DIGESTO ECONÔMICO, número 1, dezembro 1944

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/^W sumario Número Um Brasílio Machado Neto "Boom" dos Estudos Econômicos do Brasil J. F. Normano À procura de uma nova "fronteira' Constantino lanni .... O fenômeno financeiro A. Vergueiro César .

Observações de mercados As possibilidades de São comércio internacional

J. -Pokrovsky

o

café

o

mesmo

destino

borracha? Pode-se substituir a chuva? , «•

í

15 27 33 51

Paulo

Aspctos da margem comercial ... Terá

Pág. 13

S. Harcourt-Rívington

55

Frederico Heller

61

Mario Beni Cristovam Dantas

69

da 74

O problema dos transportes coletivos e o Metropolitano (19) — In

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•Sl^íSrf :

-A

flação e preços (43) — Industrialização — eis o futuro da economia nacional (64) — A que ficou reduzida a economia francesa (72) — Enipréstimos e arrendamentos (76) — A nova divisão administrativa do Estado (87) —■ O sr. aceita passes? (89) — A nova lei de acidentes do trabalho (91).

'í. ■


>.

\hr--

*

1^5

DIGE STO

ECONÔMICO

i URITIMi

A-pareccndo no primeiro sábado de cada meSa o DIGESfO ECONÔMICO, que ora se publica a cargo da Editora Comer cial Etda., sob os auspícios da Associação Comercial de São Paulo e da Federação do Comércio do Estado de São Paulo,

COMPilIVniil

DE

SEGUROS

GERAIS

procura ser útil e preciso nas informações, correto e sobrlo nos comentários, cômodo e elegante na apresentação, dando aos

CAPITAL

•eus leitores um panorama mensal do mundo dos negócios.

REALIZADO ... CrÇ 3.000.000,00

Cr$ 5.000.000,00

A venda em todas ao bancas de jornais do país a Cr.§ 3,00 o exemplar e assinatura anual (12 números) custa Cr.§ 30,00-

SÊDE: SAO PAULO

Tratando.se de revista de circulação obrigatória entre os produtores de São Paulo e os maiores do Brasil, além de am»

RUA XAVIER DE TOLEDO, 114 - 9.0 ANDAR

pia divulgação no interior, nas capitais dos Estados e nas dos

SUCURSAL: SANTOS

principais países sul-americanos, graças à distribuição, entre

RUA GENERAL GAMARA, 76 - 2.0 ANDAR

gue a uma das maiores organizações especializadas desta parte

do continente, — dispencamo-nos de encarecer o valor que re presentará, para comerciantes, industriais e homens de negó cios em geral, o servir-se dêsse poderoso veículo de propagan

/IGC\'CMS IVOS PRli\Ciri\lS ESTilüOS UO IMiS

da de suas atividades. Para isso, os interessados poderão diri gir-se às Agências de Publicidade de sua confiança, ou direta mente ao Departamento dc Publicidade da Editora Comercial

Ltda. (Viaduto Boa Vista, 67 — 7.° Tel., 3-7499). A tabela de preços para publicidade nas páginas do DíGFS-

DIRETORIA:

TO ECONÔMICO é a seguinte; página (sem fração) CrJ

Pretitionte — Dr. Álvaro Augusto de Bueno Vidigat

Superintendente — Carlos lieis de Magalhões

v00,00, seis vezes consecutivas Cr.$ 850,00; 12 vezes consecuti vas, Cr.$ 800,00. Anúncios a côres, a combinar. Clichês por

' Diretor Gerente — Joaquim Servulo da Cunha

Diretor Secretário — Sigofredo Magalhões

conta dos srs. anunciantes.

Diretor Tesoureiro — Miguel Pierri Sobrinho

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.I -


r

Um fator importante da vida econômica

é a importação

Um fator importante da importação brasileira

:>

e a

Walter Ahrens 'R. Braulío Gomes, 25-5.o-s. 505 Esq. Marconi — Edifício Vicentina Vi

Tel. 4-8Ó28 — Caixa Postal 3459

ARDY

CORRÜTOR

DE IMÓVEIS MANUFATUREIRAE IMPORTADORA CBSBS - TERRENOS - CHBCORBS - FIKONCIBMENTOS - HIPOTECBS Filiado ao Sindicato dos Corretores de Imóveis

SÀQ

PAULO

Florênclo de Abreu, 485

CAMPINAS (Matr iz)

Tel.: 2-6773

Importações de metais, ferro, ferragens, motores, chapas de ferro, canos para água, gás,vapor e para caldeiras, produ tos químicos para lavoura e indústria


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c^-í

mifi

(diga-siga) S-r:ríí:5«[Íi

DESDE 805 boas malas fi^aftõ-^cLô-ncifn BOAS VIAGENS Com as malas-estojos de couro e maletas ele gantes, cômodas, leves e espaçosas d'A Exposi ção, V. pode viajar satisfeito e despreocupado. E é sempre bem recebido em todos os lugares.

SEAGERS;l>oBRASVl V* tA0Mllt9 •

»ikC[RlVANSt^«L'-*HlQ'

Em vários tamanhos e modelos. ::

em 10ptedtaçãed ^lo- òiedíáAJi/^

.

HkMHlIRnMM.MI. WAMHIinS-NiSW.MI ^ -v.

«unnu >1* MMnRiMti iiiiúm


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ESTA MARCA É A GARANTIA DA UANDO A SORTE

pRODUZIMOS uma Nova Correta em "V", com maior resistância, efí-

ciAncia máxima e esticamento mínimOf

pelo menor preço, garantida pela re» putação do fabricante cujos produtos representam o mais alto padrão de ex> celAncia

em

artefatos

de

borracha.

S.fl.FÁBRICAS'ORION' O mais alto padrão de oxcolência am artefaios do borracho

QUANDO a sorte sorri... é escusado pensar no futuro, tudo dá certo. Mas a sorte é

cotnem

cega e não sabe para quem sorri. Não confie na sorte: se quer ter a certeza de oferecer

um bom pecúlio aos seus caros, ou se deseja precaver-se con tra eventuais dificuldades na

idade avançada, adquira tí tulos da Prudência Capitali

zação: suas economias multi plicam-se, matemàticamente, independente da sorte. Procu re, pois, conhecer os planos da Prudência Capitalização, nas suas vantagens reais e garan tias sólidas, legais e absolutas.

Compnnilia gonuinamcnie nncionnl para favorecer a economia popular

PRUDÊNCIA CAPITAIIZACAO CAPITAL: Cr,S z.ijo.ooo.oo — RESERVAS: Cr.5 iS.ooe.000,00

SÉDE: SAO PAULO — RUA JOSÉ BONIFÁCIO, 178 - tS> ANDAR

...8 PANAM — Cisa de Amigos

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?m fiMERICAN TRADE DEVELOPMERT CORP. 40, Wolí Street — NEW YORK

E \ P O » T A D O [TE S

PRODUTOS DE FERRO E AÇO CHAPAS — FOLHAS DE FLANDRES — FERRO E AÇO EM BARRAS — ARAMES — FERRO ARCO — FITAS — TIRAS

AÇO CARBONO —AÇO COM LIGA —AÇO INOXIDÁVEL

AO APROXIMAR-SE o fim da

MATERIAIS PARA ESTRADAS DE FERRO — FERRAGENS

semana, é tempo de lembrarse de que nem só de pão

FERRAMENTAS - ALPACA5 — ALUMÍNIO, ETC.

vive o homem. Precisa das

auras puras para os pulmões, do verde vegetal para a vis

PRODUTOS QUÍMICOS, PURA FINS INDUSTRIAIS - ANILINAS

ta: precisa do ar livre! Pre

mm

pare-se para a sua excursão ou passeio, com as roupas

Únicos Distribuidores no Brasil;

apropriadas, elegantes, mo dernas de nossa especialidade

PANAMBRA 5. A. Capital Social Cr.$ 4.000.000,°°

CASA 9.

S. PAULO RIO DE

A

MATRIZ:

Rua Libero Bodaró, 58- 9.o — Tol.: 4-B103 (Rede Interno) FILIAIS

Rio Bronco, 311 — Tel. 23-1750 (Rede Interna) PORTO ALEGRE — Ruo Goribaldi, 298 — Telefone: 9 7002 REPRESENTANTES:

B. HORIZONTE - R, S. KOEPPEL, Rua Rio de Janeiro, 324, s. 324 - C. P. 264 e em todos as principais cidades do Brasil.

BARÃO DE ITAPETININGA, 100 PANAM - Cí» de Amigo:


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IMgesI» Etf'oii6iiih'o

DIGESTO

O mundo dos negócios nom panorama mensal Difetor-Supcrinlíndcnte RUy FONSECA Djfetorei: RUy BLOEM RUI NOGUEIRA MARTINS

ECONOMICO O MUNDO DOS NEGÓCIOS NUM PANORAMA MENSAL

O DIGESTO ECONÔMICO, órgão de informações econô

1

Dezembro «le 1944

São Paulo

micas e financeiras, de proprie dade da Editôrà Comercial Ltda., é publicado mensalcíiente

HIJMERO IM

sob os auspícios da Associação Comercial de São Paulo e da Federação do Comércio do Es tado de São Paulo,

Impresso na Gráfica São José,

jt qttcles que correrem os olhos pelas págirtas dêste primeiro número do DI

DIgcsto Econóinieo

GESTO ECONÔMICO por certo não avaliarão do esforço tenaz que foi necessário desenvol ver para chegar a publicádo. De um lado, surgiram as dificuldades na-

publicará no n. 2:

e registado no D.I.P. sob o n.® 36.272.

A redação não é responsável pelas estatísticas cuja fonte es teja devidamente citada, nem pe os

conceitos

apresentados

em artigos assinados.

tiirois a tóda idéia nova que se concretiza,

o ENCILHAMENTO

acrescidas, no caso presente, por aquelas per culiares a períodos anornuiis como o que atra

(uma reconstituição do agitado

vessamos.

período financeiro dos primeiros anos de República) pela Redação.

"ÊSTE ESTADO DO TABOADO..."

De agora em diante, éle irá depender, prin cipalmente, do apoio que lhe dispensar o pú

por Matias Arrudão

DIGESTO ECONÔMICO pe-

de-se citar o nome dele. Acei

ta-se intercâmbio com publica ções congênere^ nacionais ou estrangeiras.

blico leitor, prestigiando o com o seu interês-

se, e dn colaboração do comércio e da indiis-

"DURAÇÃO DO TRABALHO"

tria.

De oi//ro lado, não obstante o sensível pro

por J. L. Almeida Nogueira Pôrto

gresso realizado nestes últimos anos, o nosso meio cultural econômico, de existência pró

A RECONSTRUÇÃO DOS PAISKS

pria relativamente recente, ainda não estava

DEVASTADOS PELA GUERRA

Assinaturas: Ano, CrS 30.00; em conjunto com o Boletim Se-

Felizmente, elas foram vencidas,

uma a uma, e hoje o projetado inensário se transforma em promissora realidade.

habilitado a fornecer o número de valores ex' perimenitados, que o nosso desenvolvimento requer, de forma crescente. Assim sendo, não

por H. Seligniann

manal da Associação Comev-

cial de São Paulo: Ano, Cr$

além de inúmeros outros trabalhos es

120,00; semestre, Cr$ 70,00.

peciais dos colaboradores e da Redação.

foi fácil encontrarem-se os elementos capazes, O Sr. Brasílio Machado Neto,

presidente da Associação

Co

necessários a uma obra como a do Digesto. A escolha da equipe que hoje enriquece o

duto Boa Vista, 67, 7.® andar,

deração do Comércio do Esta

quadro de redatores desta publicação e do Boloiim Scnianjil, foi, por essa razão, uma das

tel. 3-7499.

do de São Paulo, honra o DIGRSTG ECONÔMICO com

ram de enfrentar os diretores du Editora Co

este

mercial Ltda..

Redação e Administração: Via

mercial de São Paulo e da Fe

artigo

de

apresentação.

tarefas mais delicadas e deinoradas que tive


IMgesI» Etf'oii6iiih'o

DIGESTO

O mundo dos negócios nom panorama mensal Difetor-Supcrinlíndcnte RUy FONSECA Djfetorei: RUy BLOEM RUI NOGUEIRA MARTINS

ECONOMICO O MUNDO DOS NEGÓCIOS NUM PANORAMA MENSAL

O DIGESTO ECONÔMICO, órgão de informações econô

1

Dezembro «le 1944

São Paulo

micas e financeiras, de proprie dade da Editôrà Comercial Ltda., é publicado mensalcíiente

HIJMERO IM

sob os auspícios da Associação Comercial de São Paulo e da Federação do Comércio do Es tado de São Paulo,

Impresso na Gráfica São José,

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DIgcsto Econóinieo

GESTO ECONÔMICO por certo não avaliarão do esforço tenaz que foi necessário desenvol ver para chegar a publicádo. De um lado, surgiram as dificuldades na-

publicará no n. 2:

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A redação não é responsável pelas estatísticas cuja fonte es teja devidamente citada, nem pe os

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o ENCILHAMENTO

acrescidas, no caso presente, por aquelas per culiares a períodos anornuiis como o que atra

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vessamos.

período financeiro dos primeiros anos de República) pela Redação.

"ÊSTE ESTADO DO TABOADO..."

De agora em diante, éle irá depender, prin cipalmente, do apoio que lhe dispensar o pú

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DIGESTO ECONÔMICO pe-

de-se citar o nome dele. Acei

ta-se intercâmbio com publica ções congênere^ nacionais ou estrangeiras.

blico leitor, prestigiando o com o seu interês-

se, e dn colaboração do comércio e da indiis-

"DURAÇÃO DO TRABALHO"

tria.

De oi//ro lado, não obstante o sensível pro

por J. L. Almeida Nogueira Pôrto

gresso realizado nestes últimos anos, o nosso meio cultural econômico, de existência pró

A RECONSTRUÇÃO DOS PAISKS

pria relativamente recente, ainda não estava

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Felizmente, elas foram vencidas,

uma a uma, e hoje o projetado inensário se transforma em promissora realidade.

habilitado a fornecer o número de valores ex' perimenitados, que o nosso desenvolvimento requer, de forma crescente. Assim sendo, não

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além de inúmeros outros trabalhos es

120,00; semestre, Cr$ 70,00.

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No entanto, apesar de iodas as dificuldades, o Digesto aqui está e embora o seu lançamen' to possa representar uma ousadia, para o nos so meio, ele não é, de modo alfíuni, uma aventura. Nasce, com efeito, apoiado na ex"

w■ M*.

periência colhida com o semíoiúrio editado pela Associação Comercial de São Paulo, du rante cêrca de dois anos. Foi, realmente, o êxito dessa publicação, cuja circulação estava mais ou menos restrita ao quadro social da

Em 1940 publiquei um artigo ii'0 Observador Econômi co e Financeiro sob o título Um Economista vê o Brasil. Discu

Por J. F. NonMANo

Especial para

o

Digesto Econômico

A gigantesca tarefa de investigação

quela entidade, que a levou e à Federação do

ti, nele, os problemas e as pos

e planejamento econômicos do Brasil

Comércio de São Paulo a patrocinarem o lan

sibilidades de um economista no

exigirá a mobilização dc tòdas as for

çamento do Digesto Econômico. -

i->rasil.

Uma revista do feitio e com o espírito que se lhe pretende imprimir, c a primeira vez

que, salvo engano, sufgc entre nós. E' claro que jã existem esplêndidas revistas especia

lizadas em econotnia, a maioria^ dás quais re presenta um louvável esforço íie realização e

conquistou justo prestígio nos meios ligados diretamente à produção e distribuição da ri

Salientei que as formas

da vida econômica no Brasil es

tão experimentando uma transi ção do capitalismo liberal para a economia dirigida, e por essa ra zão o problema dos estudos eco nômicos assume importância na

ças intelectuais disponíveis do país no campo da economia, além da coopera

ção das universidades, das instituições culturais, das agências do governo. Tal o tema deste artigo, o primeiro de

uma série, que o conceituado autor norte-americano, escreve especialmen te para o Digesto.

queza. O Digesto, porém, tem em vista outro

cional para o país.

plano e outro campo de ação. Pretende, e oxalá o coM.sjgo, transformar'se tium mensãrto

que a vida econômica do Brasil

de ser inteiramente baseado nos

não pode ser compreendida sem

resultados de investigações pre

de divulgação, redigido sempre de forma ao /

«los Eisluclos Eeouómíeo» ilo Itrusil

Acentuei

alcance dos leigos, e tendo como objetivo pre-

o estudo de seu entrosamento

paradas no estrangeiro. De ou

cipuo tornar acessível não só os principies

na economia mundial. Mesmo a

da econòmia, como os seus problemas, con

idéia do isolamento autárquico

correndo assim para t/ma compreensão melhor

não pode ser concebida sem o

tro lado, com poucas exceções, os países estrangeiros demonstram uma inescusávcl ignorância das

conhecimento do mundo exter

coisas brasileiras.

no. E o dinâmico Brasil respi

dos seus fenômenos complexos,

no

mundo

atual, das suas tendências e dos seus rumos

Tal é a missão que pretende desempenhar

ra através do comércio exterior

Eu sabia das dificuldades, con sistindo, sua maioria, na falta dc

o Digesto Econômico. Se éle, na vida que ho

e dos investimentos. A política

uma série contínua de dados e

na ausência de especialistas trei nados, capazes de coletá-los, de produzi-los quando necessário, de

prováveis.

je inicia, conseguir alcançar, senão no todo,

pelo menos em parte, o seu elevado propó

exterior do Brasil deve tomar

sito, pagos estarão os s«cr///ctos que não serão

em consideração não somente as

poupados para o seu êxito, não só por parte

tendências do desenvolvimento brasileiro e de suas presentes

dos homens <íiret«nie"íe ligados a êsse ontpreendiniento, como aos que iem e virão a ter

sôbre os ôm6jros a pesada taref„ do dirigir as duas entidades máximas do comércio paulista.

Patrociiumdo obra de tão inalienável utili

dade para a divulgação dos assuntos econômi cos, entre brasileiros, nada mais elas almejam do que servir às classes que diretamente re presentam e, sobretudo, a São Paulo e ao Brasil.

relações externas, mas também as tendências

do

desenvolvimento

i

sistematizá-los e analisá-los.

Esbocei, naquela ocasião, um quadro ideal de um estudo

dos próprios países estrangeiros.

exaustivo da vida econômica bra

O estudo dos desenvolvimentos

sileira. Era um programa concre

estrangeiros deve ser feito salien-

to, abrangendo um fundo histó- ^

tando-se os interesses brasilei

rico, a formação da nação e sua ^ ^.A 1 M^ aa ^ r% •• ^ «4 economia, seguido de um estudo

ros — e por êsse motivo não po-


No entanto, apesar de iodas as dificuldades, o Digesto aqui está e embora o seu lançamen' to possa representar uma ousadia, para o nos so meio, ele não é, de modo alfíuni, uma aventura. Nasce, com efeito, apoiado na ex"

w■ M*.

periência colhida com o semíoiúrio editado pela Associação Comercial de São Paulo, du rante cêrca de dois anos. Foi, realmente, o êxito dessa publicação, cuja circulação estava mais ou menos restrita ao quadro social da

Em 1940 publiquei um artigo ii'0 Observador Econômi co e Financeiro sob o título Um Economista vê o Brasil. Discu

Por J. F. NonMANo

Especial para

o

Digesto Econômico

A gigantesca tarefa de investigação

quela entidade, que a levou e à Federação do

ti, nele, os problemas e as pos

e planejamento econômicos do Brasil

Comércio de São Paulo a patrocinarem o lan

sibilidades de um economista no

exigirá a mobilização dc tòdas as for

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i->rasil.

Uma revista do feitio e com o espírito que se lhe pretende imprimir, c a primeira vez

que, salvo engano, sufgc entre nós. E' claro que jã existem esplêndidas revistas especia

lizadas em econotnia, a maioria^ dás quais re presenta um louvável esforço íie realização e

conquistou justo prestígio nos meios ligados diretamente à produção e distribuição da ri

Salientei que as formas

da vida econômica no Brasil es

tão experimentando uma transi ção do capitalismo liberal para a economia dirigida, e por essa ra zão o problema dos estudos eco nômicos assume importância na

ças intelectuais disponíveis do país no campo da economia, além da coopera

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cional para o país.

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na economia mundial. Mesmo a

da econòmia, como os seus problemas, con

idéia do isolamento autárquico

correndo assim para t/ma compreensão melhor

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tro lado, com poucas exceções, os países estrangeiros demonstram uma inescusávcl ignorância das

conhecimento do mundo exter

coisas brasileiras.

no. E o dinâmico Brasil respi

dos seus fenômenos complexos,

no

mundo

atual, das suas tendências e dos seus rumos

Tal é a missão que pretende desempenhar

ra através do comércio exterior

Eu sabia das dificuldades, con sistindo, sua maioria, na falta dc

o Digesto Econômico. Se éle, na vida que ho

e dos investimentos. A política

uma série contínua de dados e

na ausência de especialistas trei nados, capazes de coletá-los, de produzi-los quando necessário, de

prováveis.

je inicia, conseguir alcançar, senão no todo,

pelo menos em parte, o seu elevado propó

exterior do Brasil deve tomar

sito, pagos estarão os s«cr///ctos que não serão

em consideração não somente as

poupados para o seu êxito, não só por parte

tendências do desenvolvimento brasileiro e de suas presentes

dos homens <íiret«nie"íe ligados a êsse ontpreendiniento, como aos que iem e virão a ter

sôbre os ôm6jros a pesada taref„ do dirigir as duas entidades máximas do comércio paulista.

Patrociiumdo obra de tão inalienável utili

dade para a divulgação dos assuntos econômi cos, entre brasileiros, nada mais elas almejam do que servir às classes que diretamente re presentam e, sobretudo, a São Paulo e ao Brasil.

relações externas, mas também as tendências

do

desenvolvimento

i

sistematizá-los e analisá-los.

Esbocei, naquela ocasião, um quadro ideal de um estudo

dos próprios países estrangeiros.

exaustivo da vida econômica bra

O estudo dos desenvolvimentos

sileira. Era um programa concre

estrangeiros deve ser feito salien-

to, abrangendo um fundo histó- ^

tando-se os interesses brasilei

rico, a formação da nação e sua ^ ^.A 1 M^ aa ^ r% •• ^ «4 economia, seguido de um estudo

ros — e por êsse motivo não po-


Digesto Econômico

16

do século dezenove — o período

dades de Economia, novas pu

de penetração da economia mo

blicações econômicas e assim por diante. Mas a velha dificul

netária e transição da dependên cia colonial para o nacionalismo econômico. Nessa base histórica

dade ainda existe: a falta de sé rie contínua de dados e ausên

eu sugeri um sistemático estudo

cia de especialistas treinados.

econômico e social do Brasil mo

17

Digcsto Econômico

COS

no

Brasil exigirá, certa

outras necessidades e outras pai

sociedades culturais, de agências

A necessidade de um Instituto de Economia

Certamente o Brasil tem progre

do govêrno, de organismos lo-

derno e sua sociedade. Recomen

dido neste último decênio.

-cais, etc.

dei a separação da interpretação

do valioso trabalho de socieda

romântica e heróica de seu de

des locais, dos esforços dos pou

senvolvimento. O estudo deve

cos economistas brasileiros, dos

ria ter um forte caráter indutivo, com uma ampla aplicação de da dos estatísticos e históricos, com binado com um exame compara

melhoramentos na organização da estatística, mas, não obstan te, a coleta de dados não pode

tivo de tipos e numerosos estu

dos práticos. Meu apelo concre to para a formação do Institutc? Brasileiro de Economia encon trou certo entusiasmo na inteli-

géncia brasileira. O Sr. José Car los de Macedo Soares foi um dos primeiros a manifestar seu inte-

rêsse. Vários periódicos repro duziram meu artigo. O incansá vel Sr. Abelardo Vergueiro Ce-

Sei

mais depender de interèsses in dividuais, devendo tomar formas continuas, planejadas e organi zadas, a fim de poder dar, sem

pre, uma resposta atual a qual quer problema da vida econô mica.

Mobilização das forças intelectuais Nessa nova mod^-, os econo

.sar continuou seus antigos es

mistas brasileiros não aplicam

forços para organizar tal Insti

princípios econômicos aos estu

tuto. Mas... "calma no Bra

dos econômicos, não aplicam princípios de planejamento em suas discussões de.planejamento. No presente momento de entu siasmo,. os economistas brasilei ros esquecem que a atual técni ca de pesquisa econômica atin giu uma fase em que os proces

sil" — o interesse inicial evapo rou-se mais ou menos logo. A falta de dados e de especialistas Desde então um "boom" na

curiosidade econômica se tem desenvolvido no Brasil. Nós tes temunhamos agora uma corrida

lia

organização

de

institutos,

fundação de sociedades e facul-

Outra natureza, outros homens,

mente, a mobilização de todas as torças intelectuais disponíveis do país no campo da Economia, a cooperação de universidades, de

xões, e conseqüentemente outra ligação histórica".

Sòmeiite uma organização Será necessária a cooperação de estudiosos de campos afins, planejada de pesquisas pode ser pois eu concordo com a afirma- ■ útil na solução dos problemas ção de Buckle de que "a ciência econômicos brasileiros, e prepa de quaUjuer matéria não está no rar os jovens economistas e ho seu centro, mas na sua periferia, mens do govêrno brasileiro para seu importante papel na admi onde se encontra* com tòdas as outras ciências". Geógrafos, nistração do pais. O propósito historiadores, socrólogos, sã-j" da Economia moderna está sen líenvindos c 'necessários para o do transformado da descoberta êxito desse empreendimento. Mas de leis eternas e categorias ab será preciso mais — uma orga solutas' para os serviços reaiís-nização especial; sobretudo, em ticos da arte da administração. vista do fato de que um econo Como disse Thòmas Henry Huxmista é avis rara no Brasil, qual-' ley, "o grande objetivo cía vida cpier desperdício de esforço^s de nao é o conhecimento, mas a ve ser eliminado.

Dados e ma

teriais deverão ser coligidos e produzidos,

os

colaboradore.s

treinados, todo o trabalho plane

jado e supervisionado, evitandose duplicações e comparando-se os resultados. A organização e a direção devem ser centraliza

ação". A direção dos assuntos econômicos de uma nação é uma arte, e uma arte requer uma'téc nica. Nós vivemos num perío do de crescente economia dirigi

da. que se iniciou com o nasci mento do néo-mercantilismo.

A

Economia do mercantilismo foi

das, enquanto o . trabalho prò-

exposta na compilação de Guias para Soberanos: Gresham era um conselheiro da rainha Elisabeth;

sos abreviados aceleram e subs

priamente dito deve ser descen tralizado. A grandeza e as di ferenças locais do Brasil devem

tituem o crescimento orgânico.

ser tomadas em conta, Von Mar

Companhia das índias Orientais;

A gigantesca tarefa de investi gação e planejamento económi-

tins salientou êsse aspeto; "Co

Erasmo dedicou a Carlo.s \ seu

mo são diferentes Pará e Miiiíis!

Manual para um Príncipe Cns-

Thomas Mim era o Diretor da


Digesto Econômico

16

do século dezenove — o período

dades de Economia, novas pu

de penetração da economia mo

blicações econômicas e assim por diante. Mas a velha dificul

netária e transição da dependên cia colonial para o nacionalismo econômico. Nessa base histórica

dade ainda existe: a falta de sé rie contínua de dados e ausên

eu sugeri um sistemático estudo

cia de especialistas treinados.

econômico e social do Brasil mo

17

Digcsto Econômico

COS

no

Brasil exigirá, certa

outras necessidades e outras pai

sociedades culturais, de agências

A necessidade de um Instituto de Economia

Certamente o Brasil tem progre

do govêrno, de organismos lo-

derno e sua sociedade. Recomen

dido neste último decênio.

-cais, etc.

dei a separação da interpretação

do valioso trabalho de socieda

romântica e heróica de seu de

des locais, dos esforços dos pou

senvolvimento. O estudo deve

cos economistas brasileiros, dos

ria ter um forte caráter indutivo, com uma ampla aplicação de da dos estatísticos e históricos, com binado com um exame compara

melhoramentos na organização da estatística, mas, não obstan te, a coleta de dados não pode

tivo de tipos e numerosos estu

dos práticos. Meu apelo concre to para a formação do Institutc? Brasileiro de Economia encon trou certo entusiasmo na inteli-

géncia brasileira. O Sr. José Car los de Macedo Soares foi um dos primeiros a manifestar seu inte-

rêsse. Vários periódicos repro duziram meu artigo. O incansá vel Sr. Abelardo Vergueiro Ce-

Sei

mais depender de interèsses in dividuais, devendo tomar formas continuas, planejadas e organi zadas, a fim de poder dar, sem

pre, uma resposta atual a qual quer problema da vida econô mica.

Mobilização das forças intelectuais Nessa nova mod^-, os econo

.sar continuou seus antigos es

mistas brasileiros não aplicam

forços para organizar tal Insti

princípios econômicos aos estu

tuto. Mas... "calma no Bra

dos econômicos, não aplicam princípios de planejamento em suas discussões de.planejamento. No presente momento de entu siasmo,. os economistas brasilei ros esquecem que a atual técni ca de pesquisa econômica atin giu uma fase em que os proces

sil" — o interesse inicial evapo rou-se mais ou menos logo. A falta de dados e de especialistas Desde então um "boom" na

curiosidade econômica se tem desenvolvido no Brasil. Nós tes temunhamos agora uma corrida

lia

organização

de

institutos,

fundação de sociedades e facul-

Outra natureza, outros homens,

mente, a mobilização de todas as torças intelectuais disponíveis do país no campo da Economia, a cooperação de universidades, de

xões, e conseqüentemente outra ligação histórica".

Sòmeiite uma organização Será necessária a cooperação de estudiosos de campos afins, planejada de pesquisas pode ser pois eu concordo com a afirma- ■ útil na solução dos problemas ção de Buckle de que "a ciência econômicos brasileiros, e prepa de quaUjuer matéria não está no rar os jovens economistas e ho seu centro, mas na sua periferia, mens do govêrno brasileiro para seu importante papel na admi onde se encontra* com tòdas as outras ciências". Geógrafos, nistração do pais. O propósito historiadores, socrólogos, sã-j" da Economia moderna está sen líenvindos c 'necessários para o do transformado da descoberta êxito desse empreendimento. Mas de leis eternas e categorias ab será preciso mais — uma orga solutas' para os serviços reaiís-nização especial; sobretudo, em ticos da arte da administração. vista do fato de que um econo Como disse Thòmas Henry Huxmista é avis rara no Brasil, qual-' ley, "o grande objetivo cía vida cpier desperdício de esforço^s de nao é o conhecimento, mas a ve ser eliminado.

Dados e ma

teriais deverão ser coligidos e produzidos,

os

colaboradore.s

treinados, todo o trabalho plane

jado e supervisionado, evitandose duplicações e comparando-se os resultados. A organização e a direção devem ser centraliza

ação". A direção dos assuntos econômicos de uma nação é uma arte, e uma arte requer uma'téc nica. Nós vivemos num perío do de crescente economia dirigi

da. que se iniciou com o nasci mento do néo-mercantilismo.

A

Economia do mercantilismo foi

das, enquanto o . trabalho prò-

exposta na compilação de Guias para Soberanos: Gresham era um conselheiro da rainha Elisabeth;

sos abreviados aceleram e subs

priamente dito deve ser descen tralizado. A grandeza e as di ferenças locais do Brasil devem

tituem o crescimento orgânico.

ser tomadas em conta, Von Mar

Companhia das índias Orientais;

A gigantesca tarefa de investi gação e planejamento económi-

tins salientou êsse aspeto; "Co

Erasmo dedicou a Carlo.s \ seu

mo são diferentes Pará e Miiiíis!

Manual para um Príncipe Cns-

Thomas Mim era o Diretor da


r TllANSPORTKS

Digesto Econômico

18

tão, e Macchiavelli escreveu seu

Príncipe, para o benefício dos Mediei. A nova função do Es tado no moderno mundo econô mico leva-o a reviver e a moder

nizar a Cameralia do p*eríodo do Absolutismo Iluminado. E' sim

bólico que o Sr. William H. Be-

veridge, o Diretor da Escola de Economia de Londres, em seu My Utopia, desperta cpm seu

O Brasil precisa de um centra lizado e bem planejado Instituto

gas brasileiros a respeito do pre sente "boom" na Economia, que

O problema dos tranportes coleti vos, dia ,a dia agravado pelos mais diversos fatores, vem despertan

"boom". (*)

do grande interesse e celeuma entre

Street, mas no International Ins-

Comparative

e o Metropolitano

parece fasciná-los. Uma crise geralmente acompanha um

os estudiosos das questões urbanas de São Paulo. E não é para menos, de

auditório ainda na Houghton titute of

O problema dos transportes coletivos

de Economia e Administração Comparativás, com filiais e secções locais. Eu previno os cole

Econo-

mics and Administration.

"Boom" — palavra norte-ameritana

empregada cotn a acepção de expan são, surto, 'grande desenvolvimento.

vez que a sjtuação da nossa Capital é,

de transporte coletivo, agora muitís simo agravada pelas condições da guerra, êste artigo* sugere, como solu ção para tão importante problema a construção de um Metropolitano.

nesse particular, das mais precárias, o transporte coletivo é, hoje em dia,

1 Anos 1 ■

um ^ elemento vital para a ordem so

1-

cial das cidades, assim como para o

1 1936 1

seu desenvolvimento econômico. Daí. sem dúvida, o interesse com que se

1 1 1 1 I j 1 }

está procurando uma solução definitÍA^a para tão angustioso problema, co mo é esse da crise de transporte cole

tivo,^ que ora atravessamos. Um rápi

s

Mostrando que já em 1946 São Paulo estava passando por uma aguda cr'^e

do passeio pelas estatísticas que temos em mãos, dará uma idéia

geral

ao

mesmo tempo que exata da população

1

1 1937 { < 1 1938. 1 I 1939 1 1 1940 1

N.° de habitantes

.

1

1

" 1.137.883..

1

• 1.185.934

1 1

1.236.014

1

1.288.209

1 j

1.342.608

1

de São Paulo em face das deficiên

No mesmo período, o número de

cias dos serviços dè transporte coleti

bondes em serviço era de 555 para o

vo existentes.

ano de 1936; 566 para os anos de 37, 38 e 39, e 559 para 1940.

Falam os números

• Em 1937 circulavam 485 ônibus; no

ano seguinte, 507 e em 1940 São Pau

Dados extraídos do Relatório Geral BENEFICIO DE JUTA

Com.um capital superior a 1 milhão de cruzeiros, esta sen do instalada em Manaus uma fábrica de beneficiamen?ü de juta. A "mesma firma esta estudando a possibilidade de, em seguida, organizar uma fábrica de tecidos destinada a aprovei tar a enorme quantidade de juta existente na Amazônia.

da Comissão de Estudos de Transpor

lo contava com 818 carros.

Para os

anos de 1936 e 39, o Boletim do De

tes Coletivos, e apresentado ao Pre

partamento Estadual

feito Prestes Maia em dezembro de

(setembro de 1941), que estamos uti lizando, não fornece dados. Já para

1941, dão os seguintes números para

de

Estatística

a população de São Paulo, a partir

os automóveis, os niimeros que ali en

de 1936:

contramos são os seguintes:


r TllANSPORTKS

Digesto Econômico

18

tão, e Macchiavelli escreveu seu

Príncipe, para o benefício dos Mediei. A nova função do Es tado no moderno mundo econô mico leva-o a reviver e a moder

nizar a Cameralia do p*eríodo do Absolutismo Iluminado. E' sim

bólico que o Sr. William H. Be-

veridge, o Diretor da Escola de Economia de Londres, em seu My Utopia, desperta cpm seu

O Brasil precisa de um centra lizado e bem planejado Instituto

gas brasileiros a respeito do pre sente "boom" na Economia, que

O problema dos tranportes coleti vos, dia ,a dia agravado pelos mais diversos fatores, vem despertan

"boom". (*)

do grande interesse e celeuma entre

Street, mas no International Ins-

Comparative

e o Metropolitano

parece fasciná-los. Uma crise geralmente acompanha um

os estudiosos das questões urbanas de São Paulo. E não é para menos, de

auditório ainda na Houghton titute of

O problema dos transportes coletivos

de Economia e Administração Comparativás, com filiais e secções locais. Eu previno os cole

Econo-

mics and Administration.

"Boom" — palavra norte-ameritana

empregada cotn a acepção de expan são, surto, 'grande desenvolvimento.

vez que a sjtuação da nossa Capital é,

de transporte coletivo, agora muitís simo agravada pelas condições da guerra, êste artigo* sugere, como solu ção para tão importante problema a construção de um Metropolitano.

nesse particular, das mais precárias, o transporte coletivo é, hoje em dia,

1 Anos 1 ■

um ^ elemento vital para a ordem so

1-

cial das cidades, assim como para o

1 1936 1

seu desenvolvimento econômico. Daí. sem dúvida, o interesse com que se

1 1 1 1 I j 1 }

está procurando uma solução definitÍA^a para tão angustioso problema, co mo é esse da crise de transporte cole

tivo,^ que ora atravessamos. Um rápi

s

Mostrando que já em 1946 São Paulo estava passando por uma aguda cr'^e

do passeio pelas estatísticas que temos em mãos, dará uma idéia

geral

ao

mesmo tempo que exata da população

1

1 1937 { < 1 1938. 1 I 1939 1 1 1940 1

N.° de habitantes

.

1

1

" 1.137.883..

1

• 1.185.934

1 1

1.236.014

1

1.288.209

1 j

1.342.608

1

de São Paulo em face das deficiên

No mesmo período, o número de

cias dos serviços dè transporte coleti

bondes em serviço era de 555 para o

vo existentes.

ano de 1936; 566 para os anos de 37, 38 e 39, e 559 para 1940.

Falam os números

• Em 1937 circulavam 485 ônibus; no

ano seguinte, 507 e em 1940 São Pau

Dados extraídos do Relatório Geral BENEFICIO DE JUTA

Com.um capital superior a 1 milhão de cruzeiros, esta sen do instalada em Manaus uma fábrica de beneficiamen?ü de juta. A "mesma firma esta estudando a possibilidade de, em seguida, organizar uma fábrica de tecidos destinada a aprovei tar a enorme quantidade de juta existente na Amazônia.

da Comissão de Estudos de Transpor

lo contava com 818 carros.

Para os

anos de 1936 e 39, o Boletim do De

tes Coletivos, e apresentado ao Pre

partamento Estadual

feito Prestes Maia em dezembro de

(setembro de 1941), que estamos uti lizando, não fornece dados. Já para

1941, dão os seguintes números para

de

Estatística

a população de São Paulo, a partir

os automóveis, os niimeros que ali en

de 1936:

contramos são os seguintes:


21

Digest-o Econômico 20

Digesto Econômico Anos Particulares /

de Aluguel

. 1 1936 1 20.286- 1 1 3.561 1

Considerando "esses veículos — bon

1937

1938

15.226

15.389

2.261

1.739

dos.

1 1939 1 16.365 [ 2.217

Capital — aos trancos, empurrada, es

tes, que sejam recordadas essas coisas,

1940

magada mesmo, ém carros não mais

oriundas do estado de guerra, c acres

19.836

super-lotados,' mas- hiper-lotadíssimos. Essa é a situação que — é a eloqüên

centado que ã estimativa da população da Capital é, para o ano em curso, df

cia dos números que o demonstra — existia antc.s do inicio da guerra.

1.628.000 habitantes, para que fique bem acentuado aquilo que os cheíc.<

2.301

Em 1940, tendc-sc verificado um

des, ônibus, autos de aluguel e autos

acréscimo de 333 carros nas diversas

particulares, como os elementos que formam, em nossa Capital, os serviços

linhas de ônibus, o número de pessoas

de transporte coletivo,

e

analisando

perfunctòriamente os números apre sentados, verifica-se que enquanto a população, de 1936 a 1940, aumentou de 204.725 almas, o número de vcíru-

. dos existentes, que era, no primeiro daqueles anos, de 24.887, desceu, eili 1940, para 23.514, havendo, portanto,

A situação' atual

transportadas ultrapassou o dobro da quela cifra, pois. viajaram de ônibus, nêése ano, 177.511.381 passageiros. Mas o que é realmente curioso, me-

Vimos, conforme as estatísticas pro varam. que o problema dos transportes coletivos em São Paulo já

verificou com

agora, em plen^ã conflagração?

os transportes em

E

Mui

to embora não tenhamos, sobre estes

bondes, durante esses anos que esta

tam, através de dados seguros, anali

no serviço cm .1936, foram

sar qual é a situação atual, não será

um decréscimo de 1.373 carros. E' bem verdade que nos elementos con

transportados 278.580.246 passageiros. •

siderados essenciais, por assim dizer,

— 559 carros em serviço — o nú

Aliás, para fatos assim tão concretos,

para os transportes coletivos -

bou-

mero de pessoas transportadas foi cje

como êssc da deficiência dos transpor

des e ônibus, não houve diminuição

330.630.151, ou seja 52.049.905 passa-

m c sim aumento. O decréscimo verífi-

cou-sc nos automóveis, cuja diminui ção é bem sensível — menos 450 au

tos particulares cm 1940 do que eni 1936, e menos 1.260 autos de aluguel para o mesmo período.

E' curio.so

notar essa diminuição de automóveis, porque certamente ela é um índice do

Em 1940, com quatro bondes a mais

geiros a mais. O

coletivo.

tes, que temos diariamente na frente imprescindíveis.

ram

mos referentes aos anos de 1936 a

realizadas 3.331.143 viagens, c

Explicando mi

nuciosamente a situação, temos o se-'

guinte — em 1936, com 555 bondes que realizaram 3.331.143 viagens, fo

aumento do custo da vida, que rapi

ram transportados 278.580.246 passa-'' geiros. Em 1940, havendo apenas mais quatro bondes, e sendo realiza

Analisar êssé fato,

transporte

"■ dos olhos, os números não são tão

vcrdadeirameutc

damente já se vinha processando na

queles tempos.

difícil calcular como estão agravados

os serviços de

alarmante, no entanto, ainda não é isso, mas sim vermos que em 1936 -fo- > cm 1940, 2.955.350.

porém, constitui um desvio do assun

das 375.793 viagens a menos, foram

to que estamos tratando, e para de

transportadas

novo voltarmos a êle, chamamos a

mais I

52.049.905

pessoas

a

atenção do leitor que para um total

Fácil é concluir como viajou tôda

de 485 ônibus existentes em 1937, hou ve 86.225.944 passageiros transporta-

essa génte, como, durante aqueles anos, foi transportada a população da

mento iníqrmaram recentemente ao Chefe da Nação, e que, mais do que a qualquer outro Estado, se aplica à nossa cidade — a fabulosa despropor

ção entre a massa transportável e o material disponível para êsse fim. Soluções paliativas

últimos anos, estatísticas que permi

mos analisando. Com 555 carros exis

tentes

estava

agravado muito antes da guerra.

lhor diríamos: alarmante, foi o que se

das Comissões Estaduais de Abasteci

*.

Baste que se diga,

énião, uma vez presentes os algaris

1940, que os carros particulares foram paralizados; (lue os de aluguel funcio nam sob o regime da cota de gasolina, inlposta pela crise dêsse, combustível; que por êsse mesmo motivo e iamt)ém por falta de peças e material dantes importados, numerosos daque les 818 ônibus que percorriam São

Para resolver problema tão comple xo, várias medidas têm sido tomadas, tj.is como a permissão de sobrecarga nos ônibus e dos autos-lotação, ulti

mamente em funcionamento para os carros de aluguel que se utilizam de gasogênio. Essas, porém, são solu ções paliativas, que independentemen

te de qualquer análise já estão feveiando o quanto são precárias.- Assin: como também, a tão decantada solu ção que visa modificar o horário di

funcionalismo e dos comcrciários, pou

CO ou nada, mesmo, adiantará. Hí quem acredite, também, qué a cris' de transporte coletivo é passageira, i devida ao estado de guerra, sob < qual estamos vivendo. Ora, sobre is

Paulo em 1940 deixaram de circular, e mais, que o número de bondes-, se ' não diminuiu, não deve também ter ultrapassado daqueles 559 de quatro

so já vimos que antes da conflagra

, anos atrás. Baste que se diga, ou an

é que com o término da guerra, èss

ção já São Paulo estava sob um re

gime precaríssimo, no que diz respei

to ao transporte coletivo. E a verdad


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Digest-o Econômico 20

Digesto Econômico Anos Particulares /

de Aluguel

. 1 1936 1 20.286- 1 1 3.561 1

Considerando "esses veículos — bon

1937

1938

15.226

15.389

2.261

1.739

dos.

1 1939 1 16.365 [ 2.217

Capital — aos trancos, empurrada, es

tes, que sejam recordadas essas coisas,

1940

magada mesmo, ém carros não mais

oriundas do estado de guerra, c acres

19.836

super-lotados,' mas- hiper-lotadíssimos. Essa é a situação que — é a eloqüên

centado que ã estimativa da população da Capital é, para o ano em curso, df

cia dos números que o demonstra — existia antc.s do inicio da guerra.

1.628.000 habitantes, para que fique bem acentuado aquilo que os cheíc.<

2.301

Em 1940, tendc-sc verificado um

des, ônibus, autos de aluguel e autos

acréscimo de 333 carros nas diversas

particulares, como os elementos que formam, em nossa Capital, os serviços

linhas de ônibus, o número de pessoas

de transporte coletivo,

e

analisando

perfunctòriamente os números apre sentados, verifica-se que enquanto a população, de 1936 a 1940, aumentou de 204.725 almas, o número de vcíru-

. dos existentes, que era, no primeiro daqueles anos, de 24.887, desceu, eili 1940, para 23.514, havendo, portanto,

A situação' atual

transportadas ultrapassou o dobro da quela cifra, pois. viajaram de ônibus, nêése ano, 177.511.381 passageiros. Mas o que é realmente curioso, me-

Vimos, conforme as estatísticas pro varam. que o problema dos transportes coletivos em São Paulo já

verificou com

agora, em plen^ã conflagração?

os transportes em

E

Mui

to embora não tenhamos, sobre estes

bondes, durante esses anos que esta

tam, através de dados seguros, anali

no serviço cm .1936, foram

sar qual é a situação atual, não será

um decréscimo de 1.373 carros. E' bem verdade que nos elementos con

transportados 278.580.246 passageiros. •

siderados essenciais, por assim dizer,

— 559 carros em serviço — o nú

Aliás, para fatos assim tão concretos,

para os transportes coletivos -

bou-

mero de pessoas transportadas foi cje

como êssc da deficiência dos transpor

des e ônibus, não houve diminuição

330.630.151, ou seja 52.049.905 passa-

m c sim aumento. O decréscimo verífi-

cou-sc nos automóveis, cuja diminui ção é bem sensível — menos 450 au

tos particulares cm 1940 do que eni 1936, e menos 1.260 autos de aluguel para o mesmo período.

E' curio.so

notar essa diminuição de automóveis, porque certamente ela é um índice do

Em 1940, com quatro bondes a mais

geiros a mais. O

coletivo.

tes, que temos diariamente na frente imprescindíveis.

ram

mos referentes aos anos de 1936 a

realizadas 3.331.143 viagens, c

Explicando mi

nuciosamente a situação, temos o se-'

guinte — em 1936, com 555 bondes que realizaram 3.331.143 viagens, fo

aumento do custo da vida, que rapi

ram transportados 278.580.246 passa-'' geiros. Em 1940, havendo apenas mais quatro bondes, e sendo realiza

Analisar êssé fato,

transporte

"■ dos olhos, os números não são tão

vcrdadeirameutc

damente já se vinha processando na

queles tempos.

difícil calcular como estão agravados

os serviços de

alarmante, no entanto, ainda não é isso, mas sim vermos que em 1936 -fo- > cm 1940, 2.955.350.

porém, constitui um desvio do assun

das 375.793 viagens a menos, foram

to que estamos tratando, e para de

transportadas

novo voltarmos a êle, chamamos a

mais I

52.049.905

pessoas

a

atenção do leitor que para um total

Fácil é concluir como viajou tôda

de 485 ônibus existentes em 1937, hou ve 86.225.944 passageiros transporta-

essa génte, como, durante aqueles anos, foi transportada a população da

mento iníqrmaram recentemente ao Chefe da Nação, e que, mais do que a qualquer outro Estado, se aplica à nossa cidade — a fabulosa despropor

ção entre a massa transportável e o material disponível para êsse fim. Soluções paliativas

últimos anos, estatísticas que permi

mos analisando. Com 555 carros exis

tentes

estava

agravado muito antes da guerra.

lhor diríamos: alarmante, foi o que se

das Comissões Estaduais de Abasteci

*.

Baste que se diga,

énião, uma vez presentes os algaris

1940, que os carros particulares foram paralizados; (lue os de aluguel funcio nam sob o regime da cota de gasolina, inlposta pela crise dêsse, combustível; que por êsse mesmo motivo e iamt)ém por falta de peças e material dantes importados, numerosos daque les 818 ônibus que percorriam São

Para resolver problema tão comple xo, várias medidas têm sido tomadas, tj.is como a permissão de sobrecarga nos ônibus e dos autos-lotação, ulti

mamente em funcionamento para os carros de aluguel que se utilizam de gasogênio. Essas, porém, são solu ções paliativas, que independentemen

te de qualquer análise já estão feveiando o quanto são precárias.- Assin: como também, a tão decantada solu ção que visa modificar o horário di

funcionalismo e dos comcrciários, pou

CO ou nada, mesmo, adiantará. Hí quem acredite, também, qué a cris' de transporte coletivo é passageira, i devida ao estado de guerra, sob < qual estamos vivendo. Ora, sobre is

Paulo em 1940 deixaram de circular, e mais, que o número de bondes-, se ' não diminuiu, não deve também ter ultrapassado daqueles 559 de quatro

so já vimos que antes da conflagra

, anos atrás. Baste que se diga, ou an

é que com o término da guerra, èss

ção já São Paulo estava sob um re

gime precaríssimo, no que diz respei

to ao transporte coletivo. E a verdad


Digesto Econômico

22

problema tende a ser agravado, se pa ra êlc quisermos empregar uma das soluções mais comentadas — a vinda,

da, um paliativo.. Urge que o proble

ma seja atacado de frente, tendo em vista o aumento vertiginoso da cida

em iarga escala, de "chassis"' para

de e o seu desenvolvimento^ a fim de

ônibus, e abundância de combustível.

não estarmos, periodicamente, preocu pados com 'êle. Mas se o aumento

Ora, maior número de bondes e ôni

23

D.*gesto Econômico

no; E' a única solução que resolve rá, de vez, o intrincado problema dos transportes coletivos na nossa Capi tal. E' verdade que a Comissão de -Estudos de Transportes Coletivos con

larizando, porém, temos que cerca de

siderou a possibilidade de ser cons

horas, quando se verificou um aumen to de 69% em relação à hora média (dados referentes a 1940), e entre 11

bus e mesmo de automóveis — pai ticulares e de aluguel, aumentará o

-de ônibus, de bondes e de.autos par

truída uma linha subterrânea para ne

ticulares e de aluguel não resolve in

la transitarem bondes dof tipo "cama

congestionamento do trânsito, sem dar solução cabal ao problema. Certo que necessitamos, e muito, e com urgên

teiramente a questão, que solução po deria ser proposta?

rão", aos quais seriam ligados rebo ques, uma vez que o Metropolitano

cia até, de aumentar o número

teria

O Metropolitano

de

veículos existentes, Isso, sem dúvida, trará um alívio, pequeno é verdade, uma meia solução. Porque será, ain

Parece-nos que já. é tempo de São Paulo pensar, mas pensar sèriamentc,

na possibilidade de um Metropolitá-

urn

custo

fabuloso. • No

en

um milhão de pessoas entram e saem

diariamente do perímetro central, e

que os deslocamentos máximos de__ssa

massa se processam entre as 1^^ e -19

e 12 horas — aumento de 41%. Hoje

êsses números devem estar por de

mais aumentados; e sabendo-se (bas

tanto, bem considerada, essa seria uma solução paliativa, que teria um cará

te que se leve cm conta o aumento

ter provisório.

não

des é, atualiiientc, o mesmo que o de

pensar logo em resolver, de uma vez por tòdas, o problema?

há quatro anos; que o aumcntn de

Porque, então,

Trechos de uma monografia do en

genheiro J^ário Lopes de Leão, pu blicada na revista Engenharia (n.° 26, referente a outubro do ano corrente)

da população) que o número ce bon

ônibus não foi muito grande; que di minuiu sensivelmente o número de au

tomóveis de aluguel; que a crise de combustível e.as dificuldades de se

L

fornecerão os dados e ^ informações

f

necessárias à compreensão do -'por quê" da necessidade de> um'Metro

rem importados "chassis" pa-'a novos ônibus têm contribuído para que a crise de transporte coletivo s*: agrave dia a dia: sabendo-se isso còtf.o já

politano para São Paulo.

mostramos documentadamente, verifi-

Dados de 1940 mostram que o nú mero, em média, de passageiros trans

portados diàriâmente durante, aquele ano, foi de 1.382.995, assim divididos:

ça-se, mesmo numa exposição sucinta, como a que estamos fazendo, que os atuais meios de transporte existentes

em São Paulo não correspondem mais à necessidade da população, áo mes mo tempo que não podem mais acom

0

T

898.283 em bondes

484.712 em ônibus

\

E o Metropolitano viria, realmen de onde temos a proporção- de 659>^ de passageiros transportados em bon des, e os restantes 35% em .ônibus. Êsses números se referem, natui almente, a "tôda" a cidade. Partièu-

•N V ..tOl

panhar o ritmo de crescimento da po pulação e desenvolvimento da cidade.

