sobre o valor do serviço. A NF terá a informação a respeito do total do ISS recolhido e também o valor da parte desse tributo que pertence ao cliente – o crédito. A porcentagem sobre o valor do ISS é de 30% para pessoas físicas e de 10% para pessoas jurídicas.
grupo de diabetes coordenado pela nutricionista Nadia Marques Pereira, da Unidade Básica de Saúde (UBS) Waldomiro Pregnolato, organizou, no auditório da Distrital Jabaquara, a palestra Saúde do Olho. O médico Murilo Moura Sarno, do PSF, levou aos participantes informações sobre as doenças óticas que atingem os diabéticos e como prevenir seus avanços.
Divulgação
Distrital Centro, que tem participado da implantação do Plano Diretor e dos Planos Regionais Estratégicos, criou o Comitê de Política Urbana - Distrital Centro. O objetivo é discutir as propostas que pretendem ordenar o desenvolvimento das funções sociais da cidade e o uso de seu território, de forma a assegurar o bem-estar da população. A última reunião do comitê teve a presença do coordenador da Subprefeitura Sé, Antônio José Ayres Zagatto, dos delegado da seccional Centro do Creci/SP Chu Kan Kou e Leonisa Marquezin, dos técnicos da Secretaria Municipal de Planejamento André Luiz Gonçalves Pina e Luiz Oliveira Ramos, e do diretor do Secovi/SP Eduardo Della Manna. A reunião foi coordenada pelo superintendente da distrital, Marcelo Flora Stockler, e pelo coordenador do comitê, Gerson Gomez. Propostas – A Distrital Centro, na sua última reunião da diretoria executiva, discutiu novas propostas e melhorias para a região central da cidade. Entre os assuntos abordados, mereceu mais destaque o Plano de Segurança para a Centro. N a re u n i ã o t a m b é m f o i
O
O DOAÇÕES NA PENHA
O
Conselho da Mulher Empreendedora (CME) da Distrital Penha realizou a Campanha do Agasalho 2006. As doações foram entregues para a Fraternidade Frei Frederico, no Parque Boturussú. Foram doadas 68 peças de roupas e 15 pares de calçados. A entrega foi acompanhada pela coordenadora Maria Izilda Virolli Jorge.
Núcleo de Escolas Particulares do Programa Empreender da Distrital São Miguel promoveu um encontro com mantenedores de Escolas Particulares da região. Na ocasião, o sócio-proprietário da Alabama – Consultoria Educacional e Editora, Alfredo José Marano, falou sobre Finanças e Erros e Acertos do Marketing Escolar. O evento, na Escola Nova Jornada, contou com a presença de 50 pessoas, que puderam conhecer várias técnicas de marketing de resultados. Segundo o consultor do Programa Empreender da distrital, Valdeir Gimenez, o importante do evento é que novos empresários se
mostraram interessados em participar do Núcleo. Agasalho – O superintendente José Parziale Rodrigues e a coordenadora do Conselho da Mulher Empreendedora da distrital, Aniete Parziale Rodrigues, fizeram a entrega das doações da Campanha do Agasalho. Foram beneficiadas a Casa do Ancião, o Grupo Esperança e Amor, o asilo São José de Idosos do patrono Pedro Soares de Andrade, a Paróquia São José, a Associação Maria Auxiliadora, o Clube de Mães do Parque Santa Rita, o Centro de Promoção Humana Lar Vicentino e o Instituto Severino Fabriani para Crianças Surdas.
Associação Comercial de São Paulo Distrital Jabaquara Av. Santa Catarina, 641 – CEP 04635-001 Fone: 5031-9835 – Fax: 5031-3613 Fernando Calderon Alemany Diretor Superintendente
Distrital Penha Av. Gabriela Mistral, 199 – CEP 03701-010 Fone: 6641-3681 – Fax: 6641-4111 Marco Antonio Jorge Diretor Superintendente
Distrital Santana Rua Jovita, 309 – CEP 02036-001 Fone: 6973-3708 – Fax: 6979-4504 João de Favari Diretor Superintendente
Distrital Sudeste Rua Afonso Celso, 76 – CEP 04119-000 Fone/fax: 5572-0280 Giacinto Cosimo Cataldo Diretor Superintendente
Distrital Centro Rua Galvão Bueno, 83 – CEP 01506-000 Fone/fax: 3207-9366 - Fone: 3208-5753 Marcelo Flora Stockler Diretor Superintendente
Distrital Lapa Rua Martim Tenório, 76/1º andar CEP 05074-060 – Fone: 3837-0544 – Fax: 3873-0174 Douglas Formaglio Diretor Superintendente
Distrital Pinheiros Rua Simão Álvares, 517 – CEP 05417-030 Fone: 3031-1890 – Fax: 3032-9572 Ricardo Aparecido Granja dos Santos Diretor Superintendente
Distrital Santo Amaro Av. Mário Lopes Leão, 406 – CEP 04754-010 Fone/fax: 5521-6700 Aloysio Luz Cataldo Diretor Superintendente
Distrital Tatuapé Praça Silvio Romero, 29 – CEP 03303-000 Fone/Fax: 6941-6397/6192-2979/6942-8997 Antonio Sampaio Teixeira Diretor Superintendente interino
Distrital Ipiranga Rua Benjamin Jafet, 95 – CEP 04203-040 Fone: 6163-3746 – Fax: 274-4625 Antonio Jorge Manssur Diretor Superintendente
Distrital Mooca Rua Madre de Deus, 222 – CEP 03119-000 Fone/fax: 6694-2730 Antonio Viotto Netto Diretor Superintendente
Distrital Pirituba Av. Raimundo Pereira de Magalhães, 3.678 CEP 05145-200 – Fone/fax: 3831-8454 José Roberto Maio Pompeu Diretor Superintendente
Distrital São Miguel Av. Marechal Tito, 1042 – CEP 08010-090 CEP 08010-080 – Fone: 6297-0063 – Fax: 6297-6795 José Parziale Rodrigues Diretor Superintendente
Distrital Vila Maria Rua do Imperador, 1.660 – CEP 02074-002 Fone: 6954-6303 – Fax: 6955-7646 José Correia Diretor Superintendente
Só BEBIDAS Promoções de Inverno
DC
Distrital Butantã Rua Alvarenga, 415 – CEP 05509-070 Fone/fax: 3032-6101 José Sérgio Pereira Toledo Cruz Diretor Superintendente
Importadas
SÓ bebidaS Nacionais
“MANIA DE VENDER BARATO”
Vinho Espanhol Riscal R$ 44,00
Vinho Chileno Casa Mayor R$ 19,90
Porca de Murça R$ 17,90
Vinho Italiano Chianti R$ 29,90
Lambrusco R$ 11,50
Vinho Francês Côtes du Rhône R$ 29,90
Vinho do Porto Senador R$ 27,90
Vinho Português Mateus Rosé R$ 19,90
Vinho Italiano Gabia D´Oro R$ 13,50
Vinho Chileno Gato Negro R$ 17,90
Vinho Português Cartuxa R$ 64,90
Vinho Português Redondo R$ 29,90
Vinho Português Grand Jo R$ 25,50
Vinho Chileno Carta Vieja Carmenére/Cabernet
R$ 14,90
* preços para unidade na caixa.
ACEITAMOS CARTÕES DE CRÉDITO
PABX: 3106-9898 / 3112-0398 www.sobebidas.com.br
Pça. João Mendes, esquina c/ Rua Quintino Bocaiúva, 309 - Centro * BEBA COM MODERAÇÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
3
Política A CNBB
Não é de hoje que políticos roubam. Dom Antônio, da CNBB
André Dusek / AE
SUPLICY COMETE GAFE NO SENADO
ALERTA: NÃO VOTE EM CORRUPTOS
O
senador Eduardo Suplicy (PT-SP) teve de recorrer à assessoria de seu gabinete para descobrir o nome do ministro da Saúde. Enquanto estava na presidência da sessão do Senado de ontem, ele foi seguidamente provocado pelos colegas do PFL Heráclito Fortes (PI) e José Jorge (PE), que insistiam em lhe perguntar quem ocupa a pasta da Saúde. Suplicy só conseguiu dizer que o ministro é José Agenor Álvares da Silva oito minutos depois das provocações, assim que sua assessoria lhe encaminhou a resposta para a pergunta, assim mesmo o nome completo, e não resumido, como normalmente se usa. "Senador Suplicy, como é o nome do ministro da Saúde?", perguntou Heráclito. Pego de surpresa, Suplicy respondeu: "Vou dizer após o seu pronunciamento". Heráclito replicou: "Quero apenas saber o nome do Ministro da Saúde". José Jorge interveio: "Só o nome, para esclarecer". Heráclito voltou ao ataque: "Só o nome". José Jorge: "Se vossa excelência não souber, pergunte à assessoria, por favor". Heráclito não resistiu e respondeu: "Agenor Álvares, está aqui. Não precisa ligar, não". A assessoria, mesmo assim, providenciou a informação com atraso. (AE)
A Confederação Nacional de Bispos do Brasil recomenda aos eleitores considerar a ética e a honestidade na hora de escolher os candidatos nestas eleições. Isso exclui, obviamente, os mensaleiros, sanguessugas e outros acusados de corrupção.
A Bíblia eleitoral: Dom Geraldo criticou os 'corruptos declarados' e defendeu as Forças Armadas em SP.
Edson Silva /Folha Imagem
Hélvio Romero / AE
Batendo bola: apoio de Lula vai garantir vitória, diz Mercadante.
O candidato também quer parcelar o imposto em até dez vezes.
PETISTA NÃO SE ABALA COM PESQUISA
O
candidato do PT ao governo de São Paulo, senador Aloizio Mercadante, minimizou o resultado da pesquisa Datafolha, publicada na quarta-feira, que reafirmou o favoritismo do tucano José Serra na disputa pelo governo de São Paulo. Mercadante alegou que está acostumado a obter resultados menores nas pesquisas. O petista, que ficou com 18% da preferência do eleitorado na última pesquisa, contra os 48% registrados por Serra, disse que ainda é tempo de reverter o cenário. O senador insistiu que tudo indica que esta é uma tendência que irá se reverter. "Eu estou acostumado a fazer campanha atrás nas pesquisas", disse, ressaltando que já avançou sete pontos porcentuais desde que lançou sua candidatura. "É a melhor posição que um candidato do PT já teve no mês de agosto em toda a história da disputa de São Paulo." Mercadante voltou a dizer que há um descontentamento no Estado com o resultado dos 12 anos de governo do PSDB e ressaltou que o horário eleitoral gratuito na televisão começou há pouco tempo. Com essa
exposição e com a campanha de rua, o senador petista acredita que o avanço nas pesquisas irá se acelerar. Além de apostar na campanha de rua e no horário eleitoral de rádio e TV para reduzir a vantagem de Serra, Mercadante continua apoiando sua estratégia no fato de ter o presidente Lula como principal cabo eleitoral. Certo de que chegará ao segundo turno, disse que este será o momento em que Lula mais poderá contribuir com sua campanha. "Ele vencendo no primeiro turno, o apoio dele pode ser decisivo para vencermos a eleição em São Paulo." Embora as críticas a Serra sobre o tema dos migrantes não tivessem efeito relevante nas pesquisas, Mercadante continuou insistindo nos ataques. Pelo nono dia consecutivo, acusou o rival de ser preconceituoso contra nordestinos, por ter dito que os problemas no ensino em São Paulo estariam relacionados a movimentos migratórios. Como parte da provocação, Mercadante aproveitou a visita à zona leste e tomou caldo de mocotó em uma casa do norte. "Enquanto ele fica, como diz meu presidente, vomitando preconceito, eu venho aqui", afirmou o senador em discurso, no bairro de Cidade Tiradentes, logo depois de ter visitado a região de Guaianases. "Eu estou fazendo uma homenagem à nação nordestina." No próximo fim de semana, o petista pretende visitar a cidade de Barretos, no interior de São Paulo (AE).
QUÉRCIA PROMETE REDUZIR O IPVA EM SP
O
candidato do PMDB ao governo do Estado, Orestes Quércia, quer reduzir a alíquota do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de 4% para 3,5%, caso seja eleito. Esta porcentagem se aplicaria a carros de passeio. Na avaliação de Quércia, esta seria uma tentativa para diminuir a evasão da arrecadação de IPVA para outros Estados. "Também vou aumentar os números de parcelas para o pagamento de 3 vezes, que é feito hoje, para 10 vezes (ao longo do ano fiscal)", disse o candidato ontem pela manhã, em entrevista à Rádio Eldorado, na capital. Segundo Quércia, a medida contribuiria para aumentar a arrecadação estadual. O objetivo é fazer com que consumidores e empresas paulistas, que tenham licenciado carros em outros Estados, voltem a fazêlo em São Paulo. "É um incentivo para as pessoas deixarem de pagar o IPVA no Paraná e outros Estados menores", afirmou. "Acho que vamos ficar com um preço igual ao do Rio de Janeiro (no site do Detran do Rio a tabela informa que o
IPVA para carros de passeio é de 4%), e o parcelamento vai contribuir para aumentar a arrecadação." Quércia pretendia ontem, junto da equipe de campanha, finalizar o programa de governo e dar redação final ao plano para ser apresentado ao eleitor. Na última quarta-feira, em entrevista no Estado, Quércia contou que seu programa de governo ainda não estava pronto. "Os eleitores vão me perdoar, de tão bom que o programa vai ficar." A promessa de redução do IPVA foi novidade, uma vez que Quércia não tocou no assunto ontem, durante sabatina realizada pelo Grupo Estado, quando basicamente falou dos ataques do PCC em São Paulo, culpando os doze de anos de governo do PSDB pelo crescimento da facção criminosa. "Essa questão do crime organizado nasceu há muito tempo, o governo sabia disso. Eu fui governador. Naquela mesa passa tudo", alfinetou. Botox - Numa época em que os candidatos investem na imagem para agradar aos eleitores, há muitas curiosidades sobre os truques de cada um. O apresentador da Eldorado, Caio Camargo, quis saber sobre a preocupação estética de Quércia e perguntou: "O senhor usa botox?" O peemedebista respondeu: "O Lula usa. Se eu precisar, tudo bem." Camargo ainda quis saber sobre a cor dos cabelos do candidato: "Mas pintar os cabelos, o senhor pinta, não?" Quércia explicou que usa um produto para escurecer os fios.
Conferência Na- do prendendo criminoso nas cional dos Bispos ruas. Mas há outras maneiras do Brasil (CNBB) das Forças Armadas colaboravai alertar os elei- rem. Todo serviço de inteligêntores a não votar em candida- cia, por exemplo." Para Dom tos envolvidos em denúncias Antônio, seria possível tamde corrupção. O presidente da bém o Exército participar do CNBB, cardeal Geraldo Majel- policiamento preventivo nas la Agnelo, disse ontem, duran- cercanias dos presídios. As declarações foram dadas te o lançamento da cartilha "Eleições 2006", que a institui- durante o lançamento da Nota ção não vai se posicionar con- contra violência em favor da tra nenhum dos candidatos, paz, um documento preparacom exceção dos que são "cor- do pela CNBB com sugestões sobre como enfrentar o crime ruptos declarados". Segundo o Secretário-Geral organizado. Entre as ações da CNBB, dom Odilo Pedro consideradas essenciais pela Scherer, a instituição não vai CNBB, estão a superação da apontar os nomes dos corrup- cultura da impunidade, "que tos; a intenção é alertar os elei- produz revolta e injustiça detores de que o voto "não tem sabonadoras para o Estado e a preço, mas tem conseqüências sociedade, enfraquecendo e não pode ser decidido por suas instituições." Dom Odilo, no entanto, não uma amizade". "Não é necessário que a apresenta a convicção dos CNBB diga quem são os cor- companheiros. "Qual seria a ruptos, os sanguessugas e função das Forças Armadas? O mensaleiros. Não vamos fazer problema não é pôr o Exército listas, mas orientar para que a nas ruas. O problema é outro", sociedade escolha as pessoas afirmou. Ele lembrou ainda que crime organizado não idôneas", disse Dom Odilo. ocorre apenas no Apesar da orienEstado de São Pautação, o vice-presilo, mas em outros dente da CNBB, locais do País. dom Antônio Celso Dom Odilo afirde Queiroz, disse Não vamos ma que a punição que nem todos os fazer listas, de políticos, como parlamentares que mas orientar mensaleiros e sanforam apontados pelo Congresso co- a sociedade para guessugas, seria ext re m a m e n t e ú t i l mo mensaleiros ou que ela escolha neste processo. "O sanguessugas estão as pessoas bom exemplo vem comprovadamente idôneas. de cima. Se quem envolvidos com esDom Odilo prevarica, comete quemas de corrupcrimes contra o pação. trimônio, faz mau "Há casos em que é preciso ficar atento. Não bas- uso dos poderes conferidos ta [o parlamentar] estar indica- pela sociedade não sofre nedo [pelas CPIs]. É preciso ave- nhuma conseqüência, acaba riguar, analisar as provas. É fazendo com que o cidadão uma pena que [o escândalo dos também pense que com ele nasanguessugas] tenha apareci- da vai acontecer também", do na proximidade da campa- afirmou. "A responsabilização dos envolvidos é importante nha eleitoral", disse. Segundo dom Antônio, "não também para superar a pretené de hoje que políticos rou- são da impunidade que é um bam". "Isso faz parte da cultura pouquinho reinante no País". São Paulo melhora - O mipolítica", disse. Por isso, ele recomenda que os eleitores este- nistro da Justiça, Márcio Thojam atentos, mas "não sejam in- maz Bastos, disse ontem que a situação da segurança pública conseqüentes". Na avaliação do vice-presi- em São Paulo “melhorou muidente da CNBB, dificilmente to” nos últimos dias. "Os ataas denúncias contra os san- ques (do crime organizado) guessugas serão julgadas nes- têm diminuído. O trabalho de te ano pelo Congresso. "Não inteligência está sendo bem sei se vai haver tempo para es- feito", disse o ministro, se refeclarecer tudo isso. O importan- rindo ao trabalho conjunto dete é que seja dado um alerta cla- senvolvido desde a semana ro de que a impunidade não é passada entre o governo fedetão simples como parece", dis- ral e o governo do Estado. Segundo o ministro, o invesse. Forças Armadas - Geraldo timento de R$ 50 milhões em Majella defendeu a participa- equipamentos de inteligência ção das Forças Armadas na lu- no sistema penitenciário tem ta contra o crime organizado prevenido as ações do crime em São Paulo. Dom Geraldo organizado. O ministro insistiu na necesconsidera que o auxílio, em caráter subsidiário, seria uma sidade de aplicação de penas atribuição normal do Exérci- alternativas. Para Bastos, o desafio é mostrar que a pena alto. Dom Antonio concorda: "A ternativa não significa impugente sempre pensa em solda- nidade. (Agências).
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 -.LEGAIS
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
Banco Mercantil de São Paulo S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 61.065.421/0001-95 - Avenida Paulista, 1450 - São Paulo - SP Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras
CONTINUAÇÃO 8)
INVESTIMENTOS a) Os ajustes decorrentes da avaliação pelo método de equivalência patrimonial dos investimentos foram registrados em contas de resultado, sob a rubrica de “Resultado de participações em coligadas e controladas”:
19)
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social
Em 30 de junho - R$ mil Capital social
Empresas coligadas e controladas Banco Bradesco Luxembourg S.A. ....................... Tecnologia Bancária S.A. (1) ................................. Serasa S.A. (1) ...................................................... Cia Brasileira de Meios de Pagamentos – VISANET (2) Câmara Interbancária de Pagamentos – CIP ........ Ganho/perda cambial das agências no exterior ... Outras controladas ................................................
Patrimônio líquido ajustado
– 92.468 139.000 74.534 – – –
– 148.406 214.007 424.632 – – –
Quantidade de ações possuídas (em milhares)
Participação no capital social
P.N.
O.N. – 338.790 78 14 – – –
– – 60 – – – –
Lucro líquido ajustado
– 8,9631% 3,7081% 0,1041% – – –
– 14.745 44.722 308.884 – – –
TOTAL GERAL .......................................................
Ajuste decorrente de avaliação (3)
Valor contábil 2006
2005
2006
2006
2005
– 13.302 7.935 442 – – –
– 13.047 5.737 106 – – –
– 1.322 1.645 321 – – 704
2.940 419 1.278 165 43 (22.441) –
21.679
18.890
3.992
(17.596)
Resultado antes do imposto de renda e contribuição social .. Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente .............................. Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Juros sobre o capital próprio recebidos ................................... Participações em coligadas e controladas ............................. Despesas indedutíveis líquidas de receitas não tributáveis .. Outros valores .......................................................................... Imposto de renda e contribuição social do semestre ............
(1) Dados relativos a 31 de maio de 2006; (2) Dados relativos a 30 de junho de 2006; e (3) Ajuste decorrente de avaliação, considera os resultados apurados pelas companhias a partir da aquisição e inclui variações patrimoniais das investidas não decorrentes de resultado, bem como os ajustes por equalização de princípios contábeis, quando aplicáveis. b) Composição de outros investimentos
Aplicações por incentivos fiscais ........................................... Títulos patrimoniais .................................................................. Outros investimentos ............................................................... Subtotal .................................................................................... Provisão para perdas em aplicações por incentivos fiscais .. Provisão para perdas em outros investimentos ...................... Subtotal .................................................................................... Total .......................................................................................... 9)
Imóveis de uso - Terrenos ................................... - Edificações ............................. Outras imobilizações de uso .... Total em 2006 ............................ Total em 2005 ............................
11)
– 4% –
Custo
Reavaliação
Depreciação
6.188 11.570 6 17.764 135.092
32.292 35.944 – 68.236 155.941
– (39.128) – (39.128) (74.814)
13)
38.480 8.386 6 46.872
168.094 48.119 6
OUTRAS OBRIGAÇÕES a) Fiscais e previdenciárias
14)
b) Diversas
67.090 23.993 4.434 2.741 19 98.277
Contribuição ao COFINS ......................................................... Contribuição ao PIS/PASEP ................................................... Despesas com CPMF ............................................................. Impostos e taxas .................................................................... Impostos sobre serviços ........................................................ Total ......................................................................................... 15)
287 6 7 300
316 14 7 337
PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital social O capital social, totalmente subscrito e integralizado, está representado por 11.248.493.707 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. b) Movimentação do capital social em ações Quantidade de ações Em 31 de dezembro de 2005 ........................................... Redução de Capital Social conforme Instrumento de Protocolo de 31.5.2006 (1) .......................................... Em 30 de junho de 2006 ..................................................
R$ mil
19.726.690.493
2.931.588
(8.478.196.786) 11.248.493.707
(1.587.419) 1.344.169
(1) Em Instrumento de Protocolo e Justificação de 31 de maio de 2006, foi acertada a Cisão Parcial com versão de parcela do Patrimônio em Sociedade Existente firmado entre Banco Mercantil de São Paulo S.A. e Bradesplan Participações S.A., com redução do Capital no montante de R$ 1.587.419 mil, com o cancelamento de 8.478.196.786 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal.
9.363 1.522 114 63 – 11.062
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005
16)
22.632 6.371 1.889 – 1.249 246 627 33.014
OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 Atualização monetária ............................................................ Despesas de juros sobre obrigações diversas ...................... Provisão para contingências .................................................. Outras ...................................................................................... Total .........................................................................................
17)
2.162 136 117 109 2.524
Em 30 de junho - R$ mil 2005
(21.891)
(51.793)
(1.329) (9.042) (32.262)
(4.889) (12.572) (69.254)
(44.188) (44.188) (76.450)
(39.211) (39.211) (108.465)
Constituição
Realização
Saldo em 30.6.2006
34.974 18.289
– 3.959
– –
34.974 22.248
1.531
–
–
1.531
20.183
8
2.430
17.761
88
27
5
110
111.694 34.640
– 1.376
24.821 5
86.873 36.011
221.399
5.370
27.261
199.508
10.371 231.770
– 5.370
10.371 37.632
– 199.508
981
–
981
–
16.005 248.756
– 5.370
3.913 42.526
12.092 211.600
1.649 – 248 4.990 6.887
(1) Até o final do exercício, há previsão de realização do valor de R$ 800 mil, que será contabilizado quando de sua efetiva realização (Nota 19d). d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias e crédito tributário de contribuição social MP no 2158-35.
RESULTADO NÃO OPERACIONAL Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 Rendas de aluguel .................................................................. Provisões para desvalorização de bens e investimentos ..... Resultado na alienação de outros valores e bens ................. Outras ...................................................................................... Total .........................................................................................
18)
(91) (5.983) (1.227) (187) (108.465)
Saldo em 31.12.2005 Provisão para créditos de liquidação duvidosa ........................................... Provisão para contingências fiscais Provisão para contingências trabalhistas .............................................. Provisão para perdas de títulos e investimentos ..................................... Provisão para desvalorização de bens imóveis ............................................. Ágio na incorporação da Boavista DTVM S.A. ....................................... Outros ................................................. Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias .................. Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social ........................... Subtotal .............................................. Ajuste a valor de mercado dos títulos disponíveis para venda .................... Contribuição social MP no 2158-35 de 24.8.2001 (1) ..................................... Total dos créditos tributários (Nota 7)
12.641 2.054 249 31 5 14.980
– – 1.739 255 – – 61 2.055
(91) 1.357 (537) (241) (76.450)
R$ mil
OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS
Reversão de provisão para contingências trabalhistas ......... Reversão de provisão para contingências cíveis .................. Atualização de impostos a compensar .................................. Atualização de impostos a recuperar ..................................... Atualização de depósitos vinculados .................................... Recuperação de encargos e despesas .................................. Outras ...................................................................................... Total .........................................................................................
(100.977)
c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos
DESPESAS TRIBUTÁRIAS
5.145 1.307 475 125 7.052
Em 30 de junho - R$ mil Diferenças temporárias Total Contribuição Imposto de social renda
7.806 1.308 (405) 78 8.787
2006 ........................................................... 2007 ........................................................... 2008 ........................................................... 2009 ........................................................... Total em 2006 ............................................
TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR, COLIGADAS CONTROLADAS As transações com o controlador, coligadas e controladas foram efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações, foram eliminadas nas demonstrações financeiras:
54.004 46.149 46.043 1.556 147.752
18.995 16.252 15.949 560 51.756
72.999 62.401 61.992 2.116 199.508
Em 30 de junho - R$ mil
Em 30 de junho - R$ mil 2005
2006
2.528 591 548 106 23 53 51 818 12 4.730
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005
Em 30 de junho - R$ mil 2006 2005
Provisão para pagamentos a efetuar ....................................... Credores diversos - país .......................................................... Obrigações por aquisição de bens e direitos .......................... Total ..........................................................................................
1.990 927 333 115 36 21 18 9 6 3.455
216.219
86.559 31.186 1.855 150 11 119.761
Impostos diferidos Constituição/(realização) no semestre, sobre adições temporárias ....................................................................................... Utilização de saldos iniciais de: Base negativa de contribuição social ..................................... Prejuízo fiscal .......................................................................... Subtotal .................................................................................... Impostos correntes Imposto de renda e contribuição social devidos ..................... Subtotal .................................................................................... Imposto de renda e contribuição social do semestre ............
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
Depreciação ............................................................................ Despesas com multas e juros ................................................ Serviços técnicos especializados ......................................... Propaganda e publicidade ...................................................... Comunicação .......................................................................... Serviços de terceiros .............................................................. Serviços do sistema financeiro .............................................. Multas aplicadas pelo BACEN ............................................... Outras ...................................................................................... Total .........................................................................................
296.991
(76.938)
2006
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005
Em 30 de junho - R$ mil Valor residual 2006 2005
ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS a) Ativos Contingentes No 1º semestre de 2006 não foram reconhecidos contabilmente ativos contingentes. b) Passivos Contingentes classificados como perdas prováveis e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A empresa é parte em processos judiciais, de natureza fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades. As provisões foram constituídas levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e, no posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da empresa entende que a provisão constituída é suficiente para atender perdas decorrentes dos respectivos processos. O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial é mantido até o ganho definitivo da ação, representado por decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, ou a sua prescrição. I - Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A empresa vem discutindo judicialmente a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmente provisionados não obstante as boas chances de êxito a médio e longo prazo, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos. II - Movimentação das Obrigações Legais constituídas: Em R$ mil Fiscais e Previdênciárias No início do semestre ..................................................................... 75.056 Atualização monetária ..................................................................... 2.414 Constituições ................................................................................... 9.363 (274) Reversões ........................................................................................ Saldo em 2006 ................................................................................ 86.559 Saldo em 2005 ................................................................................ 67.090 c) Passivos Contingentes classificados como perdas possíveis A empresa mantém um sistema de acompanhamento para todos os processos administrativos e judiciais em que a instituição figura como “autora” ou “réu” e amparada na opinião dos assessores jurídicos classifica as ações de acordo com a expectativa de insucesso. Neste contexto os processos contingentes avaliados como de risco de perda possível não são reconhecidos contabilmente.
Provisão para riscos fiscais .................................................... Provisão para impostos e contribuições sobre o lucro ........... Provisão para impostos e contribuições diferidos .................. Impostos e contribuições sobre o lucro a pagar ...................... Impostos e contribuições a recolher ........................................ Total ..........................................................................................
12)
2.975 246 183 3.404 (2.828) (12) (2.840) 564
IMOBILIZADO DE USO
Taxa
10)
2.975 301 183 3.459 (2.828) (12) (2.840) 619
226.287
b) Composição da conta de resultado de imposto de renda e contribuição social
c) Juros sobre o capital próprio e/ou dividendos Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados correspondam, no mínimo, a 30% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária.
Em 30 de junho - R$ mil 2005
2006
Em 30 de junho - R$ mil 2005
2006
Aplicações emdepósitos interfinanceiros (a): Banco Bradesco S.A. ............................... Banco Finasa S.A. .................................... Aplicações no mercado aberto (b): Banco Bradesco S.A. ............................... Dividendos e juros sobre o capital próprio: Banco Bradesco S.A. ............................... Banco Alvorada S.A. ................................ Outras Controladas e Coligadas ............... Aluguéis: Banco Bradesco S.A. ............................... Outras Controladas e Coligadas ............... Serviços prestados: Bradesco S.A. CTVM ................................ Banco Bradesco S.A. ...............................
2005
Ativos (passivos)
Receitas (despesas)
Ativos (passivos)
Receitas (despesas)
1.680.027 –
210.199 –
2.555.708 45.942
173.669 942
2.865
890
4.814
637
(130.186) 4.085 1.075
– – –
(121.702) 4.085 1.728
– – –
– –
4.993 145
– –
7.596 6
– –
(4) –
– –
– (32)
(a) Aplicações interfinanceiras de liquidez - depósitos interfinanceiros de ligadas, com taxas equivalentes às do CDI - certificado de depósito interfinanceiro; e (b) Recompras e/ou revendas a liquidar, de operações compromissadas, lastreadas em títulos públicos, com taxas equivalentes às do “overnight”.
Diretoria
Em 30 de junho - R$ mil Crédito tributário de contribuição social MP no 2158-35 2006 2007 2008 Total Valor em 2006 ....................
800
9.301
1.991
12.092
A projeção de realização de crédito tributário trata-se de estimativa e não é diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. e) O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação praticada pela Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta R$ 199.023 mil (2005 R$ 313.471 mil), sendo R$ 187.699 mil (2005 - R$ 257.336 mil) de diferenças temporárias, prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social (2005 - R$ 38.145 mil) e R$ 11.324 mil (2005 - R$ 17.990 mil) de crédito tributário de contribuição social MP no 2158-35. f)
20)
Créditos tributários não ativados Não foram constituídos créditos tributários no montante de R$ 48.348 mil.
OUTRAS INFORMAÇÕES Os créditos vinculados, registrados em “Relações Interfinanceiras”, compõem-se, basicamente, dos saldos de Fundo de Compensação de Variações Salariais - FCVS, deduzido de provisão para perdas.
Parecer dos Auditores Independentes
Diretor-Presidente
Aos Acionistas e Administradores do
Márcio Artur Laurelli Cypriano
Banco Mercantil de São Paulo S.A.
3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Mercantil de São Paulo S.A. em 30 de junho de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos do Banco do semestre findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
1. Examinamos o balanço patrimonial do Banco Mercantil de São Paulo S.A. em 30 de junho de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos do semestre findo nessa data, elaborados sob a responsabilidade da administração do Banco. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras.
4. O exame das demonstrações financeiras do semestre findo em 30 de junho de 2005, apresentadas para fins de comparação, foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram parecer com data de 5 de agosto de 2005, sem ressalvas.
Diretores Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo Adelmo Agnelli Neto Contador - TC - CRC 1SP090360/O-1
2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nosso exame compreendeu, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
São Paulo, 4 de agosto de 2006
PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5
Washington Luiz Pereira Cavalcanti Contador CRC 1SP172940/O-6
10
Empresas Tr i b u t o s Imóveis Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
USO DE DRYWALL CRESCEU 11,4% NO SEMESTRE
DRYWALL
O Hotel Unique usa paredes de drywall, que são leves e permitem fundações mais simples, reduzindo custos.
Fotos: Marcos Fernandes/Luz
Residencial Avive, no Morumbi: paredes internas feitas com drywall
AOS POUCOS, TECNOLOGIA CHEGA AOS EDIFÍCIOS Construtoras e incorporadoras já utilizam paredes de gesso acartonado em divisórias internas e forros. Consumidores, no entanto, ainda são um pouco reticentes sobre o uso do produto, talvez, por puro desconhecimento.
O
gesso acartonado (drywall) ainda é pouco conhecido dos compradores de imóveis no Brasil, mas vem ganhando a preferência de muitas construtoras na hora de erguer paredes internas, fazer forros ou revestimentos. A simplicidade de instalação do produto, que é composto basicamente por chapas modulares de gesso sustentadas por estruturas metálicas, ajuda a explicar a razão da crescente substituição da alvenaria pela técnica nos últimos anos. Além disso, o drywall é uma tecnologia limpa, grande vantagem em uma construção. Em São Paulo, empresas como a incorporadora Klabin Segall e a construtora e incorporadora Setin já fizeram cerca de dez empreendimentos cada uma com emprego do gesso acartonado – edifícios residenciais, empreendimentos comerciais e hotéis. De acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Drywall, o consumo do produto no País atingiu 6,7 milhões de metros quadrados de chapas no primeiro semestre, volume 11,4% superior ao registrado em igual período do ano passado. À primeira vista, o metro quadrado construído com drywall custa mais que igual área em alvenaria. Porém, na ponta do lápis, as construtoras garantem que a utilização dessa tecnologia compensa em termos de despesas. Segundo o diretor técnico da Klabin Segall, Silvio Chaimovitzi, o fato de as paredes de drywall serem mais leves do que as similares em alvenaria permite que sejam feitas fundações e estruturas para suportar menos peso – o que sai bem mais barato para a construtora. Há economia também nos gastos indiretos da obra, como salários e acomodações para operários. Isso porque a tecnologia demanda menos mão-de-obra que a tradicional. Em média, a instalação do drywall exige metade dos trabalhadores.
"Paredes, revestimentos e forros em drywall podem ser instalados depois que as estruturas básicas da construção já ficaram prontas, o que empurra os custos mais altos para a fase final do empreendimento", diz o diretor da Klabin Segall. "Isso, sem dúvida, torna o empreendimento mais competitivo, já que temos condições de vender as unidades a um preço menor durante a construção", acrescenta. Flexibilidade – Para o consumidor, o drywall ganha pontos em relação à alvenaria, principalmente por causa da flexibilidade. Por não exigir quebra-quebra, paredes de gesso acartonado podem sair do lugar sem grande trabalho. O vice-presidente de Desenvolvimento do Sindicato da Construção de São Paulo (Sinsduscon-SP), Francisco Vasconcellos, cita um exemplo. "Imagine que o morador do 12º andar de um prédio queira mexer em uma parede de alvenaria. Ele vai precisar transportar, para cima e para baixo, tijolo, cimento, ferramentas e, no fim da obra, todo o entulho. Se tiver uma parede de drywall, terá apenas que remover alguns parafusos." Segundo o diretor-técnico da construtora Setin, Georgio Vanossi, a indústria brasileira de gesso acartonado tem uma grande vantagem em relação às estrangeiras. Aqui, como o mercado ainda é relativamente pequeno, as fábricas produzem placas sob medida. Isso não ocorre, por exemplo, nos Estados Unidos e Europa, onde o drywall é amplamente utilizado na construção civil. O Brasil tem hoje três fabricantes de drywall: BPB Placo, Knauf e Lafarge Gypsum. As vendas dessas três empresas devem crescer entre 10% e 15% neste ano, segundo estimativa do presidente da associação do setor, Günter Leitner. Na avaliação do vice-presidente do Sinduscon, o atual limitador do crescimento do drywall é o desconhecimento.
"As placas não são utilizadas, principalmente em empreendimentos de alto padrão", afirma. Vasconcellos acredita que isso é fruto de uma estratégia equivocada de apresentação no mercado brasileiro. "Quando o drywall chegou, nos anos 1990, os fabricantes acharam que bastava o produto estar no mercado para se tornar popular, o que não aconteceu." Acústica – Como poucos conheciam a tecnologia, diz ele, muitas placas foram instaladas de forma errada. "Daí surgiu a fama de que o drywall não tem um isolamento acústico ideal e não sustenta quadros ou armários." O vice-presidente do sindicato conta que apenas recentemente, com a elaboração de um manual de normas técnicas e a formação de mão-de-obra especializada, a situação tem mudado. Existem no País, atualmente, cerca de 5 mil especialistas na instalação de drywall. Vanossi, da Setin, afirma que já caiu o mito de que essas placas não têm isolamento acústico adequado. "Isso não é verdade. Qualquer sala de cinema de shopping em São Paulo é revestida com drywall", diz. Para ele, gradualmente as vantagens da tecnologia vão aparecer. "Acredito que os consumidores de mais alto padrão, que hoje ainda dizem preferir as paredes de alvenaria, vão acabar aceitando a novidade", afirma Vanossi. A Setin utiliza drywall em empreendimentos mais nobres, com apartamentos de até 350 metros quadrados. A Klabin Segall tem a mesma política. Renato Carbonari Ibelli
Hotel Grand Hyatt, no Brooklin: como muitos de seus concorrentes, é construído com a tecnologia
PASSO A PASSO Fotos: Divulgação
A
Sem diferenças visuais
estrutura dos forros e paredes de drywall é baseada em uma armação de aço galvanizado, que garante a sustentação das chapas de gesso. Entre elas, são colocados materiais para isolamento termo-acústico. Depois de concluído o acabamento, visualmente não existe diferença entre estruturas feitas em drywall e as similares de alvenaria, de
acordo com o vice-presidente de Desenvolvimento do Sindicato da Construção de São Paulo (Sinduscon-SP), Francisco Vasconcellos. A tecnologia do drywall domina os mercados de construção civil na Europa e EUA, onde é usada há cerca de 70 anos. Apesar de o sistema usar módulos de gesso, há diferenças grandes entre uma parede desse material e outra de
drywall. Paredes de gesso são construídas com base em blocos, levantados de maneira semelhante à da alvenaria. Já as paredes de drywall são feitas a seco, sem argamassa. Qualquer parte interna de um empreendimento pode ter paredes e forros de drywall. Em banheiros, são instaladas chapas especiais com proteção contra fungos. A impermeabilização dessas
paredes é feita da mesma forma que na alvenaria. O conforto acústico também não é problema, segundo o presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Drywall, Günter Leitner. De acordo com ele, é possível combinar as placas de drywall a chapas com lã mineral, que melhoram o isolamento de sons nos ambientes internos. (RCI)
O SUMIÇO DE PLUTÃO PLUTÃO
E MEU SIGNO, COMO FICA ? Em Logo Lunar and Planetary Laboratory
Ano 81 - Nº 22.199
São Paulo, sexta-feira a domingo, 25 a 27 de agosto de 2006
R$ 0,60
Jornal do empreendedor
Edição concluída às 23h55
w w w. d co m e rc i o. co m . b r André Dusek/AE
Impostos na estratosfera: 37,37% do PIB Arrecadação recorde em 2005: R$ 724,11 bilhões, um aumento de 1,49 ponto em relação a 2004. Desse total, R$ 507,1 bilhões foram recolhidos pela União, ou seja, 26,18% do PIB. Jorge Rachid (foto), o Leão-mór, mostra as garras: "o aumento se deu de maneira saudável". E 1
CNBB pede um 'não' aos candidatos corruptos Andrea Felizolla/LUZ
Pág. 3
Paulo Pampolim/Hype
Viadutos treme-treme No Dona Paulina (foto), até árvore brota em suas estruturas mal conservadas. C 1
Dois pontos da mesma franquia no mesmo shopping? Renata Rouchou (foto), da Pão de Queijo, opina. E 6 Divulgação/CCBB
HOJE Parcialmente nublado Máxima 28º C. Mínima 9º C.
AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 30º C. Mínima 10º C.
A
gnès Varda (foto), guru da nouvelle vague, ganha uma superexposição no Centro Cultural Banco do Brasil, reunindo ciclo de filmes, conferências e estandes com ensaios fotográficos produzidos pela cineasta. Leia ainda: a história do Museu da Casa Brasileira; resenhas dos livros Um Defeito de Cor, da mineira Ana Maria Gonçalves, e Correio Feminino, de Clarice Lispector. E mais: a estréia de O Tempo que Resta, um filme que vê a fatalidade com otimismo. Confira as dicas de concertos. E saiba quantos sextarii os romanos bebiam: na Roda do Vinho.
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
Andrea Felizolla/Luz
Segundo os engenheiros, 10% das pontes e viadutos estão, aos poucos, caindo aos pedaços.
Viadutos da cidade: prazo de validade continua vencido Estudo mostra que viadutos e pontes são vítimas de rachaduras, ferrugem e ferragem exposta. Alguns problemas são sérios. Outros, tão simples que poderiam ser resolvidos com investimentos de até R$ 20 mil. O prefeito Kassab disse que existe um cronograma para colocar as edificações em ordem em dois anos. Fotos de Andrea Felizolla /Luz
Vanessa Rosal
U
No Dona Paulina, no Centro, uma árvore de três metros cresce no meio da estrutura, causando fissuras
Dinheiro só paga reparos de urgência
E
m 2005, a Secretaria Municipal de InfraEstrutura Urbana e Obras de São Paulo (Siurb) destinou R$ 12 milhões para a manutenção de viadutos. Este ano, os recursos chegarão a R$ 18 milhões. Para 2007, R$ 25 milhões. "Nossa maior dificuldade é verba: 80% já está comprometida com outras obras", diz o secretário Antônio Arnaldo de Queiroz e Silva. A falta de manutenção do patrimônio de São Paulo é cada dia mais preocupante. Ontem, o DC revisitou as obras citadas em reportagem de 2005. Seis seis delas não receberam nenhum reparo. A ponte dos Remédios, o viaduto da Lapa e as galerias Córrego Bellini, da Luz, Córrego Pedra Azul e Pacaembu continuam em estágio avançado de deterioração. O secretário explica a complexidade do problema. "Se 200 viadutos ficassem em obras ao mesmo tempo, a cidade pararia. O planejamento tem de ser a longo prazo, oito ou dez anos". Nos próximos dias, a ponte do Limão começa a receber os reparos necessários. De acordo com o cronograma da Prefeitura, mais três obras serão iniciadas neste ano: viaduto do Café, Alberto Badrá (Aricanduva) e Santo Amaro. Este último, em agosto de 2005, apresentava juntas de dilatação danificadas e muito mato. Segundo levantamento do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva serão necessários R$ 156 milhões para consertar viadutos
1
Viaduto Nove de Julho: estrutura danificada esperando por reparos
estragados pelo tempo e impacto de caminhões. Hoje, os recursos liberados pela Prefeitura são utilizados só para reparos de urgência. O Major Quedinho, no Centro, foi construído em 1954. Nele, ferragens expostas e rachaduras pedem correção imediata. "Onde há trinca e rachaduras, há risco de desabamento", alerta o engenheiro Marcelo Rozemberg. O viaduto Brigadeiro Luís Antônio, construído em 1958, também está em estado precário. Deslizamento de terra devido à falta de drenagem eficiente e ferragens
Engenheiro Aquino alerta para os problemas no Nove de julho
expostas são problemas graves. O fato mais curioso e preocupante é no viaduto Dona Paulina, de 1947, no Centro. Uma árvore de três metros cresce entre a estrutura de concreto. Rachaduras, ferragens expostas e fissuras de 8 mm precisam de intervenção urgente. "Fissuras de 9 mm podem causar acidentes. Pedaços de concreto podem cair e machucar alguém", diz o engenheiro Paulo Alquino. Segundo ele, a árvore que "mora" no viaduto deveria ter sido retirada de lá há muito tempo. "Conforme a árvore cresce, as rachaduras aumentam", diz. As amarrações de ferro expostas, diariamente em contato com o ar e a água da chuva, estão em acelerado processo de corrosão. Questionada sobre a urgência dessa manutenção, a Siurb alegou enfrentar problemas de licitação para iniciar as obras. Segundo os profissionais que participaram da análise, o Dona Paulina é um dos mais preocupantes. "A Prefeitura pode esperar para ver o que vai acontecer ou tomar medidas imediatas", alertam os engenheiros. (VR)
ma frondosa árvore cresce nas entranhas do viaduto Dona Paulina, no Centro da cidade. Pode até parecer ecologicamente correto, mas, na verdade, ela apresenta um sério risco à população. A árvore no Dona Paulina não é o único risco. Outros viadutos e pontes da Capital são vítimas de rachaduras que expõem suas ferragens. Fissuras podem ser vistas a olho nu por quem passa a pé ou de carro. Vigas danificadas pela batida de caminhões. Em alguns casos, a ferrugem prevalece e denuncia um problema antigo. Há ainda o mau cheiro, produto do lixo jogado nas proximidades. Embora viadutos e pontes sejam fundamentais para o desenvolvimento da cidade, estudo realizado pelo Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco), e divulgado ontem, comprova: 10% dessas obras estão, aos poucos, caindo aos pedaços. No início de agosto de 2005, há pouco mais de um ano, reportagem do Diário do Comércio retratou essa realidade. De lá para cá, pouco foi feito para amenizar a crise. "O que vemos é uma prática errada na política. O governo está interessado em construir novos projetos, mas não está nem aí para a manutenção básica do patrimônio que já existe", afirmou ontem o presidente nacional do Sinaenco, José Roberto Bernasconi. Números – Os números são impressionantes. A cidade de São Paulo possui cerca de 240 pontes e viadutos, 75 passarelas e 700 pontilhões, totalizando um patrimônio de aproximadamente R$ 7,8 bilhões. Cerca de 10% desse total estão com suas estruturas deterioradas, em situação de calamidade, e exigem reparação imediata. Outros 50% apresentam patologias mais leves, mas que necessitam de intervenção. De acordo com os técnicos, obras de engenharia têm vida
Antônio Arnaldo, Bernasconi e Marcelo Branco: divulgação de estudo
Além – Para o secretário muútil estimada em 50 anos. Como a maioria das pontes foram nicipal de Infra-Estrutura Urbaconstruídas nas décadas de na e Obras de São Paulo, Antô1950, 1960 e 1970, pode-se di- nio Arnaldo de Queiroz e Silva, zer que a infra-estrutura de o problema da manutenção na São Paulo está com o prazo de cidade vai muito além da análise dos engenheiros que tentam validade vencido. O presidente regional – SP da alertar a população para o periSinaenco, João Antônio Delne- go. "Nossa responsabilidade é ro, compara a situação com pro- muito grande porque temos dutos utilizados pelo ser huma- 2500 edifícios para cuidar e 18 no no dia-a-dia. "Quando o pra- túneis com sérios problemas e zo de validade de um remédio sem luz, por causa de constanvence, por exemplo, ele perde a tes roubos de fiações. As ruas sua eficácia e pode até fazer mal. também precisam de manutenNo caso da deterioração de via- ção, estamos arrumando mil buracos por dia". dutos, a curto praUm dos motizo, não acontece vos para a demonada. Mas com o ra na manutenção passar do tempo, é a falta de recuracidentes graves O governo está sos financeiros, podem ocorrer". interessado em que não é sufiDe 1996 para cá, construir projetos, ciente para cobrir a Secretaria Mumas não está nem aí todas as despenicipal de Infrasas. Apesar da SeEstrutura Urbana para a manutenção cretaria Municie Obras (Siurb) de básica do patrimônio pal de Infra-EsSão Paulo inves- que já existe. trutura Urbana e tiu R$ 9 milhões/ José Roberto Bernasconi, Obras alegar ano na manutenpresidente do Sinaenco muito trabalho ção de pontes e para pouco diviadutos. O orçamento anual da Prefeitura é de nheiro, o prefeito Gilberto Kassab garante que o problema será R$ 17 bilhões. Segundo os engenheiros as- resolvido em dois anos. Ontem, sociados ao Sinaenco, cerca de durante o 6º Encontro de Opor120 construções com proble- tunidades de Negócios para a mas simples poderiam ser re- Arquitetura e a Engenharia paradas com investimentos de Consultiva de São Paulo, ele deapenas R$ 20 mil para cada monstrou otimismo e prometeu uma. "É muito melhor preve- i n v e s t i r n a re c o n s t ru ç ã o . nir gastando pouco do que es- "Quando soube da deterioração perar e gastar absurdos em ca- das pontes e viadutos, fiquei sos emergenciais. Trata-se de surpreso. Estabelecemos um uma questão de planejamen- cronograma de manutenção e to", diz o engenheiro civil Mar- até o fim da minha gestão, as obras serão concluídas", disse. celo Rozemberg.
2
Urbanismo Ambiente Polícia Transpor tes
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
DENÚNCIA ANÔNIMA LEVOU POLICIAIS AO FUNCIONÁRIO
A lista com 412 contas movimentadas por dinheiro do crime organizado em São Paulo já está no Ministério da Justiça.
Seqüestro: manobrista furtou carro Vectra usado em seqüestro de dois funcionários da TV Globo foi furtado de estacionamento. Manobrista recebeu R$ 400. Ação criminosa foi arquitetada pelo PCC.
E
m depoimento prestado a policiais da Divisão Anti-Seqüestro, o manobrista Luciano José da Silva, de 26 anos, confessou ter furtado o Vectra usado no seqüestro dos funcionários da Rede Globo G u ilherme Portanova e Alexandre Calado, mas negou participação no crime. Ele disse que não sabia que o carro seria usado no seqüestro e contou que foi contratado por dois rapazes para furtar o veículo, recebendo R$ 400. O manobrista foi preso trabalhando num estacionamento na Vila Madalena, na zona oeste da cidade, na noite de quarta-feira. A polícia procura agora as duas pessoas que teriam pago Silva. Calado e Portanova foram levados no dia 12, um sábado, da frente da Padaria União Fialense, a poucas quadras do 96º Distrito Policial (Brooklin). O Vectra foi achado queimado poucos minutos depois. O auxiliar técnico Alexandre Calado foi libertado na noite do sábado e o repórter foi libertado na madrugada do dia 14. Prisão – Uma denúncia anônima levou os policiais ao paradeiro de Silva, reconhecido por uma fotografia. Investigadores receberam a informação de que, desde segunda-feira, ele trabalhava na rua Fidalga. A polícia passou a investigar também o trabalho de Silva na Vila Madalena. Existe a suspeita de que ele estivesse interessado em obter informações sobre a rotina dos freqüentadores do restaurante Astor, servido pelo estacionamento. O local é conhecido por ser um ponto de encontro de juízes e advogados durante a semana. O suspeito foi levado para a Divisão Anti-Seqüestro e disse que havia recebido uma encomenda para roubar um carro quatro-portas, potente. A polícia começou a suspeitar de Silva depois de descobrir que o
Epitácio Pessoa/AE - 14 /08/2006
Ademir Almeida/Diario MS/AE
Portanova, no dia seguinte à sua libertação, indo prestar depoimento
Os vinte presos retirados de Campo Grande e Naviraí deixam Dourados (MS) em avião da FAB Marcio Fernandes/AE - 12/08/2006
dono do estacionamento de onde o Vectra foi roubado, no Itaim Bibi, e outro manobrista haviam registrado um boletim de ocorrência com informações desencontradas. Afirmaram que o carro havia sido roubado por homens armados. Esta versão era falsa. Os donos do estacionamento haviam mentido à polícia porque o seguro da empresa não cobre furtos, como o praticado por Silva. A polícia, então, chegou ao seu nome. Ele era um manobrista reserva, só chamado nas horas de emergência. Silva foi a sétima pessoa identificada por suposto envolvimento no seqüestro. Os ex-presidiários Carlos Alberto da Silva, o Balengo, Sherley Nogueira dos Santos, o Fininho, Alexandre Campos dos Santos, o Jiló, e José Luiz dos Santos, o Maloqueiro ou Tiozinho, também são suspeitos. Outros dois homens, cujos nomes não foram revelados, também são procurados. Um
Vectra usado no seqüestro foi abandonado e queimado na zona sul
deles é o homem que aparece encapuzado lendo um manifesto do Primeiro Comando da Capital (PCC) criticando o regime disciplinar diferenciado (RDD) e reivindicando menos opressão no sistema prisional. O vídeo foi exibido pela TV
Globo por exigência da facção criminosa. Lista – A listagem com 412 contas correntes, de poupança e de aplicações, movimentadas por dinheiro do crime organizado em São Paulo, foi entregue ontem pela polícia pau-
lista a representantes do Conselho de Controle de Ativos Financeiros (Coaf) e do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), vinculado ao Ministério da Justiça. Essas contas, segundo o secretário estadual de Segurança Pública, Saulo Abreu, estão no nome de 110 pessoas envolvidas com tráfico de drogas e de armas. A lista contém nome, filiação e foto dessas pessoas, além de 982 números de telefones que teriam relação com a movimentação das contas. O objetivo principal é quebrar o abastecimento financeiro de integrantes do PCC. Mas para que as contas sejam bloqueadas será preciso comprovar participação de seus titulares na movimentação financeira que serve para lavagem de dinheiro. Será necessária, ainda, autorização judicial. Na próxima semana será entregue uma listagem com nome de empresas que dariam suporte à lavagem de dinheiro. Catanduvas – Na tentativa de restabelecer a normalidade nas penitenciárias de Mato Grosso do Sul, 20 presos que têm ligações com o PCC foram transferidos ontem, em caráter emergencial, para a Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná. De acordo com o Departamento Penitenciário
Internet é farmácia para brasileiro Um estudo dos Correios aponta que medicamentos são o segundo item mais importado por remessa postal em oito estados do País
O b r a s ileiro está buscando na internet o que já compra na farmácia. Estudo realizado entre janeiro e setembro do ano passado, na Agência Central da Empresa de Correios e Telégrafos do Estado de São Paulo, aponta que medicamentos para uso próprio são o segundo item mais importado por remessa postal em oito estados, atrás apenas de alimentos: 7.404 ante 11.979. Com a nova tendência, surgiram também as irregularidades, como a compra de anabolizantes e o envio de produtos fora da embalagem e até sem data de validade. Orientadora da pesquisa, Gisélia Santana Souza, da Universidade Federal da Bahia, diz que todo medicamento traz um risco inerente, especialmente quando é comprado por meio eletrônico. Ela observa ainda que o fato de ser um produto pa-
ra uso próprio pode facilitar a ocorrência de infrações, já que o cidadão está protegido pelo direito individual. "O Código Postal Internacional diz que a correspondência é inviolável. Mas o Estado tem o poder de intervir quando necessário. Só é possível abrir as mercadorias na presença da pessoa que solicitou a encomenda", diz ela, acrescentando que há "uma quantidade excessiva" de casos nos quais os pacientes afirmam que o medicamento é para uso próprio, quando, na verdade, é para comercialização. Estudo – De acordo com Sueli Aparecida Kurihara, autora do estudo, apresentado ontem durante o 11º Congresso Mundial de Saúde Pública, no Riocentro, é possível descobrir se o produto é para comercialização analisando a quantidade importada, a periodicidade do pedido, além de nomes e endereços. "Há casos em que várias pessoas importam um mesmo produto e moram no mesmo endereço", explica ela, que analisou
as informações registradas em formulários enviados para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a partir do trabalho dos Correios. As mercadorias passam por uma triagem e, no caso dos remédios, sempre passam por um controle sanitário. Para retirálas é imprescindível a apresentação da receita médica. E-mails – Integrante da coordenação da Vigilância Sanitária de São Paulo, Sueli observa que, embora existam pessoas que comprarm os medicamentos seguindo as regras, há aquelas que compram produtos inadvertidamente. "Nem é preciso fazer busca ativa na internet. Os e-mails anunciando produtos são enviados sem você solicitar", relata ela, que pesquisou dados no Rio, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Distrito Federal e Bahia. A pesquisadora cita dados gerais sobre todos os tipos de produtos que precisam passar pelo controle do órgão pa-
ra mostrar que o estado de São Paulo tem um serviço de melhor qualidade, seja por causa de um controle mais eficaz ou pelo pree nc hi me nt o adequado dos formulários de remessa postal. No período analisado, foram importados 22.203 itens, entre medicamentos, alimentos, produtos para a saúde (seringa, catéter etc) e saneantes. O Rio, com 12.423, lidera a lista, seguido por São Paulo, com 8.166. Porém, quando se analisa o total de mercadorias retidas, 2.486, São Paulo barrou 1.892 produtos, contra 548 do maior importador, que é o Rio. Considerando-se apenas os medicamentos, São Paulo é de novo o mais rigoroso. Importou
3.204 e vetou 1.227. No Rio, foram 3.690 pedidos e 183 retidos. Além das razões já citadas, há casos nos quais o medicamento não é liberado por desobedecer regras de acondicionamento. Piloto – Para aumentar o controle sanitário, foi iniciado um projeto piloto na Agência Central dos Correios de Vila Leopoldina, em São Paulo. Uma das mudanças é em relação aos técnicos da vigilância, que agora atuam já no processo de triagem, em conjunto com os funcionários do outro órgão. (AE)
Nacional (Depen), a transferência foi feita a pedido da Secretaria da Justiça e Segurança Pública do Estado, "com base no decreto estadual 51, que estabeleceu situação de emergência, em decorrência de colapso no sistema penitenciário". Os presos foram conduzidos até Cascavel em um avião da Força Aérea Brasileira, escoltados por agentes e policiais federais. De Cascavel, seguiram de ônibus para Catanduvas. Com essa nova remessa, já são 37 os presos que ocupam a penitenciária, inaugurada no dia 23 de junho. Ela tem 208 celas individuais e mantém um sistema de segurança máxima. Entre os presos transferidos, 15 estavam no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande e outros cinco vieram do Presídio de Naviraí. O monitoramento maior sobre esse grupo começou após as primeiras rebeliões em massa realizadas em São Paulo e que se estenderam para outros Estados, inclusive os cinco presídios de Mato Grosso do Sul e seus quase 9 mil detentos. Tendo a fronteira com o Paraguai de um lado e a divisa com São Paulo de outro, a preocupação das autoridades da segurança sul-mato-grossenses passou a ser encontrar uma forma de desmantelar a célula do PCC. (Agências)
Doador de sangue precisa informar orientação sexual
U
ma liminar concedida terça-feira pela desembargadora Maria Isabel Gallotti, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, devolveu a validade para a resolução da Anvisa, que obriga os hemocentros a questionarem os candidatos a doador de sangue sobre sua orientação sexual. A liminar será avaliada pelos desembargadores que compõem a 6ª Turma do TRF-1. Caberá recurso da decisão. O procedimento estava proibido desde julho, graças a uma liminar concedida pelo juiz Márcio Braga Magalhães, da 2ª Vara Federal do Piauí, que o considerou discriminatório. Em sua sentença, Magalhães afirmava considerar "os homossexuais e bissexuais legitimados a doar sangue". A norma da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) argumenta que são inabilitados para doar sangue "homens que tiveram relações sexuais com outros homens e ou as parceiras sexuais destes" até 12 meses antes da coleta. O pedido para suspender o questionamento sobre orientação sexual partiu do Ministério Público Federal (MPF) do Piauí. (Agências)
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
Ambiente Compor tamento Acidentes Urbanismo
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3 Doze toneladas de vidro se espalharam por uma das pistas da rodovia Régis Bittencourt.
VIDRO E GLP INTERDITAM PISTAS EM SP
Wendell Marques/Chromafotos
Mário Angelo/Folha Imagem
FALSO MÉDICO m falso médico foi preso U ontem em Maricá, na Região dos Lagos (RJ).
MACULOSA as duas últimas semanas N foram confirmadas cinco mortes por febre maculosa na
região de Campinas (SP). O último caso foi divulgado quarta-feira pela Secretaria de Saúde da cidade. Segundo exames do Instituto Adolfo Lutz, uma pessoa de 62 anos, do Núcleo Residencial Jardim Eulina, localizado na periferia, morreu da doença provocada por carrapato. Outros três mortos pela febre são do mesmo local. Há ainda uma outra pessoa internada com os sintomas. O quinto caso é de uma agricultora de Valinhos. Campinas registrou, desde o início deste ano, 170 vasos suspeitos de maculosa. (AE)
ELEFANTE MARINHO PREOCUPA á três dias um elefantemarinho apareceu na H orla de Ubatuba (SP). O
animal, que tem cerca de dez anos, 4,8 metros de comprimento e cerca de três toneladas. É macho e saudável. No entanto, preocupa autoridades ambientais. "Não sabemos quanto tempo ele ficará aqui. Parece que só está descansando. O que nos preocupa é a aproximação dos turistas, que se encantam
com o animal", disse o oceanógrafo Hugo Gallo. De férias de seu hábitat natural o elefante é dócil, mas pode mudar de comportamento. Um alerta foi dado às marinas para que os barcos que freqüentam o local reduzam a velocidade. "Haverá uma regata no fim de semana e estamos tentando uma eventual transferência de data", disse a secretária municipal de meio-ambiente, Cristiane Gil. (AE)
Carreta que tombou na Fernão Dias: congestionamento
Acidentes com duas carretas complicam trânsito em estradas
U
ma carreta que transportava cerca de 12 toneladas de vidros tombou por volta das 14h30 de ontem, na altura do quilômetro 300 da Rodovia Régis Bittencourt, na cidade de Juquitiba, na Grande São Paulo. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acidente ocorreu na pista sentido São PauloParaná. Ninguém ficou ferido. A pista, contudo, foi totalmente interditada às 15h45 para remoção dos vidros e da carreta. Às 16h20, o congestionamento no trecho já passava dos quatro quilômetros. Já no sentido contrário da rodovia, houve lentidão nas proximidades do local do acidente devido à curiosidade dos motoristas. Fernão Dias – Ainda ontem à tarde, o motorista que trafegava pela rodovia Fernão Dias, em direção à Minas Gerais, enfrentava cerca de um quilômetro de congestionamento por conta do caminhão que tombou na altura do quilômetro 79, na região de Guarulhos, também na Grande São Paulo, por volta das 21h de quarta-feira. O caminhão, carregado com 22 mil litros de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), provocou a interdição de duas das três faixas de rolamento da via. Uma pessoa ficou ferida e foi encaminhada ao Pronto-Socorro Municipal de Guarulhos. Às 8h de ontem duas faixas da pista foram liberadas. O cavalo, como é chamado o caminhão sem a carreta, não foi retirado às 11h15 como
Ó RBITA
Manoel Francisco Silva Santos, de 45 anos, trabalhava há três meses no setor de pediatria do hospital municipal Conde Modesto Leal. Ele era tão convincente que havia sido nomeado coordenador da área de manutenção de serviços administrativos do posto de saúde Patrícia Marinho, em Comendador Soares. A prefeitura de Nova Iguaçu informou que ele foi empossado em setembro de 2005, com salário de R$ 408,93, mas que abandonou o emprego em setembro do mesmo ano. A prisão foi feita graças a uma denúncia anônima. Os policiais acham que Santos atuava como médico desde 2004. Nesse ano, o falso médico registrara uma queixa contra o pai de uma paciente que morreu em seu plantão. O pai da moça agredira o médico. (AE)
havia sido informado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os bombeiros decidiram transferir a carga para outro caminhão antes de retirar o cavalo. Por volta das 15h30, o veículo ainda ocupava duas das três faixas de rolamento da via. Segundo a PRF, não havia previsão para a retirada do caminhão. O transbordo estava previsto para terminar por volta das 18h. Dutra – No fim da tarde de ontem, a pista lateral da rodovia Presidente Dutra, sentido São Paulo, o trânsito estava pesado por cerca de 3 quilômetros, a partir do quilômetro 221, na região de Guarulhos, devido ao excesso de veículos, conforme informações da Nova Dutra, empresa que administra a estrada que liga São Paulo ao Rio de Janeiro. Na rodovia Castelo Branco (que liga a capital paulista às cidades do oeste do Estado), pista sentido capital, a lentidão era de cerca de 2 quilômetros, a partir do quilômetros 25, na região de Barueri, município a oeste da Grande São Paulo. Já no sentido contrário, a morosidade na rodovia Castelo Branco era de aproximadamente 1 quilômetro, na altura do quilômetro 24, na mesma região, segundo a ViaOeste, concessionária da estrada. (AE) DC
Compra - Venda Administra CECI 15218
TREMEMBÉ - TERRENO
Terreno em condomínio Vila Rosa, 340m², R$ 190.000,00. C/ 50% ent. e saldo em 10x Tratar com Roberto: (11) 6203-7159 / 8383-2911
! "# $%%&
'
Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO
É culpa da administração incompetente da CBB, que não devia cuidar dos campeonatos. Quando eu, a Paula e a Hortência nos colocamos à disposição do basquete para criarmos a NLB, nos ignoraram. A CBB acha que sabe tudo e não sabe nada. Estamos abaixo do básico de que o basquete precisa. De Oscar Schmidt, presidente da Nossa Liga de Basquete (NLB), acusando a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) pela derrota do Brasil, ontem, no Mundial Masculino.
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
www.dcomercio.com.br/logo/
AGOSTO
2 -.LOGO
25 Morte do escritor norte-americano Truman Capote (1924-1984) Dia do Soldado Leia mais em Internacional, na página 20
A STRONOMIA F UTEBOL
David A. Aguilar/Reuters
Nasa/AFP
Plutão, o não-planeta
Pascal Deschamps/Reuters
Ronaldinho, ainda o melhor O atacante Ronaldinho Gaúcho foi eleito o melhor jogador da última edição da Liga dos Campeões, que terminou com a conquista do Barcelona. Ele participou ontem, no Fórum Grimaldi, em Mônaco, do sorteio dos grupos da próxima rodada da competição européia e, sob aplausos, recebeu um troféu de melhor da Europa. Outros três jogadores do Barcelona foram escolhidos como destaques da temporada: o espanhol Puyol, o brasileiro naturalizado português Deco e o camaronês Eto´o.
Na foto maior, Plutão e sua lua, Caronte, vistos de um dos satélites do explaneta. Acima, o time dos planetas, agora apenas com oito integrantes: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.
P ORTUGAL Nacho Doce/Reuters
É
L
Idosos rezam no vilarejo de São Bartolomeu, em celebração ao dia do santo. Pela tradição, as famílias devem circundar a igreja três vezes carregando um galo preto depois mergulher no mar gelado para previnir problemas de saúde.
R EINO UNIDO
Sortudo ou azarado? A BBC divulgou ontem a curiosa história do zelador britânico Alistair Fellows que demorou cinco horas para perceber que havia sido atingido por um raio ao descer da sua van durante uma tempestade em Tutbury, região central da Inglaterra. "Eu não percebi nada até mais tarde. Umas cinco horas depois, o meu braço começou a inchar, e a minha esposa percebeu uma marca nele", disse Fellows, que ficou com seqüelas: problemas de audição e visão. Fellows é alvo preferencial de choques: o primeiro foi aos 12, quando puxou o fio da tomada. E M
Aos 20, foi atingido pelo curto circuito do cortador de grama. Mais tarde, serrou um fio elétrico. Além disso, também traz no "currículo" duas fraturas de crânio. Sofreu ainda um grave acidente com a escova de dentes: caiu durante o banho e a escova de dentes entrou pelo ouvido. "As pessoas simplesmente não acreditam como sou sortudo ou azarado", diz ele, que graças a esses episódios já ganhou apelidos como Flash e Relâmpago, além de uma promessa: a esposa vai presenteá-lo com um capacete quando ele completar 50 anos.
oficial: Plutão foi rebaixado. A partir de agora, o Sistema Solar é composto por oito "planetas clássicos" – de Mercúrio a Netuno –, "por planetas anões" – incluindo Plutão – e por "objetos pequenos" (asteróides e cometas). A decisão saiu da Assembléia Geral da União Astronômica Internacional (IAU), realizada em Praga. Os astrônomos trabalham agora para classificar os casos duvidosos como "planeta anão" ou "objeto pequeno". Para os nativos do signo de escorpião, regido pelo planetaanão, a notícia chegou a preocupar, mas, para eles, a astróloga Dulce Regina avisa que não há motivos para susto. Os astrônomos deixam de considerar Plutão como planeta por uma mera convenção. Já na as-
trologia, o conceito de planeta da astronomia não tem peso. "Plutão continua lá do mesmo jeito. Na astrologia isso não interfere", disparou a astróloga. Portanto, os nativos de escorpião, ou aqueles que têm o signo como ascendente, não vagarão pelo espaço à procura de um novo planeta regente. O que importa para a astrologia não é exatamente o status do astro, mas a influência de seus movimentos. Segundo os astrólogos, Plutão foi incorporado à astrologia depois de anos de estudo porque descobriu-se que seu movimento tinha relação com fatos que acontecem do planeta Terra. Quando Plutão foi visto pela primeira vez, acontecia por aqui a explosão da primeira bomba atômica, e associou-se o astro a esse acontecimento.
Time contra – Enquanto Platão foi rebaixado, dois corpos celestes que tinham sido cotados para promoção a planeta, o asteróide Ceres e o planetóide 2003 UB313 ("Xena"), ganharam a condição de "planeta anão". Os astrônomos parecem mesmo ter se unido contra minúsculo Plutão. A proposta original de um comitê da IAU, que manteria Plutão como um planeta e incluiria mais três corpos na lista - o asteróide Ceres; Caronte, a lua de Plutão; e 2003 UB303 vinha sofrendo críticas nos últimos dias, e astrônomos já previam, na quarta-feira, que Plutão perderia sua condição de planeta. Descoberto em 1930 pelo cientista americano Clyde Tombaugh (1906-1997), Plutão é objeto de discussão há déca-
John McHugh/AFP
Á USTRIA
Oito anos de cativeiro
C A R T A Z
L
ÓPERA
Onde ficar? A internet responde
O site Toys Brando tem essas velinhas decorativas que são bastante seguras para decoração. Além da vantagem de funcionarem à pilha, têm diversas cores e custam só US$ 5 cada no site.
Hotéis, bares, restaurantes e similares de todo o País estão cadastrados no Portal de Hospedagem, desenvolvido pelo Sebrae e pelo Ministério do Turismo. Além de encontrar ali os endereços e informações para qualquer destino, o internauta também pode cadastrar seu estabelecimento no portal. O portal ainda está no início das operações, mas a meta é chegar a 10 mil meios de hospedagem cadastrados até o final de 2007. Cadastramento e consultas são gratuitos.
http://toys.brando.com.hk
A TÉ LOGO
de televisão C BS, ambos norte-americanos. Segundo a C BS , os cientistas não têm condições de cumprir a determinação do registro nacional, obrigatório depois da aprovação da Lei de Biossegurança, no ano passado. As regras são de que cada embrião deverá ter um código com o estado de origem, a clínica onde foi gerado e se os pais autorizam o uso dos embriões em
pesquisas científicas com células-tronco. Um especialista disse à TV que é simplesmente impossível identificar todos os embriões que, só na sua clínica, são mais de 36 mil. Outra preocupação dos cientistas é de que este material seja perdido no caso da não-identificação dos embriões que, em cerca de 2% a 3% dos casos, podem ser fonte de células-tronco.
Por mais de oito anos, ninguém soube nada sobre o paradeiro de Natascha Kampusch. Uma ampla investigação depois de seu rapto, em 2 de março de 1998, não descobriu nada. A garota de dez anos sumira. Ontem, a jovem, já com 18 anos, foi encontrada num jardim perto de Viena, após escapar do seqüestrador. Ela se identificou como a menina desaparecida em 1998 e a caça ao raptor terminou na noite de quarta-feira, quando ele se suicidou. Embora os resultados do teste de DNA ainda não tenham saído, a jovem foi reconhecida pelos pais e há pouca dúvida sobre sua identidade. A RQUEOLOGIA
2.500 anos, e ainda com cabelos Um grupo internacional de arqueólogos descobriu nas Montanhas Altay, na Mongólia, uma múmia congelada de 2.500 anos, tão bem preservada que seu corpo foi encontrado completo, com cabelos loiros, tatuagens e um chapéu de feltro. O "fabuloso achado" é o corpo mumificado de um guerreiro Scythian – povo nômade iraniano – surpreendeu os cientistas pelo cabelo loiro claro, que deve ter sido clareado após a morte. A neve ajudou a preservar a múmia, e os cientistas temem que, com o aquecimento global, achados como este não sejam mais possíveis em 30 anos.
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
L OTERIAS
Envelhecimento da pele dos fumantes é 3,5 vezes mais acelerado do que dos não-fumantes EUA liberam a venda da pílula do dia seguinte, mas apenas para mulheres acima de 18 anos
L
www.por taldehospedagem.com.br
O
s cientistas brasileiros estão preocupados com a nova determinação do governo federal de que os embriões congelados para fertilização in vitro encontrados nos laboratórios de todo o País sejam identificados em detalhe. A preocupação é tanta que foi destaque em diversos veículos da mídia internacional, entre eles o jornal The Washington Post e a rede
L
Velas coloridas e sem chama
Missão impossível
L
F AVORITOS
SUFOCO - Três contorcionistas entram numa minúscula casa de plástico estilizada em Leicester Square, Londres. A performance fez parte de um protesto organizado pela instituição Shelter contra a superpopulação das moradias populares na Inglaterra. B RAZIL COM Z
La Gioconda, de Amilcare Ponchielli (foto). Com Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, Coral Lírico e Balé da Cidade, sob a regência de José Maria Florêncio. Teatro Municipal. Praça Ramos de Azevedo, s/nº. Telefone: 3222-8698. 20h30. R$ 10 a R$ 40. G @DGET DU JOUR
das, principalmente devido a seu tamanho, que foi sendo progressivamente reduzido. Estima-se hoje que o corpo celeste possua 2.300 quilômetros de diâmetro, muito menor do que a Terra (12.750 quilômetros); a Lua terrestre (3.480 quilômetros), e até mesmo que UB313 (cerca de três mil quilômetros), descoberto ano passado, que, no entanto, está muito mais longe do Sol. Outro argumento contra Plutão é a forma pouco ortodoxa de sua órbita, cuja inclinação não é paralela à da Terra e aos outros sete planetas do Sistema Solar. Isso leva os astrônomos a afirmarem que apenas esses oito planetas podem ter sido formados ao mesmo tempo, enquanto Plutão seria um astro de origem mais recente.
Estátua do general Franco é removida de academia militar da Espanha. Direita se revolta
Concurso 1643 da QUINA 09
14
36
58
70
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
DOISPONTOS -19 19
Joe Rosenthal/AP
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
NEIL FERREIRA
FESTIVAL DE MENTIRAS QUE ASSOLA O PAÍS
Os desastrosos frutos da hegemonia que fala manso e usa o porrete
N
Benedicto Ferri de Barros
G O rumo e o
sentido da vida, o modo de viver atual, o que se poderia chamar de uma filosofia de vida, foi engolfado pelo meio-século da hegemonia americana. G Theodore
Roosevelt definiu essa política na sua forma mais crua e hipócrita: Fale mansinho e carregue um porretão! G Eles nada aprenderam. Nem com o 11 de Setembro, que destruiu o símbolo de sua hegemonia.
ão temos mais tempo para nos concentrarmos no essencial. Perdemos o rumo e o sentido. O essencial para o homem é o humanismo, o humanismo se singulariza e define pela orientação da vida segundo os valores lógicos, éticos e estéticos que priorizam a verdade, a bondade e a beleza, não só como ideais da vida individual, mas como critérios finais da civilização, colocando-nos acima da mera ordem zoológica da luta pela sobrevivência e da guerra de todos contra todos. Mas o rumo e o sentido da vida, o modo de viver atual, o que se poderia chamar de uma filosofia de vida, foi, como tudo o mais, engolfado pelo meio-século da hegemonia americana, vinda da vitória contra o totalitarismo nazista de direita (1945) e reforçada pela Queda do Muro de Berlim, que pôs fim à influência mundial do totalitarismo da esquerda soviético-marxista (1989). E em matéria de filosofia, a única contribuição autenticamente americana foi o pragmatismo de William James, que pouco tem a ver com os valores que desde a Antigüidade têm sido a estrela polar da civilização ocidental. A mentalidade produzida pela cultura americana prioriza um aspecto meramente operacional do homem, que é o how to do, o como fazer tecnológico, ao passo que no ser-humano e para ele o fundamental é como-ser, o how to be, que as culturas orientais priorizam. Pois, mesmo pelo critério pedestre da mera eficiência, quem sabe ser aprende a fazer com a maior facilidade, como as nações orientais vêm demonstrando, ao dominar em menos de duas gerações as mais avançadas tecnologias.
N
ão nos achamos ainda em condições de avaliar em toda sua amplitude, profundidade e permanência os desastrosos efeitos que essa hegemonia acarretou para o descaminho do homem e da vida humana. Mesmo porque ela ainda prevalece e não produziu todos seus frutos. Mas podemos indicar algumas distorções magnas por ela promovida e dela resultante. No campo cultural, a hegemonia americana exercida pela indústria cinematográfica de Hollywood, há decênios invade todos os lares com seus filmes de sensacionalismo, banditismo, crimes, terrorismo, guerra, droga e violência, que servem como cursos para criminosos do mundo inteiro, ensinando-lhes as mais sofisticadas formas de ação anti-social. Há mais de meio século a infância, a adolescência e a mocidade mundial vem sendo exposta a esse currículo americano. As próprias histórias em quadrinhos exploram, igualmente, essas modalidades sensacionalistas. E não foram poucos seus heróis universais masculinos e femininos vitimados pela droga que hoje financia o banditismo mundial como o álcool financiou o gangsterismo durante a Lei Seca americana. No campo da economia, desde há decênios, os Estados Unidos conseguiram viver num estado crônico de déficit em sua balança econômica
N
um comício em Osasco, valhacouto do mensaleiro João Paulo Cunha, o candidato Lulla, sem partido*, disse com a voz de sempre, o sotaque de sempre e a sintaxe de sempre, mas com a cara lavada e renovada pelo botox: "Serra vomita preconceito contra os nordestinos pobres". Mais uma mentira, desta vez ao vivo, que se soma ao Festival de Mentiras que Assola o País
com o mundo, recebendo mais bens do que os que exporta, daí resultando um volume de papéis, ou melhor, de créditos fiduciários virtuais, que acumulam sobre a economia global nuvens de um débito crítico irresgatável. No campo das comunicações, duas gerações sucessivas foram irradiadas pela propaganda do gangsterismo, do bang-bang, da violência, do sensacionalismo e do mau-gosto generalizado. No próprio campo da tecnologia, onde a informática, cuja idéia não nasceu nos Estados Unidos, mas veio a ser virtualmente monopolizada por Bill Gates, as desgraçadas falhas lógicas e operacionais que infernizam os internautas do mundo inteiro provêm dos métodos piratas e do primarismo intelectual que infectam seus programas, sabidamente inferiores a outros sistemas e programas operacionais. Não obstante, nesse campo, que passou a dominar todo o que fazer humano, decênios terão de transcorrer para que sejam superados o atraso e os maus exemplos das práticas, métodos, sistemas e programas billgatianos.
E
feitos análogos se evidenciam em outro aspecto capital em que a supremacia americana impõe a soberba de seu fanatismo jingoista. Referimo-nos à sua política internacional, à convivência que mantém com os demais povos do mundo. É um fenômeno que vem das origens da nação americana, pois os Pilgrim Fathers emigraram para poder cultivar seu radicalismo religioso, que se exprime tão acentuadamente pelo puritanismo. Theodore Roosevelt (1901-9) definirá essa política na sua forma mais crua e hipócrita, nos seguintes termos: "Speak softly and carry a big stick" (Fale mansinho e carregue um porretão.), um provérbio africano, como consta de livro escolar americano. Nos nossos dias, ela se exprime pelo veto americano ao Acordo de Quioto para redução das emissões poluentes que envenenam a atmosfera e as intervenções bélicas na Coréia, no Vietnã, no Afeganistão e no Iraque, repetem erros e derrotas. Os próprios conflitos correntes no Oriente Próximo representam erros e custos graves para o mundo e vidas humanas. Eles nada aprenderam. Nem com o 11 de Setembro que destruiu o símbolo de sua hegemonia. Duas observações finais. Não pretendemos neste breve artigo mais do que colocar o tema de um aspecto decisivo mas geralmente omitido nos estudos dobre o mundo contemporâneo. Trata-se de um tópico que demandaria um livro para ser desenvolvido em toda sua amplitude. E nada do que dissemos implica em julgamento do povo ou das criaturas americanas. Nosso tópico se restringe à cultura, que a melhor inteligência americana de todos os tempos abomina e, genericamente, aos males que inevitavelmente decorrem de qualquer hegemonia não contrabalançada. ENQUANTO OS EUA PRIORIZAVAM O HOW TO DO, O ORIENTE
Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br
CULTIVAVA O HOW TO BE.
QUEM SABE SER APRENDE A FAZER.
G Repetiram
a mentira desprezível mil vezes no horário político e a mentira virou verdade em gravações diárias na tv e no rádio, nos programas políticos do candidato Lulla, sem partido*, e seus sequazes, candidatos a governador, senador e deputados federais e estaduais. Serra não vomitou nada, apenas disse numa entrevista à Globo que São Paulo tem muitos migrantes, o que é verdade, e que isso exige muito do sistema de educação, o que também é verdade. Serra não se referiu a nordestinos, nem a nordestinos pobres. Essa afirmação transparente e com base nos fatos virou uma falsificação grotesca da imagem transmitida pela Globo e um texto que afirmava que "Serra é contra os migrantes, portanto contra os migrantes nordestinos e portando contra os migrantes nordestinos pobres".
C
om base no ensinamento do seu mestre Goebells, marqueteromor de Hitler, "repita uma mentira mil vezes que ela vira verdade", os marqueteros do candidato Lulla, sem partido*, (Herr von Duda uber alles?) repetiram a mentira desprezível mil vezes no horário político e a mentira virou verdade, mas uma verdade só para a própria cumpanherada. O Cumpahêro Acima de Todos viu a obra-prima ao aprovar peçoalmente o
programa, diz-se lá entre elles que o Grande Çábio não deixa essa tarefa para ninguém mais, já que a sua cara renovada aparece o tempo todo, e fazendo uma das suas metáforas prediletas, quem xuta o pênarti é o presidente do crube, chutou. Viu, gostou e acreditou tanto que com seus inegáveis dotes de fino escritor melhorou a frase, tornou-a mais curta e portanto mais incisiva, acrescentou um verbo elegante, vomitar, que ele foi buscar na algibeira e inaugurou-a no comício de Osasco. Com seu senso de palanque onde viveu em tempo integral nos últimos trinta e cinco anos, com seu senso de palco desenvolvido nas mãos de Herr von Duda, com um senso de silêncios janísticos , os olhos fuzilando lacerdísticamente e a capacidade de dizer absurdos sem nem mudar a respiração, e isso é o que o candidato Lulla, sem partido*, tem de mais lullístico, disparou no seu Grande Momento daquele dia: "O Serra vomita preconceito contra os nordestinos pobres".
O
palanque recheado de mensaleiros soltou um "ohhhh !" de admiração. O público, claque numerosa transportada e alimentada para aplaudir, quase em em transe pelo simples fato de testemunhar a presença do Meçias, viu o palanque iniciar os aplausos e acompanhou. Claque é isso, quando não está sendo transportada ou comendo, acompanha tudo, enterro, aplausos, vaia, cantorias, refrão, palavras de ordem, pesquisas. É da essência da claque acompanhar, nem que seja acompanhar Ibope, Datafolha, VoxPopuli. Quem gosta de ser enganado, tem a chance de acompanhar o Festival de Mentiras pelo rádio e tv. No programa do candidato Lulla, sem partido*, "esse país" vai tão bem, com imagens tão maravilhosas, com gente tão feliz e bem empregada e uma das melhores çaúdes do mundo, que até dá vontade de morar lá. Pena que só dura oito minutos e o sonho acaba. Voltamos para o pesadelo que é morar no país do candidato Lulla, sem partido*. Mensaleiros, dólares na cueca, impostos escorchantes, o de todos os dias.
*
Procurei no programa de tv do candidato Lulla o nome do partido dele e não achei. Mas Deep Throat, um informante que encontrei numa garagem, garantiu que o partido é o PT. Vendo pelo preço que comprei. NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO NEIL_FERREIRA@UOL.COM.BR
G VOTO NULO É
VOTO LULLA
FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
LEGAIS - 7
Banco Boavista Interatlântico S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 33.485.541/0001-06 - Cidade de Deus - Prédio Novíssimo - 4o Andar - Vila Yara - Osasco - SP Demonstração do Resultado dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil
Relatório da Administração Senhores Acionistas,
2006
Apresentamos a V.Sas. as Demonstrações Financeiras do Banco Boavista Interatlântico S.A., elaboradas na forma da Legislação Societária, referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2006. O Boavista, empresa da Organização Bradesco, possui 1 Agência no Exterior, em Nassau, nas Bahamas. No semestre, o Banco registrou Lucro Líquido de R$ 11,566 milhões correspondente a R$ 6,39 por lote de mil ações e Patrimônio Líquido de R$ 948,190 milhões. Osasco, SP, 3 de agosto de 2006. Diretoria
Balanço Patrimonial em 30 de junho – Em Reais mil ATIVO
2006
2005
PASSIVO
CIRCULANTE .................................................................................................. DISPONIBILIDADES ....................................................................................... APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ ....................................... Aplicações no Mercado Aberto ....................................................................... Aplicações em Depósitos Interfinanceiros ..................................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ............................................................................................... Carteira Própria ................................................................................................ RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS ............................................................. Transferências Internas de Recursos .............................................................. OPERAÇÕES DE CRÉDITO ............................................................................ Operações de Crédito - Setor Privado ............................................................. Provisão para Operações de Crédito de Liquidação Duvidosa ...................... OUTROS CRÉDITOS ....................................................................................... Rendas a Receber ........................................................................................... Diversos .......................................................................................................... Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa ................................ OUTROS VALORES E BENS .......................................................................... Outros Valores e Bens. .................................................................................... Provisões para Desvalorizações. ................................................................... Despesas Antecipadas ................................................................................... REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ..................................................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ............................................................................................... Carteira Própria ................................................................................................ OPERAÇÕES DE CRÉDITO ............................................................................ Operações de Crédito - Setor Privado ............................................................. Provisão para Operações de Crédito de Liquidação Duvidosa ...................... OUTROS CRÉDITOS ....................................................................................... Rendas a Receber ........................................................................................... Diversos .......................................................................................................... Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa ................................ PERMANENTE ................................................................................................ INVESTIMENTOS ............................................................................................ Participações em Coligadas e Controladas: - No País .......................................................................................................... Outros Investimentos ...................................................................................... Provisões para Perdas ....................................................................................
368.650 1.015 89.399 4.085 85.314
199.286 930 419 419 –
220.927 220.927 328 328 20.469 22.448 (1.979) 36.481 1.854 35.207 (580) 31 779 (779) 31 230.867
146.888 146.888 371 371 24.176 26.199 (2.023) 26.368 177 26.520 (329) 134 2.278 (2.275) 131 630.755
CIRCULANTE .................................................................................................. DEPÓSITOS .................................................................................................... Depósitos Interfinanceiros .............................................................................. Depósitos a Prazo ........................................................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES .................................................................................. Sociais e Estatutárias ..................................................................................... Fiscais e Previdenciárias ............................................................................... Diversas ..........................................................................................................
80.215 – – – 80.215 39.718 40.496 1
409.692 361.930 361.585 345 47.762 31.922 15.839 1
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ........................................................................... DEPÓSITOS .................................................................................................... Depósitos Interfinanceiros .............................................................................. OUTRAS OBRIGAÇÕES .................................................................................. Fiscais e Previdenciárias ............................................................................... Diversas ..........................................................................................................
243.794 – – 243.794 231.227 12.567
331.802 74.038 74.038 257.764 244.655 13.109
948.190
860.548
– – 5.177 13.269 (8.092) 225.690 1.381 224.327 (18) 672.682 672.682
374.368 374.368 12.526 23.350 (10.824) 243.861 1.381 242.501 (21) 772.001 772.001
PATRIMÔNIO LÍQUIDO ..................................................................................... Capital: - De Domiciliados no País .............................................................................. Reservas de Capital ........................................................................................ Reservas de Lucros ........................................................................................ Ajuste ao Valor de Mercado - TVM e Derivativos ...........................................
667.089 27.391 (21.798)
766.458 27.341 (21.798)
1.272.199
1.602.042
T OT A L ..........................................................................................................
2006
2005
774.449 7.262 121.120 45.359
T OT A L ..........................................................................................................
767.989 7.207 85.352 –
1.272.199
1.602.042
LUCROS ACUMULADOS
TOTAIS
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil RESERVAS DE CAPITAL AUMENTO DE CAPITAL
CAPITAL SOCIAL
EVENTOS
SALDOS EM 31.12.2004 ................................................. AUMENTO DE CAPITAL ................................................... LUCRO LÍQUIDO ............................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas ............................................. - Dividendos Declarados ......................
INCENTIVOS FISCAIS
115.100 – – – –
– 652.889 – – –
RESERVAS DE LUCROS LEGAL
OUTRAS
7.183 – – – –
AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM ESTATUTÁRIAS E DERIVATIVOS
24 – – – –
6.283 – – 4.467 –
15.192 – – 59.410 –
– – – – –
– – 89.338 (63.877) (25.461)
143.782 652.889 89.338 – (25.461)
SALDOS EM 30.6.2005 ....................................................
115.100
652.889
7.183
24
10.750
74.602
–
–
860.548
SALDOS EM 31.12.2005 ................................................. AUMENTO DE CAPITAL ................................................... ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ................... AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS LUCRO LÍQUIDO ............................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas ............................................. - Dividendos Declarados ......................
767.989 6.460 – – – – –
6.460 (6.460) – – – – –
7.183 – – – – – –
43 – 36 – – – –
12.673 – – – – 579 –
100.177 – – – – 7.691 –
– – – 45.359 – – –
– – – – 11.566 (8.270) (3.296)
894.525 – 36 45.359 11.566 – (3.296)
SALDOS EM 30.6.2006 ....................................................
774.449
–
7.183
79
13.252
107.868
45.359
–
948.190
2005
RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .................................... Operações de Crédito .............................................................................. Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários .................. DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .................................. Operações de Captações no Mercado .................................................... Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ................................... RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .................... OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ............................... Despesas de Pessoal ............................................................................. Outras Despesas Administrativas .......................................................... Despesas Tributárias ............................................................................... Resultado de Participações em Coligadas e Controladas ..................... Outras Receitas Operacionais ................................................................ Outras Despesas Operacionais .............................................................. RESULTADO OPERACIONAL .................................................................. RESULTADO NÃO OPERACIONAL ......................................................... RESULTADO ANTES DATRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO ..................... IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ................................ LUCRO LÍQUIDO ......................................................................................
8.807 2.099 6.708 (469) – (469) 9.276 5.445 – (1.961) (463) 7.606 1.337 (1.074) 14.721 19 14.740 (3.174) 11.566
26.078 7.700 18.378 11.614 20.433 (8.819) 14.464 78.278 (133) (1.837) (392) 86.987 2.110 (8.457) 92.742 (512) 92.230 (2.892) 89.338
Número de ações .................................................................................... Lucro por lote de mil ações em R$ ........................................................
1.808.996.092 6,39
1.795.925.697 49,74
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil 2006
2005
ORIGEM DOS RECURSOS ..................................................................... LUCRO LÍQUIDO ...................................................................................... AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO .............................................................. Depreciações e Amortizações ................................................................ Resultado de Participações em Coligadas e Controladas ..................... Outros ......................................................................................................
228.747 11.566 (9.096) – (7.606) (1.490)
1.055.040 89.338 (127.069) 41 (86.987) (40.123)
AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS .................. RECURSOS DE ACIONISTAS ................................................................. - Aumento do Capital por Incorporação de Ações ..................................
45.359 – –
– 652.889 652.889
RECURSOS DETERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Aumento dos Subgrupos do Passivo ................................................... Outras Obrigações ................................................................................. - Diminuição dos Subgrupos do Ativo .................................................... Aplicações Interfinanceiras de Liquidez .............................................. Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos Operações de Crédito ............................................................................ Outros Créditos ...................................................................................... - Alienação de Bens e Investimentos ..................................................... Imobilizado de Uso ............................................................................... Investimentos ........................................................................................ - Dividendos Recebidos de Coligadas e Controladas ............................
22.634 22.634 9.396 141 – 2.866 6.389 148.856 – 148.856 32
18.585 18.585 101.150 2.901 74.598 5.926 17.725 320.111 835 319.276 36
APLICAÇÃO DOS RECURSOS ............................................................... DIVIDENDOS PROVISIONADOS/PAGOS ............................................... INVERSÕES EM ..................................................................................... Bens Não de Uso Próprio ...................................................................... Investimentos ........................................................................................ - Aumento dos Subgrupos do Ativo ........................................................ Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos Relações Interdependências ................................................................ Outros Valores e Bens ........................................................................... - Redução dos Subgrupos do Passivo ................................................... Depósitos ..............................................................................................
228.429 3.296 4.143 – 4.143 220.990 220.927 32 31 – –
1.055.559 25.461 652.892 3 652.889 215 – 84 131 376.991 376.991
AUMENTO/(REDUÇÃO) DAS DISPONIBILIDADES ...............................
318
(519)
Início do Período ........................................ Fim do Período ........................................... Aumento/(Redução) das Disponibilidades
697 1.015 318
1.449 930 (519)
MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 1)
2)
3)
CONTEXTO OPERACIONAL O Banco Boavista Interatlântico S.A. é uma instituição financeira múltipla, que tem por objetivo efetuar operações bancárias em geral, inclusive câmbio. O Banco Boavista Interatlântico S.A. é parte integrante da Organização Bradesco, sendo suas atividades conduzidas de forma integrada a um conjunto de empresas que atuam nos mercados financeiro e de capitais, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnológicos, e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto. Em 15 de março de 2005, encerrou-se as atividades da investida Boavista Banking Limited, conforme deliberado na Reunião da Diretoria de 31 de março de 2004, sendo suas operações transferidas para o Banco Boavista Interatlântico S.A. Grand Cayman Branch, que teve suas atividades encerradas em 10 de setembro de 2005, em conformidade com a Reunião da Diretoria realizada em 30 de junho de 2005, transferindo os recursos resultantes do encerramento para o Banco Bradesco S.A. Grand Cayman Branch.
PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial, exceto aquelas relacionadas com operações com o exterior, as quais são calculadas com base no método linear. As operações com taxas pós-fixadas ou indexadas a moedas estrangeiras são atualizadas até a data do balanço. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez São registradas ao custo de aquisição, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidas de provisão para desvalorização, quando aplicável. c) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda - que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. d) Operações de crédito, outros créditos e provisão para créditos de liquidação duvidosa. As operações de crédito e outros créditos são classificados nos respectivos níveis de risco, observando: (i) os parâmetros estabelecidos pela Resolução no 2682 do CMN, que requer a sua classificação em nove níveis, sendo “AA” (risco mínimo) e “H” (risco máximo); e (ii) a avaliação da Administração quanto ao nível de risco. Essa avaliação, realizada periodicamente, considera a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos e globais em relação às operações, aos devedores e garantidores. Adicionalmente, também são considerados os períodos de atraso definidos na Resolução no 2682 do CMN, para atribuição dos níveis de classificação dos clientes da seguinte forma:
5)
A atualização (“accrual”) das operações de crédito vencidas até o 59o dia é contabilizada em receitas de operações de crédito, e a partir do 60o dia, em rendas a apropriar. As operações em atraso classificadas como nível “H” permanecem nessa classificação por seis meses, quando então são baixadas contra a provisão existente e controladas, por até cinco anos, em contas de compensação, não mais figurando no balanço patrimonial. As operações renegociadas são mantidas no mesmo nível em que estavam classificadas. As renegociações de operações de crédito, que já haviam sido baixadas contra a provisão e que estavam em contas de compensação, são classificadas como nível “H” e os eventuais ganhos provenientes da renegociação somente são reconhecidos quando efetivamente recebidos. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é apurada em valor suficiente para cobrir prováveis perdas e leva em conta as normas e instruções do BACEN, associadas às avaliações procedidas pela Administração, na determinação dos riscos de crédito. e) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo) A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. Os créditos tributários sobre prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social serão realizados de acordo com a geração de lucros tributáveis. f) Investimentos Os investimentos relevantes em controlada e coligada, foram avaliados pelo método de equivalência patrimonial. As demonstrações financeiras das agências e controlada no exterior são adaptadas aos critérios contábeis vigentes no Brasil e convertidas para reais, sendo seus efeitos reconhecidos no resultado do período. Os títulos patrimoniais da CETIP - Câmara de Custódia e Liquidação são avaliados com base no valor patrimonial, não auditado, informado pela CETIP e seus acréscimos e decréscimos são registrados diretamente em contas do patrimônio líquido e os incentivos fiscais e outros investimentos foram avaliados pelo custo de aquisição, deduzidos de provisão para perda, quando aplicável. g) Ativos e Passivos contingentes e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM 489/05. • Ativos Contingentes: Não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações financeiras. • Passivos Contingentes: São constituídos levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade; e no posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como de perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente, devendo ser apenas divulgados nas demonstrações financeiras, e os classificados como remotos não requerem provisão e divulgação. • Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias: Decorrem de processos judiciais relacionados a obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade, que independente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras. h) Outros ativos e passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias e cambiais (em base “pro-rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias e cambiais (em base “pro-rata” dia) incorridos. APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ a) Vencimentos 1 a 30 dias Aplicação no mercado aberto: Posição bancada ............................... Letras financeiras do tesouro ............. Aplicações em depósitos interfinanceiros ............................................... Total em 2006 ..................................... Total em 2005 .....................................
Em 30 de junho - R$ mil Total 2006 2005
181 a 360 dias
4.085 4.085
– –
4.085 4.085
419 419
– 4.085 419
85.314 85.314 –
85.314 89.399
– 419
276 276 328 604
Em 30 de junho - R$ mil 2005
2006 Títulos
1 a 30 dias
31 a 180 dias
Acima de 360 dias
Valor de mercado/ contábil (1) (2)
Marcação a mercado
Valor de custo atualizado
Valor de mercado/ contábil (1) (2)
Valor de custo atualizado
Marcação a mercado
Títulos para negociação ................................................................... – – – – – – 142.918 144.716 (1.798) Aplicações em títulos e valores mobiliários no exterior (3) ............. – – – – – – 142.918 144.716 (1.798) Títulos disponíveis para venda ........................................................ 220.927 – – 220.927 148.851 72.076 – – – Ações ................................................................................................ 220.927 – – 220.927 148.851 72.076 – – – Títulos mantidos até o vencimento ................................................... – – – – – – 378.338 378.338 – Aplicações em títulos e valores mobiliários no exterior (3) ............. – – – – – – 305.676 305.676 – Títulos da dívida externa (4) .............................................................. – – – – – – 72.662 72.662 – Total em 2006 .................................................................................... 220.927 – – 220.927 148.851 72.076 Total em 2005 .................................................................................... 8.422 138.466 374.368 521.256 523.054 (1.798) (1) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custo atualizado reflete o valor das respectivas cotas que já estão a valor de mercado; (2) A coluna reflete o valor contábil após a marcação a mercado, exceto para os papéis classificados em “Títulos mantidos até o vencimento” cujo valor de mercado é superior ao valor de custo no montante de R$ 19.474 mil em 2005; (3) Refere-se, a aplicações em “Fixed Rate Euronotes”; e (4) Refere-se, a aplicações em “Brazilian Govern Debt”. b) Resultado de títulos e valores mobiliários Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 Receita de aplicações interfinanceiras de liquidez ........................................................................................................................................................................ Títulos e valores mobiliários no exterior .......................................................................................................................................................................................... Títulos de renda fixa ......................................................................................................................................................................................................................... Fundos de investimentos ................................................................................................................................................................................................................. Ajuste a valor de mercado ............................................................................................................................................................................................................... Total .................................................................................................................................................................................................................................................. d) O Banco Boavista Interatlântico S.A. não possuía posição de instrumentos financeiros derivativos em 30 de junho de 2006 e de 2005. 6)
6.708 – – – – 6.708
604 21.156 17 158 (3.557) 18.378
OPERAÇÕES DE CRÉDITO a) Composição total das carteiras e prazos Em 30 de junho - R$ mil 1 a 30 dias
B C D E F G H
105 105 6.603 6.708
TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Composição por categorias e prazos
Classificação do cliente
• de 15 a 30 dias ....................................................................................... • de 31 a 60 dias ....................................................................................... • de 61 a 90 dias ....................................................................................... • de 91 a 120 dias ..................................................................................... • de 121 a 150 dias ................................................................................... • de 151 a 180 dias ................................................................................... • superior a 180 dias .................................................................................
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005
Rendas de aplicações em operações compromissadas: Posição bancada ............................................................................................................................................................................................................................. Subtotal ............................................................................................................................................................................................................................................ Rendas de aplicações em depósitos interfinanceiros .................................................................................................................................................................... Total ..................................................................................................................................................................................................................................................
APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras do Banco Boavista Interatlântico S.A., inclui a agência externa de Nassau, e foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil (BACEN), que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas. A variação cambial das operações da agência externa foi distribuída, nas linhas da demonstração do resultado, de acordo com os respectivos ativos e passivos que lhe deram origem.
Período de atraso
4)
b) Receitas de aplicações interfinanceiras de liquidez Classificadas na demonstração do resultado como resultado de operações com títulos e valores mobiliários.
Empréstimos ......................................................... Outros créditos (1) ................................................. Total das operações de crédito ............................ Avais e fianças (2) ................................................ Total em 2006 ........................................................ Total em 2005 ........................................................
31 a 60 dias
731 1.265 1.996 – 1.996 2.542
61 a 90 dias
17.845 – 17.845 – 17.845 997
91 a 180 dias 314 – 314 – 314 998
Curso normal 181 a Acima de 360 dias 360 dias
1.263 – 1.263 – 1.263 21.299
2.072 – 2.072 – 2.072 2.211
Total em 2006 (A)
13.269 1.800 15.069 31.314 46.383 53.201
Total em 2005 (A)
%
35.494 3.065 38.559 31.314 69.873
50,80 4,39 55,19 44,81 100,00
%
47.983 5.544 53.527 27.721
59,06 6,82 65,88 34,12
81.248
100,00
Em 30 de junho - R$ mil
31 a 60 dias
1 a 30 dias
Curso anormal Parcelas vencidas 91 a 180 181 a Total em dias 360 dias 2006 (B)
61 a 90 dias
Empréstimos ........................... 17 8 8 33 156 Outros créditos (1) ................... 351 – – – – Total das operações de crédito 368 8 8 33 156 Avais e fianças (2) .................. – – – – – Total em 2006 ......................... 368 8 8 33 156 Total em 2005 ......................... 284 9 8 33 1.499 (1) Outros créditos compreendem devedores por compra de valores e bens e títulos e créditos a receber; e (2) Contabilizados em contas de compensação.
222 351 573 – 573
Total em 2005 (B)
% 91,27 8,73 100,00 – 100,00
%
Total geral Total em % 2005 (A+B)
Total em 2006 (A+B)
1.566 267 1.833 –
85,43 14,57 100,00 –
35.717 3.415 39.132 31.314 70.446
1.833
100,00
H
Total em 2006
50,70 4,85 55,55 44,45 100,00
%
49.549 5.811 55.360 27.721
59,64 6,99 66,63 33,37
83.081
100,00
b) Modalidades e níveis de riscos Operações de Crédito
AA
Empréstimos ............................... Outros créditos ............................ Total em 2006 ............................. % .................................................. Total em 2005 ............................. % ..................................................
A
17.634 – 17.634 45,06 19.114 34,53
B 8.052 14 8.066 20,61 17.025 30,75
C – 2.250 2.250 5,76 4.517 8,16
D – – – – 1.166 2,10
– 76 76 0,19 563 1,02
c) Concentração das operações de crédito e outros créditos
f)
2006 Maior devedor ..................................... Dez maiores devedores ..................... Vinte maiores devedores ................... d) Setor de atividade econômica
E
45,06 99,96 100,00
2006
%
10.031 351 10.382 26,53 12.975 23,44
35.717 3.415 39.132 100,00
Em 30 de junho - R$ mil Total em 2005 %
91,27 8,73 100,00
49.549 5.811
89,50 10,50
55.360 100,00
100,00
Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa
Em 30 de junho - R$ mil 2005 %
%
17.634 39.115 39.132
– 724 724 1,85 – –
%
19.114 54.460 55.322
34,53 98,37 99,93
2006 Saldo inicial ............................................................................. Constituição ............................................................................. Baixas ...................................................................................... Saldo final ................................................................................ Provisão específica (1) ............................................................ Provisão genérica (2) ............................................................... Operações recuperadas no semestre (3) .................................
Em 30 de junho - R$ mil 2005 %
Setor privado Indústria .............................................. 20.110 51,39 28.853 52,12 Serviços ............................................. 222 0,57 4.752 8,58 Intermediários financeiros .................. 17.634 45,06 19.116 34,53 Pessoa física ..................................... 920 2,35 1.049 1,89 Comércio ............................................ 246 0,63 246 0,45 Agricultura, pecuária, pesca, silvicultura e exploração florestal ................ – – 1.344 2,43 Total .................................................... 39.132 100,00 55.360 100,00 e) Composição das operações de crédito e da provisão para créditos de liquidação duvidosa
Em 30 de junho - R$ mil 2005
11.138 382 (851) 10.669 573 10.096 569
15.072 8.819 (10.694) 13.197 1.833 11.364 4.377
(1) Para as operações que apresentem parcelas vencidas; (2) Constituída em razão da classificação do cliente ou da operação e portanto, não enquadradas no item anterior; e (3) Registradas em receitas de operações de crédito, como previsto nas normas e instruções do BACEN. 7)
OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS
Em 30 de junho - R$ mil Saldo da carteira Nível de Risco AA ............. A .............. B .............. Subtotal .................. D .............. E .............. H .............. Subtotal .................. Total em 2006 ........ % ............................. Total em 2005 ........ % .............................
2006
Curso anormal vencidas
Curso normal
– – – – – – 573 573 573 1,46 1.833 3,31
17.634 8.067 2.249 27.950 76 724 9.809 10.609 38.559 98,54 53.527 96,69
Total
%
17.634 8.067 2.249 27.950 76 724 10.382 11.182 39.132 100,00 55.360 100,00
45,06 20,61 5,75 71,42 0,19 1,85 26,54 28,58 100,00 100,00
Provisão Específica Genérica Existente – – – – – – 573 573 573 5,37 1.833 13,89
– 40 22 62 8 217 9.809 10.034 10.096 94,63 11.364 86,11
– 40 22 62 8 217 10.382 10.607 10.669 100,00 13.197 100,00
Créditos a receber (Nota 20) ........................................................... Créditos tributários (Nota 19c) ........................................................ Depósitos para interposição de recursos fiscais ........................... Impostos e contribuições a compensar ......................................... Depósitos para interposição de outros recursos ............................ Devedores por compra de valores e bens ...................................... Pagamentos a ressarcir .................................................................. Outros .............................................................................................. Total ................................................................................................. 8)
Em 30 de junho - R$ mil 2005
149.622 41.071 20.187 15.081 24.711 3.415 5.232 215 259.534
165.674 48.364 20.187 14.681 9.037 5.811 5.232 35 269.021
INVESTIMENTOS a) Os ajustes decorrentes da avaliação pelo método de equivalência patrimonial dos investimentos foram registrados em contas de resultado, sob a rubrica de “Resultado de participação em coligada e controlada”.
CONTINUA
DIÁRIO DO COMÉRCIO
8 -.LEGAIS
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
Banco Boavista Interatlântico S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 33.485.541/0001-06 - Cidade de Deus - Prédio Novíssimo - 4o Andar - Vila Yara - Osasco - SP Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras
CONTINUAÇÃO
Em 30 de junho - R$ mil Capital social
Empresas
Patrimônio líquido ajustado
Quantidade de ações/ cotas possuídas (em milhares)
Participação no capital social
O.N. Boavista Banking Limited ............................................................... Cia Securitizadora de Créditos Financeiros Rubi (1) ...................... Embaúba Holdings S.A. (1) ............................................................. Demais investimentos .................................................................... Variação cambial - Agências e controlada no exterior ................... Total .................................................................................................
– 628.459 723.618 – –
– 869.857 768.067 – –
– 31.268 710.070 – –
– 10,7261% 74,4381% – –
– 34.444 37.987 – –
Ajuste decorrente de avaliação (2)
Valor contábil
Lucro líquido ajustado
(a) Aplicações em títulos e valores mobiliários no exterior -“Fixed Rate Euronotes e Brazilian Govern Debt”, com variação cambial e juros equivalentes aos de colocação de títulos no mercado internacional; (b) Linha de crédito no exterior, com a finalidade de financiamento à exportação no Brasil, com encargos equivalentes à variação cambial e juros praticados no mercado internacional; (c) Aplicações interfinanceiras de liquidez - depósitos interfinanceiros de ligadas, com taxas equivalentes às do CDI - certificado de depósito interfinanceiro; e (d) Recompras e/ou revendas a liquidar, de operações compromissadas, lastreadas em títulos públicos, com taxas equivalentes às do “overnight”.
2006
2005
– 93.301 572.520 1.268 – 667.089
– 766.442 – 16 – 766.458
2006
2005
– 3.694 5.352 50 (1.490) 7.606
1.127 113.552 – 26 (27.718) 86.987
19)
(1) Dados relativos a 30 de junho de 2006; e (2) Ajuste decorrente de avaliação, considera os resultados apurados pelas companhias a partir da aquisição e inclui variações patrimoniais das investidas não decorrentes de resultado, bem como os ajustes por equalização de princípios contábeis, quando aplicáveis. 12) PATRIMÔNIO LÍQUIDO b) Composição de outros Investimentos a) Capital social Em 30 de junho - R$ mil O Capital social, totalmente subscrito e integralizado, está representado por 1.808.996.092 ações 2006 2005 ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. b) Juros sobre o capital próprio e/ou dividendos Investimentos por incentivos fiscais ....................................... 14.559 14.559 Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados dividendos e/ou juros sobre Títulos patrimoniais .................................................................. 316 261 capital próprio, que somados correspondam, no mínimo, a 30% do lucro líquido do exercício, ajustado Outros investimentos ............................................................... 12.516 12.521 nos termos da lei societária. Subtotal .................................................................................... 27.391 27.341 Provisão para perdas com investimentos por incentivos fiscais Provisão para perdas em outros investimentos ...................... Subtotal .................................................................................... Total ..........................................................................................
9)
OBRIGAÇÕES POR DEPÓSITOS 1 a 30 dias Depósitos interfinanceiros ......... Depósitos a prazo Total em 2006 ..... Total em 2005 .....
10)
(10.532) (11.266) (21.798) 5.593
31 a 60 91 a 180 181 a dias dias 360 dias
– – – – – – 167.087 194.502
– – – 223
– – – –
– – – 74.038
– – –
435.968
ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS a) Ativos Contingentes No 1o semestre de 2006 não foram reconhecidos contabilmente ativos contingentes. b) Passivos Contingentes classificados como perdas prováveis e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A empresa é parte em processos judiciais, de natureza cível e fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades. As provisões foram constituídas levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e, no posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da empresa entende que a provisão constituída é suficiente para atender perdas decorrentes dos respectivos processos. O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial é mantido até o ganho definitivo da ação, representado por decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, ou a sua prescrição. I - Processos cíveis São pleitos de indenização por dano moral e patrimonial, na maioria referentes a protestos, devolução de cheques e inserção de informações sobre devedores no cadastro de restrições ao crédito. Essas ações são controladas individualmente e provisionadas para processos específicos com base na opinião de assessores jurídicos, levando em consideração: a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e, no posicionamento de nossos Tribunais. As questões discutidas nas ações normalmente não constituem eventos capazes de causar impacto representativo no resultado financeiro. II - Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A empresa vem discutindo judicialmente a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmente provisionados não obstante as boas chances de êxito a médio e longo prazo, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos. III - Movimentação das Provisões Constituídas Em 30 de junho - R$ mil Fiscais e PreviCível dênciárias (1)
OUTRAS OBRIGAÇÕES a) Fiscais e previdenciárias 2006 Impostos e contribuições a recolher (Nota 20) ........................ Impostos e contribuições sobre salários ................................. Impostos e contribuições diferidos (Nota 19c) ........................ Impostos e contribuições sobre o lucro ................................... Outros ....................................................................................... Total .......................................................................................... b) Diversas Provisão para passivos contingentes - cíveis (Nota 10) ......... Credores diversos - país .......................................................... Outras ....................................................................................... Total ..........................................................................................
Em 30 de junho - R$ mil 2005
174.126 36.181 27.577 21.234 12.605 271.723
175.548 36.181 2.989 33.639 12.137 260.494
Em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 12.567 13.054 – 18 1 38 12.568 13.110
14)
OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS
Atualização monetária sobre depósitos ................................. Variações monetárias ativas .................................................. Rendas de atualização de valores a receber ......................... Outras ...................................................................................... Total ......................................................................................... 16)
OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS
Despesas de descontos concedidos em renegociações ...... Despesas de juros sobre obrigações ..................................... Variação monetária sobre processos cíveis .......................... Outras ...................................................................................... Total ......................................................................................... 17)
Resultado antes do imposto de renda e contribuição social Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente .............................. Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Participações em coligada e controlada ................................. Despesas indedutíveis líquidas de receitas não tributáveis Outros valores .......................................................................... Imposto de renda e contribuição social do semestre ............
Impostos diferidos Constituição/(realização) no semestre, sobre adições temporárias ....................................................................................... Utilização de saldos iniciais de: Base negativa de contribuição social ..................................... Prejuízo fiscal .......................................................................... Subtotal .................................................................................... Impostos correntes Imposto de renda e contribuição social devidos ..................... Imposto de renda e contribuição social do semestre ............
Saldo em 31.12.2005
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 – 7.147 1.041 1.262 – 15 33 33 1.074 8.457 Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005
18)
–
5 (3) 3 19
189 (833) 132 (512)
TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR, CONTROLADA E EMPRESAS LIGADAS As transações com o controlador, controlada e empresas ligadas foram efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações, foram eliminadas nas demonstrações financeiras: Em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 Ativos Receitas Ativos Receitas (passivos) (despesas) (passivos) (despesas) Disponibilidades: Banco Bradesco S.A. - no exterior ........... 1.013 – 925 – Títulos e valores mobiliários (a): Banco Bradesco S.A. ............................... – – 447.889 15.878 Operações de pré-export (b): Banco Bradesco S.A. ............................... 17.625 431 19.106 301 Captações em depósitos interfinanceiros (c): Banco Bradesco S.A. ............................... – – (433.591) (18.873) Banco Bradesco Argentina S.A. ............... – – – (12) Banco BEM S.A. ....................................... – – (2.032) (32) Boavista Banking Limited ........................ – – – (1.373) Aplicações em depósitos interfinanceiros (c): Banco Bradesco S.A. ............................... 85.314 6.603 – 252 Aplicações no mercado aberto (d): Banco Bradesco S.A. ............................... 4.085 106 419 276 Dividendos: Banco Bradesco S.A. ............................... (39.718) – (31.922) – Embauba Holdings Ltda. .......................... 1.852 – – – Cia. Brasileira de Meios de Pagamentos Visanet .................................................... – – 10 – Serviços prestados: Bradesco S.A. CTVM ................................ – (3) – – Boavista Banking Limited ........................ – – – 118
Diretoria
(5.011)
(31.358)
2.722 (761) (124) (3.174)
29.576 (1.146) 36 (2.892)
Em 30 de junho - R$ mil 2005
(2.776)
(14.410)
(32) (91) (2.899)
1.312 3.646 (9.452)
(275) (3.174)
6.560 (2.892)
Constituição
Realização
R$ mil Saldo em 30.6.2006
Provisão para créditos de liquidação duvidosa ........................................... 4.446 – 159 4.287 Provisão para contingências cíveis .. 4.378 10 115 4.273 Provisão para contingências fiscais . 23.776 64 2.141 21.699 Provisão para desvalorização de títulos e investimentos ................................. 1.202 – – 1.202 Provisão para desvalorização de bens não de uso ........................................ 267 – 2 265 Outros ................................................. 6.533 – 11 6.522 Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias ................. 40.602 74 2.428 38.248 Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social ........................... 2.946 – 123 2.823 Total dos créditos tributários (Nota 7) 43.548 74 2.551 41.071 Obrigações fiscais diferidas (Nota 11a) 436 27.141 – 27.577 Créditos tributários líquidos das obrigações fiscais diferidas .................. 43.112 (27.067) 2.551 13.494 d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias, prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social
338 763 941 68 2.110
14
92.230
c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos
RESULTADO NÃO OPERACIONAL
Receitas com imóveis de terceiros ........................................ Reversão de Provisão para desvalorização de outros valores e bens ................................................................................... Prejuízo na alienação de valores e bens ............................... Outras receitas não operacionais ........................................... Total .........................................................................................
14.740
2006
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 341 31 55 5 40 6 27 350 463 392
849 392 – 96 1.337
Em 30 de junho - R$ mil 2005
b) Composição da conta de resultado de imposto de renda e contribuição social
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 1.701 1.306 162 151 15 45 9 48 8 19 6 89 – 41 60 138 1.961 1.837
DESPESAS TRIBUTÁRIAS
Contribuição ao COFINS ......................................................... Contribuição ao PIS/PASEP ................................................... Despesas com CPMF ............................................................. Impostos e taxas .................................................................... Total ......................................................................................... 15)
2006
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
Serviços técnicos especializados ......................................... Propaganda e publicidade ...................................................... Serviços .................................................................................. Viagem no pais ....................................................................... Aluguéis .................................................................................. Comunicação .......................................................................... Depreciação ............................................................................ Outras ...................................................................................... Total .........................................................................................
435.623 345
No início do semestre ....................................................... 12.877 76.068 Atualização monetária ....................................................... – 190 Constituições ..................................................................... 29 – Pagamentos ....................................................................... (339) (6.297) Saldo em 2006 .................................................................. 12.567 69.961 Saldo em 2005 .................................................................. 13.054 81.957 (1) Compreende, substancialmente, obrigações legais. c) Passivos Contingentes classificados como perdas possíveis A empresa mantém um sistema de acompanhamento para todos os processos administrativos e judiciais em que a instituição figura como “autora” ou “ré” e amparada na opinião dos assessores jurídicos classifica as ações de acordo com a expectativa de insucesso. Neste contexto os processos contingentes avaliados como de risco de perda possível não são reconhecidos contabilmente. 11)
13)
Em 30 de junho - R$ mil Total Acima de 2006 2005 3 anos
1a3 anos
– – – 118
(10.532) (11.266) (21.798) 5.543
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social
Em 30 de junho - R$ mil Diferenças temporárias Imposto de renda
Contribuição social
Prejuízo fiscal e base negativa Imposto de renda
Contribuição social
Total
2006 ................. 4.211 1.692 – – 5.903 2007 ................. 11.755 3.684 2.076 747 18.262 o 2008 (1 Semestre) 12.406 4.500 – – 16.906 Total em 2006 .. 28.372 9.876 2.076 747 41.071 A projeção de realização de crédito tributário trata-se de estimativa e não é diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. e) O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação praticada pela Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 38.080 mil (2005 - R$ 44.181 mil), sendo R$ 35.421 mil (2005 - R$ 39.680 mil) de diferenças temporárias e R$ 2.659 mil (2005 R$ 4.501 mil) de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social. 20)
OUTRAS INFORMAÇÕES Por força do Instrumento Particular de Contrato de Promessa de Integração Empresarial e Outros Pactos, de 7 de julho de 2000, firmado com o Banco Bradesco S.A., os ex-controladores, julgaram oportuno o exercício da opção para aderir ao PAES, objetivando o parcelamento de débitos tributários e previdenciários junto à União, por eles garantidos, os quais vinham sendo questionados nas esferas administrativa e judicial, no montante de R$ 165.340 mil, conforme faculdade instituída pela Lei no 10.684, de 30 de maio de 2003. Conforme a referida legislação, os valores objeto de parcelamento serão quitados no prazo mínimo de 120 meses e máximo de 180 meses, devidamente atualizados pela TJLP. Os valores atualizados relativos as obrigações fiscais R$ 174.106 mil (2005 - R$ 175.537 mil) e o respectivo direito a receber dos ex-controladores R$ 149.205 mil (2005 - R$ 150.468 mil), por força do citado instrumento estão, respectivamente, registrados em outras obrigações - fiscais e previdenciárias e outros créditos diversos.
Parecer dos Auditores Independentes
Diretor-Presidente Márcio Artur Laurelli Cypriano
Diretores Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo
Adelmo Agnelli Neto Contador - TC - CRC 1SP090360/O-1
Aos Acionistas e Administradores do Banco Boavista Interatlântico S.A.
3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Boavista Interatlântico S.A. em 30 de junho de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos do Banco do semestre findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
1. Examinamos o balanço patrimonial do Banco Boavista Interatlântico S.A. em 30 de junho de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos do semestre findo nessa data, elaborados sob a responsabilidade da administração do Banco. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras.
4. O exame das demonstrações financeiras do semestre findo em 30 de junho de 2005, apresentadas para fins de comparação, foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram parecer com data de 5 de agosto de 2005, sem ressalvas.
2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nosso exame compreendeu, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
São Paulo, 4 de agosto de 2006
PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5
Washington Luiz Pereira Cavalcanti Contador CRC 1SP172940/O-6
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
LEGAIS - 9
Zogbi Leasing S.A. Arrendamento Mercantil Empresa da Organização Bradesco CNPJ 74.533.787/0001-93 - Sede: Cidade de Deus - Prédio Novíssimo - 4o Andar - Vila Yara - Osasco - SP Relatório da Administração
Demonstração do Resultado dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil
Senhores Acionistas,
2006
Apresentamos a V.Sas. as Demonstrações Financeiras da Zogbi Leasing S.A. Arrendamento Mercantil, elaboradas na forma da Legislação Societária, referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2006. No semestre, a Zogbi Leasing apresentou Lucro Líquido de R$ 10,723 milhões. A rentabilidade anualizada foi de 9,68% sobre o Patrimônio Líquido final. Osasco, SP, 3 de agosto de 2006 Diretoria
Balanço Patrimonial em 30 de junho – Em Reais mil ATIVO
2006
2005
PASSIVO CIRCULANTE ..................................................................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES ..................................................................................... Sociais e Estatutárias ........................................................................................ Fiscais e Previdenciárias .................................................................................. Diversas .............................................................................................................
CIRCULANTE ..................................................................................................... DISPONIBILIDADES .......................................................................................... APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ .......................................... Aplicações em Depósitos Interfinanceiros ........................................................ TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ................................................................................................... Carteira Própria ................................................................................................... Vinculados à Prestação de Garantias ............................................................... OUTROS CRÉDITOS .......................................................................................... Diversos ............................................................................................................. OUTROS VALORES E BENS ............................................................................. Outros Valores e Bens ........................................................................................ Provisões para Desvalorizações .......................................................................
137.281 34 134.794 134.794
130.199 3 126.163 126.163
1.866 953 913 587 587 – 127 (127)
837 837 – 3.181 3.181 15 159 (144)
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ........................................................................ APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ .......................................... Aplicações no Mercado Aberto .......................................................................... OUTROS CRÉDITOS .......................................................................................... Diversos .............................................................................................................
100.877 100.468 100.468 409 409
85.586 85.353 85.353 233 233
PERMANENTE ................................................................................................... INVESTIMENTOS ............................................................................................... Outros Investimentos ......................................................................................... Provisões para Perdas .......................................................................................
– – 82 (82)
– – 82 (82)
TOTAL .................................................................................................................
238.158
215.785
2006
2005
7.591 7.591 7.378 129 84
6.477 6.477 3.669 2.808 –
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO .............................................................................. OUTRAS OBRIGAÇÕES ..................................................................................... Fiscais e Previdenciárias .................................................................................. Diversas .............................................................................................................
3.890 3.890 3.769 121
173 173 173 –
PATRIMÔNIO LÍQUIDO ........................................................................................ Capital: - De Domiciliados no País ................................................................................. Reservas de Capital ........................................................................................... Reservas de Lucros ...........................................................................................
226.677
209.135
170.600 1.270 54.807
170.600 1.270 37.265
TOTAL .................................................................................................................
238.158
215.785
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil CAPITAL SOCIAL
EVENTOS
RESERVAS DE LUCROS
RESERVAS DE CAPITAL
LEGAL SALDOS EM 31.12.2004 ..................................................................................................................................
50.600
1.270
ESTATUTÁRIA
3.580
LUCROS ACUMULADOS
25.196
TOTAIS
2.345
82.991
2005
RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ............................................... Operações de Crédito ......................................................................................... Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários .............................
17.465 35 17.430
14.034 48 13.986
RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ...............................
17.465
14.034
OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS .......................................... Despesas de Pessoal ........................................................................................ Outras Despesas Administrativas ..................................................................... Despesas Tributárias .......................................................................................... Outras Receitas Operacionais ...........................................................................
(1.222) (28) (138) (846) 16
(1.853) – (218) (1.583) 6
Outras Despesas Operacionais ......................................................................... RESULTADO OPERACIONAL .............................................................................
(226) 16.243
(58) 12.181
RESULTADO NÃO OPERACIONAL ....................................................................
–
83
RESULTADO ANTES DATRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO ................................
16.243
12.264
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ........................................... LUCRO LÍQUIDO .................................................................................................
(5.520) 10.723
(4.206) 8.058
Número de ações ............................................................................................... Lucro por lote de mil ações em R$ ...................................................................
127.699.786 83,97
127.699.786 63,10
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil 2006
2005
ORIGEM DOS RECURSOS ................................................................................
11.932
LUCRO LÍQUIDO .................................................................................................
10.723
132.178 8.058
AUMENTO DE CAPITAL .....................................................................................
–
120.000
RECURSOS DETERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Aumento dos Subgrupos do Passivo .............................................................. Outras Obrigações ............................................................................................ - Diminuição dos Subgrupos do Ativo ............................................................... Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ........... Outros Créditos ................................................................................................. Outros Valores e Bens ...................................................................................... - Alienação de Bens e Investimentos ............................................................... Bens Não de Uso Próprio ................................................................................
– – 1.195 – 1.195 – 14 14
2.365 2.365 1.755 776 972 7 – –
APLICAÇÃO DOS RECURSOS ..........................................................................
11.904
132.175
DIVIDENDOS DECLARADOS ............................................................................
2.546
1.914
AUMENTO DE CAPITAL ................................................................................................................................... LUCRO LÍQUIDO ............................................................................................................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas ............................................................................................................................. - Dividendos .........................................................................................................................
120.000 – – –
– – – –
– – 403 –
– – 8.086 –
– 8.058 (8.489) (1.914)
120.000 8.058 – (1.914)
AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO ......................................................... Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ........................................................... Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos .............
8.936 8.273 663
130.261 130.261 –
SALDOS EM 30.6.2005 ....................................................................................................................................
170.600
1.270
3.983
33.282
–
209.135
REDUÇÃO DOS SUBGRUPOS DO PASSIVO .................................................... Outras Obrigações ..............................................................................................
422 422
– –
SALDOS EM 31.12.2005 .................................................................................................................................. LUCRO LÍQUIDO ............................................................................................................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas ............................................................................................................................. - Dividendos .........................................................................................................................
170.600 – – –
1.270 – – –
4.597 – 537 –
42.033 – 7.640 –
– 10.723 (8.177) (2.546)
218.500 10.723 – (2.546)
AUMENTO DAS DISPONIBILIDADES ...............................................................
28
3
SALDOS EM 30.6.2006 ....................................................................................................................................
170.600
1.270
5.134
49.673
–
226.677
6 34 28
– 3 3
MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA
Início do Período ....................................................... Fim do Período .......................................................... Aumento das Disponibilidades ................................
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 1)
2)
3)
5)
CONTEXTO OPERACIONAL A Zogbi Leasing S.A. Arrendamento Mercantil tem como objetivo, exclusivamente a prática das operações de arrendamento mercantil, observadas as disposições da legislação em vigor. É parte integrante da Organização Bradesco, sendo suas operações conduzidas de forma integrada a um conjunto de empresas que atuam nos mercados financeiro e de capitais, utilizando-se dos recursos administrativos e tecnológicos e na gestão de riscos, e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto.
d) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo) A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. Os créditos tributários são registrados na rubrica “Outros créditos – diversos” e, sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos e, sobre prejuízos fiscais serão realizados de acordo com a geração de lucros tributáveis. e) Investimentos Os incentivos fiscais foram avaliados pelo custo de aquisição, deduzidos de provisão para perdas, quando aplicável. f) Outros ativos e passivos São demonstrados pelos valores de realização incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos quando aplicável, dos encargos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos. As provisões para contingências são reavaliadas periodicamente pela Administração, que leva em consideração, entre outros fatores, as possibilidades de êxito da ação, a opinião de seus consultores jurídicos e as garantias contratuais decorrentes da mudança de controle acionário, e é considerada suficiente para cobrir prováveis perdas que podem ser incorridas.
APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil (BACEN), que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere a constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas. PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro são apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez São registradas ao custo de aquisição, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidas de provisão para desvalorização, quando aplicável. c) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação – adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda – que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento – adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Classificação por categorias e prazos
4)
14)
Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ..................................................................... Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ... Efeitos das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Crédito tributário/imposto diferido ........................... Despesas indedutíveis líquidas das receitas não tributáveis ............................................................. Efeito do adicional do imposto de renda ................ Imposto de renda e contribuição social do semestre
181 a 360 dias
Impostos diferidos Constituição/(realização) no semestre, sobre adições/exclusões temporárias ............................ Constituição/(utilização) de saldos iniciais de: Prejuízo fiscal ......................................................... Subtotal ................................................................... Impostos correntes Imposto de renda e contribuição social devidos .... Subtotal ................................................................... Imposto de renda e contribuição social do semestre
Em 30 de junho - R$ mil Total 2006 2005
Acima de 360 dias
Títulos para negociação Letras do tesouro nacional ......................................................................................................... Letras financeiras do tesouro ..................................................................................................... Certificados de depósito bancário ............................................................................................. Total geral ...................................................................................................................................
– 195 – 195
– 913 9 922
2005
181 a 360 dias
Acima de 360 dias
Valor de mercado/ contábil (2)
Valor de custo atualizado
Valor de mercado/ contábil (2)
Valor de custo atualizado
6 81 33 120
325 274 30 629
331 1.463 72 1.866
331 1.463 72 1.866
1 770 66 837
1 770 66 837
Provisões para perda de investimentos ..................................... Provisões para bens não de uso Provisões para contingências cíveis ....................................... Provisões para contingências fiscais e trabalhistas .............. Outros valores ........................... Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias Prejuízo fiscal ........................... Total dos créditos tributários (Nota 6) ...................................
(1)
As aplicações em cotas de fundos de investimento foram distribuídas de acordo com os papéis que compõem suas carteiras, e no caso de operações compromissadas pelos respectivos papéis que estão lastreando as operações, preservando a classificação da categoria dos fundos. Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis, independentemente de sua classificação contábil; e (2) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado disponível na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado disponível, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custo atualizado reflete o valor das respectivas cotas. b) A Zogbi Leasing S.A. Arrendamento Mercantil não possuía posição de instrumentos financeiros derivativos em 30 de junho de 2006 e de 2005. 6)
OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS
9)
Créditos tributários (Nota 14c) ....................................... Devedores por depósitos em garantia ........................... Opções por incentivos fiscais ....................................... Outros ............................................................................. Total ................................................................................ 7)
824 142 26 4 996
2006 Provisão para impostos e contribuições sobre o lucro Provisão para riscos fiscais .......................................... Impostos e contribuições a recolher ............................. Provisão para impostos e contribuições diferidas ........ Total ................................................................................ 8)
Publicações ................................................................... Serviços técnicos especializados ................................ Contribuição sindical patronal ....................................... Contribuição à associação de classe ........................... Outras ............................................................................. Total ................................................................................
63 33 33 – 9 138
2006 ........................................... 2007 ........................................... 2008 ........................................... 2009 ........................................... 2010 ........................................... 2011 ........................................... Total em 2006 ............................
93 66 30 22 7 218
3.572 190 129 7 3.898
Quantidade
(1)
(2)
10.723 537 10.186 2.546 1.914
Em 30 de junho - R$ mil 2005 1.270 54.807 5.134 49.673
11)
1.270 37.265 3.983 33.282
Constituída obrigatoriamente à base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado, ou 30% do capital social, acrescido das reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capital ou para compensar prejuízos; e Visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da sociedade, pode ser constituída em 100% do lucro líquido remanescente após destinações estatutárias, sendo o saldo limitado a 95% do Capital Social Integralizado.
36 697 113 846
932 560 91 1.583
OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 Variações monetárias .................................................... Provisão para contingências cíveis .............................. Outras ............................................................................. Total ................................................................................
12)
145 75 6 226
58 – _ 58
RESULTADO NÃO OPERACIONAL Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 Resultado na alienação de outros valores e bens ........ Total ................................................................................
13)
R$ mil Lucro líquido do semestre ......................................................................... Reserva legal ........................................................................................... Base de cálculo ...................................................................................... Dividendos provisionados 1o semestre de 2006 .................................. Dividendos provisionados 1o semestre de 2005 .................................. d) Reservas de capital e de lucros
Reservas de Capital ............................................... Reservas de Lucros ............................................... - Reserva Legal (1) .................................................. - Reserva Estatutária (2) ..........................................
CPMF ............................................................................. COFINS .......................................................................... PIS ................................................................................. Total ................................................................................
R$ mil
Em 30 de junho de 2005 .......................................... 127.699.786 170.600 Em 31de dezembro de 2005 .................................... 127.699.786 170.600 Em 30 de junho de 2006 .......................................... 127.699.786 170.600 c) Juros sobre o capital próprio e/ou dividendos Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre capital próprio e/ou dividendos que somados, correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária. Foram provisionados dividendos relativos ao semestre findo em 30 de junho de 2006, no montante de R$ 2.546 mil (2005 – R$ 1.914 mil). O cálculo dos dividendos relativos ao 1o semestre de 2006, está demonstrado a seguir:
DESPESAS TRIBUTÁRIAS
– –
83 83
TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR E EMPRESAS LIGADAS As transações com o controlador e empresas ligadas foram efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações, foram eliminadas nas demonstrações financeiras:
2006 Ativos (passivos) Disponibilidades: Banco Bradesco S.A. ...................... Aplicações em depósitos interfinanceiros (a): Banco Bradesco S.A. ...................... Banco Finasa S.A. ........................... Dividendos e juros sobre o capital próprio: Banco Finasa S.A. ........................... Serviços prestados: Banco Bradesco S.A. ...................... (a)
Receitas (despesas)
Em 30 de junho - R$ mil 2005 Receitas Ativos (passivos) (despesas)
34
–
3
–
134.794 100.468
10.108 7.244
126.163 85.353
5.163 7.099
(7.378)
–
(3.669)
–
–
(2)
–
–
18
(78)
(1.223) (1.205)
(913) (991)
(4.315) (4.315) (5.520)
(3.215) (3.215) (4.206)
Constituição
Realização
R$ mil Saldo em 30.6.2006
246 49
– –
– 9
246 40
9
25
9
25
68 30
12 9
– 10
80 29
402 1.627
46 –
28 1.223
420 404
2.029
46
1.251
824
101 87 105 9 6 1 309
35 30 37 4 4 1 111
15)
Em 30 de junho - R$ mil Prejuízo fiscal Total Imposto de renda 404 – – – – – 404
540 117 142 13 10 2 824
ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS – FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS a) Ativos Contingentes No 1o semestre de 2006 não foram reconhecidos contabilmente ativos contingentes. b) Passivos Contingentes classificados como perdas prováveis e Obrigações Legais – Fiscais e Previdenciárias. A empresa é parte em processos judiciais, de natureza trabalhista, cível e fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades. As provisões foram constituídas levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e, no posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da empresa entende que a provisão constituída é suficiente para atender perdas decorrentes dos respectivos processos. O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial é mantido até o ganho definitivo da ação, representado por decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, ou a sua prescrição. I - Processos trabalhistas São ações ajuizadas por ex-empregados, visando a obter indenizações, em especial o pagamento de “horas extras”. II - Processos cíveis São pleitos de indenização por dano moral e patrimonial. Essas ações são controladas individualmente e provisionadas para processos específicos com base na opinião de assessores jurídicos, levando em consideração: a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e, no posicionamento de nossos Tribunais. III - Obrigações Legais – Fiscais e Previdenciárias A empresa vem discutindo judicialmente a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmente provisionados não obstante as boas chances de êxito a médio e longo prazo, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos. IV - Movimentação das Provisões Constituídas
Trabalhista
Aplicações interfinanceiras de liquidez - depósitos interfinanceiros de ligadas, com taxas equivalentes às do CDI – certificado de depósito interfinanceiro.
Diretoria
Em 30 de junho - R$ mil 2005
e) O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação praticada pela Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 789 mil (2005 – R$ 3.220 mil), sendo R$ 391 mil (2005 – R$ 253 mil) de diferenças temporárias, e R$ 398 mil (2005 – R$ 2.967 mil) de prejuízos fiscais.
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005
2.654 173 154 – 2.981
PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é composto por 127.699.786 ações ordinárias nominativas-escriturais, sem valor nominal. b) Movimentação do capital social
2006
10)
(2) 12 (4.206)
A projeção de realização de crédito tributário é uma estimativa e não é diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis.
OUTRAS OBRIGAÇÕES – FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS Em 30 de junho - R$ mil 2005
– 12 (5.520)
Saldo em 31.12.2005
Diferenças temporárias Contribuição Imposto social de renda
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005
3.317 70 27 _ 3.414
(46)
d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias e prejuízo fiscal
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
Em 30 de junho - R$ mil 2005
2006
(4.170)
(10)
c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos
Em 30 de junho - R$ mil
31 a 180 dias
12.264
(5.522)
b) Composição da conta de resultado do imposto de renda e contribuição social
Aplicações em depósitos interfinanceiros .............. – 134.794 100.468 235.262 – Total em 2006 ................. – 134.794 100.468 235.262 Total em 2005 ................. 126.163 – 85.353 211.516 b) As receitas de aplicações interfinanceiras no montante de R$ 17.352 mil (2005 - R$ 12.262 mil) foram registradas em resultado de operações com títulos e valores mobiliários.
1 a 30 dias
16.243
2006
2006 Títulos (1)
Em 30 de junho - R$ mil 2005
2006
APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ a) Vencimentos
31 a 180 dias
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social
No início do semestre ................................ Atualização monetária ............................... Constituições ............................................ Pagamentos .............................................. Saldo em 2006 ......................................... Saldo em 2005 .........................................
18 1 28 – 47 –
Em 30 de junho - R$ mil Fiscais e Previdênciárias (1)
Cível
26 – 74 (26) 74 –
182 8 – – 190 173
(1) Compreende, substancialmente, obrigações legais. c) Passivos Contingentes classificados como perdas possíveis A empresa mantém um sistema de acompanhamento para todos os processos administrativos e judiciais em que a instituição figura como “autora” ou “réu” e amparada na opinião dos assessores jurídicos classifica as ações de acordo com a expectativa de insucesso. Neste contexto os processos contingentes avaliados como de risco de perda possível não são reconhecidos contabilmente.
Parecer dos Auditores Independentes Aos Acionistas e Administradores da Zogbi Leasing S.A. Arrendamento Mercantil
Diretor-Presidente Márcio Artur Laurelli Cypriano
CONTINUAÇÃO
1. Examinamos o balanço patrimonial da Zogbi Leasing S.A. Arrendamento Mercantil em 30 de junho de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos do semestre findo nessa data, elaborados sob a responsabilidade da administração da Instituição. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras.
Diretores Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira
2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nosso exame compreendeu, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Instituição, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Instituição, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo Maurilo Gonçalves Siqueira Contador - CRC 1SP114890/O-0
3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Zogbi Leasing S.A. Arrendamento Mercantil em 30 de junho de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos da Instituição do semestre findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
4. O exame das demonstrações financeiras do semestre findo em 30 de junho de 2005, apresentadas para fins de comparação, foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram parecer com data de 5 de agosto de 2005, sem ressalvas.
São Paulo, 4 de agosto de 2006
PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5
Washington Luiz Pereira Cavalcanti Contador CRC 1SP172940/O-6
10
Eleições Câmara Corr upção Senado
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
PROCESSADOS, SENADORES NÃO PODEM RENUNCIAR.
Caberá ao povo brasileiro tomar a melhor decisão possível. Heloísa Helena
O PRESIDENTE DA CASA, ALDO REBELO, DIZ QUE COLEGAS SE DISPÕEM A MUDAR E FICAR SEM 'PROTEÇÃO'.
CÂMARA ACEITARIA O VOTO ABERTO
O
Lula Marques / Folha Imagem
A caminho: a secretária adjunta da mesa do Senado, Claudia Lira, entrega a representação contra senadores envolvidos com sanguessugas.
SANGUESSUGAS SENADO PROCESSA SENADORES
m dia depois da rebelião de integrantes do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu abrir ontem representações contra os três senadores acusados pela CPMI dos Sanguessugas de envolvimento com a máfia das ambulâncias. Os processos, que poderão levar à cassação dos mandatos dos senadores Ney Suassuana (PMDB-PB), Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko (PT-MT), só deverão ser instaurados no início da
U
semana que vem. Até lá, os senadores acusados poderão renunciar a seus mandatos caso queiram escapar da abertura de processo para cassação e a eventual perda de direitos políticos por oito anos, no mínimo. O presidente da Comissão de Ética do Senado, João Alberto (PFL-MA), só estará em Brasília na próxima semana. Ele está em campanha pelo interior do Maranhão e não deixou nenhum documento assinado com o pedido de abertura dos processos. Renan Calheiros tentou atrasar o processo, no início
da semana, encaminhando o relatório da CPMI ao Conselho de Ética como uma denúncia e não uma representação. Como denúncia, seriam necessárias investigações preliminares para decidir sobre a abertura ou não de processo. Como representação, o processo que poderá levar à cassação é automaticamente aberto. Controvérsias – O advogado-geral do Senado, Alberto Cascais, entende, no entanto, que os processos de cassação contra os três senadores ainda não foram abertos no Conselho de Ética e, portanto, os três ainda
podem renunciar para evitar a cassação de seus mandatos e a perda dos direitos políticos. "No meu entendimento, representação é uma coisa e processo no Conselho é outra", argumenta o advogado. "Para que o processo seja aberto oficialmente no Conselho, o presidente tem que dar um despacho aceitando a representação". Segundo o advogado-geral do Senado, João Alberto, também candidato a vicegovernador, pode enviar uma declaração dizendo que acata a decisão. Aí os processos estariam abertos. (Agências)
VEDOIN VOLTA A ACUSAR ANTERO
empresário Luiz Antônio Vedoin, um dos donos da empresa Planam e membro da máfia das ambulâncias, apresentou ontem à Justiça Federal de Mato Grosso documentos que, em sua opinião, comprovam a acusação de que o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) teria, realmente, envolvimento com o esquema dos sanguessugas, que desviou recursos da União para a compra superfaturada de ambulâncias. Em entrevista à revista "Veja" que circulou esta semana, Vedoin relatou que seu pai negociou R$ 40 mil com o senador tucano em troca de emendas para a compra de ambulâncias. O dinheiro seria pago por intermédio do deputado federal Lino Rossi (PP-MT). A
acusação se referia a uma emenda de bancada no valor de R$ 4.480.000, apresentada em 2001. Na segunda-feira, as revelações repercutiram na CPMI dos Sanguessugas. O presidente da CPMI, deputado Antônio Carlos Biscaia (PTRJ), criticou o fato de Vedoin ter feito a acusação tardiamente e sem apresentar documentos. E descartou novo depoimento do empresário. Candidato ao governo de Mato Grosso, Antero nega e atribui as acusações ao seu principal adversário, o governador Blairo Maggi (PPS), que concorre à reeleição. Lino Rossi garante que não intermediou propina ou repassou valores a Antero. "Essa acusação é um delírio", disse Antero. Vedoin apresentou à Justiça Federal um ofício do gabinete
de Lino Rossi endereçado ao Ministério da Saúde enumerando os municípios contemplados por cada um dos integrantes da bancada que subscreviam a emenda. Sob o nome de Antero aparecem quatro municípios (Denise, Mirassol D’Oeste, Nossa Senhora do Livramento e São José dos Quatro Marcos) e o valor de R$ 80 mil à frente deles. Além do ofício, Vedoin apresentou fotografias das ambulâncias, entregues em junho de 2001. Na petição, Luiz Antônio relata a reunião que seu pai, Darci Vedoin, afirma ter tido no gabinete de Antero no Senado. Eles teriam acertado 10% sobre o valor dos veículos. Antero afirma que a entrevista de Vedoin é uma tentativa de neutralizar seus ataques a Blairo Maggi, cuja campanha
pela reeleição tem o apoio de cinco acusados de participar das fraudes na saúde. Antero diz que chegou a propor as quatro emendas para a compra de ambulâncias. Mas ele garante que mais tarde as cancelou. Segundo o senador, o cancelamento se deu por conta de um contingenciamento do governo federal e em razão de uma reavaliação que fez das prioridades para a saúde de Mato Grosso. O senador conta que o secretário estadual de Saúde, Júlio Müller, lhe dissera que as ambulâncias não eram prioridade. Em razão da entrevista à "Veja", ele protocolou representação no Ministério Público Federal pedindo a prisão dos donos da Planam. Para o senador, eles negociam depoimentos e atrapalham a instrução criminal. (AOG)
STJ NEGA HABEAS CORPUS À FAMÍLIA DE DEPUTADO
Oliveira. Elas são, respectivamente, esposa, cunhada e irmã do presidente da Assembléia Legislativa do Estado de Rondônia, deputado José Carlos de Oliveira. Ele foi denunciado e preso durante a Operação Dominó, promovida pela Polícia Federal no dia 4 de agosto. Márcia, Hingrid e Lizandreia Oliveira também foram denunciadas e presas
durante a mesma operação da PF. Elas foram acusadas da suposta prática dos crimes de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro. A PF pediu a prisão das mulheres, que foi decretada pelo desembargador Sansão Saldanha, do Tribunal de Justiça de Rondônia. A defesa das acusadas alegou falta de fundamentação ao decreto
de prisão preventiva, não ficando, assim, comprovados os requisitos legais para a prisão. Ao negar o pedido, o ministro Paulo Gallotti ressaltou que a complexidade dos fatos relatados no decreto de prisão preventiva não permite o reconhecimento do direito de habeas-corpus. Segundo ele, o caso exige exame mais detalhado. (AE)
O
O
ministro Paulo Gallotti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou liminar em habeas-corpus pedida em favor de Márcia Luiza Scheffer de Oliveira, Hingrid Jubilhana Siqueira Moro de Oliveira e Lizandreia Ribeiro de
presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), disse ontem, em entrevista ao programa Bom Dia Brasil, da TV Globo, que existe disposição na Casa para a instauração do voto aberto. "Eu creio que sim, porque não foi apenas uma emenda constitucional. Na verdade são oito emendas da Constituição, todas elas reunidas em torno da última que foi apresentada. Essa emenda já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça, foi aprovada em uma comissão especial, já foi apresentada aos líderes de todos os partidos, e creio que neste momento não temos por que não tornar aberto o voto que até então é secreto", afirmou Rebelo. Ele admitiu que embora a emenda proponha o fim do voto secreto para todas as decisões do Congresso, existe a intenção de se restringir o voto aberto apenas para os processos de cassação. "Pode haver essa restrição. A emenda propõe o fim do voto secreto em todos os casos. E acho que isso é mais coerente", disse Rebelo. O presidente da Câmara fez um rápido histórico sobre a criação do voto secreto, na Inglaterra, quando os deputados se protegiam de uma eventual perseguição do rei, com o voto secreto. "Hoje eu creio que, ao contrário da época da criação do voto secreto, a principal proteção para o voto do parlamentar é a proteção do eleitor, da própria população, da sociedade", afirmou. Por isso, Rebelo acredita que o parlamentar "estará melhor protegido com o voto aberto, porque ele vota junto com o seu eleitor, junto com a população. Creio que assim o melhor talvez seja revogar o voto secreto para todos os casos. Mas de qualquer maneira em uma situação de emergência, pelo menos para os processos de perda de mandato eu creio que nós O Senado tem devemos revogar". alternativas de Aldo Rebelo disse que as diferenças de como orientar tratamento dado pela Câmara e pelo Senado nos processos contra parlamentares a tramitação são decorrentes dos regimentos distintos de do processo. A cada Casa. "A Câmara tem um processo Câmara tem mais direto. O Senado tem alternativas de um rito como orientar a tramitação do processo. A processual Câmara tem um rito mais sumário, ou seja, mais sumário. passa direto da Mesa Diretora e vai para o Conselho de Ética". Aldo Rebelo Aldo Rebelo acrescentou ainda que "a Câmara tem que reforçar o Conselho de Ética e adotar procedimentos que permitam que esses casos sejam julgados sem prejuízo do direito de defesa mas o mais rapidamente possível para que a Câmara possa se dedicar à votação de outras matérias de interesse da população do País". Rebelo falou também sobre os Cargos de Natureza Especial na Casa, ocupados por pessoas indicadas por políticos e que mal comparecem ao trabalho. Ele disse que já está tomando providências, demitindo alguns já confirmados e que pretende endurecer a legislação, para proibir abusos. (AE)
ADVOGADOS GARANTEM: DÁ PARA RECORRER.
A
pesar da disposição do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Aurélio Mello, de dispensar um tratamento duro aos congressistas suspeitos de envolvimento com o esquema sanguessuga (veja reportagem ao lado), provavelmente esses políticos conseguirão autorização da Justiça para concorrer a cargos eletivos em outubro. Especialistas em direito eleitoral e constitucional afirmaram ontem que a legislação brasileira e a jurisprudência do TSE e do Supremo Tribunal Federal (STF) reconhecem que somente é inelegível o político que foi condenado definitivamente pela Justiça. Os políticos que não conseguiram registrar suas candidaturas nos tribunais regionais eleitorais (TREs) deverão recorrer, primeiro, ao TSE e depois, em caso de derrota, para o STF. O ex-presidente do TSE Carlos Velloso disse que as impugnações dos TREs ao registro de sanguessugas refletem o ideal. "Desejamos afastar da vida pública os homens que a denigrem. Mas infelizmente nós não temos legislação que autorize isso. Eles são apenas indiciados", afirmou. (AE)
MELLO: A TENDÊNCIA É CONFIRMAR OS TREs.
O
presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Aurélio de Mello, disse que o Tribunal pode confirmar as decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) que negaram registro a candidatos que estão sob investigação. Marco Aurélio afirmou ontem que há duas linhas para a análise dos recursos dos candidatos que tiveram o registro de candidatura rejeitado pelos TREs por serem investigados pela Justiça ou pelo Congresso, como no caso dos Sanguessugas. Segundo ele, os ministros vão analisar a partir do princípio da não culpabilidade, que estabelece que ninguém pode ser condenado antes do processo julgado em última instância, ou se será aplicado o princípio da administração pública, que exige moralidade. Até as últimas eleições, o TSE considerava que era preciso uma condenação definitiva, para uma pessoa não concorrer às eleições. "Somente os mortos não evoluem", comentou. Para Mello, é preciso analisar se o princípio da culpabilidade poderia viabilizar a participação de um candidato acusado. (AOG)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
LEGAIS - 11
Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil Empresa da Organização Bradesco CNPJ 47.509.120/0001-82 - Sede: Avenida Alphaville, 1500 - Piso 2 - Parte - Alphaville - Barueri - SP Relatório da Administração
Demonstração do Resultado dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil
Senhores Acionistas, Apresentamos a V.Sas. as Demonstrações Financeiras da Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil, elaboradas na forma da Legislação Societária, referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2006. A Organização Bradesco, visando a alcançar melhores níveis de competitividade, produtividade e a conseqüente racionalização e redução dos custos operacionais, vem concentrando as operações de arrendamento mercantil na Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil. O bom desempenho da Empresa está sedimentado na forma de atuação, plenamente integrada à Rede de Agências do Banco Bradesco S.A., mantendo estratégias de diversificação dos negócios nos vários segmentos do mercado, bem como implementando acordos operacionais com grandes fabricantes, principalmente nos setores de veículos pesados e de máquinas e equipamentos. No semestre, apresentou Lucro Líquido de R$ 107,210 milhões. A rentabilidade anualizada foi de 9,70% sobre o Patrimônio Líquido final. Em 30 de junho, o Total de Ativos era de R$ 20,306 bilhões, destacando-se R$ 15,744 bilhões direcionados para Aplicações Interfinanceiras de Liquidez e R$ 2,268 bilhões para Operações de Arrendamento Mercantil, a valor presente, além de R$ 10,019 milhões de Leasing Operacional a Receber. O saldo do Valor Residual Parcelado ou Antecipado era de R$ 821,825 milhões. No Total de Captações, R$ 15,696 bilhões era o saldo das Debêntures e R$ 623,376 milhões representados por Dívidas Subordinadas. Em atendimento à Instrução no 381, da Comissão de Valores Mobiliários, registre-se que a Bradesco Leasing, no semestre, não contratou e nem teve serviços prestados pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes não relacionados à auditoria externa em patamares superiores a 5% do total dos custos desta. A política adotada atende aos princípios que preservam a independência do Auditor, de acordo com critérios internacionalmente aceitos, quais sejam: o Auditor não deve auditar o seu próprio trabalho, nem exercer funções gerenciais no seu cliente ou promover os interesses deste. Agradecemos aos nossos clientes pelo apoio e confiança e aos nossos funcionários e colaboradores pela dedicação ao trabalho. Barueri, SP, 3 de agosto de 2006
2005
1.935.747 6.957 692.809 1.235.998 (17)
983.551 17.136 540.958 425.747 (290)
DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .................................. Operações de Captações no Mercado .................................................... Operações de Empréstimos e Repasses ............................................... Operações de Arrendamento Mercantil ................................................... Provisão para Créditos de Arrendamento Mercantil de Liquidação Duvidosa ..............................................................................................
1.706.972 1.199.115 11.989 490.876
770.768 383.114 14.439 388.781
4.992
(15.566)
Diretoria
RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ....................
228.775
212.783
Balanço Patrimonial em 30 de junho – Em Reais mil
OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ............................... Despesas de Pessoal ............................................................................. Outras Despesas Administrativas .......................................................... Despesas Tributárias ............................................................................... Resultado de Participação em Coligada ................................................ Outras Receitas Operacionais ................................................................ Outras Despesas Operacionais ..............................................................
(58.203) (379) (4.338) (19.154) 2.641 8.805 (45.778)
(63.177) – (5.016) (41.862) 528 3.948 (20.775)
RESULTADO OPERACIONAL ..................................................................
170.572
149.606
RESULTADO NÃO OPERACIONAL .........................................................
(5.312)
1.286
RESULTADO ANTES DATRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO .....................
165.260
150.892
ATIVO
2006
2005
PASSIVO
2006
2005
CIRCULANTE .................................................................................................. DISPONIBILIDADES ....................................................................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ............................................................................................... Carteira Própria ................................................................................................ Vinculados à Prestação de Garantias ............................................................ OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL ........................................ Operações de Arrendamento a Receber: - Setor Privado ................................................................................................. - Setor Público ................................................................................................. Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil ............................................. Provisão para Créditos de Arrendamento Mercantil de Liquidação Duvidosa OUTROS CRÉDITOS ....................................................................................... Rendas a Receber ........................................................................................... Diversos .......................................................................................................... Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa ................................ OUTROS VALORES E BENS .......................................................................... Outros Valores e Bens ..................................................................................... Provisões para Desvalorizações .................................................................... REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ..................................................................... APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ ....................................... Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ........................................................ OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL ........................................ Operações de Arrendamento a Receber: - Setor Privado ................................................................................................. - Setor Público ................................................................................................. Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil ............................................. Provisão para Créditos de Arrendamento Mercantil de Liquidação Duvidosa OUTROS CRÉDITOS ....................................................................................... Diversos .......................................................................................................... Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa ................................ PERMANENTE ................................................................................................ INVESTIMENTOS ............................................................................................ Participação em Coligada - No País ............................................................... Outros Investimentos ...................................................................................... Provisões para Perdas .................................................................................... IMOBILIZADO DE USO .................................................................................... Imóveis de Uso ............................................................................................... Outras Imobilizações de Uso .......................................................................... Depreciações Acumuladas ............................................................................. IMOBILIZADO DE ARRENDAMENTO ............................................................. Bens Arrendados ............................................................................................. Depreciações Acumuladas ............................................................................. DIFERIDO ........................................................................................................ Gastos de Organização e Expansão .............................................................. Amortização Acumulada .................................................................................
973.269 7.817
820.091 138
855.875 757.582 98.293 (18.557)
666.877 610.518 56.359 7.305
1.088.261 40.528 (1.099.523) (47.823) 120.779 5.085 115.753 (59) 7.355 40.118 (32.763) 16.200.667 15.744.397 15.744.397 (34.900)
924.336 – (877.671) (39.360) 134.486 4.622 129.877 (13) 11.285 39.120 (27.835) 10.340.334 9.923.897 9.923.897 (25.943)
CIRCULANTE .................................................................................................. RECURSOS DE EMISSÃO DE TÍTULOS ........................................................ Recursos de Debêntures ................................................................................. OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS ............................................................. Empréstimos no País - Outras Instituições .................................................... OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO PAÍS - INSTITUIÇÕES OFICIAIS .......... FINAME ........................................................................................................... INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ............................................ OUTRAS OBRIGAÇÕES .................................................................................. Sociais e Estatutárias ..................................................................................... Fiscais e Previdenciárias ............................................................................... Negociação e Intermediação de Valores ........................................................ Dividas Subordinadas ..................................................................................... Diversas ..........................................................................................................
662.238 74.009 74.009 – – 84.285 84.285 81 503.863 77.405 63.754 19 23.376 339.309
631.233 92.898 92.898 12.579 12.579 73.748 73.748 3.782 448.226 43.432 90.871 19 28.512 285.392
996.539 118.140 (1.098.984) (50.595) 491.170 491.258 (88) 3.132.184 23.730 13.793 34.932 (24.995) 18.100 38.761 155 (20.816) 3.060.258 4.148.301 (1.088.043) 30.096 45.979 (15.883)
810.370 – (794.047) (42.266) 442.380 442.433 (53) 2.358.706 27.497 17.615 34.875 (24.993) 19.948 39.565 169 (19.786) 2.272.482 3.227.836 (955.354) 38.779 46.007 (7.228)
20.306.120
13.519.131
T OT A L ..........................................................................................................
2006 RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .................................... Operações de Crédito .............................................................................. Operações de Arrendamento Mercantil ................................................... Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários .................. Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos ...........................
(58.050)
(48.959)
107.210
101.933
Número de ações .................................................................................... Lucro por ação em R$ .............................................................................
9.015 11.892,40
8.938 11.404,44
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ........................................................................... RECURSOS DE EMISSÃO DE TÍTULOS ........................................................ Recursos de Debêntures ................................................................................. OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO PAÍS - INSTITUIÇÕES OFICIAIS .......... FINAME ........................................................................................................... INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ............................................ OUTRAS OBRIGAÇÕES .................................................................................. Fiscais e Previdenciárias ............................................................................... Dívidas Subordinadas ..................................................................................... Diversas ..........................................................................................................
17.381.355 15.622.011 15.622.011 103.374 103.374 – 1.655.970 517.739 600.000 538.231
10.814.275 9.371.917 9.371.917 90.451 90.451 67 1.351.840 367.187 600.000 384.653
PATRIMÔNIO LÍQUIDO ..................................................................................... Capital: - De Domiciliados no País .............................................................................. Reservas de Capital ........................................................................................ Reservas de Lucros ........................................................................................
2.262.527
2.073.623
1.962.761 215 299.551
1.944.000 160 129.463
T OT A L ..........................................................................................................
20.306.120
13.519.131
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil CAPITAL REALIZADO
EVENTOS
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ................................ LUCRO LÍQUIDO ......................................................................................
RESERVAS
RESERVAS DE LUCROS
DE CAPITAL CAPITAL SOCIAL
LEGAL
AJUSTE AO VALOR DE MERCADO TVM E DERIVATIVOS
ESTATUTÁRIA
COLIGADAS E CONTROLADAS
LUCROS ACUMULADOS
TOTAL
SALDOS EM 31.12.2004 ......................................................................................................................
1.943.997
160
3.393
48.349
–
–
1.995.899
Aumento de Capital com Reservas ..................................................................................................... Lucro Líquido ........................................................................................................................................ Destinações: - Reservas ...................................................................................................................... - Dividendos Declarados ...............................................................................................
3 – – –
– – – –
– – 5.097 –
(3) – 72.627 –
– – – –
– 101.933 (77.724) (24.209)
– 101.933 – (24.209)
SALDOS EM 30.6.2005 ........................................................................................................................
1.944.000
160
8.490
120.973
–
–
2.073.623
SALDOS EM 31.12.2005 ...................................................................................................................... Atualização de Títulos Patrimoniais .................................................................................................... Ajuste ao Valor de Mercado – TVM e Derivativos ............................................................................... Lucro Líquido ........................................................................................................................................ Destinações: - Reservas ...................................................................................................................... - Dividendos Declarados ...............................................................................................
1.962.761 – – – – –
179 36 – – – –
14.282 – – – 5.360 –
203.521 – – – 76.388 –
248 – (248) – – –
– – – 107.210 (81.748) (25.462)
2.180.991 36 (248) 107.210 – (25.462)
SALDOS EM 30.6.2006 ........................................................................................................................
1.962.761
215
19.642
279.909
–
–
2.262.527
2006
2005
ORIGEM DOS RECURSOS .....................................................................
1.790.294
8.346.422
LUCRO LÍQUIDO ......................................................................................
107.210
101.933
AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO .............................................................. Depreciações e Amortizações ................................................................ Amortização de Ágio ............................................................................... Resultado de Participação em Coligada ................................................ Provisão para Perdas de Investimentos ................................................. Superveniência de Depreciação .............................................................
420.028 488.598 3.600 (2.641) 1 (69.530)
380.712 387.756 3.600 (528) (1.493) (8.623)
AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TÍTULOS DISPONÍVEIS PARA VENDA ..................................................................................................
(248)
–
RECURSOS DETERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Aumento dos Subgrupos do Passivo ................................................... Recursos de Emissão de Títulos .......................................................... Obrigações por Empréstimos e Repasses ........................................... Outras Obrigações ................................................................................. - Diminuição dos Subgrupos do Ativo .................................................... Operações de Arrendamento Mercantil ................................................. Outros Créditos ...................................................................................... - Alienação (Baixa) de Bens e Investimentos ........................................ Bens não de Uso Próprio ...................................................................... Imobilizado de Uso ............................................................................... Imobilizado de Arrendamento. .............................................................. Investimentos ........................................................................................ - Dividendos Recebidos de Coligadas e Controladas ............................
1.087.113 898.355 2.790 185.968 11.004 11.004 – 165.093 8.967 399 147.679 8.048 94
7.649.211 7.557.666 – 91.545 44.720 41.993 2.727 169.580 1.858 – 165.773 1.949 266
APLICAÇÃO DOS RECURSOS ...............................................................
1.790.350
8.346.592
DIVIDENDOS DECLARADOS .................................................................
25.462
24.209
INVERSÕES EM ..................................................................................... Bens não de Uso Próprio ........................................................................ Imobilizado de Arrendamento. ................................................................ Investimentos ..........................................................................................
976.136 1.892 974.243 1
799.372 642 782.352 16.378
AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO .............................................. Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ................................................ Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos .. Outros Créditos ........................................................................................
787.701 661.211 97.303 29.187
7.504.272 7.457.019 47.253 –
REDUÇÃO DOS SUBGRUPOS DO PASSIVO ......................................... Obrigações por Empréstimos e Repasses ............................................. Instrumentos Financeiros Derivativos ....................................................
1.051 – 1.051
18.739 14.235 4.504
REDUÇÃO DAS DISPONIBILIDADES ....................................................
(56)
(170)
Início do Período ................................................... Fim do Período ...................................................... Redução das Disponibilidades .............................
7.873 7.817 (56)
308 138 (170)
MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 1)
CONTEXTO OPERACIONAL A Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil tem como objetivo, exclusivamente a prática das operações de arrendamento mercantil, observadas as disposições da legislação em vigor. É parte integrante da Organização Bradesco, sendo suas operações conduzidas de forma integrada a um conjunto de empresas que atuam nos mercados financeiro e de capitais, utilizando-se dos recursos administrativos e tecnológicos e na gestão de riscos, e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto.
2)
APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN), do Banco Central do Brasil (BACEN) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas.
3)
PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro são apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial. As operações com taxas pós-fixadas ou indexadas a moedas estrangeiras são atualizadas até a data do balanço. As receitas de arrendamento mercantil são calculadas e apropriadas mensalmente pelo valor das contraprestações exigíveis no período (Portaria MF no 140) e considera o ajuste a valor presente das operações de arrendamento mercantil. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez São registradas ao custo de aquisição, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidas de provisão para desvalorização, quando aplicável. c) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda - que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. d) Instrumentos financeiros derivativos (ativos e passivos) São classificados de acordo com a intenção da Administração, na data do início da operação, levandose em consideração se sua finalidade é para proteção contra riscos “hedge” ou não. Os instrumentos financeiros derivativos que não atendam aos critérios de “hedge” contábil estabelecidos pelo BACEN, principalmente derivativos utilizados para administrar a exposição global de risco, são contabilizados pelo valor de mercado, com as valorizações ou desvalorizações reconhecidas diretamente no resultado do período. Em 30 de junho a Bradesco Leasing não utilizou as prerrogativas de classificação e designação das operações de derivativos como “hedge”, para fins contábeis. e) Operações de arrendamento mercantil A carteira de arrendamento mercantil é constituída por contratos celebrados ao amparo da Portaria no 140, do Ministério da Fazenda, que contém cláusulas de: a) não cancelamento; b) opção de compra; e c) atualização pós-fixada ou prefixada e são contabilizados de acordo com as normas estabelecidas pelo BACEN, conforme descrito a seguir: I - Arrendamentos a receber Refletem o saldo das contraprestações a receber, atualizadas de acordo com índices e critérios estabelecidos contratualmente. II - Rendas a apropriar de arrendamento mercantil Representam a contrapartida do valor das contraprestações a receber, sendo apropriadas ao resultado quando dos vencimentos das parcelas contratuais. Nas operações que apresentem atraso igual ou superior a sessenta dias, a apropriação ao resultado passa a ocorrer pelo recebimento das parcelas contratuais de acordo com a Resolução no 2682 do CMN. III - Imobilizado de arrendamento É registrado pelo custo de aquisição, deduzido das depreciações acumuladas. A depreciação é calculada pelo método linear, com os benefícios de redução de 30% na vida útil normal do bem, previstos na legislação vigente. As principais taxas anuais de depreciação utilizadas, base para esta redução, são as seguintes: veículos e afins, 20%; móveis e utensílios, 10%; máquinas e equipamentos, 10%; outros bens, 10% e 20%. IV - Perdas em arrendamentos Os prejuízos apurados na venda de bens arrendados são diferidos e amortizados pelo prazo remanescente de vida útil normal dos bens, sendo demonstrados juntamente com o Imobilizado de Arrendamento (Nota - 6h). V - Superveniência (insuficiência) de depreciação Os registros contábeis da Sociedade são mantidos conforme exigências legais, específicas para sociedades de arrendamento mercantil. Os procedimentos adotados e sumariados nos itens “II” a “IV” acima diferem das práticas contábeis previstas na legislação societária brasileira, principalmente no que concerne ao regime de competência no registro das receitas e despesas relacionadas aos contratos de arrendamento mercantil. Em conseqüência, de acordo com a Circular BACEN no 1429 e Instrução CVM no 58, foi calculado o valor atual das contraprestações em aberto, utilizando-se a taxa interna de retorno de cada contrato, registrando-se uma receita ou despesa de arrendamento mercantil, em contrapartida às rubricas de superveniência ou insuficiência de depreciação, respectivamente, registrados no Ativo Permanente (Nota - 6h), com o objetivo de adequar as operações de arrendamento mercantil ao regime de competência. VI - Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa A provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa é apurada em valor suficiente para cobrir prováveis perdas e leva em conta a conjuntura econômica, a experiência passada, os riscos específicos e globais da carteira e as normas e instruções do BACEN. As operações de arrendamento mercantil são classificadas nos respectivos níveis de risco, observando: (i) os parâmetros estabelecidos pela Resolução no 2682 do CMN, que requer a sua classificação em nove níveis, sendo “AA” (risco mínimo) e “H” (risco máximo); e (ii) a avaliação da Administração quanto ao nível de risco. Essa avaliação, realizada periodicamente, considera a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos e globais em relação às operações, aos devedores e garantidores. Adicionalmente, também são considerados os períodos de atraso definidos na Resolução no 2682 do CMN, para atribuição dos níveis de classificação dos clientes, da seguinte forma: Período de atraso
Classificação do cliente
• de 15 a 30 dias ..................................................................................... • de 31 a 60 dias ..................................................................................... • de 61 a 90 dias ..................................................................................... • de 91 a 120 dias ..................................................................................... • de 121 a 150 dias ..................................................................................... • de 151 a 180 dias ..................................................................................... • superior a 180 dias .......................................................................................
B C D E F G H
A atualização “accrual” das operações de arrendamento mercantil vencidas até o 59o dia é contabilizada em receitas de operações de arrendamento mercantil, e a partir do 60o dia, em rendas a apropriar. As operações em atraso classificadas como nível “H” permanecem nessa classificação por seis meses, quando são baixadas contra a provisão existente e controladas, por até cinco anos, em contas de compensação, não figurando mais no balanço patrimonial.
As operações renegociadas são mantidas no mesmo nível em que estavam classificadas. As renegociações de operações de arrendamento, que já haviam sido baixadas contra a provisão e que estavam em contas de compensação, são classificadas como nível “H” e os eventuais ganhos provenientes da renegociação somente são reconhecidos quando efetivamente recebidos. f) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo) A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. O imposto de renda e contribuição social diferidos, calculados sobre prejuízos fiscais, base negativa de contribuição social e adições temporárias, são registrados na rubrica “Outros créditos - diversos”, e a provisão para as obrigações fiscais diferidas sobre Superveniência de depreciação e ajustes a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é registrada na rubrica “Outras obrigações - fiscais e previdenciárias”, às alíquotas descritas acima, sendo que para a superveniência de depreciação são aplicáveis somente as alíquotas de imposto de renda. Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. Os créditos tributários sobre prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social serão realizados de acordo com a geração de lucros tributáveis. g) Permanente Demonstrado ao custo, deduzido de provisão para perdas, combinado com os seguintes aspectos: Os investimentos relevantes em coligada, foram avaliados pelo método de equivalência patrimonial; Os títulos patrimoniais da CETIP - Câmara de Custódia e Liquidação e da Bolsa de Mercadorias & Futuros - BM&F são avaliados com base no valor patrimonial, não auditados, informado pelas respectivas bolsas, seus acréscimos e decréscimos são registrados diretamente em contas do patrimônio líquido, e os incentivos fiscais e outros investimentos foram avaliados pelo custo de aquisição, deduzidos de provisão para perda, quando aplicável; Depreciação do imobilizado de uso, calculada pelo método linear, com base em taxas anuais que contemplam a vida útil-econômica dos bens, sendo: imóveis de uso/edificações - 4% ao ano; móveis e utensílios, máquinas e equipamentos - 10% ao ano; e amortização do diferido, calculada pelo método linear - 20% ao ano. h) Ativos e Passivos contingentes e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM 489/05. • Ativos Contingentes: Não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações financeiras. • Passivos Contingentes: São constituídos levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade; e no posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como de perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente, devendo ser apenas divulgados nas demonstrações financeiras, e os classificados como remotos não requerem provisão e divulgação. • Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias: Decorrem de processos judiciais relacionados a obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade, que independente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras. i) Outros ativos e passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos. 4)
APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ a) Vencimentos Em 30 de junho - R$ mil Acima de 360 dias Total Aplicações em depósitos interfinanceiros: Aplicações em depósitos interfinanceiros .............................. 15.744.397 15.744.397 Total em 2006 ........................................................................... 15.744.397 15.744.397 Total em 2005 ........................................................................... 9.923.897 9.923.897 b) As receitas de aplicações interfinanceiras no montante de R$ 1.175.359 mil (2005 - R$ 375.508 mil), foram registradas em resultado de operações com títulos e valores mobiliários.
5)
TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Títulos e Valores Mobiliários Classificação por categorias e prazos
TÍTULOS (1) 1 a 30 dias
Em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 Valor de Valor de mercado/ Valor de Marcação mercado/ Marcação contábil 31 a 180 contábil custo a a dias (2) atualizado mercado (2) mercado
Títulos para negociação • Letras financeiras do tesouro ............ 55.934 272.548 328.482 328.318 164 511.935 120 • Certificados de depósito bancário ..... – 152.226 152.226 152.226 – 104.406 – • Debêntures ........... – 37.382 37.382 37.382 – 50.494 – • Letras do tesouro nacional ............... – 333.461 333.461 333.250 211 37 – • Notas do tesouro nacional ............... – 4.324 4.324 4.324 – – – • Outros ................... – – – – – 5 – Total geral .............. 55.934 799.941 855.875 855.500 375 666.877 120 (1) As aplicações em cotas de fundos de investimento foram distribuídas de acordo com os papéis que compõem suas carteiras, e no caso de operações compromissadas pelos respectivos papéis que estão lastreando as operações, preservando a classificação da categoria dos fundos. Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis, independentemente de sua classificação contábil; e (2) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado disponível na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado disponível, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custo atualizado reflete o valor das respectivas cotas .
b) Instrumentos financeiros derivativos A Empresa participa de operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos, representados por “swaps”, registrados em contas patrimoniais e de compensação, em um contexto integrado com o controlador e empresas ligadas, que se destinam a atender às necessidades próprias. Os instrumentos financeiros derivativos, quando utilizados pela empresa como instrumentos de “hedge”, destinam-se a protegê-lo contra variações nas taxas de juros de ativos e passivos. Os derivativos geralmente representam compromissos futuros para trocar moedas ou indexadores, ou comprar ou vender outros instrumentos financeiros nos termos e datas especificados nos contratos. O valor nominal dos instrumentos financeiros derivativos registrados em contas de compensação, está assim resumido: 2006 Valor global Valor líquido
Em 30 de junho - R$ mil 2005 Valor global Valor líquido
Contratos de “swaps” Posição ativa ..................... 429 – 15.817 – Mercado interfinanceiro .... 429 429 15.817 15.817 Posição passiva ................ 510 – 19.666 – Prefixados ........................ 510 510 19.666 19.666 Instrumentos financeiros derivativos (ativos e passivos), demonstrados pelo valor de custo atualizado e valor de mercado: 2006 Ajuste a valor de Custo atualizado mercado
Em 30 de junho - R$ mil 2005 Ajuste a Valor de valor de Valor de Custo mercado atualizado mercado mercado
Derivativos - ajuste a pagar (79) (2) (81) Total em 2006 ..................... (79) (2) (81) Os contratos de “swaps” possuem os seguintes vencimentos:
(3.354) (3.354)
(495) (495)
(3.849) (3.849)
Em 30 de junho - R$ mil 1 a 90 dias
91 a 180 181 a 360 Acima de dias dias 360 dias
Total em 2006........................ 429 – Total em 2005 ..................... 5.953 4.232 Valores das receitas e das despesas líquidas:
– 5.203
Total 2006
– 429
Total 2005
429 15.817
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 Contratos de “swaps” ........................................................ (17) (290) Total .................................................................................. (17) (290) Valores globais dos instrumentos financeiros derivativos, separados por local de negociação: Em 30 de junho - R$ mil 2005
2006 CETIP (balcão) ......................................................................... Total .......................................................................................... 6)
429 429
15.817 15.817
ARRENDAMENTO MERCANTIL a) Os contratos de arrendamento mercantil possuem atualização pré ou pós-fixada e podem ter as seguintes características: • Arrendamento financeiro, com cláusula de não-cancelamento e opção de compra; e • Arrendamento operacional, com cláusula que possibilita o cancelamento e asseguram ao arrendatário a opção pela aquisição do bem a qualquer momento, pelo valor de mercado. b) Conciliação da composição da carteira de arrendamento financeiro, a valor presente, com os saldos contábeis: Em 30 de junho - R$ mil 2005
2006 Arrendamentos financeiros a receber ...................................... (-) Rendas a apropriar de arrendamentos financeiros a receber Bens arrendados financeiros + perdas em arrendamentos (líquido) ................................................................................. (-) Depreciação acumulada sobre bens arrendados financeiros: Depreciações Acumuladas ................................................ Superveniência de depreciação ........................................ (-) Valor residual garantido antecipado (Nota 12 b) .................. Total do valor presente ............................................................ c) Carteiras e prazos
1.722.526 (1.659.538)
4.116.602 (1.072.129) (1.561.742) 489.613 (821.825) 2.267.609
3.182.427 (922.150) (1.266.276) 344.126 (650.028) 1.673.237
Em 30 de junho - R$ mil Total (A)
Curso normal
Operações de arrendamento mercantil Outros créditos (1) ....... Total em 2006 Total em 2005
2.233.449 (2.188.488)
1 a 30 dias
31 a 60 dias
61 a 90 dias
91 a 180 181 a 360 Acima de dias dias 360 dias
128.225
110.158
112.626
309.453
523.719 1.032.987 2.217.168 1.636.078
14 128.239 123.044
14 110.172 84.860
14 112.640 88.719
31 309.484 237.840
86 226 385 2.224 523.805 1.033.213 2.217.553 401.831 702.008 1.638.302
1 a 30 dias
Em 30 de junho - R$ mil Curso anormal Parcelas vencidas Total (B) 31 a 60 61 a 90 91 a 180 181 a 720 dias dias dias dias 2006 2005
Operações de arrendamento mercantil ......... Outros créditos (1) ......... Total em 2006 ................ Total em 2005 ................
2.895 39 2.934 2.355
2.324 39 2.363 1.629
1.286 5 1.291 1.085
1.886 – 1.886 2.064
1.435 – 1.435 1.370
2006
2005
9.826 83 9.909
8.503 – 8.503
CONTINUA
DIÁRIO DO COMÉRCIO
12 -.LEGAIS
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil Empresa da Organização Bradesco CNPJ 47.509.120/0001-82 - Sede: Avenida Alphaville, 1500 - Piso 2 - Parte - Alphaville - Barueri - SP Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras
CONTINUAÇÃO
Em 30 de junho - R$ mil
12)
Curso anormal Parcelas vincendas 1 a 30 dias
31 a 60 dias
61 a 90 dias
91 a 180 dias
Operações de arrendamento mercantil ................. 2.780 2.433 2.440 6.935 Outros créditos (1) ................................................. 35 35 35 108 Total em 2006 ........................................................ 2.815 2.468 2.475 7.043 Total em 2005 ........................................................ 2.139 2.001 1.890 5.305 (1) A rubrica “Outros créditos” compreende devedores por compra de valores e bens e títulos e créditos a receber. d) Concentração de operações de arrendamento mercantil e outros créditos
181 a 360 dias
Acima de 360 dias
10.932 250 11.182 7.489
2006
15.095 811 15.906 9.832
Maior devedor ......................................................................................................................................................................................................... Vinte maiores devedores ....................................................................................................................................................................................... e) Setor de atividade econômica Setor público .......................................................................................................................................................................................................... Intermediários Financeiros ..................................................................................................................................................................................... Setor privado ......................................................................................................................................................................................................... Indústria ................................................................................................................................................................................................................. Siderúrgica, metalúrgica e mecânica .................................................................................................................................................................... Artigos de borracha e plásticos ............................................................................................................................................................................. Alimentícia e bebidas ............................................................................................................................................................................................ Química .................................................................................................................................................................................................................. Edição, impressão e reprodução ........................................................................................................................................................................... Papel e celulose .................................................................................................................................................................................................... Extração de minerais metálicos e não metálicos ................................................................................................................................................. Materiais não metálicos ......................................................................................................................................................................................... Móveis e produtos de madeira ............................................................................................................................................................................... Têxtil e confecções ................................................................................................................................................................................................ Eletroeletrônica ...................................................................................................................................................................................................... Autopeças e acessórios ........................................................................................................................................................................................ Refino de petróleo e produção de álcool ............................................................................................................................................................... Artefatos de couro .................................................................................................................................................................................................. Veículos leves e pesados ...................................................................................................................................................................................... Demais indústrias .................................................................................................................................................................................................. Comércio ................................................................................................................................................................................................................ Produtos em lojas especializadas ........................................................................................................................................................................ Produtos alimentícios, bebidas e fumo ................................................................................................................................................................. Atacadista de mercadorias em geral ..................................................................................................................................................................... Varejistas não especializados ............................................................................................................................................................................... Artigos de uso pessoal e doméstico ..................................................................................................................................................................... Combustíveis ......................................................................................................................................................................................................... Reparação, peças e acessórios para veículos automotores ................................................................................................................................ Resíduos e sucatas ............................................................................................................................................................................................... Intermediário do comércio ...................................................................................................................................................................................... Vestuário e calçados .............................................................................................................................................................................................. Veículos automotores ............................................................................................................................................................................................. Produtos agropecuários ......................................................................................................................................................................................... Demais comércios ................................................................................................................................................................................................. Intermediários financeiros .................................................................................................................................................................................... Serviços ................................................................................................................................................................................................................. Transportes e armazenagens ................................................................................................................................................................................. Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas ................................................................................................................. Construção civil ..................................................................................................................................................................................................... Serviços sociais, educação, saúde, defesa e seguridade social ........................................................................................................................ Atividades jurídicas, contábeis e assessoria empresarial ................................................................................................................................... Atividades associativas, recreativas, culturais e desportivas ............................................................................................................................. Telecomunicações ................................................................................................................................................................................................. Serviços da intermediação financeira ................................................................................................................................................................... Alojamento e alimentação ..................................................................................................................................................................................... Produção e distribuição de eletricidade, gás e água ............................................................................................................................................ Demais serviços .................................................................................................................................................................................................... Agricultura, pecuária, pesca, silvicultura e exploração florestal ....................................................................................................................... Pessoa física ......................................................................................................................................................................................................... Total ........................................................................................................................................................................................................................ Composição da carteira e da provisão para créditos de liquidação duvidosa por nível de risco
f)
Total (C) 2005
40.615 1.274 41.889
28.656 – 28.656
2006 158.667 467.999
%
2006 158.667 158.667 2.110.684 465.950 99.120 61.418 56.571 44.132 29.323 16.938 24.347 26.086 14.871 23.983 19.244 11.263 8.161 6.265 4.946 19.282 427.772 110.943 54.221 45.545 43.880 40.665 25.913 21.357 21.604 13.172 16.311 15.202 2.106 16.853 47.625 1.079.025 486.469 212.421 107.326 91.232 47.733 33.801 21.723 22.355 13.874 2.568 39.523 16.736 73.576 2.269.351
%
6,99 20,62
6,99 6,99 93,01 20,53 4,37 2,71 2,49 1,94 1,29 0,75 1,07 1,15 0,65 1,05 0,85 0,50 0,36 0,28 0,22 0,85 18,85 4,88 2,39 2,01 1,94 1,79 1,14 0,94 0,95 0,58 0,72 0,67 0,10 0,74 2,10 47,55 21,44 9,36 4,73 4,02 2,10 1,49 0,96 0,99 0,61 0,11 1,74 0,74 3,24 100,00
2006
Total Geral (A+B+C) 2006 2005 2.267.609 1.742 2.269.351
Provisão para riscos fiscais .................................................... Provisão para imposto de renda e contribuição social diferido Provisão para impostos e contribuições sobre o lucro ........... Impostos e contribuições a recolher ........................................ Total .......................................................................................... b) Diversas
1.673.237 2.224 1.675.461
Em 30 de junho - R$ mil 2005 % 56.768 3,39 201.421 12,02 Em 30 de junho - R$ mil 2005 % – – – – 1.675.461 100,00 369.767 22,07 72.689 4,34 43.014 2,57 40.921 2,44 35.600 2,12 33.353 1,99 26.007 1,55 17.402 1,04 15.957 0,95 15.438 0,92 15.045 0,90 12.514 0,75 10.365 0,62 7.255 0,43 7.068 0,42 6.316 0,38 10.823 0,65 336.135 20,06 88.108 5,26 39.912 2,38 39.486 2,36 30.632 1,83 29.206 1,74 23.006 1,37 17.073 1,02 17.036 1,02 13.785 0,82 11.998 0,72 9.788 0,58 1.616 0,10 14.489 0,86 65.073 3,88 843.057 50,32 382.452 22,83 155.201 9,26 76.232 4,55 70.255 4,19 41.213 2,46 28.913 1,73 18.385 1,10 14.420 0,86 13.432 0,80 1.277 0,08 41.277 2,46 14.337 0,86 47.092 2,81 1.675.461 100,00
Credores por antecipação de valor residual ............................ Credores diversos - País .......................................................... Provisão para passivos contingentes ..................................... Outras ....................................................................................... Total .......................................................................................... 13)
Total (3)
Específica (1) Vencidas Vincendas
%
Genérica (2)
Total
14)
Saldo inicial ............................................................................. 94.275 98.984 - Provisão específica (1) ......................................................... 18.848 31.727 - Provisão genérica (2) ........................................................... 75.427 67.257 Provisão/(reversão) .................................................................. 4.992 (15.566) Baixas ...................................................................................... (702) (1.726) Saldo final ................................................................................ 98.565 81.692 - Provisão específica (1) ......................................................... 21.279 13.923 - Provisão genérica (2) ........................................................... 77.286 67.769 Recuperação de créditos baixados (3) ................................... 6.957 17.136 Renegociação de créditos no semestre ................................. 12.694 13.846 (1) Para as operações que apresentem parcelas vencidas a mais de 14 dias; (2) Constituída em razão da classificação do cliente ou da operação e, portanto, não enquadrada no item anterior; (3) Registrado em receitas de operações de crédito, como previsto nas normas e instruções do BACEN. h) O imobilizado de arrendamento é composto como segue: 2006
Em 30 de junho - R$ mil 2005
15)
Veículos e afins ........................................................................ 2.295.970 1.841.212 Máquinas e equipamentos ....................................................... 1.541.877 1.187.340 Outros ....................................................................................... 207.308 107.785 Perdas em arrendamentos a amortizar (líquido) (Nota 3e - IV) 103.146 91.499 Total de bens arrendados ........................................................ 4.148.301 3.227.836 Depreciação acumulada de bens arrendados ......................... (1.577.656) (1.299.480) Superveniência de depreciação (Nota 3e - V) ......................... 489.613 344.126 Total da depreciação acumulada ............................................. (1.088.043) (955.354) Imobilizado de arrendamento .................................................. 3.060.258 2.272.482 A sociedade apurou no semestre superveniência de depreciação no montante de R$ 67.969 mil (2005 - R$ 8.843 mil), registrada em imobilizado de arrendamento, sendo R$ 1.561 mil (2005 - R$ 220 mil) classificada em bens não de uso próprio, em decorrência de reintegração de posse de bens arrendados e R$ 69.530 mil (2005 - R$ 8.623 mil) em resultado do semestre. 7)
OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS Em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 Créditos tributários (Nota 22c) ........................................................ Devedores por depósitos em garantia ............................................ Impostos e contribuições a compensar ......................................... Pagamentos a ressarcir .................................................................. Devedores diversos - País ............................................................. Outros .............................................................................................. Total .................................................................................................
8)
347.295 184.037 44.048 27.972 1.738 1.921 607.011
364.164 129.499 44.973 29.083 2.100 2.491 572.310
INVESTIMENTOS a) Ajustes decorrentes da avaliação pelo método de equivalência patrimonial dos investimentos, registrados em contas de resultado, sob a rubrica de “Resultado de participação em coligada”: R$ mil
Empresas
Capital social
Patrimônio líquido ajustado
Quantidade de ações/ cotas possuídas (em milhares) O.N.
Serasa S.A. (1) (3) ....... Aquarius Holdings S.A. (2) .... Total ...........
ParticiLucro pação no líquido capital ajustado social
Ajuste Valor decorrente contábil de avaliação (4)
P.N.
139.000
214.007
22
– 0,5901%
44.722
1.263
262
10.000
64.257
575
– 19,500%
47.355
12.530 13.793
2.379 2.641
(1) Investimento avaliado pelo método de equivalência patrimonial, em função da Organização Bradesco ter controle compartilhado desta instituição; (2) Dados relativos a 30 de junho de 2006; (3) Dados relativos a 31 de maio de 2006; e (4) Ajuste decorrente de avaliação, considera os resultados apurados pelas companhias a partir da aquisição e inclui variações patrimoniais das investidas não decorrentes de resultado, bem como os ajustes por equalização de princípios contábeis, quando aplicáveis. b) Outros investimentos:
Aplicações por incentivos fiscais ........................................... Títulos patrimoniais .................................................................. Outros investimentos ............................................................... Subtotal .................................................................................... Provisão para perdas em aplicações por incentivos fiscais .. Provisão para perdas em títulos patrimoniais ......................... Provisão para perdas em outros investimentos ...................... Subtotal .................................................................................... Total .......................................................................................... 9)
Em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 32.398 32.398 327 270 2.207 2.207 34.932 34.875 (23.333) (23.333) (21) (19) (1.641) (1.641) (24.995) (24.993) 9.937 9.882
RECURSOS DE EMISSÃO DE TÍTULOS - DEBÊNTURES A sociedade mantém registros na CVM de emissão para distribuição pública de debêntures escriturais, de séries únicas, não conversíveis em ações, da espécie subordinada aos demais credores, remuneradas pela variação dos “Certificados de depósitos interfinanceiros”, conforme abaixo: R$ mil Emissão Junho/2002 (1) .......................... Fevereiro/2005 (2) ..................... Fevereiro/2005 (4) ..................... Maio/2005 (3) ............................ Total ........................................... (1)
Valor da operação 1.200.000 4.000.000 4.050.000 3.000.000 12.250.000
Vencimento 2012 2025 2025 2011
Remuneração 100% CDI 100% CDI 100% CDI 102% CDI
Valor contábil 2.445.800 5.056.503 5.119.708 3.074.009 15.696.020
Sob no CVM/SRE/DEB/2002/036, nominativas, 1.200.000 (9o emissão), com valor unitário de R$ 1.000,00 com data de emissão em 1o de junho de 2002, perfazendo o valor total da emissão de R$ 1.200.000 com prazo de 10 anos, contando da data de emissão, com pagamento dos juros remuneratórios na data de vencimento das debêntures. Sob no CVM/SRE/PRO/2005/004, em 15 de abril de 2005, foi arquivado na CVM o Primeiro Programa de Distribuição Pública de Debêntures, com prazo de duração de até 2 anos e limite de R$ 10.000.000 do qual foram realizadas, até 30 de setembro de 2005, as seguintes emissões:
• FINAME ..... % ................. Total em 2006 Total em 2005 11)
13.973 7,5 13.973 12.226
31 a 60 dias 2.532 1,4 2.532 2.215
61 a 90 dias 6.767 3,6 6.767 5.921
91 a 180 181 a 360 dias dias 20.954 11,2 20.954 18.335
40.059 21,3 40.059 35.051
1a3 anos
Em 30 de junho - R$ mil Acima de Total 3 anos
90.547 48,2 90.547 79.227
12.827 6,8 12.827 11.224
No início do semestre ...................... Atualização monetária ...................... Constituições .................................... Reversões ......................................... Saldo em 2006 .................................. Saldo em 2005 ..................................
136 – 311 – 447 137
Valor contábil
Remuneração
CONTINGÊNCIAS PASSIVAS A Bradesco Leasing é parte em processos judiciais, de natureza cível e tributária, decorrentes do curso normal de suas atividades. As provisões foram constituídas levando em conta a opinião dos assessores jurídicos, a natureza das ações, similaridade com processos anteriores, complexidade e no posicionamento dos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da sociedade entende que a provisão constituída é suficiente para atender eventuais perdas decorrentes dos respectivos processos judiciais. A Bradesco Leasing vem discutindo judicialmente a legalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmente provisionados não obstante as boas chances de êxito a médio e longo prazo, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos. Provisões constituídas, segregadas por natureza, são: Em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 10.121 137 10.258 360.951 371.209
PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital social O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é composto por 9.015 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. b) Movimentação do capital social R$ mil
R$ mil Lucro líquido do semestre ....................................................................................... 107.210 Reserva Legal .......................................................................................................... 5.360 Base de Cálculo ....................................................................................................... 101.850 Dividendos provisionados 1º semestre de 2006 .................................................... 25.462 Dividendos provisionados 1º semestre de 2005 .................................................... 24.209 d) Reservas de Capital e de Lucros Em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 Reservas de Capital ................................................................ 215 160 Reservas de Lucros ................................................................ 299.551 129.463 - Reserva Legal (1) ................................................................... 19.642 8.490 - Reserva Estatutária (2) ........................................................... 279.909 120.973 (1) Constituída obrigatoriamente à base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado, ou 30% do capital social, acrescido das reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capital ou para compensar prejuízos; e (2) Visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da sociedade, pode ser constituída em 100% do lucro líquido remanescente após destinações estatutárias, sendo o saldo limitado a 95% do Capital Social Integralizado. 16)
Em 30 de junho - R$ mil Fiscais e Previdênciárias (1) 14.973 415.524 402 16.503 15.741 6.172 – (395) 31.116 437.804 10.121 360.951
Serviços de terceiros .............................................................. Emolumentos judiciais e cartorários ...................................... Depreciações e amortizações ................................................ Apreensão de bens ................................................................. Serviços técnicos especializados ......................................... Contribuições filantrópicas ..................................................... Publicações ............................................................................ Serviços do sistema financeiro .............................................. Contribuição sindical patronal ................................................ Outras ...................................................................................... Total ......................................................................................... 17)
1.520 1.019 740 276 213 100 328 48 52 42 4.338
1.325 1.262 711 579 426 350 56 49 45 213 5.016
DESPESAS TRIBUTÁRIAS Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 CPMF ...................................................................................... COFINS ................................................................................... PIS .......................................................................................... ISS .......................................................................................... Outras ...................................................................................... Total .........................................................................................
18)
6.602 9.494 1.543 1.493 22 19.154
31.166 7.982 1.297 1.277 140 41.862
OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 Aditivos contratuais ................................................................ Variações monetárias ativas .................................................. Reversão de outras provisões operacionais .......................... Outras ...................................................................................... Total .........................................................................................
19)
2.583 4.832 661 729 8.805
2.092 1.147 571 138 3.948
OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 Variações monetárias passivas ............................................. Outras provisões operacionais ............................................... Amortização de ágio - ações coligadas ................................. Descontos concedidos ........................................................... Outras ...................................................................................... Total .........................................................................................
20)
17.275 15.865 3.600 8.507 531 45.778
9.927 4.666 3.600 1.773 809 20.775
RESULTADO NÃO OPERACIONAL Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 Resultado na alienação de outros valores e bens ................. Provisão para desvalorização de outros valores e bens ....... Aluguéis .................................................................................. Outros ...................................................................................... Total .........................................................................................
21)
1.878 (8.878) 1.655 33 (5.312)
900 (1.370) 1.730 26 1.286
TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR E EMPRESAS LIGADAS As transações com o controlador e empresas ligadas foram efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações, foram eliminadas nas demonstrações financeiras: Em 30 de junho - R$ mil 2006 Ativos (passivos)
2005 Receitas (despesas)
Ativos (passivos)
Receitas (despesas)
Disponibilidades: Banco Bradesco S.A. ............... 7.817 – 19 – Aplicações em depósitos interfinanceiros (a): Banco Bradesco S.A. ............... 15.744.397 1.175.359 9.923.897 375.461 Dividendos e juros sobre o capital próprio: Banco Bradesco S.A. ............... (51.725) – (43.204) – Banco Alvorada S.A. ................ 4.369 – 4.369 – Outras Coligadas ...................... 716 – 253 – Instrumentos financeiros derivativos: Banco Bradesco S.A. ............... (81) (46) (3.849) (290) Debêntures: Banco Bradesco S.A. ............... (13.080.961) (944.846) (6.831.517) (303.344) Banco Alvorada S.A. ................ – – (2.108) (173) Banco BEC S.A. ....................... – (688) – – Serviços prestados: Banco Bradesco S.A. ............... – (8) – (7) Bradesco S.A. CTVM ................ – (2) – – Aluguel: Banco Bradesco S.A. ............... – 836 – 834 (a) Aplicações interfinanceiras de liquidez - depósitos interfinanceiros de ligadas, com taxas equivalentes às do CDI - certificado de depósito interfinanceiro.
Cível
(1) Compreende, substancialmente, obrigações legais. c) Passivos Contingentes classificados como perdas possíveis A empresa mantém um sistema de acompanhamento para todos os processos administrativos e judiciais em que a instituição figura como “autora” ou “réu” e amparada na opinião dos assessores jurídicos classifica as ações de acordo com a expectativa de insucesso. Neste contexto os processos contingentes avaliados como de risco de perda possível não são reconhecidos contabilmente, sendo o principal relacionado ao ISS de empresas de Arrendamento Mercantil no montante de R$ 92.767 mil, onde se discute a inconstitucionalidade da incidência do referido imposto, por tratar-se de operações de “leasing financeiro” e, caso entenda-se por devido, esse deve ser recolhido para a municipalidade da sede da empresa.
DESPESAS ADMINISTRATIVAS Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005
187.659 100,0 187.659 164.199
ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS a) Ativos Contingentes No 1o semestre de 2006 não foram reconhecidos contabilmente ativos contingentes, porém, existem processos cuja perspectiva de êxito é provável, sendo os principais: - Imposto sobre o Lucro Líquido - (ILL) R$ 36.725 mil: Pleiteia a devolução, mediante compensação ou restituição, dos valores recolhidos a título de Imposto sobre o Lucro Líquido instituído pelo artigo no 35 da Lei no 7713/88, uma vez que referido tributo foi julgado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal; - Programa de Integração Social - (PIS) R$ 6.041mil: Pleiteia a compensação do PIS sobre a Receita Operacional Bruta, recolhido nos termos dos Decretos Leis nos 2445 e 2449/88, naquilo que excedeu ao valor devido nos termos da Lei Complementar no 07/70 (PIS Repique). b) Passivos Contingentes classificados como perdas prováveis e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A empresa é parte em processos judiciais, de natureza trabalhista, cível e fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades. As provisões foram constituídas levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e, no posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da empresa entende que a provisão constituída é suficiente para atender perdas decorrentes dos respectivos processos. O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial é mantido até o ganho definitivo da ação, representado por decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, ou a sua prescrição. I - Processos trabalhistas São ações ajuizadas por ex-empregados, visando a obter indenizações, em especial o pagamento de “horas extras”. II - Processos cíveis São pleitos de indenização por dano moral e patrimonial. Essas ações são controladas individualmente e provisionadas para processos específicos com base na opinião de assessores jurídicos, levando em consideração: a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e, no posicionamento de nossos Tribunais. Não existem em curso processos administrativos significativos por descumprimento das normas do Sistema Financeiro Nacional ou de pagamento de multas, que possam causar impactos representativos no resultado financeiro. III - Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A empresa vem discutindo judicialmente a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmente provisionados não obstante as boas chances de êxito a médio e longo prazo, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos. As principais questões são: - CPMF - R$ 161.858 mil: Pleiteia, isonomicamente às instituições financeiras, a aplicação da alíquota “zero” de CPMF sobre as movimentações financeiras típicas de seu objeto social, relacionadas no artigo 3º das Portarias MF nos. 06/1997 e 134/99, incisos I, XIX e XXVI; - CSLL - R$ 152.641 mil: Questionamento da CSLL exigida das instituições financeiras nos anos-base de 1995 a 1998 por alíquotas superiores às aplicadas às pessoas jurídicas em geral, em desrespeito ao princípio constitucional da isonomia; - CSLL - 41.385 mil: Pleiteia o não recolhimento da CSLL dos anos-base de 1996 a 1998, anos nos quais algumas empresas não possuíam empregados, uma vez que o artigo no 195, I, da Constituição Federal prevê que essa contribuição somente é devida pelos empregadores. IV - Movimentação das Provisões Constituídas
Trabalhista
Vencimento
Ações ordinárias
Obrigações por repasses - do País 1 a 30 dias
Valor da operação
Total em 30 de junho de 2005 .................................................. 8.938 1.944.000 Aumento de capital (1) ............................................................. 77 18.761 Total em 31 de dezembro de 2005 ........................................... 9.015 1.962.761 Total em 30 de junho de 2006 .................................................. 9.015 1.962.761 (1) Aumento de capital com emissão de 77 ações ordinárias, com utilização de parte dos dividendos do exercício de 2004, conforme deliberado em AGE de 29.12.2005, homologação do BACEN. c) Juros sobre o capital próprio e/ou dividendos Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária. Foram provisionados dividendos relativos ao semestre findo em 30 de junho de 2006, no montante de R$ 25.462 mil, que estão apresentados em outras obrigações sociais e estatutárias. O cálculo dos dividendos relativos ao 1º semestre de 2006, está demonstrado a seguir:
OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS E REPASSES a) Em 30 de junho de 2005 encontra-se registrado na rubrica de Obrigações por empréstimos o montante de R$ 12.579 mil contratados de acordo com a Resolução 2770 (substitui a Res. 63). b)
650.028 9.215 10.258 544 670.045
%
Sob no CVM/SRE/DEB/2005/017, simples, 40.000.000 (1o emissão), com valor unitário de R$ 100,00, com data de emissão em 1o de fevereiro de 2005, perfazendo o valor total da emissão de R$ 4.000.000 com prazo de 20 anos, contando da data de emissão, com pagamento dos juros remuneratórios na data de vencimento das debêntures. (3) Sob no CVM/SRE/DEB/2005/029, simples, 30.000 (2o emissão), com valor unitário de R$ 100.000,00, com data de emissão em 1o de maio de 2005, perfazendo o valor total da emissão de R$ 3.000.000, e com prazo de 6 anos, contando da data de emissão, com pagamento dos juros remuneratórios semestralmente. (4) Sob nº CVM/SRE/DEB/2005/045, simples, 30.000.000 (3º emissão), com a utilização do excedente de 35%, com valor unitário de R$ 100,00, com data de emissão em 1o de fevereiro de 2005, perfazendo o valor total da emissão de R$ 4.050.000, com prazo de 20 anos, contando da data de emissão, com pagamento dos juros remuneratórios na data de vencimento das debêntures. O valor de colocação na data 05.10.2005 foi no montante de R$ 4.563.898. Sob no CVM/SRE/PRO/2006/003, em 28 de junho de 2006, foi arquivado na CVM o Segundo Programa de Distribuição Pública de Debêntures, aprovado conforme deliberação da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 28 de dezembro de 2005 a ser composto unicamente por debêntures não conversíveis em ações no montante de R$ 10 bilhões com prazo máximo de 2 (dois) anos. 10)
821.825 23.314 31.563 838 877.540
Processos cíveis ............................................................................ 31.116 Processos trabalhistas ................................................................... 447 Subtotal (1) ...................................................................................... 31.563 Processos fiscais (2) ...................................................................... 437.804 Total ................................................................................................. 469.367 (1) Nota 12b; e (2) Classificados na rubrica “Outras obrigações - fiscais e previdenciárias”.
(2)
Em 30 de junho - R$ mil 2006 2005
Em 30 de junho - R$ mil 2005
Setembro/2001 .......................... 300.000 2008 CDI + 0,75% a.a. 315.739 Novembro/2001 ......................... 300.000 2008 CDI + 0,75% a.a. 307.637 Total em 30 de junho de 2006 .... 600.000 623.376 Total em 30 de junho de 2005 .... 600.000 628.512 o Os juros vencem semestralmente e os próximos vencimentos ocorrerão em 1 de setembro de 2006 e 1o de novembro de 2006, respectivamente.
AA .................................................................................................. 218.939 – 218.939 9,6 – – – – – A ................................................................................................... 173.066 – 173.066 7,6 – – 865 865 0,5 B ................................................................................................... 548.386 693 549.079 24,2 1 6 5.484 5.491 1,0 C ................................................................................................... 1.203.383 14.680 1.218.063 53,7 46 395 36.101 36.542 3,0 Subtotal ............................................................................................. 2.143.774 15.373 2.159.147 95,1 47 401 42.450 42.898 D ................................................................................................... 30.128 10.361 40.489 1,8 137 899 3.013 4.049 10,0 E ................................................................................................... 4.418 4.593 9.011 0,4 251 1.127 1.325 2.703 30,0 F .................................................................................................... 16.437 3.985 20.422 0,9 510 1.482 8.218 10.210 50,0 G ................................................................................................... 1.722 3.535 5.257 0,2 690 1.784 1.206 3.680 70,0 H ................................................................................................... 21.074 13.951 35.025 1,6 4.127 9.824 21.074 35.025 100,0 Subtotal ............................................................................................. 73.779 36.425 110.204 4,9 5.715 15.116 34.836 55.667 Total em 2006 .................................................................................... 2.217.553 51.798 2.269.351 100,0 5.762 15.517 77.286 98.565 % ..................................................................................................... 97,7 2,3 100,0 5,9 15,7 78,4 100,0 Total em 2005 .................................................................................... 1.638.302 37.159 1.675.461 5.209 8.714 67.769 81.692 % ..................................................................................................... 97,8 2,2 100,0 6,4 10,7 82,9 100,0 (1) Para as operações que apresentam parcelas vencidas há mais de 14 dias; (2) Constituída em razão da classificação do cliente ou da operação e portanto, não enquadradas no item anterior; e (3) Inclui o valor dos resíduos das contraprestações, e dos residuais parcelados e final, dos contratos de arrendamento mercantil com cláusula de variação cambial, cujo arrendatário optou pelo pagamento pela cotação do dólar norte-americano de R$ 1,21, incluindo os valores que estão sendo questionados judicialmente. g) Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa
360.951 89.508 5.945 1.654 458.058
DÍVIDAS SUBORDINADAS De acordo com as definições da Resolução no 2837 do CMN, a Bradesco Leasing emitiu debêntures subordinadas com as seguintes características: R$ mil Emissão
Em 30 de junho - R$ mil Saldo da carteira Curso normal Curso anormal
Em 30 de junho - R$ mil 2005
437.804 134.914 6.536 2.239 581.493
2006
Provisão mínima requerida Nível de risco
OUTRAS OBRIGAÇÕES a) Fiscais e previdenciárias
22)
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ............................................................................. Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ................. Efeitos das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Crédito tributário / imposto diferido .................................. Juros s/ capital próprio recebido ...................................... Participações em coligada .............................................. Despesas indedutíveis líquidas das receitas não tributáveis .............................................................................. Benefício fiscal ................................................................ Outros valores .................................................................. Imposto de renda e contribuição social do semestre ....
165.260
150.892
(56.188)
(51.303)
14 (15) 898
804 (14) 180
(2.944) 112 73 (58.050)
179 222 973 (48.959)
CONTINUA
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
LEGAIS - 13
Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil Empresa da Organização Bradesco CNPJ 47.509.120/0001-82 - Sede: Avenida Alphaville, 1500 - Piso 2 - Parte - Alphaville - Barueri - SP CONTINUAÇÃO
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras
b) Composição da conta de resultado do imposto de renda e contribuição social Semestres findos em 30 de junho -R$mil 2006 2005 Impostos diferidos Constituição/(realização) no semestre, sobre adições/exclusões temporárias (1) ........................................................................ 16.751 9.069 Utilização de saldos iniciais de: Base negativa de contribuição social ..................................... (5.873) (4.638) Prejuízo fiscal .......................................................................... (11.102) (12.247) Subtotal .................................................................................... (224) (7.816) Impostos correntes Imposto de renda e contribuição social devidos ..................... (57.826) (41.143) Imposto de renda e contribuição social do semestre ............ (58.050) (48.959) (1) Movimentação líquida dos impostos diferidos - ativo e passivo.
d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias, prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social e crédito tributário de contribuição social MP no 2158-35 Em 30 de junho - R$ mil Diferenças temporárias Imposto de renda 2006 .......................................................................................................................................................................................... 2007 .......................................................................................................................................................................................... 2008 .......................................................................................................................................................................................... 2009 .......................................................................................................................................................................................... 2010 .......................................................................................................................................................................................... Total em 2006 ...........................................................................................................................................................................
28.659 35.326 54.423 895 – 119.303
Contribuição social 9.015 11.594 17.506 339 – 38.454
Prejuízo fiscal e base negativa Imposto de renda
Contribuição social
2.828 10.191 34.158 33.828 29.712 110.717
1.891 4.115 – – – 6.006
c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos Saldo em 31.12.2005
Constituição
51.306 5.091
1.697 5.489
– –
53.003 10.580
67.594
7.816
99
75.311
7.189
–
–
7.189
8.640
3.018
1.029
10.629
38 1.148
17 146
55 249
– 1.045
141.006
18.183
1.432
157.757
133.698 274.704
– 18.183
16.975 18.407
116.723 274.480
76.231 350.935 116.587
– 18.183 18.483
3.416 21.823 156
72.815 347.295 134.914
234.348
(300)
21.667
212.381
Provisão para créditos de liquidação duvidosa ........................................... Provisão para contingências cíveis .. Provisão para contingências fiscais e trabalhistas ....................................... Provisão para desvalorização de títulos e investimentos ................................ Provisão para desvalorização de bens não de uso ........................................ Ajuste ao valor de mercado dos títulos para negociação ............................... Outros valores .................................... Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias ................... Prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social ........................... Subtotal .............................................. Contribuição social MP no 2158 - 35 de 24.8.2001 ..................................... Total dos créditos tributários (Nota 7) Obrigações fiscais diferidas (Nota 22g) Créditos tributários líquidos das obrigações fiscais diferidas ..................
Crédito tributário de contribuição social MP no 2158-35 2006
Diretoria
Presidente
Diretor-Presidente
Lázaro de Mello Brandão
Márcio Artur Laurelli Cypriano
Vice-Presidente
Diretores
Antônio Bornia
Mário da Silveira Teixeira Júnior Márcio Artur Laurelli Cypriano
Total
24)
EVENTO SUBSEQÜENTE Em 27/07/2006 houve a integralização de 50% da 4ª emissão de debêntures, amparada pelo Segundo Programa de Distribuição Pública de Debêntures Simples da Bradesco Leasing S/A Arrendamento Mercantil, correspondente a R$ 3,250 bilhões, que atualizados desde a data do lançamento importaram o valor de R$ 4,152 bilhões.
operações de arrendamento mercantil, mas resultam na apresentação do lucro líquido e do patrimônio líquido de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, de forma condizente com as normas expedidas pelo Banco Central do Brasil.
1. Examinamos o balanço patrimonial da Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil em 30 de junho de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos do semestre findo nessa data, elaborados sob a responsabilidade da administração da Instituição. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nosso exame compreendeu, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Instituição, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Instituição, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. A instituição registra suas operações e elabora suas demonstrações financeiras com a observância das práticas contábeis estabelecidas pelo Banco Central do Brasil e Comissão de Valores Mobiliários, que requerem o ajuste ao valor presente da carteira de arrendamento mercantil como provisão para superveniência de depreciação, classificada no ativo permanente. Essas práticas não requerem a reclassificação das operações para as rubricas dos ativos circulante e realizável a longo prazo e receitas ou despesas de
4. Somos de parecer que, exceto pela não reclassificação mencionada no terceiro parágrafo, as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil em 30 de junho de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos da Instituição do semestre findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 5. O exame das demonstrações financeiras do semestre findo em 30 de junho de 2005, apresentadas para fins de comparação, foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram parecer com data de 5 de agosto de 2005, com ressalva mencionada no terceiro parágrafo. São Paulo, 4 de agosto de 2006
Washington Luiz Pereira Cavalcanti Contador CRC 1SP172940/O-6
PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5
O DIA-A-DIA DA CAMPANHA
Ricardo Moraes / Folha Imagem
CRISTOVAM DIZ QUE LULA FOI OMISSO
P
Em discurso no Rio de Janeiro, Heloísa Helena diz que gostaria de promover uma consulta popular sobre a reestatização de empresas federais privatizadas: "Cabe ao povo brasileiro decidir". brasileiro. Não somos infantis nem inconseqüentes. O que foi construído pelo nosso povo não pode ser visto como caixinha de objetos pessoais que pode ser manipulada", disse. A senadora começou seu dia depositando flores no Memorial às Vítimas da Repressão, erigido na Praça Juarez Antunes em homenagem a três operários mortos em 9 de novembro de 1988 em invasão do Exército durante uma greve na usina. A parlamentar também discursou na porta da CSN e vai promover uma caminhada pelo centro de Volta Redonda. No fim da tarde, Heloísa Helena participou de caminhada no centro do Rio de Janeiro. 2º lugar – Quase sem voz, a senadora chorou ao agradecer o apoio da população do Rio, que confere a ela o segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto no Estado. Heloísa disse que precisa chegar ao segundo turno com Lula para derrotar o projeto neoliberal representado pelo PT e pelo PSDB. "Agradeço ao Rio de Janeiro, que me deu também o nosso vice, e que tem me ajudado a subir nas pesquisas", disse. No Rio, onde liderou caminhada até a Cinelândia, Heloísa negou que seja contra o Bolsa Família. "Essa meia dúzia de canalhinhas ministros desse outro delinqüente barbudo espalharam pelo Nordeste que quero acabar com o Bolsa Família". (Agências)
Heloísa Helena discursa na porta da CSN, em Volta Redonda (RJ): empresa símbolo da privatização.
placas de candidatos na CABO ELEITORAL de subida da Ponte Rio-Niterói, Rio. Tudo porque COM CARTEIRA no arrumaram um sofá para descansar durante o dia de ASSINADA trabalho, que, para alguns, é
T
rabalho bom, hein? A provocação já entrou na rotina de um grupo de cabos eleitorais que ganha a vida segurando ou tomando conta
de nove horas. "As pessoas passam aqui e soltam a piadinha. Mas é melhor isso do que nada. Está todo mundo desempregado", diz uma das mulheres.
Segundo a Delegacia Regional do Trabalho, a atividade deve ser registrada na carteira de trabalho. "Mesmo que por um prazo determinado, o político deve assinar a carteira", esclarece Guilherme Moreira, chefe da seção de fiscalização da DRT no Rio. A multa por cada cabo eleitoral não-registrado é de cerca de 400 Ufirs. (AOG)
Nauro Júnior / Zero Hora
A
2010 a 2012
OUTRAS INFORMAÇÕES a) Conforme previsto no Ofício Circular CVM no 01, a sociedade está dispensada de apurar o valor de mercado das operações de arrendamento mercantil, os quais encontram-se registrados, a valor presente, de acordo com a Lei no 6099, substancialmente, como imobilizado de arrendamento. O valor contábil dos demais instrumentos financeiros registrados em contas patrimoniais em 30 de junho de 2006 eqüivale, aproximadamente, ao valor de realização desses instrumentos; b) O seguro dos bens arrendados está vinculado a cláusulas específicas dos contratos de arrendamento mercantil. Os bens de uso da sociedade estão segurados por montantes suficientes para cobrir eventuais sinistros contra incêndio, responsabilidade civil e riscos diversos. c) Amparado no Segundo Programa de Distribuição Pública de Debêntures, arquivado na CVM sob no CVM/SRE/PRO/2006/003 em 28 de junho de 2006, está prevista a emissão de 65.000.000 de debêntures com valor nominal de R$ 100,00 cada, atualizados pela taxa média diária dos depósitos interfinanceiros desde a data de emissão, considerada 01 de fevereiro de 2005, até a data de sua integralização.
HELOÍSA QUER CSN DE VOLTA
candidata da Frente de Esquerda ( P So l - P ST U - PC B ) à Presidência da República, senadora Heloísa Helena (AL), disse ontem que deseja promover um plebiscito sobre a eventual reestatização de empresas federais privatizadas, caso seja eleita. Mesmo evitando se comprometer explicitamente com a idéia de reestatizar as companhias vendidas à iniciativa privada, a parlamentar afirmou que quer abrir uma ampla investigação sobre os processos de privatização suspeitos e marcados por crimes contra a administração pública. Após as apurações, segundo ela, a população decidiria o que fazer com as empresas, por meio de consulta feita respeitando a legislação do País. "Caberá ao povo brasileiro fazer a melhor decisão possível, fazer através de um processo de consulta, como é o plebiscito, regulamentado pela legislação em vigor", afirmou na porta da Usina Presidente Vargas da Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda, no sul fluminense. A empresa, criada pelo presidente Getúlio Vargas nos anos 40 já foi símbolo do processo de industrialização. Depois, virou um dos ícones da privatização brasileira. "Não vou aceitar que aquilo que foi roubado do povo brasileiro não seja devolvido ao povo
2009
Parecer dos Auditores Independentes
Maurilo Gonçalves Siqueira Contador - CRC 1SP114890/O-0
CPMI Câmara Eleições Senado
2008
23)
Ao Conselho de Administração da Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil
Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo Paulo Eduardo D'Avila Isola
Membros
2007
Valor ............................................................................................................................................................ 2.019 7.917 9.920 17.073 35.886 72.815 A projeção de realização de crédito tributário trata-se de estimativa e não é diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. e) O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação praticada pela Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 308.307 mil (2005 - R$ 313.625 mil), sendo R$ 146.434 mil (2005 - R$ 122.100 mil) de diferenças temporárias, R$ 101.076 mil (2005 - R$ 130.681 mil) de prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social e R$ 60.797 mil (2005 - R$ 60.844 mil) de crédito tributário de contribuição social MP no 2158-35. f) Créditos tributários não ativados Não foram constituídos créditos tributários no montante de R$ 9.954 mil. g) Obrigações fiscais diferidas As obrigações fiscais diferidas no montante de R$ 134.914 mil (2005 - R$ 89.508 mil), são relativas à superveniência de depreciação, R$ 122.403 mil (2005 - R$ 86.031 mil), atualização monetária sobre depósitos judiciais R$ 9.352 mil e reserva de reavaliação R$ 3.158 mil (2005 - R$ 3.477 mil), respectivamente.
Conselho de Administração e Diretoria Conselho de Administração
42.393 61.226 106.087 35.062 29.712 274.480
Em 30 de junho - R$ mil R$ mil Saldo em 30.6.2006
Realização
Total
ara o candidato do PDT à Presidência da República, Cristovam Buarque, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi conivente com a corrupção e omisso. "Isso é grave demais", complementou, esquivandose, no entanto, de qualificar o presidente de corrupto, como havia feito, no dia anterior, a candidata Heloísa Helena (PSol). "Não gostaria de fazer uma acusação tão forte sem provas", alegou Cristovam, em entrevista coletiva durante visita ao monumento que reproduz a cartatestamento de Getúlio Vargas, na praça da Alfândega, no centro de Porto Alegre (RS). A cerimônia, que recordou os 52 anos do suicídio de Getúlio Vargas, foi o primeiro compromisso da agenda de Cristovam no Rio Grande do Sul. No discurso para cerca de 50 pessoas, ele disse que a morte com coerência é uma vitória. Na entrevista, não aceitou comparar a frase com sua campanha. "Ainda tenho 37 dias de luta e espero ser presidente do Brasil", ressaltou. Apesar do otimismo, Cristovam tratou de se considerar desde já um vitorioso por acreditar que colocou a educação na pauta política. Mais tarde Cristovam foi a São Borja, onde visitou os túmulos de Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola. (AE) Mauro Vieira / Zero Hora
BIZARRICE – Em 2004, Claudio Inssáurriaga , conhecido como Cururu, foi eleito vereador de Pelotas (RS) depois de pedir votos para melhorar a própria vida, pois tinha "sarna, coceira e bicho de pé". Agora é candidato a deputado federal pelo PFL , mas o partido não quer veicular seu vídeo no horário eleitoral gratuito. Em protesto, Cururu acorrentou-se em um poste no centro de Pelotas.
Cristovam em Porto Alegre (RS)
14
Câmara Senado Gover nabilidade CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
PT BUSCA APROXIMAÇÃO COM O PSDB
Adriano Machado/ Reuters
P
O
Líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM): "Lula terminará escravizado por uma maioria oposicionista".
LULA CLAMA U POR UNIÃO NACIONAL DE PARTIDOS
VIRGÍLIO: ELE ESTÁ À BEIRA DA ESCRAVIDÃO.
Presidente manda recado aos tucanos: propõe um entendimento nacional entre os partidos e pede menos tensão política.
Arthur Virgílio (PSDB-AM) diz que, se reeleito, Lula será escravo do Congresso: se já não foi fácil no primeiro mandato, será ainda pior no segundo.
brou mais uma vez a estabilidade e os resultados macroeconômicos de seu governo. Disse que, no futuro, "a inflação será lembrada como nos lembramos hoje dos dinossauros". "Chega de idas e vindas, chega de crises a cada dois anos", disse Lula. Aproximação– O presidente do PT e coordenador da campanha da reeleição, Ricardo Berzoini, é um dos defensores da aproximação futura com setores do PSDB. Por isso, espera que o candidato tucano ao Planalto, Geraldo Alckmin, não ceda às pressões do PFL para radicalizar os ataques a Lula na propaganda eleitoral. Para Berzoini, Alckmin está
ALCKMIN RESSALTA CORRUPÇÃO NO GOVERNO candidato tucano à presidência da República, Geraldo Alckmin, partiu para o ataque contra o governo federal e atribuiu ao Executivo a maior parcela da culpa pelos casos de corrupção na administração pública. Para ele, deputados são apenas "correias de transmissão", dado que os recursos desviados vêm da estrutura do Executivo federal. As críticas foram feitas em debate promovido pelo Instituto Ethos, capitaneado pelo principal representante na área empresarial e amigo pessoal do presidente Lula, Oded Grajew. "É fácil bater em deputado. Tem que bater mesmo, precisa renovar, mas deputado é só correia de transmissão", disse Alckmin.
Não será uma vitória (Lula) ganhar estas eleições porque o Poder Legislativo não oferecerá boas condições de governabilidade. Arthur Virgílio (PSDB-AM)
Adriano Machado/ Reuters
Presidente-candidato dá a senha : "Vou fazer tudo para manter o debate no campo das idéias".
ela primeira vez desde o início da campanha eleitoral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu um "grande entendimento nacional" depois das eleições. Ele pediu a redução da "tensão política" e voltou a se comprometer com a prioridade para a reforma política, caso seja reeleito. Dirigentes do PT muito próximos a Lula e a alguns setores do PSDB defendem reservadamente a construção de pontes políticas – depois de mais de um ano de radicalização, provocada pelo escândalo do mensalão –, mas o tema ainda não havia sido tornado público pelo presidente. "Após as eleições, qualquer que seja o resultado, estarei na linha de frente da construção de um grande entendimento nacional pelo futuro do País", disse Lula a empresários em discurso para o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). "Temos que reduzir a tensão política, dedicar nosso tempo mais ao que nos une do que ao que nos divide. Só assim poderemos estar todos a serviço do País". Líder em todas as pesquisas eleitorais, que o apontam como vencedor no 1º turno, o presidente-candidato deu a senha do entendimento. "Estamos em um período agudo da política", disse . "De minha parte, vou fazer tudo para manter o debate no campo das idéias", acrescentou, em sinal dirigido aos tucanos. Antes de falar em estabilidade política, ele cele-
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
Segundo ele, "todo dinheiro sai do Executivo e tem um corruptor aqui fora". "Infelizmente não são situações pontuais, a corrupção no Brasil contaminou todos os poderes, os partidos", disse, ressaltando que a corrupção na administração federal dá mau exemplo para outros chefes do Executivo. "Imagine o prefeito lá do interior, com esse exemplo que ele tem no Brasil, o que ele não acha que pode fazer?". Para Alckmin, apesar de importante, a reforma política não irá pôr um fim ou reduzir drasticamente a corrupção. "Não se vai extirpar a corrupção com reforma política, isso é cadeia. O que estimula a corrupção é a impunidade", afirmou. O tucano desdenhou da proposta do presidente de um
"numa encruzilhada" a essa altura da campanha: "Ou ele preserva sua biografia ou cede à pressão pela baixaria". "Espero que as forças políticas compreendam a mensagem", disse o ministro do Turismo, Walfrido Mares Guia, dirigente do PTB: "No dia seguinte às eleições, o presidente, se vencer, e os governadores, precisarão uns dos outros para fazer as reformas política, tributária e previdenciária". O discurso dirigido a empresários e o momento escolhido para pregar o entendimento assemelha-se a outubro de 2002, véspera do 2º turno contra o candidato do PSDB, José Serra. (Reuters)
m dos políticos mais influentes do Congresso Nacional, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), aposta que a batalha mais difícil do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se reeleito, será travada no Parlamento: "Não será uma vitória ganhar estas eleições porque o Poder Legislativo não oferecerá boas condições de governabilidade. Ele terminará ficando escravizado por uma maioria oposicionista no Senado e expressivamente aprisionado por uma maioria fisiológica na Câmara", previu Virgílio em entrevista exclusiva à Reuters. Depois de tantas derrotas do governo no Congresso ao longo dos dois últimos anos e meio, o senador antecipa um cenário sombrio: se já não foi fácil no primeiro mandato, será ainda pior no segundo. "O governo tem dois caminhos: repetir os erros do passado, como montar o esquema de comprar deputados para conseguir aprovar o que quer, ou buscar uma coalizão nacional, difícil de ser conseguida", apostou, esquecendo de usar, na maior parte da entrevista, a condicional "se for reeleito". Desafio– Garantir a governabilidade é uma das grandes metas de Lula em 2007, tanto que a reforma política, importante para alterar a estrutura partidária no Brasil, transformou-se em plataforma essencial de sua campanha. Virgílio torce o nariz. Para ele, votar uma reforma que
mexa nos interesses de quem muda as regras do jogo é um desafio que, para vencê-lo, exige maioria parlamentar. Crítico contumaz do presidente, Virgílio criou muitos problemas para Lula nesses últimos anos. No auge da crise que atingiu em cheio o governo no ano passado, o tucano não poupou munição. Numa tarde nervosa do Congresso, por conta do escândalo do "mensalão", ele verteu uma de suas frases mais polêmicas: "Ou ele (Lula) é corrupto ou um completo idiota". Em outra ocasião, prometeu-lhe dar uma "surra". Agora, porém, apresenta um temperamento menos
Filipe Araújo / AE
enérgico ao avaliar a disputa nacional. De acordo com o senador, infelizmente é preciso contar com a candidata da Frente de Esquerda, Heloísa Helena (PSol), para forçar a realização do segundo turno entre Geraldo Alckmin e Lula. "É a tendência até porque a Heloísa está indo muito bem", disse, sem constrangimento. "O crescimento dela é um fato com o qual nós temos que lidar. Nesse episódio tático, ela tem sido de boa valia", completou. Segundo Virgílio, Alckmin precisa exibir unidade interna mais robusta em torno de seu nome para animar aliados locais a entrar com o pé direito em sua campanha. (Reuters)
A CARREATA DE AÉCIO PARTE. E GERALDO FICA PARA TRÁS.
A
Alckmin deixa o buffet Rosa Rosarum, na capital paulista, após participar de debate do Instituto Ethos.
entendimento nacional para a garantia da governabilidade nos próximos quatro anos. "Isso é história de véspera de eleição". "Ele (Lula) teve quatro anos para fazer pactos e fez pacto apenas com os mensaleiros", declarou. O tucano ainda voltou a dizer que continua com as sandálias da humildade – "por isso vou longe"– , ao contrário de Lula que no seu entender " está com salto número 15".
O presidente do conselho do Ethos, Oded Grajew, por sua vez, fez uma defesa do presidente Lula, em coletiva concedida logo após o evento. Ele disse acreditar que o presidente foi traído no caso do "mensalão" e que não sabia do esquema montado para comprar deputados. "O presidente Lula tem uma característica que eu conheço há muitos anos: ele confia nas pessoas, delega mesmo", disse ressaltando que
isso constitui "um risco e ao mesmo tempo uma virtude." Grajew que em 2002 foi o principal responsável por fazer a ponte entre o PT e o empresariado, disse que não participará dessa campanha, mas que isso não tem relação com os escândalos de corrupção. "Não sou mais necessário para o PT, o governo já têm contato direto com os empresários. Meu papel nesse sentido se esgotou", concluiu. (Agências)
lém de enfrentar o "esquecimento" dos candidatos a governador no horário eleitoral gratuito, o candidato da coligação PSDBPFL à Presidência da República, Geraldo Alckmin, desembarcou ontem em Patos de Minas (MG) e teve uma surpresa. Foi recebido apenas por lideranças locais e pelo presidente do PSDB regional, deputado Márcio Rodrigues – e não pelo governador do Estado e candidato à reeleição, Aécio Neves – conforme seria de se esperar, em especial quando o presidenciável tucano aparece em boa desvantagem nas pesquisas. Bem colocado em Minas Gerais, onde é apontado pelos institutos de pesquisa como vencedor ainda no primeiro turno das eleições, Aécio, que havia chegado um pouco antes, não esperou por Alckmin, seguindo em carreata para um clube da cidade onde haveria um encontro com lideranças políticas da região. (AE)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
LEGAIS - 15
Banco Finasa S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 57.561.615/0001-04 - Sede: Av. Alphaville, 1.500 - Piso 3 - Alphaville - Barueri - SP Demonstração do Resultado dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil
Relatório da Administração O Banco Finasa atua como financiadora na Organização Bradesco, focado no mercado consumidor de Veículos Leves e de Transportes, Outros Bens e Serviços, Leasing e Crédito Pessoal. O Finasa opera por intermédio da Finasa Promotora de Vendas Ltda., sua subsidiária integral, responsável pela prospecção de clientes e parceiros comerciais, por meio de suas 270 filiais e 4.173 colaboradores registrados em junho de 2006. Nas linhas de financiamento de veículos leves e de transportes, o Banco Finasa, por meio da sua Promotora, está presente em 17.431 revendas de veículos novos e usados, caminhões, ônibus e implementos rodoviários, em todo o território nacional. Nos financiamentos de Outros Bens e Serviços, atua por intermédio de 22.350 lojas cadastradas que comercializam móveis e decoração, turismo, autopeças, materiais de construção, programas e equipamentos de informática, vestuário e calçados, entre outros. Já na linha de empréstimo pessoal, denominada CP, o Finasa disponibiliza empréstimo tradicional, com emissão de carnê, com garantias de cheques ou de veículos e Empréstimo Consignado em folha de pagamento do setor privado. Os produtos são oferecidos na Rede de Filiais ou em canais alternativos, como o Delivery, cujos negócios são efetivados por telefone, e ainda em parcerias com lojas e revendas cadastradas pela Finasa Promotora, chamadas de CP Parcerias. Como estratégia para agregar mais potencial à sua forte atuação na concessão de financiamentos, o Banco Finasa deu continuidade à política de celebrar acordos operacionais com grandes montadoras e revendas de veículos e caminhões, associações e importantes redes de lojas. Ampliando esse portfólio, implementou nesse semestre novos acordos com as lojas Gabryella, em São Luís do Maranhão e com a Rede de Lojas Armazém Paraíba, empresa do grupo SOCIC – Sociedade Irmãs Claudino S.A. O fato relevante do 1o semestre, destaque-se, no período, a transferência da sede da Finasa Promotora para novas e modernas instalações na Alameda Santos, no 1.420, na Capital de São Paulo.Totalmente planejada, representou mais um importante passo para o crescimento sustentado de seus negócios no varejo de crédito ao consumo. Desempenho Operacional A forma diferenciada de negociação dos produtos, com equipe especializada e focada, possibilitou ao Finasa o crescimento da carteira de crédito em 50,84% nos últimos doze meses. A produção de novos negócios passou em média de R$ 985 milhões/mês no 1o semestre de 2005 para R$ 1,267 bilhão/mês em 2006, com crescimento de 28,62%.
A participação do saldo da Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa sobre as Operações de Crédito e de Arrendamento Mercantil, em junho de 2006, foi de 4,58%, percentual superior aos 2,98% apurados no mesmo período de 2005, em função da maior participação de produtos de Crédito Pessoal e de Outros Bens e Serviços na composição do portfólio e do comportamento do próprio mercado nos seis primeiros meses de 2006. Em 30 de junho, o Finasa apurou Resultado Líquido de R$ 119, 194 milhões, ante aos R$ 131,832 milhões registrados em igual período de 2005, que considera: • o impacto dos fortes investimentos realizados em aquisições e expansão física nos últimos 12 meses, os quais, naturalmente, propiciam retorno no médio e longo prazos, • o aumento da inadimplência no mercado nesse semestre, conjugada com o já mencionado critério da Organização no que se refere a provisões adicionais. O Finasa encerrou o semestre com Patrimônio Líquido de R$ 1,095 bilhão, que inclui a capitalização de R$ 162 milhões realizada em dezembro de 2005. Ação Social A Organização Bradesco manifesta seu apoio ao esporte por meio do PROGRAMA FINASA ESPORTES, sucessor do Programa BCN Esportes. A iniciativa, com mais de 18 anos de atividade, ganhou impulso ainda maior a partir de 1997, depois de incorporada aos demais projetos sociais mantidos pelo Bradesco. Ao longo de sua trajetória, firmou-se pela seriedade e tornou-se referência de assistência à formação de jovens, utilizando as modalidades de vôlei e basquete como instrumentos de inclusão social. Atende hoje a 3.093 meninas, de 10 a 16 anos, em 73 núcleos de formação – sendo 47 para a prática de vôlei e 26 de basquete - distribuídos por Escolas da rede pública estadual e municipal, centros esportivos da Prefeitura de Osasco, na Escola da Fundação Bradesco, em uma unidade do SESI e em três escolas particulares, todos localizados no município de Osasco, na Grande São Paulo. Agradecimentos Agradecemos aos nossos clientes e parceiros comerciais pela confiança e apoio e aos nossos funcionários e colaboradores pela dedicação ao trabalho. Barueri, SP, 03 de agosto de 2006 Diretoria
2006
2005
RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ...................................... Operações de Crédito ................................................................................ Operações de Arrendamento Mercantil ..................................................... Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários .................... Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos .............................
2.511.509 2.270.710 237.879 5.418 (2.498)
1.566.645 1.489.939 71.688 4.049 969
DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .................................... Operações de Captação no Mercado ....................................................... Operações de Empréstimos e Repasses ................................................. Operações de Arrendamento Mercantil ..................................................... Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa .....................................
1.958.245 1.330.844 468 158.293 468.640
1.115.373 885.607 2.380 47.535 179.851
RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ......................
553.264
451.272
OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ................................. Receitas de Prestação de Serviços ......................................................... Despesas de Pessoal ............................................................................... Outras Despesas Administrativas ............................................................ Despesas Tributárias ................................................................................. Resultado de Participações em Coligadas e Controladas ....................... Outras Receitas Operacionais .................................................................. Outras Despesas Operacionais ................................................................
(431.542) 130.604 (5.486) (306.331) (62.595) 143.023 65.677 (396.434)
(306.488) 121.918 (4.556) (252.299) (39.797) 103.650 21.382 (256.786)
RESULTADO OPERACIONAL ....................................................................
121.722
144.784
RESULTADO NÃO OPERACIONAL ...........................................................
(1.279)
1.680
RESULTADO ANTES DATRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO .......................
120.443
146.464
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ..................................
(1.249)
(14.632)
LUCRO LÍQUIDO ........................................................................................
119.194
131.832
Número de ações (por lote de mil) ............................................................ Lucro por lote de mil ações em R$ ..........................................................
1.946.858 61,22
1.500.467 87,86
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil
Balanço Patrimonial em 30 de junho – Em Reais mil ATIVO
2006
2005
PASSIVO
2006
2005
CIRCULANTE ............................................................................................ DISPONIBILIDADES ................................................................................. APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ ................................. Aplicações no Mercado Aberto ................................................................. Aplicações em Depósitos Interfinanceiros ............................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS .......................................................................................... Carteira Própria .......................................................................................... Vinculados a Prestação de Garantias ...................................................... Instrumentos Financeiros Derivativos ...................................................... RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS ............................................................ Pagamentos e Recebimentos a Liquidar .................................................. Créditos Vinculados - Depósitos no Banco Central ................................. Correspondentes ....................................................................................... OPERAÇÕES DE CRÉDITO ...................................................................... Operações de Crédito - Setor Privado ....................................................... Provisão para Operações de Crédito de Liquidação Duvidosa ................ OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL .................................. Operações de Arrendamento a Receber - Setor Privado .......................... Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil ....................................... Provisão para Créditos de Arrendamento Mercantil de Liquidação Duvidosa OUTROS CRÉDITOS ................................................................................. Rendas a Receber ..................................................................................... Diversos .................................................................................................... OUTROS VALORES E BENS .................................................................... Outros Valores e Bens ............................................................................... Provisões para Desvalorizações .............................................................. Despesas Antecipadas .............................................................................
10.398.812 80 25.828 24.078 1.750
7.217.856 72 9.716 8.164 1.552
11.561 10.386 582 593 41.219 57 – 41.162 9.541.354 10.026.559 (485.205) (6.400) 339.086 (331.583) (13.903) 322.774 63.378 259.396 462.396 1.846 (962) 461.512
12.541 8.339 456 3.746 33.280 152 9 33.119 6.681.493 6.895.339 (213.846) (730) 120.571 (119.062) (2.239) 198.793 51.455 147.338 282.691 889 (517) 282.319
CIRCULANTE ............................................................................................ DEPÓSITOS .............................................................................................. Depósitos à Vista ...................................................................................... Depósitos Interfinanceiros ........................................................................ Depósitos a Prazo ..................................................................................... RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS ............................................................ Recebimentos e Pagamentos a Liquidar .................................................. OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO PAÍS - INSTITUIÇÕES OFICIAIS .... FINAME ..................................................................................................... INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ...................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES ............................................................................ Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados ............................ Sociais e Estatutárias ............................................................................... Fiscais e Previdenciárias ......................................................................... Diversas ....................................................................................................
10.924.390 10.661.243 11 10.660.981 251 – – 3.130 3.130 7.757 252.260 3.998 28.308 76.917 143.037
8.955.971 8.576.929 11 8.576.705 213 44 44 5.564 5.564 76.110 297.324 2.246 193.596 21.499 79.983
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ............................................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS .......................................................................................... Vinculados a Prestação de Garantias ...................................................... Instrumentos Financeiros Derivativos ...................................................... OPERAÇÕES DE CRÉDITO ...................................................................... Operações de Crédito - Setor Privado ....................................................... Provisão para Operações de Crédito de Liquidação Duvidosa ................ OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL .................................. Operações de Arrendamento a Receber - Setor Privado .......................... Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil ....................................... Provisão para Créditos de Arrendamento Mercantil de Liquidação Duvidosa OUTROS CRÉDITOS ................................................................................. Diversos .................................................................................................... OUTROS VALORES E BENS .................................................................... Despesas Antecipadas .............................................................................
5.917.318
4.078.566
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ..................................................................... DEPÓSITOS .............................................................................................. Depósitos Interfinanceiros ........................................................................ OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO PAÍS - INSTITUIÇÕES OFICIAIS .... FINAME ..................................................................................................... INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ...................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES ............................................................................ Fiscais e Previdenciárias ......................................................................... Diversas ....................................................................................................
7.803.932 7.313.846 7.313.846 1.263 1.263 1.089 487.734 120.540 367.194
4.065.701 3.909.838 3.909.838 4.568 4.568 6.676 144.619 30.233 114.386
1.214 1.214 – 5.481.736 5.728.577 (246.841) (18.127) 497.540 (497.540) (18.127) 208.767 208.767 243.728 243.728
887 – 887 3.743.427 3.853.397 (109.970) (2.919) 157.319 (157.319) (2.919) 193.957 193.957 143.214 143.214
RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS ............................................. Resultados de Exercícios Futuros ............................................................
33.056 33.056
51.113 51.113
PATRIMÔNIO LÍQUIDO ............................................................................... Capital: - De Domiciliados no País ........................................................................ Reservas de Capital .................................................................................. Reservas de Lucros .................................................................................. Ajuste ao Valor de Mercado - TVM e Derivativos .....................................
1.095.447
643.873
544.036 7.366 532.436 11.609
314.450 7.311 326.000 (3.888)
PERMANENTE .......................................................................................... INVESTIMENTOS ...................................................................................... Participações em Coligadas e Controladas - No País ............................. Participações no Exterior .......................................................................... Outros Investimentos ................................................................................ Provisões para Perdas .............................................................................. IMOBILIZADO DE USO .............................................................................. Imóveis de Uso ......................................................................................... Outras Imobilizações de Uso .................................................................... Depreciações Acumuladas ....................................................................... IMOBILIZADO DE ARRENDAMENTO ....................................................... Bens Arrendados ....................................................................................... Depreciações Acumuladas ....................................................................... DIFERIDO .................................................................................................. Gastos de Organização e Expansão ........................................................ Amortização Acumulada ........................................................................... Ágio na Aquisição de Empresas Controladas, Líquido de Amortização .
3.540.695 2.003.132 1.999.575 160 13.137 (9.740) 9.329 103 14.985 (5.759) 1.347.363 1.437.199 (89.836) 180.871 492 (3) 180.382
2.420.236 1.729.408 1.725.717 166 13.082 (9.557) 2.998 103 7.490 (4.595) 437.623 476.576 (38.953) 250.207 – – 250.207
T O T A L ....................................................................................................
19.856.825
13.716.658
T O T A L ....................................................................................................
19.856.825
2006
2005
ORIGEM DOS RECURSOS .......................................................................
2.219.243
3.477.124
LUCRO LÍQUIDO ........................................................................................
119.194
131.832
AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO ................................................................ Depreciações e Amortizações .................................................................. Amortização de Ágio ................................................................................. Variação nas Provisões de Investimentos ............................................... Resultado de Participações em Coligadas e Controladas ....................... Superveniência / Insuficiência de Depreciação .......................................
(49.185) 150.113 34.913 – (143.023) (91.188)
(47.401) 45.966 34.913 88 (103.650) (24.718)
VARIAÇÃO NOS RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS ..................
(10.086)
15.395
AJUSTE AOVALOR DE MERCADO -TÍTULOS DISPONÍVEIS PARAVENDA .....
13.014
(661)
RECURSOS DE ACIONISTAS ................................................................... Aumento de Capital por subscrição ..........................................................
67.301 67.301
80.000 80.000
1.786.145 1.568.545 217.600 238.591 222.339 16.252 23.775 2.771 3 21.001
3.241.077 3.164.781 76.296 – – – 32.678 916 214 31.548
RECURSOS DE TERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Aumento dos Subgrupos do Passivo .................................................... Depósitos ............................................................................................... Outras Obrigações .................................................................................. - Diminuição dos Subgrupos do Ativo ..................................................... Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ............................................... Operações de Arrendamento Mercantil .................................................. - Alienação de Bens e Investimentos ...................................................... Bens Não de Uso Próprio ....................................................................... Investimentos ......................................................................................... Imobilizado de Uso e de Arrendamento ................................................. - Juros sobre o Capital Próprio e Dividendos Recebidos de Coligadas e Controladas ....................................................................................... APLICAÇÃO DOS RECURSOS .................................................................
30.494
24.204
2.219.239
3.477.217
DIVIDENDOS PAGOS E /OU DECLARADOS ............................................
28.308
31.310
INVERSÕES EM ....................................................................................... Participações Societárias ......................................................................... Bens Não de Uso Próprio .......................................................................... Imobilizado de Uso ................................................................................... Imobilizado de Arrendamento .................................................................. Investimentos ............................................................................................
680.547 – 2.379 5.337 612.468 60.363
455.376 200.168 1.058 – 254.150 –
APLICAÇÕES NO DIFERIDO ....................................................................
465
–
AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO ................................................ Aplicações Interfinanceiras de Liquidez .................................................. Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos .... Relações Interfinanceiras ......................................................................... Operações de Crédito ................................................................................ Operações de Arrendamento Mercantil ..................................................... Outros Créditos .......................................................................................... Outros Valores e Bens ...............................................................................
1.484.878 – 148 9.421 1.227.891 – 113.378 134.040
2.876.886 5.681 1.101 5.217 2.705.973 222 56.688 102.004
REDUÇÃO DOS SUBGRUPOS DO PASSIVO ........................................... Relações Interfinanceiras e Interdependências ....................................... Obrigações por Empréstimos e Repasses ............................................... Instrumentos Financeiros Derivativos ......................................................
25.041 – 2.686 22.355
113.645 167 37.318 76.160
AUMENTO/(REDUÇÃO) DAS DISPONIBILIDADES ..................................
4
(93)
76 80 4
165 72 (93)
MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA
13.716.658
Início do Período ............................................ Fim do Período ............................................... Aumento/(Redução) das Disponibilidades ....
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil CAPITAL REALIZADO
RESERVAS DE CAPITAL
EVENTOS CAPITAL SOCIAL
INCENTIVOS FISCAIS DO IMPOSTO DE RENDA
AUMENTO DE CAPITAL
AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS
RESERVAS DE LUCROS
LEGAL
OUTRAS
ESTATUTÁRIA
COLIGADAS E CONTROLADAS
PRÓPRIAS
LUCROS ACUMULADOS
TOTAIS
SALDOS EM 31.12.2004 ................................................................................................................................... AUMENTO DE CAPITAL ..................................................................................................................................... AUMENTO DE CAPITAL COM RESERVAS ....................................................................................................... AJUSTE AO VALOR DE MERCADO – TVM E DERIVATIVOS ........................................................................... LUCRO LÍQUIDO ................................................................................................................................................. DESTINAÇÕES: - Reservas ............................................................................................................................... - Dividendos Declarados ........................................................................................................
112.576 80.000 121.874 – – – –
– – – – – – –
7.277 – – – – – –
34 – – – – – –
25.481 – – – – 6.592 –
321.871 – (121.874) – – 93.930 –
318 – – (661) – – –
(3.374) – – (171) – – –
– – – – 131.832 (100.522) (31.310)
464.183 80.000 – (832) 131.832 – (31.310)
SALDOS EM 30.6.2005 .....................................................................................................................................
314.450
–
7.277
34
32.073
293.927
(343)
(3.545)
–
643.873
SALDOS EM 31.12.2005 ................................................................................................................................... AUMENTO DE CAPITAL POR SUBSCRIÇÃO (Nota 14b-2) ............................................................................... ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ..................................................................................................... AJUSTE AO VALOR DE MERCADO – TVM E DERIVATIVOS ........................................................................... LUCRO LÍQUIDO ................................................................................................................................................. DESTINAÇÕES: - Reservas ............................................................................................................................... - Dividendos Declarados ........................................................................................................
314.450 229.586 – – – – –
162.285 (162.285) – – – – –
7.277 – – – – – –
53 – 36 – – – –
39.650 – – – – 5.960 –
401.900 – – – – 84.926 –
240 – – 372 – – –
(1.645) – – 12.642 – – –
– – – – 119.194 (90.886) (28.308)
924.210 67.301 36 13.014 119.194 – (28.308)
SALDOS EM 30.6.2006 ......................................................................................................................................
544.036
–
7.277
89
45.610
486.826
612
10.997
–
1.095.447
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 1)
CONTEXTO OPERACIONAL O Banco Finasa S.A. é uma instituição financeira, que tem por objetivo efetuar operações bancárias em geral, inerentes às carteiras comercial, de investimentos, de crédito, financiamento e investimento, de crédito imobiliário e de arrendamento mercantil, inclusive câmbio. O Banco Finasa S.A. é parte integrante da Organização Bradesco S.A., sendo suas operações conduzidas de forma integrada a um conjunto de empresas que atuam nos mercados financeiro e de capitais, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnológicos e na gestão de riscos, e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto.
2)
APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil (BACEN), que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas.
3)
PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro são apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial. As receitas de arrendamento mercantil são calculadas e apropriadas mensalmente pelo valor das contraprestações exigíveis no período (Portaria MF no 140) e considera o ajuste a valor presente das operações de arrendamento mercantil. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez São registradas ao custo de aquisição, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidas de provisão para desvalorização, quando aplicável. c) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação – adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda – que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento – adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. d) Instrumentos financeiros derivativos (ativos e passivos) São classificados de acordo com a intenção da Administração, na data do início da operação, levandose em consideração se sua finalidade é para proteção contra riscos “hedge” ou não. Os instrumentos financeiros derivativos que não atendam aos critérios de “hedge” contábil estabelecidos pelo BACEN, principalmente derivativos utilizados para administrar a exposição global de risco, são contabilizados pelo valor de mercado, com as valorizações ou desvalorizações reconhecidas diretamente no resultado do período. Em 30 de junho o Banco não utilizou as prerrogativas de classificação e designação das operações de derivativos como “hedge”, para fins contábeis. e) Operações de crédito, de arrendamento mercantil e provisão para créditos de liquidação duvidosa As operações de crédito e de arrendamento mercantil são classificadas nos respectivos níveis de risco, observando: (i) os parâmetros estabelecidos pela Resolução no 2.682 do CMN, que requer a sua classificação em nove níveis, sendo “AA” (risco mínimo) e “H” (risco máximo); e (ii) a avaliação da Administração quanto ao nível de risco. Essa avaliação, realizada periodicamente, considera a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos e globais em relação às operações, aos devedores e garantidores. Adicionalmente, também são considerados os períodos de atraso definidos na Resolução no 2.682 do CMN, para atribuição dos níveis de classificação dos clientes da seguinte forma: Período de atraso • de 15 a 30 dias .............................................................................. • de 31 a 60 dias .............................................................................. • de 61 a 90 dias .............................................................................. • de 91 a 120 dias ............................................................................ • de 121 a 150 dias .......................................................................... • de 151 a 180 dias .......................................................................... • superior a 180 dias ........................................................................
Classificação do cliente B C D E F G H
A atualização (“accrual”) das operações de crédito vencidas até o 59o dia é contabilizada em receitas de operações de crédito, e a partir do 60o dia, em rendas a apropriar.
As operações em atraso classificadas como nível “H” permanecem nessa classificação por seis meses, quando então são baixadas contra a provisão existente e controladas, por até cinco anos em contas de compensação, não mais figurando no balanço patrimonial. As operações renegociadas são mantidas no mesmo nível em que estavam classificadas. As renegociações de operações de crédito, que já haviam sido baixadas contra a provisão e que estavam em contas de compensação, são classificadas como nível “H” e os eventuais ganhos provenientes da renegociação somente são reconhecidos quando efetivamente recebidos. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é apurada em valor suficiente para cobrir prováveis perdas e leva em conta as normas e instruções do BACEN, associadas às avaliações procedidas pela Administração, na determinação dos riscos de crédito. A carteira de arrendamento mercantil é constituída por contratos celebrados ao amparo da Portaria no 140/84, do Ministério da Fazenda, que contém cláusulas de: a) não cancelamento; b) opção de compra; e c) atualização pós-fixada ou prefixada e são contabilizados de acordo com as normas estabelecidas pelo BACEN, conforme descrito a seguir: I-
Arrendamentos a Receber Refletem o saldo das contraprestações a receber, atualizadas de acordo com índices e critérios estabelecidos contratualmente.
II -
Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil Representam a contrapartida do valor das contraprestações a receber, sendo apropriadas ao resultado quando dos vencimentos das parcelas contratuais. Nas operações que apresentem atraso igual ou superior a sessenta dias, a apropriação ao resultado passa a ocorrer quando do recebimento das parcelas contratuais, de acordo com a Resolução no 2.682 do CMN.
III -
Imobilizado de Arrendamento É registrado pelo custo de aquisição, deduzido das depreciações acumuladas. A depreciação é calculada pelo método linear, com o benefício de redução de 30% na vida útil normal do bem prevista na legislação vigente. As principais taxas anuais de depreciação utilizadas, base para esta redução, são as seguintes: Veículos e Afins, 20%; Móveis e Utensílios, 10%; Máquinas e Equipamentos, 10%; e Outros Bens, 10% e 20%.
h) Ativo imobilizado Demonstrado ao custo de aquisição, líquido das respectivas depreciações acumuladas, calculadas pelo método linear de acordo com a vida útil-econômica estimada dos bens, sendo: imóveis de uso – edificações - 4% ao ano, móveis e utensílios, máquinas e equipamentos, sistemas de comunicação e segurança - 10% ao ano; e sistemas de transportes e processamento de dados - 20% ao ano. i) Ativo diferido Está registrado ao custo de aquisição ou formação, líquido das respectivas amortizações acumuladas de 20% ao ano, calculadas pelo método linear. O ágio na aquisição dos investimentos está sendo amortizado, com base na expectativa de rentabilidade futura, de 20% ao ano. j) Ativos e passivos contingentes e obrigações legais – fiscais e previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM 489/05. • Ativos contingentes: Não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações financeiras. • Passivos contingentes: São constituídos levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade; e no posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como de perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente, devendo ser apenas divulgados nas demonstrações financeiras, e os classificados como remotos não requerem provisão e divulgação. • Obrigações legais - fiscais e previdenciárias: Decorrem de processos judiciais relacionados a obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade, que independente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras. k) Outros ativos e passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos.
IV - Perdas em Arrendamentos Os prejuízos apurados na venda de bens arrendados são diferidos e amortizados pelo prazo remanescente de vida útil normal dos bens, apresentados na demonstração financeira juntamente com o imobilizado de arrendamento (Nota 6h). V-
Superveniência (insuficiência) de depreciação Os registros contábeis das operações de arrendamento mercantil são mantidos conforme exigências legais, específicas para esse tipo de operação. Os procedimentos adotados e sumariados nos itens II a IV acima diferem das práticas contábeis previstas na legislação societária brasileira, principalmente no que concerne ao regime de competência no registro das receitas e despesas relacionadas aos contratos de arrendamento mercantil. Em conseqüência, de acordo com a Circular BACEN no 1429 e Instrução CVM no 58, foi calculado o valor presente das contraprestações em aberto, utilizando-se a taxa interna de retorno de cada contrato, registrando-se uma receita ou despesa de arrendamento mercantil, em contrapartida às rubricas de superveniência ou insuficiência de depreciação, respectivamente, registrados no Ativo Permanente (Nota 6h), com o objetivo de adequar as operações de arrendamento mercantil ao regime de competência. f) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo) A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. O imposto de renda e contribuição social diferidos, calculados sobre adições temporárias, são registrados na rubrica “Outros créditos – diversos”, e a provisão para as obrigações fiscais diferidas sobre superveniência de depreciação e ajustes a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é registrada na rubrica “Outras obrigações – fiscais e previdenciárias”, às alíquotas descritas acima, sendo que para a superveniência de depreciação são aplicáveis somente as alíquotas de imposto de renda. Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. g) Investimentos Os investimentos em coligadas e controladas foram avaliados pelo método de equivalência patrimonial. Os títulos patrimoniais da CETIP - Câmara de Custódia e de Liquidação e da Bolsa de Mercadorias & Futuros - BM&F foram avaliados pelo valor patrimonial, não auditados, informados pelas respectivas bolsas, e seus acréscimos e decréscimos são registrados diretamente em contas do patrimônio líquido e os incentivos fiscais e outros investimentos foram avaliados pelo custo de aquisição, deduzidos de provisão para perda, quando aplicável.
4)
APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ a) Vencimentos Em 30 de junho - R$ mil 1 a 30 dias Aplicação no mercado aberto Posição bancada ........................................... Letras financeiras do tesouro ........................ Aplicações em depósitos interfinanceiros ..... Aplicações em depósitos interfinanceiros ...... Total em 2006 ................................................. Total em 2005 .................................................
24.078 24.078 1.750 1.750 25.828 8.164
31 a 90 dias
Total em 2006
Total em 2005
– – – – – 1.552
24.078 24.078 1.750 1.750 25.828
8.164 8.164 1.552 1.552 9.716
b) Receitas de aplicações interfinanceiras de liquidez Classificadas na demonstração de resultado como resultado de operações com títulos e valores mobiliários.
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 Rendas de aplicações em operações compromissadas: ............................................. Posição bancada ............................................... Subtotal .............................................................. Rendas de aplicações em depósitos interfinanceiros ................................................. Total ....................................................................
4.474 4.474 569
3.360 3.360 374
569 5.043
374 3.734
CONTINUA
DIÁRIO DO COMÉRCIO
16 -.LEGAIS
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
Banco Finasa S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 57.561.615/0001-04 - Sede: Av. Alphaville, 1.500 - Piso 3 - Alphaville - Barueri - SP Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras
CONTINUAÇÃO 5)
TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Classificação por categorias e prazos
Em 30 de junho - R$ mil 1 a 30 dias
Títulos(1)
31 a 180 dias
2006 Acima de 360 dias
181 a 360 dias
Valor de mercado contábil (2)
Valor de custo atualizado
Marcação a mercado
2005 Valor de custo atualizado
Valor de mercado contábil (2)
Marcação a mercado
Títulos para negociação ........................................................................................................................................................ 3.991 58 524 1.214 5.787 5.779 8 3.893 3.893 – - Letras financeiras do tesouro ............................................................................................................................................... – 58 524 1.157 1.739 1.731 8 456 456 – - Letras do tesouro nacional ................................................................................................................................................... – – – 57 57 57 – – – – - Cotas de fundos de investimento ........................................................................................................................................ 3.991 – – – 3.991 3.991 – 3.437 3.437 – Títulos disponíveis para venda ............................................................................................................................................. 6.395 – – – 6.395 5.422 973 4.902 5.422 (520) - Ações ................................................................................................................................................................................... 6.395 – – – 6.395 5.422 973 4.902 5.422 (520) Instrumentos financeiros derivativos ................................................................................................................................... 593 – – – 593 917 (324) 4.633 2.157 2.476 Total em 2006 ........................................................................................................................................................................ 10.979 58 524 1.214 12.775 12.118 657 Total em 2005 ........................................................................................................................................................................ 8.609 1.878 1.598 1.343 13.428 11.472 1.956 (1) Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis independentemente de sua classificação contábil; e (2) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado disponível na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado disponível, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custo atualizado reflete o valor das respectivas cotas. b) Resultado com títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos
Instrumentos financeiros derivativos (ativos e passivos), demonstrada pelo seu valor de custo atualizado e valor de mercado: Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005
Em 30 de junho - R$ mil 2005
2006
Aplicações interfinanceiras de liquidez ................................................................................................................... 5.043 3.734 Fundos de investimentos .......................................................................................................................................... 280 283 Títulos de renda fixa .................................................................................................................................................. 84 37 Renda variável .......................................................................................................................................................... 4 (4) Ajuste MTM ............................................................................................................................................................... 4 2 Aplicações em ouro .................................................................................................................................................. 3 (3) Subtotal ..................................................................................................................................................................... 5.418 4.049 Resultado com instrumentos financeiros derivativos ............................................................................................. (2.498) 969 Total ........................................................................................................................................................................... 2.920 5.018 c) Instrumentos financeiros derivativos O Banco Finasa participa de operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos, representados por “swaps”, registrados em contas patrimoniais e de compensação, em um contexto integrado com o controlador e empresas ligadas, que se destinam a atender às necessidades próprias. Os instrumentos financeiros derivativos, quando utilizados pelo Banco como instrumentos de “hedge”, destinam-se a protegê-lo contra variações nas taxas de juros de ativos e passivos. Os derivativos geralmente representam compromissos futuros para trocar moedas ou indexadores, ou comprar ou vender outros instrumentos financeiros nos termos e datas especificados nos contratos. O valor nominal dos instrumentos financeiros derivativos registrados em contas de compensação, está assim resumido:
Custo atualizado
Ajuste a valor de mercado
916 (7.114) (6.198)
(323) (1.732) (2.055)
1 a 90 dias 84.297 242.041
91 a 180 dias 48.492 191.236
Ajuste a receber ......................................................... Ajuste a pagar ............................................................ Total líquido ................................................................
Custo atualizado
Ajuste a valor de mercado
593 (8.846) (8.253)
2.157 (71.733) (69.576)
2.476 (11.053) (8.577)
181 a 360 dias 12.912 253.808
Acima de 360 dias 8.148 153.853
Valor de mercado
Total em 2006 ............................................................. Total em 2005 .............................................................
6)
Em 30 de junho - R$ mil Total 2006 2005 153.849 840.938
Valores das receitas e despesas líquidas: Em 30 de junho - R$ mil 2005
2006
Contratos de “swaps” Posição ativa: ..................................................................................................................... Mercado interfinanceiro ....................................................................................................... Posição passiva: ................................................................................................................ Prefixados ...........................................................................................................................
Valor global
Em 30 de junho - R$ mil 2005 Valor global
Valor líquido
154.442 154.442 162.695 162.695
154.442 162.695
Contratos de “swaps” ................................................................................................................................................. Total ...........................................................................................................................................................................
(2.498) (2.498)
969 969
Valores globais dos instrumentos financeiros derivativos, separados por local de negociação:
Valor líquido
845.571 845.571 923.724 923.724
4.633 (82.786) (78.153)
Os contratos de “swaps” possuem os seguintes vencimentos:
Contratos de “swap” 2006
Valor de mercado
2006
845.571 CETIP (balcão) .......................................................................................................................................................... Total ...........................................................................................................................................................................
923.724
OPERAÇÕES DE CRÉDITO Apresentamos as informações relativas às operações de crédito, operações de arrendamento mercantil e outros créditos a) Modalidades e prazos; b) Modalidades e níveis de risco; c) Setor de atividade econômica; d) Composição das operações de crédito e da provisão para créditos de liquidação duvidosa;
Em 30 de junho - R$ mil 2005 153.849 840.938 153.849 840.938
e) Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa; f) Concentração de crédito e risco de crédito; g) Conciliação da composição da carteira de arrendamento, a valor presente, com os saldos contábeis; e h) Imobilizado de arrendamento
a) Modalidades e prazos Em 30 de junho - R$ mil Curso normal 1 a 30 dias Empréstimos e títulos descontados ...................................................................................................................................... Financiamentos ...................................................................................................................................................................... Subtotal .................................................................................................................................................................................. Operações de arrendamento mercantil .................................................................................................................................. Total das operações de crédito em 2006 .............................................................................................................................. Total das operações de crédito em 2005 ..............................................................................................................................
31 a 60 dias
45.483 983.368 1.028.851 32.702 1.061.553 710.768
61 a 90 dias
43.334 851.662 894.996 21.444 916.440 643.622
Total
91 a 180 dias
38.982 797.355 836.337 21.825 858.162 608.437
181 a 360 dias
93.022 2.103.811 2.196.833 68.766 2.265.599 1.624.986
2006
Acima de 360 dias
101.235 3.068.219 3.169.454 139.020 3.308.474 2.523.786
2005
(A)
79.572 4.918.297 4.997.869 533.753 5.531.622 3.597.697
%
401.628 12.722.712 13.124.340 817.510 13.941.850
(A) 2,9 91,2 94,1 5,9 100,0
%
185.358 9.241.020 9.426.378 282.918
1,9 95,2 97,1 2,9
9.709.296
100,0
Em 30 de junho - R$ mil
1 a 30 dias Empréstimos e títulos descontados .......................................................................................................................................................................... Financiamentos .......................................................................................................................................................................................................... Subtotal ...................................................................................................................................................................................................................... Operações de arrendamento mercantil ...................................................................................................................................................................... Total das operações de crédito em 2006 .................................................................................................................................................................. Total das operações de crédito em 2005 .................................................................................................................................................................
Curso anormal Parcelas vencidas 61 a 90 dias
31 a 60 dias
16.902 159.414 176.316 4.081 180.397 85.610
14.829 98.609 113.438 2.700 116.138 54.477
Total 2006 91 a 180 dias
13.397 42.354 55.751 1.255 57.006 25.308
181 a 360 dias
31.273 88.088 119.361 2.405 121.766 54.920
2005
(B)
26.830 66.561 93.391 1.568 94.959 45.197
%
(B)
103.231 455.026 558.257 12.009 570.266
18,1 79,8 97,9 2,1 100,0
%
39.135 224.168 263.303 2.209
14,8 84,4 99,2 0,8
265.512
100,0
Em 30 de junho - R$ mil Curso anormal Parcelas vincendas 1 a 30 dias Empréstimos e títulos descontados ..................................................... Financiamentos ..................................................................................... Subtotal ................................................................................................. Operações de arrendamento mercantil ................................................. Total das operações de crédito em 2006 ............................................. Total das operações de crédito em 2005 ............................................. b) Modalidades e níveis de risco
31 a 60 dias
14.175 152.555 166.730 3.263 169.993 81.232
61 a 90 dias
11.968 136.323 148.291 2.307 150.598 71.531
Total
91 a 180 dias
10.245 129.277 139.522 2.338 141.860 68.150
181 a 360 dias
21.390 343.929 365.319 7.342 372.661 184.696
16.679 505.289 521.968 15.161 537.129 278.624
Total
2006
Acima de 360 dias
(C)
10.934 719.775 730.709 50.204 780.913 389.062
2005 %
85.391 1.987.148 2.072.539 80.615 2.153.154
2006
(C) 4,0 92,3 96,3 3,7 100,0
%
2005
(A+B+C)
27.673 1.031.382 1.059.055 14.240
2,6 96,1 98,7 1,3
1.073.295
100,0
%
590.250 15.164.886 15.755.136 910.134 16.665.270
(A+B+C) 3,5 91,0 94,5 5,5 100,0
%
252.166 10.496.570 10.748.736 299.367
2,3 95,0 97,3 2,7
11.048.103
100,0
Em 30 de junho - R$ mil Operações de crédito Empréstimos e títulos descontados .......................................................... Financiamentos .......................................................................................... Subtotal ...................................................................................................... Operações de arrendamento mercantil ...................................................... Total das operações de crédito em 2006 .................................................. Total das operações de crédito em 2005 .................................................. c) Setor de atividade econômica
Níveis de risco AA
A
– 3.074 3.074 45 3.119 10.537
375.913 12.381.183 12.757.096 742.355 13.499.451 9.534.629
Total
B
C
D
E
F
25.185 1.286.798 1.311.983 103.029 1.415.012 622.247
47.169 809.134 856.303 27.324 883.627 453.219
22.172 135.857 158.029 10.349 168.378 93.470
16.872 91.897 108.769 4.587 113.356 61.198
17.532 88.977 106.509 4.545 111.054 53.204
G
H
2006
70.591 297.280 367.871 14.908 382.779 178.246
590.250 15.164.886 15.755.136 910.134 16.665.270
14.816 70.686 85.502 2.992 88.494 41.353
%
2006 Pessoas físicas ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... Serviços ..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... Comércio .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... Indústria ...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... Intermediários financeiros .......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... Outros ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... Total ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ d) Composição das operações de crédito e da provisão para créditos de liquidação duvidosa
2005 3,5 91,0 94,5 5,5 100,0
2,3 95,0 97,3 2,7
11.048.103
100,0
Em 30 de junho - R$ mil 2005 %
%
15.157.393 650.192 532.662 304.914 874 19.235 16.665.270
%
252.166 10.496.570 10.748.736 299.367
91,0 3,9 3,2 1,8 – 0,1 100,0
10.048.729 416.027 369.262 200.647 557 12.881 11.048.103
91,0 3,8 3,3 1,8 – 0,1 100,0
Em 30 de junho - R$ mil
Nível de risco AA A B C Subtotal ................................................................................................................ D E F G H Subtotal ................................................................................................................ Total em 2006 ....................................................................................................... Total em 2005 .......................................................................................................
% Mínimo de provisionamento requerido 0,0 0,5 1,0 3,0 10,0 30,0 50,0 70,0 100,0
Provisão mínima requerida Saldo da carteira Curso normal
Curso anormal
3.119 13.499.451 407.230 23.804 13.933.604 2.075 632 620 500 4.419 8.246 13.941.850 9.709.296
– – 1.007.782 859.823 1.867.605 166.303 112.724 110.434 87.994 378.360 855.815 2.723.420 1.338.807
Específica
Total
%
3.119 13.499.451 1.415.012 883.627 15.801.209 168.378 113.356 111.054 88.494 382.779 864.061 16.665.270 11.048.103
e) Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa
– 81,0 8,5 5,3 94,8 1,0 0,7 0,7 0,5 2,3 5,2 100,0 100,0
2006 Arrendamentos financeiros a receber ....................................................................................................................... (-) Rendas a apropriar de arrendamentos financeiros a receber ............................................................................... Bens arrendados financeiros + perdas em arrendamentos (líquido) ........................................................................ (-) Depreciação acumulada sobre bens arrendados financeiros: ............................................................................. Depreciações Acumuladas ...................................................................................................................................... Superveniência de depreciação ............................................................................................................................... (-) Valor residual garantido antecipado (Nota 13b) .................................................................................................... Total do valor presente ............................................................................................................................................. h) Imobilizado de arrendamento
836.626 (829.123) 1.437.199 (89.836) (288.514) 198.678 (444.732) 910.134
2006 Veículos e afins ......................................................................................................................................................... Máquinas e equipamentos ........................................................................................................................................ Outros ........................................................................................................................................................................ Perdas em arrendamentos (líquido) .......................................................................................................................... Total de bens arrendados ......................................................................................................................................... Depreciação acumulada de bens arrendados .......................................................................................................... Superveniência de depreciação ............................................................................................................................... Total da depreciação acumulada .............................................................................................................................. Imobilizado de arrendamento ...................................................................................................................................
Em 30 de junho - R$ mil 2005 277.890 (276.381) 476.576 (38.953) (94.844) 55.891 (139.765) 299.367
– – 835 3.648 4.483 3.797 10.623 21.172 27.709 209.857 273.158 277.641 126.742
Provisão excedente
Genérica
– – 9.243 22.147 31.390 12.833 23.194 34.045 33.886 168.505 272.463 303.853 150.883
– 67.497 4.072 714 72.283 208 190 310 351 4.417 5.476 77.759 51.349
Total
– – – – – 33.550 22.614 22.154 26.505 – 104.823 104.823 –
1.432.323 176 1.574 3.126 1.437.199 (288.514) 198.678 (89.836) 1.347.363
469.846 252 1.596 4.882 476.576 (94.844) 55.891 (38.953) 437.623
Provisão existente
%
– 67.497 14.150 26.509 108.156 50.388 56.621 77.681 88.451 382.779 655.920 764.076 328.974
– 0,5 1,0 3,0
– 67.497 14.150 26.509 108.156 50.388 56.621 77.681 88.451 382.779 655.920 764.076 328.974
29,9 49,9 69,9 99,9 100,0
OUTROS VALORES E BENS As despesas antecipadas correspondem substancialmente, a comissões pagas, principalmente, a revendedoras e concessionárias de veículos, pela colocação de operações de crédito no montante de - R$ 631.702 mil (30 de junho de 2005 - R$ 419.424 mil), que estão sendo apropriadas ao resultado, na rubrica “Outras despesas operacionais” pelo prazo das respectivas operações.
9)
INVESTIMENTOS a) Os ajustes decorrentes da avaliação pelo método de equivalência patrimonial dos investimentos foram registrados em contas de resultado, sob a rubrica de “Resultado de participações em coligadas e controladas”. R$ mil EMPRESAS
Ramo Financeiro Zogbi Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. (1) Zogbi Leasing S.A. Arrendamento Mercantil (1) .............. Banco Alvorada S.A.(1) ......... Outras atividades Finasa Promotora de Vendas Ltda. (1) (2) ........................... Banco Bradesco Luxembourg S.A. (1) ................................. Ganho/perda cambial do Exterior (1) ........................... Outras .................................... Total .......................................
Quantidade de ações/cotas Valor Patrimônio Participação possuídas Lucro líquido contábil líquido no capital (em milhares) ajustado ajustado social O.N. Cotas 30.6.2006
Capital Social
Ajuste decorrente de avaliação (3) 30.6.2006
30.6.2005
12.100
25.468
–
12.090
100,000%
996
25.468
996
1.187
170.600 3.673.959
226.677 4.652.253
127.700 28
– –
100,000% 34,957%
10.723 338.084
226.677 1.626.288
10.723 118.182
8.058 91.170
80.380
120.423
–
280
99,999%
13.137
120.423
13.137
3.227
147.930
301.907
–
–
0,053%
6.369
160
3
1
–
–
–
–
–
–
– 719 1.999.735
(13) (5) 143.023
(3) 10 103.650
(1) (2)
Dados relativos a 30 de junho de 2006; A Finasa Promotora de Vendas Ltda., atua de forma integrada com seu controlador e tem por objeto a prestação de serviços de assessoria e consultoria técnica financeira, intermediação de negócios, coleta, preenchimento e encaminhamento de documentos no mercado livre de veículos automotores e outros bens móveis, compreendendo a identificação e aferição dos potenciais dos vendedores e compradores, via elaboração, análise e comprovação de fichas cadastrais, aprovação de créditos, assistência mercadológica e seleção de riscos e angariação e agenciamento de seguros; e (3) Considera os resultados apurados a partir da aquisição e inclui variações patrimoniais das investidas não decorrentes de resultado, bem como os ajustes por equalização de princípios contábeis, quando aplicáveis. b) Outros investimentos
Em 30 de junho - R$ mil 2005
A sociedade registrou no semestre superveniência de depreciação no montante de R$ 90.199 mil (30 de junho de 2005 - R$ 24.336 mil), registrada em imobilizado de arrendamento, sendo R$ 989 mil (30 de junho de 2005 - R$ 382 mil) como realização de superveniência classificada em bens não de uso próprio em decorrência da reintegração de posses de bens arrendados e de R$ 91.188 mil (30 de junho de 2005 - R$ 24.718 mil), no resultado. 7)
Vincendas
8) Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2005 2006
Saldo inicial ........................................................................................................................................... 500.495 252.650 - Provisão específica (1) ........................................................................................................................ 366.396 214.293 - Provisão genérica (2) ........................................................................................................................... 70.388 38.357 - Provisão excedente (3) ........................................................................................................................ 63.711 – Constituição ........................................................................................................................................... 468.640 179.851 Baixas .................................................................................................................................................... (205.059) (103.527) Saldo final .............................................................................................................................................. 764.076 328.974 - Provisão específica (1) ........................................................................................................................ 581.494 277.625 - Provisão genérica (2) ........................................................................................................................... 77.759 51.349 - Provisão excedente (3) ........................................................................................................................ 104.823 – - Recuperação de créditos baixados (4) ................................................................................................ 38.909 28.439 (1) Para as operações que apresentem parcelas vencidas a mais de 14 dias; (2) Constituída em razão da classificação do cliente ou da operação e, portanto, não enquadrada no item anterior; (3) A provisão excedente é constituída considerando a experiência da Administração e a expectativa de realização da carteira de créditos, de modo a apurar a provisão total julgada adequada para cobrir os riscos específicos e globais dos créditos, associada à provisão calculada de acordo com a classificação pelos níveis de risco e os respectivos percentuais de provisão estabelecidos como mínimos na Resolução no 2.682 do CMN. A provisão excedente por cliente foi classificada nos correspondentes níveis de riscos (Nota 6d); e (4) Classificados em receitas de operações de crédito. f) Concentração de crédito e risco de crédito A carteira de operações de crédito é composta por operações realizadas basicamente no varejo, sendo que os vinte maiores devedores em 30 de junho de 2006, representam 0,32% (30 de junho de 2005 - 0,25%) do total da carteira. Aproximadamente 84,0% (30 de junho de 2005 - 85,0%) de financiamento de veículos novos e usados. g) Conciliação da composição da carteira de arrendamentos, a valor presente, com os saldos contábeis
Vencidas
2006
Em 30 de junho - R$ mil 2005
Investimentos por incentivos fiscais ........................................................................................................................ 12.694 12.694 Títulos patrimoniais ................................................................................................................................................... 429 374 Outros investimentos ................................................................................................................................................ 14 14 Provisão para perdas ................................................................................................................................................ (9.740) (9.557) Total em 2006 ............................................................................................................................................................ 3.397 Total em 2005 ............................................................................................................................................................ 3.525 10) DIFERIDO I) Ágios na aquisição de investimentos, fundamentados em rentabilidade futura, referem-se aos ágios na aquisição do Banco Zogbi S.A., no montante de R$ 145.850 mil (30 de junho de 2005 - 202.307 mil), e na Promovel Empreendimentos e Serviços Ltda. no montante de R$ 34.532 mil (30 de junho de 2005 R$ 47.900 mil). II) No semestre findo em 30 de junho de 2006, foram amortizados ágios no montante de R$ 34.913 mil (30 de junho de 2005 - R$ 34.913 mil - Nota 18). III) O ágio a amortizar, no montante de R$ 180.382 mil (30 de junho de 2005 - R$ 250.207 mil), possui o seguinte fluxo de amortização:
OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS 2006 Créditos tributários (Nota 22 c) ....................................................................................................................................... Devedores diversos ........................................................................................................................................................ Devedores por depósitos em garantia ............................................................................................................................ Tributos antecipados ....................................................................................................................................................... Outros .............................................................................................................................................................................. Total em 2006 .................................................................................................................................................................. Total em 2005 ..................................................................................................................................................................
R$ mil
Em 30 de junho - R$ mil 2005 408.568 44.073 6.620 7.608 1.294 468.163
273.831 50.165 5.752 10.839 708 341.295
2005
2006 2005 ....................................................................................................................................................................... 2006 ....................................................................................................................................................................... 2007 ....................................................................................................................................................................... 2008 ....................................................................................................................................................................... 2009 ....................................................................................................................................................................... Total dos ágios em 2006 ....................................................................................................................................... Total dos ágios em 2005 .......................................................................................................................................
– 34.913 69.825 69.825 5.819 180.382
34.913 69.825 69.825 69.825 5.819 250.207
CONTINUA
4
Gover no Senado Eleições Câmara
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
Em sabatina, tucano diz que a oposição perdeu o bonde da história ao não pedir o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante o calor das denúncias de corrupção que atingiram seu governo. Serra alegou que não foi cobrado sobre a promessa de permanecer na prefeitura de São Paulo e que, em toda sua vida pública, nunca sofreu exploração mais vil e baixa como no caso dos nordestinos na educação.
Hoje, a en trevistada éa candidata à presidên cia Heloísa H elena - PS ol. O presidente Lula foi convidado , mas aind a não confirmou participaçã o.
SERRA AFIRMA QUE PT SERÁ DESCONSTRUÍDO
O
candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, negou ontem que a economia paulista esteja crescendo menos que o restante do País. No início de sua participação na sabatina com candidatos ao Palácio dos Bandeirantes, promovida pelo Grupo Estado, ele rebateu a afirmação e disse que o comportamento econômico do Estado é exatamente o inverso. "São Paulo não está crescendo menos que o resto do Brasil. Esse dado é falso e vem sendo repetido até a exaustão", comentou. "A questão do crescimento é lorota que está sendo transmitida", disse. Conforme Serra, entre 1994 e 2005, o Produto Interno Bruto (PIB) de São Paulo cresceu 31,5%, enquanto o PIB nacional aumentou 28,8%. "São Paulo tem crescido mais do que o Brasil. O que tem havido é uma manipulação de dados, por má fé ou ignorância", opinou. O candidato tucano chegou ao auditório acompanhado pelos seus companheiros de chapa Alberto Goldman, candidato a vice-governador, e Guilherme Afif Domingos (PFL), candidato ao Senado. IMPEACHMENT O PSDB não conseguiu representar o sentimento de indignação nacional diante das denúncias contra o PT e o governo e captar votos porque esta é uma tarefa "difícil". Q u e s t i o n a d o s o b re s e o PSDB deveria ter defendido o impeachment de Lula no auge das denúncias sobre corrupção no governo, Serra admitiu não ter distanciamento para julgar a questão. "Quando você está no momento, os constrangimentos não são tão visíveis e são deixados de lado", disse. "Como a desestabilização que isso poderia provocar na política, com o afastamento de mais um presidente."
Em São Paulo, a campanha do Alckmin e a minha é a mesma. Trabalhamos de maneira integrada. José Serra
PREFERIDO DOS ELEITORES, SERRA É SABATINADO
Eymar Mascaro
Braço-de-ferro
D
iante do desalento provocado pela nova pesquisa Datafolha, Geraldo Alckmin volta a ser pressionado para mudar o estilo de sua campanha. Tucanos e pefelistas desencantados querem que o candidato seja mais duro com Lula. FHC, por exemplo, deseja que Alckmin faça críticas ao presidente sentindo o gosto de "sangue na boca". Houve frustração no comando de campanha tucana com a revelação de que Lula atingiu o índice de 49% de intenção de voto, com a possibilidade de liquidar a eleição ainda no 1º turno. Alckmin obteve 25%, 24 pontos atrás do petista. Por enquanto, Alckmin não quer trocar de estilo e manter a campanha "zen".
Hélvio Romero/AE
CONTUNDENTE O ex-presidente Fernando Henrique é um dos que mais reclamam de Alckmin. FHC acha, inclusive, que existem até motivos para os aliados do ex-governador no Congresso tocarem o processo de impeachment em Lula, por conta dos escândalos que atingiram áreas do governo.
no 1º turno. Ambos preferem manter a neutralidade.
EXPECTATIVA Apesar da neutralidade anunciada, era grande o suspense ontem entre políticos no Paraná, pois Roberto Requião havia prometido ao Palácio do Planalto que receberia Lula na visita que o candidato faria a Foz do Iguaçu. Era tudo o que o petista queria ouvir.
