/^W sumario Número Um Brasílio Machado Neto "Boom" dos Estudos Econômicos do Brasil J. F. Normano À procura de uma nova "fronteira' Constantino lanni .... O fenômeno financeiro A. Vergueiro César .
Observações de mercados As possibilidades de São comércio internacional
J. -Pokrovsky
o
café
o
mesmo
destino
borracha? Pode-se substituir a chuva? , «•
•
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15 27 33 51
Paulo
Aspctos da margem comercial ... Terá
Pág. 13
S. Harcourt-Rívington
55
Frederico Heller
61
Mario Beni Cristovam Dantas
69
da 74
O problema dos transportes coletivos e o Metropolitano (19) — In
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flação e preços (43) — Industrialização — eis o futuro da economia nacional (64) — A que ficou reduzida a economia francesa (72) — Enipréstimos e arrendamentos (76) — A nova divisão administrativa do Estado (87) —■ O sr. aceita passes? (89) — A nova lei de acidentes do trabalho (91).
'í. ■
>.
\hr--
*
1^5
DIGE STO
ECONÔMICO
i URITIMi
A-pareccndo no primeiro sábado de cada meSa o DIGESfO ECONÔMICO, que ora se publica a cargo da Editora Comer cial Etda., sob os auspícios da Associação Comercial de São Paulo e da Federação do Comércio do Estado de São Paulo,
COMPilIVniil
DE
SEGUROS
GERAIS
procura ser útil e preciso nas informações, correto e sobrlo nos comentários, cômodo e elegante na apresentação, dando aos
CAPITAL
•eus leitores um panorama mensal do mundo dos negócios.
REALIZADO ... CrÇ 3.000.000,00
Cr$ 5.000.000,00
A venda em todas ao bancas de jornais do país a Cr.§ 3,00 o exemplar e assinatura anual (12 números) custa Cr.§ 30,00-
SÊDE: SAO PAULO
Tratando.se de revista de circulação obrigatória entre os produtores de São Paulo e os maiores do Brasil, além de am»
RUA XAVIER DE TOLEDO, 114 - 9.0 ANDAR
pia divulgação no interior, nas capitais dos Estados e nas dos
SUCURSAL: SANTOS
principais países sul-americanos, graças à distribuição, entre
RUA GENERAL GAMARA, 76 - 2.0 ANDAR
gue a uma das maiores organizações especializadas desta parte
do continente, — dispencamo-nos de encarecer o valor que re presentará, para comerciantes, industriais e homens de negó cios em geral, o servir-se dêsse poderoso veículo de propagan
/IGC\'CMS IVOS PRli\Ciri\lS ESTilüOS UO IMiS
da de suas atividades. Para isso, os interessados poderão diri gir-se às Agências de Publicidade de sua confiança, ou direta mente ao Departamento dc Publicidade da Editora Comercial
Ltda. (Viaduto Boa Vista, 67 — 7.° Tel., 3-7499). A tabela de preços para publicidade nas páginas do DíGFS-
DIRETORIA:
TO ECONÔMICO é a seguinte; página (sem fração) CrJ
Pretitionte — Dr. Álvaro Augusto de Bueno Vidigat
Superintendente — Carlos lieis de Magalhões
v00,00, seis vezes consecutivas Cr.$ 850,00; 12 vezes consecuti vas, Cr.$ 800,00. Anúncios a côres, a combinar. Clichês por
' Diretor Gerente — Joaquim Servulo da Cunha
Diretor Secretário — Sigofredo Magalhões
conta dos srs. anunciantes.
Diretor Tesoureiro — Miguel Pierri Sobrinho
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1^5
DIGE STO
ECONÔMICO
i URITIMi
A-pareccndo no primeiro sábado de cada meSa o DIGESfO ECONÔMICO, que ora se publica a cargo da Editora Comer cial Etda., sob os auspícios da Associação Comercial de São Paulo e da Federação do Comércio do Estado de São Paulo,
COMPilIVniil
DE
SEGUROS
GERAIS
procura ser útil e preciso nas informações, correto e sobrlo nos comentários, cômodo e elegante na apresentação, dando aos
CAPITAL
•eus leitores um panorama mensal do mundo dos negócios.
REALIZADO ... CrÇ 3.000.000,00
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SÊDE: SAO PAULO
Tratando.se de revista de circulação obrigatória entre os produtores de São Paulo e os maiores do Brasil, além de am»
RUA XAVIER DE TOLEDO, 114 - 9.0 ANDAR
pia divulgação no interior, nas capitais dos Estados e nas dos
SUCURSAL: SANTOS
principais países sul-americanos, graças à distribuição, entre
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gue a uma das maiores organizações especializadas desta parte
do continente, — dispencamo-nos de encarecer o valor que re presentará, para comerciantes, industriais e homens de negó cios em geral, o servir-se dêsse poderoso veículo de propagan
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TO ECONÔMICO é a seguinte; página (sem fração) CrJ
Pretitionte — Dr. Álvaro Augusto de Bueno Vidigat
Superintendente — Carlos lieis de Magalhões
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.I -
r
Um fator importante da vida econômica
é a importação
Um fator importante da importação brasileira
:>
e a
Walter Ahrens 'R. Braulío Gomes, 25-5.o-s. 505 Esq. Marconi — Edifício Vicentina Vi
Tel. 4-8Ó28 — Caixa Postal 3459
ARDY
CORRÜTOR
DE IMÓVEIS MANUFATUREIRAE IMPORTADORA CBSBS - TERRENOS - CHBCORBS - FIKONCIBMENTOS - HIPOTECBS Filiado ao Sindicato dos Corretores de Imóveis
SÀQ
PAULO
Florênclo de Abreu, 485
CAMPINAS (Matr iz)
Tel.: 2-6773
Importações de metais, ferro, ferragens, motores, chapas de ferro, canos para água, gás,vapor e para caldeiras, produ tos químicos para lavoura e indústria
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Um fator importante da vida econômica
é a importação
Um fator importante da importação brasileira
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CORRÜTOR
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PAULO
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CAMPINAS (Matr iz)
Tel.: 2-6773
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c^-í
mifi
(diga-siga) S-r:ríí:5«[Íi
DESDE 805 boas malas fi^aftõ-^cLô-ncifn BOAS VIAGENS Com as malas-estojos de couro e maletas ele gantes, cômodas, leves e espaçosas d'A Exposi ção, V. pode viajar satisfeito e despreocupado. E é sempre bem recebido em todos os lugares.
SEAGERS;l>oBRASVl V* tA0Mllt9 •
»ikC[RlVANSt^«L'-*HlQ'
Em vários tamanhos e modelos. ::
em 10ptedtaçãed ^lo- òiedíáAJi/^
.
HkMHlIRnMM.MI. WAMHIinS-NiSW.MI ^ -v.
«unnu >1* MMnRiMti iiiiúm
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ESTA MARCA É A GARANTIA DA UANDO A SORTE
pRODUZIMOS uma Nova Correta em "V", com maior resistância, efí-
ciAncia máxima e esticamento mínimOf
pelo menor preço, garantida pela re» putação do fabricante cujos produtos representam o mais alto padrão de ex> celAncia
em
artefatos
de
borracha.
S.fl.FÁBRICAS'ORION' O mais alto padrão de oxcolência am artefaios do borracho
QUANDO a sorte sorri... é escusado pensar no futuro, tudo dá certo. Mas a sorte é
cotnem
cega e não sabe para quem sorri. Não confie na sorte: se quer ter a certeza de oferecer
um bom pecúlio aos seus caros, ou se deseja precaver-se con tra eventuais dificuldades na
idade avançada, adquira tí tulos da Prudência Capitali
zação: suas economias multi plicam-se, matemàticamente, independente da sorte. Procu re, pois, conhecer os planos da Prudência Capitalização, nas suas vantagens reais e garan tias sólidas, legais e absolutas.
Compnnilia gonuinamcnie nncionnl para favorecer a economia popular
PRUDÊNCIA CAPITAIIZACAO CAPITAL: Cr,S z.ijo.ooo.oo — RESERVAS: Cr.5 iS.ooe.000,00
SÉDE: SAO PAULO — RUA JOSÉ BONIFÁCIO, 178 - tS> ANDAR
...8 PANAM — Cisa de Amigos
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ESTA MARCA É A GARANTIA DA UANDO A SORTE
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ciAncia máxima e esticamento mínimOf
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em
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S.fl.FÁBRICAS'ORION' O mais alto padrão de oxcolência am artefaios do borracho
QUANDO a sorte sorri... é escusado pensar no futuro, tudo dá certo. Mas a sorte é
cotnem
cega e não sabe para quem sorri. Não confie na sorte: se quer ter a certeza de oferecer
um bom pecúlio aos seus caros, ou se deseja precaver-se con tra eventuais dificuldades na
idade avançada, adquira tí tulos da Prudência Capitali
zação: suas economias multi plicam-se, matemàticamente, independente da sorte. Procu re, pois, conhecer os planos da Prudência Capitalização, nas suas vantagens reais e garan tias sólidas, legais e absolutas.
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?m fiMERICAN TRADE DEVELOPMERT CORP. 40, Wolí Street — NEW YORK
E \ P O » T A D O [TE S
PRODUTOS DE FERRO E AÇO CHAPAS — FOLHAS DE FLANDRES — FERRO E AÇO EM BARRAS — ARAMES — FERRO ARCO — FITAS — TIRAS
AÇO CARBONO —AÇO COM LIGA —AÇO INOXIDÁVEL
AO APROXIMAR-SE o fim da
MATERIAIS PARA ESTRADAS DE FERRO — FERRAGENS
semana, é tempo de lembrarse de que nem só de pão
FERRAMENTAS - ALPACA5 — ALUMÍNIO, ETC.
vive o homem. Precisa das
auras puras para os pulmões, do verde vegetal para a vis
PRODUTOS QUÍMICOS, PURA FINS INDUSTRIAIS - ANILINAS
ta: precisa do ar livre! Pre
mm
pare-se para a sua excursão ou passeio, com as roupas
Únicos Distribuidores no Brasil;
apropriadas, elegantes, mo dernas de nossa especialidade
PANAMBRA 5. A. Capital Social Cr.$ 4.000.000,°°
CASA 9.
S. PAULO RIO DE
A
MATRIZ:
Rua Libero Bodaró, 58- 9.o — Tol.: 4-B103 (Rede Interno) FILIAIS
Rio Bronco, 311 — Tel. 23-1750 (Rede Interna) PORTO ALEGRE — Ruo Goribaldi, 298 — Telefone: 9 7002 REPRESENTANTES:
B. HORIZONTE - R, S. KOEPPEL, Rua Rio de Janeiro, 324, s. 324 - C. P. 264 e em todos as principais cidades do Brasil.
BARÃO DE ITAPETININGA, 100 PANAM - Cí» de Amigo:
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BARÃO DE ITAPETININGA, 100 PANAM - Cí» de Amigo:
IMgesI» Etf'oii6iiih'o
DIGESTO
O mundo dos negócios nom panorama mensal Difetor-Supcrinlíndcnte RUy FONSECA Djfetorei: RUy BLOEM RUI NOGUEIRA MARTINS
ECONOMICO O MUNDO DOS NEGÓCIOS NUM PANORAMA MENSAL
O DIGESTO ECONÔMICO, órgão de informações econô
1
Dezembro «le 1944
São Paulo
micas e financeiras, de proprie dade da Editôrà Comercial Ltda., é publicado mensalcíiente
HIJMERO IM
sob os auspícios da Associação Comercial de São Paulo e da Federação do Comércio do Es tado de São Paulo,
Impresso na Gráfica São José,
jt qttcles que correrem os olhos pelas págirtas dêste primeiro número do DI
DIgcsto Econóinieo
GESTO ECONÔMICO por certo não avaliarão do esforço tenaz que foi necessário desenvol ver para chegar a publicádo. De um lado, surgiram as dificuldades na-
publicará no n. 2:
e registado no D.I.P. sob o n.® 36.272.
A redação não é responsável pelas estatísticas cuja fonte es teja devidamente citada, nem pe os
conceitos
apresentados
em artigos assinados.
tiirois a tóda idéia nova que se concretiza,
o ENCILHAMENTO
acrescidas, no caso presente, por aquelas per culiares a períodos anornuiis como o que atra
(uma reconstituição do agitado
vessamos.
período financeiro dos primeiros anos de República) pela Redação.
"ÊSTE ESTADO DO TABOADO..."
De agora em diante, éle irá depender, prin cipalmente, do apoio que lhe dispensar o pú
por Matias Arrudão
DIGESTO ECONÔMICO pe-
de-se citar o nome dele. Acei
ta-se intercâmbio com publica ções congênere^ nacionais ou estrangeiras.
blico leitor, prestigiando o com o seu interês-
se, e dn colaboração do comércio e da indiis-
"DURAÇÃO DO TRABALHO"
tria.
De oi//ro lado, não obstante o sensível pro
por J. L. Almeida Nogueira Pôrto
gresso realizado nestes últimos anos, o nosso meio cultural econômico, de existência pró
A RECONSTRUÇÃO DOS PAISKS
pria relativamente recente, ainda não estava
DEVASTADOS PELA GUERRA
Assinaturas: Ano, CrS 30.00; em conjunto com o Boletim Se-
Felizmente, elas foram vencidas,
uma a uma, e hoje o projetado inensário se transforma em promissora realidade.
habilitado a fornecer o número de valores ex' perimenitados, que o nosso desenvolvimento requer, de forma crescente. Assim sendo, não
por H. Seligniann
manal da Associação Comev-
cial de São Paulo: Ano, Cr$
além de inúmeros outros trabalhos es
120,00; semestre, Cr$ 70,00.
peciais dos colaboradores e da Redação.
foi fácil encontrarem-se os elementos capazes, O Sr. Brasílio Machado Neto,
presidente da Associação
Co
necessários a uma obra como a do Digesto. A escolha da equipe que hoje enriquece o
duto Boa Vista, 67, 7.® andar,
deração do Comércio do Esta
quadro de redatores desta publicação e do Boloiim Scnianjil, foi, por essa razão, uma das
tel. 3-7499.
do de São Paulo, honra o DIGRSTG ECONÔMICO com
ram de enfrentar os diretores du Editora Co
este
mercial Ltda..
Redação e Administração: Via
mercial de São Paulo e da Fe
artigo
de
apresentação.
tarefas mais delicadas e deinoradas que tive
IMgesI» Etf'oii6iiih'o
DIGESTO
O mundo dos negócios nom panorama mensal Difetor-Supcrinlíndcnte RUy FONSECA Djfetorei: RUy BLOEM RUI NOGUEIRA MARTINS
ECONOMICO O MUNDO DOS NEGÓCIOS NUM PANORAMA MENSAL
O DIGESTO ECONÔMICO, órgão de informações econô
1
Dezembro «le 1944
São Paulo
micas e financeiras, de proprie dade da Editôrà Comercial Ltda., é publicado mensalcíiente
HIJMERO IM
sob os auspícios da Associação Comercial de São Paulo e da Federação do Comércio do Es tado de São Paulo,
Impresso na Gráfica São José,
jt qttcles que correrem os olhos pelas págirtas dêste primeiro número do DI
DIgcsto Econóinieo
GESTO ECONÔMICO por certo não avaliarão do esforço tenaz que foi necessário desenvol ver para chegar a publicádo. De um lado, surgiram as dificuldades na-
publicará no n. 2:
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A redação não é responsável pelas estatísticas cuja fonte es teja devidamente citada, nem pe os
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o ENCILHAMENTO
acrescidas, no caso presente, por aquelas per culiares a períodos anornuiis como o que atra
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vessamos.
período financeiro dos primeiros anos de República) pela Redação.
"ÊSTE ESTADO DO TABOADO..."
De agora em diante, éle irá depender, prin cipalmente, do apoio que lhe dispensar o pú
por Matias Arrudão
DIGESTO ECONÔMICO pe-
de-se citar o nome dele. Acei
ta-se intercâmbio com publica ções congênere^ nacionais ou estrangeiras.
blico leitor, prestigiando o com o seu interês-
se, e dn colaboração do comércio e da indiis-
"DURAÇÃO DO TRABALHO"
tria.
De oi//ro lado, não obstante o sensível pro
por J. L. Almeida Nogueira Pôrto
gresso realizado nestes últimos anos, o nosso meio cultural econômico, de existência pró
A RECONSTRUÇÃO DOS PAISKS
pria relativamente recente, ainda não estava
DEVASTADOS PELA GUERRA
Assinaturas: Ano, CrS 30.00; em conjunto com o Boletim Se-
Felizmente, elas foram vencidas,
uma a uma, e hoje o projetado inensário se transforma em promissora realidade.
habilitado a fornecer o número de valores ex' perimenitados, que o nosso desenvolvimento requer, de forma crescente. Assim sendo, não
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manal da Associação Comev-
cial de São Paulo: Ano, Cr$
além de inúmeros outros trabalhos es
120,00; semestre, Cr$ 70,00.
peciais dos colaboradores e da Redação.
foi fácil encontrarem-se os elementos capazes, O Sr. Brasílio Machado Neto,
presidente da Associação
Co
necessários a uma obra como a do Digesto. A escolha da equipe que hoje enriquece o
duto Boa Vista, 67, 7.® andar,
deração do Comércio do Esta
quadro de redatores desta publicação e do Boloiim Scnianjil, foi, por essa razão, uma das
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do de São Paulo, honra o DIGRSTG ECONÔMICO com
ram de enfrentar os diretores du Editora Co
este
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Redação e Administração: Via
mercial de São Paulo e da Fe
artigo
de
apresentação.
tarefas mais delicadas e deinoradas que tive
No entanto, apesar de iodas as dificuldades, o Digesto aqui está e embora o seu lançamen' to possa representar uma ousadia, para o nos so meio, ele não é, de modo alfíuni, uma aventura. Nasce, com efeito, apoiado na ex"
w■ M*.
periência colhida com o semíoiúrio editado pela Associação Comercial de São Paulo, du rante cêrca de dois anos. Foi, realmente, o êxito dessa publicação, cuja circulação estava mais ou menos restrita ao quadro social da
Em 1940 publiquei um artigo ii'0 Observador Econômi co e Financeiro sob o título Um Economista vê o Brasil. Discu
Por J. F. NonMANo
Especial para
o
Digesto Econômico
A gigantesca tarefa de investigação
quela entidade, que a levou e à Federação do
ti, nele, os problemas e as pos
e planejamento econômicos do Brasil
Comércio de São Paulo a patrocinarem o lan
sibilidades de um economista no
exigirá a mobilização dc tòdas as for
çamento do Digesto Econômico. -
i->rasil.
Uma revista do feitio e com o espírito que se lhe pretende imprimir, c a primeira vez
que, salvo engano, sufgc entre nós. E' claro que jã existem esplêndidas revistas especia
lizadas em econotnia, a maioria^ dás quais re presenta um louvável esforço íie realização e
conquistou justo prestígio nos meios ligados diretamente à produção e distribuição da ri
Salientei que as formas
da vida econômica no Brasil es
tão experimentando uma transi ção do capitalismo liberal para a economia dirigida, e por essa ra zão o problema dos estudos eco nômicos assume importância na
ças intelectuais disponíveis do país no campo da economia, além da coopera
ção das universidades, das instituições culturais, das agências do governo. Tal o tema deste artigo, o primeiro de
uma série, que o conceituado autor norte-americano, escreve especialmen te para o Digesto.
queza. O Digesto, porém, tem em vista outro
cional para o país.
plano e outro campo de ação. Pretende, e oxalá o coM.sjgo, transformar'se tium mensãrto
que a vida econômica do Brasil
de ser inteiramente baseado nos
não pode ser compreendida sem
resultados de investigações pre
de divulgação, redigido sempre de forma ao /
«los Eisluclos Eeouómíeo» ilo Itrusil
Acentuei
alcance dos leigos, e tendo como objetivo pre-
o estudo de seu entrosamento
paradas no estrangeiro. De ou
cipuo tornar acessível não só os principies
na economia mundial. Mesmo a
da econòmia, como os seus problemas, con
idéia do isolamento autárquico
correndo assim para t/ma compreensão melhor
não pode ser concebida sem o
tro lado, com poucas exceções, os países estrangeiros demonstram uma inescusávcl ignorância das
conhecimento do mundo exter
coisas brasileiras.
no. E o dinâmico Brasil respi
dos seus fenômenos complexos,
no
mundo
atual, das suas tendências e dos seus rumos
Tal é a missão que pretende desempenhar
ra através do comércio exterior
Eu sabia das dificuldades, con sistindo, sua maioria, na falta dc
o Digesto Econômico. Se éle, na vida que ho
e dos investimentos. A política
uma série contínua de dados e
na ausência de especialistas trei nados, capazes de coletá-los, de produzi-los quando necessário, de
prováveis.
je inicia, conseguir alcançar, senão no todo,
pelo menos em parte, o seu elevado propó
exterior do Brasil deve tomar
sito, pagos estarão os s«cr///ctos que não serão
em consideração não somente as
poupados para o seu êxito, não só por parte
tendências do desenvolvimento brasileiro e de suas presentes
dos homens <íiret«nie"íe ligados a êsse ontpreendiniento, como aos que iem e virão a ter
sôbre os ôm6jros a pesada taref„ do dirigir as duas entidades máximas do comércio paulista.
Patrociiumdo obra de tão inalienável utili
dade para a divulgação dos assuntos econômi cos, entre brasileiros, nada mais elas almejam do que servir às classes que diretamente re presentam e, sobretudo, a São Paulo e ao Brasil.
relações externas, mas também as tendências
do
desenvolvimento
i
sistematizá-los e analisá-los.
Esbocei, naquela ocasião, um quadro ideal de um estudo
dos próprios países estrangeiros.
exaustivo da vida econômica bra
O estudo dos desenvolvimentos
sileira. Era um programa concre
estrangeiros deve ser feito salien-
to, abrangendo um fundo histó- ^
tando-se os interesses brasilei
rico, a formação da nação e sua ^ ^.A 1 M^ aa ^ r% •• ^ «4 economia, seguido de um estudo
ros — e por êsse motivo não po-
No entanto, apesar de iodas as dificuldades, o Digesto aqui está e embora o seu lançamen' to possa representar uma ousadia, para o nos so meio, ele não é, de modo alfíuni, uma aventura. Nasce, com efeito, apoiado na ex"
w■ M*.
periência colhida com o semíoiúrio editado pela Associação Comercial de São Paulo, du rante cêrca de dois anos. Foi, realmente, o êxito dessa publicação, cuja circulação estava mais ou menos restrita ao quadro social da
Em 1940 publiquei um artigo ii'0 Observador Econômi co e Financeiro sob o título Um Economista vê o Brasil. Discu
Por J. F. NonMANo
Especial para
o
Digesto Econômico
A gigantesca tarefa de investigação
quela entidade, que a levou e à Federação do
ti, nele, os problemas e as pos
e planejamento econômicos do Brasil
Comércio de São Paulo a patrocinarem o lan
sibilidades de um economista no
exigirá a mobilização dc tòdas as for
çamento do Digesto Econômico. -
i->rasil.
Uma revista do feitio e com o espírito que se lhe pretende imprimir, c a primeira vez
que, salvo engano, sufgc entre nós. E' claro que jã existem esplêndidas revistas especia
lizadas em econotnia, a maioria^ dás quais re presenta um louvável esforço íie realização e
conquistou justo prestígio nos meios ligados diretamente à produção e distribuição da ri
Salientei que as formas
da vida econômica no Brasil es
tão experimentando uma transi ção do capitalismo liberal para a economia dirigida, e por essa ra zão o problema dos estudos eco nômicos assume importância na
ças intelectuais disponíveis do país no campo da economia, além da coopera
ção das universidades, das instituições culturais, das agências do governo. Tal o tema deste artigo, o primeiro de
uma série, que o conceituado autor norte-americano, escreve especialmen te para o Digesto.
queza. O Digesto, porém, tem em vista outro
cional para o país.
plano e outro campo de ação. Pretende, e oxalá o coM.sjgo, transformar'se tium mensãrto
que a vida econômica do Brasil
de ser inteiramente baseado nos
não pode ser compreendida sem
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«los Eisluclos Eeouómíeo» ilo Itrusil
Acentuei
alcance dos leigos, e tendo como objetivo pre-
o estudo de seu entrosamento
paradas no estrangeiro. De ou
cipuo tornar acessível não só os principies
na economia mundial. Mesmo a
da econòmia, como os seus problemas, con
idéia do isolamento autárquico
correndo assim para t/ma compreensão melhor
não pode ser concebida sem o
tro lado, com poucas exceções, os países estrangeiros demonstram uma inescusávcl ignorância das
conhecimento do mundo exter
coisas brasileiras.
no. E o dinâmico Brasil respi
dos seus fenômenos complexos,
no
mundo
atual, das suas tendências e dos seus rumos
Tal é a missão que pretende desempenhar
ra através do comércio exterior
Eu sabia das dificuldades, con sistindo, sua maioria, na falta dc
o Digesto Econômico. Se éle, na vida que ho
e dos investimentos. A política
uma série contínua de dados e
na ausência de especialistas trei nados, capazes de coletá-los, de produzi-los quando necessário, de
prováveis.
je inicia, conseguir alcançar, senão no todo,
pelo menos em parte, o seu elevado propó
exterior do Brasil deve tomar
sito, pagos estarão os s«cr///ctos que não serão
em consideração não somente as
poupados para o seu êxito, não só por parte
tendências do desenvolvimento brasileiro e de suas presentes
dos homens <íiret«nie"íe ligados a êsse ontpreendiniento, como aos que iem e virão a ter
sôbre os ôm6jros a pesada taref„ do dirigir as duas entidades máximas do comércio paulista.
Patrociiumdo obra de tão inalienável utili
dade para a divulgação dos assuntos econômi cos, entre brasileiros, nada mais elas almejam do que servir às classes que diretamente re presentam e, sobretudo, a São Paulo e ao Brasil.
relações externas, mas também as tendências
do
desenvolvimento
i
sistematizá-los e analisá-los.
Esbocei, naquela ocasião, um quadro ideal de um estudo
dos próprios países estrangeiros.
exaustivo da vida econômica bra
O estudo dos desenvolvimentos
sileira. Era um programa concre
estrangeiros deve ser feito salien-
to, abrangendo um fundo histó- ^
tando-se os interesses brasilei
rico, a formação da nação e sua ^ ^.A 1 M^ aa ^ r% •• ^ «4 economia, seguido de um estudo
ros — e por êsse motivo não po-
Digesto Econômico
16
do século dezenove — o período
dades de Economia, novas pu
de penetração da economia mo
blicações econômicas e assim por diante. Mas a velha dificul
netária e transição da dependên cia colonial para o nacionalismo econômico. Nessa base histórica
dade ainda existe: a falta de sé rie contínua de dados e ausên
eu sugeri um sistemático estudo
cia de especialistas treinados.
econômico e social do Brasil mo
17
Digcsto Econômico
COS
no
Brasil exigirá, certa
outras necessidades e outras pai
sociedades culturais, de agências
A necessidade de um Instituto de Economia
Certamente o Brasil tem progre
do govêrno, de organismos lo-
derno e sua sociedade. Recomen
dido neste último decênio.
-cais, etc.
dei a separação da interpretação
do valioso trabalho de socieda
romântica e heróica de seu de
des locais, dos esforços dos pou
senvolvimento. O estudo deve
cos economistas brasileiros, dos
ria ter um forte caráter indutivo, com uma ampla aplicação de da dos estatísticos e históricos, com binado com um exame compara
melhoramentos na organização da estatística, mas, não obstan te, a coleta de dados não pode
tivo de tipos e numerosos estu
dos práticos. Meu apelo concre to para a formação do Institutc? Brasileiro de Economia encon trou certo entusiasmo na inteli-
géncia brasileira. O Sr. José Car los de Macedo Soares foi um dos primeiros a manifestar seu inte-
rêsse. Vários periódicos repro duziram meu artigo. O incansá vel Sr. Abelardo Vergueiro Ce-
Sei
mais depender de interèsses in dividuais, devendo tomar formas continuas, planejadas e organi zadas, a fim de poder dar, sem
pre, uma resposta atual a qual quer problema da vida econô mica.
Mobilização das forças intelectuais Nessa nova mod^-, os econo
.sar continuou seus antigos es
mistas brasileiros não aplicam
forços para organizar tal Insti
princípios econômicos aos estu
tuto. Mas... "calma no Bra
dos econômicos, não aplicam princípios de planejamento em suas discussões de.planejamento. No presente momento de entu siasmo,. os economistas brasilei ros esquecem que a atual técni ca de pesquisa econômica atin giu uma fase em que os proces
sil" — o interesse inicial evapo rou-se mais ou menos logo. A falta de dados e de especialistas Desde então um "boom" na
curiosidade econômica se tem desenvolvido no Brasil. Nós tes temunhamos agora uma corrida
lia
organização
de
institutos,
fundação de sociedades e facul-
Outra natureza, outros homens,
mente, a mobilização de todas as torças intelectuais disponíveis do país no campo da Economia, a cooperação de universidades, de
xões, e conseqüentemente outra ligação histórica".