. L.

te, solucionar o problema?

Eviden

temente que sozinho não solucionaria. Mas tomado como elemento básico do um sistema de transporte, coletivo ao

qual não faltassem os meios já exis-


Digesto Econômico

22

problema tende a ser agravado, se pa ra êlc quisermos empregar uma das soluções mais comentadas — a vinda,

da, um paliativo.. Urge que o proble

ma seja atacado de frente, tendo em vista o aumento vertiginoso da cida

em iarga escala, de "chassis"' para

de e o seu desenvolvimento^ a fim de

ônibus, e abundância de combustível.

não estarmos, periodicamente, preocu pados com 'êle. Mas se o aumento

Ora, maior número de bondes e ôni

23

D.*gesto Econômico

no; E' a única solução que resolve rá, de vez, o intrincado problema dos transportes coletivos na nossa Capi tal. E' verdade que a Comissão de -Estudos de Transportes Coletivos con

larizando, porém, temos que cerca de

siderou a possibilidade de ser cons

horas, quando se verificou um aumen to de 69% em relação à hora média (dados referentes a 1940), e entre 11

bus e mesmo de automóveis — pai ticulares e de aluguel, aumentará o

-de ônibus, de bondes e de.autos par

truída uma linha subterrânea para ne

ticulares e de aluguel não resolve in

la transitarem bondes dof tipo "cama

congestionamento do trânsito, sem dar solução cabal ao problema. Certo que necessitamos, e muito, e com urgên

teiramente a questão, que solução po deria ser proposta?

rão", aos quais seriam ligados rebo ques, uma vez que o Metropolitano

cia até, de aumentar o número

teria

O Metropolitano

de

veículos existentes, Isso, sem dúvida, trará um alívio, pequeno é verdade, uma meia solução. Porque será, ain

Parece-nos que já. é tempo de São Paulo pensar, mas pensar sèriamentc,

na possibilidade de um Metropolitá-

urn

custo

fabuloso. • No

en

um milhão de pessoas entram e saem

diariamente do perímetro central, e

que os deslocamentos máximos de__ssa

massa se processam entre as 1^^ e -19

e 12 horas — aumento de 41%. Hoje

êsses números devem estar por de

mais aumentados; e sabendo-se (bas

tanto, bem considerada, essa seria uma solução paliativa, que teria um cará

te que se leve cm conta o aumento

ter provisório.

não

des é, atualiiientc, o mesmo que o de

pensar logo em resolver, de uma vez por tòdas, o problema?

há quatro anos; que o aumcntn de

Porque, então,

Trechos de uma monografia do en

genheiro J^ário Lopes de Leão, pu blicada na revista Engenharia (n.° 26, referente a outubro do ano corrente)

da população) que o número ce bon

ônibus não foi muito grande; que di minuiu sensivelmente o número de au

tomóveis de aluguel; que a crise de combustível e.as dificuldades de se

L

fornecerão os dados e ^ informações

f

necessárias à compreensão do -'por quê" da necessidade de> um'Metro

rem importados "chassis" pa-'a novos ônibus têm contribuído para que a crise de transporte coletivo s*: agrave dia a dia: sabendo-se isso còtf.o já

politano para São Paulo.

mostramos documentadamente, verifi-

Dados de 1940 mostram que o nú mero, em média, de passageiros trans

portados diàriâmente durante, aquele ano, foi de 1.382.995, assim divididos:

ça-se, mesmo numa exposição sucinta, como a que estamos fazendo, que os atuais meios de transporte existentes

em São Paulo não correspondem mais à necessidade da população, áo mes mo tempo que não podem mais acom

0

T

898.283 em bondes

484.712 em ônibus

\

E o Metropolitano viria, realmen de onde temos a proporção- de 659>^ de passageiros transportados em bon des, e os restantes 35% em .ônibus. Êsses números se referem, natui almente, a "tôda" a cidade. Partièu-

•N V ..tOl

panhar o ritmo de crescimento da po pulação e desenvolvimento da cidade.

. L.

te, solucionar o problema?

Eviden

temente que sozinho não solucionaria. Mas tomado como elemento básico do um sistema de transporte, coletivo ao

qual não faltassem os meios já exis-


Dígesto Ecònórâico

24

tentes, acreditamos que resolyeiia. Não somente a rapidez do transporte, considerada em relação ao bonde ou ao ônibus, mas também o elevado nú

mero de passageiros que êle tranppo/tarià, também considerando issvi cm

relação

àqueles veículos, dão uma

idéia da sua eficiência.

O "anel de'irradiação'

nida' Ipiranga; á linhà do Metropoli

General Carneiro até o Largo de São

to, conclui-se facilmente como o trans

tano seguiria por essa avenida e pe

Bento, Estação n.° 6. Daí, cm leito inferior sob um- novo Viaduto Sta.

porte coletivo por via subterrânea vi ria beneficiar a nossa população, muito

la rua São Luís até ã rua da Conso

lação onde, junto à Biblioteca Muni cipal, estaria a Estação n.° 2. Pro.sseguindo pela Avenida de Irradiação e atravessando os" viadutos Álvaro do

Carvalho, 9 de Julho, Jacarei c Ma

, tor tenha uma noção exata de como

Ifigênia, o Metropolitano alcançaria

embora um plano dessa natureza não

o largo daquele nome, local da Esta

possa ser levado a cabo de uma só

ção n.° 7, que num pequeno trecho es

feita. Certamente que seria necessário

taria ligada à Estação n.® 1, na Pra

ça da República com a Avenida Ipi

primeiro construir o "anel de irradia ção", e dai, então, aos poucos, ir ten

ranga.

tando as radiais. Contudo a só cons

ria Paula, a linha iria parar na Pra

ça João Mendes, onde ficaria locali

O melhor, todavia, para que o lei-

25

Dígesto Econômico

zada a Estação m® 4, sendo que Estação -n.® 3 seria constriuda" junto

:0 Metropolitano serviria completa mente às necessidades de transporte

Linhas radiais de penetração e de interligação

As linhas radiais dc penetração e

as de interligação partiriam dessas Estações Centrais. Assim teríamos que da Estação n.® 5, no Pátio do

da população paulistana, c mostrar mos como êle poderia ser construído.

Para isso vamos acompanhar, no ge ral, o interessante plano apresentado pelo Sr. Mário Lopes de Leão, no

Colégio, partiria a radial dc Santana,

trução, já, do "anel de irradiação" vi ria solucionar o problema do congestionamênto do perímetro central, de vez

que ampliaria bastante as posslbilida,des de condução para pontos de em barque, facilitando, assim,^ de quase CüVo as dificuldades de^ que'm, por c.xeinplo morando no Cambucí e tra balhando na Praça da República, tem

e da Estação n.° 1 seguiria a linha que que fazer a pé o trajeto da Praça alcançando a Consolação subiria cité a Avenida Paulista, daí ganhando a - João Mendes à da República, ou de

traballio já citado.

Avenida Rcbouças e servindo os batv-

O traçado, em planta, do Metropo litano para a ^capital bandeirante,

I '

i.iria64

ros de Sumaré, Pacaembu, Cerqueira César, Vila América, Pinheiros, Jardim América, Jardim Paulistano, Jardim

apresentado por'ãquêle engenheiro, seria composto de — a) um anel de

quem, saltando de um bonde Pinhei ros, na^ Rua Xavier de Toledo, e trabalhandò no Largo "do Palácio, não encontra condução fácil para êsse lo

irradiação: b) linhas radiais de pene

Europa e Cidade Jardim, numa exten

cal (o ônibus "Circular", na hora do

tração, d) linhas, troncos e de inter

são, essa Linha, de 7 quilômetros.

"rush", não pode ser considerado co

mo condução fácil...).

ligação.

O plano abrange ligações para os

O anel de irradiação, aproximada

bairros mais distantes, e enumera.' os

Resta ainda dizermos alguma coisa

mente três quilômetros c meio de ex-

locais de Estações e os percursos das

sòbre o financiamento de uma obra

.tensâo, abrangeria todo o perímetro

radiais seria por demais lòngo. Os dois exemplos acima bastam, parece-nos. para dar uma idéia de como o Metro

assim tão vultosa. Mas, isso,,que pode

central, pei-mitindo que com um per curso de cérca de 700 metros, qualquer pessoa pudesse alcançar uma estação

à Avenida Brigadeiro Luís Antônio. Da Praça João Mendes, atravessando'

de embarque para sua residência. As

o Largo da Sé, o Metropolitano atin-

estações, em número de sete, ficariam

gíria o Pátio do Colégio, local da Es-''

localizadas dessa forma — a n.° 1 na

tação n.° 5.

praça da República, junto com a Ave •

continuaria atravessando

Dessa Estação a Hnhu a

Ladeira.

politano serviria a tôda Capital. Cla ro está que também não é possível abordarmos, aqui, o aspeto técnico da

construção do Metropolitano, coisa que foge completamente aos nossos propó sitos. Entretanto, do que ficou expos-

parecer à primeira vista o mais difí cil, não é assim tão complexo. A cons

trução do Metropolitano na base de uma prestação de serviço pelo eusto,

poderia ser estudada pela Municipa lidade, e temos certeza que essa obra tão necessária quanto urgente não


Dígesto Ecònórâico

24

tentes, acreditamos que resolyeiia. Não somente a rapidez do transporte, considerada em relação ao bonde ou ao ônibus, mas também o elevado nú

mero de passageiros que êle tranppo/tarià, também considerando issvi cm

relação

àqueles veículos, dão uma

idéia da sua eficiência.

O "anel de'irradiação'

nida' Ipiranga; á linhà do Metropoli

General Carneiro até o Largo de São

to, conclui-se facilmente como o trans

tano seguiria por essa avenida e pe

Bento, Estação n.° 6. Daí, cm leito inferior sob um- novo Viaduto Sta.

porte coletivo por via subterrânea vi ria beneficiar a nossa população, muito

la rua São Luís até ã rua da Conso

lação onde, junto à Biblioteca Muni cipal, estaria a Estação n.° 2. Pro.sseguindo pela Avenida de Irradiação e atravessando os" viadutos Álvaro do

Carvalho, 9 de Julho, Jacarei c Ma

, tor tenha uma noção exata de como

Ifigênia, o Metropolitano alcançaria

embora um plano dessa natureza não

o largo daquele nome, local da Esta

possa ser levado a cabo de uma só

ção n.° 7, que num pequeno trecho es

feita. Certamente que seria necessário

taria ligada à Estação n.® 1, na Pra

ça da República com a Avenida Ipi

primeiro construir o "anel de irradia ção", e dai, então, aos poucos, ir ten

ranga.

tando as radiais. Contudo a só cons

ria Paula, a linha iria parar na Pra

ça João Mendes, onde ficaria locali

O melhor, todavia, para que o lei-

25

Dígesto Econômico

zada a Estação m® 4, sendo que Estação -n.® 3 seria constriuda" junto

:0 Metropolitano serviria completa mente às necessidades de transporte

Linhas radiais de penetração e de interligação

As linhas radiais dc penetração e

as de interligação partiriam dessas Estações Centrais. Assim teríamos que da Estação n.® 5, no Pátio do

da população paulistana, c mostrar mos como êle poderia ser construído.

Para isso vamos acompanhar, no ge ral, o interessante plano apresentado pelo Sr. Mário Lopes de Leão, no

Colégio, partiria a radial dc Santana,

trução, já, do "anel de irradiação" vi ria solucionar o problema do congestionamênto do perímetro central, de vez

que ampliaria bastante as posslbilida,des de condução para pontos de em barque, facilitando, assim,^ de quase CüVo as dificuldades de^ que'm, por c.xeinplo morando no Cambucí e tra balhando na Praça da República, tem

e da Estação n.° 1 seguiria a linha que que fazer a pé o trajeto da Praça alcançando a Consolação subiria cité a Avenida Paulista, daí ganhando a - João Mendes à da República, ou de

traballio já citado.

Avenida Rcbouças e servindo os batv-

O traçado, em planta, do Metropo litano para a ^capital bandeirante,

I '

i.iria64

ros de Sumaré, Pacaembu, Cerqueira César, Vila América, Pinheiros, Jardim América, Jardim Paulistano, Jardim

apresentado por'ãquêle engenheiro, seria composto de — a) um anel de

quem, saltando de um bonde Pinhei ros, na^ Rua Xavier de Toledo, e trabalhandò no Largo "do Palácio, não encontra condução fácil para êsse lo

irradiação: b) linhas radiais de pene

Europa e Cidade Jardim, numa exten

cal (o ônibus "Circular", na hora do

tração, d) linhas, troncos e de inter

são, essa Linha, de 7 quilômetros.

"rush", não pode ser considerado co

mo condução fácil...).

ligação.

O plano abrange ligações para os

O anel de irradiação, aproximada

bairros mais distantes, e enumera.' os

Resta ainda dizermos alguma coisa

mente três quilômetros c meio de ex-

locais de Estações e os percursos das

sòbre o financiamento de uma obra

.tensâo, abrangeria todo o perímetro

radiais seria por demais lòngo. Os dois exemplos acima bastam, parece-nos. para dar uma idéia de como o Metro

assim tão vultosa. Mas, isso,,que pode

central, pei-mitindo que com um per curso de cérca de 700 metros, qualquer pessoa pudesse alcançar uma estação

à Avenida Brigadeiro Luís Antônio. Da Praça João Mendes, atravessando'

de embarque para sua residência. As

o Largo da Sé, o Metropolitano atin-

estações, em número de sete, ficariam

gíria o Pátio do Colégio, local da Es-''

localizadas dessa forma — a n.° 1 na

tação n.° 5.

praça da República, junto com a Ave •

continuaria atravessando

Dessa Estação a Hnhu a

Ladeira.

politano serviria a tôda Capital. Cla ro está que também não é possível abordarmos, aqui, o aspeto técnico da

construção do Metropolitano, coisa que foge completamente aos nossos propó sitos. Entretanto, do que ficou expos-

parecer à primeira vista o mais difí cil, não é assim tão complexo. A cons

trução do Metropolitano na base de uma prestação de serviço pelo eusto,

poderia ser estudada pela Municipa lidade, e temos certeza que essa obra tão necessária quanto urgente não


Pigesto Econômico

26

tardaria a ser iniciada, para fim dos

peito ao transporte c tambciii à mo-

tormentos por que vem passando a população de S. Paulo, no que diz-res--

radia, tão intimamente estes dois problemas estão ligados.

CARTA AMlillICAM A proiMira «Io iiinsi nova Por CONSTANTINO IaNNI

N

ova Iorque, novembro —

teira" que caracterizou a civilização

ricano que vem aos Estados Uni

norte-americana em sua avançada gi gantesca para o interior do país, esboça-se nos Estados Unidos, entre os

dos desejando não apenas ver,

mas compreender honestamente as coisas deste pais, encontra-se muitas vezes diante de situações

ou problemas em que é difícil ati nar com uma saída. Depois das primeiras semanas de convivên

A •

ri

estatísticas que possuímos sobre a exploração «stria do carvão no Brasil, informam que em 1940

companhias funcionando para esse fim,

Santa Catarina; 8 no Rio Grande

ção à América do Sul, onde esperam encontrar, para ganhar a vida, as oportunidades que se vão tornando di fíceis em sua pátria. .

Mas chega iim momento em que o observador põe em dúvida

contra-se, por exemplo, dianie desta pergunta que éle faz a si mesmo: que raízes tem a políti ca de boa vizinhança do presi dente Roosevelt no povo norteamericano? Em geral pensamos, no Brasil, que essa política c

O que poderíamos chamar "idea lismo democrático do povo nor te-americano" é uma idealização nossa que não traduz perfeita mente o atual interesse da gran de maioria pelos problemas polí

dos Unidos com a América La

tina, — que no passado deram

kotr:. ^

jovens, uma tendência para a emigra

cia com professores, estitdantes e outras pessoas, o visitante en

um esforço mais ou menos pes soal do atual presidente para de mocratizar as relações dos Esta A INDÚSTRIA DE CARVÃO NO BRASIL"

Em obediência "ao espírito de fron

O brasileiro ou sul-ame

muito que falar, — como que traduzindt) em termos de políticp. externa o idealismo democrático

o.valor dessas duas explicações.

ticos c econômicos internacionais

ou dos demais países. É que a atitudé do norte-americano mé

dio em relação aos países ou pro blemas da América do Sul não

revela uma consciência política internacional nem um interesse

cultural ou econômico, porém uma simples curiosidade.

I Paraná, Embora Rio Grande figure em 2° Jugar, duas de suks emprêsas - ao"Carbonífera Rio Granden-

dos norte-americanos. Ao mesmo

«e e a Estradas de Ferro e Minas de São Jerónimo" concorrem com 79% da produção geral da nossa hulha. A mais

tempo é considerada um meio de se conseguir uma eficiente co

importante companhia de Santa Catarina — a "Carbonífera de

Araranguá , concorria com 19%, donde temos que apenas 3

operação econômica, dando-se às crescentes relações comerciais

gem de estudos econômicos patrocina

emprêsas atingiam 98% da produção total, sendo os outros

uma forma conveniente ou salu

da pela Associação Comercial de São

2% distribuídos pelas 40 restantes.

tar a ambas as partes.

Paulo.

O Sr. Constantino lanni, redator do

Boletim Semanal, encontra-se presen temente nos Estados Unidos, em via


Pigesto Econômico

26

tardaria a ser iniciada, para fim dos

peito ao transporte c tambciii à mo-

tormentos por que vem passando a população de S. Paulo, no que diz-res--

radia, tão intimamente estes dois problemas estão ligados.

CARTA AMlillICAM A proiMira «Io iiinsi nova Por CONSTANTINO IaNNI

N

ova Iorque, novembro —

teira" que caracterizou a civilização

ricano que vem aos Estados Uni

norte-americana em sua avançada gi gantesca para o interior do país, esboça-se nos Estados Unidos, entre os

dos desejando não apenas ver,

mas compreender honestamente as coisas deste pais, encontra-se muitas vezes diante de situações

ou problemas em que é difícil ati nar com uma saída. Depois das primeiras semanas de convivên

A •

ri

estatísticas que possuímos sobre a exploração «stria do carvão no Brasil, informam que em 1940

companhias funcionando para esse fim,

Santa Catarina; 8 no Rio Grande

ção à América do Sul, onde esperam encontrar, para ganhar a vida, as oportunidades que se vão tornando di fíceis em sua pátria. .

Mas chega iim momento em que o observador põe em dúvida

contra-se, por exemplo, dianie desta pergunta que éle faz a si mesmo: que raízes tem a políti ca de boa vizinhança do presi dente Roosevelt no povo norteamericano? Em geral pensamos, no Brasil, que essa política c

O que poderíamos chamar "idea lismo democrático do povo nor te-americano" é uma idealização nossa que não traduz perfeita mente o atual interesse da gran de maioria pelos problemas polí

dos Unidos com a América La

tina, — que no passado deram

kotr:. ^

jovens, uma tendência para a emigra

cia com professores, estitdantes e outras pessoas, o visitante en

um esforço mais ou menos pes soal do atual presidente para de mocratizar as relações dos Esta A INDÚSTRIA DE CARVÃO NO BRASIL"

Em obediência "ao espírito de fron

O brasileiro ou sul-ame

muito que falar, — como que traduzindt) em termos de políticp. externa o idealismo democrático

o.valor dessas duas explicações.

ticos c econômicos internacionais

ou dos demais países. É que a atitudé do norte-americano mé

dio em relação aos países ou pro blemas da América do Sul não

revela uma consciência política internacional nem um interesse

cultural ou econômico, porém uma simples curiosidade.

I Paraná, Embora Rio Grande figure em 2° Jugar, duas de suks emprêsas - ao"Carbonífera Rio Granden-

dos norte-americanos. Ao mesmo

«e e a Estradas de Ferro e Minas de São Jerónimo" concorrem com 79% da produção geral da nossa hulha. A mais

tempo é considerada um meio de se conseguir uma eficiente co

importante companhia de Santa Catarina — a "Carbonífera de

Araranguá , concorria com 19%, donde temos que apenas 3

operação econômica, dando-se às crescentes relações comerciais

gem de estudos econômicos patrocina

emprêsas atingiam 98% da produção total, sendo os outros

uma forma conveniente ou salu

da pela Associação Comercial de São

2% distribuídos pelas 40 restantes.

tar a ambas as partes.

Paulo.

O Sr. Constantino lanni, redator do

Boletim Semanal, encontra-se presen temente nos Estados Unidos, em via


-vr-

28

A julgar pela Universidade em

falta de conhecimentos suficieii-

Que oportunidades terei no

que estou, a situação num meio

í tes para permitir um plano con

Brasil?

a mesma, havendo apenas algum

nada há que evidencia qualquer influência do povo fiorte-ameri-

tinham sugerido essa intenção. As respostas- podem ser resumi

creto ou definido. Um pergun

das assim: a América do Sul (às estando ainda grandemente inex

através de contatos pessoais os

ta qual a melhor região do país para produzir algodão. Outro quer saber que possibilidades^ te

vêzes o Brasil) é uma região que,

mais. variados. Um jovem enge

ria no Brasil para exercer a pro

lidades para quem vai começar:

nheiro de minas, fardado como

fissão de médico.

quase todos os jovens, num en

advogado.

universitário é aproximadamente interésse em obter conhecimen tos a respeito da política e eco nomia dos países do Sul. Mas

2d

Digesto Econômico

.Digcsto Econômico

A medida que o tempo passa novas

portas se

vão

abrindo

Não faltou o

Um jovem da Cali

plorada, oferece muitas possibi nos Estados Unidos tudo está

feito, havendo além disso muita

cano na política externa de seu

contro casual, num restaurante,

fórnia vê seu futuro no comér

competição, altos

país,, tendo sido essa observação

exclama (me passe aquêle sal,

cio internacional e quer saber o

complicada regulamentação; aqui

confirmada por muitos america nos interrogados a respeito. De

por favor):

que poderá importar do Brasil. Outro, que vai ser químico, co nhece uma companhia que tem

se pode obter um bom emprego, que permite viver bem, mas já, não há possibilidade de se fazer

uma fábrica em São Paulo, onde

fort\ina como no passado; o Bra

pretende começar. E assim ou

sil, pelo contrário, está nas con

outra parte, nos altos círculos

econômicos é comum precisar-se que a política de boa visinhança representa uma grande despesa de dinheiro norte-americano na

— Oh! Você é do Brasil? Pre tendo ir ao seu país depois da guerra; Sou engenheiro de mi nas, Acha que terei oportunida des lá?

V

— Claro que terá. Nosso pais

que o observador põe em dúvida

tem grandes reservas dc recur

América Latina sem uma com

sos minerais que desejamos pôr

pensação vantajosa, segundo in

em ação e os técnicos serão bem-

formação de uma instituição re presentativa ■ daqueles círQulos.

está se acelerando, e aos técni

Essa explicação aliás se harmo

cos, donde quer que venham, ca berá um papel importante na

pitalismo dêste país perante a

administração Roosevelt. A jul

construção do progresso econô mico do povo brasileiro.

gar-se a politica do- atual presi dente por esse quadro poderia chegar-se à conclusão, no que se

vamos num porto e o brasileiro

com a América Latina, que ela está dissociada da consciência

política e dos interêsses do país tanto quanto a de Wilson estava em 1918 em face dos problemas

informações por carta, dizendo: "Durante.algum tempo eu tenho

vindos. . Nossa industrialização

niza com a posição do grande ca

refere às relações internacionais

tros. entre os quais um químico. • negro, de Texas, que me pediu

Êste foi

o

primeiro. Está

desejou boa sorte ao jovem mi

litar, para vê-lo um dia entre os caboclos de Minas Gerais, tiran do da terra um futuro melhor.

Êsse encontro, porém, só ad

quiriu um sentido quando ou-, tros da mesma natureza se se

guiram, com outros jovens ame ricanos de diferentes regiões do

internacionais daquele tempo. Mas essa explicação também não

l^aís.

satisfaz.

Em muitos se nota ainda uma

Na maioria, estudantes.

e

dições em que se encontravan; os Estados Unidos há "50 ou 60 anos atrás.

Professores de espanhol con

estado muito interessado em'seu

firmaram' minhas

país e sinto que gostaria de vi

sobre êsse "estado de espirito" de muitos jovens americanos, de quase todas as regiões do país.

ver lá. .. Tenho 29 anos de ida

de e sou negro, diplomado em

^5»

impostos

observações

química. Minha esposa, que tam bém tem diploma de um colégio,

O americano precisará emigrar?

e eu temos falado em ir para o

'Brasil depois da guerra", etc. O

dos tão povoados que a emigra ção venha se tornar logo para

problema dos negros, porém, é

êles . uma "válvula de escapa-

diferente

mento"

do

dos

brancos

em

grande parte, prendendo-se mais às questões raciais. Saber apenas que muitos jo vens americanos pretendem' ir para o Brasil, ou a América do Sul depois da guerra não me pa receu bastante, o que me levou

a interrogá-los sobro quais as razões ou quais as idéias que lhes

Mas estarão os Estados Uni

necessária?

Evidente

mente Irão. A densidade de sua

população é de apenas pouco mais de 44 habitantes por milha quadrada (44,2 em 1940) e os re- • cursos do país em riqueza natu ral e em equipamento técnico lhe permitem comportar uma po

pulação muito maior no mesmo elevado nível de vida atual.

O

I


-vr-

28

A julgar pela Universidade em

falta de conhecimentos suficieii-

Que oportunidades terei no

que estou, a situação num meio

í tes para permitir um plano con

Brasil?

a mesma, havendo apenas algum

nada há que evidencia qualquer influência do povo fiorte-ameri-

tinham sugerido essa intenção. As respostas- podem ser resumi

creto ou definido. Um pergun

das assim: a América do Sul (às estando ainda grandemente inex

através de contatos pessoais os

ta qual a melhor região do país para produzir algodão. Outro quer saber que possibilidades^ te

vêzes o Brasil) é uma região que,

mais. variados. Um jovem enge

ria no Brasil para exercer a pro

lidades para quem vai começar:

nheiro de minas, fardado como

fissão de médico.

quase todos os jovens, num en

advogado.

universitário é aproximadamente interésse em obter conhecimen tos a respeito da política e eco nomia dos países do Sul. Mas

2d

Digesto Econômico

.Digcsto Econômico

A medida que o tempo passa novas

portas se

vão

abrindo

Não faltou o

Um jovem da Cali

plorada, oferece muitas possibi nos Estados Unidos tudo está

feito, havendo além disso muita

cano na política externa de seu

contro casual, num restaurante,

fórnia vê seu futuro no comér

competição, altos

país,, tendo sido essa observação

exclama (me passe aquêle sal,

cio internacional e quer saber o

complicada regulamentação; aqui

confirmada por muitos america nos interrogados a respeito. De

por favor):

que poderá importar do Brasil. Outro, que vai ser químico, co nhece uma companhia que tem

se pode obter um bom emprego, que permite viver bem, mas já, não há possibilidade de se fazer

uma fábrica em São Paulo, onde

fort\ina como no passado; o Bra

pretende começar. E assim ou

sil, pelo contrário, está nas con

outra parte, nos altos círculos

econômicos é comum precisar-se que a política de boa visinhança representa uma grande despesa de dinheiro norte-americano na

— Oh! Você é do Brasil? Pre tendo ir ao seu país depois da guerra; Sou engenheiro de mi nas, Acha que terei oportunida des lá?

V

— Claro que terá. Nosso pais

que o observador põe em dúvida

tem grandes reservas dc recur

América Latina sem uma com

sos minerais que desejamos pôr

pensação vantajosa, segundo in

em ação e os técnicos serão bem-

formação de uma instituição re presentativa ■ daqueles círQulos.

está se acelerando, e aos técni

Essa explicação aliás se harmo

cos, donde quer que venham, ca berá um papel importante na

pitalismo dêste país perante a

administração Roosevelt. A jul

construção do progresso econô mico do povo brasileiro.

gar-se a politica do- atual presi dente por esse quadro poderia chegar-se à conclusão, no que se

vamos num porto e o brasileiro

com a América Latina, que ela está dissociada da consciência

política e dos interêsses do país tanto quanto a de Wilson estava em 1918 em face dos problemas

informações por carta, dizendo: "Durante.algum tempo eu tenho

vindos. . Nossa industrialização

niza com a posição do grande ca

refere às relações internacionais

tros. entre os quais um químico. • negro, de Texas, que me pediu

Êste foi

o

primeiro. Está

desejou boa sorte ao jovem mi

litar, para vê-lo um dia entre os caboclos de Minas Gerais, tiran do da terra um futuro melhor.

Êsse encontro, porém, só ad

quiriu um sentido quando ou-, tros da mesma natureza se se

guiram, com outros jovens ame ricanos de diferentes regiões do

internacionais daquele tempo. Mas essa explicação também não

l^aís.

satisfaz.

Em muitos se nota ainda uma

Na maioria, estudantes.

e

dições em que se encontravan; os Estados Unidos há "50 ou 60 anos atrás.

Professores de espanhol con

estado muito interessado em'seu

firmaram' minhas

país e sinto que gostaria de vi

sobre êsse "estado de espirito" de muitos jovens americanos, de quase todas as regiões do país.

ver lá. .. Tenho 29 anos de ida

de e sou negro, diplomado em

^5»

impostos

observações

química. Minha esposa, que tam bém tem diploma de um colégio,

O americano precisará emigrar?

e eu temos falado em ir para o

'Brasil depois da guerra", etc. O

dos tão povoados que a emigra ção venha se tornar logo para

problema dos negros, porém, é

êles . uma "válvula de escapa-

diferente

mento"

do

dos

brancos

em

grande parte, prendendo-se mais às questões raciais. Saber apenas que muitos jo vens americanos pretendem' ir para o Brasil, ou a América do Sul depois da guerra não me pa receu bastante, o que me levou

a interrogá-los sobro quais as razões ou quais as idéias que lhes

Mas estarão os Estados Uni

necessária?

Evidente

mente Irão. A densidade de sua

população é de apenas pouco mais de 44 habitantes por milha quadrada (44,2 em 1940) e os re- • cursos do país em riqueza natu ral e em equipamento técnico lhe permitem comportar uma po

pulação muito maior no mesmo elevado nível de vida atual.

O

I


't

■v,

30

Dígesto Econômico

problema está em que, à medida

"Unidos do ponto de vista de in

que o desenvolvimento tecnoló

fluência que a fronteira teve ne la. Frederíck Jackson Turner es

gico avança, a energia mecânica substitui a energia animal — a máquina poupa trabalho, aumen

creve (1);' "...o desenvolvi mento americano não tem avan

tando a produção. E o caráter

çado apenas ao longo de uma só

concentrado

linha, mas tem sido retorno a condições primitivas numa linha

do sistema econô

mico, com tendência para cres cente^ concentração, oferece opor tunidades aos jovens mais como

trabalhadores do que como pos síveis empreendedores autônomos. Uma situação semelhante em qualquer país da América do

Sul ou da Europa produziria sem duvida complicados problemas políticos. Mas para os Estados

fronteiriça avançando continua mente, e um novo desenvolvi

mento na área seguinte. O de senvolvimento americano tem es

tado continuamente a começar de novo na fronteira. Êsse pe rene renascimento, essa' fluidez

da vida americana, essa expan-'

são para o oeste com suas novas oportunidades, contato con mento de uma expansão vertical, tinuado com a seu simplicidade da no s^entido de ajustar suas insti-. sociedade primitiva, revelam as tuiçoes econômicas e políticas ? seu desenvolvimento tecnológico. fôrçãs, dominantes do caráter

Unidos não chegou ainda o mo

31

Digeetú Econômico

tá substituída pela dos países no vos do sul, cheios de oportuni dades, "como os Estados Unidos

Ou, em outras palavras, é no es

de 50 ou 60 anos atrás". "

contra uma base fora das esfe

Pode ser que êste espírito te.nha estado latente até 1932 ou

1933.

Dois fatores porém pare

cem ter atuado no sentido de re

avivá-lo: á grande depressão dos anos seguintes a 1929 e a políti ca chamada da boa-vizinhança do presidente Roosevelt, a qual, se tècnicamente significa a ado ção de novos métodos em rela ções internacionais, para a parte do povo que dela toma conheci mento é ao mesmo tempo a re

velação da crescente importância dos países do Sul.

pírito de fronteira, ainda vivo ou reavivado, que essa política en- ,

ras governamentais.

Se os for-

muladores dessa nova técnica de

relações externas (good will teclinique), mais conhecida como política de boa vizinhança, foram

influenciados por aquêle espírito, é difícil saber.

Mas nã.o há dú

vida que ela cooperou com os efeitos da depressão abrindo ao

espírito de fronteira novos hori zontes, — o Sul do Continente — ao mesmo tempo que se criou uma base na opinião pública norte-americana.

Importância,

O fato de que muitos norte-

americanos vejam na política de

ricanos verem na América do Sul

ve. com a colonização das últi

um campo livre para múltiplas

porém, no sentido de campo cheio de oportunidades à inicia tiva dos milhares de jovens, de todas as regiões, dos Estados Unidos, que ao emprêgo prefe rem o campo mais livre dos paí

mas terras livres da costa do Pa

miciativas, como nos Estados

ses novos, onde as malhas do sis

cífico. Mas a idéia de terra li vre ficou, diluída ho fundo da al- '

tema

prosperidade através do empre

reunião em que êsse assunto (li

ma do povo norte-amcricanó c

endimento livre, para os que vão

derança) foi levantado, uma pes

tem ainda hoje muito que ver

começar.

soa perguntou-nos se íio Brasil

® On ^fatoGspírito de fronteira de muitos jovens ame Unidos ha 50 ou 60 anos atrás", parece indicar que o espírito de fronteira ainda está vivo neste país, o que explica a tendência de sua economia de expandir-so ainda num sentido horizontal. A palavra fronteira tem sido ouvida

americano".

A fronteira- terminou oficial mente no fim do século dezeno

com seu temperamento. O espí

rito de fronteira subsiste, mani

econômico

são

abertas

à

A idéia de campo livre para a iniciativa individual, no espírito

festando-se por outras forjnas

de fronteira de muitos milhares

que não a marcha para as terras

de americanos associada aos paí

de vez em quando e ela continua sendo a chave que nos abre o entendimento de muitas coisas e

livres do oeste, cuja imagem es-

aspetos deste grande país. Estu dando a formação dos Estados

il)

Frederick Jackson Turner,

■ Thé

Frontlér American Hi.story, Ncft.

York, 1921.

"

ses da América do Sul, consti

tui neste "país o que podemos chamar o único fundamento po pular da política de boa vizinhan ça do govêrno norte-americano.

boa vizinhança como que a es

truturação da liderança dos Es tados

Unidos

no

Hemisfério

Ocidental, talvez deva ser expli cado na base da interpretação

que acima damos dè seu interêsse pelos países do Sul.

(Numa

se prefere a liderança dos Esta dos Unidos ou da Rússia.

A res

posta não podia ser senão que num mundo realmente democrá

tico, como aquêle pelo qual lu tamos, não há lugar para êsse problema de liderança.) A

ida

de milhares de norte-

americanos para a América do


't

■v,

30

Dígesto Econômico

problema está em que, à medida

"Unidos do ponto de vista de in

que o desenvolvimento tecnoló

fluência que a fronteira teve ne la. Frederíck Jackson Turner es

gico avança, a energia mecânica substitui a energia animal — a máquina poupa trabalho, aumen

creve (1);' "...o desenvolvi mento americano não tem avan

tando a produção. E o caráter

çado apenas ao longo de uma só

concentrado

linha, mas tem sido retorno a condições primitivas numa linha

do sistema econô

mico, com tendência para cres cente^ concentração, oferece opor tunidades aos jovens mais como

trabalhadores do que como pos síveis empreendedores autônomos. Uma situação semelhante em qualquer país da América do

Sul ou da Europa produziria sem duvida complicados problemas políticos. Mas para os Estados

fronteiriça avançando continua mente, e um novo desenvolvi

mento na área seguinte. O de senvolvimento americano tem es

tado continuamente a começar de novo na fronteira. Êsse pe rene renascimento, essa' fluidez

da vida americana, essa expan-'

são para o oeste com suas novas oportunidades, contato con mento de uma expansão vertical, tinuado com a seu simplicidade da no s^entido de ajustar suas insti-. sociedade primitiva, revelam as tuiçoes econômicas e políticas ? seu desenvolvimento tecnológico. fôrçãs, dominantes do caráter

Unidos não chegou ainda o mo

31

Digeetú Econômico

tá substituída pela dos países no vos do sul, cheios de oportuni dades, "como os Estados Unidos

Ou, em outras palavras, é no es

de 50 ou 60 anos atrás". "

contra uma base fora das esfe

Pode ser que êste espírito te.nha estado latente até 1932 ou

1933.

Dois fatores porém pare

cem ter atuado no sentido de re

avivá-lo: á grande depressão dos anos seguintes a 1929 e a políti ca chamada da boa-vizinhança do presidente Roosevelt, a qual, se tècnicamente significa a ado ção de novos métodos em rela ções internacionais, para a parte do povo que dela toma conheci mento é ao mesmo tempo a re

velação da crescente importância dos países do Sul.

pírito de fronteira, ainda vivo ou reavivado, que essa política en- ,

ras governamentais.

Se os for-

muladores dessa nova técnica de

relações externas (good will teclinique), mais conhecida como política de boa vizinhança, foram

influenciados por aquêle espírito, é difícil saber.

Mas nã.o há dú

vida que ela cooperou com os efeitos da depressão abrindo ao

espírito de fronteira novos hori zontes, — o Sul do Continente — ao mesmo tempo que se criou uma base na opinião pública norte-americana.

Importância,

O fato de que muitos norte-

americanos vejam na política de

ricanos verem na América do Sul

ve. com a colonização das últi

um campo livre para múltiplas

porém, no sentido de campo cheio de oportunidades à inicia tiva dos milhares de jovens, de todas as regiões, dos Estados Unidos, que ao emprêgo prefe rem o campo mais livre dos paí

mas terras livres da costa do Pa

miciativas, como nos Estados

ses novos, onde as malhas do sis

cífico. Mas a idéia de terra li vre ficou, diluída ho fundo da al- '

tema

prosperidade através do empre

reunião em que êsse assunto (li

ma do povo norte-amcricanó c

endimento livre, para os que vão

derança) foi levantado, uma pes

tem ainda hoje muito que ver

começar.

soa perguntou-nos se íio Brasil

® On ^fatoGspírito de fronteira de muitos jovens ame Unidos ha 50 ou 60 anos atrás", parece indicar que o espírito de fronteira ainda está vivo neste país, o que explica a tendência de sua economia de expandir-so ainda num sentido horizontal. A palavra fronteira tem sido ouvida

americano".

A fronteira- terminou oficial mente no fim do século dezeno

com seu temperamento. O espí

rito de fronteira subsiste, mani

econômico

são

abertas

à

A idéia de campo livre para a iniciativa individual, no espírito

festando-se por outras forjnas

de fronteira de muitos milhares

que não a marcha para as terras

de americanos associada aos paí

de vez em quando e ela continua sendo a chave que nos abre o entendimento de muitas coisas e

livres do oeste, cuja imagem es-

aspetos deste grande país. Estu dando a formação dos Estados

il)

Frederick Jackson Turner,

■ Thé

Frontlér American Hi.story, Ncft.

York, 1921.

"

ses da América do Sul, consti

tui neste "país o que podemos chamar o único fundamento po pular da política de boa vizinhan ça do govêrno norte-americano.

boa vizinhança como que a es

truturação da liderança dos Es tados

Unidos

no

Hemisfério

Ocidental, talvez deva ser expli cado na base da interpretação

que acima damos dè seu interêsse pelos países do Sul.

(Numa

se prefere a liderança dos Esta dos Unidos ou da Rússia.

A res

posta não podia ser senão que num mundo realmente democrá

tico, como aquêle pelo qual lu tamos, não há lugar para êsse problema de liderança.) A

ida

de milhares de norte-

americanos para a América do


Digesto £conóm!co

32

Sul, depois da guerra, é coisa que

cabe examinar aqui, mas que go

aqui se Considera certa.- Isso sig nificará, de um lado, a entrada

vernos e outros interessados de verão estudar. No momento é

* de mais técnica e mais capital..

difícil ..ver, de outra parte, até

Como éstes dois fatores de pro

que ponto êsse movimento coin

gresso poderão ser aproveitados em benefício dos povos sul-ame ricanos, é um problema que não

cidirá com um simples movimen to de expansão comercial e de. investimentos.

rii\Ai\CAS o FENÔMENO FINANCEIRO Por Abelardo Vercueirg César

ESTUDANDO-SE a atividade humana, considerando-sc a so

ciedade, deparam-se instituições, ^ atos e mecanismos que apresentam carac

sas teorias existentes sôbre o "fenô

teres específicos, peculiares, inconfun díveis que se referem à concentração e emprego de bens, por parte do Estado, para realização de seus fins. Constitui êsse complexo de fatos o uso das utilidades financeiras.

Não

surgem éstes na sociedade só em um dado momento ou só em dado lugar.

Não acontecem por acâso, não se ori ginam do. arbítrio, da moda, ou da

predominância

passageira

de

senti

mentos ou de idéias. Não. Esses fatos aparecem e repetem-sc no tempo e no

espaço, com a mesma uniformidade, embora variem suas roupagens, com

DONDE VEM E PARA ONDE VAI O FEIJÃO

A produção brasileira de feijão é destinada quase que exclusivamente ao consumo interno:

produzimos

entre

800^ e 900 mil toneladas anuais, das quais exportamos pouco mais de 5 mil. Assim mesmo o Brasil está colocado como o

terceiro produtor mundial desta legumlnosa sêca sendo a Chi na o primeiro produtor, com cêrca de 4 milhões de

toneladas

Neste trabalho, de natureza científica, o

A. classifica

e

analisa

as

diver

meno financeiro", assunto de indis cutível e real interesse.

cessária e inútil essa indagação, por achar impossível reduzir a natureza dos fenômenos financeiros a um prin cípio único (2). É o fenômeno financeiro uma fa ceta do fenômeno social. Não existe isolado. Formam-no fatòres diversos

como o econômico, o'político, o jurí dico e o social, que é o resultante de -todos. Para estudo, pela abstração, a

maior ou menor intensidade. Em vez

(2) Preleções na Faculdade de Direito de S. Paulo, pág. 31: "Acho desnecessá

de se negar, de não se querer ver a

rio procurar o princípio fundamental básico das ciências sociais. Porque 6

constância com que esses fatos se en

mesmo impossível. Quanto às ciências flsico-naturais é difícil, e talvez impos

cadeiam, melhor será que se procure" investigá-rlos sistematicamente, por meio dos processos lógicos. São es ses fatos o fenômeno financeiro (1). A ciência, além de verificar sua exis

sível, pois a maioria destas ciências se

baseia em hipóteses, ainda não veri ficadas. e, às vezes, em hipóteses errô neas. Muitos princípios básicos e fun damentais destas ciências foram expe

rimentalmente demonstrados errados, c

isto não foi impedimento para que es

anuais, e os Estados Unidos o segundo, com uma produção que

tência c de o corporificar em um to

sas ciências progredissem extraordina

se eleva a 1 milhão de toneladas. Dos Estados, Minas Gerais

do orgânico, inquire sua natureza. O

letricidade, e a aplicamos a todfO o

fornece perto de 32% do total da produção nacional, seguindo-se São Paulo e o Rio Grande do Sul, que contribuem • os três Esta-

Professor Braz Arruda acha desne-

seja a eletricidade.

tados — com cêrca de 70% da produção geral do país. Os principais mercados do feijão brasileiro em 1943 foram: Espa

(1) Seligman

nós não sabemos se é verdadeiro

nha (2.528 toneladas), Uruguai (1.416), Suécia (1.200).

Collana di Economisti — Torino, 1934

riamente.

Nós sabemos que existe o

mento, mas não sabemos ainda o qu®

O princípio fundamental da química —

Theorla Social du

Sclencla das Finanças, pag. 387: Nuova — Vol. IX.

não. E uma hipótese não verificada ^

certamente, errônea.

No entanto, isto

não impede o progredir da química, etc.


Digesto £conóm!co

32

Sul, depois da guerra, é coisa que

cabe examinar aqui, mas que go

aqui se Considera certa.- Isso sig nificará, de um lado, a entrada

vernos e outros interessados de verão estudar. No momento é

* de mais técnica e mais capital..

difícil ..ver, de outra parte, até

Como éstes dois fatores de pro

que ponto êsse movimento coin

gresso poderão ser aproveitados em benefício dos povos sul-ame ricanos, é um problema que não

cidirá com um simples movimen to de expansão comercial e de. investimentos.

rii\Ai\CAS o FENÔMENO FINANCEIRO Por Abelardo Vercueirg César

ESTUDANDO-SE a atividade humana, considerando-sc a so

ciedade, deparam-se instituições, ^ atos e mecanismos que apresentam carac

sas teorias existentes sôbre o "fenô

teres específicos, peculiares, inconfun díveis que se referem à concentração e emprego de bens, por parte do Estado, para realização de seus fins. Constitui êsse complexo de fatos o uso das utilidades financeiras.

Não

surgem éstes na sociedade só em um dado momento ou só em dado lugar.

Não acontecem por acâso, não se ori ginam do. arbítrio, da moda, ou da

predominância

passageira

de

senti

mentos ou de idéias. Não. Esses fatos aparecem e repetem-sc no tempo e no

espaço, com a mesma uniformidade, embora variem suas roupagens, com

DONDE VEM E PARA ONDE VAI O FEIJÃO

A produção brasileira de feijão é destinada quase que exclusivamente ao consumo interno:

produzimos

entre

800^ e 900 mil toneladas anuais, das quais exportamos pouco mais de 5 mil. Assim mesmo o Brasil está colocado como o

terceiro produtor mundial desta legumlnosa sêca sendo a Chi na o primeiro produtor, com cêrca de 4 milhões de

toneladas

Neste trabalho, de natureza científica, o

A. classifica

e

analisa

as

diver

meno financeiro", assunto de indis cutível e real interesse.

cessária e inútil essa indagação, por achar impossível reduzir a natureza dos fenômenos financeiros a um prin cípio único (2). É o fenômeno financeiro uma fa ceta do fenômeno social. Não existe isolado. Formam-no fatòres diversos

como o econômico, o'político, o jurí dico e o social, que é o resultante de -todos. Para estudo, pela abstração, a

maior ou menor intensidade. Em vez

(2) Preleções na Faculdade de Direito de S. Paulo, pág. 31: "Acho desnecessá

de se negar, de não se querer ver a

rio procurar o princípio fundamental básico das ciências sociais. Porque 6

constância com que esses fatos se en

mesmo impossível. Quanto às ciências flsico-naturais é difícil, e talvez impos

cadeiam, melhor será que se procure" investigá-rlos sistematicamente, por meio dos processos lógicos. São es ses fatos o fenômeno financeiro (1). A ciência, além de verificar sua exis

sível, pois a maioria destas ciências se

baseia em hipóteses, ainda não veri ficadas. e, às vezes, em hipóteses errô neas. Muitos princípios básicos e fun damentais destas ciências foram expe

rimentalmente demonstrados errados, c

isto não foi impedimento para que es

anuais, e os Estados Unidos o segundo, com uma produção que

tência c de o corporificar em um to

sas ciências progredissem extraordina

se eleva a 1 milhão de toneladas. Dos Estados, Minas Gerais

do orgânico, inquire sua natureza. O

letricidade, e a aplicamos a todfO o

fornece perto de 32% do total da produção nacional, seguindo-se São Paulo e o Rio Grande do Sul, que contribuem • os três Esta-

Professor Braz Arruda acha desne-

seja a eletricidade.

tados — com cêrca de 70% da produção geral do país. Os principais mercados do feijão brasileiro em 1943 foram: Espa

(1) Seligman

nós não sabemos se é verdadeiro

nha (2.528 toneladas), Uruguai (1.416), Suécia (1.200).

Collana di Economisti — Torino, 1934

riamente.

Nós sabemos que existe o

mento, mas não sabemos ainda o qu®

O princípio fundamental da química —

Theorla Social du

Sclencla das Finanças, pag. 387: Nuova — Vol. IX.

não. E uma hipótese não verificada ^

certamente, errônea.

No entanto, isto

não impede o progredir da química, etc.


34

Dígesto Econômico

sêmprc relativas aos tempos c luga

coua. Qualquer órgão do corpo vi

res? (3).

vo não age separado deste. Acha-se

em função conjunta com o organismo, ^ías pode ser estudado como se es

tivesse fora deste. Por exemplo, o coração humano. Passa-se o mesmo

com o fenômeno financeiro, e com os outros do gênero social. Não existem cm separado. Mas podem ser e são

estudados como se fossem isolados.

35

Digcsto Econômico

ciência o tem como isolado, como

A do consumo

Observa o Professor Teotonio Mon

Para alguns, tendo à frente J. B.

teiro de Barros Filho que o fenôme

Say, o fenômeno financeiro não passa

no financeiro, além de todos os aspe-

dc consumo de utilidades financeiras,

tos do econômico, apresenta os espe cíficos dos aspctos jurídico e políti

empregadas c destruídas pelo Esta do (5). Mas esse consumo não é im

co. (4).

produtivo, porque com ele o E.çtado satisfaz às necessidades coletivas, por

.'Xs primeiras teorias do fenômeno

financeiro

foram

formuladas

pelos

meio dos serviços públicos que orga

clássicos, com analogias econômicas;

niza, desenvolve e mantém. Assim o

Qual a natureza do fenômeno

depois, com fundamentos na escola psicológica e finalmente, com De Viti

consumo, fenômeno econômico, não passa dc um dos aspctos do fenômeno

financeiro?

di Marco, Seligman, Masci c outros,

financeiro.

Rcge-o um princípio fundamental, que se possa condensar, precisar e

enunciar em uma proposição? E' o que se vai indagar, considerando-se os fa tos, colhendo-se as conclusões dos mestres. É um dos pontos mais con-

i Têm-no'vi^ trovertidos das finanças. 1 i y.i.-nv Vi|: Sado os autores através da evolução wvuiUVUO

do pensamento econômico. As primei ras concepções do fenômeno financei

com orientações autônomas, menos li gadas à economia. Classificam-se as

mique de I/Histoire, pags. 165 a 171'; B. Griziotti', Piincipi di Politica, Dirltto e Scienza delle Finanze — pág. 34

(4) "O fenômeno financeiro, portanto, apresenta tôdas as facetas pelas quais

inspiradas por analogias, de institutos

E nêle, além desses aspetos de produ

cconómico.s. Assim se apresenta o problema: quantidade considerável d-

ção, de consumo, distribuição e circu lação de riquezas, entram elementos que não penetram no campo econórai-

riqueza privada, da renda nacional

co-privado, 'que são o elemento político e o elemento jurídico. Óu seja: a idéia

se pode olhar o fenômeno econômico.

minar. 3 — Não há equivalência de prestação. — O particular entrega, ao

Estado: bens materiais, serviços, di nheiro, utilidades financeiras, enfim; o Estado fornece ao particular servi ços diversos, entre os quais alguns in- , divisíveis, como os' da defesa externa,

O indivíduo, dá bens materiais para o Estado c recebe deste, como com

pensação, serviços públicos.

Permu-

tam-se aqueles por êstes. De um lado, prestação, de outro, correspectivamente, contra-prcstação. Pode liavcr vaga analogia entre a troca e o fenômeno financeiro, mas

aquela não se ajusta a êste pelas^seguintes razões:

vantagens e dc serviços, apontam-sc compensações entre o que um dá e o que o outro recebe.

Poderá cha

mar-se êssc processo complexo, de troca, na acepção vaga e lata mas

não no sentido restrito, da economia e do direito.

A produção

1 — as coisas, olije-

Para esta teoria, o fenômeno íi.nanceiro aparece com o característi

to de troca, acham-se sujeitas à lei

co de produção. Pensam assim Diet(6) Masci, Corso di Scienza delle Fi

estar

sempre compra ou vende pelo.s preços

pág. 44 a 45;

geral, do progresso e da civilização, que

dos mercados; o particular paga-llie às vêze.s mais, às vezes menos, pelos

e 13 (não confundit-se com (jiuseppo

no seu pensamento profundo de eqüi

serviços públicos prestados. 2 — Cons

Garnier — 1903 — "Vol I. permuta, pgs.

dade, envolvem um sentido jurídico.

titui fundamento da troca a liberdade, a iniciativa própria, das diversas par-

que as partes se dão ou obrigam a dar

do bem e.star coletivo, do bom

são o elemento politico; e as idéias de

distribuição equitativa, gerai, unifor me, dos encargos e das despesas, queÊsse é o fenômeno financeiro, fenô

Qual é o fundamento essencial désse

de substância econômica, traz adicio

das instituições, categorias históricas,

quer, mas o que o Estado lhe deter

da oferta e da procura, nos movi mentos dos mercados; o Estado nem

indivíduos, que cada vez mais se des tina à satisfação das necessidades co letivas,* por intermédio do Estado. processo, qual o fundo permanente e uniforme désse fato, na variabilidade

lar, quanto a tributos, não paga p que

particular e o Estado, há troca de

a 35;

ro foram formuladas pelos clássicos,

produzida pelos particulares; parte apreciável da atividade econômica dos

A da troca

I -

tros êlc impõe ao consumo dêste, di reta ou indiretamente. E o particu

segurança interna, justiça, etc. (6). Em verdade, nessa relação entre o

sim as diversas teorias:

(3) Giuseppe Ricca Saleno, Scienza delle finance (G.- Barbera, ed., Finance.' 1921, pág. 23 a 34; Seligman — finterpretatlon Êcono-

tes. Alguns serviços ou bens, o Es piado vende como particular, mas ou

meno eminentemente complexo porque, nado a es.sa substância econômica um

elemento político e um elemento jurí dico". (Preleçõe.s do curso de 1942, — Faculdade de Direito de S. Paulo, pág. 52.