QUEDA
Serra: País parece ter deixado de lado os escândalos e transgressões. Hélvio Romero/AE
DESCONSTRUÇÃO Serra disse concordar com a estratégia da campanha do candidato à Presidência da República de seu partido, Geraldo Alckmin, de apresentar sua biografia nos programas de televisão. "Esta é apenas uma etapa. Não tenho participado das discussões a respeito da orientação nacional da campanha. Mas num segundo momento, será feita a desconstrução de muitas das coisas que são apresentadas como virtudes do PT", garantiu. OPORTUNISMO Segundo ele, um dos problemas que o PSDB tem enfrentado para captar votos é a política econômica. "Oportunista do ponto de vista fiscal, que aumenta os gastos correntes e tem efeito eleitoral a curto prazo e ruim a médio prazo", disse. "E oportunista também do ponto de vista cambial, pois está provocando uma crise agrícola profunda. Isso manteve o
NO RASTRO
O candidato ao Senado pelo PFL, Guilherme Afif Domingos, acompanhou o tucano José Serra durante o evento na sede do Grupo Estado, no bairro do Limão, zona Norte de São Paulo.
preço da cesta básica baixo, mas é algo que será revertido no ano que vem", completou. ABANDONO Ele negou que integrantes do PSDB estejam abandonando a candidatura de Alckmin à Presidência da República, que não vem decolando nas pesquisas de intenção de voto. Indagado sobre a decepção de alguns eleitores da sigla, ele afirmou que a campanha está sendo conduzida corretamente, que o partido "não está dividido" e que há empenho dos tucanos para que Alckmin obtenha sucesso na eleição. CÂMBIO Ele criticou a política econômica do governo federal que une "hipervalorização cambial e expansão dos gastos correntes". Sobre a apreciação exagerada do real em relação ao dólar, Serra afirmou que a adoção de juros menores poderia impedir a tendência. Sem os juros tão altos, segundo o candidato "(O Brasil) poderia comprar mais dólares, como fazem Argentina e China", carregando divisas sem aumentar a dívida pública. Houve erro da política econômica do Banco Central, sistemático, nessa matéria". Segundo Serra, "para culminar, ainda estimularam a entrada de capital estrangeiro em aplicações da dívida pública. O cúmulo do equívoco". NORDESTINOS Serra negou que tenha atribuído aos nordestinos a queda de qualidade no ensino público de São Paulo. Ele disse que em nenhum momento apresentou a migração como a causa do problema e que não mencionou a origem geográfica dos migrantes. "O que houve foi uma monu-
mental deturpação, uma ataque vil e oportunista sem qualquer análise, inclusive com apresentação de números mentirosos. Se for olhar o conjunto, o número de alunos em São Paulo aumentou mais 600 mil nesse período", afirmou." QUATRO ANOS Serra disse não ter sido cobrado pelos eleitores a respeito da promessa que fez na campanha de 2003, quando garantiu que, se fosse eleito prefeito de São Paulo, governaria a cidade por quatro anos. Questionado sobre se faria a mesma promessa caso fosse eleito governador, o candidato afirmou não ser necessário, pois as próximas eleições acontecerão daqui a quatro anos. O candidato confirmou que ainda acompanha a administração da cidade. CONFRONTO Serra afirmou que a sua proposta de exercer, uma vez eleito, o peso de São Paulo no cenário nacional não significa necessariamente a busca de um confronto com o governo federal, pois os interesses nacionais recomendam, em muitos casos, o estabelecimento de parcerias entre as duas áreas. Para ele, São Paulo é um estado diferente pela complexidade, tamanho, número de habitantes e desenvolvimento. DERROTADO? Quando questionado sobre se já admite a derrota de Alckmin, por falar das parcerias sempre em termos de confronto, Serra negou: "Eu nunca falo em confronto. Sempre falo que vou exercer o peso do Estado de São Paulo, para quem quer que seja o presidente eleito. E eu espero que seja o Geraldo Alckmin, é óbvio." (AE)
Coordenador da campanha do tucano no Rio, o prefeito César Maia (PFL) é outro que pressiona Alckmin. Maia admite que só haverá a queda do petista nas pesquisas quando a imagem de Lula for desconstruída. O prefeito acha que, mesmo com a campanha tucana tropeçando, haverá 2º turno entre Lula e Alckmin.
PROMESSA Apesar de Alckmin relutar em alterar o estilo de sua campanha, o PFL promete que a nova etapa na televisão será diferente. Os pefelistas querem radicalizar a campanha e denunciar Lula, envolvendo-o com a corrupção detectada no governo.
REVERSO Mas há entre tucanos e pefelistas quem entenda que uma radicalização poderia favorecer Lula, lembrando que o presidente ganhou a eleição em 2002 fazendo a campanha da "paz e amor". O PT admite que não mudará o formato de campanha de Lula mesmo que o candidato venha a ser atacado na tevê.
CRESCIMENTO Apesar do resultado, a pesquisa Datafolha revelou que Alckmin alcançou um crescimento de 11 pontos no Sul do País, que tem um colégio de cerca de 20 milhões de eleitores. O tucano alcançou 34% da preferência do eleitor sulista, contra 37% do petista.
AVANÇO Alckmin acha que pode crescer mais na região se conseguir o apoio dos governadores Germano Rigotto (RS) e de Roberto Requião (PR). Mas os dois governadores não desejam apoiar ninguém
Mas o Datafolha constatou também que, enquanto Alckmin caiu no Norte-Centro/Oeste, Lula cresceu na região. Segundo a pesquisa, Lula tem na região 50% de intenção de voto contra 23% de Alckmin. A região concentra cerca de 20 milhões de eleitores.
PESADELO Alckmin ainda não conseguiu empatar o jogo no Sudeste (50 milhões de votos). O tucano vence o petista em São Paulo, mas perde no Rio e em Minas. Alckmin alcança no Sudeste (SP, Rio, Minas e Espírito Santo) 34% da preferência eleitoral, contra 43% de Lula.
DESAFIO Virar o jogo no Rio é um grande desafio para Alckmin. O tucano continua enfrentando problemas no estado, com a falta de sintonia que há entre os condutores da campanha. O prefeito César Maia, por exemplo, não aceita o envolvimento do PMDB na campanha de Alckmin no estado.
JUSTIÇA Candidato do PSB ao governo do Ceará (5,3 milhões de eleitores), Cid Gomes recorreu à Justiça para impedir que seu adversário, governador Lúcio Alcântara (PSDB), candidato à reeleição, continue usando a imagem de Lula na sua campanha de tevê. A justiça concedeu liminar e proibiu o tucano de se associar a Lula.
SENADO Para o candidato da coligação PFL-PSDB-PTBPPS ao Senado, Guilherme Afif Domingos, o que vai decidir a eleição na reta final são a colagem e a colinha. A colagem leva o eleitor a votar na chapa completa (presidente, governador e Senado) e a colinha que é o instrumento que auxilia o eleitor na cabine na hora de votar.
COMPLEXO Sem a colinha, o eleitor se complica na hora de votar porque precisa digitar os números dos candidatos 21 vezes. A colinha ajuda o eleitor e é permitido seu uso na cabine de votação.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
LEGAIS - 5
Banco Mercantil de São Paulo S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 61.065.421/0001-95 - Avenida Paulista, 1450 - São Paulo - SP Relatório da Administração
Demonstração do Resultado dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil
No semestre, o Banco registrou Lucro Líquido de R$ 149,837 milhões, correspondente a R$ 13,32 por lote de mil ações, e Patrimônio Líquido de R$ 2,076 bilhões. São Paulo, SP, 3 de agosto de 2006. Diretoria
Senhores Acionistas, Apresentamos a V.Sas. as Demonstrações Financeiras do Banco Mercantil de São Paulo S.A., elaboradas na forma da Legislação Societária, referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2006.
Balanço Patrimonial em 30 de junho – Em Reais mil ATIVO CIRCULANTE .................................................................................................. DISPONIBILIDADES ....................................................................................... APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ ....................................... Aplicações no Mercado Aberto ....................................................................... Aplicações em Depósitos Interfinanceiros ..................................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ................................................................................................ Carteira Própria ................................................................................................ Vinculados à Prestação de Garantias ............................................................ RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS .................................................................. Créditos Vinculados: ....................................................................................... - SFH - Sistema Financeiro da Habitação ....................................................... OUTROS CRÉDITOS ....................................................................................... Rendas a Receber ........................................................................................... Diversos .......................................................................................................... Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa ................................ OUTROS VALORES E BENS .......................................................................... Outros Valores e Bens ..................................................................................... Provisões para Desvalorizações .................................................................... REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ..................................................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ................................................................................................ Moedas de Privatização ................................................................................. Vinculados à Prestação de Garantias ............................................................ RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS .................................................................. Créditos Vinculados: - SFH - Sistema Financeiro da Habitação ....................................................... OUTROS CRÉDITOS ....................................................................................... Diversos .......................................................................................................... PERMANENTE ................................................................................................ INVESTIMENTOS ............................................................................................ Participações em Coligadas e Controladas: - No País .......................................................................................................... Outros Investimentos ...................................................................................... Provisões para Perdas .................................................................................... IMOBILIZADO DE USO .................................................................................... Imóveis de Uso ............................................................................................... Reavaliações de Imóveis de Uso ................................................................... Outras Imobilizações de Uso .......................................................................... Depreciações Acumuladas ............................................................................. DIFERIDO ........................................................................................................ Gastos de Organização e Expansão .............................................................. Amortização Acumulada ................................................................................. T OT A L ..........................................................................................................
2006 1.808.653 20 1.682.892 2.865 1.680.027
2005 3.814.923 6 2.606.464 4.814 2.601.650
1.395 – 1.395 2.832
1.116.669 1.116.048 621 3.286
2.832 120.923 5.160 115.812 (49) 591 915 (324) 448.683
3.286 86.561 5.813 80.788 (40) 1.937 2.032 (95) 594.552
53.153 53.153 – 172.681
52.574 51.392 1.182 158.555
172.681 222.849 222.849 69.170 22.298
158.555 383.423 383.423 235.673 19.454
21.679 3.459 (2.840) 46.872 17.758 68.236 6 (39.128) – 6.730 (6.730) 2.326.506
18.890 3.404 (2.840) 216.219 135.086 155.941 6 (74.814') – 10.576 (10.576) 4.645.148
EVENTOS
SALDOS EM 31.12.2004 ............................. AÇÕES EM TESOURARIA .......................... REALIZAÇÃO DE RESERVAS DE REAVALIAÇÃO ...................................................... IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES SOBRE RESERVA DE REAVALIAÇÃO PRÓPRIOS AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS ........................................ LUCRO LÍQUIDO .......................................... DESTINAÇÕES: - Reservas ........................ - Dividendos Declarados . SALDOS EM 30.6.2005 ............................... SALDOS EM 31.12.2005 ............................. REDUÇÃO DE CAPITAL .............................. REALIZACÃO DE RESERVAS DE REAVALIAÇÃO IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES SOBRE RESERVA DE REAVALIAÇÃO PRÓPRIOS AUMENTO DE CAPITAL .............................. ATUALIZAÇÃO DE TITULOS PATRIMONIAIS AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS ........................................ LUCRO LÍQUIDO .......................................... DESTINAÇÕES: - Reservas ........................ - Dividendos Declarados . SALDOS EM 30.6.2006 ...............................
REDUÇÃO DE CAPITAL
CAPITAL SOCIAL
AUMENTO DE CAPITAL
3.863.941 –
– –
– –
2005
230.279 1.423 218.137 10.719
299.497 4.285 283.951 11.261
DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .................................. Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ...................................
14 14
(40) (40)
RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ....................
230.293
299.457
OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ............................... Despesas de Pessoal ............................................................................. Outras Despesas Administrativas .......................................................... Despesas Tributárias ............................................................................... Resultado de Participações em Coligadas e Controladas ..................... Outras Receitas Operacionais ................................................................ Outras Despesas Operacionais ..............................................................
(11.058) (64) (3.455) (11.062) 3.992 2.055 (2.524)
(11.253) (74) (4.730) (14.980) (17.596) 33.014 (6.887)
RESULTADO OPERACIONAL ..................................................................
219.235
288.204
RESULTADO NÃO OPERACIONAL .........................................................
7.052
8.787
RESULTADO ANTES DATRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO .....................
226.287
296.991
PASSIVO
2006
2005
CIRCULANTE .................................................................................................. RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS ............................................................. Transferências Internas de Recursos .............................................................. OUTRAS OBRIGAÇÕES .................................................................................. Sociais e Estatutárias ..................................................................................... Fiscais e Previdenciárias ............................................................................... Diversas ..........................................................................................................
167.083 465 465 166.618 130.206 36.112 300
155.924 23 23 155.901 121.721 33.843 337
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ........................................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES .................................................................................. Fiscais e Previdenciárias ...............................................................................
83.649 83.649 83.649
64.434 64.434 64.434
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ................................
(76.450)
(108.465)
PATRIMÔNIO LÍQUIDO ..................................................................................... Capital: - De Domiciliados no País .............................................................................. Reservas de Capital ........................................................................................ Reservas de Reavaliação ............................................................................... Reservas de Lucros ........................................................................................ Ajuste ao Valor de Mercado - TVM e Derivativos ...........................................
2.075.774
4.424.790
LUCRO LÍQUIDO ......................................................................................
149.837
188.526
1.344.169 232.405 69 496.043 3.088
3.863.941 232.350 23.591 305.253 (345)
Número de ações .................................................................................... Lucro por lote de mil ações em R$ .........................................................
11.248.493.707 13,32
24.827.212.038 7,59
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil 2006
T OT A L ..........................................................................................................
2.326.506
4.645.148
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil CAPITAL REALIZADO
2006 RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .................................... Operações de Crédito .............................................................................. Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários .................. Resultado das Aplicações Compulsórias ..............................................
RESERVAS DE CAPITAL
RESERVAS DE REAVALIAÇÃO
RESERVAS DE LUCROS
AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS
LUCROS/ (PREJUÍZOS) COLIGADAS / ACUMULADOS
TOTAIS
INCENTIVOS FISCAIS - IR
OUTRAS
– –
232.350 –
– –
25.600 –
11.789 66
157.706 (66)
– –
81 –
– –
–
–
–
–
(1.346)
–
–
–
–
1.346
–
–
–
–
–
(663)
–
–
–
–
–
(663)
– – – – 3.863.941 2.864.000 – –
– – – – – 67.588 – –
– – – – – – (1.587.419) –
– – – – 232.350 923 – –
– – – – – 231.446 – –
– – – – 23.591 20.634 – (23.790)
– – 9.494 – 21.349 26.012 – –
– – 126.264 – 283.904 345.887 – –
– – – – – (1.905) – –
(426) – – – (345) – – –
– 188.526 (135.758) (54.114) – – – 23.790
(426) 188.526 – (54.114) 4.424.790 3.554.585 (1.587.419 ) –
– 67.588 –
– (67.588) –
– – –
– – –
– – 36
3.225 – –
– – –
– – –
– – –
– – –
– – –
3.225 – 36
– – – – 2.931.588
– – – – –
– – – – (1.587.419)
– – – – 923
– – – – 231.482
– – – – 69
– – 8.682 – 34.694
– – 115.462 – 461.349
4.993 – – – 3.088
– – – – –
– 149.837 (124.144) (49.483) –
4.993 149.837 – (49.483) 2.075.774
ESTATUTÁRIA PRÓPRIAS
LEGAL
CONTROLADAS 4.291.467 –
2005
ORIGEM DOS RECURSOS .....................................................................
57.420
1.134.801
LUCRO LÍQUIDO ......................................................................................
149.837
188.526
AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO .............................................................. Depreciações e Amortizações ................................................................ Resultado de Participações em Coligadas e Controladas .....................
(2.002) 1.990 (3.992)
20.124 2.528 17.596
AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TÍTULOS DISPONÍVEIS PARA VENDA ..................................................................................................
4.993
(426)
RECURSOS DE ACIONISTAS ................................................................. Redução de Capital ................................................................................. Reserva de Reavaliação ......................................................................... Realização de Reservas .........................................................................
(1.584.194) (1.587.419) – 3.225
(663) – (663) –
77.034 94 76.940 1.323.121 1.250.715 39.418 – 32.988 87.830 685 86.439 706
16.002 24 15.978 683.388 – 560.380 481 122.527 225.885 4.346 2.495 219.044
RECURSOS DETERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Aumento dos Subgrupos do Passivo ................................................... Relações Interdependências ............................................................... Outras Obrigações ................................................................................. - Diminuição dos Subgrupos do Ativo .................................................... Aplicações Interfinanceiras de Liquidez .............................................. Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos Relações Interdependências ................................................................ Outros Créditos ...................................................................................... - Alienação de Bens e Investimentos ..................................................... Bens não de Uso Próprio ...................................................................... Imobilizado de Uso ............................................................................... Investimentos ........................................................................................ - Juros sobre o Capital Próprio/Dividendos Recebidos de Coligadas e Controladas .........................................................................................
801
1.965
APLICAÇÃO DOS RECURSOS ...............................................................
57.403
1.134.803
DIVIDENDOS PAGOS E/ OU DECLARADOS ..........................................
49.483
54.114
INVERSÕES EM ..................................................................................... Bens não de Uso Próprio ...................................................................... Imobilizado de Uso ...............................................................................
1.559 186 1.373
548 548 –
AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO .............................................. Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ................................................ Relações Interfinanceiras .......................................................................
6.361 – 6.361
1.080.141 1.073.534 6.607
AUMENTO/(REDUÇÃO) DAS DISPONIBILIDADES ................................
17
(2)
Início do Período ................................................. Fim do Período .................................................... Aumento/(Redução) das Disponibilidades .........
3 20 17
8 6 (2)
MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 1)
2)
3)
CONTEXTO OPERACIONAL O Banco Mercantil de São Paulo S.A. é uma instituição financeira, que tem por objetivo efetuar operações bancárias em geral, inclusive câmbio. O Banco Mercantil de São Paulo S.A., é parte integrante da Organização Bradesco, sendo suas operações conduzidas de forma integrada a um conjunto de empresas que atuam nos mercados financeiro e de capitais, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnológicos e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto. Em 30 de junho de 2005 foi concluída a venda da participação acionária detida pelo Banco Mercantil de São Paulo S.A., subsidiaria integral do Banco Bradesco S.A., de 1.299 ações de emissão do Banco Bradesco Luxembourg S.A. Destas, 1.298 ações foram vendidas ao Banco Bradesco S.A., sendo 1 ação vendida ao Banco Finasa S.A., também subsidiaria integral do Banco Bradesco S.A.
4)
APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ a) Vencimentos
Em 30 de junho - R$ mil Total 1 a 30 dias
Aplicação no mercado aberto: Posição bancada ................................................................................................................................................................................................... Letras financeiras do tesouro ................................................................................................................................................................................. Letras do tesouro nacional ..................................................................................................................................................................................... Aplicações em depósitos interfinanceiros ........................................................................................................................................................... Aplicações em depósitos interfinanceiros ............................................................................................................................................................ Total em 2006 ......................................................................................................................................................................................................... Total em 2005 .........................................................................................................................................................................................................
APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇOES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do BACEN, que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas.
181 a 360 dias
2.865 2.865 – – – 2.865 2.606.464
– – – 1.680.027 1.680.027 1.680.027 –
2006
Rendas de aplicações em operações compromissadas: Posição bancada ............................................................................................................................................................................................................................... Subtotal .............................................................................................................................................................................................................................................. Rendas de aplicações em depósitos interfinanceiros ...................................................................................................................................................................... Total .................................................................................................................................................................................................................................................... 5)
4.814 – 4.814 2.601.650 2.601.650 2.606.464
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2005 890 890 210.199 211.089
Em 30 de junho - R$ mil 2005
2006 Títulos (1)
c) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda - que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período.
Títulos para negociação ....................................... Ações .................................................................... Letras do tesouro nacional .................................... Letras financeiras do tesouro ................................ Debêntures ............................................................ Certificados de depósito bancário ........................ Notas do tesouro nacional .................................... Notas do Banco Central ....................................... Outros .................................................................... Títulos disponíveis para venda ............................ Certificados de privatização ................................. Total em 2006 ........................................................ Total em 2005 ........................................................
d) Outros créditos com característica de concessão de crédito e provisão para outros créditos de liquidação duvidosa São classificados nos respectivos níveis de risco, observando: (i) os parâmetros estabelecidos pela Resolução no 2682 do CMN, que requer a sua classificação em nove níveis, sendo “AA” (risco mínimo) e “H” (risco máximo); e (ii) a avaliação da Administração quanto ao nível de risco. Essa avaliação, realizada periodicamente, considera a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos e globais em relação às operações, aos devedores e garantidores. Adicionalmente, também são considerados os períodos de atraso definidos na Resolução no 2682 do CMN, para atribuição dos níveis de classificação dos clientes da seguinte forma:
637 637 174.611 175.248
TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Classificação por categorias e prazos
b) Aplicações interfinanceiras de liquidez São registradas ao custo de aquisição, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidas de provisão para desvalorização, quando aplicável.
Período de atraso
2005
2.865 2.865 – 1.680.027 1.680.027 1.682.892
b) Receitas de aplicações interfinanceiras de liquidez Classificadas na demonstração de resultado como resultado de operações com títulos e valores mobiliários.
PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial, exceto aquelas relacionadas com operações com o exterior, as quais são calculadas com base no método linear.
2006
1 a 30 dias – – – – – – – – – – – – 6.320
31 a 180 dias 865 – – 865 – – – – – – – 865 618.957
Valor de Acima de 360 mercado/ dias contábil (2)
181 a 360 dias 530 – – 530 – – – – – – – 530 84.863
– – – – – – – – – 53.153 53.153 53.153 459.103
Valor de custo atualizado
1.395 – – 1.395 – – – – – 53.153 53.153 54.548
Marcação a mercado
1.381 – – 1.381 – – – – – 48.246 48.246 49.627
Valor de mercado/ contábil (2)
Valor de custo atualizado
1.117.851 5.616 10.657 749.577 186.855 140.535 339 309 23.963 51.392 51.392
1.117.817 5.616 10.657 749.543 186.855 140.535 339 309 23.963 51.914 51.914
34 – – 34 – – – – – (522) (522)
1.169.243
1.169.731
(488)
14 – – 14 – – – – – 4.907 4.907 4.921
Marcação a mercado
(1) As aplicações em cotas de fundos de investimento foram distribuídas de acordo com os papéis que compõem suas carteiras, preservando a classificação da categoria dos fundos. Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis, independentemente de sua classificação contábil; e (2) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custo atualizado reflete o valor das respectivas cotas que já estão a valor de mercado.
Classificação do cliente
b) Resultado de títulos e valores mobiliários • de 15 a 30 dias ....................................................................................... • de 31 a 60 dias ....................................................................................... • de 61 a 90 dias ....................................................................................... • de 91 a 120 dias ..................................................................................... • de 121 a 150 dias ................................................................................... • de 151 a 180 dias ................................................................................... • superior a 180 dias .................................................................................
B C D E F G H
A atualização (“accrual”) das operações de crédito vencidas até o 59º dia é contabilizada em receitas de operações de crédito e, a partir do 60º dia, em rendas a apropriar. A provisão para outros créditos de liquidação duvidosa é apurada em valor suficiente para cobrir prováveis perdas e leva em conta as normas e instruções do BACEN, associadas às avaliações procedidas pela Administração, na determinação dos riscos de crédito.
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 Receita de aplicações interfinanceiras de liquidez .......................................................................................................................................................................... Títulos de renda fixa ........................................................................................................................................................................................................................... Rendas de aplicações em fundos de investimento .......................................................................................................................................................................... Rendas com operações compromissadas ........................................................................................................................................................................................ Títulos de renda variável .................................................................................................................................................................................................................... Ajuste a valor de mercado ................................................................................................................................................................................................................. Total .................................................................................................................................................................................................................................................... c) O Banco Mercantil de São Paulo S.A. não possuía posição de instrumentos financeiros derivativos em 30 de junho de 2006 e de 2005. 6)
e) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo) A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. Os créditos tributários sobre prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social serão realizados de acordo com a geração de lucros tributáveis. f)
1 a 30 dias Outros créditos .......................................................................................................... Total em 2006 ............................................................................................................ Total em 2005 ............................................................................................................
Passivos Contingentes: São constituídos levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade; e no posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como de perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente, devendo ser apenas divulgados nas demonstrações financeiras, e os classificados como remotos não requerem provisão e divulgação.
•
i)
Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias: Decorrem de processos judiciais relacionados a obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade, que independente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras.
Outros ativos e passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos.
31 a 60 dias 70 70 78
61 a 90 dias 70 70 78
Nível de risco A ............................................................................................................................................................................................... C ............................................................................................................................................................................................... Total em 2006 ........................................................................................................................................................................... Total em 2005 ...........................................................................................................................................................................
91 a 180 dias 70 70 78
181 a 360 dias
211 211 997
Total
Acima de 360 dias
392 392 86
2006
1.324 1.324 –
2.137 2.137
2005 1.317 1.317
Saldo da carteira Curso normal Total 612 612 1.525 1.525 2.137 2.137 1.317 1.317
% 28,64 71,36 100,00 100,00
Em 30 de junho - R$ mil Provisão mínima requerida Total Genérica 3 3 46 46 49 49 40 40
c) Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa
h) Ativos e Passivos contingentes e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM 489/05.
•
Em 30 de junho - R$ mil
b) Provisão para créditos de liquidação duvidosa
g) Ativo imobilizado Demonstrado ao custo de aquisição, líquido das respectivas depreciações acumuladas, calculadas pelo método linear de acordo com a vida útil-econômica estimada dos bens, sendo: imóveis de uso edificações - 4% ao ano; móveis e utensílios, máquinas e equipamentos e sistemas de comunicação 10% ao ano e processamento de dados - 20% ao ano.
Ativos Contingentes: Não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações financeiras.
OUTROS CRÉDITOS COM CARACTERÍSTICA DE CONCESSÃO DE CRÉDITO E PROVISÃO PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA a) Modalidades e prazos Curso normal
Investimentos Os investimentos relevantes em controladas, coligadas e controladas de controle compartilhado, foram avaliados pelo método de equivalência patrimonial. Os títulos patrimoniais da CETIP - Câmara de Custódia e Liquidação, são avaliados com base no valor patrimonial, não auditado, informado pela CETIP e seus acréscimos ou decréscimos são registrados diretamente no patrimônio líquido, e os incentivos fiscais e outros investimentos foram avaliados pelo custo de aquisição, deduzidos de provisão para perdas, quando aplicável.
•
174.611 4.369 108.928 637 (4.225) (369) 283.951
210.199 1.325 2.647 890 (4.046) 7.122 218.137
Em 30 de junho - R$ mil 2005
2006 Saldo inicial ....................................................................................................................................................................................................................................... Constituição ....................................................................................................................................................................................................................................... Baixas ................................................................................................................................................................................................................................................ Saldo final .......................................................................................................................................................................................................................................... - Provisão genérica (1) ....................................................................................................................................................................................................................... - Operações recuperadas no período (2) ............................................................................................................................................................................................
63 – (14) 49 49 1.423
– 40 – 40 40 1.370
(1) Constituída em razão da classificação do cliente ou da operação; e (2) Registrada em receitas de operações de crédito, como previsto nas normas e instruções do BACEN. 7)
OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS Em 30 de junho - R$ mil 2005
2006 Créditos tributários (Nota 19c) .................................................................................................................................................................................................................. Pagamentos a ressarcir - tributos a recuperar .......................................................................................................................................................................................... Impostos e contribuições a compensar ................................................................................................................................................................................................... Depósitos em garantia - recursos fiscais ................................................................................................................................................................................................. Devedores por compra de valores e bens ................................................................................................................................................................................................ Opções por incentivos fiscais .................................................................................................................................................................................................................. Depósitos em garantia - outros ................................................................................................................................................................................................................. Devedores diversos - país ........................................................................................................................................................................................................................ Total ...........................................................................................................................................................................................................................................................
211.600 98.876 16.643 8.149 2.137 833 310 113 338.661
341.378 95.058 17.153 3.311 1.317 833 5.148 13 464.211
CONTINUA
DIÁRIO DO COMÉRCIO
20
Internacional
AFP
Para manter a integridade do País devemos olhar pela soberania social Francisco Giannoccaro
FRANÇA VAI ENVIAR MAIS 1.600 HOMENS AO LÍBANO
Soldados franceses patrulham rua em vila destruída no sul do Líbano
Saniora diz que suas tropas na fronteira não são ameaça
O
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
primeiro-ministro do Líbano, Fuad Saniora, rechaçou, ontem, os insistentes pedidos de Israel para que forças internacionais sejam enviadas à fronteira com a Síria e afirmou que as tropas libanesas já posicionadas lá não representam ameaça ao seu vizinho árabe. Israel informou que seu bloqueio aéreo e marítimo, imposto ao Líbano desde o início do conflito, em 12 de julho, continuará até que os soldados da força de paz das Nações Unidas mantenham posições ao longo da fronteira libanesa com a Síria para prevenir o rearmamento do grupo terrorista Hezbollah. Há anos que a Síria e o Líbano mantêm uma relação diplomática conturbada. Damasco virtualmente controlou o Líbano por quase três décadas antes de retirar suas tropas, no ano passado. Quando ocorreu a ofensiva israelense contra as milícias libanesas do Hezbollah, no mês passado, a Síria mantevese em silêncio. Até agora. Hostil – O presidente sírio, Bashar Assad, rompeu o silêncio e se disse totalmente contra o pedido israelense de forças de paz próximas à sua fronteira. Para ele, tal medida seria "hostil" e teria como objetivo piorar as já abaladas
relações entre os países vizinhos. Assad acrescentou que não há motivos para que forças internacionais policiem a fronteira entre dois países que não estiveram em guerra. Caso as tropas da ONU sejam mesmo enviadas à região, a tarefa de policiar a fronteira, muito montanhosa, poderá se mostrar quase impossível. O Líbano tem apenas quatro vias oficiais para a Síria. Porém, há dezenas de passagens clandestinas, muitas delas utilizadas por contrabandistas durante séculos , e que podem muito bem servir como via para veículos modernos. Armas – Outra característica que deve ser levada em conta é a possível necessidade do Hezbollah de adquirir novos armamentos. Segundo estimativas israelenses, a milícia lançou cerca de 4.000 foguetes contra o norte de Israel. Desse modo, acredita-se que ainda restem cerca de 8.000 foguetes. Há ainda a especulação de que o Exército sírio deixou um grande arsenal para o Hezbollah quando as tropas se retiraram do Líbano, em abril de 2005. Saniora falou em entrevista da dificuldade que enfrenta ao tentar conciliar as exigências israelenses com as sírias. (AE)
Novo contingente de soldados se somará aos 200 que já estão na região e atuarão em conjunto com os militares da Força Internacional das Nações Unidas para o Líbano, mais o Exército libanês. O presidente francês, Jacques Chirac, fez o anúncio da nova contribuição após obter garantias da ONU de que seus soldados poderão defender-se plenamente se ficarem sob ataque e também poderão usar a força militar para proteger civis, uma das preocupações dos países da União Européia chamados a mandar tropas.
D
epois de ouvir muitas críticas de países aliados, o governo francês comunicou, ontem, o aumento de sua contribuição para o contingente da Organização das Nações Unidas (ONU) que patrulhará o sul do Líbano, em conjunto com o Exército libanês. O presidente Jacques Chirac anunciou, num pronunciamento na tevê, que a França enviará mais dois batalhões, totalizando 1.600 soldados para a Força Internacional das Nações Unidas para o Líbano (Unifil, na sigla em inglês). Com isso, eleva para 2 mil homens sua contribuição à expansão da Unifil – criada em 1978 para observar a fronteira do Líbano com Israel. A França já mantém 200 militares na Unifil e havia oferecido inicialmente apenas mais 200, o que causou desapontamento entre os membros do Conselho de Segurança da ONU e seus parceiros na União Européia (UE). Chirac disse que a França tem interesse em continuar liderando a força de paz e descreveu o cessar-fogo entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah como "muito frágil". "A França está pronta, se as Nações Unidas desejarem, para continuar comandando esta força", declarou. Chirac afirmou ainda que o país decidiu enviar mais tropas depois de obter garantias da ONU de que os soldados poderão defender-se plenamente se ficarem sob ataque e também poderão
Ammar Awad/Reuters
Para Jacques Chirac, cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah é "frágil"
usar a força militar para proteger civis. Receio – Tanto a França como outras nações dispostas a integrar a força da ONU estavam preocupadas com as atribuições e os poderes das tropas, pois temiam que fossem incumbidas de desarmar a milícia do Hezbollah. Essa função parece descartada. Ainda não está claro, contudo, o que a Unifil fará se o grupo voltar a disparar foguetes em Israel. Quando o Conselho de Segurança aprovou a Resolução nº 1.701, com as premissas para o cessar-fogo, a expectativa era de que a França continuasse na chefia da missão, para a qual está designada até fevereiro. A resolução pôs fim a 34 dias de conflito, que deixou mais de 1.300 mortos, na grande maioria civis libaneses. O próprio governo francês havia deixado claro seu interesse em continuar no comando. No entanto, como a França
oferecera apenas mais 200 soldados, a Itália, país que fez a maior contribuição, de dois a três mil mil soldados, anunciou, na semana passada, sua disposição de comandar. A decisão caberá ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan, que, hoje, tomará parte da reunião de chanceleres da UE, em Bruxelas, para discutir as contribuições do bloco. Pressão – A pressão sobre a UE cresceu porque Israel rejeita a participação de países com os quais não mantém relações diplomáticas, como a Malásia, Bangladesh e a Indonésia, que ofereceram tropas. Ontem, o primeiro-ministro italiano, Romano Prodi, comentou que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, lhe disse, por telefone, que vê como "positiva" a oferta da Itália de liderar a força. Mas o governo da Itália tem dito que sua oferta de tropas não será afetada por uma decisão da ONU de entre-
gar o comando a outro país. "Isto é parte de uma aliança forte e próxima entre a Itália e a França. Vamos trabalhar juntos no Líbano, no interesse da paz", disse Prodi, depois de receber em Roma a chanceler de Israel, Tzipi Livni. A ministra israelense fez novo chamado para que a comunidade internacional envie o mais rápido possível a força de paz. O objetivo da ONU é mandar 3.500 homens neste mês. Além da dificuldade de arregimentar os 13 mil soldados, outro complicador é a ameaça da Síria de fechar sua fronteira com o Líbano caso a Unifil assuma posições no lado libanês da divisa. Israel exige que a Unifil patrulhe essa fronteira, por onde o Hezbollah supostamente recebe armas da Síria e o Irã. A resolução 1.701 nada fala sobre isso. Hoje, os chanceleres da UE discutem o envio de tropas em meio a uma crescente pressão para que façam ofertas mais generosas. A Itália mandará três mil homens e a França ampliou o total de soldados. Mas outras contribuições foram escassas, apesar dos incentivos dos EUA e de outros países. "Espero que, relutante ou não, sorridente ou não, haja uma ampla contribuição européia", disse o primeiro-ministro da Itália, Romano Prodi, depois de ter-se reunido com a chanceler de Israel. Ele acrescentou que o presidente dos EUA está pressionando "países amigos" a ampliarem sua oferta. (Agências)
SOLDADOS BRASILEIROS NO FRONT
Fábio Motta/AE
Desde 2004 o Exército brasileiro comanda as forças de paz no Haiti, onde lidera em número de soldados
E
ngana-se quem pensa que acabou o interesse por uma carreira no Exército brasileiro. Encontra-se ainda um pouco do antigo apelo da corporação nas participações do País em missões de paz. Neste Dia do Soldado o Diário do Comércio faz uma pequena homenagem a esses homens e mulheres presentes em fronts que ultrapassam nossas fronteiras. Segundo o coordenador da Comissão Cívica e Cultural da Associação Comercial de São Paulo, Francisco Giannoccaro, os jovens devem aproveitar o espírito de civismo do dia e ter em Duque de Caxias (cuja data também comemora-se hoje) um exemplo de patriota. "Para manter a integridade do País, além de cuidarmos da soberania geofísica, devemos olhar pela soberania social", destaca Giannoccaro. As missões ocorrem após o atendimento de algumas imposições, cuja principal é a aceitação, por parte dos países ou das facções envolvidas no conflito, da presença de observadores ou tropas estrangeiras em seu território. A primeira participação do Exército brasileiro ocorreu em 1947, quando observadores militares foram enviados para os Balcãs. Durante os anos 50 e 60, participou com efetivos maiores, integrando forças internacionais de paz no Oriente Médio e no Caribe. A mais longa missão foi no Oriente Médio (UNEF) e durou de 1957 a 1967, com a participação de cerca de 600 homens, que se re-
vezaram em 20 contingentes. Mais presença – Com o novo cenário internacional após o fim da bipolaridade Estados Unidos da América–União Soviética, o Exército foi chamado a respaldar a política externa brasileira, passando a atuar em diversas missões de paz patrocinadas pela Organizações das Nações Unidas (ONU), como em Angola, Moçambique e Timor Leste, além de enviar diversos observadores militares a várias regiões do
1.213
É o número de efetivos do Brasil no Haiti, o maior contingente, seguido pelo Nepal, Sri Lanka e pela Jordânia, com 750 militares cada mundo em conflito. Em 2004, o Exército brasileiro passou a comandar as forças de paz que se encontram no Haiti. A MINUSTAH (Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti) conta com 7.500 homens procedentes de 14 países. O Brasil tem o maior contingente no país – 1.213 efetivos, substituídos a cada seis meses –, seguido pelo Nepal, Sri Lank e pela Jordânia, com 750 militares cada um. Argentina, Chile, Uruguai, Peru, Es-
panha e Marrocos também contribuem com soldados. Entre as diversas atividades dos militares brasileiros no Haiti estão o cumprimento de missões como controle de estradas, a segurança de prédios públicos, o apoio a equipes das Nações Unidas em dificuldades para cumprir suas missões, a segurança de bases militares, a operação de busca e apreensão em cumprimento de mandados judiciais, escoltas de comboios, patrulhamento de bairros da capital Porto Príncipe e ações cívicosociais, como distribuição de alimentos, remédios, água e campanhas de vacinação. Há, no entanto, missões minúsculas, que não ocupam espaço na mídia, como a MARMINAS (Missão de Assistência para a Remoção de Minas na América do Sul). Firmada em 1995 para solucionar o conflito fronteiriço entre o Peru e o Equador, a missão conta hoje com seis brasileiros – dois oficiais da arma de Engenharia do Exército brasileiro e dois oficiais do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha. O Comando de Operações Terrestres (COTER) é responsável pelo preparo das tropas que se destinam às missões de manutenção da paz. São tomadas como referências de preparo as Diretrizes da ONU e os Programas Padrão de Instrução, entre outros documentos. O tempo previsto é de cerca de três meses, dividido em instrução individual (quadros, cabos e soldados) e adestramento. Kety Shapazian
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
André Dusek/AE
1 Cada vez mais aumenta a parcela de esforço da sociedade transferida para o governo. Marcel Solimeo, economista da ACSP
Superávit caiu 46,2% em julho
O
O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, diz que carga fiscal aumentou porque empresas lucraram mais
CARGA FISCAL CHEGA A 37,37% DO PIB EM 2005. UNIÃO LIDERA AUMENTO. Governo atual não cumpre promessa de manter carga tributária do antecessor
A
carga tributária atingiu 37,37% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2005, o que representa um crescimento de 1,49 ponto percentual em relação a 2004, quando alcançou 35,88% do PIB. A arrecadação total no período atingiu R$ 724,11 bilhões. O peso dos tributos federais no bolso dos brasileiros foi de 26,18% do PIB, uma elevação de 1,18 ponto sobre 2004. O percentual equivale a R$ 507,17 bilhões. Segundo o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, apesar do aumento da carga fiscal não houve elevação de impostos nem a criação de novos tributos. "A carga tributária aumentou, mas de maneira saudável", disse, ao admitir que o governo não conseguiu cumprir o compromisso de mantê-la no patamar de 2002 (24,84%), como havia prometido o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci. Bondades – Rachid destacou que, ao contrário de aumentar tributos, o governo tomou medidas de redução que somaram quase R$ 20 bilhões entre 2004 e 2006. Citou como exemplo alguns produtos da cesta básica, materiais de cons-
O contribuinte que cumpria a sua obrigação tributária está pagando tributos na mesma proporção que pagava antes. Jorge Rachid, secretário da Receita Federal
trução e bens de capital. Em 2004, porém, a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), passou a incidir sobre as importações. O secretário da Receita atribuiu o crescimento da carga fiscal, principalmente, à maior lucratividade das empresas, que se refletiu na arrecadação do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL). Ele lembrou que as arrecadações dos dois tributos corresponderam a 8,08% do PIB, o que representa um aumento de 0,76 ponto percentual sobre 2004. A melhor eficiência na fiscalização e o combate à sonegação também foram apontados
como fatores decisivos. "O contribuinte que cumpria sua obrigação tributária está pagando tributos na mesma proporção de antes. Agora, os que não pagavam estão tendo que pagar", disse. De acordo com ele, o espaço para sonegação hoje está muito reduzido, e o risco de ser flagrado pela fiscalização é muito grande. De acordo com o secretário da Receita, o PIB de 2005 foi puxado pela indústria e pelos s e r v i ç o s , s e t o re s q u e t ê m maior incidência de impostos do que a agricultura, que havia sido mais relevante para a economia em 2004. As arrecadações do IR e da contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foram as que mais cresceram em 2005. A receita do IR atingiu R$ 132,28 bilhões ou 6,83% do PIB, um aumento de 0,62 ponto percentual em relação ao ano anterior. A receita da contribuição ao INSS chegou a R$ 108,4 bilhões ou 5,6% do PIB, elevação de 0,29 ponto percentual em relação a 2004. Só esses dois tributos foram responsáveis por uma aumento de 0,91 ponto percentual na carga tributária. (Agências)
Trajetória ascendente virou rotina
O
aumento da carga tributária virou rotina no Brasil. A afirmação é do economista Marcel Solimeo, diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Seja qual for a explicação para a elevação, Solimeo apenas constata: "Cada vez mais aumenta a parcela de esforço da sociedade transferida para o governo". Segundo o economista, as justificativas também se repetem. "Mas o que importa é que a pressão fiscal aumentou", disse. E isso, na sua opinião, representa uma transferência do setor produtivo privado, para o setor público, menos eficiente, "que poderia ser destinado a investimentos e consumo". Na opinião de Solimeo, isso explica o baixo crescimento da economia brasileira, em comparação com outros países semelhantes, apesar do quadro mundial "extrema-
Patrícia Cruz/LUZ
Amaral: promessa não cumprida
mente favorável". Por isso, volta e meia o governo anuncia a desoneração fiscal de alguns setores, "mesmo quando se constata um aumento crescente da carga". Isso, concluiu o economista, mostra que há espaço para redução de tributos, acompanhada por corte nos gastos públicos. Eficiência – O presidente do Instituto Brasileiro de Planeja-
mento Tributário (IBPT), Gilberto Luiz do Amaral, credita o aumento da carga fiscal em 2005 ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), ao melhor desempenho das empresas e maior eficiência na arrecadação, além dos efeitos de aumentos efetuados, anteriormente, no Programa de Integração Social (PIS) e na Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Contudo, para Amaral, esse ganho deveria ser devolvido para a sociedade na forma de redução dos impostos. O presidente do IBPT também criticou o fato de o governo atual não ter cumprido a promessa de não ultrapassar a marca tributária do último ano do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 2002, quando a carga tributária chegou a 35,84% do PIB. "Segundo nossos cálculos, houve um aumento considerável", disse. Sergio Leopoldo Rodrigues
superávit primário (receita menos despesas) do setor público caiu 46,2% em julho, em relação ao mês anterior, e ficou em R$ 5,615 bilhões. O número é o menor para julho desde os R$ 4,319 bilhões de 2003. "O que explica isto é um aumento dos gastos e uma queda das receitas", disse o chefe do Departamento Econômico (Depec) do Banco Central (BC), Altamir Lopes. O pagamento da primeira parcela do 13º salário aos servidores públicos federais, segundo Altamir, foi um dos fatores de elevação das despesas durante o mês passado. Com o abrandamento do esforço fiscal, o resultado em 12 meses, que estava em 4,52% do Produto Interno Bruto (PIB), caiu para 4,33%, reduzindo a folga que existia em relação à meta de 4,25%. Altamir reduziu ao mínimo a possibilidade de o superávit acumulado em um ano vir a ficar abaixo da meta nos
5,61 bilhões de reais foi o valor do superávit primário do setor público em julho, o menor desde 2003.
próximos meses. "Não vejo nenhuma novidade nisso", disse. Em 2004, de acordo com o chefe do Depec, o resultado estava abaixo da meta de 4,5% do PIB entre janeiro e julho, mas ao final daquele ano as contas públicas foram superavitárias em 4,59% do PIB. O fato se repetiu em 2003, segundo Altamir, quando o superávit ficou abaixo da meta de 4,25% do PIB nos meses de janeiro, setembro e outubro. "Ao final, também cum-
primos a meta fixada para aquele ano", disse. Na opinião de um economista do mercado, que pediu para não ser identificado, o governo tem condições de cumprir a meta deste ano, mas para isso terá de haver um controle mais forte dos gastos após as eleições de outubro. Juros – Só com o pagamento de juros das dívidas de janeiro a julho deste ano, o setor público gastou R$ 95,1 bilhões. O valor é o maior da série histórica do BC para o período, iniciada em 1991. De janeiro a julho de 2005, as despesas com juros haviam somado R$ 92,3 bilhões. O resultado da conta de juros fez o saldo nominal do setor público (despesas, incluindo juros, menos receitas) ficar negativo em R$ 32,3 bilhões – valor equivalente a 2,78% do PIB – nos primeiros sete meses deste ano. No mesmo período do ano passado, o déficit foi de R$ 23,5 bilhões. (AE)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
2 -.ECONOMIA/LEGAIS
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
ATAS
DECLARAÇÃO DE PROPÓSITO
EDITAL
FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR
EDITAL DA TOMADA DE PREÇOS Nº 002/2006- FAMESP PROCESSO Nº 783/2006 - FAMESP Acha-se aberta na Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, a Tomada de Preços nº 002/2006-FAMESP, Processo nº 783/2006-FAMESP, que tem como objetivo a Construção de Prédio para Pesquisa Clínica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, envolvendo área de 630,00 metros quadrados. Será realizada visita para esclarecimentos técnicos e administrativos no dia 19 de setembro de 2006, às 9:00 horas, na FAMESP. O envelope nº 01 Documentação e envelope nº 02 - Proposta, serão recebidos até o dia 26 de setembro de 2006, às 8:45 horas, quando será procedida a abertura dos referidos envelopes no dia 26 de setembro de 2006, às 9:00 horas. A Pasta Técnica será fornecida pela Seção de Compras da FAMESP, até o dia 18 de setembro de 2006, até às 17:00 horas. Maiores informações poderão ser fornecidas pela Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680 - ramal 111 - FAX (0xx14) 38821885 - ramal 110, de 2ª a 6ª feira, no telefone acima, durante o expediente normal . Botucatu, 23 de agosto de 2006. Prof. Dr. Pasqual Barretti - Diretor Presidente - FAMESP.
Bradesco Vida e Previdência S.A. CNPJ no 51.990.695/0001-37 - NIRE 35.300.006.020 Grupo Bradesco de Seguros Ata da 53a Assembléia Geral Extraordinária realizada em 30.12.2004 Data, Hora e Local: realizada aos 30 dias do mês de dezembro de 2004, às 13h, na sede social, na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP. Quorum: compareceram, identificaram-se e assinaram o Livro de Presença os representantes da Bradesco Seguros S.A., única acionista da Sociedade. Mesa: Presidente: Samuel Monteiro dos Santos Júnior; Secretário: Marco Antônio Rossi. Verificou-se também a presença dos senhores Cláudio Rogélio Sertório, Ruy Cardoso Vasques e Orlando Octávio de Freitas Júnior, representantes da KPMG Auditores Independentes, GSRA Consultoria Empresarial e Trevisan Auditores Independentes, respectivamente. Convocação: dispensada a convocação por Edital, de conformidade com o disposto no Parágrafo Quarto do Artigo 124 da Lei no 6.404, de 1976, com a seguinte ordem do dia: examinar proposta da Diretoria para absorção de parcela cindida do Patrimônio Líquido do Banco Baneb S.A. pela Sociedade, de conformidade com o disposto nos Artigos 224, 225, 227 e 229 da Lei no 6.404/76, mediante: a) ratificação da indicação dos peritos responsáveis pela Avaliação dos Patrimônios Líquidos das Sociedades; b) exame e aprovação do Instrumento de Protocolo e Justificação de Cisão Total com Versão de Parcelas do Patrimônio em Sociedades Existentes e seus anexos. Deliberações: 1) aprovada, sem qualquer alteração ou ressalva, a proposta da Diretoria, registrada na Reunião daquele Órgão, de 20.12.2004, a seguir transcrita: “Visando promover a reorganização societária, com a racionalização de ativos e passivos transferidos por cisão para a Sociedade, doravante denominada Previdência, conseqüentemente eliminando os custos operacionais, administrativos e legais advindos da manutenção desses ativos e passivos no Banco Baneb S.A., doravante denominado Baneb, vimos propor a absorção de parcela cindida do Patrimônio do Baneb, de conformidade com o disposto nos Artigos 224, 225, 227 e 229 da Lei no 6.404/76. A operação, uma vez autorizada, terá as seguintes características: I. ratificará a nomeação das empresas responsáveis pela avaliação dos Patrimônios Líquidos das Sociedades, em 30.11.2004, conforme segue: a) a valor contábil, KPMG Auditores Independentes - CRC no 2SP014428/O-6 (Baneb); b) a valor contábil e de mercado, GSRA Consultoria Empresarial - CRCRJ no 003160-0 (Previdência); c) a valor de mercado, Trevisan Auditores Independentes - CRC no 2SP013439/ O-5 (Baneb); II. se efetivará em 30.12.2004, utilizando como base Balanços Patrimoniais específicos das Sociedades levantados em 30.11.2004, tendo sido apurados, a valor contábil, os seguintes Patrimônios Líquidos: Baneb - R$2.203.352.445,85 e Previdência - R$2.180.584.664,91; III. as variações patrimoniais verificadas no Baneb, entre a data-base de 30.11.2004 e a da efetivação da cisão (30.12.2004), integrarão os seus movimentos contábeis e, na data do evento, serão transferidas proporcionalmente à Previdência; IV. tendo em vista o valor patrimonial contábil por ação em 30.11.2004 do Baneb - R$0,0141246518 e da Previdência R$14.958,7692159042, a relação de troca será na proporção de 0,0000009442 fração de ação da Previdência para cada ação do Baneb; V. em decorrência da relação de troca mencionada na Cláusula anterior, serão canceladas 1.378.805 (um milhão, trezentas e setenta e oito mil, oitocentas e cinco) ações nominativasescriturais, sem valor nominal, de emissão do Baneb, proporcionalmente às classes existentes e ao Patrimônio Líquido cindido a ser vertido para a Previdência, que resultará na emissão de 1 (uma) ação a ser atribuída ao Banco Alvorada S.A., em função de a relação de troca não assegurar o direito ao recebimento de 1 (uma) ação aos demais acionistas do Baneb; VI. aprovada a operação haverá, em decorrência da versão de parcela do Patrimônio Líquido do Baneb para a Previdência no montante de R$19.475,14 (dezenove mil, quatrocentos e setenta e cinco reais e catorze centavos), aumento do Capital Social na Previdência no valor de R$19.095,44 (dezenove mil, noventa e cinco reais e quarenta e quatro centavos), e R$379,70 (trezentos e setenta e nove reais e setenta centavos) serão levados à conta de “Lucros/Prejuízos Acumulados”, mediante a emissão de 1 (uma) nova ação ordinária, nominativa-escritural, sem valor nominal; VII. as ações detidas pelos acionistas do Baneb que pela aplicação das relações de troca previstas na Cláusula IV, não assegurarem o direito ao recebimento de uma ação da Previdência, serão reembolsadas pelo seu valor patrimonial contábil, também constante da referida Cláusula IV; VIII. para os fins previstos no Artigo 264 da Lei no 6.404/76, informa-se que, caso a relação de troca das ações dos acionistas minoritários do Baneb tivesse sido fixada com base nos valores dos Patrimônios Líquidos a preços de mercado das Sociedades envolvidas em 30.11.2004, a relação de troca seria na proporção de 0,0000009008 fração de ação da Previdência para cada ação do Baneb; IX. aos acionistas do Baneb fica reservado, nos termos dos Artigos 137 e 230 da Lei no 6.404/76, o direito de retirada, mediante o reembolso do valor patrimonial contábil por ação de R$0,0141246518; X. a ação da Previdência a ser atribuída ao Banco Alvorada S.A. fará jus integralmente a dividendos e/ou juros sobre o capital próprio que vierem a ser declarados a partir da data das Assembléias Gerais das Sociedades que aprovar a operação, cujo pagamento deverá ser efetuado após a homologação do respectivo processo pelo Banco Central do Brasil e pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP. Farão jus, também, de forma integral, a eventuais vantagens atribuídas às demais ações; XI. a Previdência, nos termos do Parágrafo Único do Artigo 233 da Lei 6.404/76, será responsável, exclusivamente, pelas obrigações do Baneb, sem solidariedade com aquela Sociedade cindida, diretamente e exclusivamente relacionada com os bens, direitos e obrigações do Patrimônio Líquido cindido por ela incorporado; XII. a operação será submetida à aprovação do Banco Central do Brasil e da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP.”; 2) ratificada a nomeação das empresas responsáveis pela avaliação dos Patrimônios Líquidos das Sociedades, em 30.11.2004, conforme segue: a) a valor contábil, KPMG Auditores Independentes - CRC no 2SP014428/O-6 (Baneb); b) a valor contábil e de mercado, GSRA Consultoria Empresarial - CRC-RJ no 003160-0 (Previdência); c) a valor de mercado, Trevisan Auditores Independentes - CRC no 2SP013439/O-5 (Baneb); 3) aprovado o Instrumento de Protocolo e Justificação de Cisão Total com Versão de Parcelas do Patrimônio em Sociedades Existentes, firmado pelas Sociedades, em 20.12.2004, sem qualquer alteração ou ressalva em seu texto, pelo qual se concretizará a operação, bem como os Laudos de Avaliação, anexos do referido Instrumento, tanto na forma como no teor em que foram redigidos, especialmente quanto aos números neles contidos, cuja transcrição foi dispensada, o qual, rubricado pelos componentes da Mesa e numerado como Anexo I, ficará arquivado na Sociedade, nos termos da alínea “a” do Parágrafo Primeiro do Artigo 130 da Lei no 6.404/76. Na seqüência dos trabalhos, esclareceu o senhor Presidente que: a) considerando que em Assembléia Geral Extraordinária da Sociedade, realizada em 29.12.2004, foi aprovada a incorporação das ações dos acionistas da Bradesco Saúde S.A., com o conseqüente aumento do Capital Social da Sociedade no montante de R$546.531.095,00, com emissão de 36.640 ações ordinárias, nominativas-escriturais, passando portanto o referido Capital Social de R$436.621.904,56 para R$983.152.999,56, representado por 182.413 ações ordinárias, nominativasescriturais, o aumento de capital decorrente da aprovação da operação de incorporação de parcela cindida do Baneb, ora aprovada, no valor de R$19.095,44, com emissão de 1 ação, mensurado na letra “a” da Cláusula VIII do Instrumento de Protocolo e Justificação, resultará em um Capital Social final da Sociedade no valor de R$983.172.095,00, dividido em 182.414 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. Dessa Forma, o Artigo 6o do Estatuto Social da Sociedade passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 6o) O Capital Social é de R$983.172.095,00 (novecentos e oitenta e três milhões, cento e setenta e dois mil e noventa e cinco reais), dividido em 182.414 (cento e oitenta e dois mil, quatrocentas e catorze) ações ordinárias, nominativasescriturais, sem valor nominal.”; b) a Diretoria desta Sociedade fica expressamente autorizada a praticar todos os atos necessários, tomar todas as providências complementares da operação ora aprovada e que as matérias somente entrarão em vigor e se tornarão efetivas depois de homologadas pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP e de estarem atendidas todas as exigências legais de arquivamento na Junta Comercial e publicação. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata, que lida e achada conforme, foi aprovada por todos os presentes, que a subscrevem, inclusive pelos representantes das empresas KPMG Auditores Independentes, GSRA Consultoria Empresarial e Trevisan Auditores Independentes. Assinaturas: Presidente: Samuel Monteiro dos Santos Júnior; Secretário: Marco Antônio Rossi; Acionista: Bradesco Seguros S.A., representada por seus Diretores, senhores Samuel Monteiro dos Santos Júnior e Luiz Tavares Pereira Filho; Empresas Avaliadoras: KPMG Auditores Independentes, representada pelo senhor Cláudio Rogélio Sertório; GSRA Consultoria Empresarial, representada pelo senhor Ruy Cardoso Vasques; Trevisan Auditores Independentes, representada pelo senhor Orlando Octávio de Freitas Júnior. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a Ata encontra-se lavrada no livro próprio, homologada pela Superitendência de Seguros Privados - SUSEP e arquivada conforme segue: “Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob o número 191.593/06-0, em 24.7.2006. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.”. Bradesco Vida e Previdência S.A. aa) Jair de Almeida Lacerda Júnior, Lúcio Flávio Condurú de Oliveira.
FATO RELEVANTE
CONVOCAÇÕES
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 24 de agosto de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Risa Comercial Ltda. - Requerida: Constel Consultoria e Eng. e Arquitetura S/C Ltda. - Av. Nove de Julho, 5.617 – Conj. 96 - 02ª Vara de Falências Requerente: Procred Tecnologia e Fomento Comercial Ltda. - Requerido: Nast Comércio de Ferro e Aço Ltda. - Rua Ipopoca, 159 02ª Vara de Falências Requerente: Dystar Auxiliares Ltda. - Requerida: Têxtil Duomo S/A. - Rua Xavantes, 719 – 6º andar - 01ª Vara de Falências Requerente: Milano Agro Industrial Importadora e Exportadora Ltda. - Requerido: Produovos
Alimentos Ltda. - Rod. Engenheiro Paulo Nilo Romano, km 93 cs 20 - 01ª Vara de Falências Requerente: Unifac Factoring e Fomento Comercial Ltda. - Requerida: Lousano Ind. e Com. de Materiais de Construção Ltda. - Av. Jacú-Pêssego/Nova Trabalhadores, 277 - 02ª Vara de Falências Requerente: Repsol YPF Brasil S/A - Requerido: Capital Transportes Urbanos S/A Rua Nestor de Barros, 289 - 02ª Vara de Falências
EDITAL
FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR
PREGÃO Nº 033/2006-FAMESP/HEB PROCESSONº227/2006-FAMESP/HEB REGISTRO DE PREÇO 021/2006-FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 25 de agosto 2006 a 11 de setembro de 2006, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignoli s/n, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680 - ramal 111 - FAX (0xx14) 3882-1885 - ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/HospitalEstadual Bauru, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PREGÃO Nº 033/2006-FAMESP/HEB - PROCESSO Nº 227/2006-FAMESP/HEB, que tem como objetivo a Contratação de empresa especializada para proceder ao Fornecimento de Material de Escritório (Almofada para carimbo, capa plástica etc...), para o Hospital Estadual Bauru. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 12 de setembro de 2006, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100 - Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. Botucatu, 25 de agosto de 2006. Prof. Dr. Pasqual Barretti - Diretor Presidente - FAMESP.
Sindicato dos Salões de Bilhares de São Paulo CNPJ (MF) nº 53.285.342/0001-61 Edital de Convocação – Assembléia Geral Extraordinária O Presidente da Entidade supra, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo Estatuto, convoca os integrantes da categoria econômica por ela representada, para participarem da Assembléia Geral Extraordinária a ser realizada no dia 30/08/2006, às 14:00 horas, em sua sede social, nesta cidade, a fim de deliberar sobre a seguinte Ordem do Dia: 1) Negociação Coletiva com as entidades representativas da categoria profissional dos comerciários em todo o Estado de São Paulo, nas respectivas datas-base; 2) Negociação Coletiva com as entidades representativas das categorias profissionais diferenciadas nas respectivas datas-base; 3) Discussão e aprovação das contribuições assistencial e confederativa, esta última prevista no artigo 8°, inciso IV, da Constituição Federal. Não havendo, na hora acima indicada, número legal de participantes para a instalação dos trabalhos em primeira convocação, a Assembléia Geral será realizada 1 hora após em segunda convocação, com o quorum legal. S. Paulo, 24 de agosto de 2006. Antonio Rubem Mingues Marcondes, Presidente.
Quer falar com 26.000
Publicidade Comercial - 3244-3344
empresários de uma só vez?
Publicidade Legal - 3244-3643
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
DIÁRIO DO COMÉRCIO
LAZER - 1
CINEMA O olhar feminino, político e poético de uma das precursoras da nouvelle vague. Fotos: Divulgação
A ARTE DE AGNÈS, QUE SEMPRE FICA Rita Alves
A
Acima, personagem de 8 anos de Jacquot de Nantes. Ao lado, Corine Marchand em Cléo de 5 às 7. Abaixo, pôster de Sophia Loren nas ruas de Portugal, clicada pela cineasta.
do registro, a curiosa imagem levou para a tela do cinema um filme que explora o que poderia existir entre o imaginário e o real. Em entrevista concedida no dia 6 deste mês, por ocasião da retrospectiva Agnès Varda – O Movimento Perpétuo do Olhar, a cineasta comenta sobre a obra: "Ulisses é o nome do garotinho que fotografei bastante. Uma dessas imagens, tirada em 1954, me intrigou anos depois, em 1982, e eu fiz um filme. Adoro questionar, sob a forma de filmes, o efeito de uma imagem fixa e compará-la com a magia do cinema". A fotografia inspiradora pode ser vista também no subsolo do Centro Cultural Banco do Brasil, na exposição De Cá, De Lá (por aqui, por ali, em alguns países)com 50 fotografias produzidas por Varda, certamente uma diretora ainda cultuada não só na França, mas em outros pólos cinematográficos, em especial Alemanha e Itália. O olhar peculiar de Varda clicou mundos e classes diferentes agregando poesia ao banal. Anônimos e pessoas de destaques como Fidel Castro, Federico Fellini e o artista plástico Alexander Calder (em cartaz com a mostra Calder no Brasil na Pinacoteca do Estado) fazem parte do mundo em preto e branco flagrado pelas câmeras de Varda nas décadas de 1950 e 1960. Uma voz feminina de sotaque francês pode ser ouvida durante a apreciação das fotografias. Quem procurar pela dona da voz encontrará no mesmo local um vídeo com Agnès Varda em que comenta sobre a mostra, exibida antes na França. Em 1971, por exemplo, a cineasta também ficou conhecida por seu engajamento feminista. Participou do Manifesto das 343 francesas. Na ocasião outras personalidades a acompanharam. As escritoras Simone de Beauvoir e Marguerite Duras e as atrizes Catherine Deneuve e Jeanne Moreau (em cartaz com o filme O Tempo que Resta, abaixo) assinaram uma petição declarando já terem praticado aborto e reclamando a legalização desse tipo de cirurgia. Além de passear pelo terreno da fotografia e do cinema, Agnès Varda mostrou uma outra faceta em 2003: a de artista plástica. A nova artista plástica prosseguiu carreira e a mantém até hoje. Em São Paulo, o público está convidado a conhecer algumas das facetas da artista, contagiada pelo movimento perpétuo da arte. Centro Cultural Banco do Brasil. Rua Álvares Penteado, 112, Centro. Telefone: (11) 3113-3651. Ingresso por sessão: R$ 4.
Tudo simples, como a vida que passa Geraldo Mayrink Califórnia Filmes/Divulgação
adora a avó Laura (Jeanne Moreau), que o embalava antigamente e de quem se sente próximo, "pois você também vai morrer em breve", como ele diz. Fica na cama com vovó, que, como ele sabe, toma oito remédios diferentes por dia e dorme nua. E assim o tempo passa, como diz o título do filme no seu recado. O doente é um desses tipos terminais que povoam tantas obras francesas ("Matei por causa do sol", diz o personagem, numa defesa do ato gratuito, no romance de Albert Canus, O Estrangeiro) e filmes como este. Embora com corpo condenado, Romain é todo cabeça, frio, impassível, acometido por uma náusea existencialista na qual o mundo transborda e ele sobra. François Ozon, o diretor de O Tempo que Resta, sabe disso. Como? Aos 39 anos, o parisiense Ozon é gay e aprendeu com um cineasta esquisito, Eric Rohmer, que tenta filmar o que chama
de "contos morais", e com um crítico notável pelo gosto bizarro, Jean Douchet, que preferia os musicais de Vincente Minelli aos dramas de Orson Welles. Questão de gosto, e o de Ozon que o diga. Este é seu nono filme, alguns de títulos estranhos (G ota d’Água em Pedras Escaldantes), outros simples (Sob a Areia, com Charlotte Ramping) e até um musical-criminal talvez ao gosto de seu mestre Douchet (Oito Mulheres, e entre estas estrelas como Catherine Deneuve e Isabelle Huppert). É um sucesso, com prêmios em festivais pelo mundo afora. Mas O Tempo que Resta não está destinado ao sucesso. É gelado e triste demais. Ozon se propõe a fazer o que chama de "trilogia sobre a morte" (Sob a Areia foi o primeiro, este é o segundo) e fica faltando um sobre a morte de uma criança. Alguém há de produzi-lo. Há dinheiro e gosto para tudo neste mundo que passa.
Para quem gosta destas coisas, O Tempo tem seu interesse. É seco, descarnado, sem piedade nem julgamentos. O personagem não se julga jamais infeliz e, coisa da vida, até se propõe a dar uma de macho fecundando uma mulher de marido estéril, a pedido dela e diante do marido que também participa da cama e lhe agradece. São sentimentos incompreensíveis para o gosto tropical, mas é assim que está na tela. O personagem fala pouco e quando abre a boca é para dizer algo sobre "a falta de heroísmo para desmistificar a idéia romântica da morte que santifica". Parece que quer se reconciliar com ele mesmo. Onde? Tropicalmente, numa praia. Com sandália de dedo, garrafinha de água mineral e areia grudando no corpo magro e branco. Sempre sozinho. Assim descansa em paz, sob um crepúsculo vermelho. Tudo muito simples, como a vida que passa.
ESTRÉIA
A
morte não manda recado, conforme muitos filmes ordinários até em seus títulos, mas o personagem de O Tempo que Resta, Romain (Melvin Poupaud), recebe o seu. Câncer generalizado na cabeça espalhando-se pelo resto do corpo, talvez uns três meses de vida, tudo isso aos trinta anos e uma carreira de fotógrafo pela frente. Não tem amigos. É bonito e cabeludo e não quer ficar careca com quimioterapia, na qual não acredita. Na verdade, não acredita em nada, num mau exemplo que os médicos detestam, o do paciente que se entrega. Não toma remédios nem tem falta de apetitie. Ele é gay, e não parece. O vírus não o pegou. Foi pior, se possível. Não conta nada ao pai, adúltero mas amigo, nem à mãe e irmã, com quem não se dá, e nem ao rapaz louro com quem vive e do qual acaba se separando, inexplicavelmente. E
O movimento perpétuo dos olhos de Varda em momento de pausa
pesar de este ano ter sido um período em que a cidade de São Paulo perdeu algumas, das suas já poucas salas de cinemas de arte, o público que acompanha a programação do Centro Cultural Banco do Brasil não tem do que reclamar. O local, um dos últimos bastiões de mostras cinematográficas da capital, apresenta, até 10 de setembro, Agnès Varda – O Movimento Perpétuo do Olhar. A mostra reúne as preciosidades que a cineasta Agnès Varda, 78, criou ao longo de 50 anos. Além dos 18 longas-metragens e dos 15 curtas, o visitante também poderá assistir a debates, aulas abertas e visitar uma exposição de fotos feitas pela cineasta, no começo de carreira. A curadoria da mostra ficou por conta de Gabriela Campos, Cristian Borges e Inês Aisengart. Segundo Gabriela, o objetivo da retrospectiva é apresentar ao público o trabalho de uma das cineastas precursoras da nouvelle vague. "Os filmes de Agnès Varda foram pouco vistos no Brasil e nunca o País abrigou uma retrospectiva da obra dela. É importante que as pessoas conheçam aquela que reinventou a narrativa documental e a ficção com um olhar feminino, político e poético", enfatiza a curadora. Antes de encantar-se pela sétima arte, Agnès Varda se aventurou pelo mundo da fotografia. A atividade, exercida no início sem nenhuma paixão especial, foi sua primeira profissão. A mudança de perspectiva veio com o tempo e ela acabou de fato apaixonando-se pela imagem inerte, o que rendeu-lhe frutos na arte de fotografar. Mas em 1954, a fotógrafa decidiu dar movimento aos seus registros. O resultado foi La Pointe Courte, seu primeiro longa-metragem. As salas de cinema lotadas e a crítica calorosa da imprensa surpreenderam a então iniciante, casada com o cineasta Jacques Démy (1931-90), diretor de Os Guardas Chuvas do Amor. Depois de um intervalo de dois curtas-metragens, Varda voltou aos longas, em 1961, com o mais popular de seus filmes, Cléo de 5 às 7 . A protagonista é a bela cantora Cléo que vaga por Paris enquanto espera o resultado de seus exames médicos. A dúvida – está ou não com câncer? – altera as escolhas e o olhar da cantora em relação à vida. Foi depois de um olhar de 22 minutos de duração sobre uma intrigante fotografia tirada em 1954 que nasceu a idéia para o filme Ulisses, feito em 1982. A foto registra uma cabra morta, uma criança e um homem nu de frente para o mar. Depois de mais de 20 anos
O Tempo que Resta (Le temps qui reste, França, 2005, 85 minutos). Direção François Ozon. Com Christian Sengewald, Daniel Duval, Henri de Lorme, Jeanne Moreau, Louise-Anne Hippeau, Marie Rivière, Melvil Poupaud, Valeria Bruni Tedeschi. Mais cinema na página 2
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
ECONOMIA/LEGAIS - 3
INDIANA SEGUROS S.A. CNPJ nº 61.100.145/0001-59 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Prezados Senhores: Submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Financeiras relativas ao primeiro semestre do exercício de 2006, de acordo com as normas da legislação societária e as expedidas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados e a Superintendência de Seguros Privados. Conseguimos consolidar as reformulações iniciadas há dois anos, com a manutenção de custos comerciais e administrativos em patamares mais baixos, notadamente nos ramos de Auto e RC, nossas principais carteiras. Os resultados obtidos durante o semestre, permitiram a distribuição de juros sobre
o capital próprio. As metas previstas em Nosso Planejamento Estratégico tem sido cumprida com o apoio crescente de nossos colaboradores. No primeiro semestre de 2006, demos continuidade aos trabalhos de auditoria interna visando à avaliação da qualidade dos controles e, conseqüentemente, o aprimoramento no gerenciamento de riscos corporativos. Os trabalhos de auditoria interna tem como base os elementos identificados pelo COSO (The Committee of Sponsoring Organizations – Comitê das Organizações Patrocinadoras), os quais fortalecem o conceito de Governança Corporativa. A
Balanços Patrimoniais em 30 de Junho de 2006 e 2005 ( Em Milhares de Reais) ATIVO Circulante ................................................................................................. Disponível.................................................................................................. Caixa e Bancos ......................................................................................... Aplicações................................................................................................ Títulos de Renda Fixa .............................................................................. Quotas de Fundos de Investimentos ........................................................ Outras Aplicações ..................................................................................... Créditos de Operações com Seguros e Resseguros ........................... Prêmios a Receber ................................................................................... Operações Com Seguradoras .................................................................. Operações Com Resseguradoras ............................................................ Outros Créditos Operacionais................................................................... (-) Provisão para Riscos de Créditos ........................................................ Títulos e Créditos a Receber .................................................................. Titulos e Créditos a Receber .................................................................... Créditos Tributários e Previdenciários....................................................... Outros Créditos ......................................................................................... (-) Provisão para Riscos de Créditos ........................................................ Outros Valores e Bens ............................................................................ Bens a Venda............................................................................................ Outros Valores .......................................................................................... Despesas Antecipadas .......................................................................... Administrativas .......................................................................................... Despesas de Comercialização Diferidas ............................................... Seguros e Resseguros ............................................................................. Realizável a Longo Prazo ....................................................................... Aplicações................................................................................................ Títulos de Renda Fixa .............................................................................. Créditos das Operações com Seguros e Resseguros ......................... Outros Créditos Operacionais................................................................... Títulos e Créditos a Receber .................................................................. Créditos Tributários e Previdenciários...................................................... Depósitos Judiciais e Fiscais .................................................................... Despesas de Comercialização Diferidas ............................................... Seguros e Resseguros ............................................................................. Permanente .............................................................................................. Investimentos .......................................................................................... Outros Investimentos ................................................................................ (-) Provisão para Desvalorização.............................................................. Imobilizado............................................................................................... Imóveis ...................................................................................................... Bens Móveis ............................................................................................. Outras Imobilizações ................................................................................ (-) Provisão para Desvalorização.............................................................. (-) Depreciação ......................................................................................... Diferido ..................................................................................................... Despesas de Organização, Implantação e Instalação .............................. (-) Amortizações ....................................................................................... TOTAL ......................................................................................................
2006 _________ 322.981 _________ 940 _________ 940 184.229 _________ 21.459 162.720 50 85.718 _________ 84.032 224 923 785 (246) 5.170 _________ 786 4.151 686 (453) 9.919 _________ 9.556 363 105 _________ 105 36.900 _________ 36.900 26.381 _________ 7.337 _________ 7.337 103 _________ 103 15.630 _________ 8.585 7.045 3.311 _________ 3.311 7.705 _________ 29 _________ 210 (181) 7.520 _________ 4.190 6.743 381 (371) (3.423) 156 _________ 1.060 (904) _________ 357.067 _________
2005 _________ 268.821 _________ 411 _________ 411 150.732 _________ 21.194 129.481 57 76.757 _________ 74.979 422 744 788 (176) 2.867 _________ 953 1.211 1.208 (505) 5.463 _________ 5.097 366 83 _________ 83 32.508 _________ 32.508 14.976 _________ 3.124 _________ 3.124 94 _________ 94 8.849 _________ 6.282 2.567 2.909 _________ 2.909 7.622 _________ 29 _________ 300 (271) 7.324 _________ 4.190 5.830 381 (371) (2.706) 269 _________ 1.192 (923) _________ 291.419 _________
PASSIVO Circulante .................................................................................................
2006 _________ 266.068 _________
2005 _________ 217.749 _________
Contas a Pagar ........................................................................................ Obrigações a Pagar ................................................................................. Impostos e Encargos Sociais a Recolher ................................................ Provisões Trabalhistas ............................................................................. Provisão para Impostos e Contribuições ................................................. Outras contas a Pagar .............................................................................
32.616 _________ 12.498 6.178 3.008 7.718 3.214
14.294 _________ 910 5.951 2.677 1.217 3.539
Débito de Operações com Seguros e Resseguros .............................. Prêmios a Restituir .................................................................................. Operações com Seguradoras .................................................................. Operações com Resseguradoras ........................................................... Corretores de Seguros e Resseguros ..................................................... Outros Débitos Operacionais...................................................................
15.307 _________ 60 668 3.023 854 10.702
14.227 _________ 54 614 3.600 1.359 8.600
Depósitos de Terceiros ...........................................................................
3.996 _________
2.219 _________
Provisões Técnicas - Seguros e Resseguros ....................................... Ramos Elementares e Vida em Grupo Provisão de Premios não Ganhos ........................................................... Sinistros a Liquidar .................................................................................. Provisão de Sinistros Ocorridos mas não Avisados ................................
214.149 _________
187.009 _________
160.148 37.398 16.603
145.236 25.811 15.962
Exigível A Longo Prazo...........................................................................
16.893 _________
12.769 _________
Contas a Pagar ........................................................................................ Provisão para Tributos Diferidos ..............................................................
851 _________ 851
863 _________ 863
Provisões Técnicas - Seguros e Resseguros........................................ Ramos Elementares e Vida em Grupo Provisão de Premios não Ganhos ...........................................................
11.382 _________
9.542 _________
11.382
9.542
Outros Passivos Contingentes .............................................................. Contingências Fiscais ............................................................................. Contingências Trabalhistas ...................................................................... Contingências Cíveis ...............................................................................
4.660 _________ 2.162 267 2.231
2.364 _________ 1.794 565 5
Patrimônio Líquido.................................................................................. Capital Social .......................................................................................... Reservas de Capital ................................................................................ Reservas de Reavaliação ........................................................................ Reservas de Lucros ................................................................................. Ajustes com Títulos e Valores Mobiliários ............................................... Lucros Acumulados ................................................................................. TOTAL ......................................................................................................
74.106 _________ 34.000 12.100 1.652 21.605 (9) 4.758 _________ 357.067 _________
60.901 _________ 34.000 12.100 1.746 2.113 7 10.935 _________ 291.419 _________
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras
Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido dos Semestres Findos em 30 de Junho de 2006 e 2005 (Em Milhares de Reais) Capital Social __________ Descrição Saldos em 31 de dezembro de 2004 ............................. 34.000
Reservas de _________________________________________________________ Lucros _________________________ Capital Reavaliação Estatutária Legal _________ _____________ ____________ ________ 12.100 2.099
Ajustes com Títulos e Valores Mobiliários ______________ (393)
Lucros Acumulados _____________ 10.675
Total __________ 58.481
Reserva de Reavaliação Constituição....................................................................
-
-
1.746
-
-
-
-
1.746
Títulos e Valores Mobiliários .........................................
-
-
-
-
-
400
-
400
Resultado Líquido do Semestre....................................
-
-
-
-
-
-
274
274
Proposta p/ Distribuição do Resultado Reserva Legal ............................................................... __________-
_________-
_____________-
____________-
14 ________
______________-
(14) _____________
__________-
Saldos em 30 de Junho de 2005 ................................... __________ 34.000
12.100 _________
1.746 _____________
____________-
2.113 ________
7 ______________
10.935 _____________
60.901 __________
7
-
69.094 (42)
Saldos em 31 de dezembro de 2005 .............................
34.000
12.100
1.711
18.754
2.522
Reserva de Reavaliação Realização......................................................................
-
-
(59)
-
-
-
17
Títulos e Valores Mobiliários .........................................
-
-
-
-
-
(16)
-
(16)
Resultado Líquido do Semestre....................................
-
-
-
-
-
-
6.570
6.570
Proposta p/ Distribuição do Resultado Reserva Legal ............................................................... Juros sobre o Capital Próprio (R$ 0,109 por ação) ....... __________-
_________-
_____________-
____________-
329 ________-
______________-
(329) (1.500) _____________
(1.500) __________
Saldos em 30 de Junho de 2006 ................................... __________ 34.000 12.100 1.652 18.754 2.851 (9) _________ _____________ ____________ ________ ______________ As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras
4.758 _____________
74.106 __________
Itaberaba Participações S/C Ltda., holding da família Afif Domingos, mantém com a Bradesco Auto/ RE Cia. de Seguros, Acordo de Acionistas que estabelece critérios de administração, política de dividendos e direito de preferência na aquisição de ações, entre outras disposições típicas de acordos da espécie. Nossos agradecimentos aos clientes, corretores, parceiros, funcionários, e, também à SUSEP e ao IRB-Brasil Resseguros S/A, pelo apoio recebido. São Paulo, 08 de agosto de 2006. Conselho de Administração e Diretoria.
Demonstrações dos Resultados dos Semestres findos em 30 de Junho de 2006 e 2005 (Em Milhares de Reais) 2006 2005 _________ _________ Prêmios Retidos ...................................................................................... _________ 171.497 153.670 _________ Prêmios de Seguros ................................................................................ _________ 184.321 163.771 _________ Prêmios Diretos ......................................................................................... 186.060 164.926 Prêmios de Co-Seguros Aceitos .............................................................. 754 496 Prêmios de Co-Seguros Cedidos ............................................................. (2.327) (1.824) Prêmios Estimados.................................................................................... (166) 173 Prêmios Cedidos em Resseguros ......................................................... (3.144) (3.193) Prêmios de Retrocessões....................................................................... 67 1 Prêmios Cedidos a Consórcios e Fundos ............................................ (9.747) (6.909) Variação das Provisões Técnicas ........................................................... _________ (5.635) (12.666) _________ Prêmios Ganhos ...................................................................................... _________ 165.862 141.004 _________ Sinistros Retidos ..................................................................................... _________ (105.551) (97.141) _________ Sinistros Diretos ........................................................................................ (106.874) (95.832) Sinistros de Co-Seguro Aceito e Retrocessão.......................................... (123) (182) Sinistros de Consórcios e Fundos ............................................................ (5.740) (4.122) Serviços de Assistência............................................................................ (4.938) (8.902) Recuperação de Sinistros ......................................................................... 3.056 1.540 Salvados e Ressarcimentos ..................................................................... 10.469 10.659 Variação da Provisão de Sinistros Ocorridos mas não Avisados ............. (1.401) (302) Despesas de Comercialização .............................................................. _________ (39.050) (33.932) _________ Comissões ................................................................................................ (28.900) (23.856) Recuperação de Comissões ..................................................................... 725 1.066 Outras Despesas de Comercialização...................................................... (13.098) (13.067) Variação Das Despesas de Comercialização Diferidas ............................ 2.223 1.925 Outras Receitas e Despesas Operacionais........................................... _________ (381) 816 _________ Outras Receitas Operacionais .................................................................. 8.740 8.364 Outras Despesas Operacionais ................................................................ (9.121) (7.548) Despesas Administrativas ...................................................................... _________ (24.566) (22.433) _________ Despesas com Tributos ........................................................................... _________ (5.443) (4.485) _________ Resultado Financeiro .............................................................................. _________ 19.477 16.543 _________ Receitas Financeiras ................................................................................. 21.578 18.269 Despesas Financeiras ............................................................................... (2.101) (1.726) Resultado Operacional ........................................................................... _________ 10.348 372 _________ Resultado Não Operacional.................................................................... _________ 257 129 _________ Resultado Antes dos Impostos e Participações .................................. _________ 10.605 501 _________ Imposto de Renda .................................................................................. (1.851) (80) Contribuição Social ................................................................................ (692) (33) Participações sobre o Resultado .......................................................... (1.492) (114) Lucro Líquido dos Semestres ................................................................ _________ 6.570 274 _________ Quantidade de Ações ................................................................................ 13.750 13.750 Lucro Líquido por Ação ............................................................................ 0,48 0,02 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras
Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos dos Semestres findos em 30 de Junho de 2006 e 2005 (Em Milhares de Reais) 2006 2005 _________ _________ Lucro Liquido dos Semestres ................................................................ _________ 6.570 274 _________ Depreciações e Amortizações................................................................... 589 488 Lucro na Venda de Imobilizado ................................................................. (188) (129) = Lucro Liquido Ajustado ....................................................................... _________ 6.971 633 _________ Atividades Operacionais Variação das Aplicações ........................................................................... (22.320) (11.566) Variação dos Créditos das Operações ..................................................... (786) (6.280) Variação de Títulos e Créditos a Receber ................................................. (5.361) (1.523) Variação de Outros Valores e Bens ........................................................... (1.159) 574 Variação das Despesas Antecipadas ........................................................ (54) (44) Variação das Despesas de Comercialização Diferidas ............................. (2.223) (1.924) Variação de Contas a Pagar ...................................................................... 13.106 2.815 Variação de Débitos de Operações com Seguros e Resseguros ............. (1.431) 723 Variação de Depósitos de Terceiros .......................................................... (159) (357) Variação de Provisões Técnicas - Seguros e Resseguros ........................ 14.014 16.846 Variação de Outros Débitos ...................................................................... 6 863 Variação de Outros Passivos Contingentes ............................................. 1.826 400 Variação de Ajustes de TVM (PL) ............................................................. (16) 241 Variação da Reserva de Reavaliação ....................................................... (42) 1.746 Caixa Líquido (Consumido) / Gerado nas Atividades Operacionais .. _________ (4.599) 2.514 _________ Atividades de Investimento Recebimento pela venda de ativo permanente ........................................ 288 278 Pagamento pela compra de ativo permanente.......................................... (813) (820) Reavaliação de Imóveis ............................................................................. (2.608) Caixa Líquido (Consumido) nas Atividades de Investimento ............. _________ (525) (3.150) _________ Atividades de Financiamento Juros sobre o capital proprio ..................................................................... (1.500) Caixa Líquido (Consumido) nas Atividades de Financiamento.......... _________ (1.500) _________Aumento/(Diminuição) nas Disponibilidades ...................................... _________ 347 (3) _________ Disponibilidades no Início do Semestre .................................................... 593 414 Disponibilidades no Final do Semestre ..................................................... 940 411 Aumento / (Diminuição) nas Disponibilidades ..................................... _________ 347 (3) _________ As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras
Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras - Semestres Findos em 30 de Junho de 2006 e 2005 (Em Milhares de Reais) 1. Contexto Operacional - A Seguradora tem por objetivo a exploração de seguros dos ramos elementares riscos sobre créditos é constituída para cobrir eventuais perdas na realização dos créditos, sendo e de vida. 2. Apresentação e elaboração das demonstrações financeiras - As Demonstrações constituída para os valores de prêmios vencidos por mais de 60 dias. f) Permanente - Demonstrado ao Financeiras foram elaboradas em consonância com as práticas contábeis emanadas da legislação valor de aplicação ou custo de aquisição, combinado com os seguintes aspectos: • Os imóveis foram societária brasileira e normas do Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP e da Superintendência reavaliados em junho de 2005, nos termos da legislação vigente. A mais valia apurada no processo de de Seguros Privados - SUSEP e estão sendo apresentadas segundo critérios estabelecidos pelo novo reavaliação foi registrada na forma determinada em regulamentação da SUSEP (vide nota 14). O saldo a plano de contas instituído pela Circular SUSEP nº 314/05, que introduziu alterações na classificação das depreciar da reavaliação, em 30 de junho de 2006, é de R$ 2.504; • As depreciações do imobilizado são contas contábeis e principalmente, na apresentação das origens e aplicações de recursos. Em decorrência, calculadas pelo método linear, com base na vida útil estimada dos bens, às taxas anuais de 4% para alguns dos saldos e valores do semestre findo em 30 de junho de 2005, anteriormente publicados, foram imóveis, 10% para móveis e utensílios e 20% para equipamentos e veículos; e • As amortizações do reclassificados com o objetivo de proporcionar melhores condições de comparabilidade. 3. Resumo das diferido, que se referem aos gastos com instalações, estão sendo calculadas à taxa de 10% ao ano, pelo principais práticas contábeis - a) Apuração do resultado - O resultado é apurado pelo regime contábil método linear, e reconhecidas a partir do momento em que os benefícios começaram a ser gerados. g) de competência e os prêmios de seguros e suas correspondentes despesas de comercialização, são Provisões Técnicas - As provisões técnicas são constituídas e calculadas em consonância com as reconhecidos no resultado de acordo com o período decorrido de vigência do risco coberto. As operações determinações e os critérios estabelecidos na Resolução CNSP nº 120/04. A provisão de prêmios não de cosseguro aceito, retrocessão e do convênio DPVAT, são contabilizadas com base nas informações ganhos é constituída pela parcela de prêmio do seguro retido correspondente ao período de risco ainda recebidas das congêneres, do IRB-Brasil Resseguros S.A. e da Federação Nacional de Seguros Privados não decorrido. A provisão de prêmios não ganhos relativa às operações de retrocessão é constituída com – FENASEG, respectivamente. A provisão para imposto de renda é calculada à alíquota de 15% sobre o base em informações recebidas do IRB Brasil Resseguros S.A. A provisão de sinistros a liquidar é lucro tributável, acrescida de adicional de 10% sobre o valor excedente ao limite anual de R$ 240, e a constituída por estimativa de pagamentos prováveis, líquidos de recuperações, determinada com base nos provisão para contribuição social, à alíquota de 9%. b) Estimativas contábeis - A elaboração de avisos de sinistros recebidos até a data do balanço e atualizada monetariamente nos termos da legislação. demonstrações financeiras, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, requer o registro de As provisões para riscos vigentes e não emitidos, para insuficiência de prêmios e para sinistros ocorridos certos valores por estimativa. Essas estimativas são estabelecidas com base em premissas e pressupostos mas não avisados são calculadas com base em cálculos atuariais realizados por atuário externo, os quais estabelecidos pela Administração. Ativos e passivos significativos registrados em bases estimadas incluem: levam em conta a experiência histórica e metodologias previstas em Notas Técnicas Atuariais. É constituída as provisões técnicas, o valor de realização dos ativos, provisões para contingências, as receitas de provisão para fazer face à encargos futuros com o Consórcio DPVAT, com base em informes emitidos pela prêmios e custos de comercialização com conhecimento do risco após o decurso do período de cobertura, Administração do Consórcio. Sobre os valores constituídos, são calculados e provisionados juros à razão dentre outros. A liquidação das transações envolvendo estimativas poderá resultar em valores diferentes de 6% a.a., a débito da conta de “Despesas Financeiras”. Essa provisão é apresentada, no passivo dos estimados, devido à imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A Administração revisa circulante, na rubrica “Provisão de Sinistros Ocorridos mas não Avisados” e seu valor, em 2006, foi os pressupostos e premissas, pelo menos, semestralmente. c) Apresentação dos ativos e passivos - Os acrescido de incremento extraordinário calculado pelo Consórcio DPVAT no montante de R$ 817. Nos ativos são demonstrados pelos valores de realização, incluindo os rendimentos auferidos e provisão para termos da Resolução CNSP nº 61/01, a Seguradora deve realizar, anualmente, uma avaliação atuarial de perdas quando, aplicável. Os passivos são demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos suas carteiras. h) Contingências – As contingências ativas e passivas são constituídas mediante avaliação quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridos. d) Títulos e Valores individualizada das probabilidades de perda por parte da assessoria jurídica interna e externa da Mobiliários - São classificados segundo a intenção da Administração em mantê-los até o seu vencimento Seguradora. Eventuais contingências ativas não são reconhecidas até que sua realização seja considerada ou negociá-los antes dessa data. Os títulos a serem mantidos até o vencimento são valorizados pelo valor certa. As contingências passivas são provisionadas quando a probabilidade de perda é avaliada como investido acrescido dos rendimentos incorridos. Os títulos sujeitos à negociação antes de seu vencimento provável, e seja mensurável, conforme critérios estabelecidos no pronunciamento NPC nº 22 do Instituto têm o seu valor contábil ajustado ao valor de mercado. O ajuste ao valor de mercado, para mais ou para dos Auditores Independentes do Brasil – IBRACON. 4. Mudança de práticas contábeis - a) Salvados - A menos, é reconhecido no resultado do período (títulos classificados na categoria “para negociação”) ou em partir de agosto de 2005, os salvados a recuperar relativos a sinistros avisados do ramo “Automóveis”, conta específica do Patrimônio Líquido, líquido dos efeitos tributários, sendo transferido para o resultado do decorrentes de perda total por colisão e pendentes de liquidação por, no máximo 6 meses, passaram a ser período quando da venda dos respectivos títulos e valores mobiliários ( títulos classificados na categoria reconhecidos em bases estimadas com base na experiência histórica observada pela Seguradora. b) “disponíveis para venda”).Os títulos que compõem a carteira dos fundos de investimento exclusivos, em Assistência 24 horas - Nos termos da Resolução CNSP nº 102/2004 e da Circular SUSEP nº 310/2005, consonância com o que dispõe a regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários, são classificados os custos com serviços de assistência 24 horas e cobertura de vidros contratados junto a terceiros e segundo instruções emitidas pelo cotista exclusivo para o Administrador do fundo, nas categorias “para repassados aos segurados passaram a ser registrados somente em contas patrimoniais. O novo critério negociação” ou “mantidos até o vencimento”. O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado passou a ser adotado a partir de setembro de 2005 para renovações e novas apólices. Os saldos, em 30 da seguinte forma: (i) Títulos públicos: com base nos preços unitários do mercado secundário divulgados de junho de 2006, das contas patrimoniais são de R$ 4.163 no ativo e R$ 9.961 no passivo. Anteriormente pela ANDIMA; (ii) Quotas de fundos de investimentos: valor da quota divulgada, pelos Administradores dos os valores pagos aos prestadores de serviços eram apresentados na demonstração do resultado em conta fundos, na data do balanço. Os rendimentos decorrentes da valorização das quotas são registrados no especifica do grupo “Sinistros retidos” e os valores cobrados dos segurados apresentados como receita de resultado do exercício; e (iii) Os certificados de depósitos bancários são mantidos ao custo acrescido dos prêmios no grupo “Prêmios Retidos”. Os custos relativos a apólices em vigor, cuja emissão ocorreu antes rendimentos incorridos o qual se aproxima ao valor de mercado por estarem seus rendimentos atrelados de setembro de 2005, continuam a ser registradas nessas contas. c) Riscos vigentes e não emitidos - A ao CDI. Os títulos classificados como “para negociação” são apresentados no ativo circulante, partir de 1º. de janeiro de 2006, as receitas de prêmios, e correspondentes despesas de comercialização, independentemente do seu vencimento. Os títulos classificados como “disponíveis para venda” e “mantidos relativos a riscos vigentes ainda sem emissão das respectivas apólices, passaram a ser reconhecidos no até o vencimento” são apresentados no ativo circulante e realizável a longo prazo de acordo com o seu resultado do período de início da cobertura, em bases estimadas. Até 31 de dezembro de 2005, essas vencimento. e) Créditos de Operações de Seguros e Outras Contas a Receber - Representam os estimativas contemplavam somente as operações de seguros de vida e transporte. O efeito dessa alteração valores contratados pendentes de recebimento, em razão do parcelamento do prêmio, acrescidos dos foi um aumento das receitas com prêmios diretos em R$ 3.209 das despesas de comercialização em R$ respectivos juros, custo de apólice, do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e das coberturas 738, das variações das provisões técnicas e das despesas de comercialização diferidas em R$ 2.796 e R$ acessórias. Os juros cobrados sobre o parcelamento de prêmios de seguros são diferidos para apropriação 643, respectivamente, gerando um aumento do lucro do primeiro semestre de 2006, antes de impostos e no resultado no mesmo prazo do parcelamento dos correspondentes prêmios de seguros. A provisão para participações de R$ 318. 5.Títulos e Valores Mobiliários 2006 2005 ___________________________________________________________________________________________________________ _____________ Faixas de Vencimento (Em dias) Valor investido Valor de Ganhos/ (Perdas) _____________________________________________ Categorias Até 180 181 a 365 Acima de 365 atualizado mercado não realizados Valor contábil ________ _________ ______________ ______________ __________ ________________ _____________ Para negociação Quotas de fundos de investimentos exclusivos Letras do tesouro nacional.............................................. 50.000 324 50.324 50.324 9.083 Letras financeiras do tesouro.......................................... 25.260 63.360 88.620 88.825 205 120.398 Notas do tesouro nacional .............................................. 23.571 23.571 23.571 Certificado de depósito bancário................................. 3.812 12.073 15.885 15.885 13.180 Disponível para venda ................................................... Letras financeiras do tesouro ..................................... ________ 3.709 1.865 7.351 12.925 12.911 (14) 11.138 _________ ______________ ______________ __________ ________________ _____________ Total das aplicações ...................................................... ________ 82.781 13.938 94.606 191.325 191.516 191 153.799 _________ ______________ ______________ __________ ________________ _____________ Encontram-se vinculados em garantia de ações judiciais, em 30 de junho de 2006, letras financeiras do tesouro no montante de R$ 1.218, registradas na rubrica “Títulos de Renda Fixa”. 6. Patrimônio Líquido - a) Capital Social - É composto por 13.750.000 ações, sendo 6.875.000 ações ordinárias divididas em 3.368.750 da classe A e 3.506.250 da classe B; e 6.875.000 ações preferenciais divididas em 4.881.250 da classe A e 1.993.750 da classe B. As ações preferenciais não têm direito a voto, mas têm prioridade no reembolso do capital. As diferentes classes de ações ordinárias conferem aos seus detentores poder diferenciado de escolha de membros do Conselho de Administração. É assegurado aos acionistas um dividendo mínimo correspondente a 25% do lucro líquido de cada exercício social, ajustado de acordo com a legislação societária. Os dividendos são refletidos nas demonstrações financeiras quando sua distribuição é deliberada pelos acionistas. b) Juros Sobre o Capital Próprio - A Administração refletiu nas demonstrações financeiras sua proposta de distribuição de juros sobre o capital próprio (JCP) calculados de acordo com a Lei nº 9.249/95, no montante de R$ 1.500. Tais juros foram registrados na rubrica “Despesas Financeiras” e, para fins de apresentação das demonstrações financeiras foram reclassificados para a rubrica “Lucros Acumulados”, conforme determina a Circular SUSEP nº 314/05. O montante creditado a título de JCP reduziu a base de cálculo do imposto de renda e contribuição social gerando um efeito tributário de R$ 510. 7. Créditos Tributários e Provisões para Tributos a. Imposto de Renda e Contribuição Social Imposto de renda Contribuição social ________________ _________________ 2006 2005 2006 2005 _______ _______ _______ _______ Lucro antes dos impostos e participações ......................... 10.605 501 10.605 501 Participações ....................................................................... (1.492) (114) (1.492) (114) Juros sobre capital próprio.................................................. _______ (1.500) _______(1.500) ______________ Resultado ajustado ........................................................... _______ 7.613 _______ 387 7.613 _______ 387 _______ Adições: Temporárias ...................................................................... 6.458 368 6.458 368 Permanentes .................................................................... 140 8 140 8 Exclusões:............................................................................ _______ (12) _______ (28) _______ (12) _______ (28) Base de cálculo antes das compensações ................... 14.199 735 14.199 735 Compensação de prejuízo fiscal/base negativa ........... _______ (4.260) _______(4.260) ______________ Lucro tributável do semestre........................................... 9.939 735 9.939 735 Impostos correntes ........................................................... 2.473 172 895 66 (-) Incentivos fiscais (PAT) .................................................. (60) Créditos tributários Créditos fiscais sobre adições temporárias .................... (1.614) (92) (581) (33) Reversão s/ prejuízos fiscais e base negativa ................ 1.065 383 Reversão s/ realização da reserva reavaliação .............. _______ (13) _______(5) ______________ Encargos tributário líquido .............................................. _______ 1.851 _______ 80 692 33 _______ _______ b. Provisões passivas - (i) Provisão para impostos e contribuições - circulante 2006 2005 _________ _________ Imposto de renda ...................................................................................... 2.413 172 Contribuição social ................................................................................... 895 66 PIS/COFINS ............................................................................................. _________ 4.410 979 _________ Total ......................................................................................................... _________ 7.718 1.217 _________ (ii) Provisão para tributos diferidos – longo prazo Corresponde aos tributos devidos sobre a reserva de reavaliação (vide nota 14) cujo efeito fiscal se materializa quando realizada por depreciação ou baixa dos bens reavaliados. c. Créditos Tributários 2006 2005 ________________________ ________________________ Circulante Longo prazo __________ Circulante ____________ Longo prazo __________ ____________ Antecipações Imposto de renda .................................. 1.978 92 Contribuição social ................................ 732 36 Previdência social.................................. 31 Outros .................................................... 7 Sobre prejuízos fiscais (1) Imposto de renda .................................. 1.025 794 2.391 Contribuição social ................................ 378 289 847
2006 2005 ________________________ ________________________ Sobre adições temporárias (2) Circulante Longo prazo __________ Circulante ____________ Longo prazo __________ ____________ Imposto de renda .................................. 2.761 915 Contribuição social ................................ 994 340 Créditos tributários a recuperar (3) ..... __________- ____________ 4.830 __________- ____________ 1.789 4.151 8.585 1.211 6.282 __________ ____________ __________ ____________ (1) Estudos econômico-financeiros indicam que os créditos tributários sobre prejuízos fiscais e bases negativas de contribuição social originados no exercício de 2004 serão realizados integralmente no exercício corrente. (2) Créditos fiscais sobre provisões para contingências, para riscos de crédito e outras registradas contabilmente, mas que serão dedutíveis somente quando realizadas ou revertidas. (3) Corresponde a tributos e contribuições recolhidos, cuja exigibilidade foi questionada judicialmente tendo-se obtido decisões favoráveis em última instância com trânsito em julgado. Em algumas das ações, os valores pleiteados pela Seguradora estão sendo questionados pela parte contrária. Nesses casos, os valores ativados correspondem ao valor mínimo reconhecido judicialmente pela parte contrária. Do saldo total, R$ 3.176 (R$ 1.789 em 2005) refere-se a contribuições ao PIS e Finsocial e R$ 1.287 a INSS. 8. Ramos de Atuação Prêmios Ganhos Sinistralidade - (%) Comercialização - (%) _________________ _________________ ___________________ Ramos 2006 2005 2006 2005 2006 2005 _______ _______ _______ _______ _______ _______ Automóveis / RCF.................. 144.594 122.921 64,50 72,36 23,76 23,98 DPVAT ................................... 8.914 6.325 83,11 69,55 0,98 1,20 Compreensivo Empresarial .. 2.876 2.777 49,44 34,32 45,41 40,76 Compreensivo Residencial .. 2.597 2.249 37,47 39,08 43,17 42,20 Vida em Grupo ..................... 2.218 2.103 68,44 28,63 28,67 31,67 Prestamistas .......................... 1.590 1.672 9,31 6,8 44,53 42,17 Outros .................................... _______ 3.073 _______ 2.957 26,50 42,24 27,19 31,28 _______ _______ _______ _______ 165.862 141.004 63,64 68,89 23,54 24,06 9 . Detalhamento de Contas da Demonstração de Resultado a. Despesas Administrativas 2006 2005 _________ _________ Despesas com pessoal ............................................................................. 16.416 15.017 Despesas com serviços de terceiros ......................................................... 2.828 2.589 Despesas com localização e funcionamento ............................................ 4.975 4.643 Outras ....................................................................................................... _________ 347 184 _________ Total .......................................................................................................... 24.566 22.433 b. Despesas com Tributos COFINS .................................................................................................... 4.301 3.469 PIS ............................................................................................................ 699 564 Taxa de fiscalização .................................................................................. 213 214 Outros ....................................................................................................... _________ 230 238 _________ Total .......................................................................................................... 5.443 4.485 c. Despesas de Comercialização Comissões (líquidas) ................................................................................. 28.175 22.790 Outras despesas de comercialização........................................................ 13.098 13.067 _________ _________ Total .......................................................................................................... 39.050 33.932 d. Receitas Financeiras Rendimento de aplicações de renda fixa .................................................. 13.539 11.679 Juros sobre fracionamento de prêmios .................................................... 7.791 6.314 Outras ....................................................................................................... _________ 248 276 _________ Total ......................................................................................................... 21.578 18.269 e. Despesas Financeiras Encargos financeiros sobre provisão IBNR............................................... 817 316 Com operações de Seguros ...................................................................... 278 328 CPMF ........................................................................................................ 955 939 Outras ........................................................................................................ _________ 51 143 _________ Total .......................................................................................................... 2.101 1.726
f. Outras Receitas Operacionais 2006 2005 _________ _________ Receita com custo de apólices .................................................................. _________ 8.740 8.364 _________ Total .......................................................................................................... 8.740 8.364 g. Outras Despesas Operacionais Despesas com inspeções de riscos ......................................................... 1.994 1.837 Despesas com cobrança ........................................................................... 350 353 Despesas com encargos sociais ............................................................... 85 71 Despesas com administração de apólices ............................................... 84 94 Despesas com incentivos a produção....................................................... 2.165 2.531 Despesas com material de expediente ..................................................... 1.062 715 Despesas com proteção ........................................................................... 363 616 Despesas com eventos ............................................................................. 498 492 Despesas FENASEG ................................................................................ 264 177 Provisão para riscos de créditos ............................................................... 137 402 Despesas com contingências .................................................................... 1.645 Outras ........................................................................................................ _________ 474 260 _________ Total .......................................................................................................... 9.121 7.548 h. Resultado não operacional Inclui principalmente resultado positivo na alienação do imobilizado, no valor de R$ 188 (R$ 129 em 2005). 10. Provisões Técnicas e Despesas de Comercialização Diferidas Sinistros Despesas de Sinistros a Ocorridos mas Comercialização PPNG Liquidar não Avisados Diferidas ________________ ________________ _______________ _______________ 2006 2005 2006 2005 _______ 2006 _______ 2005 2006 _______ 2005 _______ _______ _______ _______ _______ Patrimonial ...... 7.022 5.846 1.283 664 219 148 2.686 2.304 Automóveis ..... 160.244 144.043 33.426 23.155 14.990 14.522 35.952 31.321 Pessoas .......... 4.247 4.867 1.736 1.053 1.270 1.082 1.570 1.789 Demais ............ 17 _______ 22 _______ 953 _______ 939 _______ 124 _______ 210 _______ 3 _______ 3 _______ Total................ 171.530 _______ 154.778 _______ 37.398 _______ 25.811 _______ 16.603 _______ 15.962 _______ 40.211 _______ 35.417 _______ 11. Contingências a. Movimentação das provisões para contingências Outros passivos contingentes __________________________________________________________ Saldo em Baixas Saldo em Depósitos ______________________ 31.12.2005 Adições Pagamento Estorno 30.06.2006 Judiciais _________ _________ ___________ _________ ___________ __________ Fiscais .......... 1.981 181 2.162 5.274 Trabalhistas .. 848 125 (706) 267 37 Cíveis ........... _________ 5 _________ 2.309 ___________ (83) _________- ___________ 2.231 __________ 547 Total............. 2.834 2.615 (83) (706) 4.660 5.858 Sinistros ....... 1.187 (*) __________ Total............. 7.045 (*) Refere-se a processos judiciais de sinistros contabilizados na rubrica “Sinistros a liquidar” b. Detalhamento das contingências por probabilidade de perda Valor em risco Valor provisionado _____________________________________ ________________________________ Qde ________ Provável Possível Remota ______ Total Provável Possível Remota Total _____ _______ _______ ________ ________ _______ ______ Fiscais ........... 2 2.162 2.162 2.162 - 2.162 Trabalhistas ... 28 267 1.059 179 1.505 267 267 Cíveis ............ _____ 1.210 ________ 2.231 _______ 1.675 _______ 2.480 ______ 6.386 ________ 2.231 ________- _______- ______ 2.231 Total.............. _____ 1.240 ________ 2.498 _______ 4.896 _______ 2.659 ______ 10.053 ________ 2.498 ________ 2.162 _______- ______ 4.660 c. Descrição resumida das principais ações - A Seguradora contesta judicialmente a exigibilidade de certos tributos e contribuições. Até a obtenção de sentença final favorável, esses encargos estão sendo provisionados na forma da legislação que instituiu a exigibilidade, levando em consideração o conceito de obrigação. As principais discussões são: ICMS sobre salvados - estão provisionados os valores no montante de R$ 1.661 (R$ 1.410 em 2005) e depositados judicialmente pelo valor de R$ 1.647 (R$ 1.397 em 2005); Contribuição Social sobre FGTS envolvendo a Lei Complementar nº 110 art. I e II, cujos valores estão provisionados no montante de R$ 501 (R$ 384 em 2005). A Seguradora está discutindo a constitucionalidade da Lei nº 9718/98 e obteve perante o Tribunal Regional Federal da 3ª região, em fevereiro de 2006, liminar para depositar em juízo o valor relativo ao Cofins, cujos valores estão provisionados na rubrica “Provisão para impostos e contribuições” no montante de R$ 4.301 e depositados em juízo no montante de R$ 3.627. As ações trabalhistas referem-se a ações movidas por ex-funcionários e por ex-prestadores de serviços que pleiteiam o vínculo empregatício, enquanto que as ações cíveis referem-se a reclamações por danos morais oriundas das ações de sinistros. Essas ações (trabalhistas e cíveis) encontram-se em diversas fases de tramitação, motivo pelo qual a previsão de desembolso fica prejudicada. O provisionamento é efetuado com base na classificação de risco de perda de cada ação. d. Contingências ativas - A Companhia é parte ativa em processos judiciais de natureza fiscal em que pleiteia a devolução ou direito de compensação de certos tributos que, segundo entende, recolheu indevidamente por força de exigências que carecem de legitimidade jurídica. Os processos encontram-se em fase inicial ou intermediária de tramitação e as chances de êxito, segundo avaliação dos consultores jurídicos que assessoram a Companhia, são possíveis ou remotas. Os valores envolvidos não são significativos e seu reconhecimento contábil se dará se e quando as correspondentes ações forem julgadas favoravelmente à Companhia em caráter definitivo. 12.Transações com partes Relacionadas - A Seguradora mantém com sua acionista, Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros e empresas a ela ligadas operações realizadas em condições de mercado em termos de preços, prazos e outras condições. As principais operações estão resumidas a seguir: • Operações de Cosseguro Cedido – Os prêmios alcançaram no semestre R$ 2.318 (R$ 371 em 2005) e as comissões, R$ 570 (R$ 91 em 2005). Os saldos em 30 de junho de 2006, decorrente dessas operações, estão classificados nas contas “Cosseguro Cedido Emitido” no passivo (R$ 733 em 2006 e R$ 645 em 2005) e “Operações com Seguradoras” no ativo (R$ 188 em 2006 e R$ 138 em 2005). • Administração da carteira de investimentos e de fundos de investimentos exclusivos pela BRAM – Bradesco Asset Management Ltda. Os custos com taxas de administração pagas no semestre somaram R$ 23 (R$ 18 em 2005), estando classificados na conta “Despesas Financeiras Eventuais”. O saldo a pagar é de R$ 4 (R$ 3 em 2005). • Os saldos bancários montam R$ 243 (R$ 314 em 2005) e estão registrados na rubrica “Caixa e bancos”. 13. Plano de Previdência Complementar - A Seguradora é patrocinadora de plano de aposentadoria complementar para os seus funcionários na modalidade de contribuição definida, no regime financeiro de capitalização, instituído em junho de 2004 e administrado pela Bradesco Vida e Previdência S.A. As contribuições no semestre totalizaram R$ 191 (R$ 285 em 2005). 14. Reavaliação de Imóveis - A Seguradora, com base no laudo de avaliação elaborado pela Caixa Econômica Federal em 18 de maio de 2005, registrou reavaliação de 36 salas de sua propriedade no imóvel sito a Rua Boa Vista, nº 254. A reavaliação foi realizada com base nos dispositivos da Circular SUSEP nº 260/2004. Os resultados da reavaliação foram contabilizados a crédito da conta “Reserva de Reavaliação” no patrimônio líquido, pelo valor líquido dos efeitos tributários, apurado conforme segue: Valor contábil ( líquido das depreciações )........................................................................... R$ 1.412 Valor total da avaliação......................................................................................................... ________ R$ 4.020 Resultado positivo da reavaliação.................................................................................... R$ 2.608 Realização acumulada ........................................................................................................ (R$ 104) Tributos provisionados ......................................................................................................... (R$ 887) Tributos já incorridos ............................................................................................................ ________ R$ 35 Valor líquido creditado à reserva ...................................................................................... R$ 1.652 A despesa de depreciação da reavaliação registrada a débito do resultado do semestre foi de R$ 52. 15. Patrimônio Líquido Ajustado e Margem de Solvência R$ ______________________ 2006 2005 _________ _________ Patrimônio Líquido ................................................................................. 74.106 60.901 Despesas Antecipadas .............................................................................. (105) (83) Créditos Tributários (nota 7c) ................................................................... (1.403) (4.321) Ativo Diferido ............................................................................................. _________ (156) (269) _________ Patrimônio Líquido Ajustado (1) ........................................................... 72.442 56.228 a) 0,20 Prêmio Retido anual médio (últimos 12 meses) ........................... 67.550 59.559 b) 0,33 Sinistro Retido anual médio (últimos 36 meses) ........................... _________ 61.736 56.395 _________ Margem de Solvência (2) – maior entre (a) ou (b) ................................ 67.550 59.559 Suficiência/(Insuficiência) (1) – (2) ........................................................ 4.892 (3.331) 16. Ativos Vinculados - Os seguintes ativos, apresentados abaixo pelos seus valores contábeis, encontram-se vinculados à SUSEP em garantia de provisões técnicas: 2006 2005 _________ _________ Letras Financeiras do Tesouro Nacional – LFTs ....................................... 11.677 11.138 Certificados de Depósito Bancário – CDBs .............................................. 15.782 13.180 Quotas de Fundos de Investimentos - Renda Fixa ................................... 145.044 109.299 Imóveis ...................................................................................................... 1.239 3.668 Direitos Creditórios .................................................................................... _________ 63.026 61.080 _________ Total .......................................................................................................... 236.768 198.365 Para fins de cálculo do valor a vincular, direitos creditórios a vencer, no montante de R$ 63.026 (R$ 61.080 em 2005), foram considerados como dedução das provisões técnicas. Continua =>
DIÁRIO DO COMÉRCIO
2 -.LAZER
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006 Leonardo Rodrigues/Hype
CINEMA Documentário e livros celebram aviador Divulgação
O Homem Pode Voar: história do aviador de chapéu amassado que fez sua glória em Paris
DUMONT-BIS Cirque du Soleil: no canal A&E, três espetáculos da trupe
75 minutos de triunfos do "pai da aviação"
TELEVISÃO
Geraldo Mayrink
D
Toda criança aprende isso na escola, mas as cenas das criações do inventor, balões ou aviões, são tão raras que se imaginavam perdidas para sempre. Acreditava-se mesmo que todas as imagens em movimento de Santos Dumont existentes no mundo não somariam mais que dois minutos de projeção. Isso seria um descaso monumental, mais um da triste falta de memória nacional, mas a lenda não era verdadeira. Pois aqui estão 75 minutos mostrando o "pai da aviação" em seus momentos de triunfo, além de sua voz pronunciando um discurso em francês numa solenidade em que era homenageado. Para chegar a isto, a pequena equipe comandada pelo diretor Nelson Hoineff, jornalista, critico de cinema e produtor de televisão,
izem que há poucas estátuas nas praças públicas brasileiras, embora não nos faltem heróis. Um deles é o personagem do documentário Santos Dumont – O Homem Pode Voar, que lhe dedica uma estátua em imagens, a primeira homenagem que o cinema brasileiro presta a um dos mais famosos e queridos vultos do País. A ausência em parte se explica porque o mineiro Alberto Santos Dumont, dandy endinheirado, com seus trajes elegantes e seu inacreditável chapéu que parece sempre amassado, fez sua glória em Paris, fabricando e voando em dirigíveis e, depois, no avô de todos os aviões, o 14-Bis, no evento de outubro de 1906, quase centenário. A proeza exigiu mais de dez tentativas, ante um público frustrado que já começava a ir embora até que finalmente a geringonça elevou-se a cem metros e entrou para a História.
trabalhou dois anos, procurando imagens onde quer que estivessem. Elas estavam nos arquivos da Gaumont e da Pathé, em Paris, no Instituto Smithsonian, em Washington, e em coleções particulares, no Brasil, e muitas delas são inéditas, incluindo três minutos do vôo praticamente completo de outra invenção de Santos Dumont, o avião Demoiselle. O brasileiro não foi o único sonhador dedicado a construir objetos voadores e seus rivais em pioneirismo, os irmãos americanos Wright, são mencionados, mas o filme não é para especialistas e evita a polêmica. Para brasileiros e franceses (que batizaram de Santos Dumont várias ruas e praças em Paris) a questão está mais que resolvida, fazendo jus ao gênio do homem que também inventou o
Prêmios e circo
relógio de pulso, para que pudesse usar as duas mãos a bordo de suas obras. Restauradas com grande perícia, as imagens do documentário lembram inevitavelmente cenas de comédias do cinema mudo, principalmente das roupas dos personagens da alta sociedade parisiense, a qual Santos Dumont pertencia. Elas têm o máximo de luminosidade possível. Permanece na sombra o fim de Santos Dumont, em 1932, cujo atestado de óbito registra ataque cardíaco, embora ele andasse abatido com o uso de sua invenção para fins militares e por isso se matou. Voar, para ele, parecia antes de tudo um ato de coragem mas também de alegria.
Regina Ricca
S
aiu, dormiu e perdeu o último capítulo da segunda temporada de Lost (foto) na segunda-feira? Ok, o DVD da série será lançado em breve, dia 13 de setembro, mas o canal AXN tem uma boa notícia a dar aos fãs dessa saga de mistérios: amanhã, sábado, 26, das 14h às 20h, vai ao ar uma maratona com os cinco últimos episódios da série - que a partir da terceira temporada contará com o galã brasileiro Rodrigo Santoro no elenco. Também não conseguiu ingresso para ver as peripécias acrobáticas dos artistas do Cirque du Soleil? Vai aí outra boa notícia então: de hoje, sexta (25) a domingo (27), o canal A&E vai exibir, sempre às 22h, três espetáculos diferentes do repertório da trupe canadense. Hoje, vai ao ar o espetáculo Varekai, com o qual o Soleil excursionou pelos EUA em 2003. O show tem como cenário uma floresta e no topo de um vulcão existe um mundo extraordinár io, chamado Varekai. A história começa quando um jovem solitário cai do céu, é acolhido pelas sombras da floresta mágica e sai em busca de aventuras. No sábado confira o maravilhoso espetáculo que a trupe, dessa vez composta por 250 artistas, realizou pelas ruas de Montreal, o Midnight Sun. O evento foi visto por mais de 200 mil espectadores, fascinados com o show de coreografias, luzes, cores e som. Por fim, confira o espetáculo La Nouba no domingo, que conta com um elenco internacional de mais de 70
Santos Dumont - O Homem Pode Voar (Brasil, 2006, 75 minutos). Direção: Nelson Hoineff. Riofilme.
NOS LIVROS
Santos=Dumont: pioneirismo e polêmicas Lúcia Helena de Camargo
N
este centenário do primeiro vôo com o 14 Bis, surgem vários livros com versões, esclarecimentos e revisões históricas. Santos=Dumont – Um herói brasileiro (Editora Arindiúva, 240 páginas, R$ 29), escrito pelo advogado Antônio Sodré, é uma biografia que pretende, segundo o autor "destacar o caráter humano do aviador brasileiro, desmistificar os erros sobre sua vida e esclarecer pontos polêmicos". O nome escrito dessa forma, Santos igual a Dumont, foi a forma do aviador de sinalizar que os sobrenomes materno e paterno tinham igual importância. Com prefácio de Roberto Dualibi, a obra conta a vida do aviador brasileiro, desde a sua infância na fazenda Arindiúva, no interior de São Paulo, até o seu último vôo com a Demoiselle, em janeiro de 1910, sempre em tom ufanista. "Aos 24 anos, o nosso herói voara pela primeira vez em sua vida e em sua
cabeça fervilhavam idéias sobre como melhorar o vôo e, principalmente, como torná-lo dirigível", é a frase que finaliza o capítulo A fase dos balões. Romance - Entre as polêmicas que envolvem o do aviador, o autor é taxativo ao afirmar que ele não era homossexual, como já se publicou.
Compara-o a Ayrton Senna, sobre quem também pairavam comentários a respeito da orientação sexual, e diz: "Santos=Dumont namorou Yolanda (Penteado), a desejou como mulher e a possuiu, envolvendo-a num romance que os fizeram felizes por alguns meses, sem mágoas, sem rancores". O autor dedica um capítulo à
disputa com os irmãos Wright, para reafirmar o pioneirismo do brasileiro. E o livro traz ainda páginas com fotos e desenhos dos inventos mais relevantes, além de um mapa de Paris com as rotas percorridas pelo aviador. Pioneirismo - Em outro lançamento, Conexão Wright Santos Dumont (Editora Record, 386 páginas, R$ 42,90), o autor Salvador Nogueira mistura fatos com elementos de romance para construir a biografia de Santos Dumont. Ao contrário da obra de Sodré, questiona o pioneirismo do brasileiro em relação ao invento. Aos que ignoram o vôo dos irmãos Wright, o autor reserva a pecha de "nacionalistas tupiniquins", e afirma: "As pequenas peças, trazidas por seus geniais criadores, contribuíram para que se partisse do aeroplano cru dos Wright e se chegasse à máquina com que Santos-Dumont sempre sonhara. Dizer que fulano ou sicrano é ‘o criador’ não faz justiça à história. Foi uma revolução coletiva."
artistas de diferentes partes do mundo. Estão lá também os brasileiros Katya Guimarães e Ana Luiza Rehder (balé aéreo na seda), Marcos de Jesus (monociclo e bicicleta) e Carlos Márcio Moreira (show aéreo). Outro programão para o sofá no sábado (26), às 22h: sintonizar no Telecine Premium para ver ou rever o filme ganhador do Oscar deste ano: Crash - No Limite (EUA/ALE-2004). Vencedor também nas categorias melhor roteiro original e edição, o filme que tem no elenco Sandra Bullock, Brendam Fraser, Matt Dillon, Thandie Newton e Ryan Philipe marcou a estréia na direção do roteirista Paul Haggis, que também assina a história e é um dos produtores. A narrativa conduz o espectador a um roubo de um carro por dois assaltantes negros, seguido de acidente. A partir daí, pessoas de diversas origens étnicas e classes sociais têm suas vidas cruzadas em Los Angeles. Ainda no mundo dos astros e estrelas da capital mundial do cinema, sintonize às 20h, no domingo, no canal Sony par a a c o m p anhar a exibição do 58° Emmy, o Oscar da televisão americana e veja se alguma de suas séries favoritas vai ser premiada. Os seriados Will & Grace (9 indicações), Grey's Anatomy (8 – entre elas, melhor série dramática), Desperate Housewives (7) e American Idol (7) são os que concorrem em mais categorias. Lost (olha aí ela de novo) recebeu oito indicações à estatueta, incluindo ator convidado em série dramática (Henry Ian Cusick, como Desmond).
Fox Film/Divulgação
Imagenet/Divulgação
Pandora Filmes/Divulgação
OUTRAS ESTRÉIAS
D
om Hélder - O Santo Rebelde (Brasil, 2004, 74 minutos). O documentário que traz Érika Bauer na direção mostra a vida de Dom Hélder Câmara (foto à esquerda), um dos líderes político-religiosos mais importantes e polêmicos do Brasil no século 20. Sua participação como figura central da ala progressista da Igreja Católica e seu combate à ditadura militar são os enfoques do longa, com imagens raras e depoimentos.
M
iami Vice (Miami Vice, Estados Unidos, 2006, 134 minutos). Michael Mann (O InformanteeColateral) está na direção da adaptação da famosa série de TV dos anos de 1980. A dupla de detetives (foto acima) é formada por Colin Farrel (Alexandre) e Jamie Foxx (Ray) que têm a missão de acabar com uma gangue de criminosos do narcotráfico internacional. Pelo caminho, são surpreendidos por uma bela mulher, amante de um dos chefões.
T
rair e Coçar é só Começar (Brasil, 2006, 93 minutos). Depois de 20 anos ininterruptos em cartaz, o fenômeno teatral Trair e Coçar é só Começar chega aos cinemas brasileiros. Inspirada no gênero vaudeville, a comédia traz Adriana Esteves interpretando a empregada Olímpia (foto), responsável pelas grandes trapalhadas de um condomínio. Cássio Gabus Mendes, Bianca Byington e Ailton Graça estão no longa dirigido por Moacyr Góes.
Europa
L
Filmes/
Divulga
ção
emming - In 130 minu stinto Animal (L tos). O su emming moderno , 2005, icídio c esposa m asal Bénédicte e de uma mulher n França, N a u ic risco seu da de comportam olas altera a roti casa do na dos d relaciona ento, e a ois m ca a ser inva dida por ento. Além disso ba colocando em . A , a casa d pequeno Lemmin ad gs s ro distingu . Diante da situaç edores, conhec upla passa ir se os L id ã o os com , B éné emming s são visõ dicte (foto) já nã o o sabe es ou rea lidade.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4 -.LEGAIS
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
Continuação =>
INDIANA SEGUROS S.A. CNPJ nº 61.100.145/0001-59
Conselho de Administração
Diretoria GUILHERME AFIF DOMINGOS - Diretor Presidente
GUILHERME AFIF DOMINGOS - Conselheiro
CLAUDIO AFIF DOMINGOS - Conselheiro
CLAUDIO AFIF DOMINGOS - Diretor Vice-Presidente
SAMUEL MONTEIRO DOS SANTOS JUNIOR - Conselheiro
IVAN LUIZ GONTIJO JUNIOR - Conselheiro
MARCOS MACHINI - Diretor
HUMBERTO DAL ROVERE - Contador - CRC-1SP 124.191/O-2
Ao Conselho de Administração e aos Acionistas da Indiana Seguros S.A. - São Paulo - SP Examinamos os balanços patrimoniais da Indiana Seguros S.A. levantados em 30 de junho de 2006 e 2005 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos,
considerando a relevância dos saldos, o volume das transações e os sistemas contábil e de controles internos da Seguradora; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Seguradora, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. As provisões técnicas foram determinadas com base em cálculos atuariais, efetuados por atuário externo. Nossa opinião, no que se refere a estas provisões, é fundamentada, exclusivamente, no parecer do referido atuário. Em nossa opinião, com base em nossos exames e no parecer do atuário externo, conforme mencionado no parágrafo anterior, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente,
LUIZ CARLOS TRABUCO CAPPI - Conselheiro-Presidente RICARDO SAAD AFFONSO - Conselheiro GERHARD DUTZMANN - Atuário Miba – MTPS-GB 345
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES
EDITAL
em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Indiana Seguros S.A. em 30 de junho de 2006 e 2005, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 7 de agosto de 2006
José Rubens Alonso Contador CRC 1SP104350/O-3
Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6
COMUNICADOS
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
FDE AVISA:
FDE AVISA:
TOMADAS DE PREÇOS
PREGÃO PRESENCIAL Nº 48/0039/06/05 OBJETO: AQUISIÇÃO DE ESTAÇÕES DE TRABALHO, SWITCH, ESTABILIZADORES E SERVIÇOS DE INSTALAÇÃO DE CABEAMENTO E REDE ELÉTRICA. A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para aquisição de estações de trabalho, switch, estabilizadores e serviços de instalação de cabeamento e rede elétrica, para uso nas Escolas Estaduais de Ensino – “Projeto em Tempo Integral”. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 25/08/2006, na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – CEP 01121-900 – São Paulo/SP, de segunda a sextafeira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http:// www.fde.sp.gov.br. O credenciamento do representante das proponentes e o recebimento dos Envelopes “Proposta” e “Documentos de Habilitação” ocorrerão na sede da FDE, no endereço acima mencionado, às 09:30 horas do dia 11/09/2006. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital. Willian Sampaio de Oliveira Diretor Executivo
Retificação da publicação de 24-08-2006, em FDE AVISA Nas Tomadas de Preços nº 05/1831/06/02; 05/1832/06/02; 05/1835/06/02; 05/1836/06/02, onde se lê: Data de Abertura: 12/09/2006, respectivamente: às 10:30; 14:00; 15:00 e 16:00, leia-se corretamente: Data de Abertura 14/09/2006, respectivamente: às 10:30; 14:00; 15:00 e 16:00. Nas Tomadas de Preços nº 05/1837/06/02; 05/1948/06/02; 05/1797/06/02, onde se lê: Data de Abertura: 13/09/2006, respectivamente: às 09:30; 10:30 e 14:00, leia-se corretamente: Data de Abertura: 15/09/2006, respectivamente: às 09:30; 10:30 e 14:00. Ficam mantidas as demais condições do aviso inicial.
ABERTURA DE LICITAÇÃO PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO ABERTURA DE LICITAÇÃO SITE: www.riopreto.sp.gov.br REPUBLICAÇÃO PARA DEVOLUÇÃO DE PRAZO DA CONCORRÊNCIA Nº 028/2.006 - Objeto: Empreitada de mão-de-obra com fornecimento de materiais para execução de pavimentação asfáltica, guias e sarjetas e correlatos nas ruas do Minidistrito Adail Vetorazzo. Ficam redesignadas as datas de Encerramento p/o dia 27/09/06 e Abertura p/ o dia 28/09/06, às 08:30 h a realizar-se na sala da Comissão Mun. de Licitações, 2º andar do Paço Municipal.
Quer falar com 26.000 empresários de uma só vez? Publicidade Comercial 3244-3344 Publicidade Legal 3244-3799
ALÉM DE POUCAS VAGAS DISPONÍVEIS, QUEM ESTÁ EMPREGADO RECEBEU MENOS NO MÊS DE JULHO
RENDA EM QUEDA, DESEMPREGO EM ALTA
A
Paulo Liebert/AE - 17/08/2004
No mês passado, foram geradas 84 mil vagas, o que representou uma sobra de 2,43 milhões de pessoas
Volks aceita reunião com governo
A
pedido do governo, a direção da Volkswagen do Brasil se reunirá, na próxima segunda-feira, com os ministros do Trabalho, Luiz Marinho, e da Casa Civil, Dilma Rousseff, para esclarecer a ameaça de fechamento da fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, feita pela montadora no início desta semana. Também participará do encontro o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Demian Fiocca. A montadora será representada pelo vice-presidente de Recursos Humanos, Josef-Fidelis Senn. O presidente da companhia, Hanz-Christian Maergner, estará na Alemanha. A reunião foi sugerida pelo presidente Lula.
Ontem à tarde, em São Paulo, Marinho disse que insistirá na idéia de cancelar o empréstimo de R$ 497,1 milhões que o BNDES concederá à Volks caso a empresa mantenha o plano de demitir 3,6 mil pessoas na fábrica Anchieta. Na quartafeira, porém, Fiocca afirmou que as demissões não estão relacionadas ao projeto para o qual o dinheiro foi aprovado e ainda não liberado. Marinho disse ser conselheiro do banco e garantiu que iniciará discussões sobre o assunto na instituição. "O governo não está admitindo o fechamento da unidade, tanto que está chamando a Volkswagen para discutir e entender as razões da montadora", disse. "O dinheiro do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) financia
o BNDES. Na minha avaliação como ministro, não cabe liberar dinheiro do BNDES para financiar empresa que diz que vai fechar unidade no Brasil." Blefe — Sobre o número de demissões, Marinho disse que certamente o sindicato e a empresa chegarão a um acordo. "Há algum tempo, a Volks também insinuou o fechamento de fábricas e depois fez acordo para dar garantia de empregos por cinco anos", disse. Para o ministro, que é funcionário licenciado da companhia, a montadora pode estar blefando. "A Volkswagen é uma grande empresa, está no Brasil há muitos anos e certamente continuará no País." Para ele, o momento do setor automotivo não combina com fechamento de fábricas. (AE)
GÁS: RETOMADA CONVERSA COM BOLÍVIA vice-presidente da O Bolívia, Álvaro García Linera, cumpriu ontem sua Ó RBITA TÊXTEIS Empresas terão linha especial de crédito, criada para os setores afetados pela alta do real.
ARGENTINA
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
VarigLog tenta impedir reunião da Anac
L
Varejo antecipa a venda de artigos de Natal
L
de calçados e produtos da linha branca (geladeiras, fogões, etc). (AE)
A TÉ LOGO
L
Argentina quer que o A Brasil limite, de forma voluntária, as exportações
missão de "eliminar os ruídos" nas relações com o Brasil, acirrados pelo teor do decreto de nacionalização do setor de gás e petróleo. Ao final de duas reuniões no Palácio do Planalto, Linera concordou com a retomada das negociações entre a estatal YPFB e a
Petrobras no início de setembro e disse que deverão ser concluídas no prazo, em novembro. Embora a Petrobras afirme que não há risco de interrupção no fornecimento de gás natural da Bolívia, está em elaboração no Ministério de Minas e Energia um plano de emergência para o caso de faltar o combustível. (AE)
EUA insinuam deixar Brasil e Índia fora do SGP
queda de 0,7% no rendimento médio dos trabalhadores das seis principais regiões metropolitanas do País em julho em relação a junho foi a primeira ante mês anterior depois de cinco meses consecutivos de alta, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados ontem. O gerente da pesquisa mensal de emprego do IBGE, Cimar Azeredo, disse que esse recuo foi puxado pela região metropolitana de São Paulo, onde o rendimento médio caiu 2% em julho ante junho, sob impacto, especialmente, do grupo dos empregados com carteira (-1,1%). Segundo ele, como normalmente o rendimento dos trabalhadores com carteira assinada é maior do que o do restante dos grupamentos, quando há queda neste indicador, toda a média é puxada para baixo. Além disso, São Paulo, que responde por cerca de 40% dos ocupados nas seis regiões pesquisadas, tem peso muito forte na pesquisa. A região de Recife também apresentou queda na renda média em julho ante junho (-5%), mas com peso menor na média das seis regiões. Trabalho – Em relação ao emprego, o mercado de trabalho foi "menos favorável" em julho do que em junho, segundo avaliação de Azeredo. "Alguma coisa no mercado de trabalho não vai bem, vamos tentar explicar isso com os resultados das próximas pesquisas." Pelos dados divulgados on-
tem, a taxa de desemprego de 10,7% em julho é a maior apurada desde abril de 2005. Segundo Azeredo, a variação da taxa em relação a junho (10,4%) "não é estatisticamente significativa", mas completa um período de cinco meses em que o desemprego está "engessado em patamar mais elevado do que no ano passado". De acordo com o técnico, a expectativa para o mercado de trabalho em 2006 seria de queda na taxa de desemprego a partir de maio, mas isso não
10,7 por cento foi a taxa de desemprego registrada pelo IBGE em julho, a maior apurada desde abril do ano passado.
ocorreu. "Há uma maior pressão sobre o mercado, com mais pessoas procurando trabalho, e não são geradas vagas suficientes para absorver (essa pressão)", avaliou Azeredo. Em julho, o número de pessoas desocupadas cresceu 3,9% ante o de junho, o que significou um acréscimo de 90 mil pessoas procurando trabalho. O número de ocupados cresceu apenas 0,4% no período,
com geração de 84 mil vagas, o que levou à "sobra" de 2,43 milhões de profissionais nas seis regiões. Desse modo, o número de desocupados retorna ao patamar de julho de 2004. Azeredo disse que a pesquisa não tem instrumentos que possibilitem afirmar qual o motivo do aumento da procura por emprego que pressionou a taxa de desemprego, mas disse que isso pode estar relacionado à proximidade das eleições, com a expectativa de geração de vagas, e à redução de 0,7% no rendimento de junho para julho, o que pode ter levado mais pessoas de uma mesma família a procurar trabalho para ajudar no orçamento doméstico. Acumulado – Apesar da alta na taxa de desemprego em julho (10,7%), em relação à registrada em julho de 2005 (9,4%), a taxa média nos sete primeiros meses ficou inalterada em 2005 e 2006. Segundo o IBGE, a taxa de desemprego média apurada no período de janeiro a julho de 2006 foi de 10,2%, exatamente a mesma observada em igual período de 2005. Essa taxa é inferior à apurada em iguais períodos de 2004 (12,1%) e 2003 (12,3%). Além disso, o rendimento médio também continua em alta no indicador acumulado, apesar da queda de 0,7% registrada em julho ante junho. Nos sete primeiro meses deste ano, o rendimento médio nas seis regiões metropolitanas pesquisadas ficou em R$ 1.018,14, com variação de 4,2% ante igual período de 2005. (AE)
Marinho questiona dados do IBGE
O
ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse ontem que os números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que indicam aumento do desemprego (leia reportagem acima) refletem apenas a situação de algumas regiões metropolitanas, e não a realidade do mercado de trabalho em todo o País. "A tendência é justamente a contrária", afirmou Marinho. "Os números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Demitidos do Ministério do Trabalho) mostram situação oposta. As pesquisas sobre mercado de trabalho no Brasil são limitadas, porque refletem apenas a situação de algumas regiões metropolitanas." O Caged tem dados sobre o mercado formal de trabalho e computa informações sobre contratações e demissões de
empregados fornecidas ao Ministério do Trabalho pelas empresas. Os dados, portanto, são diferentes dos obtidos pelo IBGE, que refletem também a realidade do mercado informal da economia nacional. De acordo com o Caged, as empresas criaram 154.357 empregos com carteira assinada no mês passado, 31,4% a mais do que em julho de 2005. Mas em relação a junho último, quando 155.455 vagas haviam sido abertas, o total diminuiu. De janeiro a julho, o número de novos empregos formais chegou a 1,078 milhão, número também um pouco inferior ao de igual período de 2005 (1,083 milhão). Mesmo assim, Marinho afirmou que as contratações vêm se acelerando e que a expectativa do governo é de que o número de empregos formais no País, neste ano, venha a superar um pouco o
de 2005, quando foi criado 1,253 milhão de postos. "Relativizar" — Por isso, segundo o ministro, é preciso que os dados da pesquisa do IBGE sejam relativizados. "Temos que relativizar essa dramaticidade. Não dá para pegar a situação de uma região e achar que acabou o mundo", afirmou Marinho, enfatizando que a economia brasileira tem mostrado solidez. Segundo ele, em 3 anos e 7 meses do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva já foram criados 4,5 milhões de empregos formais. Além disso, afirmou o ministro, se forem incluídos os servidores públicos, esse número sobe para 6,23 milhões. Marinho disse acreditar que, até o fim do ano, incluindo também o mercado informal, o saldo positivo de criação de empregos em quatro anos seja de 8,5 milhões. (AE)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
LAZER - 3
TEATRO Nos palcos: Shakesperare, Melville e Varela convidam a pensar no atual estado das coisas.
Roberto Setton/Divulgação
Veja a peça. Leve o cenário para casa.
Lenise Pinheiro/Divulgação
João Caldas/Divulgação
Brasil revelado
O ator Renato Borghi: longa espera para encenar seu primeiro espetáculo com texto de Shakespeare.
Fortuna e derrocada
A
os 48 anos de carreira, o ator Renato Borghi finalmente coloca os pés no universo de Shakespeare. Tamanha espera não foi resultado de uma falta de afinidade entre o ator e a obra do maior dramaturgo da história – bem longe disso. "Quando saí do Teatro Oficina, em 1973, eu estava empenhado em montar Ricardo III", diz Borghi. "Mas o regime militar, que na época começava a mostrar sua pior face, despertou na classe artística a necessidade de apresentar textos nacionais que fossem mais combativos. Então eu encenei Um Grito Parado no Ar e Castro Alves Pede Passagem, ambos de Guarnieri, Murro em Ponta de Faca, de Augusto Boal, e Calabar, de Chico Buarque. Shakespeare teve de aguardar um pouco". A espera chega ao fim hoje, quando Borghi estréia, no Teatro Popular do Sesi, a peça Timão de Atenas, obra que o próprio dramaturgo não chegou a ver no palco. "Ele escreveu o texto em 1608, engavetou e morreu antes que sua companhia o montasse. Os amigos teriam encontrado a peça e feito alguns ajustes antes de levá-la à cena. Por isso existe uma discussão acadêmica que procura separar o que realmente é de Sha-
Sérgio Roveri kespeare e o que foi escrito pelos amigos. Eu acho tudo isso uma bobagem. A peça é linda do começo ao fim". Não apenas linda, Timão de Atenas é um texto de uma atualidade desconcertante. Em sua obsessão por viver rodeado de amigos influentes, Timão, velho mecenas de Atenas, vê sua fortuna escorrer em mesas de jantares, jarros de vinho e presentes de ouro endereçados a uma corja de bajuladores que se apresentam como poetas e escultores. Quando chega ao fim a fortuna de Timão, desaparecem também os amigos e o jogo de poder muda sua configuração. O velho mecenas é desprezado e esquecido, até que decide viver na floresta, entre as bestas, desacreditado dos valores humanos. "Não foi à toa que Shakespeare ambientou a peça em Atenas. Ele já devia supor que ali não nasceu apenas a civilização, mas também as falcatruas", diz Borghi. "Na peça, Shakespeare esbraveja contra os credores, incentiva o calote nas dívidas e prega a derrubada do poder corrupto. Sei que as pessoas vão me perguntar se são frases que adicionamos ao texto original. Não são. Tudo foi escrito há 400 anos, prova de que Shakespeare captou o ser humano na complexidade de sua nobre-
za e de sua mesquinharia". Timão de Atenas é uma superprodução dirigida por Elcio Nogueira Seixas que coloca em cena 20 atores e quatro músicos que executam ao vivo a partitura do espetáculo. Os ensaios se estenderam por quatro meses, mas Borghi pediu a toalha duas vezes neste período. Primeiro, para submeterse a uma cirurgia na coluna, que uniu duas de suas vértebras por uma placa de titânio presa por seis parafusos. "A dor no pós-operatório era medonha. Eu precisei tomar morfina e decorava o texto na cama, em meio a alucinações". A segunda baixa ao hospital se deu logo após a morte dos atores Raul Cortez e Gianfrancesco Guarnieri. "Passei uma semana internado com um distúrbio gástrico, tomando soro. Depois descobri que o Zé Celso teve o mesmo problema, no mesmo período. É muito duro ver os companheiros da sua geração indo embora". Timão de Atenas, no Teatro Popular do Sesi, Av. Paulista, 1313, tel.: (11) 3146-7405. Quinta a sábado às 20h, domingo às 19h. Ingressos: grátis às quintas e domingo, e R$ 15 às sextas e sábados.
Fábio Knoll/Divulgação
Amor. Somente amor. Greve de letras
A
pena do escritor americano Herman Melville (1819-1891), que criou um vasto e cruel oceano para as aventuras da baleia branca Moby Dick, o capitão Ahab e o selvagem e tatuado Quiqueg, dedicou-se também a um cenário de letargia e imobilismo – no caso o drama Bartleby, o Escriturário (foto), ambientado num insípido escritório de advocacia de Wall Street, em Nova York. Tanto Bartleby quanto Moby Dick contribuíram para colocar Melville, ainda que tardiamente, no panteão dos gigantes da literatura do século 19. A importância de Moby Dick só foi reconhecida em meados do século 20, mesma época em que leitores comuns e intelectuais atestaram que o escrivão Bartleby pouco devia ao colossal cachalote branco. Pois é este sujeito, que se tornou imortal no dia em que resolveu dizer não a uma ordem da chefia, inaugurando uma espécie de greve branca na literatura, que chega hoje aos palcos da cidade. Com direção de Antonio Abujamra, a peça O Escrivão é a primeira adaptação teatral brasileira do romance de Melville escrito em 1856 e considerado por muitos o precursor de um estilo que, anos mais tarde, viria a influenciar a literatura de Franz Kafka e o teatro de Samuel Beckett. No romance de Melville, Bartleby é um personagem que costuma cumprir com brilho todas as suas obrigações no escritório de advocacia. Até que um dia, ao receber uma ordem banal, endereça ao seu superior a seguinte frase: prefiro não fazê-lo. Esta resposta mergulha Bartleby num imobilismo que, como se fosse possível, só virá a crescer a cada dia - ele deixa de cumprir não apenas as novas ordens, como também se recusa a dar continuidade às tarefas rotineiras para as quais foi contratado. As sucessivas recusas do escriturário transformam o pequeno escritório em um ambiente surreal, um palco para uma dolorida tragicomédia. "Existe um mundo infinito que invade a cabeça de Bartleby", diz Abujamra, que define o espetáculo como uma comédia-pânico. (SR) O Escrivão, estréia hoje no Teatro Aliança Francesa, Rua General Jardim, 182, tel.: (11) 31295730. Sexta às 21h30, sábado às 21h e domingo às 19h. Ingressos a R$ 30.
D
e Richard Gere na Broadway, a Mick Jagger no cinema e Ian McKellen em Londres, o texto de Bent – escrito em 1979 pelo americano Martin Sherman – vem conquistando corações e mentes de diversas tendências. No Brasil, José Mayer, Ricardo Blat e Kito Junqueira também levaram aos palcos este drama ambientado em 1934 e que tem na perseguição nazista contra os homossexuais o seu principal mote. Uma nova versão da peça, assinada por Luiz Furlanetto, ganhador da etapa carioca do Prêmio Shell pela direção de Trainspotting (2001), estréia amanhã no Sesc Avenida Paulis- Divulgação ta. "O que me estimulou a aceitar dirigir Bent foi a atualidade dos temas abordados ali, como o preconceito racial e principalmente o sexual", diz Furlanetto. "Não fiquei preocupado, naquele momento, em criar uma encenação que tornasse esta montagem diferente de todas as outras". Em Bent (foto), Sherman convida o público a conhecer a efervescência cultural da Berlim nos anos anteriores à ascensão do nazismo, antes de mergulhar este mesmo público nos horrores do campo de concentração. A visão destes dois extremos se dá por meio do personagem Max (interpretado na peça pelo ator Augusto Zacchi), que é capturado ao tentar fugir de Berlim e enviado a um campo de concentração por ser judeu. No campo ele conhece Horst (Gustavo Rodrigues), confinado por ter apoiado um manifesto a favor dos direitos dos homossexuais. Apesar da vigilância feroz dos soldados nazistas, Horst e Max conseguem viver uma história de amor. "O preconceito contra os homossexuais é muito maior agora. A hipocrisia é maior, portanto o perigo e as angústias também". O ponto de conexão entre Trainspotting e a peça atual seria que ambos funcionam como "um alerta pedindo para ser ouvido, pedindo somente amor, amor somente". (SR) Bent, estréia amanhã no Espaço Nono Andar do Sesc Avenida Paulista, Avenida Paulista, 119, tel.: (11) 3179-3700. Sexta e sábado às 22h. Ingressos a R$ 15.
U
E
m sua estréia como dramaturgo, o ator Odilon Wagner resolveu radicalizar. No espetáculo Família Muda-se, em cartaz no Teatro Fecomércio, todos os objetos de cena estão realmente à venda, a exemplo daquelas situações do cotidiano em que, ao mudar de residência, determinadas famílias desfazem-se de todos os pertences da antiga casa. Nesta comédia romântica, que traz no elenco os atores Mário Schoemberger, Etty Fraser e Tânia Bordezan (que também assina o texto), Wagner vive um músico frustrado que volta para casa após dois anos de ausência, e encontra tudo mudado: a mulher (Bordezan), tem um novo namorado, fisgado numa academia de dança de salão, a filha, outrora doce, tornou-se uma adolescente rebelde e tatuada, que namora o filho do zelador de um condomínio vizinho, a empregada da família agora é rainha de uma gafieira e ainda fala iídiche. Durante o fim de semana em que transcorre a ação, a família resolve pôr à venda todos os móveis, utensílios e objetos de decoração – e então a peça escapa da ficção ao convidar o público a visitar de perto o cenário, já que todos os objetos do palco estão realmente à venda, incluindo aí as antiguidades colecionadas pelo personagem de Schoemberger, que no espetáculo interpreta um antiquário amigo da família. (SR) Família Muda-se, Teatro Fecomércio, Rua Doutor Plínio Barreto, 285, tel.: (11) 3188-4141. Sexta às 21h30, sábado às 21h e domingo às 18h. Ingressos de R$ 50 a R$ 60.
ma aula sobre a história recente do País pela ótica pouco ortodoxa do repórter Ernesto Varela, personagem criado na década de 1980 pelo ator e diretor Marcelo Tas, que se converteu numa pedra nos sapatos de Lula, Paulo Maluf, José Sarney e de outros políticos que ocupavam a cena à época do processo de redemocratização do Brasil. Este é o pilar do espetáculo A História do Brasil Segundo Ernesto Varela – Como Chegamos Até Aqui (foto), que estréia hoje no Teatro Tucarena, recorrendo a imagens de arquivo e inéditas para compor um painel do cenário político nacional às vésperas das eleições de outubro. Em formato de conferência, a peça resgata imagens do primeiro comício pelas eleições diretas, depoimentos de políticos e cenas das viagens de Ernesto Varela por Cuba, Nova York e Serra Pelada – sempre na companhia de Valdeci, que se tornou o cameraman mais importante da época – a função foi desempenhada por ninguém menos que o futuro cineasta Fernando Meireles. Personagem provocativo e debochado, Ernesto Varela ganhou notoriedade nacional, entre outras ousadias, por ter, certa vez, encostado o microfone no rosto de Paulo Maluf e perguntado: "É verdade que o senhor é corrupto"? Às vésperas da estréia da peça, Marcelo Tas concedeu a seguinte entrevista ao DC: Diário do Comércio: Você vê o repórter Ernesto Varela como um símbolo do processo de abertura política do Brasil ocorrido nos anos 80? Marcelo Tas: Não. Penso que o DNA do Varela é mais antigo. Para mim, o personagem mistura a curiosidade enciclopédica dos iluministas do século 18 com engenhosidade do Agente 86 e a ingenuidade de um Teletubie. Claro que como o nascimento do repórter se deu nos 80, durante a redemocratização, ele se tornou uma ferramenta muito apropriada para sacar as nuances daquele processo. Mas não acredito muito nessa modinha atual de rotular tudo de anos 80. Estou fora. Você acredita que Ernesto Varela, por ter sido um personagem de ficção, teve mais liberdade para trabalhar? Um repórter "de verdade" teria mais dificuldade de encarar os políticos como o Ernesto fazia? Sim, o personagem de ficção me dá a famosa "liberdade poética" para inventar o que quiser, sem a limitação das regras rígidas do "bom jornalismo". Por outro lado, acredito que faria muito bem aos repórteres "de verdade" darem umas vareladas de vez em quando. Você não acha que na atual situação política brasileira a figura do Ernesto Varela seria tão importante, ou até mais, do que foi nos anos 80? Sim. É por isso que trago de volta o personagem. Desta vez ao teatro, a mídia mais livre, interativa e banda larga que já conheci. Ernesto Varela já chegou a colocar o Marcelo Tas em maus lençóis? Sim. Mas o saldo do personagem ainda está no positivo. Faz muito bem à saúde de um ator ser desafiado por um personagem. Se hoje você decidisse reviver o Ernesto Varela, que novas características ele teria? Agora no teatro, Varela mantém sua firme determinação de entender o mundo confuso em que vive. Com um foco especial na História do Brasil e nos desdobramentos das eleições que vêm aí. Você acredita que o Varela possa ter influenciado uma nova geração de repórteres, ou de humoristas, que veio depois dele? Pode ser que sim. Mas creio que as referências sempre citadas, Casseta & Planeta e Pânico, se utilizam de expedientes bem diferentes do Varela. Parece-me que o humor do Varela está no non-sense do repórter de mentira dialogar, de verdade, com as figuras do mundo real. Enquanto que Casseta e Pânico trabalham com o esquete, o cartum e o humor físico. Aliás, sou fã dos dois grupos. Você já sentiu medo de terminar refém do personagem? Sim. Talvez por isso tenha me dedicado, durante um bom tempo da minha vida, a outros tipos de projetos igualmente difíceis, desafiadores e completamente diferentes. Como as séries Rá-Tim-Bum e Castelo Rá-Tim-Bum. Se o Ernesto Varela pudesse fazer uma pergunta para as três personalidades abaixo, o que ele perguntaria: Ao presidente Lula: Por que o senhor, que agora diz que vai investir na educação do povo brasileiro, nunca investiu na sua própria? Ao ex-ministro José Dirceu: Na sua participação relâmpago no governo Lula, o senhor usou alguma técnica apreendida no cursinho de guerrilha em Cuba? Ao candidato Geraldo Alckmin: Por que o senhor insiste em pentear cabelos que não existem mais em sua cabeça? (SR) A História do Brasil Segundo Ernesto Varela – Como Chegamos Até Aqui, estréia hoje no Tucarena, Rua Monte Alegre, 1024, tel.: (11) 3188-4156. Quinta às 20h, sexta e sábado às 21h e domingo às 19h. Ingressos de R$ 35 a R$ 40.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4 -.LAZER
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
Fotos: Leonardo Rodrigues/Hype
ADEGA
Vinho e dinheiro
N
Sérgio de Paula Santos
ão somos economistas e não entendemos de economia. Como tal podemos ter conceitos errôneos e escrever despropósitos sobre o tema. Se tivéssemos formação no ramo, poderíamos escrever muito mais bobagens e eventualmente vir a ocupar cargos públicos de destaque, como os que também ignoram a atividade. Assim sendo, repetimos uma antiga fórmula de três maneiras de bem perder dinheiro. 1) A mais rápida - no jogo. Se for em cavalos, seria pelo menos para nós, a mais emocionante. 2) A mais agradável - com uma amante francesa. Na impossibilidade desta, poderia ser, como no caso dos vinhos, uma argentina. Possivelmente menos onerosa e praticamente com o mesmo retorno. 3) A mais segura - na agricultura, na compra de uma fazenda ou de um sítio. Seriam como soe acontecer três alegrias, na compra, na venda e ao receber. Nessa última opção, da compra de terra existe também uma possibilidade de, se não se ganhar dinheiro, pelo menos ocultá-lo, atividade cada vez mais freqüente, injusta e depreciativamente
tos, satisfaz o ego do aplicador. 2) Empresários nacionais que nunca tiveram qualquer ligação com o vinho, lançam-se no ramo. Adquirem terras, montam adegas moderníssimas e bem equipadas. Compram o que há de melhor no ramo (com exceção do clima que ainda não é vendável) e produzem vinhos razoáveis. 3) Empresários patrícios adquirem vinhedos na Argentina, na região de Mendoza, quando da maior repressão do país, e com tecnologia e pessoal local, fazem vinhos secundários. Se o vinho não presta, não é o único, o negócio foi ótimo. Com a recuperação da economia do País, tudo se valorizou e o lucro grande. Não cabe citar empresas, a intenção da matéria é lembrar as possibilidades de aplicação de dinheiro na indústria do vinho. 4) Uma curiosa e pretenciosa associação de três grupos heterogêneos, no nordeste brasileiro. O primeiro o proprietário das terras, um fruticultor sem experiência em viticultura, outro um empresário de São Paulo ligado ao comércio do vinho e o terceiro grupo, uma pequena vinícola portuguesa, participando com a viticultura e a produção do vinho. Tiveram,
A dona da festa, Liege Monteiro, recebe convidados. Mário Francesquine prepara calabresa na cachaça, especialidade da casa. E aulas de música.
HAPPY HOUR
Sempre às quintas Abê
denominada "lavagem de dinheiro", e que é na realidade uma aplicação de capital, como qualquer outra. Lembre-se que em nosso País o investidor estrangeiro não necessita informar a origem do dinheiro. É o caso da empresa MSI, ligada ao Esporte Clube Corinthians Paulista, que nunca informou, nem informará de onde provém suas verbas. Tem bons advogados e poderá mesmo comprar clubes de futebol, como tem ocorrido em outros países. Vitivinicultura - Outra aplicação de dinheiro, que ganhando espaço entre nós, é o investimento em vitivinicultura. O capital estrangeiro em nossa vinicultura é fato antigo, sabido e conhecido há décadas, com a chegada das multinacionais e a melhoria da produção nacional na maior parte dos casos. Mais recentemente tem ocorrido algumas associações de capitais e interesses, digamos atípicos e curiosos mesmo. Senão vejamos: 1)Empresários nacionais têm adquirido terras não necessariamente aptas para a viticultura e recorrido à vinícolas igualmente nacionais, das quais utilizam a tecnologia e a experiência. É uma aplicação de capital, por uma boa causa. O nome no rótulo, de vinhos corre-
segundo a imprensa, a intenção de fazer vinhos "para conquistar o mundo..." Fizeram vinhos potáveis. 5) Encerrando, uma outra associação luso-brasileira, também no nordeste, não pretenciosa mas fraudulenta. Resolveram fazer "Vinho do Porto", com a denominação no rótulo e garrafas semelhantes às originais. Sabemos todos que os vinhos fortificados produzidos fora da região demarcada no D'ouro (em 17), não podem portar a denominação de "Vinhos do Porto". Se o fizerem são considerados como fraudes, contrafação. No caso uma curiosa fraude de um vinho português, feita por portugueses fora de Portugal. Poderia parecer uma piada de patrícios, mas não é, é falcatrua mesmo, e como tal um bom negócio, enquanto a polícia não chegar. Que não demore muito.
S
ala de visitas. Não é um bar, mas serve deliciosas comidinhas e bebidinhas. Não é um bar porque não há uma equipe de atendimento. Não é um bar porque não espera clientes, apenas amigos. Não é um bar porque não é voltado para paqueras. Mas é um bar que funciona às quintas-feiras para uma Vip Hour, exclusiva a convidados. Mas vamos por partes: você se surpreenderá em ter-se tornado um deles! A) Charuteiro, alma boêmia e consultor de negócios do consulado canadense, a partir de 1999 Márcio Monteiro reuniu alguns colegas para baforarem, semanalmente, através dos bares da cidade. "Telefonávamos para saber se os charutos eram permitidos, pois ainda havia muita restrição de fumálos em público", lembra. B) Liège, esposa, encadernadora de livros raros, perita na feitura de álbuns – passagem por renomado laboratório de restauro em Madri, com bol-
Armando Serra Negra sa endossada por José e Gita Mindlin – precisava de um escritório bem situado para exercer a profissão. Encontraram uma casa espaçosa nos Jardins e mudaram-se para lá. Garimpeira entusiasta de antiguidades, sempre atrás de curiosidades e quinquilharias, já no hall de entrada (passando pelas mesinhas externas, boas de papo em noites amenas), uma confortável cadeira de dentista adianta-se ao simpático balcão dando as boas vindas. Duas ou três mesinhas, na parede, entre fotos de filmes, quadros a óleo de pin-ups, uma lousa-cardápio indica com inusitado bom humor: long-necks Skol (R$ 3) e Bohêmia (R$ 4), caipirinhas de vodka ou pinga, Cuba Libre, Bloddy Mary (R$ 9), Red Label (R$ 12), Conversa Boa (grátis), Conversa Ruim (não tem). Estante de livros repleta de gibis antigos (Lucky Luck, Mortadelo e Salaminho, Tintim), os quadrinhos da turma da Mônica transportam-se alegremente para o revestimento do vaso sa-
nitário: toillete com frascos de farmácia repletos de grãos coloridos, sementes e especiarias. De passagem para a sala de estar, uma vitrine com brinquedos do arco-da-velha marca a transição entre as propostas ambientais. Pena que nada do que se vê esteja à venda (embora aceite-se possíveis escambos); apenas compõe a decoração lúdica e primorosa de um lar feliz... No amplo lounge rebaixado, elegante, tipo descontraído, jardinzinho ao fundo, sofás, poltronas e pufs dão livre trânsito às novas amizades: "É difícil vir aqui e não conversar com alguém", palpita Liège. C) "Sempre gostei de receber, e logo que mudamos para cá armei o balcão. Além de servir de terapia estar atrás dele, nosso grupo estava exausto de pagar couvert artístico, deixar carro com manobrista ou flanelinha, pagar mais caro pelo consumo; optamos por nos reunir aqui", explica o barman experimental. Coquetéis simples, pilota-
dos com arte, a coqueluche é o porquinho de barro no qual ele flamba a lingüiça na cachaça (R$ 12). Torradinhas com salame espanhol ou salmão coberto de queijo cremoso (R$ 12). A idéia pegou e mais amigos começaram a aparecer. Aumento da demanda, a confraria sugeriu-lhe cobrar pelo que propunha. O casal continuou recebendo em casa, mas agora as contas pagas para ajudar no orçamento: "Não temos um bar no sentido exato da palavra; você jamais o verá entre os 50 da Vejinha, ou qualquer outra coluna de serviço; abrimos espaço para o Diário do Comércio porque seus leitores formam (seguindo nossa proposta) um público seleto". Viu só? Aproveite o convite, mas lembre-se: apenas às quintas-feiras, quando – eventualmente – rola um som ao vivo! Liège Monteiro Oficina de Arte - Alameda Tietê, 90, casa 3 Jardins, tel.: (11) 3085-8715.
Fotos: Divulgação
Sérgio de Paula Santos é médico e crítico de vinhos. Membro-Fundador da Federação Internacional dos Jornalistas e Escritores do Vinho (Fijev), é autor de livros sobre vinhos, o último dos quais, O Vinho e suas Circunstâncias, Senac, S. Paulo, 2003.
Os sextarii dos romanos José Guilherme Ferreira
Spadaccino, 60 lugares, em Vila Madalena. O Zampone allo Zabaglione e a chef Paula Lazzarini, que traz da Bolonha suas especialidades.
GASTRONOMIA
H
á décadas Hollywood mostra os antigos romanos como grandes beberrões, taças de vinho transbordando, em animados banquetes. O cinema não erra. A prodigalidade do convivium (inspirado, mas diferente do symposium dos gregos) é descrita em muitos textos literários e narrativas históricas. Uma única fonte, entretanto, trata da medida estatística dessa beberronia. Os primeiros cálculos sobre o consumo de vinho entre os antigos romanos foram feitos pelo estudioso André Terchia, em 1986. Partiram de um achado arqueológico: uma inscrição de 153 d.C. em uma ruína na Via Ápia, que mostrava a sede dos cidadãos em sextarii. A primeira conta chegou a números superlativos: um consumo per capita de 182 litros/ano. "É muito vinho pelos padrões modernos", escreve o professor Stuart Fleming, em Vinum - The history of Roman Wine (Piccari Press/2001). Hoje, cada
Sabor de infância
P
italiano bebe em média 70 litros/ano. Itália, França e Estados Unidos lideram o consumo mundial. As contas iniciais em sextarii foram revistas por Fleming a partir de novas estimativas da estrutura populacional de uma Roma de 700 mil habitantes. Cada romano consumiria então 87 litros/ano. "Quem, depois do vinho, bateria na tecla dos infortúnios de campanha ou da pobreza?" (Horácio, Odes). Para alguns historiadores, a alta ingestão de vinho estaria relacionada à impureza da água, em tempo de precárias condições sanitárias.
http://www.winebiz.com.au/statistics/world.asp. http://www.http://www.oiv.int/
ara a chef Paula Lazzarini, o sabor é de infância. Talvez o semelhante para um paulista seja a carne de panela da avó, ou os bolinhos de chuva da mãe, nas tardes depois da escola. Para ela, é festival Bolonha La Dotta, com comida de sua terra natal, que dura até 8 de setembro no restaurante Spadaccino. Dona da casa e comandante da cozinha, Paula comemora os oito anos de funcionamento levando para a mesa bem mais do que almôndegas ou macarronada "à bolonhesa", pratos que se conhece por aqui com esse nome. Assim, os comensais paulistanos experimentam os sabores da Bolonha, como mortadela e presunto cru em recheios de massas, além de coelho, típico na região. O início da refeição é com Ravioli alle uova e salsa al tartufo (ravioli com recheio de ovos e molho de trufas, R$ 18) – delicioso! – ou Tortellini al prosciutto e mortadela
Lúcia Helena de Camargo
Uma das entradas: ravioli com recheio de ovos e molho de trufas começa a refeição em grande estilo
(torteline bolonhês com presunto cru e mortadela, R$ 18). Em seguida, o segundo prato: Coniglio al limone
(coelho ao limão siciliano, R$ 32); Cotechino fasciato al lambrusco (embutido, R$ 30) ou Zampone allo
Zabaglione (outro embutido de carnes com creme de gemas, R$ 30). Na sobremesa, Fragole al aceto Balsámico e panna cotta (morangos ao vinagre balsâmico e panna cotta, R$ 10) e torta di riso alle mandorle e candito (torta de arroz com amêndoas e frutas cristalizadas, R$ 10). O cardápio do festival de Bolonha vem com os vinhos indicados para a harmonização. É também possível pedir o menu-degustação (R$ 60), com todos os pratos da temporada. Os clientes concorrem a uma viagem guiada para o Sul, que passará por regiões de colonização italiana. A dupla de ganhadores passará um fim de semana prolongado conhecendo dois fornecedores do restaurante: Queijos Grana Padano na Rando, em Vacaria, e Vinhos Salton, em Bento Gonçalves. O sorteio será dia 9 de setembro. Spadaccino - Rua Mourato Coelho, 1267, Vila Madalena, tel.: (11) 3032.8605.
sexta-feira, sábado e domingo, 25, 26 e 27 de agosto de 2006
Empresas Imóveis Finanças Nacional
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5
250
QUEDA DO DÓLAR AFETOU BALANÇOS
mil reais é o novo limite pré-aprovado do cartão de crédito BNDES para pequenos
EM DIA DE AJUSTE, BOVESPA ACOMPANHA MERCADO NORTE-AMERICANO E ENCERRA COM VALORIZAÇÃO
DÓLAR E BOLSA FECHAM EM ALTA
I
O
s lucros líquidos das empresas brasileiras de capital aberto cresceram mais do que a economia do País no primeiro trimestre de 2006 em relação a igual período do ano passado. A conclusão é de estudo encomendado pela Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) à consultoria GRC Visão. O levantamento mostrou que, de janeiro a março, essas empresas tiveram ganhos 4,8% superiores aos do primeiro trimestre de 2005. No período, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 3,8%. O economista da GRC Visão Alexandre Fischer afirmou que, entre 1996 e 2006, as empresas de capital aberto tiveram crescimento nos resultados mais expressivo do que a economia. Segundo ele, no segundo trimestre deste ano, a relação mudou, principalmente por causa do impacto negativo da desvalorização do dólar nos balanços de grandes empresas exportadoras. De abril a junho, os lucros das companhias pesquisadas cresceram 1,8% na comparação com o segundo trimestre de 2005, enquanto o PIB teve expansão de 2,2%. Na avaliação do economista, essa tendência pode mudar se o dólar voltar à casa de R$ 2,45, nível que considera satisfatório para as exportadoras. A moeda americana tem oscilado em torno de R$ 2,15. A GRC Visão estima que a economia vai crescer 3,8% neste ano. O presidente da Abrasca, Alfried Plöger, aposta em expansão menor, de 3%.
Valéria Schultz, da CEF, e Márcio Aranha, da ACSP, firmam a parceria na presença de diretores das entidades
Caixa Econômica Federal assina convênio com a ACSP
A
Caixa Econômica Federal (CEF) assinou ontem convênio com a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) para utilização do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). "Isso demonstra a confiança depositada pela Caixa na qualidade dos nossos serviços", destacou o superintendente geral da ACSP, Márcio Aranha, que participou da assinatura do convênio. Os diretores da CEF
Mais limite para micros e pequenos
O
cartão de crédito automático e rotativo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para micros, pequenas e médias empresas comprarem produtos nacionais em seus investimentos destinados à produção, pode, desde ontem, ser utilizado também para a compra de insumos pelos setores têxtil e de confecções. Além disso, o limite de crédito do cartão por usuário foi aumentado de R$ 100 mil para R$ 250 mil. No entanto, a média de limites efetivamente concedidos até agora é de cerca de R$ 20 mil por cliente. O limite para cada cliente, na prática, é decidido pelos agentes financeiros repassadores dos recursos, que até o momento são apenas Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Bradesco. O presidente do BNDES, Demian Fiocca, informou que o Unibanco está se preparando para operar o produto. Ele convidou outras instituições financeiras a oferecerem o cartão a seus clientes. "É mais uma pressão competitiva no mercado de crédito para reduzir os juros no País." O produto começou a funcionar em 2003. Mais de 154 mil cartões foram pedidos até o mês passado, dos quais 86 mil já foram emitidos. (AE)
da Caixa Econômica Federal, como José Humberto Maurício de Lira, Rodrigo Jardim, Alda Ayres, Rauelison Santos, Jair Mahl e Sérgio Amandio, além dos superintendentes de Marketing e Serviços da ACSP, Roberto Haidar, do superintendente de Tecnologia da Informação e Processos da ACSP, Nelson Castilho, e da gerente de negócios da Unidade Pessoa Física, também da ACSP, Roseli Garcia. Sergio Leopoldo Rodrigues
perde o bonde do crescimento
Brasil tem um crescimento "frouxo" pois não soube aproveitar o quadro internacional bastante favorável do último ano. "Quadro esse que já dá sinais de desaceleração", concluiu um economista durante reunião de conjuntura da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Segundo ele, isso projeta uma economia "desnutrida" para o próximo ano. A opinião coincide com as previsões de líderes empresariais que participaram da reunião, de que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deverá crescer cerca de 3% no ano que vem. Sobretudo, quando o representante da agricultura vaticinou: "O agronegócio está liquidado". A exceção, acredita, será o Estado de São Paulo, impulsionado pela redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de 25% para 12%, para o setor sucro-alcooleiro. A crise só não foi pior por-
que "em um ato paradoxal do governo federal" 80% das dívidas do agronegócio do Mato Grosso foram automaticamente prorrogadas, enquanto as de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, o estado mais afetado pela seca, não ultrapassaram 50%. Some-se a isso que o real valorizado em relação ao dólar só não inviabiliza as exportações por causa da alta nos preços das commodities. De lado – Os números macroeconômicos mostraram poucas alterações em junho, com inflação sob controle, apesar de um incremento nos gastos públicos. O crédito avançou um pouco, assim como a inadimplência, "que ainda não chega a preocupar", avaliou outro economista. No dia-a-dia, uma preocupação: a produção industrial em junho cresceu menos do que as vendas reais, alertando que estão sendo mantidas pelas importações verificadas especialmente nos setores têxteis, de
calçados e produtos eletrônicos da Ásia. Se essa tendência for mantida, alertou, pode haver um processo de "desindustrialização" no Brasil. Nos depoimentos de líderes do comércio, indústria e serviç o s , u m d e n o m i n a d o r c omum: o crescimento tímido das vendas internas. O varejo, por exemplo, registrou, em média, avanço de 1,5% em junho, em comparação ao mês de maio. O de roupas alegou ter sofrido com a derrota do Brasil na Copa e com as ações do Primeiro Comando da Capital (PCC), em São Paulo. Setores como o de colchões, químico, embalagens têxteis e farmácias "andaram de lado" no mesmo período. Já o segmento de auto-peças informou durante a reunião que continua "aquecido", mas apreensivo com indefinições no futuro próximo, que envolvem o resultado da reestruturação em curso nas montadoras no mundo (Ford e GM) e no Brasil (Volkswagen). (SLR)
biente nas mesas de operações, no entanto, continua apreensivo em relação aos números da economia norte-americana. Um operador do mercado de ações observou que o fluxo de investimento estrangeiro continua bastante reduzido no mercado brasileiro de ações, o que faz a bolsa ficar vulnerável a movimentos mais fortes de compra ou venda de papéis. Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 0,06% e o Nasdaq teve alta de 0,11%. Dólar – O dólar comercial fechou em alta pelo terceiro dia consecutivo, cotado a R$ 2,154 na ponta de venda – valorização de 0,09% na comparação com o fechamento anterior. O dado que teve repercussão negativa nos mercados ontem foi o de vendas de imóveis novos nos Estados Unidos em julho: queda de 4,3%, para uma média anualizada de 1,072 milhão de unidades – contra previsão dos analistas de queda 2,7%. Os investidores também receberam mal as encomendas de bens duráveis, que caíram 2,4% no mês passado. Os analistas esperavam uma redução bem menor, de 1%. À espera do Fed – Hoje, os mercados estarão atentos ao discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke. A expectativa é de que ele sinalize os próximos passos da política monetária. Os indicadores recentes apontam para mais uma pausa na taxa dos Fed Funds. (AE)
FMI: emergentes com mais peso
Especialistas alertam que País A
O BNDES Davi Franzon
Antônio Limone e Cassio Roberto Sopko foram recebidos pelo presidente em exercício da entidade, Alencar Burti. Em seguida, durante reunião-almoço, os representantes dos dois lados conversaram sobre as possibilidades de ampliar e aprofundar ainda mais essa parceria para os outros serviços oferecidos pela Associação Comercial. Márcio Aranha e Valéria Schultz, gerente da CEF, firmaram o acordo na presença de outros dirigentes
ndicadores da economia norte-americana divulgados ontem mantiveram os mercados apreensivos em relação à atividade, inflação e taxas de juros nos Estados Unidos. Analistas temem um quadro de recessão, que ainda seria agravado com eventual desaquecimento da economia chinesa. Por enquanto, esse é o pior cenário, que ainda não está incorporado aos preços dos ativos. Mas já preocupa. No Brasil, juros e dólar fecharam em alta ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o dia com valorização, acompanhando o bom desempenho das bolsas norte-americanas e corrigindo exageros na queda dos dias anteriores. O Índice Bovespa (Ibovespa), principal referência do mercado brasileiro de ações, fechou o pregão de ontem em alta de 0,80%, em 35.797 pontos. O índice oscilou bastante ao longo do dia, entre queda de 1,1% no pior momento e alta de 1,01%. Com o resultado de ontem, a bolsa paulista passou a acumular baixa de 3,45% em agosto e alta de 7% em 2006. O movimento financeiro somou R$ 2,01 bilhões. A Bovespa operou em baixa durante o período da manhã, mas reagiu à tarde. Operadores comentaram que a bolsa exagerou na queda nos últimos dias, quando Wall Street teve um comportamento mais equilibrado, e ontem compensou parte das perdas. O am-
s primeiras discussões, re a l i z a d a s n a ú l t i m a quarta-feira, entre os membros do Fundo Monetário Internacional (FMI) para aumentar as ações com direito a voto de países emergentes como a China foram avaliadas como "substantivas e construtivas", disse um porta-voz do Fundo. "Esperamos que esse trabalho continue nos próximos dias, para que seja possível chegar a um acordo até o encontro anual (em Cingapura no mês que vem)", disse o porta-voz do FMI, David Hawley. Ele também afirmou que as políticas econômicas da China ainda não são suficientemente
ajustadas para conter o crescimento do crédito. "Aperto monetário adicional tiraria liquidez do sistema bancário e o preservaria da continuidade de um crescimento rápido." "As autoridades chinesas tomaram medidas importantes para reduzir o crédito e o crescimento do investimento em renda fixa para níveis mais sustentáveis. A atividade econômica, entretanto, continua forte, impulsionada por exportações e investimentos, enquanto a inflação está baixa", acrescentou. A China elevou o juro em 18 de agosto pela segunda vez em um período de quatro meses. (Reuters)
BC aprova venda do BankBoston
O
Banco Central (BC) aprovou ontem a compra dos ativos do BankBoston pelo grupo Itaú. A operação, que envolve um total de US$ 2,2 bilhões, anunciada no início de maio, será paga com a emissão de aproximadamente 68 milhões de ações preferenciais do Itaú e precisava do aval do BC para ser concretizada. O presidente do Itaú, Roberto Setubal, descartou a possibilidade de que a incorporação do BankBoston provocará demissões. "O nível de retenção de executivos será alto, porque toda a estrutura do BankBoston será incorporada à do
Itaú", afirmou o executivo. Juntos, Itaú e BankBoston têm, no Brasil, perto de 60 mil funcionários e um total de 17,5 milhões de clientes. Representantes dos dois bancos devem anunciar hoje pormenores do processo de integração. Acordo – Com a aprovação da operação pelo BC, a participação do Bank of América (BofA), antigo controlador do BankBoston, no capital total do Itaú será de 5,8%. O acordo assinado em maio entre as instituições previa a compra dos ativos do BankBoston no Brasil pelo Itaú e o direito de aquisição das unidades no Chile e Uruguai, negócio que foi con-
firmado no início deste mês. Essa operação agora está sob avaliação das autoridades reguladoras dos dois países. Quando todo o acordo estiver concluído, a participação das ações do BofA no capital do Itaú chegará a 7,4%, e os ativos dos bancos, juntos, somarão R$ 203,32 bilhões. "Com a aquisição do BankBoston, o Itaú cresce internamente e também nos países latino-americanos onde a economia tem tido melhor desempenho. O banco poderá, assim, ter uma extensa plataforma de negócios na América Latina", afirmou o consultor Márcio Peppe, da BDO Trevisan. (AE)
Factoring
DC
Lucros crescem mais que o PIB
Leonardo Rodrigues/Hype
O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com
6
DCARRO
São Paulo, segunda-feira, 28 de agosto de 2006
VAREJO SERVIÇOS
Mercado vende com desconto médio de 4,5% Alguns modelos chegam a custar 10,5% a menos do que o preço de tabela
O
desconto médio dos carros zeroquilômetro nas redes de concessionárias hoje está na faixa de 4,5%. Mas é possível encontrar alguns modelos com abatimento superior a 10%, como é o caso de versões das picapes Strada e Montana e também do Classic Sedan, da General Motors. No mês passado, o mercado praticou um desconto próximo do atual, vendendo com valores que, na média, estavam 4,7% abaixo da tabela, segundo apurou pesquisa da Agência AutoInforme, que confrontou os preços oficiais das montadoras com os efetivamente praticados no mercado com base na cotação da Molicar. Na média, a marca Peugeot é que está com o maior desconto, 7,0%. A rede Ford vende com abatimento médio de 6,1%, incluindo o novíssimo Fiesta 1.0 Flex, enquanto o índice na Chevrolet é de 5,9% e na Fiat, 5,6%. O Corsa Sedan Joy 1.8 Flexpower com 10,5%, é muito maior do que a média da rede Chevrolet. Os veículos da Ford, que estão com desconto médio de pouco mais de 6%, têm na sua picape Courrier L, desconto de 10%. Estrangeiros - As concessionárias Kia, que só vendem importados, estão comercializando seus carros com ágio, cobrando valores 2,4% acima dos estabelecidos na tabela da montadora. Outras
marcas que vendem com sobrepreço são a também coreana Hyundai e a inglesa Land Rover, com 1,9% e 1% acima da tabela, respectivamente. Um dos modelos com o maior desconto é a picape Montana da General Motors. Vendida por aproximadamente R$ 30 mil, o carro custa, pela tabela oficial, R$ 33.533, já com frete e pintura metálica incluídos, um desconto de
10,5%. A picape Strada Treeking da Fiat tem a mesma redução. Apesar de os preços levantados pela AutoInforme indicarem o valor médio praticado no varejo, uma vez que há variações de acordo com a concessionária, eles mostram uma tendência do mercado, servindo de base para o consumidor ser orientar na hora de comprar um carro novo.
EXPORTAÇÃO
Gol também é líder C
om exceção do Gol, que também é líder no mercado externo, o ranking dos mais exportados é bem diferente do equivalente ao dos modelos de maior demanda interna. O segundo veículo mais vendido ao exterior também é da marca Volkswagen, o Fox, que no ranking bra-
sileiro ocupa o quarto posto. O EcoSport, da Ford, é o terceiro mais exportado, seguido pelo Corsa Sedan, da General Motors. Polo e Golf, que nas vendas brasileiras ocupam apenas a 34ª e a 39ª colocações, são o quinto e sexto modelo brasileiro com maior volume de exportação este ano. A picape Strada, a mais vendida no Brasil neste segmento, perde para a Montana em exportação. Na seqüência aparecem Celta, Corsa Hatch, Fiat Palio, Fiesta Sedan, Chevrolet Meriva, Polo Sedan, picape S10, Fiat Siena, Fiesta, Uno, Honda Fit, Toyota Corolla e Astra Sedan. De janeiro a julho deste ano a indústria brasileira exportou 497,5 mil veículos, um volume 4,2% inferior ao do mesmo período do ano passado. Em receita, no entanto, verifica-se crescimento de 7,2%, num total de US$ 6,6 bilhões.
Reparadora de vidros adere aos blindados pós firmar parceria para instalação de tetos solares e investir no atendimento 24 horas, a reparadora de vidros Carglass, passa a prestar serviços também em vidros blindados. Atenta à demanda surgida com o aumento da violência no Brasil, a Carglass acaba de lançar a assistência a vidros blindados em parceria com diversas seguradoras de todo o País. De acordo com o diretor comercial da Carglass, Milton Bissoli, todas as lojas da empresa estão credenciadas para avaliar as necessidades exigidas pelo mercado. "O cliente entrará em contato com a nossa central de relacionamento, onde serão verificadas informações sobre o veículo e a blindagem. Em seguida, nossos técnicos tomarão as providências iniciais para a execução do serviço, inclusive o direcionamento do veículo para nosso centro tecnológico de blindagem transparente", informa o executivo. A Carglass está finalizando os testes em seu laboratório técnico na Inglaterra, para verificar a viabilidade de efetuar reparos nesse tipo de vidro, com segurança, em vez de substituí-lo. "Avaliamos sempre este fator em primeiro lugar, por isso, se for o caso, vamos sempre sugerir a troca", explica Milton Bissoli. A troca do pára-brisa também implica cuidados especiais e mãode-obra especializada , desde a avaliação até a efetiva substituição com produtos de qualidade, de forma a garantir a estrutura e segurança da blindagem e do próprio veículo. Em qualquer lugar do Brasil, o segurado tem seu vidro reposto com rapidez e comodidade.
A
Divulgação
Agora, também os blindados
8
DCARRO
São Paulo, segunda-feira, 28 de agosto de 2006
FORA DE ESTRADA
Depreciação média é de 13,7% O índice, referente a um ano de uso, é maior do que o do carro comum s veículos fora de estrada desvalorizam acima da média do mercado. Estudo da Agência AutoInforme aponta que, na média, os carros nacionais, incluindo picapes, perdem 6,9% do valor inicial no primeiro ano de uso. Já os off-road têm uma depreciação maior, passando a custar 13,7 menos um ano após sair da concessionária. No segmento chamado off-road, o veículo que tem a menor desvalorização do mercado é o EcoSport 4WD: deprecia apenas 9,2% no primeiro ano de uso. Mas o carro da Ford é um caso à parte. Todos os demais perdem acima de 12%. A S10 2.8 Tornado cabine dupla, o próximo da lista, desvaloriza 12,1%. A Hilux SR 3.0 cabine dupla perde 12,5% e a Ranger 3.0 XLT cabine dupla, 12,7%. A pesquisa analisou os preços, em agosto do ano passado, de todos os modelos zeroquilômetro de fora de estrada produzidos no Brasil, e comparou com a cotação de hoje feita pela Molicar desses mesmos carros, portanto com um ano de uso. No total 35 modelos foram comparados. Por marca, os carros com a maior desvalorização são os da Land Rover. O Defender 110 2.5 CSW passa a custar 17,6% a menos, enquanto a versão HCPU do mesmo modelo perde 16,4% e a 2.5 SW, 15,8%. A picape L200 Sport GLS 2.5 motor turbodiesel cabine dupla tem depreciação de 14,8% após ficar um ano na mão do proprietário. Confira ao lado a tabela de depreciação dos veículos fora de estrada produzidos no Brasil.
O
Velhinho de sucesso - Terceiro carro mais velho do Brasil (depois do Gol e da Kombi), o Mille - apesar de já ter completado 22 anos de existência - está entre os poucos que vendem mais de 100 mil unidades por ano. E é um dos menos depreciados entre os automóveis de passeio, registrando índice de perda abaixo da média nacional. Mesmo defasado, o popular da Fiat tem muitos pontos a seu favor. O principal é que é o automóvel zero-quilômetro mais barato do País. Vendido apenas na versão 1.0 flex, custa na tabela R$ 21.610 com duas portas e R$ 23.180 com quatro portas. Só que no varejo é possível encontrá-lo com desconto na faixa de 9,5% em relação ao preço sugerido pela montadora. A versão duas portas, por exemplo, pode ser adquirida da por R$ 20,5 mil, segundo cotação da Molicar. Outro ponto forte do Mille é a sua baixa desvalorização. Estudo da Agência AutoInforme aponta depreciação de apenas 5,4% no primeiro ano de uso depois que sai da concessionária. Isso significa que mesmo depois de rodar 12 meses, o carro perderá pouco mais de R$ 1 mil do seu valor inicial. O resultado, portanto, é um veículo com ótimo valor de revenda. Mesmo depois de dois ou três anos de uso, a depreciação do carro continua baixa. De janeiro a julho deste ano foram comercializadas no mercado brasileiro 67.118 unidades do Mille, uma média de quase 10 mil carros por mês.
BRASIL 100%
CRF 230F:
Campanha de valorização da peça nacional
Nova Honda para off-road
s fabricantes de peças e acessórios para motocicletas, liderados pela Anfamoto - Associação Nacional dos Fabricantes e Atacadistas de Motopeças, acabam de lançar uma inédita campanha de conscientização e valorização dos produtos nacionais cujo mote é ‘Peça Brasil 100%’. O objetivo é mostrar a lojistas, donos de oficinas e também consumidores que a opção por peças de reposição nacionais é a garantia de qualidade, segurança e da manutenção de emprego de milhares de brasileiros. Estão sendo confeccionados selos para serem entregues em lojas, oficinas e junto aos consumidores em geral, assim como haverá cartazes para distribuição no comércio varejista.
O
ara atender a demanda crescente dos adeptos do motociclismo off-road, a Honda está lançando a CRF 230F, que será comercializada a partir do próximo mês de outubro. Trata-se do primeiro modelo da marca produzido na fábrica de Manaus (AM) e projetado especificamente para o segmento fora de estrada. O design da nova Honda é inspirado na tendência mundial da linha CRF, considerada porta de entrada para o mundo do motocross. Entre as suas principais características, destacam-se a sua leveza (pesa apenas 107 kg), a partida elétrica e o motor OHC, que fornece elevado torque em baixas rotações. Apresentada ao público durante a Adventure Sports Fair 2006 (veja matérias nas páginas 4 e 5), a CRF 230F já era produzida em Manaus exclusivamente
P
para atender a demanda internacional. Atualmente, é exportada uma média anual de 16 mil motos para os Estados Unidos. Para o mercado interno, a previsão inicial da Honda é fabricar 2.340 unidades até dezembro deste ano. Robusta, lembra as motocicletas CR 85R, CRF 250R e CRF 450R, todas importadas pela Honda, e que são utilizadas pelos pilotos oficiais da marca nas prinDivulgação
cipais competições de motocross do País, como o Campeonato Brasileiro. Com apenas 872 mm de distância do solo, a motocicleta possui assento de estilo motocross. É baixo, estreito e confortável, características que permitem máxima movimentação do piloto. Diferentemente das unidades exportadas, a CRF 230F nacional contará com farol 35W, proporcionando maior segurança nas trilhas. O pneu off-road MT 320 assegura elevada tração nos mais diversos tipos de terreno, enquanto os aros de alumínio são leves e resistentes. Cada detalhe foi projetado com a proposta de oferecer ao consumidor qualidade com segurança. São os casos das pedaleiras largas, que possibilitam comodidade nas manobras radicais, e do protetor de cárter, que se torna resistente a qualquer tipo de impacto.
São Paulo, segunda-feira, 28 de agosto de 2006
DCARRO
9
COMPARATIVO DAS MULTIVANS
Vantagens e desvantagens O Fiat Doblò domina o segmento. Seus concorrentes são o Renault Kangoo e o Citroën Berlingo
Divulgação
segmento dos carros multiuso (ou multivans) é dominado pelo Doblò, da Fiat. É o único que tem opção de motorização flex e versão fora de estrada (Adventure), além de ser mais potente, tem opção para sete lugares e ser também o único produzido no Brasil. Resultado: o Doblò tem nada menos que 90% das vendas locais, enquanto os outros dois participantes do segmento, o Kangoo, da Renault, e o Berlingo, da Citroën, dividem os restantes 10%. O volume de venda dos veículos multiuso é muito pequeno, representando apenas 0,5% do mercado total de carros e comerciais leves. No ano passado, os três modelos venderam juntos 9.046 unidades. Pelo desempenho registrado no primeiro semestre, verifica-se que a demanda por este tipo de produto se mantém no mesmo patamar de 2005.
O
Mercado - De janeiro a junho o segmento comercializou um total 4.686 unidades, sendo que 4.115 foram do Doblò. A principal razão das boas vendas do carro da Fiat é, indiscutivelmente, o sucesso da versão fora de estrada. De cada dez Doblò comercializados no Brasil, seis são Adventure. O mais curioso é que a preferência por esta versão "fora de estrada" descaracteriza o uso do utilitário da marca italiana, projetado inicialmente para o trabalho, devido ao seu grande espaço interno e às facilidades para a entrada e
O Doblò, que concorre com o Kangoo e Berlingo, responde por 90% do segmento
saída de pessoas e também de carga. Apesar das "boas intenções" da Fiat, o que se vê, na prática, é que a procura pelo Doblò concentra-se, na maioria dos casos, naqueles consumidores que querem uma multivan para lazer. Em geral, adaptam o veículo para o transporte de equipamentos de esporte e para o seu uso em "aventura".
MOTOR 1.0
Popular retoma vendas C om a redução do IPI para a categoria dos carros com motor entre 1.000cc e 2.000cc, muita gente achou que seria irreversível o processo de queda de venda dos chamados populares. Mas, ao contrário do que se previa, a chegada da tecnologia flex acabou estimulando o segmento. Em 2002, os carros com motor 1.0 detinham 66,7% do mercado, participação que caiu para 55,3% no ano passado. Agora em 2006, no entanto, o índice voltou a crescer para 58,8%, invertendo tendência anterior. Com a chegada do Fiesta 1.0 com motor bicombustível (veja matéria na página 7), o mercado deste tipo de veículo deve crescer ainda mais. Agora apenas o Ka se mantém em linha com motor 1.0
apenas a gasolina. Uma realidade que mudou em muito pouco tempo. Afinal, em janeiro do ano passado, apenas o Fox tinha opção flex na versão popular. Em março ele ganharia a companhia do Gol, do Mille, do Palio e do Siena. Em julho foi a vez do Celta. Em setembro, a GM lançou o Corsa hatch e o Corsa sedan 1.0 flex. E em novembro foi a vez da Renault apresentar o Clio popular bicombustível. No primeiro trimestre de 2005 foram vendidas 24.270 unidades de modelos de baixa cilindrada com motor flex, volume que subiu para 171.864 unidades no último trimestre do ano. Em 2006 as vendas continuam em alta, tendo atingido 192.492 veículos nos primeiros três meses e 211 mil no período de abril a junho.
Os multiusos têm uma baixa depreciação se comparados com as vans. O Doblò, por exemplo, perde cerca de 9,5% em um ano de uso. A versão ELX 1.8 a gasolina é a que mais desvaloriza porque saiu de linha para a entrada da motorização flex. Comprada há um ano por R$ 47,5 mil, vale hoje R$ 41,8 mil. O Kangoo perde 13,3% na média e o Berlingo, que retornou ao mercado em setembro passado, perdeu 13,5% nesses onze meses. Quem comprou o multiuso da Citroën por ocasião do lançamento pagou R$ 51 mil. Se quiser revendê-lo hoje vai conseguir algo em torno de R$ 44 mil, conforme cotação da Molicar. A versão de entrada do Doblò, a ELX 1.8 flex, custa R$ 45.170. O Berlingo 1.6 Mul-
tispace GLX sai por R$ 47.990 e o Kangoo Authentique 1.6, o mais barato, pode ser encontrado por R$ 43.090. Em relação a equipamentos, os três são similares. Todas as versões top têm, como itens de série, direção hidráulica, vidros elétricos na dianteira, travas elétricas, rodas de liga leve e arcondicionado. O Doblò, no entanto, oferece computador de bordo, enquanto o Berlingo tem bancos de couro e o Kangoo vem com controle do rádio no volante. O modelo da Fiat leva a desvantagem do rádio CD ser oferecido como item opcional, enquanto que é de série nos concorrentes. Só o Kangoo tem air bag para motorista e passageiro como equipamento de série. Ele é opcional no Doblò e inexiste no Berlingo. Os veículos da Renault e da Citroën vêm de série com volante com regulagem de altura, enquanto que no da Fiat o item é opcional. O Doblò tem maior capacidade de carga (750 l). O Berlingo carrega 664 litros e o Kangoo, 600 litros. Joel Leite e Cláudio De Simone, da Agência AutoInforme
10
DCARRO
São Paulo, segunda-feira, 28 de agosto de 2006
TESTE NO DINAMÔMETRO
Ganhando alguns cavalos no motor Pablo de Sousa
uito se fala sobre a utilização de filtros de ar esportivos para ganhar potência em veículos a álcool ou a gasolina e recuperar alguns cavalos perdidos em função do uso de GNV. Acompanhando testes feitos em um dinamômetro com um Clio 1.0, 8 válvulas, foi verificada a variação de potência com o uso de um filtro não original e também Clio 1.0 alcançou 63,9 cv no teste do dinamômetro de amplificador de faíscas. A potência declarada no manual de Trocando o filtro de ar por um esportivo instruções do veículo é de 58 cv, mas no duplo fluxo da marca Sneeze, o Clio atingiu teste do dinamômetro o Clio alcançou 60,9 cv a 6.073 rpm e quando utilizado em 58,4 cv, ainda com o filtro original. Uti- conjunto com o MSD, o dinamômetro lizando um amplificador de faíscas (MSD) anotou a marca de 63,9 cv a 6.000 rpm. esta potência chegou a 62,6 cv a 5.800 rpm Segundo o proprietário da empresa e o torque máximo alcançado foi de 9.0 Sport Tuning (responsável pelas marcas kgfm a 4.400 rpm. Spectrum, Sneeze e Slash), Luiz Fernando Baseggio, o MSD é utilizado para otimizar a emissão de centelhas e tornar a queima de combustível mais homogênea. "O ideal seria um carro sem filtro. Como isso não é possível, pois o ar precisa ser filtrado, os esportivos de boa qualidade procuram fazer a filtragem sem restringir demasiadamente a entrada de ar". No site www.sporttuning.com.br, o MSD tem preço sugerido de R$ 600, já os filtros esportivos Sneeze custam MSD e filtro de duplo fluxo instalados entre R$ 25 e R$ 160.
M
DCARRO POR AÍ
CAMINHÃO POR CONTROLE REMOTO
E
m parceria com a DaimlerChrysler, o Centro Universitário Fundação Santo André desenvolveu um protótipo de caminhão comandado por controle remoto, que tem 0,98 m x 1,80 m, ou 1/3 da escala original. O desafio foi proposto pelos alunos do curso de Tecnologia Mecânica com Ênfase em Mecatrônica, para compensar a obrigatoriedade do estágio supervisionado, uma vez que todos já trabalhavam
NOVO SITE DA AS PERSPECTIVAS VOLVO AUTOMÓVEIS DO BIODIESEL
O
site da Volvo Automóveis (www.volvocars.com.br) foi totalmente reformulado, passando a oferecer modernos recursos multimídia, com muito mais informações sobre a história e os modelos da marca. Um dos destaques da nova página é a Galeria Interativa. Nela, pode ser transformado esteticamente qualquer modelo da Volvo, trocando as cores da pintura e também as rodas do carro.
2 MILHÕES DE CARROS FLEX
SERVIÇO AUTOMOTIVO
ASE: 10 anos de Brasil A ASE Brasil (Instituto Nacional para Excelência de Serviço Automotivo), completa dez anos de atividades no País com mais de 74 mil inscritos e 34 mil aprovados nos testes de certificação. “A certificação ASE surgiu da necessidade dos reparadores de possuírem uma ferramenta que pudesse atestar seu conhecimento e trazer mais confiança para seu cliente. Todo profissional aprovado no teste recebe um certificado válido por cinco anos, além de poder utilizar o escudo da ASE no seu uniforme e na fachada da sua oficina”, afirma Geraldo Luiz Santo Mauro, presidente da entidade. Desde a primeira prova, realizada no segundo semestre de 1996, o índice de aprovação se mantém estável, com média de 46%, contra 50% dos Estados Unidos. Já a média de idade dos
candidatos caiu cerca de cinco anos, passando de 36,5 para 31,9 anos. O grau de instrução dos inscritos também aumentou ao longo dos testes. Hoje, 35% dos inscritos possuem ensino fundamental completo, 54% ensino médio e 11% curso superior. As oficinas também estão mais informatizadas e a internet é fonte de atualização não só na captação de dados sobre novas tecnologias, mas no conhecimento de cursos e palestras de reciclagem dos profissionais. "O site da ASE Brasil (www.asebrasil.org.br) é exemplo desta nova tendência. Hoje, disponibilizamos pela internet a ficha de inscrição para a prova, testes simulados, venda de produtos do instituto, além de muitas informações para o reparador”, completa Santo Mauro.
na área. Para a criação do modelo radiocontrolado, os alunos elaboraram um projeto completo com toda a análise de custos e convidaram a Daimler-Chrysler para financiá-lo. O protótipo valeu-se de elementos alternativos como o eixo de um Kart, um motor de motocicleta e um motor de uma janela de automóvel. Ao todo, seu custo foi de R$ 7 mil, demandando cerca de 200 horas de trabalho dos alunos.
A
produção e a comercialização de veículos flex atingiram 2 milhões de unidades no mercado automotivo brasileiro agora em agosto. Lançados há pouco mais de três anos – em março de 2003 – os automóveis bicombustíveis já representam 77% das vendas totais de automóveis e comerciais leves no País. Mais flex nas páginas 7 e 9.
A
Robert Bosch irá mostrar no 3º Fórum SAE Brasil de Tecnologia de Motores Diesel, nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, em Curitiba (PR), o painel “Biodiesel e o impacto nos sistemas de injeção”. O chefe dos Laboratórios de Performance, Durabilidade e Técnicas de Medição da Unidade de Sistemas Diesel da Bosch, Christian Wahnfried, mostrará um resumo dos atuais estudos que o Brasil e outros países vêm realizando sobre o tema, assim como fará um panorama das perspectivas do uso do biodiesel e de outros combustíveis renováveis. Já Mário Massagardi, diretor de Engenharia e Vendas da mesma unidade, será moderador de um painel técnico que irá debater as novas tecnologias em motores e componentes diesel. O objetivo do encontro é fomentar a discussão sobre sistemas e produtos que podem melhorar a performance dos motores diesel assim como diminuir o consumo de combustível e emissões de poluentes.
NOVA REVENDA AUTORIZADA KTM
A
mais nova revenda autorizada da KTM do Brasil é a Vermelho Nuclear, do ex-piloto de motocross Alexandre Amadeu. Localizada no Ipiranga (Rua Sumé, 2), é a quarta loja que a marca inaugura na capital paulista. Importadora das marcas KTM e Husaberg, conhecidas pelos inúmeros sucessos em provas de off-road e de velocidade, a empresa tem 12 re-
vendas autorizadas em todo Brasil e uma assistência técnica. “Pode parecer uma rede pequena, mas como nossas motocicletas são de alta performance, somos extremamente criteriosos para nomear um revendedor. Não se trata apenas de vender, mas de oferecer um pósvenda à altura da tecnologia da marca", argumenta a diretoria da empresa.
Na página 3, a nova Nissan Pathfinder, que pode ter motor a gasolina ou diesel e já vem com muito espaço para bagagem e tração nas quatro rodas. Uma feira mostrou tudo sobre esportes radicais, incluindo aqueles que usam carros e motos. Um dos destaques foi o novo Fiat da família Adventure, o Idea. Na página 4.
Arte sobre foto Abê/Divulgação
Nº 135 São Paulo, 28 de agosto de 2006
DCARR
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Rodrigo Crins/MotorSport
São Paulo, segunda-feira, 28 de agosto de 2006
D C A R R O 11
FEIRA DO SUL Divulgação
Novidades na área de transporte
Investidores de diversos países da América Latina participaram da Transtec 2006, comprando cerca de US$ 1 milhão em peças e equipamentos ANDERSON CAVALCANTE
M
esmo em meio à crise enfrentada pelo setor agrícola e de transporte de carga no Estado do Rio Grande do Sul, a sexta edição da Transtec, feira de transportes, veículos, implementos, encarroçadoras e autopeças, driblou o cenário negativo e recebeu 10 mil visitantes na cidade de Caxias do Sul. O grande diferencial da edição 2006 foi a parceria com o Sebrae/RS, que possibilitou a presença de investidores do Chile, Peru, Bolívia, Venezuela, Equador, Colômbia e Uruguai, que compraram cerca de US$ 1 milhão em peças e equipamentos. Ônibus - O município de Caxias do Sul é o 2º maior centro econômico-financeiro do Estado, com faturamento anual de US$ 2,4 bilhões e mais de 540 empresas do segmento automotivo. Entre elas estão as encarroçadoras NeoBus e a Marcopolo. Uma das maiores fabricantes de car-
rocerias de ônibus do mundo, com 42,8% de participação no mercado brasileiro, a Marcopolo apresentou, durante o evento, o ônibus intermunicipal Ideale 770 e o miniônibus Volare W9, os mais recentes modelos desenvolvidos pela fabricante. A Neobus é especializada em microônibus, segmento em que possui cerca de 30% de participação. "Logo no surgimento da Neobus, em 1991, houve um ‘boom’ de vans e microônibus na cidade de São Paulo, por isso nos especializamos em veículos menores. Mas nossa participação total no segmento de ônibus é de 14,5% e estamos preparados para todas as soluções de urbanos, rodoviários e executivos", explica o responsável pelo marketing da empresa, Renato Miotto.
Especializada em microônibus, a Neobus aproveitou a Transtec para mostrar seus mais recentes lançamentos: Thunder+, ThunderPlus e o Spectrum
Negócios - A participação destas empresas na Transtec parece ter valido à pena. Apesar de não ter definido qual será a fornecedora, o vice-presidente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, Eurico Divon Galbardi, iniciou negociações com as encarroçadoras para aquisição de mais 10 ônibus para sua frota que opera na área urbana do Rio de Janeiro. "Neste ano já adquirimos 40 veículos,
mas sempre precisamos verificar as melhores ofertas e os veículos que se adaptam melhor às condições da região em que irá rodar", explica Eurico que trabalha em São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Pará, Minas e Nordeste. Segundo o executivo, nem mesmo a onda de incêndios em ônibus breca investimentos em novos veículos. "Pelo contrário, com isso temos que repor a frota. Nesta guerra entre bandidos
e governo, é o empresário que acaba tendo que bancar a conta. Lembrando que não há seguros para ônibus e se hovesse seria muito caro", conta Eurico. "Outra preocupação que temos é com o meio ambiente e com a saúde dos usuários. E não pensem que é demagogia! População doente tem gratuidade, por isso precisamos de um povo sadio. É essencial pensar nisso antes de adquirir novos carros", encerra o empresário.
A Transtec, que aconteceu entre os dias 15 e 18 deste mês, atraiu mais de 10 mil visitantes, desencadeando novos negócios no setor de transporte e de implementos rodoviários
2
DCARRO
São Paulo, segunda-feira, 28 de agosto de 2006
Com que combustível vou e temos cabeleireiro de confiança, restaurante preferido e mecânico a quem entregamos nosso carro sem preocupações, chega o momento de termos o posto de abastecimento de nossa confiança. É preciso se programar para ir sempre ao mesmo lugar. Caso contrário, temos que fazer um passeio pela cidade para encontrar os estabelecimentos honestos. Pode até ser a nova mania do paulistano: buscar postos onde se pode abrir o tanque e ir tomar um cafezinho com a certeza de que ali só será colocado combustível de boa qualidade. E pagamos por isso pois, com certeza, o preço cobrado não será o menor da cidade. Com a moda da adulteração dos combustíveis e o valor liberado nas bombas precisamos evitar de sermos vítimas do ditado "o barato sai caro". Ele é verdadeiro. Como é difícil usar somente um posto, precisamos tomar algumas precauções. A primeira é desconfiar do preço do combustível muito barato. Ninguém faz milagre, o máximo que se pode fazer é manipular o produto para ter preço muito abaixo do mercado e aí atrair o consumidor. As conseqüências... Mas como descobrir um posto honesto? É preciso abastecer e fazer o seu carro de cobaia. Encha o
S
índice NOVA NISSAN - 3 Chegou a Nissan Pathfinder, na terceira geração. Mais bonita.
AVENTURAS - 4 e 5 Feira de esportes de aventura: carros e motos são praticantes.
APROVEITE - 6 Uma oferta de bons descontos. Tem carro acima de 10% mais barato.
ATÉ QUE ENFIM - 7 Depois de longa espera, chegou o Fiesta 1.0 Flex. O mercado esperava.
DEPRECIAÇÃO - 8 Preços de usados "fora de estrada" caem mais que média do mercado.
aGenDa Hoje
Promovido pela entidade que representa os distribuidores de veículos, acontece hoje, das 8h às 18h, no Milenium Centro de Convenções, em São Paulo, o Seminário Fenabrave sobre Biocombustível.
31 de agosto
A Audi apresenta os modelos A3 Sportback e Q7, em evento no Hotel Ceasar Park, em Guarulhos (SP). Importados da Alemanha, terão vendas iniciadas no próximo mês.
Presidente em exercício Alencar Burti Presidente licenciado Guilherme Afif Domingos Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editor chicolelis chicolelis@dcomercio.com.br Repórteres Alzira Rodrigues alzira@dcomercio.com.br Anderson Cavalcante acavalcante@dcomercio.com.br
tanque e atente para o desempenho. Se for bem até o final, não engasgando, bom sinal. Se começar a falhar, risque o posto da sua lista. Visitar o mecânico para saber como estão as velas também é uma saída. Se o seu carro é do tempo do carburador, dê uma verificada para ver como ele está, ou, então, os bicos injetores, se for mais moderno. Saiba que você tem o direito de ver o frentista fazer a análise do combustível na sua frente, mas com essa correria, quantas vezes você viu alguém fazendo isso? Depois, não é toda hora que se pode dar ao luxo de ficar fazendo teste. A gasolina aditivada pode ser uma tentativa. Pode parecer coisa à toa, sem grandes conseqüências, mas combustível adulterado causa problemas para o carro, em médio e longo prazos. As conseqüências são maiores do que a economia que se faz pagando-se um valor menor do que o que se pratica no mercado. Prestar atenção não custa nada. Se a marcha lenta não está segurando, é bom ficar alerta, pois pode ser um sinal de que o seu carro está reclamando que está sendo mal alimentado, ou melhor, abastecido com um produto ruim. José Carlos Pontes, da Agência AutoInforme
Chefe de reportagem Arthur Rosa Editor de Fotografia Masao Goto Editor de Arte José Coelho Diagramação Hedilberto Monserrat Junior Ilustração Abê / Céllus / Jair Soares Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Impressão S/A O Estado de S. Paulo www.dcomercio.com.br/dcarro
12
DCARRO
São Paulo, segunda-feira, 28 de agosto de 2006
São Paulo, segunda-feira, 28 de agosto de 2006
DCARRO
3
UTILITÁRIO ESPORTIVO
I
mportações de veículos liberadas, no início dos anos 90. Chegou o primeiro utilitário-esportivo, a Nissan Pathfinder. Não havia nada do gênero e trazia três fileiras de bancos. Entre as opções mais próximas, a Chevrolet Veraneio. Agora, na terceira geração, a Pathfinder tem mais luxo, e tecnologia, e uma legião de concorrentes. Mas ela enfrenta com competência todas elas. Remodelada, tem linhas elegantes, apesar do aspecto bruto, bem ao gosto do seu principal mercado, o norte-americano. Todo o conjunto é de tamanhos "gigantes": o pára-choque, os pára-lamas, as portas... Estas, grandes e com ampla abertura, de difícil acesso pela altura, exigindo habilidade e disposição. A manobra é facilitada por alças nas colunas e estribos. Por dentro, muito espaço, conforto, luxo com acabamento primoroso e muita eletrônica. O painel de i n s t ru m e ntos, com mostradores redondos, tem o necessário e é agradável. O computador de bordo poderia ter facilitada a visualização, pois a "janelinha" debaixo do conta-giros, pequena, é prejudicada pelos reflexos da luminosidade de dia e neste tipo de veículo o computador é muito necessário. O volante é um dos destaques do carro, pois tem boa pega e não dispõe daqueles tamanhos desproporcionais, lembrando o de caminhão. Os bancos dianteiros contam com regulagem elétrica e memória para duas posições. Mais um "toque de conforto" é que, toda a vez que a chave é retirada da ignição, o banco do motorista recua alguns centímetros para facilitar a saída. Com sete passageiros, a capacidade do porta-malas é de 190 litros, uma das melhores do mercado. Com os dois bancos rebatidos, a área é ampliada para 515 litros. Com 64 diferentes possibilidades de arranjo de bancos para o transporte de passageiros ou de bagagem, ele carrega de 190 a 20091 litros de carga. Ela pula um pouco nas nossas ruas esburacadas ou em trechos de terra. Nada diferente das concorrentes. Em curvas tem boa
Nova Pathfinder chega com força Com motor a gasolina e muito espaço, a Nissan agrada no teste e nada deve à concorrência ANTÔNIO FRAGA Rodrigo Crins/MotorSport
Seu aspecto "bruto" esconde o agradável dirigir. Entre os destaques, o volante pequeno.
estabilidade, mas demora para dar tranqüilidade. É que inclina muito em curvas mais rápidas e graças aos pneus de uso misto com alto perfil (255/65 R17), tem tendência a "cantar", parecendo que está fugindo do controle. Não só não está, como é estável. Vale destacar que é um veículo alto e grande, portanto, sem a estabilidade encontrada em um modelo de passeio. Os freios também param o carro em espaços razoáveis e sem desvios. Motor gasolina - Além do acabamento, outro destaque é o motor a gasolina. Existe uma versão a diesel, mas testamos esta. Ele passou de 3,5 litros para 4,0 litros que desenvolve 266 cv a 5.600 rotações por minuto. Além da potência, o que mais agrada é o excelente torque em baixas rotações, 39,3 kgfm a 4000 rpm, o que é muito útil num utilitário esporte com pretensões no uso fora de estrada. A transmissão é automática de cinco velocidades com seletor para mudanças manuais em seqüência. E, ao contrário da maioria das transmissões com esse recurso, a da Pathfinder mantém a marcha selecionada mesmo no limite de corte de rotação do motor – um recurso muito útil nas situações do forade estrada. A tração 4x4 pode ser acionada por uma chave no painel. Na posição "2WD", o veículo roda com tração 4x2 concentrada no eixo traseiro. No modo "Auto", o torque é distribuído aos eixos de acordo com as condições do terreno. Em "High", até 50% do torque pode ser transferido para as rodas dianteiras: nesta posição, é possível manter velocidades elevadas sem prejuízo ao sistema. No modo "Low", de reduzida, cujo uso é recomendado apenas em baixas velocidades, o sistema passa a operar continuamente nas quatro rodas com distribuição eletrônica do torque para a roda com menor aderência. Em situações de perda de aderência, o sistema freia a roda sem tração e volta a distribuir o torque a esta roda em condições mais favoráveis de torque.
4
Gover no Corr upção Eleições Assistencialismo
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
Algum controle sobre os gastos correntes em ano eleitoral tem de ser feito. Mansueto Almeida
A VEZ DAS MOEDAS ELEITORAIS
PLANALTO NEGA, MAS PROGRAMA PODE TER USO ELEITORAL.
GASTOS COM O BOLSAFAMÍLIA CRESCEM 60%
O
desembolso com o programa BolsaFamília deu um salto de 60% em apenas um mês, saindo de R$ 597,7 milhões em junho para R$ 952,4 milhões em julho, período que coincidiu com a melhora da avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição, apontada pelos institutos de pesquisa. No Nordeste, região de grande popularidade de Lula e onde ele obtém maiores intenções de votos, o aumento em julho foi ainda maior, atingindo 93% – de R$ 245,8 milhões para R$ 473,8 milhões. O casamento do ano eleitoral com a expansão do assistencialismo pode explicar o bom desempenho do presidente Lula nas pesquisas eleitorais, assim como a boa avaliação do seu governo. Os gastos com o Bolsa-Família cresceram imediatamente antes da eleição, como explica o economista Mansueto Almeida, assessor do presidente do PSDB, Tasso Jereissati, em trabalho realizado a partir de dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siaf). Até julho, o Bolsa-Família consumiu R$ 4,3 bilhões, faltando aproximadamente R$ 4 bilhões para serem despendidos até o final do ano. Até junho, porém, a média mensal era de R$ 577 milhões. A partir
daí, a média mensal (para se de desembolsos do Bolsa-Fadesembolsar todos os recursos mília em julho traz embutida orçados para 2006) aumenta parcela de R$ 273 milhões do em 44%, para R$ 800 milhões, pagamento de junho, não efeacompanhando meses eleito- tuado antes. Ainda assim, soralmente decisivos, como ju- mando-se aquela parcela ao lho, agosto, setembro e, em ca- que foi efetivamente pago em so de segundo turno, outubro. junho, chega-se a algo entre Almeida frisou que não po- R$ 870 milhões e R$ 950 mide provar que o grande au- lhões (dependendo de se usar mento dos desembolsos do os dados do MDS ou do Siafi, Bolsa-Família em julho tenha que apresentam alguma discrepância), o sido um expeque indicaria diente eleitoum salto de ral. "O gover60% a 70% em no sempre porelação à méde fazer alegadia até maio. ções, como P a r a M a ratraso na conFoi o índice de cos Coimbra, fecção dos caraumento no repasse do Vox Populi, tões ou outros graças ao proproblemas do do Bolsa-Família no grama "o pregênero", expliNordeste, principal sidente Lula ca. O fato, poquebra a resisrém, é que, do reduto eleitoral do momento em presidente-candidato. tência de um eleitorado dos que aumentou grotões e das os recursos no periferias das orçamento pagrandes cidara o Bolsa-Família, de cerca de R$ 4 bilhões, des, formado por mulheres de em 2005 para R$ 8,4 bilhões, baixa renda e baixa escolaridaem 2006, o Congresso – na vi- de, que resistia a votar nele, são do economista – colocou mas que, por influência do Bolnas mãos do governo um po- sa-Família, muda de idéia e deroso instrumento de mani- passa a votar". Moeda eleitoral – A transfepulação eleitoral. Voz do povo – Segundo o rência de dinheiro para o bolso Ministério do Desenvolvi- dos cidadãos substituiu a conmento Social e Combate à Fo- tratação de grandes obras come (MDS), dirigido pelo mi- mo principal instrumento eleinistro Patrus Ananias, o valor toreiro nas campanhas. A vi-
93%
são é também de Almeida, autor do trabalho mostrando que as liberações do Bolsa-Família deram um salto de 60% de junho para julho. Ele defende mudanças na lei que levem ao controle dos gastos correntes em ano eleitoral. O economista observa que a Lei de Responsabilidade Fiscal e a legislação eleitoral já estabelecem limites, ligados ou não a anos eleitorais, para despesas com pessoal, endividamento de Estados e municípios e para os investimentos, que não podem ser iniciados seis meses antes das eleições. "Agora, algum controle sobre os gastos correntes em ano eleitoral tem de ser feito", diz. O economista nota que era no item "investimentos" que a manipulação eleitoral dos gastos públicos era realizada, com aumento de despesas com obras. Hoje, avalia, "os gastos correntes, quando moeda eleitoral, são um canal muito mais rápido, direto e eficiente". Pobres – Segundo o Ministério de Desenvolvimento Social, o programa Bolsa-Família foi recebido por 11,1 milhões de famílias em julho de 2006, número que corresponde ao de famílias pobres, pois segundo a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad) de 2004, o Brasil tem um total de 11,1 milhões de famílias pobres. (AE)
SERRA VENCERIA NO 1º TURNO, APONTA PESQUISA.
A
pesquisa Estado/Ibope, divulgada ontem no site do Estadão (www.estadao.com.br), mostra que o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, voltou a subir. O tucano ganhou 3 pontos percentuais, chegou aos 46% e venceria a disputa no primeiro turno. O candidato Aloizio Mercadante (PT) consolidouse como segundo colocado, subindo também 3 pontos, para 18%. Como a soma dos seus adversários perfaz 29%, Serra tem uma folga de 17 pontos percentuais a esboçar sua vitória no primeiro turno – maior que a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (15 pontos) no plano nacional. Orestes Quércia (PMDB) ficou com 8% das intenções. Na simulação do segundo turno entre Serra e Mercadante, o tucano teve 57% das intenções de votos e o petista 24%. A pesquisa Estado/Ibope entrevistou 1.806 pessoas, em 90 municípios, entre os dias
24 e 26 de agosto, e foi registrada no TSE. Perfil – Serra ganha em todos os segmentos, faixas e regiões. O seu eleitor típico é jovem, tem boa escolaridade e melhor poder aquisitivo. O tucano tem 55% na faixa entre 16 e 24 anos; alcança 55% no grupamento que tem escolaridade superior e 54% entre os que ganham acima de 10 salários mínimos. Os dois maiores destaques de Mercadante estão no eleitorado da capital – onde ganhou 5 pontos percentuais, de 18% para 23% – e no grupamento dos eleitores com 50 anos ou mais, onde cresceu de 15% para 21%. Mercadante tem seus melhores índices nos grupos de idade de 50 anos e mais, onde chega a 21%. Ele repete os mesmos 21% entre os que ganham entre 5 e 10 salários mínimos. Seu maior índice (26%) é dado pelos eleitores que se declaram negros. Já Serra aumenta sua intenção de voto entre os brancos, com 48%, e entre os pardos, com 44% das intenções.
Eymar Mascaro
Alckmin é alvo
L
ideranças do partido admitem que o PSDB está preparado para rebater a uma eventual bateria de críticas a Alckmin, patrocinadas pela candidata do Psol, Heloísa Helena, que tenta chegar ao 2º turno com Lula. A senadora se convenceu de que Lula irá inevitavelmente para o 2º turno e que, se também quiser chegar lá, terá de disputar a outra vaga com Alckmin. Heloísa Helena não vai deixar de dar suas estocadas em Lula. A senadora ainda guarda mágoas do presidente por ter sido expulsa do PT. Mas ela, que não quer ignorar as pesquisas, está armazenando poder de fogo para usar contra Alckmin na televisão.
NEGATIVOS Heloísa Helena quer explorar, por exemplo, a crise existente na área de segurança pública em São Paulo, lembrando que o PSDB exerceu o governo no Estado por 12 anos. A senadora quer atribuir culpa a Geraldo Alckmin, como já faz o PT.
COMO ESTÁ
RECLAMAÇÃO
A senadora é a terceira colocada nas pesquisas, perdendo para Lula em primeiro e para Alckmin em segundo. Heloísa Helena tem alcançado entre 11% e 12% de índice de intenção de voto contra 25% de Alckmin e 49% de Lula, de acordo com as informações divulgadas esta semana pelo Datafolha.
Entre tucanos tem havido choradeira porque candidatos estaduais do PSDB não estariam colaborando com a campanha de Alckmin. Os críticos citam o exemplo do Ceará. Mas, também em Pernambuco (5,8 milhões de eleitores), o candidato a governador do PFL, Mendonça Filho, já se exibiu na tevê ao lado da imagem de Lula.
DIFICULDADE Para chegar ao 2º turno, se a eleição não for decidida antes, a senadora terá de derrubar o adversário mais próximo, que é o candidato tucano. A senadora encontra dificuldade, sobretudo porque não dispõe de tempo suficiente de campanha na tevê. Heloísa tem apenas 1 minuto e 11 segundos na televisão.
INFIDELIDADE Os pefelistas detectaram também infidelidade na Paraíba (2,6 milhões de votos). Tem correligionário no Estado disseminando a campanha de reeleição do governador Cássio Cunha Lima (PSDB) acoplada à propaganda de Lula. Nasceu em João Pessoa, por exemplo, a chapa LuCa.
CRISE
MAIS UM
O PSDB está decidindo se muda o estilo de campanha de Alckmin, como deseja o grupo que pede para o candidato ser mais duro com Lula. Em tempo: a mudança será gradual e seria feita a partir desta semana. Quem mais pressiona o tucano para mudar é o PFL.
Parece que a infidelidade não tem fim nas hostes tucanas: chegou a vez do candidato a governador no Rio Grande do Norte, o peemedebista Garibaldi Alves, "namorar" Lula. Detalhe: sua adversária, Vilma Faria (PSB), também está fazendo campanha agregada ao candidato do PT.
SEGUNDO TURNO Independentemente das críticas pefelistas, Alckmin ainda aposta que haverá 2º turno e que ele será o adversário de Lula. O tucano tem recebido pesquisas diárias e acha que está em linha ascendente. A nova etapa de campanha na tevê apresentará um Alckmin mais crítico ao governo Lula.
COMO FOI Garibaldi Alves, que foi relator da CPI dos Bingos, liberou aliados para fazer agrados a Lula. Tudo porque Vilma Faria cresce nas pesquisas e pode segurar a preferência da maioria de votos no estado. Como relator da CPI, Garibaldi carregou na tinta contra aliados do governo.
RAZÕES
Ichiro Guerra / divulgação - 26/08/06
LULA PEDE VOTOS PARA MERCADANTE
O
Lula discursa para cerca de 10 mil pessoas, ao lado de seu candidato ao governo paulista: Mercadante.
(5,3 milhões de votos), Lúcio Alcântara (PSDB), adote Alckmin na sua campanha de reeleição. Alcântara tinha usado imagem de Lula na sua programação, mas foi impedido pela justiça eleitoral de continuar adotando a mesma tática infiel.
presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou de fato na campanha do candidato do PT ao governo do Estado de São Paulo, Aloizio Mercadante. "Imagina se a gente tiver o Mercadante governador. A cada bolsa de estudos que o governo federal der, Mercadante dará outra. Se esse companheiro for eleito, faremos uma revolução não só em São Paulo, mas no Brasil", afirmou Lula, em Guarulhos, no sábado.
QUEM FAZ Os dois pefelistas que mais brigam para que Alckmin bata sem dó em Lula são o presidente do partido, Jorge Bourhousen, e o prefeito do Rio, César Maia, que cuida da campanha de Alckmin naquele estado. Ambos acham que o exgovernador de São Paulo tem de desconstrurir Lula, custe o que custar. Pague o preço que pagar.
Um dos motivos que levam candidatos estaduais do PSDB (e aliados) a usarem a imagem de Lula é que no Nordeste o petista está com 65% das inteções de voto, segundo as pesquisas, enquanto a média de Alckmin é de 15%. O Nordeste tem um colégio de 33 milhões de eleitores.
SIGILO
O voto secreto no plenário da Câmara dos Deputados pode estar com os dias contados: o presidente Aldo Rebelo pretende pautar a emenda constitucional para votação em setembro. O fim do voto secreto pode prejudicar os deputados que estão com o mandato em jogo devido PARTICIPAÇÃO O PSDB está agindo para ao seu envolvimento com a que o governador do Ceará máfia das ambulâncias.
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
Congresso Planalto Administração CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5
MELHORAR A CIDADE É A PRIORIDADE, DIZ KASSAB.
Se o ministro (da Justiça) é do PT, acho legítimo ele se manifestar na campanha. Gilberto Kassab
CINCO MESES DEPOIS DE ASSUMIR, GILBERTO KASSAB DIZ QUE NÃO SE PREOCUPA COM RECONHECIMENTO.
D
esde 31 de março os cerca de 11 milhões de paulistanos têm um novo prefeito: Gilberto Kassab (PFL), 46 anos. Ele assumiu o cargo em virtude da renúncia de José Serra (PSDB) que se candidatou ao governo do Estado. Apesar de já ter exercido cargos públicos (foi deputado, vereador e secretário municipal de Planejamento na gestão Celso Pitta), Kassab era pouco conhecido da população. Passados quase cinco meses, o prefeito responde que não se preocupa com popularidade. O pefelista mostra-se um continuador do que foi apresentado por Serra na campanha. E basta. "Estou concentrado apenas em ser um bom prefeito para a cidade de São Paulo executando o plano de governo que a população escolheu nas urnas". E a política? Kassab aposta que o tucano Geraldo Alckmin disputará um segundo turno contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na sua avaliação, há tempo para Alckmin subir e derrotar o petista. Acompanhe, a seguir, os principais trechos da entrevista em que ele fala sobre projetos como o Cidade Limpa, os camelôs e o combate ao crime organizado.
Diário do Comércio - Qual é a avaliação de cinco meses de sua gestão na Prefeitura? Gilberto Kassab - Não existe o balanço de cinco meses de gestão. O que existe é um balanço de um ano e oito meses porque a administração é a mesma desde que iniciou. Eu diria que estamos cumprindo compromissos de campanha. DC - Quais são os compromissos que o sr. destacaria ? Kassab - O primeiro é a austeridade financeira. Todo mundo sabe das dificuldades financeiras que herdamos. Havia um rombo grande e dívidas que totalizavam cerca de R$ 8 bilhões. Havia os precatórios e os grandes fornecedores, como Eletropaulo e Sabesp. Tínhamos também dívidas contratadas no final do governo passado e não pagas. Destacaria mais compromissos: educação e saúde. Na educação, houve uma valorização do funcionalismo. Recentemente, a Prefeitura concedeu um aumento em forma de abono aos professores. Pretendo estender esse benefício aos demais servidores da secretaria o mais breve possível. Vamos acabar com as escolas de lata e o terceiro turno. Restam duas escolas (em Itaquera e outra em São Mateus) e as obras e reformas estão em andamento. A questão do terceiro turno – de 11h às 15h – é uma catástrofe e vamos resolvê-la até o final da gestão, pois dificulta a formação das crianças e dos adolescentes. A nossa meta é ter dois turnos apenas, com uma hora a mais de aula: 7h às 12h e das 14h às 19h. Se você somar essa uma hora a mais durante oito anos isso vai representar dois anos a mais de estudos. Na saúde, estamos reformando a rede: prédios, equipamentos e manutenção. Criamos as AMAs (Assistência Médico Ambulatorial) que procuram tirar os doentes dos hospitais e dos prontos-socorros. Foram ações positivas. Até o final do ano queremos ter 50 AMAs em São Paulo. Reformamos diversas Unidades Básicas de Saúde (UBS). São
'ESTOU CONCENTRADO EM SER UM BOM PREFEITO' O homem que comanda a maior cidade da América Latina não acha correto fazer um balanço de cinco meses de sua gestão. "Temos um ano e oito meses", corrige ele, em referência à continuidade que vem dando à administração Serra. Nessa entrevista, ele discute temas como PCC, impostos, ética, eleições... Por Sergio Kapustan e Ivan Ventura Fotos: Luludi / LUZ
Havia um rombo grande e dívidas que totalizavam cerca de R$ 8 bilhões. Havia os precatórios e os grandes fornecedores, como a Eletropaulo e a Sabesp.
São Paulo à vista: do seu gabinete, Kassab vê uma cidade que melhora e prospera sob uma gestão definida pelos eleitores de Serra.
Paulo tem 430 UBS e 50 delas terão uma AMA ao lado. Firmamos parcerias com a sociedade para resolver o problema da falta de médicos e atacamos o problema da distribuição de remédios. Estamos construindo dois hospitais: M' Boi Mirim e Cidade Tiradentes. O primeiro será inaugurado no próximo ano e o outro nas próximas semanas. DC - A prefeitura anunciou que a meta de arrecadação para 2006 é de R$ 17,8 bilhões. Isso seria possível graças à minirreforma fiscal do início do ano? Kassab - As projeções (de arrecadação) são ainda muito preliminares, mas é possível afirmar que, depois de várias administrações, essa é a primeira que acabou com impostos. Acabamos com a taxa do lixo e com a Contribuição de Iluminação Pública nas ruas onde não há iluminação pública.
Acabamos com a taxa do lixo e com a Contribuição de Iluminação Pública nas ruas onde não há iluminação.
DC - A Câmara aprovou, em primeiro turno, o projeto Cidade Limpa. A proposta recebeu críticas de empresas de publicidade. Qual sua avaliação? Kassab - Eu gostaria de registrar a importância dessas empresas no desenvolvimento da cidade ao longo desses anos. A mídia exterior é uma mídia legal com empresas sérias, mas todos sabem que existe uma mídia ilegal e clandestina. O projeto destaca a questão da cidade. É uma proposta de opção à Câmara e à população. O projeto é uma cruzada contra essa poluição visual. Uma pesquisa Ibope divulgada recentemente mostrou que 80% da população considera o problema gravíssimo .
DC - O projeto não é unanimidade na Câmara. O sr. aceitaria sancionar o projeto com emendas? Kassab - Como prefeito eu quero que a Câmara faça tudo aquilo que achar correto e oportuno. Como cidadão, eu torço para que o projeto seja aprovado sem emendas. DC - Há muitas reclamações sobre o excesso de camelôs na Rua 25 de Março e no Largo da Concórdia. Qual é a sua avaliação? Kassab - Tenho o maior respeito pelos camelôs que estão legalizados. A gente não pode falar a mesma coisa daqueles que trabalham com carga roubada e eles serão combatidos. A Prefeitura vai distinguir aqueles que estão legalizados daqueles que trabalham na ilegalidade. Sobre essa questão de espaços, é preciso saber primeiro que cada região tem a sua realidade e uma tendência. Na questão do controle, posso afirmar que há um trabalho vigoroso de cadastramento e um um trabalho crescente de fiscalização, que tende a aumentar. DC - Fala-se agora de a Prefeitura construir um calçadão na Rua 25 de março. Isso não vai atrair mais camelôs? Kassab - Não acredito que a obra vá atrair mais camelôs. O projeto está sendo discutido com todo o cuidado e seu objetivo é dar mais conforto à população que faz compras e freqüenta aquela região. DC - A Prefeitura começa a testar em outubro o Expresso Tiradentes (o ex-Fura-Fila lançado na campanha eleitoral de 1996), trecho Sacomã-Parque Dom Pedro, de oito quilômetros. O projeto ganhou mais fama pela morosidade e pelas alterações... Kassab - Nós abandonamos o Fura-Fila e estamos investindo três vezes mais que o projeto original. É uma obra de 32 quilômetros e agora vamos entregar o primeiro trecho. Nosso compromisso é concluir a obra. DC - São Paulo viveu uma grave crise: os ataques do crime organizado. Quais as medidas
A mídia exterior é uma mídia legal com empresas sérias, mas todos sabem que existe uma mídia ilegal e clandestina.
que a Prefeitura tomou para ajudar o governo do Estado? Kassab - A Prefeitura é rigorosa na fiscalização e trabalha em conjunto com os dois governos: estadual e federal. Fizemos uma parceria com o governo estadual na fiscalização do transporte. A Guarda Civil Metropolitana está cuidando dos terminais e das garagens. A Polícia Militar cuida dos ônibus e dos corredores. Assinamos recentemente um convênio com o governo do Estado que permite à Prefeitura tornar obrigatória a instalação de chips nos veículos que circulam em São Paulo. É uma medida importante para monitorar o crime. Vamos disponibilizar, para isso, um banco de dados sigiloso. DC - A crise da segurança colocou em choque tucanos e petistas. Ambos trocaram acusações. Foi bom para a cidade politizar esse assunto? Kassab - A segurança pública não é uma questão para ser politizada. As três esferas de governo – federal, estadual e municipal – precisam buscar o entendimento. Isso está ocorrendo hoje. DC - O ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos participou do programa do candidato a governador Aloizio Mercadante (PT) tratando do tema. O sr. concorda? Kassab - Se o ministro é do PT acho legítimo ele se manifestar na campanha. São coisas distintas. As campanhas eleitorais são feitas para as pessoas manifestarem o seu apoio. DC - Segundo as pesquisas, o presidente Lula deve ser reeleito
no primeiro turno. O sr. é aliado de Geraldo Alckmin. Acredita que haverá segundo turno? Kassab - Sim acredito. A campanha está apenas no começo e até o dia do primeiro turno os brasileiros terão mais informações para avaliar o grande trabalho feito por Geraldo Alckmin em São Paulo. DC - Como o sr. avalia a campanha de Alckmin na TV? Se fosse candidato mudaria algo? Atacaria o presidente? Kassab - As pessoas envolvidas na campanha são muito competentes. Elas já mostraram isso em outros momentos e tenho a convicção de que irão conduzir esse trabalho da melhor maneira possível, para que o eleitor conheça as propostas da candidatura e reconheça que elas são a melhor opção para o Brasil. DC - Havia um temor de que a crise com o PCC prejudicasse o PSDB. O eleitorado está punindo Alckmin e absolvendo Serra? Kassab - O eleitor não permitiu que fosse dado um caráter político-eleitoral para essa crise. Ele está consciente de que o momento é muito delicado e a situação é grave, mas também reconhece que foram conquistados muitos avanços no Estado de São Paulo nesse setor. Não existe punição a este
ou aquele candidato porque a democracia brasileira amadureceu e o eleitor sabe enxergar o processo político e administrativo como um todo. DC - A vitória de Serra mudará a cara do seu secretariado? Kassab - O secretariado que está trabalhando tem a minha cara. Se depender de mim, todos continuam porque são de minha absoluta confiança e extremamente competentes. DC - O sr. já se tornou mais conhecido da população? Kassab - A questão do reconhecimento não me preocupa. Não faço esse tipo de avaliação. Estou concentrado apenas em ser um bom prefeito, executando o plano de governo que a população decidiu nas urnas. DC - O dia-a-dia na Prefeitura mudou sua rotina de vida? Kassab -O que mudou foi minha rotina de trabalho. Como prefeito, todos os dias saio cedo de casa para visitar obras e observar as demandas e necessidades da população. Depois tenho uma agenda cheia no gabinete com questões administrativas ao lado dos secretários. Do ponto de vista pessoal nada mudou. Continuo sendo um cidadão comum, que gosta de estar com a família, que vai ao cinema, teatro e futebol.
8
Empresas Finanças Comércio Exterior Nacional
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
Mais de 50% das exportações chinesas são provenientes de investimento estrangeiro.
CAZAQUISTÃO TERÁ EMBAIXADA BRASILEIRA
Milton Mansilha/Luz
CAZAQUISTÃO EMBAIXADOR QUER AMPLIAR COMÉRCIO Novo representante do Brasil no Cazaquistão pretende aumentar as relações comerciais entre as nações e, para isso, conta com a ajuda da SP Chamber
O
Brasil vai ao Cazaquistão. Não apenas para estreitar relações de amizade que, pouca gente sabe, já existem entre os dois países, mas também para tentar vender aviões, exploração e refino de petróleo, empresas de mineração, serviços de construção civil, sem falar em carnes, café, tecnologia de dessalinização, carros e sabe-se lá o que mais. Exatamente para saber o que mais pode ser inserido na pauta de trocas entre os dois países, Frederico Duque Estrada Meyer, 54 anos, desembarca em outubro próximo em Astana, capital do Cazaquistão, para inaugurar a embaixada brasileira naquele país exótico, de população nômade, terra do melhor caviar, tapetes, grandes reservas de minérios e quinto maior produtor de petróleo do mundo. No entanto, antes de embarcar, Meyer, formado pela Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-RJ), já armou uma parceria com a São Paulo Chamber of Commerce, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que trabalha, junto com o Itamaraty e com o governo do estado, para inserir pequenas e médias empresas no comércio mundial. "Vou mesmo precisar ser suprido de informações daqui do Brasil", disse o futuro embai-
Milton Mansilha/Luz
Meyer quer informações do Brasil
xador no Cazaquistão, em visita à SP Chamber, na semana passada. "Pode contar com a gente", respondeu Alfredo Cotait Neto, coordenador da SP Chamber, que apresentou o trabalho desenvolvido pela entidade nas áreas de inteligência comercial e recebimento e envio de missões comerciais ao exterior. Meyer lembrou que o presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev, estaria no Brasil na segunda e terça-feira passada, para uma visita oficial que foi transferida para dezembro. Cotait informou que uma missão comercial da SP Chamber deverá embarcar para a Rússia em junho de 2007. "Talvez seja uma boa oportunidade para ampliar o trajeto até
o Cazaquistão", sugeriu. Renato Abuchan, coordenador do departamento de Comércio Exterior da ACSP, acrescentou que até lá haveria tempo para detectar quais os segmentos empresariais brasileiros estariam interessados naquele país, que tem 16 milhões de habitantes, com renda per capita crescente por causa do petróleo. O embaixador, que já serviu em Cuba, Iraque, Guiana, Rússia, e está deixando a missão brasileira na Organização das Nações Unidas (ONU), afirmou que pretende prospectar os setores no Cazaquistão que possam contribuir para ampliar o comércio bilateral com o Brasil – ainda muito tímido para um país que importa quase tudo o que consome. A exemplo da Noruega, o Cazaquistão separa uma parte dos ganhos com petróleo para um fundo de desenvolvimento. "Eles querem criar, no futuro, uma economia que não dependa só do petróleo", disse Meyer. Isso, salientou, abre muitas oportunidades para empresas investirem naquele país, tanto que a Petrobras, a Embraer e a construtora Odebrecht já estão chegando lá. "Por isso vou precisar de vocês (da SP Chamber) para motivar os empresários a visitar o país", concluiu. Sergio Leopoldo Rodrigues
Terra de lançamentos espaciais
C
azaquistão lembra os povos nômades das estepes. Cazaque, seu habitante, quer dizer aventureiro, homem livre. Até há pouco tempo, apenas uma pequena parte da sua população vivia em cidades. Há oito anos, a capital do país foi transferida de Almaty (ex-Alma-Ata), para Astava, uma espécie de Brasília, com acesso apenas por avião ou trem. Embora mantenha relações com o Brasil desde os anos 1990, esse país talvez permanecesse apenas na nossa imaginação, se não fossem reportagens sobre o primeiro astronauta brasileiro, Marcos Pontes, que partiu de uma base de lançamento no Cazaquistão em direção à Estação Espacial Internacional (ISS), a bordo da nave russa Soyuz TMA-8, em março. Geografia – A posição geo-
política estratégica do Cazaquistão se explica pelas fronteiras: situado na Ásia Central, tem uma pequena área de seu território – quase todo plano – que pertence à Europa, entre o Rio Ural e a fronteira russa. Ao norte e oeste faz limite com a Rússia, a leste com a China, ao sul com o Quirguistão, Urbequistão e Turcomenistão e a oeste com o Mar Cáspio. Tem duas línguas oficiais: o cazaque e o russo. O fuso horário em relação ao Brasil é de nove horas. O Produto Interno Bruto (PIB) era de US$ 59 bilhões, em 1999, a moeda é o tenge, e a população é de maioria muçulmana sunita, com minoria cristã. A capital é a mais distante de um oceano no mundo. A última (e mais próxima) parada de navio antes de Astava é São Petesburgo, na Rússia.
Comércio – As relações comerciais com o Brasil não chegaram a US$ 37 milhões no acumulado de janeiro a julho deste ano, com vantagem de US$ 6,1 milhões para nós, que exportamos nesse período US$ 21,5 milhões (0,03% do total de nossas vendas externas) e importamos US$ 15,3 milhões (0,03% do total de nossas compras no exterior), segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Entre os principais itens de exportação do Brasil destacam-se: carnes bovinas, suínas, congelados, fumo, máquinas e aparelhos para colheita, miudos de frango, aparelhos de telefonia, motores e ventiladores. E importamos laminados de ferro, enxofre, couros, ligas de ferro, mercúrio e calças de algodão. (SLR)
Da esq. para direita: Abucham, Meyer e Cotait Neto. Parceria entre ACSP e embaixada será iniciada agora.
CHINA Uma aula de desenvolvimento
S
erá que a China está invadindo o Brasil com seus produtos baratos, ou é o Brasil que não está se preparando para enfrentar os produtos baratos da China? Para Renato Amorim, secretário-executivo do Conselho Empresarial Brasil-China, e que serviu por três anos naquele país como funcionário do Itamaraty, o sucesso da China no comércio mundial deve-se, sobretudo, aos investimentos estrangeiros em grandes plataformas exportadoras em solo chinês e um marco regulatório que dá segurança ao capital. Some-se a isso os enormes investimentos feitos pela China em infra-estrutura (transportes, portos, educação, etc.) e "a humildade do chinês de perguntar e aprender com quem sabe" quando quer fazer uma coisa que não sabe. "Mas ele aprende para não depender no futuro", explicou o secretário. Ele não ignora a chamada "invasão chinesa" no Brasil, mas nega, com números, que ela tenha a dimensão propalada pela imprensa brasileira. Para completar esse quadro, Amorim lembrou que a China fez um projeto de longo prazo para sua economia e o pôs em prática, com a ajuda de um regime centralizado e autoritário comandado pelo Partido Comunista Chinês (PCC). Não é à toa que o país tem 400 zonas de processamento de exportação. "De qualquer modo a China sabe o que quer", afirmou o secretário-executivo durante reunião da Associação Brasileira de Empresas para a Integração de Mercados (Adebim), na semana passada.
Alarme – O Brasil, ao contrário, ainda não entendeu que a China é o "alarme" soando "sobre os problemas de competitividade estrutural com os quais teremos de lidar e que teremos de resolver logo", avisou. Ou seja, precisamos definir para onde queremos ir dentro da globalização e, a partir daí, investir em inteligência comercial (para tornar o país mais visível internacionalmente) e em infra-estrutura para reduzir o chamado custo Brasil, que inclui toda a burocracia nacional. Até porque, argumentou o
400
é a quantidade atual de zonas de processamento de exportações na China, resultado de um projeto de longo prazo secretário do Conselho Empresarial Brasil-China, outras potências como Rússia, Índia, Tailândia, Vietnã e Coréia estão entrando no páreo mundial, inclusive como bases exportadoras para empresas transnacionais de capital chinês. "O Peru impôs salvaguardas contra produtos chineses, e eles foram substituídos por mercadorias coreanas ou vietnamitas, fabricadas com capital chinês", exemplificou Amorim. Se o Brasil quiser enfrentar
esses atores na disputa global terá de dar um norte para sua indústria, desonerar investimentos, sobretudo em alta tecnologia, como fez a China, reduzir o custo do trabalho e melhorar sua qualidade. Renato Amorim aproveitou, inclusive, para desfazer a idéia, muito em voga atualmente no Brasil, de que os produtos chineses competem de forma "desleal" apenas por causa dos baixos salários praticados na China. "Note-se que 57% das exportações chinesas para o mundo provêem de investimentos estrangeiros individuais ou em parceria com o Estado", destacou. Ou seja, "quem exporta da China não é o chinês". Ele reconhece que a legislação trabalhista lá é mais liberal que a daqui, mas, a exemplo de outros países asiáticos, tais como Indonésia e Vietnã, houve grandes investimentos em infra-estrutura, criação de um marco institucional regulatório seguro e uma burocracia ágil que, juntos, estimulam e barateiam as exportações – e até mesmo as importações. Por outro lado, Amorim lembrou que a China enfrenta vários gargalos para manter seu crescimento médio de 9% a 10% ao ano, como a necessidade de ampliar suas fontes de energia e fornecedores de matérias primas. Além disso, tem uma área agricultável de apenas 11% do território, com poucas chances de expansão, e ainda há graves problemas ambientais (cujo custo terá de ser pago em um futuro próximo) e pouca água potável. Sergio Leopoldo Rodrigues
Stringer/Reuters
Brasil e Argentina não fecham acordo
T
erminou sem acordo a reunião entre as equipes técnicas do Brasil e Argentina para discutir a proposta argentina de impor cotas aos calçados e a produtos da linha branca exportados pelo País. O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ivan Ramalho, disse que nesses dois pontos não houve uma conclusão e que os setores privados dos dois países voltarão a se reunir na segunda quinzena de setembro para discutir o assunto. Ramalho antecipou, no en-
tanto, que o governo e os empresários brasileiros não vêem sentido na imposição de cotas aos produtos brasileiros. Ele explicou que no período em que o Brasil fez a restrição voluntária nesses dois setores as importações argentinas de outros países aumentaram. "O Brasil já deu sua contribuição para a indústria argentina ganhar mercado interno. Mas o registro de comércio apresentado pelo próprio governo de lá mostra que nos dois anos em que o acordo esteve em vigor houve desvio de comércio principalmente de
produtos vindos da China", disse o secretário. A indústria calçadista concordou em voltar a sentar-se à mesa porque o governo argentino propôs fixar em pelo menos 75% a participação brasileira no total das importações de calçados. Quanto à linha branca, Ramalho explicou que os produtores brasileiros pediram uma série de informações à indústria argentina antes da reunião em setembro. As estatísticas mostram que as exportações brasileiras de eletrodomésticos à Argentina caíram nos últimos anos. (AE)
Chinês instala fogos de artifício para uma inauguração. Investimento em infra-estrutura garante sucesso.
FIESTA 1.0 FLEX
São Paulo, segunda-feira, 28 de agosto de 2006
Por fora, apenas a identificação "Flex", na traseira
DCARRO
7
Em último, mas enfim veio
Divulgação
"Outras prioridades". Esta é a explicação da Ford para ter só agora o Fiesta Flex 1.0. O preço não foi alterado em relação ao modelo a gasolina, mas o mercado o vende mais barato. CHICOLELIS
O
mercado nunca entendeu a razão da Ford ter demorado tanto para apresentar o modelo flex do Fiesta 1.0. No seu lançamento, na semana passada, em Camaçari, na Bahia, a explicação veio, simples e objetiva: por falta de capacidade de produção, outras prioridades foram atendidas. Uma delas, o próprio Fiesta Flex, mas aquele com motor 1.6, lançado dois anos atrás, em 2004. Seu preço foi mantido em relação ao modelo a gasolina, que sai de produção, como vêm fazendo todas as outras marcas: entra o flex, sai o monocombustível, que já não encontra mais espaço no mundo de automóveis. Entretanto, a sabedoria do mercado baixou os valores estabelecidos. A fábrica sugeriu o preço de R$ 31.390 para a versão sedan e R$ 29.320 para a hatch. Mas eles estão sendo colocados à venda pela rede Ford, em todo o País, por R$ 29.990 e R$ 26.990, respectivamente. Esta ação dos representantes da fábrica coloca os modelos mais competitivos em relação à concorrência. O Volkswagen Fox, por exemplo, custa R$ 30.491; o Chevrolet Corsa é vendido a R$ 29.800 e o Fiat Palio, um terceiro "adversário", é colocado no mercado a R$ 29.680. Todos eles, naturalmente, com motor 1.0 flex. 70% sem prioridade - O Fiesta sedan é líder no seu segmento. Junto com seu "irmão" mais velho, o hatch, colocam-se entre os dez carros mais vendidos no mercado interno. Desde o seu lan-
Ele é igual ao anterior, mas com preço reduzido no mercado
Demorou para o Fiesta 1.0 ganhar o direito de usar álcool ou gasolina. Mas este dia chegou.
çamento, em 2002, o modelo da Ford já vendeu 270 mil unidades, representando 45% das vendas totais da montadora no Brasil. E nestes números de vendas, um deles mostra que o raciocínio Ford foge um pouco da real quando alega que "outras prioridades" - dando a entender que esta prioridade seria o uso do poder de produção para o motor 1.6 - adiaram até este mês o lançamento do Flex 1.0: o carro responde por 70% das vendas totais do modelo Fiesta, desde o seu lançamento. E o 1.6 ganhou motor bicombustível primeiro. Mas a fábrica tem uma explicação para esta
opção, nas palavras do seu gerente nacional de Marketing, Antonio Baltar. Segundo ele, a versão 1.6 flex é a mais valorizada. "Ela representa hoje mais de 60% das vendas do Fiesta, enquanto o gasolina 1.0 mantém bom nível de comercialização". Neste acaso, vale lembrar a dúvida sobre o comercial do biscoito que pergunta se "ele vende mais porque é fresquinho ou se é fresquinho porque vende mais?" Parodiando: será que o 1.6 cresceu em vendas porque o 1.0 não existia na versão flex, ou o 1.0 perdeu para o 1.6 porque não tinha flex? A resposta virá do mercado. Mais sobre carros flex e populares nas páginas 9 e 10.
Acelerando ...
A
Ford foi a última a sair com 1.6 e 1.0 flexíveis, mas o produto final é bom. Não é o mais potente, mas tem o que mostrar. Durante test-drive, o Fiesta 1.0 litro bicombustível apresentou desempenho muito interessante. Com três generosos (em peso, claro) passageiros a bordo, o Fiesta 1.0 Flex mostrou fôlego, mantendo a velocidade mesmo em pequenas subidas e retomadas ágeis para a motorização. Na arrancada teve disposição. No conjunto, não decepcionou. O novo motor "casou" muito bem com a transmissão de cinco velocidades, mostrando que o conjunto, a exemplo do motor 1.6 Flex, foi muito bem desenvolvido. Abastecido com álcool, o motor tem 73 cv a 6.000 rpm. Já com gasolina, são 71 cv a 6.000 rpm. Segundo números fornecidos pe-
la marca, o Fiesta é um carro econômico. Os números de consumo aferem que na cidade o Ford Fiesta 1.0 Flex faz 12 km/l com gasolina e 8 km/l com álcool e, na estrada, faz, respectivamente, 15,9 km/l e 9,8 km/l. Os números dão uma média de 13,5 km/l com gasolina e de 8,7 km/l com álcool. Porém, a Ford do Brasil não forneceu as medições de aceleração e de máxima. Sem entrar naquelas longas e chatas informações técnicas, que não interessam a nenhum comprador, apenas uns dados interessantes. Em termos técnicos, o novo motor da Ford deriva do bem sucedido Rocam, que foi desenvolvido pela engenharia brasileira. Ele possui a maior taxa de compressão do mercado de flexíveis - 12,8:1 -, aumentando a eficiência na conversão de ener-
gia e um exclusivo controle eletrônico de temperatura. Esses fatores importantes otimizam o seu rendimento. Para o consumidor, segundo número do fabricante, essa evolução representa potência maior (10% a mais com álcool e 7% a mais com gasolina, em comparação com o 1.0 a gasolina) e, principalmente, um torque ainda mais eficiente (5% maior com álcool e 3% maior com gasolina). Em relação ao demais dados técnicos, como suspensão, freios etc, não houve alteração em relação ao modelo anterior. Ou seja, é um conjunto muito agradável, com boa estabilidade e dirigibilidade (um fator que a Ford nos últimos anos vem dominando) e freios que páram o carro sem sustos. Antônio Fraga
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
1 Atacadistas já entraram no clima de Natal: decoração e alimentos para quem quiser antecipar as compras.
AINDA É AGOSTO, MAS O NATAL JÁ CHEGOU. AO MENOS NO ATACADO. Aproveitando o bom momento para importações por conta do dólar desvalorizado em relação ao real, atacadistas e grandes varejistas antecipam as compras de produtos natalinos. No Sam’s Club, que pertence ao grupo Wal-Mart, consumidores já podem comprar Papai Noel, iluminação, bonecos de neve e até pinheirinhos de Natal.
O
Dia das Crianças nem chegou ainda, mas alguns empresários já anteciparam as compras de Natal. Em vários pontos do comércio já é dezembro – a decoração natalina e os produtos típicos da data estão disponíveis. Nas 15 lojas da rede atacadista Sam’s Club, do grupo Wal-Mart, já há Papai Noel, bonecos de neve e árvores de Natal. O sortimento de itens é 50% maior do que o oferecido no ano passado. A exposição de produtos natalinos foi antecipada em um mês em relação a 2005. "A expectativa é de que as vendas cresçam 30% em comparação com o mesmo período do ano passado. O alvo principal nessa época são os lojistas e revendedores, mas queremos aumentar as vendas para o consumidor comum", diz o vice-presidente do Sam’s Club, Marcos Ambrosano. Segundo ele, o preço dos produtos, a maioria importado, será 15% menor neste ano em razão da desvalorização do dólar em relação ao real. O Grupo Pão de Açucar também está se preparando. Os mais de 500 itens de Natal, incluindo objetos de decoração e iluminação, serão importados da China e da Argentina – aproveitando a desvalorização do dólar. Os produtos estarão nas prateleiras em outubro. E neste ano, pela primeira vez, os consumidores poderão adquirir itens também pelo site do supermercado Extra (w ww.e xtra .com .br) , que faz parte do grupo. Safra – Antecipar as compras de produtos natalinos também foi a estratégia adotada pelo supermercado Santa
Luzia. Os clientes já encontram nozes, tâmaras, figos, amêndoas e uvas-passas. Os pedidos foram feitos em junho, ao contrário de anos anteriores, quando ocorriam em agosto. De acordo com o diretor comercial da empresa, Jorge Conceição Lopes, quanto mais cedo o pedido for feito, mais barato fica. "Na última hora todos os comerciantes querem novos produtos e os fornecedores não têm condições de atender." Lopes afirma que o dólar mais baixo em relação ao real influencia o preço. "Se a moeda norte-americana continuar nos patamares de R$ 2,15, o preço dos importados pode cair cerca de 10% em dezembro em relação ao mesmo mês de 2005", diz Lopes. Mas, mais do que o preço, explicou o diretor comercial, é a colheita que define o que o consumidor vai encontrar nas prateleiras. "É a lei da oferta e da procura. Se houver boa quantidade de produtos no mercado, o preço cai; caso contrário, o valor aumenta porque a procura cresce." A expectativa de Lopes é de que as vendas neste ano sejam 10% maiores do que as do Natal de 2005. Mercadão – No Mercado Municipal de São Paulo é Natal o ano todo. Em pleno mês de agosto, as bancas oferecem todo sortimento de frutas secas, além de bacalhau e vinho importado. Também na opinião de Edson Barbosa, gerente do Empório Matheus, é a boa colheita que definirá os preços. "Os pedidos serão feitos em outubro. Ainda não temos notícias de como está a produção na Argentina, Chile e Europa. Espero que seja boa para que os valores sejam baixos e mais
Isaac, do Imperador do Bacalhau: preço será ainda menor no Natal
Silva, da Casa Irmãos Borges (acima): eleição atrapalha; Barbosa, do Empório Matheus (ao lado): colheita é que irá definir os preços
pessoas possam comprar." O gerente do Imperador do Bacalhau, Isaac Francisco da Silva, é mais otimista. Ele vende o quilo do bacalhau do Porto a R$ 55 atualmente. E garante que o preço vai cair para R$ 45 até o Natal. "O consumidor vai pagar menos em razão da desvalorização da moeda norte-americana. Com isso, as vendas vão subir 30% em relação ao mesmo período do ano passado", calcula Silva. Eleições – Mas para o gerente da Laticínios Pirâmide, Mário Flávio Correa, este Natal será uma incógnita. "Dezembro sempre é muito bom no Mercadão. Porém este ano é atípico por conta das eleições. Mas calculo que as vendas poderão ser 10% maiores em relação à data em 2005", afirmou. Os vinhos europeus da Laticínios Pirâmide custam entre R$ 10 e R$ 200. As eleições também são a preocupação de Joaquim Pedro da Silva, funcionário da Casa Irmãos Borges. "Em período de eleição os consumidores ficam receosos e compram menos. Mas os preços já estão 30% mais baixos neste mês em relação a agosto do ano passado." O quilo do damasco era vendido a R$ 24; hoje custa R$ 18. E se o consumidor ‘chorar’, leva por R$ 15." O casal de advogados Maíra César e Joel Médici aproveitou o sábado passado para fazer compras no Mercadão. O total gasto com frutas secas, azeitona preta, damasco e nozes foi de R$ 130. Mas eles dizem que o custo seria o dobro se optassem por fazer as compras em lojas "no shopping". "Mais próximo do Natal voltaremos aqui ", disse Médici. Neide Martingo
Médici e Maíra: melhores preços
Bonecos de neve, Papai Noel e outros objetos natalinos de decoração já podem ser comprados nas grandes redes atacadistas
Fotos: Andréa Felizolli/LUZ
Consumidores aproveitam o sossego do mês de agosto para comprar produtos de Natal fora de época
260 metros com 3 wc e copa cozinha no 2º andar. Escritura registrada direto c/ proprietário. R. Barão de Itapetininga, 151 Centro - São Paulo-SP Tel.: (11) 3120-3688 - c/ José Augusto
FIESTA DE MOTOR NOVO Ano 81 - Nº 22.200
São Paulo, segunda-feira 28 de agosto de 2006
Jornal do empreendedor
R$ 0,60
Morre D. Luciano M. de Almeida
Edição concluída às 23h40
Pág. 6
Vôlei é hexa. De virada. A Seleção leva mais um na Liga Mundial (foto). Dobrou a França de virada e conquista o título pela 4ª vez consecutiva, desde 2003, sempre sob o comando de Bernardinho.
Yves Herman/Reuters
w w w. d co m e rc i o. co m . b r
Alexander Nemenov/AFP
F-1 na Turquia é Massa. O piloto brasileiro lidera de ponta a ponta e comemora sua 1ª vitória na F-1 (foto). E mais: o Brasileirão esquenta, numa rodada favorável ao Santos. DC Esportes
Governo aumenta em 60% o Bolsa (eleitoral) Família
Andrea Filizolla/LUZ
O desembolso com o Bolsa-Família cresceu 60% em um mês, pulando de R$ 597,7 milhões em junho para R$ 952,4 milhões em julho. Justamente quando a avaliação do presidente Lula, candidato à reeleição, melhorou. Coincidência? "Algum controle sobre gastos correntes em ano eleitoral tem de ser feito", diz o economista Mansueto Almeida, ligado ao PSDB. Pág. 4
ATACADISTAS JÁ ESTÃO NO NATAL Com o dólar desvalorizado, a margem para importações aumenta, animando atacadistas e grandes varejistas a antecipar as compras de produtos natalinos. Nas grandes redes, lojistas já podem comprar produtos de decoração (acima). Para o setor, a expectativa é de aumento de 30% nas vendas em relação a 2005. No Mercadão, as bancas já estão sortidas para as festas de fim de ano. E 1
Serra vence em 1º turno Pesquisa Estado/Ibope mostra que tucano subiu de 43% para 46% das intenções de voto. O petista Mercadante tem agora 18%. Pág. 4 Paulo Pampolin/Hype
'FALSO' INVERNO. BOM PRA SORVETE. Consumo 10% maior. E 6
VITRINES QUE SEDUZEM Para atrair consumidores, vale até manter um lago com carpas. E 6
Luludi/LUZ
Kassab: "concentrado na Prefeitura".
Os cinco filhos rejeitados de Niemeyer
HOJE Nublado Máxima 20º C. Mínima 12º C.
AMANHÃ
Luiz Prado/LUZ
Sol com pancadas de chuva Máxima 17º C. Mínima 11º C.
Entre eles o Copan (foto). Foram projetados pelo pai de Brasília, que os renega: "São obras de uma fase menos importante". C 1
Passados 5 meses de sua gestão, Gilberto Kassab reafirma que investe em continuar os planos de Serra. "Estou concentrado em ser apenas um bom prefeito". Leia entrevista, em que discute impostos, ética, eleições, PCC. Pág. 5
2
Nacional Empresas Mídia Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
A revista do CompreBem passará a ter anúncios de fornecedores da rede de supermercados
REVISTA DA NATURA TEM 1,3 MILHÃO DE EXEMPLARES
Fotos: Divulgação
Tendências de moda, conceito da marca, dicas e receitas com produtos vendidos na própria loja recheiam as publicações de redes varejistas. A ferramenta de marketing também é usada como um catálogo atraente e elegante de produtos, para um número cada vez maior de consumidores.
Fotos: Andrea Felizolla/LUZ
UMA NOVA ESTRATÉGIA PARA CATIVAR OS CLIENTES
Revista dos supermercados CompreBem tem tiragem de 44 mil exemplares
P
ara aumentar a divulgação de seus produtos, empresas têm caprichado em revistas próprias. Essas edições, geralmente distribuídas gratuitamente aos clientes, vêm recheadas de dicas, receitas, entrevistas com profissionais da área, enfim tudo que possa interessar ao leitor/consumidor. Construtora de imóveis, indústria de cosméticos, loja de roupas, drogaria, supermercado, ninguém quer ficar de fora dessa mídia. Com 2 milhões de exemplares impressos por mês, a revista do supermercado CompreBem, uma das bandeiras do Grupo Pão de Açúcar (que também tem sua revista), é um sucesso editorial. As 44 páginas da publicação são voltadas para a consumidora da classe C, com ofertas de xampus e condicionadores de um lado e dicas de como a mulher deve lavar e secar os cabelos sem danificá-los do outro. Segundo o gerente de marketing do CompreBem e idealizador da revista, Vinicius Silva Danieli, o objetivo não é empurrar um produto, mas fazer com que o "diATAS
Andrea Felizolla/LUZ
nheiro da cliente renda e dure até o fim do mês". A revista, produzida pela Editora Abril, traz todo mês prestação de serviço – alimentação correta dos filhos, cuidados com o cachorro, dicas de economia –, entrevista com um artista (a estrela deste mês é Marília Pera) e até um concurso de receita, com direito à publicação da foto da autora. "Elas (clientes) enlouquecem. A revista praticamente some do supermercado", diz Danieli. Apesar de ter nascido em 2004, somente neste ano a revista começou a vender espaço para anunciantes. Recentemente, uma empresa foi contratada para fazer a comercialização dos anúncios. Dicas – Didi, a consultora virtual da Drogaria Iguatemi, responde às dúvidas mais freqüentes dos clientes por meio de matérias publicadas na revista da empresa, a DI. Trimestral, com tiragem de 14 mil exemplares, a publicação de 78 páginas tem um formato diferente (o tamanho é um pouco maior que a média), gramatura mais pesada e é distribuída nos três endereços da drogaria.
A revista do CompreBem acaba nos primeiros dias após chegar à loja
Segundo Leonardo Jorge Diniz, diretor e idealizador da revista, a maior dificuldade foi achar uma editora que acreditasse no projeto. "A maioria só pensava no lucro." No final, a escolhida foi a Cusman. O retorno, ele diz, é excelente. Clientes arrancam a página
da revista e vão à drogaria atrás de determinado produto. Isso quando não aparecem com a DI inteira debaixo do braço. A publicação dá dicas de tendências para os homens e faz campanhas do tipo compre duas unidades de tal produto e ganhe um 'presente'.
CONVOCAÇÃO
Natura: 400 e-mails por mês com comentários
Os anunciantes são parceiros da Drogaria Iguatemi. O investimento da empresa varia de edição para edição, de acordo com Diniz. Em média, há um aumento de 30% na venda dos produtos que estão na revista. Esse número, em alguns casos, chega a 60%. Valores – Outra revista que já nasceu gigante é a publicação da Natura. Os números falam por si só: 1,3 milhão de exemplares, 220 páginas, cerca de 700 produtos anunciados, periodicidade de 21 dias, quando se inicia outro ciclo de vendas (17 ao longo do ano). "A gente não quer fazer uma revista de entretenimento, mas divulgar valores da empresa", diz Marcelo Soderi, gerente de comunicação. A empresa, de acordo com Soderi, levou 18 meses construindo o projeto. A escolha da editora também foi um desafio. Queriam alguém com experiência editorial "forte" e que fizesse uma revista com bastante conteúdo, sem esconder os produtos da Natura. A Editora Trip, das revistas Trip e TPM, ficou com a publicação. Cada uma das 567 mil consultoras da Natura recebe um exemplar da revista em casa. Os outros exemplares são distribuídos nas reuniões – tam-
bém com consultoras – que a empresa faz a cada 21 dias. Cada profissional fica, portanto, com no mínimo duas revistas, que acabam circulando nas mãos de um número sem fim de consumidoras. "O objetivo era ter uma ferramenta de comunicação direta com a consumidora", diz Soderi. A Natura recebe cerca de 400 e-mails e cartas por mês de clientes comentando a revista. Existem versões da revista para as 42 mil consultoras da América Latina – Argentina, Chile, México, Peru e Venezuela. A Natura é a única anunciante da publicação. "A revista se paga sozinha." Luxo – A revista da marca de roupa feminina Bob Store é um luxo. Cada edição é feita num lugar diferente – a última foi na França. Trimestral, a publicação tem tiragem de 72 mil exemplares e é distribuída às clientes. O objetivo, segundo o diretor de marketing da grife, Raphael Sayhoun Filho, é levar a atmosfera da loja e o clima da coleção para a casa da cliente. "Contamos o que acontece na Bob Store, eventos como desfiles nas cidades onde temos lojas, inaugurações de endereços e eventos ligados ao Terceiro Setor." Kety Shapazian
COMUNICADOS
Club Anglo Americano de São Paulo CNPJ 01.044.756/0001- 03 EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA
A Diretoria do Club Anglo Americano de São Paulo convoca seus Sócios para se reunirem em ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA a realizar-se na Avenida Dr. Chucri Zaidan nº 246, 18º andar, na Capital do Estado de São Paulo, nos termos do seu Estatuto Social, em primeira convocação na data de 04/09/2006 às 10h00 e, em segunda convocação, na mesma data às 11h:00, a fim de deliberar sobre a efetiva dissolução do referido Club. Caso não seja alcançado o quorum necessário para instalar-se a Assembléia na data acima referida, será realizada nova Convocação dos Sócios para instalação da mesma. São Paulo, 28 de agosto de 2006.
AVISO DE LICITAÇÃO
PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARATINGUETÁ/SP
A Prefeitura Municipal de Guaratinguetá torna público que recebeu da SMA a Licença Ambiental de Instalação nº 00422, de 24/08/2006, para implantação do Sistema Viário Mário Covas, constando de uma via urbana com cerca de 1,3 km, ligando duas avenidas existentes, a Av. Juscelino Kubistcheck de Oliveira (bairro do Campo do Galvão) e a Av. Ronald Ottoni de Mesquita (bairro Jardim Rony), constituída por pista dupla, canteiro central e duas rotatórias (nas intersecções com as avenidas), além da ponte sobre o Rio Paraíba do Sul (já existente), no município de Guaratinguetá - SP, com validade de 06 anos, a contar da data de sua emissão.
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP
ABERTURAS DE LICITAÇÃO SITE: www.riopreto.sp.gov.br MODALIDADE: CONCORRÊNCIA DE PREÇOS Nº 26/2006 Objeto: Execução das obras e serviços de restauração,melhoramentos,pavimentação e duplicação da Rodovia BR-153, entre o km 54,30 e o km 72,10, inclusive obras de arte e intersecções Limite p/ entrega dos envelopes 10/10/2006 às 16:00h e abertura dia 11/10/2006 às 08:30h. MODALIDADE: CONCORRÊNCIA DE PREÇOS Nº 29/2006 Objeto: Contratação de empreitada de mão-de-obra com fornecimento de materiais para construção do centro esportivo integrado - CEI Jardim Santo Antonio. Limite p/ entrega dos envelopes 28/09/2006 às 16:00h e abertura dia 29/09/2006 às 08:30h. MODALIDADE: CONCORRÊNCIA DE PREÇOS Nº 30/2006 Objeto: Alienação de imóveis, visando a instalação de empresas da área de ciência, tecnologia e inovação, no Distrito Industrial Dr. Ulysses da Silveira Guimarães. Limite p/ entrega dos envelopes 29/ 09/2006 às 16:00h e abertura dia 02/10/2006 às 08:30h. MODALIDADE: TOMADA DE PREÇOS Nº 14/2006 Objeto: Contratação de empreitada de mão-de-obra com fornecimento de materiais para construção de quadra poliesportiva na E.M. Norberto Buzzini. Limite p/ entrega dos envelopes 13/09/2006 às 16:00h e abertura dia 14/09/2006 às 08:30h. MODALIDADE: TOMADA DE PREÇOS Nº 15/2006 Objeto: Contratação de empreitada de mão-de-obra com fornecimento de materiais para construção de Unidade Básica de Saúde da Família Jardim Gabriela. Limite p/ entrega dos envelopes 14/09/2006 às 16:00h e abertura dia 15/09/2006 às 10:00h. MODALIDADE: PREGÃO PRESENCIAL Nº 85/2006 Objeto: Contratação de prestação de serviços técnicos especializados de implantação, instalação, configuração, operação e gerência da rede. Data de processamento do pregão dia 13/09/2006 às 08:30h.
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 25 de agosto de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Aços Groth Ltda. - Requerido: dustriais Ltda. - Requerido: TS Serviços EmMegafer Comércio de Prods. Siderúrgicos presariais SP Ltda. - Av.Thomaz Edison, 813 Ltda.-EPP - Av. Henry Ford, 1.041 - 01ª Vara - 01ª Vara de Falências de Falências Requerente: Cook Quality Service Refeições InRequerente: Cook Quality Service dustriais Ltda. - Requerido: Sudeste SeguS/C Ltda. - Requerido: Sudeste Segurança rança e Transportes de Valores Ltda. - Av. e Transporte de Valores Ltda. - Rua Thomaz Thomaz Edison, 813 - 01ª Vara de Falências Edison, 813 - 01ª Vara de Falências Requerente: Cook Quality Service Refeições InRecuperação Judicial dustriais Ltda. - Requerido: Tec Temp SerRequerente: Etiquetab Comércio e Representaviços Ltda. - Av. Thomaz Edison, 813 - 01ª ções Ltda.-ME - Requerido: Etiquetab CoVara de Falências mércio e Representações Ltda.-ME - Rua Requerente: Cook Quality Service Refeições InSheeldon, 94 - 01ª Vara de Falências
2
Passe Livre Série B Camp. Brasileiro Série C
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
Temos que fazer a nossa parte. Sabemos que os líderes não costumam perder pontos.” Cléber Santana, do Santos
SÃO PAULO LIDERA. SANTOS DIMINUI DIFERENÇA
RODADA SANTISTA paSse livre O O último rugido Guilherme Dionízio/Futura Press
Santos começou a rodada de abertura do segundo turno do Campeonato Brasileiro em segundo lugar, a uma distância de cinco pontos do líder São Paulo. E terminou na mesma colocação, só que a três pontos (embora tenha disputado uma partida a mais). Melhor: Paraná e Internacional, que estavam a apenas um ponto, perderam seus jogos, e agora estão a três pontos do Alvinegro da Vila Belmiro. A rodada foi mesmo ótima para o Santos, que, no sábado, fez sua parte ao virar o jogo contra o Goiás, na Vila Belmiro, para 2 a 1. Quando o técnico Vanderlei Luxemburgo afirmou que o Santos precisava vencer o Goiás porque “o objetivo do time é brigar pelo título, não por uma simples vaga na Libertadores”, tinha toda a razão, pois o resultado foi fundamental para o futuro. O Goiás, que só se defendia e procurava acertar algum contra-ataque, saiu na frente aos 37 minutos do primeiro tempo com Souza. Ele recebeu entre dois marcadores, cortou Mal-
M
Virada sobre o Goiás e resultados dos adversários deixam o Santos mais perto da liderança
Roberto Benevides
A
coisa está ficando cada vez mais feia no Corinthians. Ricardinho saiu de fininho, Tevez não teve tempo nem de levar o cachorro para a temporada com Los Palmeras em Buenos Aires e, nem bem chegou, o goleiro Bruno deu uma espiada no ambiente e voltou correndo para o Atlético Mineiro. O problema, diria o vascaíno Carlos Drummond de Andrade, é que Atlético Mineiro não há mais. Haverá ainda Corinthians? Algum encanto o Parque São Jorge continua tendo. Afinal, Emerson Leão estava acertando o São Caetano no Campeonato Brasileiro e se mandou do ABC tão logo lhe propuseram o trabalho de tirar o Corinthians das chamas da zona de rebaixamento. E Alberto Dualib lá se instalou em 1993 e de lá só tem saído para, vez ou outra, dar um pulinho em Londres. Os eventuais encantos corintianos não parecem casar com a sensibilidade dos jogadores argentinos. Depois de Tevez, que sumiu há uma semana, ontem foi a vez de Mascherano acumlar o terceiro cartão amarelo com um vermelho, na derrota por 2 a 0 para o Grêmio, e assim ficar fora dos dois próximos jogos do Corinthians - e por que não? - dentro do amistoso Argentina x Brasil, domingo que vem, em Londres. Parece que Leão atiçou em demasia as chamas em que se debatia o Corinthians no fundão do Campeonato Brasileiro e agora tem de trabalhar de bombeiro para apagar o fogo que se multiplica por todo o Parque São Jorge. Uma coisa prometia o seu Corinthians com Tevez . Foram duas vitórias em dois jogos: 2 a 1 no Flu e 1 a 0 no Botafogo. Sem Tevez, empatou por 0 a 0 com o Juventude e, ontem, perdeu para o Grêmio. O resultado imediato é que as esperanças retomadas na semana passada estão escorregando tabela abaixo depois dos dois últimos resultados. O Corinthians entrou no returno sem sair da zona de rebaixamento e, com um pouquinho menos de sorte nos resultados alheios, poderia até ter voltado para a lanterna. A coisa está mesmo feia no Parque São Jorge. Resta saber quem vai rugir por último.
DAQUI PRA LÁ
DE LÁ PRA CÁ
Ao contrário do que recomenda a Fifa, o Campeonato Brasileiro não vai parar no próximo fim de semana, quando a Seleção de Dunga enfrentará a Argentina de Alfio Basile num amistoso em Londres. Resultado: o Cruzeiro não terá o goleiro Fábio contra Figueirense, no sábado, e Fluminense não terá o lateral Marcelo no clássico com o Vasco, no domingo. Dunga tinha convocado mais um jogador em atividade nos campos do Brasil, o atacante Rafael Sóbis, que também está batendo asas rumo ao futebol europeu. Vai desfalcar o Inter permanentemente.
De olho em brasileiros que atuam no exterior, o Inter usa, segundo “Zero Hora”, dois argumentos para convencê-los a retornar: - A vitrine como campeão da Libertadores e a disputa do Mundial de Clubes no Japão no final do ano. - O Beira-Rio fica a pouco mais de 10 quilômetros da residência de Dunga, o técnico da Seleção. Quatro são os jogadores cobiçados: Kléberson, do Besiktas, Athirson, do Bayer Leverkusen, Magrão, do Yokohama Marinos, e Jádson, do Shaktar Donetsk.
*Com Agência Estado e Reuters
SÉRIE C
Paulistas a perigo
O
SÉRIE B
Só o Marília se salva
ais uma vez, a rodada da Série B disputada ao longo da semana passada (a última do primeiro turno) não foi boa para os clubes de São Paulo. Das seis equipes do Estado que participam da competição, apenas duas venceram, ambas jogando em casa. No sábado, o Marília goleou o Paysandu por 4 a 1 e pulou da décima para a sétima posição - é o paulista mais bem-colocado. Edio Júnior/Futura Press
donado e chutou no ângulo do goleiro Harlei. A desvantagem fez Luxemburgo mexer muito no time no intervalo. O esquema 3-5-2 virou um 4-5-1. Jonas deu lugar para Rodrigo Tabata. E o lateral Carlinhos entrou no lugar de Ronaldo Guiaro, liberando Kléber para ser meia. As mudanças surtiram efeito. Kléber empatou aos 10 minutos em uma cobrança de falta perfeita, no ângulo esquerdo de Harlei. O Santos não parou. Aos 17, o lateral Carlinhos, de 19 anos, pegou a bola na intermediária, foi avançando sem marcação e chutou forte para selar a virada. Aos 23, Harlei salvou o Goiás duas vezes, nas finalizações de Cléber Santana e Wellington Paulista. Nos vinte minutos finais, o Santos segurou a vitória. Depois, foi só torcer contra os outros adversários no domingo.
O outro paulista a vencer na rodada foi o Guarani, 2 a 1 no Vila Nova de Goiás, em Campinas, na sexta-feira. A equipe campineira, no entanto, se mantém apenas no 14º lugar, mais perto da zona de rebaixamento que do acesso. Mesmo jogando em Jundiaí, também no sábado, o Paulista não conseguiu derrotar o Brasiliense, resultado que o elevaria à zona dos quatro primeiros colocados, aqueles que sobem
para a Série A de 2007. Ficou no 1 a 1, resultado que o mantém apenas em oitavo lugar. Na terça-feira, atuando fora de casa, Ituano e Portuguesa apenas empataram seus jogos. A equipe de Itu foi a Fortaleza e voltou com um 2 a 2 diante do Ceará. Já a Lusa ficou no 1 a 1, em casa, contra o Sport. Na sexta, o Santo André foi ao Recife e perdeu por 2 a 0 para o Náutico. O novo líder é o Coritiba, que ao vencer o Avaí por 2 a 1, de virada, empurrou a equipe catarinense para o quarto lugar. Os p e rn a m bu c a no s Náutico e Sport são segundo e terceiro.
Com a goleada por 4 a 1 sobre o Paysandu, equipe termina o primeiro turno como a mais bem colocada entre os paulistas: sétimo lugar
19ª rodada Ceará 2 x 2 Ituano Portuguesa 1 x 1 Sport Náutico 2 x 0 Santo André Guarani 2 x 1 Vila Nova América-RN 3 x 2 Atlético-MG Avaí 1 x 2 Coritiba Marília 4 x 1 Paysandu Paulista 1 x 1 Brasiliense Remo 1 x 0 CRB Gama 1 x 0 São Raimundo Classificação
P
V
S
GP
1 Coritiba
35
10
7
10
2 Náutico
35
10
9
7
3 Sport
30
8
2
11
4 Avaí
30
8
6
1
5 CRB
29
8
2
2
6 Atlético-MG
29
7
0
11
7 Marília
29
7
8
9
8 Paulista
28
7
4
4
9 Santo André
27
7
3
2
10 Paysandu
26
7
5
1
11 América-RN
25
8
-2
-3
12 Brasiliense
25
7
-5
7
13 Gama
24
7
0
-7
14 Guarani*
23
6
3
-5
15 Vila Nova
22
6
0
-4
16 Ituano
22
5
-5
-1
17 Portuguesa
19
4
-6
-8
18 São Raimundo
19
4
-9
-9
19 Remo
15
4
-6
-18
20 Ceará
15
2
-16
-10
*Perdeu 3 pontos no STJD.
s clubes paulistas foram muito mal na rodada deste final de semana do Campeonato Brasileiro da Série C. O Grêmio Barueri perdeu em casa, por 2 a 0, para a Anapolina, enquanto o Rio Branco perdeu para o Ulbra, em Canoas, e o Noroeste apenas empatou, por 1 a 1, com o Criciúma, em Santa Catarina. Apesar da derrota, o Grêmio Barueri ainda lidera o Grupo 22, mas somente porque tem saldo positivo de dois gols. Com a vitória de 2 a 0 do Itumbiara sobre o Americano, todos os times têm seis pontos, deixando aberta a briga por duas vagas. Na penúltima rodada, quartafeira, o Barueri terá a chance de se reabilitar em casa diante do Americano, enquanto a Anapolina receberá o Itumbiara. No Grupo 23, o Noroeste apenas empatou, por 1 a 1, com o Criciúma, que lidera, com sete pontos. Pior para o time bauruense, lanterna, com quatro pontos. A Cabrofriense, jogando em casa, venceu o Joinville, por 2 a 0, e ambos dividem a viceliderança, com seis pontos cada. Na quarta-feira à noite o Noroeste enfrenta a Cabofriense, em Bauru, e o
Criciúma recebe o Joinville, no clássico do interior catarinense. Pelo Grupo 24, o Rio Branco, de Americana, praticamente se despediu da competição ao perder para o Ulbra, por 1 a 0, no Rio Grande do Sul. Com o resultado, a equipe paulista ficou na lanterna, com apenas dois pontos. Os gaúchos têm quatro pontos. O J. Malucelli lidera, com 10 pontos, pois venceu em casa o Brasil, por 1 a 0. Na quarta-feira, pela penúltima rodada, jogam Rio Branco x Malucelli e Ulbra x Brasil. RESULTADOS (26 e 27/8): Grupo 17 - Tuna Luso-PA 4 x 0 OperárioMT; Maranhão-MA 0 x 4 Ananindeua-PA. Grupo 18 - Fast Club-AM 2 x 1 River-PI; Mixto-MT 2 x 0 Rio Negro-AM. Grupo 19 - Coruripe-AL 2 x 1 Treze-PB; Icasa-CE 1 x 2 BahiaBA. Grupo 20 - Ferroviário-CE 1 x 3 Vitória-BA; Confiança-SE 1 x 1 Porto-PE. Grupo 21 - Jataiense-GO 1 x 1 América-MG; Ipatinga-MG 0 x 1 Atlético-GO. Grupo 22 - ItuiutabaMG 2 x 0 Americano-RJ; Barueri-SP 0 x 2 Anapolina-GO. Grupo 23 - Criciúma-SC 1 x 1 Noroeste-SP; Cabofriense-RJ 2 x 0 Joinville-SC. Grupo 24 - Ulbra-RS 1 x 0 Rio Branco-SP; J. Malucelli-PR 1 x 0 Brasil-RS.
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
Milton Mansilha/Luz
1 Obras têm o DNA do pai. Formas arredondadas ou amplas janelas de vidro. No edifício Eiffel, de 1954, a coqueluche na época era o apartamento duplex invertido, com os quartos no andar de baixo.
Milton Mansilha/Luz
Edifício Triângulo – Erguido em 1954, prédio com painel de Di Cavalcanti tem três endereços: as ruas Direita, José Bonifácio e Quintino Bocaiúva
Milton Mansilha/Luz
Andrea Felizolla/Luz
Edifício Montreal – Numa esquina da avenida Ipiranga, só foi erguido depois de muita briga de Oscar Niemeyer com a Prefeitura de São Paulo
Edifício Eiffel – Na praça da República, prédio conhecido como "livro aberto" tem apartamentos duplex invertidos, com quartos no andar de baixo
Edifício Califórnia – Na rua Barão de Itapetininga, tem painel de Cândido Portinari, feito em pastilha de vidro, que começa a sofrer a ação da degradação Luiz Prado/Luz
OS FILHOS REJEITADOS DE NIEMEYER Cinco conhecidos edifícios que compõem a paisagem urbana de São Paulo foram projetados por Oscar Niemeyer, o pai de Brasília (junto com Lúcio Costa), mas não são reconhecidos pelo arquiteto. Todos pedem obras urgentes de recuperação.
Edifício Copan – Na avenida Ipiranga, é o filho mais reconhecido entre os não-reconhecidos
Luiz Prado/Luz
Andrea Felizolla/Luz
Affonso Celso – Apoio do arquiteto ao Copan é considerado uma vitória
o prédio, conhecid o c o m o " l i v ro aberto". Depois de modernizar os elevadores, Ângela quer firmar uma parceria com a Prefeitura para a troca de calçadas e a conservação do Claudia – Vista para o horizonte e não para baixo jardim em frente a o p r é d i o . D eporque há lajes de concreto de pois, será a vez da fachada 80 cm e caixões vazios entre os passar por limpeza e conserandares", explicou. Também vação, já que o Eiffel enfrenta ex-síndico do prédio, Jaime o mesmo problema do Triândisse que reforçou a segurança gulo, em proporção menor: o e instalou cercas elétricas e 24 desgaste das pastilhas de vidro. "Quero corrigir irregulacâmeras de monitoramento. Parcerias - O próximo passo ridades da fachada e restaude Jaime será procurar a inicia- rá-la com recursos da iniciatitiva privada para restaurar um va privada", afirmou. O advogado Renato Walter painel de Cândido Portinari, feito em pastilha de vidro, que Sobrado, de 72 anos, lembra começa a passar por degrada- que correu para comprar uma ção. Esse também é um dos ob- unidade do Eiffel em 1954. "Foi jetivos da engenheira Ângela vendido em um fim de semana Maria Rosa síndica do edifício e a grande coqueluche na époEiffel, na praça da República. ca era o duplex invertido, com Como a profissão não deixa es- os quartos no andar de baixo. conder, Ângela pensa em es- Dizem que Niemeyer o fez trutura e obras ao administrar dessa forma para que os odo-
Rejane Tamoto
S
ímbolos do movimento modernista e do desenvolvimento urbano da região central de São Paulo da década de 50, os edifícios residenciais e comerciais Copan, Montreal, Califórnia, Eiffel e Triângulo guardam em comum o fato de terem sido projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Os filhos de Niemeyer também guardam a característica de terem testemunhado a degradação do Centro e, atualmente, serem patrimônios históricos tombados, que devem ser revitalizados. Embora tenham sido apagados da biografia do pai Niemeyer, – que ficou mais famoso por ter criado o Parque do Ibirapuera, em 1954, no IV Centenário de São Paulo – eles carregam seu DNA logo na fachada: os traços, as curvas, as colunas arredondadas, a amplitude nos espaços, elementos vazados e fachadas em vidro, marcas (e a cara) do arquiteto. "Não são projetos importantes", teria dito Niemeyer à arquiteta Daniela Viana Leal. Na ocasião, ela escrevia uma dissertação de mestrado, defendida em 2003, no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp. A pesquisa se concentrou nos cinco edifícios projetados pelo arquiteto sob encomenda do Banco Nacional Imobiliário (BNI), fundado em 1945. Segundo a arquiteta, essa indiferença talvez se explique pelo fato de Niemeyer não ter acompanhado de perto essas obras que, até a construção, sofreram modificações. "Ele até os reconhece como obras dele, mas disse que fazem parte de uma fase menos importante de sua carreira. Uma das conclusões da pesquisa é que esses prédios, dirigidos ao mercado imobiliário, funcionaram como um experimento pós-Pampulha e préBrasília", explicou Daniela. Paixão - Diferentemente da relação do criador com suas criaturas, a paixão pelos prédios de Niemeyer é o motor que move os que neles vivem. Caso do paraibano Everaldo
Andrea Felizolla/Luz
Everaldo – Sonha com restauração
Batista dos Santos, zelador do edifício Triângulo, erguido em 1954 e que tem três endereços: as ruas Direita, José Bonifácio e Quintino Bocaiúva. Localizado no coração do Centro histórico da cidade, o prédio comercial tem como uma das atrações um painel do modernista Di Cavalcanti em sua entrada. "Os turistas tiram fotos da obra. Meu sonho é que ela seja restaurada e que possamos colocar um painel com a história do edifício", afirmou. O mural de Di que, segundo as pesquisas do zelador, retrata os operários da cidade, sofre com o vandalismo, com a ação do tempo e com a falta de recursos. A obra foi desfigurada porque as pastilhas de vidro gelo, roxo e azul – que formavam o desenho – caíram e foram substituídas por pastilhas cinzas. Hoje, também há chicletes grudados nos espaços vazios da obra de Di e pichações nos rejuntes das pastilhas.