Sòmeiite uma organização Será necessária a cooperação de estudiosos de campos afins, planejada de pesquisas pode ser pois eu concordo com a afirma- ■ útil na solução dos problemas ção de Buckle de que "a ciência econômicos brasileiros, e prepa de quaUjuer matéria não está no rar os jovens economistas e ho seu centro, mas na sua periferia, mens do govêrno brasileiro para seu importante papel na admi onde se encontra* com tòdas as outras ciências". Geógrafos, nistração do pais. O propósito historiadores, socrólogos, sã-j" da Economia moderna está sen líenvindos c 'necessários para o do transformado da descoberta êxito desse empreendimento. Mas de leis eternas e categorias ab será preciso mais — uma orga solutas' para os serviços reaiís-nização especial; sobretudo, em ticos da arte da administração. vista do fato de que um econo Como disse Thòmas Henry Huxmista é avis rara no Brasil, qual-' ley, "o grande objetivo cía vida cpier desperdício de esforço^s de nao é o conhecimento, mas a ve ser eliminado.
Dados e ma
teriais deverão ser coligidos e produzidos,
os
colaboradore.s
treinados, todo o trabalho plane
jado e supervisionado, evitandose duplicações e comparando-se os resultados. A organização e a direção devem ser centraliza
ação". A direção dos assuntos econômicos de uma nação é uma arte, e uma arte requer uma'téc nica. Nós vivemos num perío do de crescente economia dirigi
da. que se iniciou com o nasci mento do néo-mercantilismo.
A
Economia do mercantilismo foi
das, enquanto o . trabalho prò-
exposta na compilação de Guias para Soberanos: Gresham era um conselheiro da rainha Elisabeth;
sos abreviados aceleram e subs
priamente dito deve ser descen tralizado. A grandeza e as di ferenças locais do Brasil devem
tituem o crescimento orgânico.
ser tomadas em conta, Von Mar
Companhia das índias Orientais;
A gigantesca tarefa de investi gação e planejamento económi-
tins salientou êsse aspeto; "Co
Erasmo dedicou a Carlo.s \ seu
mo são diferentes Pará e Miiiíis!
Manual para um Príncipe Cns-
Thomas Mim era o Diretor da
Digesto Econômico
16
do século dezenove — o período
dades de Economia, novas pu
de penetração da economia mo
blicações econômicas e assim por diante. Mas a velha dificul
netária e transição da dependên cia colonial para o nacionalismo econômico. Nessa base histórica
dade ainda existe: a falta de sé rie contínua de dados e ausên
eu sugeri um sistemático estudo
cia de especialistas treinados.
econômico e social do Brasil mo
17
Digcsto Econômico
COS
no
Brasil exigirá, certa
outras necessidades e outras pai
sociedades culturais, de agências
A necessidade de um Instituto de Economia
Certamente o Brasil tem progre
do govêrno, de organismos lo-
derno e sua sociedade. Recomen
dido neste último decênio.
-cais, etc.
dei a separação da interpretação
do valioso trabalho de socieda
romântica e heróica de seu de
des locais, dos esforços dos pou
senvolvimento. O estudo deve
cos economistas brasileiros, dos
ria ter um forte caráter indutivo, com uma ampla aplicação de da dos estatísticos e históricos, com binado com um exame compara
melhoramentos na organização da estatística, mas, não obstan te, a coleta de dados não pode
tivo de tipos e numerosos estu
dos práticos. Meu apelo concre to para a formação do Institutc? Brasileiro de Economia encon trou certo entusiasmo na inteli-
géncia brasileira. O Sr. José Car los de Macedo Soares foi um dos primeiros a manifestar seu inte-
rêsse. Vários periódicos repro duziram meu artigo. O incansá vel Sr. Abelardo Vergueiro Ce-
Sei
mais depender de interèsses in dividuais, devendo tomar formas continuas, planejadas e organi zadas, a fim de poder dar, sem
pre, uma resposta atual a qual quer problema da vida econô mica.
Mobilização das forças intelectuais Nessa nova mod^-, os econo
.sar continuou seus antigos es
mistas brasileiros não aplicam
forços para organizar tal Insti
princípios econômicos aos estu
tuto. Mas... "calma no Bra
dos econômicos, não aplicam princípios de planejamento em suas discussões de.planejamento. No presente momento de entu siasmo,. os economistas brasilei ros esquecem que a atual técni ca de pesquisa econômica atin giu uma fase em que os proces
sil" — o interesse inicial evapo rou-se mais ou menos logo. A falta de dados e de especialistas Desde então um "boom" na
curiosidade econômica se tem desenvolvido no Brasil. Nós tes temunhamos agora uma corrida
lia
organização
de
institutos,
fundação de sociedades e facul-
Outra natureza, outros homens,
mente, a mobilização de todas as torças intelectuais disponíveis do país no campo da Economia, a cooperação de universidades, de
xões, e conseqüentemente outra ligação histórica".
Sòmeiite uma organização Será necessária a cooperação de estudiosos de campos afins, planejada de pesquisas pode ser pois eu concordo com a afirma- ■ útil na solução dos problemas ção de Buckle de que "a ciência econômicos brasileiros, e prepa de quaUjuer matéria não está no rar os jovens economistas e ho seu centro, mas na sua periferia, mens do govêrno brasileiro para seu importante papel na admi onde se encontra* com tòdas as outras ciências". Geógrafos, nistração do pais. O propósito historiadores, socrólogos, sã-j" da Economia moderna está sen líenvindos c 'necessários para o do transformado da descoberta êxito desse empreendimento. Mas de leis eternas e categorias ab será preciso mais — uma orga solutas' para os serviços reaiís-nização especial; sobretudo, em ticos da arte da administração. vista do fato de que um econo Como disse Thòmas Henry Huxmista é avis rara no Brasil, qual-' ley, "o grande objetivo cía vida cpier desperdício de esforço^s de nao é o conhecimento, mas a ve ser eliminado.
Dados e ma
teriais deverão ser coligidos e produzidos,
os
colaboradore.s
treinados, todo o trabalho plane
jado e supervisionado, evitandose duplicações e comparando-se os resultados. A organização e a direção devem ser centraliza
ação". A direção dos assuntos econômicos de uma nação é uma arte, e uma arte requer uma'téc nica. Nós vivemos num perío do de crescente economia dirigi
da. que se iniciou com o nasci mento do néo-mercantilismo.
A
Economia do mercantilismo foi
das, enquanto o . trabalho prò-
exposta na compilação de Guias para Soberanos: Gresham era um conselheiro da rainha Elisabeth;
sos abreviados aceleram e subs
priamente dito deve ser descen tralizado. A grandeza e as di ferenças locais do Brasil devem
tituem o crescimento orgânico.
ser tomadas em conta, Von Mar
Companhia das índias Orientais;
A gigantesca tarefa de investi gação e planejamento económi-
tins salientou êsse aspeto; "Co
Erasmo dedicou a Carlo.s \ seu
mo são diferentes Pará e Miiiíis!
Manual para um Príncipe Cns-
Thomas Mim era o Diretor da
r TllANSPORTKS
Digesto Econômico
18
tão, e Macchiavelli escreveu seu
Príncipe, para o benefício dos Mediei. A nova função do Es tado no moderno mundo econô mico leva-o a reviver e a moder
nizar a Cameralia do p*eríodo do Absolutismo Iluminado. E' sim
bólico que o Sr. William H. Be-
veridge, o Diretor da Escola de Economia de Londres, em seu My Utopia, desperta cpm seu
O Brasil precisa de um centra lizado e bem planejado Instituto
gas brasileiros a respeito do pre sente "boom" na Economia, que
O problema dos tranportes coleti vos, dia ,a dia agravado pelos mais diversos fatores, vem despertan
"boom". (*)
do grande interesse e celeuma entre
Street, mas no International Ins-
Comparative
e o Metropolitano
parece fasciná-los. Uma crise geralmente acompanha um
os estudiosos das questões urbanas de São Paulo. E não é para menos, de
auditório ainda na Houghton titute of
O problema dos transportes coletivos
de Economia e Administração Comparativás, com filiais e secções locais. Eu previno os cole
Econo-
mics and Administration.
"Boom" — palavra norte-ameritana
empregada cotn a acepção de expan são, surto, 'grande desenvolvimento.
vez que a sjtuação da nossa Capital é,
de transporte coletivo, agora muitís simo agravada pelas condições da guerra, êste artigo* sugere, como solu ção para tão importante problema a construção de um Metropolitano.
nesse particular, das mais precárias, o transporte coletivo é, hoje em dia,
1 Anos 1 ■
um ^ elemento vital para a ordem so
1-
cial das cidades, assim como para o
1 1936 1
seu desenvolvimento econômico. Daí. sem dúvida, o interesse com que se
1 1 1 1 I j 1 }
está procurando uma solução definitÍA^a para tão angustioso problema, co mo é esse da crise de transporte cole
tivo,^ que ora atravessamos. Um rápi
s
Mostrando que já em 1946 São Paulo estava passando por uma aguda cr'^e
do passeio pelas estatísticas que temos em mãos, dará uma idéia
geral
ao
mesmo tempo que exata da população
1
1 1937 { < 1 1938. 1 I 1939 1 1 1940 1
N.° de habitantes
.
1
1
" 1.137.883..
1
• 1.185.934
1 1
1.236.014
1
1.288.209
1 j
1.342.608
1
de São Paulo em face das deficiên
No mesmo período, o número de
cias dos serviços dè transporte coleti
bondes em serviço era de 555 para o
vo existentes.
ano de 1936; 566 para os anos de 37, 38 e 39, e 559 para 1940.
Falam os números
• Em 1937 circulavam 485 ônibus; no
ano seguinte, 507 e em 1940 São Pau
Dados extraídos do Relatório Geral BENEFICIO DE JUTA
Com.um capital superior a 1 milhão de cruzeiros, esta sen do instalada em Manaus uma fábrica de beneficiamen?ü de juta. A "mesma firma esta estudando a possibilidade de, em seguida, organizar uma fábrica de tecidos destinada a aprovei tar a enorme quantidade de juta existente na Amazônia.
da Comissão de Estudos de Transpor
lo contava com 818 carros.
Para os
anos de 1936 e 39, o Boletim do De
tes Coletivos, e apresentado ao Pre
partamento Estadual
feito Prestes Maia em dezembro de
(setembro de 1941), que estamos uti lizando, não fornece dados. Já para
1941, dão os seguintes números para
de
Estatística
a população de São Paulo, a partir
os automóveis, os niimeros que ali en
de 1936:
contramos são os seguintes:
r TllANSPORTKS
Digesto Econômico
18
tão, e Macchiavelli escreveu seu
Príncipe, para o benefício dos Mediei. A nova função do Es tado no moderno mundo econô mico leva-o a reviver e a moder
nizar a Cameralia do p*eríodo do Absolutismo Iluminado. E' sim
bólico que o Sr. William H. Be-
veridge, o Diretor da Escola de Economia de Londres, em seu My Utopia, desperta cpm seu
O Brasil precisa de um centra lizado e bem planejado Instituto
gas brasileiros a respeito do pre sente "boom" na Economia, que
O problema dos tranportes coleti vos, dia ,a dia agravado pelos mais diversos fatores, vem despertan
"boom". (*)
do grande interesse e celeuma entre
Street, mas no International Ins-
Comparative
e o Metropolitano
parece fasciná-los. Uma crise geralmente acompanha um
os estudiosos das questões urbanas de São Paulo. E não é para menos, de
auditório ainda na Houghton titute of
O problema dos transportes coletivos
de Economia e Administração Comparativás, com filiais e secções locais. Eu previno os cole
Econo-
mics and Administration.
"Boom" — palavra norte-ameritana
empregada cotn a acepção de expan são, surto, 'grande desenvolvimento.
vez que a sjtuação da nossa Capital é,
de transporte coletivo, agora muitís simo agravada pelas condições da guerra, êste artigo* sugere, como solu ção para tão importante problema a construção de um Metropolitano.
nesse particular, das mais precárias, o transporte coletivo é, hoje em dia,
1 Anos 1 ■
um ^ elemento vital para a ordem so
1-
cial das cidades, assim como para o
1 1936 1
seu desenvolvimento econômico. Daí. sem dúvida, o interesse com que se
1 1 1 1 I j 1 }
está procurando uma solução definitÍA^a para tão angustioso problema, co mo é esse da crise de transporte cole
tivo,^ que ora atravessamos. Um rápi
s
Mostrando que já em 1946 São Paulo estava passando por uma aguda cr'^e
do passeio pelas estatísticas que temos em mãos, dará uma idéia
geral
ao
mesmo tempo que exata da população
1
1 1937 { < 1 1938. 1 I 1939 1 1 1940 1
N.° de habitantes
.
1
1
" 1.137.883..
1
• 1.185.934
1 1
1.236.014
1
1.288.209
1 j
1.342.608
1
de São Paulo em face das deficiên
No mesmo período, o número de
cias dos serviços dè transporte coleti
bondes em serviço era de 555 para o
vo existentes.
ano de 1936; 566 para os anos de 37, 38 e 39, e 559 para 1940.
Falam os números
• Em 1937 circulavam 485 ônibus; no
ano seguinte, 507 e em 1940 São Pau
Dados extraídos do Relatório Geral BENEFICIO DE JUTA
Com.um capital superior a 1 milhão de cruzeiros, esta sen do instalada em Manaus uma fábrica de beneficiamen?ü de juta. A "mesma firma esta estudando a possibilidade de, em seguida, organizar uma fábrica de tecidos destinada a aprovei tar a enorme quantidade de juta existente na Amazônia.
da Comissão de Estudos de Transpor
lo contava com 818 carros.
Para os
anos de 1936 e 39, o Boletim do De
tes Coletivos, e apresentado ao Pre
partamento Estadual
feito Prestes Maia em dezembro de
(setembro de 1941), que estamos uti lizando, não fornece dados. Já para
1941, dão os seguintes números para
de
Estatística
a população de São Paulo, a partir
os automóveis, os niimeros que ali en
de 1936:
contramos são os seguintes:
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Digest-o Econômico 20
Digesto Econômico Anos Particulares /
de Aluguel
. 1 1936 1 20.286- 1 1 3.561 1
Considerando "esses veículos — bon
1937
1938
15.226
15.389
2.261
1.739
dos.
1 1939 1 16.365 [ 2.217
Capital — aos trancos, empurrada, es
tes, que sejam recordadas essas coisas,
1940
magada mesmo, ém carros não mais
oriundas do estado de guerra, c acres
19.836
super-lotados,' mas- hiper-lotadíssimos. Essa é a situação que — é a eloqüên
centado que ã estimativa da população da Capital é, para o ano em curso, df
cia dos números que o demonstra — existia antc.s do inicio da guerra.
1.628.000 habitantes, para que fique bem acentuado aquilo que os cheíc.<
2.301
Em 1940, tendc-sc verificado um
des, ônibus, autos de aluguel e autos
acréscimo de 333 carros nas diversas
particulares, como os elementos que formam, em nossa Capital, os serviços
linhas de ônibus, o número de pessoas
de transporte coletivo,
e
analisando
perfunctòriamente os números apre sentados, verifica-se que enquanto a população, de 1936 a 1940, aumentou de 204.725 almas, o número de vcíru-
. dos existentes, que era, no primeiro daqueles anos, de 24.887, desceu, eili 1940, para 23.514, havendo, portanto,
A situação' atual
transportadas ultrapassou o dobro da quela cifra, pois. viajaram de ônibus, nêése ano, 177.511.381 passageiros. Mas o que é realmente curioso, me-
Vimos, conforme as estatísticas pro varam. que o problema dos transportes coletivos em São Paulo já
verificou com
agora, em plen^ã conflagração?
os transportes em
E
Mui
to embora não tenhamos, sobre estes
bondes, durante esses anos que esta
tam, através de dados seguros, anali
no serviço cm .1936, foram
sar qual é a situação atual, não será
um decréscimo de 1.373 carros. E' bem verdade que nos elementos con
transportados 278.580.246 passageiros. •
siderados essenciais, por assim dizer,
— 559 carros em serviço — o nú
Aliás, para fatos assim tão concretos,
para os transportes coletivos -
bou-
mero de pessoas transportadas foi cje
como êssc da deficiência dos transpor
des e ônibus, não houve diminuição
330.630.151, ou seja 52.049.905 passa-
m c sim aumento. O decréscimo verífi-
cou-sc nos automóveis, cuja diminui ção é bem sensível — menos 450 au
tos particulares cm 1940 do que eni 1936, e menos 1.260 autos de aluguel para o mesmo período.
E' curio.so
notar essa diminuição de automóveis, porque certamente ela é um índice do
Em 1940, com quatro bondes a mais
geiros a mais. O
coletivo.
tes, que temos diariamente na frente imprescindíveis.
ram
mos referentes aos anos de 1936 a
realizadas 3.331.143 viagens, c
Explicando mi
nuciosamente a situação, temos o se-'
guinte — em 1936, com 555 bondes que realizaram 3.331.143 viagens, fo
aumento do custo da vida, que rapi
ram transportados 278.580.246 passa-'' geiros. Em 1940, havendo apenas mais quatro bondes, e sendo realiza
Analisar êssé fato,
transporte
"■ dos olhos, os números não são tão
vcrdadeirameutc
damente já se vinha processando na
queles tempos.
difícil calcular como estão agravados
os serviços de
alarmante, no entanto, ainda não é isso, mas sim vermos que em 1936 -fo- > cm 1940, 2.955.350.
porém, constitui um desvio do assun
das 375.793 viagens a menos, foram
to que estamos tratando, e para de
transportadas
novo voltarmos a êle, chamamos a
mais I
52.049.905
pessoas
a
atenção do leitor que para um total
Fácil é concluir como viajou tôda
de 485 ônibus existentes em 1937, hou ve 86.225.944 passageiros transporta-
essa génte, como, durante aqueles anos, foi transportada a população da
mento iníqrmaram recentemente ao Chefe da Nação, e que, mais do que a qualquer outro Estado, se aplica à nossa cidade — a fabulosa despropor
ção entre a massa transportável e o material disponível para êsse fim. Soluções paliativas
últimos anos, estatísticas que permi
mos analisando. Com 555 carros exis
tentes
estava
agravado muito antes da guerra.
lhor diríamos: alarmante, foi o que se
das Comissões Estaduais de Abasteci
*.
■
Baste que se diga,
énião, uma vez presentes os algaris
1940, que os carros particulares foram paralizados; (lue os de aluguel funcio nam sob o regime da cota de gasolina, inlposta pela crise dêsse, combustível; que por êsse mesmo motivo e iamt)ém por falta de peças e material dantes importados, numerosos daque les 818 ônibus que percorriam São
Para resolver problema tão comple xo, várias medidas têm sido tomadas, tj.is como a permissão de sobrecarga nos ônibus e dos autos-lotação, ulti
mamente em funcionamento para os carros de aluguel que se utilizam de gasogênio. Essas, porém, são solu ções paliativas, que independentemen
te de qualquer análise já estão feveiando o quanto são precárias.- Assin: como também, a tão decantada solu ção que visa modificar o horário di
funcionalismo e dos comcrciários, pou
CO ou nada, mesmo, adiantará. Hí quem acredite, também, qué a cris' de transporte coletivo é passageira, i devida ao estado de guerra, sob < qual estamos vivendo. Ora, sobre is
Paulo em 1940 deixaram de circular, e mais, que o número de bondes-, se ' não diminuiu, não deve também ter ultrapassado daqueles 559 de quatro
so já vimos que antes da conflagra
, anos atrás. Baste que se diga, ou an
é que com o término da guerra, èss
ção já São Paulo estava sob um re
gime precaríssimo, no que diz respei
to ao transporte coletivo. E a verdad
21
Digest-o Econômico 20
Digesto Econômico Anos Particulares /
de Aluguel
. 1 1936 1 20.286- 1 1 3.561 1
Considerando "esses veículos — bon
1937
1938
15.226
15.389
2.261
1.739
dos.
1 1939 1 16.365 [ 2.217
Capital — aos trancos, empurrada, es
tes, que sejam recordadas essas coisas,
1940
magada mesmo, ém carros não mais
oriundas do estado de guerra, c acres
19.836
super-lotados,' mas- hiper-lotadíssimos. Essa é a situação que — é a eloqüên
centado que ã estimativa da população da Capital é, para o ano em curso, df
cia dos números que o demonstra — existia antc.s do inicio da guerra.
1.628.000 habitantes, para que fique bem acentuado aquilo que os cheíc.<
2.301
Em 1940, tendc-sc verificado um
des, ônibus, autos de aluguel e autos
acréscimo de 333 carros nas diversas
particulares, como os elementos que formam, em nossa Capital, os serviços
linhas de ônibus, o número de pessoas
de transporte coletivo,
e
analisando
perfunctòriamente os números apre sentados, verifica-se que enquanto a população, de 1936 a 1940, aumentou de 204.725 almas, o número de vcíru-
. dos existentes, que era, no primeiro daqueles anos, de 24.887, desceu, eili 1940, para 23.514, havendo, portanto,
A situação' atual
transportadas ultrapassou o dobro da quela cifra, pois. viajaram de ônibus, nêése ano, 177.511.381 passageiros. Mas o que é realmente curioso, me-
Vimos, conforme as estatísticas pro varam. que o problema dos transportes coletivos em São Paulo já
verificou com
agora, em plen^ã conflagração?
os transportes em
E
Mui
to embora não tenhamos, sobre estes
bondes, durante esses anos que esta
tam, através de dados seguros, anali
no serviço cm .1936, foram
sar qual é a situação atual, não será
um decréscimo de 1.373 carros. E' bem verdade que nos elementos con
transportados 278.580.246 passageiros. •
siderados essenciais, por assim dizer,
— 559 carros em serviço — o nú
Aliás, para fatos assim tão concretos,
para os transportes coletivos -
bou-
mero de pessoas transportadas foi cje
como êssc da deficiência dos transpor
des e ônibus, não houve diminuição
330.630.151, ou seja 52.049.905 passa-
m c sim aumento. O decréscimo verífi-
cou-sc nos automóveis, cuja diminui ção é bem sensível — menos 450 au
tos particulares cm 1940 do que eni 1936, e menos 1.260 autos de aluguel para o mesmo período.
E' curio.so
notar essa diminuição de automóveis, porque certamente ela é um índice do
Em 1940, com quatro bondes a mais
geiros a mais. O
coletivo.
tes, que temos diariamente na frente imprescindíveis.
ram
mos referentes aos anos de 1936 a
realizadas 3.331.143 viagens, c
Explicando mi
nuciosamente a situação, temos o se-'
guinte — em 1936, com 555 bondes que realizaram 3.331.143 viagens, fo
aumento do custo da vida, que rapi
ram transportados 278.580.246 passa-'' geiros. Em 1940, havendo apenas mais quatro bondes, e sendo realiza
Analisar êssé fato,
transporte
"■ dos olhos, os números não são tão
vcrdadeirameutc
damente já se vinha processando na
queles tempos.
difícil calcular como estão agravados
os serviços de
alarmante, no entanto, ainda não é isso, mas sim vermos que em 1936 -fo- > cm 1940, 2.955.350.
porém, constitui um desvio do assun
das 375.793 viagens a menos, foram
to que estamos tratando, e para de
transportadas
novo voltarmos a êle, chamamos a
mais I
52.049.905
pessoas
a
atenção do leitor que para um total
Fácil é concluir como viajou tôda
de 485 ônibus existentes em 1937, hou ve 86.225.944 passageiros transporta-
essa génte, como, durante aqueles anos, foi transportada a população da
mento iníqrmaram recentemente ao Chefe da Nação, e que, mais do que a qualquer outro Estado, se aplica à nossa cidade — a fabulosa despropor
ção entre a massa transportável e o material disponível para êsse fim. Soluções paliativas
últimos anos, estatísticas que permi
mos analisando. Com 555 carros exis
tentes
estava
agravado muito antes da guerra.
lhor diríamos: alarmante, foi o que se
das Comissões Estaduais de Abasteci
*.
■
Baste que se diga,
énião, uma vez presentes os algaris
1940, que os carros particulares foram paralizados; (lue os de aluguel funcio nam sob o regime da cota de gasolina, inlposta pela crise dêsse, combustível; que por êsse mesmo motivo e iamt)ém por falta de peças e material dantes importados, numerosos daque les 818 ônibus que percorriam São
Para resolver problema tão comple xo, várias medidas têm sido tomadas, tj.is como a permissão de sobrecarga nos ônibus e dos autos-lotação, ulti
mamente em funcionamento para os carros de aluguel que se utilizam de gasogênio. Essas, porém, são solu ções paliativas, que independentemen
te de qualquer análise já estão feveiando o quanto são precárias.- Assin: como também, a tão decantada solu ção que visa modificar o horário di
funcionalismo e dos comcrciários, pou
CO ou nada, mesmo, adiantará. Hí quem acredite, também, qué a cris' de transporte coletivo é passageira, i devida ao estado de guerra, sob < qual estamos vivendo. Ora, sobre is
Paulo em 1940 deixaram de circular, e mais, que o número de bondes-, se ' não diminuiu, não deve também ter ultrapassado daqueles 559 de quatro
so já vimos que antes da conflagra
, anos atrás. Baste que se diga, ou an
é que com o término da guerra, èss
ção já São Paulo estava sob um re
gime precaríssimo, no que diz respei
to ao transporte coletivo. E a verdad
Digesto Econômico
22
problema tende a ser agravado, se pa ra êlc quisermos empregar uma das soluções mais comentadas — a vinda,
da, um paliativo.. Urge que o proble
ma seja atacado de frente, tendo em vista o aumento vertiginoso da cida
em iarga escala, de "chassis"' para
de e o seu desenvolvimento^ a fim de
ônibus, e abundância de combustível.
não estarmos, periodicamente, preocu pados com 'êle. Mas se o aumento
Ora, maior número de bondes e ôni
23
D.*gesto Econômico
no; E' a única solução que resolve rá, de vez, o intrincado problema dos transportes coletivos na nossa Capi tal. E' verdade que a Comissão de -Estudos de Transportes Coletivos con
larizando, porém, temos que cerca de
siderou a possibilidade de ser cons
horas, quando se verificou um aumen to de 69% em relação à hora média (dados referentes a 1940), e entre 11
bus e mesmo de automóveis — pai ticulares e de aluguel, aumentará o
-de ônibus, de bondes e de.autos par
truída uma linha subterrânea para ne
ticulares e de aluguel não resolve in
la transitarem bondes dof tipo "cama
congestionamento do trânsito, sem dar solução cabal ao problema. Certo que necessitamos, e muito, e com urgên
teiramente a questão, que solução po deria ser proposta?
rão", aos quais seriam ligados rebo ques, uma vez que o Metropolitano
cia até, de aumentar o número
teria
O Metropolitano
de
veículos existentes, Isso, sem dúvida, trará um alívio, pequeno é verdade, uma meia solução. Porque será, ain
Parece-nos que já. é tempo de São Paulo pensar, mas pensar sèriamentc,
na possibilidade de um Metropolitá-
urn
custo
fabuloso. • No
en
um milhão de pessoas entram e saem
diariamente do perímetro central, e
que os deslocamentos máximos de__ssa
massa se processam entre as 1^^ e -19
e 12 horas — aumento de 41%. Hoje
êsses números devem estar por de
mais aumentados; e sabendo-se (bas
tanto, bem considerada, essa seria uma solução paliativa, que teria um cará
te que se leve cm conta o aumento
ter provisório.
não
des é, atualiiientc, o mesmo que o de
pensar logo em resolver, de uma vez por tòdas, o problema?
há quatro anos; que o aumcntn de
Porque, então,
Trechos de uma monografia do en
genheiro J^ário Lopes de Leão, pu blicada na revista Engenharia (n.° 26, referente a outubro do ano corrente)
da população) que o número ce bon
ônibus não foi muito grande; que di minuiu sensivelmente o número de au
tomóveis de aluguel; que a crise de combustível e.as dificuldades de se
L
fornecerão os dados e ^ informações
f
necessárias à compreensão do -'por quê" da necessidade de> um'Metro
rem importados "chassis" pa-'a novos ônibus têm contribuído para que a crise de transporte coletivo s*: agrave dia a dia: sabendo-se isso còtf.o já
politano para São Paulo.
mostramos documentadamente, verifi-
Dados de 1940 mostram que o nú mero, em média, de passageiros trans
portados diàriâmente durante, aquele ano, foi de 1.382.995, assim divididos:
ça-se, mesmo numa exposição sucinta, como a que estamos fazendo, que os atuais meios de transporte existentes
em São Paulo não correspondem mais à necessidade da população, áo mes mo tempo que não podem mais acom
0
T
898.283 em bondes
484.712 em ônibus
\
E o Metropolitano viria, realmen de onde temos a proporção- de 659>^ de passageiros transportados em bon des, e os restantes 35% em .ônibus. Êsses números se referem, natui almente, a "tôda" a cidade. Partièu-
•N V ..tOl
panhar o ritmo de crescimento da po pulação e desenvolvimento da cidade.
. L.
te, solucionar o problema?