(5) Paulo Ricca Salerno — Contributo alia Teoria Econômica delia Finanza —

1926 -- pags. 11 a 12; Nitti, pags. 43 a

nanze.

Faro Italiano

—•

Roma 1939

Paulo Ricca Salemo, ob. cit. págs. 12 Ricca Sallcrno; Dom Joaquim Escriche

— Dicionário de Jurisprudência —

1407 a 1408; troca 1590: um contrato em respetivamente uma coisa por outra; "W. Heller diz que é a transação que não tem poi* base o preço dc mercare Mas, hoje, que bem livre, não se acha sujeito ao preço do mercado, da con corrência dos vendedores e comprai -

45: l'rlncipps dc ScScnce dos Finances

res? (Dicionário de Ec. Política — Ed.

—Mareei Giard 'Paris — 1928 — Vol I.

Labor — Barcelona — 1937 — pág. 41).


34

Dígesto Econômico

sêmprc relativas aos tempos c luga

coua. Qualquer órgão do corpo vi

res? (3).

vo não age separado deste. Acha-se

em função conjunta com o organismo, ^ías pode ser estudado como se es

tivesse fora deste. Por exemplo, o coração humano. Passa-se o mesmo

com o fenômeno financeiro, e com os outros do gênero social. Não existem cm separado. Mas podem ser e são

estudados como se fossem isolados.

35

Digcsto Econômico

ciência o tem como isolado, como

A do consumo

Observa o Professor Teotonio Mon

Para alguns, tendo à frente J. B.

teiro de Barros Filho que o fenôme

Say, o fenômeno financeiro não passa

no financeiro, além de todos os aspe-

dc consumo de utilidades financeiras,

tos do econômico, apresenta os espe cíficos dos aspctos jurídico e políti

empregadas c destruídas pelo Esta do (5). Mas esse consumo não é im

co. (4).

produtivo, porque com ele o E.çtado satisfaz às necessidades coletivas, por

.'Xs primeiras teorias do fenômeno

financeiro

foram

formuladas

pelos

meio dos serviços públicos que orga

clássicos, com analogias econômicas;

niza, desenvolve e mantém. Assim o

Qual a natureza do fenômeno

depois, com fundamentos na escola psicológica e finalmente, com De Viti

consumo, fenômeno econômico, não passa dc um dos aspctos do fenômeno

financeiro?

di Marco, Seligman, Masci c outros,

financeiro.

Rcge-o um princípio fundamental, que se possa condensar, precisar e

enunciar em uma proposição? E' o que se vai indagar, considerando-se os fa tos, colhendo-se as conclusões dos mestres. É um dos pontos mais con-

i Têm-no'vi^ trovertidos das finanças. 1 i y.i.-nv Vi|: Sado os autores através da evolução wvuiUVUO

do pensamento econômico. As primei ras concepções do fenômeno financei

com orientações autônomas, menos li gadas à economia. Classificam-se as

mique de I/Histoire, pags. 165 a 171'; B. Griziotti', Piincipi di Politica, Dirltto e Scienza delle Finanze — pág. 34

(4) "O fenômeno financeiro, portanto, apresenta tôdas as facetas pelas quais

inspiradas por analogias, de institutos

E nêle, além desses aspetos de produ

cconómico.s. Assim se apresenta o problema: quantidade considerável d-

ção, de consumo, distribuição e circu lação de riquezas, entram elementos que não penetram no campo econórai-

riqueza privada, da renda nacional

co-privado, 'que são o elemento político e o elemento jurídico. Óu seja: a idéia

se pode olhar o fenômeno econômico.

minar. 3 — Não há equivalência de prestação. — O particular entrega, ao

Estado: bens materiais, serviços, di nheiro, utilidades financeiras, enfim; o Estado fornece ao particular servi ços diversos, entre os quais alguns in- , divisíveis, como os' da defesa externa,

O indivíduo, dá bens materiais para o Estado c recebe deste, como com

pensação, serviços públicos.

Permu-

tam-se aqueles por êstes. De um lado, prestação, de outro, correspectivamente, contra-prcstação. Pode liavcr vaga analogia entre a troca e o fenômeno financeiro, mas

aquela não se ajusta a êste pelas^seguintes razões:

vantagens e dc serviços, apontam-sc compensações entre o que um dá e o que o outro recebe.

Poderá cha

mar-se êssc processo complexo, de troca, na acepção vaga e lata mas

não no sentido restrito, da economia e do direito.

A produção

1 — as coisas, olije-

Para esta teoria, o fenômeno íi.nanceiro aparece com o característi

to de troca, acham-se sujeitas à lei

co de produção. Pensam assim Diet(6) Masci, Corso di Scienza delle Fi

estar

sempre compra ou vende pelo.s preços

pág. 44 a 45;

geral, do progresso e da civilização, que

dos mercados; o particular paga-llie às vêze.s mais, às vezes menos, pelos

e 13 (não confundit-se com (jiuseppo

no seu pensamento profundo de eqüi

serviços públicos prestados. 2 — Cons

Garnier — 1903 — "Vol I. permuta, pgs.

dade, envolvem um sentido jurídico.

titui fundamento da troca a liberdade, a iniciativa própria, das diversas par-

que as partes se dão ou obrigam a dar

do bem e.star coletivo, do bom

são o elemento politico; e as idéias de

distribuição equitativa, gerai, unifor me, dos encargos e das despesas, queÊsse é o fenômeno financeiro, fenô

Qual é o fundamento essencial désse

de substância econômica, traz adicio

das instituições, categorias históricas,

quer, mas o que o Estado lhe deter

da oferta e da procura, nos movi mentos dos mercados; o Estado nem

indivíduos, que cada vez mais se des tina à satisfação das necessidades co letivas,* por intermédio do Estado. processo, qual o fundo permanente e uniforme désse fato, na variabilidade

lar, quanto a tributos, não paga p que

particular e o Estado, há troca de

a 35;

ro foram formuladas pelos clássicos,

produzida pelos particulares; parte apreciável da atividade econômica dos

A da troca

I -

tros êlc impõe ao consumo dêste, di reta ou indiretamente. E o particu

segurança interna, justiça, etc. (6). Em verdade, nessa relação entre o

sim as diversas teorias:

(3) Giuseppe Ricca Saleno, Scienza delle finance (G.- Barbera, ed., Finance.' 1921, pág. 23 a 34; Seligman — finterpretatlon Êcono-

tes. Alguns serviços ou bens, o Es piado vende como particular, mas ou

meno eminentemente complexo porque, nado a es.sa substância econômica um

elemento político e um elemento jurí dico". (Preleçõe.s do curso de 1942, — Faculdade de Direito de S. Paulo, pág. 52.

(5) Paulo Ricca Salerno — Contributo alia Teoria Econômica delia Finanza —

1926 -- pags. 11 a 12; Nitti, pags. 43 a

nanze.

Faro Italiano

—•

Roma 1939

Paulo Ricca Salemo, ob. cit. págs. 12 Ricca Sallcrno; Dom Joaquim Escriche

— Dicionário de Jurisprudência —

1407 a 1408; troca 1590: um contrato em respetivamente uma coisa por outra; "W. Heller diz que é a transação que não tem poi* base o preço dc mercare Mas, hoje, que bem livre, não se acha sujeito ao preço do mercado, da con corrência dos vendedores e comprai -

45: l'rlncipps dc ScScnce dos Finances

res? (Dicionário de Ec. Política — Ed.

—Mareei Giard 'Paris — 1928 — Vol I.

Labor — Barcelona — 1937 — pág. 41).


36

Digesto Econômico

zcl, List, Wagner e outros mestrer. Afirma Wagner que consistem as fi nanças em um processo econômico co

letivo de produção, através di qual o Estado transforma os bens iratc-

nais, fornecidos pelos particulares, em bens imateriais, idôneos pars a sa tisfação das necessidades públicas. Recebem os indivíduos, em forma de

portanto da pressão tributária) dsvc-

ra converter a sua hipótese em uma

passa a atividade financeira do Esta

.ria

trazer

consequentemente

crcsci--

pelo emprego da despesa pública, se tado, com o consumo de bens, produz serviços. Assim, as expressões consu

do de uma enorme indústria cooperá-

Isso não ocorre, porque o avolumar-

funções que desempenham, seriam ne cessariamente produtivas (11).

liva produtora de bens públicos, ven didos a preço de custo à coletividade, ao contrário do que acontecia no Es

- A da predominância de classe

fracas.

culares são vantajosos à vida econô

ços públicos e faria estas pagarem o

mica, tornam mais eficaz o esforço

criaria meios que não sô compensa riam o custo da despesa pública, co mo trariam sobras de riquezas, en grandecendo uma riqueza nacio

seu custo. Os governantes produzi riam os serviços e os imporiam aos governados que seriam os consumi dores. Os serviços públicos teriam um preço de monopólio, porque da riam, além de seu custo real, um lar go lucro para o seu produtor, a clas

nal (10).

se dominante.

produtivo e mais vigorosa a produção Assim, o processo financeiro

Deve o Estado devolver ao particu lar mais do que recebeu.

pregadas nas finanças, apenas como

cido de juros.

(7) Maacl — ob. cit. paga. 45 a 46.

fS) Frederico Hermann Júnior {Pro, fessor da Faculdade de Ciências Eco nômicas e Presidente da Ordem dos Economistas), observa na sua confe rência — Padronização dos Orçamentos como condição do Saneamento Finan ceiro: "Como quer que examinemos a questão

cia da classe forte sôbre as classes

ços que o Estado oferece aos parti

social.

Seria como

que um pagamento do capital acres Pondera

Giuseppe

Ricca

Salerno,

quando analisa essa concepção do fe nômeno financeiro, que é de Stein, que o seu autor não fornece um cri-

(9)

tado antigo. No Estado monopoiístico, prevalece o cálculo da classe do

minante, no Estado cooperativo pre

As finanças seriam a predominân Segundo esta concepção, os servi

mo.^ troca e produção, momentos de fenômeno financeiro, podem ser em

analogia com a economia política (8).

Para Da Viti di Marco (13), não

trar que toda» as despesas públicas, pela sua própria natureza e pelas

dução.

produzem os serviços públicos. O Es

A da- produção cooperativa

teoria científica precisar-se-ia demons

A da reprodutividade indireta

De fato, o Estado consome riqueza quando arrecada bens dos particulares, pela receita pública. Êsse consumo nao é destruição, porque com ele,

tério qualquer para julgar-se da uti

mento de consumo privado ou incre mento de acumulação capitalística.

valores produzidos ao custo de pro se-ia que provar que cada serviço publico produzido resultou de custo específico determinado (7).

37

lidade das despesas e dos efeitos eco nômicos da administração pública. Pa

serviços públicos, os bens que o Esta

Para ser verdadeira a teoria, tei-

,

Se a produção constituísse o fenô meno financeiro, pelo emprego da despesa pública, o aumento" desta (e

se-da pressão tributária, além de ce:*to limite, provoca efeito contrário (9).

do lhes retirou. Corresponderiam os

Digesto Econômico

Aquela iJroduziria os servi

valece a média do cálculo individual. Constitui o Estado uma economia

coletiva em que se identificam os pro dutores e os consumidores dos servi

ços públicos.

A concepção vitiana é

mais uma outra analogia que aparece para explicar o fenômeno financeiro, tomando-lhe um dos seus aspetos, o

da cooperação.

Estado Antigo, e aos que com éle se assemelham,

Na suas grandes Jinhas a teoria é verdadeira, quanto ao Estado antigo, feudal, oligárquico, aristocrático. Mas no Estado moderno, confundem-se o

sujeito da atividade financeira, o Es tado, a coletividade, com o sujeito, consumidor dos serviços públicos, a coletividade (12).

Se se aplica ao Es

tado moderno, não pode enquadrar o Além

disso

não

abrange todo o fenômeno financeiro.

Mais tarde, em parte, De Viti mu dou de teoria (14). Voltou a recorrer à troca para explicar o fenômeno fi

nanceiro, distinguindo os serviços pú blicos- em especiais e gerais.

F. Marconslni — Scienza delle Fi-

nanze — pág. 25.

(13) Ob. cit. cap. II e III; Tangoi-ra, págs. 19 e 20; Masci — ob. cit. págs. 47 a 50; Paulo Ricca Salerno, págs.

os tributos, que os indivíduos

pagam • representam o custo dos ben.s

(10) V. Tangorra — Tratato di Scien

públicos, produzidos pela atividade do Estado" (Revista de Çiènclág Econô

za delia Finanza — I. E. Libraria —

micas, pag, 244),

clt. pág. 4'a 47.

Mllano — 1916 — pág. 18; Masci — ob.

18 a 28.

(11) Ob. cit. pág. 31.

(14) Principl dl Economia Finanzia.» (12) Tangorra, ob. clt. Masci, págs. 47-48,

págs.

19-20;

ria, págs. 6 e 7; Griziotti, págs. 23 a 24;

. • ....

.

Á


36

Digesto Econômico

zcl, List, Wagner e outros mestrer. Afirma Wagner que consistem as fi nanças em um processo econômico co

letivo de produção, através di qual o Estado transforma os bens iratc-

nais, fornecidos pelos particulares, em bens imateriais, idôneos pars a sa tisfação das necessidades públicas. Recebem os indivíduos, em forma de

portanto da pressão tributária) dsvc-

ra converter a sua hipótese em uma

passa a atividade financeira do Esta

.ria

trazer

consequentemente

crcsci--

pelo emprego da despesa pública, se tado, com o consumo de bens, produz serviços. Assim, as expressões consu

do de uma enorme indústria cooperá-

Isso não ocorre, porque o avolumar-

funções que desempenham, seriam ne cessariamente produtivas (11).

liva produtora de bens públicos, ven didos a preço de custo à coletividade, ao contrário do que acontecia no Es

- A da predominância de classe

fracas.

culares são vantajosos à vida econô

ços públicos e faria estas pagarem o

mica, tornam mais eficaz o esforço

criaria meios que não sô compensa riam o custo da despesa pública, co mo trariam sobras de riquezas, en grandecendo uma riqueza nacio

seu custo. Os governantes produzi riam os serviços e os imporiam aos governados que seriam os consumi dores. Os serviços públicos teriam um preço de monopólio, porque da riam, além de seu custo real, um lar go lucro para o seu produtor, a clas

nal (10).

se dominante.

produtivo e mais vigorosa a produção Assim, o processo financeiro

Deve o Estado devolver ao particu lar mais do que recebeu.

pregadas nas finanças, apenas como

cido de juros.

(7) Maacl — ob. cit. paga. 45 a 46.

fS) Frederico Hermann Júnior {Pro, fessor da Faculdade de Ciências Eco nômicas e Presidente da Ordem dos Economistas), observa na sua confe rência — Padronização dos Orçamentos como condição do Saneamento Finan ceiro: "Como quer que examinemos a questão

cia da classe forte sôbre as classes

ços que o Estado oferece aos parti

social.

Seria como

que um pagamento do capital acres Pondera

Giuseppe

Ricca

Salerno,

quando analisa essa concepção do fe nômeno financeiro, que é de Stein, que o seu autor não fornece um cri-

(9)

tado antigo. No Estado monopoiístico, prevalece o cálculo da classe do

minante, no Estado cooperativo pre

As finanças seriam a predominân Segundo esta concepção, os servi

mo.^ troca e produção, momentos de fenômeno financeiro, podem ser em

analogia com a economia política (8).

Para Da Viti di Marco (13), não

trar que toda» as despesas públicas, pela sua própria natureza e pelas

dução.

produzem os serviços públicos. O Es

A da- produção cooperativa

teoria científica precisar-se-ia demons

A da reprodutividade indireta

De fato, o Estado consome riqueza quando arrecada bens dos particulares, pela receita pública. Êsse consumo nao é destruição, porque com ele,

tério qualquer para julgar-se da uti

mento de consumo privado ou incre mento de acumulação capitalística.

valores produzidos ao custo de pro se-ia que provar que cada serviço publico produzido resultou de custo específico determinado (7).

37

lidade das despesas e dos efeitos eco nômicos da administração pública. Pa

serviços públicos, os bens que o Esta

Para ser verdadeira a teoria, tei-

,

Se a produção constituísse o fenô meno financeiro, pelo emprego da despesa pública, o aumento" desta (e

se-da pressão tributária, além de ce:*to limite, provoca efeito contrário (9).

do lhes retirou. Corresponderiam os

Digesto Econômico

Aquela iJroduziria os servi

valece a média do cálculo individual. Constitui o Estado uma economia

coletiva em que se identificam os pro dutores e os consumidores dos servi

ços públicos.

A concepção vitiana é

mais uma outra analogia que aparece para explicar o fenômeno financeiro, tomando-lhe um dos seus aspetos, o

da cooperação.

Estado Antigo, e aos que com éle se assemelham,

Na suas grandes Jinhas a teoria é verdadeira, quanto ao Estado antigo, feudal, oligárquico, aristocrático. Mas no Estado moderno, confundem-se o

sujeito da atividade financeira, o Es tado, a coletividade, com o sujeito, consumidor dos serviços públicos, a coletividade (12).

Se se aplica ao Es

tado moderno, não pode enquadrar o Além

disso

não

abrange todo o fenômeno financeiro.

Mais tarde, em parte, De Viti mu dou de teoria (14). Voltou a recorrer à troca para explicar o fenômeno fi

nanceiro, distinguindo os serviços pú blicos- em especiais e gerais.

F. Marconslni — Scienza delle Fi-

nanze — pág. 25.

(13) Ob. cit. cap. II e III; Tangoi-ra, págs. 19 e 20; Masci — ob. cit. págs. 47 a 50; Paulo Ricca Salerno, págs.

os tributos, que os indivíduos

pagam • representam o custo dos ben.s

(10) V. Tangorra — Tratato di Scien

públicos, produzidos pela atividade do Estado" (Revista de Çiènclág Econô

za delia Finanza — I. E. Libraria —

micas, pag, 244),

clt. pág. 4'a 47.

Mllano — 1916 — pág. 18; Masci — ob.

18 a 28.

(11) Ob. cit. pág. 31.

(14) Principl dl Economia Finanzia.» (12) Tangorra, ob. clt. Masci, págs. 47-48,

págs.

19-20;

ria, págs. 6 e 7; Griziotti, págs. 23 a 24;

. • ....

.

Á


38

Digesto Econômico

A de repartição de encargos

finanças como um sistema de preços: os preços políticos, diferentes dos pre

Para outros, com Gaston ,Jèze à

ços econômicos.

Na economia finan

frente, consiste o fato financeiro em repartição de encargos entre os indi víduos. Verificado o montante da des

lítico, o custo dos serviços públicos

pesa pública, o Estado imperativa

pagos pelos indivíduos por imposição

mente retira da economia dos indi

ceira, só por exceção haverá o preço

econômico, sendo a regra o preço po do Estado. Movimenta-se a economia

víduos os meios, a riqueza financeira

privada com o preço do mercado, o

necessária, a receita pública para co

preço natural, o econômico. Pro\oca essa teoria, verdadeira na forma, as mesmas objeções já feitas às teo

brir a despesa.

Não satisfaz essa teoria, porque a repartição dos encargos da despesa pública já é um segundo tempo da atividade financeira. Desloca a ques tão substituindo-a pelo seu processo, que é a repartição. Constitui e.sia jâ uma conseqüência.

O fenômeno fi

nanceiro não é só aquela repartição. Aquele envolve esta.

A dos preços políticoe

f

Sustenta essa teoria Maífeo Pantaleoni. Êste e os partidários da teoria

vêem na economia financeira um preço

econômico deformado, preço detcrmi-

nado pelo^ poder político e como tal, o preço político. Só os serviços púMicos de caráter particular se regerão pelos preços econômicos.

Assim, a economia financeira seria um sistema de produção e de troca

no qual, o produto, os serviços pú blicos, seria vendido, na sua máxima parte, na base dos preços políti cos, e em parte mínima na dos pre ços econômicos (15), concebendo as Íl5) Tangorra, ob. cit., págs, 20; Jèze, Cours d© Sc. des Finances, págs. 6 e 7.

rias de produção, da troca e da repar tição dos encargos. '

A da utilidade final — Sax.

A

Sociológica — Seligman

39

Dígesto Econômico lece cada indivíduo sua hierarquia de

desejos tendo em vista, sua riqueza, procurando adaptar aqueles, ilimita dos, dentro desta, limitada. Os dese

intensos. Entre êsses desejos ou ne cessidades contam-se as necessidades

divíduos em um grupo cooperativo, privado ou público, toma-se depres sa, pelo exclusivo fato da associação, qualquer coisa diverso do que era an tes. Suas necessidades particulares

diretamente individuais, menos inten

transformam-se

sos, que se atenderiam mais tarde ou

muns. Concorre para criar o grupo, mas éste como que o recreia. Fisi camente permanece o mesmo; psico lógica e espiritualmente transformou-

jos ou necessidades repartír-se-ão etn uma escala dos mais para os menos

que mesmo não se satisfariam. E' i' aplicação da teoria da utilidade final ás finanças, que assim se estabelecem em base psicológica e universal. Esiá claro que essa avaliação não é uma avaliação do indivíduo isolado.

Não

Conccbe-a Sax. Para êle, a ativi dade financeira do Estado ciesenvol ve-sc em regime de economia coleti

haverá somas de avaliações individuais,

va, para a realização de serviços pú

mam os sentimentos e as idéias cole

blicos.

tivas, em dado lugar, em dado mo mento. Os governos, as instituições,

E consiste em um processo

de transferência de bens, dos indiví

não podem explicar o Estado, nem nenhum grupo privado ou público. Um indivíduo, associado a outros iii-

mas uma síntese de avaliações de grupos, do mesmo modo como se for

se.

em

necessidades co

A transição do particular,

indivíduo isolado a membro de

de um

grupo, é de importância fundamental. A união dos membros do grupo é uma coisa bem diversa do fortúito ajun tamento de indivíduos isolados.

Isso

que se pode dizer de todos os grupos

pode-se afirmar de todo o grupo ''pú blico" (17). Parece-me que a teoria de Sax e

duos, .sujeitos das necessidades coleti vas, para os indivíduos, órgãos do Es

os

tado, (|ue prestam aqueles serviço.s. E' que o Estado, ne.sse processo, pro

épocas, e em certos países, destinam-se mais ou menos riquezas privadas para

meno financeiro através da teoria da

certas necessidades públicas. E en tre estas, mais para umas do que

mais a fundo, e não lateralmente, por visadas parciais, como as outras teo rias expostas até agora. A teoiia da

duz, porque transforma determinados bens materiais em outros bens mate riais. Interpõe-se. assim o Estado

tos

atos, resultam e

dessas

desses

idéias.

sentimen

Em

certas

dos outros mestres, que vêem o fenô utilidade final, focaliza o problema

como intermediário entre os indiví

para outras. Não se origina "essa ou aquela orientação do arbítrio,

duos : os sujeitos das necessidades co

mas dos sentimentos e idéias, am

letivas c os que executam os serviços

bientes que prevalecem e que envol

para satisfazer aquelas necessidades

vem cada indivíduo componente de

micos e financeiros, constitui no mo

cada grupo. A propósito escreve Seligman: "Não é o Estado, na verda

mento a melhor e mais sólida e.ípH-

(16). Efetua-se o processo de trans ferência de bens na liase do cálculo

individual, tal como o indivíduo pro cede na economia privada.

Estalie-

de, um organismo e menos ainda um

super-organismo: mas é o Estado qual

utilidade final, iluminada pelos ensina mentos sociológicos de Seligman, que tanto engrandecem os estudos econô

cação do fenômeno financeiro. O próprio Nitti, que não a admite, con

corda em que pode ser aceita a tí-

(16) Paulo Rlcca — Salerno, ob. cit.,

quer coisa mais do que um conjunto

(17) Selegman — Ln Teoria Soolole

págs. 23, 26 e 27.

de pessoas. Os indivíduos, como tais,

pags. 285 a 286; Masci, pags. 51 a 85.

117) Seligman

— La Teoria SocliUo


38

Digesto Econômico

A de repartição de encargos

finanças como um sistema de preços: os preços políticos, diferentes dos pre

Para outros, com Gaston ,Jèze à

ços econômicos.

Na economia finan

frente, consiste o fato financeiro em repartição de encargos entre os indi víduos. Verificado o montante da des

lítico, o custo dos serviços públicos

pesa pública, o Estado imperativa

pagos pelos indivíduos por imposição

mente retira da economia dos indi

ceira, só por exceção haverá o preço

econômico, sendo a regra o preço po do Estado. Movimenta-se a economia

víduos os meios, a riqueza financeira

privada com o preço do mercado, o

necessária, a receita pública para co

preço natural, o econômico. Pro\oca essa teoria, verdadeira na forma, as mesmas objeções já feitas às teo

brir a despesa.

Não satisfaz essa teoria, porque a repartição dos encargos da despesa pública já é um segundo tempo da atividade financeira. Desloca a ques tão substituindo-a pelo seu processo, que é a repartição. Constitui e.sia jâ uma conseqüência.

O fenômeno fi

nanceiro não é só aquela repartição. Aquele envolve esta.

A dos preços políticoe

f

Sustenta essa teoria Maífeo Pantaleoni. Êste e os partidários da teoria

vêem na economia financeira um preço

econômico deformado, preço detcrmi-

nado pelo^ poder político e como tal, o preço político. Só os serviços púMicos de caráter particular se regerão pelos preços econômicos.

Assim, a economia financeira seria um sistema de produção e de troca

no qual, o produto, os serviços pú blicos, seria vendido, na sua máxima parte, na base dos preços políti cos, e em parte mínima na dos pre ços econômicos (15), concebendo as Íl5) Tangorra, ob. cit., págs, 20; Jèze, Cours d© Sc. des Finances, págs. 6 e 7.

rias de produção, da troca e da repar tição dos encargos. '

A da utilidade final — Sax.

A

Sociológica — Seligman

39

Dígesto Econômico lece cada indivíduo sua hierarquia de

desejos tendo em vista, sua riqueza, procurando adaptar aqueles, ilimita dos, dentro desta, limitada. Os dese

intensos. Entre êsses desejos ou ne cessidades contam-se as necessidades

divíduos em um grupo cooperativo, privado ou público, toma-se depres sa, pelo exclusivo fato da associação, qualquer coisa diverso do que era an tes. Suas necessidades particulares

diretamente individuais, menos inten

transformam-se

sos, que se atenderiam mais tarde ou

muns. Concorre para criar o grupo, mas éste como que o recreia. Fisi camente permanece o mesmo; psico lógica e espiritualmente transformou-

jos ou necessidades repartír-se-ão etn uma escala dos mais para os menos

que mesmo não se satisfariam. E' i' aplicação da teoria da utilidade final ás finanças, que assim se estabelecem em base psicológica e universal. Esiá claro que essa avaliação não é uma avaliação do indivíduo isolado.

Não

Conccbe-a Sax. Para êle, a ativi dade financeira do Estado ciesenvol ve-sc em regime de economia coleti

haverá somas de avaliações individuais,

va, para a realização de serviços pú

mam os sentimentos e as idéias cole

blicos.

tivas, em dado lugar, em dado mo mento. Os governos, as instituições,

E consiste em um processo

de transferência de bens, dos indiví

não podem explicar o Estado, nem nenhum grupo privado ou público. Um indivíduo, associado a outros iii-

mas uma síntese de avaliações de grupos, do mesmo modo como se for

se.

em

necessidades co

A transição do particular,

indivíduo isolado a membro de

de um

grupo, é de importância fundamental. A união dos membros do grupo é uma coisa bem diversa do fortúito ajun tamento de indivíduos isolados.

Isso

que se pode dizer de todos os grupos

pode-se afirmar de todo o grupo ''pú blico" (17). Parece-me que a teoria de Sax e

duos, .sujeitos das necessidades coleti vas, para os indivíduos, órgãos do Es

os

tado, (|ue prestam aqueles serviço.s. E' que o Estado, ne.sse processo, pro

épocas, e em certos países, destinam-se mais ou menos riquezas privadas para

meno financeiro através da teoria da

certas necessidades públicas. E en tre estas, mais para umas do que

mais a fundo, e não lateralmente, por visadas parciais, como as outras teo rias expostas até agora. A teoiia da

duz, porque transforma determinados bens materiais em outros bens mate riais. Interpõe-se. assim o Estado

tos

atos, resultam e

dessas

desses

idéias.

sentimen

Em

certas

dos outros mestres, que vêem o fenô utilidade final, focaliza o problema

como intermediário entre os indiví

para outras. Não se origina "essa ou aquela orientação do arbítrio,

duos : os sujeitos das necessidades co

mas dos sentimentos e idéias, am

letivas c os que executam os serviços

bientes que prevalecem e que envol

para satisfazer aquelas necessidades

vem cada indivíduo componente de

micos e financeiros, constitui no mo

cada grupo. A propósito escreve Seligman: "Não é o Estado, na verda

mento a melhor e mais sólida e.ípH-

(16). Efetua-se o processo de trans ferência de bens na liase do cálculo

individual, tal como o indivíduo pro cede na economia privada.

Estalie-

de, um organismo e menos ainda um

super-organismo: mas é o Estado qual

utilidade final, iluminada pelos ensina mentos sociológicos de Seligman, que tanto engrandecem os estudos econô

cação do fenômeno financeiro. O próprio Nitti, que não a admite, con

corda em que pode ser aceita a tí-

(16) Paulo Rlcca — Salerno, ob. cit.,

quer coisa mais do que um conjunto

(17) Selegman — Ln Teoria Soolole

págs. 23, 26 e 27.

de pessoas. Os indivíduos, como tais,

pags. 285 a 286; Masci, pags. 51 a 85.

117) Seligman

— La Teoria SocliUo


**>*•'

Dígesto Econômico

40

tulo de tendência, em suas Unhas ge rais (18).

Estudando-se a vida de ura pequeno município, observa-se como este acompanha a formação da idéia de

um novo serviço público, até à sua execução, pcsando-lhe os prós e os contras, as suas vantagens e o seu

custo, calculando tudo, em um longo processo coletivo de síntese social das

opiniões individuais. Por fim, sur ge uma média de juízo geral que de

termina uma orientação (19). Observa Paulo Ricca-Salerno que

Sax, em obra publicada mais tarde, reconheceu que a atividade financei

culo individual e precisou recorrer à avaliação coletiva para melhor es tudar o impòsto (20). Pois, como observa

Morselli,

não

J (19) Nasci e vivi no interior do Es-

|,

tado de Sao Paulo. E mantenho sem pre largo convívio com o interior. Como

consultor jurídico técnico da Sociedade Financeira Vergueiro Ceaar Ltda. iâ

como a riqueza social, meios para consecução de fins, contêm-se na consciência moral coletiva (21).

Entre outros, H. Dalton e H. Ritschl, aquele

financista inglês e êste' ale

mão, focalizam as finanças como fe

nômeno de economia coletiva Sociológicas

(22).

Paulo Ricca-Salerno

Inspirado por Sax, Francesco Ferra ra, Seligman, e outros, Paulo Ricca-

Salerno construiu sua teoria, que se poderá denominar da destinação bens.

bate de opiniões, reflexo do sentir e do pensar dos expoentes dos grupos locais Em cada expoente espelhara-se os cál culos inconscientes e conscientes do respetivo grupo, cogítando-se pràticamente dos orçamentos -familiares da tributação dos rendimentos presentes e futuros e Por fim situam o custo do novo empreendimento projetado na eco nomia e nas finanças do particular e do município. Faz-se todo ésse debate

em reunião, em conversas, pelas esqui nas, pelas farmácias, pelos clubes, pe

las casas. E um trabalho irregular vago, informe, mas que fixa um desejo,

uma orientação, um estado de alma,'

uma atitude.

Os homens de cada capi

tal pensam que podem falar de seu

de

Alicerçou-a na utilidade fina"

(20)

Há sempre um longo de

no financeiro.

Procura estabelecer a

das pelos vários indivíduos e a coleti

financeira

e cm princípios sociológicos.

çao de.qtes.

vigoroso e notável estudo do fenôme

rações, tanto a atividade

■J a execuçãoa- de serviços -púW cípais blicos. para Acompanhei elaboração pe

nosa e lenta de cada empréstimo das

Econômica delia Finanza — constitui

distinção entre utilidade individual, ex pressão de diversas utilidades sciiti-

£ fiz uma dezena de empréstimos muní-

negociações preliminares até à realiza

monografia — Contributo alia Teoria

passando o agregado político de agi^gado moral de sentimentos e de aspi

ra não pode explicar-se só pelo cál(18) Nitti, ob. cit. vol. I, pág. 50.

41

Digesto Econômico

Ob.

A sua

cit. pag. 33 — Salerno refe

re-se ao livro de Sax, traduzido para o italiano com o título de: — La teoria

delia valutazione (21)

Emanuelle

dellMmposto. Morselli —

Corso

di

Scienza delia Finanza Publica, pág. 11. (22) Paolo-Ricca Salerno, ob. cit. pága. 35 a 39 — Do primeiro, cita: Principies of Piiblic Flnance; do segundo: Thcorie der

Staatvir

schoft

und Bestene-

ruiig — Distingue Sallerno a necessida

de individual da coletiva, dizendo (págs. 48 a 49) : "Surgem as necessidades de

pendendo dos felns, enquanto êstes não possam ser conseguidos sem emprêgo de determinados meios. Individuais são

as necessidades qu© aparecem em cada indivíduo, em relação a fins individuais

-e como exigências particulares da vida singular; coletivas são as necessidades

país, mas em geral, não conhecem co mo vive o povo no respetivo interioi-, cuja estrutura ignoram e mesmo des

que repontam na coletividade, em re lação a fins coletivos e como exigên

denham.

coletiva."

cias

indistinta?

e

indivisíveis

da

vida

va, indivisível, expressão que reflete um estalâo objetivo de bem estar da coletividade (23).

O seguinte trecho daquela mono grafia' de Paolo Ricca-Salerno-resu me bem sua teoria:

"Os bens destinados

à

satisfação

pregos futuros. Mas a formação do pecúlio importa,, por outro lado, na transferência dos bens poupados às classes produtivas e, portanto, numa

aplicação das economias na produ ção. Porisso, independente dos fins que a determinam, a destinação para a formação do pecúlio implica sem pre um emprêgo de bens".

" As várias espécies de empregos particulares, a que os bens são desti

nados pelos particulares' sofrem, en tretanto, uma redução em virtude de

das necessidades coletivas são subtraí •

subtração dos bens destinados à sa

dos aos empregos que os indivíduos

tisfação das necessidades coletivas. Segundo a natureza dos bens subtraí

lhes poderiam dar.

Ora, os indiví-

, duos destinam os bens disponíveis, antes de tudo, à satisfação das neces sidades individuais presentes, c depois

dos ou o modo pelo qyal se faz a sub

à poupança, tendo em vista necessi

ra a satisfação de necessidades pre sentes; rcduzem-sc igualmente as pos

dades individuais futuras.

A satisfa

ção das necessidades presentes impor ta sempre no imediato e efetivo em

prêgo dos bens por parte dos indiví duos. A destinação e poupança, po rem,

quando não

se

concretizam

na

produção de bens instrumentais on de bens de uso durável, implica para o indivíduo poupador o diferimento no tempo do emprêgo dos bens, impor

tando isso na formação de uma re serva de bens, tendo em vista em-

tração reduzem-se as possibilidades de consumo, e, portanto, os empregos pá

sibilidades de fazer economias, e por tanto as perspectivas de empregos re

motos para a satisfação de necessidatlcs

futuras. "

"-.A, subtração dos bens aos vários

empregos particulares, operada para atçndcr às necessidades coletivas, es

tabelece privações para os indivíduos, isoladamente, pois que os vários em

pregos, a que os indivíduos destinam os bens disponíveis, têm importância

(23)

Ob. cit., págs. 65 a 66.

Cita a

' propósito H. Dalton — Principies «f Pnblic Finunco — que enquanto um in divíduo, no julgar qualquer forma de despesa, segue um padrão subjetivo de utilidade, o homem de governo deve cm vez seguir um padrão de bem estar público e vantagem social.

para cada um, isto é, têm uma utili dade individual que resulta da corie-

lação especial intercedente entre cada

aplicação e o indivíduo que a pode realizar.

Essa

privação

partícula


**>*•'

Dígesto Econômico

40

tulo de tendência, em suas Unhas ge rais (18).

Estudando-se a vida de ura pequeno município, observa-se como este acompanha a formação da idéia de

um novo serviço público, até à sua execução, pcsando-lhe os prós e os contras, as suas vantagens e o seu

custo, calculando tudo, em um longo processo coletivo de síntese social das

opiniões individuais. Por fim, sur ge uma média de juízo geral que de

termina uma orientação (19). Observa Paulo Ricca-Salerno que

Sax, em obra publicada mais tarde, reconheceu que a atividade financei

culo individual e precisou recorrer à avaliação coletiva para melhor es tudar o impòsto (20). Pois, como observa

Morselli,

não

J (19) Nasci e vivi no interior do Es-

|,

tado de Sao Paulo. E mantenho sem pre largo convívio com o interior. Como

consultor jurídico técnico da Sociedade Financeira Vergueiro Ceaar Ltda. iâ

como a riqueza social, meios para consecução de fins, contêm-se na consciência moral coletiva (21).

Entre outros, H. Dalton e H. Ritschl, aquele

financista inglês e êste' ale

mão, focalizam as finanças como fe

nômeno de economia coletiva Sociológicas

(22).

Paulo Ricca-Salerno

Inspirado por Sax, Francesco Ferra ra, Seligman, e outros, Paulo Ricca-

Salerno construiu sua teoria, que se poderá denominar da destinação bens.

bate de opiniões, reflexo do sentir e do pensar dos expoentes dos grupos locais Em cada expoente espelhara-se os cál culos inconscientes e conscientes do respetivo grupo, cogítando-se pràticamente dos orçamentos -familiares da tributação dos rendimentos presentes e futuros e Por fim situam o custo do novo empreendimento projetado na eco nomia e nas finanças do particular e do município. Faz-se todo ésse debate

em reunião, em conversas, pelas esqui nas, pelas farmácias, pelos clubes, pe

las casas. E um trabalho irregular vago, informe, mas que fixa um desejo,

uma orientação, um estado de alma,'

uma atitude.

Os homens de cada capi

tal pensam que podem falar de seu

de

Alicerçou-a na utilidade fina"

(20)

Há sempre um longo de

no financeiro.

Procura estabelecer a

das pelos vários indivíduos e a coleti

financeira

e cm princípios sociológicos.

çao de.qtes.

vigoroso e notável estudo do fenôme

rações, tanto a atividade

■J a execuçãoa- de serviços -púW cípais blicos. para Acompanhei elaboração pe

nosa e lenta de cada empréstimo das

Econômica delia Finanza — constitui

distinção entre utilidade individual, ex pressão de diversas utilidades sciiti-

£ fiz uma dezena de empréstimos muní-

negociações preliminares até à realiza

monografia — Contributo alia Teoria

passando o agregado político de agi^gado moral de sentimentos e de aspi

ra não pode explicar-se só pelo cál(18) Nitti, ob. cit. vol. I, pág. 50.

41

Digesto Econômico

Ob.

A sua

cit. pag. 33 — Salerno refe

re-se ao livro de Sax, traduzido para o italiano com o título de: — La teoria

delia valutazione (21)

Emanuelle

dellMmposto. Morselli —

Corso

di

Scienza delia Finanza Publica, pág. 11. (22) Paolo-Ricca Salerno, ob. cit. pága. 35 a 39 — Do primeiro, cita: Principies of Piiblic Flnance; do segundo: Thcorie der

Staatvir

schoft

und Bestene-

ruiig — Distingue Sallerno a necessida

de individual da coletiva, dizendo (págs. 48 a 49) : "Surgem as necessidades de

pendendo dos felns, enquanto êstes não possam ser conseguidos sem emprêgo de determinados meios. Individuais são

as necessidades qu© aparecem em cada indivíduo, em relação a fins individuais

-e como exigências particulares da vida singular; coletivas são as necessidades

país, mas em geral, não conhecem co mo vive o povo no respetivo interioi-, cuja estrutura ignoram e mesmo des

que repontam na coletividade, em re lação a fins coletivos e como exigên

denham.

coletiva."

cias

indistinta?

e

indivisíveis

da

vida

va, indivisível, expressão que reflete um estalâo objetivo de bem estar da coletividade (23).

O seguinte trecho daquela mono grafia' de Paolo Ricca-Salerno-resu me bem sua teoria:

"Os bens destinados

à

satisfação

pregos futuros. Mas a formação do pecúlio importa,, por outro lado, na transferência dos bens poupados às classes produtivas e, portanto, numa

aplicação das economias na produ ção. Porisso, independente dos fins que a determinam, a destinação para a formação do pecúlio implica sem pre um emprêgo de bens".

" As várias espécies de empregos particulares, a que os bens são desti

nados pelos particulares' sofrem, en tretanto, uma redução em virtude de

das necessidades coletivas são subtraí •

subtração dos bens destinados à sa

dos aos empregos que os indivíduos

tisfação das necessidades coletivas. Segundo a natureza dos bens subtraí

lhes poderiam dar.

Ora, os indiví-

, duos destinam os bens disponíveis, antes de tudo, à satisfação das neces sidades individuais presentes, c depois

dos ou o modo pelo qyal se faz a sub

à poupança, tendo em vista necessi

ra a satisfação de necessidades pre sentes; rcduzem-sc igualmente as pos

dades individuais futuras.

A satisfa

ção das necessidades presentes impor ta sempre no imediato e efetivo em

prêgo dos bens por parte dos indiví duos. A destinação e poupança, po rem,

quando não

se

concretizam

na

produção de bens instrumentais on de bens de uso durável, implica para o indivíduo poupador o diferimento no tempo do emprêgo dos bens, impor

tando isso na formação de uma re serva de bens, tendo em vista em-

tração reduzem-se as possibilidades de consumo, e, portanto, os empregos pá

sibilidades de fazer economias, e por tanto as perspectivas de empregos re

motos para a satisfação de necessidatlcs

futuras. "

"-.A, subtração dos bens aos vários

empregos particulares, operada para atçndcr às necessidades coletivas, es

tabelece privações para os indivíduos, isoladamente, pois que os vários em

pregos, a que os indivíduos destinam os bens disponíveis, têm importância

(23)

Ob. cit., págs. 65 a 66.

Cita a

' propósito H. Dalton — Principies «f Pnblic Finunco — que enquanto um in divíduo, no julgar qualquer forma de despesa, segue um padrão subjetivo de utilidade, o homem de governo deve cm vez seguir um padrão de bem estar público e vantagem social.

para cada um, isto é, têm uma utili dade individual que resulta da corie-

lação especial intercedente entre cada

aplicação e o indivíduo que a pode realizar.

Essa

privação

partícula


42

Digesto Econômico

tonstitui o axpeto indÍTÍdual do custo ^uc se observa na economia financei'

(O grifo é nosso).

coletividade da qual resulta a utilida de coletiva dos vários empregos. A"

transferência dos bens das aplicações

Mas a subtração dos bens aos em pregos particulares, na explicação do

particulares para as de caráter públi

Inflação e preços

co, que se verifica através do proces

processo econômico da finança, im

Ct/o Boletim Semanal da Associação Comercial).

so econômico, da finança, importa,

porta em privações para a coletividade

por isso, em privações para a caleti-

como tal. De fato como os indivíduos

vidade.

existem somente no âmbito de uma coletividade que, como tal, tem fina

ções que se tornaram impossíveis em

E a inflação é um excesso de meios de pagamento sôbre o estoque de mercadorias disponí

conseqüência do destino

veis, estaria ocorrendo no Bra

lidade própria, todos os emprego»! particulares, a que os indivíduos des tinem os bens, adquirem tanibém uma utilidade coletiva. Ou, para ser mais

claro, além da correlação

especial

que intercede entre as várias aplica ções c os indivíduos que as possam

realizar, estabelece-se uma correlação geral entre as mesmas'aplicações e a

Estas privações, determina

das pela utilidade coletiva das aplica dado

aos

bens para a satisfação das necessida des coletivas, constituem o custo do

sil o fenômeno inflacionista? Três nos parecem ser os casos

processo econômico da finança" (24).

em que se verifica aquêle exces

(24) Essas transcrições foram tradu zidas e feitas pelo Professor F. Herrmann Júnior, na sua conferência ci tada e publicada na Revista de Ciên

so: quando, por necessidade de guerra, as fontes produtoras de uma nação abandonam a ativi dade criadora pela improdutiva,

cias Bconómtcas, Ano I, n ° 4

271 a 272.

nátrs

■ f fe •

isto é, bens de riqueza pelos ma

teriais bélicos; quando há emis são exagerada; e quando a cir culação monetária, por meio de especulação ou por facilidade de

nando

uma elevação

acentuada do

custo de vida, qual seria a sua causa? Estaria numa queda da produção, na emissão ou na velocidade excessiva da

circulação monetária?

As três hipó

teses são examinadas no presente tra

balho, concluíndo-se por uma quarta, em que apresentamos a procura ex

terna e a entrada de capital estran geiro como as causas que provocaram

um aumento de meios de pagamento, a que se deve a alta de preços.

tá longe de alcançar o nível em que se encontra o dos Estados Unidos. Isso significa que a in

crédito, aumenta de velocidade,

flação é maior nos Estados Uni

acelerando-se

dos do que entre nós? Não, por que a vida econômica norte-

demasiadamente

em relação ao número da popu lação. Êstes três fatores, atuan

i-' í

Se ô ínegÔTel a existência de uma alta generalizada de preços, determi

americana

repousa

em

outras

do como criadores de meios de

condições.

pagamento, provocam

vida está condicionado aos meios

um

au

Assim o padrão de

de produção, para os empregado res, e aos de ganho, para os em a elevação geral do custo de - pregados. A elevação do nosso mento de procura, de que pro vém a alta da oferta, originando

vida.

Não se pode desconhecer que no Brasil o custo de vida vem

sofrendo, nestes

últimos /anos,

uma ascensão contínua.

Pode-

custo de vida só pode ser julga da em relação ao número de bens de produção e de meios de ganho de que dispomos. Entre o aumento dêstes c a elevação

se daí concluir que estamos em

do custo de vida tem havido um

regime inflacionário? E' verda de que o nosso custo de vida es-

eciuilíbrio proporcional? Ou há uma flagrante disparidade que


42

Digesto Econômico

tonstitui o axpeto indÍTÍdual do custo ^uc se observa na economia financei'

(O grifo é nosso).

coletividade da qual resulta a utilida de coletiva dos vários empregos. A"

transferência dos bens das aplicações

Mas a subtração dos bens aos em pregos particulares, na explicação do

particulares para as de caráter públi

Inflação e preços

co, que se verifica através do proces

processo econômico da finança, im

Ct/o Boletim Semanal da Associação Comercial).

so econômico, da finança, importa,

porta em privações para a coletividade

por isso, em privações para a caleti-

como tal. De fato como os indivíduos

vidade.

existem somente no âmbito de uma coletividade que, como tal, tem fina

ções que se tornaram impossíveis em

E a inflação é um excesso de meios de pagamento sôbre o estoque de mercadorias disponí

conseqüência do destino

veis, estaria ocorrendo no Bra

lidade própria, todos os emprego»! particulares, a que os indivíduos des tinem os bens, adquirem tanibém uma utilidade coletiva. Ou, para ser mais

claro, além da correlação

especial

que intercede entre as várias aplica ções c os indivíduos que as possam

realizar, estabelece-se uma correlação geral entre as mesmas'aplicações e a

Estas privações, determina

das pela utilidade coletiva das aplica dado

aos

bens para a satisfação das necessida des coletivas, constituem o custo do

sil o fenômeno inflacionista? Três nos parecem ser os casos

processo econômico da finança" (24).

em que se verifica aquêle exces

(24) Essas transcrições foram tradu zidas e feitas pelo Professor F. Herrmann Júnior, na sua conferência ci tada e publicada na Revista de Ciên

so: quando, por necessidade de guerra, as fontes produtoras de uma nação abandonam a ativi dade criadora pela improdutiva,

cias Bconómtcas, Ano I, n ° 4

271 a 272.

nátrs

■ f fe •

isto é, bens de riqueza pelos ma

teriais bélicos; quando há emis são exagerada; e quando a cir culação monetária, por meio de especulação ou por facilidade de

nando

uma elevação

acentuada do

custo de vida, qual seria a sua causa? Estaria numa queda da produção, na emissão ou na velocidade excessiva da

circulação monetária?

As três hipó

teses são examinadas no presente tra

balho, concluíndo-se por uma quarta, em que apresentamos a procura ex

terna e a entrada de capital estran geiro como as causas que provocaram

um aumento de meios de pagamento, a que se deve a alta de preços.

tá longe de alcançar o nível em que se encontra o dos Estados Unidos. Isso significa que a in

crédito, aumenta de velocidade,

flação é maior nos Estados Uni

acelerando-se

dos do que entre nós? Não, por que a vida econômica norte-

demasiadamente

em relação ao número da popu lação. Êstes três fatores, atuan

i-' í

Se ô ínegÔTel a existência de uma alta generalizada de preços, determi

americana

repousa

em

outras

do como criadores de meios de

condições.

pagamento, provocam

vida está condicionado aos meios

um

au

Assim o padrão de

de produção, para os empregado res, e aos de ganho, para os em a elevação geral do custo de - pregados. A elevação do nosso mento de procura, de que pro vém a alta da oferta, originando

vida.

Não se pode desconhecer que no Brasil o custo de vida vem

sofrendo, nestes

últimos /anos,

uma ascensão contínua.

Pode-

custo de vida só pode ser julga da em relação ao número de bens de produção e de meios de ganho de que dispomos. Entre o aumento dêstes c a elevação

se daí concluir que estamos em

do custo de vida tem havido um

regime inflacionário? E' verda de que o nosso custo de vida es-

eciuilíbrio proporcional? Ou há uma flagrante disparidade que


44

Digesto Econômico'

está provocando a carestia de vida, de que todos, etn grau di

a idade militar, se engajaram nas forças armadas. Êstes perce

verso mas evidente, estamos sen

bem salários e aqueles auferem

tindo o efeito?

lucros — salários e lucros que

A primeira hipótese

uma idéia'p^los seguintes dados relativos ao número de estabele-

cimentos fabris e de operários e ao valor da produção: 1940

1942 ■

1

[ 64.108

í

não estarão em correlação com

o número de bens, cuja produj

Operários 1 825.314- Mais de.900.000 ^ | Valor da produção (em bilhões 1 • ■ ' 1

. ção se paralisou ou foi encurta pas e vejamos o primeiro caso, da. Isso tem feito com que os quando verificamos o desvio das meios de pagamento excedam o forças econômicas para fins im estoque de mercadorias. produtivos. E' o que observa Não possuímos dados relativos mos na Inglaterra e nos Estados à Inglaterra; mas com referên

Unidos, cujas indústrias estão a

cia aos Estados Unidos o BO

serviço das necessidades bélicas

LETIM

da nação e cujos homens, com

no n. 67 um quadro, do qual ex traímos os seguintes dados:

! 1

Economias individuais (anuais) | Médias de lucros semanais das| indústrias (dólares) | Renda agrícola |

SEMANAL

1940

,1

publicou

1943

(em bilhões de dólares)

7,3 28,54 9,10

33,0 45,10 •, 19,75

Sabe-se também que os salá

bélica as forças econômicas dá

rios nos Estados Unidos têm si

nação ? A rigor, não, excetuada

do elevados. Tem havido, por

a parte referente ao fornecimen

tanto, um acréscimo de-meios de

to de matérias primás estratégi

pagamento que, se não elevou demasiadamente o custo db vida

cas, setor a. que não se dedica a

.

"

Estabelecimentos

Procedamos, porém, pur eta

exceção dos que ultrapassaram

4S

Digesto Econômico

12.5

de cruzeiros ....

Observemos de passagem que a desvalorização da moeda obscurece um pouco o aumento em

valor. Mas, se este está um pou co abaixo do que as cifras indi cam, o fato é que o maior núme

78.012

1^00 (1) 1

1

ta pela produção, excetuando-se, talvez, a agrícola, na qual, ao que parece, tem havido uma estabili dade de nível. Seria lógico con

ro de fábricas mostra a existên cia de um surto verdadeiro. As

cluir que, sendo assim, deveria ter havido uma queda e não uma alta de preços. Não -se verificou queda, entre

sim podemos concluir que, de

tanto, mas alta.

modo geral, houve um acrésci

causa? Deixemos a resposta pa

mo de bens produtivos,' princi

ra logo mais, passando, por ora,

palmente se recordarmos que há inúmeros estabelecimentos que

a

não trabalhavam

examinar

Onde estaria a

outro aspeto

da

questão.

a plena ca

pacidade e, que não somente

A emissão

o estão fazendo atualmente, co mo, ainda mais, estão funcionan do com duas turmas, uma diur

Figura em segundo lugar a hipótese da emissão como causa da elevação do custo de vida. Sabemos que o meio circulante

na e outra noturna.

Não possuímos, infelizmente,

bTasileiro

aumentou

considera

nossa economia senão em pro porção pequena. A nossa prin

dados estatísticos exatos e mi

nuciosos que nos facilitem a vi

velmente nestes últimos anos, comO( se nos torna claro com

rigor com que têm sido feitos o

cipal atividade refere-se à indús

são da curva ascensional descri

uma vista à.seguinte tabela:

controle de preços e o raciona

tria e à agricultura. Se esta decresceú em volume, a diferença

nos Estados Unidos, deve-se ao

mento de bens nesse país. O mesmo rigor existe na Inglater ra, cujo padrão de vjda sofreu com isso pouca alteração. Examinemos o caso brasileiro.