Revitalização – Há dez anos, Everaldo também anseia pela revitalização da fachada. Uma reforma, iniciada há cerca de dois meses, vai retirar o caixilho de ferro enferrujado que emoldura (e quebra) as janelas de vidro aramado, bolinha e liso e das pastilhas de vidro que, hoje, mal se seguram no beiral das lajes. Os materiais, serão trocados por alumínio, vidro liso e textura em alvenaria. As obras, orçadas em R$ 1,3 milhão, devem terminar em dois anos e serão custeadas pelos condôminos de nove lojas e 62 conjuntos comerciais, com tamanhos que vão de 60 m² a 100 m². A reforma já pode ser percebida em uma das faces do prédio, entre as ruas José Bonifácio e Direita: 11 janelas do primeiro ao 15º andar foram trocadas pela estrutura em vidro e alumínio. Apesar da degradação da fachada, o zelador afirmou que a estrutura do Triângulo é forte e não sucumbe a problemas comuns, como a infiltração. Galeria – Na opinião de Jaime David Winiawer, lojista da Galeria e Edifício Califórnia, uma outra obra de Niemeyer, não houve economia de concreto. O prédio comercial inaugurado em 1954, na rua Barão de Itapetininga, em 20 anos teve apenas uma adaptação importante na estrutura: a construção de saídas de emergência e a instalação de portas anti-fogo, detector de fumaça e hidrantes. "O prédio é muito forte. Certa vez, o incêndio em uma sala não se alastrou para as outras
res da cozinha não chegassem ao quarto", contou. A jornalista Claudia Marques, moradora do Eiffel, passa horas observando a praça da República e o Centro da cidade da sua sala, com uma parede inteira em vidro. Antes moradora do Copan, na avenida Ipiranga, Claudia vê entre as duas obras de Niemeyer em que morou um traço em comum. "São prédios que privilegiam a vista para o horizonte e não para baixo", afirmou. Re co nh ec ido - O Copan, edifício mais famoso de Niemeyer, agora também é seu mais recente filho reconhecido. "Para nós isso é uma vitória", disse o síndico Affonso Celso Prazeres de Oliveira. Segundo ele, Niemeyer apóia um projeto de restauro do prédio aos moldes originais. O objetivo é restaurar a fachada, com a recolocação de pastilhas de vidro, construir um anfiteatro, uma área de lazer e um mirante para os turistas, com entrada independente. "É uma obra que vai durar quatro anos. Espero conseguir patrocínio para começá-la antes do centenário de Niemeyer, em dezembro de 2007", disse. Montreal – Antes da construção do edifício Montreal, na avenida Ipiranga, Niemeyer defendeu o projeto como a um filho. Segundo Daniela, ele teve de convencer a Prefeitura de que suas obras poderiam se enquadrar na legislação. "Esse prédio é fruto de uma pesquisa de volumetria (espaço construído e não construído). Pelo fato de fazer parte da esquina e das laterais enfrentou vários tipos de legislação. Niemeyer brigou e enviou cartas, fotos e croquis para a Prefeitura, mostrando a importância de edifício ter um prisma único. É uma obra de importância urbana interessante", disse Daniela.
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
Finanças Comércio Exterior Nacional Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3 A Organização para Alimentação e Agricultura da ONU (FAO) investirá US$ 500 mil para prevenção da gripe aviária nos países do Mercosul.
VAREJISTAS DESCOBREM O INTERIOR
AUMENTO DA CONCORRÊNCIA E SATURAÇÃO NAS METRÓPOLES LEVAM AS GRANDES REDES PARA O INTERIOR
VAREJO APRENDE O CAMINHO DA ROÇA
C
Divulgação/Grupo Pão de Açúcar - 19/04/2006
Supermercado Compre Bem: bandeira do grupo Pão de Açúcar responsável em desbravar o interior
Risco de apagão até 2010
risco de novo racionamento ainda assombra o País, apesar das diversas mudanças promovidas no setor elétrico nos últimos cinco anos. Recente pesquisa feita pelo Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) mostra que é grande a preocupação quanto ao ritmo de crescimento da oferta de energia no Brasil. Quase 60% das entidades do setor acreditam que poderá haver nova crise até 2010. O principal entrave é a questão ambiental. Segundo a pesquisa, 42% dos entrevistados acreditam que a demora na concessão das licenças pode atrapalhar a ampliação da capacidade instalada do País e que esse processo tende
O
a elevar o custo da energia. Segundo relatório de fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), há 23 usinas licitadas (5.157 MW) até 2002 que ainda não iniciaram obras, principalmente por atraso no processo ambiental. Dessas, 12 ainda esperam obtenção da licença prévia e cinco aguardam licença de instalação. Há empreendimentos cujo cronograma de construção venceu em 2000, como é o caso da Hidrelétrica de Cubatão, em Santa Catarina. A construção da unidade exige corte de Mata Atlântica, o que é proibido. Para evitar esse tipo de problema, o Ministério de Minas e Energia adotou a regra de só leiloar usinas que tenham licença prévia aprovada pelos órgãos ambientais. Mas a mo-
rosidade das concessões continua. O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, garante, porém, que o País está livre de racionamento até 2010. "Pela primeira vez na história, as distribuidoras estão com 100% da energia contratada para atender seus mercados." A aposta do governo em projetos como Rio Madeira e Belo Monte, vai exigir grandes mudanças na operação do sistema elétrico. Isso porque a maioria das novas hidrelétricas serão a fio d’água, sem reservatório para armazenar água para o período seco, afirma o consultor Roberto Pereira D’Araujo. Segundo ele, está cada vez mais difícil construir hidrelétricas com reservatórios no País por causa dos impactos ambientais. (AE)
Santander apóia novas medidas
epois de cinco anos de trabalho, o Banco Santander finalizou a incorporação total do Banespa e se prepara para conquistar o consumidor e "ser a melhor instituição do Brasil". Para isso, Gabriel Jaramillo, presidente do Santander Banespa, afirma ter adotado uma postura mais comercial. "Estamos preparados para a competição e sentimos grande vontade de fazer isso. É o momento correto, o sistema está apto, a economia, o País. É agora ou nunca", diz. Embora não tenha a pretensão de tornar o Santander o maior banco do País, Jaramillo diz que a instituição tem potencial para seguir os passos do controlador, que em dez anos saiu da 156ª posição para
D
se tornar o 12º do mundo e o maior da Zona do Euro. Esse executivo colombiano, que preside a instituição espanhola no Brasil desde 2000, aplaude as medidas a serem anunciadas nesta semana pelo Ministério da Fazenda e que deverão dar mais liberdade ao cliente na escolha do banco em que pretende depositar seu salário. Para ele, o Brasil é um dos únicos países onde se "compram" clientes em leilão. Jaramillo atribui o spread elevado em vigor no País ao nível elevado dos impostos, aos compulsórios e à inadimplência. E uma das opções para reduzir o spread, em sua opinião, é a criação do cadastro positivo, "uma medida proativa, correta e boa para reduzir a inadimplência".
Outra solução é aumentar a concorrência. "Estamos num momento espetacular", diz Jaramillo. "O nível de competição, sofisticação e agressividade dos bancos é alto no Brasil. O sistema não está acomodado, cresce a ritmos fortes. Estamos experimentando novas idéias, entrando em novos segmentos da população, com diferentes estratégias. Mas chegou o momento de esse nível de competição ser levado a outro patamar. É preciso igualar as regras do jogo. Isso significa que as pessoas possam mudar de banco com facilidade e sem ônus. Você vai tomar a decisão de ficar no seu banco porque gosta dele, ou ir para outro se lhe oferecerem serviços melhores." (AE)
ESTATAIS AQUECEM PUBLICIDADE
T Ó RBITA FUSÃO GIGANTE Os bancos italianos Intesa e Sanpaolo acertam fusão e criam gigante bancário europeu.
CONTRABANDO
T
A TÉ LOGO
escolhe, entre três agências pré-selecionadas, as duas que irão atender parte da conta. A Petrobras promete abrir concorrência até o final de setembro. Na primeira quinzena de dezembro será a vez de os Correios divulgarem edital. O que seria uma ação rotineira, ficou em evidência após agências de publicidade serem envolvidas no escândalo do mensalão. (AE)
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
L
Cresce a busca de interatividade entre TV e web
L
Bolívia pode impor novo contrato às petroleiras
L
rês servidores da Receita Federal em Foz do Iguaçu ficaram feridos em um possível atentado, quando tentavam interceptar um ônibus para ser vistoriado. O motorista foi preso em flagrante. (AE)
rês das contas mais cobiçadas do País vão entrar no centro das disputas do meio publicitário nas próximas semanas. Petrobras, Banco do Brasil e Correios devem renovar seus contratos. Juntas, as três estatais movimentam mais de R$ 500 milhões em verbas publicitárias por ano. A concorrência mais adiantada é a do Banco do Brasil. Na semana que vem, o BB
Presidente de Chade expulsa gigantes do petróleo
om o aumento da concorrência e a saturação do mercado nas metrópoles, as grandes redes de varejo tomam o caminho do interior, principalmente em direção às cidades de porte médio. E não sem razão: segundo pesquisa da LatinPanel, 58% do consumo nacional já está fora das regiões metropolitanas. Além disso, o custo operacional em cidades menores também é bem mais reduzido em relação às grandes capitais. "Aluguel, condomínio – no caso de shopping centers – e segurança custam muito menos, e o faturamento compensa", diz o diretor da rede de lojas de brinquedos Ri Happy, Ricardo Sayon. "Tenho um loja em Ribeirão Preto com vendas superiores às de uma loja equivalente no bairro do Itaim Bibi, aqui em São Paulo." Nessa fuga dos grandes centros, o interior paulista é o destino mais cobiçado. "O interior paulista é o segundo maior mercado de consumo no País e, portanto, estratégico para a ocupação de espaço das redes", diz o consultor de varejo Eugênio Foganholo, da Mixxer Desenvolvimento Empresarial. Para ganhar a disputa contra as redes locais, porém, os grandes varejistas têm de se adaptar. Em geral, as empresas estudam durante meses as características culturais e de consumo de cada município. E tentam se integrar à cultura local. O Pão de Açúcar por exemplo, com a
bandeira CompreBem, é patrocinador da Festa do Peão Boiadeiro em Barretos (SP) e chega a montar um supermercado itinerante e sazonal dentro do parque onde o evento ocorre. A bandeira CompreBem, aliás, está no centro da estratégia de interiorização do grupo. No último ano, foram abertas 12 lojas no interior paulista. E a bandeira, que na capital paulista vende apenas alimentos e
O interior paulista é o segundo maior mercado de consumo no País e, portanto, estratégico para a ocupação de espaço das redes. Eugênio Foganholo produtos de higiene e limpeza, muda de cara no interior. Nas cidades com poucos supermercados, torna-se uma espécie de hipermercado, com ofertas de eletrônicos e vestuário. "Viramos o supermercado da cidade", diz o diretor de Operações do CompreBem para o interior, Wagner Donegatti. Produtos típicos – Ganhar mercado no interior também requer um conhecimento dos produtos típicos ou das marcas mais conhecidas em determinada região. "Em Franca, o refrigerante Fors tem 38% de
participação de mercado e Jussara é a marca de laticínios da região", diz o vice-presidente do Wal-Mart, Wilson Mello, que inaugura o primeiro supercenter na cidade paulista entre outubro e novembro. "Não dá para abrir loja na cidade sem ter esses produtos na gôndola", explica Em Barretos, lembra Donegatti, o óleo Granol, o café Autan, a farinha de trigo Anita e o arroz Rosalito, marcas praticamente desconhecidas na capital paulista, são campeãs de venda. E a Ri Happy inclui no seu estoque de brinquedos produtos como tratores e caminhões de pedal, que fazem sucesso em Araraquara, Limeira, São José do Rio Preto e outras regiões agrícolas. Foco – Cidades menores, com 50 mil habitantes ou menos, em geral estão fora do foco das grandes redes. "Entrar no interior em cidades que têm em torno de 50 mil habitantes é arriscado porque raramente são industrializadas, com renda mal distribuída e que não comportam uma loja grande", diz o supervisor-geral das Lojas Cem, Valdemir Colleone. E, diferentemente de empresas que adaptam o estoque à região em que abrem filiais, a direção das Lojas Cem não faz concessões "Administrar particularidades é complicado porque o poder de barganha obtido com a indústria, na negociação de grandes volumes, é perdido. Prefiro abrir mão do produto", diz Colleone. (AE)
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Futebol europeu Espanha Tênis Basquete
3 Você só deixa um trabalho se tiver dificuldades para exercer o cargo. Não é meu caso" Lula Ferreira
AGASSI SE APOSENTA APÓS O US OPEN
NEM RONALDO NEM RONALDINHO
O
Philippe Desmazes/AFP
O Real de Emerson estréia com empate no Campeonato Espanhol e o Barcelona joga hoje, sem Ronaldinho
ESPANHA
FRANÇA
ALEMANHA
Valencia 2 x 1 Betis La Coruña 3 x 2 Zaragoza Espanyol 0 x 1 Gimnastic Osasuna 0 x 2 Getafe Racing Santander 0 x 1 Atl. Madrid Real Madrid 0 x 0 Villarreal Huelva 1 x 1 Mallorca Athletic Bilbao 1 x 1 Real Sociedad hoje: Celta x Barcelona amanhã: Levante x Sevilla
Schalke 2 x 0 Werder Bremen Bayern 0 x 0 Nurnberg Bochum 0 x 1 Energie Cottbus Hannover 0 x 3 Alemannia Aachen Borussia Mönchen. 1 x 0 Arminia Stuttgart 1 x 3 Borussia Dortmund Bayer Leverkusen 1 x 1 Wolfsburg Hamburgo 1 x 1 Hertha Mainz 1 x 1 Eintracht Frankfurt
S
PORTUGAL
Liverpool 2 x 1 West Ham Charlton 2 x 0 Bolton Fulham 1 x 0 Sheffield Tottenham 0 x 2 Everton Watford 1 x 2 Manchester United Wigan 1 x 0 Reading Manchester City 1 x 0 Arsenal Aston Villa 2 x 0 Newcastle Blackburn 0 x 2 Chelsea hoje: Middlesbrough x Portsmouth
Porto 2 x 1 União Leiria Beira Mar 2 x 2 Aves Braga 2 x 1 Paços Ferreira Sporting 3 x 2 Boavista Naval 2 x 0 Amadora Marítimo 1 x 0 Nacional hoje: Benfica x Belenenses hoje: Vitória Setubal x Acadêmica
Classificação
P
V
SG
GP
Classificação
P
V
SG
GP
Classificação
P
V
SG
GP
Classificação
P
V
SG
GP
Classificação
P
V
SG
1 Getafe
3
1
2
2
1 Nuremberg
7
2
4
4
1 Olympique
10
3
7
7
1 ManchesterUnited
9
3
8
10
1 Naval
3
1
2
2
2 La Coruña
3
1
1
3
2 Bayern
7
2
3
4
2 Lyon
10
3
6
10
2 Aston Villa
7
2
3
5
2 Sporting
3
1
1
3
3 Valencia
3
1
1
2
4 Atlético Madrid
3
1
1
1
Schalke 04
7
2
3
4
3 Lille
9
3
7
9
Everton
7
2
3
5
3 Braga
3
1
1
2
6
2
2
3
4 Nancy
9
3
3
5
4 Chelsea
6
2
4
6
Porto
3
1
1
2 1
Gimnastic
3
1
1
1
5 Saint-Etienne
9
3
2
7
5 Portsmouth
4
1
3
3
5 Marítimo
3
1
1
6 Athletic Bilbao
1
0
0
1
5 Werder Bremen
6
2
1
6
6 Sochaux
8
2
2
7
6 West Ham
4
1
1
5
6 Aves
1
0
0
2
Mallorca
1
0
0
1
6 Hertha
5
1
4
5
7 Lorient
7
2
2
7
7 Liverpool
4
1
1
3
Beira-Mar
1
0
0
2
Real Sociedad
1
0
0
1
7 Mainz
5
1
1
4
8 Le Mans
7
2
0
6
8 Bolton
4
1
0
3
8 Boavista
0
0
-1
2
Huelva
1
0
0
1
8 Bayer Leverkusen
4
1
2
5
9 Toulouse
7
2
0
4
9 Manchester City
4
1
-2
1
9 União Leiria
0
0
-1
1
10 Real Madrid
1
0
0
0
9 BorussiaDortmund
4
1
0
4
10 Bordeaux
6
2
-1
4
10 Fulham
4
1
-3
3
0
0
-1
1
Villarreal
1
0
0
0
10 Energie Cottbus
4
1
-1
3
11 Valenciennes
5
1
1
6
11 Middlesbrough
3
1
0
4
11 Nacional
0
0
-1
0
0
0
-2
0
Paços Ferreira
12 Zaragoza
0
0
-1
2
11 Hamburgo
3
1
0
4
12 PSG
4
1
-1
5
12 Wigan
3
1
0
2
12 Amadora
13 Betis
0
0
-1
1
12 Eintracht Frankfurt
3
1
0
2
13 Monaco
4
1
-1
4
13 Reading
3
1
-1
4
Acadêmica
14 Espanyol
0
0
-1
0
13 Wolfsburg
3
1
0
1
14 Lens
4
1
-4
4
14 Newcastle
3
1
-1
2
Belenenses
0
0
-1
0
3
1
-1
3
15 Troyes
2
0
-2
4
15 Tottenham
3
1
-2
2
Benfica
0
0
-2
0
14 Alemannia Aachen
16 Sedan
2
0
-3
3
16 Charlton
3
1
-3
3
Vitória Setúbal
15 Stuttgart
3
17 Nantes
2
0
-4
4
17 Arsenal
1
0
-1
1 3
Racing Santander 16 Osasuna Celta Levante Sevilla Barcelona
1
-4
4
16 Arminia Bielefeld
1
0
-2
3
17 Bochum
0
0
-3
2
18 Hannover
0
0
-9
2
O dia de hoje também promete emoções para o tênis brasileiro, com dois dos três classificados em ação. Por volta do meio-dia, na quadra 11, Flávio Saretta desafia o número 6 do mundo, o espanhol Tommy Robredo. Um pouco mais tarde, Thiago Alves, que superou o qualifying, joga com o argentino Mariano Zabaleta. Marcos Daniel pega amanhã o russo Teimuraz Gabashvili, que disputou o qualifying. A rodada de abertura ainda terá outras atrações, como Andy Roddick diante de Florent Serra, e no lado feminino, Justine Henin-Hardenne com Maria Elena Camerin e Lindsay Davenport com Klara Za-
kopatova. Às 19 horas (20 de Brasília) será feita uma homenagem a Billie Jean King, uma das maiores tenistas norteamericanas da história. O suíço Roger Federer, em busca do tricampeonato, revelou-se confiante na defesa do título. Disse que já está acostumado a suportar este tipo de pressão. Rafael Nadal revelouse preocupado apenas com seu primeiro jogo, diante de Mark Philippoussis. "É um grande sacador", disse o espanhol. Amelie Mauresmo, número 1 do mundo, garantiu que suportar a pressão ficou bem mais fácil depois de conquistar o título de Wimbledon, seu primeiro Grand Slam.
18 Auxerre
2
0
-4
2
18 Watford
1
0
-2
19 Nice
1
0
-5
3
19 Sheffield
1
0
-3
1
20 Rennes
1
0
-5
2
20 Blackburn
1
0
-5
1
Agassi em evento promocional com a mulher, Steffi Graf, e Venus Williams
Só restam oito no Mundial A
lemanha, Argentina, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Lituânia e Turquia seguem na disputa pelo título do Mundial de basquete, cujas quartas-de-final começam na madrugada de amanhã, com jogos às 4h30 e às 7h30 (de Brasília) e transmissão por Sportv e ESPN Brasil. Aos brasileiros, só resta mesmo ver os outros, depois do papelão feito pela seleção, que terminou em 19º lugar - a pior colocação da história -, com apenas uma vitória em cinco jogos. E acompanhar o destino dos três de seus algozes - gregos, lituanos e turcos - que seguem na competição.
GP
4 Borussia Mönchengladbach
O adeus de um mito
e a chuva deixar - e as previsões não são nada boas para os dois próximos dias -, Andre Agassi será a grande atração do US Open. Hoje, às 21h30 (de Brasília), ele entra no estádio Arthur Ashe para enfrentar o romeno Andrei Pavel. Pode ser o último jogo de sua carreira. É verdade que a festa está pronta, mas a torcida é para que Agassi siga por pelo menos mais algumas rodadas no torneio. O treinador Darren Carril disse que seu pupilo está em forma e desmentiu que Agassi tenha se submetido a injeções de cortisona para suportar as dores e estar em condições de disputar o torneio.
INGLATERRA
Nice 1 x 4 Lyon Lille 3 x 0 Bordeaux Lorient 3 x 1 Nantes Sochaux 3 x 2 PSG Troyes 1 x 2 Toulouse Olympique 2 x 0 Le Mans Monaco 2 x 1 Sedan Nancy 1 x 0 Auxerre Valenciennes 3 x 1 Rennes Saint-Etienne 3 x 2 Lens
Mike Segar/Reuters
s torcedores esperavam uma festa no Santiago Bernabéu para comemorar a estréia no Campeonato Espanhol do novo Real Madrid, agora comandado por Fabio Capello e reforçado por Fabio Cannavaro, italiano, Emerson, brasileiro, Ruud van Nistelrooy, holandês, e Mahamadou Diarra, malinês. Os reforços multinacionais deram solidez defensiva ao Real, mas o ataque simplesmente não funcionou e, mesmo mandando no jogo, o time não saiu do 0 a 0 em casa com o Villarreal, para nova decepção de sua torcida tão acostumada a decepções nos últimos anos. Nem a entrada de Robinho no lugar do inglês David Beckham, nos últimos 15 minutos, resolveu a inoperância ofensiva do Real, que aposta no retorno de Ronaldo daqui a um mês. Até lá, o atacante brasileiro continuará treinando para recuperar a forma física e técnica. Depois que voltar aos campos, Ronaldo promete marcar pelo menos 30 gols pelo Real em toda a temporada. Nos jogos deste domingo, deram-se bem os visitantes. O único time que venceu em casa foi o Deportivo La Coruña, que fez 3 a 2 no Zaragoza. Hoje, o Barcelona tentará confirmar a tendência em Vigo, onde enfrentará o Celta sem poder contar com sua principal estrela - Ronaldinho Gaúcho sofreu uma pancada na perna esquerda na surpreendente derrota por 3 a 0 para o Sevilla, na decisão da Supercopa Européia, sexta-feira. Atual campeão, o Barcelona está em paz com a torcida, diferentemente do que acontece no Real. Ontem, depois do 0 a 0, o presidente Ramón Calderón já teve de defender Fabio Capello: "Tenho fé nele. É o melhor treinador do mundo. Está trabalhando a resistência da equipe para depois lhe dar velocidade. Precisamos de um pouco de paciência."
Albert Gea/Reuters
Adrees Latif/Reuters
Os EUA de Carmelo Anthony arrasam a Austrália e seguem no Mundial
"A derrota na estréia para a Austrália complicou muito, porque colocou um peso para gente nos jogos seguintes", disse o técnico Lula Ferreira, mantido no cargo pela CBB (Confederação Brasileira de Basquete), ontem pela manhã, na chegada da equipe ao Brasil, no Aeroporto de Cumbica. "É muito triste, porque saímos do Brasil com a esperança de fazer um grande Mundial, mas as coisas aconteceram ao contrário", afirmou, bastante abatido o ala-armador Marcelinho Machado. "É hora de pensar nas próximas competições", disse o armador Leandrinho. "As bolas não caíram. Foi uma lição", reconheceu.
2
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Ambiente Distritais Ciência Urbanismo
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
Hoje não é possível dizer qual dos estudos tem maior potencial. Hans Fernando Dohnmann, do projeto célula-tronco do Hospital Pró-Cardíaco
NO JAPÃO, ESTUDO É COM CAMUNDONGOS
Duas novas pesquisas com células-tronco Estudos realizados no Japão e na Espanha poderão ajudar a acabar com a discussão sobre o uso de células-tronco de pré-embriões, que tem causado divergências
N
ovas pesquisas que começam a ser feitas em dois pontos distintos do mundo – Japão e Espanha – podem acabar com as divergências a respeito dos estudos realizados com células-tronco (CT) embrionárias, alvos freqüentes de críticas de setores mais conservadores. Enquanto na Espanha já se estuda há alguns anos a formação de células-tronco por meio da partenogênese, que realiza estudos apenas dos óvulos, sem envolver espermatozóides, o Japão começa a desenvolver em laboratórios uma técnica, testada apenas em camundongos, que possibilita a criação de células com características semelhantes às embrionárias por meio de tecidos adultos do organismo. Com células do tecido conjuntivo dos camundongos, cientistas conseguiram produzir novas células com marca-
dores moleculares e genéticos típicos de células-tronco embrionárias, que são as que dão origem a todos os tecidos do organismo adulto – e é por isso que são o principal foco das pesquisas científicas. Como é a partir delas que se formam todos os tecidos, suas possibilidades de estudo são muito mais extensas, a princípio, do que as fornecidas pelas CT adultas, extraídas, por exemplo, do cordão umbilical. Embriões – Mas as pesquisas com células embrionárias, geralmente oriundas de préembriões produzidos por fecundação artificial e que não seriam usados, recebem críticas dos que acreditam se tratar de estudos com seres vivos. "A vida humana, como bem está definido no Código Civil e na Constituição Federal, começa na concepção e não pode ser violada. Portanto, realizar estudos com células-tronco embrionárias, é matar seres vi-
vos", afirma o advogado empresarial Félix Ruiz Alonso, membro da Comissão de Bioética da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP). O professor Hans Fernando Dohnmann, coordenador do projeto célula-tronco do Hospital Pró-Cardíaco, do Rio, acredita que as duas novas técnicas que começam a ser desenvolvidas podem abrir novas portas e substituir um dia os estudos com as embrionárias, mas um previsão ainda é impossível. Uma das críticas feitas por aqueles contrários ao estudo
com embrionárias é de que elas não se adaptam ao organismo adulto quando nele inseridas. Dohnmann confirma a informação, mas acredita que este panorama pode mudar conforme os estudos avançarem. "Não há motivo para acreditar que no futuro elas não poderão ser usadas em humanos", diz. Para Dohnmann, o ideal seria que todos os estudos continuassem paralelos, até que uma, ou todas as técnicas, fossem dominadas – não é possível prever quando essas conclusões seriam alcançadas. "Quando chegar a possibilidade de usarmos realmente esses
estudos, pode ser que um seja superior a outro. Mas hoje não é possível dizer qual tem maior potencial", diz. Alonso acredita que os pesquisadores devem tomar cuidado com interesses financeiros. Para o advogado, as pesquisas não devem sofrer pressão de seus investidores por resultados rápidos, já que só é possível chegar a um resultado correto com longos períodos de trabalho. "A liberdade científica e tudo o que a envolve é um tema complicado. São muitos interesses em torno da vida de um ser humano. As pesquisas envolvem muito di-
nheiro e isso força certos argumentos, como dizer que a vida humana começa quando o sistema nervoso está pronto ou quando o embrião se implanta no útero. É preciso cuidado". Para o pesquisador Stevens Rehen, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a contribuição técnica da pesquisa é mais importante até do que a solução ética. Por isso, ele concorda com Dohnmann e acredita que não é possível dispensar as pesquisas com CT embrionárias , nem que seja só para que os cientistas possam utilizar melhor as células adultas. Clarice Chiquetto
Divulgação
Segundo o advogado Félix Alonso, a vida, como diz o Código Civil e a Constituição Federal, começa na concepção e não pode ser violada PPI O prazo para ingressar no Programa de Parcelamento Incentivado (PPI) municipal acaba amanhã
Ó RBITA
PCC 1
MARIA ZÉLIA Após dois anos de negociação, a Prefeitura assinou convênio com o INSS para restaurar a Vila Maria Zélia
PCC 2
polícia de São Paulo decisão do secretário de descobriu uma central de A Segurança Pública de São A contabilidade da facção Paulo, Saulo de Castro Abreu, após a reunião do Gabinete de Gestão Integrada, realizada quinta-feira, irritou a cúpula do Ministério da Justiça. Segundo fonte do Ministério ouvida pela Agência Estado, Saulo errou ao informar à imprensa sobre a estratégia de tentar bloquear contas do PCC. Isso daria tempo de os criminosos agirem para se defender dessa ação. (AE)
Só BEBIDAS Promoções de Inverno
DC
criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, foi preso em uma casa em São José dos Campos, a 90 quilômetros de São Paulo, Carlos Eduardo, de 24 anos. No local, a polícia apreendeu um fuzil e farta documentação com a movimentação financeira da facção. (AE)
Importadas
SÓ bebidaS Nacionais
“MANIA DE VENDER BARATO”
Vinho Espanhol Riscal R$ 44,00
Vinho Chileno Casa Mayor R$ 19,90
Porca de Murça R$ 17,90
Vinho Italiano Chianti R$ 29,90
Lambrusco R$ 11,50
Vinho Francês Côtes du Rhône R$ 29,90
Vinho do Porto Senador R$ 27,90
Vinho Português Mateus Rosé R$ 19,90
Vinho Italiano Gabia D´Oro R$ 13,50
Vinho Chileno Gato Negro R$ 17,90
Vinho Português Cartuxa R$ 64,90
Vinho Português Redondo R$ 29,90
Vinho Português Grand Jo R$ 25,50
Vinho Chileno Carta Vieja Carmenére/Cabernet
R$ 14,90
* preços para unidade na caixa.
ACEITAMOS CARTÕES DE CRÉDITO
PABX: 3106-9898 / 3112-0398 www.sobebidas.com.br
Pça. João Mendes, esquina c/ Rua Quintino Bocaiúva, 309 - Centro * BEBA COM MODERAÇÃO
4
Empresas Nacional Finanças Comércio Exterior
DIÁRIO DO COMÉRCIO
SEGURADORAS TÊM APÓLICES DUPLAS
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
14,5
por cento deve ser a taxa básica de juros brasileira depois da reunião do Copom, apostam analistas.
Paulo Pampolin/Hype
CRESCE MERCADO DE SEGUROS RESIDENCIAIS Em muitos casos, fazer seguro de casa custa menos que proteger um carro
A
penas um de cada dez imóveis residenciais no Brasil está protegido por seguro, de acordo com dados do Sindicato das Seguradoras, Previdência e Capitalização de São Paulo (Sindseg). Esse é um número baixo se comparado aos 32% do total de veículos brasileiros segurados e considerado o baixo custo dos seguros residenciais. Além de não existir no Brasil a cultura de contratação desse tipo de serviço, as pessoas acreditam que o seguro residencial é tão caro quanto o de automóveis. Mas isso não passa de mito: enquanto proteger um carro custa até 10% do seu valor total, o seguro para residências não ultrapassa 0,2% dos valores segurados. "O custo do seguro de um imóvel é menor porque a probabilidade de acontecer algum incidente é bem mais baixa do que ocorrer roubo ou acidentes com veículos", diz o membro da Comissão de Riscos Patrimoniais da Federação Nacional de Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg), Adelson Almeida Cunha. "O valor do seguro é calcula-
do de acordo com a freqüência e os prejuízos com sinistros." Segundo ele, a cada ano cresce 10% a procura pela proteção residencial. Dados da Fenaseg mostram que, em 2004, os brasileiros pagaram R$ 590 milhões em seguros residenciais, número que subiu para R$ 681 milhões em 2005. "Mas como o preço do seguro residencial é relativamente baixo, para o corretor não compensa o investimento na divulgação desse serviço, o que prejudica as vendas do segmento." Valores — De acordo com cálculos de corretores, no caso de um imóvel que custe R$ 100 mil, o cliente gasta R$ 300 por ano para assegurá-lo. Já para proteger um automóvel de valor equivalente o gasto subiria para R$ 4 mil a R$ 6 mil. No caso de apartamento ou casa, esses R$ 300 incluem cobertura contra incêndio, roubo, danos elétricos e assistência básica para o imóvel. "Muitos seguros cobrem serviços de encanador, chaveiro, informática, limpeza de caixa-d'água e até consultas veterinárias para os animais de estimação dos clientes", afirma o diretor de Ramos Elementares de Transportes da Porto Seguro Segu-
ros, Adilson Neri Pereira. Mas, se o cliente quiser segurar sua casa somente contra incêndios, ele vai pagar R$ 40 por ano, para um imóvel de R$ 100 mil. Contra danos elétricos, o preço médio anual é de R$ 15. Os serviços de assistência que podem acompanhar o pacote de seguro residencial custam até R$ 100. "Se estourar um cano, o morador perder a chave de casa ou o vidro da janela quebrar, trabalhamos 24 horas para o cliente e o socorro chega em até 30 minutos para resolver o problema", diz Pereira. "São novas ofertas para as pessoas que não têm tempo de cuidar dos afazeres cotidianos." Para atrair a atenção de possíveis consumidores de seguros residenciais, a AGF Seguros lançou o AGF em Dobro. Na mesma apólice, ficam segurados casa e carro, o que barateia em R$ 30 o preço final dos serviços. "Desde maio, quando o pacote foi implantado, atendemos mil clientes por mês", diz o diretor de produtos massificados da empresa, Marcelo Goldman. "E, para aumentar as vendas, devemos investir em maior gama de produtos de assistência técnica." Sonnaira San Pedro
Pereira, diretor da Porto Seguro, destaca os serviços de assistência residencial como atrativo do produto
COPOM Selic deve recuar 0,25 ponto, dizem analistas O mercado financeiro espera mais uma queda de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic) na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que começa amanhã. Assim, o juro passaria de 14,75% para 14,5% ao ano. Fatores como a ampliação do mercado de crédito brasileiro e, como conseqüência, da inadimplência, a valorização do real frente ao dólar e a incerteza dos rumos da economia dos Estados Unidos serão citados pelo Copom como justificativa para um corte "tímido", avaliam os economistas consultados pelo Diário do Comércio. O economista do Departamento de Estudos Macroeconomicos do Conselho Regional de Economia Carlos Eduardo Oliveira Júnior, mesmo com certa desconfiança a
respeito do conteúdo da última ata do Copom, diz não acreditar em manutenção do atual patamar da Selic e prevê redução de 0,25 ponto. Oliveira não vê cenário econômico que justifique manutenção ou mesmo elevação da taxa básica. O economista também não espera corte maior do que os anteriores, porque a postura dos membros do Copom indica, pelo menos no atual quadro, um plano de metas definido para a Selic até o final do ano. Petróleo — A mesma postura do Copom é esperada pelo economista do Núcleo de Estudos Financeiros da USP Erasmo Vieira. Ele diz não acreditar em corte maior do que os últimos anunciados. E a justificativa é o atual mercado internacional de petróleo. "O Copom destacou, na sua últi-
ma ata, a forte preocupação com os preços do petróleo, principalmente a manutenção de patamares elevados e um possível descontrole por pressão dos exportadores no Oriente Médio", avalia Vieira. Spread — Em relação a uma redução no spread bancário, os dois economistas dizem que o governo, em especial o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem acertado nas decisões em relação aos bancos. A maior concorrência entre as instituições financeiras e a criação de cadastro positivo, segundo eles, reduzirão os juros. "O bom pagador não pode bancar o custo do inadimplente. Os bancos serão levados a moldar essa estrutura de consulta o mais rápido possível. A concorrência os levará a isso", afirma Oliveira Júnior. Davi Franzon
Bancos alongam prazos de crédito
O
sistema bancário brasileiro, pelo menos neste momento, não dá sinais de redução na oferta de crédito ao mercado consumidor. Com taxa de inadimplência de 7,2% nos financiamentos para pessoa física por período acima de 90 dias, os bancos encontraram no alongamento dos prazos uma alternativa para reduzir o impacto dos inadimplentes. Na comparação entre os meses de junho de 2006 e junho de 2005, o prazo médio oferecido passou de 295 dias para 332, revelou um estudo elaborado pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) com base em números divulgados pelo Banco Central (BC). Osmar Roncolato Pinho, responsável pela pesquisa, disse que a elevação dos prazos não é nenhum sinal de inocência dos bancos, mas uma
constatação sobre a regularização de débitos em atraso por grande parte dos devedores que tiverem seus prazos alongados. "O número de clientes com contas em atraso passou de 39% em 2004 para 37% em 2006. O alongamento do prazo aumenta a capacidade de pagamento. Os bancos chegaram a essa conclusão", afirmou. Expansão — Para Roncolato, os bancos não estão com medo de emprestar, pois o cenário para o mercado de crédito, principalmente para a pessoa física, está em plena expansão. "O crescimento da oferta amplia a base de inadimplentes, mas a curva ainda é positiva para o lado dos adimplentes, o que justifica evolução na oferta de crédito no mercado." O estudo da Febraban mostra que o sistema financeiro fechou dezembro de 2005 com saldo de R$ 63 bilhões no crédi-
to pessoal. Em junho deste ano, esse saldo passou para R$ 73 bilhões, uma elevação de 15,1%. Já o estoque nominal de crédito para pessoa física passou de R$ 100 bilhões em dezembro de 2003 para R$ 214 bilhões em junho deste ano. Roncolato avaliou os números como a base de um cenário positivo para o mercado de crédito. Para ele, uma melhora dos níveis de inadimplência e a criação de um cadastro positivo teriam impacto no risco do crédito, base para a composição das taxas de juros. Outra medida positiva é a ratificação de um mercado secundário de crédito no País, com a venda de carteiras com prazos superiores a 180 dias para empresas especializadas em cobrança. Pinho destacou o Itaú, que repassou uma carteira de R$ 1,2 bilhão a uma empresa de cobrança. (DF)
Mais dinheiro estrangeiro
divulgado pela Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e Globalização Econômica (Sobeet). De acordo com a entidade, o Brasil deve receber US$ 16 bilhões em investimentos estrangeiros diretos neste ano, a mesma projeção média do mercado financeiro, que é coletada semanalmente pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus.
"A principal razão para essa expectativa é a evidência de as saídas de recursos se concentrarem em meses específicos, em poucos setores", destacou a Sobeet. "Além disso, é preciso ressaltar o expressivo ingresso de investimento estrangeiro direto, um total de US$ 21,6 bilhões no acumulado em 12 meses até julho." (Reuters)
A
s saídas de investimento estrangeiro do País devem ser interrompidas neste segundo semestre, invertendo a trajetória de queda apurada entre julho de 2005 e o mês passado. A avaliação consta de boletim
4
Grand Prix Vôlei de Praia Liga Mundial Fórmula 1
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Nem sempre vou ter essa sorte. Os carros da Ferrari estão acima da Renault." Fernando Alonso
BRASIL VENCEU AS ÚLTIMAS 4 EDIÇÕES
Alexander Niemenov/AFP
Anton Denisov/Reuters
HEXA D e virada é mais gostoso, diz o ditado. E também sofrido, como foram os últimos duelos do Brasil contra a França no futebol. Mas, no vôlei, o final foi diferente: a seleção treinada por Bernardinho Rezende bateu os franceses por 3 a 2 (22/25, 23/25, 25/22, 25/23 e 15/13), em Moscou, e conquistou a Liga Mundial pela sexta vez - a quinta nos últimos seis anos, período em que o técnico comanda a equipe. O Brasil também venceu o torneio em 1993. "Conseguimos vencer principalmente por causa da nossa experiência neste tipo de partida", explicou Bernardinho sobre a virada. E ele teve uma atuação fundamental, ao trocar Dante, André Nascimento e André Heller por Murilo, Anderson e Gustavo, respectivamente. "Mais uma vez o grupo
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
foi fundamental, como sempre acontece nessas situações", disse o técnico, que gosta de dizer que comanda uma equipe com "12 titulares". E que, além da festa, pensa na disputa do bicampeonato mundial - o torneio será no Japão, de 17 de novembro a 3 de dezembro. Bernardinho fez questão de valorizar o adversário, um time que erra pouco e defende muito. "Eles mereceram estar aqui. Temos muito a aprender para o Mundial e a França nos mostrou isso." Dentro da quadra, quem mais brilhou foi Giba, autor de 29 pontos na partida e escolhido o melhor jogador da fase final da Liga. Ele, no entanto, preferiu também dar o crédito ao entrosamento da equipe e ao potencial dos jogadores que saíram do banco. "Mais uma vez o Brasil provou que é um grupo. Mesmo perdendo por 2
Vitória por 3 a 2 sobre a França, com grande atuação do craque Giba, garantiu ao Brasil o sexto título da Liga Mundial
a 0 tivemos cabeça, lucidez, para correr atrás. Provamos mais uma vez que temos um time de bravos, por ter chegado na final e vencido desta forma." André Nascimento, que foi sacado na final mas havia sido decisivo na semifinal contra a Rússia - fez 22 pontos na vitória por 3 a 1, só um a menos que Giba -, também entrou na seleção do torneio, como melhor sacador. A França também teve dois jogadores premiados, o melhor bloqueador, Montmeat, e o atacante mais pontuador, Ruette. O atacante Antiga admitiu que era difícil aceitar uma derrota depois de abrir 2 a 0. Mas resignou-se por ter conseguido assustar a grande potência do vôlei nos últimos anos: "No início desse verão (na Europa) não pensávamos nesse resultado. Eu não teria apostado 10 euros no que aconteceu". FIVB
A primeira vez de Massa
F
elipe Massa escreveu neste domingo seu nome na história da Fórmula 1. Ao vencer de ponta a ponta o GP da Turquia, ele se tornou o sexto brasileiro a conquistar uma vitória na categoria de elite do automobilismo, seguindo os passos de Emerson Fittipaldi, José Carlos Pace, Nelson Piquet, Ayrton Senna e Rubens Barrichello. A vitória começou sábado, quando Massa fez sua primeira pole, também igualando os cinco pioneiros - com direito à maledicência de Barrichello: "A gente sabe que não vai durar muito", disse o piloto, que conhece mais que qualquer um o jogo de equipe da Ferrari. Mas durou, porque Schumacher, ao tentar segurar Alonso na largada, provocou um acidente envolvendo vários carros e não conseguiu "herdar" a ponta. Depois, a Ferrari errou no pit stop - os dois entraram ao mesmo tempo, e o alemão teve de esperar. Depois, o próprio heptacampeão errou, saiu da pista e ampliou sua distância para Fernando Alonso, o segundo colocado. E Massa venceu, seguido do espanhol e de Schumacher. Para o alemão, o resultado foi ruim, porque sua desvantagem para o espanhol, a quatro provas do fim da temporada, aumentou dois pontos. A Barrichello, restou o oitavo lugar. E o reconhecimento: "Ele mereceu a vitória". MUNDIAL DE PILOTOS: 1. Alonso (ESP/Renault), 108; 2. M. Schumacher (ALE/Ferrari), 96; 3. Massa (BRA/Ferrari), 62; 4. Fisichella (ITA/Renault), 52; 5. Raikkonen (FIN/McLaren), 49; 6. Button (ING/Honda), 36; 7. Montoya (COL/ McLaren), 26; 8. Barrichello (BRA/ Honda), 22; 9. Heidfeld (ALE/ BMW Sauber), 19; 10. R.
Yves Herman/Reuters
Sheila, Fabiana e Mari bloqueiam a China: Brasil invicto no Grand Prix
Meninas nas finais
H Massa festeja com Schumacher sua primeira vitória na F-1: depois de largar na pole, ele liderou o GP da Turquia de ponta a ponta e se tornou o sexto brasileiro a vencer na categoria Schumacher (ALE/Toyota), 18; 11. Coulthard (ESC/Red Bull) e De la Rosa (ESP/McLaren), 14; 13. Trulli (ITA/Toyota), 10; 14. Villeneuve (CAN/BMW Sauber), 7; 15. Webber (AUS/Williams), 6; 16. Rosberg (ALE/Williams), 4; 17. Klien (AUT/Red Bull), 2; 18. Liuzzi (ITA/Toro Rosso), 1. CONSTRUTORES: 1. Renault, 160; 2. Ferrari, 152; 3. McLaren, 89; 4. Honda, 58; 5. Toyota, 28; 6. BMW Sauber, 26; 7. Red Bull, 16; 8. Williams, 10; 9. Toro Rosso, 1.
oras antes de a seleção masculina conquistar o hexacampeonato da Liga Mundial, as meninas deram um passo a mais na busca do hexa no Grand Prix, a versão feminina do torneio: venceram a China por 3 a 0 (25/22, 25/19 e 25/17), e garantiram vaga na fase final, que será na Itália, com seis seleções. “Estou feliz com o comportamento da equipe, mas temos muito pela frente”, alerta o técnico José Roberto Guimarães, que terá mais três jogos para ajeitar o time, em Okyama, no Japão, contra as anfitriãs, Itália e República Dominicana.
RESULTADOS: Macau (CHN) Brasil 3 x 2 Rep. Dominicana; China 3 x 2 EUA; Brasil 3 x 1 EUA; China 3 x 1 Rep. Dominicana; EUA 3 x 1 Rep. Dominicana; Brasil 3 x 0 China.Seul (COR) - Coréia 1 x 3 Rússia; Polônia 0 x 3 Japão; Rússia 3 x 2 Polônia; Coréia 0 x 3 Japão; Coréia 3 x 2 Polônia; Rússia 3 x 0 Japão. Taiwan - Itália 3 x 2 Azerbaijão; Tailândia 0 x 3 Cuba; Cuba 3 x 2 Azerbaijão; Tailândia 1 x 3 Itália; Cuba 3 x 1 Itália; Azerb. 2 x 3 Tailândia. CLASSIFICAÇÃO: 1. Brasil, 12; 2. Rússia, 11; 3. Itália, 11; 4. China, 11; 5. Japão, 10; 6. Cuba, 10; 7. EUA, 9; 8. República Dominicana, 8; 9. Azerbaijão, 7; 10. Tailândia, 7; 11. Coréia do Sul, 7; 12. Polônia, 6.
Futuro promissor A
s conquistas brasileiras no vôlei de praia devem continuar nos próximos anos: duas duplas do país conquistaram ontem o título do Mundial sub-21, disputado na Polônia: Bruno Schmidt e Pedro Solberg, no masculino, e Carol Aragão e Bárbara Figueiredo, entre as mulheres. Filho da ex-jogadora Isabel, Pedro foi campeão pela segunda vez - em 2003, jogou com Pedro Cunha. Na decisão, ele e Bruno (que é sobrinho do "Mão
Santa" Oscar) bateram os poloneses Sinczak e Szternel por 2 a 0 (21/11 e 21/13). Sem parentes famosos, Carol e Bárbara surpreenderam, inclusive porque perderam as duas primeiras partidas e quase caíram na primeira fase. Na finalíssima, bateram as alemãs Sude e Köhler por 2 a 1 (21/13, 20/22 e 15/6). Carolina Solberg, irmã de Pedro e duas vezes campeã do torneio com sua outra irmã, Maria Clara, ficou em quarto ao lado de Júlia.
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
Administração Compor tamento Distritais Ambiente
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3 Muitas crianças não têm o que fazer ou não freqüentam a escola como deveriam. Assim, acabam seduzidas pelo crime. José Correia, superintendente da Vila Maria
SEM OS PAIS, CRIANÇAS PODEM FICAR INSATISFEITAS
GIr
Na Vila Maria, aula para os pais
Agendas da Associação e das distritais
Encontro com representante do Projeto Criança Feliz esclareceu pais e mães sobre a importância de brincar e participar da vida dos filhos. Algumas brincadeiras e jogos e a falta de atenção podem levar crianças e jovens para mais perto da violência.
Hoje
I Centro - A distrital realiza
reunião da Comissão de Política Urbana. Às 17h. I São Miguel - A distrital realiza reunião do núcleo setorial de salão de beleza do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 18h.
Newton Santos/Hype
Terça I São Miguel - A distrital
promove Happy Hour de Negócios. Às 19h30.
Quarta I Centro – A distrital, a AES
Eletropaulo e o Grupo 1 de Jornais promovem a palestra Isso é da sua conta. Às 9h. I CPU – Reunião da Comissão de Política Urbana (CPU) da ACSP com o secretário municipal de Transportes, Frederico Bussinger, que fará a palestra Propostas para a nova marginal do Tietê e avenida dos Bandeirantes. Às 12h30, rua Boa Vista, 51/12º andar. I FJE - Reunião do Fórum de Jovens Empreendedores da ACSP (FJE). Às 17h, rua Boa Vista, 51/9º andar, plenária. I São Miguel -Reunião de lojas de móveis e colchões do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 20h.
Quinta I São Miguel –Reunião de
escolas particulares do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 9h. I Comus - Reunião do Comitê de Usuários dos Portos e Aeroportos do Estado (Comus) coordenada pelo conselheiro da ACSP José Cândido Senna. Às 17h, rua Boa Vista, 51/9º andar. I São Miguel - Reunião de automecãnicas do Projeto Empreender, coordenada pelo pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 20h.
Sexta I Jabaquara – Palestra
Obesidade e Hipertensão Arterial – Projeto Viva a Vida com Diabetes com a nutricionista Nádia Marques Pereira e o médico Murilo Mouro Sarno. Às 8h30.
Sábado I Pirituba - A distrital,
bandas e fanfarras, Exército, PM, GCM e Camp-Oeste participam do desfile da semana da pátria. Às 9h, no 1.200 da avenida Elísio Cordeiro de Siqueira. I Jabaquara - A distrital participa do desfile cívico do bairro. Às 10h.
E
m plena era tecnológica, muitos brinquedos, jogos, armas virtuais, propagandas de televisão e games incentivam a violência infantil. Com o objetivo de alertar e conscientizar sobre a importância da adoção de brinquedos educativos e de uma maior participação afetiva dos pais na vida dos filhos, a Distrital Vila Maria promoveu a palestra Integração Família-Empresa, Programa de Desarmamento Infantil, coordenada pelo consultor em recursos humanos e colaborador do Projeto Criança Feliz, Dimitrios Asvestas. O Projeto Criança Feliz é uma ONG que há mais de dez anos realiza eventos sobre programas de qualidade de vida e responsabilidade social. Para o superintendente da Distrital
Vila Maria, José Correia, a falta de cultura e de uma formação familiar sólida muitas vezes levam crianças e adolescentes para um mau caminho. "Muitas crianças não têm o que fazer ou não freqüentam a escola como deveriam. Assim, acabam seduzidas pelo crime". O superintendente defendeu o papel da empresa como extensão do lar, cabendo a ela educar os funcionários e, dentro do possível, proporcionar escolas para seus filhos. "Funcionários esclarecidos ajudam positivamente na formação dos filhos. Os pais não devem, por exemplo, deixar ao alcance de crianças armas e objetos cortantes. É uma questão de cultura", afirmou Correia. Tempos modernos – Antigamente, de acordo com o colaborador do Projeto Criança
seu pai voltando do serviço cansado, irritado e sem paciência. Qual pai que chega tarde em casa, muitas vezes alcoolizado, estimula na cabeça da criança a vontade de trabalhar? Assim, inúmeras crianças quando crescem resolvem seguir caminhos que lhes proporcionem ganhar dinheiro de forma mais fácil", disse Asvestas. Segundo o consultor, os pais devem sempre falar que amam seus filhos. "É importante que os adultos se coloquem no lugar das crianças, dando-lhes atenção e amor". Brinquedos – Assim como muitos programas de televisão despertam a agressividade, Asvestas acredita que a maioria dos jogos de videogame premia o crime e as contravenções. "Existem jogos em que o objetivo é matar idosos e
Dimitrios Asvestas (acima) ressaltou a importância de os pais falarem sempre que amam os seus filhos
mulheres grávidas. Outros abusam de cenas de sexo e negociam resgates em seqüestros. O pior de tudo é que quanto mais você mata, mais é premiado". O consultor defende a adoção de jogos lúdicos, inteligentes e educativos, em que haja companheirismo e respeito pelas pessoas. "Estamos perdendo todas as referências. Quando colocamos nas mãos de nossos filhos jogos que matam, estamos contribuindo para a construção de uma sociedade em que imperam a maldade e a violência", ressaltou. André Alves
Divulgação
avenidas, estações de transporte, (CPU) da Distrital Penha; o Plano Diretor é conselheiro Eugênio Cantero ou seja, tudo aquilo que Sanches, presidente da seria necessário para o discutido de novo desenvolvimento social e Associação Viva Penha; Gerson Gomez, coordenador do Comitê comercial dos bairros e vilas que na zona leste de Política Urbana da ACSP; o compõem a Subprefeitura Penha.
N
a reunião ordinária da Distrital Penha da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), realizada no início do mês, foi discutida a revisão do Plano Diretor. Com a ajuda de um telão foi possível detalhar as áreas de zoneamento, a malha viária, as ligações com
Estiveram presentes ao encontro Ângela Maria Calábria, da Coordenadoria de Desenvolvimento Urbano da Penha (CPDU) e encarregada da revisão do Plano Diretor da Subprefeitura Penha junto à Sempla; o conselheiro Ivan Lorena Vitale, coordenador da Comissão de Política Urbana
Divulgação
Domingo
Crianças e adultos foram beneficiados com as doações da campanha
superintendente da distrital, Marco Antonio Jorge; o engenheiro Reinaldo Martines Ruiz, coordenador do Fórum Urbanístico da Sub Prefeitura Penha (Fuspe); e Antonio Massola Tavares, coordenador da Coordenadoria de Desenvolvimento Urbano da Penha (CPDU).
Butantã realiza entrega de agasalho
O
I Jabaquara – O Conselho
da Mulher Empreendedora da distrital, a Supervisão de Saúde da Cidade Adhemar e a Universidade Ibirapuera, promovem a 3ª Feira da Saúde e Cidadania. Às 8h, na Universidade Ibirapuera, avenida Interlagos, 1329.
Feliz, a constituição familiar era definida de forma que o pai trabalhava fora e a mãe ficava em casa encarregada da educação dos filhos e dos afazeres domésticos. Atualmente, com a globalização, ambos trabalham fora e as crianças geralmente ficam com as empregadas. "Muitas babás não têm qualificação. As crianças passam muito tempo em frente à televisão, sujeitas a uma programação de conteúdo violento. Sentindo falta dos pais, elas desenvolvem dentro de si um sentimento de tristeza e insatisfação", explicou Asvestas. Como o mercado é competitivo, até mesmo as crianças têm de se qualificar, aumentando a distância física dos pais. "A criança observa que a vida de ir e voltar do trabalho é pesarosa. Também presencia
Conselho da Mulher Empreendedora (CME) da Distrital Butantã entregou as doações obtidas na Campanha do Agasalho ao Instituto Kairós, da Igreja Batista, que atende aos moradores das favelas Assunção e 1010 com projetos de educação profissional para jovens, desenvolvimento de ações de voluntariado e também mantém um bazar a preços irrisórios para os moradores da comunidades. As peças foram recebidas por Carla Cruz, administradora do instituto, das mãos da coordenadora do CME, Iéris Batista Imbimbo, do superintendente, José Sérgio Toledo Cruz, e da vicesuperintendente, Marly Meirelles Baruffaldi.
Os encontros na distrital aconteceram em julho
OAB: oito palestras em Pinheiros
A
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) realizou oito palestras, durante o mês de julho, na Distrital Pinheiros. O evento, organizado e coordenado pelo advogado e conselheiro da distrital Vitor Hugo de Freitas, discutiu assuntos de grande interesse para a classe , cidadãos, empresários e associados. As reuniões contaram com a presença de personalidades do mundo jurídico, como Fernando José da Costa, Celso Antonio Pacheco Fiorillo, Fábio Romeu Canton Filho, Mário de Oliveira Filho, Erickson Gavazza Marques, Luiz Antonio Ignácio e Horácio Bernardes, tconselheiros e presidentes de comissões da OAB/SP. As palestras abordaram meio ambiente e atuação de advogados em sociedades. Mais de 130 profissionais participaram juntamente com políticos, jornalistas e representantes de outras distritais da ACSP.
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
8 -.OPINIÃO
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
LENTE DE
AUMENTO
BC SUBESTIMA A INADIMPLÊNCIA
G Os dados de
julho sobre a inadimplência acenderam o sinal amarelo para os próximos meses. A insolvência das pessoas físicas pode ficar acima de 8%. dessazonalizados, o resultado apresentou alta de 1,8% em relação ao mês anterior. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, com os dados deflacionados, houve elevação de 23,3%. O número de julho corrobora ainda o nosso cenário de lenta desaceleração do crédito para as pessoas físicas. Tal indicação pode ser comprovada pela taxa de crescimento em doze meses, que vem recuando lentamente nos últimos meses, tendo sido de 24,6% em junho. Para o fechamento do ano, mantivemos nossa projeção de aumento de 21,5% no saldo de crédito. Já o dado de novas concessões em julho registrou queda de 1,1% frente a junho, considerando ajuste sazonal, puxada pelo cheque especial. Contudo,
vale ressaltar que, nesta mesma base de comparação, mostraram ampliação considerável as concessões feitas para as linhas de crédito mais longas, que, portanto, possuem um efeito mais relevante do ponto de vista de demanda, suportando a percepção de dinamismo no mercado de crédito. No caso da aquisição de veículos, houve alta de 18,5%, enquanto a linha de crédito pessoal cresceu 13,3%. Com relação à inadimplência, a taxa voltou a mostrar elevação em julho, após ter apresentado retração em junho. Considerando dados dessazonalizados, a proporção de saldo em atraso acima de 90 dias foi de 7,5% no mês passado, depois de ter registrado uma taxa de 7,3% em junho. Ainda assim, o aumento dos saldos em atraso em julho ficou abaixo do pico recente da inadimplência registrado em maio, quando esta alcançou 7,7%. Embora não se possa descartar uma nova deterioração da insolvência nas próximas divulgações do índice, o cenário mais provável, haja vista a tendência favorável da renda, do emprego e dos juros, é que a taxa de inadimplência das pessoas físicas não se eleve muito acima dos 8% alcançados em meados de 2002. Ainda assim, permanece a necessidade de se monitorar de perto os próximos levantamentos do BC para que se tenha uma avaliação mais adequada dos riscos de insolvência. Reforça a recomendação de cautela o fato de que o indicador apurado pelo BC está subestimando o resultado efetivo da inadimplência do sistema financeiro, na medida em que têm ocorrido operações de securitização dos créditos de riscos mais elevados por parte de algumas instituições financeiras.
JOÃO DE SCANTIMBURGO FIDEL CASTRO E HUGO CHÁVEZ Céllus
C
onsiderando a nova alta da inadimplência em julho, fica reforçada a necessidade de se monitorar de perto os próximos levantamentos do BC para que se tenha uma avaliação mais adequada dos riscos de insolvência, ainda mais quando se nota que as operações de securitização dos créditos de riscos mais elevados por parte de algumas instituições financeiras acabam por enviesar para baixo a estatística do BC. De acordo com o balanço do mercado financeiro, divulgado pelo Banco Central, o saldo de crédito destinado à pessoa física em julho continua sustentando uma expansão robusta. Considerando os dados
O estranho enigma das importações ROBERTO FENDT
A
divulgação do resultado da balança comercial de julho trouxe, como seria de esperar, novas indagações sobre o "enigma" das importações - isto é, para o aparente paradoxo de que as importações não estão crescendo rápido o suficiente, dado que a taxa de câmbio está mais favorável do que nunca às compras externas. Durante a Segunda Guerra os alemães utilizavam para codificar e decodificar suas mensagens a famosa máquina Enigma, cujas "chaves" (modificadas a cada 24 horas) eram capazes de produzir um número astronômico de alternativas para cada letra. Importante para a vitória aliada na guerra foi o esforço dos criptólogos de Bletchley Park em decifrar o código do Enigma. No caso do crescimento das nossas importações, contudo, a perplexidade dos analistas não tem razão de ser. Não há enigma algum a ser decifrado. Se é verdade que o saldo comercial e as exportações batem recordes históricos a cada mês, o mesmo ocorre com as importações e com a corrente de comércio (soma das exportações com as importações). Em julho, foram recordes históricos as exportações (US$ 13,6 bilhões), as importações (US$ 7,9 bilhões), o saldo da balança comercial (US$ 3,04 bilhões) e a corrente de comércio (US$ 21,5 bilhões). Também é verdade que, comparando o primeiro semestre de 2006 com o primeiro semestre de 2005, o saldo comercial foi ligeiramente inferior, já que as importações cresceram mais (21,6%) que as exportações (13,5%) nesse período. Finalmente, se consideramos os últimos 12 meses encerrados em junho em relação ao período de 12 meses anterior, as exportações cresceram 17,5% e as importações, 18,1%. Há uma boa razão para o crescimento das exportações: o aumento dos preços de nossos produtos exportados mais que compensou, para a média dos produtos exportados, a valorização do câmbio. Portanto, aumentou em média a rentabilidade das exportações como um todo, embora diversas atividades específicas tenham sido penalizadas pela valorização cambial.
Muito além de São Bernardo
O crédito para consumidores vai crescer menos
Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)
Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: , Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046
A
minha explicação para o fenômeno do crescimento das importações é singela: ainda não nos desligamos de ver a economia brasileira fechada, com poucas ligações com o exterior. Embora o grau de abertura de nossa economia não seja nenhuma maravilha, é o maior dos últimos 80 anos. Grande parte das exportações têm componentes importados, quer diretamente nos produtos, quer através da cadeia produtiva. O consumidor brasileiro tem maior acesso a produtos importados melhores e mais baratos. Enfim, estamos vagarosamente nos tornando um país, do ponto de vista estritamente do comércio exterior, normal. Só falta agora nos tornarmos um país normal sob todos os demais pontos de vista...
P or que crescem as importações, mesmo não sendo tão barato?
COMENTÁRIO DE ADRIANO PITOLI E CAMILA SAITO, DA CONSULTORIA TENDÊNCIAS WWW.TENDENCIAS.COM.BR
Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente em exercício Alencar Burti Presidente licenciado Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi
Do lado das importações, o aumento no índice de preços do total das importações (14,4%) também compensou, na direção oposta, os efeitos positivos que a valorização do câmbio poderiam ter tido sobre o aumento das importações. Dito de outra forma, o custo médio dos produtos importados medido em reais não diminuiu, mas de fato aumentou. Portanto, levando em conta somente a valorização do câmbio, de um lado, e o aumento dos preços dos produtos exportados e importados, não há enigmas a decifrar. A rigor, seria até de se esperar que com base apenas nos preços, as importações não tivessem crescido tanto, já que não estão tão baratas como pareceria à primeira vista considerando-se apenas o efeito da valorização do câmbio. É claro que se poderia argumentar que as importações de bens intermediários e de capital têm relação com o PIB. De fato, têm. Um aumento do PIB acarreta um aumento nas importações de produtos intermediários, e um aumento no investimento provoca um aumento nas importações de bens de capital. Mas se levarmos em conta o medíocre desempenho da economia na atual gestão, deveríamos nos perguntar, novamente, por que crescem tanto as importações.
ANTONIO CARLOS PANNUNZIO
O
possível fechamento da fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo é um tema a ser negociado à exaustão, com o envolvimento de todos os múltiplos segmentos que serão de algum modo atingidos pela sua desativação. Pelas áreas de produção e administração daquela unidade chegaram a circular, na década de 1970, 40 mil trabalhadores. Nos dias atuais, eles não chegam a um terço daquele número: 12,4 mil. Destes, metade se acha sob risco de demissão imediata ou em curto prazo. O desligamento é parte do duro mas inevitável programa de ajuste global Volks aos novos tempos da indústria automobilística. Nunca houve tantos carros e caminhões rodando pelas ruas e estradas do planeta mas o número de trabalhadores que os fabricam é, proporcionalmente, cada vez menor. Quando a Volks começou a operar em São Bernardo, em 1959, inaugurada pelo presidente Juscelino Kubitschek, se tornou o marco da chegada da indústria automobilística no País. Hoje, a empresa tem fábricas também em São Carlos, Taubaté, São José dos Pinhais (PR) e Resende (RJ), todas tecnologicamente mais avançadas que a unidade pioneira. Mas apenas a última parece a salvo dos cortes programados.
À margem do legítimo interesse dos trabalhadores em preservar os seus empregos, outras questões de enorme relevância estão implícitas nas decisões sobre o que acontecerá com aquela unidade montadora. Elas podem atingir duramente o futuro do ABC e desagregar arranjos de produção, alcançando uma quantidade enorme de fornecedores de matérias-primas, autopeças e componentes, em dezenas de municípios, principalmente no Estado de São Paulo. Seus desdobramentos em relação a uma multiplicidade de empresas – inclusive pequenas e médias – e à qualidade de vida dos municípios em que estas operam são impossíveis de se antecipar com precisão.
U
rge, pois, ampliar o debate e buscar soluções que, na medida do possível, preservem a histórica unidade de São Bernardo. É essa a única maneira de garantir o futuro de uma região essencial para a economia paulista e das dezenas de milhares de pessoas e centenas de empresas de todo porte que, direta ou indiretamente, dela dependem. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO É VICE-LÍDER DO PSDB NA CÂMARA DOS DEPUTADOS
O fechamento da Volkswagen é um tema a ser negociado à exaustão
Q
ueiramos ou não, gostemos ou não, Fidel Castro tem uma personalidade impositiva. Dou aqui o testemunho da sua presença na Catedral de Notre Dame, em Paris, nas exéquias de François Miterrand. As câmeras percorriam toda a nave da majestosa catedral, fixando-se num e outro representante de Estado. Distinguia-se Fidel Castro pela preocupação do operador de televisão em destacar a sua figura com relação aos demais presentes. Era visível a preferência por Fidel Castro, que tinha a seu favor o enorme peso de sua personalidade. Duvido que Chávez tivesse a mesma projeção. Hugo Chávez dispõe do petróleo da Venezuela, mas não dispõe das notas dominantes da personalidade de Fidel Castro, que desde o início de sua fulgurante carreira política o colocaram no centro dos acontecimentos e na linha de fogo da decisão, que deveria ser tomada, para a manutenção do regime soviético no meio caribenho e na sua expansão por todo o continente latinoamericano.
E
m suma, não se pode comparar Hugo Chávez à Fidel Castro; são duas personalidades distintas, um contando com o apoio de vários presidentes em exercício e o outro já na extrema curva de seu caminho extremo, nem mesmo restando seu passado de grande líder da comunidade latinoamericano, que o respeitava, embora não se sujeitasse ao seu domínio. Hugo Chávez tem aproveitado muito bem a riqueza petrolífera da Venezuela, ao contrário de Fidel Castro, que não pôde aproveitar quase nada do que Cuba oferecia economicamente para os cubanos e os vizinhos caribenhos. Não se veja, pois, em Hugo Chávez um sucessor à altura de Fidel Castro, mas um sucessor menor, que vai aproveitar o vácuo a ser deixado pelo líder máximo. É o que tenho a dizer sobre estas duas personalidades de projeção na América Latina. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
G Hugo Chávez
não é um sucessor à altura de Fidel Castro, mas vai aproveitar o vácuo deixado pelo líder.
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
Finanças Tr i b u t o s Nacional Empresas
DIÁRIO DO COMÉRCIO
VIAGENS DE NEGÓCIOS CRESCEM 32%
5
750
milhões de dólares foi quanto movimentou o turismo de negócios no primeiro semestre
POR ENQUANTO, SEIS MINISTROS VOTARAM PELA EXCLUSÃO DO IMPOSTO NO CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO
DECISÃO SOBRE COFINS: CUSTO DE R$ 20 BI
O
Dida Sampaio/AE - 06/03/2003
nião do procurador, com base na decisão do STF, os contribuintes dos estados poderiam questionar a forma atual de cobrança do ICMS e solicitar ressarcimento dos valores pagos a mais nos últimos cinco anos. Segundo Da Soller, o mesmo STF já havia dado decisão em favor da manutenção do ICMS na sua própria base de cálculo em 1999. "Naquela ocasião, o ministro Marco Aurélio Mello foi voto vencido", disse. Ele se mostrou confiante, entretanto, quanto à possibilidade de re-
20 bilhões de reais será o rombo nos cofres se o STF mantiver a decisão favorável à exclusão do ICMS no cálculo da Cofins versão da decisão do STF. "Esperamos que pelo menos um ministro que votou em favor dos contribuintes reveja sua decisão", disse. Para isso, a Procuradoria da Fazenda deverá fazer um trabalho de convencimento dos ministros nos próximos dias. "Vamos nos reunir com eles e apresentar toda a nossa argumentação", disse o procurador. Da Soller também conta com a possibilidade de mudança de posição de quem já votou em favor dos contribuintes pela apresentação do voto do ministro Gilmar Mendes, que pediu vistas. "O ministro Gilmar Mendes costuma fazer estudos mais aprofundados para fazer a apresentação dos seus votos, e sua argumentação poderá provocar alguma mudança de voto", comentou. O governo, segundo o procurador da Fazenda Nacional, avaliará, ao mesmo tempo, se será necessário entrar em contato com os governadores de estados para alertar sobre o im-
pacto da decisão na cobrança do ICMS. "É uma possibilidade. Estamos avaliando", disse. O Executivo, nesse caso, poderia ganhar aliados entre os governadores no trabalho de convencimento dos ministros do STF para mudar a posição que lhe é desfavorável até agora. Sobre o impacto da decisão na arrecadação de impostos federais, Da Soller disse que a Receita está, neste momento, fazendo os cálculos necessários. Pelas contas de mercado, a perda do governo federal com a confirmação da decisão poderia ficar entre R$ 20 bilhões e R$ 40 bilhões. Outro lado – Já o assessor jurídico da presidência da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Hélcio Honda, mostrou-se favorável a uma possível decisão favorável do STF aos contribuintes. "A Fiesp é a favor daquilo que deve ser legal. Parece-nos correta a decisão do STF", afirmou Honda, que tem como certa uma decisão definitiva pela exclusão. Honda acha que o governo poderá se esforçar para adiar a decisão. "Não vejo alternativa ao governo que não a de ganhar tempo. Mas isso só iria protelar o julgamento", disse. "Esperamos que o julgamento seja célere." Segundo o assessor da Fiesp, é muito pouco provável uma reversão dos votos a favor da exclusão. "Uma reversão seria atípica, incomum", avaliou. A Fiesp não possui cálculos sobre quanto deveria ser devolvido em caso de decisão pela exclusão do ICMS. Mesmo assim, o assessor não acredita que a exclusão possa causar problema de caixa para o governo, mas reconhece que abre precedente. "Vai representar uma enxurrada de processos no Judiciário. Mas o Judiciário está aí para isso. O que está errado deve ser consertado." Ele lembrou que uma decisão pela exclusão não significa automaticamente o ressarcimento de todos os contribuintes de ICMS – os da indústria e do comércio. "Não vai haver perda efetiva, imediata." (AE)
Leonardo Rodrigues/Hype
Brasil está entre os campeões de tarifa de energia industrial
A
Adir: deve declarar quem teve rendimentos inferior a R$ 13.968
ISENTOS Declaração em setembro
A
Receita Federal começa a receber no dia 1º de setembro a Declaração de Isento 2006. O prazo para entrega termina em 30 de novembro, e a expectativa da Receita é receber 63 milhões de declarações, contra 61 milhões no ano passado. Deve declarar quem teve rendimento tributável inferior a R$ 13.968 no ano passado, ou o equivalente a R$ 1.164 por mês. As regras deste ano são as mesmas de 2005, conforme Instrução Normativa 671, publicada na edição da última sexta-feira do Diário Oficial da União. Os custos de entrega foram mantidos. Nos Correios, R$ 2,40. No Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal e nas lotéricas, a cobrança será de R$ 1. Além dessas opções, que incluem o Banco Popular do Brasil, os contribuintes podem declarar também pela internet (www.receita.fazenda.gov.br). Segundo o supervisor nacional do Imposto de Renda, Joaquim Adir, a entrega da Declaração de Isento permite que o contribuinte mantenha regular o Cadastro da Pessoa Física (CPF) e tenha certeza de que seu documento não está sendo usado por terceiros. O contribuinte que deixar de declarar por dois anos seguidos tem o CPF suspenso. Caso
a omissão ocorra por um ano, o documento passa à condição "pendente de regularização". O documento é exigido em muitas situações, como para abrir conta em banco, pedir crediário em instituição financeira, tirar passaporte, participar de concursos públicos, receber benefícios da Previdência, participar de transações em cartórios, entre outras. Histórico – A Declaração de Isento foi criada em 1998 com o objetivo de limpar o cadastro do CPF. A idéia da Receita foi excluir inscrições de contribuintes mortos, cadastros duplos e falsos. "Ao fazer a declaração, além de estar prestando contas ao Fisco, o contribuinte tem a garantia de que seu documento não está sendo usado por terceiros", afirmou o supervisor do IR. Na base do CPF da Receita existem atualmente 159,7 milhões de inscrições, das quais 105,1 milhões regulares. Há ainda 36,9 milhões suspensas e 1,4 milhão de documentos cancelados ou anulados. A Receita informa que 16,2 milhões de inscrições apresentam pendências. Caso seus donos não apresentem a Declaração de Isento ou a do Imposto de Renda em 2006, terão o documento suspenso a partir do ano que vem. (AG)
PPI tem 380 mil adesões
O Feiras de negócios, como a Adventure Fair, estão no roteiro de empresários que viajam a negócios
Turismo de negócios deve crescer
E
mbora a crise da Varig tenha atrapalhado um pouco os negócios da aviação, as agências especializadas em viagens corporativas estão comemorando os resultados obtidos no primeiro semestre deste ano. De acordo com balanço divulgado pela Associação das Empresas Administradoras de Viagens de Negócios do Brasil (TMC Brasil), o volume de vendas do setor nos primeiros seis meses de 2006 superou em 32% o registrado em 2005, atingindo um total de US$ 750 milhões. "O segmento de viagens de negócios acompanha o ritmo do mercado. Como o semestre foi bom para a economia, também foi bom para nós", ressal-
tou o presidente da TMC Brasil, Bernardo Feldberg. As expectativas para o segundo semestre continuam otimistas para as sete maiores agências de gestão de viagens corporativas integrantes da TMC Brasil: Avipam, BBTur, BTI, Carlson Wagonlit Travel, Kontik, American Express e Maringá Turismo. Segundo Feldberg, o volume de transações deve mais que dobrar. "Acreditamos que atingiremos a marca de US$ 1,7 milhão, já que o segundo semestre, geralmente, é mais forte que o primeiro", disse o executivo, que também é conselheiro da Carlson Wagonlit Travel, a segunda maior agência de viagens de negócios do mundo.
Faturamento — F el dbe rg afirmou também que 80% do faturamento do primeiro semestre veio das negociações do setor aéreo e 15% do hoteleiro. Cerca de 47% das viagens aéreas foram domésticas e 33%, internacionais. O único problema que as empresas tiveram, segundo Feldberg, foi encontrar lugar para os passageiros em vôos internacionais. "A Varig deixou um buraco nesse segmento. Esperamos que as autoridades regularizem o transporte aéreo e permitam que outras empresas ocupem o espaço deixado pela Varig o quanto antes, pois isso atrapalha o desenvolvimento do País", disse. Maristela Orlowski
Programa de Parcelamento Incentivado (PPI) da Prefeitura de São Paulo havia recebido aproximadamente 380 mil adesões até quinta-feira passada, segundo a Secretaria de Finanças Paulista. Os débitos com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e o Imposto sobre Serviços (ISS) são os mais freqüentes entre os contribuintes que aderem ao programa. O PPI conseguiu R$ 1 bilhão em parcelamentos. O débito total dos contribuintes com a Prefeitura paulistana é de aproximadamente R$ 30 bilhões, entre créditos tributários e não-tributários. Na última corrida para colocar as contas em dia, em 2001, no Programa de Recuperação Fiscal (Refis), apenas 6 mil contribuintes aderiram à proposta. Já a adesão ao PPI surpreendeu a Prefeitura, tanto que o prazo para término do programa foi prorrogado por dois meses. O prazo termina amanhã e, de acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Finanças, não há previsão na Legislação para que seja prorrogado mais uma vez. Adesão – Para aderir ao PPI é preciso solicitar uma senha de acesso no endereço www.prefeitura.sp.gov.br/ppi.
Com a senha, será possível simular a melhor forma de parcelamento da dívida. O inadimplente que ainda não optou pela adesão ao PPI pode não ter mais essa alternativa. Agora, na reta final do programa, a obtenção da senha tem demorado mais de um dia. Aderindo ao PPI e optando pelo pagamento dos débitos em uma única parcela, o contribuinte terá redução de 75% da multa e de 100% dos juros de mora. Em caso de pagamento parcelado em mais parcelas, o desconto da multa é de 50% e de 100% dos juros de mora. O PPI da Prefeitura permite parcelamento dos débitos tributários inscritos na dívida ativa em até 120 meses. Renato Carbonari Ibelli
s tarifas de energia elétrica para o setor industrial brasileiro estão entre as mais caras do mundo, só perdendo para a Itália, o Japão e a Turquia, considerando-se o universo de 32 países integrantes da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). O Brasil não faz parte da entidade e os preços brasileiros foram baseados na tarifa média calculada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para o ano passado, convertida pelo dólar norteamericano à cotação de R$ 2,32 vigente em dezembro de 2005. As tarifas dos países da OCDE foram divulgadas pela Agência Internacional de Energia. Pelos dados da Aneel, a tarifa para a indústria em dezembro passado estava em torno de US$ 107 por MW/h, já considerando encargos tributários médios de 35%, que seria a média no Brasil, incluindo-se os impostos estaduais (ICMS) e federais (PIS/Cofins). Na Itália, a tarifa industrial oscilava em torno de US$ 170,40 em 2005, a do Japão era de US$ 134,80 e a da Turquia, de US$ 108,10. Os Estados Unidos, que geram a sua eletricidade basicamente a partir de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural), têm uma tarifa equivalente a menos da metade da registrada no Brasil, oscilando em torno de US$ 52 por MW/h, praticamente igual à da França (US$ 52,60), onde a maior parcela de eletricidade é gerada a partir de usinas nucleares. No Brasil, cerca de 90% da energia elétrica é gerada a partir de hidrelétricas, cujo combustível é a água, o que, teoricamente, viabilizaria custos mais baixos. Menores – O país com as menores tarifas para o setor industrial dentre os integrantes da OCDE é a África do Sul, com a média de apenas US$ 23,40 por MW/h. Em segundo lugar está a Noruega, com a média de US$ 42,60. O Brasil, a Noruega, e o Canadá (com tarifa média de US$ 56,10), são os países onde há o predomínio de geração de energia elétrica a partir de hidrelétricas. O governo atual mais do que dobrou as tarifas de energia elétrica para o setor industrial, com aumento de 108,86% segundo dados da Aneel. Em dezembro de 2002, as indústrias pagavam cerca de R$ 95,77 por MW/h na compra de energia e no mês de junho último, essas tarifas subiram para R$ 200,03 por MW/h. Nesse preço não estão inclusos os diversos tributos que incidem sobre a energia elétrica. Especialistas estimam que esses impostos encarecem a energia elétrica para o consumidor em pelo menos mais 35% em relação aos preços calculados pela Aneel. (AE)
Factoring
DC
Supremo Tribunal Federal (STF) deve retomar no prazo de um mês o julgamento de uma ação que pode provocar um rombo de pelo menos R$ 20 bilhões nos cofres públicos. Trata-se do julgamento de um recurso que discute a inclusão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na base de cálculo da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Confins). A discussão foi iniciada no STF na quinta-feira passada e, por enquanto, 6 dos 11 ministros votaram pela exclusão do imposto. O julgamento foi interrompido por um pedido de vistas do ministro Gilmar Mendes. A expectativa no governo é de que Mendes votará a favor da manutenção do ICMS na base de cálculo da Cofins, como é feito atualmente. O governo também acredita que, diante da análise de Mendes, ministros reformarão suas posições, e a situação poderá ser revertida. Se a regra da incidência da Cofins mudar, além de ter de restituir mais de R$ 20 bilhões já arrecadados, o governo perderia todo ano receita estimada em R$ 6,8 bilhões. Jurisprudência – Alguns integrantes do Supremo ficaram surpresos com o placar parcial do julgamento. "Do jeito que está, parece que o STF quer fazer uma reforma tributária", comentou um deles. O governo também ficou surpreso porque acreditava que a maioria dos ministros seguiria uma jurisprudência já consolidada sobre o assunto. Duas súmulas do Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizaram a inclusão do ICMS na base de cálculo da Cofins. A confirmação de uma decisão favorável aos contribuintes poderá atingir ainda os governos estaduais, que arrecadam o ICMS. O procurador da Fazenda Nacional Fabrício Da Soller lembrou que "o ICMS é um dos poucos impostos que tem ele mesmo na composição da sua base de cálculo". Assim, na opi-
O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com
10 -.INTERNACIONAL/OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
MuNDOreAL por OLAVO DE CARVALHO, de Washington DC
A direita autocastrada Q
conjunto heterogêneo e inorganizado dos que não uando me perguntam como quebrar a querem viver sob o socialismo. Eles constituem, hegemonia esquerdista, a primeira segundo uma pesquisa da Folha de S. Paulo, 47 por fórmula que me ocorre é a do poeta cento da população brasileira, face a 30 por cento austríaco Hugo von Hofmannsthal: "Nada se torna realidade na política de um país se de esquerdistas professos. Os restantes 23 por centro definem-se como centristas, com a ressalva antes não está presente, como espírito, na sua de que aquilo que imaginam como centrismo literatura." A palavra "literatura", aí, tem a acepção inclui o apoio ostensivo a propostas conservadoras ampla de cultura superior escrita. Criem uma em matéria de moral e segurança pública. Com ou cultura superior na qual predominem os valores sem nome, a direita é 70 por cento dos brasileiros. liberais e conservadores, e a esquerda não terá Um programa político ostensivamente mais chance na política. Este resultado não se conservador teria portanto sucesso eleitoral seguirá automaticamente, é claro, mas sem essa garantido. Mas, como esse programa não existe -- e limpeza prévia do terreno mental nenhuma se tentasse existir teria de vencer em primeiro lugar iniciativa política poderá prosperar contra o o desafio de criar uma linguagem própria num esquerdismo triunfante e monopolístico. panorama semântico já totalmente impregnado Entrem numa livraria qualquer e verão nas de esquerdismo – , o resultado é que a população prateleiras a demonstração clara do que estou conservadora acaba votando em candidatos de dizendo: a ascensão do império petista foi esquerda nos quais não percebe esquerdismo precedida de meio século de ocupação do espaço nenhum mas apenas as qualidades externas mais cultural. Antes de o Estado ser engolido pelo PT, afins à exigência conservadora, a começar, é claro, impregnaram-se de esquerdismo militante as pela honestidade e honradez. Mas que idéias, os juízos de valor, as palavras, os honestidade e honradez pode haver em políticos sentimentos, até as reações automáticas de que passam o tempo todo tentando parecer o que aplauso e rejeição. A esquerda dominou de tal não são? E qual político brasileiro, de esquerda ou modo o imaginário nacional que até quem a "direita", se ocupa hoje de alguma coisa que não detesta não ousa criticá-la senão nos termos dela, seja precisamente isso? como se fosse possível derrotar politicamente o Assim, toda a política brasileira inimigo fortalecendo o controle tornou-se um sistema de ideológico que ele exerce sobre a armadilhas e auto-enganos: o sociedade. Políticos tarimbados A ascensão do eleitorado vota maciçamente em como os srs. Marco Maciel, José império candidatos que representam o Sarney ou Cláudio Lembo petista foi contrário simétrico das suas mimetizam o discurso precedida aspirações, os políticos que politicamente correto, poderiam representar essas esperando atenuar sua imagem de meio aspirações recusam-se de "direitistas" e só conseguindo século de obstinadamente a fazê-lo e se com isso atrair, junto com o ódio ocupação do apegam à busca de uma usual, uma boa dose de espaço cultural. sobrevivência degradante por desprezo. meio da parasitagem servil do Essa falsa esperteza, tão miúda discurso adversário. É tudo e provinciana quanto suicida, é o fingimento, hipocrisia, teatro, máximo de inteligência camuflagem, desconversa. estratégica que um exame Essa é a Nenhuma discussão objetiva do histológico atento revelará nos diferença, que quer que seja é possível cérebros dos políticos "de no Brasil, nessas condições. Os tais direita" neste país. Com a entre a esquerda "problemas nacionais" podem colaboração prestimosa e servil esperar sentados: nenhuma dessas criaturas, os critérios e e a "direita": discussão política, pelos juízos de valor esquerdistas se a primeira quer próximos anos, tocará em nada impregnaram tão o poder, a segunda quer que tenha algo a ver com a profundamente na mentalidade apenas mandatos. realidade. Nossa única esperança das classes falantes que já não de um despertar coletivo é o são reconhecidos como tais: programa comunista do Foro de tornaram-se dogmas do senso São Paulo alcançar sucesso total comum. Nessa atmosfera, não é e, tranqüilizado pela ausência de de estranhar que os eventuais O único oposições, arrancar finalmente a opositores do governo já nem resultado máscara e dizer a que veio. Aí a mesmo consigam imaginar o objetivo platéia chocada perceberá que, que é uma luta política, mas alcançado pelas por décadas, viveu entre as entendam sob esse termo a névoas de uma fantasia mera concorrência eleitoral. Essa denúncias de corrupção entorpecente. Mas essa tomada é a diferença, no Brasil, entre a no governo foi a de consciência tardia já não esquerda e a "direita": a primeira ascensão da sra. Heloísa servirá para nada, exceto para quer o poder, a segunda quer Helena nas pesquisas. produzir lágrimas inúteis em apenas mandatos. Mandatos torno da vida que poderia ter conquistam-se nas eleições; a sido e que não foi. luta pelo poder abrange um Entre os homens da "direita", muitos teimaram território muito mais amplo. Eleição não é política, em recusar os meus diagnósticos, ao longo dos é o resultado de uma política preexistente que anos, sob o pretexto de que eu era demasiado começa no fundo anônimo e obscuro da pessimista. Nem percebiam o quanto sua resposta sociedade, naquela camada quase invisível onde a hegemonia cultural se traduz como influência sutil provava o que eu dizia. Pessimismo e otimismo são atitudes da mente, são estados subjetivos. Não têm exercida sobre as emoções básicas da população. nada a ver com a situação externa, com a realidade A esquerda sabe disso, a "direita" não. Os das coisas. É possível ser pessimista diante de uma partidos de esquerda marcam sua presença numa situação objetivamente positiva e otimista quando variedade impressionante de campos da vida tudo está perdido. Quando uma descrição do social – escolas, sindicatos, campanhas estado de coisas é rejeitada por ser "pessimista", é humanitárias, clínicas de psicoterapia e claro que o ouvinte está respondendo na clave dos aconselhamento, telas de cinema, exposições de seus estados emocionais e não no da percepção da arte, novelas, programas culturais e educativos da realidade. Ele não está impugnando um TV, o diabo. A direita só é visível nos comitês eleitorais, às vésperas da votação. Isso é assim já faz diagnóstico: está reagindo contra os sentimentos desagradáveis que ele lhe infunde. É uma mera muitos anos. Quem quer que tivesse observado reação de autodefesa psicológica, uma autovacina esse fenômeno, como eu observei, teria chegado, contra a depressão pressentida. Só reage assim como cheguei há mais de uma década, à quem está fragilizado demais para abstrair-se de conclusão de que a total esquerdização da vida estados emocionais e concentrar a atenção na política nacional era não só previsível como realidade. Os fortes não têm medo de encarar o inevitável a prazo mais ou menos curto. Os pior: os fracos fogem dele porque sua mera visão inumeráveis idiotas – políticos, empresários, os esmaga. Aquelas afetações de otimismo, intelectuais, oficiais militares – a quem expus essa conclusão em tempo de reverter o processo, e que fingindo desprezo superior ante as minhas análises deprimentes, não eram senão sintomas de riram dela do alto de sua ignorância presunçosa, olhavam apenas o panorama eleitoral e, vendo ali a debilidade terminal. A liderança "direitista" já não tinha força nem para admitir sua própria fraqueza. vitória fácil de um Collor, de um Fernando Um pouco mais adiante, ela agravou mais Henrique, proclamavam: a esquerda jamais ainda a sua situação, quando, após a revelação dominará este país. Ainda às vésperas das eleições de 2002, algumas dos crimes do PT, perdeu a oportunidade de dúzias desses sábios, selecionados entre brasileiros denunciar toda a trama comunista do Foro de São Paulo e, por covardia e comodismo, se e brazilianists, consultados pelo Los Angeles Times, limitou a críticas moralistas genéricas e sem asseguravam que Lula não teria mais de trinta por cento dos votos. Não entendiam que os resultados conteúdo ideológico. Estas podiam facilmente ser apropriadas pela esquerda, e de fato o foram. das eleições anteriores refletiam apenas o Rapidamente alguns ratos abandonaram o navio conservadorismo residual da população brasileira, petista e trataram de tirar proveito do naufrágio, o qual, desprovido de canais de expressão cultural sendo ajudados nisso pela recusa obstinada da e partidária, acabaria por ceder terreno à invasão "direita" de falar de assuntos politicamente esquerdista. Tanto mais que esta última tomava o incorretos O único resultado objetivo alcançado cuidado de não se apresentar ostensivamente pelas denúncias de corrupção no governo foi a como tal, camuflando-se de "populismo" ascensão da sra. Heloísa Helena nas pesquisas ideologicamente neutro e ludibriando até eleitorais. Agradeçam esse resultado à observadores estrangeiros experientes como autocastração voluntária da liderança Mário Vargas Llosa. "direitista". Chamemos de direita, para fins de raciocínio, o
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
3
Política
Vocês sabem o que quer dizer PT? Significa partido triste, porque amedronta as pessoas e tira a esperança do povo. Geraldo Alckmin
TUCANOS INVADEM O BERÇO POLÍTICO DOS PETISTAS DEFENDENDO EMPREGO E SAÚDE
ALCKMIN: PT SIGNIFICA T PARTIDO TRISTE.
Raimundo Paccó / Folha Imagem
O voto tem conseqüência e não pode ser decidido por uma amizade. Dom Odilo Scherer Ele (Lula) terminará escravizado por uma maioria oposicionista. Arthur Virgílio
Lula vive no País das maravilhas. Só falta aparecer a Alice e o coelho. Heloísa Helena
José Serra (de costas) e o presidenciável Geraldo Alckmin saúdam o povo de São Bernardo do Campo: "companheiros e companheiras".
A única coisa que (a CPMI) fez foi juntar papéis e denunciar deputados, sem direito a defesa. Itapuã Messias.
O presidente Lula usa (botox). Mas se eu tiver que usar também, eu faço sem problemas. Orestes Quércia
O PSB não servirá de pasto para o exibicionismo doentio do deputado Gabeira. Roberto Amaral FHC está desequilibrado, porque vem sendo escondido pelos colegas e o seu governo é ignorado. Tarso Genro
ADVERSÁRIOS TÊM PROGRAMAS DE GOVERNO SEMELHANTES
O
s programas dos dois principais candidatos à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), mostrarão mais semelhanças do que diferenças entre as suas diretrizes partidárias. Ambos se apresentam com uma plataforma de figurino "social-democrata", defendendo a ação do Estado para estimular a atividade econômica e promover a justiça social. Eles também falam em reduzir a carga tributária, controlar, racionalizar o gasto público, aumentar os investimentos e melhorar os serviços de saúde e educação. Lula lançará o programa de governo amanhã e Alckmin promete para esta semana um pacote com medidas de combate à corrupção. Os dois optaram por textos mais genéricos, que abordam temas, mas não explicitam ações concretas. Em muitos casos, o discurso se choca com a prática, como a defesa que Lula fez na semana passada de uma carga de impostos "mais leve". Em três anos, a carga na esfera federal cresceu cerca de R$ 40 bilhões, mas o PT diz que o aumento foi maior no governo FHC. Alckmin tem mostrado que no governo de São Paulo reduziu o peso dos impostos e pro-
mete fazer o mesmo no Planal- cionais, Tarso Genro. Coordeto. No documento "Caminhos nador da campanha de Lula, o para o Desenvolvimento", o presidente do PT, Ricardo BerPSDB destaca que "é necessá- zoini, diz que quem já está no rio extinguir muitas contribui- governo não precisa exibir núções e impostos", mas não ex- meros, mas, sim, objetivos. "As plica como e em que prazo fa- pessoas já sabem a prática de ria isso, sem pôr em risco o quem é governo. Quem está na oposição é que precisa ser mais equilíbrio fiscal. Sem mágica– O coordena- exaustivo." O PT pretende dor da campanha lançar 32 cartitucana, João Carlhas para esmiulos Meirelles, adçar cada tema de mite que 2007 ses e u p ro g r a m a . rá "extremamente Não existe mágica, C o i n c i d e n t eapertado" e será a não ser em mente, o PSDB preciso definir discursos levianos elegeu 30 temas prioridades. e irresponsáveis, centrais para sua "Não existe mágicampanha e, seca, a não ser em o que não é gundo Meirelles, discursos levia- o nosso caso. nos e irresponsáJoão Carlos Meirelles, a apresentação veis, o que não é o coordenador da do programa será nosso caso." campanha de Alckmin feita por etapas. Tr i b u t o s – Por isso, AlckUma ambigüidamin apresenta diretrizes objetivas e não metas de dos presidenciáveis é sobre quantitativas, como fez Lula a armadilha fiscal em que o em 2002, ao prometer criar 10 País está: o gasto que mais cresmilhões de empregos e dobrar ce é justamente o de programas assistenciais, como os beo valor do salário mínimo. A cúpula do PT também tro- nefícios pagos a pobres, apocou metas numéricas por com- sentados rurais, idosos e defipromissos genéricos. "Para cientes. Mas nenhum deles não parecer que é uma decisão ousa, pelo menos agora, profechada, pois, se não for cum- por medidas impopulares paprida, pode ser interpretada ra lidar com o problema. No discurso, Alckmin faz como um fracasso", completa o ministro das Relações Institu- crer que será mais duro que
Lula no controle das despesas. Mas sua plataforma se resume a um "choque de gestão" para "gastar bem o dinheiro público". Lula diz que é preciso melhorar a qualidade do gasto e reduzir despesas de custeio "mas sem ficar discutindo choque de gestão". Na economia há pequena diferença de tom. O PSDB ousa um pouco mais, bombardeando o assistencialismo que Lula adota. Alckmin critica a valorização excessiva do real e seus efeitos sobre o agronegócio. Val enti a – Sem a mesma cautela de seus adversários, a candidata Heloísa Helena (PSol), resgatou em sua campanha propostas radicais antes defendidas pelo PT, como a auditoria nas dívida externa e interna e um plebiscito sobre a reestatização de empresas que foram privatizadas. Seu programa de governo ainda não foi divulgado, mas o "Manifesto da Frente de Esquerda" preparado pelo PSol, PSTU e PCB, dá o tom e contém um compromisso com a redução de tributos. "A compensação para o setor produtivo deve ser feita com a redução da carga tributária, subsídios, crédito e parceria com os Estados, mas não com a flexibilização da legislação trabalhista". (AE)
CAMPANHA TUCANA NÃO MUDA pesar das pesquisas de opinião desfavoráveis, o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, voltou a afirmar que não pretende elevar o tom do discurso contra o presidente Lula, que disputa a reeleição, nem mudar suas estratégias. "Vamos continuar fazendo a mesma campanha, mostrando que o Brasil pode ir muito melhor", disse o tucano a jornalistas, depois de comício em São Bernardo do Campo. Dessa forma, o candidato descarta o conselho do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, para quem é preciso
A
"dramatizar" as denúncias de corrupção contra o atual governo. Alckmin também parece menos preocupado do que FHC em relação às suas chances de vitória. O ex-presidente declarou no sábado ao jornal "O Estado de S.Paulo " que Lula está "muito consolidado", referindo-se às pesquisas de intenção de voto. Alckmin pondera, contudo, que a disputa eleitoral está "apenas começando". "Apenas agora as pessoas estão começando a se interessar pela campanha. A população é sábia e vai amadurecendo a decisão do voto", disse o tucano.
Questionado sobre a tese de que o início da propaganda eleitoral gratuita levaria a um crescimento da sua campanha, Alckmin manteve o otimismo. "Isso já começa a acontecer. Todas as pesquisas mostram que nós estamos avançando". Não é bem o que mostra a pesquisa Ibope/Estado, divulgada no sábado. Embora Alckmin tenha avançado um ponto percentual, subindo para 22%, Lula subiu dois pontos e já possui 49%. Alckmin criticou a política fiscal de aumento de impostos, aumento de gastos do governo e o câmbio, que disse estar ar-
tificialmente valorizado em 30%. "A fábrica da Volks montou uma base tecnológica para exportação e foi inviabilizada pelo câmbio, como está sendo a indústria de roupa, sapato, brinquedo, móveis e agricultura", disse Alckmin. A Volkswagen anunciou em maio que iniciaria um plano de recuperação que previa cortes no custo com mão-de-obra devido à queda prevista para as exportações. Na semana passada, a montadora ameaçou demitir 3.600 pessoas e fechar a unidade de São Bernardo, onde trabalham cerca de 12 mil funcionários. (AE)
inha tudo para ser um comício do PT de alguns anos atrás. Na Praça dos Trabalhadores, em São Bernardo do Campo, próximo à fábrica da Volkswagen, candidatos em cima de um caminhão de som criticaram o governo por causa do desemprego e da corrupção. Até a saudação "companheiros e companheiras" lembrava os petistas. No entanto, quem discursou na manhã de ontem para cerca de 2,5 mil pessoas – segundo a Polícia Militar – foi o candidato à Presidência pela coligação Por um Brasil Decente (PSDB-PFL), Geraldo Alckmin. Ao lado dos candidatos ao governo de São Paulo, José Serra, e ao Senado, Guilherme Afif Domingos, Alckmin voltou a criticar a política econômica do governo. "Aquele que prometeu 10 milhões de empregos não trabalha para gerar emprego. Por isso, é aqui em São Bernardo, essa colméia do trabalho, que nós queremos chamar o povo", discursou. O tucano culpou a política fiscal do governo federal pela crise que a Volks diz atravessar, ameaçando fechar sua fábrica em São Bernardo. "Quando a gente vê a ameaça de fechar uma fábrica na capital do automóvel, uma fábrica que foi o símbolo desse grande passo para a agregação de valor, para ter salários melhores, para melhor emprego, a sociedade precisa refletir, alguma coisa está errada", afirmou o candidato, em comício na cidade onde Luiz Inácio Lula da Silva começou sua vida como metalúrgico e líder sindical. Alckmin também atacou o governo pela falta de ética, numa referência ao indiciamento pela Polícia Federal, na sextafeira, do ex-ministro da Saúde e candidato ao governo de Pernambuco pelo PT, Humberto Costa, por conta da operação sanguessuga . "Um dia ouvi de um amigo: 'você sabe o que quer dizer PT? É o partido triste, porque amedontra as pessoas e tira a esperança do povo'. Essa é a expressão melhor", disse Alckmin. Sa ngu es sug a – Lembrado que as investigações indicam que o esquema dos sanguessugas pode ter começado no governo de Fernando Henrique, quando José Serra era o ministro da Saúde, Alckmin disse "não haver provas". " Não tem nada provado nesse sentido. Se eleito presidente, em 1º de janeiro, ninguém mais comprará nada que não seja pela Bolsa Eletrônica ou pregão". Serra – Em seu discurso, José Serra deixou de lado a campanha estadual para criticar o governo Lula pelo desemprego e pedir votos para o companheiro de partido. "Estamos vivendo o maior desemprego dos últimos anos. E aqui, nessa região, a Volks corre o risco de fechar, mas o governo cruza os braços, negando financiamento do BNDES. Temos de ter Alckmin na Presidência para defender emprego e renda em São Bernardo", pregou. Afif Domingos também bateu na questão do emprego em seu discurso. "São Bernardo é o berço dos trabalhadores organizados e da luta do povo por seu espaço. Mas aquele que aqui nasceu não vai ganhar", declarou, referindo-se ao presidente Lula. Depois do comício, Alckmin negou que a decisão de fazer um comício no berço político do PT tenha sido estratégica ou significado uma provocação aos petistas. "Não fazemos nossa agenda em função do adversário. Vamos a todas as regiões. São Bernardo é uma grande cidade, a capital do automóvel, do emprego e do desenvolvimento, sofrendo com uma política econômica errada", justificou. (Agências)
6
Nacional Tr i b u t o s Empresas Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
Clientes da loja Jackie Usava gostam de participar das reuniões com bolo e espumantes.
A HÄAGEN-DAZS REDUZIU OS PREÇOS EM 20%
Paulo Pampolin/Hype
FALTA DE FRIO ELEVA CONSUMO DE SORVETES Vendas costumam cair 40% no inverno, mas neste ano devem crescer 10%
I
nverno com cara de verão. Termômetros registrando 30 graus em pleno mês de agosto. O calor fora de época favoreceu o consumo de um alimento típico de período de calor: o sorvete. Normalmente, o consumo do produto cai a partir de abril e sofre retração de até 40% nos meses mais gelados do ano, como junho e julho. Mas não foi o que ocorreu nesta temporada, já que as vendas registradas foram elevadas e superaram a expectativa. O crescimento do setor neste inverno deve ficar em torno de 10%, segundo estimativa do presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Sorvetes (Abis), Eduardo Weisberg. "Ainda não fechamos os números, mas tudo indica que houve crescimento." De acordo com o gerenteexecutivo de Negócios da Parmalat e responsável pela Gelateria Parmalat, os resultados dos últimos meses foram positivos, principalmente nas lojas do litoral paulista. No primeiro trimestre, o faturamento da rede cresceu 15% em relação ao mesmo período do ano passado. No segundo trimestre, empatou. Já o mês de julho regis-
trou 15% de expansão quando comparado a julho de 2005, graças ao calor fora de época e às férias. "Aumentamos a produção em 10%." O clima favorável também ajudou a ampliar em 3% as vendas de junho e julho dos sorvetes da Häagen Dazs, do grupo de alimentos General Mills. De acordo com o gerente de Marketing e Food Service da empresa, Marcos Henrique Scaldelai, a tendência anual de queda de 16% nos meses considerados de baixa temporada não ocorreu neste ano. Segundo o executivo, a empresa fez um reposicionamento da marca no País. O trabalho foi feito em quatro frentes: a redução do preço do sorvete em 20%, para deixá-lo mais acessível aos consumidores das classes B e C; o aumento dos pontos de distribuição em cadeias regionais de locadoras e supermercados, hotéis, cafeterias e lojas de conveniência; a ampliação das vendas para outras regiões brasileiras, como Norte e Nordeste; e o lançamento de novas sobremesas para a estação. Com isso, o desempenho da empresa cresceu 179%. Expansão –A Häagen Dazs quer marcar presença no País,
não só no varejo alimentício, mas também no mercado de food service. Atualmente, todos os produtos da marca consumidos no território nacional vêm do exterior. Mas existe a possibilidade de o Brasil sediar uma fábrica da General Mills, para atender à demanda de toda a América Latina. O balanço das vendas no País e a qualidade do leite são fatores que influenciarão na decisão dos executivos da multinacional. Argentina e México também disputam a nova fábrica. "O Brasil tem grandes chances de ganhar e ser o distribuidor latino-americano da marca", ressaltou Scaldelai. "A expectativa é conquistar 5% do mercado nacional de sorvetes nos próximos dez anos." Segundo dados da Abis, atualmente, o segmento fatura US$ 839 milhões com a produção de 476 milhões de litros de sorvete por ano. Somente 1 milhão de litros é enviado para o exterior. O restante da produção é consumida no País. Maristela Orlowski
Marcos Henrique Scaldelai diz que reposicionamento da marca e queda de preços ajudam a elevar vendas
VITRINES Para seduzir o consumidor
V
itrines inusitadas e ousadas são o caminho mais curto para atrair o consumidor. E, para ter bons resultados, não é necessário desembolsar grandes investimentos. A loja Jackie Usava, na Alameda Lorena, montou, há três meses, uma sala de estar na vitrine, com sofá, poltronas, luminárias e mesinha com livros femininos. Lá, sentam-se as consumidoras, para apreciar as peças que estão nas mãos das vendedoras. Do lado de fora, quem passa vê tudo isso e se sente tentado a entrar. O investimento de R$ 10 mil teve retorno em menos de um mês. "Antes de inaugurarmos a vitrine, as clientes ficavam na loja, em média, uma hora. O tempo aumentou em meia hora", disse a proprietária da grife, Anete Soihet Shpaisman. A decoração é dos anos 60, época de ouro de Jacqueline Kennedy Onassis – que inspirou o nome da marca. Segundo Anete, a novidade na decoração aumentou em 10% o número de consumidoras, o mesmo índice de crescimento do faturamento. "Esse é um espaço para conquistar amigos, que viram clientes fiéis. Sentadas na vitrine, falamos sobre a vida, sobre moda, sobre quem passa na rua", explicou a gerente da Jackie Usava, Regiane Cóstola. A professora Márcia Razzini, consumidora da grife, comprou um cartão para manter o carro estacionado na zona azul por uma hora e escolher os produtos – mas teve de comprar outro. "Já experimentei quase tudo. Não consigo ir embora daqui", disse. Outro diferencial da Jackie Usava: todos os sábados, às 11 horas, são servidos bolo Amor Aos Pedaços e espumante. "Há clientes que aparecem só para participar da reunião", destacou Regiane. Ma nequ ins – A novidade da grife V.Rom está dentro da loja. Dois manequins de madeira foram recortados e fizeram sucesso inesperado – e
Visual envolve o cliente
D
e acordo com a docente de vitrinismo do Senac de São Paulo, Elisabete Tellerman, a idéia de envolver o cliente dentro da loja vem do exterior. Segundo ela, a Euroshop, evento realizado todos os anos na Europa e
Paulo Pampolin/Hype
A loja Anunciação gasta R$ 400 mensais para manter lago com carpas
não exibem mais as peças da marca. "O grafismo das linhas acompanha a decoração diferenciada do ambiente. As peças agradaram tanto que estão nuas. As roupas escondiam o diferencial", disse o diretor de criação da V.Rom, Vitor Santos. O investimento foi baixo. Foram utilizados dois manequins convencionais customizados por um marceneiro. O faturamento aumentou 15%. Lago – A loja Anunciação, na Rua Oscar Freire, exibe um minilago com 23 carpas, que ocupa toda a vitrine, de 2,5 metros. Os manequins exibem as peças de roupa e ficam "pendurados", acima da água. O espaço é totalmente aberto – os consumidores admiram os peixes com liberdade. "A cada 15 dias o lago tem de ser limpo. As carpas são alimentadas
todos os dias. Os gastos mensais chegam a R$ 400, mas vale a pena", disse a gerente da Anunciação, Bianca Nunes. Segundo ela, a decoração é responsável por 40% do faturamento mensal da loja. Reavaliação – A filial da grife italiana Replay, que fica na Rua Oscar Freire, montou um jardim oriental na frente da loja, cuja porta é recuada da calçada. "Todos que passam por aqui prestam atenção e admiram", disse a responsável pelo "visual merchandising" da Replay, Daniela Catharin. Mesmo com tanto sucesso, a grife estuda uma modificação na entrada. "Talvez o jardim desapareça, para que as pessoas tenham acesso mais fácil à loja. Os produtos e a vitrine ficam muito longe dos olhos. "
considerado uma das maiores feiras de varejo do mundo, mostrou que cheiros, iluminação e ambientação seduzem os consumidores. "O produto continua em primeiro lugar. Mas é o ambiente tranqüilo que atrai as pessoas e faz com que elas permaneçam no local. Quando o cliente precisar de algo, vai se lembrar dos bons momentos que passou na loja e voltará",
explicou Elisabete. Ela destaca que os adesivos tornaram-se comuns nas vitrines e produzem um bom efeito. Assim como os manequins, que estão cada vez mais "humanizados". "Se uma loja atende consumidores alternativos, os manequins podem exibir tatuagem ou piercing. O objetivo é incorporar os costumes do público-alvo." (NM)
Neide Martingo
Logo Logo
DIÁRIO DO COMÉRCIO
2 -.LOGO
28
AGOSTO
www.dcomercio.com.br/logo/
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
Criação do Museu Paulista, o Museu do Ipiranga, em 1893
R IO I NTERNET
Parques em chamas
TV e web de mãos dadas O executivo brasileiro Bruno Fiorentini vai comandar na Austrália a convergência de mídias no Yahoo 7, que pretende se distanciar de seu início como site de busca e diversificar sua atuação em informação. Segundo ele, um dos exemplos do que isso significa na prática é o programa Dancing with the Stars (Dançando com os Astros). Na Austrália, o programa já testou possibilidades como interatividade dos internautas com os participantes e possibilidade de download de vídeos pelo celular.
Na Copa do Mundo, isto já foi testado. "Como a Austrália chegou à segunda fase da competição, um documentário para televisão foi feito com todo o trabalho desenvolvido anteriormente só para a internet." No Brasil, quem anda se movimentando neste sentido é a TV Globo. A emissora está montando uma redação com cerca de 30 jornalistas em São Paulo para lançar um grande projeto convergindo televisão com internet, por meio de seu portal Globo.com.
Í NDIA Jagadeesh Nv/Reuters
Desde o início de julho, ocorreram 2,8 mil focos de fogo nas florestas no Estado
E
m um ano atípico, o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro já registrou, desde o início de julho, aproximadamente 2,8 mil focos de incêndios em florestas no Estado. Apenas no fim de semana foram 151 focos. A corporação informou que todas as suas 105 unidades operacionais atenderam a ocorrências ontem, parte delas em apoio no combate ao fogo em áreas de outros quartéis. Pelo menos mil bombeiros foram mobilizados, e o avião de combate a incêndios, capaz de carregar 3,1 mil litros de água voou durante todo o dia. "Em julho tivemos um recorde histórico: 1,8 mil incêndios em florestas atendidos pelos bombeiros. Podemos chegar a 3 mil casos em dois meses", disse o comandante do Grupa-
mento de Socorro Florestal e Meio Ambiente dos bombeiros, coronel Wanios de Amorim. A média histórica de incêndios florestais no Rio no mês de julho fica entre 700 e 800 casos. O recorde anterior era de 1,6 mil incêndios em setembro de 2002. Agosto e setembro, por serem os meses com menos chuva, registram mais casos. Até o fim da tarde de ontem, os bombeiros continuavam combatendo o fogo na Reserva do Rio D'Oro, em Nova Iguaçu, município da Baixada Fluminense, onde pelo menos cinco hectares foram atingidos. Na região próxima ao Parque Nacional de Itatiaia, no sul fluminense, a situação estava sob controle, informou o quartel de Resende. O maior foco consumiu dez hectares de vegetação. "Tenho 22 anos de Corpo de
Bombeiros e nunca vi nada igual", disse Amorim. "Enfrentamos uma situação crítica em termos de estiagem." As chuvas que caíram sobre o Estado recentemente não atingiram 2 milímetros, número insignificante para ajudar a evitar o fogo nas matas. "Isso é praticamente nada. Duas horas de sol intenso já resseca a vegetação, que fica pronta para pegar fogo", disse o coronel. Amorim acrescentou que desde julho as chuvas chegaram a apenas 20% da média histórica, um fenômeno para o qual os bombeiros ainda não encontraram explicação. O coronel contou que o trabalho tem sido tanto que a manutenção do avião de combate a incêndios é feita à noite, para que ele não pare durante o dia. "Virou tática de guerra. A gente não pára." (AE)
Li Gang Xinhua/Reuters
L
C HINA
Fim do striptease. Nos funerais
L
se despir, esses trabalhadores também fazem performances com cobras e se banham em lagos, e os shows se tornaram uma atração noturna popular. Mas a recente prisão de cinco pessoas responsáveis pela organização desses eventos, e a posição do governo de proibir "atos obscenos" durante funerais, pode acabar com esse "ritual fúnebre", que já se tornou um negócio lucrativo na região. A polícia local passou até a oferecer recompensas para quem denunciar a prática.
CONTRA O TERRORISMO - Unidades de cavalaria da China e do Cazaquistão completam missão na fronteira entre os dois países. Exercício integra acordo que visa combater o terrorismo e defender a segurança e estabilidade das regiões fronteiriças. V INHOS
E M
C A R T A Z
VISUAIS
Cromo-Interferências. Optical art (foto), em acrílico, do venezuelano Carlos Cruz-Diez. Gabinete de Arte Raquel Arnaud. Rua Artur de Azevedo, 401. Telefone: 3083-6322. Grátis.
Memória preservada
Esse aparelho se conecta à TV e permite a exibição de arquivos digitais que você costuma ver no PC: vídeos, fotos e música. O GigaView HDD AV Media Player vem com controle remoto e é compatível com todos os formatos de mídia digital. Custa £ 39,99 no site. C=Newsletter&U=06P9-2_Comp&
"História rima com memória" é o lema do portal Memória Viva, que há oito anos se dedica a registrar na internet informações sobre personalidades, eventos e documentos da história brasileira. Criado pelo jornalista Sandro Fortunato, o site oferece um acervo completo de imagens e fotos antigas, muitas delas raras e especiais, com destaque para a digitalização de capas e reportagens da antiga revista O Cruzeiro, além de uma antologia do Pasquim.
ModuleNo=97124&T=12210067
www.memoriaviva.com.br
www.maplin.co.uk/Module.aspx?
A TÉ LOGO
Château Latour (foto maior) e Château Margaux: vinhos para investimento
do que o preço no final de junho, quando o vinho "en primeur" (ainda nos barris) começou a ser vendido, no maior preço inicial já cobrado por um Château Margaux.
Antes de 2005, a safra mais cara foi a de 2000, quando o preço inicial foi de 2.000 libras por caixa. Os châteaux, que determinaram os preços iniciais do vinho antes de vendêlo a seus distribuidores, vêm sendo acusados de cobrar alto demais. O mercado dos melhores vinhos Bordeaux é dominado por estrangeiros ricos, alguns dos quais compram para finalidades de investimento. Em 2005, o clima quente e seco resultou numa safra excepcional e os produtores querem garantir a oferta restrita do produto.
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
Acidente com carro na Marginal do Pinheiros mata cinco moradores de rua de São Paulo Usinas hidrelétricas com grandes reservatórios são praticamente inviáveis, afirma consultor
L
Vídeo, foto e música na TV
O
s fãs do vinho tinto francês Bordeaux estão indignados porque não têm condições financeiras de consumir a aclamada safra de 2005, que vem quebrando recordes de preço antes mesmo de ser engarrafada. Uma caixa do vinho está sendo vendida a mais do dobro do preço recorde anterior, embora só seja entregue em 2008. Depois disso, o comprador ainda deve esperar pelo menos mais dez anos para abrir a garrafa. "Pensamos, e todos que já a degustaram concordam, que 2005 é uma safra excepcional", disse Paul Pontallier, diretor-geral do Château Margaux, um dos produtores do selo. O influente crítico norteamericano de vinhos Robert Parker conferiu ao Château Margaux a nota de 96-100, de um total de 100, depois de degustá-lo na primavera. As lojas especializadas Berry Brothers e Rudd, em Londres, estão vendendo caixas (12 garrafas) do Château Margaux por 5.340 libras (9.430 dólares). São 540 libras mais
L
F AVORITOS
Safra de ouro
L
G @DGET DU JOUR
Restrição a itens brasileiros O governo do presidente Néstor Kirchner deixou claro neste fim de semana que continuará aplicando restrições para a entrada de calçados e eletrodomésticos Made in Brazil. O Secretário de Indústria e Comércio, Miguel Peirano, que esteve em Brasília reunido com representantes do governo brasileiro, afirmou que "os acordos entre privados e as limitações às importações do Brasil em setores sensíveis aos subsídios (do Brasil) continuam em vigência e nesse sentido, a indústria do calçado e linha branca (geladeiras, fogões e máquinas de lavar roupa) continuarão dentro dessa política". B RAZIL COM Z
Macacos adotivos Um grupo de símios observado no Brasil foi destaque do fim de semana do jornal italiano Corriere della Sera. Os animais foram alvo de um estudo divulgado por publicações científicas por ser o primeiro caso de adoção entre símios de gêneros diferentes. A pesquisa, realizada no Piauí, por uma equipe internacional, revela o comportamento de um grupo de treze macacos-prego (espécie Cebus libidinosus) que adotaram um filhote de sagüide-tufo-branco (espécie Callithrix jacchus) por mais de um ano. Os cientistas acreditam que a adoção só se deu porque os sagüis são cerca de dez vezes menores do que os macacosprego e não representariam risco para o grupo.
Um produtor de ídolos indiano finaliza uma pintura de Ganesha, o deus hindu mais adorado na Índia, representado com cara de elefante. O dia de Ganesha – o deus do sucesso e da superação de obstáculos – é comemorado hoje.
Um costume tradicional da província Jiangsu, no leste da China, corre o risco de ser banido: o striptease realizado durante funerais, que tem o objetivo de atrair multidões para acompanhar o enterro. É que, segundo as crenças da comunidade local, um grande número de pessoas no funeral traz honra e sorte para os sobreviventes do falecido. Os stripers dos funerais são contratados para a função e a versatilidade é o principal requisito para o cargo: além de
A RGENTINA
Mais de 10 milhões de crianças já foram vacinadas contra a paralisia infantil no País
P UBLICIDADE
Hitler de volta. Sob protestos A missão diplomática de Israel na Índia pediu que as autoridades municipais de Mumbai obriguem o restaurante Hitler's Cross (cruz de Hitler) a mudar de nome. O restaurante foi inaugurado na semana passada e fez publicidade enchendo a cidade de cartazes de Hitler e suásticas nazistas, enfurecendo a pequena população judaica da Índia. "Há um limite para os golpes de publicidade. Na Índia, acreditamos, se algo assim fere os sentimentos de uma comunidade, pode ser tratado como uma violação criminal", disse o cônsul-geral de Israel em Mumbai, Daniel Zohar Zonshine. C ELEBRIDADES
Famosos no fichário da polícia Celebridades já estão acostumadas a serem fotografadas em todos os lugares, mas a última foto em que elas querem estar é a tirada pelos policiais no momento da prisão. "Mugshots" (como são conhecidos os retratos de quem é fichado na delegacia) de famosos são sempre inusitadas, e uma lista delas pode ser vista no site The Smoking Gun. A mais recente é a de Mel Gibson, preso em julho por dirigir embriagado. A lista está dividida em categorias: celebridades "normais", atletas, ícones pop (como Michael Jackson) e até a Lista B, com famosos não tão famosos assim. www.thesmokinggun.com/mugshots/
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
Indicadores Econômicos
7
2,157
reais é o valor do dólar comercial para venda, de acordo com a cotação da última sexta-feira.
25/8/2006
Informe Publicitário
FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Fundo Empresarial LP Lastro Performance LP Múltiplo LP Esher LP Master Recebíveis LP
Posição em: 23/08/2006 23/08/2006 23/08/2006 23/08/2006 23/08/2006
P.L. do Fundo 8.109.929,80 1.422.627,47 7.506.458,42 11.310.731,60 1.089.526,70
Valor da Cota Subordinada 1.163,539221 1.069,039105 1.145,295639 1.068,135689 1.058,443111
% rent.-mês 2,8344 1,3931 2,1787 -3,4104 0,5721
% ano 19,0966 6,9039 14,5296 6,8136 5,8443
Valor da Cota Sênior 0 1.072,722297 1.084,749375 0 0
% rent. - mês 0,9341 1,0178 -
% ano 7,2722 8,4749 -
rating A+(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)
DC
COMÉRCIO
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
DOISPONTOS -99
A
Petismo, doença partidária.
S
ó pode ser mesmo uma endemia políticopartidária, petista é claro. A recente declaração de Aloizio Mercadante, de que durante seus anos de militância nunca foi envolvido em escândalos e denúncias, é mais um
atentado ao bom senso. Vários escândalos que vieram à tona ocorreram dentro de sua própria casa (o PT). E ele não sabia de nada? Não saber pode até duvidosamente ser. Mas, com sua experiência, não poderia deixar de
perceber o que andava rolando intramuros, em especial as facilidades que só o dinheiro podem proporcionar, notando as diferenças. Dessas suas declarações não se extrai a idéia senão a de que ele parece ser portador da ingenuidade própria
Joedson Alves/AE
Mercadante: de costas para a ética e para os crimes do PT.
de um conformista conivente, o que, no mínimo, não o deixou perceber que seu partido nunca foi o partido da ética na política e que, se ele tem que reencontrar valores, é porque nunca os teve. PEDRO VERGUEIRO PEDROVER@MATRIX.COM.BR
ANTONIO DELFIM NETTO
MACAQUICES E O BAGULHO
Site na internet www.blog. dcomercio.com.br
Tuca Vieira/Folha Imagem
Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br
C
ertamente a população jovem, na faixa dos 17 aos 25 anos, que é a mais penalizada com a falta de oportunidades de trabalho, não aceita com naturalidade as explicações correntes para o baixo crescimento da economia. Já faz 12 anos que se ouve o mesmo nhenhenhem, no começo tentando convencer-nos que o desenvolvimento viria após o período da desinflation competitive, que depois verificou-se não passava de uma dessas macaquices que alguns PHDs brasileiros
s causas do "entupimento" foram, pela ordem: 1) A política cambial de 1994 a 98, que secou as exportações e gerou o déficit de 100 bilhões de dólares em conta corrente; 2) A sustentação do juro real de 20% nos primeiros 4 anos e de 10% reais nos anos seguintes; 3) O aumento da carga tributária de 26 % em 1994 para 38 % do PIB no final do governo FHC; e 4) O crescimento da Dívida Líquida estatal de 30% para 57% do PIB em 2002. Hoje caiu para 50%. Ainda é muito alta em relação ao PIB. Esses fatores mostram que o setor público se apropriou, via impostos, dos recursos do setor privado para produzir e pela via dos juros retirou dele o acesso ao crédito . Para financiar a imensa dívida pública, o governo precisou pagar taxas de juros mais altas, que não podem ser pagas pelo setor privado, que se viu expulso do mercado de crédito. Na condição de credor único do governo, praticamente deixou de existir competição no sistema financeiro. Marcello Casal Jr./ABr
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
Lula encontrou o bagulho entupido. Leva tempo para desentupir.
Onde está você, FHC? V
ejo que a campanha de Alckmin não decola e o tempo está passando. Alckmin, como Serra, está jogando sozinho, à sombra de FHC. Um não fala do outro e sabem que Lulalá atacando FHC está também atacando todo o trabalho do seu partido. Lulalá, tira proveito do fato de FHC não responder diretamente a seus ataques. Lulalá fez campanha por vários anos, c r i t i c a n d o , d e n u nciando, podando, e até usou e deturpou o programa de governo de FHC. Sempre visando a vidraça de FHC. Soube fazer a caveira de FHC tão bem feita que este não consegue argumentos para se defender.
Enquanto isso, Al- G Lulalá não quer ckmin e Serra estão fa- comparar os seus lando sozinhos. Lula- feitos com os de lá não quer comparar Alckmin e Serra. os seus feitos com os É mais seguro de Alckmin e Serra, é fazê-lo ao governo mais seguro fazê-lo ao de FHC, até por não governo de FHC, até ter contestação. Eu por não ter contesta- pergunto: ção. Eu pergunto: on- onde está você, de está você, Fernando Fernando Henrique, Henrique, que deixa que deixa isso acontecer? isso acontecer? Quem se lembra de algo bom do governo G Criticando FHC, FHC? As pessoas só se Lulalá consegue lembram do que Lulalá fazer com que a não deixa esquecer. maioria da Criticando FHC, Lula- população esqueça lá consegue fazer com que foi no seu que a maioria da popu- governo que lação esqueça que foi aconteceu o maior no seu governo que desfalque de aconteceu o maior des- dinheiro público que falque de dinheiro pú- este país já sofreu e blico que este país já so- muitos dos seus freu e muitos dos seus amigos amigos e companhei- e companheiros ros estavam envolvi- estavam envolvidos.
PINGA-
Lendo os artigos do senhor Olavo de Carvalho no DC, fica claro e evidente que esse senhor é americanófilo incondicional. Seja a atitude qual for do governo americano, certa ou errada, terá seu total apoio, assim como o desvairado Bush, a despeito das suas mentiras e atitudes absurdas e genocidas. O senhor Olavo chama seus colegas, como se não fosse também jornalista, de quinta coluna, somente porque não comungam de sua opinião e enxergam com mais realismo e sem submissão o governo que esse senhor idolatra. Aproveito o ensejo para aconselhar-lhe a resumir seus artigos, que pela extensão e complexidade tornam-se enfadonhos e cansativos.
FOGO
Olavo dói porque é cansativo? Ou é cansativo porque dói?
.
ALBERTO RAZUK
dos. Criticando FHC, Lulalá consegue fazer a população esquecer que se beneficiou de muitos dos esquemas e tentou por todo meio impedir que seus amigos fossem pelo menos indicados nos relatórios das CPIs. Criticar FHC é tão lucrativo para alguns candidatos que até a Dona Helena adotou a forma.
N
ão é preciso esmiuçar a história do País para saber que sempre houve corrupção, mas nunca um presidente foi tão cego e incompetente. Não foram apenas as corrupções, faltou respeito pelas liberdades e pela democracia ao manipular a máquina administrativa a seu bel-prazer. Lu-
.
lalá, que diz não saber de nada e que não sabe se é presidente ou candidato, não tomou qualquer providência para investigar seus exministros acusados de operarem negócios escusos em Brasília e de terem mentido sempre diante do Congresso. A oposição deu moleza para Lulalá. Diante de tantos fatos e evidências, postergaram um processo de impeachment contra Lulalá. Deixaram que a CPI dos Correios desse a ele um certificado de inocência e agora estão amargando o peso desse comodismo. E uma parcela da população continuará a ser prejudicada. Sabe-se lá por quanto tempo. JOÃO PATRICIO JBPATRIC@UNISYS.COM.BR
Olavo de Carvalho apresenta características marcantes: 1. é superlativamente inteligente, 2. é incomumente íntegro e, 3. exatamente por isto, solenemente odiado. A lucidez da genialidade que salta de seus textos tem, como pedra de toque, funda e fina apreensão da realidade. É ímpar nisto. E aí está o primeiro pretexto para a ritualística aversão que lhe vota a esquerdopatia generalizada. Vem atuando como um pontifex entre o leitor desarmado de informações e nossa criminosa realidade sócio-política. Suas análises põem a nu a verdade, tão zelosamente ocultada, sobre o estofo de caráter e as verdadeiras intenções dos protagonistas do "mundo melhor". Isso dói = Olavo dói = maldito seja Olavo.
BETE@SUPRINFORM.COM.BR
MÁRCIO DEL CISTIA MDELCISTIA@UOL.COM.BR
gostam de trazer do exterior. Mais tarde, quando o governo FHC penhorou o País lá fora, vendeu o patrimônio e ainda contraiu uma dívida de 160 bilhões de dólares, um seleto corpo de "sábios" desenvolveu no Banco Central um modelo ultra-sofisticado para explicar à geração de jovens desempregados porque é preciso adiar um pouco mais o sonho do desenvolvimento, e do emprego...
O
modelo procurou demonstrar "cientificamente" que o "crescimento potencial" do PIB brasileiro tem um "teto" de 3,5% e que o juro real tem que manter um "piso" de 10% ao ano, sob pena de perdermos o controle da inflação. Com um pouco de criatividade os "sábios" poderiam recorrer à explicação muito mais sofisticada do sambista e compositor carioca Zeca Pagodinho, que depois de um "papo cabeça" com o presidente no Rio de Janeiro, sintetizou de forma admirável: "Lula encontrou o bagulho entupido. Leva tempo para desentupir"...
A
concentração bancária permite, inclusive, que as empresas vendam os seus trabalhadores: com auxílio dos próprios sindicatos, impedem o trabalhador de escolher o banco onde receber ou depositar seu salário. O crédito para o setor privado está reduzido a menos de 30% do PIB. Ele já foi de 80% quando a economia crescia de forma robusta. A pequena expansão da oferta se dá no crédito consignado e nas áreas micro. Não existindo crédito a custo suportável, não cresce a produção, não cresce o emprego e a economia patina. Deu para entender porque está demorando a "desentupir o bagulho"? Antonio Delfim Netto é deputado federal (PMDB), professor emérito da FEA/USP e ex-ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento. dep.delfimnetto@camara.gov.br
G Não
existindo crédito a custo suportável, não cresce a produção, não cresce o emprego e a economia patina.
FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6
Geral Morre D. Luciano Mendes de Almeida
O
arcebispo de Mariana, dom Luciano Mendes de Almeida, morreu ontem, às 18h15, em São Paulo, após longa luta contra um câncer no fígado. D. Luciano, de 75 anos, estava internado desde o dia 17 de julho no Hospital das Clínicas. Seu quadro clínico apresentou piora no dia 9, o que levou à sua transferência para Unidade de Terapia Intensiva. Ele permaneceu sedado nos últimos 12 dias. De acordo com o seu médico pessoal, Dalton Chamone, hematologista do HC, d. Luciano sofria da síndrome hepatorrenal, que se manifesta quando o fígado entra em falência e, conseqüentemente, os rins param de funcionar. A síndrome é causada pelo câncer no fígado. O corpo de d. Luciano começou a ser velado ontem à noite na Catedral da Sé. Hoje pela manhã será realizada uma missa de corpo presente na Sé, celebrada pelo cardeal arcebispo de São Paulo, d. Cláudio Hummes. À tarde, o corpo de d. Luciano será levado de avião para Belo Horizonte e, em seguida, transportado de carro para Mariana. Ele será enterrado nesta segunda-feira na Catedral de Mariana. A voz mansa e o sorriso constante disfarçavam o cansaço e a fraqueza física de d. Luciano, um homem de corpo franzino e ombros curvados que, aos 75 anos, carregava o peso de noites mal dormidas e
de viagens contínuas. De saúde frágil e agenda sempre cheia, jamais se rendeu. Bispo em São Paulo, secretário-geral e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Mariana, seus principais cargos ao longo de 30 anos de episcopado, esse jesuíta que trocou o conforto e o luxo de uma família nobre e rica por uma vida privações foi um religioso fiel à sua vocação e à Igreja. Nasceu no Rio em 5 de outubro de 1930 e entrou na Companhia de Jesus em 1947. "Um santo", testemunham seus amigos. Entre eles o cardeal dom Paulo Evaristo Arns, o arcebispo de São Paulo que em 1976 conseguiu de Paulo 6º sua nomeação para bispo auxiliar. D. Luciano tinha 46 anos de idade e 18 de sacerdócio quando foi encarregado de cuidar da região episcopal do Belém, na zona leste da capital. Responsável pela Pastoral do Menor, varava madrugadas socorrendo pobres nas ruas. "Chegou a levar um mendigo para dormir em sua cama, enquanto ele se deitava no chão", revelou d. Paulo em sua autobiografia (Da Esperança à Utopia, 2001). D. Luciano costumava ressonar em reuniões. Não importava quem fosse o orador. Os bispos falavam, ele dormia. Quando chegava a sua vez, pedia um minuto e, em seguida, descrevia com precisão o que cada um havia dito e tirava sua conclusão.
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
Chegou a levar um mendigo para dormir em sua cama, enquanto ele se deitava no chão Dom Paulo Evaristo Arns, sobre dom Luciano
Beto Novaes/Estado de Minas/Folha Imagem
Dom Luciano Mendes de Almeida, arcebispo de Mariana, no Estado de Minas Gerais, morto ontem por falência múltipla de órgãos, aos 75 anos
Igreja reage à violência em São Paulo Dom Cláudio Hummes celebra, na Catedral da Sé, missa pela paz e fim da violência na cidade
A
batina preta e vermelha de cardeal era a mesma de todos os domingos. Mas ontem, d. Cláudio Hummes vestiu também um cachecol branco. Com ele, saiu de casa em direção à Sé. Foi rezar a missa das 11 horas, como faz todas as semanas. Quase tudo na celebração foi diferente: em vez do tradicional sermão, os 700 fiéis ouviram uma mensagem contra a violência e a favor da segurança em São Paulo. Na primeira fila, estavam o governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), o comandante da Polícia Militar, Elizeu Eclair, e o prefeito Gilberto Kassab (PFL). Na entrada principal, uma imensa bandeira pedindo paz. Três meses após os ataques do Primeiro Comando
Filipe Araújo/AE
Na paróquia de São Judas Tadeu, o padre Júlio Lancelotti celebra a missa pela paz e contra a violência
da Capital (PCC), a Igreja liderou a maior mobilização pela paz promovida até agora. E os pedidos pelo fim da violência, humanização nos
presídios e justiça social foram ouvidos não só ali como na maioria das 1 980 paróquias do Estado. Quem entrava na Sé rece-
bia, além do folheto da missa, uma espécie de lenço branco, que foi agitado um punhado de vezes durante a cerimônia. (AE)
Delegado, da companhia de Neto Oger (de União Paulista), às 20h10 e obteve 409 pontos na grande final. É o terceiro ano consecutivo que o campeão sai do Qualify. Silva nasceu em Pompéia, interior de São Paulo, e compete há dez anos. Em 1998 foi a Barretos para competir no Rodeio Júnior e no ano seguinte levou o título de campeão da categoria. Em 2004, foi
campeão do Qualify e carimbou sua primeira passagem no Barretos Internacional Rodeo. Voltou em 2005 e este ano depois de sua boa atuação na Qualify, participou novamente da disputa e realizou o sonho de ser campeão em Barretos. O prêmio é um apartamento no Barretos Thermas Park, avaliado em R$ 70 mil, mais R$ 60 mil em dinheiro.
Wilton Júnior/AE Paulo Whitaker/Reuters
Candidatos fazem exame, que recebeu quase quatro milhões de inscrições no País e dá acesso ao ProUni
Enem avalia 3,7 milhões de alunos
O
Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi aplicado ontem em todo País sem nenhum problema, segundo o Ministério da Educação. Estavam inscritos 3,73 milhões de candidatos em 800 municípios brasileiros. O Enem é um teste voluntário mas se tornou uma porta de entrada para quem quer concorrer a uma vaga no Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsas de estudo em universidades particulares de ensino "Eu estou fazendo o Enem porque quero uma chance de entrar na faculdade paga", contou a estudante Gislene Kassine dos Santos, de 18 anos, ao deixar o Colégio Inei, em Brasília, onde prestou o exa-
me. "Estou torcendo para conseguir uma bolsa porque senão só fazendo o vestibular tradicional na UnB (Universidade de Brasília), disse a estudante que sonha por uma vaga no curso de Pedagogia. Francisco Flávio Albuquerque, de 22 anos, também luta por uma bolsa de estudo para o curso de Administração. Ele considerou a prova "um pouco difícil" , principalmente nas questões de física e matemática. No entanto, o rapaz não sabia que as bolsas de estudo são oferecidas apenas por faculdades particulares, em troca de isenção de impostos oferecidos pelo governo federal. "Estou tentando uma bolsa para a UnB", contou o estudante. Segundo os dados divulga-
dos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacion a i s A n í s i o Te i x e i r a (Inep/MEC), responsável pela organização das provas, 90% dos inscritos (2,1 milhões de estudantes) concluem o ensino médio este ano. Desse universo, 1,9 milhão são alunos da rede pública de ensino. O Inep informou que somente amanhã terá um balanço completo desta edição do Enem, com o número de faltosos. O gabarito das provas foi divulgado no site da instituição. Um total de 804 participantes declararam necessidades especiais e tiveram atendimento individualizado. A prova do Enem também está foi aplicada em 151 presídios para 2.607 detentos estão inscritos.
Festa do Peão de Barretos já tem campeão
A
51ª Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos (cidade a 438 quilômetros a noroeste de São Paulo), encerrada ontem, teve como vencedor do 14ª Barretos International Rodeo Otávio Bruno Silva, de 25 anos. O peão montou no touro
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
Internacional
Espero que o seqüestro não assuste e não leve nenhum jornalista a deixar de cobrir a história Steve Centanni, da Fox News
FRANCESES CHEGAM AO LÍBANO Thomas Coex/AFP
Soldados vão ajudar a reconstruir pontes. Em outros contingentes, forças de paz da ONU terão o direito de abrir fogo em autodefesa e para proteger civis, mas não poderão buscar armas do Hezbollah.
U
m grupo de cerca de 240 soldados franceses chegou ontem a Beirute para ajudar o Exército libanês a reparar as pontes destruídas por ataques aéreos israelenses na guerra. Segundo o tenente Philip Toroller, da missão militar francesa em Beirute, um avião militar francês desembarcou 60 soldados do 2º Regimento da Legião estrangeira, baseado em Jenie. Dois outros aviões franceses trariam outros 180 soldados do país à capital libanesa. "Eles vieram para ajudar o Exército libanês a reconstruir cerca de 15 pontes. As tropas francesas ficarão aqui durante um mês e meio, pelo menos", disse Toroller. "Ontem, nós recebemos parte das pontes de aço que serão instaladas pelos soldados franceses", acrescentou, destacando que as obras de reparos serão perto de Beirute. Indagado sobre se os franceses também vão ajudar na reconstrução da infra-estrutura de transportes no sul do Líbano, Toroller disse que "depende de decisão do Exército libanês. Estamos aqui para ajudar". Ele também ressaltou que essas unidades francesas não são parte das forças de manutenção da paz da ONU que deverá ajudar o Exército libanês a controlar a região sul do Líbano. As forças de paz que chegam ao Líbano terão o direito de abrir fogo em autodefesa e para proteger civis, mas não poderão buscar armas do Hezbollah. A informação foi publicada pelo jornal francês Le Monde na terça-feira, e é parte de um documento provisório acerca do mandato das forças. A operação de envio de tropas é parte do que foi chamado de "terceira diplomacia" , comandada pelo presidente Jacques Chirac, que procura vias de ajudar na resoluções para o imbróglio envolvendo Líbano, Israel e o Hezbollah. A primeira foi quando Israel atacou o Líbano, a França fez um estardalhaço na ONU e conseguiu fazer todos adotarem (até Bush, o que não era fá-
cil) um plano de paz garantido pela presença da força da ONU, a Finul, à qual a França enviaria entre 3 mil e 5 mil homens e cujo comando assumiria. O segundo ato da ação foi o episódio em que os militares franceses censuraram Chirac, dizendo-lhe que ele agira cegamente, que o Exército francês não era rico em efetivos; que a perspectiva de se ver espremido entre o Hezbollah e Israel não tinha nada de engraçado. Chirac, muito irritado, reduziu a participação francesa na Finul de 3 mil para 300 homens. O mundo inteiro ridicularizou Chirac dizendo que a França se "desinchava." Chirac pôs-se então a refletir. E no terceiro ato, Chirac corrigiu a mira e voltou à primeira postura, enviando dois mil soldados. O jornal francês Le Figaro denunciou o "amadorismo" da diplomacia francesa. Alguns dias atrás, a Itália, inebriada com o recuo da França, precipitou-se na brecha dizendo que enviaria três mil soldados e poderia assumir o comando da Finul. Com os últimos desdobramentos, a formidável reviravolta de Chirac incomodou a Itália. Na fachada, tudo parece perfeito. A Itália parece contente porque a França resolveu enviar seus dois mil homens, mas o ministro italiano de Relações Exteriores, Massimo D`Alema, reiterou: "A Itália poderá pretender em algum momento assumir o comando da Finul." Já se vão dez dias que a calma foi restabelecida no Líbano. Até a Finul constituir uma força séria, serão necessárias mais algumas semanas. Mas desde já os prejuízos são grandes. De fato, um dos objetivos do plano de paz é desarmar Hezbollah, que está armado até os dentes pela Síria e o Irã. Mas o Hezbollah teve tempo de sobra para esconder seu arsenal bélico, deslocar seus silos de disparo de mísseis da região sul do Líbano para outros locais do país e transportar seus arsenais de armas. Em resumo, conservar intacto e escondido seu poder de fogo. (AE)
New TV/HO/AFP
Líder do Hesbollah Sheik Hassan Nasrallah em imagem da TV libanesa
TROCA DE PRISIONEIROS
O
líder da milícia xiita libanesa Hezbollah, Hassan Nasrallah, afirmou que estão acontecendo "contatos" entre sua organização e o governo de Israel para uma troca de prisioneiros. "Contatos tiveram início recentemente para negociações. Os israelenses reconheceram que essa questão caminha para negociações e uma troca de prisioneiros", disse Nasrallah em entrevista a uma emissora libanesa de televisão. O líder do Hezbollah afirmou que o governo da Itália e representantes da ONU estão participando das conversações. Segundo Nasrallah, a
questão será discutida com o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, que vai esta semana a Beirute. Ele confirmou que houve "alguns contatos" para arranjar uma reunião entre ele mesmo e Annan, mas esse encontro não deve acontecer, por razões de segurança. "Os israelenses não hesitariam em me matar, caso soubessem onde eu estou." Ele declarou que não teria ordenado a captura de dois soldados israelenses, em julho, caso soubesse que isso levaria a uma guerra. "Nós não pensamos, nem 1%, que a captura levaria a uma guerra dessa magnitude neste momento", disse. (AE)
Ó RBITA
IRAQUE Alaa Al-Marjani/Associated Press/AE
Grupo de soldados franceses das forças de paz chega ao aeroporto de Beirute, no domingo
JORNALISTAS EM LIBERDADE P
elo menos nove pessoas morreram e 22 ficaram feridas em dois ataques com carros-bomba na cidade de Kirkuk, no norte do Iraque (foto). Os ataques aconteceram um dia depois de o Legislativo do Curdistão iraquiano aprovar um projeto de Constituição que inclui a cidade de Kirkuk, de maioria curda, em seu território. O primeiro carro-bomba foi atirado contra um posto de controle diante da casa de Peyrut Talabani, primo do presidente do Iraque Jalal Talabani. Dez minutos depois, outro carro-bomba explodiu diante da casa do coronel Ahmed Hamawendi, chefe de um posto de polícia local. Em Khalis, cidade xiita a 80 km de Bagdá, pistoleiros dispararam metralhadoras em um mercado ao ar livre matando 12 pessoas e ferindo pelo menos 25.
Suhaib Salem/Reuters
Primeiro-ministro palestino Ismail Haniyeh (esq.) conversa com Olaf Wiig (dir.) e Steve Centanni
M
ilitantes palestinos libertaram os dois jornalistas da rede norte-americana de televisão Fox News que haviam sido seqüestrados duas semanas atrás. O correspondente Steve Centanni, 60, e o operador de câmera Olaf Wiig, 37, pareciam em boas condições de saúde depois de sua libertação. Os dois jornalistas foram deixados diante do Beach Hotel, na Cidade de Gaza, por oficiais de segurança da Autoridade Nacional palestina. Em lágrimas, Centanni abraçou um jornalista palestino no saguão do hotel e em seguida subiu para seu quarto. Wiig entrou no hotel logo atrás de seu colega, disse "caia fora" a alguém que segurou seu braço e também subiu. Mais tarde, os dois jornalistas deram uma breve entrevista coletiva no Beach Hotel, acompanhados pelo primeiroministro palestino, Ismail Haniyeh. "Quero agradecer a todo mundo. Estou feliz por es-
tar aqui. Espero que o seqüestro não assuste nenhum jornalista e não leve nenhum jornalista a deixar de cobrir a história, porque o povo palestino é muito belo e de bom coração. O mundo precisa saber mais sobre eles. Não se sintam desencorajados", disse Centanni aos repórteres. Os dois ex-reféns se recusaram a responder a perguntas e foram levados em seguida para o posto de fronteira de Erez, no norte de Gaza, onde entraram em Israel e seguiram para Jerusalém. O cônsul-geral dos EUA em Jerusalém, Jacob Welles, disse a jornalistas que o presidente da Autoridade nacional Palestina, Mahmoud Abbas, contribuiu para a libertação dos dois jornalistas "Expressei minha gratidão a ele, em nome do governo e do povo dos EUA, por sua ajuda na obtenção da libertação dos dois jornalistas. Além disso, as forças de segurança palestinas foram muito cooperativas ao longo das últimas duas semanas e nos agrada a
CUBA todos que o resultado tenha sido positivo", disse Welles. O ministro do Interior da Autoridade Palestina, Said Siyam, afirmou que não espera que outros jornalistas estrangeiros venham a ser seqüestrados em Gaza. "Em princípio, existe a promessa de que isso n ã o v a i s e re p e t i r " , d i s s e Siyam, sem esclarecer de quem teria partido a promessa. Os dois jornalistas da F ox News foram seqüestrados em Gaza no dia 14, por um grupo até em tão desconhecido que chamou a si mesmo de "Brigadas da Jihad Sagrada". Oficiais de segurança palestinos disseram que esse nome é uma fachada para militantes locais. Haniyeh, o primeiro-ministro palestino, descartou a hipótese de os seqüestradores pertencerem à organização terrorista Al-Qaeda. "Os seqüestradores não têm vínculos com a AlQaeda, nem com nenhuma outra organização ou facção. A Al-Qaeda, enquanto organização, não existe na Faixa de Gaza", disse Haniyeh. (Agências)
Claudia Daut/Reuters
om ventos de 120 km por hora, o primeiro furacão C do ano, Ernesto, ganhou força
no domingo e ameaça abalar países do Caribe e o Golfo do México, um ano após o furacão Katrina ter devastado a cidade de Nova Orleans. A tempestade, a cerca de 193 km de Porto Príncipe, no Haiti, era considerada de categoria 1, na escala de intensidade de furacões Saffir-Simpson que vai até 5. Mas meteorologistas previam que poderia alcançar a categoria 3, com ventos de até 185 km por hora. No Haiti, Cuba (foto) e outros países do Caribe, pessoas começaram a estocar pão e outros gêneros alimentícios para ficar em casa e prevenir-se da possível escassez causada pela passagem do furacão.
Mike Simons/Getty Images/AFP
EUA
IRÃ Irã testou um novo míssil antinavio O disparado de um submarino,
Apenas um sobrevivente na queda do avião
U
m avião CRJ-200 da companhia aérea regional Comair (foto de similar) caiu pouco depois de decolar na manhã de ontem em Lexington (Kentucky), nos Estados Unidos, deixando 49 mortos. O único sobrevivente foi hospitalizado em
estado crítico. Segundo a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA), o vôo 5191 partiu de Lexington, às 6h locais (4h em Brasília), com destino a Atlanta (Geórgia), caindo sete minutos depois, a menos de 2 km do aeroporto. Os
bombeiros conseguiram retirar apenas um sobrevivente. A FAA disse não haver indicações de que a queda possa ter sido provocada por ato terrorista. As investigações se concentram na possibilidade de o avião ter decolado da pista errada.
durante manobras militares no Golfo Pérsico. O teste faz crescerem as preocupações de que o país possa interromper o tráfego de petroleiros no Golfo, caso o impasse em torno de seu programa nuclear se agrave e haja uma confrontação militar. O presidente do país, Mahmoud Ahmadinejad, apareceu na TV ontem condecorando 14 cientistas e funcionários do programa nuclear iraniano.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
LEGAIS - 7
Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários CNPJ 61.855.045/0001-32 Sede: Av. Ipiranga, 282 - 13o, 14o e 15o andares, São Paulo, SP
Relatório da Administração Senhores Acionistas,
O seu exclusivo Sistema Automático de Negociação de Ações – SANA está estruturado para facilitar a participação do pequeno investidor no mercado acionário, assegurando ampla facilidade de comprar e vender ações em Bolsa, em pequenos lotes, por meio de terminais de computador na Rede de Agências Bradesco. O sistema atende também à intermediação de ofertas públicas.
Apresentamos a V.Sas. as Demonstrações Financeiras referentes ao 1º semestre de 2006. Com significativa atuação nos pregões da BOVESPA – Bolsa de Valores de São Paulo, a Bradesco Corretora vem registrando marcante crescimento também em suas operações via Internet (Home Broker). Destaca-se ainda pela posição que ocupa na BM&F – Bolsa de Mercadorias & Futuros, como uma das corretoras de maior volume de negócios.
Com a prestação dos serviços de Formador de Mercado (market maker), garante liquidez mínima e referência de preço das ações de empresas negociadas na BOVESPA e oferece, também, o Programa Tesouro Direto, que permite ao cliente pessoa física investir em Títulos Públicos Federais pela Internet, bastando cadastrar-se na Bradesco Corretora por meio do site www.bradesco.com.br.
Entre os seus diferenciais competitivos encontram-se os serviços de análise de investimentos e conjuntura econômica. Atua também como representante de investidores não-residentes no País em operações realizadas no mercado financeiro e de capitais, na administração de clubes de investimento e na custódia para pessoas físicas e jurídicas não-institucionais.
intermediou 1,199 milhão de contratos, com volume financeiro de R$ 104,614 bilhões. Na Carteira de Custódia Fungível, 22.726 eram os clientes cadastrados. O Lucro Líquido no período foi de R$ 15,666 milhões. No final do semestre, registrou Patrimônio Líquido de R$ 102,822 milhões, equivalentes a 6,95% dos ativos totais, que somaram R$ 1,480 bilhão. Agradecemos aos nossos clientes pelo apoio e confiança e aos nossos funcionários e colaboradores pela dedicação ao trabalho. São Paulo, SP, 3 de agosto de 2006 Diretoria
No 1º semestre de 2006, negociou o montante de R$ 11,286 bilhões nos pregões da BOVESPA, correspondente a 381.666 ordens de compra e venda de ações, atendendo a 35.454 investidores. Na BM&F,
Balanço Patrimonial em 30 de junho – Em Reais mil ATIVO
2006
CIRCULANTE .............................................................................................. DISPONIBILIDADES ................................................................................... APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ ................................... Aplicações no Mercado Aberto ................................................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ............................................................................................ Carteira Própria ............................................................................................ Vinculados à Prestação de Garantias ........................................................ OUTROS CRÉDITOS ................................................................................... Rendas a Receber ....................................................................................... Negociação e Intermediação de Valores .................................................... Diversos ...................................................................................................... Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa ............................ OUTROS VALORES E BENS ...................................................................... Despesas Antecipadas ...............................................................................
1.425.207 33 33.800 33.800
87.810 49 14.325 14.325
56.388 53.405 2.983 1.334.927 518 1.329.604 4.851 (46) 59 59
47.611 43.654 3.957 25.729 545 20.904 4.280 – 96 96
2005
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ................................................................. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ............................................................................................ Carteira Própria ............................................................................................ Vinculados à Prestação de Garantias ........................................................ OUTROS CRÉDITOS ................................................................................... Diversos ......................................................................................................
20.801
13.471
4.946 194 4.752 15.855 15.855
4.016 – 4.016 9.455 9.455
PERMANENTE ............................................................................................ INVESTIMENTOS ........................................................................................ PARTICIPAÇÕES EM COLIGADAS E CONTROLADAS .............................. - No País ...................................................................................................... Outros Investimentos .................................................................................. Provisões para Perdas ................................................................................ IMOBILIZADO DE USO ................................................................................ Outras Imobilizações de Uso ...................................................................... Depreciações Acumuladas ......................................................................... DIFERIDO .................................................................................................... Gastos de Organização e Expansão .......................................................... Amortização Acumulada .............................................................................
34.232 32.325 77 77 35.354 (3.106) 1.099 3.541 (2.442) 808 1.603 (795)
28.926 26.770 – – 29.876 (3.106) 1.408 4.128 (2.720) 748 1.292 (544)
T O T A L ......................................................................................................
1.480.240
130.207
PASSIVO
2006
CIRCULANTE .............................................................................................. OUTRAS OBRIGAÇÕES .............................................................................. Sociais e Estatutárias ................................................................................. Fiscais e Previdenciárias ........................................................................... Negociação e Intermediação de Valores .................................................... Diversas ......................................................................................................
1.339.498 1.339.498 318 9.292 1.327.427 2.461
Demonstração do Resultado dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil
2005
EVENTOS
CAPITAL SOCIAL
SALDOS EM 31.12.2004 ................................................................ REDUÇÃO DE CAPITAL ................................................................. AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS ........ AJUSTE DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ........................................... LUCRO LÍQUIDO ............................................................................. DESTINAÇÕES: - Reservas ........................................................... - Dividendos Declarados (R$ 0,18 por lote de mil ações)
14.711 14.847 (136)
4.850 4.940 (90)
RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ........................
14.711
4.850
OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ................................... Receitas de Prestação de Serviços ........................................................... Despesas de Pessoal ................................................................................. Outras Despesas Administrativas .............................................................. Despesas Tributárias ................................................................................... Resultado de Participações em Coligadas e Controladas ......................... Outras Receitas Operacionais .................................................................... Outras Despesas Operacionais ..................................................................
9.549 27.263 (6.897) (7.267) (3.492) 37 1.826 (1.921)
7.328 19.894 (5.535) (5.971) (2.298) – 2.173 (935)
RESULTADO OPERACIONAL ......................................................................
24.260
12.178
RESULTADO NÃO OPERACIONAL .............................................................
(3)
(7)
RESULTADO ANTES DATRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO E PARTICIPAÇÕES
24.257
12.171
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ....................................
(8.591)
(4.890)
LUCRO LÍQUIDO ..........................................................................................
15.666
7.281
Número de Ações ........................................................................................ Lucro por lote de mil ações em R$ .............................................................
376.000.000 41,66
376.000.000 19,36
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ....................................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES .............................................................................. Fiscais e Previdenciárias ........................................................................... Diversas ......................................................................................................
37.920 37.920 37.661 259
31.039 31.039 30.854 185
PATRIMÔNIO LÍQUIDO ................................................................................. Capital: - De Domiciliados no País .......................................................................... Reservas de Capital .................................................................................... Reservas de Lucros .................................................................................... Ajuste ao Valor de Mercado - TVM e Derivativos .......................................
102.822
71.017
38.000 14.655 50.417 (250)
38.000 9.088 24.447 (518)
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil 2006
T O T A L ......................................................................................................
RESERVAS DE CAPITAL
REDUÇÃO DE CAPITAL
TÍTULOS PATRIMONIAIS
INCENTIVOS FISCAIS DO IMPOSTO DE RENDA
(7.000) 7.000 – – – – –
6.433 – – 2.152 – – –
503 – – – – – –
45.000 (7.000) – – – – –
2005
RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ........................................ Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários ...................... Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos ...............................
1.480.240
130.207
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil CAPITAL REALIZADO
2006
28.151 28.151 204 3.995 21.899 2.053
AJUSTE AO VALOR DE MERCADO TVM E DERIVATIVOS
LUCROS ACUMULADOS
13.400 – – – – 6.848 –
(1.177) – 659 – – – –
– – – – 7.281 (7.212) (69)
RESERVAS DE LUCROS LEGAL
3.835 – – – – 364 –
ESTATUTÁRIA
TOTAIS
60.994 – 659 2.152 7.281 – (69)
SALDOS EM 30.6.2005 ..................................................................
38.000
–
8.585
503
4.199
20.248
(518)
–
71.017
SALDOS EM 31.12.2005 ................................................................ AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS ....... AJUSTE DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ........................................... LUCRO LÍQUIDO ............................................................................. DESTINAÇÕES: - Reservas ........................................................... - Dividendos Declarados (R$ 0,40 por lote de mil ações)
38.000 – – – – –
– – – – – –
10.908 – 3.244 – – –
503 – – – – –
4.727 – – – 783 –
30.173 – – – 14.734 –
90 (340) – – – –
– – – 15.666 (15.517) (149)
84.401 (340) 3.244 15.666 – (149)
SALDOS EM 30.6.2006 ..................................................................
38.000
–
14.152
503
5.510
44.907
(250)
–
102.822
ORIGEM DOS RECURSOS ......................................................................... LUCRO LÍQUIDO .......................................................................................... AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO .................................................................. Depreciações e Amortizações .................................................................... Reversão de Provisão para Perdas em Investimentos .............................. AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS ...................... RECURSOS DE TERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Aumento dos Subgrupos do Passivo ...................................................... Outras Obrigações .................................................................................... - Diminuição dos Subgrupos do Ativo ....................................................... Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ................................................. Outros Créditos ......................................................................................... - Alienação (Baixa) de Bens e Investimentos ........................................... Imobilizado de Uso .................................................................................. Investimentos ........................................................................................... APLICAÇÃO DOS RECURSOS ................................................................... DIVIDENDOS DECLARADOS ..................................................................... INVERSÕES EM ......................................................................................... Imobilizado de Uso ..................................................................................... Investimentos .............................................................................................. APLICAÇÕES NO DIFERIDO ...................................................................... AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO .................................................. Aplicações Interfinanceiras de Liquidez .................................................... Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ...... Outros Créditos ............................................................................................ Outros Valores e Bens ................................................................................. REDUÇÃO DOS SUBGRUPOS DO PASSIVO ............................................. Outras Obrigações ....................................................................................... AUMENTO/(REDUÇÃO) DAS DISPONIBILIDADES .................................... MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA
2005
595.548 15.666 239 239 – (340)
32.925 7.281 (1.002) 261 (1.263) 659
579.941 579.941 – – – 42 3 39 595.557 149 98 21 77 155 595.155 6.102 9.668 579.383 2 – – (9)
– – 24.447 5.646 18.801 1.540 21 1.519 32.914 69 3.342 118 3.224 197 9.582 – 9.486 – 96 19.724 19.724 11
42 33 (9)
38 49 11
Início do Período .................................................... Fim do Período ....................................................... Aumento/(Redução) das Disponibilidades ............
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 1)
CONTEXTO OPERACIONAL A Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários tem por objetivo principal intermediar operações de ações e de contratos futuros, admitidas às negociações na BOVESPA - Bolsa de Valores de São Paulo e BM&F - Bolsa de Mercadorias & Futuros, atuando também na custódia de títulos mobiliários e é parte integrante da Organização Bradesco, utilizando-se de recursos administrativos e tecnológicos e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto.
2)
APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir de diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Banco Central do Brasil (BACEN), que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas.
3)
PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro são apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial. As operações com taxas pós-fixadas são atualizadas até a data do balanço. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez São registradas ao custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço. c) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação – adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda – que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento – adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. d) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo) O imposto de renda e contribuição social diferidos, calculados sobre adições temporárias, são registrados na rubrica “Outros créditos – Diversos”, e a provisão para obrigações fiscais diferidas sobre ajustes a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é registrada na rubrica “Outras obrigações – Fiscais e previdenciárias”.
5)
Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. e) Investimentos Os títulos patrimoniais da Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA e da Bolsa de Mercadorias & Futuros - BM&F foram avaliados pelo valor patrimonial, não auditado, informado pelas respectivas bolsas, e os incentivos fiscais e outros investimentos foram avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perda, quando aplicável. f) Ativo imobilizado É demonstrado ao custo de aquisição, líquido das respectivas depreciações acumuladas, calculadas pelo método linear de acordo com a vida útil-econômica estimada dos bens, sendo: móveis e utensílios, máquinas e equipamentos e benfeitorias em imóveis de terceiros - 10% ao ano; e licenciamento de software – 20% ao ano e sistemas de processamento de dados - 20% ao ano. g) Ativo diferido Está registrado ao custo de aquisição ou formação, líquido das respectivas amortizações acumuladas, calculadas pelo método linear, sendo gastos de desenvolvimento lógico - 20% ao ano. h) Outros ativos e passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidas, e provisão para perdas, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos. 4)
9)
TRANSAÇÕES ENTRE PARTES RELACIONADAS Refere-se, substancialmente, a aplicações no mercado aberto junto ao Banco Bradesco S.A., com vencimento no dia útil subseqüente a data do balanço, cujo saldo em 30 de junho de 2006 monta a R$ 33.800 mil (2005 - R$ 14.325 mil). As correspondentes receitas no semestre montam a R$ 6.473 mil (2005 - R$ 2.225 mil). As operações foram efetuadas a taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros nas datas das operações.
10) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social
Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 2005 Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ........ Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente .................................... Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Despesas e provisões indedutíveis líquidas de receitas não tributáveis ..................................................................................... Efeito da movimentação dos valores de créditos tributários ........ Reversão de provisão IR/CS de períodos anteriores ..................... Outros valores ................................................................................ Imposto de renda e contribuição social do semestre ..................
APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ
31 a 180 dias
33.800 33.800 33.800 14.325
33.800 33.800 33.800 14.325
181 a 360 dias
Acima de 360 dias
Valor de mercado/contábil (1)
44.949 44.949 –
3.018 – 3.018
386 – 386
4.946 – 4.946
53.299 44.949 8.350
53.270 44.949 8.321
29 – 29
II.TÍTULOS DISPONÍVEIS PARA VENDA ...................................................................... Ações ............................................................................................................................. Outros ............................................................................................................................. Total em 2006 ................................................................................................................. Total em 2005 .................................................................................................................
8.035 7.451 584 52.984 43.654
– – – 3.018 682
– – – 386 3.275
– – – 4.946 4.016
8.035 7.451 584 61.334 51.627
8.407 7.823 584 61.677 52.399
(372) (372) – (343) (772)
Carteira própria ............................................................................................................. Títulos de renda fixa ...................................................................................................... • Fundos de investimento ............................................................................................... • Letras financeiras do tesouro ....................................................................................... Títulos de renda variável ............................................................................................... • Ações de companhias abertas .................................................................................... Títulos vinculados .......................................................................................................... A prestação de garantias .............................................................................................. • Letras financeiras do tesouro ...................................................................................... • Outros ........................................................................................................................... Total em 2006 ................................................................................................................. Total em 2005 ................................................................................................................. 6)
NEGOCIAÇÃO E INTERMEDIAÇÃO DE VALORES Os saldos ativos e passivos referem-se às transações efetuadas por conta de clientes nas bolsas de valores e de mercadorias e futuros, cuja liquidação financeira é efetuada no mês seguinte, conforme composição demonstrada abaixo: Em 30 de junho - R$ mil Outras obrigações 2006 2005
Outros créditos 2006 2005 Operações com ativos financeiros e mercadorias a liquidar ............................................. Devedores/credores por conta de liquidação pendente ........................................................ Caixa de registro e liquidação ......................... Outros créditos por negociação e intermediação de valores ...................................................... Total ..................................................................
–
–
43.303
3.666
1.326.404 3.154
20.813 21
223.230 1.060.894
5.593 12.640
46 1.329.604
70 20.904
– 1.327.427
– 21.899
Diretoria
7)
8)
(93) (792) – 133 (4.890)
Constituição
Realização
R$ mil Saldo em 30.6.2006
1.458 60
90 22
– 2
1.548 80
931 143
– 16
– 143
931 16
2.592 2
128 270
145 91
2.575 181
646 3.240 72
– 398 915
– 236 688
646 3.402 299
3.168
(517)
(452)
3.103
c) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias
(1) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado na data do balanço. Se não houver cotação de preço de mercado, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custo atualizado reflete o valor das respectivas cotas que já estão a valor de mercado. b) Composição da carteira distribuída pelas rubricas de publicação 31 a 180 dias 1.004 1.004 – 1.004 – – 2.014 2.014 2.014 – 3.018 682
(152) (39) (227) 74 (8.591)
Saldo em 31.12.2005 Provisão para contingências fiscais ......... Provisão trabalhista ................................... Provisão para desvalorização de títulos e investimentos ........................................... Outros ......................................................... Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias ................................. Ajuste a valor de mercado – TVM .............. Contribuição social – Medida Provisória nº 2158-35 de 24.8.2001 .......................... Total dos créditos tributários ..................... Obrigações fiscais diferidas ...................... Total dos créditos tributários líquido das obrigações fiscais diferidas ....................
Em 30 de junho - R$ mil Marcação a Valor de custo atualizado mercado
I. TÍTULOS PARA NEGOCIAÇÃO .................................................................................... Fundos de investimento ................................................................................................. Letras financeiras do tesouro .........................................................................................
1 a 30 dias 52.400 44.949 44.949 – 7.451 7.451 584 584 – 584 52.984 43.654
(4.138)
Em 30 de junho - R$ mil 1 a 30 dias Total
Aplicações no mercado aberto: Posição bancada ................................................................................. Letras do tesouro nacional .................................................................. Total em 2006 ....................................................................................... Total em 2005 .......................................................................................
1 a 30 dias
12.171
(8.247)
b) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos
Vencimentos
TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Classificação por categorias e prazos TÍTULOS
24.257
181 a 360 dias – – – – – – 386 386 386 – 386 3.275
Acima de 360 dias 194 194 – 194 – – 4.752 4.752 4.752 – 4.946 4.016
Valor de mercado/contábil 53.598 46.147 44.949 1.198 7.451 7.451 7.736 7.736 7.152 584 61.334 51.627
Imposto de renda
Em 30 de junho - R$ mil Valor de custo Marcação a atualizado mercado 53.970 (372) 46.147 – 44.949 – 1.198 – 7.823 (372) 7.823 (372) 7.707 29 7.707 29 7.123 29 584 – 61.677 (343) 52.399 (772)
INVESTIMENTOS Outros investimentos são compostos, basicamente, de títulos patrimoniais da Bolsa de Valores de São Paulo no montante de R$ 16.166 mil (2005 - R$ 12.674 mil) e da Bolsa de Mercadorias & Futuros no montante de R$ 12.321 mil (2005 - R$ 10.288 mil), ações da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia no montante de R$ 2.312 mil (2005 - R$ 2.312 mil) e incentivos fiscais no montante de R$ 4.283 mil (2005 R$ 4.283 mil). As provisões para perdas montam a R$ 3.106 mil (2005 - R$ 3.106 mil), calculadas de acordo com as expectativas de realização dos investimentos representados por incentivos fiscais. PATRIMÔNIO LÍQUIDO Em 30 de junho de 2006, o capital social era de R$ 38.000 mil (2005 - R$ 38.000 mil), totalmente subscrito e integralizado, dividido em 376.000.000 de ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. Na assembléia geral extraordinária realizada em 17 de novembro de 2004, foi deliberado a redução de capital social no montante de R$ 7.000 mil, sem o cancelamento de ações. A redução de capital foi homologada pelo BACEN em 4 de março de 2005. Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados dividendos e/ou juros sobre o capital próprio que somados correspondam, no mínimo, a 1% do lucro líquido do semestre, ajustado nos termos da lei societária. Foram provisionados no semestre dividendos no montante de R$ 149 mil (2005 - R$ 69 mil), correspondendo a 1% do lucro líquido do semestre, deduzida a reserva legal e que estão apresentados em Outras obrigações – Sociais e estatutárias.
2009 ..................................................................
Em 30 de junho de 2006 - R$ mil Contribuição social Total
2.330
244
2.574
Em 30 de junho de 2006 - R$ mil Crédito tributário de contribuição social M.P. 2158-35 2009 Total Valor ..........................................................
646
646
A projeção de realização de crédito tributário trata-se de estimativa e não é diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação da Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 2.724 mil, sendo R$ 1.971 mil de diferenças temporárias de imposto de renda e R$ 207 mil de contribuição social e R$ 546 mil de crédito tributário de contribuição social MP. 2158-35. 11) OUTRAS INFORMAÇÕES a) Outros créditos - diversos é composto, basicamente, de depósitos em garantia para interposição de recursos fiscais - R$ 13.778 mil (2005 - R$ 7.565 mil), para interposição de recursos trabalhistas R$ 37 mil (2005 - R$ 16 mil), créditos tributários de imposto de renda e contribuição social - R$ 3.402 mil (2005 - R$ 3.505 mil) (Nota 10b), imposto a ressarcir sobre operações financeiras - R$ 1.144 mil (2005 R$ 1.322 mil) e impostos e contribuições a compensar - R$ 1.864 mil (2005 - R$ 1.114 mil). b) Outras obrigações fiscais e previdenciárias incluem, principalmente, provisões para riscos fiscais de - R$ 37.501 mil (2005 - R$ 30.851 mil) e outros impostos e contribuições a pagar - R$ 7.658 mil (2005 - R$ 3.992 mil). c) Outras receitas operacionais incluem, principalmente, receitas relativas a bônus concedido pela BOVESPA - R$ 651 mil (2005 - R$ 408 mil), rendimentos operacionais da BM&F - R$ 250 mil (2005 - R$ 206 mil) e variações monetárias ativas - R$ 800 mil (2005 - R$ 30 mil), e outras despesas operacionais incluem, principalmente, variações monetárias passivas - R$ 1.283 mil (2005 - R$ 920 mil). d) As ações mantidas em custódia em nome de clientes montam a R$ 6.169.826 mil (2005 - R$ 3.503.460 mil).
Parecer dos Auditores Independentes Aos Administradores da Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários
Diretoria Presidente Anibal Cesar Jesus dos Santos
Diretor Antonio Celso Marzagão Barbuto Adelmo Agnelli Neto TC-CRC 1SP090360/O-1
3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários em 30 de junho de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos da Instituição do semestre findo nessa data, de acordo com as 1. Examinamos o balanço patrimonial da Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários em 30 de junho de 2006 e as correspondentes práticas contábeis adotadas no Brasil. demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos do semestre findo nessa data, elaborados sob a responsabilidade da administração da Instituição. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações 4. O exame das demonstrações financeiras do semestre findo em 30 de junho de 2005, apresentadas para fins de comparação, foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram parecer com data de 5 de agosto de 2005, sem ressalvas. financeiras. 2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nosso exame compreendeu, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Instituição, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Instituição, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
São Paulo, 4 de agosto de 2006
PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5
Washington Luiz Pereira Cavalcanti Contador CRC 1SP172940/O-6
DIÁRIO DO COMÉRCIO
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
“O Flamengo foi melhor no primeiro tempo. Mas merecíamos a vitória pelo que fizemos no segundo.” Lenílson, do São Paulo
1
Esporte
Não podemos desanimar agora. Se continuarmos com essa dedicação, vamos escapar.” Betão, do Corinthians
Fernando Maia/O Globo
almanaque
A FOLGA DIMINUI
Celso Unzelte
EDMUNDO: QUARTO MAIOR ARTILHEIRO Arquivo Celso Unzelte
Aos 35 anos, o atacante Edmundo, do Palmeiras, já é o quarto maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro, com 130 gols marcados desde 1992. E ainda teve três gols marcados no jogo Figueirense 4 x 1 Juventude, no ano passado, posteriormente anulado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva por ter sido apitado pelo árbitro Edílson Pereira de Carvalho, réu confesso no escândalo de manipulação de resultados. Acima, Edmundo com 21 anos, mais cabelos e a camisa do Vasco, em jogo do Brasileiro de 92.
A CINCO GOLS DE ZICO Em Campeonatos Brasileiros, Edmundo marcou 66 gols pelo Vasco, 26 pelo Palmeiras, 15 pelo Figueirense, 13 pelo Santos, sete pelo Fluminense e três pelo Cruzeiro. Ano a ano, esses gols estão assim distribuídos: 8 gols em 1992; 11 em 1993; 9 em 1994; 9 em 1996; 29 em 1997; 13 em 1999; 13 em 2000; 3 em 2001; 7 em 2003; 7 em 2004; 15 em 2005; e 6 em 2006. Neste ano, Edmundo ultrapassou Túlio, que era o quarto maior artilheiro dos Brasileiros, com 129. Faltam cinco gols para ele alcançar Zico, que é o terceiro, com 135.
TOP TEN DOS GOLEADORES O maior goleador de todos os tempos na história doS Campeonatos Brasileiros continua sendo Roberto Dinamite, com seus 190 gols marcados entre 1971 e 1992, pelo Vasco e pela Portuguesa, onde jogou emprestado em 1989. Seguem: Romário (152, de 1985 a 2005); Zico (135, 1971 a 1989); Túlio (129, 1988 a 2005); Edmundo (130, 1992 a 2005); Serginho (125, 1974 a 1990); Dario (113, 1971 a 1985); Evair (101, 1986 a 2002); Reinaldo (93, 1973 a 1985); Careca (1978 a 1986) e Cláudio Adão (1973 a 1993), com 92 gols cada. “Não é uma prioridade, mas jogo próximo ao gol. Tenho mais chances de marcar. Uns golzinhos eu vou fazer.” (Edmundo, sobre a possibilidade de marcar mais vezes neste Campeonato Brasileiro e, assim, melhorar ainda mais sua colocação no ranking dos maiores artilheiros da competição.) Morreu na terça-feira, dia 22 de agosto, em Além-Paraíba (MG), aos 77 anos, o ex-centroavante Ivson de Freitas. Ivson começou sua carreira nos aspirantes do Fluminense, mas tornou-se ídolo, mesmo, no Náutico dos anos 50. Ivson jogou, ainda, na Seleção Pernambucana e no Sporting, de Portugal.
Com o 1 a 1 diante do Flamengo, no Maracanã, o São Paulo de Aloísio continua em primeiro lugar no Campeonato Brasileiro, porém agora perseguido mais de perto pelo Santos
A
pós o 1 a 1 de ontem, contra o Flamengo, no Maracanã, o atacante Thiago, que havia entrado no intervalo no lugar de Souza, resumia com precisão o que aquele resultado significa para o São Paulo: “O empate não foi uma tragédia, mas pelo menos não fomos derrotados”. Não há, de fato, motivo para desespero. O Tricolor ainda continua em primeiro no Campeonato Brasileiro, e tem, ainda, um jogo disputado a me-
nos em relação à maioria de seus rivais. A vantagem sobre o Santos, segundo colocado, no entanto, que era de cinco pontos, caiu agora para três. Ontem, no Maracanã, o São Paulo mais uma vez saiu em desvantagem em um jogo disputado fora de casa (ganhou apenas dois deles neste Brasileiro). Em uma distração da zaga tricolor, aos 34 minutos do primeiro tempo, Obina cobrou falta com rapidez para Juan, que, frente a frente com Rogério Ceni, mandou para a rede.
A crise aumenta
M
ais uma derrota, a 12ª em 20 jogos (é o time que mais perdeu na competição). A permanência na 18ª colocação, e, por extensão, na zona de rebaixamento. E protestos, muitos protestos por parte da torcida, contra o desertor Carlitos Tevez. O Corinthians, enfim, começa o segundo turno do Campeonato Brasileiro do mesmo jeito que terminou o primeiro: em crise. Em sua primeira derrota desde que assumiu o cargo, Leão mostrou um discurso parecido com o do ex-treinador Geninho, após a vitória do Grêmio por 2 a 0, ontem, no Pacaembu. “É muito ruim ficar
Gustavo de Tilio/Futura Press
mudando o time toda hora. Mudei hoje e já vou ter de mudar para o próximo”, disse, referindo-se principalmente à expulsão de Mascherano, que por ter recebido três cartões amarelos e depois o vermelho não enfrentará nem o São Caetano nem a Ponte Preta nas duas próximas partidas. “É uma situação preocupante. E vai ficar pior se não fizermos nada para modificá-la.” A torcida fez sua parte e praticamente lotou o Pacaembu. Era a esperança de ver o Corinthians fora da zona de rebaixamento, após onze rodadas. Um empate bastava, mas o time não correspondeu em campo. Sem Tevez, que se rebelou e
isso, seu aproveitamento tem sido maior durante as partidas. “Ele entrou bem. É um jogador que está melhorando pouco a pouco. Basta observar que, agora, o Lenílson tem entrado mais na área e decidido os jogos”, analisou. Já em relação ao futebol apresentado por sua equipe Muricy não foi tão generoso: “Nosso time tem que jogar muito mais do que no primeiro tempo e no segundo tempo se quiser ser campeão brasileiro. Precisamos voltar a jogar o que
estamos acostumados. Pressionar o adversário, sem se importar se estamos em casa ou não”. O treinador ressaltou que a falta de atenção da equipe foi a responsável pelo único gol do Flamengo. E cobrou mais atitude. Sobre o Santos, que está perseguindo o São Paulo na tabela de classificação, Muricy Ramalho contou ser um fato já esperado e preferiu elogiar o crescimento de Grêmio, Vasco e do rival Palmeiras, que, segundo ele, “vem atropelando”.
Ayrton Vignola/Folha Imagem
Evaldo marca, a defesa assiste, a torcida sofre: é o retrato do Corinthians, que ontem perdeu para o Grêmio
viajou para Buenos Aires, o Corinthians foi dominado pelo Grêmio, que em dois minutos teve duas boas chances de marcar. Os dois gols vieram
em cobrança de escanteio. Aos 30 minutos do primeiro tempo, Evaldo subiu mais que Marcus Vinícius e fez 1 a 0. Aos 35 do segundo, foi a vez de Rô-
mulo pular mais alto que Betão e anotar outro. Sem forças, o Corinthians assistiu à tranqüilidade gremista para tocar a bola até o fim da partida.
A reação continua
Mineiro de Patrocínio de Muriaé, onde nasceu em 1º de janeiro de 1929, Ivson jogou no Náutico durante sete anos, entre 1952 e 1957. Foi campeão pernambucano invicto em 1952 e também em 1954. Na quarta, 30 de agosto, fazem aniversário duas conquistas brasileiras na Libertadores: há 44 anos, o Santos batia o Peñarol, do Uruguai, por 3 a 0 em Buenos Aires. Há onze, o Grêmio empatava (1 a 1) com o Atlético Nacional, na Colômbia.
No intervalo, Danilo foi substituído por Lenilson e o São Paulo melhorou. Aos 22 minutos, Alex Silva mandou na área, Aloísio não alcançou mas o próprio Lenilson pegou de primeira e acertou belo chute, no ângulo. “Quem entra no jogo precisa melhorar. Arrisquei algumas bolas e dei sorte em uma”, disse Lenílson. O técnico do São Paulo, Muricy Ramalho, não deixou de elogiar a atuação de Lenílson. Disse que o rendimento do jogador vem melhorando e, por
Marcinho fez o gol que garantiu ao Palmeiras seu 10º jogo sem derrota
F
altavam dois minutos para o final do jogo em que o Palmeiras perdia por 1 a 0 para a Ponte Preta, ontem, em Campinas, com um gol de cabeça marcado pelo ex-são-paulino Vélber aos 44 minutos do primeiro tempo. Após boa jogada do chileno Valdívia, Marcinho, que havia substituído Edmundo, tocou para o gol, decretando o empate. E garantindo, ali, a invencibilidade do Palmeiras nos jogos realizados depois da Copa do Mundo, que já chega a dez partidas. O resultado também deixa a equipe na 11ª colocação, agora com 26 pontos, enquanto a Ponte, que acumula 23 pontos, segue sua luta contra o rebaixamento. “Acho que construímos este resultado porque mantivemos a concentração, marcamos bem diante de um adversário bem armado e que quase nos complicou a vida”,
comemorava o técnico Tite ainda no gramado. “Os jogadores que entraram durante o jogo foram importantes, porque reforçaram o esforço dos demais companheiros em campo.” Um elogio ao próprio Marcinho, que fez o gol. “Acho que o time atingiu um alto grau de maturidade, crescemos muito no segundo tempo, tivemos um pênalti a nosso favor, que não foi marcado, e se tivesse aqui um vencedor este seria o Palmeiras.” Nos vestiários, Paulo Baier lamentou apenas o fato de o time ter sofrido o gol no início numa falha de marcação: “Nós perdemos a bola e permitimos o contra-ataque. Isso foi fatal. Mas nos recuperamos no segundo tempo e merecemos o empate”. O Palmeiras terá a chance de voltar a vencer diante do Figueirense, na quarta-feira, jogando em casa, no Parque Antarctica.
4
DCARRO
São Paulo, segunda-feira, 28 de agosto de 2006
ADVENTURE SPORTS FAIR Pablo de Sousa
Esportes, carros e motos Feira de turismo de aventura é novo foco de montadoras de veículos "fora de estrada" ANDERSON CAVALCANTE
A brasileira Sundown apresentou suas on/off-road entre sua gama de motos
Adventure Sports Fair está entre as maiores feiras do mundo no mercado de turismo de aventura para a indústria de roupas, calçados e equipamentos para os praticantes de esportes radicais ou simplesmente para os consumidores que adotam o "perigo" como estilo de vida. Mas onde entram os carros nesta história? A resposta é simples: o evento é também um importante salão de veículos com características off-road. A 8ª edição da feira realizada na última semana, no Pavilhão da Bienal do Ibirapuera, recebeu 75 mil visitantes e deve ter movimentado, segundo expectativa dos organizadores, R$ 90 milhões em volume de negócios.
A
"Grande Idea" - O Idea Adventure 1.8 Flex ainda não foi lançado oficialmente e a Fiat não divulgou todos os dados sobre o veículo, mas a montadora italiana não poderia deixar de mostrar sua minivan aventureira neste evento. Se alguém imagina que o Idea chega apenas com maquiagem off-road, pode se preparar para surpresas e equipamentos inéditos. Apesar de não disponibilizar o veículo para uma "voltinha" na pista off-road que a Fiat preparou para os visitantes da feira, só de olhar já se percebe que a minivan demonstra mais espírito aventureiro nesta versão. Além de visual renovado com protetores de plástico, estepe na tampa do porta-malas e um rack com desenho diferenciado em forma de V e os pneus 205/70 R15 para uso misto, a minivan ganhou altura mínima do solo mais elevada, ficando 35 mm mais alta que o Idea HLX, passando de 150 mm para 185 mm, na nova versão. Outro "presentinho da Fiat para os aventureiros que optarem pelo Idea Adventure são os três mostradores instalados sobre o console com funções de bússola, inclinômetro e ângulo de rampa. Motos off-road - Garantindo que motocicleta, liberdade e aventura têm uma forte ligação, a em-
Família de quadriciclos Yamaha já oferece sete modelos com diferentes motorizações. Em outubro chegam mais três.
Idea Adventure: A nova versão ainda não foi lançada oficialmente, mas já agitou os aventureiros presentes na Adventure Sports Fair
presa brasileira Sundown, além de uma grande quantidade de "bikes", expôs também toda sua linha de motos, com destaque para os modelos on/off-road STX e STX Motard que serão lançados no último trimestre de 2006 com preços sugeridos próximos a R$ 9.500. Para enfrentar o fora de estrada aos sábados e domingos e o asfalto durante a semana, a empresa indica a Sundown STX, com 200 cc. Já a STX 200 Motard, primeira motocicleta nacional dessa categoria, chega com visual mais radical e equipada com rodas 17 polegadas e pneus esportivos. A Honda também participou da Adventure Sports Fair mostrando seus modelos voltados ao uso on/off-road (NXR 150 Bros, XR 250 Tornado e NX4 Falcon), além da novidade, CRF 230F, que passará a ser comercializada a partir de outubro no mercado brasileiro com preço sugerido de R$ 9.963 e que atende à expectativa dos
São Paulo, segunda-feira, 28 de agosto de 2006
DCARRO
5
ADVENTURE SPORTS FAIR
Honda mostra TRX 650 Fourtrax, com direito a teste-ride
Pablo de Sousa
iniciantes no esporte de aventura sobre duas rodas. Além de seus tradicionais modelos, a Yamaha expôs a moto XTR 660R, campeã do Rally Internacional dos Sertões na categoria Brasil Aberta, pilotada por Roidman Maldonado. "Motos com 4 rodas" - Na verdade são quadriciclos e o que parecia ser "coisa de gringo" começa a fazer sucesso em terras brasileiras. "O mais gostoso é que esse mercado está engatinhando aqui no Brasil e tem um potencial muito bom a ser trabalhado", conta o Grife de jipeiros também esteve presente na feira aventureira gerente de Desenvolvimento de Novos Produtos da Honda, José Luiz Terwak, que ride no produto, após receber orientações sobre picompleta: "nos EUA são produzidos cerca de 1 lotagem e postura transmitida pelos instrutores do milhão de quadriciclos por ano. O mesmo número Centro Educacional de Trânsito Honda (CETH). que a Honda vende de motos por aqui". A empresa Sundown também apresentou dois quaEstes veículos conhecidos como ATV (All Terrain driciclos em seu estande. Segundo a assessoria de imprensa Vehicle) são utilizados como forma de lazer e também da marca, os modelos são apenas para verificar a aceitação para o trabalho, principalmente, em fazendas. "No do público, já que ainda não comercializa o produto. Brasil, por não ser homologado para utilização em Já a Yamaha apresentou sua família de quadriciclos ruas e estradas, para pilotar o quadriciclo não há composta, agora, por 4 modelos esportivos e 3 utilitários. exigência de CNH", completa Terwak. Como des- Para o mês de outubro, a empresa promete mais 3 taque, a Honda mostrou o TRX 350 Fourtrax com novidades no segmento. Os modelos da marca têm preço público sugerido de R$ 16.800, na versão TM preços sugeridos a partir de R$ 5.247, para o modelo YFM 4x2 e R$ 18.900, para o FM 4x4. 80R de 79cc e tração 4x2, até R$ 13.695, no modeloYFM A Honda disponibilizou durante a feira uma 700R com motor de 686 cc e sistema de injeção pista de 440 m² na parte externa do pavilhão, eletrônica. Toda a linha já se encontra disponível nos 450 permitindo aos visitantes realizarem um test- pontos da rede de concessionárias Yamaha.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 29 de agosto de 2006
3
Política
Tem o bom e o mau político. Devemos estirpar de nosso meio o mau político. Se alguém errou tem de pagar. João Alberto (PMDB-MA)
Ed Ferreira / AE
SANGUESSUGAS SENADORES: SAI O PROCESSO, ENFIM. Demorou: 13 dias depois do previsto, o Conselho de Ética finalmente abriu o processo de cassação dos três senadores acusados de integrar o esquema – Ney Suassuna (PMDB-PB), Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko (PT-MT).
C
om um atraso de 13 dias, o presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto (PMDB-MA), abriu ontem o processo por quebra de decoro parlamentar contra os senadores Ney Suassuna (PMDB-PB), Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko (PT-MT), que são acusados de integrar a máfia das ambulâncias. O relatório preliminar da CPMI dos Sanguessugas, que aponta o envolvimento dos três senadores e de 69 deputados, foi entregue ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no último dia 15. Com a abertura oficial dos processos, os três senadores perderão os direitos políticos caso resolvam renunciar para fugir ao julgamento que poderá levar à cassação de seus mandatos "Espero que os processos estejam concluídos no Conselho de Ética entre os dias 20 e 24 de setembro",
disse João Alberto. O vice-presidente do Conselho, senador Demóstenes Torres (PFL-GO), foi designado para relatar o caso do senador Magno Malta. O senador Paulo Octávio (PFL-DF) deverá cuidar do envolvimento da senadora Serys e o senador Jefferson Peres (PDT-AM) ficará com o caso de Suassuna. Segundo João Alberto, Paulo Octávio teria optado por relatar o caso de Serys, que antes estava a cargo de Demóstenes Torres, sob a alegação de que é amigo de Magno Malta. Ele e o pefelista são evangélicos. Os três relatores escolhidos são candidatos nas eleições de outubro: Demóstenes disputa o governo de Goiás, Paulo Octávio é candidato a vicegovernador do Distrito Federal, e Jefferson Peres concorre à vice-presidência da República na chapa encabeçada pelo pedetista Cristovam Buarque.
"Os três relatores vão ter de parar suas campanhas e fazer as tratativas naturais para que os processos andem", observou João Alberto. Os relatores vão, agora, notificar Serys, Suassuna e Malta, que terão o prazo de cinco sessões do Senado para apresentar defesa prévia. Na semana que vem, dia 5, será feita a primeira reunião do Conselho de Ética. "Tem o bom e o mau político. Devemos estirpar de nosso meio o mau político. Se alguém errou tem de pagar", afirmou João Alberto. Acareação – Demóstenes Torres já avisou que pretende convocar o empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin, um dos sócios da Planam – empresa do esquema de venda superfaturada de ambulâncias –, para fazer uma acareação com os senadores envolvidos. O Conselho também quer quebrar o sigilo bancário e fiscal dos três senadores e de seus assessores. (AE)
Ed Ferreira / AE
Pressa: integrantes da CPMI, como o deputado Raul Jungmann, pedem esforços nas próximas apurações para que os processos em andamento sejam julgados no prazo definido por lei.
HORÁRIO ELEITORAL À VENDA
C
om menos de 1% nas pesquisas, o candidato do PSL ao governo de Goiás, Osvaldo Pereira, colocou à venda por R$ 1,3 milhão o espaço de dois minutos e trinta segundos que possui no horário eleitoral gratuito na televisão. Ele tentou vender o tempo na TV ao jornalista Eduardo Faustini, do programa Fantástico, da Rede Globo, que se apresentou como empresário do setor de transportes interessado em atacar políticos na TV. Pereira "fechou" o negócio com um desconto de R$ 50 mil. A conversa dele com o repórter foi gravada. "Eu sou dono do partido", se apresentou o candidato do PSL. "Partidos emergentes a gente compra", disse. Osvaldo Pereira deixou claro que o "empresário" poderia dizer "qualquer coisa" no espaço na televisão que estava sendo negociado. Diante da afirmação do repórter sobre o preço elevado do negócio, o candidato ressaltou: "Você sabe o estrago que faz uma campanha na televisão?" Após o flagrante, uma equipe do Fantástico procurou o candidato para esclarecer a ngeociação. A princípio, Pereira negou categoricamente ter tentado vender o horário eleitoral. Informado que a negociação tinha sido gravada ele argumentou que buscava recursos para o partido. "Não pe-
Sebastião Nogueira / AOG
Haja mãos: em campanha no Maranhão, senador João Alberto só anunciou ontem o início dos trabalhos.
TSE IMPUGNA 1.535 CANDIDATOS Só para o cargo de deputado federal foram negados 292 registros
O
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou ontem um balanço preliminar sobre os registros de candidaturas impugnadas para a eleição de outubro nos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) de todo o País. E os números confirmam uma suspeita dos próprios juízes: muitos candidatos, acusados ou envolvidos em escândalos, continuam tentando a reeleição. Até a última sexta-feira foram indeferidos 1.535 pedidos de registro em todas as unidades da Federação. O prazo para a apreciação dos pedidos de impugnação nos Estados se esgotou no dia 23. Apesar disso, 941 candidaturas aguardam julgamento nos TREs. Todas terão de ser submetidas ao plenário do TSE. Menos de 10% – Segundo o levantamento, o número significa 7,4% do total de 20.705 candidatos registrados na Justiça Eleitoral, incluídos os cargos de vice e suplentes, segundo a assessoria de imprensa do tribunal. O TSE não conseguiu reunir informações relativas às eleições de 2002.
Pelo balanço, os cinco Estados em que houve o maior número de registros impugnados, de acordo com o tribunal, foram São Paulo (449), Minas Gerais (121), Maranhão (99), Pará (90) e Pernambuco (74). Por outro lado, os Estados onde houve os menores números de impugnações são Paraíba (11), Roraima (11), Alagoas (15), Santa Catarina (17), Mato Grosso (18) e Mato Grosso do Sul (20). Punição no Rio – Os dados relativos ao Rio de Janeiro, segundo o TSE, não estão consolidados no sistema do tribunal. No Estado, quatro candidaturas de deputados acusados de envolvimento na chamada máfia das ambulâncias foram negadas. Até a manhã de ontem foram apresentados 754 recursos favoráveis e contrários ao deferimento das candidaturas no tribunal. As ações foram protocoladas tanto pelos candidatos quanto pelo Ministério Público Eleitoral. Conforme determina a legislação, o TSE tem até o dia 20 de setembro para julgar definitivamente todos os recursos,
segundo estabelece o calendário eleitoral. Indeferimentos – O balanço do TSE mostra ainda que, entre os cargos majoritários em disputa, foram indeferidos 45 registros, sendo 13 para governador e 30 para o senador. Dois candidatos à Presidência tiveram os registros negados – Rui Pimenta (PCO) e Ana Maria Rangel (PRP). Pela pesquisa feita pelo tribunal, 392 pessoas tiveram o registro para o cargo de deputado federal impugnado. O mesmo ocorreu com 976 candidatos a deputado estadual e com outros 40 pleiteantes a uma vaga na Assembléia Legislativa do Distrito Federal, como deputado distrital. O levantamento mostra ainda que 791 candidatos renunciaram ao direito de disputar vagas de senadores (10), deputados federais (234), estaduais (465), primeiro e segundo suplentes de senador (48) e vicegovernador (14). Os dados mostram também que, entre o requerimento de registro e o julgamento do pedido, oito candidatos faleceram. (Reuters)
VOTO SECRETO CÂMARA COSTURA ACORDO PARA ABRIR VOTAÇÕES
A
Deboche: além de negociar, ele mantém slogan contra a corrupção.
di para mim. Pedi (dinheiro) para fazer a eleição", disse. O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás impugnou na semana passada a candidatura de Osvaldo Pereira por ter feito o registro fora do prazo. O candidato recorreu ao Tribu-
nal Superior Eleitoral e manteve a campanha e o bordão "respeito por você". "Chega de mensalão e sanguessuga, chega da mesma panela de políticos", diz Pereira no programa gratuito que tentava vender. (AE)
Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que acaba com o voto secreto e determina o voto aberto em plenário, deve ir a votação na próxima semana na Câmara, quando está marcado o esforço concentrado. A informação é do presidente da Casa, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Segundo ele, os líderes partidários têm sinalizado que estão dispostos a desobstruir a pauta de votação, trancada por 20 medidas provisórias. Aleluia! – "Estamos dando um sinal forte de que a oposição – o PFL e o PSDB – quer esse acordo. Poderemos ter uma semana produtiva", afirmou o líder da minoria na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA). Ele defendeu a aprovação da proposta que acaba com o voto secreto nas cassações. "Não podemos conviver com bandidos no
Congresso", disse Aleluia. O líder do PFL, deputado Rodrigo Maia (RJ), já avisou ao presidente da Câmara que seu partido concorda em limpar a pauta na semana de votações de setembro. Acordo – A PEC já foi analisada e aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pela comissão especial, e agora depende apenas de um acordo das lideranças para ser votada. O presidente da Câmara, no entanto, não informou se, caso a matéria seja aprovada, já será aplicada na apreciação dos processos por quebra de decoro parlamentar contra os 67 envolvidos no esquema dos sanguessugas. Loteria – Para evitar polêmicas e ser aprovada com urgência, Aldo defende que a PEC deveria abordar apenas a questão do voto aberto para a apreciação dos pedidos de
cassação de mandatos por quebra do decoro parlamentar, sem ser estendido às demais votações do plenário. A contrapartida do governo no acordo seria retirar o regime de urgência dos cinco projetos, que estão na pauta do plenário e que têm prioridade de votação depois das MPs. Além do fim do voto secreto, devem ir a votação no plenário da Câmara dos deputados os destaques do projeto que cria a loteria Timemania e a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. "Se for um obstáculo, podemos permitir a retirada da urgência dos projetos", afirmou o líder interino do governo, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS). "Seria uma boa oportunidade para o Congresso equilibrar suas dívidas com a população", entende Albuquerque. (AOG)
4
Planalto Congresso Eleição Estadual Corr upção
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 29 de agosto de 2006
Segurança foi o tema em destaque. Depois, candidatos não se confrontaram como se esperava.
DEBATE SEGUE O TOM MORNO DAS CAMPANHAS
AUSÊNCIA DO TUCANO, LÍDER NAS PESQUISAS, ESFRIA ÂNIMOS NA TV. Fotos: Milton Mansilha / LUZ
S
Eymar Mascaro
APOIO TOTAL
C
andidato à reeleição ao governo de Minas, com mais de 70% de intenção de voto, Aécio Neves decidiu se dedicar em tempo integral à campanha de Geraldo Alckmin à presidência. Em Minas, Alckmin está perdendo para Lula nas pesquisas. Mas Aécio promete virar o jogo até a data da eleição. O tucano conta ainda com o apoio de Itamar Franco. Alckmin promete visitar Minas duas vezes por semana. O tucano vai desfilar sempre ao lado dos dois. Em tempo: no chamado Triângulo das Bermudas, Alckmin está perdendo a eleição, no momento, em Minas e Rio, mas ganha de Lula em São Paulo.
SUDESTE A situação de Alckmin no Sudeste (SP, Minas, Rio e Espírito Santo) ainda é incômoda. O tucano tem 34% de preferência eleitoral na região contra 43% de Lula. Por isso, Alckmin quer reação rápida em Minas, que é o 2º maior colégio eleitoral do País.
PERDA Paz no estúdio: candidatos se limitam a tratar dos temas sem apresentar novas propostas.
SEM SERRA, DEBATE VIRA MONOTONIA.
em a presença de José Serra (PSDB), que lidera com folga as pesquisas de intenção de voto até agora, cinco candidatos a governador de São Paulo – Orestes Quércia (PMDB), Cláudio Mauro (PV), Carlos Apolinário (PDT), Mário Guide (PSB) e Plínio Arruda Sampaio (PSol) – realizaram um debate de baixa temperatura emocional na TV Bandeirantes, ontem à noite. O candidato Eder Xavier (PTC) desistiu de participar do debate na última hora por um motivo diferente do de Serra: se atrasou. A ausência do tucano foi cobrada por Apolinário logo na abertura do programa. Na avaliação do pedetista, Serra faltou ao encontro por se considerar já eleito. “Se ele ganhar a eleição, ficará três anos e depois se candidatará à presidência da República”, atacou o pedetista, numa referência ao fato de que ele deixou a Prefeitu-
ra de São Paulo para disputar o Palácio dos Bandeirantes. Sem o tucano, os candidatos criticaram a segurança pública e a educação sob o comando do PSDB. Segundo colocado nas pesquisas, Mercadante prometeu melhorar as condições das prisões e trabalhar em conjunto com o Ministério Público e o governo federal para combater o crime organizado. “Vamos constituir uma forçatarefa nacional e apoiar penas alternativas”. De sua parte, Quércia disNinguém à vista: cadeira ficou vazia. se que vai restabelecer a autoridade. No entendimento do peemedebista, Cláudio Mauro prometeu faa crise na segurança deve-se à zer a integração das Polícias. falta de rigor e comando. “É Guide disse que a sua prioridapreciso restaurar a autoridade de é investir em creches. Na do governo”, repetiu, como questão da Educação, Apolivem fazendo em comícios. nário afirmou que vai acabar com a aprovação automática na rede estadual. Mensalão – O pagamento de propina a deputados da base
do governo no Congresso foi abordado por Cláudio Mauro em pergunta a Aloizio Mercadante. Ele perguntou da participação dos mensaleiros, como Valdemar Costa Neto, nas campanhas de Mercadante e Lula. Mercadante respondeu que o governo Lula encarou as denúncias. Segundo o petista, o governo "botou o dedo na ferida" e foi implacável contra os corruptos. Ele acrecentou que seu nome não foi envolvido em denúncias. Na questão da Educação, Mercadante criticou Serra que, em entrevista à TV Globo, afirmou que o problema da Educação se devia à migração. Nas ruas – Militantes do PT e PMDB se posicionaram na rua de acesso à TV antes do debate de forma pacífica. A exemplo dos candidatos, os cabos eleitorais de Mercadante e de Quércia reclamaram da ausência dos militantes tucanos. Os petistas levaram 15 Kombis com sete pessoas em cada uma e o PMDB, oito pessoas em oito Kombis. Sergio Kapustan
Alckmin ainda não conseguiu recuperar os pontos perdidos no Rio (11 milhões de eleitores). O tucano está sem um palanque forte para se projetar no estado. Por isso, ainda está em 3º lugar nas pesquisas. Alckmin perdeu o 2º lugar no Rio para Heloísa Helena (PSol).
determinados setores o Lula tem mais de 70% de preferência eleitoral. Um dos que fazem festa para o petista é o ex-governador Jarbas Vasconcelos, candidato do PMDB favorito ao Senado e aliado de Alckmin.
DENÚNCIA Não é apenas o candidato do PFL ao governo pernambucano, Mendonça Filho que aproveita o indiciamento de seu adversário Humberto Costa (PT), para explorar o fato na sua campanha. Também Geraldo Alckmin usa o exministro para atingir Lula. Humberto Costa foi acusado de envolvimento com a máfia do sangue.
MAIS FORTE
NORDESTE
Alckmin planejou também fortalecer mais sua posição em São Paulo (26 milhões de votos), embora lidere as pesquisas no estado. Mas, apesar da liderança, Lula cresceu no último mês, sobretudo no ABCD e na região de Campinas, segundo as pesquisas.
Alckmin pode enfrentar uma situação estranha, a de descobrir um santo para cobrir outro. Enquanto revê a agenda para se dedicar a visitar Minas e o Rio duas vezes por semana, o tucano pode ser obrigado a restringir suas visitas ao Nordeste, região que concentra 33 milhões de eleitores.
EM VÃO Nem sempre a colagem dá resultado positivo na política: o candidato do PSDB à reeleição ao governo do Ceará (5,3 milhões de eleitores), Lúcio Alcântara se deu mal ao se exibir na televisão ao lado da imagem de Lula e não a de Alckmin, como seria natural.
CRESCIMENTO Lúcio Alcântara despencou alguns pontos e ficou com 37% de índice de intenção de voto contra 50% de seu adversário, Cid Gomes (PSB), que tem o apoio do PT. A pesquisa Datafolha indica que Cid Gomes (irmão do exministro Ciro Gomes) pode se eleger ainda no 1º turno.
ADVERSÁRIA Heloísa Helena vai insistir na tese de ser ela a única candidata em condições de vencer Lula, apesar de sua posição incômoda nas pesquisas (3º lugar com l2% de intenção de voto). A senadora culpa o PSDB e o PFL pelo crescimento de Lula nas pesquisas, que não souberam fazer oposição ao presidente na hora certa.
META O objetivo de Heloísa Helena é audacioso: destronar Alckmin da 2ª colocação nas pesquisas, para que possa chegar ao 2º turno com Lula. A senadora está mudando o estilo de campanha, passando a atacar também o candidato tucano. Antes, Heloísa só criticava Lula. Agora, quer criticar os dois.
REELEIÇÃO
INFIDELIDADE Candidato do PFL ao governo de Pernambuco (5,8 milhões de votos), Mendonça Filho aceitou sugestão de terceiros e vai receber a visita do candidato a vice na chapa de Lula, José Alencar. Detalhe: Mendonça Filho também se exibiu na tevê ao lado da imagem de Lula.
UMA FESTA Aliados de Alckmin em Pernambuco batem bumbo para o candidato do PT, porque uma nova pesquisa revela que em
Lula está cumprindo a promessa de lutar para acabar com a reeleição, a partir de 2010. O presidente acredita ter conquistado o apoio de três candidatos a governador virtualmente eleitos, José Serra (SP), Aécio Neves (MG) e Sérgio Cabral (RJ) para atingir seu objetivo.
ENVOLVIMENTO Está dando o que falar a nova denúncia do empresário Luiz Antonio Vedoin, da Planam, de que o presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTB-SP) também estaria envolvido com a máfia do sangue. Izar se defende dizendo que o empresário quer tumultuar o trabalho do Conselho.
terça-feira, 29 de agosto de 2006
Congresso Planalto Campanha CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
7
SEM POLARIZAÇÃO, PROGRAMAS NÃO EMPOLGAM
Calmaria perdura e candidatos perdem a oportunidade de utilizar melhor o tempo na TV.
HORÁRIO ELEITORAL COMEÇA A MUDAR, MAS AINDA ESTÁ LONGE DE PRENDER A ATENÇÃO DOS ELEITORES. Raimundo Pacco / Folha Imagem
O candidato do PSDB continua sem mostrar o presidenciável do partido, Geraldo Alckmin, em seu programa de televisão. Mercadante, ao contrário, exibe imagens e manifestações de apoio do presidente e candidato Luiz Inácio Lula da Silva. No Rio Grande do Sul, onde abundam candidatos, o clima começa a ganhar algum calor. Mas de uma maneira geral os eleitores de todo o País ainda assistem aos programas no horário político gratuito com enfado e têm percebido que não se trata de falta de hábito em acompanhar o que os políticos dizem, mas de um abrandamento generalizado na disputa.
SÃO PAULO Escondendo o jogo: líder nas pesquisas, tucano tem se apresentado sem o candidato Alckmin. Alan Marques / Folha Imagem
RS GASTOS, CORTES E MAIS ATAQUES
O
O
s eleitores paranaenses tiveram a oportunidade, ontem, de ver algo um pouco diferente na pasmaceira e no tom sonolento que tem dominado o horário político nos Estados, até agora. Nada que tenha despertado de vez os telespectadores e ouvintes, mas a campanha ganhou um pouco mais de movimento: enquanto o governador do Rio Grande do Sul e candidato à reeleição, Germano Rigotto (PMDB), usou o seu espaço na televisão para falar de medidas de gestão e corte de gastos que adotou, o seu adversário, Olívio Dutra (PT), criticou a crise financeira do Estado e prometeu uma redução "drástica" nos cargos de confiança. De sua parte, Yeda Crusius
(PSDB), que também disputa o governo gaúcho, apontou a queda no número de policiais militares nos últimos 25 anos, de 30 para 22 mil, e disse que irá aumentar "gradativamente" o quadro. A segurança também foi tema de Beto Grill (PSB), que prometeu um modelo "focado na prevenção do delito". Já Francisco Turra (PP) afirmou que os governos de seus adversários "chegaram ao seu limite" e o Estado "precisa de idéias novas". Roberto Robaina (PSol) foi mais longe: apareceu ao lado da candidata à Presidência pelo partido, Heloísa Helena, pedindo votos a ele.
O Partido Verde foi suspenso e não apresentou programa. A Justiça Eleitoral puniu o PV por ter exibido um vídeo captado pelo circuito interno de um condomínio dos Estados Unidos, que mostra a agressão a uma moradora idosa, para falar sobre a segurança no Estado. Com tantos candidatos no páreo, os eleitores viram ainda Pedro Couto (PSDC) aproveitou o horário para apresentar sua vice, Daniela Buchholz (PSDC). E Collares (PDT) comparou o crescimento da economia gaúcha durante seu governo e o dos adversários que já ocuparam o cargo (Rigotto e Olívio). (AE)
Diário do Nordeste/AE 23/08/2006
Chico Porto/AE 05/07/2006
Aniele Nascimento/AE 21/08/2006
Gomes: slogan de Alckmin
Rigotto: destaque para medidas de gestão e de economia.
O
s candidatos ao governo de São Paulo iniciaram a propaganda na TV desta semana com as mesmas características das semanas anteriores. Ontem à tarde, enquanto o candidato do PT, Aloizio Mercadante, contou com imagens e um depoimento favorável do presidente da República e candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva, o candidato do PSDB, José Serra não fez, mais uma vez, qualquer menção ao presidenciável tucano Geraldo Alckmin. No final do programa do senador petista, Lula pediu votos para Mercadante, enquanto foram exibidas imagens dos dois abraçados durante a campanha deste ano. "Mercadante é um dos homens mais preparados deste País. Não tenho dúvida que ele vai ser um
Costa: "armação eleitoral"
Arns: parceria entre governos
O
horário eleitoral dos candidatos a deputado estadual, que apóiam o ex-ministro da Saúde Humberto Costa (PT) ao governo do estado, foi usado ontem para acusar os ex-ministros da Saúde José Serra e Barjas Negri de terem permitido "a atuação livre" das máfias dos Vampiros e dos Sanguessugas no período que passaram à frente do ministério. "Inexplicavelmente não colocaram José Serra nem seu sucessor como integrantes desta quadrilha", afirmou o locutor do programa, ao considerar "armação eleitoral" o indiciamento de Humberto Costa pela Polícia Federal no caso. Para eles, Costa combateu as máfias durante sua gestão. (AE)
O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva não deu nenhum testemunho, mas seu nome foi finalmente falado, e bastante, ontem no horário destinado ao candidato ao governo do Paraná pelo PT, senador Flávio Arns. O crédito foi dado a obras do governo Lula no estado, como o programa Luz para Todos, a pavimentação da BR-153 e os recursos destinados à Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária. Segundo Arns, Lula vai investir na refinaria mais US$ 1,4 bilhão nos próximos anos, gerando 17 mil empregos. "Imagine o que aconteceria se o governo do estado trabalhasse em parceria com o governo federal", disse. (AE)
grande governador de São Paulo, principalmente porque vai dar à população mais humilde a atenção que ela não teve até agora", disse Lula. Propostas e promessas Apoios à parte, Serra e Mercadante, os melhores colocados nas pesquisas de intenção de voto, usaram a maior parte de seus programas de ontem para a apresentação de propostas para o Estado. No programa de Serra, após os tradicionais resumos biográficos e com demonstrações de apoio de populares, o ex-prefeito de São Paulo se ocupou em detalhar planos para o setor de transportes, principalmente os trens da cidade. Serra defendeu o "investimento pesado" no metrô e prometeu levar a Linha 2, que hoje segue da Vila Madalena até a
Fábio Motta / AE - 09.07.06
RIO
NO AR, ELOGIOS E CRÍTICAS.
A CEARÁ PE PARANÁ SLOGANS PROGRAMA ARNS INVERTIDOS DEFENDE ENALTECE NO ESTADO COSTA LULISMO
s dois principais candidatos ao governo cearense colaram seus slogans aos dos dois principais candidatos à Presidência. Só que de maneira invertida. Nos programas de rádio e televisão, de ontem, o governador do Ceará, Lúcio Alcântara, candidato à reeleição pelo PSDB, usou um novo mote: "Lúcio em todo o Ceará com a força do povo". Já seu adversário, o ex-prefeito de Sobral, Cid Gomes (PSB), oficialmente apoiado por Lula, encerrou o programa de rádio com a seguinte frase: "Lula e Cid por um futuro decente". A semelhança do slogan de Lúcio com o "Lula de novo com a força do povo" não é mera coincidência.
SERRA EVITA ALCKMIN. E PT EXIBE LULA.
estação Imigrantes, para a Vila Prudente. Citou as obras da Linha 4 (Luz à Vila Sônia) e destacou a necessidade de melhoria e modernização dos trens da Companhia Paulista de Tr e n s M e t r o p o l i t a n o s (CPTM). Segundo ele, os recursos para as obras nesta área viriam do orçamento do Estado e das parcerias com a iniciativa privada. Mercadante detalhou sua participação em aprovações de projetos no Congresso Nacional e fez um breve resumo das propostas para São Paulo nas áreas de segurança, saúde e educação. Entre os projetos, foi mencionado a criação da Força Tarefa Nacional, com a participação da Polícia Federal, Forças Armadas e Ministério Público no combate ao crime, juntamente com as Polícias Militar e Civil; a criação de uma central informatizada de agendamento de consultas; e o fim da aprovação automática nas escolas públicas. Quércia - O candidato do PMDB Orestes Quércia dedicou boa parte do programa fazendo críticas às administrações nacionais do PSDB e do PT, culpando a política econômica de ambos pelos altos índices de desemprego no País e em São Paulo. (AE)
contradição foi a principal característica do discurso adotado pelo candidato petista ao governo do Rio de Janeiro, Vladimir Palmeira, ao falar, durante a propaganda eleitoral de ontem, sobre sua relação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está na disputa pela reeleição. Ao mesmo tempo em que declarou apoio integral ao presidente, Palmeira considerou que nem sempre concorda com tudo que Lula faz. "Eu apóio o governo do presidente Lula. Isso não quer dizer que eu concorde com tudo o que Lula faz, ou com tudo que seu governo faz", afirmou petista.
Palmeira, que tem 1% das intenções de voto, de acordo com as últimas pesquisas, continua sua declaração de apoio ao presidente, afirmando que apóia Lula "porque ele conseguiu uma economia equilibrada", o que seria, nas palavras do candidato "uma coisa rara". "Muita gente reclama que a economia cresceu pouco em comparação a outros países. Mas esquece de ver que a nossa economia é equilibrada", afirmou. Logo em seguida, Palmeira elogiou a ação de Lula em estimular a distribuição de renda no Brasil. O candidato também usou depoimento do presidente em apoio à sua candidatura. "Eu
Palmeira apóia, mas discorda.
conheço o Vladimir há muito tempo. É um companheiro que tem uma história extraordinária e ao longo de sua vida deu seguidas demonstrações de integridade, competência e seriedade", afirmou Lula. Na última sexta-feira, Lula e Vladimir dividiram palanque em comício no Rio de Janeiro - mesma data em que o presidente também compareceu ao comício do candidato ao governo do estado pelo PRB, senador Marcelo Crivella, em segundo lugar nas pesquisas, também apoiado pelo presidente. (AE)
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 29 de agosto de 2006
1
360
dias é o novo prazo para o exportador trazer as receitas em dólares obtidas com as vendas.
Newton Santos/Digna Imagem – 22/6/04
Luiz Prado/LUZ – 14/4/04
Para Solimeo, cadastro permitirá adaptação a perfil
Ferreira, da Acrefi, espera queda na inadimplência
CADASTRO POSITIVO DEVE SAIR POR MEDIDA PROVISÓRIA
Essa é a expectativa de agentes do mercado de crédito, que esperam a publicação da MP para a próxima quinta-feira. Uma das bandeiras da Associação Comercial de São Paulo, o cadastro nacional de bons pagadores tende a diminuir os juros para os consumidores que têm histórico positivo.
B
ancos e financeiras aguardam para esta semana uma Medida Provisória (MP) do governo que criará o cadastro positivo de consulta de histórico de pagamentos dos consumidores. O decreto, segundo a Associação Nacional das Instituições de Crédito (Acrefi) e deputados da base do governo, será divulgado na próxima quinta-feira, atropelando dois Projetos de Lei (PL) — um deles de autoria do próprio Executivo — que tramitam na Câmara dos Deputados desde o segundo semestre de 2005. Fazem parte do PL do governo idéias sugeridas pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que já há algum tempo levanta a bandeira do cadastro positivo nacional. Com a edição da MP, que já é dada como certa pela assessoria do deputado Inaldo Rocha Leitão (PL), parlamentar responsável pelo segundo PL sobre o tema, a expectativa do governo e das instituições financeiras é de crescimento do mercado de crédito brasileiro nos próximos meses, já que a nova ferramenta trará mais segurança para todos os envolvidos com os empréstimos. Concorrência — O diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da ACSP, Marcel Solimeo, observa que os mer-
O risco da inadimplência é o item que tem maior impacto na concessão de crédito. Hoje, no Brasil, o mercado trabalha apenas com estimativas. Marcel Solimeo cados de crédito de países que adotaram o cadastro positivo, como os Estados Unidos e a Índia, deram salto significativo. Nesses países, novas empresas passaram a atuar no setor, o que aumentou a concorrência. "O risco da inadimplência é o item que tem maior impacto na concessão de crédito. Atualmente, no Brasil, o mercado trabalha apenas com estimativas sobre o consumidor. Com um histórico em mãos, o financiador poderá flexibilizar sua taxa de juros de acordo com o perfil desse cliente em potencial", avalia Solimeo. Caso a MP siga o modelo do PL do Executivo, o texto permitirá que a instituição financeira, com o consentimento do cliente, faça um cadastro com todas as suas operações financeiras e limites de endivida-
mento, o que será enviado a um banco de dados aberto para consulta de todas as instituições de crédito no País. "Será criado um sistema de pontuação desse cliente. Quanto mais positiva for sua pontuação, menor será a taxa de juros cobrada dele. Afinal, o risco de inadimplência será reduzido. O bom pagador deixará de custear o mau pagador", acrescenta Solimeo. O presidente da Acrefi, Érico Ferreira, espera um efeito positivo da MP, porque os dois projetos de lei estão parados em comissões da Câmara. Para ele, o cadastro terá um impacto no único custo "não físico" para quem oferece crédito, o risco de inadimplência. "Oferecer crédito não é simples. Existem vários custos operacionais e de manutenção do sistema, o que é comum em todas as instituições. O custo de inadimplência é único que não permite essa estruturação. Um histórico do tomador resolverá esse problema", afirma Ferreira. O presidente da Acrefi lembra que ações do governo sempre são inconstantes e que tudo pode acontecer, mas, por existir um PL do próprio executivo, ele espera que a MP contemple as necessidades do setor financeiro e dos interessados em obter crédito. Davi Franzon
Novas regras no mercado cambial
O
Banco Central (BC) ampliou alguns prazos para operações no mercado cambial, segundo regulamentação publicada ontem no Diário Oficial. Os exportadores, por exemplo, têm agora até 360 dias para trazer ao Brasil os dólares obtidos com vendas no exterior. O prazo anterior para internalizar os recursos era de 210 dias depois do embarque da mercadoria. Outra modificação trata do prazo de antecipação dos contratos de câmbio para o setor privado e para o Tesouro Nacional — que adquire dólares em mercado para honrar compromissos da dívida externa. Esse prazo foi alongado para
360 dias. Até então, o limite era de 60 dias para o setor privado e de 180 dias para o Tesouro. A regulamentação publicada no Diário Oficial se baseia na Medida Provisória 315, editada no início de agosto. Com a MP, o governo transferiu ao Conselho Monetário Nacional (CMN) a tarefa de determinar a parcela da receita que os exportadores podem deixar fora do País — o que foi estabelecido inicialmente em 30%. Anteriormente, as empresas eram obrigadas a trazer todos os dólares para o Brasil. Contratos — As regras também simplificam os contratos de câmbio, permitindo a liquidação simultânea de compra e
venda de moeda a uma mesma taxa. "Antes, para cada evento de câmbio, como cancelamento, baixa, alteração ou prorrogação de contratos, era necessária uma operação separada. Isso tudo foi eliminado, reduzindo a carga de procedimentos", informou o BC. O governo permitiu, ainda, que os exportadores usem as regras simplificadas para operações de qualquer valor. De acordo com a autoridade monetária, o registro do capital estrangeiro regularizado, outra medida anunciada no início de agosto, ainda depende de resolução do CMN e posterior circular do BC a respeito do tema. (Reuters)
Governo adia anúncio de pacote de crédito
O
Ministério da Fazenda adiou para a próxima semana o anúncio das medidas de redução do custo do crédito imobiliário e do spread bancário porque enfrenta resistência dos bancos e não superou as dificuldades técnicas e jurídicas. O governo não quer repetir o que ocorreu com o pacote de bondades na área de câmbio, quando as medidas foram anunciadas sem que os instrumentos legais para elas estivessem concluídos. O maior obstáculo é matemático. "A conta não fecha para os bancos", admitiu um técnico. A intenção do governo de fixar em 12% a parcela dos juros incidentes sobre novos financiamentos habitacionais, eliminando a correção da Taxa Referencial (TR), representa um risco que as instituições financeiras privadas não estão dispostas a correr. O governo não pretende obrigar os bancos a operar com a nova sistemática. Apenas adotaria medida para autorizá-los a oferecer uma linha de financiamento que poderia estar atrelada ao crédito consignado, mas com juros tabelados. A reação dos bancos é justamente contra o tabelamento. O sistema financeiro já trabalha com juros fixos para uma pequena parcela do empréstimo habitacional, feito fora do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e com taxas de mercado. Como a taxa básica é a Selic, os juros fixos para a habitação hoje são de cerca de 15% ao ano. No SFH, a taxa máxima que pode ser cobrada pelos bancos é 12% ao ano, acima da TR, indexador da poupança. No SFH, o indexador da taxa de captação é o mesmo do empréstimo habitacional. O governo, segundo o mercado, pode autorizar, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que uma parcela dos recursos
captados dos poupadores possa ser aplicado com taxa fixa. Alteração na lei — Mas se quiser mudar a regra de todo o sistema, o governo terá de alterar a lei. Dependendo de como fará as mudanças, várias propostas terão que vir sob a forma de Medida Provisória para entrarem em vigor rapidamente. Essa não é a primeira vez que se tenta eliminar a variação da TR no financiamento habitacional. No governo Fernando Henrique Cardoso, a proposta foi estudada e uma minuta de Medida Provisória chegou a ser redigida. O governo desistiu da iniciativa e concordou, na época, com o alerta técnico de que estaria causando sério transtorno no ativo das instituições financeiras.
Ou seja, o banco toma recursos a um determinado custo e o repassa ao mutuário a um custo mais baixo. Resultado: esqueletos que foram gerados nos financiamentos que tinham prestações corrigidas pela variação dos salários. A proposta de redução do spread também enfrenta a resistência dos bancos. Não é tão simples permitir a livre movimentação das contas bancárias com a garantia de que não haverá ônus tributário e financeiro para os correntistas. A concorrência, de fato, seria estimulada, mas o que não está quantificado é o risco de uma migração, por exemplo, dos correntistas de bancos públicos para instituições financeiras privadas. (AE)
Aguiar ALFAIATE
www.aguiaralfaiate.hpg.com.br Um alfaiate de classe, para pessoas de classe! 50 anos de dedicação profissional
Av. Angélica, 2.341 - Higienópolis Fone: (11) 8453-7529
ADVOGADOS Wadih Helú - Waldir Helú
Advocacia Cível - Comercial - Família - Tributária Escritórios: Rua José Bonifácio, 93 - 9º andar, conj. 91 - CEP 01003-001 Av. Nove de Julho, 4.887 - 10º andar, conj. 101-B - CEP 01407-200 Fones: (11) 3242-8191 e (11) 3704-3407
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 29 de agosto de 2006
Informática SORRIA!
1 1984 já não é ficção: as câmaras permitem ao empresário monitorar de casa seu empreendimento
É você que está vigiando Fotos: Danilo Verpa/Hype
Presença Virtual utiliza câmeras de monitoramento remoto para ajudar na produtividade e gestão dos negócios
A câmera capta o funcionário trabalhando. As imagens podem indicar se ele precisa de treinamento
Por Bárbara Oliveira varejo de pequeno e m é d i o p o r t e t a mbém já pode dispor de monitoramento remoto, com câmeras nos locais de atendimento ou nos caixas e em áreas de estoque das mercadorias, sem precisar de sistemas de gestão sofisticados ou pagar muito caro por isso. A solução Presença Virtual foi feita sob medida também para o pequeno comerciante que busca produtividade no seu negócio e mais segurança na empresa – tanto para os funcionários como para os clientes da loja. A ferramenta é da LiveOnLine, dedicada ao monitoramento de residências e empresas, e conta com duas versões: uma com câmeras fixas analógicas (as mais tradicionais) e outra com câmeras IP, pelas quais o cliente poderá monitorar o seu estabelecimento pela internet e em tempo real de onde ele estiver. Basta ter um login e uma senha no site da Liveonline ( w w w . l i v e o n l ine.com.br) e acessar de um computador remoto (de casa ou de um cybercafé) para dar uma espiada no que está acontecendo na loja, por exemplo. A outra forma de visualizar as imagens das câmeras fixas ou IP é via software que gerencia e grava os vídeos e é instalado em um PC. É bom notar que para o monitoramento remoto, a solução Presença Virtual não exige computadores nos locais onde as câmeras estão instaladas (no estabelecimento do cliente). Isso porque a maioria dos pequenos e médios varejistas e restaurantes não dispõe de computadores ou não pode liberar um PC que está no caixa
ou rodando algum outro programa só para visualizar as imagens internas. Neste caso, o controle tanto dos estoques, como do atendimento, como do caixa e de onde mais o cliente quiser colocar suas câmeras, será feito em um computador de casa ou de outro escritório. Mas se o estabelecimento tiver uma rede instalada, ele pode acessar diretamente de um computador conectado à rede local. Opções – Ou seja, o cliente vai escolher uma ferramenta do tamanho de seu negócio e que se adapte ao que ele deseja fazer. "Ele poderá monitorar o seu estabelecimento dentro dele ou de fora, via internet, no lugar onde estiver, mesmo que esteja viajando para o exterior e precisar dar uma olhada como andam as coisas nos seus pontos de venda", explica o engenheiro Ricardo Zweibil, sócio-diretor da Liveonline. "Ao oferecer uma solução completa de hardware e software, manutenção e consultoria, queremos tirar o problema das costas do cliente e a um custo que ele possa pagar", observa Zweibil, que já oferece a Presença Virtual para redes de franquias, indústrias, escolas, construtoras e postos de gasolina desde o início deste ano, e agora está ampliando o foco também para o mercado de pequeno e médio varejo. O sistema auxilia os restaurantes e lojistas a melhorarem o fluxo de seus clientes, pois monitora os horários de maior movimento, tempo que cada funcionário leva para atender a clientela e se há alguma reclamação registrada naquele dia ou semana. "A partir daí, o proprietário pode tomar novas decisões para melhorar o treinamento dos funcionários, exercer um controle maior de seus estoques (em restaurantes isso é fundamental) e também do seu caixa. Tudo isso ajuda na gestão do negócio, além de garantir mais segurança", lembra o executivo da Liveonline.
Da câmara ao monitor
Do próprio estabelecimento, de casa ou de um cybercafé, é possível controlar todo o negócio.
funcionamento do Presença Virtual é simples. Uma das soluções, a Presença Virtual VS, utiliza câmeras conectadas a uma caixa conversora chamada de Vídeo Server (daí o nome VS). Na outra ponta, o VS fica ligado ao modem de banda larga e transforma as imagens analógicas recebidas em digitais. Cada caixinha VS é capaz de suportar até quatro câmeras fixas. A outra alternativa, e mais moderna, é a Presença Virtual IP, com a utilização de câmeras IP que captam a movimentação das pessoas, além de trazerem recursos de zoom e áudio. As câmeras são conectadas a um roteador e ao modem de banda larga. A visualização é feita pelo software
no computador da empresa ou ao vivo, pela internet, via login e senha e com todas as imagens criptografadas e disponibilizadas só para o cliente no site da Liveonline. "Assinamos um termo de confidencialidade garantindo que não temos acesso ao material". Ali a empresa pode acessar tanto as imagens antigas (gravadas no programa) como ao vivo. A modalidade de comercialização é outro diferencial oferecido pela Liveonline. Além da venda normal da solução, com manutenção e consultoria, e cujo valor depende da configuração determinada pela empresa, a Liveonline oferece a comercialização da Presença Virtual por assinatura mensal, que também inclui consultoria e tecnologia de ponta, esclarece Zweibil. O valor mínimo mensal é de R$ 300 para três câmeras fixas ou de R$ 180 para uma câmera IP. A Liveonline dispõe de 15 clientes desta ferramenta que foi lançada no primeiro trimestre deste ano, sendo que a maior parte é formada por varejistas, entre postos de gasolina, redes de franquias e restaurantes. Com a assinatura mensal, a empresa quer focar suas vendas também no pequeno e médio comércio.
O sistema capta imagens do salão de um restaurante ou da cozinha, por exemplo. Tudo é processado por um conversor e enviado para gravação ou para a internet
2 -.ECONOMIA/LEGAIS
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 29 de agosto de 2006
'7.'4 *'4/'5 5')7415 &' %4d&+61 ¬ ':2146#c1 5 # % 0 2 ,
4'.#6Ï4+1 &# #&/+0+564#c1
SENHORES ACIONISTAS: Em conformidade com as disposições legais, submetemos ao exame de V.Sas. as Demonstrações Financeiras relativas aos semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005, acompanhadas das notas explicativas e do parecer dos auditores independentes. O volume de negócios da seguradora permanece em contínuo incremento desde seu estabelecimento e do período de consolidação de sua estruturação no Brasil, apresentando montante de R$ 2,2 milhões em prêmios emitidos até junho de 2006, 30% superior ao mesmo período do ano anterior. Há ainda um vasto mercado potencial a ser explorado para o produto de seguro de crédito no Brasil, sendo assim, projetamos uma expansão ainda maior para os próximos anos, focando o desenvolvimento e consolidação de parcerias com corretores. O resultado apurado no semestre deve-se em função basicamente, à evolução acima retratada, e ao alto nível de controle de sinistros, mesmo após maturação e incremento das apólices de nossa carteira. Esse cenário é fruto de nossos esforços no eficiente trabalho de monitoramento e prevenção de riscos, notadamente apreciado pelos segurados. A seguradora permanece seguindo uma política conservadora e prudente de investimentos. Agradecemos a confiança de nossos acionistas, a parceria estabelecida com corretores e prestadores e a dedicação, profissionalismo e comprometimento de nossos funcionários. Registramos também nossos elevados agradecimentos aos dirigentes e funcionários da Superintendência de Seguros Privados SUSEP e do IRB–Brasil Resseguros S.A., pela orientação e atenção prestadas. Ficamos a disposição para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários. São Paulo, 29 de agosto de 2006. A ADMINISTRAÇÃO. &GOQPUVTCnlQ FQ TGUWNVCFQ 5GOGUVTGU HKPFQU GO FG LWPJQ $CNCPnQ RCVTKOQPKCN 5GOGUVTGU HKPFQU GO FG LWPJQ 'O OKNJCTGU FG TGCKU 2#55+81 ' 2#64+/Ð0+1 .Ë37+&1 'O OKNJCTGU FG TGCKU GZEGVQ NWETQ NsSWKFQ RQT CnlQ ) #6+81 %KTEWNCPVG %KTEWNCPVG ) )) &KURQPsXGN %QPVCU C RCICT 2TqOKQU TGVKFQU Caixa e bancos 1.430 Obrigações a pagar 256) 187 1.176 2TqOKQU FG UGIWTQU ) Impostos e encargos sociais a recolher 13) 18 #RNKECn|GU Prêmios diretos 2.230) 1.712) Provisões trabalhistas 62) 26 Títulos de renda fixa 1.354 233 2TqOKQU FG TGUUGIWTQU EGFKFQU Provisões para impostos e contribuições 30) 8 6.992 Quotas de fundos de investimentos 6.370 8CTKCnlQ FCU RTQXKU|GU VoEPKECU &oDKVQU FG QRGTCn|GU EQO UGIWTQU G TGUUGIWTQU Provisão para desvalorização (2) (2) 2TqOKQU ICPJQU %ToFKVQU FCU QRGTCn|GU EQO UGIWTQU G TGUUGIWTQU Operações com resseguradoras 2.658) 1.409 5KPKUVTQU TGVKFQU Outros débitos operacionais 627) 354 Prêmios a receber 1.945 968 Sinistros diretos (3.620) (349) &GRxUKVQU FG VGTEGKTQU 276 Operações com resseguradoras 758 Serviços de assistência (2) -) 6sVWNQU G EToFKVQU C TGEGDGT Depósitos de terceiros 142) Recuperação de sinistros 3.439) 332) 2TQXKU|GU VoEPKECU UGIWTQU G TGUUGIWTQU Créditos tributários e previdenciários 186 158 Ressarcimentos 4) -) Outros créditos 13 4COQU GNGOGPVCTGU G XKFC GO ITWRQ 8 Variação da provisão de sinistros ocorridos &GURGUCU CPVGEKRCFCU Provisão de prêmios não ganhos 113) 62 mas não avisados (87) (9) Provisão de insuficiência de prêmios 566) Administrativas 3 5 4GEGKVCU FGURGUCU FG EQOGTEKCNK\CnlQ ) Sinistros a liquidar 180) 17 4GCNK\hXGN C NQPIQ RTC\Q Comissões (143) (85) Provisão de sinistros ocorridos mas não avisados 106) 11 %ToFKVQU FCU QRGTCn|GU EQO UGIWTQU G TGUUGIWTQU Recuperação de comissões 636) 488) 'ZKIsXGN C NQPIQ RTC\Q Prêmios a receber 208 Variação das despesas de comercialização diferidas (31) (182) Operações com resseguradoras 59 &oDKVQU FCU QRGTCn|GU EQO UGIWTQU G TGUUGIWTQU 1WVTCU FGURGUCU QRGTCEKQPCKU ) 2GTOCPGPVG Operações com resseguradoras 197) Outras despesas operacionais (1) -) Outros débitos operacionais 67) +OQDKNK\CFQ &GURGUCU CFOKPKUVTCVKXCU 2TQXKU|GU VoEPKECU UGIWTQU G TGUUGIWTQU 192 Bens móveis 202 &GURGUCU EQO VTKDWVQU Depreciação (71) (32) 4COQU GNGOGPVCTGU G XKFC GO ITWRQ ) 4GUWNVCFQ HKPCPEGKTQ &KHGTKFQ Provisão de prêmios não ganhos 12) Receitas financeiras 2.322) 914) 2CVTKOzPKQ NsSWKFQ Despesas de organização, implantação e instalação 64 65 Despesas financeiras (1.880) (357) Amortizações (19) (6) Capital social 7.227) 7.227 4GUWNVCFQ QRGTCEKQPCN Aumento de capital (em aprovação) 450) 4GUWNVCFQ CPVGU FQU KORQUVQU G RCTVKEKRCn|GU Reserva de lucros -) 51 Imposto de renda (3) -) Lucros ou prejuízos acumulados (206) 663 Contribuição social (2) -) 6QVCN FQ CVKXQ 6QVCN FQ RCUUKXQ G RCVTKOzPKQ NsSWKFQ Participações sobre o resultado -) (1) .WETQ NsSWKFQ RTGLWs\Q &GOQPUVTCnlQ FCU OWVCn|GU FQ RCVTKOzPKQ NsSWKFQ 'O OKNJCTGU FG TGCKU Quantidade de ações 7.676.753) 7.226.753) %CRKVCN #WOGPVQ FG ECRKVCN 4GUGTXC .WETQU RTGLWs\QU Lucro líquido (prejuízo) por ação-R$ 0,00) (0,01) UQEKCN GO CRTQXCnlQ FG NWETQU CEWOWNCFQU 6QVCN &GOQPUVTCnlQ FCU QTKIGPU G CRNKECn|GU FG TGEWTUQU 'O FG FG\GODTQ FG 5GOGUVTGU HKPFQU GO FG LWPJQ 'O OKNJCTGU FG TGCKU Prejuízo do semestre (75) (75) 'O FG LWPJQ FG 'O FG FG\GODTQ FG .WETQ NsSWKFQ RTGLWs\Q FQ UGOGUVTG 22) 22) Lucro líquido do semestre Mais: depreciações e amortizações 26 25 'O FG LWPJQ FG .WETQ NsSWKFQ RTGLWs\Q CLWUVCFQ #VKXKFCFGU QRGTCEKQPCKU 0QVCU GZRNKECVKXCU iU FGOQPUVTCn|GU HKPCPEGKTCU 5GOGUVTGU HKPFQU GO FG LWPJQ 'O OKNJCTGU FG TGCKU (299) 848 1.- Contexto operacional - A Seguradora foi constituída em 6 de novem- dade com a Circular SUSEP nº 314 de 28 de dezembro de 2005. A provisão Variação das aplicações (581) 276 bro de 2002, com a denominação Euler do Brasil Seguros de Crédito à de prêmios não ganhos é constituída pela parcela do prêmio retido, corres- Variação dos créditos das operações (23) (22) Exportação S.A. e em 31 de março de 2003 alterou a denominação para pondente ao período de risco a decorrer, calculado pelo método “pró rata die”. Variação de títulos e créditos a receber 4 (4) Euler Hermes Seguros de Crédito à Exportação S.A.. Em 28 de setembro de A provisão para insuficiência de prêmios foi calculada de acordo com crité- Variação das despesas antecipadas (564) 96 2005 a seguradora tornou-se subsidiária integral da até então acionista rios atuariais, baseando-se em pressupostos e premissas que levam em Variação de contas a pagar 946 majoritária, Euler Hermes Serviços de Gestão de Riscos Ltda, que na data consideração as características da seguradora. A provisão para imposto de Variação de débitos de operações com seguros e resseguros (147) 142 (193) mencionada alterou o contrato social recebendo a transferência das ações renda federal é constituída à alíquota - base de 15% do lucro real, acrescida Variação de depósitos de terceiros (3) da Euler Hermes S.A., com sede na França. A Euler Hermes ACI Holding, de adicional de 10% acima de limites específicos. A provisão para contribui- Variação de outros débitos (228) 59 Inc. (sediada nos Estados Unidos da América) celebrou em 20 de outubro ção social é constituída à alíquota de 9% do lucro antes do imposto de renda. Variação de provisões técnicas-seguros e resseguros de 2005 o Contrato de Compra e Venda de Ações com a Euler Hermes S.A., 3.- Aplicações - A classificação dos títulos e valores mobiliários por catego- %CKZC NsSWKFQ EQPUWOKFQ PCU CVKXKFCFGU QRGTCEKQPCKU #VKXKFCFGU FG KPXGUVKOGPVQ adquirindo o controle acionário da Euler Hermes Serviços de Gestão de ria é apresentada da seguinte forma em 30 de junho: (9) (14) Pagamento pela compra de ativo permanente Riscos Ltda, que registrou o fato por meio da alteração de seu contrato %CKZC NsSWKFQ EQPUWOKFQ PCU CVKXKFCFGU FG KPXGUVKOGPVQ social em 31 de dezembro de 2005. Este processo foi homolodo pela %WUVQ 8CNQT FG %WUVQ 8CNQT FG #WOGPVQ FKOKPWKnlQ PCU FKURQPKDKNKFCFGU SUSEP por meio da Portaria SUSEP 2.433 de 24 de abril de 2006. A Euler 6sVWNQU RCTC PGIQEKCnlQ CVWCNK\CFQ OGTECFQ CVWCNK\CFQ OGTECFQ Disponibilidades no início do período 1.573 751 Hermes ACI Holding, Inc. é subsidiária integral da Euler Hermes S.A.. A Letras Financeiras do Tesouro-LFTs 1.354 1.352 233 231 Disponibilidades no final do período 1.430 1.176 seguradora atua exclusivamente no ramo de seguros de crédito à exporta- Quotas de fundos de investimentos 6.370 6.370 6.992 6.992 #WOGPVQ FKOKPWKnlQ PCU FKURQPKDKNKFCFGU ção e iniciou suas atividades operacionais em fevereiro de 2004. 2.- Prin- 6QVCN 0QVCU 'ZRNKECVKXCU EQPVKPWCnlQ cipais práticas contábeis - As principais práticas contábeis adotadas pela O valor de mercado das LFTs, cujos vencimentos são 18 de outubro e 15 de 2.322 914 (b) Receitas financeiras: seguradora para o registro das operações e elaboração das demonstrações novembro de 2006, foi calculado com base no preço unitário de mercado na Variação cambial credora sobre operações de seguros financeiras estão em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações e data do balanço, informado pela Associação Nacional das Instituições do e resseguros 1.749 258 com as normas regulamentares do Conselho Nacional de Seguros Privados Mercado Aberto - ANDIMA. Os fundos de investimentos financeiros (não Juros com títulos de renda fixa - privados 464 626 - CNSP e da SUSEP, que incluem a Circular SUSEP nº 314 de 28 de exclusivos) são avaliados pelo valor da quota, informado pelos administraJuros com títulos de renda fixa - públicos 98 19 dezembro de 2005, que introduziu alterações no Plano de Contas e na dores, na data do balanço. Outras 11 11 Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos. Assim, os saldos de 4.Créditos tributários Referem-se, substancialmente, às antecipações 1.880 357 (c) Despesas financeiras: 30 de junho de 2005 foram alterados para fins de comparabilidade; (a) de imposto de renda e contribuição social no valor de R$ 186 (2005 Variação cambial devedora sobre operações de seguros Apuração do resultado - O resultado é apurado pelo regime de competên1.857 334 cia. Os prêmios de seguros, deduzidos dos prêmios cedidos em resseguros R$ 158). A seguradora não constitui créditos tributários de imposto de renda e resseguros e contribuição social sobre despesas temporariamente indedutíveis, à exceção Serviço de custódia e liquidação 16 16 são apropriados ao resultado quando da emissão das respectivas apólices 6 6 de seguros e diferidos para apropriação, em bases lineares, no decorrer do dos ajustes com títulos e valores mobiliários, quando aplicável. Os créditos CPMF 1 1 prazo de vigência pela constituição da provisão de prêmios não ganhos. As tributários decorrentes de prejuízos fiscais e bases negativas de contribui- Outras despesas financeiras despesas de comercialização são diferidas e apropriadas ao resultado, no ção social, não registrados contabilmente, montam em 30 de junho de 2006 6TCPUCn|GU EQO RCTVGU TGNCEKQPCFCU A Euler Hermes Seguros de Crédito decorrer do prazo de vigência dos seguros, líquidas das receitas decorren- R$ 402 (2005 - R$ 89). A seguradora efetuou até 30 de junho de 2006 S.A. e a Euler Hermes Seguros de Crédito à Exportação S.A. utilizam-se de tes das recuperações de comissões; (b) Aplicações - Os títulos e valores compensação de prejuízo fiscal acumulado de 30% do lucro tributável, de uma estrutura administrativa-operacional comum. As despesas pagas e incormobiliários em 30 de junho de 2006 e de 2005 estão classificados de acordo acordo com legislação vigente. ridas para cada uma das sociedades são rateadas de acordo com critérios estacom a intenção da administração, na categoria “Títulos para negociação”. %QPEKNKCnlQ FCU FGURGUCU FG KORQUVQ FG TGPFC G EQPVTKDWKnlQ UQEKCN belecidos em acordo operacional entre as partes. As despesas reembolsadas Dessa forma, na data do balanço, os títulos são ajustados pelo seu valor de ) por rateio totalizaram R$632 (2005-R$432) e as despesas alocadas representamercado, contabilizados em contrapartida à conta de receita ou despesa, no Lucro(prejuízo) contábil antes dos impostos e após as ram R$25(2005-R$17) e foram registradas nas diversas contas de despesas período; (c) Demais ativos circulantes - Os créditos das operações de participações segundo suas naturezas, sendo o valor pendente de pagamento em 30 de junho 27) (75) seguros e resseguros representam os valores contratados que encontram- Encargos tributários às alíquotas nominais (IR-25%, CS-9%) (9) de 2006 de R$215(2005 - R$167), classificado na rubrica “Obrigações a pagar”. -) se pendentes de recebimento em razão do parcelamento do prêmio, acres- Adições/baixas permanentes/temporárias 2CVTKOzPKQ NsSWKFQ CLWUVCFQ (1) -) cidos do Imposto sobre Operações Financeiras - IOF e as parcelas de Compensação de prejuízos fiscais Patrimônio líquido 7.471) 7.941 3) -) indenizações de sinistros à serem recuperadas junto à sociedade 10% sobre parcela até R$ 120 Despesas antecipadas (3) (5) 12) -) resseguradora. Os demais ativos são demonstrados pelos valores de cus- 'PECTIQU VTKDWVhTKQU iU CNsSWQVCU GHGVKXCU (45) (59) Ativo diferido to, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias 2CVTKOzPKQ NsSWKFQ CLWUVCFQ auferidas e deduzindo, quando aplicável, provisão para ajuste ao valor de 6.- Patrimônio líquido - (a) Capital social - O capital social no montante de /CTIGO FG UQNXqPEKC R$ 7.227 está representado por 7.226.753 ações ordinárias, todas nominativas mercado ou para realização; (d) Permanente - O ativo imobilizado é deA - Patrimônio líquido ajustado 7.423 7.877 e sem valor nominal. Os acionistas, reunidos em Assembléia Geral Extraordinámonstrado ao custo, menos a depreciação acumulada, computada pelo B - 0,2 do prêmio retido dos últimos 12 meses 53 28 ria em 27 de dezembro de 2005, deliberaram pelo aumento de capital no valor de método linear, às seguintes taxas anuais: bens móveis - 10%; veículos e C - 0,33 do sinistro retido anual médio dos últimos informática - 20%. O ativo diferido está demonstrado ao custo de aquisi- R$ 450, equivalente a 450.000 novas ações ordinárias. A ata desta assembléia 36 meses(considerado o período operacional) 53 9 ção, sendo composto por gastos com implantação de sistemas de compu- encontra-se na SUSEP para homologação. (b) Direito das ações - Assegura- D - Margem de solvência(valor de B ou C, o maior) 53 28 tação R$ 64 (2005 - R$ 65), deduzidos da amortização acumulada de R$ 19 se aos acionistas um dividendo mínimo correspondente a 25% dos lucros do 5WHKEKqPEKC # & (2005 - R$ 6). A amortização é calculada de forma linear pela taxa anual de exercício, deduzido da reserva legal e observando o disposto nos Arts. 189 e 1WVTCU KPHQTOCn|GU (a) Não existiam instrumentos financeiros deriva20% para os sistemas e programas de computador; (e) Passivo circulante- 190 da Lei nº 6.404/76. (c) Reserva de lucros - Constituição de reserva legal tivos registrados em 30 de junho de 2006 e de 2005; (b) As provisões Demonstrado pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando à razão de 5% do lucro líquido do exercício de 2003, no montante de R$ 51. Esse técnicas são garantidas por investimentos em Letras Financeiras do Tesouaplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorri- saldo foi absorvido pelo prejuízo do exercício de 2005, conforme parágrafo ro - LFTs, que na data do balanço encontrava-se vinculada a SUSEP ao dos. Os débitos de operações com seguros e resseguros estão compostos único do Art. 189 da Lei nº 6.404/76. valor de mercado de R$ 1.352 (2005 - R$ 231); (c) Não existiam reclama por (i) operações com resseguradoras, representadas por valores a serem 7.- Detalhamento das contas de resultado: ções judiciais levadas a efeito contra a seguradora, bem como por ela liquidados junto ao ressegurador, referente prêmios cedidos em ressegu- (a) Despesas administrativas e com tributos: 1.201 878 propostas em 30 de junho de 2006 e de 2005. ros, (ii) comissões a serem pagas aos corretores de seguros e (iii) outros Pessoal próprio e encargos sociais 661 483 &+4'614+# débitos operacionais, composto por comissões sobre prêmios emitidos e Localização e funcionamento 264 209 /CTE %QPUVCPVKP %CODQWTCMKU /CZ ,QCSWKP 'TPGUVQ 6JKGTOCPP 9GNNGT saldo credor de receitas de comercialização diferidas, decorrente de comis- Despesas com tributos 148 68 &KTGVQT 2TGUKFGPVG &KTGVQT sões de resseguros cedidos com valores superiores às comissões de Serviços de terceiros 84 80 0KNVQP ;WLK 5WIK[COC %QPVCFQT 2CWNQ 2GTGKTC (GTTGKTC #VWhTKQ corretores sobre prêmios emitidos. Esse procedimento está em conformi- Outras despesas administrativas 44 38 %4% 52 1 /+$# 2#4'%'4 &15 #7&+614'5 +0&'2'0&'06'5 Aos Administradores e Acionistas de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, Euler Hermes Seguros de Crédito à Exportação S.A. todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreende- a posição patrimonial e financeira da Euler Hermes Seguros de Crédito à 1.- Examinamos os balanços patrimoniais da Euler Hermes Seguros de ram, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, consi- Exportação S.A. em 30 de junho de 2006 e de 2005 e o resultado das Crédito à Exportação S.A. em 30 de junho de 2006 e de 2005 e as demons- derando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de trações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e contábil e de controles internos da seguradora, (b) a constatação, com base recursos dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, elaborados em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 8 de agosto de 2006. sob a responsabilidade da sua administração. Nossa responsabilidade é a informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimaEdison Arisa Pereira de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2.- Nossos exa- tivas contábeis mais representativas adotadas pela administração da seguContador mes foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no radora, bem como da apresentação das demonstrações financeiras toma- AUDITORES INDEPENDENTES CRC 2SP000160/O-5 CRC 1SP127241/O-0 Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo das em conjunto. 3.- Somos de parecer que as referidas demonstrações
ATAS
CONVOCAÇÃO Sindicato das Empresas Estabelecidas em Shopping Centers Convencionais, de Atacado, Temáticos, Outlets e Multilets e Congêneres do Município de São Paulo – Sindeshop. CNPJ Nº. 01.943.370/0001-25 Edital de Convocação - Assembléia Geral Extraordinária O Sindicato das Empresas Estabelecidas em Shopping Centers Convencionais, de Atacado, Temáticos, Outlets, Multilets e Congêneres do Município de São Paulo – Sindeshop, com endereço na Av. Ibirapuera, nº. 730 - Bairro de Moema, São Paulo /SP, convoca toda a categoria das empresas de qualquer natureza estabelecidas em shopping centers convencionais, de atacado, temáticos, outlets, multilets e congêneres na base territorial do Município de São Paulo/SP para a Assembléia Geral Extraordinária, cuja ordem do dia é a alteração da representação da categoria e a denominação da entidade, bem como posterior retificação do estatuto de fundação do Sindicato, a ser realizada às 08:00 horas em 1ª convocação e às 9:00 horas em 2ª convocação, no dia 09 de setembro de 2006, na Av. Ibirapuera, nº. 730 - Moema - São Paulo/SP, CEP 04028-000. São Paulo, 25 de agosto de 2006. Nabil Sahyoun - Presidente do Sindicato.
2
Segurança Monitoramento Equipamento Va r e j o
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 29 de agosto de 2006
Os notebooks da BenQ são importados. Ela ainda não tem fabricação própria no Brasil
NOTEBOOK DA BENQ POSSUI MÓDULO PARA TV DIGITAL
Mais uma opção em
NOTEBOOKS A multinacional taiwanesa BenQ começa a ganhar espaço
Recall de baterias pode custar caro à Sony s problemas com o superaquecimento de baterias da Sony, e que afetaram os notebooks dos fabricantes Apple e Dell, custarão caro para a companhia. Os custos de reposição de peças que usam a tecnologia de íon-lítio podem custar entre US$ 172 milhões e US$ 258 milhões. Juntas, Dell e Apple irão trocar quase seis milhões de baterias. Depois do anúncio de recall da Apple, nesta semana, a empresa sofreu uma queda no valor de suas ações no mercado financeiro japonês. Em comunicado, a empresa descartou a possibilidade de outros recalls, embora suas baterias sejam usadas também por outros fabricantes de notebooks. (AE)
correntes, pois traz como opcional um módulo para TV digital, isto é, uma antena que capta os sinais da tevê digital (no Brasil, o sistema de modulação japonesa só estará disponível no final de 2007). Outra opção é o controle remoto para controlar apresentações feitas pelo notebook em projetores da própria BenQ, desde que eles estejam conectados entre si por um cabo USB. O chip do S73G é o Intel Core Duo T2050, que substitui a linha Pentium, com dois núcleos para ampliar a capacidade de processamento, evitar o superaquecimento e reduzir o consumo de energia. O chip amplia a velocidade de processamento porque enquanto um núcleo se dedica a renderizar um filme, por exemplo, o outro cuida das outras tarefas como navegação na internet, e-mails, jogos, etc. Os chips Core Duo já estão preparando as novas máquinas para rodarem o sistema operacional Windows Vista, previsto para o próximo ano. O modelo S73G dispõe ainda de Bluetooth, Wi-Fi, leitor de
DVD-RW, 512 MB de memória RAM, disco rígido de 80 GB, monitor widescreen de 14,1 polegadas e peso de 2 kg. O preço no varejo é de R$ 5.999. Opção mais acessível - Para quem não precisa de uma máquina com tantos recursos, a sugestão é o entry level A33E, com chip Celeron M 380, Wi-Fi, de 256 MB de RAM, disco de 60 GB, monitor w i d e s c re e n de 15,4 polegadas e resolução WXGA. Ele também traz, a exemplo do S73G, microfone embutido com sistema de noise cancelling para reduzir ruídos e suporte para surround. O equipamento pesa 2,4 kg e está à venda pelo preço sugerido de R$ 2.799. Mais informações em www.metrocomm.com.br e www.megapronto.com.br Divulgação
ovos notebooks estão desembarcando no Brasil pelas mãos de duas distribuidoras nacionais. São modelos da BenQ, uma multinacional de origem taiwanesa que começa a ganhar espaço no mercado também com seus portáteis, já que ficou conhecida no mundo por ser uma das líderes na produção de monitores LCD, scanners, teclados, mídias de armazenamento (CD, DVD) e tecnologias wireless. Depois de adquirir a divisão de celulares da Siemens, no ano passado, a empresa chinesa começa a investir com força total nos notebooks. Os dois primeiros portáteis que chegam ao Brasil pela MetroComm e Megapronto são o Joybook S73G, topo de linha e de maior performance, e o Joybook A33E, mais básico. Os dois são importados, pois a BenQ não tem fabricação própria no Brasil. Ambos são equipados com processador Intel. Diferencial– Entretanto, o modelo S73G tem um diferencial em relação aos seus con-
O modelo S73G (acima, à esquerda), topo de linha, tem um módulo para a TV digital que ainda nem chegou no Brasil. O Joybook A33 (acima) é mais básico e mais barato.
Bárbara Oliveira
Três prêmios de design para uma empresa só
LG conquistou, na semana passada, três prêmios de design no EISA Awards, concedido pela maior organização editorial especializada em multimídia da Europa, com 54 revistas de 18 países. Os critérios para a premiação foram o design, tecnologia de ponta, características ergonômicas e melhor relação custo/benefício. Os prêmios serão entregues em Berlim no dia 1º de setembro.
Um dos produtos foi a TV de plasma LG 42PC1RR com DVR (Digital Vídeo Recorder) e função pause integrada. Desta forma, o telespectador pode interromper um programa para atender à campainha ou o telefone sem perder a cena que estava assistindo. O outro premiado foi o projetor Flat AN 110, para aplicação em parede do home theater. O projetor DLP é de alta definição e reúne duas tecnolo-
Divulgação
O televisor de plasma da LG tem DVR (Digital Video Recorder) e função pause integrada. Mas o que ganhou o prêmio não foi só a tecnologia: contaram, também, ergonomia, custo/benefício e, claro, design.
gias da LG. A primeira usa uma lente única de projeção, tipo L, para permitir a aplicação em paredes, e a segunda utiliza um prisma do tipo reverso com estrutura bidimensional que dá mais uniformidade às imagens. O projetor da LG já recebeu outros prêmios de design como o iF Awards International Forum Design), o reddot Award e também o IDEA ou Industrial Design Excellence Award.
Fábrica de placas em Manaus
Divulgação
Este vírus envia mensagem para celular
Samsung ML-1610: laser para casa ou escritório.
Nova impressora a laser Samsung anunciou que vai distribuir diretamente sua impressora a laser ML1610 para as lojas de varejo, procurando atender a demanda de usuários por impressoras a laser em residências e pequenos escritórios. O preço su-
gerido, de R$ 499, segundo a empresa, representa a melhor relação custo-benefício da categoria. O produto utiliza o recurso Toner Save, que permite a impressão de até 2.800 páginas, com durabilidade 40% maior do toner.
Cid Torquato deixa Camara-e.net
m dos fundadores da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, e seu diretorexecutivo desde 2001, o advogado e consultor Cid Torquato anunciou seu desligamento da Camara-e.net no último dia 22. A razão da saída, segundo ele próprio, foi pessoal. "Tenho o sentido de dever cumprido, a responsabilidade de me afastar em um momento positivo da entidade e a vontade de ex-
plorar outras possibilidades", afirmou ele. Nos cinco anos em que esteve à frente da Câmarae.net, Torquato participou de fóruns nacionais e internacionais e contribuiu com a expansão do setor de negócios eletrônicos no País. A Camara-e.net conta hoje com 160 membros e é a principal entidade multisetorial da Economia Digital não só no Brasil como em toda a América Latina.
suários da Movistar e Vodafone, que tenham a ferramenta de download de arquivos a partir do celular, correm o risco de baixar arquivos maliciosos a partir de links enviados pelo Eliles.A, um novo vírus de correio eletrônico detectado pelo PandaLabs. A praga chega ao computador pessoal dentro de um e-mail com o assunto "Curriculum Vitae para posible vacante", com texto em espanhol. O nome do worm varia. Se for executado, é capaz de se multiplicar, desativar os aplicativos antivírus e enviar cópias de si mesmo para a lista de endereços do usuário. Também tenta enviar mensagens aos telefones. Ainda não há registro da ação deste vírus no Brasil.
Voitel lança V-Phone m novo serviço de softphone chega aos clientes V-NET. É o V-Phone, desenvolvido pela Voitel, pioneira nos serviços de voz sobre IP (VoIP) no Brasil, que oferece mobilidade ao cliente VoIP, que passa a contar com o serviço em qualquer lugar. Basta ter o software instalado em um notebook e a licença da Voitel. Assim, é possível falar, a partir do V-Phone, para outro V-Phone ou para qualquer outro telefone, em qualquer país. A Voitel está focada no mercado empresarial: oferece serviços como webcasting e teleconferências, atendendo dezenas de milhares de usuários em 50 países.
O LG RH200MHS é um gravador de DVD que ganhou o prêmio European Digital Vídeo Recorder 2006/2007. Seu disco rígido é de 250 GB, grava em vários formatos como DVD-RAM/+RW/RW/+R/-R e é compatível com qualquer tipo de armazenamento de mídia. É apresentado nas cores preto e prata com o objetivo de combinar com a linha de televisores da marca. (B.0.)
Impressora versão mini Perto lança sua impressora térmica Pertoprinter na Feira Varejo Total, que está programada para 11 a 14 de setembro, aqui em São Paulo. A menor de sua categoria (apenas 13 cm por 19 cm), a Pertoprinter
foi desenvolvida para atividades de automação bancária e comercial, e oferece alta velocidade de impressão, troca rápida de bobinas. Suas bobinas vêm com mais de 130 metros de papel.
Controle do celular corporativo
E-mail lido, e-mail apagado.
Sumus Informática lançou a nova versão do Sumus Servidor for Web, sistema que permite monitorar com mais precisão os gastos com aparelhos de celular de executivos e outros colaboradores das empresas. Com ferramentas como a importação de dados das contas, é possível criar um relatório completo de gastos por usuário, bem como por departamento. O Sumus Servidor for Web permite ainda a inclusão de outros gastos com telecomunicações que não os de telefones móveis. Assim, a empresa consegue mensurar as despesas por setor, aumentando a economia e a eficácia do serviço.
om o objetivo de facilitar a limpeza de mensagens rápidas que não precisam de registro, a Mandic criou o Miss ao .s e cret a , ferramenta para usuários do serviço de e-mail da empresa que destrói automaticamente uma mensagem de correio eletrônico, assim que ela for lida. A novidade não tem custo adicional para os assinantes do serviço, que pagam entre R$ 5 e R$ 35 por três tipos de conta. "Além de agregar segurança ao usuário, a nossa nova ferramenta mantém a caixa de entrada livre para as mensagens importantes que precisam ser registradas", afirma Aleksandar Mandic, fundador da empresa.
MCD Indústria e Comércio de Componentes inaugurou uma fábrica de placas na zona franca de Manaus, que emprega 200 funcionários e produz, mensalmente, cerca de 45 mil placas de vários tipos – placa-mãe, placa de vídeo, fax modem e outras. A empresa atende fabricantes de microcomputadores que utilizam componentes produzidos no território nacional. A produção de placas-mãe tornou-se possível com duas parcerias de tecnologia fechadas pela MCD com a Asus e a Biostar, duas líderes mundiais na fabricação do produto. A MCD existe desde 1999 e hoje vende não só as placas como equipamentos de informática em geral.
Scanner da Canon novo scanner DR 1210C, lançado pela Canon do Brasil, oferece alta produtividade sem ocupar muito espaço. Indicado para pequenos grupos de trabalho ou escritórios de pequenas ou médias empresas, o produto tem como destaque um detector de papel, que alia agilidade e automação. Também conta com um alimentador automático de documentos e os digitaliza em alta velocidade – o que aumenta ainda mais a produtividade. É indicado tanto para arquivos em preto e branco como para coloridos; Seu design dá mais flexibilidade ao usuário permitindo trabalhar mesmo com documentos de difícil manuseio, como livros.
terça-feira, 29 de agosto de 2006
Nacional Finanças Tr i b u t o s Empresas
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3 O sentido de imunidade é proteger a liberdade religiosa para evitar perseguições. Kiyoshi Harada, advogado tributarista
CITRÖEN É MULTADA EM R$ 287, 7 MIL
DONO DE CEMITÉRIO PARTICULAR EM SANTO ANDRÉ RECORRE AO STF PARA NÃO PAGAR IPTU
ATÉ MORADA ETERNA PAGA TRIBUTO
M
orto deve pagar Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) sobre seu próprio túmulo? E os cemitérios? A discussão de ar mórbido, na verdade, é econômica, já que a arrecadação desse imposto é a de maior representatividade para as prefeituras. O município de Santo André, na Grande São Paulo, que o diga. Tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação contra a Prefeitura para que túmulos de um cemitério sejam considerados como templos de qualquer culto. Assim, eles seriam abrangidos pela imunidade tributária prevista na Constituição Federal. A ação foi ajuizada pelos proprietários do cemitério Santo André, entre eles José Augusto Ferrão. Em fevereiro, o recurso do cemitério ecumênico foi indeferido pelo ministro Joaquim Barbosa, do STF. "Ora dada a destinação econômica, e não religiosa, dos bens, e em face do caráter não-eclesiástico da entidade proprietária, não cabe falar, no caso, em existência de templos destinados à celebração de cultos", declarou o ministro. Neste mês, o plenário do STF julgará novo recurso do cemitério. Templo – O proprietário José Augusto Ferrão contou que o terreno era um sítio, que se transformou em cemitério particular por meio de decreto municipal em 1978. "Iniciamos a briga jurídica em 1990, quando começou a ser cobrado o IPTU. Hoje, teríamos que pagar R$ 980 mil de imposto por ano, o que é inviável", disse, ao sustentar que cemitério é uma área onde as pessoas "vão lembrar dos entes que se foram e rezar, portanto, deve ser considerado como templo". A Secretaria de Negócios Jurídicos da Prefeitura de Santo André informou que o ce-
Citröen na mira da Justiça
O
Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça aplicou ontem uma multa de R$ 287,7 mil à montadora Citröen por utilizar publicidade enganosa na campanha Bon Voyage Citröen. Na promoção, veiculada em dezembro de 2000, a empresa oferecia duas passagens aéreas para Paris na compra
Newton Santos/Hype
Google nega bloqueio de site no País
A No Brasil, cemitérios públicos estão livres do pagamento do IPTU
mitério tem diversos débitos de IPTU inscritos na dívida ativa do município e que a cobrança do imposto tem base legal. A Prefeitura de São Paulo também cobra IPTU de cemitérios particulares. Segundo o advogado Kiyoshi Harada, ex- procurador-chefe da consultoria jurídica da capital paulistana, diferentemente dos cemitérios públicos, há incidência de IPTU sobre os privados. "O sentido de imunidade é proteger a liberdade religiosa para evitar perseguições políticas desta ou daquela seita. Cemitério não é lugar de culto", disse.
Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Proprietários de Cemitérios Particulares (Sincep), Haroldo Moreira Felício, a maioria dos municípios brasileiros cobra IPTU de cemitérios. "Antes de entrarem com uma ação judicial, orientamos nossos 120 associados a negociarem a imunidade fiscal com as prefeituras", afirmou Felício, que é proprietário de um cemitério em Belo Horizonte, em Minas Gerais, e tem ação tramitando na primeira instância. "Túmulos são bens de família e que têm valor venal zero. Por isso, não deve incidir o IPTU", alegou.
do veículo Xsara. De acordo com o DPDC, a empresa descumpriu o Código de Defesa do Consumidor por deixar de informar que a passagem oferecida seria para os trechos São Paulo/Paris/São Paulo ou Rio de Janeiro/Paris/Rio de Janeiro. O material publicitário trazia apenas a afirmação: "Compre um Citröen 0 km e ganhe 2 passagens para Paris. Não é sorteio. Comprou, ganhou". O DPDC apurou que a informação sobre os trechos
aéreos oferecidos só chegava ao consumidor após a aquisição do veículo, no documento intitulado carta de crédito, entregue mediante a apresentação do "Pedido Firme de Compra". No material publicitário, há apenas a menção: "consulte o regulamento junto a uma concessionária Citröen". A empresa tem dez dias para apresentar recurso ao secretário de Direito Econômico. Se a decisão for mantida, os valores deverão ser depositados no Fundo de Direitos Difusos. (DC)
Laura Ignacio
Google Inc., dona do site de relacionamentos Orkut, negou o bloqueio do serviço no Brasil. De acordo com o procurador da empresa no País, o advogado Durval Noronha, diferentemente do que diz o Ministério Publico Federal, a companhia tem colaborado na identificação de criminosos que utilizam o site. A briga entre a filial da empresa no País e a Justiça brasileira teve início na semana passada. O motivo é a suposta recusa da Google em entregar dados, como números IP, de
usuários investigados por crimes no site de relacionamentos. A filial se defende dizendo que não tem acesso a tais dados, guardados nos servidores da matriz, na Califórnia. Não satisfeito, o MP entrou com ação civil pedindo multa de R$ 150 milhões, mais multas diárias pelo não cumprimento dos pedidos da Justiça. Solicitou, ainda, o fechamento da subsidiária no Brasil se a recusa persistir. "Não tenho interesse em acabar com o Orkut, mas o MP e o Google não se suportam e o que me preocupa são as cerca de mil páginas criminosas
que são abertas no site por mês. Por isso pedi ajuda ao Congresso americano", disse o deputado Luiz Eduardo Greenhalgh. A questão se complica porque o MP tem enviado as ordens judiciais à Google Brasil, subsidiária brasileira da Google Inc. que, por sua vez, afirma não ter acesso aos dados dos usuários e que, por isso, os pedidos devem ser enviados diretamente à matriz. O MP, entretanto, alega que não há diálogo com a sede da empresa e que a Google Brasil também tem responsabilidades sobre o serviço que oferece. (AG) INFORME PUBLICITÁRIO
Há 116 anos na história do país No último dia 23 de agosto, a Bolsa de Valores de São Paulo BOVESPA completou 116 anos de história. Fundada em 1890, essa importante data representou um marco na existência da instituição, que desde que foi criada contribui para o fortalecimento do mercado de capitais brasileiro e também para o desenvolvimento da economia do país. INVESTIDORES Nos últimos anos, a BOVESPA e suas Corretoras de Valores Membros vêm intensificando as iniciativas para atrair novos investidores e empresas para o mercado de ações, entre elas o programa BOVESPA VAI ATÉ VOCÊ (veja detalhes em destaque). O significativo aumento na participação dos investidores pessoas físicas mostra que
essas atividades têm trazido resultados positivos. De 1994 a 2005, essa participação passou de 9,7% para 25,4%. E este ano, 26 empresas já captaram recursos por meio de ofertas públicas de ações. Ao atrair novos investidores, a BOVESPA consolida sua posição de maior Bolsa da América Latina. TRANSPARÊNCIA Além de garantir a segurança e a transparência das operações realizadas no mercado de ações, a Bolsa oferece uma série de produtos e serviços que facilitam a consulta das informações por parte do investidor e o acompanhamento das aplicações realizadas. A BOVESPA também tem ampliado seus investimentos em tecnologia e em novos segmentos, como o
de renda fixa, e realizado várias atividades para divulgar o mercado acionário brasileiro no exterior. Outro objetivo da BOVESPA é se aproximar das autoridades políticas e da comunidade jurídica nacional e ampliar, cada vez mais, a divulgação dos conceitos de educação financeira ao público em geral, de maneira didática às pessoas de todas as idades. FORÇA Todas essas ações possibilitam que o mercado de ações fique cada vez mais forte e democrático e cumpra sua missão: servir como meio de formação de patrimônio para a população e, para as empresas, como canal de captação de recursos para que elas invistam na produção e gerem mais empregos e renda.
INVESTIMENTO SOCIAL
POPULARIZAÇÃO DO MERCADO
CANAIS DE ATENDIMENTO
I A BOVESPA realiza diversos investimentos na área social, entre eles, a Bolsa de Valores Sociais, um programa pioneiro que tem como objetivos levantar fundos para projetos educacionais de ONGs e colaborar com a formação de uma sociedade mais justa.
I O programa BOVESPA VAI ATÉ VOCÊ foi criado em 2002 com o objetivo de difundir os conceitos do mercado de ações entre vários públicos. Até 2006, mais de 316 mil pessoas já foram atendidas por nossas equipes.
I A BOVESPA tem dois canais de atendimento para quem deseja saber mais sobre ela. Além do site www.bovespa.com.br, é possível obter informações pelo Centro de Informações Bovespa, pelos telefones (11) 3233-2178/2238.
Acompanhe quinzenalmente, nesta seção, mais informações sobre a importância do mercado de ações para a economia do país
terça-feira, 29 de agosto de 2006
Segurança Equipamento Va r e j o Te c n o l o g i a
DIÁRIO DO COMÉRCIO
metropolitana. O ritmo de abertura de novas lojas e shopping centers está se acelerando, devido à onda de prosperidade do país. O estudo da AT Kearney indica que gigantes globais como Tesco e Wal-Mart estão apenas esperando o momento certo (em termos legais) para entrar no país. Essas grandes redes já estão fazendo contatos e parcerias preliminares com comerciantes locais. A Tecnologia da Informação está desempenhando um importante papel nessa onda de modernização do comércio na Índia. O país é conhecido mundialmente como produtor de TI de alta qualidade, então na-
Captura de tela
Lojas mais atraentes para o consumidor indiano
Gigantes globais como Tesco e Wal-Mart esperam o momento certo para entrar no país.
A TECNOLOGIA AJUDA A MODERNIZAR A ÍNDIA
A Índia luta para modernizar seu varejo
m recente estudo realizado pela AT Kearney, a Índia superou a Rússia como destino mais atraente para grandes grupos varejistas internacionais. Um dos maiores fatores para essa melhora na classificação foi a mudança na lei sobre propriedade estrangeira de operações de varejo. Segundo esse estudo, o mercado varejista indiano representa nada menos que US$ 330 bilhões, e tem registrado crescimento anual médio de 10% nos últimos cinco anos. O crescimento do varejo é visível em todos os cantos da Índia, especialmente em regiões
3
da mais lógico do que aplicar essa produção no mercado interno, ajudando a modernizar o mercado varejista do imenso país. A Índia está na vanguarda da adoção em larga escala das etiquetas com transmissores de rádio (RFIDs), e pode se unir à China no desenvolvimento de padrões mundiais para a tecnologia. Será um raro caso de parceria entre dois gigantes comerciais que têm longo histórico de desavenças. Para coordenar iniciativas de TI aplicadas ao comércio, a Índia criou recentemente uma Associação Varejista, que estabeleceu logo em sua primeira reunião que a Tecnologia da Informação é vital para o desenvolvimento dos negócios. Estudos locais mostram que os comerciantes estão cada vez mais conscientes sobre a importância da TI para o varejo. Uma pesquisa da IMRB indicou que os comerciantes desejam modernizar suas estruturas antigas e tornar seus negócios mais ágeis e globalizados através da tecnologia. Um dos principais problemas apontados pelos varejistas indianos é o controle de estoques e cadeia de suprimentos. Devido às condições climáticas da Índia, é essencial em muitos setores de atividade manter um registro preciso da vida útil das mercadorias nas prateleiras, especialmente no setor alimentício. O comércio na Índia ainda é feito em sua imensa maioria em lojas "kirana": pequenos estabelecimentos familiares, que dominam o cenário comercial do país há séculos. Mas especialistas em varejo vêem mudanças até mesmo nessas lojas mais simples, que estão descobrindo que a tecnologia pode beneficiar e muito o estoque de
mercadorias e o atendimento aos clientes. As lojas kirana são geralmente negócios familiares, com grandes famílias operando várias "filiais", espalhadas pelas cidades. A comunicação entre essas pequenas lojas está se tornando mais fácil com o barateamento da tecnologia, o que permite que os negócios possam ser feitos de modo mais eficiente e a maiores distâncias. Segundo analistas do mercado indiano, as cadeias de pequenas lojas estão crescendo em média 22% ao ano, e devem superar outros formatos em vendas. Assim, pequenas operações familiares podem se tornar grandes redes, com filiais em diversas cidades e estados da Índia. Nessa expansão de lojas pequenas, os sistemas de pontode-venda (PoS) são os mais procurados. Também ganham destaque as pequenas redes para transmissão de dados, softwares para administração de mercadorias, softwares financeiros e sistemas de controle de dados. Outro ponto de destaque são sistemas para o controle de estoques. À medida que as pequenas lojas se expandem, a complexidade de gerenciamento dos estoques aumenta, e se torna impossível controlar os itens sem um sistema de TI. Como a Índia não é um país de população rica, os sistemas de TI indianos têm um trunfo decisivo sobre seus concorrentes europeus ou americanos. As soluções e softwares indianos são bem mais flexíveis, mais voltados para as necessidades de comerciantes humildes -- acima de tudo, são muito mais baratos. Os setores de alimentos e de vestuário estão na vanguarda
dessa "revolução silenciosa" do varejo popular na Índia. Agora não é incomum ver pequenas lojas de roupas e mercadinhos implementarem leitores de código de barras e RFIDs para controlar melhor a mercadoria. Esses aparelhos se mostram muito úteis especialmente durante os muitos festivais e festas religiosas que ocorrem no p a í s . O s c omerciantes p o d e m p rogramar a venda de itens específicos com muito mais facilidade, atendendo a demanda com menos filas. De acordo com a firma Cygnus Economic and Business Research, o setor de vestuário indiano está crescendo entre 4 e 5% em termos de volume, e 13% anuais em valor. Apesar de uma robusta indústria doméstica de TI, as redes de médio e grande porte ainda preferem comprar soluções de vendedores estrangeiros. Isso é especialmente verdade no setor de supermercados, um formato ainda recente no país. A rede Foodworld, por exemplo, preferiu adotar uma solução norueguesa para resolver problemas logísticos em seus 93 outlets. Mas outras redes já buscam soluções locais para suas necessidades de distribuição. A importância dos dados de venda agora se tornou prioridade, e os investimentos em aplicativos destinados à automação das transações comerciais estão aumentando. sergiokulpas@gmail.com
O setor de varejo organizado representa apenas 3% do mercado varejista indiano, mas mudanças na legislação e a crescente modernização tecnológica estão operando grandes transformações no comércio daquele país.