Eviden
temente que sozinho não solucionaria. Mas tomado como elemento básico do um sistema de transporte, coletivo ao
qual não faltassem os meios já exis-
Digesto Econômico
22
problema tende a ser agravado, se pa ra êlc quisermos empregar uma das soluções mais comentadas — a vinda,
da, um paliativo.. Urge que o proble
ma seja atacado de frente, tendo em vista o aumento vertiginoso da cida
em iarga escala, de "chassis"' para
de e o seu desenvolvimento^ a fim de
ônibus, e abundância de combustível.
não estarmos, periodicamente, preocu pados com 'êle. Mas se o aumento
Ora, maior número de bondes e ôni
23
D.*gesto Econômico
no; E' a única solução que resolve rá, de vez, o intrincado problema dos transportes coletivos na nossa Capi tal. E' verdade que a Comissão de -Estudos de Transportes Coletivos con
larizando, porém, temos que cerca de
siderou a possibilidade de ser cons
horas, quando se verificou um aumen to de 69% em relação à hora média (dados referentes a 1940), e entre 11
bus e mesmo de automóveis — pai ticulares e de aluguel, aumentará o
-de ônibus, de bondes e de.autos par
truída uma linha subterrânea para ne
ticulares e de aluguel não resolve in
la transitarem bondes dof tipo "cama
congestionamento do trânsito, sem dar solução cabal ao problema. Certo que necessitamos, e muito, e com urgên
teiramente a questão, que solução po deria ser proposta?
rão", aos quais seriam ligados rebo ques, uma vez que o Metropolitano
cia até, de aumentar o número
teria
O Metropolitano
de
veículos existentes, Isso, sem dúvida, trará um alívio, pequeno é verdade, uma meia solução. Porque será, ain
Parece-nos que já. é tempo de São Paulo pensar, mas pensar sèriamentc,
na possibilidade de um Metropolitá-
urn
custo
fabuloso. • No
en
um milhão de pessoas entram e saem
diariamente do perímetro central, e
que os deslocamentos máximos de__ssa
massa se processam entre as 1^^ e -19
e 12 horas — aumento de 41%. Hoje
êsses números devem estar por de
mais aumentados; e sabendo-se (bas
tanto, bem considerada, essa seria uma solução paliativa, que teria um cará
te que se leve cm conta o aumento
ter provisório.
não
des é, atualiiientc, o mesmo que o de
pensar logo em resolver, de uma vez por tòdas, o problema?
há quatro anos; que o aumcntn de
Porque, então,
Trechos de uma monografia do en
genheiro J^ário Lopes de Leão, pu blicada na revista Engenharia (n.° 26, referente a outubro do ano corrente)
da população) que o número ce bon
ônibus não foi muito grande; que di minuiu sensivelmente o número de au
tomóveis de aluguel; que a crise de combustível e.as dificuldades de se
L
fornecerão os dados e ^ informações
f
necessárias à compreensão do -'por quê" da necessidade de> um'Metro
rem importados "chassis" pa-'a novos ônibus têm contribuído para que a crise de transporte coletivo s*: agrave dia a dia: sabendo-se isso còtf.o já
politano para São Paulo.
mostramos documentadamente, verifi-
Dados de 1940 mostram que o nú mero, em média, de passageiros trans
portados diàriâmente durante, aquele ano, foi de 1.382.995, assim divididos:
ça-se, mesmo numa exposição sucinta, como a que estamos fazendo, que os atuais meios de transporte existentes
em São Paulo não correspondem mais à necessidade da população, áo mes mo tempo que não podem mais acom
0
T
898.283 em bondes
484.712 em ônibus
\
E o Metropolitano viria, realmen de onde temos a proporção- de 659>^ de passageiros transportados em bon des, e os restantes 35% em .ônibus. Êsses números se referem, natui almente, a "tôda" a cidade. Partièu-
•N V ..tOl
panhar o ritmo de crescimento da po pulação e desenvolvimento da cidade.
. L.
te, solucionar o problema?
Eviden
temente que sozinho não solucionaria. Mas tomado como elemento básico do um sistema de transporte, coletivo ao
qual não faltassem os meios já exis-
Dígesto Ecònórâico
24
tentes, acreditamos que resolyeiia. Não somente a rapidez do transporte, considerada em relação ao bonde ou ao ônibus, mas também o elevado nú
mero de passageiros que êle tranppo/tarià, também considerando issvi cm
relação
àqueles veículos, dão uma
idéia da sua eficiência.
O "anel de'irradiação'
nida' Ipiranga; á linhà do Metropoli
General Carneiro até o Largo de São
to, conclui-se facilmente como o trans
tano seguiria por essa avenida e pe
Bento, Estação n.° 6. Daí, cm leito inferior sob um- novo Viaduto Sta.
porte coletivo por via subterrânea vi ria beneficiar a nossa população, muito
la rua São Luís até ã rua da Conso
lação onde, junto à Biblioteca Muni cipal, estaria a Estação n.° 2. Pro.sseguindo pela Avenida de Irradiação e atravessando os" viadutos Álvaro do
Carvalho, 9 de Julho, Jacarei c Ma
, tor tenha uma noção exata de como
Ifigênia, o Metropolitano alcançaria
embora um plano dessa natureza não
o largo daquele nome, local da Esta
possa ser levado a cabo de uma só
ção n.° 7, que num pequeno trecho es
feita. Certamente que seria necessário
taria ligada à Estação n.® 1, na Pra
ça da República com a Avenida Ipi
primeiro construir o "anel de irradia ção", e dai, então, aos poucos, ir ten
ranga.
tando as radiais. Contudo a só cons
ria Paula, a linha iria parar na Pra
ça João Mendes, onde ficaria locali
O melhor, todavia, para que o lei-
25
Dígesto Econômico
zada a Estação m® 4, sendo que Estação -n.® 3 seria constriuda" junto
:0 Metropolitano serviria completa mente às necessidades de transporte
Linhas radiais de penetração e de interligação
As linhas radiais dc penetração e
as de interligação partiriam dessas Estações Centrais. Assim teríamos que da Estação n.® 5, no Pátio do
da população paulistana, c mostrar mos como êle poderia ser construído.
Para isso vamos acompanhar, no ge ral, o interessante plano apresentado pelo Sr. Mário Lopes de Leão, no
Colégio, partiria a radial dc Santana,
trução, já, do "anel de irradiação" vi ria solucionar o problema do congestionamênto do perímetro central, de vez
que ampliaria bastante as posslbilida,des de condução para pontos de em barque, facilitando, assim,^ de quase CüVo as dificuldades de^ que'm, por c.xeinplo morando no Cambucí e tra balhando na Praça da República, tem
e da Estação n.° 1 seguiria a linha que que fazer a pé o trajeto da Praça alcançando a Consolação subiria cité a Avenida Paulista, daí ganhando a - João Mendes à da República, ou de
traballio já citado.
Avenida Rcbouças e servindo os batv-
O traçado, em planta, do Metropo litano para a ^capital bandeirante,
I '
i.iria64
ros de Sumaré, Pacaembu, Cerqueira César, Vila América, Pinheiros, Jardim América, Jardim Paulistano, Jardim
apresentado por'ãquêle engenheiro, seria composto de — a) um anel de
quem, saltando de um bonde Pinhei ros, na^ Rua Xavier de Toledo, e trabalhandò no Largo "do Palácio, não encontra condução fácil para êsse lo
irradiação: b) linhas radiais de pene
Europa e Cidade Jardim, numa exten
cal (o ônibus "Circular", na hora do
tração, d) linhas, troncos e de inter
são, essa Linha, de 7 quilômetros.
"rush", não pode ser considerado co
mo condução fácil...).
ligação.
O plano abrange ligações para os
O anel de irradiação, aproximada
bairros mais distantes, e enumera.' os
Resta ainda dizermos alguma coisa
mente três quilômetros c meio de ex-
locais de Estações e os percursos das
sòbre o financiamento de uma obra
.tensâo, abrangeria todo o perímetro
radiais seria por demais lòngo. Os dois exemplos acima bastam, parece-nos. para dar uma idéia de como o Metro
assim tão vultosa. Mas, isso,,que pode
central, pei-mitindo que com um per curso de cérca de 700 metros, qualquer pessoa pudesse alcançar uma estação
à Avenida Brigadeiro Luís Antônio. Da Praça João Mendes, atravessando'
de embarque para sua residência. As
o Largo da Sé, o Metropolitano atin-
estações, em número de sete, ficariam
gíria o Pátio do Colégio, local da Es-''
localizadas dessa forma — a n.° 1 na
tação n.° 5.
praça da República, junto com a Ave •
continuaria atravessando
Dessa Estação a Hnhu a
Ladeira.
politano serviria a tôda Capital. Cla ro está que também não é possível abordarmos, aqui, o aspeto técnico da
construção do Metropolitano, coisa que foge completamente aos nossos propó sitos. Entretanto, do que ficou expos-
parecer à primeira vista o mais difí cil, não é assim tão complexo. A cons
trução do Metropolitano na base de uma prestação de serviço pelo eusto,
poderia ser estudada pela Municipa lidade, e temos certeza que essa obra tão necessária quanto urgente não
Dígesto Ecònórâico
24
tentes, acreditamos que resolyeiia. Não somente a rapidez do transporte, considerada em relação ao bonde ou ao ônibus, mas também o elevado nú
mero de passageiros que êle tranppo/tarià, também considerando issvi cm
relação
àqueles veículos, dão uma
idéia da sua eficiência.
O "anel de'irradiação'
nida' Ipiranga; á linhà do Metropoli
General Carneiro até o Largo de São
to, conclui-se facilmente como o trans
tano seguiria por essa avenida e pe
Bento, Estação n.° 6. Daí, cm leito inferior sob um- novo Viaduto Sta.
porte coletivo por via subterrânea vi ria beneficiar a nossa população, muito
la rua São Luís até ã rua da Conso
lação onde, junto à Biblioteca Muni cipal, estaria a Estação n.° 2. Pro.sseguindo pela Avenida de Irradiação e atravessando os" viadutos Álvaro do
Carvalho, 9 de Julho, Jacarei c Ma
, tor tenha uma noção exata de como
Ifigênia, o Metropolitano alcançaria
embora um plano dessa natureza não
o largo daquele nome, local da Esta
possa ser levado a cabo de uma só
ção n.° 7, que num pequeno trecho es
feita. Certamente que seria necessário
taria ligada à Estação n.® 1, na Pra
ça da República com a Avenida Ipi
primeiro construir o "anel de irradia ção", e dai, então, aos poucos, ir ten
ranga.
tando as radiais. Contudo a só cons
ria Paula, a linha iria parar na Pra
ça João Mendes, onde ficaria locali
O melhor, todavia, para que o lei-
25
Dígesto Econômico
zada a Estação m® 4, sendo que Estação -n.® 3 seria constriuda" junto
:0 Metropolitano serviria completa mente às necessidades de transporte
Linhas radiais de penetração e de interligação
As linhas radiais dc penetração e
as de interligação partiriam dessas Estações Centrais. Assim teríamos que da Estação n.® 5, no Pátio do
da população paulistana, c mostrar mos como êle poderia ser construído.
Para isso vamos acompanhar, no ge ral, o interessante plano apresentado pelo Sr. Mário Lopes de Leão, no
Colégio, partiria a radial dc Santana,
trução, já, do "anel de irradiação" vi ria solucionar o problema do congestionamênto do perímetro central, de vez
que ampliaria bastante as posslbilida,des de condução para pontos de em barque, facilitando, assim,^ de quase CüVo as dificuldades de^ que'm, por c.xeinplo morando no Cambucí e tra balhando na Praça da República, tem
e da Estação n.° 1 seguiria a linha que que fazer a pé o trajeto da Praça alcançando a Consolação subiria cité a Avenida Paulista, daí ganhando a - João Mendes à da República, ou de
traballio já citado.
Avenida Rcbouças e servindo os batv-
O traçado, em planta, do Metropo litano para a ^capital bandeirante,
I '
i.iria64
ros de Sumaré, Pacaembu, Cerqueira César, Vila América, Pinheiros, Jardim América, Jardim Paulistano, Jardim
apresentado por'ãquêle engenheiro, seria composto de — a) um anel de
quem, saltando de um bonde Pinhei ros, na^ Rua Xavier de Toledo, e trabalhandò no Largo "do Palácio, não encontra condução fácil para êsse lo
irradiação: b) linhas radiais de pene
Europa e Cidade Jardim, numa exten
cal (o ônibus "Circular", na hora do
tração, d) linhas, troncos e de inter
são, essa Linha, de 7 quilômetros.
"rush", não pode ser considerado co
mo condução fácil...).
ligação.
O plano abrange ligações para os
O anel de irradiação, aproximada
bairros mais distantes, e enumera.' os
Resta ainda dizermos alguma coisa
mente três quilômetros c meio de ex-
locais de Estações e os percursos das
sòbre o financiamento de uma obra
.tensâo, abrangeria todo o perímetro
radiais seria por demais lòngo. Os dois exemplos acima bastam, parece-nos. para dar uma idéia de como o Metro
assim tão vultosa. Mas, isso,,que pode
central, pei-mitindo que com um per curso de cérca de 700 metros, qualquer pessoa pudesse alcançar uma estação
à Avenida Brigadeiro Luís Antônio. Da Praça João Mendes, atravessando'
de embarque para sua residência. As
o Largo da Sé, o Metropolitano atin-
estações, em número de sete, ficariam
gíria o Pátio do Colégio, local da Es-''
localizadas dessa forma — a n.° 1 na
tação n.° 5.
praça da República, junto com a Ave •
continuaria atravessando
Dessa Estação a Hnhu a
Ladeira.
politano serviria a tôda Capital. Cla ro está que também não é possível abordarmos, aqui, o aspeto técnico da
construção do Metropolitano, coisa que foge completamente aos nossos propó sitos. Entretanto, do que ficou expos-
parecer à primeira vista o mais difí cil, não é assim tão complexo. A cons
trução do Metropolitano na base de uma prestação de serviço pelo eusto,
poderia ser estudada pela Municipa lidade, e temos certeza que essa obra tão necessária quanto urgente não
Pigesto Econômico
26
tardaria a ser iniciada, para fim dos
peito ao transporte c tambciii à mo-
tormentos por que vem passando a população de S. Paulo, no que diz-res--
radia, tão intimamente estes dois problemas estão ligados.
CARTA AMlillICAM A proiMira «Io iiinsi nova Por CONSTANTINO IaNNI
N
ova Iorque, novembro —
teira" que caracterizou a civilização
ricano que vem aos Estados Uni
norte-americana em sua avançada gi gantesca para o interior do país, esboça-se nos Estados Unidos, entre os
dos desejando não apenas ver,
mas compreender honestamente as coisas deste pais, encontra-se muitas vezes diante de situações
ou problemas em que é difícil ati nar com uma saída. Depois das primeiras semanas de convivên
A •
ri
estatísticas que possuímos sobre a exploração «stria do carvão no Brasil, informam que em 1940
companhias funcionando para esse fim,
Santa Catarina; 8 no Rio Grande
ção à América do Sul, onde esperam encontrar, para ganhar a vida, as oportunidades que se vão tornando di fíceis em sua pátria. .
Mas chega iim momento em que o observador põe em dúvida
contra-se, por exemplo, dianie desta pergunta que éle faz a si mesmo: que raízes tem a políti ca de boa vizinhança do presi dente Roosevelt no povo norteamericano? Em geral pensamos, no Brasil, que essa política c
O que poderíamos chamar "idea lismo democrático do povo nor te-americano" é uma idealização nossa que não traduz perfeita mente o atual interesse da gran de maioria pelos problemas polí
dos Unidos com a América La
tina, — que no passado deram
kotr:. ^
jovens, uma tendência para a emigra
cia com professores, estitdantes e outras pessoas, o visitante en
um esforço mais ou menos pes soal do atual presidente para de mocratizar as relações dos Esta A INDÚSTRIA DE CARVÃO NO BRASIL"
Em obediência "ao espírito de fron
O brasileiro ou sul-ame
muito que falar, — como que traduzindt) em termos de políticp. externa o idealismo democrático
o.valor dessas duas explicações.
ticos c econômicos internacionais
ou dos demais países. É que a atitudé do norte-americano mé
dio em relação aos países ou pro blemas da América do Sul não
revela uma consciência política internacional nem um interesse
cultural ou econômico, porém uma simples curiosidade.
I Paraná, Embora Rio Grande figure em 2° Jugar, duas de suks emprêsas - ao"Carbonífera Rio Granden-
dos norte-americanos. Ao mesmo
«e e a Estradas de Ferro e Minas de São Jerónimo" concorrem com 79% da produção geral da nossa hulha. A mais
tempo é considerada um meio de se conseguir uma eficiente co
importante companhia de Santa Catarina — a "Carbonífera de
Araranguá , concorria com 19%, donde temos que apenas 3
operação econômica, dando-se às crescentes relações comerciais
gem de estudos econômicos patrocina
emprêsas atingiam 98% da produção total, sendo os outros
uma forma conveniente ou salu
da pela Associação Comercial de São
2% distribuídos pelas 40 restantes.
tar a ambas as partes.
Paulo.
O Sr. Constantino lanni, redator do
Boletim Semanal, encontra-se presen temente nos Estados Unidos, em via
Pigesto Econômico
26
tardaria a ser iniciada, para fim dos
peito ao transporte c tambciii à mo-
tormentos por que vem passando a população de S. Paulo, no que diz-res--
radia, tão intimamente estes dois problemas estão ligados.
CARTA AMlillICAM A proiMira «Io iiinsi nova Por CONSTANTINO IaNNI
N
ova Iorque, novembro —
teira" que caracterizou a civilização
ricano que vem aos Estados Uni
norte-americana em sua avançada gi gantesca para o interior do país, esboça-se nos Estados Unidos, entre os
dos desejando não apenas ver,
mas compreender honestamente as coisas deste pais, encontra-se muitas vezes diante de situações
ou problemas em que é difícil ati nar com uma saída. Depois das primeiras semanas de convivên
A •
ri
estatísticas que possuímos sobre a exploração «stria do carvão no Brasil, informam que em 1940
companhias funcionando para esse fim,
Santa Catarina; 8 no Rio Grande
ção à América do Sul, onde esperam encontrar, para ganhar a vida, as oportunidades que se vão tornando di fíceis em sua pátria. .
Mas chega iim momento em que o observador põe em dúvida
contra-se, por exemplo, dianie desta pergunta que éle faz a si mesmo: que raízes tem a políti ca de boa vizinhança do presi dente Roosevelt no povo norteamericano? Em geral pensamos, no Brasil, que essa política c
O que poderíamos chamar "idea lismo democrático do povo nor te-americano" é uma idealização nossa que não traduz perfeita mente o atual interesse da gran de maioria pelos problemas polí
dos Unidos com a América La
tina, — que no passado deram
kotr:. ^
jovens, uma tendência para a emigra
cia com professores, estitdantes e outras pessoas, o visitante en
um esforço mais ou menos pes soal do atual presidente para de mocratizar as relações dos Esta A INDÚSTRIA DE CARVÃO NO BRASIL"
Em obediência "ao espírito de fron
O brasileiro ou sul-ame
muito que falar, — como que traduzindt) em termos de políticp. externa o idealismo democrático
o.valor dessas duas explicações.
ticos c econômicos internacionais
ou dos demais países. É que a atitudé do norte-americano mé
dio em relação aos países ou pro blemas da América do Sul não
revela uma consciência política internacional nem um interesse
cultural ou econômico, porém uma simples curiosidade.
I Paraná, Embora Rio Grande figure em 2° Jugar, duas de suks emprêsas - ao"Carbonífera Rio Granden-
dos norte-americanos. Ao mesmo
«e e a Estradas de Ferro e Minas de São Jerónimo" concorrem com 79% da produção geral da nossa hulha. A mais
tempo é considerada um meio de se conseguir uma eficiente co
importante companhia de Santa Catarina — a "Carbonífera de
Araranguá , concorria com 19%, donde temos que apenas 3
operação econômica, dando-se às crescentes relações comerciais
gem de estudos econômicos patrocina
emprêsas atingiam 98% da produção total, sendo os outros
uma forma conveniente ou salu
da pela Associação Comercial de São
2% distribuídos pelas 40 restantes.
tar a ambas as partes.
Paulo.
O Sr. Constantino lanni, redator do
Boletim Semanal, encontra-se presen temente nos Estados Unidos, em via
-vr-
28
A julgar pela Universidade em
falta de conhecimentos suficieii-
Que oportunidades terei no
que estou, a situação num meio
í tes para permitir um plano con
Brasil?
a mesma, havendo apenas algum
nada há que evidencia qualquer influência do povo fiorte-ameri-
tinham sugerido essa intenção. As respostas- podem ser resumi
creto ou definido. Um pergun
das assim: a América do Sul (às estando ainda grandemente inex
através de contatos pessoais os
ta qual a melhor região do país para produzir algodão. Outro quer saber que possibilidades^ te
vêzes o Brasil) é uma região que,
mais. variados. Um jovem enge
ria no Brasil para exercer a pro
lidades para quem vai começar:
nheiro de minas, fardado como
fissão de médico.
quase todos os jovens, num en
advogado.
universitário é aproximadamente interésse em obter conhecimen tos a respeito da política e eco nomia dos países do Sul. Mas
2d
Digesto Econômico
.Digcsto Econômico
A medida que o tempo passa novas
portas se
vão
abrindo
Não faltou o
Um jovem da Cali
plorada, oferece muitas possibi nos Estados Unidos tudo está
feito, havendo além disso muita
cano na política externa de seu
contro casual, num restaurante,
fórnia vê seu futuro no comér
competição, altos
país,, tendo sido essa observação
exclama (me passe aquêle sal,
cio internacional e quer saber o
complicada regulamentação; aqui
confirmada por muitos america nos interrogados a respeito. De
por favor):
que poderá importar do Brasil. Outro, que vai ser químico, co nhece uma companhia que tem
se pode obter um bom emprego, que permite viver bem, mas já, não há possibilidade de se fazer
uma fábrica em São Paulo, onde
fort\ina como no passado; o Bra
pretende começar. E assim ou
sil, pelo contrário, está nas con
outra parte, nos altos círculos
econômicos é comum precisar-se que a política de boa visinhança representa uma grande despesa de dinheiro norte-americano na
— Oh! Você é do Brasil? Pre tendo ir ao seu país depois da guerra; Sou engenheiro de mi nas, Acha que terei oportunida des lá?
V
— Claro que terá. Nosso pais
que o observador põe em dúvida
tem grandes reservas dc recur
América Latina sem uma com
sos minerais que desejamos pôr
pensação vantajosa, segundo in
em ação e os técnicos serão bem-
formação de uma instituição re presentativa ■ daqueles círQulos.
está se acelerando, e aos técni
Essa explicação aliás se harmo
cos, donde quer que venham, ca berá um papel importante na
pitalismo dêste país perante a
administração Roosevelt. A jul
construção do progresso econô mico do povo brasileiro.
gar-se a politica do- atual presi dente por esse quadro poderia chegar-se à conclusão, no que se
vamos num porto e o brasileiro
com a América Latina, que ela está dissociada da consciência
política e dos interêsses do país tanto quanto a de Wilson estava em 1918 em face dos problemas
informações por carta, dizendo: "Durante.algum tempo eu tenho
vindos. . Nossa industrialização
niza com a posição do grande ca
refere às relações internacionais
tros. entre os quais um químico. • negro, de Texas, que me pediu
Êste foi
o
primeiro. Está
desejou boa sorte ao jovem mi
litar, para vê-lo um dia entre os caboclos de Minas Gerais, tiran do da terra um futuro melhor.
Êsse encontro, porém, só ad
quiriu um sentido quando ou-, tros da mesma natureza se se
guiram, com outros jovens ame ricanos de diferentes regiões do
internacionais daquele tempo. Mas essa explicação também não
l^aís.
satisfaz.
Em muitos se nota ainda uma
Na maioria, estudantes.
e
dições em que se encontravan; os Estados Unidos há "50 ou 60 anos atrás.
Professores de espanhol con
estado muito interessado em'seu
firmaram' minhas
país e sinto que gostaria de vi
sobre êsse "estado de espirito" de muitos jovens americanos, de quase todas as regiões do país.
ver lá. .. Tenho 29 anos de ida
de e sou negro, diplomado em
^5»
impostos
observações
química. Minha esposa, que tam bém tem diploma de um colégio,
O americano precisará emigrar?
e eu temos falado em ir para o
'Brasil depois da guerra", etc. O
dos tão povoados que a emigra ção venha se tornar logo para
problema dos negros, porém, é
êles . uma "válvula de escapa-
diferente
mento"
do
dos
brancos
em
grande parte, prendendo-se mais às questões raciais. Saber apenas que muitos jo vens americanos pretendem' ir para o Brasil, ou a América do Sul depois da guerra não me pa receu bastante, o que me levou
a interrogá-los sobro quais as razões ou quais as idéias que lhes
Mas estarão os Estados Uni
necessária?
Evidente
mente Irão. A densidade de sua
população é de apenas pouco mais de 44 habitantes por milha quadrada (44,2 em 1940) e os re- • cursos do país em riqueza natu ral e em equipamento técnico lhe permitem comportar uma po
pulação muito maior no mesmo elevado nível de vida atual.
O
I
-vr-
28
A julgar pela Universidade em
falta de conhecimentos suficieii-
Que oportunidades terei no
que estou, a situação num meio
í tes para permitir um plano con
Brasil?
a mesma, havendo apenas algum
nada há que evidencia qualquer influência do povo fiorte-ameri-
tinham sugerido essa intenção. As respostas- podem ser resumi
creto ou definido. Um pergun
das assim: a América do Sul (às estando ainda grandemente inex
através de contatos pessoais os
ta qual a melhor região do país para produzir algodão. Outro quer saber que possibilidades^ te
vêzes o Brasil) é uma região que,
mais. variados. Um jovem enge
ria no Brasil para exercer a pro
lidades para quem vai começar:
nheiro de minas, fardado como
fissão de médico.
quase todos os jovens, num en
advogado.
universitário é aproximadamente interésse em obter conhecimen tos a respeito da política e eco nomia dos países do Sul. Mas
2d
Digesto Econômico
.Digcsto Econômico
A medida que o tempo passa novas
portas se
vão
abrindo
Não faltou o
Um jovem da Cali
plorada, oferece muitas possibi nos Estados Unidos tudo está
feito, havendo além disso muita
cano na política externa de seu
contro casual, num restaurante,
fórnia vê seu futuro no comér
competição, altos
país,, tendo sido essa observação
exclama (me passe aquêle sal,
cio internacional e quer saber o
complicada regulamentação; aqui
confirmada por muitos america nos interrogados a respeito. De
por favor):
que poderá importar do Brasil. Outro, que vai ser químico, co nhece uma companhia que tem
se pode obter um bom emprego, que permite viver bem, mas já, não há possibilidade de se fazer
uma fábrica em São Paulo, onde
fort\ina como no passado; o Bra
pretende começar. E assim ou
sil, pelo contrário, está nas con
outra parte, nos altos círculos
econômicos é comum precisar-se que a política de boa visinhança representa uma grande despesa de dinheiro norte-americano na
— Oh! Você é do Brasil? Pre tendo ir ao seu país depois da guerra; Sou engenheiro de mi nas, Acha que terei oportunida des lá?
V
— Claro que terá. Nosso pais
que o observador põe em dúvida
tem grandes reservas dc recur
América Latina sem uma com
sos minerais que desejamos pôr
pensação vantajosa, segundo in
em ação e os técnicos serão bem-
formação de uma instituição re presentativa ■ daqueles círQulos.
está se acelerando, e aos técni
Essa explicação aliás se harmo
cos, donde quer que venham, ca berá um papel importante na
pitalismo dêste país perante a
administração Roosevelt. A jul
construção do progresso econô mico do povo brasileiro.
gar-se a politica do- atual presi dente por esse quadro poderia chegar-se à conclusão, no que se
vamos num porto e o brasileiro
com a América Latina, que ela está dissociada da consciência
política e dos interêsses do país tanto quanto a de Wilson estava em 1918 em face dos problemas
informações por carta, dizendo: "Durante.algum tempo eu tenho
vindos. . Nossa industrialização
niza com a posição do grande ca
refere às relações internacionais
tros. entre os quais um químico. • negro, de Texas, que me pediu
Êste foi
o
primeiro. Está
desejou boa sorte ao jovem mi
litar, para vê-lo um dia entre os caboclos de Minas Gerais, tiran do da terra um futuro melhor.
Êsse encontro, porém, só ad
quiriu um sentido quando ou-, tros da mesma natureza se se
guiram, com outros jovens ame ricanos de diferentes regiões do
internacionais daquele tempo. Mas essa explicação também não
l^aís.
satisfaz.
Em muitos se nota ainda uma
Na maioria, estudantes.
e
dições em que se encontravan; os Estados Unidos há "50 ou 60 anos atrás.
Professores de espanhol con
estado muito interessado em'seu
firmaram' minhas
país e sinto que gostaria de vi
sobre êsse "estado de espirito" de muitos jovens americanos, de quase todas as regiões do país.
ver lá. .. Tenho 29 anos de ida
de e sou negro, diplomado em
^5»
impostos
observações
química. Minha esposa, que tam bém tem diploma de um colégio,
O americano precisará emigrar?
e eu temos falado em ir para o
'Brasil depois da guerra", etc. O
dos tão povoados que a emigra ção venha se tornar logo para
problema dos negros, porém, é
êles . uma "válvula de escapa-
diferente
mento"
do
dos
brancos
em
grande parte, prendendo-se mais às questões raciais. Saber apenas que muitos jo vens americanos pretendem' ir para o Brasil, ou a América do Sul depois da guerra não me pa receu bastante, o que me levou
a interrogá-los sobro quais as razões ou quais as idéias que lhes
Mas estarão os Estados Uni
necessária?
Evidente
mente Irão. A densidade de sua
população é de apenas pouco mais de 44 habitantes por milha quadrada (44,2 em 1940) e os re- • cursos do país em riqueza natu ral e em equipamento técnico lhe permitem comportar uma po
pulação muito maior no mesmo elevado nível de vida atual.