Acham-se a serviço da,indústria

Meio Circulante

foi devidamente compensada pc.lo aumento em valor. Quanto

1938

à indústria, ninguém ignora o surto manufatureiro por que pas sa o país e de que podemos ter

4,845

1941

1944

(agosto) 1 6,646

OVer: "A indústria no Brasil" por Sidiie/ Zink, no n. 37 do BOLETIM SEMANAL.

13,667

i


44

Digesto Econômico'

está provocando a carestia de vida, de que todos, etn grau di

a idade militar, se engajaram nas forças armadas. Êstes perce

verso mas evidente, estamos sen

bem salários e aqueles auferem

tindo o efeito?

lucros — salários e lucros que

A primeira hipótese

uma idéia'p^los seguintes dados relativos ao número de estabele-

cimentos fabris e de operários e ao valor da produção: 1940

1942 ■

1

[ 64.108

í

não estarão em correlação com

o número de bens, cuja produj

Operários 1 825.314- Mais de.900.000 ^ | Valor da produção (em bilhões 1 • ■ ' 1

. ção se paralisou ou foi encurta pas e vejamos o primeiro caso, da. Isso tem feito com que os quando verificamos o desvio das meios de pagamento excedam o forças econômicas para fins im estoque de mercadorias. produtivos. E' o que observa Não possuímos dados relativos mos na Inglaterra e nos Estados à Inglaterra; mas com referên

Unidos, cujas indústrias estão a

cia aos Estados Unidos o BO

serviço das necessidades bélicas

LETIM

da nação e cujos homens, com

no n. 67 um quadro, do qual ex traímos os seguintes dados:

! 1

Economias individuais (anuais) | Médias de lucros semanais das| indústrias (dólares) | Renda agrícola |

SEMANAL

1940

,1

publicou

1943

(em bilhões de dólares)

7,3 28,54 9,10

33,0 45,10 •, 19,75

Sabe-se também que os salá

bélica as forças econômicas dá

rios nos Estados Unidos têm si

nação ? A rigor, não, excetuada

do elevados. Tem havido, por

a parte referente ao fornecimen

tanto, um acréscimo de-meios de

to de matérias primás estratégi

pagamento que, se não elevou demasiadamente o custo db vida

cas, setor a. que não se dedica a

.

"

Estabelecimentos

Procedamos, porém, pur eta

exceção dos que ultrapassaram

4S

Digesto Econômico

12.5

de cruzeiros ....

Observemos de passagem que a desvalorização da moeda obscurece um pouco o aumento em

valor. Mas, se este está um pou co abaixo do que as cifras indi cam, o fato é que o maior núme

78.012

1^00 (1) 1

1

ta pela produção, excetuando-se, talvez, a agrícola, na qual, ao que parece, tem havido uma estabili dade de nível. Seria lógico con

ro de fábricas mostra a existên cia de um surto verdadeiro. As

cluir que, sendo assim, deveria ter havido uma queda e não uma alta de preços. Não -se verificou queda, entre

sim podemos concluir que, de

tanto, mas alta.

modo geral, houve um acrésci

causa? Deixemos a resposta pa

mo de bens produtivos,' princi

ra logo mais, passando, por ora,

palmente se recordarmos que há inúmeros estabelecimentos que

a

não trabalhavam

examinar

Onde estaria a

outro aspeto

da

questão.

a plena ca

pacidade e, que não somente

A emissão

o estão fazendo atualmente, co mo, ainda mais, estão funcionan do com duas turmas, uma diur

Figura em segundo lugar a hipótese da emissão como causa da elevação do custo de vida. Sabemos que o meio circulante

na e outra noturna.

Não possuímos, infelizmente,

bTasileiro

aumentou

considera

nossa economia senão em pro porção pequena. A nossa prin

dados estatísticos exatos e mi

nuciosos que nos facilitem a vi

velmente nestes últimos anos, comO( se nos torna claro com

rigor com que têm sido feitos o

cipal atividade refere-se à indús

são da curva ascensional descri

uma vista à.seguinte tabela:

controle de preços e o raciona

tria e à agricultura. Se esta decresceú em volume, a diferença

nos Estados Unidos, deve-se ao

mento de bens nesse país. O mesmo rigor existe na Inglater ra, cujo padrão de vjda sofreu com isso pouca alteração. Examinemos o caso brasileiro.

Acham-se a serviço da,indústria

Meio Circulante

foi devidamente compensada pc.lo aumento em valor. Quanto

1938

à indústria, ninguém ignora o surto manufatureiro por que pas sa o país e de que podemos ter

4,845

1941

1944

(agosto) 1 6,646

OVer: "A indústria no Brasil" por Sidiie/ Zink, no n. 37 do BOLETIM SEMANAL.

13,667

i


Viv

Digesto Econômico

O montante de nossa moeda

cm fim de junho de 1944 tripli cou sôbre o de 1938. Talvez putA

sos cálculos. Cremos, entretan to, que não incidiremõj cm erro, se julgarmos que o aumento do estoque de mercadorias se ele vou eni proporção aproximada à

dos meios de pagamento, cuj") acréscimo atenuou

• -f-

if Y V

em

grande

a êsse ano, o de 1938^ acusa,in flação. Alegar-se-á que, durante

êsse tempo, a expansão foi len ta e, por isso, natural. Podería mos objetar que, se foi acelera da a ascensão do meio circulan

do no início nos referimos aos

te de 1938 a 1944, também o foi

Estados Unidos, que o padrão de vida está em relação íntima e

a de bens de produção.

direta com os elementos de ga-_ nho. Relembremos também que de 193S a 1944. houve, cm niédia, uma alta de 40% nos salá

tão. a do lastro ouro, doutrinan-

rios.

bertura

Tendo havido, portanto,

do afirmar que ao acréscimo de meios de pagamento seguiu-se uma elevação do poder aquisiti vo que. promovendo um enri- , quecimento geral, tornou o acréscimo do meio circulante co

provocando a elevação de pre ços. Kestaria saber se o estoque

1.848.297.000,00 cruzeiros e nin

guém nos dirá que, em relação

parte, pois já mostramos, quan

aumento de meios de produção e melhora das condições de salá rios. não nos parece desarrazoa-

dessemos ver nisso o excesso de meios de pagamento que está

47

Digesto Econômico

mo uma conseqüência normal de

sua expansão. Assim a emissão teria atendido a uma necessida de natural e não seria o efeito de

Aqui se levantaria outra ques do-se que o meio circulante não pode expandir-se senão dentro daquilo que llie possibilita a co metálica.

Neste

caso

não faria má figura a moeda brasileira, pois o nosso lastro representa mais de 45% do total em circulação. Acresce notar

que as nossas

disponibilidades

cambiais no exterior apresentam

falsas, não vemos em que pos sam contribuir para criar situa ções calamitosas. Ao contrário, estarão aumentando

o

número

de empregos e de oportunidades. E' verdade que, dentre o nú

mero de emprêsas, podem surgir muitas com propósitos menos ho

nestos ou com objetivos pura mente

especulativos, dando a

impressão de que estão criando

riquezas, quando se lançam ape nas a transações estéreis.

Mas

a conclusão se impõe: há uma maior velocidade na circulação da moeda, a qual coopera para a elevação do custo de vida, se bem que em proporção que não

nos parece suficiente' para pro vocar á alta que tem ocorrido nos preços. A causa

sensível acréscimo.

Onde estaria, então, a

A velocidade da circulação

causa

do aumento dos preços? Julga mos que esta se encontra na ex

Na relação da moeda com as mercadorias também exerce in

portação para os mercados que conquistamos durante a guerra

ficiência das nossas fontes esta

te permanecer o mesmo?

tísticas, não temos bases preci

1920 o valor do numerário em

fluência a eirculação, monetária, e que, com a sua procura, fazencujo ritmo, ao. acelerar-se, faz . do convergir para a nossa produ ção uma clientela enorme com com que certa quantidade de di que não contávamos, e possuiunheiro possa'absorver maior nú do xima moeda de poder aquisiti mero de bens. Não há dúvida que estamos atravessando uma vo superior ao da nossa, veio época de euforia econômica, na criar, com o seu afluxo inêsperaqual são visíveis o recrudesci- clo e abundante, um excesso de meios de pagamento sôbre o es mento de negócios e a multipli cação de iniciativas. Desde que toque de mercadorias de que já

sas em que fundamentar os nos-

circulação ascendia apenas a ..

não se constituam sôbre bases

de mercadorias não teria tam bém, durante êsse lapso de tem po, sofrido ascensão correspcti-

fenômeno artificial.

Esta afirmativa poderá, à pri meira vista, parecer gratuita ou

deiite, desfazendo aquela dife

inexata. Mas, se de 1938 a 1944

rença.

houve aumento de riqueza, deve

Em virtude da lamentável de

ria, entretanto, o meio circulan

Km •

dispiitihamos.


Viv

Digesto Econômico

O montante de nossa moeda

cm fim de junho de 1944 tripli cou sôbre o de 1938. Talvez putA

sos cálculos. Cremos, entretan to, que não incidiremõj cm erro, se julgarmos que o aumento do estoque de mercadorias se ele vou eni proporção aproximada à

dos meios de pagamento, cuj") acréscimo atenuou

• -f-

if Y V

em

grande

a êsse ano, o de 1938^ acusa,in flação. Alegar-se-á que, durante

êsse tempo, a expansão foi len ta e, por isso, natural. Podería mos objetar que, se foi acelera da a ascensão do meio circulan

do no início nos referimos aos

te de 1938 a 1944, também o foi

Estados Unidos, que o padrão de vida está em relação íntima e

a de bens de produção.

direta com os elementos de ga-_ nho. Relembremos também que de 193S a 1944. houve, cm niédia, uma alta de 40% nos salá

tão. a do lastro ouro, doutrinan-

rios.

bertura

Tendo havido, portanto,

do afirmar que ao acréscimo de meios de pagamento seguiu-se uma elevação do poder aquisiti vo que. promovendo um enri- , quecimento geral, tornou o acréscimo do meio circulante co

provocando a elevação de pre ços. Kestaria saber se o estoque

1.848.297.000,00 cruzeiros e nin

guém nos dirá que, em relação

parte, pois já mostramos, quan

aumento de meios de produção e melhora das condições de salá rios. não nos parece desarrazoa-

dessemos ver nisso o excesso de meios de pagamento que está

47

Digesto Econômico

mo uma conseqüência normal de

sua expansão. Assim a emissão teria atendido a uma necessida de natural e não seria o efeito de

Aqui se levantaria outra ques do-se que o meio circulante não pode expandir-se senão dentro daquilo que llie possibilita a co metálica.

Neste

caso

não faria má figura a moeda brasileira, pois o nosso lastro representa mais de 45% do total em circulação. Acresce notar

que as nossas

disponibilidades

cambiais no exterior apresentam

falsas, não vemos em que pos sam contribuir para criar situa ções calamitosas. Ao contrário, estarão aumentando

o

número

de empregos e de oportunidades. E' verdade que, dentre o nú

mero de emprêsas, podem surgir muitas com propósitos menos ho

nestos ou com objetivos pura mente

especulativos, dando a

impressão de que estão criando

riquezas, quando se lançam ape nas a transações estéreis.

Mas

a conclusão se impõe: há uma maior velocidade na circulação da moeda, a qual coopera para a elevação do custo de vida, se bem que em proporção que não

nos parece suficiente' para pro vocar á alta que tem ocorrido nos preços. A causa

sensível acréscimo.

Onde estaria, então, a

A velocidade da circulação

causa

do aumento dos preços? Julga mos que esta se encontra na ex

Na relação da moeda com as mercadorias também exerce in

portação para os mercados que conquistamos durante a guerra

ficiência das nossas fontes esta

te permanecer o mesmo?

tísticas, não temos bases preci

1920 o valor do numerário em

fluência a eirculação, monetária, e que, com a sua procura, fazencujo ritmo, ao. acelerar-se, faz . do convergir para a nossa produ ção uma clientela enorme com com que certa quantidade de di que não contávamos, e possuiunheiro possa'absorver maior nú do xima moeda de poder aquisiti mero de bens. Não há dúvida que estamos atravessando uma vo superior ao da nossa, veio época de euforia econômica, na criar, com o seu afluxo inêsperaqual são visíveis o recrudesci- clo e abundante, um excesso de meios de pagamento sôbre o es mento de negócios e a multipli cação de iniciativas. Desde que toque de mercadorias de que já

sas em que fundamentar os nos-

circulação ascendia apenas a ..

não se constituam sôbre bases

de mercadorias não teria tam bém, durante êsse lapso de tem po, sofrido ascensão correspcti-

fenômeno artificial.

Esta afirmativa poderá, à pri meira vista, parecer gratuita ou

deiite, desfazendo aquela dife

inexata. Mas, se de 1938 a 1944

rença.

houve aumento de riqueza, deve

Em virtude da lamentável de

ria, entretanto, o meio circulan

Km •

dispiitihamos.


Digeato Economico

Reportando-nos a Sidney Zink a que já fizemos referência (ver nota à página

3), verificamos

que, de 1938 a 1942, a nossa ex

portação de produtos manufatu rados teve, em valor, um acrés

EXPORTAÇÃO

1 Anos i'

Volume

1

(tone ladas)

cimo de 172%, enquanto a pro

j

dução industrial, nesse

1 1939 ,4.183.042

mesmo

1

tação sôbre a

importação,

ao

Valor

passo que, em 1939, o saldo foi apenas de Cr $ 631.887.000,00.

(mil cruzeiros)

No ano de 1943 vendemos, por tanto, mais caro e expendemos menos dinheiro nas compras, não

5.615.569

1 19/3

2.596.089

j

8.728.569

Brasil, elevaram esse capital, a

partir do começo da guerra até

porque os preços tenham baixa

1943, à soma de 337.242.028 dó lares. Não desconhecemos, por outro lado, a afluência para a nossa economia de capital de re fugiados europeus. Inegável

do, mas porque as realizamos em

também é a influência da difi

menor número, em virtude

culdade d e transporte que acumula num ponto do território nacional o que virá a escassear

.

período, não aumentou senão de

26%. ' Isso nos mostra como a

49

Dígesto Econômico

economia a que nos obrigou

da

a

guerra.

em outro, onde, com a falta, os

preços se elevarão. Dessa maneira concluímos pe la existência no país do regime ínflacionário, cuja causa nos pa

rece estar nos fatos que aponta mos: — a procura externa,

a

entrada de capital estrangeiro, a dificuldade de transporte e o aumento de salários, êste, acen

tuemos, em proporção muito re duzida, porque, como é axiomático em 'finanças, a espiral da in procura exterior está atraindo os nossos produtos para o estran

geiro, deixando com'falta ou, pe

Evidente, por conseguinte, a conclusão: tendo subido o valor

médio dã tonelada de Cr $. lo menos, com escassez o mer^ca1.340,00 (números redondos) pa do interno, onde ocasionou com ' ra mais de Cr $ 3.200,00 entrou isso uma alta de preços. mais do dobro de dinheiro (con Para termos uma idéia do aflu- siderado em nossa, moeda, cuja

xo de dinheiro ao país, por in

desvalorização é necessário não

termédio da exportação, notemos

esquecer)

que, enquanto esta, de 1939

mercadorias igual à do período

a

1943, baixou consideràvelmente

em volume, aumentou, em pro

flação se avantaja sempre a todo avanço daquele, cujo poder de

por

quantidade

de

anterior, à guerra.

Devemos ainda observar que,

Não devemos igualmente es

quecer o aumento de salários a que já aludimos e que não pode ter deixado de influir na eleva

compra logo se torna insuficien

te e, por isso mesmp, sem possi bilidade de influir na permanên cia da alta de preços. A essa

ção do poder aquisitivo, em que

causa poderíamos acrescentar a

também teve repercussão a en

velocidade da circulação monetár

trada de capital estrangeiro no país. A este respeito acrescen

ria que, com o incremento de

temos — para documentarmos a argumentação com um exem

plo — que os Estados Unidos

porção quase idêntica, em valor,

em 1943, tivemos um saldo de

que, em 1939, tinham 194 mi

como nos demonstra a tabela:

Cr$ 2.655.241.000,00 da expor-

lhões de dólares invertidos no

negócios e do número de tran sações, tem contribuído de algu

ma maneira para a inflação. Queremos, ainda, responder a

uma possível objeção do leitor, o qual poderia alvitrar que, a ser

1


Digeato Economico

Reportando-nos a Sidney Zink a que já fizemos referência (ver nota à página

3), verificamos

que, de 1938 a 1942, a nossa ex

portação de produtos manufatu rados teve, em valor, um acrés

EXPORTAÇÃO

1 Anos i'

Volume

1

(tone ladas)

cimo de 172%, enquanto a pro

j

dução industrial, nesse

1 1939 ,4.183.042

mesmo

1

tação sôbre a

importação,

ao

Valor

passo que, em 1939, o saldo foi apenas de Cr $ 631.887.000,00.

(mil cruzeiros)

No ano de 1943 vendemos, por tanto, mais caro e expendemos menos dinheiro nas compras, não

5.615.569

1 19/3

2.596.089

j

8.728.569

Brasil, elevaram esse capital, a

partir do começo da guerra até

porque os preços tenham baixa

1943, à soma de 337.242.028 dó lares. Não desconhecemos, por outro lado, a afluência para a nossa economia de capital de re fugiados europeus. Inegável

do, mas porque as realizamos em

também é a influência da difi

menor número, em virtude

culdade d e transporte que acumula num ponto do território nacional o que virá a escassear

.

período, não aumentou senão de

26%. ' Isso nos mostra como a

49

Dígesto Econômico

economia a que nos obrigou

da

a

guerra.

em outro, onde, com a falta, os

preços se elevarão. Dessa maneira concluímos pe la existência no país do regime ínflacionário, cuja causa nos pa

rece estar nos fatos que aponta mos: — a procura externa,

a

entrada de capital estrangeiro, a dificuldade de transporte e o aumento de salários, êste, acen

tuemos, em proporção muito re duzida, porque, como é axiomático em 'finanças, a espiral da in procura exterior está atraindo os nossos produtos para o estran

geiro, deixando com'falta ou, pe

Evidente, por conseguinte, a conclusão: tendo subido o valor

médio dã tonelada de Cr $. lo menos, com escassez o mer^ca1.340,00 (números redondos) pa do interno, onde ocasionou com ' ra mais de Cr $ 3.200,00 entrou isso uma alta de preços. mais do dobro de dinheiro (con Para termos uma idéia do aflu- siderado em nossa, moeda, cuja

xo de dinheiro ao país, por in

desvalorização é necessário não

termédio da exportação, notemos

esquecer)

que, enquanto esta, de 1939

mercadorias igual à do período

a

1943, baixou consideràvelmente

em volume, aumentou, em pro

flação se avantaja sempre a todo avanço daquele, cujo poder de

por

quantidade

de

anterior, à guerra.

Devemos ainda observar que,

Não devemos igualmente es

quecer o aumento de salários a que já aludimos e que não pode ter deixado de influir na eleva

compra logo se torna insuficien

te e, por isso mesmp, sem possi bilidade de influir na permanên cia da alta de preços. A essa

ção do poder aquisitivo, em que

causa poderíamos acrescentar a

também teve repercussão a en

velocidade da circulação monetár

trada de capital estrangeiro no país. A este respeito acrescen

ria que, com o incremento de

temos — para documentarmos a argumentação com um exem

plo — que os Estados Unidos

porção quase idêntica, em valor,

em 1943, tivemos um saldo de

que, em 1939, tinham 194 mi

como nos demonstra a tabela:

Cr$ 2.655.241.000,00 da expor-

lhões de dólares invertidos no

negócios e do número de tran sações, tem contribuído de algu

ma maneira para a inflação. Queremos, ainda, responder a

uma possível objeção do leitor, o qual poderia alvitrar que, a ser

1


'ir

50

aceita a nossa tese, a alta se te

Digesto Econômico

brc a importação que, prendendo

ria circunscrito aos artigos de

110 exterior, pelo congelamento,

exportação. Ninguém ignora, en

<J^de dos preços, pois, para a

os recursos de nossos exportado res, os leva, para a movimenta ção de seus negócios, a socorre

aquisição de um artigo em alta,

rem-se do governo.

tretanto, - a inevitável solidarie-

o produtor de outra mercadoria

e obrigado a elevarão seu preço, tle modo que consiga rendimen

to que lhe proporcione poder aquisitivo suficiente para a com pra do produto que encareceu. E, por último, duas palavras quanto à emissão: esta nos pa rece, em parte, uma conseqüên cia do excesso de exportação sô-

rvaA*se<*

incri*a«los

Por J. POKRVSKY

Êste, para

atendê-los, emite, transplantaiuTo

para o interior, os meios de pagamènto- que se achavam no ex terior e que vêm, assim, contri buir para o acréscimo da circu lação interna, mas antes como

um efeito provocado por causas mais remotas do que como ele mento criador desse acréscimo.

A definição do sentido exato das palavras de

uso cotidiano é,

talvez, mais difícil que a dos termos da linguagem técnica. E' natural:

Um artigo que definindo o que é mer cado, estuda os seus aspetos e mos tra quais os fatores que contribuem

para a sua oscilação.

possuímos número bastante limitado

de expressões, enquanto a quantidade de idéias já é imensa e cresce cons tantemente, como

progresso do pen

samento humano.

A tendência de sistematizar e de ra

cionalizar, tão acentuada èm nossos

dias, cada vez mais atinge às ativida des comerciais. Um dos objetivos da racionalização é justamente procurar substituir a orientação intuitiva da -di reção de negócios pela análise quan

titativa e qualitativa do ambiente, cm que estes negócios se processam. Es tá, consequentemente, muito na moda a expressão estudo do mercado. Po

particulares, estudados num dado mo mento por diferentes autores, confor me os problemas imediatos que este jam tratando.

O Comitê National de

rOrganisation Française

institui

ção semelhante ao nosso Idort, — de

dicou estudos especiais a êste assun

to e formulou, finalmente, a seguinte definição da idéia geral do mercado — "o conjunto de oferta e de procura, suscetível de se encontrarem e de pro porcionarem o intercâmbio comercial de mercadorias".

Esta definição geral, ao que parece,

possuem idéias bem delineadas sobre a

corresponde perfeitamente à concep ção que possuímos inconscientemente; abrange a idéia do mercado, em tôda

técnica da execução e as vantagens

sua amplitude, sem limitá-la no espa

do estudo de mercados. Convém, pois,

ço, no tempo e na formação genérica de objetos do intercâmbio,

rém, raramente se encontram pessoas

mesmo nos círculos comerciais, que

precisar os conceitos, antes de entrar na explanação da matéria. Definição de mercado

Tratando-se de casos concretos, o

mercado sempre deve ser rigorosamen te delimitado no espaço (pois todo o estudo científico exige rigor nas ex

sas definições do sentido desta pala

pressões), para evitar generalizações prejudiciais à utilização prática dor

vra, quase todas referindo-se á casos

resultados do estudo.

Que é mercado?

Existem numero

,


'ir

50

aceita a nossa tese, a alta se te

Digesto Econômico

brc a importação que, prendendo

ria circunscrito aos artigos de

110 exterior, pelo congelamento,

exportação. Ninguém ignora, en

<J^de dos preços, pois, para a

os recursos de nossos exportado res, os leva, para a movimenta ção de seus negócios, a socorre

aquisição de um artigo em alta,

rem-se do governo.

tretanto, - a inevitável solidarie-

o produtor de outra mercadoria

e obrigado a elevarão seu preço, tle modo que consiga rendimen

to que lhe proporcione poder aquisitivo suficiente para a com pra do produto que encareceu. E, por último, duas palavras quanto à emissão: esta nos pa rece, em parte, uma conseqüên cia do excesso de exportação sô-

rvaA*se<*

incri*a«los

Por J. POKRVSKY

Êste, para

atendê-los, emite, transplantaiuTo

para o interior, os meios de pagamènto- que se achavam no ex terior e que vêm, assim, contri buir para o acréscimo da circu lação interna, mas antes como

um efeito provocado por causas mais remotas do que como ele mento criador desse acréscimo.

A definição do sentido exato das palavras de

uso cotidiano é,

talvez, mais difícil que a dos termos da linguagem técnica. E' natural:

Um artigo que definindo o que é mer cado, estuda os seus aspetos e mos tra quais os fatores que contribuem

para a sua oscilação.

possuímos número bastante limitado

de expressões, enquanto a quantidade de idéias já é imensa e cresce cons tantemente, como

progresso do pen

samento humano.

A tendência de sistematizar e de ra

cionalizar, tão acentuada èm nossos

dias, cada vez mais atinge às ativida des comerciais. Um dos objetivos da racionalização é justamente procurar substituir a orientação intuitiva da -di reção de negócios pela análise quan

titativa e qualitativa do ambiente, cm que estes negócios se processam. Es tá, consequentemente, muito na moda a expressão estudo do mercado. Po

particulares, estudados num dado mo mento por diferentes autores, confor me os problemas imediatos que este jam tratando.

O Comitê National de

rOrganisation Française

institui

ção semelhante ao nosso Idort, — de

dicou estudos especiais a êste assun

to e formulou, finalmente, a seguinte definição da idéia geral do mercado — "o conjunto de oferta e de procura, suscetível de se encontrarem e de pro porcionarem o intercâmbio comercial de mercadorias".

Esta definição geral, ao que parece,

possuem idéias bem delineadas sobre a

corresponde perfeitamente à concep ção que possuímos inconscientemente; abrange a idéia do mercado, em tôda

técnica da execução e as vantagens

sua amplitude, sem limitá-la no espa

do estudo de mercados. Convém, pois,

ço, no tempo e na formação genérica de objetos do intercâmbio,

rém, raramente se encontram pessoas

mesmo nos círculos comerciais, que

precisar os conceitos, antes de entrar na explanação da matéria. Definição de mercado

Tratando-se de casos concretos, o

mercado sempre deve ser rigorosamen te delimitado no espaço (pois todo o estudo científico exige rigor nas ex

sas definições do sentido desta pala

pressões), para evitar generalizações prejudiciais à utilização prática dor

vra, quase todas referindo-se á casos

resultados do estudo.

Que é mercado?

Existem numero

,


52

Digesto Econômico Aspetos do mercado

No sentido espacial, o mercado vi

sado, que interessa ao comerciante, industrial, economista ou sociólogo (pois o movimento comercial c um dos mais eloqüentes índices da realidade

social), tanto pode ser mundial, como

de um bairro da cidade, de uma re gião, de um Estado ou de um País. Podemos ter interesse particular cm conhecer ó' mercado do Paraná, — Quer dizer do ambiente comercial, em Que, no Estado do Paraná, a oferta e a procura são suscetíveis de se encon

trarem e de proporcionarem o inter câmbio comercial. Com a mesma de-

dicação, caso haja interesse, podemos

■j estudar o mercado do Cambuci ou do

^ Brasil Central. O método será, em sua essência, sempre o mesmo, vari

ando somente as formas de sua apli

»— cala da região em observação.

cação, conforme particularidades c csQuanto ao tempo, também devemos

sempre ter em mente o período ou o momento, a que se referem os dados

provenientes da observação.

Espe

cialmente em nossa época, de ação fe

bril, as condições econômicas são ca pazes de sofrer profundas modifica ções de um momento para outro. As

grandes firmas de projeção interna cional, que reconhecem a máxima im

53

Digesto Econômico

como se modificaram as condiçõe.s dc

jar o estudo ou mesmo antes de se pensar na exploração de elementos,

momentos, sôbre a entrega dc cereais:

intercâmbio

estatísticos

juta diminui os fornecimentos de sa

comercial

nas

Américas

nos anos de guerra, para reconhecer

que um quadro da situação do merca do em 1941

quase nenhuma utilidade

disponíveis,

que

eviden

a

deficiência

de

importação

de

ciam eventualmente alguns aspetos do

caria, podendo constituir embaraços a

mercado.

firmas cerealistas. Outro exemplo: o ciicarecimento de arame farpado re-i-

prática tem agora; antes, pelo contrá rio, baseando seus dispositivos comer

Temos, pois, três atributos, fixados de acordo com o problema em vista: período de tempo, extensão geográfi

ciais sôbre dados

ca e constituição genérica do mercado

acham dificuldade em formar as in-

que se pretende estudar. Fixados êstes três pontos básico?,

vernadas.

estatísticos

atrasa

dos, o negociante fica muito capaz dc sofrer grandes prejuízos por não ter introduzido os corretivos necessários,

em correspondência com o momento atual, quando pretende fechar novos negócios.

Terceira delimitação, que a prática exige aplicar à concepção teórica e

geral do mercado, é a definição gené rica, constitutiva de objetos do inter câmbio. Esta também, conforme os

problemas visados, possui grande elas ticidade, abrangendo maior ou menor número de .artigos, em sua distribui ção vertical ou horizontal; o estudo do mercado de cereais pode ser redu zido ao do milho, ou se estender a

tôda espécie de gêneros alimentícios Num

outro

caso,

os

cereais

que

permanecem

rar os fatores exògenos que influen ciam a vida do mercado, delimitado pelas três determinantes acima.

Subentcndc-se que, antes

os arreios; é evidente que há vários fatòres que caracterizam certos aspetos

do incrcado comuns

a

todas

as

to de carne, — pois os invernistas

Finalmente, existem fatòres impre visíveis, de caráter ocasional, que po dem exercer forte influência sôbre h vida do mercado; porém, a sua natu reza de não previsíveis

é um tanto

relativa, pois a observação permanente

de qual

quer estudo particular, já se formou

e atenta quase sempre pode prever, talvez com antecedência diminuta, o

uma idéia sobre a estrutura do orga

aparecimento de certas causas pertur

nismo do mercado. Aliás, êste conhe cimento da formação estrutural, por

badoras do ritmo normal da circula

si só, aparece como coroação de pes quisas diretas, raciocínios técnicos e deduções lógicas; é resultado da in vestigação sôbre a anatomia do or ganismo econômico.

ção econômica. Neste sentido desta cam-se os fenómehos psicológicos, po líticos e sociais, que nem sempre são suficientemente observados pelos eco nomistas e que, no entanto, são ele mentos poderosos, capazes de alterar todo o curso da vida econômica; tam

Oscilações do mercado

tuem um objeto parcial do estudo, qui; se da firma, os tecidos de algodão e

durante

o estudo preliminar, devemo's procu

consti

abranja também, conforme o interes

invariáveis

gc desfavoràvclmerite no fornecimen

bém os fenômenos de ordem meteoro

lógica, aparentemente ligados somen São inúmeros os fatores que influ enciam a circulação comercial; vários deles se distinguem à primeira vista,

te à produção agrícola são, às vezes,

como os preços, o transporte, a capa

dos, pois nunca é demais insistir sô bre a íntima interdependência funcio

indiretas

mentos

nos

de

setores

certos

aconteci

bastante afasta

mercadorias; porém, não é menos evi

cidade aquisitiva

portância do conhecimento exato da situação, costumam receber e enviar

dente que o comércio de cada mer

pradores, etc.

rliàriamcnte dezenas de cabogramas,

exigindo estudos especiais caratcrísti-

sultado

e mi

O mercado se acha normalmente em

cos exclusivos do seu mercado.

nuciosas, como fatores aparentemen te indiretos, como, por exemplo, a ini-

estado de equilíbrio, que é rompido a todo instante, para voltar à situação

jiortação de juta repercute, em certos

anterior.

para

acompanharem

constantemente

as alterações nos mercados de produ • tos de seu interesse.

Basta lembrar

cadoria

tem

certas

particularidades,

Todas estas considerações convém sejam lembradas, antes de se plane-

de /eventuais com

causas

nal de diversos aspetos da vida comer

Outros aparecem somente como re dc análises

demoradas

cial.


52

Digesto Econômico Aspetos do mercado

No sentido espacial, o mercado vi

sado, que interessa ao comerciante, industrial, economista ou sociólogo (pois o movimento comercial c um dos mais eloqüentes índices da realidade

social), tanto pode ser mundial, como

de um bairro da cidade, de uma re gião, de um Estado ou de um País. Podemos ter interesse particular cm conhecer ó' mercado do Paraná, — Quer dizer do ambiente comercial, em Que, no Estado do Paraná, a oferta e a procura são suscetíveis de se encon

trarem e de proporcionarem o inter câmbio comercial. Com a mesma de-

dicação, caso haja interesse, podemos

■j estudar o mercado do Cambuci ou do

^ Brasil Central. O método será, em sua essência, sempre o mesmo, vari

ando somente as formas de sua apli

»— cala da região em observação.

cação, conforme particularidades c csQuanto ao tempo, também devemos

sempre ter em mente o período ou o momento, a que se referem os dados

provenientes da observação.

Espe

cialmente em nossa época, de ação fe

bril, as condições econômicas são ca pazes de sofrer profundas modifica ções de um momento para outro. As

grandes firmas de projeção interna cional, que reconhecem a máxima im

53

Digesto Econômico

como se modificaram as condiçõe.s dc

jar o estudo ou mesmo antes de se pensar na exploração de elementos,

momentos, sôbre a entrega dc cereais:

intercâmbio

estatísticos

juta diminui os fornecimentos de sa

comercial

nas

Américas

nos anos de guerra, para reconhecer

que um quadro da situação do merca do em 1941

quase nenhuma utilidade

disponíveis,

que

eviden

a

deficiência

de

importação

de

ciam eventualmente alguns aspetos do

caria, podendo constituir embaraços a

mercado.

firmas cerealistas. Outro exemplo: o ciicarecimento de arame farpado re-i-

prática tem agora; antes, pelo contrá rio, baseando seus dispositivos comer

Temos, pois, três atributos, fixados de acordo com o problema em vista: período de tempo, extensão geográfi

ciais sôbre dados

ca e constituição genérica do mercado

acham dificuldade em formar as in-

que se pretende estudar. Fixados êstes três pontos básico?,

vernadas.

estatísticos

atrasa

dos, o negociante fica muito capaz dc sofrer grandes prejuízos por não ter introduzido os corretivos necessários,

em correspondência com o momento atual, quando pretende fechar novos negócios.

Terceira delimitação, que a prática exige aplicar à concepção teórica e

geral do mercado, é a definição gené rica, constitutiva de objetos do inter câmbio. Esta também, conforme os

problemas visados, possui grande elas ticidade, abrangendo maior ou menor número de .artigos, em sua distribui ção vertical ou horizontal; o estudo do mercado de cereais pode ser redu zido ao do milho, ou se estender a

tôda espécie de gêneros alimentícios Num

outro

caso,

os

cereais

que

permanecem

rar os fatores exògenos que influen ciam a vida do mercado, delimitado pelas três determinantes acima.

Subentcndc-se que, antes

os arreios; é evidente que há vários fatòres que caracterizam certos aspetos

do incrcado comuns

a

todas

as

to de carne, — pois os invernistas

Finalmente, existem fatòres impre visíveis, de caráter ocasional, que po dem exercer forte influência sôbre h vida do mercado; porém, a sua natu reza de não previsíveis

é um tanto

relativa, pois a observação permanente

de qual

quer estudo particular, já se formou

e atenta quase sempre pode prever, talvez com antecedência diminuta, o

uma idéia sobre a estrutura do orga

aparecimento de certas causas pertur

nismo do mercado. Aliás, êste conhe cimento da formação estrutural, por

badoras do ritmo normal da circula

si só, aparece como coroação de pes quisas diretas, raciocínios técnicos e deduções lógicas; é resultado da in vestigação sôbre a anatomia do or ganismo econômico.

ção econômica. Neste sentido desta cam-se os fenómehos psicológicos, po líticos e sociais, que nem sempre são suficientemente observados pelos eco nomistas e que, no entanto, são ele mentos poderosos, capazes de alterar todo o curso da vida econômica; tam

Oscilações do mercado

tuem um objeto parcial do estudo, qui; se da firma, os tecidos de algodão e

durante

o estudo preliminar, devemo's procu

consti

abranja também, conforme o interes

invariáveis

gc desfavoràvclmerite no fornecimen

bém os fenômenos de ordem meteoro

lógica, aparentemente ligados somen São inúmeros os fatores que influ enciam a circulação comercial; vários deles se distinguem à primeira vista,

te à produção agrícola são, às vezes,

como os preços, o transporte, a capa

dos, pois nunca é demais insistir sô bre a íntima interdependência funcio

indiretas

mentos

nos

de

setores

certos

aconteci

bastante afasta

mercadorias; porém, não é menos evi

cidade aquisitiva

portância do conhecimento exato da situação, costumam receber e enviar

dente que o comércio de cada mer

pradores, etc.

rliàriamcnte dezenas de cabogramas,

exigindo estudos especiais caratcrísti-

sultado

e mi

O mercado se acha normalmente em

cos exclusivos do seu mercado.

nuciosas, como fatores aparentemen te indiretos, como, por exemplo, a ini-

estado de equilíbrio, que é rompido a todo instante, para voltar à situação

jiortação de juta repercute, em certos

anterior.

para

acompanharem

constantemente

as alterações nos mercados de produ • tos de seu interesse.

Basta lembrar

cadoria

tem

certas

particularidades,

Todas estas considerações convém sejam lembradas, antes de se plane-

de /eventuais com

causas

nal de diversos aspetos da vida comer

Outros aparecem somente como re dc análises

demoradas

cial.


54

A oferta e a procura geram o mo

servações de fenômenos fisiológicos,

vimento de mercadorias da produção

proporciona o conhecimento da cine-

para o consumo; no instante em que ■a oferta supera a procura, e vice-ver sa, rompe-se o equilíbrio, mas logo se realizam negócios e é estabelecido o

equilíbrio momentâneo que se rompe novamente em seguida, seja pelo apa

fl s possibilidades de São Paulo no

mática e, até certo ponto, da dinâmi ca do mercado.

comércio internacional

A vida do mercado pertence à or

dem de fenômenos sociais, cujo es

por S. Harcouri-Rivincion

tudo não pode ser feito em laborató

recimento de novas procuras, seja pe la afluência de ofertas.. Um pregão

rio, modificadas à vontade do inves tigador as condições do experimento.

da Bolsa de Mercadorias exprime admiràvelmente estas constantes muta

Daí decorre, logicamente, o único método científico, próprio para a ob

ções.

servação do mercado: registo estatís

A corrente de mercadorias gerada,

EXPANSÃO

Dígesto Econômico

(Membro da Real Sociedade Econômica de Londres)

(Especial para o DIGESTO ECONÓMICO-

AS exigências da guerra moderna de uma nação que certas atividades

À capital paulista está reservado, em virtude da importância e do volume

tico de acontecimentos, que permite

dos tempos normais caem no olvido

de sua produção, um futuro de larga

reunir número elevado de

ou, na mcllior hipótese,

projeção e influência no comércio mundial, cabendo aos industriais, para

elementos

por indução das vibrações entre a oferta e a procura, movimenta-se no

caraterísticos e, bascando-sc

mercado material; a sua velocidade,

lações de causas e efeito no passado,

no entanto, está sempre sob a influên

formular as previsões para o futuro.

nas re

transformam de tal maneira a vida

tornam de

importância secundária na vida da co

concretização objetiva de certos acon

munidade. Outras funções ao contrá- , torná-lo efetivo, a utilização de todos os meios de propaganda q^ie impo* rio adquirem um valor inesperado e nham o nome e a qualidade da seus de enorme transcendência. Quando a artigos na preferência pública. própria sobrevivência de um país es tá em jôgo, todos os esforços devem, neccssàriamente, concentrar-se na sua compulsória: o esforço produtivo, tan defesa. No momento presente, em

inicialmente, na verificação de sua es

tecimentos que repercutem no merca

que nos empenhamos numa luta tre

to na agricultura como na indústria,

trutura — que pode ser considerada

do, permitindo reduzir ao mínimo a

menda, as belas artes — a poesia, mú sica, a escultura e a pintura — ao la

tem necessidade de confinar-se às ma

do da ciência abstrata, cuja contri

nenhuma nação pode viver.

buição é tão valiosa para o progresso social e para a ascenção da humani

Graças, entretanto, ao vigor e ao unânime espírito de sacrifício dos po

cia de fatòres externos, que ora faci

Eis, pois,

o método prático, que

litam. ora embaraçam a circulação, ora

todo técnico especializado utiliza para

estão agindo no sentido de desviar a

servir o comércio, a indústria, o go verno, as entidades interessadas na

direção do seu movimento.

O estudo do mercado consiste, pois, como estudo anatômico e, logo que esta seja concretizada, a observação estendida no tempo, semelhante às ob

significação do acaso e guiar a orien tação de negócios por raciocínio frio e isento de ações emotivas.

térias essenciais, na falta das quais

dade a níveis mentais mais elevados,

vos livres do universo, esta longa e

estão, por força das circunstâncias, relegadas a lugar meitos proeminente cm nossos pensamentos. Mesmo o co

trágica fase de distúrbios está, afinal,

mércio tem de'ceder às injunções das

cessarão as hostilidades na Europa-

necessidades mais prementes da ques tão militar. A produção de numerosas

Já é tempo, pois, para nos referirmos

mercadorias

cinzas e escombros da velha ordem

de

luxo,

cujo

uso

traz

chegando ao seu término.

Acredita

Churchill que, dentro de seis meses,

ao mundo novo que ressurgirá da.s

conforto e prazer à nossa existência

de coisas;

civilizada, fica

realizam-se conferências em várias re-

«„•

sujeita a interrupção

hipóteses são aventadas;

á


54

A oferta e a procura geram o mo

servações de fenômenos fisiológicos,

vimento de mercadorias da produção

proporciona o conhecimento da cine-

para o consumo; no instante em que ■a oferta supera a procura, e vice-ver sa, rompe-se o equilíbrio, mas logo se realizam negócios e é estabelecido o

equilíbrio momentâneo que se rompe novamente em seguida, seja pelo apa

fl s possibilidades de São Paulo no

mática e, até certo ponto, da dinâmi ca do mercado.

comércio internacional

A vida do mercado pertence à or

dem de fenômenos sociais, cujo es

por S. Harcouri-Rivincion

tudo não pode ser feito em laborató

recimento de novas procuras, seja pe la afluência de ofertas.. Um pregão

rio, modificadas à vontade do inves tigador as condições do experimento.

da Bolsa de Mercadorias exprime admiràvelmente estas constantes muta

Daí decorre, logicamente, o único método científico, próprio para a ob

ções.

servação do mercado: registo estatís

A corrente de mercadorias gerada,

EXPANSÃO

Dígesto Econômico

(Membro da Real Sociedade Econômica de Londres)

(Especial para o DIGESTO ECONÓMICO-

AS exigências da guerra moderna de uma nação que certas atividades

À capital paulista está reservado, em virtude da importância e do volume

tico de acontecimentos, que permite

dos tempos normais caem no olvido

de sua produção, um futuro de larga

reunir número elevado de

ou, na mcllior hipótese,

projeção e influência no comércio mundial, cabendo aos industriais, para

elementos

por indução das vibrações entre a oferta e a procura, movimenta-se no

caraterísticos e, bascando-sc

mercado material; a sua velocidade,

lações de causas e efeito no passado,

no entanto, está sempre sob a influên

formular as previsões para o futuro.

nas re

transformam de tal maneira a vida

tornam de

importância secundária na vida da co

concretização objetiva de certos acon

munidade. Outras funções ao contrá- , torná-lo efetivo, a utilização de todos os meios de propaganda q^ie impo* rio adquirem um valor inesperado e nham o nome e a qualidade da seus de enorme transcendência. Quando a artigos na preferência pública. própria sobrevivência de um país es tá em jôgo, todos os esforços devem, neccssàriamente, concentrar-se na sua compulsória: o esforço produtivo, tan defesa. No momento presente, em

inicialmente, na verificação de sua es

tecimentos que repercutem no merca

que nos empenhamos numa luta tre

to na agricultura como na indústria,

trutura — que pode ser considerada

do, permitindo reduzir ao mínimo a

menda, as belas artes — a poesia, mú sica, a escultura e a pintura — ao la

tem necessidade de confinar-se às ma

do da ciência abstrata, cuja contri

nenhuma nação pode viver.

buição é tão valiosa para o progresso social e para a ascenção da humani

Graças, entretanto, ao vigor e ao unânime espírito de sacrifício dos po

cia de fatòres externos, que ora faci

Eis, pois,

o método prático, que

litam. ora embaraçam a circulação, ora

todo técnico especializado utiliza para

estão agindo no sentido de desviar a

servir o comércio, a indústria, o go verno, as entidades interessadas na

direção do seu movimento.

O estudo do mercado consiste, pois, como estudo anatômico e, logo que esta seja concretizada, a observação estendida no tempo, semelhante às ob

significação do acaso e guiar a orien tação de negócios por raciocínio frio e isento de ações emotivas.

térias essenciais, na falta das quais

dade a níveis mentais mais elevados,

vos livres do universo, esta longa e

estão, por força das circunstâncias, relegadas a lugar meitos proeminente cm nossos pensamentos. Mesmo o co

trágica fase de distúrbios está, afinal,

mércio tem de'ceder às injunções das

cessarão as hostilidades na Europa-

necessidades mais prementes da ques tão militar. A produção de numerosas

Já é tempo, pois, para nos referirmos

mercadorias

cinzas e escombros da velha ordem

de

luxo,

cujo

uso

traz

chegando ao seu término.

Acredita

Churchill que, dentro de seis meses,

ao mundo novo que ressurgirá da.s

conforto e prazer à nossa existência

de coisas;

civilizada, fica

realizam-se conferências em várias re-

«„•

sujeita a interrupção

hipóteses são aventadas;

á


56

Dígesto Econômico

giões para se estudar o reajustamento de nossas vidas às condições que se crê serão criadas pela paz. Que posição ocupará São Paulo no reor

ganizado mundo futuro?

Circuns-

. crever-se-á ao continente sul-america

no a influência que terá esta grande e nova cidade comercial?

Ou o de

senvolvimento, que estes anos de guerra deram ensejo a que se operas se em seu seio, terá uma significação maior? Por outras palavras; a nova orientação industrial de São Paulo al cançará repercussão para além dos mares e fará do Brasil um vocábulo

familiar a milhões de ouvidos em nu

( de capital importância para cada bra merosas terras?

Sãp, estas, questões

sileiro, em geral, e particularmente para cada paulista, a cujo espírito de iniciativa estará especialmente confia-

j ^ missão ~ pois será em São PauI lo^ que o fenômeno assumirá a sua jÈ feição mais caraterística, embora to-

nhosos de Bradford, na Inglaterra,

como sede das fábricas " Rolls-Roycc", para veículos a motor; Witney,

descobriram como transformar lã cm

aprazíveis tecidos, por meio de pro cesso em que se empregava uma má

quina, cuja utilização reduzia grande mente o custo da produção.

Quase

simultaneamente, outros negociantes, desta vez cm Manchester, realizaram o mesmo milagre com o algodão. Al guns anos depois, numa localidade dc-

nominadã Sheffield, não muito distan te de Bradford, vários engenheiros começaram a fabricar uns produtos fantásticos, extraídos

sintèticamente

de uma noja liga em que combinavam

57

Dígesto Econômico

f

O café já tornou o nome de São Paulo conhecido em muitas nações.

por seus cobertores; Northampton, pe las botas c sapatos de sua fabrica ção ; Bristol, a terra natal da célebre

Infelizmente, porém, o povo médio dos países estrangeiros onde o cafe

família Wills, pelos seus cigarros; Biriniiigham, o berço dos Chamber-

brasileiro é vendido pouco ou nada sabe a respeito do grande centro dc

lain, por sua produção de parafusos, espingardas e outras pequenas armas:

Stafford in the Potteries, por seus renomados aparelhos de porceljfna. E assim outras.

A França possui também as suas ci dades de importância comercial no

mundo todo.

Lyon é conhecida' por

onde provém.

Isso ocorre porque es

se produto, na primeira instância de sua distribuição, é vendido a granel. Quando é entregue ao consumidor no

varejo, já sofreu o processo de mistu ra, foi empacotado e passou a ser dís• tinguido pela marca do intermediário, de modo que nenhuma referência e

feita à sua origem brasileira. Nos. anos anteriores à guerra, eu viajei cm todos os sentidos pela Europa intei ra, em diversas oportunidades, e cer

o ferro comum ctím o manganês. To das estas coisas, fabricadas por um custo relativamente barato, preenchiam necessidades humanas, 'e torna ram-se famosas em todo o globo, criandò uma reputação legendária para os lugares onde eram produzidas. Te

seus soberbos objetos de porcelana e Limoges pelos seus utensílios de me

tamente cm muitas ocasiões bebi café

sa e obras de esmalte. "Nos anos mais

de sacas são vendidas anualmente a

cidos de lã transformaram-se em si

recentes o

suas sedas artísticas, Grenoble por

suas luvas, Le Puy por suas insuperá

veis rendas feitas a mão, Sèvres por

progresso

das

indústrias

de São Paulo (centenas de milhares

êsse continente), mas, em nenhuma

nos Estados Unidos fez Incluir algu

das. vêzes, tive consciência disso. Nem

tam interesse e terão conseqüências

tos de aço estavam relacionados com

mas das cidades norte-americanas no conjunto dos centros comerciais mais

nunca ouvi ou vi referência ou infor mação relativa ao café brasileiro...

materiais de relevância.

o nome de Sheffield.

famosos do mundo.

do o país participe da transformação. Para o mundo também, das apresen

nônimos de Bradford; panos de algo dão designavam Manchester; produ •

A fama dos centros comerciais As cidades comerciais tornam-se fa

Assim estas ci

dades e os seus artigos adquiriram uma larga importância mundial.

Pessoas

Os relógios de

Waltham competem no favor público com os rivais históricos da Suíça. Os

mosas por uma variedade de razões.

de todas as camadas sociais, nos nu merosos países do globo, aonde iam

A maioria dos grandes centros manu^ íatureiros do mundo cuja fama re

ter essas mercadorias, vieram a saber o que significava para o progres

com as carnes em conserva que fabri

so

ca.

monta aos tempos medievais

'• Florença, •

São Paulo e o café

-

comô

Amsterdam, Antuérpiaj:'.■^tros

humano

o

nome

desses

de produção manufatureira.

cen-

A

automóveis levaram o nome de Dc-

troit até os confins do universo e Chicago construiu a sua celebridade Está a jovem São Paulo, presen

temente

"o

maior

centro indus

, Isso não se verifica com as nações de onde procedem o chá e outras bebi

das, em cujos pacotes sempre consta

a origem do produto. Assim, por mais estranho que isso possa parecer aos naturais deste país, sòmente as pessoas cultas ou aquelas interessadas cm comércio ou em estatísticas mun

diais sabem, no estrangeiro, do predo mínio de São Paulo no mercado ca-

Bruges — foram notáveis por sua ta peçaria feita a mão e por sua indús

começar de então muitas outras cida

trial da América do Sul", destinada a

des

formar na constelação de cidades de

conseguinte,

tria doméstica de panos.

das, através, de seus produtos : Nottin-

maior importância no comércio mun

ternacional muito maior do que a que

ghaih,

dial?

lhe é atribuída.

Há cerca

dc ISO anos, alguns inlustriais enge

britânicas

por

tornaram-se

suas

conheci

rendas; Conventry,

■JL -WA

Eu acredito que sim.

*

feeiro do globo. São Paulo possui, por uma

importância

in

<1


56

Dígesto Econômico

giões para se estudar o reajustamento de nossas vidas às condições que se crê serão criadas pela paz. Que posição ocupará São Paulo no reor

ganizado mundo futuro?

Circuns-

. crever-se-á ao continente sul-america

no a influência que terá esta grande e nova cidade comercial?

Ou o de

senvolvimento, que estes anos de guerra deram ensejo a que se operas se em seu seio, terá uma significação maior? Por outras palavras; a nova orientação industrial de São Paulo al cançará repercussão para além dos mares e fará do Brasil um vocábulo

familiar a milhões de ouvidos em nu

( de capital importância para cada bra merosas terras?

Sãp, estas, questões

sileiro, em geral, e particularmente para cada paulista, a cujo espírito de iniciativa estará especialmente confia-

j ^ missão ~ pois será em São PauI lo^ que o fenômeno assumirá a sua jÈ feição mais caraterística, embora to-

nhosos de Bradford, na Inglaterra,

como sede das fábricas " Rolls-Roycc", para veículos a motor; Witney,

descobriram como transformar lã cm

aprazíveis tecidos, por meio de pro cesso em que se empregava uma má

quina, cuja utilização reduzia grande mente o custo da produção.

Quase

simultaneamente, outros negociantes, desta vez cm Manchester, realizaram o mesmo milagre com o algodão. Al guns anos depois, numa localidade dc-

nominadã Sheffield, não muito distan te de Bradford, vários engenheiros começaram a fabricar uns produtos fantásticos, extraídos

sintèticamente

de uma noja liga em que combinavam

57

Dígesto Econômico

f

O café já tornou o nome de São Paulo conhecido em muitas nações.

por seus cobertores; Northampton, pe las botas c sapatos de sua fabrica ção ; Bristol, a terra natal da célebre

Infelizmente, porém, o povo médio dos países estrangeiros onde o cafe

família Wills, pelos seus cigarros; Biriniiigham, o berço dos Chamber-

brasileiro é vendido pouco ou nada sabe a respeito do grande centro dc

lain, por sua produção de parafusos, espingardas e outras pequenas armas:

Stafford in the Potteries, por seus renomados aparelhos de porceljfna. E assim outras.

A França possui também as suas ci dades de importância comercial no

mundo todo.

Lyon é conhecida' por

onde provém.