4 -.ECONOMIA/LEGAIS
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 29 de agosto de 2006
'7.'4 *'4/'5 5')7415 &' %4d&+61 5 # % 0 2 ,
4'.#6Ï4+1 &# #&/+0+564#c1
SENHORES ACIONISTAS: Em conformidade com as disposições legais, submetemos ao exame de V.Sas. as Demonstrações Financeiras relativas aos semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005, acompanhadas das notas explicativas e do parecer dos auditores independentes. O volume de negócios da seguradora permanece em contínuo incremento desde seu estabelecimento e do período de consolidação de sua estruturação no Brasil, apresentando montante de R$ 8,7 milhões em prêmios emitidos até junho de 2006, 95% superior ao mesmo período do ano anterior. Há ainda um vasto mercado potencial a ser explorado para o produto de seguro de crédito no Brasil, sendo assim, projetamos uma expansão ainda maior para os próximos anos, focando o desenvolvimento e consolidação de parcerias com corretores. O lucro líquido apurado no semestre deve-se em função basicamente, à evolução acima retratada, e ao alto nível de controle de sinistros, mesmo após maturação e incremento das apólices de nossa carteira. Esse cenário é fruto de nossos esforços no eficiente trabalho de monitoramento e prevenção de riscos, notadamente apreciado pelos segurados. A seguradora permanece seguindo uma política conservadora e prudente de investimentos. Agradecemos a confiança de nossos acionistas, a parceria estabelecida com corretores e prestadores e a dedicação, profissionalismo e comprometimento de nossos funcionários. Registramos também nossos elevados agradecimentos aos dirigentes e funcionários da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP e do IRB–Brasil Resseguros S/A, pela orientação e atenção prestadas. Ficamos a disposição para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários. São Paulo, 29 de agosto de 2006. A ADMINISTRAÇÃO. &GOQPUVTCnlQ FQ 4GUWNVCFQ 5GOGUVTGU HKPFQU GO FG LWPJQ $CNCPnQ 2CVTKOQPKCN 5GOGUVTGU HKPFQU GO FG LWPJQ 'O OKNJCTGU FG TGCKU 'O OKNJCTGU FG TGCKU GZEGVQ NWETQ NsSWKFQ RQT CnlQ #6+81 2#55+81 ' 2#64+/Ð0+1 .Ë37+&1 ) ) %KTEWNCPVG ) ) ) %KTEWNCPVG 2TqOKQU TGVKFQU &KURQPsXGN %QPVCU C RCICT ) 2TqOKQU FG UGIWTQU ) Caixa e bancos 81) 1.284) Obrigações a pagar 901) 208) Prêmios diretos 8.724) 4.464) ) #RNKECn|GU Impostos e encargos sociais a recolher 464) 298) 2TqOKQU FG TGUUGIWTQU EGFKFQU Títulos de renda fixa 1.135) 1.051) Provisões trabalhistas 119) 95) ) Quotas de fundos de investimentos 9.116) 7.746) 8CTKCnlQ FCU RTQXKU|GU VoEPKECU Provisões para impostos e contribuições 168) 284) 2TqOKQU ICPJQU ) ) %ToFKVQU FCU QRGTCn|GU EQO UGIWTQU G TGUUGIWTQU &oDKVQU FG QRGTCn|GU EQO UGIWTQU G TGUUGIWTQU 5KPKUVTQU TGVKFQU Prêmios a receber 6.053) 3.794) Operações com resseguradoras 7.218) 5.286) Sinistros diretos (1.416) (1.498) Operações com resseguradoras 2.933) 1.269) Corretores de seguros e resseguros 1) -) Serviços de assistência (20) -) Outros créditos operacionais 22) -) Outros débitos operacionais 1.032) 798) Recuperação de sinistros 1.350) 1.453) ) 6sVWNQU G EToFKVQU C TGEGDGT &GRxUKVQU FG VGTEGKTQU Ressarcimentos 7) -) Títulos e créditos a receber 219) 167) Depósitos de terceiros 63) 36) Variação da provisão de sinistros ) Créditos tributários e previdenciários 154) 228) 2TQXKU|GU VoEPKECU UGIWTQU G TGUUGIWTQU ocorridos mas não avisados (89) (43) ) 4COQU GNGOGPVCTGU G XKFC GO ITWRQ Outros créditos 36) 22) 4GEGKVCU FGURGUCU FG EQOGTEKCNK\CnlQ ) Provisão de prêmios não ganhos 204) 139) &GURGUCU CPVGEKRCFCU Comissões (593) (205) Administrativas 2) 9) Provisão de insuficiência de prêmios 361) 245) Recuperação de comissões 2.324) 899) 4GCNK\hXGN C NQPIQ RTC\Q Sinistros a liquidar 122) 38) Variação de despesas de comercialização diferidas (487) 204) ) %ToFKVQU FCU QRGTCn|GU EQO UGIWTQU G TGUUGIWTQU Provisão de sinistros ocorridos mas não avisados 175) 119) 1WVTCU TGEGKVCU QRGTCEKQPCKU ) Prêmios a receber 54) -) ) ) 'ZKIsXGN C NQPIQ RTC\Q Outras receitas operacionais 1) 1) Operações com resseguradoras 14) -) ) &oDKVQU FCU QRGTCn|GU EQO UGIWTQU G TGUUGIWTQU &GURGUCU CFOKPKUVTCVKXCU 2GTOCPGPVG Operações com resseguradoras 48) -) &GURGUCU EQO VTKDWVQU +OQDKNK\CFQ ) Outros débitos operacionais 14) -) 4GUWNVCFQ HKPCPEGKTQ ) 2TQXKU|GU VoEPKECU UGIWTQU G TGUUGIWTQU Bens móveis 545) 478) Receitas financeiras 802) 765) 4COQU GNGOGPVCTGU G XKFC GO ITWRQ ) Depreciação (311) (226) Despesas financeiras (44) (41) Provisão de prêmios não ganhos 3) -) ) &KHGTKFQ 4GUWNVCFQ QRGTCEKQPCN 2CVTKOzPKQ NsSWKFQ Despesas de organização, implantação e instalação 1.085) 927) ) ) Amortizações (562) (528) 4GUWNVCFQ CPVGU FQU KORQUVQU G RCTVKEKRCn|GU Capital social 9.948) 8.950) ) Imposto de renda (114) (199) Aumento de capital (em aprovação) -)) 998) Contribuição social (45) (76) Prejuízos acumulados (265)) (1.273) 6QVCN FQ RCUUKXQ G RCVTKOzPKQ NsSWKFQ 6QVCN FQ CVKXQ ) ) Participações sobre o resultado (2) (5) ) .WETQ NsSWKFQ &GOQPUVTCnlQ FCU OWVCn|GU FQ RCVTKOzPKQ NsSWKFQ 'O OKNJCTGU FG TGCKU Quantidade de ações 10.196.875) 10.196.875) #WOGPVQ FG ECRKVCN 2TGLWs\QU Lucro líquido por ação-R$ 0,05) 0,05) %CRKVCN UQEKCN GO CRTQXCnlQ CEWOWNCFQU 6QVCN &GOQPUVTCnlQ FCU QTKIGPU G CRNKECn|GU FG TGEWTUQU 'O FG FG\GODTQ FG 5GOGUVTGU HKPFQU GO FG LWPJQ 'O OKNJCTGU FG TGCKU 551 551 Lucro líquido do semestre 'O FG LWPJQ FG ) ) ) 'O FG FG\GODTQ FG .WETQ NsSWKFQ FQ UGOGUVTG Mais: depreciações e amortizações 160) 140) Aprovação de aumento de capital conforme ) ) Portaria SUSEP 530 de 26 de janeiro de 2006 998 (998) - .WETQ NsSWKFQ CLWUVCFQ 549 549 #VKXKFCFGU QRGTCEKQPCKU Lucro líquido do semestre Variação das aplicações (640) (944) 'O FG LWPJQ FG Variação dos créditos das operações (6.872) (904) 0QVCU 'ZRNKECVKXCU iU &GOQPUVTCn|GU (KPCPEGKTCU 5GOGUVTGU HKPFQU GO FG LWPJQ 'O OKNJCTGU FG TGCKU Variação de títulos e créditos a receber 235) 333) Variação das despesas antecipadas (1) (2) %QPVGZVQ QRGTCEKQPCN A Seguradora foi constituída em 4 de dezembro de dade com a Circular SUSEP nº 314 de 28 de dezembro de 2005. A provisão Variação de contas a pagar 328) 418) 2000, com a denominação Euler do Brasil Seguros S.A. e em 31 de março de de prêmios não ganhos é constituída pela parcela do prêmio retido corresVariação de débitos de operações com seguros e resseguros 3.676) 1.258) 2003 alterou a denominação para Euler Hermes Seguros de Crédito S.A.. Em pondente ao período de risco a decorrer, calculado pelo método “pró rata die”. Variação de depósitos de terceiros (9) 37) 28 de setembro de 2005 a seguradora tornou-se subsidiária integral da até A provisão de insuficiência de prêmios foi calculada de acordo com critérios Variação de outros débitos (5) -) então acionista majoritária, Euler Hermes Serviços de Gestão de Riscos atuariais, baseando-se em pressupostos e premissas que levam em consiVariação de provisões técnicas - seguros e resseguros 471) (214) Ltda., que na data mencionada alterou o contrato social recebendo a transfe- deração as características da seguradora. A provisão para imposto de renda rência das ações da Euler Hermes S.A., com sede na França. A Euler federal é constituída à alíquota - base de 15% do lucro real, acrescida de %CKZC NsSWKFQ EQPUWOKFQ PCU CVKXKFCFGU QRGTCEKQPCKU Hermes ACI Holding, Inc. (sediada nos Estados Unidos da América) celebrou adicional de 10% acima de limites específicos. A provisão para contribuição #VKXKFCFGU FG KPXGUVKOGPVQ Pagamento pela compra de ativo permanente (23) (2) em 20 de outubro de 2005 o Contrato de Compra e Venda de Ações com a social é constituída à alíquota de 9% do lucro antes do imposto de renda. Euler Hermes S.A., adquirindo o controle acionário da Euler Hermes Serviços #RNKECn|GU A classificação dos títulos e valores mobiliários por categoria %CKZC NsSWKFQ EQPUWOKFQ PCU CVKXKFCFGU FG KPXGUVKOGPVQ #WOGPVQ FKOKPWKnlQ PCU FKURQPKDKNKFCFGU ) de Gestão de Riscos Ltda, que registrou o fato por meio da alteração de seu é apresentada da seguinte forma em 30 de junho: Disponibilidades no início do período 2.212) 613) contrato social em 31 de dezembro de 2005. Este processo foi homologado 81) 1.284) Disponibilidades no final do período pela SUSEP por meio da Portaria SUSEP 2.433 de 24 de abril de 2006. A Euler %WUVQ 8CNQT FG %WUVQ 8CNQT FG ) CVWCNK\CFQ OGTECFQ CVWCNK\CFQ OGTECFQ #WOGPVQ FKOKPWKnlQ PCU FKURQPKDKNKFCFGU Hermes ACI Holding, Inc. é subsidiária integral da Euler Hermes S.A.. A 6sVWNQU RCTC PGIQEKCnlQ 1.135 1.051 1.051 0QVCU GZRNKECVKXCU EQPVKPWCnlQ seguradora atua exclusivamente no ramo de seguros de crédito doméstico e Letras Financeiras do Tesouro - LFTs 1.132 9.116 9.116 7.746 7.746 D 4GEGKVCU HKPCPEGKTCU iniciou suas atividades operacionais em maio de 2003. 2TKPEKRCKU RThVKECU Quotas de fundos de investimentos Juros com títulos de renda fixa - privados EQPVhDGKU As principais práticas contábeis adotadas pela seguradora para o 6QVCN 662 653 registro das operações e elaboração das demonstrações financeiras estão O valor de mercado das LFTs, cujos vencimentos são 15 de novembro de Juros com títulos de renda fixa - públicos 89 77 em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações e com as normas 2006 e 19 de dezembro de 2007, foi calculado com base no preço unitário Juros sobre recuperação de sinistros ressegurados 39 16 regulamentares do Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP e da de mercado na data do balanço, informado pela Associação Nacional das Juros sobre créditos tributários 10 1 SUSEP, que incluem a Circular SUSEP nº 314 de 28 de dezembro de 2005, Instituições do Mercado Aberto - ANDIMA. Os fundos de investimentos Variação cambial credora sobre contas a pagar 18 que introduziu alterações no Plano de Contas e na Demonstração de Origens financeiros (não exclusivos) são avaliados pelo valor da quota, informado Outras 2 e Aplicações de Recursos. Assim, os saldos de 30 de junho de 2005 foram pelos administradores, na data do balanço. %ToFKVQU VTKDWVhTKQU Refe- E &GURGUCU HKPCPEGKTCU alterados para fins de comparabilidade; C #RWTCnlQ FQ TGUWNVCFQ O resul- rem-se, substancialmente, às antecipações de imposto de renda e contri- CPMF 27 19 tado é apurado pelo regime de competência. Os prêmios de seguros, deduzi- buição social no valor de R$ 154 (2005 - R$ 228). A seguradora não cons- Serviços de custódia e liquidação de títulos 16 16 dos dos prêmios cedidos em resseguros são apropriados ao resultado quando titui créditos tributários de imposto de renda e contribuição social sobre Provisão para desvalorização de títulos 3 da emissão das respectivas apólices de seguros e diferidos para apropriação, despesas temporariamente indedutíveis, à exceção dos ajustes com títu- Outras 1 3 em bases lineares, no decorrer do prazo de vigência pela constituição da los e valores mobiliários, quando aplicável. Os créditos tributários decor- 6TCPUCn|GU EQO RCTVGU TGNCEKQPCFCU A Euler Hermes Seguros de Créprovisão de prêmios não ganhos. As despesas de comercialização são diferidas rentes de prejuízos fiscais e bases negativas de contribuição social, não dito S.A. e a Euler Hermes Seguros de Crédito à Exportação S.A. utilizame apropriadas ao resultado, no decorrer do prazo de vigência dos seguros, registrados contabilmente, montam em 30 de junho de 2006 R$ 456 (2005 se de uma estrutura administrativa-operacional comum. As despesas palíquidas das receitas decorrentes das recuperações de comissões; D #RNKEC - R$ 666). A seguradora efetuou até 30 de junho de 2006 compensação de gas e incorridas para cada uma das sociedades são rateadas de acordo n|GU Os títulos e valores mobiliários em 30 de junho de 2006 e de 2005 estão prejuízo fiscal acumulado de 30% do lucro tributável, de acordo com legis- com critérios estabelecidos em acordo operacional entre as partes. As classificados de acordo com a intenção da administração, na categoria “Títu- lação vigente. despesas reembolsadas por rateio totalizaram R$ 632 (2005 - R$ 432) e as los para negociação”. Dessa forma, na data do balanço, os títulos são despesas alocadas representaram R$ 25 (2005 - R$ 17) e foram registradas %QPEKNKCnlQ FCU FGURGUCU FG KORQUVQ FG TGPFC G EQPVTKDWKnlQ UQEKCN ajustados pelo seu valor de mercado, contabilizados em contrapartida à conta nas diversas contas de despesas segundo suas naturezas, sendo o valor ) de receita ou despesa, no período; E &GOCKU CVKXQU EKTEWNCPVGU Os créditos pendente de recebimento em 30 de junho de 2006 igual a R$ 215 (2005 Lucro contábil antes dos impostos das operações de seguros e resseguros representam os valores contratados R$ 167), classificado na rubrica “Títulos e créditos a receber”. 708) 826) que encontram-se pendentes de recebimento em razão do parcelamento do e após as participações ) 2CVTKOzPKQ NsSWKFQ CLWUVCFQ Encargos tributários às alíquotas nominais prêmio, acrescidos do Imposto sobre Operações Financeiras - IOF e as Patrimônio líquido 9.683) 8.675) (241) (281) parcelas de indenizações de sinistros à serem recuperadas junto à sociedade (IR-25%, CS-9%) Despesas antecipadas (2) (9) (3) (6) resseguradora. Os demais ativos são demonstrados pelos valores de custo, Adições/baixas permanentes/temporárias (523) (399) Ativo diferido 73) -) incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias Compensação de prejuízos fiscais ) 2CVTKOzPKQ NsSWKFQ CLWUVCFQ 12) 12) auferidas e deduzindo, quando aplicável, provisão para ajuste ao valor de 10% sobre parcela até R$120 /CTIGO FG UQNXqPEKC ) mercado ou para realização; F 2GTOCPGPVG O ativo imobilizado é demons- 'PECTIQU VTKDWVhTKQU iU CNsSWQVCU GHGVKXCU A - Patrimônio líquido ajustado 9.158 8.267 trado ao custo, menos a depreciação acumulada, computada pelo método 2CVTKOzPKQ NsSWKFQ C %CRKVCN UQEKCN O capital social no montante de B - 0,2 do prêmio retido dos últimos 12 meses 92 63 linear, às seguintes taxas anuais: bens móveis - 10%; veículos e informática R$ 9.948 (2005 - R$ 8.950) está representado por 8.950.000 ações ordináC - 0,33 do sinistro retido anual médio dos últimos - 20%. O ativo diferido está demonstrado ao custo de aquisição, sendo rias e 1.246.875 ações preferenciais, todas nominativas e sem valor nomi36 meses (considerado o período operacional) 49 42 composto por benfeitorias em imóveis de terceiros R$ 206 em 2005 e gastos nal. Os acionistas, reunidos em assembléia geral extraordinária em 30 de 92 63 D - Margem de solvência (valor de B ou C, o maior) com implantação de sistemas de computação R$ 1.085 (2005 - R$ 721), setembro de 2004, deliberaram pelo aumento de capital no valor de R$ 998. 5WHKEKqPEKC # & deduzidos da amortização acumulada de R$ 562 (2005 - R$ 528). A amortiza- A ata desta assembléia foi homologada pela SUSEP em 26 de janeiro de ção é calculada de forma linear às seguintes taxas: pelo prazo remanescente 2006 por meio da Portaria 530. D &KTGKVQ FCU Cn|GU Assegura-se aos 1WVTCU KPHQTOCn|GU (a) Não existiam instrumentos financeiros derivade vigência do contrato de locação para benfeitorias em imóveis de terceiros acionistas um dividendo mínimo correspondente a 25% dos lucros do tivos registrados em 30 de junho de 2006 e de 2005; (b) As provisões e pela taxa anual de 20% para sistemas e programas de computador; G exercício, deduzido da reserva legal e observando o disposto nos Arts. 189 técnicas são garantidas por investimentos em Letras Financeiras do Tesouro - LFTs, que na data do balanço encontravam-se vinculadas a SUSEP ao 2CUUKXQ EKTEWNCPVG Demonstrado pelos valores conhecidos ou calculáveis, e 190 da Lei nº 6404/76. valor de mercado de R$ 1.135 (2005 - R$ 1.051); (c) Não existiam reclamaacrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações ções judiciais levadas a efeito contra a seguradora, bem como por ela monetárias incorridos. Os débitos de operações com seguros e resseguros &GVCNJCOGPVQ FCU EQPVCU FG TGUWNVCFQ propostas em 30 de junho de 2006 e de 2005. estão compostos por (i) operações com resseguradoras, representadas por C &GURGUCU CFOKPKUVTCVKXCU G EQO VTKDWVQU &KTGVQTKC 661 551 valores a serem liquidados junto ao ressegurador, referente prêmios cedidos Pessoal próprio e encargos sociais 261 272 em resseguros, (ii) comissões a serem pagas aos corretores de seguros e (iii) Localização e funcionamento /CTE %QPUVCPVKP %CODQWTCMKU /CZ ,QCSWKP 'TPGUVQ 6JKGTOCPP 9GNNGT 84 167 outros débitos operacionais, composto por comissões sobre prêmios emiti- Serviços de terceiros &KTGVQT 2TGUKFGPVG &KTGVQT 80 77 dos e saldo credor de receitas de comercialização diferidas, decorrente de Despesas com tributos 0KNVQP ;WLK 5WIK[COC %QPVCFQT %4% 52 1 Despesas com publicidade e propaganda 18 12 comissões de resseguros cedidos com valores superiores às comissões de 2CWNQ 2GTGKTC (GTTGKTC #VWhTKQ /+$# 36 51 corretores sobre prêmios emitidos. Esse procedimento está em conformi- Outras despesas administrativas 2#4'%'4 &15 #7&+614'5 +0&'2'0&'06'5
Aos Administradores e Acionistas Euler Hermes Seguros de Crédito S.A. 1.- Examinamos os balanços patrimoniais da Euler Hermes Seguros de Crédito S.A. em 30 de junho de 2006 e de 2005 e as demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade da sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2.- Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a
adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da seguradora, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da seguradora, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3.Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam
DECLARAÇÕES DE PROPÓSITOS
adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Euler Hermes Seguros de Crédito S.A. em 30 de junho de 2006 e de 2005 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 08 de agosto de 2006. Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5
Edison Arisa Pereira Sócio Contador CRC 1SP127241/O-0
COMUNICADO
EDITAIS FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR EDITAL DE PREGÃO Nº 023/2006- FAMESP PROCESSO Nº 900/2006 - FAMESP
Acha-se à disposição dos interessados do dia 29 de agosto a 13 de setembro de 2006, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680 – ramal 111 - FAX (0xx14) 3882-1885 – ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações, o Edital do Pregão nº 023/2006-FAMESP, Processo nº 900/2006-FAMESP, que tem como objetivo a Contratação de empresa especializada para prestação de serviços para fornecimento de aproximadamente 500 cartões magnéticos/eletrônicos que permitam abastecimento de combustíveis (gasolina, óleo diesel, álcool) aos servidores da FAMESP. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 14 de setembro de 2006, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras da FAMESP, no endereço supra citado. Botucatu, 24 de agosto de 2006. Prof. Dr. Pasqual Barretti - Diretor Presidente - FAMESP FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR PREGÃO Nº 034/2006-FAMESP/HEB PROCESSO Nº 232/2006-FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 29 de agosto 2006 a 18 de setembro de 2006, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli s/n, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680–ramal 111-FAX(0xx14)3882-1885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/HospitalEstadual Bauru, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL - PREGÃO Nº 034/2006-FAMESP/HEB - PROCESSO Nº 232/2006-FAMESP/HEB, que tem como objetivo a AQUISIÇÃO DE MÁQUINA DE HEMODIÁLISE PARA AS DEPENDÊNCIAS DO HOSPITAL ESTADUAL BAURU. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 19 de setembro de 2006, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100 – Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. Botucatu, 29 de agosto de 2006. Prof. Dr. Pasqual Barretti. Diretor Presidente - FAMESP
COMUNICADOS
Quer falar com 26.000 empresários de uma só vez?
Publicidade Comercial - 3244-3344 Publicidade Legal - 3244-3643
4
Equipamento Va r e j o Te c n o l o g i a Te l e f o n i a
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 29 de agosto de 2006
O FUTURO APONTA PARA A TECNOLOGIA COMO SERVIÇO
Integração e virtualização de estruturas vão facilitar o trabalho dos operadores Carl Claunch, Gartner
FUTURO ENTREVISTA
Cássio Dreyfus Trabalho facilitado
Por Fábio Pelegrini m entrevista exclusiva para o DC Informática, Cassio Dreyfuss, vice-presidente de Pesquisa da consultoria Gartner no Brasil, explica quais são as principais dúvidas, sistemas e tendências para do futuro tecnológico do Brasil e da América Latina.
s principais especialistas e executivos da área de Tecnologia da Informação estiveram na XI Conferência Anual do Gartner, líder mundial em pesquisa e análises sobre tecnologia. No encontro, realizado entre os dias 22 e 24 de agosto, em São Paulo, os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer, de forma ampla, quais serão os sistemas mais utilizados nos próximos anos pelas empresas. O encontro chamado O Futuro da Tecnologia é um dos mais importantes do setor, sendo dirigido principalmente aos CIOs, gerentes, diretores e executivos de Tecnologia da Informação. A agenda do encontro contou com a participação dos executivos Carl Claunch, Donald Feinberg, Jay Heiser e Ken Dulaney, que apresentaram pesquisas inéditas, selecionadas com base no perfil do mercado brasileiro. Para o vice-presidente de pesquisa da consultoria, Carl Claunch, as tecnologias devem auxiliar os CIOs a transpor barreiras e limitações. Além disso, os sistemas que antes atendiam a nichos devem ser usados amplamente. Entre eles, o especialista destaca as 10 principais tecnologias para 2007: Virtualização, Grid Computing, Arquitetura orientada a serviços (SOA), Enterprise Information Management (EIM), Código aberto, Acesso à informação, Ajax, Mashup Composite Model, Computação Distribuída no Ambiente (do inglês, Pervasive Computing) e Coleta inteligente de dados. "O que temos hoje são empresas familiarizadas com grandes servidores, divididos em vários outros. A integração e virtualização dessas estruturas facilitarão o trabalho dos operadores e daqueles que precisam usar", diz Claunch. (FP)
Qual é o futuro da tecnologia do Brasil? A globalização é um fato, se você gosta dela ou não isso é um assunto para um chope. As empresas brasileiras têm de se preocupar em competir não com o colega ao lado, mas com o mercado global – usando inclusive recursos desse mercado. As empresas brasileiras já perceberam a necessidade de terem um nível de atualização tecnológica comparável aos seus competidores globais. Com essa percepção, os orçamentos de tecnologia no Brasil devem crescer bastante este ano, mais do que a média de muitos outros países. Os CIOs brasileiros entendem que existe essa necessidade de investimento? Eu gosto de dizer que o CIO brasileiro tem uma visão mais estratégica do uso da tecnologia do que seu colega de países mais desenvolvidos. Em países onde a TI tem uma folga orçamentária, eles usam espingarda de cartucho e dão tiro para todo lado. O brasileiro não tem esse dinheiro. Ele precisa acertar. Não é verdade que existe certo atraso da evolução da tecnologia no Brasil em relação a outros países? Essa questão do deslocamento, um pequeno atraso de disponibilidade entre os países adiantados e o Brasil, pode ser interpretada de outra forma. A maioria das tecnologias é desenvolvida fora do Brasil.
Na verdade, existe uma curva de adoção típica: começo, entusiasmo, declínio, desestímulo, até a estabilização – em patamar de utilização de alta produtividade. Meus colegas americanos diziam que no Brasil e no resto da América Latina essa curva estava sempre deslocada, mas eu tive como provar que estavam errados. Ela começa atrasada, de fato, mas depois o comportamento é diferente. Nós não entramos tanto em aventuras tecnológicas quanto eles, por exemplo. Primeiro porque não temos o dinheiro, segundo porque a gente já viu o que aconteceu lá. Então isso é bom? A adoção seletiva das tecnologias acelera o processo de estabilização. Para as tecnologias maduras o nível de utilização aqui e lá é o mesmo. Então não existe esse negócio de "atraso". Uma característica típica do Brasil é a criatividade no uso. Mesmo começando mais tarde existem algumas instâncias em que conseguimos ir além. O Sistema Financeiro Brasileiro é um desses destaques. Não tem paralelo no mundo. É a coisa mais sofisticada que existe do ponto de vista de transação de valores. Hoje, o Brasil é um grande fornecedor de soluções financeiras para o mundo. Quais são as ferramentas do futuro que o CIO deve utilizar como apoio a decisão estratégica do negócio? Existem várias tecnologias competindo ao mesmo tempo. No entanto, uma que está amadurecendo e que deverá ter ampla adoção no futuro é o que chamamos de Business Performance Management (BPM). Mais do que isso, o que está se tornando madura é a percepção do negócio, O CIO percebe que para gerenciar um processo ele precisa de um conjunto
amplo de ferramentas para apoiá-lo durante todo esse ciclo – idéia, concepção, desenho, até a sua implementação e a gestão. Quais devem ser as preocupações em relação à busca do valor da TI para os negócios? A primeira preocupação é entender o que é valor da TI para o negócio. Isso é uma tarefa que cada CIO precisa fazer individualmente. Mesmo empresas do mesmo ramo, concorrentes ou de negócios muito parecidos – pelo ponto de vista de suas atividades –, como o de aviação e hipermercados, o valor é definido e é percebido de maneira diferente. Como os CIOs devem encarar o cenário futuro da tecnologia e para quais mudanças ele deve estar preparado? A visão do Gartner é que a grande mudança para o futuro é justamente a conversão da área de TI para a prestação de serviços. Sua missão passará a ser a de entregar para a organização os serviços que ela precisa para atingir seus objetivos de negócios. A peça-chave é a gestão da demanda: a área de TI tem de entender o que o negócio está demandando, do ponto de vista de soluções para seus objetivos. Eu gosto muito de fazer uma analogia entre a área de TI e a Financeira. A Financeira já é, há muito tempo, percebida como área de prestação de serviços. Não realiza diretamente essas atividades – conta com "outsourcing" de bancos, corretoras e entidades do setor. Qual é a importância de ser ter um diretor específico de segurança dentro de uma organização? O problema de segurança é muito sério e, particularmente, as empresas brasileiras investem pouco nesse setor. Os
especialistas de segurança do Gartner afirmam que se as empresas tivessem juízo, elas gastariam um quarto do orçamento de TI só em segurança, mas nenhuma empresa gasta isso – nem os bancos. Desde o advento da internet, as empresas estão se abrindo para o mundo e isso implica se abrir a oportunidades de violações de segurança. Como a segurança não é algo que aparece, as empresas preferem gastar as suas verbas de TI em outras coisas. Quais são as principais dúvidas dos CIOs em relação ao futuro? Normalmente têm relação ao que ele deve fazer para não ficar para trás. A maioria dos CIOs acha que uma das coisas fundamentais hoje em dia é investir em governança. Ele percebeu que governança é uma maneira ou abordagem que lhe permite estabelecer a responsabilidade das pessoas nas condições dos negócios. Já sobre o futuro, a preocupação é justamente essa: qual será área de TI do futuro? A complexidade da tecnologia não exigirá que eu seja cada vez mais tecnológico? A resposta é não. Exigirá que você seja cada vez mais um gestor de serviços de tecnologia. Divulgação
Dreyfus: a preocupação é competir.
VIRTUALIZAÇÃO JÁ Roubo de computadores acabou agilizando a decisão da empresa, localizada no interior paulista, de investir em uma solução remota m roubo ocorrido em dezembro de 2005 acabou contribuindo para uma tomada de decisão por parte da diretoria da Adere, empresa de médio porte com 166 funcionários especializada na manufatura de adesivos localizada em Hortolândia (SP). Naquele final de ano, assaltantes invadiram a indústria de madrugada e leva-
ram 19 microcomputadores, deixando a Adere com metade de sua capacidade instalada de TI temporariamente fora de serviço. Foi o momento em que a direção da empresa aproveitou para instalar a solução Citrix Access Essentials, destinada a virtualizar os aplicativos do call center e reduzir custos com equipamentos na ponta. "Novas máquinas de última geração foram compradas, é claro, mas em número menor", relembra a coordenadora de TI Alexandra Cavalleiros. Além da compra reduzida de PCs, um ponto fundamental foi a instalação centralizada do software no servidor central, deixando as máquinas dos usuários finais rodando mais rápidas por conta do menor número de aplicativos instalados. A virtualização no call center é centralizada em um só ponto, onde 5 atendimentos acessam via Citrix Access Essentials os aplicativos para atendimento ao cliente em 5 máquinas distintas. Fora do call center, há outras 10 pessoas que também usam aplicativos via Citrix Access Essentials em contabilidade, contas a receber, RH, comércio exterior e na recepção.
A redução nos custos com equipamentos de ponta deu-se na medida em que não foram necessárias máquinas muito poderosas nas mãos dos usuários, uma vez que o processamento da solução passou a ser feito no servidor central – um computador Dell Pentium 4 com 2 gigabytes, "suficiente para atender 15 usuários da solução", explica Alexandra Cavalleiros. Com Citrix Access Essentials, na verdade até 75 usuários poderiam acessar o software, o que deixa a Adere como capacidade instalada para aumentar essa utilização. "O pessoal do call center e os demais funcionários que utilizam a solução, totalizando 15 usuários, usam o Citrix Access Essentials especificamente para acessar aplicativos da plataforma Windows, da Microsoft. Computadores de outras áreas rodam com Linux", diz a coordenadora de TI. Os benefícios apontados por ela pelo uso desse software são, além das máquinas rodando mais leves, da disponibilidade de um maior número de ferramentas para os usuários sem deixar cada PC mais carregado com isso. Citrix iForum em São Paulo - No recente Citrix iForum rea-
lizado em São Paulo, o gerente geral da companhia no Brasil, Jair Longo, informou que 10 a 15% do faturamento local da companhia nos próximos dois anos virá de empresas de pequeno e médio porte, como no caso da Adere. É uma porcentagem significativa para uma empresa que até poucos anos vivia apenas de um produto, o Presentation Server, que posicionou a Citrix como líder de mercado na o f e r t a d e softwares de virtualização de soluções de gerenciamento da internet, que inicialmente eram utilizadas apenas por grandes corporações. No mesmo evento, a empresa lançou, para o mercado brasileiro, duas novas ferramentas. A primeira é o Citrix NetScaler System, sistema de entrega de aplicações web que, segundo a empresa, reduz significativamente o elevado processamento nos servidores de aplicações e banco de dados,
reduzindo os custos de hardware e largura de banda. A segunda novidade é o Citrix Firewall Application, que protege aplicativos web contra ataques às aplicações que não podem ser detectados por produtos de segurança tradicionais. Hoje, a Citrix, que tem sede em Fort Lauderdale (Flórida), está presente em 100 países, possui 3,2 mil funcionários e 7 mil parceiros, como canais e desenvolvedores. Em 2005, sua receita mundial foi de US$ 909 milhões. O Brasil, segundo Jair Longo, já está entre os top ten, ou seja, entre as 10 principais operações da empresa em todo o mundo. No segundo trimestre do exercício de 2006, a Citrix obteve receita de US$ 275 milhões, em comparação com os US$ 211 milhões registrados no segundo trimestre do exercício de 2005, o que representa crescimento da receita na ordem de 30%. Cyro Fiuza
terça-feira, 29 de agosto de 2006
Finanças Empresas Nacional Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5 A Ericsson fechou contrato com a operadora de telefonia celular Vivo para fornecer uma rede GSM.
NA ÁSIA, SÓ 8% DOS TRABALHADORES TÊM SINDICATOS
ENQUANTO NÃO HOUVER ACORDO ENTRE MONTADORA E TRABALHADORES, DINHEIRO NÃO DEVE SAIR
BNDES SUSPENDE EMPRÉSTIMO À VOLKS
O
Fiocca, presidente do BNDES (esq.) e o ministro Marinho: pedido de empréstimo não incluía demissões
Governo quer garantias para elevar mistura na gasolina ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes Pinto, sinalizou ontem que o governo não cederá facilmente à pressão dos usineiros, que pedem a elevação de 20% para 25% da mistura de álcool anidro à gasolina. De acordo com o secretário de Produção e Agroenergia do Ministério, Linneu Costa Lima, o governo poderá elevar o percentual, mas a mudança depende de dois fatores. "O ministro quer ter certeza de que teremos oferta de álcool para isso e que os preços não vão subir", disse o secretário. Mesmo diante da insistência dos usineiros, o ministro classificou como "prematura" qualquer decisão imediata.
O
Iniciativa privada e governo se reuniram na tarde de ontem em Brasília para que o ministro, que assumiu o cargo em julho, tivesse um primeiro contato com os representantes do setor. Um novo encontro está marcado para 10 de setembro. Para convencer o Ministério a levar adiante a proposta de elevação da mistura, o presidente da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica), Eduardo Carvalho, disse que a alteração é uma forma de evitar que os preços do álcool recuem e que haja desestímulo à produção de cana. Além desse argumento, Carvalho apresentou vários dados ao ministro, que pediu ao setor números consolidados da produção, exportação e
CELULOSE Compra da Ripasa pela Votorantim e pela Suzano foi aprovada com restrições.
Ó RBITA
FÓRUM
O
Fórum da Lapa vai ganhar um novo endereço, graças a um Protocolo de Intenções firmado ontem entre o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e os governos do Estado e do Município. A prefeitura doará terreno para a construção da nova sede e o estado cederá à prefeitura o atual prédio ocupado pelo fórum para a instalação da subprefeitura da Lapa. (DC)
FEBRABAN
A
Federação Brasileira de Bancos (Febraban) comunicou em nota que o economista-chefe da entidade, Roberto Luis Troster, após decisão de consenso, deixou as funções que ocupava nos últimos cinco anos para dar início "a novos desafios pessoais e profissionais". Recentemente Troster foi desautorizado pela entidade depois de criticar o governo federal (DC) A TÉ LOGO
estoques. As informações serão levadas aos ministros que fazem parte do Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool (Cima). Por lei, é o Cima que pode alterar a mistura. O percentual de 20% vigora desde 1º de março. Com o percentual máximo de 25% permitido por lei, o consumo de álcool na mistura chegaria a 500 milhões de litros. Com o nível atual de 20%, o consumo é de 400 milhões de litros. Uma fonte do governo contou que a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, disse que o governo poderia baixar uma portaria proibindo as exportações de álcool caso o abastecimento interno seja ameaçado ou os preços subam de forma expressiva. (AE)
CARNE Febre aftosa e outros problemas sanitários afastam País de mercado de US$ 16 bilhões.
SALTO NA PRODUÇÃO DE AÇO
A
produção brasileira de aço poderá saltar do nível atual de 36,6 milhões de toneladas por ano para 68,8 milhões de toneladas nos próximos dez anos, com crescimento de 88%. A estimativa é do vicepresidente do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), Marco Polo de Mello Lopes. Nesse total, Lopes inclui os projetos em andamento e outras plantas novas, já anunciadas e que
estão em diferentes estágios de implantação. Segundo ele, nos últimos dez anos a maior preocupação foi investir na produção e adequação às exigências de meio ambiente. Para Lopes, o foco agora é elevar a capacidade e criar o grupo Mittal-Arcelor, com capacidade de produção de 109,7 milhões de toneladas ao ano, e que alterará "significativamente" a siderurgia mundial. (AE)
VEÍCULOS FLEX-FUEL SÃO MAIORIA
A
produção e a venda de veículos flex-fuel, que rodam com gasolina ou álcool, atingiram ontem a marca de 2 milhões de unidades, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A tecnologia desenvolvida no Brasil está em 77% dos carros vendidos neste ano. O primeiro modelo flex foi lançado em março de 2003. Das montadoras com
fábricas no País, apenas as japonesas Honda e Toyota não oferecem veículos bicombustíveis, mas informam que em breve vão adotar o sistema. Apesar de o País não exportar veículos flex, o presidente da Anfavea, Rogelio Golfarb, disse que a dianteira do Brasil na corrida dos combustíveis alternativos tem potencial para gerar novos negócios no exterior. (AE)
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
L
Justiça suspende redistribuição de rotas da Varig
L
Petrobras avalia reajuste nos combustíveis
L
Índia, Brasil e África vão discutir área de livre comércio
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) suspendeu a liberação de um empréstimo de R$ 497 milhões para a Volkswagen do Brasil, já aprovado, até que a direção da montadora conclua as negociações com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC sobre a reestruturação da fábrica de São Bernardo do Campo. Como não houve entendimento entre as partes, que se reuniram no final de semana, o dinheiro pode ficar retido. A Volkswagen avisou ontem os funcionários que iniciará o envio de cartas para o primeiro grupo de demitidos (cerca de 1,8 mil), que sairá sem pacote de incentivos, a partir de novembro. Hoje, em assembléia, os trabalhadores deverão aprovar ações contra os cortes. A Volks falava inicialmente em demitir 3,6 mil funcionários até 2008. Na semana passada disse que, sem acordo, 6,1 mil vagas seriam eliminadas, metade do quadro atual, de 12 mil pessoas. Também ameaçou fechar a fábrica. Em reunião na tarde de ontem, em Brasília, o presidente do BNDES, Demian Fiocca, informou que o pedido de empréstimo feito pela Volkswagen não incluía fechamento de fábricas, mas investimentos em novos modelos, modernização e reestruturação de linhas de montagem. Núcleo duro – O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, confirmou que, "enquanto não se consolidar a negociação, o BNDES vai suspender e aguardar para liberar os recursos". A ministra Dilma Roussef, da Casa Civil, que também participou do encontro, não deu declara-
ções, assim como o representante da Volkswagen, o vicepresidente de Recursos Humanos, Josef Fidelis Senn. O encontro foi sugerido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada. Apesar das declarações feitas pelo ministro Marinho, nenhuma reunião estava agendada para hoje entre a Volks e os trabalhadores. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijóo, disse estar "aberto a possibilidades" até às 14h30, horário pre-
Enquanto não se consolidar a negociação, o BNDES vai suspender e aguardar para liberar os recursos. Luiz Marinho, ministro do Trabalho
visto para o início da assembléia com os operários. Ontem à tarde, as chefias dos diversos setores da fábrica Anchieta paralisaram a produção e repassaram informe da empresa de que não houve entendimento com o sindicato. Uma nota informava que "será dado início ao processo de comunicação aos empregados que serão desligados após 21 de novembro", prazo em que vence o acordo de estabilidade feito entre a empresa e o sindicato dos metalúrgicos em 2001. A Volks insiste na demissão de 3,6 mil trabalhadores da unidade. O sindicato queria ao menos que os cortes fossem por meio de demissão volun-
tária (PDV), em que o interessado recebe incentivos para sair. Entretanto, a montadora quer indicar quem sairá. Férias – Hoje, durante a assembléia, os trabalhadores deverão aprovar ações contra os cortes anunciados. A própria montadora já informou férias coletivas de dez dias a partir do dia 18, o que reduziria o impacto de uma greve. A Volks alega que, sem a reestruturação, a Anchieta não será incluída no plano de novos investimentos que será definido pela matriz alemã em setembro. Inaugurada oficialmente em 1959 pelo presidente Juscelino Kubitschek, a Anchieta marcou o início da produção em larga escala de carros no País. Os primeiros modelos a saírem da linha de montagem foram Kombi e Fusca. Hoje, a fábrica ainda produz a Kombi, além dos modelos Gol, Saveiro, Polo e Fox Europa. Apesar de ter recebido investimentos de R$ 2,1 bilhões para a produção do Polo e do Fox, a fábrica é considerada obsoleta e de baixa produtividade na comparação com as concorrentes. Além disso, a Volks alega ainda perda de contratos de exportação do Fox por causa do real valorizado em relação ao dólar. Segundo a empresa, o modelo deveria vender 100 mil unidades ao ano no mercado europeu, mas não chegará a 80 mil em 2006. Adequação – A produção atual, de 900 veículos por dia, deveria baixar para 700 unidades em 2008 (se houvesse reestruturação). Sem o processo, diz a montadora, a produção não deverá passar de 300 unidades diárias, o que tornará inviável a manutenção da fábrica em funcionamento. (AE)
Ásia: renda em baixa
O
crescimento espetacular da Ásia nos últimos anos esconde uma crise: a do trabalho. Segundo dados divulgados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), a região apresenta uma situação crítica no que se refere às condições de trabalho em países como China e Índia. Segundo as estimativas da OIT, o aumento de comércio e de investimentos na região não tem sido suficiente para lidar com a questão do desemprego, que vem aumentando nos últimos sete anos. Para o órgão ligado à Organização das Nações Unidas (ONU), 250 milhões de asiáticos entrarão no mercado de trabalho em dez anos, o que complicará ainda mais a situação. "Os desafios na Ásia nos próximos dez anos são enormes", alerta o diretor da OIT, Juan Somavia. De acordo com o levantamento da entidade, das 3 bilhões de pessoas que vivem na região asiática, 1 bilhão ganha menos de US$ 2 por dia. Desse total, 330 milhões tem uma renda inferior a US$ 1 diário. Renda – O que mais preocupa os especialistas internacionais é que está ocorrendo uma deterioração na vida do trabalhador na Ásia. Na Índia, onde o crescimento econômico tem despertado o interesse de muitos no Ocidente, a renda média de um trabalhador caiu 22% entre os anos 1990 e 2000. Nesse mesmo período, a produtividade do país aumentou 84%. Já na China, a renda dos trabalhadores aumentou 80% na década de 1990, mas o crescimento foi bem inferior ao aumento da produtividade, que foi de 170%. Apesar do aumento da produtividade na região asiática,
o fenômeno ainda não resultou em uma redução de horas de trabalho. Muito ao contrário, os asiáticos ainda são os que passam mais horas por dia em seus locais de trabalho. De acordo com o levantamento, a média é acima de 50 horas por semana. De acordo com o estudo da OIT, vários outros problemas também atingem a região. Entre eles está, por exemplo, a existência, ainda, de 122,3 milhões de crianças trabalhando e mais de 1 milhão de acidentes mortais por ano em locais de trabalho. Para completar as estatísticas alarmantes, uma parcela reduzida da população da região é sindicalizada: menos de 8% do total. (AE)
Factoring
DC
Celso Junior/AE
O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com
terça-feira, 29 de agosto de 2006
DIÁRIO DO COMÉRCIO
INFORMÁTICA - 5
6
Finanças Empresas Nacional Tr i b u t o s
T
odos os anos, cerca de 1,5 milhão de postos de trabalho são perdidos no Brasil em razão da pirataria. Aproximadamente R$ 30 bilhões em impostos deixam de ser arrecadados também pela entrada ilegal de produtos no País. A avaliação é do presidente da Associação Brasileira da Propriedade Intelectual (ABPI), Gustavo Starling Leonardos. De acordo com ele, 75% da pirataria vem do exterior, daí a razão da perda de postos de trabalho. Leonardos é um dos participantes do 26º Seminário Nacional da Propriedade Intelectual, que começou ontem, em Brasília, e continua até quartafeira. Ao todo, mais de 500 especialistas, entre advogados, pesquisadores, professores e empresários do Brasil e da América Latina, além de representantes do Executivo, Legis-
DIÁRIO DO COMÉRCIO
WEB É CANAL PARA PRODUTOS ILEGAIS
terça-feira, 29 de agosto de 2006
1,5
PIRATARIA PERDAS DE ARRECADAÇÃO ATINGEM R$ 30 BILHÕES POR ANO Seminário discute até amanhã os principais fatores que limitam a propriedade intelectual no País lativo e Judiciário, vão debater os principais limitadores da propriedade intelectual no País, dentre eles, a pirataria. Segundo a ABPI, só no setor de tecnologia da informação, o Brasil poderia movimentar US$ 17 bilhões em quatro anos se o índice de pirataria de
programas de computador (softwares) fosse reduzido em 10%. A entidade estima que 64% dos softwares usados no País são piratas. Segundo a associação, em quatro anos, o mercado de tecnologia movimenta US$ 6 bilhões a menos. Leonardos disse que a con-
cessão mais rápida do registro de marcas e patentes e a proteção judicial adequada aos direitos adquiridos são alguns dos problemas relacionados à propriedade intelectual que precisam ser resolvidos no Brasil. "Hoje enfrentamos grandes problemas adminis-
Se um produto em site de compra e venda vem com a inscrição "produto genérico ao original", cuidado, a frase é típica de mercadorias "pirateadas" ou contrabandeadas.
trativos: uma marca leva seis anos para ser registrada e uma patente pode levar dez anos para ser concedida", disse. Marcas – Outro assunto discutido no seminário é a adoção do registro eletrônico de marcas, o "e-marcas". De acordo com Leonardos, o Instituto
milhão de postos de trabalho são perdidos todos os anos no Brasil em razão da pirataria
Nacional da Propriedade Industrial (INPI) vai disponibilizar, em breve, um sistema eletrônico para que os pedidos de registro de marcas e patentes seja feito pela internet. Até ser definitivamente implementado, os registros feitos em papel continuarão valendo. O encontro discutirá, ainda, as políticas públicas em inovação, limites ao direito autoral, matéria de bio-farmacêutica, proteção das fronteiras do Mercosul, marcas e indicações geográficas, segredos de negócios e dados confidenciais. Promovido pela ABPI, o seminário teve abertura oficial ontem à noite. Participaram da cerimônia o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Eros Grau e o embaixador Roberto Jaguaribe. (ABr.)
Não existem estatísticas sobre compra de produtos ilegais ou piratas na web. A principal reclamação se refere a mercadorias não entregues por quem fez o anúncio.
Contrabando em sites de compra e venda
V
ende-se coleção de DVDs das séries Smallville, Friends e Lost, entre outras, por R$ 40 cada – produto "genérico ao original". Essa frase é típica de um anúncio de internet e facilmente encontrada em sites de compra e venda de mercadorias. Obviamente, "genérico ao original" nada mais é do que "pirateado". Assim como no mundo físico, no camelódromo virtual encontra-se de tudo: de artesanato a itens usados, mas também cópias de mercadorias e muitos produtos contrabandeados. Com o crescimento da internet no País – em 2004 havia 6,3 milhões de domicílios com acesso à web, segundo estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) –, também aumentou o comércio eletrônico. E não só entre empresas e consumidores, mas entre pessoas físicas e, infelizmente, criminosos. Não há estimativas sobre a comercialização pirata ou de itens contrabandeados na web brasileira. De acordo com o chefe da divisão nacional de Combate ao Contrabando, Descaminho e Pirataria da Receita Federal, Mauro de Brito, todas as polícias, assim como a Receita, são responsáveis pelo combate a esse tipo de crime. A ação mais comum da Polícia Federal e da Receita para tentar resolver o problema é a interceptação de mercadorias, que circulam pelos Correios e outras empresas de courrier no País, sem nota fiscal ou com falsa declaração de conteúdo. "Tentamos impedir a entra-
Divulgação
Stelleo Tolda, do Mercado Livre: softwares para identificar anúncios de produtos "genéricos" – os piratas
da de mercadorias ilegais no Brasil com o controle alfandegário. Dentro do País temos atuado bastante na vistoria de volumes que passam pelos courriers. No mês passado, por exemplo, em dois dias, vistoriamos 3 mil volumes em Londrina e encontramos problemas em 10% deles", conta. Nem tão comum – Na delegacia paulista de crimes em meios eletrônicos, o investigador Aroldo Rocha informa que não é tão comum a queixa por compra de produtos ilegais ou piratas na web. "A queixa principal se refere a não entrega de mercadorias por quem fez o anúncio", diz Rocha. Para o promotor de Justiça Paulo Marco Ferreira Lima, mestre em crimes de internet, as pessoas têm receio de dizer
que foram lesadas por algum meio eletrônico. "Por vergonha de terem feito algo errado, já que a internet é um meio novo para se comprar, ou porque acham que não haverá solução, as pessoas não costumam reclamar quando são lesadas. Só fazem isso quando o problema é fraude financeira em sua conta bancária", afirma. As fraudes financeiras representam a terceira maior queixa na promotoria da capital, na Barra Funda. Em primeiro lugar estão as queixas de furto e, em segundo, roubo. Propriedade intelectual – No que diz respeito ao comércio eletrônico, os produtos piratas são mais facilmente identificados pelos sites e/ou associações que representam o direito à propriedade intelectual
do País do que as mercadorias contrabandeadas. Sites como o Mercado Livre ou CompreJá têm sistemas que identificam produtos ilegais e removem o conteúdo do anúncio. O termo "genérico ao original", por exemplo, não passa pelos softwares. Além disso, programas de proteção à propriedade intelectual permitem que qualquer pessoa física ou jurídica, dono de uma patente, solicite que um anúncio seja removido. "Temos uma parceria importante com as associações da indústria fonográfica e de software, entre outras, que nos solicitam a remoção de anúncio sempre que identificam que algo está errado", explica o presidente do Mercado Livre, Stelleo Tolda. Em média, essas associações
notificam o Mercado Livre uma vez por semana com a solicitação de retirada, em média, de 50 anúncios ilegais. Segundo Tolda, não há a menor intenção de que o site seja ligado a produtos ilegais, pelo contrário. A idéia original era – e é – intermediar negociações de compra e venda, todas lícitas. O problema é que há uma média de 835 mil itens vendidos no Mercado Livre a cada instante e localizar um camelô virtual é um problema. Itens piratas costumam ser retirados do site assim que descobertos. Porém, o mesmo não acontece com o que é contrabando. "É difícil configurar o contrabando. Não é só o preço que define se um item entrou no Brasil de maneira ilegal ou não. Afinal, uma pessoa pode ganhar algo que não gosta e vender na mesma hora pela metade do preço", diz o presidente do Mercado Livre. Fraudes – Para evitar fraudes, o Mercado Livre identifica o volume comercializado por cada vendedor e, se for muito alto, solicita dados de pessoa jurídica e faz um cadastro da empresa vendedora. "Mas não temos como saber se essa empresa envia os produtos com nota fiscal, isso foge da nossa alçada," afirma Tolda. Site menos conhecidos, ou que não são sediados no Brasil, sequer se preocupam com isso. "Experimente digitar em um site de busca as palavras vendas e Paraguai, por exemplo. Encontram-se mais de mil sites em português, mas sediados no país vizinho, e eles enviam produtos ao Brasil pelo cor-
reio, sem pagar as tarifas ou impostos necessários. De outros países, a mesma coisa", diz o chefe da divisão de Combate ao Contrabando da Receita. Além disso, comenta Brito, o brasileiro não costuma denunciar esse crime, ele não tem consciência de que ao comprar algo contrabandeado está prejudicando as indústrias nacionais e, conseqüentemente, aumentando o desemprego. Mas não importa onde o site está sediado, aqui ou no exterior, a compra de itens contrabandeados, ou sem nota fiscal, pela internet é bem simples, tanto quanto comprar no camelô da esquina. Uma farmacêutica do interior do Rio Grande do Sul – que pediu para não ser identificada – vende perfumes importados pela metade do preço praticado no varejo convencional, por meio de anúncios no Mercado Livre. Ela já vendeu mais de 500 itens nos últimos seis meses. "Compro os perfumes do distribuidor de mercadorias importadas da farmácia em que trabalho. Agora, de onde eles vêm eu não sei, mas eu não compro com nota fiscal", afirma. Segundo ela, a única pergunta freqüente dos consumidores é se os perfumes são originais. Se forem, ninguém questiona a origem. "Brasileiro não se preocupa com isso." Quando essa reportagem foi realizada, a farmacêutica tinha 44 itens a venda, de marcas como Georgio Armani, Pólo, Calvin Klein e Carolina Herrera. Todos os perfumes custavam menos de R$ 120. Fernanda Pressinott
6
Mercado Te c n o l o g i a Te l e f o n i a Fotografia
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 29 de agosto de 2006
A TELEFONIA VIA INTERNET TEM NOVOS RECURSOS
Os terminais móveis VoIP e WiFi, de 480 mil em 2006, podem chegar a 130 milhões em 2010". Rui Campos, consultor da Questex.
Divulgação
Telexpo VoIP Novidades movimentam mercado As últimas tendências em telefonia via internet Um telefone na porta USB do notebook
Aí está o pen drive fone
FITec - Fundação de Inovações Tecnológic a s ( w w w . f itec.org.br), mostrou no evento alguns acessórios. Entre eles o FITphone Pen Drive, um softphone com protocolo SIP, com funções avançadas de telefonia e audioconferência,
que permite efetuar e receber chamadas telefônicas pela rede IP. O acessório é inserido na porta USB do micro. O usuário pode, inclusive, estar em um local público, como uma LAN house e fazer suas ligações. Em breve, o software permitirá enviar e receber imagens e som.
Olha só: sem computador.
Integradora 2S (www.2s.com.br) mostrou a sua loja virtual Box2Home (www.box2home.com.br), que comercializa produtos para VoIP e redes sem fio. Entre as sus parceiras está o portal Terra, que possui o serviço Terra VoIP (http:// voip.terra.com.br). Os assinantes desse serviço podem, por exemplo, adquirir o ATA (Adaptador Telefônico) PAP2, da Linksys, que permite conectar até dois aparelhos de telefone convencional à sua linha VoIP,
facilitando o uso desta tecnologia e dispensando o uso de um computador. "Com ele, não é preciso estar com o micro ligado para fazer uma chamada. Basta usá-lo como um telefone convencional, pois ele está conectado à banda larga. O PAP2 já vêm préconfigurado com o nome do usuário e senha do Terra VoIP, reduzindo seu tempo de instalação", afirma Pedro mariano Bicego, diretor da 2S. O produto custa R$ 299 e pode ser parcelado em 10 vezes sem juros.
oz sobre IP (VoIP) impressiona a maturidade foi uma das tecnolo- dos serviços de telefonia IP e gias que se popula- a penetração acelerada da rizou mais rapida- tecnologia VoIP que, aliás, mente no mundo, pela proli- deve ser impulsionada pelo feração do acesso banda lar- VoIP móvel: há previsão de ga, pelo custo da telefonia. que os terminais móveis com As receitas geradas com ser- VoIP e Wi-Fi, de 480 mil em viços de VoIP dobraram nos 2006, cheguem a mais de 130 últimos dois anos na Améri- milhões em 2010", comentou ca do Norte, Eu- Divulgação Rui Campos, ropa e Ásia/Paconsultor da cífico e deve se Questex. manter nesse N a s u a o p iritmo segundo nião, em breve, estudo da concom apenas um sultoria Infoneterminal móvel, t i c s R e s e a rc h que poderá ser ( w w w. in f o n ecelular, PDA ou tics.com). A exoutro, o usuário pectativa é que fará e receberá e s s a s t r ê s r echamadas em g i õ e s j u n t a s Rui Campos: possibilidades. casa no número gastem cerca de US$ 120 bi- do telefone fixo residencial, lhões em serviços de telefo- na rua pelo número do celunia VoIP entre 2005 e 2009. lar e, na empresa em que traPara discutir essa tecnolo- balha, o aparelho passará a gia e mostrar novos produtos atender por seu ramal. Tudo e soluções, foi realizada se- com base na tecnologia VoIP. mana passada, em São Paulo, "Há ainda algumas questões a terceira edição do Telexpo a serem resolvidas, como a VoIP, organizado pela Ques- qualidade da comunicação e tex Media. "Passadas apenas a segurança", diz Campos. duas edições do evento, nos Carlos Ossamu
BOLA HIGH TECH ais um passo no avanço do uso da tecnologia para os esportes. A Penalty, fabricante brasileira de material esportivo , anunciou que já está em fase final de testes da primeira bola inteligente, que pode enviar sinais da sua trajetória, em tempo real, durante uma partida de vôlei ou futebol. Com lançamento previsto em 2007, a Bola Tecnológica, como é chamada, mostra a evolução do trabalho pioneiro da marca realizado a partir de uma parceria com a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). O Sistema Inteligente, tecnologia utilizada pela primeira vez em bolas de voleibol e futebol, é um recurso de alto desempenho que garante precisão na avaliação dos lances duvidosos das partidas. A empresa investiu cerca de US$ 2 milhões, desde o início do projeto até o estágio atual. O sistema utilizado na bola para a transmissão e captação de sinais constitui-se basicamente de um circuito eletrônico de identificação por RFID (rádiofreqüência), uma bateria e sistema captador de sinais. O chip na estrutura emite informações em tempo real à arbitragem e demais profissionais que monitoram a partida. Antenas espalhadas pela quadra, na base e na área superior do local, precisam os lances duvidosos ao longo do jogo, tal como um tira teima imediato. O chip controla os movimentos da bola e avisa o seu posicionamento no momento exato em que ultrapassa ou "queima" a linha permitida. Isso quer dizer que os juízes e os bandeirinhas saberão exatamente se foi "bola dentro" ou "bola fora", na linguagem habitual do voleibol. Da mesma forma, o sistema evitará que um gol seja impugnado, pois informará, com a mesma precisão, se a bola entrou, ou não, em sua totalidade, no gol.
Roteador com várias funções iK1 Tecnologia (www.ik1.com.br) apresentou um lançamento mundial da sua parceria DayTek, o roteador VoIP Vigor2910 VG, que reúne diversas funções: Dual-WAN (Wide Area Network), permitindo gerenciar duas conexões diferentes; Wireless Access Point padrão Super G, com velocidade de até 108 Mbps; VoIP; filtro de conteúdo, VPN (Virtual Private Network), para conexão remota segura; gerenciador de rede; QoS, que permite manter a qualidade do serviço de VoIP; e outras funções de rede. O produto deve estar disponível somente em setembro.
Para o mercado residencial Leucotron (www.leucotron.com. br) mostrou o Skyvoice Reduz$Conta, voltado para o mercado residencial e que traz como principal benefício a redução dos custos com telefonia. O Skyvoice Reduz$Conta é um novo modelo da linha Skyvoice, lançada pela empresa no ano A bola, composta por todos os dispositivos do sistema, já está concluída. Foi testada e aprovada por atletas do time feminino juvenil do FINASA e do masculino, categorias juvenil e adulto do Banespa. A primeira fase de testes iniciada em fevereiro deste ano mostrou a viabilidade do projeto, no qual as condições de mapeamento da quadra e a precisão na captação dos movimentos da bola foram validadas, levando em consideração também as contribuições de árbitros, técnicos e atletas. "Como toda tecnologia de ponta e inovadora, continuamos a realizar diversos testes para a liberação final do projeto. Um ponto positivo e nossa maior preocupação era não alterar as características da bola, como peso. Os atletas profissionais com os quais testamos o sistema não sentiram diferença em relação às bola que usam normalmente, o que já é um grande passo. A próxima etapa: promover um jogo de exibição do produto ainda neste ano. O apoio da Confederação tem sido muito importante para nós", afirma o presidente da Penalty, Roberto Estefano. Oficializar o uso da Bola Tecnológica em jogos dos grandes campeonatos de voleibol e migrar para outros esportes, em especial o futebol, são objetivos da Penalty, que visualiza no futuro a utilização dessa tecnologia em qualquer tipo de modalidade esportiva que necessite identificar posições com velocida- Divulgação de e precisão. "A confiabilidade do sistema se intensificou com o d es em pe nh o do produto nos jogos, de spe rtan do n o v a s p e r spectivas para a utilização da tecnologia eletrônica. No futuro, poderemos utilizar o sistema em vários esportes", comenta Estefano. De acordo com a Confedera-
passado. O sistema é composto por um hardware (caixa de pequenas dimensões) e um software. O hardware, conectado a um aparelho de telefone convencional, a uma linha de telefonia fixa e a um computador com acesso à Internet banda larga (onde fica instalado o software do sistema), permite que o usuário utilize diferentes possibilidades em telefonia: operadoras convencionais (fixas), operadoras VoIP e o Skype. O principal benefício é que o sistema direciona todas as ligações para as operadoras com as menores tarifas. A operação do Skyvoice Reduz$Conta é simples e totalmente automática. O software mantém a relação de todas as operadoras e suas respectivas tarifas. Na hora de fazer a ligação, o sistema analisa todas as opções disponíveis e direciona a chamada para a alternativa mais barata, independentemente do código discado. A Leucotron oferece para os usuários do equipamento a atualização periódica de operadoras e tarifas através de uma assinatura anual. O Skyvoice Reduz$Conta pode funcionar ainda como um tarifador, fornecendo relatórios periódicos das ligações realizadas e respectivos custos por ligação. O produto traz muitos outros recursos como: secretária eletrônica, agenda eletrônica, múltiplos atendimentos de chamadas, conference call e gravação de chamadas recebidas ou realizadas. ção Brasileira de Voleibol, o sistema inteligente poderá ser conferido em breve nas quadras. "O ineditismo do projeto ganhou o nosso total apoio, pois representará para o vôlei uma evolução nunca antes imaginada. Esse recurso trará agilidade na apuração e a partida em si será ainda mais dinâmica, além disso, acreditamos que essa nova etapa dentro do esporte abre espaço para que outras tecnologias contribuam não apenas para o voleibol, mas também para outras modalidades", afirma o presidente da CBV, Ary Graça Filho. O setor de Sistemas Inteligentes Penalty, estrutura da empresa que conta com profissionais da área de engenharia, já trabalha em paralelo o projeto da bola inteligente adaptada ao futebol. Ainda sem previsão para o lançamento, o desenvolvimento da bola de futebol com os mesmos recursos aplicados ao vôlei está na fase inicial de estudos e será uma das grandes apostas da empresa no médio prazo. No entanto, as entidades internacionais devem demorar um pouco mais para aceitar a tecnologia. No ano passado, a Fifa, entidade máxima do futebol, não aprovou o uso do sistema de bola inteligente na Copa do Mundo deste ano. O produto tinha sido desenvolvido pela alemã Adidas em conjunto com o Instituto Fraunhofer e a alemã Cairos - a alegação era que o sistema ainda não estava pronto para ser utilizado. Fábio Pelegrini
A bola com chip já está pronta. Só falta ser testada em uma situação real, isto é, durante uma partida, sujeita a todas as ocorrências.
terça-feira, 29 de agosto de 2006
Te c n o l o g i a Te l e f o n i a Inter net Fotografia
DIÁRIO DO COMÉRCIO
NESTA SEMANA, QUAIS OS RUMOS DO ORKUT NO BRASIL?
O que será do Orkut?
MPF aciona Google
Ministério Público Federal (MPF) deu entrada hoje em ação civil pública para obrigar a Google Brasil Internet Ltda. – ligada à americana Google Inc., proprietária do site de relacionamentos Orkut – a pagar multa diária de R$ 7,6 milhões e indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 130 milhões. O MP argumenta que a empresa vem descumprindo, reiteradamente, decisões da Justiça brasileira. Em último caso, requer o seu fechamento. A ação é resultado de um imbróglio jurídico que se arrasta há meses. O procurador da República Sérgio Suiama, do MPF, investiga crimes praticados via Orkut desde 2003, principalmente pedofilia e crimes de ódio, como racismo, nazismo, homofobia e outros. A empresa se estabeleceu no Brasil em julho de 2005 e, desde novembro, passou a ser procurada por Suiama para negociar o fornecimento de dados para a identificação de criadores de páginas e comunidades investigadas. Segundo ele, a empresa se negou a conversar. Sigilos – Em março deste ano, o diretor da Google Brasil, Alexandre Hohagen, foi intimado a comparecer ao MPF, sob pena de ser enquadrado pelo crime de desobediência. Foi e prometeu colaborar. Suiama pediu novamente os dados,
7
Denúncia aos EUA: pedofilia.
O Ministério Público Federal afirma que o Orkut, site de relacionamentos da Google, recusa-se a fornecer dados para identificar criminosos
mas a empresa não forneceu. Acionada, a Justiça Federal autorizou a quebra de dezenas de sigilos de informações que circulam pela internet, mas as ordens não foram cumpridas. A Google Brasil, então, passou a sustentar que não tinha as informações requeridas pelo MPF – todas estão no banco de dados da matriz americana, submetidas às leis dos Estados Unidos. Pouco depois, a Google Inc. constituiu o escritório Durval Noronha Advogados para receber as intimações judiciais e, atualmente, as duas empresas alegam que o escritório representa a matriz – e não a subsidiária brasileira – e deve ser o destinatário das cobranças do MPF. "A Google Inc. recebeu 15 intimações de Varas Criminais para prestar informações e respondeu todas, parcial ou totalmente", disse o advogado Durval Noronha. Suiama disse que a imensa maioria das 38 quebras de sigilo deferidas pela Justiça Federal não foi cumprida e que, das poucas cumpridas, as informações foram insuficientes para as investigações. Convencido de que a política da Google Inc. e da Google Brasil é de não fornecer os dados, o procurador deixou a diplomacia de lado e resolveu entrar com ação civil pública. Em liminar, ele pediu que
Captura de tela
Políticos como John Kerry utilizam o Orkut para divulgar suas idéias
seja aplicada multa diária de R$ 200 mil para cada ordem não cumprida, o que dá o total de R$ 7,6 milhões. A multa por dano moral coletivo refere-se ao prejuízo sofrido pela sociedade com a demora nas investigações e a continuidade da prática dos crimes já descritos. No início da semana passada, a Comissão de Direitos HumaREPRODUÇÃO O objetivo é encontrar parceiros na Indonésia para animais na Holanda
nos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM) entregou à embaixada dos Estados Unidos um relatório contendo várias denúncias de crimes de pornografia infantil e pedofilia cometidos no site de relacionamento Orkut. Os documentos encaminhados naquele dia ao conselheiro Dennis Hearne foram enviados ao Parlamento norteamericano. (AE)
@ Ó RBITA
O Google Inc. poderá pagar multa de R$ 7,6 milhões e indenização de R$ 130 milhões
epois de uma audiência pública, várias reuniões e uma solicitação de colaboração feita à empresa Google – ainda sem atendimento –, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM) entregou à embaixada dos Estados Unidos um relatório contendo várias denúncias de crimes de pornografia infantil e pedofilia cometidos no site de relacionamento Orkut. Os documentos, encaminhados ao conselheiro Dennis Hearne, deverão ser enviados para o Parlamento norte-americano. "Nosso propósito é criar uma colaboração com o parlamento norte-americano, que também iniciou uma investigação sobre pedofilia e outros crimes cometidos pela internet", afirmou o presidente da comissão, Luiz Eduardo Greenhalgh. Ele conta que, apesar dos esforços dos últimos meses, não houve ainda nenhum avanço no Brasil para impedir a prática destes crimes pela rede de computadores. Há poucos meses um diretor da Google, empresa proprietária do Orkut, esteve no Brasil especialmente para discutir o assunto. Participou de uma audiência pública, comprometeu-se a colaborar com autoridades brasileiras. Mas a forma para isso ainda não foi encontrada. Pouco depois da reunião de
representantes da Google com autoridades brasileiras, conta Greenhalgh, foi cogitada a possibilidade de a empresa criar uma equipe de profissionais com domínio da língua portuguesa, que atuaria no Brasil. Esse grupo receberia denúncias cometidas por seus usuários, tomaria providências para localizar os autores dos crimes e retiraria do ar os sites com conteúdo criminoso. "Pouco se avançou. E a prática dos crimes continua", observa o deputado. Além de crimes de pedofilia e prostituição infantil, afirma o deputado Greenhalgh, são encontrados no Orkut comunidades que promovem a homofobia, o racismo e a tortura. "É preciso tomar medidas eficazes, rápidas. Não podemos conviver com tal tipo de prática", emendou Greenhalgh. Pelos cálculos da comissão, a empresa Google deixou até agora de responder 37 pedidos de investigação da Justiça brasileira. O documento encaminhado para o Parlamento Norte-Americano foi preparado pela ONG SaferNet Brasil, que recebe denúncias de crimes praticados pela internet. Ela recebeu, de 30 de janeiro a 26 de abril de 2006, 9.982 denúncias de pornografia infantil na Internet. A esmagadora maioria – 9.100 – referemse a crimes praticados no site do Orkut. (AE)
NAMORO Assim, orangotangos poderão namorar graças ao sistema de web cams e LCD
João Magalhães
Vista gratuito. Sem pirataria
ocê sabia que pode ter um CD do Windows Vista Beta 2 de graça? Nenhum ato de pirataria. Cópia legítima, em oferta no site indiano da Microsoft. Basta submeter-se a um teste de conhecimento sobre o substituto do XP. Depois de responder às perguntas corretamente você é redirecionado a uma página com informações de como o CD chegará em suas mãos. A Microsoft começou a
oferecer também uma versão quase final (Release Candidate 1, em inglês) do Internet Explorer 7 para Windows XP Service Pack2. O destaque do novo browser, (pronto no final do ano) é a navegação por abas, já presente no Firefox e no Opera. Links: http://www.microsoft.com/ india/ offers/vista/quiz.aspx http://www.microsoft.com /windows/ ie/downloads /default.mspx
Captura de tela
11/09 EM QUADRINHOS Google
Yahoo
Amazon
Adobe
Bandeiras de sites
programador de softwares e blogueiro Philipp Lenssen, autor do livro "55 maneiras de se divertir com o Google", teve uma idéia original: criar bandeiras de sites famosos como os do Google, Yahoo, Amazon e por aí afora. A do Google, por exemplo, tem fundo branco sobre o qual foram colocadas quatro
estrelas que, segundo Lenssen, representam, no sentido horário, a pedra angular do líder dos sistemas de buscas, sua usabilidade, importância e seu próspero relacionamento com a China. A coleção está no blog Google Blogoscoped. Link: http://blog.outercourt.com/archive/2006-0703-n13.html
ia 11 de setembro próximo marca o quinto aniversário dos atentados terroristas ao World Trade Center e Pentágono, lembrados na web em milhares de fotos e centenas de vídeos. O mais
interessante registro do trágico episódio está nos quadrinhos dos cartunistas Sid Jacobson e Ernie Colón. Vale a pena dar uma espiada. http:// www. slate. com/ features/ 911report/001.html
Contra rootkits empresa britânica de segurança Sophos está oferecendo um programa gratuito, batizado de Sophos Anti-Rootkit, que acha e deleta rootkits, ferramentas usadas por hackers para esconder pragas digitais de antivírus e antispywares. O programa da Sophos, que roda em versões NT, 2000, XP e Server 2003 do Windows, também avisa se a remoção dos rootkits pode prejudicar a integridade do
sistema operacional. Os rootkits ganharam fama depois que a Sony BMG Music Entertainment construiu um para evitar cópias ilegais de seus CDs. A partir daí, crackers (hackers do mal) começaram a colocar na internet códigos maliciosos com base na cria da Sony. Link: http://www.sophos.com/ products/free-tools/sophosanti-rootkit.html
Ache a música
Violino
ual é o nome da canção que você está cantarolando? É... Você esqueceu? Não se preocupe. Geoff Peters, Caroline Anthony e Michael Schwartz, estudantes da Universidade do Canadá, inventaram um programa, o Song Tapper, que transforma a barra de espaço do teclado do computador em um instrumento musical. Basta batucar nela as sílabas de uma música que ele tentará acha-la. A tecnologia ainda é experimental e tem falhas. Mas você pode ajudar os criadores a aperfeiçoa-la, inserindo nomes de músicas no banco de dados do site. Há um vídeo mostrando como o programa funciona. Link: http://www.songtapper.com /s/tappingmain.bin
stá próximo o tempo em que você assistirá a um concerto para violino e orquestra, em que o virtuose é o próprio instrumento. Na verdade, o violino que toca sozinho já existe. É uma invenção de Fred Paroutaud, presidente da Paroutaud Music Laboratories. E você pode têlo em sua casa por salgados 17.500 dólares. Informações técnicas de como funciona essa maravilha tecnológica musical estão disponíveis (em inglês) no site Qrsmusic. E um vídeo no YouTube mostra a sua performance. Links: http://www.qrsmusic.com/ pianomation/violin.htm http://www.youtube.com/ watch?v=4rVEnjunez4&eurl=
SPAM A praga que domina a internet s spams converteramse de vez na pior praga da internet. Estudo recente do The Digital Economy Fact Book 2006 mostra que apenas um de cada três e-mails enviados desde março em todo o mundo é legítimo. O The Digital revela também que 9% de todo os emails em circulação são notificações de erros; 3% estão infectadas por vírus e 1%
corresponde a phishings, emails falsos que induzem suas vítimas a revelar dados confidenciais. Ainda segundo o estudo, 50% dos spams contêm propaganda de produtos farmacêuticos, enquanto que uma de quatro mensagens, o equivalente a 25% do total, traz ofertas pornográficas. http://www.pff.org/ issues-pubs/ books/factbook_2006.pdf
Foto com lentes zoom sempre tremem. Sempre, não: com a câmera Nikon Coolpix S4 o problema está resolvido.
Te l e f o n i a Inter net Fotografia Contato
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 29 de agosto de 2006
A S4 recupera automaticamente imagens com iluminação insuficiente
NOVO DISPOSITIVO EVITA FOTOS FORA DE FOCO
Bastou um pequeno truque Por Ana Maria Guariglia ara minimizar o velho problema da estabilidade das fotos quando o zoom óptico e digital é acionado, os engenheiros da indústria japonesa Nikon acharam uma solução. Foi criado um dispositivo que fixa a imagem no momento do clique e o colocaram na câmera digital Coolpix S4 para suportar o zoom óptico de dez vezes e o digital de quatro. Com essa força toda de aproximação, a tendência da foto é sair fora de foco, mas o dispositivo entra em ação com o foco assistido e a imagem se paralisa em milésimos de segundos, quase imperceptível, e captura a cena com baixíssimo grau de tremulação. Esse recurso é funcional, como pudemos conferir, mesmo que o usuário esteja sem tripé ou com algum outro tipo de fixação para apoiar a câmera. O zoom é sempre uma solução interessante para reproduzir paisagens distantes ou situações que nos impedem de estar perto do assunto como conjunto de edifícios, partidas de futebol e corrida de Fórmula 1.
Ana Maria Guariglia
8
Outro diferencial da S4 e já existente em outros modelos da série Coolpix é a função DLightening, que permite recuperar imagens com insuficiência de iluminação e em contraluzes. A função é automática e cria cópias melhoradas das fotos, sendo possível ver os detalhes da mudança observando
essa cópia com acuidade: os defeitos de luz em todos os pontos da imagem basicamente desaparecem. O Face-Priority AF é outra engenhoca digital que detecta a presença de rostos durante a captura das imagens. Ao mesmo tempo, entra em ação o redutor de olhos vermelhos, que
aparecem nas impressões devido à incidência da luz do flash. A maquininha não tem visor óptico, acompanhando a tendência da maioria das máquinas, e tem capacidade de 6 MP (2.816 X 2.112 pixels), resolução suficiente para produzir pôsteres de 30 X 40 cm. É alimentada por duas pilhas do tipo AA alcalinas ou recarregáveis Nimh, monitor de 2,5 pol e memória interna de 13,5 MB, aceitando cartões SD (SecureDigital Card) de 1 GB. Faz videoclipes sonoros de 640 X 480 pixels e ainda possui intervalômetro que capta imagens no decorrer do tempo que o usuário escolher. É legal para registrar o passo a passo da clássica abertura de flores e com flash. Para conhecer o recurso de estabilidade de imagens com o zoom óptico e digital, fotografamos imagens em cinco tempos. As fotos se mostraram nítidas, facilmente perceptíveis, mesmo com a aproximação máxima do assunto. A Coolpix S4 custa R$ 2.200 e mais informações podem ser obtidas no site da empresa representante da Nikon no país: www.ttanaka.com.br
A Nikon Coolpix S4 também recupera imagens com deficiência de iluminação, detecta rostos automaticamente, faz vídeos e tira fotos a intervalos definidos pelo fotógrafo.
ZOOM Ana Maria Guariglia
A foto tirada sem zoom
internet fornece milhares de opções para quem gosta de ficar olhando lugares e situações em tempo real e disponibiliza câmeras ao vivo em praticamente qualquer lugar do planeta. Uma boa opção para começar a viagem é a Inglaterra. Quer ver como está o movimento nesse exato momento na faixa de pedestres da famosa capa do disco Abey Road dos Beatles? É só digitar h t t p : / / w w w. a b b e y ro a d . co.uk/virtual_ visit/webcam/# . Já que você está em Londres, dê uma chegada até o Big Ben e veja como está o movimento na London Bridge em http://www. camvista. com/ england/london/ bigben.php3 . De lá, ainda aproveitando sua estada na capital da mais famosa ilha da Europa, vá até a Trafalgar Square, ponto turístico obrigatório para quem visita aquele país: http://www.camvista.com /england/london/ trafsq. php3 . Se você quiser pode, a partir desse endereço, dar uma passada pela Irlanda e Escócia e ver as principais atrações turísticas de cada lugar. Da Inglaterra, dê um pulo no M a r ro c o s . D i g i t e h t t p : / /
O zoom amplia a imagem em três vezes
www.ma rrakech-in fo.com /M1/ e veja como anda o movimento na capital marroquina. A câmera está posicionada na praia Essaouira Maroc e é atualizada a cada dois minutos. Agora vá até as ilhas Seychelles para ver um pouco dessa famosa ilha, local em que o ex-presidente Fernando Collor de Melo passou a lua de mel com o poder logo após sua eleição em 1990. Agora dê uma espiada como está a movimentação no Muro das Lamentações em Jerusalém. D i g i t a n d o h t t p : / / w w w. aish.com/ wallcam/Window_on_ the_Wall.asp você ficará de frente para ele em tempo real e, uma curiosidade, poderá colocar um bilhete virtual em s u a s f e n d a s . O u t ro s i t e – http://www.isracamera. co.il/ – traz um mapa com várias localidades em Israel que podem ser visitadas virtualmente. Se quiser expandir sua visita através do Oriente Médio, vá em http:// www. webcam-index.com/Middle_East/ e poderá ver como andam as coisas no Iran, Iraque, Jordânia, Líbano, Qatar, Arábia Saudita e Emirados Árabes.
Zoom de 10 vezes capta detalhes da parede
Veja o mundo ao vivo sem sair de casa A internet possibilita visitar qualquer país por meio de webcams que transmitem imagens em tempo real.
Já que você está pelos lados do Oriente, vá agora para a Ásia. Coloque http://www. webcam-index.com/Asia/ na b a r r a d e e n d e re ç o d e s e u browser e viaje pelos seguintes países asiáticos: China, Indonésia, Japão, Malásia, Paquistão, Cingapura, Coréia do Sul, Taiwan e Tailândia. Aproveitando sua estada nesse lado do mundo, não deixe de visitar a Austrália em http:// w w w. w e b c a m - i n d e x .
com/Australia/Western Australia/ . São mais de 50 câmeras espalhadas pelo país dos cangurus e a diversão é garantida. Começando a viagem de volta, faça um tour pelas ilhas do Pacífico: Polinésia Francesa, Guam, Nova Caledônia, Ilhas Marianas e Taiti. Depois de visitá-las, ainda não é tempo de ir para o continente. Faça a próxima escala no Havaí. Aqui sua estada certamente será longa. A ilha possui mais de
Detalhe da cortina, bom mesmo com o zoom digital
100 câmeras e é praticamente coberta por elas. De volta ao continente, entre nos Estados Unidos no endereço http://www.webcam-index.com/USA/ pela Califórnia e divirta-se com quase 500 câmeras espalhadas pelo país, desde o Alasca até Miami, passando por Nova Iorque, Washington, Texas e praticamente todos os estados. Dê uma subida para o Canadá em h t t p : / / w w w. w e b c a m - i ndex.com/Canada/ e visite os principais pontos daquele país. Como essa viagem não custa nada mesmo e você pode ir onde quiser, embarque em h t t p : / / w w w. w e b c a m - i ndex.com/Europe/ e visite mais de 50 países do velho continente, incluindo os países Nórdicos, Rússia, Turquia, Grécia e Albânia. Como nos Estados Unidos, são mais de 500 localidades que podem ser visitadas virtualmente. Da Europa embarque agora p a r a o M é x i c o v i a h t t p : / / w w w. w e b c a m - i ndex.com/Mexico/ , visite a capital, Ilha de Cozumel e Acapulco, além de mais uma dúzia de localidades. Já que está em
ritmo de praia, vá para o Caribe em http://www.webcamindex.com/Caribbean/ e visite alguma ilhas. As opções de webcam são poucas, mas vale a pena. Entre na América do Sul pelo endereço h t t p : / / w w w. w e b c a m - i ndex.com/South_America/ e visite Venezuela, Argentina, Chile, Colômbia e Brasil. Os outros países não possuem webcams. Infelizmente nosso continente possui poucas câmeras via internet instaladas. O mesmo acontece no Brasil. Agora, alguns avisos para os navegantes virtuais: o ideal para acessar os sites é com a utilização de uma conexão banda larga. Cada um deles possui links para hotéis, restaurantes e bares, além de pontos turísticos de cada localidade e ofertas de pacotes de viagem. Em alguns deles existem links para câmeras eróticas, mediante cadastro, e é conveniente que menores de idade naveguem acompanhados pelos pais ou responsáveis. Nas localidades menos comuns a webcam pode estar temporariamente desligada. Guido Orlando Júnior
22
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Agronegócio Empresas Finanças Nacional
terça-feira, 29 de agosto de 2006
41
SEGMENTO DE ALTA RENDA É ESTÁVEL
por cento dos usuários de cartões de crédito pertencentes à classe A parcelam as compras
SEGMENTO TEM APENAS 10% DOS CARTÕES DE CRÉDITO DO PAÍS, MAS REPRESENTA 24% DO FATURAMENTO
CLASSE A PARCELA CONTAS NO CARTÃO
O
Leonardo Rodrigues/Digna Imagem – 8/11/05
consultor Allan Bruzulatto paga tudo o que pode com cartão de crédito. Assim, ele diz controlar melhor as contas e se beneficiar dos serviços que os cartões oferecem, de milhagens em companhias aéreas a descontos em compras e parcelamento sem juros. Bruzulatto tem dois plásticos na carteira, de duas bandeiras diferentes. Ele faz parte da classe A, parcela da população brasileira que tem renda mensal individual superior a R$ 2,5 mil. Esses consumidores foram responsáveis por 24% do faturamento do setor no último mês de junho, apesar de representarem apenas 10% do total de plásticos em circulação no Brasil. "Todos os meses, quase um quarto do meu salário vai para a fatura do cartão", diz Allan.
Chacon: preconceito acabou
Os dados são do estudo "A Classe A e o Cartão de Crédito", realizado pela Credicard Itaú. De acordo com a pesquisa, a presença desses cartões entre o público da alta renda é estável e já está amadurecida. "Não conquistamos novos
leiros são mulheres, o que mostra uma população equilibrada. Mas, na classe A, elas ficam atrás quando o assunto é o volume de transações com os cartões de crédito. Os homens de alta renda possuem 68% dos plásticos e respondem por cer-
clientes na classe A, já que quase todos eles têm cartão de crédito", afirma o diretor-executivo comercial da Credicard Itaú, Fernando Chacon. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 51% dos brasi-
ca de 70% do faturamento registrado em junho passado, o equivalente a R$ 2,2 bilhões. São os jovens, entre 18 e 24 anos, que usam o cartão com maior freqüência, embora apresentem o menor tíquete médio da alta renda: R$ 107. Quem gasta mais são os mais velhos, entre 55 e 64 anos, com R$ 126 a cada compra. Esses valores são altos quando comparados ao tíquete médio da indústria brasileira de cartões de crédito, que é de R$ 90. Parcelado — Mesmo os mais abonados usam o cartão de crédito para conseguir parcelamentos sem juros. De acordo com o estudo, 41% dos usuários da classe A preferem parcelar, assim como 51% dos clientes com renda mensal inferior a R$ 2,5 mil. "O preconceito com as parcelas que se arrastam por até um ano acabou,
ALFACORRETORADE CÂMBIO E VALORES MOBILIÁRIOS S.A. C.N.P.J. 62.178.421/0001-64 SEDE: ALAMEDASANTOS, 466 - SÃO PAULO - SP RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas: Submetemos à sua apreciação, as demonstrações financeiras da Alfa Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários S.A., correspondentes às atividades desenvolvidas durante os semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005, acrescidas das notas explicativas e do Parecer dos Auditores Independentes.
É indispensável traduzir o reconhecimento da Alfa Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários S.A. ao trabalho de seus funcionários, ao apoio de seus acionistas e, finalmente, à confiança de seus clientes e instituições financeiras do mercado que continuaram a prestigiar a organização como sempre fizeram. São Paulo, 10 de agosto de 2006 A DIRETORIA
BALANÇO PATRIMONIAL EM 30 DE JUNHO - EM R$ MIL ATIVO
2006 60.987 399 54.720 54.720 5.847 115 5.681 51 21 21 13.164 6.291 1.262 5.029 6.873 6.873 25.896 25.528 1.891 23.637 311 1.059 (748) 57 140 (83) 100.047
Circulante Disponibilidades Aplicações Interfinanceiras de Liquidez Aplicações em Depósitos Interfinanceiros Outros Créditos Rendas a Receber Negociação e Intermediação de Valores Diversos Outros Valores e Bens Despesas Antecipadas Realizável a Longo Prazo Títulos e Valores Mobiliários Carteira Própria Vinculados à Prestação de Garantias Outros Créditos Diversos Permanente Investimentos Participações em Controladas: No País Outros Investimentos Imobilizado de Uso Outras Imobilizações de Uso (Depreciação Acumulada) Diferido Gastos de Organização e Expansão (Amortização Acumulada) Total Geral do Ativo
2005 61.768 52 54.752 54.752 6.964 94 6.755 115 – – 12.599 5.322 1.565 3.757 7.277 7.277 20.232 19.796 – 19.796 367 1.039 (672) 69 132 (63) 94.599
PASSIVO Circulante Outras Obrigações Fiscais e Previdenciárias Negociação e Intermediação de Valores Diversas Exigível a Longo Prazo Outras Obrigações Fiscais e Previdenciárias Diversas Patrimônio Líquido Capital: De Domiciliados no País Reservas de Capital Reservas de Lucros Ajuste ao Valor de Mercado Lucros Acumulados
2006 8.313 8.313 1.292 6.700 321 16.841 16.841 16.803 38 74.893
2005 9.937 9.937 1.207 8.471 259 15.803 15.803 15.765 38 68.859
24.000 26.654 4.730 21 19.488
24.000 22.728 4.457 19 17.655
Total Geral do Passivo
100.047
94.599
Capital 20.000
Reservas de Capital 20.778
Reservas de Lucros Legal 4.309
Ajuste de TVM e Derivativo ao Valor de Mercado 11
Lucros Acumulados 18.848
Total 63.946
4.000
–
–
–
(4.000)
–
Atualização de Títulos Patrimoniais
–
1.933
–
–
–
1.933
Reserva Decorrente de Incentivos Fiscais
–
17
–
–
–
17
Ajuste ao Valor de Mercado de TVM e Derivativos
–
–
–
8
–
8
Lucro Líquido do Semestre
–
–
–
–
2.955
2.955
Aumento de Capital - AGO 25/04/2005 Outros Eventos:
Destinações: Reservas Saldos em 30/06/2005
Descrição Receitas da Intermediação Financeira Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários Despesas da Intermediação Financeira Operações de Captação no Mercado Resultado Bruto da Intermediação Financeira Outras Receitas/(Despesas) Operacionais Receitas de Prestação de Serviços Despesas de Pessoal Outras Despesas Administrativas Despesas Tributárias Resultado de Participações em Controladas Outras Receitas Operacionais Outras Despesas Operacionais Resultado Operacional Resultado não Operacional Resultado antes da Tributação e Participações Imposto de Renda e Contribuição Social Provisão para Imposto de Renda Provisão para Contribuição Social Ativo Fiscal Diferido Lucro Líquido do Semestre Lucro por Lote de Mil Ações - R$
2006 4.763 4.763 15 15 4.748 (153) 1.693 (453) (1.074) (208) 66 378 (555) 4.595 121 4.716 (1.760) (1.210) (446) (104) 2.956 184,73
2005 5.133 5.133 – – 5.133 (702) 1.719 (580) (1.200) (446) – 128 (323) 4.431 114 4.545 (1.590) (1.173) (411) (6) 2.955 184,68
DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO - EM R$ MIL
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - EM R$ MIL
Eventos Saldos em 31/12/2004
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO - EM R$ MIL
–
–
148
–
(148)
–
24.000
22.728
4.457
19
17.655
68.859
Mutações do Período
4.000
1.950
148
8
(1.193)
4.913
Saldos em 31/12/2005
24.000
24.240
4.730
25
16.532
69.527
Atualização de Títulos Patrimoniais
–
2.414
–
–
–
2.414
Ajuste ao Valor de Mercado de TVM e Derivativos
–
–
–
(4)
–
(4)
Lucro Líquido do Semestre
–
–
–
2.956
2.956
Saldos em 30/06/2006
24.000
26.654
4.730
21
19.488
74.893
Mutações do Período
–
2.414
–
(4)
2.956
5.366
Outros eventos:
Contas A - Origem dos Recursos Lucro Líquido do Semestre Ajustes ao Lucro Líquido - Depreciações e Amortizações - Resultado de Equivalência Patrimonial Reserva Decorrente de Atualiz. de Títulos Patrimoniais Reserva de Ajuste de TVM e Derivativos ao Valor de Mercado Reserva Decorrente de Incentivos Fiscais Recursos de Terceiros Originários de: - Aumento dos Subgrupos do Passivo Outras Obrigações - Diminuição dos Subgrupos do Ativo Aplicações Interfinanceiras de Liquidez B - Aplicação dos Recursos Inversões em: - Participações Societárias - Imobilizado de Uso - Investimentos Aplicações no Diferido Aumento dos Subgrupos do Ativo - Títulos e Valores Mobiliários - Outros Créditos - Outros Valores e Bens Redução dos Subgrupos do Passivo - Outras Obrigações Aumento/(Redução) das Disponibilidades (A-B) Modificações na Posição Financeira Início do Período Fim do Período Aumento/(Redução) das Disponibilidades
2006 9.888 2.956 (16) 50 (66) 2.414 (4) – 4.538 – – 4.538 4.538 9.567 4.175 1.741 20 2.414 8 2.506 457 2.037 12 2.878 2.878 321
2005 8.208 2.955 46 46 – 1.933 8 17 3.249 808 808 2.441 2.441 8.424 1.933 – – 1.933 – 6.491 1.940 4.551 – – – (216)
78 399 321
268 52 (216)
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 - EM R$ MIL (01) APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras da Alfa Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários S.A. foram elaboradas em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações e normas e instruções do Banco Central do Brasil. (02) PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS (a) Apuração do Resultado: as receitas e despesas foram apropriadas pelo regime de competência. (b) Ativos Circulante e Realizável a Longo Prazo: demonstrados pelos valores de realização e, quando aplicável, acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidos de provisão para perdas e ajustados pelos seus valores de mercado, especificamente em relação ao registro e a avaliação contábil da carteira de títulos e valores mobiliários estabelecido pela Circular BACEN nº 3068 (vide nota nº 03). (c) Ativo Permanente: demonstrado ao custo corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, considerando os seguintes aspectos: c.1) Participações em Controladas no País: avaliadas pelo método de equivalência patrimonial; c.2) Outros Investimentos: basicamente, composto por títulos patrimoniais da BOVESPA e da BM&F, os quais são registrados pelo custo de aquisição e ajustados mensalmente pelo valor patrimonial fornecido pelas respectivas bolsas, sendo esse ajuste, contabilizado diretamente em reserva de capital; c.3) Depreciação dos bens do Ativo Imobilizado é calculada pelo método linear, às seguintes taxas anuais: Processamento de Dados e Veículos 20%, Móveis e Utensílios e Instalações 10%; e c.4) Amortização de gastos com benfeitorias em imóveis de terceiros e com aquisição e desenvolvimento de logiciais, calculada pelo método linear pelo prazo máximo de cinco anos. (d) Passivos Circulante e Exigível a Longo Prazo: demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, os encargos e as variações monetárias incorridos. (e) Impostos e Contribuições: as provisões para Imposto de Renda, Contribuição Social, PIS e COFINS são calculadas às alíquotas de 15% mais adicional, 9%, 0,65% e 4%, respectivamente, considerando para efeito das respectivas bases de cálculo, a legislação pertinente a cada encargo. Também é observado pela Companhia a prática contábil de constituição de créditos tributários de imposto de renda e contribuição social, às mesmas alíquotas vigentes utilizadas para a constituição de provisões fiscais (vide nota nº 04). (f) Estimativas Contábeis: As demonstrações financeiras, de acordo com as práticas contábeis brasileiras, incluem algumas contas cujos valores são determinados por estimativas baseadas na experiência passada, ambiente legal e de negócios, probabilidade de ocorrência de eventos sujeitos ou não ao controle da Administração, etc. Essas estimativas são revistas pelos menos anualmente, buscando-se determinar valores que mais se aproximem dos futuros valores de liquidação dos ativos ou passivos considerados. (03) TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS Em 30 de junho de 2006, a carteira de títulos e valores mobiliários estava composta por títulos de emissão do Tesouro Nacional R$ 6.291 (2005 R$ 5.322), vencíveis no prazo de um a três anos. Esses títulos foram classificados na categoria “Disponíveis para Venda” cujo valor contábil corresponde ao seu valor de mercado na data do balanço. O valor de mercado desses títulos foi obtido através de coletas de taxas junto ao mercado, quando aplicável, e validadas através de comparação com informações fornecidas pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto (ANDIMA). O ajuste positivo dos títulos no montante de R$ 33 (2005 R$ 31), obtido entre os valores de custo R$ 6.258 (2005 R$ 5.291) e de mercado R$ 6.291 (2005 R$ 5.322), foi registrado em conta adequada de patrimônio líquido pelo valor líquido dos efeitos tributários.
(04) OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS Composta por Tributos Antecipados R$ 42 (2005 R$ 108), depósitos judiciais R$ 6.372 (2005 R$ 6.004), opções por incentivos fiscais R$ 97 (2005 R$ 97), adiantamentos salariais R$ 9 (2005 R$ 7) e créditos tributários de imposto de renda e contribuição social R$ 404 (2005 R$ 1.176). Esses créditos tributários foram calculados sobre adições temporárias, representadas basicamente por provisões para riscos fiscais. No semestre, houve reversão no saldo de créditos tributários no montante de R$ 104 (2005 R$ 6). A Administração da Companhia, fundamentada em estudo técnico, estima que a realização desses créditos tributários ocorrerá em 5 anos na seguinte proporção: R$ 61 no segundo ano, R$ 81 no terceiro ano, R$ 121 no quarto ano e R$ 141 no quinto ano. Na data do balanço, o valor presente dos créditos tributários, calculado com base na taxa SELIC, correspondia a R$ 228. Os créditos tributários não ativados totalizavam R$ 922. (05) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Demonstração do cálculo dos encargos 2006 2005 • Lucro antes do I. Renda e C. Social 4.716 4.545 • IR e CS às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente (1.603) (1.545) • Efeito das adições e exclusões: • Provisão para Riscos Fiscais (92) (63) • Outras Adições e Exclusões 39 24 • Total dos encargos devidos no semestre (1.656) (1.584) • Créditos Tributários de Imposto de Renda e Contribuição Social (104) (6) • Despesa de I. de Renda e C. Social (1.760) (1.590) (06) PATRIMÔNIO LÍQUIDO (a) Capital Social: está dividido em 16.000.000 de ações nominativas, sendo 8.000.000 de ações ordinárias e 8.000.000 de ações preferenciais, sem valor nominal. (b) Dividendos: o Estatuto prevê dividendos mínimos de 25% do lucro líquido anual, ajustado conforme o disposto no art. 202 da Lei das Sociedades por Ações. O pagamento desses dividendos está vinculado à deliberação da Assembléia Geral. (07) PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS A Companhia, no curso normal de suas atividades, é parte em processos de natureza fiscal, previdenciária, trabalhista e cível. As respectivas provisões foram constituídas levando-se em conta a legislação em vigor, a opinião dos assessores legais, a natureza e complexidade dos processos, o posicionamento dos Tribunais, o histórico de perdas e outros critérios que permitam a sua estimativa da forma mais adequada possível. A Administração considera que as provisões existentes na data destas demonstrações são suficientes para fazer face aos riscos decorrentes destes processos. As provisões constituídas e respectivas variações no período estão demonstradas a seguir: Fiscais e Trabalhistas Movimentação Previdenciárias e Cíveis Total Saldo Início do Período 16.152 38 16.190 (+) Complemento de Provisão 651 – 651 Saldo Final do Período 16.803 38 16.841 (a) As obrigações legais e as contingências fiscais e previdenciárias referem-se principalmente a obrigações tributárias cuja legalidade ou constitucionalidade é objeto de contestação nas esferas administrativa e judicial, com destaque para (i) o alargamento da base de cálculo do PIS e da COFINS determinado pela Lei nº 9.718/98, (ii) a cobrança da CSLL por alíquotas diferenciadas para o Sistema Financeiro (Isonomia), (iii) a cobrança do PIS pelas Emendas Constitucionais 01/94, 10/96 e 17/97 e (iv) a dedução dos valores da CSLL na base de cálculo do
IRPJ. As provisões existentes amparam o risco decorrente das obrigações legais e das contingências fiscais e previdenciárias consideradas como de perda provável e encontram-se registradas no exigível a longo prazo na rubrica “Provisão para Riscos Fiscais” do grupo “Outras Obrigações - Fiscais e Previdenciárias”. A Companhia possui outras contingências fiscais e previdenciárias, avaliadas individualmente por nossos assessores como de risco de perda não provável, com destaque para a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Essa contingência trata de cobranças efetuadas pela Receita Federal relativas ao período de janeiro/92 a junho/94. A Companhia possui processos judiciais já transitados em julgado exonerando-a do pagamento dessa contribuição. Essas cobranças, no montante de R$ 7.674, estão sendo objeto de questionamento administrativo e judicial. (b) As contingências trabalhistas originam-se de ações judiciais movidas por exempregados que buscam obter indenizações referentes a pretensos direitos trabalhistas. A provisão constituída encontra-se registrada na rubrica “Provisão para Passivos Contingentes” do grupo “Outras Obrigações Diversas”. (c) As contingências cíveis são originadas basicamente por ações judiciais movidas por terceiros, pleiteando indenização por danos materiais e morais, sendo em sua maior parte julgadas pelo Juizado Especial Cível. Não existem processos de valores significativos em curso e que sejam de conhecimento da Administração. (08) OUTRAS INFORMAÇÕES (a) A Companhia não possuía operações no mercado de derivativos na data do balanço. (b) Negociação e Intermediação de Valores: basicamente, os saldos são compostos por operações com valores mobiliários por conta de clientes a liquidar, a saber: Ativo - Caixas de registro e liquidação R$ 158 (2005 R$ 5.514) e Devedores conta liquidações pendentes R$ 5.523 (2005 R$ 1.241) e Passivo - Caixas de registro e liquidação R$ 1.399 (2005 R$ 120), Credores conta liquidações pendentes R$ 3.394 (2005 R$ 8.222) e Operações com Ativos Financeiros e Mercadorias a Liquidar R$ 1.907 (2005 R$ 129). (c) No decorrer do semestre a Companhia adquiriu 35.856.794 ações ON, 721.399 ações PNA, 7.509.480 ações PNB e 4.293.186 ações PNC do capital social da Uvale S.A. - Uvas do Vale do Gorutuba, aumentando sua participação total direta de 5,17% para 71,26%. O preço de compra totalizou R$ 1.741 e correspondeu ao valor patrimonial dessas ações. (d) Outras Obrigações - Diversas: composta basicamente por provisões para pagamento de despesas administrativas, de pessoal e para contingência trabalhista. (e) Outras Receitas Operacionais, incluem basicamente valores recebidos da BM&F e BOVESPA. Outras Despesas Operacionais: incluem, principalmente, despesas com atualização de tributos. (f) Em concordância com os dispositivos legais vigentes, efetuaram-se as seguintes principais transações entre a Companhia e empresas ligadas: f.1) aplicações em depósitos interfinanceiros e correspondentes receitas do semestre totalizaram R$ 54.720 (2005 R$ 54.752) e R$ 4.295 (2005 R$ 4.732), respectivamente, sendo realizadas a taxas compatíveis com as taxas médias praticadas pelo mercado vigentes nas datas das operações; f.2) ressarcimento de custos e despesas R$ 31 (2005 R$ 29); f.3) Prestação de Serviços R$ 48 (2005 R$ 37) e R$ 312 (2005 R$ 345). Referem-se a serviços contratados de tecnologia e informática, auditoria interna, divulgação da marca, transporte aéreo e consultoria contábil. (g) A Companhia tem como política segurar seus bens a valores considerados adequados para coberturas de eventuais perdas. (h) O resumo do relatório elaborado pelo Comitê de Auditoria, único instituído pelo Conglomerado Financeiro Alfa por intermédio da instituição líder Banco Alfa de Investimento S.A., está sendo publicado em conjunto com as demonstrações financeiras do Banco.
DIRETORIA
CONTADOR
Antonio César Santos Costa
José Elanir de Lima
À Administração e aos Acionistas da Alfa Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários S.A. São Paulo - SP Examinamos os balanços patrimoniais da Alfa Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários S.A. levantados em 30 de junho de 2006 e 2005 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.
Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Corretora, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam,
Julio Simões Neves Neto - CRC 1SP 198731/O-0
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Alfa Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários S.A. em 30 de junho de 2006 e 2005, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 10 de agosto de 2006 Auditores Independentes CRC 2SP 014428/O-6
Zenko Nakassato Contador CRC 1SP 160769/O-0
porque compensa deixar o dinheiro aplicado em vez de pagar à vista", diz Chacon. Esse público também vem gastando bastante no exterior: 5,5% do total de compras no mês da pesquisa foram realizadas em dólares, com valor médio de R$ 265. Enquanto isso, as outras classes, juntas, gastaram 0,8% de suas faturas em viagens ou sites estrangeiros. Do total de 70 milhões de cartões de crédito existentes no Brasil, 10% estão nas carteiras da classe A, o que representa 24% do faturamento. A pesquisa mostra que o volume de transações dos consumidores de alta renda cresceu 7% entre junho de 2005 e igual período deste ano. "A expectativa é de que o faturamento da indústria continue crescendo 25% ao ano", afirma Chacon. Sonnaira San Pedro
COPOM Aposta em corte de 0,25 ponto não é unânime
O
Comitê de Política Monetária (Copom) cortará o juro básico da economia (taxa Selic) em 0,25 ponto percentual na reunião que começa hoje e termina amanhã. A opinião é da maioria dos analistas de mercado financeiro que foram ouvidos pela pesquisa Focus, feita semanalmente pelo Banco Central (BC). Com a queda, a Selic cairia dos atuais 14,75% para 14,50% ao ano. A aposta, porém, não é unânime. O economista-chefe do banco Calyon, Dalton Gardiman, por exemplo, acredita q u e a re d u ç ã o p o d e r á s e r maior. "Acho que o BC cortará os juros em 0,5 ponto", disse. A visão de que o corte será de apenas 0,25 ponto, de acordo com o economista, já não era consenso no mercado ontem. "Ainda era a aposta predominante. Mas não representava a totalidade das previsões", comentou. Ainda no fim da semana passada, alguns bancos, como o Citibank, mudaram suas projeções de corte de juros de 0,25 para 0,5 ponto. A alteração, segundo um economista de uma das instituições financeiras, foi motivada pela perspectiva de que o ritmo de crescimento da economia esteja abaixo do esperado. A própria pesquisa do BC divulgada ontem captou queda das projeções de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste e no próximo ano. Para 2006, as expectativas recuaram pela terceira vez seguida e passaram de 3,53% para 3,5%. As projeções de expansão no próximo ano caíram, ao mesmo tempo, de 3,7% para 3,5%, depois de 19 semanas de estabilidade das previsões. Condições — O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, disse ontem que "todas as condições para a continuidade da queda dos juros estão dadas". Mas ele não quis fazer previsão sobre a decisão do Copom. "O principal objetivo do comitê, que é controlar a inflação, está caminhando perfeitamente", destacou o ministro. Segundo Bernardo, o BC fez um trabalho notável. "O controle da inflação é importantíssimo para ajudar a melhorar o poder aquisitivo do trabalhador e o Banco Central com certeza vai tomar sua decisão com base nesse elemento", afirmou. O ministro também alertou que não há motivos para alarme com o anúncio do PIB do segundo trimestre, marcado para a próxima quinta-feira. (AE)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 29 de agosto de 2006
Indicadores Econômicos
23
0,56
foi a queda das ações preferenciais da Petrobras no pregão de ontem da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).
28/8/2006
Informe Publicitário
FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Fundo Empresarial LP Lastro Performance LP Múltiplo LP Esher LP Master Recebíveis LP
Posição em: 24/08/2006 24/08/2006 24/08/2006 24/08/2006 24/08/2006
P.L. do Fundo 8.122.742,85 1.424.209,57 7.511.661,69 11.264.234,61 1.091.168,70
Valor da Cota Subordinada 1.165,377521 1.070,531409 1.146,109093 1.063,744718 1.060,038265
% rent.-mês 2,9969 1,5346 2,2513 -3,8074 0,7236
% ano 19,2848 7,0531 14,6109 6,3745 6,0038
Valor da Cota Sênior 0 1.073,309505 1.085,396048 0 0
% rent. - mês 0,9894 1,0780 -
% ano 7,3310 8,5396 -
rating A+(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)
DC
COMÉRCIO
24
Empresas Finanças Agronegócio Nacional
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 29 de agosto de 2006
BRASILEIRO CONSOME 60 GRAMAS DE MEL AO ANO
Teste da Unicamp mostra que 70% dos potes de mel vendidos no País são adulterados.
Marcos Peron/Virtual Photo
MEL MAIS QUALIFICADO PARA VENDA Unicamp desenvolve método para verificar produto
A
Universidade Esta- serve para combater a tosse e a dual de Campinas gripe. Nós consumimos 60 gra(Unicamp), no inte- mas de mel ao ano, enquanto rior de São Paulo, nos EUA esse consumo chega a desenvolveu um método de 1,2 quilo e na Europa, 1,5 quianálise que pode disciplinar a lo", disse. No exterior, o mel é produção de mel no País. Com considerado alimento, "incluum aparelho que identifica e sive funcional", analisou o direclassifica todos os componen- tor da Apacame. Para reverter a situação no tes do produto, em apenas um minuto, o Laboratório Thom- Brasil, as associações de criason de Espectrometria de Mas- dores de abelhas e produtores sas pode certificar a qualidade, de mel querem fazer campatanto do mel vendido no mer- nhas esclarecedoras sobre o cado interno como o do produ- produto. De acordo com Zovaro, em maio deste ano foi criada zido para o exterior. O método já se mostrou efi- uma câmara setorial federal esciente e revelou uma preocu- pecífica para o setor. A câmara pação: das 30 amostras recolhi- vai propor uma série de atividas em supermercados para os dades e campanhas para a poprimeiros testes, 70% apresen- pularização do uso do mel na taram algum tipo de adultera- alimentação. "O brasileiro preção, principalmente para o mel cisa saber comprar mel", obserde laranjeira. Nesse trabalho, vou. No mercado externo, esos pesquisadores encontraram pera-se que a União Européia de caramelo a óleo de soja mis- volte atrás na decisão de emturados ao produto para au- bargar o produto brasileiro. Cr es ci men to – Apesar de mentar o volume. De acordo com o cientista de não ter um crescimento vigoalimentos Rodrigo Catharino, roso, o mercado do mel desendo Instituto de Química da volve-se no Brasil de forma Unicamp, a idéia de produzir consistente, aproveitando a uma tecnologia que identifi- onda do consumo de producasse a origem do mel (se é de tos naturais. De acordo com o eucalipto, silvestre ou de la- apicultor e comerciante de Campinas ranjeira, por Oswaldo Balexemplo) e doni, hoje os atestasse a produtores qualidade coconseguem meçou em obter certo maio deste l u c ro c o m a ano, quando a por cento do volume apicultura. União Euro"Durante p é i a a n u nde mel exportado pelo anos, todo o c i o u a s u sBrasil no ano passado mel consumipensão da imfoi para a Europa. do no País era portação do importado produto braAs vendas externas d a A rg e n t isileiro. Os eusomaram US$ 18,94 n a . A t u a lropeus reclamilhões. mente, temos mam da falta produção de controle de própria que resíduos biológicos, não só do mel, mas abastece o mercado interno e ainda vai para a exportação", também do frango e do leite. "Com essa metodologia, o disse o comerciante. Baldoni é proprietário da Ministério da Agricultura pode controlar a qualidade dos única loja de produtos para produtos vendidos no merca- apicultores do Estado de São do interno e certificar a do mel Paulo, localizada em Campipara a exportação", garantiu o nas, junto com o filho Luiz Fernando. Além disso, tem cinco pesquisador da Unicamp. O embargo europeu, ainda apiários na região de Itapira. não efetivado, será discutido Estima-se que, hoje, 500 mil no mês que vem em Bruxelas. pessoas trabalhem direta ou No encontro, o Ministério da indiretamente no setor. Entretanto, o desânimo é Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vai infor- generalizado entre quem promar que incluiu o mel no Pro- duz para exportação, afirmou grama Nacional de Contro- a produtora Rita de Cássia Bale de Resíduos Biológicos rion, de São Paulo, com fazen(PNCR) para 2006, e que mon- da no município de Itu, intetou um plano de ação com in- rior paulista. Segundo ela, há formações sobre as práticas dois anos a situação estava produtivas e medidas que po- bem melhor. "Com a mudança dem ser adotadas para o efeti- no câmbio e o real supervalovo controle da qualidade do rizado (em relação ao dólar) está ficando cada vez mais produto nacional. Segundo o coordenador de difícil trabalhar com a exporResíduos e Contaminantes da tação de mel", afirmou a proSecretaria de Defesa Agrope- dutora. Apesar disso, Rita cuária do Mapa, Adauto Lima classifica o ramo como "bom e R o d r i g u e s , o m e l e s t á n o gostoso de trabalhar; precisa PNCR desde 2002. As exporta- de investimento pequeno pações geraram US$ 18,94 milhões ra começar e tem retorno rápino ano passado e os europeus fi- do, em até um ano". Além do dólar desfavorácaram com 80% do volume total vel, outro grande problema vendido a outros países. Desconhecimento – A falta enfrentado pelo setor, segunde controle da qualidade do do a produtora, é o aumento mel é apenas um dos fatores do número de criadores em reque seguram o crescimento do lação ao consumo. Isso gerou produto nos mercados domés- um desequilíbrio entre oferta tico e externo. Segundo o dire- e demanda. "Tem mel sobrantor da Associação Paulista de do no Brasil e no mundo, e isso Apicultores, Criadores de Abe- está derrubando todos os prelhas Melíficas Européias (Apa- ços. Mas tenho certeza de que came), Ramadés Zovaro, tam- vamos conseguir sair dessa bém colabora para isso o desco- crise", disse. Para Rita de Cásnhecimento dos consumidores sia, o próprio mercado vai acasobre o produto no País. "As bar selecionando os produtopessoas acham que o mel é re- res que vão sobreviver. médio, uma coisa quente que Mário Tonocchi
Oswaldo Baldoni, em sua loja de Campinas: hoje é possível ter lucro com a venda de favo e mel para o mercado interno e exportação
Luiz Fernando Baldoni, com um favo de mel: crescimento aos poucos
80
Apiário em Campinas. Cerca de 500 mil pessoas trabalham no setor.
Na Europa, mel é considerado alimento funcional
O brasileiro consome em média 60 gramas de mel ao ano
Propólis é usado no País no combate a doenças como gripe
Brasileiro cria caixa racional x-secretário Especial do Meio Ambiente (Sema), ambientalista e um dos maiores pesquisadores sobre abelhas – as originais nacionais sem ferrão e as importadas da Europa e África, com ferrão –, Paulo Nogueira Neto, 84 anos, é o criador de uma das mais importantes peças da apicultura: a caixinha racional.
Essa caixa é construída para abrigar as abelhas e protegêlas de seus inimigos: formigas; sapos; lagartixas; a irara (papa-mel); o homem; além da abelha-limão, que rouba o mel das outras espécies. A proposta da caixinha racional foi feita por Nogueira Neto há 56 anos. Foi inspirada em uma cuia com uma abelhi-
nha que ele recebera de presente. Desde o projeto original, diversos pesquisadores aprimoram o produto. Manipulável, a caixa faz com que as abelhas se alinhem dentro do espaço, substituindo o oco da árvore, que dificulta a visão dos criadores sobre o que está ocorrendo. Hoje, todos os apicultores utilizam esse método.
Professor emérito da Universidade de São Paulo (USP), Nogueira Neto foi o maior responsável pela introdução das questões ambientais na pauta política brasileira. Foi secretário do Meio Ambiente por 12 anos. O órgão foi criado no governo militar e serviu de base para a fundação do Ministério do Meio Ambiente. (MT)
Risco de febre do Nilo no País
problema é que essas aves são os principais hospedeiros de vírus causadores de doenças como gripe aviária e febre do Nilo. Essa última, apesar de não ter sido detectada no Brasil, vem rondando as fronteiras. Em maio, o vírus causador da febre do Nilo apareceu na Argentina, em aves que
chegaram dos EUA. Segundo Pedro Vasconcelos, diretor do Departamento de Febres Hemorrágicas do Instituto Evandro Chagas (IEC) de Belém do Pará, a necessidade de controle é grande porque essas doenças têm potencial para se tornarem endêmicas. No
caso da febre do Nilo, o vetor da doença é o pernilongo comum, difícil de ser controlado. Em 2002, nos EUA, foram identificadas 3,7 mil pessoas com a febre. Dessas, 216 morreram. Não há vacinas para humanos contra o vírus, apenas para eqüinos.
E
A
penas oito pesquisadores formam a equipe do Ministério do Meio Ambiente responsável por monitorar as centenas de espécies de aves migratórias que entram no País . O
Renato Carbonara Ibelli
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 29 de agosto de 2006
Banco Itaú BBA S.A. CNPJ: 17.298.092/0001-30 MATRIZ: São Paulo - SP Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.400 3º ao 8º andares 04538 132 t. 11 3708 8000 f. 11 3708 8172 www.itaubba.com.br
Os instrumentos financeiros derivativos podem ser assim resumidos: (*)
2006 Valor de mercado Posição líquida
Valores pelas taxas e indexadores contratados Posição Ativo Passivo líquida
i) Referenciados em: a) Certificado de depósito Interfinanceiro - CDI .. b) Taxa de juros pré-fixada PRÉ - R$ ..................... c) Taxa de juros em dólar PRÉ - USD .................. d) IGPM ............................... e) Dólar - PTAX .................. f) Outras moedas .............. g) Outros indexadores ....... ii) Contrapartes: a) Empresas ....................... b) BM&F .............................. c) Instituições financeiras . d) Partes relacionadas ....... iii) Vencimentos: a) Até 3 meses ................... b) De 3 a 6 meses ............... c) De 6 a 12 meses ............. d) Acima de 12 meses ....... iv) Operações realizadas: a) Na BM&F ........................ b) No Balcão .......................
(*)
Curitiba - PR - Al. Dr. Carlos de Carvalho, 417 25º andar cj. 2501 80410 180 t. 41 3028 4450 f. 41 3028 4488 Montevidéu - Uruguai - Plaza Independencia, 831 Of. 706 C.P. 11.100 t. +59 82 901 3965 f. +59 82 908 5613 Nassau - Bahamas - West Bay Street REPRESENTAÇÕES: Nova Iorque - EUA - 540 Madison Avenue, 24th Floor New York NY 10022 t. +1 212 838 4439 f. +1 212 838 4624 Buenos Aires - Argentina - Cerrito 740, piso 7 CP 1010AAP t. +54 11 4378 8421 f. +54 11 4372 8043 Xangai - Room 1009, 10/F, One Corporate Avenue, 222 Hu Bin Road, Luwan District, Shanghai 200021 P.R.China t. +86 21 3311 3466 f. +86 21 6340 6220
SUCURSAIS: Rio de Janeiro - RJ - Praia de Botafogo, 228 7º andar ala A 22250 040 t. 21 2553 1400 f. 21 2553 0534 Campinas - SP - Av. Dr. José Bonifácio Coutinho Nogueira, 150 8º andar Sls. 804 / 806 / 808 / 810 Cond. Galleria Plaza 13091 611 t. 19 3707 5500 f. 19 3707 5599 Porto Alegre - RS - Rua Soledade, 550 cj 1201 Bairro Petrópolis 90470 340 t. 51 3025 4466 f. 51 3025 4462 Belo Horizonte - MG - Rua Paraíba, 1.000 13º andar 30130 141 t. 31 2101 1350 f. 31 2101 1399 Salvador - BA - Av. Tancredo Neves, 1.186 Ed. Catabas Center 41820 020 t. 71 3342 5944 f. 71 3342 5931
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E DE 2005 - Em milhares de reais
(continuação)
a) SWAP e arbitragens
ECONOMIA/LEGAIS - 9
2005 Valores pelas taxas e Valor de indexadores contratados mercado Posição Posição Ativo Passivo líquida líquida
16.032.827 18.325.961 (2.293.134) 1.447.747 14.261.017 11.590.177 2.670.840 3.010.249 9.894.072
5.395.040
4.499.032
4.027.130
4.286.195 4.879.117
(592.922) (586.011)
528.986 798.393 (269.407) (250.753) 780.750 780.578 172 7.499 3.633.168 4.012.975 (379.807) (363.366) 3.404.118 4.708.902 (1.304.784)(1.263.385) 15.697.091 17.368.612 (1.671.521) (4.899.367) 5.850.106 7.099.080 (1.248.974)(1.539.171) 2.056.038 1.048.986 1.007.052 973.561 1.180.839 553.514 627.325 614.209 2.132.700 3.035.419 (902.719) (908.516) 11.515 7.331 4.184 4.162 49.974.882 49.985.386 (10.504) 26.436 29.774.540 29.618.699 155.841 247.552 8.845.929 8.383.607 12.203.843 12.199.588 7.043.996 6.974.160 21.881.114 22.428.031 49.974.882 49.985.386
462.322 4.255 69.836 (546.917) (10.504)
401.539 5.999.264 5.279.496 719.768 731.937 17.395 8.328.922 8.413.920 (84.998) (54.039) 105.171 3.203.586 3.178.257 25.329 30.404 (497.669) 12.242.768 12.747.026 (504.258) (460.750) 26.436 29.774.540 29.618.699 155.841 247.552
20.218.406 20.292.808 7.010.110 6.997.710 10.036.333 10.135.096 12.710.033 12.559.772 49.974.882 49.985.386
(74.402) 12.400 (98.763) 150.261 (10.504)
(46.289) 10.966.511 10.881.293 33.860 6.333.509 6.340.215 (80.022) 6.208.182 6.195.869 118.887 6.266.338 6.201.322 26.436 29.774.540 29.618.699
85.218 (6.706) 12.313 65.016 155.841
97.265 13.566 31.022 105.699 247.552
12.223.244 12.212.011 37.751.638 37.773.375 49.974.882 49.985.386
11.233 (21.737) (10.504)
24.354 8.378.828 8.447.160 2.082 21.395.712 21.171.539 26.436 29.774.540 29.618.699
(68.332) 224.173 155.841
(38.517) 286.069 247.552
a) Composição da carteira de crédito por tipo de operação
b) Opções
i) Direitos sobre: a) Dólar ....................................................................................... b) Reais ...................................................................................... c) Títulos da dívida brasileira ................................................... d) Índices .................................................................................... e) Outras moedas ...................................................................... f) Outros ..................................................................................... ii) Obrigações sobre: a) Dólar ....................................................................................... b) Reais ...................................................................................... c) Títulos da dívida brasileira ................................................... d) Índices .................................................................................... e) Outras moedas ...................................................................... f) Outros ..................................................................................... Total .............................................................................................. iii) Contrapartes: a) Empresas ............................................................................... b) BM&F/BOVESPA ................................................................... c) Instituições financeiras ......................................................... d) Partes relacionadas .............................................................. iv) Vencimentos: a) Até 3 meses ........................................................................... b) De 3 a 6 meses ...................................................................... c) De 6 a 12 meses .................................................................... d) Acima de 12 meses ............................................................... v) Operações realizadas: a) Na BM&F/BOVESPA ............................................................. b) No Balcão ..............................................................................
(2)
Prêmios pagos ou (recebidos) 2005 Valor de Valor de custo mercado
Valor de custo
2006 Valor de mercado
7.394 8.848 3.052 2.068 29.955 137.073 188.390
3.691 4.135 2.947 1.222 17.800 140.797 170.592
67.621 6.604 10.182 47.138 10.146 6.577 148.268
122.875 2.291 3.729 41.586 14.488 25.700 210.669
(15.975) (15.834) (3.052) (798) (13.001) (48.660)
(11.132) (8.624) (923) (521) (14.561) (35.761)
(20.855) (42.254) (6.854) (42.098) (3.564) (3.367) (118.992)
(42.838) (116.483) (1.782) (39.342) (4.649) (3.879) (208.973)
139.730
134.831
29.276
1.696
135.987 (8.581) 14.244 (1.920) 139.730
139.976 (7.441) 2.588 (292) 134.831
160 56.175 (26.996) (63) 29.276
(10.187) 106.935 (94.939) (113) 1.696
14.667 (6.981) 131.228 816 139.730
2.746 (4.530) 135.990 625 134.831
(9.116) 17.976 20.210 206 29.276
(24.284) 7.142 23.682 (4.844) 1.696
(8.581) 148.311 139.730
(7.441) 142.272 134.831
56.175 (26.899) 29.276
106.935 (105.239) 1.696
Valor de mercado
Líquido
8.681.146 (10.804.567)
(10.339) 12.409
c) Contratos de futuros 2006
ii) Contrapartes: a) BM&F ............................... b) Instituições financeiras ..
iii) Vencimentos: a) Até 3 meses .................... b) De 3 a 6 meses ............... c) De 6 a 12 meses .............. d) Acima de 12 meses ........
iv) Operações realizadas: a) Na BM&F ......................... b) No Balcão ........................
2005
Valor de custo
Valor de mercado
Líquido
Valor de custo
3.548.135 (2.655.716)
3.546.838 (2.654.620)
(1.297) 1.096
8.691.485 (10.816.976)
Operações de crédito: Empréstimos e títulos descontados ................................................................................. Financiamentos .................................................................................................................. Financiamentos em moedas estrangeiras ....................................................................... Financiamentos rurais e agroindustriais .......................................................................... Adiantamentos sobre contratos de câmbio (1) .................................................................................................................... Outras operações (2) ............................................................................................................................................................................................ (1)
As arbitragens estão classificadas em Outros créditos e Outras obrigações - carteira de câmbio.
i) Referenciados em: a) Cupom cambial (DDI) Posição ativa ............... Posição passiva .......... b) Taxa de juros (DI1) Posição ativa ............... Posição passiva .......... c) Dólar Posição ativa ............... Posição passiva .......... d) Índices Posição ativa ............... Posição passiva .......... e) Títulos Posição ativa ............... Posição passiva ..........
7. OPERAÇÕES DE CRÉDITO E OUTROS CRÉDITOS E PROVISÃO PARA RISCOS DE CRÉDITO O Banco Itaú BBA S.A. é um banco de atacado e, assim sendo, concentra seus negócios principalmente com clientes brasileiros e internacionais de grande porte; conseqüentemente, os créditos, individualmente, têm valor elevado (média de R$ 18 milhões (2005 - R$ 19 milhões) por cliente, aproximadamente). As recomendações de limites de créditos são submetidas a um rigoroso processo de aprovação formal, através de Comitê de Crédito, onde participam entre outros o Presidente, os Vice-Presidentes Comerciais, dois Conselheiros, o Diretor de Crédito e Diretores Comerciais, sendo que as decisões deste Comitê de Crédito, são comunicadas ao Comitê Executivo, do qual participam a Presidência e alguns Diretores do banco. Os limites de crédito cujos valores superem determinados montantes (correlacionados ao risk rating do grupo econômico), são discutidos e avaliados pela Comissão Superior de Crédito (CSC) do Itaú. A CSC é a instância máxima responsável pelas políticas e decisões de crédito para o Conglomerado. As aprovações são válidas por períodos que variam de três meses a um ano, dependendo da classificação de risco atribuída a cada empresa e/ou grupo econômico. Em conformidade à Resolução no 2.682, de 21 de dezembro de 1999, do CMN, o Banco procedeu à classificação das operações de crédito considerando o risco envolvido em cada devedor e/ou operação individualmente. A classificação considerou a qualidade do devedor e da operação, incluindo aspectos tais como: fluxo de caixa, situação econômico-financeira do devedor e setor, grau de endividamento, administração, histórico do devedor, garantias, eventuais atrasos, entre outros. A referida Resolução requer que seja constituída provisão para fazer face aos créditos de liquidação duvidosa em valor no mínimo equivalente ao somatório decorrente da aplicação de percentuais específicos, como apresentado no item “e” desta nota. A administração do Banco, dentro de sua postura prudente, tem, consistentemente, constituído provisão para riscos de crédito em montante superior ao mínimo exigido pela Resolução acima citada, tendo como objetivo a cobertura de riscos gerais de crédito, e fundamenta-se principalmente em: (i) características intrínsecas às operações do Itaú BBA, sobretudo em relação ao valor médio unitário dos riscos de crédito; (ii) tendência de alongamento nos prazos das operações, principalmente aquelas conjugadas com repasse de linhas de organismos multilaterais de desenvolvimento, o que representa elemento novo no ambiente de crédito; (iii) certo grau de incerteza quanto ao nível de atividade econômica mundial e de liquidez dos mercados, em função de possíveis eventos de caráter macro-econômico e sócio-político, tanto em países em desenvolvimento quanto nas economias desenvolvidas.
62.978.899 (2.286.895)
62.978.603 (2.287.157)
(296) (262)
29.828.867 (17.571.111)
29.828.185 (17.570.495)
(682) 616
325.661 (670.482)
325.523 (670.461)
(138) 21
417.480 (130.840)
417.121 (130.696)
(359) 144
52.471.012 (6.538.338)
52.471.012 (6.538.416)
(78)
13.279.761 (16.159.046)
13.279.761 (16.159.046)
-
89.962 107.262.238
90.089 107.261.411
127 (827)
226.836 (836.742) 6.929.714
226.626 (836.742) 6.931.293
(210) 1.579
61.309.883 45.952.355 107.262.238
61.309.056 45.952.355 107.261.411
(827) (827)
10.351.895 (3.422.181) 6.929.714
10.353.474 (3.422.181) 6.931.293
1.579 1.579
67.828.513 32.566.288 6.083.777 783.660 107.262.238
67.828.624 32.565.877 6.083.648 783.262 107.261.411
111 (411) (129) (398) (827)
(1.622.001) 17.787.535 (14.361.485) 5.125.665 6.929.714
(1.617.391) 17.783.141 (14.359.689) 5.125.232 6.931.293
4.610 (4.394) 1.796 (433) 1.579
61.309.883 45.952.355 107.262.238
61.309.056 45.952.355 107.261.411
(827) (827)
10.351.895 (3.422.181) 6.929.714
10.353.474 (3.422.181) 6.931.293
1.579 1.579
Valor de custo
2006 Valor de mercado
Valor de custo
2005 Valor de mercado
34.390 (822.986)
40.584 (902.970)
22.153 (64.274)
25.922 (65.378)
239.429 (97.925)
242.094 (102.784)
42.688 (2.083)
49.419 (1.896)
249.694 (52.073)
252.674 (52.073)
19.940 -
22.236 -
43.256 (16.500)
43.256 (16.500)
6.120 (1.068)
6.120 (1.122)
714.162 (326.178) (34.731)
728.336 (330.644) (98.027)
1.552 (943) 24.085
1.648 (943) 36.006
(68.091) (5.834) 39.194 (34.731)
(141.063) 1.369 41.667 (98.027)
18.425 3.881 1.779 24.085
28.733 5.436 1.837 36.006
33.934 (8.601) (22.720) (37.344) (34.731)
20.609 (25.118) (42.021) (51.497) (98.027)
23.305 (2.933) 13.089 (9.376) 24.085
24.110 (3.251) 14.984 163 36.006
2006
2005
5.752.615 5.703.744 306.525 1.936.148 795.646 32.584 14.527.262
4.937.948 6.021.763 237.618 1.509.790 997.308 24.128 13.728.555
Adiantamentos sobre contratos de câmbio reclassificados de Outras obrigações - carteira de câmbio. Compostas por Rendas a receber de adiantamentos concedidos, Devedores por compra de valores e bens e títulos e créditos a receber reclassificados de Outros créditos.
b) Diversificação da carteira de crédito por ramo de atividade
(1)
2005 (1) 1.094.825 227.990 800.625 66.210 12.633.730 12.633.730 6.390.495 1.166.646 699.177 810.838 174.458 373.833 857.548 139.445 148.314 446.340 443.916 213.010 450.975 3.119 300.136 55.200 107.540 722.117 493.400 42.331 186.386 3.912.524 774.211 1.772.455 229.019 115.434 363.819 259.941 41.430 45.149 311.066 1.492.584 150.880 1.327.542 14.162 116.010 13.728.555
2006 1.183.358 179.425 922.412 81.521 13.343.904 13.343.904 6.223.720 1.074.491 682.422 1.034.862 417.832 137.030 360.018 175.779 190.348 371.395 587.388 207.709 296.458 189.494 284.377 50.692 163.425 684.215 502.081 56.528 125.606 4.203.608 1.030.344 1.268.167 309.819 251.444 399.867 366.858 45.443 8.570 523.096 2.153.577 229.704 1.911.099 12.774 78.784 14.527.262
Setor público ................................................................................ Química e petroquímica ..................................................... Geração e distribuição de energia ..................................... Outros ................................................................................... Setor privado ................................................................................ Pessoa jurídica .......................................................................... Indústria .................................................................................. Alimentícia e bebidas .......................................................... Siderurgia e metalurgia ...................................................... Química e petroquímica ..................................................... Eletroeletrônica ................................................................... Papel e celulose ................................................................... Veículos leves e pesados .................................................... Vestuário .............................................................................. Mecânica .............................................................................. Fumo .................................................................................... Fertilizantes, adubos, inseticidas e defensivos ................. Autopeças e acessórios ...................................................... Material de construção ....................................................... Farmacêutica ....................................................................... Madeira e móveis ................................................................ Tratores e máquinas agrícolas ........................................... Indústria - outros ................................................................. Comércio ................................................................................. Varejista ............................................................................... Atacadista ............................................................................ Comércio - outros ................................................................ Serviços ................................................................................... Telecomunicações ............................................................... Geração e distribuição de energia ..................................... Financeiro ............................................................................ Prestadoras de serviço ........................................................ Empreiteiras e imobiliárias ................................................. Concessionárias de serviços públicos ............................... Transportes .......................................................................... Comunicação ....................................................................... Serviços - outros ................................................................. Primário ................................................................................... Mineração ............................................................................ Agropecuária ....................................................................... Primário - outros ................................................................. Outros .....................................................................................
Dados anteriormente apresentados, em 30 de junho de 2005, foram realocados para uma melhor comparabilidade.
c) Concentração do risco de crédito Principal devedor ......................................................................... Percentual sobre o total da carteira de crédito .......................... 20 maiores devedores ................................................................. Percentual sobre o total da carteira de crédito ..........................
2006 517.372 3,56% 4.929.226 33,93%
2005 626.534 4,56% 5.186.185 37,78%
2006 62.032 26.394 15.041 23.228 4.111.828 2.087.277 2.288.261 5.913.201 14.527.262
2005 64.867 73.019 20.299 40.967 4.068.549 2.137.182 1.844.968 5.478.704 13.728.555
d) Composição da carteira de crédito por faixas de vencimento i) Parcelas vencidas até 14 dias .................................................. ii) Parcelas vencidas de 15 a 60 dias .......................................... iii) Parcelas vencidas acima de 60 dias ...................................... iv) Parcelas vincendas de operações em atraso ........................ v) Parcelas a vencer até 90 dias .................................................. vi) Parcelas a vencer de 91 a 180 dias ........................................ vii) Parcelas a vencer de 181 dias a 1 ano .................................. viii) Parcelas a vencer após 1 ano ............................................... e) Provisão para riscos de crédito
d) Outros instrumentos financeiros derivativos - Balcão
i) Referenciados em: a) Dólar Posição ativa ..................................................................... Posição passiva ................................................................ b) Euro Posição ativa ..................................................................... Posição passiva ................................................................ c) Iene Posição ativa ..................................................................... Posição passiva ................................................................ d) Real Posição ativa ..................................................................... Posição passiva ................................................................ e) Outros Posição ativa ..................................................................... Posição passiva ................................................................ ii) Contrapartes: a) Empresas ............................................................................. b) Instituições financeiras ....................................................... c) Partes relacionadas ............................................................. iii) Vencimentos: a) Até 3 meses ......................................................................... b) De 3 a 6 meses ..................................................................... c) De 6 a 12 meses ................................................................... d) Acima de 12 meses .............................................................
e) Derivativos de crédito No amparo da Resolução no 2.933, de 28 de fevereiro de 2002, do CMN, o banco realizou operações de swap de risco de crédito, (recebendo o risco de crédito) objetivando garantir a contraparte do swap o risco de crédito de empresas do segmento de atuação do banco, as quais podem ser assim resumidas: R$ 119.500 Volume de risco de crédito recebido .................................................................................................................... Característica das operações de crédito transferidas ......................................................................................... Swap de moedas Efeito no cálculo do patrimônio líquido exigido (PLE) ....................................................................................... R$ 13.145
Observações: • As garantias dadas nas operações de instrumentos financeiros derivativos montavam a R$ 1.078.365 (2005 - R$ 1.086.238), representadas por títulos e valores mobiliários.
2006
Créditos de curso normal Níveis Parcelas a Parcelas de risco vencer vencidas(1) AA 7.438.921 32.088 A 5.382.537 28.857 B 1.322.196 1.087 C 65.971 D 41.283 E 12.774 F 120.417 G H 16.468 14.400.567 62.032
Créditos de curso anormal Parcelas a Parcelas vencer vencidas(2) 2.027 11.376 2.368 15.120 17.755 14.249 1.078 690 23.228 41.435
Total das operações 7.471.009 5.411.394 1.336.686 83.459 73.287 12.774 120.417 18.236 14.527.262
Percentual de Provisão(3) 0,5% 1,0% 3,0% 10,0% 30,0% 50,0% 70,0% 100,0%
Provisão para riscos de crédito, com base nos percentuais exigidos 27.057 13.367 2.504 7.328 3.832 60.208 18.236 132.532
Provisão para riscos de crédito contabilizada 36.608 53.573 39.967 8.337 21.979 6.386 84.279 18.236 269.365 2005
Créditos de curso normal Níveis Parcelas a Parcelas de risco vencer vencidas(1) AA 3.734.839 35.181 A 8.152.828 24.230 B 1.513.517 4.345 C 96.179 1.111 D 3.161 E 14.162 F 1.233 G H 13.484 13.529.403 64.867 (1) (2) (3)
Créditos de curso anormal Parcelas a Parcelas vencer vencidas(2) 1.109 51.260 2.571 19.882 27.209 6.280 713 9.973 1.292 33 105 13.858 40.967 93.318
Total das operações 3.770.020 8.177.058 1.570.231 119.743 36.650 14.875 12.498 33 27.447 13.728.555
Percentual de Provisão(3) 0,5% 1,0% 3,0% 10,0% 30,0% 50,0% 70,0% 100,0%
Provisão para riscos de crédito, com base nos percentuais exigidos 40.885 15.702 3.592 3.665 4.463 6.249 23 27.447 102.026
Provisão para riscos de crédito contabilizada 18.473 80.953 46.950 11.962 10.991 7.436 8.748 33 27.447 212.993
Créditos vencidos com atraso até 14 dias. Créditos vencidos com atraso superior a 15 dias. Percentual de provisionamento mínimo exigido pela Resolução no 2,682, de 21 de dezembro de 1999, do CMN, por nível de risco.
f) Operações de créditos vinculadas a captações As operações de créditos vinculadas a captações ao amparo da Resolução no 2.921, de 17 de janeiro de 2002, do CMN, podem ser assim resumidas:
Empréstimos .......................... Financiamentos ...................... Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior ................................ Empréstimos no exterior ....... Total ........................................
Ativo 183.236 233.855
Passivo -
2006 Receitas/ (despesas) 5.930 20.943
417.091
233.855 183.092 416.947
(20.708) (5.625) 540
Ativo 249.608 249.608
Passivo -
2005 Receitas/ (despesas) 39.267
249.608 249.608
(38.996) 271
DIÁRIO DO COMÉRCIO
10 -.ECONOMIA/LEGAIS
Banco Itaú BBA S.A. CNPJ: 17.298.092/0001-30
SUCURSAIS: Rio de Janeiro - RJ - Praia de Botafogo, 228 7º andar ala A 22250 040 t. 21 2553 1400 f. 21 2553 0534 Campinas - SP - Av. Dr. José Bonifácio Coutinho Nogueira, 150 8º andar Sls. 804 / 806 / 808 / 810 Cond. Galleria Plaza 13091 611 t. 19 3707 5500 f. 19 3707 5599 Porto Alegre - RS - Rua Soledade, 550 cj 1201 Bairro Petrópolis 90470 340 t. 51 3025 4466 f. 51 3025 4462 Belo Horizonte - MG - Rua Paraíba, 1.000 13º andar 30130 141 t. 31 2101 1350 f. 31 2101 1399 Salvador - BA - Av. Tancredo Neves, 1.186 Ed. Catabas Center 41820 020 t. 71 3342 5944 f. 71 3342 5931
MATRIZ: São Paulo - SP Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.400 3º ao 8º andares 04538 132 t. 11 3708 8000 f. 11 3708 8172 www.itaubba.com.br
Curitiba - PR - Al. Dr. Carlos de Carvalho, 417 25º andar cj. 2501 80410 180 t. 41 3028 4450 f. 41 3028 4488 Montevidéu - Uruguai - Plaza Independencia, 831 Of. 706 C.P. 11.100 t. +59 82 901 3965 f. +59 82 908 5613 Nassau - Bahamas - West Bay Street REPRESENTAÇÕES: Nova Iorque - EUA - 540 Madison Avenue, 24th Floor New York NY 10022 t. +1 212 838 4439 f. +1 212 838 4624 Buenos Aires - Argentina - Cerrito 740, piso 7 CP 1010AAP t. +54 11 4378 8421 f. +54 11 4372 8043 Xangai - Room 1009, 10/F, One Corporate Avenue, 222 Hu Bin Road, Luwan District, Shanghai 200021 P.R.China t. +86 21 3311 3466 f. +86 21 6340 6220
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E DE 2005 - Em milhares de reais
(continuação)
g) Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa Saldo no início do semestre ........................................................ Constituição .................................................................................. Variação cambial sobre a provisão da agência no exterior ..... Créditos baixados para prejuízo .................................................
2006 240.186 29.012 182 (15)
2005 210.039 4.670 (352) (1.364)
Saldo no final do semestre .........................................................
269.365
212.993
2006
2005
h) Recuperação de créditos anteriormente baixados contra provisão ...................................................
17.066
99.384
Créditos renegociados ...........................................................
2006 -
2005 43.025
i)
terça-feira, 29 de agosto de 2006
O Banco com base na opinião de seus assessores legais, não está envolvido em quaisquer outros processos administrativos ou judiciais, que possam afetar significativamente os resultados de suas operações. A avaliação conjunta do total de provisões existentes para todos os passivos contingentes e obrigações legais, constituídas mediante avaliação dos assessores legais internos e externos, mostra a suficiência dos montantes provisionados segundo as regras da Deliberação CVM nº 489, de 03/10/2005. A adaptação à nova regulamentação acima mencionada não produziu efeitos no resultado e no patrimônio líquido. 12. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social Resultado antes da tributação sobre o lucro e participações no lucro ............................ Imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ... Efeitos das adições ou (exclusões) permanentes no cálculo dos tributos: (i) Variação cambial de investimentos no exterior .......................................................... (ii) Equivalência patrimonial de empresas controladas .................................................. (iii) Juros sobre o capital próprio ..................................................................................... (iv) Outras adições e (exclusões) ...................................................................................... Imposto de renda e contribuição social no resultado .......................................................
8. CARTEIRA DE CÂMBIO A carteira de câmbio é representada por:
Passivo - Outras obrigações Câmbio vendido a liquidar ....................................................... Obrigações por compras de câmbio ....................................... Outras .........................................................................................
2006
2005
1.341.401 5.145 499.548 (57.258) 1.788.836
1.091.895 2.970 317.351 (26.119) 1.386.097
492.296 1.369.515 171 1.861.982
302.596 1.172.637 648 1.475.881
Provisão para perdas com créditos ............................................ Outras provisões não dedutíveis temporariamente ................. Contribuição social a compensar (MP 2.158-35) ....................... Ajuste a valor de mercado de Títulos e valores mobiliários e dos instrumentos financeiros derivativos ............................ Total dos créditos tributários ..................................................... Obrigações fiscais diferidas ........................................................ Crédito tributário líquido das obrigações fiscais diferidas ......
16.850 15.405 32.255
31.561 47.118 78.679
2006 Passivo 143.420 31.731 175.151
Ativo 88.234 121.638 209.872
2005 Passivo 340.965 77.785 418.750
Ativo 255.048 149.714 404.762
10. PERMANENTE a) Investimentos avaliados pelo método de equivalência patrimonial As principais informações dos investimentos em controladas podem ser assim demonstradas:
Total 2005
2006
3.078.040.844
364.012.478
7.500.099
1.999.994
100,00%
99,99%
99,99%
99,99%
Constituição ou (realização) Dez/2005 líquida 92.544 (730) 77.370 54.982 79.380 (1.962) 249.294 (167.507) 81.787
20.636 72.926 73.385 146.311
Jun/2006 91.814 132.352 77.418
Jun/2005 110.532 148.340 111.705
20.636 322.220 (94.122) 228.098
370.577 (61.774) 308.803
6.646 25.140
3.795 76.290
(27) 2.622
35 2.035
25.140
76.290
2.622
2.035
105.756
27.762
6.646
3.795
(27)
35
5.243
6.619
(i) Inclui bens arrolados em recursos voluntários (nota 18h). (ii) Constituída em 22 de fevereiro de 2006. b) Imobilizado de uso Movimentações Saldo Despesas residual depreciação em e 31/12/2005 Aquisições Baixas amortização
Saldo em 30/06/2006
Ano de realização 2006 ....................... 2007 ....................... 2008 ....................... 2009 ....................... 2010 ....................... 2011 a 2015 ........... Total ......................
Diferenças temporárias 216.883 12.377 1.817 13.725 244.802
Contribuição social a compensar (MP 2.158-35) 19.818 10.108 18.279 15.525 13.480 208 77.418
Total geral 236.701 22.485 20.096 15.525 27.205 208 322.220
Valor Presente (*) ....
229.194
63.327
292.521
As projeções de lucros tributáveis futuros incluem estimativas referente a variáveis macroeconômicas, taxas de câmbio, taxas de juros, entre outros que podem apresentar variações em relação aos dados e valores reais. O lucro líquido contábil não tem relação direta com o lucro tributável para fins de Imposto de Renda e Contribuição Social, em função das diferenças existentes entre os critérios contábeis e a legislação fiscal pertinente, além de aspectos societários. Portanto, recomendamos que a evolução da realização dos créditos tributários decorrentes das diferenças temporárias não sejam tomadas como indicativo de lucros líquidos futuros.
As controladas indiretas do Banco são: Nevada Woods S.A., IF Participações Ltda., Karen International Ltd., Mundostar S.A. (desde Janeiro de 2006), Peroba Ltd.(desde junho de 2006), através da Itaú BBA Trading S.A., cujo resultado é gerado substancialmente por equivalência patrimonial.
(i)
274.550
(*) O valor presente dos créditos tributários foi calculado com base nas curvas de juros pré-fixados em reais, considerando as realizações no decorrer de cada período, com os respectivos efeitos tributários aplicáveis.
Puerto Cia Itaú BBA Securitizadora de Securitizadora Créditos Financeiros (i) S.A. (ii) 2006 2005 2006
Itaú BBA Trading S.A. (i) 2006 2005
Total - (b + c) ..........
288.097
Créditos Tributários
Valores a liquidar por venda e compra de ativos ...................... Mútuo de títulos ........................................................................... Depósitos de margem .................................................................
c) Diferido Gastos em imóveis de Terceiros ..... Constituição e reestruturação da sociedade ......... Instalação e adaptação de dependências ..
63.683 (2.250) (44.504) (45.617)
c) Expectativa de realização dos créditos tributários A estimativa de realização e o valor presente dos créditos tributários e da contribuição social a compensar, decorrente da Medida Provisória nº 2.158-35, existentes em 30 de junho de 2006, de acordo com a expectativa de geração de lucros tributáveis futuros, com base em estudo técnico são:
9. NEGOCIAÇÃO E INTERMEDIAÇÃO DE VALORES Estão representadas por:
Outras imobilizações de uso Instalações ....... Móveis e equipamentos de uso ........... Sistema de comunicação Sistema de processamento de dados ....... Sistema de segurança ..... Sistema de transporte .....
44.322 (1.783 ) (44.960 ) (32.996 )
Os créditos tributários e obrigações fiscais diferidas registrados são constituídos às alíquotas vigentes nas datas dos balanços.
Contas de Compensação Créditos abertos para importação ........................................... Créditos de exportação confirmados ......................................
Imobilizado de uso Imóveis de uso (i) Terrenos ........... Edificações .......
2005 891.876 303.238
b) Origem e movimentação dos créditos tributários e obrigações fiscais diferidas
Ativo - Outros créditos Câmbio comprado a liquidar ................................................... Cambiais e documentos a prazo .............................................. Direitos sobre vendas de câmbio ............................................ (-) Adiantamentos recebidos ....................................................
Capital - quantidade de ações possuídas ..... 3.078.040.844 Percentual de participação .................. 100,00% Lucro/(prejuízo) nos semestres ..................... 1.413 Patrimônio líquido .......... 27.431 Valor contábil dos investimentos .............. 27.431 Resultado de equivalência ................. 1.413
2006 951.511 323.514
Saldo em 30/06/2005
Depreciação Depreciação Custo acumulada Residual Custo acumulada Residual
2.536 4.149 6.685
-
-
2.536 (205) 8.177 (205) 10.713
(4.233) (4.233)
2.536 2.536 3.944 8.177 6.480 10.713
(3.824) (3.824)
2.536 4.353 6.889
7.715
32
-
(356)
9.972
(2.581)
7.391 10.417
(2.189)
8.228
2.535
161
(22 )
(304)
6.553
(4.183)
2.370 11.608
(4.860)
6.748
4.379
198
(108 )
(316)
7.351
(3.198)
4.153
(3.820)
5.646
9.466
13. DEPENDÊNCIAS NO EXTERIOR O Banco Itaú BBA S.A. realiza operações através de suas agências em Nassau, Bahamas e Montevidéu, Uruguai. Os saldos das contas patrimoniais e de resultado das operações destas dependências, consolidados com as contas do Banco, após eliminações dos saldos dos ativos, passivos, receitas e despesas das transações entre o Banco e as agências, são os seguintes: (i) ativos circulante e realizável a longo prazo de R$ 6.206.600 (2005 - R$ 5.419.827); (ii) ativo permanente de R$ 93 (2005 - R$ 115); (iii) passivos circulante e exigível a longo prazo de R$ 8.092.434 (2005 - R$ 7.211.418); (iv) resultados de exercícios futuros de R$ 2.594 (2005 - R$ 2.011) e (v) resultado no semestre de R$ (90.254) (2005 - R$ (87.769)). As demonstrações contábeis das agências nas Bahamas e no Uruguai do Banco Itaú BBA S.A., originalmente preparadas em moeda local de acordo com os princípios internacionais de contabilidade, não apresentam diferenças as práticas contábeis adotadas no Brasil. As referidas demonstrações contábeis foram convertidas para reais às taxas de câmbio vigentes nas datas dos encerramentos dos balanços. Os ganhos/perdas em reais na conversão destas demonstrações contábeis no montante R$ (130.360) (2005 - R$ (187.304)) foram alocados, nas rubricas abaixo indicadas: Rubricas Operações de crédito ............................................................................................................ Resultado de títulos e valores mobiliários .......................................................................... Resultado com instrumentos financeiros derivativos ....................................................... Captação no mercado ........................................................................................................... Empréstimos, cessões e repasses ....................................................................................... Provisão para créditos de liquidação duvidosa .................................................................. Receitas de prestação de serviços ....................................................................................... Despesas de pessoal ............................................................................................................. Outras despesas administrativas ......................................................................................... Outras receitas operacionais ................................................................................................
2006 (139.544 ) (235.112 ) 1.925 208.249 27.394 1.755 (47 ) 2 28 4.990 (130.360 )
2005 (195.141) (496.107) 4.726 242.824 249.533 3.203 (202) 3 31 3.826 (187.304)
14. EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Está representado, principalmente, por: (a) depósitos interfinanceiros, depósitos a prazo e captações no mercado aberto com remuneração preponderante em taxa pós-fixada; (b) repasses de recursos de instituições oficiais no país (principalmente BNDES e Finame); e (c) obrigações por títulos emitidos e empréstimos, no exterior, com taxas que variam, substancialmente, de 4,25% a 8,33% ao ano mais imposto de renda, quando aplicável. As parcelas de longo prazo podem ser resumidas nos seguintes vencimentos:
5.462
2.205
(129 )
(1.618) 22.605
583
13
-
20.674 27.359
2.609 2.609
(259 ) (259 )
4.554
-
-
(251)
-
-
-
-
4.554 31.913
2.609
(259)
(44)
(16.685)
5.920 27.062 552
(17.536)
9.526
(180)
682
806
(254)
245 (2.638) 47.532 (2.843) 58.245
(245) (27.146) (31.379)
245 20.386 59.660 26.866 70.373
(236) 9 (28.821) 30.839 (32.645) 37.728
6.159
(1.856)
4.303 11.820
(6.817)
5.003
4
(4)
-
-
(251) 6.163 (3.094) 64.408
(1.860) (33.239)
-
862
-
4 4.303 11.824 31.169 82.197
(3) 1 (6.820) 5.004 (39.465) 42.732
Inclui bens arrolados em recursos voluntários (nota 18h).
11. ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS O Banco, na execução de suas atividades normais, encontra-se envolvido em contingências como segue: a) Ativos Contingentes: no período de 01/01 a 30/06/2006, não foram reconhecidos ativos contingentes e não existem processos classificados como prováveis de realização. b) Passivos Contingentes: i - Contingências classificadas como prováveis: As movimentações do período de 01/01 a 30/06/2006, das respectivas provisões para passivos contingentes, podem ser assim resumidas: Cíveis 38.394
Trabalhistas 8.466
Total 46.860
2.852 51 2.903
243 50 (1.096) (803)
3.095 101 (1.096) 2.100
Saldo final em 30 de junho de 2006 .......................................................
41.297
7.663
48.960
Saldo final em 30 de junho de 2005 .......................................................
35.427
6.585
42.012
Saldo inicial em 31 de dezembro de 2005 ............................................. Movimentação do período refletida no resultado Atualização/encargos ........................................................................... Constituição .......................................................................................... Baixas por reversão ..............................................................................
ii - Contingências classificadas como possíveis: Não há contingência classificada como possível em 30 de junho de 2006.
c) Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias: Representadas por exigíveis relativos às obrigações tributárias, cuja legalidade ou constitucionalidade é objeto de contestação judicial, constituídas pelo valor integral em discussão. A movimentação do período de 01/01 a 30/06/2006 pode ser assim resumida: Saldo inicial em 31 de dezembro de 2005 ................................................................................................ Movimentação do período refletida no resultado Atualização/encargos .............................................................................................................................. Constituição .............................................................................................................................................
386.849
Saldo final em 30 de junho de 2006 ..........................................................................................................
36.641 21.636 58.277 445.126
Saldo final em 30 de junho de 2005 ..........................................................................................................
378.770
Depósitos interfinanceiros Depósitos a prazo Vencimentos até 2006 2005 2006 2005 31/12/2006 ................. - 115.622 273.577 30/06/2007 ................. - 104.159 453.953 31/12/2007 ................. 567.840 460.967 189.135 182.507 2008 .......................... 965.218 661.600 344.925 210.650 2009 .......................... 1.408.711 1.549.830 166.014 171.131 2010 .......................... 977.347 827.302 286.070 236.576 2011 a 2012 ............... 65.919 55.896 156.575 110.991 Acima de 2012 .......... 2.537.311 298.890 52.231 6.522.346 4.074.266 1.142.719 1.691.616
Obrigações por Repasses de títulos emitidos Captações no recursos de e empréstimos, mercado aberto instituições oficiais no exterior 2006 2005 2006 2005 2006 2005 205.117 - 348.479 314.499 - 1.322.798 - 335.781 380.779 1.037.643 94.770 463.079 297.189 276.638 123.936 1.871.680 58.178 458.204 344.421 317.390 248.886 33.216 1.087 356.899 254.361 264.156 282.941 - 280.796 205.833 69.682 14.628 5.231 - 309.268 263.394 66.138 14.500 - 185.869 132.403 6.720 2.947.770 1.681.950 2.054.115 2.181.861 1.000.724 1.380.169
15. DÍVIDAS SUBORDINADAS ELEGÍVEIS A CAPITAL De acordo com as definições da Resolução no 2.837, de 30 de maio de 2001, do CMN, foi emitida, em 26 de junho de 2002, dívida subordinada no montante de US$ 50.000 mil, cujo saldo montava a R$ 108.106 (2005 - R$ 117.371), com vencimento em 28 de junho de 2012, sendo remunerada até 28 de junho de 2007 à taxa de 10,375% a.a. e, após esta data até o vencimento, à taxa de 13,625% a.a., com pagamento de juros semestrais e o principal no vencimento. 16. PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital social O capital social do Banco Itaú BBA S.A. é representado por 10.315.908 ações nominativas, sem valor nominal, das espécies ordinária e preferencial, em igual número, e pertencentes a domiciliados no país. b) Dividendos e Juros sobre o capital próprio O estatuto social prevê a distribuição mínima obrigatória de 25% do lucro líquido do exercício através de dividendos ou de juros sobre o capital próprio, ajustado de acordo com as disposições da legislação societária. As ações preferenciais não têm direito a voto, possuem prioridade no reembolso de capital em caso de liquidação da sociedade e igualdade de direitos com as ações ordinárias nos demais aspectos.
17. GARANTIAS PRESTADAS A TERCEIROS As garantias prestadas a terceiros montavam a R$ 4.157.881 (2005 - R$ 2.736.588) representadas por avais, fianças e outras coobrigações. 18. OUTRAS INFORMAÇÕES a) Outros créditos - Diversos: Créditos tributários de imposto de renda e contribuição social ................................. Depósitos em garantia de recursos (1) ........................................................................... Impostos e contribuições a compensar ........................................................................ Títulos e créditos a receber sem característica de concessão de crédito - câmbio futuro ........................................................................................... Valores a receber de sociedades ligadas ...................................................................... Outros ............................................................................................................................... (1)
2006
2005
322.220 300.337 122.062
370.577 48.165 81.871
71.339 5.051 821.009
30.545 5.449 536.607
8.900 52.587 48.960 1.228 4.297 115.972
4.057 55.816 42.012 77.343 12.902 32.249 19.079 243.458
Substancialmente vinculados a processos fiscais.
b) Outras obrigações - Diversas: Assunção de dívidas ....................................................................................................... Provisão para pagamentos a efetuar ............................................................................. Provisão para passivos contingentes ............................................................................ Provisão para volatilidade .............................................................................................. Obrigações por repasses a liberar ................................................................................. Obrigações por aquisição de bens e direitos - câmbio futuro .................................... Outros ...............................................................................................................................
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 29 de agosto de 2006
Banco Itaú BBA S.A. CNPJ: 17.298.092/0001-30 MATRIZ: São Paulo - SP Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.400 3º ao 8º andares 04538 132 t. 11 3708 8000 f. 11 3708 8172 www.itaubba.com.br
(continuação)
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E DE 2005 - Em milhares de reais
Impostos e contribuições sobre lucros ...................................................................... Impostos e contribuições a recolher .......................................................................... Provisão para impostos e contribuições diferidos .................................................... Obrigações legais - fiscais e previdenciárias ............................................................. d) Outras receitas operacionais: Variação cambial - câmbio futuro .................................................................................. Variação cambial - agências no exterior ....................................................................... Reversão de provisão ..................................................................................................... Reversão de provisão para volatilidade ........................................................................ Imposto de renda a recuperar das agências no exterior ............................................. Recuperação de encargos e despesas ........................................................................... Receitas oriundas de operações das agências no exterior .......................................... Outras ............................................................................................................................... e) Outras despesas operacionais: Provisão para volatilidade .............................................................................................. Despesas de comissão e intermediação ....................................................................... Provisão para pagamentos de passivos ........................................................................ Despesas com operações de exportação, importação e outros relacionados a comércio exterior ...................................................................................................... Variação cambial - câmbio futuro .................................................................................. Outras ...............................................................................................................................
2006
2005
399.394 15.528 94.122 445.126 954.170
273.678 26.439 61.774 378.770 740.661
4.990 77.374 46.608 1.442 4.782 1.087 136.283
15.133 3.826 3.595 1.999 1.625 2.367 28.545
(8.479 ) (2.785 )
(26.297) (1.782) (2.646)
(7.200 ) (9.517 ) (2.123 ) (30.104 )
(2.340) (485) (33.550)
f) O resultado não operacional refere-se, basicamente, a constituições e reversões de provisão para perdas em bens não de uso próprio. g) Os ativos dados em garantia montavam a R$ 1.532.425 (2005 - R$ 1.335.924), dos quais R$ 1.436.105 (2005 - R$ 1.314.054) correspondem a títulos e valores mobiliários e aplicações no mercado aberto para garantir principalmente operações junto à BM&F. h) Em garantia de recursos voluntários (artigo 32 da Lei 10.522/02), interposto nos processos administrativos estão arrolados bens do Ativo Permanente no montante de R$ 96.320, representado por Imóveis R$ 6.369 e Investimento (Ações) de R$ 89.951.
j)
Curitiba - PR - Al. Dr. Carlos de Carvalho, 417 25º andar cj. 2501 80410 180 t. 41 3028 4450 f. 41 3028 4488 Montevidéu - Uruguai - Plaza Independencia, 831 Of. 706 C.P. 11.100 t. +59 82 901 3965 f. +59 82 908 5613 Nassau - Bahamas - West Bay Street REPRESENTAÇÕES: Nova Iorque - EUA - 540 Madison Avenue, 24th Floor New York NY 10022 t. +1 212 838 4439 f. +1 212 838 4624 Buenos Aires - Argentina - Cerrito 740, piso 7 CP 1010AAP t. +54 11 4378 8421 f. +54 11 4372 8043 Xangai - Room 1009, 10/F, One Corporate Avenue, 222 Hu Bin Road, Luwan District, Shanghai 200021 P.R.China t. +86 21 3311 3466 f. +86 21 6340 6220
SUCURSAIS: Rio de Janeiro - RJ - Praia de Botafogo, 228 7º andar ala A 22250 040 t. 21 2553 1400 f. 21 2553 0534 Campinas - SP - Av. Dr. José Bonifácio Coutinho Nogueira, 150 8º andar Sls. 804 / 806 / 808 / 810 Cond. Galleria Plaza 13091 611 t. 19 3707 5500 f. 19 3707 5599 Porto Alegre - RS - Rua Soledade, 550 cj 1201 Bairro Petrópolis 90470 340 t. 51 3025 4466 f. 51 3025 4462 Belo Horizonte - MG - Rua Paraíba, 1.000 13º andar 30130 141 t. 31 2101 1350 f. 31 2101 1399 Salvador - BA - Av. Tancredo Neves, 1.186 Ed. Catabas Center 41820 020 t. 71 3342 5944 f. 71 3342 5931
c) Obrigações fiscais e previdenciárias Os saldos das obrigações fiscais e previdenciárias estão representados por:
i)
ECONOMIA/LEGAIS - 11
Em atendimento à Resolução no 3.198, de 27 de maio de 2004, do CMN, o Banco Itaú BBA S.A. aderiu ao Comitê de Auditoria único instituído pelo Conglomerado Financeiro Itaú, por intermédio da instituição líder Banco Itaú Holding Financeira S.A.. O resumo do relatório do referido comitê será divulgado em conjunto com as demonstrações contábeis da instituição líder em 01 de agosto 2006. Acordos para compensação e liquidação de obrigações no âmbito do Sistema Financeiro Nacional Foram firmados alguns acordos para compensação e liquidação de obrigações ao amparo da Resolução no 3.263, de 24 de fevereiro de 2005, do CMN, por meio de instrumentos públicos cujo objetivo é permitir a compensação de créditos e débitos mantidos com uma mesma contraparte, onde os vencimentos dos direitos e obrigações podem ser antecipados para a data em que ocorrer o evento de inadimplência por uma das partes ou em caso de falência do devedor.
19. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS O Banco mantém transações com seus acionistas, empresas ligadas e entre si, efetuadas em condições normais de mercado, e podem ser assim resumidas: Ativos/(passivos) Receitas/(despesas) 2006 2005 2006 2005 Aplicações no mercado aberto ................................................... 3.911.801 3.463.493 279.156 309.493 Aplicações em depósitos interfinanceiros ................................. 4.707.577 5.229.934 293.155 380.856 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos ................................................................................. 1.162.995 987.630 2.348.966 646.515 Relações interfinanceiras ............................................................ 28.241 18.803 Outros créditos: 309.987 17.732 20.355 Carteira de câmbio .................................................................... 503.559 Rendas a receber ....................................................................... 12 106 Negociação e intermediação de valores ................................. 43 Diversos ..................................................................................... 71.339 23.190 7.948 Despesas antecipadas .............................................................. 188 (15.174.553) (1.046.415) (1.022.215) Depósitos ...................................................................................... (14.800.787) Captações no mercado aberto .................................................... (249.994) (5.939) (20.888) Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior ......... (999) (11.079) (323) (1.346) Instrumentos financeiros derivativos ......................................... (1.074.240) (985.798) (2.287.052) (1.024.870) Outras obrigações: Carteira de câmbio .................................................................... (503.248) (307.549) (21.014) (19.024) Sociais e estatutárias ................................................................ (132.234) (130.895) Dívidas subordinadas ............................................................... (65.146) (70.777) (3.368) (3.658) Diversas ..................................................................................... (261) (165) (16.939) (14.369)
20. RECLASSIFICAÇÕES PARA FINS DE COMPARABILIDADE Foram efetuadas reclassificações nos saldos de 30 de junho de 2005, visando permitir a comparabilidade, em decorrência do reagrupamento das rubricas. Divulgação Saldos anterior Reclassificações reclassificados Ativos circulante e realizável a longo prazo .............................. 35.735.308 997.308 36.732.616 Outros créditos ............................................................................. 1.337.605 997.308 2.334.913 1.386.097 Carteira de câmbio .................................................................... 388.789 997.308 Total do Ativo ...............................................................................
35.823.170
997.308
36.820.478
Passivos circulante e exigível a longo prazo ............................. Outras obrigações ........................................................................ Carteira de câmbio ....................................................................
31.742.314 2.231.417 478.573
997.308 997.308 997.308
32.739.622 3.228.725 1.475.881
Total do Passivo ...........................................................................
35.823.170
997.308
36.820.478
Demonstração do resultado Resultado da intermediação financeira ..................................... Operações de crédito ................................................................ Resultado de títulos e valores mobiliários .............................. Resultado bruto da intermediação financeira ........................... Outras receitas/(despesas) operacionais .................................. Outras receitas operacionais .................................................... Lucro líquido .................................................................................
1.938.917 350.583 916.747 1.060.526 (162.174) 33.746 551.449
5.201 2.834 2.367 5.201 (5.201 ) (5.201 )
1.944.118 353.417 919.114 1.065.727 (167.375) 28.545 551.449
A DIRETORIA
Mario Luiz Amabile Contador CRC 1SP129089/O-1
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas Banco Itaú BBA S.A. 1. Examinamos os balanços patrimoniais do Banco Itaú BBA S.A. em 30 de junho de 2006 e de 2005 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, dos semestres findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações contábeis em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. Somos de parecer que as referidas demonstrações contábeis apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Itaú BBA S.A. em 30 de junho de 2006 e de 2005 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos, dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 24 de julho de 2006.
PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5
Ricardo Baldin Contador CRC 1SP110374/O-0
AVISO DE LICITAÇÃO
ATAS
Empresa Municipal de Processamento de Dados - EMPRO
AVISO DE LICITAÇÃO A Empresa Municipal de Processamento de Dados – EMPRO torna público a abertura do Pregão Presencial n° 010/2006 – Objeto: aquisição de equipamentos de Informática e licença de softwares, conforme as quantidades, qualidades, definições de componentes e especificações técnicas constantes neste Edital e Anexos. Abertura: 13/09/2006 às 09:30 horas, na Av. Alberto Andaló, 3030, 6° andar - São José do Rio Preto/SP. Edital completo na sede da EMPRO ou pela Internet www.empro.com.br. São José do Rio Preto/SP, 25 de agosto de 2006. Cássio Domingos Dosualdo Moreira - Pregoeiro.
DECLARAÇÃO A Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos Municipais de São Paulo realizará dia 30 de outubro de 2006, segunda-feira, eleições para renovação da Diretoria, de acordo com o artigo 57 de seus Estatutos. As inscrições serão aceitas impreterivelmente até o dia 02 de outubro de 2006, segunda-feira até as 17:00 horas, conforme preceitua o item “a” artigo 58 de seus Estatutos e deverão ser encaminhadas mediante requerimento próprio para nossa sede, sita à Av. Ipiranga nº 318, bloco A cj 402 - Centro. O regulamento eleitoral e inscrições poderão ser adquiridos em nossa sede.
EDITAIS
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS - PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 16614/2006 - CONCORRÊNCIA PÚBLICA Nº 007/2006 - Faço público de ordem do Senhor Prefeito Municipal de São Carlos, que se acha aberta licitação na modalidade de CONCORRÊNCIA PÙBLICA tendo como objeto a contratação de empresa especializada para, com exclusividade, realizar a administração, operação, manutenção e exploração comercial do Terminal Rodoviário do Município de São Carlos - SP, incluindo a reforma e melhoramento de suas edificações. O Edital na íntegra poderá ser adquirido na Sala de Licitações da PMSC, sita à R. Major José Inácio, 1973, Centro, São Carlos, Fone: (16) 3307-4272, a partir do dia 29/08/06, no horário das 9hs às 12hs e das 14hs às 16hs, mediante a apresentação da guia de recolhimento da Tesouraria Municipal, situada na Av. São Carlos nº 1.814, dos emolumentos de R$ 50,00 (cinquenta reais). Os envelopes de habilitação, proposta técnica e comercial serão recebidos na Sala de Licitações até às 9:00 horas do dia 18/10/06, quando após o recebimento, iniciarse-á a sua sessão de abertura - São Carlos, 28 de agosto de 2006 - Paulo José de Almeida - Presidente da Comissão Permanente de Licitações.
COMUNICADOS
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL
FDE AVISA: TOMADA DE PREÇOS
A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que achase aberta licitação para execução de Reforma de Prédio(s) Escolar(es): TOMADA DE PREÇOS N.º - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/2002/06/02 - EE Dr. Júlio Prestes de Albuquerque – Av. Dr. Eugênio Salerno, 204 - Vila Casa Nova - Sorocaba/SP – 300 - R$ 136.048,00 – R$ 13.604,00 – 09:30 – 15/09/2006. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 30/08/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). O Edital completo através de cópias reprográficas/heliográficas terá o custo de R$ 0,10 (dez centavos) por cópia reprográfica e R$ 3,00 (três reais) por cópia heliográfica. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 14/09/2006, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Willian Sampaio de Oliveira Diretor Executivo
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 28 de agosto de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Equipav S/A Açúcar e Álcool - Requerido: Indústria e Comércio de Prods. Alimentícios MC Ltda. - Rua Emílio Goeldi, 111 01ª Vara de Falências
Quer falar com 26.000 empresários de uma só vez?
Publicidade Comercial - 3244-3344 Publicidade Legal - 3244-3643
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 29 de agosto de 2006
Banco Itaú BBA S.A. CNPJ: 17.298.092/0001-30
ECONOMIA/LEGAIS - 7
SUCURSAIS: Rio de Janeiro - RJ - Praia de Botafogo, 228 7º andar ala A 22250 040 t. 21 2553 1400 f. 21 2553 0534 Campinas - SP - Av. Dr. José Bonifácio Coutinho Nogueira, 150 8º andar Sls. 804 / 806 / 808 / 810 Cond. Galleria Plaza 13091 611 t. 19 3707 5500 f. 19 3707 5599 Porto Alegre - RS - Rua Soledade, 550 cj 1201 Bairro Petrópolis 90470 340 t. 51 3025 4466 f. 51 3025 4462 Belo Horizonte - MG - Rua Paraíba, 1.000 13º andar 30130 141 t. 31 2101 1350 f. 31 2101 1399 Salvador - BA - Av. Tancredo Neves, 1.186 Ed. Catabas Center 41820 020 t. 71 3342 5944 f. 71 3342 5931
MATRIZ: São Paulo - SP Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.400 3º ao 8º andares 04538 132 t. 11 3708 8000 f. 11 3708 8172 www.itaubba.com.br
Curitiba - PR - Al. Dr. Carlos de Carvalho, 417 25º andar cj. 2501 80410 180 t. 41 3028 4450 f. 41 3028 4488 Montevidéu - Uruguai - Plaza Independencia, 831 Of. 706 C.P. 11.100 t. +59 82 901 3965 f. +59 82 908 5613 Nassau - Bahamas - West Bay Street REPRESENTAÇÕES: Nova Iorque - EUA - 540 Madison Avenue, 24th Floor New York NY 10022 t. +1 212 838 4439 f. +1 212 838 4624 Buenos Aires - Argentina - Cerrito 740, piso 7 CP 1010AAP t. +54 11 4378 8421 f. +54 11 4372 8043 Xangai - Room 1009, 10/F, One Corporate Avenue, 222 Hu Bin Road, Luwan District, Shanghai 200021 P.R.China t. +86 21 3311 3466 f. +86 21 6340 6220
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Apresentamos as demonstrações contábeis do Banco Itaú BBA S.A. (“Itaú BBA”) relativas ao primeiro semestre de 2006. Em 30 de junho do referido ano os ativos totalizavam R$ 40,1 bilhões, o patrimônio líquido perfazia R$ 4,9 bilhões e o lucro líquido do semestre representou R$ 580 milhões. No 1º semestre de 2006, destacam-se: (i) o crescimento sustentável da área de Investment Banking, (ii) o foco nas operações estruturadas e de derivativos, (iii) o crescimento nas operações de Cash Management e (iv) a intensificação das atividades da área internacional. O Banco Itaú BBA participou de operações de debêntures e notas promissórias que totalizaram R$ 9,1 bilhões e Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios – FIDC que totalizaram R$ 1,0 bilhão. No ranking ANBID (Associação Nacional dos Bancos de Investimento), divulgado com operações referentes ao primeiro semestre de 2006, o Banco ocupava o primeiro lugar nos rankings de originação de operações de renda fixa e de FIDC, com participação de mercado de 26,4% e 56,7%, respectivamente. Em renda variável, o Banco Itaú BBA atuou como coordenador e bookrunner das ofertas públicas iniciais que totalizaram R$ 1,9 bilhão e de ofertas públicas subseqüentes no montante de R$ 1,2 bilhão. No ranking ANBID (divulgado com operações do primeiro semestre de 2006) de originação dessas operações, o Banco estava em terceiro lugar, com participação de mercado de 12,8%.
O Banco Itaú BBA encerrou o semestre em primeiro lugar no ranking da Bloomberg e em segundo no ranking da Thomson referentes ao número de operações de fusões e aquisições. Em relação às operações estruturadas e de derivativos, destacam-se o crescimento de 63,7% do volume das operações de derivativos, se comparado ao volume médio do semestre anterior e aumento de 20,2%, em relação a igual período de 2005, no volume de captações em moeda nacional. Na área internacional, destacam-se a estruturação de operações de longo prazo destinadas à sindicalização utilizando-se inclusive de derivativos, e a atuação em mercados de crescente importância para os clientes, tais como Ásia, Leste Europeu e Argentina. Destaca-se, também, a grande oferta de linhas de crédito para comércio exterior com manutenção de baixos custos de captação. As demonstrações ora apresentadas encontram-se em linha com as normas do Banco Central que regulamentam a marcação a mercado de títulos e valores mobiliários e instrumentos derivativos. Os títulos classificados na categoria “mantidos até o vencimento” refletem a intenção da instituição e sua capacidade financeira em mantê-los até o vencimento. Agradecemos aos nossos acionistas, clientes e à comunidade financeira o indispensável apoio e a confiança depositada, assim como aos nossos colaboradores que tornaram possível tal desempenho. (Aprovado pelo Conselho de Administração)
BALANÇO PATRIMONIAL Em 30 de junho Em milhares de reais ATIVO CIRCULANTE ......................................................................................................................... Disponibilidades ................................................................................................................. Aplicações interfinanceiras de liquidez ............................................................................ Aplicações no mercado aberto ...................................................................................... Aplicações em depósitos interfinanceiros .................................................................... Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos ........................... Carteira própria ............................................................................................................... Vinculados a compromissos de recompra .................................................................... Vinculados ao Banco Central ......................................................................................... Vinculados a prestação de garantias ............................................................................. Instrumentos financeiros derivativos ............................................................................ Relações interfinanceiras .................................................................................................. Pagamentos e recebimentos a liquidar ......................................................................... Créditos vinculados - depósitos no Banco Central ....................................................... Repasses interfinanceiros ............................................................................................... Correspondentes ............................................................................................................. Operações de crédito e outros créditos ........................................................................... Operações com características de concessão de crédito ............................................ Provisão para créditos de liquidação duvidosa ............................................................ Outros créditos ................................................................................................................... Carteira de câmbio .......................................................................................................... Rendas a receber ............................................................................................................. Negociação e intermediação de valores ....................................................................... Diversos ........................................................................................................................... Outros valores e bens ........................................................................................................ Outros valores e bens ..................................................................................................... Despesas antecipadas .....................................................................................................
2006 26.152.165 135.806 7.027.327 638.733 6.388.594 8.020.601 3.588.997 865.921 1.278.139 2.287.544 30.086 9 368 1.468 28.241 8.555.241 8.605.271 (50.030 ) 2.374.136 1.788.836 8.910 209.872 366.518 8.968 4.236 4.732
2005 22.218.142 54.904 7.427.311 943.384 6.483.927 4.407.966 2.248.809 564.000 33.808 185.050 1.376.299 37.180 15 9.562 8.800 18.803 8.165.548 8.219.252 (53.704) 2.118.366 1.386.097 7.421 404.762 320.086 6.867 3.314 3.553
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ........................................................................................... Aplicações interfinanceiras de liquidez ............................................................................ Aplicações no mercado aberto ...................................................................................... Aplicações em depósitos interfinanceiros .................................................................... Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos ........................... Carteira própria ............................................................................................................... Vinculados a compromissos de recompra .................................................................... Vinculados ao Banco Central ......................................................................................... Vinculados a prestação de garantias ............................................................................. Instrumentos financeiros derivativos ............................................................................ Operações de crédito e outros créditos ........................................................................... Operações com características de concessão de crédito ............................................ Provisão para créditos de liquidação duvidosa ............................................................ Outros créditos ................................................................................................................... Rendas a receber ............................................................................................................. Diversos ........................................................................................................................... Outros valores e bens - despesas antecipadas ...............................................................
13.832.375 5.029.869 3.552.077 1.477.792 2.636.308 1.003.371 809.708 157.966 665.263 5.702.656 5.921.991 (219.335 ) 457.442 2.951 454.491 6.100
14.514.474 5.626.652 3.413.294 2.213.358 3.313.672 1.348.321 627.241 96.998 789.471 451.641 5.350.014 5.509.303 (159.289) 216.547 26 216.521 7.589
PERMANENTE ....................................................................................................................... Investimentos ..................................................................................................................... Participações em controladas - no país ......................................................................... Outros investimentos ...................................................................................................... Provisão para perdas ...................................................................................................... Imobilizado de uso ............................................................................................................. Imóveis de uso ................................................................................................................ Outras imobilizações de uso .......................................................................................... Depreciações acumuladas .............................................................................................. Diferido ............................................................................................................................... Gastos de organização e expansão ............................................................................... Amortizações acumuladas .............................................................................................
158.128 126.959 105.756 21.564 (361 ) 26.866 10.713 47.532 (31.379 ) 4.303 6.163 (1.860 )
87.862 45.130 27.762 17.729 (361) 37.728 10.713 59.660 (32.645) 5.004 11.824 (6.820)
TOTAL DO ATIVO ..................................................................................................................
40.142.668
36.820.478
PASSIVO CIRCULANTE ......................................................................................................................... Depósitos ............................................................................................................................ Depósitos à vista ............................................................................................................. Depósitos interfinanceiros .............................................................................................. Depósitos a prazo ............................................................................................................ Outros depósitos ............................................................................................................. Captações no mercado aberto .......................................................................................... Carteira própria ............................................................................................................... Carteira de terceiros ........................................................................................................ Recursos de aceites e emissão de títulos - obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior ...................................................................................... Relações interfinanceiras - recebimentos e pagamentos a liquidar .............................. Relações interdependências - recursos em trânsito de terceiros .................................. Obrigações por empréstimos e repasses ........................................................................ Empréstimos no país - outras instituições .................................................................... Empréstimos no exterior ................................................................................................ Repasses interfinanceiros ............................................................................................... Repasses do país - instituições oficiais - BNDES .......................................................... Repasses do país - instituições oficiais - FINAME ........................................................ Repasses do país - instituições oficiais - OUTRAS INSTITUIÇÕES OFICIAIS ............ Instrumentos financeiros derivativos ............................................................................... Outras obrigações .............................................................................................................. Cobrança e arrecadação de tributos e assemelhados ................................................. Carteira de câmbio .......................................................................................................... Sociais e estatutárias ...................................................................................................... Fiscais e previdenciárias ................................................................................................. Negociação e intermediação de valores ....................................................................... Dívidas subordinadas elegíveis a capital ...................................................................... Diversas ............................................................................................................................
2006 20.374.791 9.731.406 66.085 6.729.864 2.935.457 2.038.428 1.015.252 1.023.176
2005 20.878.447 11.567.065 76.366 9.522.140 1.968.548 11 1.324.106 560.518 763.588
149.681 829 451.684 2.885.514 1.470 1.934.753 630.166 317.660 1.465 2.293.448 2.823.801 3.686 1.861.982 224.775 445.216 175.151 62 112.929
331.419 186 305.771 3.428.801 1.434 2.476.158 22.449 568.398 338.829 21.533 1.193.064 2.728.035 24.505 1.475.881 208.099 361.331 418.750 68 239.401
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ................................................................................................. Depósitos ............................................................................................................................ Depósitos interfinanceiros .............................................................................................. Depósitos a prazo ............................................................................................................ Captações no mercado aberto .......................................................................................... Carteira própria ............................................................................................................... Carteira de terceiros ........................................................................................................ Recursos de aceites e emissão de títulos - obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior ...................................................................................... Obrigações por empréstimos e repasses ........................................................................ Empréstimos no exterior ................................................................................................ Repasses do país - instituições oficiais - BNDES .......................................................... Repasses do país - instituições oficiais - FINAME ........................................................ Repasses do país - instituições oficiais - OUTRAS INSTITUIÇÕES OFICIAIS ............ Instrumentos financeiros derivativos ............................................................................... Outras obrigações .............................................................................................................. Fiscais e previdenciárias ................................................................................................. Dívidas subordinadas elegíveis a capital ...................................................................... Diversas ............................................................................................................................
14.884.963 7.665.065 6.522.346 1.142.719 2.947.770 564.616 2.383.154
11.861.175 5.765.882 4.074.266 1.691.616 1.681.950 472.601 1.209.349
429.840 2.624.999 570.884 1.438.994 595.164 19.957 597.248 620.041 508.954 108.044 3.043
289.280 3.272.750 1.090.889 1.614.998 554.813 12.050 350.623 500.690 379.330 117.303 4.057
RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS .........................................................................
11.344
8.663
PATRIMÔNIO LÍQUIDO ......................................................................................................... Capital - de domiciliados no país ...................................................................................... Reservas de capital ............................................................................................................ Reservas de lucros ............................................................................................................. Ajustes ao valor de mercado - títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos ............................................................................ Lucros acumulados ............................................................................................................
4.871.570 2.755.795 99.314 1.761.472
4.072.193 2.755.795 95.996 568.828
9.710 245.279
13.313 638.261
TOTAL DO PASSIVO .............................................................................................................
40.142.668
36.820.478
2006 4.553.680 577.702 579.851 3.094 (5.243 )
2005 6.853.824 571.188 551.449 26.358 (6.619)
(17.769 ) 1.966 (931 )
(27.459) 2.719 (1.905)
1.621.392 957.431 141.743 829 190.528 330.861 2.362.494 1.291.563 45.107 495.234 530.590 8.036 790 4.534.379 232.627
5.374.380 4.383.120 496.476 186 100.907 393.691 934.117 91.976 504.311 337.830 784 6.913.276 186.790
2.532 1.966 2.609 1.295.931 1.295.931 2.998.714 1.164.488 1.260.221 574.005 19.301
2.875 2.615 6.211 4.422.675 4.122.574 300.101 2.292.110 232.491 1.398.776 660.843 (59.452)
116.505 135.806
114.356 54.904
AUMENTO/(REDUÇÃO) DAS DISPONIBILIDADES ............................................................
19.301
(59.452)
Lucros acumulados 245.279 -
Total 3.732.274 2.719
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÃO DE RECURSOS
Semestres findos em 30 de junho Em milhares de reais
Semestres findos em 30 de junho Em milhares de reais
RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .................................................................. Operações de crédito ......................................................................................................... Resultado de títulos e valores mobiliários ....................................................................... Resultado com instrumentos financeiros derivativos ..................................................... Resultado de câmbio ......................................................................................................... Resultado de aplicações compulsórias ............................................................................
2006 2.223.157 540.714 1.149.934 532.509 -
2005 1.944.118 353.417 919.114 665.877 4.593 1.117
DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ................................................................. Captação no mercado ........................................................................................................ Empréstimos, cessões e repasses .................................................................................... Resultado de câmbio ......................................................................................................... Provisão para créditos de liquidação duvidosa ...............................................................
(1.269.741 ) (1.185.749 ) (45.246 ) (9.734 ) (29.012 )
(878.391) (974.968) 101.247 (4.670)
RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ................................................
953.416
1.065.727
OUTRAS RECEITAS/(DESPESAS) OPERACIONAIS ........................................................... Receitas de prestação de serviços .................................................................................... Despesas de pessoal .......................................................................................................... Outras despesas administrativas ...................................................................................... Despesas tributárias .......................................................................................................... Resultado de participações em controladas .................................................................... Outras receitas operacionais ............................................................................................. Outras despesas operacionais ..........................................................................................
(4.138 ) 124.095 (86.909 ) (75.223 ) (77.523 ) 5.243 136.283 (30.104 )
(167.375) 66.670 (80.734) (80.372) (74.553) 6.619 28.545 (33.550)
RESULTADO OPERACIONAL ...............................................................................................
949.278
898.352
RESULTADO NÃO OPERACIONAL ......................................................................................
2.233
(6.476)
RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO E PARTICIPAÇÕES NO LUCRO ............................................................................
951.511
891.876
IMPOSTO DE RENDA ............................................................................................................
(248.760 )
(197.791)
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ......................................................................................................
(93.589 )
(87.494)
ATIVO FISCAL DIFERIDO ......................................................................................................
54.252
10.735
PARTICIPAÇÕES NO LUCRO ................................................................................................
(83.563 )
(65.877)
LUCRO LÍQUIDO ....................................................................................................................
579.851
551.449
LUCRO POR AÇÃO EM R$ ....................................................................................................
56,21
53,46
ORIGENS DOS RECURSOS .................................................................................................. Lucro líquido ajustado ....................................................................................................... Lucro líquido .................................................................................................................... Amortização e depreciação ............................................................................................ Resultado de participações em controladas ................................................................. Ajustes ao valor de mercado - títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos ............................................................................ Atualização de títulos patrimoniais e outras .................................................................... Variação nos resultados de exercícios futuros ................................................................ Recursos de terceiros originários de: Aumento dos subgrupos dos passivos circulante e exigível a longo prazo .............. Depósitos ...................................................................................................................... Captações no mercado aberto .................................................................................... Recursos de aceites e emissão de títulos ................................................................... Relações interfinanceiras ............................................................................................. Relações interdependências ........................................................................................ Instrumentos financeiros derivativos ......................................................................... Redução dos subgrupos dos ativos circulante e realizável a longo prazo ................. Aplicações interfinanceiras de liquidez ...................................................................... Relações interfinanceiras ............................................................................................. Operações de crédito e outros créditos ..................................................................... Outros créditos e outros valores e bens .................................................................... Participações societárias a integralizar ......................................................................... Outros ............................................................................................................................... APLICAÇÕES DOS RECURSOS ............................................................................................ Juros sobre o capital próprio provisionados e Dividendos distribuídos ...................... Inversões em: Participações societárias ................................................................................................ Outros investimentos ...................................................................................................... Imobilizado de uso .......................................................................................................... Aplicações no diferido ....................................................................................................... Aumento dos subgrupos dos ativos circulante e realizável a longo prazo ................... Aplicações interfinanceiras de liquidez ......................................................................... Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos ........................ Redução dos subgrupos dos passivos circulante e exigível a longo prazo .................. Depósitos ......................................................................................................................... Recursos de aceites e emissão de títulos ...................................................................... Obrigações por empréstimos e repasses ...................................................................... Outras obrigações ........................................................................................................... AUMENTO/(REDUÇÃO) DAS DISPONIBILIDADES ............................................................ DISPONIBILIDADES No início do semestre ........................................................................................................ No final do semestre ..........................................................................................................
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Em milhares de reais
Saldos em 31 de dezembro de 2004 ...................................................... Homologação de capital .......................................................................... Atualização de títulos patrimoniais e outras ......................................... Ajustes ao valor de mercado - títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos ............................................... Dividendos distribuídos (R$ 5,418 por ação) ......................................... Lucro líquido do semestre ....................................................................... Apropriação à reserva legal .................................................................... Juros sobre o capital próprio provisionados (R$ 12,689 por ação) ..... Saldos em 30 de junho de 2005 .............................................................. Mutações no período ............................................................................... Saldos em 31 de dezembro de 2005 ...................................................... Atualização de títulos patrimoniais ........................................................ Ajustes ao valor de mercado - títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos ............................................... Dividendos distribuídos (R$ 9,732 por ação) ......................................... Lucro líquido do semestre ....................................................................... Apropriação à reserva legal .................................................................... Juros sobre o capital próprio provisionados (R$ 12,818 por ação) ..... Constituição de reservas estatutárias .................................................... Saldos em 30 de junho de 2006 .............................................................. Mutações no período ...............................................................................
Legal 123.541 -
Estatutárias 473.610 -
Ajustes ao valor de mercado - títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 40.772 -
Capital 2.715.795 40.000 -
Aumento de capital 40.000 (40.000) -
Reservas de capital Incentivos fiscais e outras 93.277 2.719
Reservas de lucros
2.755.795 40.000 2.755.795 -
(40.000) -
95.996 2.719 97.348 1.966
27.573 151.114 27.573 187.864 -
(55.896) 417.714 (55.896) 1.226.384 -
(27.459) 13.313 (27.459) 27.479 -
551.449 (27.573) (130.894) 638.261 392.982 245.279 -
(27.459) (55.896) 551.449 (130.894) 4.072.193 339.919 4.540.149 1.966
2.755.795 -
-
99.314 1.966
28.993 216.857 28.993
(100.393) 418.624 1.544.615 318.231
(17.769) 9.710 (17.769)
579.851 (28.993) (132.234) (418.624) 245.279 -
(17.769) (100.393) 579.851 (132.234) 4.871.570 331.421
DIÁRIO DO COMÉRCIO
8 -.ECONOMIA/LEGAIS Banco Itaú BBA S.A. CNPJ: 17.298.092/0001-30
terça-feira, 29 de agosto de 2006
SUCURSAIS: Rio de Janeiro - RJ - Praia de Botafogo, 228 7º andar ala A 22250 040 t. 21 2553 1400 f. 21 2553 0534 Campinas - SP - Av. Dr. José Bonifácio Coutinho Nogueira, 150 8º andar Sls. 804 / 806 / 808 / 810 Cond. Galleria Plaza 13091 611 t. 19 3707 5500 f. 19 3707 5599 Porto Alegre - RS - Rua Soledade, 550 cj 1201 Bairro Petrópolis 90470 340 t. 51 3025 4466 f. 51 3025 4462 Belo Horizonte - MG - Rua Paraíba, 1.000 13º andar 30130 141 t. 31 2101 1350 f. 31 2101 1399 Salvador - BA - Av. Tancredo Neves, 1.186 Ed. Catabas Center 41820 020 t. 71 3342 5944 f. 71 3342 5931
MATRIZ: São Paulo - SP Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.400 3º ao 8º andares 04538 132 t. 11 3708 8000 f. 11 3708 8172 www.itaubba.com.br
Curitiba - PR - Al. Dr. Carlos de Carvalho, 417 25º andar cj. 2501 80410 180 t. 41 3028 4450 f. 41 3028 4488 Montevidéu - Uruguai - Plaza Independencia, 831 Of. 706 C.P. 11.100 t. +59 82 901 3965 f. +59 82 908 5613 Nassau - Bahamas - West Bay Street REPRESENTAÇÕES: Nova Iorque - EUA - 540 Madison Avenue, 24th Floor New York NY 10022 t. +1 212 838 4439 f. +1 212 838 4624 Buenos Aires - Argentina - Cerrito 740, piso 7 CP 1010AAP t. +54 11 4378 8421 f. +54 11 4372 8043 Xangai - Room 1009, 10/F, One Corporate Avenue, 222 Hu Bin Road, Luwan District, Shanghai 200021 P.R.China t. +86 21 3311 3466 f. +86 21 6340 6220
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E DE 2005 - Em milhares de reais 1. CONTEXTO OPERACIONAL O Banco Itaú BBA S.A. desenvolve seus negócios dentro de diretriz de banco de atacado, vocacionado para o atendimento a clientes. 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS As demonstrações contábeis do Banco Itaú BBA S.A. foram elaboradas em consonância com os princípios da Lei das Sociedades por Ações, associadas às normas e instruções do Banco Central do Brasil – BACEN, e do Conselho Monetário Nacional CMN. Conforme o disposto na Circular no 2.804, de 11 de fevereiro de 1998, as demonstrações contábeis das agências no exterior estão sendo apresentadas consolidadas no Banco Itaú BBA S.A., traduzidas para reais às taxas de câmbio vigentes nas datas dos balanços. Conforme determina o parágrafo único do artigo 7o da circular no 3.068, de 08 de novembro de 2001, do BACEN, os títulos e valores mobiliários classificados como títulos para negociação são apresentados no balanço patrimonial, no ativo circulante, independente de suas datas de vencimentos. As operações de adiantamentos sobre contratos de câmbio são reclassificadas de Outras obrigações - Carteira de câmbio. O resultado de câmbio é apresentado de forma ajustada, com a reclassificação de despesas e receitas, de maneira a representar exclusivamente a variação e diferenças de taxas incidentes sobre as contas patrimoniais representativas de moedas estrangeiras. 3. RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS a) Aplicações interfinanceiras de liquidez, Créditos vinculados no BACEN remunerados, Depósitos remunerados, Captações no mercado aberto, Recursos de aceites e emissão de títulos – obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior, Obrigações por empréstimos e repasses e demais operações ativas e passivas As operações com cláusula de atualização monetária/cambial e as operações com encargos prefixados estão registradas a valor presente, calculadas “pro rata die” com base na variação do indexador e na taxa de juros pactuados. b) Títulos e valores mobiliários De acordo com a Circular no 3.068, de 08 de novembro de 2001, do BACEN, e regulamentação complementar, os títulos e valores mobiliários são classificados em três categorias específicas, de acordo com a intenção da instituição de negociálos. Desta forma, os títulos e valores mobiliários estão demonstrados pelos seguintes critérios de registros e avaliações contábeis, nas seguintes categorias: i - Títulos para negociação - títulos e valores mobiliários adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; ii - Títulos disponíveis para venda - títulos e valores mobiliários que poderão ser negociados porém não são adquiridos com o propósito de serem ativa e frequentemente negociados, avaliados pelo valor de mercado em contra partida à conta destacada do patrimônio líquido; e iii - Títulos mantidos até o vencimento - títulos e valores mobiliários, exceto ações não resgatáveis, para os quais haja intenção ou obrigatoriedade e capacidade financeira da instituição para sua manutenção em carteira até o vencimento, registrados pelo custo de aquisição ou pelo valor de mercado quando da transferência de outra categoria. Os títulos são atualizados até a data de vencimento, não sendo avaliados pelo valor de mercado. Os ganhos e perdas de títulos disponíveis para venda, quando realizados, serão reconhecidos na data de negociação na demonstração do resultado, em contrapartida de conta específica do patrimônio líquido “Ajustes ao valor de mercado títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos”. Os declínios no valor de mercado dos títulos e valores mobiliários disponíveis para venda e dos mantidos até o vencimento, abaixo dos seus respectivos custos atualizados, relacionados a razões consideradas não temporárias, são refletidos no resultado como perdas realizadas. c) Instrumentos financeiros derivativos Os instrumentos financeiros derivativos são classificados na data de sua aquisição de acordo com a intenção da instituição para fins ou não de proteção (“hedge”), conforme a Circular no 3.082, de 30 de janeiro de 2002, do BACEN. Os instrumentos financeiros derivativos que não atendam aos critérios de proteção, principalmente os utilizados para administrar a exposição global de risco, são contabilizados pelo valor de mercado, com os ganhos e as perdas realizados e não realizados, reconhecidos diretamente na demonstração do resultado. Os derivativos utilizados para proteger exposições a risco ou para modificar as características de ativos e passivos financeiros que sejam altamente correlacionados no que se refere às alterações no seu valor de mercado em relação ao valor de mercado do item que estiver sendo protegido, tanto no início quanto ao longo da vida do contrato e considerado efetivo na redução do risco associado à exposição a ser protegida, são classificados como hedge de acordo com sua natureza: i - “Hedge de risco de mercado” - Os ativos e passivos financeiros, bem como os respectivos instrumentos financeiros relacionados são contabilizados pelo valor de mercado com os ganhos e as perdas realizados e não realizados, reconhecidos diretamente na demonstração do resultado; ii - “Hedge de fluxo de caixa” - A parcela efetiva de “hedge” dos ativos e passivos financeiros, bem como os respectivos instrumentos financeiros relacionados, são contabilizados pelo valor de mercado com os ganhos e as perdas realizados e não realizados, deduzidos quando aplicável, dos efeitos tributários, reconhecidos em conta específica do patrimônio líquido. A parcela não efetiva do “hedge” é reconhecida diretamente na demonstração do resultado. iii - Entretanto, se o objeto da proteção for título e valor mobiliário classificado na categoria títulos mantidos até o vencimento, tanto o título como o instrumento financeiro derivativo serão contabilizados pelas condições intrínsecas contratadas, não sendo avaliados pelo valor de mercado. d) Operações de Crédito e Outros Créditos (Operações com Características de Concessão de Crédito) Registradas a valor presente, calculadas “pro rata die” com base na variação do indexador e na taxa de juros pactuados, sendo atualizadas até o 60º dia de atraso. Após o 60º dia, o reconhecimento no resultado ocorre quando do efetivo recebimento das prestações. e) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa Constituída com base na análise dos riscos de realização dos créditos, em montante considerado suficiente para cobertura de eventuais perdas atendidas as normas estabelecidas pela Resolução nº 2.682, de 21/12/1999, do CMN, dentre as quais se destacam: i - As provisões são constituídas a partir da concessão do crédito, baseadas na classificação de risco do cliente, em função da análise periódica da qualidade do cliente e dos setores de atividade e não apenas quando da ocorrência de inadimplência; ii - Considerando-se exclusivamente a inadimplência, as baixas de operações de crédito contra prejuízo (“write-offs”) podem ser efetuadas após 360 dias do vencimento do crédito ou após 540 dias, para as operações com prazo a decorrer superior a 36 meses. f) Investimentos Os investimentos em controladas estão avaliados pelo método de equivalência patrimonial, sendo as demonstrações contábeis das agências no exterior, consolidadas, adaptadas aos critérios contábeis vigentes em nosso País e convertidas para reais. Os demais estão registrados pelo valor de custo, corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, e quando aplicável é constituída provisão para perda, de acordo com as normas vigentes. g) Imobilizado de Uso Demonstrado ao custo de aquisição, menos depreciação acumulada, corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995. As depreciações são calculadas pelo método linear, sobre o custo corrigido, sendo que as instalações e equipamentos de uso com valores residuais até R$ 3 são integralmente depreciados. As depreciações são calculadas às seguintes taxas anuais: Imóveis de uso .................................................................................................................................................... Sistema de comunicações, instalações, móveis e utensílios .......................................................................... Veículos e equipamentos de processamento de dados ..................................................................................
4% 10% 20%
h) Diferido Os gastos diferidos de organização e expansão correspondem basicamente a benfeitorias em imóveis de terceiros e aquisição de softwares, amortizados linearmente com base nos prazos dos contratos, limitados a dez e cinco anos, respectivamente. i) Ativos e Passivos Contingentes e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias São avaliados, reconhecidos e divulgados de acordo com as determinações estabelecidas na Deliberação CVM nº 489, de 03/10/2005. i - Ativos e Passivos Contingentes: Referem-se a direitos e obrigações potenciais decorrentes de eventos passados e cuja ocorrência depende de eventos futuros. • Ativos Contingentes - não são reconhecidos, exceto quando da existência de evidências que assegurem elevado grau de confiabilidade de realização, usualmente representado pelo trânsito em julgado da ação e pela confirmação da capacidade de sua recuperação por recebimento ou compensação com outro exigível. • Passivos Contingentes - decorrem basicamente de processos judiciais e administrativos, inerentes ao curso normal dos negócios, movidos por terceiros, ex-funcionários e órgãos públicos, em ações cíveis, trabalhistas, de natureza fiscal e previdenciária e outros riscos. Essas contingências, coerentes com práticas conservadoras adotadas, são avaliadas por assessores legais e levam em consideração a probabilidade que recursos financeiros sejam exigidos para liquidar as obrigações e que o montante das obrigações possa ser estimado com suficiente segurança. As contingências são classificadas como prováveis, para as quais são constituídas provisões; possíveis, que somente são divulgadas sem que sejam provisionadas; e remotas, que não requerem provisão e divulgação. Os valores das contingências são quantificados utilizando-se modelos e critérios que permitam a sua mensuração de forma adequada, apesar da incerteza inerente ao prazo e valor. ii - Obrigações Legais – Fiscais e Previdenciárias: Representadas por exigíveis relativos às obrigações tributárias, cuja legalidade ou constitucionalidade é objeto de contestação judicial, constituídas pelo valor integral em discussão. Os exigíveis e os depósitos judiciais correspondentes são atualizados de acordo com a regulamentação vigente. j) Tributos Calculados às alíquotas abaixo demonstradas, consideram, para efeito das respectivas bases de cálculo, a legislação vigente pertinente a cada tributo. Imposto de renda ............................................................................................................................................. 15,00% Adicional de imposto de renda ....................................................................................................................... 10,00% Contribuição social ........................................................................................................................................... 9,00% PIS ...................................................................................................................................................................... 0,65% COFINS .............................................................................................................................................................. 4,00% ISS ..................................................................................................................................................................... até 5,00% CPMF ................................................................................................................................................................. 0,38% O Banco reconhece os créditos tributários de imposto de renda e contribuição social sobre as indedutibilidades temporárias de provisões, prejuízos fiscais, base negativa e créditos tributários e obrigações tributárias diferidos sobre ajuste a valor de mercado das posições de títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos. k) Resultado de exercícios futuros Referem-se basicamente às rendas recebidas antes do cumprimento do prazo da obrigação que lhes deu origem, sobre as quais não haja quaisquer perspectivas de exigibilidade e cuja apropriação, como renda efetiva, depende apenas da fluência do prazo. l) Apuração do resultado O resultado é apurado pelo regime de competência.
4. APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ As aplicações estão assim resumidas:
Até 3 meses
De 3 a 6 De 6 a 12 meses meses
Saldo Aplicações no mercado aberto Posição bancada Sem livre movimentação .. 211.606 117.044 Com livre (*) movimentação 100.901 100.901 312.507 217.945 Posição financiada ............. 3.878.303 161.062 4.190.810 379.007 Aplicações em depósitos interfinanceiros .... 7.866.386 4.455.609 1.153.937
2006 Acima de 12 meses
Saldo
Até 3 De 3 a 6 De 6 a 12 meses meses meses
2005 Acima de 12 meses
5. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS
Custo de aquisição (b)
Custo menos Mercado Valor de Valor Valor mercado (c) bruto líquido
Até 3 meses
De 3 a 6 meses
2006 Vencimentos De 6 a Acima de 12 meses 12 meses
(a)
Títulos para negociação: Títulos públicos federais do Brasil ........... Títulos públicos federais de outros países ............ Ações ................................... Certificado de depósito bancário .......... Certificado de recebíveis imobiliários .. Certificado de termo de energia ........... Eurobonds ........................... Fundos .................................
877.169
878.787
1.618
28.308
-
298.604
551.875
171.812 36.967
172.329 38.791
517 1.824
460 38.791
519 -
-
171.350 -
233.012
233.012
-
52.636
-
180.376
-
105.513
102.676
(2.837)
-
16.224
-
86.452
29.145 134.665 395.197 1.983.480
30.362 136.603 395.197 1.987.757
1.217 1.938 4.277(d)
5.372 395.197 520.764
5.365 1.876 23.984
10.715 489.695
8.910 134.727 953.314
1.134.720 1.409.182 635.901
1.138.325 1.409.581 630.248
3.605 399 (5.653)
2.333 251 (3.909)
15.270 94.301 630.248
96.694 25.487 -
917.364 108.997 109.170 1.180.623 -
78.717 816.437 513.620 944.795 5.533.372
73.081 842.336 509.891 944.795 5.548.257
(5.636) 25.899 (3.729) 14.885
(3.547) 3.608 17.094 60.140 (2.512) 2.905 944.795 9.710(e) 1.751.267
Títulos mantidos até o vencimento: Títulos públicos federais do Brasil ........... Títulos públicos federais de outros países ............ Debêntures ..........................
138.220
174.724
14.493
1.608
14.851
107.268
20.325 9.543 168.088
20.384 9.543 204.651(f)
580 565 15.638
545 2.153
1.034 15.885
19.745 7.399 134.412
Total ........................................
7.684.940
7.740.665
2.287.669
271.268 2.220.806 2.924.359
Até 3 meses
De 3 a 6 meses
2005 Vencimentos De 6 a Acima de 12 meses 12 meses
Títulos disponíveis para venda: Títulos públicos federais do Brasil ........... Debêntures .......................... Ações ................................... Certificado de recebíveis imobiliários .................... Notas ................................... Eurobonds ........................... Fundos .................................
Custo de aquisição (b)
Custo menos Mercado Valor de Valor Valor (c) mercado bruto líquido
211 7.879 61.383 116.062 243.665 422.469 6.677 437.148 63.161 245.131 1.715.226 1.836.633
(a)
Títulos para negociação: Títulos públicos federais do Brasil ......................... Títulos públicos federais de outros países ............ Ações ................................... Certificado de depósito bancário ......................... Certificado de recebíveis imobiliários .................... Certificado de termo de energia ...................... Eurobonds ........................... Fundos ................................. Títulos disponíveis para venda: Títulos públicos federais do Brasil ........... Títulos públicos federais de outros países ............ Debêntures .......................... Ações ................................... Certificado de recebíveis imobiliários .. Notas ................................... Eurobonds ........................... Fundos ................................. Títulos mantidos até o vencimento: Títulos públicos federais do Brasil ........... Títulos públicos federais de outros países ............ Debêntures .......................... Eurobonds ........................... Total ........................................ (a)
(b) (c)
(d) (e)
(f)
405.661
409.797
4.136
14.513
17.714
-
377.570
140.654 6.419
139.838 6.562
(816) 143
896 6.562
26 -
-
138.916 -
130.328
130.328
-
-
-
130.328
-
110.382
109.316
(1.066)
-
15.794
-
93.522
24.265 29.066 233.255 1.080.030
25.545 31.737 233.255 1.086.378
1.280 2.671 6.348(d)
233.255 255.226
418 33.952
1.448 131.776
24.097 31.319 665.424
1.284.782
1.295.703
10.921
7.034
101.651
63.701
36.376 1.093.975
26.254 925.387 662.376
26.246 926.061 660.106
(8) 674 (2.270)
(5) 424 (1.568)
26.246 16.692 660.106
17.282 -
48.237 -
5.629 961.499 703.616 16.610 4.586.153
5.400 988.511 688.084 16.610 4.606.721
(229) 27.012 (15.532) 20.568
(144) 210 17.828 222.871 (10.256) 85.930 16.610 (e) 13.313 1.130.316
206 5.453 36.535 123.177
399 4.585 24.040 736.147 529.581 36.038 638.633 2.714.595
165.434
224.868
19.280
1.707
18.818
125.629
21.710 1.716 11.739 200.599
22.245 1.716 11.615 260.444(f)
622 19.902
32 1.739
997 11.707 31.522
21.088 719 147.436
5.866.782
5.953.543
1.405.444
158.868
843.850 -
801.931 3.527.455
Os títulos para negociação são apresentados no balanço patrimonial, no ativo circulante, independente de suas datas de vencimentos. Custo de aquisição acrescido de rendimentos auferidos até a data do balanço. O valor de mercado é apurado considerado o fluxo de caixa descontado a valor presente pelas taxas de juros ou preços considerados como representativos das condições de mercado por ocasião do encerramento do balanço, aplicáveis a cada tipo de título. Reconhecido diretamente no resultado. Ganhos e perdas não realizados são reconhecidos em conta especial do patrimônio líquido pelos seus valores líquidos de tributos. Os títulos mantidos até o vencimento não são avaliados a valor de mercado para fins contábeis, assim os valores ora apresentados são apenas informativos.
Observações: i - Os títulos e valores mobiliários dados em garantia montavam a R$ 1.436.105 (2005 - R$ 974.521), basicamente nas operações de instrumentos financeiros derivativos junto à BM&F. ii - No período, não foram realizadas reclassificações ou alterações nas diretrizes existentes. 6. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS De acordo com a Circular no 3.082, de 30 de janeiro de 2002, do BACEN, e regulamentações posteriores, entende-se por instrumentos financeiros derivativos aqueles cujo valor varia em decorrência de mudanças em ativos subjacentes que podem ser taxa de juros, preço de título ou valor mobiliário, preço de mercadoria, taxa de câmbio, índice de bolsa de valores, índice de preço, índice ou classificação de crédito, ou qualquer outra variável similar específica, cujo investimento inicial seja inexistente ou pequeno em relação ao valor do contrato, e que sejam liquidados em data futura. A globalização dos mercados nos últimos anos proporcionou um alto nível de sofisticação nos produtos financeiros utilizados. Como conseqüência deste processo, houve uma crescente demanda por instrumentos financeiros derivativos para administrar riscos de mercado resultantes basicamente de flutuações em taxas de juros, câmbio e preços de ativos. Desta forma o Banco Itaú BBA S.A. vem operando nos mercados derivativos, tanto no atendimento às crescentes necessidades de seus clientes, como na execução de sua política de gestão de riscos. Tal política baseia-se na utilização dos instrumentos derivativos como forma de minimização dos riscos resultantes das operações comerciais e financeiras. Os derivativos negociados pelo banco são adquiridos para duas funções básicas: • Hedge - para realização de hedge de portfólio estrutural, oriundo das operações de banco comercial; • Trading - servindo de instrumentos para o banco assumir posições proprietárias e de gestão de riscos dos derivativos negociados com grandes clientes. A maior parte dos contratos de derivativos negociados pela instituição com clientes, no Brasil, é de operações de swap e futuros, todas registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) ou na Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos (CETIP). Os contratos futuros de DI e Dólar da BM&F são utilizados principalmente como instrumentos para trava de taxas de financiamentos oferecidos a clientes por prazos ou moedas descasados com os dos recursos utilizados para fundeálos. No exterior, o Banco Itaú BBA S.A. realiza operações com contratos derivativos de futuros, termo, opções e swaps com registro principalmente nas Bolsas de Chicago, Nova York e Londres. Os principais fatores de risco dos derivativos assumidos pelo Banco Itaú BBA S.A. em 30 de junho de 2006 eram relacionados à taxa de câmbio, taxa de juros, cupom de dólar e de TR, Libor e renda variável. O gerenciamento destes e de outros fatores de risco de mercado está apoiado em infra-estrutura de modelos determinísticos e estatísticos sofisticados. Com base neste modelo de gestão, a instituição tem conseguido, com a utilização de operações envolvendo derivativos, maximizar as relações risco e retorno, mesmo em situações de grande volatilidade. O Banco Itaú BBA S.A. possui uma área de gerenciamento de risco independente, que monitora as variações de preço de mercado destes instrumentos de forma específica e dentro de padrões pré-definidos de assunção de risco. Os modelos empregados nos controles de risco são avaliados diariamente através de estudos de back test - comparação entre os riscos previstos e os resultados efetivados em função do real comportamento do mercado. Estas constantes avaliações ratificam a boa qualidade dos controles utilizados. A adequação das posições aos limites pré-estabelecidos é monitorada diariamente e comunicada através de relatórios apropriados, destinados a diversos níveis de administradores. Os modelos de mensuração de riscos e apreçamento utilizados pelo banco são proprietários, desenvolvidos internamente e adequados aos padrões prudenciais difundidos internacionalmente.
1.562
93.000 1.732.870
257.537
-
51.557 1.423.776
1.562
513.207 93.000 2.246.077
461.724 719.261
51.483 51.483
51.557 1.423.776
258.164 259.726
3.459.077 2.110.601 3.552.077 4.356.678
121.083 840.344
51.483
- 1.989.518 51.557 3.413.294
779.048
1.477.792 8.697.285 4.219.721 1.379.195
885.011 2.213.358
Total .......................... 12.057.196 4.834.616 1.153.937 1.038.774
5.029.869 13.053.963 5.060.065 1.430.678
936.568 5.626.652
(*) Em 30 de junho de 2005 R$ 339.533 estavam dados em garantia de operações junto à Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F).
O apreçamento dos derivativos e a apuração dos preços de referência e das estruturas a termo de taxas de juros por moeda são atividades de responsabilidade da área de gerenciamento de riscos, e independentes das áreas de negócios que realizam as operações. Os modelos de apreçamento utilizados são compatíveis com a complexidade das operações e adequados aos instrumentos financeiros negociados. As técnicas utilizadas se baseiam nos modelos de avaliação de direitos contingentes para as opções (família de modelos Black & Scholes) e modelos de não arbitragem para os contratos de futuros e swaps. A avaliação a valor de mercado dos instrumentos derivativos é feita utilizando-se as informações de mercado disponíveis, tais como as de corretoras, provedores externos de informações de mercado e mesmo comparação com taxas e preços de outros bancos, construindo assim uma consistente avaliação dos reais valores de mercado dos instrumentos apreçados. Os administradores seniors do Banco são responsáveis e diretamente envolvidos pela promoção e difusão da cultura de gestão do risco por toda a organização. As atividades de controle são parte integral do processo de gestão da instituição e das atividades diárias dos administradores seniors e demais níveis da administração.
Ano 81 - Nº 22.201
São Paulo, terça-feira 29 de agosto de 2006
R$ 0,60
Jornal do empreendedor
Edição concluída às 23h55
w w w. d co m e rc i o. co m . b r
Butim do pirata: 1,5 milhão de empregos Os piratas também roubam R$ 30 bilhões do tesouro do Leão por ano. E/6
Um olho sempre na loja. Mesmo em férias.
Marc Serota/Reuters
Ernesto deixa o Caribe e ameaça a Flórida Um ano depois da violência do Katrina, população prepara-se para se defender da tempestade (foto). C 4
Danilo Verpa/Hype
O dono da loja pode estar na China. Mas basta que ele entre na internet para dar uma espiada na loja e em seus empregados. O segredo é aquela câmera lá no alto. INFORMÁTICA
Wesley Costa/Diário da Manhã/AE
Campanhas não empolgam. Nem na TV. Milton Mansilha/LUZ
Serra esvazia debate na Bandeirantes (foto). Horário eleitoral está longe de despertar interesse. Págs. 4 e 7 Fábio Motta/AE
O bom pagador vai ser premiado nesta semana MP cria o cadastro positivo na quinta-feira. E/1
Candidato que atacava corruptos queria negociar tempo de TV
Nosso colunista não viu intelectual na festa de intelectuais de Gil HOJE Nublado Máxima 20º C. Mínima 12º C.
AMANHÃ Ensolarado Máxima 22º C. Mínima 10º C.
Um dino mineiro de 80 milhões de anos O Maxakalisaurus topai é o maior já descrito. Em Logo
DC
Osvaldo Pereira (PSL) embolsaria R$ 1,3 milhão. Pág. 3
Olavo de Carvalho só viu "palhaçada". Opinião/9
www.finanfactor.com Pabx (11)
6748-5627 (Itaquera) 6749-5533 (Artur Alvim)
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 29 de agosto de 2006
Marcos Fernandes/Luz - 8/6/2006
1 No dia da audiência pública, em data ainda não definida, as empresas de publicidade prometem uma grande manifestação. Marcos Fernandes/Luz - 8/6/2006
Outdoor colocado em prédio: esse tipo de publicidade ficará proibida caso o projeto Cidade Limpa comece a vigorar na cidade
Lei contra outdoor pode abalar pequeno comércio Dados apresentados pelo vereador Dalton Silvano apontam que 290 mil pontos comerciais (entre lojas e postos de serviços) podem fechar caso seja aprovado o projeto Cidade Limpa. De autoria do prefeito Gilberto Kassab, ele prevê o fim da poluição visual e praticamente extingue o setor de mídia exterior, segundo representantes do segmento. De acordo com o vereador, 100 mil pessoas ficariam desempregadas. A ACSP quer debate amplo. Marcos Fernandes/Luz - 22/8/2006
Setor de mídia exterior de São Paulo tenta negociar para não ser afetado
Marcos Fernandes/Luz - 21/9/2005
Ivan Ventura
I
mpactos negativos no comércio, desemprego e a extinção de um setor da economia. Esses serão os temas abordados em campanha publicitária desenvolvida pelas empresas de mídia exterior de São Paulo, contra o projeto de lei Cidade Limpa, de autoria do prefeito Gilberto Kassab. Segundo o vereador e publicitário Dalton Silvano (PSDB), a campanha será veiculada em outdoors e outras peças publicitárias ainda na primeira quinzena de setembro. De acordo com o parlamentar, a aprovação do projeto em seu formato original afetaria pelo menos 290 mil pontos de comércio instalados no município – lojas, bancos etc. O texto da proposta promete acabar com a poluição visual da cidade, mas, para isso proibirá toda publicidade exterior, permitindo apenas os anúncios indicativos com, no máximo, 4m² (com o nome e/ou logomarca do comércio, banco ou outras instituições). O objetivo é transferir a publicidade para o mobiliário urbano (relógios e pontos de ônibus), serviço esse que deverá ser gerenciado por uma
Silvano: "O pequeno comércio será o mais atingido pela medida"
única empresa privada, escolhida por licitação. Três pontos – O vereador tucano explicou os motivos da escolha dos três temas na campanha contra o projeto. O comércio, por causa dos milhares pontos que poderão ser fechados. "Os comerciantes e outros envolvidos terão 30 dias para se adequarem à lei (após a sanção pelo prefeito) e, em caso de desobediência, os estabelecimentos serão multados em R$ 10 mil, além de R$ 1 mil por metro excedido". Silvano acredita ainda numa queda significativa nos negócios, mas não soube precisar números. "Principalmente o pequeno comércio, que vive
daquele indicativo de promoção em frente à loja, que se torna quase a única forma de comunicação e atração do lojista com o cliente". Já a extinção do segmento de mídia exterior acarretaria o desemprego. O vereador acredita na extinção de 20 mil postos de trabalho e que 100 mil pessoas ficarão no " olho da rua" somente na cidade. "Além daqueles que perderam o emprego com o fim das empresas de mídia exterior, existem os que ficarão desempregados no comércio", disse. Audiência Pública - Esses temas deverão ser citados na primeira audiência pública sobre o projeto de lei Cidade Lim-
Solimeo acredita que é possível a Prefeitura exercer fiscalização
pa, que pode acontecer ainda nesta semana. No dia da audiência, empresas de publicidade exterior prometem uma manifestação grande na Câmara, ainda maior que a realizada na semana passada, que teve aproximadamente 500 pessoas. Nenhum dos setores fala oficialmente, mas a idéia é fechar o viaduto Jacareí, em frente à Câmara e pressionar os vereadores. Os setores dizem ainda que o protesto poderá contar com a presença de Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical, já que o Sindicato das Empresas de Mídia Exterior de São Paulo (Sepex) é ligado à Força. "Com o reforço da enti-
dade sindical iremos dar uma resposta às pessoas que não acreditam no fim de 20 mil postos de trabalho", disse Silvano. O vereador revelou ainda que um trio elétrico será usado na manifestação. Na Câmara – Dentro da Câmara, a discussão principal, no entanto, será sobre a retirada do artigo 18 da proposta de Kassab. O texto "proíbe, no âmbito do município de São Paulo, a colocação de anúncio publicitário nos imóveis públicos e privados, edificados ou não". Segundo o vereador, suprimindo-se esse artigo, abrem-se brechas no projeto para que não seja extinguida a mídia exterior na cidade.
Entre os parlamentares, os argumentos em favor do projeto original começam a desmoronar. O Partido dos Trabalhadores já sinalizou que pretende discutir amplamente o assunto nas audiências e no Plenário . Vereadores do Centrão também são favoráveis a um substitutivo, a mesma conduta de alguns parlamentares do PSDB (casos de Silvano e William Woo) e PFL – ambos partidos da base governista. Diálogo – O diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), economista Marcel Solimeo, reiterou a posição da ACSP sobre o assunto: "Buscar o diálogo para melhorar o visual da cidade, mas sem afetar os investimentos que as empresas fizeram em publicidade". Solimeo disse ainda que o ideal é criar um substitutivo ou emendas ao PL. A fiscalização é outro ponto abordado por Solimeo, que acredita que é possível realizar um trabalho eficiente e especializado com o uso do dinheiro da Taxa de Fiscalização de Anúncio (TFA). "A taxa tem a função de contraprestação de um serviço prometido pela Prefeitura. Se o Poder Executivo não tem essa competência, a taxa vira um imposto", disse.
2
Compor tamento Ambiente Memória Urbanismo
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 29 de agosto de 2006
O governo de Minas Gerais decretou luto oficial de três dias e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ir a Mariana para o velório.
"DEUS É BOM", FORAM SUAS ÚLTIMAS PALAVRAS
PCC: bilhete põe governo em alerta
Clayton de Souza/AE
Texto encontrado domingo em penitenciária de Presidente Venceslau pode indicar algum novo seqüestro
U
m bilhete apreendido na cela 133 do raio 1 da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP), logo após o horário de visita, perto das 17h30 de domingo, deixou a cúpula do governo em alerta. O manuscrito, de cerca de dez linhas, encontrado sobre a cama do preso Paulo César Souza Nascimento Júnior, de 32 anos, o Paulinho Neblina, trata de um plano que provoque mais impacto do que o seqüestro de funcionários da Rede Globo, no dia 12. A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou que o bilhete será investigado. A mensagem é assinada pelo
próprio Paulinho Neblina. Condenado a 89 anos, o seqüestrador é um dos mais perigosos integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). O Departamento de Inteligência da secretaria (Disap) tenta identificar o destinatário da carta, descrito no texto só como Negão. No bilhete, Paulinho escreveu: "Negão, se possível chamar na caneta aquela situação que você fez." Depois, menciona o seqüestro do repórter Guilherme Portanova e do auxiliar técnico Alexandre Calado. "Tem que ser feito daquela forma mesmo. É mais um bonde para ser puxado, mas é maior do que o que foi feito na Globo."
A secretaria disse que, por motivos de segurança, não se manifestaria sobre as providências tomadas em decorrência do bilhete, mas uma investigação sigilosa foi deflagrada para tentar descobrir qual seria o plano da facção. Pela forma como o preso se expressa, dá a impressão de que o PCC está armando um novo seqüestro. Resta saber qual seria o próximo alvo: jornalistas, políticos ou mesmo algum secretário de Estado. As autoridades não sabem quando o plano seria deflagrado. Acredita-se que a ação estivesse planejada para quinta-feira, quando o PCC faz 13 anos. A suspeita é baseada nas rebeliões
e atentados terroristas contra prédios e forças de segurança no Dia das Mães e dos Pais. Em aniversários anteriores, a facção fez festas com mães, mulheres e filhos de chefes e de exchefes. Outro possível plano da facção seria promover duas horas de terror nos próximos dias. Ontem, a rotina em Venceslau foi atípica. "Tememos pelo que pode ocorrer. Está tudo muito esquisito. As visitas entraram caladas e saíram mudas no domingo", disse um funcionário. O bilhete pode levar Paulinho Neblina de volta ao Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), em Presidente Bernardes, onde está a cúpula do PCC. (AE)
Na Catedral da Sé, missa de corpo presente por dom Luciano
D. Luciano será sepultado amanhã
GIr Agendas da Associação e das distritais
Amanhã I Butantã – A Distrital Butantã
promove amanhã a palestra Planejamento Estratégico com o consultor do Sebrae Jorge Luis da Rocha. Serão abordados
da família e dos amigos. Suas últimas palavras, segundo seu irmão Cândido Mendes, teriam sido "Deus é bom". O governo de Minas decretou luto oficial de três dias e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ir a Mariana. Em mensagem dirigida à família do arcebispo e à Igreja, Lula disse que foi com "grande tristeza" que recebeu a notícia da morte de d. Luciano, que desempenhou papel relevante na luta pela redemocratização e dedicou toda a sua vida à população carente do Brasil. "Quero, neste momento de dor, manifestar minha solidariedade à família, à Igreja Católica e aos amigos de d. Luciano e prestar a mais sincera homenagem a este homem de obra e coração extraordinários", diz a mensagem. (Agências) Em Dois:Pontos, leia o artigo "A herança de D. Luciano"
temas como as questões fundamentais para o planejamento e análise de negócios e os principais aspectos a considerar na criação de um novo negócio. O evento acontece às 19h30, na rua Alvarenga, 415. As vagas são limitadas. Confirmar presença pelos telefones 30328878, 3032-8873 ou pelo e-mail dbutanta@acsp.com.br. Haverá certificado de participação.
Só BEBIDAS Promoções de Inverno
DC
A
pós ser velado, na manhã de ontem na Catedral da Sé, em São Paulo, o corpo do arcebispo de Mariana (MG), d. Luciano Mendes de Almeida, foi levado por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para Belo Horizonte, onde chegou no início da tarde. Do aeroporto da Pampulha, o caixão foi levado em um carro do Corpo de Bombeiros, até o Instituto Santo Inácio, onde recebeu homenagem dos jesuítas. O corpo seguiu depois para Mariana, onde será velado até a manhã de amanhã no Santuário de Nossa Senhora do Carmo. O sepultamento está previsto para às 9h na cripta da Catedral de N.S. da Assunção. D. Luciano, tinha 75 anos e morreu domingo no Hospital das Clínicas, em São Paulo, onde estava desde 17 de julho, em tratamento de um câncer no fígado. D. Luciano morreu ao lado
Importadas
SÓ bebidaS Nacionais
“MANIA DE VENDER BARATO”
Vinho Espanhol Riscal R$ 39,90
Vinho Chileno Casa Mayor R$ 19,90
Porca de Murça R$ 17,90
Vinho Italiano Chianti R$ 29,90
Lambrusco R$ 11,50
Vinho Francês Côtes du Rhône R$ 29,90
Vinho do Porto Senador R$ 27,90
Vinho Francês Cave de Ladac R$ 15,90
Vinho Italiano Gabia D´Oro R$ 13,50
Vinho Chileno Gato Negro R$ 17,90
Vinho Português Cartuxa R$ 64,90
Vinho Português Redondo R$ 29,90
Vinho Português Grand Jo R$ 25,50
Vinho Chileno Carta Vieja Carmenére/Cabernet
R$ 14,90
* preços para unidade na caixa.
ACEITAMOS CARTÕES DE CRÉDITO
PABX: 3106-9898 / 3112-0398 www.sobebidas.com.br
Pça. João Mendes, esquina c/ Rua Quintino Bocaiúva, 309 - Centro * BEBA COM MODERAÇÃO
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
8 -.OPINIÃO
terça-feira, 29 de agosto de 2006
RESENHA
Céllus
NACIONAL ZUGZWANG! atrás é menor. Se a eleição é parelha, isso vale para os dois. Na véspera da eleição quase não há o que fazer, a menos que torcer. Para a equipe do Alckmin não custa nada entrar no Google e saber o que é zugzwang. Será assim na semana da eleição. A campanha de Alckmin, ao não colocar em cima da mesa, com todos os talheres, o mensalão e a corrupção no governo Lula, ajuda a transferir ao Congresso a responsabilidade, fazendo, ingenuamente o jogo eleitoral de Lula e prestando um desserviço à democracia ao confundir corrupção de parlamentares com desmoralização das
Ingenuamente, Alckmin fez o jogo eleitoral de Lula
as candidaturas ou deprimilas, e para conseguir mais ou menos financiamento. Nunca são usadas pelas campanhas para entender as razões do voto naquele momento. Uma pessoa que entra em um supermercado com a decisão de comprar um produto de uma marca, pode comprar de outra marca ou até outro produto. Depende se o impacto que tiver ao entrar na loja mexer em suas expectativas. Mas, depois de meia hora, a decisão tem muito menor chance de ser mudada. Ou seja, a probabilidade de mudança da decisão do eleitor é diretamente proporcional ao tempo para a eleição. Com isso, as campanhas que estão atrás têm que ter elementos mais contundentes de convencimento, na medida que se aproxima a eleição. No início, pode até falar baixo, mas no final tem que falar muito mais alto. A cada dia, o número de jogadas disponíveis para os candidatos que estão mais
instituições políticas. Mesmo levando em conta a diferença de metodologia, as pesquisas Datafolha e Ibope em dias sequenciados de segunda-feira a quintafeira da semana passada, mostrando uma estabilização da candidatura de Heloisa Helena em 11%, é a pior noticía que a campanha de Alckmin poderia receber. O minuto de HH na TV a prejudica. Mas também poderia ser melhor usado, como este Ex-Blog comentou, com três "comerciais" de 15 segundos dentro dele e os demais para abertura e fechamento. O segundo turno -para dormir tranqüilo - precisa de HH com 15%. TRECHOS DO COMENTÁRIO DE CESAR MAIA, PREFEITO DO RIO BLOGCM@CENTROIN.COM.BR
H á poucas jogadas para quem está atrás
Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente em exercício Alencar Burti Presidente licenciado Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi
Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)
Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: , Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046
Onde estamos? Quem comanda?
OPINIÃO PÚBLICA
B
BENEDICTO FERRI DE BARROS
N Bruno Domingos/REUTERS
O
processo eleitoral é um jogo estratégico que começa com uma quantidade enorme de incertezas e de desconhecimento do cenário, da tática dos adversários, das reações do eleitor, do impacto das pesquisas. Mas, também de muitas alternativas. A imprensa, como se sabe por centenas de pesquisas através dos anos, não cobre conteúdo e programa. Cobre estratégia de campanha. Subiu, desceu, por quê, que erros, que acertos, fotos tristes de quem desce, alegres de quem sobe, etc. As pesquisas servem, principalmente, para animar
o turbilhão de mudanças culturais e históricas magmáticas que vivemos globalmente, não é fácil nos conservarmos de pé e manter uma visão lúcida e coerente para compreender o que se passa. Talvez jamais se haja vivido na história humana outro período em que tudo se modifica com tal fúria, radicalidade e velocidade. Vivemos em tudo uma época de pletora e frenesi. As comunicações despejam sobre nós um incessante tsunami de informações contraditórias e as opiniões dançam com elas num desencontro total. É praticamente impossível acompanhar as mudanças, mas se não as acompanhamos podemos, em uma quinzena, nos tornarmos obsoletos e até incapazes de descobrir como se abre a embalagem hermética e psicodélica de uma caixa de biscoitos... Quanto mais entender porque nosso país, que em épocas anteriores atingiu recordes mundiais de crescimento, há um quarto de século não alcança a média mundial e chega, neste governo, ao contrário, ao clímax de dejeção, superando apenas o Haiti! Entretanto, lê-se de economistas, os mais reputados, que nunca nossa economia esteve nos anos recentes com melhores fundamentos. No dia seguinte, quando a economia americana dá um espirro, as bolsas caem e o Risco Brasil volta a subir... Há filas de caminhões de produtores rurais protestando nas estradas, industriais têxteis pedindo proteção contra a China, o parceiro do governo, o MST, intensificando as suas, o ministro da Justiça jantando com o banqueiro Dantas. O PCC estabelecendo o terrorismo em São Paulo e em guerrilha urbana escancarada com forças
policiais! Dá para entender onde estamos? Parece que dá. É só olhar para o que está embaixo do nariz. Vamos para um repeteco do que já foi dito, não só por nós, mas por muitos outros. 186 milhões de brasileiro trabalham 142 dias por ano para pagar impostos. Mais de 40% do que produzem são transferidos para o comando e administração de uma minoria de 4,3 milhões (0,02%) de outros brasileiros que integram o que se chama de Estado, ou governo nacional. (Não se incluindo nesses números as diferentes metástases representadas pelas estatais e a drenagem e comando sobre os recursos financeiros privados exercido pelas autoridades financeiras.)
E
o que acontece com esses recursos, que em teoria deveriam ser aplicados em infra-estrutura, em educação, em saúde, em suma, em investimentos para promover o desenvolvimento do País? Mais de 60% podem ser gastos com o próprio pessoal do governo. O que se investe é um saldo mínimo. E como se investe? Veja-se um só exemplo, o dos sanguessugas. Agora: alguém ignora que sem investimento não há desenvolvimento? Quanto se gastou com as CPIs para apanhar meia-dúzia de ladrões e isentar-se uma grosa deles? E do dinheiro roubado, recuperou-se alguma coisa? Como já disseram o Procurador-Geral da República e o ministro-presidente do Supremo Tribunal Eleitoral, precisamos parar de fazer de conta que não estamos sendo comandados por uma quadrilha de bandidos que desejam se perpetuar no poder.
P ara entender, basta olhar para o que está embaixo do nariz.
Concentração no mercado de cartões ÁLVARO MUSA
O
Bank of America comprou o Boston. Vendeu no Brasil para o Itaú. Bradesco comprou Amex, Chase e o Morgan se fundiram, RBS quer comprar bancos na Europa. HSBC comprou a Losango. Unibanco comprou o Hipercard e a Fininvest. Até as bolsas de valores estão se fundindo! O negócio financeiro, principalmente no segmento de cartões e crédito ao consumidor, tem transações de baixo valor unitário, com custos altos (tecnologia, pessoas) e margens relativamente estreitas. Diante desse cenário, qualquer analista de estratégia recomendará que o banco, financeira ou administradora de cartões busque economias de escala. Descreverá um mercado concentrado, com poucos grandes concorrentes. Ele dirá, também, que os movimentos de concentração descritos são prova irrefutável dessa tendência. E que, portanto, se você for o feliz proprietário de uma instituição financeira de tamanho médio, é bom "por as barbas de molho". Outras estratégias porém, na prática, muitos pequenos empreendimentos continuam a prosperar no nosso mercado e também no exterior. Como é possível? Simples: há outras estratégias viáveis, além da escala, escala, escala... Michael Porter, na brilhante síntese desenvolvida nos anos 80, disse em essência o seguinte: existem somente três orientações gerais que uma empresa pode seguir para competir num dado mercado qualquer. Elas são: a) low cost producer: você padroniza seu produto ao máximo e busca atingir uma escala dominadora ; b) diferenciação: nesta estratégia, ao contrário, você busca ter produtos diferenciados , que só você oferece e consegue margens melhores; você não estará preocupado com tamanho ou com liderança, mas sim com o máximo retorno. (Cuidado: não caia na tentação de fazer as duas coisas ao mesmo tempo!); c) nicho: uma variante, onde compete por conhecer muito bem as necessidades de um dado segmento de mercado e se torna
líder daquele nicho em particular. (Cuidado: a tentação aqui é de sair do nicho onde você é especialista!) Após essa digressão, vamos ao que interessa: as pequenas instituições financeiras vão desaparecer? Minha resposta é: algumas sim, outras não. As que forem simplesmente pequenas, sem diferenciais, correm um sério risco de não sobreviver. Os grandes bancos continuarão jogando pesado para ser um dos cinco ou seis que, acho, cabem no Brasil. Esse jogo pesado incluirá forçosamente, logo, reduzir margens para ganhar escala. Tentar competir com eles em igualdade de condições seria como se David quisesse derrotar Golias "no braço". As que forem pequenas, mas capazes de se diferenciar (pelo produto ou pela especialização num nicho), no entanto, vão se tornar mais lucrativas. Ou seja, um David vencendo pela criatividade. Por exemplo, os que conseguirem desenhar produtos adequados para os segmentos de baixa renda terão uma vantagem competitiva enorme.
O
que fazer para sobreviver? Diferenciar-se ou especializar-se num nicho requer fortes investimentos em inteligência, em conhecimento, em desenvolvimento de produto. Não tenha receio de contratar os mais brilhantes e criativos gerentes de produto, gerentes de crédito, gerentes de marketing, de recursos humanos. Ou um bom consultor. Treine o seu pessoal, dê-lhes o máximo de informação. Eles serão os maiores garantidores de sua lucratividade. E a tecnologia? Bem, essa é uma discussão extensa, que não cabe aqui. Uma dica, no entanto: terceirize, mas não renuncie a uma camada de diferenciação. Estaremos falando desses assuntos no maior evento do setor, no C4 – Congresso de Cartões e Crédito ao Consumidor, que será realizado nessa semana. ÁLVARO MUSA É SÓCIO-DIRETOR DA PARTNER CONSULTORIA
H á outras estratégias viáveis, além da escala, escala, escala...
JOÃO DE SCANTIMBURGO DEMOCRACIA E em frágeis são as democracias que não dispõem de uma opinião pública eficazmente organizada e que não hesita em atender aos apelos nacionais e institucionais para defendê-la em momentos precisos. Dou como exemplo a Revolução de 32 em São Paulo, quando toda a população se organizou como opinião pública, respondendo com altivez e armas em punho à usurpação, pelo ditador Getúlio Vargas, do pudor democrático do povo paulista. Os exemplos seriam numerosos, mas surge o momento em que é necessário responder ao clamor da opinião pública, quando ela enfrenta os detentores da direção das instituições nacionais. É o caso dos responsáveis pelos escândalos apurados pelas CPIs, que não deixam dúvida sobre as acusações que pesam sobre cada deputado que se serviu do poder para enriquecer ou aumentar seu patrimônio. Trata-se do caso dos Sanguessugas, que ganharam em ambulâncias super-valorizadas, nas ofertas que fizeram aos municípios carentes. Note-se que a Nação já estava agonizando no pântano que se formou desde o ano passado, forçando a constituição de CPIs. Já era amplo o negócio escuso que se fazia à sombra do poder.
A
opinião pública brasileira não tem a consistência da americana, da inglesa, da francesa, e outras mais que seria longo mencionar. É essa opinião pública que deve ser salvaguardada contra invasões deletérias que a enfraqueça, pois só ela, a democracia, faz apelo nos momentos difíceis em que passa a nação, como é o caso da brasileira, nesta altura de sua vida republicana. É para isso que eu chamo a atenção de todos os leitores, integrantes da opinião pública, que não podem nem devem ser subestimados neste momento difícil que a Nação enfrenta, procurando o seu destino, mais uma vez, na urna eleitoral. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
G A opinião pública não pode nem deve ser subestimada neste momento difícil enfrentado pela Nação
terça-feira, 29 de agosto de 2006
Transpor te Ciência Urbanismo Saúde
DIÁRIO DO COMÉRCIO
IDÉIA É RESGATAR HISTÓRIA DA INDUSTRIALIZAÇÃO
3 Projetada pelo arquiteto francês Pedaurrieux, vila foi construída para abrigar as famílias de 2.100 operários.
Fotos de Andrea Felizolla/Luz
A capela São José passou por reforma sem autorização da Prefeitura
Escadaria do Colégio Manuel da Nóbrega, a Escola de Meninos
A Escola das Meninas também espera pelo projeto de recuperação
Edélcio no museu improvisado, no edifício da antiga farmácia
O museu guarda fotos e objetos da época da industrialização
VILA MARIA ZÉLIA A UM PASSO DA RESTAURAÇÃO A Prefeitura deverá investir cerca de R$ 1 milhão para dar início à restauração da Vila Maria Zélia em 2007 Rejane Tamoto
O
descendente de portugueses, austríacos e índios, Edélcio Pereira Pinto, de 57 anos, já consegue visualizar o dia em que cortará os longos cabelos grisalhos, que deixa crescer há dois anos. As madeixas são fruto de uma promessa, na qual ele pede pela restauração da vila Maria Zélia, a primeira vila operária erguida no País entre 1911 e 1917 na zona leste. Na última sexta-feira, cerca de seis imóveis tombados pelo patrimônio histórico deixaram de ser propriedade do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) e passaram para as mãos da Prefeitura. O objetivo é restaurar o conjunto de imóveis com R$ 1 milhão em recursos públicos – que serão liberados em 2007 – e também com o apoio da iniciativa privada. Os custos e prazos das obras de restauro ainda não foram divulgados porque o projeto começará a ser elaborado a partir deste mês. Segundo o secretário do Trabalho, Gilmar Viana, está sendo montado um grupo de trabalho que envolve também as secretarias de Cultura e de Governo. A atribuição da Secretaria de Trabalho é transformar três imóveis da vila em centros de capacitação profissional e um museu. "Para estes projetos, além de recursos do município, teremos verba da União Européia, de 5 milhões de euros. Também já existem empresas interessadas em patrocinar o restauro", disse Viana. Degradação - Atualmente, os seis edifícios erguidos na vila Maria Zélia passam por profunda degradação. Projetada pelo arquiteto francês Pedaurrieux, a vila foi construída em estilo inglês para abrigar as famílias dos 2.100 operários da Companhia Nacional de Tecidos de Juta, propriedade de Jorge Street. Os prédios estruturados por materiais de qualidade, como o telhado em ardósia, o mármore de Carrara e a madeira pinho de riga, sucumbem por causa do descaso sofrido ao longo dos anos. Segundo Edélcio, cuja família chegou na vila em 1919, o local representava um verdadeiro palacete para os operários que, naquela época, só teriam condições de viver em cortiços. "Aqui moro em uma casa boa, com três quartos. Imagina um operário em uma casa dessas". Capela – Um dos imóveis, a
Sala de aula da Escola dos Meninos: o forro de madeira e os grafites das paredes estão deteriorados
Projetos Em situação parecida estão as duas escolas e um armazém. A estrutura do Colégio Manuel da Nóbrega (conhecido como Escola de Meninos), fechado em 1992, está comprometida e o local é infestado por pombos. O ambiente virou cenário para uma peça de teatro, que c ur i o sa m e nt e se chama Hygiene, encenada aos finais de semana peCasarão da Mário Costa só pode ser visto de fora lo grupo XIX de Teatro. Um dos projetos de restauro Capela São José, já passou por uma reforma sem autorização da Prefeitura é devolver ao Mada Prefeitura. "Não podíamos nuel da Nóbrega e à Escola de esperar mais. Mas o telhado que Meninas a função original. A substituímos é de ardósia, como idéia do secretário de Trabalho, o original", disse o morador Gilmar Viana, é que após a restauração, os prédios sediem apontando para a igreja. Outra edificação que está cursos de qualificação profisem situação ruim fica na esqui- sional nas áreas de restauro e de na das ruas Mário Costa e Adil- manutenção predial. "Quereson Farias Claro. Antiga sede mos formar 500 pessoas por de um comércio diversificado ano nas áreas de eletricista e – doceria, barbearia, restau- azulejista, por exemplo. A cidarante e fábrica de chapéus –, o de tem milhares de prédios e o prédio só pode ser visto por fo- mercado precisa de profissiora pois está sem telhado. So- nais certificados. Estes cursos braram apenas as paredes, que serão implementados com o também estão em pedaços. Es- apoio do Senai e do Liceu de ta e mais duas pequenas cons- Artes e Ofícios", explicou. Outro espaço que terá sua utitruções da mesma rua serão restauradas, mas ainda não se lização mantida após a revitalização é o Armazém nº 9, na rua sabe que destino terão.
Mário Costa. O prédio originalmente foi uma farmácia, mas já funciona como museu, sob a batuta da Associação Cultural da Vila Maria Zélia, que existe há 10 anos. Improvisado com fotos, tijolos originais e estantes que guardam livros e trabalhos acadêmicos sobre o local, o espaço se transformará, oficialmente, no Museu do Trabalho. "Queremos resgatar a história da industrialização, que teve sua origem nos bairros Brás, Mooca e Belenzinho e desenvolver um museu interativo. O espaço terá objetos, fotos e um material que mostra o período em que a vila Maria Zélia serviu de presídio político no Estado Novo", disse Viana. Edélcio é quem organiza parte do acervo do museu atual. Além disso zela pelas escolas e é uma espécie de guia turístico da vila Maria Zélia. Basta que estudantes, jornalistas e curiosos o procurem na vila para que ele passe algumas horas contando histórias e exaltando o bairro. O morador testemunhou a degradação física da vila e luta pela sua restauração. "A degradação atingiu os prédios, mas não mudou o clima daqui, que continua como o de interior. Além disso, há muita gente que chegou aqui há muitos anos e ainda está viva", disse. É o caso de Santina Maniaci, de 93 anos. As lembranças de uma das moradoras mais antigas da vila Maria Zélia é a do rosto do industrial Jorge Street quando ele a presenteou com uma boneca de porcelana. "Imagina uma criança, filha de uma operária, com uma boneca daquela. É inesquecível mesmo", recorda.
10
Congresso Planalto Disputa CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 29 de agosto de 2006
TUCANOS E PETISTAS SE APROXIMAM NO NORDESTE.
Sergio Lima /Folha Imagem
ALCÂNTARA AVISA QUE NÃO É TRAIDOR
HELOÍSA DENUNCIA 'A FARSA NO VELHO CHICO'.
A
Lúcio Alcântara, governador do Ceará (PSDB) e candidato à reeleição, incluiu um discurso de Lula no horário eleitoral gratuito e foi recebido ontem pelo presidente, em caráter excepcional, no Palácio do Planalto. Ele garante que está com Alckmin.
Convidado ilustre: Lula abre agenda e recebe Lúcio Alcântara (à esquerda), no Palácio do Planalto. Nilton Fukuda/ Folha Imagem
D
epois de se encon- Ele (Alckmin) tem sido muito trar com o presi- bem recebido e tratado por dente Luiz Inácio mim, no Ceará", afirmou. O Lula da Silva no Pa- governador disse que Lu Alcklácio do Planalto – que abriu min, mulher de Geraldo, tamexcepcionalmente sua agenda bém foi bem recebida no Estapara recebê-lo – o governador do, durante evento eleitoral há do Ceará e candidato à reelei- algumas semanas. A audiência com Alcântara ção, Lúcio Alcântara (PSDB), rebateu as críticas de setores não constava da agenda oficial do seu partido de que teria traí- do presidente Lula e só foi indo a legenda ao manifestar cluída nesta segunda-feira, no apoio à candidatura de Lula à horário em que estava previsto reeleição. "Se houver algum o encontro de Lula com a mitraidor, certamente não sou nistra-chefe da Casa Civil, Dileu", afirmou Alcântara, sem ci- ma Rousseff, ao meio-dia. Ao ser questionado se o pretar nomes, no entanto. "O meu opositor pretende monopoli- sidente era um bom puxador zar a figura do presidente", re- de votos, respondeu: "bom? clamou , referindo-se ao candi- olha as pesquisas lá", afirmou dato pelo PSB ao governo do Alcântara referindo-se às pesquisas eleitorais que mostram Estado, Cid Gomes. Na semana passada, a inclu- que Lula tem mais de 70% da são de um discurso de Lula no preferência no Estado. "Se ajuda ou não ajuda programa eleito(na campanha) isral de Lúcio Also é uma questão c ân ta r a ca u so u que temos que polêmica e revolta avaliar", desconentre os tucanos. E Se houver algum o encontro de on- traidor, certamente versou. Ceará– Pesquitem com Lula desa Datafolha dive irritar ainda não sou eu. O meu vulgada na quinmais a coordena- opositor pretende ta-feira passada ção de campanha monopolizar a mostra que Cid de Geraldo Alck- figura do Gomes (PSB), irmin, da coligação presidente. mão do ex-minisPSDB-PFL. Lúcio Alcântara tro Ciro Gomes, Lúcio trava no governador do Ceará passou o governaEstado uma disdor. Numa reviraputa interna com o presidente do PSDB, senador volta na sucessão estadual, LúTasso Jereissati, que não queria cio teve uma queda de sete sua reeleição. Além da exibi- pontos percentuais, passando ção das declarações de Lula de 44% para 37% das intenções elogiando sua gestão no pro- de votos, enquanto Cid Gograma eleitoral, o tucano, que mes, apoiado por Lula, chegou sempre teve bom diálogo com aos 50%. Na pesquisa anterior, Lula, também fez questão de Cid tinha 35%. Desculpa– Ao justificar sua exaltar as boas relações que sempre teve com o presidente. audiência com o presidente, o Explicação– Ao deixar o Pa- governador cearense disse que lácio do Planalto, onde passou não ia fazer "às escondidas" cerca de meia hora com o pre- um encontro para discutir "insidente Lula, Lúcio Alcântara teresses do Estado do Ceará". insistiu que a audiência foi ins- Ele disse que discutiu com Lutitucional e administrativa. la apenas investimentos do Questionado sobre as dificul- complexo portuário de Pecém, dades que o candidato tucano cujo valor não soube responà Presidência enfrenta, pelo fa- der. Somente depois, com o auto de Lula aparecer no progra- xílio de assessores, disse se trama eleitoral do PSDB do Cea- tar de uma parceria no valor de rá, Alcântara insistiu que é pre- R$ 500 milhões. "Eu que pedi a ciso dar importância às rela- audiência. O presidente é canções institucionais. "Não vejo didato mas é presidente. E eu assim. Sou do PSDB e apóio o sou candidato, mas sou govergovernador Geraldo Alckmin. nador". (Agências)
MILITANTES TROCAM SOCOS NO CEARÁ
E
m Iguatu, no sertão central do Ceará, dois grupos políticos - um ligado ao governador Lúcio Alcântara (PSDB), candidato à reeleição, e outro ao exprefeito de Sobral, Cid Gomes, candidato pelo PSB ao governo do Estado trocaram socos. A briga aconteceu na sexta-feira passada, próximo ao Fórum. Segundo a polícia, 15 pessoas ligadas ao deputado estadual Marcelo Sobreira, do mesmo partido de Cid, teriam agredido o prefeito da cidade, Agenor Neto (que deixou o
PSDB e agora está sem partido) e seu vice João Alberto. O confronto entre os dois grupos aconteceu um dia depois de Agenor Neto se desfiliar do PSDB e anunciar apoio a Luiz Inácio Lula da Silva para presidente e a Lúcio Alcântara para governador do Estado. No dia seguinte, Lúcio Alcântara e o candidato ao Senado, Moroni Torgan (PFL), foram ao município "prestar solidariedade" ao prefeito. Duas pessoas ligadas ao grupo de Cid Gomes, o vereador Mário Rodrigues e Júnior Sobreira - foram presas nesse mesmo dia, mas seus advogados já conseguiram relaxar as prisões. (AE)
Tucano faz campanha em Mogi das Cruzes (SP): preocupação mesmo é o Nordeste.
candidata do PSol à presidência da República, senadora Heloísa Helena (AL), afirmou ontem que o projeto de transposição do Rio São Francisco para as regiões mais secas dos sertões de cinco estados nordestinos é “uma farsa, para desviar dinheiro público”. Segundo ela, a água do Velho Chico, ao invés de matar a sede das populações sertanejas e dos animais do semi-árido, também será desviada para outros objetivos. "Esta transposição é uma farsa técnica e uma fraude política". Segundo Heloísa, 80% dos recursos hídricos da transposição vão viabilizar uma usina siderúrgica de capital coreano e italiano prevista para se instalar no Nordeste. "Existem projetos mais baratos e menos danosos à natureza", garantiu a senadora, ao defender a revitalização do rio antes de se pensar em transposição. Depois de passar o fim de semana pelo interior do Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Alagoas, a candidata avaliou que a imagem dos estados é semelhante porque faltam investimentos na diversificação da economia regional. Heloísa Helena chegou em Maceió por volta de uma hora da manhã, dormiu em sua casa e aproveitou o dia para descansar. Não fez campanha política em sua cidade. No início da tarde, viajou para São Paulo, onde participou de entrevista à Rede TV. (AOG)
ACM QUER ALCKMIN AGRESSIVO PARA EMPOLGAR NORDESTINOS Aliados organizam encontro em Salvador com o intuito de fazer o candidato partir para o confronto com Lula
P
ara reverter os números sofríveis da coligação PSDB-PFL no Nordeste, começou a ser preparado o maior evento da campanha do candidato tucano à Presidência da República, Geraldo Alckmin. Cerca de 500 prefeitos da região estão sendo convocados a participar de um ato de apoio, em Salvador, no início de setembro. Organizado pelo senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), o encontro terá um tom mais contundente em relação às críticas ao governo Lula que Alckmin vem utilizando em seu discurso até o momento. A idéia dos aliados é de que uma linha mais agressiva contamine o discurso de Alckmin na reta final de campanha, e com isso assegure o segundo turno. "Temos que contaminar o discurso de Alckmin para que ele parta para o confronto. O programa de televisão esqueceu Lula. Alckmin tem que mostrar que esse é um governo imoral, contaminado pelo 'valerioduto' e que comprava parlamentares com dinheiro do povo. É preciso fazer esse discurso de desconstrução. Só com um tom contundente ele vai conseguir empolgar os eleitores nordestinos", avisa o senador ACM. Combate ao rival – A coordenação da campanha tucana tentará usar o prestígio de lideranças regionais para diminuir o favoritismo de Lula na região. Pesquisas apontam que o petista tem mais de 65% dos votos, enquanto Alckmin ainda não conseguiu ultrapassar a barreira dos 15%. Por isso, governadores e políticos nordestinos também serão chamados para o encontro com Alckmin em Salvador. A expectativa é de que metade dos
500 prefeitos venham da Bahia. Os outros 250 prefeitos serão convocados dos outros oito estados nordestinos. Injeção de ânimo– "Temos que incentivar prefeitos e líderes da região para que eles acreditem na vitória de Alckmin. Esse ato em Salvador pode dar um novo gás à campanha que está sendo feita no Nordeste", explicou o senador pefelista.
A coordenação da campanha de Alckmin está apostando no evento para mobilizar de vez as lideranças locais e a comunidade em geral. "Será um divisor de águas da campanha no Nordeste. Esse tipo de mobilização deve consolidar o apoio efetivo dos prefeitos e lideranças locais", aposta o coordenador-geral da campanha tucana, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE).
TOM DAS CRÍTICAS NÃO SOBE
relação ao primeiro trimestre. Citando expectativas semelhantes, Alckmin comentou: "Essa sinalização aponta uma luz vermelha. O Brasil não pode continuar desse jeito". O tucano citou as economias da China e Argentina e comparou números do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os da época do regime militar. "Crescendo de 2% a 3% por ano, nossa renda per capita levará cem anos para dobrar. Imagine a hora em que tivermos uma recessão aí na frente?", questionou. "Na década de 1970, o Brasil cresceu mais. Os mais velhos, assim como eu, que já estou ficando careca, sabem que o Brasil cresceu forte e depois parou." Alckmin acredita que, nessa etapa das eleições, poderá conquistar mais votos: "Quando você simula um segundo turno, a situação de Lula fica dificílima. Por isso, o desespero dele em não querer que haja segundo turno. Aí, ele perde as eleições. Não há como fugir do contraditório." (AE)
O
candidato do PSDB a Presidência da República, Geraldo Alckmin, afirmou ontem que não pretende subir o tom das críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Estou paz, amor e trabalho", disse. Alckmin considera que a campanha já vem mostrando resultados, apesar das pesquisas mostrarem estabilidade nas intenções de voto para o tucano. "Pesquisa é retrato do momento. Temos de analisar a curva", enfatizou. "Além disso, a rejeição do Lula é o dobro da minha e continua a crescer". Segundo o presidenciável tucano, tudo pode mudar a partir da divulgação, na próxima quinta-feira, do resultado do PIB no segundo trimestre. De acordo com o levantamento de analistas do mercado financeiro, o PIB deve crescer entre 0,5% e 1% em
Tanta preocupação com o Nordeste não é por acaso. Mesmo depois de Alckmin ter lançado no início do mês, em Recife, um programa de governo voltado para a região, a campanha do tucano não empolgou os aliados locais. Alckmin ainda não apareceu nos programas de televisão dos aliados nordestinos. Há dificuldade em praticamente todos os estados. A crise mais grave é no Ceará, Estado do presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati. Lá estão sendo criados comitês duplos de apoio ao governador tucano Lúcio Alcântara e ao presidente Lula. Alckmin também não aparece no horário de televisão tucano, enquanto Lula virou a estrela do programa de Lúcio – até uma decisão da Justiça Eleitoral suspendendo o depoimento do presidente. Focos – Mas este não é o único problema. No Maranhão, a senadora Roseana Sarney (PFL), candidata ao Palácio dos Leões, anunciou que vai manter neutralidade na sucessão presidencial. No Piauí, o apoio dos aliados ainda é muito tímido, como no Rio Grande do Norte. Também há uma desconfiança de que na Paraíba o governador tucano Cássio Cunha Lima não esteja mostrando empenho suficiente em favor de Alckmin. O mesmo acontece em Alagoas, com o senador Teotônio Vilela Filho (PSDB), candidato ao Palácio dos Martírios. Em Pernambuco, enquanto Lula já apareceu no programa do governador Mendonça Filho (PFL), Alckmin é ignorado. E em Sergipe há um racha no PSDB local, que provocou a desfiliação de presidentes regionais da legenda. (AOG)
Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO
Nunca me dedicaria à política como tem feito Bono. Geldof e ele podem continuar tentando até o fim do mundo, mas não conseguirão fazer nenhuma diferença. Do guitarrista da banda Rolling Stones, Ronnie Wood, afirmando que os músicos irlandeses Bono, do U2, e Bob Geldof, são "políticos demais". Para ele, o mundo não será melhor por meio de ações sociais, mas por meio da "boa arte".
www.dcomercio.com.br/logo/
terça-feira, 29 de agosto de 2006
AGOSTO
2 -.LOGO
29 Dia Nacional do Combate ao Fumo
A RQUEOLOGIA Á USTRIA
Vanderlei Almeida/AFP
Após o cativeiro "Em princípio, não tenho a sensação de que tenha me faltado nada". Assim a austríaca Natascha Kampusch – que fugiu há seis dias de um seqüestro de oito anos – avaliou em uma carta aberta a experiência que viveu. No comunicado, a jovem, hoje com 18 anos, diz que o cativeiro a poupou de uma série de coisas ruins., como fumo e bebida, além de "maus amigos". Natascha revelou ter se sentido "afligida" com a morte de seu seqüestrador, Wolfgang Priklopil, de 44 anos, que se suicidou se jogando na frente de um trem na quarta-feira, horas após a garota escapar. Ela disse, porém,
não ter chorado quando soube do suicídio de Priklopil, mas lembrou que o seqüestrador era "parte da minha vida". Ao comentar a relação com Priklopil, Natascha esclareceu que não o chamava de "amo e senhor". A jovem se julgava "igualmente forte" na relação. "Ele me mimava e, ao mesmo tempo, me humilhava". Natascha conta que sua rotina era fazer "tarefas do lar, ler e assistir televisão". Ela faz questão de frisar, logo no início do comunicado, que não responderá a nenhuma pergunta sobre "intimidades ou detalhes pessoais". Existe a suspeita de que a jovem tenha sido abusada sexualmente.
E NERGIA
C HINA
Kirchner, novo problema de Bush
Cão ao volante, perigo constante
O governo argentino anunciou na semana passada que investiu US$ 3,5 bilhões para concluir as obras de sua terceira central atômica – Atucha II –, construir uma quarta usina e reforçar a produção de urânio enriquecido. A notícia, entretanto, chegou à imprensa argentina com um adendo. Jornais e TV enfatizaram que isso pode não ser tão bom para a Argentina porque, ao que tudo indica, o governo de George W. Bush teme que o tal urânio extra chegue à Venezuela de Hugo Chávez, que poderia usá-lo em armas atômicas.
Uma mulher da cidade de Hohhot, na região autônoma da Mongólia, no norte da China, bateu o carro quando ensinava seu cachorro a dirigir. Segundo informações da agência de notícias Xinhua, não houve feridos. A mulher disse que o cão "gostava de tocar a direção e freqüentemente a observava dirigir". Por isso, ela achou "que podia deixá-lo 'experimentar' o volante enquanto ela operava o acelerador e o freio". A agência de notícias informou que a dona do cão pagou pelos danos causados a outros veículos.
M ÚSICA
Canção de Sinatra vai a leilão A primeira música cantada por Frank Sinatra, e que foi gravada quando o músico tinha apenas 23 anos, será leiloada em dezembro, em Nova York. A canção está no disco de vinil de Our Love que, segundo um especialista da casa de leilões Guernsey, tem valor inestimável. "Poderia ser vendida por US$ 100 mil ou mesmo por U$ 1 milhão. É uma peça única", garantiu o especialista. Em março de 1939, o jovem Sinatra convenceu o maestro de orquestra Frank
O gigante do Brasil
O
Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, no Rio, abriga desde ontem um gigante de 13 metros de comprimento. O Maxakalisaurus topai é o maior dinossauro já descrito no Brasil e o primeiro de grande porte a ser reconstituído, depois de quase dois anos de trabalho. O bicho, que pesava cerca de 9 toneladas, viveu há 80 milhões de anos e seus ossos foram encontrados em Minas Gerais, 12 anos atrás. A geóloga Karen Goldemberg mapeava rochas quando se deparou com os fósseis às
margens da Rodovia Campina Verde-Prata, a cerca de 45 quilômetros de Prata, no Triângulo Mineiro. Foram necessárias quatro grandes escavações, entre 1998 e 2002, para que os pesquisadores do Museu Nacional, ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro, retirassem seis toneladas de blocos de pedra contendo restos de dinossauros. O paleontólogo Alexander Kellner e sua equipe descobriram que os fósseis pertenciam a uma nova espécie de titanossauro, do grupo saurópode (dinossauros herbívoros, de
pescoço comprido e cabeça desproporcional ao tamanho do corpo). Ao batizar o bicho, homenagearam a tribo mineira Maxakali e Topa, divindade cultuada por esses índios. "Há mil espécies de dinossauros descritas no mundo. E o Brasil só tem 15, sendo que três delas são duvidosas. Esse é a quarta espécie de titanossauro encontrada aqui", disse Kellner. Entre os fósseis, os pesquisadores encontraram uma raridade: parte da arcada superior com dentes. "Pela primeira vez encontramos osso com dentes de um saurópode no
E QUADOR
Morre a mulher mais velha
Relógio com telefone de ouvido
Quem é quem na política brasileira
Esse gadget nem Dick Tracy conseguiu imaginar. Um relógio de pulso que se destaca da pulseira e encaixa no ouvido, funcionando como telefone. Vem com mostrador analógico ou digital. Custa US$ 120 no site.
O jornalista Fernando Rodrigues passou os últimos cinco anos coletando informações sobre todos os políticos brasileiros. O resultado é um livro com 3.570 históricos, mostrando quem é quem na política brasileira: Políticos do Brasil (Publifolha). Mas quem não quiser ler as 424 páginas do volume pode ter acesso a muitas das informações do livro pela internet. No site é possível, por exemplo, pesquisar se o político que pede seu voto tem alguma pendência com o fisco.
www.bluetoothwatches.com
O
jornal norte-americano Miami Herald trouxe em sua edição de ontem uma reportagem sobre a campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente brasileiro, afirma o jornal, tem evitado os debates de TV com seus oponentes, ignorado a mídia impressa na campanha e se distanciado dos escândalos políticos como uma estratégias para tentar vencer as eleições. "Quanto mais ele ignora os meios
convencionais de campanha eleitoral, mais ele avança nas pesquisas", diz o jornal. Com 24% de vantagem em relação ao seu oponente mais próximo, Lula – que tem recebido inúmeras críticas da mídia por seus discursos de improviso – aparentemente não teve problemas em ignorar os meios de comunicação, explica o Miami Herald. ''No Brasil, algo excepcional está acontecendo: o governo fez um trabalho tão bom
com a economia e as políticas sociais que pode se dar ao luxo de ignorar os canais de consenso político", disse ao diário norte-americano um dos porta-vozes da campanha de Lula, Giancarlo Summa. O Miami Herald cita a visita de Lula ao bairro de Campo Limpo, em São Paulo. No discurso, Lula argumentou que, em seu governo, o saco de cimento caiu de R$ 22 para R$ 10, no melhor estilo "contra fatos não há argumentos".
Maria Esther de Capovilla, mulher de 116 anos considerada a pessoa mais idosa do mundo, morreu no Equador, segundo sua neta informou ontem. Ela faleceu dois dias depois de ser internada com pneumonia. Capovilla morreu na manhã de domingo em um hospital de Guayaquil, afirmou Catherine Capovilla, agente de propriedades da família, em Miami. Nascida em 14 de setembro de 1889, mesmo ano de Charles Chaplin e Adolf Hitler, Capovilla casou em 1917 e ficou viúva em 1949. Robert Young, um consultor em geriatria para o Guinness Book, afirmou que Elizabeth Bolden, de Memphis, no Tennessee, aparece agora como a pessoa mais idosa do mundo. Ela também tem 116 anos mas nasceu 11 meses depois de Capovilla. Alberto Franco/Reuters
L OTERIAS Concurso 153 da LOTOFÁCIL
A TÉ LOGO
L
www.políticosdobrasil.com.br
Lula, o sem mídia
L
F AVORITOS
BOAS NOVAS - Após uma cerimônia religiosa conduzida pelo Dalai Lama, dois monges budistas deixam o tempo de Gandantegcheling, na cidade de Ulan Bator, capital da Mongólia, falando ao celular. O Dalai Lama terminou ontem sua visita de seis dias ao país.
B RAZIL COM Z
L
G @DGET DU JOUR
L
O ator Dan Stulbach (foto) narra Vozes do Holocausto: 22 canções escritas em campos de concentração judaicos durante a II Guerra Mundial. Com 130 cantores, 2 corais infantis, 4 vozes solistas e sexteto instrumental. Teatro Cultura Artística. Rua Nestor Pestana, 196. Telefone: 3258-3616. 21h. R$ 70 a R$ 130.
Brasil. Isso permitirá comparações com dinossauros de outras partes do mundo". Marcas de dentes encontradas nos ossos levaram os pesquisadores a deduzir que o M. topai foi alvo, depois de morto, de dinossauros carniceiros, como terópodes. Os estudos sobre o novo titanossauro foram publicados na sexta-feira, no Boletim do Museu Nacional. Kellner chegou a receber propostas de revistas científicas internacionais. "Mas, em caso de atraso da publicação, como eu faria para esconder um bicho desse tamanho?", indagou.
Peter Parks/AFP
C A R T A Z
ESPETÁCULO
E M
Mane a gravar a canção Our Love em um momento em que o estúdio estava livre. O disco de vinil de Our Love ainda está em boas condições e permaneceu por todos estes anos em uma gaveta de Mane, que nunca divulgou a música. Após a morte do maestro, a viúva Mary decidiu leiloar o disco. Antes dessa canção, Frank Sinatra havia estado nos estúdios de gravação apenas como componente de um quarteto vocal chamado Hoboken Four.
Réplica do Maxakalisaurus topai, espécie de 80 milhões de anos atrás: ossos suportavam 9 toneladas
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
Estudo mostra que 51% das crianças são fumantes passivos e têm problemas de saúde Produção cinematográfica paulista recebe apoio da Fiesp e do Ministério da Cultura Nos Estados Unidos, Romário marca três gols e fica mais perto da milionésima bola na rede
01
02
04
05
08
11
12
13
17
18
20
21
23
24
25
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 29 de agosto de 2006
DOISPONTOS -99
R
Quando a classe operária queima etapas
N
o Palácio do Trabalho, no Planalto Central, Luiz Inácio discursou perante e para os membros do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Entre as muitas assertivas eufóricas, declarou que durante o seu governo ocorreu o maior ciclo de crescimento nacional: ao lado da expansão da produção e das exportações, declarou que esse ciclo permitiu
que milhões de brasileiros deixassem a linha da pobreza e outros milhões ascendessem para outras classes. Receber a Bolsa-Família não implica a mudança da "classe" social. A ótica presidencial sobre a realidade nacional é um pouco distorcida, pois. E isso fica bem patente quando, no mesmo discurso, admite e reconhece que os bancos lucraram muito. Em verdade, se
ocorreu um fenômeno inusitado neste país, esse fenômeno foi a incrementação dos lucros das grandes empresas e do sistema financeiro, pelo que o senhor Luiz Inácio demonstra muita euforia, lucros esses de cuja distribuição participam apenas um número pequeniníssimo de brasileiros. Evidentemente, dentre estes não estão incluídos os que no mesmo período
Tasso Marcelo/AE
A vida melhorou para quem compartilhou segredos de governo, seguindo os parâmetros do Planalto.
puderam enriquecer porque, pelo menos, convivem com os titulares do poder e, por isso, têm condições de compartilhar os segredos dos bastidores, que vão permitir a ascensão social da classe inferior para a superior, da pobre para a rica, segundo os parâmetros presidenciais, inclusive queimando etapas intermediárias.
AO QUADRADO
N
Site na internet www.blog. dcomercio.com.br
Última visita de Dom Luciano à Comunidade da Figueira, em Mariana/Charles Silva Duarte/O TEMPO/AE
G D. Luciano
Mendes de Almeida dedicou o melhor de sua vida ao serviço pastoral dos mais pobres. G Era incapaz de ir dormir sem antes alimentar e encontrar colchonetes para abrigar todos os mendigos que se reuniam à porta de sua casa, fosse um, fossem três, ou vinte, ou mais. G É um exemplo concreto de que a bondade e o amor não só são possíveis, mas são as virtudes mais necessárias nos dias que correm. G Nunca encontramos na história da Igreja no Brasil um bispo em torno do qual haja tanta convergência de opiniões favoráveis.
A herança de D. Luciano
A
PALHAÇADA
PEDRO VERGUEIRO PEDROVER@MATRIX.COM.BR
Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br
caba de falecer Dom Luciano Mendes de Almeida, ex bispo-auxiliar de São Paulo (19761988), que dirigiu a região episcopal Belém (zona Leste), quando deu grande impulso à P a s t o r a l d o M e n o r. Desde 1989 era arcebispo de Mariana, a arquidiocese-primaz do estado de Minas Gerais. Nunca encontramos na história da Igreja no Brasil um bispo em torno do qual haja tanta convergência de opiniões favoráveis. Coisa raríssima, sob re t u d o p a r a q u e m ocupou cargos de relevância eclesiástica, tais como a secretaria-geral e a presidência da CNBB (cada qual por dois mandatos), representações no CELAM e no Sínodo dos Bispos, em Roma. Raríssima também a
OLAVO DE CARVALHO
combinação, numa só pessoa, de tantas qualidades intelectuais e morais. Intelectual finíssimo, formado de acordo com as austeras, seguras e eficientes tradições da Companhia de Jesus (Jesuítas), na q u a l e n t ro u c o m 1 7 anos de idade, viveu numa impressionante simplicidade. Da família de importante político, Cândido Mendes de Almeida, advogado, professor e jornalista, representante do Maranhão no Senado do Império (18711881), preferiu seguir vocação religiosa e dedicou o melhor de sua vida ao serviço pastoral dos mais pobres. Um dia os seus colaboradores mais próximos escreverão a sua biografia, e então serão aprofundados alguns traços de que fomos t e s t e m u n h a .
Dom Luciano, por exemplo, era incapaz de ir dormir sem antes alimentar e encontrar colchonetes para abrigar todos os mendigos que se reuniam à porta de sua casa, fosse um, fossem três, ou vinte, ou mais. Nunca se viu uma desatenção, uma deselegância sequer, jamais se ouviu uma palavra ríspida dirigida a pobres ou ricos, nem mesmo um gesto de impaciência. No seu afã de atender a todos, raramente era pontual; mas era sempre aguardado como um arauto de paz. Quando, em 1990, sofreu um acidente automobilístico numa estrada do interior de Minas e ficou meses internado entre a vida e a morte, ele contagiou o hospital inteiro com sua bondade, como se
Deus lhe tivesse dado a graça de conviver mais de perto com o sofrimento humano. Sua família publicou os bilhetinhos que escrevia com dificuldade, mas que testemunham a espiritualidade dos grandes místicos da história da fé. Diplomático, quando necessário, foi um articulador infatigável nas negociações de cúpula, especialmente nas missões que recebeu na época da ditadura militar no Brasil e na América Central, ou nas Conferências Episcopais e no Sínodo dos Bispos, em Roma. Até quando precisou ser enérgico, como no caso da desapropriação da Vale do Rio Doce, que na sua avaliação poderia afetar, sem retorno, um patrimônio da nação brasileira, ele o fez com a doçura e o
respeito próprios dos santos. De fato, encontramos no Evangelho essa bem-aventurança: Bem-aventurados os mansos, eles herdarão a terra (Mt 5,4).
D
om Luciano, aos 75 anos, após prolongada enfermidade, cheio de amigos, a começar pelas crianças e os pob re s d a s ru a s , é u m exemplo concreto de que a bondade e o amor não só são possíveis, mas são as virtudes mais necessárias nos dias que correm. Com a sua transparente retidão, sua constante serenidade, seu inesquecível sorriso franco, amigo e amoroso, ele possuiu a terra, herdou a todos os que passaram pelo seu caminho. DOMINGOS ZAMAGNA É JORNALISTA E PROFESSOR DE FILOSOFIA
ão entendo por que tantas pessoas se escandalizaram com as coisas que Luis Carlos Barreto, Paulo Betti, José de Abreu e outros que tais disseram, numa festinha do ministro Gil, em louvor de mensalões e mensaleiros. Desde logo, o que quer que esses sujeitos digam tem o peso cultural de uma descarga de gases intestinais. Não há entre eles um só intelectual de verdade, um só homem de estudos cuja opinião mereça ser ouvida. São todos semiletrados, bobos, provincianos e desesperadoramente irrelevantes (o único que tinha alguma inteligência, Ariano Suassuna, está completamente gagá). Em segundo lugar, são todos comedores vorazes de verbas estatais, e não poderiam senão admirar e invejar os que conseguiram ingerir quantidades dessa substância ainda maiores, talvez, do que aquelas que eles próprios absorveram (o sr. Barreto, aliás, desde os tempos da ditadura). Em terceiro, não creio que sua atitude seja substantivamente pior que a daqueles que, tendo impingido à Nação a mentira estúpida da santidade do PT, de repente saem com um discurso antipetista no mesmo tom de pureza moral e autoridade infalível, sem ao menos pedir desculpas pela enormidade do mal que fizeram. Talvez os Barretos e Bettis sejam até um pouco mais respeitáveis, no sentido de que são maquiavelistas assumidos, adeptos confessos do crime bem sucedido, como o foram Marx, Lênin, Stálin, Che Guevara e Carlos Lamarca. Como julgar, por exemplo, um João Ubaldo Ribeiro, que num dia choraminga no túmulo de suas esperanças lulistas perdidas, e no dia seguinte trata de se fazer de bom menino ante o alto escalão do PT, assinando um manifesto contra o fim da ditadura comunista em Cuba? Guardadas as devidas proporções, os Bettis estão para os Ubaldos como o sr. Marcola está para o dr. Márcio Thomaz Bastos. Entre o cinismo e a hipocrisia, qual a virtude mais admirável? Entre les deux, mon coeur balance.
esta, por fim, analisar a conduta dos comensais do sr. Gil como expressão local, exageradamente caricatural, portanto, da debacle geral da intelectualidade esquerdista no mundo. Trinta ou quarenta anos atrás, havia um Jean-Paul Sartre, um Lucien Goldmann, um Herbert Marcuse. Eram picaretas, mentirosos e farsantes como todos os intelectuais de esquerda, mas tinham algum talento, alguma substância. Hoje em dia os esquerdistas mais inteligentes que sobraram são Slavoj Zizek, Antonio Negri e István Mészáros (excluo Noam Chomsky, cujos livros políticos são apenas propaganda enganosa, sem elaboração intelectual por mais mínima que seja). Nenhum deles suportaria dez minutos de debate com o mais humilde discípulo de Leo Strauss, Eric Voegelin, Thomas Sowell ou Roger Scruton (por isso mesmo têm a prudência de só discutir entre si, guardando distância dos conservadores). A média dos intelectuais esquerdistas na Europa e nos EUA está na altura de Michael Moore ou Al Franken. Para fazer picadinho deles não é preciso um filósofo. Ann Coulter e Rush Limbaugh dão conta do recado. Com alimento importado tão escasso, não é de espantar que a esquerda falante brasileira descesse de Caio Prado Júnior a Emir Sader, de Álvaro Lins a Gilberto Felisberto de Vasconcelos e de Glauber Rocha a Gilberto Gil. Esses sobreviventes são casos desesperados de raquitismo intelectual, mas os Bettis e Barretos, como discípulos deles, estão em estado ainda mais alarmante. O próprio Gil, chamado certa vez por José Guilherme Merquior de “pseudo-intelectual de miolo mole” junto com Caetano Veloso, disse que, aplicado a Caetano, o rótulo era “quase injusto”, subentendendo que no seu próprio caso era de uma exatidão impecável. Prestadores de homenagens a um pseudo-intelectual de miolo mole são aspirantes a pseudo-intelectuais de miolo mole. São caricaturas de uma caricatura. Escandalizar-se com o que disseram é esperar que representassem com alguma dignidade o papel de intelectuais. Mas ninguém pode representar com dignidade uma palhaçada em segunda potência. OLAVO DE CARVALHO É JORNALISTA
G Entre o
cinismo e a hipocrisia, qual a virtude mais admirável?
FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894
DIÁRIO DO COMÉRCIO
12 -.ECONOMIA/LEGAIS
terça-feira, 29 de agosto de 2006
Avenida Paulista, 2.150 - São Paulo - SP C.N.P.J. nº 03.017.677/0001-20 Senhores acionistas, Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V. Sas. as Demonstrações Financeiras do Banco J. Safra S.A. relativas aos semestres findos em 30 de junho de 2006 e de 2005, bem como as demonstrações consolidadas, elaboradas de acordo com a legislação em vigor e acompanhadas do relatório dos auditores independentes. O Banco J. Safra S.A. obteve, em junho de 2004, autorização para a criação da carteira comercial, colocando em prática sua vocação para a captação, administração de recursos de terceiros e concessão de créditos. Operando com uma estrutura eficiente busca atender com agilidade as demandas e necessidades de seus clientes, oferecendo além das operações tradicionais de banco comercial, operações de financiamento de veículos através de sua carteira de crédito, financiamento e investimentos e de arrendamento mercantil. Acontecimentos relevantes coroaram uma estratégia de constante crescimento e presença marcante no mercado do Banco J. Safra S.A.: • Iniciadas as atividades da J. Safra Corretora de Valores e Câmbio, em junho de 2005, com o objetivo de oferecer novas opções de investimentos aos clientes; • Credenciamento, em maio de 2006 perante a Comissão de Valores Mobiliários - CVM, para atuar como administrador de recursos de terceiros; • Credenciamento, em maio de 2006 perante o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, como agente financeiro daquele órgão; • Conclusão em maio de 2006 do processo de autorização para instalação de uma agência em Grand Cayman, que possibilitará a internacionalização do grupo.
RELATÓRIO DA DIRETORIA Contando com 493 funcionários, o Banco mantém uma política centrada no desenvolvimento e valorização do quadro, de modo a abrir novas oportunidades para os funcionários. Os funcionários e seus dependentes contam, com opções de atendimento médico-hospitalar completo fornecido por empresas conveniadas de reconhecida qualidade. Desempenho das atividades O Banco J. Safra S.A. encerrou o semestre com um total de ativos de R$ 8.723,2 milhões. Deste montante, R$ 5.595,9 milhões são representados por ativos de tesouraria (disponibilidades, aplicações interfinanceiras de liquidez e títulos e valores mobiliários) e R$ 2.831,8 milhões por operações de créditos. O processo de concessão de crédito, através de critérios seletivos, porém ágeis possibilitou ao Banco J. Safra S.A., a classificação de 87% de sua carteira de crédito nos níveis de risco AA e A. A vocação para a captação de recursos de terceiros pode ser verificada nos valores dos recursos captados junto ao público que atingiu R$ 8.340,8 milhões. Estes recursos estavam distribuídos em R$ 2.028,5 milhões incluindo depósitos à vista, interfinanceiro e depósitos a prazo, R$ 5.002,2 em captações no mercado aberto, R$ 429,7 milhões em títulos e valores mobiliários emitidos no exterior e R$ 880,4 milhões em instrumentos derivativos. O Banco J. Safra S.A. registrou Lucro Líquido no semestre de R$ 34,6 milhões. Plano de Negócios O Banco J. Safra S.A. tem conduzido sua estratégia de negócios de acordo com o plano apresentado ao Banco Central do Brasil no início de 2004. Os resultados apresentados encerraram o semestre acima das expectativas originalmente
BANCO J. SAFRA S.A. E BANCO J. SAFRA S.A. E EMPRESA CONTROLADA (“CONSOLIDADO”) BALANÇO PATRIMONIAL EM 30 DE JUNHO (Em milhares de reais) Banco J. Safra S.A. Consolidado ATIVO 2006 2005 2006 2005 CIRCULANTE 7.788.585 3.638.052 7.801.404 3.650.869 Disponibilidades 425 320 442 320 Aplicações interfinanceiras de liquidez 159.451 32.567 159.451 32.567 Aplicações em depósitos interfinanceiros 159.451 32.567 159.451 32.567 Títulos e valores mobiliários e Instrumentos financeiros derivativos 4.970.698 2.440.123 4.977.632 2.447.150 Carteira própria 86.300 187.838 88.055 187.838 Vinculados a operações compromissadas 4.872.383 2.171.998 4.872.383 2.171.998 Instrumentos financeiros derivativos 6.683 37.119 6.683 37.119 Vinculados a prestação de garantias 5.332 43.168 10.511 50.195 Relações interfinanceiras 103.743 31.639 103.743 31.639 Pagamentos e recebimentos a liquidar 2.157 1.868 2.157 1.868 Créditos vinculados 91.498 21.302 91.498 21.302 Depósitos no Banco Central 91.498 21.302 91.498 21.302 Correspondentes 10.088 8.469 10.088 8.469 Operações de crédito 2.502.172 1.118.663 2.502.172 1.118.663 Setor privado 2.520.284 1.129.512 2.520.284 1.129.512 Empréstimos e títulos descontados 2.267.543 1.042.333 2.267.543 1.042.333 Financiamentos 252.741 87.179 252.741 87.179 (Provisão para operações de crédito) (18.112) (10.849) (18.112) (10.849) Operações de arrendamento mercantil (2) (11) (2) (11) Arrendamentos e subarrendamentos a receber Setor privado 12.501 913 12.501 913 (Rendas a apropriar de arrendamento mercantil) (12.392) (913) (12.392) (913) (Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa) (111) (11) (111) (11) Outros créditos 44.866 13.900 50.734 19.690 Carteira de câmbio 2.206 2.206 Negociação e intermediação de valores 1.338 254 6.923 5.971 Diversos 41.322 13.646 41.605 13.719 Outros valores e bens 7.232 851 7.232 851 Outros valores e bens 677 677 Despesas antecipadas 6.555 851 6.555 851 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 803.440 535.116 803.440 535.116 Aplicações interfinanceiras de liquidez 10.023 10.023 Aplicações em depósitos interfinanceiros 10.023 10.023 Títulos e valores mobiliários e Instrumentos financeiros derivativos 455.345 402.343 455.345 402.343 Carteira própria 271.402 313.100 271.402 313.100 Vinculados a operações compromissadas 135.756 84.503 135.756 84.503 Instrumentos financeiros derivativos 3.227 4.740 3.227 4.740 Vinculados a prestação de garantias 44.960 44.960 Operações de crédito 329.626 131.828 329.626 131.828 Setor privado 336.082 132.541 336.082 132.541 Empréstimos e títulos descontados 201.511 123.567 201.511 123.567 Financiamentos 134.571 8.974 134.571 8.974 (Provisão para operações de crédito) (6.456) (713) (6.456) (713) Operações de arrendamento mercantil (135) (14) (135) (14) Arrendamentos e subarrendamentos a receber Setor privado 16.576 1.073 16.576 1.073 (Rendas a apropriar de arrendamento mercantil) (16.576) (1.073) (16.576) (1.073) (Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa) (135) (14) (135) (14) Outros créditos 108 108 108 108 Diversos 108 108 108 108 Outros valores e bens 8.473 851 8.473 851 Despesas antecipadas 8.473 851 8.473 851 PERMANENTE 131.151 52.948 115.308 42.143 Investimentos 35.489 25.150 19.646 14.345 Participação em controlada No País 35.449 25.110 Outros investimentos 40 40 19.646 14.345 Imobilizado de uso 34.607 22.482 34.607 22.482 Imóveis de uso 14.405 14.405 14.405 14.405 Outras imobilizações de uso 23.222 9.064 23.222 9.064 (Depreciações acumuladas) (3.020) (987) (3.020) (987) Imobilizado de arrendamento 52.471 2.342 52.471 2.342 Bens arrendados 58.668 2.342 58.668 2.342 (Depreciações acumuladas) (6.197) (6.197) Diferido 8.584 2.974 8.584 2.974 Gastos de organização e expansão 10.766 4.025 10.766 4.025 (Amortização acumulada) (2.182) (1.051) (2.182) (1.051) TOTAL DO ATIVO 8.723.176 4.226.116 8.720.152 4.228.128
Banco J. Safra S.A. PASSIVO 2006 2005 CIRCULANTE 6.769.211 3.278.516 Depósitos 1.336.349 752.783 Depósitos à vista 154.179 110.577 Depósitos interfinanceiros 166.737 59.216 Depósitos a prazo 1.015.316 582.990 Outros depósitos 117 Captações no mercado aberto 5.002.236 2.254.948 Carteira própria 5.002.236 2.254.948 Recursos de aceites e emissão de títulos 385 205 Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior 385 205 Relações Interfinanceiras 3.735 579 Recebimentos e pagamentos a liquidar 3.735 579 Relações Interdependências 6.018 Recursos em trânsito de terceiros 6.018 Instrumentos financeiros derivativos 329.231 233.803 Instrumentos financeiros derivativos 329.231 233.803 Outras obrigações 91.257 36.198 Cobrança e arrecadação de tributos e assemelhados 828 248 Carteira de câmbio 2.164 Sociais e estatutárias 35.075 3.574 Fiscais e previdenciárias 23.403 16.267 Negociação e intermediação de valores 1.908 2.192 Diversas 27.879 13.917
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 1.681.885 Depósitos 692.178 Depósitos interfinanceiros 12.108 Depósitos a prazo 680.070 Recursos de aceites e emissão de títulos 429.295 Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior 429.295 Instrumentos financeiros derivativos 551.152 Instrumentos financeiros derivativos 551.152 Outras obrigações 9.260 Diversas 9.260
Consolidado 2006 2005 6.765.829 3.280.275 1.321.110 698.987 153.988 110.575 151.689 5.422 1.015.316 582.990 117 5.002.236 2.254.948 5.002.236 2.254.948 385
205
385 3.735 3.735 6.018 6.018 329.231 329.231 103.114
205 579 579 233.803 233.803 91.753
828 2.164 35.075 24.679 7.487 32.881
248 3.574 17.002 2.192 68.737
675.657 1.681.885 184.903 692.178 12.108 184.903 680.070 226.564 429.295
675.657 184.903 184.903 226.564
226.564 264.190 264.190 -
429.295 551.152 551.152 9.260 9.260
226.564 264.190 264.190 -
RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS Resultados de exercícios futuros
-
713 713
-
713 713
ACIONISTAS MINORITÁRIOS
-
-
358
253
PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social: De domiciliados no País Reservas de capital Reservas de lucros Ajuste ao valor de mercado - TVM e derivativos Lucros acumulados
TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
272.080 260.000 260.000 1.130 6.631
271.230 260.000 260.000 1.130 3.049
272.080 260.000 260.000 1.130 6.631
271.230 260.000 260.000 1.130 3.049
(14.346) 18.665
2.143 4.908
(14.346) 18.665
2.143 4.908
8.723.176
4.226.116 8.720.152 4.228.128
BANCO J. SAFRA S.A. DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO (Em milhares de reais)
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 Aumento de capital Integralização de capital Ajuste ao valor de mercado - TVM e derivativos Lucro líquido do semestre Destinações: Reserva legal Juros sobre o capital próprio SALDOS EM 30 DE JUNHO DE 2005 SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 Dividendos sobre lucros acumulados Ajuste ao valor de mercado - TVM e derivativos Lucro líquido do semestre Destinações: Reserva legal Dividendos intermediários Juros sobre o capital próprio SALDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006
Capital Social Capital Capital a integralizado integralizar 251.000 (9.999) 9.000 (9.000) 18.999 -
Reservas de capital 1.130 -
Reservas de lucros 2.860 -
Ajuste ao valor de mercado - TVM e derivativos (277) 2.420 -
Lucros acumulados 5.315 3.782
Total 250.029 18.999 2.420 3.782
260.000
-
1.130
189 3.049
2.143
(189) (4.000) 4.908
(4.000) 271.230
260.000 -
-
1.130 -
4.901 -
(14.346) -
20.795 (2.130) 34.600
286.826 (2.130) (14.346) 34.600
260.000
-
1.130
1.730 6.631
(14.346)
(1.730) (20.870) (12.000) 18.665
(20.870) (12.000) 272.080
BANCO J. SAFRA S.A. E BANCO J. SAFRA S.A. E EMPRESA CONTROLADA (“CONSOLIDADO”) NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E DE 2005 (Em milhares de Reais)
1. CONTEXTO OPERACIONAL - O Banco J. Safra S.A. tem como objeto social a prática de operações ativas, passivas e acessórias, inerentes às respectivas carteiras autorizadas (comercial, de investimentos, de crédito, financiamento e investimento, arrendamento mercantil e câmbio), de acordo com as disposições legais e regulamentares em vigor. Até março de 2004, o Banco vinha operando substancialmente na gestão dos recursos próprios. Em 18 de junho de 2004, o Banco obteve autorização do Banco Central do Brasil - BACEN para a criação da carteira comercial, cuja implementação ocorreu em 27 de agosto de 2004 e à partir de então, com a reorientação estratégica e contando com aportes de recursos realizados pelos acionistas, foi desenvolvida uma nova estrutura tecnológica, comercial e administrativa do Banco, que propiciou a sua efetiva inserção nas operações bancárias, notadamente em captações e operações de crédito. Dando continuidade a sua estratégia de crescimento, o Banco passou a oferecer, em fins de junho de 2005, operações de arrendamento mercantil. Em complemento à estratégia definida pela administração, foi constituída a J. Safra Corretora de Valores e Câmbio Ltda., controlada pelo Banco, cujo início de suas atividades, deu-se em 2 de março de 2005. Buscando oferecer maior opção de operações e investimentos aos clientes, o Banco obteve, em maio de 2006, seu credenciamento perante a Comissão de Valores Mobiliários – CVM, para atuar como administrador de recursos de terceiros e, em abril de 2006, credenciamento perante o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, como agente financeiro daquele órgão. O Banco está em processo de abertura de uma agência em Ilhas Grand Cayman, processo esse já aprovado pelo Banco Central do Brasil - BACEN em 21/01/2006, e pelas autoridades locais em maio de 2006. O Banco, embora tenha sua estrutura segregada, integra, por determinação do Banco Central do Brasil - BACEN, o Conglomerado Econômico-Financeiro Safra. 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - As demonstrações financeiras do Banco J. Safra S.A., foram elaboradas e estão sendo apresentadas em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas e práticas contábeis estabelecidas pelo Banco Central do Brasil - BACEN, consubstanciadas no Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional - COSIF, que inclui práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. As demonstrações financeiras consolidadas, foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com práticas contábeis adotadas no Brasil e normas do BACEN. Os saldos das contas patrimoniais e os resultados entre controladora e a sociedade controlada foram eliminados nas demonstrações financeiras consolidadas. A participação dos acionistas minoritários foi excluída do patrimônio líquido e do lucro líquido, e destacada no balanço patrimonial consolidado e na demonstração consolidada do resultado. As demonstrações financeiras consolidadas do Banco abrangem as demonstrações financeiras da controlada J. Safra Corretora de Valores e Câmbio Ltda.
3. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS - a) A apuração do resultado é efetuada pelo regime de competência, e ainda, segundo a Portaria MF nº 140/94, que considera as receitas de arrendamento mercantil, calculadas e apropriadas mensalmente pelo valor das contraprestações exigíveis no período e o ajuste a valor presente dessas operações. b) Ativos circulante e realizável a longo prazo, exceto títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos, são demonstrados pelos valores de custo, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias e cambiais auferidos até a data do balanço e quando aplicável, foram constituídas provisões para ajuste ao valor de realização. c) Títulos e Valores Mobiliários - De acordo com a Circular BACEN nº 3.068, de 8 de novembro de 2001, e regulamentação complementar, os títulos e valores mobiliários são classificados nas seguintes categorias: • Títulos para negociação: apresentados no ativo circulante, independente dos prazos de vencimento dos títulos, contabilizados pelo valor de mercado e o registro da valorização ou da desvalorização é efetuado diretamente no resultado; • Títulos disponíveis para venda: registrados pelo valor de mercado, sendo seus rendimentos intrínsecos reconhecidos na demonstração de resultado, e o registro da valorização ou da desvalorização a mercado é efetuado em conta destacada do patrimônio líquido denominada “Ajustes ao valor de mercado - TVM e instrumentos financeiros derivativos”, líquido dos correspondentes efeitos tributários. Os ganhos e as perdas, quando realizados, são reconhecidos na demonstração de resultado, em contrapartida de conta específica do patrimônio líquido, líquido dos correspondentes efeitos tributários; • Títulos mantidos até o vencimento: contabilizados pelos respectivos custos de aquisição acrescidos dos rendimentos auferidos, os quais são registrados diretamente no resultado. d) Mensuração do valor de mercado - A metodologia aplicada para mensuração do valor de mercado (valor provável de realização) dos títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos é baseada no cenário econômico e nos modelos de precificação desenvolvidos pelo Banco, que inclui a captura de preços médios praticados no mercado, dados divulgados pelas diversas associações de classe, bolsas de valores de mercadorias e de futuros, aplicáveis para a data-base das informações financeiras. Assim, quando da efetiva liquidação financeira destes itens, os resultados poderão vir a serem diferentes dos estimados. e) Operações de arrendamento mercantil - A carteira de arrendamento mercantil, formada ao final de junho de 2005, é constituída por contratos celebrados ao amparo da Portaria nº 140/84, do Ministério da Fazenda, contabilizados de acordo com as normas estabelecidas pelo BACEN, conforme descrito a seguir: I - Arrendamentos a receber - Refletem o saldo das contraprestações a receber, atualizadas de acordo com índices e critérios estabelecidos contratualmente. II - Rendas a apropriar de arrendamento mercantil - Representam a contrapartida do valor das contraprestações a receber e são atualizadas na forma dos arrendamentos a receber, sendo apropriadas ao resultado quando dos vencimentos das
estabelecidas no referido plano de negócios, com volumes operados substancialmente maiores que aqueles previstos. A comparação do atual fechamento com aquela previsão pode ser resumida desta forma: Realizado em Previsto no Em R$ milhões 30 de junho plano de de 2006 negócios Número de agências autorizadas 11 10 Operações de crédito 2.831,8 1.836,1 Depósitos + Instrumentos financeiros derivativos 2.908,9 1.871,0 Captações Externas 429,7 (*) Captações no mercado aberto 5.002,2 285,0 Ativos totais 8.723,2 2.495,6 Resultado operacional 48,5 32,3 Lucro líquido 34,6 21,0 Rentabilidade - Lucro líquido/Patrimônio líquido 12,7% 6,2% (*) Não previsto no Plano de negócios. Agradecimentos Agradecemos aos nossos clientes e parceiros comerciais pela confiança e apoio e aos nossos funcionários e colaboradores pela dedicação ao trabalho. São Paulo, 22 de agosto de 2006. BANCO J. SAFRA S.A. E BANCO J. SAFRA S.A. E EMPRESA CONTROLADA (“CONSOLIDADO”) - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO - SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO (Em milhares de reais) Banco J. Safra S.A. Consolidado 2006 2005 2006 2005 RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 418.243 91.414 418.831 92.343 Operações de crédito 223.476 68.284 223.476 68.284 Operações de arrendamento mercantil 7.813 7.813 Resultado de operações com títulos e valores mobiliários 262.259 62.790 262.847 63.719 Resultado com instrumentos financeiros derivativos (75.305) (39.660) (75.305) (39.660) DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA (328.834) (58.378) (324.949) (56.929) Operações de captação no mercado (311.026) (52.979) (307.141) (51.530) Operações de arrendamento mercantil (4.686) (4.686) Resultado de operações de câmbio (3.477) (244) (3.477) (244) Provisão para operações de crédito (9.645) (5.155) (9.645) (5.155) RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 89.409 33.036 93.882 35.414 OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS (40.933) (25.508) (46.689) (27.189) Receitas de prestação de serviços 4.074 1.502 4.651 1.511 Despesas de pessoal (29.309) (17.063) (29.461) (17.253) Outras despesas administrativas (20.250) (9.048) (21.180) (9.085) Despesas tributárias (8.019) (2.331) (8.304) (2.443) Resultado de participação em 1.350 coligadas e controladas 4.950 Outras receitas operacionais 8.519 174 8.521 174 Outras despesas operacionais (898) (92) (916) (93) RESULTADO OPERACIONAL 48.476 7.528 47.193 8.225 RESULTADO NÃO OPERACIONAL 203 (296) 203 (296) RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO 48.679 7.232 47.396 7.929 IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (14.079) (3.450) (15.316) (4.134) PARTICIPAÇÃO DOS ACIONISTAS MINORITÁRIOS (24) (13) LUCRO LÍQUIDO DO SEMESTRE 34.600 3.782 32.056 3.782 Conciliação do Resultado Acréscimo de reserva de capital em controlada consolidada (nota 7) 2.544 LUCRO LÍQUIDO DA CONTROLADORA 34.600 3.782 34.600 3.782 Quantidade de ações: 194.304.774 194.304.774 194.304.774 194.304.774 194.304.774 Lucro líquido por ação R$ 0,18 R$ 0,02 R$ 0,18 R$ 0,02 BANCO J. SAFRA S.A. E BANCO J. SAFRA S.A. E EMPRESA CONTROLADA (“CONSOLIDADO”) - DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS - SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO (Em milhares de reais) Banco J. Safra S.A. 2006 2005 1.575.428 3.241.062 32.927 3.535 34.600 3.782 6.783 1.103
ORIGENS DE RECURSOS Lucro líquido ajustado Lucro líquido do semestre Depreciações e amortizações Resultado de equivalência patrimonial em coligadas e controladas (4.950) Superveniência de depreciação (3.506) Ajuste ao valor de mercado - TVM e derivativos (14.346) Variação nos resultados de exercícios futuros (1.896) Recursos de acionistas Aporte de capital social Recursos de terceiros originários de: Aumento dos subgrupos do passivo: 1.557.810 Depósitos 709.201 Obrigações por operações compromissadas 525.100 Relações interfinanceiras e interdependências 9.473 Instrumentos financeiros derivativos 278.567 Outras obrigações 35.469 Diminuição dos subgrupos do ativo: 23 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Operações de arrendamento mercantil 23 Outros valores e bens Alienação de bens e investimentos 910 Bens não de uso próprio 171 Investimentos Imobilizado de uso 356 Diferido 383 Acionistas minoritários APLICAÇÕES DE RECURSOS 1.576.883 Dividendos e juros sobre capital próprio 35.000 Inversões líquidas em: 42.872 Participações societárias Bens não de uso próprio 848 Investimentos Imobilizado de uso 11.844 Imobilizado de arrendamento 30.180 Aplicações no diferido 1.426 Aumento dos subgrupos do ativo: 1.476.854 Aplicações interfinanceiras de liquidez 76.585 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 351.791 Relações interfinanceiras e interdependências 61.832 Operações de crédito 963.484 Outros créditos 13.334 Outros valores e bens 9.828 Diminuição dos subgrupos do passivo: 20.731 Recursos de aceites cambiais 20.731 Outras obrigações DIMINUIÇÃO DAS DISPONIBILIDADES (1.455) MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA Disponibilidades: No início do semestre 1.880 No fim do semestre 425 DIMINUIÇÃO DAS DISPONIBILIDADES (1.455)
Consolidado 2006 2005 1.574.868 3.298.080 35.333 4.885 32.056 3.782 6.783 1.103
(1.350) -
(3.506)
-
2.420
(14.346)
2.420
148 18.999 18.999
(1.896) -
148 19.139 19.139
3.212.524 438.536
1.554.820 741.680
3.268.077 438.534
2.254.948
525.100
2.254.948
579
9.473
579
497.934 20.527 1.206
278.567 23
497.934 76.082 3.398
-
-
2.192
25 1.181 2.230 2.230 3.241.567
23 910 171 356 383 24 1.576.415
25 1.181 13 3.298.585
4.000 37.065 14.640 20.083 2.342 1.430 3.158.948
35.000 42.872 848 11.844 30.180 1.426 1.472.981
4.000 34.500 12.075 20.083 2.342 1.430 3.218.531
7.032
76.585
60.826
2.615.943
351.039
2.615.943
31.196 496.061 8.716 -
61.832 963.484 10.213 9.828
31.196 496.061 14.505 -
40.124 40.124 -
24.136 20.731 3.405
40.124 40.124 -
(505)
(1.547)
(505)
825 320
1.989 442
825 320
(505)
(1.547)
(505)
parcelas contratuais. III - Imobilizado de arrendamento - É registrado pelo custo de aquisição, deduzidos das depreciações acumuladas. A depreciação é calculada pelo método linear, com os benefícios de redução de 30% na vida útil normal do bem previstos na legislação vigente. As principais taxas anuais de depreciação utilizadas, base para essa redução, são as seguintes: (i) veículos e afins - 20% ao ano a 28,57% ao ano; e (ii) máquinas e equipamentos e outros bens - 10% ao ano a 20% ao ano. IV - Perdas em arrendamentos Os prejuízos apurados na venda de bens arrendados, quando efetuados aos próprios arrendatários, serão diferidos e amortizados pelo prazo remanescente de vida útil normal dos bens, sendo demonstrados juntamente com o Imobilizado de Arrendamento. V Superveniência (insuficiência) de depreciação - Os registros contábeis da instituição são mantidos conforme exigências legais, específicas para operações de arrendamento mercantil. Os procedimentos adotados e sumariados nos itens “II” e “IV” acima diferem das práticas contábeis adotadas no Brasil, principalmente no que concerne ao regime de competência no registro das receitas e despesas relacionadas aos contratos de arrendamento mercantil. Em conseqüência, de acordo com a Circular BACEN nº 1.429/89, é calculado a valor atual das contraprestações em aberto, utilizando-se a taxa interna de retorno de cada contrato, registrando-se, quando aplicável, em receita ou despesa de arrendamento mercantil, em contrapartida às rubricas de superveniência ou insuficiência de depreciação, respectivamente, registrados no imobilizado de arrendamento, com o objetivo de adequar as operações de arrendamento mercantil ao regime de competência.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 29 de agosto de 2006
ECONOMIA/LEGAIS
Avenida Paulista, 2.150 - São Pau
continuação BANCO J. SAFRA S.A. E BANCO J. SAFRA S.A. E EMPRESA CONTROLADA (“CONSOLIDADO”) NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E DE 2005 (Em milhares de Reais) f) Provisão para operações de crédito e de arrendamento mercantil - É fundamentada na análise das operações em aberto, efetuada pela administração para concluir quanto ao valor adequado, e leva em conta a conjuntura econômica, as garantias obtidas e os riscos globais e específicos da carteira, bem como os percentuais de provisionamento em cada faixa de “rating” conforme definido pelo Conselho Monetário Nacional, através da Resolução nº 2.682, de 22 de dezembro de 1999. g) Ativo permanente - Demonstrado pelo custo de aquisição, combinado com os seguintes aspectos: (i) avaliação dos investimentos em sociedade controlada pelo método de equivalência patrimonial (nota 7); (ii) depreciação do imobilizado de uso, calculado pelo método linear, com base em taxas que contemplam a vida útil-econômica dos bens sendo: imóveis de uso - 4% ao ano; sistemas de comunicação e segurança, instalações, móveis e utensílios - 10% ao ano; veículos e sistemas de processamento de dados - 20% ao ano; e (iii) amortização do diferido, pelo método linear, à taxa de 20% ao ano para gastos com aquisição e desenvolvimento de sistemas, 10% ao ano para instalações e adaptações de dependências, e com base no prazo estabelecido no contrato de locação, para benfeitorias em imóveis de terceiros. Os investimentos em títulos patrimoniais de bolsas de valores e de mercadorias estão demonstrados ao valor de custo e são ajustados pelos valores informados pelas respectivas bolsas, tendo como contrapartida, reserva de capital específica no patrimônio líquido. h) Passivos circulante e exigível a longo prazo - Os valores demonstrados incluem, quando aplicável, os encargos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) e cambiais incorridos. A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota base de 15% do lucro tributável, acrescida de adicional de 10% sobre determinados limites. A provisão para contribuição social é constituída à alíquota de 9% do lucro antes do imposto de renda. Em atendimento às práticas contábeis vigentes, de acordo com as avaliações de risco efetuadas pelos advogados em conjunto com a administração, levando em consideração o mérito das causas e o estágio processual, as contingências são classificadas como possibilidade de perda provável, possível ou remota. As prováveis são objeto de provisionamento em rubrica própria do passivo e as classificadas como de possibilidade de perda possível ou remota não são objeto de provisionamento contábil. Em 30 de junho, o Banco não possui provisionamento contábil para perdas com processos cíveis, trabalhistas e fiscais. i) Resultado de exercícios futuros - Representa o valor das parcelas de receitas contratuais recebidas antecipadamente que serão apropriadas ao resultado de acordo com os prazos dos contratos de financiamentos aos quais se referem. j) Instrumentos financeiros derivativos - O Banco Central do Brasil - BACEN, através da Circular nº 3.082 de 30 de janeiro de 2002, e regulamentações posteriores, estabeleceu a adoção de novos critérios de registro e avaliação contábil de instrumentos financeiros derivativos, que são classificados na data de sua aquisição de acordo com a intenção da administração para fins ou não de proteção (“hedge”). As operações com instrumentos financeiros derivativos destinados a “hedge” devem ser classificadas em uma das categorias a seguir: • “Hedge” de risco de mercado - Devem ser classificados os instrumentos financeiros que se destinem a compensar riscos decorrentes da exposição à variação no valor de mercado do item objeto do “hedge”. Os ativos e passivos financeiros, bem como os respectivos instrumentos financeiros relacionados, são contabilizados pelo valor de mercado, com os ganhos e as perdas realizados e não realizados reconhecidos diretamente na demonstração do resultado. • “Hedge” de fluxo de caixa - Devem ser classificados os instrumentos financeiros que se destinem a compensar variação no fluxo de caixa futuro estimado da instituição. A parcela efetiva de “hedge” dos ativos e passivos financeiros, bem como os respectivos instrumentos financeiros relacionados, são contabilizados pelo valor de mercado, com os ganhos e as perdas realizados e não realizados, deduzidos, quando aplicável, dos efeitos tributários, reconhecidos em conta específica de reserva no patrimônio líquido. A parcela não efetiva do “hedge” é reconhecida diretamente na demonstração do resultado. As operações que utilizam instrumentos financeiros que não atendam o critério de proteção (“hedge”) são contabilizadas pelo valor de mercado, com os ganhos e as perdas realizados ou não realizados reconhecidos diretamente na demonstração do resultado. 4. APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ - Em 30 de junho, a posição de aplicações interfinanceiras de liquidez é a seguinte: Banco e Consolidado 2006 2005 Aplicações em depósitos interfinanceiros 52.163 32.567 Aplicações em moedas estrangeiras 117.311 Total 169.474 32.567 5. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS - Em 30 de junho, a carteira de títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos, era composta por: 2006 Valor de mercado por Valor de prazos de vencimento Ajuste ao custo Até Acima de valor de Banco atualizado 360 dias 360 dias Total mercado Títulos para negociação (*) Letras do Tesouro Nacional - LTN 4.935.464 4.935.885 4.935.885 421 Notas do Tesouro Nacional - NTN-B 27.843 7.778 20.352 28.130 287 4.963.307 4.943.663 20.352 4.964.015 708 Títulos disponíveis para venda Notas do Tesouro Nacional - NTN-B 473.854 452.118 452.118 (21.736) 473.854 452.118 452.118 (21.736) 5.437.161 4.943.663 472.470 5.416.133 (21.028) Instrumentos Financeiros Derivativos Swap - diferencial a receber 12.681 6.683 3.227 9.910 (2.771) 12.681 6.683 3.227 9.910 (2.771) Total Banco 5.449.842 4.950.346 475.697 5.426.043 (23.799) Títulos para negociação Letras Financeiras do Tesouro - LFT 6.934 6.934 6.934 6.934 6.934 6.934 Total Consolidado 5.456.776 4.957.280 475.697 5.432.977 (23.799) (*) Estão apresentados pelos prazos de vencimento dos títulos. 2005 Valor de mercado por Valor de prazos de vencimento Ajuste ao custo Até Acima de valor de Banco atualizado 360 dias 360 dias Total mercado Títulos disponíveis para venda Letras Financeiras do Tesouro - LFT 17.469 17.469 17.469 Letras do Tesouro Nacional - LTN 2.779.891 2.385.535 397.603 2.783.138 3.247 2.797.360 2.403.004 397.603 2.800.607 3.247 Instrumentos Financeiros Derivativos Swap - diferencial a receber 35.355 37.119 4.740 41.859 6.504 35.355 37.119 4.740 41.859 6.504 Total Banco 2.832.715 2.440.123 402.343 2.842.466 9.751 Títulos para negociação Letras Financeiras do Tesouro - LFT 7.027 7.027 7.027 7.027 7.027 7.027 Total Consolidado 2.839.742 2.447.150 402.343 2.849.493 9.751 6. OPERAÇÕES DE CRÉDITO E DE ARRENDAMENTO MERCANTIL Distribuição da carteira de crédito e de arrendamento mercantil As operações distribuem-se segundo as seguintes modalidades: Empréstimos Títulos descontados Financiamentos Arrendamento mercantil Total
2006 2.455.076 13.978 387.312 43.320 2.899.686
Distribuição da carteira por ramo de atividade As operações distribuem-se segundo os seguintes segmentos econômicos: Setor Privado 2006 Indústria 1.029.256 Serviços 774.474 Comércio 574.170 Intermediários Financeiros 256.234 Pessoas Físicas 207.755 Rural 57.797 Total 2.899.686 Distribuição da carteira por prazo de vencimento 2006 Vencidos Até 14 dias 13.269 De 15 a 90 dias 14.570 De 91 a 180 dias 2.973 De 181 a 360 dias 280 Acima de 360 dias 195 31.287 A Vencer Até 90 dias 1.697.249 De 91 a 180 dias 424.698 De 181 a 360 dias 387.630 Acima de 360 dias 358.822 2.868.399 Total 2.899.686
2005 1.165.224 676 96.153 2.342 1.264.395
2005 549.540 375.987 231.181 86.692 20.995 1.264.395
7. INVESTIMENTOS - A posição de investimentos em controladas em 30 de junho é a seguinte: Em 30 de junho de 2006 Resultado de Valor Lucro líquido Valor de equivalência Controlada Participação do P.L. do semestre investimento (*) J. Safra Corretora de Valores e Câmbio Ltda. 99% 35.807 2.430 35.449 4.950 (*) O resultado de equivalência patrimonial inclui R$ 2.544, referente à atualização de títulos patrimoniais da controlada. Em 30 de junho de 2005 Valor Lucro líquido Valor de Resultado de Controlada Participação do P.L. do semestre investimento equivalência J. Safra Corretora de Valores e Câmbio Ltda. 99% 25.363 1.363 25.110 1.350 8. IMOBILIZADO DE ARRENDAMENTO - O Imobilizado de arrendamento em 30 de junho é composto como segue: 2006 2005 Bens arrendados Imóveis 1.700 Veículos e afins 50.357 1.812 Máquinas e equipamentos 1.848 530 53.905 2.342 Depreciação acumulada de bens arrendados Depreciação acumulada de bens arrendados (6.197) Superveniência de depreciação 4.763 (1.434) Imobilizado de arrendamento 52.471 2.342 O Banco registrou em 30 de junho, superveniência de depreciação, no montante de R$ 3.506 no semestre. 9. RECURSOS DE ACEITES E EMISSÃO DE TÍTULOS - Os recursos captados em 2004 através da colocação de títulos no exterior (Euronotes) para repasse a clientes locais, vencem até outubro de 2007, e sobre os quais incidem, variação cambial e encargos equivalentes a LIBOR BRITÂNICA mais “spread” de 0,35% ao ano. Em 20 de abril de 2005, foi realizada uma alteração contratual, passando a incidir encargos equivalentes a LIBOR JAPONESA acrescida de “spread” de 0,35% ao ano, mantendo-se inalterados os demais termos contratuais. Em 7 de dezembro de 2005, foram captados novos recursos no montante de R$ 218.225, através da colocação de títulos no exterior (Euronotes) para repasse a clientes locais, com vencimento até dezembro de 2008, e, sobre os quais, incidem variação cambial e encargos prefixados de 1,10% ao ano. 10. CAPITAL SOCIAL - O capital social está representado por 194.304.774 de ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal. Em A.G.E. de 30 de maio de 2005, homologada pelo BACEN em 06 de junho de 2005, os acionistas aprovaram aumento de capital no montante de R$ 9.000, com a subscrição de 6.688.072 novas ações ordinárias, sem valor nominal, ao preço de emissão de R$ 1,3456792929 por ação, passando o capital de R$ 251.000 para R$ 260.000, sendo que deste montante, 50% foi integralizado no ato. Em 10 de junho de 2005, os acionistas do Banco integralizaram os recursos no montante de R$ 14.499, referentes às ações subscritas por ocasião dos aumentos de capital aprovados nas A.G.E.s de 15 de abril de 2004 e de 30 de maio de 2005, através da conferência de quotas representativas do capital social da empresa CASABRANCA Representações e Participações Ltda., proprietária do imóvel sede do Banco, posteriormente aprovado pelos acionistas do Banco sua incorporação em 30 de junho de 2005, cujo processo foi aprovado pelo Banco Central em 9 de junho de 2006. O estatuto social prevê a destinação dos lucros em 31 de dezembro de cada ano, após as deduções e provisões legais, para o fundo de reserva legal em 5% (cinco por cento), deixando tal destinação de ser obrigatória assim que esse fundo atingir 20% (vinte por cento) do capital social realizado. Aos acionistas é atribuído um dividendo mínimo obrigatório equivalente a 1% do lucro líquido do exercício. 11. RESERVA DE CAPITAL - Refere-se a ágio pago pelos acionistas na subscrição e integralização de ações do capital social do Banco. 12. REMUNERAÇÃO DO CAPITAL PRÓPRIO E DIVIDENDOS - Os juros provisionados no 1º semestre, no valor de R$ 12.000 (R$ 4.000 em 2005), referem-se à remuneração do capital próprio, e constam como destinação do resultado, diretamente na demonstração das mutações do patrimônio líquido, na forma da Circular nº 2.739, de 19 de fevereiro de 1997,
811.692 135.341 180.853 133.889 1.261.775 1.264.395
Provisão para operações de crédito e de arrendamento mercantil - A classificação das operações de crédito e de arrendamento mercantil, segundo seus níveis de risco e valores de aprovisionamento, conforme os critérios estabelecidos na Resolução CMN nº 2.682 /99, em 30 de junho era a seguinte: 2006 2005 Nível de risco Carteira Provisão Carteira Provisão AA 752.076 1.880 203.430 509 A 1.762.562 9.809 641.029 3.205 B 298.546 2.985 335.286 3.353 C 71.346 2.140 76.415 2.292 D 3.740 374 2.936 294 E 4.103 1.231 3.866 1.160 F 1.731 866 1.318 659 G 177 124 H 5.405 5.405 115 115 Total 2.899.686 24.814 1.264.395 11.587
- Ajustes a mercado de instrumentos financeiros derivativos Constituição de imposto de renda diferido - superveniência de depreciação - leasing Constituição de imposto de renda e contribuição social diferidos - M.T.M. sobre T.V.M. Constituição de imposto de renda e contribuição social diferidos - M.T.M. sobre SWAP - Constituição de créditos tributário sobre ajustes decorrentes da Lei nº 11.051/04 Total registrado no resultado
-
-
(418)
877
-
-
(3.459)
(1.245)
-
(1.295)
(466)
-
1.723 10.349
620 3.730
(7.411) 2.540
A movimentação das rubricas de imposto de renda e contribuição social diferidos seguir discriminada: 2006 2005 P Ativo Passivo Ativo Tributário Tributário Tributário Tri Saldo no início do semestre 19.128 5.259 143 Reversão de passivo tributário de títulos para negociação (4.945) (143) Constituição de passivo tributário de títulos destinados a venda Reversão de créditos tributários sobre ajustes decorrentes da Lei nº 11.051/04 (2.343) Reversão de passivo tributário s/ ajuste a valor de mercado de derivativos Constituição de imposto de renda diferido - superveniência de depreciação - leasing 877 Constituição de imposto de renda e contribuição social - M.T.M. sobre T.V.M. e SWAP 1.520 Constituição de créditos tributários sobre ajustes decorrentes da Lei nº 11.051/04 10.079 Saldo no fim do semestre 18.305 1.191 10.079
Em 30 de junho estão registrados créditos tributários provenientes de diferenças temp decorrentes da aplicação do artigo 32 da Lei nº 11.051/04, no montante de R$ (R$ 10.079 em 2005), originadas de posições detidas em instrumentos financeiros deriv cuja realização está diretamente relacionada com o vencimento destes instrumen quando for o caso, sua liquidação financeira antecipada em condições de mercado O Banco apresenta diferenças temporárias, substancialmente de provisão para c de liquidação duvidosa, cujos créditos tributários montam a aproximadamente, R$ (R$ 3.940 em 2005), que não estão sendo reconhecidos contabilmente, considera as análises atuais da administração.
14. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS - O Banco participa de operações envolvendo instrumentos financeiros destinados à administração diária dos riscos ass em suas operações, bem como para atender as necessidades de seus clientes. O gerenciamento dos riscos envolvidos nessas operações é realizado através do estabelecimento de políticas operacionais, determinação de limites pelo comitê financeiro do e do monitoramento constante das posições assumidas por meio de técnicas específicas. Os principais riscos relacionados aos instrumentos financeiros são: risco de crédito, risco de mercado e risco de liquidez, abaixo definidos. • Risco de crédito é o risco decorre possibilidade de perda devido ao não recebimento de contrapartes ou de credores de valores contratados. • Risco de mercado é a exposição criada pela potencial flutuação na de juros, taxas de câmbio, cotação de mercadorias, preços cotados em mercado de ações e outros valores, e em função do tipo de produto, do volume de operações, prazo e con do contrato e da volatilidade subjacente. • Define-se como risco de liquidez a ocorrência de desequilíbrios entre ativos negociáveis e passivos exigíveis decorrentes de operaçõ instrumentos financeiros derivativos que possam afetar a capacidade de pagamento da instituição, levando-se em consideração as diferentes moedas e prazos de liquidação d direitos e obrigações. A carteira de instrumentos financeiros derivativos (operações próprias) em 30 de junho de 2006, está composta como segue: Valor de mercado por prazos de vencimento Valor Até 90 De 91 a Acima de Ajuste diário a referencial dias 360 dias 360 dias Total receber, lí Futuros DDI Compra 189.841 189.841 189.841 (1.315) 189.841 189.841 189.841 (1.315) DOL
Compra
10.822 10.822
10.822 10.822
-
-
10.822 10.822
(78) (78)
DDI
Venda
79.699 79.699
32.345 32.345
30.888 30.388
16.466 16.466
79.699 79.699
525 525
DI1 DI1
Venda Venda
19.453 5.756.879 5.776.332
4.914.440 4.914.440
638.122 638.122
19.453 204.317 223.770
19.453 5.756.879 5.776.332
20 (515) (495)
DOL
Venda
127.700 127.700
127.700 127.700
-
-
127.700 127.700
793 793
OPÇ
Venda
26.175 26.175
21.080 21.080
492 492
4.603 4.603
26.175 26.175
-
6.210.569
5.106.387
669.502
434.680
6.210.569
(570)
Ajuste a valor de mercado, líquido
Diferencial a ( receber, líq
SWAP SWAP
Valor referencial
Valor de realização por prazos de vencimento Até 90 De 91 a Acima de dias 360 dias 360 dias Total
2.249.259 2.249.259
384.757 384.757
529.281 529.281
1.331.067 1.331.067
Valor referencial
Valor de custo atualizado
Até 90 dias
826.586 826.586
857.769 857.769
155.509 155.509
166.760 166.760
535.500 535.500
857 857
65.912 65.912
2.057 2.057
1.585 1.585
472 472
-
2 2
BOX BOX - CETIP OPÇÕES DOL-OPÇÕES
2.245.105 2.245.105
(4.154) (d) (4.154)
(6.493 (6.493
Valor por prazos de vencimento De 91 a Acima de 360 dias 360 dias
T
a. Registrado em outros créditos - negociação e intermediação de valores. b. Registrado em outras obrigações - negociação e intermediação de valores. c. Os diferenciais a rec a pagar totalizam R$ 12.682 e (R$ 19.175), respectivamente. d. Os resultados de M.T.M. sobre operações de swap totalizam (R$ 2.771) e (R$ 1.383) no ativo e passivo, respectiva A carteira de instrumentos financeiros derivativos (operações próprias) em 30 de junho de 2005, está composta como segue: Valor de mercado por prazos de vencimento Ajuste diário a Valor Até 90 De 91 a Acima de Referencial dias 360 dias 360 dias Total receber, líq Futuros DDI Compra 240.974 14.210 2.266 224.498 240.974 (2.049) 240.974 14.210 2.266 224.498 240.974 (2.049) DI1
Compra
59.288 59.288
-
-
59.288 59.288
59.288 59.288
7 7
DDI DDI
Venda Venda
11.248 6.938 18.186
6.962 6.962
6.938 6.938
4.286 4.286
11.248 6.938 18.186
164 (17) 147
DI1
Venda
2.795.253 2.795.253
2.219.328 2.219.328
468.472 468.472
107.453 107.453
2.795.253 2.795.253
(126) (126)
DOL
Venda
20.606 20.606
20.606 20.606
-
-
20.606 20.606
83 83
3.134.307
2.261.106
477.676
395.525
3.134.307
(1.938)
Valor referencial
Valor de realização por prazos de vencimento Até 90 De 91 a Acima de dias 360 dias 360 dias Total
1.257.728 1.257.728
188.040 188.040
225.713 225.713
840.936 840.936
1.254.689 1.254.689
Valor referencial
Valor de custo atualizado
Até 90 dias
Valor por prazos de vencimento De 91 a Acima de 360 dias 360 dias
467.276 467.276
476.027 476.027
102.261 102.261
2005 1.531 981 105 3 2.620
do BACEN, e reduziram a despesa de imposto de renda e contribuição soc aproximadamente, R$ 4.080 (R$ 1.360 em 2005). Durante o semestre, a diretoria, “ad referendum”, da assembléia que irá exam contas do exercício, aprovou a destinação aos acionistas, de dividendos de proporcional ao número de ações representativas do capital social, no montante t R$ 23.000, sendo R$ 2.130 referente a lucros acumulados e R$ 20.870 referente a líquido do semestre. 13. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (BANCO) - A concilia encargo de imposto de renda e contribuição social nos semestres findos em 30 de pode ser assim demonstrada: 2006 200 I.R.P.J. C.S. I.R.P.J. Resultado antes da tributação 48.679 48.679 7.232 Imposto de renda e contribuição social às alíquotas vigentes 12.170 4.381 1.808 Remuneração do capital próprio (3.000) (1.080) (1.000) Efeitos tributários advindos dos ajustes decorrentes do artigo 32 da Lei 11.051/04 (1.723) (620) 7.411 Superveniência de depreciação - Leasing (877) Diferenças permanentes (1.220) (439) (337) Outras diferenças temporárias (provisão para créditos de liquidação duvidosa e M.T.M. sobre T.V.M. e SWAP) 7.165 2.579 2.499 Outros (12) (12) Total 12.503 4.821 10.369
SWAP SWAP
BOX BOX - CETIP
Ajuste a valor de Diferencial a ( mercado, líquido receber, líq
127.707 127.707
(3.039) (3.039)
246.059 246.059
22.931 22.931
To
476 476
e. Registrado em outros créditos - negociação e intermediação de valores. f. Registrado em outras obrigações - negociação e intermediação de valores. g. Os diferenciais a rec a pagar totalizam R$ 35.355 e (R$ 12.424), respectivamente. Os valores dados em garantia para operações em 30 de junho, estavam compostos da seguinte forma: Banco Consolidad 2006 2005 2006 Garantias em operações de bolsa Letras do Tesouro Nacional - LTN 40.667 4 Letras Financeiras do Tesouro - LFT 2.501 5.178 Notas do Tesouro Nacional - NTN - B 44.960 44.960 44.960 43.168 50.138 5 Garantias em operações de câmbio Notas do Tesouro Nacional - NTN - B 5.332 5.332 5.332 5.332 Total
50.292
43.168
55.470
5
15. LIMITES OPERACIONAIS - De acordo com as normas do Banco Central do Brasil, o patrimônio líquido do Banco deve ser compatível com o grau de risco da estrutura dos risco de crédito de swap, risco cambial e risco de variação de taxas de juros. Os limites operacionais são apurados de forma consolidada, em observância ao item 2.15.1.8 do Manual de Normas e Instruções - MNI do BACEN, através do consolidado econ financeiro do Banco Safra S.A., no qual o Banco J. Safra S.A. está incluído.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4
terça-feira, 29 de agosto de 2006
Internacional
Terá de haver o desarmamento, mas cabe ao governo e aos libaneses resolver a questão Kofi Annan, secretário-geral da ONU
Edgar Batista Perez/AFP
Marc Serota/Reuters
População da Flórida começa a deixar as áreas mais vulneráveis ao Ernesto (à esq.), enquanto em Cuba (acima) muitos foram para abrigos devido ao risco provocado pelas fortes chuvas que caem na ilha cubana. Meteorologistas não descartam a chance de o Ernesto voltar à condição de furacão, antes de chegar aos EUA.
CUBANOS SE PROTEGEM DO ERNESTO D epois de provocar a morte de pelo menos uma pessoa no Haiti, no último final de semana, a tempestade tropical Ernesto perdeu força, ontem, durante sua passagem por Cuba, onde chegou com ventos de 65 km/h. Praticamente a metade da força com que passou no Haiti, onde os ventos alcançaram 120 km/h. Apesar do enfraquecimento, autoridades cubanas continuaram retirando os moradores de áreas inicialmente previstas para serem atingidas pela tempestade. Até ontem, 625 mil pessoas das províncias do
leste de Cuba já haviam sido removidas de suas casas. A medida tem caráter de prevenção após o Instituto de Meteorologia de Cuba ter mantido o alerta de perigo, especialmente devido às fortes chuvas que caem na ilha. Golfo – Ontem à noite, o Ernesto ameaçava retomar a intensidade de furacão ao seguir para o sul da Flórida. A tempestade, que se tornou brevemente no domingo o primeiro furacão da temporada no Atlântico, matou duas pessoas no empobrecido Haiti, onde provocou inundações e destruiu várias casas.
AFP
A tempestade tropical atingiu o território cubano na manhã de ontem pela Praia Cazonal, entre Santiago de Cuba e Guantánamo. O chefe do Instituto de Meteorologia de Cuba, José Rubiera, disse que Ernesto perdeu força ao impactar contra as montanhas, mas as condições atmosféricas e a água morna do mar poderiam fazer com que ele se transformasse novamente em furacão antes de chegar à área de Miami, Fort Lauderdale e West Palm Beach, onde vivem mais de cinco milhões de pessoas. Atingida por oito furacões em dois anos, a Flórida prepa-
Robyn Beck/AFP
rava-se, em estado de alerta, para a chegada de Ernesto. Longas filas foram formadas nos postos de gasolina e as pessoas corriam para comprar chapas de compensado, baterias e garrafões de água. Esse movimento era intenso principalmente na região afetada dez meses atrás pelo furacão Wilma, que deixou milhões de pessoas sem energia elétrica e danos de US$ 12 bilhões. A Royal Caribbean mudou os trajetos de três de seus navios que deveriam deixar portos norte-americanos entre domingo e ontem para cruzeiros pelo Caribe. (Agências)
Katrina completa um ano
H
á um ano, o furacão Katrina, um dos mais intensos de que se tem notícia, arrrasou cidades durante sua passagem pelo Golfo do México. Ontem, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, viajou para o Golfo, onde participará de atos que marcam um ano da passagem do Katrina pela região. À época, os EUA foram duramente criticados pelo descaso em relação ao envio de ajuda à região.
Quando o furacão se aproximava do território americano com ventos de intensidade 4 - a segunda maior na escala de potencial destrutivo -, Bush estava em férias no Texas. Só dois dias depois de o Katrina tocar a terra, quando a força dos ventos rompia os diques que cercam Nova Orleans, a Agência Federal de Administração de Emergências começou a agir. Cerca de 1,9 mil pessoas morreram. (Agências)
Mohamed Azakir/Reuters
Kofi Annan em Beirute, entre Israel e o Hezbollah Secretário-geral da Organização das Nações Unidas chegou ontem em Beirute com a missão de intermediar as negociações de paz entre Israel e o grupo terrorista Hezbollah. Hoje, seguirá para Israel.
O Kofi Annan (ao centro), acompanhado pelo primeiro-ministro libanês Fouad Siniora (à dir), visita bairros destruídos pelos bombardeios de Israel
IRAQUE: 40 MORTOS
MONÇÕES NA ÍNDIA
iolentos confrontos entre V soldados iraquianos e milicianos xiitas leais a um
huvas torrenciais e m juiz federal autorizou, C inundações causaram a U ontem, a libertação sob morte de pelo menos 132 fiança de um universitário
popular clérigo radical na cidade de Diwaniyah, ao sul de Bagdá, deixaram 40 mortos, a maioria soldados informaram autoridades locais, ontem, além de dezenas de feridos. Os confrontos começaram por volta das 23h locais de domingo, quando soldados iraquianos promoveram operações contra três bairros de Diwaniyah com o objetivo de reprimir milicianos e apreender armas, disse o capitão Fatik Aied, do Exército iraquiano. (AE)
Ó RBITA
MAIS ATAQUES explosão de uma bomba em Antalya, um popular A balneário da Turquia, deixou,
ontem, três mortos e ao menos 20 feridos, no segundo dia de ataques para afugentar turistas e afetar a economia do país. Um desconhecido grupo militante assumiu a responsabilidade pelos ataques de domingo. (AE)
pessoas e deixaram dezenas de desaparecidos numa região desértica do oeste indiano. Soldados e residentes locais recolheram mais nove corpos, ontem, no quinto dia de chuvas de monção no Estado de Rajastão. Milhares de pessoas tiveram de ser abrigadas em tendas nas partes mais altas depois que suas casas ficaram submersas na água no distrito de Barmer, a 600 quilômetros a sudoeste de Nova Délhi. No Nepal, 5 pessoas morreram e dezenas desapareceram. (AE)
LIBERTADO
detido neste mês com dinamite e outros explosivos num vôo internacional. Howard Fish, o "Huck", 21, "é um menino que não faria mal a ninguém", disse o pai dele, Howard Fish, após audiência num tribunal federal de Houston. A Justiça exigiu que Fish depositasse US$ 7.500 como garantia de uma fiança de US$ 75 mil para que seja solto. Ele foi preso na sextafeira quando agentes alfandegários encontraram explosivos na bagagem do estudante. (Reuters)
secretário-geral da ONU, Kofi Annan iniciou ontem por B e i ru t e u m g i ro por países do Oriente Médio, onde manterá conversações sobre os aspectos não resolvidos do plano para o cessar-fogo entre Israel e o grupo xiita Hezbollah. Ele irá nesta semana a Israel, à Síria e ao Irã. Annan pediu que o governo de Israel levante o bloqueio marítimo e aéreo imposto ao Líbano no início do conflito e, ainda, para que o grupo islâmico liberte os dois soldados israelenses capturados em julho. Em conversa com jornalistas, Annan disse que a Organização das Nações Unidas (ONU) está disposta a mediar uma troca de prisioneiros e também pediu que o Hezbollah entregue os soldados israelenses às autoridades libanesas ou à Cruz Vermelha. Em Beirute, Annan visitou, junto com o primeiro-ministro Fuad Siniora, bairros xiitas destruídos pelos bombardeios israelenses. Também se reuniu
com Mohammed Freish, membro do Hezbollah que integra o ministério libanês, e com o presidente do Parlamento, Nabih Berri, um xiita aliado do Hezbollah. Acordo – O secretário-geral observou que está se empenhando para convencer Israel a levantar os bloqueios e completar a retirada de suas tropas do sul libanês. Mas advertiu que o Líbano tem de cumprir sua parte das obrigações estipuladas pela resolução 1.701 do Conselho de Segurança da ONU, que estabeleceu as condições para o cessar-fogo. Annan também declarou que a força de paz da ONU não tentará desarmar as milícias do Hezbollah. "No fim, terá de haver o desarmamento, mas cabe ao governo e ao povo libanês resolver a questão", disse. Em entrevista a uma tevê particular do Líbano, o líder do Hezbollah, xeque Hassan Nasrallah, afirmou que autoridades da Itália e da ONU iniciaram contatos para uma troca de prisioneiros. (AE)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 29 de agosto de 2006
LEGAIS - 5
HP Financial Services Arrendamento Mercantil S.A. Sociedade Anônima de Capital Fechado CNPJ/MF nº 97.406.706/0001-90 Internet - http://www.hp.com.br Tel.: (11) 4197-8000 Fax: (11) 4197-8356 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores acionistas: Em cumprimento às disposições estatutárias e legislação em vigor, submetemos à apreciação de V.Sas., o Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos relativas aos semestre findo em 30 de junho de 2006 e de 2005, juntamente com o Parecer dos Auditores Independentes. Carteira de Arrendamentos e Mercado Arrendador O mercado arrendador registrou aumento no volume de novos negócios no semestre findo em 30 de junho de 2006, segundo informações da ABEL – Associação Brasileira das Empresas de Leasing, com um crescimento de 48,87% se comparado ao volume de R$ 12.672 bilhões contra R$ 8.512 bilhões no mesmo período de 2005. A carteira de arrendamento financeiro da HP Financial Services Arrendamento
Mercantil S.A. alcançou o montante de R$ 406.643 mil, composta por contratos vinculados à variação cambial, certificados de depósitos interfinanceiros e taxas prefixadas, na grande maioria com prazos entre 24 e 36 meses. Fontes de Recursos A HP Financial Services Arrendamento Mercantil S.A. faz suas captações de recursos diretamente do exterior, tendo como política manter o casamento de prazos e indexadores entre as operações ativas e passivas se utilizando de instrumentos financeiros derivativos. A empresa está estruturada e capitalizada, acreditando no crescimento da economia brasileira. Capital Social e Patrimônio Líquido O Capital Social, no montante de R$ 267.251 mil, composto de 264.508.606 ações ordinárias, nominativas, e 1.001 ações preferenciais classe A nominativas, sem valor nominal,
BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em milhares de Reais) ATIVO Circulante Disponibilidades Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Carteira própria Instrumentos financeiros derivativos Operações de arrendamento mercantil Operações de arrendamento a receber – setor privado Rendas a apropriar de arrendamentos a receber Valor residual a realizar Valor residual a balancear Adiantamento a fornecedores Outros créditos Diversos Outros valores e bens Bens não de uso próprio Despesas antecipadas Realizável a longo prazo Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Carteira própria Operações de arrendamento mercantil Operações de arrendamento a receber – setor privado Rendas a apropriar de arrendamentos a receber Valor residual a realizar Valor residual a balancear Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa Outros créditos Diversos Provisão para outros créditos de liquidação duvidosa Outros valores e bens Despesas antecipadas Permanente Investimentos – outros investimentos Imobilizado de arrendamento Bens arrendados Superveniência de depreciações Depreciações acumuladas Diferido Perdas em arrendamentos a amortizar Amortizações acumuladas Total do Ativo
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO Semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 (Em milhares de Reais, exceto lucro líquido por lote de mil ações)
PASSIVO 2006 26.574 1.258
2005 20.212 1.143
13.237 13.237 – 8.718 180.492 (178.812) 9.165 (9.165) 7.038 3.230 3.230 131 43 88
5.841 5.689 152 8.919 186.566 (185.054) 20.661 (20.661) 7.407 4.120 4.120 189 149 40
9.981
623
572 572 (3.699) 265.731 (265.731) 1.492 (1.492)
– – (7.028) 201.093 (201.093) 3.221 (3.221)
(3.699) 13.101 13.102 (1) 7 7
(7.028) 7.605 8.154 (549) 46 46
434.262 – 420.173 605.983 85.674 (271.484) 14.089 26.524 (12.435)
380.434 1 362.616 649.052 21.617 (308.053) 17.817 44.433 (26.616)
470.817
401.269
Circulante Obrigações por empréstimos e repasses Empréstimos no país – outras instituições Empréstimos no exterior Instrumentos financeiros derivativos Instrumentos financeiros derivativos Outras obrigações Fiscais e previdenciárias Sociais e estatutárias Dividas subordinadas Diversas
2006 55.189 30.213 – 30.213 7.617 7.617 17.359 2.328 1.434 1.549 12.048
2005 85.769 57.960 13.403 44.557 5.660 5.660 22.149 5.323 924 1.693 14.209
Exigível a longo prazo Obrigações por empréstimos e repasses Empréstimos no exterior Instrumentos financeiros derivativos Instrumentos financeiros derivativos Outras obrigações Fiscais e previdenciárias Dividas subordinadas Diversas
90.604 64.141 64.141 1.792 1.792 24.671 21.418 – 3.253
21.480 3.546 3.546 3.915 3.915 14.019 5.404 1.671 6.944
Patrimônio líquido Capital social – de domiciliados no exterior Reserva de lucros Lucros acumulados
325.024 267.251 4.353 53.420
294.020 267.251 2.778 23.991
Total do Passivo
470.817
401.269
Capital Social 267.251 – –
Reservas de lucros Legal 1.979 – –
Lucros acumulados 7.491 2.243 15.966
Total 276.721 2.243 15.966
– – 267.251
799 – 2.778
(799) (910) 23.991
– (910) 294.020
267.251 – –
3.096 – –
29.672 1.286 25.153
300.019 1.286 25.153
– – 267.251
1.257 – 4.353
(1.257) (1.434) 53.420
– (1.434) 325.024
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em milhares de reais) 1. Contexto Operacional O objetivo principal da Instituição é a prática de operações de arrendamento mercantil que são contratadas diretamente com os clientes corporativos da Hewlett Packard Brasil Ltda., por meio do fornecimento de máquinas e equipamentos de informática e soluções tecnológicas e com clientes usuários de microcomputadores e periféricos por meio do canal de distribuição dos produtos HP. Os contratos de arrendamento mercantil são efetuados a taxas prefixadas, pós-fixadas ou vinculadas à variação cambial. Essas operações são efetuadas com recursos próprios, e quando necessário, a sociedade capta recursos de médio e longo prazos no exterior junto à sua matriz. Para atender necessidades de curto prazo, a sociedade recorre ao mercado financeiro interno através dos bancos com que opera. 2. Base de Preparação e Apresentação das Demonstrações Financeiras As demonstrações financeiras são preparadas de acordo com as disposições da Lei das Sociedades por Ações e normas do Banco Central do Brasil e apresentadas em conformidade com o Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional – COSIF. 3. Resumo das Principais Práticas Contábeis a) Rendas de arrendamento mercantil e apuração do resultado As rendas de arrendamento são registradas quando dos vencimentos das parcelas contratuais, conforme determinado pela Portaria MF-140/84, não observando o regime de competência. As demais receitas e despesas são reconhecidas pelo regime de competência, sendo que as de natureza financeira são calculadas com base no método exponencial, exceto aquelas relativas a operações com o exterior, as quais são calculadas com base no método linear. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate e as receitas e despesas, correspondentes ao período futuro, são registradas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As operações com taxas pós-fixadas ou indexadas a moedas estrangeiras são atualizadas até a data do balanço. b) Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Os títulos e valores mobiliários são classificados de acordo com a intenção da Administração, nas seguintes categorias: – Títulos para negociação; – Títulos disponíveis para venda; – Títulos mantidos até o vencimento. Os títulos classificados como para negociação e os disponíveis para venda são avaliados, na data do balanço, pelo seu valor de mercado e os classificados como títulos mantidos até o vencimento são avaliados pelo seu custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço. Os títulos para negociação estão classificados no ativo circulante, independente do prazo de vencimento. Os ajustes para o valor de mercado dos títulos classificados para negociação são reconhecidos no resultado do período. Os ajustes para o valor de mercado dos títulos classificados como disponíveis para venda são contabilizados em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários, sendo transferidos para o resultado do período quando da efetiva realização, através da venda definitiva dos respectivos títulos e valores mobiliários. Os instrumentos financeiros derivativos compostos pelas operações com opções, operações de futuro, operações de “swap” e operações de compra e venda a termo de moeda (NDF) são contabilizados de acordo com os seguintes critérios: – Operações com opções – os prêmios pagos ou recebidos são contabilizados no ativo ou passivo, respectivamente, até o efetivo exercício da opção, e contabilizado como redução ou aumento do custo do direito, pelo efetivo exercício da opção, ou como receita ou despesa no caso de não-exercício; – Operações de futuro – o valor dos ajustes diários é contabilizado em conta de ativo ou passivo e apropriado diariamente como receita ou despesa; – Operações de swap e compras e vendas a termo de moeda (NDF) – o diferencial a receber ou a pagar é contabilizado em conta de ativo ou passivo, respectivamente, apropriado como receita ou despesa “pro rata” até a data do balanço. As operações com instrumentos financeiros derivativos são avaliadas, na data do balanço, pelo valor de mercado, contabilizando a valorização ou a desvalorização conforme segue: – Instrumentos financeiros derivativos não considerados como “hedge” – em conta de receita ou despesa, no resultado do período; – Instrumentos financeiros derivativos considerados como “hedge” – são classificados como “hedge” de risco de mercado ou “hedge” de fluxo de caixa. Os “hedges” de risco de mercado são destinados a compensar os riscos decorrentes da exposição à variação no valor de mercado do item objeto de “hedge” e a sua valorização ou desvalorização é contabilizada em contrapartida às contas de receita ou despesa, no resultado do período. Os “hedges” de fluxo de caixa são destinados a compensar a variação no fluxo de caixa futuro estimado e a sua valorização ou desvalorização é contabilizada em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido. Os respectivos itens objeto de “hedge” são ajustados pelo valor de mercado na data do balanço. c) Operações de arrendamento mercantil e provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa As operações de arrendamento mercantil são classificadas de acordo com o julgamento da administração quanto ao nível de risco, levando-se em consideração a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos em relação à operação,
2006 145.033 149.014 1.034 (5.015)
2005 126.199 132.083 631 (6.515)
Despesas da intermediação financeira Operações de empréstimos e repasses Operações de arrendamento mercantil Provisão para créditos de liquidação duvidosa
(122.441) (8.928) (114.515) 1.002
(107.628) (2.440) (107.152) 1.964
Resultado bruto da intermediação financeira
22.592
18.571
Outras receitas (despesas) operacionais Outras despesas administrativas Despesas tributárias Outras receitas operacionais Outras despesas operacionais
9.511 (6.178) (1.823) 18.007 (495)
5.270 (1.435) (1.576) 8.390 (109)
Resultado operacional
32.103
23.841
Resultado não operacional
(23)
(57)
Resultado antes da tributação sobre o lucro
32.080
23.784
Imposto de renda e contribuição social Imposto de renda Contribuição social Ativo fiscal diferido
(6.927) (5) (1.162) (5.760)
(7.818) (1.418) (1.880) (4.520)
Lucro líquido do semestre
25.153
15.966
Lucro líquido por lote de mil ações – em Reais
95,09
60,36
DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS – Semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 (Em milhares de Reais)
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 (Em milhares de Reais)
Saldos em 31 de dezembro de 2005 Reversão de dividendos Lucro líquido do semestre Destinações: – Reserva legal – Dividendos propostos Saldos em 30 de junho de 2006
Receitas da intermediação financeira Operações de arrendamento mercantil Resultado de operações de títulos e valores mobiliários Resultado com instrumentos financeiros derivativos
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
Saldos em 31 de dezembro de 2004 Reversão de dividendos Lucro líquido do semestre Destinações: – Reserva legal – Dividendos propostos Saldos em 30 de junho de 2005
está totalmente subscrito e integralizado, sendo seu acionista majoritário a HPFS Brazil Holdings B.V. O Patrimônio Líquido em 30 de junho de 2006 foi de R$ 325.024 mil. (2005 – R$ 294.020 mil). Agradecimentos Agradecemos aos senhores acionistas e clientes, o apoio, preferência, confiança e suportes recebidos. Aos colaboradores, que corresponderam aos desafios com dedicação e entusiasmo, nosso reconhecimento especial pelo compromisso de juntos termos construído uma empresa que excedeu as expectativas de Clientes e Acionistas. Barueri, 14 de agosto de 2006. A Administração
aos devedores e garantias, observando os parâmetros estabelecidos pela Resolução nº 2682, do Banco Central do Brasil, que requer a análise periódica da carteira e sua classificação em nove níveis distintos, sendo “AA” (risco mínimo) e “H” (risco máximo – perda). As rendas das operações vencidas há mais de 60 dias, independente de seu nível de risco, somente são reconhecidas como receita quando efetivamente recebidas. As operações classificadas como nível “H” permanecem nessa classificação por seis meses após o seu vencimento, quando então são baixadas contra a provisão existente e controladas, por cinco anos, em contas de compensação, não mais figurando no balanço patrimonial. As operações renegociadas são mantidas, no mínimo, no mesmo nível em que estavam classificadas. As renegociações de operações de arrendamento mercantil que já haviam sido baixadas contra a provisão, e que estavam em contas de compensação, são classificadas como nível “H” e os eventuais ganhos provenientes da renegociação somente são reconhecidos como receita, quando efetivamente recebidos. d) Imobilizado de arrendamento Substancialmente representado por equipamentos de informática. A depreciação é calculada pelo método linear, contabilizada mensalmente, com base nos respectivos prazos usuais de vida útil, prazos estes considerados com redução de 30% conforme previsto pela legislação fiscal. e) Imposto e contribuição sobre a renda A provisão para imposto de renda foi constituída à alíquota de 15%, acrescida de adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente a R$ 120 para o semestre (R$ 240 para o exercício), e a contribuição social foi constituída à alíquota de 9%, ambos calculados com base no lucro contábil ajustado pelas adições e exclusões de caráter permanente. O imposto de renda e a contribuição social diferidos, calculados sobre as adições temporárias, são registrados na rubrica “Outros créditos – diversos” e a provisão para o imposto de renda diferido sobre a superveniência de depreciação é registrado na rubrica “Outras obrigações – fiscais e previdenciárias”, respectivamente no realizável e exigível a longo prazo. 4. Ajustes nas Operações de Arrendamento Mercantil Os registros contábeis da Instituição são mantidos conforme exigências legais. Os procedimentos adotados e sumariados na nota explicativa nº 3, principalmente os itens “a)” e “d)”, diferem das práticas contábeis emanadas da legislação societária brasileira, principalmente por não adotarem o regime de competência no registro das receitas e despesas relacionadas aos contratos de arrendamento mercantil. No sentido de considerar esses efeitos, de acordo com a Circular nº 1.429 do Banco Central do Brasil, foi calculado o valor atual das contraprestações em aberto, utilizando-se a taxa interna de retorno de cada contrato, registrando um ajuste contábil no resultado e o conseqüente aumento ou redução no ativo permanente (superveniência ou insuficiência de depreciação). Este ajuste gerou um crédito no resultado do semestre findo em 30 de junho de 2006 de R$ 28.837 (superveniência) (R$ 15.174 de superveniência em 2005). Em decorrência do registro contábil desse ajuste, o lucro líquido e o patrimônio líquido estão apresentados de acordo com as práticas contábeis emanadas da legislação societária brasileira, porém as rubricas de ativo e resultado permanecem inadequadamente apresentadas. 5. Títulos e Valores Mobiliários Em 30 de junho de 2006 e 2005, a carteira de títulos e valores mobiliários estava classificada como “títulos para negociação”, conforme estabelecido pela Resolução nº 3068, do Banco Central do Brasil, sendo composta por aplicações em cotas de fundo de investimento, administrado pelo Banco Itaucard S.A. As cotas do fundo de investimento são ajustadas a mercado pelo gestor do fundo de acordo com a composição da carteira. 6. Operações de Arrendamento Mercantil As operações de arrendamento mercantil são contratadas de acordo com a opção feita pelo arrendatário, com cláusulas de atualização pós-fixada ou com taxa de juros prefixada, tendo o arrendatário à opção contratual de compra do bem, renovação do arrendamento ou devolução ao final do contrato. A garantia dos arrendamentos a receber está suportada pelos próprios bens arrendados. O valor dos contratos de arrendamento mercantil financeiros é representado pelo seu respectivo valor presente, apurado com base na taxa interna de cada contrato. Esse valor, em atendimento às normas do Banco Central do Brasil, é apresentado em diversas rubricas patrimoniais, as quais são resumidas a seguir: Composição da carteira de arrendamento mercantil em 30 de junho de 2006: Adianta- Arrendamentos mento Arrendaa forneoperamento Balanço cedores cional financeiro Operações de arrendamentos a receber 453.261 7.038 26.504 419.719 Rendas a apropriar de arrendamento mercantil (444.543) (35) (26.124) (418.384) Imobilizado de arrendamento 605.983 – 37.775 568.208 Depreciações acumuladas (271.484) – (15.405) (256.079) Superveniência de depreciação 85.674 – – 85.674 Perdas em arrendamentos a amortizar 14.089 – – 14.089 Credores por antecipação do valor residual (Nota 12) (6.585) – – (6.585) Valor presente 436.395 7.003 22.750 406.642 Outros créditos 1 406.643
Origens dos recursos Resultado ajustado Lucro do semestre Depreciações e amortizações Provisão para perdas do ativo permanente Insuficiência (Superveniência) de depreciação Recursos de acionistas Reversão de dividendos Recursos de terceiros originários de: Aumento dos subgrupos do passivo circulante e exigível a longo prazo: Instrumentos financeiros derivativos Diminuição dos subgrupos do ativo circulante e realizável a longo prazo: Operações de arrendamento mercantil Outros créditos Outros valores e bens Alienação de bens: Imobilizado de arrendamento Investimentos Aplicações de recursos Dividendos propostos Inversões em: Imobilizado de arrendamento Aplicações no diferido Aumento dos subgrupos do ativo circulante e realizável a longo prazo: Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Operações de arrendamento mercantil Outros valores e bens Diminuição dos subgrupos do passivo circulante e exigível a longo prazo: Obrigações por empréstimos e repasses Instrumentos financeiros derivativos Outras obrigações Aumento (redução) das disponibilidades Modificações na posição financeira: Disponibilidades No início do semestre No fim do semestre Aumento (redução) das disponibilidades
2006 139.186 110.649 25.153 114.149 184 (28.837) 1.286 1.286 27.251
2005 151.478 106.885 15.966 106.094 – (15.174) 2.243 2.243 42.349
– –
1.730 1.730
2.686 – 2.686 – 24.565 24.564 1
29.975 19.304 10.662 9 10.644 10.644 –
138.701 1.434 61.740 61.740 20.725
154.503 910 105.605 105.605 7.561
5.212
1.400
3.200 2.008 4
1.400 – –
49.590 28.044 4.220 17.326 485
39.027 29.877 – 9.150 (3.025)
773 1.258 485
4.168 1.143 (3.025)
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras Abaixo encontram-se apresentadas algumas informações baseadas no valor presente dos contratos: a) Diversificação por vencimento 2006
2005
1.004 255 63 1.322
755 438 1.216 2.409
46.842 39.445 78.890 240.144 405.321 406.643
53.893 46.478 78.783 174.904 354.058 356.467
R$
2006 % sobre Total
R$
2005 % sobre Total
–
–
46
0,01
22 41.036 26.571 223.182 115.832 – 406.643
0,01 10,09 6,53 54,88 28,49 – 100,00
49 60.706 33.464 170.337 91.853 12 356.467
0,01 17,03 9,39 47,78 25,77 0,01 100,00
Vencidos Até 90 dias De 91 a 180 dias Acima de 180 dias A vencer Até 90 dias De 91 a 180 dias De 181 até 360 dias Acima de 360 dias Total b) Diversificação por segmento de mercado
Setor público Indústria Setor privado Rural Indústria Comércio Instituição financeira Outros serviços Pessoa física Total
7. Provisão para Créditos de Arrendamento Mercantil de Liquidação Duvidosa Nos semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005, a provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa apresentou as seguintes movimentações e respectivos eventos: 2006 2005 Saldo inicial 6.503 10.206 Reversão da provisão (1.002) (1.964) Baixas contra a provisão (1.801) (665) Saldo final 3.700 7.577 Nos semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005, com base no valor presente dos contratos, os níveis de risco da carteira estavam assim composto: 2006 Nível de risco AA A B C D E F G H Total
Curso normal 193.223 9.037 186.710 12.037 1.959 1.355 611 153 236 405.321
Vencidas – 156 716 78 97 152 5 32 86 1.322
Total da carteira 193.223 9.193 187.426 12.115 2.056 1.507 616 185 322 406.643
Percentual de provisão – 0,50% 1,00% 3,00% 10,00% 30,00% 50,00% 70,00% 100,00%
Provisão – 46 1.874 363 206 452 308 129 322 3.700
2005 Total da carteira 143.230 29.354 153.009 20.911 3.153 1.151 1.821 454 3.384 356.467
Provisão – 147 1.530 627 315 345 911 318 3.384 7.577
8. Outros Créditos – Diversos Créditos tributários Imposto de renda a compensar Devedores diversos – País Outros Total
2006 12.455 2.416 1.010 450 16.331
2005 7.453 3.042 1.424 355 12.274
Parcela de curto prazo Parcela de longo prazo
3.230 13.101
4.120 8.154
continua na próxima página . . .
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 -.LEGAIS
terça-feira, 29 de agosto de 2006
. . . continuação da página anterior
HP Financial Services Arrendamento Mercantil S.A. Sociedade Anônima de Capital Fechado CNPJ/MF nº 97.406.706/0001-90 Internet - http://www.hp.com.br Tel.: (11) 4197-8000 Fax: (11) 4197-8356
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em milhares de reais) No semestre findo em 30 de junho de 2006, os créditos tributários apresentaram a seguinte movimentação: Saldo ConstiRealiSaldo inicial tuição zação final Imposto de renda sobre prejuízo fiscal – 4.185 – 4.185 Imposto de renda sobre P.D.D. 5.916 – (394) 5.522 Imposto de renda sobre BNDU 60 6 – 66 Provisão para perdas com bens de arrendamento operacional 259 46 – 305 Imposto de renda s/ operações de liquidação futura – Swap 2.276 – (2.276) – Imposto de renda sobre ajustes a valor de mercado de “swap” (226) 390 – 164 8.285 4.627 (2.670) 10.242 Contribuição social sobre P.D.D. 2.130 – (142) 1.988 Contribuição social sobre BNDU 22 2 – 24 Provisão para perdas com bens de arrendamento operacional 93 17 – 110 Imposto de renda s/ operações de liquidação futura – Swap 736 – (736) – Contribuição social sobre ajustes a valor de mercado de “swap” (82) 140 – 58 2.899 159 (878) 2.180 Pis e Cofins sobre ajustes a valor de mercado de “swap” (41) 74 – 33 (41) 74 – 33 11.143 4.860 (3.548) 12.455 Com base no atual nível de capitalização e operações da Instituição, e considerando as expectativas de resultados futuros determinados com base em premissas que incorporam, entre outros fatores, a manutenção do nível de operações; o atual cenário econômico; e as expectativas futuras de taxas de juros, a Administração acredita que os créditos tributários registrados em 30 de junho de 2006 tenham a sua realização futura da seguinte forma: a) Expectativa de realização
Créditos tributários de imposto de renda Prejuízo fiscal Provisão para créditos de liquidação duvidosa BNDU Provisão para perdas com bens de arrendamento operacional Ajustes a valor de mercado de “swap” – Circular 3.082 Valor presente Créditos tributários de contribuição social Provisão para créditos de liquidação duvidosa BNDU Provisão para perdas com bens de arrendamento operacional Ajustes a valor de mercado de “swap” – Circular 3.082
2006
2007
2008
2009
2010
Total
1.125
900
750
713
698
4.185
884 59
1.253 7
1.129 –
1.047 –
1.209 –
5.522 66
8
95
154
48
–
305
68
96
–
–
–
164
2.144
2.351
2.033
1.808
1.907 10.242
2.015
2.079
1.797
1.598
1.686
9.175
318 21
451 3
407 –
377 –
435 –
1.988 24 110
4
34
55
17
–
24
34
–
–
–
58
367
522
462
394
435
2.180
Valor presente Pis e Cofins sobre ajustes a valor de mercado “swap” – Circular 3.082
345
462
408
348
385
1.948
15
18
–
–
–
33
Valor presente
14
16
–
–
–
30
Para fins de determinação do valor presente da realização futura estimada de créditos tributários em cada ano, foi adotada a taxa média de 12,915% ao ano, referente ao custo médio de captação da Instituição. 9. Outras Obrigações – Fiscais e Previdenciárias Provisão para imposto de renda Provisão para contribuição social Imposto de renda retido na fonte a recolher Imposto sobre serviços a recolher Provisão para imposto de renda diferido Total
2006 – 1.160 10 1.158 21.418 23.746
2005 1.418 1.880 725 1.300 5.404 10.727
Parcela de curto prazo Parcela de longo prazo
2.328 21.418
5.323 5.404
No semestre findo em 30 de junho de 2006, a provisão para imposto de renda diferido apresentou a seguinte movimentação: Saldo inicial Constituição Saldo final Imposto de renda diferido sobre superveniência de depreciação 14.420 6.998 21.418 As obrigações fiscais diferidas terão sua realização com base na fluência dos prazos da carteira de arrendamento mercantil. Com base no atual nível de capitalização e operações da Instituição, e considerando as expectativas de resultados futuros determinados com base em premissas que incorporam, entre outros fatores, a manutenção do nível de operações; o atual cenário econômico; e as expectativas futuras de taxas de juros, a Administração acredita que as obrigações fiscais diferidas, registradas em 30 de junho de 2006, tenham a sua realização futura da seguinte forma: 2006 2007 2008 2009 2010 Total Imposto de renda Superveniência de depreciação 1.421 4.763 3.100 6.644 5.490 21.418 Valor presente 1.335 4.211 2.741 5.872 4.854 19.013
10. Obrigações por empréstimos IndeJuros xador
Empréstimos no País Outras Instituições Banco Itaú BBA S.A.
De 3,9% a 5,42% a.a.
Empréstimos no Exterior HP Fundings BF Hewlett-Packard Finance NV HP Isle of Man
5,0905% a.a. De 1,93% a 3,125% a.a. De 2,32% a 3,555% a.a. Hewlett-Packard Financial De 96,5% a Services Company 98,6% do CDI
Vencimento
US$ US$
Nov/2008 Até abril de 2006 Até outubro de 2006 CDI Até dezembro de 2010
US$ US$
Thomas G. Adams Membro
2005
– 13.403 9.121 –
– 6.099
13.495 42.004 71.738
–
94.354 48.103 Total 94.354 61.506 Parcela de curto prazo 30.213 57.960 Parcela de longo prazo 64.141 3.546 11. Outras Obrigações – Dívidas Subordinadas A dívida subordinada, no valor de R$ 1.549 (R$ 3.364 em 2005), é parte de operação de crédito firmada com a Inter American Investment Corporation em 20 de abril de 1999, no valor total de US$ 8.000, cujo vencimento é junho de 2007. Esta dívida está sujeita a encargos financeiros de 15% ao ano, acrescida de variação cambial. 12. Outras Obrigações – Diversas 2006 2005 Credores por antecipação de valor residual 6.585 14.365 Obrigações por aquisição de bens e direitos 2.912 2.232 Provisão para pagamento a efetuar 5.736 4.408 Outros credores 68 148 Total 15.301 21.153 Parcela de curto prazo 12.048 14.209 Parcela de longo prazo 3.253 6.944 13. Patrimônio Líquido a) Capital Social Em 30 de junho de 2006 e 2005, o capital social totalmente subscrito e integralizado, estava representado por 264.509.607 ações, sendo 264.508.606 ações ordinárias e 1.001 ações preferenciais, nominativas, sem valor nominal. b) Dividendos Aos acionistas é assegurado dividendo mínimo obrigatório de 6% do lucro líquido anual ajustado de acordo com a lei. 14. Outras Receitas (Despesas) Operacionais 2006 2005 Outras receitas operacionais Variação monetária sobre antecipação de impostos 143 61 Multas e juros de mora sobre recebimentos em atraso 94 6 Variação cambial de contratos de empréstimos no exterior 5.685 8.323 Reversão de provisões operacionais 12.085 – 18.007 8.390 Outras despesas operacionais Multas e juros sobre impostos (480) (105) Diversos (15) (4) (495) (109) 15. Transações com Partes Relacionadas As transações com partes relacionadas foram efetuadas em condições normais de mercado, no que se refere a prazos de vencimento e taxas de remuneração pactuadas. 2006 2005 Passivo Obrigações por empréstimos Hewlett-Packard Finance NV – 6.099 HP Isle of Man 13.495 42.004 Hewlett-Packard Financial Services Company 71.738 – HPFS Funding BF 9.121 – Resultado Despesas com operações de empréstimos e repasses Hewlett-Packard Finance NV 146 788 HP Isle of Man 1.712 4.976 Hewlett-Packard Financial Services Company (5.623) (137) HPFS Funding BF 604 – 16. Imposto de Renda e Contribuição Social a) Demonstrativo do imposto de renda e contribuição social 2006 2005 Variação pela realização/constituição do crédito tributário diferido sobre P.D.D. (Nota 8) (536) (664) Variação pela realização/constituição do crédito tributário diferido sobre prejuízo fiscal e base negativa (Nota 8) 4.185 – Variação pela realização/constituição imposto de renda diferido passivo sobre superveniência de depreciação (Nota 9) (6.998) (3.686) Variação pela realização/constituição do crédito tributário diferido sobre BNDU (Nota 8) 8 14 Variação pela realização/constituição do crédito tributário diferido sobre Provisão para perdas com bens de arrendamento operacional (Nota 8) 63 – Variação pela realização/constituição do crédito tributário diferido sobre operações de liquidação futura (Nota 8) (3.012) – Variação pela realização/constituição imposto de renda e contribuição social diferidos passivos sobre ajustes a valor de mercado de “swap” (Nota 8) 530 (184) Total ativo fiscal diferido (5.760) (4.520) Provisão de imposto de renda – exercício anterior (5) – Provisão de imposto de renda – corrente – (1.418) (5) (1.418) Provisão de contribuição social – exercício anterior (2) – Provisão de contribuição social – corrente (1.160) (1.880) (1.162) (1.880) (6.927) (7.818)
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Irving Harold Rothman Presidente
Até julho de 2005
2006
b) Demonstrativo da base de cálculo do imposto de renda e contribuição social Imposto Contribuição de renda social Lucro do semestre findo em 30 de junho de 2006 (antes do imposto de renda e contribuição social) 32.080 32.080 Adições (Exclusões) Permanentes (10.048) (10.048) Despesas / provisões dedutíveis e outras (10.048) (10.048) Temporárias (38.771) (9.145) Provisão para créditos de liquidação duvidosa (1.002) (1.002) Superveniência de depreciação (28.837) – Provisão para perdas em BNDU 24 24 Operações de liquidação futura (9.103) (8.314) Ajustes a valor de mercado – Circular 3.082 (245) (245) Outras adições / exclusões 392 392 Base de cálculo antes da compensação do prejuízo fiscal e base negativa (16.739) 12.887 Encargos às alíquotas de 25% (imposto de renda) e 9% (contribuição social) – vide Nota 3 item “e” – (1.160) 17. Instrumentos Financeiros Derivativos As operações realizadas pela Sociedade envolvendo derivativos visam à redução dos riscos de mercado, de moeda e de taxas de juros. A administração desses riscos é efetivada através de definição de estratégias de operação, estabelecimento de sistemas de controle e determinação de limites de posições. A Sociedade realiza operações envolvendo instrumentos derivativos, os quais são registrados e atualizados em contas patrimoniais ou de compensação, que se destinam a atender às suas necessidades próprias. A administração desses riscos é efetuada por meio de políticas de controles, estabelecimento de estratégias de operação, determinação de limites e diversas técnicas de acompanhamento das posições. Esses instrumentos financeiros derivativos representam compromissos futuros para trocar moedas ou indexadores, nos termos e datas especificados nos contratos, ou, ainda, compromissos para trocar pagamentos futuros de juros, tendo como finalidade reduzir a exposição a riscos nos respectivos mercados. Os contratos de “swap” e compra e venda a termo de moeda (NDF) são abaixo sumarizados: Valor Valor de Ajuste a Valor inicial contrato mercado Contábil Instrumentos Financeiros Derivativos Termo (NDF) – Diferencial a receber: PRE x USD 10.669 356 216 572 Termo (NDF) – Diferencial a pagar: USD x PRE 10.246 (534) (489) (1.023) Swap – Diferencial a pagar: USD x CDI 19.082 (8.000) (386) (8.386) 29.328 (8.534) (875) (9.409) 39.997 (8.178) (659) (8.837) Os valores de mercado dos diferenciais a receber/a pagar de “swap” e de operações de compra e venda a termo de moeda (NDF), representam o fluxo de caixa descontado a valor presente pelas taxas divulgadas pela ANDIMA ou pela BM&F. Os contratos de instrumentos financeiros derivativos, encontram-se registrados na Cetip – Câmara de Custódia e Liquidação. a) Composição por prazo de vencimento: Instrumentos financeiros derivativos Swap e termo (NDF) Diferencial Diferencial a receber a pagar Total De 61 a 90 dias – (1.934) (1.934) De 91 a 120 dias – (1.856) (1.856) De 121 a 150 dias – (3.827) (3.827) Acima de 360 dias 572 (1.792) (1.220) 572 (9.409) (8.837) As operações com instrumentos financeiros derivativos, realizadas pela Sociedade durante o semestre findo em 30 de junho de 2006, geraram ganhos de R$ 838 e perdas de R$ 5.853, registrados nas contas patrimoniais em contrapartida ao resultado, na rubrica de “Resultado com instrumentos financeiros derivativos”. 18. Cobertura de Seguros O seguro dos bens arrendados está incluso no custo do imobilizado de arrendamento, com cláusula de benefício em favor da arrendadora. 19. Limites Operacionais (Acordo de Basiléia) De acordo com a Resolução nº 2.844/1998 do Banco Central do Brasil o limite individual de risco por cliente ou grupo econômico é de 25% do Patrimônio Líquido Ajustado. A HP Financial Services Arrendamento Mercantil S.A. realizou operações com um mesmo cliente cujo montante da dívida ultrapassou o limite permitido. No sentido de regularizar a situação, a sociedade vinculou parte do empréstimos que mantém junto à sua matriz no exterior, equivalente ao valor do excesso de limite apresentado, conforme previsto na Resolução 2.921/04 do Banco Central do Brasil, mantendo, dessa forma, seu enquadramento de acordo com os limites operacionais estabelecidos pelo Banco Central do Brasil. A sociedade está enquadrada nos demais limites de risco estabelecidos pelo Banco Central do Brasil. 20. Informações Complementares Demonstração do valor adicionado 2006 2005 Apuração do valor adicionado: Resultado bruto da intermediação financeira 22.592 18.571 Outras receitas/despesas operacionais 11.334 6.846 Resultado não operacional (23) (57) Valor adicionado a distribuir 33.903 25.360 Distribuição do valor adicionado: Remuneração de governos 8.750 9.394 Despesas tributárias 1.823 1.576 Imposto de renda e contribuição social 6.927 7.818 Remuneração dos acionistas 25.153 15.966 Dividendos/juros sobre o capital próprio 1.434 910 Lucros retidos 23.719 15.056 Valor distribuído 33.903 25.360
DIRETORIA
George Daniel McCarthy Membro
José Antonio Borges Diretor
CONTADOR Ismael Paes Gervásio Diretor
Jefferson Corredor CRC 1SP132677/O-5
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Ilmos Srs. Diretores e Acionistas da HP Financial Services Arrendamento Mercantil S.A. 1. Examinamos os balanços patrimoniais da HP Financial Services Arrendamento Mercantil S.A., levantados em 30 de junho de 2006 e 2005, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da Instituição; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que
suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Instituição, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. A Instituição registra as suas operações e elabora as suas demonstrações financeiras com observância das diretrizes contábeis estabelecidas pelo Banco Central do Brasil, que requerem o ajuste ao valor presente da carteira de arrendamento mercantil como provisão para insuficiência (ou superveniência) de depreciação, classificada no ativo permanente (Nota 4). Essas diretrizes não requerem a reclassificação das operações, que permanecem registradas de acordo com a disposição da Lei nº 6.099/74, para as rubricas do ativo circulante, realizável a longo prazo e rendas e despesas de arrendamento, mas resultam na adequada apresentação do resultado e do patrimônio líquido
de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. Em nossa opinião, exceto quanto à não reclassificação mencionada no parágrafo anterior, as demonstrações financeiras referidas no primeiro parágrafo representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da HP Financial Services Arrendamento Mercantil S.A. em 30 de junho de 2006 e 2005, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 14 de agosto de 2006. Luiz Carlos Nannini Flávio Serpejante Peppe Auditores Independentes S.S. Contador Contador CRC 2SP015199/O-6 CRC 1SP171638/O-1 CRC 1SP172167/O-6
.POLÍTICA
FIESP, CNI E UDR ENTRAM EM CENA.
A
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) apresentou ontem um plano de reformas para o País, que se destina aos candidatos à Presidência da República. A Fiesp propõe providências nas áreas de Gasto Público, Reforma Tributária e Previdenciária, Gestão da Política Econômica, Infra-Estrutura, Comércio Exterior, Responsabilidade Social, Emprego, Agronegócio e Ambiente. Na opinião da Fiesp, para que o País tenha uma carga tributária compatível com a de seus concorrentes internacionais e aumente o investimento público, que caiu a 0,5% do PIB, será preciso a adoção de um conjunto de práticas modernas de gestão pública. Estas práticas incluem a introdução de metas de desempenho individual e institucio-
Entidades representativas da produção nacional, como a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a União Democrática Ruralista (UDR) partiram para o corpo-a-corpo com os candidatos à presidência da República. O objetivo das entidades é o de interferir na cena política para marcar posição e delinear as reivindicações dos setores produtivos para o próximo governo. nal, redução de gastos com pessoal e revisão da autonomia financeira do Legislativo, Judiciário e Ministério Público para ajustar seus gastos aos parâmetros do setor estatal. Outra medida urgente para a Fiesp, é a redução de tributos e contribuições, além da implantação do Imposto de Valor Agregado (IVA) para substituir IPI, ICMS, PIS, ISS e CORNS. A Fiesp também pede uma profunda reforma previdenciária, com a adoção de medidas que desvinculem o piso da Previdência do salário mínimo e mantenham o valor real das aposentadorias. Os empresários propõem
ainda a redução do diferencial de idade mínima e de tempo de contribuição vigente entre homens e mulheres e o fim do regime especial para categorias não sujeitas a risco de saúde e integridade física. Quanto às reformas trabalhista e sindical, o documento diz que devem ser realizadas conjuntamente. A Fiesp defende uma maior flexibilização das relações de trabalho, em que o negociado entre as partes prevaleça sobre o legislado. O documento também pede a diminuição dos encargos trabalhistas e sociais incidentes sobre a folha de pagamento. CNI – Na quinta-feira passa-
da, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) também anunciou a apresentação, aos candidatos à Presidência, de um documento com propostas para a próxima gestão. A CNI pede a redução do inchaço do setor público e mais eficiência na gestão para estimular a economia e recuperar as perdas de competitividade internacional. Rural – A União Democrática Ruralista (UDR) quer que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição, assuma o compromisso de não alterar os índices de produtividade agrícola, para fins de reforma agrária, enquanto durar
a crise no setor. Segundo o presidente Luiz Antonio Nabhan Garcia, representantes dos ruralistas pretendem se reunir com Lula antes das eleições. A UDR encaminha esta semana um pedido de audiência com o presidente. "Com isso, vamos saber qual é o Lula que, de fato, está se apresentando para um novo mandato: se o que aparece na TV falando em criar empregos, ou o que vestiu o boné do MST (Movimento dos SemTerra)", provocou o ruralista. Nabhan disse ter informações de que o Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) pretende mexer nos índices ainda este ano. Espera
apenas passar o período eleitoral para evitar que a medida prejudique a campanha do presidente à reeleição. Defasagem – A alegação é de que os critérios de avaliação da produtividade da terra são os mesmos há 20 anos, embora o setor tenha dado um salto tecnológico. A proposta eleva substancialmente os índices de produtividade exigidos para que a propriedade seja considerada produtiva. As terras que não atingirem os novos patamares serão consideradas improdutivas e poderão ser desapropriadas para a reforma agrária. Na situação atual, segundo Nabhan, muitas propriedades produtivas ficariam sujeitas à desapropriação, com a elevação dos índices. Os ruralistas querem rediscutir os índices somente quando o cenário da agropecuária brasileira apresentar melhora. (Agências)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
14 -.ECONOMIA/LEGAIS
terça-feira, 29 de agosto de 2006
Avenida Paulista, 2.150 - São Paulo - SP
continuação BANCO J. SAFRA S.A. E BANCO J. SAFRA S.A. E EMPRESA CONTROLADA (“CONSOLIDADO”) NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E DE 2005 (Em milhares de Reais) 16. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS: As transações com partes relacionadas estão a seguir demonstradas: Banco Consolidado 2006 2005 2006 2005 Ativo/ Receita/ Ativo/ Receita/ Ativo/ Receita/ Ativo/ Receita/ (Passivo) (Despesa) (Passivo) (Despesa) (Passivo) (Despesa) (Passivo) (Despesa) Disponibilidades 134 4.281 278 (40) 134 4.281 276 (40) Aplicações em depósitos interfinanceiros 12 17.249 668 17.249 668 Operações de câmbio 5 5 Depósitos à vista (731) (408) (540) (408) Depósitos interfinanceiros (15.048) (3.885) (53.794) (1.449) Negociação e intermediação de valores (570) (1.937) Outras obrigações sociais e estatutárias (35.075) (35.075) 17. OUTRAS INFORMAÇÕES a) Outras obrigações diversas, referem-se a antecipações de valor residual no montante de R$ 9.260, obrigações p/ aquisição de bens e direitos no montante de R$ 4.140, provisões para pagamentos a efetuar no montante de R$ 10.933 (R$ 5.404 em 2005) no Banco e R$ 11.086 (R$ 5.440 em 2005) no consolidado, que inclui substancialmente provisões com remuneração de pessoal, e credores diversos no montante de R$ 12.806 (R$ 8.513 em 2005) no Banco e R$ 17.655 (R$ 63.297 em 2005) no consolidado, que inclui substancialmente, recursos, no montante de R$ 4.849 (R$ 54.784 em 2005), recebidos de investidores estrangeiros, os quais o Banco J. Safra S.A. é o representante no país, cuja posição de contratos negociada nos mercados a termo, futuro, opções e ações, totalizam R$ 3.161.707 (R$ 6.714.302 em 2005) no consolidado. b) Outros créditos diversos, referem-se, substancialmente, a créditos tributários decorrentes da Lei 11.051/04 no montante de R$ 20.601 (R$ 10.079 em 2005) no Banco e no consolidado, DIRETORIA: ALBERTO JOSEPH SAFRA BENEDITO IVO LODO FILHO
sendo imposto de renda e contribuição social no montante de R$ 18.305 (R$ 10.079 em 2005) e PIS / COFINS no montante de R$ 2.296; impostos e contribuições a compensar no montante de R$ 11.546 (R$ 2.151 em 2005) no Banco e R$ 11.769 (R$ 2.221 em 2005) no consolidado. c) Outras despesas administrativas - referem-se substancialmente a despesas de aluguel no montante de R$ 1.840 (R$ 1.282 em 2005), comunicação no montante de R$ 979 (R$ 473 em 2005), processamento de dados no montante de R$ 641 (R$ 232 em 2005), serviços de terceiros no montante de R$ 2.559 (R$ 1.594 em 2005) no Banco e R$ 3.301 no consolidado, serviços técnicos especializados no montante de R$ 2.675 (R$ 1.316 em 2005), despesas de manutenção no montante de R$ 669 (R$ 220 em 2005), despesas de relações públicas no montante de R$ 967 (R$ 380 em 2005), despesas de publicações no montante de R$ 456 (R$ 83 em 2005), despesas de serviços do sistema financeiro no montante de R$ 4.406
JAYME SRUR JERONIMO VARALLA NETO
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas Banco J. Safra S.A. 1. Examinamos os balanços patrimoniais do Banco J. Safra S.A. e os balanços patrimoniais consolidados do Banco J. Safra S.A. e sua controlada em 30 de junho de 2006 e de 2005, e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos do Banco J. Safra S.A., bem como as demonstrações consolidadas do resultado e das origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de
(R$ 1.032 em 2005) no Banco e R$ 4.541 (R$ 1.050 em 2005) no consolidado, despesas de depreciação do imobilizado de uso / amortização do diferido no montante de R$ 2.098 (R$ 1.102 em 2005). d) Outras receitas operacionais referem-se, substancialmente a recuperação de encargos e despesas no montante de R$ 61 (R$ 43 em 2005), rendas com fianças e avais prestadas no montante de R$ 76 (R$ 27 em 2005) e receita com taxa de abertura de crédito no montante de R$ 6.053 (que em 2006 passaram a ser reconhecidas diretamente no resultado; anteriormente, eram registradas em resultado de exercícios futuros, sendo apropriadas de forma “pró-rata”). e) Despesas antecipadas referem-se substancialmente a despesas de comissão na obtenção de financiamento de veículos e gastos com a colocação de títulos e valores mobiliários no exterior, que são amortizadas linearmente em função dos períodos contratuais. f) Resultado não operacional em 2005, refere-se principalmente a prejuízo na alienação de imóveis recebidos em dação de pagamento em operação de crédito. g) Outros investimentos, no consolidado, referem-se substancialmente a títulos patrimoniais da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) no montante de R$ 8.901 (R$ 7.145 em 2005) e da Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA) no montante de R$ 10.710 (R$ 7.149 em 2005). h) A responsabilidade por avais, fianças e outras garantias prestadas montava, em 30 de junho, a R$ 7.328 (R$ 15.068 em 2005), não havendo expectativas de perdas com essas operações. i) O seguro dos bens arrendados está vinculado a cláusulas específicas dos contratos de arrendamento mercantil. MARCELO BALAN MARCELO CURTI
JOAQUIM FRANCISCO MARQUES JOÃO BATISTA VIDEIRA MARTINS
comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do banco e empresa controlada, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco J. Safra S.A. e do Banco J. Safra S.A. e empresa controlada em 30 de junho de 2006
CARLOS ALBERTO DE MOURA ROCHA TC CRC – 1SP105795/O-1
e de 2005 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos do Banco J. Safra S.A., bem como o resultado consolidado das operações e as origens e aplicações de recursos consolidadas dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 22 de agosto de 2006
João Manoel dos Santos Contador CRC 1RJ054092/O-0 “S” SP
Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5
J. SAFRA CORRETORA DE VALORES E CÂMBIO LTDA.
Av. Paulista, 2150 - São Paulo - SP
CNPJ nº 07.256.659/0001-52 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V. Sas. as Demonstrações Financeiras relativas ao semestre findo em 30 de junho de 2006, elaboradas de acordo com a legislação em vigor e acompanhadas do relatório dos auditores independentes sobre revisão limitada. Aprovado pela Diretoria - São Paulo, 11 de agosto de 2006. BALANÇO PATRIMONIAL EM 30 DE JUNHO DE 2006 (Em milhares de reais) ATIVO CIRCULANTE Disponibilidades Aplicações interfinanceiras de liquidez Aplicações em depósitos interfinanceiros Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Carteira própria Vinculados a prestação de garantias Outros créditos Negociação e intermediação de valores Diversos PERMANENTE Investimentos Outros investimentos TOTAL DO ATIVO
2006 28.627 208 15.048 15.048
2005 66.613 2 53.794 53.794
6.934 1.756 5.178 6.437 6.155 282 19.606 19.606 19.606 48.233
7.027 7.027 5.790 5.717 73 14.305 14.305 14.305 80.918
PASSIVO CIRCULANTE Outras obrigações Fiscais e previdenciárias Negociação e intermediação de valores Diversas
2006 12.426 12.426 1.277 6.148 5.001
2005 55.555 55.555 735 54.820
PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social: De domiciliados no País Reservas de capital Reservas de lucros Lucros acumulados
35.807 24.000 24.000 5.301 325 6.181
25.363 24.000 24.000 68 1.295
TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
48.233
80.918
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - SEMESTRE FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2006 (Em milhares de reais)
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 Integralização de capital Aumento de capital Lucro líquido do semestre Destinações: Reserva legal SALDOS EM 30 DE JUNHO DE 2005 SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 Outros eventos Atualização de títulos patrimoniais Lucro líquido do semestre Destinações: Reserva legal SALDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006
Capital Social Capital a Capital integralizar 10.000 (780) 14.780 14.000 (14.000) -
Reservas de capital -
Reservas de lucros -
Lucros acumulados 1.363
Total 9.220 14.780 1.363
24.000
-
-
68 68
(68) 1.295
25.363
24.000
-
2.731
204
3.872
30.807
-
-
2.570 -
-
2.430
2.570 2.430
24.000
-
5.301
121 325
(121) 6.181
35.807
NOTAS EXPLICATIVAS DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - JUNHO 2006 (Valores expressos em milhares de reais) 1. CONTEXTO OPERACIONAL A J. Safra Corretora de Valores e Câmbio Ltda. foi constituída em 7 de dezembro de 2004 e autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil - BACEN em 2 de março de 2005. Suas operações são conduzidas no contexto de um conjunto de instituições que atuam integralmente no mercado financeiro, utilizando-se da estrutura administrativa e operacional do Banco J. Safra S.A., cujas demonstrações financeiras devem ser lidas em conjunto. O benefício dos serviços prestados entre essas instituições e os custos da estrutura operacional e administrativa são absorvidas, em conjunto ou individualmente, segundo a praticabilidade de lhes serem atribuídas. A partir do 2º trimestre de 2005, a J. Safra Corretora de Valores e Câmbio Ltda. passou a operar junto à Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) e Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA). 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas e estão sendo apresentadas em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas e práticas contábeis estabelecidas pelo BACEN, consubstanciadas no Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional - COSIF, que inclui práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. 3. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS a) A apuração do resultado é efetuada pelo regime de competência. b) Ativos circulante, exceto títulos e valores mobiliários, são demonstrados pelos valores de custo, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias e cambiais auferidos até a data do balanço e quando aplicável, foram constituídas provisões para ajuste ao valor de realização. c) Títulos e Valores Mobiliários De acordo com a Circular BACEN nº 3.068, de 8 de novembro de 2001, e regulamentação complementar, os títulos e valores mobiliários são classificados nas seguintes categorias: • Títulos para negociação: apresentados no ativo circulante, independente dos prazos de vencimento dos títulos, contabilizados pelo valor de mercado e o registro da valorização ou da desvalorização é efetuado diretamente no resultado; • Títulos disponíveis para venda: registrados pelo valor de mercado, sendo seus rendimentos intrínsecos reconhecidos na demonstração de resultado, e o registro da valorização ou da desvalorização a mercado é efetuado em conta destacada do patrimônio líquido denominada “Ajustes ao valor de mercado - TVM e instrumentos financeiros derivativos”, líquido dos correspondentes efeitos tributários. Os ganhos e as perdas, quando realizados, são reconhecidos na demonstração do resultado, em contrapartida de conta específica do patrimônio líquido, líquido dos correspondentes efeitos tributários; • Títulos mantidos até o vencimento: contabilizados pelos respectivos custos de aquisição acrescidos dos rendimentos auferidos, os quais são registrados diretamente no resultado. d) Ativo Permanente Os investimentos em títulos patrimoniais de bolsas de valores e de mercadorias estão demonstrados ao valor de custo e são ajustados pelos valores informados pelas respectivas bolsas, tendo como contrapartida, reserva de capital específica no patrimônio líquido. e) A metodologia para mensuração do valor de mercado (valor provável de realização) dos títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos, é baseada nos modelos de precificação desenvolvidos pela administração, que inclui, a captura de preços médios praticados no mercado, dados divulgados pelas diversas associações de classe, bolsas de valores e bolsas de mercadorias e de futuros, aplicáveis para
(*) Estão apresentados pelo prazo máximo esperado para a realização dos títulos. 6. PATRIMÔNIO LÍQUIDO O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é composto por 24.000 mil quotas com valor nominal de R$ 1, cada. 7. RESERVA DE CAPITAL Refere-se à atualização de títulos patrimoniais das bolsas (BOVESPA e BM&F), e podem ser assim demonstrados: 2006 2005 Títulos patrimoniais - BOVESPA 3.560 Títulos patrimoniais - BM&F 1.741 Total 5.301 O saldo contábil desses títulos, registrados em outros investimentos, totalizam R$ 19.606 (R$ 14.305 em 2005). 8. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL A conciliação do encargo de imposto de renda e contribuição social no semestre findo em 30 de junho de 2006, pode ser assim demonstrada: 2006 2005 I.R.P.J. C.S. I.R.P.J. C.S. Resultado antes da tributação 3.667 3.667 2.047 2.047 Imposto de renda e contribuição social às alíquotas vigentes 917 330 500 184 Outros (10) Total da despesa 907 330 500 184
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Quotistas J. Safra Corretora de Valores e Câmbio Ltda. 1. Examinamos os balanços patrimoniais da J. Safra Corretora de Valores e Câmbio Ltda. em 30 de junho de 2006 e de 2005 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados
com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Corretora, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Corretora, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e
a data base das demonstrações financeiras. Assim, quando da efetiva liquidação financeira destes itens, os resultados poderão vir a serem diferentes dos estimados. f) Imposto de renda e contribuição social A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota base de 15% do lucro tributável, acrescida de adicional de 10% sobre determinados limites. A provisão para contribuição social é constituída à alíquota de 9% do lucro antes do imposto de renda. 4. APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ Em 30 de junho, a posição de aplicações interfinanceiras de liquidez é a seguinte: 2006 2005 Aplicações em depósitos interfinanceiros 15.048 53.794 Total 15.048 53.794 5. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS Em 30 de junho, a carteira de títulos e valores mobiliários era composta por: 2006 Valor de mercado por prazos de vencimento Valor de Ajuste ao custo Até 360 valor de atualizado dias Total mercado Títulos para negociação (*) Letras Financeiras do Tesouro - LFT 6.934 6.934 6.934 6.934 6.934 6.934 2005 Valor de mercado por prazos de vencimento
Títulos para negociação (*) Letras Financeiras do Tesouro - LFT
Valor de custo atualizado
Até 360 dias
Total
Ajuste ao valor de mercado
7.027 7.027
7.027 7.027
7.027 7.027
-
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO - SEMESTRE FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2006 (Em milhares de reais) 2006 4.473
2005 2.378
4.473
2.378
4.473
2.378
(806) 577 (152) (930) (285) 2 (18) 3.667
(331) 9 (190) (37) (112) (1) 2.047
3.667
2.047
(1.237) 2.430
(684) 1.363
R$ 101,25
R$ 56,79
RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA Resultado de operações com títulos e valores mobiliários RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS Receitas de prestação de serviços Despesas de pessoal Outras despesas administrativas Despesas tributárias Outras receitas operacionais Outras despesas operacionais RESULTADO OPERACIONAL RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL LUCRO LÍQUIDO DO SEMESTRE Quantidade de quotas: 24.000 Lucro líquido por quota
DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS SEMESTRE FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2006 (Em milhares de reais) ORIGENS DE RECURSOS Lucro líquido ajustado Lucro líquido do semestre Recursos de acionistas Aporte de capital social Recursos de terceiros originários de: Aumento dos subgrupos do passivo: Outras obrigações Diminuição dos subgrupos do ativo: Aplicações interfinanceiras de liquidez Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Outros créditos APLICAÇÕES DE RECURSOS Inversões líquidas em: Investimentos Aumento dos subgrupos do ativo: Aplicações interfinanceiras de liquidez Outros créditos Redução dos subgrupos do passivo: Outras obrigações AUMENTO DAS DISPONIBILIDADES MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA Disponibilidades: No início do semestre No fim do semestre AUMENTO DAS DISPONIBILIDADES
2006 38.348 2.430 2.430 -
2005 73.891 1.363 1.363 14.780 14.780
35.918 32.614
55.555 55.555 2.193 -
752 2.552 38.305 38.305 38.305 43
2.193 73.889 14.305 14.305 59.584 53.794 5.790 2
165 208 43
2 2
9. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS: As transações com partes relacionadas estão a seguir demonstradas: 2006 2005 Ativo Receita Ativo Receita (Passivo) Semestre (Passivo) Semestre Disponibilidades 191 2 Aplicações em depósitos interfinanceiros 15.048 3.885 53.794 1.449 Negociação e intermediação de valores Banco J. Safra S.A. 570 1.937 10. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS Em 30 de junho de 2006 a J. Safra Corretora de Valores e Câmbio Ltda. não possui instrumentos financeiros derivativos próprios. 11. OUTRAS INFORMAÇÕES a) A rubrica outros créditos - Negociação e intermediação de valores, em junho de 2006, referem-se ao resultado do pregão de 30 de junho de 2006 das operações dos investidores no mercado futuro (BM&F), com liquidação financeira em 3 de julho de 2006. O saldo de títulos e valores mobiliários na data do balanço está também vinculado às operações desses investidores. b) A rubrica outras obrigações - Negociação e intermediação de valores em junho de 2006, referem-se ao resultado do pregão de 30 de junho 2006 das operações dos investidores no mercado futuro (BM&F), com liquidação financeira em 3 de julho de 2006. c) A rubrica de outras obrigações diversas refere-se, em 30 de junho de 2006, substancialmente, a recursos recebidos de investidores, no montante de R$ 4.849, (R$ 54.784 em 2005), cuja posição de contratos negociada no mercado futuro, derivativos e de opções, totalizam R$ 9.242.342 (R$ 6.714.302 em 2005). DIRETORIA ALBERTO JOSEPH SAFRA BENEDITO IVO LODO FILHO
CARLOS ALBERTO DE MOURA ROCHA - TC CRC - 1SP105795/O-1 financeira da J. Safra Corretora de Valores e Câmbio Ltda. em 30 de junho de 2006 e de 2005 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 11 de agosto de 2006
Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5
João Manoel dos Santos Contador CRC 1RJ054092/O-0 “S” SP
terça-feira, 29 de agosto de 2006
Empresas Tr i b u t o s Nacional Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
PAÍS DEVE DEMORAR A TER GRAU DE INVESTIMENTO
PARA S&P, CARGA DE TRIBUTOS ATRASA PAÍS
O
Para a executiva, o Brasil caminho para se resolver a questão tem que entrar logo num círcufiscal no Brasil está lo virtuoso de crescimento. Cana inclusão de no- so contrário, frisou, o País terá vos pagadores, na avaliação da sérios problemas fiscais. Grau de investimento – Represidente da Standard & Poor´s no Brasil, Regina Nunes. gina disse que o País pode não "A economia informal, que na ser ainda grau de investimenverdade é uma economia ile- to, mas que o risco de se operar gal, tem que ser tratada e in- aqui é melhor do que o da Rúscluída. Isso ajudaria a dimi- sia e da China, que são grau de nuir o problema fiscal de quem investimento e têm crescimenpaga", afirmou. Para ela, os to muito superior ao do Brasil. A executiva, no entanto, baixos níveis de crescimento do País podem também ser as- lembrou que, apesar de a Rússociados aos altos impostos e à sia ser grau de investimento, burocracia, que causam inefi- nenhuma empresa do país tem ciência. "A carga fiscal, além de rating igual ao rating soberaelevada, prevê uma burocracia no. Atualmente, 13 empresas e dificuldade na própria im- estão acima do rating em moeplementação dela. Um dos da estrangeira do Brasil, que é maiores empecilhos para cres- BB com perspectiva estável. cimento é a própria carga fis- Dessas, 7 são graus de investical. O Brasil tem de ter menos mento: Companhia Vale do burocracia e impostos inciden- Rio Doce, AmBev, Alcoa, Aracruz, Embraer, Votorantim Cetes um sobre o outro", disse. A presidente da S&P no Bra- lulose e Votorantim. Segundo ela, a situação aqui sil disse que no setor financeiro existem problemas a serem é muito diferente da Rússia, Índia e China, o resolvidos para que não quer diaumentar o grau zer que seja pior de intermediae sim relativa a ção financeira, uma sociedade que hoje está ao A única coisa que não democrática, o re d o r d e 3 0 % . cresce é investimento que não são os Regina disse por parte do governo. casos da Rússia que os custos ou da China. dessa interme- Talvez a eficiência de Ela explicou diação é que fa- determinados gastos que o fato de ser zem com que as não esteja democrático letaxas cobradas acontecendo. va a discussões sejam altas. Ela Regina Nunes, da e m u d a n ç a s citou especificaStandard & Poors mais demoram e n t e o s b a ndas. "Não gosto cos, que enfrentam problemas com o custo de da comparação, porque apesar capital. Para Regina, uma re- de eles crescerem mais, ela é forma fiscal é necessária, mas meio injusta quando você olha não é preciso que seja "imen- para um país que está tentando sa" e nem toda feita de uma só trilhar um caminho bem difevez. "Senão ela demora anos e rente", afirmou. Regina disse que é difícil quando vem já está velha." Ela defende que a reforma prever quando e se o Brasil irá seja feita por segmentos, para acompanhar o crescimento ser mais rápida, possibilitando desses países, mas ressaltou o aumento de crédito, incenti- que é necessário melhorar o vando o crescimento e, assim, crescimento já a partir do ano gerando mais pagamentos de que vem. Por isso mesmo, ela impostos de modo mais sau- acha difícil o Brasil chegar a ser dável. "Mais importante é di- grau de investimento em 2007, minuir as distorções por seg- conforme previsões de alguns mentos. Esses impostos que o bancos estrangeiros. Dois degraus – O Brasil está Brasil tem é como se fossem feihoje a dois degraus de grau de tos para quem cresce pouco." Eficiência – Segundo ela, o investimento, em "BB" com próximo governo, seja qual for perspectiva estável. Ela citou a o presidente eleito, deverá África do Sul, que tinha nota olhar melhor os gastos públi- igual ao Brasil e levou seis anos cos. Regina disse que o Brasil para chegar ao investment graestá num nível extremamente de. O México, segundo a exealto de custos e gastos, mas não cutiva, demorou em torno do de investimentos públicos. "A mesmo tempo. Segundo ela, única coisa que não cresce é in- 22,5% dos países "BB" levaram vestimento por parte do go- 5 anos para chegar a esse nível verno. Talvez a eficiência de e 17,3% o atingiram em 3 anos. determinados gastos não este- Regina, no entanto, evitou prever uma data. (AE) ja acontecendo", observou.
Calçados: impasse entre Brasil e Argentina
O
setor calçadista nacional admite a possibilidade de renovar o acordo de limitação voluntária das importações feitas pela Argentina. O consultor de Assuntos Internacionais da Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados), Adimar Schievelbein, afirmou que o setor pedirá ao governo brasileiro que conteste no
Tribunal Arbitral do Mercosul e na Organização Mundial de Comércio (OMC) qualquer barreira colocada pela Argentina. O secretário de Indústria e Comércio argentino, Miguel Peirano, disse que "os acordos entre os setores privados e as limitações às importações do Brasil em setores sensíveis aos subsídios continuam em vigência". (AE)
15 Brasil vai contestar na OMC qualquer barreira imposta pela Argentina ao setor calçadista
A presidente da agência de classificação de risco Standard & Poors do Brasil, Regina Nunes, diz que um dos maiores empecilhos para o crescimento do Brasil é a alta carga fiscal e ressalta a necessidade de reformas
16
Empresas Tr i b u t o s Nacional Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 29 de agosto de 2006
EXPORTAÇÕES DE CADERNO CRESCERAM 140%
Feira Escolar 2006 está no Pavilhão de Exposições do Anhembi e deverá receber 50 mil visitantes.
EMPRESÁRIOS PEDEM REDUÇÃO DE TRIBUTOS E DA BUROCRACIA, E MAIS INVESTIMENTOS EM EDUCAÇÃO
PROTESTOS NA FEIRA ESCOLAR 2006
A
Escolar Paper-Brasil 2006 abriu ontem no Centro de Exposições do Anhembi sua 20ª versão com um alerta dos organizadores: impostos altos, burocracia e baixo investimento em ensino criam um ambiente pouco favorável para a geração de empregos e renda necessários para o desenvolvimento do País. "O próximo presidente, seja ele quem for, terá que investir sério na educação", disse Mário César de Camargo, presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica-Nacional (Abigraf-Nacional). Alfried Plöger, presidente da AbigrafSão Paulo, prosseguiu: "Carga tributária elevada, juros altos e real valorizado prejudicam a
Fotos: Milton Mansilha/LUZ
indústria nacional". Alencar Burti, presidente em exercício da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), conclamou as entidades associativas a se unirem para exigir do governo um ambiente melhor para os negócios. "O governo não gera riqueza, quem cria empregos e renda são as empresas", afirmou. Burti enfatizou que "imposto a mais é investimento a menos". O presidente da Francal Feiras, Abdalla Jamil Abdalla, disse que a Escolar Paper entre num novo ciclo, com a inclusão de 16 países com 88 expositores, entre os 500 que participam do evento no Parque Anhembi. "O setor está crescendo, com as exportações", disse. Alfried Plöger lembrou
que as exportações de cadernos cresceram 140% nos quatro primeiros meses deste ano, em relação a igual período de 2005, compensando as perdas nos dois anos anteriores. Mário César de Camargo citou um estudo feito em 47 países que mostrou a preponderância de pequenas e médias empresas no setor gráfico. "Elas empregam , em média, 18 funcionários", disse, exceção feita aos Estados Unidos (EUA), cuja média é 20,1. Mostrou também que na Índia e na China cada empregado produz em média, respectivamente, US$ 4 mil e US$ 8 mil por ano, enquanto no Brasil e no México, a média é melhor, com, respectivamente, US$ 39,1 mil e US$ 37,8 mil anuais.
Mário Cesar Camargo, da Abigraf: investimento em educação
Burti: impostos
A Argentina tem posição melhor: US$ 54,5 mil por ano. Mas Camargo alertou: isso ainda é pouco, quando comparado com os EUA e o Japão, onde um funcionário produz, em média,
rioridade tecnológica. "Mas a inteligência agregada, que acrescenta valor ao produto, exatamente o que se busca nesta Feira", resumiu.
respectivamente, US$ 186 mil ao ano e US$ 260 mil por ano. Para ele, o que faz a terra do sol nascente ter um desempenho tão melhor do que o Brasil e México não é "apenas" uma supe-
Sergio Leopoldo Rodrigues
De canetas a bichinhos de pelúcia
É
difícil definir o mix de produtos vendido nas papelarias. Os consumidores encontram desde uma caneta Bic Cristal, por R$ 0,70, até um modelo de maior valor agregado, como a Valor, lançamento da Scheaffer, por aproximadamente R$ 1 mil. Além dos clássicos: mochilas, livros didáticos, material de escritório, de pintura e até bichos de pelúcia, objetos de decoração e velas. Os fabricantes de todos esses produtos estão presentes na Escolar Paper Brasil, feira realizada para os donos de papelaria e educadores, que acontece até quinta-feira no Pavilhão de Exposições do Anhembi, na zona norte de São Paulo. A 20ª edição do evento mostra o que será novidade nas papelarias em 2007, e o que vai agradar aos estudantes na volta às aulas. Os 500 expositores esperam vender, em quatro dias de feira, o equivalente a três meses de produção. A expectativa é de que o público visitante cresça 10% – para 50 mil este ano. Pr oble mas – Apesar das boas expectativas, 2006 não está sendo um bom ano para o setor. O governo do Estado de São Paulo distribuiu material escolar gratuitamente para os alunos, privilegiando alguns
Fotos: Artur de Leos/LUZ
A empresária Olívia Mueller veio de Santa Catarina em busca de bons preços
poucos fabricantes e derrubando o faturamento da esmagadora maioria. De acordo com o diretor administrativo da Brasil Escolar (entidade que representa 600 dos mais de 25 mil comerciantes em todo o Brasil), Antônio Sereno, 15% das papelarias fecharam as portas este ano em razão dessa preferência. Além disso, segundo Sereno, a Copa do Mundo, a pesada carga tributária, a violência, a queda do valor dos salários e as eleições atrapalham os bons resultados. "Mesmo assim, esperamos um crescimento, este ano, de 5% nas vendas. Não é satisfatório, mas esperamos que o governo encontre outra maneira de entregar o material escolar. Oferecendo um vale compras, por exemplo, que pode ser usado em qualquer estabelecimento cadastrado." Sereno calcula que o setor de papelarias mo-
vimenta R$ 25 milhões ao ano. A Bic, uma das maiores fabricantes de itens de papelaria, também sentiu os efeitos da ação do governo. "A licitação não levou em conta a qualidade dos produtos, apenas o preço. Mas, no meio do ano, muitos pais e avós presenteiam as crianças com itens de material escolar para reposição, em troca de boas notas", afirma o gerente de marketing da Bic, Marco Aurélio Souto. Novidades – A Goóc, empresa que usa a lona de automóveis para produzir calçados, criou cadernos e pastas escolares com o material. De acordo com o coordenador de exportação da Goóc, Alécio Faria, a expectativa é de que sejam gerados no evento R$ 1,5 milhão, o que representa 20% do faturamento de agosto. "Os itens serão exportados para o Oriente, local que já recebe
nossos produtos. A desvalorização do dólar em relação ao real atrapalhou, mas reajustamos os nossos preços e esperamos dobrar o total de vendas externas com os cadernos e pastas escolares", diz Faria. A Long Jump misturou brinquedos com itens escolares para agradar crianças e adultos. A empresa lançou o Pen Race, uma caneta que vira carrinho com fricção, que vai custar R$ 25 para o consumidor, e a Magic Pen – a tinta invisível só pode ser vista com uma luz especial que vem na própria caneta – preço: R$ 20. "Os lançamentos e os bichos de pelúcia da marca Disney vão fazer com que as vendas na feira sejam 20% maiores em relação à edição de 2005", calcula a gerente de vendas da Long Jump, Dirce Fitas. Ela afirma que o consumidor vai pagar 10% a mais nos produtos em 2007, em razão da alta tributação. Comp ras – A proprietária de duas papelarias – a terceira a caminho – Olívia Mueller veio pela sexta vez de Santa Catarina especialmente para comprar na Escolar. "Meu interesse principal é pelos presentes, bichos de pelúcia, chaveiros e canetas. Aqui encontro lançamentos e bons preços – os itens custam 30% menos." Neide Martingo
Canetas lançadas pela Long Jump se transformam em brinquedos
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 29 de agosto de 2006
ECONOMIA/LEGAIS - 17
BANCO ALFADE INVESTIMENTO S.A. C.N.P.J. 60.770.336/0001-65 CARTA PATENTE Nº 1461/1966 SEDE: ALAMEDASANTOS, 466 - SÃO PAULO-SP SOCIEDADE ANÔNIMA DE CAPITAL ABERTO RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas, Submetemos à sua apreciação as demonstrações financeiras do BANCO ALFA DE INVESTIMENTO S.A. correspondentes às atividades desenvolvidas no primeiro semestre de 2006, acrescidas das notas explicativas, do Parecer dos Auditores Independentes e do Resumo do Relatório do Comitê de Auditoria. Cenário Econômico A economia brasileira encerrou o primeiro semestre de 2006 exibindo bons resultados fiscais, estabilidade nos principais indicadores econômicos e sinais de recuperação gradual da atividade econômica com destaque para os investimentos e expansão da capacidade produtiva, vendas no varejo, consumo, estabilidade do nível de emprego com elevação da renda real e boa oferta de crédito. O mais importante é que essa recuperação, somada aos sinais consistentes de controle da inflação, permitiu à equipe no comando do Banco Central do Brasil (Bacen) prosseguir com a gradual redução da taxa básica de juros (SELIC). A inflação acumulada medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Ampliado - IPCA alcançou 1,54% no semestre, inferior ao índice de 2,45% acumulado no último semestre de 2005. Essa redução foi influenciada pela queda dos preços de produtos agrícolas e do álcool, pela apreciação do Real frente ao Dólar e pelo baixo IGPM acumulado no ano passado, fatores que corrigem contratualmente os preços administrados pelo Governo. Ao longo do semestre, a equipe do Bacen reduziu a taxa Selic de 18,00% no início do ano para 15,25% em junho. As contas externas continuaram contribuindo para a manutenção da boa liquidez no mercado cambial. O superávit da balança comercial atingiu US$ 19,53 bilhões no semestre, montante ligeiramente inferior quando comparado com o primeiro semestre de 2005 face ao maior crescimento das importações (21,6%) em relação às exportações (13,5%), impulsionado pelas importações de bens de capital, combustíveis e lubrificantes. As expectativas para o término do ano são da manutenção dos resultados fiscais, estabilidade nos principais indicadores domésticos com a continuada queda dos juros básicos, de forma a atingir o crescimento sustentado da economia brasileira. No cenário político, embora seja ano de eleição presidencial, não se espera grande volatilidade nos mercados financeiros, causada pelo discurso político e programas de governo dos principais candidatos à Presidência. A ameaça de maior volatilidade está nos mercados internacionais, que podem ser afetados por fatores como preço da energia, taxas básicas de juros internacionais, conflitos no Oriente Médio e atividade da economia chinesa.
Desempenho das Atividades Resultado do Semestre O lucro líquido do Banco no semestre atingiu R$ 43,8 milhões, correspondendo a rentabilidade de 6,3% (anualizada de 13,0%) sobre o patrimônio líquido inicial de R$ 691,7 milhões. A cada lote de mil ações do capital social do Banco correspondeu o lucro líquido de R$ 485,83. Para o semestre findo está sendo proposto o pagamento de juros sobre o capital próprio, no montante de R$ 12,2 milhões, conforme nota explicativa nº 09 letra “b”, correspondendo aos valores brutos de R$ 130,50 e R$ 143,55 por lote de mil ações ordinárias e preferenciais, respectivamente. Patrimônio Líquido O patrimônio líquido atingiu o valor de R$ 724,1 milhões ao final do semestre, e o valor patrimonial para cada lote de mil ações alcançou R$ 8.026,44, com crescimento de 4,69% no semestre, superior à inflação de 1,54% medida pelo IPCA. AAssembléia Geral Extraordinária realizada em 29 de março de 2006, homologada pelo Banco Central do Brasil em 16 de junho de 2006, aprovou o aumento do capital social para R$ 303,0 milhões mediante incorporação de reservas de lucros. O índice de solvabilidade instituído pelo Comitê da Basiléia e normatizado pelo Banco Central do Brasil atingiu 19,18% ao final do semestre, demonstrando a boa capacidade de solvência das instituições financeiras do Conglomerado Financeiro Alfa, quando comparado tanto com o mínimo de 11% exigido pelo Banco Central do Brasil, quanto com o de 8% recomendado pelo Comitê da Basiléia. Rating Das 3 empresas que avaliaram o Banco Alfa de Investimento S.A. e as demais instituições integrantes do Conglomerado Financeiro Alfa, uma melhorou e duas mantiveram suas boas classificações de risco de crédito do mercado, em nível nacional: • Austin Rating: atribuiu nova classificação no semestre, elevando-a de “AA” para “AA+”, com perspectiva neutra. • Fitch Ratings: as classificações foram “F1 (bra)” para crédito de curto prazo, “A+ (bra)” para crédito de longo prazo e “5” para suporte legal. • LF Rating (Lopes Filho & Associados): atribuiu a classificação “AA” para o risco de crédito. Recursos Captados e Administrados O volume de recursos captados e administrados pelo Banco atingiu R$ 11.931,1 milhões na data do balanço, com crescimento de 14,5% em relação a dezembro 2005. Esses recursos estavam representados por R$ 3.807,2 milhões incluindo depósitos à vista, interfinanceiros e a prazo,
BALANÇO PATRIMONIAL EM 30 DE JUNHO - EM R$ MIL ATIVO Circulante Disponibilidades Aplicações Interfinanceiras de Liquidez Aplicações no Mercado Aberto Aplicações em Depósitos Interfinanceiros Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos Carteira Própria Vinculados a Compromissos de Recompra Vinculados ao Banco Central Vinculados a Prestação de Garantias Instrumentos Financeiros Derivativos Relações Interfinanceiras Créditos Vinculados: Banco Central - Outros Depósitos Operações de Crédito Carteira - Setor Público Carteira - Setor Privado (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) Outros Créditos Carteira de Câmbio Rendas a Receber Negociação e Intermediação de Valores Diversos (Provisão p/Outros Créditos de Liquidação Duvidosa) Outros Valores e Bens Outros Valores e Bens Despesas Antecipadas Realizável a Longo Prazo Aplicações Interfinanceiras de Liquidez Aplicações em Depósitos Interfinanceiros Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos Carteira Própria Vinculados a Compromissos de Recompra Vinculados ao Banco Central Vinculados a Prestação de Garantias Instrumentos Financeiros Derivativos Operações de Crédito Carteira - Setor Público Carteira - Setor Privado (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) Outros Créditos Diversos (Provisão p/Outros Créditos de Liquidação Duvidosa) Outros Valores e Bens - Despesas Antecipadas Permanente Investimentos Participações em Controladas - No País Outros Investimentos Imobilizado de Uso Imóveis de Uso Outras Imobilizações de Uso (Depreciação Acumulada) Diferido Gastos de Organização e Expansão (Amortização Acumulada) Total Geral do Ativo
2006 6.366.997 989 1.386.091 136.705 1.249.386 2.581.443 765.809 1.606.895 68.664 691 139.384 187.534
2005 5.494.796 3.097 918.134 419 917.715 2.313.696 1.001.182 1.139.206 54.404 23.725 95.179 119.030
187.534 119.030 2.005.330 1.733.773 21.362 16.518 2.006.816 1.732.697 (22.848) (15.442) 205.081 406.347 186.792 397.628 1.950 1.870 360 1.225 19.043 7.837 (3.064) (2.213) 529 719 74 104 455 615 2.486.213 1.472.176 83.420 85.400 83.420 85.400 1.818.446 677.746 491.261 219.888 1.088.915 348.072 185.945 54.007 48.481 24.048 3.844 31.731 488.676 614.985 62.920 64.785 431.695 554.930 (5.939) (4.730) 95.671 93.872 95.729 94.340 (58) (468) – 173 374.529 311.391 367.857 304.293 362.470 280.432 5.387 23.861 5.983 6.772 2.897 2.897 12.948 12.594 (9.862) (8.719) 689 326 1.006 925 (317) (599) 9.227.739 7.278.363
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO - EM R$ MIL PASSIVO
2006 6.261.570 2.320.371 26 170.919 2.149.426 2.687.881 2.687.881 116.000 116.000 73.897 73.897 7.217 7.217 206.413 206.413 354.393 305.604 48.789 393.776 393.776 101.622 578 39.411 15.935 19.019 11.824 14.855 2.241.103 1.486.913 25.426 1.461.487 44.785 44.785 3.267 3.267 423.775 301.047 122.728 169.707 169.707 112.656 110.109 2.547 884 884 724.182
Circulante Depósitos Depósitos à Vista Depósitos Interfinanceiros Depósitos a Prazo Captações no Mercado Aberto Carteira Própria Recursos de Aceites e Emissão de Títulos Obrigações por Títulos e Valores Mobiliários no Exterior Relações Interfinanceiras Repasses Interfinanceiros Relações Interdependências Recursos em Trânsito de Terceiros Obrigações por Empréstimos Empréstimos no Exterior Obrigações por Repasses do País - Instituições Oficiais BNDES FINAME Instrumentos Financeiros Derivativos Instrumentos Financeiros Derivativos Outras Obrigações Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados Carteira de Câmbio Sociais e Estatutárias Fiscais e Previdenciárias Negociação e Intermediação de Valores Diversas Exigível a Longo Prazo Depósitos Depósitos Interfinanceiros Depósitos a Prazo Recursos de Aceites e Emissão de Títulos Obrigações por Títulos e Valores Mobiliários no Exterior Obrigações por Empréstimos Empréstimos no Exterior Obrigações por Repasses do País - Instituições Oficiais BNDES FINAME Instrumentos Financeiros Derivativos Instrumentos Financeiros Derivativos Outras Obrigações Fiscais e Previdenciárias Diversas Resultados de Exercícios Futuros Resultados de Exercícios Futuros Patrimônio Líquido Capital: De Domiciliados no País De Domiciliados no Exterior Reservas de Capital Reservas de Lucros Ajuste ao Valor de Mercado Total Geral do Passivo
302.799 201 54.174 366.995 13 9.227.739
2005 4.493.730 1.878.519 368 410.914 1.467.237 1.481.886 1.481.886 60.917 60.917 42.904 42.904 1.282 1.282 215.348 215.348 298.409 250.191 48.218 169.201 169.201 345.264 247 315.238 13.396 6.567 87 9.729 2.123.143 1.238.048 2.257 1.235.791 171.854 171.854 – – 457.278 363.408 93.870 151.247 151.247 104.716 102.831 1.885 515 515 660.975 275.000 274.817 183 53.284 332.679 12 7.278.363
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - EM R$ MIL Capital Eventos SALDOS EM 31/12/2004 Aumento de Capital - AGE de 25/04/2005 Outros Eventos : Reserva Decorrente de Incentivos Fiscais Dividendos Prescritos Ajuste ao Valor de Mercado de TVM e Derivativos Lucro Líquido do Semestre Destinações : Reservas Juros sobre Capital Próprio Saldos em 30/06/2005 Mutações do Período Saldos em 31/12/2005 Aumento de Capital - AGE de 29/03/2006 Outros Eventos: Dividendos Prescritos Ajuste ao Valor de Mercado de TVM e Derivativos Lucro Líquido do Semestre Destinações: Reservas Juros sobre Capital Próprio Propostos Saldos em 30/06/2006 Mutações do Período
R$ 2.687,9 milhões em captações no mercado aberto, R$ 778,2 milhões em repasses do BNDES, R$ 958,3 milhões em outros recursos obtidos no país e no exterior e R$ 3.699,5 milhões em fundos de investimento e carteiras administradas. Ativos e Empréstimos O ativo total alcançou R$ 9.227,7 milhões ao final do semestre, com crescimento de 11,3% em relação a dezembro de 2005. Desse montante, R$ 5.869,4 milhões estão representados por aplicações interfinanceiras de liquidez, títulos e valores mobiliários e derivativos representando 63,6% desse ativo total. A carteira de títulos e valores mobiliários atingiu R$ 4.256,6 milhões na data do balanço, representada principalmente por 94,4% em títulos de emissão do Tesouro Nacional e do Banco Central do Brasil e 3,9% em debêntures. O Banco manteve seu posicionamento de alta liquidez encerrando o semestre com uma carteira de títulos livres da ordem de R$ 1.257,0 milhões, montante ligeiramente superior em relação a dezembro 2005. Conforme descrito na nota explicativa nº 3 letra “b”, o Banco classificou 43,7% dos títulos e valores mobiliários na categoria “títulos mantidos até o vencimento”. A carteira de crédito, incluindo fianças prestadas, alcançou R$ 3.219,5 milhões. O volume de créditos vencidos acima de 15 dias totalizou R$ 2,5 milhões correspondente a 0,09% da carteira total. O saldo da provisão para créditos de liquidação duvidosa atingiu R$ 31,9 milhões, representando 1,18% do total da carteira de crédito, acima do mínimo exigido pela Resolução nº 2.682 do Banco Central do Brasil. Os investimentos em sociedades controladas sofreram alterações no decorrer do semestre, conforme descrito na nota explicativa nº 14. Declaração sobre Serviços da Auditoria Independente Em atendimento à Instrução CVM nº 381 de 14/01/2003, informamos que a empresa contratada para auditoria das demonstrações financeiras do Banco Alfa de Investimento S.A., ou pessoas a ela ligada, não prestou no período outros serviços que não sejam de auditoria externa. Agradecimentos É indispensável traduzir o reconhecimento do Banco Alfa de Investimento S.A. ao trabalho de seus funcionários e ao apoio de seus acionistas e, finalmente, a confiança de seus clientes e das instituições financeiras do mercado que continuaram a prestigiar a organização como sempre fizeram. São Paulo, 10 de agosto de 2006 Conselho de Administração e Diretoria
Realizado 250.000 –
Aumento de Capital – 25.000
Reservas de Capital 51.843 –
Reservas de Lucros 332.180 (25.000)
Ajuste de TVM e Derivativo ao Valor de Mercado 6 –
Lucros Acumulados – –
Total 634.029 –
– – – –
– – – –
650 791 – –
– – – –
– – 6 –
– – – 35.400
650 791 6 35.400
– – 250.000 – 275.000 28.000
– – 25.000 25.000 – –
– – 53.284 1.441 53.285 –
25.499 – 332.679 499 363.409 (28.000)
– – 12 6 15 –
(25.499) (9.901) – – – –
– (9.901) 660.975 26.946 691.709 –
– – –
– – –
889 – –
– – –
– (2)
– – 43.834
889 (2) 43.834
– – 303.000 28.000
– – – –
– – 54.174 889
31.586 – 366.995 3.586
–
(31.586) (12.248) – –
– (12.248) 724.182 32.473
13 (2)
Descrição Receitas da Intermediação Financeira Operações de Crédito Resultado com Títulos e Valores Mobiliários Resultado de Operações de Câmbio Resultado de Aplicações Compulsórias Despesas da Intermediação Financeira Operações de Captação no Mercado Operações de Empréstimos e Repasses Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa Resultado Bruto da Intermediação Financeira Outras Receitas/(Despesas) Operacionais Receitas de Prestação de Serviços Despesas de Pessoal Outras Despesas Administrativas Despesas Tributárias Resultado de Participações em Controladas Outras Receitas Operacionais Outras Despesas Operacionais Resultado Operacional Resultado não Operacional Resultado antes da Tributação e Participações Imposto de Renda e Contribuição Social Provisão para Imposto de Renda Provisão para Contribuição Social Ativo Fiscal Diferido Participações no Lucro Empregados Administradores - Estatutárias Lucro Líquido do Semestre
2006 580.444 167.647 395.894 4.810 12.093 511.301 446.121 34.757 30.912 (489) 69.143 (13.689) 10.198 (20.147) (14.951) (1.345) 16.287 1.007 (4.738) 55.454 376 55.830 (9.503) (7.748) (2.988) 1.233 (2.493) (840) (1.653) 43.834
2005 452.154 133.033 306.465 4.562 8.094 401.649 363.355 26.715 11.840 (261) 50.505 (9.259) 8.691 (18.324) (15.859) (3.793) 13.138 9.159 (2.271) 41.246 901 42.147 (4.426) (4.684) (1.260) 1.518 (2.321) (910) (1.411) 35.400
Lucro por Lote de Mil Ações - R$
485,83
392,35
DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO - EM R$ MIL Contas A - Origem dos Recursos Lucro Líquido do Semestre Ajustes ao Lucro Líquido - Depreciações e Amortizações - Resultado de Equivalência Patrimonial Variação nos Resultados de Exercícios Futuros Recursos de Acionistas - Dividendos não Reclamados Reserva de Ajuste de TVM ao Valor de Mercado Reserva Decorrente de Incentivos Fiscais Recursos de Terceiros Originários de: - Aumento dos Subgrupos do Passivo Depósitos Captações no Mercado Aberto Recursos de Aceites e Emissão de Títulos Relações Interfinanceiras Relações Interdependências Obrigações por Empréstimos e Repasses Instrumentos Financeiros Derivativos Outras Obrigações - Diminuição dos Subgrupos do Ativo Aplicações Interfinanceiras de Liquidez Outros Créditos Outros Valores e Bens - Alienação de Bens e Investimentos Bens não de Uso Próprio Imobilizado de Uso Investimentos - Juros sobre o Capital Próprio Pagos e/ou Propostos de Controladas B - Aplicação dos Recursos Juros sobre o Capital Próprio Pagos e/ou Propostos Inversões em: - Participações Societárias - Bens não de Uso Próprio - Imobilizado de Uso - Investimentos Aplicações no Diferido Aumento dos Subgrupos do Ativo - Aplicações Interfinanceiras de Liquidez - Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos - Relações Interfinanceiras - Operações de Crédito Redução dos Subgrupos do Passivo - Captações no Mercado Aberto - Recursos de Aceites e Emissão de Títulos - Relações Interfinanceiras - Relações Interdependências - Obrigações por Empréstimos e Repasses - Outras Obrigações Aumento/(Redução) das Disponibilidades (A-B) Modificações na Posição Financeira Início do Período Fim do Período Aumento/(Redução) das Disponibilidades
2006 2005 1.410.227 1.237.266 43.834 35.400 (15.516) (12.341) 771 797 (16.287) (13.138) 173 (87) 889 791 (2) 6 – 650 1.380.849 1.212.847 1.171.650 970.329 370.440 708.157 545.402 – – 23.711 45.787 – 3.754 – 61.283 – 144.984 218.901 – 19.560 207.021 241.774 – 181.725 206.912 59.977 109 72 1.085 335 – 145 5 190 1.080 – 1.093 409 1.410.901 1.237.138 12.248 9.901 56.373 10.763 56.049 7.010 – 72 324 760 – 2.921 497 51 1.078.149 520.687 279.189 – 716.557 142.230 40.356 54.429 42.047 324.028 263.634 695.736 – 465.249 26.926 – – 18.381 – 12.400 – 199.706 236.708 – (674) 128 1.663 989 (674)
2.969 3.097 128
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 - EM R$ MIL (01) Apresentação das Demonstrações Financeiras As demonstrações financeiras do Banco Alfa de Investimento S.A. foram elaboradas em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações e normas e instruções do Banco Central do Brasil (Bacen) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). (02) Principais Práticas Contábeis (a) Apuração do Resultado: As receitas e despesas foram apropriadas pelo regime de competência. (b) Ativos Circulante e Realizável a Longo Prazo: Demonstrados pelos valores de realização e, quando aplicável, acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidos de provisão para perdas e ajustados pelos seus valores de mercado, especificamente em relação ao registro e a avaliação contábil dos títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos estabelecidos pelas Circulares Bacen nºs 3.068 e 3.082 (vide nota explicativa nº 03 “b” e 11). A Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa foi constituída considerando a atual conjuntura econômica, a experiência de anos anteriores e a expectativa de realização da carteira, de forma que apure a adequada provisão em montante suficiente para cobrir riscos específicos e globais, associada à provisão calculada de acordo com os níveis de risco e os respectivos percentuais mínimos estabelecidos pela Resolução Bacen nº 2.682 (vide nota explicativa nº 04 “d”). (c) Ativo Permanente: Demonstrado ao custo corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, combinado com os seguintes aspectos: • Participações em Controladas, avaliadas pelo método de equivalência patrimonial (vide nota explicativa nº 14). • Depreciação do Imobilizado de Uso, calculada pelo método linear, às seguintes taxas anuais: Imóveis 2,5%; Veículos e Equipamentos de Processamento de Dados 20% e demais itens 10%. • Amortização, basicamente, de despesas com benfeitorias em imóveis de terceiros e com informática (programas de processamento de dados), calculada pelo método linear, pelo prazo máximo de 05 anos. (d) Passivos Circulante e Exigível a Longo Prazo: Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, os encargos e as variações monetárias ou cambiais incorridos, deduzidos das correspondentes despesas a apropriar. (e) Impostos e Contribuições: As provisões para Imposto de Renda, Contribuição Social, PIS e COFINS são calculadas às alíquotas de 15% mais adicional, 9%, 0,65% e 4%, respectivamente, considerando para efeito das respectivas bases de cálculo, a legislação pertinente a cada encargo. Também é observado pelo Banco a prática contábil de constituição de créditos tributários de imposto de renda e contribuição social sobre diferenças temporárias, às mesmas alíquotas vigentes utilizadas para a constituição das provisões fiscais (vide nota explicativa nº 07 letra “b”). (f) Estimativas Contábeis: As demonstrações financeiras, de acordo com as práticas contábeis brasileiras, incluem algumas contas cujos valores são determinados por estimativas baseadas na experiência passada, ambiente legal e de negócios, probabilidade de ocorrência de eventos sujeitos ou não ao controle da Administração, etc. Essas estimativas são revistas pelos menos anualmente, buscando-se determinar valores que mais se aproximem dos futuros valores de liquidação dos ativos ou passivos considerados. (03) Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos a) Composição de Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos Composta por: 2006 2005 • Títulos do Tesouro Nacional 1.018.782 961.542 • Títulos do Banco Central – 915 • Debêntures 169.050 186.305 • Certificados de Depósitos Bancários 24.937 7.268 • Cotas de Fundos de Investimento de Direitos Creditórios 27.003 40.941 • Cédula do Produto Rural – 4.317 • Letras de Crédito do Agronegócio – 12.694 • Títulos da Dívida Agrária 17.298 7.088 Títulos Livres 1.257.070 1.221.070 • Títulos do Tesouro Nacional 2.932.463 1.555.769 • Títulos do Banco Central 67.128 87.693 Títulos Vinculados 2.999.591 1.643.462 Total - Títulos e Valores Mobiliários 4.256.661 2.864.532 • Swaps - Diferencial a Receber 60.704 62.115 • Vendas a Termo a Receber - Ações 82.524 63.651 • Outros Derivativos – 1.144 Total - Instrumentos Financeiros Derivativos (*) 143.228 126.910 Total Geral 4.399.889 2.991.442 (*) Vide detalhes na nota explicativa nº 11. b) Classificação de Títulos e Valores Mobiliários por Categoria Até 3 meses 1 ano a Acima de Saldo em Saldo em Títulos 3 meses a 1ano 3 anos 3 anos 30/06/2006 30/06/2005 • Títulos do Tesouro Nacional 200.190 1.027.971 253.001 720.208 2.201.370 1.912.375 • Cotas de Fundos de Investimento de Direitos Creditórios 4.197 10.921 8.434 3.451 27.003 40.941 • Debêntures – 12.720 70.996 41.451 125.167 151.009 • Certif. de Depósitos Bancários – – 114 – 114 – • Cédula do Produto Rural – – – – – 4.317 • Letra de Crédito doAgronegócio – – – – – 12.694 • Títulos da Dívida Agrária 1.377 1.395 8.612 5.913 17.297 7.088 Títulos para Negociação 205.764 1.053.007 341.157 771.023 2.370.951 2.128.424 • Certif. de Depósitos Bancários – 146 24.236 441 24.823 7.268 Títulos Disponíveis para Venda – 146 24.236 441 24.823 7.268 • Títulos do Tesouro Nacional 1.536 – 371.543 1.376.797 1.749.876 604.936 • Títulos do Banco Central – 67.128 – – 67.128 88.608 • Debêntures – 2.298 – 41.585 43.883 35.296 Títulos Mantidos até o Vencto. 1.536 69.426 371.543 1.418.382 1.860.887 728.840 Títulos e Valores Mobiliários 207.300 1.122.579 736.936 2.189.846 4.256.661 2.864.532 % Concentração por Prazo 4,9 26,4 17,3 51,4 100,0 – Os títulos foram classificados nas categorias: - “Títulos para Negociação” e “Títulos Disponíveis para Venda”: o valor contábil corresponde ao valor de mercado desses títulos na data do balanço e foi obtido através de coletas de taxas junto ao mercado, quando aplicável e, validadas através de comparação com informações fornecidas pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto (Andima): a) O ajuste positivo dos Títulos para Negociação no montante de R$ 23.995 (2005 R$ 4.960), obtido entre os valores de custo R$ 2.346.956 (2005 R$ 2.123.464) e de mercado R$ 2.370.951 (2005 R$ 2.128.424), foi registrado em conta adequada do resultado. b) Os valores de custo e de mercado dos títulos
classificados na categoria Disponíveis para Venda correspondiam a R$ 24.823 (2005 R$ 7.268). - “Títulos Mantidos até o Vencimento”: classificados em razão da intenção da Administração e da capacidade financeira do Banco em mantê-los até o vencimento, comprovada com base em projeção de fluxo de caixa conforme exigência do Bacen. Esses títulos foram mantidos pelo seu valor de aquisição acrescido dos rendimentos auferidos, os quais foram registrados no resultado do período. O valor de mercado desses títulos na data do balanço totalizava R$ 1.860.794 (2005 R$ 731.564). No semestre, o Banco alienou títulos públicos federais no montante de R$ 370.663 e, para recomposição desta carteira, adquiriu títulos públicos federais da mesma natureza com prazos de vencimentos mais longos. Esta operação gerou um lucro de R$ 2.716 no resultado do semestre, líquido de tributos. (04) Operações de Crédito a) Composição da carteira de crédito Composição 2006 2005 - Empréstimos 1.588.274 1.315.209 - Financiamentos 928.960 1.050.824 - Financiamentos Rurais 5.559 2.897 - Adiantamentos s/Contratos de Câmbio (1) 155.936 98.442 - Outros Créditos (2) 7.087 9.818 Total da Carteira 2.685.816 2.477.190 - Avais e Fianças Prestadas (3) 533.715 589.918 Total Global 3.219.531 3.067.108 (1) Os adiantamentos sobre contratos de câmbio estão classificados no balanço como redução de “Outras Obrigações - Carteira de Câmbio”. (2) Outros Créditos incluem rendas a receber sobre contratos de câmbio, devedores por compra de valores e bens. (3) Avais e Fianças Prestadas estão registradas em contas de compensação. b) Composição da carteira de crédito por setor de atividade 2006 2005 Setores de Atividade Valor % Valor % - Setor Público 84.282 3,1 81.303 3,3 - Setor Privado - Rural 5.559 0,2 2.897 0,1 - Indústria 1.800.612 67,1 1.564.418 63,2 - Comércio 303.767 11,3 350.983 14,2 - Intermediários Financeiros 104.234 3,9 91.037 3,7 - Outros Serviços 387.318 14,4 386.469 15,5 - Pessoas Físicas 44 – 83 – Total da Carteira 2.685.816 100,0 2.477.190 100,0 c) Composição da carteira de crédito por faixas de vencimento Parcelas por Faixas 2006 de Vencimento A Vencer Vencidos Total % • a vencer até 180 dias 1.762.711 703 1.763.414 65,7 • a vencer de 181 a 360 dias 427.825 24 427.849 15,9 • a vencer acima de 360 dias 492.755 – 492.755 18,3 Total Parcelas Vincendas 2.683.291 727 2.684.018 99,9 • vencidos até 60 dias – 321 321 – • vencidos de 61 a 180 dias – 1.360 1.360 0,1 • vencidos acima de 180 dias – 117 117 – Total Parcelas Vencidas – 1.798 1.798 0,1 Total da Carteira 2.683.291 2.525 2.685.816 100,0 Parcelas por Faixas 2005 de Vencimento A Vencer Vencidos Total % • a vencer até 180 dias 1.519.105 149 1.519.254 61,3 • a vencer de 181 a 360 dias 333.635 72 333.707 13,5 • a vencer acima de 360 dias 623.337 47 623.384 25,2 Total Parcelas Vincendas 2.476.077 268 2.476.345 100,0 • vencidos até 60 dias – 52 52 – • vencidos de 61 a 180 dias – 186 186 – • vencidos acima de 180 dias – 607 607 – Total Parcelas Vencidas – 845 845 – Total da Carteira 2.476.077 1.113 2.477.190 100,0 d) Classificação da carteira de crédito por níveis de risco A Resolução Bacen nº 2.682 de 21/12/1999 introduziu os critérios para a classificação das operações de crédito e para a constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa, os quais são baseados em sistemas de avaliação de risco de clientes/operações. A composição da carteira de crédito e a constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa nos correspondentes níveis de risco, conforme estabelecido na referida Resolução, estão demonstrados a seguir: 2006 Saldo da Carteira de Crédito Provisão Níveis (*) Mínima de Risco A Vencer Vencidos Total Exigida Contábil AA 841.274 – 841.274 – – A 962.323 – 962.323 4.811 4.811 B 694.267 – 694.267 6.942 19.141 C 162.587 151 162.738 4.882 4.882 D 22.398 1.989 24.387 2.439 2.439 E 258 5 263 79 79 G – 24 24 17 17 H 184 356 540 540 540 Total 2.683.291 2.525 2.685.816 19.710 31.909
2005 Saldo da Carteira de Crédito Provisão Níveis (*) Mínima de Risco A Vencer Vencidos Total Exigida Contábil AA 739.700 – 739.700 – – A 1.070.670 – 1.070.670 5.353 5.353 B 586.035 22 586.057 5.861 12.494 C 67.606 13 67.619 2.028 2.028 D 9.378 – 9.378 938 938 E 2.306 113 2.419 726 726 G – 111 111 78 78 H 382 854 1.236 1.236 1.236 Total 2.476.077 1.113 2.477.190 16.220 22.853 (*) Inclui os créditos vencidos até 14 dias e) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa A provisão atingiu o saldo de R$ 31.909 (2005 R$ 22.853), correspondente a 1,1% do total da carteira, montante superior ao mínimo requerido pela Resolução Bacen nº 2.682. No decorrer do semestre foram amortizados créditos para prejuízo no montante de R$ 148 (2005 R$ 528) e ocorreram recuperações no montante de R$ 85 (2005 R$ 35). O saldo das operações renegociadas totalizou R$ 260 (2005 R$ zero). (05) Carteira de Câmbio Outros Créditos Outras Obrigações Composição 2006 2005 2006 2005 • Câmbio Comprado a Liquidar 179.587 246.234 – – • Câmbio Vendido a Liquidar – – 14.216 158.915 • Direitos sobre Vendas de Câmbio 14.468 159.282 – – • Obrigações por Compras de Câmbio – – 181.028 254.765 • Adiantamentos Recebidos (9.610) (8.896) – – • Adiantamentos s/Contratos de Câmbio – – (155.936) (98.442) • Deságio Antecipado – – 103 – • Rendas a Receber 2.347 1.008 – – Total Global 186.792 397.628 39.411 315.238 As responsabilidades por Créditos Abertos para Importação no valor de R$ 15.800 (2005 R$ 10.811) estão registradas em contas de compensação. (06) Outros Créditos - Diversos Composto por: 2006 2005 • Devedores para Compra de Bens 4.740 8.810 • Créditos Tributários (nota nº 7 “b”) 28.284 26.170 • Opções por Incentivos Fiscais 2.829 2.829 • Depósitos Judiciais 46.158 40.969 • Tributos Antecipados 4.447 16.491 • Títulos e Créditos a Receber 4.025 4.320 • Devedores Diversos e Adiantamentos 24.289 2.588 Total 114.772 102.177 (07) Imposto de Renda e Contribuição Social a) Demonstração do cálculo dos encargos com Imposto de Renda e Contribuição Social 2006 2005 Lucro antes da Tributação, Deduzido das Participações no Lucro 53.337 39.826 IR e CS às Alíquotas de 25% e 9%, respectivamente (18.135) (13.541) Efeito das Adições e Exclusões no Cálculo dos Tributos: • Juros sobre o Capital Próprio 4.164 3.366 • Resultado Obtido com Derivativos não Liquidados 3.105 – • Ajuste ao Valor de Mercado de Títulos e Derivativos 1.694 331 • Dividendos Recebidos em Investimentos pelo Método de Custo 55 1.623 • Equivalência Patrimonial 5.166 4.328 • Provisão para Devedores Duvidosos 216 265 • Outras Adições e Exclusões (2.202) (2.316) Total dos Encargos Devidos no Semestre (5.937) (5.944) Créditos Tributários de Imposto de Renda e Contribuição Social 1.233 1.518 Obrigações Fiscais Diferidas (4.799) – Despesa de Imposto de Renda e Contribuição Social (9.503) (4.426) (b) Créditos Tributários de Imposto de Renda e Contribuição Social Saldos Origem 31/12/2005 Constituição Realização 30/06/2006 Contingências Fiscais e Trabalhistas 11.857 1.305 – 13.162 Provisão para Devedores Duvidosos 11.065 11.135 (11.351) 10.849 Participação no Lucro - Administradores 281 149 (265) 165 Outros Créditos Tributários 1.465 616 (356) 1.725 Subtotal 24.668 13.205 (11.972) 25.901 Contribuição Social a Compensar 2.813 – (430) 2.383 Total 27.481 13.205 (12.402) 28.284 % sobre Patrimônio Líquido 3,97% 3,90% A Administração do Banco, fundamentada em estudo técnico, estima que a realização destes créditos tributários ocorrerá em 5 anos na seguinte proporção: 40,7% no primeiro ano, 13,7% no segundo ano, 11,4% no terceiro ano, 16,6% no quarto ano e 17,6% no quinto ano. Na data do balanço, o valor presente dos créditos tributários, calculados com base na taxa Selic, correspondia a R$ 19.635. Os créditos tributários não ativados totalizavam R$ 5.344. (08) Exigível a Longo Prazo Em 30 de junho de 2006, os recursos captados no País e no Exterior para repasses a clientes, classificados no Longo Prazo, possuem as seguintes características: a) Depósitos Interfinanceiros com vencimentos até 27/05/2011; b) Depósitos a Prazo: com vencimentos até 16/04/2012 indexado à taxa do CDI; c) Emissões de títulos no mercado internacional (incluem commercial papers), com vencimentos até 15/01/2009 à taxa pré-fixada de 10,0% a.a., garantidas por notas
DIÁRIO DO COMÉRCIO
18 -.ECONOMIA/LEGAIS
terça-feira, 29 de agosto de 2006
BANCO ALFA DE INVESTIMENTO S.A. C.N.P.J. 60.770.336/0001-65 CARTA PATENTE Nº 1461/1966 SEDE: ALAMEDASANTOS, 466 - SÃO PAULO-SP SOCIEDADE ANÔNIMA DE CAPITAL ABERTO
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 - EM R$ MIL promissórias; d) Recursos captados junto ao BNDES (POC e Finame), com vencimentos até 15/04/2014 à taxa pré-fixada até 5,75% a.a. e pós-fixada até 4,5% a.a. mais TJLP, garantidas por notas promissórias e contratos. Os depósitos a prazo foram classificados de acordo com seus vencimentos contratuais e incluem o montante de R$ 2.234.925 referente às captações com compromisso de liquidez que podem ser resgatados antecipadamente pelos clientes, todos registrados na Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP). (09) Patrimônio Líquido (a) Capital Social Está dividido em 53.948.999 ações ordinárias e 36.275.493 ações preferenciais sem valor nominal. É assegurado às ações preferenciais, que não possuem direito de voto, um dividendo mínimo de 6% a.a. sobre a parte e respectivo valor do capital que essas ações representam. A Assembléia Geral Extraordinária realizada em 29 de março de 2006, homologada pelo Banco Central do Brasil em 16 de junho de 2006, aprovou o aumento do capital social para R$ 303.000 mediante incorporação de reservas de lucros. (b) Dividendos O Estatuto Social prevê dividendo mínimo de 25% do lucro líquido anual, ajustado conforme o disposto no artigo 202 da Lei das Sociedades por Ações, podendo ser pago sob a forma de juros sobre o capital próprio, conforme previsto no artigo 35 do Estatuto Social e artigo 9º da Lei nº 9.249 de 26/12/1995. Está sendo proposto o pagamento de juros sobre o capital próprio no valor bruto de R$ 12.248, correspondente a R$ 130,50 e R$ 143,55 por lote de mil ações ordinárias e preferenciais, respectivamente, sujeito à incidência de imposto de renda na fonte à alíquota de 15% quando aplicável. A adoção do pagamento desses juros sobre o capital próprio, aumentou o resultado do Banco em R$ 4.164 face ao benefício fiscal obtido. Os juros foram contabilizados em conformidade com a Circular Bacen nº 2.739/97, Deliberação CVM nº 207/96 e em atendimento às disposições fiscais. (c) Reserva de Capital e Reserva de Lucros A reserva de capital é representada pelas reservas de incentivos fiscais R$ 29.751 (2005 R$ 29.751), de atualização de títulos patrimoniais R$ 4.255 (2005 R$ 4.255), de correção monetária especial da Lei nº 8.200/91 R$ 14.764 (2005 R$ 14.764) e dividendos não reclamados R$ 5.404 (2005 R$ 4.514). A reserva de lucros é composta pelas reservas legal R$ 42.860 (2005 R$ 38.536), estatutárias R$ 289.692 (2005 R$ 259.700) e lucros a realizar R$ 34.443 (2005 R$ 34.443). A reserva estatutária é composta pelas reservas para aumento de capital R$ 227.713 (2005 R$ 203.520) e especial para dividendos R$ 61.979 (2005 R$ 56.180). (10) Transações entre Partes Relacionadas As operações entre partes relacionadas são efetuadas às taxas e valores médios praticados com terceiros. Os ressarcimentos de custos referem-se a cobertura de despesas referentes a agenciamentos de operações, prestação de serviços e rateio de despesas. 2006 2005 Ativos Receitas Ativos Receitas Operações (Passivos) (Despesas) (Passivos) (Despesas) • Disponibilidades 462 – 1.475 – • Operações Compromissadas (1) (85.671) (9.770) (33.358) (1.765) • Depósitos Interfinanceiros (1) 1.230.736 84.770 839.920 74.910 • Certificado de Depósito Bancário (1) (98.412) (7.305) (120.006) (8.793) • Operações SWAP (1) 22 4 46 (33) • Juros sobre o Capital Próprio (1) 1.093 1.093 409 409 • Ressarcimento de Custos (2) 809 24 704 – • Prestação de Serviços (3) – (4.001) – (4.555) (1) As aplicações e captações de recursos referem-se às operações envolvendo o Banco e empresas ligadas, efetuadas a taxas compatíveis com as taxas médias praticadas pelo mercado, vigente nas datas das operações. (2) Os ressarcimentos de custos referem-se basicamente, à cobertura de despesas relativa ao agenciamento de operações com empresas ligadas, cobradas de acordo com contrato mantido entre as partes. (3) Referem-se a serviços contratados de tecnologia e informática, auditoria interna, divulgação da marca, transporte aéreo e consultoria contábil. (11) Instrumentos Financeiros Derivativos O Banco participa de operações envolvendo instrumentos financeiros que se destinam a atender necessidades próprias e dos seus clientes, bem como, reduzir a exposição a riscos de mercado, de moeda e de taxas de juros. O gerenciamento e monitoramento dos riscos envolvidos são realizados por área independente através de políticas de controles, estabelecimento de estratégias de operação, determinação de limites e do acompanhamento constante das posições assumidas através de técnicas específicas, consoante às diretrizes estabelecidas pela Administração. a) Riscos e Gerenciamento de Riscos: A estrutura de gerenciamento de riscos contempla os seguintes riscos segregados por natureza: Riscos de Mercado - O risco de mercado está relacionado à probabilidade de perda decorrente dos impactos de flutuações dos preços e taxas de mercado sobre as posições ativas e passivas da carteira própria do Banco. A política global em termos de exposição a riscos de mercado é conservadora, sendo a estratégia e os limites de VaR (Value at Risk) definidos pelo Comitê Estratégico de Gestão de Risco de Mercado e seu cumprimento acompanhado diariamente por área independente à gestão das carteiras, através de métodos e modelos estatísticos e financeiros desenvolvidos de forma consistente com a realidade de mercado. A metodologia para apuração do VaR é baseada no modelo paramétrico, com intervalo de confiança de 99% para o horizonte de tempo de um dia e as volatilidades são calculadas pela metodologia EWMA com a utilização de lâmbda de 0,94. Além do VaR, são adotados os parâmetros risco acumulado mensal e cenários de stress em que são elaborados cenários históricos e hipotéticos para as taxas de mercado e verificados os possíveis impactos nas posições. As informações para elaboração das curvas de mercado são obtidas através da tabela de taxas médias divulgada diariamente pela Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Complementando a estrutura de acompanhamento, controle e gestão de riscos de mercado, são calculados diariamente a exigência de capital para cobertura do risco de exposição cambial e de exposição em operações contratadas com taxas pré-fixadas em conformidade com a regulamentação do Banco Central do Brasil. Riscos de Liquidez - O controle e estratégia de liquidez são decididos pelo Comitê de Caixa que reúne-se diariamente antes do início das operações, com o objetivo de avaliar o comportamento
dos diversos mercados de juros, dólar e bolsas, domésticos e internacionais, bem como, definir as estratégias do dia e avaliar o fluxo de caixa das empresas financeiras. O Comitê de Caixa gerencia o risco de liquidez concentrando sua carteira em ativos de alta qualidade e de grande liquidez, cujas posições são monitoradas on-line e casadas cuidadosamente quanto a moedas e prazos. Adicionalmente, os controles do risco de liquidez utilizam-se de fluxo de caixa projetado diariamente para atendimento à Resolução nº 2.804, adotando-se as premissas de fluxo de vencimento das operações financeiras, fluxo de caixa de despesas, o nível de atraso nas carteiras e antecipação de passivos. Riscos de Crédito - O risco de crédito é o risco decorrente da possibilidade de perda devido ao não recebimento de contrapartes ou de credores de valores contratados. O gerenciamento de riscos de crédito exige alto grau de disciplina e controle das análises e das operações efetuadas, preservando a integridade e a independência dos processos. A política de crédito objetiva a segurança, qualidade e liquidez na aplicação dos ativos, agilidade e rentabilidade dos negócios, minimizando os riscos inerentes a qualquer operação de crédito, bem como orienta sobre a fixação de limites operacionais e/ou concessão de crédito. Para a execução da política de crédito, assumem papel importante o Departamento de Análise de Crédito e o Comitê de Crédito que deliberam negócios acima das alçadas das Diretorias Regionais e, com isso, acompanham com segurança essa atividade essencial. A análise das operações de menor valor são realizadas de forma sistemática e automatizada por atribuição de rating e perfil na modelagem de score. b) Derivativos: Os instrumentos financeiros derivativos são representados por operações de contratos futuros, a termo e de swap, registrados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) ou na Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP) e na Central Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), envolvendo taxas pré-fixadas, mercado interfinanceiro (DI), variação cambial ou índice de preços. A posição em 30 de junho de 2006 desses instrumentos financeiros derivativos têm seus valores registrados em contas de compensação e os ajustes/diferenciais em contas patrimoniais, conforme demonstrado abaixo. Para apuração dos preços de mercado destes contratos foram utilizadas as taxas médias praticadas para operações com prazo e indexadores similares na data do balanço, conforme divulgações da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). 2006 2005 Contratos Custo Referência Mercado Custo Referência Mercado • Pré 457.162 478.655 478.822 257.359 267.067 261.833 • Mercado Interfinanceiro 368.799 448.523 448.523 283.099 324.690 324.690 • Moeda Estrangeira 28.701 26.154 26.267 146.242 130.457 131.036 Posição Ativa 854.662 953.332 953.612 686.700 722.214 717.559 • Pré 177.400 199.433 199.609 11.417 11.850 11.901 • Mercado Interfinanceiro 485.863 522.185 522.185 403.601 431.343 431.343 • Moeda Estrangeira 169.986 167.328 167.322 267.780 245.572 246.409 • Índices 21.413 23.701 23.292 3.902 4.495 4.394 Posição Passiva 854.662 912.647 912.408 686.700 693.260 694.047 Swaps - Exposição Líquida – 40.685 41.204 – 28.954 23.512 Contratos a Termo a Receber: • Vendas de Ações 81.686 82.552 82.524 62.181 63.742 63.651 Box de Opções Flexíveis: • Prêmios Recebidos (491.750) (513.898) (513.898) (259.138) (269.077) (263.819) Non Deliverable Forward - NDF Posição Ativa 125.754 108.082 102.703 125.123 111.042 103.895 Posição Passiva 125.754 140.993 135.783 125.123 130.745 121.238 Exposição Líquida - NDF – (32.911) (33.080) – (19.703) (17.343) Contratos Futuros Compromissos de: • DDI - Compra 11.356 11.356 11.356 – – – • DDI - Venda (11.400) (11.400) (11.400) (12.810) (12.810) (12.810) • DI - Compra 80.314 80.314 80.314 – – – • DI - Venda (1.002.366) (1.002.366) (1.002.366) (439.017) (439.017) (439.017) • Dólar - Compra – – – 24.164 24.164 24.164 • Dólar - Venda (40.272) (40.272) (40.272) – – – Contratos Futuros (962.368) (962.368) (962.368) (427.663) (427.663) (427.663) Os seguintes valores a receber (ativo) e a pagar (passivo) foram registrados em contas patrimoniais sob o título “Instrumentos Financeiros Derivativos”: swaps: diferencial a receber R$ 60.704 (2005 R$ 62.115) e a pagar R$ 19.500 (2005 R$ 38.603); a termo: valores a receber R$ 82.524 (2005 R$ 63.651); box de opções flexíveis: prêmios recebidos R$ 513.898 (2005 R$ 263.819) e Non Deliverable Forwards (NDF): valores a receber zero (2005 R$ 1.144) e a pagar R$ 30.085 (2005 R$ 18.026), já reduzido do efeito positivo de marcação a mercado dos itens objeto de hedge, no montante de R$ 2.995 (2005 R$ 460). O total do ajuste negativo, de marcação a mercado, registrado no resultado do semestre foi de R$ 980 (2005 R$ 1.877 positivo). Os instrumentos financeiros derivativos registrados em contas de compensação possuíam os seguintes vencimentos: 2006 Prazos de Vencimento Até De 91 a De 181 a Acima de 90 Dias 180 Dias 360 Dias 360 Dias Total Swap 331.607 172.989 84.908 364.108 953.612 Termo 79.396 3.128 – – 82.524 Box de Opções (251.413) (73.191) (40.154) (149.140) (513.898) NDF 27.031 8.663 22.596 44.413 102.703 Futuros (410.566) (144.767) (178.881) (228.154) (962.368) 2005 Prazos de Vencimento Até De 91 a De 181 a Acima de 90 Dias 180 Dias 360 Dias 360 Dias Total Swap 164.572 222.035 47.798 283.154 717.559 Termo 58.380 5.271 – – 63.651 Box de Opções (107.224) (10.234) (23.038) (123.323) (263.819) NDF 15.701 – 14.589 73.605 103.895 Futuros (7.864) (9.147) (102.345) (308.307) (427.663)
(12) Passivos Contingentes e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias O Banco, no curso normal de suas atividades, é parte em processos de natureza fiscal, previdenciária, trabalhista e cível. As respectivas provisões foram constituídas levando-se em conta a legislação em vigor, a opinião dos assessores legais, a natureza e complexidade dos processos, o posicionamento dos Tribunais, o histórico de perdas e outros critérios que permitam a sua estimativa da forma mais adequada possível. A Administração considera que as provisões existentes na data destas demonstrações são suficientes para fazer face aos riscos decorrentes destes processos. As provisões constituídas e respectivas variações no período estão demonstradas a seguir: Movimentação Fiscais Trabalhistas Total Saldo Início do Período 105.135 1.885 107.020 (+) Complemento de Provisão 4.974 662 5.636 Saldo Final do Período 110.109 2.547 112.656 (a) As obrigações legais e as contingências fiscais e previdenciárias referem-se principalmente a obrigações tributárias cuja legalidade ou constitucionalidade é objeto de contestação nas esferas administrativa e judicial, com destaque para: (i) o alargamento da base de cálculo do PIS e da COFINS determinado pela Lei nº 9.718/98, (ii) a cobrança da CSLL por alíquotas diferenciadas para o Sistema Financeiro (Isonomia), (iii) a cobrança do PIS pelas Emendas Constitucionais 01/94, 10/96 e 17/97 e (iv) a dedução dos valores da CSLL na base de cálculo do IRPJ. As provisões existentes amparam o risco decorrente das obrigações legais e das contingências fiscais e previdenciárias consideradas como de perda provável e encontram-se no exigível a longo prazo na rubrica “Provisão para Riscos Fiscais” do grupo “Outras Obrigações - Fiscais e Previdenciárias”. Para fins de comparação, procedemos a reclassificação dos saldos dessas provisões em 30/06/2005 do circulante para o exigível a longo prazo. O Banco possui outras contingências fiscais e previdenciárias, avaliadas individualmente por nossos assessores como de risco de perda não provável, conforme Deliberação CVM nº 489, de 03/10/2005, com destaque para: (i) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL): Tratase de cobranças efetuadas pela Receita Federal relativas ao período de janeiro/92 a junho/94. O Banco possui processos judiciais já transitados em julgado exonerando-o do pagamento dessa contribuição. Essas cobranças, no montante de R$ 106.704, estão sendo objeto de questionamento administrativo e judicial. (ii) ISS - Instituições Bancárias: Trata-se de autos de infração no montante de R$ 7.897, lavrados pela Prefeitura de São Paulo para a cobrança de ISS sobre valores registrados em diversas contas contábeis, sob a alegação de se tratar de receitas de prestação de serviços. (b) As contingências trabalhistas originam-se de ações judiciais movidas por ex-empregados que buscam obter indenizações referentes a pretensos direitos trabalhistas. A provisão constituída encontra-se registrada na rubrica “Provisão para Passivos Contingentes” do grupo “Outras Obrigações - Diversas”. (c) As contingências cíveis são originadas basicamente por ações judiciais movidas por terceiros, pleiteando indenização por danos materiais e morais, sendo em sua maior parte julgadas pelo Juizado Especial Cível. Não existem processos de valores significativos em curso e que sejam de conhecimento da Administração. (13) Outras Informações (a) Outros Investimentos - composto principalmente por ações de companhias de capital aberto e fechado e por títulos patrimoniais da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e da Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP). (b) Outras Obrigações - Diversas: composta basicamente por provisões para despesas administrativas e contingência trabalhista e credores diversos. (c) No semestre, os honorários da Administração do Banco totalizaram R$ 3.107 (2005 R$ 2.945). (d) Outras Receitas Operacionais: composta basicamente por atualização de tributos a compensar R$ 15 (2005 R$ 3.811) e dividendos e juros sobre o capital recebidos e declarados R$ 320 (2005 R$ 4.896). Outras Despesas Operacionais: composta principalmente por despesas com atualizações de tributos R$ 1.233 (2005 R$ 1.843). (e) Resultado não Operacional: refere-se a lucros obtidos na alienação de valores e bens R$ 9 (2005 R$ 195) e receitas obtidas na alienação a prazo de bens não de uso próprio R$ 326 (2005 R$ 600). (f) O Banco administra Fundos de Investimentos de Renda Fixa, de Ações, de Ações-Carteira Livre, Clubes de Investimentos e Carteiras de Particulares, cujos patrimônios líquidos na data do balanço totalizavam R$ 3.699.546 (2005 R$ 3.003.586). (g) O Banco tem como política segurar seus valores e bens a valores considerados adequados para coberturas de eventuais perdas. (h) Em atendimento à Deliberação CVM nº 371 informamos que o Banco e suas controladas não mantém planos de remuneração em ações (stock options) e outros benefícios a seus empregados. (14) Participações em Controladas Alfa (b) Uvale Corretora Uvas (a) Alfa de Câmbio BRI Vale do Arrendamento e Valores Participações Gorutuba Mercantil Mobiliários Ltda. S.A. Total • Capital Social 93.700 24.000 26.868 – • Patrimônio Líquido Ajustado 203.365 74.893 205.052 – • Lucro do Período 8.661 2.956 8.641 – • Quantidade de: Ações Ordinárias 10.416.839 5.651.072 – – Ações Preferenciais 985.392 3.998.045 – – Cotas Possuídas – – 26.744.827 – • % de Participação 55,661 60,307 99,543 – • Resultado da Avaliação 1º Semestre/2006 3.830 3.239 8.817 401 16.287 2.016 2.557 8.565 – 13.138 1º Semestre/2005 • Valor Contábil do Investimento Em 30/06/2006 113.195 45.166 204.109 – 362.470 Em 30/06/2005 52.911 41.527 185.994 – 280.432 (a) No decorrer do primeiro semestre o Banco adquiriu 4.762.963 ações ON e 985.392 ações PN, do Capital Social da Alfa Arrendamento Mercantil S.A., aumentando sua participação total direta de 27,60% para 55,661% e indireta de 71,72% para 99,781%. O preço de compra totalizou R$ 56.051 e correspondeu ao valor patrimonial dessas ações; (b) No semestre foi alienado a participação acionária que o Banco detinha no capital da Uvale S.A. - Uvas Vale do Gorutuba. O preço de venda totalizou R$ 1.080 e correspondeu ao valor patrimonial dessas ações.
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
DIRETORIA
Humberto Mourão de Carvalho - Presidente Paulo Guilherme Monteiro Lobato Ribeiro Rubens Garcia Nunes
Paulo Guilherme Monteiro Lobato Ribeiro - Presidente Ailton Carlos Canette Fábio Alberto Amorosino
CONTADOR
Benedito Carlos de Pádua José Antônio Rigobello
Carlos Romano Filho CRC 1SP207844/O-0
Ivan Dumont Silva Roberto Musto
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES À Administração e aos Acionistas do Banco Alfa de Investimento S.A. São Paulo - SP Examinamos os balanços patrimoniais do Banco Alfa de Investimento S.A. levantados em 30 de junho de 2006 e 2005 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.
Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume das transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Alfa de Investimento S.A.
O Comitê de Auditoria, eleito na Reunião do Conselho de Administração realizada em 18/06/2004, exerce as atribuições e responsabilidades previstas em seu regulamento e dispositivos legais vigentes, nas seguintes instituições que compõem o Conglomerado Financeiro Alfa, Banco Alfa de Investimento S.A., instituição líder, Banco Alfa S.A., Financeira Alfa S.A. - Crédito, Financiamento e Investimentos, Alfa Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários S.A. e Alfa Arrendamento Mercantil S.A. Durante o primeiro semestre de 2006, o Comitê de Auditoria, sempre voltado ao estrito cumprimento de suas atribuições, responsabilidades e competência, priorizou seus trabalhos nas áreas mais representativas e mais expostas a riscos. Na área de Gerenciamento de Riscos, acompanhou o trabalho de integração com as áreas de Tesouraria, Crédito e Fundos de Investimento, verificou sistemas, técnicas, modelos, analisou e discutiu relatórios, posições, tabelas, e boletins usados e elaborados pela área no trabalho de gerenciamento. Na área de Controles Internos revisou e discutiu novos pontos de controle, normas e técnicas de monitoramento. Verificou também o cumprimento pelos diversos órgãos do Conglomerado das normas e legislação vigente inclusive manuais internos.
Intensificou os contatos e reuniões com os principais diretores e executivos das empresas do Conglomerado com a finalidade de atualização e acompanhamento de estratégias, políticas estruturas usadas pelas mesmas, bem como de conhecer o nível de satisfação com os controles praticados. Destaca-se o estreito relacionamento com a Diretoria Administrativa e a constante preocupação de aprimorar os controles existentes, e ainda, a avaliação satisfatória dada à área no trabalho realizado pela auditoria interna. Isto posto, quanto à efetividade dos Controles Internos o Comitê avalia que os mesmos estão adequados e atendem as necessidades das empresas do Conglomerado. O Comitê acompanhou, analisou, discutiu e avaliou os resultados das atividades desenvolvidas pela auditoria interna e pela auditoria externa KPMG Auditores Independentes, responsável pelas auditorias das demonstrações contábeis das Empresas do Conglomerado. Ressalta-se que nestas oportunidades o Comitê em nenhum momento foi acionado e também não deparou com nenhuma situação que viesse a prejudicar a atuação das Auditorias interna e externa, ou a independência em suas atividades, e que também nenhuma falha ou risco relevante foi constatado em seus trabalhos, o que reforça a integridade e qualidade das demonstrações contábeis. Assim sendo, o Comitê avalia que
em 30 de junho de 2006 e 2005, os resultados de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 10 de agosto de 2006 Auditores Independentes CRC 2SP 014428/O-6
Zenko Nakassato Contador CRC 1SP 160769/O-0
RESUMO DO RELATÓRIO DO COMITÊ DE AUDITORIA os trabalhos realizados são considerados satisfatórios. Por fim, além dos inúmeros contatos mantidos com a Diretoria Administrativa e com a área contábil responsável pela elaboração das demonstrações contábeis, examinou, analisou e discutiu sobre vários relatórios, posições, mapas de uso interno, utilizados pela área para analisar, comparar e justificar todas as oscilações apresentadas nas peças contábeis, sempre com a preocupação primeira de avaliar a integridade, qualidade, transparência e a visibilidade das mesmas. Somando a isto as avaliações satisfatórias das atuações das áreas de Controles Internos, Auditorias Interna e Externa, já mencionados, conclui o Comitê que as Demonstrações Contábeis das instituições integrantes do Conglomerado encerradas em 30/06/2006, atendem satisfatoriamente aos requisitos de integridade, qualidade, transparência e visibilidade e inclusive quanto a aplicação das práticas contábeis geralmente aceitas e exigidas pelas normas vigentes. São Paulo, 10 de agosto de 2006 Rogério Rey Betti Eurico Ferreira Rangel José Carlos Guimarães
APESAR DE ÍNDICE APRESENTAR LIGEIRA ALTA, FGV APONTA QUE POPULAÇÃO ESPERAVA MAIS DA ECONOMIA
AUMENTA A CONFIANÇA NO FUTURO
O
Índice de Confiança do Consumidor (ICC) registrou o "discreto" crescimento de 0,7% em agosto em relação a julho, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Apesar de positivo, o resultado reflete dois movimentos distintos. A avaliação sobre a situação atual despencou 2,9% e chegou ao menor nível mensal desde o início da série do indicador, em setembro de 2005. Já as expectativas para o futuro, com maior peso no indicador, melhoraram 2,9% e puxaram o ICC para cima. O coordenador da pesquisa, Aloisio Campelo Jr, explica que as dificuldades do mercado de trabalho e os problemas no ambiente político prejudicam a confiança do consumidor no curto prazo. Além disso, ele avalia que o consumidor esperava uma retomada da economia mais rápida. Essa percepção coincide com o movimento de revisão para baixo das projeções de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2006. Pesquisa do Banco Central (BC) com instituições de mercado mostra ajustes para baixo nas projeções de crescimento para este ano e o próximo. "A avaliação sobre a situação atual não está indo muito bem", afirma Campelo Jr. Na prática, o resultado da avaliação momentânea foi de 99,7 pontos (numa escala que vai de 0 a 200) e ficou, pela primei-
ra vez na história da série, abaixo do patamar de 100 pontos. Famílias – Na pesquisa da FGV, o quesito situação atual das famílias registrou uma queda de 3,7% nas avaliações, comparado ao mês anterior. A parcela de entrevistados que dizia que essa situação era boa recuou de 18,4% para 15,3%, e a fatia dos que afirmavam que era ruim subiu de 15,5% para 16,2%. Já as avaliações sobre a economia local mostraram queda de 1,6%. "A economia não andou tanto ainda, mas o consumidor continua achando que vai melhorar", diz. Campelo argumenta que as expectativas para o futuro quase sempre são otimistas. No caso da situação financeira da família para os próximos seis meses, a melhora foi de 6,8% – neste mesmo indicador, houve deterioração nas avaliações para o presente. Já a previsão para as compras de bens duráveis recuou 5,3%: enquanto 34,1% dos entrevistados prevêem fazer compras menores, 9% querem comprar mais. Questão especial – Na pesquisa, a FGV introduziu uma questão especial, sobre o crescimento econômico nos próximos cinco anos. Os resultados mostraram que mais da metade dos consumidores (54,3%) avalia que o crescimento nos próximos anos será maior do que o atual – 3,8% dos consumidores acham que a economia crescerá muito mais e 50,5%, um pouco mais. (AE)
Givaldo Barbosa/Agência o Globo
Queda de tarifa de energia desacelera inflação em SP
A
Kawall: qualquer nova colocação deverá ser superior a US$ 500 mi
Momento não é bom para emissões, diz Kawall
O
secretário do Tesouro Nacional, Carlos Kawall, disse ontem que uma nova emissão brasileira em reais no mercado externo é uma "ação qualitativa desejada". Ele ressaltou, no entanto, que o momento atual não é propício, dadas as incertezas que rondam o mercado internacional por causa das perspectivas negativas para a economia americana. O secretário afirmou que o governo brasileiro não tem uma necessidade "urgente", que justifique uma emissão em reais neste momento. Entretanto, disse que qualquer nova colocação deverá ser superior
a US$ 500 milhões. "No caso das emissões brasileiras em reais, o mínimo tem sido de US$ 500 milhões a US$ 750 milhões. No ano passado, houve uma de US$ 1,5 bilhão." Saída – Ontem, no Rio de Janeiro, Kawall abandonou o seminário "Grau de Investimento, o Grande Desafio do Próximo Presidente" durante a palestra do economista Luis Paulo Rosenberg, da Rosenberg Associados, que fez fortes críticas ao governo. Rosenberg disse que "a gestão atual está sendo irresponsável ao aumentar os gastos correntes e coloca em xeque a política fiscal". (Agências)
inflação na cidade de São Paulo na terceira quadrissemana de agosto, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) da USP, subiu 0,12%, uma desaceleração de 0,06 ponto percentual em relação ao indicador do período anterior, que havia registrado alta de 0,18%. A desaceleração foi provocada pela queda de 0,95% na tarifa de energia elétrica o que, associado aos preços do álcool no varejo, levou coordenador do índice, Paulo Picchetti, a rever o IPC de agosto de 0,2% para 0,15%, após quatro semanas de manutenção da previsão. A maior queda continua sendo do item Vestuário, de 0,9%, porém, com leve aumento sobre a segunda quadrissemana (-1,21%). A maior alta apontada foi a do item Saúde, de 0,6%, mas levemente inferior ao percentual anterior (0,63%). A Habitação passou de um nível positivo na segunda quadrissemana, de 0,01%, para um negativo, de 0,11%, na terceira quadrissemana. O segmento Alimentação apontou queda em relação à quadrissemana anterior, passando de 0,42 para 0,37%, assim como Transportes (0,43% para 0,3%). Os setores Educação e
Despesas Pessoais ficaram praticamente estáveis de uma semana para outra, de 0,07% para 0, 05%, e 0,21% para 0,22%, respectivamente. Segundo Picchetti, a queda nos preços de energia elétrica exerceu uma influência negativa sobre o índice cheio de 0,04 ponto percentual. Por causa dessa variação, o grupo Habitação como um todo saiu de uma ligeira alta, de 0,01% na segunda parcial do IPC em agosto, para queda de 0,11%. "Já se sabia que, da taxa de 0,3% de variação potencial do IPC, 0,1 ponto percentual seria retirado pela queda da energia elétrica e menor variação dos gastos com viagens e excursão", disse Picchetti. Na quadrissemana, os gastos com viagem e excursão ficaram 1,29% menores que na quadrissemana anterior. Dentre os grupos, de acordo com o coordenador da Fipe, a desaceleração mais expressiva veio de Transportes, que saiu de uma alta de 0,43%, para uma variação de 0,3%, apesar do preço do álcool no período ter subido 2,32% na bomba dos postos de combustível. O grupo Alimentação que, segundo expectativa de Picchetti, deveria desacelerar o ritmo de queda, voltou a aprofundar a desaceleração. (AE)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 29 de agosto de 2006
ECONOMIA/LEGAIS - 19
FINANCEIRAALFAS.A. - CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTOS C.N.P.J. 17.167.412/0001-13 CARTAAUTORIZAÇÃO Nº 40 DE 04/03/1955 SEDE: ALAMEDASANTOS, 466 - SÃO PAULO - SP SOCIEDADE ANÔNIMADE CAPITALABERTO RELATÓRIO DAADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas, Submetemos à sua apreciação as demonstrações financeiras da Financeira Alfa S.A. - Crédito, Financiamento e Investimentos correspondentes às atividades desenvolvidas no primeiro semestre de 2006, acrescidas das notas explicativas e do Parecer dos Auditores Independentes. Cenário Econômico A economia brasileira encerrou o primeiro semestre de 2006 exibindo bons resultados fiscais, estabilidade nos principais indicadores econômicos e sinais de recuperação gradual da atividade econômica com destaque para os investimentos e expansão da capacidade produtiva, vendas no varejo, consumo, estabilidade do nível de emprego com elevação da renda real e boa oferta de crédito. O mais importante é que essa recuperação, somada aos sinais consistentes de controle da inflação, permitiu à equipe no comando do Banco Central do Brasil (Bacen) prosseguir com a gradual redução da taxa básica de juros (Selic). A inflação acumulada medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Ampliado - IPCA alcançou 1,54% no semestre, inferior ao índice de 2,45% acumulado no último semestre de 2005. Essa redução foi influenciada pela queda dos preços de produtos agrícolas e do álcool, pela apreciação do Real frente ao Dólar e pelo baixo IGPM acumulado no ano passado, fatores que corrigem contratualmente os preços administrados pelo Governo. Ao longo do semestre, a equipe do Bacen reduziu a taxa Selic de 18,00% no início do ano para 15,25% em junho.
As contas externas continuaram contribuindo para a manutenção da boa liquidez no mercado cambial. O superávit da balança comercial atingiu US$ 19,53 bilhões no semestre, montante ligeiramente inferior quando comparado com o primeiro semestre de 2005 face ao maior crescimento das importações (21,6%) em relação às exportações (13,5%), impulsionado pelas importações de bens de capital, combustíveis e lubrificantes. As expectativas para o término do ano são da manutenção dos resultados fiscais, estabilidade nos principais indicadores domésticos com a continuada queda dos juros básicos, de forma a atingir o crescimento sustentado da economia brasileira. No cenário político, embora seja ano de eleição presidencial, não se espera grande volatilidade nos mercados financeiros, causada pelo discurso político e programas de governo dos principais candidatos à Presidência. A ameaça de maior volatilidade está nos mercados internacionais, que podem ser afetados por fatores como preço da energia, taxas básicas de juros internacionais, conflitos no Oriente Médio e atividade da economia chinesa. Desempenho das Atividades Resultado do Semestre O lucro líquido da Companhia no semestre atingiu R$ 23,7 milhões, correspondendo a rentabilidade de 6,6% (anualizada 13,6%) sobre o patrimônio líquido inicial de R$ 358,5 milhões. A cada lote de mil ações do capital social da Companhia correspondeu o lucro líquido de R$ 224,12. Para o semestre findo está sendo proposto o pagamento de juros sobre o capital próprio no montante de R$ 6,6 milhões, correspondendo aos valores
BALANÇO PATRIMONIAL EM 30 DE JUNHO - EM R$ MIL ATIVO 2006 2005 Circulante 1.073.692 833.638 Disponibilidades 2.151 2.726 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 6.700 – Aplicações em Depósitos Interfinanceiros 6.700 – Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos 35.139 49.113 Carteira Própria 328 6.587 Vinculados a Compromissos de Recompra 5.548 – Vinculados a Prestação de Garantias 29.035 40.745 Instrumentos Financeiros Derivativos 228 1.781 Operações de Crédito 986.661 759.111 Carteira - Setor Privado 1.001.793 770.335 (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) (15.132) (11.224) Outros Créditos 23.517 11.517 Rendas a Receber 27 48 Diversos 23.491 11.470 (Provisão p/Outros Créditos de Liquid. Duvidosa) (1) (1) Outros Valores e Bens 19.524 11.171 Outros Valores e Bens 2.204 1.987 (Provisão para Desvalorização) (545) (546) Despesas Antecipadas 17.865 9.730 Realizável a Longo Prazo 856.223 545.914 Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos 49.603 23.697 Carteira Própria 137 258 Vinculados a Prestação de Garantias 47.853 22.949 Instrumentos Financeiros Derivativos 1.613 490 Operações de Crédito 700.061 439.865 Carteira - Setor Privado 719.111 450.924 (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) (19.050) (11.059) Outros Créditos 94.726 75.039 Diversos 94.726 75.039 Outros Valores e Bens - Despesas Antecipadas 11.833 7.313 Permanente 12.745 12.759 Investimentos - Outros Investimentos 10.915 11.187 Imobilizado de Uso 1.355 1.201 Outras Imobilizações de Uso 3.808 3.347 (Depreciações Acumuladas) (2.453) (2.146) Diferido 475 371 Gastos de Organização e Expansão 1.240 1.111 (Amortização Acumulada) (765) (740) Total Geral do Ativo 1.942.660 1.392.311
PASSIVO 2006 Circulante 1.171.257 Depósitos 1.034.037 Depósitos Interfinanceiros 1.034.037 Captações no Mercado Aberto 5.528 Carteira Própria 5.528 Recursos de Aceites Cambiais 21.493 Obrigações por Aceites de Títulos Cambiais 21.493 Obrigações por Repasses do País Instituições Oficiais 63.863 BNDES 46.392 FINAME 17.471 Instrumentos Financeiros Derivativos 700 Instrumentos Financeiros Derivativos 700 Outras Obrigações 45.636 Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados 619 Sociais e Estatutárias 8.157 Fiscais e Previdenciárias 10.570 Diversas 26.290 Exigível a Longo Prazo 395.494 Depósitos 74.288 Depósitos Interfinanceiros 74.288 Recursos de Aceites Cambiais 140.862 Obrigações por Aceites de Títulos Cambiais 140.862 Obrigações por Repasses do País Instituições Oficiais 75.958 BNDES 34.824 FINAME 41.134 Instrumentos Financeiros Derivativos 629 Instrumentos Financeiros Derivativos 629 Outras Obrigações 103.757 Fiscais e Previdenciárias 101.999 Diversas 1.758 Resultados de Exercícios Futuros 13 Resultados de Exercícios Futuros 13 Patrimônio Líquido 375.896 Capital: De Domiciliados no País 159.083 De Domiciliados no Exterior 917 Reservas de Capital 40.227 Reservas de Lucros 175.669 Total Geral do Passivo
1.942.660
2005 786.085 714.906 714.906 – – 5.933 5.933 29.975 20.560 9.415 3.777 3.777 31.494 201 7.691 8.020 15.582 267.417 80.946 80.946 37.818 37.818 55.609 36.171 19.438 428 428 92.616 90.858 1.758 5 5 338.804 141.186 814 39.917 156.887 1.392.311
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - EM R$ MIL
Eventos Saldos em 31/12/2004 Aumento de Capital - AGE 25/04/2005 Outros Eventos: Reserva Decorrente de Incentivos Fiscais Dividendos não Reclamados Lucro Líquido do Semestre Destinações: Reservas Juros sobre o Capital Próprio Saldos em 30/06/2005 Mutações do Semestre Saldos em 31/12/2005 Aumento de Capital - AGE 29/03/2006 Outros Eventos: Dividendos não Reclamados Lucro Líquido do Semestre Destinações: Reservas Juros sobre o Capital Próprio Propostos Saldos em 30/06/2006 Mutações do Semestre
Capital Realizado 125.000 –
Aumento de Capital – 17.000
Reservas de Capital 38.954 –
Reservas de Lucros 156.730 (17.000)
Lucros Acumulados – –
Total 320.684 –
– – –
– – –
684 279 –
– – –
– – 23.836
684 279 23.836
– – 125.000 – 142.000 18.000
– – 17.000 17.000 – –
– – 39.917 963 39.917 –
17.157 – 156.887 157 176.594 (18.000)
(17.157) (6.679) – – – –
– (6.679) 338.804 18.120 358.511 –
– –
– –
310 –
– –
– 23.705
310 23.705
– – 160.000 18.000
– – – –
– – 40.227 310
17.075 – 175.669 (925)
(17.075) (6.630) – –
– (6.630) 375.896 17.385
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 - EM R$ MIL (01) Apresentação das Demonstrações Financeiras As demonstrações financeiras da Financeira Alfa S.A. - Crédito, Financiamento e Investimentos foram elaboradas em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações e normas e instruções do Banco Central do Brasil ( Bacen ) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). (02) Principais Práticas Contábeis (a) Apuração do Resultado: As receitas e despesas foram apropriadas pelo regime de competência. (b) Ativos Circulante e Realizável a Longo Prazo: Demonstrados pelos valores de realização e, quando aplicável, acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidos de provisão para perdas e ajustados pelos seus valores de mercado, especificamente em relação ao registro e a avaliação contábil dos títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos estabelecidos pelas Circulares Bacen nºs 3.068 e 3.082 (vide notas explicativas nºs 03 “b” e 09). AProvisão para Créditos de Liquidação Duvidosa foi constituída considerando a atual conjuntura econômica, a experiência de anos anteriores e a expectativa de realização da carteira, de forma que apure a adequada provisão em montante suficiente para cobrir riscos específicos e globais, associada à provisão calculada de acordo com os níveis de risco e os respectivos percentuais mínimos estabelecidos pela Resolução Bacen nº 2.682 (vide nota explicativa nº 4 “c”). (c) Ativo Permanente: Demonstrado ao custo corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, combinado com os seguintes aspectos: Depreciação do Imobilizado de Uso, calculada pelo método linear, às seguintes taxas anuais: Veículos, Sistemas de Comunicação e de Processamento de Dados 20% e demais itens 10%. Amortização, basicamente, de despesas de instalações, de informática (programas de processamento de dados) e de benfeitorias em imóveis de terceiros, calculada pelo método linear, no prazo máximo de 5 anos. (d) Passivos Circulante e Exigível a Longo Prazo: São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo os encargos e as variações monetárias incorridos, deduzidos das correspondentes despesas a apropriar. (e) Impostos e Contribuições: As provisões para Imposto de Renda, Contribuição Social, PIS e Cofins são calculadas às alíquotas de 15% mais adicional, 9%, 0,65% e 4%, respectivamente, considerando para efeito das respectivas bases de cálculo, a legislação pertinente a cada encargo. Também é observado pela Companhia a prática contábil de constituição de créditos tributários de imposto de renda e contribuição social sobre diferenças temporárias, às mesmas alíquotas vigentes utilizadas para a constituição das provisões fiscais (vide nota explicativa nº 05 “b”). (f) Estimativas Contábeis: As demonstrações financeiras, de acordo com as práticas contábeis brasileiras, incluem algumas contas cujos valores são determinados por estimativas baseadas na experiência passada, ambiente legal e de negócios, probabilidade de ocorrência de eventos sujeitos ou não ao controle da Administração, etc. Essas estimativas são revistas pelo menos anualmente, buscando-se determinar valores que mais se aproximem dos futuros valores de liquidação dos ativos ou passivos considerados. (03) Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos a) Composição da Carteira Composição 2006 2005 • Carteira Própria (1) 465 6.845 • Vinculados a Operações Compromissadas (2) 5.548 – • Vinculados a Prestação de Garantias (2) 76.888 63.694 Total - Títulos e Valores Mobiliários 82.901 70.539 • Swaps - Diferencial a Receber (nota 09) 1.841 2.271 Total - Instrumentos Financeiros 1.841 2.271 Total Geral 84.742 72.810 (1) Representados por Títulos do Tesouro Nacional. (2) Representados por Títulos do Tesouro Nacional R$ 82.436 (2005 R$ 44.478), Certificados de Depósito Bancário R$ zero (2005 R$ 19.196) e Cotas de Fundo de Investimento R$ zero (2005 R$ 20). b) Classificação de Títulos e Valores Mobiliários por Categoria 3 meses 1 ano a Acima de Saldo Saldo Categorias a 1 ano 3 anos 3 anos 30/06/2006 30/06/2005 • Mantidos até o Vencto. (1) – – 47.990 47.990 42.237 • Negociação (2) 738 34.173 – 34.911 28.302 Total - Títulos e Valores Mobiliários 738 34.173 47.990 82.901 70.539 % Concentração p/Prazo 0,9 41,2 57,9 100,0 100,0 (1) “Títulos Mantidos até o Vencimento”: classificados em razão da intenção da Administração e da capacidade financeira da Companhia em mantê-los até o vencimento. A capacidade financeira está comprovada com base em projeção de fluxo de caixa conforme exigência do Bacen. Esses títulos foram mantidos pelo seu valor de aquisição acrescido dos rendimentos auferidos, os quais foram registrados no resultado do período. O valor de mercado destes títulos é de R$ 48.539 (2005 R$ 42.157). (2) “Títulos para Negociação”: o valor contábil corresponde ao valor de mercado desses títulos na data do balanço e foi obtido através de coletas de taxas junto ao mercado, quando aplicável e, validadas através de comparação com informações fornecidas pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto (Andima). O ajuste positivo dos Títulos para Negociação no montante de R$ 96 (2005 - R$ 11), obtido entre os valores de custo R$ 34.815 (2005 R$ 28.292) e de mercado R$ 34.911 (2005 R$ 28.303), foi registrado em conta adequada do resultado. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
(04) Operações de Crédito a) Composição da carteira de crédito por setor de atividade 2006 2005 Setores de Atividade Valor % Valor % Setor Privado: Rural 1.503 0,1 360 – Indústria 101.023 5,9 57.998 4,8 Comércio 96.236 5,6 26.206 2,2 Intermediários Financeiros 250.317 14,5 92.941 7,6 Outros Serviços 86.154 5,0 95.822 7,8 Pessoas Físicas 1.185.724 68,9 948.076 77,6 Total da Carteira 1.720.957 100,0 1.221.403 100,0 Empréstimos 848.014 49,3 546.887 44,8 Financiamentos 872.890 50,7 674.372 55,2 Outros Créditos 53 – 144 – Total da Carteira 1.720.957 100,0 1.221.403 100,0 Avais e Fianças Prestadas estão registrados em contas de compensação R$ 17.274 (2005 R$ 13.517). b) Composição da carteira de crédito por faixas de vencimento Parcelas por 2006 Faixas de Vencimento A Vencer Vencidos Total % A Vencer até 180 dias 607.214 7.901 615.115 35,7 A Vencer de 181 a 360 dias 394.587 5.343 399.930 23,3 A Vencer Acima de 360 dias 685.064 8.520 693.584 40,3 Total Parcelas Vincendas 1.686.865 21.764 1.708.629 99,3 Vencidas até 60 dias – 4.706 4.706 0,3 Vencidas de 61 a 180 dias – 6.825 6.825 0,4 Vencidas acima de 180 dias – 797 797 – Total Parcelas Vencidas – 12.328 12.328 0,7 Total da Carteira 1.686.865 34.092 1.720.957 100,0 Parcelas por 2005 Faixas de Vencimento A Vencer Vencidos Total % A Vencer até 180 dias 492.983 4.456 497.439 40,7 A Vencer de 181 a 360 dias 277.422 2.978 280.400 23,0 A Vencer Acima de 360 dias 433.461 3.893 437.354 35,8 Total Parcelas Vincendas 1.203.866 11.327 1.215.193 99,5 Vencidas até 60 dias – 2.691 2.691 0,2 Vencidas de 61 a 180 dias – 3.066 3.066 0,3 Vencidas acima de 180 dias – 453 453 – Total Parcelas Vencidas – 6.210 6.210 0,5 Total da Carteira 1.203.866 17.537 1.221.403 100,0 c) Classificação da carteira de crédito por níveis de risco A Resolução Bacen nº 2.682 de 21/12/1999 introduziu os critérios para a classificação das operações de crédito e para a constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa, os quais são baseados em sistemas de avaliação de risco de clientes/operações. A composição da carteira de crédito e a constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa nos correspondentes níveis de risco, conforme estabelecido na referida Resolução, estão demonstrados a seguir: 2006 Saldo da Carteira de Crédito Provisão Níveis (*) Mínima de Risco A Vencer Vencidos Total Exigida Contábil AA 156.522 – 156.522 – – A 62.594 – 62.594 313 313 B 1.437.654 9.008 1.446.662 14.467 20.474 C 24.589 7.673 32.262 968 968 D 1.842 4.302 6.144 614 614 E 706 2.728 3.434 1.030 1.030 F 685 2.912 3.597 1.799 1.799 G 416 2.111 2.527 1.769 1.769 H 1.857 5.358 7.215 7.215 7.215 Total 1.686.865 34.092 1.720.957 28.175 34.182 2005 Saldo da Carteira de Crédito Provisão Níveis (*) Mínima de Risco A Vencer Vencidos Total Exigida Contábil AA 46.523 – 46.523 – – A 51.197 – 51.197 256 256 B 1.089.358 4.970 1.094.328 10.943 13.604 C 10.537 3.926 14.463 434 434 D 2.239 2.055 4.294 429 429 E 1.100 1.061 2.161 648 648 F 768 1.372 2.140 1.071 1.071 G 338 1.179 1.517 1.062 1.062 H 1.806 2.974 4.780 4.780 4.780 Total 1.203.866 17.537 1.221.403 19.623 22.284 (*) Inclui os créditos vencidos até 14 dias. d) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa: O saldo da provisão atingiu o montante de R$ 34.182 (2005 R$ 22.284), correspondente a 1,98% do total da carteira, acima do mínimo requerido pela Resolução nº 2.682 do Banco Central do Brasil. No semestre, os créditos amortizados para prejuízo totalizaram R$ 8.814 (2005 R$ 4.100), sendo recuperados no mesmo período R$ 1.857 (2005 R$ 3.440). O saldo das operações renegociadas era de R$ 7.152 (2005 R$ 8.240) na data do balanço.
Humberto Mourão de Carvalho - Presidente Fernando Pinto de Moura
Paulo Guilherme Monteiro Lobato Ribeiro
de R$ 56,06 e R$ 71,19 por lote de mil ações ordinárias e preferenciais, respectivamente. Patrimônio Líquido O patrimônio líquido atingiu o valor de R$ 375,8 milhões ao final do semestre e o valor patrimonial para cada lote de mil ações alcançou R$ 3.554,03, com crescimento de 4,8% no semestre, superior à inflação de 1,54% medida pelo IPCA. A Assembléia Geral Extraordinária realizada em 29 de março de 2006, homologada pelo Banco Central do Brasil em 19 de junho de 2006, aprovou o aumento do capital social da Companhia para R$ 160,0 milhões mediante incorporação de reservas de lucros. O índice de solvabilidade instituído pelo Comitê da Basiléia e normatizado pelo Banco Central do Brasil atingiu 19,18% ao final do semestre demonstrando a boa capacidade de solvência das instituições financeiras integrantes do Conglomerado Alfa, quando comparado tanto com o mínimo de 11% exigido pelo Banco Central do Brasil, quanto com o de 8% recomendado pelo Comitê da Basiléia. Recursos Captados O volume de recursos captados pela Companhia atingiu R$ 1.416,0 milhões na data do balanço com crescimento de 22,7% em relação a dezembro 2005. Esses recursos estavam representados principalmente por R$ 1.108,3 milhões em depósitos interfinanceiros, R$ 162,3 milhões em recursos de aceites cambiais e R$ 139,8 milhões em repasses do BNDES.
Ativos e Empréstimos O ativo total alcançou R$ 1.942,6 milhões ao final do semestre com crescimento de 17,3% em relação a dezembro 2005. A carteira de crédito atingiu R$ 1.720,9 milhões, com crescimento de 16,6% em relação a dezembro de 2005, com destaque para o aumento das carteiras de financiamento de automóveis e crédito pessoal com consignação salarial. O volume de créditos vencidos acima de 15 dias totalizou R$ 34,0 milhões correspondente a 1,98% da carteira total. O saldo da provisão para créditos de liquidação duvidosa atingiu R$ 34,1 milhões, representando 1,98 % do total da carteira de crédito, montante superior ao total de créditos vencidos e ao mínimo exigido pela Resolução nº 2.682 do Banco Central do Brasil. Declaração Sobre Serviços Da Auditoria Independente Em atendimento à Instrução CVM nº 381 de 14/01/2003, informamos que a empresa contratada para auditoria das demonstrações financeiras da Financeira Alfa S.A. - Crédito, Financiamento e Investimentos, ou pessoas a ela ligada, não prestou no período outros serviços que não sejam de auditoria externa. Agradecimentos É indispensável traduzir o reconhecimento da Financeira Alfa S.A. Crédito, Financiamento e Investimentos ao trabalho de seus funcionários e ao apoio de seus acionistas e, finalmente, a confiança de seus clientes e das instituições financeiras do mercado que continuaram a prestigiar a organização como sempre fizeram. São Paulo, 10 de agosto de 2006
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO - EM R$ MIL
DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO - EM R$ MIL
2006
2005
Receitas da Intermediação Financeira
Descrição
198.194
161.032
Operações de Crédito
192.858
155.268
Resultado com Títulos e Valores Mobiliários
6.157
5.266
Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos
(821)
498
Despesas da Intermediação Financeira
112.944
85.036
Operações de Captação no Mercado
87.358
72.431
Operações de Empréstimos e Repasses
7.262
5.606
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa
18.324
6.999
Resultado Bruto da Intermediação Financeira
85.250
75.996
Outras Receitas/(Despesas) Operacionais
(52.896) (43.109)
Receitas de Prestação de Serviços
7.726
6.302
Despesas de Pessoal
(15.961) (12.514)
Outras Despesas Administrativas
(37.922) (32.148)
Despesas Tributárias
(1.355)
Outras Receitas Operacionais
2.357
3.214
Outras Despesas Operacionais
(7.741)
(3.024)
Resultado Operacional
32.354
32.887
Resultado não Operacional
(4.939)
43
151
Resultado antes da Tributação e Participações
32.397
33.038
Imposto de Renda e Contribuição Social
(7.753)
(8.346)
Provisão para Imposto de Renda
(9.868)
(8.127)
Provisão para Contribuição Social
(3.592)
(2.616)
Ativo Fiscal Diferido
5.707
2.397
Participações no Lucro
(939)
(856)
Empregados
(336)
(328)
Administradores - Estatutárias
(603)
(528)
Lucro Líquido do Semestre
23.705
23.836
Lucro Líquido por Lote de Mil Ações - R$
224,12
225,37
(05) Imposto de Renda e Contribuição Social a) Demonstração do cálculo dos encargos 2006 2005 • Lucro antes da tributação, deduzido das Participações 31.458 32.182 • IR e CS às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente (10.695) (10.942) Efeito das Adições e Exclusões: • Juros sobre o Capital Próprio 2.254 2.271 • Créditos Amortizados para Prejuízo (392) 15 • Provisão para Devedores Duvidosos (3.339) (1.109) • Contingências Fiscais e Trabalhistas (1.772) (973) • Outras Adições e Exclusões 285 207 • Total dos Encargos Devidos no Semestre (13.659) (10.531) • Créditos Tributários 5.707 2.397 • Obrigações Fiscais Diferidas 199 (212) • Despesa de I. Renda e C. Social (7.753) (8.346) (b) Créditos Tributários de Imposto de Renda e Contribuição Social Saldos em Consti- Reali- Saldos em Origem 31/12/2005 tuição zação 30/06/2006 Conting. Fiscais e Trabalhistas 11.538 1.772 – 13.310 Prov. p/Devedores Duvidosos 8.283 9.502 (6.163) 11.622 Créditos Amortizados p/Prejuízo 861 641 (249) 1.253 Outros Créditos Tributários 807 1.198 (994) 1.011 Subtotal 21.489 13.113 (7.406) 27.196 Contribuição Social a Compensar 2.394 – (1.297) 1.097 Total 23.883 13.113 (8.703) 28.293 % Sobre Patrimônio Líquido 6,7% 7,5% A Administração da Companhia, fundamentada em estudo técnico, estima que a realização desses créditos tributários ocorrerá em 5 anos na seguinte proporção: 37,5% no primeiro ano, 14,7% no segundo ano, 13,1% no terceiro ano, 16,7% no quarto ano e 18,0% no quinto ano. Na data do balanço, o valor presente dos créditos tributários calculados com base na taxa Selic é de aproximadamente R$ 19.452. Os créditos tributários não ativados totalizavam R$ 2.151. (06) Exigível a Longo Prazo Os recursos captados no País para repasses a clientes, classificados no Longo Prazo, possuem as seguintes características: a) Depósitos Interfinanceiros com vencimentos até 13/01/2009; b) Recursos de Aceites Cambiais com vencimentos até 06/06/2011 indexado à taxa do CDI; c) Operações de BNDES, com vencimentos até 15/09/2009 a taxa pós fixada até 4,5% a.a. mais TJLP, garantidas por contratos; e d) Operações FINAME com vencimentos até 15/06/2011 à taxa pós-fixada de 4,0% a.a. mais TJLP, garantidas por contratos. (07) Patrimônio Líquido a) Capital Social: Está dividido em 59.439.005 de ações ordinárias e 46.326.898 de ações preferenciais sem valor nominal. É assegurado às ações preferenciais, que não possuem direito de voto, um dividendo mínimo de 8% ao ano sobre a parte e respectivo valor do capital que essas ações representam. A Assembléia Geral Extraordinária realizada em 29 de março de 2006, homologada pelo Banco Central do Brasil em 19 de junho de 2006, aprovou o aumento do capital social da Companhia para R$ 160.000, mediante incorporação de reservas de lucros. b) Dividendos: O Estatuto Social prevê dividendo mínimo de 25% do lucro líquido anual, ajustado conforme o disposto no art. 202 da Lei das Sociedades por Ações, podendo ser pago sob a forma de juros sobre capital próprio, conforme previsto no artigo 31 do Estatuto Social e artigo 9º da Lei nº 9.249 de 26/12/1995. Está sendo proposto o pagamento dos juros sobre capital próprio, no valor bruto de R$ 6.630, correspondente a R$ 56,06 e R$ 71,19 por lote de mil ações ordinárias e preferenciais, respectivamente, sujeito à incidência de imposto de renda na fonte à alíquota de 15%, quando aplicável. A adoção do pagamento desses juros sobre o capital próprio aumentou o resultado da Companhia em R$ 2.254 face ao benefício fiscal obtido. Os juros foram contabilizados em conformidade com a Circular Bacen nº 2.739/97, Deliberação CVM nº 207/96 e em atendimento às disposições fiscais. c) Reservas de Capital e Reservas de Lucros: As reservas de capital são representadas, pelas reservas de incentivos fiscais R$ 29.777 (2005 R$ 29.777), de correção monetária de Capital de Giro Decreto-Lei 1.338/74 R$ 8.718 (2005 R$ 8.718), dividendos não reclamados R$ 1.336 (2005 R$ 1.026) e reserva de correção monetária especial da Lei nº 8.200/91 R$ 396 (2005 R$ 396). As reservas de lucros são compostas pelas reservas legal R$ 27.158 (2005 R$ 24.604) e estatutárias R$ 148.511 (2005 R$ 132.283). Areserva estatutária é composta pelas reservas para aumento de capital R$ 122.578 (2005 R$ 109.772) e reserva especial para dividendos R$ 25.933 (2005 R$ 22.511). (08) Transações entre Partes Relacionadas Sempre em concordância com os dispositivos legais vigentes e com as normas expedidas pelo Banco Central do Brasil, no primeiro semestre de 2006, efetuaram-se as seguintes operações entre ligadas: 2006 2005 Ativos Receitas Ativos Receitas Operações (Passivos) (Despesas) (Passivos) (Despesas) Disponibilidades 1.125 – 1.864 – Operações de Swap (1) (22) (4) (46) 33 Letras de Câmbio (1) (9.912) (540) – – Certif. Depósito Bancário (1) – – 19.196 618 Operações Compromissadas (1) (5.528) 74 – 41 Depósitos Interfinanceiros (1) (1.101.625) (76.437) (795.852) (71.023) Ressarcimento de Custos (2) (498) – (482) – Prestação de Serviços (3) (1.859) (2.998) – (2.430) (1) As aplicações e captações de recursos referem-se às operações envolvendo a Companhia e empresas ligadas, efetuadas a taxas compatíveis com as taxas médias praticadas no mercado, vigentes nas datas das operações. (2) Os ressarcimentos de custos referem-se basicamente, à cobertura de despesas relativos ao agenciamento de operações com empresas ligadas, cobradas de acordo com contrato mantido entre as partes. (3) Referem-se a serviços contratados de tecnologia e informática, auditoria interna, divulgação da marca, transporte aéreo e consultoria contábil. Inclui também, valores a pagar a título de direito de exclusividade e preferência para o exercício das atividades de crédito. (09) Instrumentos Financeiros Derivativos A Companhia participa de operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos, representadas por contratos de troca de moedas ou indexadores - “Swap”, com a finalidade de reduzir a exposição a riscos de taxas de juros. O gerenciamento e monitoramento dos riscos envolvidos é realizado por área independente através de políticas de controles, estabelecimento de estratégias de operação, determinação de limites e do acompanhamento constante das posições assumidas através de técnicas específicas, consoante as diretrizes estabelecidas pela Administração. A estrutura de gerenciamento de riscos contempla os seguintes riscos segregados por natureza: Riscos de Mercado; Riscos de Liquidez e Riscos de Crédito. Esses instrumentos financeiros derivativos são registrados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e na Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP), envolvendo taxas pré-fixadas e mercado interfinanceiro (DI). A posição em 30 de junho de 2006 desses instrumentos financeiros derivativos têm seus valores registrados em contas de compensação e os ajustes/diferenciais em contas patrimoniais. Para a apuração dos preços de mercado foram utilizadas as taxas médias praticadas para operações com prazo e indexadores similares na data do balanço conforme divulgações da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). DIRETORIA
Paulo Guilherme Monteiro Lobato Ribeiro - Presidente José Antônio Rigobello
Rubens Bution
Contas A - Origem dos Recursos Lucro Líquido do Semestre Ajustes ao Lucro Líquido - Depreciações e Amortizações - Outros Variação nos Resultados de Exercícios Futuros Recursos de Acionistas - Dividendos não Reclamados Reserva Decorrente de Incentivo Fiscais Recursos de Terceiros Originários de: - Aumento dos Subgrupos do Passivo Depósitos Operações Compromissadas Recursos de Aceites Cambiais Obrigações por Empréstimos e Repasses do País Instrumentos Financeiros Derivativos Outras Obrigações - Alienação de Bens e Investimentos Bens não de Uso Próprio Imobilizado de Uso Investimentos B - Aplicação dos Recursos Juros s/Capital Próprio Pagos e Propostos Inversões em: - Bens não de Uso Próprio - Imobilizado de Uso Aplicações no Diferido Aumento dos Subgrupos do Ativo - Aplicações Interfinanceiras de Liquidez - Títulos e Valores Mobiliários e Instr. Financ. Derivativos - Operações de Crédito - Outros Créditos - Outros Valores e Bens Redução dos Subgrupos do Passivo - Depósitos - Captações no Mercado - Obrigações por Empréstimos e Repasses - Instrumentos Financeiros Derivativos Aumento das Disponibilidades (A-B) Modificações na Posição Financeira Início do Período Fim do Período Aumento das Disponibilidades
2006 2005 295.343 71.134 23.705 23.836 88 287 252 287 (164) – (21) 5 310 279 – 684 271.261 46.043 269.392 44.827 177.069 – 5.528 – 54.368 43.346 25.374 – 423 – 6.630 1.481 1.869 1.216 1.430 1.186 3 30 436 – 293.933 69.464 6.630 6.679 2.303 1.562 1.946 1.334 357 228 228 73 284.772 19.073 5.699 – 7.915 4.117 234.957 5.442 27.309 8.290 8.892 1.224 – 42.077 – 23.662 – 100 – 15.052 – 3.263 1.410 1.670 741 2.151 1.410
1.056 2.726 1.670
2006 Referência Mercado 19.817 20.039 409.700 409.700 429.517 429.739 409.277 409.323 19.905 19.904 429.182 429.227 335 512 2005 Contratos Custo Referência Mercado • Pré 15.550 18.829 19.085 • Mercado Interfinanceiro 326.210 375.713 375.713 Posição Ativa 341.760 394.542 394.798 • Pré 326.210 378.700 378.723 • Mercado Interfinanceiro 15.550 18.009 18.009 Posição Passiva 341.760 396.709 396.732 Swaps - Exposição Líquida – (2.167) (1.934) Os valores dos diferenciais a receber e a pagar registrados em contas patrimoniais do ativo e do passivo sob o título “Instrumentos Financeiros Derivativos” correspondiam a R$ 1.841 (2005 R$ 2.271) e R$ 1.329 (2005 R$ 4.205) na data do balanço, respectivamente. O total do ajuste positivo registrado no resultado do semestre foi de R$ 10 (2005 R$ 19 negativo). Os contratos de swaps registrados pelos seus valores de mercado em contas de compensação possuíam os seguintes vencimentos: até 90 dias R$ 15.902, de 91 até 180 dias R$ 10.494, de 181 a 360 dias R$ 69.457 e acima de 360 dias R$ 333.886. (10) Passivos Contingentes e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A Companhia, no curso normal de suas atividades, é parte em processos de natureza fiscal, previdenciária, trabalhista e cível. As respectivas provisões foram constituídas levando-se em conta a legislação em vigor, a opinião dos assessores legais, a natureza e complexidade dos processos, o posicionamento dos Tribunais, o histórico de perdas e outros critérios que permitam a sua estimativa da forma mais adequada possível. A Administração considera que as provisões existentes na data destas demonstrações são suficientes para fazer face aos riscos decorrentes destes processos. As provisões constituídas e respectivas variações no período, segregadas por natureza, estão demonstradas a seguir: Fiscais e Trabalhistas Movimentação Previdenciárias e Cíveis Total Saldo Início do Período 94.788 1.758 96.546 (+) Complemento de Provisão 7.211 – 7.211 Saldo Final do Período 101.999 1.758 103.757 (a) As obrigações legais e as contingências fiscais e previdenciárias referem-se principalmente a obrigações tributárias cuja legalidade ou constitucionalidade é objeto de contestação nas esferas administrativa e judicial, com destaque para: (i) o alargamento da base de cálculo do PIS e da COFINS determinado pela Lei nº 9.718/98, (ii) a cobrança da CSLL por alíquotas diferenciadas para o Sistema Financeiro (Isonomia), (iii) a cobrança do PIS pelas Emendas Constitucionais 01/94, 10/96 e 17/97 e (iv) a dedução dos valores da CSLL na base de cálculo do IRPJ. As provisões existentes amparam o risco decorrente das obrigações legais e das contingências fiscais e previdenciárias consideradas como de perda provável e encontram-se registradas no exigível a longo prazo na rubrica “Provisão para Riscos Fiscais” do grupo “Outras Obrigações Fiscais e Previdenciárias”. Para fins de comparação, procedemos a reclassificação dos saldos dessas provisões em 30/06/2005 do circulante para o exigível a longo prazo. A Companhia possui outras contingências fiscais e previdenciárias, avaliadas individualmente por nossos assessores como de risco de perda não provável, conforme Deliberação CVM nº 489, de 03/10/2005, com destaque para a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Essa contingência trata de cobranças efetuadas pela Receita Federal relativas ao período de janeiro/92 a junho/94. A Companhia possui processos judiciais já transitados em julgado exonerando-a do pagamento dessa contribuição. Essas cobranças, no montante de R$ 84.594, estão sendo objeto de questionamento administrativo e judicial. (b) As contingências trabalhistas originam-se de ações judiciais movidas por ex-empregados que buscam obter indenizações referentes a pretensos direitos trabalhistas. A provisão constituída encontra-se registrada na rubrica “Provisão para Passivos Contingentes” do grupo “Outras Obrigações - Diversas”. (c) As contingências cíveis são originadas basicamente por ações judiciais movidas por terceiros, pleiteando indenização por danos materiais e morais, sendo em sua maior parte julgadas pelo Juizado Especial Cível. Não existem processos de valores significativos em curso e que sejam de conhecimento da Administração. (11) Outras Informações (a) Outros Créditos - Diversos: incluem, basicamente, Tributos Antecipados R$ 541 (2005 R$ 5.893), Depósitos Judiciais R$ 71.536 (2005 R$ 44.911), Devedores por Compra de Valores e Bens R$ 53 (2005 R$ 144), Devedores Diversos R$ 15.932 (2005 R$ 10.745), Opções por Incentivos Fiscais R$ 1.507 (2005 R$ 1.507), Contribuição Social a Compensar R$ 1.097 (2005 R$ 2.709) e Créditos Tributários R$ 27.196 (2005 R$ 20.328). (b) Despesas Antecipadas: refere-se substancialmente a despesas pagas antecipadamente às revendas de veículos por serviços prestados na colocação de operações de crédito. Essas despesas são apropriadas ao resultado com base no prazo contratual da operação de crédito. (c) Outros Investimentos: composto basicamente por ações de companhias de capital fechado. No semestre foi alienado a participação acionária que a Companhia detinha no capital da Uvale S.A. - Uvas do Vale do Gorutuba. O preço de venda totalizou R$ 436 e correspondeu ao valor patrimonial dessas ações. (d) Outras Obrigações Diversas: composta por provisões para despesas de pessoal e administrativa R$ 8.766 (2005 R$ 5.517), provisões para passivos contingentes R$ 1.758 (2005 R$ 1.758) e credores diversos R$ 17.524 (2005 R$ 10.065). (e) Os honorários da Administração totalizaram R$ 1.652 (2005 R$ 1.673) no semestre. (f) Outras Receitas Operacionais: composta basicamente por dividendos e juros sobre o capital próprio recebidos e declarados R$ 1.396 (2005 R$ 898), receitas de recuperação de encargos e receitas de garantias prestadas R$ 417 (2005 R$ 766), variações monetárias ativas R$ 61 (2005 R$ 1.548) e processos operacionais R$ 318. (g) Outras Despesas Operacionais: composta basicamente por atualização de tributos R$ 1.195 (2005 R$ 1.590), provisão para Riscos Fiscais R$ 5.282 (2005 R$ zero), variação monetária passiva R$ 151 (2005 R$ 1), custas judiciais sobre cobrança de vencidos R$ 833 (2005 R$ 615) e processos operacionais R$ 246 (2005 R$ 789). (h) Resultado não Operacional: refere-se principalmente a lucros e prejuízos obtidos na alienação de valores e bens. (i) A Companhia tem como política segurar seus valores e bens a valores considerados adequados para coberturas de eventuais perdas. (j) Em atendimento à Deliberação CVM nº 371 informamos que a Companhia não mantém planos de remuneração em ações (stock options) e outros benefícios a seus empregados. (k) O resumo do relatório elaborado pelo Comitê de Auditoria, único instituído pelo Conglomerado Financeiro Alfa por intermédio da instituição líder Banco Alfa de Investimento S.A., está sendo publicado em conjunto com as demonstrações financeiras do Banco. CONTADORA Contratos • Pré • Mercado Interfinanceiro Posição Ativa • Pré • Mercado Interfinanceiro Posição Passiva Swaps - Exposição Líquida
Custo 16.160 357.172 373.332 357.172 16.160 373.332 –
Aucilene Moisés Neves CRC 1SP 197638/O-1
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES À Administração e aos Acionistas da Financeira Alfa S.A. - Crédito, Financiamento e Investimentos São Paulo - SP Examinamos os balanços patrimoniais da Financeira Alfa S.A. - Crédito, Financiamento e Investimentos levantados em 30 de junho 2006 e 2005 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos
semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume das transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os
valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Financeira Alfa S.A. - Crédito, Financiamento e Investimentos em 30 de junho de 2006 e 2005, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações
de recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 10 de agosto de 2006
Auditores Independentes CRC 2SP 014428/O-6
Zenko Nakassato Contador CRC 1SP 160769/O-0
DIÁRIO DO COMÉRCIO
20 -.ECONOMIA/LEGAIS
terça-feira, 29 de agosto de 2006
COMPRAS EXTERNAS CRESCERAM MAIS QUE AS VENDAS, MAS SALDO DA BALANÇA AINDA É SUPERAVITÁRIO
C
om uma expansão de 13,2% nas importações e um recuo de 4,1% nas exportações, o saldo da balança comercial brasileira registrado na quarta semana de agosto, de US$ 738 milhões, despencou 27,7% em relação à semana anterior, quando a diferença entre as vendas e as compras externas foi de US$ 1,022 bilhão. A queda se deveu, principalmente, à redução nos embarques de semimanufaturados (16,6%) e manufaturados (7,2%), com destaque para óleo de soja em bruto, madeira serrada, ferro fundido, motores e geradores elétricos, gasolina,
EXPORTAÇÕES RECUAM óleo combustível, álcool etílico, veículos de carga e calçados. O resultado só não foi pior porque as exportações dos básicos continuaram crescendo, apresentando, de uma semana para outra, uma variação positiva de 7%, com a contribuição de petróleo em bruto, minério de ferro e de cobre, café em grão e algodão em bruto. Do lado das importações, o País comprou mais combustíveis e lubrificantes, equipamentos eletroeletrônicos, ins-
trumentos de ótica e precisão, plásticos e obras, farmacêuticos e siderúrgicos. Ainda superávit – Apesar do fraco desempenho semanal, a balança comercial de agosto acumulou, até o último domingo, um superávit de US$ 3,866 bilhões, resultado de importações de US$ 7,619 bilhões e US$ 11,485 bilhões em exportações, confirmando a tese do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior de que as ven-
das externas alcançaram um patamar definitivo acima de US$ 10 bilhões. Na quarta semana de agosto, a média diária exportada, de US$ 586,2 milhões, subiu 22,5% em relação a agosto de 2005; e a média importada, de US$ 438,6 milhões, cresceu 19,9%. Acumulado – No ano, a balança está superavitária em US$ 29,035 bilhões, contra US$ 28,113 bilhões no mesmo período do ano passado. Levando-se em conta as quatro
semanas de agosto – contra o mesmo período do ano anterior –, há crescimento nas vendas em todas as categorias de produtos. Graças à alta cotação das commodities no mercado externo, os semimanufaturados são os que apresentam a mais alta variação, de 62,8%, devido ao aumento das receitas com alumínio em bruto, semimanufaturados de ferro e aço e madeira serrada. Os manufaturados tiveram um acréscimo de 20,3% e os bá-
sicos, 14,8%. Nessas duas últimas categorias pesaram mais na pauta álcool etílico, telefones celulares, automóveis, açúcar refinado, minério de ferro, fumo em folhas, carnes bovina, suína e de frango, café em grão e petróleo em bruto. Nas importações, o grande destaque foram as compras de cobre e suas obras, que aumentaram 166,5% por conta da elevada cotação do metal no mercado externo. Também tiveram expansão os gastos com adubos e fertilizantes (64%), siderúrgicos (55,4%), farmacêuticos (50,6%), automóveis e partes (29,8%) e equipamentos eletrônicos (16,5%). (AG)
ALFA ARRENDAMENTO MERCANTILS.A. C.N.P.J. 46.570.800/0001-49 SEDE: ALAMEDA ARAGUAIA, 933 - CONJUNTO 32 BARUERI - SP
RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas: Submetemos a sua apreciação, as demonstrações financeiras da Alfa Arrendamento Mercantil S.A., correspondentes às atividades desenvolvidas durante os semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005, acrescidas das notas explicativas e do Parecer dos Auditores Independentes. BALANÇO PATRIMONIAL EM 30 DE JUNHO - EM R$ MIL ATIVO Circulante Disponibilidades Aplicações Interfinanceiras de Liquidez Aplicações em Depósitos Interfinanceiros Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos Carteira Própria Vinculados à Prestação de Garantias Operações de Arrendamento Mercantil Carteira - Setor Público Carteira - Setor Privado (Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil) Valores Residuais a Realizar (Valores Residuais a Balancear) (Provisão p/ Créditos de Liquidação Duvidosa) Outros Créditos - Diversos Outros Valores e Bens Outros Valores e Bens (Provisões para Desvalorizações) Despesas Antecipadas Realizável a Longo Prazo Aplicações Interfinanceiras de Liquidez Aplicações em Depósitos Interfinanceiros Operações de Arrendamento Mercantil Carteira - Setor Público Carteira - Setor Privado (Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil) Valores Residuais a Realizar (Valores Residuais a Balancear) (Provisão p/ Créditos de Liquidação Duvidosa) Outros Créditos - Diversos Outros Valores e Bens - Despesas Antecipadas Permanente Investimentos - Outros Investimentos Imobilizado de Uso Outras Imobilizações de Uso (Depreciações Acumuladas) Imobilizado de Arrendamento Bens Arrendados (Depreciações Acumuladas) Diferido Gastos de Organização e Expansão Amortização Acumulada Total Geral do Ativo
2006 22.396 2.099 967 967
2005 14.515 1.404 – –
PASSIVO Circulante Depósitos Depósitos Interfinanceiros Outras Obrigações Sociais e Estatutárias Fiscais e Previdenciárias Diversas Exigível a Longo Prazo Depósitos Depósitos Interfinanceiros Recursos de Aceites e Emissão de Títulos Recursos de Debêntures Outras Obrigações Fiscais e Previdenciárias Diversas Patrimônio Líquido Capital: De Domiciliados no País Reservas de Capital Reservas de Lucros Reserva Legal Reservas Estatutárias Reserva para Aumento de Capital Reserva Especial para Dividendos
9.407 7.868 2.189 1.706 7.218 6.162 6.602 3.279 2.430 2.314 184.504 136.435 (178.089) (133.927) 13.210 9.534 (13.210) (9.534) (2.243) (1.543) 2.678 820 643 1.144 727 1.525 (147) (421) 63 40 42.651 23.219 22.003 2.257 22.003 2.257 (2.081) (1.364) 2.031 3.656 120.521 107.690
2006 140.349 125.374 125.374 14.975 2.186 657 12.132 95.871 5.073 5.073 19.315 19.315 71.483 32.751 38.732 203.365
2005 51.119 41.160 41.160 9.959 1.897 771 7.291 50.241 4.454 4.454 – – 45.787 29.895 15.892 191.705
93.700 9.837 99.828 12.551 87.277 69.884 17.393
90.000 9.837 91.868 11.741 80.127 63.819 16.308
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO - EM R$ MIL Descrição
DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO - EM R$ MIL
2006
2005
Receitas da Intermediação Financeira
98.776
72.640
Operações de Arrendamento Mercantil
96.679
71.608
Resultado com Títulos e Valores Mobiliários
2.097
1.032
Despesas da Intermediação Financeira
78.699
52.856
Operações de Captação no Mercado
9.327
3.386
Operações de Arrendamento Mercantil
68.287
49.442
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa
1.085
28
Resultado Bruto da Intermediação Financeira
20.077
19.784
Outras Receitas/(Despesas) Operacionais
(8.196)
(8.518)
Despesas de Pessoal
(3.328)
(3.434)
Outras Despesas Administrativas
(2.842)
(2.135)
Despesas Tributárias
(2.034)
(1.735)
Outras Receitas Operacionais
1.510
487
Outras Despesas Operacionais
(1.502)
(1.701)
Resultado Operacional
11.881
11.266
12
189
Resultado Não Operacional Resultado Antes da Tributação
(122.552) (111.346) 97.499 26.139 (97.499) (26.139) (2.081) (1.364) 21.713 21.998 1.016 328 374.538 255.331 – 130 156 188 855 866 (699) (678) 374.360 254.967 618.533 468.886 (244.173) (213.919) 22 46 111 164 (89) (118) 439.585 293.065
Total Geral do Passivo
439.585
293.065
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - EM R$ MIL
Eventos Saldos em 31/12/2004 Aumento de Capital - AGE 25/04/2005 Outros Eventos: Reserva Decorrente de Incentivos Fiscais Lucro Líquido do Semestre Destinação: Reservas Juros sobre o Capital Próprio Saldos em 30/06/2005 Mutações do Semestre Saldos em 31/12/2005 Aumento de Capital - AGE 29/03/2006 Lucro Líquido do Semestre Destinação: Reservas Juros sobre o Capital Próprio Propostos Saldos em 30/06/2006 Mutações do Semestre
É indispensável traduzir o reconhecimento da Alfa Arrendamento Mercantil S.A. ao trabalho de seus funcionários, ao apoio de seus acionistas e, finalmente, à confiança de seus clientes e instituições financeiras do mercado que continuaram a prestigiar a organização como sempre fizeram. A DIRETORIA Barueri, 10 de agosto de 2006
Capital 87.000 3.000
Reservas de Capital 9.656 –
Reservas de Lucros 89.228 (3.000)
Lucros Acumulados – –
Total 185.884 –
– –
181 –
– –
– 7.830
181 7.830
– – 90.000 3.000 90.000 3.700 –
– – 9.837 181 9.837 – –
5.640 – 91.868 2.640 97.292 (3.700) –
(5.640) (2.190) – – – – 8.661
– (2.190) 191.705 5.821 197.129 – 8.661
– – 93.700 3.700
– – 9.837 –
6.236 – 99.828 2.536
(6.236) (2.425) – –
– (2.425) 203.365 6.236
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 - EM R$ MIL (01) APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras da Alfa Arrendamento Mercantil S.A. foram elaboradas em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações e normas e instruções do Banco Central do Brasil (BACEN). (02) PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS (a) Apuração do Resultado: As receitas e despesas foram apropriadas pelo regime de competência. (b) Ativos Circulante e Realizável a Longo Prazo: Demonstrados pelos valores de realização e, quando aplicável, acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidos de provisão para perdas e ajustados pelos seus valores de mercado, especificamente em relação ao registro e a avaliação contábil dos títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos estabelecidos pelas Circulares Bacen nºs 3.068 e 3.082 (vide nota nº 03). Os contratos de arrendamento mercantil estão registrados pelo valor contratual, em contrapartida à conta retificadora de rendas a apropriar de arrendamento, corrigidos de acordo com as condições determinadas nos contratos de arrendamento, cujo efeito de correção é nulo no resultado. A Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa foi constituída considerando a atual conjuntura econômica, a experiência de anos anteriores e a expectativa de realização da carteira, de forma que apure a adequada provisão em montante suficiente para cobrir riscos específicos e globais, associada à provisão calculada de acordo com os níveis de risco e os respectivos percentuais mínimos estabelecidos pela Resolução Bacen nº 2.682 (vide nota nº 04 “c”). (c) Ativo Permanente: Demonstrado ao custo corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, considerando os seguintes aspectos: • Depreciação dos Bens Arrendados, calculada pelo método linear, às taxas permitidas pela Legislação Fiscal com redução de 30% na vida útil do bem e obedecem às Portarias nº 431 de 23/12/1987 e nº 113 de 23/02/1988. As taxas anuais de depreciação, sem consideração da referida dedução, são: máquinas e equipamentos de 10% a 30%, veículos e afins de 20% a 25% e outros bens de 4% a 20%. Quando do semestre da opção de compra a diferença entre o Custo de Aquisição e o valor da Depreciação Acumulada for maior que o valor residual pago pelo arrendatário, tal excesso é transferido para a conta Perdas de Arrendamento a Amortizar, para amortização pelo restante do prazo da vida útil normal do bem; se entretanto for menor, será reconhecido como receita de acordo com a Portaria nº 564 do Ministério da Fazenda. • Depreciação do Imobilizado de Uso, calculada pelo método linear, às seguintes taxas anuais: Veículos e Equipamentos de Processamento de Dados 20% e demais itens 10%. • Amortização do Diferido, basicamente, representado por benfeitorias em imóveis de terceiros e programas de processamento de dados, calculada pelo método linear pelo prazo máximo de 05 anos. (d) Passivos Circulante e Exigível a Longo Prazo: Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, os encargos e as variações monetárias e cambiais incorridos, deduzidos das correspondentes despesas a apropriar. (e) Impostos e Contribuições: As provisões para Imposto de Renda, Contribuição Social, Pis e Cofins são calculadas às alíquotas de 15% mais adicional, 9%, 0,65% e 4%, respectivamente, considerando para efeito das respectivas bases de cálculo, a legislação pertinente a cada encargo. Também, é observado pela Companhia, a prática contábil de constituição de créditos tributários de imposto de renda e contribuição social sobre diferenças temporárias, às mesmas alíquotas vigentes utilizadas para a constituição das provisões fiscais (vide nota nº 07 letra “b”). (f) Estimativas Contábeis: As demonstrações financeiras, de acordo com as práticas contábeis brasileiras, incluem algumas contas cujos valores são determinados por estimativas baseadas na experiência passada, ambiente legal e de negócios, probabilidade de ocorrência de eventos sujeitos ou não ao controle da Administração, etc. Essas estimativas são revistas pelo menos anualmente, buscando-se determinar valores que mais se aproximem dos futuros valores de liquidação dos ativos ou passivos considerados. (03) TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS A carteira de títulos e valores mobiliários está composta por títulos de emissão do Tesouro Nacional R$ 9.407 (2005 R$ 6.491) e por títulos securitizados R$ zero (2005 R$ 1.377), vencíveis nos seguintes prazos: até 3 meses R$ zero (2005 R$ 1.377) , de 3 meses a 1 ano R$ 8.569 (2005 R$ 158) e de 1 ano a 3 anos R$ 838 (2005 R$ 6.333). Os referidos títulos foram classificados nas seguintes categorias: - “Títulos para Negociação”: o valor contábil corresponde ao valor de mercado desses títulos na data do balanço e foi obtido através de coletas de taxas junto ao mercado, quando aplicável e, validadas através de comparação com informações fornecidas pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto (Andima). O ajuste positivo dos Títulos para Negociação no montante de R$ 60 (2005 R$ 87), obtido entre os valores de custo R$ 9.347 (2005 R$ 6.404) e de mercado R$ 9.407 (2005 R$ 6.491), foi registrado em conta adequada do resultado.
- “Títulos Mantidos até o Vencimento”: classificados em razão da intenção da Administração e da capacidade financeira da Companhia em mantê-los até o vencimento. Os títulos existentes em 30/06/2005, no montante de R$ 1.377, foram mantidos pelo seu valor de aquisição acrescido dos rendimentos auferidos até o vencimento final. (04) OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL A carteira está representada pelas operações de leasing pelo método financeiro, demonstradas pelo valor presente dos contratos, cujo saldo totalizava R$ 315.845 (2005 R$ 215.981) na data do balanço. Esse saldo não considera os adiantamentos a fornecedores R$ 8.498 (2005 R$ 4.607) e as operações de leasing operacional R$ 12.320 (2005 R$ 18.519), demonstradas pelo valor residual dos bens. a) Composição da carteira por faixas de vencimento Parcelas por 2006 Faixas de Vencimento A Vencer Vencidos Total % - A Vencer até 180 Dias 95.789 256 96.045 30,4 - A Vencer de 181 a 360 Dias 81.505 138 81.643 25,8 - A Vencer Acima de 360 Dias 137.884 179 138.063 43,7 Total Vincendas 315.178 573 315.751 99,9 - Vencidas até 60 Dias – 56 56 0,1 - Vencidas de 61 a 180 Dias – 27 27 – - Vencidas de 181 a 360 Dias – 11 11 – Total Vencidas – 94 94 0,1 Total da Carteira 315.178 667 315.845 100,0 Parcelas por 2005 Faixas de Vencimento A Vencer Vencidos Total % - A Vencer até 180 Dias 66.976 167 67.143 31,0 - A Vencer de 181 a 360 Dias 54.201 109 54.310 25,2 - A Vencer Acima de 360 Dias 94.310 134 94.444 43,7 Total Vincendas 215.487 410 215.897 99,9 - Vencidas até 60 Dias – 49 49 0,1 - Vencidas de 61 a 180 Dias – 35 35 – Total Vencidas – 84 84 0,1 Total da Carteira 215.487 494 215.981 100,0 b) Composição da carteira por setor de atividade 2006 2005 Setores de Atividade Valor % Valor % - Indústria – – 255 0,1 - Comércio 3.936 1,3 4.583 2,1 Total Setor Público 3.936 1,3 4.838 2,2 - Indústria 89.465 28,3 63.203 29,3 - Comércio 52.969 16,8 34.649 16,1 - Intermediários Financeiros 378 0,1 299 0,1 - Outros Serviços 138.032 43,7 106.006 49,1 - Pessoas Físicas 31.065 9,8 6.986 3,2 Total Setor Privado 311.909 98,7 211.143 97,8 Total da Carteira 315.845 100,0 215.981 100,0 c) Classificação da carteira por níveis de risco A composição da carteira e a constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa nos correspondentes níveis de risco, conforme estabelecido na Resolução Bacen nº 2.682 de 21/12/1999, estão demonstrados a seguir: 2006 Níveis Saldo da Carteira de Crédito Provisão de (*) Mínima Risco A Vencer Vencidos Total Requerida Contábil AA 74.321 – 74.321 – – A 30.893 – 30.893 154 154 B 150.238 307 150.545 1.506 2.112 C 58.127 92 58.219 1.747 1.747 D 1.560 149 1.709 171 171 E 25 – 25 7 7 H 14 119 133 133 133 Total 315.178 667 315.845 3.718 4.324 2005 Níveis Saldo da Carteira de Crédito Provisão de (*) Mínima Risco A Vencer Vencidos Total Requerida Contábil AA 54.999 – 54.999 – – A 31.216 – 31.216 156 156 B 101.016 112 101.128 1.011 1.426 C 27.836 137 27.973 839 1.112 D 270 29 299 30 30 E 69 50 119 36 36 F 34 166 200 100 100 H 47 – 47 47 47 Total 215.487 494 215.981 2.219 2.907 (*) Inclui os créditos vencidos até 14 dias.
s/o Lucro e Participações
11.893
11.455
Imposto de Renda e Contribuição Social
(3.066)
(3.466)
Provisão para Imposto de Renda
(2.624)
(2.663)
Provisão para Contribuição Social
(917)
(753)
Ativo Fiscal Diferido
475
(50)
Participações no Lucro
(166)
(159)
Empregados
(166)
(159)
Resultado do Semestre
8.661
7.830
Resultado por Lote de Mil Ações - R$
422,80
382,23
O saldo da provisão atingiu o montante de R$ 4.324 (2005 R$ 2.907), correspondente a 1,4% do total da carteira. No semestre, os créditos amortizados para prejuízo totalizaram R$ 10 (2005 R$ 28), sendo recuperados no mesmo período R$ 1.018 (2005 R$ 565). Em 30 de junho de 2006, o saldo das operações renegociadas era de R$ 1.143 (2005 R$ 2.146). (05) IMOBILIZADO DE ARRENDAMENTO 2006 2005 Máquinas e Equipamentos 226.936 206.547 Máquinas e Equipamentos - Leasing Operacional 27.122 25.854 Veículos e Afins 347.550 213.882 Veículos e Afins - Leasing Operacional 344 893 Aeronaves 2.646 9.370 Outros Bens Arrendados 3.072 2.588 Perdas em Arrendamentos a Amortizar 21.397 15.521 Amortização Acumulada (10.534) (5.769) Total - Bens Arrendados 618.533 468.886 Depreciações Acumuladas (236.725) (216.741) Depreciações Acum. - Leasing Operacional (15.146) (8.228) Superveniência de Depreciações 7.698 11.050 Total - Depreciação Acumulada (244.173) (213.919) Total Geral 374.360 254.967 Em atendimento às diretrizes contábeis estabelecidas pela Circular Bacen nº 1.429/1989 e Instrução CVM nº 58/1986, e objetivando compatibilizar práticas contábeis específicas (vide nota 02) com o valor presente dos fluxos futuros das carteiras de arrendamento, foi calculado o valor atual dos Arrendamentos a Receber utilizando-se a taxa interna de retorno de cada contrato. O valor assim apurado foi comparado com o valor residual contábil dos bens arrendados, registrando-se a diferença em Insuficiência ou Superveniência de Depreciação, em contrapartida do resultado. Em conseqüência, a Companhia procedeu um ajuste positivo no semestre de R$ 239 (2005 R$ 1.509 negativo) . (06) EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Em 30 de junho de 2006, os recursos captados no País para repasses a clientes, classificados no Longo Prazo, possuem as seguintes características: a) Depósitos Interfinanceiros com vencimentos até 19/05/2008 e b) Debêntures simples para colocação privada, não conversíveis em ações, no valor nominal de R$ 19.000, com vencimento até 08/06/2010 e remuneração de 105% do Certificado de Depósitos Interfinanceiros - CDI. (07) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (a) Demonstração do cálculo dos encargos 2006 2005 • Lucro antes da tributação, deduzido da participação no lucro 11.727 11.296 • IR e CS às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente (3.987) (3.841) • Efeito das adições e exclusões: • Juros sobre o Capital Próprio 825 745 • Créditos Amortizados para Prejuízo 21 290 • Provisão para Devedores Duvidosos (364) (21) • Insuficiência/Superveniência de Depreciação 60 (377) • Contingência Fiscal e Trabalhista (166) (234) • Outras Adições e Exclusões 122 172 • Total dos encargos devidos no semestre (3.489) (3.266) • Obrigações Fiscais Diferidas sobre Ajuste ao Valor de Mercado de Títulos e Derivativos 8 – • Imposto de Renda Diferido sobre o Ajuste Financeiro das Operações de Leasing (60) (150) • Créditos Tributários de Imposto de Renda e Contribuição Social 475 (50) • Despesa de Imp. de Renda e Contrib. Social (3.066) (3.466) (b) Créditos Tributários de Imposto de Renda e Contribuição Social Saldos em Consti- Reali- Saldos em Origem 31/12/2005 tuição zação 30/06/2006 Prov. p/Devedores Duvidosos 1.106 715 (351) 1.470 Créd. Amortizados p/Prejuízo 1.144 – (21) 1.123 Contingências Fiscais e Trabalhistas 3.251 166 – 3.417 Outros Créditos Tributários 279 163 (197) 245 Subtotal 5.780 1.044 (569) 6.255 Contrib. Social a Compensar 4.723 – (225) 4.498 Total - Créditos Tributários 10.503 1.044 (794) 10.753 % s/ Patrimônio Líquido 5,3% 5,3% A administração da Companhia, fundamentada em estudo técnico, estima que a realização desses créditos tributários ocorrerá em 8 anos na seguinte proporção: 14,0% no primeiro ano, 15,4% no segundo ano, 15,0% no terceiro ano, 18,5% no quarto ano, 20,8% no quinto ano e 16,3% do sexto ao oitavo ano. Na data do balanço, o valor presente dos créditos tributários, calculado com base na taxa Selic, correspondia a R$ 6.357. Os créditos tributários não ativados totalizavam R$ 1.148. (08) PATRIMÔNIO LÍQUIDO (a) Capital Social: Está dividido em 20.485.056 de ações nominativas, sendo 12.291.033 de ações ordinárias e 8.194.023 de ações preferenciais, sem valor nominal. A Assembléia Geral Extraordinária realizada em 29 de março de 2006, homologada em 07 de junho de 2006 pelo Banco Central do Brasil, aprovou o aumento do capital social para R$ 93.700 mediante incorporação de reservas de lucros. (b) Dividendos: O Estatuto prevê dividendos mínimos de 25% do lucro líquido anual, ajustado conforme o disposto no art. 202 da Lei das Sociedades por Ações, cabendo às ações preferenciais, prioridade na percepção de um dividendo anual de 6% a.a. sobre o valor nominal do capital correspondente a essas ações. O pagamento desses dividendos está vinculado à deliberação da Assembléia Geral. Está sendo proposto o pagamento de juros sobre o capital próprio no valor bruto de R$ 2.425 correspondente a R$ 89,68 e R$ 161,44 por lote de mil ações ordinárias e preferenciais, respectivamente, sujeito à incidência de imposto de renda na fonte à alíquota de 15%. A adoção do pagamento desses juros sobre o capital próprio, aumentou o resultado da Companhia em R$ 825 face ao benefício fiscal obtido. Os juros foram contabilizados em conformidade com a Circular Bacen nº 2.739/97, Deliberação CVM nº 207/96 e em atendimento às disposições fiscais. (09) TRANSAÇÕES ENTRE PARTES RELACIONADAS As operações entre partes relacionadas são efetuadas às taxas e valores médios praticados com terceiros. Os ressarcimentos de custos referem-se a agenciamentos de operações, prestação de serviços e rateio de despesas.
DIRETORIA Paulo Guilherme Monteiro Lobato Ribeiro - Presidente
Contas A - Origem dos Recursos Lucro Líquido do Semestre Ajustes ao Lucro Líquido - Depreciações e Amortizações - Insuficiência/(Superveniência) de Depreciações - Outros Reserva Decorrente de Incentivos Fiscais Recursos de Terceiros Originários de: - Aumento dos Subgrupos do Passivo Depósitos Debêntures Outras Obrigações - Diminuição dos Subgrupos do Ativo Aplicações Interfinanceiras de Liquidez Títulos e Valores Mobiliários Operações de Arrendamento Mercantil - Alienação de Bens e Investimentos Bens Não de Uso Próprio Imobilizado de Uso Imobilizado de Arrendamento Investimentos B - Aplicação dos Recursos Juros Sobre o Capital Próprio Inversões em: - Bens Não de Uso Próprio - Imobilizado de Uso - Imobilizado de Arrendamento Aplicações no Diferido Aumento dos Subgrupos do Ativo - Aplicações Interfinanceiras de Liquidez - Títulos e Valores Mobiliários - Operações de Arrendamento Mercantil - Outros Créditos - Outros Valores e Bens Aumento/(Redução) das Disponibilidades (A-B) Modificações na Posição Financeira Início do Período Fim do Período Aumento/(Redução) das Disponibilidades
2006 173.588 8.661 67.628 67.945 (239) (78) – 97.299 79.677 40.230 19.315 20.132 1.426 – – 1.426 16.196 552 – 15.436 208 172.847 2.425 142.183 180 21 141.982 7.535 20.704 16.358 1.044 – 2.741 561 741
2005 91.812 7.830 49.187 47.678 1.509 – 181 34.614 17.547 10.873 – 6.674 4.517 3.012 1.505 – 12.550 139 9 12.402 – 92.175 2.190 80.310 93 – 80.217 8.576 1.099 – – 546 460 93 (363)
1.358 2.099 741
1.767 1.404 (363)
2006 2005 Ativos Receitas Ativos Receitas Operações (Passivos) (Despesas) (Passivos) (Despesas) Disponibilidades 2.002 – 1.284 – Depósitos Interfinanceiros(1) (107.477) (7.591) (43.357) (3.002) Juros sobre o Capital Próprio (2.425) (2.425) (1.662) (1.662) Ressarcimento de Custos (2) (59) (24) (36) – Prestação de Serviços (3) – (538) – (559) (1) As aplicações e captações de recursos referem-se às operações envolvendo a Companhia e empresas ligadas, efetuadas a taxas compatíveis com as taxas médias praticadas no mercado, vigentes nas datas das operações. (2) Os ressarcimentos de custos referem-se basicamente, à cobertura de despesas relativos ao agenciamento de operações com empresas ligadas, cobradas de acordo com contrato mantido entre as partes. (3) Referem-se a serviços contratados de tecnologia e informática, auditoria interna, divulgação da marca, transporte aéreo e consultoria contábil. (10) PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS A Companhia, no curso normal de suas atividades, é parte em processos de natureza fiscal, previdenciária, trabalhista e cível. As respectivas provisões foram constituídas levando-se em conta a legislação em vigor, a opinião dos assessores legais, a natureza e complexidade dos processos, o posicionamento dos Tribunais, o histórico de perdas e outros critérios que permitam a sua estimativa da forma mais adequada possível. A Administração considera que as provisões existentes na data destas demonstrações são suficientes para fazer face aos riscos decorrentes destes processos. As provisões constituídas e respectivas variações no período estão demonstradas a seguir : Fiscais e Trabalhistas Movimentação Previdenciárias e Cíveis Total Saldo Início do Período 29.042 981 30.023 (+) Complemento de Provisão 1.785 – 1.785 Saldo Final do Período 30.827 981 31.808 (a) As obrigações legais e as contingências fiscais e previdenciárias referem-se principalmente a obrigações tributárias cuja legalidade ou constitucionalidade é objeto de contestação nas esferas administrativa e judicial, com destaque para: (i) a cobrança da CSLL por alíquotas diferenciadas para o Sistema Financeiro (Isonomia), (ii) a cobrança do PIS pelas Emendas Constitucionais 01/94, 10/96 e 17/97 e (iii) a dedução dos valores da CSLL na base de cálculo do IRPJ. As provisões existentes amparam o risco decorrente das obrigações legais e das contingências fiscais e previdenciárias consideradas como de perda provável e encontram-se registradas no exigível a longo prazo na rubrica “Provisão para Riscos Fiscais” do grupo “Outras Obrigações Fiscais e Previdenciárias”. A Companhia possui outras contingências fiscais e previdenciárias, avaliadas individualmente por nossos assessores como de risco de perda não provável, com destaque para: (i) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL): Trata-se de cobranças efetuadas pela Receita Federal relativas ao período de janeiro/90 a junho/94. A Companhia possui processos judiciais já transitados em julgado exonerando-a do pagamento dessa contribuição. Essas cobranças, no montante de R$ 83.727, estão sendo objeto de questionamento administrativo e judicial. (ii) ISS sobre as operações de leasing: Trata-se de autos de infração no montante de R$ 23.398, lavrados por diversos Municípios para a cobrança de ISS sobre as operações de leasing onde o bem é adquirido, ao passo que o tributo é recolhido ao Município onde se encontra a sede da Companhia, nos termos do artigo 12 “a” do Decreto-Lei nº 406/68 e artigo 3º da Lei Complementar nº 116/03. (b) As contingências trabalhistas originam-se de ações judiciais movidas por ex-empregados que buscam obter indenizações referentes a pretensos direitos trabalhistas. A provisão constituída encontra-se registrada na rubrica “Provisão para Passivos Contingentes” do grupo “Outras Obrigações - Diversas”. (c) As contingências cíveis são originadas basicamente por ações judiciais movidas por terceiros, pleiteando indenização por danos materiais e morais, sendo em sua maior parte julgadas pelo Juizado Especial Cível. Não existem processos de valores significativos em curso e que sejam de conhecimento da Administração. (11) OUTRAS INFORMAÇÕES a) Em 30 de junho de 2006 e 2005 a Companhia não possuía operações em aberto no mercado de derivativos. b) Outros Créditos - Diversos: composto por Depósitos Judiciais R$ 10.205 (2005 R$ 7.010), Opções por Incentivos Fiscais R$ 979 (2005 R$ 979), Tributos Antecipados R$ 1.377 (2005 R$ 3.534), Créditos Tributários R$ 10.753 (2005 R$ 10.475) e Adiantamentos e Devedores Diversos R$ 1.077 (2005 R$ 820). c) Despesas Antecipadas: refere-se substancialmente às despesas pagas antecipadamente às revendas de veículos por serviços prestados na colocação de operações de leasing. Essas despesas são apropriadas ao resultado com base no prazo contratual da operação de leasing. d) Outros Investimentos: no semestre foi alienado a participação acionária que a Companhia detinha no capital da Uvale S.A. - Uvas do Vale do Gorutuba. O preço de venda totalizou R$ 208 e correspondeu ao valor patrimonial dessas ações. e) Outras Obrigações - Diversas: composta por Credores por Antecipação de Valor Residual R$ 46.652 (2005 R$ 20.827), Obrigações por Aquisição de Bens e Direitos R$ 785 (2005 R$ zero), provisões para despesas administrativas e de pessoal R$ 1.061 (2005 R$ 1.042), provisão para contingência trabalhista R$ 981 (2005 R$ 981) e credores diversos R$ 1.385 (2005 R$ 333). f) no semestre, os honorários da Administração totalizaram R$ 528 (2005 R$ 492). g) Outras Receitas Operacionais: incluem, principalmente, recuperações de encargos e despesas, juros de mora cobrados sobre créditos vencidos e atualização de tributos a compensar. Outras Despesas Operacionais: incluem, principalmente, atualização de tributos R$ 885 (2005 R$ 980), despesas decorrentes de créditos inadimplentes de R$ 407 (2005 R$ 682) e processos operacionais R$ 186 (2005 R$ zero). h) Resultado não Operacional: representado basicamente por lucros obtidos na venda de bens não de uso. i) A Companhia tem como política segurar seus bens a valores considerados adequados para coberturas de eventuais perdas. j) O resumo do relatório elaborado pelo Comitê de Auditoria, único instituído pelo Conglomerado Financeiro Alfa por intermédio da instituição líder Banco Alfa de Investimento S.A., está sendo publicado em conjunto com as demonstrações financeiras do Banco. CONTADOR
Rubens Bution
Julio Simões Neves Neto - CRC 1SP 198731/O-0
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas da Alfa Arrendamento Mercantil S.A. Barueri - SP Examinamos os balanços patrimoniais da Alfa Arrendamento Mercantil S.A., levantados em 30 de junho de 2006 e 2005 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.
Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Sociedade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Sociedade, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. A Sociedade registra as suas operações e elabora as suas demonstrações financeiras com a observância das diretrizes contábeis estabelecidas pelo
Banco Central do Brasil que requerem o ajuste ao valor presente da carteira de arrendamento mercantil como provisão para “superveniência ou insuficiência” de depreciação, classificada no ativo permanente, conforme mencionado na Nota Explicativa nº 5. Essas diretrizes não requerem a reclassificação das operações, que permanecem registradas de acordo com as disposições da Lei nº 6.099/74, para as rubricas do ativo circulante e realizável a longo prazo e rendas e despesas de arrendamento, mas resultam na apresentação do resultado do semestre e do patrimônio líquido, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Em nossa opinião, exceto quanto à não-reclassificação de saldos mencionada no parágrafo anterior, as demonstrações financeiras acima
referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Alfa Arrendamento Mercantil S.A. em 30 de junho de 2006 e 2005, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 10 de agosto de 2006 Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6
Zenko Nakassato Contador CRC 1SP160769/O-0
terça-feira, 29 de agosto de 2006
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Nacional Finanças Emergia Tr i b u t o s
21
DISTRIBUIDORAS TÊM 100% DA DEMANDA CONTRATADA
60
por cento das entidades representativas do setor elétrico admitem risco de apagão, diz pesquisa.
MAURÍCIO TOLMASQUIM TRANQUILIZA EMPRESÁRIOS: NÃO HÁ RISCO DE RACIONAMENTO DE ENERGIA
APAGÃO ESTÁ DESCARTADO ATÉ 2015
O
presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, descartou ontem o risco de o País enfrentar racionamento de energia elétrica até 2015. Segundo ele, a garantia de equilíbrio entre oferta e demanda provém do início de empreendimentos que enfrentaram atrasos na obtenção de licenças ambientais ou estão em fase final de construção, do ingresso de novos projetos a serem licitados nos próximos anos e da diversificação da matriz energética brasileira. "Não existe, dentro do novo modelo (do setor elétrico), a possibilidade de haver racionamento nos próximos cinco anos. Pela primeira vez na história deste País, as distribuidoras têm 100% de sua demanda de energia contratada", declarou, após participar do seminário "Matriz Energética Nacional", na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista. Pesquisa – Ao mesmo tempo em que garantiu a regularidade de abastecimento de energia, Tolmasquim contestou pesquisa realizada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), indicando que quase 60% de entidades representativas do setor elétrico admitem o risco de haver uma crise energética até 2010. "É a primeira vez que vejo um asHélvio Romero/AE
ainda necessita de discussão e se trata de uma decisão política ainda não tomada por esse governo", admitiu. "Mas ela é descartável ou substituível tranqüilamente, sob o aspecto restrito do equilíbrio de oferta
são "indicativas" e podem ser perfeitamente substituídas por meio de maior operação de termoelétricas movidas pela queima de biomassa, carvão e gás natural. "Angra 3 é um projeto que
por exemplo, que para manter o equilíbrio ambiental, os empreendimentos contariam com reservatórios menores, diminuindo assim a área inundada. O custo financeiro também foi outro argumento utili-
de energia, porque temos outras unidades de fornecimento de eletricidade", ressalvou. Sobre a polêmica em torno das usinas dos rios Madeira e Xingu, Tolmasquim foi mais incisivo na defesa. Observou,
zado pelo executivo para defender as usinas de Jirau, Santo Antonio e Belo Monte: R$ 6 bilhões seria o quanto custaria ao País não contar com o empreendimento e investir em outros projetos. (AE)
BANCO ALFA S.A. SEDE: ALAMEDA SANTOS, 466 - SÃO PAULO - SP C.N.P.J. 03.323.840/0001 - 83
RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas: Submetemos à sua apreciação, as demonstrações financeiras do Banco Alfa S.A.,correspondentes às atividades desenvolvidas durante os exercícios findos em 30 de junho de 2006 e 2005, pela legislação societária, acrescidas das notas explicativas e do Parecer dos Auditores Independentes.
É indispensável traduzir o reconhecimento do Banco Alfa S.A. ao trabalho de seus funcionários, ao apoio de seus acionistas e, finalmente, à confiança de seus clientes e instituições financeiras do mercado que, continuaram a prestigiar a organização como sempre fizeram. A DIRETORIA São Paulo, 10 de agosto de 2006
BALANÇO PATRIMONIAL EM 30 DE JUNHO - EM R$ MIL ATIVO Circulante Disponibilidades Aplicações Interfinanceiras de Liquidez Aplicações no Mercado Aberto Aplicações em Depósitos Interfinanceiros Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos Carteira Própria Vinculados a Compromissos de Recompra Vinculados a Prestação de Garantias Relações Interfinanceiras Pagamentos e Recebimentos a Liquidar Depósitos no Banco Central Correspondentes Operações de Crédito Carteira - Setor Privado (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) Outros Créditos Rendas a Receber Diversos Outros Valores e Bens - Despesas Antecipadas Realizável a Longo Prazo Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos Carteira Própria Operações de Crédito Carteira - Setor Privado (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) Outros Créditos - Diversos Permanente Investimentos - Outros Investimentos Imobilizado de Uso Outras Imobilizações de Uso (Depreciações Acumuladas) Diferido Gastos de Organização e Expansão (Amortização Acumulada) Total Geral do Ativo
2006 191.119 444 100.698 100.698 –
2005 190.713 313 37.310 33.358 3.952
13.870 1.801 – 12.069 45.281 44.402 856 23 29.844 30.871 (1.027) 980 163 817 2 83.445
70.495 60.240 1.494 8.761 35.897 35.563 307 27 46.303 47.130 (827) 394 330 64 1 29.305
62.947 62.947 14.686 15.513 (827) 5.812 662 373 185 349 (164) 104 128 (24) 275.226
– – 24.523 25.027 (504) 4.782 519 373 109 229 (120) 37 41 (4) 220.537
PASSIVO Circulante Depósitos Depósitos à Vista Depósitos Interfinanceiros Outros Depósitos Captações no Mercado Aberto Carteira Própria Relações Interfinanceiras Recebimentos e Pagamentos a Liquidar Correspondentes Relações Interdependências Recursos em Trânsito de Terceiros Outras Obrigações Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados Sociais e Estatutárias Fiscais e Previdenciárias Diversas Exigível a Longo Prazo Depósitos Depósitos Interfinanceiros Outras Obrigações Fiscais e Previdenciárias Diversas Patrimônio Líquido Capital: De Domiciliados no País Reservas de Capital Reservas de Lucros Reserva Legal Reserva Estatutária Reserva para Aumento de Capital Reserva para Dividendos
Total Geral do Passivo
2006 224.411 110.052 37.012 72.296 744 – – 106.158 5.765 100.393 108 108 8.093 105 814 745 6.429 9.115 4.059 4.059 5.056 4.966 90 41.700
2005 178.333 87.710 32.172 55.462 76 1.500 1.500 85.108 4.021 81.087 50 50 3.965 22 844 981 2.118 4.680 – – 4.680 4.590 90 37.524
24.123 420 17.157 1.371 15.786 14.195 1.591
23.443 420 13.661 1.119 12.542 11.275 1.267
275.226
220.537
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - EM R$ MIL Aumento
Reservas
Reservas
Lucros
Eventos
Capital
de Capital
de Capital
de Lucros
Acumulados
Total
Saldos em 31/12/2004
22.763
–
326
11.469
–
34.558
–
680
–
–
–
680
Aumento de Capital- AGE 25/04/2005 Outros Eventos: Reserva Decorrente de Incentivos Fiscais
–
–
94
–
–
94
Lucro Líquido do Semestre
–
–
–
–
3.042
3.042
Destinações: Reservas
–
–
–
2.192
(2.192)
–
Juros sobre Capital Próprio
–
–
–
–
(850)
(850)
22.763
680
420
13.661
–
37.524
–
680
94
2.192
–
2.966
23.443
–
420
15.353
–
39.216
680
–
–
–
–
680
–
–
–
–
2.544
2.544
Reservas
–
–
–
1.804
(1.804)
–
Juros sobre Capital Próprio Propostos
–
–
–
–
(740)
(740)
Saldos em 30/06/2006
24.123
–
420
17.157
–
41.700
Mutações do Período
680
–
–
1.804
–
2.484
Saldos em 30/06/2005 Mutações do Período Saldos em 31/12/2005 Aumento de Capital - AGE - 28/04/2006 Lucro Líquido do Semestre Destinações:
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO - EM R$ MIL Descrição Receitas da Intermediação Financeira Operações de Crédito Resultado com Títulos e Valores Mobiliários Despesas da Intermediação Financeira Operações de Captação no Mercado Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa Resultado Bruto da Intermediação Financeira Outras Receitas/(Despesas)Operacionais Receitas de Prestação de Serviços Despesas de Pessoal Outras Despesas Administrativas Despesas Tributárias Outras Receitas Operacionais Outras Despesas Operacionais Resultado Operacional Resultado Não Operacional Resultado Antes da Tributação e Participações Imposto de Renda e Contribuição Social Provisão para Imposto de Renda Provisão para Contribuição Social Ativo Fiscal Diferido Participações no Lucro Empregados Administradores - Estatutárias Lucro Líquido do Semestre Lucro por Lote de Mil Ações - R$
2006 27.225 8.357 18.868 10.008 9.590 418 17.217 (13.009) 412 (1.225) (5.859) (111) 950 (7.176) 4.208 1 4.209 (1.486) (945) (376) (165) (179) (25) (154) 2.544 109,26
2005 21.708 11.304 10.404 6.480 6.142 338 15.228 (10.794) 307 (729) (4.538) (803) 1 (5.032) 4.434 (1) 4.433 (1.108) (1.110) (328) 330 (283) (19) (264) 3.042 132,88
DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO - EM R$ MIL Contas A - Origem dos Recursos Lucro Líquido do Semestre Ajustes ao Lucro Líquido - Depreciações e Amortizações Recursos de Acionistas: - Realização de Capital Social Reserva de Incentivos Fiscais Recursos de Terceiros Originários de: - Aumento dos Subgrupos do Passivo Depósitos Relações Interfinanceiras Outras Obrigações - Redução dos Subgrupos do Ativo Aplicações Interfinanceiras de Liquidez Títulos e Valores Mobiliários Operações de Crédito Outros Valores e Bens B - Aplicação dos Recursos Juros sobre o Capital Próprio Pagos e Propostos Inversões em: - Imobilizado de Uso - Investimentos Aplicações no Diferido Aumento dos Subgrupos do Ativo - Títulos e Valores Mobiliários - Relações Interfinanceiras - Outros Créditos - Outros Valores e Bens Redução dos Subgrupos do Passivo - Depósitos - Captações no Mercado Aberto - Relações Interfinanceiras - Relações Interdependências Aumento das Disponibilidades (A-B) Modificações na Posição Financeira Início do Período Fim do Período Aumento das Disponibilidades
2006 96.649 2.544 36 36 680 680 – 93.389 3.010 2.553 – 457 90.379 64.690 2.443 23.241 5 96.530 740 19 19 – 18 45.542 – 44.825 717 – 50.211 – 1.001 49.093 117 119
2005 158.955 3.042 18 18 680 680 94 155.121 12.035 – 12.018 17 143.086 25.291 – 117.795 – 158.909 850 104 55 49 30 36.554 999 34.815 739 1 121.371 110.015 10.308 – 1.048 46
325 444 119
267 313 46
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 - EM R$ MIL
Presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, contesta resultado de pesquisa com empresários
sunto tão sério e técnico ser debatido por meio de uma sondagem. Caminhamos agora para o campo do ridículo", criticou o presidente da EPE. Maurício Tolmasquim foi alertado, durante o seminário, do temor da indústria de haver desabastecimento de energia após 2010. O executivo procurou tranqüilizar os empresários alegando que os modelos de projeção de mercado utilizados pela EPE indicam risco de racionamento abaixo de 5%, que é o limite de percentual aceito pelo governo, consumidores e empresas do setor em todas as regiões do País. As projeções utilizadas pela EPE no "Plano Decenal de Expansão do Setor de Energia Elétrica: 2006-2015", apresentado por Tolmasquim no encontro, são de crescimento econômico do País de 4%, em média, entre 2006 e 2011; e de 4,5%, entre 2011 e 2016. No período de 2005 a 2015, a estimativa é de que o crescimento da demanda por energia seja da ordem de 5,2% ao ano, em média. Para atender a esse mercado, a empresa considera nos cenários de fornecimento de energia a entrada em operação de empreendimentos polêmicos, caso da usina nuclear de Angra 3, a partir de 2013, e das usinas hidrelétricas a serem construídas nos rios Xingu (usina de Belo Monte) e Madeira (usinas Jirau e Santo Antonio), a partir de 2012. Tolmasquim ressalvou, entretanto, que as obras
(01) APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras do Banco Alfa S.A. são elaboradas em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações e normas e instruções do Banco Central do Brasil (Bacen). (02) PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS (a) Apuração do Resultado: As receitas e despesas foram apropriadas pelo regime de competência. (b) Ativos Circulante e Realizável a Longo Prazo: Demonstrados pelos valores de realização e, quando aplicável, acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidos de provisão para perdas e ajustados pelos seus valores de mercado, especificamente em relação ao registro e a avaliação contábil dos títulos e valores mobiliários estabelecido pela Circular Bacen nº 3.068 (vide nota nº 03). A Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa foi constituída considerando a atual conjuntura econômica, a experiência de anos anteriores e a expectativa de realização da carteira, de forma que apure a adequada provisão em montante suficiente para cobrir riscos específicos e globais, associada à provisão calculada de acordo com os níveis de risco e os respectivos percentuais mínimos estabelecidos pela Resolução Bacen nº 2.682 (vide nota nº 04). (c) Ativo Permanente: Demonstrado ao custo, combinado com os seguintes aspectos: c.1) Depreciação do Imobilizado de Uso, representado por sistemas de processamento de dados, calculada pelo método linear à taxa anual de 20% e c.2) Amortização do Diferido, representado basicamente por gastos com aquisição e desenvolvimento de logiciais, calculada pelo método linear, pelo prazo máximo de 05 anos. (d) Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo: Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, os encargos e as variações monetárias incorridos, deduzidos das correspondentes despesas a apropriar. (e) Impostos e Contribuições: As provisões para Imposto de Renda, Contribuição Social, PIS e Cofins são calculadas às alíquotas de 15% mais adicional, 9%, 0,65% e 4%, respectivamente, considerando para efeito das respectivas bases de cálculo, a legislação pertinente a cada encargo. Também é observado pelo Banco a prática contábil de constituição de créditos tributários de imposto de renda e contribuição social sobre diferenças temporárias, às mesmas alíquotas vigentes utilizadas para a constituição das provisões fiscais (vide nota nº 05). (f) Estimativas Contábeis: As demonstrações financeiras, de acordo com as práticas contábeis brasileiras, incluem algumas contas cujos valores são determinados por estimativas baseadas na experiência passada, ambiente legal e de negócios, probabilidade de ocorrência de eventos sujeitos ou não ao controle da Administração, etc. Essas estimativas são revistas pelo menos anualmente, buscando-se determinar valores que mais se aproximem dos futuros valores de liquidação dos ativos ou passivos considerados. (03) TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS Representados por títulos de emissão do Tesouro Nacional R$ 76.817 (2005 R$ 70.495), vencíveis nos seguintes prazos: até 3 meses R$ zero (2005 R$ 118) ,de 3 meses a 1 ano R$ 13.869 (2005 R$ 58.620), de 1 ano a 3 anos R$ zero (2005 R$ 11.757) e acima de 3 anos R$ 62.948 ( 2005 R$ zero). Os títulos da carteira foram classificados nas seguintes categorias: a) “Títulos para Negociação”: o valor contábil corresponde ao valor de mercado desses títulos na data do balanço e foi obtido através de coletas de taxas junto ao mercado, quando aplicável e, validadas através de comparação com informações fornecidas pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto (Andima). O ajuste positivo desses títulos no montante de R$ 17 (2005 R$ 38), obtido entre os valores de custo R$ 13.852 (2005 R$ 18.942) e de mercado R$ 13.869 (2005 R$ 18.980), foi registrado em conta adequada do resultado. b) “Títulos Mantidos até o Vencimento”: R$ 62.947 (2005 R$ 51.515), foram classificados em razão da intenção da Administração e da capacidade financeira do Banco em mantê-los até o vencimento. Esses títulos foram mantidos pelo seu valor de aquisição acrescido dos rendimentos auferidos, os quais registrados em conta adequada do resultado. O valor de mercado desses títulos na data do balanço totalizava R$ 63.792 (2005 R$ 51.763). (04) OPERAÇÕES DE CRÉDITO Demonstramos a seguir, o saldo da carteira de crédito e da provisão para créditos de liquidação duvidosa nos correspondentes níveis de risco, conforme estabelecido na Resolução Bacen nº 2.682 de 21/12/1999: 2006 Saldo da Carteira de Crédito Provisão Níveis de (*) Mínima Risco A Vencer Vencidos Total Exigida Contábil A 4.891 – 4.891 24 24 B 39.040 91 39.131 391 1.368 C 1.498 175 1.673 50 50 D 41 30 71 7 7 E 159 91 250 75 75 F 22 39 61 31 31 G – 26 26 18 18 H 71 210 281 281 281 Total 45.722 662 46.384 877 1.854
2005 Saldo da Carteira de Crédito Provisão Níveis de (*) Mínima Risco A Vencer Vencidos Total Exigida Contábil AA 3.693 – 3.693 – – A 1.581 – 1.581 8 8 B 64.730 84 64.814 648 890 C 1.113 90 1.203 36 36 D 361 92 453 45 45 E 55 13 68 20 20 F – 11 11 6 6 G 6 20 26 18 18 H 179 129 308 308 308 Total 71.718 439 72.157 1.089 1.331 (*) Inclui os créditos vencidos até 14 dias. a) A carteira de crédito estava composta por operações de títulos descontados, crédito pessoal e cheque especial, realizadas junto a pessoas físicas R$ 39.321 (2005 R$ 61.109) e jurídicas R$ 7.063 (2005 R$ 11.048), estas concentradas basicamente na atividade de indústria. b) No semestre foram realizadas operações de cessão com coobrigação de contratos de crédito pessoal consignado com instituição integrante do sistema financeiro no montante de R$ 89.402, sendo que nas datas de suas realizações o valor presente desses contratos totalizava R$ 88.772. O resultado das cessões no montante de R$ 630 foi registrado na rubrica “Receitas da Intermediação Financeira Operação de Crédito”. Na data do balanço, o saldo desses contratos cedidos totalizava R$ 94.311. c) O saldo da provisão atingiu o montante de R$ 1.854 (2005 R$ 1.331), correspondente a 4,0% do total da carteira, acima do mínimo requerido pela regulamentação do Bacen. No semestre, os créditos amortizados para prejuízo totalizaram R$ 315 (2005 R$ 216), sendo recuperado no mesmo período R$ 49 (2005 R$ 46). O saldo das operações renegociadas era de R$ 95 (2005 R$ 168) na data do balanço. (05) OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS Composto basicamente por Devedores Diversos R$ 428 (2005 R$ 60), Depósitos Judiciais R$ 5.176 (2005 R$ 3.695), Opções por Incentivos Fiscais R$ 345 (2005 R$ 345) e Créditos Tributários de Imposto de Renda e Contribuição Social R$ 673 (2005 R$ 741), calculados basicamente sobre a provisão para créditos de liquidação duvidosa R$ 630 (2005 R$ 741). No semestre, o complemento e a realização dos créditos tributários totalizaram R$ 536 e R$ 701, respectivamente. A Administração do Banco, fundamentada em estudo técnico, estima que a realização desses créditos tributários ocorrerá em 4 anos na seguinte proporção: 72,7% no primeiro ano, 16,5% no segundo ano, 7,7% no terceiro ano e 3,1% no quarto ano. Na data do balanço, o valor presente desses créditos tributários, calculado com base na taxa Selic correspondia a R$ 546. Os créditos tributários não ativados totalizavam R$ 1.098. (06) PATRIMÔNIO LÍQUIDO (a) Capital Social: O capital social está dividido em 23.283.426 ações ordinárias, sem valor nominal. AAssembléia Geral Extraordinária realizada em 28 de abril de 2006, homologada pelo Banco Central do Brasil em 02 de junho de 2006, aprovou a elevação do capital social para R$ 24.123 mil com a emissão de 390.851 ações ordinárias, nominativas, sem valor nominal. (b) Dividendos: O Estatuto prevê dividendo mínimo de 25% do lucro líquido anual, ajustado conforme o disposto no artigo 202 da Lei das Sociedades por Ações, podendo ser pago sob a forma de juros sobre o capital próprio, conforme previsto no artigo 19 do Estatuto Social e artigo 9º da Lei nº 9.249 de 26/12/1995. Para o primeiro semestre, está sendo proposto o pagamento de juros sobre o capital próprio no valor bruto de R$ 740, correspondente a R$ 31,79 por lote de mil ações ordinárias, também sujeito a incidência de imposto de renda na fonte à alíquota de 15%. A adoção deste procedimento aumentou o resultado do Banco em R$ 252, face ao benefício fiscal obtido. Os juros foram contabilizados em conformidade com a Circular Bacen nº 2.739/97 e em atendimento às disposições fiscais. (07) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Demonstração do Cálculo dos Encargos 2006 2005 • Lucro antes da Tributação, deduzido das Participações 4.030 4.150 • IR e CS às Alíquotas de 25% e 9%, respectivamente (1.370) (1.411) Efeito das Adições e Exclusões: • Juros sobre o Capital Próprio 252 289 • Provisão para Devedores Duvidosos (36) (41) • Provisão para Contingências Fiscais e Trabalhistas (71) (186) • Outras Adições e Exclusões (102) (83) • Total dos Encargos Devidos no Semestre (1.327) (1.432) • Créditos Tributários de I. Renda e C. Social (165) 330 • Obrigações Fiscais Diferidas sobre Ajuste ao Valor de Mercado 6 (6) • Despesa com Imposto de Renda e Contribuição Social (1.486) (1.108)
(08) PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS O Banco, no curso normal de suas atividades, é parte em processos de natureza fiscal, previdenciária, trabalhista e cível. As respectivas provisões foram constituídas levando-se em conta a legislação em vigor, a opinião dos assessores legais, a natureza e complexidade dos processos, o posicionamento dos Tribunais, o histórico de perdas e outros critérios que permitam a sua estimativa da forma mais adequada possível. AAdministração considera que as provisões existentes na data destas demonstrações são suficientes para fazer face aos riscos decorrentes destes processos. As provisões constituídas e respectivas variações no período estão demonstradas a seguir : Fiscais e Trabalhistas Movimentação Previdenciárias e Cíveis Total 90 5.291 Saldo Início do Período 5.201 (+) Complemento de Provisão 828 6 834 (–) Reversão de Provisão (1.063) – (1.063) (–) Baixas por Pagamento – (6) (6) Saldo Final do Período 4.966 90 5.056 (a) As obrigações legais e as contingências fiscais e previdenciárias referem-se principalmente a obrigações tributárias cuja legalidade ou constitucionalidade é objeto de contestação nas esferas administrativa e judicial, com destaque para o alargamento da base de cálculo da Cofins determinado pela Lei nº 9.718/98. As provisões existentes amparam o risco decorrente das obrigações legais e das contingências fiscais e previdenciárias consideradas como de perda provável e encontram-se registradas no exigível a longo prazo na rubrica “Provisão para Riscos Fiscais” do grupo “Outras Obrigações - Fiscais e Previdenciárias”. O Banco possui outras contingências fiscais e previdenciárias, avaliadas individualmente por nossos assessores como de risco de perda não provável, com destaque para os autos de infração no montante de R$ 7.897, lavrados pela Prefeitura de São Paulo para a cobrança de ISS sobre valores registrados em diversas contas contábeis, sob a alegação de se tratar de receitas de prestação de serviços. (b) As contingências trabalhistas originam-se de ações judiciais movidas por ex-empregados que buscam obter indenizações referentes a pretensos direitos trabalhistas. A provisão constituída encontra-se registrada na rubrica “Provisão para Passivos Contingentes” do grupo “Outras Obrigações - Diversas”. (c) As contingências cíveis são originadas basicamente por ações judiciais movidas por terceiros, pleiteando indenização por danos materiais e morais, sendo em sua maior parte julgadas pelo Juizado Especial Cível. Não existem processos de valores significativos em curso e que sejam de conhecimento da Administração. (09) OUTRAS INFORMAÇÕES a) Não há posições em aberto nos mercados de derivativos nas datas do balanço. b) Outros Investimentos: representados por títulos patrimoniais da Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP) e Câmara Interbancária de Pagamentos. c) Os valores a pagar a clientes resultantes dos serviços contratados de cobrança bancária atingiram R$ 100.393 (2005 R$ 81.087) na data do balanço e foram registrados na rubrica “Correspondentes” do grupo “Passivo - Relações Interfinanceiras”. d) Outras Obrigações Diversas: composta por provisões para despesas de pessoal e administrativas R$ 321 (2005 R$ 218), provisões para serviços de cobrança R$ 1.114 (2005 R$ 902), provisão para contingência trabalhista R$ 90 (2005 R$ 90) e credores diversos R$ 4.994 (2005 R$ 998). e) Outras Receitas Operacionais: composta por reversão de provisão operacional. Outras Despesas Operacionais: composta basicamente por despesas com serviços de cobrança R$ 6.281 (2005 R$ 4.950) e provisão para riscos fiscais R$ 714 (2005 R$ zero). f) Em concordância com os dispositivos legais vigentes, efetuaram-se as seguintes principais transações entre o Banco e empresas ligadas: f.1) saldos de depósitos à vista R$ 3.922 (2005 R$ 4.633), f.2) aplicações em operações compromissadas, líquidas das captações e correspondentes receitas anuais, líquidas das despesas totalizaram R$ 91.199 (2005 R$ 33.358) e R$ 9.673 (2005 R$ 1.725), respectivamente, f.3) captações por depósitos interfinanceiros, líquidas das aplicações e correspondentes despesas anuais, líquidas das receitas totalizaram R$ 76.355 (2005 R$ 55.462) e R$ 5.013 (2005 R$ 5.618), respectivamente. Essas aplicações e captações foram realizadas a taxas compatíveis com as taxas médias praticadas pelo mercado, vigentes nas datas das operações, e f.4) ressarcimento de custos e despesas com prestação de serviços R$ 52 (2005 R$ 33) e R$ 863 (2005 R$ 708), respectivamente. Prestação de serviços, refere-se a serviços contratados de tecnologia e informática, auditoria interna, divulgação da marca, transporte aéreo e consultoria contábil. g) O Banco tem como política segurar seus valores e bens a valores considerados adequados para coberturas de eventuais perdas. h) O resumo do relatório elaborado pelo Comitê de Auditoria, único instituído pelo Conglomerado Financeiro Alfa por intermédio da instituição líder Banco Alfa de Investimento S.A., está sendo publicado em conjunto com as suas demonstrações financeiras. CONTADOR
DIRETORIA Paulo Guilherme Monteiro Lobato Ribeiro Presidente
Antonio César Santos Costa Diretor
À Administração e aos Acionistas do Banco Alfa S.A. São Paulo - SP Examinamos os balanços patrimoniais do Banco Alfa S.A. levantados em 30 de junho de 2006 e 2005 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis
Christophe Y. François Cadier Diretor
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Alfa S.A. em 30 de junho de 2006 e 2005, os resultados de suas
Delmir Araújo Mineiro CRC1SP 136172/O-0 operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 10 de agosto de 2006 Auditores Independentes CRC 2SP 014428/O-6
Zenko Nakassato Contador CRC 1SP 160769/O-0
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 30 de agosto de 2006
Indicadores Econômicos
13
0,744
por cento é a taxa de remuneração da poupança que faz aniversário no dia 1º de setembro.
29/8/2006
Informe Publicitário
FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Fundo Empresarial LP Lastro Performance LP Múltiplo LP Esher LP Master Recebíveis LP
Posição em: 25/08/2006 25/08/2006 25/08/2006 25/08/2006 25/08/2006
P.L. do Fundo 8.130.774,52 1.425.786,04 7.523.813,01 11.235.430,32 1.089.472,85
Valor da Cota Subordinada 1.166,529832 1.072,017379 1.148,169319 1.061,024568 1.058,390797
% rent.-mês 3,0988 1,6755 2,4351 -4,0534 0,5671
% ano 19,4027 7,2017 14,8169 6,1025 5,8391
Valor da Cota Sênior 0 1.073,896667 1.086,042702 0 0
% rent. - mês 1,0446 1,1382 -
% ano 7,3897 8,6043 -
rating A+(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)
DC
COMÉRCIO
14
O
pequeno salão ocupa hoje um lugar discreto no final do corredor, na sobreloja do edifício Arcadas, um dos mais antigos do Centro de São Paulo. O espaço já não tem o mesmo glamour de outra época, quando era amplo e ostentava grandes janelas com vista para a rua. Tampouco foi atualizado com inovações trazidas pela modernidade. Mas ainda não perdeu o charme para uma clientela cativa, cuja fidelidade atravessa décadas. Afinal, o que se busca é a tradição das mãos de Altenois Feu Silva, de 62 anos, que, com orgulho, faz questão de mostrar a placa simples, mas original, mantida na porta de seu estabelecimento: Barbearia. Trabalhando no ramo há quase 50 anos, sempre no salão Arcadas, o barbeiro Alair – como Altenois ficou conhecido no Centro de São Paulo – é reconhecido como um dos mais tradicionais em uma profissão que, ironicamente, caminha no fio da navalha. Ele ainda segue à risca cada detalhe do ritual de fazer uma barba, passo a passo, como quem reescreve uma história em parceria com a cadeira Ferrante, também "cinqüentona de profissão". Em cada gesto, um convite que remete a uma viagem no tempo. A cadeira reclinada coloca o cliente olhando para o teto. A toalha umedecida em água quente é levemente chacoalhada para perder a fervura e, logo em seguida, já pode ser enrolada no rosto para amaciar os pêlos e abrir os poros. Enquanto isso, lentamente, Alair desliza a navalha sobre a tábua de afiar. Em minutos, a toalha é substituída pela espuma. E a navalha inicia um pas-
Tr i b u t o s Empresas Estilo Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 30 de agosto de 2006
No fim do trabalho, o barbeiro faz uma massagem e aplica Aqua Velva na pele do cliente.
LÂMINA CASEIRA AFASTOU CLIENTE DA BARBEARIA
Leonardo Rodrigues/Hype
VAI BARBA, DOUTOR? Barbearias tradicionais mantêm-se, apesar da modernidade das lâminas caseiras. E jovens descobrem as mãos mágicas dos barbeiros. Leonardo Rodrigues/Hype
Lâmina é afiada por Alair, enquanto cliente recebe toalha quente e espuma no rosto Leonardo Rodrigues/Hype
Alair tem um ritual de barbear o cliente cuidadosamente
seio sobre a pele, sem pressa, por uma, duas vezes. Tudo pronto. Ou melhor, quase. Falta o desfecho do pós-barba, a Aqua Velva, que provoca uma ardência característica. "É um ritual que tem de ser cumprido para o serviço ficar bem feito", diz o metódico barbeiro. Laços de amizade Na cadeira, o cliente, na maioria das vezes, nem se dá conta do correr do relógio. Distrai-se em um bate-papo que percorre os mais variados assuntos, da política à anedota, do futebol aos problemas familiares. "Eu não abro mão desse ambiente. É na barbearia que ainda hoje encontro meus amigos, tenho meu momento de lazer e cuido de minha vaidade sem constrangimento", conta o engenheiro aposentado Lazinho Valentim De Vitto, 78 anos, que frequenta o Arcadas desde a década de 1960. Os anos de convivência entre barbeiro e cliente transformam a relação profissional em amizade. Às vezes, até mais do que isso, na opinião do corretor de seguros Eduardo Braga, 53 anos: "A barbearia substitui o consultório de psicoterapia. Aqui dividimos tristezas e compartilhamos alegrias. No fim, saímos relaxados".
Para o bigode, navalha especial
Aos 89 anos de idade e 79 de profissão, o barbeiro Francisco Villano, o Chiquinho, ainda exibe firmeza nas mãos para o trabalho. Pelas cadeiras de seu salão, fundado em 1935, na Vila Mariana, já passaram seis gerações de uma mesma família. "Já fiz mais de 600 mil barbas ao longo da minha vida. Tenho a mão rápida e as pernas ágeis", garante. Modernização A chegada da lâmina de barbear "caseira" e o maior conhecimento a respeito de algumas doenças transmissíveis por meio de materiais não esterilizados, na década de 1980, fez Chiquinho adaptar
Luiz Prado/Luz
seu salão para não perder clientes. O espaço tradicionalmente masculino começou, naquela época, a atender mulheres. Pouco tempo depois, vieram os investimentos na modernização do salão. As medidas, segundo ele, ajudaram a renovar a clientela e salvaram o negócio da decadência, em que muitos outros estabelecimentos mergulharam. Hoje, embora o número de cortes de cabelo no salão de Chiquinho seja muito superior ao de barba, observa-se um fenômeno de redescoberta do barbeiro pelos mais jovens. "A pele fica melhor e, além disso, ele acerta o cavanhaque com perfeição", diz o comerciante Rogê Nahas, de 31 anos, que recorreu ao barbeiro no dia de seu casamento e, desde então, se tornou um "novo cliente à moda antiga". "Modernizamos, mas a tradição está mantida no bom atendimento, na cordialidade ao cliente. Quando se tem essa postura, cria-se uma relação de confiança e nunca mais o cliente deixa o salão", ensina Chiquinho, que mantém durante o expediente o som da música clássica, um outro costume ainda preservado. Fernando Vieira Luiz Prado/Luz
À esq., Chiquinho trabalhando atualmente. Acima, foto antiga do salão. Mais de 600 mil barbas feitas por ele. Leonardo Rodrigues/Hype
Luiz Prado/Luz
De Vitto: cuidados com a pele sem constrangimento
Nahas: cavanhaque com perfeição
Eles já foram médicos e dentistas
O
s barbeiros já ocuparam na sociedade papéis de grande importância, que vão muito além da navalha e tesoura. Durante séculos, eles monopolizaram a prática da medicina e da odontologia. Eram responsáveis por tratamento de fraturas e luxações, curavam feridas, faziam sangria, aplicavam sanguessugas e extraíam dentes. Na Europa, por volta de 1600, a respeitada profissão chegou a ponto de ser subdividida em categorias. Havia
barbeiros de beca longa – que tinham estudo e eram submetidos a provas de habilitação para o exercício profissional cirúrgico – e os de beca curta, que se limitavam a barbear e pentear. A medicina foi a primeira a tentar se desvencilhar da barbearia, na Idade Média (século XII), quando os médicos começaram a se organizar em cursos. Em seguida, os dentistas seguiram o mesmo caminho. Ainda assim, procedimentos cirúrgicos continuaram sob a res-
ponsabilidade de barbeiros, em uma disputa de mercado que se estendeu até o início do século XIX. No Brasil, o "novo dentista", vindo da Europa e dos EUA, começou a sofisticar o trabalho, impondo barreiras culturais e sociais e, principalmente, econômicas, excluindo o acesso, aos serviços, pela maior parte da população, que continuou sendo atendida por barbeiros. A criação oficial do curso de odontologia no País ocorreu em outubro de 1884, na Bahia. (FV)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 -.LEGAIS
quarta-feira, 30 de agosto de 2006
. . . continuação
BANCO PSA FINANCE BRASIL S.A. 0QVCU 'ZRNKECVKXCU FC FOKPKUVTCnlQ iU &GOQPUVTCn|GU (KPCPEGKTCU GO
Em milhares de reais
(b) Outras receitas operacionais
Banco 2005
2006
2006
7.657 – 409 – 33 68 144
9.061 – – – 100 40 104
7.657 27 588 100 33 68 170
9.061 28 151 – 100 40 104
Total ...................................................................