O
I
't
■v,
30
Dígesto Econômico
problema está em que, à medida
"Unidos do ponto de vista de in
que o desenvolvimento tecnoló
fluência que a fronteira teve ne la. Frederíck Jackson Turner es
gico avança, a energia mecânica substitui a energia animal — a máquina poupa trabalho, aumen
creve (1);' "...o desenvolvi mento americano não tem avan
tando a produção. E o caráter
çado apenas ao longo de uma só
concentrado
linha, mas tem sido retorno a condições primitivas numa linha
do sistema econô
mico, com tendência para cres cente^ concentração, oferece opor tunidades aos jovens mais como
trabalhadores do que como pos síveis empreendedores autônomos. Uma situação semelhante em qualquer país da América do
Sul ou da Europa produziria sem duvida complicados problemas políticos. Mas para os Estados
fronteiriça avançando continua mente, e um novo desenvolvi
mento na área seguinte. O de senvolvimento americano tem es
tado continuamente a começar de novo na fronteira. Êsse pe rene renascimento, essa' fluidez
da vida americana, essa expan-'
são para o oeste com suas novas oportunidades, contato con mento de uma expansão vertical, tinuado com a seu simplicidade da no s^entido de ajustar suas insti-. sociedade primitiva, revelam as tuiçoes econômicas e políticas ? seu desenvolvimento tecnológico. fôrçãs, dominantes do caráter
Unidos não chegou ainda o mo
31
Digeetú Econômico
tá substituída pela dos países no vos do sul, cheios de oportuni dades, "como os Estados Unidos
Ou, em outras palavras, é no es
de 50 ou 60 anos atrás". "
contra uma base fora das esfe
Pode ser que êste espírito te.nha estado latente até 1932 ou
1933.
Dois fatores porém pare
cem ter atuado no sentido de re
avivá-lo: á grande depressão dos anos seguintes a 1929 e a políti ca chamada da boa-vizinhança do presidente Roosevelt, a qual, se tècnicamente significa a ado ção de novos métodos em rela ções internacionais, para a parte do povo que dela toma conheci mento é ao mesmo tempo a re
velação da crescente importância dos países do Sul.
pírito de fronteira, ainda vivo ou reavivado, que essa política en- ,
ras governamentais.
Se os for-
muladores dessa nova técnica de
relações externas (good will teclinique), mais conhecida como política de boa vizinhança, foram
influenciados por aquêle espírito, é difícil saber.
Mas nã.o há dú
vida que ela cooperou com os efeitos da depressão abrindo ao
espírito de fronteira novos hori zontes, — o Sul do Continente — ao mesmo tempo que se criou uma base na opinião pública norte-americana.
Importância,
O fato de que muitos norte-
americanos vejam na política de
ricanos verem na América do Sul
ve. com a colonização das últi
um campo livre para múltiplas
porém, no sentido de campo cheio de oportunidades à inicia tiva dos milhares de jovens, de todas as regiões, dos Estados Unidos, que ao emprêgo prefe rem o campo mais livre dos paí
mas terras livres da costa do Pa
miciativas, como nos Estados
ses novos, onde as malhas do sis
cífico. Mas a idéia de terra li vre ficou, diluída ho fundo da al- '
tema
prosperidade através do empre
reunião em que êsse assunto (li
ma do povo norte-amcricanó c
endimento livre, para os que vão
derança) foi levantado, uma pes
tem ainda hoje muito que ver
começar.
soa perguntou-nos se íio Brasil
® On ^fatoGspírito de fronteira de muitos jovens ame Unidos ha 50 ou 60 anos atrás", parece indicar que o espírito de fronteira ainda está vivo neste país, o que explica a tendência de sua economia de expandir-so ainda num sentido horizontal. A palavra fronteira tem sido ouvida
americano".
A fronteira- terminou oficial mente no fim do século dezeno
com seu temperamento. O espí
rito de fronteira subsiste, mani
econômico
são
abertas
à
A idéia de campo livre para a iniciativa individual, no espírito
festando-se por outras forjnas
de fronteira de muitos milhares
que não a marcha para as terras
de americanos associada aos paí
de vez em quando e ela continua sendo a chave que nos abre o entendimento de muitas coisas e
livres do oeste, cuja imagem es-
aspetos deste grande país. Estu dando a formação dos Estados
il)
Frederick Jackson Turner,
■ Thé
Frontlér American Hi.story, Ncft.
York, 1921.
"
ses da América do Sul, consti
tui neste "país o que podemos chamar o único fundamento po pular da política de boa vizinhan ça do govêrno norte-americano.
boa vizinhança como que a es
truturação da liderança dos Es tados
Unidos
no
Hemisfério
Ocidental, talvez deva ser expli cado na base da interpretação
que acima damos dè seu interêsse pelos países do Sul.
(Numa
se prefere a liderança dos Esta dos Unidos ou da Rússia.
A res
posta não podia ser senão que num mundo realmente democrá
tico, como aquêle pelo qual lu tamos, não há lugar para êsse problema de liderança.) A
ida
de milhares de norte-
americanos para a América do
't
■v,
30
Dígesto Econômico
problema está em que, à medida
"Unidos do ponto de vista de in
que o desenvolvimento tecnoló
fluência que a fronteira teve ne la. Frederíck Jackson Turner es
gico avança, a energia mecânica substitui a energia animal — a máquina poupa trabalho, aumen
creve (1);' "...o desenvolvi mento americano não tem avan
tando a produção. E o caráter
çado apenas ao longo de uma só
concentrado
linha, mas tem sido retorno a condições primitivas numa linha
do sistema econô
mico, com tendência para cres cente^ concentração, oferece opor tunidades aos jovens mais como
trabalhadores do que como pos síveis empreendedores autônomos. Uma situação semelhante em qualquer país da América do
Sul ou da Europa produziria sem duvida complicados problemas políticos. Mas para os Estados
fronteiriça avançando continua mente, e um novo desenvolvi
mento na área seguinte. O de senvolvimento americano tem es
tado continuamente a começar de novo na fronteira. Êsse pe rene renascimento, essa' fluidez
da vida americana, essa expan-'
são para o oeste com suas novas oportunidades, contato con mento de uma expansão vertical, tinuado com a seu simplicidade da no s^entido de ajustar suas insti-. sociedade primitiva, revelam as tuiçoes econômicas e políticas ? seu desenvolvimento tecnológico. fôrçãs, dominantes do caráter
Unidos não chegou ainda o mo
31
Digeetú Econômico
tá substituída pela dos países no vos do sul, cheios de oportuni dades, "como os Estados Unidos
Ou, em outras palavras, é no es
de 50 ou 60 anos atrás". "
contra uma base fora das esfe
Pode ser que êste espírito te.nha estado latente até 1932 ou
1933.
Dois fatores porém pare
cem ter atuado no sentido de re
avivá-lo: á grande depressão dos anos seguintes a 1929 e a políti ca chamada da boa-vizinhança do presidente Roosevelt, a qual, se tècnicamente significa a ado ção de novos métodos em rela ções internacionais, para a parte do povo que dela toma conheci mento é ao mesmo tempo a re
velação da crescente importância dos países do Sul.
pírito de fronteira, ainda vivo ou reavivado, que essa política en- ,
ras governamentais.
Se os for-
muladores dessa nova técnica de
relações externas (good will teclinique), mais conhecida como política de boa vizinhança, foram
influenciados por aquêle espírito, é difícil saber.
Mas nã.o há dú
vida que ela cooperou com os efeitos da depressão abrindo ao
espírito de fronteira novos hori zontes, — o Sul do Continente — ao mesmo tempo que se criou uma base na opinião pública norte-americana.
Importância,
O fato de que muitos norte-
americanos vejam na política de
ricanos verem na América do Sul
ve. com a colonização das últi
um campo livre para múltiplas
porém, no sentido de campo cheio de oportunidades à inicia tiva dos milhares de jovens, de todas as regiões, dos Estados Unidos, que ao emprêgo prefe rem o campo mais livre dos paí
mas terras livres da costa do Pa
miciativas, como nos Estados
ses novos, onde as malhas do sis
cífico. Mas a idéia de terra li vre ficou, diluída ho fundo da al- '
tema
prosperidade através do empre
reunião em que êsse assunto (li
ma do povo norte-amcricanó c
endimento livre, para os que vão
derança) foi levantado, uma pes
tem ainda hoje muito que ver
começar.
soa perguntou-nos se íio Brasil
® On ^fatoGspírito de fronteira de muitos jovens ame Unidos ha 50 ou 60 anos atrás", parece indicar que o espírito de fronteira ainda está vivo neste país, o que explica a tendência de sua economia de expandir-so ainda num sentido horizontal. A palavra fronteira tem sido ouvida
americano".
A fronteira- terminou oficial mente no fim do século dezeno
com seu temperamento. O espí
rito de fronteira subsiste, mani
econômico
são
abertas
à
A idéia de campo livre para a iniciativa individual, no espírito
festando-se por outras forjnas
de fronteira de muitos milhares
que não a marcha para as terras
de americanos associada aos paí
de vez em quando e ela continua sendo a chave que nos abre o entendimento de muitas coisas e
livres do oeste, cuja imagem es-
aspetos deste grande país. Estu dando a formação dos Estados
il)
Frederick Jackson Turner,
■ Thé
Frontlér American Hi.story, Ncft.
York, 1921.
"
ses da América do Sul, consti
tui neste "país o que podemos chamar o único fundamento po pular da política de boa vizinhan ça do govêrno norte-americano.
boa vizinhança como que a es
truturação da liderança dos Es tados
Unidos
no
Hemisfério
Ocidental, talvez deva ser expli cado na base da interpretação
que acima damos dè seu interêsse pelos países do Sul.
(Numa
se prefere a liderança dos Esta dos Unidos ou da Rússia.
A res
posta não podia ser senão que num mundo realmente democrá
tico, como aquêle pelo qual lu tamos, não há lugar para êsse problema de liderança.) A
ida
de milhares de norte-
americanos para a América do
Digesto £conóm!co
32
Sul, depois da guerra, é coisa que
cabe examinar aqui, mas que go
aqui se Considera certa.- Isso sig nificará, de um lado, a entrada
vernos e outros interessados de verão estudar. No momento é
* de mais técnica e mais capital..
difícil ..ver, de outra parte, até
Como éstes dois fatores de pro
que ponto êsse movimento coin
gresso poderão ser aproveitados em benefício dos povos sul-ame ricanos, é um problema que não
cidirá com um simples movimen to de expansão comercial e de. investimentos.
rii\Ai\CAS o FENÔMENO FINANCEIRO Por Abelardo Vercueirg César
ESTUDANDO-SE a atividade humana, considerando-sc a so
ciedade, deparam-se instituições, ^ atos e mecanismos que apresentam carac
sas teorias existentes sôbre o "fenô
teres específicos, peculiares, inconfun díveis que se referem à concentração e emprego de bens, por parte do Estado, para realização de seus fins. Constitui êsse complexo de fatos o uso das utilidades financeiras.
Não
surgem éstes na sociedade só em um dado momento ou só em dado lugar.
Não acontecem por acâso, não se ori ginam do. arbítrio, da moda, ou da
predominância
passageira
de
senti
mentos ou de idéias. Não. Esses fatos aparecem e repetem-sc no tempo e no
espaço, com a mesma uniformidade, embora variem suas roupagens, com
DONDE VEM E PARA ONDE VAI O FEIJÃO
A produção brasileira de feijão é destinada quase que exclusivamente ao consumo interno:
produzimos
entre
800^ e 900 mil toneladas anuais, das quais exportamos pouco mais de 5 mil. Assim mesmo o Brasil está colocado como o
terceiro produtor mundial desta legumlnosa sêca sendo a Chi na o primeiro produtor, com cêrca de 4 milhões de
toneladas
Neste trabalho, de natureza científica, o
A. classifica
e
analisa
as
diver
meno financeiro", assunto de indis cutível e real interesse.
cessária e inútil essa indagação, por achar impossível reduzir a natureza dos fenômenos financeiros a um prin cípio único (2). É o fenômeno financeiro uma fa ceta do fenômeno social. Não existe isolado. Formam-no fatòres diversos
como o econômico, o'político, o jurí dico e o social, que é o resultante de -todos. Para estudo, pela abstração, a
maior ou menor intensidade. Em vez
(2) Preleções na Faculdade de Direito de S. Paulo, pág. 31: "Acho desnecessá
de se negar, de não se querer ver a
rio procurar o princípio fundamental básico das ciências sociais. Porque 6
constância com que esses fatos se en
mesmo impossível. Quanto às ciências flsico-naturais é difícil, e talvez impos
cadeiam, melhor será que se procure" investigá-rlos sistematicamente, por meio dos processos lógicos. São es ses fatos o fenômeno financeiro (1). A ciência, além de verificar sua exis
sível, pois a maioria destas ciências se
baseia em hipóteses, ainda não veri ficadas. e, às vezes, em hipóteses errô neas. Muitos princípios básicos e fun damentais destas ciências foram expe
rimentalmente demonstrados errados, c
isto não foi impedimento para que es
anuais, e os Estados Unidos o segundo, com uma produção que
tência c de o corporificar em um to
sas ciências progredissem extraordina
se eleva a 1 milhão de toneladas. Dos Estados, Minas Gerais
do orgânico, inquire sua natureza. O
letricidade, e a aplicamos a todfO o
fornece perto de 32% do total da produção nacional, seguindo-se São Paulo e o Rio Grande do Sul, que contribuem • os três Esta-
Professor Braz Arruda acha desne-
seja a eletricidade.
tados — com cêrca de 70% da produção geral do país. Os principais mercados do feijão brasileiro em 1943 foram: Espa
(1) Seligman
nós não sabemos se é verdadeiro
nha (2.528 toneladas), Uruguai (1.416), Suécia (1.200).
Collana di Economisti — Torino, 1934
riamente.
Nós sabemos que existe o
mento, mas não sabemos ainda o qu®
O princípio fundamental da química —
Theorla Social du
Sclencla das Finanças, pag. 387: Nuova — Vol. IX.
não. E uma hipótese não verificada ^
certamente, errônea.
No entanto, isto
não impede o progredir da química, etc.
Digesto £conóm!co
32
Sul, depois da guerra, é coisa que
cabe examinar aqui, mas que go
aqui se Considera certa.- Isso sig nificará, de um lado, a entrada
vernos e outros interessados de verão estudar. No momento é
* de mais técnica e mais capital..
difícil ..ver, de outra parte, até
Como éstes dois fatores de pro
que ponto êsse movimento coin
gresso poderão ser aproveitados em benefício dos povos sul-ame ricanos, é um problema que não
cidirá com um simples movimen to de expansão comercial e de. investimentos.
rii\Ai\CAS o FENÔMENO FINANCEIRO Por Abelardo Vercueirg César
ESTUDANDO-SE a atividade humana, considerando-sc a so
ciedade, deparam-se instituições, ^ atos e mecanismos que apresentam carac
sas teorias existentes sôbre o "fenô
teres específicos, peculiares, inconfun díveis que se referem à concentração e emprego de bens, por parte do Estado, para realização de seus fins. Constitui êsse complexo de fatos o uso das utilidades financeiras.
Não
surgem éstes na sociedade só em um dado momento ou só em dado lugar.
Não acontecem por acâso, não se ori ginam do. arbítrio, da moda, ou da
predominância
passageira
de
senti
mentos ou de idéias. Não. Esses fatos aparecem e repetem-sc no tempo e no
espaço, com a mesma uniformidade, embora variem suas roupagens, com
DONDE VEM E PARA ONDE VAI O FEIJÃO
A produção brasileira de feijão é destinada quase que exclusivamente ao consumo interno:
produzimos
entre
800^ e 900 mil toneladas anuais, das quais exportamos pouco mais de 5 mil. Assim mesmo o Brasil está colocado como o
terceiro produtor mundial desta legumlnosa sêca sendo a Chi na o primeiro produtor, com cêrca de 4 milhões de
toneladas
Neste trabalho, de natureza científica, o
A. classifica
e
analisa
as
diver
meno financeiro", assunto de indis cutível e real interesse.
cessária e inútil essa indagação, por achar impossível reduzir a natureza dos fenômenos financeiros a um prin cípio único (2). É o fenômeno financeiro uma fa ceta do fenômeno social. Não existe isolado. Formam-no fatòres diversos
como o econômico, o'político, o jurí dico e o social, que é o resultante de -todos. Para estudo, pela abstração, a
maior ou menor intensidade. Em vez
(2) Preleções na Faculdade de Direito de S. Paulo, pág. 31: "Acho desnecessá
de se negar, de não se querer ver a
rio procurar o princípio fundamental básico das ciências sociais. Porque 6
constância com que esses fatos se en
mesmo impossível. Quanto às ciências flsico-naturais é difícil, e talvez impos
cadeiam, melhor será que se procure" investigá-rlos sistematicamente, por meio dos processos lógicos. São es ses fatos o fenômeno financeiro (1). A ciência, além de verificar sua exis
sível, pois a maioria destas ciências se
baseia em hipóteses, ainda não veri ficadas. e, às vezes, em hipóteses errô neas. Muitos princípios básicos e fun damentais destas ciências foram expe
rimentalmente demonstrados errados, c
isto não foi impedimento para que es
anuais, e os Estados Unidos o segundo, com uma produção que
tência c de o corporificar em um to
sas ciências progredissem extraordina
se eleva a 1 milhão de toneladas. Dos Estados, Minas Gerais
do orgânico, inquire sua natureza. O
letricidade, e a aplicamos a todfO o
fornece perto de 32% do total da produção nacional, seguindo-se São Paulo e o Rio Grande do Sul, que contribuem • os três Esta-
Professor Braz Arruda acha desne-
seja a eletricidade.
tados — com cêrca de 70% da produção geral do país. Os principais mercados do feijão brasileiro em 1943 foram: Espa
(1) Seligman
nós não sabemos se é verdadeiro
nha (2.528 toneladas), Uruguai (1.416), Suécia (1.200).
Collana di Economisti — Torino, 1934
riamente.
Nós sabemos que existe o
mento, mas não sabemos ainda o qu®
O princípio fundamental da química —
Theorla Social du
Sclencla das Finanças, pag. 387: Nuova — Vol. IX.
não. E uma hipótese não verificada ^
certamente, errônea.
No entanto, isto
não impede o progredir da química, etc.
34
■
Dígesto Econômico
sêmprc relativas aos tempos c luga
coua. Qualquer órgão do corpo vi
res? (3).
vo não age separado deste. Acha-se
em função conjunta com o organismo, ^ías pode ser estudado como se es
tivesse fora deste. Por exemplo, o coração humano. Passa-se o mesmo
com o fenômeno financeiro, e com os outros do gênero social. Não existem cm separado. Mas podem ser e são
estudados como se fossem isolados.
35
Digcsto Econômico
ciência o tem como isolado, como
A do consumo
Observa o Professor Teotonio Mon
Para alguns, tendo à frente J. B.
teiro de Barros Filho que o fenôme
Say, o fenômeno financeiro não passa
no financeiro, além de todos os aspe-
dc consumo de utilidades financeiras,
tos do econômico, apresenta os espe cíficos dos aspctos jurídico e políti
empregadas c destruídas pelo Esta do (5). Mas esse consumo não é im
co. (4).
produtivo, porque com ele o E.çtado satisfaz às necessidades coletivas, por
.'Xs primeiras teorias do fenômeno
financeiro
foram
formuladas
pelos
meio dos serviços públicos que orga
clássicos, com analogias econômicas;
niza, desenvolve e mantém. Assim o
Qual a natureza do fenômeno
depois, com fundamentos na escola psicológica e finalmente, com De Viti
consumo, fenômeno econômico, não passa dc um dos aspctos do fenômeno
financeiro?
di Marco, Seligman, Masci c outros,
financeiro.
Rcge-o um princípio fundamental, que se possa condensar, precisar e
enunciar em uma proposição? E' o que se vai indagar, considerando-se os fa tos, colhendo-se as conclusões dos mestres. É um dos pontos mais con-
i Têm-no'vi^ trovertidos das finanças. 1 i y.i.-nv Vi|: Sado os autores através da evolução wvuiUVUO
do pensamento econômico. As primei ras concepções do fenômeno financei
com orientações autônomas, menos li gadas à economia. Classificam-se as
mique de I/Histoire, pags. 165 a 171'; B. Griziotti', Piincipi di Politica, Dirltto e Scienza delle Finanze — pág. 34
(4) "O fenômeno financeiro, portanto, apresenta tôdas as facetas pelas quais
inspiradas por analogias, de institutos
E nêle, além desses aspetos de produ
cconómico.s. Assim se apresenta o problema: quantidade considerável d-
ção, de consumo, distribuição e circu lação de riquezas, entram elementos que não penetram no campo econórai-
riqueza privada, da renda nacional
co-privado, 'que são o elemento político e o elemento jurídico. Óu seja: a idéia
se pode olhar o fenômeno econômico.
minar. 3 — Não há equivalência de prestação. — O particular entrega, ao
Estado: bens materiais, serviços, di nheiro, utilidades financeiras, enfim; o Estado fornece ao particular servi ços diversos, entre os quais alguns in- , divisíveis, como os' da defesa externa,
O indivíduo, dá bens materiais para o Estado c recebe deste, como com
pensação, serviços públicos.
Permu-
tam-se aqueles por êstes. De um lado, prestação, de outro, correspectivamente, contra-prcstação. Pode liavcr vaga analogia entre a troca e o fenômeno financeiro, mas
aquela não se ajusta a êste pelas^seguintes razões:
vantagens e dc serviços, apontam-sc compensações entre o que um dá e o que o outro recebe.
Poderá cha
mar-se êssc processo complexo, de troca, na acepção vaga e lata mas
não no sentido restrito, da economia e do direito.
A produção
1 — as coisas, olije-
Para esta teoria, o fenômeno íi.nanceiro aparece com o característi
to de troca, acham-se sujeitas à lei
co de produção. Pensam assim Diet(6) Masci, Corso di Scienza delle Fi
estar
sempre compra ou vende pelo.s preços
pág. 44 a 45;
geral, do progresso e da civilização, que
dos mercados; o particular paga-llie às vêze.s mais, às vezes menos, pelos
e 13 (não confundit-se com (jiuseppo
no seu pensamento profundo de eqüi
serviços públicos prestados. 2 — Cons
Garnier — 1903 — "Vol I. permuta, pgs.
dade, envolvem um sentido jurídico.
titui fundamento da troca a liberdade, a iniciativa própria, das diversas par-
que as partes se dão ou obrigam a dar
do bem e.star coletivo, do bom
são o elemento politico; e as idéias de
distribuição equitativa, gerai, unifor me, dos encargos e das despesas, queÊsse é o fenômeno financeiro, fenô
Qual é o fundamento essencial désse
de substância econômica, traz adicio
das instituições, categorias históricas,
quer, mas o que o Estado lhe deter
da oferta e da procura, nos movi mentos dos mercados; o Estado nem
indivíduos, que cada vez mais se des tina à satisfação das necessidades co letivas,* por intermédio do Estado. processo, qual o fundo permanente e uniforme désse fato, na variabilidade
lar, quanto a tributos, não paga p que
particular e o Estado, há troca de
a 35;
ro foram formuladas pelos clássicos,
produzida pelos particulares; parte apreciável da atividade econômica dos
A da troca
I -
tros êlc impõe ao consumo dêste, di reta ou indiretamente. E o particu
segurança interna, justiça, etc. (6). Em verdade, nessa relação entre o
sim as diversas teorias:
(3) Giuseppe Ricca Saleno, Scienza delle finance (G.- Barbera, ed., Finance.' 1921, pág. 23 a 34; Seligman — finterpretatlon Êcono-
tes. Alguns serviços ou bens, o Es piado vende como particular, mas ou
meno eminentemente complexo porque, nado a es.sa substância econômica um
elemento político e um elemento jurí dico". (Preleçõe.s do curso de 1942, — Faculdade de Direito de S. Paulo, pág. 52.
(5) Paulo Ricca Salerno — Contributo alia Teoria Econômica delia Finanza —
1926 -- pags. 11 a 12; Nitti, pags. 43 a
nanze.
Faro Italiano
—•
Roma 1939
Paulo Ricca Salemo, ob. cit. págs. 12 Ricca Sallcrno; Dom Joaquim Escriche
— Dicionário de Jurisprudência —
1407 a 1408; troca 1590: um contrato em respetivamente uma coisa por outra; "W. Heller diz que é a transação que não tem poi* base o preço dc mercare Mas, hoje, que bem livre, não se acha sujeito ao preço do mercado, da con corrência dos vendedores e comprai -
45: l'rlncipps dc ScScnce dos Finances
res? (Dicionário de Ec. Política — Ed.
—Mareei Giard 'Paris — 1928 — Vol I.
Labor — Barcelona — 1937 — pág. 41).
34
■
Dígesto Econômico
sêmprc relativas aos tempos c luga
coua. Qualquer órgão do corpo vi
res? (3).
vo não age separado deste. Acha-se
em função conjunta com o organismo, ^ías pode ser estudado como se es
tivesse fora deste. Por exemplo, o coração humano. Passa-se o mesmo
com o fenômeno financeiro, e com os outros do gênero social. Não existem cm separado. Mas podem ser e são
estudados como se fossem isolados.
35
Digcsto Econômico
ciência o tem como isolado, como
A do consumo
Observa o Professor Teotonio Mon
Para alguns, tendo à frente J. B.
teiro de Barros Filho que o fenôme
Say, o fenômeno financeiro não passa
no financeiro, além de todos os aspe-
dc consumo de utilidades financeiras,
tos do econômico, apresenta os espe cíficos dos aspctos jurídico e políti
empregadas c destruídas pelo Esta do (5). Mas esse consumo não é im
co. (4).
produtivo, porque com ele o E.çtado satisfaz às necessidades coletivas, por
.'Xs primeiras teorias do fenômeno
financeiro
foram
formuladas
pelos
meio dos serviços públicos que orga
clássicos, com analogias econômicas;
niza, desenvolve e mantém. Assim o
Qual a natureza do fenômeno
depois, com fundamentos na escola psicológica e finalmente, com De Viti
consumo, fenômeno econômico, não passa dc um dos aspctos do fenômeno
financeiro?
di Marco, Seligman, Masci c outros,
financeiro.
Rcge-o um princípio fundamental, que se possa condensar, precisar e
enunciar em uma proposição? E' o que se vai indagar, considerando-se os fa tos, colhendo-se as conclusões dos mestres. É um dos pontos mais con-
i Têm-no'vi^ trovertidos das finanças. 1 i y.i.-nv Vi|: Sado os autores através da evolução wvuiUVUO
do pensamento econômico. As primei ras concepções do fenômeno financei
com orientações autônomas, menos li gadas à economia. Classificam-se as
mique de I/Histoire, pags. 165 a 171'; B. Griziotti', Piincipi di Politica, Dirltto e Scienza delle Finanze — pág. 34
(4) "O fenômeno financeiro, portanto, apresenta tôdas as facetas pelas quais
inspiradas por analogias, de institutos
E nêle, além desses aspetos de produ
cconómico.s. Assim se apresenta o problema: quantidade considerável d-
ção, de consumo, distribuição e circu lação de riquezas, entram elementos que não penetram no campo econórai-
riqueza privada, da renda nacional
co-privado, 'que são o elemento político e o elemento jurídico. Óu seja: a idéia
se pode olhar o fenômeno econômico.
minar. 3 — Não há equivalência de prestação. — O particular entrega, ao
Estado: bens materiais, serviços, di nheiro, utilidades financeiras, enfim; o Estado fornece ao particular servi ços diversos, entre os quais alguns in- , divisíveis, como os' da defesa externa,
O indivíduo, dá bens materiais para o Estado c recebe deste, como com
pensação, serviços públicos.
Permu-
tam-se aqueles por êstes. De um lado, prestação, de outro, correspectivamente, contra-prcstação. Pode liavcr vaga analogia entre a troca e o fenômeno financeiro, mas
aquela não se ajusta a êste pelas^seguintes razões:
vantagens e dc serviços, apontam-sc compensações entre o que um dá e o que o outro recebe.
Poderá cha
mar-se êssc processo complexo, de troca, na acepção vaga e lata mas
não no sentido restrito, da economia e do direito.
A produção
1 — as coisas, olije-
Para esta teoria, o fenômeno íi.nanceiro aparece com o característi
to de troca, acham-se sujeitas à lei
co de produção. Pensam assim Diet(6) Masci, Corso di Scienza delle Fi
estar
sempre compra ou vende pelo.s preços
pág. 44 a 45;
geral, do progresso e da civilização, que
dos mercados; o particular paga-llie às vêze.s mais, às vezes menos, pelos
e 13 (não confundit-se com (jiuseppo
no seu pensamento profundo de eqüi
serviços públicos prestados. 2 — Cons
Garnier — 1903 — "Vol I. permuta, pgs.
dade, envolvem um sentido jurídico.
titui fundamento da troca a liberdade, a iniciativa própria, das diversas par-
que as partes se dão ou obrigam a dar
do bem e.star coletivo, do bom
são o elemento politico; e as idéias de
distribuição equitativa, gerai, unifor me, dos encargos e das despesas, queÊsse é o fenômeno financeiro, fenô
Qual é o fundamento essencial désse
de substância econômica, traz adicio
das instituições, categorias históricas,
quer, mas o que o Estado lhe deter
da oferta e da procura, nos movi mentos dos mercados; o Estado nem
indivíduos, que cada vez mais se des tina à satisfação das necessidades co letivas,* por intermédio do Estado. processo, qual o fundo permanente e uniforme désse fato, na variabilidade
lar, quanto a tributos, não paga p que
particular e o Estado, há troca de
a 35;
ro foram formuladas pelos clássicos,
produzida pelos particulares; parte apreciável da atividade econômica dos
A da troca
I -
tros êlc impõe ao consumo dêste, di reta ou indiretamente. E o particu
segurança interna, justiça, etc. (6). Em verdade, nessa relação entre o
sim as diversas teorias:
(3) Giuseppe Ricca Saleno, Scienza delle finance (G.- Barbera, ed., Finance.' 1921, pág. 23 a 34; Seligman — finterpretatlon Êcono-
tes. Alguns serviços ou bens, o Es piado vende como particular, mas ou
meno eminentemente complexo porque, nado a es.sa substância econômica um
elemento político e um elemento jurí dico". (Preleçõe.s do curso de 1942, — Faculdade de Direito de S. Paulo, pág. 52.