Isso ocorre porque es

se produto, na primeira instância de sua distribuição, é vendido a granel. Quando é entregue ao consumidor no

varejo, já sofreu o processo de mistu ra, foi empacotado e passou a ser dís• tinguido pela marca do intermediário, de modo que nenhuma referência e

feita à sua origem brasileira. Nos. anos anteriores à guerra, eu viajei cm todos os sentidos pela Europa intei ra, em diversas oportunidades, e cer

o ferro comum ctím o manganês. To das estas coisas, fabricadas por um custo relativamente barato, preenchiam necessidades humanas, 'e torna ram-se famosas em todo o globo, criandò uma reputação legendária para os lugares onde eram produzidas. Te

seus soberbos objetos de porcelana e Limoges pelos seus utensílios de me

tamente cm muitas ocasiões bebi café

sa e obras de esmalte. "Nos anos mais

de sacas são vendidas anualmente a

cidos de lã transformaram-se em si

recentes o

suas sedas artísticas, Grenoble por

suas luvas, Le Puy por suas insuperá

veis rendas feitas a mão, Sèvres por

progresso

das

indústrias

de São Paulo (centenas de milhares

êsse continente), mas, em nenhuma

nos Estados Unidos fez Incluir algu

das. vêzes, tive consciência disso. Nem

tam interesse e terão conseqüências

tos de aço estavam relacionados com

mas das cidades norte-americanas no conjunto dos centros comerciais mais

nunca ouvi ou vi referência ou infor mação relativa ao café brasileiro...

materiais de relevância.

o nome de Sheffield.

famosos do mundo.

do o país participe da transformação. Para o mundo também, das apresen

nônimos de Bradford; panos de algo dão designavam Manchester; produ •

A fama dos centros comerciais As cidades comerciais tornam-se fa

Assim estas ci

dades e os seus artigos adquiriram uma larga importância mundial.

Pessoas

Os relógios de

Waltham competem no favor público com os rivais históricos da Suíça. Os

mosas por uma variedade de razões.

de todas as camadas sociais, nos nu merosos países do globo, aonde iam

A maioria dos grandes centros manu^ íatureiros do mundo cuja fama re

ter essas mercadorias, vieram a saber o que significava para o progres

com as carnes em conserva que fabri

so

ca.

monta aos tempos medievais

'• Florença, •

São Paulo e o café

-

comô

Amsterdam, Antuérpiaj:'.■^tros

humano

o

nome

desses

de produção manufatureira.

cen-

A

automóveis levaram o nome de Dc-

troit até os confins do universo e Chicago construiu a sua celebridade Está a jovem São Paulo, presen

temente

"o

maior

centro indus

, Isso não se verifica com as nações de onde procedem o chá e outras bebi

das, em cujos pacotes sempre consta

a origem do produto. Assim, por mais estranho que isso possa parecer aos naturais deste país, sòmente as pessoas cultas ou aquelas interessadas cm comércio ou em estatísticas mun

diais sabem, no estrangeiro, do predo mínio de São Paulo no mercado ca-

Bruges — foram notáveis por sua ta peçaria feita a mão e por sua indús

começar de então muitas outras cida

trial da América do Sul", destinada a

des

formar na constelação de cidades de

conseguinte,

tria doméstica de panos.

das, através, de seus produtos : Nottin-

maior importância no comércio mun

ternacional muito maior do que a que

ghaih,

dial?

lhe é atribuída.

Há cerca

dc ISO anos, alguns inlustriais enge

britânicas

por

tornaram-se

suas

conheci

rendas; Conventry,

■JL -WA

Eu acredito que sim.

*

feeiro do globo. São Paulo possui, por uma

importância

in

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'W'.

Digesto Econômico

58

Quando, nos anos mais próximos, as vendas do algodão paulista começa ram a adquirir importância interna

Digesto Econômico

dispuser, porém, a consultar a lista de mercadorias que a São Paulo Railway canaliza para Santos, nunca po

cional, repetiu-se, com êste produto, o derá concordar com semelhante ilu mesmo fenômeno. A matéria-prima . são. -Elites da guerra, São Paulo des era vendida

a granel para ser trans

formada no exterior.

Dessa maneira

milhares de pessoas, usando indumen

tária feita com algodão brasileiro, na da conheciam a respeito do lugar de

os seus aspetos, São Paulo manterá

mento elétrico. S. Paulo experta tam

a posição conquistada contra os com petidores que virão. Tenho motivos

bém couro e artigos de imitação de

para ver que os acontecimentos pro

pachou grandes quantidades de óleo

couro,

varão que essa confiança tem perfei

de rícino (mais de 10.000 toiicladasj, milho, bananas (milhões de cachos), laranjas (milhões de caixas), "grape-

mácia, vidros, lápis, pentes c botões, tapetes, calçados e meias, produtos

farmacêuticos, tubos de cimento, ca

igual valia, de modo que os compra

fruit", abacaxi, Juntamente com gran

dores estrangeiros, quando em pro cura de mercadorias, hão de dar a de

vida consideração aos artigos de São

encerados,

algodão

para

far

ta Justificativa.

Preço por preço, os

produtos paulistas possuem, é claro,

des carregamentos de madeira, e mi

tiam. Quanta gente saberá, mesmo no Brasil, que o total de algodão ex portado por São Paulo, em 1939, al

nérios tais como bauxita (alumínio),

ras.

cançou a uma soma superior a , . .

importância quase mundial, pois doze

tamos em tempo de guerra e muitos

12.S.OOO toneladas, e que, apesar das

países figuravam entre os importado

mercados, por Isso, estão fechados ao

Cooperação para vencer a concorrência

dificuldades de transporte, a sua eX'

res desses vários produtos.

comércio e.xterior) constam da lista de compradores estrangeiros de São Pau

estrangeira

Ijl toneladas, perfazendo, em valor, a im-

portância de mais de 130 milhões de

» cruzeiros?

Inúmeros navios-cargucí-

W ros partem a todos os instantes, paí ra a Grã-Bretanha e outras nações eu ropéias e, no entanto, quantas pes

zircònio, titânio, rútilo, mica, chumbo c caolim.

porta.

Diz-se muitas vezes que São Paulo

é conhecido apenas como fornecedor de café, algodão e carne. Quem se ■

Inglaterra, Canadá, Austrália, África do Sul, Suíça, Suécia, Espanha, Por tugal, Estados Unidos, México, Egito. Marrocos, Moçambique, Congo Belga, Congo Francês, Rodésia, Nigéria, Ceilão, Argentina, Uruguai, Chile, Para guai e Venezuela. Como uma larga

estrangeiros — é o atual desenvolvi cidos de algodão.

Em 1943 o total de

manufaturas de tecidos exportadas as

lor total da exportação e regista um acréscimo de 365% sòbre 1941. Alén

lamentável ocorrência se verifica com os muito milhares de toneladas de carne que o Rstado habitualmente ex

lo, cujos produtos são encontrados na

mento de sua exportação de fios e te

algodão; e, no entanto, mais de cen tenas de milhares de toneladas de óleo

Ainda a mesmu

rentes (é preciso levar em conta: es

Mas a mais expressiva realização do comércio de São Paulo — e provàvelmente a que mais contribuirá para tornar o seu nome familiar nos países

cendeu a Cr§ 1.292.658.000,00.

São Paulo em 1939.

Nada menos do que 20 países dife

Isso dava a São Paulo uma

soas estarão ao par dêsse fato? Acon tece o mesmo com os sub-produtos do'

de caroço de algodão, línter, resíduos, farelo e torta, foram exportadas por

,

concorrência se fará sentir, em todos

da-chuvas, papel, e ainda maquinário, balanças, motores, isoladores e equipa

origem do material com que se ves

■l timo ano a significativa cifra do 77.000

'

gos sanitários, louças de barro, guai-

bos e arame de cobre e uma varieda de considerável de outras manufatu

. portação déssc produto atingiu no úi-

J

59

A ci

fra representa 20% em relação ao va

porcentagem

preços.

Se, entretanto, se prevê que o co mércio ora conquistado será reduzido

pela concorrência nos próximos anos de paz, a solução estará, parcce-inc, na organização de uma grande coope rativa de venda, de que participem io dos os industriais e que se destine a conseguir a expansão no exterior. Ne nhuma oportunidade melhor se ofere

são

ce para essa iniciativa do que êste

da exportação de fios e tecidos de algodão (5.000 toneladas de tecidos e

ano, quando a Associação Comercial de São Paulo comemora o cinqüente nário de sua fundação. Para se con

contam São Paulo como um impor

seguir o máximo resultado na coope

3.000 de fios), êste Estado vendeu

tante centro de exportação industriai.

ração, todo artigo, quando possível,

ainda grande quantidade de outros produtos manufaturados, entre os quais

E, todavia, a indústria nesta cidade está apenas no princípio do seu de senvolvimento, que dobrou de 1934 para 1939 e, de então para cá, tornou

deveria exibir um dístico que inclua em seus dizeres alguma referência à

a dobrar.

minha idéia, deveriam adotar um sím

sêda natural e de sêda artificial ('*rayon"), panos e tecidos de Juta, tecidos c roupas de lã, cordas e bar bantes, louças dc granito, telhas, arti'

''

manufaturas

seus

mercadorias com marcas comerciais registadas, pode-se concluir com razão , que os naturais de muitas nações Já

podem ser citados fios e tecidos dc

das

Paulo, examinando cuidadosamente cs

Muitos observadores acre

localidade de origem. Todos os indus triais

estabelecidos

nesta cidade,

é

ditam que, quando voltarem a preva

bolo para identificar, Juntamente coni

lecer as condições normais em que a

a nacionalidade, a cidade de proce-


'W'.

Digesto Econômico

58

Quando, nos anos mais próximos, as vendas do algodão paulista começa ram a adquirir importância interna

Digesto Econômico

dispuser, porém, a consultar a lista de mercadorias que a São Paulo Railway canaliza para Santos, nunca po

cional, repetiu-se, com êste produto, o derá concordar com semelhante ilu mesmo fenômeno. A matéria-prima . são. -Elites da guerra, São Paulo des era vendida

a granel para ser trans

formada no exterior.

Dessa maneira

milhares de pessoas, usando indumen

tária feita com algodão brasileiro, na da conheciam a respeito do lugar de

os seus aspetos, São Paulo manterá

mento elétrico. S. Paulo experta tam

a posição conquistada contra os com petidores que virão. Tenho motivos

bém couro e artigos de imitação de

para ver que os acontecimentos pro

pachou grandes quantidades de óleo

couro,

varão que essa confiança tem perfei

de rícino (mais de 10.000 toiicladasj, milho, bananas (milhões de cachos), laranjas (milhões de caixas), "grape-

mácia, vidros, lápis, pentes c botões, tapetes, calçados e meias, produtos

farmacêuticos, tubos de cimento, ca

igual valia, de modo que os compra

fruit", abacaxi, Juntamente com gran

dores estrangeiros, quando em pro cura de mercadorias, hão de dar a de

vida consideração aos artigos de São

encerados,

algodão

para

far

ta Justificativa.

Preço por preço, os

produtos paulistas possuem, é claro,

des carregamentos de madeira, e mi

tiam. Quanta gente saberá, mesmo no Brasil, que o total de algodão ex portado por São Paulo, em 1939, al

nérios tais como bauxita (alumínio),

ras.

cançou a uma soma superior a , . .

importância quase mundial, pois doze

tamos em tempo de guerra e muitos

12.S.OOO toneladas, e que, apesar das

países figuravam entre os importado

mercados, por Isso, estão fechados ao

Cooperação para vencer a concorrência

dificuldades de transporte, a sua eX'

res desses vários produtos.

comércio e.xterior) constam da lista de compradores estrangeiros de São Pau

estrangeira

Ijl toneladas, perfazendo, em valor, a im-

portância de mais de 130 milhões de

» cruzeiros?

Inúmeros navios-cargucí-

W ros partem a todos os instantes, paí ra a Grã-Bretanha e outras nações eu ropéias e, no entanto, quantas pes

zircònio, titânio, rútilo, mica, chumbo c caolim.

porta.

Diz-se muitas vezes que São Paulo

é conhecido apenas como fornecedor de café, algodão e carne. Quem se ■

Inglaterra, Canadá, Austrália, África do Sul, Suíça, Suécia, Espanha, Por tugal, Estados Unidos, México, Egito. Marrocos, Moçambique, Congo Belga, Congo Francês, Rodésia, Nigéria, Ceilão, Argentina, Uruguai, Chile, Para guai e Venezuela. Como uma larga

estrangeiros — é o atual desenvolvi cidos de algodão.

Em 1943 o total de

manufaturas de tecidos exportadas as

lor total da exportação e regista um acréscimo de 365% sòbre 1941. Alén

lamentável ocorrência se verifica com os muito milhares de toneladas de carne que o Rstado habitualmente ex

lo, cujos produtos são encontrados na

mento de sua exportação de fios e te

algodão; e, no entanto, mais de cen tenas de milhares de toneladas de óleo

Ainda a mesmu

rentes (é preciso levar em conta: es

Mas a mais expressiva realização do comércio de São Paulo — e provàvelmente a que mais contribuirá para tornar o seu nome familiar nos países

cendeu a Cr§ 1.292.658.000,00.

São Paulo em 1939.

Nada menos do que 20 países dife

Isso dava a São Paulo uma

soas estarão ao par dêsse fato? Acon tece o mesmo com os sub-produtos do'

de caroço de algodão, línter, resíduos, farelo e torta, foram exportadas por

,

concorrência se fará sentir, em todos

da-chuvas, papel, e ainda maquinário, balanças, motores, isoladores e equipa

origem do material com que se ves

■l timo ano a significativa cifra do 77.000

'

gos sanitários, louças de barro, guai-

bos e arame de cobre e uma varieda de considerável de outras manufatu

. portação déssc produto atingiu no úi-

J

59

A ci

fra representa 20% em relação ao va

porcentagem

preços.

Se, entretanto, se prevê que o co mércio ora conquistado será reduzido

pela concorrência nos próximos anos de paz, a solução estará, parcce-inc, na organização de uma grande coope rativa de venda, de que participem io dos os industriais e que se destine a conseguir a expansão no exterior. Ne nhuma oportunidade melhor se ofere

são

ce para essa iniciativa do que êste

da exportação de fios e tecidos de algodão (5.000 toneladas de tecidos e

ano, quando a Associação Comercial de São Paulo comemora o cinqüente nário de sua fundação. Para se con

contam São Paulo como um impor

seguir o máximo resultado na coope

3.000 de fios), êste Estado vendeu

tante centro de exportação industriai.

ração, todo artigo, quando possível,

ainda grande quantidade de outros produtos manufaturados, entre os quais

E, todavia, a indústria nesta cidade está apenas no princípio do seu de senvolvimento, que dobrou de 1934 para 1939 e, de então para cá, tornou

deveria exibir um dístico que inclua em seus dizeres alguma referência à

a dobrar.

minha idéia, deveriam adotar um sím

sêda natural e de sêda artificial ('*rayon"), panos e tecidos de Juta, tecidos c roupas de lã, cordas e bar bantes, louças dc granito, telhas, arti'

''

manufaturas

seus

mercadorias com marcas comerciais registadas, pode-se concluir com razão , que os naturais de muitas nações Já

podem ser citados fios e tecidos dc

das

Paulo, examinando cuidadosamente cs

Muitos observadores acre

localidade de origem. Todos os indus triais

estabelecidos

nesta cidade,

é

ditam que, quando voltarem a preva

bolo para identificar, Juntamente coni

lecer as condições normais em que a

a nacionalidade, a cidade de proce-


60

PRODUÇÃO

Digesto Econômico

ciência, n<ão somente nas próprias mercadorias, como em todos os meios

de propaganda, incluindo cartazes, fo lhetos, impressos e , anúncios de jor nais, especialmente naqueles a serem

enviados ao estrangeiro. O símbolo, por isso, deveria consistir num dese

nho, que tanto possa oferecer uma im pressão nítida, quando apresentado em

miniatura, como ser igualmente suges tivo, se utilizado cm cartazes. Tal de-

senlio teria a missão de proteger os

clientes contra a troca de artigos pau listas, que gozem de preferência, por produtos de outra origem, além de as segurar aos fabricantes uma continui

dade de negócios copi a freguesia que conseguiram conquistar, prevenindo contra'a perda proveniente das substi

tuições. Os perigos e ameaças do fu turo são muitos: a prudência sugere 1 1 que, por meio da adoção de "marcas registadas", sejam reduzidos ao mí

nimo possível. O processo tem ain

da outra conveniência. Assim como protege as mercadorias contra a com

petição inferior, estimula a produção ® qualidades e tipos que conquista-

ram e se mantêm no favor público.

Vivemos na época das "marcas re gistadas" e da competição intensa, cuja

Aspetos da inargciii Coinoridal

recrudescéncia tende a aumentar, em

futuro próximo. Creio assim que todo industrial conseguirá expandir os seus negócios e contribuirá para o engraiidecimento de sua cidade e de seu país, se acondicionar" artisticamente os seus

produtos, acrescentando-lhes não ape

nas o sinal de sua marca comercial, mas o símbolo da cidade ou do país onde vive e em que ganha o seu sus

tento. Se São Paulo aspira a reali

For Frederico Heller

respeito da margem comercial e a ta-

Estabelecendo a diferença existente entre "margem" e "lucro" comercial, êste artigo aponta algumas das prin

.<a de lucro'no comércio.

cipais^ despesas

ão há a menor dúvida de que

*

existe uma grande confusão a Uma série

tôda. dc malcntendidos vão surgindo; comparando-ce, em determinados ra mos econômicos, os preços obtidos pe los produtores com os preços que os consumidores são obrigados a pagar.

zar todas as suas possibilidades — o isso é o desejo natural de todos que

entre êstes

aqui labutam — os industriais não de

realmente 6 lucro comercial.

verão poupar nenhum esforço a fim

via, a verdade é outra, pois essa dife

de.- que seja levado ao conhecimento do último consumidor que os artigos

de sua fabricação provêm do "maior centro industrial da América do Sul

'— uma cidade que, em meu modo de ver, está destinada a adquirir uma importância mundial, devendo ser in

cluída, não daqui a muitas décadas, no número dos maiores centros manufatureiros do globo.

Não'^raro supõe-se que a diferença dois

preços

represente Toda

que

caracterizam

o

processo de distribuição de mercado-

nas produtoras e consumidoras, fato ésse que se refere igualmente ao co mércio com mercadorias agrárias e manufaturadas.

Acresce que inúme

ras estradas de rodagem apresentam

rença encerra, além do lucro auferi

um estado de conservação precário.

do pelo comércio por atacado c a va rejo, um sem número de despesas de grande importância, despesas essas

Essa dificuldade aumenta

excessiva

mente o desgaste dos veículos. Além

(Io mais, a instrução profissional de

cujo adiantamento é uma das muitas

muitos motoristas é deficiente. Os es

funções do comércio que o leigo ge ralmente ignora. Longo seria enu

forços das repartições competentes c dos sindicatos profissionais, visando

merar, uma por uma, todas as despe

melhorar a situação, ainda precisam

sas ocorridas na esfera comercial, mas vale a pena fazermos um ligeiro es-

tempo para exercer um efeito sensí

bòço de algumas das despesas prin cipais que caracterizam o percurso entre o local de produção e o balcão

gência causam prejuízos enormes quanto à conservação necessária do motor e de outras peças indispensá

do varejista.

veis ao bom funcionamento dos ca

vel.

No momento, descuido e negli

minhões. Os transportes

As despesas resultantes do

transporte por via-férrea, particular mente as de baldeação, também não

Uma das despesas mais importantes provém do transporte dc mercadorias. Mesmo em tempos normais, o peso

dessa espécie de despesas no balanço geral é, no Brasil, maior do que era

Hia^iliVri- k i'«ni

li ii-r

iTrth

I

rn rlMliiÉh

são baratas.

De mais a mais, as ta--

xas de seguro de transporte são con sideráveis.

Esta era a situação antes da guer

cjuase todos os países europeus e na

ra quando não faltava combustível. Atualmente, a escassez de gasolina é

América do Norte.

o principal" fator de aumento da mar

As razões desse

encargo adicional são diversas. Em parte sc originam das distâncias ex-

gem comercial.

traordinàriamente g^-andes entre as zo-

mais por cento.

Não raro, o cresci

mento de fretes é de 200, 300 e até-

Compreende-se dai


60

PRODUÇÃO

Digesto Econômico

ciência, n<ão somente nas próprias mercadorias, como em todos os meios

de propaganda, incluindo cartazes, fo lhetos, impressos e , anúncios de jor nais, especialmente naqueles a serem

enviados ao estrangeiro. O símbolo, por isso, deveria consistir num dese

nho, que tanto possa oferecer uma im pressão nítida, quando apresentado em

miniatura, como ser igualmente suges tivo, se utilizado cm cartazes. Tal de-

senlio teria a missão de proteger os

clientes contra a troca de artigos pau listas, que gozem de preferência, por produtos de outra origem, além de as segurar aos fabricantes uma continui

dade de negócios copi a freguesia que conseguiram conquistar, prevenindo contra'a perda proveniente das substi

tuições. Os perigos e ameaças do fu turo são muitos: a prudência sugere 1 1 que, por meio da adoção de "marcas registadas", sejam reduzidos ao mí

nimo possível. O processo tem ain

da outra conveniência. Assim como protege as mercadorias contra a com

petição inferior, estimula a produção ® qualidades e tipos que conquista-

ram e se mantêm no favor público.

Vivemos na época das "marcas re gistadas" e da competição intensa, cuja

Aspetos da inargciii Coinoridal

recrudescéncia tende a aumentar, em

futuro próximo. Creio assim que todo industrial conseguirá expandir os seus negócios e contribuirá para o engraiidecimento de sua cidade e de seu país, se acondicionar" artisticamente os seus

produtos, acrescentando-lhes não ape

nas o sinal de sua marca comercial, mas o símbolo da cidade ou do país onde vive e em que ganha o seu sus

tento. Se São Paulo aspira a reali

For Frederico Heller

respeito da margem comercial e a ta-

Estabelecendo a diferença existente entre "margem" e "lucro" comercial, êste artigo aponta algumas das prin

.<a de lucro'no comércio.

cipais^ despesas

ão há a menor dúvida de que

*

existe uma grande confusão a Uma série

tôda. dc malcntendidos vão surgindo; comparando-ce, em determinados ra mos econômicos, os preços obtidos pe los produtores com os preços que os consumidores são obrigados a pagar.

zar todas as suas possibilidades — o isso é o desejo natural de todos que

entre êstes

aqui labutam — os industriais não de

realmente 6 lucro comercial.

verão poupar nenhum esforço a fim

via, a verdade é outra, pois essa dife

de.- que seja levado ao conhecimento do último consumidor que os artigos

de sua fabricação provêm do "maior centro industrial da América do Sul

'— uma cidade que, em meu modo de ver, está destinada a adquirir uma importância mundial, devendo ser in

cluída, não daqui a muitas décadas, no número dos maiores centros manufatureiros do globo.

Não'^raro supõe-se que a diferença dois

preços

represente Toda

que

caracterizam

o

processo de distribuição de mercado-

nas produtoras e consumidoras, fato ésse que se refere igualmente ao co mércio com mercadorias agrárias e manufaturadas.

Acresce que inúme

ras estradas de rodagem apresentam

rença encerra, além do lucro auferi

um estado de conservação precário.

do pelo comércio por atacado c a va rejo, um sem número de despesas de grande importância, despesas essas

Essa dificuldade aumenta

excessiva

mente o desgaste dos veículos. Além

(Io mais, a instrução profissional de

cujo adiantamento é uma das muitas

muitos motoristas é deficiente. Os es

funções do comércio que o leigo ge ralmente ignora. Longo seria enu

forços das repartições competentes c dos sindicatos profissionais, visando

merar, uma por uma, todas as despe

melhorar a situação, ainda precisam

sas ocorridas na esfera comercial, mas vale a pena fazermos um ligeiro es-

tempo para exercer um efeito sensí

bòço de algumas das despesas prin cipais que caracterizam o percurso entre o local de produção e o balcão

gência causam prejuízos enormes quanto à conservação necessária do motor e de outras peças indispensá

do varejista.

veis ao bom funcionamento dos ca

vel.

No momento, descuido e negli

minhões. Os transportes

As despesas resultantes do

transporte por via-férrea, particular mente as de baldeação, também não

Uma das despesas mais importantes provém do transporte dc mercadorias. Mesmo em tempos normais, o peso

dessa espécie de despesas no balanço geral é, no Brasil, maior do que era

Hia^iliVri- k i'«ni

li ii-r

iTrth

I

rn rlMliiÉh

são baratas.

De mais a mais, as ta--

xas de seguro de transporte são con sideráveis.

Esta era a situação antes da guer

cjuase todos os países europeus e na

ra quando não faltava combustível. Atualmente, a escassez de gasolina é

América do Norte.

o principal" fator de aumento da mar

As razões desse

encargo adicional são diversas. Em parte sc originam das distâncias ex-

gem comercial.

traordinàriamente g^-andes entre as zo-

mais por cento.

Não raro, o cresci

mento de fretes é de 200, 300 e até-

Compreende-se dai


62

pelos representantes das classes con

servadoras para resolver èsse proble ma vital.

Os impostos

Outra despesa que a margem co mercial encerra é a tributação. H.í motivos de natureza fiscal muito im

portantes para que uma grande parte dos impostos necessários ao bom fun cionamento da vida estatal seja ar recadada na esfera comercial. 'Seria

dois fatôres. Um é o nível dc juro.

que tende a diminuir devido ao de

tende a aumentar de ano para ano,

des de transporte, nacionais e inter nacionais, tornam essa proporção bas

comercial não cabe

nenhuma

má-

vontade ou hostilidade para com os comerciantes. Mas, do ponto de vista

do comercio, èsse

método

implica

duas desvantagens. Em primeiro lu

ííx

custas dc capital dependem t.unbéni

ções realizadas por ano. As dificulda

Se o Estado vem a arrecadar uma iP grande parte dos impostos na esfera

ânimos, contribuindo assim para au

mo econômico se defende contra a

tendência de ser sacrificado como bo de expiatório.

qüência de uma maior estratificação do sistema bancário. Além disso, as

Q ônus de impostos

co-social.

Não há dúvida dc que o encarecimcnto c.Kcessivo está exacerbando os

mentar a circulação de noções erradas sóbrc a posição do comércio. Mas, compreende-se também que èsse ra

senvolvimento geral da economia bra sileira e, particularmente, cm conse

ao contrario.

Jj transformações na estrutura económi-

vida econômica moderna.

Como em todos os países latino-ame ricanos. o juro é no Brasil mais alto do que, por exemplo, na Inglaterra, na França, nos Estados Unidos. A causa principal dêsse fenômeno é a pobreza de capital, desvantagem essa

da proporção entre o capital aplicado

pois ja antes da guerra as funções de-

leva a juízos apressados quanto ao papel que o comércio desempenha na

niento que, ]ior sua vez, depende dc

uma opinião errônea considerarmos essa situação como passageira. Bem

scmpenhadas pelos poderes públicos À , estavam se multiplicando. Não se tra11 ta de um fenômeno nacional como I jl alguns acreditam, mas mundial, e que constitui um reflexo de profundas

'

Digcsto Econômico

Digesto Econômico

a grande significação dos esforços de senvolvidos pelos órgãos públicos c

numa empresa e o volume de transa

tante desfavorável para o orçamento de inúmeros estabelecimentos comer

ciais.. Pois qualquer atraso aumenta,

forçosamente, o pêso do financiamen to no quadro das despesas.

Não se

compreendem sempre as preocupações que as despesas de financiamento sig nificam para o comerciante. Mas. cm virtude de ser fraca a base finan

ceira de inúmeras empresas indus triais e agrárias, o comércio tem dc

adiantar-lhes, numa escala cada vez maior, os recursos necessários à con tinuação e à ampliação da produção.

SABÃO DE CAPE?

o Brasil, que é o maior produtor mundial de café, a

' notícia que nos vem de Richmond, no Estado norte-

gar, a necessidade de estar com os

americano da Virgínia, de que o Sr. Richard Brown, de Nova

impostos sempre em dia, para evitar

Iorque, descobriu um novo método de fazer sabonete, utilizan

multas pesadas, acarreta despesas adi

do-se de café fresco ou velho, segundo informa a "Gazeta Ofi

cionais. Em segundo lugar, a popula

cial de Patentes dos Estados Unidos", não é somente agrada-

ção que está sempre disposta a con

fundir margem comercial com lucroi não compreende que uma parte da margem comercial é absorvida pelo fisco. O custo do financiamento

His, num breve resumo, algumas das despesas principais que caracterizam o processo de distribuição de merca dorias. Sendo geralmente de apreciá vel monta, representam elas uma boa. senão a maior parte da margem co

ciai do Escritório de Patentes dos Estados Unidos", não é so mente agradável, mas reveste-se de um interesse todo especial. Verificando que cerca de 15% do pêso do café torrado ou vir

gem são formados nor matérias oleosas e de gordura, que ex traídas com tetra-clorcto de carbono e depois tratadas com um alcalino podem produzir sabonete, o Sr. Brown não hesitou —

mercial, Deduz-se daí que o fato dc

pediu uma patente para a sua descoberta, e obteve a de n.^

inúmeras pessoas confundirem a mar

2 355 686.

despesas na esfera comercial está re

gem comercial com o lucro comer

produzindo o sabonete assim fabricado muita espuma que em

lacionada com o custo do financia-

cial, traz sérios inconvenientes, pois

n^da afeta os tecidos e a pele.

Uma determinada porcentagem das

À mistura adiciona-se, ainda, uma matéria fibrosa,


62

pelos representantes das classes con

servadoras para resolver èsse proble ma vital.

Os impostos

Outra despesa que a margem co mercial encerra é a tributação. H.í motivos de natureza fiscal muito im

portantes para que uma grande parte dos impostos necessários ao bom fun cionamento da vida estatal seja ar recadada na esfera comercial. 'Seria

dois fatôres. Um é o nível dc juro.

que tende a diminuir devido ao de

tende a aumentar de ano para ano,

des de transporte, nacionais e inter nacionais, tornam essa proporção bas

comercial não cabe

nenhuma

má-

vontade ou hostilidade para com os comerciantes. Mas, do ponto de vista

do comercio, èsse

método

implica

duas desvantagens. Em primeiro lu

ííx

custas dc capital dependem t.unbéni

ções realizadas por ano. As dificulda

Se o Estado vem a arrecadar uma iP grande parte dos impostos na esfera

ânimos, contribuindo assim para au

mo econômico se defende contra a

tendência de ser sacrificado como bo de expiatório.

qüência de uma maior estratificação do sistema bancário. Além disso, as

Q ônus de impostos

co-social.

Não há dúvida dc que o encarecimcnto c.Kcessivo está exacerbando os

mentar a circulação de noções erradas sóbrc a posição do comércio. Mas, compreende-se também que èsse ra

senvolvimento geral da economia bra sileira e, particularmente, cm conse

ao contrario.

Jj transformações na estrutura económi-

vida econômica moderna.

Como em todos os países latino-ame ricanos. o juro é no Brasil mais alto do que, por exemplo, na Inglaterra, na França, nos Estados Unidos. A causa principal dêsse fenômeno é a pobreza de capital, desvantagem essa

da proporção entre o capital aplicado

pois ja antes da guerra as funções de-

leva a juízos apressados quanto ao papel que o comércio desempenha na

niento que, ]ior sua vez, depende dc

uma opinião errônea considerarmos essa situação como passageira. Bem

scmpenhadas pelos poderes públicos À , estavam se multiplicando. Não se tra11 ta de um fenômeno nacional como I jl alguns acreditam, mas mundial, e que constitui um reflexo de profundas

'

Digcsto Econômico

Digesto Econômico

a grande significação dos esforços de senvolvidos pelos órgãos públicos c

numa empresa e o volume de transa

tante desfavorável para o orçamento de inúmeros estabelecimentos comer

ciais.. Pois qualquer atraso aumenta,

forçosamente, o pêso do financiamen to no quadro das despesas.

Não se

compreendem sempre as preocupações que as despesas de financiamento sig nificam para o comerciante. Mas. cm virtude de ser fraca a base finan

ceira de inúmeras empresas indus triais e agrárias, o comércio tem dc

adiantar-lhes, numa escala cada vez maior, os recursos necessários à con tinuação e à ampliação da produção.

SABÃO DE CAPE?

o Brasil, que é o maior produtor mundial de café, a

' notícia que nos vem de Richmond, no Estado norte-

gar, a necessidade de estar com os

americano da Virgínia, de que o Sr. Richard Brown, de Nova

impostos sempre em dia, para evitar

Iorque, descobriu um novo método de fazer sabonete, utilizan

multas pesadas, acarreta despesas adi

do-se de café fresco ou velho, segundo informa a "Gazeta Ofi

cionais. Em segundo lugar, a popula

cial de Patentes dos Estados Unidos", não é somente agrada-

ção que está sempre disposta a con

fundir margem comercial com lucroi não compreende que uma parte da margem comercial é absorvida pelo fisco. O custo do financiamento

His, num breve resumo, algumas das despesas principais que caracterizam o processo de distribuição de merca dorias. Sendo geralmente de apreciá vel monta, representam elas uma boa. senão a maior parte da margem co

ciai do Escritório de Patentes dos Estados Unidos", não é so mente agradável, mas reveste-se de um interesse todo especial. Verificando que cerca de 15% do pêso do café torrado ou vir

gem são formados nor matérias oleosas e de gordura, que ex traídas com tetra-clorcto de carbono e depois tratadas com um alcalino podem produzir sabonete, o Sr. Brown não hesitou —

mercial, Deduz-se daí que o fato dc

pediu uma patente para a sua descoberta, e obteve a de n.^

inúmeras pessoas confundirem a mar

2 355 686.

despesas na esfera comercial está re

gem comercial com o lucro comer

produzindo o sabonete assim fabricado muita espuma que em

lacionada com o custo do financia-

cial, traz sérios inconvenientes, pois

n^da afeta os tecidos e a pele.

Uma determinada porcentagem das

À mistura adiciona-se, ainda, uma matéria fibrosa,


1 bigesto Economico

a)

liidiistrializaçÂo - eis o futuro cia economia nacional

gstamos cliegando ao fim da guerra, a que se seguirá

um período de transição, após o

Não se repelindo, nem se excluindo reciprocamente as atividades agrícolas e manufatureiras, devemos aceitar a

65

Não correríamos o risco

mas circunstâncias c cciidiçÕes,

adiantados;

medidas correlatas;'

b)

Eliminaríamos as tarifas

alfandegárias e assim passaría

qual — pelo mènos é essa a es

industrialização, cm que nos cumpre

mos a receber os produtos ma

perança geral — reingressaremos

ingressar decididamente, como úm fa

nufaturados e.strangeiros por pre

na normalidade dos tempos de

tor que virá robustecer vigorosamen

paz. É tempo, por conseguinte,

te a nossa economia.

ços mais baratos; c) Com essa medida o nosso

de pensarmos como faremos esse reingresso, aproveitando-nos das

custo de vida desceria sensivel

Mas, cessada a guerra, e de corrido algum tempo para a re

mente;

construção e restauração econô mica, está claro que ela se fará sentir .novamente. Que faremos

c|uantidadc de produtos agríco las, conseguindo os patrões maio res lucros e percebendo os tra

nós? Recuaremos à nossa velha

balhadores maiores salário^

'''de que não tínhamos notícias

condição de "país cssenclalinentc agrícola" ou enveredaremos pe

manufaturados cresceram ponde-

lo caminho da industrialização

Vejamos, agora, o reverso da medalha — quais as desvanta gens c|ue a e.xclusividade agríco

oportunidades e dos ensinamen-

^tos que a guerra nos trouxe.

H Neste período de guerra, que

Ç||ainda estamos atravessando, as-

fi| sistimos a um surto industrial

(ijCni nossa história. Os produtos ràvelmente em nosso comercio exterior, vindo a .participar dó

' movimento geral de exportação em porcentagem bastante apre ciável. Não podemos desconhe cer que o fato, em grande parte, foi devido ao retraimento dos

centros produtores da Europa, os quais o conflito armado reti

rou do mercado internacional, deixando-nos livres de sua con corrência. Isso facilitou a nossa

intensiva? Essa é a alternativa

d)

\

no caso pouco provável de que

todas as nações do globo tomas sem, em época igual c nas me.s-

d) Êsses. fatos nos levariam

necessariamente a um depaupe ramento geral, com diminuição

das fontes de renda e restrição dos meios de ganho. Confrontemos os dois aspetos ^da questão e observemos de que lado se nos inclinaria mais fa\ o-

Venderíamos muito maior

la poderia trazer-nos. . Afigura-

ràvelmente a balança. Se o pe rigo de sermos vencidos pela concorrência estrangeira é enor me, não é fatal, nem necessário; poderemos evitá-lo, desde que para enfrentá-lo nos aparelhe mos convenientemente e a tem

po. Não nos sebá possível impe dir a debilitação financeira, se

diante da qual se encontram as

se-nos, em rápido e.xame, que são

nossas autoridades, os nossos ho-

nos restringirmos exclusivamen

as seguintes:

te à agricultura. Porque? A ex plicação é do conhecimento ge ral ; sendo os produtos agrícolas muito mais sujeitos ao imprevis to de contratempos naturais do

rnens de negócio, os simples es tudiosos e, de modo geral, todos

aqiiêles que se interessam pelos problemas da coletividade a que pertencemos.

Exclusividade agrícola Encaremos a primeira ponta do

a) Retrocesso

na

evv.duçao

econômica, retornando a uma

etapa inferior, de recursos primi tivos, de fraqueza financeira e instabilidade monetária; b)

Sujeição excessiva ao co

mércio

internacional, com

a

agravante de que, em virtude de

dilema, optando por um regresso

nossa fraqueza financeir.a, não

còncorrência dos países do ve

à exclusividade da exploração agrícola. Que vantagens pode ríamos conseguir com a hipóte se? Cremos que poderiatnos

poderíamos exercer nenhuma in

lho continente persistisse.

enumerar as seguintes;

penetração, para a qual não tive mos de empregar os esforços a que seríamos obrigados, se a

mais a nossa sujeição, a não ser

dc ser vencidos, com graves e funestas repercussões na econo mia interna, pela concorrência dos países industrialmente mais

que os artigos manufaturados, torna-se muito mais difícil o for

talecimento econômico por meio do desenvolvimento da agricul tura do que pelo surto industrial. Essa seria a explicação natural;

fluência na oscilação do merca

há também razões histórica?., que

do externo;

se referem ás feições carateristicas de que se revestiu a econo

c) a eliminação dás tarifas alfandegárias acentuaria ainda

mia moderna. A industrialização


1 bigesto Economico

a)

liidiistrializaçÂo - eis o futuro cia economia nacional

gstamos cliegando ao fim da guerra, a que se seguirá

um período de transição, após o

Não se repelindo, nem se excluindo reciprocamente as atividades agrícolas e manufatureiras, devemos aceitar a

65

Não correríamos o risco

mas circunstâncias c cciidiçÕes,

adiantados;

medidas correlatas;'

b)

Eliminaríamos as tarifas

alfandegárias e assim passaría

qual — pelo mènos é essa a es

industrialização, cm que nos cumpre

mos a receber os produtos ma

perança geral — reingressaremos

ingressar decididamente, como úm fa

nufaturados e.strangeiros por pre

na normalidade dos tempos de

tor que virá robustecer vigorosamen

paz. É tempo, por conseguinte,

te a nossa economia.

ços mais baratos; c) Com essa medida o nosso

de pensarmos como faremos esse reingresso, aproveitando-nos das

custo de vida desceria sensivel

Mas, cessada a guerra, e de corrido algum tempo para a re

mente;

construção e restauração econô mica, está claro que ela se fará sentir .novamente. Que faremos

c|uantidadc de produtos agríco las, conseguindo os patrões maio res lucros e percebendo os tra

nós? Recuaremos à nossa velha

balhadores maiores salário^

'''de que não tínhamos notícias

condição de "país cssenclalinentc agrícola" ou enveredaremos pe

manufaturados cresceram ponde-

lo caminho da industrialização

Vejamos, agora, o reverso da medalha — quais as desvanta gens c|ue a e.xclusividade agríco

oportunidades e dos ensinamen-

^tos que a guerra nos trouxe.

H Neste período de guerra, que

Ç||ainda estamos atravessando, as-

fi| sistimos a um surto industrial

(ijCni nossa história. Os produtos ràvelmente em nosso comercio exterior, vindo a .participar dó

' movimento geral de exportação em porcentagem bastante apre ciável. Não podemos desconhe cer que o fato, em grande parte, foi devido ao retraimento dos

centros produtores da Europa, os quais o conflito armado reti

rou do mercado internacional, deixando-nos livres de sua con corrência. Isso facilitou a nossa

intensiva? Essa é a alternativa

d)

\

no caso pouco provável de que

todas as nações do globo tomas sem, em época igual c nas me.s-

d) Êsses. fatos nos levariam

necessariamente a um depaupe ramento geral, com diminuição

das fontes de renda e restrição dos meios de ganho. Confrontemos os dois aspetos ^da questão e observemos de que lado se nos inclinaria mais fa\ o-

Venderíamos muito maior

la poderia trazer-nos. . Afigura-

ràvelmente a balança. Se o pe rigo de sermos vencidos pela concorrência estrangeira é enor me, não é fatal, nem necessário; poderemos evitá-lo, desde que para enfrentá-lo nos aparelhe mos convenientemente e a tem

po. Não nos sebá possível impe dir a debilitação financeira, se

diante da qual se encontram as

se-nos, em rápido e.xame, que são

nossas autoridades, os nossos ho-

nos restringirmos exclusivamen

as seguintes:

te à agricultura. Porque? A ex plicação é do conhecimento ge ral ; sendo os produtos agrícolas muito mais sujeitos ao imprevis to de contratempos naturais do

rnens de negócio, os simples es tudiosos e, de modo geral, todos

aqiiêles que se interessam pelos problemas da coletividade a que pertencemos.

Exclusividade agrícola Encaremos a primeira ponta do

a) Retrocesso

na

evv.duçao

econômica, retornando a uma

etapa inferior, de recursos primi tivos, de fraqueza financeira e instabilidade monetária; b)

Sujeição excessiva ao co

mércio

internacional, com

a

agravante de que, em virtude de

dilema, optando por um regresso

nossa fraqueza financeir.a, não

còncorrência dos países do ve

à exclusividade da exploração agrícola. Que vantagens pode ríamos conseguir com a hipóte se? Cremos que poderiatnos

poderíamos exercer nenhuma in

lho continente persistisse.

enumerar as seguintes;

penetração, para a qual não tive mos de empregar os esforços a que seríamos obrigados, se a

mais a nossa sujeição, a não ser

dc ser vencidos, com graves e funestas repercussões na econo mia interna, pela concorrência dos países industrialmente mais

que os artigos manufaturados, torna-se muito mais difícil o for

talecimento econômico por meio do desenvolvimento da agricul tura do que pelo surto industrial. Essa seria a explicação natural;

fluência na oscilação do merca

há também razões histórica?., que

do externo;

se referem ás feições carateristicas de que se revestiu a econo

c) a eliminação dás tarifas alfandegárias acentuaria ainda

mia moderna. A industrialização


Digesto Econômico

éé

intensiva dos meios de produção atraiu para ós países manufatureiros a liderança do mundo; se quisermos alcançá-los — e não vemos por que não o desejemos — devemos'industrializar-nos.

Digesto Econômico

67

progresso, com a falta de esti mulo- que trará para o aperfei

O fato objetivo

' Nã.^.nãü fiquemos na abstra ção. Pertencemos a uma deter

çoamento técnico, ante a ausên

que se volta exclusivamente pa

cia de concorrentes, e um fator

minada região geográfica, a que nos prendem condições e com

ra o mercado externo, oin cuja

do' encarecimento de vida. uma

expansão vê o seu interêsse. e a

vez que permitirá a elevação ar tificial de preços dos produtos

preocupação da indústria nacio nal em preservar o mercado in terno da concorrência estrangei

tagens e desvantagens B e C.

promissos de que não nos pode mos libertar, e estamos vivendo

Com a eliminação das tarifas al

num exato

fandegárias, de modo puro e sim ples. e já enfraquecidos financei ramente pelas razões expostas, e

que decorre de fatòres que o pre

Parece-nos inegável • a conclu são a que nos leva a observação

cederam e causaram.

dos fatos: o futuro da nossa eco

Passemos a considerar as van

dado, ainda, q^ue as demais na ções não nos acompanhassem na

abolição dos direitos aduaneiros, poderíamos ter grande quantida de de artigos à nossa disposição. Mas, impossibilitados de vender os nossos produtos, não obtería

mos numerário cora que reali-

l(N| i il

suaspreços compras. Denossos de venda

mais, os

I

ficariam inteiramente subordina

momento

Não nos é

dado ponderar as coisas em sua ideação abstrata; mas tal como se nos apresentam na realidade contingente, em que se acham cntrosadasi c em função da qual terão de ser consideradas.

Teremos, em suma, de enca

rar o fato objetivamente. E o fatovobjetivo é o seguinte: con tamos no Brasil todo com 78.012 estabelecimentos fabris, em que trabalham cerca de 1 milhão de

operários, com um ordenado mé

baseariam em suas avaliações e

dio de 280 cruzeiros ménsais, e

■|) Com o depauperamento geral c £ nossos produtores veriam re-

- duzido o número de suas fontes < de renda, do que adviria uma di-

. minuição de meios-de ganho pa1 ra a classe trabalhadora. A van( tagem em decrescer o custo de

( vida seria, assim, apenas aparenI te, porque diminuindo em pro} porção maior

as

possibilidades

í de ganho, os nossos recursos aea( bariam por ficar em nível infej rior ao dos preços.

manufaturados.

histórico,

dos a procura internacional e sc não em nossas necessidades.

Entre os primeiros, podería mos citar a atitude da lavoura

cuja produção anual já chegou a superar a 20 bilhões de cruzei ros. Isso, representa um patri mônio, que as circunstâncias

nomia está na industrialização que nos trará a consolidação fi

bre o mercado nacional, o seu

nanceira e nos

terior; por se considerar fraca, a

colocará em

si

indústria teme a introdução de

perante o mercado internacional.

produtos manufaturados estran

Abandonaremos assim a agri cultura? Evidente que não. Não supomos que haja incompatibi

geiros no interior do país. . Trata-se apenas, porém., de tuna circunstância histórica que

lidade entre o desenvolvimento

nos cumpre superar. Com o tem

agrícola e o progresso industrial, que se realizam em linhas para

po e com o enriquecimento que

lelas e não em atrito em que se

pra do mercado interno se forta

choquem e se excluam, impli cando o surto de uma em parali

lecerá, oferecendo a capacidade de absorção dq que necessita a lavoura; nem há motivo para a

Incompatibilidade entre a agri cultura e a indústria

Muitos, -entretanto, supõem inevitável esse choque. Mais do

econômico.

lucro somente poderá vir do ex

tuação de relativa independência

sação de outra.

históricas nos criaram, e que não poderemos delapidar, sem graves distúrbios em nosso organismo

ra, interpondo entre esta e aque le as barreiras alfandegárias. Julga a-lavoura que, sendo po-»

êle nos trará, o poder de com~

nossa indústria recear a concor

rência exterior, desde que saiba, como lhe oabe e será imprescin dível para o seu progresso, aper feiçoar-se. conseguindo melhor qualidade para os seus artigos e procurando reduzir-lhes o preço

não deverá repousar simples mente no protecionismo adila-

que isso, até: julgam-no inerente à própria natureza dg fenômeno. Baseiam-se em argumentos, dos

neiro.

ne

quais poderíamos considerar al

cessário no começo, e justo den

guns como ligados à nossa con

dição histórica e outros de cará

ráter universal. Oferecendo a indústria melhor salário e localizando-se nos centros urbanos,

ter universal.

provocará o êjtodo dos campos

A nossa indústria, entretanto, "

Êste, se

muita vez

tro de certos limites, poderá tor nar-se um entrave ao verdadeiro

J

de custo.

Exaínineraos as objeções de ca


Digesto Econômico

éé

intensiva dos meios de produção atraiu para ós países manufatureiros a liderança do mundo; se quisermos alcançá-los — e não vemos por que não o desejemos — devemos'industrializar-nos.

Digesto Econômico

67

progresso, com a falta de esti mulo- que trará para o aperfei

O fato objetivo

' Nã.^.nãü fiquemos na abstra ção. Pertencemos a uma deter

çoamento técnico, ante a ausên

que se volta exclusivamente pa

cia de concorrentes, e um fator

minada região geográfica, a que nos prendem condições e com

ra o mercado externo, oin cuja

do' encarecimento de vida. uma

expansão vê o seu interêsse. e a

vez que permitirá a elevação ar tificial de preços dos produtos

preocupação da indústria nacio nal em preservar o mercado in terno da concorrência estrangei

tagens e desvantagens B e C.

promissos de que não nos pode mos libertar, e estamos vivendo

Com a eliminação das tarifas al

num exato

fandegárias, de modo puro e sim ples. e já enfraquecidos financei ramente pelas razões expostas, e

que decorre de fatòres que o pre

Parece-nos inegável • a conclu são a que nos leva a observação

cederam e causaram.

dos fatos: o futuro da nossa eco

Passemos a considerar as van

dado, ainda, q^ue as demais na ções não nos acompanhassem na

abolição dos direitos aduaneiros, poderíamos ter grande quantida de de artigos à nossa disposição. Mas, impossibilitados de vender os nossos produtos, não obtería

mos numerário cora que reali-

l(N| i il

suaspreços compras. Denossos de venda

mais, os

I

ficariam inteiramente subordina

momento

Não nos é

dado ponderar as coisas em sua ideação abstrata; mas tal como se nos apresentam na realidade contingente, em que se acham cntrosadasi c em função da qual terão de ser consideradas.

Teremos, em suma, de enca

rar o fato objetivamente. E o fatovobjetivo é o seguinte: con tamos no Brasil todo com 78.012 estabelecimentos fabris, em que trabalham cerca de 1 milhão de

operários, com um ordenado mé

baseariam em suas avaliações e

dio de 280 cruzeiros ménsais, e

■|) Com o depauperamento geral c £ nossos produtores veriam re-

- duzido o número de suas fontes < de renda, do que adviria uma di-

. minuição de meios-de ganho pa1 ra a classe trabalhadora. A van( tagem em decrescer o custo de

( vida seria, assim, apenas aparenI te, porque diminuindo em pro} porção maior

as

possibilidades

í de ganho, os nossos recursos aea( bariam por ficar em nível infej rior ao dos preços.

manufaturados.

histórico,

dos a procura internacional e sc não em nossas necessidades.

Entre os primeiros, podería mos citar a atitude da lavoura

cuja produção anual já chegou a superar a 20 bilhões de cruzei ros. Isso, representa um patri mônio, que as circunstâncias

nomia está na industrialização que nos trará a consolidação fi

bre o mercado nacional, o seu

nanceira e nos

terior; por se considerar fraca, a

colocará em

si

indústria teme a introdução de

perante o mercado internacional.

produtos manufaturados estran

Abandonaremos assim a agri cultura? Evidente que não. Não supomos que haja incompatibi

geiros no interior do país. . Trata-se apenas, porém., de tuna circunstância histórica que

lidade entre o desenvolvimento

nos cumpre superar. Com o tem

agrícola e o progresso industrial, que se realizam em linhas para

po e com o enriquecimento que

lelas e não em atrito em que se

pra do mercado interno se forta

choquem e se excluam, impli cando o surto de uma em parali

lecerá, oferecendo a capacidade de absorção dq que necessita a lavoura; nem há motivo para a

Incompatibilidade entre a agri cultura e a indústria

Muitos, -entretanto, supõem inevitável esse choque. Mais do

econômico.

lucro somente poderá vir do ex

tuação de relativa independência

sação de outra.

históricas nos criaram, e que não poderemos delapidar, sem graves distúrbios em nosso organismo

ra, interpondo entre esta e aque le as barreiras alfandegárias. Julga a-lavoura que, sendo po-»

êle nos trará, o poder de com~

nossa indústria recear a concor

rência exterior, desde que saiba, como lhe oabe e será imprescin dível para o seu progresso, aper feiçoar-se. conseguindo melhor qualidade para os seus artigos e procurando reduzir-lhes o preço

não deverá repousar simples mente no protecionismo adila-

que isso, até: julgam-no inerente à própria natureza dg fenômeno. Baseiam-se em argumentos, dos

neiro.

ne

quais poderíamos considerar al

cessário no começo, e justo den

guns como ligados à nossa con

dição histórica e outros de cará

ráter universal. Oferecendo a indústria melhor salário e localizando-se nos centros urbanos,

ter universal.

provocará o êjtodo dos campos

A nossa indústria, entretanto, "

Êste, se

muita vez

tro de certos limites, poderá tor nar-se um entrave ao verdadeiro

J

de custo.

Exaínineraos as objeções de ca


prejudicial à lavoura. Não há

dúvida que a indústria dispõe sempre de meios para pagar me lhor aos trabalhadores e a cida de, com o seu maior conforto e

o número "cie seús atrativos, exerce fascinação no espínto úò campesino.

Mas, para contrabalançar, se a lavoura não pode oferecer me■^Ihor ordenado, proporciona con-

. dições de vida, sob certos pon

tos, de melhores perspetivas eco nômicas. Pois, possibilitando ao operário o plantio de certas cul

turas próprias —como feijão, arroz e milho (como se pratica

le, não puro assalariado, como o

trabalhador industrial, mas for

nece-lhe meios com que possa,

baixando o custo de vida a um

por Mário BENI

(Especial para o Digesto Econômico)

mar um pecúlio que lhe trara u

independência econômica no fu

O S que vêm acompanhando a eco

nomia do café em nosso país,

turo.

Plarmonizam-se, pois, os iii-

notadamente

no

decurso dêstes últi

cipitadamente,

tcntou-sc

reabilitar

aquela riqueza, mas, dentro do mesmo

regime que tão maus resultados deu

terêsses agrícolas e industriais. Desde que, portanto; as manufa

mos dez anos, hão de por certo fa zer a mesma pergunta que intitula es

no passado.

turas virão contribuir para o nos

te comentário:

mos no mesmo sentido; a única dife

so^ fortalecimento financeiro, tu

Se analisarmos ambas as economias,

dispensando a devida consideração à diferença da.s duas épocas, estudandose, no entanto, quanto de inatingível

industrialização o futuro da eco nomia nacional.