8.311
9.305
8.643
9.484
G
(c) Outras despesas operacionais
Consolidado 2005
Variação cambial positiva das obrigações por empréstimos e repasses ................................ Juros de mora s/contratos de arrendamento .... Divisão resultados - Grupo ABN- Amro ............. Reversão PDD - contingência ........................... Reversão provisões despesas administrativas .. Recuperação de encargos e despesas ............. Outras ...............................................................
FG LWPJQ FG
Comissões por obtenção de operações crédito Divisão de resultados - Grupo ABN -Amro ........ Ressarcimento Peugeot do Brasil .................... Outras ............................................................... Total ...................................................................
2006 18.440 1.464 6 – 19.910
Banco 2005 10.418 3.669 211 1 14.299
(d) Outros créditos - diversos Créditos tributários .................................................................................. Antecipações de imposto de renda e contribuição social ....................... Valores a processar “Floor Plan” ............................................................. Outros créditos ........................................................................................ Total .........................................................................................................
Consolidado 2006 2005 18.492 10.468 1.464 3.669 6 211 – 1 19.962 14.349 Banco 10.651 2.318 1.497 183 14.649
Consolidado 10.752 2.481 1.497 183 14.913
(e) Previdência privada O Banco é participante do PGBL do HSBC Vida e Previdência (Brasil) S.A., que tem por objetivos principais a suplementação da aposentadoria dos empregados. Durante o semestre, o Banco contribuiu com R$ 18. 13. Passivos contingentes O Banco PSA Finance Brasil S.A. possui registrado em 30 de junho de 2006 uma provisão de R$ 1.370 referente a passivos contingentes (2005 - R$ 1.326). A provisão para contingência é avaliada pela administração, com base nas opiniões dos consultores jurídicos da instituição e é considerada suficiente para cobrir eventuais perdas.
QPVCFQT
&KTGVQTKC
Bernard Raymond Léon Darrieutort - Diretor Geral
Joelcyr Carmello Filho - Diretor Financeiro
Julio Takechi Katsuda - CRC 1SP 162781/O-4
2CTGEGT FQU WFKVQTGU +PFGRGPFGPVGU
Aos Administradores e Acionistas Banco PSA Finance Brasil S.A.
administração das instituições, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. A PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A. registra suas operações e elabora suas demonstrações financeiras com a observância das práticas contábeis estabelecidas pelo Banco Central do Brasil BACEN, que requerem o ajuste ao valor presente da carteira de arrendamento mercantil, como superveniência de depreciação, classificado no ativo permanente (Nota 2(c)). Essas práticas não requerem a reclassificação das operações, que permanecem registradas de acordo com a Lei nº 6.099/74, para as rubricas de ativo permanente e realizável a longo prazo e receitas (despesas) de operações de arrendamento mercantil, mas resultam na apresentação do lucro líquido e do patrimônio líquido, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras do Banco PSA Finance Brasil S.A. apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco PSA Finance Brasil S.A. em 30 de junho de 2006 e 2005 e o resultado das operações, as mutações do
1. Examinamos as demonstrações financeiras do Banco PSA Finance Brasil S.A. em 30 de junho de 2006 e 2005, e as demonstrações financeiras combinadas (consolidado operacional - Nota 3) do Banco PSA Finance Brasil S.A. e da PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A. nessas mesmas datas. Essas demonstrações foram elaboradas sob a responsabilidade da administração das instituições. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos das instituições, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela
patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 5. Em nossa opinião, também, exceto pela não reclassificação mencionada no parágrafo 3, as demonstrações financeiras combinadas (consolidado operacional) apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira combinada do Banco PSA Finance Brasil S.A. e da PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A. em 30 de junho de 2006 e 2005 e os resultados combinados das operações, as mutações combinadas do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos combinadas dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e normas específicas do BACEN (Nota 3). São Paulo, 11 de agosto de 2006 Mazars & Guérard Aristeu Tsutomu Shimabukuro Auditores Independentes Contador CRC 2SP011901/O–6 CRC 1SP130458/O–0
PSA FINANCE ARRENDAMENTO MERCANTIL S.A. CNPJ 03.502.968/0001-04 Rua Miguel Yunes, 351 - Cep 04444-000 - São Paulo - SP 4GNCVxTKQ FC FOKPKUVTCnlQ
Senhores Acionistas: Em cumprimento as disposições legais e estatutárias, submetemos a apreciação de V.Sas. o Balanço Patrimonial e as Demonstrações do Resultado, das Mutações do Patrimônio Líquido e das Origens e Aplicações de Recursos relativo aos semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005. São Paulo, 11 de agosto de 2006. A Administração CNCPnQU 2CVTKOQPKCKU GO FG LWPJQ FG G
Em milhares de reais Ativo Circulante ........................................................................ Disponibilidades .............................................................. Aplicações interfinanceiras de liquidez ........................... Aplicações interfinanceiras de liquidez ......................... Operações de arrendamento mercantil .......................... Setor privado ................................................................. Rendas a apropriar de arrendamento mercantil ........... Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa .................................................... Outros créditos ............................................................... Diversos ........................................................................ Realizável a longo prazo ................................................ Aplicações interfinanceiras de liquidez ........................... Aplicações interfinanceiras de liquidez ......................... Operações de arrendamento mercantil .......................... Setor privado ................................................................. Rendas a apropriar de arrendamento mercantil ........... Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa .................................................... Outros créditos ............................................................... Diversos ........................................................................ Permanente ...................................................................... Imobilizado de arrendamento ......................................... Bens arrendados ........................................................... Depreciações acumuladas ............................................ Diferido ............................................................................ Gastos de organização e expansão .............................. Amortizações acumuladas ............................................ Total do ativo ...................................................................
2006 3.204 288 2.762 2.762 (47) 4.507 (4.413)
2005 11.071 67 10.865 10.865 (11) 2.741 (2.709)
(141) 201 201 12.018 12.061 12.061 (106) 3.402 (3.402)
(43) 150 150 4.669 4.528 4.528 (11) 1.937 (1.917)
(106) 63 63 10.353 10.353 13.526 (3.173) – 1 (1) 25.575
(31) 152 152 6.313 6.313 8.360 (2.047) – 1 (1) 22.053
&GOQPUVTCn|GU
Em milhares de reais Passi vo Circulante ........................................................................ Outras obrigações .......................................................... Fiscais e previdenciárias ............................................... Diversas ........................................................................
2006 2.205 2.205 767 1.438
2005 2.157 2.157 808 1.349
Exigível a longo prazo ................................................... Outras obrigações .......................................................... Diversas ........................................................................
1.829 1.829 1.829
1.167 1.167 1.167
Patrimônio líquido .......................................................... 21.541 Capital De domiciliados no país ................................................ 2 De domiciliados no exterior ........................................... 12.361 Reserva de lucros ........................................................... 730 Lucros acumulados ......................................................... 8.448
Resultado bruto da intermediação financeira .................. 1.854
2.360
2 10.989 577 7.161
Outras receitas (despesas) operacionais ......................... Outras despesas administrativas ........................................ Despesas tributárias ........................................................... Outras receitas operacionais .............................................. Outras despesas operacionais ...........................................
(267) (363) (184) 332 (52)
(456) (385) (200) 179 (50)
Resultado operacional ....................................................... 1.587
1.904
Total do passivo .............................................................. 25.575
22.053
Reserva de lucros
Capital realizado 9.965 1.026 –
Aumento de capital – – –
Legal 520 – –
Lucros acumulados 6.069 – 1.149
Total 16.554 1.026 1.149
– 10.991
– –
57 577
(57) 7.161
– 18.729
10.991 – –
– 1.372 –
680 – –
7.505 – 993
19.176 1.372 993
– 10.991
– 1.372
50 730
(50) 8.448
– 21.541
As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 0QVCU 'ZRNKECVKXCU FC FOKPKUVTCnlQ iU &GOQPUVTCn|GU (KPCPEGKTCU GO FG LWPJQ FG G
Em milhares de reais
(a) Apuração do resultado É apurado pelo regime de competência de exercícios e segundo a Portaria MF nº 140/84, que considera: • As receitas de arrendamento mercantil, calculadas e apropriadas mensalmente pela exigibilidade das contraprestações no período; • O ajuste ao valor presente das operações de arrendamento mercantil; • Os rendimentos, encargos e variações monetárias, a índices e taxas oficiais incidentes sobre ativos e passivos circulantes e a longo prazo. (b) Ativos circulante e realizável a longo prazo Demonstrados pelos valores de aquisição, incluindo, os rendimentos calculados em base “pro rata temporis” e as variações cambiais auferidas, e ajustado ao valor de mercado ou de realização, quando aplicável. Os créditos tributários são reconhecidos considerando a expectativa de geração de lucros tributáveis futuros no prazo de até 5 anos, baseado em estudo técnico que considera as expectativas da administração quanto a realização dos referidos créditos, projeções orçamentárias da instituição e indicadores econômicos financeiros. (c) Ativo permanente O imobilizado de arrendamento, demonstrado ao custo, é reduzido pela depreciação acumulada, quando aplicável calculada de forma acelerada e segundo determinação da Portaria MF no. 140/84 com redução de 30% da vida útil. Conseqüentemente, a instituição, visando atender ao regime de competência, constituiu, nos semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005, superveniência de depreciação, no montante de R$ 258 (2005 - R$ 138) classificada em “Rendas de arrendamento mercantil”, equivalente ao ajuste ao efetivo valor presente dos fluxos futuros da carteira de arrendamento mercantil, com base nas taxas implícitas de retorno de cada operação, conforme Circular no. 1.429/89 do BACEN.
(d) Passivos circulante e exigível a longo prazo Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, inclusive, encargos. As provisões para imposto de renda e contribuição social foram constituídos às alíquotas vigentes à época, ambas sobre o lucro tributável, incluindo-se a provisão para imposto de renda diferido sobre superveniência de depreciação, apresentado na rubrica “Outras obrigações fiscais e previdenciárias”, no passivo circulante. 3. Aplicações interfinanceiras de liquidez Representam, Certificados de Depósitos Interfinanceiros – CDI com a entidades ligadas, no valor de R$ 14.823 com vencimento até abril de 2009. 4. Operações de arrendamento mercantil e provisão para créditos de liquidação duvidosa Mediante a Resolução no. 2.682 de 21 de dezembro de 1999 do Conselho Monetário Nacional – CMN e o BACEN, os parâmetros para a classificação das operações de arrendamento mercantil e constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa são os seguintes: • As operações de arrendamento mercantil são classificadas em nove níveis. • A provisão para créditos de liquidação duvidosa é efetuada com base na classificação do cliente nos níveis de riscos definidos pela resolução. Essa classificação leva em consideração, entre outras, uma análise periódica da operação, dos atrasos, do histórico do cliente e das garantias obtidas, quando aplicável. Os valores demonstrados nos quadros a seguir estão apresentados pelo valor presente das operações. (a) Composição da carteira de arrendamentos a receber por tipo de operação Descrição 2006 2005 Pessoa física ...................................................................... 214 239 Indústria ............................................................................. 445 15 Comércio ............................................................................ 2.245 881 Intermediários financeiros .................................................. 60 42 Outros serviços .................................................................. 4.268 3.024 Total .................................................................................... 7.232 4.201 (b) Composição da carteira de arrendamentos a receber por faixa de vencimento das parcelas Descrição 2006 2005 Vencidas ............................................................................ 518 572 De 1 a 14 dias .................................................................. 44 9 Mais de 14 dias ................................................................ 474 563 A vencer ............................................................................ 6.714 3.629 De 0 a 30 dias .................................................................. 448 86 De 31 a 60 dias ................................................................ 446 255 De 61 a 90 dias ................................................................ 445 260 De 91 a 180 dias .............................................................. 818 497 De 181 a 360 dias ............................................................ 1.446 910 Mais de 360 dias .............................................................. 3.111 1.621 Total .................................................................................. 7.232 4.201
FCU
1TKIGPU
G
RNKECn|GU
FG
4GEWT
UQU
Semestres findos em 30 de junho 2006 2005 Origens de recursos ....................................................... 4.349 3.871 Lucro líquido ajustado .................................................... 2.421 1.982 Lucro líquido ................................................................. 993 1.149 Depreciações e amortizações ....................................... 1.686 971 Superveniência de depreciação .................................... (258) (138) Recursos de acionistas ................................................... 1.372 1.026 Aumento de capital social ............................................. 1.372 1.026 Diminuição dos subgrupos do ativo ................................ 316 271 Operações de arrendamento mercantil ........................ 131 42 Outros créditos .............................................................. 185 229 Alienação de bens e investimentos ................................ 240 592 Imobilizado de arrendamento ....................................... 240 592 Em milhares de reais
1.942
Aplicações dos recursos ............................................... Inversões em ................................................................... Imobilizado de arrendamento ....................................... Aumento dos subgrupos do ativo ................................... Aplicações interfinanceira liquidez ................................ Diminuição dos subgrupos do passivo ........................... Outras obrigações .........................................................
Provisão para imposto de renda e contribuição social .........
(513)
(673)
Diminuição das disponibilidades .................................
(98)
(295)
Ativo fiscal diferido ................................................................
19
(120)
Lucro líquido do semestre .................................................
993
1.149
Modificações na posição financeira No início do semestre ..................................................... No fim do semestre .........................................................
386 288
362 67
Lucro líquido por ação do capital social - R$ ................. 80,33
104,55
Diminuição das disponibilidades .................................
(98)
(295)
Resultado não operacional ...................................................
Capital social
2. Apresentação das demonstrações financeiras e principais práticas contábeis Para a elaboração das demonstrações financeiras foram adotadas as práticas contábeis adotadas no Brasil, que emanam das disposições da Lei das Sociedades por Ações, associada às normas e instruções do BACEN.
Semestres findos em 30 de junho 2006 2005 Receitas da intermediação financeira ............................... 3.719 3.402 Operações de arrendamento mercantil .............................. 2.557 1.407 Resultado de operações com títulos e valores mobiliários . 1.162 1.995
18.729
Em milhares de reais
1. Contexto operacional A PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A. tem como objetivo a realização de operações de arrendamento mercantil, principalmente de veículos das marcas Peugeot e Citröen. Foram realizados e assinados contratos com o Grupo ABN Amro, nos quais esse se compromete com a prestação de serviços relacionados à gestão/controle operacional das operações de arrendamento mercantil realizadas através da PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A. Além disso, também foi firmado acordo operacional entre as partes pelo qual, mensalmente, os resultados das operações são rateados proporcionalmente, 50% para cada empresa, baseado no resultado econômico de cada carteira, com base em fórmula de cálculo específica definida no referido acordo operacional.
&GOQPUVTCn|GU
(1.042) (993) (49)
As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
Em 31 de dezembro de 2005 ...................................................................... Aumento de capital ..................................................................................... Lucro líquido do semestre .......................................................................... Destinação do lucro Constituição da reserva legal .................................................................... Em 30 de junho de 2006 .............................................................................
4GUWNVCFQ
Despesas da intermediação financeira ............................. (1.865) Operações de arrendamento mercantil .............................. (1.709) Provisão para créditos de liquidação duvidosa ................... (156)
&GOQPUVTCn|GU FCU /WVCn|GU FQ 2CVTKOzPKQ .sSWKFQ
Em 31 de dezembro de 2004 ...................................................................... Aumento de capital ..................................................................................... Lucro líquido do semestre .......................................................................... Destinação do lucro Constituição da reserva legal .................................................................... Em 30 de junho de 2005 .............................................................................
FQ
(100)
38
Resultado antes da tributação sobre o lucro e participações ..................................................................... 1.487
4.447 2.913 2.913 159 159 1.375 1.375
4.166 2.994 2.994 50 50 1.122 1.122
As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
(c) Concentração do risco de crédito Descrição 2006 2005 Principal devedor ............................................................... 492 138 Percentual do total da carteira de operações de crédito-% 6,80 3,28 20 maiores devedores ........................................................ 2.827 1.592 Percentual do total da carteira de operações de crédito-% 39,09 37,90 (d) Composição da carteira de arrendamentos a receber e correspondente provisão para devedores duvidosos nos prazos e níveis de risco estabelecidos pela Resolução nº 2.682 em 30 de junho 2006 2005 Total das Provisão Total das Provisão Nível de risco operações constituída operações constituída A .......................... 6.812 34 3.508 17 B .......................... 106 1 267 3 C .......................... 72 2 303 9 D .......................... 22 2 71 7 F .......................... 24 12 29 15 H .......................... 196 196 23 23 Total 7.232 247 4.201 74
(a) Imposto de renda e contribuição social Os encargos com imposto de renda e contribuição social incidentes sobre as operações do semestre estão demonstrados a seguir: 2006 2005 Resultado antes do imposto de renda e contribuição social 1.487 1.942 Total dos encargos ............................................................... (494) (648) Imposto de renda à alíquota de 15% ................................... (223) (291) Imposto de renda adicional à alíquota de 10% (dedução de R$ 120 mil) ......................................................................... (137) (182) Contribuição social à alíquota de 9% ................................... (134) (175) Acréscimos/decréscimos aos encargos de imposto de renda e contribuição social decorrentes de: Outras ................................................................................ – (145) Total do encargo de imposto de renda e contribuição social devidos ............................................................................... (494) (793)
(e) Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa
Saldo inicial ............................................................. Constituições ......................................................... Reversões .............................................................. Saldo final
Semestres findos em 30 de junho 2006 2005 90 62 183 25 (26) (13) 247 74
No semestre findo em 30 de junho de 2006 foram recuperados créditos baixados para prejuízos, no montante de R$ 7 (2005 - R$ 10). 5. Imobilizado de arrendamento 2006 2005 Veículos e afins (taxa de depreciação - 20% a.a.) .. 13.526 8.360 Superveniência de depreciação .............................. 1.171 582 Depreciação acumulada ......................................... (4.344) (2.629) Total ......................................................................... 10.353 6.313 As operações de arrendamento têm cláusulas de opção de compra, de taxas de juros prefixadas ou pós-fixadas e de seguros dos bens objetos de arrendamento, a favor do arrendador. Os valores residuais de opção de compra antecipados pelos clientes, no semestre somam R$ 1.386 (2005 - R$ 997), registrado em “Outras obrigações - diversas” no passivo circulante e R$1.829 (2005 - R$ 1.167), registrado em “Outras obrigações - diversas” no exigível a longo prazo. 6. Patrimônio líquido O capital social está dividido em 12.361 (2005 - 10.990) ações ordinárias nominativas e sem valor nominal. Aos acionistas está assegurado um dividendo anual mínimo de 25% do lucro deduzido da reserva legal. Em 15 de março de 2006, a Assembléia Geral Extraordinária deliberou o aumento de capital no valor de R$ 1.372, nesse ato foram subscritas e integralizadas 1.371 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. O aumento ainda não foi homologado pelo BACEN.
(b) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos Saldo em Saldo em 31/12/2005 Constituição Reversão 30/06/2006 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 65 62 (43) 84 Outros .......................... 17 17 (17) 17 Total dos créditos tributários .................. 82 79 (60) 101 (c) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias Diferenças temporárias Imposto de Contribuição Valor social Total presente(*) renda 1 ano ................. 29 9 38 32 2 anos ............... 20 6 26 19 3 anos ............... 27 10 37 23 Total ................... 76 25 101 74 (*) O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação (16,21% a.a.). 9. Outras informações (a) Outras despesas administrativas 2006 2005 Serviços prestados - ABN Amro (Nota 1) ............................. 307 304 Despesas de publicações .................................................... 33 52 Outras despesas administrativas ......................................... 23 29 Total ...................................................................................... 363 385 (b) Outras receitas operacionais Juros de mora sobre contratos de arrendamento ................ Divisão de resultados - Grupo ABN - Amro ......................... Reversão PDD - contingência .............................................. Taxa de abertura de crédito ................................................. Total ......................................................................................
2006 2005 27 28 179 151 100 – 26 – 332 179
Banco PSA Finance Brasil S.A. Aplicações em depósitos interfinanceiros 14.823 1.162 15.393 1.995 As transações com partes relacionadas foram contratadas as taxas compatíveis com as praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações levando-se em consideração a redução de risco.
(c) Outras despesas operacionais Referem-se a comissões por obtenção de operações de arrendamento mercantil. (d) Resultado não operacional Refere-se ao resultado da alienação de bens recuperados de contratos de arrendamento mercantil. (e) Outros créditos - diversos 2006 2005 Créditos tributários ............................................................... 101 152 Antecipações de imposto de renda e contribuição social .... 163 150 Total ...................................................................................... 264 302
8. Imposto de renda e contribuição social Os créditos tributários são reconhecidos considerando a expectativa de geração de lucros tributáveis futuros, baseados em estudo técnico que considera as expectativas da administração quanto à realização dos referidos créditos, projeções orçamentárias da instituição e indicadores econômicos financeiros, a valores presentes com base em taxas médias de captação e/ ou custo de capital para os períodos projetados.
(f) Instrumentos Financeiros Não existiam instrumentos financeiros registrados em 30 de junho de 2006, cuja divulgação seria requerida pelo BACEN. 10. Passivos contingentes A provisão para contingência é avaliada pela administração, com base nas opiniões dos consultores jurídicos da instituição. Em 30/06/2006, não havia saldos de passivos contingentes provisionados no balanço (2005 - R$ 300).
7. Transações com partes relacionadas 2006 2005 Ativo Receita Ativo Receita
&KTGVQTKC
QPVCFQT
Bernard Raymond Léon Darrieutort - Diretor Geral
Joelcyr Carmello Filho - Diretor Financeiro
Julio Takechi Katsuda - CRC 1SP 162781/O-4
2CTGEGT FQU WFKVQTGU +PFGRGPFGPVGU
Aos Administradores e Acionistas PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A. 1. Examinamos os balanços patrimoniais da PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A. em 30 de junho de 2006 e 2005, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, elaboradas sob a responsabilidade da sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos,
considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos das instituições, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da instituição, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. A instituição registra suas operações e elabora suas demonstrações financeiras com a observância das práticas contábeis estabelecidas pelo Banco Central do Brasil – BACEN, que requerem o ajuste ao valor presente da
carteira de arrendamento mercantil, como superveniência de depreciação, classificado no ativo permanente (Nota 2(c)). Essas práticas não requerem a reclassificação das operações, que permanecem registradas em 30 de junho de 2006 e 2005 de acordo com a Lei no. 6.099/74, para as rubricas de ativo permanente e realizável a longo prazo e receitas (despesas) de operações de arrendamento mercantil, mas resultam na apresentação do lucro líquido e do patrimônio líquido, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. Em nossa opinião, exceto pela não reclassificação mencionada no parágrafo 3, as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente,
em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A. em 30 de junho de 2006 e 2005 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 11 de agosto de 2006 Mazars & Guérard Auditores Independentes CRC 2SP011901/O–6
Aristeu Tsutomu Shimabukuro Contador CRC 1SP130458/O–0
Milton Fukuda/Folha Imagem
PARA SERRA, DEBATE TEVE 'BAIXO NÍVEL'. candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, O disse ontem que acertou ao não participar do debate anteontem na TV Bandeirantes com seus adversários. "Acho
Ó RBITA
que estive certo. Muita gente, muito baixo nível...", avaliou Serra que, mesmo ausente, foi o alvo preferido dos participantes. Bem-humorado, o candidato ironizou o desempenho de seus adversários. "Você assistiu ao debate inteiro prestando atenção?", perguntou, rindo, a um repórter. "Eu não assisti", disse. (AE)
FRENTE
ASSUMIDO
candidato do PT ao candidato do PMDB ao O governo do estado, O governo, Orestes Quércia, admitiu ontem que Aloizio Mercadante, acredita que poderá liderar uma frente anti-Serra em um eventual segundo turno nas eleições paulistas. Para isso, terá que reverter a vantagem do tucano nas pesquisas. (AOG)
fez caixa 2: "Todas (as campanhas), todo mundo fez (caixa 2). Para governador (1986) perguntaram se eu registrei e disse que não, ninguém registrou". (AE)
quarta-feira, 30 de agosto de 2006
Eleição Planalto Corr upção Debate
DIÁRIO DO COMÉRCIO
7
NOVOS RELATORES JÁ ATUAM CONTRA ACUSADOS
A notificação significa que eles serão investigados, não que eles estão no rol dos cassáveis. Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ)
Ed Ferreira / AE
SANGUESSUGAS
CPMI NOTIFICA MAIS TRÊS E LIVRA OUTROS QUATRO
A
Entre amigos: Biscaia (à esquerda) conversa com Izar, um dos 'inocentados' pela CPMI dos Sanguessugas.
PÉRES QUER OUVIR VEDOIN Geraldo Magela / Agência Senado
senador Jefferson Péres (PDT-AM), encarregado de relatar, no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, o pedido de abertura de processo administrativo contra o líder licenciado do PMDB na Casa, Ney Suassuna (PB) – acusado de envolvimento no esquema dos sanguessugas –, informou que, entre as testemunhas que pretende ouvir, estão o empresário Luiz Antonio Vedoin e também um exassessor do peemedebista, Marcelo Carvalho. Péres acrescentou que poderá ouvir outras testemunhas, dependendo do conteúdo da defesa que receber de Suassuna. Ele prevê que, dentro de uma semana, depois de examinados os documentos disponíveis, estará apto a dar o parecer final sobre o caso do
O
Em ação: relator do processo contra o colega Ney Suassuna, Jefferson Péres (à dir.) quer ouvir mais testemunhas.
líder do PMDB no Senado, acusado de participação por Luiz Vedoin – um dos donos da Planam, principal empresa envolvida na fraude de emendas ao Orçamento.
A declaração de Péres foi dada após conversar com o presidente do Conselho de Ética, João Alberto (PMDBMA), numa reunião com os senadores Demóstenes Tor-
res (PFL-GO), que trata do caso Magno Malta (PL-ES), e Paulo Octávio (PFL-DF), relator da denúncia contra a senadora Serys Slhessarenko (PTMT). (AE)
C P M I d o s S a nguessugas notificou ontem mais três parlamentares acusados de envolvimento com a máfia das ambulâncias. São eles o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) e os deputados Salvador Zimbaldi (PSB-SP) e Philemon Rodrigues (PTB-PB). "A notificação significa que eles serão investigados. Não significa que eles estão no rol dos parlamentares cassáveis", esclareceu o presidente da comissão, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ). Os três parlamentares tinham conexão com o esquema, segundo os empresários Luiz Antonio Trevisan Vedoin e Darci Vedoin, donos da Planam, empresa que funcionava como a central da máfia. A cúpula da CPMI decidiu notificar os três parlamentares sob a alegação de que os empresários apresentaram à Justiça indícios de que eles receberam alguma vantagem para apresentar emendas ao Orçamento, para que prefeituras pudessem comprar ambulâncias superfaturadas. Ao mesmo tempo em que notificaram Zimbaldi, Philemon e Antero, integrantes da CPMI das Sanguessugas isentaram outros quatro deputados: Ricardo Izar (PTB-SP), Ciro Nogueira (PP-PI), Luiz Piauhylino (PDT-PE) e José Múcio Monteiro (PTB-PE). "Não basta que o parlamentar tenha emendas que foram pa-
rar no esquema. É preciso mais evidências", explicou Biscaia, acrescentando que "por ora o caso está encerrado". Em entrevista à revista "Época", Luiz Vedoin citou o nome dos quatro deputados como integrantes do esquema sanguessuga. O presidente da CPMI quer que o juiz de Mato Grosso, Jefferson Schneider, que está em férias, faça uma "advertência final" aos integrantes da família Vedoin, que alteraram o depoimento dado à Justiça, e não páram de incluir novos nomes de parlamentares que fariam parte da máfia das ambulâncias. "Decidimos que não vamos ficar nesse terreno pantanoso", afirmou o vice-presidente da CPMI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE). Em entrevista à revista "Veja", Vedoin disse que o senador Antero chegou a negociar R$ 40 mil de propina, por intermédio do deputado Lino Rossi (PP-MT), encarregado de cooptar parlamentares para a máfia no Congresso. Antero negou as acusações e ontem veio às pressas de Mato Grosso, onde disputa o governo do Estado, para apresentar sua defesa à CPMI. Os nomes de Zimbaldi e Philemon surgiram durante depoimento sigiloso de Vedoin à Justiça de Mato Grosso. O empresário acusou os dois parlamentares de terem acertado propina de 10% em relação ao valor das verbas do Orçamento da União. (AE)
Ailton de Freitas / AOG
PFL DESFILIA ALMIR MOURA
A
executiva nacional do PFL decidiu ontem desfiliar o deputado Almir Moura (RJ) por conta de seu envolvimento no esquema dos sanguessugas. Segundo depoimento do empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin à Justiça de Mato Grosso, Moura teria recebido R$ 100 mil como pagamento de propinas. Vedoin seria, segundo a CPMI, o principal articulador do esquema de venda de ambulâncias superfaturadas para prefeituras. A decisão do PFL impede o deputado de disputar as eleições de outubro. Além dele, dois outros parlamentares perderam a legenda por iniciativa
própria. São eles: Coriolano Sales (BA) e Marcos de Jesus (PE), que preferiram pedir desfiliação a serem julgados pela executiva. Os deputados Laura Carneiro (RJ), Celcita Pinheiro (MT), Robério Nunes (BA) e César Bandeira (MA), que também estão sob suspeita de envolvimento nos crimes, foram poupados da expulsão por falta de provas. O presidente nacional do PFL, Jorge Bornhausen (SC), disse que, em todos os casos em que havia provas suficientes para incriminar os envolvidos, a punição foi máxima, fosse por iniciativa do partido ou dos próprios acusados. "A CPMI pode continuar sua investigação e
encontrar novas provas. Mas não havia nada que nos permitisse incriminar os outros quatro pefelistas que tiveram seus nomes citados na CPMI", esclareceu o presidente do partido. No caso da deputada Laura Carneiro (RJ), a acusação era de que uma assessora de seu gabinete havia recebido depósito de R$ 20 mil em conta bancária pessoal. Laura compareceu à executiva com uma declaração oficial do Banco Central, mostrando que os extratos bancários comprovavam a inexistência de qualquer depósito. "O PFL teve a coragem de enfrentar o problema com correção", concluiu Bornhausen. (Agências)
TSE NEGA REGISTRO A BALTHAZAR
ambulâncias superfaturadas por prefeituras de todo o País a partir de emendas apresentadas ao orçamento da União, com a intermediação feita pela empresa Planam. O ministro do TSE Marcelo Ribeiro rejeitou por motivos técnicos uma ação na qual o parlamentar questionava decisão já tomada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro, que recusou o registro de sua candidatura. No caso, acompanhou a decisão anterior, reforçando-a. Na decisão, o TRE alegou que a existência de fortes indícios de vida pregressa
inidônea do candidato seriam suficientes para justificar a negativa do registro. Em seu despacho, o ministro do TSE afirmou que houve uma correção no rito processual envolvendo o deputado Paulo Balthazar. Conforme explicou, a ação foi movida de forma equivocada contra o presidente do TRE. Segundo o ministro, quem rejeitou o registro de Balthazar foi o plenário do tribunal e não o presidente. A decisão de Ribeiro veio também a corroborar a previsão feita pelo presidente do TSE, Marco Aurélio Mello, de que ações do tipo deverão ter apreciação semelhante. (AE)
Presidente do Senado: "Voto aberto é recomendável em casos de cassação, sem generalizar".
I
nvestigado pela CPMI dos Sanguessugas, o deputado federal Paulo Balthazar (PSB-RJ) fracassou na tentativa de garantir no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sua candidatura à reeleição, a exemplo de outros parlamentares acusados de envolvimento pela comissão. O Rio de Janeiro é o Estado com o maior número de parlamentares acusados de participação no esquema de compra de
RENAN DEFENDE VOTO ABERTO Opresidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu ontem mudanças na Constituição para que a votação dos processos de cassação de parlamentares seja feita por voto aberto. Atualmente a votação é realizada secretamente e são necessários os votos de 41 do total de 81 senadores para cassar um senador. Ele observou, no entanto, que o voto secreto deve continuar em outras situações, mas não
especificou em quais. "Acho que o voto aberto, em alguns casos, é recomendável. Mas acho que não se pode generalizar, porque aí expõe as pessoas a uma pressão enorme do poder político e econômico, também", disse. A emenda constitucional que institui o voto aberto está na Câmara dos Deputados e o presidente da Casa, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), comprometeu-se junto aos integrantes da CPMI dos Sanguessugas, que investiga o envolvimento de parlamentares na compra superfaturada de ambulâncias, a colocar a proposta em votação na próxima semana durante o
esforço concentrado. Segundo Renan, os defensores do voto aberto consideram esta uma alternativa transparente, e que permite ao eleitor acompanhar os trabalhos de seus representantes. Os que são contra temem que a exposição pública do voto tire a independência dos parlamentares. Sobre a possibilidade de a proposta de emenda constitucional ser colocada em pauta, Renan explicou que a decisão final vai depender dos líderes. "Nós decidimos tudo com os líderes. Se entendermos que é preciso priorizar a discussão, vamos priorizá-la", disse. (Agências)
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 30 de agosto de 2006
1 A parte mais difícil já foi feita. Era um desafio fazer um túnel a 15 metros da calha de um rio. Luiz Carlos David, presidente do Metrô
Monalisa Lins/AE
Tatuzão sobe a Serra para quebrar pedra no metrô Equipamento, que vai ser transportado durante dois dias pela Rodovia dos Imigrantes, será utilizado para perfurar sete quilômetros de rocha na construção de um trecho da Linha 4-Amarela do metrô, entre as estações Faria Lima e Luz. O Tatuzão, que saiu na madrugada de hoje do porto de Santos, tem 9,4m de diâmetro, 75m de comprimento e pesa 1,8 mil toneladas. É a primeira vez na América Latina que uma linha de metrô passa sob o leito de um rio – o Pinheiros.
Escavações da Linha 4-Amarela do metrô sob a calha do rio Pinheiros a partir do poço de serviço Valdemar Ferreira, na entrada da USP Monalisa Lins/AE
Flávia Gianini
U
ma enorme operação de logística está sendo montada para transportar, pelo sistema Anchieta/Imigrantes, 80 contêineres com as peças do Tatuzão, um equipamento utilizado para perfurar túneis. Os caminhões saíram à meia-noite do Porto de Santos, mas só devem chegar na quinta-feira a São Paulo. O transporte será acompanhado por sete batedores e acontece somente durante a madrugada. O Tatuzão custou US$ 30 milhões aos cofres públicos e tem a missão de perfurar sete quilômetros de rocha para a construção de um trecho da Linha 4-Amarela do metrô, entre as estações Faria Lima e Luz. A escavadeira, modelo Shield, veio da Alemanha, tem 9,4 metros de diâmetro, 75 de comprimento e 1,8 mil toneladas. Esta é a primeira vez na América Latina que uma linha de metrô passará por baixo de um rio.
Visita - O governador ClauPistas – Segundoogerentede atendimento ao usuário da Eco- dio Lembo, acompanhado do vias, concessionária que admi- secretário dos Transportes Menistra o sistema, Sidnei Torres, a tropolitanos, Jurandir Fernanpista central da Imigrantes fica- des, e do presidente da Compará fechada no trecho de Serra, do nhia do Metrô, Luiz Carlos Dakm 62 ao km 40, entre 23h30 de vid, inspecionou ontem as escavações do túnel ontem e 5h de hoje sob a calha do rio para a passagem Pinheiros. Lembo do comboio de 13 percorreu 426 mecarretas. Em funtros do túnel, a ç ã o d o p e s o d e Não me partir do poço de duas das carretas impressiono, (acima de 110 tone- porque ainda temos serviço Valdemar Ferreira, na entraladas), o deslocamento será inter- que trabalhar muito da da Universidade de São Paulo rompido depois mais para o (USP), até perto das 5h, quando o prolongamento do tráfego voltará ao metrô de São Paulo. da rua Capri, em Pinheiros. normal. Claudio Lembo, Apesar das diHoje, durante o governador mensões da obra e dia, as carretas ficada estrutura monrão paradas em duas áreas do canteiro central tada para sua realização, o goda Imigrantes, sem atrapalhar a vernador reconheceu que o nocirculação de veículos. "Não es- vo trajeto é um passo mínimo tão previstos engarrafamentos, perto da necessidade de ampois o tráfego será desviado, na pliação do metrô de São Paulo. madrugada, para a via Anchie- "Não me impressiono, porque ta, no trecho do planalto, retor- ainda temos que trabalhar muinando ao normal durante o dia", to mais", declarou. Cláudio Lembo elogiou a manutenção garantiu Torres.
Metroviários protestam com café s metroviários de São O Paulo fizeram ontem mais uma manifestação
contra a adoção do modelo de Parceria Público Privada (PPP) para a exploração da Linha 4. Na praça da Sé, eles distribuíram café e biscoitos enquanto recolhiam assinaturas para um abaixoassinado. O governador Cláudio Lembo minimizou o movimento e disse que a paralisação do metrô, há duas semanas, foi uma ação política e que não deve ser repetida. "Foi uma greve selvagem, injusta e irracional, mas não vai acontecer novamente porque foi simplesmente política", reafirmou. Naquele dia, 2,6 milhões de passageiros ficaram sem transporte. O saldo final foi de 188 quilômetros de lentidão no trânsito e cerca
de R$ 70 milhões em prejuízos. Os metroviários afirmam que um aumento de tarifa será necessário para bancar o lucro da empresa privada que participará da obra. Argumentam ainda que o valor da passagem será de R$ 2,15, contra os R$ 2,10 atuais. Mas o presidente da Companhia de Metrô, Luiz Carlos David, esclareceu que a tarifa só será reajustada a critério do governo do Estado e de acordo com o orçamento. O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, afirmou que somente as PPP's podem solucionar os problemas do transporte público. "Só as parcerias podem recuperar a capacidade de investimento em transporte", disse. O secretário de Transportes
Metropolitanos do Estado, Jurandir Fernandes, disse que o metrô é uma das obras mais importantes para a cidade. "Mas sua forma de financiamento não pode ser custeada pelo Estado, que está com sua capacidade esgotada". Segundo David, a iniciativa privada investirá US$ 340 milhões em trens, operação e manutenção da Linha 4. A previsão de retorno do capital investido é de 17% ao ano. "A operação estatal está falida. Enquanto trabalhamos com 130 funcionários por quilômetro, a iniciativa privada usa 60. Em 32 anos de operação, o Estado nunca recuperou um real do valor aplicado no metrô. Se tudo der certo, com a PPP isso será possível em seis anos", afirmou. (FG)
do cronograma da obra, que prevê que as escavações alcancem a estação Pinheiros em meados de outubro. Segundo Luis Carlos David, já foram gastos US$ 420 milhões, cerca de 33% do orçamento total, estimado em US$ 1,26 bilhão. "A parte mais difícil já foi feita. Era um desafio fazer um túnel a 15 metros da calha do rio Pinheiros", disse. O rio tem 76 metros de extensão entre uma margem e outra. O túnel construído está a 33 metros da superfície e tem 9 metros de diâmetro. A conclusão da primeira etapa da Linha 4-Amarela, prevista para dezembro de 2008, beneficiará cerca de 760 mil pessoas/dia. Inicialmente, será finalizada da ligação da Vila Sônia à estação da Luz, e as estações prioritárias que mantêm integração com as linhas da Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos (CPTM), como Butantã, Pinheiros, Faria Lima, avenida Paulista, rua da Consolação, praça da República e Luz.
Lembo (segundo da esquerda para a direita) vistoriou as obras ontem
2
Compor tamento Urbanismo Segurança Ambiente
DIÁRIO DO COMÉRCIO
fechamento da rua 25 de Março ao tráfego de veículos foi adiado por mais um mês. Somado à instalação de três câmeras de vigilância (ver matéria ao lado), essas são as medidas preparadas pela Prefeitura para melhorar a circulação e a segurança dos cerca de 400 mil pedestres que passam diariamente por uma das mais importantes vias comerciais do Centro. A proibição dos veículos estava programada para esta semana, porém, a Prefeitura decidiu aprofundar os estudos de impacto que a medida poderá causar. Segundo o secretário de Coordenação das Subprefeituras, Andrea Matarazzo, a preocupação é determinar com os lojistas como reorganizar o tráfego após o fechamento. "Será necessário inverter o sentido de alguma rua local para substituí-la, não só para dar conta de quem usa a região como passagem, como também para os caminhões que abastecem as lojas", afirmou, acrescentando que a medida deverá ser implantada na segunda quinzena de setembro. O tráfego de veículos, destacou, piora a circulação dos pedestres porque favorece vendedores ambulantes que fazem do carro um armazém. "Eles abrem o porta-malas e usam esse espaço como barraca, o que dificulta a fiscalização, já que, quando o sujeito é alertado, basta fechar a porta". A rua será fechada apenas durante o horário comercial, e o fechamento talvez seja reduzido para as horas de maior fluxo de pedestres. "A idéia é melhorar a situação atual, por isso estamos estudando cada detalhe." Com as câmeras e o trânsito impedido, Matarazzo afirmou que ficará mais fá-
cil fiscalizar os ambulantes. Após as medidas, apenas os 81 camelôs que têm Termo de Permissão de Uso (TPU) expedido pela Prefeitura serão admitidos no local. O trecho da 25 de Março a ser fechado para o trânsito vai da avenida Senador Queirós à Ladeira Porto Geral. Em períodos comuns, a região registra circulação de 400 mil pessoas por dia. Em datas especiais, como o último Natal, esse número chega a 1 milhão. "Na verdade, para quem olha hoje, a circulação é tamanha que parece mesmo que a 25 de Março já está fechada", disse Matarazzo. Violência - A ocorrência de assaltos é o que mais preocupa os comerciantes. Há três meses, a União dos Lojistas da 25 de Março e Adjacências (Univinco) entregou documento ao secretário pedindo reforço no policiamento. Matarazzo decidiu aumentar o contingente da Guarda Civil Metropolitana na rua. Porém, credita ao volume de pedestres a ocorrência dos assaltos. "Fica muito mais difícil fiscalizar do jeito que está." A violência afugenta os compradores, na avaliação do comércio local. Além dos batedores de carteira, houve na rua a explosão de uma bomba na véspera do Natal passado, ferindo 15 pessoas. Em fevereiro, dois tiroteios no mesmo dia deixaram dois mortos e três feridos. O conflito entre os próprios camelôs e lojistas estaria por trás desses episódios. Segundo estudos da Associação Comercial de São Paulo com base em transações bancárias e arrecadação de impostos, o comércio da 25 de Março movimenta entre R$ 5 bilhões e R$ 8 bilhões. Os vendedores ambulantes ficam com 30% desse valor, segundo o levantamento.
Câmeras já monitoram o Pátio do Colégio Amanhã faz um mês que o Centro está sendo fiscalizado por novos olhos. Em 20 dias, serão 35 câmeras. Milton Mansilha/Luz
Rejane Tamoto
A
rua 25 de Março e o Pátio do Colégio já estão sendo monitorados pelos novos olhos do Centro - as câmeras de monitoramento da Guarda Civil Metropolitana (GCM) - que amanhã completam um mês em operação na região central . De acordo com a Secretaria de Governo da Prefeitura, já foram instalados 21 equipamentos. Em 20 dias cerca de 35 câmeras estarão em funcionamento e devem abranger toda a área do Centro Novo e também do Centro Velho. Desde o começo deste mês, as câmeras monitoram os principais pontos da região central, como o vale do Anhangabaú, a praça da República e a praça da Sé. Os principais flagrantes registrados pela Central de Monitoramento da GCM neste período foram consumo de drogas e receptação (posse de produto roubado). Na última quinta-feira, as câmeras registraram flanelinhas removendo multas por estacionamento em local proibido dos párabrisas de dois carros na rua Sete de Abril. Após a verificação das imagens, a Central comunicou os guardas, que foram até o local. Eles detiveram o suspeito, que acabou acusado por supressão de documento público. A Secretaria de Governo informou que os equipamentos também registraram a saída de camelôs de alguns pontos que estão sendo monitorados e, ainda, problemas de trânsito na cidade. Um balanço com os números de flagrantes e dos tipos de crimes registrados pelas lentes deve ser divulgado nos próximos dias.
Funcionário instala câmera de segurança na rua 15 de Novembro, no Centro da capital paulista. Desde o começo deste mês, as câmeras monitoram os principais pontos da região central, como o vale do Anhangabaú, a praça da República e a praça da Sé.
Univinco entrega troféu
Univinco (União dos Lojistas da 25 de Março e Adjacências) entregou na noite de segunda-feira o troféu Personagem 25 de Março ao presidente licenciado da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Guilherme Afif Domingos, ao vice presidente da ACSP Roberto Mateus Ordine, e ao superintendente da
Distrital Centro, Marcelo Flora Stockler, em cerimônia no Mercado Municipal. "Homenageamos personalidades que convivem conosco e contribuem com a rua 25 de Março na administração, na política, no trânsito e na segurança", disse o presidente da Univinco, Miguel Giorgi Jr. O evento homenageou, ao todo, 25 pessoas e teve como uma de
suas atrações a apresentação de um samba enredo sobre a rua 25 de Março, pela escola de samba Camisa Verde e Branco. Durante a cerimônia, foi apresentado o projeto de um guia de compras da região da rua 25 de Março, voltado para consumidores. O projeto está sendo feito em parceria entre a Univinco e a On Line Editora. (RT)
Só BEBIDAS Promoções de Inverno
DC
A
Os principais flagrantes registrados pela Central de Monitoramento da GCM foram consumo de drogas e receptação.
ATÉ AGORA FORAM INSTALADAS 21 CÂMERAS
CARROS FICAM MAIS UM MÊS NA 25 DE MARÇO
O
quarta-feira, 30 de agosto de 2006
Importadas
SÓ bebidaS Nacionais
“MANIA DE VENDER BARATO”
Vinho Espanhol Riscal R$ 39,90
Vinho Chileno Casa Mayor R$ 19,90
Porca de Murça R$ 17,90
Vinho Italiano Chianti R$ 29,90
Lambrusco R$ 11,50
Vinho Francês Côtes du Rhône R$ 29,90
Vinho do Porto Senador R$ 27,90
Vinho Francês Cave de Ladac R$ 15,90
Vinho Italiano Gabia D´Oro R$ 13,50
Vinho Chileno Gato Negro R$ 17,90
Vinho Português Cartuxa R$ 64,90
Vinho Português Redondo R$ 29,90
Vinho Português Grand Jo R$ 25,50
Vinho Chileno Carta Vieja Carmenére/Cabernet
R$ 14,90
* preços para unidade na caixa.
ACEITAMOS CARTÕES DE CRÉDITO
PABX: 3106-9898 / 3112-0398 www.sobebidas.com.br
Pça. João Mendes, esquina c/ Rua Quintino Bocaiúva, 309 - Centro * BEBA COM MODERAÇÃO
quarta-feira, 30 de agosto de 2006
Urbanismo Compor tamento Segurança Transpor te
DIÁRIO DO COMÉRCIO
CHAPEUZINHO VERMELHO É DA TURMA DO BEM
Polícia de São Paulo detecta novas ameaças de facção criminosa
Seqüestrado é solto para levantar dinheiro do resgate
O
D
Primeiro Comando da Capital (PCC) promete ações "em proporções ainda não vistas" caso a Justiça não tome providências contra supostos maus tratos a presos no sistema prisional. "Daremos nossas vidas se necessário. A menos que seja dado um basta nessa situação, levaremos até as últimas conseqüências essa guerra por justiça. Violência gera violência e covardia gera covardia." A disposição de atacar e morrer está expressa em um panfleto distribuído segunda-feira em diversas regiões de São Paulo. A propaganda feita pelos criminosos foi detectada pela inteligência da polícia. Ela começa dizendo que "o governo do Estado tem usado os veículos de comunicação para induzir a Justiça e a população a um pensamento equivocado do verdadeiro motivo que nos levou às ações armadas". Temese que o PCC esteja planejando novos ataques para 31 de agosto (data da fundação da facção) ou 7 de setembro. A Coordenadoria dos Presídios da região oeste do Estado de São Paulo responderá às acusações dos panfletos por se tratar de "comunicados apócrifos que caracterizam denunciação caluniosa". Na análise da inteligência policial, o panfleto está relacionado à apreensão de um bilhete na cela do seqüestrador Paulo César Souza Nascimento Junior, preso em Presidente Venceslau. O bilhete deixou a cúpula do governo em alerta. O manuscrito de cerca de dez linhas estava sobre a cama de Paulinho Neblina. Ele trata de um plano que provoque mais impacto do que o seqüestro de funcionários da Rede Globo, ocorrido no dia 12. A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou que o bilhete já é objeto de investigação. A mensagem é assinada por Paulinho, condenado a 89 anos de prisão. (AE)
epois de passar um dia e uma noite no cativeiro, numa barraca no meio de um canavial, em Tietê, na região de Sorocaba, um empresário de 74 anos foi solto pelos seqüestradores para providenciar o pagamento do próprio resgate. Eles exigiam uma quantia tão alta que apenas o empresário poderia conseguir. Para amedrontar a vítima, os bandidos alegaram pertencer ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e que o matariam e a seus familiares, caso não recebessem o dinheiro. Solto, o empresário não procurou a polícia, levantou o dinheiro e pagou o resgate. O caso, ocorrido há duas semanas, terminaria assim se os bandidos não tivessem continuado com a extorsão. Eles exigiram uma nova quantia para não seqüestrar um neto do empresário. O pai da criança decidiu procurar a policia. Policiais da Delegacia Anti-Seqüestro (DAS) de Sorocaba passaram a monitorar as ligações. Na noite de segunda-feira, a equipe chegou a um telefone público no bairro Altos do Tietê, no momento em que um bandido negociava com o filho do empresário. Três homens que, de um automóvel Santana, davam cobertura ao cúmplice, atiraram contra o carro da Polícia Civil. No tiroteio, o bandido que usava o telefone foi atingido. Ele estava com uma pistola calibre 22. Os outros conseguiram fugir. Dois policiais sofreram ferimentos leves e foram medicados na Santa Casa de Tietê. O seqüestrador foi levado para o hospital e operado ontem. Policiais já levantaram as identidades dos outros integrantes do grupo, suspeito de atuar em vários seqüestros na região. No início do ano, o bando invadiu um ônibus escolar e seqüestrou um garoto de 13 anos, filho de um usineiro . O cativeiro também era numa barraca em um canavial. (AE) TUBERCULOSE Brasil recebe doação de R$ 58 milhões para combater a tuberculose.
Ó RBITA
MAU TEMPO ATRAPALHA COUGAR
mau tempo de ontem O prejudicou a primeira grande operação simulada da
Polícia Militar com o helicóptero HM-3 Cougar, do Exército. O treinamento
simularia a repressão a rebeliões no Complexo Penitenciário de São Vicente e no Centro de Detenção Provisória de Praia Grande, na Baixada Santista. (AE)
O tema foi bem aceito entre os estudantes, que até mostraram possíveis soluções para a crise. Maria Lucia Bello Leite, coordenadora pedagógica
CHAPEUZINHO E LOBO MAU ILUSTRAM INSEGURANÇA Estudantes de 6 a 10 anos debatem a falta de segurança e os ataques do Primeiro Comando da Capital Fotos de Milton Mansilha/Luz
Ivan Ventura
A
onda de violência promovida pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) entrou no cotidiano das salas de aula das escolas públicas e particulares de São Paulo. Os atos criminosos da facção, os culpados e as possíveis soluções estão sendo debatidas por crianças entre 6 e 10 anos. Existem colégios associando fábulas e teorias sociológicas com a crise na segurança pública. No colégio Elvira Brandão, na Chácara Santo Antonio, zona sul, a fábula C h a p eu z i n h o Vermelho e o Lobo Mau foi usada para mostrar as diferenças entre bondade e maldade com crianças de até 6 anos. Na atividade, as crianças associaram a maldade com objetos relacionados à criminalidade. Os pequenos estudantes deveriam colar gravuras e fotos de pessoas ou objetos que elas consideravam bons ou ruins. Para diferenciá-los, a professora pediu que as crianças colassem as figuras abaixo dos desenhos de um lobo (representando a maldade) e de um chapéu (bondade). "Fotos dos pais e desenhos foram considerados bons. Armas e similares eram ligados a atos maldosos", disse a coordenadora pedagógica do colégio, Maria Lucia Bello Severo Leite. Debates – Professores ficaram animados com os resultados e criaram aulas/debates sobre temas atuais com alunos de 3ª e 4ª séries, com idade entre 9 a 11 anos. Em uma das discussões foi abordada a ação do PCC. "Pedi para os alunos lerem suplementos infantis de jornais e notícias relacionadas à facção. O tema foi bem aceito entre os estudantes, que até mostraram possíveis soluções para a crise da segurança púGuto Kuerten/Agência RBS
CARRETA Carreta tomba e complica o trânsito no Rodoanel Mário Covas, sentido interior de SP.
3
Alunos da 4ª série de colégio da zona sul participam de aula/debate sobre a falta de segurança
Alunos de 9 a 11 anos levaram para a escola material sobre ataques
blica", contou Maria Lucia. O aluno L.A., de 10 anos, por exemplo, se mostrou contrário à saída temporária de presos nos feriados. F. e G., ambos com 10, querem mais cadeias. A idéia mais curiosa partiu de F., de 9 anos, que sugeriu a implantação de chips nos presos, evitando fugas. Cidadania – No Colégio
Bandeirantes, também na zona sul, o PCC foi abordado entre os alunos do ensino médio e durante o Programa Cidadania, uma proposta com o objetivo de humanizar o ensino, associando fatos atuais com matérias escolares obrigatórias. Em maio, mês do primeiro ataque da facção criminosa, os professores associaram
as teorias do sociólogo Émile Durkheim com o PCC. "A discussão pretende transformar o aluno em um agente de interferência e não um agente passivo", disse coordenadora do programa, Cinilia Tadeu Gisondi. Durkheim acreditava que o homem seria um animal selvagem que só se humanizou a partir do momento em que se tornou sociável. Ressalvas – Nas escolas públicas o crime organizado também é assunto corriqueiro, mas é tratado quase que informalmente. As secretarias municipais e estaduais de Educação revelaram que "o debate é de livre iniciativa dos professores, pois assuntos do cotidiano são tratados como temas transversais nas salas". A discussão é defendida com ressalvas por especialistas. Célia Maria Davi, coordenadora do curso do história da Unesp de Franca, defende a discussão, mas ressalta abordagens diferentes com alunos da periferia e de classe alta. "São realidades diferentes e que afetam esses alunos de formas diferentes. O professor deve observar a realidade social do aluno", comentou.
TARDE MAIS FRIA DO ANO cidade de São Paulo teve quente, com a máxima chegando a 29 graus. Apesar a tarde mais fria do ano A disso, uma nova frente fria nesta terça-feira, 29, com temperatura mínima de 11,2 graus no Mirante de Santana, na zona norte da capital, segundo informou a Climatempo. Os termômetros não passaram dos 11 graus no Aeroporto de Congonhas e no Campo de Marte. A temperatura seguirá em elevação até sexta-feira, quando a capital terá um dia
chegará à região Sudeste na mesma sexta-feira, que terá um fim de semana de temperaturas baixas e tempo fechado. Os termômetros voltaram a despencar no Paraná, com temperatura negativa em Palmas, na região sul do Estado. Em Santa Catarina (foto), o gelo atingiu pomares. (Agências)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 30 de agosto de 2006
ECONOMIA/LEGAIS - 5
RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas: Apresentamos o balanço patrimonial, bem como as demonstrações do resultado, das origens e aplicações de recursos, as mutações do patrimônio líquido e as notas explicativas relativas ao semestre findo em 30 de junho de 2006 e 2005, acompanhados do parecer dos auditores independentes. São Paulo, 29 de Agosto de 2006 BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Valores em R$ mil) ATIVO Circulante ............................................................................................ Disponibilidades ............................................................................... Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ........................................ Aplicações no Mercado Aberto ......................................................... Aplicações em Depósitos Interfinanceiros ........................................ Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ................................................................. Carteira Própria ............................................................................... Vinculados a Operações Compromissadas .................................... Relações Interfinanceiras ................................................................ Pagamentos e Recebimentos a Liquidar .......................................... Depósitos no Banco Central ............................................................. Correspondentes ............................................................................... Operações de Crédito ...................................................................... Operações de Crédito ....................................................................... Setor Privado .................................................................................... Provisão para Operações de Crédito de Liquidação Duvidosa ......... Outros Créditos ................................................................................. Rendas a Receber ............................................................................ Diversos ............................................................................................ Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa ................... Outros Valores e Bens ...................................................................... Despesas Antecipadas ..................................................................... Realizável e Longo Prazo .................................................................. Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ................................................................. Carteira Própria ............................................................................... Operações de Crédito ...................................................................... Operações de Crédito ....................................................................... Setor Privado .................................................................................... Outros Créditos ................................................................................. Diversos ............................................................................................ Outros Valores e Bens ...................................................................... Outros Valores e Bens ...................................................................... Permanente ......................................................................................... Investimentos ...................................................................................... Imobilizado de Uso ............................................................................. Diferido ................................................................................................ Total do Ativo ......................................................................................
30/06/2006 113.895 1.805 32.599 27.702 4.897
30/06/2005 95.236 2.079 28.091 25.151 2.940
15.177 8.183 6.994 1.069 661 143 265 54.424 59.829 59.829 (5.405) 8.819 121 10.028 (1.330) 2 2 89.376
10.433 5.436 4.997 881 494 123 264 46.354 53.666 53.666 (7.312) 7.390 8.225 (835) 8 8 100.740
15.306 15.306 37.678 37.678 37.678 35.585 35.585 807 807 8.188 325 7.745 118 211.459
23.897 23.897 50.349 50.349 50.349 25.866 25.866 628 628 8.178 225 7.791 162 204.154
PASSIVO Circulante ............................................................................................ Depósitos ........................................................................................... Depósitos à Vista .............................................................................. Depósitos Interfinanceiros ................................................................. Depósitos a Prazo ............................................................................. Captações no Mercado Aberto ........................................................ Carteira Própria ................................................................................. Carteira de Terceiros ......................................................................... Relações Interfinanceiras ................................................................ Recebimentos e Pagamentos a Liquidar .......................................... Relações Interdependências ........................................................... Recursos em Trânsito de Terceiros ................................................... Obrigações por Repasses do País ................................................. FINAME ............................................................................................. Outras Obrigações ............................................................................ Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados .................... Fiscais e Previdenciárias .................................................................. Diversas ............................................................................................ Exigível a Longo Prazo ...................................................................... Depósitos ........................................................................................... Depósitos a Prazo ............................................................................. Obrigações por Repasses do País ................................................. FINAME ............................................................................................. Outras Obrigações ............................................................................ Fiscais e Previdenciárias .................................................................. Diversas ............................................................................................ Patrimônio Líquido ............................................................................. Capital Social - Domiciliados no País ................................................. Reserva de Capital ............................................................................. Reserva de Reavaliação ..................................................................... Reserva de Lucros .............................................................................. Lucros Acumulados ............................................................................
30/06/2006 66.305 46.428 11.216 3.539 31.673 7.000 7.000 415 415 10 10 9.539 9.539 2.913 95 849 1.969 106.798 101.974 101.974 3.516 3.516 1.308 25 1.283 38.356 37.710 107 104 298 137
30/06/2005 57.777 36.850 7.807 2.020 27.023 10.948 5.001 5.947 695 695 47 47 7.294 7.294 1.943 28 291 1.624 108.269 94.557 94.557 12.345 12.345 1.367 31 1.336 38.108 37.240 406 126 292 44
Total do Passivo ..................................................................................
211.459
204.154
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO NOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Valores em R$ mil) Ajuste Valor Reserva Capital Aumento Reserva de Reserva de Mercado TVM de Lucros Lucros Eventos Realizado de Capital Capital Reavaliação Ins. Fin. Deriv. Reserva Legal Acumulados Saldos em 31 de Dezembro de 2005 .............................. 37.240 406 115 298 107 Aumento de Capital Com Utilização de Reservas e Lucros ........................... 470 (363) (107) Dividendos do Exercício de 2005, para Futuro Aumento de Capital .................................... 28 Atualização de Títulos Patrimoniais ................................. 36 Realização da Reserva de Reavaliação .......................... (11) 11 Lucro Líquido do Semestre .............................................. 126 Saldos em 30 de Junho de 2006 ..................................... 37.240 470 107 104 298 137 Saldos em 31 de Dezembro de 2004 .............................. 35.811 341 137 125 292 1.112 Aumento de Capital Com Utilização de Reservas e Lucros ........................... 1.429 (317) (1.112) Dividendos do Exercício de 2004, para Futuro Aumento de Capital .................................... 363 Atualização de Títulos Patrimoniais ................................. 19 Realização da Reserva de Reavaliação .......................... (11) 11 Reversão do Valor de Mercado de Cotas de Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios ...... (125) Lucro Líquido do Semestre .............................................. 33 Saldos em 30 de Junho de 2005 ..................................... 37.240 406 126 292 44
Totais 38.166 28 36 126 38.356 37.818 363 19 (125) 33 38.108
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Valores em R$ mil) ....................................................................................................................... 30/06/2006 30/06/2005 Receitas da Intermediação Financeira ...................................................... 21.572 22.020 Operações de Crédito .................................................................................. 17.261 16.556 Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários ........................ 4.311 5.464 Despesas da Intermediação Financeira .................................................... (13.021) (12.115) Captação no Mercado .................................................................................. (10.855) (11.128) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ......................................... (2.166) (987) Resultado Bruto da Intermediação Financeira ......................................... 8.551 9.905 Outras Receitas (Despesas) Operacionais ............................................... (8.575) (9.586) Receitas de Prestação de Serviços ............................................................. 365 402 Despesas de Pessoal .................................................................................. (3.840) (4.181) Outras Despesas Administrativas ................................................................ (5.081) (4.476) Despesas Tributárias .................................................................................... (621) (593) Outras Receitas (Despesas) Operacionais .................................................. 602 (738) Resultado Operacional ............................................................................... (24) 319 Resultado não Operacional ........................................................................ 11 2 Resultado antes da Tributação s/o Lucro e Participações ...................... (13) 321 Imposto de Renda e Contribuição Social .................................................. 139 (288) Provisão para o Imposto de Renda .............................................................. (269) Provisão para a Contribuição Social ............................................................ (103) Ativo Fiscal Diferido ..................................................................................... 511 (288) Lucro Líquido do Semestre ........................................................................ 126 33 Lucro Líquido por Ação (Em R$ 1,00) ....................................................... 0,11 0,03 DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS NOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Valores em R$ mil) ....................................................................................................................... 30/06/2006 30/06/2005 Origem dos Recursos ................................................................................. 17.913 13.415 Lucro Líquido Ajustado ............................................................................. 466 266 Lucro Líquido do Semestre ........................................................................ 126 33 Depreciações e Amortizações ................................................................... 340 358 Reversão do Valor de Merc. T.V.M. e Instrumentos Financ. Derivativos ..... (125) Recursos de Acionistas ............................................................................. 28 363 Dividendos de Acionistas ........................................................................... 28 363 Recursos de Terceiros: .............................................................................. 17.419 12.786 Aumento dos Subgrupos do Passivo Circulante e Exig. a Longo Prazo 13.911 12.413 Depósitos ................................................................................................... 11.915 Captações no Mercado Aberto .................................................................. 1.996 10.645 Outras Obrigações ..................................................................................... 1.768 Diminuição dos Subgrupos do Ativo Circ. e Real. a Longo Prazo ......... 3.508 373 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez .................................................... 552 369 Operações de Crédito ................................................................................ 2.956 Outros Valores e Bens ............................................................................... 4 Aplicação dos Recursos ............................................................................. 17.677 14.088 Inversões em: ............................................................................................. 107 263 Investimentos ............................................................................................. 13 Imobilizado de Uso .................................................................................... 94 263 Aplicações no Diferido ............................................................................... 37 Aumento dos Subgrupos do Ativo Circ. e Real. a Longo Prazo ............. 9.604 10.275 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ..................................................... 7.328 Títulos e Valores Mobiliários ...................................................................... 5.348 Relações Interfinanceiras e Interdependências ......................................... 716 534 Operações de Crédito ................................................................................ 3.948 Outros Créditos .......................................................................................... 1.391 445 Outros Valores e Bens ............................................................................... 169 Diminuição dos Subgrupos do Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo ......................................................................... 7.929 3.550 Depósitos ................................................................................................... 714 Relações Interfinanceiras e Interdependências ......................................... 241 Obrigações por Empréstimos e Repasses ................................................. 7.887 Outras Obrigações ..................................................................................... 42 2.595 (Redução)/Aumento das Disponibilidades ................................................ 236 (673) Modificações na Posição Financeira Disponibilidades Início do Período ........................................................................................ 1.569 2.752 Final do Período ......................................................................................... 1.805 2.079 (Redução)/Aumento das Disponibilidades ................................................ 236 (673)
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 30 DE JUNHO DE 2006 (Valores em R$ Mil) 1. Contexto Operacional - O Banco tem como objetivo a prática de operações inerentes às respectivas carteiras autorizadas (Comercial e de Crédito, Financiamento e Investimento). 2. Apresentação das Demonstrações Contábeis - As demonstrações contábeis foram preparadas de acordo com práticas contábeis adotadas no Brasil e Normas e Instruções do Banco Central do Brasil. 3. Principais Práticas Contábeis - a) As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. b) As aplicações interfinanceiras de liquidez e as operações de crédito são demonstradas pelo valor futuro, ajustado por rendas a apropriar, para apropriação “pro-rata-die”, no decorrer dos prazos contratuais das operações. c) Os títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos, estão apresentados de acordo com as normas previstas na circular nº 3068 de 08/11/2001 do Banco Central do Brasil. Os títulos classificados na categoria, mantidos até o vencimento, estão avaliados pelos respectivos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do balanço. d) A provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída em montante considerado suficiente para cobrir eventuais perdas na realização dos ativos correspondentes, observadas as disposições contidas na Resolução nº 2.682/99 do Banco Central do Brasil. e) Os investimentos são demonstrados ao custo de aquisição, acrescido de correção monetária até 31 de dezembro de 1995. f) O ativo imobilizado é demonstrado ao custo de aquisição e reavaliação, corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995. As depreciações são calculadas de acordo com o método linear, com base em taxas compatíveis com o tempo estimado de vida útil econômica dos bens. g) O ativo diferido é representado por: (a) benfeitorias em imóveis de terceiros, amortizado de acordo com o prazo de locação; (b) gastos com aquisição e desenvolvimento de logiciais, amortizado com base no método linear, às taxas compatíveis com o tempo estimado da vida útil dos sistemas. h) As captações de recursos, representadas por Certificados de Depósitos Bancários (CDB) e Certificados de Depósitos Interfinanceiros (CDI) são demonstradas pelo valor futuro, ajustado por despesas a apropriar. As operações pós-fixadas são registradas pelo valor do principal, acrescido dos encargos incorridos até a data do balanço. i) As provisões para férias e 13º salário são constituídas com base nos direitos adquiridos pelos empregados até a data do Balanço, acrescidas dos encargos sociais correspondentes. j) As obrigações por repasses no país são registradas pelo valor do principal acrescido dos encargos incorridos até a data do Balanço. k) A provisão para o imposto de renda é constituída à alíquota de 15% sobre o lucro real, acrescida de adicional de 10% previsto na legislação em vigor. l) A provisão para contribuição social é constituída à alíquota de 9% calculada sobre o resultado ajustado nos termos da legislação em vigor. 4. Aplicações Interfinanceias de Liquidez Aplicações no Mercado Aberto - Posição Bancada LFT ...................................................................................................... LTN ...................................................................................................... NTN ..................................................................................................... - Posição Financiada LFT ...................................................................................................... Subtotal ................................................................................................ Aplicações em Depósitos Interfinanceiros - CDI's Vinculados ao Crédito Rural ..................................................... - CDI's de Instituições Não Ligadas ...................................................... Subtotal ................................................................................................ Total ......................................................................................................
30/06/2006
30/06/2005
5.001 19.700 3.001
10.052 9.150 -
27.702
5.949 25.151
2.650 2.247 4.897 32.599
1.938 1.002 2.940 28.091
5. Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos .............................................................................................................. 30/06/2006 Curto Prazo Carteira Própria LFT ...................................................................................................... 6.460 T.D.A. ................................................................................................... 217 CDB .................................................................................................... 1.506 .............................................................................................................. 8.183 Vinculados a Operações Compromissadas LFT ...................................................................................................... 6.994 .............................................................................................................. 6.994 Total Curto Prazo ................................................................................ 15.177 Longo Prazo Carteira Própria LFT ...................................................................................................... 2.245 T.D.A .................................................................................................... 2.310 Cotas de Fundos de Investimentos ..................................................... 10.714 CDB .................................................................................................... 37 .............................................................................................................. 15.306 Total Longo Prazo ............................................................................... 15.306
30/06/2005 (10.203) (987) 3.043 (8.147)
(a) Conforme o artigo 7º da Resolução BACEN nº 2.682/99, as operações classificadas como de risco nível H devem ser transferidas para conta de compensação, com o correspondente débito em provisão, após decorridos 180 dias da sua classificação nesse nível de risco, não sendo admitido o registro em período inferior. Durante o 1º semestre de 2006 foram recuperados créditos em liquidação no montante de R$ 373 mil (R$ 233 mil em 2005) baixados em períodos anteriores. 8. Outros Créditos (Diversos) .............................................................................................................. Curto Prazo Adiantamentos e Antecipações Salariais ............................................. Adiantamentos para Pagamentos de Nossa Conta .............................. Imposto de Renda e Contribuição Social a Compensar ....................... Títulos e Créditos a Receber (b) ........................................................... Devedores Diversos - Exterior .............................................................. Devedores Diversos - País .................................................................... Total Curto Prazo ................................................................................ Longo Prazo Créditos Tributários de Impostos e Contribuições (a) ........................... Títulos e Créditos a Receber (b) ........................................................... Devedores por Depósitos em Garantia (c) ............................................ Devedores Diversos - País .................................................................... Total Longo Prazo ...............................................................................
30/06/2006
30/06/2005
168 18 80 6.556 1.170 2.036 10.028
169 55 4.804 534 2.663 8.225
2.077 29.723 3.270 515 35.585
2.416 19.987 2.928 535 25.866
(a) Constituídos sobre: (I) valor da provisão sobre operações de créditos de liquidação duvidosa adicionado quando da apuração desses tributos, e cuja dedutibilidade ocorrerá em períodos futuros, e (II) outras provisões indedutíveis temporariamente. Critérios de constituição: Os créditos tributários foram constituídos e contabilizados de acordo com os critérios estabelecidos na Resolução nº 3.059 de 20/12/2002 e Circular nº 3.171 de 30/12/2002 do Banco Central do Brasil, com base em diferenças temporárias à alíquota de 15%, mais adicional de 10% para Imposto de Renda e 9% para a Contribuição Social. Natureza e origem: As diferenças temporárias são decorrentes da indedutibilidade, para efeitos fiscais, das despesas de provisão para devedores duvidosos constituídas de acordo com a Resolução nº 2.682/ 99 do Banco Central do Brasil. (b) Referem-se a operações de crédito renegociadas através de cessões de crédito, negociações em juízo e confissões de dívidas, garantidos por caução de contratos de aluguel de veículos, caução de contratos de serviços, penhor de máquinas, imóveis e duplicatas. (c) Referem-se a depósitos judiciais relativos a interposições para recursos fiscais e trabalhistas. O Banco possui ação judicial que gerou crédito de imposto de renda e contribuição social. Movimentação dos créditos tributários:
30/06/2005 3.696 217 1.523 5.436 4.997 4.997 10.433
8.294 2.523 13.043 37 23.897 23.897
a) Em atendimento às determinações contidas nas Circulares do BACEN nºs. 3068 e 3082 de 08 de novembro de 2001 e 30 de janeiro de 2002, respectivamente, o Banco adotou novos critérios para o registro contábil e avaliação dos títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos. Os novos critérios introduzem o conceito de valor de mercado e a intenção da administração em operar com determinado título e instrumento financeiro derivativo. b) Classificação da Carteira de Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos: Mantidos até o vencimento: 30/06/2006 30/06/2005 Certificado de Depósito Bancário - CDB .............................................. 1.542 1.560 Letras Financeiras do Tesouro - LFT ..................................................... 15.699 16.987 Títulos da Dívida Agrária - T.D.A ........................................................... 2.528 2.740 Cotas de Fundos de Investimentos ...................................................... 10.714 13.043 Total ...................................................................................................... 30.483 34.330 6. Operações de Crédito - a) Os créditos são concedidos a pessoas físicas e jurídicas, e têm o seguinte direcionamento: .............................................................................................................. 30/06/2006 30/06/2005 Empréstimos em Conta Corrente ......................................................... 40.793 35.924 Empréstimos em Modalidades Ativas .................................................. 27.359 31.736 Desconto de Títulos .............................................................................. 1.439 993 Crédito Direto ao Consumidor (CDC) .................................................... 14.861 15.724 Repasses do BNDES - FINAME ........................................................... 13.055 19.638 Total ...................................................................................................... 97.507 104.015 b) A classificação das operações de acordo com os níveis de risco é segregada em curso normal (atraso inferior a 15 dias), e vencidos (com atraso igual ou superior a 15 dias), é a seguinte: Vencidos há Saldo da Carteira Curso Normal mais de 15 dias em 30/06/2006 Nível AA ............................................ 2.827 2.827 Nível A .............................................. 34.691 34.691 Nível B .............................................. 12.778 703 13.481 Nível C .............................................. 14.016 4.005 18.021 Nível D .............................................. 22.851 1.893 24.744 Nível E .............................................. 1.386 1.386 Nível F ............................................... 1 1.280 1.281 Nível G .............................................. 1 167 168 Nível H .............................................. 13 895 908 Total .................................................. 87.178 10.329 97.507 c) A distribuição das parcelas por faixa de vencimento é a seguinte: Vencimento das Parcelas Carteira a vencer até 3 meses ............................................... Carteira a vencer até 12 meses ............................................. Carteira a vencer até 3 anos .................................................. Carteira a vencer até 5 anos .................................................. Carteira a vencer até 15 anos ................................................ Carteira vencida a partir de 15 dias ....................................... Total .......................................................................................
7. Provisão para Operações de Crédito e Outros Créditos de Liquidação Duvidosa Movimentação das Contas 30/06/2006 Saldo no Início do Semestre .............................................................. (5.390) Valor Debitado ao Resultado ................................................................ (2.166) 821 Transferência para Contas de Compensação (a) .................................. Saldo no Final do Semestre ............................................................... (6.735)
Valor das Parcelas 30/06/2006 38.736 21.093 25.903 1.446 10.329 97.507
Movimentação do Semestre Saldos 31/12/2005 ........................ (+) Constituição ............................. (-) Exclusões ................................. (=) Saldos 30/06/2006 ..................
Imposto de Renda Contribuição Social Diferenças Ações Diferenças Ações Total dos Temporárias Judiciais Temporárias Judiciais Créditos 1.091 54 401 20 1.566 379 132 511 1.470 54 533 20 2.077
Diferenças temporárias: estão demonstradas pelo valor presente dos créditos, sendo prevista sua realização pelos mesmos valores, conforme demonstrado a seguir:
Prazo de Realização Ano 2006 ........................... ........................................... Ação judicial: Origem do Crédito Ação Judicial ..................... ...........................................
Imposto de Renda Valor Valor Previsto Presente 1.470 1.470 1.470 1.470 Prazo de Realização Ano 2007
Contribuição Social Valor Valor Previsto Presente 533 533 533 533 Imposto de Renda 54 54
Total Valor Valor Previsto Presente 2.003 2.003 2.003 2.003
Contribuição Social 20 20
Total 74 74
Demonstrativo da base cálculo e apuração dos tributos diferidos no 1º semestre de 2006: Imposto Contribuição de Renda Social 30/06/2006 30/06/2006 (13) (13)
Efeito do Crédito Tributário ( = ) Resultado Contábil .............................................. ( + ) Adições: Permanentes ......................................................... Temporárias ........................................................... ( - ) Exclusões: Permanentes ......................................................... Temporárias ........................................................... ( = ) Lucro Real antes da Compensação ................... ( - ) Compensação de Prej. Fiscal Acum. .................. ( = ) Resultado Tributável ............................................ ( x ) Alíquota .................................................................. ( = ) Tributos Devidos .................................................... ( - ) C.Tributário s/ Diferenças Temporárias ................... ( = ) Valor Líquido dos Tributos ...................................
303 5.924
303 5.924
(115) (4.455) 1.644 (493) 1.151 15% e 10% 269 (379) (110)
(115) (4.455) 1.644 (493) 1.151 9% 103 (132) (29)
9. Despesas Antecipadas - Referem-se a pagamentos de prêmios de seguros contratados e anuidade de associação de classe. São apropriadas “pro-rata-temporis” de acordo com os prazos de vigência dos seguros contratados. 10. Imobilizado de Uso Itens Edificações .................................................. Terreno ......................................................... Instalações ................................................... Móveis, Equipamentos de Uso .................... Sistema de Comunicação - Equipamentos . Sistema de Comunicação - Direitos de Uso Sistema de Processamento de Dados ........ Sistema de Segurança ................................ Depreciações Acumuladas .......................... Total .............................................................
Taxa de Depreciação 4% 10% 10% 10% 20% 10% -
30/06/2006 8.753 679 494 717 186 234 1.410 24 (4.752) 7.745
30/06/2005 8.753 679 242 608 394 234 1.258 16 (4.393) 7.791
11. Depósitos a Prazo Prazos de Vencimento Curto Prazo Até 90 Dias .............................. De 90 a 360 Dias ..................... Subtotal ..................................... Despesas a Apropriar .............. Total Curto Prazo .....................
Depósitos a Prazo 30/06/2006 30/06/2005 12.049 19.999 32.048 (375) 31.673
Depósitos Interfinanceiros 30/06/2006 30/06/2005
1.771 25.660 27.431 (408) 27.023
3.539 3.539 3.539
2.020 2.020 2.020
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
A DIRETORIA
Aos Acionistas e Diretores do Banco Luso Brasileiro S.A. São Paulo - SP 1. Examinamos os balanços patrimoniais do Banco Luso Brasileiro S.A. levantados em 30 de junho de 2006 e 2005, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil
e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados, e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis referidas no parágrafo 1 representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Luso Brasileiro S.A. em 30 de junho de 2006 e 2005, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio
Prazos de Vencimento Longo Prazo Mais de 360 Dias .................... Total Longo Prazo ...................
Depósitos a Prazo 30/06/2006 30/06/2005 101.974 101.974
94.557 94.557
Depósitos Interfinanceiros 30/06/2006 30/06/2005 -
-
30/06/2006 608
30/06/2005 2 592
107 1.254 1.969
99 931 1.624
640
640
643 1.283
696 1.336
Não há captação com prazo inferior a 30 dias. 12. Outras Obrigações (Diversas) Curto Prazo Cheques Administrativos .................................................................... Provisão para Pagamentos a Efetuar ................................................ Credores Diversos - País: Pagamentos a Processar REFIS-INSS/2003 (a) ........................................................................ Outros ................................................................................................. Total do Curto Prazo ......................................................................... Longo Prazo Provisão para Passivos Contingentes (b) ......................................... Credores Diversos - País: REFIS-INSS/2003 (a) ........................................................................ Total do Longo Prazo ........................................................................
(a) O Banco optou pelo Programa de Parcelamento Especial - PAES, conforme facultado pela Lei nº 10.684/03 para parcelamento do INSS devido por Autos de Infração. A composição do saldo do PAES é a seguinte: INSS Parcelado Vale Transporte .............................................................. Responsabilidade Solidária - Prest. Serviços ............. Prestação de Serviços - Diretores ............................... Despesas Sócios Glosadas .......................................... Total do Parcelamento .................................................. (+) Atualizações até 30/06/2006 .................................. (-) Pagamentos até 30/06/2006 .................................... (=) Saldo Contábil ......................................................... Curto Prazo .................................................................... Longo Prazo ...................................................................
Principal 74 109 222 22 -
Multa e Juros 84 137 156 35 -
Total 158 246 378 57 839 199 (288) 750 107 643
O pagamento será realizado em 84 parcelas mensais e sucessivas de R$ 8,93 mil. O INSS definiu o índice de atualização das parcelas em URTJLP. A primeira parcela foi paga em 05 de agosto de 2003. (b) Refere-se a provisão para contribuição devida ao INSS s/pró-labore e autônomos e outras contingências trabalhistas. 13. Outras Obrigações - Fiscais e Previdenciárias Curto Prazo Provisão para Impostos e Contribuições s/ Lucros Provisão para Imposto de Renda ................................................... Provisão para Contribuição Social ................................................. Provisão do PIS Repique ................................................................ Impostos e Contribuições a Recolher .............................................. Total do Curto Prazo ......................................................................... Longo Prazo Provisão para Imposto de Renda Diferido Imposto de Renda s/Reserva de Reavaliação ................................ Contribuição Social s/Reserva de Reavaliação .............................. Total do Longo Prazo ........................................................................
30/06/2006
30/06/2005
269 103 14 463 849
291 291
16 9 25
20 11 31
14. Capital Social - O Capital Social subscrito e totalmente integralizado é representado por 1.152.216 ações nominativas, sendo 727.227 ordinárias e 424.989 preferenciais, ambas sem valor nominal. As ações preferenciais não têm direito a voto, e fazem jus aos dividendos 10% acima do que seria pago às ordinárias. Aos acionistas são assegurados 25% como dividendos mínimos obrigatórios, calculados sobre o lucro líquido apurado, de acordo com a legislação societária. 15. Compromissos e Coobrigações - O Banco possui coobrigações e riscos em garantias prestadas de R$ 28.954 mil (R$ 5.939 mil em 2005) compreendendo: a) Coobrigações em Cessões de Crédito de R$ 23.919 mil (R$ 437 mil em 2005). Essas coobrigações são provenientes de crediários diretos ao consumidor (CDC). b) Cartas de Fiança de R$ 5.035 mil (R$ 5.502 mil em 2005). 16. Responsabilidades Diversas - As responsabilidades por valores em custódia representam R$ 374.968 mil (R$ 122.034 mil em 2005). Os valores em cobrança representam R$ 16.333 mil (R$ 14.050 mil em 2005).
17. Derivativos - Visando a proteger-se das flutuações a que estão sujeitos os ativos e passivos próprios e de seus clientes o Banco realiza operações com derivativos. Compete à Administração do Banco a fixação das políticas de atuação, bem como o estabelecimento de limites para essas operações, os quais são periodicamente atualizados. Os riscos são monitorados através de instrumentos de controle julgados apropriados, de forma a assegurar o cumprimento das políticas estabelecidas. O Banco não possui operação de SWAP em 30 de junho de 2006 (R$ 5.877 mil em 2005). 18. Transações com Partes Relacionadas ............................................ ............................................ 30/06/2006 Depósitos a Prazo ............. 12.194 Aluguéis ............................. Totais ................................. 12.194
Obrigações 30/06/2005 5.758 5.758
30/06/2006 450 450
Despesas 30/06/2005 573 51 624
Referem-se a operações realizadas com empresas não financeiras do grupo e acionistas. 19. Outras Informações - No início do segundo semestre de 2004 o Banco participou do processo de estruturação e constituição do Banco Luso Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Empréstimo com Consignação em Folha. O fundo foi constituído em forma de condomínio fechado com prazo de duração de 36 meses e com patrimônio líquido de até R$ 100.000 milhões registrado na CVM - Comissão de Valores Mobiliários em 07 de dezembro de 2004. Na estruturação e gestão do Fundo estão envolvidas as seguintes entidades: • Coordenador => BES Investimento do Brasil; • Administrador/Gestor => Mellon Serviços Financeiros DTVM S.A.; • Custodiante => Deutsche Bank S.A.. O Fundo tem por objetivo a captação de recursos para aquisição de direitos creditórios oriundos de empréstimos concedidos pelo Banco Luso Brasileiro S.A. a pensionistas, servidores públicos, civis ou militares, e empregados de empresas públicas e sociedades de economia mista, cujo pagamento é efetuado por meio de consignação em folha. O Fundo adquirirá em caráter continuado, direitos creditórios do Banco Luso Brasileiro S.A. utilizando-se dos recursos provenientes da integralização de cotas e da liquidação dos ativos de sua titularidade pelas contrapartes. A participação do Banco Luso Brasileiro S.A. no Fundo, está restrita à cessão de direitos creditórios. A transação inicial entre o Banco e o Fundo foi de R$ 35.000 milhões. De acordo com as regras do Fundo, o Banco Luso Brasileiro S.A. deve manter um mínimo de 22% do patrimônio do Fundo em cotas subordinadas para garantir a liquidação e rentabilidade dos investidores. Entretanto, do valor inicial transacionado com o Fundo, o Banco subscreveu 27% do valor, equivalente a R$ 9.450 milhões, em cotas subordinadas, em 30 de junho de 2006 esse valor estava em R$ 10.714 milhões. As cotas subordinadas subscritas pelo Banco estão contabilizadas na rubrica de títulos e valores mobiliários e classificadas na modalidade de títulos mantidos até o vencimento (NOTA 5).
Waldir Trepichio CRC 1SP 119.363/O-8
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES líquido e as origens e aplicações de seus recursos nos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 28 de agosto de 2006.
BOUCINHAS & CAMPOS + SOTECONTI Auditores Independentes S/S CRC - 2SP 005528/O-2
João Paulo Antonio Pompeo Conti Contador CRC-1-SP 057611/O-0
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
8 -.OPINIÃO
quarta-feira, 30 de agosto de 2006
RESENHA
NACIONAL DEMOCRATIZAÇÃO (?) DOS MEIOS DE JOÃO DE SCANTIMBURGO
COMUNICAÇÃO
CORRENTE DE
G Seria cômico
incluir mudanças na legislação para assegurar mais equilíbrio e proporção na mídia eletrônica. Lulla deveria dar-se por satisfeito. (leia-se Veja), que promove sua perseguição pela elite. Ora, Lulla sabe, como infelizmente todos sabemos, que a TV só faz sucesso com programas de acesso ao nível médio da cultura da população, que é muito baixo. Ao contrário de jornais e revistas que majoritariamente escrevem para os de melhor nível cultural, a televisão, com raras e honrosas exceções, trabalha pensando em público de baixa qualificação intelectual. Ajuda a formar hábito, sim, por vezes até abusa nos seus formatos mais populares (novela, por exemplo) de tratamento de excentricidades como se se tratassem de coisas comuns. Mas, até por serem concessões do Estado, as
televisões não se aprofundam na coisa política. Se a Rede Globo, por exemplo, tivesse feito as reportagens que a revista Veja fez, sobre sanguessugas, mensaleiros e bingueiros, ou teria saído do ar ou Lulla teria sido cassado. Assim, quando o projeto petista fala em “criar mecanismos legais que efetivamente coíbam a concentração de propriedade e de produção de conteúdos e o desequilíbrio concorrencial, garantindo a competitividade, a pluralidade, a diversidade e a concorrência”, o recado é para a Globo. Aliás, o processo de avisar o que pretende fazer (Sílvio Pereira, Zé Dirceu) é um método dissuasivo extremamente usado pelos petistas. É comum a essa gente dizer qual é o custo de alguém fazer alguma coisa que julgue contrariar aos mesmos. Há, ainda, no mesmo projeto, alguns itens que merecem reflexão, especialmente a criação de conselhos “populares” (leia-se “petistas” e “sindicalistas”) para participar do processo de renovação e outorga de concessões de rádio e TV. Seria cômico, se petistas não olhassem como coisa séria, incluir mudanças na legislação para assegurar mais “equilíbrio” e proporção na cobertura e mídia eletrônica. Ora, Lulla deveria dar-se por muito satisfeito com o que lhe está ocorrendo no momento: líder disparado nas pesquisas de intenção de voto, elevado nível de aprovação pública, apesar de todas as confusões e roubalheiras em que seu ministério e seu PT estiveram envolvidos. Democratizar a mídia, quando se fala em PT, é interferir, gerir e privilegiar amigos. Democratizar é ter a mídia a favor.
CASAMENTOS
Céllus
O
texto que está sendo discutido nas hostes petistas prevê o que o partidão chama de “democratização dos meios de comunicação”. Não é a primeira tentativa. Esta falhou porque a sociedade repeliu as tentativas de controle de opinião através da Ancinav (Agência Nacional do Audiovisual) e da criação do CNJ (Conselho Nacional de Jornalismo), recheado de petistas. Agora, a proposta, com rigorosamente os mesmos objetivos, tem um modelo diferente. Assim, por exemplo, o projeto petista seria o de desconcentração da propriedade dos meios de comunicação. Lulla tem reclamado, durante todo o seu mandato, de se sentir perseguido pela imprensa
Aos vencedores, mais impostos. ROBERTO FENDT
P
elo andar da carruagem, há uma boa chance de que o Supremo Tribunal Federal considere inconstitucional a inclusão do ICMS na base de cálculo da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social, a Cofins. Se isso vier a ocorrer, calcula-se que o Fisco teria de restituir aos contribuintes sujeitos à cobrança do ICMS — aí incluídos todo o comércio e toda a indústria — mais de 22 bilhões de reais, correspondentes aos valores que passariam a ter sido cobrados a mais nos últimos cinco anos. Corrigido esse valor, por exemplo, pela Selic, o total a ser restituído chegaria a 40 bilhões de reais. O fato de que o assunto entrou na pauta do STF pela determinação do ministro Marco Aurélio, e o fato de que até agora seis ministros já se pronunciaram favoravelmente à exclusão do ICMS da base de cálculo da Cofins, apenas mostra a que ponto chegou o emaranhado tributário a que estão submetidas as empresas em nosso país. O casuísmo provocado pela sanha arrecadatória do legislador, por sua vez necessária para cobrir as "generosidades" do governo com o dinheiro alheio, é o responsável por esse emaranhado, comparável ao produzido por um gato com um novelo de lã. O cerne da questão é a base de cálculo da Cofins. De acordo com a legislação aplicável (Lei Complementar nº 70, de 1991, art. 2º), a base de cálculo da Cofins é o faturamento mensal da empresa. A lei considera como faturamento a receita bruta das vendas de mercadorias, de mercadorias e de serviços de qualquer natureza, deduzidos os valores correspondentes a exclusões e isenções. Entre as exclusões na apuração do faturamento incluem-se as vendas canceladas, as vendas devolvidas, os descontos incondicionais concedidos, e o IPI e o ICMS cobrado pelo vendedor de bens ou prestador de serviços na condição de substituto tributário, além de uma infinidade de outras exclusões casuísticas. As principais isenções se referem ao valor de mercadorias ou serviços enviados para o exterior diretamente pelo exportador.
Esse entendimento relativo à definição do faturamento tornou-se pacífico a partir de decisão do Superior Tribunal de Justiça, cujas súmulas vigoraram desde a década de 90. Observe-se que o caso não é único. No comércio exterior, por exemplo, o fato gerador do recolhimento do imposto de importação é o desembaraço aduaneiro, incidindo a tarifa aduaneira sobre uma base de cálculo que inclui o valor da mercadoria (preço no destino mais o valor do frete internacional e do seguro), o imposto sobre produtos industrializados (IPI) quando for o caso, e o ICMS (sempre, exceto em casos de isenção da cobrança do tributo). Mais interessante ainda é o caso da incidência do próprio ICMS, já que a sistemática de cobrança "por dentro" (isto é, sobre o valor da mercadoria, incluindo o tributo) implica, no entender de alguns, na dupla incidência do ICMS. É possível que, diante de novos argumentos apresentados pelo Executivo, alguns ministros possam modificar seus votos. Como também é possível que isso não ocorra e a base de cálculo da Cofins, daqui para frente, exclua o ICMS pago.
A
pergunta que fica é a seguinte: se isso ocorrer, o que fará o Executivo? É preciso lembrar que não somente o valor restituível é imenso, como também é expressiva a perda de receita para frente (calculada em quase sete bilhões de reais por ano). Imagino que ocorra o seguinte, no caso de vitória no STF: primeiro, o governo busca procrastinar a decisão; depois, se perder, procurará parcelar indefinidamente a restituição; e, por fim, irá buscar manter a arrecadação. Esta, que todo ano bate recordes e já chega a mais de 37% do PIB, terá que crescer um pouco mais para cobrir os valores a serem restituídos. Moral da história: pelo jeito, vamos perder novamente. Os prejudicados terão seus direitos restituídos a perder de vista; prejudicados e demais, arcarão com um novo aumento da carga tributária.
O fim do ICMS na Cofins mostra a que ponto chegou o emaranhado tributário
COMENTÁRIO DE ARTHUR CHAGAS DINIZ NO SITE DO INSTITUTO LIBERAL WWW.INSTITUTOLIBERAL.ORG.BR
Jornada de trabalho reduzida só em 2007
P ara o PT, democratizar é ter a mídia a favor.
SYLVIA ROMANO Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente em exercício Alencar Burti Presidente licenciado Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi
Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)
Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: , Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046
A
tualmente, e desde 1988, a jornada de trabalho no Brasil tem sido fixada pela Constituição Federal como tendo a carga horária de 44 horas semanais, o que equivale ao trabalho de oito horas diárias, de segunda a sexta-feira, mais quatro horas de trabalho aos sábados. É certo, porém, que o Senado Federal vem trabalhando, através de sua Comissão de Justiça, a proposta de Emenda Constitucional nº 75, a qual reduz a jornada de trabalho para 40 horas semanais. A norma prevê, ainda, uma segunda redução para 36 horas semanais, sempre no período de um ou dois anos após a aprovação da lei. Como se sabe, nos anos de eleição tais propostas ou projetos demoram mais a serem votados e a perspectiva é de que a proposta nº 75 seja votada apenas no ano que vem. A pergunta que fica é a seguinte: uma vez aprovada a diminuição da jornada de trabalho, em termos de produtividade será boa ou ruim para o País? Algumas empresas foram ouvidas e as respostas se colocaram em quatro patamares: 1º. Algumas disseram que as funções hoje de-
senvolvidas por empregados registrados seriam terceirizadas, de forma tal que os autônomos que substituíssem os celetistas não recebessem horas extras; 2º. Aquelas empresas que não podem terceirizar suas funções, já que estão situadas em atividades-fim, investiriam pesadamente na automação; 3º. Outro grupo aposta no aumento de cargos de confiança (aqueles que não tem controle de horário), reestruturando sua política de cargos e salários e aumentando o número de gerentes e subgerentes; 4º. Por último, finalmente, há empresas que não vêem outra maneira senão cortar o quadro de funcionários em 10%.
C
onforme se vê, se a Lei que reduz a jornada de trabalho for realmente aprovada, trará benefícios a todos a longo prazo, porém, a curto prazo, poderá acarretar prejuízos para alguns setores, em especial o aumento do mercado informal. SYLVIA ROMANO É ADVOGADA TRABALHISTA, RESPONSÁVEL PELO SYLVIA ROMANO CONSULTORES
A diminuição da jornada de trabalho será boa ou ruim para o País?
A
revista Point de Vue publicou uma reportagem sobre moças, todas de boa família, nas reuniões da aristocracia francesa, que estão encontrando dificuldade em se casarem. Cito o exemplo com nomes de moças conhecidas, que fazem parte da sociedade aristocrática. Preocupada com a situação das moças sem casamento, a revista promove encontros freqüentes com pessoas solteiras, separadas, divorciadas e viúvas encontrando boa aceitação em seu programa matrimonial. Bela iniciativa teve a revista em procurar substituir Santo Antonio, a quem as solteiras apelam para se casarem. A aristocracia francesa, como todas as aristocracias, é fechada mas é permeável, e essa iniciativa, segundo a revista, já está dando resultado. Evidentemente, o Brasil não tem necessidade de executar esse tipo de programa, mas não seria mau organizar reuniões como as francesas para aproximarem homens sós de mulheres sós, devidamente informados sobre os seus candidatos, que os ampararia em suas preocupações; tudo é questão de conhecer.
A
revista francesa demonstrou que essa providência traz resultados sobretudo porque não é fácil tornar aceitável de uma jovem, que já penteia Santa Catarina, aceitar o primeiro que apareça. O desejo de se casar não é tão voluptuoso assim. Reconheço que o casamento não é fácil, ainda mais em nossos dias, com o novo Código Civil, obra esta coordenada pelo grande e saudoso professor Miguel Reale. O programa da revista francesa dá resultado no Brasil e será útil para encaminhar ao casamento algumas belas e bem apadrinhadas moças, que esperam o convite para cuidarem bem de seu enxoval. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
G Reconheço
que o casamento não é fácil, ainda mais em nossos dias, com o novo Código Civil.
Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO
É absolutamente falso e cruel que eu tenha dito que não fico com pena da morte de crianças. Sempre me declarei a favor dos direitos da infância e quem me conhece sabe que considero uma barbaridade as afirmações atribuídas a mim. Do meia-atacante Ronaldinho, negando que tenha dado declarações sobre o conflito no Líbano veiculado na imprensa marroquina.
www.dcomercio.com.br/logo/
quarta-feira, 30 de agosto de 2006
AGOSTO
2 -.LOGO
30 Nascimento de Anita Garibaldi, personagem histórica da Guerra dos Farrapos (1821-1849)
P ESQUISA S UÍÇA
Vacas anti-sociais Elas já foram loucas, agora são anti-sociais. Pelo menos nos Alpes suíços, onde proliferam avisos do tipo "mantenha distância", "evite o olho no olho", e "mesmo se ela parecer fofa, nunca abrace uma vaca suíça". Os avisos são a resposta a numerosos "relatos de encontros desastrosos entre hikers (os caminhantes) e vacas". A Federação Suíça de Caminhadas chegou a criar umas lista de regras para os viajantes na internet: "Deixem os animais em paz e não toquem
neles. Nunca agradem um bezerro. Não assustem os animais nem olhem diretamente nos olhos deles. Não usem galhos. Dêem um golpe certeiro no focinho da vaca no caso de isso ser absolutamente necessário", diz o website. A suspeita é de que as novas práticas de criação, que deixam os animais menos tempo em contato com o homem sejam a causa do comportamento anti-social das vaquinhas. www.swisshiking.ch
E SPAÇO Rick Fowler/Reuters
BLOGOSFER@ Diversão e revolução
A
blogosfera brasileira – a seleta região do ciberespaço pela qual circulam os donos e leitores de blogs de nacionalidade verde-amarela – é uma grande Disneylândia virtual. Pelo menos é assim que podem ser descritos alguns dos resultados da pesquisa Blogosfera Brasil, realizada pelo grupo Verbeat com 697 internautas criadores e leitores de blogs: 70,2% dos entrevistados responderam que vêem os blogs como diversão e 82,6% disseram que buscam a leitura de blogs como uma forma de entretenimento. A pesquisa, com mais de 60
perguntas, ficou no ar no site Verbeat – que reúnem blogs de brasileiros pelo mundo – entre os meses de novembro e dezembro de 2005. Com esta pesquisa, os organizadores do site conseguiram fazer uma espécie de mapa preliminar sobre a blogosfera brasileira. O mapa mostra que o público médio que acessa blogs no Brasil são usuários com 30 anos, com curso superior completo e que moram principalmente na região sudeste, sendo que 93% deles possuem conexão de banda larga e 94,8% usam a internet até cinco vezes por semana. Entre os serviços de hospedagem de blogs mais utiliza-
dos estão o Blogger, do Google, com 47,5% dos endereços. O Blogger Brasil, da Globo.com, reúne com 11,8%, e o UOL Blog, 9,8% dos internautas ent re v i s t a d o s . P re v e n i d o s , 59,6% dos blogueiros brasileiros evitam problemas com a lei e selecionam o conteúdo de seus diários virtuais. E como todo mundo imaginário é cheio de utopias, os blogueiros brasileiros também acreditam que os blogs podem mudar o mundo e 44,5% dos entrevistados esperam participar da revolução. Mas outros 27,7% preferem ver a mudança de camarote. www.verbeat.org/blogs/
Valéria Gonçalvez/AE
L
Golfe para as massas
Cadillac de Elvis à venda
A prefeitura de Caracas desapropriou os campos de golfe que funcionam na capital venezuelana. Um decreto de "aquisição forçada" do campos de golfe foi assinado no dia 24 passado e a prefeitura anunciou que deverá utilizar as áreas expropriadas para construir casas e parques para a população. A Constituição venezuelana prevê que "diante da utilidade pública e o interesse social", mediante sentença e pagamento de indenização, propriedades privadas podem ser alvo de expropriação.
O Cadillac Coupe DeVille 1960 que pertenceu a Elvis Presley está sendo leiloado pela casa britânica H&H. O rei do rock foi um reconhecido admirador de Cadillacs e teve vários modelos, mas raramente um deles é colocado à venda. O Coupe DeVille leiloado tem 122.500 quilômetros rodados e todos os itens originais instalados, é branco, tem teto salmão e o lance inicial é de 15 mil libras. O leilão acontece nos dias 12 e 13 de setembro, em Buxton, Derbyshire, na Inglaterra.
Um sistema operacional livre, o Ichthux, deverá ser lançado no dia 10 de setembro. A novidade é que o Ichthux, baseado em Kubuntu, está sendo desenvolvido para a comunidade cristã. O "peixe", significado da palavra "ichthu", virá com programas como um leitor para a Bíblia, emoticons cristãos, dicionário integrado com a definição de termos religiosos e históricos ligados à fé cristã, entre outros. O programa, disponível em versão beta, também tem suporte para diversos idiomas, entre eles o hebraico. O nome do programa é inspirado no rival do Windows, o Linux. www.ichthux.com
B RAZIL COM Z
Do morro para a terra da rainha
A RGENTINA
L
C ARROS
O Windows dos cristãos
O grupo brasileiro de teatro Nós do Morro, formado na favela carioca do Vidigal, foi convidado pela Royal Shakespeare Company da Inglaterra para apresentar – em Stratford-Upon-Avon, o vilarejo-natal de William Shakespeare – sua montagem da peça do dramaturgo Os Dois Cavalheiros de Verona. Falado em português e com um painel eletrônico que mostrava as palavras originais em inglês, o espetáculo foi apresentado no domingo e recebeu elogios da BBC. A Royal Shakespeare Company vai apresentar neste ano, em Stratford-Upon-Avon, as 37 peças escritas por Shakespeare.
A Nasa desistiu de mandar o ônibus espacial Atlantis para o hangar e a manteve na plataforma de lançamento. A meteorologia reduziu a potência da tempestade tropical Ernesto e a Atlantis deve ser lançada ao espaço ainda neste fim de semana.
V ENEZUELA
I NTERNET
HOMENAGEM DE ADVERSÁRIO - Pelé ganhou ontem um busto na sede do Juventus, na Mooca. O clube resolveu homenagear o craque pelo gol mais bonito de sua carreira, marcado em 2 de agosto de 1959, na vitória do Santos sobre o Juventus por 4 a 2. E CONOMIA
E M
C A R T A Z
Pesadelo americano
Mostra Cinema Árabe. Selves and Others - Um Retrato de Edward Said (foto), de Emmanuel Hamon. Cine Olido. Avenida São João, 473. Telefone: 3334-0001. 19h30. Grátis.
CINEMA
Uma rua para Sigmund Freud
Para o corpo masculino
Leitura no mundo virtual
O Bodygroom é um aparelho desenvolvido pela Philips para raspar e aparar pêlos do corpo masculino, com até três opções de comprimento. Com design ergonômico, pode ser usado a seco ou embaixo da água, é recarregável e tem autonomia de uma hora. Preço sugerido: R$ 199.
A Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo mantêm um site na internet com boletins diários sobre literatura. Além de informações sobre livros, mais vendidos, lançamentos, notícias, eventos e artigos, o site traz comentários de internautas sobre os títulos que leram, resenhas e um espaço em que o leitor é o autor e pode divulgar seus próprios escritos. O Leia Livro também promove a troca de exemplares e distribui livros, é claro, para quem contribui com resenhas. http://leialivro.sp.gov.br/
L OTERIAS Concurso 483 da DUPLA SENA Primeiro Sorteio 08
21
27
40
44
47
36
37
47
Segundo Sorteio
A TÉ LOGO
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo: 05
Fundo Global doará ao Brasil R$ 58 milhões em 5 anos para combate à tuberculose FBI prende líder de seita poligâmica, um dos dez homens mais procurados dos EUA
L
www.philipscuidadospessoais.com.br
em 2000, o último ano do governo de Bill Clinton, quando ela caiu para 11,3%. Mas para o presidente George W. Bush, que assumiu o poder em 2001, os números até que são alentadores. Este é o primeiro ano de seu governo em que a taxa de pobreza não aumentou. "Isso mostra que estamos gastando mais dinheiro do que nunca em programas de combate à pobreza e que, mesmo assim, não fizemos nada para reduzi-la", resumiu Michael Tanner, do Instituto Cato, um centro de estudos sobre livre mercado, com sede em Washington.
L
F AVORITOS
predominantemente negra ou de origem hispânica. Mas o conceito de pobreza dos americanos é peculiar: uma renda anual de menos de US$ 10 mil ao ano por indivíduo, ou menos de US$ 20 mil para uma família de quatro pessoas. A definição é bem diferente da usada pelo Banco Mundial, que determina a linha da pobreza como abaixo de US$ 1 por dia de renda per capita. A notícia é ruim: prova que a pobreza nos EUA, se não está em alta, também não está em queda. A última redução na proporção de pobreza nos Estados Unidos foi registrada
L
G @DGET DU JOUR
N
a maior economia do mundo, uma em cada oito pessoas e quase um em cada quatro cidadãos negros vivem na pobreza. Esta é a conclusão de uma pesquisa realizada no ano passado pelo Escritório do Censo dos Estados Unidos, divulgado ontem. O estudo mostra também que 15,9% da população norte-americana – ou 46,6 milhões de pessoas – não tem plano de saúde. No total, cerca de 37 milhões de americanos vivem abaixo da linha da pobreza. Os dados mostraram que a população pobre do país é
Buenos Aires, a capital sulamericana da psicanálise por reunir um elevado número de profissionais do setor, quer homenagear Sigmund Freud. A idéia é dar o nome de Freud a um trecho da atual Rua Medrano. Uma das esquinas da rua possui o bar "Sigi", ponto de encontro dos analisados do bairro, que contam ainda com uma loja de roupas chamada "Narciso" e uma praça, a Güemes, informalmente chamada "Praça Freud". Os quarteirões vizinhos são denominados de "Vila Freud". A idéia é que a rua mude de nome ainda neste ano, quando se celebra os 150 anos do nascimento do pai da psicanálise.
Obesidade continua aumentando nos EUA e afeta hoje 29,5% da população adulta
08
27
Concurso 1645 da QUINA 01
08
26
65
69
6
Nacional Finanças Empresas Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 30 de agosto de 2006
Ministério da Agricultura libera as fazendas São Paulo e Alto Alegre, em Loanda (PR), de suspeita de febre aftosa.
PEÇAS DE INVERNO AINDA ESTÃO EM LIQUIDAÇÃO
Fotos: Paulo Pampolin/Hype
Babados e rendas: novo hit
Novidades na moda praia
Kinil Cunha: verão em agosto
MODA VERÃO EM CONTRASTE COM O FRIO DE 11 GRAUS No dia mais frio do ano, lojistas apresentaram as tendências da primavera-verão
E
nquanto as modelos exibiam o que será moda no próximo verão em uma passarela montada no Shopping Metrô Tatuapé, ontem, na zona leste de São Paulo, os termômetros exibiam 11,9 graus de temperatura. Essa contradição era comprovada também nas lojas. As vitrines misturavam as roupas: vestidinhos de alça com camisas de mangas compridas interpretavam o momento. O Tatuapé Collection vai apresentar seis desfiles, que serão encerrados hoje. Os participantes são as mais de 300 lojas do empreendimento. A grife Luigi Bertolli é uma delas. Quando entram na loja, os clientes vêem peças de verão. Logo atrás, os itens de inverno em promoção. Casaquinhos de lã, que custam R$ 40, chamaram a atenção ontem. Em razão da queda de temperatura, as vendas cresceram 10% em comparação com a segunda-feira. "Todos os dias o clima me obriga a mexer no visual da loja", afirmou a gerente da unidade do Shopping Metrô Tatuapé, Camila Fabrici. Ela disse que o desfile ajuda a alavancar o movimento. "Durante a semana em que ocorrem as apresentações, as vendas au-
mentam 30% em relação a períodos normais. As pessoas aparecem para conhecer as peças apresentadas na passarela e acabam comprando." A French Bazar, especializada em roupa feminina, vai participar pela segunda vez do evento. O gerente da loja no shopping, Kiril Vinicius Cunha, também teve que destacar as peças de meia estação ontem. "Nem temos mais casacos ou jaquetas. Os itens de manga três quartos, de tricô, voltaram para os espaços nobres da loja. Mas a coleção nova de verão chegou no início de agosto", explicou Cunha. Para ele, a participação no desfile faz as vendas da grife aumentarem 40%. "O efeito é imediato. As clientes assistem as apresentações e correm para comprar." Chamariz – De acordo com a gerente-geral do Shopping Metrô Tatuapé, Elaine Almeida, os desfiles são positivos para o varejo e para a imagem institucional do empreendimento. Ela afirmou que o movimento de pessoas aumenta 10% nos dias das apresentações. "O faturamento das lojas cresce também 10%. O objetivo é mostrar a tendência usada nas ruas e ajudar o freqüenta-
dor do shopping a compor o próprio visual", disse Elaine. A moda exibida na passarela foi a romântica, com babados, rendas e fitinhas, além do estilo marinheiro, com azul, vermelho e branco em vestidos, camisetas e calças femininas e masculinas. As cores preto e branco vão predominar. Os jeans com barras viradas, mostrados pela XRay, e as mangas das camisetas dobradas, lembradas pela Siriloco, chamaram a atenção. A Prefixo agradou com o macacão e jeans para os rapazes. O produtor do Tatuapé Collection, Reginaldo Fonseca, disse que o tom dos desfiles é comercial. Ele também organiza o Bom Retiro Fashion Business. Para Fonseca, os clientes do centro de compras têm de saber misturar. "O glamour e a praticidade andam juntos." Ao final dos desfiles, a apresentadora lembrou sutilmente que as peças mostradas na passarela estão à venda. Recado direto para as três amigas cabeleireiras que assistiram as apresentações. Flávia Roberta Baltazar, Rose Almeida e Eliana Ferreira foram direto à Malharia em busca dos vestidos de renda. Neide Martingo
Lançamentos dos desfiles ajudam lojas a vender até 10% mais
Fitas, florais, bordados: próxima estação terá o apelo do romantismo
Maratona de desfiles do Shopping Tatuapé termina hoje e apresenta as apostas dos lojistas para o verão
AÇO A produção de aço no Brasil encerrará 2006 em torno de 31,043 milhões de toneladas.
Ó RBITA
IMPOSTO
A
Receita Federal antecipou de 28 de fevereiro de 2007 para 31 de janeiro o prazo para a entrega da Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf) de 2006. Empresas de fundos de investimentos que tenham pago rendimentos com retenção de IR serão obrigadas a entregar o documento. (AE) A TÉ LOGO
FERROVIAS A Valec marcou para o dia 6 de setembro leilão de concessão da Ferrovia Norte-Sul.
ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO
N
o próximo dia 4, no auditório do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis no Estado de São Paulo (Sescon-SP), representantes de entidades da sociedade civil e de órgãos públicos vão discutir o conteúdo da Portaria 3.289, de 17 de agosto de 2006, assinada pelo prefeito Gilberto Kassab. Durante o encontro, que
será coordenado pela Secretaria Municipal de Finanças, os participantes vão apresentar propostas para reestruturar os processos municipais de auto de licença de funcionamento e alvará, com o objetivo de agilizar a obtenção de licenciamento de forma transparente e previsível. (DC)
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
L
Brasil teria "censurado" relatório da ONU sobre investimentos
L
Exército restabelece fornecimento de gás boliviano para a Argentina
L
Ipea reduz projeção de crescimento do PIB deste ano para 3,8%
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 30 de agosto de 2006
ECONOMIA/LEGAIS - 7
LIBERTY SEGUROS S.A. (antiga Liberty Paulista Seguros S.A.) C.N.P.J. nº 61.550.141/0001-72
Relatório da Diretoria É com satisfação que apresentamos as demonstrações financeiras relativas ao semestre findo em 30 de junho de 2006, elaboradas na forma da legislação societária e das normas expedidas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP e pela Superintendência de Seguros Privados SUSEP, acompanhadas das respectivas Notas Explicativas, do Parecer elaborado pelos Auditores Independentes e do Parecer Atuarial. Destacamos o crescimento de 23% dos prêmios retidos, quando comparados com o mesmo período do ano anterior; o índice combinado teve uma melhora de 8,5 p.p., com destaque para redução do índice de sinistralidade em 11,2 p.p.. O lucro líquido acumulado do primeiro semestre atingiu R$ 17,9 milhões, o que equivale a um retorno sobre o patrimônio líquido de 17,7%. Incrementamos nossas Aplicações em 4%, as Provisões Técnicas em 6% e o Patrimônio Líquido em 9%, com relação aos saldos de 31 de dezembro de 2005. Com o objetivo de ter controles mais eficazes sobre os riscos dos contratos de seguro, além de melhorarmos o atendimento ao cliente, estamos investindo e aprimorando as operações relacionadas com a vistoria prévia de automóveis. Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 21 de junho de 2006, visando a adequar o capital ao valor real das ações da
sociedade, foram compensados os prejuízos acumulados até 31 de dezembro de 2005 com o capital social no montante de R$281.6 milhões, sem alteração do patrimônio líquido e sem efeitos de solvência. A Liberty Seguros está completando 100 anos de experiência e liderança no mercado de seguros, alcançando posição de destaque entre as 12 maiores seguradoras do Brasil. Desde 2002 vem tomando uma série de medidas para ampliar sua abrangência nacional. Naquele ano, a companhia contava com cerca de 600 funcionários e 30 filiais no País. Hoje são cerca de mil funcionários e 76 pontos de vendas focados, principalmente, em vendas e no atendimento ao corretor. Acompanhando o crescimento da empresa, o número de corretores passou de 2 mil para 10 mil em quatro anos. A Liberty agradece a seus clientes e canais de distribuição pela confiança depositada durante estes anos, às autoridades da Superintendência de Seguros Privados e do IRB - Brasil Resseguros S.A. pela orientação e atenção dedicadas e aos funcionários, pela colaboração e contínua eficácia, as quais têm contribuído para que a Liberty caminhe com solidez na direção do sucesso. São Paulo, 18 de agosto de 2006 A Diretoria
Demonstrações do Resultado 30 de Junho de 2006 e 2005 (Em milhares de reais, exceto o lucro (prejuízo) por ação)
Balanços Patrimoniais - 30 de Junho de 2006 e 2005 (Em milhares de reais) ATIVO CIRCULANTE .............................................................................. Disponível .................................................................................. Caixa e Bancos ............................................................................ Aplicações .................................................................................. Títulos de Renda Fixa .................................................................. Quotas de Fundos de Investimentos ............................................ Outras Aplicações ........................................................................ Provisão para Desvalorização ...................................................... Créditos das Operações com Seguros e Resseguros .............. Prêmios a Receber........................................................................ Seguradoras ................................................................................ Resseguradoras .......................................................................... Outros Créditos Operacionais ...................................................... Provisão para Riscos sobre Créditos ............................................ Títulos e Créditos a Receber ...................................................... Títulos e Créditos a Receber ........................................................ Créditos Tributários e Previdenciários .......................................... Outros Créditos ............................................................................ Outros Valores e Bens ................................................................ Bens à Venda................................................................................ Outros Valores .............................................................................. Despesas Antecipadas .............................................................. Despesas Antecipadas - Operacionais ........................................ Despesas Antecipadas - Administrativas ...................................... Despesas de Comercialização Diferidas .................................. REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ................................................ Títulos e Créditos a Receber ...................................................... Títulos e Créditos a Receber ........................................................ Créditos Tributários e Previdenciários .......................................... Depósitos Judiciais e Fiscais ........................................................ Outras Aplicações ........................................................................ Provisão para Riscos sobre Créditos ............................................ Outros Valores e Bens ................................................................ Outros Valores e Bens .................................................................. PERMANENTE ............................................................................ Investimentos ............................................................................ Participações Societárias ............................................................ Imobilizado.................................................................................. Imóveis ........................................................................................ Bens Móveis ................................................................................ Outras Imobilizações .................................................................... Depreciação ................................................................................ Diferido ........................................................................................ Despesas Organizacionais, Implantações, Instalações e Softwares Amortização.................................................................................. TOTAL DO ATIVO ........................................................................
2006 884.034 1.532 1.532 607.452 46.989 560.221 242 – 197.720 170.476 4.542 11.200 12.826 (1.324) 8.312 1.760 5.831 721 12.622 12.503 119 2.214 1.960 254 54.182 45.259 41.912 411 138.674 10.673 350 (108.196) 3.347 3.347 49.883 2.308 2.308 28.055 18.613 39.886 404 (30.848) 19.520 41.228 (21.708) 979.176
2005 787.767 1.866 1.866 555.857 42.318 513.550 270 (281) 163.451 137.979 3.511 11.292 11.918 (1.249) 8.310 6.004 1.439 867 10.892 10.668 224 1.097 1.077 20 46.294 23.335 23.335 612 129.861 9.127 328 (116.593) – – 48.014 2.308 2.308 31.720 25.892 36.195 341 (30.708) 13.986 30.688 (16.702) 859.116
PASSIVO CIRCULANTE .............................................................................. CONTAS A PAGAR...................................................................... Obrigações a Pagar ...................................................................... Impostos e Encargos Sociais a Recolher ...................................... Provisões Trabalhistas ................................................................ Provisão para Impostos e Contribuições ...................................... Outras Contas a Pagar .................................................................. Débitos das c/Operações Seguros e Resseguros .................... Seguradoras ................................................................................ Resseguradoras .......................................................................... Corretores de Seguros e Resseguros .......................................... Outros Débitos Operacionais ........................................................ Depósitos de Terceiros .............................................................. Provisões Técnicas - Seguros e Resseguros............................ Ramos Elementares e Vida em Grupo ...................................... Provisão de Prêmios não Ganhos ................................................ Sinistros a Liquidar........................................................................ Provisão para Sinistros Ocorridos e não Avisados ........................ EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ...................................................... Contas a Pagar ............................................................................ Provisão para Tributos Diferidos .................................................. Outras Contas a Pagar .................................................................. Outros Passivos Contingentes .................................................. Contingências Fiscais .................................................................. Contingências Trabalhistas .......................................................... Contingências Cíveis .................................................................... PATRIMÔNIO LÍQUIDO .............................................................. Capital Social ................................................................................ Aumento (Redução) do Capital (em Aprovação) .......................... Reservas de Reavaliação ............................................................ Ajustes com Títulos e Valores Mobiliários...................................... Lucro (Prejuízos) Acumulados ......................................................
2006 622.729 49.172 5.774 11.403 6.022 19.925 6.048 51.695 592 14.464 31.732 4.907 2.199 519.663 519.663 277.273 190.543 51.847 144.746 63.045 1.415 61.630 81.701 76.417 3.736 1.548 211.701 469.126 (281.630) 2.742 3.347 18.116
2005 555.832 35.308 4.357 9.731 5.096 11.329 4.795 42.120 355 11.702 23.702 6.361 2.764 475.640 475.640 240.541 179.466 55.633 101.717 68.129 1.537 66.592 33.588 29.296 3.537 755 201.567 168.851 300.275 2.984 (146) (270.397)
TOTAL DO PASSIVO ..................................................................
979.176
859.116
Prêmios Retidos.......................................................................... Prêmios de Seguros Prêmios Diretos ............................................................................ Prêmios Cosseguros Aceitos ........................................................ Prêmios Cosseguros Cedidos ...................................................... Prêmios Estimados ...................................................................... Prêmios Cedidos em Resseguros ................................................ Prêmios Cedidos a Consórcios e Fundos ...................................... Prêmios de Retrocessões ............................................................ Variação das Provisões Técnicas .............................................. Prêmios Ganhos ........................................................................ Sinistros Retidos ........................................................................ Sinistros Diretos............................................................................ Sinistros Cosseguro Aceito e Retrocessão.................................... Sinistros Consórcios e Fundos ...................................................... Serviços de Assistência ................................................................ Recuperação de Sinistros ............................................................ Salvados e Ressarcimento .......................................................... Variação da Provisão de Sinistros Ocorridos mas não Avisados.... Despesas de Comercialização .................................................. Comissões.................................................................................... Recuperação de Comissões ........................................................ Variação das Despesas de Comercialização Diferidas.................. Outras Receitas e Despesas Operacionais .............................. Outras Receitas Operacionais ...................................................... Outras Despesas Operacionais .................................................... Despesas Administrativas ........................................................ Despesas com Tributos.............................................................. Resultado Financeiro ................................................................ Receitas Financeiras .................................................................. Despesas Financeiras ................................................................ Resultado Patrimonial ................................................................ Receitas com Imóveis de Renda .................................................. Resultado Operacional .............................................................. Resultado não Operacional........................................................ Resultado antes dos Impostos e Participações ........................ Imposto de Renda ........................................................................ Contribuição Social ...................................................................... Participações sobre o Resultado .................................................. Lucro (Prejuízo) do Semestre .................................................... Quantidade de Ações ................................................................ Lucro (Prejuízo) por Ação - R$....................................................
Descrição Saldos em 31 de Dezembro de 2004 ........................................................ Aumento de Capital .................................................................................. Realização por Depreciação ...................................................................... Reversão de Impostos s/Reserva de Reavaliação...................................... Ajustes a Valor de Mercado das Aplicações Financeiras ............................ Prejuízo do Semestre ................................................................................ Saldos em 30 de Junho de 2005 .............................................................. Saldos em 31 de Dezembro de 2005 ........................................................ Aprovação do Aumento do Capital ............................................................ Redução do Capital com Prejuízos Acumulados - AGE 21/06/06 .............. Realização por Depreciação ...................................................................... Reversão de Impostos sobre Reserva de Reavaliação .............................. Ajustes a Valor de Mercado das Aplicações Financeiras ............................ Lucro do Semestre .................................................................................... Saldos em 30 de Junho de 2006 ..............................................................
Capital Social 168.851 – – – – – 168.851 383.109 86.017 – – – – – 469.126
Reserva de Reavaliação 3.100 – (178) 62 – – 2.984 2.862 – – (180) 60 – – 2.742
Ajustes c/Títulos e Valores Mobiliários 95 – – – (241) – (146) 3.318 – – – – 29 – 3.347
Prejuízos Acumulados (249.123) – 178 – (21.452) (270.397) (281.628) – 281.630 180 – – 17.934 18.116
Total 137.181 86.017 – 62 (241) (21.452) 201.567 193.678 – – – 60 29 17.934 211.701
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras - 30 de Junho de 2006 e 2005 (Em milhares de reais) NOTA 1 - CONTEXTO OPERACIONAL A Liberty Seguros S.A. está autorizada a operar em seguros de ramos elementares e vida. Conforme ata da AGE de 01/09/2005 foi solicitada a alteração da razão social da Seguradora de Liberty Paulista Seguros S.A. para Liberty Seguros S.A. aprovada em 27/03/2006 na Portaria nº 541. NOTA 2 - BASE DE PREPARAÇÃO E APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com a Lei das Sociedades por Ações e normas do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). A Circular SUSEP nº 314/2005 instituiu o novo modelo de plano de contas para as sociedades seguradoras, de capitalização e entidades abertas de previdência complementar, que passou a ser adotado a partir de 1º de janeiro de 2006, cuja principal alteração foi no modelo de divulgação da “Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos”. Os saldos referentes a 30 de junho de 2005 foram reclassificados para fins de comparação. NOTA 3 - RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS a) Os prêmios de seguros e cosseguros, os prêmios cedidos e os respectivos custos de comercialização são registrados quando da emissão da apólice ou fatura e reconhecidos no resultado segundo o transcorrer da vigência do risco, através da provisão de prêmios não ganhos e do diferimento das despesas de comercialização. Os prêmios a receber parceladamente e as respectivas despesas de comercialização são registrados pelo seu valor futuro, deduzidos dos juros a apropriar, que são reconhecidos em resultado financeiro, de acordo com o prazo de parcelamento dos prêmios. As receitas e os custos relacionados às apólices com faturamento mensal, cuja emissão da fatura ocorre no mês subseqüente ao período de cobertura são reconhecidos por estimativa, calculados com base no histórico de emissão. Os valores estimados são ajustados e revertidos quando da emissão da fatura. Desde janeiro de 2006 os saldos relativos aos riscos vigentes e não emitidos, calculados conforme metodologia definida em Nota Técnica Atuarial, passaram a ser contabilizadas no balanço patrimonial e não mais em conta de compensação. Desde janeiro de 2006 os saldos relativos aos riscos vigentes e não emitidos, calculados conforme metodologia definida em nota técnica atuarial, passaram a ser contabilizados em contas patrimoniais e de resultado e não mais em conta de compensação. Os saldos relativos a riscos vigentes e não emitidos em 30 de junho de 2006 são: prêmios de R$14.064, provisões técnicas de R$14.064, comissões sobre prêmios emitidos de R$2.978 e despesas de comercialização diferidas de R$2.978. Em 30 de junho de 2005 os riscos vigentes e não emitidos pelos valores líquidos em conta de compensação totalizaram R$18.717. b) Os títulos e valores mobiliários são classificados de acordo com a intenção da Administração, nas seguintes categorias: a) títulos para negociação; b) títulos disponíveis para venda; c) títulos mantidos até o vencimento. Os títulos classificados como para negociação e os disponíveis para venda são ajustados, na data do balanço, pelo seu valor de mercado e os classificados como títulos mantidos até o vencimento são avaliados pelo seu custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço. Os ajustes ao valor de mercado dos títulos classificados para negociação são reconhecidos no resultado do período. Os ajustes ao valor de mercado dos títulos classificados como disponíveis para venda são contabilizados em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, líquido dos efeitos tributários, sendo transferidos para o resultado do período quando da efetiva realização pela venda definitiva dos respectivos títulos e valores mobiliários. Em 30 de junho de 2006 e 2005 a carteira de títulos estava integralmente classificada como disponível para venda. c) A provisão para riscos sobre créditos é constituída com base na análise das contas a receber e considerada suficiente para cobrir eventuais perdas na realização dos créditos. d) Os investimentos são avaliados pelo método de custo. e) O imobilizado é registrado ao custo de aquisição e/ou construção, acrescido de reavaliação dos imóveis. A depreciação é calculada pelo método linear às taxas que levam em consideração a vida útil estimada dos bens. f) O diferido é registrado ao custo. A amortização é apurada pelo método linear, observados os prazos: instalações e gastos de organização e implantação por 5 e 10 anos, softwares por 5 anos e benfeitorias em imóveis de terceiros, de acordo com os prazos contratuais de locação. g) A provisão de prêmios não ganhos é constituída pela parcela do prêmio retido correspondente ao período de risco a decorrer, calculado pelo método “prórata” dia e atualizada monetariamente, quando aplicável, de acordo com as normas da SUSEP. h) A provisão para insuficiência de prêmios é calculada com base em metodologia definida em Nota Técnica Atuarial, elaborada pelo atuário da Seguradora e tem como objetivo registrar eventual insuficiência da provisão de prêmios não ganhos em relação às expectativas de sinistros, despesas de comercialização e outras despesas operacionais. A aplicação da metodologia definida na referida Nota Técnica não resultou em provisão a constituir em 30 de junho de 2006. i) A provisão para sinistros a liquidar é constituída com base nos avisos recebidos dos segurados e considerada suficiente para fazer face aos compromissos futuros. j) A provisão para sinistros ocorridos e não avisados é calculada conforme estudos técnicos atuariais, efetuados com base no histórico dos sinistros avisados. k) As operações de retrocessões são registradas por valores fornecidos pelo IRB - Brasil Resseguros S.A. NOTA 4 - APLICAÇÕES FINANCEIRAS a) Aplicações em títulos e valores mobiliários: 2006 2005 Custo mais Valor Custo mais Valor rendimentos contábil rendimentos contábil Descrição Ativo Circulante Títulos Disponíveis para Venda (renda fixa): Letras Financeiras do Tesouro ............ 44.583 44.619 39.892 39.952 Letras do Tesouro Nacional ................ – – 64.099 63.851 Certificados de Depósitos Bancários .. 2.407 2.405 2.367 2.365 Outras Aplicações .............................. 242 242 270 270 Detalhamento dos Ativos que Compõem os Fundos De Investimento Financeiro Exclusivos: Quotas de Fundos de Investimentos.. 20.179 20.179 5.163 5.163 Letras Financeiras do Tesouro .......... 98.231 98.757 189.404 189.436 Letras do Tesouro Nacional .............. 393.022 396.347 231.735 231.506 Notas do Tesouro Nacional .............. 43.718 44.903 23.174 23.314 602.382 607.452 556.104 555.857 O valor de mercado dos títulos públicos foi calculado com base no “Preço Unitário de Mercado” em 30 de junho de 2006 e 2005, informado pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto - Andima. Os fundos de investimentos são valorizados pelo valor da cota, informado pelo administrador do fundo, na data do balanço. b) Composição do saldo das aplicações financeiras em 30 de junho de 2006 e 2005, por período de vencimento: 2006 2007 2008 2009 Total 30 de junho de 2006 Títulos Disponíveis para Venda Renda Fixa: Quotas de Fundos de Investimentos ........ 20.179 – – – 20.179 Letras Financeiras do Tesouro ................ 19.709 21.447 101.484 736 143.376 Letras do Tesouro Nacional...................... 138.543 129.777 128.027 – 396.347 Notas do Tesouro Nacional ...................... – – 44.903 – 44.903 Certificados de Depósitos Bancários ........ 2.383 22 – – 2.405 Outras Aplicações .................................... 242 – – – 242 181.056 151.246 274.414 736 607.452 2005 2006 2007 2008 Total 30 de junho de 2005 Títulos Disponíveis para Venda Renda Fixa: Quotas de Fundos de Investimentos ........ 5.163 – – – 5.163 Letras Financeiras do Tesouro ................ 148.931 11.011 11.044 58.402 229.388 Letras do Tesouro Nacional...................... 186.775 85.099 23.483 – 295.357 Notas do Tesouro Nacional ...................... – – – 23.314 23.314 Certificados de Depósitos Bancários ........ 2.346 – 19 – 2.365 Outras Aplicações .................................... 270 – – – 270 343.485 96.110 34.546 81.716 555.857 Em 30 de junho de 2006 e 2005 a Companhia não tinha contratos envolvendo instrumentos financeiros derivativos em aberto. NOTA 5 - CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS E PREVIDENCIÁRIOS Os valores do ativo circulante referem-se principalmente a imposto de renda retido na fonte e antecipações a compensar. Os valores classificados no realizável a longo prazo referem-se a: 2006 2005 Impostos Diferidos sobre Prejuízos Fiscais e Base Negativa de Contribuição Social ........................................................................ 108.196 116.593 Impostos sobre Diferenças Intertemporais .......................................... 29.297 11.077 Finsocial/IOF a Recuperar .................................................................. 1.181 2.191 138.674 129.861 Provisão para Perda sobre Créditos de Base Negativa de Contribuição Social e Prejuízos Fiscais ........................................ (108.196) (116.593) Total .................................................................................................. 30.478 13.268
2005 293.875
378.761 2.447 (196) 549 (6.793) (12.540) 4 (20.180) 342.052 (214.298) (211.695) (1.979) (7.993) (21.428) 9.479 19.679 (361) (72.256) (76.669) 313 4.100 7.283 16.852 (9.569) (73.020) (11.773) 47.502 60.926 (13.424) 79 79 25.569 65 25.634 (3.211) (1.202) (3.287) 17.934 13.460 1.332,39
309.736 1.859 (191) 291 (9.267) (8.556) 3 10.338 304.213 (224.665) (222.355) (652) (5.256) (20.166) 7.010 20.694 (3.940) (61.904) (60.751) 670 (1.823) 6.238 16.230 (9.992) (62.114) (9.598) 27.491 48.184 (20.693) 96 96 (20.243) 170 (20.073) 1.742 (2.580) (541) (21.452) 13.460 (1.593,76)
Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos 30 de Junho de 2006 e 2005 (Em milhares de reais)
Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido - 30 de Junho de 2006 e 2005 (Em milhares de reais) Capital Realizado Aumento (Redução) do Capital em Aprovação 214.258 86.017 – – – – 300.275 86.017 (86.017) (281.630) – – – – (281.630)
2006 362.232
A Seguradora mantém provisão para perdas sobre a totalidade dos créditos calculados sobre base negativa de contribuição social e prejuízos fiscais. Os créditos provenientes das diferenças intertemporais decorrem basicamente de passivos contingentes, que não têm previsão de desfecho. NOTA 6 - REALIZÁVEL A LONGO PRAZO - OUTROS VALORES E BENS O montante de R$ 3.347 classificado no realizável a longo prazo na linha “Outros Valores e Bens” em 30 de junho de 2006 refere-se a imóveis disponíveis para venda, reclassificados do Ativo Permanente pelo valor líquido de depreciação. NOTA 7 - REAVALIAÇÕES DOS IMÓVEIS Em 30 de junho de 2006, o saldo de reavaliação dos imóveis totalizava R$2.746 (R$2.984 em 2005), líquido das depreciações e da provisão para tributos. O efeito no resultado do semestre, devido à realização da reserva mediante depreciação, foi de R$180. NOTA 8 - ATIVO DIFERIDO O ativo diferido estava assim composto em 30 de junho: 2006 2005 Prazo de Amortização Custo Amortização Total Total Despesas de Organização ........ 5 anos 11.191 (8.262) 2.929 2.805 Despesas de Instalações............ 5 e 10 anos 16.371 (5.214) 11.157 6.869 Softwares .................................. 5 anos 13.666 (8.232) 5.434 4.312 Total .......................................... 41.228 (21.708) 19.520 13.986 NOTA 9 - COBERTURA DAS RESERVAS TÉCNICAS E DIREITOS CREDITÓRIOS Em garantia estão oferecidos os seguintes ativos, vinculados a SUSEP: 2006 2005 Títulos de Renda Fixa .......................................................................... 480.322 484.239 Na determinação dos ativos garantidores das provisões técnicas em 30 de junho de 2006 e 2005, foram deduzidos dos valores referentes aos direitos creditórios de R$ 97.088 (R$84.258 em 2005) e provisões retidas pelo BRB - Brasil Resseguros S.A. no montante de R$242 (R$270 em 2005). Em 30 de junho de 2006 e 2005 foram acrescidos os valores referente à “Provisão de Riscos Vigentes mas não Emitidos” no montante de R$14.064 (R$18.717 em 2005). NOTA 10 - EXIGÍVEL A LONGO PRAZO - CONTAS A PAGAR 2006 2005 Parcelamento de Tributos - PAES ........................................................ 61.630 66.592 Tributos sobre a Reserva de Reavaliação ............................................ 1.415 1.537 63.045 68.129 Parcelamento de Tributos: Refere-se às parcelas vincendas do Programa de Parcelamento Especial - (PAES), cuja adesão ocorreu em 31 de julho de 2003, para os tributos da COFINS, Imposto de Renda e CPMF. NOTA 11 - PASSIVOS CONTINGENTES Contingências Fiscais Tributo 2006 2005 PIS sobre Receita Bruta (a) .................................................................. 24.222 19.149 PIS - Emendas Constitucionais (b) ...................................................... 42.231 – Contribuição Social (c) ........................................................................ 9.032 8.486 Outros.................................................................................................. 932 1.661 Total .................................................................................................. 76.417 29.296 (a) Refere-se ao questionamento da incidência do PIS sobre a receita bruta operacional, cuja expectativa de perda é considerada provável. (b) Questionamento das alterações no cálculo do PIS, introduzidos pelas Emendas Constitucionais nºs 01/94, 10/96 e 17/97 referentes aos períodos de novembro/94 a dezembro/95, de janeiro/96 a junho/97 e julho/97 a janeiro/99, respectivamente. A Seguradora, em consonância com a Circular SUSEP nº 314, de 22 de dezembro de 2005, bem como em decorrência da mudança na probabilidade de êxito informada pelos assessores jurídicos, que passaram a avaliar a probabilidade de perda nesse processo como provável, constituiu provisão em dezembro de 2005 no montante de R$41.052, em contrapartida de “Despesa com Tributos” R$14.945, referente ao valor original e de “Despesas Financeiras” - R$26.107, referente à atualização monetária. O montante de atualização monetária lançado como “Despesas Financeiras” no semestre findo em 30 de junho de 2006 foi de R$1.179. (c) Questionamento da diferença de alíquota da contribuição social dos anos de 1995 e 1998. Devido à decisão desfavorável em segunda instância à Seguradora, proferida em 02 de março de 2005 pelo Tribunal Regional Federal, a Administração optou por constituir provisão para o respectivo processo no montante de R$8.779, em contrapartida de “Contribuição Social” - R$3.230, referente ao valor original e R$5.549 como “Despesas Financeiras”, referente à atualização monetária. O montante de atualização monetária lançado como “Despesas Financeiras” no semestre findo em 30 de junho de 2006 foi de R$ 253. A Seguradora possui também processos de sinistros em demanda judicial no montante de R$110.105 (R$101.526 em 2005), registrados na conta de “Sinistros a Liquidar”, líquidos de cosseguros e resseguro, processos trabalhistas no montante de R$3.736 (R$3.537 em 2005), classificados na conta de “Contingências Trabalhistas” e outros processos cíveis no montante de R$1.548 (R$755 em 2005), classificados na conta de “Contingências Cíveis”. Os valores provisionados cobrem riscos mediante a análise da probabilidade de perda de cada ação, que são conciliados pela Administração que considera os riscos envolvidos e constitui provisão em montante considerado adequado. O quadro de processos em curso, de acordo com a avaliação dos advogados é assim sumariado: 30 de junho Sinistros Processos Processos de 2006 Judiciais Trabalhistas Cíveis Valor Valor Valor Êxito Qtde. Provisionado Qtde. Provisionado Qtde. Provisionado Perda Provável .. 617 19.710 46 2.918 79 1.371 Perda Possível .. 2.877 90.395 24 818 82 177 Perda Remota.... 1.348 – 27 – 49 – Totais................ 4.842 110.105 97 3.736 210 1.548 30 de junho Sinistros Processos Processos de 2005 Judiciais Trabalhistas Cíveis Valor Valor Valor Êxito Qtde. Provisionado Qtde. Provisionado Qtde. Provisionado Perda Provável .. 351 23.072 45 2.965 77 556 Perda Possível .. 2.494 78.454 15 572 20 199 Perda Remota.... 1.171 – 34 – 89 – Totais................ 4.016 101.526 94 3.537 186 755 Os valores provisionados foram contabilizados com base nas estimativas de perdas calculadas pelos advogados internos e externos. NOTA 12 - PROVISÕES TÉCNICAS E DESPESAS DE COMERCIALIZAÇÃO DIFERIDAS Provisão para Provisão Despesas de Provisão Sinistros de Prêmios Comerciapara Ocorridos não Ganhos lização Sinistros a e não Ramos (PPNG) Diferidas Liquidar Avisados Em 30 de Junho de 2006 Automóvel .......................... 248.458 46.350 126.744 42.766 Vida em Grupo .................. 5.007 1.438 16.587 4.296 Transportes ........................ 4.732 1.145 17.393 2.877 Patrimoniais........................ 18.744 5.219 21.802 1.394 Demais .............................. 332 30 8.017 514 Total ................................ 277.273 54.182 190.543 51.847 Em 30 de Junho de 2005 Automóvel .......................... 221.026 40.674 120.215 46.489 Vida em Grupo .................. 4.431 1.242 14.353 5.395 Transportes ........................ 481 173 12.019 2.663 Patrimoniais........................ 14.303 4.182 24.412 789 Demais .............................. 300 23 8.467 297 Total ................................ 240.541 46.294 179.466 55.633 NOTA 13 - CAPITAL SOCIAL O capital social é representado por 6.733 ações ordinárias e 6.727 ações preferenciais sem valor nominal. Em 05 de setembro de 2005 foram aprovadas pela SUSEP os seguintes atos societários: • O grupamento das ações ordinárias e preferenciais, todas nominativas e sem valor nominal, representativas do capital social, na proporção de 25.000 (vinte e cinco mil) ações para 1(uma) ação da mesma espécie e forma; • O aumento do capital social de R$168.851 para R$383.109, dividido em 4.092 (quatro mil e noventa e duas) ações ordinárias e 4.087 (quatro mil e oitenta e sete) ações preferenciais, todas nominativas e sem valor nominal. Em 27 de março de 2006 foi aprovado o
Lucro Líquido (Prejuízo) do Semestre ...................................... Mais: Depreciações e Amortizações .................................................... Menos: Prejuízo (Lucro) na Alienação de Imobilizado .............................. Lucro Líquido (Prejuízo) Ajustado ............................................ Atividades Operacionais Variação Aplicações .................................................................. Variação dos Créditos das Operações de Seguros e Resseguros Variação de Títulos e Créditos a Receber .................................. Variação de Outros Valores e Bens ............................................ Variação das Despesas Antecipadas ........................................ Variação das Despesas de Comercialização Diferidas .............. Variação de Contas a Pagar ...................................................... Variação de Débitos de Operações com Seguros e Resseguros Variação de Depósitos de Terceiros .......................................... Variação de Provisões Técnicas - Seguros e Resseguros .......... Variação de Outros Passivos Contingentes ................................ Variação de Ajustes de TVM (PL)................................................ Caixa Líquido Consumido nas Atividades Operacionais ........ Atividades de Investimento .......................................................... Recebimento pela Venda de Ativo Permanente .......................... Pagamento pela Compra de Ativo Permanente .......................... Baixas do Investimento .............................................................. Transferência de Imóvel para o Realizável a Longo Prazo .......... Caixa Líquido Consumido nas Atividades de Investimento .... Atividades de Financiamento Aumento de Capital .................................................................... Caixa Líquido Gerado nas Atividades de Financiamento ........ Diminuição nas Disponibilidades .............................................. Disponibilidades no Início do Semestre ........................................ Disponibilidades no Final do Semestre.......................................... Diminuição nas Disponibilidades ..............................................
2006 17.934
2005 (21.452)
5.812
5.351
(65) 23.681
(170) (16.271)
(23.899) (17.056) (5.371) (5.424) (960) (4.094) 2.075 220 (1.439) 29.796 3.402 29 (22.721)
(84.178) 3.191 (5.536) (863) 318 1.807 (3.729) 2.646 (1.282) 10.840 10.508 (241) (66.519)
374 (9.873) – 3.347 (6.152)
6.482 (10.960) 93 – (4.385)
– – (5.192) 6.724 1.532 (5.192)
86.017 86.017 (1.158) 3.024 1.866 (1.158)
aumento do capital social de R$383.109 para R$469.126, dividido em 6.733 (seis mil e setecentos e trinta e três) ações ordinárias e 6.727 (seis mil setecentos e vinte e sete) ações preferenciais, todas nominativas e sem valor nominal. Conforme AGE de 21/06/2006 que se encontra em aprovação na SUSEP, e de acordo com o Artigo 173, da Lei nº 6.404/76, a Liberty Seguros reduziu seu capital no montante de R$281.630, com os prejuízos acumulados até o período de 31 de dezembro 2005. O estatuto da Seguradora prevê a distribuição de um dividendo mínimo anual de 25% sobre o lucro líquido ajustado nos termos da Lei das Sociedades por Ações. Conforme disposto no parágrafo 3º do Artigo 202 da referida lei, a Seguradora poderá deliberar pela distribuição de dividendo inferior ao obrigatório ou pela não distribuição total ou parcial. NOTA 14 - PRINCIPAIS RAMOS DE ATUAÇÃO Despesas de Prêmios Ganhos Sinistralidade Comercialização Ramos 2006 2005 2006 2005 2006 2005 Automóvel .................. 271.375 251.162 63% 79% 20% 19% Vida em Grupo ............ 14.575 11.505 62% 38% 26% 25% Transportes ................ 35.549 27.444 59% 42% 23% 22% Patrimoniais ................ 20.172 13.709 68% 83% 30% 30% Demais ........................ 381 393 130% (280%) (5%) 19% 342.052 304.213 63% 74% 21% 20% NOTA 15 - CONCILIAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Imposto Contribuição de Renda Social 2006 2005 2006 2005 Resultado antes dos Impostos (Após Participações) ...................................... 22.347 (20.614) 22.347 (20.614) Ajustes Permanentes ........................................ (676) (29) (676) (29) Ajustes Temporários.......................................... 6.045 6.969 6.045 7.226 Compensação com Prejuízos Fiscais e Base Negativa .............................................. (8.315) – (8.315) – Base de Cálculo ................................................ 19.401 (13.674) 19.401 (13.417) Constituição da Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social (25% e 9% respectivamente) ........................ (4.838) – (1.746) – Constituição de Créditos Tributários Diferidos.......................................................... 1.511 1.742 544 650 Contribuição Social Contingente (Nota 11) ........................................................ – – – (3.230) Incentivos Fiscais .............................................. 116 – – – Total.................................................................. (3.211) 1.742 (1.202) (2.580) NOTA 16 - DETALHAMENTO DE CONTAS DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 2006 2005 Outras Receitas Operacionais Custo de Apólice ................................................................................ 16.852 15.755 Outras com Operações de Seguros .................................................... – 475 16.852 16.230 Outras Despesas Operacionais Inspeções de Riscos .......................................................................... 3.773 3.785 Administração de Apólice .................................................................. 517 352 Prevenção de Riscos .......................................................................... 2.190 2.319 Suporte a Canais de Distribuição ........................................................ 1.441 2.152 Cobrança Convênio DPVAT .............................................................. 472 449 INSS sobre Comissão ........................................................................ 481 431 Outras Despesas com Operações de Seguros.................................... 695 504 9.569 9.992 Despesas Administrativas 2006 2005 Pessoal Próprio .................................................................................. 38.797 32.587 Serviços de Terceiros ........................................................................ 7.961 6.439 Localização e Funcionamento ............................................................ 17.145 13.951 Depreciações e Amortizações ............................................................ 5.812 5.373 Publicidade e Propaganda.................................................................. 1.986 1.472 Outras Despesas Administrativas ...................................................... 1.319 2.292 73.020 62.114 Despesas com Tributos COFINS.............................................................................................. 9.490 7.626 PIS .................................................................................................... 1.542 1.239 Outras Despesas com Tributos .......................................................... 741 733 11.773 9.598 Receitas Financeiras Títulos de Renda Fixa-Privados .......................................................... 1.338 569 Títulos de Renda Fixa-Públicos .......................................................... 45.315 33.264 Operações de Seguros ...................................................................... 11.579 11.787 Outras Receitas Financeiras .............................................................. 2.694 2.564 60.926 48.184 Despesas Financeiras Operações de Seguros ...................................................................... 4.543 3.379 Atualização Monetária de Tributos .................................................... 6.984 15.086 CPMF ................................................................................................ 1.744 1.962 Outras Despesas Financeiras ............................................................ 153 266 13.424 20.693 Resultado Patrimonial Resultado com Aluguel de Imóveis .................................................... 79 96 Resultado não Operacional Alienação de Bens Móveis .................................................................. 65 170 NOTA 17 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO AJUSTADO E MARGEM DE SOLVÊNCIA O patrimônio líquido ajustado e a margem de solvência estão assim apresentados em 31 de dezembro: 2006 2005 Patrimônio Líquido.............................................................................. 211.701 201.567 Participações Societárias .................................................................. (2.308) (2.308) Despesas Antecipadas ...................................................................... (2.214) (1.097) Ativo Diferido ...................................................................................... (19.520) (13.986) Patrimônio Líquido Ajustado .......................................................... 187.659 184.176 Prêmio retido Anual médio - Últimos 12 meses.................................... 139.321 124.881 Sinistro retido Anual médio - Últimos 36 meses .................................. 131.122 120.462 Margem de Solvência ........................................................................ 139.321 124.881 Suficiência.......................................................................................... 48.338 59.295 NOTA 18 - OUTRAS INFORMAÇÕES a) A Seguradora mantém seguro sobre seus bens, em montante considerado suficiente para a cobertura de eventuais perdas. b) A Seguradora arrendou máquinas copiadoras, impressoras e equipamentos de informática através de contratos com duração de até 36 meses. As despesas incorridas com os arrendamentos no semestre totalizam R$452 (R$528 em 2005). Os compromissos assumidos em virtude destes contratos com vencimentos até o mês de janeiro de 2007 representam: 2006 2005 Ano 2005 ................................................................................................ – 548 2006 ................................................................................................ 429 612 2007 ................................................................................................ 26 26 Total ................................................................................................ 455 1.186
Diretoria Luis Emilio Maurette Presidente
Carlos Adrian Magnarelli Vice-Presidente
Matias Antônio Romano de Ávila Vice-Presidente
Daniel Martin Bridger Diretor
Paulo Renato Fabiano Franco Diretor
Pedro Luiz Ribeiro Atuário - MIBA 1.043
Alessandra Cilento Abduch Damadi Contador - CRC - 1SP212307/O-0
continua
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 30 de agosto de 2006
DOISPONTOS -99
H
Os bons números e o analfabetismo funcional os mais humildes. Não se trata de pessoas que nunca entraram numa sala de aula. Elas sabem ler, escrever e cont a r ; m a s n ã o c o n s eguem compreender a palavra escrita. Numa visão mais ampla, o analfabetismo funcional tem forte impacto na produtividade e na competitividade nacional. Uma pesquisa feita por um doutorando da USP, no ano passado, calcula em US$ 6 bilhões anuais a queda de produtividade das empresas provocada pelas deficiências básicas dos empregados. Essas deficiências se traduzem, por exemplo, na incapacidade de a pessoa ler e entender um manual de inst ru ç õ e s , n o r m a s d e qualidade e segurança para desenvolver bem seu trabalho, ou acompanhar cursos de trei-
namento que exijam leitura. Um exemplo prático do problema ocorre em uma montadora de São Bernardo, na qual simples manuais de instruções de equipamentos ou comunicados do departamento de Recursos Humanos tornamse enigmas indecifráveis para 78,5% dos funcionários de um setor da produção. Os números da montadora se repetem em outras empresas do País. De acordo com o INAF 2005 (Índice Nacional de Alfabetismo Funcional), do Instituto Paulo Montenegro – entidade sem fins lucrativos vinculada ao Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística) –, 74% da população brasileira são de analfabetos funcionais. Segundo educadores, a principal causa
As instruções na tela do computador tornam-se enigmas indecifráveis para muitos funcionários. O analfabetismo funcional tem forte impacto na produtividade.
deste problema é a descontinuidade da educação. O baixo índice de escolaridade e a má qualidade do ensino impossibilitam as pessoas de aprenderem e aperfeiçoarem as técnicas da escrita e da leitura, ferramentas que permitiriam o aprendizado contínuo após o a conclusão do ensino formal. Para que o analfabetismo funcional seja erradicado é preciso investir em ensino básico de qualidade. Aplicar melhor os R$ 41 bilhões dos governos federal, estadual e municipal destinados à educação, por ano, em infra-estrutura e, principalmente, na capacitação dos professores. Afinal, são eles os responsáveis pelas boas aulas.
PAULO SAAB PASMACEIRA E MESMICE
C
WALTER IHOSHI É VICEPRESIDENTE LICENCIADO DA
ACSP
Site na internet www.blog. dcomercio.com.br Divulgação
Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br
onverso muito com as pessoas na rua e o que ouço é que o Alckmin parece ser um bom moço, honesto, deseja o melhor pelo País, mas ele nos parece também muito mole, sem garra, etc, enquanto o Lula é brigador e está fazendo pelos pobres, etc. Assim sendo, se o pessoal do Alckmin deixar o cara deitar e rolar, o resultado somente poderá ser adverso. A gente sente nas ruas uma pasmaceira total, parece que está todo mundo anestesiado, nem parece que haverá eleição; realmente não dá para entender o que está acontecendo. As frases acima vêm da correspondência de um amigo da coluna, na qual fica evidente seu inconformismo com a atual campanha eleitoral.
O
horário eleitoral é pândego. De longe o melhor programa de humor (ou de raiva) da televisão e do rádio no país. Em nada contribuem para Milton Mansilha/LUZ
O
governo federal e o Ministério da Educação têm comemorado o ingresso de 96,4% das crianças com idades entre 7 e 14 anos ao ensino fundamental, e 83% dos adolescentes entre 15 e 17 anos ao ensino médio. Estes números, aparentemente tão positivos, seriam motivos de alegria e esp e r a n ç a s e n ã o m aquiassem uma realidade tão triste. Dos alunos que cursam a 4ª série do ensino público, 55% não sabem ler nem escrever. Em outras palavras, 33 milhões de crianças são analfabetas funcionais. O analfabetismo funcional é silencioso e perverso. Além de desestimular a criança que está na escola, ele reduz a empregabilidade e as oportunidades de inclusão social, principalmente entre
Patrícia Cruz/LUZ
á também a mesmice das campanhas eleitorais. Sem criatividade, repetindo fórmulas já gastas, pleito após pleito, são de uma chatice monumental e em minha opinião têm colaborado para o nãocrescimento de Alckmin nas pesquisas. Há falta de audiência por parte de quem tem opção, eleitorado possível dos tucanos, enquanto os eleitores de Lula, pela classe que as sondagens apontam, são confinados no horário eleitoral por falta de TV a cabo, DVD, computador e ou outras alternativas de escape. Cansado de tanta corrupção, de um governo, de um Congresso, de um Judiciário pelas aparências, sem moral, sem ética, enquanto seus condutores se apóiam nessas premissas perante a massa incapaz de discernir, o eleitor da classe média abandonado, inclusive, na mensagem dos candidatos mais sérios, se entrega à letargia.
Com estes programas chatos, o eleitor da classe média se entrega à letargia
E
Porque mais Flip A
Festa Literária de Paraty é um sucesso e não deve se abater por críticas, nem sempre justas, sendo algumas despeitadas porquanto erguidas por autores excluídos. Depois de dez anos de luta, a quarta versão, em agosto de 2006, consolida uma vitalidade inexpugnável pelo rancor ou pelo ressentimento. Todavia, isso não elimina a constante busca de evolução dos organizadores do evento. Proponho como primeiro ato em defesa da Flip o cenário com sua inexistência: 1) desapareceriam centenas de empregos temporários; 2) seriam desocupados milhares de leitos de hotéis e pousadas, que a Flip lota fora de estação, em toda a região do litoral sul fluminense; e, 3) o comércio, mormente restaurantes, sangraria pela receita perdida; além do setor de serviços. Mas a festa é cultural. Portanto a argumentação econômica é secundária, insistiriam os ranhetas. Bem, evitem-se os debates em torno do que deve vir primeiro, se o ovo ou a galinha, apesar da grandeza financeira de um empreendimento deste porte. Vamos à questão cultural: A) milhares de crianças de toda a região constróem os cenários da festa; 2) centenas de crianças e jovens freqüentaram a Flipinha, criada para eles; 3) oficinas instigam seu desenvolvimento e atração pela escrita, com conseqüências de longo prazo: e, 4) o convívio com os escritores nas ruas lhes traz magia e encantamento. Desta vez, o mote da Flip foi Jorge Amado. Quase desisti por que não está entre meus autores de preferência. Porém, jamais faltei a uma Flip, tendo sido um de seus patronos de pequeno porte em 2005. Ao final, me convenci: preconceitos não nos devem afastar de discussões sérias e honestas como as que lá sempre se configuraram. Num determinado momento da Flip, cheguei a supor que ela se desequilibrasse, num viés antiisraelense. Ledo engano. O poeta Ferreira Gullar afirmou: "não quero ter razão, quero ser feliz", ao seu interlocutor poeta palestino. Ou seja, preciso
G Não vamos
destruir a Flip esperando milagres aqui e agora. Desconstruir é fácil. Regue-se a Flip com críticas solidárias, enquanto os atiradores de pedras que procurem bons terapeutas ou a façam melhor. G A importância crescente da Flip impede a indiferença. Já se criou a Flap, a Flop, a off-Flip, e muitos municípios procuram seguir a rota de Paraty. Muitas palestras assisti na praça, em telões que desmentem a exclusão dos não pagantes. Supor que as editoras e as livrarias competitivas permaneçam fora, que bancos e companhias de telefonia se esquivem, que o Estado ao invés de aceitar renúncias fiscais, promova tudo sozinho, compõe um irrealismo mágico.
do outro (no caso de Gullar, a esposa, numa possível metáfora a um casamento de semitas). E Fernando Gabeira inseriu sua admiração pelo povo norte-americano, cujo governo lhe nega visto de entrada no país, desvinculando o Pentágono dos mais de 250 milhões de norte-americanos. Houve um manifesto pró-palestino. Assinou quem quis. Várias estrelas presentes democraticamente não o fizeram. Sobretudo diversas mesas foram impagáveis, como a de improviso, de Zé Miguel Wisnik, aplaudido de pé ao substituir o portenho Ricardo Piglia. O professor discorreu mais de uma hora sobre Machado de Assis, historiando desde a polca e o maxixe até Chico Buarque. Veja-se que Wisnik já havia sido esplêndido na Flip de 2004, ao abordar o conto do Recado da Montanha, de Guimarães Rosa (o caso do "famigerado"). Encabulado me emocionei e contive as lágrimas.
A
importância crescente da Flip impede a indiferença. Já se criou a Flap, a Flop, a offFlip, e muitos municípios procuram seguir a rota de Paraty. Muitas palestras assisti na praça, em telões que desmentem a exclusão dos não pagantes. Supor que as editoras e as livrarias competitivas permaneçam fora; que bancos e companhias de telefonia se esquivem; que o Estado ao invés de aceitar renúncias fiscais, promova tudo sozinho; compõe um irrealismo mágico na circunstância global. Pesquisas diversas comprovam que o Estado gasta mal, é ineficaz e ineficiente, no atual momento histórico do Brasil. Por sua vez, a população quer o Estado em saúde, educação e segurança. Portanto, não vamos destruir a Flip esperando milagres aqui e agora. Desconstruir é fácil. Regue-se a Flip com críticas solidárias, enquanto os atiradores de pedras que procurem bons terapeutas ou a façam melhor. PAULO LUDMER É JORNALISTA, PROFESSOR DE CRIATIVIDADE NA FAAP, ENGENHEIRO E ESCRITOR WWW.PAULOLUDMER.COM.BR
xiste um movimento crescente na Internet com gente esclarecida que enxerga o que de fato está ocorrendo no Brasil sob a tutela de Lula e do PT, que não se conforma com o resultado das pesquisas e contesta a forma pouco agressiva da campanha de Geraldo Alckmin em relação aos descalabros cometidos na gestão Lula contra a ética, a moralidade pública e o erário. Circulam, também, informações que põem em dúvida resultados de pesquisas, uma vez que em meio à classe média é notória a insatisfação com o atual governantemor do País, Dom Lula I, e as sondagens de opinião pública continuam revelando crescimento dos seus números.
O
estado de pasmaceira decorre, em minha opinião, do cansaço do eleitor. Do cidadão comum. Da classe média. Tenho a esperança de que esse cansaço se traduza em voto de oposição no dia 1º de outubro. De outro lado, temo que esse mesmo cansaço possa ter de fato anestesiado a classe média, pela qual tanto brigo e defendo neste espaço, e esta se entrega ao conformismo, à indiferença, à pasmaceira.
o processo democrático, para a vida política e institucional do Brasil, e, ainda, agridem com sua mesmice e deslavadas mentiras a inteligência mínima de quem assiste. A pasmaceira e a mesmice são fruto de tudo isso e muito mais. A falta de autenticidade, de legitimidade de quem se apresenta, a ausência de mecanismos capazes de mostrar o caráter o e pensamento dos postulantes, o nível intelectual médio próximo da indigência de grande parte dos interessados na boquinha política, só contribuem para esse estado geral. Como mencionei, resta a esperança de que, enrustido, o eleitor dê na urna o troco a todos que desonraram o mandato popular. PAULO SAAB É JORNALISTA PSAAB@UOL.COM.BR
G Não faça como ele. Ao votar, não finja que não sabia. (frase que tem circulado na Internet)
FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 30 de agosto de 2006
Política
Paulo Liebert/AE
3
Orlando Britto / divulgação
LULA SE MANTÉM LÍDER COM FOLGA FINALMENTE ALCKMIN ATACA O O PRESIDENTE
FHC, Dona Lu, João Dória Jr. e Alckmin no Jockei Clube de São Paulo
O candidato do PT cresceu na preferência do eleitorado, segundo duas pesquisas divulgadas ontem: Datafolha e CNT/Sensus. Os números mostram aumento da rejeição a Geraldo Alckmin, graças ao "Efeito PCC".
Lula e Rebelo apresentam o programa petista à reeleição
PT LANÇA PROPOSTA PARA O 2° MANDATO
O
programa de Governo do eventual segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, lançado ontem na cidade de São Paulo, tem como meta principal o desenvolvimento com distribuição de renda e educação de qualidade. No capítulo Brasil Produtivo, o texto fala em estabilidade de preços, redução da vulnerabilidade externa e mais investimento. Mas questões como a ética também são tratadas no documento. Corrupção – O candidato à reeleição prometeu que seu próximo governo intensificará o combate à corrupção, sem citar diretamente os envolvidos nas denúncias do mensalão ou das sanguessugas, mas insistindo que reforçará as atuações da Polícia Federal, da Controladoria Geral da União e do Ministério Público Federal. Reforma política – Lula insistiu que as instituições denunciarão, prenderão e culparão os que forem culpados e que apoiará a reforma política como outra medida de fortalecimento das instituições. Para ele, será necessária a realização da reforma política com enfoque na fidelidade partidária e no financiamento público de campanhas. "Os partidos, o Congresso Nacional e a sociedade farão a reforma, não o presidente da República", insistiu. Bom humor – Esbanjando bom humor, satisfeito com o resultado da pesquisa CNT/Sensus divulgada ontem, o presidente Lula prometeu: continuidade das políticas econômica e de relações internacionais, ênfase na educação, no desenvolvimento e distribuição de renda, caso vença as eleições de outubro. Segundo o presidente, o futuro do Brasil é "promissor". "O povo vai resolver o problema político agora, em 1º de outubro". Lula disse que respeitará a vontade popular resultante da eleição, e que entende ser necessário, para o bem da democracia, existir diversidade política. "A gente não faz política com quem gosta. Quem a gente gosta, é nosso companheiro, a gente leva para casa e faz churrasco", disse.
Indústria – O programa dá prioridade à política industrial e de inovação, com ênfase para os setores de biotecnologia, energia renovável, tecnologia da informação, nanotecnologia, fármaco e medicamentos. Entre as metas, estão a construção do pólo petroquímico e da siderúrgica no Rio de Janeiro, a garantia do fornecimento do gás que viabilize a construção e operação da siderúrgica do Ceará e a continuidade da reconstrução de setores como indústria naval, como as plataformas petroleiras. Leis – Estão previstas a simplificação da legislação sanitária, ambiental e de abertura de empresas; e dos mecanismos de acesso a programas de inovação com incentivos fiscais. Estrutura – Lula prevê a duplicação da BR -163, que liga Goiás à Minas Gerais; da BR040, em Minas Gerais, e da BR101, no trecho que vai em direção à Bahia; construções da BR-163, no Paraná; BR - 158, no Mato Grosso; BR-364 no Acre. Energia – Outro destaque é para a área energética, com especial atenção para os pólos de biocombustíveis – etanol, biodiesel e H-bio. Reforma Agrária – O documento cita a continuidade do Programa de Reforma Agrária e dá ênfase à democratização das relações do trabalho, com a aprovação da reforma fiscal. Previdência – O projeto prevê a continuidade do combate às fraudes, ao censo previdenciário e à conclusão da Super Receita, que vai unificar todo o setor de arrecadação. Judiciário – Lula cita a necessidade da reforma deste Poder, com aprovação de alterações nas legislações processual, penal e trabalhista. Gastos – Na área da gestão, o programa cita a melhoria da qualidade do gasto público, através do combate ao desperdício e à ineficácia. O programa trata de setores como Turismo, Segurança Alimentar, Meio Ambiente e Pesca. Estão ainda previstas a continuidade da recuperação do salário mínimo acima da inflação, aumento de empregos formais e redução da taxa de juros sem citar qualquer percentual como meta. (Reuters)
presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua sendo um candidato imbatível para as próximas eleições de outubro. Duas pesquisas divulgadas ontem, Datafolha e CNT/Sensus, trazem números que confirmam a ampla preferência do eleitorado por Lula. Pelos números do Datafolha, Lula venceria as eleições no primeiro turno, embora a diferença para o principal adversário, o tucano Geraldo Alckmin, tenha caído um ponto. O presidente aparece com 50% das intenções de voto, contra 27% de Alckmin. Em relação à ultima pesquisa, Lula subiu um ponto percentual e o candidato do PSDB subiu dois, ficando ambos dentro da margem de erro, que é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Heloísa Helena (Psol) caiu de 11% para 10% das Datafolha: intenções de voto e segue em Lula chega à terceiro. Cristovam Buarque metade do (PDT) manteve 1% de eleitorado. preferência dos eleitores. Em uma simulação de Alckmin reduz segundo turno, Lula venceria em um ponto Alckmin e teria 56% da a diferença preferência do eleitorado. O para o petista. tucano ficaria com 35%. CNT/Sensus –De acordo Ações do com a pesquisa da PCC fazem CNT/Sensus, Lula subiu de subir rejeição 47,9% para 51,4% em ao tucano. comparação com o levantamento anterior, divulgado no início do mês. Geraldo Alckmin ficou estável no período, oscilando entre 19,7% e 19,6%. Ambos estão dentro da margem de erro da pesquisa, que é de três pontos percentuais. A senadora Heloísa Helena (PSol) também oscilou dentro da margem de erro, caindo de 9,3% para 8,6%. Em um hipotético segundo turno, Lula também venceria Alckmin e seria reeleito com 55% dos votos, contra 37% do candidato tucano. Efeito PCC – Alckmin apostava no horário gratuito para se tornar conhecido e ganhar votos em todo o País, mas obteve o efeito contrário: segundo a pesquisa, a rejeição ao candidato subiu de 37,6% para 42%. A rejeição a Lula, por outro lado, seguiu o sentido contrário, recuando de 27% para 25,5%, o menor patamar desde o início do período pré-eleitoral, embora dentro da margem de erro da pesquisa. "Alckmin passou a ser mais conhecido, mas não ganhou votos. É o efeito PCC. Ele foi apresentado ao País junto com o PCC", explicou o responsável pela pesquisa, Ricardo Guedes. Segundo a CNT/Sensus, caiu de 9,3% para 3,9% o número de eleitores que alegaram não conhecer o ex-governador paulista. Política de resultados – O crescimento de Lula está sustentado por indicadores econômicos positivos, avaliou Ricardo Guedes. "Os ganhos macroeconômicos, como geração de emprego, queda da inflação, aumento do salário mínimo e o programa Bolsa Família superam os problemas éticos gerados", explicou Guedes, referindo-se aos escândalos de corrupção, como o mensalão e a máfia dos sanguessugas. Avaliação – A pesquisa Datafolha mostra, no entanto, queda na avaliação positiva do governo Lula. O índice de entrevistados que consideraram ótima ou boa a atuação do presidente caiu de 52% para 48%. A avaliação regular subiu de 31% para 36%. O grupo de entrevistados que considera péssimo o governo petista ficou estável em 16%. (Agências)
50 27 42
HELOÍSA QUER CONGRESSO INDEPENDENTE
A
senadora Heloísa Helena, candidata do PSol à Presidência da República, foi a segunda entrevistada da série com presidenciáveis, na sede do jornal "O Globo", no Rio. A colunista Tereza Cruvinel quis saber como seria a coalizão de governo para fazer as reformas, caso seja eleita, ou se a senadora não precisaria do Legislativo. " Enquanto não
puder modificar a Constituição tenho a obrigação de respeitá-la. Quero o Congresso funcionando como manda a Constituição", respondeu. Heloísa deseja "vivenciar a experiência de um Congresso independente": "É uma experiência de governabilidade diferente. Porque ou é isso que temos aí ou então é mudar e debater tudo às claras. A construção do Orçamento não pode ser a prévia de um propinódromo, feito às escondidas. Eu vou lá para debater tudo. Por que um Orçamento tem de ser uma negociata de balcão?" (AOG)
C
edendo à pressão de aliados, o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, abandonou o tom ameno e acusou seu principal adversário, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de ter tratado "quadrilheiro" como se fosse seu irmão. Ao mesmo tempo, destacou o tucano, Lula foi violento com um caseiro "nordestino, pobre e fraco". Numa referência bíblica, Alckmin ainda pediu punição a políticos envolvidos em corrupção. "Assim como Jesus expulsou os vendilhões do templo, vamos expulsar os vendilhões da pátria", disse ele, aplaudido de pé por 528 pessoas entre empresários, artistas e esportistas que pagaram R$ 1 mil pelo almoço para engrossar o cofre da campanha tucana à Presidência. Irmão quadrilheiro– Durante almoço de adesão à campanha ( leia mais em matéria na página 4) , Alckmin evocou os recentes escândalos de corrupção para atacar o petista, a quem acusou de de ter abandonado a ideologia em nome do poder. E foi duro. " Esse governo é uma coisa triste. Que abraça e chama de irmão quadrilheiro e é violento com o Francenildo (Costa), aquele nordestino pobre que teve violado o seu sigilo. Violento com o pobre, com o pequeno. E fraquinho, fraquinho com aqueles que roubam o que é mais sagrado, que não é o dinheiro pessoal, é o dinheiro de todos", disse Alckmin. Sem autorização da Justiça, Francenildo teve suas informações bancárias repassadas pelo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), órgão do Ministério da Fazenda, à Polícia Federal por supostas movimentações suspeitas. As informações vazaram depois de o caseiro denunciar que o ex-mi-
nistro da Fazenda, Antônio Palocci , frequentava uma mansão em Brasília usadas por políticos e empresários para reuniões e encontros com garotas de programa. Em meio à discurso de empresários que demonstravam indignação com os escândalos de corrupção — alguns deles chegaram a bater com as mãos nas mesas num protesto contra denúncias de fraudes no governo —, Alckmin misturou a seu discurso habitual, voltado a questões gerenciais, os ataques ao governo federal. Poder pelo poder – "O pior é que (o presidente) não aprende com a crise. Na cabeça dessas pessoas os fins justificam os meios. Só que no passado o fim que poderia ser o sonho da utopia hoje é só poder pelo poder, nada mais que isso. É preciso voltar à boa política." Entre os convidados estavam o comediante Tom Cavalcanti — para quem Lula, ao jogar sujeira para debaixo do tapete, também foi junto —, o casal Paulo Goulart e Nicete Bruno, o nadador Fernando Scherer, além de diretores e presidentes de empresas nacionais e multinacionais. Também fizeram festa para Alckmin o governador de São Paulo, Claudio Lembo (PFL) e o prefeito da capital paulistana, Gilberto Kassab (PFL). Campanha – A ausência de dirigentes do alto escalão do PSDB e do PFL, que formam a coligação Por um Brasil Decente, também marcou o encontro. Apenas o presidente nacional do aliado PPS, Roberto Freire, esteve presente. Aguardado, o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, não compareceu. Nem por isso, Alckmin deixou de pedir votos para o colega tucano e também para Guilherme Afif Domingos, candidato do PFL ao Senado. (AOG)
"Precisamos de um pacto CRISTOVAM nacional para congelar os públicos. Ao PROPÕE PACTO gastos congelar, a gente conseguirá ao mercado CONTRA GASTOS passar segurança em relação ao
E
m debate promovido pela Força Sindical, o candidato do PDT à presidência da República, Cristovam Buarque, voltou a defender um pacto entre os três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) para a contenção dos gastos públicos, medida que, segundo ele, resultará conseqüentemente na queda das taxas de juros.
orçamento e os juros cairão", afirmou Cristovam. Aos trabalhadores da Força Sindical, o candidato disse ainda que é preciso manter a inflação sob controle para garantir os fundamentos da economia e conseqüente geração de empregos. "Minha proposta é pratica. Pode haver dificuldades para negociar o pacto, mas elas têm que ser enfrentadas". (AE)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
8 -.ECONOMIA/LEGAIS
quarta-feira, 30 de agosto de 2006
continuação
LIBERTY SEGUROS S.A. (antiga Liberty Paulista Seguros S.A.) C.N.P.J. nº 61.550.141/0001-72
Parecer dos Auditores Independentes Ilmos. Srs. Diretores e Acionistas da Liberty Seguros S.A. (anteriormente denominada Liberty Paulista Seguros S.A.) Examinamos os balanços patrimoniais da Liberty Seguros S.A. (anteriormente denominada Liberty Paulista Seguros S.A.), levantados em 30 de junho de 2006 e 2005, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.
Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da Seguradora; b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Seguradora, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Liberty Seguros S.A. em
30 de junho de 2006 e 2005, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 18 de agosto de 2006 Eduardo Wellichen Contador CRC -1SP184050/O-6 Luiz Carlos Nannini Contador CRC-1SP171638/O-7
Auditores Independentes S.S. CRC-2SP015199/O-6
PARTE DO PATRIMÔNIO DO FUNDO VAI FINANCIAR PROJETOS. TRABALHADOR TAMBÉM PODERÁ INVESTIR.
APROVADO FGTS PARA INFRA-ESTRUTURA
C
om votos contrários dos representantes do comércio e da indústria, o Conselho Curador do Fundo de Garant i a p o r Te m p o d e S e r v i ç o (FGTS) aprovou ontem a proposta de utilizar parte do patrimônio líquido do fundo em financiamentos para o setor de infra-estrutura. A medida será regulamentada por projeto de lei a ser encaminhado pelo governo ao Congresso Nacional. A proposta foi apresentada pelo ministro do Trabalho e presidente do Conselho, Luiz Marinho. De acordo com o ministro, a idéia é que também os trabalhadores possam, individualmente, aplicar parte dos recursos que possuem na conta vinculada do FGTS em projetos específicos do setor. O ministro garantiu que o governo não pensa em Medida Provisória para tratar da questão. Segundo ele, o projeto deverá ser encaminhado no final do ano. Marinho explicou que, inicialmente, devem ser canalizados para os fundos de investimento em infra-estrutura cerca de R$ 5 bilhões dos R$ 20 bilhões disponíveis no patrimônio líquido do FGTS. Aos poucos, e com a aprovação do Conselho Curador, esse investimento poderia atingir cerca de 80% do patrimônio líquido do fundo, ou seja, algo em torno de R$ 16 bilhões. O ministro também disse que é intenção do governo permitir que o próprio trabalhador também faça aplicações individuais, como foi feito no caso da Petrobras e da Companhia Vale do Rio Doce. Nesse caso, o risco da aplicação seria
Gustavo Miranda/Agência O Globo
do próprio trabalhador, que perderá para essa parcela do dinheiro investido a garantia do rendimento das contas, de Taxa Referencial de juros (TR) mais 3% ao ano. "O risco dessa aplicação, que será limitada a um determinado valor, correrá por conta do cotista do FGTS", esclareceu Marinho. Resistência — O investimento em infra-estrutura não está previsto na legislação. Por isso, a necessidade um projeto de lei para alterar a atual legislação do fundo. O ministro do Trabalho tentou, de todas as formas, minimizar a resistência do setor da construção civil, que vê com reservas o projeto. Mesmo garantindo que não faltará dinheiro para a habitação — no ano passado sobraram aproximadamente R$ 2 bilhões, segundo Marinho — ele não conseguiu a aprovação unânime dos empresários. Dos quatro representantes dos empresários, dois foram contrários ao projeto. De acordo com o ministro, os recursos para a infra-estrutura sairão do patrimônio líquido, que é o que excede o que deve retornar para cada trabalhador com conta no fundo. A aplicação do FGTS na infra-estrutura seria apenas em projetos novos para assegurar a geração de empregos. Para minimizar os riscos para o FGTS, o fundo participará de cada projeto com, no máximo, 30% dos investimentos necessários. "Não podemos deixar todo o dinheiro que sobra do FGTS aplicado em títulos públicos, enquanto o País precisa de empregos e de investimentos em infra-estrutura", disse. (AE)
Ata do Fed sugere indefinição
E
sperar para ver é a mensagem central da ata do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) sobre o encontro de política monetária realizado no início deste mês, segundo a leitura feita por analistas em Wall Street. "Pela ata é possível perceber que o Fed não está com o horizonte definido sobre o rumo do juro nos próximos encontros", disse David Wyss, especialista para economia americana da Standard & Poor's. A ata diz que, "assim como no encontro de junho, todos os
participantes manifestaram preocupação sobre a continuidade de números elevados do núcleo da inflação e dos riscos de inflação à frente". A ata sugeriu "que o crescimento da atividade econômica desacelerou ante o rápido ritmo do primeiro trimestre". O texto diz também que "a projeção preparada para o próximo encontro indicou que o crescimento do PIB real poderia desacelerar na segunda metade de 2006 e 2007 para uma taxa menor do que havia sido anteriormente prevista". (AE)
Valorização do real dá prejuízo para o Banco Central
A
A partir da esq.: Paulo Furtado, do Conselho do FGTS, Luiz Marinho e Márcio Fortes, ministro das Cidades
CMN cria linha de crédito especial para agricultores a tentativa de acabar com os sucessivos pacotes de socorro à agricultura, o Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou ontem a criação de linha de crédito que permitirá aos produtores e às cooperativas obter financiamento para aquisição de seguro de preço para sua produção. Essa proteção poderá ser feita por meio do mercado de futuros e de opções de venda. As opções garantem ao produtor o recebimento de um valor preestabelecido, mesmo que o preço de mercado esteja abaixo do combinado. O mercado de futuros é proteção contra flutuações de preços. Em entrevista recente, o ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes Pinto, defendeu o uso de instrumentos garantidores que sustentem a renda no campo. "É preciso que o ministério tenha uma postura mais ativa, de privilegiar fortemente os mercados futuros", afirmou. Na sua avaliação, até o momento o governo vem atuando de forma reativa às crises no setor, ou seja, corre para garantir
N
20 bilhões de reais foi o total de dívidas de produtores rurais que o governo prorrogou desde o início do ano. recursos quando os agricultores já estão em dificuldades. Só neste ano, o governo prorrogou R$ 20 bilhões em dívidas. Depois da reunião do CMN, o secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Otávio Damaso, disse que, em junho, quando anunciou o plano de safra, o governo permitiu ao produtor ter 15% a mais de recursos da linha mais barata disponível (juros de 8,75% ao ano) para a safra 2006/07, caso ele comprovasse que havia contratado um seguro para proteção de preços ou de produtividade. Com a linha aprovada on-
tem, o governo permite que o dinheiro para financiar a contratação de seguro pelo agricultor saia da chamada exigibilidade bancária. Essa regra obriga os bancos a emprestar 25% do dinheiro depositado à vista por seus clientes para o setor agrícola. Agora, além de financiar o plantio e a comercialização, os bancos poderão financiar o seguro. "O novo instrumento é um mecanismo de proteção de preço", resumiu. Pelos cálculos do governo, a liberação de R$ 100 mil dá ao produtor o direito de proteger uma safra de R$ 1 milhão. O valor considera o preço da soja, o principal grão cultivado no País. O juro do empréstimo é de 8,75% ao ano e a operação deve ser liquidada junto com o vencimento das dívidas de custeio, que são feitas a cada ano pelo produtor para que ele possa cultivar sua safra. "O mecanismo é muito positivo para todos os lados. Para o governo cria-se a cultura de proteção e se evitam eventuais crises, dando ao produtor a tranqüilidade para investir", avaliou Damaso. (AE)
queda do dólar em relação ao real levou o Banco Central (BC) a ter um prejuízo de R$ 12,553 bilhões no primeiro semestre do ano. Só com os contratos de swap cambial reverso, nos quais o BC fica credor em dólar, a perda chegou a R$ 3,803 bilhões, por força da apreciação do real, que atingiu 7,54% no período. A queda do valor em reais das reservas internacionais gerou um prejuízo adicional de aproximadamente R$ 8 bilhões. "É natural que, com a valorização do real, as reservas em reais fiquem menores", comentou o diretor de Administração do BC, João Antônio Fleury Teixeira. As reservas internacionais são contabilizadas, no balanço do BC, como ativos e geram perda de receita quando têm seu valor em moeda nacional reduzido. O dirigente do BC argumentou que o impacto negativo da valorização do câmbio sobre o balanço da instituição foi praticamente neutralizado pela queda da dívida externa do Tesouro Nacional. "A dívida externa em moeda estrangeira, quando convertida para o real, também fica menor com a valorização", disse. Os contratos de swap cambial reverso, de acordo com Fleury, também ajudaram o governo a reduzir a vulnerabilidade da dívida pública ao câmbio. "Em setembro de 2002, a dívida aumentava 0,34 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) para cada variação de 1% do câmbio. Em junho deste ano, o impacto era de apenas 0,02 ponto", disse. O balanço do BC trouxe, ao mesmo tempo, um ajuste para cima do valor das dívidas dos bancos em processo de liquidação extrajudicial. "A partir deste balanço, passamos a calcular a dívida dos bancos pela variação da Taxa Referencial e os débitos do Proer pelos índices de correção das garantias mais 2%", explicou o diretor de Liquidações e Desestatização do BC, Antonio Gustavo Matos do Vale. (AE)
4
CPI Senado Campanha Ministérios
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 30 de agosto de 2006
FHC NÃO RESISTE E DIZ: LADRÃO É NA CADEIA!
FHC INCITA ALCKMIN A Homem de fé 'BOTAR FOGO NO PALHEIRO' C
O
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso participou ontem de um almoço para a adesão à candidatura tucana e defendeu, em discurso a empresários, artistas e esportistas que a candidatura tucana de Geraldo Alckmin à Presidência da República precisa liquidar a diferença nas pesquisas de opinião pública em relação a Luiz Inácio Lula da Silva. FHC incitou o público que se dizia indignado com as denúncias de corrupção do governo a "botar fogo no palheiro" numa tentativa de reverter a baixa popularidade de Alckmin nas sondagens. " O povo também está indignado e precisamos despertar essa indignação. É fogo no palheiro. É isso que nós precisamos. Muitas vezes me tolho por já ter sido presidente e por não estar em funções públicas diretas. Me tolho de dizer as palavras que precisam ser ditas: ladrão é na cadeia", disse Fernando Henrique, criticando ainda os que tentam transferir ao sistema político as irregularidades cometidas na administração pública. Macunaíma– Reclamando da falta de decência na atual política brasileira, o ex-presidente disse que "Alckmin é uma pessoa que não precisa não ter caráter para chegar perto do povo". "Não precisa ser macunaímico para dizer que é popular. Pode-se ser popular mantendo a tendência", disse FHC, que encerrou o discurso novamente conclamando os convidados a trabalharem pela recuperação de Alckmin nas pesquisas eleitorais.
Eymar Mascaro
Eduardo Nicolau / Folha Imagem
Alckmin e FHC: paz no ninho tucano e guerra contra os petistas.
"Vamos pegar fogo no Brasil, no bom sentido. Vamos liquidar essa diferença, vamos expor a nossa indignação por tanta porcaria que está no País", afirmou. Inflamado – Destoando do discurso anterior do candidato tucano à presidência, Geraldo Alckmin, o ex-presidente ele-
vou ainda mais o tom e partiu para duras críticas contra o presidente Lula. Fernando Henrique disse que as denúncias de corrupção no governo do PT empurraram o Brasil para o ponto mais baixo de sua história. Disse ainda que o Congresso foi criminoso ao absolver 'mensalei-
ros', e afirmou "que lugar de ladrão é na cadeia e que não concorda com a declaração de Lula de que, neste momento, todos na política são iguais". I nv e ja – Em seguida, ele mesmo se corrigiu. "Iguais, não. Eu não sou igual a ele (repetiu por três vezes) . Eu queria ter sido igual a ele (Lula) quando ele foi líder operário e eu o acompanhei na greve no tempo da ditadura. Eu queria ter sido igual a ele (Lula) naquele tempo, mas ele mudou e agora prega e faz tudo o que sempre combateu", disse. Para o ex-presidente tucano, não adianta culpar o sistema pela falta de moral na política. "Não adianta dizer que o sistema é culpado. O sistema tem muitos erros, mas moral é conduta, é pessoal, é individual. Moral não é sistema, quem falha tem que ser punido como pessoa porque falhou", disse FHC, que ainda disparou ataques à conduta de Lula sobre irregularidades cometidas por pessoas ligadas ao primeiro escalão do governo. "Quando há desvio ou alguma coisa equivocada, ele (Lula) passa a mão na cabeça e diz que o companheiro errou. Se ele errou porque não puniu o companheiro? Isso precisa ser dito e cobrado", disse ele. O almoço reuniu 528 empresários no Jockey Club de São Paulo. Cada um pagou R$ 1 mil para participar. Estiveram presentes, além de FHC e Alckmin, o governador Cláudio Lembo, o prefeito Gilberto Kassab, e o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, além de artistas e empresários de vários setores. (AOG)
GENRO DIZ QUE REAÇÃO É DESESPERO
ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, classificou de "desespero" as duras críticas feitas pelo ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso ao presidente e candidato à reeleição pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva. Em resposta aos comentários feitos por FHC, de que o candidato do PSDB deveria esquentar de vez a campanha e "atear fogo ao palheiro", com ataques mais diretos e contundentes a Lula, com base nos escândalos do Mensalão, dos Sanguessugas e em outras denúncias de corrupção, Tarso Genro disse que a tentativa de animar a campanha de Geral-
O
do Alckmin (PSDB) não produzirá os efeitos desejados e será inócua, tendo em vista os resultados das pesquisas. Em sua opinião, todos os institutos de pesquisa vêm apontando um crescimento gradual do presidente - candidato em relação ao seu principal adversário e esta tendência não deverá mudar. "As chances de vitória do presidente Lula (neste pleito, com a vitória do petista ainda no primeiro turno) são muito grandes", avaliou. "E é isso o que leva ele (FHC) ao desespero de um ex-presidente abandonado (pelo partido e por seus correligionários)", alfinetou Tarso. Sem economizar críticas, Tarso Genro disse que "é um
desrespeito interferir na campanha desta maneira para tentar incendiá-la, despolitizar o debate e desqualificar o processo democrático", rebateu. Na avaliação do ministro, as afirmações que vêm sendo feitas por FHC desde que a campanha entrou em marcha no horário político gratuito representam uma forma de agressão ao próprio candidato tucano à Presidência da República, Geraldo Alckmin. "O ex-presidente FHC está fazendo um esforço enorme para baixar o nível da campanha", acusou. Segundo o ministro, as críticas de FHC não surtem mais repercussão nem no meio político nem entre os próprios eleitores. "Isso por-
MÁRCIO THOMAZ BASTOS DEIXARÁ MINISTÉRIO EM 2007
O
ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos iniciou na manhã desta terça-feira sua despedida do cargo que ocupa há quatro anos com um discurso proferido na abertura do Seminário Internacional de Ciências Criminais, em São Paulo. Em entrevista coletiva após o evento, Bastos confirmou sua saída do ministério em 2007, mesmo que Luiz Inácio Lula da Silva seja reeleito. "Estou programado para ficar quatro anos morando e trabalhando em Brasília. Gosto muito do Ministério da Justiça. Acho que o trabalho foi muito gratificante, proveitoso. Lançamos as bases de novas instituições no Brasil, que estão fortes como nunca. Mas o Brasil tem uma safra de advogados e juristas brilhantes", disse.
Sergio Dutti/ AE - 18/04/06
Bastos confirma saída em 2007
O ministro fez um balanço de sua atuação na pasta da Justiça e elogiou o trabalho do Ministério Público e da Polícia Federal. Disse que, ao assumir o cargo, o País vivia uma crise mais normativa e menos institucional na área de segurança pública e que foi necessário fortalecer estas instituições.
Saia - justa – O ministro passou por um constrangimento ao ser indagado pela advogada Janaína Conceição Pascoal sobre a quebra de sigilo do caseiro Francenildo dos Santos Costa. "E o caso do caseiro, ministro? ", disse por vezes a advogada da platéia. O presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, Maurício Zanoide de Moraes, que presidia à mesa, informou à participante que assuntos políticos não seriam colocados em pauta. Mesmo assim, Bastos fez questão de responder à advogada no final de seu discurso: "O caso foi de mais absoluto êxito da Polícia Federal que, em menos de 10 dias, o desvendou e hoje encontra-se nas mãos das autoridades competentes", disse o ministro. (AOG)
que o povo sabe fazer a diferença: derrotou FHC antes e derrotará agora também, com a reeleição de Lula." Numa saraivada de contragolpes ao ex-presidente tucano, Tarso Genro disse que a postura dele não é compatível com a de um ex-presidente da República e ele deveria ter consciência disso em suas declarações. Na opinião de Tarso, essa conduta denota "um presidente que foi esquecido por seus aliados, uma figura pública que não é requisitada, porque não chama votos e que presidiu um governo fracassado". E continuou: "Ele quer fazer a população esquecer seu governo fracassado com agressões deste tipo." (AE)
E O FUTURO DE FURLAN?
O
ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, afirmou ontem que vai esperar o resultado das eleições presidenciais de 1º de outubro para decidir se ficará no governo em caso da reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao participar de evento na Confederação Nacional da Indústria (CNI), Furlan disse a empresários que ainda está na "quarta série do primário" na vida pública, referindo-se ao cargo de ministro. Questionado se teria interesse em chegar ao quinto ano, Furlan respondeu: "Não sei, tem de ter a formatura primeiro". Furlan sempre atuou na iniciativa privada. É um dos ministros mais respeitados e pela primeira vez ocupa um cargo público. (Reuters)
om base nas pesquisas diárias que está recebendo, feitas por telefone pelo Ibope, Geraldo Alckmin se convence de que haverá 2º turno na eleição presidencial. O tucano garante que está em linha ascendente. E não admite a hipótese de que Lula vença a eleição ainda no 1º turno. Por enquanto, as últimas pesquisas continuam indicando que se a eleição fosse hoje, o petista teria chance de vencer no 1º turno. Lula continua alcançando entre 47% e 49% de índice de intenção de voto. O tucano espera recuperar pontos com a mudança que promove nos seus programas de televisão. Alckmin decidiu alvejar Lula.
ADVERSÁRIO Além de admitir a realização do 2º turno, o candidato tucano confia na vitória. Alckmin vai iniciar setembro com mudanças nos seus programas de televisão. Serão relembradas as denúncias de corrupção que envolveram o governo do PT.
DENÚNCIAS O PSDB e o PFL querem continuar sangrando Lula, lembrando que o governo do PT está envolvido com os últimos escândalos, do mensalão e da máfia das ambulâncias. O PFL está convencido de que Lula só cairá nas pesquisas se sua imagem for desconstruída.
SUCESSO Ainda ontem, os tucanos vibravam com o êxito do comício que Alckmin promoveu no fim de semana em São Bernardo do Campo, com a concentração de 2, 5 mil trabalhadores em praça pública. Detalhe: São Bernardo é o berço político de Lula e do PT.
Cabral, líder nas pesquisas (com mais de 40% de intenção de voto) e ligado a Garotinho. Até agora, Moreira Franco conseguiu apenas o apoio de alguns aliados dele.
CRESCIMENTO Lula e Alckmin estão tecnicamente empatados no Sul (Rio Grande, Paraná e Santa Catarina), região com quase 20 milhões de eleitores. Os dois presidenciáveis continuam caitituando os apoios dos governadores Germano Rigotto (RS) e Roberto Requião (PR) mas, até agora, em vão. Rigotto e Requião continuam neutros na campanha presidencial.
NA MESMA As pesquisas que chegam ao conhecimento do tucanato diariamente indicam que não houve alteração no quesito intenção de voto, no Nordeste. Lula continua liderando na região com mais de 60%. É no Nordeste que ocorrem os casos mais freqüentes de infidelidade nas hostes tucanas.
SUSTENTAÇÃO
PROTESTO
Alckmin decidiu se dedicar mais à campanha no ABC porque Lula cresceu na região, no último mês. O tucano está na frente de Lula no Estado e quer consolidar sua posição em São Paulo, que congrega 26 milhões de eleitores, sendo o principal colégio do País.
A campanha do PSDB em Pernambuco (5,8 milhões de eleitores) entra em xeque. Há quem, entre aliados, reclame do comportamento do vice José Jorge, que não estaria fazendo a campanha de Alckmin no Estado, além de ser acusado de criar casos no seio da coligação.
RECUPERAÇÃO Além de São Paulo, Alckmin está reforçando a campanha em Minas (13 milhões de votos) e no Rio (11 milhões). É importante para o candidato crescer no Sudeste, região que conta com cerca de 50 milhões de eleitores.
VISITAS O tucano resolveu visitar as cidades de Minas duas vezes por semana, ciceroneado pelo governador Aécio Neves (PSDB) e pelo expresidente Itamar Franco (sem partido). Detalhe: Alckmin continua atrás de Lula nas pesquisas feitas no Rio e Minas.
DIFICULDADE Difícil, mesmo, está a campanha do PSDB no Rio. Alckmin caiu para 3º lugar no Estado e se esforça para tirar de Heloísa Helena (PSol) a 2ª colocação. O que dificulta sua campanha é a falta de um palanque forte lá. Os aliados da região estão em guerra.
APOIO O deputado Moreira Franco, representante do PMDB na coordenação de campanha do PSDB, ainda tenta atrair o apoio do candidato do partido ao governo do Rio, Sérgio
INSISTÊNCIA Os aliados encarregados da campanha no Nordeste insistem para que os candidatos estaduais a governador pelo PSDB, como Lúcio Alcântara, no Ceará (5, 3 milhões de votos), divulguem Alckmin na televisão. As pesquisas indicam crescimento de Heloísa Helena (PSol) entre os cearenses. Uma ameaça a Alckmin na região.
DECISÃO Os aliados insistem em alertar o comando de campanha tucana de que o Nordeste pode decidir a eleição. Com 33 milhões de eleitores, é na região que atua com mais desembaraço o principal programa social do governo federal, o BolsaFamília, carro-chefe da campanha de Lula, que atende a 11 milhões de famílias no País.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 30 de agosto de 2006
LEGAIS - 5
BANCO PSA FINANCE BRASIL S.A. CNPJ 03.502.961/0001-92 Rua Miguel Yunes, 351 - Cep 04444-000 - São Paulo - SP
5HODWyULR GD $GPLQLVWUDomR Senhores Acionistas:Em cumprimento as disposições legais e estatutárias, submetemos a apreciação de V.Sas. o Balanço Patrimonial e as Demonstrações do Resultado, das Mutações do Patrimônio Líquido e das Origens e Aplicações de Recursos relativo aos semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005. São Paulo, 11 de agosto de 2006. A Administração
%DODQoRV 3DWULPRQLDLV HP GH MXQKR GH H
'HPRQVWUDo}HV GR 5HVXOWDGR
Em milhares de reais Ativo
Em milhares de reais Banco 2006 2005 690.000 509.524 9.586 8.448 669.589 499.240 682.464 505.164 (12.875) (5.924) – – – – – –
Consolidado operacional 2006 2005 690.442 509.730 9.874 8.515 669.589 499.240 682.464 505.164 (12.875) (5.924) (47) (11) 4.507 2.741 (4.413) (2.709)
– 1.810 1.810 26 13 13 192.365 186.060 187.802 (1.742) – – –
(141) (43) 10.951 1.960 10.951 1.960 75 26 26 13 49 13 324.371 192.506 320.515 186.060 325.786 187.802 (5.271) (1.742) (106) (11) 3.402 1.937 (3.402) (1.917)
Circulante ............................................................................. Disponibilidades ................................................................... Operações de crédito ........................................................... Setor privado ...................................................................... Provisão para créditos de liquidação duvidosa .................. Operações de arrendamento mercantil ............................... Setor privado ...................................................................... Rendas a apropriar de arrendamento mercantil ................ Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa ......................................................... – Outros créditos .................................................................... 10.750 Diversos ............................................................................. 10.750 Outros valores e bens .......................................................... 75 Outros valores e bens ........................................................ 26 Despesas antecipadas ....................................................... 49 Realizável a longo prazo ..................................................... 324.414 Operações de crédito ........................................................... 320.515 Setor privado ...................................................................... 325.786 Provisão para créditos de liquidação duvidosa .................. (5.271) Operações de arrendamento mercantil ............................... – Setor privado ...................................................................... – Rendas a apropriar de arrendamento mercantil ................ – Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa ......................................................... – Outros créditos .................................................................... 3.899 Diversos ............................................................................. 3.899 Permanente ........................................................................... 1.701 Investimentos ....................................................................... 237 Outros investimentos ......................................................... 237 Imobilizado de uso ............................................................... 1.464 Outras imobilizações de uso .............................................. 2.011 Depreciações acumuladas ................................................. (547) Imobilizado de arrendamento .............................................. – Bens arrendados ................................................................ – Depreciações acumuladas ................................................. – Diferido ................................................................................. – Gastos de organização e expansão ................................... 169 Amortizações acumuladas ................................................. (169) Total do ativo ....................................................................... 1.016.115
– (106) (31) 6.305 3.962 6.457 6.305 3.962 6.457 1.771 12.054 8.084 201 237 201 201 237 201 1.568 1.464 1.568 1.969 2.011 1.969 (401) (547) (401) – 10.353 6.313 – 13.526 8.360 – (3.173) (2.047) 2 – 2 170 170 171 (168) (170) (169) 703.660 1.026.867 710.320
Circulante ............................................................................. Depósitos ............................................................................. Depósitos interfinanceiros .................................................. Depósitos a prazo .............................................................. Obrigações por empréstimos e repasses ............................ Empréstimos no exterior .................................................... Instrumentos financeiros derivativos .................................... Instrumentos financeiros derivativos .................................. Outras obrigações ............................................................... Cobrança e arrecadação de tributos e assemelhados ...... Fiscais e previdenciárias .................................................... Diversas .............................................................................
Banco 2006 2005 580.230 460.645 459.036 322.750 451.341 315.803 7.695 6.947 46.530 72.307 46.530 72.307 3.045 8.000 3.045 8.000 71.619 57.588 609 402 8.505 3.972 62.505 53.214
Consolidado operacional 2006 2005 579.673 451.937 456.274 311.885 448.579 304.938 7.695 6.947 46.530 72.307 46.530 72.307 3.045 8.000 3.045 8.000 73.824 59.745 609 402 9.272 4.780 63.943 54.563
Exigível a longo prazo ........................................................ Depósitos ............................................................................. Depósitos interfinanceiros .................................................. Depósito a prazo ................................................................ Outras obrigações ............................................................... Diversas .............................................................................
333.953 332.583 242.919 89.664 1.370 1.370
178.099 178.099 142.214 35.885 – –
323.721 174.738 320.522 173.571 230.858 137.686 89.664 35.885 3.199 1.167 3.199 1.167
Patrimônio líquido ............................................................... Capital De domiciliados no País ..................................................... De domiciliados no exterior ................................................ Reserva de capital ............................................................... Reserva de lucros ................................................................ Lucros acumulados ..............................................................
101.932
64.916
123.473
83.645
2 75.653 211 2.171 23.895
2 45.981 176 1.530 17.227
4 88.014 211 2.901 32.343
4 56.970 176 2.107 24.388
Passivo
Lucro líquido por ação do capital social - R$ .................
76,70
86,88
11.072 (8.376) 4.113 (13) 6.796
8.641 (4.156) 879 (220) 5.144
Em milhares de reais
Total do passivo ................................................................... 1.016.115
703.660 1.026.867 710.320
Em milhares de reais Capital social
Em 31 de dezembro de 2005 ............................................................................... Aumento de capital .............................................................................................. Atualização títulos patrimoniais ........................................................................... Lucro líquido do semestre ................................................................................... Destinação do lucro Constituição da reserva legal ............................................................................. Em 30 de junho de 2006 ......................................................................................
6.699 (3.483) 999 (220) 3.995
'HPRQVWUDo}HV GDV 2ULJHQV H $SOLFDo}HV GH 5HFXUVRV
'HPRQVWUDo}HV GDV 0XWDo}HV GR 3DWULP{QLR /tTXLGR
Em 31 de dezembro de 2004 ............................................................................... Aumento de capital .............................................................................................. Atualização títulos patrimoniais ........................................................................... Lucro líquido do semestre ................................................................................... Destinação do lucro Constituição da reserva legal ............................................................................. Em 30 de junho de 2005 ......................................................................................
9.585 (7.863) 4.094 (13) 5.803
As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
Banco
Receitas da intermediação financeira ............................... Operações de crédito .......................................................... Operações de arrendamento mercantil .............................. Resultado de operações com títulos e valores mobiliários . Resultado com instrumentos financeiros derivativos .......... Despesas da intermediação financeira ............................. Operações de captação no mercado .................................. Operações de empréstimos, cessões e repasses .............. Operações de arrendamento mercantil .............................. Provisão para créditos de liquidação duvidosa ................... Resultado bruto da intermediação financeira .................. Outras receitas (despesas) operacionais ......................... Receitas de prestação de serviços ..................................... Despesas de pessoal ......................................................... Despesas administrativas ................................................... Despesas tributárias ........................................................... Outras receitas operacionais .............................................. Outras despesas operacionais ........................................... Resultado operacional ....................................................... Resultado não operacional ................................................... Resultado antes da tributação sobre o lucro e participações ..................................................................... Provisão para imposto de renda e contribuição social ......... Ativo fiscal diferido ................................................................ Participações ........................................................................ Lucro líquido do semestre .................................................
Consolidado Banco operacional Semestres findos Semestres findos em 30 de junho de em 30 de junho de 2006 2005 2006 2005 95.081 59.096 97.638 60.503 106.474 73.166 106.474 73.166 – – 2.557 1.407 120 19 120 19 (11.513) (14.089) (11.513) (14.089) (66.750) (41.287) (67.453) (40.334) (54.054) (36.723) (52.892) (34.728) (1.549) (1.119) (1.549) (1.119) – – (1.709) (993) (11.147) (3.445) (11.303) (3.494) 28.331 17.809 30.185 20.169 (18.622) (11.031) (18.889) (11.487) 6.400 4.152 6.400 4.152 (2.011) (1.718) (2.011) (1.718) (8.209) (6.212) (8.572) (6.597) (3.203) (2.259) (3.387) (2.459) 8.311 9.305 8.643 9.484 (19.910) (14.299) (19.962) (14.349) 9.709 6.778 11.296 8.682 (124) (79) (224) (41)
Reserva de capital
Reserva de lucro
Capital realizado
Aumento de capital
Outras
Legal
Lucros acumulados
Total
41.448 4.535 – –
– – – –
156 – 20 –
1.331 – – –
13.431 – – 3.995
56.366 4.535 20 3.995
– 45.983
– –
– 176
199 1.530
(199) 17.227
– 64.916
70.983 – – –
– 4.672 – –
176 – 35 –
1.881 – – –
18.382 – – 5.803
91.422 4.672 35 5.803
– 70.983
– 4.672
– 211
290 2.171
(290) 23.895
– 101.932
Em 31 de dezembro de 2004 ............................................................................... Aumento de capital .............................................................................................. Atualização de títulos patrimoniais ...................................................................... Lucro líquido do semestre ................................................................................... Destinação do lucro Constituição da reserva legal ............................................................................. Em 30 de junho de 2005 ......................................................................................
51.413 5.561 – –
– – – –
156 – 20 –
1.851 – – –
19.500 – – 5.144
72.920 5.561 20 5.144
– 56.974
– –
– 176
256 2.107
(256) 24.388
– 83.645
Em 31 de dezembro de 2005 ............................................................................... Aumento de capital .............................................................................................. Atualização de títulos patrimoniais ...................................................................... Lucro líquido do semestre ................................................................................... Destinação do lucro Constituição da reserva legal ............................................................................. Em 30 de junho de 2006 ......................................................................................
81.974 – – –
– 6.044 – –
176 – 35 –
2.561 – – –
25.887 – – 6.796
110.598 6.044 35 6.796
– 81.974
– 6.044
– 211
340 2.901
(340) 32.343
– 123.473
Consolidado operacional
As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
Origens de recursos ........................................................... Lucro líquido ajustado ........................................................ Lucro líquido ..................................................................... Depreciações e amortizações ........................................... Superveniência de depreciação ........................................ Recursos de acionistas ....................................................... Aumento de capital social ................................................. Recursos de terceiros originários de .................................. Aumento dos subgrupos do passivo circulante e exigível a longo prazo .................................................................. Depósitos ........................................................................ Obrigações por empréstimos e repasses ....................... Instrumentos financeiros derivativos ............................... Outras obrigações ........................................................... Diminuição dos subgrupos do ativo circulante e realizável a longo prazo .................................................. Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos ...................................................................... Operações de arrendamento mercantil .......................... Outros créditos ................................................................ Alienação de bens e investimentos .................................. Imobilizado de uso .......................................................... Imobilizado de arrendamento ..........................................
Consolidado Banco operacional Semestres findos Semestres findos em 30 de junho de em 30 de junho de 2006 2005 2006 2005 238.031 175.948 240.846 178.516 5.999 4.130 8.420 6.112 5.803 3.995 6.796 5.144 196 135 1.882 1.106 – – (258) (138) 4.672 4.535 6.044 5.561 4.672 4.535 6.044 5.561 226.800 167.105 225.582 166.073 209.560 189.548 – 662 19.350
167.105 145.331 11.940 – 9.834
208.026 165.933 189.389 145.281 – 11.940 662 – 17.975 8.712
17.240
–
17.556
140
1.834 – 15.406 560 560 –
– – – 178 178 –
1.834 131 15.591 800 560 240
– 42 98 770 178 592
Aplicações dos recursos ................................................... Inversões em ....................................................................... Imobilizado de uso ............................................................ Imobilizado de arrendamento ........................................... Aumento dos subgrupos do ativo circulante e realizável a longo prazo ....................................................................... Operações de crédito ...................................................... Outros créditos ................................................................ Outros valores e bens ..................................................... Diminuição dos subgrupos do passivo circulante e realizável a longo prazo .................................................... Obrigações por empréstimos e repasses .........................
234.613 730 730 –
172.031 951 951 –
237.526 174.894 3.643 3.945 730 951 2.913 2.994
184.777 184.735 – 42
171.080 170.930 131 19
184.777 170.949 184.735 170.930 – – 42 19
49.106 49.106
– –
49.106 49.106
– –
Aumento das disponibilidades .........................................
3.418
3.917
3.320
3.622
Modificações na posição financeira No início do semestre ......................................................... No fim do semestre ............................................................. Aumento das disponibilidades .........................................
6.168 9.586 3.418
4.531 8.448 3.917
6.554 9.874 3.320
4.893 8.515 3.622
As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
1RWDV ([SOLFDWLYDV GD $GPLQLVWUDomR jV 'HPRQVWUDo}HV )LQDQFHLUDV HP GH MXQKR GH H Em milhares de reais 1. Contexto operacional O Banco PSA Finance Brasil S.A. e a PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A. operam como banco múltiplo com as carteiras de investimento; crédito, financiamento e investimento e empresa de leasing. Foram realizados e assinados contratos com o Grupo ABN-Amro, nos quais este se compromete com a prestação de serviços relacionados à gestão/controle operacional das operações de crédito e arrendamento a serem realizadas através do Banco e da Leasing. Além disso, foi firmado acordo operacional entre as partes, pelo qual, mensalmente, os resultados das operações são rateados proporcionalmente, 50% para cada instituição, baseado no resultado econômico de cada carteira, com base em fórmula de cálculo específica definida no referido acordo operacional. 2. Principais práticas contábeis As práticas contábeis adotadas para a contabilização das operações e para a elaboração das demonstrações financeiras emanam das disposições da Lei das Sociedades por Ações, associada às normas e instruções do BACEN. (a) Apuração do resultado É apurado pelo regime de competência de exercícios e segundo a Portaria MF nº 140/84, que considera: • As receitas de arrendamento mercantil, calculadas e apropriadas mensalmente pela exigibilidade das contraprestações no período; • O ajuste ao valor presente das operações de arrendamento mercantil; • Os rendimentos, encargos e variações monetárias, a índices e taxas oficiais incidentes sobre ativos e passivos circulantes e a longo prazo. (b) Ativos circulante e realizável a longo prazo Demonstrados pelos valores de aquisição, incluindo, os rendimentos calculados em base “pro rata temporis” e as variações cambiais auferidas, e ajustado ao valor de mercado ou de realização, quando aplicável. Os créditos tributários são reconhecidos considerando a expectativa de geração de lucros tributáveis futuros no prazo de até 5 anos, baseado em estudo técnico que considera as expectativas da administração quanto a realização dos referidos créditos, projeções orçamentárias da instituição e indicadores econômicos financeiros. (c) Ativo permanente O imobilizado de arrendamento, demonstrado ao custo, é reduzido pela depreciação acumulada, quando aplicável calculada de forma acelerada e segundo determinação da Portaria MF nº 140/84 com redução de 30% da vida útil. Conseqüentemente, a instituição, visando atender ao regime de competência, constituiu, nos semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005, superveniência de depreciação, no montante de R$ 258 (2005 - R$ 138) classificada em “Rendas de arrendamento mercantil”, equivalente ao ajuste ao efetivo valor presente dos fluxos futuros da carteira de arrendamento mercantil, com base nas taxas implícitas de retorno de cada operação, conforme Circular nº 1.429/89 do BACEN. (d) Passivos circulante e exigível a longo prazo Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, inclusive, encargos. As provisões para imposto de renda e contribuição social foram constituídos às alíquotas vigentes à época, ambas sobre o lucro tributável. Incluindo-se, no consolidado operacional, a provisão para imposto de renda diferido sobre superveniência de depreciação, apresentado na rubrica “Outras obrigações fiscais e previdenciárias”,
no passivo circulante. (e) Instrumentos financeiros derivativos De acordo com a Circular nº 3.082, de 30 de janeiro de 2002, e regulamentações posteriores, os instrumentos financeiros derivativos são classificados na data de sua aquisição de acordo com a intenção da administração para fins ou não de proteção (hedge). As operações que utilizam instrumentos financeiros, efetuadas por conta própria, ou que não atendam aos critérios de proteção (principalmente derivativos utilizados para administrar a exposição global de risco), são contabilizadas pelo valor de mercado, com os ganhos e as perdas realizados e não realizados, reconhecidos diretamente na demonstração do resultado. Os derivativos utilizados para proteger exposições a risco ou para modificar as características de ativos e passivos financeiros e que sejam (i) altamente correlacionados no que se refere às alterações no seu valor de mercado em relação ao valor de mercado do item que estiver sendo protegido, tanto no início quanto ao longo da vida do contrato e (ii) considerados efetivos na redução do risco associado à exposição a ser protegida, são classificados como “hedge” de acordo com sua natureza: (i) “Hedge” de risco de mercado - os ativos e passivos financeiros, bem como os respectivos instrumentos financeiros relacionados são contabilizados pelo valor de mercado com os ganhos e as perdas realizadas e não realizadas, reconhecidos diretamente na demonstração do resultado. (ii) “Hedge” de fluxo de caixa - a parcela efetiva de “hedge” dos ativos e passivos financeiros, bem como os respectivos instrumentos financeiros relacionados, são contabilizados pelo valor de mercado com os ganhos e as perdas realizadas e não realizadas, deduzidos quando aplicável, dos efeitos tributários, reconhecidos em conta específica de reserva no patrimônio líquido. A parcela não efetiva do “hedge” é reconhecida diretamente na demonstração do resultado. 3. Demonstrações financeiras combinadas (consolidado operacional) As demonstrações financeiras combinadas foram elaboradas em consonância com os princípios de consolidação normatizados pelo BACEN, por intermédio das Resoluções nºs 2.723, de 31 de maio e 2.743 de 28 de junho de 2000, as quais requerem a consolidação das demonstrações financeiras das instituições financeiras integrantes de um mesmo grupo financeiro, independente de haver participação acionária entre as mesmas, e abrangem as demonstrações financeiras do Banco PSA Finance Brasil S.A. e da PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A., que não possuem participação direta uma na outra. O processo de consolidação operacional das contas patrimoniais e de resultado corresponde à soma horizontal dos saldos das contas do ativo, do passivo, das receitas e despesas, segundo a sua natureza, complementada com a eliminação dos saldos de contas correntes e outras contas integrantes do ativo, passivo ou resultado, mantidas entre as instituições cujos balanços patrimoniais foram consolidados. A conciliação do patrimônio líquido e do lucro líquido do Banco PSA Finance Brasil S.A. com aqueles do consolidado operacional pode ser assim demonstrada : Patrimônio líquido Lucro líquido 2006 2005 2006 2005 Banco PSA Finance Brasil S.A. ............................ 101.932 64.916 5.803 3.995 PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A. .......... 21.541 18.729 993 1.149 Consolidado operacional ....................................... 123.473 83.645 6.796 5.144
4. Instrumentos financeiros derivativos De acordo com a Circular nº 3.082, de 30 de janeiro de 2002, e regulamentações posteriores, o banco vem registrando sua operação de “swap”, como negociação. O quadro a seguir resume o valor referencial atualizado ao preço de mercado e as respectivas exposições líquidas no balanço patrimonial. Valores a mercado Data do Data do Valor referencial Valor referencial Diferencial a Indexador Indexador início vencimento dos contratos em R$ dos contratos em US$ Ativo Passivo receber / (pagar) ativo passivo 01/06/2006 01/12/2006 49.231 21.400 46.740 49.785 (3.045) US$ + 6,0050% 111,54% CDI 5. Operações de crédito e arrendamento mercantil e provisão para créditos de liquidação duvidosa 2005 Mediante a Resolução nº 2.682 de 21 de dezembro de 1999 do Conselho Monetário Nacional - CMN Banco Consolidado e o BACEN, os parâmetros para a classificação das operações de crédito e de arrendamento mercanTotal das Provisão Total das Provisão til e constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa são os seguintes: Nível de risco operações constituída operações constituída • As operações de crédito e de arrendamento mercantil são classificadas em nove níveis. A .................................................... 654.475 3.272 657.983 3.289 • A provisão para créditos de liquidação duvidosa é efetuada com base na classificação do cliente B .................................................... 18.970 190 19.237 193 nos níveis de riscos definidos pela Resolução. Essa classificação leva em consideração, entre C .................................................... 12.038 361 12.341 370 outras, uma análise periódica da operação, dos atrasos, do histórico do cliente e das garantias D .................................................... 2.395 239 2.466 246 obtidas, quando aplicável. E .................................................... 1.064 319 1.064 319 Os valores nos quadros a seguir demonstrados pelo valor presente das operações. F .................................................... 1.081 541 1.110 556 (a) Composição da carteira de crédito e arrendamento mercantil por tipo de operação G ................................................... 663 464 663 464 2006 2005 H .................................................... 2.280 2.280 2.303 2.303 Descrição Banco Consolidado Banco Consolidado Total ............................................... 692.966 7.666 697.167 7.740 Pessoa física ..................................... 629.822 630.036 416.768 417.007 (e) Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa - Banco Indústria ............................................ – 445 – 15 2006 2005 Comércio ........................................... 378.428 380.673 276.198 277.079 Saldo inicial ...................................................................................................... 10.056 7.000 Intermediários financeiros ................. – 60 – 42 Constituições .................................................................................................... 16.977 2.507 Outros serviços ................................. – 4.268 – 3.024 Reversões ........................................................................................................ (5.830) (408) Total ................................................... 1.008.250 1.015.482 692.966 697.167 Créditos baixados para prejuízo ....................................................................... (3.057) (1.433) (b) Composição da carteira de crédito e arrendamento mercantil por faixa de vencimento das parcelas 2006 2005 Descrição Banco Consolidado Banco Consolidado Vencidas ............................................ 25.628 26.146 17.147 17.719 De 1 a 14 dias ................................. 3.128 3.172 891 900 Mais de 14 dias ............................... 22.500 22.974 16.256 16.819 A vencer ............................................ 982.622 989.336 675.819 679.448 De 0 a 30 dias ................................. 142.520 142.968 93.980 94.066 De 31 a 60 dias ............................... 139.953 140.399 112.073 112.328 De 61 a 90 dias ............................... 136.590 137.035 113.405 113.665 De 91 a 180 dias ............................. 88.344 89.162 63.330 63.827 De 181 a 360 dias ........................... 149.429 150.875 105.229 106.139 Mais de 360 dias ............................. 325.786 328.897 187.802 189.423 Total ................................................... 1.008.250 1.015.482 692.966 697.167 (c) Concentração do risco de crédito Banco Descrição 2006 2005 Principal devedor .................................................................................. 27.013 36.823 Percentual do total da carteira de operações de crédito - % ................ 2,68 5,31 20 maiores devedores ........................................................................... 194.323 166.931 Percentual do total da carteira de operações de crédito - % ................ 19,27 24,09 (d) Composição da carteira de operações de crédito e arrendamento mercantil e correspondente provisão para devedores duvidosos nos prazos e níveis de risco estabelecidos pela Resolução nº 2.682 em 30 de junho 2006 Banco Consolidado Total das Provisão Total das Provisão Nível de risco operações constituída operações constituída A .................................................... 935.300 4.676 942.112 4.710 B .................................................... 22.886 229 22.992 230 C .................................................... 25.625 769 25.697 771 D .................................................... 7.540 754 7.562 756 E .................................................... 4.470 1.341 4.470 1.341 F .................................................... 2.363 1.181 2.387 1.193 G ................................................... 2.901 2.031 2.901 2.031 H .................................................... 7.165 7.165 7.361 7.361 Total ............................................... 1.008.250 18.146 1.015.482 18.393
Saldo final ........................................................................................................ 18.146 7.666 No semestre findo em 30 de junho de 2006 foram recuperados créditos baixados para prejuízos, no montante de R$ 785 (2005 - R$ 502). 6. Imobilizado de arrendamento - consolidado operacional 2006 2005 Veículos e afins (taxa de depreciação - 20% a.a.) ........................................... 13.526 8.360 Superveniência de depreciação ....................................................................... 1.171 582 Depreciação acumulada .................................................................................. (4.344) (2.629) Total .................................................................................................................. 10.353 6.313 As operações de arrendamento têm cláusulas de opção de compra, de taxas de juros prefixadas ou pós-fixadas e de seguros dos bens objetos de arrendamento, a favor do arrendador. Os valores residuais de opção de compra antecipados pelos clientes, são de R$ 1.386 (2005 R$ 997), registrado em “Outras obrigações - diversas” no passivo circulante e R$ 1.829 (2005 - R$ 1.167), registrado em “Outras obrigações - diversas” no exigível a longo prazo. 7. Obrigações por empréstimos e repasses O saldo é composto por captações para as operações de “floor plan” no montante de R$ 46.530. O quadro a seguir resume os valores e condições contratuais: Valor Valor Receita/ referencial referencial (Despesa) dos dos Valor Encargos Variação Encargos Data do Data do contratos contratos contábil Juros Cambial dos início vencimento em R$ em US$ R$ R$ R$ contratos 02/06/2006 04/12/2006 49.231 21.400 46.530 (214) 2.915 5,9500%a.a + variação US$ Receita/(despesa) Ativo Receita semestre findo em (passivo) (despesa) 30 de junho de 2006 Operações ativas vinculadas ( 1 ) Financiamentos floor plan - SHC ................... 46.530 4.317 4.317 Banque PSA finance S.A. - Holanda ( 2 ) Empréstimos no exterior ................................. (46.530) 6.108 6.108 ( 1 ) Operações classificadas conforme circular nº 3.233 de 8 de abril de 2004. ( 2 ) Juros: (R$ 1.549) e variação cambial: R$ 7.657. 8. Outras obrigações - Diversas O saldo de outras obrigações - diversas é composto, principalmente, por saldo a pagar à montadora no montante de R$ 58.857 (2005 - R$ 48.937) relativo a operações de “floor plan” em 30 de junho de 2006 e 2005.
9. Transações com partes relacionadas 2006 2005 Banco (Passivo) (Despesa) (Passivo) (Despesa) PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A. Depósitos interfinanceiros .......................... (14.823) (1.162) (15.393) (1.995) Peugeot do Brasil Automóveis Ltda. Outras obrigações diversas (nota 8) .......... (58.857) – (48.937) – Despesas com ressarcimento .................... – (6) – (211) Banque PSA Finance S.A. - França Empréstimos no exterior ............................. – – (42.826) 2.868 Banque PSA Finance S.A. - Holanda Empréstimos no exterior ............................. (46.530) 6.108 (29.481) 534 As transações com partes relacionadas foram contratadas as taxas compatíveis com as praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações levando-se em consideração a redução de risco. 10. Patrimônio líquido O capital social do banco está dividido em 75.654 (2005 - 45.983) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. Aos acionistas está assegurado um dividendo anual mínimo de 25% do lucro deduzido de reserva legal. Em 15 de março de 2006, a Assembléia Geral Extraordinária deliberou o aumento de capital no valor de R$ 4.672, nesse ato foram subscritas e integralizadas 4.671 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. O aumento ainda não foi homologado pelo BACEN. 11. Imposto de renda e contribuição social Os créditos tributários são reconhecidos considerando a expectativa de geração de lucros tributáveis futuros, baseado em estudo técnico que considera as expectativas da administração quanto à realização dos referidos créditos, projeções orçamentárias da instituição e indicadores econômicos financeiros, a valores presentes com base em taxas médias de captação e/ou custo de capital para os períodos projetados. (a) Os encargos com imposto de renda e contribuição social incidentes sobre as operações do semestre são demonstrados a seguir: 2006 Banco Consolidado Resultado antes do imposto de renda e contribuição social .................... 9.585 11.072 Participações estatutárias nos lucros ........................................................ (13) (13) Base de cálculo ......................................................................................... 9.572 11.059 Total dos encargos .................................................................................... (3.242) (3.736) Imposto de renda à alíquota de 15% ........................................................ (1.436) (1.659) Imposto de renda adicional à alíquota de 10% (dedução de R$ 120 mil) (945) (1.082) Contribuição social à alíquota de 9% ........................................................ (861) (995) Acréscimos/decréscimos aos encargos de imposto de renda e contribuição social decorrentes de: (Adições) / exclusões permanentes ........................................................ (668) (668) Outras ..................................................................................................... 141 141 Total do encargo de imposto de renda e contribuição social devidos ...... (3.769) (4.263) 2005 Banco Consolidado 6.699 8.641 (220) (220) 6.479 8.421 (2.191) (2.839) (972) (1.263) (636) (818) (583) (758)
Resultado antes do imposto de renda e contribuição social .................... Participações estatutárias nos lucros ........................................................ Base de cálculo ......................................................................................... Total dos encargos .................................................................................... Imposto de renda à alíquota de 15% ........................................................ Imposto de renda adicional à alíquota de 10% (dedução de R$ 120 mil) Contribuição social à alíquota de 9% ........................................................ Acréscimos/decréscimos aos encargos de imposto de renda e contribuição social decorrentes de: (Adições) / exclusões permanentes ........................................................ Outras ..................................................................................................... Total do encargo de imposto de renda e contribuição social devidos ......
(68) (225) (2.484)
(68) (370) (3.277)
(b) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos
Provisão para créditos de liquidação duvidosa ............................................... Outros .................................................... Total dos créditos tributários ..................
Provisão para créditos de liquidação duvidosa ............................................... Outros .................................................... Total dos créditos tributários ..................
Saldo em 31/12/2005
Constituição
Reversão
Banco Saldo em 30/06/2006
5.119 1.438 6.557
5.773 2.793 8.566
(1.983) (2.489) (4.472)
8.909 1.742 10.651
Saldo em 31/12/2005
Constituição
5.184 1.455 6.639
5.835 2.827 8.662
Consolidado Saldo em Reversão 30/06/2006 (2.026) (2.523) (4.549)
8.993 1.759 10.752
(c) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias Banco
1 ano ................. 2 anos ............... 3 anos ............... Total ...................
Diferenças temporárias Imposto de renda Contribuição social 4.965 1.787 1.815 653 1.052 379 7.832 2.819
Total 6.752 2.468 1.431 10.651
Valor presente(*) 5.754 1.792 886 8.432
Consolidado Diferenças temporárias Imposto de renda Contribuição social Total Valor presente(*) 1 ano ................. 4.994 1.796 6.790 5.786 2 anos ............... 1.835 659 2.494 1.811 3 anos ............... 1.079 389 1.468 909 Total ................... 7.908 2.844 10.752 8.506 (*) O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação (16,21% a.a.). 12. Outras informações (a) Outras despesas administrativas Banco Consolidado 2006 2005 2006 2005 Serviços prestados - ABN Amro (Nota 1) .......... 2.930 2.504 3.237 2.808 Serviço técnico especializado ........................... 241 598 244 607 Processamento de dados ................................. 345 323 345 323 Publicações ....................................................... 205 125 238 177 Serviços do sistema financeiro .......................... 229 142 232 147 Serviços de terceiros ......................................... 92 64 95 64 Viagem .............................................................. 407 244 407 244 Promoções e relações públicas ........................ 1.769 825 1.769 825 Comunicações ................................................... 769 555 772 558 Despesas com cartório ...................................... 608 390 608 390 Depreciação e amortização ............................... 196 135 196 135 Outras despesas administrativas ...................... 418 307 429 319 Total ................................................................... 8.209 6.212 8.572 6.597
continua . . .
quarta-feira, 30 de agosto de 2006
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
1 O presidente da Toyota Mercosul, Shozo Hasebe, durante anúncio de investimentos de US$ 42 milhões no Brasil.
ASSEMBLÉIA DE TRABALHADORES E SINDICATO DECIDIU PELA PARALISAÇÃO POR TEMPO INDETERMINADO
VOLKS: METALÚRGICOS CRUZAM OS BRAÇOS
P
oucos minutos antes tuar cortes de benefícios e elida assembléia na qual minar 3,6 mil postos até 2008. decidiriam entrar em Sem acordo, advertiu a montagreve a partir da tarde dora, a fábrica não receberá node ontem, metalúrgicos da vos investimentos, o que deve Volkswagen em São Bernardo levar ao seu fechamento. Os demitidos receberão apedo Campo receberam da empresa 1,8 mil cartas de demis- nas os direitos previstos na lei, são. "A Volkswagen resolveu sem incentivos extras, conforcomprar a briga com os seus me oferecido em acordos antetrabalhadores, e ela será uma riores. Estava prevista para a luta dura", afirmou o presiden- manhã de hoje uma nova aste do Sindicato dos Metalúrgi- sembléia para determinar a escos do ABC, José Lopez Feijoó, tratégia de paralisação. BNDES – Ao contrário do após a assembléia. Segundo ele, a greve será feita na fábrica que havia sido divulgado pelo e os rumos do movimento se- Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social rão decididos no dia-a-dia. As cartas de demissão, com a (BNDES), o contrato de emlogomarca da Volks e assina- préstimo de R$ 497,1 milhões das apenas pelo departamento entre o banco e a Volkswagen de Recursos Humanos, anun- do Brasil já teria sido assinado. ciavam a dispensa dos funcio- Em 18 de abril, a diretoria do nários após o fim do acordo de banco aprovou o financiamenestabilidade, em 21 de novem- to, destinado à expansão da bro. Elas foram entregues em produção de veículos Fox e mãos, o que atrasou o início da CrossFox. O contrato foi assiassembléia em quase uma ho- nado dias depois. Em maio, a montadora cora. Quando a reunião começou, alguns trabalhadores se meçou a anunciar o plano de mostravam revoltados, outros reestruturação, que previa demissões em massa e deixou o abatidos, e alguns confusos. "Assim não dá mais vonta- banco estatal numa saia justa. de de trabalhar aqui", di- O BNDES dá preferência à analise de prozia Cláudio da Caio Gualelli/Folha Imagem jetos que criem Conceição empregos e Cruz, 39 anos, contribuam pa17 deles na ra o desenvolVolks. Mesmo vimento induscom a postura trial. Mesmo quase de desisassim, seguntência, ainda do o ex-presipretendia votar dente do banco a favor da paraCarlos Lessa lisação e continão há cláusula nuar na luta. específica nos Com os olhos acordos com as marejados, montadoras Wanderley Cuque vinculem a pertino da Silliberação de reva, 45 anos de Em greve desde ontem cursos ao comidade e 12 de Volks, parecia mais preocupa- promisso de manutenção dos do com um problema que en- empregos. "Se o BNDES não quer confrentaria depois da assemceder o dinheiro, está no seu bléia: a família. Conforme a montadora, 500 direito soberano. Mas, se já asdos operários que receberam sinou o contrato, legalmente as cartas estão no Centro de não pode interromper sua exeFormação e Estudos (CFE), o cução. O máximo que poderá centro de recapacitação de fazer é não renovar a linha com funcionários para o mercado a Volks", disse Lessa. O dinheiro aprovado pelo de trabalho, e 1,3 mil atuam na fábrica Anchieta. A unidade, BNDES seria destinado à meprimeira da Volks no Brasil, lhora no processo de produção tem 12 mil funcionários, dos das fábricas da Anchieta, de quais 8 mil ligados à fábrica e o Taubaté, São Carlos e São Bernardo do Campo, todas no Esrestante à administração. A Volks havia avisado na se- tado de São Paulo, e São José mana passada que faria a lista, dos Pinhais (PR). Correspondia caso não chegasse a um acordo a 54% do investimento total de com os metalúrgicos para efe- R$ 920,9 milhões. (Agências)
Maurício Lima/AFP
Caio Gualelli/Folha Imagem
Pouco antes de os trabalhadores decidirem pela paralisação por tempo indeterminado, 1,8 mil metalúrgicos receberam a carta timbrada da Volkswagen comunicando a demissão a partir do dia 21 de novembro (acima)
Toyota vai investir US$ 42 milhões m contraste com a ameaça da Volkswagen de fechar a fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, por causa da baixa produtividade local, a Toyota anuncia investimentos em sua unidade industrial naquele mesmo município para exportar peças para os Estados Unidos. A subsidiária brasileira concorreu até mesmo com unidades norte-americanas e ganhou a quebra-debraço pelo seu custo competitivo e qualidade técnica. Serão aplicados US$ 42 milhões em novas linhas de produção de virabrequins e bielas, a serem inauguradas, respectivamente, em novembro de 2008 e maio de 2009. Serão gerados 90 empregos diretos. "Aparentemente estamos
E
diante de um paradoxo", admitiu o diretor de Recursos Humanos da Toyota, Persival Maiante, ao ser questionado sob a ameaça da Volkswagen de abandonar São Bernardo. "Mas, sob o ponto de vista da corporação, a nossa fábrica ganhou em custo e qualidade." O presidente da Toyota Mercosul, Shozo Hasebe, afirmou que o Brasil será uma futura base exportadora para as Américas. O executivo participou ontem de cerimônia inaugural da nova forjaria de São Bernardo do Campo, durante a qual plantou uma árvore e descerrou placa comemorativa. Embarques – Com a expansão da forjaria de São Bernardo do Campo, a empresa vai embarcar diariamente, para os Estados Unidos, 75 tonela-
260 metros com 3 wc e copa cozinha no 2º andar. Escritura registrada direto c/ proprietário. R. Barão de Itapetininga, 151 Centro - São Paulo-SP Tel.: (11) 3120-3688 - c/ José Augusto
das de virabrequins e bielas. Essas peças serão utilizadas nos motores das linhas Camry e Corolla. Atualmente, são produzidas no local peças para as linhas de picapes e utilitários Hilux, cujas produções funcionam na Argentina. "A Toyota do Brasil está se tornando uma das companhias mais importantes do Grupo Toyota. O potencial dessa região é extremamente alto porque existem boas indústrias de apoio e os trabalhadores são bem treinados. Por isso, nossa matriz no Japão deposita muita confiança no Brasil e em nós. Essas são algumas das razões pelas quais fomos escolhidos para participar desse projeto", explicou Hasebe. Com a expansão, a forjaria de São Bernardo do Campo
passará a ter uma área de 4,4 mil metros quadrados, 2 mil a mais do que o projeto original. A nova fábrica ainda ganhará uma tecnologia muito avançada. As linhas de produção serão totalmente integradas, mais compactas, e produzirão 1,17 milhão de peças por ano, dos quais 470 mil virabrequins e 700 mil bielas. Vendas locais – Com a expectativa de vender 70 mil veículos no Brasil neste ano, a Toyota já se posiciona como a 6ª maior montadora do País. A marca japonesa tem atualmente 3,4% de participação. No primeiro semestre deste ano, a empresa registrou crescimento de 11%, totalizando 29.202 veículos, contra 26.228 no mesmo período do ano passado. Alzira Rodrigues
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4
Imad al-Khozai/Reuters
quarta-feira, 30 de agosto de 2006
Internacional
Esta grande cidade se erguerá de novo George W. Bush, sobre a tragédia em Nova Orleans com o Katrina
Ernesto leva chuvas e ventos fortes para a Flórida Ó RBITA
A
tormenta tropical Ernesto, que não se transformou em furacão após deixar Cuba, chegou ontem à Flórida, nos Estados Unidos, levando fortes chuvas e perigo de inundações. Já a tempestade John se transformou em furacão no litoral do Pacífico mexicano. O Centro Nacional de Furacões (CNF) informou que Ernesto começou a produzir temporais sobre o sul da Flórida similares aos provocados pelo furacão Katrina sobre Nova Orleans, em 2005. A tempestade tropical avançava ontem com ventos de 75 km/h. "Ela está se movendo para o noroeste, muito próximo de Cayos", dizia um boletim do CNF. Embora não tenha ganho muita força após sair de Cuba e do Haiti, onde deixou dois mortos, técnicos do CNF garantiram que poderá haver certo fortalecimento da tormenta antes que Ernesto avance sobre o Estado. Ainda assim o governador Jeb Bush manteve o estado de emergência e advertiu os moradores para que observem os boletins meteorológicos. Alerta – Algumas escolas chegaram a fechar e muitos postos de gasolina ficaram sem combustível devido à procura de motoristas, que trataram de abandonar a região com suas famílias. Os portos de Miami e outras áreas vizinhas também fecharam, e, em alguns aeroportos, os vôos foram cancelados, por segurança. Muitos moradores de Nova Orleans (na Louisiana), onde, em 2005, o furacão Katrina deixou pelo menos 1,8 mil mortos, continuam assustados com a hipótese de que os diques da cidade não suportem a ação de um novo furacão. Meteorologistas afirmam que o furacão John deve alcançar nas próximas horas os estado mexicanos de Oaxaca e Colima, passando pela cidade turística de Acapulco e afetando a navegação. O John poderá chegar com ventos de até 195 km/h e passar à categoria 2 na escala Saffir-Simpson, que vai de 1 a 5. (AE)
TURQUIA: "INFERNO" grupo radical curdo Falcões da Liberdade do O Curdistão assumiu ontem a
Uma explosão matou 27 pessoas que estavam perto de um oleoduto, nos arredores da cidade de Diwaniya, a 130 quilômetros ao sul de Bagdá
Violência no Iraque deixa 73 mortos
responsabilidade pelo atentado a bomba que matou, na segunda-feira, três pessoas no popular balneário de Antalya e prometeu "transformar a Turquia num inferno". O grupo explicou em seu site na internet que seu objetivo é prejudicar a indústria turística turca e adiantou que "o medo da morte vai reinar em toda a Turquia". Na segunda-feira, o grupo já havia reivindicado a responsabilidade pelo ataque no domingo contra um ônibus que feriu 10 britânicos e 11 turcos em Marmaris, outro balneário do Mediterrâneo. No ano passado, 21 milhões de turistas visitaram a Turquia, deixando no país US$ 18 bilhões. (AE)
Bazuki Muhammad/Reuters
Ontem, um acordo entre o governo e milicianos xiitas leais a um poderoso clérigo local pôs fim ao conflito
P
elo menos 73 pessoas morreram em combates entre soldados do governo iraquiano e milicianos xiitas na cidade de Diwaniya, no sul país, segundo informações vindas ontem do gabinete do primeiro-ministro. O número é quase o dobro do reconhecido anteriormente. Inicialmente, as autoridades haviam contabilizado a morte de 40 pessoas durante os embates violentos. Ontem, um acordo entre o governo e os xiitas leais a um poderoso clérigo local pôs fim aos conflitos na cidade. Em Bagdá, apesar de sinais promissores de que a violência sectária estaria cedendo, 27 mortos foram encontrados em vários pontos da cidade. De acordo com autoridades, há sinais de que as pessoas foram torturadas
antes de serem assassinadas. Mesmo assim, segundo o porta-voz militar americano, William B. Caldwell, o número total de assassinatos sectários em Bagdá caiu 46% de julho a agosto. "Em agosto, graças a Deus, o número de mortos caiu consideravelmente", comemorou o vice-ministro da Saúde Sabah al-Husseini, sem apresentar cifras. Militares americanos atribuem a queda na violência sectária a uma operação lançada em 7 de agosto. Cerca de oito mil tropas americanas e três mil soldados iraquianos foram enviados a Bagdá para realizar buscas sistemáticas a casas e patrulhas de rua. Operações similares no passado ajudaram a reduzir a violência por um período limitado de tempo, mas com a saída das tropas o número de
Behrouz Mehri/AFP
distribuído pelos militares do EUA afirma que quatro soldados e um fuzileiro americanos morreram no Iraque: dois em combates na província de Anbar, um após ter sido atingido pela explosão de uma bomba em Bagdá e dois por causas não relacionadas à guerra. Os choques em Diwaniyah começaram depois que forças iraquianas de segurança iniciaram uma ofensiva contra bastiões xiitas do clérigo radical antiamericano Muqtada al-Sadr. Pelo menos 27 pessoas morreram na explosão de um oleoduto nos arredores da cidade de Diwaniya, capital da província de Qadisiya, 130 quilômetros ao sul de Bagdá. A explosão ocorreu quando diversas pessoas se reuniam em volta do oleoduto para roubar combustível. (AE)
Zohra Bensemra/AFP
CHÁVEZ VAI À SÍRIA parentemente A empenhado em visitar o maior número possível de
países considerados "renegados" pelos Estados Unidos, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, chegou ontem à Síria, onde se reunirá, nesta quarta-feira, com seu colega Bachar Assad. Além dos laços estreitos com Cuba, Hugo Chávez visitou, neste ano, países como o Irã e a Líbia. Esteve também, na semana passada, na China e, há pouco mais de um mês, viajou até a Rússia. O presidente venezuelano busca o apoio desses países à candidatura da Venezuela a uma vaga não permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, cadeira que disputa com a Guatemala, apoiada pelo governo dos EUA. (AE)
RAÚL NO PODER um de seus primeiros N atos oficiais e públicos desde que assumiu a
Ahmadinejad: um debate para discutir questões mundiais e as maneiras de resolvê-las
Líder do Irã O chama Bush para debate Mahmoud Ahmadinejad quer discutir, na tevê, sobre suas operações de enriquecimento de urânio. Em Israel, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, tenta um acordo entre o Líbano e o Hezbollah.
mortos voltava a subir. Em Diwaniya, os confrontos começaram na noite de domingo e se estenderam até a madrugada de segunda-feira. "A polícia nacional do Iraque e o Exército se enfrentaram com pistoleiros e mataram 50 deles, mas esses lamentáveis atos resultaram no martírio de 23 soldados iraquianos", disse um comunicado oficial emitido pelo primeiroministro Nuri al-Maliki em seu papel de comandantegeral das Forças Armadas iraquianas. "As forças militares iraquianas conseguiram controlar a situação em Diwaniya e restabelecer a paz na cidade, que foi testemunha de atos deploráveis perpetrados por elementos descontrolados", diz a nota. Ontem, um comunicado
Annan: Israel deve levantar o bloqueio para que o Líbano recupere suas atividades
presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, propôs ontem um debate televisionado entre ele e o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush. "Sugiro um debate ao vivo para discutir questões mundiais e as maneiras para resolver esses assuntos", desafiou o líder iraniano. Ahmadinejad não comentou diretamente a aproximação da data-limite fixada pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), formado pelos Estados Unidos, pela Alemanha, China, Grã-Bretanha, França e Rússia, para que o Irã suspenda suas atividades de enriquecimento de urânio ou fique sujeito a possíveis sanções políti-
cas e econômicas. Mas ele salientou que ninguém pode impedir Teerã de desenvolver um programa nuclear com fins pacíficos e criticou a composição do Conselho. "Os Estados Unidos e a GrãBretanha são a fonte de muitas tensões. No Conselho de Segurança, onde eles teriam de zelar pela segurança do planeta, eles gozam de poder de veto", queixou-se Ahmadinejad durante entrevista coletiva concedida em Teerã. Teerã considera ilegal o prazo de 31 de agosto, fixado pelo Conselho no fim de julho, e rejeita a suspensão imediata dessas atividades. "O uso de energia nuclear para fins pacíficos é um direito da nação iraniana, que escolheu esse caminho.
Ninguém poderá evitar", disse Ahmadinejad. Kofi Annan – Enquanto Ahmadinejad chamava Bush para um debate, em Israel o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, tentava resolver as diferenças entre Israel e o grupo libanês Hezbollah. Ontem, após uma reunião com o ministro da Defesa israelense, Amir Peretz, Annan pediu que Israel levante o bloqueio marítimo e aéreo imposto ao Líbano "assim que possível, para que o país recupere suas atividades comerciais e reconstrua sua economia". Amir Peretz respondeu que Israel espera levantar o bloqueio em breve, mas não especificou quando isso acontecerá. (AE)
presidência interina de Cuba, há quase um mês, Raúl Castro recebeu em Havana uma delegação de funcionários da Síria. Durante a cerimônia, ele informou aos visitantes que o estado de saúde de seu irmão, Fidel Castro, evolui de forma "satisfatória e gradual", segundo informou, na edição de ontem, o jornal estatal Granma. "Raúl confirmou que nosso país está pronto para a celebração da próxima reunião de cúpula (dos países não-alinhados)", acrescentou o Granma. O encontro dos não-alinhados está marcado para se realizar entre os dias 15 e 16 de setembro. De acordo com diplomatas estrangeiros baseados na capital cubana, Havana, dificilmente Fidel Castro fará uma aparição durante a reunião de cúpula, apesar dos esparsos, mas otimistas, relatos de funcionários do governo sobre sua recuperação. (AE)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
10
quarta-feira, 30 de agosto de 2006
Estava na hora de incluir uma ação social do grupo com mais visibilidade Rodrigo Lacerda, diretor de marketing corporativo do Carrefour
O MARKETING DA AJUDA Fornecedores e supermercado Carrefour contra o câncer de mama. O cliente só precisa comprar.
Divulgação
"Q
uem compra ajuda" é o slogan que o Grupo Carrefour escolheu para a sua primeira campan h a d e r e spo ns abi li dade social vinculada diretamente a uma instituição. A entidade escolhida é o Instituto Brasileiro de Combate ao Câncer (IB CC), com sede na capital paulista. Durante o mês de setembro, a renda obtida com a venda de mais de cinco mil produtos será revertida para financiar suas atividades. A expectativa é de arrecadar R$ 600 mil na campanha batizada
"Carrefour e você contra o câncer de mama". Cerca de 350 fornecedores da rede de hipermercados participarão da campanha. Em todas as 136 lojas do Carrefour espalhadas em 13 estados do País e no Distrito Federal, seus produtos serão sinalizados nas prateleiras para estimular a participação dos consumidores. Marcas como Coca Cola, Nestlé, AmBev, Sadia, Perdigão, Unilever, L'Oreal, Pirelli, Philips, Eletrolux, Hope e Lupo, entre outras, terão o sinal de que parte da renda obtida com a venda de seus produtos será destinada ao IBCC. Durante a entrevista coletiva de lançamento da campanha, na última quinta-feira, Rodrigo Lacerda, diretor de marketing corporativo do Carrefour, explicou que a decisão de ligar o nome da empresa a uma instituição específica ocorreu porque "estava na hora de incluir uma ação social do grupo com mais visibilidade". Ele lembrou que existem ações desenvolvidas pela rede em todo o País, principalmen-
te voltadas para as comunidades do entorno das lojas. Atualmente, o grupo desenvolve diversos projetos de responsabilidade social em todo o País (veja matéria abaixo). A escolha do IBCC, nas palavras de Lacerda, une os objetivos de ação social do Grupo ao trabalho de conscientização e de disseminação de informações sobre a prevenção contra o câncer e o tratamento da doença que a entidade desenvolve. Ele acredita que a campanha será bem-sucedida porque cerca de 355 parceiros da rede já aderiram a ela. "Além disso, o Carrefour conta com 45 mil funcionários que se tornarão multiplicadores da campanha", explicou. Palestras – Além de encaminhar a renda obtida com a venda dos produtos para o IBCC, a rede Carrefour levará médicos e técnicos do Instituto às lojas. Nelas, estes profissionais realizarão palestras de esclarecimeto sobre a detecção precoce e o controle do câncer. Para os representantes do Carrefour, estas duas ações
combinadas contribuirão para diminuir os números assombrosos sobre a doença. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, a expectativa é de que serão registrados 472.050 novos casos da doença no Brasil neste ano. Deste total, 48.930 serão de mama. Estratégias – Para divulgar as ações do IBCC, o Carrefour aumentou em 40% a verba destinada à campanha publicitária da rede em setembro para não apenas atrair o consumidor para dentro das lojas e participar da iniciativa como transformá-lo em um divulgador da importância da prevenção da doença. Três comerciais começarão a ser divulgados a partir de amanhã (31) na televisão com a mensagem "Comprou, ajudou". Eles serão protagonizados pela apresentadora Ana Maria Braga e pela atriz Juliana Knust. Esta última reforçará a importância da prevenção entre os jovens devido à grande incidência de casos de câncer nessa faixa de idade. Paula Cunha As peças da campanha destinada a ajudar o Instituto Brasileiro de Combate ao Câncer (IBCC): o peso de artistas como Ana Maria Braga e Juliana Knust ajuda a vender mais. No final de setembro, o resultado será revertido para a entidade. Espera-se arrecadar R$ 600 mil.
Um olhar para os vizinhos das lojas
ções de inclusão social já são tradição no Grupo Carrefour. A rede de supermercados optou, desde o início de suas atividades no Brasil, em 1975, pelas iniciativas que atendessem as comunidades do entorno das lojas. Em 2004 e em 2005, foram destinados R$ 5,8 milhões aos projetos de inclusão social. Neste ano, R$ 2,9 milhões. Seus principais programas estimulam o voluntariado, tanto dos funcionários quanto
A
da população. O Projeto Voluntário Carrefour, por exemplo, é desenvolvido em 60 unidades da rede e conta com 1,3 mil voluntários. Eles atuam em instituições, trabalhando diretamente com sete mil crianças e outros públicos. Recebem suporte da empresa para desenvolver as ações. Educação – Neste campo, existem os projetos Aula de Cidadania e Fornecedores do Saber. O primeiro é composto de 157 salas de alfabetização em
comunidades próximas às lojas. Mais de 4,5 mil pessoas já foram alfabetizadas e o grupo pretende inaugurar novas salas neste ano. O segundo incentiva os 16 mil fornecedores da rede a implementarem programas de alfabetização e de incentivo à leitura para seus funcionários e parentes. A rede é responsável pela capacitação dos alfabetizadores. Para auxiliar jovens em idade de vestibular, a Fundação patrocina a entrada e a perma-
É GRÁTIS Alunos das Faculdades Radial desenvolvem sites gratuitos para ONGs
MENOS ESPERA
A
Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) lançou a campanha Redução de Fila de Espera. Estimula as empresas a deduzir 1% do imposto de renda, e as pessoas físicas (até 6%), e encaminhar os valores à entidade. O objetivo é reduzir a espera de crianças e adolescentes por cirurgias, tratamentos e aquisição de aparelhos ortopédicos e cadeiras de rodas em todas as unidades no País. Em 2005, a AACD realizou 5.863 cirurgias e forneceu 59.096 aparelhos ortopédicos. Cerca de 95% dos atendimentos são gratuitos.
SANTA CASA
A
Santa Casa de São José dos Campos é a primeira entidade do gênero a conquistar a Acreditação Hospitalar. É um título concedido a instituições que seguem normas rígidas de qualidade, segurança, capacitação profissional e atendimento. Equivale ao ISO 9000 concedido às indústrias. A entrega do título acontece hoje em São José dos Campos.
2,9
Ó RBITA
EDUCACIONAL
A
nência de 100 adolescentes da comemora o Dia Mundial do favela da Maré, no Rio de Ja- Meio Ambiente e distribui cartilhas de eduneiro, no Curc a ç ã o a mso Pré Vestibiental. Nos bular Comuúltimos dois nitário da Maanos, distriré. O objetivo buíram 120 é prepará-los milhões de reais mil exemplapara exames res em esconas principais para inclusão social las públicas. u n i v e r s i d asó neste ano Ainda nesdes públicas. ta área, a FunM e i o a mbiente – No campo da ecolo- dação Internacional Carrefour gia, a rede tem o Projeto Verde: doou 240 mil euros para a cons-
DPaschoal e a Fundação Educar lançaram ação para colaborar com os projetos educacionais do Instituto Ayrton Senna. Até 31 de outubro, em qualquer compra nas lojas de serviços automotivos da rede, o cliente adquire, por mais R$ 9,90, o kit Educar Numa Boa: estojo escolar e livro sobre educação escrito pela equipe da Fundação Educar DPaschoal. O volume, "A Gincana da Escola", conta a história dos personagens Senninha e Beto Brasil. A arrecadação será encaminhada ao Instituto Ayrton Senna.
trução da sede da organização não governamental Reciclar, na favela do Jaguaré, na capital paulista. Aí, adolescentes de 16 a 19 anos aprendem técnicas de reciclagem de papel para confecção de diversos objetos. Cultura – Shows musicais a preços acessíveis são a principal atividade do Carrefour Music Fest. Com a renda obtida com a apresentação de artistas já consagrados, a rede toca projetos culturais para crianças e jovens carentes. (PC)
COMO FAZER As entidades interessadas devem ligar para (11) 5523-3023 r.243 (Camila)
CURSO A DISTÂNCIA VOZ ÀS CRIANÇAS
O
Centro Internacional de Formação da Organização Internacional do Trabalho (CIF-OIT), órgão da ONU, abriu inscrições para cursos a distância de especialização em desenvolvimento local. Serão ministrados entre novembro de 2006 e novembro de 2007, em português, espanhol ou inglês. Podem participar profissionais de instituições públicas ou privadas, e o programa ainda oferece bolsas parciais e totais. As inscrições estão abertas até 2 de outubro. http://learning.itcilo.org/ delnet/pg/index.htm.
E
stá chegando ao Brasil a Child Helpline, rede internacional de assistência a crianças e adolescentes por telefone. Desenvolvida no país pelo Instituto Noos (pesquisas e desenvolvimento de redes sociais), a Child Helpline serve como recurso ao qual crianças podem recorrer quando enfrentarem problemas como abuso sexual, HIV/Aids, drogas, maus tratos, suicídio etc. O centro de atendimento da Helpline deve ter início a partir do início de 2007. Mais informações: (21) 2579-2357.
AMAZÔNIA
O
governo brasileiro não tem feito o suficiente para evitar o desmatamento da Amazônia. Por isso, o País corre sério risco de sofrer conseqüências devastadoras para o meio ambiente em futuro próximo. É o que diz o relatório "Mudança de clima, mudança de vidas", do Greenpeace, que explica o aquecimento global e diz que o Brasil precisa começar a dar mais apoio à preservação da maior floresta tropical do planeta do que ao agronegócio. A íntegra do relatório está em www.greenpeace.org.br.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
2 -.ECONOMIA/LEGAIS
CONVOCAÇÃO
Securinvest Holdings S.A. CNPJ Nº 03.839.026/0001-16 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Srs. Acionistas: Submetemos à apreciação de V.Sas., as Demonstrações Financeiras relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e 2004 Balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2005 e 2004 - (Em milhares de reais) 2005 2004 2005 2004 Ativo Contro- Conso- Contro- ConsoPassivo Contro- Conso- Contro- Consoladora lidado ladora lidado ladora lidado ladora lidado Circulante Circulante Disponibilidades 26 40 144 546 Fornecedores 15 15 Aplicações financeiras Financiamentos 117.638 117.638 210.429 210.429 Clientes 1.309 1.602 581 984 Impostos a recolher 201 208 198 255 Impostos a recuperar 1.837 1.863 1.835 1.837 Salários e encargos sociais 8 8 8 10 Arrendamentos e alug. a receber 101 101 513 513 Arrendamentos e aluguéis a pagar 893 893 1.737 1.737 Outras contas a receber 99 99 Empresa ligada 68 3.372 3.704 3.073 3.881 Provisão para perdas em investimentos Contas a pagar 35 488 2.949 3.688 Realizável a longo prazo 118.790 119.250 215.321 216.187 Títulos e valores mobiliários 9.660 10.622 11.309 11.566 Exigível a longo prazo Sociedades ligadas 635 468 Resultado de exercícios futuros 207 131 Arrendamentos e alug. a receber 121.034 121.034 119.269 119.269 Financiamentos 46.814 46.814 106.176 106.176 Depósitos e cauções 675 675 675 675 Antecipação de opções de compra 132.004 132.331 131.721 131.510 Debêntures 46.814 47.021 106.176 106.307 Resultado de exercícios futuros Permanente Arrendamentos e aluguéis a pagar 2.512 2.512 3.399 3.399 Investimentos em controladas 1.503 49 86.164 49 Patrimônio líquido Imobilizado 13.789 15.251 67.832 154.347 Capital social 1.833 1.833 1.833 1.833 Diferido (13.021) (13.021) 8.373 8.373 Prejuízos acumulados (32.302) (32.302) (29.566) (29.566) 2.271 2.279 162.369 162.769 (30.469) (30.469) (27.733) (27.733) 137.647 138.314 297.163 298.160 137.647 138.314 297.163 298.160 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras Demonstração das mutações do patrimônio líquido 4 Investimentos Vulte e Cia. (Em milhares de reais) Faz. Sapucaí Securitiz. Turvo Capital Prejuízos Empreend. de Créditos Partic. social acumulados Total Ltda. Financeiros S.A. Total Em 31 de dezembro de 2003 1.833 (5.507) (3.674) Em 31/12/2004 58 57 (2.334) (2.219) Ajustes de exercícios anteriores 2.354 2.354 Aj. de exerc. anteriores 2.304 2.304 Prejuízo do exercício (26.413) (26.413) Subscrições de capital 900 1.450 85.000 87.350 Em 31 de dezembro de 2004 1.833 (29.566) (27.733) Transf. para o circ. Ajustes de exercícios anteriores 19.615 19.615 - Adiantamento para futuro Prejuízo do exercício (22.351) (22.351) aumento de capital (400) (400) Em 31 de dezembro de 2005 1.833 (32.302) (30.469) Equiv. patrimonial (182) (615) (74) (871) Em 31/12/2005 376 892 84.896 86.164 Notas Explicativas às demonstrações financeiras dos exercícios Redução de capital (77.730) (77.730) findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 - (Em milhares de reais) Equiv. patrimonial (138) 310 (7.103) (6.931) 1 Contexto operacional - A companhia tem por objeto a participação em 238 1.202 63 1.503 empresas, na qualidade de quotista ou acionista, como empresa holding, Por deliberação de AGE datada de 30 de setembro de 2004, foi alterada a e a administração de seus ativos ou de terceiros, podendo, para tanto, dentre outros, alugar, sublocar, arrendar, ceder, enfim, realizar todos os denominação e o objeto social da Midiacred Participações S.A, assim como atos necessários e de interesse da Companhia, para o bom e fiel exercício outras providências de interesse dos acionistas e quotistas, passando a de suas atividades, assim como prestar serviços compatíveis com suas vigorar, a partir desta data, com a razão social de Fazenda Sapucaí Ematividades. A companhia tem por objeto social, ainda, a aquisição e preendimentos S.A. Em 01 de outubro de 2004, através do deliberado em securitização de títulos e créditos de toda natureza. 2 Principais práticas AGE, foi novamente alterada sua razão social para Fazenda Sapucaí Emcontábeis - (a) Apresentação e elaboração das demonstrações finan- preendimentos Ltda., alterando também sua natureza jurídica, e preserceiras - As práticas contábeis adotadas para a contabilização das opera- vando todas as demais decisões tomadas em Assembléias anteriores. 5 ções e para a elaboração das demonstrações financeiras emanam da Lei Imobilizado Taxa anual Depreciação das Sociedades por Ações. (b) Apuração do resultado - O resultado é de depreciação Custo Acumulada Líquido Líquido apurado pelo regime de competência. (c) Ativo circulante e realizável a Porcentagem 2005 2004 longo prazo - As contas a receber estão sendo apresentadas no valor de 4 7.218 (1.588) 5.630 43.434 realização, incluindo, quando aplicável, rendimentos e variações monetári- Edificações Máq. e equipamentos 10 808 (180) 628 708 as auferidas e provisão para créditos de liquidação duvidosa. (d) Perma50 49 (31) 18 43 nente - Demonstrado ao custo, combinado com os aspectos a seguir: Par- Benfeitorias 10 6.020 (1.853) 4.167 4.766 ticipação em sociedades controladas, avaliadas pelo método de equiva- Móveis e utensílios Comput. e periféricos 20 80 (43) 37 53 lência patrimonial (Nota 4). Depreciação do imobilizado, calculada pelo 10 19 (5) 14 16 método linear, às taxas mencionadas na Nota 5. (e) Passivo circulante e Outros 14.194 (3.700) 10.494 49.020 exigível a longo prazo - Estão demonstrados pelos valores conhecidos 3.295 3.295 18.812 ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encar- Terrenos 17.489 (3.700) 13.789 67.832 gos e variações monetárias incorridos. (f) Resultado de exercícios futu6 Diferido Refere-se ao diferimento de encargos financeiros (variação ros - Representa receitas a apropriar de contratos de arrendamento e aluguel dos bens do Ativo Imobilizado. 3 Clientes - Compõe dos créditos a monetária passiva) relativos aos exercícios de 2005 e 2004, sobre captação de recursos no exterior, nos termos da Instrução Normativa SRF nº receber referentes aos contratos de arrendamentos e aluguel dos Bens do 247 de 21/11/2002 e Deliberações da CVM nº 404 de 27/09/2001 e nº 409 Ativo Imobilizado. de 01/11/2001. 7 Empréstimos e financiamento Representativo de cap2005 2004 tação de recursos no exterior, sendo a menor taxa de 3% a.a. e a maior de ControConsoControConso7% a.a., acima da variação cambial, com vencimento final em junho de ladora lidado ladora lidado Curto prazo 1.309 1.602 581 984 2007, e captações no país, em moeda nacional, com juros de 6% a.a., mais variação do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), vincendo Longo prazo 121.034 121.034 119.269 119.269 em fevereiro de 2012. 8 Patrimônio líquido - O capital social é composto 122.343 122.636 119.850 120.253 por 1.833.000 (2004 - 1.833.000) ações, todas nominativas e sem valor Carlos Masetti Junior - Presidente Francisco Bosque Neto - Diretor Amélia de Oliveira Neves - Diretora
quarta-feira, 30 de agosto de 2006
Demonstração de resultado dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 - (Em milhares de reais) 2005 2004 Contro- Conso- Contro- Consoladora lidado ladora lidado Rec. de vendas e serv. prest. 1.026 3.345 9.244 11.332 (-) I. sobre vendas e serviços (47) (121) (430) (485) Receita líquida 979 3.224 8.814 10.848 Custo das mercadorias/serviços prestados/vendidos (3.586) (3.586) (4.835) (4.835) Prejuízo bruto (2.607) (362) 3.979 6.013 Receitas (desp.) operacionais Pessoal (145) (206) (149) (215) Gerais e administrativas (1.902) (9.034) (2.279) (2.526) Tributárias (1.779) (2.341) (3.153) (3.208) Despesas financeiras, líquidas (20.864) (36.116) 13.997 13.020 Depreciação Equivalência patrimonial (6.931) (871) Outras despesas operacionais (757) (21.521) (23.080) (31.621) (48.454) (13.976) (16.009) Prejuízo operacional (34.228) (48.816) (9.997) (9.997) Despesas não operac., líquidas 11.877 26.530 (15.844) (15.844) Resultado antes do I.R. e da contrib. soc. (22.351) (22.286) (25.841) (25.841) Imposto de renda (42) (418) (418) Contribuição social (24) (154) (154) Prejuízo líquido do exercício (22.351) (22.351) (26.413) (26.413) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras Demonstração das origens e aplicações de recursos dos exercicios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 - (Em milhares de reais) 2005 2004 Contro- Conso- Contro- ConsoOrigens dos recursos ladora lidado ladora lidado De terceiros Redução dos Investimentos 77.730 Redução do Imobilizado 58.863 143.812 Redução do diferido 15.460 15.460 17.853 17.853 Total das origens de recursos 152.053 159.272 17.853 17.853 Aplicações de recursos Prejuízo do período 22.351 22.351 26.413 26.413 Desp. que não afetam o cap. circ. Depreciação 4.820 4.716 (4.835) (4.862) Amortização do Diferido (5.934) (5.934) Equivalência patrimonial (6.931) (3.321) Ajuste de exercícios anteriores (19.615) (19.615) (2.354) (2.354) (5.309) 1.518 15.903 19.197 Redução de resul. de exerc. futuros 887 887 1.387 1.387 Redução do exigível a longo prazo 59.362 59.286 116.321 116.190 No relizável a longo prazo 283 821 120.957 120.862 No ativo permanente Investimentos 89.254 49 Imobilizado 696 69.176 55.223 62.512 344.518 326.861 Aumento (redução) do cap. circ. 96.830 96.760 (326.665) (309.008) Variação no capital circulante Ativo circulante No início do exercício 3.073 3.881 202.371 182.206 No fim do exercício 3.372 3.704 3.073 3.881 299 (177) (199.298) (178.325) Passivo circulante No início do exercício 215.321 216.187 87.954 85.504 No fim do exercício 118.790 119.250 215.321 216.187 (96.531) (96.937) 127.367 130.683 Aumento (redução) do cap. circ. 96.830 96.760 (326.665) (309.008) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras nominal. 9 Instrumentos financeiros - Em 31 de dezembro de 2004 haviam operações em aberto, envolvendo instrumentos financeiros derivativos, com a seguinte composição: Em 31 de dezembro de 2004 Securinvest Holdings S.A. Mercado Valor SWAP Dólar + 7,19% 100% CDI US$ 12.500.000,00 SWAP Dólar + 7,25% 100% CDI US$ 27.500.000,00 (1) (1) Valor futuro do contrato da BM&F (Bolsa de Mercadoria e Futuros) Em 31/12/2005 - Não havia Instrumentos Financeiros derivativos. Helcio Luiz de Arruda - Contador CRC 1SP 115995/O-6
COMUNICADO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS
A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Reforma de Prédio(s) Escolar(es) Construído em Estrutura Pré-Fabricada Metálica (Sistema Nakamura): TOMADA DE PREÇOS N.º - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO – PRAZO - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/1924/06/02 - EE Maria Prestes Maia - Rua Antonio Ferraciolli, 283 - Jardim Catarina - Tatuapé - São Paulo/SP – 30; EE Shinquichi Agari - Rua João Maximiano Mafra, 351 - Vila Curuçá - São Miguel Paulista - São Paulo/SP – 30; EE Prof. Wilson Roberto Simonini - Rua João Correa Magalhães, 200 - Jardim Nazareth - Guaianazes - São Paulo/SP – 30; EE Dr. Mario Lopes Leão - Rua José Mendes Neto, 57 - Jardim dos Álamos - Parelheiros - São Paulo/SP – 40; R$ 22.966,00 – R$ 2.296,00 – 09:30 – 20/09/2006. 05/1999/06/02 - EE Profª Ezilda Nascimento Franco - Av. Mansur José Sadek, 135 - Jardim Zaira - Mauá/SP; EE Profª Marlene Camargo Ribeiro - Rua Otávio Pereira, 121 - Vila Assis Brasil - Mauá/SP; EE Prof. José Righetto Sobrinho - Rua Criuva, 380 - Vila Progresso - Itaquera - São Paulo/SP; 30 - 18.972,00 - 1.897,00 – 10:30 – 20/09/2006. 05/2003/06/02 - EE Orlando Minella - Rua Candelária, s/nº - Jardim Jaci - Guarulhos/SP – 60; EE Pe. August Johannes Ferdinandus Stauder - Rua Min. Hipólito, 163 - Cidade Aracilia - Guarulhos/SP – 30; EE Prof. Ary Jorge Zeitune - Av. São Pedro, 20 - Jardim Triunfo - Guarulhos/SP – 45; 30.383,00 - 3.038,00 – 14:00 – 20/09/2006. 05/2004/06/02 - EE Heidi Alves Lazzarini - Rua Quinta da Conraria, 299 - Parque Claudia - Campo Limpo - São Paulo/SP – 60; EE Prof. Carlos Ayres - Av. Dona Belmira Marin, 595 - Parque São Paulo - Capela do Socorro - São Paulo/SP – 30; EE Calhim Manoel Abud - Rua Oscar Fernandes, s/nº - Jardim Marabá - Capela do Socorro - São Paulo/SP – 30; EE Prof. Francisco de Paula Conceição Junior - Rua Domingos Sequeira, 40 – Jardim Mitsutani – Campo Limpo – São Paulo/SP – 60; 48.589,00 - 4.858,00 – 15:00 – 20/09/2006. 05/2005/06/02 - EE Prof. Fernando Milano - Rua Tom Jobim, 420 - Parque Laguna - Taboão da Serra/SP – 45; EE Joaquim Mendes Feliz - Rua João Antonio Oliveira, 315 - Val Flor - Embu-Guaçu/SP – 60; EE B. Barnabes - Rua Antonio Soares Godinho, 413 - Barnabes - Juquitiba/SP – 30; EE Profª Isabel Lucci Oliveira - Rua Jardim Suspenso, 2 - Parque Esplanada - Embu/SP – 45; 28.695,00 - 2.869,00 – 16:00 – 20/09/2006. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 31/08/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sextafeira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). O Edital completo através de cópias reprográficas/heliográficas terá o custo de R$ 0,10 (dez centavos) por cópia reprográfica e R$ 3,00 (três reais) por cópia heliográfica. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 15/09/2006, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Willian Sampaio de Oliveira Diretor Executivo
Quer falar com 26.000
Publicidade Comercial - 3244-3344
empresários de uma só vez?
Publicidade Legal - 3244-3643
SEGURADORA DE CRÉDITO DO BRASIL S.A. - SECREB CNPJ Nº 05.930.422/0001-80 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO atuação a forma franca e transparente que transmitimos aos interessados sobre o funcionamento do produto seguro de crédito Em cumprimento às disposições legais e societárias, submetemos à apreciação de V.Sas. as demonstrações financeiras relativas à exportação, suporte técnico quanto ao funcionamento do sistema de comércio exterior brasileiro, que vem auxiliando nossos ao semestre findo em 30 de junho de 2006 acompanhadas do respectivo parecer dos auditores independentes. Em conformidade clientes na concretização de suas operações com uma maior eficiência e lucratividade. Com isso, atingimos essa expressiva com o planejamento estratégico apresentado e aprovado em Reunião do Conselho de Administração e da Diretoria, em março de 2006, a Seguradora de Crédito do Brasil S.A. – SECREB alcançou ativos no total de R$ 15,6 milhões, com prêmios marca em 2 anos de participação no mercado, que nos incentiva cada vez mais a avançarmos em nossos objetivos e metas. emitidos de R$ 4,7 milhões e encerramos o exercício com um lucro no montante de R$ 107 mil. Os principais investimentos Conjuntamente com as ações comerciais, estamos implementando projeto de informática com os nossos acionistas, especificamente com a Compañia Española de Seguros de Crédito a La Exportación – CESCE, no sentido de possuirmos as realizados no exercício foram a abertura de filial em Porto Alegre/RS, participação em eventos, divulgação da marca e intercâmbio com nossos acionistas para a efetiva transferência de tecnologia do negócio para o Brasil. Estaremos abrindo no 2º. Semestre/ melhores ferramentas para o atendimento de nossos segurados. Estamos avançando na melhoria da nossa estrutura de controles internos e procedimentos de compliance, de forma que mantenhamos a nossa gestão de controle dos riscos cada vez mais 06, as filias em Curitiba/PR e Ribeirão Preto/SP. Para a SECREB, o 1º. Semestre de 2006 foi marcado pela consolidação da eficiente e adequada à legislação local. Por fim, nossos agradecimentos às autoridades do mercado segurador e aos clientes, estratégia de comercialização, onde alcançamos a posição de liderança no mercado de seguro de crédito à exportação, conforme funcionários e colaboradores. dados divulgados pela Superintendência de Seguros Privados – SUSEP. Ampliamos a nossa carteira de segurados um percentual São Paulo, 18 de julho de 2006. A Administração significativo de exportadores que figuram entre os 100 maiores brasileiros, sendo os principais fatores de sucesso de nossa Demonstrações do Resultado para os semestres findos em 30/06/2006 e de 2005 Balanços Patrimoniais levantados em 30 de junho de 2006 e de 2005 - (Valores expressos em milhares de reais) (Valores expressos em milhares de reais, exceto o Lucro (prejuízo) por ação) Passivo 2006 2005 Ativo 2006 2005 2006 2005 Circulante 5.160 2.122 Circulante 13.185 9.099 Prêmios Retidos 1.241 155 Contas a pagar 592 323 Disponível 420 214 Prêmios de Seguros 4.762 1.469 Obrigações a pagar 10 23 Aplicações 6.978 7.581 Prêmios Diretos 4.762 1.469 Impostos e encargos sociais a recolher 68 48 Títulos de renda fixa 5.324 6.427 Prêmios Cedidos em Resseguros (3.521) (1.314) Provisões trabalhistas 256 161 Quotas de fundos de investimentos 572 58 Variações das provisões técnicas (523) (4) Provisão para impostos e contribuições 41 13 Outras aplicações 1.082 1.096 Prêmios Ganhos 718 151 Outras contas a pagar 217 78 Créditos das operações com seguros e resseguros 5.390 1.146 Sinistros Retidos (60) (13) Débitos das operações com seguros e resseguros 3.687 1.613 Prêmios a receber 5.117 1.095 Sinistros Diretos (281) (130) Operações com Resseguradoras 3.687 1.613 Operações com Resseguradoras 258 Recuperação de Sinistros 256 117 Provisões técnicas - seguros e resseguros 881 186 Outros créditos operacionais 15 51 Variação da provisão para sinistros Provisão de prêmios não ganhos 813 173 Títulos e créditos a receber 347 158 ocorridos mas não avisados (35) Sinistros a liquidar 13 Títulos e Créditos a receber 118 Despesas de Comercialização 1.218 333 Provisão de sinistros ocorridos mas não avisados 68 Créditos tributários e previdenciários 154 158 Comissões (4) (4) Outros créditos 75 Recuperação de Comissões 1.222 337 Despesas antecipadas 4 Outras Receitas (Despesas) Operacionais (203) 109 Patrimônio Líquido 10.512 8.336 Administrativas 4 Despesas Administrativas (1.410) (1.442) Capital social 9.011 7.200 Despesas de comercialização diferidas 46 Despesas com Tributos (126) (91) Aumento de capital (em aprovação) 1.257 1.811 Seguros 46 Resultado Financeiro 212 584 Reserva de lucros 7 Realizável a Longo Prazo 237 Receitas financeiras 1.448 953 Lucros ou (prejuízos) acumulados 237 (675) Títulos e créditos a receber 237 Despesas financeiras (1.236) (369) Créditos tributários e previdenciários 237 Resultado Patrimonial 72 Permanente 2.487 1.122 Resultado antes dos Impostos e Participações 421 (369) Investimentos 77 Contribuição Social (37) 69 Participações societárias 77 Imposto de Renda (67) 168 Imobilizado 1.292 913 Participações sobre o Resultado (210) Lucro (Prejuízo) do Semestre 107 (132) Bens móveis 146 95 Quantidade de Ações 10.268.606 9.011.536 Outras imobilizações 1.277 842 (-) Depreciação (131) (24) Lucro (Prejuízo) por ação - R$ 1,00 0,01 (0,01) Diferido 1.118 209 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Despesas de organização, implantação e instalação 1.197 240 Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos para os exercícios (-) Amortizações (79) (31) findos em 30/06/2006 e de 2005 (Valores expressos em milhares de reais) Total do Passivo 15.672 10.458 Total do Ativo 15.672 10.458 2006 2005 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Lucro/(Prejuízo) Líquido do Semestre 107 (132) Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido para os exercícios sobre a parcela do lucro tributável anual que exceder a R$ 240, e a provisão para con- Depreciações e Amortizações 92 42 findos em 30/06/2006 e de 2005 (Valores expressos em milhares de reais) tribuição social à alíquota de 9%. São constituídos créditos tributários sobre prejuízos Resultado Positivo de Equivalência Patrimonial (72) fiscais e base negativa de contribuição social considerando as alíquotas vigentes. 4. Lucro (prejuízo) líquido ajustado do semestre Reserva Lucros 127 (90) Aplicações - a) Composição da carteira de aplicações financeiras classificadas Atividades Operacionais Capital Aumento de lucros (prejuízos) na categoria de títulos para negociação: social de Capital legal acum. Total - Variação das Aplicações (821) 758 Descrição 2006 2005 Saldos em 31/12/2004 7.200 910 (543) 7.567 - Variação dos Créditos das Operações 1.608 (30) Letras Financeiras do Tesouro - LFT 6.427 Aumento de capital 901 901 - Variação de Títulos e Créditos a Receber (213) (344) Letras do Tesouro Nacional - LTN 5.324 - Variação das Despesas Antecipadas 4 Prejuízo do semestre (132) (132) Cotas de fundos de investimento - DI 572 58 - Variação das Despesas de Comercialização Diferidas 46 Saldos em 30/06/2005 7.200 1.811 (675) 8.336 Aplicações em moeda estrangeira 1.082 1.096 Variação de Contas a Pagar (77) 207 Saldos em 31/12/2005 9.011 1.257 7 130 10.405 Total 6.978 7.581 - Variação de Débitos de Operações com b) Composição das aplicações por prazo de vencimento e valor de mercado: Lucro do semestre 107 107 Seguros e Resseguros (881) (99) Descrição Valor de mercado Saldos em 30/06/2006 9.011 1.257 7 237 10.512 Variação das Provisões Técnicas 2006 2005 Seguros e Resseguros (550) (17) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. A vencer em até 3 meses 1.981 3.479 Caixa Líquido Gerado (Consumido) nas Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras para os A vencer de 3 a 12 meses 4.425 4.044 Atividades operacionais 1.011 (565) exercícios findos em 30/06/2006 e de 2005 Sem vencimento 572 58 Atividades de Investimento (Valores expressos em milhares de reais, exceto o valor patrimonial por ação) Total 6.978 7.581 - Pagamento pela compra de ativo permanente (865) (823) Em 30 de junho de 2006 e de 2005, os valores de custo atualizado das aplicações não 1. Contexto Operacional - A Seguradora de Crédito do Brasil S.A., constituída em 8 de Caixa Líquido Consumido nas apresentavam diferenças relevantes em relação ao valor de mercado e os títulos integranmaio de 2003, foi autorizada a operar pela Portaria do Ministério da Fazenda nº. 248, de Atividades de Investimento (865) (823) 18 de setembro de 2003, e tem por objetivo social a exploração do seguro de crédito à tes da carteira encontravam-se custodiados na CETIP – Câmara de Custódia e Liquidação Atividades de Financiamento e SELIC - Sistema Especial de Liquidação e Custódia. Os valores dos ativos custodiados exportação, tal como definido na legislação em vigor, atuando nos principais centros Aumento de Capital 901 econômicos do País. Por força da Lei nº. 6.704, Capítulo III, artigo 11, de 26 de outubro para a cobertura das provisões técnicas, em 30 de junho de 2006 montam a R$ 901 (R$ Caixa Líquido Gerado nas atividades de financiamento 901 188 em 2005) e estavam compostas por aplicações em títulos públicos de renda fixa. 5. de 1979, regulamentada pelo Decreto nº. 3.937, de 25 de setembro de 2001, a SocieAumento (Diminuição) nas Disponibilidades 146 (487) Créditos das Operações com Seguros e Resseguros - Prêmios a Receber dade operará somente no seguro de crédito à exportação, sendo-lhe expressamente 2006 2005 vedada a comercialização de qualquer outro ramo de seguro. 2. Apresentação das Descrição Disponibilidades no Início do Período 274 701 Prêmios a receber – risco comercial 4.696 999 Demonstrações Financeiras - As demonstrações financeiras foram elaboradas de Disponibilidades no Final do Período 420 214 Prêmios a receber – risco político 421 96 acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, com observância às normas Aumento (Diminuição) nas Disponibilidades 146 (487) 5.117 1.095 expedidas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP e Superintendência de Total As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 6. Créditos Tributários e Previdenciais - A Sociedade registra, amparada nas projeSeguros Privados - SUSEP. A Circular SUSEP nº 314/05 introduziu o novo modelo de ções de geração de resultados tributáveis futuros preparados pela administração, crédi- cios, não foi feita a proposição de distribuição dividendos antecipados neste semestre. 10. plano de contas para as Sociedades Seguradoras, de Capitalização e Entidades AberDetalhamento de Contas da Demonstração do Resultado tas de Previdência Complementar, o qual passou a ser adotado a partir de 1º de janeiro to fiscal diferido decorrente de prejuízo fiscal apurado no exercício de 2004, no montante de R$ 138 (R$ 237 em 2005), cujo prazo de realização é estimado em até um ano. a) Despesas administrativas de 2006, sendo a principal alteração no modelo de divulgação da demonstração das Nessa rubrica também estão registrados Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF Descrição 2006 2005 origens e aplicações de recursos. Os saldos referentes a 30 de junho de 2005 foram sobre aplicações financeiras e contribuição social recolhida a maior, no montante de Despesas com pessoal próprio 805 908 reclassificados para fins de comparação. 3. Principais Práticas Contábeis - A SociR$ 16 (R$ 158 em 2005), os quais serão compensados com impostos a pagar originaLocalização e funcionamento 425 278 edade adota as seguintes principais práticas contábeis na elaboração de suas demonsdos da tributação sobre lucros em períodos futuros. 7. Investimentos - O saldo de Honorários com serviços de terceiros 73 118 trações financeiras: a) Apuração do resultado - As receitas de prêmios de seguros investimentos refere-se à participação societária na controlada - SECREB Serviços Outras despesas administrativas 107 138 são contabilizadas por ocasião da emissão das apólices como prêmios emitidos e Técnicos de Análise de Crédito Ltda., conforme dados abaixo: Total 1.410 1.442 diferidas pelo prazo de vigência das apólices por meio da constituição das provisões de Informações da 2006 Informações sobre o 2006 b) Receitas e despesas financeiras prêmios não ganhos. As despesas de comercialização são diferidas e apropriadas aos investimento Descrição 2006 2005 resultados mensalmente, em bases lineares, no decorrer do prazo de vigência das apó- controlada Capital social 5 Quantidade de cotas 4.999 Receitas financeiras lices, nas contas de resultado. b) Aplicações - Os títulos da carteira de investimentos Patrimônio Líquido 77 Participação 99,99% Receitas com títulos de renda fixa 518 619 da Seguradora estão classificados na categoria de títulos para negociação e foram Resultado 72 Valor do Investimento 77 Receitas com operações de seguros - variação cambial 925 250 avaliados conforme o disposto na Circular SUSEP nº. 314 de 2005. c) Créditos das Equivalência Patrimonial 72 Outras receitas 5 84 operações de seguros e resseguros - Os saldos operacionais lastreados em moeda 8. Cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social - O imposto de renda e a Total 1.448 953 estrangeira, inclusive as operações de resseguro com o IRB - Brasil Resseguros foram contribuição social estão conciliados para os valores registrados como despesa do seDespesas financeiras convertidos para reais com base na taxa de câmbio vigente na data de encerramento mestre, conforme segue: Desps. com operações de seguros - variação cambial 1.218 248 do balanço. d) Demais ativos circulante e realizável a longo prazo - Os demais itens 2006 2005 Outras despesas financeiras 18 121 do ativo circulante são demonstrados pelos valores de realização, incluindo os rendiImposto Contribuição Imposto Contribuição Total 1.236 369 mentos e as variações monetárias auferidas e, quando aplicável, ajustados ao valor de de renda social de renda social 11. Partes Relacionadas 2006 mercado ou de realização. e) Investimentos - Os investimentos em participações Lucro antes dos impostos 421 421 (369) (369) SECREB – Serviços Técnicos de Análise de Crédito Ltda. Passivo societárias são avaliados pelo método de equivalência patrimonial. f) Imobilizado - É Alíquotas oficiais 25% 9% 25% 9% Outras contas a pagar (a) 79 demonstrado ao custo de aquisição, deduzido da respectiva depreciação acumulada, Impostos conforme (a) O saldo a pagar refere-se a um repasse a ser efetuado à SECREB - Serviços Técnicalculada pelo método linear, aplicando-se as seguintes taxas anuais que leva em conalíquotas oficiais 105 38 (92) (33) cos de Análise de Crédito Ltda. por conta de um recebimento de uma fatura de prestasideração a vida util-econômica dos bens: 10% para móveis e utensílios e 20% para Constituição de créditos tributários ção de Serviço emitida pela referida Companhia a um segurado da SECREB Seguraequipamentos e sistemas aplicativos. g) Diferido - É demonstrado ao custo de aquiside exercícios anteriores (109) (47) dora de Crédito S.A. ção deduzido da respectiva amortização acumulada, calculada à taxa anual de 20%. h) Efeito sobre outros ajustes (38) (1) (33) (11) 12. Patrimônio Líquido Ajustado e Margem de Solvência - Conforme previsto na Provisão de prêmios não ganhos - A provisão de prêmios não ganhos é calculada Despesas de imposto de renda Resolução CNSP nº. 55, de 3 de setembro de 2001, que dispõe sobre os critérios para com base nos prêmios retidos, de acordo com a Resolução CNSP nº 120, de 24 de e contribuição social 67 37 (168) (69) o cálculo da margem de solvência e Resolução CNSP nº. 85, de 19 de agosto de 2002, dezembro de 2004, pelo regime de competência diária, e representa a parcela do prêos valores apurados são os seguintes: mio correspondente ao período do risco ainda não decorrido. A provisão de prêmios 9. Capital Social - O capital social, totalmente subscrito e integralizado, está composto não ganhos - riscos vigentes mas não emitidos, determinada pela Resolução CNSP Descrição 2006 2005 por 10.268.606 (9.011.536 em 2005) ações ordinárias e nominativas, no valor nominal de nº 120/04, é constituída com base em nota técnica atuarial. A partir de 2006 passou a Patrimônio líquido 10.512 8.336 R$ 1,00 cada uma. A Assembléia Geral Extraordinária - AGE, realizada em 30 de setemser contabilizada na conta de provisões técnicas no passivo circulante, conforme norParticipação coligadas e controladas (77) bro de 2004, complementada pela AGE realizada em 23 de fevereiro de 2005, deliberou e mas contábeis estabelecidas através da Circular SUSEP nº 314/05. i) Sinistros a liquiDespesas antecipadas (4) aprovou o aumento de capital da Sociedade, que passou de R$ 7.200 para R$ 9.011, dar - A provisão de sinistros a liquidar é constituída com base na estimativa dos valores Créditos tributários (138) (237) com emissão de 1.811.536 ações ordinárias, no valor nominal de R$ 1,00 cada uma. Os a indenizar, efetuada por ocasião do recebimento dos avisos de sinistros até a data do atos societários foram homologados pela SUSEP, através da Portaria SUSEP/DECON Ativo diferido (1.118) (209) balanço. j) Provisão de sinistros ocorridos mas não avisados - A provisão de sinis- nº 462, datada de 19 de julho de 2005. As AGEs realizadas em 31 de outubro e 16 de Patrimônio líquido ajustado 9.175 7.890 tros ocorridos mas não avisados (“IBNR”), determinada pela Resolução CNSP nº 120/ Margem de solvência 335 68 dezembro de 2005 deliberaram o aumento de capital da Sociedade, que passou de R$ 04, é constituída com base em nota técnica atuarial. k) Demais passivos circulante e Suficiência 8.840 7.822 9.011 para R$ 10.268, com emissão de 1.257.070 ações ordinárias, no valor nominal de exigível a longo prazo - São demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, 2006 2005 R$ 1,00 cada uma. Os atos societários encontram-se em processo de homologação pela Margem de solvência acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias a) 20% do prêmio retido anual dos últimos 12 meses 335 68 SUSEP. De acordo com as disposições estatutárias, é assegurado aos acionistas um incorridos. l) Imposto de renda e contribuição social - A provisão para imposto de b) 33% do sinistro retido anual médio dos últimos 36 meses 11 dividendo mínimo de 10% do lucro líquido de cada exercício, ajustado nos termos da renda é constituída à alíquota de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10% c) Margem de solvência - maior valor entre (a) e (b) 335 68 legislação societária. Em virtude da Sociedade estar em fase de expansão de seus negóCONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DIRETORIA José Américo Peon de Sá - Presidente Valmir F. Forni - Diretor Werner August Sönksen - Diretor Presidente Marco Antonio Mazzoni - Contador Francisco Javier Ibáñez Lopés-Dóriga - Vice Presidente Atuário - MIBA 1379 Pedro Mattosinho - Diretor CRC nº 1SP095235/O-6 Kurt Ernst Muller - Conselheiro PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Acionistas e Administradores da Seguradora de Crédito do Brasil S.A. - São Paulo - SP - 1. Examinamos os balanços patrimoniais nião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a da Seguradora de Crédito do Brasil S.A., levantados em 30 de junho de 2006 e de 2005, e as respectivas demonstrações do posição patrimonial e financeira da Seguradora de Crédito do Brasil S.A. em 30 de junho de 2006 e de 2005, o resultado de suas resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos semestres findos naqueoperações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos correspondentes aos semestres findos las datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo 16 agosto de 2006. essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas brasileiras de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e Osmar Aurélio Lujan de controles internos da Sociedade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores Contador Auditores Independentes e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela CRC nº 1SP 160203/O-1 CRC nº 2SP 011609/O-8 administração da Sociedade, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Em nossa opi-
Ano 81 - Nº 22.202
São Paulo, quarta-feira 30 de agosto de 2006
R$ 0,60
Jornal do empreendedor
DATAFOLHA 50% 27%
Edição concluída às 23h55
Lula
Alckmin
SENSUS 51,4% 19,6% Lula
Alckmin
w w w. d co m e rc i o. co m . b r
PESQUISAS MOSTRAM:
Lula não suja as mãos De luvas para tocar em relíquias Na 1ª visita em 60 anos de um presidente à Cinemateca, em SP, Lula tocou em negativos históricos sem deixar impressões digitais. As pesquisas do dia também o mostraram blindado a mensaleiros e sanguessugas, confirmando-lhe vitória no 1º turno. Em seu programa para o 2º mandato, que sobressai pela ausência de metas, Lula acusa a oposição de ter as mãos sujas, perguntando como podem falar de ética os autores da "privataria" que abafaram CPIs e engavetaram denúncias. Política, páginas 3 e 4. Flavio Florido/Folha Imagem
FHC: BOTAR FOGO NO PALHEIRO Em discurso durante almoço para a adesão à candidatura tucana, Fernando Henrique incitou Alckmin à guerra contra petistas. J.F.Diorio/AE
Greve contra demissões pára a Volks Poucos minutos antes da assembléia na qual decidiram entrar em greve a partir de ontem em S. Bernardo (foto), metalúrgicos receberam da empresa 1,8 mil cartas de demissão. "A Volks comprou uma luta dura", disse Lopez Feijoó, presidente do sindicato. E 1 Greg Wood/AFP
HOJE Parcialmente nublado Máxima 21º C. Mínima 7º C.
AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 25º C. Mínima 9º C.
Leão elétrico Empresas de energia elétrica apresentam propostas para tirar o Fisco da tomada. Carga tributária em 2005 torrou 43,7% da receita bruta das companhias. O consumidor final do serviço também paga a conta. E 11
Seu Flor e suas duas Aos vencedores, mulheres mais impostos Leia editorial de Roberto Fendt na página 8
Decisão do STJ determina que pensão do INSS seja dividida entre esposa oficial e amante. E 11
quarta-feira, 30 de agosto de 2006
DIÁRIO DO COMÉRCIO
ECONOMIA/LEGAIS - 9
BANCO SUMITOMO MITSUI BRASILEIRO S.A. CNPJ 60.518.222/0001-22 Associado ao SUMITOMO MITSUI BANKING CORPORATION - Tokyo - Japão - Sede: Av. Paulista nº 37 - 11º e 12º andares - São Paulo - Fax nº 0xx11 - 3178-8194 - Tel: 0xx11 - 3178-8000 Relatório da Diretoria Senhores Acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias apresentamos a V. Sas., as Demonstrações Financeiras, relativos aos semestres encerrados em 30 de junho de 2006 e 2005. Permanecemos à disposição de V. Sas., para quaisquer esclarecimentos que acharem necessários, informando ainda que todos os documentos contábeis se encontram na sede do estabelecimento. São Paulo, 21 de julho de 2006. A Diretoria Demonstrações do Resultado - Para os semestres findos Balanços Patrimoniais - 30 de junho de 2006 e 2005 (Em milhares de reais) 2006 2005 em 30/06/2006 e 2005 (Em milhares de reais, exceto lucro (prej.) por lote de mil ações) Ativo 2006 2005 Passivo 2006 2005 486.396 428.544 Circulante 593.836 589.636 Circulante 54.917 (4.464) 270.636 146.885 Receitas da intermediação financeira Disponibilidades 3.655 3.657 Depósitos Operações de crédito 7.118 1.942 Depósitos a vista 13.546 30.255 Aplicações interfinanceiras de liquidez 83.771 198.079 Res. de operações com títs. e valores mobiliários 39.939 (11.736) Depósitos em moeda estrangeira 1.068 779 Aplicações no mercado aberto 41.938 187.997 Resultado de operações de câmbio 7.860 5.266 Depósitos a prazo 253.582 115.712 Aplicações em depósitos interfinanceiros 41.833 10.082 Resultado com instr. financeiros derivativos 0 64 Outros Depósitos 2.440 139 Títs. e val. mob. e instrumentos financ. derivativos 218.182 79.071 (29.725) (17.000) 19.776 61.392 Despesas da intermediação financeira Carteira própria 193.677 77.977 Captações no mercado aberto Operações de captação no mercado (23.744) (20.238) Carteira de terceiros 19.776 61.392 Vinculados à prestação de garantias 24.505 1.094 Operações de empréstimo, cessões e repasses (5.163) 2.922 605 223 Relações interfinanceiras 861 40.711 Relações interfinanceiras Resultado com instrumentos financeiros derivativos (7) Recebimentos e pagamentos a liquidar 605 223 Pagamentos e recebimentos a liquidar 11 3 Provisão para perdas em operações de crédito (811) 316 Relações interdependências 12.860 25.234 Depósitos no Banco Central do Brasil 701 769 25.192 (21.464) Recursos em trânsito de terceiros 12.860 25.234 Resultado bruto da intermediação financeira Repasses interfinanceiros 0 39.758 (3.611) (8.405) 103.685 126.142 Outras receitas (despesas) operacionais Correspondentes 149 181 Obrigações por empréstimos e Repasses Receitas de prestação de serviços 382 336 Empréstimos no exterior 69.120 45.754 Operações de crédito 120.089 152.122 Despesas de pessoal (5.498) (5.806) Repasses do País-Instituições oficiais - BNDES 4.027 4.016 Operações de crédito - setor privado 120.160 152.895 Outras despesas administrativas (4.189) (4.171) Repasses do exterior 30.538 76.372 (-) Provisão para perdas em operações de crédito (71) (773) Despesas tributárias (1.523) (920) 115 Outros créditos 167.053 115.807 Instrumentos financeiros derivativos Outras receitas operacionais 7.266 2.196 Instrumentos financeiros derivativos 115 Carteira de câmbio 149.686 95.159 Outras despesas operacionais (49) (40) 78.719 68.668 Rendas a receber 12 12 Outras obrigações 21.581 (29.869) Cobrança e arrecadação de tributos e assemelhados 37 8 Resultado operacional Diversos 18.297 20.991 44 225 Carteira de câmbio 67.642 62.836 Resultado não operacional (-) Provisão para outros créditos líquidação duvidosa (942) (355) 21.625 (29.644) 0 70 Res. antes da trib. sobre o lucro e partic. Outros valores e bens 225 189 Sociais e estatutárias (3.888) Fiscais e previdenciárias 9.768 4.531 Imposto de renda e contribuição social Despesas antecipadas 185 161 Provisão para imposto de renda (2.856) Diversas 1.272 1.223 Material em estoque 40 28 Provisão para contribuição social (1.032) 123.945 138.615 Realizável a longo prazo 299.481 248.495 Exigível a longo prazo 0 (70) 93.257 100.900 Participações estatutárias nos lucros Títs. e val. mob. e instrumentos financ. derivativos 290.219 235.511 Depósitos 17.737 (29.714) Depósitos a prazo 93.257 100.900 Lucro (prejuízo) líquido do semestre Carteira própria 289.199 213.185 8.307 12.208 Lucro (prejuízo) por lote de mil ações – R$ Vinculados à prestação de garantias 1.020 22.326 Obrigações por repasses no País 57,33 (96,05) Repasses do País-Instituições oficiais - BNDES 8.307 12.208 Operações de crédito 9.255 12.972 Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos Outras obrigações 22.381 25.507 Operações de crédito – setor privado 9.255 13.033 Para os semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 (Em milhares de reais) Diversas 22.381 25.507 (-) Provisão para perdas em operações de crédito 0 (61) 2006 2005 333 293 Outros valores e bens 7 12 Resultados de exercícios futuros 299.278 252.776 Resultados de exercícios futuros 333 293 Origens de Recursos Despesas antecipadas 7 12 17.737 284.286 272.781 Lucro líquido do semestre Permanente 1.643 2.102 Patrimônio líquido 1.963 309.356 309.356 Ajustes ao lucro líquido Investimentos 20 20 Capital social: Depreciação e amortização 327 De domiciliados no País 1 1 Outros investimentos 20 20 Aj. ao val. de merc. – Títs. e Val. Mobs. 1.636 De domiciliados no exterior 309.355 309.355 Imobilizado de uso 957 1.176 Variação nos resultados de exercícios futuros 48 12 Reserva de capital 10.351 10.351 Outras imobilizações de uso 3.605 3.538 Recursos de terceiros originários de: 279.530 252.764 Ajuste ao valor de mercado – Tits. e Vals. Mobs. 1.699 (1.186) Depreciações acumuladas (2.648) (2.362) Aum. dos subgrupos do pas. circ. e exig. a L.P. 198.547 112.473 Prejuízos acumulados (37.120) (45.740) Diferido 666 906 Depósitos 90.914 32.331 Gastos de organização e expansão 5.027 4.995 Captações no mercado aberto 0 14.283 Amortizações acumuladas (4.361) (4.089) Obrigações por empréstimos e repasses 51.016 0 894.960 840.233 Total do ativo 894.960 840.233 Total do passivo Relações interfinanceiras e interdependências 0 11.447 Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido “hedge”: - De risco de mercado são destinados a compensar os riscos decorrentes da Instrumentos financeiros derivativos 111 0 Semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005 (Em milhares de reais) exposição à variação no valor de mercado do item objeto de “hedge” e a sua valorização Outras obrigações 56.506 54.412 ou desvalorização é contabilizada em contrapartida às contas de receita ou despesa, no Aj. /Valor Dim. dos subgrupos do ativo circ. e real. a L.P.: 80.974 140.291 resultado do semestre. - De fluxo de caixa são destinados a compensar a variação no Res. de Merc. Lucros Títulos e valores mob. e instr. financ. derivativos 44.187 85.747 fluxo de caixa futuro estimado e a sua valorização ou desvalorização é contabilizada em Capital de TVM (prejuízos) Relações interfinanceiras 0 18.118 social. Cap. e Deriv. Acum. Total contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido. Os respectivos itens objeto de Operações de crédito 31.706 Slds. em 31/12/2004 309.356 10.351 689 (16.026) 304.370 “hedge” são ajustados ao valor de mercado na data do balanço. d) Operações de crédito Relações interfinanceiras e interdependências 5.081 0 provisão para créditos de liquidação duvidosa As operações de crédito são e Aj. ao val. de merc. Outros créditos 0 36.394 Títs. e Val. Mobs. (1.875) (1.875) classificadas de acordo com o julgamento da Administração quanto ao nível de risco, Outros valores e bens 0 32 Prej. do semestre (29.714) (29.714) levando em consideração a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos Alienação de Bens e Investimentos 9 0 Slds. em 30/6/2005 309.356 10.351 (1.186) (45.740) 272.781 específicos em relação à operação e aos devedores e garantidores, observando os Imobilizado de Uso 9 0 parâmetros estabelecidos pela Resolução BACEN nº 2.682/99, que requer a análise Aplicações de Recursos 301.234 264.791 Slds. em 31/12/2005 309.356 10.351 63 (54.857) 264.913 periódica da carteira e sua classificação em nove níveis, sendo “AA” (risco mínimo) e “H” Prejuízo do semestre 0 29.714 Aj. ao val. de merc. Ajustes ao resultado: 0 1.491 Títs. e Val. Mobs. 1.636 1.636 (perda). As rendas das operações de crédito vencidas há mais de 60 dias, independenDepreciação e amortização 0 (384) Lucro líq. do semestre 17.737 17.737 temente de seu nível de risco, só são reconhecidas como receita quando efetivamente recebidas. As operações classificadas como nível “H” (100% de provisão) permanecem Aj. ao val. de merc. – Títulos e valores mobiliários 0 1.875 Slds. em 30/6/2006 309.356 10.351 1.699 (37.120) 284.286 nessa classificação por seis meses, quando então são baixadas contra a provisão Inversões em 50 151 Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras existente e controladas, por cinco anos, em contas de compensação, não mais figurando Imobilizado de uso 50 151 em 30 de junho de 2006 e 2005 (Em milhares de reais) no balanço patrimonial. As operações renegociadas são mantidas, no mínimo, no mesmo Aplicações no diferido 19 24 1. Contexto Operacional - O Banco Sumitomo Mitsui Brasileiro S.A. está constituído nível em que estavam classificadas. As renegociações de operações de crédito que já Aum. dos subgrupos do ativo circ. e real. a L.P. 277.675 69.494 como banco múltiplo, operando as carteiras comercial, inclusive operações de câmbio, haviam sido baixadas contra a provisão e que estavam em contas de compensação são Aplicações interfinanceiras de liquidez 0 61.896 e de investimento, nos termos da Resolução nº 1.524/88 do Banco Central do Brasil - classificadas como nível “H” e os eventuais ganhos provenientes da renegociação só são Títulos e Valores Mobiliários 169.077 BACEN. O Banco é responsável pela administração de fundos de investimento cujos reconhecidos como receita quando efetivamente recebidos. A provisão para créditos de Operações de crédito 0 7.598 patrimônios líquidos, em 30 de junho de 2006, somavam R$154.713 (R$134.415 em liquidação duvidosa atende aos requisitos mínimos estabelecidos pela Resolução Outros créditos 108.561 2005). 2. Principais Práticas Contábeis - As demonstrações financeiras são elabora- BACEN nº 2.682/99. e) Outros ativos circulante e realizável a longo prazo - São Outros valores e bens 37 das e estão sendo divulgadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil demonstrados pelos valores de custo, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as Red. dos subgrupos do passivo circ. e exig. a L.P. 23.490 163.917 e apresentadas de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo BACEN, através do Plano variações monetárias auferidos, deduzidos das correspondentes provisões para perdas Obrigações por empréstimos e repasses 0 157.275 Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional - COSIF. a) Apuração do ou ajustes ao valor de realização. f) Ativo imobilizado - É demonstrado pelo custo de Relações interfinanceiras e interdependências 13.490 resultado - As receitas e despesas são apropriadas de acordo com o regime de aquisição, deduzido das respectivas depreciações acumuladas, calculadas até a data de Captações no Mercado Aberto 10.000 0 competência, observando-se o critério “pro rata” dia para as de natureza financeira. As encerramento do semestre, e corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995. A Instrumentos financeiros derivativos 0 6.642 receitas e despesas de natureza financeira são calculadas com base no método depreciação é calculada pelo método linear, de acordo com taxas anuais que contemRedução das disponibilidades (1.956) (12.015) exponencial, exceto aquelas relativas a títulos descontados ou relacionadas com plam o prazo de vida útil-econômica estimada dos bens. As principais taxas anuais de Modificações na Posição Financeira operações no exterior, as quais são calculadas com base no método linear. As operações depreciação são 20% para veículos e equipamentos de processamento de dados e 10% No início do semestre 5.611 15.672 com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate e as receitas e despesas para outros bens. g) Ativo diferido - É demonstrado pelo custo de aquisição ou No fim do semestre 3.655 3.657 correspondentes ao período futuro são registradas em conta redutora dos respectivos formação, deduzido da amortização acumulada calculada até a data de encerramento do Redução das disponibilidades (1.956) (12.015) ativos e passivos. As operações com taxas pós-fixadas ou indexadas a moedas semestre e representado, basicamente, por “Benfeitorias em imóveis de terceiros”, estrangeiras são atualizadas até a data do balanço. b) Aplicações interfinanceiras de amortizadas pelo prazo contratual de locação, e “Gastos com aquisição e desenvolvi- Líquido - CSLL e ao Programa de Integração Social - PIS, o Banco questiona a majoração liquidez - As aplicações interfinanceiras de liquidez são apresentadas pelo valor de mento de softwares”, amortizados pelo prazo de cinco anos. h) Atualização monetária de alíquotas e a determinação da base de cálculo da contribuição social. Foi constituída aplicação, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço. c) Títulos e de direitos e obrigações - Os direitos e as obrigações, legal ou contratualmente sujeitos contabilmente provisão relativa ao diferencial recolhido a menor em virtude das matérias valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos - De acordo com a à variação cambial ou de índices, são atualizados até a data do balanço. As contrapar- em discussão judicial. No que se refere aos processos cíveis, basicamente relativos a Circular nº 3.068, de 8 de novembro de 2001, os títulos e valores mobiliários são tidas dessas atualizações são refletidas no resultado do semestre. i) Depósitos e processos de expurgos inflacionários sobre operações de depósitos a prazo, e processos classificados de acordo com a intenção da Administração, nas seguintes categorias: • captações no mercado aberto - Os depósitos e as captações no mercado aberto são trabalhistas, a Administração, consubstanciada na opinião dos seus consultores jurídiTítulos para negociação - títulos e valores mobiliários adquiridos com o propósito de ser demonstrados pelos valores das exigibilidades e consideram os encargos exigíveis até cos, entende que os encaminhamentos e providências legais cabíveis que já foram ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapar- a data do balanço, reconhecidos em base “pro rata” dia. j) Imposto de renda e tomados em cada situação são suficientes para preservar o patrimônio do Banco. 13. tida ao resultado do semestre. • Títulos disponíveis para venda - títulos e valores contribuição social - A provisão para imposto de renda é calculada à alíquota de 15%, Patrimônio Líquido - a) Capital social - O capital social em 30 de junho de 2006 está mobiliários que não se enquadrem nas categorias de títulos para negociação nem com um adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente a R$120 (R$240 para o representado por ações ordinárias, no valor de R$1,00 cada uma, assim distribuídas: Quantidade de mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à exercício), ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação. A contribuição ações (mil) conta destacada do patrimônio líquido, pelo valor líquido dos efeitos tributários. • Títulos social apurada sobre o lucro ajustado na forma da legislação em vigor é calculada à Sumitomo Mitsui Banking Corporation (Japão) 309.355 mantidos até o vencimento - títulos e valores mobiliários para os quais há intenção e alíquota de 9%. Os benefícios fiscais provenientes da compensação de prejuízos fiscais Acionistas domiciliados no país 1 e outras diferenças temporárias somente são reconhecidos quando efetivamente capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados 309.356 pelo custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos em contrapartida ao utilizados. 3. Aplicações no Mercado Aberto - As aplicações no mercado aberto, em b) Dividendos Aos acionistas é assegurado um dividendo mínimo de 25% do lucro resultado do semestre. Os instrumentos financeiros derivativos, compostos exclusiva- 30 de junho de 2006 e de 2005, estão compostas como segue: 2006 2005 líquido do exercício, ajustado de acordo com a lei societária e o estatuto. 14. Imposto de mente por operações de “swap”, têm seu diferencial a receber ou a pagar contabilizado Bancada Financiada Total Total Renda e Contribuição Social - Em 2006, a base de cálculo do imposto de renda e da em conta de ativo ou passivo, respectivamente, e apropriado como receita ou despesa Títulos contribuição social foi assim apurada: LTN 22.162 19.776 41.938 187.997 “pro rata” até a data do balanço. De acordo com a Circular nº 3.082, de 30 de janeiro de Imposto Contribuição 2002, e a Carta-Circular nº 3.026, de 5 de julho de 2002, os instrumentos financeiros 4. Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos. a) Títulos e de renda social derivativos são avaliados pelos seus valores de mercado, e o registro da valorização ou valores mobiliários - O Banco não adota como estrátegia de atuação adquirir títulos e 21.625 21.625 da desvalorização é contabilizado no resultado do semestre conforme segue: • Instru- valores mobiliários com o propósito de negociá-los de forma ativa e freqüente. Dessa Resultado antes da tributação sobre o lucro (62) (62) mentos financeiros derivativos não considerados como “hedge” - em conta de receita ou forma, a carteira de títulos e valores mobiliários, em 30 de junho de 2006 e de 2005, foi Reversão de provisões operacionais (4.917) (4.917) despesa, no resultado do semestre. • Instrumentos financeiros considerados como classificada na categoria títulos disponíveis para venda e estava apresentada como segue: Compensação de prejuízos fiscais anteriores Reversão de créditos baixados como prejuízo (6.467) (6.467) 2006 2005 Provisões temporárias 855 855 Valor atualizado pelo mercado (contábil) Valor Ajuste a valor de mercado de instrum. financ. derivativos 89 89 Títulos disponíveis Até De 61 De 91 De 181 Acima Total de Valor Despesas não dedutíveis 83 83 para venda 60 dias a 90 dias a 180 dias a 360 dias de 360 dias curva contábil Outras adições/exclusões LALUR 309 309 Carteira própria: Dividendos recebidos (43) (43) LTN 19.989 40.041 230.855 290.885 288.433 17.318 11.472 11.472 LFT 27.737 105.910 58.344 191.991 191.913 - Lucro tributável Imposto de renda - 15% (veja nota explicativa nº 2.i) 1.721 NBC - E 273.844 Adicional de imposto de renda - 10% 19.989 27.737 40.041 105.910 289.199 482.876 480.346 291.162 (veja nota explicativa nº 2.i) 1.135 Vinculados à prest. de garantias: Contribuição social - 9% (veja nota explicativa nº 2.i) 1.032 LFT 22.527 1.020 23.547 23.532 2.856 1.032 LTN 1.978 1.978 1.968 23.420 O imposto de renda e a contribuição social diferidos, ativos e passivos, constituídos em 24.505 1.020 25.525 25.500 23.420 30 de junho de 2006, nos valores de R$26 e R$856, respectivamente, estão relacionados 19.989 27.737 40.041 130.415 290.219 508.401 505.846 314.582 exclusivamente com os ajustes ao valor de mercado dos títulos e valores mobiliários O valor de mercado representa o fluxo de caixa trazido a valor presente pelas taxas Passivo: classificados como disponíveis para venda e dos derivativos, cujos valores presentes são Câmbio vendido a liquidar 44.782 40.979 divulgadas pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro - ANDIde R$25 e de R$704. Esses valores estão registrados nas rubricas “Outros créditos Obrigações por compra de câmbio 125.407 73.272 MA e/ou pela Bolsa de Mercadorias & Futuros - BM&F, ou agentes de mercado, quando diversos” e “Outras obrigações - fiscais e previdenciárias”, respectivamente. Devido aos Adiantamento sobre contratos de câmbio necessário. Os títulos classificados na categoria disponíveis para venda são aqueles prejuízos apresentados nos últimos exercícios, o Banco não constitui crédito tributário (veja nota explicativa nº 5) (102.550) (51.422) sobre prejuízo fiscal, base negativa de contribuição social e diferenças temporárias, que a Administração não tem intenção de manter até o vencimento nem foram Valores em moeda estrangeira a pagar 3 7 adquiridos com o objetivo de serem ativa e freqüentemente negociados. Esses títulos sendo este somente reconhecido quando efetivamente utilizado. Em 30 de junho de 67.642 62.836 apresentam seu valor de custo atualizado pelos rendimentos incorridos até a data do 2006, o crédito tributário não registrado totaliza R$36.554 (R$27.019 em 2005). balanço e ajustado pelo valor de mercado, sendo esses ajustes lançados em conta 7. Outros Créditos - Diversos - Estão representados pelos valores a seguir: 15. Demonstração do Resultado específica do patrimônio líquido. O valor de mercado dos títulos registrados na 2006 2005 2006 2005 a) Operações de crédito categoria disponíveis para venda foi apurado com base nas informações divulgadas Rendas de empréstimos 8.959 4.937 Devedores por depósitos em garantia pela ANDIMA, resultando em um ajuste positivo no semestre de R$5.504 e negativo (1.841) (2.995) (veja nota explicativa nº 12) 11.611 12.766 Rendas de financiamentos e repasses de R$3.868, totalizando um ganho líquido no semestre de R$1.636. Os efeitos desses 7.118 1.942 Antecipações de impostos 3.230 2.492 ajustes no patrimônio líquido do Banco representam ganhos acumulados de R$1.699 I.R. adicional - estadual a compensar 1.251 1.251 b) Resultado de operações com títulos e valores mobiliários (perdas acumuladas de R$1.186 em 2005), líquidos dos efeitos tributários. b) Instru2006 2005 Títulos e créditos a receber (veja nota explicativa nº 5) 1.129 1.976 mentos financeiros derivativos - A seguir, demonstrativo dos valores registrados em 13.225 6.225 PIS a compensar 840 1.705 Rendas de aplicações interfinanceiras de liquidez conta de ativo, passivo e compensação em 30 de junho de 2006, segregados nas 26.714 (17.961) Créd. tribut. sobre aj. a valor de merc. - TVM 26 593 Rendas de operações com títulos e valores mob. categorias indexador, faixas de vencimento, valores de referência e contábil, cuja 39.939 (11.736) Outros 210 208 contraparte são clientes. 2006 2005 18.297 20.991 c) Resultado de operações de câmbio Valor de mercado (contábil) Rendas de câmbio 19.966 23.175 8. Imobilizado - Em 30 de junho de 2006 e de 2005, estão assim representados: Indexador Local Valor de Até 90 Acima de Total Valor (17.324) (16.160) Taxa 2006 2005 Despesa de câmbio referência dias 90 dias curva Descrição 7.820 17.013 anual de Deprec. Valor Valor Variação cambial ativa Posição ativa(2.602) (18.762) deprec. - % Custo acum. líquido líquido Variação cambial passiva Dólar BM&F 2.303 1.282 945 2.227 2.333 Sist. de proces. de dados 7.860 5.266 20 2.024 (1.569) 455 518 Posição passiva2006 2005 Móveis e equipam. de uso 10 673 (442) 231 291 d) Operações de captação no mercado CDI BM&F 2.303 1.365 977 2.342 2.342 Sistema de comunicação (21.263) (16.694) 10 224 (177) 47 65 Despesas de depósitos a prazo Diferencial a receber (pagar) (83) (32) (115) (9) Sistema de segurança Despesas de operações compromissadas (2.004) (3.192) 10 259 (157) 102 128 Em 30 de junho de 2005 não haviam contratos de instrumentos financeiros derivativos Sistema de transporte (477) (352) 20 425 (303) 122 174 Despesas de contrib. ao fundo garantidor de crédito em aberto. Os resultados apurados com instrumentos financeiros derivativos referentes (23.744) (20.238) 3.605 (2.648) 957 1.176 aos semestres findos em 30 de junho de 2006 e de 2005 estão assim compostos: e) Operações de empréstimos e repasses 2006 2005 9. Depósitos - Composição por vencimento em 30 de junho de 2006 e de 2005: Resultado Despesas de BNDES (817) (424) 2006 2005 2006 2005 Despesas de empréstimos e repasses no exterior (4.346) 3.346 DepóDepóInstr. finan. deriv. Receita Despesa Líquido Receita Despesa Líquido (5.163) 2.922 sitos em sitos em “Swap” 83 (90) (7) 1.918 (1.854) 64 2006 2005 Depó- Depó- moeda Outros Depó- Depó- moeda Outros f) Despesas de pessoal c) Valor e tipo de margem dados em garantia - O montante de margem depositado em (3.053) (3.106) sitos sitos a estran- depó- sitos sitos a estran- depó- Proventos garantia das operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos na BM&F em Encargos sociais (1.298) (1.311) a vista prazo geira sitos a vista prazo geira sitos 30 de junho de 2006 e de 2005 tem a seguinte composição: (400) (645) Sem vencimento 13.546 - 1.068 2.440 30.255 779 139 Benefícios Valor de mercado (698) (730) Até 30 dias - 17.699 - 32.748 - Honorários Títulos 2006 2005 De 31 a 60 dias (9) (6) 3.286 286 - Treinamento LFT 1.020 - De 61 a 90 dias (40) (8) - 34.170 - 1.170 - Estagiários 5. Operações de Crédito - As informações da carteira de operações de crédito, em 30 De 91 a 180 dias (5.498) (5.806) - 35.970 - 36.616 de junho de 2006 e de 2005, estão assim sumariadas: 2006 2005 De 180 a 360 dias - 162.456 - 44.891 - g) Outras despesas administrativas a) Por operação (969) (954) Acima de 360 dias - 93.257 - 100.900 - Despesas com aluguel Descrição 2006 2005 Despesas de processamento de dados (868) (883) 13.546 346.838 1.068 2.440 30.255 216.611 779 139 Conta garantida 69.921 68.625 10. Obrigações por Empréstimos e Repasses no Exterior - As captações de recursos Despesas com serviços técnicos especializados (735) (455) Resolução nº 2.770 (antiga Resolução nº 63) 28.250 26.641 do exterior são basicamente realizadas mediante utilização de linhas de crédito conce- Despesas de comunicação (480) (592) BNDES 12.338 16.228 didas pelo acionista Sumitomo Mitsui Banking Corporation, como segue: a) Obrigações Despesas com serviços do sistema financeiro (145) (95) Compror 8.345 8.384 por empréstimos no exterior - O saldo em 30 de junho de 2006 é composto Despesas de manutenção e conservação de bens (85) (82) Capital de giro 7.195 4.110 basicamente por financiamentos às exportações, vencíveis até 12 de janeiro de 2007, Despesas com serviços de vigilância e segurança (79) (75) Vendor 3.338 3.115 sujeitos às taxas normais de juros, acrescidos de variação cambial, para essas opera- Despesas de transporte (46) (49) Pessoa física 28 48 ções. b) Obrigações por repasses do exterior - Os repasses do exterior, em 30 de Despesas de material (58) (51) Financiamento em moeda estrangeira 38.777 junho de 2006, correspondem a US$13.929. Tais obrigações, convertidas à taxa oficial Despesas de água, energia e gás (48) (50) Operações de crédito 129.415 165.928 de compra no fim do semestre, são regidas pela Resolução BACEN nº 2.770/00 (antiga Despesas com serviços de terceiros (40) (32) Adiantamentos sobre contratos de (52) (54) Resolução nº 63) e estão sujeitas às taxas normais de juros para essas operações, Despesas de propaganda e publicidade câmbio (veja nota explicativa nº 6) 102.550 51.422 acrescidos de variação cambial, com prazos de liquidação entre 1 e 12 meses. 11. Despesas de seguros (18) (14) Outros créditos - títulos e créditos a receber Despesas de promoções e relações públicas (16) (26) Outras Obrigações (veja nota explicativa nº 7) 1.129 1.976 a) Fiscais e previdenciárias Despesas de contribuições filantrópicas (4) (35) Rendas a receber sobre adiantamentos (334) (385) Descrição 2006 2005 Despesas de amortização e depreciação (veja nota explicativa nº 6) 1.535 586 Outras despesas administrativas (212) (339) Provisão para imposto de renda e contribuição social 234.629 219.912 (4.189) (4.171) (veja nota explicativa nº 17) 3.888 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 1.013 1.189 2006 2005 ISS 9 9 h) Despesas tributárias b) Por vencimento ISS (46) (44) PIS 30 7 A vencer: 2006 2005 (1.195) (680) Provisão para riscos fiscais (veja nota explicativa nº 12) 4.124 4.021 COFINS Até 30 dias 63.471 30.808 PIS (194) (111) IRRF sobre operações de renda fixa 196 44 De 31 a 60 dias 10.985 16.177 (88) (85) COFINS 187 43 Outros De 61 a 90 dias 15.915 36.439 (1.523) (920) Imposto de renda e contribuição social diferidos De 91 a 180 dias 73.843 104.423 16. Transações e Saldos com Partes Relacionadas Os saldos referentes às (veja nota explicativa nº 14) 856 De 181 a 360 dias 60.576 18.606 CPMF 73 1 transações com partes relacionadas e controladas, efetuadas em condições normais de Acima de 360 dias 9.255 13.182 mercado, no que se refere a prazos de vencimento e taxas de remuneração pactuadas, FGTS 42 42 Vencidas 584 277 Impostos e contribuições - serviços de terceiros 3 1 são os seguintes: 234.629 219.912 Ativo Receitas Outros 360 363 (passivo) (despesas) As operações de crédito dos 20 maiores devedores em 30 de junho de 2006 representam 9.768 4.531 2006 2005 2006 94% da carteira de crédito (97% em 2005), no montante de R$228.548 (R$214.092 em b) Diversas 2006 2005 (54.498) (45.754) (6.560) 2005). Descrição Circ. Exigível a Circ. Exigível a Obrigações por empréstimos no exterior Obrigações por repasses no exterior (30.516) (76.372) (490) c) Por setor de atividade 2006 2005 l. prazo l. prazo 17. Garantias prestadas e responsabilidades por créditos abertos para Importação Setor privado: Provisão para passivos contingentes Em 30 de junho de 2006 e de 2005, as fianças prestadas pelo Banco totalizam: Indústria 124.070 193.628 (veja nota explicativa nº 12) 22.381 25.507 2006 2005 Comércio 71.928 26.237 Provisão para despesas de pessoal 1.145 - 1.095 52.343 39.902 Rural 38.603 Provisão para despesas gerais 109 109 - No país No exterior 973 1.826 Pessoas físicas 28 47 Diversas 18 19 53.316 41.728 234.629 219.912 1.272 22.381 1.223 25.507 d) Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa 12. Contingências - Entre os processos judiciais que envolvem o Banco, há processos Em 30 de junho de 2006, a responsabilidade por créditos abertos para importação 2006 2005 de natureza fiscal, cível e trabalhista. Os valores de provisão e respectivos depósitos somava R$5.749 (R$1.183 em 2005). 18. Benefícios pós-emprego Patrocinados- O Banco é patrocinador da Banco Sumitomo Mitsui Brasileiro Sociedade de Previdência Saldo inicial 202 1.505 judiciais são demonstrados como segue: Complemento 811 Provisão Depós. judiciais Privada, constituída em 20 de abril de 1992 e que tem como finalidade básica a Reversão (316) Descrição 2006 2005 2006 2005 concessão de benefícios de pecúlios e/ou rendas suplementares aos funcionários e diretores do patrocinador, através de um Plano de Aposentadoria do tipo “benefício Saldos final 1.013 1.189 Provisão para riscos fiscais: ISS 1.150 1.150 - definido”, no qual os participantes (empregados) têm o direito a um benefício na data do No semestre findo em 30 de junho de 2006 houve a recuperação de créditos anteriormenPIS 840 840 - término do vínculo empregatício, calculado de acordo com as disposições do regulamente baixados como prejuízo no valor de R$6.467. CSLL 1.474 1.474 1.275 - to e cujo valor dependerá do salário e tempo de serviço do participante na data do 6. Carteira de Câmbio (Outros Créditos e Outras Obrigações) - As operações de Taxa CVM 660 557 281 278 desligamento. O exigível atuarial da referida sociedade foi apurado em 31 de dezembro câmbio estão registradas em contas patrimoniais, conforme segue: 4.124 4.021 1.556 278 de 2001 de acordo com o modelo estabelecido no respectivo plano e representa o Ativo: 2006 2005 montante dos compromissos assumidos e a assumir. A obrigação atuarial a descoberto Provisão para passivos contingentes: Câmbio comprado a liquidar 123.853 68.352 Provisão cível 20.367 22.733 9.283 10.961 apurada em 31 de dezembro de 2001, no valor de R$943, vem sendo reconhecida em Direitos sobre venda de câmbio 45.352 41.114 2.014 2.774 772 1.527 cinco anos pelo patrocinador. Em 30 de junho de 2006, o valor a ser reconhecido até 31 Adiantamentos em moeda nacional recebidos (21.054) (14.893) Provisão trabalhista 22.381 25.807 10.055 12.488 de dezembro de 2006 é de R$95 (o valor a ser reconhecido até 31 de dezembro de 2006 Rendas a receber de adiantamentos concedidos Total 26.505 29.828 11.611 12.766 era de R$283 em 2005). O valor do reconhecimento dos ganhos ou perdas atuariais a (veja nota explicativa nº 5) 1.535 586 No que se refere aos processos fiscais, basicamente à Contribuição Social sobre o Lucro partir de 2002 está sendo amortizado conforme o item 53 das Normas e Práticas 149.686 95.159
(continua)
quarta-feira, 30 de agosto de 2006
Tr i b u t o s Empresas Finanças Nacional
DIÁRIO DO COMÉRCIO
3
0,5
COPOM DECIDE HOJE TAXA BÁSICA
ponto percentual deveria ser a queda da Selic, taxa básica de juros, na opinião de economistas
DEPOIS DE PERÍODO DE SILÊNCIO, VICE-PRESIDENTE VOLTA A FALAR, E DE NOVO SOBRE POLÍTICA MONETÁRIA
ALENCAR VOLTA A ATACAR A SELIC
O
Alan Marques/Folha Imagem
vice-presidente da República, José Alencar, voltou ontem a criticar a taxa de juros brasileira, afirmando que ela é "objeto de decisão governamental". Segundo ele, nos primeiros três anos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva o País gastou R$ 430 bilhões com a rolagem da dívida pública. "Nos quatro anos do mandato devemos alcançar R$ 600 bilhões (para rolagem da dívida)", disse Alencar, que participou de evento na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Ele afirmou que, mesmo se o juro nominal fosse metade do atual, ainda assim estaria entre as maiores taxas reais (descontada a inflação) do mundo. A taxa básica de juro, a Selic, está atualmente em
Espaço para um corte maior
A
Alencar (ao centro): com inflação domada, é tempo de o Brasil crescer
14,75% ao ano. Alencar disse ainda que a condução da política monetária no governo Lula foi influenciada pela necessidade de reduzir a inflação. "A responsabilidade fiscal tem sido levada muito a sério, tanto que a inflação está dominada. Agora, é tempo de o Brasil crescer." Para o vice-presidente, além dos juros, um problema crítico no País são os impostos
indiretos, que oneram de forma excessiva a produção. Alencar também defendeu a ampliação do Conselho Monetário Nacional (CMN), hoje formado pelos ministros da Fazenda e do Planejamento e pelo presidente do Banco Central. De acordo com o vicepresidente, os setores produtivos também deveriam ter representatividade no CMN. (Reuters)
pesar de o mercado acreditar que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) deverá reduzir em 0,25 ponto percentual a taxa Selic, alguns economistas acham que haveria espaço para um corte maior, de 0,5 ponto, sem riscos inflacionários. É que os índices de preços estão bem comportados e o ritmo de atividade não dá sinais de aceleração. "O Copom poderia cortar os juros em mais de 0,25 ponto, sem problemas", afirma o economista da MB Associados, Sérgio Vale. Mesmo assim, a consultoria projeta redução de 0,25 ponto da Selic, hoje em 14,75% ao ano.
BALANÇO
Segundo Vale, o BC está mais cauteloso porque teme que o efeito do afrouxamento da política monetária, iniciado em setembro do ano passado e que já reduziu em 5 pontos percentuais a taxa básica de juros, ainda não tenha se manifestado plenamente sobre a demanda. "Eles estão olhando o impacto em 2007", afirma. Longo prazo — O economista-chefe da Sul América, Newton Rosa, diz que o BC está preocupado com a economia no longo prazo. "Hoje a inflação está sob controle e a atividade está em ritmo moderado por causa da política monetária austera adotada no passado", afirma. Rosa
aposta que o corte deve ser de 0,25 ponto percentual. Ele diz acreditar que o BC será mais comedido na redução, especialmente porque o nível atual da Selic está próximo da taxa de juros neutra. A taxa de juros neutra é aquela de equilíbrio, que, teoricamente não teria efeitos sobre a demanda e a oferta, explica. "Em 2004, quando os juros básicos caíram para um nível próximo da taxa de equilíbrio, houve um crescimento da demanda. Isso obrigou o BC a subir os juros novamente", lembra. O economista Guilherme Maia, da Tendências, diz que a consultoria elevou de 0,25 para 0,5 ponto a aposta. (AE)
FATO RELEVANTE
COLÉGIO DE SANTA INÊS - C.N.P.J. 63.019.772/0001-95 Rua Três Rios, 362 - São Paulo-SP Balanço Patrimonial Consolidado em 31 de Dezembro - Em Reais (R$) Ativo Passivo Ativo Circulante 2005 2004 Passivo Circulante 2005 2004 Disponibilidades Circulante Caixa / Bancos c/ Movimento R$ 7.193,59 2.964,20 R$ 113.058,92 33.163,78 Aplic. Finan. Curto Prazo R$ 351.644,53 819,78 Contas a Pagar R$ 420,00 0,00 358.838,12 3.783,98 Credores Diversos Créditos Cheques a Compensar R$ 10.257,77 0,00 Aplicações Financ. - P.Fixo R$ 26.459,79 387.376,04 Obrig.Tribut.Previd.e Trab. R$ 83.153,79 112.865,67 Cheques a Deposit./ Cobrar R$ 15.743,59 1.182,82 R$ 16.117,54 27.018,17 Contas a Receber R$ 2.116,44 0,00 Imp. e Contrib. a Recolher Devedores Diversos R$ 185,00 185,00 Receita Antec. - Anuid. Anuidades Escolares R$ 334.602,65 302.706,73 Escol. Vincendas R$ 27.740,08 90.624,69 Prov.p/ Créditos Liq. Duvid. R$ (6.692,05) (6.054,13) Total do Passivo Circulante 250.748,10 263.672,31 Créditos de Funcionários R$ 3.094,23 3.733,25 Passivo Exigível a L. Prazo Impostos Antecipados R$ 76,48 0,00 Impostos a Recuperar R$ 0,00 193,19 Passivo Exigível a L. Prazo R$ 67.525,09 0,00 Créditos Previd. a Comp. R$ 4.909,63 4.909,63 Credores Diversos 694.232,53 380.495,76 67.525,09 0,00 Despesas Antecipadas Patrimônio Líquido Despesas Antecipadas R$ 1.137,56 0,00 R$ 1.137,56 0,00 Patrimônio Líquido Patrimônio Social R$ 14.820.982,50 16.035.947,30 Estoques Mercadorias - Estoque 49.259,88 12.392,25 Déficit do Exercício R$ (503.210,87) (1.056.238,55) 49.259,88 12.392,25 Total do Patrimônio Líquido 14.317.771,63 14.979.708,75 Total do Ativo Circulante 789.731,32 710.408,76 Total do Passivo + Pl 14.636.044,82 15.243.381,06 Ativo Permanente Contas Extra-patrimoniais Ativo Imobilizado Imóveis R$ 15.581.215,04 15.581.215,04 Passivo Compensado Veículos R$ 26.800,00 23.461,23 Gratuidades Conc. Outras Imobilizações R$ 683.051,43 669.924,31 Projetos Filantrópicos R$ 1.077.739,50 1.560.036,03 (-) Depreciação Acumulada R$ (2.425.074,41) (1.730.208,25) (-) Amortização Acumulada R$ (19.678,56) (11.420,03) Isenção (Imunidade) Usufruída - INSS R$ 395.434,24 569.646,71 Total do Ativo Permanente 13.846.313,50 14.532.972,30 Total do Ativo 14.636.044,82 15.243.381,06 Contas Extra-patrimoniais Ativo Compensado Gratuid.-Projetos Filantróp. R$ 1.077.739,50 1.560.036,03 Custo Isenção (Imunidade) Usufruída - INSS R$ 395.434,24 569.646,71 Total do Compensado R$ 1.473.173,74 2.129.682,74 Total do Compensado R$ 1.473.173,74 2.129.682,74 Demonstração das Mutações do Patrimônio Social Contas Integrantes do Grupo Patrim. Líquido Mutações Ocorridas Patrimônio Social Resultado do Exercício Total do Grupo Patrimônio Líquido Saldo em 31/12/2003 16.774.524,14 (740.143,47) 16.034.380,67 (+) Ajustes de Exercícios Anteriores 3.434,89 3.434,89 (-) Baixa Contábil do saldo de Anuidades de Exercício Anteriores, consideradas Incobráveis (1.868,26) (1.868,26) (-) Déficit do Exercício 2004 (1.056.238,55) (1.056.238,55) (+/-) Incorporação à Conta Patrimônio Social (740.143,47) 740.143,47 0,00 Saldo em 31/12/2004 16.035.947,30 (1.056.238,55) 14.979.708,75 (+) Ajustes de Exercícios Anteriores (158.726,25) (158.726,25) (–) Déficit do Exercício 2005 (503.210,87) (503.210,87) (+/–) Incorporação à Conta Patrimônio Social (1.056.238,55) 1.056.238,55 0,00 Saldo em 31/12/2005 14.820.982,50 (503.210,87) 14.317.771,63 Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis em 31 de dezembro de 2005 e 2004 N o t a 1 ) C o n t e x t o O p e r a c i o n a l : Colégio de Santa Inês, Contas do Ativo % 2005 2004 Deprec./Amort. C.N.P.J.63.019.772/0001-95, é uma associação civil de caráter Imobilizado educacional, cultural, beneficente, assistencial e filantrópica. Tem Imóveis 4 % 15.581.215,04 15.581.215,04 por finalidade a prestação de serviços educacionais, bem como Instalações 10 % 207.635,03 207.635,03 de assistência e promoção social que se rege pelo seu Estatuto Apar. de Som/Vídeo/Imagem 10 % 43.612,69 42.072,69 Social e pela legislação aplicável; Nota 2) Apresentação das Biblioteca 10 % 10.322,71 9.203,59 Demonstrações Contábeis: As Demonstrações Contábeis e Brinq. e Materiais Esportivos 10 % 18.461,00 15.601,00 Financeiras foram elaboradas em conformidade com a Lei nº 6.404/ Capela, Alfaias e Castiçais 10 % 180,00 180,00 76 (Lei das Sociedades por Ações) e suas alterações posteriores, Instrumentos Musicais 10 % 1.683,98 1.683,98 em que lhe é aplicável; Nota 3) Principais Práticas Contábeis: Máquinas e Equipamentos 10 % 59.306,86 59.306,86 a) Foram atendidas a todas as normas constantes da Resolução Mat. Didático, Pedag. e Labor. 10 % 12.107,27 12.107,27 nº 877 do Conselho Federal de Contabilidade-CFC, de 18 de abril Móveis e Utensílios 10 % 133.218,75 133.218,75 de 2000, que aprovou a NBC T 10.19, que visa orientar o Copa e Cozinha 10 % 3.370,00 3.370,00 atendimento às exigências legais sobre procedimentos contábeis Veículos 20 % 26.800,00 23.461,23 a serem cumpridos pelas pessoas jurídicas de direito privado sem Equipamentos de Informática 20 % 149.527,34 143.919,34 finalidade de lucros, especialmente entidades beneficentes de Software 20 % 41.375,80 39.375,80 assistência social; b) Regime: A prática contábil adotada é pelo Telefone 2.250,00 2.250,00 regime de competência. c) Direitos e Obrigações: Os direitos e Total do Imobilizado 16.291.066,47 16.274.600,58 obrigações da entidade estão de conformidade com seus efetivos (-) Amortização Acumulada (19.678,56) (11.420,03) valores, conhecidos e calculáveis em Real; d) Aplicações (-) Depreciação Acumulada (2.425.074,41) (1.730.208,25) Financeiras: As aplicações financeiras estão demonstradas pelo Saldo Grupo Ativo Imobilizado 13.846.313,50 14.532.972,30 valor de aplicação, acrescidas dos rendimentos correspondentes, h) Contas a Pagar: O valor de R$ 113.058,92 refere-se basicamente apropriados até a data do Balanço, com base no regime de a provisão para pagamento das concessionárias de serviços públicos competência; d.1) Estes recursos destinam-se à aplicação em e de fornecedores, que serão efetuados no decorrer do exercício suas finalidades institucionais; e) Provisões: e.1) PCLD (PDD): seguinte; i) Receitas Antecipadas – Anuidades Escolares O valor da Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa foi Vincendas (PC): refere-se a matrículas e parcelas de anuidades constituído de forma a cobrir as perdas estimadas na realização recebidas antecipadamente neste exercício, registradas no Passivo das Anuidades Escolares Escolares, na forma de lei; f) Estoques: Os Circulante por se tratar de receita do exercício seguinte; j) As receitas estoques constantes do Balanço Patrimonial se referem à compra estão apuradas pelo regime de competência, incluindo-se as de Livros e Material Didático Exclusivo, referente à Rede inadimplências, os valores considerados incobráveis e o valor dos Salesiana de Escolas; g) Imobilizado: O Imobilizado se apresenta serviços educacionais prestados a alunos gratuitos; k ) Os pelo custo de aquisição ou valor original, visto que a entidade não recebimentos da entidade são apurados através de comprovantes procedeu à Correção Monetária de Balanços em exercícios de recebimento entre eles, avisos bancários, recibos e outros; l) anteriores. As baixas de bens do Imobilizado foram efetuadas Eventualmente a entidade recebe doações de pessoas físicas e/ou também pelo custo de aquisição e a diferença entre este valor e o jurídicas. No ano de 2005 a entidade recebeu as seguintes doações: valor de venda foram apropriadas em conta de resultado. A l.1) Pessoas Físicas e Cooperadores: R$ 13.557,62, l.2) Pessoas depreciação foi calculada pelo método linear, com base em taxas Jurídicas: R$ 3.987,06. Nota 4) Ajuste de Exercícios Anteriores: O que levam em conta o tempo de vida útil estimado dos bens. valor de R$ (158.726,25) constante na Demonstração das Mutações Parecer dos Auditores Independentes divulgadas; (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis 1) Examinamos o Balanço Patrimonial do Colégio de Santa Inês, mais representativas adotadas pela Administração da Entidade, bem levantado em 31 de dezembro de 2005, e as respectivas Demons- como da apresentação das Demonstrações Contábeis tomadas em trações do Déficit do Exercício, das Mutações do Patrimônio Social e conjunto. 3) Não foram constituídas Provisões para Férias e Encardas Origens e Aplicações de Recursos, correspondentes a este exer- gos dos funcionários, e conforme descrito nas Notas Explicativas, cício, elaborado sob a responsabilidade da administração dessa Ins- item 5 “Contingência Tributária” a administração, fundamentada em tituição. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião so- posição de seus consultores jurídicos e com base em decisões judibre essas Demonstrações Contábeis. a) O Colégio de Santa Inês ciais favoráveis, não constituiu esta provisão. Os possíveis reflexos tem registro no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) do resultado final dessas ações nas Demonstrações Contábeis deconcedido em 13 de março de 1970, conforme processo n.º 209.648/ penderão de futuras decisões judiciais, cujos efeitos não são conhe70. A Entidade possui Certificado de Entidade Beneficente de Assis- cidos em virtude da falta de quantificação da mesma. 4) Em nossa tência Social – CEAS (antigo Certificado de Entidade de Fins Filan- opinião, exceto quanto aos efeitos que poderiam decorrer de possítrópicos), emitido pelo CNAS. É declarado de Utilidade Pública Fe- veis ajustes pelo descrito no parágrafo 3, as demonstrações contábeis deral de acordo com o Decreto Federal n.º 54.091 de 04 de agosto referidas no parágrafo 1, representam adequadamente, em todos os de 1964 publicado no Diário Oficial da União de 20 de setembro de aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Colégio 1964. 2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as Nor- de Santa Inês, em 31 de dezembro de 2005, o resultado de suas mas de Auditoria, aplicáveis no Brasil, e compreenderam: (a) o pla- operações, as mutações do patrimônio social e as origens e aplicanejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o ções de recursos, referentes ao exercício findo naquela data, de acordo volume das transações, e o sistema contábil e de controles internos com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 5) As Demonstrações da Entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências Contábeis do exercício findo em 31 de dezembro de 2004 apresentae dos registros que suportam os valores e as informações contábeis das para fins de comparação, também foram por nós auditadas e o
Demonstração do Déficit do Exercicio 2005 2004 (+) Receitas Operacionais Receitas c/ Ativid. de Educ. Receitas c/ Ativid. de Educ. R$ 3.943.783,70 4.302.683,23 R$ 3.943.783,70 4.302.683,23 (-) Despesas Operacionais Despesas c/ Progr. e Proj. de Ass.soc. e Educação Despesas c/ Pessoal R$ (2.062.247,92) (2.671.159,42) Despesas Administ./ Gerais R$ (2.697.642,74) (2.906.325,24) Desp. Fiscais,Trib. e Previd. R$ (24.636,13) (27.653,07) R$ (4.784.526,79) (5.605.137,73) Resultado Operacional R$ (840.743,09) (1.302.454,50) (+) Receitas não Operacionais Receitas Financ./Patrim./Extraord. Receitas Financ. e Patrim. R$ 85.510,02 138.883,46 Rec. de Conv. Benefic. /Assist. R$ 175.000,00 0,00 Receitas Transit. e Eventuais R$ 5.911,40 700,00 Receitas Gerais R$ 46.770,00 76.479,29 Receitas de Prest. de Serv. R$ 27.657,20 34.346,30 R$ 340.848,62 250.409,05 (-) Despesas não Operacionais Despesas c/ Ativid. Extraord. Despesas Trans. e Eventuais R$ (3.316,40) (4.193,10) R$ (3.316,40) (4.193,10) Déficit do Exercício R$ (503.210,87) (1.056.238,55) Demonst. das Orig. e Aplic. de Recurs. 2005 2004 Origens R$ R$ Depreciação / Amort. do Exerc. 714.464,06 710.889,51 Ajustes de Exercícios Anteriores 0,00 3.434,89 Alienação de Bens do Imobilizado 23.461,23 0,00 Aumento do Passivo Exigível a L. Prazo 67.525,09 0,00 Total de Origens 805.450,38 714.324,40 Aplicações R$ R$ Déficit do Exercício 503.210,87 1.056.238,55 Aquisição de Bens Imobilizados 39.927,12 42.736,99 Ajustes de Exercícios Anteriores 158.726,25 0,00 Redução do PL - Bx. do Sl. Anuidades Pend. Consideradas Incobráveis 0,00 1.868,26 Baixa de Depreciação na Alienação de Bens do Imobilizado 11.339,37 0,00 Total de Aplicações 713.203,61 1.100.843,80 Aumento/Red. do Cap. Circ. Líq. 92.246,77 (386.519,40) Variações do Capital Circulante Líquido R$ R$ Ativo Circulante: Saldo Inicial 710.408,76 1.196.059,28 Saldo Final 789.731,32 710.408,76 (+) Variação do Ativo Circulante 79.322,56 (485.650,52) Passivo Circulante: Saldo Inicial 263.672,31 362.803,43 Saldo Final 250.748,10 263.672,31 (–) Variação do Passivo Circulante (12.924,21) (99.131,12) Aumento/Red. do Cap. Circ. Líq. 92.246,77 (386.519,40) do Patrimônio Social e na Demonstração das Origens e Aplicações dos Recursos como “Ajuste de Exercícios Anteriores”, refere-se a Processo de Execução Fiscal nº18106/2003 da Prefeitura do Município de São Paulo competência de 2003. Nota 5) Contingência Tributária Tributária: Em vista das alterações constantes da Lei 9.732/98, em vigor desde abril de 1999, foram introduzidas mudanças que visam limitar a Isenção (Imunidade) das Contribuições à Seguridade Social – INSS. A entidade possui Medida Liminar que lhe assegura a situação aplicável à lei anterior. Entretanto, em se tratando de entidade de fins filantrópicos está imune da quota patronal de previdência social, e, ainda, protegida pela liminar concedida na ação direta de inconstitucionalidade nº 2028-5 de 14/7/1999. A Entidade vem calculando suas contribuições sociais usufruídas com base na Lei 8.212/91 em sua redação primitiva. Após análise detida pela Administração e seus consultores jurídicos, o entendimento é que a exigência é inconstitucional, indevida e remota a possibilidade de perda. Portanto, embora esses valores sejam calculáveis, decidiuse não constituir provisão para esse fim. Esses valores, anuais, equivalem a Isenção (Imunidade) Usufruída - INSS, elencadas nas contas de compensação. Nota 6) Atividades Beneficentes de Assistência Social - Educação - a) Os recursos da entidade foram aplicados em suas finalidades institucionais, em conformidade com seu Estatuto Social, demonstrados pelas suas despesas e investimentos patrimoniais; b) A entidade utiliza-se do Grupo Compensado, constante do Balanço Patrimonial para o registro e controle de suas Gratuidades Concedidas Concedidas, do Custo da Isenção (Imunidade) da Quota Patronal de Previdência Social usufruída e para outros controles de interesse da instituição. b.1) Os valores alocados neste grupo não compõem os Ativos e Passivos da entidade. c) Em atendimento ao disposto no inciso VI do artigo 3º do Decreto nº 2.536/98 2.536/98, a entidade no ano de 2005 concedeu, através de seus Projetos Sócio-Educacionais, as seguintes gratuidades: d) As Gratuidades Concedidas pela entidade, através de seus Projetos Filantrópicos, totalizam um montante de R$ 1.077.739,50 1.077.739,50; e) Os valores de Gratuidades Concedidas pela entidade foram compostos através de custos financeiros (elencados na Demonstração do Déficit do Exercício) e apurados através de controles internos e contábeis da entidade; f) O custo da isenção (imunidade) da quota patronal da previdência social usufruída pela entidade no ano de 2005 foi de R$ 395.434,24; Nota 7) Déficit: O déficit do exercício será transferido para a conta Patrimônio Social (PL) após aprovação da Assembléia Geral dos Associados. São Paulo, SP, 31 de dezembro de 2005. Ir. Lúcia Maistro - Diretora – Presidente - C.P.F. 421.654.158-53 Ir. Vera Lúcia Camerotti - Tesoureira - C.P.F. 069.334.968-99 Flávia Roberta Mendes Contadora-1SP 221432/O-7–CRC-SP - C.P.F. 151.267.458.32 parecer emitimos com ressalva em 06/06/2005, referente aos possíveis reflexos da não constituição da Provisão para Férias e Encargos e para “Contingência Tributária”. 6) Conforme demonstrado no item “6” das Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis e em conjunto com seu Balanço Patrimonial, nos grupos “Ativo e Passivo Compensados” (Grupo Extra-Patrimonial), e na Demonstração do Déficit do exercício a Entidade demonstrou ter aplicado em Gratuidades durante o ano de 2005, valor superior a 20% (vinte por cento) de sua receita base em atendimento ao Decreto Federal nº 2.536, de 06 de abril de 1998, que dispõe sobre a concessão e manutenção do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social – CEAS (antigo Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos – CEFF). As Gratuidades Concedidas e constantes desses documentos contábeis expressam valor superior à Isenção Usufruída da Quota Patronal de Contribuição para a Seguridade Social. São Paulo, 19 de junho de 2006. Auditus Consultores e Auditores Independentes CRC.: 2 SP 0021171/ 0-0 Alexandre Moreira de Sousa Carmo Antônio Marino CPF.: 001.452.118 – 00 CPF.: 001.124.618 – 91 CRC.: 1 SP. 002200 / 0 –4 CRC.: 1SP 053925/0- 4 CVM.: Ato Declaratório N.º 50
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 29 de agosto de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Mais Distribuidoras de Veículos Ltda. - Requerido: World Import Parts P R S P Veículos Ltda.-ME - Rua Eugênio Falk, 344 - 01ª Vara de Falências
Requerente: Teadit Juntas Ltda. Requerente: Teadit Indústria e Comércio Ltda. - Requerido: Servalit Vedações e Mautenção Industrial Ltda. Rua José Pinheiro, 181 - 01ª
Vara de Falências Requerente: Krindges Industrial Ltda. - Requerido: Euro Fashion Modas Ltda. - Rua dos Italianos, 988 - 02ª Vara de Falências
Requerente: Della Via Pneus Ltda. - Requerido: Rocha e Franco Comércio de Pneus Ltda. - Av. Conselheiro Moreira de Barros, 4.200 01ª Vara de Falências
COMUNICADOS
PIC 8 MODAS LTDA - EPP, CNPJ 68.121.540/0001-67, IE n.° 113.687.687.113, comunica o extravio das Notas Fiscais modelo 01 do número 451 a 500 em branco. 30-31/08 e 01/09 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS
A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Obras: TOMADA DE PREÇOS N.º - OBJETO - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO – PRAZO - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/2040/06/02 - Reforma de Prédio(s) Escolar(es) - EE Silvio de Almeida - Rua Cel Joaquim Alves, 1438 - Riachuelo Batatais/SP – 240 - R$ 60.993,00 – R$ 6.099,00 – 09:30 – 18/09/2006. 05/2041/06/02 - Reforma de Prédio(s) Escolar(es) - EE Prof. Geraldo Tristão de Lima - Rua Cel Ovidio, 720 - Riachuelo Batatais/SP – 180 - R$ 29.719,00 – R$ 2.971,00 – 10:30 – 18/09/2006. 05/2042/06/02 - Reforma de Prédio(s) Escolar(es) - EE Profª Graziela Malheiro Fortes - Rua Maria Rosa da Silva, 349 - Jardim Paraiso - São Joaquim da Barra/SP – 180 - R$ 33.642,00 – R$ 3.364,00 – 14:00 – 18/09/2006. 05/1956/06/02 - Reforma de Prédio(s) Escolar(es) - DER - Diretoria de Ensino Norte 2 - Rua Plinio Pasqui, 217 - Parada Inglesa - Tucuruvi - São Paulo/SP – 120 - R$ 21.123,00 – R$ 2.112,00 – 15:00 – 18/09/2006. 05/2024/06/02 - Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista - EE Simão da Silva - Praça da Matriz, 469 - Centro - São Simão/SP – 90 - R$ 16.792,00 – R$ 1.679,00 – 16:00 – 18/09/2006. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 31/08/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). O Edital completo através de cópias reprográficas/heliográficas terá o custo de R$ 0,10 (dez centavos) por cópia reprográfica e R$ 3,00 (três reais) por cópia heliográfica. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 15/09/2006, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Willian Sampaio de Oliveira Diretor Executivo
ATA
DIÁRIO DO COMÉRCIO
10 -.ECONOMIA/LEGAIS (continuação)
quarta-feira, 30 de agosto de 2006
BANCO SUMITOMO MITSUI BRASILEIRO S.A.
CNPJ 60.518.222/0001-22 Associado ao SUMITOMO MITSUI BANKING CORPORATION - Tokyo - Japão - Sede: Av. Paulista nº 37 - 11º e 12º andares - São Paulo - Fax nº 0xx11 - 3178-8194 - Tel: 0xx11 - 3178-8000 Contábeis - NPC nº 26 e a Instrução Normativa nº 371/01 da Comissão de Valores Mobiliários - CVM, que estabelecem que as parcelas de ganhos ou perdas que excedam o maior valor entre 10% do valor presente da obrigação atuarial e 10% do valor justo dos ativos do plano devem ser amortizadas pelo serviço futuro médio dos participantes do A Diretoria: Aos Acionistas e Administradores do Banco Sumitomo Mitsui Brasileiro S.A. - São Paulo - SP - 1. Examinamos o balanço patrimonial do Banco Sumitomo Mitsui Brasileiro S.A., levantado em 30 de junho de 2006, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes ao semestre findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas brasileiras de auditoria e compreendeu: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do
plano. Em 30 de junho de 2006, a entidade tinha 75 (78 em 2005) participantes ativos no em virtude de este ter apresentado posição superavitária em suas reservas atuariais plano de benefício definido e 16 (16 em 2005) participantes em gozo de benefícios (R$255 em 2005). 19. Eventos Subseqüentes - Em 10 de julho de 2006, o Banco (aposentadoria e pensão). No semestre findo em 30 de junho de 2006, o Banco não efetuou um pagamento de R$1.900 referente a uma revisão contratual de serviços efetuou contribuições à sociedade de previdência privada mencionada anteriormente, advocatícios, conforme Instrumento Particular de Transação firmado nessa data. José Maria Cruz - Contador - CRC-TC/SP144272/O-0 Parecer dos Auditores Independentes Banco; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. As demonstrações financeiras referensuportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das tes ao semestre findo em 30 de junho de 2005, apresentadas para fins de comparação, práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração foram examinadas por outros auditores independentes, que emitiram parecer sem do Banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em ressalva datado de 28 de julho de 2005. São Paulo, 21 de julho de 2006 conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Sumitomo Mitsui Brasileiro S.A. em 30 de junho de 2006, o Clodomir Félix Fialho Cachem Junior resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e Auditores Independentes Contador - CRC nº 1 RJ 072947/O-2 “S” SP aplicações de seus recursos correspondentes ao semestre findo naquela data, de acordo CRC nº 2 SP 011609/O-8
COMUNICADO
BALANÇOS
COMUNICADO KJ - KOYAMA JÓIAS LTDA, estabelecida nesta capital, devidamente inscrita na JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO sob nº35212475958 em seção de 01/08/1994, vem publicamente comunicar o registro em duplicidade de alterações contratuais sob os respectivos nºs 304131/04-0 e 248119/04-7.
CONVOCAÇÕES
ASSOCIAÇÃO DAS EMPRESAS DE SERVIÇOS CONTÁBEIS DO ESTADO DE SÃO PAULO - AESCON/SP
EDITAL DE CONVOCAÇÃO - ELEIÇÕES Pelo presente edital, ficam convocadas todas as associadas da Associação das Empresas de Serviços Contábeis do Estado de São Paulo – AESCON/SP, quites e em pleno gozo de seus direitos, para participarem da eleição para composição da Diretoria Executiva e Conselho Fiscal, bem como de seus respectivos suplentes, que se realizará no dia 17 de outubro de 2006, no período das 10:00 (dez) às 20:00 (vinte) horas, na sede da Entidade, situada na Avenida Tiradentes, nº 960, Bairro da Luz – São Paulo – SP, para o mandato de 1º (primeiro) de janeiro de 2007 até 31 (trinta e um) de dezembro de 2009, podendo os representantes de associadas interessadas na candidatura de cargos eletivos, atendido o Estatuto Social, procederem ao registro de seus nomes, por meio de chapa, até 15 (quinze) dias após a data de publicação deste edital de convocação, das 10:00 às 17:00 horas, na sede social. São Paulo, 30 de agosto de 2006. Antonio Marangon - Presidente SINDICATO DAS EMPRESAS DE SERVIÇOS CONTÁBEIS E DAS
EMPRESAS DE ASSESSORAMENTO, PERÍCIAS, INFORMÇÕES E PESQUISAS NO ESTADO DE SÃO PAULO – SESCON/SP.
ELEIÇÕES SINDICAIS Edital de Convocação Pelo presente edital, em conformidade com o disposto no Estatuto Social e no Regulamento Eleitoral do SESCON-SP, faço saber que no dia 17 (dezessete) de outubro de 2006, no período das 10:00 (dez) às 20:00 (vinte) horas, na sede desta entidade, situada na Avenida Tiradentes, nº 960, Bairro da Luz – São Paulo – SP, será realizada eleição para composição da Diretoria Executiva, Conselho Fiscal e Delegados Representantes junto à Federação a que está filiada esta Entidade, membros efetivos e suplentes, para o mandato de 1º (primeiro) de janeiro de 2007 até 31 (trinta e um) de dezembro de 2009, ficando aberto o prazo de 15 (quinze) dias corridos, a contar da publicação do presente, para registro de chapas. O requerimento para o registro, em 2 (duas) vias, acompanhado de todos os documentos exigidos pelo Regulamento Eleitoral, será dirigido ao Presidente do Sindicato, podendo ser assinado por qualquer dos candidatos componentes da chapa. A Secretaria da Entidade funcionará no período destinado ao registro de chapas, para o atendimento e prestação de informações concernentes ao processo eleitoral, de segunda a sexta-feira, no horário das 9:00 (nove) às 17:00 (dezessete) horas. A impugnação de candidaturas deverá ser efetuada até o 5º (quinto) dia seguinte à publicação da relação das chapas registradas, que ocorrerá nos 10 (dez) dias subseqüentes ao encerramento do prazo para o seu registro, em petição fundamentada dirigida ao Presidente da Entidade. Em se tratando de chapa única, a eleição será efetuada em única convocação, com qualquer número de associadas, no dia 17 (dezessete) de outubro de 2006, nas condições acima. Havendo mais de uma chapa registrada, caso não seja obtido quorum em primeira convocação – participação de eleitores que representem a maioria absoluta das associadas com direito a voto e quites com a tesouraria - a eleição, em segunda convocação, será realizada no dia 31 (trinta e um) de outubro de 2006, das 10:00 (dez) às 20:00 (vinte) horas, no mesmo local da convocação anterior, considerando-se válida a eleição com qualquer número de associadas, entre aquelas que se encontravam em condições de exercitar o voto na primeira convocação. Em caso de empate entre as chapas mais votadas, realizar-se-á nova eleição, limitada às chapas empatadas, no dia 07 (sete) de novembro de 2006, das 10:00 (dez) às 20:00 (vinte) horas, no local anteriormente citado. Havendo somente uma chapa registrada para as eleições, poderá a votação ser realizada através da rede mundial de computadores ou da adoção universal do voto por correspondência, na forma disciplinada por resolução da Presidência do Sindicato e comunicada aos eleitores. Fica constituída, nos termos do Regulamento Eleitoral, comissão para instrução dos recursos referentes à recusa ou impugnação de chapas, composta de 5 (cinco) representantes de associadas, assim formada: Senhores Adauto César de Castro, Annibal de Freitas, Aparecida Terezinha Falcão, Francisco Antonio Feijó e José Serafim Abrantes. São Paulo, 30 de agosto de 2006. Antonio Marangon - Presidente.
ATA
Bradesplan Participações S.A. CNPJ no 61.782.769/0001-01 - NIRE 35.300.159.144 Extrato da Ata da 26a Assembléia Geral Extraordinária realizada em 29.5.2006 Data, Hora, Local: Aos 29 dias do mês de maio de 2006, às 14h, na sede social, Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP. Presença: Totalidade do Capital Social. Constituição da Mesa: Presidente: Milton Almicar Silva Vargas; Secretário: José Luiz Acar Pedro. Convocação: Dispensada (§ 4o do Artigo 124 da Lei no 6.404/ 76). Deliberações: I) aprovada a proposta da Diretoria para alterar o Estatuto Social, no Artigo 7o, elevando de 4 (quatro) para 9 (nove) o número máximo de cargos na Diretoria, que passará a vigorar com a seguinte redação: “Art. 7o) A Sociedade será administrada por uma Diretoria, eleita pela Assembléia Geral, com mandato de 1 (um) ano, composta de 2 (dois) a 9 (nove) membros, sendo 1 (um) Diretor-Presidente e de 1 (um) a 8 (oito) Diretores sem designação especial.”; II) considerando a transferência do controle da Sociedade para a Elba Holdings Ltda., os membros da Diretoria, senhores João Moisés de Oliveira - Diretor-Presidente, Luiz Maurício Leuzinger, Renato da Cruz Gomes e Rômulo de Mello Dias - Diretores, colocaram os seus cargos à disposição, de forma que a nova controladora, procedesse à eleição dos novos membros para compor a Diretoria da Sociedade, tendo sido eleitos, com mandato até a Assembléia Geral Ordinária de 2007, os senhores: Diretor-Presidente: Márcio Artur Laurelli Cypriano, brasileiro, casado, bancário, RG 2.863.339-8/SSP-SP, CPF 063.906.928/20; Diretores: Laércio Albino Cezar, brasileiro, casado, bancário, RG 3.555.534/SSP-SP, CPF 064.172.724/00; Arnaldo Alves Vieira, brasileiro, viúvo, bancário, RG 4.847.312/ SSP-SP, CPF 055.302.378/00, todos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP; Luiz Carlos Trabuco Cappi, brasileiro, casado, bancário, RG 5.284.352/SSP-SP, CPF 250.319.028/68, com domicílio na Avenida Paulista, 1.415, São Paulo, SP; Sérgio Socha, brasileiro, casado, bancário, RG 208.855-0/SSP-SC, CPF 133.186.409/72; Julio de Siqueira Carvalho de Araujo, brasileiro, casado, bancário, RG 3.272.499/ IFP-RJ, CPF 425.327.017/49; Milton Almicar Silva Vargas, brasileiro, casado, bancário, RG 7.006.035.096/ SSP-RS, CPF 232.816.500/15; José Luiz Acar Pedro, brasileiro, casado, bancário, RG 5.592.741/SSP-SP, CPF 607.571.598/34; e Norberto Pinto Barbedo, brasileiro, divorciado, bancário, RG 4.443.254/SSP-SP, CPF 509.392.708/20, todos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, sendo que permanecerão nas suas funções até que a Ata da Assembléia Geral Ordinária que eleger os novos membros em 2007 seja arquivada na Junta Comercial e publicada. Em seguida, foi fixado o montante global anual de remuneração dos Administradores, no valor de até R$38.000,00. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a Ata da referida Assembléia encontra-se lavrada no livro próprio e arquivada conforme segue: “Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob número 166.842/06-0, em 21.6.2006. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.”. Bradesplan Participações S.A. aa) João Moisés de Oliveira, Luiz Maurício Leuzinger.
DECLARAÇÕES DE PROPÓSITOS
ATA
COMUNICADO
EDITAIS EDITAL A Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos Municipais de São Paulo realizará dia 30 de outubro de 2006, segunda-feira, eleições para renovação da Diretoria, de acordo com o artigo 57 de seus Estatutos. As inscrições serão aceitas impreterivelmente até o dia 02 de outubro de 2006, segunda-feira até as 17:00 horas, conforme preceitua o item “a” artigo 58 de seus Estatutos e deverão ser encaminhadas mediante requerimento próprio para nossa sede, sita à Av. Ipiranga nº 318, bloco A cj 402 - Centro. O regulamento eleitoral e inscrições poderão ser adquiridos em nossa sede. SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE HOSPITAL GERAL DE VILA NOVA CACHOEIRINHA “Dr. Álvaro Simões de Souza” EDITAL DE PREGÃO (PRESENCIAL) Acha-se aberta na Seção de Compras do Hospital Geral de Vila Nova Cachoeirinha o PREGÃO (PRESENCIAL) n.°66/06, tipo menor preço, destinado à CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE LAVANDERIA HOSPITALAR NAS DEPENDÊNCIAS DA CONTRATADA. Processo 01.0125.00937/05, encerramento dia, 14/09/2006 às 14:00 horas. O Edital na íntegra para consulta e retirada estarão disponíveis no site www.e-negociospublicos.com.br FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR
PREGÃO Nº 035/2006-FAMESP/HEB PROCESSO Nº 234/2006-FAMESP/HEB REGISTRO DE PREÇO Nº 022/2006-FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 30 de agosto de 2006 a 14 de setembro de 2006, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignoli s/n, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680–ramal 111FAX(0xx14)3882-1885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/HospitalEstadual Bauru, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL - PREGÃO Nº 035/2006-FAMESP/HEB - PROCESSO Nº 234/ 2006-FAMESP/HEB, que tem como objetivo a Aquisição de Avental descartável e lençol descartável tipo hospitalar para o Hospital Estadual Bauru, conforme anexo II, para registro de preço por um período de 12 meses. As Amostras deverão ser entregues até o dia 14 de setembro de 2006. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação será realizada no dia 28 de setembro de 2006, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100 – Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. Botucatu, 30 de agosto de 2006. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi - Diretor Vice Presidente - FAMESP.
4
Estilo Tr i b u t o s Finanças Nacional
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 30 de agosto de 2006
PACOTE DE CRÉDITO DEVE SAIR NO PRÓXIMO DIA 5
5
bilhões de dólares é o gasto adicional da Mittal com a compra da Arcelor com oferta pública
Fotos: Andrea Felizolla/LUZ
Cartões: potencial para girar US$ 100 bilhões no País Para executivos de administradoras de cartões, com mudança na cultura de apego ao cheque, que predomina entre os empresários, o mercado de plásticos corporativos, incluindo o uso pelos governos, teria grande expansão. Só as empresas privadas poderiam movimentar US$ 60 bilhões.
A
cultura do papel ainda emperra o crescimento do mercado de cartões de crédito corporativos nas empresas brasileiras, principalmente nas pequenas e médias. O superintendenteexecutivo do ABN Amro Real, Mario Pascale Guernelli, diz que há um mercado de US$ 60 bilhões para ser explorado no Brasil. Nas contas do presidente da Visanet, Antonio Luiz Rios, se incluídos os governos, esse número pode chegar à casa dos US$ 100 bilhões. Guernelli diz acreditar que umas das principais barreiras ao produto é a cultura do empresário brasileiro, atrelada demais à dupla assinatura no caso dos cheques de pessoa jurídica e ao receio de concentrar uma parte considerável dos pagamentos em um único modelo de crédito. "Existe essa cultura do cheque como base dos pagamentos. Mudar esse hábito demanda tempo e preparo das equipes que vão vender esse produto ao cliente."
O diretor de Soluções Corporativas da Amex Bradesco, Luiz Sacco, coloca como uma das principais barreiras o medo das empresas de delegar o poder de crédito a uma única pessoa. De acordo com ele, o cartão corporativo acaba com a burocracia nos pagamentos, colocando grande parte das ações nas mãos de uma pessoa, o que ainda não é muito bem digerido pelas empresas de pequeno e médio portes. "A companhia altera grande parte da estrutura de pagamento antiga quando adota o modelo de cartão", destaca. Vantagem — Como vantagem do modelo, Guernelli, do ABN Amro, cita a digitalização de toda a rotina de caixa da empresa, principalmente nos custos com viagens e despesas dos funcionários. No casos dos pagamentos, ele ressalta que a evolução de gastos e novos débitos pode ser acompanhada por meio de um extrato online. Ele destaca que as linhas de crédito desse tipo de cartão são mais atrativas para pequenos.
Já para as médias e as grandes empresas, as taxas não são tão atrativas. "Além da modernização, não se pode deixar de lado a alternativa de mais uma linha de financiamento para a empresa menor." O vice-presidente da Visa do Brasil, Ernauton Pires, informa que em 2003 havia 12 emissores de cartões corporativos no Brasil, responsáveis por uma carteira de 302 mil cartões. No fim de 2005, o número de emissores passou para 15 e a base saltou para 1,5 milhão de plásticos. "Mesmo com as barreiras, o produto tem aceitação no mercado brasileiro", afirma o executivo da Visa. Em relação aos governos, Pires explica que a adoção do cartão corporativo depende da burocracia oficial, já que o produto precisa se enquadrar na lei de licitações. Entre as vantagens, ele destaca a transparência na prestação de contas e no controle por parte de órgãos como o Tribunal de Contas e o Ministério Público. Davi Franzon
Sacco, diretor da Amex Bradesco (ao microfone): empresas temem delegar poder de crédito a uma pessoa.
Empresas mostram as tecnologias do futuro uso de cartões e de sistemas de transferência eletrônica como forma de pagamento caminha para substituir o cheque e, nas projeções mais radicais, até mesmo o dinheiro. Cartões de crédito e débito com o sistema contactless (cobrança por aproximação) e o futuro uso do telefone celular para realização de compras serão difundidos no mercado consumidor europeu e dos Estados Unidos nos próximos dez anos. Empresas apresentam novidades no segmento no Congresso de Cartões e Crédito ao Consumidor, que está sendo realizado em São Paulo nesta semana. No caso do Brasil, a previsão da Visa é de que essa transferência de modelo ocorra de forma gradual, já que o usuário de cartões brasileiro é mais conservador quando é apresentado a novas tecnologias. O diretor de novos produtos da Visa, Percival Jatobá, conta que a estratégia da empresa é colocar o sistema con tactl ess nos cartões de crédito e débito que hoje já têm a tecnologia do chip de leitura. Com esse foco, a Visa pretende oferecer mais de três formas de pagamento em único plástico: a tarja magnética, o chip e o sistema con-
O
Demonstração de novo equipamento: avança tecnologia dos cartões.
tactless. "O produto precisa de uma adaptação antes de entrar no mercado brasileiro." Segundo Jatobá, o modelo contactless funciona como uma transferência eletrônica automática do cartão do cliente para o comerciante ou prestador de serviço. O sistema deve funcionar com teto de R$ 20 por compra. A tecnologia não exige digitação de senha ou assinatura de via de cobrança. O projeto da Visa prevê utilização do sistema em lojas de conveniência, bancas de jornal, comércio em geral e no sistema de transporte, principalmente o metrô. A administradora de cartões já tem contato
com a empresa do Metropolitano Paulista para a troca de tecnologia do modelo. O sistema funcionará como o atual bilhete único, mas com o débito na conta do usuário. Celular — Na evolução do sistema de transferência, a operação será efetuada por meio do telefone celular. Com a habilitação do aparelho, que oferecerá um menu de opções de pagamento ao usuário, o repasse do valor será automático. "O grande desafio desse modelo é a rede de segurança. Mostrar ao cliente que suas informações não serão desviadas ou ocorrerá um débito irregular de sua conta", diz. (DF)
Governo insiste em eliminar TR
N
a queda de braços com os bancos para reduzir o spread dos empréstimos (diferença entre o custo do dinheiro tomado pelos bancos e o oferecido aos clientes), o governo insiste em encontrar uma solução para acabar com a correção da taxa referencial de juros (TR) dos novos financiamentos habitacionais. O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, disse ontem que o governo não desistiu da idéia e que procura uma saída técnica para eliminar a TR desses financiamentos. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, também se reuniu ontem com dirigentes da Confederação Nacional de Instituições Financeiras, entidade que representa os grandes bancos, para discutir o pa-
cote de medidas, previsto para a próxima terça-feira. Consenso – "Nós estamos procurando a solução técnica, não temos ainda a definição", disse Bernardo. Segundo ele, o governo está ouvindo as instituições financeiras para buscar o "máximo de consenso" em torno das medidas em estudo pela equipe econômica para reduzir o spread e incentivar o setor de habitação. O ministro admitiu que há bancos que não querem a mudança, mas em contrapartida há instituições, segundo ele, "interessadas" na medida. O governo defende que haja financiamentos habitacionais a juros fixos de 12%. A mudança nas regras desses empréstimos é considerada de maior interesse para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O governo adiou para a
próxima semana o anúncio das medidas porque não conseguiu fechar um consenso com os bancos. Outras ações em estudo e já anunciadas por Mantega, como a portabilidade do crédito consignado, poderão não ser incluídas agora. Segundo uma fonte da área, em troca de regras melhores para o incentivo à habitação, o governo abriria mão de adotar imediatamente outras medidas. Para o ministro Bernardo, porém, não há pressão contra o pacote. "Não estou sabendo de pressão nenhuma. Estamos preparando as medidas encomendadas pelo presidente. Na hora em que estiverem prontas, serão anunciadas", afirmou. Ele atribui a detalhes técnicos a decisão do governo de adiar para o dia 5 de setembro o anúncio das medidas. (AE)
CVM exige oferta para Arcelor
área técnica da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) manteve a obrigatoriedade de uma oferta pública pelas ações da subsidiária, a Arcelor Brasil. A operação pode encarecer em cerca de US$ 5 bilhões a fusão entre a Mittal Steel e a Arcelor. A decisão da área técnica joga a questão no colo do colegiado da CVM, que dará a palavra final sobre o caso. Em sua passagem pelo Brasil, o bilionário indiano
apresentou seus argumentos diretamente ao presidente da CVM, Marcelo Trindade. Os técnicos da Comissão argumentam que o estatuto da Arcelor Brasil determina a realização de oferta pública sempre que houver mudança no controle da holding no exterior. Já a Mittal insiste que não tem obrigação de fazer oferta pelas ações, contestando parecer dos reguladores brasileiros. (Reuters)
A
visita do bilionário indiano Lakshmi Mittal ao Brasil, na semana passada, não rendeu os frutos esperados. Apesar dos esforços do executivo que controla a gigante siderúrgica Arcelor Mittal, a
quarta-feira, 30 de agosto de 2006
Nacional Empresas Tr i b u t o s Finanças
DIÁRIO DO COMÉRCIO
11 Com uma redução de cerca de 1% ao ano no ICMS, em 2015, a alíquota média seria de 12%. Cláudio Sales, presidente do Acende Brasil
EM 2005, SETOR FATUROU R$ 114 BILHÕES
SETOR DE ENERGIA ELÉTRICA APRESENTA PROPOSTAS PARA REDUZIR CARGA TRIBUTÁRIA, DE 43,7% EM 2005
IMPOSTOS CONSOMEM CONTA DE LUZ
A
s empresas de energia elétrica divulgaram, ontem, no I Fórum do Instituto Acende Brasil "Tributos e Encargos" propostas para a redução da carga tributária que, em 2005, consumiu 43,7% da receita bruta das companhias. O setor reivindica alíquota de 12% de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e a volta da cobrança do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) pelo sistema cumulativo. De acordo com Cláudio Sales, presidente do Acende Brasil, o desafio é reduzir pelo menos 30% dos impostos e encargos na tarifa de energia. Hoje, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), a conta de luz embute uma carga tributária de 45,81%, paga pelos consumidores. Com as propostas do Acende Brasil, uma conta de luz no valor de R$ 103,81, por exemplo, seria reduzida para R$ 74,22, mantendo o mesmo consumo.
Fotos: Artur de Leos/LUZ
Amaral: propostas são viáveis
Um dos pedidos do setor é a redução do peso do ICMS. Hoje, a alíquota média do imposto é de 19,7%. "Com uma redução de cerca de 1% ao ano, em 2015, teríamos uma alíquota média de 12%, crescimento de 4,5% da receita anualmente, e manutençao do nível da arrecadação entre R$ 15,6 e R$ 15,8 bilhões por ano", calculou Sales. Segundo levantamento da consultoria Pricewaterhouse Coopers, cerca de 41,4% do to-
tal da arrecadação do ICMS provém dos setores de energia elétrica, telecomunicações e combustíveis. Da carga total de 51,58% prevista para 2006, 2 5 , 1 8 % c o r re s p o n d e m a o ICMS; 10,83%, a encargos setoriais; 10,58%, a tributos federais; 4,87%, a trabalhistas; e 0,1%, a impostos municipais. Pesos – Entre os tributos federais, o que mais pesa é a Cofins, que leva 5,76% da receita bruta do setor. Os cálculos da Pricewaterhouse foram feitos com base em 54 empresas do setor, cujo faturamento em 2005 alcançou a marca de R$ 114,8 bilhões. Os encargos setoriais são outro entrave para as empresas de energia. O mais caro é a Conta de Consumo Combustível (CCC), que representa 40,3% do total de encargos. "Trata-se de um subsídio pago por toda população brasileira para comprar combustível para a região da Amazônia Legal. Queremos sua eliminação ou, ao menos, melhora na fiscalização do uso deste combustível e eliminação da cobrança
Para o economista Raul Veloso, redução da carga tributária está atrelada à diminuição dos gastos públicos
de ICMS sobre a CCC", afirmou,a Sales. "Falta vontade política, pois com o fim do CCC os estados deixam de arrecadar o ICMS que incide sobre o encargo", disse Paulo de Barros, da Eletrobrás. Essa cobrança gerará
cerca de R$ 450 milhões em 2006, de acordo com dados do Acende Brasil. Para o economista Raul Velloso, "sem a redução dos gastos públicos, a carga tributária não cairá". Mais otimista, Gilberto Luiz do Amaral, presidente do
IBPT e um dos participantes do seminário, acha que as propostas do setor são viáveis . "Temos que continuar a discussão junto à sociedade e ao governo. Quase 50% de nossa receita vai para o pagamento de tributos", disse. Laura Ignacio
JUSTIÇA DECIDE: PENSÃO DIVIDIDA ENTRE ESPOSA E AMANTE Decisão polêmica de ministros do STJ divide opinião de advogados Paulo Pampolin/Hype
Para o professor de Direito Leonardo Pantaleão, decisão põe em risco conceito de monogamia
patrimônio deixado. Polêmica – O entendimento foi considerado polêmico no meio jurídico. O professor de Direito do Complexo Damásio de Jesus, Leonardo Pantaleão, por exemplo, acredita que, "se o Poder Judiciário mantiver essa posição, colocará em risco o conceito da monogamia estabelecido pela Constituição Federal". Já o jurista Álvaro Villaça Azevedo classificou a decisão de inovadora, por estabelecer a repartição igualitária dos bens, mesmo que não tenha, de fato, ocorrido o rompimento da convivência com a esposa. Até então, segundo ele, a maio-
ria das decisões do STJ permitia o pagamento de pensão apenas no caso de o falecido estar separado, de fato, da esposa, e convivendo diretamente com a concubina. "A própria lei da Previdência Social já permitia esse tipo de divisão. É uma decisão humanitária porque, afinal, esses casais, de certa forma, mantiveram um relacionamento estável", comentou. Em uma dessas decisões, o STJ determinou que a Fundação Nacional da Saúde (Funasa) dividisse a pensão de um servidor público igualmente entre esposa e concubina. Na ocasião, o relator do processo, ministro Hamilton Carvalhido, argumentou que "a Constituição Federal de 1988, adequando-se à nova ordem social brasileira, na qual não mais era possível ignorar a existência de uniões não legalizadas pelo casamento, elevou à condição de entidade familiar e, por isso, objeto de proteção do Estado, a união estável e duradoura entre homem e mulher". E, como foi comprovada a convivência pública entre a autora da ação e o falecido, nos moldes determinados na união estável, era "incabível negar-lhe o direito à percepção da pensão em decorrência do falecimento do seu companheiro", justificou o ministro. Márcia Rodrigues
HSBC: reforço no crédito imobiliário
O
HSBC, sexto maior banco privado no Brasil, quer emprestar R$ 1,5 bilhão em crédito imobiliário até o final de 2007. Segundo o executivosênior de varejo da instituição, Paulo Renato Steiner, isso praticamente dobraria a carteira atual. Para puxar a demanda, o banco está lançando um financiamento que funciona com taxa prefixada de 1% ao mês, ou 12,68% ao ano – abaixo da meta da taxa bási-
ca de juro do País, a Selic, que está atualmente em 14,75% ao ano. O produto é desenhado como uma bonificação: para quem paga em dia a parcela, não há correção. Se a parcela for paga mais de um mês após o vencimento, é adicionada ao 1% mensal a Taxa Referencial (TR). Somente esse produto, projeta Steiner, seria capaz de trazer metade dos R$ 1,5 bilhão em demanda. O resto, segundo ele, viria a reboque.
Nos três meses de testes no Sul do País, o HSBC percebeu que muitos clientes que procuravam o banco para saber sobre esse produto acabavam contratando outro. "Aumentou em seis vezes o volume de consultas em Curitiba, e cinco vezes em Porto Alegre", contou Steiner. O crédito imobiliário à taxa de 1% é voltado para a classe média e para imóveis avaliados em pelo menos R$ 200 mil. O prazo máximo é de 10 anos. (Reuters)
Regimes de união para todos os gostos
C
asais que desejam selar uma união oficialmente podem optar por quatro regimes de bens. O mais utilizado continua sendo o de comunhão parcial de bens. É que, nos demais, o casal é obrigado a desembolsar em torno de R$ 200 para firmar o pacto antenupcial, uma espécie de contrato registrado em cartório que estabelece os direitos patrimoniais do casal. "Esse regime é o mais coerente com a questão patrimonial, por estabelecer a divisão dos bens adquiridos somente após a união", disse o vice-presidente da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen-SP), Nelson Hidalgo Molero. Ele afirmou que a comunhão parcial é a opção de 95% dos casais que celebram união na Comarca de Santos, na qual trabalha. Na comunhão parcial, os bens obtidos durante o casamento são dos dois cônjuges – exceto os recebidos por herança e doação. Os anteriores não entram em uma futura partilha. No regime de comunhão universal, tanto os bens anteriores como posteriores ao casamento são compartilhados por inteiro – até mesmo heranças e premiações como loteria. Na separação de bens, nada é dividido pelos cônjuges. O mais novo regime, de participação final dos aqüestos, criado com o novo Código Civil, é uma mistura da comunhão parcial e de separação de bens.
200
reais é o preço cobrado no mercado para a celebração, em cartório, de pacto antenupcial entre os casais
Nele, os bens adquiridos antes ou durante o casamento pertencem a quem os comprou até uma possível separação. Os bens anteriores são de quem os possuía. Na separação, no entanto, o patrimônio deve ser divididos meio a meio. Desde o início da vigência do novo Código Civil também começou a figurar como estado civil a união estável – a convivência entre homens e
mulheres que não são casados legalmente. Essa relação precisa ser evidenciada, em público, pela intimidade e convívio do casal. Não é preciso, necessariamente, morar na mesma residência. Para caracterizar união estável, nenhum dos "cônjuges" pode estar casado oficialmente ou ser ascendente ou descendente do outro. Na separação, há a divisão dos bens adquiridos pelo casal e não do patrimônio existente antes da união. Alguns casais, inclusive, optam por firmar um contrato em cartório como forma de garantir a blindagem de seu patrimônio. "Esse tipo de acordo é considerado um contrato comercial como qualquer outro firmado entre amigos, por exemplo, na compra de um imóvel. Mas se for caracterizada a união estável, a partilha de bens é automaticamente realizada em cima dos bens adquiridos juntos", explicou o jurista Álvaro Villaça Azevedo. (MR)
Factoring
DC
E
sposa e amante já podem dividir a pensão deixada pelo marido. O assunto vem sendo discutido no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e já existem decisões na Corte determinando a divisão do benefício pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em partes iguais para as duas. Até então, esse direito era garantido à mulher em uma união estável, mas somente nos casos em que o homem não fosse casado oficialmente com outra. A mais recente decisão envolvendo a repartição dos bens foi proferida pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS). Diz respeito a um homem, já falecido, que tinha dois filhos com a esposa, de quem nunca se separou de fato. Com a funcionária de sua lanchonete, que morava no mesmo prédio do estabelecimento comercial, ele tinha outras duas filhas. No entendimento do desembargador José Ataídes Siqueira Trindade, "o relacionamento mantido ao longo de 16 anos, embora ele fosse casado há mais de 30 anos, é a prova cabal de que uma pessoa pode manter duas famílias, sendo possível manter uma união estável paralela ao casamento". Por isso, estabeleceu que ambas tinham direito à metade do
O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com
12
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Nacional Finanças Empresas Tr i b u t o s
quarta-feira, 30 de agosto de 2006
Para desfrutar do luxo do hotel Burj al Arab, é preciso desembolsar US$ 5 mil por dia.
DIÁRIA EM IATE CUSTA 110 MIL EUROS
Fotos: Divulgação
O hotel Burj al Arab foi construído em uma ilha artificial...
TURISMO ESPACIAL? SIM, JÁ É Roteiros a partir de 2008 POSSÍVEL. O
...em Dubai e lembra um veleiro, com 321 metros de altura. Boa parte da construção é banhada a ouro.
Roteiro turístico da Immaginare custa US$ 25 milhões
S
e você tivesse uma fortuna vultosa, pagaria US$ 25 milhões por uma viagem para o espaço? O valor equivale a 22 loterias atuais acumuladas e dá direito a uma experiência igualzinha à que passou o astronauta brasileiro Marcos Pontes. Pelo menos é isso o que a agência de turismo Immaginare oferece a seus clientes mais excêntricos. E, no Brasil, são poucos os que têm cacife para bancar uma viagem dessas. Quem sabe, os irmãos Joseph e Moise Safra, que controlam o banco Safra e têm na conta US$ 4,7 bilhões se interessariam? Ou Aloysio de Andrade Faria, dono do banco Alfa, que guarda no cofrinho US$ 2,9 bilhões? Outros empresários poderosos e bilionários, como o ex-banqueiro Julio Bozano ou o presidente do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, também poderiam dar uma volta no espaço. Além deles, somente o ex-dono do Banco Garantia, Jorge Paulo Lehmann e a herdeira Lily Safra, também bilionária, teriam tempo e dinheiro para essa aventura. "A experiência inclui dois anos de treinamento na Rússia e uma viagem de oito dias, dos quais três a bordo da Estação Espacial Internacional", explica o diretor da Immaginare, Edgar Werblosky. Mas não é só pagar a fortuna e correr para o espaço. Os exames médicos iniciais custam US$ 200 mil, mas se o aspirante a astronauta não tiver uma saúde lá muito boa, pode esquecer a viagem, mesmo depois de ter pago todos os exames. "Por enquanto, não apareceu nenhum interessado, mas isso é questão de tempo", diz Werblosky. Mas a Immaginare, que pertence ao grupo da Freeway Brasil, não torna possíveis somente vôos espaciais. "A empresa nasceu com o objetivo de realizar sonhos que pareciam inalcançáveis", conta Werblosky. Voar de balão, aprender a cozinhar com um chef estrela, pilotar um carro de Fórmula 1 ou fazer um curso de strip-tease são somente algumas das 200 experiências que a agência oferece. "Nos inspiramos em conceitos de vivências bem difundidos em países como a Inglaterra e Portugal." Viagem de iate – Entre os passeios mais inusitados, está
uma viagem a bordo do iate do Armador Onassis. A diária custa 110 mil euros, com lugar para 36 convidados, piscina, ofurô, jantares preparados por chefs internacionais e serviço de quarto de hotel cinco estrelas. Os viajantes que preferem emoções fortes podem pilotar um avião de caça e participar de um combate aéreo nos céus. "A idéia é que ele acerte virtualmente o oponente, que vai no outro avião", conta. Também há pacotes para o hotel mais caro do mundo, o Burj al Arab, que fica em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. A diária custa a partir de US$ 5 mil – uma cama com preço à disposição de poucos endinheirados. O hotel, que parece mais um veleiro ancorado, ergue-se em uma ilha artificial e chega a 321 metros de altura. A construção é mais alta que a Torre Eiffel e só 60 metros menor que o Empire State. Detalhe: boa parte do hotel é banhada a ouro. Mas férias de rei mesmo é no Castelo de Edimburgo, na Escócia. O preço do pacote também é digno da realeza: US$ 25 mil a semana, para duas pessoas. Entre um vinho nobre e um jantar preparado por chef famoso, atividades de golfe, arco e flecha, montaria e falcoaria recheiam o dia dos que têm sangue quase azul. Tubarões brancos – E quem pensa que esses projetos não saem do papel está completamente enganado. Só neste mês, a empresa fechou dois pacotes de viagem nada convencionais. Um deles é para um grupo de pessoas que deve mergulhar com os tubarões brancos na África do Sul. "Elas descem ao mar dentro de uma gaiola e podem chegar bem perto desses bichos", explica Werblosky. O passeio custa US$ 300, sem contar passagens aéreas ou hospedagem. Outro grupo deve embarcar para a Itália para desbravar o país a bordo de uma Ferrari. O roteiro será pela Toscana, com os melhores hotéis e restaurantes, o que justifica a diária de 5 mil euros. "Já pensou em dirigir um carrão desses pelas paisagens italianas? Ninguém vai acreditar, até você mostrar as fotos de sua máquina vermelha!", brinca Werblosky. Para saber mais: www.guiadeexperiencias.com.br Sonnaira San Pedro
primeiro aeroporto espacial para turismo deverá ser construído em breve no Canadá, na província de Nova Escócia, segundo reportagem do New Scientist. A empresa responsável pelo projeto é a PlanetSpace, que pretende iniciar a operação entre 2008 e 2009, com vôos que chegarão à órbita da Terra. Uma viagem entre a Nova Escócia e a cidade de
Sydney, na Austrália, por exemplo, deverá durar apenas 45 minutos. Segundo o CEO da PlanetSpace, Geoff Sheerin, a aeronave de turismo orbital será movida a álcool feito de milho, já que a substância pode ser chamada de "amiga" do meio ambiente. "O combustível se dissipa no ar rapidamente, sem causar danos ao planeta. É uma espaçonave verde", diz. (DC) Para ver a Terra do espaço é preciso treinar dois anos na Rússia
Viajar pela Toscana de Ferrari vale 5 mil euros por dia
Pilotar um carro de Fórmula 1 também faz parte dos roteiros da Immaginare
VarigLog terá que pagar demitidos j u i z M ú c i o N a s c imento Borges, da 33ª Vara do Trabalho do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), da 1ª Região julgou, na última segunda-feira, "procedente em parte" a ação civil pública que responsabiliza a Va-rigLog pelo pagamento de dívidas trabalhistas da Varig. O conteúdo da decisão só deve ser conhecido hoje, mas uma fonte da VarigLog diz que ela bloqueia as contas das empresas envolvidas na reestruturação da Varig para garantir direitos dos trabalhadores. "No momento, essa decisão pode afetar os investimen-
O
tos previstos na Varig, pois bloqueia todas as contas da Volo do Brasil (controladora da VarigLog), da VarigLog e da Aéreo Transportes Aéreos S/A (empresa criada para comprar e investir na Varig)." A ação civil pública que pede a sucessão de dívida trabalhista para a VarigLog foi ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho do Rio. Ela tem como objetivo garantir direitos aos trabalhadores que estão sendo demitidos desde o dia 28 de julho. Só de rescisões são R$ 253 milhões, mais R$ 106 milhões de salários atrasados. A decisão do juiz Borges po-
de ser contestada e, para a VarigLog, é mais um revés nos seus planos de reestruturar a ex-controladora. Uma pessoa que teve contato recente com o chinês Lap Chan, acionista da Volo do Brasil, lembra que ele tem dito que a sucessão de dívida trabalhista para a VarigLog e a não homologação da nova Varig como concessionária de transporte aéreo poderia definir a sua saída do negócio. FGTS – Os trabalhadores da Varig obtiveram ontem outra vitória na Justiça. A juíza Maria Thereza da Costa Prata, da 63ª Vara do Trabalho, determinou que a Varig entregue a
4.544 funcionários a guia para o pagamento antecipado do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Contrariando determinação da Justiça do Rio, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou ontem a redistribuição das freqüências internacionais que a Varig deixou de operar para TAM, Gol, Ocean Air, BRA e VarigLog. Foi ainda mantido o edital de licitação de 56 horários de pousos e decolagens – dos quais 50 eram da Varig – no aeroporto de Congonhas (SP). A redistribuição está marcada para o dia 14 de setembro. (AE)
Mineração: Inco rejeita oferta da Vale Companhia Vale do Rio Doce perdeu a primeira batalha pelo controle da canadense Inco, segunda maior produtora mundial de níquel. Ontem, o Conselho de Administração da Inco rejeitou a oferta da mineradora brasileira e recomendou aos acionistas que aceitam a proposta da concor-
A
rente americana Phelps Dodge. A palavra final será dada pelos acionistas em votação no próximo dia 7. Em nota, a Vale classificou sua oferta "em dinheiro" de 86 dólares canadense por ação da Inco – cifra que chega a quase US$ 18 bilhões – como "superior" e se disse confiante em reverter a situação na as-
sembléia de acionistas. A Vale entrou na disputa no dia 11, concorrendo com Phelps e com a também canadense Teck Cominco, que desistiu do negócio há duas semanas. O principal atrativo da oferta brasileira, segundo a direção da companhia, era prever o pagamento em dinheiro. Em comunicado divulga-
do ontem, o Conselho da Inco, no entanto, rebateu declarações da direção da Vale a respeito de ter a melhor oferta. A Phelps Dodge propôs 87 dólares canadenses por ação, ainda que parte da operação inclua troca de ações. E, de acordo com a Inco, a Vale não se mostrou disposta a elevar sua oferta. (AE)
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
Saúde Compor tamento Tr â n s i t o Transpor te
DIÁRIO DO COMÉRCIO
NA BANDEIRANTES, MAIS ESPAÇO PARA VEÍCULOS
3 A obra prevê o alargamento da avenida – de três para cinco pistas –, retirada de semáforos, monitoramento eletrônico de trânsito e paisagismo.
UM 2007 COM MENOS TRÂNSITO Com o fim da remodelação da avenida dos Bandeirantes, tráfego melhora na cidade. A promessa é do secretário dos Transportes. Sergio Leopoldo Rodrigues
A
té o final de 2007, o trânsito de carros e cargas deverá circular um pouco mais rápido e com menos congestionamentos no minianel de 70 quilômetros que circunda o Centro paulistano, incluindo as marginais Pinheiros e Tietê, entre outras importantes vias expressas da Capital. Esse é o prazo de conclusão previsto para a primeira fase do projeto de remodelação de nove quilômetros da avenida dos Bandeirantes, cuja execução deve começar até outubro próximo, disse ontem o secretário Municipal de Transportes de São Paulo, Frederico Bussinger, durante palestra na Comissão de Política Urbana (CPU) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Bussinger informou que os recursos de cerca de R$ 40 milhões para as obras já estão disponíveis e que o licenciamento ambiental para
Novos ataques: alvos são os bancos e a Polícia Militar
Leonardo Rodrigues/Hype - 05/04/2006
uma solução permanente, mas ajuda", enfatizou. O secretário Bussinger disse que essa iniciativa faz parte do planejamento estratégico para o sistema viário paulistano que tem 16 mil quilômetros de vias e recebe 500 novos veículos por dia, que se juntam a uma frota de 5,5 milhões. "Por isso a mobilidade não apenas de carros, mas também de cargas é tão importante. Até porque, sem a carga, a cidade não sobrevive", lembrou. Bussinger explicou que para melhorar o fluxo no trânsito é preciso, em primeiro lugar, fazer funcionar melhor a estrutura viária e de gestão que já existe. Em segundo lugar, mudar a cultura do "mal Avenida dos Bandeirantes: trânsito caótico e carregado de caminhões a qualquer hora do dia comportamento" do motorista (parar em faixa dupla, por exemplo), esse trecho está praticamente acessos estarão livres para os primeira fase deverá aprovado. Essa fase da obra veículos de passeio –, retirada aumentar a velocidade média melhorar a utilização do transporte coletivo, monitorar contemplará o alargamento da de semáforos, monitoramento dos veículos em 70% nessa melhor a circulação de cargas avenida, que passará de três eletrônico de trânsito e faixa, passando da atual e tentar reduzir as valetas, para cinco pistas em cada mão paisagismo. média de 20 quilômetros por – os caminhões ocuparam as Mais rápido – Segundo hora, para 35 quilômetros por "essa patente de São Paulo", que diminui em até 20% a duas vias da esquerda e 108 Bussinger, a conclusão da hora, além de reduzir os velocidade média de congestionamentos médios circulação de veículos na de 12 para seis quilômetros. Capital. "Também Alfredo reduzirá a Cotait Neto, poluição", coordenador acrescentou. da CPU, Na segunda A mobilidade não mobilizou as fase do apenas de carros, mas 15 Distritais projeto, ainda também de cargas, é da ACSP sem data de importante. Até para levantar início os principais determinada, porque, sem a carga, a problemas de todos os cidade não sobrevive. circulação semáforos Frederico Bussinger, em suas serão secretário de Transportes regiões e retirados, um indicativos viaduto e de solução duas para serem levados ao passarelas serão construídos. secretários. "Poderemos Paralelamente, a Prefeitura ajudar a acelerar esse paulistana continuará trabalho", disse. Para Cotait, a promovendo a recuperação parceria entre o governo do da marginal Tietê, sobretudo, Estado e Prefeitura tem investindo no recapeamento, agilizado a execução de iluminação e paisagismo, além de prosseguir no estudo projetos importantes para a cidade. "Por isso, precisa ser de projetos para melhorar o mantida", resumiu. fluxo das duas pistas. "Não é Paulo Pampolin/Hype
Bussinger e Cotait na reunião da CPU, ontem, na sede da ACSP
A
cidade de São Paulo teve um dia normal apesar dos ataques registrados entre o fim da noite de terça-feira e a madrugada de ontem. A polícia acredita que os últimos atentados podem estar ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A nova onda de violência seguiu o mesmo padrão: os alvos foram a polícia e os bancos. A suspeita é que tudo tenha sido causado pela transferência de 76 presos do Centro de Readaptação Penitenciária (CRP) de Presidente Bernardes para Avaré feita ontem pela Secretaria da Administração Penitenciária. A SPTrans, empresa que administra o transporte coletivo na capital, informou que não foi registrado ataques contra ônibus. Os cerca de 15 mil veículos das 16 empresas que operam em São Paulo circularam normalmente. Na região metropolitana de São Paulo, o primeiro ataque atingiu um carro estacionado na frente a uma base Polícia Militar em São Bernardo do Campo. A segunda ação ocorreu às 21h30. Um homem encapuzado ateou fogo em quatro caixas eletrônicos do Unibanco no Brooklin, zona sul. Imagens do ataque foram registradas pelo circuito interno de televisão. Depois, bandidos atacaram uma agência bancária no bairrodo Sumaré, zona oeste. O fogo foi apagado antes de destruir a agência. Em Ribeirão Preto, no interior, foram registrados pelo menos dois atentados. No fim da tarde, um tiro foi disparado contra o CDP na rodovia Abraão Assed. Às 19h10, o ataque foi contra uma agência do Banespa na avenida 13 de Maio, no Jardim Paulista. Três tiros foram disparados contra o banco. Em Santos, no litoral, homens passaram em uma motocicleta e balearam um vigia de escola. O Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) está em alerta sobre a possibilidade de novos ataques. A informação foi repassada para todas as regiões do Estado, inclusive para o Departamento de Inteligência da Secretaria da Administração Penitenciária (Disap) e para os promotores da região oeste do Estado, que investigam a facção. (AE)
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 -.OPINIÃO
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
LENTE DE
AUMENTO
PODE HAVER PACTO ENTRE LULA E A OPOSIÇÃO?
G Poucos
acreditam que existam aqui as condições que permitiram uma concertación a oposição que espera derrotar. Mas a proposta transcende a mera manipulação. Lula precisa construir uma base política mais sólida para o segundo mandato. O primeiro passo será ampliar a aliança com o PMDB, tarefa ingrata quando o assunto for o quinhão de poder que caberá aos peemedebistas. Será também fundamental negociar algum entendimento com a oposição. Sem seus votos na Câmara e no Senado, será quase impossível obter os 3/5 necessários para aprovar emendas constitucionais. Estará a oposição disposta a ajudar o governo Lula, como em 2003? Espaço sempre haverá para negociações, sobretudo no início da nova legislatura. Mas é mínima a chance de que se possa celebrar um grande pacto nacional. Assim decreta a lógica da competição política. Em 2007, começa a disputa para 2010, sem esquecer que em 2008 haverá eleições. No PFL, o ímpeto oposicionista não deverá
arrefecer. O grau de oposição dos tucanos dependerá da evolução da disputa entre José Serra e Aécio Neves pelo controle do PSDB. O governador mineiro é menos avesso aos apelos de Lula por um entendimento nacional. Já Serra deverá fazer do governo paulista um contraponto à administração federal. Uma vitória de Lula, sobretudo se conquistada no primeiro turno da eleição presidencial, poderá ser interpretada como um indulto pelos escândalos de corrupção. É precisamente isso que leva a oposição a fustigar Lula e o PT com a questão ética, não obstante a pouca eficácia de exploração desse tema junto ao eleitorado. O pior dos mundos pode não ser perder a eleição, mas deixar-se identificar como co-artífice da absolvição política de Lula. Tudo isso veio à propósito da apresentação de um documento produzido pelo próprio Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, arrolando propostas que possibilitariam ao país crescer 6% ao ano a partir de 2008. Não por acaso, o documento é intitulado O desenvolvimento é necessariamente um processo de concertação nacional. O neologismo pode ser sugestivo, mas poucos acreditam que existam aqui as condições que permitiram uma concertación no Chile.
Céllus
JANTANDO
Tendência totalitária macunaímica BENEDICTO FERRI DE BARROS
E
TRECHOS DA CARTA SEMANAL POLÍTICA DA MCM CONSULTORES WWW.MCM-MCM.COM.BR Joedson Alves/AE
A
antevisão de dificuldades futuras tem sido a principal motivação para tirar da gaveta a desgastada idéia do pacto e brandí-la como a universal panacéia. Convicto de sua reeleição mas não do apoio parlamentar que terá, mesmo que seja materializada a promessa de formar um governo de coalizão com o PMDB, Lula tem proposto um grande entendimento nacional. Sua pregação em prol de um entendimento nacional de 2007 em diante tem nítido objetivo eleitoral ao mostrá-lo magnânimo com
JOÃO DE SCANTIMBURGO DUAS MOÇAS
m seu O Fenômeno Totalitário, talvez o mais amplo e erudito estudo de filosofia política feito sobre o assunto (Editoras Itatiaia e Universidade de São Paulo,1990) Roque Spencer Maciel de Barros deixa clara a tendência de todo poder a se tornar único e absoluto, isto é, total. A razão dessa tendência pode ser sintetizada conceitualmente pelo fato de que ou o poder é maior, supremo e único, ou haverá outro poder que possa invalidar sua potência. O trabalho do prof. Roque acresce à famosa afirmação de Lord Acton de que "todo poder tende a corromper e o poder absoluto corrompe absolutamente" um complemento que completa o retrato de corpo inteiro do que seja o poder e daquilo a que tende por sua própria natureza. Esses fatos encontram exemplificação paradigmática no quadro político da atualidade brasileira. que constitui uma súmula caricata e grotesca do nosso regime republicano. Não estamos nos referindo à turbulência e instabilidade que a República instituiu na vida política do País, contrariamente ao período pacífico dos 67 anos do nosso Império. Nosso Império não regrediu para uma federação de Estados Unidos...do Brasil, como proclamou a primeira a Constituição republicana. Regrediu para o regime das capitanias hereditárias, nas quais os chefões de cada "Estado" continuam a ser os donos do poder, apenas contrastados pelo presidente da União que em um clássico de nossa história política Ernest Hambloch denomina de "sua majestade" (Sua Majestade, o presidente do Brasil Um estudo do Brasil Constitucional, 1889-1934). Nos dias correntes, atingimos ao clímax dessa realidade. A despeito da flagrante derrota de seu partido absolutamente minoritário, Lula se converteu na majestade nacional e paira como os reis das monarquias parlamentares imune, isento e irresponsável por todos os erros, desatinos e crimes que foram cometidos no seu governo. Nenhum cidadão bem informado ignora que isso foi obtido mediante o esquema do mensalão, como as CPIs deixaram incontestavelmente comprovado. Ao contrário, porém, do que sucede nas monarquias parlamentares, onde o rei reina, mas não governa, foi dado à "sua majestade" o poder de aparelhar todos os escalões do Estado com seus capo-regime, aos quais entregou o exercício da política e da administra-
Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)
Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: , Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046
C
omo se explica, então, que a despeito de todos esses fatos as pesquisas continuem a mostrar que ele será vitorioso no primeiro turno das eleições de outubro? E como falar em tendência totalitária? A explicação se acha no qualificativo que lhe aplicamos: Trata-se de um "totalitarismo macunaímico", de Macunaíma, o herói "sem nenhum caráter", como Mário de Andrade caracterizou a personagem. O diagnóstico se aplica não só à situação como à própria oposição, incolor, insípida e sem sabor, incapaz de assumir suas próprias posições. Que a despeito disso tudo o País e seu povo continuem avançando (ainda que muito abaixo de suas necessidades e possibilidades), só pode ser explicado pelo fato de que enquanto seu Estado e políticos andam numa direção, a nação e o povo andam de costas, ao contrário de tudo o que aí está, e ameaça se agravar com um eventual segundo mandato lulista.
L ula se converteu na majestade nacional, imune, isento e irresponsável
A oposição atenderá ao chamado de Lula?
Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente em exercício Alencar Burti Presidente licenciado Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi
ção nacional. E mais do que isso, cooptar por meios, ainda não de todo desvendados, a chefia do STF e do Senado. Para nada falar de certas alas odres da própria liderança econômica privada do País, que nele viram a oportunidade de negociar maracutaias, como a dos sanguessugas, certamente a ponta-de-um icebergue que permanece submerso. Há, porém, algo de mais espantoso e inexplicável na anarquia política institucional que caracteriza a vida do país. Lula foi o presidente que menos governou o País e menos exerceu o seu cargo. Quem menos permaneceu em Brasília e menos reuniu o inflacionado ministério que criou. De fato, ele não governou. Simplesmente porque, como declarou logo ao assumir o mandato, que o que mais queria era prorrogar sua investidura com a próxima eleição. E, se se fizesse uma conta de como gastou seu tempo, se veria aritmeticamente que mais tempo gastou na sua auto-promoção megalomaníaca e messiânica, do que no ofício de presidente. O resultado foi o desconchavo e desarmonia generalizados que se verifica entre todos os poderes complementares e embora independentes, hamônicos, como Montesquieu via ou queria que fossem. Dá para entender o racha, a desmanche e a debandada de toda a cúpula petista que traiu e deixou sozinho "sua majestade" no poder.
O Imperador contra-ataca
A
É
esse um dos pontos mais graves da crise da família. Em 1931 o Papa Pio XI deu ao mundo uma encíclica que fez um grande estardalhaço, a Casti Connubii, na qual o grande teólogo da Santa Madre chamava a atenção para o desmoronamento da família como âncora dos males do nosso tempo, um dos quais é a debandada diante da responsabilidade do casamento. As duas moças, que eu tomo aqui como modelo, me serviam para eu fazer considerações sobre a queda da família e a raridade dos noivos, mesmo na Côte d’Azur, que não se decidem por uma proposta viável. Dando sinal de ganharem bem, imaginei que as duas promoveriam a solicitação de um segundo salário para poder formar uma base econômica agradabilíssima, mas os moços não apareceram. Perguntei ao garçom se era uma situação freqüente e ele me confirmou que sim.
C
ARTHUR CHAGAS DINIZ s grandes montadoras norte-americanas de automóveis vivem uma crise sem precedentes. A Ford, a DaimlerChrysler e até a maior delas, a GM, estão compelidas a buscar maior produtividade para poder continuar a competir com a Toyota e outras montadoras japonesas. Aumentar a produtividade implica, necessariamente, em reduzir o pessoal, especialmente nas áreas administrativas, inclusive marketing e finanças. A classe média, a grande compradora de veículos novos, tem que ter atenção ao consumo de gasolina e outros derivados do petróleo. Assim, quando se toma a decisão de comprar um automóvel, hoje, se consideram o valor de aquisição e os custos de utilização. Essa busca de produtividade se aplica, igualmente, às montadoras brasileiras. É o caso da Volkswagen no Brasil. A montadora, que hoje enfrenta uma pesada competição
N
o ano passado, fui jantar no restaurante do Hotel Des Ambassadors, onde eu estava hospedado. É um restaurante de luxo, duas estrelas, boa cave de vinhos, garçons bem preparados e ambiente com cores suaves. Reparei nos que estavam jantando e me demorei em duas moças, muito bem vestidas e, estranhamente, desacompanhadas. Eu as conhecia da empresa onde trabalham, mas não me apresentei porque elas tinham tirado o sábado para jantar e estavam bem enfeitadas para atrair a atenção dos jovens que ali estivessem. Conjeturei que as duas moças não tinham companhia apesar de bonitas e bem vestidas, exibição de um bom salário.
por ser a mais antiga instalada no Brasil, é aquela cuja reestruturação é a mais dolorosa. Dolorosa e inevitável. A Volks está solicitando um empréstimo ao BNDES. O que o banco tem que examinar é a viabilidade financeira da operação. Não lhe cabe nenhuma interferência nas decisões do tomador do empréstimo.
C
ausa espanto que o ministro do Trabalho, o sindicalista Luís Marinho, preocupado com os votos do imperador Lulla, venha a condicionar o empréstimo do BNDES ao adiamento das demissões para depois das eleições. Mesmo tendo se aposentado muito cedo, já que a perda do dedo mínimo não lhe permitia mais coçar o ouvido, o Imperador não pode se meter numa pequena operação de caça-votos. ARTHUR CHAGAS DINIZ É PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL
O sindicalista Luís Marinho está preocupado com os votos do imperador Lulla
onclusão: duas moças jantando sozinhas, sozinhas continuaram, e foram para casa, despindo as caras roupas e esperando outra oportunidade para jantarem acompanhadas, com um futuro imaginado à frente. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR
G O Papa Pio XI
chamou a atenção para o desmoronamento da família e a debandada diante da responsabilidade do casamento.
8
Congresso Planalto Campanha CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
NÍVEL DOS ATAQUES É A GRANDE DISCUSSÃO
LULA FALA GROSSO CONTRA PSDB E PFL
Dida Sampaio / AE
No discurso para empresários na Confederação Nacional da Indústria (CNI) ele foi duro contra os governos anteriores, que comparou a um xaxado, dança em que os participantes só arrastam os pés.
A
apenas um mês do primeiro turno da eleição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou ontem a bater forte no PSDB e no PFL. Em discurso a uma platéia de empresários, na Confederação Nacional da Indústria (CNI), Lula afirmou que nas duas décadas que antecederam seu governo o País viveu no "ritmo do xaxado". Sem crescimento econômico, distribuição de renda nem garantia de investimentos externos, insistiu ele, o Brasil foi vítima da crise do apagão em 2001, durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Em sua argumentação, sinalizou aos industriais que aposta no Programa Nacional de Biocombustíveis como uma alternativa a mais contra riscos futuros de fornecimento de energia. "Passamos praticamente 20 anos em que a economia brasileira se arrastou, mais ou menos como o xaxado", disse Lula, provocando risos da platéia. "É verdade, só arrastava o
pé, porque se levantasse, gastava muita energia. Só veio a aparecer em 2001, quando o Brasil potente, vendido com galhardia pelos quatro cantos do mundo, foi vítima de um apagão, que pouca gente esperava que fosse acontecer", ironizou, ao criticar a ausência de investimentos e de planejamento no setor. Referenciais – "É preciso fazer check-up (do País) cotidianamente, analisando por dentro e por fora", comparou. "Porque na hora em que a gente der qualquer sinal ao mundo de fragilidade no oferecimento de energia, quem será o louco que vai investir no País?", atacou. "Ninguém coloca a mão em cumbuca, ninguém investe dinheiro para perder". O companheiro de chapa de Geraldo Alckmin, José Jorge (PFL-PE), era justamente o titular da pasta de Minas e Energia em 2001 e recebera, da oposição, a alcunha de "ministro do apagão". Curiosamente, José Jorge é um incentivador da cultura popular
Entre cardeais: o presidente candidato reverencia a memória de dom Luciano Mendes de Almeida em Mariana (MG).
nordestina e de manifestações como o xaxado. Em menção a seu programa de governo para 2007-2010, o presidente reclamou que as pessoas, muitas vezes, "não têm paciência de ouvir" que o Brasil vai fazer uma opção pelo desenvolvimento, educação e distribuição de renda nas próximas décadas. E insistiu que o País não pode ficar "atrofiado" nem crescer a uma média de 10% ao ano sem melhorias sociais, como nos anos 70. "Só crescimento não resolve", ditou Lula, ao rebater o candidato tucano. "Na década de 80 estávamos devendo bilhões e bilhões de dólares e não tínhamos feito a distribuição de renda correta". (AE)
Sergio Moraes /Reuters
Presidência, Geraldo com a voz CLIMA DE estava Alckmin, anunciou que ia a fragilizada. De acordo com mas desistiu por o presidente, dom Luciano CAMPANHA lhe disse: "Vá em frente e Mariana, problemas de logística. "Pesa sobre as nossas não se esqueça dos pobres costas, agora, mais deste País". DOMINA responsabilidade do que A passagem de Lula pelo pesava antes, porque antes a velório durou 25 minutos e VELÓRIO ele estava acompanhado da gente podia dizer: dom
E
m clima de campanha velada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou ontem do velório do arcebispo de Mariana (MG), dom Luciano Mendes de Almeida. Ao discursar de improviso, Lula contou ter conversado com o arcebispo quando ele já
primeira-dama Marisa Letícia, de quatro ministros e do governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), que disputa a reeleição. O candidato do PT ao governo estadual, Nilmário Miranda, estivera no local na véspera e não acompanhou Lula. O candidato do PSDB à
Luciano vai fazer", afirmou o presidente. "E agora nós temos que dizer: ele não está mais aqui e nós teremos que nos transformar em muitos dom Lucianos para cumprir a sua tarefa. Dom Luciano foi escolhido por Deus para ser melhor, mais humano, mais solidário e mais companheiro." (AE)
TOM ADOTADO POR ALCKMIN AINDA É BAIXO Ainda que tenha subido alguns decibéis, volume do discurso do candidato não chega aos eleitores, segundo avaliação do PFL. Para os coordenadores do partido, ataques devem ter mais vigor.
O
Voz presa: o conteúdo do discurso tucano ainda é muito brando, segundo entendem aliados do PFL.
vai pessoalmente tratar do 'Na ética, tema no horário eleitoral gratuito. No programa de governo é ontem, um locutor fazia as críticas às denúncias de no governo Lula. descalabro'. corrupção "E eu acredito na
O
candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, normalmente tímido para provocar o adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou ontem que a administração petista é um “descalabro”, do ponto de vista ético. Ele disse ainda que
democracia. Como é que (o Brasil) vai reeleger um governo que, sob o ponto de vista ético, foi um descalabro, uma lista telefônica da corrupção?", afirmou o candidato, terceiro convidado para a sabatina promovida pelo jornal "O Globo". A ineficiência da gestão
Lula e a falta de perspectiva de crescimento do País também foram alvo do candidato. Ele afirma que o quadro não deve mudar, por culpa do presidente. "O Brasil está condenado a crescer pouco. O Lula não vai mudar porque o negócio dele não é esse. Ele não gosta de governar. Gosta de fazer discurso", disse Alckmin. O candidato não vê na reforma política uma solução para sanguessugas e mensaleiros nos próximos mandatos. (AOG)
PFL ainda não está satisfeito com o tom do programa na TV do candidato tucano à presidência da República, Geraldo Alckmin. O senador José Jorge (PFL-PE), companheiro de chapa do tucano, defendeu a exibição de imagens mais picantes na propaganda eleitoral para mostrar o envolvimento do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos escândalos de corrupção. "Precisamos usar todas as imagens disponíveis, só devemos evitar baixaria", afirmou o senador, lembrando alguns episódios que deixaram o governo "de saia justa" como os depoimentos de pessoas ligadas ao governo e ao PT durante o transcorrer das CPIs dos Correios e dos Bingos. A revelação do publicitário Duda Mendonça à CPMI dos Correios, em agosto do ano passado, de que recebera R$ 10 milhões no exterior pelo pagamento de serviços prestados à campanha de Lula em 2002 – assim como o depoimento do caseiro Francenildo Costa à CPI dos Bingos, que culminou na demissão do então ministro Antonio Palocci – podem e devem ser usados na campanha pela TV, na avaliação de José Jorge. Além do candidato a vice-presidente, outros pefelis-
tas como o presidente do partido, Jorge Bornhausen(SC), entendem ser necessário usar mais imagens, evitando que os escândalos sejam mencionados apenas pelo apresentador do programa. Já o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), que se reúne nesta quinta-feira, em São Paulo, com o coordenador de comunicação da campanha, jornalista Luiz Gonzalez, para conhecer o teor dos próximos programas, continua a manter uma postura de cautela. Nas conversas que vem tendo com correligionários de todo o País, o senador tem ponderado que é preciso cuidado para que o uso das denúncias do mensalão pela oposição não caia no vazio. O seu temor é o de que o candidato perca o seu principal trunfo que é explorar os casos de corrupção ocorridos no governo de Lula. Dose certa – Como Alckmin, Tasso Jereissati acha que o partido não pode exagerar na dose dos ataques, pois pode levar o adversário a recorrer junto à justiça eleitoral o direito de resposta na TV, o que não seria bom para a campanha. Numa prova de que a polêmica entre PFL e PSDB está longe de acabar na campanha, Tasso Jereissati afirmou: "Como na Copa do Mundo temos
160 milhões de técnicos dando palpite, nas eleições temos todos os senadores e deputados fazendo a mesma coisa. Mas para isso temos especialistas", completou. Além de dar um novo rumo ao programa na TV, o comando da campanha está fazendo, paralelamente, um esforço para agregar governadores e prefeitos que continuam fazendo corpo mole, contribuindo para o isolamento do presidenciável nos Estados. Sobretudo no Nordeste. O PSDB tem candidatos a 17 governos estaduais e o PFL tem 7. "O apoio político começa quando o candidato melhorar nas pesquisas", aposta o próprio Tasso, ainda confiante na melhoria do desempenho do candidato por conta do programa na TV. A maratona de viagens que os coordenadores da campanha, senadores Sérgio Guerra (PFL-PE) e Heráclito Fortes (PFL-PI), fazem esta semana ao Nordeste, na avaliação do comando tucano, ajudará na mobilização das lideranças políticas. A simples presença dos senadores já cria uma situação de constrangimento, forçando o engajamento dos candidatos na campanha de Alckmin. " Isso motiva e constrange os aliados", concluiu um estrategista da campanha nacional. (AE)
Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO
Foi um escritor que fez com que a cultura e a literatura árabes fossem conhecidas em todo o mundo.
AFP
Do presidente egípcio, Hosni Mubarak, em homenagem ao escritor Naguib Mahfouz, que morreu ontem. (Veja matéria abaixo.)
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
www.dcomercio.com.br/logo/
AGOSTO
2 -.LOGO
31 Recolhimento de ISS, Cofins/CSL/PIS-Pasep, IRPJ, IRPF, Simples, IPI e Contribuição Sindical Morte da Princesa Diana (1961-1997)
I NTERNET S AÚDE
A hora da navegação
Irritação faz mal aos pulmões determinada pelo volume de ar expulso em um segundo. Os voluntários foram testados três vezes entre 1986 e 1994, em média. Após eliminarem fatores que pudessem distorcer os resultados, tal como o tabagismo, os cientistas descobriram que a taxa de hostilidade dos homens estava estreitamente relacionada a sua capacidade pulmonar. Os mais hostis e irritados sofreram um declínio mais rápido de sua capacidade pulmonar do que os outros.
E SPAÇO Nasa/AFP
Propaganda eleitoral incentiva eleitores a trocar a telinha pelo monitor
A
trando todas as noites um aumento significativo no número de visitas a sites e nos negócios fechados via web. Segundo Vinícius Pessin, diretor executivo da Plug In – uma das quatro maiores empresas de hospedagem de sites do País –, o crescimento no tráfego na web chega a 30% durante a propaganda eleitoral, na comparação com o período anterior. O monitoramento é atualizado a cada cinco minutos, com base nos acessos aos endereços eletrônicos dos clientes da empresa. "São registrados cerca de 300 mil acessos únicos a mais do que o tradicional para o horário noturno. Percebemos que muitos internautas aproveitam a propaganda política para checar seus emails", afirma Pessin.
ssim que começa a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, um número considerável de aparelhos é desligado nos lares brasileiros. Esse comportamento vem se repetindo em todos os períodos eleitorais e preocupa os executivos de comunicação, que têm dificuldade para recuperar a audiência perdida na programação seguinte. Mas hoje há quem comemore a situação, graças ao surgimento de um novo fenômeno comportamental: a transformação dos telespectadores e ouvintes em internautas. Em apenas duas semanas, a presença obrigatória dos políticos nas telinhas e caixas de som já reflete positivamente na internet, que vem regis-
Os reflexos positivos também se estendem ao comércio eletrônico. O comportamento de compra do internauta aumentou em média 8% no mesmo horário, nas 1200 lojas virtuais atendidas pela empresa de hospedagem. Pessin afirma ainda que, mesmo após o término da propaganda eleitoral, a navegação em sites permanece entre 12% e 15% acima do normal para o horário, que era considerado de tráfego médio. “Por isso, podemos dizer que os discursos políticos se tornaram música para os nossos ouvidos. Como os clientes de hospedagens compram pacotes geralmente pelo tráfego mensal, o resultado desse crescimento também amplia nossos lucros”. Fernando Vieira
Alberto Pizzoli/AFP
L
O telescópio espacial Hubble flagrou duas "maternidades" de estrelas em uma galáxia próxima da Terra, a Grande Nuvem de Magalhães, a 180 mil anosluz. A imagem mostra centenas de estrelas recémnascidas, com pouca massa, coexistindo com outras tantas ainda jovens, porém maciças.
F UTEBOL
Cópias de música sem limites
Ronaldinho espera renovar com Barça
A gigante da informática Microsoft Corp. admitiu ontem a existência de um programa na internet capaz de burlar a proteção da empresa para a música online. Chamado "fairUse4WM", o programa permite que o usuário elimine a chamada Gestão de Direitos Digitais (DRM, sigla em inglês), que limita o número de cópias que podem ser feitas de músicas baixadas pela internet. Uma solução está em fase de pesquisa.
O meia-atacante Ronaldinho pode renovar seu contrato com o Barcelona. O irmão e empresário do jogador, Roberto Assis, disse à imprensa espanhola que espera que os dirigentes do Barça o convidem a negociar um aumento nos valores do contrato, que seria estendido até 2014. Ronaldinho não jogou na segunda-feira contra o Celta de Vigo, por ter sofrido uma lesão na coxa. Mas a imprensa britânica especula que ele foi punido pelo técnico do Barça.
MUSA - A atriz norte-americana Scarlett Johansson, ontem, ao desembarcar na laguna para participar da abertura do Festival de Veneza. Scarlett é protagonista do filme A Dália Negra, de Brian DePalma, que abriu a competição do festival.
C A R T A Z
PERGOLESI
Egito sem voz O
Árias para soprano e cordas da obra Stabat Mater, de Pergolesi (foto). Com a Orquestra Antunes Câmara. Teatro São Bento. Largo de São Bento s/nº. Telefone: 3188-4157. 20h30. Grátis.
Mini-aspirador para computadores
Banco Central para o cidadão
O USB Mini Vacuum permite a limpeza de teclado, mouse e outras áreas do computador. A vantagem é que o aparelhinho se conecta ao próprio computador por uma porta USB. Vem um LED azul brilhante para iluminar a área de trabalho. Custa US$ 14 no site.
O site do Banco Central tem uma área específica de serviços para os cidadãos. Além de consultar as normas emitidas pelo pelo BC, desde 1965, a partir da data, tipo de documento ou palavras-chave é possível ainda fazer buscas por contas não recadastradas e acessar uma calculadora de aplicações, correção de valores, financiamento com prestações fixas e valor futuro de um capital. A página de serviços traz ainda conversão de moedas, registro das instituições financeiras que mais recebem reclamações no BC e muito mais.
http://usb.brando.com.hk/ prod_detail.php?prod_id=00084
extrapolou os limites dos romances tradicionais e passou a traçar descrições realistas da experiência egípcia do colonialismo e da autocracia no século 20. Ele recebeu o Nobel em 1988 por obras que "formam uma arte narrativa árabe que se aplica a toda a humanidade". Declarado infiel por militantes muçulmanos devido
É uma (grande) menina! Uma menina de 6,5 kg e 60 cm, nascida de cesariana no Rio de Janeiro, no domingo, é tão grande que fica com os pés para fora do berço. É Isabel Vitória, o segundo maior recém-nascido do País – em janeiro, nasceu em Salvador um bebê ainda maior. A história foi considerada tão curiosa pela mídia norteamericana que foi destaque ontem em diversos jornais regionais, nos websites noticiosos e na rede de TV norte-americana NBC, que fez questão de informar os telespectador que também no Rio, no início do mês, nasceu o menor bebê do Brasil, com apenas 385 gramas. .
O escritor alemão Günter Grass, Prêmio Nobel de Literatura em 1999, propôs abrir mão do Prêmio Internacional Bridge das cidades gêmeas de Goerlitz, na Alemanha, e Zgorzelec, na Polônia por implementar laços germano-poloneses, devido às reações críticas à revelação de ter pertencido às tropas de elite nazistas Waffen SS, informou seu escritório ontem. Mas o presidente do comitê que atribui o prêmio, Willi Xylander, manifestou seu apoio a Grass e não aceitou a recusa. C ANADÁ
Piloto interditado Um piloto da Air Canada, que precisou satisfazer uma necessidade fisiológica durante um vôo, ficou preso no banheiro, cuja porta emperrou. Piloto e co-piloto tentaram abrir a porta em vão. A tripulação teve de desmontar a porta do banheiro para que o piloto pudesse retomar seu posto, menos de 30 minutos antes da aterrissagem, revelou Manon Stuart, porta-voz da Jazz. Segundo a imprensa local, os passageiros ficaram em pânico com o incidente. L OTERIAS Concurso 650 da LOTOMANIA 02
05
24
27
42
43
44
51
53
57
60
64
70
71
78
81
85
94
97
99
Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:
Primavera terá as temperaturas mais altas dos últimos 30 anos, mostra análise do Inpe Acervo particular de caixas de música e realejos miniatura pode ser doado para museu
L
www.bcb.gov.br/?CIDADAO
A TÉ LOGO
Naguib Mahfouz: crítica social e oposição à militância islâmica
ao retrato que pintou de Deus em um de seus livros, Mahfouz sobreviveu a um ataque com uma adaga em 1994 que feriu um nervo e prejudicou seriamente sua capacidade de usar a mão com a qual escrevia. "Estão querendo apagar a luz da razão e do pensamento. Cuidado!", disse o escritor após o atentado. M a h f o u z , q u e g anhou destaque depois de retratar o Egito sob a ocupação britânica e o governo autocrático do presidente Gamal Abd e l N a s s e r, q u e a s eguiu, exerceu influência sobre escritores em todo o mundo árabe. Mas sua fama se baseava em seus pontos de vista que atraíram a ira de autoridades militares e religiosas no Egito e outros países árabes. Mahfouz era um autor marcado pela crítica social, retratando personagens de bairros populares do Cairo e se opunha publicamente à militância islâmica. (Reuters)
L
F AVORITOS
Aladin Abdel Naby/Reuters
romancista egípcio Naguib Mahfouz, único escritor na língua árabe agraciado com o prêmio Nobel de Literatura e, por muitos, chamado "a voz do Egito, morreu ontem no Cairo, aos 94 anos. Mahfouz, cujos escritos sobre temas tabus ultrajaram os setores conservadores egípcios, sobreviveu a uma tentativa de assassinato 12 anos atrás. Ele foi hospitalizado no mês passado depois de sofrer uma queda na rua, e morreu em consequência de uma úlcera hemorrágica. "Ele veio a este mundo exclusivamente para escrever", disse à televisão egípcia o escritor egípcio Youssef al Quaid. "Mahfouz foi o mais célebre escritor egípcio. Ele possuía uma capacidade incrível de criar, e criou por toda sua vida". Escritor prolífico conhecido sobretudo por sua Trilogia do Cairo, Mahfouz se tornou uma força literária quando
L
G @DGET DU JOUR
B RAZIL COM Z
Grass tenta abrir mão de prêmio
L ITERATURA E M
Mulher sudanesa carrega madeira para fazer uma fogueira em Darfur, palco de um conflito civil que já fez mais de 200 mil mortos.
P OLÊMICA
L
S OFTWARE
L
Crises de fúria e hostilidade podem levar os homens a partir da meia idade a sofrerem de uma acelerada deterioração pulmonar, segundo estudo divulgado ontem na revista Thorax, da British Medical Association (BMA). Os médicos recrutaram 670 homens com idades entre 45 e 86 anos, sendo 62 anos a média de idade. Seus níveis de hostilidade foram avaliados em um teste de medida denominado Escala Cook-Medley, assim como sua capacidade pulmonar,
S UDÃO Candace Feit/Reuters
Nível de nicotina encontrado nos cigarros dos EUA subiu 10% nos últimos seis anos
Concurso 794 da MEGA-SENA 03
38
42
47
55
56
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
3
Política
Estou encerrando minha vida pública daqui a quatro anos, profundamente desencantado. Jefferson Péres (PDT-AM)
Roosewelt Pinheiro / Ag. Senado
CORRUPÇÃO PREOCUPA D. GERALDO
INDIGNADO, PÉRES DIZ QUE SAI DE CENA.
O
Inconformado com a provável reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apesar da crise ética que marcou o governo petista, o senador anuncia: deixará a vida pública ao final do mandato. Não é desinformação. Votam nele, sabendo que ele sabia de tudo. Ele vai voltar porque o povo quer que ele volte. Eu me curvo à vontade popular, mas profundamente inconformado. Que episódio deplorável aquele no Rio de Janeiro! Artistas em manifestação de apoio ao presidente, com declarações cínicas, desavergonhadas. É a putrefação moral desse País. O desalento de Péres: "Chega. Não vou mais perder meu tempo."
O
senador Jefferson Péres (PDT-AM), candidato a vicepresidente na chapa de Cristovam Buarque, anunciou ontem que deixará a vida pública em 2010, quando termina seu mandato de senador, por estar profundamente decepcionado com a política. Em discurso ontem na tribuna do Senado, Péres demonstrou indignação com a possível vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de outubro. E criticou artistas que, em jantar com Lula, disseram não se importar com a ética do PT ao declararem apoio à reeleição do presidente. "Para mim chega. Não vou mais perder o meu tempo", desabafou o senador. "Como ter animação num país como esse, que tem um presidente que há meses atrás era,
sabidamente, conivente com os piores escândalos de corrupção e esse presidente está marchando para ser eleito, talvez em primeiro turno? Não é desinformação. Votam nele, sabendo que ele sabia de tudo. Ele vai voltar porque o povo quer que ele volte. Eu me curvo à vontade popular, mas profundamente inconformado", acrescentou. Continuando o discurso, Péres criticou os artistas e intelectuais que manifestaram apoio a Lula: "Essa será uma das eleições mais decepcionantes da minha vida. É a declaração solene, pública, histórica do povo brasileiro de que desvios éticos de governantes não são importantes. E isso vem até da classe de intelectuais e artistas. Que episódio deplorável aquele no Rio de Janeiro! Artistas em manifestação de apoio ao
presidente, com declarações cínicas, desavergonhadas. É a putrefação moral desse País." Ele ainda acrescentou: "A crise ética não é apenas na política. Dizem que não se deve falar mal do povo, mas eu falo, porque sabem de tudo e compactuam. E não é só do povão, não. Temos intelectuais e artistas apoiando isso", lamentou. O senador também aproveitou para criticar o Congresso Nacional que, segundo ele, "já apodreceu há muito tempo". Jefferson Péres foi eleito a primeira vez pelo PSDB, mas deixou o partido durante o mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso por não concordar com os gastos do governo tucano com publicidade. Nas eleições de 2002, apoiou Lula, mas abandonou a base governista ainda em 2003, com críticas à
política econômica. No discurso de hoje, ele criticou também a falta de trabalho no Congresso neste período de campanha eleitoral e citou a sua situação, há mais de mês sem atividade no Legislativo: "Veja que país é esse. Estamos aqui, em seis senadores, em pleno mês de agosto, por causa do recesso branco. Por que não reduzimos o tempo de campanha? Esse é o país do faz-de-conta. Estamos fingindo que fazemos uma sessão no Senado. Não fazemos nada e recebemos. Eu fiquei em Manaus quase um mês, sem fazer nada para o Congresso", disse. Apelo – Último orador da sessão não-deliberativa de ontem, o líder do PMDB no Senado, Wellington Salgado (MG), pediu ao senador amazonense que
reconsiderasse sua decisão. De acordo com informações da Agência Senado, Wellington Salgado destacou a importante contribuição de Jefferson Péres para o enriquecimento dos debates políticos. Ele pediu para que o companheiro reexamine a idéia após o resultado das eleições, que poderão renovar a composição do Congresso. Sanguessugas – Para o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), o "perdão presidencial aos pecadores do PT e do governo" soa como uma declaração espantosa. "É incrível que ele confirme que fará um governo de ladrões se vencer a eleição", avalia ACM. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), ironizou: "Finalmente o Lula fala daquilo que realmente entende: corrupção". (Agências)
SANGUESSUGAS TUCANOS DÃO APOIO A ANTERO
A
cúpula do PSDB reuniu-se ontem em torno do senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) para lhe prestar apoio e dizer que o companheiro de partido "não é ladrão". O presidente do partido, senador Tasso Jereissati (CE), desqualificou o depoimento e as provas apresentadas à Justiça por Luiz Antonio Trevisan Vedoin, um dos sócios da Planam, principal empresa do esquema. "Não tem nada (contra o senador Antero), a não ser a palavra de um bandido. Vocês viram que provas não existem", afirmou Jereissati. Em ofício encaminhado a 2ª
Ed Ferreira / AE
Vara Federal em Mato Grosso, o empresário Luiz Antonio Vedoin, sócio da Planam, acusa Antero de ter direcionado quatro emendas de bancada para a compra de ambulâncias. Em troca, teria recebido, de acordo com a denúncia, R$ 32 mil, dinheiro esse que teria sido pago por intermédio do deputado Lino Rossi (PP-MT). Antero convocou uma entrevista para negar todas as acusações. Ele estava acompanhado do presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati (CE), e do líder do partido no Senado, Arthur Virgílio (AM). "Não vejo no Antero vocação para ladrão", testemunhou
BENGTSON ASSUME E DEVE SER CASSADO
A
decisão do deputado Josué Bengtson (PTB PA ) d e d e v o l v e r R$ 19.992 à Planam, empresa que comandou o esquema dos sanguessugas no Congresso Nacional, não irá beneficiá-lo em nada no julgamento do processo aberto no Conselho de Ética. Pelo contrário, pode facilitar o entendimento de que o deputado é culpado e resultar no pedido da cassação de seu mandato. Este é o entendimento de vários integrantes do Conselho ouvidos ontem. O presidente da CPMI dos Sanguessugas, Antônio Car-
los Biscaia (PT-RJ) afirmou que Bengtson deverá ser cassado. "A situação dele, depois dessa atitude, é extremamente delicada. Ao assumir seu erro e devolver o dinheiro, o deputado assume que falhou e, se está no mandato, quebrou o decoro parlamentar. Pelo menos no Conselho de Ética ele deverá ser cassado", disse Biscaia. Na carta de renúncia à reeleição, que enviou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Pará, o deputado reconheceu que errou ao se envolver com o empresário Luiz Antônio Vedoin, dono da Planam. (AOG)
O senador faz bico: "Eu sou um caçador de sanguessugas"
Arthur Virgílio. Antes da entrevista começar, os dois distribuíram uma nota, na qual afirmam que "de-
pois de uma avaliação pormenorizada dos documentos referentes a tais acusações, é fácil concluir pela intenção política
ELEGÍVEL, COLLOR TENTA O SENADO.
bendo convites de lideranças de vários partidos para se candidatar ao Senado ou ao governo do Estado. "O ex-presidente demorou para se decidir porque tinha alguns projetos pessoais para concluir", afirmou Firmino, acrescentando que Collor tinha pedido um tempo ao partido para se definir. "Ele não tinha dito nem que seria candidato, nem que não seria. Isto alimentou a esperança de todos os que o apóiam na expectativa da candidatura que, desta vez, é para valer", destacou Firmino. O primeiro suplente é o empresário Euclides Mello, primo de Fernando Collor. (AE)
O
ex-presidente Fernando Collor de Mello registrou ontem sua candidatura ao Senado pelo PRTB, mas ainda não falou com a imprensa. A informação foi confirmada pelo presidente do partido em Alagoas, Eraldo Firmino, que abriu mão da sua candidatura ao Senado para ceder a vaga ao ex-presidente. Segundo Firmino, desde o início do ano Collor vinha rece-
dos mesmos." Na nota, os dois senadores declaram que "o PSDB não aceita e não se rende ao jogo político de acusações irresponsáveis". E dá a entender que o seu correligionário está sendo acusado por causa do trabalho que desempenha no Congresso. "Não concordamos com as acusações por sabermos que elas são uma reação à conhecida combatividade de Antero, sempre atuante e enérgico nas denúncias contra os candidatos do atual governo." "Eu sei o meu papel na política brasileira e no Congresso. Sou caçador de sanguessugas", disse Antero. (Agências)
presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Geraldo Majela Agnelo, criticou ontem a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e recordou as denúncias de corrupção contra o governo. "A preocupação com a economia deixou realmente para trás o que era mais importante", declarou, ao comentar outra crítica que já havia sido feita pela CNBB ao governo, de que o projeto de transformação social foi substituído por um projeto de poder. "Não se pode só privilegiar o capital, o dinheiro. Tem de privilegiar o trabalho, o trabalho humano, o trabalho digno e o trabalho para todos", acrescentou. Dom Geraldo Majela falou ainda da sua preocupação com a corrupção que vem sendo denunciada em diversos níveis de governo . "Sem dúvida alguma preocupa porque nós não podemos conviver com a corrupção, ao ponto que ela chegou", declarou, lembrando que "sempre há uma tentação". Ao comentar como a corrupção hoje está "difundida", e o mau exemplo que ela traz, questionou: "ela é um mau exemplo para todos e especialmente para o próprio povo, que vendo que seus dirigentes estão tão assim envolvidos, como não se sentirão?". Para o religioso, "mais do Votem com q u e n u n c a é consciência preciso mudar e depois a s i t u a ç ã o " , acompaporque os polínhem o ticos é que deveriam estar à desenfrente do povo rolar do para buscar o mandato. bem comum. Dom Geraldo "Qualquer um que venha, nós nos preocupamos com o futuro", comentou. O presidente da CNBB recomendou aos eleitores que verifiquem exatamente em quem votar e cobrem dos políticos suas ações. Para ele, os cidadãos e os eleitores não deviam só escolher "por acaso" um nome, mas participar. E recomendou: "Votem com consciência e depois acompanhem o desenrolar do mandato, cobrando, lembrando sempre, exigindo que se ponha em prática o mínimo necessário para o povo." Na opinião dele, os políticos não seguem as palavras ditas por dom Luciano Mendes, arcebispo de Mariana (MG), morto no domingo. Ao ser lembrado de que Lula insiste em dizer que foi o presidente que mais fez pelos pobres, dom Geraldo comentou: "É impossível que ele não tivesse feito alguma coisa. Mas nós esperamos muito mais." (AE)
GRAMPOS COMPROVAM ENVOLVIMENTO DE DELÚBIO
T
elefonemas gravados pela Polícia Federal mostram que o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, participou das facções que pilhavam o Ministério da Saúde e formavam a máfia dos Vampiros. Em um dos telefonemas, interceptado em 11 de fevereiro, Laerte Arruda Correia, um dos indiciados, deixa claro que Delúbio está envolvido. Ele conta o que disse ao coordenador de Recursos Logísticos da pasta da Saúde, Luiz Cláudio Gomes da Silva: "Você pode falar que está falando em nome do Delúbio".
Segundo a PF, Gomes era o operador da facção que arrecadava dinheiro para o ministro da Saúde Humberto Costa, hoje candidato do PT ao governo de Pernambuco. O relatório da PF mostra que o esquema dos vampiros começou no governo Fernando Collor e prosseguiu no de Fernando Henrique, mas na gestão de Lula operadores do PT assumiram seu comando. A investigação apontou que a quadrilha petista dentro do esquema tinha duas facções: uma ligada a Humberto Costa e outra a Delúbio Soares. (AE)
4
Opinião Pensamento Imprensa Eleições
DIÁRIO DO COMÉRCIO
O debate sobre a ética na política não atinge a grande parte do eleitorado. Marcus Figueiredo
MÍDIA PERSEGUIU LULA?
QUE PODER TEM O 4° PODER? Pesquisadores e colunistas questionam a força da Imprensa como única formadora de opinião.
P
oucos governos tiveram uma exposição tão negativa e prolongada na mídia quanto o de Luiz Inácio Lula da Silva. O fato do bombardeio de informações adversas não ter afetado o desempenho do presidente nas pesquisas de intenção de voto tem levado alguns segmentos da imprensa a questionar seu papel como formadora de opinião. Nas avaliações de colunistas, publicadas recentemente em jornais e blogs, as notícias sobre corrupção divulgadas no governo Lula foram consideradas irrelevantes pela sociedade. Os acadêmicos, em geral, continuam acreditando no poder da mídia, mas vêem outros canais interferindo na visão da opinião pública sobre os fatos políticos. Segundo o professor Adalberto Cardoso, sociólogo e diretor do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj), a mídia está influenciando, e muito, a eleição deste ano. As consequências podem não ter afetado a popularidade de Lula, mas devem interferir no resultado das eleições para deputados e senadores. "O Congresso ficou completamente sem legitimidade. Nas eleições para deputados federais e estaduais a previsão é termos o maior número de votos nulos e brancos dos últimos tempos", afirmou. Cardoso ressalta que a opinião pública é formada por um conjunto de idéias compartilhadas pela maioria dos membros da sociedade e não apenas pela avaliação de alguns setores da imprensa: "As pessoas têm influências na sua família, no trabalho, conversam sobre o assunto. Elas não se alimentam apenas da imprensa". Fábio Wanderley Reis, professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais, diz que "existe uma distinção entre eleitorado e opinião pública". Segundo ele, as notícias negativas afetam a opinião da classe média, mas não da população em geral.
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
Para Bernardo Kucinski, professor de jornalismo da ECA-USP e ex-integrante da equipe de comunicação do governo Lula, "os jornais falam para si mesmos, para os protagonistas das notícias, para os empresários... A população observa os resultados do governo Lula, vê a comida mais barata, o crédito mais fácil, os programas sociais". Noticiário– No caso de Lula, a avaliação dos acadêmicos é que a influência das notícias boas foi maior do que a das ruins. "Todas as variáveis econômicas são boas, a política social pode ser considerada assistencialista, mas existe. A cesta básica está mais barata, o
salário mínimo aumentou. A mídia também noticia isso tudo", avaliou Cardoso. As últimas pesquisas do Datafolha dão bons indicativos deste cenário. Na semana passada, a avaliação ótima ou boa do governo Lula havia subido para 52% ante 45% no levantamento anterior. Ela caiu para 48% nesta semana, mas ainda se encontra num patamar considerado bastante elevado para o final de mandato. Kucinski avalia que as denúncias de corrupção divulgadas exaustivamente pela mídia, aí incluída a TV – cuja penetração é maior nas camadas mais baixas da população – não foram suficientes para
destruir o "mito de Lula". "Lula tem uma identificação única com a população, é um mito", acredita. Segundo Venício Lima, professor de Ciência Política da Unb (Universidade de Brasília) e autor do livro recém-lançado "Mídia: Crise política e poder no Brasil", Lula conseguiu se comunicar diretamente com a população durante o período de crise política, evitando um possível impacto negativo da mídia em sua base eleitoral. "Lula soube, de diferentes maneiras, se comunicar com a base social dele", disse. Como exemplo desta comunicação, Lima cita o grande número de discursos feitos pelo presidente no período, de viagens pelo País e o uso do rádio, como um dos principais veículos de comunicação com a população de baixa renda, seu principal eleitorado. O programa "Café com o Presidente" era retransmitido por mais de 1.500 emissoras do Brasil. "No auge da crise, o programa passou a ser semanal (era quinzenal anteriormente). Lula falou forte às camadas mais baixas da população", acrescentou. Recentemente, em discurso durante o dia da imprensa, o próprio Lula deixou claro o que pensa sobre o tema. "Temos que contar com uma coisa fundamental que é a sabedoria daqueles que vêem televisão, que lêem jornais e que ouvem rádio. Nós temos que acreditar que esse povo por si só consegue fazer uma diferenciação daquilo que é correto, daquilo que não é correto, daquilo que ele acha que é verdade e daquilo que ele acha que é exagero", afirmou. O Laboratório de Pesquisas em Comunicação Política e Opinião Pública, Doxa, também fez avaliações. Para Marcus Figueiredo, cientista político e diretor de pesquisa, "a imprensa foi muito crítica com Lula pelas denúncias no Congresso. Mas os indicadores do governo são positivos e isso tem mais peso para o eleitor", afirmou. (Reuters)
OS JORNAIS NÃO VÃO GOSTAR DESTA NOTÍCIA Para o Observatório Brasileiro de Mídia, a cobertura da campanha de Lula tem sido negativa.
A
cobertura da mídia impressa não vem acompanhando a tendência do eleitorado, segundo verificação feita pelo Observatório Brasileiro de Mídia, associado ao Media Watch Global, que analisa o conteúdo dos jornais O Globo, Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Jornal do Brasil e Correio Braziliense. Pelo acompanhamento do Observatório, feito desde o início da campanha eleitoral, a cobertura da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à reeleição tem sido majoritariamente negativa. Já a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) tem cobertura altamente positiva, com exceção para a semana entre 18 e 25 de agosto, quando a percepção negativa foi bem maior. "Desde 21 de julho, a cobertura do Lula candidato tem sido sempre mais negativa do que positiva", comenta Alexandre Nascimento, pesquisador do Observatório Brasileiro de
Mídia. "Na cobertura de Alckmin, a mudança se deu na última semana, quando saiu uma pesquisa trazendo avaliação muito positiva do governo Lula, aumentando a possibilidade de reeleição no primeiro turno", completou. Para o pesquisador do Observatório, a cobertura negativa de Alckmin aconteceu por questões de problemas com aliados, "que não atrelam suas campanhas à do candidato tucano, e a críticas do PFL sobre a condução da campanha". A cobertura da campanha de Lula só esteve positiva em um dos sete períodos analisados, entre 7 e 14 de julho, o que Nascimento atribui a três fatores: A declaração de apoio do senador José Sarney (PMDB), o lançamento oficial da candidatura do petista em São Bernardo e a crise da segurança em São Paulo, "quando Lula apareceu mais propositivo, oferecendo ajuda ao governador Cláudio Lembo". (Reuters)
Eymar Mascaro
Encruzilhada
A
pesar de confiarem na passagem de Geraldo Alckmin para o 2º turno, os tucanos estão visivelmente preocupados com a situação de seu candidato revelada por mais duas pesquisas, promovidas pelo Instituto Sensus e pelo Datafolha. Os índices apontam que Lula rompeu a barreira dos 50% de intenção de voto contra 20% de Alckmin na Sensus e 27% no Datafolha. As pesquisas ganharam importância e são motivo de reflexão porque foram realizadas 15 dias depois de iniciada a campanha no rádio e na televisão. Era sobretudo pela tevê que os tucanos esperavam reduzir a diferença favorável ao petista. Só que Lula cresceu e Alckmin se estabilizou. As novas pesquisas exigiram mudanças na campanha tucana na televisão.
ALTERAÇÃO
LADO A LADO
Rapidamente, o coordenador de comunicação da campanha tucana, o jornalista Luiz Gonzalez, provocou mudanças no estilo de campanha de Alckmin na tevê e, à noite, o candidato passou a atacar Lula e seu governo no campo da ética. Foram críticas duras.
Também o candidato do PFL ao governo de Pernambuco, Mendonça Filho, apareceu na televisão ao lado do petista. Além de se apropriar da imagem do presidente, Mendonça Filho aceitou o convite para se encontrar com o vice de Lula, José Alencar.
ATRITO Essas controvérsias têm provocado atritos no PSDB. O presidente do partido, Tasso Jereissati, por exemplo, é acusado por Lúcio Alcântara de estar fazendo a campanha de Cid Gomes. Jereissati nega e acusa Alcântara de estar traindo Alckmin.
NÃO PÁRA
SATISFAÇÃO O novo programa de Alckmin na tevê foi elogiado pelos aliados. O presidente do PFL, Jorge Bourhausen, telefonou para Gonzalez para cumprimentá-lo pela nova orientação. Outro que se associou ao novo programa foi o prefeito do Rio, César Maia.
XIS DA QUESTÃO Um dos maiores problemas que Alckmin enfrenta continua sendo no Nordeste, como revelaram as pesquisas. Lula está disparado na região, que concentra 33 milhões de eleitores. O petista teria hoje mais de 60% dos votos nordestinos e Alckmin teria 15%.
DISPARADO Em alguns estados, como Ceará (5,3 milhões de votos) e Pernambuco (5,8 milhões), Lula alcança mais de 70% de intenção de voto. É por isso que até candidatos a governador aliados de Alckmin no Nordeste se exibem na televisão ao lado de Lula.
IMAGENS Uma equipe de tevê registrou o recente encontro do governador do Ceará, Lúcio Alcântara (PSDB), sendo recebido no Palácio do Planalto por Lula. As imagens podem ser usadas novamente por Lúcio Alcântara na televisão, para desespero do senador Tasso Jereissati.
CANDIDATO Como candidato à reeleição, Lúcio Alcântara está com 37% de preferência eleitoral na pesquisa Datafolha. Seu adversário, Cid Gomes (PSB, que é apoiado pelo PT tem 50%. Irmão do exministro Ciro Gomes, Cid pode se eleger ainda no 1º turno.
Também no Rio Grande do Norte (2,1 milhões de eleitores) o candidato a governador Garibaldi Alves (PMDB) faz juras de amor ao petista, apesar de ser um aliado de Alckmin. Detalhe: a adversária de Garibaldi, Vilma Faria (PSB) é apoiada por Lula. Garibaldi foi relator da CPI dos Bingos.
FRANKENSTEIN Quem também está tirando uma casquinha de Lula é o candidato à reeleição ao governo da Paraíba (2,5 milhões de votos), o tucano Cássio Cunha Lima. Petistas e tucanos desgarrados estão distribuindo no Estado adesivos da chapa Lu-Ca (Lula presidente e Cássio governador).
ATAQUE Na Bahia (9 milhões de eleitores) começou a aparecer o adesivo Mensalulão, numa alusão ao envolvimento do presidente e seu governo com o escândalo do mensalão. Segundo as novas pesquisas, Lula ainda vence a eleição no Estado com boa vantagem sobre Alckmin.
NA MESMA As novas pesquisas mostram também que Alckmin ainda perde a eleição em dois importantes estados do Sudeste: Minas (13 milhões de votos) e Rio (11 milhões). Lula mantém vantagem também nas regiões Norte e CentroOeste, com cerca de 20 milhões de eleitores.
IGUAIS A região onde se registra equilíbrio entre Lula e Alckmin é o Sul do País (quase 20 milhões de votos). Lula está avançando em Santa Catarina, segundo as pesquisas, apesar do apoio que recebe do exgovernador Luiz Henrique, candidato à reeleição.
OPINIÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
DOISPONTOS -77
Os periquitos de Dom Menas
R
evelam as pesquisas que Dom Menas está muito bem na fotografia. O que nos dá a exata dimensão de nossa colossal ignorância. Não duvido mesmo que sua majestade contribua para ajudar a eleger os que lhe foram tão úteis. Na cartilha petista Márcio Thomaz Bastos tem lugar garantido no céu. Sinais dos tempos. E de uma certa igreja, secular, também. Só falta agora Dom Menas "encampar" os miseráveis do padre Júlio Lancelotti. Ele não fará isso, claro. Dom Menas odeia pagar contas. E adotou o bispo Crivella como paradigma de sua moralidade inexistente. Lancelotti se finge de morto. É de sua natureza. Não pretendo falar
disso, não hoje. Hoje, quero falar de carroceiros. E por quê? Porque eles, os carroceiros, são a perfeita tradução da profecia lulo-petistavagabundista. Ou seja: os carroceiros encarnam o milagre do crescimento. Nunca se viu tanta gente nas ruas (a puxar carroça, a catar restos, a vender um quilo de papel por
cinco centavos) como agora! Em breve, verão: velhos, pelas ruas, com periquitos no bico do corvo, a lhes tirar a sorte improvável. O realejo está de volta. Andem pelos bairros. O milagre do crescimento chegooou! Zé é um carroceiro, melhor dizendo: Zé é um dublê de carroceiro e, para lhe falar a verdade, sei lá
de quê. Zé puxa carroça. Zé faz papel de gerente, quando os filhos do dono do "depósito" vão beber, fumar, jogar e cheirar na esquina. Zé já foi, como costuma dizer, trabalhador de fábrica. Zé já foi – e é – da virada. Zé vai votar em Dom Menas . De graça. Nos demais candidatos, ele não vota a não ser que seja a soldo, conforme confissão. Iludem-se as putas. Mais difícil que vender o corpo é pedir voto para gente séria. O problema é que a palavra do Zé da
carroça não vale nada. E o Zé é uma legião. Palavras do homem: "Mano, não voto em ninguém sem grana no bolso. Vem, não. Gosto de você, mas estou fora. Se puder, pego a grana do deputado e jogo o voto fora. Eu traio mesmo". Este é o país com que Dom Menas sempre sonhou. Neste mundo ele é rei. Não tenho força para puxar carroça. Escrever cada vez mais me enche o saco. Vou comprar um realejo. E pedir a licença – que o Ibama não me vai dar – para adquirir um periquito. As mensagens de boa sorte eu mesmo escreverei. Sem fé.
INUTILIDADE PERSISTENTE
A
ORLANDO SILVEIRA ORLANDOSILVEIRA@UOL.COM.BR
Site na internet www.blog. dcomercio.com.br
Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br
Paulo Pampolin/Digna Imagem
P
ode haver algo mais degradante que não conseguir uma ocupação que nos permita ganhar a vida com dignidade? Penso que não. Os índices de desemprego no país são altos demais, em especial nas principais regiões metropolitanas, onde vive a maioria dos brasileiros. Os mais prejudicados são os jovens com idade entre 18 e 24 anos. Nesta faixa, o desemprego pega pesado: é o dobro da média geral. As perguntas se manifestam de pronto: 1 - Por que as taxas de desemprego estão no tamanho que estão? 2 - Por que a informalidade cresce livre, leve e solta, como erva daninha? A resposta às duas perguntas é óbvia demais: porque o Brasil não cresce. Por que o Brasil não cresce? Porque não há país que possa crescer assim – com uma baita carga tributária, das maiores do mundo; com uma das maiores taxas de juros reais do planeta; sem política fiscal conseqüente; com tanta burocracia etc. As resp o s t a s s ã o c o n s e nsuais. Para resolver os problemas é preciso dispor de uma competência que o governo federal, sob o comando de Lula da Silva, nunca teve. E jamais terá. Mérito é algo que não freqüenta a cartilha petista. Por ali, o que se encontram são discursos genéricos em prol de cotas. É o "custo PT". Há poucos dias, os jornais noticiaram que diversas empresas deixaram de investir no Brasil (definitiva ou provisoriamente) por conta da onda de corrupção que o governo federal e o PT inflaram até não mais poder. Ou seja: o "mensalão",
CLÁUDIO WEBER ABRAMO
Eis o preço! obra maior e definitiva do petista José Dirceu, segundo o procurador-geral da República – colocou empresas estrangeiras para correr. D i rc e u f o i c a s s a d o , mas continua ativíssimo no governo, tanto quanto Duda Mendonça. Ou quanto Severino Cavalcanti, ex-presidente da Câmara Federal, amigo do peito de Lula da Silva, que foi cassado por tomar dinheiro do dono do restaurante da casa que presidia. Severino cobrava propina. Dirceu engendrava men-
G Por que o Brasil
não cresce? Por que a informalidade cresce livre, leve e solta? G Diversas
empresas deixaram de investir no Brasil por conta da corrupção que o governo federal e o PT inflaram. G O custo PT
é alto demais!
salão. Lula da Silva fazia – e faz – vistas grossas a tudo o que vai ao seu redor, em especial aos negócios de seu filho com a Telemar. Não é tudo. O país deixa de receber R$ 10 b i l h õ e s d e i n v e s t imentos anualmente por uma péssima e definitiva razão: o governo federal tratou de "aparelhar" as agências reguladoras, a fim de empregar companheiros desempregados. Deu no que deu: menos emprego, menos renda, menos crescimento.
T
enho certeza de que você, como eu, conhece uma quantidade expressiva de pessoas que não têm ocupação ou que, em trabalhando, ganha muito menos do que ganhava. Saiba que as coisas poderiam estar menos ruim se a corrupção não fosse tanta e se alguma competência existisse. O "preço PT" é caro demais. Você não tem de pagá-lo. Nem seus filhos! MILTON FLÁVIO, EX-VICE-LÍDER DO GOVERNO NA ASSEMBLÉIA epmiltonflavio@yahoo.com.br
CPMI das Ambulâncias, também conhecida como CPI dos Sanguessugas, prossegue em sua marcha rumo ao nada. Após ter emitido um relatório parcial que não trouxe nenhuma novidade em relação àquilo que já havia sido investigado pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, e depois de ter feito uma recomendação pela abertura de processos de cassação de parlamentares, imaginava-se que a comissão passasse a investigar o que interessa, a saber, as raízes do escândalo. Nada disso. A CPMI persiste no tema, já mais que esclarecido, do envolvimento de parlamentares. Quanto ao verdadeiro problema que originou o caso, a saber, a inoperância dos mecanismos de controle da aplicação de recursos tanto em municípios quanto nos ministérios, prossegue intocado.
C
aso estivessem de fato preocupados em esclarecer alguma coisa, os integrantes da CPMI já teriam convocado para depoimentos e discussões pessoas como as seguintes, apresentadas sem intenção de esgotar as possibilidades: +Técnicos (e não conselheiros) de tribunais de contas estaduais, para que expliquem direitinho como é que esses organismos conseguem ser tão incompetentes. Daí poderiam extrair lições a respeito de como alterar a forma de indicação de conselheiros, de quais procedimentos de auditoria e de como evitar interferências políticas. +Integrantes do TCU, para que exibam as carências detectadas nos mecanismos de controle dos ministérios, as recomendações que têm feito para melhorá-los e as respostas obtidas do Executivo. +Idem, quanto à Controladoria-Geral da União. +Os responsáveis, no Ministério da Saúde, pela transferências de recursos desbaratados nos municípios (e nos estados) sem que a
repartição esboce qualquer espécie de providência corretiva. +Integrantes dos Ministérios Públicos federal e estaduais, para que apresentem mapas dos tipos de crimes contra o interesse público que detectam nos municípios brasileiros sem que coisa alguma seja feita para alterar.
D
ados coligidos pela Transparência Brasil no âmbito de seu banco de dados coligido diariamente, contendo noticiário sobre corrupção publicado em 63 veículos brasileiros (www.deunojornal.org.br) dão conta de que, no país, são noticiados todos os dias uma média de 4,3 novos casos de corrupção. Isso quer dizer que, ao longo de um ano, aparecem 1569 casos de corrupção no Brasil. A esmagadora maioria acontece em municípios. Não se trata de acusações infundadas, mas casos que de alguma forma entraram no sistema judicial. A CPI da Compra de Votos e a CPMI dos Correios terminaram sem que as raízes reais do caso do mensalão tivessem sido exibidas. A turma preferiu ficar no ramerame das denúncias contra deputados, os quais subseqüentemente se escafederam no plenário da Câmara (mas não de processos judiciais). A CPMI das Ambulâncias vai direitinho pelo mesmo caminho. Ficam olhando para o que já não interessa (o Ministério Público Federal já ofereceu denúncia contra os parlamentares que receberam propina) e evitam fazer as perguntas que ao menos poderiam levar a um aumento da consciência sobre a gênese dos malfeitos detectados.
A
relutância que manifestam em examinar as falhas administrativas que levaram ao escândalo dos sanguessugas demonstra que não estão preocupados. Como nenhum dos integrantes da CPMI é amador, não é possível acreditar que essa concentração no inútil seja fortuita. Fazem jogo de cena e chutam cachorro morto, mas na hora de exibir onde o escândalo de fato nasce, nem uma palavra. Por que será? CLÁUDIO WEBER ABRAMO É DIRETOR EXECUTIVO DA
TRANSPARÊNCIA BRASIL WWW.TRANSPARENCIA.ORG.BR
G A CPI dos
Sanguessugas vai pelo caminho da CPI dos Correios: ficam olhando para o que já não interessa.
FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
O
programa de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), divulgado terça-feira, foi criticado ontem por três ex-ministros da Fazenda: Delfim Netto (PMDB), Pedro Malan e Mailson da Nóbrega. O motivo das críticas é a previsão de aumento dos gastos públicos que, segundo eles, impedirá a redução da carga tributária e o crescimento real do País. Os três ex-ministros participaram do seminário "Brasil: Desafios e Propostas 20072010", promovido pela consultoria Tendências. Além deles, participaram do debate Antonio Palocci (PT), ex-ministro da Fazenda, e Paulo Bernardo, ministro do Planejamento, que fez a abertura do evento. Tragédia– Depois de elogiar Lula em entrevistas, o ex-homem forte do regime militar e hoje deputado federal, Delfim Netto (PMDB-SP), foi irônico ao comentar o programa petista: "A introdução é uma tragédia. O resto é aceitável ". Segundo o peemedebista, se Lula se reeleger, ele deverá reunir os partidos que vão compor a coalizão de governo para definir o plano de gestão e não apenas ouvir um partido. "Na verdade aquilo é um programa de partido, são idéias gerais". E declarou: "Lula precisa fazer um acerto definitivo para o País crescer de forma sustentável". Ex-ministro do governo Sarney, Mailson da Nóbrega, foi duro e irônico ao mesmo tempo. No seu entendimento, o plano divulgado é uma "figuração" porque a conta proposta – aumento do gasto público, manutenção do superávit primário em 4,25% do PIB e a pre-
Congresso Planalto Propostas CPI
DIÁRIO DO COMÉRCIO
5 Passada a eleição, não há como fugir do tema reformas. Paulo Bernardo, ministro do Planejamento.
LULA É ALVO DE 'PITACOS' DE EX-MINISTROS
PLANO SOB FORTE ATAQUE Propostas do presidente Lula para o segundo mandato são criticadas por ex-ministros da Fazenda Divulgação
PONTO POLÊMICO: A REFORMA TRIBUTÁRIA.
A
O plano é uma figuração porque a conta é a soma de dois mais dois igual a cinco. Mailson da Nóbrega
O documento traduz claramente o desejo de expectativas adicionais de gastos. Pedro Malan
A introdução é uma tragédia. O resto (plano do governo Lula ) é aceitável. Delfim Netto
O compromisso do PT é manter a política econômica e melhorar a distribuição de renda. Antonio Palocci
servação da carga tributária– não fecha. "É a soma de dois mais dois igual a cinco". Ele acrescentou que, se Lula for reeleito, vai ignorar o PT assim como está fazendo no primeiro mandato. "Para o eleitor do Lula programa é programa de auditório e esse eleitor não entende a configuração de um programa partidário. Espero que prevaleça no segundo mandato o que prevaleceu no primeiro, o pragmatismo." Mais contido, o ex-ministro do governo FHC, Pedro Malan, deu a entender que o PT estaria abandonando a redução de gastos – objetivo perseguido na gestão petista. Conforme Malan, o documento "tra-
duzia "claramente o desejo de expectativas adicionais de gastos". O ex-ministro reforçou que, para garantir o crescimento, o governo precisará atacar de frente a redução da carga tributária e os gastos públicos. "A composição da carga tributária não estimula a produtividade e a eficiência". Reformas - Em sua fala, Palocci respondeu indiretamente a Malan ao afirmar que o governo "deve gastar " (recursos) e que o compromisso do PT é com a manutenção da política econômica e a melhoria da distribuição de renda. Palocci deixou o debate sem dar entrevistas. O ex-ministro se mantém distante da imprensa depois
do escândalo da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa . O ministro Paulo Bernardo afirmou que Lula tomará medidas que não estão no plano de governo, caso seja reeleito. Ele destacou duas: a redução gradual da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e a Desvinculação de Receitas da União, válidas até o final de 2007. Para Bernardo, o presidente eleito terá que negociar com o Congresso a aprovação das reformas tributária e da Previdência Social para que o País possa crescer. "Passada a eleição, não há como fugir do tema (reformas)", disse.
O ministro do Planejamento defendeu que as reformas sejam gradativas (até 10 anos). Isso porque, segundo ele, "tudo o que é feito a curto prazo não dá certo". "Às vezes uma solução transitória não é a melhor", afirmou Bernardo. No caso da CPMF, Paulo Bernardo afirmou que é possível, em 10 anos, reduzir a alíquota de 0,38% para 0,08%. Sobre a Previdência, a prioridade é reduzir o déficit (R$ 42 bilhões). Para tanto, o governo pretende fazer modificações no setor público, como a criação de uma previdência complementar aos funcionários e a definição de um teto.
Refis 3: Dívidas podem ser quitadas em até 130 meses
&DPLOD $TXLQR 'H /HyQ &RPXQLFDo}HV
Ives Gandra - colunista do SESCON-SP
José Maria Chapina Alcazar, Rogério Gandra Martins, Ives Gandra e Antonio Marangon.
P
ara enriquecer ainda mais o fluxo de informações com as empresas associadas, o SESCON-SP convidou o jurista Ives Gandra da Silva Martins para fazer parte de seu elenco de colaboradores. A Coluna Direito & Justiça, a ser assinada por Ives Gandra, será publicada mensalmente na Revista do SESCON-SP, O convite foi formalizado durante almoço à sede do Sindicato, no último dia 24, quando o jurista foi recebido pela diretoria executiva e pelos conselheiros consultivos da Entidade. Na ocasião, o advogado apresentou um panorama sobre as próximas eleições, fazendo um perfil dos principais candidatos à presidência da República. Gandra comentou brevemente sobre a sua visão de futuro do País, se referindo às reformas esperadas pela economia brasileira, especialmente na área tributária. Revista do SESCON-SP – Na coluna, Ives Gandra tratará dos principais temas jurídicos que norteiam o dia-a-dia dos empresários. O jurista dividirá o espaço com seu filho e sócio, Rogério Gandra Martins. Para o presidente do SESCON-SP, Antonio Ma-
rangon, “a Entidade deu um significativo passo na busca de qualidade de informações para os leitores da Revista, proporcionando-lhes um conteúdo ímpar de extrema importância para o entendimento das questões jurídicas e tributárias do País.” Breve currículo Ives Gandra da Silva Martins é presidente da Academia Paulista de Letras, presidente do Centro de Extensão Universitária e Professor Emérito da Universidade Mackenzie. Publicou mais de 50 livros individualmente, 200 em co-autoria e 1000 estudos sobre direito, economia, filosofia, política, história, literatura, sociologia, música, em diversos países. Especialista em Direito Tributário e em Ciência das Finanças pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), o advogado tornou-se um ícone do direito como precursor da comunicação jurídica. No Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça, Ives Gandra é um dos autores mais citados nas decisões dos ministros, tanto em matérias constitucionais, como tributárias e administrativas.
Presidente do SESCON-SP é homenageado pelo Rotary Club Vila Alpina O presidente do SESCON-SP, Antonio Marangon, será homenageado no próximo dia 1º de setembro, às 12 horas, pelo Rotary Club de São Paulo Vila Alpina, durante reunião-almoço na Legião Mirim de Vila Prudente. A homenagem se dará pela atuação de Antonio Marangon no SESCON-SP em movimentos sociais pela redução de impostos e diminuição da burocracia e também por sua atuação na
presidência da Junta Comercial do Estado de São Paulo ( Jucesp), aonde vem desenvolvendo exemplar trabalho, quanto a modernização do órgão e sua reestruturação para oferecer melhores serviços aos empreendedores do Estado. A convite da diretoria do Rotary Club, na ocasião, Marangon proferirá a palestra “O Brasil que queremos”, abordando questões tributárias, políticas e sociais.
Sergio Kapustan
redução da alíquota da CPMF foi criticada pelo ex-ministro Mailson da Nóbrega. "Defendo a redução progressiva até a total extinção. A CPMF não deve sequer ser mecanismo de fiscalização". O ministro reforçou que dificuldades políticas impedem a votação tributária. Um dos pontos da reforma é a unificação das alíquotas de ICMS (há 27 diferentes no País). A proposta está pronta para ser votada e abre espaço para a criação do Imposto Sobre Valor Agregado (IVA), mas não há acordo no Congresso. Sobre o Legislativo, o exministro da Fazenda, Antonio Palocci, defendeu que o próximo governo faça um acordo para votar as reformas nos dois primeiros anos de gestão. Palocci acrescentou a reforma política à agenda. Mailson manifestou-se contra, por entender que "essa não é a prioridade do País". Outro ponto debatido foi a autonomia do Banco Central (BC). Palocci afirmou que o presidente Lula é favorável à independência, no entanto, que há dificuldade para implementar a medida. "Acompanhando esse debate no último período, vejo que não é só o PT que tem dificuldade com esse tema". O programa de governo de Lula para o segundo mandato nem menciona o BC, à pedido do próprio presidente, que preferiu não criar polêmica. (SK)
O SESCON-SP promoveu palestra sobre a Medida Provisória nº 303, de 29 de junho de 2006, no dia 24 de agosto, ministrada por representantes da Secretaria da Receita Federal (SRF), da Secretaria da Receita Previdenciária (SRP) e da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), em sua sede, visando orientar as empresas quanto aos procedimentos de adesão aos parcelamentos excepcionais previstos no “novo Refis”. De acordo com os técnicos, todas as pessoas jurídicas poderão parcelar suas dívidas em até 130 vezes e terão redução das multas. Existe ainda o parcelamento alternativo em seis parcelas ou o pagamento a vista com 80% de desconto nas multas e 30% nos juros. Quem pretende
quitar a dívida a vista, deve procurar a Procuradoria Seccional da Fazenda. Outra forma de adesão é pela Internet, que deve estar disponível a partir de amanhã. O valor dos débitos obtidos com as reduções fica sujeito a três condições, que são cumulativas: devem ser referentes às pessoas jurídicas, devem ter vencido até o dia 28 de fevereiro de 2003 e devem ser pagos ou parcelados até o dia 15 de setembro deste ano. A adesão ao parcelamento deverá ser feito pela Internet até o dia 15 de setembro, nos sites da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br) e da PGFN (www.pgfn.fazenda.gov.br). No INSS a adesão só pode ser feita pessoalmente.
Contratação de deficientes é obrigatória para empresas com mais de 100 colaboradores Com o objetivo de orientar as empresas quanto ao cumprimento da Lei 8213/91, no que diz respeito à inserção e à manutenção do reabilitado e da pessoa portadora de deficiência no mercado de trabalho, o SESCON-SP promoveu palestra sobre o tema, no dia 28 de agosto, em sua sede. O auditor Fiscal do Trabalho José Carlos do Carmo mostrou um panorama das deficiências no Brasil. De acordo com dados apresentados, 14,5% da população brasileira ou 24,5 milhões de pessoas têm deficiência no País. “Esses números são expressivos, por isso a importância de inserir as pessoas com condições especiais no mercado de trabalho”, disse. As empresas que possuem 100 ou mais colaboradores estão obrigadas a preencher de 2% a 5% de seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas. Veja a proporção: · até 200 colaboradores, 2%; · de 201 a 500 colaboradores, 3%; · de 501 a 1.000 colaboradores, 4%; · mais de 1.000 colaboradores, 5%.
Segundo Carmo, as pessoas com deficiência que prestam serviços por meio de empresas terceirizadas não devem ser consideradas parte da cota da companhia tomadora de serviço. Multa – As empresas que forem autuadas por não cumprirem a cota estabelecida podem ser penalizadas com multas que variam de R$ 1.156,53, valor mínimo legal que é atualizado anualmente, até R$ 115.683,40, limite máximo.
2 6(6&21 63 Mi SURJUDPRX D DJHQGD GH FXUVRV GD 8QL YHUVLGDGH &RUSRUDWLYD SDUD R PrV GH VHWHPEUR
/XFUR 3UHVXPLGR /XFUR 5HDO H -XURV 6REUH 3DWULP{QLR /LTXLGR 'DWD 'DV jV KRUDV 'XUDomR KRUDV 0DUNHWLQJ GH 5HODFLRQDPHQWR H )LGHOL]DomR 'DWD 'DV jV KRUDV 'XUDomR KRUDV &DUJRV H 6DOiULRV 'DWD 'DV jV KRUDV 'XUDomR KRUDV *HVWmR GH (PSUHVDV )DPLOLDUHV 'DWD D 'DV jV KRUDV 'XUDomR KRUDV &RQILUD D SURJUDPDomR GRV FXUVRV RQ OLQH QR VLWH ZZZ XQLYHUVLGDGHVHVFRQ FRP EU 0DLV LQIRUPDo}HV H PDWUtFXODV RX H PDLO XQLYHUVLGDGH#VHVFRQ RUJ EU
DIÁRIO DO COMÉRCIO
NAS NUVENS
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
TURISMO - 1
PRÓXIMA ESTAÇÃO: A VILA DE PARANAPIACABA
Divulgação/Tiago Vandré/PMSA
Totalmente restaurado, o atual distrito de Santo André exibe rica história, marcada pela criação da ferrovia, e exuberante Mata Atlântica. Pág. 4
Guia para voar
João Balão Damasceno
Walter Fonseca
Alex Ribeiro/DC
P ara encorajar você,
leitor, a realizar o sonho de voar, escalamos três repórteres para experimentar diferentes modalidades de passeios aéreos – balão, pára-quedas e paraglider. Elas contam, com detalhes, como é estar entre as nuvens por alguns minutos e já avisam: é preciso reservar o passeio com antecedência e torcer para que o clima permita o vôo, pois tudo depende dele. De sobra, ainda damos mais quatro dicas nos ares: de helicóptero em São Paulo a uma experiência única no espaço. Págs. 2 e 3
Marcos D'Paula/AE
Céu azul é sinônimo de vôo garantido. De pára-quedas, o vôo duplo é inesquecível. O paraglider proporciona tour contemplativo. Mais tranquilo é o passeio de balão. E mais: asa-delta, planador e a viagem milionária à Estação Espacial Internacional
Veja mais imagens desta edição na nossa galeria de fotos virtual no site www.dcomercio.com.br/ galeria/boa viagem_index.htm
2 -.TURISMO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Fotos: Lygia Rebello
No interior, a magia do balão
Começo da aventura: baforadas de calor para o balão ganhar forma
Por Lygia Rebello
É
preciso deixar a ansiedade de lado e respeitar as reviravoltas do clima sem perder a calma. Quem quiser ter a incrível experiência de voar de balão precisa aprender essas premissas. Eu aprendi na prática, marcando o vôo e vendo este ser cancelado várias vezes por culpa do mau tempo, que, de repente, decide nublar, ou trazer ventos muitos fortes. E, obviamente, a cada novo cancelamento, a decepção era proporcional à expectativa de voar pela primeira vez nesse globo gigante que mexe com o imaginário de qualquer um. O problema se complica ainda mais pois é preciso acordar muito, mas muito cedo mesmo, para voar pela manhã. E mais cedo ainda se você, assim como eu, decidir não dormir em Boituva, de onde sai o balão, e ir direto de São Paulo, distante cerca de 115 km, só para voar. Mas a espera, o sono e o nervosismo são totalmente compensados após o passeio pelos ares de cerca de uma hora. Menos aventura, mais contemplação. Nenhuma preparação prévia e muito menos contra-indicações – não dá enjôo e até crianças acompanhadas dos pais podem se aventurar. Tudo começa com um reforçado café da manhã, incluído no passeio. Mas o frio na barriga
nem dá chances de provar todas as delícias do simples, porém, farto desjejum. Antes mesmo do sol nascer somos levados para um descampado onde a equipe já dá conta dos preparativos. O grande globo multicor, de 25 metros de altura, ainda está murcho, estendido no gramado. Começam a acender o maçarico e a cada nova baforada de calor, a tela colorida vai ganhando sua forma habitual. Todos os presentes disparam suas máquinas registrando cada etapa. Subindo – "Subam, subam", avisa Miguel Leiva, o dono da Aventurar Equipe de Balonismo e o piloto da nossa viagem. Numa cestinha de vime, na qual cabem seis passageiros, além do piloto (todos em pé), fazemos as poses para as últimas fotos em terra, tiradas pelos desafortunados que optaram por não embarcar. Opa! Um leve balanço e já estamos bem lá no alto. Decolagem sem sobressaltos, bem suave. Nosso máximo será 500 metros de altura, mas o legal mesmo é quando ficamos a uns 100 metros de altura e conseguimos ver tudo de pertinho. A neblina do interior ainda cobre boa parte da paisagem, à medida que o sol vai saindo, porém, descortina-se um cenário de pequenas chácaras, rios e campos verdinhos, que fica ainda mais encantado com a sombra do balão estampada. Atento às coordenadas que tem de dar via rádio à equipe
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
A sombra curiosa enfeita a paisagem de fazendas e pradarias
SERVIÇO Aventurar Equipe de Balonismo: Boituva, tels. (11) 3326-8331 e (11) 9134-1321, site www.balonista.com. No verão faz vôos matutinos e no inverno, dois vôos diários. O passeio de cerca de uma hora custa R$ 280 por pessoa, incluindo o café da manhã e o brinde com champanhe. Com o globo colorido cheio, o piloto convida os passageiros a subir na cesta para seis pessoas. Já no ar, ele se orienta por mapa
que ficou em terra e que nos segue de pertinho para nos resgatar na hora do pouso – afinal não há destino certo –, o simpático Miguel aproveita ainda para contar casos curiosos da região e de seus inúmeros vôos ou para explicar nossas dúvidas. Trabalhando nesse ramo há mais de 18 anos, nos últimos oito decidiu começar a levar pessoas para voar com balões que ele mesmo constrói. Tranqüilidade – A bordo do maior deles por enquanto, a euforia vai abrindo espaço para uma tranqüilidade sem-fim. Apenas a paisagem e um silên-
cio vez ou outra cortado pelos sopros de calor do maçarico que alimenta o balão. À mercê do vento, ora perto das copas das árvores, ora mais alto com uma visão panorâmica da região, cada um parece entrar numa espécie de hipnose provocada pela imaginação que nos remete às aventuras fantásticas lidas na infância. E quando menos se espera, lá está Miguel procurando o melhor lugar para o pouso, com direito a uma recepção para lá de gostosa. Mesmo acostumados com a presença do balão nos céus da região, um grupo de crianças corre ao nosso encontro para ver de perto o gigante colorido. Enquanto a equipe de resgate não vem, fazemos novos amigos, ali mesmo, no gramado de uma fazenda. Antes de partir, a derradeira surpresa: um champanhe geladinho para brindar a realização de um sonho de infância.
OUTROS DESTINOS PIRACICABA (SP) Air Brasil Balonismo: tels. (11) 2626-1323 e (19) 3434-6438, site www.balonismobrasil.com.br. Também voa em Águas de São Pedro. PINDAMONHANGABA (SP) Voar de Balão: tel. (12) 3648-8007, site www.voardebalao.com.br. ALBUQUERQUE (EUA) Esta é a dica para quem gostou de voar e quer uma experiência mais profunda no mundo do balonismo. Todo ano, a cidade de Albuquerque, no Novo México, realiza uma grande festa: a Balloon Fiesta (foto abaixo). De 6 a 15 de outubro, cerca de 700 balões enfeitam os céus da região. Mais informações pelo site www.balloonfiesta.com. Quem quiser sair do Brasil com pacote completo, o See America – pool de seis operadoras especializadas em roteiros para os Estados Unidos – está com um programa Fly&Drive com a Álamo. De 6 a 15/10, custa a partir de US$ 1.285 por pessoa, incluindo parte aérea, quatro noites de hospedagem, locação do carro e cartão de assistência. Informações pelo site www.seeamerica.
MAIS VÔOS Tasso Marcelo/AE
P
DE HELICÓPTERO, SOBRE SÃO PAULO
Divulgação/Immaginare
ara se ter uma experiência aérea nem é preciso sair da cidade. Que tal um vôo panorâmico de helicóptero e ver de lá de cima, a Catedral da Sé, a Avenida Paulista e o Parque do Ibirapuera? O preço é um tanto salgado (de R$ 535 uma pessoa, passando por R$ 750 duas, até R$ 1.990 seis pessoas), mas quem já fez o passeio garante que vale a pena. A Andanças Viagens e Turismo oferece ainda um pacote que inclui, além do vôo, um jantar do hotel Holiday Inn, para uma ocasião mais romântica (R$ 820 duas pessoas). O vôo sai do Campo de Marte e dura aproximadamente 25 minutos. Informações e reservas pelo tel. (11) 6863-0233, site www.andancastur.com.br. Epitácio Pessoa/AE
A
DE ASA-DELTA, SOBRE O RIO DE JANEIRO
sensação neste passeio inusitado é a de estar voando como um pássaro. A bordo de um pequeno avião, apenas com uma cabine dupla, voa-se ao lado do piloto. Pela Immaginare, o passeio é realizado sobre a cidade de Jundiaí, interior de São Paulo, e custa R$ 205 por pessoa, com duração de cerca de 40 minutos. Informações e reservas pelo tel. (11) 5088-0990 ou pelo site www.guiadeexperiencias.com.br.
O
sonho de fazer um vôo duplo de asa-delta pode ser realizado em vários cantos do Brasil, inclusive no interior do Estado. Porém, sobrevoar a Cidade Maravilhosa tem gostinho especial e esse vôo é mundialmente conhecido. A saída é da rampa da Pedra Bonita e o pouso é na Praia do Pepino. Pelo Sky Center Rio, o passeio custa a partir de R$ 200 por pessoa. A mesma empresa também realiza vôo de parapente e helicóptero. Informações e reservas pelo tels. (21) 2437-4592 e (21) 7817-3526, site www.skycenter.com.br.
Presidente em exercício Chefe de reportagem Alencar Burti Arthur Rosa Presidente licenciado Editor de Fotografia Guilherme Afif Domingos Masao Goto Diretor de Redação Editor de Arte Moisés Rabinovici José Coelho Editor-Chefe Diagramação José Guilherme Rodrigues Ferreira Djinani S. de Lima Editora Ilustração Antonella Salem Jair Soares antonellasalem@uol.com.br Gerente Comercial Sub-editora Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Lygia Rebello Impressão S/A O Estado de S. Paulo lygiarebello@uol.com.br www.dcomercio.com.br
DE PLANADOR, SOBRE JUNDIAÍ
O ESPAÇO É O LIMITE
A
mesma Immaginare acaba de lançar a mais inusitada das experiências: o vôo espacial. O esforço para realizar esse sonho vai além do preço exorbitante – estimado em US$ 25 milhões (entrada de US$ 200 mil). Os candidatos terão de passar por um exame que comprove sua aptidão e condições de saúde favoráveis para ir ao espaço, além de serem submetidos a um treinamento de dois anos em Moscou, Rússia (o preço inclui hospedagem e alimentação ao longo do treinamento). A preparação é praticamente igual à realizada por astronautas. Depois de tudo isso, o viajante embarcará numa nave Soyus rumo à Estação Espacial Internacional, onde ficará três dias. Informações e reservas pelo tel. (11) 5088-0990 ou pelo site www.guiadeexperiencias.com.br.
Divulgação/Immaginare
Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
1
3,2
mil processos já estão no Conselho Municipal de Tributos de São Paulo para serem analisados
RECEITA INICIA OPERAÇÃO EM SÃO PAULO E DEVE INTIMAR 8 MIL EMPRESAS SUSPEITAS DE SONEGAÇÃO
LEÃO NO RASTRO DO PIS E COFINS
A
Sebastião Moreira/AE
Su pe ri n te nd ên ci a município de São Paulo. A noda Receita Federal tificação pede ao contribuinte da 8ª Região ini- que preste esclarecimentos em ciou ontem a Ope- até 20 dias sobre informações ração Eclipse. O alvo são 8 mil desencontradas. Se isso não empresas do Estado de São ocorrer, é lavrado o auto de inPaulo, das quais 6 mil da capi- fração com a determinação de tal, que poderão ser autuadas pagamento do débito, mais por irregularidades no paga- multa e juros. A multa é de 75% mento do Programa de Inte- do valor do débito, mas pode gração Social (PIS) e da Con- chegar a 150% se for constatatribuição para Financiamento da intenção de fraude. "Nesse da Seguridade Social (Co- caso, o contribuinte pode ser fins). A Receita estima que as processado criminalmente", diferenças encontradas, con- avisou a delegada. A multa pode ser elevada tando com multa e juros, possam chegar a R$ 15 bilhões no ainda mais se o contribuinte se total. Somente na capital, a negar a atender a fiscalização. fraude nas contribuições po- "Nesse caso, aqueles que seriam multados em 75% pasde alcançar R$ 10 bilhões. sam a ser em O nome da 112,5% do vaoperação juslor devido, tifica-se porenquanto os que envolve que seriam co nt ri bui nt es pe nal izad os cuja situação em 150% pase s t á " p re t a " . bilhões de reais é o sam a receber Durante o multa de eclipse, a lua valor das fraudes 225% do débise sobrepõe envolvendo o to", afirmou. ao sol escurepagamento da Cofins De vedo ras cendo o dia. – Consideran "Além disso, e do PIS no Estado de do as dívidas pode ser feita São Paulo, segundo de PIS e Cofins uma comparação entre a soestimativa da Receita. em um único ano, as três breposição da empresas que lua ao sol e ao cruzamento de dados utiliza- indicam ter maior débito são do do pela Receita para chegar setor de serviços, com R$ 3 miaos contribuintes com supos- lhões cada uma. "Depois, apatas irregularidades", explicou rece uma empresa do comércio a titular da Delegacia da Re- com suspeita de R$ 2 milhões ceita Federal de Fiscalização de débito", disse a delegada. no Município de São Paulo "De acordo com a análise de um ano, Osasco corresponde a (Defic), Roseli Tomikawa. A Receita cruzou dados das R$ 200 milhões em débito, São contribuições, informações de Bernardo, a R$ 130 milhões, e terceiros e de outros fiscos. "Se Ribeirão Preto, a R$ 56 miconstatamos valores diversos lhões." A maioria das empresas de faturamento na Declaração é de médio ou grande portes. Os contribuintes terão 30 dias de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (DIRPJ) e na De- para pagar o valor devido ou claração de Débitos e Créditos contestar a autuação. Quem adTributários Federais (DCTF), mitir o débito dentro desse prapor exemplo, há um indício de zo pode quitar a dívida à vista, com 40% de desconto da multa, sonegação", disse Roseli. Só ontem, foram entregues ou parcelar em até 60 vezes. 400 intimações a empresas no Laura Ignacio
15
ISS lidera queixas
C
omeça a funcionar hoje o Conselho Municipal de Tributos (CMT) de São Paulo, criado pela Prefeitura para dar mais transparência no julgamento de recursos administrativos impetrados por contribuintes que questionam débitos tributários. O órgão já recebeu 3,2 mil processos para serem analisados, a maioria deles envolvendo o Imposto sobre Serviços (ISS). Atualmente, os recursos administrativos demoram de dois a três anos para chegar a uma decisão final. Com o novo órgão, a Secretaria de Finanças estima que
o prazo para apresentação do relatório e voto para julgamento será de 15 dias. Hoje, só a primeira câmara julgadora vai iniciar suas atividades. A partir do próximo dia 4, a segunda e quarta câmaras passarão a se reunir todas as segundas e quartas-feiras. Já as reuniões da primeira e terceira câmaras ocorrerão sempre às terças e quintas-feiras. Segundo o fisco municipal, a maioria das ações questiona, além da incidência do ISS, a taxatividade da lista de serviços, sua base de cálculo e o local da prestação dos serviços. Márcia Rodrigues
Titular da Delegacia da Receita Federal de Fiscalização em São Paulo (Defic), Roseli Tomikawa (esq.), informou que 400 empresas já foram intimadas
Projeto reabre prazo do PPI para inscritos no Refis
O
s vereadores da Câmara Municipal de São Paulo aprovaram ontem, em primeira votação, o projeto de lei nº 320/06 que, em linhas gerais, permite aos contribuintes inscritos no Programa de Recuperação Fiscal (Refis), e que estejam em atraso com as mensalidades, migrarem para o Programa de Parcelamento Incentivado (PPI), lançado esse ano. A proposta, de autoria do prefeito Gilberto Kassab, deverá passar ainda por audiência pública – que poderá ocorrer na próxima quarta-feira – e seguirá para uma segunda e definitiva votação. Caso o projeto seja aprovado, seguirá para sanção do Poder Executivo. Procedimentos – O prazo para os interessados fazerem a migração de seus débitos será de 60 dias (o tempo de inscrição ainda deverá ser discutido pelos parlamentares do Legislativo Municipal), a contar da data de publicação do projeto de lei no Diário Oficial do município. Aderindo ao PPI, e optando pelo pagamento dos débitos
em uma única parcela, o contribuinte terá redução de 75% da multa e de 100% dos juros de mora. Em caso de pagamento parcelado, o desconto da multa é de 50% e de 100% dos juros de mora. O PPI da Prefeitura ainda permite o parcelamento dos débitos tributários inscritos na dívida ativa em até 120 meses. No último dia 26, a prefeitura encerrou o prazo para os contribuintes que contraíram dívidas com os impostos e taxas municipais (ISS, taxa de iluminação e IPTU, entre outros) aderirem ao PPI. Um dia antes do encerramento do prazo, a Secretaria Municipal de Finanças havia anunciado que o programa de renegociação de débitos tributários teve uma adesão de 380 mil contribuintes, gerando uma arrecadação de aproximadamente R$ 350 milhões aos cofres públicos. O débito total dos contribuintes com a prefeitura paulistana é de aproximadamente R$ 30 bilhões, entre créditos tributários e não-tributários. Ivan Ventura
ADVOGADOS Wadih Helú - Waldir Helú
Advocacia Cível - Comercial - Família - Tributária Escritórios: Rua José Bonifácio, 93 - 9º andar, conj. 91 - CEP 01003-001 Av. Nove de Julho, 4.887 - 10º andar, conj. 101-B - CEP 01407-200 Fones: (11) 3242-8191 e (11) 3704-3407
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
TURISMO - 3
Pára-quedas: adrenalina a mil!
Fotos: João Balão Damasceno
Minutos antes do salto: no aviãozinho para até oito pára-quedistas
Por Márcia Rodrigues
S
empre tive vontade de saltar de pára-quedas mesmo morrendo de medo de altura. Num belo sábado consegui concretizar a façanha de descer 4 mil metros de altura a 200 quilômetros por hora, sendo 45 segundos, que parecem uma eternidade, de queda livre – o que significa o pára-quedas fechado. Posso considerar que foram os segundos mais emocionantes da minha vida. Aliás, esse dia foi muito marcante por eu ter realizado outro sonho. Ao convidar o meu amigo Marcelo de Azevedo para me acompanhar na aventura ele, sabendo de minha paixão por motos, sugeriu que fôssemos com sua "estradeira", como são conhecidas as motocicletas como a Shadow, da Honda, até Boituva, interior de São Paulo, onde aconteceria o salto no galpão reservado pela Escola Azul do Vento. Logo pela manhã, entramos na Rodovia Castelo Branco e a adrenalina já estava a mil. Afinal, era a terceira tentativa de
realizar o salto e ainda não tinha a certeza se, de fato, saltaria ou não. Nas duas tentativas anteriores meu salto deveria ocorrer em Campinas, na sede da Escola Azul do Vento, mas o mau tempo não ajudou. É que infelizmente para praticar esse esporte radical ficamos a mercê do tempo. É ele quem dita se haverá vôos naquele dia pois qualquer mudança na posição do vento ou no clima pode colocar em risco a vida dos pára-quedistas. Coragem – Quando chegamos ao local a equipe já nos aguardava com a boa notícia: "hoje o tempo está bom e vocês finalmente saltarão". Foi a hora que percebi que realmente iria provar se teria coragem de saltar. Depois de três ou quatro aterrissagens do aviãozinho que subia com até oito páraquedistas, chegou a nossa vez. Fizemos o treinamento rapidinho e subimos na aeronave. A portinha abriu uma vez para um pára-quedista realizar um salto com a altitude mais baixa, para obter sua carteira de profissional, o que só acentuou meu nervosimo.
Uma vez no ar, há tempo de curtir: brincar com o instutor, acenar...
Saltando: "até ficarmos na posição horizontal, fiquei apavorada"
Não demorou muito e fomos informados que era a nossa vez. Como o meu salto e o do Marcelo eram duplos, fomos os últimos. Os segundos de aproximação da porta foram cheios de apreensão. Pronto. Na hora do salto, até ficarmos na posição horizontal, fiquei apavorada. Dava a sensação de que iria cair em pé no solo. Quando ficamos deitados, mesmo estando em queda livre, consegui curtir. Brinquei com o câmera, com o instrutor, acenei com as mãos, dei risada e, apesar de bastante apreensiva, consegui curtir completamente a emoção do momento. Quando o pára-quedas se abriu, outra emoção. O tranco foi tão forte que deu a impressão de que tinha escapado do instrutor. O que não seria tão preocupante se não soubéssemos que todo o equipamento, inclusive os dois pára-quedas,
ficam presos somente a ele. Durante os cinco minutos que me restaram após a abertura do pára-quedas fiquei admirando a paisagem. Vi plantações, o galpão com o aviãozinho já preparado para voar novamente, a rodovia e ainda consegui brincar um pouco com o Marcelo e seu instrutor. Ao aterrissar, sem tombos, senti que tinha realizado um dos meus maiores desejos. Meu feito foi tão comemorado por amigos e pela família que ainda este ano pretendo voltar lá para acompanhar o salto de minha mãe. SERVIÇO Escola Azul do Vento: Campinas, tel. (19) 3246-0455, site www.azuldovento.com.br. Vôo custa R$ 285 por pessoa. Descontos especiais para três pessoas.
Em Atibaia, num paraglider
E mais emoção no momento em que o pára-quedas se abre
OUTROS DESTINOS BOITUVA (SP) Paraquedismo Boituva: tel. (15) 3263-1645, site www.paraquedismoboituva.com.br. DIVINÓPOLIS (MG) Avis Rara Pára-quedismo: tel. (31) 3288-1980, site www.avisrara.cjb.net. Salto é feito no aeroporto da cidade mineira. Fotos: Alex Ribeiro/DC
Por Adriana David
céu azul prometia um dia de muito sol em Atibaia. Do alto do maior monolito da América do Sul, a Pedra Grande, de 52 mil metros quadrados de área, e a 530 metros da cidade, eu me sentia pequenininha. O verde dos morros ao redor contrastava-se com a cor do céu. Cenário perfeito para o meu primeiro vôo de paraglider! Um vento gelado batia no rosto. Enquanto o piloto preparava o equipamento, ou o que seria a nossa asa nos 40 minutos seguintes, vesti uma calça comprida e um moletom. O frio aumentaria durante o vôo, pois poderíamos subir ainda alguns metros por conta da predominância de correntes térmicas. A corrente de ar quente é formada pelo calor que vem da terra e que faz o aparelho subir. Tal fenômeno é comum em vôos nas regiões de montanha em determinados horários, em outros, enfrentamos o "lift", que proporciona vôos mais tranqüilos. O instrutor Linneu Madazio, com 20 anos de vôo, puxava para lá e para cá o paraglider. Um pequeno temor tentava tomar
O
No alto da Pedra Grande, os preparativos para a decolagem: arrumando a tela do paraglider e as coordenadas do instrutor para a 'voadora' de primeira viagem
conta do meu corpo. Em poucos segundos, Linneu explicou o que eu teria de fazer durante a decolagem. O fotógrafo se posicionou para ter melhor ângulo daquele gigante pente amarelo. Mais um lindo contraste no céu azul, verde, amarelo. Coloquei a selete, uma espécie de cadeirinha onde se senta durante o vôo. Todos os acidentes de paraglider, asa-delta e pára-quedas vinham à minha mente. Teria de ignorá-los. "Não tem como desistir", pensei. Onze horas e 55 minutos da manhã, comecei a correr naquela rampa imensa e logo não senti mais o chão. Estava fazendo como os pássaros: voando. Aos poucos, nos distanciáva-
Alguns passos e... os pés já não sentem o chão
mos da Pedra Grande e eu ia percebendo o seu gigantismo. Depois, estávamos pairando em cima de um condomínio residencial onde cada casa tinha uma piscina. O azul tomava conta de mais um pouco da paisagem. No gramado verdinho de uma das casas via a sombra do paraglider. Mas não era apenas o que estava próximo que impressionava. Lá longe, via o Pico do Jaraguá e os prédios de São Paulo. A tensão já baixava e virava uma sensação extremamente prazerosa de liberdade. No horizonte, urubus se confundiam com outros paragliders. Os movimentos eram quase os mesmos já que os pássaros disputa-
No ar, uma bela vista e urubus como companhia
vam as térmicas com os aparelhos de vôo para subir. Entramos em várias delas e também girávamos e subíamos como os urubus. Mas, depois de 15 minutos de vôo, comecei a ficar enjoada, talvez por causa da térmica ou de algo que comi um pouco antes ou até mesmo pelo nervosismo de voar. Tentei completar o vôo que duraria 40 minutos, porém, cinco minutos depois, optei por pousar. Depois de pousar, é que fiquei sabendo que as térmicas ocorrem apenas em alguns momentos do dia e que à tarde predomina o "lift", também comum no litoral, onde talvez farei minha próxima aventura! A sensação de liberdade é o principal motivo para 20 mil brasileiros já terem voado de paraglider desde que o esporte começou a ser praticado no Brasil, há 20 anos. Muitos fazem o vôo duplo por curiosidade e depois o acolhem como hobby. Fazem cursos para pilotar sozinhos e ter aquela tensão da adrenalina mais forte. "Essa tensão é bem melhor que a enfrentada diariamente no escritório", afirma Orestes Ferraz, advogado de 42 anos, que, desde maio, escapa dos fóruns para voar. SERVIÇO Escola Ar Livre: Al. Lucas Nogueira Garcez, 3.880, Atibaia. Tel. (11) 4413-2298, site www.arlivre.com.br. Saída da Pedra Grande. O vôo duplo, de 40 minutos, custa R$ 100 por pessoa.
OUTROS DESTINOS Locais de vôo recomendados pela Associação Brasileira de Paraglider (ABP) ANDRADAS (MG)/ÁGUAS DE PRATA (SP) Clube Pico do Gavião de Vôo Livre: Escola Fly Brazil, em São João da Boa Vista, tel. (19) 3622-3627, site www.picodogaviao.esp.br. Saída Pico do Gavião. SÃO VICENTE (SP) Clube de São Vicente de Vôo Livre: tel. (13) 3568-8043. Saída do Morro do José Menino. SÃO BENTO DO SAPUCAÍ (SP) Clube Pedra do Baú de Vôo Livre: tel. (12) 3942-5375.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4 -.TURISMO
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
Paranapiacaba: estilo inglês, história e ecoturismo Por Antônio Paulo Pavone
Desde que se tornou distrito de Santo André, essa vila vem atraindo cada vez mais turistas. Seja por seu patrimônio histórico – herança dos tempos da São Paulo Railway –, seja pelas trilhas na Mata Atlântica
Fotos: Divulgação/Julio Bastos/PMSA
Divulgação/Heloísa Ballarine/PMSA
O
"fog", a névoa tão inglesa quanto o chá das cinco e o Big Ben, é chamado de "noiva" pelos habitantes da vila ferroviária de Paranapiacaba, que também exibe uma perfeita réplica do secular relógio londrino. Os antigos moradores contam uma história trágica e incrível: uma jovem operária abandonada no altar pelo amado, engenheiro da ferrovia, jogou-se do penhasco sobre a Mata Atlântica. Desde então, todo fim de tarde o misterioso véu retorna em forma de neblina, marca registrada da cidadezinha. Hoje, a população desse distrito de Santo André, no ABC paulista, não passa de 1.400. No tempo de sua construção, de 1861 a 1867, mais de 5 mil pessoas ocuparam o lugar, no alto da Serra do Mar. Em tupi, Paranapiacaba quer dizer "lugar de onde se avista o oceano". Agora, alavancados por investimentos do setor público e privado, inúmeros projetos de restauração e conservação ambiental trouxeram a recuperação do patrimônio e vida nova para o ecoturismo e o turismo histórico. E não é para menos: ao charme do estilo inglês se mistura o gosto tropical, num cenário único. A bancarrota do barão – Ao clima de "film noir" da velha Hollywood mescla-se a memória tribal da região ocupada pelos brancos em 1553, com a fundação da Vila de Santo André da Borda do Campo, reduto do mítico patriarca paulista João Ramalho. A vila nasceu em 1861, de um canteiro de obras feito por engenheiros ingleses e operários imigrantes portugueses e espanhóis. Tudo sob o controle imperialista britânico, por meio da poderosa São Paulo Railway Co, associada a Irineu Evangelista de Souza, o barão de Mauá. A associação fez com que o primeiro sistema funicular entrasse em funcionamento, em 1867. As dificuldades da empreitada redundaram no dispêndio de grandes capitais e o barão de Mauá foi à bancarrota. Desde então, a cidade foi só abandono e degradação. A salvação v e i o h á q u a t ro anos, quando a prefeitura de Santo André resolveu adquirir todo o distrito da rede ferroviária. A partir de então, diversos projetos de restauração e de incentivo ao turismo melhoraram a paisagem e a infra-estrutura, resultando num aumento do fluxo de visitantes, que chega a 4 mil por fim de semana. Importância – Paranapiacaba está numa situação ecológica privilegiada, na confluência de quatro bacias hidrográficas, no divisor de águas entre o planalto e a baixada. Representa importante documento arquitetônico tombado pelo Conselho do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) e agora pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Não é só a névoa que faz com que o lugar lembre Londres. A torre do relógio é réplica do inglês Big Ben
Antônio Paulo Pavone
RAIO X COMO CHEGAR A vila de Paranapiacaba fica a 35 km de Santo André. O acesso é feito pela SP-122.
Vista da antiga vila de imigrantes, localizada no alto da Serra do Mar. A casa do engenheiro é uma das tantas construções recuperadas que viraram atração local. E, ainda, há o Museu Funicular, que guarda a primeira locomotiva que percorreu o trecho Santos-Jundiaí
(Iphan ). Alguns especialistas intitulam-na como "museu do clima". A névoa constante reproduz as condições atmosféricas que predominavam em todo o planalto paulista há mais de cem anos. O distrito é dividido ao meio pela ferrovia. A parte baixa, onde estão a Vila Velha e a Vila Nova, é repleta de construções nos moldes britânicos. As casas eram feitas de acordo com a posição dos trabalhadores. A casa do mais graduado funcionário inglês da ferrovia foi construída no alto da colina: é o "Castelinho", que passou por uma restauração. Já a parte alta foi ocupada pelos operários, colonos portugueses e italianos. A arquitetura lusitana se mostra nos sobrados coloridos e nas fachadas sem recuos. Região de múltiplas facetas, Paranapiacaba chegou a ser também o paraíso dos caçadores devido à grande variedade de aves e animais. Preservação ambiental – Hoje, a realidade é outra. A comunidade e a prefeitura se preocupam com a preservação dos recursos naturais da Mata Atlântica que rodeia a vila. O Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba, com 4 milhões de metros quadrados, é exemplo disso. Nele são realizadas diversas trilhas, como a do
Olho d'Água, Pontinha e Tanque do Gustavo. A trilha Paranapiacaba-Cubatão, com cerca de 7 km, começa no alto do morro, atrás da vila. Atividades radicais como o rapel e o ciclismo também são praticadas. Sem falar no circuito de arvorismo em plena Mata Atlântica com diferentes graus de dificuldade, além de uma tirolesa. Entre as histórias de fantasmas das brumas, há quem acredite ouvir os gritos de Daniel Fox, engenheiro que comandou a obra da ferrovia. Locomotiva – O Museu Funicular guarda intacta a primeira locomotiva a percorrer o trecho Santos-Jundiaí: uma Sharp Stuart inglesa, fabricada em 1862. Esta mesma máquina foi usada depois para puxar o vagão imperial de d. Pedro II em suas andanças locais. Recentemente, uma das locomotivas voltou a funcionar. Agora, os visitantes podem se sentir na Inglaterra dos tempos da Revolução Industrial, no percurso de um quilômetro realizado pela chamada "número 10". Os monitores vestem-se a caráter, com trajes de época, e o trajeto leva 20 minutos. Os trajes também podem ser alugados pelos visitantes. Paranapiacaba mescla história, charme e natureza com a proximidade da capital. As hospedagens são feitas nas antigas casas dos operários. Tudo muito simples, mas aconchegante e com ares dos tempos em que a ferrovia era o coração do lugar. Colaborou Bruna Veloso
Divulgação/Heloísa Ballarine/PMSA
Casa de Daniel Fox: diz a lenda que se pode ouvir gritos do engenheiro
Arvorismo no parque estadual
ONDE FICAR Pousada do Artista: Rua William Speers, 41, Parte Alta, tel. (11) 4439-0437. Diárias a partir de R$ 100 para o casal, incluindo café da manhã. Pousada Shamballah: Rua Rodrigues Alves, 471, tel. (11)
4439-0574, www.pousada shamballah.com.br. Antigo casarão em estilo inglês, tombado pelo Condephaat. Diárias a partir de R$ 35 por pessoa, incluindo café da manhã. ONDE COMER Cantinho do Beija Flor: Avenida Fox, 450, tel. (11) 44390603. Serve comida caseira. Maktub: Avenida Campos Sales, 551. tel. (11) 4439-0106. Especializado em comida caseira
e culinária mineira. Bolos, Doces & Cia: Avenida Fox, 447, tel. (11) 4439-0249. AVENTURE-SE Agência Freeway Brasil: tel. (11) 5088-0999, www.freeway.tur.br. Realiza roteiro de um dia, com aulas teóricas e práticas de fotografia. Biotrip: tel. (11) 3826-6895, www.biotrip.com.br. Promove roteiro de um dia, com almoço, trilhas e chá da tarde.
Agências TMC crescem 32% em dólar
O
grupo de sete grandes agências de viagens que forma a TMC Brasil – American Express Business Travel, Avipam, BBTur, BTI, Carlson Wagonlit Travel, Kontik e Maringá – já está há cerca de um ano e meio com a entidade e com isso pode fornecer dados históricos sobre seu movimento. Presidida por Bernardo Feldberg (CWT), a TMC teve um movimento total de US$ 750 milhões em produtos e serviços no primeiro semestre deste ano. No mesmo período do ano passado, sem a Maringá, que entrou apenas em janeiro de 2006, as vendas foram de US$ 570 milhões. Um crescimento de 32%. Em reais, devido à queda do dólar em relação ao real, um dos grandes problemas das agências corporativas atualmente, o crescimento foi de 16% (R$ 1,65 bilhão este ano e R$ 1,425 bilhão no ano passado). O Favecc, que reúne 27 agências corporativas, teve um movimento de R$ 2 bilhões nos seis primeiros meses do ano. Os dados fazem parte do estudo da TMC que está sendo finalizado, quando serão divulgadas as tabulações em relação a todos os fornecedores. Do total de vendas, 80% referem-se a passagens aéreas e 20% à parte terrestre. As passagens domésticas respondem por 47% das vendas e as internacionais por 33%. "Os negócios foram melhores, difícil mesmo foi achar lugar nos vôos", disse Feldberg. Segundo ele, os preços médios das passagens aéreas subiram muito pouco. "Foi mais em dólar", afirmou. Para ele, a entidade já é respeitada pelo trade, que reconhece o trabalho das sete maiores agências corporativas do País". Fornecedores – No movimento doméstico, a empresa aérea mais utilizada, com 60%, foi a TAM, seguida da Gol, com 21%, e da Varig com 16%. Nota-se que a TAM tem um índice na TMC maior que seu share do mercado doméstico (pouco menos de 50% no semestre) e a Gol ficou com um menor que sua participação de mercado (cerca de 30% nos seis primeiros meses de 2006). No internacional as agências da TMC Brasil utilizaram mais a Varig, com 15%, ainda devido aos vôos dos primeiros meses do ano, seguida da American Airlines, com 13%, a companhia que tem mais vôos entre o Brasil e os Estados Unidos. A TAM já conseguiu 11%, número igual ao da Air France. A Lufthansa ficou com 7%, e a United, com 5%. Comissão – O presidente da TMC Brasil
também está atento à questão da negociação sobre a forma de remuneração das agências de viagens. Para as agências corporativas grandes, já acostumadas com as taxas (fees) parece ser mais fácil, tanto que as empresas aéreas já sinalizaram que querem começar a mudança por elas. As agências, claro, querem tempo para se adaptar e negociar com os clientes, mas sabem que a mudança virá. Segundo Feldberg, é uma transformação inevitável, que deve ter sua forma discutida com o trade. "As regras estão mudando, a relação com o fornecedor e os consumidores também e se a agência trabalha direito, vai conseguir uma remuneração justa do cliente. Na maioria dos negócios é o cliente que remunera o prestador de serviços. Mas a forma como isso vai acontecer tem de ser cuidadosa", explica Feldberg. "Não quero minimizar a discussão e sei que para agências pequenas essa questão pode ter mais impacto, mas essa mudança pode ser também uma oportunidade. Risco e oportunidade. Com a regra atual, a agência A se beneficia. Com uma nova regra, a mesma ou outra agência pode ter bons resultados. Não podemos é tapar o sol com a peneira", continua. Para ele, uma remuneração pelo cliente pode deixar os custos mais claros e criar relações mais sadias. Segundo Feldberg, não deveria ocorrer um corte brusco como houve nos Estados Unidos ou México, com a comissão caindo para zero ou 1%. "Minha preocupação maior é a forma de fazer a mudança", conclui. BANCO DE DADOS TMC Brasil – 1º semestre de 2006 Associados: American Express Business Travel, Avipam, BBTur, BTI, Carlson Wagonlit Travel, Kontik e Maringá. Vendas totais: US$ 750 milhões (R$ 1,6 bilhão). Crescimento: 32% (16% em reais). Aéreo: 80% Terrestre: 20% Doméstico: 47% Internacional: 33% Empresas domésticas mais usadas: TAM (60%), Gol (21%) e Varig (16%). Empresas internacionais: Varig (15%), American (13%), TAM (11%), Air France (11%), Lufthansa (7%) e United (5%). Mais informações sobre o Panrotas Corporativo no site www.panrotas.com.br. Assinaturas pelo tel. (11) 5070-4816 ou 5070-4804, e-mail assinaturas@panrotas.com.br.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
14 -.ECONOMIA/LEGAIS continuação ...
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
METLIFE VIDA E PREVIDÊNCIA S.A. (anteriormente CITIINSURANCE DO BRASIL VIDA E PREVIDÊNCIA S.A.) CNPJ/MF nº 05.005.351/0001-09 Rua Flórida nº 1595 – 14º andar – Parte – Bairro Brooklin Novo – São Paulo SP – CEP 04571.000 – Tel.: (11) 5501-9700 – Fax (11) 5505-9732
DIRETORIA José Adalberto Ferrara
José Roberto Marmo Loureiro
Aos Acionistas e Administradores da MetLife Vida e Previdência S.A. (anteriormente CitiInsurance do Brasil Vida e Previdência S.A.) São Paulo-SP 1. Examinamos o balanço patrimonial da MetLife Vida e Previdência S.A. (anteriormente CitiInsurance do Brasil Vida e Previdência S.A.), levantado em 30 de junho de 2006, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes ao semestre findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas brasileiras de auditoria e compreen-
Lúcia Maria da Silva Valle – Atuária – MIBA nº 582
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES deu: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Seguradora; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Seguradora, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da MetLife Vida e Previdência S.A. (anteriormente CitiInsurance do Brasil Vida e Previdência S.A.) em 30 de junho de 2006, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as
Manzione Barbosa – Contador – CRC 1SP 218366/O-8
origens e aplicações de seus recursos correspondente ao semestre findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. As demonstrações financeiras referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2005, apresentadas para fins de comparação, foram examinadas por outros auditores independentes, que emitiram parecer de auditoria, sem ressalva datado de 15 de julho de 2005. São Paulo, 22 de agosto de 2006. Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes CRC nº 2 SP 011609/O-8 José Barbosa da Silva Júnior – Contador CRC nº 1 SP 128132/O-0
DE ACORDO COM A REVISTA SUPERMERCADO MODERNO, SETOR QUER RECUPERAR TENDÊNCIA DE EXPANSÃO
SUPERMERCADOS QUEREM CRESCER
O
Paulo Pampolin/Hype
s supermercados ascensão, novo líder, a nova esp o d e m s e m i r a r trela e o destaque regional. A Colgate, por exemplo, foi nos desempenhos d e a l g u m a s e m- um dos destaques do fabricanpresas do setor para obter re- te em ascensão. Registrou ausultados melhores no segundo mento de seis pontos percensemestre, depois da queda de tuais de participação na cate2,74% registrada nos primei- goria de xampus entre 2004 e ros seis meses do ano, segundo 2005, com a marca Palmolive. No critério novo líder, que dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). considera a ausência da emA revista Supermercado presa na liderança do segmenModerno apontou aquelas que to nos últimos quatro anos, a superaram o desempenho fra- fabricante de alimentos Marico da área em 2005, quando o lan foi um dos destaques. "A faturamento total aumentou Marilan não uma grande inoapenas 0,9%, em comparação vadora, mas a que segue rapiao ano anterior, e se tornaram damente as inovações", diz. A Pfizer foi outro destaque, exemplos de crescimento de vendas e produtividade no com a marca de antisséptico ano passado, além dos forne- bucal Listerine. "O segmento cedores que tiveram mais des- não era muito desenvolvido taque para o setor no período. no Brasil. A empresa fez invesA premiação Supermercado timento em mídia de massa Moderno Award revelou os mais que qualquer concorrenprincipais desempenhos em te direto", afirma. O critério nova estrela produtividade, critério que considera um indicador obti- apontou participantes recendo das médias do faturamento tes, que não constaram da lispor metro quadrado total e por ta da pesquisa da Supermerfuncionário. "O prêmio tem o cado Moderno nos últimos espírito de criar referências de quatro anos. Cocamar, cooperativa agrícosucesso", afirla paranaenm a o p r e s ise produtora dente da edide óleos e tora Informa, m arg a ri n as , re s p o ns á v e l investiu no pela publicam e rc a d o d e ção da revista por cento foi o s u c o s p ro nS up er me rc at o s . A t u a ldo Moderno, crescimento da rede mente, avalia Robert MacoEcon, de São Paulo, Lund, é uma dy Lund. entre 2004 e 2005. A boa opção coDe acordo mo fornececom ele, o reempresa foi destaque dor alternatisultado de em produtividade. vo do produ2 0 0 5 re v e l a to. Os outros uma maior d o i s d e s t apreocupação das empresas do setor de en- ques foram a Anhembi, fabrifrentar o aumento do volume cante de alvejantes, com um de vendas sem, muitas vezes, limpador multiuso; e a Avialta nos preços e até com re- var. Antes presenta apenas dução de valores de itens ali- em Minas Gerais, tornou-se mentícios, como verificado opção também no mercado nacional de frango resfriado e em 2005. D e s t a q u e s — A s r e d e s congelado. Mesmo com as revelações de Econ, de São Paulo, e Bonato, do Rio Grande do Sul, foram os fornecedores de variados segdestaques de maior produtivi- mentos, a Supermercado Modade. Entre 2004 e 2005, regis- derno identificou a necessidatraram aumento de 44,4% e de, apontada pelos próprios 43,1%, respectivamente, nesse varejistas, da apresentação de item, na faixa de faturamento destaques também de fabricantes regionais. A Pilar, ematé R$ 200 milhões por ano. A investida do setor tam- presa que atua no mercado bém deve ser feita com um nordestino, avançou quase 14 maior nível de especialização pontos percentuais na prefeno atendimento. O foco num rência dos supermercadistas segmento pode ser uma das entre 2004 e 2005 no segmento grandes estratégias para a ex- de biscoitos. Depois de readpansão de mercado, destaca o quirir a marca, existente há 131 anos, a empresa aproveitou presidente da Informa. Fornecedores — Neste ano, melhoramentos feitos na fábria Supermercado Moderno, ba- ca e lançou produtos de maior seada na sua Pesquisa Anual valor agregado, informou sobre Reconhecimento de Lund, e não apenas reconquisMarcas, destacou os fornece- tou espaço como fortaleceu dores do setor de acordo com atuação no mercado. quatro critérios: fabricante em Lorena Vieira
44,4
Rio instaura CPI da Varig
A
Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro instalará amanhã uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Varig. O objetivo é apurar o processo que resultou na venda da Varig para a VarigLog, em julho, pelo lance mínimo de US$ 20 milhões, mais obrigações de US$ 485 milhões. Será presidida pelo deputado Paulo Ramos (PDT) e terá duração de 60 dias, prorrogáveis por mais 90 dias. Ontem, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) derrubou o bloqueio de R$ 244 milhões que estavam reservados para a reestruturação da Varig e para a operação da VarigLog. O dinheiro havia sido bloqueado por meio de uma decisão do
juiz Múcio Nascimento Borges, da 33ª Vara do Trabalho, do Rio, que na segunda-feira responsabilizou a VarigLog pelo pagamento de dívidas trabalhistas da Varig. O advogado trabalhista da nova controladora, Marcelo Mascaro, disse que o dinheiro que havia sido bloqueado está nas contas da VarigLog, da Volo do Brasil (controladora da VarigLog) e da Aéreo Transportes Aéreos S/A (empresa criada para investir na Varig). Segundo ele, a sucessão de dívidas trabalhistas para a VarigLog permanece e ela será contestada no prazo de oito dias, a partir da notificação da decisão do juiz Borges, feita na última terça-feira. (AE)
André Dusek/AE
Maurício Botelho e Cheng Feng
Embraer: 100 aviões para a China Supermercados registraram queda de 2,74% no faturamento nos seis primeiros meses deste ano
Apenas linha de crédito para agricultura não basta presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Jacinto Ferreira, sinalizou ontem que a linha de crédito para financiar operações de proteção de preços (hedge) de produtos agrícolas em bolsa de mercadorias é insuficiente para dar segurança ao setor. A crítica foi feita um dia depois do Conselho Monetário Nacional (CMN) ter aprovado uma linha cujo objetivo é assegurar preço aos agricultores, evitando que o governo precise socorrê-los a cada crise de renda. "Esse instrumento pode ajudar, junto com outras políticas de apoio ao escoamento, porque o problema da safra brasileira não é necessariamente só preço, mas também de escoamento", afirmou Ferreira. Ele lembrou que a produção de grãos está concentrada no Centro-Oeste e o consumo está centralizado nas regiões Sul e Nordeste. Dessa forma, comentou, é preciso ter uma política de abastecimento e outra de preços. "O mecanismo ajuda no problema da garantia de preços, mas ele não é suficiente para a garantia do abastecimento propriamente dito. Será
O
preciso, temporariamente, continuar combinando os dois instrumentos", completou. Para Ferreira, o governo também precisará divulgar de forma ampla o mecanismo aprovado pelo CMN, já que a maioria dos produtores tem dificuldade em entender o mercado futuro de opções. Após participar do seminário para discutir a questão da segurança alimentar, Ferreira classificou a medida como "embrionária". O ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes Pinto, também participou do seminário e disse que é "inquestionável" o avanço no governo Lula nas questões da segurança alimentar, ou seja, na distribuição de alimentos aos mais carentes. Para o ministro, "não se pode tratar os desiguais de maneira igual". "É ilusão imaginar que podemos viver sem a presença do Estado nessa área", completou. Estudo – Também ontem, um estudo apresentado pelo Banco Nacional de Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apontou que o volume de recursos liberado para o setor agrícola caiu à metade entre 1986 e 2004 (últimos dados disponíveis no
Banco Central). Em cifras padronizadas aos valores de 2004, o crédito rural passou de R$ 81,4 bilhões para R$ 40,4 bilhões, uma contração de 49,7%. O menor valor real foi registrado em 1996: R$ 15 bilhões, que representaram apenas 18,5% das liberações de dez anos antes. Contraditoriamente, o Produto Interno Bruto (PIB) do setor cresceu, nas duas últimas décadas, 3,6% ao ano, alguns degraus acima do crescimento econômico total, que ficou em apenas 2,1% ao ano. A explicação, apontam os técnicos André Sant'Anna e Francisco Marcelo Ferreira, é basicamente a mudança na estrutura do crédito, que deixou de ser um subsídio usado por ruralistas para especular com terras e no mercado financeiro, para se destinar de fato à produção agrícola. O estudo "Crédito rural: da especulação à produção", está publicado na última edição do boletim "Visão do desenvolvimento", elaborado pelo banco. Traz um detalhado histórico sobre a evolução do crédito e revela a inacreditável dimensão que chegou a ter o subsídio estatal na década de 80. (AE)
Mercosul: pacto contra a pirataria
O
s ec re tá r i o- e x ec u t iv o do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto, disse ontem que o Brasil cobrará na próxima reunião de presidentes de países do Mercosul, marcada para setembro, em Curitiba (PR), agilidade na ratificação de um acordo, assinado em 2004, que prevê atuação conjunta das polícias no combate à pirataria na região. Segundo Barreto, essa será uma das prioridades do Brasil no atual exercício rotativo da presidência do bloco econômico. "Espero que até o final deste semestre os países signatários do acordo estejam prontos para colocá-lo efetivamente em prática", afirmou Barreto, que é presidente do Conselho Nacional de Combate à Pirataria. Para que isso seja possível, Paraguai e Uruguai precisam regulamentar internamente o acordo e, assim, permitir a troca mais ágil de informações entre as polícias, até a abertura de inquéritos conjuntos para in-
Fábio Pozzebom/ABr
Representantes de governos discutem meios de combate à pirataria
vestigar quadrilhas internacionais de contrabando e pirataria de mercadorias. Barreto explicou que o acordo tornará mais eficiente as ações de combate à pirataria porque, com o intercâmbio de informações nas investigações, será mais fácil chegar às origens das quadrilhas internacionais. Depois de dois anos da assinatura do protocolo, somente Brasil e Argentina já estão pron-
tos para colocar as regras em prática. Nos bastidores do conselho, comenta-se que o país mais resistente é o Paraguai. Estima-se que pirataria e o contrabando de produtos ainda movimentam no Brasil o equivalente a 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB). No entanto, Barreto frisou que as operações de fiscalização e o trabalho de conscientização estão dando bons resultados. (AE)
A
Embraer vai fornecer 100 aeronaves para a quarta maior empresa aérea da China, o grupo HNA. O contrato no total de US$ 2,7 bilhões foi assinado ontem, no Palácio do Planalto, na presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Esse é o maior contrato assinado pela Embraer nos últimos três anos. O presidente da empresa, Maurício Botelho, afirmou que o acordo é importante, não só pelo seu valor mas também porque é a confirmação de que a decisão da Embraer de se estabelecer na China foi correta. Em 2002, a companhia firmou uma parceria com a chinesa Avic II para a produção de aviões na cidade de Harbin. Hoje, há 15 aviões da empresa voando na China, dos quais 10 foram fabricados no país. O contrato assinado ontem prevê a venda de 50 jatos ERJ 145 (com 50 lugares), que serão fabricados na China, e de mais 50 aviões Embraer 190 (106 assentos), que serão produzidos na unidade da Embraer em São José dos Campos (SP). Os aviões serão fornecidos nos próximos cinco anos. A primeira entrega deve ocorrer em setembro de 2007. Botelho afirmou, no entanto, que o negócio com o grupo chinês não altera a meta da Embraer de entregar 150 aeronaves no próximo ano em vários mercados. Ele informou que o contrato dá a opção para a HNA encomendar mais 100 aviões. Ele disse que não serão necessários novos investimentos na unidade da China, mas admitiu que poderão ser feitos investimentos na fábrica no Brasil. Além dos aviões para China, a Embraer deve entregar mais 800 aeronaves em cinco anos. Segundo Botelho, 70% das exportações da Embraer vão para os Estados Unidos, 25% para a Europa, e 5% para o restante do mundo. A fatia da China é de menos de 2%, mas Botelho acredita que deve crescer nos próximos anos. Segundo ele, o contrato com HNA é uma grande conquista do Brasil, já que o mercado chinês é o que mais cresce no mundo. (AE)
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
Nacional Tr i b u t o s Inter nacional Empresas
DIÁRIO DO COMÉRCIO
15
4,5
PAÍS FICOU EM 144º LUGAR EM 2005
por cento de crescimento é a estimativa do governo para o PIB brasileiro neste ano
IBGE DIVULGA HOJE O DESEMPENHO DA ECONOMIA BRASILEIRA, QUE DEVE FICAR ABAIXO DO ESPERADO
PIB DO PAÍS É O 127º DO MUNDO EM 2006
M
esmo que o Bra- FMI para 2006 aparecem ecos i l c r e s ç a a t é nomias relativamente meno4,5% neste ano, res da África e Ásia, tradiciocomo acredita o nais produtores de petróleo ou governo, o País não chegará ao com a atividade em expansão, primeiro pelotão de países em diz o presidente da Expetro, termos de crescimento econô- Jean-Paul Prates. Já na oitava mico. Repetirá, no máximo, co- colocação surge a China, país locações de anos anteriores. emergente de grande porte e Levando em conta a expectati- que deverá avançar 9,5% neste va média do mercado para a al- ano. Atrás do Brasil no ranking ta do PIB em 2006 de 3,5%, o ficam a economia americana e País será o 127º colocado numa algumas européias. lista de 180 nações. Com uma Ao longo deste ano as projeexpansão de 4% a 4,5%, o cres- ções para o crescimento brasicimento brasileiro ficaria entre leiro vêm sendo gradualmente a 87ª e a 112ª posições. revistas. O Instituto de EconoHoje, o Instituto Brasileiro mia da Universidade Federal de Geografia e Estatística (IB- do Rio de Janeiro abriu o ano GE) divulgará o PIB do segun- acreditando em expansão de do trimestre, que deverá mos- 4% e, depois de mantê-la por trar dados mais fracos que os meses, reduziu a estimativa paesperados e ra 3,5%. O coexpor as difiordenador do culdades de Grupo de c re s c i m e n t o Conjuntura do País. "A hisdo Instituto, tória se repete. A n t o n i o L iO Brasil percha, diz que a por cento é a manece, mesdemanda doexpectativa de mo que venha méstica até crescimento médio a t e r u m d eque "se expansempenho de diu bastante", estipulada pelo até 4,5% no mas o câmbio mercado para o ano, com um fraco é o granc re s c i m e n t o Produto Interno Bruto de vilão: trava muito limitaos exportadodo País em 2006 do. Fica mal res e eleva o colocado no volume de imranking", diz o portações. economista-chefe da Austin A valorização do real prejuRating, Alex Agostini, que pre- dicou o crescimento industrial parou um levantamento com- e isso afetou a expansão do parativo, com base em proje- PIB. Nem mesmo os efeitos fações do Fundo Monetário In- voráveis do avanço da massa ternacional (FMI) para 2006. salarial, recuo dos juros reais e O trabalho também mostra expansão do crédito, ainda que a expansão de 2,3% em que mais branda, e a política 2005 colocou o Brasil na 144ª expansionista de gastos públiposição no ranking. Nessa cos estão compensando, secomparação, as melhores colo- gundo o grupo de conjuntura, cações na década foram em os efeitos negativos do câmbio 2 0 0 0 , q u a n d o a e c o n o m i a sobre a indústria, setor de avançou 4,4% (84ª posição), e maior influência econômica. em 2004, com uma expansão "Dificilmente, o PIB vai supedo PIB de 4,9% (87ª colocação). rar 3,5% neste ano." Já o pior desempenho relativo A Sociedade de Brasileira de recente se deu em 2003, ano em Estudos de Empresas Transnaque a economia praticamente cionais e da Globalização Econão cresceu (0,5%), colocando nômica (Sobeet) entrou o ano apostando numa expansão de o Brasil na 158ª posição. Líderes – Nas primeiras po- 4%, estimativa que agora está sições da lista de projeções do na casa dos 3,5%. (AE)
Factoring
DC
3,5
O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com
American Life Companhia de Seguros CNPJ/MF nº 67.865.360/0001-27 Senhores acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas., as Demonstrações Financeiras da American Life Companhia de Seguros, referentes aos semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005, acompanhadas das respectivas notas explicativas e Parecer dos Auditores Independentes. Em janeiro de 2006, o acionista Pedro Pereira de
Relatório da Administração Freitas, adquiriu da Assistência Médica São Paulo S/A. 34,42% ações ordinárias (6.565.266.198) ações – conforme AGO/E de 31/03/06. A American Life, neste primeiro semestre de 2006, apresentou crescimento superior à 230% em seu lucro líquido. O resultado apresentado é conseqüência do crescimento superior à 90% nos prêmios ganhos, acompanhado de evolução relativamente menor nas despesas. Ressaltamos também a mudança
BALANÇOS PATRIMONIAIS FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em reais mil) Ativo 2006 2005 Passivo Circulante 13.629 9.843 Circulante Disponível 30 3 Contas a pagar Caixa e bancos 30 3 Obrigações a pagar Aplicações 10.104 7.914 Impostos e encargos sociais a recolher Títulos de renda fixa 5.969 6.349 Provisões trabalhistas Quotas de fundos de investimentos 4.135 1.565 Provisão para impostos e contribuições Créditos das operações com seguros e resseguros 2.777 931 Outras contas a pagar Prêmios a receber 2.706 1.046 Débitos de operações com seguros e resseguros Operações com resseguradoras 141 57 Operações com resseguradoras Outros créditos operacionais 442 235 Corretores de seguros e resseguros Provisão para riscos de créditos (412) (407) Depósitos de terceiros Títulos e créditos a receber 503 944 Provisões técnicas – seguros e resseguros Títulos e créditos a receber 133 747 Ramos de vida e acidentes pessoais Créditos tributários e previdenciarios 339 103 Provisão de prêmios não ganhos Outros créditos 31 94 Sinistros a liquidar Despesas antecipadas 7 – Provisão de sinistros ocorridos mas não avisados Administrativas 7 – Despesas de comercialização diferidas 208 51 Seguros e resseguros 208 51 Exigível a longo prazo Realizável a longo prazo 1.931 2.367 Contas a pagar Aplicações 1 2 Obrigações a pagar Outras aplicações 1 2 Provisão para tributos diferidos Títulos e créditos a receber 1.830 2.365 Créditos tributários e previdenciários 641 723 Depósitos judiciais e fiscais 56 51 Patrimônio líquido Outros creditos a receber 1.333 1.591 Capital social Permanente 1.257 1.207 Aumento de capital (em aprovação) Investimentos 101 788 Reservas de reavaliação Participações societárias 101 101 Prejuízos acumulados Imóveis destinados a renda – 1.094 Depreciação – (407) Imobilizado 711 52 Imóveis 1.094 – Bens móveis 187 189 Outras imobilizações 14 14 Depreciação (584) (151) Diferido 445 367 Despesas de organização, implantação e instalação 1.300 996 Amortizações (855) (629) Total do ativo 16.717 13.417 Total do passivo As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido dos Semestres Findos em 30 de Junho 2006 e 2005 (Em reais mil) Pela legislação societária Aumento ReserPrede capital vas de juizos Capital (em reava- acumusocial aprovação) liação lados Total Saldos em 31.12.2004 9.117 2.350 244 (4.748) 6.963 Lucro líquido do semestre – – – 258 258 Saldos em 30.06.2005 9.117 2.350 244 (4.490) 7.221 Saldos em 31.12.2005 9.117 2.350 244 (4.051) 7.660 Aumento de capital homologado 1.350 (1.350) – – – Reversão de tributos sobre reserva de reavaliação – – 18 – 18 Realização da reserva de reavaliação – – (54) 54 – Lucro líquido do semestre – – – 867 867 Saldos em 30.06.2006 10.467 1.000 208 (3.130) 8.545 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras em 30 de junho de 2006 e 2005 – (Em milhares de reais) 1. Contexto Operacional – A Companhia tem por objetivo a comercialização de seguros de pessoas e previdência, podendo ainda participar de outras sociedades. Conforme aprovado em AGO/E realizada em 31/03/2006, o acionista Pedro Pereira de Freitas adquiriu 34,42% das ações ordinárias da Seguradora, correspondente a 6.565.266.198 ações, anteriormente pertencentes à Assistência Médica São Paulo S/A. Os Atos Societários aprovados na referida AGO/E se encontram em fase de aprovação pela SUSEP. 2. Apresentação das Demonstrações Financeiras – As demonstrações financeiras são preparadas de acordo com a legislação societária, sendo observadas as normas regulamentares do Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP e Superintendência de Seguros Privados – SUSEP. A Circular SUSEP nº 314/2005 instituiu o novo modelo de plano de contas para as Soc. Seguradoras, de Capitalização e Entidades Abertas de Previdência Complementar, que passou a ser adotado a partir de 1º/01/2006, cuja principal alteração foi no modelo de divulgação da “Demonstr. de Origens e Aplicações de Recursos”. Os Saldos referentes a 30/06/2005 foram reclassificados para fins de comparação. 3. Descrição das principais práticas contábeis - a) Prêmios de seguros e desp. de comercialização: Os prêmios de seguros e cosseguros, os prêmios cedidos e os respectivos custos de comercialização são registrados quando da emissão da apólice ou fatura e reconhecidos no resultado segundo o transcorrer da vigência do risco. Os prêmios de retrocessão são contabilizados com base nos informes recebidos do IRB – Brasil Resseguros S/A. As receitas e os custos relacionados às apólices com faturamento mensal, cuja emissão da fatura ocorre no mês subseqüente ao período de cobertura, são reconhecidas por estimativa, calculadas com base no histórico de emissão. Os valores estimados são ajustados e revertidos quando da emissão da fatura. b) Títulos e valores mobiliários: Os títulos e valores mobiliários são classificados de acordo com a intenção da Administração, nas seguintes categorias: • títulos para negociação; • títulos disponíveis para venda; • títulos mantidos até o vencimento. Os títulos classificados como para negociação e disponíveis para venda são ajustados ao seu valor de mercado e os classificados como títulos mantidos até o vencimento são avaliados pelo seu custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do balanço. Os ajustes ao valor de mercado dos títulos classificados para negociação são apropriados ao resultado do período. Os ajustes ao valor de mercado dos títulos classificados como disponíveis para venda são contabilizados em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido “Ajuste com Títulos e Valores Mobiliários”, líquido dos efeitos tributários, sendo transferidos para o resultado do período quando da efetiva realização pela venda definitiva dos respectivos títulos e valores mobiliários. O valor de mercado dos títulos públicos foi calculado com base no “Preço Unitário” em 30/06/2006 e 2005, informado pela Associação Nacional das Instituições de Mercado Aberto – Andima. Os fundos de investimentos financeiros são avaliados pelo valor da quota, informado pelos Administradores dos fundos, na data do balanço. c) Provisão para riscos sobre créditos: A provisão para riscos sobre créditos é calculada sobre a totalidade das parcelas vencidas acima de 90 dias, em bases consideradas suficientes para fazer face à eventuais perdas na realização de contas a receber. d) Imobilizado: O imobilizado está demonstrado ao custo de aquisição, acrescido da reavaliação e líquido de depreciação acumulada. As depreciações são calculadas pelo método linear, com base no prazo estimado de vida útil dos bens, sendo utilizadas as taxas de 10% ao ano para os bens móveis, 20% ao ano para veículos e 4% ao ano para imóveis. Em 2005 o imóvel que era destinado a renda passou a ser utilizado pela Companhia. e) Diferido: Demonstrado pelo custo de aquisição dos softwares. A amortização é apurada pelo método linear pelo prazo de 5 anos. f) Provisão para tributos sobre lucros: A contribuição social foi constituída pela alíquota de 9% e o imposto de renda foi constituído pela alíquota de 15%, acrescido de adicional de 10% para lucros que excedem a R$ 240 no exercício, quando aplicável. Os créditos tributários foram constituídos em consonância com as normas instituídas pelo CNSP e SUSEP, às alíquotas de 25% para imposto de renda e 9% para a contribuição social, líquido da provisão para perdas. g) Provisões técnicas: As provisões técnicas são constituídas e calculadas em consonância com as determinações e os critérios estabelecidos pelo CNSP e pela SUSEP, assim resumidas: A provisão de prêmios não ganhos é constituída pelas parcelas de prêmios retidos correspondente ao período de risco a decorrer, calculado pelo método pro rata-dia. As provisões técnicas de retrocessão são constituídas com base nas informações recebidas do IRB – Brasil Resseguro S.A. A “Provisão de insuficiência de prêmios” – PIP é calculada com base em nota técnica atuarial. A aplicação das premissas estabelecidas na referida nota técnica não resultou em provisão a constituir em 30/06/2006 e 2005. A provisão de sinistros a liquidar é constituída por estimativa de pagamentos prováveis determinada com base nos avisos de sinistros recebidos até a data do balanço. A provisão de sinistros ocorridos mas não avisados é calculada segundo estudos técnicos atuariais efetuados por atuário externo, com base no histórico de sinistros avisados até a data das demonstrações financeiras. 4. Aplicações 2006 2005 Valor Valor Títulos para Venci- investido Valor investido Valor negociação mento atualizado contábil atualizado contábil a) Títulos de renda fixa Certificados de Depósito Bancário 01/09/2005 50 50 Certificados de Depósito Bancário 28/09/2005 51 51 Certificados de Depósito Bancário 26/05/2006 1.316 1.316 Certificados de Depósito Bancário 28/05/2007 1.568 1.568 LFT 19/10/2005 546 546 LFT 15/02/2006 219 219 LFT 16/02/2006 108 108 LFT 15/03/2006 1.735 1.735 LFT 17/05/2006 120 120 LFT 25/05/2006 1.058 1.058 LFT 14/06/2006 604 604 LFT 13/09/2006 146 146 LFT 15/11/2006 308 308 396 396 LFT 20/12/2006 277 277 LFT 20/06/2007 23 23 LFT 15/08/2007 47 47 LFT 19/09/2007 183 183 LFT 17/10/2007 6 6 LFT 19/12/2007 393 393 LFT 19/03/2008 41 41 LFT 17/09/2008 1.888 1.888 LFT 17/12/2008 1.235 1.235 Total 5.969 5.969 6.349 6.349
2006 7.109 955 220 107 89 383 156 865 204 661 26 5.263 5.263 421 2.575 2.267
2005 5.012 428 66 77 64 120 101 54 – 54 – 4.530 4.530 157 1.589 2.784
1.063 1.063 472 591
1.184 1.184 549 635
8.545 7.221 10.467 9.117 1.000 2.350 208 244 (3.130) (4.490)
16.717 13.417
… continuação da Nota Explicativa 4. Aplicações 2006 2005 Valor Valor Títulos para Venci- investido Valor investido Valor negociação mento atualizado contábil atualizado contábil b) Cotas de fundos de investimento – 4.135 4.135 1.565 1.565 Total 10.104 10.104 7.914 7.914 5. Títulos e Créditos a Receber 2006 2005 Conta gráfica 130 709 Adiantamentos a funcionários – 65 Adiantamentos administrativos – 29 Outros 3 38 Títulos e créditos a receber – ativo circulante 133 747 Processo judicial 377 450 Conta gráfica 756 1.141 Outros créditos a receber – ativo realiz. a longo prazo 1.133 1.591 Conta gráfica: Refere-se a valores a receber junto ao acionista Assistência Médica São Paulo S.A., decorrente do contrato de venda de parte da participação societária firmado em 23 de novembro de 2002, no qual a Assistência Médica São Paulo S.A. se compromete a ressarcir à American Life todos os desembolsos que esta venha a efetuar, proveniente de fatos ocorridos anteriormente à data de 30 de setembro de 2002. Os créditos decorrentes de valores já pagos pela American Life, no montante de R$130 (R$ 709 em 2005), estão contabilizados no ativo circulante. Os créditos decorrentes de valores ainda não pagos, mas cuja despesa tenha sido reconhecida por meio de provisão, no montante de R$ 755 (R$ 1.141 em 2005), estão contabilizados no Realizável à longo prazo na conta “Outros créditos a receber”. 6. Créditos Tributários Imposto Contribuição renda social Total 2006 2005 2006 2005 2006 2005 Adições temporárias 13 16 5 5 18 21 Sobre prejuízos fiscais e bases negativas 916 1.064 330 383 1.246 1.447 Subtotal 929 1.080 335 388 1.264 1.468 (-) Provisão para perdas (458) (548) (165) (197) (623) (745) Total 471 532 170 191 641 723 A Administração decidiu manter a provisão em 50% do saldo de créditos tributários decorrentes de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social. A expectativa, com base em orçamentos plurianuais, é que esses créditos serão realizados no prazo máximo de 7 anos. 7. Investimentos e Imobilizado 2006 2005 Participações societárias 101 101 Imóveis destinados à renda – 1.094 Depreciação – (407) Total de investimentos 101 788 Imóveis de uso próprio 1.094 – Equipamentos de informática 121 119 Veículos – 38 Móveis, máquinas e utensílios 39 24 Telecomunicações e arrendamento mercantil 27 8 Outras imobilizações 14 14 Depreciação acumulada (584) (151) Total do imobilizado 711 52 Em 30 de junho de 2005 o saldo de edificações no montante de R$687, líquido de depreciação, estava classificado como investimentos em “imóveis destinados a renda”. Em 2006 o referido imóvel passou a ser utilizado pela Companhia e foi reclassificado para o imobilizado. 8. Diferido – O ativo diferido estava assim composto em 30 de junho: 2006 2005 Prazo de AmortiAmortização Custo zação Total Total Despesas de Organização 5 anos 40 – 40 40 Despesas de Instalações 5 e 10 anos 357 (22) 335 152 Benfeitorias em imóveis de terceiros 5 anos 37 (3) 34 Softwares 5 anos 866 (830) 36 175 Total 1.300 (855) 445 367 9. Leasing – A Seguradora arrendou máquina copiadora, impressora, equipamentos de ar condicionado e equipamento de informática através de contratos com duração até 36 meses. As despesas incorridas com os arrendamentos no semestre totalizaram R$39. Os compromissos assumidos em virtude destes contratos com vencimentos até o mês de junho de 2009 representam: Ano 2006 2006 88 2007 92 2008 66 2009 6 Total 252 10. Detalhamento por Ramo das Provisões Técnicas Provisão de Provisão de prêmios Sinistros a sinistros ocorridos não ganhos liquidar e não avisados Ramos 2006 2005 2006 2005 2006 2005 Vida em grupo 74 9 1.613 1.199 1.201 719 Acidentes pessoais 347 148 439 182 – – Rendas de eventos aleatórios – – 25 – – – Prestamista – – 475 181 – – DPVAT (categorias 1,2,3,4,9 e 10) – – – – 1.066 2.064 Outros – – 23 27 – 1 Total 421 157 2.575 1.589 2.267 2.784 11. Exigível a Longo Prazo – Provisão para tributos diferidos: Corresponde aos encargos tributários incidentes sobre a parcela não realizada da reserva de reavaliação de imóveis, no montante de R$ 107 (R$126 em 2005); e pela opção realizada para o Parcelamento Especial – PAES, de acordo com a Lei nº 10.684/03, referentes aos débitos de impostos e contribuições juntos à Secretaria da Receita Federal, no montante de R$ 484 (R$ 509 em 2005), que serão liquidados no prazo de 79 meses. Obrigações a pagar: Refere-se ao parcelamento de multas no montante de R$ 472 (R$549 em 2005). 12. Cobertura das Provisões Técnicas – Em 30 de junho de 2006, estava vinculado em garantia das provisões técnicas o montante de R$ 7.305 (R$ 4.932 em 2005), composto por títulos públicos e quotas de fundos de investimentos. 13. Contingências – A Seguradora tem processos de sinistros em demanda judicial registrados na conta “Sinistros a Liquidar”, no montante de R$ 494, líquidos de cosseguros e resseguros. A Seguradora tem ainda processos trabalhistas no montante reclamado de R$ 211, cuja possibilidade de perda foi avaliada como remota pelos advogados, motivo pelo qual não foi constituída provisão. Conforme requerido pela SUSEP, o quadro dos processos em curso, pela avaliação do advogado externo, é assim sumariado: 30 de junho de 2006 Sinistros Judiciais Processos Trabalhistas QuantiValor QuantiValor Êxito dade provisionado dade provisionado Perda provável 2 26 – – Perda possível 57 467 – – Perda remota 60 1 2 – Totais 119 494 2 – 30 de junho de 2005 Sinistros Judiciais Processos Trabalhistas QuantiValor QuantiValor Êxito dade provisionado dade provisionado Perda provável 6 24 1 – Perda possível 51 548 – – Perda remota 47 37 1 – Totais 104 609 2 – A provisão para contingência é considerada suficiente pela Administração para cobrir eventuais perdas com desfechos desfavoráveis. 14. Patrimônio Líquido – O capital social, totalmente subscrito e integralizado, está representado por 19.074.080 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. Aos acionistas, são assegurados dividendos mínimos de 25% sobre o lucro líquido ajustado, apurados ao final de cada exercício social.
da Companhia para sua nova sede própria, à Rua Minas Gerais, 209 – São Paulo – SP. A American Life Companhia de Seguros agradece aos seu Segurados, Corretores e demais parceiros de negócios e também a Superintendência de Seguros Privados – SUSEP e ao IRB – Brasil Resseguros S/A pela confiança que depositaram na Empresa. A Administração Demonstrações do Resultado Semestres Findos em 30 de Junho 2006 e 2005 (Em reais mil, exceto o lucro líquido por ação) 2006 2005 PRÊMIOS RETIDOS 17.813 9.259 Prêmios de seguros 25.543 14.549 Prêmios diretos 24.553 14.498 Prêmios de cosseguros aceitos 62 51 Prêmios estimados 928 – Prêmios cedidos em resseguros (321) (41) Prêmios cedidos a consórcio e fundos (7.409) (5.249) Variação das provisões técnicas (99) (22) PRÊMIOS GANHOS 17.714 9.237 SINISTROS RETIDOS (8.172) (4.923) Sinistros diretos (3.314) (1.513) Sinistros de cosseguro aceito e retrocessão (63) (8) Sinistros de consórcios e fundos (4.343) (3.136) Recuperação de sinistros 451 – Variação da provisão de sinistros ocorridos mas não avisados (903) (266) DESPESAS DE COMERCIALIZAÇÃO (4.978) (1.832) Comissões (5.049) (1.883) Variação das despesas de comercialização diferidas 71 51 OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS (361) (317) Outras receitas operacionais 2 38 Outras despesas operacionais (363) (355) DESPESAS ADMINISTRATIVAS (2.754) (2.037) DESPESAS COM TRIBUTOS (604) (310) RESULTADO FINANCEIRO 502 598 Receitas financeiras 760 752 Despesas financeiras (258) (154) RESULTADO OPERACIONAL 1.347 416 RESULTADO NÃO OPERACIONAL (103) (28) RESULTADO ANTES DOS IMPOSTOS E PARTICIPAÇÕES 1.244 388 Imposto de renda (273) (92) Contribuição social (104) (38) LUCRO LÍQUIDO DO SEMESTRE 867 258 Quantidade de ações 19.074.080.612 19.074.080.612 Lucro líquido por lote de mil ações (Em reais) 0,05 0,01 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras Demonstrações das Origens e Aplicação das Receitas Semestres Findos em 30 de Junho (Em reais mil) 2006 2005 Atividades operacionais Lucro líquido do semestre 867 258 Mais: Depreciações e amortizações 125 123 Realização da reserva de reavaliação 18 – Lucro líquido ajustado 1.010 381 Atividades operacionais Variação aplicações (2.804) (2.038) Variação dos créditos das operações com seguros e resseguros (1.644) (49) Variação de títulos e créditos a receber 346 270 Variação das despesas antecipadas (7) – Variação das despesas de comercialização diferidas (154) 59 Variação de contas a pagar 374 160 Variação de débitos de operações com seguros e resseguros 639 (51) Variação de depósitos de terceiros (105) – Variação de provisões técnicas – seguros e resseguros 1.652 1.121 Caixa líquido consumido nas atividades operacionais (693) (147) Atividades de investimento Recebimento pela venda de ativo permanente 8 – Pagamento pela compra de ativo permanente (204) (9) Caixa líquido consumido nas ativid. de investimento (196) (9) Diminuição nas disponibilidades (889) (156) Disponibilidades no início do período 919 159 Disponibilidades no final do período 30 3 Diminuição nas disponibilidades (889) (156) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras Não foram propostos dividendos sobre o lucro líquido por não haver intenção de distribuir. Conforme ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 30 de junho de 2004, foi deliberado aumento de capital de R$ 1.000, representados por 2.637.826.431 ações, que se encontra em fase de homologação junto à SUSEP. 15. Provisão p/ Imp. de Renda e Contribuição Social – Conciliação entre as alíquotas nominais e efetivas apuradas no exercício findo em 30 de junho: Imposto Contribuição de renda social 2006 2005 2006 2005 Lucro antes dos impostos 1.244 388 1.244 388 Efeitos das adições / exclusões Adições permanentes 11 35 11 35 Exclusões temporais (13) (19) (13) (19) Base de cálculo antes das compensações de prejuízo fiscal e base negativa (30%) 1.242 404 1.242 404 (-) Compensação de prejuízos fiscais e base negativa (398) (121) (398) (121) Base de cálculo 844 283 844 283 Alíquotas efetivas: Imposto de renda corrente – 15% 139 42 – – Imposto de renda adicional – 10% 81 16 – – Contribuição social corrente – 9% – – 84 25 Programa alimentação trabalhador – PAT 1 (1) – – Créditos tributários diferidos (53) 35 19 13 Resultado de imposto de renda e contribuição social 273 92 103 38 16. Detalhamento de Contas das Demonstrações do Resultado a) Ramos de atuação Prêmios SinistraComerciaganhos lidade % lização % Ramos 2006 2005 2006 2005 2006 2005 DPVAT (cat. 1,2,3,4,9 e10) 6.775 4.805 74 70 1 1 Vida em grupo 4.844 2.072 50 60 43 45 Acidentes pessoais 3.652 1.166 10 8 30 18 Prestamista 2.290 1.057 18 20 75 60 PCHV 121 112 – – 21 7 Renda de eventos aleatórios 32 25 (31) 108 16 4 Total geral 17.714 9.237 46 53 28 20 b) Despesas administrativas 2006 2005 Pessoal 607 525 Serviços de terceiros 1.390 942 Localização e funcionamento 646 471 Publicidade e propaganda 71 66 Donativos e contribuições 24 23 Outras 13 10 2.751 2.037 c) Despesas com tributos Taxa de fiscalização 29 29 COFINS 492 242 PIS 80 39 Outras 3 – 604 310 d) Outras receitas (despesas) operacionais Receita com participação de lucro – IRB – 35 Receita com outras operações de seguros 2 3 Provisão para riscos sobre créditos (18) 11 Despesas com cobrança (276) (276) Despesas com administração de apólices (2) (48) Despesas com apólices (31) (42) Outras despesas (36) – (361) (317) e) Receitas financeiras Títulos de renda fixa – privados 436 247 Títulos de renda fixa – públicos 286 410 Títulos de renda variável 37 Outras 1 95 760 752 f) Despesas financeiras Despesas com títulos de renda fixa 7 Despesas financeiras operações de seguros 76 62 CPMF 112 66 Despesas financeiras de encargos s/ tributos 70 19 258 154 17. Resultado Não Operacional – É composto, substancialmente do lucro na alienação de veículo R$ 10 e despesa referente a conta gráfica com a administração anterior no montante de R$ 111 (R$ 28 em 2005 – receita). 18. Instrumentos Financeiros – Em 30 de junho de 2006 e 2005 não havia instrumentos financeiros relativos a contratos de swap, opções ou outros derivativos em aberto. 19. Outras Informações – a) A conta “Outros créditos operacionais” é composta por adiantamentos a corretores de seguros no montante de R$ 83 (R$ 92 em 2005); valores a receber do Convênio DPVAT, no montante de R$172 (R$102 em 2005); e outros créditos diversos, no montante de R$ 45 (R$41 em 2005). b) Do montante de R$ 156 (R$101 em 2005), registrado na conta “Outras contas a pagar“ no passivo circulante, o valor de R$ 131 (R$101 em 2005) refere-se a cheques não compensados. 20. Patrimônio Liquido Ajustado e Margem de Solvência – O patrimônio líquido ajustado e a margem de solvência estão assim apresentados em 30 de junho: 2006 2005 Patrimônio líquido 8.545 7.221 Despesas antecipadas (7) Créditos tributários (624) (702) Marcas e patentes (8) – Ativo diferido (445) (367) Patrimônio líquido ajustado (a) 7.461 6.152 Prêmio retido anual – últimos 12 meses 5.691 3.245 Sinistro retido anual médio dos últimos 36 meses 2.840 1.714 Margem de solvência (b) 5.691 3.245 Suficiência (a-b) 1.770 2.907
DIRETORIA Pedro Pereira de Freitas
– Presidente
Aos Administradores e Acionistas da American Life Companhia de Seguros São Paulo - SP 1. Examinamos os balanços patrimoniais da American Life Companhia de Seguros levantados em 30 de junho de 2006 e 2005, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. O valor da provisão de sinistros ocorridos mas não avisados foi determinado com base em cálculo atuarial, efetuado por atuário externo. Nossa opinião no que se relaciona a essa provisão, é fundamentada no relatório do atuário externo. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de
Francisco de Assis Fernandes – Diretor Paulo de Oliveira Medeiros – Diretor PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES transações e o sistema contábil e de controles internos da Seguradora; b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Seguradora, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. A Seguradora deixou de registrar no exercício findo em 31 de dezembro de 2005 a estimativa de receitas e custos relacionados às apólices com faturamento mensal, cuja emissão da fatura ocorre no mês subseqüente ao período de cobertura, conforme previsto no Item 12.3 da Circular SUSEP 295/2005, no montante de R$417 mil, que foi integralmente reconhecida no resultado do semestre findo em 30 de junho de 2006. Consequentemente, o lucro do semestre findo em 30 de junho de 2006 está a maior em aproximadamente R$275 mil, líquido dos efeitos tributários. Não há efeito sobre o saldo do patrimônio líquido em 30 de junho de 2006. 4. Em nossa opinião, com base em nossos exames e na
Benedito Yukihide Tamashiro – Contador CRC - 1SP196180/O-3 Sérgio J. Leonardi – Atuário MIBA 0411
determinação da provisão para sinistros ocorridos mas não avisados, conduzida sob a responsabilidade do atuário externo, exceto quanto aos efeitos da contabilização da estimativa de receitas e os custos relacionados às apólices com faturamento mensal mencionado no parágrafo anterior, as demonstrações financeiras referidas no primeiro parágrafo representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da American Life Companhia de Seguros em 30 de junho de 2006 e 2005, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 29 de agosto de 2006. Eduardo Wellichen Contador – CRC 1SP184050/O-6 Auditores Independentes S.S. Luiz Carlos Nannini CRC 2SP015199/0-6 Contador – CRC 1SP171638/O-1
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 -.ESPECIAL
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
TENDÊNCIA
Wellness, um estilo de vida
A
Divulgação
Busarello: a tendência é cada vez mais agregar serviços dentro das áreas comuns, sem isolar o morador
clubes de experiência. Nesse espaço os moradores poderão trocar conhecimentos como na culinária, por exemplo. "Cada morador poderá oferecer o que faz bem. Pode ser que algumas pessoas tenham interesse em aprender crochê e alguém saiba como fazê-lo", disse o diretor. Ao contrário das salas de ginástica e massagem, já difundidas o clube de experiência ainda é uma tendência no mercado imobiliário. A intenção é agregar cada vez mais serviços às áreas comuns. Apesar de levar tudo para dentro dos condomínios, Busarello diz que o objetivo não é isolar a comunidade do condomínio do resto do mundo. "Queremos apenas oferecer o maior número de serviços dentro das áreas comuns, para que a pessoa não precise sair de casa para realizar diversas atividades. Mas isso não impede que o morador vá a uma academia", afirmou o diretor. TENDÊNCIA MUNDIAL Os centros de bem-estar dos novos condomínios seguem uma tendência mundial não somente no mercado imobiliário, mas em quase todas as práticas humanas, hoje. O mercado passou a prestar atenção no assunto quando percebeu que as pessoas estão muito preocupadas com a qualidade de vida e a saúde holística, baseada na busca do equilíbrio físico, mental e espiritual.
Um público com alto poder de compra A Tecnisa contratou um consultor especializado no consumidor gay para atender esse nicho. No primeiro ano faturou R$ 15 milhões
s construtoras e imobiliárias de São Paulo estão desprezando, por preconceito, o consumidor homossexual que, sem despesas com filhos, têm dinheiro sobrando para gastar e bom gosto nas escolhas. A análise é do jornalista Marcelo Bonfá, que há três anos faz consultoria para a Tecnisa Construtora e Incorporadora, de São Paulo. Em 2003 a empresa decidiu entrar nesse mercado gay, dirigindo a publicidade também para esse público de um lançamento de dois e três dormitórios e preços acima de R$ 200 mil. Quando começou o trabalho para a Tecnisa, Bonfá esperava que outras construtoras entrassem no briga pelos consumidores gays, o que ainda não aconteceu. "Por enquanto, só quem
A
saiu do armário foi a Tecnisa", brincou o consultor. Bonfá não acredita que outras construtoras ou incorporadoras entrem no mercado gay tão cedo. Para ele, os executivos das empresas tradicionais do mercado de imóveis acreditam que se voltarem a atenção também para os homossexuais, os heterossexuais podem não aceitar a proximidade entre famílias e gays. MERCADO RENTÁVEL No ano seguinte de entrar no mercado gay, a Tecnisa registrou R$ 15 milhões de faturamento somente com as vendas para esse nicho. Isso representou 12% dos negócios em 2004. "A empresa não é gay, está apenas trabalhando com o público homossexual masculino. São pessoas instruídas, que recebem altos salários, sem filhos ou preocupações com o futuro da família e despesas fixas como saúde e educação familiar", observou Bonfá, que também é especialistas em outros mercados voltados para o público homossexual. Para chegar aos gays, a construtora não constrói condomínios específicos para homossexuais, o que criaria guetos. O trabalho é desenvolvido na área de Marketing. Para isso,
No Ápice Santana, ainda em construção, a novidade do condomínio é o Espaço Ateliê, com boa iluminação e cavaletes de pintura
foi realizada uma pesquisa que mostrou a preferência do público homossexual, como cozinha americana, banheira com hidromassagem, ducha higiênica em todos os banheiros, closet e acabamento de alto padrão. A área comum segue a tendência de implantação de espaço gourmet, academia, sauna e piscina. O empreendimento escolhido para ser trabalhado especificamente junto a esse público será entregue em junho de 2007. A executiva Helena e a professora de inglês Sílvia, juntas há seis anos, decidiram investir em um apartamento, em São Paulo, no ano passado. Além dos R$ 196 mil investidos na compra da residência, as duas gastaram ainda outros R$ 70 mil nas adequações que queriam, apesar de o prédio ser novo. A vida no apartamento, segundo Helena, tem de ser mais discreta do que na casa onde moravam, em relação à convivência com os demais moradores. "As pessoas disfarçam mas não conseguem esconder uma certa apreensão quando se dão conta de nossa condição de casadas, mas optamos por trocar a casa por um apartamento por motivo de segurança", afirmou Helena. Segundo a executiva, o que elas encontram no
COMPRA - VENDA - LOCAÇÃO ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS
CRECI 14681-J
CASAS PARA ESCRITÓRIOS - RESIDENCIAIS CONJUNTOS - PRÉDIOS EXCLUSIVOS LOJAS - ARMAZÉNS - TERRENOS , rios rietá prop ores rem seu h n Se ast sco cad ono vel c imó
Fone: (11) 5581-2855 5599-4712 Cel.: (11) 8175-8318
e-mail: asmacedoimoveis@asmacedoimoveis.com.br
Angelo Martins Neto Diretor
Escritório imobiliário situado na Vila Madalena Compra - Venda - Locação e Administração Zona Oeste, Jardins e Itaim. Desde 1991
Rua Harmonia, 1.257 - Vila Madalena São Paulo-SP - 05435-001 Fone: (11) 3813-4311
estar para as pessoas está em alta no mercado. No geral, o mercado imobiliário das grandes cidades brasileiras, hoje, está voltado para a construção de pequenos condomínios horizontais, com residências para casais sem filhos. De acordo com o tesoureiro do Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Estado de São Paulo, Ailton Pessoa de Siqueira, a grande maioria dos compradores quer residências pequenas com dois quartos, um reversível, para transformá-lo em escritório ou mesmo em um home theater. Há também consumidores com pequenas famílias com um ou dois filhos, que também preferem condomínios reduzidos com residências menores com dois quartos e apenas uma vaga na garagem. "Esse tipo de
O economista e consultor norte-americano Paul Zane Pilzer acredita que, até 2010, a indústria do bem-estar vai movimentar aproximadamente US$ 1 trilhão por ano, somente nos Estados Unidos. Dentro dessa nova visão de vida, o setor de produtos alimentícios, com linhas diet, light, orgânicos e naturais, é um dos que está em ritmo frenético de ascensão, com crescimento médio de 18% ao ano, contra 8% dos alimentos tradicionais. Também entram no wellness a cirurgia plástica, equipamentos de ginástica, produtos para emagrecimento, dermatologia, cosmética, análises genéticas, odontologia cosmética reconstrutiva e medicamentos eletivos. A lista, na verdade, não tem fim, já que tudo o que pode proporcionar bem-
empreendimento está explodindo em todas as grandes cidades. É um excelente negócio para as construtoras. São construções relativamente baratas para a realização e com um alto valor agregado", observou. Instalados em terrenos menores, os pequenos condomínios horizontais possuem áreas de lazer, mas ainda não estão recebendo os conceitos da indústria do bem-estar. Outra nova tendência no mercado imobiliário é a construção de edifícios com dois andares e dois apartamentos por andar. Nesses casos, segundo o tesoureiro, a administração do local, com quatro famílias, pode ser feita pelos próprios moradores como se estivessem administrando uma única residência. Mário Tonocchi
Denise Adams/AFG
indústria do bem-estar se instalou definitivamente no mercado imobiliário de São Paulo. O que começou como uma tímida tendência, hoje é um fato para os lançamentos recentes. No caso dos imóveis, o wellness - termo em inglês que define o mercado do bem-estar -, os investimentos vão para as áreas comuns, como sauna com duchas, sala de descanso com ofurô e salas específicas para yôga e massagem, além de sala de ginástica equipada para receber o personal trainer. A primeira construtora a dedicar espaços específicos para o bem-estar, em São Paulo, foi a Tecnisa Construtora e Incorporadora. De acordo com o diretor de Marketing da empresa, Romeo Busarello, além da ginástica e das massagens, o espaço também vai contar com
Divulgação
Cresce nos condomínios os espaços específicos para o bem-estar dos moradores, como salas para yôga e massagem, até de pintura e gourmet
Bonfá: por enquanto, só a Tecnisa saiu do armário. Outras construtoras não devem entrar neste mercado tão cedo
local onde moram também acontece nas ruas. "Estar em algum lugar sem sermos observadas só acontece em locais específicos para homossexuais". Se o mercado de imóveis ainda não dá atenção a eles, há muitas outras empresas trabalhando muito para atendê-los. Hoteleiros, agentes de viagens, donos de bares, restaurantes, casas noturnas ou mesmo a Embratur começaram a se voltar para o público GLBT sigla para Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transexuais. Somente em 2003 a economia americana faturou cerca de US$ 54 bilhões com o turismo gay. Na Inglaterra, uma pesquisa que avaliou o consumo ho-
mossexual no início deste ano, constatou que os homens gays ganham 34.200 libras por ano. Em média, os homens heterossexuais britânicos ganham 24.800 libras. Lésbicas também recebem 6 mil libras a mais que a média das britânicas. Segundo pesquisas, homens e mulheres gays do Reino Unido gastaram 800 milhões de libras em CDs e 843 milhões em DVDs, livros e revistas em no ano passado. Os homossexuais britânicos também gastaram 1,9 bilhão de libras em roupas em 2005. No mesmo período, o turismo gay movimentou nada menos do que 3 bilhões de libras. Mário Tonocchi
Consultoria de Imóveis COMPRA - VENDA - LOCAÇÃO ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS - ADVOCACIA
Vende-se Higienópolis - Cobertura duplex, 4 dormitórios, 2 garagens, reformado, 200m² R$ 300.000,00 Rua Aureliano Coutinho, 230 - Higienópolis - São Paulo-SP - CEP 01224-020 PABX/FAX: (11) 3824-0499 - e-mail: imobiliariavip@imobiliariavip.com.br
DIÁRIO DO COMÉRCIO
2 -.ESPECIAL
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
PONTO DE ENCONTRO
Setor imobiliário prepara evento de grande porte Mário Tonocchi a onda aquecida do mercado de imóveis - que tem para 2006 R$ 19 bilhões à disposição em crédito São Paulo abre, de 14 a 17 de setembro deste ano, o primeiro Salão Imobiliário São Paulo (SISP). O evento, segundo o diretor-geral da Reed Exhibitions no Brasil, Juan Pablo De Vera, promotora do evento, será uma oportunidade de reunir, no mesmo local, todos os setores envolvidos na construção, incorporação e comercialização de imóveis de São Paulo e das principais capitais brasileiras. Nos 11 mil metros quadrados do Pavilhão de Exposições do Anhembi, onde será instalado o salão, os visitantes vão conhecer ofertas de aproximadamente 100 expositores que participam desta primeira edição. A organização espera atrair, nos dois dias da mostra, pelo menos 30 mil interessados em imóveis além de 5 mil profissionais da área, como decoradores, arquitetos, engenheiros e profissionais imobi-
N
Ricardo Padue/AFG
Mais de 100 expositores vão participar da primeira edição do Salão Imobiliário de São Paulo, entre 14 e 17 de setembro no Anhembi
De Vera, da Reed Exhibitions: o objetivo é gerar vendas no evento e proporcionar negócios futuros
liários. Estarão representados nos estandes imóveis comerciais, residenciais e de lazer. São opções de imóveis novos, usados ou ainda na planta. Além disso, os visitantes poderão conhecer e negociar loteamentos e galpões industriais. Todos os imóveis são destinados a compradores finais ou investidores. ORIGEM EUROPÉIA A idéia do salão foi importada da Espanha, onde acontece
evento semelhante há oito anos. "A primeira edição, em Madri, contou com 80 empresas. Atualmente a feira tem mais de 600 expositores. "São Paulo começar com 100 expositores, mostra que temos um mercado imobiliário muito interessante hoje, que deve manter esse crescimento para o futuro", disse De Vera. De acordo com o diretor-geral, o foco deste primeiro salão de São Paulo será a classe média, que pode aproveitar a redução de juros e a abundante oferta de crédito para o financiamento da casa própria ou do novo edifício comercial ou industrial. Como fizeram os promotores do primeiro salão de Madri, De Vera não quis arriscar a calcular uma expectativa de geração de negócios no momento da exposição. "Temos algo novo aqui, mas esperamos que essa primeira experiência seja a semente de um evento duradouro e importante para o setor imobiliário de São Paulo. Nossa expectativa é de que os visitantes tenham um panorama do que há no mercado. Com essas informações as pessoas podem procurar depois o que desejam. Assim, esperamos realizar vendas no Salão e gerar negócios futuros", afirmou. No Brasil, o salão será realizado pela parceria entre o Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Comerciais e Residenciais de São Paulo (SecoviSP), a Reed Exhibitions e a Alcântara Machado Feiras de Negócios. "Esta deverá ser a maior e mais bem montada vitrine de ofertas imobiliárias, reunindo profissionais e empresas do mercado, sejam elas de pequeno, médio ou grande porte", observou o presidente do Secovi, Romeu Chap Chap. Participam desta primeira edição grandes empresas do setor imobiliário como Camargo Corrêa, Company, Factor, Fernandez Mera, Frema, Gafisa, Garden, Itaplan e Rossi. Na área de financiamentos estarão no Salão a Caixa Econômica Federal e o Santander Ba-
nespa. "Teremos um verdadeiro shopping center de imóveis, que reunirá todos os compradores em um único local", diz o vice-presidente de Comercialização e Marketing do SecoviSP, Elbio Fernández Mera. Além dos negócios, o primeiro Salão Imobiliário São Paulo também vai oferecer serviços profissionais relacionados ao mercado imobiliário, para empresas e investidores, e a mostra das últimas tecnologias em materiais e design do setor da construção.