(5) Paulo Ricca Salerno — Contributo alia Teoria Econômica delia Finanza —
1926 -- pags. 11 a 12; Nitti, pags. 43 a
nanze.
Faro Italiano
—•
Roma 1939
Paulo Ricca Salemo, ob. cit. págs. 12 Ricca Sallcrno; Dom Joaquim Escriche
— Dicionário de Jurisprudência —
1407 a 1408; troca 1590: um contrato em respetivamente uma coisa por outra; "W. Heller diz que é a transação que não tem poi* base o preço dc mercare Mas, hoje, que bem livre, não se acha sujeito ao preço do mercado, da con corrência dos vendedores e comprai -
45: l'rlncipps dc ScScnce dos Finances
res? (Dicionário de Ec. Política — Ed.
—Mareei Giard 'Paris — 1928 — Vol I.
Labor — Barcelona — 1937 — pág. 41).
36
Digesto Econômico
zcl, List, Wagner e outros mestrer. Afirma Wagner que consistem as fi nanças em um processo econômico co
letivo de produção, através di qual o Estado transforma os bens iratc-
nais, fornecidos pelos particulares, em bens imateriais, idôneos pars a sa tisfação das necessidades públicas. Recebem os indivíduos, em forma de
portanto da pressão tributária) dsvc-
ra converter a sua hipótese em uma
passa a atividade financeira do Esta
.ria
trazer
consequentemente
crcsci--
pelo emprego da despesa pública, se tado, com o consumo de bens, produz serviços. Assim, as expressões consu
do de uma enorme indústria cooperá-
Isso não ocorre, porque o avolumar-
funções que desempenham, seriam ne cessariamente produtivas (11).
liva produtora de bens públicos, ven didos a preço de custo à coletividade, ao contrário do que acontecia no Es
- A da predominância de classe
fracas.
culares são vantajosos à vida econô
ços públicos e faria estas pagarem o
mica, tornam mais eficaz o esforço
criaria meios que não sô compensa riam o custo da despesa pública, co mo trariam sobras de riquezas, en grandecendo uma riqueza nacio
seu custo. Os governantes produzi riam os serviços e os imporiam aos governados que seriam os consumi dores. Os serviços públicos teriam um preço de monopólio, porque da riam, além de seu custo real, um lar go lucro para o seu produtor, a clas
nal (10).
se dominante.
produtivo e mais vigorosa a produção Assim, o processo financeiro
Deve o Estado devolver ao particu lar mais do que recebeu.
pregadas nas finanças, apenas como
cido de juros.
(7) Maacl — ob. cit. paga. 45 a 46.
fS) Frederico Hermann Júnior {Pro, fessor da Faculdade de Ciências Eco nômicas e Presidente da Ordem dos Economistas), observa na sua confe rência — Padronização dos Orçamentos como condição do Saneamento Finan ceiro: "Como quer que examinemos a questão
cia da classe forte sôbre as classes
ços que o Estado oferece aos parti
social.
Seria como
que um pagamento do capital acres Pondera
Giuseppe
Ricca
Salerno,
quando analisa essa concepção do fe nômeno financeiro, que é de Stein, que o seu autor não fornece um cri-
(9)
tado antigo. No Estado monopoiístico, prevalece o cálculo da classe do
minante, no Estado cooperativo pre
As finanças seriam a predominân Segundo esta concepção, os servi
mo.^ troca e produção, momentos de fenômeno financeiro, podem ser em
analogia com a economia política (8).
Para Da Viti di Marco (13), não
trar que toda» as despesas públicas, pela sua própria natureza e pelas
dução.
produzem os serviços públicos. O Es
A da- produção cooperativa
teoria científica precisar-se-ia demons
A da reprodutividade indireta
De fato, o Estado consome riqueza quando arrecada bens dos particulares, pela receita pública. Êsse consumo nao é destruição, porque com ele,
tério qualquer para julgar-se da uti
mento de consumo privado ou incre mento de acumulação capitalística.
valores produzidos ao custo de pro se-ia que provar que cada serviço publico produzido resultou de custo específico determinado (7).
37
lidade das despesas e dos efeitos eco nômicos da administração pública. Pa
serviços públicos, os bens que o Esta
Para ser verdadeira a teoria, tei-
,
Se a produção constituísse o fenô meno financeiro, pelo emprego da despesa pública, o aumento" desta (e
se-da pressão tributária, além de ce:*to limite, provoca efeito contrário (9).
do lhes retirou. Corresponderiam os
Digesto Econômico
Aquela iJroduziria os servi
valece a média do cálculo individual. Constitui o Estado uma economia
coletiva em que se identificam os pro dutores e os consumidores dos servi
ços públicos.
A concepção vitiana é
mais uma outra analogia que aparece para explicar o fenômeno financeiro, tomando-lhe um dos seus aspetos, o
da cooperação.
Estado Antigo, e aos que com éle se assemelham,
Na suas grandes Jinhas a teoria é verdadeira, quanto ao Estado antigo, feudal, oligárquico, aristocrático. Mas no Estado moderno, confundem-se o
sujeito da atividade financeira, o Es tado, a coletividade, com o sujeito, consumidor dos serviços públicos, a coletividade (12).
Se se aplica ao Es
tado moderno, não pode enquadrar o Além
disso
não
abrange todo o fenômeno financeiro.
Mais tarde, em parte, De Viti mu dou de teoria (14). Voltou a recorrer à troca para explicar o fenômeno fi
nanceiro, distinguindo os serviços pú blicos- em especiais e gerais.
F. Marconslni — Scienza delle Fi-
nanze — pág. 25.
(13) Ob. cit. cap. II e III; Tangoi-ra, págs. 19 e 20; Masci — ob. cit. págs. 47 a 50; Paulo Ricca Salerno, págs.
os tributos, que os indivíduos
pagam • representam o custo dos ben.s
(10) V. Tangorra — Tratato di Scien
públicos, produzidos pela atividade do Estado" (Revista de Çiènclág Econô
za delia Finanza — I. E. Libraria —
micas, pag, 244),
clt. pág. 4'a 47.
Mllano — 1916 — pág. 18; Masci — ob.
18 a 28.
(11) Ob. cit. pág. 31.
(14) Principl dl Economia Finanzia.» (12) Tangorra, ob. clt. Masci, págs. 47-48,
págs.
19-20;
ria, págs. 6 e 7; Griziotti, págs. 23 a 24;
. • ....
.
Á
36
Digesto Econômico
zcl, List, Wagner e outros mestrer. Afirma Wagner que consistem as fi nanças em um processo econômico co
letivo de produção, através di qual o Estado transforma os bens iratc-
nais, fornecidos pelos particulares, em bens imateriais, idôneos pars a sa tisfação das necessidades públicas. Recebem os indivíduos, em forma de
portanto da pressão tributária) dsvc-
ra converter a sua hipótese em uma
passa a atividade financeira do Esta
.ria
trazer
consequentemente
crcsci--
pelo emprego da despesa pública, se tado, com o consumo de bens, produz serviços. Assim, as expressões consu
do de uma enorme indústria cooperá-
Isso não ocorre, porque o avolumar-
funções que desempenham, seriam ne cessariamente produtivas (11).
liva produtora de bens públicos, ven didos a preço de custo à coletividade, ao contrário do que acontecia no Es
- A da predominância de classe
fracas.
culares são vantajosos à vida econô
ços públicos e faria estas pagarem o
mica, tornam mais eficaz o esforço
criaria meios que não sô compensa riam o custo da despesa pública, co mo trariam sobras de riquezas, en grandecendo uma riqueza nacio
seu custo. Os governantes produzi riam os serviços e os imporiam aos governados que seriam os consumi dores. Os serviços públicos teriam um preço de monopólio, porque da riam, além de seu custo real, um lar go lucro para o seu produtor, a clas
nal (10).
se dominante.
produtivo e mais vigorosa a produção Assim, o processo financeiro
Deve o Estado devolver ao particu lar mais do que recebeu.
pregadas nas finanças, apenas como
cido de juros.
(7) Maacl — ob. cit. paga. 45 a 46.
fS) Frederico Hermann Júnior {Pro, fessor da Faculdade de Ciências Eco nômicas e Presidente da Ordem dos Economistas), observa na sua confe rência — Padronização dos Orçamentos como condição do Saneamento Finan ceiro: "Como quer que examinemos a questão
cia da classe forte sôbre as classes
ços que o Estado oferece aos parti
social.
Seria como
que um pagamento do capital acres Pondera
Giuseppe
Ricca
Salerno,
quando analisa essa concepção do fe nômeno financeiro, que é de Stein, que o seu autor não fornece um cri-
(9)
tado antigo. No Estado monopoiístico, prevalece o cálculo da classe do
minante, no Estado cooperativo pre
As finanças seriam a predominân Segundo esta concepção, os servi
mo.^ troca e produção, momentos de fenômeno financeiro, podem ser em
analogia com a economia política (8).
Para Da Viti di Marco (13), não
trar que toda» as despesas públicas, pela sua própria natureza e pelas
dução.
produzem os serviços públicos. O Es
A da- produção cooperativa
teoria científica precisar-se-ia demons
A da reprodutividade indireta
De fato, o Estado consome riqueza quando arrecada bens dos particulares, pela receita pública. Êsse consumo nao é destruição, porque com ele,
tério qualquer para julgar-se da uti
mento de consumo privado ou incre mento de acumulação capitalística.
valores produzidos ao custo de pro se-ia que provar que cada serviço publico produzido resultou de custo específico determinado (7).
37
lidade das despesas e dos efeitos eco nômicos da administração pública. Pa
serviços públicos, os bens que o Esta
Para ser verdadeira a teoria, tei-
,
Se a produção constituísse o fenô meno financeiro, pelo emprego da despesa pública, o aumento" desta (e
se-da pressão tributária, além de ce:*to limite, provoca efeito contrário (9).
do lhes retirou. Corresponderiam os
Digesto Econômico
Aquela iJroduziria os servi
valece a média do cálculo individual. Constitui o Estado uma economia
coletiva em que se identificam os pro dutores e os consumidores dos servi
ços públicos.
A concepção vitiana é
mais uma outra analogia que aparece para explicar o fenômeno financeiro, tomando-lhe um dos seus aspetos, o
da cooperação.
Estado Antigo, e aos que com éle se assemelham,
Na suas grandes Jinhas a teoria é verdadeira, quanto ao Estado antigo, feudal, oligárquico, aristocrático. Mas no Estado moderno, confundem-se o
sujeito da atividade financeira, o Es tado, a coletividade, com o sujeito, consumidor dos serviços públicos, a coletividade (12).
Se se aplica ao Es
tado moderno, não pode enquadrar o Além
disso
não
abrange todo o fenômeno financeiro.
Mais tarde, em parte, De Viti mu dou de teoria (14). Voltou a recorrer à troca para explicar o fenômeno fi
nanceiro, distinguindo os serviços pú blicos- em especiais e gerais.
F. Marconslni — Scienza delle Fi-
nanze — pág. 25.
(13) Ob. cit. cap. II e III; Tangoi-ra, págs. 19 e 20; Masci — ob. cit. págs. 47 a 50; Paulo Ricca Salerno, págs.
os tributos, que os indivíduos
pagam • representam o custo dos ben.s
(10) V. Tangorra — Tratato di Scien
públicos, produzidos pela atividade do Estado" (Revista de Çiènclág Econô
za delia Finanza — I. E. Libraria —
micas, pag, 244),
clt. pág. 4'a 47.
Mllano — 1916 — pág. 18; Masci — ob.
18 a 28.
(11) Ob. cit. pág. 31.
(14) Principl dl Economia Finanzia.» (12) Tangorra, ob. clt. Masci, págs. 47-48,
págs.
19-20;
ria, págs. 6 e 7; Griziotti, págs. 23 a 24;
. • ....
.
Á
38
Digesto Econômico
A de repartição de encargos
finanças como um sistema de preços: os preços políticos, diferentes dos pre
Para outros, com Gaston ,Jèze à
ços econômicos.
Na economia finan
frente, consiste o fato financeiro em repartição de encargos entre os indi víduos. Verificado o montante da des
lítico, o custo dos serviços públicos
pesa pública, o Estado imperativa
pagos pelos indivíduos por imposição
mente retira da economia dos indi
ceira, só por exceção haverá o preço
econômico, sendo a regra o preço po do Estado. Movimenta-se a economia
víduos os meios, a riqueza financeira
privada com o preço do mercado, o
necessária, a receita pública para co
preço natural, o econômico. Pro\oca essa teoria, verdadeira na forma, as mesmas objeções já feitas às teo
brir a despesa.
Não satisfaz essa teoria, porque a repartição dos encargos da despesa pública já é um segundo tempo da atividade financeira. Desloca a ques tão substituindo-a pelo seu processo, que é a repartição. Constitui e.sia jâ uma conseqüência.
O fenômeno fi
nanceiro não é só aquela repartição. Aquele envolve esta.
A dos preços políticoe
f
Sustenta essa teoria Maífeo Pantaleoni. Êste e os partidários da teoria
vêem na economia financeira um preço
econômico deformado, preço detcrmi-
nado pelo^ poder político e como tal, o preço político. Só os serviços púMicos de caráter particular se regerão pelos preços econômicos.
Assim, a economia financeira seria um sistema de produção e de troca
no qual, o produto, os serviços pú blicos, seria vendido, na sua máxima parte, na base dos preços políti cos, e em parte mínima na dos pre ços econômicos (15), concebendo as Íl5) Tangorra, ob. cit., págs, 20; Jèze, Cours d© Sc. des Finances, págs. 6 e 7.
rias de produção, da troca e da repar tição dos encargos. '
A da utilidade final — Sax.
A
Sociológica — Seligman
39
Dígesto Econômico lece cada indivíduo sua hierarquia de
desejos tendo em vista, sua riqueza, procurando adaptar aqueles, ilimita dos, dentro desta, limitada. Os dese
intensos. Entre êsses desejos ou ne cessidades contam-se as necessidades
divíduos em um grupo cooperativo, privado ou público, toma-se depres sa, pelo exclusivo fato da associação, qualquer coisa diverso do que era an tes. Suas necessidades particulares
diretamente individuais, menos inten
transformam-se
sos, que se atenderiam mais tarde ou
muns. Concorre para criar o grupo, mas éste como que o recreia. Fisi camente permanece o mesmo; psico lógica e espiritualmente transformou-
jos ou necessidades repartír-se-ão etn uma escala dos mais para os menos
que mesmo não se satisfariam. E' i' aplicação da teoria da utilidade final ás finanças, que assim se estabelecem em base psicológica e universal. Esiá claro que essa avaliação não é uma avaliação do indivíduo isolado.
Não
Conccbe-a Sax. Para êle, a ativi dade financeira do Estado ciesenvol ve-sc em regime de economia coleti
haverá somas de avaliações individuais,
va, para a realização de serviços pú
mam os sentimentos e as idéias cole
blicos.
tivas, em dado lugar, em dado mo mento. Os governos, as instituições,
E consiste em um processo
de transferência de bens, dos indiví
não podem explicar o Estado, nem nenhum grupo privado ou público. Um indivíduo, associado a outros iii-
mas uma síntese de avaliações de grupos, do mesmo modo como se for
se.
em
necessidades co
A transição do particular,
indivíduo isolado a membro de
de um
grupo, é de importância fundamental. A união dos membros do grupo é uma coisa bem diversa do fortúito ajun tamento de indivíduos isolados.
Isso
que se pode dizer de todos os grupos
pode-se afirmar de todo o grupo ''pú blico" (17). Parece-me que a teoria de Sax e
duos, .sujeitos das necessidades coleti vas, para os indivíduos, órgãos do Es
os
tado, (|ue prestam aqueles serviço.s. E' que o Estado, ne.sse processo, pro
épocas, e em certos países, destinam-se mais ou menos riquezas privadas para
meno financeiro através da teoria da
certas necessidades públicas. E en tre estas, mais para umas do que
mais a fundo, e não lateralmente, por visadas parciais, como as outras teo rias expostas até agora. A teoiia da
duz, porque transforma determinados bens materiais em outros bens mate riais. Interpõe-se. assim o Estado
tos
atos, resultam e
dessas
desses
idéias.
sentimen
Em
certas
dos outros mestres, que vêem o fenô utilidade final, focaliza o problema
como intermediário entre os indiví
para outras. Não se origina "essa ou aquela orientação do arbítrio,
duos : os sujeitos das necessidades co
mas dos sentimentos e idéias, am
letivas c os que executam os serviços
bientes que prevalecem e que envol
para satisfazer aquelas necessidades
vem cada indivíduo componente de
micos e financeiros, constitui no mo
cada grupo. A propósito escreve Seligman: "Não é o Estado, na verda
mento a melhor e mais sólida e.ípH-
(16). Efetua-se o processo de trans ferência de bens na liase do cálculo
individual, tal como o indivíduo pro cede na economia privada.
Estalie-
de, um organismo e menos ainda um
super-organismo: mas é o Estado qual
utilidade final, iluminada pelos ensina mentos sociológicos de Seligman, que tanto engrandecem os estudos econô
cação do fenômeno financeiro. O próprio Nitti, que não a admite, con
corda em que pode ser aceita a tí-
(16) Paulo Rlcca — Salerno, ob. cit.,
quer coisa mais do que um conjunto
(17) Selegman — Ln Teoria Soolole
págs. 23, 26 e 27.
de pessoas. Os indivíduos, como tais,
pags. 285 a 286; Masci, pags. 51 a 85.
117) Seligman
— La Teoria SocliUo
38
Digesto Econômico
A de repartição de encargos
finanças como um sistema de preços: os preços políticos, diferentes dos pre
Para outros, com Gaston ,Jèze à
ços econômicos.
Na economia finan
frente, consiste o fato financeiro em repartição de encargos entre os indi víduos. Verificado o montante da des
lítico, o custo dos serviços públicos
pesa pública, o Estado imperativa
pagos pelos indivíduos por imposição
mente retira da economia dos indi
ceira, só por exceção haverá o preço
econômico, sendo a regra o preço po do Estado. Movimenta-se a economia
víduos os meios, a riqueza financeira
privada com o preço do mercado, o
necessária, a receita pública para co
preço natural, o econômico. Pro\oca essa teoria, verdadeira na forma, as mesmas objeções já feitas às teo
brir a despesa.
Não satisfaz essa teoria, porque a repartição dos encargos da despesa pública já é um segundo tempo da atividade financeira. Desloca a ques tão substituindo-a pelo seu processo, que é a repartição. Constitui e.sia jâ uma conseqüência.
O fenômeno fi
nanceiro não é só aquela repartição. Aquele envolve esta.
A dos preços políticoe
f
Sustenta essa teoria Maífeo Pantaleoni. Êste e os partidários da teoria
vêem na economia financeira um preço
econômico deformado, preço detcrmi-
nado pelo^ poder político e como tal, o preço político. Só os serviços púMicos de caráter particular se regerão pelos preços econômicos.
Assim, a economia financeira seria um sistema de produção e de troca
no qual, o produto, os serviços pú blicos, seria vendido, na sua máxima parte, na base dos preços políti cos, e em parte mínima na dos pre ços econômicos (15), concebendo as Íl5) Tangorra, ob. cit., págs, 20; Jèze, Cours d© Sc. des Finances, págs. 6 e 7.
rias de produção, da troca e da repar tição dos encargos. '
A da utilidade final — Sax.
A
Sociológica — Seligman
39
Dígesto Econômico lece cada indivíduo sua hierarquia de
desejos tendo em vista, sua riqueza, procurando adaptar aqueles, ilimita dos, dentro desta, limitada. Os dese
intensos. Entre êsses desejos ou ne cessidades contam-se as necessidades
divíduos em um grupo cooperativo, privado ou público, toma-se depres sa, pelo exclusivo fato da associação, qualquer coisa diverso do que era an tes. Suas necessidades particulares
diretamente individuais, menos inten
transformam-se
sos, que se atenderiam mais tarde ou
muns. Concorre para criar o grupo, mas éste como que o recreia. Fisi camente permanece o mesmo; psico lógica e espiritualmente transformou-
jos ou necessidades repartír-se-ão etn uma escala dos mais para os menos
que mesmo não se satisfariam. E' i' aplicação da teoria da utilidade final ás finanças, que assim se estabelecem em base psicológica e universal. Esiá claro que essa avaliação não é uma avaliação do indivíduo isolado.
Não
Conccbe-a Sax. Para êle, a ativi dade financeira do Estado ciesenvol ve-sc em regime de economia coleti
haverá somas de avaliações individuais,
va, para a realização de serviços pú
mam os sentimentos e as idéias cole
blicos.
tivas, em dado lugar, em dado mo mento. Os governos, as instituições,
E consiste em um processo
de transferência de bens, dos indiví
não podem explicar o Estado, nem nenhum grupo privado ou público. Um indivíduo, associado a outros iii-
mas uma síntese de avaliações de grupos, do mesmo modo como se for
se.
em
necessidades co
A transição do particular,
indivíduo isolado a membro de
de um
grupo, é de importância fundamental. A união dos membros do grupo é uma coisa bem diversa do fortúito ajun tamento de indivíduos isolados.
Isso
que se pode dizer de todos os grupos
pode-se afirmar de todo o grupo ''pú blico" (17). Parece-me que a teoria de Sax e
duos, .sujeitos das necessidades coleti vas, para os indivíduos, órgãos do Es
os
tado, (|ue prestam aqueles serviço.s. E' que o Estado, ne.sse processo, pro
épocas, e em certos países, destinam-se mais ou menos riquezas privadas para
meno financeiro através da teoria da
certas necessidades públicas. E en tre estas, mais para umas do que
mais a fundo, e não lateralmente, por visadas parciais, como as outras teo rias expostas até agora. A teoiia da
duz, porque transforma determinados bens materiais em outros bens mate riais. Interpõe-se. assim o Estado
tos
atos, resultam e
dessas
desses
idéias.
sentimen
Em
certas
dos outros mestres, que vêem o fenô utilidade final, focaliza o problema
como intermediário entre os indiví
para outras. Não se origina "essa ou aquela orientação do arbítrio,
duos : os sujeitos das necessidades co
mas dos sentimentos e idéias, am
letivas c os que executam os serviços
bientes que prevalecem e que envol
para satisfazer aquelas necessidades
vem cada indivíduo componente de
micos e financeiros, constitui no mo
cada grupo. A propósito escreve Seligman: "Não é o Estado, na verda
mento a melhor e mais sólida e.ípH-
(16). Efetua-se o processo de trans ferência de bens na liase do cálculo
individual, tal como o indivíduo pro cede na economia privada.
Estalie-
de, um organismo e menos ainda um
super-organismo: mas é o Estado qual
utilidade final, iluminada pelos ensina mentos sociológicos de Seligman, que tanto engrandecem os estudos econô
cação do fenômeno financeiro. O próprio Nitti, que não a admite, con
corda em que pode ser aceita a tí-
(16) Paulo Rlcca — Salerno, ob. cit.,
quer coisa mais do que um conjunto
(17) Selegman — Ln Teoria Soolole
págs. 23, 26 e 27.
de pessoas. Os indivíduos, como tais,
pags. 285 a 286; Masci, pags. 51 a 85.
117) Seligman
— La Teoria SocliUo
**>*•'
Dígesto Econômico
40
tulo de tendência, em suas Unhas ge rais (18).
Estudando-se a vida de ura pequeno município, observa-se como este acompanha a formação da idéia de
um novo serviço público, até à sua execução, pcsando-lhe os prós e os contras, as suas vantagens e o seu
custo, calculando tudo, em um longo processo coletivo de síntese social das
opiniões individuais. Por fim, sur ge uma média de juízo geral que de
termina uma orientação (19). Observa Paulo Ricca-Salerno que
Sax, em obra publicada mais tarde, reconheceu que a atividade financei
culo individual e precisou recorrer à avaliação coletiva para melhor es tudar o impòsto (20). Pois, como observa
Morselli,
não
J (19) Nasci e vivi no interior do Es-
|,
tado de Sao Paulo. E mantenho sem pre largo convívio com o interior. Como
consultor jurídico técnico da Sociedade Financeira Vergueiro Ceaar Ltda. iâ
como a riqueza social, meios para consecução de fins, contêm-se na consciência moral coletiva (21).
Entre outros, H. Dalton e H. Ritschl, aquele
financista inglês e êste' ale
mão, focalizam as finanças como fe
nômeno de economia coletiva Sociológicas
—
(22).
Paulo Ricca-Salerno
Inspirado por Sax, Francesco Ferra ra, Seligman, e outros, Paulo Ricca-
Salerno construiu sua teoria, que se poderá denominar da destinação bens.
bate de opiniões, reflexo do sentir e do pensar dos expoentes dos grupos locais Em cada expoente espelhara-se os cál culos inconscientes e conscientes do respetivo grupo, cogítando-se pràticamente dos orçamentos -familiares da tributação dos rendimentos presentes e futuros e Por fim situam o custo do novo empreendimento projetado na eco nomia e nas finanças do particular e do município. Faz-se todo ésse debate
em reunião, em conversas, pelas esqui nas, pelas farmácias, pelos clubes, pe
las casas. E um trabalho irregular vago, informe, mas que fixa um desejo,
uma orientação, um estado de alma,'
uma atitude.
Os homens de cada capi
tal pensam que podem falar de seu
de
Alicerçou-a na utilidade fina"
(20)
Há sempre um longo de
no financeiro.
Procura estabelecer a
das pelos vários indivíduos e a coleti
financeira
e cm princípios sociológicos.
çao de.qtes.
vigoroso e notável estudo do fenôme
rações, tanto a atividade
■J a execuçãoa- de serviços -púW cípais blicos. para Acompanhei elaboração pe
nosa e lenta de cada empréstimo das
Econômica delia Finanza — constitui
distinção entre utilidade individual, ex pressão de diversas utilidades sciiti-
£ fiz uma dezena de empréstimos muní-
negociações preliminares até à realiza
monografia — Contributo alia Teoria
passando o agregado político de agi^gado moral de sentimentos e de aspi
ra não pode explicar-se só pelo cál(18) Nitti, ob. cit. vol. I, pág. 50.
41
Digesto Econômico
Ob.
A sua
cit. pag. 33 — Salerno refe
re-se ao livro de Sax, traduzido para o italiano com o título de: — La teoria
delia valutazione (21)
Emanuelle
dellMmposto. Morselli —
Corso
di
Scienza delia Finanza Publica, pág. 11. (22) Paolo-Ricca Salerno, ob. cit. pága. 35 a 39 — Do primeiro, cita: Principies of Piiblic Flnance; do segundo: Thcorie der
Staatvir
schoft
und Bestene-
ruiig — Distingue Sallerno a necessida
de individual da coletiva, dizendo (págs. 48 a 49) : "Surgem as necessidades de
pendendo dos felns, enquanto êstes não possam ser conseguidos sem emprêgo de determinados meios. Individuais são
as necessidades qu© aparecem em cada indivíduo, em relação a fins individuais
-e como exigências particulares da vida singular; coletivas são as necessidades
país, mas em geral, não conhecem co mo vive o povo no respetivo interioi-, cuja estrutura ignoram e mesmo des
que repontam na coletividade, em re lação a fins coletivos e como exigên
denham.
coletiva."
cias
indistinta?
e
indivisíveis
da
vida
va, indivisível, expressão que reflete um estalâo objetivo de bem estar da coletividade (23).
O seguinte trecho daquela mono grafia' de Paolo Ricca-Salerno-resu me bem sua teoria:
"Os bens destinados
à
satisfação
pregos futuros. Mas a formação do pecúlio importa,, por outro lado, na transferência dos bens poupados às classes produtivas e, portanto, numa
aplicação das economias na produ ção. Porisso, independente dos fins que a determinam, a destinação para a formação do pecúlio implica sem pre um emprêgo de bens".
" As várias espécies de empregos particulares, a que os bens são desti
nados pelos particulares' sofrem, en tretanto, uma redução em virtude de
das necessidades coletivas são subtraí •
subtração dos bens destinados à sa
dos aos empregos que os indivíduos
tisfação das necessidades coletivas. Segundo a natureza dos bens subtraí
lhes poderiam dar.
Ora, os indiví-
, duos destinam os bens disponíveis, antes de tudo, à satisfação das neces sidades individuais presentes, c depois
dos ou o modo pelo qyal se faz a sub
à poupança, tendo em vista necessi
ra a satisfação de necessidades pre sentes; rcduzem-sc igualmente as pos
dades individuais futuras.
A satisfa
ção das necessidades presentes impor ta sempre no imediato e efetivo em
prêgo dos bens por parte dos indiví duos. A destinação e poupança, po rem,
quando não
se
concretizam
na
produção de bens instrumentais on de bens de uso durável, implica para o indivíduo poupador o diferimento no tempo do emprêgo dos bens, impor
tando isso na formação de uma re serva de bens, tendo em vista em-
tração reduzem-se as possibilidades de consumo, e, portanto, os empregos pá
sibilidades de fazer economias, e por tanto as perspectivas de empregos re
motos para a satisfação de necessidatlcs
futuras. "
"-.A, subtração dos bens aos vários
empregos particulares, operada para atçndcr às necessidades coletivas, es
tabelece privações para os indivíduos, isoladamente, pois que os vários em
pregos, a que os indivíduos destinam os bens disponíveis, têm importância
(23)
Ob. cit., págs. 65 a 66.