Não devemos

godão, etc.), por cujo trato per

va. Reconhecê-los, de antemão, não será motivo para recuo, mus

.Terá o café o mes

mo destino da borracha?

do nos aconselha a colocar na

conscientes de que são muitos os

ceberá certa quantia — faz dê-

Terá o eafé o mesmo destino da borracha?

nível inferior ao que recebe, for

pelo menos no interior de São Paulo, c que êle desenvjlverà simultânea ou intercaladamente

coin a do patrão (café, al

PONTOS dií: vista

Diffesto Econômico

éâ

fazê-lo, entretanto, às cégas, mas

a borracha representava no passado

e o café representa hoje — verificare mos que estamos caminhando quase que no mesmo paralelo, para o mcs.no

riscos e perigos da nossa tentati

fim. Também naquele tempo, a tran

arma para vencê-los.

qüilidade em torno daquela fonte de riqueza da economia nacional era ab soluta. Não faltaram os que, mais avi

sados, fizeram sentir que um grande golpe se preparava e em pouco não usufruiríamos das vantagens excepcio nais que o ouro do extremo norte nos

perdemos os compradores; com o ca

fé, tanto o combatemos nas árvores, nos terreiros, nos- armazéns, nas do cas, a bordo e nos desembarques, do outrç lado, que ac.abamos por criar o alarme em torno dessa poderosa riqueza. Se continuarmos assim, os mercados que se abrirão no após-guer • ra, por certo, não serão supridos por

nós, pelo menos diretamente; e se calcularmos as possibilidades de ab sorção dos muitos mercados que des

de 1940 estão trancados ao nosso pro duto, verificaremos que bem cedo não

estaremos em condições de atender às necessidades do consumo.

a pouco o centro produtor daquele ma •

E o futuro? Alguém culado o fim que terão produtoras de café, não concorrer conosco, mas

ra o oriente, deixando entre nós, de

pois de alguns anos, apenas sinais de

'Atoa-

rença é que a borracha nós a tínha mos de sobra; mudou-se de casa, c

proporcionava. Tudo em vão. Pouco nancial de divisas se transportava pa

h

Com o café, parece-nos, caminha

já terá cal as colônia 5 a ponto de avultando o

uma era de fausto, que nunca mais

índice de concorrência se essas co

voltou. Os tempos não mudaram com

lônias forem melhor adnnnistradas e

relação às nossas riquezas. Vivíainoj naquela época de improvizações em

a curva da , nossa produção continuar

improvizações.

fletimos, porventura, sobre os estoques

Ainda há pouco, pre

caindo como vem acontecendo?

Re


prejudicial à lavoura. Não há

dúvida que a indústria dispõe sempre de meios para pagar me lhor aos trabalhadores e a cida de, com o seu maior conforto e

o número "cie seús atrativos, exerce fascinação no espínto úò campesino.

Mas, para contrabalançar, se a lavoura não pode oferecer me■^Ihor ordenado, proporciona con-

. dições de vida, sob certos pon

tos, de melhores perspetivas eco nômicas. Pois, possibilitando ao operário o plantio de certas cul

turas próprias —como feijão, arroz e milho (como se pratica

le, não puro assalariado, como o

trabalhador industrial, mas for

nece-lhe meios com que possa,

baixando o custo de vida a um

por Mário BENI

(Especial para o Digesto Econômico)

mar um pecúlio que lhe trara u

independência econômica no fu

O S que vêm acompanhando a eco

nomia do café em nosso país,

turo.

Plarmonizam-se, pois, os iii-

notadamente

no

decurso dêstes últi

cipitadamente,

tcntou-sc

reabilitar

aquela riqueza, mas, dentro do mesmo

regime que tão maus resultados deu

terêsses agrícolas e industriais. Desde que, portanto; as manufa

mos dez anos, hão de por certo fa zer a mesma pergunta que intitula es

no passado.

turas virão contribuir para o nos

te comentário:

mos no mesmo sentido; a única dife

so^ fortalecimento financeiro, tu

Se analisarmos ambas as economias,

dispensando a devida consideração à diferença da.s duas épocas, estudandose, no entanto, quanto de inatingível

industrialização o futuro da eco nomia nacional.

Não devemos

godão, etc.), por cujo trato per

va. Reconhecê-los, de antemão, não será motivo para recuo, mus

.Terá o café o mes

mo destino da borracha?

do nos aconselha a colocar na

conscientes de que são muitos os

ceberá certa quantia — faz dê-

Terá o eafé o mesmo destino da borracha?

nível inferior ao que recebe, for

pelo menos no interior de São Paulo, c que êle desenvjlverà simultânea ou intercaladamente

coin a do patrão (café, al

PONTOS dií: vista

Diffesto Econômico

éâ

fazê-lo, entretanto, às cégas, mas

a borracha representava no passado

e o café representa hoje — verificare mos que estamos caminhando quase que no mesmo paralelo, para o mcs.no

riscos e perigos da nossa tentati

fim. Também naquele tempo, a tran

arma para vencê-los.

qüilidade em torno daquela fonte de riqueza da economia nacional era ab soluta. Não faltaram os que, mais avi

sados, fizeram sentir que um grande golpe se preparava e em pouco não usufruiríamos das vantagens excepcio nais que o ouro do extremo norte nos

perdemos os compradores; com o ca

fé, tanto o combatemos nas árvores, nos terreiros, nos- armazéns, nas do cas, a bordo e nos desembarques, do outrç lado, que ac.abamos por criar o alarme em torno dessa poderosa riqueza. Se continuarmos assim, os mercados que se abrirão no após-guer • ra, por certo, não serão supridos por

nós, pelo menos diretamente; e se calcularmos as possibilidades de ab sorção dos muitos mercados que des

de 1940 estão trancados ao nosso pro duto, verificaremos que bem cedo não

estaremos em condições de atender às necessidades do consumo.

a pouco o centro produtor daquele ma •

E o futuro? Alguém culado o fim que terão produtoras de café, não concorrer conosco, mas

ra o oriente, deixando entre nós, de

pois de alguns anos, apenas sinais de

'Atoa-

rença é que a borracha nós a tínha mos de sobra; mudou-se de casa, c

proporcionava. Tudo em vão. Pouco nancial de divisas se transportava pa

h

Com o café, parece-nos, caminha

já terá cal as colônia 5 a ponto de avultando o

uma era de fausto, que nunca mais

índice de concorrência se essas co

voltou. Os tempos não mudaram com

lônias forem melhor adnnnistradas e

relação às nossas riquezas. Vivíainoj naquela época de improvizações em

a curva da , nossa produção continuar

improvizações.

fletimos, porventura, sobre os estoques

Ainda há pouco, pre

caindo como vem acontecendo?

Re


70

do outro lado?

Digesto Econômico

Digesto Econômico Já se cuidou de fir

71

trc os produtos da terra, seja o tri

ria disposto a importar borracha sin tética?

Associação Comercial, já escrevia so

go, o algodão, o arroz, o Unho, ou ou tro qualquer, produtos considerados básicos na economia de um meio, que conseguisse suportar tão rigorosos castigos. Pois o café o suportou até

bre o temor de se verificar que al gum dia o Brasil, o maior produtor de

mar preços para as reexportações do

nosso café, para não prejudicar as ex portações diretas, futuras?

No segundo número do Boletim da

café do mundo, não tivesse café pa ra vender. Riqueza apenas em volu me mas não isoladamente para os

que a mantêm c a exploram, o café tanto sofreu dos que, com a melhor

das intenções, quiseram

protegê-lo,

que se viu abandonado por outras ex

plorações onde a concorrência é mais possível, vigorosa e , permanente.

Bsse produto era um meio e não

um fim para a economia e a finança de muitas nações que o recebiam de nós. Já em junho de 1936, em os

Aspetüs irônicos da economia do café" eu publicava no "O Observa dor Econômico e Financeiro", um artigo no qual provava que a Itália, •importando, no ano anterior, 439.252 sacas de café brasileiro, dispendêu, adquirindo-o, apenas 60.480.000 cru

zeiros, enquanto que os direitos que em seus portos arrecadava, pelo mes

mo café, excediam a 606.800.000 cruzeíros 1 O valor do produto represen tava apenas 9,9% dos impostos que o gravavam na entrada, em seus portos.

Na Alemanha essa porcentagem subiu a 28,6% e na Espanha, 44,7%. A ex

ções.

Somos, por exemplo, por uma

duto nos mercados do exterior.

Cré-

to a.facilidades para a entrada do pre dito e liberdade. Liberdade, especial

mente.

hoje; c além desses e outros casti

um futuro, embora remoto, mais con-

gos, poderíamos citar os acenos que

outras culturas. fizeram aos capitais,

scntâneo com as nossas possibilida des. Devemos estimular os que já

Henry, quando nos deleitamos nestes velhos problemas da economia do

de forma a que o esteio da nossa ba

produziran^, os que produzem e a

Brasil:

Nunca nos esqueçamos -le

"O Estado sempre foi ma"ü

lança comercial íôsse em boa parte

própria prbdução futura.

abandonado à sua jirópria sorte.

orientação que sirvam de estímulo à

negociante e muito mau industrial". A liberdade, acrescenta Nittí, aiufU permanece condição absoluta de todo

As estatísticas estão aí a provar que o nosso produto principal não supor tará um nível maior de procura se sc reabrirem, mesmo que seja nos índi ces dos anos anteriores à guerra, os

replantação

o progresso

mercados

consumidores

de

das

Preços e

nossas zonas boas.

Coisas# que deverão desaparecer no a|»ós-giierra A indústria dos direitos sôbre o café

todo ' o

mundo. E seria interessante e suges

Dírellos pcT

Direitos em Cf 5

Valor do café

100 qiriios

dio em 1935

SC. de 60 k.

arrecadados

8 bordo

LIt

1.600

Cr$ 1,439

1.381,44

606.800,262,00

60.480,825.00

871.Q07

RM 160

.. 5,224

501,50

- 436 813,494.00

.125225,399,00

..Espalha(1)70.407

pes. 215

..

308,43

21.716 264,00

- 9.758,285.00

Sacas

PAÍSES Importadas

tivo até, se considerássemos a possi

193S

Direitos por Cambio mé

bilidade de um aumento de consumo. Para isso contribuem o nível zero dos

Itália . . . 439.252

estoques europeus, a possibilidade de desaparecerem as graves barreiras

Alemanha

que o cerceavam na sua expansão e,

quiçá, a abertura

de

2.391

mercados dos

quajs nunca anteriormente noç servi

(1) Estatísticas publicadas por Mário Bani em «Aspetos irônicos da Econo

mos, tais como os da Rússia, China, médio Oriente, etc. Onde encontrar o café para isso? Que fazemos para preparar a produção em futuro, senão

mia do Café, no «O Observador Econômico e Financeiro» de junho de 1936.

breve pelo menos remoto, assegurando-nos a continuidade da hegemonia da produção do produto que sempre foi a base, o esteio principal, dos nos sos recursos sobre o exterior?

Ve

pansão do produto era sufocada fora,

remos nas manchetes de nossos" jor

nais, como há dias, algo que se asse

Nunca se viu, de maneira alguma, en-

Não nos' percamos. Também somos contrários à literatura de interroga

planificação de forma a assegurar-nos

como era sacrificada

internamente.

Estudos e concretização de um mí nimo de reivindicações externas quan-

I,

melhe à notícia de que o Brasil esta-

>


70

do outro lado?

Digesto Econômico

Digesto Econômico Já se cuidou de fir

71

trc os produtos da terra, seja o tri

ria disposto a importar borracha sin tética?

Associação Comercial, já escrevia so

go, o algodão, o arroz, o Unho, ou ou tro qualquer, produtos considerados básicos na economia de um meio, que conseguisse suportar tão rigorosos castigos. Pois o café o suportou até

bre o temor de se verificar que al gum dia o Brasil, o maior produtor de

mar preços para as reexportações do

nosso café, para não prejudicar as ex portações diretas, futuras?

No segundo número do Boletim da

café do mundo, não tivesse café pa ra vender. Riqueza apenas em volu me mas não isoladamente para os

que a mantêm c a exploram, o café tanto sofreu dos que, com a melhor

das intenções, quiseram

protegê-lo,

que se viu abandonado por outras ex

plorações onde a concorrência é mais possível, vigorosa e , permanente.

Bsse produto era um meio e não

um fim para a economia e a finança de muitas nações que o recebiam de nós. Já em junho de 1936, em os

Aspetüs irônicos da economia do café" eu publicava no "O Observa dor Econômico e Financeiro", um artigo no qual provava que a Itália, •importando, no ano anterior, 439.252 sacas de café brasileiro, dispendêu, adquirindo-o, apenas 60.480.000 cru

zeiros, enquanto que os direitos que em seus portos arrecadava, pelo mes

mo café, excediam a 606.800.000 cruzeíros 1 O valor do produto represen tava apenas 9,9% dos impostos que o gravavam na entrada, em seus portos.

Na Alemanha essa porcentagem subiu a 28,6% e na Espanha, 44,7%. A ex

ções.

Somos, por exemplo, por uma

duto nos mercados do exterior.

Cré-

to a.facilidades para a entrada do pre dito e liberdade. Liberdade, especial

mente.

hoje; c além desses e outros casti

um futuro, embora remoto, mais con-

gos, poderíamos citar os acenos que

outras culturas. fizeram aos capitais,

scntâneo com as nossas possibilida des. Devemos estimular os que já

Henry, quando nos deleitamos nestes velhos problemas da economia do

de forma a que o esteio da nossa ba

produziran^, os que produzem e a

Brasil:

Nunca nos esqueçamos -le

"O Estado sempre foi ma"ü

lança comercial íôsse em boa parte

própria prbdução futura.

abandonado à sua jirópria sorte.

orientação que sirvam de estímulo à

negociante e muito mau industrial". A liberdade, acrescenta Nittí, aiufU permanece condição absoluta de todo

As estatísticas estão aí a provar que o nosso produto principal não supor tará um nível maior de procura se sc reabrirem, mesmo que seja nos índi ces dos anos anteriores à guerra, os

replantação

o progresso

mercados

consumidores

de

das

Preços e

nossas zonas boas.

Coisas# que deverão desaparecer no a|»ós-giierra A indústria dos direitos sôbre o café

todo ' o

mundo. E seria interessante e suges

Dírellos pcT

Direitos em Cf 5

Valor do café

100 qiriios

dio em 1935

SC. de 60 k.

arrecadados

8 bordo

LIt

1.600

Cr$ 1,439

1.381,44

606.800,262,00

60.480,825.00

871.Q07

RM 160

.. 5,224

501,50

- 436 813,494.00

.125225,399,00

..Espalha(1)70.407

pes. 215

..

308,43

21.716 264,00

- 9.758,285.00

Sacas

PAÍSES Importadas

tivo até, se considerássemos a possi

193S

Direitos por Cambio mé

bilidade de um aumento de consumo. Para isso contribuem o nível zero dos

Itália . . . 439.252

estoques europeus, a possibilidade de desaparecerem as graves barreiras

Alemanha

que o cerceavam na sua expansão e,

quiçá, a abertura

de

2.391

mercados dos

quajs nunca anteriormente noç servi

(1) Estatísticas publicadas por Mário Bani em «Aspetos irônicos da Econo

mos, tais como os da Rússia, China, médio Oriente, etc. Onde encontrar o café para isso? Que fazemos para preparar a produção em futuro, senão

mia do Café, no «O Observador Econômico e Financeiro» de junho de 1936.

breve pelo menos remoto, assegurando-nos a continuidade da hegemonia da produção do produto que sempre foi a base, o esteio principal, dos nos sos recursos sobre o exterior?

Ve

pansão do produto era sufocada fora,

remos nas manchetes de nossos" jor

nais, como há dias, algo que se asse

Nunca se viu, de maneira alguma, en-

Não nos' percamos. Também somos contrários à literatura de interroga

planificação de forma a assegurar-nos

como era sacrificada

internamente.

Estudos e concretização de um mí nimo de reivindicações externas quan-

I,

melhe à notícia de que o Brasil esta-

>


73

Digesto Econômico

R que ficou reduzida a economia francesa

atingem 80 milhões de libras em obri gações e 50 milhões em saldos bancá rios. Segundo acordo assinado entre

com conseqüências funestas ou, pelo

a Grã-Bretanha e as autoridades do

Emergindo do càos em que a manteve a ocupação na

no mês de fevereiro passado, cada par

para o movimento de aproximação com a França, considerando-se êsse enten dimento como um passo inicial para

zista, a França procura melhorítr as suas condições in

te se comprometeu a manter ilimitada

a constituição de um bloco econômi

ternas, articuiando-se no exterior com a Inglaterra num

mente o meio circulante

de outra,

co que reuniria também a Holanda e

bloco de que também fariam

sem colateral em ouro ou garantia, ex ceto se para um esforço dc equilíbrio que as circunstâncias de guerra pu

a Bélgica, entrosando-se êsses países num sistema que, iniciado com as três nações, poderia progredir, estenden

dessem permitir.

do-se a

Império Colonial Francês, em Argel,

parte

a

Holanda

c

a

Bélgica.

AO libcrtar-se do jugo alemão, a i" rança reconquistou a sua sobe

rania, com a qual reingressa no con certo internacional, vindo ocupar, ao

lado das outras nações, ó lugar que Ibe compete na civilização ocidental,

Ide que, se afastara.

As dificuldades de transporte, como c natural, têm repercussão inwdiata

na produçião, paralisando a indústria e dificultando os traballios agrícolas, o que vem determinar a carência dc

gêneros

alimentícios.

Efetivamente

são muito más as condições dc ali-'

Ao isolamento, a qúe a forçou o

mentação do país, cuja população vem

invasor nazista, se sucederá um pe-

passando dias de terrível provação. Campeia o mercado negro, em que

•| ríodo de reconstrução interna e de leP ajustamento e.xterior, cm que a na..çâo terá de desenvolver um esforço que as suas condições econômicas não

serão estranhas. Começam a chegarnos de fonte inglesa as pririiciras no

tícias a respeito da situação financei

o franco é cotado numa base dc 900

unidades por 1 libra esterlina. lar-ouro está a 1.150 francos.

O dôPara

que sejam melhoradas as comunica

outras continuam a produzir apare

que

lhos de tipo militar.

esboçam

na

sua

política

econômica.

gem' algumas idéias reformistas, pre conizando a nacionalização de certas

mente danificados os meios de comu nicações e transportes. Somente, os . prejf/ízos sofridos pelos sistemas télc-

indústrias mais importantes. Dc um modo geral, porém, os írancêsés sc

^ gráfico e telefônico foram calculados Avalia-se

j em 3 mil o número de pontes destruí das.

êsse

outras

nacionalidades euro

péias.

ria, assim, oportunidade para acumu

num sistema que, iniciado com as três

Acresce notar, porém,

Além disso a colaboração inglesa

terá um significado político valioso, não só de necessidade no presente,

ração de sua economia interna, colo cando-a, enquanto estiver ainda ma-

como de influência benéfica no futu

leável, dentro de quadros diferentes,

ro, pois a França não poderia esque

em que se reajustem os seus diversos

cer a cooperação britânica para o seu

setores e pelos quais já abandonado

reerguimento econômico.

o grande protecionismo em relação à

Ao contrá

rio a sua recusa a essa colaboração te

pequena agricultura, que é considera

ria .repercussão

da ineficiente e deficitária.

política

duradoura,

O material rodante é escasso.

manifestam contrários à economia in

para

paca

ça deverá proceder a uma reestrutu

teiramente planificada. A tendência exterior é

que,

terra, a Holanda e a Bélgica, a Fran

lar saldos em francos.

Quanto à política econômica, sur

As devastações no interior do país foram grandes, achando-se completa

em 6 milhões de francos.

Crê-se que

acordo será prorrogado, uma vez que traria vantagens à Inglaterra que te

ções", algumas fábricas já estão fabri cando aviões de transporte, enquanto

ra da França e das tendências e idéias

se

menos, pouco desejáveis. Na Inglaterra olha-se com simpatia

uma

aproximação com a Inglaterra, onde a

França tem atrativos que se acredita w.tLyex.clUliiuju.-A.L'..;...


73

Digesto Econômico

R que ficou reduzida a economia francesa

atingem 80 milhões de libras em obri gações e 50 milhões em saldos bancá rios. Segundo acordo assinado entre

com conseqüências funestas ou, pelo

a Grã-Bretanha e as autoridades do

Emergindo do càos em que a manteve a ocupação na

no mês de fevereiro passado, cada par

para o movimento de aproximação com a França, considerando-se êsse enten dimento como um passo inicial para

zista, a França procura melhorítr as suas condições in

te se comprometeu a manter ilimitada

a constituição de um bloco econômi

ternas, articuiando-se no exterior com a Inglaterra num

mente o meio circulante

de outra,

co que reuniria também a Holanda e

bloco de que também fariam

sem colateral em ouro ou garantia, ex ceto se para um esforço dc equilíbrio que as circunstâncias de guerra pu

a Bélgica, entrosando-se êsses países num sistema que, iniciado com as três nações, poderia progredir, estenden

dessem permitir.

do-se a

Império Colonial Francês, em Argel,

parte

a

Holanda

c

a

Bélgica.

AO libcrtar-se do jugo alemão, a i" rança reconquistou a sua sobe

rania, com a qual reingressa no con certo internacional, vindo ocupar, ao

lado das outras nações, ó lugar que Ibe compete na civilização ocidental,

Ide que, se afastara.

As dificuldades de transporte, como c natural, têm repercussão inwdiata

na produçião, paralisando a indústria e dificultando os traballios agrícolas, o que vem determinar a carência dc

gêneros

alimentícios.

Efetivamente

são muito más as condições dc ali-'

Ao isolamento, a qúe a forçou o

mentação do país, cuja população vem

invasor nazista, se sucederá um pe-

passando dias de terrível provação. Campeia o mercado negro, em que

•| ríodo de reconstrução interna e de leP ajustamento e.xterior, cm que a na..çâo terá de desenvolver um esforço que as suas condições econômicas não

serão estranhas. Começam a chegarnos de fonte inglesa as pririiciras no

tícias a respeito da situação financei

o franco é cotado numa base dc 900

unidades por 1 libra esterlina. lar-ouro está a 1.150 francos.

O dôPara

que sejam melhoradas as comunica

outras continuam a produzir apare

que

lhos de tipo militar.

esboçam

na

sua

política

econômica.

gem' algumas idéias reformistas, pre conizando a nacionalização de certas

mente danificados os meios de comu nicações e transportes. Somente, os . prejf/ízos sofridos pelos sistemas télc-

indústrias mais importantes. Dc um modo geral, porém, os írancêsés sc

^ gráfico e telefônico foram calculados Avalia-se

j em 3 mil o número de pontes destruí das.

êsse

outras

nacionalidades euro

péias.

ria, assim, oportunidade para acumu

num sistema que, iniciado com as três

Acresce notar, porém,

Além disso a colaboração inglesa

terá um significado político valioso, não só de necessidade no presente,

ração de sua economia interna, colo cando-a, enquanto estiver ainda ma-

como de influência benéfica no futu

leável, dentro de quadros diferentes,

ro, pois a França não poderia esque

em que se reajustem os seus diversos

cer a cooperação britânica para o seu

setores e pelos quais já abandonado

reerguimento econômico.

o grande protecionismo em relação à

Ao contrá

rio a sua recusa a essa colaboração te

pequena agricultura, que é considera

ria .repercussão

da ineficiente e deficitária.

política

duradoura,

O material rodante é escasso.

manifestam contrários à economia in

para

paca

ça deverá proceder a uma reestrutu

teiramente planificada. A tendência exterior é

que,

terra, a Holanda e a Bélgica, a Fran

lar saldos em francos.

Quanto à política econômica, sur

As devastações no interior do país foram grandes, achando-se completa

em 6 milhões de francos.

Crê-se que

acordo será prorrogado, uma vez que traria vantagens à Inglaterra que te

ções", algumas fábricas já estão fabri cando aviões de transporte, enquanto

ra da França e das tendências e idéias

se

menos, pouco desejáveis. Na Inglaterra olha-se com simpatia

uma

aproximação com a Inglaterra, onde a

França tem atrativos que se acredita w.tLyex.clUliiuju.-A.L'..;...


Pode-se substituir a chuva ? 75

Digesto Econômico

São Paulo, aliás, já há anos, iniciou"^ considerando

que não podem deixar de ser conside radas anormais.

I

O período de estação seca tende a prolongar-se cada vez maís. È a quantidade de chuvas que caem em

A fim de 'screm evitados os prejuízos

rar que o problema da irrigação de largos setores do país é tão funda mental para a segurança econômica

decorrentes dos períodos cíclicos das

encanto.

da nação quanto o combate à erosão ao porvir dos Estados Unidos. São

secas, o A. mostra a necessidade de

que se tenha começado um trabalho

palavras textuais

irrígatório

mexicano:

realização de uma política de irriga

novembro a abril. Contrariamente

ção das terras em larga escala.

o que- estamos agora contemplando é

a divisão do clima estadual em dois

pcrío(Ío.s definidos: o da seca quase absoluta e o do excesso de chuvas. Quer isso dizer que, queiramos ou não aceitar o fato, estamos às vol

de

vulto. Nos

Estados

Unidos, no Colorado, as terras

em cinco ou seis meses do ano, de

com certa regularidade em nosso meio,

O mesmo fato aconteceu onde quer

ser realizada uma "política de irriga

ambos conjugaram esforços, visando a

cas, quando as chuvas se distribuíam

a ter nessa zona do Estado uma pro

ção" em nosso Estado.

nosso Estado concentra-se sobretudo ao que nos acontecia em outras-épo

Por isso, habilitou-se

dução risícola abundante c rcmune-

á cerca de dois anos, o Estado

climatológicas,

le do Paraíba.

radorã. A valorização do solo, mercê da irrigação, nesse quadrante de nos sa terra, operou-se como que por

Por CRISTÓVAM DANTAS

de São Paulo vem sendo tortu

nantes que os norte-americanos es tão obtendo com os seus projetos irrigatórios no Oeste. Um economista mexicano chegou ao ponto de asseve

Uma "política de lrri$«acão" para S. Paailo

rado por condições

Ao homem e ao produtor rural por certo não 6 dado corrigir os capri chos da natureza. Pode, no entanto,

quando sabe agir

com

inteligência,

que

São'' Paulo está, portanto, a exem plo de tantos outros povos, antigos ou

importância econômica.

modernos, na obrigação Imediata de

No México, cm seu planalto, ou me- ^ levar a efeito uma política de irriga

gicas mais ou menos idênticas às de São Paulo.

Ora, como é nessa re

gião que se situa o centro de gravi

nidade aprendeu a irrigar, por causa

dade da economia agrícola nacional c

água que, sob o ponto de vista da agricultura e da pecuária, é desvan-

do flagelo das secas.

a zona dotada de maior poder de pro

contemporâneo, essa prática se difun-

Circunstâncias dessa natureza não

siva a quase todos os povos modernos.

afetaram nem afetam apenas a nós. Em outros países sucederam c conti

Na Argentina, no Peru, nos Estados Unidos, na Venezuela, no Chile, cm Cuba, a irrigação é uma imposição, por assim dizer, da irregularidade cli-

nuam a suceder fenômenos dessa na tureza.

Justiça, porém, se faça aos gover nantes e aos governados de nações.

outras

Percebendo as mesmas in

conveniências do estado de coisas, que

-já existe igualmente em São Paulo,

matológica e da cultura intensiva. Os capitais- colocados cm trabalhos irrigatórios são consideráveis, o que de monstra a alta importância que se li ga a empreendimentos dessa natureza.

pulação."

Iorque, não obstante a sua elevada

estão rcpontando condições climatoló

'diu de La! natureza que é hoje exten

gar parte apreciável de suas terras,

te par^a o sustento de sua própria po

no Oeste, valem iioje mais do que os melhores solos do Estado de Nova

distribuição das chuvas, apelando pa

E,_ no mundo

agrônomo

está fadado a não produzir o bastan

diques

lhor. em sua "meseta", há anos que

Desde épocas imemoriais, a huma

um

construção de seus grandes

neutralizar os inconvenientes da niá ra a irrigação.

de

O México, se não irri

passaram a ser irrigávcis, depois da

tas com um regime de distribuição de

tajoso e inconveniente.

os resultados impressio

a irrigação em certos .setores do Va

dutividade, é natural cjue

o

Estado

pense em tornar esses solos mais pro

dutivos. Por isso, apelou para um programa irrígatório em larga escala,

ção em condições de garantir, senão de elevar, o volume de sua produção agrícola.

Se não agirmos com von

tade realizadora, teremos de

as.5Ístir

aos mesmos espetáculos acabrimhadorcs de períodos cíclicos de sêcas e de cstios prolongados, semeando eni to dos os escaninhos de nosso organismo geográfico e social o desânimo, a des crença, e o abandono das lides agrá

rias, com graves prejuízos para a vi- j

da organizada do Estado e da Nação. „

i


Pode-se substituir a chuva ? 75

Digesto Econômico

São Paulo, aliás, já há anos, iniciou"^ considerando

que não podem deixar de ser conside radas anormais.

I

O período de estação seca tende a prolongar-se cada vez maís. È a quantidade de chuvas que caem em

A fim de 'screm evitados os prejuízos

rar que o problema da irrigação de largos setores do país é tão funda mental para a segurança econômica

decorrentes dos períodos cíclicos das

encanto.

da nação quanto o combate à erosão ao porvir dos Estados Unidos. São

secas, o A. mostra a necessidade de

que se tenha começado um trabalho

palavras textuais

irrígatório

mexicano:

realização de uma política de irriga

novembro a abril. Contrariamente

ção das terras em larga escala.

o que- estamos agora contemplando é

a divisão do clima estadual em dois

pcrío(Ío.s definidos: o da seca quase absoluta e o do excesso de chuvas. Quer isso dizer que, queiramos ou não aceitar o fato, estamos às vol

de

vulto. Nos

Estados

Unidos, no Colorado, as terras

em cinco ou seis meses do ano, de

com certa regularidade em nosso meio,

O mesmo fato aconteceu onde quer

ser realizada uma "política de irriga

ambos conjugaram esforços, visando a

cas, quando as chuvas se distribuíam

a ter nessa zona do Estado uma pro

ção" em nosso Estado.

nosso Estado concentra-se sobretudo ao que nos acontecia em outras-épo

Por isso, habilitou-se

dução risícola abundante c rcmune-

á cerca de dois anos, o Estado

climatológicas,

le do Paraíba.

radorã. A valorização do solo, mercê da irrigação, nesse quadrante de nos sa terra, operou-se como que por

Por CRISTÓVAM DANTAS

de São Paulo vem sendo tortu

nantes que os norte-americanos es tão obtendo com os seus projetos irrigatórios no Oeste. Um economista mexicano chegou ao ponto de asseve

Uma "política de lrri$«acão" para S. Paailo

rado por condições

Ao homem e ao produtor rural por certo não 6 dado corrigir os capri chos da natureza. Pode, no entanto,

quando sabe agir

com

inteligência,

que

São'' Paulo está, portanto, a exem plo de tantos outros povos, antigos ou

importância econômica.

modernos, na obrigação Imediata de

No México, cm seu planalto, ou me- ^ levar a efeito uma política de irriga

gicas mais ou menos idênticas às de São Paulo.

Ora, como é nessa re

gião que se situa o centro de gravi

nidade aprendeu a irrigar, por causa

dade da economia agrícola nacional c

água que, sob o ponto de vista da agricultura e da pecuária, é desvan-

do flagelo das secas.

a zona dotada de maior poder de pro

contemporâneo, essa prática se difun-

Circunstâncias dessa natureza não

siva a quase todos os povos modernos.

afetaram nem afetam apenas a nós. Em outros países sucederam c conti

Na Argentina, no Peru, nos Estados Unidos, na Venezuela, no Chile, cm Cuba, a irrigação é uma imposição, por assim dizer, da irregularidade cli-

nuam a suceder fenômenos dessa na tureza.

Justiça, porém, se faça aos gover nantes e aos governados de nações.

outras

Percebendo as mesmas in

conveniências do estado de coisas, que

-já existe igualmente em São Paulo,

matológica e da cultura intensiva. Os capitais- colocados cm trabalhos irrigatórios são consideráveis, o que de monstra a alta importância que se li ga a empreendimentos dessa natureza.

pulação."

Iorque, não obstante a sua elevada

estão rcpontando condições climatoló

'diu de La! natureza que é hoje exten

gar parte apreciável de suas terras,

te par^a o sustento de sua própria po

no Oeste, valem iioje mais do que os melhores solos do Estado de Nova

distribuição das chuvas, apelando pa

E,_ no mundo

agrônomo

está fadado a não produzir o bastan

diques

lhor. em sua "meseta", há anos que

Desde épocas imemoriais, a huma

um

construção de seus grandes

neutralizar os inconvenientes da niá ra a irrigação.

de

O México, se não irri

passaram a ser irrigávcis, depois da

tas com um regime de distribuição de

tajoso e inconveniente.

os resultados impressio

a irrigação em certos .setores do Va

dutividade, é natural cjue

o

Estado

pense em tornar esses solos mais pro

dutivos. Por isso, apelou para um programa irrígatório em larga escala,

ção em condições de garantir, senão de elevar, o volume de sua produção agrícola.

Se não agirmos com von

tade realizadora, teremos de

as.5Ístir

aos mesmos espetáculos acabrimhadorcs de períodos cíclicos de sêcas e de cstios prolongados, semeando eni to dos os escaninhos de nosso organismo geográfico e social o desânimo, a des crença, e o abandono das lides agrá

rias, com graves prejuízos para a vi- j

da organizada do Estado e da Nação. „

i


77

Dígesto Econômico

PiU{A A AITOKIA O que se fez com a lei de empréstimos e arrendamentos C< òmentc o futuro

poderá

dizer

com segurança da importância

Como

nasceu,

se

triunfou nos Estados

desenvolveu

e

Unidos a idéia

alcance e significação da Lei de Em

de auxilio aos Aliados, por intermé

préstimos e Arrendamentos. Ela re

dio de uma lei de comércio interna

presenta

no

terreno

econômico

maior esforço de colaboração

o

por

parte dos Estados Unidos para a vi

cional, cujos termos, deixando

de

basear-se no lucro pecuniário, se orien tassem pelo objetivo moral de vi tória total sobre o inimigo comum.

tória aliada.

recerttemente, sob o títu 1lo Publicado de Lend-Lease Weapon for Victory (Empréstimos e Arrendamentos

^arma da vitória), o livro do Sr. E. R. Stettinius, antigo

administrador

da Lei e atualmente sub-secretário de

ziam de cada pais vencido uma presa incrme nas mãos do país vencedor,

comprador. Não triunfara a distinção

que se constituía em ameaça para os

mas realizara-se algum progresso so

demais.

fazer

bre a idéia de abstenção integral c

distinção entre países agressores c países agredidos, estabelecendo-se um

predeterminada. No dia 4 de novem bro de 1939 o Cash-and-carry (" Píi*

conceito de ordem moral no julga mento de cada qual. Se era injusta,

gue e leve") tornou-se a lei.

Tornou-se

necessário

por princípio, a agressão, era justa a reação do agredido que, por êsse mo tivo, merecia ajuda. Os círculos mais representativos do pensamento da nação entraram a mo

rígida neutralidade, com que se man tivessem alheios a tôda questão bé lica surgida entre povos estranhos

sem levar em conta qualquer conside ração de ordem moral, como, por

vimentar-se, solicitando a reforma do Neutrality Act. Não foi fácil, entre tanto, conseguir a revisão da lei, que se encontrava alicerçada na opinião

de uma grande parte da população. Depois da queda da Polônia, em cujo auxílio foram a França e a Inglater

entre países agressores e agredidos,

Alguns dias depois era estabelecida nos Estados Unidos a Comissão dc

Compra da Inglaterra. Sob a direção

de Jean F. Bloch-Lainé, constituiu-sc a missão francesa. Mais tarde foi cria

da a Comissão de Coordenação Anglo-Franccsa. Em começo de novem bro de 1939, o presidente RoosevcU

determinou que, sob a orientação do secretário Morgenthau, a Comissão de Ligação, recém-nomeada, dispensasse assistência e acompanhasse os traba

Estado norte-americano, nos permite uma visão de conjunto, pela qual po

exemplo, a diferença.de condições en

demos assistir ao nascimento da idéia, acom{>anhar-Ihe o desenvolvimento,

agressora. Ambas deviam receber idên-

ra, os Estados Unidos ainda manti

dico tratamento, isto é, uma mesma

nham a lei. Ao proclamar a neutrali

vê-la transformada em lei e finalmen

recusa de auxílio, tanto "de ordem fi

te tomar conhecimento da extensão e

nanceira como de qualquer outra na tureza. Êsse ponto de vista achava-se

dade norte-americana, o presidente Roosevelt, quando da declaração de

para o 1.° semestre de 1940, três vê zes maiores do que para todo o cor

guerra daqueles

rer de 1939 — mais de 8.000 aeroplamòs e 13.000 motores. O total de aero-

grau de sua aplicação, a princípio so

tre

uma' nação

agredida

no

e

Neutrality

outra

Act

países europeus à

mente na Inglaterra e depois em ou

consubstanciado

tros países, cuja inclusão se ia fa

(Lei de Neutralidade), arvorada em

embarques de armamento para as na

zendo à medida que o movimento ar mado tomava maiores, proporções c abrangia maior número de povos. • A guerra passada, em que os Esta dos Unidos tomaram parte, criou nes

salvaguarda dos Estados Unidos con

ções beligerantes. Convocado em mea

tra qualquer tentativa de cooperação em movimento armado de que parti cipassem países estrangeiros em luta

dos de setembro de 1939 e depois de inúmeros debates, veio finalmente o Congresso a aceitar a reforma da Lei

uns contra os outros.

de Neutralidade.

se país uma mentalidade pacifista que desejava o isolamento da naçãò, livrando-a a todo transe do perigo de se deixar envolver por novo conflito. Para isso acreditavaTse que a atua

ção internacional dos Estados Unidos

devia ser pautada num princípio de

Alemanha, punha embargo a todos os

Foi aceito o princípio de que, uma

Reforma do Neutrality Act

lhos de compra da Comislo AngloI Francesa. Foram feitas encomendas,

planos militares encomendados de L° de janeiro de 1939 a fins de junho de

1940 e.Ievou-se, assim, a. 10.800 apare lhos. /

A falta de necessário ajustamento e adaptação da indústria norte-amefi* cana fez, entretanto, com que não P"*

vez que os países interessados viessem

dessem ser embarcados para a Inglâ,

buscar os armamentos com seus pró

essa concepção começou a sofrer aba

prios navios e os pagamentos fossem

terra mais do que 104 aeroplanos 6. para a França, .157. A essa altura

los. Apareceram as primeiras críticas. Verificava-se que a guerra era movi

feitos a -dinheiro, os Estados Unidos

Linha Maginot liavia sido flanqiiead

devcriaiTi vender tudo o que fôsse jul gado necessário para a defesa do país

zinhanças do Canal dá Mancha.

Ante as sucessivas invasões nazistas

da por intuitos de conquista, que,fa-

e os nazistas se encontravam nas vi'


77

Dígesto Econômico

PiU{A A AITOKIA O que se fez com a lei de empréstimos e arrendamentos C< òmentc o futuro

poderá

dizer

com segurança da importância

Como

nasceu,

se

triunfou nos Estados

desenvolveu

e

Unidos a idéia

alcance e significação da Lei de Em

de auxilio aos Aliados, por intermé

préstimos e Arrendamentos. Ela re

dio de uma lei de comércio interna

presenta

no

terreno

econômico

maior esforço de colaboração

o

por

parte dos Estados Unidos para a vi

cional, cujos termos, deixando

de

basear-se no lucro pecuniário, se orien tassem pelo objetivo moral de vi tória total sobre o inimigo comum.

tória aliada.

recerttemente, sob o títu 1lo Publicado de Lend-Lease Weapon for Victory (Empréstimos e Arrendamentos

^arma da vitória), o livro do Sr. E. R. Stettinius, antigo

administrador

da Lei e atualmente sub-secretário de

ziam de cada pais vencido uma presa incrme nas mãos do país vencedor,

comprador. Não triunfara a distinção

que se constituía em ameaça para os

mas realizara-se algum progresso so

demais.

fazer

bre a idéia de abstenção integral c

distinção entre países agressores c países agredidos, estabelecendo-se um

predeterminada. No dia 4 de novem bro de 1939 o Cash-and-carry (" Píi*

conceito de ordem moral no julga mento de cada qual. Se era injusta,

gue e leve") tornou-se a lei.

Tornou-se

necessário

por princípio, a agressão, era justa a reação do agredido que, por êsse mo tivo, merecia ajuda. Os círculos mais representativos do pensamento da nação entraram a mo

rígida neutralidade, com que se man tivessem alheios a tôda questão bé lica surgida entre povos estranhos

sem levar em conta qualquer conside ração de ordem moral, como, por

vimentar-se, solicitando a reforma do Neutrality Act. Não foi fácil, entre tanto, conseguir a revisão da lei, que se encontrava alicerçada na opinião

de uma grande parte da população. Depois da queda da Polônia, em cujo auxílio foram a França e a Inglater

entre países agressores e agredidos,

Alguns dias depois era estabelecida nos Estados Unidos a Comissão dc

Compra da Inglaterra. Sob a direção

de Jean F. Bloch-Lainé, constituiu-sc a missão francesa. Mais tarde foi cria

da a Comissão de Coordenação Anglo-Franccsa. Em começo de novem bro de 1939, o presidente RoosevcU

determinou que, sob a orientação do secretário Morgenthau, a Comissão de Ligação, recém-nomeada, dispensasse assistência e acompanhasse os traba

Estado norte-americano, nos permite uma visão de conjunto, pela qual po

exemplo, a diferença.de condições en

demos assistir ao nascimento da idéia, acom{>anhar-Ihe o desenvolvimento,

agressora. Ambas deviam receber idên-

ra, os Estados Unidos ainda manti

dico tratamento, isto é, uma mesma

nham a lei. Ao proclamar a neutrali

vê-la transformada em lei e finalmen

recusa de auxílio, tanto "de ordem fi

te tomar conhecimento da extensão e

nanceira como de qualquer outra na tureza. Êsse ponto de vista achava-se

dade norte-americana, o presidente Roosevelt, quando da declaração de

para o 1.° semestre de 1940, três vê zes maiores do que para todo o cor

guerra daqueles

rer de 1939 — mais de 8.000 aeroplamòs e 13.000 motores. O total de aero-

grau de sua aplicação, a princípio so

tre

uma' nação

agredida

no

e

Neutrality

outra

Act

países europeus à

mente na Inglaterra e depois em ou

consubstanciado

tros países, cuja inclusão se ia fa

(Lei de Neutralidade), arvorada em

embarques de armamento para as na

zendo à medida que o movimento ar mado tomava maiores, proporções c abrangia maior número de povos. • A guerra passada, em que os Esta dos Unidos tomaram parte, criou nes

salvaguarda dos Estados Unidos con

ções beligerantes. Convocado em mea

tra qualquer tentativa de cooperação em movimento armado de que parti cipassem países estrangeiros em luta

dos de setembro de 1939 e depois de inúmeros debates, veio finalmente o Congresso a aceitar a reforma da Lei

uns contra os outros.

de Neutralidade.

se país uma mentalidade pacifista que desejava o isolamento da naçãò, livrando-a a todo transe do perigo de se deixar envolver por novo conflito. Para isso acreditavaTse que a atua

ção internacional dos Estados Unidos

devia ser pautada num princípio de

Alemanha, punha embargo a todos os

Foi aceito o princípio de que, uma

Reforma do Neutrality Act

lhos de compra da Comislo AngloI Francesa. Foram feitas encomendas,

planos militares encomendados de L° de janeiro de 1939 a fins de junho de

1940 e.Ievou-se, assim, a. 10.800 apare lhos. /

A falta de necessário ajustamento e adaptação da indústria norte-amefi* cana fez, entretanto, com que não P"*

vez que os países interessados viessem

dessem ser embarcados para a Inglâ,

buscar os armamentos com seus pró

essa concepção começou a sofrer aba

prios navios e os pagamentos fossem

terra mais do que 104 aeroplanos 6. para a França, .157. A essa altura

los. Apareceram as primeiras críticas. Verificava-se que a guerra era movi

feitos a -dinheiro, os Estados Unidos

Linha Maginot liavia sido flanqiiead

devcriaiTi vender tudo o que fôsse jul gado necessário para a defesa do país

zinhanças do Canal dá Mancha.

Ante as sucessivas invasões nazistas

da por intuitos de conquista, que,fa-

e os nazistas se encontravam nas vi'


(^ds símbok rej^resenü o mbrckH,000.000,000 de úoísks /■m. mteriaís

Digesto Econômico

79

O colapso da França

W

X Mimriivs

que alemão ao Novo Mundo — do que Dakar, de onde seria desencadea

Toniavam-se sombrias as perspecti vas na Europa. Winston Churchill

c

Paul Reynaud lançavam apelos à América. Apressaram-se os embarques. Em 14 de junbo de 1940 partiu da baía

de Gravesend o primeiro: compunhasc dc 48 caixas de canhões de campa

nha de 75 mm.; 28 milhões de pentes de munições para calibre 30; 15.000

terra.

Duvidava-se abertamente que

o espírito de isolacionismo. Pelo me nos ninguém mais o aceitava no ter

reno da economia.

Pregava-se fran

camente a colaboração econômica cuja proporção crescia sensivelmente.

12 navios deixavam a baía de Gra

ilha britânica. Verificou-se a chegada do primeiro navio a pòrto inglês em

Pfvcíulvã

à França, tomasse o rumo da Ingla terra, onde seria desembarcado.

pras nos Estados Unidos. Os advoga

A guerra, que a princípio se afigu

ck Pet/o!eo

Triunfo do' Lend-Lease

A nova idéia apareceu, pela primei ra vez, quando se começou a com preender que" à Inglaterra, cuja ex portação havia decrescido, faltariam cambiais cm dólares para as suas com

23 de junho, seis dias depois da queda da França. Foram dadas ordens para que o carregamento que se destinava

rava distante e em cuja possibilidade

não se acreditava, estava se aproxi

Agricoías

germânica espalhando o extermínio por tudo. Aumentou a cooperação dos Estados Pnldos em favor da Ingla

trava-se no mar a caminho da França,

vesend e Baltimorc em demanda da

Veiculou

Vroclutos

lidade. E a realidade era a violência

pudesse^ ser mantido por muito tempo

teiramente só. Antes do fim de junho

Motoire^

Miscebyies.

tanto, era uma ilusão que seria dissi pada ao primeiro contato com a rea

metralhadoras e 12.000 rifles. Encon

quando, a 17 de julho, o marechal Pétain solicitou armistício a Hitlcr. A Inglaterra ficava só. Mas não in

%

do esse ataque. O isolamento norte-americano, por

dos do Tesouro lembraram que, se gundo o veliio estatuto de 1892, o se cretário da Guerra poderia arrendar

mando dos Estados Unidos. Se Hitler assumisse o controle da Guiana Fran

propriedades

^

cesa, isolaria a nação norte-americana

quando, " a seu critério fôsse para o

do sul do continente e' poria uma

| \j

ameaça imediata sobre â zona do Ca

bem do povo", por um período não superior a cinco anos. Sob essa Ici

\\f\

nal do Panamá. Mesmo que essa ocupa •

Miscdaneg,

11

Materiais e

MQnufffturás 2

a

6

a

to

12

coHteans de M/ikÔes de Do/ares

das

Forças

Armadas,

" não ocupadas em serviço público *.

muitas vezes se haviam realizado ar

ção não se verificasse, não se podia

rendamentos de tratores, guindastes,

esquecer que. o sul dos Estados Uni dos estava mais distante da costa

do Exército.

tornos, barcaças e outros utensílios

oriental do Brasil contra a qual, supu

Sugeriu-se que o resultado do ar

nha-se, seria dirigido o primeiro ata-

rendamento fôsse aplicado no auxílio


(^ds símbok rej^resenü o mbrckH,000.000,000 de úoísks /■m. mteriaís

Digesto Econômico

79

O colapso da França

W

X Mimriivs

que alemão ao Novo Mundo — do que Dakar, de onde seria desencadea

Toniavam-se sombrias as perspecti vas na Europa. Winston Churchill

c

Paul Reynaud lançavam apelos à América. Apressaram-se os embarques. Em 14 de junbo de 1940 partiu da baía

de Gravesend o primeiro: compunhasc dc 48 caixas de canhões de campa

nha de 75 mm.; 28 milhões de pentes de munições para calibre 30; 15.000

terra.

Duvidava-se abertamente que

o espírito de isolacionismo. Pelo me nos ninguém mais o aceitava no ter

reno da economia.

Pregava-se fran

camente a colaboração econômica cuja proporção crescia sensivelmente.

12 navios deixavam a baía de Gra

ilha britânica. Verificou-se a chegada do primeiro navio a pòrto inglês em

Pfvcíulvã

à França, tomasse o rumo da Ingla terra, onde seria desembarcado.

pras nos Estados Unidos. Os advoga

A guerra, que a princípio se afigu

ck Pet/o!eo

Triunfo do' Lend-Lease

A nova idéia apareceu, pela primei ra vez, quando se começou a com preender que" à Inglaterra, cuja ex portação havia decrescido, faltariam cambiais cm dólares para as suas com

23 de junho, seis dias depois da queda da França. Foram dadas ordens para que o carregamento que se destinava

rava distante e em cuja possibilidade

não se acreditava, estava se aproxi

Agricoías

germânica espalhando o extermínio por tudo. Aumentou a cooperação dos Estados Pnldos em favor da Ingla

trava-se no mar a caminho da França,

vesend e Baltimorc em demanda da

Veiculou

Vroclutos

lidade. E a realidade era a violência

pudesse^ ser mantido por muito tempo

teiramente só. Antes do fim de junho

Motoire^

Miscebyies.

tanto, era uma ilusão que seria dissi pada ao primeiro contato com a rea

metralhadoras e 12.000 rifles. Encon

quando, a 17 de julho, o marechal Pétain solicitou armistício a Hitlcr. A Inglaterra ficava só. Mas não in

%

do esse ataque. O isolamento norte-americano, por

dos do Tesouro lembraram que, se gundo o veliio estatuto de 1892, o se cretário da Guerra poderia arrendar

mando dos Estados Unidos. Se Hitler assumisse o controle da Guiana Fran

propriedades

^

cesa, isolaria a nação norte-americana

quando, " a seu critério fôsse para o

do sul do continente e' poria uma

| \j

ameaça imediata sobre â zona do Ca

bem do povo", por um período não superior a cinco anos. Sob essa Ici

\\f\

nal do Panamá. Mesmo que essa ocupa •

Miscdaneg,

11

Materiais e

MQnufffturás 2

a

6

a

to

12

coHteans de M/ikÔes de Do/ares

das

Forças

Armadas,

" não ocupadas em serviço público *.

muitas vezes se haviam realizado ar

ção não se verificasse, não se podia

rendamentos de tratores, guindastes,

esquecer que. o sul dos Estados Uni dos estava mais distante da costa

do Exército.

tornos, barcaças e outros utensílios

oriental do Brasil contra a qual, supu

Sugeriu-se que o resultado do ar

nha-se, seria dirigido o primeiro ata-

rendamento fôsse aplicado no auxílio


mPBSA TOTAL M GUERRA 81

Dígesto Econômico

88% DE GASTOS DIFERENTES

à Inglaterra.

AUmiO PELA LEIDE EMPRÉSTIMOS E ARRENDAMENTOS

Ocorria apenas uma

dúvida,. pois concluiu-se que a limi

A essa política chamou o secretário

tação de prazo não poderia'ser esta

Stimson de "defesa defensiva — uma

belecida no caso. Não seria possível predeterminar a terminação da guer ra, fixando-a numa data certa. O ar

tém dentro de sua fronteira, à espera

ÃTÉ 50 DE JUNHO OEiÇNi

defesa pela qual o defensor se man

rendamento deveria ser feito de modo

de ser atacado, sem realizar nenhum esforço para conservar afastada a

a deixar brecha para um entendimen

ameaça

to cordial c cavalheiresco, sònienle

Unidos estariam comprando auxílio

Em verdade, os Estados

depois que se verificasse a derrota do

para sua defesa — não emprestando.

"eixo".

Haveria a considerar o "princípio de

Foi árdua a luta para fazer com

AUXILIO TOTAL PELA LEIDE EMPR.E ARRENO. 12.900.000.000DEPOL

estratégia errada de proteção própria.

preender ao povo norte-americano que o auxílio aos Aliados reverteria em

mutualidade" que autorizava os Es tados Unidos a aproxiniarem-se de nações que combatiam contra países

Coube ao

que haviam instituído a guerra como

advogado Cox preparar o esquema da Lei de Empréstimos e Arrendamen

"política nacional", contrariamente' às

tos, modelada sobre a • lei

Finalmente no dia 11 de março de 1941 o Lend-Lea#e-torn^va-se lei, pe

defesa da própria nação.

Pittman,

passada no verão de 1940, com o ob jetivo de conceder assistência finan ceira aos demais países do Continen te, aos quais ficava assegurado o di reito de aquisição de armamentos nos

leis de Direito Internacional.

la qual o govêrno norte-americano era

.autorizado a auxiliar toda nação, cuja defesa fosse julgada essencial para a dos Estados Unidos.