O primeiro Salão de Imóveis São Paulo faz parte de uma intensa programação do Secovi-SP, que pretende reunir toda a cadeia imobiliária em uma atividade denominada "Semana Imobiliária". Além do Salão, a semana também conta com Convenção S e c o v i e o P rê m i o M a s t e r Imobiliário. Essa reunião de eventos, segundo Chap Chap, fará da capital de São Paulo o ponto de encontro das principais lideranças do setor, do Brasil e do exterior.
! " # $% & '( ) % *$ " +',- .. ."... '/ 01 % 2 ' % 3( - 3 "
A "Semana Imobiliária" termina no dia 18 de setembro, no Clube Monte Líbano, com o Prêmio Master Imobiliário, um reconhecimento do trabalho desenvolvido pelos empreendedores e profissionais do setor.
Diretor em exercício Alencar Burti
Editor de Fotografia Masao Goto
Diretor licenciado Guilherme Afif Domingos
Editor de Arte José Coelho
Diretor de Redação Moisés Rabinovici
Diagramação Nelson Mott Junior Lino Fernandes
SERVIÇO SISP: de 14 a 17 de setembro no Pavilhão de Exposições do Parque Anhembi Quinta e sexta-feira das 12:00 às 21hs, sábado e domingo das 10h às 21hs Informações: www.sisp.com.br
SEMANA IMOBILIÁRIA
Esta é a terceira edição da Convenção Secovi. O encontro quer servir de difusão de informações, networking e geração de negócios, segundo informou o Sindicato. O debate vai se concentrar no desenvolvimento sustentável brasileiro com base na infra-estrutura, habitação e no saneamento básico. Para isso estão programados 20 painéis técnicos sobre temas recorrentes do setor como incorporação, comercialização, locação, administração e desenvolvimento urbano.
Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editor Carlos Ossamu Repórteres Antônio Graça e Mário Tonocchi Chefe de reportagem Arthur Rosa
Ilustrações Roberto Alvarenga Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Impressão S/A O Estado de S. Paulo www.dcomercio.com.br
16
Tr i b u t o s Finanças Empreendedores Nacional
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
Desde 1995 a escola mantém um instituto de desenvolvimento de software e material didático
A MICROCAMP TEM 100 MIL ALUNOS
Fotos: Marcos Peron/Virtual Photo
Empresário vira o jogo ao montar rede de escolas Estressado com os problemas da capital paulista, Eloy Tuffi resolveu mudar para Campinas e, de lá, conseguiu montar a primeira escola de informática do País. Com o tempo, o negócio se expandiu e, hoje, são mais de 100 unidades da Microcamp em vários estados brasileiros.
O LETREIRO
A
idéia de fundar uma escola de informática e línguas estrangeiras era pioneira e foi a responsável pelo nome da empresa de Eloy Tuffi: microcomputadores. Na época, final da década de 1970 e início dos anos 1980, a computação era conhecida no Brasil apenas nos grandes centros de pesquisas que utilizavam enormes equipamentos. No mercado nacional, apenas as maiores empresas tinham acesso aos computadores e PCs residenciais era coisa de gente milionária. (MT)
SEGREDO
A
postar na novidade, apesar das inúmeras opiniões contrárias, foi o segredo do sucesso da Microcamp, segundo o presidente e fundador, Eloy Tuffi. O empresário diz que atuou no mercado por mais de dez anos sem concorrência, até que outros empreendedores acordaram para a computação. Hoje, a rede é apontada pela pesquisa Marcas de Sucesso como a mais lembrada na área de ensino de informática. Recebeu o Prêmio Qualidade Brasil como a melhor rede de escolas de informática do País. (MT)
PEDRA
estresse do trânsito da cidade de São Paulo, já em 1981, foi o fator determinante da fundação, no interior do estado, de uma das maiores redes de escolas franqueadas de informática e línguas estrangeiras em atividade atualmente no País. A Microcamp, originalmente denominada Escola Microcomputadores de Campinas, tem hoje 160 unidades (120 franquias), 100 mil alunos, 3,5 mil equipamentos de última geração e 4,5 mil funcionários. Obrigado a sair da capital paulista por determinação médica, o empresário Eloy Tuffi escolheu Campinas para montar a unidade, que foi a primeira escola de informática do Brasil. Antes de deixar a capital, o presidente da Microcamp comandava quatro escolas de inglês com um sócio. "Tínhamos que ficar rodando entre as quatro unidades na Lapa, Tatuapé, Vila Mariana e Santo Amaro. Com essa correria e problemas familiares, estressei. O médico me disse: 'Ou você deixa o trabalho, muda de vida, vai para o interior ou vai acabar morrendo aqui.' Fui para Campinas", disse o empresário. Quando Tuffi abriu a escola, escolheu a fabricante nacional de microcomputadores Sysdata Eletrônica para adquirir as primeiras máquinas JR Sysdata. Depois trocou por unidades CP 500 da Prológica. Hoje, esses equipamentos são peças de museu. Para se ter uma idéia, o JR tinha memória RAM de 16 kilobytes e o CP 500, mais moderno na época, 48 kilobytes. As máquinas básicas atuais requerem pelo menos 256 megabytes. Para configurações de usuários comuns essa memória pode chegar a 4 gigabytes. Tanto o JR quanto o CP 500 não tinham disco rígido para armazenar as informações e eram conectados a monitores de fósforo verde. Expansão Atualmente, a Microcamp atua nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, além de São Paulo. O processo de expansão com o modelo de franquias começou em 1994, quando Tuffi percebeu que seus concorrentes estavam investindo nessa vertente. A empresa voltou-se para o exterior em 1989, ao abrir a primeira escola
em Portugal. Em 1993, foram instaladas unidades na Argentina e Espanha. Agora, segundo o empresário, o foco voltou a ser o Brasil e ele está vendendo as unidades do exterior, porém, Tuffi não dá mais explicações sobre os motivos das vendas. A Microcamp oferece 60 opções de cursos livres. Pensando em mudar o nome da Microcamp para MC, Tuffi está voltando para as origens. Adquiriu um prédio de cinco andares na Avenida Campos Sales, em Campinas, a mesma rua onde abriu a primeira escola há 29 anos. No novo prédio vai oferecer cursos técnicos em informática reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC), hotelaria e agrobussines, além de outros que estão sendo preparados. Também planeja oferecer cursos de inglês, informática e espanhol da marca American Brazilian Center. Para atender às necessidades dos alunos, a empresa montou, em 1995, o Instituto Microcamp, um centro de desenvolvimento de softwares, material didático, treinamento e aperfeiçoamento de funcionários e franqueados. Gado Em 2001, o empresário entrou para o agronegócio com a compra de uma fazenda em Espírito Santo do Pinhal, também no interior de São Paulo, onde cria exemplares da raça Red Angus. Com a produção de carne feita em câmara fria própria, criou um novo sistema de franquias, desta vez, de churrascaria e boutique de carnes, a Red Angus Beef. O restaurante de Tuffi fica em Campinas e existem franquias em Curitiba e São Paulo. Basquete De 1996 a 1999, a Microcamp patrocinou uma das mais importantes equipes de basquete profissional já formadas no Brasil. O time, então dirigido pelo atual técnico da seleção brasileira de basquete feminino, Antônio Carlos Barbosa, contratou, para o biênio 97-98, grandes estrelas do esporte, como Magic Paula, Branca e Adriana, medalhas de Prata nas Olimpíadas de Atlanta, e a pivô bósnia Razija Mujanovic. Teve mais de 100 jogadoras e foi campeão paulista e brasileiro. O contrato para patrocínio do time acabou em 1999 e, então, Tuffi decidiu que essa estratégia de marketing já não era mais necessária. Mário Tonocchi
E
loy Tuffi enfrentou duas grandes dificuldades na implantação de seu projeto. A primeira foi convencer as pessoas em investir na novidade da microinformática no Brasil. A outra foi encontrar professores para ministrar as aulas. Não existiam pessoas especializadas capacitadas para transmitir conhecimentos sobre computadores em salas de aula, conta o empresário. A saída foi a escola formar os professores e criar métodos de ensino. (MT)
EMPREENDEDORES Tuffi, com a bola do jogo em que sua equipe foi campeã. Patrocínio do time de basquete foi bom marketing.
No alto, salas de aula da unidade do Jaraguá. Ao lado, uma amostra dos troféus conquistados pela equipe Microcamp de basquete na sala de Tuffi.
CABECEIRA
Humor, sentimentos e finanças V ocê é uma pessoa autoconfiante? É solteiro ou casado? Analisar a própria personalidade, situação de vida e hábitos do cotidiano, por incrível que possa parecer, é o primeiro passo antes de decidir por algum tipo de investimento. Há muito mais de psicologia em finanças do que um investidor possa imaginar. É o que prova John R. Nofsinger em A Lógica do Mercado - Como Lucrar com Finanças Comportamentais (Editora Fundamento). A própria contracapa do livro
Instalações no shopping Jaraguá, em São Paulo: 160 lojas no País
revela que há um velho ditado em Wall Street que diz: "Dois fatores movem o mercado. O medo e a ganância". Mais um indício de que a emoção pode até superar a razão, quando se trata de tomar uma decisão arriscada de investimento, diz o autor. O investidor pode ter uma tendência a avaliar de forma mais positiva o mercado de ações no dia em que está com o estado de ânimo melhor. Ou até mesmo ser influenciado pelo clima. Estudo realizado em sete
países mostrou que o retorno das ações é mais baixo durante o outono. Dora Carvalho
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
ESPECIAL - 5
EMPREENDIMENTO
Comprador busca comodidade ão Paulo é uma cidade marcada por tal dinamismo que a magnitude e a velocidade das transformações por que passa o espaço urbano surpreendem até quem mora nela há muito tempo. Do ponto de vista da demanda por compra de residências, por exemplo, segundo Fábio Rossi Filho, diretor da imobiliária Itaplan, hoje, quando as pessoas procuram um imóvel, um dos primeiros requisitos é que o bairro ou a região tenha shoppings, grandes supermercados, colégios e faculdades. "Com isso, e para atender este novo perfil de demanda, as regiões de São Paulo, estão virando minicidades", afirma Rossi. Outro aspecto da atual demanda, e que vale para qualquer região ou número de dormitórios dos apartamentos, são os itens relativos a lazer que o imóvel tem. O comprador quer sala de ginástica, área comum de lazer, piscina e até mesmo uma miniciclovia. "Hoje as demandas são tão diversificadas e específicas, que há imóveis construídos, considerando-se até a faixa etária, já que as necessidades de quem vai morar num prédio são diferentes, conforme a idade do morador",
S
Divulgação
Além das facilidades oferecidas pelo bairro, como shopping center e supermercado, áreas completas de lazer estão entre as primeiras exigências
Fernandes: há imóveis construídos considerandose até a faixa etária
acrescenta Rossi. Ele lembra ainda que, em relação à parte interna do imóvel, as principais exigências do comprador se referem às condições para usos de equipamentos de modernas tecnologias, que hoje são usadas pela maioria das famílias, como computadores e seus periféricos, microondas e torradeiras, entre ouros. "Por isso, os imóveis têm de ter cabeamento estruturado e pontos de eletricidade adequados para ligar estes equipamentos", afirma. Em relação às características e atrativos que hoje apresentam as regiões de São Paulo no negócio imóveis residenciais, o vice-presidente de comercialização e marketing do Sindi-
cato das Empresas de Compra Venda e Locação de Imóveis (Secovi), Elbio Fernandez dá algumas dicas: Zona Norte – Há uma valorização, especialmente na região de Santana, por causa do projeto do Parque Carandiru. O Carandiru, como presídio, era um aspecto negativo. Além disso, outro aspecto positivo da região é o Shopping Center Norte. "São duas forças propulsoras do crescimento e valorização da zona Norte", afirma Fernandez. Zona Sul – Toda a operação urbana da avenida Águas Espraiadas (Roberto Marinho) está criando potencial construtivo. Vai ser construída uma ponte que liga a Marginal Pi-
nheiros com a Roberto Marinho. É uma obra que vai facilitar o acesso à região e é, portanto, fator de valorização. O bairro de Campo Belo é o que está mais atraindo compradores, porque tem o mesmo nível da Vila Nova Conceição. "E agora você poder acessar o Campo Belo pela Marginal Pinheiros através da Roberto Marinho", acrescenta Fernandez. Zona Leste – Tem quatro milhões de habitantes. Hoje bairros como Tatuapé, Mooca, Vila Carrão e Penha estão em franco desenvolvimento. São bairros em que se constrói imóveis que vão desde 50 metros quadrados até 180 metros quadrados. Há grandes oportunidades para a compra de terrenos.
Os bairros estão assumindo um perfil mais residencial. As indústrias estão se deslocando para outras regiões e abrindo espaços para os empreendimentos residenciais. Zona Oeste – Os grandes puxadores dos empreendimentos imobiliários são os bairros de Alphaville e Tamboré. Um fator positivo em relação a estes bairros é a presença do Rodoanel, para o qual convergem cinco estradas. Portanto, a acessibilidade valoriza a área. O morador destes bairros está, por exemplo, a apenas 30 minutos de Osasco e Jundiaí. Além disso, A l p h a v i l l e e Ta m b o ré e spraiam-se para Baureri, Santana do Parnaíba e Itapevi. Antônio Graça
L A N Ç A M E N T O S
Zona Leste: Mooca Prédio: Vitale Mooca Rua: Celso de Azevedo Marques, 308 Andares: 29 Apartamentos: 56 Dormitórios: 4 (2 suítes) Valor: R$ 3.370 o metro quadrado. Láser: Piscina, quadra poli-esportiva, sala de ginástica e espaço gourmet, entre outros. Construtora: Cyrela Zona Sul: Campo Belo Prédio: Victtorialle Rua: Gabrielli Danuzio, 806 Andares: 26 Apartamentos: 54 (230 metros quadrados) Dormitórios: 4 suítes Valor: R$ 4.000 o metro quadrado. Lazer: Piscina, sala de ginástica, sauna Construtora: Fernandez Mera
Zona Oeste: Alphavile Prédio: Jardins de Tamboré Rua: Marcos Penteado de Ulhoa Rodrigues, 2323 Apartamentos: 300 (5 torres) Andares: 15 andares Dormitórios: 3 ou 4 Valor: R$ 2.600 a 2.800 o metro quadrado. Lazer: quadra, piscina, churrasqueira, sauna Construtora: Fernandez Mera
Zona Norte: Santana Prédio: Ápice Santana Rua: Avenida dos Guacás, 859 Andares: 21 andares Apartamentos: 248 (3 torres) Dormitórios: 3 ou 4 Valor: R$ 2.730 o metro quadrado Lazer: sala de jogos de adultos, salão de festas (adulto e infantil), espaço gourmet, brinquedoteca, lan house e ateliê, piscina coberta, entre outros. Construtora: Cyrela
2
Empreendedores Nacional Energia Tr i b u t o s
O
desempenho das empresas de energia elétrica no primeiro semestre de 2006 superou a média dos demais setores da economia, apesar do crescimento do consumo abaixo das expectativas nos últimos meses. Essa média, no entanto, não considera os bancos, a Petrobras e a Companhia Vale do Rio Doce, cujos lucros são os maiores do País. Segundo levantamento da consultoria Economática com 31 companhias negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), o lucro líquido das elétricas teve uma alta real de 9% no período, para R$ 5,16 bilhões. Na média, o ganho de todas as companhias de capital aberto não financeiras caiu 4,09% de janeiro a junho sobre igual período de 2005.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
9
CONSUMO DE ENERGIA DEVE AUMENTAR
Elétricas lucram mais Levantamento de consultoria mostra que crescimento de empresas do setor superou média da economia Receitas — As receitas do setor elétrico tiveram crescimento real de 1,6%, de R$ 39 bilhões para R$ 39,66 bilhões. O desempenho modesto deveuse ao fato de o consumo de energia ter desacelerado no terceiro trimestre por vários fatores, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Um deles foi a Copa do Mundo, que provocou interrupções informais nos diversos setores econômicos nos dias de jogos do Brasil e afetou o consumo de todos os segmentos. Além disso, as temperaturas caíram nas capitais e influenciaram
mais intensamente os consumos residencial e comercial. Junta-se a isso a desaceleração da produção industrial, que passou de alta de 4,6% no primeiro trimestre para elevação de 0,8% no segundo, segundo a analista da corretora do banco Real Rosângela Ribeiro. "Mas esse crescimento menor no consumo já era esperado." Segundo ela, apesar do crescimento menor do uso de energia, o desempenho do setor foi bom. O lucro operacional, antes das despesas com juros impostos e resultados extraordinários, subiu 10,4%, de R$ 9,33
bilhões para R$ 10,30 bilhões. Trata-se do melhor resultado entre todos os demais setores da economia, segundo o levantamento da Economática. Com isso, a relação entre lucro operacional e dívida, que mede a capacidade das empresas de honrar compromissos, melhorou: subiu de 17,4% para 20%. A rentabilidade sobre o patrimônio também aumentou e atingiu 16,9%. "As empresas estão bem capitalizadas e não tão expostas à variação cambial. Hoje elas estão mais saudáveis, com melhor geração de caixa", afirmou o analista da
Modal Asset Management Eduardo Roche. Segundo os dados da Economática, a dívida financeira das companhias do setor mantevese estável, em R$ 51 bilhões. O resultado positivo do setor pode ser explicado pelos reajustes tarifários, que compensaram a queda do consumo em algumas distribuidoras. Nos últimos anos, o governo tem promovido a redução dos subsídios cruzados. Com isso, o aumento das tarifas para o consumidor industrial tem sido maior comparado ao reajuste dos residenciais.
por cento foi o aumento real do lucro líquido das empresas de energia no primeiro semestre do ano
Na Eletropaulo, maior distribuidora do País, a classe residencial teve redução de 1,91% na tarifa em julho. Já para os grandes consumidores, como as indústrias, o reajuste foi de 8,26%. Na CPFL, os consumidores de alta tensão tiveram reajuste de 13,65% e os residenciais, de 0,62%. Previsão — Para o próximo semestre, a expectativa dos analistas é de que o consumo de energia elétrica retome o ritmo de crescimento, a exemplo do que aconteceu no primeiro trimestre, disse o analista Carlos Nunes, da corretora SLW. A previsão é de que o avanço do consumo atinja 4,5% ou 5% em dezembro. "Se isso ocorrer, as empresas de energia terão um desempenho bastante animador neste ano", completa o especialista no setor. (AE)
ATAS
SPR – Sociedade para Participações em Rodovias Ltda. CNPJ/MF nº 07.711.651/0001-39 – NIRE 35.220.301.050 Alteração do Contrato Social paraTransformação de Sociedade Limitada em Sociedade Anônima Por este instrumento, Obrascon Huarte Lain Brasil S.A., sociedade anônima, com sede no Município de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Joaquim Floriano, 913, 6º andar, CEP 04534-013, inscrita no CNPJ sob o nº 02.919.555/0001-67, neste ato legalmente representada por seus diretores, José Carlos Ferreira de Oliveira Filho brasileiro, casado, engenheiro, residente e domiciliado no Município de São Paulo, Estado de São Paulo, com endereço comercial na Rua Joaquim Floriano, 913, 6º andar, CEP 04534-013 portador da cédula de identidade RG nº 3.770.107-1 (SSP/SP) e inscrito no CPF/MF sob nº 075.891.238-20 e Maria de Castro Michielin, brasileira, casada, advogada, residente e domiciliada no Município de São Paulo, Estado de São Paulo, com endereço comercial na Rua Joaquim Floriano, 913, 6º andar, CEP 04534-013, portadora da Cédula de Identidade RG nº 9.361.4482 (SSP-SP) e inscrita no CPF/MF sob nº 092.480.538-23, sócia representando 99,999% do capital social da SPR – Sociedade para Participações em Rodovias Ltda., sociedade limitada com sede no Município de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Joaquim Floriano, 913, 6º andar, CEP 04534-013, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 07.711.651/0001-39 com seus documentos societários registrados na JUCESP sob NIRE 35.220.301.050 (“Sociedade”), delibera, o que segue: 1. Transformação em Sociedade Anônima e Aprovação do Estatuto Social: 1.1 A sócia acima qualificada esclarece que foram tomadas as providências de convocação, conforme previsto nos itens 5.1 e 5.1.1, e cópia do comprovante de convocação encontra-se arquivada na sede social. 1.2 Em conformidade com o item 5.5 do contrato social da Sociedade, a sócia representando 99,999% do capital social decide transformar o tipo societário da Sociedade, para sociedade anônima, na forma da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, cuja denominação passa a ser SPR – Sociedade para Participações em Rodovias S.A., em continuação e sucessão à sociedade limitada ora transformada, sem solução de continuidade, não havendo, portanto, nova sociedade, mas apenas a transformação para o tipo societário mais adequado a seus interesses e finalidades. 1.3 A sócia acima qualificada, e o sócio Felipe Ezquerra Plasencia, espanhol, casado, empresário, residente no Município de São Paulo, Estado de São Paulo, com endereço comercial na Rua Joaquim Floriano, 913, 6º andar, CEP 04534013, inscrito no Registro Nacional de Estrangeiro (RNE) sob nº V 309898-I (SRE/DPMAF/DPF) e no CPF/MF sob nº 225.268.398-82, titulares de quotas representativas do capital social da Sociedade, de valor nominal igual a R$1,00 (um real) cada uma, passarão a ser titulares de ações ordinárias, nominativas, sem valor nominal, na proporção de uma ação ordinária para cada quota anteriormente existente, permanecendo o valor do capital social inalterado. Assim, o capital social subscrito permanece no valor de R$210.000.000,00 (duzentos e dez milhões de reais), e é dividido em 210.000.000 (duzentos e dez milhões) de ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, assim distribuídas entre os acionistas: Sócio: Obrascon Huarte Lain Brasil S.A.; Nº de Ações Ordinárias: 209.999.999. Sócio: Felipe Ezquerra Plasencia; Nº de Ações Ordinárias: 1. Nº de Ações Ordinárias Total: 210.000.000. 1.4 A sócia representando 99,999% do capital resolve também, aprovar o restante da redação do estatuto social da Sociedade que passa a regular seu funcionamento: “Estatuto Social da SPR – Sociedade para Participações em Rodovias S.A. – Capítulo I – Denominação, Sede, Objeto Social e Prazo de Duração. Art. 1º: A SPR – Sociedade para Participações em Rodovias S.A. é uma sociedade anônima, regida pelo presente estatuto social (“Estatuto”) e pelas disposições legais que lhe forem aplicáveis (“Companhia”). Art. 2º: A Companhia tem a sede de sua administração e seu foro jurídico no Município de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Joaquim Floriano, 913, 6º andar, CEP 04534-013, podendo mediante deliberação do Conselho de Administração abrir e/ou extinguir escritórios, agências, filiais, depósitos, estabelecimentos ou outras dependências em qualquer parte do território nacional ou do exterior. Art. 3º: A Companhia tem por objeto a participação em outras sociedades como sócia, acionista ou quotista, bem como exercício de quaisquer atividades relacionadas com seu objeto social, podendo representar sociedades nacionais ou estrangeiras. Art. 4º: O prazo de duração da Companhia é indeterminado. Capítulo II – Capital Social e Ações. Art. 5º: O capital social totalmente subscrito é de R$210.000.000,00 (duzentos e dez milhões de reais), dividido em 210.000.000 (duzentas e dez milhões) de ações ordinárias, nominativas, sem valor nominal, todas da mesma espécie e classe. § 1º - Os acionistas têm preferência para a subscrição de ações e outros valores mobiliários emitidos pela Companhia, na proporção de sua participação no capital social. § 2º - Poderão ser criadas novas espécies e/ou classes de ações, mais ou menos favorecidas, sem guardar proporção com as ações já existentes. § 3º - A Companhia poderá emitir debêntures e outros valores mobiliários, estando sua emissão, oferta e distribuição pública no mercado de valores mobiliários, subordinadas às normas legais e regulamentares vigentes. Art. 6º: A cada ação ordinária corresponde um voto nas deliberações da Assembléia Geral. Capítulo III – Assembléia Geral. Art. 7º: A Assembléia Geral, convocada na forma da lei, tem competência para decidir sobre assuntos de interesse da Companhia, à exceção dos que, por disposição legal ou por força do presente Estatuto, forem reservados à competência dos órgãos de administração. Art. 8º: As Assembléias Gerais realizar-se-ão ordinariamente, no prazo da Lei, e extraordinariamente, sempre que assim o exigirem os interesses sociais. § 1º: As deliberações da Assembléia Geral, exceto nos casos previstos em Lei ou neste Estatuto, serão sempre tomadas por maioria absoluta de votos, não se computando os votos em branco. § 2º: A Assembléia Geral será instalada e presidida por acionista escolhido pelos presentes, o qual indicará um secretário para auxiliá-lo. Art. 9º: Além do já previsto na legislação aplicável, compete privativamente à Assembléia Geral: i) alterar o estatuto social; ii) aprovar a remuneração global dos administradores da Companhia; iii) deliberar sobre aquisição, a alienação a qualquer título, inclusive conferência ao capital de outra sociedade, transferência ou cessão a qualquer título ou, ainda, oneração de parte substancial do ativo permanente da Companhia, em operação isolada ou conjunto de operações no período de 12 meses, como tal entendendo-se bens e/ ou direitos em valor superior a R$ 1.000.000,00 ou dois por cento do ativo permanente da Companhia, o que for maior; e iv) aprovar a tomada ou concessão de empréstimos ou financiamento ou quaisquer outros contratos individuais ou série de contratos conexos que representem responsabilidades ou renúncia de direitos para a ou pela Companhia e que envolvam valores, superiores a R$ 4.000.000,00 ou 1% do patrimônio líquido da Companhia, o que for maior, bem como a emissão de quaisquer instrumentos de crédito para a captação de recursos, no mercado local ou externo, sejam “bonds”, “commercial papers” ou outros de uso comum no mercado, deliberando, ainda, sobre suas condições de emissão, amortização e resgate, conforme o caso, salvo emissão de notas promissórias domésticas (domestic commercial papers), nos moldes das Instruções CVM nº 134, de 01/11/90, e 155, de 07/08/91 e alterações posteriores, independentemente do valor, cuja competência para deliberação será do conselho de administração. § 1º: Os valores mencionados neste artigo, em moeda corrente do país, serão corrigidos anualmente a partir de agosto de 2006, pelo índice IGP-M da Fundação Getúlio Vargas ou outro índice de base equivalente que venha a substituí-lo. § 2º: Quaisquer atos praticados por qualquer diretor, por qualquer empregado ou procurador da Companhia, em nome desta, e que sejam estranhos ao objeto social, tais como avais, fianças, endossos e outras garantias em favor de terceiros, são expressamente proibidos e nulos de pleno direito, a menos que tais atos tenham sido prévia e expressamente aprovados, por escrito, por acionistas representando a maioria do capital votante. Capítulo IV – Administração. Seção I – Disposições Gerais. Art. 10: A Companhia será administrada por um Conselho de Administração e por uma Diretoria. § 1º: Os administradores da Companhia estão dispensados de prestar caução para garantia de suas gestões. § 2º: Findo o mandato, os administradores permanecerão em seus cargos até a investidura de seus sucessores. § 3º: Os administradores serão investidos em seus cargos mediante assinatura do termo de posse a ser lavrado no livro próprio, observadas as disposições legais. Seção II – Conselho de Administração. Art. 11: O Conselho de Administração será composto por 3 membros, eleitos pela Assembléia Geral, com mandato de 3 anos, permitida e reeleição. § 1º: O Conselho de Administração terá um Presidente, nomeado pela Assembléia Geral. § 2º: O Conselho de Administração reunir-se-á sempre que necessário, por convocação de seu Presidente, ou pela maioria de seus membros, por meio de carta, telegrama, fac-símile, correio eletrônico, ou outro meio de comunicação com comprovante de recebimento, com antecedência mínima de 48 horas, podendo tal convocação ser dispensada se presente a totalidade dos conselheiros. § 3º: Em caso de vacância de um ou mais dos cargos de conselheiro, inclusive o de Presidente do Conselho, o Conselho de Administração elegerá um ou mais conselheiros substitutos, que permanecerão no cargo até a primeira Assembléia Geral que se realizar após aquela data. Para os fins deste Estatuto, considerar-se-á ocorrida a vacância em caso de morte, incapacidade permanente, renúncia, destituição ou ausência injustificada por mais de três reuniões consecutivas. § 4º: Em caso de ausência ou impedimento temporários não relacionados a conflito de interesses, os membros do Conselho de Administração serão substituídos por outro conselheiro, munido de procuração com poderes específicos. O conselheiro que estiver substituindo o conselheiro ausente ou impedido, além de seu próprio voto, expressará o do conselheiro ausente. § 5º: Os conselheiros poderão participar das reuniões do Conselho de Administração por intermédio de conferência telefônica, vídeo-conferência ou por qualquer outro meio de comunicação eletrônico, sendo considerados presentes à reunião e devendo confirmar seu voto através de declaração por escrito encaminhada ao Presidente do Conselho ou, na sua ausência, ao Presidente da reunião do Conselho escolhido pelos presentes, por carta, fac-símile ou correio eletrônico logo após o término da reunião. Uma vez recebida a declaração, o Presidente da reunião ficará investido de plenos poderes para assinar a ata da reunião em nome do conselheiro. Art. 12: A reunião do Conselho de Administração instalar-se-á com a presença da maioria absoluta de seus membros e, da mesma forma, deliberará validamente pelo voto favorável da maioria absoluta deles, cabendo ao Presidente, além do seu voto pessoal, o voto de qualidade no caso de empate. § Único: As decisões do Conselho de Administração constarão de ata que será assinada pelos presentes. Art. 13: O Conselho de Administração tem a função primordial de estabelecer as diretrizes fundamentais da política geral da Companhia, que serão executadas pela Diretoria, além de verificar e acompanhar sua execução. Nesse sentido, além das atribuições previstas em lei, compete privativamente ao Conselho de Administração: i) fixar a orientação geral dos negócios da Companhia; ii) eleger e destituir os Diretores da Companhia a e fixar-lhes as atribuições; iii) fiscalizar a gestão dos Diretores, examinar, a qualquer tempo, os livros e
documentos da Companhia, solicitar informações sobre contratos celebrados ou em vias de celebração, e quaisquer outros atos; iv) convocar as Assembléias Gerais; v) aprovar o Relatório da Administração e as contas da Diretoria; vi) atribuir, do montante global da remuneração fixada pela Assembléia Geral, os honorários mensais, a cada um dos membros da administração da Companhia; vii) deliberar sobre a emissão de notas promissórias domésticas (domestic commercial papers), nos moldes das Instruções CVM nº 134, de 01/11/90, e 155, de 07/08/91 e alterações posteriores, para o desenvolvimento das atividades relacionadas com os objetivos da Companhia, sobre suas condições de emissão, amortização e resgate, conforme o caso; viii) aprovar a contratação de empréstimos ou outras modalidades de crédito junto a terceiros, em valor individual superior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais); ix) aprovar a alienação, aquisição ou oneração de bens do ativo permanente, ou a ele destinados, cujo valor individual exceda a R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais); x) aprovar a contratação de obras e serviços com terceiros, em valor acima de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) por contrato; xi) escolher e destituir os auditores independentes, convocando-os para prestar esclarecimentos sempre que entender necessários; xii) submeter à deliberação da Assembléia Geral proposta de alteração deste Estatuto; xiii) aprovar a prestação de fiança, aval, ou outra garantia em favor de sociedade em que a Companhia houver efetuado investimento, direta ou indiretamente, de forma a controlá-la;e xiv) manifestar-se, previamente, sobre qualquer assunto a ser submetido à Assembléia Geral. § Único: Os valores mencionados neste artigo, em moeda corrente do país, serão corrigidos anualmente a partir de agosto de 2006, pelo índice IGP-M da Fundação Getúlio Vargas ou outro índice de base equivalente que venha a substituí-lo. Seção III – Diretoria. Art. 14: A Diretoria será composta por até 4 (quatro) Diretores, acionistas ou não, sendo um Diretor Presidente, um Diretor Vice-Presidente, um Diretor Administrativo Financeiro e um Diretor Jurídico, todos com mandato de 3 anos, permitida e reeleição. § Único: Ocorrendo vacância de cargo de Diretor, ou impedimento do titular, caberá ao Conselho de Administração eleger o novo Diretor ou designar o substituto, fixando, em qualquer dos casos, o prazo da gestão e a respectiva remuneração. Art. 15: A Diretoria reunir-se-á sempre que necessário e a convocação cabe a qualquer Diretor. § 1º: A reunião instalarse-á com a presença de Diretores que representem a maioria dos membros da Diretoria. § 2º: As atas das reuniões e as deliberações da Diretoria serão registradas em livro próprio. § 3º: As deliberações da Diretoria em reunião, validamente instalada, serão tomadas pela maioria dos votos dos presentes. § 4º – Em caso de empate, a decisão deverá ser levada para deliberação do Conselho de Administração. Caso a decisão precise ser tomada com urgência que não possa esperar a reunião do Conselho de Administração, o Diretor Presidente terá voto de qualidade, devendo sua deliberação ser posteriormente ratificada pelo Conselho de Administração. Art. 16: A Diretoria é o órgão executivo da Companhia, cabendo-lhe, dentro da orientação e atribuições de poderes traçados pelo Conselho de Administração, assegurar o funcionamento regular da Sociedade, tendo poderes para praticar todos e quaisquer atos relativos aos fins sociais, exceto aqueles que por Lei ou pelo presente Estatuto Social, sejam de competência de outro órgão ou dependam de prévia aprovação deste. Assim, compete-lhe administrar e gerir os negócios da Companhia, especialmente: i) elaborar e submeter ao Conselho de Administração, anualmente, o orçamento anual da Companhia e suas revisões; ii) submeter, anualmente, à apreciação do Conselho de Administração, o Relatório da Administração e as contas da Diretoria, acompanhados do relatório dos auditores independentes, bem como a proposta de aplicação dos lucros apurados no exercício anterior; iii) observar e executar as deliberações do Conselho de Administração, da Assembléia Geral e deste Estatuto. § 1º: Compete ao Diretor-Presidente: (i) dirigir todos os negócios e a administração geral da Companhia; (ii) coordenar e orientar a atividade de todos os demais Diretores, nas suas respectivas áreas de competência; (iii) propor ao Conselho de Administração as áreas de atuação de cada Diretor; e (iv) zelar pela execução das deliberações da Assembléia Geral, do Conselho de Administração e da própria Diretoria; § 2º: Compete ao Diretor Vice-Presidente: (i) dirigir e liderar o desenvolvimento da estratégia corporativa da Companhia, coordenando os processos de planejamento; (ii) avaliar o potencial de novos negócios; e (iii) substituir o Diretor-Presidente quando de sua ausência ou impedimento nas atribuições que lhe forem delegadas pela Lei, por este Estatuto ou pelo Conselho de Administração; § 3º: Compete ao Diretor Administrativo-Financeiro acompanhar e coordenar a área administrativa e financeira da Companhia. § 4º: Compete ao Diretor Jurídico: (i) dirigir os assuntos da área jurídica da Companhia; e (ii) informar e prestar informações à Diretoria sobre andamento de questões jurídicas da Companhia. Artigo 17: A representação da Companhia seja em juízo ou fora dele, inclusive para atos que criarem responsabilidade para com a Companhia, ou dispensarem obrigações de terceiros para com ela, será feita mediante: i) a assinatura conjunta de dois membros da Diretoria; e ii) a assinatura conjunta de um membro da Diretoria e de um procurador da Companhia. § 1º: A Companhia poderá ser representada por qualquer um dos membros da Diretoria, isoladamente, nos casos de correspondência que não crie obrigações para a Companhia, inclusive os praticados perante repartições públicas, sociedades de economia mista, Secretaria da Receita Federal, Secretarias das Fazendas Estaduais, Secretárias das Fazendas Municipais, Juntas Comerciais, Justiça do Trabalho, INSS, FGTS e seus bancos arrecadadores e outros de idêntica natureza, bem como nos endosso de cheques, exclusivamente para depósitos a favor da Companhia, em suas contas correntes bancárias, no recebimento de citações, intimações e notificações extrajudiciais ou judiciais, e na prestação de depoimento pessoal. § 2º: Os mandatos serão sempre assinados por dois Diretores e outorgados para fins específicos e por prazo determinado, não excedente de um ano, salvo os que contemplarem os poderes da cláusula ad judicia, que serão outorgados por prazo indeterminado. Capítulo V – Conselho Fiscal. Art. 18: A Companhia terá um Conselho Fiscal integrado por três membros efetivos e igual número de suplentes, de funcionamento não permanente, cuja instalação e atribuições obedecerão à Lei das Sociedades Anônimas. § Único: Nos exercícios sociais em que for solicitado o funcionamento do Conselho Fiscal, a Assembléia Geral elegerá os seus membros e fixará a respectiva remuneração. Capítulo VI – Exercício Social, Lucros e sua Distribuição. Art. 19: O exercício social encerrarse-á no dia 31 de dezembro de cada ano, momento em que serão levantadas as demonstrações financeiras previstas na legislação em vigor. § 1º: O Conselho de Administração poderá declarar dividendos à conta de lucros ou de reservas de lucros, apurados em demonstrações financeiras anuais, semestrais ou trimestrais, que serão considerados antecipação do dividendo mínimo obrigatório a que se refere o Artigo 21. § 2º: A Diretoria poderá, ainda, determinar o levantamento de balanços mensais e declarar dividendos com base nos lucros então apurados, observadas as limitações legais. § 3º: O Conselho de Administração poderá pagar ou creditar juros sobre o capital próprio, ad referendum da Assembléia Geral que apreciar as demonstrações financeiras relativas ao exercício social em que tais juros forem pagos ou creditados, sempre como antecipação do dividendo mínimo obrigatório. Art. 20: O lucro líquido apurado em cada exercício, após as deduções legais, terá a destinação que for determinada pela Assembléia Geral, de acordo com a proposta apresentada pelo Conselho de Administração. § 1º: O lucro líquido apurado no exercício, após a destinação à reserva legal, na forma da lei, poderá ser destinado à reserva para contingências, à retenção de lucros previstos em orçamento de capital aprovado pela Assembléia Geral de acionistas ou à reserva de lucros a realizar, observado o artigo 198 da Lei nº 6.404/76. § 2º: A participação dos administradores nos lucros da Companhia, quando atribuída, não excederá o valor total da remuneração anual dos administradores, nem 10% (dez por cento) do lucro ajustado do exercício. Art. 21: A Companhia distribuirá, no mínimo, um dividendo obrigatório de 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos do artigo 202 da Lei nº 6.404/76. § Único: Os lucros remanescentes terão a destinação que for aprovada pela Assembléia Geral, de acordo com a proposta submetida pelo Conselho de Administração. Capítulo VII – Da Liquidação. Art. 22: A Companhia se dissolverá e entrará em liquidação nos casos previstos em lei, cabendo à Assembléia Geral estabelecer o modo de liquidação e eleger o liquidante, ou liquidantes, e o Conselho Fiscal, que deverá funcionar no período de liquidação, fixando-lhes os poderes e remuneração. Capítulo VIII – Disposições Finais e Foro. Art. 23: Os casos omissos ou duvidosos neste estatuto social serão resolvidos pela Assembléia Geral a eles aplicando-se as disposições legais vigentes. Art. 24: Fica estabelecida a Comarca do Município de São Paulo como foro para a solução de quaisquer controvérsias.” 2. Eleição do Conselho de Administração: 2.1 A sócia representando 99,999% do capital elege para compor o Conselho de Administração da Companhia os Srs.: i) Juan Luis Osuna Gómez, espanhol, casado, engenheiro, portador do passaporte espanhol nº 02526571K, e inscrito no CPF/ MF sob o nº 229.633.548-94, com endereço comercial na Cidade de Madri, Espanha, na Calle Gobelas 45-49, El Plantio, para o cargo de Conselheiro Presidente; ii) José María Del Cuvillo Pemán, espanhol, casado, portador do passaporte espanhol nº AC919771e no CPF/MF sob nº 231.798.758-79, com endereço comercial na Cidade de Madri, Espanha, na Calle Gobelas 45-49, El Plantio, para o cargo de Conselheiro; e iii) José Carlos Ferreira de Oliveira Filho, brasileiro, casado, engenheiro, portador da cédula de identidade RG nº 3.770.107-1 (SSP-SP) e inscrito no CPF/MF sob nº 075.891.238-20, com endereço comercial no Município de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Joaquim Floriano, 913, 6º andar, CEP 04534-013, para o cargo de Conselheiro. 2.2 Os conselheiros terão mandato de 3 (três) anos, os quais deverão permanecer em seus cargos até a assembléia geral ordinária dos acionistas da Sociedade, a ser realizada no ano de 2009. 2.3 A remuneração dos conselheiros será definida pela Assembléia Geral. 3. Declaração de Desimpedimento: 3.1 Os conselheiros declararam que não estão impedidos por lei especial, ou condenados por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, contra a economia popular, a fé pública ou a propriedade ou a pena criminal que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos, ou por quaisquer outros crimes que os impediriam de exercer atividades mercantis. 3.2 Os Conselheiros serão investidos em suas funções mediante assinatura de Termo de Posse no livro de atas de reuniões do conselho de administração, conforme determina o artigo 149 da Lei nº 6.404/76. A sócia representando 99,999% do capital social assina este instrumento em 4 (quatro) vias de igual teor e forma na presença das testemunhas abaixo assinadas. São Paulo, 28 de agosto de 2006. (ass.) Obrascon Huarte Lain Brasil S.A., por: José Carlos Ferreira de Oliveira Filho e Maria de Castro Michielin. Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o NIRE 35.300.334.302 e nº 231.996/06-8 em 30/08/2006. Cristiane da Silva F. Corrêa – Secretária Geral.
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 30 de agosto de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:
Requerente: Waldir Gatolin - Requerido: Martinez Calçados e Confecções Ltda. - Rua do Oratório, 64 - 01ª Vara de Falências Requerente: Transit do Brasil Ltda.
- Requerido: AC Comércio Confecções e Ser Para Dança Ltda. - Rua Agostinho Gomes, 1.537 - 02ª Vara de Falências Requerente: Comércio de Tecidos
Quer falar com 26.000 empresários de uma só vez?
Silva Santos Ltda. - Requerido: Confecções Tio Armando Ltda. - Rua Travessa Abreu Júnior, 12 - 02ª Vara de Falências RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Requerente: Max Fer Comercial Ltda. - Requerido: Max Fer Comercial Ltda. - Rua Brigadeiro Tobias, 577 – 10º andar - 02ª Vara de Falências
Publicidade Comercial - 3244-3344 Publicidade Legal - 3244-3643
BRASIL CONVENÇÕES S.A. CNPJ (MF) N° 03.191.964/0001-52 - NIRE.35.300.171.314 Ata da Reunião do Conselho de Administração realizada em 10 de março de 2006 Data, Hora e Local: 10 de Março de 2006, às 14:00 horas, na sede social da Companhia a Rua Teixeira da Silva, nº 433, na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo. Quorum de Instalação: Presente a totalidade dos membros do Conselho de Administração, a saber: Presidente, Ricardo Lerner e Conselheiros: Jairo Siqueira de Azevedo, João Ferreira Gomes e José Paschoal Costantini. Composição da Mesa Diretora dos Trabalhos: Sr. Ricardo Lerner, Presidente da Reunião e Sr. João Ferreira Gomes, Secretário da Reunião. Convocação: Os Srs. Conselheiros Administrativos foram convocados pelo Presidente do Conselho de Administração, Sr. Ricardo Lerner, em conformidade com o Artigo 14º, parágrafo 2º, dos Estatutos Sociais. Ordem do Dia: A) De acordo com o Artigo 15º, letra “L” dos Estatutos Sociais, autorizar e emitir Parecer, à venda do terreno de propriedade da Brasil Convenções S/A., situado à Avenida Queiroz Filho 1.650 / 1.700, Vila Leopoldina, Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, para posterior apreciação da Assembléia Geral Extraordinária de Acionistas. B) Assuntos implícitos ou decorrentes. Deliberações: Item “A” – Parecer do Conselho de Administração: Os membros, infra-assinados, em cumprimento ao que estabelece o Artigo 15º, letra “L”, dos Estatutos Sociais, aprovaram por unanimidade, em reunião realizada em 10 de Março de 2006, pelo preço mínimo de R$ 23.000.000,00 (vinte e três milhões de reais), a autorização para a venda do terreno de propriedade da Brasil Convenções S/A., situado à Avenida Queiroz Filho, 1.650 / 1.700, Vila Leopoldina, Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo. A decisão é fundamentada levando-se em consideração pesquisas no mercado imobiliário elaborada minuciosamente pelo acionista Sr. Eliseu da Purificação Neto da empresa Eliever Empreendimentos Ltda., cuja incumbência foi deliberada na Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 23 de Junho de 2005, devidamente registrada e arquivada na Junta Comercial do Estado de São Paulo sob o nº 105.039/06-8 em sessão de 18 de Abril de 2006. São Paulo, 10 de Março de 2006. (aa) Ricardo Lerner, Presidente do Conselho de Administração e Conselheiros Administrativos: Jairo Siqueira de Azevedo, João Ferreira Gomes e José Paschoal Costantini. Item “B” – O Parecer Favorável emitido pelo Conselho de Administração, através da aprovação unânime acima deliberada, será submetido à apreciação dos Senhores Acionistas da Brasil Convenções S/A., em Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária a realizar-se em 18 de Maio de 2006, às15 horas, na sede social da Companhia. Observações Finais: 1) Deliberações aprovadas por unanimidade de votos. 2) Ata lavrada pelo sumário dos fatos ocorridos e das decisões tomadas. Encerramento: Ata lavrada, lida, aprovada e assinada para o necessário registro e arquivamento na Junta Comercial do Estado de S. Paulo, e posterior publicação na forma da lei. S. Paulo, 10 de Março de 2006. (aa) Ricardo Lerner: Presidente da Reunião e João Ferreira Gomes: Secretário da Reunião. Conselho de Administração: Presidente, Ricardo Lerner e Conselheiros: Jairo Siqueira de Azevedo, João Ferreira Gomes e José Paschoal Costantini. Esta ata é cópia fiel do original lavrado em livro próprio em poder da sociedade. Ricardo Lerner - Presidente da Reunião. Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob o número 208.155/06-5, em 10 de agosto de 2006. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
Finanças Empresas Nacional Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
FÁBRICA DO PARANÁ PODE PARAR
3
2,43
por cento é a taxa acumulada pelo IGP-M nos últimos 12 meses, de acordo com a FGV.
O MINISTRO DO TRABALHO, LUIZ MARINHO, DISSE QUE NÃO HÁ MUITO O QUE FAZER PELOS TRABALHADORES
VOLKS: GREVE VAI CONTINUAR
O
Fotos: Ernesto Rodrigues/AE
Sindicalistas estão em greve desde que foi anunciada a demissão de 1,8 mil trabalhadores da Volks
IGP-M apura inflação de 0,37%
A
variação do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), utilizado para o cálculo de reajuste de aluguel e preços administrados, dobrou de julho para agosto. O indicador, divulgado ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), teve alta de 0,37%, contra 0,18% em julho. De acordo com o coordenador de análises econômicas da FGV, Salomão Quadros, o resultado foi causado por altas tanto no indicador do atacado, quanto do varejo.
O Índice de Preços no Atacado (IPA) registrou alta de 0,46% neste mês, valor bem superior aos 0,21% apurados em julho. "Houve alta generalizada em todos os setores do atacado", disse Quadros. Os bens finais, que fazem parte do IPA, avançaram para 0,58% depois de ter registrado incremento de 0,39% em julho. O índice referente ao grupo bens intermediários variou 0,32%, contra queda de 0,04% no mês anterior. Somente o subgrupo materiais e compo-
nentes para a construção foi responsável por um acréscimo de 0,09 ponto percentual. Varejo – Já a inflação do varejo, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), registrou em agosto alta de 0,13%, uma reversão do comportamento de julho, quando re c u o u 0 , 0 8 % . O i m p u l s o veio, principalmente, do grupo alimentação que avançou 1,15 pontos percentuais, passando de -0,48% em julho para 0,67% em agosto. Fernanda Pressinott
ministro do Traba- tou: "É óbvio que o governo Sindical (SDS) decidiram se solho, Luiz Marinho, não olha com bons olhos o fe- lidarizar com os funcionários admitiu ontem que chamento de uma unidade, so- da Volks em São Bernardo do Campo que estão em greve o governo não tem bretudo de São Bernardo". Sobre a decisão do Banco desde ontem, após a entrega de muito a fazer a respeito das demissões de trabalhadores na Nacional de Desenvolvimento cartas de demissão pela monVolkswagen. Em declarações Econômico e Social (BNDES) tadora a 1,8 mil trabalhadores. repassadas por sua assessoria de suspender o empréstimo de Os sindicalistas se reunirão de imprensa, o ministro se R$ 497,1 milhões que havia si- hoje, às 14h15, em assembléia prontificou a mediar o enten- do assinado com a montadora, do Sindicato dos Metalúrgicos dimento, caso funcionários e Dilma ressaltou que a linha de do ABC, filiado à Central Únifinanciamento solicitada pela ca dos Trabalhadores (CUT). direção da Volks aceitem. "Mostraremos que todas as A ministra-chefe da Casa Ci- Volkswagen tinha como objevil, Dilma Roussef, disse que a tivo a expansão de algumas li- centrais sindicais estão com os metalúrgicos do diretoria da ABC e, ao mesmo Volkswagen não tempo, posicioavisou o governo, nar a Volks da nena reunião da últicessidade de hama segunda-feiver responsabilira, no Palácio do dade social com Planalto, que deos empregos", mitiria no dia sedisse o presidenguinte 1,8 mil funte interino da Forcionários da fábriça Sindical, João ca de São BernarCarlos Gonçaldo do Campo, em ves, o Juruna. São Paulo. "Eu Ele explicou não sei quanto aos que os sindicaliso u t r o s ( m i n i stas farão uma detros), mas eu não monstração púsabia. Eu não esta- Centrais sindicais irão participar de assembléia hoje blica de que os va aqui (em Brasília), no dia das demissões, esta- nhas de produção da empresa, metalúrgicos do ABC "não são va em São Paulo", disse ela. inclusive em São Bernardo, intransigentes e estão no caA ministra afirmou que a que é onde agora estão aconte- minho correto da negociação". Volks não deu uma posição de- cendo os cortes. "É absoluta- "Vamos estudar uma proposta finitiva ao governo sobre se vai mente estranho que a gente fi- articulada entre sindicatos e, ou não fechar a fábrica de São nancie algo sem base mate- assim, envolver as nossas baBernardo. "Eles disseram que rial", disse, afirmando que o s e s , o n d e h á f á b r i c a s d a estão avaliando. Na medida próprio contrato do financia- Volks", ameaçou Juruna, ao inem que eles estão avaliando, mento contém cláusulas que dicar tratativas entre os metanós aguardamos." permitem que ele seja revisto. lúrgicos do ABC e da região de Ela também disse que o goA po i o – Os dirigentes da Curitiba, ligados à Força Sinverno é favorável a um enten- Força Sindical, Confederação dical, que podem deflagrar dimento entre a Volkswagen e G e r a l d o s Tr a b a l h a d o re s uma greve na fábrica de São os trabalhadores. Mas ressal- (CGT) e Social Democracia José dos Pinhais (PR). (AE)
4
Finanças Empresas Nacional Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
GOVERNO ESPERA MAIOR OFERTA DE BIODIESEL
MP sobre desoneraração da indústria de semicondutores ainda não tem data definida.
SOBRE A MISTURA DO DIESEL, LULA DISSE QUE NÃO VAI COLOCAR "O CARRO ADIANTE DOS BOIS"
CAUTELA NA ADIÇÃO DO BIODIESEL
O
governo vai esperar uma oferta maior de biodiesel e a consolidação da cadeia produtiva antes de antecipar a meta de adição obrigatória de 5% do produto no diesel convencional. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que "não se deixará levar pela empolgação nem colocará o carro adiante dos bois", pois é preciso garantir primeiro a oferta. "Mais importante que antecipar metas e planejar mercado é consolidar a cadeia produtiva", afirmou Lula durante o 1º Encontro Nacional de Biocombustíveis organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). As metas originais, previstas em lei, são de adição obrigatória de 2% de biodiesel no diesel a partir de 2008 e de 5% a partir de 2013, mas esta última deverá ser antecipada, como já admitiu o governo anteriormente. Mais cedo, no mesmo evento, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que cen-
traliza o programa, afirmou que a cautela do governo se deve ao receio de se repetir o erro do etanol, lembrando problemas com oferta de álcool combustível nos últimos anos. "Temos que ter segurança que vai ter suprimento", disse ela. A principal dúvida no setor é sobre em quantos anos a meta de B5 (mistura de 5%) seria antecipada. A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizou até o momento quatro leilões de compra de biodiesel, para ser repassado a refinarias e distribuidores, com volume total de 840 milhões de litros. Inicialmente, o volume seria suficiente para atender a demanda de 2008, mas algumas empresas anteciparam a adição do combustível alternativo no diesel, que já está sendo comercializado neste ano, o que levará a ANP a fazer novas compras no mercado para garantir o abastecimento. Segundo Dilma, o governo vai economizar US$ 160 milhões até 2008 com a redução
da necessidade de importação de diesel. A ministra reafirmou a estratégia do governo de estimular a produção do combustível alternativo e disse que estão definidos R$ 355 milhões para investimentos em pesquisa e desenvolvimento de biocombustíveis entre 2006 e 2008. "Vamos estimular as pesquisas porque somos líderes em etanol e queremos ser líderes no biodiesel. O governo está investindo pesado para consolidar essa liderança", disse a ministra. Lula afirmou que elegeu o biodiesel como "paixão governamental" e destacou a necessidade de diversificação da matriz energética, criticando a crise do apagão no governo Fernando Henrique Cardoso. "Foram 20 anos em que a economia brasileira se arrastou como xaxado, arrastava só o pé para não gastar energia. E só veio a aparecer em 2001 quando o país potente, vendido no exterior com galhardia, foi vítima do apagão, que quase ninguém esperava", disse Lula. (Reuters)
Telefone: aprovada a portabilidade
O
s usuários de telefones fixos e celulares vão poder, a partir de 2008, migrar para outras prestadoras de serviços, dentro dos códigos de suas áreas, mantendo o mesmo número de telefone, possibilidade chamada de "portabilidade do número". A medida foi anunciada ontem pelo conselheiro Pedro Jaime Ziller, da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Ao anunciar a medida, ele informou que a portabilidade, que já existe em diversos países, melhora a competição entre as operadoras de telefonia e a qualidade dos serviços, pois as empresas se preocupam
mais em manter o cliente. O custo da transferência do número para outra operadora deverá ser baixo, estimou o conselheiro, para gerar interesse. Outro detalhe, segundo ele, é que o usuário do telefone não ficará livre de pagar contas eventualmente em atraso, conforme o contrato com a telefônica que o servia. Apenas ao transferir o número para outra empresa e uma vez iniciado o serviço é que a conta será paga a essa nova operadora. A Anatel vai colocar o Regulamento Geral de Portabilidade em consulta pública durante 45 dias, a partir do dia 4 de setembro próximo, devendo
ser aprovado até 15 de dezembro. No início de 2007 deverão ser cumpridas diversas etapas, como adaptação de sistemas e de equipamentos, trabalho que durará cerca de um ano, estima o conselheiro. A implantação da portabilidade de número dentro de um município ocorrerá no limite da área do DDD (número de Discagem Direta à Distância) de acesso ao cliente. Em meados de 2008, estima a Anatel, as mudanças para outras operadoras com a manutenção do mesmo número ocorrerá nas grandes cidades, inicialmente, e, ao final de 2008, nas cidades menores do País. (ABr)
Roosewelt Pinheiro/ABr
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que governo não quer repetir erros do passado
Orçamento para 2007 prevê aumento de impostos
A
proposta orçamentária para 2007, que será encaminhada hoje ao Congresso, prevê novo aumento da carga tributária federal. Nela, o governo estima que a arrecadação administrada pela Receita Federal será de R$ 400,3 bilhões, ou 17,33% do Produto Interno Bruto (PIB). Para 2006, a projeção é que fique em R$ 362,1 bilhões, ou 17,23% do PIB. O crescimento nominal será de 10,46%. A receita total da União para 2007 – que inclui o INSS , todos os demais tributos arrecadados por outros órgãos públicos, os royalties, dividendos e concessões – atingirá R$ 602 bilhões, 9,6% maior que o previs-
BALANÇO
to para este ano, R$ 549,3 bilhões. As despesas são estimadas em R$ 602 bilhões. Previdência – O déficit da Previdência terá forte expansão em 2007, segundo a proposta orçamentária, por causa do aumento de 16,6% no salário mínimo neste ano e do novo reajuste do mínimo em maio de 2007, que deverá ficar em torno de R$ 380. O déficit da Previdência passará de R$ 41 bilhões neste ano para R$ 46,4 bilhões, ou seja, expansão de 13,2%. Essa elevação ocorrerá mesmo com forte aumento das receitas e melhoria na gestão das contas previdenciárias. Como as transferências para estados e municípios ficarão
em R$ 101,8 bilhões em 2007, a receita líquida da União projetada na proposta orçamentária é de R$ 500,2 bilhões. A meta de superávit primário do setor público no próximo ano foi mantida em 4,25% do PIB. Com a manutenção do superávit, o governo espera amenizar as críticas ao fato de a proposta não reduzir despesas correntes primárias (não incluem investimentos e pagamento dos juros das dívidas públicas) em 0,1% do PIB em relação às deste ano, como estava previsto no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A proposta prevê forte expansão dos investimentos em 2007, projetados em R$ 17 bilhões. (AE)
COMUNICADOS
BANCO DE LA NACIÓN ARGENTINA (SUCURSAL BRASIL) CNPJ nº 33.042.151/0001-61 Balanços Patrimoniais em 30 de Junho de 2006 e 2005 (Em milhares de reais) Demonstrações de Resultados - Semestres Demonstrações das Origens eAplicações de Recursos - Semestres Findos em 30 de Junho de 2006 e 2005 (Em milhares de reais) Findos em 30 de Junho de 2006 e 2005(Em milhares de reais) 2006 2005 Ativo 2006 2005 Passivo e Patrimônio Líquido 2006 2005 2006 2005 34.087 23.406 Ativo Circulante 60.090 37.768 Passivo Circulante 2.625 970 Origens dos Recursos 5.501 1.539 Receitas da Intermediação Financeira Disponibilidades 7.741 1.437 Depósitos 27.884 7.462 Depósitos à vista 4.381 490 Aplicações Interfinaceiras de Liquidez 17.163 453 Operações de crédito 1.411 817 Variação nos Resultados de Exercícios Futuros 1 (1) Depósitos a prazo 1.120 1.049 Aplicações em operações compromissadas 12.901 200 Rendas de aplicações interfinanceiras de liquidez 956 – Recursos de Terceiros Originários de: 27.883 7.463 39 15 Aplicações em depósitos interfinanceiros – 253 Relações Interfinanceiras Resultado de títulos e valores mobiliários 258 153 Aumento dos Subgrupos do Passivo 4.904 2.528 Recebimentos e pagamentos a liquidar 39 15 Despesas da Intermediação Financeira Aplicações em moeda estrangeira 4.262 – (1.610) (984) Depósitos 3.088 328 2.150 652 Títulos e Valores Mobiliários – 3.353 Relações Interdependências Operações de captação no mercado (98) (66) Obrigações por empréstimos e repasses – 1.909 Recursos em trânsito de terceiros 2.141 652 Carteira Própria – 3.353 Operações de empréstimos, cessões e repasses (841) (387) Relações interfinanceiras e interdependências 1.581 95 Transferências Internas de Recursos 9 – Relações Interfinanceiras 299 283 Provisão para créditos de liquidação duvidosa (442) (224) Outras obrigações 235 196 18.861 Pagamentos e recebimentos a liquidar 4 26 Obrigações por Empréstimos e Repasses 23.962 Resultado de câmbio (229) (307) Redução dos Subgrupos doAtivo 22.979 4.935 Empréstimos no exterior 23.962 18.861 Resultado Bruto da Intermediação Financeira 1.015 Depósitos no Banco Central 295 257 (14) Aplicações interfinanceiras de liquidez – (302) 2.435 2.339 Operações de Crédito 22.911 17.839 Outras Obrigações (2.344) (2.066) Títulos e valores mobiliários 13.663 – Carteira de câmbio 309 162 Outras Receitas (Despesas) Operacionais Operações de crédito- setor privado 23.681 18.613 Receitas de prestação de serviços 24 27 Relações interfinanceiras e interdependências 16 – Fiscais e previdenciárias 1.679 1.731 (Provisão para créditos de liquidação duvidosa) (770) (774) Despesas de pessoal (1.516) (1.380) Diversas 447 446 Outros Créditos 11.966 14.389 Operações de crédito 7.354 5.237 Outras despesas administrativas (930) (644) Outros créditos 44.093 32.583 Carteira de câmbio 11.006 13.714 Patrimônio Líquido 1.946 – Despesas tributárias (164) (103) Capital: Rendas a receber – 2 Aplicações dos Recursos 23.664 11.168 Outras receitas operacionais 255 55 De domiciliados no exterior 36.858 24.213 Diversos 960 673 PrejuizoAjustado do Período 1.047 1.936 Outras despesas operacionais (13) (21) Reservas de capital 122 – Outros Valores e Bens 10 14 Prejuízo do semestre 1.189 2.116 (1.329) (2.080) Reserva de reavaliação 14.185 14.265 Resultado Operacional Despesas antecipadas 10 14 140 (36) Ajustes ao prejuízo: Reserva para contigências 523 523 Resultado não operacional Ativo Permanente 18.090 18.221 Depreciação e amortização (142) (180) Lucros ou prejuízos acumulados (7.595) (6.418) Prejuízo do Semestre Investimentos 238 115 (1.189) (2.116) Inversões em – 38 Outros investimentos 238 115 (1) Os adiantamentos s/contrato de câmbio estão classificados como re- Imobilizado de uso – 38 Imobilizado de Uso 17.852 18.082 dução de outras obrigações. (2) Referente a rendas a receber de adiantaRedução dos Subgrupos do Passivo 8.807 – Imóveis de uso 24.478 24.478 mento concedido e títulos e créditos a receber. b) Classificação das Ope- Obrigações por operações compromissadas 1.201 – Outras imobilizações de uso 1.513 1.482 rações nos Níveis de Risco: (Depreciações acumuladas) (8.139) (7.878) Obrigações por empréstimos e repasses 7.606 – Provisão p/Créditos Diferido – 24 Aumento dos Subgrupos doAtivo 13.810 9.194 Total das Operações de Liq. Duvidosa Nível de Risco Gastos com organização e expansão – 24 Aplicações interfinanceiras de liquidez 13.807 – 32.504 – Títulos e valores mobiliários Total 78.180 55.989 Total 78.180 55.989 AA – 275 A 296 1 – 4.647 Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido (Em milhares de reais) B – – Operações de crédito – 4.261 Capital Reservas Reservas de Reservas para Lucros C 319 10 Outros créditos Outros valores e bens 3 11 Social de Capital Reavaliação Contingências Acumulados Total D 77 7 Saldos em 1º de Janeiro de 2006 36.858 – 14.243 523 (6.477) 45.147 E 4.220 (3.706) 822 247 Redução (Aumento) das Disponibilidades Reservas de atualização de títulos – 122 – – – 122 F 2 1 Modificações na Posição Financeira Realização de reserva especial – – (57) – 70 13 G – – Disponibilidades: Prejuízo do semestre – – – – (1.189) (1.189) H 504 504 Início do período 3.521 5.143 Saldos em 30 de Junho de 2006 36.858 122 14.186 523 (7.596) 44.093 Total 34.524 771 Fim do período 7.741 1.437 Mutações do Período – 122 (57) – (1.119) (1.054) c) Distribuição das Operações porAtividade Econômica: Redução (Aumento) das Disponibilidades 4.220 (3.706) Saldos em 1º de Janeiro de 2005 24.213 – 14.312 523 (4.372) 34.676 Atividade Econômica Total das Operações Realização de reserva especial – – (47) – 70 23 Indústria 33.027 de uso no exercício de 2004, com base em laudo emitido por peritos avaPrejuízo do semestre – – – – (2.116) (2.116) Comércio 1.235 liadores credenciados, aprovados pela Diretoria.Areavaliação foi registraSaldos em 30 de Junho de 2005 24.213 – 14.265 523 (6.418) 32.583 Outros serviços 15 da na forma requerida pela Circular BACEN 2.824/98. 10. Garantias Mutações do Período – – (47) – (2.046) (2.093) Pessoas físicas 247 Prestadas: As garantias por fianças e avais prestados montam em R$ Total 34.524 4.995 mil, em 30/jun/06 (em 30/jun/05 foram R$ 3.575 mil). 11. Contas de Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis de 30 de Junho de 2006 e 2005 (Em milhares de reais) 1. Contexto Operacional: O Banco é uma filial do Banco de la NaciónAr- quando então são baixadas contra provisão existente e controladas por 5. Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa: A provisão para Compensação: O Banco manteve em sua contabilidade, dentre outras, gentina, Instituição Oficial da República Argentina, autorizada a funcionar até cinco anos, em contas de compensação, não mais figurando no balan- créditos de liquidação duvidosa é fundamentada na classificação das ope- as contas de compensação relativas à carteira de câmbio, cujos saldos no Brasil, de acordo com o Decreto nº 46.186, de 11 de junho de 1959. 2. ço patrimonial. As renegociações de operações de crédito, que já haviam rações em aberto e constituída em montantes considerados necessários são os seguintes: 2006 2005 Apresentação das Demonstrações Contábeis: As demonstrações fo- sido baixadas contra provisão e que estavam em contas de compensa- para cobrir prováveis perdas na realização dos créditos, segundo as nor- Descrição ram elaboradas em observância aos princípios contábeis e de acordo ção, são classificadas como nível “G” e os eventuais ganhos provenientes mas estabelecidas pelo Banco Central do Brasil (Resoluções nºs 2.682/99 Responsabilidade por créditos abertos p/importação 3.871 2.388 com as normas estabelecidas pelo Banco Central do Brasil, apresenta- de renegociação somente são reconhecidos quando efetivamente recebi- e 2.974/00). 6. Obrigações em Moeda Estrangeira: Representam recur- Responsabilidades por créditos abertos 363 370 das conforme nomenclatura e classificação prevista no Plano Contábil dos. d) Ativo Imobilizado: O ativo imobilizado está registrado a custo de sos captados junto a Bancos do Exterior acrescidos dos respectivos en- p/exportação confirmados das Instituições do Sistema Financeiro Nacional - COSIF. 3. Principais aquisição, acrescido de correção monetária até 31 de dezembro de 1995. cargos financeiros contratuais, incorridos até 30/jun/06 e da atualização 12. Limites Operacionais: De acordo com Resolução nº 2.099/94 do Critérios Contábeis: a) Apuração do Resultado: As receitas e despe- Adepreciação do custo corrigido monetariamente é calculada pelo méto- monetária em decorrência da variação da taxa cambial. Saldos das opera- BACEN é exigida a manutenção de patrimônio líquido mínimo, correspondente a 11% do montante das operações ativas ponderadas por graus de sas são apropriadas pelo regime de competência mensal. Os valores su- do linear, pelas taxas anuais de: Imóveis - 4%; Veículos e Equipamentos ções no período: R$ Mil US$ Mil risco, que variam de 0% a 300%. O Banco, em 30 de junho de 2006, atingiu jeitos à variação monetária ou cambial são atualizados até a última varia- de Processamento de Dados - 20% e Sistemas de Comunicação e Mó- Data 30/jun/2006 23.962 11.076 veis e Utensílios 10%. 4. Composição da Carteira de Operações de o índice de 67,62%. 13. Contingências Fiscais: As ações e processos ção ocorrida no período. b) Aplicações Interfinanceiras de Liquidez e Crédito: a) Distribuição das Operações por Faixa de Vencimento: 30/jun/2005 18.861 8.027 judiciais ou administrativos movidos contra o Banco de la Nación ArgentiTítulos e Valores Mobiliários: Títulos e valores mobiliários para os quais Até Acima de 7. Outras Obrigações Diversas: 2006 2005 na (filial Brasil), informados pela Assessoria Legal da Instituição, pendenhá intenção e capacidade financeira para manter até o vencimento são Operações de Crédito 360 Dias 360 Dias Total Provisão p/pagamentos a efetuar 376 351 tes de solução e existentes em 30/06/2006, estão estimados no total de contabilizados pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos au- Empréstimos e títulos descontados 5.606 1.299 6.905 Provisão p/passivos contingentes 69 69 R$ 91 mil, a saber: a) Ações, reclamações trabalhistas: R$ 64 mil. feridos. Os instrumentos financeiros são registrados pelo valor de merca- Financiamentos em moeda estrangeira 15.385 1.392 16.777 Credores diversos país 2 1 b) Ações, processos judiciais, administrativos e fiscais: R$ 27 mil. do com ganhos e as perdas realizadas e não realizadas, reconhecidos di- Provisões p/operações de crédito (247) (524) (771) 8. Capital Social: As instituições financeiras estrangeiras devem registrar Diretoria retamente no resultado. c) Operações de Crédito: As operações de cré- Adiantamentos s/contrato de câmbio (1) 10.606 – 10.606 o capital estrangeiro investido e os lucros capitalizados no Banco Central dito nas suas diversas modalidades estão registradas a valor presente, in- Rendas a receber (2) 236 – 236 do Brasil, para que possam remeter dividendos sobre esse capital ao exteEduardo Casado corporando os rendimentos auferidos até a data do balanço, quando pós- Subtotal 31.586 2.167 33.753 rior, bem como para repatriação de capital. O Banco tem investimentos reDiretor fixados, e líquido das rendas a apropriar, em razão da fluência dos prazos Avais e fianças 4.905 90 4.995 gistrados em capital estrangeiro no valor de US$ 20.714 mil. O capital soJorge Luiz do Espírito Santo das operações, quando prefixadas. As operações em atraso classifica- Total em 30/jun/06 36.491 2.257 38.748 cial do Banco de la Nación Argentina no Brasil monta R$ 36.858 mil. Contador das no nível “H” permanecem nesta classificação por seis meses, Total em 30/jun/05 3.443 32 3.575 9. Reavaliação de Imóveis: O Banco procedeu à reavaliação de imóveis CRC 1RJ067.982/T-9 Parecer dosAuditores Independentes Aos Administradores do Banco de la Nación Argentina (Sucursal Brasil) - assegurar que as demonstrações contábeis estão apresentadas de maneira referidas no parágrafo “1” representam, adequadamente, em todos os na implantação destes controles, permitindo mais confiabilidade sobre os São Paulo - SP - 1. Examinamos o balanço patrimonial do Banco de la adequada em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos trabalhos aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco de la saldos e informações contábeis. 5. As demonstrações contábeis relativas ao Nación Argentina (Sucursal Brasil), levantado em 30 de junho de 2006, e compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos NaciónArgentina (Sucursal Brasil), em 30 de junho de 2006, o resultado de semestre anterior, findo em 30 de junho de 2005, apresentadas para fins de as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e comparação, foram examinadas por outros auditores independentes, líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes ao semestre sistema contábil e de controles internos da entidade;(b)a constatação, com aplicações de seus recursos, referentes ao semestre findo naquela data, de conforme Parecer sem ressalvas emitido em 27 de julho de 2005. 25 de agosto de 2006 findo naquela data, apresentadas pela legislação societária e elaboradas sob base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. O Banco de la a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das Nación Argentina (Sucursal Brasil) em meados de 2000, iniciou uma expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nossos estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da reestruturação com a implantação de um sistema de informatização cujo Jorge Luiz Calaza Rocha exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis objetivo é a melhoria dos controles internos de suas áreas operacionais. A GlobalAuditores Independentes Contador no Brasil, que requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis administração da Instituição vem obtendo sucesso e avanços significativos CRC - DF nº 000.810/O-S - SP CRC - RJ nº 62.580/O-1- S - SP
PIC 8 MODAS LTDA - EPP, CNPJ 68.121.540/0001-67, IE n.° 113.687.687.113, comunica o extravio das Notas Fiscais modelo 01 do número 451 a 500 em branco. 30-31/08 e 01/09
SM Coutinho Gráfica e Editora Ltda - EPP torna público que recebeu da CETESB a licença de operação nº 30003937 válida até 23/08/2009 para impressos gráficos em geral, sita à praça Manoel de Mesquita nº 14 - Vila Invernada - São Paulo - SP.
CONVOCAÇÕES
AESP - Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo
Edital de Convocação - Assembléia Geral Ordinária Ficam os associados da AESP - Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo, convocados para se reunirem em Assembléia Geral Ordinária, às 10 horas do dia 19 de setembro de 2006, em primeira convocação, ou uma hora após em segunda convocação nos termos de art. 15 do Estatuto Social, na sede da AESP, Rua dos Pinheiros, 498, 9º andar, conj. 92, em São Paulo - SP, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: a) apresentação e discussão sobre o relatório e contas da Diretoria, relativos ao exercício de 2005. Nos termos do Estatuto Social, as filiadas poderão se fazer representar na Assembléia Geral por um diretor, gerente ou procurador, maior de 21 anos e munido de procuração que lhe confira poderes para tomar quaisquer deliberações. As procurações deverão ser entregues na secretaria da AESP, até 24 (vinte e quatro) horas antes da instalação da Assembléia. São Paulo, 30 de agosto de 2006. Edilberto de Paula Ribeiro - Presidente.
Menor preço pelo mesmo espaço, só no DC Maior cobertura pelo menor preço Publicidade Comercial
Publicidade Legal
3244-3344 / 3244-3983
3244-3643 / 3244-3643
Fax 3244-3894
Fax 3244-3123
admdiario@acsp.com.br
publicidade@acsp.com.br
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
ECONOMIA/LEGAIS - 5
ALFASEGURADORAS.A. C.N.P.J. 02.713.529/0001-88
ALAMEDASANTOS, 466 - SÃO PAULO - SP RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas: Em cumprimento às disposições estatutárias, submetemos à apreciação dos Senhores Acionistas as demonstrações financeiras relativas aos semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005, acompanhados do parecer dos auditores independentes. Comentários sobre nossas operações Desconsiderando os efeitos da transferência da carteira de seguros de pessoas para a Alfa Previdência e Vida S.A. ocorrida em março de 2005, e os efeitos da contabilização dos prêmios de riscos vigentes conforme normativo da SUSEP, os prêmios tiveram um crescimento de 7% se comparado com o mesmo período do ano anterior. O índice combinado (sinistros, comissões e outras receitas e despesas operacionais) apresentou uma redução de um patamar de 88% para 80% do prêmio ganho no semestre atual, basicamente em função
da redução significativa no índice de sinistralidade que caiu de 64% para 55%. A melhora desse indicador foi obtida através de uma combinação de uma melhor tarifação e uso de dispositivos de proteção e rastreamento na nossa maior carteira que é a de auto. As despesas administrativas e o resultado financeiro permaneceram em percentuais próximos ao do semestre anterior. O retorno sobre o patrimônio líquido no semestre foi de 28% (taxa anualizada) contra 10% verificada no mesmo período do ano anterior, bem acima de nossas melhores expectativas. Perspectivas e planos futuros Com a economia do País caminhando para a estabilização inflacionária, e também com a queda gradual a taxa de juros, nosso lucro dependerá cada vez mais dos ganhos operacionais. Nesse sentido
BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (EM MILHARES DE REAIS) ATIVO Circulante Disponível Caixa e bancos Aplicações Títulos de renda fixa - Públicos Cotas de fundos de investimentos Outras aplicações Créditos de operações com seguros e resseguros Prêmios a receber Operações com seguradoras Operações com resseguradoras Outros créditos operacionais Provisão para riscos sobre créditos Títulos e créditos a receber Títulos e créditos a receber Créditos tributários e previdenciários Depósitos judiciais e fiscais Outros créditos Provisão para riscos sobre créditos Outros valores e bens Bens à venda Despesas antecipadas Despesas operacionais Despesas administrativas Despesas de comercialização diferidas Despesas de comercialização diferidas - Seguros e resseguros Realizável a longo prazo Aplicações Outras aplicações Títulos e créditos a receber Créditos tributários e previdenciários Depósitos judiciais e fiscais Despesas de comercialização diferidas Despesas de comercialização diferidas - Seguros e resseguros Permanente Investimentos Outros investimentos (IRB) Imobilizado Bens móveis Outras imobilizações Depreciação Diferido Despesas de organização, implantação e instalação Amortizações
PASSIVO 2006 183.512 1.518 1.518 104.508 442 104.044 22 57.950 53.115 1 2.576 2.834 (576) 2.863 48 2.755 37 309 (286) 1.283 1.283 1.486 1.449 37 13.904 13.904 22.567 66 66 22.500 6.460 16.040 1 1 4.809 1.321 1.321 2.848 8.013 26 (5.191) 640 3.944 (3.304) 210.888
2005 138.529 1.056 1.056 82.654 1.419 81.210 25 39.919 36.313 – 2.299 2.366 (1.059) 1.463 44 1.181 – 238 – 1.990 1.990 1.094 1.071 23 10.353 10.353 19.539 66 66 19.472 6.073 13.399 1 1 6.731 1.321 1.321 4.673 7.612 31 (2.970) 737 3.845 (3.108) 164.799
Circulante Contas a pagar Obrigações a pagar Impostos e encargos sociais a recolher Provisões trabalhistas Provisões para impostos e contribuições Outras contas a pagar Débitos de operações com seguros e resseguros Prêmios a restituir Operações com resseguradoras Corretores de seguros e resseguros Outros débitos operacionais Depósitos de terceiros Depósitos de terceiros Provisões técnicas - Seguros e resseguros Ramos elementares e vida em grupo Provisão de prêmios não ganhos Sinistros a liquidar Provisão de sinistros ocorridos mas não avisados Exigível a longo prazo Provisões técnicas - Seguros e resseguros Ramos elementares e vida em grupo Provisão de prêmios não ganhos Outros passivos contingentes Contingências fiscais Contingências trabalhistas Patrimônio líquido Capital social - Nacional Aumento de capital (em aprovação) Reservas de capital Lucros/prejuízos acumulados
2006 145.763 10.469 538 3.112 1.062 3.248 2.509 17.226 38 7.569 2.193 7.426 4.804 4.804 113.264 113.264 83.845 25.296 4.123 19.662 6 6 6 19.656 18.998 658 45.463 42.131 – 66 3.266
2005 114.708 6.955 213 2.746 942 1.258 1.796 13.342 33 6.685 177 6.447 6.573 6.573 87.838 87.838 64.275 20.266 3.297 14.828 26 26 26 14.802 14.376 426 35.263 36.128 6.003 66 (6.934)
210.888
164.799
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (EM MILHARES DE REAIS) Aumento
Reservas
Ajuste com títulos e
Lucros/(prejuízos)
social
de capital
de capital
valores mobiliários
acumulados
Saldos em 31 de dezembro de 2004
36.128
6.003
66
(21)
(8.650)
Ajuste com títulos e valores mobiliários
–
–
–
21
–
21
Lucro líquido do semestre
–
–
–
–
1.716
1.716
Saldos em 30 de junho de 2005
36.128
6.003
66
–
(6.934)
35.263
Saldos em 31 de dezembro de 2005
42.131
–
66
–
(2.021)
40.176
–
–
–
–
5.287
5.287
42.131
–
66
–
3.266
45.463
Saldos em 30 de junho de 2006
Total 33.526
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (EM MILHARES DE REAIS) 1. Contexto operacional A Seguradora é uma empresa do Grupo Alfa, constituída em 26 de agosto de 1998, suas operações atuais objetivam a administração de operações em seguros dos ramos elementares e vida. Com o objetivo de adequar as atividades de previdência às disposições da Lei Complementar nº 109/2001, foi deliberado em Assembléia Geral Extraordinária de 30 de dezembro de 2002, a transferência da atividade de seguros de pessoas e administração de planos de previdência privada da Alfa Seguradora S.A. para Alfa Previdência e Vida S.A.. A referida assembléia foi homologada pela SUSEP em 31 de agosto de 2004 conforme Portaria nº 2.013 publicada no Diário Oficial da União em 03 de setembro de 2004. Nesse novo contexto, durante o exercício de 2004 as atividades de previdência e as novas aceitações de seguros de pessoas foram transferidas para a Alfa Previdência e Vida S.A.. A carteira de seguros de pessoas foi transferida em 1º de março de 2005 (Nota Explicativa nº 13). 2. Apresentação e elaboração das demonstrações financeiras As demonstrações financeiras foram elaboradas em consonância com as práticas contábeis emanadas da legislação societária brasileira, das normas do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e estão sendo apresentadas segundo critérios estabelecidos pelo novo plano de contas instituído pela Circular SUSEP nº 314/05. A Circular SUSEP nº 314/05 introduziu algumas alterações na classificação das contas contábeis e, principalmente, na apresentação das demonstrações das origens e aplicações de recursos. 3. Descrição das principais práticas contábeis a. Apuração do resultado operacional O regime de apuração do resultado é o de competência, e por estimativa para receitas de prêmios nos casos em que o risco vigente e sem emissão das respectivas apólices. Os prêmios de seguros, deduzidos dos prêmios cedidos em co-seguro e resseguro e os respectivos custos de comercialização são registrados quando da emissão das respectivas apólices e notas de seguros e reconhecidos no resultado, em bases lineares, no decorrer do prazo de vigência das apólices, por meio da constituição da provisão de prêmios não ganhos e do diferimento das despesas de comercialização. As operações de co-seguro aceito e de retrocessão são contabilizadas com base nas informações recebidas das congêneres e do IRB Brasil Resseguros S.A., respectivamente. b. Estimativas As estimativas contábeis basearam-se em elementos objetivos e fatores subjetivos, fundamentados no julgamento da Administração para determinação do valor adequado a ser registrado nas demonstrações financeiras. Itens significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem as provisões para ajuste dos ativos ao valor de realização, as provisões para contingências, as provisões para sinistros a liquidar, as provisões técnicas calculadas atuarialmente e as receitas de prêmios com conhecimento de risco após o decurso do período de cobertura. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores divergentes em razão de imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A Administração revisa as estimativas e premissas pelo menos semestralmente. c. Aplicações financeiras Os títulos são classificados segundo a intenção da Administração em mantê-los até o seu vencimento ou negociá-los antes dessa data. Os títulos a serem mantidos até o vencimento são valorizados pelo valor investido, acrescidos dos rendimentos incorridos. Os títulos sujeitos à negociação antes de seu vencimento têm o seu valor contábil ajustado ao valor de mercado. O ajuste ao valor de mercado, para mais ou para menos, é reconhecido no resultado do período (títulos classificados na categoria para “Negociação”) ou em conta específica do patrimônio líquido (títulos classificados na categoria “Disponíveis para venda”). d. Prêmios de seguros fracionados Estão reduzidos dos juros a apropriar, que são calculados pelo valor presente das parcelas vincendas, com base nos juros contratados quando da emissão da apólice. Os juros apropriados ao resultado estão registrados na rubrica “Receitas financeiras”. e. Provisão para riscos sobre créditos A Seguradora adota como política o provisionamento do montante equivalente às apólices com prêmios vencidos e não pagos acima de 60 dias, descontados os efeitos de valores que serão pagos ou recebidos caso o recebimento das apólices venha a se realizar. f. Permanente Demonstrado ao custo de aquisição, combinando com os seguintes aspectos: • Imobilizado - Depreciado pelo método linear, com base na vida útil estimada dos bens, às seguintes taxas anuais: móveis e utensílios 10%; equipamentos e veículos 20% e equipamento dispositivo de rastreamento de veículos 33,33% (depreciação acelerada). • Diferido - Refere-se ao desenvolvimento de sistemas de processamento de dados e benfeitorias em imóveis de terceiros, e está sendo amortizado pelo método linear, à taxa de 20% ao ano. Composição do ativo diferido 2006 2005 Benfeitorias em imóveis de terceiros 864 864 Sistemas de computação 3.080 2.981 3.944 3.845 Amortização acumulada (3.304) (3.108) Total 640 737 g. Encargos/créditos tributários São apurados com base nas seguintes alíquotas aplicadas sobre as respectivas bases de cálculo de cada encargo: • Imposto de renda: 15% mais adicional de 10% do lucro tributável excedente a R$ 20 mil por mês • Contribuição social: 9% • PIS: 0,65% • COFINS: 4% Os créditos tributários sobre prejuízo fiscal do imposto de renda, base negativa da contribuição social e diferenças temporárias entre o resultado fiscal e o contábil são calculados com base nas alíquotas vigentes. h. Provisões técnicas As provisões técnicas foram constituídas de acordo com os critérios determinados pela Resolução CNSP nº 120/2004. A provisão de prêmios não ganhos é constituída pela parcela dos prêmios emitidos retidos de seguros correspondentes aos períodos de riscos não decorridos dos contratos de seguros. A provisão de prêmios não ganhos para riscos vigentes, mas não emitidos, foi contabilizada no passivo no montante de R$ 11.959 e no grupo de contas de compensação no montante de R$ 6.371 em 2005. A Provisão para Insuficiência de Prêmios (PIP) é calculada atuarialmente, de acordo com metodologia própria submetida à SUSEP, que verifica se o saldo da PPNG é suficiente ou não para cobrir os sinistros e despesas administrativas a ocorrer referentes aos riscos vigentes nas datas-base. Nos semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005, os cálculos demonstraram não haver necessidade de constituição da PIP. A provisão de prêmios não ganhos relativa às operações de retrocessão é constituída com base em informações recebidas do IRB Brasil Resseguros S.A.. A provisão de sinistros a liquidar é constituída por estimativa de pagamentos prováveis, líquidos de recuperações, determinada com base nos avisos de sinistros recebidos até a data do balanço e atualizada monetariamente quando cabível. A provisão para sinistros ocorridos mas não avisados foi apurada com base no histórico de sinistros avisados até a data do balanço, conforme conceitos atuariais determinados por atuário registrado no Instituto Brasileiro de Atuária. Em 30 de junho de 2006, a provisão relativa às operações de aceitação direta e co-seguro aceito totaliza R$ 4.117 (R$ 3.285 em 2005), e a relativa às operações de retrocessão, registrada com base em informações recebidas do IRB, totaliza R$ 6 (R$ 12 em 2005). i. Contingências As contingências ativas e passivas são feitas avaliações individualizadas das probabilidades de êxito e perda, por parte das assessorias jurídicas interna e externa. Eventuais contingências ativas somente são reconhecidas quando a realização é considerada líquida e certa, já as passivas são provisionadas quando a probabilidade de perda é avaliada como sendo provável, e se possa mensurar com razoável segurança, conforme critérios estabelecidos no pronunciamento técnico NPC nº 22 do IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil e cartas-circulares SUSEP/DECON/GAB nºs 13, 15 e 17/06. j. Mudança de prática contábil - Riscos vigentes e não emitidos A partir de 1º de janeiro de 2006, as receitas de prêmios, e correspondentes despesas de comercialização, relativas a riscos vigentes e ainda sem emissão das respectivas apólices, passaram a ser reconhecidas no resultado no período de início da cobertura, em bases estimadas. Até 31 de dezembro de 2005, essas estimativas contemplavam somente as operações de seguros de vida e transporte. O efeito dessa alteração foi um aumento das receitas com prêmios diretos em R$ 12.478, das despesas de comercialização em R$ 2.073, das variações das provisões técnicas e das despesas de comercialização diferidas em R$ 11.958 e R$ 1.986, respectivamente, gerando um aumento do lucro do primeiro semestre de 2006, antes de impostos e participações de R$ 433. 4. Aplicações Composição e classificação das aplicações 2006 2005 Títulos para negociação Cotas de fundos de investimentos exclusivos - Renda fixa (i) (iii) 94.169 74.795 Cotas de fundos de investimentos abertos - Renda fixa (i) 9.875 6.415 Letras financeiras do tesouro (ii) 442 383 Letras do tesouro nacional – 1.036 Outras aplicações Retenções - IRB Brasil Resseguros S.A. 22 25 FINAM 66 66 104.574 82.720
A DIRETORIA DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (EM MILHARES DE REAIS, EXCETO O LUCRO LÍQUIDO POR LOTE DE MIL AÇÕES DO CAPITAL SOCIAL) 2006 2005 Prêmios retidos 88.472 66.947 Prêmios de seguros 94.902 74.605 Prêmios diretos 94.901 76.919 Prêmios de co-seguros aceitos 1 – Prêmios transferidos – (2.314) Prêmios de resseguros cedidos (6.430) (7.658) Variações das provisões técnicas (17.274) (579) Prêmios ganhos 71.198 66.368 Sinistros retidos (39.137) (42.147) Sinistros diretos (45.054) (55.030) Sinistros de co-seguro aceito e retrocessão 16 (163) Serviços de assistência (573) (556) Recuperações de sinistros 3.865 9.349 Salvados e ressarcimentos 3.036 4.373 Variação da provisão de sinistros ocorridos mas não avisados (427) (120) Despesas de comercialização (11.628) (10.839) Comissões (16.182) (11.456) Recuperação de comissões 1.461 1.661 Variação das despesas de comercialização diferidas 3.093 (1.044) Outras receitas e despesas operacionais (6.074) (5.422) Outras receitas operacionais 4.431 3.758 Outras despesas operacionais (10.505) (9.180) Despesas administrativas (11.687) (10.946) Despesas com tributos (2.733) (2.168) Resultado financeiro 8.257 7.843 Receitas financeiras 9.923 9.042 Despesas financeiras (1.666) (1.199) Resultado das operações de seguros e previdência complementar 8.196 2.689 Resultado não operacional 2 51 Resultado antes de impostos e participações 8.198 2.740 Imposto de renda (2.034) (674) Contribuição social (755) (258) Participações sobre o resultado (122) (92) Lucro líquido do semestre 5.287 1.716 Quantidade de ações 45.874.000 45.874.000 Lucro líquido por lote de mil ações do capital social - R$ 115,25 37,41 DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (EM MILHARES DE REAIS)
Capital
Lucro líquido do semestre
nossos esforços estão concentrados na busca de ganhos de produtividade, através do investimento em tecnologia, na busca constante do aperfeiçoamento dos processos, sem perder de vista nossos esforços visando o maior equilíbrio do mix de nossa carteira e ao contínuo aperfeiçoamento do processo de aceitação e tarifação de riscos. Agradecemos aos Senhores Acionistas a confiança em nós depositada; aos órgãos reguladores e fiscalizadores do mercado pela orientação; aos nossos funcionários, pelo trabalho e a competência no desempenho de suas funções; e aos nossos corretores e segurados, o prestígio concedido.
(i) Refere-se a aplicações em fundos de investimentos de renda fixa com liquidez diária, que estão ajustadas pela cota do último dia útil do mês de levantamento do balanço, divulgadas pelas instituições financeiras administradoras. (ii) LFT - São títulos pós-fixados valorizados pela taxa SELIC com vencimento em setembro de 2007 e setembro de 2008. (iii) A composição da carteira de aplicações dos fundos de investimentos exclusivos que inclui títulos para negociação está demonstrada a seguir: 2006 2005 Valor de mercado - Contábil Acima Custo VenciAté 360 de atualimento dias 360 dias Total zado Contábil Letras financeiras do tesouro - LFT 2007 – – – – 5.846 Letras financeiras do tesouro - LFT 2008 – – – – 23.338 Letras financeiras do tesouro - LFT 2009 – 73.313 73.313 73.313 – Letras do tesouro nacional - LTN 2005 – – – – 14.413 Letras do tesouro nacional - LTN 2006 – – – – 24.792 Letras do tesouro nacional - LTN 2007 4.669 – 4.669 4.655 – Letras do tesouro nacional - LTN 2008 – 16.198 16.198 16.028 – Notas do tesouro nacional - NTN-B (*) – – – – 6.415 Contas a receber/pagar e tesouraria – (11) – (11) (11) (9) Total 4.658 89.511 94.169 93.985 74.795 (*) Referia-se à operação compromissada. 5. Movimentação de contas patrimoniais a. Provisões técnicas e despesas de comercialização diferidas Apresentamos os saldos das provisões técnicas e despesas de comercialização diferidas: 2006 2005 Despesas Despesas Provisões coml. Provisões coml. Ramo técnicas diferidas técnicas diferidas Automóvel 84.361 10.389 65.806 7.711 R.C.F. - Veículos 23.098 2.166 17.053 1.649 Acidentes pessoais 2.024 257 1.659 203 Compreensivo empresarial 2.283 745 1.833 543 Demais ramos 1.504 348 1.513 248 Total 113.270 13.905 87.864 10.354 6. Imposto de renda e contribuição social a. Crédito tributário Saldo Saldo Natureza do crédito tributário 31/12/05 Adições Baixas 30/06/06 Prejuízo fiscal e base negativa 1.408 – 855 553 Diferenças temporárias 4.606 1.301 – 5.907 6.014 1.301 855 6.460 A manutenção dos créditos tributários está fundamentada em estudos e projeções, preparados pela Administração da Seguradora, que levam em consideração o crescimento e a maturação das suas operações. Nesse contexto, estima-se que a Seguradora permanecerá apresentando lucros tributáveis e, assim, realizará os créditos tributários da contribuição social sobre base negativa ao longo dos próximos exercícios até 2009. A Seguradora iniciou suas operações em maio de 1999, em razão, basicamente, de estar em fase de estruturação da sua carteira e do atendimento às exigências regulamentares referentes à formação de provisões e reservas, não apresentava resultados tributáveis. A partir do exercício de 2003, a Seguradora vem apurando resultados tributáveis. Apresentamos a seguir a apuração do resultado tributável no semestre de 2006. b. Imposto de renda e contribuição social sobre as operações do semestre Imposto de renda Contribuição social 2006 2005 2006 2005 Lucro antes dos impostos e participações 8.198 2.740 8.198 2.740 Participações (122) (92) (122) (92) Lucro antes dos impostos 8.076 2.648 8.076 2.648 Adições/(exclusões) permanentes: Outras 101 95 310 219 Adições/(exclusões) temporárias: Provisão para contingência 2.346 1.863 (27) 150 Provisão para riscos sobre créditos (27) 576 (27) 576 Provisão para pagamento de despesas e outras 2.142 426 2.142 426 Base de cálculo antes das compensações 12.638 5.608 10.474 4.019 Compensação de base 30% (2.290) (1.682) (3.142) (1.206) Base de cálculo dos tributos 10.348 3.926 7.332 2.813 Valores dos tributos às alíquotas de IR e CS 2.575 970 660 253 Imposto a pagar 2.575 970 660 253 Créditos tributários: Sobre prejuízo fiscal e base negativa Constituição (reversão) (573) (420) (282) (109) Sobre diferenças temporárias Constituição (reversão) 1.114 716 187 104 Total registrado no resultado do semestre 2.034 674 755 258 7. Patrimônio líquido a. Capital social O capital social, totalmente subscrito e integralizado, está representado por 45.874.000 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. b. Dividendos Aos acionistas são assegurados dividendos mínimos de 25% sobre o lucro líquido ajustado do exercício, os quais são refletidos nas demonstrações financeiras quando sua distribuição é deliberada pelos acionistas. 8. Detalhamento de contas da demonstração do resultado a. Principais ramos de atuação % Índice de Índice de Prêmios ganhos sinistralidade comissionamento Ramo 2006 2005 2006 2005 2006 2005 Automóveis 56.181 51.329 53,88 64,39 15,26 15,28 RCF - Veículos 10.940 10.257 69,40 70,15 16,29 16,18 Acidentes pessoais 1.281 1.270 13,97 21,26 17,17 17,40 Compreensivo empresarial 1.764 1.603 42,69 60,20 41,95 35,87 Demais ramos 1.032 1.909 33,33 34,78 30,52 28,29 71.198 66.368 54,97 63,51 16,33 16,33 b. Despesas administrativas 2006 2005 Despesas com pessoal próprio e encargos sociais 6.055 5.742 Despesas com serviços de terceiros 1.360 1.354 Despesas com localização e funcionamento 3.177 2.812 Outras 1.095 1.038 11.687 10.946 c. Despesas financeiras 2006 2005 Despesas das aplicações – 21 Despesas com CPMF 359 363 Despesas com operações de seguros 1.212 772 Outras 95 43 1.666 1.199 d. Receitas financeiras 2006 2005 Rendimento das aplicações 7.579 6.898 Receitas com operações de seguros 2.343 2.143 Outras 1 1 9.923 9.042 e. Outras receitas e despesas operacionais 2006 2005 Outras receitas: Receitas com custo de apólice 3.282 3.032 Outras receitas 1.149 726 Total 4.431 3.758 Outras despesas: Despesas com cobrança (275) (231) Despesas com inspeção de risco (834) (693) Despesas com administração de apólice (123) (164) Lucros atribuídos – (68) Despesas com assistência ao segurado (*) (3.972) (3.891) Manutenção e rastreamento de veículos (2.628) (1.076) Outras despesas (2.673) (3.057) Total (10.505) (9.180) Total de outras receitas e despesas operacionais (6.074) (5.422) (*) Serviços terceirizados de Call center, assistência à pane seca, pane elétrica e assemelhados.
Lucro líquido do semestre Depreciações e amortizações Lucro na venda de imobilizado Outros Atividades operacionais Variação das aplicações Variação dos créditos das operações Variação de títulos e créditos a receber Variação de outros valores e bens Variação de despesas antecipadas Variação das despesas de comercialização diferidas Variação das contas a pagar Variação de débitos de operações com seguros e resseguros Variação de depósitos de terceiros Variação de provisões técnicas - Seguros e resseguros Variação de outros passivos contingentes Variação do ajuste de TVM - Patrimônio líquido Caixa líquido gerado nas atividades operacionais Atividades de investimento Recebimento pela venda de ativo permanente Pagamento pela compra de ativo permanente Caixa líquido consumido nas atividades de investimentos Aumento nas disponibilidades Variação nas disponibilidades Disponibilidades no início do semestre Disponibilidades no final do semestre Aumento nas disponibilidades
2006 5.287 1.217 (2) 336
2005 1.716 1.012 (51) –
(12.113) (17.639) (348) 435 (810) (3.094) 935 1.886 836 21.517 2.441 – 884
2.710 (3.443) (2.153) (416) (275) 1.044 522 2.426 1.444 (4.365) 1.905 21 2.097
20 (120) (100) 784
76 (1.933) (1.857) 240
734 1.518 784
816 1.056 240
Os serviços de assistência 24 horas prestados ao segurado, inerentes à ocorrência de sinistro coberto, neste semestre de 2006 no valor de R$ 573 (R$ 556 em 2005), estão classificados no grupo de sinistros como “Serviços de assistência”, conforme informações fornecidas pelo prestador de serviços. f. Receitas e despesas não operacionais Refere-se a resultado na alienação de bens móveis, no montante de R$ 2 (R$ 51 em 2005). 9. Contingências passivas - Demandas judiciais a. A Seguradora, no curso normal de suas atividades, é parte em processos de natureza fiscal, previdenciária, trabalhista e cível. As respectivas provisões foram constituídas levando-se em conta a legislação em vigor, a opinião dos assessores legais, a natureza e complexidade dos processos, o posicionamento dos Tribunais, o histórico de perdas e outros critérios que permitam a sua estimativa da forma mais adequada possível. A Administração considera que as provisões existentes na data dessas demonstrações são suficientes para fazer face aos riscos decorrentes desses processos. Adições Depósito Saldo em Saldo em Judicial em 31/12/2005 Principal Atua lizações Baixas 30/06/2006 30/06/2006 Natureza 1 - Fiscal 16.530 2.373 95 – 18.998 15.975 1.1 - COFINS 13.264 2.019 13 – 15.296 13.900 1.2 - PIS 2.575 328 42 – 2.945 2.075 1.3 - ICMS 404 26 22 – 452 – 1.4 - CPMF 287 – 18 – 305 – 2 - Trabalhista 685 86 43 156 658 – Total 17.215 2.459 138 156 19.656 15.975 Sinistros 5.866 1.162 124 96 7.056 65 Total 23.081 3.621 262 252 26.712 16.040 b. Descrição resumida dos processos COFINS e PIS - Está sendo discutido o alargamento da base de cálculo do COFINS determinado pela Lei nº 9.718/98 e a cobrança do PIS pelas Emendas Constitucionais 01/94, 10/96 e 17/97. Os assessores jurídicos classificam, em 30 de junho de 2006, o processo com chances de perda remota. As ações estão cobertas por depósitos judiciais registradas no realizável a longo prazo. ICMS - A Seguradora através do Sindicato das Seguradoras, Previdência e Capitalização do Estado de São Paulo, está contestando judicialmente a exigibilidade deste tributo sobre a venda de salvado de sinistro. O valor provisionado é suficiente para fazer face ao insucesso da ação judicial. A Administração considera a possibilidade de perda possível. CPMF - A Seguradora vem contestando, judicialmente, a legalidade da CPMF incidente sobre a transferência de carteira de planos previdenciários, conforme determinações contidas na Lei Complementar nº 109, de 10 de maio de 2001. A Administração, com base na opinião de seus consultores jurídicos, considera a probabilidade de perda possível. Ações trabalhistas - As contingências trabalhistas originam-se de ações judiciais movidas por ex-empregados que buscam obter indenizações referentes a pretensos direitos trabalhistas. A Administração realiza acompanhamentos periódicos para cada ação bem como a avaliação por parte de assessoria jurídica sobre os valores envolvidos e probabilidade de perda de causas, sendo: remota no montante provisionado de R$ 73 (2 processos), possível no montante provisionado de R$ 376 (6 processos) e provável no montante provisionado de R$ 209 (4 processos). Ações cíveis - A Seguradora responde a processos de natureza cível, impetradas por segurados, relacionadas, na sua maioria, a reclamações por danos morais oriundas de sinistros que estão sob discussão judicial ou que foram negados pela Seguradora que se encontram em diversas fases de tramitação. Para fazer face a eventuais perdas que possam resultar da resolução desses processos foi constituída provisão, classificada em Sinistros a liquidar e em Outros débitos, no montante de R$ 7.056. De acordo com nossos assessores jurídicos, a classificação da probabilidade de perda é a seguinte: remota no montante reclamado de R$ 3.961 (78 processos), possível no montante reclamado de R$ 13.732 (473 processos) e provável no montante reclamado de R$ 4.203 (102 processos), e com depósitos judiciais no montante de R$ 65 (R$ 76 em 2005) registrado no realizável a longo prazo. 10. Cobertura das reservas técnicas Os valores dos bens e direitos vinculados à SUSEP, em cobertura das reservas técnicas, são os seguintes: 2006 2005 Cotas de Fundo de Investimentos 85.281 79.878 Direitos creditórios por fracionamento: De prêmios (líquidos das parcelas cedidas) 36.432 28.174 121.713 108.052 11. Transações com partes relacionadas As operações com partes relacionadas são realizadas em condições usuais de mercado e as principais operações referem-se à administração da carteira de fundos de investimentos pelo Banco Alfa de Investimentos S.A. e à operação relacionada a serviços de processamento de dados que resultou em uma despesa de R$ 218 (R$ 78 em 2005). 12. Instrumentos financeiros derivativos Em 30 de junho de 2006 e 2005, a Seguradora não possuía operações em aberto com instrumentos financeiros no mercado de derivativos. 13. Transferência de carteira Em adequação da Lei Complementar nº 109, de 29 de maio de 2001, a Alfa Seguros e Previdência S.A. cedeu para a Alfa Previdência e Vida S.A. a seguinte carteira: Seguros de pessoas Foram transferidas em 1º de março de 2005, com exceção aos seguros agregados e vendidos em pacote com seguros de ramos elementares. Foram transferidos os seguintes ativos e passivos: Ramos 77 80 81 82 90 93 Total Ativo 1.535 2 16 58 1 682 2.294 Prêmios 226 2 10 52 1 315 606 Comissões diferidas 1.309 – 6 6 – 11 1.332 Sinistros a recuperar – – – – – 245 245 Depósitos judiciais de sinistro – – – – – 111 111 Passivo 2.655 4 47 146 1 1.762 4.615 Reservas de prêmio 2.154 – 18 36 – 106 2.314 Reservas de sinistros 494 4 24 92 – 1.511 2.125 Outros passivos 7 – 5 18 1 145 176 Valor líquido 1.120 2 31 88 – 1.080 2.321 O valor líquido foi repassado por meio de transferência financeira. A contabilização foi feita de acordo com a Circular nº 279 de 29 de dezembro de 2004. Aos segurados foi emitido um comunicado por meio da imprensa cujo teor garante que todos os seus direitos e obrigações permanecem inalterados. O processo foi autorizado conforme Carta SUSEP/DECON/GAB/nº 139/05 de 18 de fevereiro de 2005. No processo, a transferência ocorreu com cessão de todos os direitos e obrigações, sem nenhum ônus das Partes. 14. Patrimônio líquido ajustado (PLA) 2006 2005 Patrimônio líquido 45.463 35.263 Despesas antecipadas (1.486) (1.094) Créditos tributários - Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social (553) (2.377) Marcas e patentes (13) (19) Ativo diferido (640) (737) Patrimônio líquido ajustado 42.771 31.036 15. Margem de solvência 2006 2005 a. Patrimônio líquido ajustado 42.771 31.036 b. 0,2 Prêmio retido anual médio - Últimos 12 meses 32.293 28.473 c. 0,33 Sinistro retido anual médio - Últimos 36 meses 28.562 27.511 d. Margem de solvência (maior valor entre “b” e “c”) 32.293 28.473 Suficiência (valor de “a” menos valor de “d”) 10.478 2.563
continua
DIÁRIO DO COMÉRCIO
6 -.ECONOMIA/LEGAIS
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
continuação
ALFA SEGURADORA S.A. C.N.P.J. 02.713.529/0001-88 ALAMEDA SANTOS, 466 - SÃO PAULO - SP
DIRETORIA Luiz Henrique Souza Lima de Vasconcellos Diretor
Carlos dos Santos Diretor
Farid Eid Filho Diretor Gerente
Mitsuto Okayama Contador CRC 1SP095128/O-6
Ismael Garcia Atuário MIBA nº 1010
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Diretores e Acionistas da Alfa Seguradora S.A. São Paulo - SP Examinamos os balanços patrimoniais da Alfa Seguradora S.A. levantados em 30 de junho de 2006 e 2005 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.
Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume das transações e os sistemas contábil e de controles internos da Seguradora; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgadas; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Seguradora, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Alfa Seguradora S.A. em 30 de
junho de 2006 e 2005, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 15 de agosto de 2006 Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6
Zenko Nakassato Contador CRC 1SP160769/O-0
EMPRESÁRIOS DISCUTEM EM CONGRESSO MELHORIAS PARA CONCESSÃO E AVANÇOS NO CRÉDITO
CADASTRO POSITIVO REDUZ O SPREAD
A
aprovação do cadastro positivo é considerada um dos mais importantes instrumentos para ampliar a oferta e reduzir os custos do crédito no Brasil, com enormes benefícios para o crescimento econômico do País. Some-se a isso o grande espaço aberto para a inclusão bancária com o crescimento do uso de "dinheiro plástico" (cartões de crédito e débito), cheques e outros meios de pagamento e se tem o cenário ideal para o desenvolvimento. Além disso, o "cadastro positivo" será um grande diferencial para restringir a inadimplência por meio de uma melhor avaliação do risco a partir do bom pagador, explicou Márcio Aranha, superintendente-geral da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), ao falar no C4 – Congresso de Cartões e Crédito ao Consumidor, na noite de terça-feira, em São Paulo. Aranha e outros participantes do Congresso lamentaram que tenha sido adiado o envio ao Congresso Nacional da Medida Provisória (MP) que regulamenta o Cadastro Positivo (CP). O superintendente lembrou que há mais de cinco anos a ACSP vem trabalhando em cima do assunto por entender que o CP representará um grande serviço para o consumidor. Acrescentou que desde 1996, o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), da ACSP, vem armazenando informações sobre o crédito no
Fotos: Milton Mansilha/LUZ
Brasil. "O nosso número já ultrapassa 1 bilhão de informações que podem ser utilizadas no cadastro positivo", relatou. Correções — Tudo isso ajudará também a corrigir muitas das distorções que ocorrem hoje no mercado de concessão de crédito. Ricardo Loureiro, diretor de produtos de Pessoa Física da Serasa, concorda. Para ele, a aprovação do CP vai regulamentar as operações das entidades que se dedicam a melhorar a decisão de risco de crédito das empresas. "So-
Nosso número já ultrapassa 1 bilhão de informações que podem ser utilizadas no cadastro positivo. Márcio Aranha, superintendente-geral da ACSP bretudo porque o crédito tem um caráter social de combate à pobreza e de promover o desenvolvimento", disse. Loureiro acrescentou que a oferta de crédito cresceu 734% no Brasil desde o início do Plano Real, mas ainda tem grande potencial de desenvolvimento. A não aprovação do cadastro positivo, na opinião do executivo, combinada com a grande cunha fiscal, dificuldade para execução de garantias e juros altos, apenas dificultaria
ainda mais o controle da inadimplência e elevaria o custo do crédito no Brasil. Cartões & Cia — Os participantes do congresso também mostraram a existência de um grande espaço para o crescimento do uso de cartões de débito e crédito no mercado brasileiro, que conta com o apoio do governo federal, afirmou Márcio Aranha, da ACSP. Sobretudo, quando se constata que as vendas mensais no varejo ainda são feitas em sua maioria (74%) em dinheiro. Eduardo Gentil, presidente da Visa do Brasil, afirmou que os dados do setor mostram que, em 2006, dos R$ 600 bilhões já movimentados por cartões, apenas R$ 160 bilhões foram para fazer compras. "O restante foi em forma de saque (papel moeda)", informou. Ou seja, salientou Gentil, ainda é possível avançar no débito automático e de cartões de crédito em segmentos como vales, pedágio, saúde, fastfood e pagamentos rápidos. Salientou, contudo, que o avanço da indústria de cartões esbarra no monitoramento crescente de órgãos como a Receita Federal e Banco Central (BC), entre outros, em um País em que a informalidade é crescente. "É um grande obstáculo", alertou. O presidente da Associação Nacional de Crédito Financeiro e Investimento (Acrefi), Érico Ferreira, estimou que o uso de cartões deverá crescer 28% este ano e mais de 30% em 2007.
Márcio Aranha, da ACSP: aprovação do cadastro positivo será diferencial para restringir a inadimplência
Mailson vê 90% de chances de Lula ser reeleito. O exministro destacou, em palestra, avanços econômicos do Brasil.
Sergio Leopoldo Rodrigues
Mercado de cartões: se concentra
oncentração de mercado em emissores e bandeiras, crescimento da concessão de crédito em 27% ao ano até 2010, expansão da terceirização de processamento e emissão de cartões, inadimplência de 8% em quatro anos e um novo modelo de parcerias com o setor varejista, principalmente com a entrada das seguradoras no mercado. Esse é o cenário do setor para os próximos anos. O quadro foi esboçado em pesquisa com 181 profissionais do segmento, realizada pelo instituto Medida Certa para a Partner Consultoria. O setor prevê aumento na concessão de crédito, que em 2005 foi de R$ 156 bilhões (31% maior que em 2004). A expectativa é de avanço de 27% ao ano até 2010. No caso da emissão de plásticos, a aposta é de evolução de 19% no período. A previsão é de 400 milhões de cartões até dezembro deste ano. Para 2010, o mercado aposta em um patamar de 1 bilhão de plásticos no País.
C
Já no item inadimplência, os entrevistados trabalham com um índice anual de 8%, em média. No último mês de julho, o patamar de devedores há mais de 90 dias estava em 7,6%. O setor aposta no mercado de private label (cartões de lojas), que deve manter o nível de crescimento de 19% ao ano. Ivan Daibert, responsável pela pesquisa, avalia o número como uma aposta consolidada do setor de cartões. A manutenção do índice entre 18% e 20% ratifica o produto como meio de pagamento rentável para varejistas e emissores. Parcerias — A pesquisa destaca as parcerias com varejistas. Para 64% dos entrevistados, acordo com compartilhamento do risco é o melhor modelo de gestão dos cartões. Para 75% dos entrevistados, o correspondente bancário terá sua participação ampliada no mercado de private label. Eles também apostam no crescimento das bandeiras regionais e do mercado de cartões de presente.
Terceirização — A terceirização também deve avançar. Hoje, 75% das empresas de emissão e captura de informações trabalham no chamado "in house", ou seja, realizam todo o processo. As 25% restantes assumem que repassam parte da rotina a outra empresa. O estudo também mostra tendência de compartilhamento dos terminais de captura de informação. Ao fazer cobrança, o comerciante poderá usar uma única central, o que reduzirá os custos de administração e locação de aparelhos. Na avaliação de 53% dos entrevistados, o cadastro positivo será criado até 2010. Os cartões de crédito com desconto da fatura em folha de pagamento (consignados) devem ficar concentrados nas mãos de funcionários públicos, aposentados e pensionistas. Funcionários de empresas privadas já possuem um leque de produtos dentro do mercado de cartões, o modelo não terá uma adesão significativa. Davi Franzon
Bahia e Bradesco esperam expansão
F
echada no segundo semestre de 2005, a parceria entre o Bradesco e a Casas Bahia colocou no mercado 630 mil cartões de bandeira Visa. A previsão do banco é de atingir uma carteira de 3 milhões de plásticos em um ano. Segundo o diretor-executivo do Bradesco, Paulo Isola, 65% dos cartões emitidos são ativados, o que ele considera um diferencial no mercado de meio de pagamentos eletrôni-
cos. "Durante a Super Casas Bahia, no ano passado, atingimos 100% de ativação. O plástico era emitido e utilizado no mesmo dia", destaca Isola. O executivo conta que o volume de financiamentos de clientes da Casas Bahia por meio do cartão Bradesco fechou o semestre na casa de R$ 4 bilhões. O tíquete médio de compra é de R$ 470. O limite de crédito concedido ao consumidor, em média, é de R$ 590.
Sobre os riscos de inadimplência, Isola diz que o devedor é de responsabilidade do banco. "A parceria funciona em todas as lojas físicas da rede. Em 530 unidades há funcionários do Bradesco. Nas demais, a mão-de-obra é das Casas Bahia", afirma. Hoje, o cartão Casas Bahia/Bradesco oferece parcelamento em até 12 vezes sem juros ou em 24 vezes com juros, além de crédito pessoal e seguros. (DF)
Brasil está em nova trajetória, diz Mailson Brasil entrou em nova trajetória de sua história, que permite diagnosticar seus problemas, opinou o ex-ministro da Fazenda Mailson da Nóbrega, da Tendências Consultoria. Entre as questões, ele destacou a necessidade de melhorar a qualidade do ensino, resolver a questão fiscal e fazer reformas. Segundo Mailson, o País conseguiu consolidar a democracia, que restringe as ações do governo, dar previsibilidade e estabilidade para regras econômicas, controlar a inflação, criar a Lei de Responsabilidade Fiscal, dar autonomia ao Banco Central (BC) e garantir uma imprensa livre. "Tudo isso já é meio caminho andado", disse, na noite de terça-feira, durante palestra no C4 2006 - Congresso de Cartões e Crédito ao Consumidor. Bem humorado, Mailson surpreendeu a platéia ao dizer que o Brasil vai bem, "apesar de tudo", e deverá consolidar um baixo crescimento em 2007, para alcançar patamares maiores a partir de 2008. Ele avaliou a conjuntura econômica apostando na chance de 90% de re-
O
Fed: mínimo não deve afetar inflação
O
presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Ben Bernanke, disse esperar que alta modesta no salário
eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de 80% de que seja já no primeiro turno. Deu uma no cravo e outra na ferradura: elogiou Lula como um dos mais importantes líderes de massa da nossa história, que tem a seu favor os bons números de desempenho da economia, o bolsa família — que considerou da maior importância — e o fato de concorrer no cargo. Mas criticou a má qualidade da gestão do presidente, as questões éticas de seu
governo e as promessas de campanha não cumpridas. Conclusão, levando em conta a reeleição: "Nada vai mudar no horizonte da economia". Para ele, Lula aprendeu "por intuição" que a inflação quando sobe, derrota governo, quando cai (ou é controlada) elege, ou reelege. Por isso, argumentou, o presidente Lula deu continuidade à política econômica de seu antecessor. "O que é muito bom", afirmou o ex-ministro. (SLR)
mínimo tenha um impacto reduzido na inflação, já que a maioria dos trabalhadores ganha mais que o piso. Em carta à deputada Virginia Brown-Waite (Partido Republicano, da Flórida) e datada de 18 de
agosto, Bernanke disse que "uma elevação modesta do salário mínimo teria apenas um efeito pequeno nos custos da mão-de-obra para a economia como um todo e, portanto, um efeito pequeno na inflação". (AE)
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
ECONOMIA/LEGAIS - 7
$/)$ 35(9,'Ç1&,$( 9,'$ 6 $ & 1 3 - $/$0('$ 6$1726 62 3$8/2 63 RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas: Em cumprimento às disposições estatutárias, submetemos à apreciação dos Senhores Acionistas as demonstrações financeiras relativas aos semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005, acompanhadas do parecer dos auditores independentes. Em função da adequação à Lei Complementar nº 109/2001, a Alfa Previdência e Vida S.A. absorveu as atividades na área de administração e comercialização de planos de previdência (outubro 2004) e dos seguros no segmento de pessoas, da Alfa Seguros e Previdência S.A.. Em março de 2005 foi transferida a carteira dos ramos de pessoas (Nota Explicativa nº 13).
No segmento de previdência, entre contribuições e resgates, houve um crescimento de R$354 (mil) para R$2.067 (mil). Os ativos administrados da carteira previdenciária cresceram em 33% em se comparando com o semestre anterior, passando de um patamar de R$72.876 (mil) para R$96.715 (mil). Os prêmios dos seguros de pessoas cresceram em 39% em relação ao período anterior, e 23% desse crescimento se deve à contabilização dos “prêmios de riscos vigentes” e 16% ao crescimento efetivo de produção. O índice combinado (Sinistros-Comissões-Outras Receitas e Despesas Operacionais) caiu de 83% para 74% refletindo uma melhora no resultado da carteira.
DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (EM MILHARES DE REAIS, EXCETO O LUCRO LÍQUIDO POR LOTE DE MIL AÇÕES DO CAPITALSOCIAL)
BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (EM MILHARES DE REAIS) PASSIVO
ATIVO Circulante Disponível Caixa e bancos Aplicações Cotas de fundos de investimentos Créditos de operações com seguros e resseguros Prêmios a receber Seguradoras Resseguradoras Provisão para riscos sobre créditos Créditos das operações com previdência complementar Valores a receber Títulos e créditos a receber Títulos e créditos a receber Créditos tributários e previdenciários Outros créditos Despesas de comercialização diferidas Seguros e resseguros Realizável a longo prazo Títulos e créditos a receber Créditos tributários e previdenciários Depósitos judiciais e fiscais Despesas de comercialização diferidas Seguros e resseguros Permanente Imobilizado Bens móveis Outras imobilizações Depreciação Diferido Despesas de organização, implantação e instalação Amortizações
2006 121.054 565 565 113.919 113.919 2.943 2.983 1 291 (332) 1 1 521 123 340 58 3.105 3.105 1.401 374 179 195 1.027 1.027 32 20 20 2 (2) 12 15 (3) 122.487
2005 88.083 383 383 84.567 84.567 1.429 1.062 494 150 (277) – – 184 109 37 38 1.520 1.520 936 243 120 123 693 693 2 2 – 2 – – – – 89.021
2006 109.783 969 42 195 147 458 127 1.335 46 921 368 486 486 9.921 9.921 6.398 1.627 1.896 97.072 97.072 96.715 3 127 2 76 149 3.370 3.065 3.065 3.065 305 305 9.334 7.663 108 1.563 122.487
Circulante Contas a pagar Obrigações a pagar Impostos e encargos sociais a recolher Provisões trabalhistas Provisões para impostos e contribuições Outras contas a pagar Débitos de operações com seguros e resseguros Resseguradoras Corretores de seguros e resseguros Outros débitos operacionais Depósitos de terceiros Depósitos de terceiros Provisões técnicas - Seguros e resseguros Ramos elementares e vida em grupo Provisão de prêmios não ganhos Sinistros a liquidar Provisão de sinistros ocorridos mas não avisados Provisões técnicas - Previdência complementar Planos não bloqueados Provisão matemática de benefícios a conceder Provisão de riscos não expirados Provisão de oscilação de riscos Provisão de eventos ocorridos mas não avisados Provisão de resgates e outros valores a regularizar Provisão de despesas administrativas Exigível a longo prazo Provisões técnicas - Seguros e resseguros Ramos elementares e vida em grupo Provisão de prêmios não ganhos Outros passivos contingentes Contingências fiscais Patrimônio líquido Capital social Reservas de lucros Lucros acumulados
2005 79.313 451 13 114 137 140 47 566 25 22 519 259 259 4.967 4.967 2.875 1.136 956 73.070 73.070 72.876 2 89 2 89 12 1.325 1.325 1.325 1.325 – – 8.383 7.663 81 639 89.021
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (EM MILHARES DE REAIS)
Saldos em 31 de dezembro de 2004 Lucro líquido do semestre Saldos em 30 de junho de 2005 Saldos em 31 de dezembro de 2005 Lucro líquido do semestre Saldos em 30 de junho de 2006
Reservas de lucros Reservas estatutárias 45 45 45 45
Capital social 7.663 7.663 7.663 7.663
Reserva legal 36 36 63 63
Lucros acumulados 413 226 639 927 636 1.563
Total 8.157 226 8.383 8.698 636 9.334
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (EM MILHARES DE REAIS) 1. Contexto operacional A Companhia é uma empresa do Grupo Alfa constituída em 1º de junho de 1999, suas operações atuais objetivam a administração da atividade de seguros de pessoas e de planos de previdência privada. 2. Apresentação e elaboração das demonstrações financeiras As demonstrações financeiras foram elaboradas em consonância com as práticas contábeis emanadas da legislação societária brasileira e normas do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e estão sendo apresentadas segundo critérios estabelecidos pelo novo plano de contas instituído pela Circular SUSEP nº 314/05. A Circular SUSEP n° 314/05 introduziu algumas alterações na classificação das contas contábeis e, principalmente, na apresentação das demonstrações das origens e aplicações de recursos. 3. Descrição das principais práticas contábeis a. Apuração do resultado: O regime de apuração do resultado é o de competência, e por estimativa para receitas de prêmios nos casos em que o risco coberto só é conhecido após o período de cobertura. Os prêmios de seguros, deduzidos dos prêmios cedidos em co-seguro e resseguro e os respectivos custos de comercialização são registrados quando da emissão das respectivas apólices e notas de seguros e reconhecidos no resultado, em bases lineares, no decorrer do prazo de vigência das apólices, por meio da constituição da provisão de prêmios não ganhos e do diferimento das despesas de comercialização. As operações de co-seguro aceito são contabilizadas com base nas informações recebidas das congêneres. As contribuições para o plano de previdência (PGBL) são registradas na aceitação da proposta pelo valor recebido. Nesse momento é constituída reserva correspondente ao valor recebido, deduzido do carregamento. b. Estimativas: As estimativas contábeis foram baseadas em elementos objetivos e fatores subjetivos, com base no julgamento da Administração para determinação do valor adequado a ser registrado nas demonstrações financeiras. Itens significativos sujeitos a estas estimativas e premissas incluem as provisões para ajuste dos ativos ao valor de realização, as provisões para contingências, as provisões para sinistros a liquidar, as provisões técnicas calculadas atuarialmente e as receitas de prêmios com conhecimento de risco após o decurso do período de cobertura. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores divergentes em razão de imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A Administração revisa as estimativas e premissas pelo menos semestralmente. c. Aplicações financeiras: Os títulos são classificados segundo a intenção da Administração em mantê-los até o seu vencimento ou negociá-los antes dessa data. Os títulos a serem mantidos até o vencimento são valorizados pelo valor investido, acrescido dos rendimentos incorridos, e os sujeitos à negociação antes de seu vencimento têm o seu valor contábil ajustado ao valor de mercado. O ajuste ao valor de mercado, para mais ou para menos, é reconhecido no resultado do período (títulos classificados na categoria para “Negociação”) ou em conta específica do patrimônio líquido (títulos classificados na categoria “Disponíveis para venda”). d. Provisão para riscos sobre créditos: A Companhia adota como política o provisionamento do montante equivalente às apólices com prêmios vencidos e não pagos acima de 60 dias, descontados os efeitos de valores que serão pagos ou recebidos caso o recebimento das apólices venha a se realizar. e. Permanente: Imobilizado - É composto por equipamentos de informática e marcas e patentes no montante de R$ 20 e R$ 2, respectivamente. Os equipamentos de informática são depreciados pelo método linear, com base na vida útil estimada dos bens, à taxa de 20% a.a.. Diferido - É composto por despesa de organização e implantação. f. Encargos tributários: São apurados com base na aplicação das seguintes alíquotas sobre as respectivas bases de cálculo de cada encargo: • Imposto de renda: 15% mais adicional de 10% do lucro tributável excedente a R$ 20 mil por mês; • Contribuição social: 9%; • PIS: 0,65%; • COFINS: 4%. g. Provisões técnicas: As provisões técnicas foram constituídas de acordo com os critérios determinados pela Resolução CNSP nº 120/04 e Circular SUSEP nº 230/03. A provisão de prêmios não ganhos é constituída pela parcela dos prêmios emitidos retidos de seguros correspondentes aos períodos de riscos não decorridos dos contratos de seguros. A provisão de prêmios não ganhos para riscos vigentes mas não emitidos foi contabilizada no passivo no montante de R$ 1.567 em junho de 2006 e no grupo de contas de compensação no montante de R$ 1.098 em junho de 2005. A Provisão para Insuficiência de Prêmios (PIP) é calculada atuarialmente, de acordo com metodologia própria submetida à SUSEP, que verifica se o saldo da PPNG é suficiente ou não para cobrir os sinistros e as despesas administrativas a ocorrer referentes aos riscos vigentes nas datas-bases. Nos semestres findos em 30 de junho de 2006 e 2005, os cálculos demonstraram não haver necessidade de constituição da PIP. A provisão de sinistros a liquidar é constituída por estimativa de pagamentos prováveis, líquidos de recuperações, determinada com base nos avisos de sinistros recebidos até a data do balanço e atualizada monetariamente quando cabível. A provisão técnica referente às operações de previdência corresponde ao valor do patrimônio dos Fundos de Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL). A provisão para sinistros ocorridos e não avisados foi apurada com base no histórico de sinistros avisados até a data do balanço, conforme conceitos atuariais determinados por atuário registrado no Instituto Brasileiro de Atuária. Em 30 de junho de 2006, a provisão relativa às operações de aceitação direta e co-seguro aceito totaliza R$ 1.896 (R$ 956 em 2005). h. Contingências: As contingências ativas e passivas são feitas avaliações individualizadas, das probabilidades de êxito e perda, por parte da assessoria jurídica interna e externa. Eventuais contingências ativas somente são reconhecidas quando a realização é considerada líquida e certa, já as passivas são provisionadas quando a probabilidade de perda é avaliada como sendo provável, e se possa mensurar com razoável segurança, conforme critérios estabelecidos no pronunciamento técnico NPC nº 22 do IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil e nas cartas circulares SUSEP/DECON/GAB nºs 13, 15 e 17/06. i. Mudança de prática contábil - Riscos vigentes e não emitidos: A partir de 1º de janeiro de 2006, a provisão de prêmios não ganhos para riscos vigentes mas não emitidos, passou a ser reconhecidos nas contas patrimoniais. Até 31 de dezembro de 2005, essa provisão estava sendo reconhecida no grupo de contas de compensação. Os efeitos estão demonstrados na Nota Explicativa 3g. 4. Aplicações financeiras Composição e classificação das aplicações Títulos para negociação 2006 2005 Cotas de fundos de investimentos - Renda fixa 17.204 11.691 Cotas de fundos de investimentos - PGBL 96.715 72.876 Total das aplicações 113.919 84.567 São fundos de investimentos exclusivos de renda fixa com liquidez diária, estando ajustados pela cota do último dia útil do mês de levantamento do balanço, divulgada pela instituição financeira administradora, Banco Alfa de Investimentos S.A.. A composição da carteira de aplicações dos fundos de investimentos exclusivos está demonstrada a seguir: Títulos para negociação - Cotas de fundos de investimentos - Renda fixa 2006 2005 Valor de mercado - contábil Sem Até Acima Custo venci360 de 360 atualimento dias dias Total zado Contábil Letras financeiras do tesouro – – 12.539 12.539 12.539 – Notas do tesouro nacional – – – – – 7.413 Letras do tesouro nacional – 4.668 – 4.668 4.655 4.282 Contas a receber/ pagar e tesouraria (3) – – (3) – (4) Total (3) 4.668 12.539 17.204 17.194 11.691 Títulos para negociação - Cotas de fundos de investimentos - PGBL 2006 2005 Valor de mercado - contábil Sem Até Acima Custo venci360 de 360 atualimento dias dias Total zado Contábil Letras do tesouro nacional – 424 53.372 53.796 53.028 10.742 Letras financeiras do tesouro – – 24.156 24.156 24.054 59.164 Ações de companhias abertas 8.253 – – 8.253 8.253 2.745 Cotas de fundos de investimento de renda fixa 5.809 – – 5.809 5.809 700 Notas do tesouro nacional – – 2.796 2.796 2.860 – Debêntures – 81 1.300 1.381 1.385 – Operações com derivativos – – (108) (108) (108) – Contas a receber/ pagar e tesouraria 632 – – 632 632 (475) Total 14.694 505 81.516 96.715 95.913 72.876
A rentabilidade sobre o patrimônio cresceu de um patamar de 6% para 15% (taxas anualizadas) reflexo do aumento da produção para patamares mais próximos à capacidade operacional. Para o futuro nossos esforços estão sendo dirigidos para o incremento gradativo da produção, dentro dos parâmetros de subscrição com baixa exposição ao risco, e aproveitando a sinergia com as empresas do grupo. Agradecemos aos Senhores Acionistas pela confiança depositada, aos Órgãos Reguladores e Fiscalizadores do mercado pela orientação e aos nossos funcionários pelo trabalho e pela competência. A DIRETORIA
5. Movimentação de contas patrimoniais a. Provisões técnicas - Previdência complementar 2006 2005 Saldo no início do semestre 88.567 67.423 Adições decorrentes de contribuições 3.790 6.968 Demais reservas 278 – Rendimento das cotas do PGBL 6.304 5.232 Resgates (2.021) (6.614) Outras movimentações 152 59 Provisão de eventos ocorridos mas não avisados 2 2 Saldo no final do semestre 97.072 73.070 b. Provisões técnicas e despesas de comercialização diferidas: Apresentamos os saldos das provisões técnicas e despesas de comercialização diferidas (seguros e resseguros): 2006 2005 Despesas Despesas de comerde comerProvisões cialização Provisões cialização técnicas diferidas técnicas diferidas Ramo Acidentes pessoais 2.981 112 649 62 Vida em grupo 2.356 53 1.421 29 Prestamistas 7.624 3.966 4.220 2.122 Demais ramos 25 1 2 – Total 12.986 4.132 6.292 2.213 6. Imposto de renda e contribuição social a. Crédito tributário Saldo Saldo Natureza do crédito tributário 31/12/05 Adições Baixas 30/06/06 Diferenças temporárias 96 83 – 179 96 83 – 179 b. Imposto de renda e contribuição social Imposto Contribuição de renda social 2006 2005 2006 2005 Lucro antes dos impostos e participações 968 224 968 224 Participações (14) (12) (14) (12) Lucro antes dos impostos 954 212 954 212 Adições e exclusões permanentes: Outras 8 (11) 43 13 Adições e exclusões temporárias: Provisão para contingências 244 – – – Provisão para riscos sobre créditos 51 276 51 276 Provisão para pagamento de despesas 14 13 14 13 Base de cálculo antes das compensações 1.271 490 1.062 514 Compensação de base 30% – (147) – (154) Base de cálculo dos tributos 1.271 343 1.062 360 Valores dos tributos às alíquotas de IR e CS 305 74 96 32 Imposto a pagar 305 74 96 32 Créditos tributários: Sobre prejuízo fiscal e base negativa - Constituição – 17 – 5 Sobre diferenças temporárias - Constituição 77 72 6 26 Total registrado no resultado do semestre 228 (15) 90 1 7. Patrimônio líquido a. Capital social: O capital social, subscrito e integralizado, está representado por 6.520.000 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. b. Dividendos: De acordo com o estatuto, os acionistas têm direito a um dividendo mínimo de 25% do lucro líquido do exercício, ajustado na forma prevista pelo art. 202 da Lei das Sociedades por Ações. Os dividendos são reconhecidos contabilmente quando sua distribuição é deliberada pelos acionistas. 8. Detalhamento de contas das demonstrações de resultados a. Principais ramos de atuação % Prêmios Índice de Índice de ganhos sinistralidade comissionamento Ramo 2006 2005 2006 2005 2006 2005 Acidentes pessoais 971 370 23,48 17,95 16,99 28,51 Prestamistas 3.565 1.730 27,77 33,28 48,02 28,92 Vida em grupo 1.606 570 53,42 40,93 21,17 50,26 Demais ramos 37 4 54,05 (67,44) 16,22 22,07 6.179 2.674 33,92 35,93 35,99 42,65 A Seguradora comercializa, principalmente, planos de previdência privada. As contribuições aos planos e as transferências aceitas e cedidas de outras entidades que totalizam R$ 3.790 em 2006 (R$ 6.968 em 2005) foram transformadas em cotas de fundos denominados “Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL)”, que possuem, segundo os seus regulamentos, regras específicas para resgate, transferência e transformação das cotas em plano de renda. b. Despesas administrativas 2006 2005 Despesas participadas (Nota Explicativa nº 9) 64 – Despesas com publicação 34 29 Despesas com serviços de terceiros 209 94 Despesas com pessoal próprio 1.214 902 Despesas com localização e funcionamento 57 12 Outras despesas 98 40 1.676 1.077 c. Despesas financeiras 2006 2005 Despesas com CPMF 299 69 Despesas com operações de seguros 7 3 Despesas dos planos de previdência (PGBL) 6.304 5.232 Outros 67 – 6.677 5.304 d. Receitas financeiras 2006 2005 Receitas com operações de seguros 1 – Rendimentos das aplicações 1.172 833 Rendimentos dos planos de previdência (PGBL) 6.304 5.232 Outros – 1 7.477 6.066 e. Outras receitas e despesas operacionais - Seguros e resseguros 2006 2005 Outras receitas: Receitas com custo de apólice 48 19 Outras receitas 7 11 Total 55 30 Outras despesas: Despesas com cobrança (20) (48) Despesas com administração de apólices e/ou contratos (43) (23) Despesas com assistência ao segurado – (2) Despesas com provisão de riscos sobre créditos (51) – Despesas de prestação de serviços diversos (97) – Outras despesas (127) (84) Total (338) (157) Total de outras receitas e despesas operacionais (283) (127)
Prêmios retidos Prêmio de seguros Prêmios diretos Prêmios de co-seguros aceitos Prêmios transferidos Prêmios de resseguros cedidos Variações das provisões técnicas Prêmios ganhos Sinistros retidos Sinistros diretos Sinistros de co-seguros aceitos Serviços de assistência Recuperações de sinistros Variação da provisão de sinistros ocorridos mas não avisados Despesas de comercialização Comissões Variação das despesas de comercialização diferidas Outras receitas e despesas operacionais Outras receitas operacionais Outras despesas operacionais Operações de previdência Rendas de contribuições retidas Rendas de contribuições Variações das provisões técnicas Variação das provisões técnicas Despesas com benefícios e resgates Despesas com resgates Despesas de comercialização Outras receitas operacionais Outras receitas operacionais Despesas administrativas Despesas com tributos Resultado financeiro Receitas financeiras Despesas financeiras Resultado antes de impostos e participações Contribuição social Imposto de renda Participações sobre o resultado Lucro líquido do semestre Quantidade de ações Lucro líquido por lote de mil ações do capital social - R$
2006 2005 9.413 6.841 9.621 6.927 6.159 1.852 3.462 2.761 – 2.314 (208) (86) (3.234) (4.167) 6.179 2.674 (2.096) (961) (1.468) (680) (323) (343) (9) – 155 – (451) 62 (2.223) (1.141) (3.562) (3.345) 1.339 2.204 (283) (127) 55 30 (338) (157) 664 290 3.790 6.076 3.790 6.076 (1.813) 565 (1.813) 565 (2.021) (6.614) (2.021) (6.614) – (18) 708 281 708 281 (1.676) (1.077) (397) (196) 800 762 7.477 6.066 (6.677) (5.304) 968 224 (90) (1) (228) 15 (14) (12) 636 226 6.520.000 6.520.000 97,55 34,66
DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (EM MILHARES DE REAIS) Lucro líquido do semestre Depreciações e amortizações Atividades operacionais Variação das aplicações Variação dos créditos das operações Variação de títulos e créditos a receber Variação das despesas de comercialização diferidas Variação contas a pagar Variação de débitos de operações com seguros e resseguros Variação de depósitos de terceiros Variação de provisões técnicas - Seguros e resseguros Variação de provisões técnicas - Previdência complementar Variação de outros passivos contingentes Caixa líquido consumido nas atividade operacionais Atividades de investimento Pagamento pela compra de ativo permanente Caixa líquido consumido nas atividade de investimentos Redução nas disponibilidades Variação nas disponibilidades Disponibilidades no início do semestre Disponibilidades no final do semestre Redução nas disponibilidades
2006 636 4
2005 226 –
(11.527) (1.992) (347) (1.339) 398 972 (297) 4.188 8.505 305 (494)
(8.889) (1.398) (377) (2.205) 297 544 (495) 6.249 5.647 – (401)
(8) (8) (502)
– – (401)
1.067 565 (502)
784 383 (401)
f. Outras receitas operacionais - Previdência: Conforme previsto no contrato de administração do fundo de investimento dos planos de previdência - PGBL, parte da taxa de administração cobrada nos fundos é revertida como receita da Alfa Previdência e Vida S.A.. 9. Transações com partes relacionadas As operações com partes relacionadas são realizadas em condições usuais de mercado, e as principais operações referem-se à administração da carteira de fundos de investimentos pelo Banco Alfa de Investimentos S.A. e rateio de parte das despesas administrativas com a Alfa Seguradora S.A., resultando em uma despesa de R$ 64. 10. Cobertura das reservas técnicas Os valores dos bens e direitos vinculados à SUSEP, em cobertura das reservas técnicas, estão representados por Cotas de fundos de investimentos, no montante de R$ 14.029 em 2006 (R$ 7.900 em 2005). 11. Instrumentos financeiros derivativos Em 30 de junho de 2006 e 2005, a Companhia não possuía operações em aberto com instrumentos financeiros no mercado de derivativos. 12. Contingências passivas - Demandas judiciais Cíveis A Companhia responde a processos de natureza cível, impetradas por segurados, relacionadas, na sua maioria, a reclamações por danos morais oriundas de sinistros que estão sob discussão judicial ou que foram negados pela Companhia e que estão em diversas fases de tramitação. Para fazer face a eventuais perdas que possam resultar da resolução desses processos foi constituída provisão, classificada em sinistros a liquidar e débito de sinistro, no montante de R$ 616 (R$ 319 em 2005). De acordo com nossos assessores jurídicos, a classificação da probabilidade de perda é a seguinte: remota no montante reclamado de R$ 1.196 (16 processos), possível no montante reclamado de R$ 686 (39 processos) e provável no montante reclamado de R$ 163 (12 processos), e com depósitos judiciais no montante de R$ 195 registrado no realizável a longo prazo. Fiscais A Seguradora vem contestando, judicialmente, a legalidade da CPMF incidente sobre a transferência de carteira de planos previdenciários, conforme determinações contidas na Lei Complementar nº 109, de 10 de maio de 2001. A administração, com base na opinião de seus consultores jurídicos, considera a probabilidade de perda possível, e que a provisão de R$ 305, registrada no balanço no exigível a longo prazo, é suficiente para cobrir eventuais perdas decorrentes do julgamento final do processo judicial. Trabalhista A Companhia não possui em 30 de junho de 2006 e 2005 processos em andamento na esfera judicial trabalhista. 13. Transferência de carteira Em adequação da Lei Complementar nº 109, de 29 de maio de 2001, a Alfa Seguros e Previdência S.A. cedeu para a Alfa Previdência e Vida S.A. a seguinte carteira: Seguros de pessoas Foram transferidos em 1º de março de 2005 com exceção aos seguros agregados e vendidos em pacote com seguros de ramos elementares. Foram transferidos os seguintes ativos e passivos: Ramos 77 80 81 82 90 93 Total Ativo 1.535 2 16 58 1 682 2.294 Prêmios 226 2 10 52 1 315 606 Comissões diferidas 1.309 – 6 6 – 11 1.332 Sinistros a recuperar – – – – – 245 245 Depósitos judiciais de sinistro – – – – – 111 111 Passivo 2.655 4 47 146 1 1.762 4.615 Reservas de prêmio 2.154 – 18 36 – 106 2.314 Reservas de sinistros 494 4 24 92 – 1.511 2.125 Outros passivos 7 – 5 18 1 145 176 Valor líquido 1.120 2 31 88 – 1.080 2.321 O valor líquido foi repassado por meio de transferência financeira. A contabilização foi feita de acordo com a Circular nº 279, de 29 de dezembro de 2004. Aos segurados foi emitido um comunicado pela imprensa cujo teor garante que todos os seus direitos e obrigações permanecem inalterados. O processo foi autorizado conforme Carta SUSEP/DECON/GAB/nº 139/05 de 18 de fevereiro de 2005. No processo, a transferência ocorreu com cessão de todos os direitos e obrigações, sem nenhum ônus das Partes. 14. Patrimônio líquido ajustado (PLA) 2006 2005 Patrimônio líquido 9.334 8.383 Créditos tributários – (22) Marcas e patentes (2) (2) Ativo diferido (12) – Patrimônio líquido ajustado 9.320 8.359 15. Margem de solvência 2006 2005 a. Patrimônio líquido ajustado 9.320 8.359 b. 0,2 Prêmio retido anual médio - Últimos 12 meses 3.233 1.387 c. 0,33 Sinistro retido anual médio - Últimos 36 meses 575 107 d. Margem de solvência (maior valor entre “b” e “c”) 3.233 1.387 Suficiência (valor de “a” menos valor de “d”) 6.087 6.972
DIRETORIA Luiz Henrique Souza Lima de Vasconcellos Diretor
Carlos dos Santos Diretor
Farid Eid Filho Diretor Gerente
Mitsuto Okayama Contador CRC 1SP095128/O-6
Ismael Garcia Atuário MIBA nº 1010
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Diretores e Acionistas da Alfa Previdência e Vida S.A. São Paulo - SP Examinamos os balanços patrimoniais da Alfa Previdência e Vida S.A. levantados em 30 de junho de 2006 e 2005 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.
Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgadas; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Alfa Previdência e Vida S.A. em
30 de junho de 2006 e 2005, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 15 de agosto de 2006 Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6
Zenko Nakassato Contador CRC 1SP160769/O-0
DIÁRIO DO COMÉRCIO
8
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
2,43
por cento é o acumulado pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) nos últimos 12 meses.
30/8/2006
Informe Publicitário
FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda
Fundo Empresarial LP Lastro Performance LP Múltiplo LP Esher LP Master Recebíveis LP
Posição em: 28/08/2006 28/08/2006 28/08/2006 28/08/2006 28/08/2006
P.L. do Fundo 8.363.381,63 1.427.078,95 7.491.928,94 11.132.383,39 1.090.106,07
Valor da Cota Subordinada 1.166,043051 1.073,183797 1.142,327699 1.051,293270 1.059,005952
% rent.-mês 3,0557 1,7862 1,9139 -4,9334 0,6255
% ano 19,3529 7,3184 14,2328 5,1293 5,9006
Valor da Cota Sênior 0 1.074,484146 1.086,689761 0 0
% rent. - mês 1,0999 1,1985 -
% ano 7,4484 8,6690 -
rating A+(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)
DC
COMÉRCIO
Edição concluída às 23h55
Dida Sampaio/Agência Estado
Ano 81 - Nº 22.203
São Paulo, quinta-feira 31 de agosto de 2006
w w w. d co m e rc i o. co m . b r
R$ 0,60
Jornal do empreendedor
PALANQUE FÚNEBRE
Lula discursou no velório do arcebispo de Mariana, dom Luciano, lembrando que ele lhe pediu antes de morrer: "Vá em frente e não se esqueça dos pobres deste País".
INDIGNACAO Do presidente da CNBB, Dom Geraldo: "Não podemos conviver com a corrupção ao ponto em que ela chegou". E "a culpa é toda de Lula". Do senador Péres, renunciando à vida pública se Lula for reeleito: "É desinformação da população? Não, não é. A crise ética não é só da classe política". Do senador ACM: "O perdão presidencial aos pecadores do PT e do governo é incrível". Do nosso editorial: "Lula paira como os reis imune, isento e irresponsável por todos os crimes de seu governo". Páginas 3 a 8 João Balão Damasceno
Newton Santos/Hype
MAIS IMPOSTOS ! É o que prevê proposta orçamentária que o governo apresenta hoje. E 4
COPOM Taxa de juros cai para 14,25% ao ano. Redução de 0,5 ponto surpreende economistas que esperavam só 0,25. E 9
Cadastro positivo volta ao debate ACSP quer ação do Congresso. E 6 Sebastião Moreira/AE
Camelôs não querem holofotes Câmera de segurança instalada na esquina da Ladeira Porto Geral (foto) com a Rua 25 de Março começa a espantar ambulantes. C 2
PIS/COFINS:
Mercado imobiliário em alta
Tomikawa, da Receita: suspeitos de sonegação serão intimados. Multas podem chegar a R$ 15 bilhões. E 1
Leia no Caderno Especial como o otimismo tomou conta do setor.
HOJE Parcialmente nublado Máxima 24º C. Mínima 11º C.
AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 27º C. Mínima 13º C.
Segredos para ficar nas nuvens Balão, pára-quedas (foto) e paraglider: um roteiro para chegar mais perto do céu. Boa Viagem
DC
Leão fareja 8 mil empresas
www.finanfactor.com Pabx (11)
6748-5627 (Itaquera) 6749-5533 (Artur Alvim)
Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
1 Queremos que as pessoas de outros estados venham para a 25 de Março já com seus roteiros traçados. Miguel Giorgi Júnior, presidente da Univinco
ORIENTE-SE NA 25 DE MARÇO Maior rua de comércio a céu aberto do País já se prepara para o Natal. Entre os projetos, o lançamento de um guia, em novembro. A publicação terá 226 páginas com informações sobre lojas de atacado e varejo, rede de alimentação, transporte, hospedagem, bancos e escritórios. Newton Santos/Hype
Newton Santos/Hype
Rejane Tamoto
O
s comerciantes da rua de maior comércio popular do País – a 25 de Março – já começam a se preparar para receber um fluxo de consumidores que chega a um milhão durante as compras de Natal. OpacotedepropostasdaUnivinco (União dos Lojistas da 25 de Março e Adjacências) para valorizar o comércio na região inclui o lançamento de um guia de compras, a decoração natalina das ruas, a viabilização de um espaço para oficinas culturais gratuitas e o lançamento de um cartão fidelidade para os consumidores. O objetivo é aquecer as vendas e melhorar o atendimento aos compradores de São Paulo e também aos turistas, que vêm de todos os cantos do Brasil em busca das melhores opções em produtos e preços que a região já oferece. "Estamos reunindo os lojistas, fornecedores e o Poder Público para viabilizar estes projetos. A meta é que até o final do ano estas propostas se concretizem", disse o presidente da Univinco, Miguel Giorgi Júnior. Na última segunda-feira, a entidade homenageou, pela primeira vez, 25 personalidades que contribuem com a 25 de Março. A idéia é que a próxima cerimônia de premiação ocorra no aniversário da rua. Guia – Um dos projetos da entidade será colocado em prática em novembro: o lançamento do Guia Oficial da 25 de Março e Região pela On Line Editora em parceria com a Univinco. A publicação, que será comercializada ao preço de R$ 12,90 em todo o País, apresentará em 226 páginas informações sobre todos os serviços disponíveis na região, tais como as lojas que vendem por atacado e varejo, além da rede de alimentação, transportes, hospedagem, bancos e escritórios. O objetivo do guia de compras é fortalecer o comércio formal da região. A publicação é voltada para o consumidor final e também ao lojista e trará a descrição de cada uma das cerca de 1200 lojas distribuídas em 21 ruas da região da 25 de Março. Os estabelecimentos serão separados em 100 categorias, que vão de peças para artesanato vestuário a materiais esportivos e aviamentos, entre outros. A publicação também apresentará as mais de 600 lojas localizadas dentro dos principais shoppings da região, a história e curiosidades da 25 de Março, depoimentos de trabalhadores e proprietários de estabelecimentos e pontos turísticos. "O importante é que somente o comércio formal será mencionado no guia. Queremos que as pessoas de outros estados comprem o
Aguiar ALFAIATE
www.aguiaralfaiate.hpg.com.br Um alfaiate de classe, para pessoas de classe! 50 anos de dedicação profissional
Av. Angélica, 2.341 - Higienópolis Fone: (11) 8453-7529
Newton Santos/Hype
Além do guia, a região da 25 de Março poderá ter oficinas culturais e um cartão fidelidade para os consumidores. Giorgi, da Univinco, espera parcerias.
guia de compras e que venham para a 25 de Março já com seus roteiros traçados", explicou Giorgi, da Univinco. Otimismo – A proprietária do tradicional restaurante árabe Monte Líbano, Regina Halim Maatouk, de 44 anos, está otimista com o lançamento do guia. "É importante para este restaurante, que não é muito conhecido por ser escondidinho. Meus clientes vêm aqui por causa da propaganda boca a boca". O Monte Líbano, mesmo assim, tem um movimento de clientes intenso, em torno de 150
pessoas/dia. Localizado no primeiro andar de um prédio da rua Cavalheiro Basílio Jafet, desde 1973, o restaurante não tem placas na fachada. "Quem é daqui sabe onde estamos. Mas e o turista? O guia vai informar esse público quanto ao estabelecimento", afirmou Regina. Modernização – Outros projetos para modernizar a região da 25 de Março estão sendo discutidos entre a Univinco, lojistas, fornecedores e Poder Público. Um deles é a decoração natalina, que visa embelezar as ruas e tornar mais humana as compras de fim de ano. "Estamos buscando pa-
trocínio para criar um ambiente mais agradável para as pessoas consumirem", disse Giorgi. Segundo o presidente da Univinco, outro grande projeto da entidade é oferecer aos clientes uma área de lazer e uma oficina cultural gratuita, com cursos de artesanato e exposições de arte. "A 25 de Março é um shopping a céu aberto e o consumidor precisa deste tratamento", explicou. De acordo com Giorgi, cerca de 80% das vendas a varejo realizadas na região são de materiais para artesanato, o que justifica o patrocínio de empresas fornecedoras para a constituição do espaço. "O fabricante pode promover a venda de produtos em aulas de pintura e, depois, indicar as lojas que vendem o material", disse. A concretização das oficinas, no entanto, depende de um espaço físico. "Estamos negociando com a Prefeitura um espaço no Mercado Municipal", afirmou. Outro item que deve modernizar as relações de compra e venda na região é a implementação do cartão fidelidade 25 de Março. O presidente da Univinco está discutindo o assunto com as administradoras de cartões de crédito. "Quero que seja um cartão de acúmulo de pontos, que dê direito a brindes diversos. Desde imediatos, como um sorvete de máquina, até um prêmio como um carro, para o qual o cliente precisa acumular pontos. Esse formato de cartão é bem a cara da 25 de Março", explicou. Na página seguinte, mais sobre 25 de Março e camelôs
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
ESPECIAL - 3
IMÓVEIS COMERCIAIS
Oportunidades no setor de escritórios
Pompéia: já faltam produtos para determinadas faixas do mercado
mercado de imóveis para escritór i o s e s t á n o v amente em alta. Depois de experimentar um período de pico em 1997, ano em que, segundo dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), foram feitos 57 lançamentos, com 6 . 1 6 9 u n i d a d e s , s e t o r e ntrou baixa, segundo conta Luiz Paulo Pompéia, diretor da entidade. Na sua opinião, o fato deveu-se à consolidação do real, à estabilização e o desempenho da economia. Muitas empresas estrangeiras vieram para o Brasil e a cidade de São Paulo, por ser centro financeiro e econômico do País, é o lugar ideal para seus escritórios de representação. "O ano de 1997 foi um período de número alto de lançamentos, principalmente para atender à demanda por escritórios, em particular dos Triple A (alto padrão)", afirma Pompéia. Depois de 1997, com as turbulências econômicas, entre elas o estouro da bolha das empresa pontocom em 2000, o mercado se retraiu. Agora, no entanto, ele começa a dar sinais de recuperação, até porque já faltam produtos para determinadas faixas do mercado, principalmente das indústrias que estão na região metropolitana e querem trazer seus setores administrativos para a cidade de São Paulo, aproveitando a totalidade da área fabril para a produção, ou seja sua atividade fim.
O WValente/AFG
Depois de quedas sucessivas, este mercado vem se recuperando e a demanda está em alta. A taxa de vacância caiu mais de 5%
lação aos preços para compra, Cristina afirma que os escritórios de padrão médio estão entre R$ 2,5 mil R$ 3 mil o metro quadrado. Os de alto padrão chegam a custar até R$ 13 mil o metro quadrado.
MERCADO EM ALTA Vários agentes do mercado confirmam essa tendência de aquecimento. Segundo estudo da consultoria Jones Lang LaSalle sobre escritórios de alto padrão, São Paulo ( e Rio de Janeiro) estão com mercado de escritórios aquecido no primeiro semestre deste ano. Em São Paulo, por exemplo, o mercado absorveu 106 mil m² dos espaços corporativos locáveis disponíveis, valor correspondente a 85% do volume recorde de absorção após recuperação do mercado registrada em 2004. A região da Avenida Luís Carlos Berrini, no Brooklin, correspondeu a 26% do total ocupado. Apesar de um crescimento de 4% do estoque, a taxa de vacância caiu 5,5% na capital paulista no primeiro semestre – de 22,23% registrados no mesmo período do ano passado para 16,74%. O índice de absorção líquida foi de 106 mil m², 2,5 vezes superior ao verificado nos primeiros seis meses de 2005. O valor médio dos aluguéis se manteve estável, no patamar de R$ 48 o metro quadrado. Os números trimestrais são ainda mais ilustrativos para retratar o bom momento registrado no mercado de escritórios de alto padrão em São Paulo. A taxa de vacância na capital paulista, de 16,74% no segundo trimestre, caiu três pontos em comparação ao primeiro trimestre. "Trata-se do melhor resultado desde o terceiro trimestre de 2002", afirma Lílian Feng, coordena-
INVESTIDORES
dora de pesquisas da Jones Lang LaSalle. "Com esse dado, também podemos afirmar que a taxa de vacância caiu pelo sétimo trimestre consecutivo". Segundo a Jones Lang LaSalle, as regiões de Alphaville e da Barra Funda foram as que registraram a maior redução de espaços vagos, com 14 e 10 pontos de queda, respectivamente – 21,57% e 7,67%. Na área comercial da Rua Verbo Divino houve aumento da taxa de vacância no trimestre – subiu de 15,47% para 18,74%. De acordo com a consultoria, outro destaque é a região da Avenida Faria Lima, na qual se apurou aumento de R$ 11 na média ponderada dos valores de locação dos espaços de alto padrão – alta de 20% em relação ao último t r i m e s t re . OPORTUNIDADES Se o mercado está se aquecendo, conforme indicam a percepção dos agentes e as es-
tatísticas, um dos aspectos a que os empreendedores devem ficar atentos é a diversificação dos lançamentos, tendo em vista outras regiões e bairros da cidade. Há muita concentração de escritórios na zona Sul, por exemplo. "Isso faz com que chamemos a atenção dos investidores para as zonas Norte e Leste, onde há demanda e pouca oferta", afirma Pompéia, da Embraesp. De acordo com Cristina Aragoni, gerente comercial da Bolsa de Escritórios de São Paulo (Besp), outro fator que têm contribuído para o aquecimento do mercado, são os vencimentos dos contratos em 2006. "Em geral, os contratos de imóveis comerc i a i s s ã o d e t rê s a q u a t ro anos. Com os vencimentos, a demanda é por imóveis mais novos ou mais baratos. Minha percepção é de que os preços para locação caíram e isso está provocando um remanejamento para imóveis com o mesmo padrão, só que mais baratos", afirma. Em re-
O presidente da imobiliária CB Richard Ellis, Walter Luiz Monteiro Cardoso, por sua vez, confirma que o mercado de imóveis comerciais em São Paulo, passou por momentos difíceis de 2001 a 2004, quando começou uma recuperação lenta, em conseqüência do crescimento da economia. Mas o que ele destaca no cenário atual do setor é a presença de investidores estrangeiros, que estão comprando imóveis no Brasil. Segundo ele, houve um boom imobiliário nos Estados Unidos e no México. Agora os investidores estão se voltando para o Brasil. O presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis, José Augusto Viana Neto, por sua vez, chama a atenção para um nicho do mercado de imóveis comerciais, formado pelos multishoppings ou out let. São aqueles conjuntos tipo galeria, divididos em mini-espaços, onde se instalam lojas que vendem desde roupas a eletrônicos. Há vários instalados na Avenida Paulista e na Rua Augusta, E a tendência é se multiplicarem, porque os comerciantes dividem custos de manutenção e a atração de clientes é forte. Antônio Graça
2
Ambiente Compor tamento Urbanismo Transpor te
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
Em 15 dias, todas as 35 câmeras previstas deverão estar funcionando no Centro.
SURPRESA: LADEIRA PORTO GERAL SEM AMBULANTES
Newton Santos/Hype
Câmera espanta camelôs Equipamento instalado pela Guarda Civil Metropolitana começa a dar os primeiros resultados Flávia Gianini
Alberto reclama dos camelôs
A história da rua que virou torre de Babel
P
masculinas Oásis D. Nasri & or trás de cada balcão Filhos Ltda. Localizada no da 25 de Março é quinto andar de um prédio na possível observar hoje rua Comendador Abdo uma variedade de feições e Schaim, a loja já teve tempos nacionalidades: de olhos áureos, segundo um dos amendoados a puxados e de proprietários, Alberto Nasri, brancos a morenos. Em de 73 anos. "Dominávamos a comum entre todos os 25 de Março porque a comerciantes, a imigração. confecção de gravatas e Segundo o presidente da camisas era feita por nós, sob Univinco (União dos Lojistas medida. Com a chegada de da 25 de Março e produtos importados – de Adjacências), Miguel Giorgi preços desvalorizados – ficou Júnior, hoje a 25 de Março é muito difícil concorrer. Hoje uma torre de Babel. "Há coreanos, chineses, japoneses, revendemos gravatas, mas ainda confeccionamos as vietnamitas, judeus, árabes e camisas", disse. os nordestinos. Mas todo Estas mudanças fizeram a mundo se dá bem e se loja se modificar. De 10 salas, comunica", disse. restaram cinco, sendo que Mas quem fez história numa delas funciona a oficina mesmo na rua de maior de confecção comércio do de camisas País é a colônia masculinas. árabe, Nasri espera composta que o guia de pelos sírios, compras, que libaneses, Com a chegada de iraquianos, produtos importados – será lançado pela Univinco egípcios e de preços e On Line jordanianos, desvalorizados – ficou Editora em que chegaram muito difícil concorrer. novembro, ao Brasil no século 19. Alberto Nasri, atraia mais Muitos deles proprietário da Oásis D. lojistas fugiam do Nasri & Filhos Ltda interessados em comprar regime produtos de otomano (antiqualidade. "A cristão) e concorrência aqui está muito chegavam aqui com a difícil. Vendo gravatas a R$ esperança de ter uma vida 5,40, mas tem gente que melhor. Mesmo que para isso vende a R$ 2. Há muitos tivessem de trabalhar muito. turistas que, quando A maioria dos árabes que visitavam a região, aportou em São Paulo compravam aqui. Mas depois comprou lotes na rua 25 de que aumentou o número de Março, onde construíam ambulantes nas ruas, prédios conjugados: lojinhas embaixo e moradias no andar passaram a comprar nas barracas", afirmou. de cima. O comércio mascate Nome - A 25 de Março teve também era muito freqüente muitos nomes. Já foi chamada na colônia. As carroças viajavam da 25 de Março para de Sete Voltas (por causa das curvas do rio Tamanduateí), bairros distantes, como de rua da Várzea e até de rua Santana, para levar da Baixa de São Bento, por se mercadorias. Em 1901, localizar abaixo do Mosteiro existiam cerca de 500 de São Bento. Em 1865, a rua estabelecimentos se tornou oficialmente a 25 de administrados por árabes. Março, em homenagem à Muitos deles ainda se primeira Constituição mantêm na região, como a família Nasri, que administra, Brasileira, outorgada há 60 anos, a loja atacadista de por Dom Pedro I, em 25 de Março de 1824. (RT) gravatas e camisas
A
inda é cedo para afirmar, mas tudo indica que a instalação de câmeras de segurança no Centro signifique a primeira ação de sucesso da Prefeitura contra o comércio ambulante ilegal. Além do equipamento, a presença ostensiva da Guarda Civil Metropolitana (GCM) tem reduzido sensivelmente o número de camelôs. No meio da tarde de ontem, seis fiscais da Prefeitura conversavam numa ladeira Porto Geral livre de camelôs. A cena é bastante incomum para os freqüentadores da rua, que sobrevive da sua vocação para o comércio. Poucos metros abaixo, na esquina da ladeira com a 25 de março, mais cinco guardas-civis e a 26ª câmera instalada. A instalação começou no dia 31 de julho, com as primeiras treze câmeras de um total de 35 previstas. Em 15 dias, todas deverão estar funcionando. "Elas vão aumentar a segurança", afirmou, esperançoso, o gerente da loja Casa Georges, Bruno Sartori. Mesmo assim, o lojista mostra uma ponta de desconfiança. "Temo que não mude radicalmente. Agora, com a presença da Guarda, está bom. Mas quando ela sair, volta tudo ao normal", afirmou. E explicou: o "normal" é pedir licença aos camelôs estacionados na porta da sua loja, atrapalhando a vida dos clientes. Dilema – Para muitos camelôs trabalhar na informalidade é questão de sobrevivência. Luciano Santos, 33 anos, trabalhou como marceneiro registrado durante seis anos. Há cinco foi demitido e hoje é ambulante na 25 de Março.
Câmera da GCM instalada na rua 25 de Março: há dois dias não há camelôs na ladeira Porto Geral
Mesmo sem licença da Prefei- tubeia. "Depois que você é pego três vezes, se acostuma. Se tura, vende chaveiros. Santos garante que os ca- precisar, vou trabalhar em melôs atraem clientes para a outro lugar", disse. Carros – O fechamento da 25 de Março, e, consequentemente, beneficiam as lojas. 25 de Março para o tráfego de Mas criticou a fiscalização. veículos – medida tida como uma das solu"As pessoas ções para os vêm ao Cenproblemas da tro comprar. rua – é polêCom o movimico. Para almento da poguns lojistas, lícia, os clienDepois que você é a questão é tes vão embopego três vezes, se tão ou mais r a , p r e j u d iacostuma. Se precisar, p re o c up a n t e c a n d o vou trabalhar em quanto a preambulantes e outro lugar. sença dos calojistas", concluiu. O amLuciano Santos, 33 anos, m e l ô s . C obulante vencamelô na 25 de Março merciantes temem que as de em média restrições ao 40 chaveiros tráfego reduza por dia e fatuo movimento ra cerca de R$ 200. Desde que as câmeras fo- de clientes e dificulte a descarram instaladas, sua féria caiu ga de produtos. "O fechamento vai atrapalhar o movimenpara R$ 120. Questionado se a presença to, porque, sem alternativa, o das câmeras e o policiamento consumidor vai procurar um ostensivo vão atrapalhar local até onde possa chegar de seus negócios, Santos nem ti- automóvel", afirmou Sartori.
O presidente da União dos Lojistas da 25 de Março e Adjacências (Univinco), Miguel Giorgi Júnior, tem uma preocupação maior: para ele a saída dos carros pode provocar uma nova onda de invasão de camelôs. Segundo ele, nem mesmo os ambulantes legalizados querem o fechamento da rua ao tráfego de veículos. Eles também temem uma invasão de ilegais e uma consequente disputa por espaço espaço. "Temos que levar em consideração que o monitoramento por câmeras já é realidade e espero que isso ajude o controle e a fiscalização", disse Giorgi. O presidente da Univinco ainda aguarda uma solução definitiva para a questão dos camelôs na região. "Os ambulantes têm de ser legalizados e encaminhados a centros populares. Os lojistas aceitam eventuais propostas da Prefeitura, desde que haja um controle dos camelôs", completou Giorgi.
Hélvio Romero/AE
Tatuzão está chegando
A
mega escavadeira que será utilizada na construção da Linha 4 do metrô – Amarela, que ligará a Luz à Vila Sônia – já está chegando à capital. Na manhã de ontem, as 19 carretas que transportam o Tatuzão já haviam passado pelo ABC paulista. O fim da viagem, que começou terça-feira, no porto de Santos, deveria acontecer na madrugada de hoje, horário em que esse tipo de transporte é permitido.
Só BEBIDAS Promoções de Inverno
DC
Regina: mais movimento
Newton Santos/Hype
Importadas
SÓ bebidaS Nacionais
“MANIA DE VENDER BARATO”
Vinho Espanhol Riscal R$ 39,90
Vinho Chileno Casa Mayor R$ 19,90
Porca de Murça R$ 17,90
Vinho Italiano Chianti R$ 29,90
Lambrusco R$ 11,50
Vinho Francês Côtes du Rhône R$ 29,90
Vinho do Porto Senador R$ 27,90
Vinho Francês Cave de Ladac R$ 15,90
Vinho Italiano Gabia D´Oro R$ 13,50
Vinho Chileno Gato Negro R$ 17,90
Vinho Português Cartuxa R$ 64,90
Vinho Português Redondo R$ 29,90
Vinho Português Grand Jo R$ 25,50
Vinho Chileno Carta Vieja Carmenére/Cabernet
R$ 14,90
* preços para unidade na caixa.
ACEITAMOS CARTÕES DE CRÉDITO
PABX: 3106-9898 / 3112-0398 www.sobebidas.com.br
Pça. João Mendes, esquina c/ Rua Quintino Bocaiúva, 309 - Centro * BEBA COM MODERAÇÃO
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4 -.ESPECIAL
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
PA N O R A M A
Mercado vive bom momento
Divulgação
Crestanha, do Secovi: nos últimos anos, o governo voltou a acordar para o setor imobiliário
Viana Neto, do Creci: processo de crescimento, com grandes mudanças na oferta de crédito
mercado de imóveis voltou a crescer. Depois de um período de baixa, especialmente de 1980 a 1995, quando o financiamento reduziu drasticamente, por causa da inflação, dos vários planos econômicos, do fim do Banco Nacional de Habitação (BNH) e perda de renda da população, segundo avalia João Crestana, vice-presidente de incorporação imobiliária do Sindicato das Empresas de Compra Venda e Locação de Imóveis (Secovi). De fato, segundo dados do próprio Secovi, na cidade de São Paulo em 2003 foram vendidas 13.557 unidades; em 2004, o número saltou para 20.183 unidades; e em 2005, para 23.810 unidades, com crescimento de 18% sobre 2004. Já no período de janeiro a maio de 2006, foram vendidas 10.039 unidades, um crescimento de 16,4% sobre o mesmo período de 2005, quando se venderam 8.628 unidades. "Nos últimos cinco ou seis anos, o governo voltou a acordar para o setor imobiliário. O Banco Central, por exemplo, determinou que alguns recursos da poupança voltassem para o financiamento do mercado imobiliário, aumentando o volume de dinheiro", afirma Crestana. Ainda segundo dados fornecidos pelo Secovi, os financiamentos habitacionais para imóveis novos somaram R$ 4,14 bilhões de janeiro a junho de 2006. No mesmo período de 2005, foram R$ 2,03 bilhões. O aumento, portanto, foi de 103,7%. Outra iniciativa que estimulou o setor imobiliário foi a Lei 10.931, sancionada em agosto de 2004. A lei estabeleceu medidas que dão mais segurança aos agentes do segmento. Pelo lado do comprador, por exemplo, ele tem a garantia de que todos os recursos que desem-
O Divulgação
As vendas já superam em 16% os resultados do ano passado no mesmo período. Estabilização da economia e maior volume de crédito trazem otimismo
bolsa só podem ser aplicados na construção do imóvel que ele comprou. Já o agente financiador conta com alienação fiduciária, que lhe permite a retomada do imóvel em caso de inadimplência.
Luiz Prado/Luz
Antônio Graça
CRESCE OFERTA DE CRÉDITO Crestana cita ainda outro fator que está ajudando a turbinar o mercado imobiliário: a entrada de bancos internacionais no setor. "Os bancos internacionais estão trazendo a cultura de que o crédito imobiliário é uma das melhores carteiras de negócio. Na Espanha, por exemplo, mais da metade dos créditos oferecidos pelos grandes bancos são para o setor imobiliário", afirma. A percepção da evolução do presidente da Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (Creci), José Augusto Viana Neto, também é positiva. "Estamos em processo de crescimento, com grandes mudanças na oferta de crédito", afirma. Segundo ele, esta mudança está estimulando a construção. "O aumento de prazo máximo de financiamento, que passou de 15 para 20 anos, tanto nos bancos oficiais quanto privados, é um fator de incremento do mercado. Além disso, o limite de idade para obter financiamento, que era de 54 anos, aumentou. Agora, são 80 anos, somando o prazo de financiamento e a idade de quem o solicita". Neto lembra ainda que o limite de comprometimento da renda, que era de 25%, passou para 35%. E os percentuais que os bancos privados financiam passaram de 50% para 80% e, em alguns casos, até 100%. Neto lembra ainda que agora começou a haver concorrência entre bancos públicos e privados pelo financiamento imobiliário. "Antes era um nicho rejeitado. Agora os bancos infor-
O mercado vem passando por uma mudança no perfil dos novos empreendimentos, com unidades menores
matizaram o processo. Se antes um financiamento levada 90 dias para sair, hoje, pode sair em 15 dias", diz. Ainda segundo Neto, outro fator positivo foi a mudança no sistema de atualização da prestação, que cresce até o sétimo ano. Depois é decrescente e não há mais resíduo. "Antes, crescia o tempo todo e no fim do financiamento ainda havia um saldo", lembra. PERFIL DO IMÓVEL Se do ponto de vista das vendas o cenário é favorável, contemplando-se o lado da construção, os dados também indicam que a perspectiva é de retomada do crescimento, mas com mudanças no perfil das unidades lançadas. Segundo a Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), na cidade de São Paulo, de janeiro a junho de 2006, foram feitos 102 lançamentos, com 9.545 unidades. No mesmo período, de 2005 foram 149 lançamentos, com 9.194 unidades. Embora o número de lançamentos em 2006 seja menor, o número de unidades é maior. Segundo Luiz Paulo Pompéia, diretor da Embraesp, isto é um indicativo de uma mudança no perfil
do mercado, que começa a se voltar um pouco mais para a classe média. Se há mais unidades nos lançamentos é porque elas são menores. A mesma tendência pode ser observada quando se compara 2004 a 2005. Em 2004 foram feitos 408 lançamentos, com 22.550 unidades no município de São Paulo. Em 2005, 333 lançamentos, com 24.915 unidades. Até 2005, lançou-se muitos empreendimentos residenciais para a classe média alta. Em 2006, começa a haver uma retomada de lançamentos para a classe média e mesmo classe média baixa. "É embrionário, mas já começam os empreendimentos de 2 dormitórios, voltado para a classe média. Em toda a história, desde 1977, nunca se produziu tão pouco unidades de 2 dormitórios. Ao mesmo tempo, nunca se produziu tantas unidades de 4 dormitórios", afirma Pompéia. O mercado, portanto, precisa de um auto-ajuste, sob penas de não vender o que tem, por excesso de oferta, e não vender o que tem demanda por falta de produto. Se para a classe média e classe média baixa começa a haver, ainda que embrionariamente, uma maior atenção por parte
dos empreendedores e inclusive dos bancos, que começam a pôr em foco este segmento, as casas populares ainda continuam a ser o nó do setor. Estima-se que São Paulo tenha um déficit habitacional em torno de 1 milhão de residências, claro que concentrado nas camadas de menor poder aquisitivo. Embora os projetos populares sejam a maior demanda do mercado, é nesse nicho que estão os maiores obstáculos para atendê-la. Segundo Crestana, do Secovi, os financiamentos da CEF não são adequados para produção de imóveis populares, entre outros motivos, porque são muito burocratizados e privilegiam mais as reformas do que propriamente a construção de habitações populares. Apesar de problemas como este, o setor imobiliário ganha força e continua sua trajetória de consolidação. Em 2005, cinco incorporadoras entraram para o mercado de capitais, colocando ações na Bolsa de Valores de São Paulo. Como as empresas têm que passar por todo um processo de auditagem pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), seu desempenho econômico e financeiro fica mais transparente. Portanto, passa a ser um novo meio para o comprador avaliar de quem está adquirindo um imóvel em construção. "Também é um forma dessas empresas se capitalizarem, fazendo novos investimentos e permitindo que esta riqueza se reproduza", avalia Pompéia, da Embraesp.
DIÁRIO DO COMÉRCIO
4
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
Internacional
Chávez: um mundo livre do controle dos EUA...
É imoral Israel lançar bombas de dispersão Jan Egeland, chefe de Assuntos Humanitários da ONU
Louai Beshara/AFP
Bashar Assad (na foto ao lado, à esquerda) e Hugo Chávez (na foto, à direita): fortes laços e contra os Estados Unidos
Hugo Chávez, presidente da Venezuela, e Bashar Assad, líder da Síria, dois fortes opositores dos Estados Unidos, se encontram e falam em construir um mundo livre do jugo norte-americano. Na capital síria, Chávez diz que ambos farão frente aos EUA. Líbano no período pós-guerra", disse Assad em entrevista coletiva que se seguiu à reunião com Chávez. O líder sírio acrescentou que Síria e Venezuela estão empenhadas em obter dos Estados Unidos um cronograma para a retirada dos soldados americanos do Iraque. Também anunciou que seu país apoiará a candidatura da Venezuela a uma vaga não-permanente no Conselho de Segurança da ONU. Os EUA apóiam a Guatemala para a vaga. Às turras – Tanto a Síria quanto a Venezuela vivem às turras com o governo do presidente americano, George W. Bush. A Casa Branca pressionou Assad a retirar, em 2005, as tropas sírias do Líbano havia 16 anos. Também cobra do governo sírio o combate ao contrabando de armas para o gru-
po Hezbollah, que atua no sul do Líbano contra Israel. Ao chegar ao aeroporto de Damasco, na última terça-feira, Chávez disse que os dois países concordaram em fazer frente aos Estados Unidos. "Temos a mesma visão política e iremos resistir juntos à agressão imperialista americana", afirmou. Fotos dos dois presidentes foram espalhadas pelas ruas do centro de Damasco. A caminho do encontro com Assad, Chávez passou de carro por milhares de sírios que agitavam bandeiras venezuelanas. Os dois líderes, sobre um tapete vermelho, entraram no Palácio do Povo, com saudação de salva de balas de 21 armas. Sob os olhares de Chávez e Assad, representantes dos dois países assinaram 13 acordos políticos e econômicos.
Laços – Chávez criou fortes laços com o Irã, a Síria e outras nações do Oriente Médio, enquanto suas relações com os EUA e Israel têm se tornado tensas. O presidente venezuelano disse recentemente que as ações de Israel no Líbano eram comparáveis às de Hitler, e retirou o embaixador da Venezuela de Israel. O Estado judeu respondeu retirando seu embaixador da Venezuela e criticou o que chamou de "política unilateral" de Hugo Chávez. Perguntado sobre a visita de Chávez à Síria, o porta-voz do governo americano, Tom Kasey, afirmou que o líder venezuelano deveria lembrar Damasco do pedido da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre suas obrigações internacionais de prevenir o recebimento de armas por parte do Hezbollah. (AE)
...mas não mexam no golfe
O
governo venezuelano rechaçou a expropriação de campos de golfe ordenada pelo prefeito de Caracas, alegando que a medida pode infringir normas constitucionais e legais. Por meio de um comunicado, o vice-presidente, José Vicente Rangel, disse que o governo nacional não compartilha da decisão adotada e que o presidente Hugo Chávez (em viagem à Síria) respeita e "faz respeitar o ordenamento legal vigente e rechaça qualquer tentativa de debilitar, venha de onde vier, o estrutura do Estado de Direito". (AE)
Eric Gaillard/Reuters
O
presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e o da Síria, Bashar Assad, estão dispostos a cooperar para a "construção de um novo mundo, livre do domínio americano". "Decidimos ser livres. Queremos um novo mundo, no qual a autodeterminação dos Estados e das pessoas seja respeitada", disse Chávez após um encontro de duas horas e meia, ontem, com Assad "O interesse do imperialismo é controlar o mundo, mas evitaremos isso, apesar de toda pressão e agressão." "As posições do presidente Chávez são bem conhecidas: apoio à Síria na reconquista de seus territórios (as Colinas de Golan, ocupadas por Israel em 1967); apoio ao povo palestino na criação de um Estado independente; e desejo de ajudar o
UMA PAUSA ANTES DA RECONSTRUÇÃO – Um grupo de soldados franceses do corpo de engenheiros da Legião Estrangeira, enviados ao sul do Líbano para ajudar na reconstrução de casas e prédios destruídos pelos bombardeios de Israel durante os 34 dias de confronto, fazem uma pausa em uma praia na cidade de Damour, no sul de Beirute. Os soldados, 200 ao todo, estão separados dos franceses que seguiram para o Líbano para engrossar o contingente da força de paz da ONU.
ONU SE REUNIRÁ PARA DISCUTIR POSSÍVEIS SANÇÕES AO IRÃ s grandes potências A mundiais devem se encontrar, na próxima
semana, para começar a discutir uma resolução com sanções ao Irã, se Teerã continuar desafiando o Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) e não aceitar o pedido para que suspenda os trabalhos de enriquecimento de urânio, informou, ontem, o Departamento de Estado
norte-americano. O porta-voz Sean McCormack disse que a expectativa é de que o Irã não cumpra as exigências. As discussões sobre os termos específicos para uma possível resolução da ONU em relação às sanções estariam marcadas para serem realizadas na sede do organismo em Nova York, entre o embaixador americano John Bolton e os outros membros do CS.
Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Teerã continuou a enriquecer pequenas quantidades de urânio até a noite da última terça-feira, apesar de o prazo dado pela ONU terminar hoje. O país alega que os trabalhos têm fim pacífico e não para a construção, no futuro, da bomba atômica, como acusam os Estados Unidos. (Agências)
MÉXICO EM ALERTA
CAMISETA VETADA
m alerta foi acionado, U ontem, no México entre a cidade portuária de Lázaro
m árabe ativista dos U direitos humanos afirmou, ontem, que foi
Cárdenas, no norte, a Cabo Corrientes, no sudoeste, por conta do furacão John, que alcançou a categoria 4 em uma escala que vai até 5, segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos. Furacões de escala 4 podem arrancar árvores, telhados e provocar ondas de quatro a cinco metros acima do normal. (AE)
Ó RBITA EXPLOSÃO Uma bomba em uma lixeira num um balneário da Turquia deixou uma pessoa ferida, ontem
impedido, em 12 de agosto, de tomar um avião no Aeroporto Internacional JFK, em Nova York, por vestir uma camiseta com a frase "Não nos calaremos" em inglês e árabe. Raed Jarrar, que tem descendências palestina e iraquiana, disse que, oficiais o pararam no embarque e disseram que ele não poderia voar usando a camiseta. (AE)
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
Nacional Empresas Finanças Empreendedor
DIÁRIO DO COMÉRCIO
9 O cadastro positivo será feito por medida provisória a ser editada na próxima semana. Guido Mantega
REDUÇÃO DA SELIC ESTIMULARÁ CRESCIMENTO
CORTE FOI MAIS OUSADO QUE O ESPERADO POR ECONOMISTAS, QUE APOSTAVAM EM 0,25 PONTO PERCENTUAL
COPOM SURPREENDE: SELIC CAI 0,5 PONTO
O
Comitê de Política M o n e t á r i a ( C opom) cortou ontem a taxa de juros em 0,5 ponto percentual, para 14,25% ao ano. O corte foi mais ousado do que esperava a maioria dos economistas de mercado. Para alguns, a queda generosa pode ser mais uma preparação para uma notícia ruim: os dados sobre o crescimento da economia no segundo trimestre do ano, que serão divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número mostrará um crescimento mais brando do que no primeiro trimestre, segundo antecipou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Por esse raciocínio dos analistas, o juro em queda indicará que há espaço para um crescimento mais forte à frente. É uma tentativa de contrabalançar o desempenho ruim da economia em meados deste ano, principalmente em junho. O dado do IBGE certamente será explorado pela oposição. Mais grave do ponto de vista dos economistas, porém, é que ele pode "desanimar" decisões de investimento. O juro em queda, por sua vez, teria um efeito contrário sobre a expectativa dos empresários. O Copom vem cortando os juros a um ritmo de meio em meio ponto percentual desde maio, mas a expectativa era de que haveria uma "freada" nos cortes na reunião de ontem. Os economistas haviam chegado
a essa conclusão depois de ler a ata da reunião anterior do Comitê, em que os diretores do Banco Central (BC) falavam em "maior parcimônia" na queda dos juros. Por isso, a aposta majoritária entre os analistas era de 0,25 ponto. "Avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu por unanimidade reduzir a taxa Selic para 14,25%, sem viés", disse o comunicado divulgado pelo BC.
14,25 por cento é a nova taxa básica de juros, após o 10º corte consecutivo, o mais longo ciclo de quedas desde a criação do Comitê do BC
Com o corte de ontem, e considerando a inflação projetada pelo mercado segundo a pesquisa Focus, que será de 4,51% nos próximos 12 meses, a taxa real de juros no Brasil cairia para 9,74%. Por esse cálculo, seria a menor taxa real desde 2004. Esse foi o décimo corte consecutivo da Selic. Em agosto de 2005, a taxa estava em 19,75%. A redução dos juros de lá até agora foi de 5,5 pontos percen-
tuais, no mais longo ciclo de quedas desde a criação do Comitê. A próxima reunião do Copom será nos dias 17 e 18 de outubro, e a ata da reunião de ontem será divulgada no próximo dia 8 de setembro. Repercussão – O corte nos juros foi comemorado pelo líder do PT na Câmara, Henrique Fontana. "Reduzir a taxa de juros para o nível mais baixo dos últimos 10 anos é uma demonstração da solidez da política econômica do governo." Já o diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo, disse que "a decisão do Copom de reduzir em 0,5 ponto a taxa Selic justifica-se pelo nível de inflação estar abaixo da meta estipulada e pelo nível de atividade continuar fraco. A manutenção de quedas de 0,5% a cada reunião dá esperança de que o juro brasileiro chegue a um nível mais adequado no próximo ano". A exemplo dele, entretanto, o setor produtivo ainda não está satisfeito. O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Eduardo Moreira Ferreira, pediu cortes mais ousados. "O ritmo contido da atividade econômica e as projeções cada vez mais consensuais acerca do cumprimento, com folga, das metas de inflação para 2006 e 2007 permitem concluir que os juros reais seguem em patamar excessivamente elevado", avaliou Moreira Ferreira. (AE)
CMN adotará cautela sobre spread
A
s medidas em estudo pelo governo para incentivar a redução do spread bancário devem ser menos ambiciosas do que o inicialmente previsto. A sinalização foi dada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que se encontrou ontem com representantes dos bancos. Após participar de um almoço organizado pela Confederação Nacional das Instituições Financeiras, Mantega afirmou que, na reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN) na próxima terçafeira, a questão da portabilidade do crédito consignado será tratada com cautela. O ministro acrescentou que o tema será discutido pensando apenas no fluxo e não no estoque de financiamentos dessa modalidade de crédito, que
prevê desconto em folha de pagamento. "O crédito consignado já liberado foi negociado, o banco pagou comissão, então isso é mais complicado. Daqui para a frente será mais fácil." A defesa para que a portabilidade do crédito seja permitida somente nas novas operações foi feita pelo presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e também do Bradesco, Márcio Cypriano. "Os pequenos e médios bancos, por exemplo, têm uma despesa inicial muito grande para fazer as operações de captação, depois não conseguem recuperar antes de três, quatro, cinco, seis ou 12 meses", afirmou Cypriano, que também participou do almoço. Cadastro positivo – O consenso entre governo e bancos está na criação do cadastro po-
sitivo, base de dados do sistema financeiro com bons pagadores (veja mais na página 6), e na portabilidade de salários e aposentadorias. Mantega disse que o cadastro positivo será feito por medida provisória a ser editada na próxima semana. Mantega acenou ainda que a portabilidade do crédito imobiliário poderá ficar fora da pauta da reunião do CMN. Outras medidas em estudo incluem o consignado imobiliário e a redução do custo de financiamentos para habitação. Chegou-se a falar em eliminação da Taxa Referencial (TR) nesses empréstimos. "A idéia não é eliminar a TR; é torná-la facultativa, de modo a permitir que as instituições financeiras que queiram dar um crédito a taxas fixas possam não utilizar a TR", disse Mantega. (Reuters)
10
Nacional Finanças Empresas Tr i b u t o s
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
A cidade de Holambra foi fundada por imigrantes holandeses, que resgatam as antigas tradições na ExpoFlora.
CIDADE DETÉM 40% DA PRODUÇÃO DO PAÍS
COMEÇA HOJE A 25ª EDIÇÃO DA EXPOFLORA, MAIOR FEIRA DE FLORES E PLANTAS DA AMÉRICA LATINA
HOLAMBRA MOSTRA TENDÊNCIAS EM FLORES
H
olambra, cidade do interior paulista, abre hoje a 25ª edição da Expoflora, a maior mostra de flores e plantas da América Latina. O tema é "Flores, moda e tendências". Com isso, a organização quer mostrar o que está em evidência e os atuais caminhos dos arranjos florais e dos materiais usados na decoração de ambientes. A feira deve receber 300 mil pessoas — em 2005 foram 293 mil — e fechar R$ 15 milhões em negócios. De acordo com o coordenador-geral da mostra, Paulo Fernandes, a grande tendência é a reciclagem de materiais e suportes. "É uma corrente muito forte. As pessoas dão preferência aos materiais ecologicamente corretos." A tulipa, que entrou no mercado há apenas quatro anos, é a vedete. Dificilmente há definição precisa de até quando um tipo de flor ou planta vai encabeçar a lista dos mais procurados. Apesar disso, produtores trabalham incessantemente em busca de novidades. No caso da tulipa, a Terra Viva, maior produtora da espécie em Holambra, ampliou a área destinada ao cultivo de 2,5 mil metros quadrados, em 2005, para 3,5 mil em 2006. Segundo José Ricardo de Sousa, gerente de produção da empresa, a comercialização de tulipas chegou, no ano passado, a 800 mil bulbos no mercado interno e 1,2 milhão de bulbos para a exportação. Este ano, a
Marcos Peron/Virtual Photo
Terra Viva estima produção de 2,4 milhões de bulbos. Exposição — A área da exposição de flores e plantas foi remodelada e ganhou arquitetura holandesa. Uma equipe de 20 profissionais comandados pelos paisagistas e decoradores Jan Willem van der Boon e Jessica Drost vai utilizar aproximadamente 250 mil hastes de flores de corte e cerca de mil diferentes espécies para a criação das vitrines e ambientes que formam a decoração temática da Expoflora 2006.
15 milhões de reais deve ser o movimento da edição de 2006 da Expoflora, feira que deve receber 300 mil visitantes. Entre as atrações, a feira manteve as tradicionais Parada das Flores e a Chuva de Pétalas de Rosas, que acontecem todos os dias. São lançadas, de helicóptero, 150 quilos de pétalas de rosas na área de exposição. A "chuva" consome diariamente 18 mil rosas. Além da parada e da chuva de pétalas, a Expoflora terá grupos de danças típicas, que reúnem cerca de 300 morado-
res de Holambra. O grupo musical Família Lima vai se apresentar nos dias 2, 3, 7 e 23 de setembro, às 18h, logo após a Chuva de Pétalas de rosas. Nos 250 mil metros quadrados da área ocupada pelo evento este ano estarão montadas duas praças de alimentação com 16 lanchonetes e cinco restaurantes (que oferecem aos visitantes da feira de fast food a comidas típicas holandesas), estacionamento com capacidade para 5 mil veículos, posto de atendimento médico, sanitários, fraldário, bebedouros, postos de informação, caixas eletrônicos e também lojas de presentes. Nos três pavilhões de exposição podem ser encontrados de artesanato a produtos industriais e para decoração, além de móveis e utensílios domésticos, e um Garden Center com aproximadamente 200 espécies de plantas e flores. Com 10 mil habitantes, Holambra é hoje responsável por 40% do comércio nacional e por 80% das exportações brasileiras de flores e plantas. A edição deste ano da Expoflora começa nesta quinta-feira e vai até o próximo dia 24 de setembro. A exposição fica aberta ao público das 9h às 19h de quinta a domingo. A cidade, da região de Campinas, fica a 140 quilômetros de São Paulo. Para entrar na Expoflora o visitante paga R$ 20. Crianças de até 5 anos não pagam ingresso na feira.
Chuva de pétalas na abertura da Expoflora, em Holambra: tulipas devem ser as vedetes da temporada. Fotos: Divulgação
Mário Tonocchi
As listras de cor azul-marinho do estilo navy e a mistura de cores são as principais influências da primavera-verão 2007
Flores tropicais em alta
Shortinhos são o hit de 2007
Mistura de rendas e tricôs
Empresários de Cabo Frio formam pólo de moda praia
O
primeiro dia da Fashion Beach Cabo Frio 2006 foi tão tranqüilo quanto o mar que podia ser admirado na Praia do Forte, que fica em frente ao local onde acontece a segunda edição do evento. Poucas pessoas andavam entre os estandes, que exibiam a moda que será usada nas praias na estação quente, incluindo sacolas, vestidinhos e até peças para quem gosta de ginástica. Participam do Fashion Beach 60 empresas, 40% a mais do que no ano passado. A expectativa é de que a geração de negócios cresça 20%, atingindo os R$ 2 milhões. "O objetivo principal é fazer com que Cabo Frio seja conhecido dentro e fora do País como pólo criador de moda praia. Queremos conquistar um maior número de compradores qualificados",
disse a gestora do projeto de desenvolvimento do Arranjo Produtivo Local de Cabo Frio e região do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) do Rio de Janeiro, Cláudia Magalhães. Apoio – Os empresários da região dos Lagos, que inclui Cabo Frio, Arraial do Cabo e Búzios, recebem apoio do Sebrae para profissionalizar a produção. Em cinco anos, 80% deles tiveram orientações sobre preço, qualidade e design, segundo o gerente regional do Sebrae-RJ, Sérgio Tostes. Segundo ele, "a profissionalização do produto é a melhor forma de gerar renda, emprego e arrecadação de impostos". A região de Cabo Frio, de onde vêm os empresários da feira, fabrica 2 milhões de peças ao ano. O faturamento chega aos R$ 60 milhões e 90% desse va-
lor são de vendas no varejo. Tendência – As novidades na passarela da Fashion Beach seguem a tendência da moda urbana – as cores preto e branco predominam, além dos florais e do estilo navy, com azul, vermelho e branco. Mas há o diferencial de cada grife – os biquínis e maiôs com estampa militar, com miçangas e vidrilhos, de oncinha, com fuxicos. A Enseada mostrou maiôs bem-comportados. Os biquínis seguiram o estilo marinheiro. A Aquatilis Biknina inovou com xadrezes, jeans e cores fortes. A Side Board relembrou as blusinhas de um ombro só. A Little Splash deixou dúvida: short pequeno ou biquíni grande? A Ginga Brasil estendeu a estampa florida para as sungas masculinas. A Q Onda misturou crochê e lycra. Neide Martingo
DIÁRIO DO COMÉRCIO
8 -.ESPECIAL
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
VIDA HIGH TECH
Tecnologia muda rotina doméstica Marcelo Min/AFG
Antes restrito à poucos endinheirados, a automação residencial começa a ficar mais acessível e cai no gosto da classe média terísticas da residência. No mercado, entretanto, pode-se encontrar projetos de R$ 3 mil a R$ 30 mil entre os que estão com preços mais em conta. Uma boa central de automação custa a partir de US$ 2 mil. Já na fase de projeto e construção de uma residência, a aplicação da automação residencial fica em média entre 3% e 5% do valor do imóvel. ILUMINAÇÃO
mercado de automação residencial brasileiro deve crescer entre 25% e 30% este ano, segundo estimativas da Associação Brasileira de Automação Residencial (Aureside). O aumento da demanda de sistemas inteligentes para casas e apartamentos reflete o desenvolvimento e a disseminação de novas tecnologias, que reduziram custos de implantação de novos projetos. O que até pouco tempo estava restrito a uma pequena parcela da população, com muito dinheiro, hoje está, cada vez mais, conquistando um novo nicho de mercado, a classe média. Para o presidente da Aureside, Thales Cavalcanti, também contribui para o aumen-
O
to do mercado de automação a busca por sistemas integrados de segurança. "Além disso, começa a chegar ao mercado comprador de imóveis uma geração que está intimamente ligada à tecnologia, que aceita muito bem a automação residencial", observou o presidente da Associação. Entre os sistemas de segurança mais procurados estão o de fechadura com biometria o n d e a i m p re s s ã o d i g i t a l substitui a chave - e o que reproduz a imagem das câmeras externas de segurança em todas as tevês da residência. Os custos dos projetos realizados por empresas especializadas, de acordo com Cavalcanti, só podem ser medidos a partir das solicitações de cada cliente, de acordo com as necessidades e carac-
Conheça a casa mais inteligente do mundo Ela pertence a Bill Gates, cofundador da Microsoft, e custou cerca de R$ 50 milhões. Lá, tudo é automatizado e controlado por computadores
ill Gates, o homem mais rico do mundo e co-fundador da Microsoft, é um entusiasta da casa do futuro. Sempre quando dá alguma palestra, ele sempre retoma o tema. Para ele, tudo estará integrado e o cérebro da casa será um PC rodando o sistema operacional Windows. A geladeira saberá quais alimentos estão no seu interior e avisará se algum produto acabar ou estiver com o prazo de validade vencido; a iluminação irá se adequar ao horário e à quantidade de luz do ambiente externo; quando o proprietário chegar, a banheira estará pronta para o banho e a sua música preferida
B
estará tocando. Quase tudo isso já acontece em sua casa, que talvez seja a mais famosa e mais inteligente do mundo. Ela fica em um imenso bosque, às margens do lago Washington, entre Seattle e Redmond, onde fica a sede da empresa. Ela teria custado mais de US$ 50 milhões. Logo na entrada, sistemas biométricos reconhecem os visitantes, baseados em leitura da íris ou da digital. A pessoa cadastrada recebe um dispositivo, que faz com que ela seja reconhecida pelo ambiente. Assim, ao entrar em uma sala, luzes de diodo irão acender e a sua música preferida irá tocar. Nas paredes, telas de LCD irão mostrar quadros de preferência do visitante. Os controles de iluminação e ar-condicionado obedecem ao comando de voz. INTEGRAÇÃO Tal qual nos filmes de ficção, a comunicação está disponível em toda a parte. Qualquer chamada telefônica, seja ela externa de telefone fixo ou celular, e interna, poderá ser atendida de qualquer cômodo da casa sala, quarto, cozinha, banheiro etc. Da mesma forma, tudo é integrado, seja telefone, computador, televisão. Assim, é
Beyond iCEBOX: central de entretenimento para cozinha, que reúne tevê, DVD, toca CD e acesso banda larga
INTEGRAÇÃO A automação residencial é um sistema voltado principalmente para a comodidade e segurança aumentando a eficiência da residência. Os sistemas atuais controlam a iluminação, o entretenimento, a temperatura ambiente, segurança e telecomunicações. Tudo com a possibilidade de ser centralizado em um único sistema de controle. É a integra-
ção e racionalização dos sistemas de uma residência. Também pode automatizar áudio e vídeo, irrigação de jardins e aspiração central, por exemplo. Entre outras coisas, uma residência automatizada pode encher a banheira e aquecer a água até uma determinada temperatura à espera do proprietário do imóvel. Para isso, o dono telefona para a central de controle e determina a ação por meio de códigos. Com controles remotos pode-se, ainda, acionar a cafeteira a distância enquanto a pessoa está no banho, pela manhã. Na área de segurança, o morador pode monitorar a casa via internet. O dono também pode receber, por e-mail ou ligação celular, um aviso da residência no caso de invasão de estranhos, vazamentos ou princípios de incêndio. Outra ação do sistema pode ser abrir e fechar as cortinas por controle remoto. MERCADO Estima-se que, somente nos Estados Unidos, o mercado de automação residencial deva movimentar US$ 250 bilhões nos próximos anos. No mundo, os números podem chegar a US$ 1 trilhão. De olho nesse dinheiro, empresas globais como Microsoft, Intel, Motorola e Cisco estão, neste momento, empenhados em criar projetos próprios para a chamada "casa do futuro". As empresas, entretanto, ainda estão definindo qual será a tendência do consumidor para a aquisição de novas tecnologias voltadas para a automação. Mário Tonocchi
Divulgação
Muratori: as construtoras estão sendo pegas de surpresa por esse movimento, pois até há pouco tempo não havia essa demanda
O investimento de R$ 13 mil na automação da casa, em Campinas, interior de São Paulo, valeu cada centavo, diz a engenheira de alimentos Marília de Oliveira Santos. De acordo com ela, a instalação de uma central inteligente, que controla 40 zonas de luz, entre interruptores e dimmers, possibilita a criação de 20 combinações de iluminação cenográfica sem apagar e acender luzes pela casa. Na programação, a engenheira montou um ambiente especial para jantares com o marido e para receber visitas na sala de estar. O próximo passo de Marília será a instalação de sistemas de segurança e de controle sem fio de equipamentos da casa, como o aparelho de som e o home theater. Ela também quer controlar o ascender e apagar das luzes de casa a distância, o que é possível, hoje, com os sistemas de automação integrados ao telefone celular. "É um investimento no meu conforto e segurança que vou manter, apesar dos custos", disse. Para o proprietário da ZWave, empresa de automação residencial de São Paulo,
José Roberto Muratori, esse mercado ainda está dando seus primeiros passos e só tende a crescer daqui para frente. "Até pouco tempo atrás, era voltado para um público muito seleto pelos custos de implantação. Hoje já conseguimos fazer um projeto para um apartamento de 90 metros quadrados com preço adequado a esse público. Mas ainda estamos tentando quebrar uma barreira. As pessoas ainda acreditam que automação é coisa para quem tem muito dinheiro. Isso já é coisa do passado", afirmou o empresário. Segundo Muratori, muitos novos casais que estão à procura do primeiro apartamento ou casa já pensam no negócio incluindo a automação ou, no mínimo, verificando a viabilidade de instalação de todos os componentes tecnológicos atuais. "As construtoras estão, inclusive, sendo pegas de surpresa por esse movimento, por essa gente que está chegando ao mercado agora. Até há pouco tempo não havia a preocupação de oferecer sistemas automatizados nos condomínios", observou o empresário.
possível fazer consultas a sistemas de controles e à internet de qualquer terminal. Além dos computadores que controlam todas as funções da casa, como comunicação, segurança, energia, temperatura etc., um servidor especial é dedicado ao entretenimento, armazenando todas as músicas, filmes, shows, vídeos, fotos e programas de televisão da família, que podem ser acessados e exibidos em qualquer um dos telões e displays da casa. Todo os equipamentos são conectados em uma rede interna híbrida, com tecnologias Wi-Fi, Bluetooth e cabos convencionais. REALIDADE A empresa norte-americana Salton possui uma linha de equipamentos inteligentes c h a m a d a B e y o n d ( w w w. b e y o n dc o n n e c te d h ome.com), que pode ser integrada, utilizando o Windows CE. O Beyond iCEBOX é uma central de entretenimento para ser instalada em cozinhas de casas inteligentes, reunindo tevê, DVD, rádio, toca CD e acesso à internet por banda larga. As informações e o vídeo são apre-
sentados em uma tela de cristal líquido, sensível a toque. O equipamento ainda permite monitorar câmeras de vigilância espalhadas pela casa. Com ele, a dona de casa moderna pode ver filmes ou fazer compras pela internet em um único equipamento. Custa entre US$ 1.500 e US$ 2 mil, dependendo da versão. Com o Beyond Microwave Oven, preparar diversos tipos de prato ficou mais rápido e simples. O aparelho lê o código de barras da embalagem do alimento e sabe como preparálo. São mais de 4 mil códigos armazenados em sua memória e o usuário pode adicionar o próprio programa, de acordo com a sua preferência. Outra vantagem é que, como ele faz tudo automaticamente, nem é preciso saber programar ou instalar qualquer acessório adicional. Além deles, a linha Beyond possui uma cafeteira e uma máquina de fazer pão, também inteligentes. Para deixar a casa sempre limpa, a LG desenvolveu o Robot Cleaner, modelo V-R4000. Ele se movimenta com precisão, por meio de inúmeros sensores embutidos, que dirigem
Robot Cleaner, da LG: é só ligar para ele ir limpando a casa. Diversos sensores internos evitam que o robô bata nas mobílias ouque caia de uma escada
o aparelho em vários modos, tais como o Gyro-Matrix, Variable-Matrix e o Espiral, dependendo do espaço. Esta característica exclusiva assegura capacidade de movimentar-se pela casa sem esbarrar em qualquer peça de mobília. Por meio de marcadores infravermelhos externos, é possível limitar o seu campo de ação. Um concorrente muito parecido é o iRobot Scooba (www.irobot.com), um robô desenvolvido para lavar e aspirar o chão. Movido à bateria recarregável, ele é capaz de voltar automaticamente à sua base para recarga quando a bateria estiver fraca. Sensores guiam o aparelho para não bater em obstáculos e para que ele não caia de escadas. Carlos Ossamu
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
ECONOMIA/LEGAIS - 11
METROPOLITAN LIFE SEGUROS E PREVIDÊNCIA PRIVADA S.A. CNPJ nº 02.102.498/0001-29 Rua Flórida, nº 1595 – 8º andar – Brooklin – CEP 04565-001 – São Paulo-SP – Tel.: (11) 5501-9700 – Fax (11) 5501-9732 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de Vsas. as Demonstrações Financeiras, relativas ao semestre findo em 30 de junho de 2006, bem como as notas explicativas e parecer dos nossos auditores independentes A Metropolitan Life, subsidiária da MetLife Inc., a maior companhia dos Estados Unidos em seguros de vida, iniciou suas atividades no Brasil no ano de 1999 com a missão de se tornar sinônimo de proteção financeira para as famílias brasileiras. Com experiência internacional de mais de um século no mercado de seguros e previdência, e acreditando no potencial de desenvolvimento do Brasil, a Metlife reafirma seu compromisso de continuar investindo no país de maneira constante. Neste período, a Metropolitan Life fez investimentos através de aumentos de capital que totalizaram R$ 53,4 milhões.
A Seguradora apresentou crescimento no primeiro semestre superior ao apresentado pelo mercado no mesmo período. A receita de prêmios retidos foi de R$ 155,8 milhões, 38% superior ao mesmo período de 2005, de R$ 112,9 milhões, atingindo a participação de mercado de 3,6%. No que diz respeito à distribuição, a Seguradora reafirma seu foco no canal Corretor, além das parcerias com bancos e outras instituições financeiras, aproveitando as oportunidades advindas da transação que envolveu a aquisição da seguradora do Citigroup no Brasil, em julho de 2005, pelo Grupo MetLife. O resultado do período foi fortemente influenciado pela constituição de reservas de IBNR e insuficiência de prêmios para alguns segmentos de negócios. A estratégia para estes
BALANÇOS PATRIMONIAIS LEVANTADOS EM 30 JUNHO DE 2006 E DE 2005 (Em R$ Mil) ATIVO CIRCULANTE Disponível Caixa e bancos Aplicações Títulos de renda fixa - privados Títulos de renda fixa - públicos Quotas de fundos de investimento Outras aplicações (–) Provisão para desvalorização Créditos das operações com seguros e resseguros Prêmios a receber Operações com seguradoras Operações com resseguradoras Outros créditos operacionais (–) Provisão para riscos de créditos Títulos e créditos a receber Títulos e créditos a receber Créditos tributários e previdenciários Outros créditos Outros valores e bens Outros valores Despesas de comercialização diferidas Seguros e resseguros REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Aplicações Títulos de renda fixa - privados Títulos de renda fixa - públicos Outras aplicações Títulos e créditos a receber Créditos tributários e previdenciários Depósitos judiciais e fiscais Títulos e créditos a receber PERMANENTE Investimentos Participações societárias Imobilizado Imóveis Bens móveis Outras imobilizações (–) Depreciação Diferido Despesas de organização, implantação e instalação (–) Amortizações
TOTAL DO ATIVO
PASSIVO CIRCULANTE Contas a pagar Obrigações a pagar Impostos e encargos sociais a recolher Provisões trabalhistas Provisão para impostos e contribuições Outras contas a pagar Débitos de operações com seguros e resseguros Operações com seguradoras Operações com resseguradoras Corretores de seguros e resseguros Outros débitos operacionais Depósitos de terceiros Provisões técnicas - seguros e resseguros Ramos elementares e vida em grupo Provisão de prêmios não ganhos Provisão de insuficiência de Prêmios Sinistros a liquidar Provisões de sinistros ocorridos mas não avisados Vida com cobertura de sobrevivência Provisão matemática de benefícios a conceder Provisão de excedente financeiro Provisão de eventos ocorridos mas não avisados Provisão de benefícios a regularizar Outras provisões 105.861 74.301 95.322 65.620 Provisões técnicas - previdência complementar Planos não bloqueados 3.976 – Provisão matemática de benefícios a conceder 91.346 65.618 Provisão de riscos não expirados – 2 Provisão de oscilação de riscos 10.539 8.681 Provisão matemática de benefícios concedidos 473 474 Provisão de insuficiência de contribuição 4.675 4.336 Provisão de benefícios a regularizar 5.391 3.871 Provisão de eventos ocorridos mas não avisados Outras provisões 33.298 33.409 985 985 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 985 985 Contas a pagar Provisão para tributos diferidos 3.825 3.465 522 522 Outros passivos contingentes Contingências fiscais 6.564 5.603 Contingências trabalhistas 86 86 Contingências cíveis (3.347) (2.746) Outras contingências 28.488 28.959 45.100 40.099 PATRIMÔNIO LÍQUIDO (16.612) (11.140) Capital social Aumento de capital (em aprovação) Reservas de reavaliação Ajustes de títulos e valores mobiliários Prejuízos acumulados 422.841 320.225 TOTAL DO PASSIVO As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras 30/06/2006 30/06/2005 283.682 212.515 5.707 3.237 5.707 3.237 215.137 163.007 131.978 94.295 31.027 38.292 52.132 30.477 – 23 – (80) 58.542 43.502 39.329 30.403 3.700 5.143 14.083 9.561 3.726 1.093 (2.296) (2.698) 2.082 2.493 125 669 844 741 1.113 1.083 402 270 402 270 1.812 6 1.812 6
30/06/2006 30/06/2005 311.385 207.444 15.392 12.818 1.761 1.176 3.767 2.698 4.308 4.294 2.807 3.631 2.749 1.019 25.920 20.684 470 1.888 10.465 6.375 10.077 8.113 4.908 4.308 6.661 7.656 183.634 107.485 136.087 62.541 10.248 3.133 19.108 – 56.580 33.778 50.151 25.630 47.547 44.944 40.757 38.518 93 – 219 212 658 6.177 5.820 37 79.778 58.801 79.778 58.801 73.967 57.116 11 12 322 322 4.392 1.009 33 50 16 30 41 26 996 236 17.647 8.905 646 646 646 646 17.001 8.259 8.828 6.131 336 127 7.000 2.001 837 – 93.809 103.876 141.809 94.682 107.785 101.497 1 7 5.005 5.103 (160.791) (97.413) 422.841 320.225
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA OS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E DE 2005 (Em R$ mil) Aumento de Ajustes de Capital capital (em Reserva de títulos e valores Prejuízos social aprovação) reavaliação mobiliários acumulados 94.682 47.127 10 5.280 (83.971) SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 Aumento de capital: Aumento do capital em dinheiro - AGE de 25/03/05 – 54.370 – – – Reservas de reavaliação: Realização – – (3) – 3 Ajustes de títulos e valores mobiliários: Ajustes negativos de títulos e valores mobiliários – – – (177) – Prejuízo do semestre – – – – (13.445) SALDOS EM 30 DE JUNHO DE 2005 94.682 101.497 7 5.103 (97.413) SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 141.809 54.371 4 4.660 (117.439) Aumento de capital: Aumento do capital em dinheiro - AGE de 02/02/06 – 20.995 – – – Aumento do capital em dinheiro - AGE de 30/06/06 – 32.419 – – – Reservas de reavaliação: Realização – – (3) – 3 Ajustes de títulos e valores mobiliários: Ajustes positivos de títulos e valores mobiliários – – – 345 – Prejuízo do semestre – – – – (43.355) SALDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 141.809 107.785 1 5.005 (160.791) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
Total 63.128 54.370 – (177) (13.445) 103.876 83.405 20.995 32.419 – 345 (43.355) 93.809
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PARA OS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E DE 2005 (Em R$ mil) • As provisões matemáticas de benefícios a conceder e de benefícios concedidos repre1. CONTEXTO OPERACIONAL A Metropolitan Life Seguros e Previdência Privada S.A. tem como objetivo principal a sentam o valor das obrigações assumidas com os participantes dos planos de previdência comercialização de seguros do ramo vida, nas modalidades individual e em grupo, e planos complementar das modalidades de renda e pecúlio, estruturados no regime financeiro de capitalização. As referidas provisões são determinadas por cálculos atuariais de acordo de previdência privada aberta. Em 1º de julho de 2005, foi concluída a transação anunciada em 31 de janeiro de 2005, com as notas técnicas atuariais submetidas à SUSEP. através da qual a MetLife Inc., controladora indireta da Seguradora, formalizou a aquisição • Provisões para imposto de renda e contribuição social - a provisão para imposto de renda da CitiInsurance International Holdings Inc., controladora da CitiInsurance do Brasil Vida e é calculada à alíquota de 15% mais adicional de 10% sobre a parcela de lucro tributável excedente a R$20 mil por mês. A provisão para contribuição social é calculada à alíquota Previdência S.A., antiga razão social da MetLife Vida e Previdência S.A. A partir da conclusão da referida transação, a Seguradora e a MetLife Vida e Previdência de 9%. S.A. passaram a operar de forma integrada, compartilhando certos recursos, insumos e • As provisões para contingências cíveis, fiscais e trabalhistas são constituídas e atualizadas até as datas dos balanços pelo montante estimado de perda, observada a natureza de sistemas para a conclusão dos objetivos sociais comuns. cada contingência, considerando-se a opinião dos consultores jurídicos da Seguradora, a 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS natureza das ações e sua complexidade. As demonstrações financeiras foram elaboradas em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil, as quais incluem as normas regulamentares do Conselho Nacional de 4. APLICAÇÕES - CIRCULANTE E REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Seguros Privados - CNSP e da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, e estão As aplicações em títulos e valores mobiliários são contabilizadas pelo custo de aquisição, sendo apresentadas segundo os critérios estabelecidos pela Circular SUSEP nº 314, de 28 acrescido dos rendimentos auferidos, e ajustadas ao valor de mercado, computando-se a valorização ou desvalorização em contrapartida à adequada conta destacada do patrimônio de dezembro de 2005. A Circular SUSEP nº 314/05 alterou o novo modelo do plano de contas para as Sociedades líquido, pelo valor líquido dos efeitos tributários. Seguradoras, de Capitalização e Entidades Abertas de Previdência Complementar, que pas- Em 30 de junho de 2006, a composição das aplicações em títulos e valores mobiliários está sou a ser adotado a partir de 1º de janeiro de 2006, cuja principal alteração foi efetuada no distribuída da seguinte forma: 2006 2005 modelo de divulgação da “Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos”. Os salCusto Valor Ajustes Efeitos Líquidos dos referentes a 30 de junho de 2005 foram reclassificados para fins de comparação. Títulos disponíveis atuali- de mer- a mer- tribude Valor de 3. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS para venda zado cado cado tários trbutos mercado Títulos de renda fixa-privados 135.938 135.954 16 6 10 94.265 a) Apuração de resultado O resultado é apurado pelo regime de competência, visto que: Certificados de Depósito • As receitas de prêmios de seguros são apropriadas ao resultado no momento da emissão Bancário - CDBs - prefixado das respectivas apólices e faturas de seguros e diferidas para apropriação no decorrer do e pós-fixado 23.739 23.755 16 6 10 (a) 19.230 prazo de vigência das apólices e faturas, através de constituição da provisão de prêmios não Fundos de Investimento ganhos.Tais receitas são retificadas em razão de operações de cosseguro cedido e/ou resseFinanceiro - FIFs 45.188 45.188 – – – (b) 15.842 guro quando tais operações ocorrem. Fundos de Investimento • As receitas de prêmios para o ramo de vida em grupo, assim como os registros decorrentes Financeiro - FIFs exclusivos 67.011 67.011 – – – (b) 59.193 referentes a cosseguros, resseguros, provisões técnicas e comissões, cujo conhecimento do Títulos de renda fixa - públicos 114.804 122.373 7.569 2.574 4.995 103.860 risco coberto se dá após o decurso do período de cobertura, são registrados por estimativa, Notas do Tesouro Nacional no próprio mês de competência. - NTN 45.750 52.897 7.147 2.430 4.717 (c) 56.752 • As receitas de prêmios de cosseguro aceitos e retrocessões são apropriadas ao resultado Letras do Tesouro Nacional no momento do recebimento dos informes das congêneres e do IRB - Brasil Resseguros S.A. - LTN 29.230 29.530 300 102 198 (c) 33.997 e diferidas para apropriação no decorrer do prazo de vigência das apólices e faturas. Letras Financeiras do Tesouro • As receitas de contribuições de previdência privada do plano gerador de benefício livre - LFT 39.824 39.946 122 42 80 (c) 13.111 PGBL e vida gerador de benefício livre – VGBL são reconhecidas no resultado por ocasião Quotas de fundos de do seu efetivo recebimento. investimento 52.132 52.132 – – – (b) 30.477 Total das aplicações 302.874 310.459 7.585 2.580 5.005 228.602 b) Ativos circulante e realizável a longo prazo Os valores são demonstrados ao valor de realização incluindo, quando aplicável, os rendi- (a) Os títulos privados prefixados foram contabilizados pelo custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos, e foram ajustados ao valor de mercado com base na precificação mentos e as variações monetárias diferidas. As principais práticas adotadas são: • As aplicações em títulos e valores mobiliários, classificadas na categoria “disponíveis para diária da Bolsa de Mercadorias e Futuros - BM&F. venda”, são registrados ao custo, acrescido dos rendimentos incorridos, que são registrados (b) O valor de mercado das quotas de fundos de investimento financeiro foi apurado com no resultado do próprio período, e avaliadas pelos seus valores de mercado, sendo o ajuste base nos valores de quotas divulgados pelos administradores dos fundos de investimento registrado em conta específica do patrimônio líquido, líquido dos seus efeitos tributários e nos quais a Seguradora aplica seus recursos. incorporado ao próprio resultado do período em que ocorrer a efetiva realização, de acordo (c) Os títulos públicos federais foram contabilizados pelo custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos, e ajustados ao valor de mercado com base nas tabelas de referêncom as diretrizes estabelecidas pela Circular SUSEP nº 314/05. • A provisão para riscos sobre crédito é constituída para créditos vencidos há mais de 90 dias, cia do mercado secundário da Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro sendo esse montante considerado pela Administração suficiente para fazer face às eventuais - ANDIMA. Em 30 de junho de 2006, os fundos de investimentos exclusivos estão compostos da seguinperdas na realização de créditos e valores a receber. • As comissões e outros custos de angariação são diferidos, de acordo com o prazo de te forma: vigência das apólices de seguros ou a estimativa de permanência dos participantes das Fundos de investimento financeiro - FIFs operações de previdência, e refletidos no saldo da conta “Despesas de comercialização Títulos públicos 56.804 diferidas”. Notas do Tesouro Nacional - NTN 21.336 • Os demais ativos circulante e realizável a longo prazo são representados ao valor de Letras do Tesouro Nacional - LTN 7.506 custo, incluindo, quando aplicável, os rendimentos auferidos e a provisão para perdas. Letras Financeiras do Tesouro - LFT 27.962 Títulos privados 10.207 c) Permanente Certificados de Depósito Bancário - CDBs 10.071 Investimentos Fundos de investimento financeiro - FIF 136 A participação no IRB - Brasil Resseguros S.A. está registrada pelo custo de aquisição. Total 67.011 Imobilizado Os itens do ativo permanente são demonstrados ao custo de aquisição ou formação. A depre- Quotas de fundos de investimentos: 43.715 ciação do imobilizado de uso é calculada pelo método linear, às seguintes taxas anuais: 4% Títulos públicos Notas do Tesouro Nacional - NTN 190 para imóveis, 10% para móveis, utensílios, equipamentos de comunicação e instalações e Letras do Tesouro Nacional - LTN 1.640 20% para equipamentos de processamento de dados. Letras Financeiras do Tesouro - LFT 41.885 Diferido 8.417 O saldo da conta “Diferido” refere-se, preponderantemente, aos valores pagos pelas aquisi- Títulos privados Certificados de Depósito Bancário CDBs 6.082 ções de carteiras de seguros de vida, deduzidos das amortizações calculadas de acordo com Debêntures 1.753 o estabelecido nos contratos de aquisições, pelos quais foi definido o prazo de sete anos para Títulos de renda variável 575 amortização, e ao valor referente ao saldo de ágio, deduzido das amortizações calculadas em Saldo em Tesouraria 7 até dez anos, pago na aquisição de investimento já incorporado. Total 52.132 Os direitos de uso de software estão demonstrados ao custo de aquisição, sendo amortizaEm 30 de junho de 2006, o valor de mercado por vencimento está distribuído da seguinte dos pelo método linear com base no prazo estimado de benefício de cinco anos. forma: d) Passivo circulante e exigível a longo prazo Liquidez Até 6 De 6 a 12 Acima Estão demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, diária meses meses de 1 ano Total dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridos. Títulos de renda fixa - privados: 112.199 8.040 11.739 3.976 135.954 • As comissões sobre prêmios emitidos, registradas no passivo circulante pelo regime de Certificados de Depósito Bancário competência, são devidas aos corretores de seguros quando ocorre o recebimento do res- CDBs - prefixado e pós-fixado – 8.040 11.739 3.976 23.755 pectivo prêmio. O Imposto sobre Operações Financeiras - IOF a recolher, incidente sobre os Fundos de investimento financeiro prêmios a receber, registrados no “passivo circulante” em contrapartida de “prêmios a rece- FIFs 45.188 – – – 45.188 ber”, é retido e recolhido simultaneamente ao recolhimento do prêmio. Fundos de investimento financeiro • A provisão de prêmios não ganhos é constituída pela parcela do prêmio retido correspon- FIFs exclusivos 67.011 – – – 67.011 dente ao período de risco a decorrer, calculada pelo método “pro rata die”, em conformidade Títulos de renda fixa - públicos: – 17.990 13.038 91.345 122.373 com as determinações e os critérios estabelecidos pelo CNSP e pela SUSEP. Notas do Tesouro Nacional - NTN – – – 52.897 52.897 • A provisão de sinistros a liquidar é constituída por estimativa de pagamentos prováveis, Letras do Tesouro Nacional - LTN – 17.990 – 11.540 29.530 líquidos de recuperações, determinada com base nos avisos de sinistros recebidos até as Letras Financeiras do Tesouro - LFT – – 13.038 26.908 39.946 datas dos balanços, e atualizada monetariamente nos termos da legislação. Quotas de fundos de investimento 52.132 – – – 52.132 • A provisão de sinistros ocorridos mas não avisados (IBNR) é constituída de acordo com as Total das aplicações 164.331 26.030 24.777 95.321 310.459 normas e especificações estabelecidas em Nota Técnica Atuarial encaminhada à SUSEP na Do total das aplicações em títulos e valores mobiliários em 30 de junho de 2006, o montanocasião da avaliação atuarial. • As provisões técnicas para os seguros de vida com cobertura de sobrevivência foram calcu- te de R$ 310.459 mil (R$ 228.602 mil em 2005) estava vinculado à SUSEP como recursos ladas com base em métodos atuariais, hipóteses e tábuas biométricas estabelecidas em garantidores das reservas técnicas. Nota Técnica Atuarial encaminhadas à SUSEP na ocasião da avaliação atuarial, e os encar- 5. CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS gos financeiros incidentes sobre essas provisões técnicas, quando aplicável, são apresenta- Em 30 de junho de 2006, a Seguradora tem base negativa de contribuição social e prejuízo dos na rubrica “Despesas financeiras”. fiscal acumulados, no montante de R$ 136.971 mil, e diferenças temporárias entre os crité• A provisão para insuficiência de prêmios é calculada de acordo com os critérios atuariais rios contábeis e fiscais de apuração de resultado, no montante de R$ 14.689 mil, a comconsiderando-se as características dos produtos comercializados pela Seguradora. pensar com lucros tributáveis futuros.
segmentos está sendo revista. O total das provisões técnicas cresceu 71%, atingindo o volume de R$ 183,6 milhões. A Diretoria da Metlife está confiante no crescimento de suas operações no Brasil, e na continuidade dos seus investimentos. O nível de crescimento atingido ao longo destes anos, caracterizado por um forte incremento das vendas, base de clientes e alcance geográfico, nos deixa confiantes de que estamos construindo uma operação sólida e de longo prazo. Aproveitamos para reiterar seus votos de estima à Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, em especial a sua equipe de colaboradores, seus parceiros de negócios e clientes em geral. A Administração DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO - PARA OS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E DE 2005 (Em R$ Mil) 30/06/2006 30/06/2005 OPERAÇÕES DE SEGUROS (14.312) 22.743 PRÊMIOS RETIDOS 155.805 112.902 Prêmios de seguros 163.514 120.678 Prêmios diretos 138.842 116.467 Prêmios de co-seguros aceitos 26.550 8.307 Prêmios de co-seguros cedidos (1.878) (4.096) Prêmios cedidos em resseguros (4.230) (3.120) Resgates de seguro de vida individual/VGBL (3.479) (4.656) VARIAÇÃO DAS PROVISÕES TÉCNICAS (22.857) (1.254) PRÊMIOS GANHOS 132.948 111.648 SINISTROS RETIDOS (96.442) (55.904) Sinistros diretos (74.068) (53.457) Sinistros de co-seguros aceitos e retrocessões (6.085) (1.578) Recuperação de sinistros 2.720 3.569 Salvados e ressarcimentos 1 2 Variação da provisão de sinistros ocorridos mas não avisados (19.010) (4.440) DESPESAS COM BENEFÍCIOS (34) (614) Despesas com benefícios – (605) Variação da provisão de eventos ocorridos mas não avisados (34) (9) DESPESAS DE COMERCIALIZAÇÃO (38.710) (26.182) Comissões (37.812) (24.911) Recuperação de comissões 263 132 Outras despesas de comercialização (1.788) (1.402) 627 (1) Variação das despesas de comercialização diferidas OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS (12.074) (6.205) Outras receitas operacionais 685 12 Outras despesas operacionais (12.759) (6.217) OPERAÇÕES DE PREVIDÊNCIA 292 450 Rendas de contribuições retidas 8.130 6.057 Rendas de contribuições 8.130 6.057 Variação das provisões técnicas (2.942) (867) Despesas com benefícios e resgates (5.222) (4.905) Despesas com benefícios (575) (77) Despesas com resgates (4.648) (4.827) Variação da provisão de eventos ocorridos mas não avisados 1 (1) Outras receitas e despesas operacionais 326 165 Outras receitas operacionais 326 165 DESPESAS ADMINISTRATIVAS (35.140) (39.743) DESPESAS COM TRIBUTOS (4.871) (3.995) RESULTADO FINANCEIRO 12.720 9.526 Receitas financeiras 19.909 17.249 Despesas financeiras (7.189) (7.723) RESULTADO ANTES DOS IMPOSTOS E PARTICIPAÇÕES (41.311) (11.019) Imposto de renda – (283) Contribuição social – (105) Participações sobre o resultado (2.044) (2.038) PREJUÍZO DO SEMESTRE (43.355) (13.445) Quantidade ações: 249.594.597 (2005: 196.180.097) Prejuízo por lote de mil ações - em R$ (173,70) (68,53) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS PARA OS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E DE 2005 (Em R$ Mil) 30/06/2006 30/06/2005 PREJUÍZO DO SEMESTRE (43.355) (13.445) Depreciações e amortizações 1.447 946 Amortizações de ágio 1.864 2.003 PREJUÍZO DO SEMESTRE AJUSTADO (40.044) (10.496) ATIVIDADES OPERACIONAIS Variação das aplicações (74.373) (65.065) Variação dos créditos das operações (6.709) (2.518) Variação de títulos e créditos a receber (1.855) (5.449) Variação de outros valores e bens (21) (26) Variação das despesas de comercialização diferida (621) (6) Variação de contas a pagar (1.927) 2.371 Variação de débitos de operações com seguros 4.823 (830) Variação de depósitos de terceiros (4.131) (2.631) Variação das provisões técnicas - seguros e resseguros 58.234 25.133 Variação das provisões técnicas - previdência complementar 14.156 5.368 Variação de outros passivos contingentes 6.481 3.886 Variação de ajustes de títulos e valores mobiliários (patrimônio líquido) 345 (177) CAIXA LÍQUIDO CONSUMIDO NAS ATIVIDADES OPERACIONAIS (45.642) (50.440) ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Pagamento pela compra de ativo permanente (4.569) (1.607) CAIXA LÍQUIDO CONSUMIDO NAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS (4.569) (1.607) ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Aumento de capital 53.414 54.370 CAIXA LÍQUIDO GERADO NAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS 53.414 54.370 AUMENTO NAS DISPONIBILIDADES 3.203 2.323 Disponibilidades no início do semestre 2.504 914 Disponibilidades no final do semestre 5.707 3.237 AUMENTO NAS DISPONIBILIDADES 3.203 2.323 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras A legislação permite que bases negativas de contribuição social e prejuízos fiscais apurados em exercícios anteriores sejam compensadas com lucros tributáveis futuros, limitados a 30% de cada lucro tributável auferido em determinado ano. Os montantes do crédito tributário decorrentes da base negativa e do prejuízo fiscal acumulados, em 30 de junho de 2006, estão demonstrados a seguir: 30/06/06 Base negativa acumulada de contribuição social 136.971 Adições temporárias 14.689 Total 151.660 Alíquota de contribuição social 9% Crédito tributário de contribuição social 13.649 Prejuízo fiscal acumulado 136.971 Adições temporárias 14.689 Total 151.660 Alíquota de imposto de renda 25% Crédito tributário de imposto de renda 37.915 Total do crédito tributário acumulado não reconhecido contabilmente 51.564 A Seguradora não constitui crédito tributário de imposto de renda e contribuição social sobre prejuízo fiscal devido à não-existência de lucro tributável nos últimos três anos. 6. OUTROS CRÉDITOS A RECEBER - REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 30/06/06 30/06/05 Créditos a receber - “Contrato de garantia” (*) 3.881 3.871 Outros créditos a receber 1.510 – Total 5.391 3.871 (*) Referem-se a créditos vinculados ao “Contrato de garantia” firmado entre a Seguradora e os antigos controladores da Seguradora Seasul S.A. (incorporada em 2004) para garantia do pagamento de resgates de planos de seguros de vida resgatável. 7. DIFERIDO 30/06/06 Despesas de organização, implementação e instalação, líquidas de amortizações acumuladas Ágios sobre investimentos adquiridos e sobre carteiras de clubes, líquidos de amortizações acumuladas Total
30/06/05
9.250
5.993
19.238 28.488
22.966 28.959
8. DEPÓSITOS DE TERCEIROS Referem-se a valores recebidos de segurados para quitação de apólices em processo de emissão. 9. DESPESAS DE COMERCIALIZAÇÃO DIFERIDAS E PROVISÕES TÉCNICAS - SEGUROS E RESSEGUROS As despesas de comercialização diferidas e as provisões técnicas - seguros e resseguros apresentam a seguinte composição: 30/06/06 Provisão de Provisão Provisão sinistros Vida com Despesas de prêmios p/ insufi- Sinistros ocorridos cobertura de comernão ciência de a mas não de sobre- cialização Ramos: ganhos prêmios liquidar avisados vivência diferidas Prestamista 3.778 19.108 5.622 16.760 – 1.188 Acidentes pessoais coletivos 385 – (857) 1.731 – – Vida com cobertura de sobrevivência/VGBL – – 259 – 47.547 – Vida em grupo 6.085 – 51.556 31.660 – 624 Total 10.248 19.108 56.580(*) 50.151 47.547 1.812 30/06/05 Provisão de Provisão Provisão sinistros Vida com Despesas de prêmios p/ insufi- Sinistros ocorridos cobertura de comernão ciência de a mas não de sobre- cialização ganhos prêmios liquidar avisados vivência diferidas
Ramos: Acidentes pessoais coletivos Vida com cobertura de sobrevivência/VGBL Vida em grupo Total
305
–
904
1.298
–
–
– 2.828 3.133
– – –
273 32.601 33.778
– 24.332 25.630
44.944 – 44.944
– 6 6
(*) Em 30 de junho de 2006, a Seguradora possui processos de sinistros em demanda judicial em diversos estágios processuais, registrados nessa rubrica, no montante de R$31.583 (R$20.160 em 2005), e processos cíveis relacionados a indenizações de sinistros registrados na rubrica “Outros passivos contingentes - cíveis”, no montante de R$1.624 (R$2.356 em 2005), com a seguinte classificação de risco: Risco Perda provável Perda possível Perda remota Total
Quantidade de processos 375 499 223 1.097
Valor reclamado 33.188 39.886 13.246 86.320
Valor provisionado 17.013 12.354 3.840 33.207
A Administração, baseada na opinião de seus consultores jurídicos, considera que os valores provisionados são suficientes para cobrir eventuais perdas decorrentes de decisões jurídicas. continua . . .
São Paulo, quinta-feira 31 de agosto de 2006
Paulo Pampolin/Digna Imagem
ESPECIAL
Mercado de imóveis está nas alturas
O otimismo tomou conta do setor: as vendas aumentaram em mais de 16% sobre o ano passado e o volume de financiamentos mais do que dobrou. Conheça também as últimas tendências e novidades
DIÁRIO DO COMÉRCIO
12 -.ECONOMIA/LEGAIS . . . continuação
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
METROPOLITAN LIFE SEGUROS E PREVIDÊNCIA PRIVADA S.A. CNPJ nº 02.102.498/0001-29 Rua Flórida, nº 1595 – 8º andar – Brooklin – CEP 04565-001 – São Paulo-SP – Tel.: (11) 5501-9700 – Fax (11) 5501-9732
10. PROVISÕES TÉCNICAS - PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR As provisões técnicas - previdência complementar apresentam a seguinte movimentação: 30/06/06 30/06/05 Planos não bloqueados: Saldo no início do semestre 65.622 53.433 Adições decorrentes de contribuições arrecadadas 8.130 6.057 Pagamentos de benefícios e resgates (5.222) (4.131) Atualização financeira das provisões 3.813 3.442 Transferências - PGBL 7.435 – Saldo no fim do semestre 79.778 58.801 11. EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Outros passivos contingentes A partir de 2006 a Seguradora passou a avaliar suas contingências ativas e passivas, exceto aquelas oriundas de sinistros, através das determinações emanadas pela Norma e Procedimento de Contabilidade - NPC 22, instituída pelo IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes, referenciada pela Circular SUSEP nº 314/05. As contingências passivas são constituídas mediante avaliação individualizada das probabilidades de êxito ou perda, por parte dos consultores jurídicos internos da Seguradora. Eventuais contingências ativas não são consideradas até que haja certeza de sua realização. Probabilidade QuantiProcessos Causas de Perda dade 31/12/05 Adições encerrados 30/06/06 COFINS (a) Possível 2 4.710 1.073 – 5.783 INSS (b) Possível 1 1.926 – – 1.926 PIS e CSLL (c) Possível 6 498 621 – 1.119 Trabalhistas (d) Provável 1 194 142 – 336 Cíveis (e) Possível 3 2.357 4.643 – 7.000 Outras Possível 1 837 – – 837 Total 14 10.522 6.479 – 17.001
Ajustes positivos com títulos e valores mobiliários - estão compostos pelos ajustes referidos na nota explicativa nº 4, de acordo com a Circular SUSEP nº 314/05, líquidos dos efeitos tributários. 13. PATRIMÔNIO LÍQUIDO AJUSTADO E MARGEM DE SOLVÊNCIA a) Patrimônio Liquido Ajustado - PLA 30/06/06 30/06/05 Patrimônio líquido 93.809 103.876 Despesas antecipadas (95) – Créditos tributários (844) (741) Ativo diferido (28.488) (28.959) Patrimônio líquido ajustado 64.382 74.176 b) Margem de solvência 30/06/06 30/06/05 Patrimônio líquido ajustado - PLA 64.382 74.176 a) 0,2 prêmio retido anual médio - últimos 12 meses 58.478 42.909 b) 0,33 sinistros retidos anuais médios - últimos 36 meses 38.175 28.602 c) Margem de solvência (o maior valor entre a ou b) 58.478 42.909 Suficiência 5.904 31.267
12. PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social - está representado por 249.594.597 ações ordinárias (196.180.097 em 2005), nominativas e sem valor nominal. Aumento de capital em aprovação - conforme deliberado em Assembléias Gerais Extraordinárias, o capital social foi elevado de R$ 196.180 mil para R$ 249.594 mil, em face dos aumentos por emissão de novas ações nos montantes de R$ 53.414 mil em 2006 e de R$ 54.370 mil em 2005, os quais encontram-se em fase de aprovação pela SUSEP.
14. DETALHAMENTO DE CONTAS DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO a) Principais ramos de atuação Sinistros Comercialiretidos sobre zação sobre Prêmios ganhos prêmios ganhos prêmios ganhos Ramos 30/06/06 30/06/05 30/06/06 30/06/05 30/06/06 30/06/05 Vida em grupo 135.012 103.496 50,17 52,55 25,06 23,05 Acidentes pessoais coletivos 9.069 5.403 36,01 23,33 31,93 22,33 Vida individual 2.952 2.749 35,36 23,79 28,10 38,61 Prestamista (*) (14.085) – (173,41) – (8,16) – Total 132.948 111.648 (*) Em 2006, a Seguradora constituiu provisão para insuficiência de prêmios no montante de R$ 19.108 mil, impactando a rubrica “Variação das provisões técnicas”. b) Despesas de comercialização 30/06/06 30/06/05 Comissões de prêmios - vida em grupo 33.835 23.917 Comissões de prêmios - acidentes pessoais 2.896 1.200 Comissões de prêmios - vida individual 829 1.065 Comissões de prêmios - prestamista 1.150 – Total 38.710 26.182 c) Outras despesas operacionais 30/06/06 30/06/05 Despesas com administração de apólices 1.360 1.088 Despesas com cobrança 10 69 Despesas com encargos sociais 1.028 277 Despesas com excedente técnico 1.624 903 Despesas com provisões - créditos duvidosos 260 743 Despesas com contingências 5.406 981 Despesas com amortizações - ágio 1.864 2.003 Outras despesas operacionais 1.207 153 Total 12.759 6.217 d) Despesas administrativas 30/06/06 30/06/05 Despesas com pessoal próprio e encargos sociais 24.465 22.632 Despesas com serviços de terceiros e comunicação 961 9.111 Despesas com publicidade e propaganda 1.541 489 Despesas com depreciação e amortização 1.447 946 Despesas com locomoção 1.551 1.120 Despesas com expediente 1.519 1.153 Despesas com localização e funcionamento 2.399 2.164 Despesas com equipamentos 1.004 1.228 Outras 253 900 Total 35.140 39.743
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Acionistas e Administradores da Metropolitan Life Seguros e Previdência Privada S.A. São Paulo - SP 1. Examinamos os balanços patrimoniais da Metropolitan Life Seguros e Previdência Privada S.A., levantados em 30 de junho de 2006 e de 2005, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstra-
ções financeiras. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas brasileiras de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Seguradora; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Seguradora, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Metropolitan Life
(a) A Seguradora impetrou medida judicial questionando a constitucionalidade da alteração da base de cálculo da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social COFINS pela Lei nº 9.718/98. A totalidade dessa contingência está devidamente provisionada. (b) A Seguradora é autora de ação judicial em que questiona a constitucionalidade da Lei Complementar nº 84/96, que determinou a incidência da contribuição previdenciária do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS sobre pagamentos efetuados a pessoas físicas (corretores de seguros). Os valores correspondentes aos encargos não recolhidos são depositados em juízo e provisionados na sua totalidade. (c) Os valores foram registrados para a cobertura de possível contingência fiscal decorrente de auto de infração lavrado contra a Seguradora. (d) Foi constituída provisão para contingências trabalhistas à razão de 100% dos valores depositados judicialmente, tendo em vista que os consultores jurídicos internos e externos da Seguradora consideram provável a possibilidade de perda nas referidas ações. (e) Referem-se a ações para indenização por danos morais relacionados aos processos de sinistros, de reenquadramento de apólices e danos de rescisão contratual, cujas provisões foram efetuadas com base nas estimativas de perda informadas pelos consultores jurídicos internos e externos da Seguradora.
e) Receitas financeiras 30/06/06 30/06/05 Receitas com títulos de renda fixa 18.257 15.558 Receitas com títulos de renda variável 428 478 Receitas com operações de seguros 23 (45) Outras 1.201 1.258 Total 19.909 17.249 f) Despesas financeiras 30/06/06 30/06/05 Despesas com operações de seguros 2.238 3.132 Encargos financeiros sobre reservas técnicas 3.813 3.443 Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira - CPMF 779 942 Outras 359 206 Total 7.189 7.723 15. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS A partir de 1º. de julho de 2005, a CitiInsurance do Brasil Vida e Previdência S.A., antiga razão social da MetLife Vida e Previdência S.A., passou a integrar o Grupo MetLife, conjunto de empresas do setor de seguros. A partir dessa data as seguradoras passaram a desenvolver seus negócios sociais de forma integrada, compartilhando, inclusive, instalações, recursos humanos e outros insumos necessários para atingir os objetivos sociais. Como conseqüência, a MetLife Vida e Previdência S.A. reembolsou à Seguradora despesas com pessoal, aluguéis, condomínio e serviços, entre outras despesas administrativas. No semestre em 30 de junho de 2006, tais despesas alcançaram o valor de R$ 6.438 mil e estão registradas a crédito da rubrica “Despesas administrativas”. As transações com partes relacionadas foram realizadas em condições equivalentes àquelas usualmente praticadas no mercado em transações similares. 16. OUTRAS INFORMAÇÕES a) A Seguradora mantém seguros sobre seus bens em montante considerado suficiente para a cobertura de eventuais perdas. Importância Itens Tipo de cobertura segurada Edifícios, Instalações, Quaisquer danos materiais a edificações, Maquinismos, Móveis, Utensílios, instalações, máquinas e equipamentos. Mercadorias e Matérias-primas Responsabilidade Civil Operações e Empregador. 16.375 b) Obrigações por contratos de arrendamento mercantil A Seguradora adquiriu, por meio de contratos de arrendamento mercantil, equipamentos de informática e instalações com parcelas mensais até janeiro de 2008, no montante de R$ 1.232 mil (R$ 1.555 mil em 2005). Não há obrigações decorrentes do valor residual garantido, devidas ao final de cada contrato, no semestre de 2006 (R$ 8 mil em 2005) e as despesas com arrendamento mercantil, durante o semestre, montam a R$ 516 mil (R$ 552 mil em 2005), registradas na rubrica “Despesas administrativas”. c) Plano de aposentadoria A Seguradora é patrocinadora de plano de aposentadoria para seus funcionários (plano de previdência Investmet). Esse plano é de contribuição definida, estruturado no regime de capitalização cuja contribuição é efetuada de acordo com o percentual escolhido pelo participante, em que a patrocinadora contribui na mesma proporção, limitado ao teto de 3% do salário-base do participante. As contribuições para o plano durante o semestre de 2006 correspondem a R$ 201 mil (R$ 173 mil em 2005).
DIRETORIA Thaddeus Ogden Burr José Adalberto Ferrara Lucia Maria da Silva Valle Cinthya Michele Pereira
- Diretor Presidente - Diretor - Atuária - MIBA n.º 582 - Contadora - CRC 1SP 237871/O-8
Seguros e Previdência Privada S.A. em 30 de junho de 2006 e de 2005, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos correspondentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 16 de agosto de 2006 Auditores Independentes CRC nº 2 SP 011609/O-8
José Barbosa da Silva Júnior Contador CRC nº 1 SP 128132/O-0
Fotos: Paulo Pampolin/Hype
MÚSICA COM ALTA TECNOLOGIA NA EXPOMUSIC Os 165 expositores do evento apresentam os sonhos de consumo de músicos profissionais e amadores. A feira vai até o próximo domingo e reúne produtos importados da Ásia e novidades que ainda nem chegaram ao mercado brasileiro.
M
ilhares de instrumentos modernos, som profissional, acessórios musicais e de iluminação e partituras em todos os tons se espalham pela Expomusic, a maior feira de música da América Latina, que será realizada até domingo no Expo Center Norte, na capital paulista. Nos cinco dias de evento, 165 expositores das marcas musicais renomadas mostram para lojistas e consumidores os últimos lançamentos do setor quando o assunto são timbres, harmonias e melodias. Em todos os estandes, os apaixonados pela música se esbaldam com instrumentos que ainda nem chegaram ao mercado. Eles podem improvisar arranjos e sentir os sons característicos de cada modelo. "É o melhor lugar para se ter contato com profissionais conhecidos da área, testar novos pianos e guitarras e ainda conseguir comprá-los a bons preços", disse o músico Clériston Santos. Ele se encantou com o último lançamento da marca Tagima: uma guitarra Signature Juninho Affran, de braço escalopado e um design confortável quando ajustado ao corpo, cotada a R$ 4 mil. Mistura e cores – Mas esse é só um dos milhares de novos modelos que saltam aos olhos dos que visitam a feira. A Crafter inovou nas cores e contornos dos violões híbridos, aqueles que misturam as almas do violão e da guitarra. "Trouxemos 58 novas peças da Coréia,
ao preço médio de R$ 1,5 mil cada um", afirmou o diretor da empresa, Leonardo Gandra. Eles também investiram em peças brasileiras, produzidas com madeira maciça da Amazônia: têm caixa acústica e som mais encorpado. Entre as cordas, o baixo que é a estrela do evento é o da marca Fodera, importado para o Brasil pela Condor. "É considerado o melhor do mundo pelos graves bem definidos, por ser construído com a madeira maple, a mais apropriada para esse tipo de instrumento e pelo timbre que parece abraçar o ambiente", explicou o vendedor Paulo Mathias. "Custa entre US$ 8 e US$ 10 mil e é o sonho de qualquer baixista." Música em casa – A Casio, marca líder dos teclados, uniu DVDokê e partitura. O instrumento vem com cartão de memória e lê arquivos mid. "Ele transforma os sons das músicas em mid, que qualquer pessoa baixa na internet, e mostra nas teclas iluminadas onde se deve tocar", disse o promotor de vendas da marca, Renato Savóia. "É uma alternativa boa e barata para quem está começando, o teclado custa R$ 1 mil." Para os profissionais das teclas, a marca investiu em um aparelho capaz de armazenar até 903 sons diferentes. Mas diferentes mesmo são os sons que o piano digital da Ketron é capaz de produzir. À primeira vista, parece um piano de calda branco clássico. Mas quando o músico começa a combinar os botões, os sons e
O piano digital da Ketron mistura sons de contrabaixo, órgão, violino e até bateria. O instrumento, em formato de meia calda, custa R$ 30 mil.
acompanhamentos são de contrabaixo, órgão, violino e até bateria. O que parece mais um orquestra de teclas custa R$ 30 mil e é vendido apenas sob encomenda. Segredo – Já em relação às baterias, as baquetas da marca Grestchen são as mais disputadas do evento. "O segredo é que elas são feitas de maple, a
madeira da moda", explicou o baterista Northon Vanalli. "É a melhor sonoridade, volume e riqueza de timbre do mercado", garantiu o profissional. Para baixar o custo dos modelos, a marca importa as baterias de Taiwan, ao preço de R$ 4 mil para o consumidor final. Durante toda a realização da Expomusic 2006 devem acon-
tecer workshops e palestras com músicos renomados. A expectativa dos organizadores é de que pelo menos 50 mil pessoas visitem a feira de instrumentos musicais. "É o lugar ideal para a geração de negócios, onde marcas nacionais e internacionais se misturam e mostram o que tem de mais moderno no cenário da
música", afirmou um dos organizadores do evento, Synésio Batista da Costa. A 23ª edição da Expomusic será realizada até o próximo dia 3 de setembro, nos pavilhões azul e branco do Expo Center Norte. O evento acontece das 13 horas às 21 horas. Ingressos custam R$ 10. Sonnaira San Pedro
Novos modelos de guitarras são os destaques do evento
Os visitantes da Expomusic podem experimentar as novidades
Equipamentos de produção musical e iluminação chamam atenção
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
ESPECIAL - 7
LINHA DE CRÉDITO
tal quitação, fica em nome do banco e em caso de inadimplência, a instituição financeira o retoma. Para imóveis acima dos limites dos sistemas, a opção passa a ser a Carteira Hipotecária. Nesse sistema, a taxa de juros é livre, chegando hoje a cerca de 15% ao ano. A correção das prestações é feita com base na Taxa Referencial (TR). Nesse caso não há limites de valor do imóvel a ser financiado. Nessa categoria, em geral os bancos financiam até 70% do preço total do imóvel.
inanciar imóveis no Brasil ainda é um procedimento caro. Por isso mesmo conhecer o sistema de empréstimos para a aquisição da casa própria ou do imóvel para o empreendimento é um passo importante para não cometer enganos. No Brasil, de acordo com o superintendente-geral da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Carlos Eduardo Duarte Fleury, há duas grandes vertentes de financiamento: o Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e o Sistema Financeiro Imobiliário (SFI). No SFH, o governo federal, por meio da intermediação dos bancos, utiliza recursos da caderneta de poupança para conceder os financiamentos. As taxas de juros são tabeladas em aproximadamente 12% ao ano e a correção das prestações
F
Em julho, o volume de empréstimos chegou a R$ 817 milhões, mais de 57% do que no ano passado
Fleury: a escolha do tipo de financiamento deve ser feita de acordo com a capacidade financeira e necessidades de cada pessoa. É importante conhecer bem cada um deles para não cometer enganos
FUNCIONAMENTO
se baseia na Taxa Referencial (TR). Segundo especialistas, existe um risco em relação à correção com base na TR, já que nela estão embutidos juros e inflação. O SFH financia até R$ 150 mil para imóveis com valor limite de R$ 300 mil. Já no sistema SFI, os bancos utilizam como proteção a alienação fiduciária. O imóvel, até sua to-
No SFH existem três formas de amortização do financiamento. No Sistema Francês de Amortização, conhecido como Tabela Price, as amortizações são periódicas, iguais e sucessivas, crescendo quanto mais o prazo de pagamento aumenta. O valor da prestação é montado com a união de uma parcela de juros e uma parcela de amortização do saldo devedor. Já no Sistema de Amortização Constante (SAC), as amortizações são iguais e constantes. A terceira opção é o Sistema de Amortização Crescente (Tabela Sacre). Neste caso as parcelas de amortização são maiores, mas a redução do saldo devedor é mais rápida. Atualmente, esse sistema é disponibilizado somente pela Caixa Econômica Federal. "A escolha dos tipos de financiamento deve ser feita de acordo com a capacidade financeira e as necessidades de cada pessoa", observou o superintendente-geral da Abecip. A Tabela Price deve ser evitada, segundo especialistas. Nesse caso a prestação inicial é mais baixa que a dos outros sistemas. Desta forma, os juros re-
mercado de aluguéis de imóveis em São Paulo está entre 600 mil e 650 mil unidades, o que representa 18% dos domicílios da cidade, segundo estimativa de 2005. De acordo com José Roberto Federighi, vice-presidente de Locação do Sindicato das Empresas de Compra Venda e Locação de Imóveis (Secovi), o mercado tem se mantido nesta faixa há alguns anos e há até uma tendência de redução
do número de unidades. "Muita gente tem tirado o imóvel do mercado de locação para vender. Um fato que normalmente ocorre é que, à medida que o investidor vai envelhecendo, ele tende a vender o imóvel", afirma Federighi. Com isso, há uma diminuição da oferta e os preços pararam de cair. Alguns subiram 5% e há casos em que elevação alcançou 15%. A média da velocidade de locação também aumentou. Em 2004, estava em 40 dias. Em 2005, passou para
Patrícia Cruz/Luz
Conheça as linhas de crédito disponíveis para pessoas físicas, suas características, as vantagens e desvantagens de cada uma e feche bons negócios
Marcelo Min/AFG
Saiba como obter financiamento
cairão sempre sob o maior saldo devedor e no final, paga-se mais pelo imóvel. O Sacre é o sistema mais econômico, já que diminuindo mais rapidamente o saldo devedor, pagase menos juros.
O mercado imobiliário continua em crescimento. Segundo levantamento da Abecip junto ao Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), o volume de crédito concedido em julho deste ano chegou a aproximadamente R$ 817 milhões. É 57,5% maior
que o contratado em julho de 2005. Pela análise, o volume de recursos dos primeiros sete meses de 2006 chegou a R$ 4,96 bilhões, crescimento de 92,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Durante todo o ano passado foram contratados R$ 4,85 bilhões. Com o dinheiro viabilizados em julho, de acordo com a Abecip, foram financiadas 10.593 unidades. Com isso, nos primeiros sete meses de 2006, chegou-se a 61.585 contratos fechados. O governo federal estuda mudanças no financiamento da casa própria. Uma delas é eliminar o uso da TR como in-
dexador, autorizando que os empréstimos nessas condições sejam somados pelos bancos aos limites de aplicação impostos pelo Banco Central. O governo quer estimular o sistema a realizar mais contratos com prestações fixas. Também existe a proposta de criação de um sistema de crédito consignado, com prestações descontadas da folha de pagamento. A possibilidade de o mutuário perder o emprego é o entrave. O governo defende que o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço seja utilizado quando isso acontecer.
36 dias e, em 2006, para 32. Federighi afirma que não há um número exato da taxa de vacância, mas a estimativa é que ela esteja em torno de 12% das 600 ou 650 mil unidades no setor de locação. "Embora esta taxa de vacância esteja dentro da média do mercado, um dos fatores que contribui para esse percentual é o fato de os imóveis para locação estarem ficando velhos e inadequados à demanda. Tanto assim que os imóveis novos têm boa receptividade e são
alugados em duas semanas, em média", afirma Federighi. Segundo ele, as pessoas estão evitando apartamentos com pouca manutenção. Seja como for, imóveis para locação ainda são um bom negócio. A lei proporciona segurança ao locador e o aluguel tem um média de rentabilidade de 10% ao ano em média. "Tem aluguel que dá até mais. O problema é que as taxas de juros no patamar em que se encontram no Brasil inibem qualquer atividade, inclusive in-
vestir em imóvel para alugar", afirma Federighi. A Pesquisa Mensal dos Valores de Locação Residencial do Secovi-SP, referente ao mês de julho, registrou pequena alta nos valores dos aluguéis residenciais na cidade de São Paulo, ficando 0,2% a mais em relação aos valores médios de junho. Com esse comportament o , o m e rc a d o d e l o c a ç ã o apresenta alta acumulada de aproximadamente 3,5% nos últimos 12 meses.
MAIS CRÉDITO
Mário Tonocchi
Falta imóvel para alugar Número de unidades tem se mantido estável, com tendência de queda. Muitos proprietários estão preferindo vender os imóveis ao invés de alugá-los
O
Antônio Graça
DIÁRIO DO COMÉRCIO
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
ECONOMIA/LEGAIS - 13
METLIFE VIDA E PREVIDÊNCIA S.A. (anteriormente CITIINSURANCE DO BRASIL VIDA E PREVIDÊNCIA S.A.) CNPJ/MF nº 05.005.351/0001-09 Rua Flórida nº 1595 – 14º andar – Parte – Bairro Brooklin Novo – São Paulo SP – CEP 04571.000 – Tel.: (11) 5501-9700 – Fax (11) 5505-9732 Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de Vsas. as Demonstrações Financeiras, relativas ao semestre findo em 30 de junho de 2006, bem como as notas explicativas e parecer dos nossos auditores independentes. A MetLife Vida e Previdência iniciou suas atividades no Brasil no ano de 2002 como uma subsidiária do Citigroup Inc., foi adquirida pela MetLife Inc., através de uma transação mundial da qual o Citigroup Inc. vendeu para a Metlife Inc. sua unidade de seguros e previdência, com a missão de se tornar sinônimo de proteção financeira para as famílias brasileiras. A Metlife Inc., a maior companhia dos Estados Unidos em seguros de vida, com experiência
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO internacional de mais de um século no mercado de seguros e previdência, e acreditando no potencial de desenvolvimento do Brasil, reafirma seu compromisso de continuar investindo no país de maneira constante. Neste período, a Metropolitan Life fez investimentos através de aumentos de capital que totalizaram R$ 50,6 milhões. A Seguradora apresentou receita de prêmios retidos de R$ 73,8 milhões e seu resultado no período foi fortemente influenciado pela constituição de reservas de IBNR e insuficiência de prêmios para alguns segmentos de negócios. A estratégia para estes segmentos já está sendo revista. O total das provisões técnicas cresceu 117%, atingindo o volume de R$ 68,5 milhões.
BALANÇOS PATRIMONIAIS LEVANTADOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em milhares de reais) ATIVO CIRCULANTE Disponível Caixa e bancos Aplicações Títulos de renda fixa – públicos Quotas de fundos de investimento Créditos das operações com seguros e resseguros Prêmios a receber Operações com seguradoras Operações com resseguradoras Outros créditos operacionais (-) Provisão para riscos de créditos Títulos e créditos a receber Títulos e créditos a receber Créditos tributários e previdenciários Outros créditos Despesas antecipadas Administrativas Despesas de comercialização diferidas Seguros e resseguros REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Títulos e créditos a receber Depósitos judiciais e fiscais Despesas de comercialização diferidas Seguros e resseguros PERMANENTE Imobilizado Bens móveis (-) Depreciação Diferido Despesas de organização, implantação e instalação (-) Amortizações
TOTAL DO ATIVO
PASSIVO CIRCULANTE Contas a pagar Obrigações a pagar Impostos e encargos sociais a recolher 229.511 117.133 Provisões trabalhistas 97.963 50.048 Provisão para impostos e contribuições 131.548 67.085 Débitos de operações com seguros e resseguros Operações com seguradoras 24.681 22.892 Operações com resseguradoras 15.889 18.338 Comissões e juros sobre prêmios emitidos 6.215 1.972 Outros débitos operacionais 1.559 2.456 Débitos de operações com previdência privada 1.192 211 Contribuições a restituir (174) (85) Depósitos de terceiros 1.809 1.984 Provisões técnicas – seguros e resseguros 605 814 Ramos elementares e vida em grupo 1.057 965 Provisão de prêmios não ganhos 147 205 Provisão de insuficiência prêmios Sinistros a liquidar 58 162 Provisões de sinistros ocorridos mas não avisados 58 162 Vida com cobertura de sobrevivência 4.679 7.311 Provisão matemática de benefícios a conceder 4.679 7.311 Outras provisões Provisões técnicas – previdência complementar 1.569 3.157 Planos não bloqueados 1.231 948 Provisão matemática de benefícios a conceder 1.231 948 Outras provisões EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 338 2.209 Débitos de operações com seguros e resseguros 338 2.209 Outros débitos operacionais Provisões técnicas – seguros e resseguros 1.352 1.256 Ramos elementares e vida em grupo 601 395 Provisão de prêmios não ganhos 934 630 Outros passivos contingentes (333) (235) Contingências cíveis 751 861 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 1.916 1.624 Capital social (1.165) (763) Aumento de capital (em aprovação) Reservas de lucros Ajustes de títulos e valores mobiliários Lucros (Prejuízos) acumulados 264.949 154.124 TOTAL DO PASSIVO As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras 2006 262.028 1.290 1.290
2006 191.943 4.034 2.269 791 898 76 14.561 4.838 1.016 4.610 4.097 193 193 1.904 85.177 68.513 3.994 23.846 19.955 20.718 16.664 16.656 8 86.074 86.074 86.047 27 822 321 321 291 291 291 210 210 72.184 26.824 50.600 9.474 41 (14.755) 264.949
2005 149.711 229 229
2005 119.147 5.987 1.924 881 1.261 1.921 12.564 2.072 2.126 5.837 2.529 – – 1.954 39.278 31.557 380 7.053 15.299 8.825 7.721 7.721 – 59.364 59.364 59.364 – 492 295 295 127 127 127 70 70 34.485 23.453 3.371 517 37 7.107 154.124
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA OS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em milhares de reais) Capital Aumento de capital Reserva de Ajuste de títulos Lucros/Prejuízos social em aprovação lucros e valores mobiliários acumulados SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 17.759 5.694 322 12 3.397 Aumento de capital Aprovação conf. Portaria Susep/Decon nº 434 de 24/03/2005 5.694 (5.694) – – – Aumento do capital em dinheiro – AGE de 25/05/2005 – 3.371 – – – Ajustes positivos de títulos e valores mobiliários– – – 25 – Lucro líquido do semestre – – – – 3.905 Proposta para Distribuição do resultado: Reserva legal – – 195 – (195) SALDOS EM 30 DE JUNHO DE 2005 23.453 3.371 517 37 7.107 SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 26.824 – 9.474 62 – Aumento de capital– Aumento do capital em dinheiro – AGE de 30/06/2006 – 50.600 – – – Ajustes de títulos e valores mobiliários– Ajustes negativos de títulos e valores mobiliários – – – (21) – Prejuízo do semestre – – – – (14.755) SALDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 26.824 50.600 9.474 41 (14.755) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
Total 27.184 – 3.371 25 3.905 – 34.485 36.360 50.600 (21) (14.755) 72.184
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PARA OS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em milhares de reais) 1. CONTEXTO OPERACIONAL A MetLife Vida e Previdência S.A. (“Seguradora”) (anteriormente CitiInsurance do Brasil Vida e Previdência S.A.) tem por objeto social a operação de seguros de vida e planos de previdência privada abertos. Em 1º de julho de 2005 foi concluída a transação anunciada em 31 de janeiro de 2005, por meio da qual a MetLife Inc., controladora indireta da Metropolitan Life Seguros e Previdência Privada S.A., formalizou a aquisição da CitiInsurance International Holdings Inc., controladora da CitiInsurance do Brasil Vida e Previdência S.A., atualmente MetLife Vida e Previdência S.A. A partir da conclusão da transação, a Metropolitan Life Seguros e Previdência Privada S.A. e a Seguradora passaram a operar de forma integrada, compartilhando certos recursos, insumos e sistemas para a conclusão dos objetivos sociais comuns. Em dezembro de 2005 foi alterada a razão social de CitiInsurance do Brasil Vida e Previdência S.A. para MetLife Vida e Previdência S.A. 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil, que incluem as normas regulamentares do Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP e da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, e estão sendo apresentadas segundo os critérios estabelecidos pela Circular SUSEP nº 295, de 14 de junho de 2005. A Circular SUSEP nº 314/05 alterou o novo modelo de plano de contas para as Sociedades Seguradoras, de Capitalização e Entidades Abertas de Previdência Complementar, que passou a ser adotado a partir de 1º de janeiro de 2006, cuja principal alteração foi no modelo de divulgação da “Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos”. Os saldos referentes a 30 de junho de 2005 foram reclassificados para fins de comparação. 3. DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS a) Apuração de resultado O resultado é apurado pelo regime de competência, visto que: • As receitas de prêmios de seguros são apropriadas ao resultado no momento da emissão das respectivas apólices e faturas de seguros e diferidas para apropriação no decorrer do prazo de vigência das apólices e faturas, através de constituição da provisão de prêmios não ganhos. Tais receitas são retificadas em razão de operações de cosseguro cedido e/ou resseguro quando tais operações ocorrem. • As receitas de prêmios, assim como os registros decorrentes referentes a resseguros, cosseguros, provisões técnicas e comissões, cujo conhecimento do risco coberto se dá após o decurso do período de cobertura, são registrados por estimativa, no próprio mês de competência. • As receitas de prêmios de cosseguro aceitos são apropriadas ao resultado no momento do recebimento dos informes das congêneres e diferidas para apropriação no decorrer do prazo de vigência das apólices e faturas. • As receitas de contribuições de previdência privada do plano gerador de benefício livre – PGBL e vida gerador de benefício livre – VGBL são reconhecidas por ocasião do seu efetivo recebimento. b) Ativos circulante e realizável a longo prazo Os valores são demonstrados ao valor de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos. As principais práticas adotadas são: • As aplicações em títulos e valores mobiliários, classificadas na categoria disponíveis para venda, são registrados ao custo, acrescido dos rendimentos incorridos, os quais são registrados no resultado do próprio período, e avaliadas pelos seus valores de mercado, sendo o ajuste registrado em conta específica do patrimônio líquido, líquido dos seus efeitos tributários e incorporado ao resultado do período em que ocorrer a efetiva realização, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela Circular SUSEP nº 295/05. • A provisão para riscos sobre crédito é constituída para créditos vencidos há mais de 60 dias, sendo esse montante considerado pela Administração suficiente para fazer face às eventuais perdas na realização de créditos e valores a receber. • As comissões e outros custos de angariação são diferidos, de acordo com o prazo de vigência das apólices de seguros ou a estimativa de permanência dos participantes das operações de previdência e refletidos no saldo da conta “Despesas de comercialização diferidas”. c) Permanente Imobilizado: Os itens do ativo permanente são demonstrados ao custo de aquisição ou formação. A depreciação do imobilizado de uso é calculada pelo método linear, às seguintes taxas anuais: 10% para móveis, utensílios, equipamentos de comunicação e instalações e 20% para equipamentos de processamento de dados e veículos. Diferido: O saldo da conta “Diferido” refere-se ao uso de software e está demonstrado ao custo de aquisição. As amortizações são calculadas pelo método linear a partir do momento em que os benefícios são gerados. d) Passivo circulante e exigível a longo prazo Estão demontrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridos. • As comissões sobre prêmios emitidos, registradas no passivo circulante pelo regime de competência, são devidas aos corretores de seguros quando ocorre o recebimento do respectivo prêmio. O Imposto sobre Operações Financeiras – IOF a recolher, incidente sobre os prêmios a receber, registrados no passivo circulante em contra partida a “prêmios a receber”, é retido e recolhido simultaneamente ao recebimento do prêmio. • A provisão de prêmios não ganhos é constituída pela parcela do prêmio retido correspondente ao período de risco a decorrer, calculada pelo método “pro rata die”, em conformidade com as determinações e os critérios estabelecidos pelo CNSP e pela SUSEP. • A provisão de sinistros a liquidar é constituída por estimativa de pagamentos prováveis, líquidos de recuperações, determinada com base nos avisos de sinistros recebidos até as datas dos balanços, e atualizada monetariamente nos termos da legislação. • A provisão de sinistros ocorridos mas não avisados IBNR é constituída de acordo com as normas e especificações estabelecidas em Nota Técnica Atuarial encaminhada à SUSEP na ocasião da avaliação atuarial. • As provisões técnicas para os seguros de vida com cobertura de sobrevivência (VGBL) e de previdência complementar (PGBL) foram calculadas com base em métodos atuariais, hipóteses e tábuas biométricas estabelecidas em Notas Técnicas Atuariais encaminhadas à SUSEP na ocasião da avaliação atuarial, e os encargos financeiros incidentes sobre essas provisões técnicas, quando aplicável, são apresentados na rubrica “Despesas financeiras”. • A provisão para insuficiência de prêmios é calculada de acordo com critérios atuariais considerando as características dos produtos comercializados pela Seguradora. • As provisões matemáticas de benefícios a conceder representam o valor das obrigações assumidas com os participantes dos planos de previdência complementar (PGBL) das modalidades de renda e pecúlio, estruturados no regime financeiro de capitalização. As referidas provisões são determinadas por cálculos atuariais de acordo com as notas técnicas atuariais aprovadas pela SUSEP. • Provisões para imposto de renda e contribuição social – a provisão para imposto de renda é calculada à alíquota de 15% mais adicional de 10% sobre a parcela de lucro tributável excedente a R$ 20 mensais. A provisão para contribuição social é calculada à alíquota de 9%. • As provisões para contingências cíveis são constituídas considerando a opinião dos assessores jurídicos, a natureza das ações e suas complexidades. Eventuais contingências ativas não são reconhecidas até que sua realização seja considerada certa. 4. APLICAÇÕES As aplicações em títulos e valores mobiliários são contabilizadas pelo custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos, e ajustadas ao valor de mercado, computando-se a valorização ou desvalorização em contrapartida à adequada conta destacada do patrimônio líquido pelo valor líquido dos efeitos tributários. Em 30 de junho de 2006, a composição das aplicações em títulos e valores mobiliários está distribuída da seguinte forma: 2006 2005 Custo Valor Ajustes Efeitos Líquidos Valor atualide a tribu- de efeitos de Títulos disponíveis zado mercado mercado tários tributários mercado para venda Títulos de renda fixa – públicos 97.900 97.963 63 (21) 42 34.521 Letras do Tesouro Nacional – LTN 59.085 59.144 59 (20) 39 (a) 3.062 Letras Financeiras do Tesouro – LFT 37.794 37.822 28 (9) 19 (a) 31.459 Notas do Tesouro Nacional – NTN 1.021 997 (24) 8 (16) (a) – Quotas de fundos de investimento 131.548 131.548 – – – 82.612 Quotas de fundos de investimento 28.845 28.845 – – – (b) 15.527 Fundos de Investimento Financeiro – FIFs exclusivos 102.703 102.703 – – – (b) (c) 67.085 Total das aplicações 229.448 229.511 63 (21) 42 117.133
(a) O valor de mercado para títulos públicos foi baseado no “preço unitário de mercado”, informado pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro – ANDIMA em 30 de junho de 2006. (b) O valor de mercado das quotas de fundos de investimento financeiro foi apurado com base nos valores de quotas divulgados pelos administradores dos fundos de investimento nos quais a Seguradora aplica seus recursos. (c) Os fundos exclusivos são administrados pela Western Asset Administradora de Recursos Ltda. e são os seguintes: Citiprev RF, Citiprev C25, Citiprev Corporate RF e Citiprev Corporate C25. Em 30 de junho de 2006, os fundos de investimento exclusivos estão compostos da seguinte forma: Títulos públicos 75.756 Letras do Tesouro Nacional – LTN 34.953 Letras Financeiras do Tesouro – LFT 40.803 Debêntures 9.680 Ações 6.486 Fundos 7.546 Valores líquidos a receber 3.235 Total 102.703 Em 30 de junho de 2006, o valor de mercado por vencimento está distribuído da seguinte forma: Valor de mercado Liquidez Até 6 De 6 a Acima de diária meses 12 meses 1 ano Total Títulos de renda fixa – públicos – 75.316 15.850 6.797 97.963 Letras do Tesouro Nacional – LTN – 50.607 5.598 2.939 59.144 Letras Financeiras do Tesouro – LFT – 24.709 10.252 2.861 37.822 Notas do Tesouro nacional – NTN – – – 997 997 Quotas de fundos de investimento 131.548 – – – 131.548 Quotas de fundos de investimento 28.845 – – – 28.845 FIFs exclusivos 102.703 – – – 102.703 Total das aplicações 131.548 75.316 15.850 6.797 229.511 Do total das aplicações em títulos e valores mobiliários em 30 de junho de 2006, o montante de R$ 126.808 estava vinculado à SUSEP como recursos garantidores das reservas técnicas. 5. DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DO SEMESTRE 2006 2005 Imposto Contrib. Imposto Contrib. de renda social de renda social Resultado antes dos impostos, líquido do PLR (14.755) (14.755) 5.373 5.373 Adições 1.178 1.178 1.873 1.873 Provisões estimadas dedutíveis quando pagas 1.178 1.178 1.873 1.873 Exclusões (3.383) (3.383) (2.894) (2.894) Ajuste ao valor de mercado Outras (3.383) (3.383) (2.894) (2.894) Base de cálculo – – – – Prejuízo fiscal/base negativa (16.960) (16.960) – – Lucro tributável – – 4.352 4.352 Total de tributos – – 1.076 392 A Seguradora não constitui crédito tributário de imposto de renda e contribuição social sobre as adições temporárias, dado que não é possível até o momento, estimar o prazo de realização desses valores. 6. DEPÓSITOS DE TERCEIROS Referem-se a valores recebidos de segurados para quitação de apólices em processo de emissão. 7. PROVISÕES TÉCNICAS – SEGUROS E RESSEGUROS 2006 Prêmios Outras não proviRamo ganhos sões Prestamista 989 – Acidentes pessoais coletivos 1.253 – Vida com cobertura de sobrevivência – 8 Rendas de eventos aleatórios 768 – Vida em grupo 1.275 – Total 4.285 8
Insuficiência Sinistros de a prêmios liquidar 7.284 3.706 – – – 16.562 23.846
4.337
Mate- Despesas Sinistros mática de ocorridos de bene- comerciamas não fícios a lização avisados conceder diferidas 14.943 – 525 2.008
–
–
16.656
–
834 2.933 20.718
– – 16.656
620 2.004 5.017
– 2.538 9.374 19.955 (*)
1.868
2005 Mate- Despesas InsufiSinistros mática de Prêmios Outras ciência Sinistros ocorridos de bene- comercianão provide a mas não fícios a lização Ramo ganhos sões prêmios liquidar avisados conceder diferidas Prestamista 479 – – 2.854 320 – 862 Acidentes pessoais coletivos 12 – – 1.942 2.924 – 2.946 Vida com cobertura de sobrevivência – – – – – 7.721 – Rendas de eventos aleatórios – – – 1.378 1.008 – 1.043 Vida em grupo 16 – 7.053 9.125 4.573 – 4.669 Total 507 – 7.053 15.299 8.825 7.721 9.520 (*) Em 30 de junho de 2006, a Seguradora possui processos de sinistros em demanda judicial em diversos estágios processuais, registrados na rubrica “Sinistros a liquidar” no montante de R$ 2.914. Vide abertura dos processos a seguir: Quantidade Valor Valor Risco de processos reclamado Provisionado Perda provável 118 4.710 2.150 Perda possível 80 1.490 699 Perda remota 8 179 65 Total 206 6.379 2.914 8. PROVISÕES TÉCNICAS – PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR As provisões técnicas – previdência complementar apresentam a seguinte movimentação: 2006 2005 Planos não bloqueados: Saldo no início do semestre 71.885 45.710 Adições decorrentes de contribuições arrecadadas 10.952 15.418 Pagamentos de benefícios e resgates (2.526) (5.730) Taxa de carregamento (55) (43) Atualização financeira das provisões 5.791 4.020 Imposto de renda – MP nº 2.222/01 – (11) Saldo no fim do semestre 86.047 59.364 9. EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Outros passivos contingentes apresentam a seguinte composição: QuantiCausas Risco dade 2005 Adições Cíveis (*) Possível 2 210 – Total 2 210 –
Processos Encerrados – –
2006 210 210
(*) A Seguradora responde a duas ações civis públicas (uma ação em 2005) em que se requer a exclusão de certas cláusulas em contrato de seguro de acidentes pessoais. Essas cláusulas atendem a padrões determinados pela regulamentação emitida pela
A Diretoria da Metlife está confiante no crescimento de suas operações no Brasil, e na continuidade dos seus investimentos. O nível de crescimento atingido ao longo destes anos, caracterizado por um forte incremento das vendas, base de clientes e alcance geográfico, nos deixa confiantes de que estamos construindo uma operação sólida e de longo prazo. Aproveitamos para reiterar seus votos de estima à Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, em especial a sua equipe de colaboradores, seus parceiros de negócios e clientes em geral. São Paulo, agosto de 2006. A Administração DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO PARA OS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em milhares de reais) 2006 2005 OPERAÇÕES DE SEGUROS 3.428 12.965 PRÊMIOS RETIDOS 73.848 77.713 Prêmios de seguros 74.984 81.135 Prêmios diretos 80.799 65.701 Prêmios de co-seguros aceitos 23.706 26.476 Prêmios de co-seguros cedidos (29.354) (11.311) Prêmios estimados (167) 269 Prêmios cedidos em resseguros (894) (2.618) Resgates de seguro de vida individual/VGBL (242) (804) VARIAÇÃO DAS PROVISÕES TÉCNICAS (18.054) (6.057) PRÊMIOS GANHOS 55.794 71.656 SINISTROS RETIDOS (27.116) (21.061) Sinistros diretos (15.320) (15.955) Sinistros de co-seguros aceitos (4.392) (6.687) Recuperação de sinistros 3.626 3.108 Variação da provisão de sinistros ocorridos mas não avisados (11.030) (1.527) DESPESAS DE COMERCIALIZAÇÃO (25.845) (34.373) Comissões (30.257) (27.280) Recuperação de comissões 7.986 323 Outras despesas de comercialização (1.213) (3.361) Variação das despesas de comercialização diferidas (2.361) (4.055) OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS (6.261) (3.257) Outras receitas operacionais 6.561 8.717 Outras despesas operacionais (12.822) (11.974) OPERAÇÕES DE PREVIDÊNCIA 470 281 Rendas de contribuições retidas 10.952 15.418 Rendas de contribuições 10.952 15.418 Variação das provisões técnicas (8.394) (9.644) Despesas com benefícios e resgates (2.526) (5.730) Despesas com resgates (2.526) (5.730) Despesas de comercialização (123) (83) Outras receitas (despesas) operacionais 561 320 Outras receitas operacionais 561 320 DESPESAS ADMINISTRATIVAS (13.507) (7.589) DESPESAS COM TRIBUTOS (2.587) (3.250) RESULTADO FINANCEIRO 4.876 2.917 Receitas financeiras 12.287 8.106 Despesas financeiras (7.411) (5.189) RESULTADO NÃO OPERACIONAL – 49 RESULTADO ANTES DOS IMPOSTOS E PARTICIPAÇÕES (14.176) 5.373 Imposto de renda – (1.076) Contribuição social – (392) Participações sobre o resultado (579) – LUCRO / (PREJUÍZO) LÍQUIDO DO SEMESTRE (14.755) 3.905 Quantidade de ações: 74.052.585 (23.452.585 em 2005) 74.052.585 23.452.585 (Prejuízo)/Lucro por lote de mil ações – em R$ (0,20) 0,17 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS PARA OS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em milhares de reais) 2006 2005 (PREJUÍZO) / LUCRO DO SEMESTRE (14.755) 3.905 Depreciações e amortizações 286 242 Lucro na venda de imobilizado – (49) (PREJUÍZO) / LUCRO DO SEMESTRE AJUSTADO (14.469) 4.098 ATIVIDADES OPERACIONAIS Variação das aplicações (79.125) (35.050) Variação dos créditos das operações (805) (2.176) Variação de títulos e créditos a receber 1.067 755 Variação das Despesas Antecipadas 9 (100) Variação das despesas de comercialização diferida 2.361 4.055 Variação de contas a pagar (6.716) (2.265) Variação de débitos de operações com seguros 970 (593) Variação de Débitos de Operações com Previdência 193 10 Variação de depósitos de terceiros (803) 1.415 Variação das provisões técnicas – seguros e resseguros 32.580 12.576 Variação das provisões técnicas – previdência complementar 14.188 13.653 Variação de ajustes de títulos e valores mobiliários (patrimônio líquido) (21) 25 CAIXA LÍQUIDO CONSUMIDO NAS ATIVIDADES OPERACIONAIS (36.102) (7.695) ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Recebimento pela venda de ativo permanente – 105 Pagamento pela compra de ativo permanente (125) (146) CAIXA LÍQUIDO CONSUMIDO NAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS (125) (41) ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Aumento de capital 50.600 3.371 CAIXA LÍQUIDO GERADO NAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS 50.600 3.371 AUMENTO NAS DISPONIBILIDADES (96) (267) Disponibilidades no início do semestre 1.386 496 Disponibilidades no final do semestre 1.290 229 AUMENTO NAS DISPONIBILIDADES (96) (267)
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras SUSEP e excluem certos eventos das coberturas proporcionadas pelo seguro. O processo de 2004 foi julgado desfavoravelmente à Seguradora em 1ª instância, decisão contra a qual foi interposto recurso. Não há precedentes sobre o assunto e, em decorrência, os advogados que assessoram a Seguradora estabeleceram a probabilidade de perda como possível. Nesse momento não é praticável estimar a perda potencial na hipótese de decisão final desfavorável, tendo em vista que esse valor dependeria de ações de eventuais segurados que se julguem prejudicados. A Administração determinou o provisionamento dos custos diretamente relacionados à ação e que seriam devidos em caso de decisão desfavorável à Seguradora no montante de R$ 210. Com relação a ação de 2005 não há decisão proferida até o momento. 10. PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital social – está representado por 74.052.585 ações ordinárias (23.452.585 em 2005), nominativas e sem valor nominal. b) Ajustes de títulos e valores mobiliários – são compostos pelos ajustes referidos na nota explicativa nº 4, de acordo com a Circular SUSEP nº 314/05, líquidos dos efeitos tributários. c) Os acionistas têm direito a um dividendo anual de, no mínimo, 25% do lucro líquido, calculado nos termos da legislação societária brasileira. d) A conta “Reserva de Lucros” está composta por Reserva Legal no montante de R$ 610 e Reserva de Lucros no montante de R$ 8.864. e) Durante o 1º semestre de 2005, foi realizado um aumento de capital e integralizado no montante de R$ 3.371, o qual foi aprovado pela Portaria SUSEP/DECON nº 508, de 29 de novembro de 2005. 11. PATRIMÔNIO LÍQUIDO AJUSTADO E MARGEM DE SOLVÊNCIA a) Patrimônio Líquido Ajustado – PLA 2006 2005 Patrimônio líquido 72.184 34.485 Despesas antecipadas (58) (162) Ativo diferido (751) (861) Patrimônio líquido ajustado 71.375 33.462 b) Margem de solvência 2006 2005 Patrimônio líquido ajustado 71.375 33.462 a) 0,20 prêmio retido anual – últimos 12 meses 30.143 28.554 b) 0,33 sinistros retidos anuais médios – últimos 36 meses 11.347 7.540 c) Margem de solvência (valor de a) ou b) - o maior) 30.143 28.554 Suficiência 41.232 4.908 12. DETALHAMENTO DE CONTAS DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO a) Principais ramos de atuação Índice de sinisÍndice de comisPrêmio ganho tralidade (%) sionamento (%) Ramo 2006 2005 2006 2005 2006 2005 Vida em grupo 27.082 36.954 31 40 41 48 Acidentes pessoais coletivos 21.058 23.591 6 17 61 63 Renda de eventos aleatórios 9.288 8.519 18 17 13 13 Prestamista (1.617) 2.587 396 32 27 26 VGBL (17) 5 – – – – Total 55.794 71.656 – – – – b) Despesas de comercialização 2006 2005 Vida em grupo (11.272) (17.592) Acidentes pessoais coletivos (12.894) (15.058) Renda de eventos aleatórios (1.236) (1.122) Prestamista (443) (601) Total (25.845) (34.373) c) Outras despesas e receitas operacionais de seguros Despesas de administração de apólices e pró-labore líquidas de recuperação Receita na venda de participação de cosseguro Outras receitas e despesas operacionais Total
2006
2005
(6.117) – (144) (6.261)
(5.900) 2.922 (279) (3.257)
d) Despesas administrativas Despesas com pessoal próprio e encargos sociais Despesas com serviços de terceiros Despesas com localização e funcionamento Despesas com publicidade e propaganda Outras Total
2006 (3.304) (8.769) (1.210) (163) (61) (13.507)
2005 (4.709) (1.320) (1.309) (59) (192) (7.589)
e) Receitas financeiras Receitas de aplicações financeiras Receitas de fundos especialmente constituídos Ajuste ao valor de mercado Total
2006 5.550 6.692 45 12.287
2005 2.365 5.631 110 8.106
f) Despesas financeiras 2006 2005 Encargos financeiros creditados à provisão matemática e à provisão de sinistros (6.796) (4.715) Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira – CPMF (578) (473) Outras (37) (1) Total (7.411) (5.189) 13.TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS Até 30 de junho de 2005, a Seguradora pertencia ao CitiGroup, conjunto de empresas do setor financeiro e de seguros que atua de forma integrada. A partir de 1º de julho de 2005, a Seguradora passou a pertencer ao Grupo MetLife, conjunto de empresas do setor de seguros, desenvolvendo seus negócios sociais de forma integrada com as operações da Metropolitan Life Seguros e Previdência Privada S.A., compartilhando inclusive instalações, recursos humanos e outros insumos necessários para atingir os objetivos sociais. Como conseqüência, foram realizadas as operações descritas a seguir envolvendo partes relacionadas. A Seguradora reembolsou à Metropolitan Life Seguros e Previdência Privada S.A. despesas com pessoal, aluguéis, condomínio e serviços, entre outras despesas administrativas. No semestre findo em 30 de junho de 2006, tais despesas alcançaram R$ 6.438 e estão registradas a débito da rubrica “Despesas administrativas”. As transações da Seguradora com partes relacionadas foram realizadas em condições equivalentes àquelas usualmente praticadas no mercado em transações similares. 14. OUTRAS INFORMAÇÕES a) A Seguradora mantém seguros sobre seus bens em montante considerado suficiente para a cobertura de eventuais perdas. b) A Seguradora é patrocinadora de plano de aposentadoria para seus funcionários (plano de previdência Investmet). Esse plano é de contribuição definida, estruturado no regime de capitalização cuja contribuição é efetuada de acordo com o percentual escolhido pelo participante, em que a patrocinadora contribui na mesma proporção, limitado ao teto de 3% do salário-base do participante. As contribuições para o plano durante o semestre de 2006 correspondem a R$ 46. continua ...