Cita a
' propósito H. Dalton — Principies «f Pnblic Finunco — que enquanto um in divíduo, no julgar qualquer forma de despesa, segue um padrão subjetivo de utilidade, o homem de governo deve cm vez seguir um padrão de bem estar público e vantagem social.
para cada um, isto é, têm uma utili dade individual que resulta da corie-
lação especial intercedente entre cada
aplicação e o indivíduo que a pode realizar.
Essa
privação
partícula
**>*•'
Dígesto Econômico
40
tulo de tendência, em suas Unhas ge rais (18).
Estudando-se a vida de ura pequeno município, observa-se como este acompanha a formação da idéia de
um novo serviço público, até à sua execução, pcsando-lhe os prós e os contras, as suas vantagens e o seu
custo, calculando tudo, em um longo processo coletivo de síntese social das
opiniões individuais. Por fim, sur ge uma média de juízo geral que de
termina uma orientação (19). Observa Paulo Ricca-Salerno que
Sax, em obra publicada mais tarde, reconheceu que a atividade financei
culo individual e precisou recorrer à avaliação coletiva para melhor es tudar o impòsto (20). Pois, como observa
Morselli,
não
J (19) Nasci e vivi no interior do Es-
|,
tado de Sao Paulo. E mantenho sem pre largo convívio com o interior. Como
consultor jurídico técnico da Sociedade Financeira Vergueiro Ceaar Ltda. iâ
como a riqueza social, meios para consecução de fins, contêm-se na consciência moral coletiva (21).
Entre outros, H. Dalton e H. Ritschl, aquele
financista inglês e êste' ale
mão, focalizam as finanças como fe
nômeno de economia coletiva Sociológicas
—
(22).
Paulo Ricca-Salerno
Inspirado por Sax, Francesco Ferra ra, Seligman, e outros, Paulo Ricca-
Salerno construiu sua teoria, que se poderá denominar da destinação bens.
bate de opiniões, reflexo do sentir e do pensar dos expoentes dos grupos locais Em cada expoente espelhara-se os cál culos inconscientes e conscientes do respetivo grupo, cogítando-se pràticamente dos orçamentos -familiares da tributação dos rendimentos presentes e futuros e Por fim situam o custo do novo empreendimento projetado na eco nomia e nas finanças do particular e do município. Faz-se todo ésse debate
em reunião, em conversas, pelas esqui nas, pelas farmácias, pelos clubes, pe
las casas. E um trabalho irregular vago, informe, mas que fixa um desejo,
uma orientação, um estado de alma,'
uma atitude.
Os homens de cada capi
tal pensam que podem falar de seu
de
Alicerçou-a na utilidade fina"
(20)
Há sempre um longo de
no financeiro.
Procura estabelecer a
das pelos vários indivíduos e a coleti
financeira
e cm princípios sociológicos.
çao de.qtes.
vigoroso e notável estudo do fenôme
rações, tanto a atividade
■J a execuçãoa- de serviços -púW cípais blicos. para Acompanhei elaboração pe
nosa e lenta de cada empréstimo das
Econômica delia Finanza — constitui
distinção entre utilidade individual, ex pressão de diversas utilidades sciiti-
£ fiz uma dezena de empréstimos muní-
negociações preliminares até à realiza
monografia — Contributo alia Teoria
passando o agregado político de agi^gado moral de sentimentos e de aspi
ra não pode explicar-se só pelo cál(18) Nitti, ob. cit. vol. I, pág. 50.
41
Digesto Econômico
Ob.
A sua
cit. pag. 33 — Salerno refe
re-se ao livro de Sax, traduzido para o italiano com o título de: — La teoria
delia valutazione (21)
Emanuelle
dellMmposto. Morselli —
Corso
di
Scienza delia Finanza Publica, pág. 11. (22) Paolo-Ricca Salerno, ob. cit. pága. 35 a 39 — Do primeiro, cita: Principies of Piiblic Flnance; do segundo: Thcorie der
Staatvir
schoft
und Bestene-
ruiig — Distingue Sallerno a necessida
de individual da coletiva, dizendo (págs. 48 a 49) : "Surgem as necessidades de
pendendo dos felns, enquanto êstes não possam ser conseguidos sem emprêgo de determinados meios. Individuais são
as necessidades qu© aparecem em cada indivíduo, em relação a fins individuais
-e como exigências particulares da vida singular; coletivas são as necessidades
país, mas em geral, não conhecem co mo vive o povo no respetivo interioi-, cuja estrutura ignoram e mesmo des
que repontam na coletividade, em re lação a fins coletivos e como exigên
denham.
coletiva."
cias
indistinta?
e
indivisíveis
da
vida
va, indivisível, expressão que reflete um estalâo objetivo de bem estar da coletividade (23).
O seguinte trecho daquela mono grafia' de Paolo Ricca-Salerno-resu me bem sua teoria:
"Os bens destinados
à
satisfação
pregos futuros. Mas a formação do pecúlio importa,, por outro lado, na transferência dos bens poupados às classes produtivas e, portanto, numa
aplicação das economias na produ ção. Porisso, independente dos fins que a determinam, a destinação para a formação do pecúlio implica sem pre um emprêgo de bens".
" As várias espécies de empregos particulares, a que os bens são desti
nados pelos particulares' sofrem, en tretanto, uma redução em virtude de
das necessidades coletivas são subtraí •
subtração dos bens destinados à sa
dos aos empregos que os indivíduos
tisfação das necessidades coletivas. Segundo a natureza dos bens subtraí
lhes poderiam dar.
Ora, os indiví-
, duos destinam os bens disponíveis, antes de tudo, à satisfação das neces sidades individuais presentes, c depois
dos ou o modo pelo qyal se faz a sub
à poupança, tendo em vista necessi
ra a satisfação de necessidades pre sentes; rcduzem-sc igualmente as pos
dades individuais futuras.
A satisfa
ção das necessidades presentes impor ta sempre no imediato e efetivo em
prêgo dos bens por parte dos indiví duos. A destinação e poupança, po rem,
quando não
se
concretizam
na
produção de bens instrumentais on de bens de uso durável, implica para o indivíduo poupador o diferimento no tempo do emprêgo dos bens, impor
tando isso na formação de uma re serva de bens, tendo em vista em-
tração reduzem-se as possibilidades de consumo, e, portanto, os empregos pá
sibilidades de fazer economias, e por tanto as perspectivas de empregos re
motos para a satisfação de necessidatlcs
futuras. "
"-.A, subtração dos bens aos vários
empregos particulares, operada para atçndcr às necessidades coletivas, es
tabelece privações para os indivíduos, isoladamente, pois que os vários em
pregos, a que os indivíduos destinam os bens disponíveis, têm importância
(23)
Ob. cit., págs. 65 a 66.
Cita a
' propósito H. Dalton — Principies «f Pnblic Finunco — que enquanto um in divíduo, no julgar qualquer forma de despesa, segue um padrão subjetivo de utilidade, o homem de governo deve cm vez seguir um padrão de bem estar público e vantagem social.
para cada um, isto é, têm uma utili dade individual que resulta da corie-
lação especial intercedente entre cada
aplicação e o indivíduo que a pode realizar.
Essa
privação
partícula
42
Digesto Econômico
tonstitui o axpeto indÍTÍdual do custo ^uc se observa na economia financei'
(O grifo é nosso).
coletividade da qual resulta a utilida de coletiva dos vários empregos. A"
transferência dos bens das aplicações
Mas a subtração dos bens aos em pregos particulares, na explicação do
particulares para as de caráter públi
Inflação e preços
co, que se verifica através do proces
processo econômico da finança, im
Ct/o Boletim Semanal da Associação Comercial).
so econômico, da finança, importa,
porta em privações para a coletividade
por isso, em privações para a caleti-
como tal. De fato como os indivíduos
vidade.
existem somente no âmbito de uma coletividade que, como tal, tem fina
ções que se tornaram impossíveis em
E a inflação é um excesso de meios de pagamento sôbre o estoque de mercadorias disponí
conseqüência do destino
veis, estaria ocorrendo no Bra
lidade própria, todos os emprego»! particulares, a que os indivíduos des tinem os bens, adquirem tanibém uma utilidade coletiva. Ou, para ser mais
claro, além da correlação
especial
que intercede entre as várias aplica ções c os indivíduos que as possam
realizar, estabelece-se uma correlação geral entre as mesmas'aplicações e a
Estas privações, determina
das pela utilidade coletiva das aplica dado
aos
bens para a satisfação das necessida des coletivas, constituem o custo do
sil o fenômeno inflacionista? Três nos parecem ser os casos
processo econômico da finança" (24).
em que se verifica aquêle exces
(24) Essas transcrições foram tradu zidas e feitas pelo Professor F. Herrmann Júnior, na sua conferência ci tada e publicada na Revista de Ciên
so: quando, por necessidade de guerra, as fontes produtoras de uma nação abandonam a ativi dade criadora pela improdutiva,
cias Bconómtcas, Ano I, n ° 4
271 a 272.
nátrs
■ f fe •
isto é, bens de riqueza pelos ma
teriais bélicos; quando há emis são exagerada; e quando a cir culação monetária, por meio de especulação ou por facilidade de
nando
uma elevação
acentuada do
custo de vida, qual seria a sua causa? Estaria numa queda da produção, na emissão ou na velocidade excessiva da
circulação monetária?
As três hipó
teses são examinadas no presente tra
balho, concluíndo-se por uma quarta, em que apresentamos a procura ex
terna e a entrada de capital estran geiro como as causas que provocaram
um aumento de meios de pagamento, a que se deve a alta de preços.
tá longe de alcançar o nível em que se encontra o dos Estados Unidos. Isso significa que a in
crédito, aumenta de velocidade,
flação é maior nos Estados Uni
acelerando-se
dos do que entre nós? Não, por que a vida econômica norte-
demasiadamente
em relação ao número da popu lação. Êstes três fatores, atuan
i-' í
Se ô ínegÔTel a existência de uma alta generalizada de preços, determi
americana
repousa
em
outras
do como criadores de meios de
condições.
pagamento, provocam
vida está condicionado aos meios
um
au
Assim o padrão de
de produção, para os empregado res, e aos de ganho, para os em a elevação geral do custo de - pregados. A elevação do nosso mento de procura, de que pro vém a alta da oferta, originando
vida.
Não se pode desconhecer que no Brasil o custo de vida vem
sofrendo, nestes
últimos /anos,
uma ascensão contínua.
Pode-
custo de vida só pode ser julga da em relação ao número de bens de produção e de meios de ganho de que dispomos. Entre o aumento dêstes c a elevação
se daí concluir que estamos em
do custo de vida tem havido um
regime inflacionário? E' verda de que o nosso custo de vida es-
eciuilíbrio proporcional? Ou há uma flagrante disparidade que
42
Digesto Econômico
tonstitui o axpeto indÍTÍdual do custo ^uc se observa na economia financei'
(O grifo é nosso).
coletividade da qual resulta a utilida de coletiva dos vários empregos. A"
transferência dos bens das aplicações
Mas a subtração dos bens aos em pregos particulares, na explicação do
particulares para as de caráter públi
Inflação e preços
co, que se verifica através do proces
processo econômico da finança, im
Ct/o Boletim Semanal da Associação Comercial).
so econômico, da finança, importa,
porta em privações para a coletividade
por isso, em privações para a caleti-
como tal. De fato como os indivíduos
vidade.
existem somente no âmbito de uma coletividade que, como tal, tem fina
ções que se tornaram impossíveis em
E a inflação é um excesso de meios de pagamento sôbre o estoque de mercadorias disponí
conseqüência do destino
veis, estaria ocorrendo no Bra
lidade própria, todos os emprego»! particulares, a que os indivíduos des tinem os bens, adquirem tanibém uma utilidade coletiva. Ou, para ser mais
claro, além da correlação
especial
que intercede entre as várias aplica ções c os indivíduos que as possam
realizar, estabelece-se uma correlação geral entre as mesmas'aplicações e a
Estas privações, determina
das pela utilidade coletiva das aplica dado
aos
bens para a satisfação das necessida des coletivas, constituem o custo do
sil o fenômeno inflacionista? Três nos parecem ser os casos
processo econômico da finança" (24).
em que se verifica aquêle exces
(24) Essas transcrições foram tradu zidas e feitas pelo Professor F. Herrmann Júnior, na sua conferência ci tada e publicada na Revista de Ciên
so: quando, por necessidade de guerra, as fontes produtoras de uma nação abandonam a ativi dade criadora pela improdutiva,
cias Bconómtcas, Ano I, n ° 4
271 a 272.
nátrs
■ f fe •
isto é, bens de riqueza pelos ma
teriais bélicos; quando há emis são exagerada; e quando a cir culação monetária, por meio de especulação ou por facilidade de
nando
uma elevação
acentuada do
custo de vida, qual seria a sua causa? Estaria numa queda da produção, na emissão ou na velocidade excessiva da
circulação monetária?
As três hipó
teses são examinadas no presente tra
balho, concluíndo-se por uma quarta, em que apresentamos a procura ex
terna e a entrada de capital estran geiro como as causas que provocaram
um aumento de meios de pagamento, a que se deve a alta de preços.
tá longe de alcançar o nível em que se encontra o dos Estados Unidos. Isso significa que a in
crédito, aumenta de velocidade,
flação é maior nos Estados Uni
acelerando-se
dos do que entre nós? Não, por que a vida econômica norte-
demasiadamente
em relação ao número da popu lação. Êstes três fatores, atuan
i-' í
Se ô ínegÔTel a existência de uma alta generalizada de preços, determi
americana
repousa
em
outras
do como criadores de meios de
condições.
pagamento, provocam
vida está condicionado aos meios
um
au
Assim o padrão de
de produção, para os empregado res, e aos de ganho, para os em a elevação geral do custo de - pregados. A elevação do nosso mento de procura, de que pro vém a alta da oferta, originando
vida.
Não se pode desconhecer que no Brasil o custo de vida vem
sofrendo, nestes
últimos /anos,
uma ascensão contínua.
Pode-
custo de vida só pode ser julga da em relação ao número de bens de produção e de meios de ganho de que dispomos. Entre o aumento dêstes c a elevação
se daí concluir que estamos em
do custo de vida tem havido um
regime inflacionário? E' verda de que o nosso custo de vida es-
eciuilíbrio proporcional? Ou há uma flagrante disparidade que
44
Digesto Econômico'
está provocando a carestia de vida, de que todos, etn grau di
a idade militar, se engajaram nas forças armadas. Êstes perce
verso mas evidente, estamos sen
bem salários e aqueles auferem
tindo o efeito?
lucros — salários e lucros que
A primeira hipótese
uma idéia'p^los seguintes dados relativos ao número de estabele-
cimentos fabris e de operários e ao valor da produção: 1940
1942 ■
1
[ 64.108
í
não estarão em correlação com
o número de bens, cuja produj
Operários 1 825.314- Mais de.900.000 ^ | Valor da produção (em bilhões 1 • ■ ' 1
. ção se paralisou ou foi encurta pas e vejamos o primeiro caso, da. Isso tem feito com que os quando verificamos o desvio das meios de pagamento excedam o forças econômicas para fins im estoque de mercadorias. produtivos. E' o que observa Não possuímos dados relativos mos na Inglaterra e nos Estados à Inglaterra; mas com referên
Unidos, cujas indústrias estão a
cia aos Estados Unidos o BO
serviço das necessidades bélicas
LETIM
da nação e cujos homens, com
no n. 67 um quadro, do qual ex traímos os seguintes dados:
! 1
Economias individuais (anuais) | Médias de lucros semanais das| indústrias (dólares) | Renda agrícola |
SEMANAL
1940
,1
publicou
1943
(em bilhões de dólares)
7,3 28,54 9,10
33,0 45,10 •, 19,75
Sabe-se também que os salá
bélica as forças econômicas dá
rios nos Estados Unidos têm si
nação ? A rigor, não, excetuada
do elevados. Tem havido, por
a parte referente ao fornecimen
tanto, um acréscimo de-meios de
to de matérias primás estratégi
pagamento que, se não elevou demasiadamente o custo db vida
cas, setor a. que não se dedica a
.
"
Estabelecimentos
Procedamos, porém, pur eta
exceção dos que ultrapassaram
4S
Digesto Econômico
12.5
de cruzeiros ....
Observemos de passagem que a desvalorização da moeda obscurece um pouco o aumento em
valor. Mas, se este está um pou co abaixo do que as cifras indi cam, o fato é que o maior núme
78.012
1^00 (1) 1
1
ta pela produção, excetuando-se, talvez, a agrícola, na qual, ao que parece, tem havido uma estabili dade de nível. Seria lógico con
ro de fábricas mostra a existên cia de um surto verdadeiro. As
cluir que, sendo assim, deveria ter havido uma queda e não uma alta de preços. Não -se verificou queda, entre
sim podemos concluir que, de
tanto, mas alta.
modo geral, houve um acrésci
causa? Deixemos a resposta pa
mo de bens produtivos,' princi
ra logo mais, passando, por ora,
palmente se recordarmos que há inúmeros estabelecimentos que
a
não trabalhavam
examinar
Onde estaria a
outro aspeto
da
questão.
a plena ca
pacidade e, que não somente
A emissão
o estão fazendo atualmente, co mo, ainda mais, estão funcionan do com duas turmas, uma diur
Figura em segundo lugar a hipótese da emissão como causa da elevação do custo de vida. Sabemos que o meio circulante
na e outra noturna.
Não possuímos, infelizmente,
bTasileiro
aumentou
considera
nossa economia senão em pro porção pequena. A nossa prin
dados estatísticos exatos e mi
nuciosos que nos facilitem a vi
velmente nestes últimos anos, comO( se nos torna claro com
rigor com que têm sido feitos o
cipal atividade refere-se à indús
são da curva ascensional descri
uma vista à.seguinte tabela:
controle de preços e o raciona
tria e à agricultura. Se esta decresceú em volume, a diferença
nos Estados Unidos, deve-se ao
mento de bens nesse país. O mesmo rigor existe na Inglater ra, cujo padrão de vjda sofreu com isso pouca alteração. Examinemos o caso brasileiro.
Acham-se a serviço da,indústria
Meio Circulante
foi devidamente compensada pc.lo aumento em valor. Quanto
1938
à indústria, ninguém ignora o surto manufatureiro por que pas sa o país e de que podemos ter
4,845
1941
1944
(agosto) 1 6,646
OVer: "A indústria no Brasil" por Sidiie/ Zink, no n. 37 do BOLETIM SEMANAL.
13,667
i
44
Digesto Econômico'
está provocando a carestia de vida, de que todos, etn grau di
a idade militar, se engajaram nas forças armadas. Êstes perce
verso mas evidente, estamos sen
bem salários e aqueles auferem
tindo o efeito?
lucros — salários e lucros que
A primeira hipótese
uma idéia'p^los seguintes dados relativos ao número de estabele-
cimentos fabris e de operários e ao valor da produção: 1940
1942 ■
1
[ 64.108
í
não estarão em correlação com
o número de bens, cuja produj
Operários 1 825.314- Mais de.900.000 ^ | Valor da produção (em bilhões 1 • ■ ' 1
. ção se paralisou ou foi encurta pas e vejamos o primeiro caso, da. Isso tem feito com que os quando verificamos o desvio das meios de pagamento excedam o forças econômicas para fins im estoque de mercadorias. produtivos. E' o que observa Não possuímos dados relativos mos na Inglaterra e nos Estados à Inglaterra; mas com referên
Unidos, cujas indústrias estão a
cia aos Estados Unidos o BO
serviço das necessidades bélicas
LETIM
da nação e cujos homens, com
no n. 67 um quadro, do qual ex traímos os seguintes dados:
! 1
Economias individuais (anuais) | Médias de lucros semanais das| indústrias (dólares) | Renda agrícola |
SEMANAL
1940
,1
publicou
1943
(em bilhões de dólares)
7,3 28,54 9,10
33,0 45,10 •, 19,75
Sabe-se também que os salá
bélica as forças econômicas dá
rios nos Estados Unidos têm si
nação ? A rigor, não, excetuada
do elevados. Tem havido, por
a parte referente ao fornecimen
tanto, um acréscimo de-meios de
to de matérias primás estratégi
pagamento que, se não elevou demasiadamente o custo db vida
cas, setor a. que não se dedica a
.
"
Estabelecimentos
Procedamos, porém, pur eta
exceção dos que ultrapassaram
4S
Digesto Econômico
12.5
de cruzeiros ....
Observemos de passagem que a desvalorização da moeda obscurece um pouco o aumento em
valor. Mas, se este está um pou co abaixo do que as cifras indi cam, o fato é que o maior núme
78.012
1^00 (1) 1
1
ta pela produção, excetuando-se, talvez, a agrícola, na qual, ao que parece, tem havido uma estabili dade de nível. Seria lógico con
ro de fábricas mostra a existên cia de um surto verdadeiro. As
cluir que, sendo assim, deveria ter havido uma queda e não uma alta de preços. Não -se verificou queda, entre
sim podemos concluir que, de
tanto, mas alta.
modo geral, houve um acrésci
causa? Deixemos a resposta pa
mo de bens produtivos,' princi
ra logo mais, passando, por ora,
palmente se recordarmos que há inúmeros estabelecimentos que
a
não trabalhavam
examinar
Onde estaria a
outro aspeto
da
questão.
a plena ca
pacidade e, que não somente
A emissão
o estão fazendo atualmente, co mo, ainda mais, estão funcionan do com duas turmas, uma diur
Figura em segundo lugar a hipótese da emissão como causa da elevação do custo de vida. Sabemos que o meio circulante
na e outra noturna.
Não possuímos, infelizmente,
bTasileiro
aumentou
considera
nossa economia senão em pro porção pequena. A nossa prin
dados estatísticos exatos e mi
nuciosos que nos facilitem a vi
velmente nestes últimos anos, comO( se nos torna claro com
rigor com que têm sido feitos o
cipal atividade refere-se à indús
são da curva ascensional descri
uma vista à.seguinte tabela:
controle de preços e o raciona
tria e à agricultura. Se esta decresceú em volume, a diferença
nos Estados Unidos, deve-se ao
mento de bens nesse país. O mesmo rigor existe na Inglater ra, cujo padrão de vjda sofreu com isso pouca alteração. Examinemos o caso brasileiro.
Acham-se a serviço da,indústria
Meio Circulante
foi devidamente compensada pc.lo aumento em valor. Quanto
1938
à indústria, ninguém ignora o surto manufatureiro por que pas sa o país e de que podemos ter
4,845
1941
1944
(agosto) 1 6,646
OVer: "A indústria no Brasil" por Sidiie/ Zink, no n. 37 do BOLETIM SEMANAL.
13,667
i
Viv
4è
Digesto Econômico
O montante de nossa moeda
cm fim de junho de 1944 tripli cou sôbre o de 1938. Talvez putA
sos cálculos. Cremos, entretan to, que não incidiremõj cm erro, se julgarmos que o aumento do estoque de mercadorias se ele vou eni proporção aproximada à
dos meios de pagamento, cuj") acréscimo atenuou
• -f-
if Y V
em
grande
a êsse ano, o de 1938^ acusa,in flação. Alegar-se-á que, durante
êsse tempo, a expansão foi len ta e, por isso, natural. Podería mos objetar que, se foi acelera da a ascensão do meio circulan
do no início nos referimos aos
te de 1938 a 1944, também o foi
Estados Unidos, que o padrão de vida está em relação íntima e
a de bens de produção.
direta com os elementos de ga-_ nho. Relembremos também que de 193S a 1944. houve, cm niédia, uma alta de 40% nos salá
tão. a do lastro ouro, doutrinan-
rios.
bertura
Tendo havido, portanto,
do afirmar que ao acréscimo de meios de pagamento seguiu-se uma elevação do poder aquisiti vo que. promovendo um enri- , quecimento geral, tornou o acréscimo do meio circulante co
provocando a elevação de pre ços. Kestaria saber se o estoque
1.848.297.000,00 cruzeiros e nin
guém nos dirá que, em relação
parte, pois já mostramos, quan
aumento de meios de produção e melhora das condições de salá rios. não nos parece desarrazoa-
dessemos ver nisso o excesso de meios de pagamento que está
47
Digesto Econômico
mo uma conseqüência normal de
sua expansão. Assim a emissão teria atendido a uma necessida de natural e não seria o efeito de
Aqui se levantaria outra ques do-se que o meio circulante não pode expandir-se senão dentro daquilo que llie possibilita a co metálica.
Neste
caso
não faria má figura a moeda brasileira, pois o nosso lastro representa mais de 45% do total em circulação. Acresce notar
que as nossas
disponibilidades
cambiais no exterior apresentam
falsas, não vemos em que pos sam contribuir para criar situa ções calamitosas. Ao contrário, estarão aumentando
o
número
de empregos e de oportunidades. E' verdade que, dentre o nú
mero de emprêsas, podem surgir muitas com propósitos menos ho
nestos ou com objetivos pura mente
especulativos, dando a
impressão de que estão criando
riquezas, quando se lançam ape nas a transações estéreis.
Mas
a conclusão se impõe: há uma maior velocidade na circulação da moeda, a qual coopera para a elevação do custo de vida, se bem que em proporção que não
nos parece suficiente' para pro vocar á alta que tem ocorrido nos preços. A causa
sensível acréscimo.
Onde estaria, então, a
A velocidade da circulação
causa
do aumento dos preços? Julga mos que esta se encontra na ex
Na relação da moeda com as mercadorias também exerce in
portação para os mercados que conquistamos durante a guerra
ficiência das nossas fontes esta
te permanecer o mesmo?
tísticas, não temos bases preci
1920 o valor do numerário em
fluência a eirculação, monetária, e que, com a sua procura, fazencujo ritmo, ao. acelerar-se, faz . do convergir para a nossa produ ção uma clientela enorme com com que certa quantidade de di que não contávamos, e possuiunheiro possa'absorver maior nú do xima moeda de poder aquisiti mero de bens. Não há dúvida que estamos atravessando uma vo superior ao da nossa, veio época de euforia econômica, na criar, com o seu afluxo inêsperaqual são visíveis o recrudesci- clo e abundante, um excesso de meios de pagamento sôbre o es mento de negócios e a multipli cação de iniciativas. Desde que toque de mercadorias de que já
sas em que fundamentar os nos-
circulação ascendia apenas a ..
não se constituam sôbre bases
de mercadorias não teria tam bém, durante êsse lapso de tem po, sofrido ascensão correspcti-
fenômeno artificial.
Esta afirmativa poderá, à pri meira vista, parecer gratuita ou
deiite, desfazendo aquela dife
inexata. Mas, se de 1938 a 1944
rença.
houve aumento de riqueza, deve
Em virtude da lamentável de
ria, entretanto, o meio circulan
Km •
dispiitihamos.
Viv
4è
Digesto Econômico
O montante de nossa moeda
cm fim de junho de 1944 tripli cou sôbre o de 1938. Talvez putA
sos cálculos. Cremos, entretan to, que não incidiremõj cm erro, se julgarmos que o aumento do estoque de mercadorias se ele vou eni proporção aproximada à
dos meios de pagamento, cuj") acréscimo atenuou
• -f-
if Y V
em
grande
a êsse ano, o de 1938^ acusa,in flação. Alegar-se-á que, durante
êsse tempo, a expansão foi len ta e, por isso, natural. Podería mos objetar que, se foi acelera da a ascensão do meio circulan
do no início nos referimos aos
te de 1938 a 1944, também o foi
Estados Unidos, que o padrão de vida está em relação íntima e
a de bens de produção.
direta com os elementos de ga-_ nho. Relembremos também que de 193S a 1944. houve, cm niédia, uma alta de 40% nos salá
tão. a do lastro ouro, doutrinan-
rios.
bertura
Tendo havido, portanto,
do afirmar que ao acréscimo de meios de pagamento seguiu-se uma elevação do poder aquisiti vo que. promovendo um enri- , quecimento geral, tornou o acréscimo do meio circulante co
provocando a elevação de pre ços. Kestaria saber se o estoque
1.848.297.000,00 cruzeiros e nin
guém nos dirá que, em relação
parte, pois já mostramos, quan
aumento de meios de produção e melhora das condições de salá rios. não nos parece desarrazoa-
dessemos ver nisso o excesso de meios de pagamento que está
47
Digesto Econômico
mo uma conseqüência normal de
sua expansão. Assim a emissão teria atendido a uma necessida de natural e não seria o efeito de
Aqui se levantaria outra ques do-se que o meio circulante não pode expandir-se senão dentro daquilo que llie possibilita a co metálica.
Neste
caso
não faria má figura a moeda brasileira, pois o nosso lastro representa mais de 45% do total em circulação. Acresce notar
que as nossas
disponibilidades
cambiais no exterior apresentam
falsas, não vemos em que pos sam contribuir para criar situa ções calamitosas. Ao contrário, estarão aumentando
o
número
de empregos e de oportunidades. E' verdade que, dentre o nú
mero de emprêsas, podem surgir muitas com propósitos menos ho
nestos ou com objetivos pura mente
especulativos, dando a
impressão de que estão criando
riquezas, quando se lançam ape nas a transações estéreis.
Mas
a conclusão se impõe: há uma maior velocidade na circulação da moeda, a qual coopera para a elevação do custo de vida, se bem que em proporção que não
nos parece suficiente' para pro vocar á alta que tem ocorrido nos preços. A causa
sensível acréscimo.