Estados Unidos. Redigida por Cox, a

Lei, de Empréstimos e Arrendamentos

Arsenal da Democracia

foi debatida e revista por vários se

Q

cretários de Estado, como Morgenthau, Stimson, Knox, Cordell Hull, e por muitas outras pessoas. Líderes

Nesse mesmo dia foram declaradas vitais para a defesa dos Estados Uni

do Congresso foram consultados. Sub metida à aprovação, sofreu novas re

Grécia, tendo-se autorizado embarques

visões e foi objeto de novas confe

rências. No dia 1.° de janeiro de 1941 foi apresentada ao Congresso. Muitas objeções foram aí levanta

das, contra a lei.

A principal provi-

6,2 BILHÕES

2.8 BILHÕES

I.ÇBILHQES

2 BILHÕES

nha contra a Iugoslávia, dando-sé, por fim, a invasão a 6 de abril seguinte.

- Não houve tempo para chegarem ã

perigo para os Estados Unidos, para os quais o Lend-Lease era assim uma

país com grandes dificuldades para

vam que a vitória nazista encerrasse

ÃmosimsTms /rnmm trabmho

de armamentos e munições para am•bos os países. A êsse tempo na Eu ropa aumentava a pressão da Alema

Grécia e à Iugoslávia os socorros que êsses povos solicitaram aos Esta dos Unidos. Aliás, lutava-sc neste

'nha de americanos que não acredita

■ mnigjEQ

dos as defesas da Inglaterra e da


mPBSA TOTAL M GUERRA 81

Dígesto Econômico

88% DE GASTOS DIFERENTES

à Inglaterra.

AUmiO PELA LEIDE EMPRÉSTIMOS E ARRENDAMENTOS

Ocorria apenas uma

dúvida,. pois concluiu-se que a limi

A essa política chamou o secretário

tação de prazo não poderia'ser esta

Stimson de "defesa defensiva — uma

belecida no caso. Não seria possível predeterminar a terminação da guer ra, fixando-a numa data certa. O ar

tém dentro de sua fronteira, à espera

ÃTÉ 50 DE JUNHO OEiÇNi

defesa pela qual o defensor se man

rendamento deveria ser feito de modo

de ser atacado, sem realizar nenhum esforço para conservar afastada a

a deixar brecha para um entendimen

ameaça

to cordial c cavalheiresco, sònienle

Unidos estariam comprando auxílio

Em verdade, os Estados

depois que se verificasse a derrota do

para sua defesa — não emprestando.

"eixo".

Haveria a considerar o "princípio de

Foi árdua a luta para fazer com

AUXILIO TOTAL PELA LEIDE EMPR.E ARRENO. 12.900.000.000DEPOL

estratégia errada de proteção própria.

preender ao povo norte-americano que o auxílio aos Aliados reverteria em

mutualidade" que autorizava os Es tados Unidos a aproxiniarem-se de nações que combatiam contra países

Coube ao

que haviam instituído a guerra como

advogado Cox preparar o esquema da Lei de Empréstimos e Arrendamen

"política nacional", contrariamente' às

tos, modelada sobre a • lei

Finalmente no dia 11 de março de 1941 o Lend-Lea#e-torn^va-se lei, pe

defesa da própria nação.

Pittman,

passada no verão de 1940, com o ob jetivo de conceder assistência finan ceira aos demais países do Continen te, aos quais ficava assegurado o di reito de aquisição de armamentos nos

leis de Direito Internacional.

la qual o govêrno norte-americano era

.autorizado a auxiliar toda nação, cuja defesa fosse julgada essencial para a dos Estados Unidos.

Estados Unidos. Redigida por Cox, a

Lei, de Empréstimos e Arrendamentos

Arsenal da Democracia

foi debatida e revista por vários se

Q

cretários de Estado, como Morgenthau, Stimson, Knox, Cordell Hull, e por muitas outras pessoas. Líderes

Nesse mesmo dia foram declaradas vitais para a defesa dos Estados Uni

do Congresso foram consultados. Sub metida à aprovação, sofreu novas re

Grécia, tendo-se autorizado embarques

visões e foi objeto de novas confe

rências. No dia 1.° de janeiro de 1941 foi apresentada ao Congresso. Muitas objeções foram aí levanta

das, contra a lei.

A principal provi-

6,2 BILHÕES

2.8 BILHÕES

I.ÇBILHQES

2 BILHÕES

nha contra a Iugoslávia, dando-sé, por fim, a invasão a 6 de abril seguinte.

- Não houve tempo para chegarem ã

perigo para os Estados Unidos, para os quais o Lend-Lease era assim uma

país com grandes dificuldades para

vam que a vitória nazista encerrasse

ÃmosimsTms /rnmm trabmho

de armamentos e munições para am•bos os países. A êsse tempo na Eu ropa aumentava a pressão da Alema

Grécia e à Iugoslávia os socorros que êsses povos solicitaram aos Esta dos Unidos. Aliás, lutava-sc neste

'nha de americanos que não acredita

■ mnigjEQ

dos as defesas da Inglaterra e da


iUJi'

82

Dígesfco Econômico

1

Digesto Econômico

83

/

procedcr-sc ao ajustamento

das in

dústrias à produção bélica.

A pro

mulgação do Lend-Lease, cujos auxí lios iniciais não conseguiram, entretan to, exercer influência

no curso dos

guc, a êsse tempo, à antiga Comissão de Ligação,.em contato direto com o presidente Roosevelt. Em princípio

300 milliões de dólares. O primeiro embarque de alimento se -verificou em 16 de abril, quando foram despacha

mente de Agricultura que, através das disposições da Lei de Emprcstimos c Arrendamentos, o govêrno forneceria

de maio foi nomeada uma nova co

das 100.000 caixas de leite cm pó,11.000 toneladas de c|ueijo e 11.000 toneladas

a manter o preço de porcos, lacticí-

de,ovos. Entrando a operar decisiva

nios, aves e ovos, num nível compen sador para os produtores. Segundo o

um subsídio aos lavradores, de modo

acontecimentos, criou, nos países de

missão que tomou o nome . de Divi são de Auxílio para Defesa, cuja che

mocráticos, um novo espírito de luta,

fia executiva foi confiada ao general-

ante a certeza de abastecimentos c

James H. Burns. Toda ordem para

da cooperação econômica

retirada de fundos ou toda concessão

mente, o Lend-Lease, com as suas procuras de abastecimento, imprimiu um impulso vigoroso na produção'ma-

traria a nação norte-americana, ês-

de fornecimentos ficavam, porém, su

se foi o primeiro resultado que

nufatureira geral, dos Estados Unidos.

ria elevada a 300 milhões de dúzias, a de leite deveria ter um aumento de_

jeitas à assinatura pessoal do presi

Até 1.° de maio do ano de 1941 a Di

6^ S^o, a de queijo seria acrescida de

visão de Auxílio havia empregado 1

1/3, a de tomates em conserva teria

que

llics

o

Lend-Lease apresentou para o esfor ço bélico aliado.

A administração da Lei de Emprés timos e Arrendamentos.estava entré-

dente da República. No início de seu trabalho a Divisão

de Auxílio para Defesa dispunha de um fundo equivalente a 8 bilhões

e

bilhão de dólares em equipamento c

um adicionamento de 15 milhões

provisões; quase 2 bilhões em aero

caixas e a área .destinada à plantação de soja, muito importante pela sua

naves ; pouco menos de I bilhão em

canhões, bombas e munições. de

mmcmm AUMEm m mpASAUAPAS

Mais

milhão foi destinado à constru

ção de barcos mercantes e ao fretamento de navios para transporte dos aprovisionamentos referentes ao Lend-

NA AUmUA E NOyA-ZELÃNDIA

Lease.

Em fins de agosto-' as enco-

mendas da Lei de Eiifpréstimos e Ar

C

e lürnecicU) peh pais sem despesa

WA vem dos EE.UU.

plano oficial, a produção de ovos se

de

proteína, que deveria substituir a car ne nas provisões do Lend-Lease —

teria uma expansão de 35%. Em agosto a administração da Lei de Empréstimos e Arrendamentos foi entregue ao Sr. E. R. Stettinius Jor. Simultâneamente estendia-se a ação

rendamentos se elevaram a mais dç

da Lei.

ZYi bilhões de dólares; ao término de dezembro alcançava um total supe

sua beneficiária era 6 de maio; logo depois foram aceitas a Bélgica, No ruega, Polônia « a Holanda. As re públicas vizinhas estavam ligadas

rior a

milhões de dólares.

Nu

merosas quantias foram também em

pregadas para construção de inúme ras fábricas e usinas, como a ins talação do grande estabelecimento de

Ford para a produção de bombas eni

_\Villou Run, o de Chrysler, em Detroit, para fabricação de tanques e dos estaleiros

de Kayser em

Ric.h-'

mond, na Califórnia. O programa

do

Lend-Lease

teve

A China fora incluida como

com os Estados Unidos para a defesa

^comum do hemisfério. 'Antes de Pearl Harbor

O principal òbstáculo para o au.dlio à China era a dificuldade de transporte. Não obstante, porém, os defeitos da estrada do Burma, foi pos

também assinalado efeito na produ

sível elevar os fornecimentos para a

ção de-gêneros alimentícios.

De co

China de 4.000 toneladas mensais, no

Departa-

começo de 1941, para 15.000 toncla-

meço foi anunciado

pelo


iUJi'

82

Dígesfco Econômico

1

Digesto Econômico

83

/

procedcr-sc ao ajustamento

das in

dústrias à produção bélica.

A pro

mulgação do Lend-Lease, cujos auxí lios iniciais não conseguiram, entretan to, exercer influência

no curso dos

guc, a êsse tempo, à antiga Comissão de Ligação,.em contato direto com o presidente Roosevelt. Em princípio

300 milliões de dólares. O primeiro embarque de alimento se -verificou em 16 de abril, quando foram despacha

mente de Agricultura que, através das disposições da Lei de Emprcstimos c Arrendamentos, o govêrno forneceria

de maio foi nomeada uma nova co

das 100.000 caixas de leite cm pó,11.000 toneladas de c|ueijo e 11.000 toneladas

a manter o preço de porcos, lacticí-

de,ovos. Entrando a operar decisiva

nios, aves e ovos, num nível compen sador para os produtores. Segundo o

um subsídio aos lavradores, de modo

acontecimentos, criou, nos países de

missão que tomou o nome . de Divi são de Auxílio para Defesa, cuja che

mocráticos, um novo espírito de luta,

fia executiva foi confiada ao general-

ante a certeza de abastecimentos c

James H. Burns. Toda ordem para

da cooperação econômica

retirada de fundos ou toda concessão

mente, o Lend-Lease, com as suas procuras de abastecimento, imprimiu um impulso vigoroso na produção'ma-

traria a nação norte-americana, ês-

de fornecimentos ficavam, porém, su

se foi o primeiro resultado que

nufatureira geral, dos Estados Unidos.

ria elevada a 300 milhões de dúzias, a de leite deveria ter um aumento de_

jeitas à assinatura pessoal do presi

Até 1.° de maio do ano de 1941 a Di

6^ S^o, a de queijo seria acrescida de

visão de Auxílio havia empregado 1

1/3, a de tomates em conserva teria

que

llics

o

Lend-Lease apresentou para o esfor ço bélico aliado.

A administração da Lei de Emprés timos e Arrendamentos.estava entré-

dente da República. No início de seu trabalho a Divisão

de Auxílio para Defesa dispunha de um fundo equivalente a 8 bilhões

e

bilhão de dólares em equipamento c

um adicionamento de 15 milhões

provisões; quase 2 bilhões em aero

caixas e a área .destinada à plantação de soja, muito importante pela sua

naves ; pouco menos de I bilhão em

canhões, bombas e munições. de

mmcmm AUMEm m mpASAUAPAS

Mais

milhão foi destinado à constru

ção de barcos mercantes e ao fretamento de navios para transporte dos aprovisionamentos referentes ao Lend-

NA AUmUA E NOyA-ZELÃNDIA

Lease.

Em fins de agosto-' as enco-

mendas da Lei de Eiifpréstimos e Ar

C

e lürnecicU) peh pais sem despesa

WA vem dos EE.UU.

plano oficial, a produção de ovos se

de

proteína, que deveria substituir a car ne nas provisões do Lend-Lease —

teria uma expansão de 35%. Em agosto a administração da Lei de Empréstimos e Arrendamentos foi entregue ao Sr. E. R. Stettinius Jor. Simultâneamente estendia-se a ação

rendamentos se elevaram a mais dç

da Lei.

ZYi bilhões de dólares; ao término de dezembro alcançava um total supe

sua beneficiária era 6 de maio; logo depois foram aceitas a Bélgica, No ruega, Polônia « a Holanda. As re públicas vizinhas estavam ligadas

rior a

milhões de dólares.

Nu

merosas quantias foram também em

pregadas para construção de inúme ras fábricas e usinas, como a ins talação do grande estabelecimento de

Ford para a produção de bombas eni

_\Villou Run, o de Chrysler, em Detroit, para fabricação de tanques e dos estaleiros

de Kayser em

Ric.h-'

mond, na Califórnia. O programa

do

Lend-Lease

teve

A China fora incluida como

com os Estados Unidos para a defesa

^comum do hemisfério. 'Antes de Pearl Harbor

O principal òbstáculo para o au.dlio à China era a dificuldade de transporte. Não obstante, porém, os defeitos da estrada do Burma, foi pos

também assinalado efeito na produ

sível elevar os fornecimentos para a

ção de-gêneros alimentícios.

De co

China de 4.000 toneladas mensais, no

Departa-

começo de 1941, para 15.000 toncla-

meço foi anunciado

pelo


64

85

Digesto Econômico

Digesto Econômico

O Brasil e o

intermédio . da. Lei de Empréstimos c

PRODUÇÃO AGRÍCOLA

Oitavo Exército

Arrendamentos, fizeram-se ainda sen tir em muitos outros pontos, forne

cendo rpcursos para combate à ma

DA GRÃ-BRETANHA

lária" e fundos pecuniários para con tratar aviadores dos Estados Unidos, a fim de aumentar a resistência con tra o Japão.

Não menos vitais para a sobrevi vência dos Aliados, eram as vias aé-reas. Ná primavera de 1941 a Lei de Empréstimos e Arrendamentos co

meçou a concorrer para o seu maior

suas tropas contra a Rússia, tornan do necessário o auxílio dos Estados

desenvolvimento. A êsse respeito foi valiosa a contribuição do Brasil que colocou à disposição dos Aliados os seus aeródromos, sem cuja cessão,

Unidos àquêle país. Realizados a prin

"o Oitavo E.xército" — traduzimos li

cípio em

teralmente o Sr. Stettinius —

.

A 22 de junho de 1942 Hitler lançou

termos de pagamentos a

vista, os fornecimentos montaram a mais de 145 milhões de dólares até se

tembro de 1941.

Após várias conver

sações, a Rússia foi incluída no pla

não

poderia ter conseguido em tempo a esmagadora superioridade aérea que tornou possível a vitória em El Atamem.

no geral do Lend-Lease. Depois da queda das Filipinas

Os benefícios dêsse esquema csten-

deram-se também às rotas marítimas.

Cresciam as perdas de navios, fazen do com que se ativasse rapidamente a construção de outros barcos, No

mês de dezem^)ro de 1940 haviam sido assinados contratos para a instalação de dois estaleiros em Richmond, para

PA LEI DE EMPRÉSTIMO E ARRECAOAMENTO

V

'' ANTES PA GUERRA 100

norte-americana na guerra até então ' circunscrita- à cooperação econômica,

/

cordou em contribuir com mais de 17

ia

milhões de

ação bélica. As disposições do Lend-

ATUAL 170 desse

poneses,. sem {frévio aviso, laiiçam-se contra Pearl Harbor. A participação

cuja edificação a Grã-Bretanha con dólares. Pelos 30 navios

lhões de dólares foram destinados à

passar

a

fazer-se

também

na

encomendados, a Inglaterra pagaria

Lease iam ampliar-se a outros seto

87 milhões de dólares.'O Lend-Leaae

res. Apesar do impulso que êste ha via dado às indústrias de guerra, os

forneceu ,550 milhões de dólares para a construção de 227 navios de carga, dos quais 112 do tipo Liberty. Em 1941 os estaleiros

das em outubro e novembro

contra os Estados Unidos. Aviões ja

/

PRODUÇÃO

PUOPUÇAO

Na madrugada de 7 de dezembro dc

1941 positivava-se o ataque do "eixo"

norte-amcrjcanos

tinham uma capacidade para construir

Estados Unidos ainda não dispunham

de armas e munições em quanticlâile e variedade suficientes para iniciarem uma qfensiva. A produção de tan ques em dezembro de 1941 fora dc mais de 900; em dezembro de 1939 ha

mesmo ano. As principais necessida

construção de uma nova rodovia, de

des do país do Extremo Oriente se referiam a caminhões, material dispo

modo a desafogar a escassez de meios

7 navios mensais, totalizando 64.450 toneladas; cm 1943 essa capacidade

de comunicação.

estava elevada a 115 navios, atingindo

via sido nenhdma. Em 1939 as forças

1.700.000 toneladas.

armadas

nível, gasolina e lubrificantes. 15 mi

Os auxílios norte-americanos,

por

norte-americanas

possiiiam


64

85

Digesto Econômico

Digesto Econômico

O Brasil e o

intermédio . da. Lei de Empréstimos c

PRODUÇÃO AGRÍCOLA

Oitavo Exército

Arrendamentos, fizeram-se ainda sen tir em muitos outros pontos, forne

cendo rpcursos para combate à ma

DA GRÃ-BRETANHA

lária" e fundos pecuniários para con tratar aviadores dos Estados Unidos, a fim de aumentar a resistência con tra o Japão.

Não menos vitais para a sobrevi vência dos Aliados, eram as vias aé-reas. Ná primavera de 1941 a Lei de Empréstimos e Arrendamentos co

meçou a concorrer para o seu maior

suas tropas contra a Rússia, tornan do necessário o auxílio dos Estados

desenvolvimento. A êsse respeito foi valiosa a contribuição do Brasil que colocou à disposição dos Aliados os seus aeródromos, sem cuja cessão,

Unidos àquêle país. Realizados a prin

"o Oitavo E.xército" — traduzimos li

cípio em

teralmente o Sr. Stettinius —

.

A 22 de junho de 1942 Hitler lançou

termos de pagamentos a

vista, os fornecimentos montaram a mais de 145 milhões de dólares até se

tembro de 1941.

Após várias conver

sações, a Rússia foi incluída no pla

não

poderia ter conseguido em tempo a esmagadora superioridade aérea que tornou possível a vitória em El Atamem.

no geral do Lend-Lease. Depois da queda das Filipinas

Os benefícios dêsse esquema csten-

deram-se também às rotas marítimas.

Cresciam as perdas de navios, fazen do com que se ativasse rapidamente a construção de outros barcos, No

mês de dezem^)ro de 1940 haviam sido assinados contratos para a instalação de dois estaleiros em Richmond, para

PA LEI DE EMPRÉSTIMO E ARRECAOAMENTO

V

'' ANTES PA GUERRA 100

norte-americana na guerra até então ' circunscrita- à cooperação econômica,

/

cordou em contribuir com mais de 17

ia

milhões de

ação bélica. As disposições do Lend-

ATUAL 170 desse

poneses,. sem {frévio aviso, laiiçam-se contra Pearl Harbor. A participação

cuja edificação a Grã-Bretanha con dólares. Pelos 30 navios

lhões de dólares foram destinados à

passar

a

fazer-se

também

na

encomendados, a Inglaterra pagaria

Lease iam ampliar-se a outros seto

87 milhões de dólares.'O Lend-Leaae

res. Apesar do impulso que êste ha via dado às indústrias de guerra, os

forneceu ,550 milhões de dólares para a construção de 227 navios de carga, dos quais 112 do tipo Liberty. Em 1941 os estaleiros

das em outubro e novembro

contra os Estados Unidos. Aviões ja

/

PRODUÇÃO

PUOPUÇAO

Na madrugada de 7 de dezembro dc

1941 positivava-se o ataque do "eixo"

norte-amcrjcanos

tinham uma capacidade para construir

Estados Unidos ainda não dispunham

de armas e munições em quanticlâile e variedade suficientes para iniciarem uma qfensiva. A produção de tan ques em dezembro de 1941 fora dc mais de 900; em dezembro de 1939 ha

mesmo ano. As principais necessida

construção de uma nova rodovia, de

des do país do Extremo Oriente se referiam a caminhões, material dispo

modo a desafogar a escassez de meios

7 navios mensais, totalizando 64.450 toneladas; cm 1943 essa capacidade

de comunicação.

estava elevada a 115 navios, atingindo

via sido nenhdma. Em 1939 as forças

1.700.000 toneladas.

armadas

nível, gasolina e lubrificantes. 15 mi

Os auxílios norte-americanos,

por

norte-americanas

possiiiam


I

H0ll!TlMl)()IJyi'115UI0R

Digeftto Econômico

86

2.100 aeroplanos; em 1941 possuíam

A remessa dc tropas.norte-america

19.500. O número de homens na ati

nas ao exterior veio criar uma nova

va elevava-se a 174.000 em julho de 1939; cm 1941 existia um efetivo su

modalidade de

perior a um milhão de circunscritos.

Graças à mobilização industrial, ini ciada com as encome"ndas estrangei ras. e com a aplicação dos Emprés

timos e .Arrendamentos, foi possível ao govérno norte-americano cntreg::

\

Lend-Lease: a retri

buição das outras nações cora servi ços em condições idênticas às que lhes prestavam os Estados Unidos. Os pri meiros atos de reciprocidade parti ram da Grã-Bretanha que cedeu ao país norte-americano mais de iima

A nova tlivisão administrativa do Esta«lo o contínuo desenvolvimento do Es

tado, estendendo a sua área de pro

gresso, obriga a periódicas revisões da

tros mais próximos em que possam

sua divisão administrativa o territo

atender às exigências legais e encon

rial. Obedecendo a esse imperativo, a

trem elementos para sua mala rápida expansão econômica.

se ao programa da Vitória,'preparan

o seu combate contra as emboscadas

do a construção, durante o ano dc 1942, de 60.000 aeroplanos, 34.000 tan

nazistas no Atlântico.

ções da .Austrália c da Nova Zelândia

Intervcntoria, depois de ouvidos o Conselho' Administrativo e o Conse lho Nacional de Geografia, tendo-se manifestado a respeito também o Mi nistério da Justiça, acaba de divulgar

ques, 20.000 canliões anti-aéreos e 8

ascendiam

a 250 milhões de dólares

os novos quadros, dentro dos quais fi

até julho de 1943; nessa mesma data

cou estabelecida a nova divisão do Es

milhões de toneladas de navios mer

As contribui

os auxílios do Estados Unidos a êsscs

cantes.

A entrada dos Estados Unidos na

guerra, colocando-a sob o imperativo

R de necessidades imediatas e inadiáveis,

■) determinou algumas

alterações

nos

^ dispositivos do Lend-Leaae. A cláu-

" sula inicial para a admissão de qual quer país continuava sendo a de que a sua defesa fôsse considerada essen cial à da

vintenà dc corvetas c trainciras para

nação

Mas, antes que a

norte-americana.

requisição

fôsse

atendida, o governo deveria verificar;

países elevavam-se a 500 milhões de

dólares.

A Inglaterra empregou 600

milhões de dólares em construções pa ra as forças norte-americanas. A

unidade da Federação 13 novas co marcas, 34 novos municípios e 86 dis tritos de paz. As 13 novas comarcas

dade

rassol, Palmital, Pereira Barreto, Pro-

se

eleva

a

U. S.

missão, Quatá, Rancharia, Tanabi, Tupâ e Votuporanga. Os novos mu

S 1.175.000.000". A Lei de Empréstimos e Arrenda

mentos permanece em vigor. Possi velmente, a estas horas, a sua contri buição aumentou cm valor, distcndciise em

volume

e

desdobrou-se

em

maior número de setores.

necessárias para o prosseguimento da

possível avaliar as proporções que

guerra; b) se nos Estados Unido.s f veria disponibilidade delas em núme

ainda tomará daqui até o fim d<a guerra. Quisemos apenas, baseando-

ro suficiente para o fornecinicnto; e

nos no livro do Sr. Stettinius,, trans

c) se, para a vitória, seriam mais vasitára do que em poder do povo noi

mitir ao leitor uma idéia, ainda que imperfeita e deformaria, da sua enor me cooperação para a vitória dos

íe-americano.

Aliados,

Não nos. é

Examinando-se a lista, vê-se que a

maioria dos novos municípios se con

centra na Alta Paulista, como Tupã, Lucélia e Quintana, na alta Sorocabana, como Martinópolis e Alvares Machado, e na Alta Araraquarense, em zona aonde a via-férrea ainda nao

Com a medida ficam criados nesta

contribuição total dc tôda a Comuni

a) se as provisões requisitadas eram

'liosas eni mãos do pais que as rcqui- .

tado.

são as seguintes; Campos de Jordão, Conchas, Lucélia, Martinópolis, Mi-

Britânica

obedeceu & inecessidade de facilitar às populações locais o acesso a cen

chegou, como Votuporanga e Nhan deara. Nada mais natural, pois é para essas regiões que se dirige no mo

mento o esforço desbravador do pau lista que continua a obra de penetra

ção dos seus antepassados.

Igualmente se localizam naquelas zo

nas as comarcas criadas pelo novo dis

nicípios são os que se seguem: Lutécia, Parapanema (ex-Bom Sucesso),

positivo legal. Várias localidades, em

Bilac, Cosmópolis, Registro, Ribeirão

pertencentes a outros Estados, tive

Branco, Miguelópolis, Lucélia, Osvaldo Cruz C^x-Califórnía), Oriente, Iboti

ram a sua denominação trocada, as

(Neves), General Salgado, Nhandeara, Irapuã, Guaraci, Sales Oliveira, Ibi-

na Araraquarense, que passou a cba-

racema (ex-Pau d'Alho), Manduri, Elias Fausto, Guarantã, Herculândia

Bragança, cuja nova denominação Bragança Paulista, ou Rio Preto, que

(ex-Herculânea),

Alvares

voltou a chamar-se São José do Rio

Machado, lepê, Aguaí (ex-Cascavel), Nova. Aliança, Franco da Rocha, São

Preto. Seria, em verdade, lamentável

Quintana,

virtude de prioridade" de município",

vêzes de maneira radical, como Nevea

mar-se Iboti, ou parcialmente, como

que essas cidades — aquela, uma das

Bernardo do Campo (ex-São Bernar do), Parapui (ex-Canaã), Rinópo-

uma das de maior importância econô

lis, Lavínia, Mirandópolis, Votupo ranga c Fernandópolis.

ficado, em virtude da coincidência de

Não se extinguiu nenhum municí

mais tradicionais do Estado, e esta,

mica — tivessem o seu nome modi

denominações com o de outras locali

pio, como se cogitpu em começo. A criação de novos municípios, por des

dades, muitas vêzes lugarejos cujo

membramento de território de outros.

cronológica.

único mérito seria o de precedência


I

H0ll!TlMl)()IJyi'115UI0R

Digeftto Econômico

86

2.100 aeroplanos; em 1941 possuíam

A remessa dc tropas.norte-america

19.500. O número de homens na ati

nas ao exterior veio criar uma nova

va elevava-se a 174.000 em julho de 1939; cm 1941 existia um efetivo su

modalidade de

perior a um milhão de circunscritos.

Graças à mobilização industrial, ini ciada com as encome"ndas estrangei ras. e com a aplicação dos Emprés

timos e .Arrendamentos, foi possível ao govérno norte-americano cntreg::

\

Lend-Lease: a retri

buição das outras nações cora servi ços em condições idênticas às que lhes prestavam os Estados Unidos. Os pri meiros atos de reciprocidade parti ram da Grã-Bretanha que cedeu ao país norte-americano mais de iima

A nova tlivisão administrativa do Esta«lo o contínuo desenvolvimento do Es

tado, estendendo a sua área de pro

gresso, obriga a periódicas revisões da

tros mais próximos em que possam

sua divisão administrativa o territo

atender às exigências legais e encon

rial. Obedecendo a esse imperativo, a

trem elementos para sua mala rápida expansão econômica.

se ao programa da Vitória,'preparan

o seu combate contra as emboscadas

do a construção, durante o ano dc 1942, de 60.000 aeroplanos, 34.000 tan

nazistas no Atlântico.

ções da .Austrália c da Nova Zelândia

Intervcntoria, depois de ouvidos o Conselho' Administrativo e o Conse lho Nacional de Geografia, tendo-se manifestado a respeito também o Mi nistério da Justiça, acaba de divulgar

ques, 20.000 canliões anti-aéreos e 8

ascendiam

a 250 milhões de dólares

os novos quadros, dentro dos quais fi

até julho de 1943; nessa mesma data

cou estabelecida a nova divisão do Es

milhões de toneladas de navios mer

As contribui

os auxílios do Estados Unidos a êsscs

cantes.

A entrada dos Estados Unidos na

guerra, colocando-a sob o imperativo

R de necessidades imediatas e inadiáveis,

■) determinou algumas

alterações

nos

^ dispositivos do Lend-Leaae. A cláu-

" sula inicial para a admissão de qual quer país continuava sendo a de que a sua defesa fôsse considerada essen cial à da

vintenà dc corvetas c trainciras para

nação

Mas, antes que a

norte-americana.

requisição

fôsse

atendida, o governo deveria verificar;

países elevavam-se a 500 milhões de

dólares.

A Inglaterra empregou 600

milhões de dólares em construções pa ra as forças norte-americanas. A

unidade da Federação 13 novas co marcas, 34 novos municípios e 86 dis tritos de paz. As 13 novas comarcas

dade

rassol, Palmital, Pereira Barreto, Pro-

se

eleva

a

U. S.

missão, Quatá, Rancharia, Tanabi, Tupâ e Votuporanga. Os novos mu

S 1.175.000.000". A Lei de Empréstimos e Arrenda

mentos permanece em vigor. Possi velmente, a estas horas, a sua contri buição aumentou cm valor, distcndciise em

volume

e

desdobrou-se

em

maior número de setores.

necessárias para o prosseguimento da

possível avaliar as proporções que

guerra; b) se nos Estados Unido.s f veria disponibilidade delas em núme

ainda tomará daqui até o fim d<a guerra. Quisemos apenas, baseando-

ro suficiente para o fornecinicnto; e

nos no livro do Sr. Stettinius,, trans

c) se, para a vitória, seriam mais vasitára do que em poder do povo noi

mitir ao leitor uma idéia, ainda que imperfeita e deformaria, da sua enor me cooperação para a vitória dos

íe-americano.

Aliados,

Não nos. é

Examinando-se a lista, vê-se que a

maioria dos novos municípios se con

centra na Alta Paulista, como Tupã, Lucélia e Quintana, na alta Sorocabana, como Martinópolis e Alvares Machado, e na Alta Araraquarense, em zona aonde a via-férrea ainda nao

Com a medida ficam criados nesta

contribuição total dc tôda a Comuni

a) se as provisões requisitadas eram

'liosas eni mãos do pais que as rcqui- .

tado.

são as seguintes; Campos de Jordão, Conchas, Lucélia, Martinópolis, Mi-

Britânica

obedeceu & inecessidade de facilitar às populações locais o acesso a cen

chegou, como Votuporanga e Nhan deara. Nada mais natural, pois é para essas regiões que se dirige no mo

mento o esforço desbravador do pau lista que continua a obra de penetra

ção dos seus antepassados.

Igualmente se localizam naquelas zo

nas as comarcas criadas pelo novo dis

nicípios são os que se seguem: Lutécia, Parapanema (ex-Bom Sucesso),

positivo legal. Várias localidades, em

Bilac, Cosmópolis, Registro, Ribeirão

pertencentes a outros Estados, tive

Branco, Miguelópolis, Lucélia, Osvaldo Cruz C^x-Califórnía), Oriente, Iboti

ram a sua denominação trocada, as

(Neves), General Salgado, Nhandeara, Irapuã, Guaraci, Sales Oliveira, Ibi-

na Araraquarense, que passou a cba-

racema (ex-Pau d'Alho), Manduri, Elias Fausto, Guarantã, Herculândia

Bragança, cuja nova denominação Bragança Paulista, ou Rio Preto, que

(ex-Herculânea),

Alvares

voltou a chamar-se São José do Rio

Machado, lepê, Aguaí (ex-Cascavel), Nova. Aliança, Franco da Rocha, São

Preto. Seria, em verdade, lamentável

Quintana,

virtude de prioridade" de município",

vêzes de maneira radical, como Nevea

mar-se Iboti, ou parcialmente, como

que essas cidades — aquela, uma das

Bernardo do Campo (ex-São Bernar do), Parapui (ex-Canaã), Rinópo-

uma das de maior importância econô

lis, Lavínia, Mirandópolis, Votupo ranga c Fernandópolis.

ficado, em virtude da coincidência de

Não se extinguiu nenhum municí

mais tradicionais do Estado, e esta,

mica — tivessem o seu nome modi

denominações com o de outras locali

pio, como se cogitpu em começo. A criação de novos municípios, por des

dades, muitas vêzes lugarejos cujo

membramento de território de outros.

cronológica.

único mérito seria o de precedência


Digesto Econômico

8S

SANTOS

Com o aumento impressionante de movimento verificado nos últimos tempoç, já se tornaram deficientes as ins

18.865.278,20.

gurado há cérca de cinqüenta anos.

tou a Cr Ç 19.677.139,90; no ano pas

Para a época o seu aparelhamento era

sado, em igual período. Cr Ç.... 15.952.812,20. Restos de despesas de exercícios anteriores, pagas no cor

desenvolvimento geral, as condições portuárias, porém, ficaram aquém das

rente ano: CrÇ 2.127.862,70'; no ano anterior, até a mesma data: Cr

necessidades reais.

2.685.734,00.

mais não permitem que se possa cui dar imediatamente da modernização do aparelhamento, possível apenas após a terminação da guerra. Procurando, entretanto, sanar as lacunas existen

tes, o Departamento Nacional de Por-

tos, Rios e Canais mandou proceder a uma inspeção, em seguida à qual fo ram tomadas diversas medidas, algu mas de ordem interna e outras que dizem respeito a interêsses particula

res. Entre estas, figura a ordem para remoção, por conta das mercadorias,

O sr.

pas»!$es«?

A despesa orçamentá

ria paga no presente exercício mon

^ Infelizmente as circunstâncias anor

APES.AR cias reclamações reite radas do público e das promes sas não menos reiteradas das autori

dades, perdura a escassez de moedas divisionárias.

Perdura, aliás, é um

modo de dizer: acentua-se, agravá-se,

generaliza-se, alastra-se.

O5 níqueis

volatizam-se, não se- sabe como; de

saparecem. Só ficam os "passes" da Light. Êstes se dobram, se multipli

CAMPINAS

Mantém-se em ritmo rmrmal a cons

cam, invadem tudo e por todos os la dos imperam. Com uma nota de cin

trução de prédios nesta cidade. Du rante o primeiro semestre do ano, foi 0 seguinte o movimento verificado na

co cruzeiros no bôlso, o cidadão não

Diretoria de Obras e Viação Munici pal: prédios construídos, 104 de um pavimento; 13 de dois pavimentes; 23

não anda de ônibus ou de bonde se

compra um maço" de cigarros, não to ma um café, não arranja um jornal ou não aceitar, pelo menos, um cruzeiro de "passes".

reformas; 62 aumentos, somando uma Há pouco ainda se ouvia a pergun

arrecadação de Cr$ 39.115,20. Em junho o ritmo de construção —

ta atenciosa:

O espiritismo, os direitos do homem, Shakespeare, — tudo vem à mente atribulada do cidadão angustiado pe la falta de miúdo.

Moeda corrente?

Agora cada um ,

quebra o queixo: o que é moeda cor

rente? O níquel ou o passe? Eis a questão diante da qual se angustia .a i inquietação monetária do Hamlct pau- , Hstano, sem conseguir atinar, como o •

shakespeareano, com a solução ina- ! cessível ao mísero entendimento hu

mano. Morrer, quem sabe? encontre na morte.

Talvez u

Que nos espera

no além? O níquel ou o passe? Ai está o xis. E, com o xis, a dúvida, e enfim o desânimo, a-tibieza... Em re sumo: a resignação, com que sé en

trega a,ouvir, a três por dois, ao dia: — Uin passezinlio... ?

1 prédio por dia — equiparou-se à mé

— O sr. aceita "passes"?

Ou:

dia observada antes da guerra. A mé-^

Sc o cidadão era cordato, aceitava-

— Café ? So se levar dois cruzeiros

dia do semestre, entretanto, é inferior. — O serviço de iluminação pública

os : se tinha razões para a recusa, saía-

de passe...

sc com a sua, <|uando era dado a

cessação de locação de armazéns ex

vem-se ressentindo

ditos de chiste:

Uma calamidade. Pior do qúe isso' uma fatalidade. Porque o cidadão es

ternos feitos a estranhos, desde que

lamentável deficiência, que tem pre judicado a indústria local. Felizmen te, porém, noticia-se que a Companhia Campineira de Luz c Força irá me

das cargas não retiradas, que serão

alojadas em armazéns externos,-e a

esses armazéns sejam precisos para a

J carga e descarga dos navios. '

dou, no presente ex'ercicio, o total de •-Cr$ 19.962.970,00; em igual data do ano passado, a quantia de Cr$ . ..

talações do porto desta cidade, inau

magnífico. Com o progresso da nave gação, o nosso surto econômico e o

MratouH)miMO

— A Tesouraria Municipal arreca

— A Alfândega arrecadou, desde ja-

' nciro do corrente ano, a importância t de Cr $ 423.051.882,10 e, em igual pe ríodo do ano passado, a soma de Cr í -292.123.595,40.

ultimamente

de

lhorar brevemente o serviço, para is so estando a proceder a reformas na Usina Hidro-Elétrica de Jaguarí, que será dotada de melhores equipamen tos elétricos e hidráulicos.

— Não, senhor; não sou espírita...

tá com a boca pedindo um café. E não há outro bar perto. O diabo é qi"'

Se não era, porém, dotado de algu

não deixa de aborrecer o sorri.sozinho

ma dose de bonomia no encarar as

de superioridade escarninlia com quí"

coisas, ficava indignado até os fios do

o raio do sujeito oferece o passe.••

cabelo:

— Exijo a satisfação dos meus_ di

E'. . E' se quiser.

E não existir ou

tro bàr ali pelos arredores...

Nu<

reitos ! Só aceito a moeda corrente do

isso não pode continuar. Isso fere a

país...

dignidade humana. Se tivesse ao me-


Digesto Econômico

8S

SANTOS

Com o aumento impressionante de movimento verificado nos últimos tempoç, já se tornaram deficientes as ins

18.865.278,20.

gurado há cérca de cinqüenta anos.

tou a Cr Ç 19.677.139,90; no ano pas

Para a época o seu aparelhamento era

sado, em igual período. Cr Ç.... 15.952.812,20. Restos de despesas de exercícios anteriores, pagas no cor

desenvolvimento geral, as condições portuárias, porém, ficaram aquém das

rente ano: CrÇ 2.127.862,70'; no ano anterior, até a mesma data: Cr

necessidades reais.

2.685.734,00.

mais não permitem que se possa cui dar imediatamente da modernização do aparelhamento, possível apenas após a terminação da guerra. Procurando, entretanto, sanar as lacunas existen

tes, o Departamento Nacional de Por-

tos, Rios e Canais mandou proceder a uma inspeção, em seguida à qual fo ram tomadas diversas medidas, algu mas de ordem interna e outras que dizem respeito a interêsses particula

res. Entre estas, figura a ordem para remoção, por conta das mercadorias,

O sr.

pas»!$es«?

A despesa orçamentá

ria paga no presente exercício mon

^ Infelizmente as circunstâncias anor

APES.AR cias reclamações reite radas do público e das promes sas não menos reiteradas das autori

dades, perdura a escassez de moedas divisionárias.

Perdura, aliás, é um

modo de dizer: acentua-se, agravá-se,

generaliza-se, alastra-se.

O5 níqueis

volatizam-se, não se- sabe como; de

saparecem. Só ficam os "passes" da Light. Êstes se dobram, se multipli

CAMPINAS

Mantém-se em ritmo rmrmal a cons

cam, invadem tudo e por todos os la dos imperam. Com uma nota de cin

trução de prédios nesta cidade. Du rante o primeiro semestre do ano, foi 0 seguinte o movimento verificado na

co cruzeiros no bôlso, o cidadão não

Diretoria de Obras e Viação Munici pal: prédios construídos, 104 de um pavimento; 13 de dois pavimentes; 23

não anda de ônibus ou de bonde se

compra um maço" de cigarros, não to ma um café, não arranja um jornal ou não aceitar, pelo menos, um cruzeiro de "passes".

reformas; 62 aumentos, somando uma Há pouco ainda se ouvia a pergun

arrecadação de Cr$ 39.115,20. Em junho o ritmo de construção —

ta atenciosa:

O espiritismo, os direitos do homem, Shakespeare, — tudo vem à mente atribulada do cidadão angustiado pe la falta de miúdo.

Moeda corrente?

Agora cada um ,

quebra o queixo: o que é moeda cor

rente? O níquel ou o passe? Eis a questão diante da qual se angustia .a i inquietação monetária do Hamlct pau- , Hstano, sem conseguir atinar, como o •

shakespeareano, com a solução ina- ! cessível ao mísero entendimento hu

mano. Morrer, quem sabe? encontre na morte.

Talvez u

Que nos espera

no além? O níquel ou o passe? Ai está o xis. E, com o xis, a dúvida, e enfim o desânimo, a-tibieza... Em re sumo: a resignação, com que sé en

trega a,ouvir, a três por dois, ao dia: — Uin passezinlio... ?

1 prédio por dia — equiparou-se à mé

— O sr. aceita "passes"?

Ou:

dia observada antes da guerra. A mé-^

Sc o cidadão era cordato, aceitava-

— Café ? So se levar dois cruzeiros

dia do semestre, entretanto, é inferior. — O serviço de iluminação pública

os : se tinha razões para a recusa, saía-

de passe...

sc com a sua, <|uando era dado a

cessação de locação de armazéns ex

vem-se ressentindo

ditos de chiste:

Uma calamidade. Pior do qúe isso' uma fatalidade. Porque o cidadão es

ternos feitos a estranhos, desde que

lamentável deficiência, que tem pre judicado a indústria local. Felizmen te, porém, noticia-se que a Companhia Campineira de Luz c Força irá me

das cargas não retiradas, que serão

alojadas em armazéns externos,-e a

esses armazéns sejam precisos para a

J carga e descarga dos navios. '

dou, no presente ex'ercicio, o total de •-Cr$ 19.962.970,00; em igual data do ano passado, a quantia de Cr$ . ..

talações do porto desta cidade, inau

magnífico. Com o progresso da nave gação, o nosso surto econômico e o

MratouH)miMO

— A Tesouraria Municipal arreca

— A Alfândega arrecadou, desde ja-

' nciro do corrente ano, a importância t de Cr $ 423.051.882,10 e, em igual pe ríodo do ano passado, a soma de Cr í -292.123.595,40.

ultimamente

de

lhorar brevemente o serviço, para is so estando a proceder a reformas na Usina Hidro-Elétrica de Jaguarí, que será dotada de melhores equipamen tos elétricos e hidráulicos.

— Não, senhor; não sou espírita...

tá com a boca pedindo um café. E não há outro bar perto. O diabo é qi"'

Se não era, porém, dotado de algu

não deixa de aborrecer o sorri.sozinho

ma dose de bonomia no encarar as

de superioridade escarninlia com quí"

coisas, ficava indignado até os fios do

o raio do sujeito oferece o passe.••

cabelo:

— Exijo a satisfação dos meus_ di

E'. . E' se quiser.

E não existir ou

tro bàr ali pelos arredores...

Nu<

reitos ! Só aceito a moeda corrente do

isso não pode continuar. Isso fere a

país...

dignidade humana. Se tivesse ao me-


Digesto Econômico

()uiiínta(;A()L1:(7AL

90

De fumo superior... Experimen

nos ali à mSo nm guarda-chuva para fazer o sujeito engolir o sorriso... tem.

'

Mas logo muda de ideia. O outro também não passa de um desgraçado.

Logo depois lhe chega um" freguês, faz uma compra qualquer e arruma-lhe com três cruzeiros de passe. No ros-^ to do dono do bar não há mais o sor riso.

Passa-lhe uma sombra pelos

olhos; as feições se lhe contraem. Po sitivamente

sofre.

Volta-se

para

te.

O amigo topa, acende, dá uma tra

f\ nova lei de acidentes do trabalho

gada : — Não, não; .o que me oferece o condutor do bonde do meu bairro, é

melhor... Superior. americana, nada!

Quê

o "Diário Oficial," da União, de 13

mistura

mente. E' ter-se estendido o alcance

Lei de Acidentes do Tiabalho, Decre-

da lei às conseqüências indiretas do ,

da extensão da lei parece-nos perigo

nova-

sa', tendo-se em vista a humana pro pensão dos juizes, em considerar, sem

1—c mais minuciosa na determinação

pre que possível, tòda ocurrência co

As principais caràteristicas da lei são as seguintes;

quando, passam:

de ocidentes do trabalho;

Hamlet:

— Isto assim vai de mal a pior... Se vendo, recebo passe; se não rece

bo passe, não vendo. Que devo fa zer? Vender ou não receber passe? Se não vendo, vou à falência; para não ir à falência, devo receber passe...

E num gesto de revolta: — Mas eu não quero receber passe! Os direitos do homem são sagrados...! Com olhar firme, como quem vai se

deixando possuir por uma idéia fixa:

-

Ninguém se espante, porém; são ra ros. Todos nos encontramos jungidos a deveres sociais, que respeitamos, em obediência a sãos princípios. E os ní

— Obrigado!

lher queria um broche novo... Por que existem broches na vida? Hamlet

não

tem

outro remédio:

aceita o passe e toma o café.

pela rua.

E sai

Tem passes nos bolsos da

calça; tem-nos também nos do pale tó. Puxa o lenço e espirra um passe ; risca

um fósforo e leva-o à bôca:

acende um passe.

Puxa a fumaça e

vai a fumá-lo filosòficamente. Encon

tra um amigo; oferece;

ve, entretanto, compreender como tal

4 — aumenta

'

5

E o garoto, ao pé da letra, numa de monstração de atilamento precoce: — Um níquel de quatrocentão I Murmura-se mesmo que amantes de históricas

estão promo

vendo entendimentos junto à Prefei tura para realizar uma exposição de níqueis na Galeria Prestes Maia. ' i .1-1'

pregado, mas exclusivamente quando decoi;rentes de ação, estranha ao seu

disciplina a prevenção de acidentes e 'dispõe sobre a readaptação do

do empregador. .

serviço, praticada contra instruções 2

Assistência e pagamento da

ções de previdência social, o segu

indenização

ro contra os riscos de nçidentes do

O principal objetivo visado pela Lei de Acidentes é a cura do empregado acidentado. A indenização é apenas uma forma de se remediar a impossi

trabalho.

1 — Acidente do trabalho

.^

Manteve-se a teoria do risco profis

— Que vai você pedir a Papai Noel?

exercício de função própria do em

dentes;

acidentado;

>-

curiosidades

as indenizações por aci-

(, — estatui, como privativo das institui

pague...

pergunta ao filho:

pressas da administração.- Não se de ^ atos de imprudência ocorridos no

Obrigado! Deus lhe

Com a aproximação do Natal," o pai

relação ao acidente que resulte de de

sobediência do empregado a ordens ex

tituto com as da Consolidação das Leis do Trabalho;

'^

Quando alguém recebe urn, ao reali alegria:

família... E justo naquele dia a mu

çao;

da responsabilidade dó empregador en:

S — harmoniza as disposições dêsse ins

queis rareiam, escasseiam-se, somem.

Mas logo descambando para uma Os encargos da

mais rápida liqüidação da indeniza-

— Não diga! Que coragem! Isso c que é ser homem I

zar uma venda, pulsa-lhe o coração de

— E a família?

2 — estabelece assistência mais eficaz ao acidentado, fixando medidas para

cebe passe..." O interlocutor se admira:

mo acidente.

Merece especial atenção a exclusão

— Aquêle um, ali, capaz! não re

— Não, não receberei! atitude de indecisão:

exercício do trabalho. Essa demasia

ro-lei n.° 7.036, assinado em 10 do •mesmo mes.

Há, agora, cidadãos ousados; en frentam qualquer perigo; não têm re ceio de nada. São apontados na rua,

Unia única inovação existe própria-, !

de novembro último, publicou ^a nova

sional, pela qual não interessa pesqui sar a causa nem o responsável pelo

acidente, pòis o mesmo é considerado

bilidade da cura.

Por essa razão, a nova lei dedica especial atenção à assistência médica, farmacêutica e hospitalar, para cuja

como um risco inerente ao exercício

prestação estabelece a efetiva respon-

da profissão, sendo um encargo suple

sabilidadê do empregador. Cumpre sa lientar a^ supressão da" incapacidade

mentar da remuneração do trabalho. A

nova lei não alterou, portanto,

temporária ou parcial na classificação

em suá essência, a definição de aci

das conseqüências do acidente, sob

dente contida no Decreto n.° 24.637, de 10 de julho de 1934. Corrigiu-lhe,

fundamento de que é de tôda conve

porém, o defeito de confundir ,o aci

acidentado para que se evite a agra-

dente com seus efeitos.

vação da lèsãò.

niência o afastamento, do serviço, Jo

-1


Digesto Econômico

()uiiínta(;A()L1:(7AL

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De fumo superior... Experimen

nos ali à mSo nm guarda-chuva para fazer o sujeito engolir o sorriso... tem.

'

Mas logo muda de ideia. O outro também não passa de um desgraçado.

Logo depois lhe chega um" freguês, faz uma compra qualquer e arruma-lhe com três cruzeiros de passe. No ros-^ to do dono do bar não há mais o sor riso.

Passa-lhe uma sombra pelos

olhos; as feições se lhe contraem. Po sitivamente

sofre.

Volta-se

para

te.

O amigo topa, acende, dá uma tra

f\ nova lei de acidentes do trabalho

gada : — Não, não; .o que me oferece o condutor do bonde do meu bairro, é

melhor... Superior. americana, nada!

Quê

o "Diário Oficial," da União, de 13

mistura

mente. E' ter-se estendido o alcance

Lei de Acidentes do Tiabalho, Decre-

da lei às conseqüências indiretas do ,

da extensão da lei parece-nos perigo

nova-

sa', tendo-se em vista a humana pro pensão dos juizes, em considerar, sem

1—c mais minuciosa na determinação

pre que possível, tòda ocurrência co

As principais caràteristicas da lei são as seguintes;

quando, passam:

de ocidentes do trabalho;

Hamlet:

— Isto assim vai de mal a pior... Se vendo, recebo passe; se não rece

bo passe, não vendo. Que devo fa zer? Vender ou não receber passe? Se não vendo, vou à falência; para não ir à falência, devo receber passe...

E num gesto de revolta: — Mas eu não quero receber passe! Os direitos do homem são sagrados...! Com olhar firme, como quem vai se

deixando possuir por uma idéia fixa:

-

Ninguém se espante, porém; são ra ros. Todos nos encontramos jungidos a deveres sociais, que respeitamos, em obediência a sãos princípios. E os ní

— Obrigado!

lher queria um broche novo... Por que existem broches na vida? Hamlet

não

tem

outro remédio:

aceita o passe e toma o café.

pela rua.

E sai

Tem passes nos bolsos da

calça; tem-nos também nos do pale tó. Puxa o lenço e espirra um passe ; risca

um fósforo e leva-o à bôca:

acende um passe.

Puxa a fumaça e

vai a fumá-lo filosòficamente. Encon

tra um amigo; oferece;

ve, entretanto, compreender como tal

4 — aumenta

'

5

E o garoto, ao pé da letra, numa de monstração de atilamento precoce: — Um níquel de quatrocentão I Murmura-se mesmo que amantes de históricas

estão promo

vendo entendimentos junto à Prefei tura para realizar uma exposição de níqueis na Galeria Prestes Maia. ' i .1-1'

pregado, mas exclusivamente quando decoi;rentes de ação, estranha ao seu

disciplina a prevenção de acidentes e 'dispõe sobre a readaptação do

do empregador. .

serviço, praticada contra instruções 2

Assistência e pagamento da

ções de previdência social, o segu

indenização

ro contra os riscos de nçidentes do

O principal objetivo visado pela Lei de Acidentes é a cura do empregado acidentado. A indenização é apenas uma forma de se remediar a impossi

trabalho.

1 — Acidente do trabalho

.^

Manteve-se a teoria do risco profis

— Que vai você pedir a Papai Noel?

exercício de função própria do em

dentes;

acidentado;

>-

curiosidades

as indenizações por aci-

(, — estatui, como privativo das institui

pague...

pergunta ao filho:

pressas da administração.- Não se de ^ atos de imprudência ocorridos no

Obrigado! Deus lhe

Com a aproximação do Natal," o pai

relação ao acidente que resulte de de

sobediência do empregado a ordens ex

tituto com as da Consolidação das Leis do Trabalho;

'^

Quando alguém recebe urn, ao reali alegria:

família... E justo naquele dia a mu

çao;

da responsabilidade dó empregador en:

S — harmoniza as disposições dêsse ins

queis rareiam, escasseiam-se, somem.

Mas logo descambando para uma Os encargos da

mais rápida liqüidação da indeniza-

— Não diga! Que coragem! Isso c que é ser homem I

zar uma venda, pulsa-lhe o coração de

— E a família?

2 — estabelece assistência mais eficaz ao acidentado, fixando medidas para

cebe passe..." O interlocutor se admira:

mo acidente.

Merece especial atenção a exclusão

— Aquêle um, ali, capaz! não re

— Não, não receberei! atitude de indecisão:

exercício do trabalho. Essa demasia

ro-lei n.° 7.036, assinado em 10 do •mesmo mes.

Há, agora, cidadãos ousados; en frentam qualquer perigo; não têm re ceio de nada. São apontados na rua,

Unia única inovação existe própria-, !

de novembro último, publicou ^a nova

sional, pela qual não interessa pesqui sar a causa nem o responsável pelo

acidente, pòis o mesmo é considerado

bilidade da cura.

Por essa razão, a nova lei dedica especial atenção à assistência médica, farmacêutica e hospitalar, para cuja

como um risco inerente ao exercício

prestação estabelece a efetiva respon-

da profissão, sendo um encargo suple

sabilidadê do empregador. Cumpre sa lientar a^ supressão da" incapacidade

mentar da remuneração do trabalho. A

nova lei não alterou, portanto,

temporária ou parcial na classificação

em suá essência, a definição de aci

das conseqüências do acidente, sob

dente contida no Decreto n.° 24.637, de 10 de julho de 1934. Corrigiu-lhe,

fundamento de que é de tôda conve

porém, o defeito de confundir ,o aci

acidentado para que se evite a agra-

dente com seus efeitos.

vação da lèsãò.

niência o afastamento, do serviço, Jo

-1


92

Dlgesto Econômico 93

Digesto Econômico A lei estabelece um prazo de sesseii ta dias para liquidação das obrigações decorrentes do acidente, por meio de

vado

acordo particular.

função do mínimo, como por exem

Ultrapassando es

de

Cr 8300,00

para

Cr §60U,00

mensai§. A nosso ver, seria prcfirível que se fixasse o salário má.ximo em

profissional c o aproveitamento do cmO elemento coercitivo dessas .inedsdas relativamente ao empregador 'pregado acidentado. Visam èlcs a re integração do acidentado na socieda advirá do contrato cie seguro, confor

de.

Essa readaptação se processará

se prazo, tem logar o processo judi

plo, no dôbro do salário mínimo, para

me se-induz da lei comparada com o

cial, no qual o empregador é respon sável pelas custas integrais, caso seja

que SC pudesse atender à diversidade de custo de vida nas diversas regiões do país e às suas constantes alterações através do tempo. Visando proporcionar melhor ampa

seu antc-projoto. A inobservância das

através dc serviços por forma a ser

condições do contrato dará à entida

determinada cm regulamento especial,

de seguradora o direito de haver do

operando-.se não só mediante aiixíiio

condenado, além de um acréscimo de

25% sem prejuízo dos juros de mora. Procurou com essas medidas a lei a

rápida liquidação das indenizações,'"cir benefício do acidentado.

3 — Uniformidade com a Consolidação A lei teve o incontestável mérito de harmonizar os seus conceitos cora os da Consolidação das Leis,do Traba

lho. uniformizando assim noções Lásicas da legislação trabalhista.

.Assim é que a conceituação de em

pregado e empregador, e os disposi tivos referentes à remuneração e áo salário reproduzem os respetivos ar

tigos da Consolidação.

Essa unifor

midade de conceitos é de inegável van

tagem, tendo-se em vista que a legis lação trabalhista deve ser conhccid;; por classes que, na sua maioria, apre sentam bai.KO nível de cultura.

A lei, regulando matéria omissa na Consolidação, manda que nos salário.'»

superiores ao mínimo, as utilidades se jam computadas na mesma porceiita-^ gcin com que figuram no salário mí nimo da respetiva região. Êsse crilé,.io se não pode ser aceito de un.a forma geral por não e.xprimir a ver dade com relação aos^ altos salários, é aceitável na legislação de_ acidentes, mra cujos efeitos o salário máximo

considerado é o de.Cr §600,00 mensai.s, '4 ,

Indenizações

ro às vitimas de acidentes foi adotada

denizações relativas aos acidentes de

como base par.a cálculo da indeniza

correntes de.ssa inobservância. A lei determina ainda que "os em

ção por incapacidade total e perma nente, a remuneração correspondente

pregadores com mais de 100 emprega

a quatro anps, ao invés de três. Além disso, há a inovação do pagamento da

dos devem providenciar a organização

quantia de Cr 83.200,00 de uma só vez, independente da indenização, bos ca sos de cegueira total, perda ou para lisia dos memíjros superiores ou infe riores e de alienação mental. 5 — Prevenção do acidente

readaptação do acidentado

mista para o fim de estimular o inte resse pelas questões dc prevenção, de

proteção ao trabalho, realizar pales tras instrutivas e tomar outras prov dêncías tendentes a educar o empre

gado na i>rática dc prevenir aciden tes." (Da exposição dc tnotivos do Si. Ministro).

Sc esta comissão se reservar apena,-

a função consultiva, ncnhnm inconve Essa matéria constitui a principal •inovação da nova Lei 'de Acidentes.

Todo empregador será obrigado a

proporcionar a seus empregados a má xima segurança e higiene do trabalho, zelando pelo cumprimento dos dispo

sitivos legais a respeito, ])rotcgendo-os

niente vemos na sua existência. Cum

pre salientar, entretanto, o perigo que

médico, como também pelo ensino con veniente era escolas especiais. 6 — Seguro contra acidentes

Estabelece a lei que o seguro con tra os riscos dc acidentes do trabaliio

será privativo das entidades dc previ

dência social a que esteja filiado o empregador. Assim agiu o legislador

tendo em vista que o seguro de aci dentes não deve visar lucros. Êsse novo sistema irá entrando cm

vigor paulatinamente. Assim é que, a

partir da publicação da Lei, não serão

mais concedidas autorizações para no- . vas entidades seguradoras.

A partir

dc L° de 'janeiro de 1949, as institui ções dc previdência social deverão

apresenta dc pretender intervir na

obrigatòriameiite organizar carteiras

administração da empresa, que, pelo nosso Direito Social c regime político, compele exclusivamente ao emprega

<ás emprêsas particulares, cujo encer

dor, o que SC justifica plenamente, em

dc seguros para as quais passarão,,

poucò a pouco, os seguros atribuídos ramento definitivo sc dará a 31 de dc

zembro de 1953.

especialmente contra as imprudências que possam resultar do exercício ha

virtu.de dc assumir ele o ri.sco total

pelo êxito da cmprêsa.

bitual da profissão.

positivos {|uc ^regulam a readaptaçao

previdência poderão iniciar desde jn suas operações cm seguros de aciden tes, se assim o desejarem

Para êsse efeito

os empregadores expedirão instruções

especiais aos seus empregados a título

de ■■ ordens de serviços" que êstes es tarão obrigados a cumprir rigorosa mente, para fiel observância das dis posições legais referentes à prevenção contra acidentes do trabalho. Para fiel observância dessas medi

das por parte do empregado, a lei

-Mcndendo à elevação do custo de

equipara a sua recusa à insubordina

•'i. o salário máximo, para os efei-

ção para efeito de despedida com jus

^ Io cálculo da indeniz-ação, foi elc-

empregador com o acréscimo de 25% as importâncias ^üispcndidas com as in

ta causa.

Constituem taml)ém inovação os dis

.-Ks instituições dc


92

Dlgesto Econômico 93

Digesto Econômico A lei estabelece um prazo de sesseii ta dias para liquidação das obrigações decorrentes do acidente, por meio de

vado

acordo particular.

função do mínimo, como por exem

Ultrapassando es

de

Cr 8300,00

para

Cr §60U,00

mensai§. A nosso ver, seria prcfirível que se fixasse o salário má.ximo em

profissional c o aproveitamento do cmO elemento coercitivo dessas .inedsdas relativamente ao empregador 'pregado acidentado. Visam èlcs a re integração do acidentado na socieda advirá do contrato cie seguro, confor

de.

Essa readaptação se processará

se prazo, tem logar o processo judi

plo, no dôbro do salário mínimo, para

me se-induz da lei comparada com o

cial, no qual o empregador é respon sável pelas custas integrais, caso seja

que SC pudesse atender à diversidade de custo de vida nas diversas regiões do país e às suas constantes alterações através do tempo. Visando proporcionar melhor ampa

seu antc-projoto. A inobservância das

através dc serviços por forma a ser

condições do contrato dará à entida

determinada cm regulamento especial,

de seguradora o direito de haver do

operando-.se não só mediante aiixíiio

condenado, além de um acréscimo de

25% sem prejuízo dos juros de mora. Procurou com essas medidas a lei a

rápida liquidação das indenizações,'"cir benefício do acidentado.

3 — Uniformidade com a Consolidação A lei teve o incontestável mérito de harmonizar os seus conceitos cora os da Consolidação das Leis,do Traba

lho. uniformizando assim noções Lásicas da legislação trabalhista.

.Assim é que a conceituação de em

pregado e empregador, e os disposi tivos referentes à remuneração e áo salário reproduzem os respetivos ar

tigos da Consolidação.

Essa unifor

midade de conceitos é de inegável van

tagem, tendo-se em vista que a legis lação trabalhista deve ser conhccid;; por classes que, na sua maioria, apre sentam bai.KO nível de cultura.

A lei, regulando matéria omissa na Consolidação, manda que nos salário.'»

superiores ao mínimo, as utilidades se jam computadas na mesma porceiita-^ gcin com que figuram no salário mí nimo da respetiva região. Êsse crilé,.io se não pode ser aceito de un.a forma geral por não e.xprimir a ver dade com relação aos^ altos salários, é aceitável na legislação de_ acidentes, mra cujos efeitos o salário máximo

considerado é o de.Cr §600,00 mensai.s, '4 ,

Indenizações

ro às vitimas de acidentes foi adotada

denizações relativas aos acidentes de

como base par.a cálculo da indeniza

correntes de.ssa inobservância. A lei determina ainda que "os em

ção por incapacidade total e perma nente, a remuneração correspondente

pregadores com mais de 100 emprega

a quatro anps, ao invés de três. Além disso, há a inovação do pagamento da

dos devem providenciar a organização

quantia de Cr 83.200,00 de uma só vez, independente da indenização, bos ca sos de cegueira total, perda ou para lisia dos memíjros superiores ou infe riores e de alienação mental. 5 — Prevenção do acidente

readaptação do acidentado

mista para o fim de estimular o inte resse pelas questões dc prevenção, de

proteção ao trabalho, realizar pales tras instrutivas e tomar outras prov dêncías tendentes a educar o empre

gado na i>rática dc prevenir aciden tes." (Da exposição dc tnotivos do Si. Ministro).

Sc esta comissão se reservar apena,-

a função consultiva, ncnhnm inconve Essa matéria constitui a principal •inovação da nova Lei 'de Acidentes.

Todo empregador será obrigado a

proporcionar a seus empregados a má xima segurança e higiene do trabalho, zelando pelo cumprimento dos dispo

sitivos legais a respeito, ])rotcgendo-os

niente vemos na sua existência. Cum

pre salientar, entretanto, o perigo que

médico, como também pelo ensino con veniente era escolas especiais. 6 — Seguro contra acidentes

Estabelece a lei que o seguro con tra os riscos dc acidentes do trabaliio

será privativo das entidades dc previ

dência social a que esteja filiado o empregador. Assim agiu o legislador

tendo em vista que o seguro de aci dentes não deve visar lucros. Êsse novo sistema irá entrando cm

vigor paulatinamente. Assim é que, a

partir da publicação da Lei, não serão

mais concedidas autorizações para no- . vas entidades seguradoras.

A partir

dc L° de 'janeiro de 1949, as institui ções dc previdência social deverão

apresenta dc pretender intervir na

obrigatòriameiite organizar carteiras

administração da empresa, que, pelo nosso Direito Social c regime político, compele exclusivamente ao emprega

<ás emprêsas particulares, cujo encer

dor, o que SC justifica plenamente, em

dc seguros para as quais passarão,,

poucò a pouco, os seguros atribuídos ramento definitivo sc dará a 31 de dc

zembro de 1953.

especialmente contra as imprudências que possam resultar do exercício ha

virtu.de dc assumir ele o ri.sco total

pelo êxito da cmprêsa.

bitual da profissão.

positivos {|uc ^regulam a readaptaçao

previdência poderão iniciar desde jn suas operações cm seguros de aciden tes, se assim o desejarem

Para êsse efeito

os empregadores expedirão instruções

especiais aos seus empregados a título

de ■■ ordens de serviços" que êstes es tarão obrigados a cumprir rigorosa mente, para fiel observância das dis posições legais referentes à prevenção contra acidentes do trabalho. Para fiel observância dessas medi

das por parte do empregado, a lei

-Mcndendo à elevação do custo de

equipara a sua recusa à insubordina

•'i. o salário máximo, para os efei-

ção para efeito de despedida com jus

^ Io cálculo da indeniz-ação, foi elc-

empregador com o acréscimo de 25% as importâncias ^üispcndidas com as in

ta causa.

Constituem taml)ém inovação os dis

.-Ks instituições dc


L. FIGUEIREDO S/A (Armazéns Gerais — Despachos — Representações) Capital: Cr .$ 10.000.000,00

J

Fundada em 1883

Comissários de Despachos Importação — Exportação

O

Com representantes em todos os portos do país

Agentes de Vapores:

■/

Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de Santos

Cia. Nacional de Navegação Costeira

.

Agentes de Seguros: Lloyd Sul Americano Lloyd Industrial Sul Americano

Correspondentes de:

felicita a tradicional H.

S. DORF&CO. INC. 89, Broad Street — Ne\V| York, N. Y.

Despachantes e corretores de seguros em todas as

partes do mundo

Associação Comercial de São Paulo

Armazéns Gerais: Armazenamento e manipulação de mercadorias

Reprensagem de algodão

Grandes armazéns próprios em São Paulct, Santos e Rio de Janeiro MA'TRIZ São Paulo — Brasil

pela passagem do cinqüentenário de sua fundação, a transcorrer em 7 de de zembro de 1944, e cuja existência tem

servido de incremento à prosperidade econômica de São Paulo, estruturando

%

FILIAIS

Santos — Brasil

da Nação.

Pórto Alegre — Brasil

Rua General Câmara, 168-170 , Praça Rui Barbosa, 39 — l.o andar Endereço Telcgráfico "Doralice" Endereço Telegráíico VDoraUce'

Caixa Postai, 13

^

Caixa Postal, 1066

Bahia — Brasil

(Em organização)

assim a base segura para a grandeza 11- .

\

Rua José Bonifácio, 209, 6.° e 7.° andares Endereço Telegráfico "Doralico" Caixa Postal, 1407

CONGÊNERES

L. Figueiredo (Rio) S. A.

L. Figueiredo (Rio) S. A.

Rio de Janeiro — Brasil .Av. Rio Branco 66-74 — 2S'

Niterói — Brasil

Endereço Telcgráfico

"Doralice"

Caixa . Postal, 1459

Rua São Lourenço, 56

I.. Figueiredo (Recife) S. A. (Em organização)

"

!


L. FIGUEIREDO S/A (Armazéns Gerais — Despachos — Representações) Capital: Cr .$ 10.000.000,00

J

Fundada em 1883

Comissários de Despachos Importação — Exportação

O

Com representantes em todos os portos do país

Agentes de Vapores:

■/

Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de Santos

Cia. Nacional de Navegação Costeira

.

Agentes de Seguros: Lloyd Sul Americano Lloyd Industrial Sul Americano

Correspondentes de:

felicita a tradicional H.

S. DORF&CO. INC. 89, Broad Street — Ne\V| York, N. Y.

Despachantes e corretores de seguros em todas as

partes do mundo

Associação Comercial de São Paulo

Armazéns Gerais: Armazenamento e manipulação de mercadorias

Reprensagem de algodão

Grandes armazéns próprios em São Paulct, Santos e Rio de Janeiro MA'TRIZ São Paulo — Brasil

pela passagem do cinqüentenário de sua fundação, a transcorrer em 7 de de zembro de 1944, e cuja existência tem

servido de incremento à prosperidade econômica de São Paulo, estruturando

%

FILIAIS

Santos — Brasil

da Nação.

Pórto Alegre — Brasil

Rua General Câmara, 168-170 , Praça Rui Barbosa, 39 — l.o andar Endereço Telcgráfico "Doralice" Endereço Telegráíico VDoraUce'

Caixa Postai, 13

^

Caixa Postal, 1066

Bahia — Brasil

(Em organização)

assim a base segura para a grandeza 11- .

\

Rua José Bonifácio, 209, 6.° e 7.° andares Endereço Telegráfico "Doralico" Caixa Postal, 1407

CONGÊNERES

L. Figueiredo (Rio) S. A.

L. Figueiredo (Rio) S. A.

Rio de Janeiro — Brasil .Av. Rio Branco 66-74 — 2S'

Niterói — Brasil

Endereço Telcgráfico

"Doralice"

Caixa . Postal, 1459

Rua São Lourenço, 56

I.. Figueiredo (Recife) S. A. (Em organização)

"

!


banco mercantil de são PAULO S. A.

PASSIVO

Rua Álvares Penteado n.° 165 — Endereço Telegráfico; "MERCAPAULO' Caixa Postal n.® 4077 — SÃO PAULO

.■

Carta Patente n.° 1918 de 27 de dezembro de 1938

Capital

INICIO DAS OPERAÇÕES EM 9 DE JANEIRO DE 1939

.

Cr$

30.000.000,00

Fundo de reserva

4.500.0ü0,ü0

Fundo de reserva legal

BALANCETE EM 31 DE OUTUBRO DE 1944,

Cotni/rtciulendo as operações das filiais dc Curitiba, Rio de Janeiro e Santos c das Agências dc Americana, Atibáia, Bariri, Cambará, Campinas, Campos tio Jordão, Capivari, Cornélio Procópio, Garça, Guararapes, IhiliiiKa, Indaia-

507.145.921,90

Depósitos a prazo fixo

194.004.126,30

Títulos cm caução c em depósito

422.790.780,70

.Caução do Conselho de Administração

tuba, Ttapeva, Itu. Leme, Limeira, Lins, Londrina, Marília, Olímpia, Ourinhos, Palmital, Piiidamoniiangaba, Pirajuí, Piratininga, Pórto Feliz, Quin-

Filiais c Agências

tana. Ribeirão Preto, Rio Claro, Salto, Santa Cruz do Rip Pardo, Santo

Correspondentes no país

Amaro (São Paulo), São João da Boa Vista, Scrtãozinlio, Sorocaba e Vera Cruz.

611.552,60

Depósitos em contas correntes com juros ...

550.000,00

Credores por títulos cm cobrança

92.536.727,50

68.412.00

Correspondentes no exterior

í. ;

Cheques e ordens de pagamento Contas dc ordem Diversas contas

423.340.780,70 111.465.366,90

Lucros c Perdas

ATIVO

701.130.045,20

16.639.412,70 454.504,60

3.069.399,00 .* ....-

139.976.244,40 34.080.866,80 1.557.713.335,40

Cr$

Títulos Descontados

;

403.548.197,70"

Letras e efeitos a receber:

Do exterior Do interior

3.029.134,60 108.436.232,30 •

t

Empréstimos cm contas correntes Valores Caucionados

111.465.366,90

•' <

112.283.316,50 r...L..

318.827.976,80

Caução do Conselho de Administração ...T . Valores depositados

550.000,00

103.962.803.90

Filiais e Agências

'

Correspondentes no país Correspondentes no exterior Títulos pertencentes ao Banco

423.340.780,70 87.126.426,50

'

-

Imóveis

11.006,.365,00 54.93.3.042,71) 7.490.258,70

16.893.581,10

Instalações, Móveis e Máquinas

3.556.722,00

Contas de Ordem

139.^96.244,40

Diversas Contas ...í Depósitos Especiais no Banco do Brasil — Convênio Ar-

gentino-Brasileiro

,

5.485.695,70

4.754.064,70

Caixa

São Paulo, 4 dc novembro de 1944.

Em moeda corrente e em depósito no Banco do Brasil e ' outros Bancos • 176.053.272,80

:

,

1.557.713.335,40

(a)

J. J. Cardozo dc Mello Neto — Presidente

(a) Márcio da Costa Bueno — Superintendente-Interino (a) Décio R. da Fonseca — Gerente Geral (a)

Alexandre C. Kassab — Contador (R. 9521)


banco mercantil de são PAULO S. A.

PASSIVO

Rua Álvares Penteado n.° 165 — Endereço Telegráfico; "MERCAPAULO' Caixa Postal n.® 4077 — SÃO PAULO

.■

Carta Patente n.° 1918 de 27 de dezembro de 1938

Capital

INICIO DAS OPERAÇÕES EM 9 DE JANEIRO DE 1939

.

Cr$

30.000.000,00

Fundo de reserva

4.500.0ü0,ü0

Fundo de reserva legal

BALANCETE EM 31 DE OUTUBRO DE 1944,

Cotni/rtciulendo as operações das filiais dc Curitiba, Rio de Janeiro e Santos c das Agências dc Americana, Atibáia, Bariri, Cambará, Campinas, Campos tio Jordão, Capivari, Cornélio Procópio, Garça, Guararapes, IhiliiiKa, Indaia-

507.145.921,90

Depósitos a prazo fixo

194.004.126,30

Títulos cm caução c em depósito

422.790.780,70

.Caução do Conselho de Administração

tuba, Ttapeva, Itu. Leme, Limeira, Lins, Londrina, Marília, Olímpia, Ourinhos, Palmital, Piiidamoniiangaba, Pirajuí, Piratininga, Pórto Feliz, Quin-

Filiais c Agências

tana. Ribeirão Preto, Rio Claro, Salto, Santa Cruz do Rip Pardo, Santo

Correspondentes no país

Amaro (São Paulo), São João da Boa Vista, Scrtãozinlio, Sorocaba e Vera Cruz.

611.552,60

Depósitos em contas correntes com juros ...

550.000,00

Credores por títulos cm cobrança

92.536.727,50

68.412.00

Correspondentes no exterior

í. ;

Cheques e ordens de pagamento Contas dc ordem Diversas contas

423.340.780,70 111.465.366,90

Lucros c Perdas

ATIVO

701.130.045,20

16.639.412,70 454.504,60

3.069.399,00 .* ....-

139.976.244,40 34.080.866,80 1.557.713.335,40

Cr$

Títulos Descontados

;

403.548.197,70"

Letras e efeitos a receber:

Do exterior Do interior

3.029.134,60 108.436.232,30 •

t

Empréstimos cm contas correntes Valores Caucionados

111.465.366,90

•' <

112.283.316,50 r...L..

318.827.976,80

Caução do Conselho de Administração ...T . Valores depositados

550.000,00

103.962.803.90

Filiais e Agências

'

Correspondentes no país Correspondentes no exterior Títulos pertencentes ao Banco

423.340.780,70 87.126.426,50

'

-

Imóveis

11.006,.365,00 54.93.3.042,71) 7.490.258,70

16.893.581,10

Instalações, Móveis e Máquinas

3.556.722,00

Contas de Ordem

139.^96.244,40

Diversas Contas ...í Depósitos Especiais no Banco do Brasil — Convênio Ar-

gentino-Brasileiro

,

5.485.695,70

4.754.064,70

Caixa

São Paulo, 4 dc novembro de 1944.

Em moeda corrente e em depósito no Banco do Brasil e ' outros Bancos • 176.053.272,80

:

,

1.557.713.335,40

(a)

J. J. Cardozo dc Mello Neto — Presidente

(a) Márcio da Costa Bueno — Superintendente-Interino (a) Décio R. da Fonseca — Gerente Geral (a)

Alexandre C. Kassab — Contador (R. 9521)


TECIDOS

frigorífico cruzeiro S/il

J

ft

A. RIBEIRO S/A TECIDOS POR ATACADO

[c

SAO PAULO:

CRUZUIItO:

Travessa do Comércio,39-Foiie 3-51H

Caixa Postal, 56-Fones, 15 e 5?

mo UE .JABíemo;

P. Mauá,

15."-Fone, 23-4062

Rua Florêncio de Abreu, 285 Fone: Escritório, 2-5815 Fone: Armazém, 2-4868

TELEGRAMA: FRICRUZEIRÜ

CAIXA POSTAL, 1277 Teleg. "AURINHA" SÂO PAULO


TECIDOS

frigorífico cruzeiro S/il

J

ft

A. RIBEIRO S/A TECIDOS POR ATACADO

[c

SAO PAULO:

CRUZUIItO:

Travessa do Comércio,39-Foiie 3-51H

Caixa Postal, 56-Fones, 15 e 5?

mo UE .JABíemo;

P. Mauá,

15."-Fone, 23-4062

Rua Florêncio de Abreu, 285 Fone: Escritório, 2-5815 Fone: Armazém, 2-4868

TELEGRAMA: FRICRUZEIRÜ

CAIXA POSTAL, 1277 Teleg. "AURINHA" SÂO PAULO


Banco do Comércio o Industria de S. Paulo S.A.

PASSIVO

FUNDADO EM 1889

Cr$ Capital

Sede: SÂO PAULO — R. 15 de Novembro, 289

;

60.000.000,00

Aumento de capital, dependendo de apro

vação oficial, em ações

Capital Cr S 1U0.Ü00.00U,0U Fundo de Reserva Cr $ 67.500.000,00 Fundo de Reserva Legal .... Cr ? 2.601.795,40 FILIAIS:

preferenciais

e

comuns

40.000.000,00

Fundo de Reserva

Americana, Amparo, Araraquara, Bauru, Bebedouro, Biriguí,

Botucalú, Bragança, Cafelandia, Campinas, Catanduva, Jaboticabal, londri

67.500.000,(O

Fundo de Reserva Legal Lucros e Perdas — Saldo desta conta

2.601.795,40 1.803.525.60

na, Marília, Olímpia, Poços de Caldas, Presidente Prudente, Ribeirão Prelo,

Depósitos Por Lctra.s e a Prazo Fixo

260.174.791,50

Rio Claro, Rio de Janeiro, Rio Preto, Santos. São Carlos, São Manuel, Tanabí, Taquaritinga, Tupã. Valparaíso.

Em C/ correntes com juros Idem sem juros

538.788.259,30 17.618.225,80

Cauções Depositadas

412.658.507,50

Valores Pertencentes a Terceiros

.

440.612.290,30

Caução da Diretoria Letras e Efeitos cm cobrança

ATIVO

200.000,00

Filiais

Cr$ 3.157.100,00

Carteira

32.256.117,00

Contas de Ordem

142.431.l59.l0

Cheques e Ordens de^Pagamento Correspondentes no País e no Exterior ..., Dividendos —• Saldos não reclamados

625.322.521,20

Letras e cíeito.s a receber

Letras do Interior e do Exterior Contas Correntes

155.082.793,70

853.470.797,80 155.082.793,70 271.412.116,40

Diversas Contas

Efeitos descontados

816.581.276,60

Garantias Diversas e outros Valores

BALANCETE EM 31 DE OUTUBRO DE 1944,

Capital a Realizar

100.000.000,00

15.659,615,20 '

15.332.986,70 393.346,30

Cr $ 2.474.525.529,80

780.405.314,90

'

Saldos devedores por empréstimos c adiantamentos

128.119.206.80

Cauções c Valores Depositados

Em penlior mercantil em garantia dos empré.stimos e adiantamentos acima Valores em Depósito ...-

Caução da Diretoria Tftulos e Imóveis

"i'

Banco

412.658.507,50 440.612.290,30

200.000,00

853.470.797,80

f TÍTULOS ÍRClDSive

b IMÓVEIS

21,346.091,30 34.341.867,80

Filiais

Diversas Contas

16.952.6261,50 142.431.159,10 '98.858.312,20

Contas de Ordem

Correspondentes no País e no Exterior

55.687.959,10 221.780.298.70

;

S. E. ou O.

São Paulo, 6 de novembro de 1944. Orcstcs Barbuy — Contador*

Caixa

BANCO DO COMÉRCIO E INDUSTRIA DE S. PAULO S. -V

Em moeda corrente e em depósito no Banco do Brasil e outros Bancos

(a)

139.916.754,70

depósito especial para aumento de ca pital

33,746.000,00

Numa de Oliveira — Diretor Presidente

,(a) Leônidas Garcia Rosa •— Diretor Vice-Prcsidcnte (a). José da Silva Gordo — Diretor Superintendente

Caixa Econômica Federal — Conta de

173.662.754,70

Cr.Ç 2.474.525,529,80

.

(a) T. Quartim Barbosa — F. B. de Queiroz Ferreira — Diretores-Gcrcntes

}


Banco do Comércio o Industria de S. Paulo S.A.

PASSIVO

FUNDADO EM 1889

Cr$ Capital

Sede: SÂO PAULO — R. 15 de Novembro, 289

;

60.000.000,00

Aumento de capital, dependendo de apro

vação oficial, em ações

Capital Cr S 1U0.Ü00.00U,0U Fundo de Reserva Cr $ 67.500.000,00 Fundo de Reserva Legal .... Cr ? 2.601.795,40 FILIAIS:

preferenciais

e

comuns

40.000.000,00

Fundo de Reserva

Americana, Amparo, Araraquara, Bauru, Bebedouro, Biriguí,

Botucalú, Bragança, Cafelandia, Campinas, Catanduva, Jaboticabal, londri

67.500.000,(O

Fundo de Reserva Legal Lucros e Perdas — Saldo desta conta

2.601.795,40 1.803.525.60

na, Marília, Olímpia, Poços de Caldas, Presidente Prudente, Ribeirão Prelo,

Depósitos Por Lctra.s e a Prazo Fixo

260.174.791,50

Rio Claro, Rio de Janeiro, Rio Preto, Santos. São Carlos, São Manuel, Tanabí, Taquaritinga, Tupã. Valparaíso.

Em C/ correntes com juros Idem sem juros

538.788.259,30 17.618.225,80

Cauções Depositadas

412.658.507,50

Valores Pertencentes a Terceiros

.

440.612.290,30

Caução da Diretoria Letras e Efeitos cm cobrança

ATIVO

200.000,00

Filiais

Cr$ 3.157.100,00

Carteira

32.256.117,00

Contas de Ordem

142.431.l59.l0

Cheques e Ordens de^Pagamento Correspondentes no País e no Exterior ..., Dividendos —• Saldos não reclamados

625.322.521,20

Letras e cíeito.s a receber

Letras do Interior e do Exterior Contas Correntes

155.082.793,70

853.470.797,80 155.082.793,70 271.412.116,40

Diversas Contas

Efeitos descontados

816.581.276,60

Garantias Diversas e outros Valores

BALANCETE EM 31 DE OUTUBRO DE 1944,

Capital a Realizar

100.000.000,00

15.659,615,20 '

15.332.986,70 393.346,30

Cr $ 2.474.525.529,80

780.405.314,90

'

Saldos devedores por empréstimos c adiantamentos

128.119.206.80

Cauções c Valores Depositados

Em penlior mercantil em garantia dos empré.stimos e adiantamentos acima Valores em Depósito ...-

Caução da Diretoria Tftulos e Imóveis

"i'

Banco

412.658.507,50 440.612.290,30

200.000,00

853.470.797,80

f TÍTULOS ÍRClDSive

b IMÓVEIS

21,346.091,30 34.341.867,80

Filiais

Diversas Contas

16.952.6261,50 142.431.159,10 '98.858.312,20

Contas de Ordem

Correspondentes no País e no Exterior

55.687.959,10 221.780.298.70

;

S. E. ou O.

São Paulo, 6 de novembro de 1944. Orcstcs Barbuy — Contador*

Caixa

BANCO DO COMÉRCIO E INDUSTRIA DE S. PAULO S. -V

Em moeda corrente e em depósito no Banco do Brasil e outros Bancos

(a)

139.916.754,70

depósito especial para aumento de ca pital

33,746.000,00

Numa de Oliveira — Diretor Presidente

,(a) Leônidas Garcia Rosa •— Diretor Vice-Prcsidcnte (a). José da Silva Gordo — Diretor Superintendente

Caixa Econômica Federal — Conta de

173.662.754,70

Cr.Ç 2.474.525,529,80

.

(a) T. Quartim Barbosa — F. B. de Queiroz Ferreira — Diretores-Gcrcntes

}


Deveis Subscrever Títulos de Economia da

Sul América Capitalização S/A

FABRICA DE TECIDOS LABOR S. A.

pelas seguintes vantagens: 1/

Segurança absoluta do emprego de capital.

2.=

Vantajosa acumulação de rendimento.

3/

Participação dos lucros da Companhia.

4,'

Adiantamentos garantidos.

6.^

Fiação — Tecelagem —: Alvejamento e Mercerização Tinturaria e Acabamento

Melhor maneira de constituir um capital para o futuro. Realização antecipada do capital visado, mediante sor teios mensais.

Tricolines — Brins — Cretones — Colchas

rocnrui conhecer os delalkcíí ilesta»« vantagens para

fazer economia segura, prática c intcrcs.sante.

Toalhas e tecidos em geral

^•licitai hoje mesmo informações aos liispet«»res e Agentes em todo o Itrasil.

815 — Rua

Sul América Capitalização S/A Sede Social: Rua da Alfândega N. 41

da

Mo oca — 815

EiKleréço Telegráfico ^^Lnhor'' Caixn Postal, 182 - Telefone. 2-0817

(esq. Quitanda) Edifício Sulacap — Rio de Janeiro Sucursal em São Paulo: Rua 15 de Novembro (esq. Anohieta) Edifício Sulacap

São

Paulo V V-,


Deveis Subscrever Títulos de Economia da

Sul América Capitalização S/A

FABRICA DE TECIDOS LABOR S. A.

pelas seguintes vantagens: 1/

Segurança absoluta do emprego de capital.

2.=

Vantajosa acumulação de rendimento.

3/

Participação dos lucros da Companhia.

4,'

Adiantamentos garantidos.

6.^

Fiação — Tecelagem —: Alvejamento e Mercerização Tinturaria e Acabamento

Melhor maneira de constituir um capital para o futuro. Realização antecipada do capital visado, mediante sor teios mensais.

Tricolines — Brins — Cretones — Colchas

rocnrui conhecer os delalkcíí ilesta»« vantagens para

fazer economia segura, prática c intcrcs.sante.

Toalhas e tecidos em geral

^•licitai hoje mesmo informações aos liispet«»res e Agentes em todo o Itrasil.

815 — Rua

Sul América Capitalização S/A Sede Social: Rua da Alfândega N. 41

da

Mo oca — 815

EiKleréço Telegráfico ^^Lnhor'' Caixn Postal, 182 - Telefone. 2-0817

(esq. Quitanda) Edifício Sulacap — Rio de Janeiro Sucursal em São Paulo: Rua 15 de Novembro (esq. Anohieta) Edifício Sulacap

São

Paulo V V-,


BANCO NACIONAL DA GiOADE DE SÂÜ PAULO S. A.

PASSIVO

1-UN'DADO EM 1924

Cr$

Sede: SÃO PAULO — RUA S. BENTO, 341

-

Capital ■ Capital Realizado

CrS 12.300.000,00 CrS 12.282.380,00

Fundos de Reserva Fundos dc .Amortização ....

CrS CrS

12.300.000,00

Capital 800.000,00

Fundo dc Reserva Legal Fundo de Reserva

7.300.000,00 4.512.182,80

6.500.000,00

7.300.000,0')

2.812.182.80 1.700.000,00

4.512.182,1-0

FUNDOS DE AMORTIZAÇÃO: Móveis e Utensílios Imóveis

B.AUANCETE EM 31 DE OUTUBRO DE 1944, -compreendendo as operações das Filiais de Curitiba, Rio dc Janeiro e Santos,

285.311,20

l.ucros e Perdas

DEPÓSITOS EM CONTAS CORRENTES;

das Agências de Barra Áíansa (Estado do Rio), Botucatú, Cambará, (Esta

Com juros

do do Paraná). Campinas, Cruzeiro, Jaboticabal, Jacareí, rena, Mogí das Cruzes, Mogí Mirim, Paraguaçu, Pinhal dente Prudente, Santa Cruz do Rio Pardo, Santo André, baté, e Agências Uri)anas Centra!,-"í^íortc (Braz) e

Sem juros

Jaú, Lençóis, LoPiracicaba, Presi Sertãozinlio, TauOeste (Luz).

252.888.590,10

34.531.997,00

Depósitos a Prazo Fixo e com Aviso Prévio

117.605.026,10

Credores por Títulos em cobrança

Títulos cm caução e em depósito Caução da Diretoria

ATIVO

228.642.528,20 100.000,00

405.025.613,20 170.989.482,50

228.742.528,20

Filiais c Agências Correspondentes no País

80.278.650.20

Correspondentes no Exterior

16.336.597,20

2.370.483.10

Cheques e Ordens dé Pagamento ■ Capital a Realizar Letras Descontadas

•.

17.620,00 159.443.931,20

i'.

LETRAS A RECEBER:

.

Letras do E.Klerior

Letras do Interior

%

Contas de Ordem Diversas Contas

-

.,V

165.117.679,30

108.471,10

91.806.937,50 •

'5.871.803,20

Empréstimos em contas correntes Valores caucionados Valores depositados Ações em Caução Filiais e Agências Correspondentes no País Correspondentes no Exterior Iitulos pertencentes ao Banco ....

Tíím ® Utensílios Títulos em Liquidação ...; .r I Diversas Contas

1.730.578,00

Dividendos a Pagar

14.262.925,00

CrS 1.036.049.760,00

170.989.482,50 192.206.382,70

162.266.773,60 66.375.754,60 100.000,00

• .

'.

228.742.528,20 72.720.701.60 3 181 321,40 -32.887.485,30 1 034.114,90

V

12.702.506.70

;-

. 2.919.167,60 361.432,10 91.806.937,50 6.259.741,00

* '

São Paulo, .4 dc novembro de 1944.

(a) R MAYER — Diretor Presidente (a) F. PAIM FILHO •— Diretor Vice-Presidente

CAIXA':

Ém moeda «rrente e em depósito no tíanco do Brasil e outros Bancos ... Ml outras espécies

S. E. ou O.

60.608.378,00 168.029,30

(a) C. TEIXEIRA JOR. — Diretor Superintendente

60.776.407,30

Cr$ 1.036.049.760,00

(a) A. LIMA — Diretor-Gerente (a) G. BRICCOLO — Gerente

(a) R. FERRARO — Contador .li. r» ÜM ['it*!.


BANCO NACIONAL DA GiOADE DE SÂÜ PAULO S. A.

PASSIVO

1-UN'DADO EM 1924

Cr$

Sede: SÃO PAULO — RUA S. BENTO, 341

-

Capital ■ Capital Realizado

CrS 12.300.000,00 CrS 12.282.380,00

Fundos de Reserva Fundos dc .Amortização ....

CrS CrS

12.300.000,00

Capital 800.000,00

Fundo dc Reserva Legal Fundo de Reserva

7.300.000,00 4.512.182,80

6.500.000,00

7.300.000,0')

2.812.182.80 1.700.000,00

4.512.182,1-0

FUNDOS DE AMORTIZAÇÃO: Móveis e Utensílios Imóveis

B.AUANCETE EM 31 DE OUTUBRO DE 1944, -compreendendo as operações das Filiais de Curitiba, Rio dc Janeiro e Santos,

285.311,20

l.ucros e Perdas

DEPÓSITOS EM CONTAS CORRENTES;

das Agências de Barra Áíansa (Estado do Rio), Botucatú, Cambará, (Esta

Com juros

do do Paraná). Campinas, Cruzeiro, Jaboticabal, Jacareí, rena, Mogí das Cruzes, Mogí Mirim, Paraguaçu, Pinhal dente Prudente, Santa Cruz do Rio Pardo, Santo André, baté, e Agências Uri)anas Centra!,-"í^íortc (Braz) e

Sem juros

Jaú, Lençóis, LoPiracicaba, Presi Sertãozinlio, TauOeste (Luz).

252.888.590,10

34.531.997,00

Depósitos a Prazo Fixo e com Aviso Prévio

117.605.026,10

Credores por Títulos em cobrança

Títulos cm caução e em depósito Caução da Diretoria

ATIVO

228.642.528,20 100.000,00

405.025.613,20 170.989.482,50

228.742.528,20

Filiais c Agências Correspondentes no País

80.278.650.20

Correspondentes no Exterior

16.336.597,20

2.370.483.10

Cheques e Ordens dé Pagamento ■ Capital a Realizar Letras Descontadas

•.

17.620,00 159.443.931,20

i'.

LETRAS A RECEBER:

.

Letras do E.Klerior

Letras do Interior

%

Contas de Ordem Diversas Contas

-

.,V

165.117.679,30

108.471,10

91.806.937,50 •

'5.871.803,20

Empréstimos em contas correntes Valores caucionados Valores depositados Ações em Caução Filiais e Agências Correspondentes no País Correspondentes no Exterior Iitulos pertencentes ao Banco ....

Tíím ® Utensílios Títulos em Liquidação ...; .r I Diversas Contas

1.730.578,00

Dividendos a Pagar

14.262.925,00

CrS 1.036.049.760,00

170.989.482,50 192.206.382,70

162.266.773,60 66.375.754,60 100.000,00

• .

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228.742.528,20 72.720.701.60 3 181 321,40 -32.887.485,30 1 034.114,90

V

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;-

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São Paulo, .4 dc novembro de 1944.

(a) R MAYER — Diretor Presidente (a) F. PAIM FILHO •— Diretor Vice-Presidente

CAIXA':

Ém moeda «rrente e em depósito no tíanco do Brasil e outros Bancos ... Ml outras espécies

S. E. ou O.

60.608.378,00 168.029,30

(a) C. TEIXEIRA JOR. — Diretor Superintendente

60.776.407,30

Cr$ 1.036.049.760,00

(a) A. LIMA — Diretor-Gerente (a) G. BRICCOLO — Gerente

(a) R. FERRARO — Contador .li. r» ÜM ['it*!.


'W

Cotoniiício Guilherme Giorgi S/A

1

Rua Cesário Alvim, 476 — Fone: 3-2345

Fábrica de Tecidos e Artefatos

Ul «g

ifíQ B<

FIAÇÃO. CASCAMIFÍCIO E TECELAGEM '^REDENÇÃO" Rua Arnaldo Cintra, 46

FABRICA NITRO-CELULOSE "BRASIL" Rua Dentista Barreto, 85

fiação

nova

Fios penteados de algodão Rua Osvaldo Barreto, 1335

S/A

LAN;IFÍCIOS

/

MINERVA »v

Fiação cardada e penteada de lã Tecelagem e acabamento de tecidos de lã

FIAÇÃO E TECELAGEM SANTO ANDRÉ Rua Gertrudes Líma, 146

Santo André >

PRODUTOS

DE

SUPERIOR

QUALIDADE

I

^9/

/


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Cotoniiício Guilherme Giorgi S/A

1

Rua Cesário Alvim, 476 — Fone: 3-2345

Fábrica de Tecidos e Artefatos

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FABRICA NITRO-CELULOSE "BRASIL" Rua Dentista Barreto, 85

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S/A

LAN;IFÍCIOS

/

MINERVA »v

Fiação cardada e penteada de lã Tecelagem e acabamento de tecidos de lã

FIAÇÃO E TECELAGEM SANTO ANDRÉ Rua Gertrudes Líma, 146

Santo André >

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DE

SUPERIOR

QUALIDADE

I

^9/

/


'í»

Companhia Nacional de Estamparia — Fundada em 1909

Fabricarão de tecidos críis, tintos, aivejados, flanelados e estampados

TECIDOS

Rua Boa Vista N. 150 1 Fones. 2-0424 e 3-6938

Vista aérea da Fábrica "São Paulo", cm Sorocaba Fábricas; Sãu Pnulo, Santo Aiitóiiio e Santa Rosálla, cm

Sorocaba

Usilias Hítlro-Elétricas — Fábricas de Gclü

Tipografia — Oficinas Mecânicas — Serrarias — Fazendas Agrícolas.

DADOS SOBRE 1943: — Ó.863 operários — 3.000 teares — 80.000 fusos — Produção: 50.064.123 ni de tecidos — Salários pagos: Cr $ 16.026.629,00 — Impostos pagos: V '-

Caixa Postal, 1674

J

SÀO PAULO

i

Endereço Telegráfico "NOVAMÉRICA"

Cr $ 6.160,043,39 — 5.500 toneladas de algodão paulist.i consumidas.

SAO PAULO

Rua Marconí, 87 — 2.° — Fone, 4-8128 (Rede Interna) RIO DE JANEIRO

Av. Rio Branco, 120 — 7." — Fone, 42-6030 (Rede Interna).

Vi


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Companhia Nacional de Estamparia — Fundada em 1909

Fabricarão de tecidos críis, tintos, aivejados, flanelados e estampados

TECIDOS

Rua Boa Vista N. 150 1 Fones. 2-0424 e 3-6938

Vista aérea da Fábrica "São Paulo", cm Sorocaba Fábricas; Sãu Pnulo, Santo Aiitóiiio e Santa Rosálla, cm

Sorocaba

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Tipografia — Oficinas Mecânicas — Serrarias — Fazendas Agrícolas.

DADOS SOBRE 1943: — Ó.863 operários — 3.000 teares — 80.000 fusos — Produção: 50.064.123 ni de tecidos — Salários pagos: Cr $ 16.026.629,00 — Impostos pagos: V '-

Caixa Postal, 1674

J

SÀO PAULO

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Endereço Telegráfico "NOVAMÉRICA"

Cr $ 6.160,043,39 — 5.500 toneladas de algodão paulist.i consumidas.

SAO PAULO

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Vi


No momento em que a Associação Comercial de São Paulo comemora o cinqüe?ítenârio

£6(0/ -à^ Mftdo/

de sua fundação^

RlO®

Nraújo Costa & Cia.

dé autoria do

Dr. J. L. DE ALMEBOn NOGUEIRA PORTO

têm o prazer de saudá-la, tornando os seus cumprimente-, extensivos ao público

Já tendo sido iniciado o exame das de

de São Paulo e do Brasil, a que servem des de a data de sua fundação em Sorocaba, no ano de 1876, sob a razão social de Guima rães Pereira & Cia., em sucessão a Guima

'i t: IV.

rães & Cia., tendo-se transplantado para esta capital em 1900, já sob a denominação

clarações do imposto sôbre as superrendas, pela Justiça de Ajuste dos Lucros

30

CR$

oo

ATENDE-SE PELO REEMBOLSO POSTAL Os s6cios da Asso

sidade para todos os que desejarem satis

ciação Comercial de

de Araújo Costa & Cia., que se mantém até o presente.

São pQUio, do Fede

Desenvolvendo-se paralelamente ao pro gresso do Estado e da União, contam hoje com uma rede de '28 viajantes que percor

letim Semanal gozom

rem, em todos os sentidos, todo o vasto ter

ritório nacional, de que se irradiou para o continente sul-americano, dispondo de re presentantes em todas as capitais da parte meridional do hemisfério.

Exuaordinários, e aproximando-se a

época das declarações referentes ao exercício de 1944, a aquisição desta obra de grande atualidade é uma neces

fazer às.exigências legais, defendendo,

ração do Comércio

ao mesmo tempo,seus próprios interesses.

do Estodo de S.Paulo » asslnontes do Bo

Um livro útil, de linguagem simples, contendo modelos e formulários que facilitam grandemente as suas declarações.

do desconto de 80%

Editado sob o patrocínio de Associaçõo Comercio/ de S.Pauío e da Federoçõo do Comércio do Estado de Soo Pau/o pela

editora COMERCIAt LIMITADA VIADUTO BÔA VISTA, 67 - 7.0 ANDAR - SALAS. 703/5 TELEFONE 3-7499 — SÃO PAULO

VENDA POR ATACADO DE FAZENDAS E ARMARINHO


No momento em que a Associação Comercial de São Paulo comemora o cinqüe?ítenârio

£6(0/ -à^ Mftdo/

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RlO®

Nraújo Costa & Cia.

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Dr. J. L. DE ALMEBOn NOGUEIRA PORTO

têm o prazer de saudá-la, tornando os seus cumprimente-, extensivos ao público

Já tendo sido iniciado o exame das de

de São Paulo e do Brasil, a que servem des de a data de sua fundação em Sorocaba, no ano de 1876, sob a razão social de Guima rães Pereira & Cia., em sucessão a Guima

'i t: IV.

rães & Cia., tendo-se transplantado para esta capital em 1900, já sob a denominação

clarações do imposto sôbre as superrendas, pela Justiça de Ajuste dos Lucros

30

CR$

oo

ATENDE-SE PELO REEMBOLSO POSTAL Os s6cios da Asso

sidade para todos os que desejarem satis

ciação Comercial de

de Araújo Costa & Cia., que se mantém até o presente.

São pQUio, do Fede

Desenvolvendo-se paralelamente ao pro gresso do Estado e da União, contam hoje com uma rede de '28 viajantes que percor

letim Semanal gozom

rem, em todos os sentidos, todo o vasto ter

ritório nacional, de que se irradiou para o continente sul-americano, dispondo de re presentantes em todas as capitais da parte meridional do hemisfério.

Exuaordinários, e aproximando-se a

época das declarações referentes ao exercício de 1944, a aquisição desta obra de grande atualidade é uma neces

fazer às.exigências legais, defendendo,

ração do Comércio

ao mesmo tempo,seus próprios interesses.

do Estodo de S.Paulo » asslnontes do Bo

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lyiM

>■' .

1,

Digesío Econômico

UfiSMl caminhões - automóveis

r

Annuciam neste número:

CHEVROLET-BUICK rádios RCA VICTOR

DISCOS VICTOR - VÁLVULAS RCA

I

Empresa de Propaganda OGA

A Exposição

SECÇÃO industrial FOGÕES - FOGAREIROS "CASMUNIZ' GASOGENIO "CASMUNIZ"

Limitada

"A

Fábrica de Tecidos Labor S/A

A. Ribeiro S/A

Frigorífico Cruzeiro S/A

Araújo Costa & Cia.

Galeria Paulista do Modas

Azeite Mesa

brinquedos

[BICICLETAS - MOTOCICLETAS

Banco do Comércio e

Indústria de'

São Paulo S/A

Banco Nacional da Cidade de São

refrigeradores

Paulo S/A

UTENSÍLIOS DE USO DOMÉSTICO

Banco Mercantil de São Paulo S/A Casa Figueirôa

M

I lJlilJ'15il

r

Companhia Mc-Hardy Companhia Nacional de Estamparia Cotonifício Guilherme Giorgi S/A

L. Figueiredo S/A Panambra S/A

i

Pereira Queiroz S/A Prudência Capitalização

Seagers do Brasil S/A Sindicato dos Despachantes Adua« neiros de Santos S. A. Fábrica Orion

Sul América Capitalização S/A Walter Ahrens

CASSIO MUNIZ & CIA. EXPOSIÇÃO E ESCRITÓRIO - Praça da República, 309 - C. PosfoI, 478 - Tel 4-714] Bnd. Telegràfico "CASMUNIZ" OFICINAS - Alameda Cleveland, 529 - Teh 5-2880

LABORATÓRIO DE RÃDIO - Rua Dr. Oino Bueno, 524 - Tel.-. 5-3080

V

SÃO PAULO vv

Composto pela Grafica São José — Rua Galvão Bueno, 230 — São Paulo

]


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1,

Digesío Econômico

UfiSMl caminhões - automóveis

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I

Empresa de Propaganda OGA

A Exposição

SECÇÃO industrial FOGÕES - FOGAREIROS "CASMUNIZ' GASOGENIO "CASMUNIZ"

Limitada

"A

Fábrica de Tecidos Labor S/A

A. Ribeiro S/A

Frigorífico Cruzeiro S/A

Araújo Costa & Cia.

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Banco do Comércio e

Indústria de'

São Paulo S/A

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Paulo S/A

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Banco Mercantil de São Paulo S/A Casa Figueirôa

M

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Companhia Mc-Hardy Companhia Nacional de Estamparia Cotonifício Guilherme Giorgi S/A

L. Figueiredo S/A Panambra S/A

i

Pereira Queiroz S/A Prudência Capitalização

Seagers do Brasil S/A Sindicato dos Despachantes Adua« neiros de Santos S. A. Fábrica Orion

Sul América Capitalização S/A Walter Ahrens

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SÃO PAULO vv

Composto pela Grafica São José — Rua Galvão Bueno, 230 — São Paulo

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o JimiLEU ÜA

ASSOCIAÇÃO COI^lERCIAl. As^ classes conservadoras A® São Paulo cele bram este mês, o jubiléu da sua- maior ctvtidade — a Associação Comerciad.

Fundada em 1894, no momento em que «e es boçava o grande surto da produção de café em

São Paulo, ela acompanhou e orientou esse crescente^ movimento econômico durante o primeiro decenio de sua existência. Ao sobrevir, mais tara^ super-produção cafeeira, que resultou no Convênio de Taubaté, a Associação Comerciai

adaptou-se às novas modalidades de produção que modificaram, radicalmente, a estrutura econômi ca do Estado e do país, com. o início da nossa industrialização.

E quando também essa política teve que ser revista e modificada, foÍ ainda a Associação Co mercial quem primeiro se ba*eu pela renovação dos métodos de cultivo e pela. introdução do no

vas culturas e fontes de riqueza. A cultura do algodao e de outros produtos, especialmente a dos cereais, foi incrementada pela Associação Comer cia!^ que, por assim dizer, presidiu a dupla orien tação que nos últimos vinte anos caracterizou o desenvolvimento econômico Ae São Paulo o

desbravamento de novas terras para o plantio remuncrador do café, e a intensificação de nolicultura em todas as zonas agrícolas bandeirantes.

Agora, ao completar o se,, primeiro cínquentenario, a prestigiosa entídade assiste e promove o esplendido surto da industrialização Nacional, que ja conta com uma base solida, oriunda da or

ganização de nossas primeiras indústrias pesadas. ^ For tudo isto é que as comemorações aue es

tão sendo realizadas não constituem motívn de íúbilo e orgulho somente para nosso Estado mas

para todo o Brasil, que sabe da profícua atuação

que a Associação Comercial de São .^om deseavolvendo em pròl das fôrças Produtoras Jo pais.


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