Onde estaria, então, a
A velocidade da circulação
causa
do aumento dos preços? Julga mos que esta se encontra na ex
Na relação da moeda com as mercadorias também exerce in
portação para os mercados que conquistamos durante a guerra
ficiência das nossas fontes esta
te permanecer o mesmo?
tísticas, não temos bases preci
1920 o valor do numerário em
fluência a eirculação, monetária, e que, com a sua procura, fazencujo ritmo, ao. acelerar-se, faz . do convergir para a nossa produ ção uma clientela enorme com com que certa quantidade de di que não contávamos, e possuiunheiro possa'absorver maior nú do xima moeda de poder aquisiti mero de bens. Não há dúvida que estamos atravessando uma vo superior ao da nossa, veio época de euforia econômica, na criar, com o seu afluxo inêsperaqual são visíveis o recrudesci- clo e abundante, um excesso de meios de pagamento sôbre o es mento de negócios e a multipli cação de iniciativas. Desde que toque de mercadorias de que já
sas em que fundamentar os nos-
circulação ascendia apenas a ..
não se constituam sôbre bases
de mercadorias não teria tam bém, durante êsse lapso de tem po, sofrido ascensão correspcti-
fenômeno artificial.
Esta afirmativa poderá, à pri meira vista, parecer gratuita ou
deiite, desfazendo aquela dife
inexata. Mas, se de 1938 a 1944
rença.
houve aumento de riqueza, deve
Em virtude da lamentável de
ria, entretanto, o meio circulan
Km •
dispiitihamos.
4â
Digeato Economico
Reportando-nos a Sidney Zink a que já fizemos referência (ver nota à página
3), verificamos
que, de 1938 a 1942, a nossa ex
portação de produtos manufatu rados teve, em valor, um acrés
EXPORTAÇÃO
1 Anos i'
Volume
1
(tone ladas)
cimo de 172%, enquanto a pro
j
dução industrial, nesse
1 1939 ,4.183.042
mesmo
1
tação sôbre a
importação,
ao
Valor
passo que, em 1939, o saldo foi apenas de Cr $ 631.887.000,00.
(mil cruzeiros)
No ano de 1943 vendemos, por tanto, mais caro e expendemos menos dinheiro nas compras, não
5.615.569
1 19/3
2.596.089
j
8.728.569
Brasil, elevaram esse capital, a
partir do começo da guerra até
porque os preços tenham baixa
1943, à soma de 337.242.028 dó lares. Não desconhecemos, por outro lado, a afluência para a nossa economia de capital de re fugiados europeus. Inegável
do, mas porque as realizamos em
também é a influência da difi
menor número, em virtude
culdade d e transporte que acumula num ponto do território nacional o que virá a escassear
.
período, não aumentou senão de
26%. ' Isso nos mostra como a
49
Dígesto Econômico
economia a que nos obrigou
da
a
guerra.
em outro, onde, com a falta, os
preços se elevarão. Dessa maneira concluímos pe la existência no país do regime ínflacionário, cuja causa nos pa
rece estar nos fatos que aponta mos: — a procura externa,
a
entrada de capital estrangeiro, a dificuldade de transporte e o aumento de salários, êste, acen
tuemos, em proporção muito re duzida, porque, como é axiomático em 'finanças, a espiral da in procura exterior está atraindo os nossos produtos para o estran
geiro, deixando com'falta ou, pe
Evidente, por conseguinte, a conclusão: tendo subido o valor
médio dã tonelada de Cr $. lo menos, com escassez o mer^ca1.340,00 (números redondos) pa do interno, onde ocasionou com ' ra mais de Cr $ 3.200,00 entrou isso uma alta de preços. mais do dobro de dinheiro (con Para termos uma idéia do aflu- siderado em nossa, moeda, cuja
xo de dinheiro ao país, por in
desvalorização é necessário não
termédio da exportação, notemos
esquecer)
que, enquanto esta, de 1939
mercadorias igual à do período
a
1943, baixou consideràvelmente
em volume, aumentou, em pro
flação se avantaja sempre a todo avanço daquele, cujo poder de
por
quantidade
de
anterior, à guerra.
Devemos ainda observar que,
Não devemos igualmente es
quecer o aumento de salários a que já aludimos e que não pode ter deixado de influir na eleva
compra logo se torna insuficien
te e, por isso mesmp, sem possi bilidade de influir na permanên cia da alta de preços. A essa
ção do poder aquisitivo, em que
causa poderíamos acrescentar a
também teve repercussão a en
velocidade da circulação monetár
trada de capital estrangeiro no país. A este respeito acrescen
ria que, com o incremento de
temos — para documentarmos a argumentação com um exem
plo — que os Estados Unidos
porção quase idêntica, em valor,
em 1943, tivemos um saldo de
que, em 1939, tinham 194 mi
como nos demonstra a tabela:
Cr$ 2.655.241.000,00 da expor-
lhões de dólares invertidos no
negócios e do número de tran sações, tem contribuído de algu
ma maneira para a inflação. Queremos, ainda, responder a
uma possível objeção do leitor, o qual poderia alvitrar que, a ser
1
4â
Digeato Economico
Reportando-nos a Sidney Zink a que já fizemos referência (ver nota à página
3), verificamos
que, de 1938 a 1942, a nossa ex
portação de produtos manufatu rados teve, em valor, um acrés
EXPORTAÇÃO
1 Anos i'
Volume
1
(tone ladas)
cimo de 172%, enquanto a pro
j
dução industrial, nesse
1 1939 ,4.183.042
mesmo
1
tação sôbre a
importação,
ao
Valor
passo que, em 1939, o saldo foi apenas de Cr $ 631.887.000,00.
(mil cruzeiros)
No ano de 1943 vendemos, por tanto, mais caro e expendemos menos dinheiro nas compras, não
5.615.569
1 19/3
2.596.089
j
8.728.569
Brasil, elevaram esse capital, a
partir do começo da guerra até
porque os preços tenham baixa
1943, à soma de 337.242.028 dó lares. Não desconhecemos, por outro lado, a afluência para a nossa economia de capital de re fugiados europeus. Inegável
do, mas porque as realizamos em
também é a influência da difi
menor número, em virtude
culdade d e transporte que acumula num ponto do território nacional o que virá a escassear
.
período, não aumentou senão de
26%. ' Isso nos mostra como a
49
Dígesto Econômico
economia a que nos obrigou
da
a
guerra.
em outro, onde, com a falta, os
preços se elevarão. Dessa maneira concluímos pe la existência no país do regime ínflacionário, cuja causa nos pa
rece estar nos fatos que aponta mos: — a procura externa,
a
entrada de capital estrangeiro, a dificuldade de transporte e o aumento de salários, êste, acen
tuemos, em proporção muito re duzida, porque, como é axiomático em 'finanças, a espiral da in procura exterior está atraindo os nossos produtos para o estran
geiro, deixando com'falta ou, pe
Evidente, por conseguinte, a conclusão: tendo subido o valor
médio dã tonelada de Cr $. lo menos, com escassez o mer^ca1.340,00 (números redondos) pa do interno, onde ocasionou com ' ra mais de Cr $ 3.200,00 entrou isso uma alta de preços. mais do dobro de dinheiro (con Para termos uma idéia do aflu- siderado em nossa, moeda, cuja
xo de dinheiro ao país, por in
desvalorização é necessário não
termédio da exportação, notemos
esquecer)
que, enquanto esta, de 1939
mercadorias igual à do período
a
1943, baixou consideràvelmente
em volume, aumentou, em pro
flação se avantaja sempre a todo avanço daquele, cujo poder de
por
quantidade
de
anterior, à guerra.
Devemos ainda observar que,
Não devemos igualmente es
quecer o aumento de salários a que já aludimos e que não pode ter deixado de influir na eleva
compra logo se torna insuficien
te e, por isso mesmp, sem possi bilidade de influir na permanên cia da alta de preços. A essa
ção do poder aquisitivo, em que
causa poderíamos acrescentar a
também teve repercussão a en
velocidade da circulação monetár
trada de capital estrangeiro no país. A este respeito acrescen
ria que, com o incremento de
temos — para documentarmos a argumentação com um exem
plo — que os Estados Unidos
porção quase idêntica, em valor,
em 1943, tivemos um saldo de
que, em 1939, tinham 194 mi
como nos demonstra a tabela:
Cr$ 2.655.241.000,00 da expor-
lhões de dólares invertidos no
negócios e do número de tran sações, tem contribuído de algu
ma maneira para a inflação. Queremos, ainda, responder a
uma possível objeção do leitor, o qual poderia alvitrar que, a ser
1
'ir
50
aceita a nossa tese, a alta se te
Digesto Econômico
brc a importação que, prendendo
ria circunscrito aos artigos de
110 exterior, pelo congelamento,
exportação. Ninguém ignora, en
<J^de dos preços, pois, para a
os recursos de nossos exportado res, os leva, para a movimenta ção de seus negócios, a socorre
aquisição de um artigo em alta,
rem-se do governo.
tretanto, - a inevitável solidarie-
o produtor de outra mercadoria
e obrigado a elevarão seu preço, tle modo que consiga rendimen
to que lhe proporcione poder aquisitivo suficiente para a com pra do produto que encareceu. E, por último, duas palavras quanto à emissão: esta nos pa rece, em parte, uma conseqüên cia do excesso de exportação sô-
rvaA*se<*
incri*a«los
Por J. POKRVSKY
Êste, para
atendê-los, emite, transplantaiuTo
para o interior, os meios de pagamènto- que se achavam no ex terior e que vêm, assim, contri buir para o acréscimo da circu lação interna, mas antes como
um efeito provocado por causas mais remotas do que como ele mento criador desse acréscimo.
A definição do sentido exato das palavras de
uso cotidiano é,
talvez, mais difícil que a dos termos da linguagem técnica. E' natural:
Um artigo que definindo o que é mer cado, estuda os seus aspetos e mos tra quais os fatores que contribuem
para a sua oscilação.
possuímos número bastante limitado
de expressões, enquanto a quantidade de idéias já é imensa e cresce cons tantemente, como
progresso do pen
samento humano.
A tendência de sistematizar e de ra
cionalizar, tão acentuada èm nossos
dias, cada vez mais atinge às ativida des comerciais. Um dos objetivos da racionalização é justamente procurar substituir a orientação intuitiva da -di reção de negócios pela análise quan
titativa e qualitativa do ambiente, cm que estes negócios se processam. Es tá, consequentemente, muito na moda a expressão estudo do mercado. Po
particulares, estudados num dado mo mento por diferentes autores, confor me os problemas imediatos que este jam tratando.
O Comitê National de
rOrganisation Française
—
institui
ção semelhante ao nosso Idort, — de
dicou estudos especiais a êste assun
to e formulou, finalmente, a seguinte definição da idéia geral do mercado — "o conjunto de oferta e de procura, suscetível de se encontrarem e de pro porcionarem o intercâmbio comercial de mercadorias".
Esta definição geral, ao que parece,
possuem idéias bem delineadas sobre a
corresponde perfeitamente à concep ção que possuímos inconscientemente; abrange a idéia do mercado, em tôda
técnica da execução e as vantagens
sua amplitude, sem limitá-la no espa
do estudo de mercados. Convém, pois,
ço, no tempo e na formação genérica de objetos do intercâmbio,
rém, raramente se encontram pessoas
mesmo nos círculos comerciais, que
precisar os conceitos, antes de entrar na explanação da matéria. Definição de mercado
Tratando-se de casos concretos, o
mercado sempre deve ser rigorosamen te delimitado no espaço (pois todo o estudo científico exige rigor nas ex
sas definições do sentido desta pala
pressões), para evitar generalizações prejudiciais à utilização prática dor
vra, quase todas referindo-se á casos
resultados do estudo.
Que é mercado?
Existem numero
,
'ir
50
aceita a nossa tese, a alta se te
Digesto Econômico
brc a importação que, prendendo
ria circunscrito aos artigos de
110 exterior, pelo congelamento,
exportação. Ninguém ignora, en
<J^de dos preços, pois, para a
os recursos de nossos exportado res, os leva, para a movimenta ção de seus negócios, a socorre
aquisição de um artigo em alta,
rem-se do governo.
tretanto, - a inevitável solidarie-
o produtor de outra mercadoria
e obrigado a elevarão seu preço, tle modo que consiga rendimen
to que lhe proporcione poder aquisitivo suficiente para a com pra do produto que encareceu. E, por último, duas palavras quanto à emissão: esta nos pa rece, em parte, uma conseqüên cia do excesso de exportação sô-
rvaA*se<*
incri*a«los
Por J. POKRVSKY
Êste, para
atendê-los, emite, transplantaiuTo
para o interior, os meios de pagamènto- que se achavam no ex terior e que vêm, assim, contri buir para o acréscimo da circu lação interna, mas antes como
um efeito provocado por causas mais remotas do que como ele mento criador desse acréscimo.
A definição do sentido exato das palavras de
uso cotidiano é,
talvez, mais difícil que a dos termos da linguagem técnica. E' natural:
Um artigo que definindo o que é mer cado, estuda os seus aspetos e mos tra quais os fatores que contribuem
para a sua oscilação.
possuímos número bastante limitado
de expressões, enquanto a quantidade de idéias já é imensa e cresce cons tantemente, como
progresso do pen
samento humano.
A tendência de sistematizar e de ra
cionalizar, tão acentuada èm nossos
dias, cada vez mais atinge às ativida des comerciais. Um dos objetivos da racionalização é justamente procurar substituir a orientação intuitiva da -di reção de negócios pela análise quan
titativa e qualitativa do ambiente, cm que estes negócios se processam. Es tá, consequentemente, muito na moda a expressão estudo do mercado. Po
particulares, estudados num dado mo mento por diferentes autores, confor me os problemas imediatos que este jam tratando.
O Comitê National de
rOrganisation Française
—
institui
ção semelhante ao nosso Idort, — de
dicou estudos especiais a êste assun
to e formulou, finalmente, a seguinte definição da idéia geral do mercado — "o conjunto de oferta e de procura, suscetível de se encontrarem e de pro porcionarem o intercâmbio comercial de mercadorias".
Esta definição geral, ao que parece,
possuem idéias bem delineadas sobre a
corresponde perfeitamente à concep ção que possuímos inconscientemente; abrange a idéia do mercado, em tôda
técnica da execução e as vantagens
sua amplitude, sem limitá-la no espa
do estudo de mercados. Convém, pois,
ço, no tempo e na formação genérica de objetos do intercâmbio,
rém, raramente se encontram pessoas
mesmo nos círculos comerciais, que
precisar os conceitos, antes de entrar na explanação da matéria. Definição de mercado
Tratando-se de casos concretos, o
mercado sempre deve ser rigorosamen te delimitado no espaço (pois todo o estudo científico exige rigor nas ex
sas definições do sentido desta pala
pressões), para evitar generalizações prejudiciais à utilização prática dor
vra, quase todas referindo-se á casos
resultados do estudo.
Que é mercado?
Existem numero
,
52
Digesto Econômico Aspetos do mercado
No sentido espacial, o mercado vi
sado, que interessa ao comerciante, industrial, economista ou sociólogo (pois o movimento comercial c um dos mais eloqüentes índices da realidade
social), tanto pode ser mundial, como
de um bairro da cidade, de uma re gião, de um Estado ou de um País. Podemos ter interesse particular cm conhecer ó' mercado do Paraná, — Quer dizer do ambiente comercial, em Que, no Estado do Paraná, a oferta e a procura são suscetíveis de se encon
trarem e de proporcionarem o inter câmbio comercial. Com a mesma de-
dicação, caso haja interesse, podemos
■j estudar o mercado do Cambuci ou do
^ Brasil Central. O método será, em sua essência, sempre o mesmo, vari
ando somente as formas de sua apli
»— cala da região em observação.
cação, conforme particularidades c csQuanto ao tempo, também devemos
sempre ter em mente o período ou o momento, a que se referem os dados
provenientes da observação.
Espe
cialmente em nossa época, de ação fe
bril, as condições econômicas são ca pazes de sofrer profundas modifica ções de um momento para outro. As
grandes firmas de projeção interna cional, que reconhecem a máxima im
53
Digesto Econômico
como se modificaram as condiçõe.s dc
jar o estudo ou mesmo antes de se pensar na exploração de elementos,
momentos, sôbre a entrega dc cereais:
intercâmbio
estatísticos
juta diminui os fornecimentos de sa
comercial
nas
Américas
nos anos de guerra, para reconhecer
que um quadro da situação do merca do em 1941
quase nenhuma utilidade
disponíveis,
que
eviden
a
deficiência
de
importação
de
ciam eventualmente alguns aspetos do
caria, podendo constituir embaraços a
mercado.
firmas cerealistas. Outro exemplo: o ciicarecimento de arame farpado re-i-
prática tem agora; antes, pelo contrá rio, baseando seus dispositivos comer
Temos, pois, três atributos, fixados de acordo com o problema em vista: período de tempo, extensão geográfi
ciais sôbre dados
ca e constituição genérica do mercado
acham dificuldade em formar as in-
que se pretende estudar. Fixados êstes três pontos básico?,
vernadas.
estatísticos
atrasa
dos, o negociante fica muito capaz dc sofrer grandes prejuízos por não ter introduzido os corretivos necessários,
em correspondência com o momento atual, quando pretende fechar novos negócios.
Terceira delimitação, que a prática exige aplicar à concepção teórica e
geral do mercado, é a definição gené rica, constitutiva de objetos do inter câmbio. Esta também, conforme os
problemas visados, possui grande elas ticidade, abrangendo maior ou menor número de .artigos, em sua distribui ção vertical ou horizontal; o estudo do mercado de cereais pode ser redu zido ao do milho, ou se estender a
tôda espécie de gêneros alimentícios Num
outro
caso,
os
cereais
que
permanecem
rar os fatores exògenos que influen ciam a vida do mercado, delimitado pelas três determinantes acima.
Subentcndc-se que, antes
os arreios; é evidente que há vários fatòres que caracterizam certos aspetos
do incrcado comuns
a
todas
as
to de carne, — pois os invernistas
Finalmente, existem fatòres impre visíveis, de caráter ocasional, que po dem exercer forte influência sôbre h vida do mercado; porém, a sua natu reza de não previsíveis
é um tanto
relativa, pois a observação permanente
de qual
quer estudo particular, já se formou
e atenta quase sempre pode prever, talvez com antecedência diminuta, o
uma idéia sobre a estrutura do orga
aparecimento de certas causas pertur
nismo do mercado. Aliás, êste conhe cimento da formação estrutural, por
badoras do ritmo normal da circula
si só, aparece como coroação de pes quisas diretas, raciocínios técnicos e deduções lógicas; é resultado da in vestigação sôbre a anatomia do or ganismo econômico.
ção econômica. Neste sentido desta cam-se os fenómehos psicológicos, po líticos e sociais, que nem sempre são suficientemente observados pelos eco nomistas e que, no entanto, são ele mentos poderosos, capazes de alterar todo o curso da vida econômica; tam
Oscilações do mercado
tuem um objeto parcial do estudo, qui; se da firma, os tecidos de algodão e
durante
o estudo preliminar, devemo's procu
consti
abranja também, conforme o interes
invariáveis
gc desfavoràvclmerite no fornecimen
bém os fenômenos de ordem meteoro
lógica, aparentemente ligados somen São inúmeros os fatores que influ enciam a circulação comercial; vários deles se distinguem à primeira vista,
te à produção agrícola são, às vezes,
como os preços, o transporte, a capa
dos, pois nunca é demais insistir sô bre a íntima interdependência funcio
indiretas
mentos
nos
de
setores
certos
aconteci
bastante afasta
mercadorias; porém, não é menos evi
cidade aquisitiva
portância do conhecimento exato da situação, costumam receber e enviar
dente que o comércio de cada mer
pradores, etc.
rliàriamcnte dezenas de cabogramas,
exigindo estudos especiais caratcrísti-
sultado
e mi
O mercado se acha normalmente em
cos exclusivos do seu mercado.
nuciosas, como fatores aparentemen te indiretos, como, por exemplo, a ini-
estado de equilíbrio, que é rompido a todo instante, para voltar à situação
jiortação de juta repercute, em certos
anterior.
para
acompanharem
constantemente
as alterações nos mercados de produ • tos de seu interesse.
Basta lembrar
cadoria
tem
certas
particularidades,
Todas estas considerações convém sejam lembradas, antes de se plane-
de /eventuais com
causas
nal de diversos aspetos da vida comer
Outros aparecem somente como re dc análises
demoradas
cial.
52
Digesto Econômico Aspetos do mercado
No sentido espacial, o mercado vi
sado, que interessa ao comerciante, industrial, economista ou sociólogo (pois o movimento comercial c um dos mais eloqüentes índices da realidade
social), tanto pode ser mundial, como
de um bairro da cidade, de uma re gião, de um Estado ou de um País. Podemos ter interesse particular cm conhecer ó' mercado do Paraná, — Quer dizer do ambiente comercial, em Que, no Estado do Paraná, a oferta e a procura são suscetíveis de se encon
trarem e de proporcionarem o inter câmbio comercial. Com a mesma de-
dicação, caso haja interesse, podemos
■j estudar o mercado do Cambuci ou do
^ Brasil Central. O método será, em sua essência, sempre o mesmo, vari
ando somente as formas de sua apli
»— cala da região em observação.
cação, conforme particularidades c csQuanto ao tempo, também devemos
sempre ter em mente o período ou o momento, a que se referem os dados
provenientes da observação.
Espe
cialmente em nossa época, de ação fe
bril, as condições econômicas são ca pazes de sofrer profundas modifica ções de um momento para outro. As
grandes firmas de projeção interna cional, que reconhecem a máxima im
53
Digesto Econômico
como se modificaram as condiçõe.s dc
jar o estudo ou mesmo antes de se pensar na exploração de elementos,
momentos, sôbre a entrega dc cereais:
intercâmbio
estatísticos
juta diminui os fornecimentos de sa
comercial
nas
Américas
nos anos de guerra, para reconhecer
que um quadro da situação do merca do em 1941
quase nenhuma utilidade
disponíveis,
que
eviden
a
deficiência
de
importação
de
ciam eventualmente alguns aspetos do
caria, podendo constituir embaraços a
mercado.
firmas cerealistas. Outro exemplo: o ciicarecimento de arame farpado re-i-
prática tem agora; antes, pelo contrá rio, baseando seus dispositivos comer
Temos, pois, três atributos, fixados de acordo com o problema em vista: período de tempo, extensão geográfi
ciais sôbre dados
ca e constituição genérica do mercado
acham dificuldade em formar as in-
que se pretende estudar. Fixados êstes três pontos básico?,
vernadas.
estatísticos
atrasa
dos, o negociante fica muito capaz dc sofrer grandes prejuízos por não ter introduzido os corretivos necessários,
em correspondência com o momento atual, quando pretende fechar novos negócios.
Terceira delimitação, que a prática exige aplicar à concepção teórica e
geral do mercado, é a definição gené rica, constitutiva de objetos do inter câmbio. Esta também, conforme os
problemas visados, possui grande elas ticidade, abrangendo maior ou menor número de .artigos, em sua distribui ção vertical ou horizontal; o estudo do mercado de cereais pode ser redu zido ao do milho, ou se estender a
tôda espécie de gêneros alimentícios Num
outro
caso,
os
cereais
que
permanecem
rar os fatores exògenos que influen ciam a vida do mercado, delimitado pelas três determinantes acima.
Subentcndc-se que, antes
os arreios; é evidente que há vários fatòres que caracterizam certos aspetos
do incrcado comuns
a
todas
as
to de carne, — pois os invernistas
Finalmente, existem fatòres impre visíveis, de caráter ocasional, que po dem exercer forte influência sôbre h vida do mercado; porém, a sua natu reza de não previsíveis
é um tanto
relativa, pois a observação permanente
de qual
quer estudo particular, já se formou
e atenta quase sempre pode prever, talvez com antecedência diminuta, o
uma idéia sobre a estrutura do orga
aparecimento de certas causas pertur
nismo do mercado. Aliás, êste conhe cimento da formação estrutural, por
badoras do ritmo normal da circula
si só, aparece como coroação de pes quisas diretas, raciocínios técnicos e deduções lógicas; é resultado da in vestigação sôbre a anatomia do or ganismo econômico.
ção econômica. Neste sentido desta cam-se os fenómehos psicológicos, po líticos e sociais, que nem sempre são suficientemente observados pelos eco nomistas e que, no entanto, são ele mentos poderosos, capazes de alterar todo o curso da vida econômica; tam
Oscilações do mercado
tuem um objeto parcial do estudo, qui; se da firma, os tecidos de algodão e
durante
o estudo preliminar, devemo's procu
consti
abranja também, conforme o interes
invariáveis
gc desfavoràvclmerite no fornecimen
bém os fenômenos de ordem meteoro
lógica, aparentemente ligados somen São inúmeros os fatores que influ enciam a circulação comercial; vários deles se distinguem à primeira vista,
te à produção agrícola são, às vezes,
como os preços, o transporte, a capa
dos, pois nunca é demais insistir sô bre a íntima interdependência funcio
indiretas
mentos
nos
de
setores
certos
aconteci
bastante afasta
mercadorias; porém, não é menos evi
cidade aquisitiva
portância do conhecimento exato da situação, costumam receber e enviar
dente que o comércio de cada mer
pradores, etc.
rliàriamcnte dezenas de cabogramas,
exigindo estudos especiais caratcrísti-
sultado
e mi
O mercado se acha normalmente em
cos exclusivos do seu mercado.
nuciosas, como fatores aparentemen te indiretos, como, por exemplo, a ini-
estado de equilíbrio, que é rompido a todo instante, para voltar à situação
jiortação de juta repercute, em certos
anterior.
para
acompanharem
constantemente
as alterações nos mercados de produ • tos de seu interesse.
Basta lembrar
cadoria
tem
certas
particularidades,
Todas estas considerações convém sejam lembradas, antes de se plane-
de /eventuais com
causas
nal de diversos aspetos da vida comer
Outros aparecem somente como re dc análises
demoradas
cial.
54
A oferta e a procura geram o mo
servações de fenômenos fisiológicos,
vimento de mercadorias da produção
proporciona o conhecimento da cine-
para o consumo; no instante em que ■a oferta supera a procura, e vice-ver sa, rompe-se o equilíbrio, mas logo se realizam negócios e é estabelecido o
equilíbrio momentâneo que se rompe novamente em seguida, seja pelo apa
fl s possibilidades de São Paulo no
mática e, até certo ponto, da dinâmi ca do mercado.
comércio internacional
A vida do mercado pertence à or
dem de fenômenos sociais, cujo es
por S. Harcouri-Rivincion
tudo não pode ser feito em laborató
recimento de novas procuras, seja pe la afluência de ofertas.. Um pregão
rio, modificadas à vontade do inves tigador as condições do experimento.
da Bolsa de Mercadorias exprime admiràvelmente estas constantes muta
Daí decorre, logicamente, o único método científico, próprio para a ob
ções.
servação do mercado: registo estatís
A corrente de mercadorias gerada,
EXPANSÃO
Dígesto Econômico
(Membro da Real Sociedade Econômica de Londres)
(Especial para o DIGESTO ECONÓMICO-
AS exigências da guerra moderna de uma nação que certas atividades
À capital paulista está reservado, em virtude da importância e do volume
tico de acontecimentos, que permite
dos tempos normais caem no olvido
de sua produção, um futuro de larga
reunir número elevado de
ou, na mcllior hipótese,
projeção e influência no comércio mundial, cabendo aos industriais, para
elementos
por indução das vibrações entre a oferta e a procura, movimenta-se no
caraterísticos e, bascando-sc
mercado material; a sua velocidade,
lações de causas e efeito no passado,
no entanto, está sempre sob a influên
formular as previsões para o futuro.
nas re
transformam de tal maneira a vida
tornam de
importância secundária na vida da co
concretização objetiva de certos acon
munidade. Outras funções ao contrá- , torná-lo efetivo, a utilização de todos os meios de propaganda q^ie impo* rio adquirem um valor inesperado e nham o nome e a qualidade da seus de enorme transcendência. Quando a artigos na preferência pública. própria sobrevivência de um país es tá em jôgo, todos os esforços devem, neccssàriamente, concentrar-se na sua compulsória: o esforço produtivo, tan defesa. No momento presente, em
inicialmente, na verificação de sua es
tecimentos que repercutem no merca
que nos empenhamos numa luta tre
to na agricultura como na indústria,
trutura — que pode ser considerada
do, permitindo reduzir ao mínimo a
menda, as belas artes — a poesia, mú sica, a escultura e a pintura — ao la
tem necessidade de confinar-se às ma
do da ciência abstrata, cuja contri
nenhuma nação pode viver.
buição é tão valiosa para o progresso social e para a ascenção da humani
Graças, entretanto, ao vigor e ao unânime espírito de sacrifício dos po
cia de fatòres externos, que ora faci
Eis, pois,
o método prático, que
litam. ora embaraçam a circulação, ora
todo técnico especializado utiliza para
estão agindo no sentido de desviar a
servir o comércio, a indústria, o go verno, as entidades interessadas na
direção do seu movimento.
O estudo do mercado consiste, pois, como estudo anatômico e, logo que esta seja concretizada, a observação estendida no tempo, semelhante às ob
significação do acaso e guiar a orien tação de negócios por raciocínio frio e isento de ações emotivas.
térias essenciais, na falta das quais
dade a níveis mentais mais elevados,
vos livres do universo, esta longa e
estão, por força das circunstâncias, relegadas a lugar meitos proeminente cm nossos pensamentos. Mesmo o co
trágica fase de distúrbios está, afinal,
mércio tem de'ceder às injunções das
cessarão as hostilidades na Europa-
necessidades mais prementes da ques tão militar. A produção de numerosas
Já é tempo, pois, para nos referirmos
mercadorias
cinzas e escombros da velha ordem
de
luxo,
cujo
uso
traz
chegando ao seu término.
Acredita
Churchill que, dentro de seis meses,
ao mundo novo que ressurgirá da.s
conforto e prazer à nossa existência
de coisas;
civilizada, fica
realizam-se conferências em várias re-
«„•
sujeita a interrupção
hipóteses são aventadas;
á
54
A oferta e a procura geram o mo
servações de fenômenos fisiológicos,
vimento de mercadorias da produção
proporciona o conhecimento da cine-
para o consumo; no instante em que ■a oferta supera a procura, e vice-ver sa, rompe-se o equilíbrio, mas logo se realizam negócios e é estabelecido o
equilíbrio momentâneo que se rompe novamente em seguida, seja pelo apa
fl s possibilidades de São Paulo no
mática e, até certo ponto, da dinâmi ca do mercado.
comércio internacional
A vida do mercado pertence à or
dem de fenômenos sociais, cujo es
por S. Harcouri-Rivincion
tudo não pode ser feito em laborató
recimento de novas procuras, seja pe la afluência de ofertas.. Um pregão
rio, modificadas à vontade do inves tigador as condições do experimento.
da Bolsa de Mercadorias exprime admiràvelmente estas constantes muta
Daí decorre, logicamente, o único método científico, próprio para a ob
ções.
servação do mercado: registo estatís
A corrente de mercadorias gerada,
EXPANSÃO
Dígesto Econômico
(Membro da Real Sociedade Econômica de Londres)
(Especial para o DIGESTO ECONÓMICO-
AS exigências da guerra moderna de uma nação que certas atividades
À capital paulista está reservado, em virtude da importância e do volume
tico de acontecimentos, que permite
dos tempos normais caem no olvido
de sua produção, um futuro de larga
reunir número elevado de
ou, na mcllior hipótese,
projeção e influência no comércio mundial, cabendo aos industriais, para
elementos
por indução das vibrações entre a oferta e a procura, movimenta-se no
caraterísticos e, bascando-sc
mercado material; a sua velocidade,
lações de causas e efeito no passado,
no entanto, está sempre sob a influên
formular as previsões para o futuro.
nas re
transformam de tal maneira a vida
tornam de
importância secundária na vida da co
concretização objetiva de certos acon
munidade. Outras funções ao contrá- , torná-lo efetivo, a utilização de todos os meios de propaganda q^ie impo* rio adquirem um valor inesperado e nham o nome e a qualidade da seus de enorme transcendência. Quando a artigos na preferência pública. própria sobrevivência de um país es tá em jôgo, todos os esforços devem, neccssàriamente, concentrar-se na sua compulsória: o esforço produtivo, tan defesa. No momento presente, em
inicialmente, na verificação de sua es
tecimentos que repercutem no merca
que nos empenhamos numa luta tre
to na agricultura como na indústria,
trutura — que pode ser considerada
do, permitindo reduzir ao mínimo a
menda, as belas artes — a poesia, mú sica, a escultura e a pintura — ao la
tem necessidade de confinar-se às ma
do da ciência abstrata, cuja contri
nenhuma nação pode viver.
buição é tão valiosa para o progresso social e para a ascenção da humani
Graças, entretanto, ao vigor e ao unânime espírito de sacrifício dos po
cia de fatòres externos, que ora faci
Eis, pois,
o método prático, que
litam. ora embaraçam a circulação, ora
todo técnico especializado utiliza para
estão agindo no sentido de desviar a
servir o comércio, a indústria, o go verno, as entidades interessadas na
direção do seu movimento.
O estudo do mercado consiste, pois, como estudo anatômico e, logo que esta seja concretizada, a observação estendida no tempo, semelhante às ob
significação do acaso e guiar a orien tação de negócios por raciocínio frio e isento de ações emotivas.
térias essenciais, na falta das quais
dade a níveis mentais mais elevados,
vos livres do universo, esta longa e
estão, por força das circunstâncias, relegadas a lugar meitos proeminente cm nossos pensamentos. Mesmo o co
trágica fase de distúrbios está, afinal,
mércio tem de'ceder às injunções das
cessarão as hostilidades na Europa-
necessidades mais prementes da ques tão militar. A produção de numerosas
Já é tempo, pois, para nos referirmos
mercadorias
cinzas e escombros da velha ordem
de
luxo,
cujo
uso
traz
chegando ao seu término.
Acredita
Churchill que, dentro de seis meses,
ao mundo novo que ressurgirá da.s
conforto e prazer à nossa existência
de coisas;
civilizada, fica
realizam-se conferências em várias re-
«„•
sujeita a interrupção
hipóteses são aventadas;
á
56
Dígesto Econômico
giões para se estudar o reajustamento de nossas vidas às condições que se crê serão criadas pela paz. Que posição ocupará São Paulo no reor
ganizado mundo futuro?
Circuns-
. crever-se-á ao continente sul-america
no a influência que terá esta grande e nova cidade comercial?
Ou o de
senvolvimento, que estes anos de guerra deram ensejo a que se operas se em seu seio, terá uma significação maior? Por outras palavras; a nova orientação industrial de São Paulo al cançará repercussão para além dos mares e fará do Brasil um vocábulo
familiar a milhões de ouvidos em nu
( de capital importância para cada bra merosas terras?
Sãp, estas, questões
sileiro, em geral, e particularmente para cada paulista, a cujo espírito de iniciativa estará especialmente confia-
j ^ missão ~ pois será em São PauI lo^ que o fenômeno assumirá a sua jÈ feição mais caraterística, embora to-
nhosos de Bradford, na Inglaterra,
como sede das fábricas " Rolls-Roycc", para veículos a motor; Witney,
descobriram como transformar lã cm
aprazíveis tecidos, por meio de pro cesso em que se empregava uma má
quina, cuja utilização reduzia grande mente o custo da produção.
Quase
simultaneamente, outros negociantes, desta vez cm Manchester, realizaram o mesmo milagre com o algodão. Al guns anos depois, numa localidade dc-
nominadã Sheffield, não muito distan te de Bradford, vários engenheiros começaram a fabricar uns produtos fantásticos, extraídos
sintèticamente
de uma noja liga em que combinavam
57
Dígesto Econômico
f
O café já tornou o nome de São Paulo conhecido em muitas nações.
por seus cobertores; Northampton, pe las botas c sapatos de sua fabrica ção ; Bristol, a terra natal da célebre
Infelizmente, porém, o povo médio dos países estrangeiros onde o cafe
família Wills, pelos seus cigarros; Biriniiigham, o berço dos Chamber-
brasileiro é vendido pouco ou nada sabe a respeito do grande centro dc
lain, por sua produção de parafusos, espingardas e outras pequenas armas:
Stafford in the Potteries, por seus renomados aparelhos de porceljfna. E assim outras.
A França possui também as suas ci dades de importância comercial no
mundo todo.
Lyon é conhecida' por
onde provém.
Isso ocorre porque es
se produto, na primeira instância de sua distribuição, é vendido a granel. Quando é entregue ao consumidor no
varejo, já sofreu o processo de mistu ra, foi empacotado e passou a ser dís• tinguido pela marca do intermediário, de modo que nenhuma referência e
feita à sua origem brasileira. Nos. anos anteriores à guerra, eu viajei cm todos os sentidos pela Europa intei ra, em diversas oportunidades, e cer
o ferro comum ctím o manganês. To das estas coisas, fabricadas por um custo relativamente barato, preenchiam necessidades humanas, 'e torna ram-se famosas em todo o globo, criandò uma reputação legendária para os lugares onde eram produzidas. Te
seus soberbos objetos de porcelana e Limoges pelos seus utensílios de me
tamente cm muitas ocasiões bebi café
sa e obras de esmalte. "Nos anos mais
de sacas são vendidas anualmente a
cidos de lã transformaram-se em si
recentes o
suas sedas artísticas, Grenoble por
suas luvas, Le Puy por suas insuperá
veis rendas feitas a mão, Sèvres por
progresso
das
indústrias
de São Paulo (centenas de milhares
êsse continente), mas, em nenhuma
nos Estados Unidos fez Incluir algu
das. vêzes, tive consciência disso. Nem
tam interesse e terão conseqüências
tos de aço estavam relacionados com
mas das cidades norte-americanas no conjunto dos centros comerciais mais
nunca ouvi ou vi referência ou infor mação relativa ao café brasileiro...
materiais de relevância.
o nome de Sheffield.
famosos do mundo.
do o país participe da transformação. Para o mundo também, das apresen
nônimos de Bradford; panos de algo dão designavam Manchester; produ •
A fama dos centros comerciais As cidades comerciais tornam-se fa
Assim estas ci
dades e os seus artigos adquiriram uma larga importância mundial.
Pessoas
Os relógios de
Waltham competem no favor público com os rivais históricos da Suíça. Os
mosas por uma variedade de razões.
de todas as camadas sociais, nos nu merosos países do globo, aonde iam
A maioria dos grandes centros manu^ íatureiros do mundo cuja fama re
ter essas mercadorias, vieram a saber o que significava para o progres
com as carnes em conserva que fabri
so
ca.
monta aos tempos medievais
'• Florença, •
São Paulo e o café
-
comô
Amsterdam, Antuérpiaj:'.■^tros
humano
o
nome
desses
de produção manufatureira.
cen-
A
automóveis levaram o nome de Dc-
troit até os confins do universo e Chicago construiu a sua celebridade Está a jovem São Paulo, presen
temente
já
"o
maior
centro indus
, Isso não se verifica com as nações de onde procedem o chá e outras bebi
das, em cujos pacotes sempre consta
a origem do produto. Assim, por mais estranho que isso possa parecer aos naturais deste país, sòmente as pessoas cultas ou aquelas interessadas cm comércio ou em estatísticas mun
diais sabem, no estrangeiro, do predo mínio de São Paulo no mercado ca-
Bruges — foram notáveis por sua ta peçaria feita a mão e por sua indús
começar de então muitas outras cida
trial da América do Sul", destinada a
des
formar na constelação de cidades de
conseguinte,
tria doméstica de panos.
das, através, de seus produtos : Nottin-
maior importância no comércio mun
ternacional muito maior do que a que
ghaih,
dial?
lhe é atribuída.
Há cerca
dc ISO anos, alguns inlustriais enge
britânicas
por
tornaram-se
suas
conheci
rendas; Conventry,
■JL -WA
Eu acredito que sim.
*
feeiro do globo. São Paulo possui, por uma
importância
in
<1
56
Dígesto Econômico
giões para se estudar o reajustamento de nossas vidas às condições que se crê serão criadas pela paz. Que posição ocupará São Paulo no reor
ganizado mundo futuro?
Circuns-
. crever-se-á ao continente sul-america
no a influência que terá esta grande e nova cidade comercial?
Ou o de
senvolvimento, que estes anos de guerra deram ensejo a que se operas se em seu seio, terá uma significação maior? Por outras palavras; a nova orientação industrial de São Paulo al cançará repercussão para além dos mares e fará do Brasil um vocábulo
familiar a milhões de ouvidos em nu
( de capital importância para cada bra merosas terras?
Sãp, estas, questões
sileiro, em geral, e particularmente para cada paulista, a cujo espírito de iniciativa estará especialmente confia-
j ^ missão ~ pois será em São PauI lo^ que o fenômeno assumirá a sua jÈ feição mais caraterística, embora to-
nhosos de Bradford, na Inglaterra,
como sede das fábricas " Rolls-Roycc", para veículos a motor; Witney,
descobriram como transformar lã cm
aprazíveis tecidos, por meio de pro cesso em que se empregava uma má
quina, cuja utilização reduzia grande mente o custo da produção.
Quase
simultaneamente, outros negociantes, desta vez cm Manchester, realizaram o mesmo milagre com o algodão. Al guns anos depois, numa localidade dc-
nominadã Sheffield, não muito distan te de Bradford, vários engenheiros começaram a fabricar uns produtos fantásticos, extraídos
sintèticamente
de uma noja liga em que combinavam
57
Dígesto Econômico
f
O café já tornou o nome de São Paulo conhecido em muitas nações.
por seus cobertores; Northampton, pe las botas c sapatos de sua fabrica ção ; Bristol, a terra natal da célebre
Infelizmente, porém, o povo médio dos países estrangeiros onde o cafe
família Wills, pelos seus cigarros; Biriniiigham, o berço dos Chamber-
brasileiro é vendido pouco ou nada sabe a respeito do grande centro dc
lain, por sua produção de parafusos, espingardas e outras pequenas armas:
Stafford in the Potteries, por seus renomados aparelhos de porceljfna. E assim outras.
A França possui também as suas ci dades de importância comercial no
mundo todo.
Lyon é conhecida' por
onde provém.
Isso ocorre porque es
se produto, na primeira instância de sua distribuição, é vendido a granel. Quando é entregue ao consumidor no
varejo, já sofreu o processo de mistu ra, foi empacotado e passou a ser dís• tinguido pela marca do intermediário, de modo que nenhuma referência e
feita à sua origem brasileira. Nos. anos anteriores à guerra, eu viajei cm todos os sentidos pela Europa intei ra, em diversas oportunidades, e cer
o ferro comum ctím o manganês. To das estas coisas, fabricadas por um custo relativamente barato, preenchiam necessidades humanas, 'e torna ram-se famosas em todo o globo, criandò uma reputação legendária para os lugares onde eram produzidas. Te
seus soberbos objetos de porcelana e Limoges pelos seus utensílios de me
tamente cm muitas ocasiões bebi café
sa e obras de esmalte. "Nos anos mais
de sacas são vendidas anualmente a
cidos de lã transformaram-se em si
recentes o
suas sedas artísticas, Grenoble por
suas luvas, Le Puy por suas insuperá
veis rendas feitas a mão, Sèvres por
progresso
das
indústrias
de São Paulo (centenas de milhares
êsse continente), mas, em nenhuma
nos Estados Unidos fez Incluir algu
das. vêzes, tive consciência disso. Nem
tam interesse e terão conseqüências
tos de aço estavam relacionados com
mas das cidades norte-americanas no conjunto dos centros comerciais mais
nunca ouvi ou vi referência ou infor mação relativa ao café brasileiro...
materiais de relevância.
o nome de Sheffield.
famosos do mundo.
do o país participe da transformação. Para o mundo também, das apresen
nônimos de Bradford; panos de algo dão designavam Manchester; produ •
A fama dos centros comerciais As cidades comerciais tornam-se fa
Assim estas ci
dades e os seus artigos adquiriram uma larga importância mundial.
Pessoas
Os relógios de
Waltham competem no favor público com os rivais históricos da Suíça. Os
mosas por uma variedade de razões.
de todas as camadas sociais, nos nu merosos países do globo, aonde iam
A maioria dos grandes centros manu^ íatureiros do mundo cuja fama re
ter essas mercadorias, vieram a saber o que significava para o progres
com as carnes em conserva que fabri
so
ca.
monta aos tempos medievais
'• Florença, •
São Paulo e o café
-
comô
Amsterdam, Antuérpiaj:'.■^tros
humano
o
nome
desses
de produção manufatureira.
cen-
A
automóveis levaram o nome de Dc-
troit até os confins do universo e Chicago construiu a sua celebridade Está a jovem São Paulo, presen
temente
já
"o
maior
centro indus
, Isso não se verifica com as nações de onde procedem o chá e outras bebi
das, em cujos pacotes sempre consta
a origem do produto. Assim, por mais estranho que isso possa parecer aos naturais deste país, sòmente as pessoas cultas ou aquelas interessadas cm comércio ou em estatísticas mun
diais sabem, no estrangeiro, do predo mínio de São Paulo no mercado ca-
Bruges — foram notáveis por sua ta peçaria feita a mão e por sua indús
começar de então muitas outras cida
trial da América do Sul", destinada a
des
formar na constelação de cidades de
conseguinte,
tria doméstica de panos.
das, através, de seus produtos : Nottin-
maior importância no comércio mun
ternacional muito maior do que a que
ghaih,
dial?
lhe é atribuída.
Há cerca
dc ISO anos, alguns inlustriais enge
britânicas
por
tornaram-se
suas
conheci
rendas; Conventry,
■JL -WA
Eu acredito que sim.
*
feeiro do globo. São Paulo possui, por uma
importância
in
<1
'W'.
Digesto Econômico
58
Quando, nos anos mais próximos, as vendas do algodão paulista começa ram a adquirir importância interna
Digesto Econômico
dispuser, porém, a consultar a lista de mercadorias que a São Paulo Railway canaliza para Santos, nunca po
cional, repetiu-se, com êste produto, o derá concordar com semelhante ilu mesmo fenômeno. A matéria-prima . são. -Elites da guerra, São Paulo des era vendida
a granel para ser trans
formada no exterior.
Dessa maneira
milhares de pessoas, usando indumen
tária feita com algodão brasileiro, na da conheciam a respeito do lugar de
os seus aspetos, São Paulo manterá
mento elétrico. S. Paulo experta tam
a posição conquistada contra os com petidores que virão. Tenho motivos
bém couro e artigos de imitação de
para ver que os acontecimentos pro
pachou grandes quantidades de óleo
couro,
varão que essa confiança tem perfei
de rícino (mais de 10.000 toiicladasj, milho, bananas (milhões de cachos), laranjas (milhões de caixas), "grape-
mácia, vidros, lápis, pentes c botões, tapetes, calçados e meias, produtos
farmacêuticos, tubos de cimento, ca
igual valia, de modo que os compra
fruit", abacaxi, Juntamente com gran
dores estrangeiros, quando em pro cura de mercadorias, hão de dar a de
vida consideração aos artigos de São
encerados,
algodão
para
far
ta Justificativa.
Preço por preço, os
produtos paulistas possuem, é claro,
des carregamentos de madeira, e mi
tiam. Quanta gente saberá, mesmo no Brasil, que o total de algodão ex portado por São Paulo, em 1939, al
nérios tais como bauxita (alumínio),
ras.
cançou a uma soma superior a , . .
importância quase mundial, pois doze
tamos em tempo de guerra e muitos
12.S.OOO toneladas, e que, apesar das
países figuravam entre os importado
mercados, por Isso, estão fechados ao
Cooperação para vencer a concorrência
dificuldades de transporte, a sua eX'
res desses vários produtos.
comércio e.xterior) constam da lista de compradores estrangeiros de São Pau
estrangeira
Ijl toneladas, perfazendo, em valor, a im-
portância de mais de 130 milhões de
» cruzeiros?
Inúmeros navios-cargucí-
W ros partem a todos os instantes, paí ra a Grã-Bretanha e outras nações eu ropéias e, no entanto, quantas pes
zircònio, titânio, rútilo, mica, chumbo c caolim.
porta.
Diz-se muitas vezes que São Paulo
é conhecido apenas como fornecedor de café, algodão e carne. Quem se ■
Inglaterra, Canadá, Austrália, África do Sul, Suíça, Suécia, Espanha, Por tugal, Estados Unidos, México, Egito. Marrocos, Moçambique, Congo Belga, Congo Francês, Rodésia, Nigéria, Ceilão, Argentina, Uruguai, Chile, Para guai e Venezuela. Como uma larga
estrangeiros — é o atual desenvolvi cidos de algodão.
Em 1943 o total de
manufaturas de tecidos exportadas as
lor total da exportação e regista um acréscimo de 365% sòbre 1941. Alén
lamentável ocorrência se verifica com os muito milhares de toneladas de carne que o Rstado habitualmente ex
lo, cujos produtos são encontrados na
mento de sua exportação de fios e te
algodão; e, no entanto, mais de cen tenas de milhares de toneladas de óleo
Ainda a mesmu
rentes (é preciso levar em conta: es
Mas a mais expressiva realização do comércio de São Paulo — e provàvelmente a que mais contribuirá para tornar o seu nome familiar nos países
cendeu a Cr§ 1.292.658.000,00.
São Paulo em 1939.
Nada menos do que 20 países dife
Isso dava a São Paulo uma
soas estarão ao par dêsse fato? Acon tece o mesmo com os sub-produtos do'
de caroço de algodão, línter, resíduos, farelo e torta, foram exportadas por
,
concorrência se fará sentir, em todos
da-chuvas, papel, e ainda maquinário, balanças, motores, isoladores e equipa
origem do material com que se ves
■l timo ano a significativa cifra do 77.000
'
gos sanitários, louças de barro, guai-
bos e arame de cobre e uma varieda de considerável de outras manufatu
. portação déssc produto atingiu no úi-
J
59
A ci
fra representa 20% em relação ao va
porcentagem
preços.
Se, entretanto, se prevê que o co mércio ora conquistado será reduzido
pela concorrência nos próximos anos de paz, a solução estará, parcce-inc, na organização de uma grande coope rativa de venda, de que participem io dos os industriais e que se destine a conseguir a expansão no exterior. Ne nhuma oportunidade melhor se ofere
são
ce para essa iniciativa do que êste
da exportação de fios e tecidos de algodão (5.000 toneladas de tecidos e
ano, quando a Associação Comercial de São Paulo comemora o cinqüente nário de sua fundação. Para se con
contam São Paulo como um impor
seguir o máximo resultado na coope
3.000 de fios), êste Estado vendeu
tante centro de exportação industriai.
ração, todo artigo, quando possível,
ainda grande quantidade de outros produtos manufaturados, entre os quais
E, todavia, a indústria nesta cidade está apenas no princípio do seu de senvolvimento, que dobrou de 1934 para 1939 e, de então para cá, tornou
deveria exibir um dístico que inclua em seus dizeres alguma referência à
a dobrar.
minha idéia, deveriam adotar um sím
sêda natural e de sêda artificial ('*rayon"), panos e tecidos de Juta, tecidos c roupas de lã, cordas e bar bantes, louças dc granito, telhas, arti'
''
manufaturas
seus
mercadorias com marcas comerciais registadas, pode-se concluir com razão , que os naturais de muitas nações Já
podem ser citados fios e tecidos dc
das
Paulo, examinando cuidadosamente cs
Muitos observadores acre
localidade de origem. Todos os indus triais
estabelecidos
nesta cidade,
é
ditam que, quando voltarem a preva
bolo para identificar, Juntamente coni
lecer as condições normais em que a
a nacionalidade, a cidade de proce-
'W'.
Digesto Econômico
58
Quando, nos anos mais próximos, as vendas do algodão paulista começa ram a adquirir importância interna
Digesto Econômico
dispuser, porém, a consultar a lista de mercadorias que a São Paulo Railway canaliza para Santos, nunca po
cional, repetiu-se, com êste produto, o derá concordar com semelhante ilu mesmo fenômeno. A matéria-prima . são. -Elites da guerra, São Paulo des era vendida
a granel para ser trans
formada no exterior.
Dessa maneira
milhares de pessoas, usando indumen
tária feita com algodão brasileiro, na da conheciam a respeito do lugar de
os seus aspetos, São Paulo manterá
mento elétrico. S. Paulo experta tam
a posição conquistada contra os com petidores que virão. Tenho motivos
bém couro e artigos de imitação de
para ver que os acontecimentos pro
pachou grandes quantidades de óleo
couro,
varão que essa confiança tem perfei
de rícino (mais de 10.000 toiicladasj, milho, bananas (milhões de cachos), laranjas (milhões de caixas), "grape-
mácia, vidros, lápis, pentes c botões, tapetes, calçados e meias, produtos
farmacêuticos, tubos de cimento, ca
igual valia, de modo que os compra
fruit", abacaxi, Juntamente com gran
dores estrangeiros, quando em pro cura de mercadorias, hão de dar a de
vida consideração aos artigos de São
encerados,
algodão
para
far
ta Justificativa.
Preço por preço, os
produtos paulistas possuem, é claro,
des carregamentos de madeira, e mi
tiam. Quanta gente saberá, mesmo no Brasil, que o total de algodão ex portado por São Paulo, em 1939, al
nérios tais como bauxita (alumínio),
ras.
cançou a uma soma superior a , . .
importância quase mundial, pois doze
tamos em tempo de guerra e muitos
12.S.OOO toneladas, e que, apesar das
países figuravam entre os importado
mercados, por Isso, estão fechados ao
Cooperação para vencer a concorrência
dificuldades de transporte, a sua eX'
res desses vários produtos.
comércio e.xterior) constam da lista de compradores estrangeiros de São Pau
estrangeira
Ijl toneladas, perfazendo, em valor, a im-
portância de mais de 130 milhões de
» cruzeiros?
Inúmeros navios-cargucí-
W ros partem a todos os instantes, paí ra a Grã-Bretanha e outras nações eu ropéias e, no entanto, quantas pes
zircònio, titânio, rútilo, mica, chumbo c caolim.
porta.
Diz-se muitas vezes que São Paulo
é conhecido apenas como fornecedor de café, algodão e carne. Quem se ■
Inglaterra, Canadá, Austrália, África do Sul, Suíça, Suécia, Espanha, Por tugal, Estados Unidos, México, Egito. Marrocos, Moçambique, Congo Belga, Congo Francês, Rodésia, Nigéria, Ceilão, Argentina, Uruguai, Chile, Para guai e Venezuela. Como uma larga
estrangeiros — é o atual desenvolvi cidos de algodão.
Em 1943 o total de
manufaturas de tecidos exportadas as
lor total da exportação e regista um acréscimo de 365% sòbre 1941. Alén
lamentável ocorrência se verifica com os muito milhares de toneladas de carne que o Rstado habitualmente ex
lo, cujos produtos são encontrados na
mento de sua exportação de fios e te
algodão; e, no entanto, mais de cen tenas de milhares de toneladas de óleo
Ainda a mesmu
rentes (é preciso levar em conta: es
Mas a mais expressiva realização do comércio de São Paulo — e provàvelmente a que mais contribuirá para tornar o seu nome familiar nos países
cendeu a Cr§ 1.292.658.000,00.
São Paulo em 1939.
Nada menos do que 20 países dife
Isso dava a São Paulo uma
soas estarão ao par dêsse fato? Acon tece o mesmo com os sub-produtos do'
de caroço de algodão, línter, resíduos, farelo e torta, foram exportadas por
,
concorrência se fará sentir, em todos
da-chuvas, papel, e ainda maquinário, balanças, motores, isoladores e equipa
origem do material com que se ves
■l timo ano a significativa cifra do 77.000
'
gos sanitários, louças de barro, guai-
bos e arame de cobre e uma varieda de considerável de outras manufatu
. portação déssc produto atingiu no úi-
J
59
A ci
fra representa 20% em relação ao va
porcentagem
preços.
Se, entretanto, se prevê que o co mércio ora conquistado será reduzido
pela concorrência nos próximos anos de paz, a solução estará, parcce-inc, na organização de uma grande coope rativa de venda, de que participem io dos os industriais e que se destine a conseguir a expansão no exterior. Ne nhuma oportunidade melhor se ofere
são
ce para essa iniciativa do que êste
da exportação de fios e tecidos de algodão (5.000 toneladas de tecidos e
ano, quando a Associação Comercial de São Paulo comemora o cinqüente nário de sua fundação. Para se con
contam São Paulo como um impor
seguir o máximo resultado na coope
3.000 de fios), êste Estado vendeu
tante centro de exportação industriai.
ração, todo artigo, quando possível,
ainda grande quantidade de outros produtos manufaturados, entre os quais
E, todavia, a indústria nesta cidade está apenas no princípio do seu de senvolvimento, que dobrou de 1934 para 1939 e, de então para cá, tornou
deveria exibir um dístico que inclua em seus dizeres alguma referência à
a dobrar.
minha idéia, deveriam adotar um sím
sêda natural e de sêda artificial ('*rayon"), panos e tecidos de Juta, tecidos c roupas de lã, cordas e bar bantes, louças dc granito, telhas, arti'
''
manufaturas
seus
mercadorias com marcas comerciais registadas, pode-se concluir com razão , que os naturais de muitas nações Já
podem ser citados fios e tecidos dc
das
Paulo, examinando cuidadosamente cs
Muitos observadores acre
localidade de origem. Todos os indus triais
estabelecidos
nesta cidade,
é
ditam que, quando voltarem a preva
bolo para identificar, Juntamente coni
lecer as condições normais em que a
a nacionalidade, a cidade de proce-
60
PRODUÇÃO
Digesto Econômico
ciência, n<ão somente nas próprias mercadorias, como em todos os meios
de propaganda, incluindo cartazes, fo lhetos, impressos e , anúncios de jor nais, especialmente naqueles a serem
enviados ao estrangeiro. O símbolo, por isso, deveria consistir num dese
nho, que tanto possa oferecer uma im pressão nítida, quando apresentado em
miniatura, como ser igualmente suges tivo, se utilizado cm cartazes. Tal de-
senlio teria a missão de proteger os
clientes contra a troca de artigos pau listas, que gozem de preferência, por produtos de outra origem, além de as segurar aos fabricantes uma continui
dade de negócios copi a freguesia que conseguiram conquistar, prevenindo contra'a perda proveniente das substi
tuições. Os perigos e ameaças do fu turo são muitos: a prudência sugere 1 1 que, por meio da adoção de "marcas registadas", sejam reduzidos ao mí
nimo possível. O processo tem ain
da outra conveniência. Assim como protege as mercadorias contra a com
petição inferior, estimula a produção ® qualidades e tipos que conquista-
ram e se mantêm no favor público.
Vivemos na época das "marcas re gistadas" e da competição intensa, cuja
Aspetos da inargciii Coinoridal
recrudescéncia tende a aumentar, em
futuro próximo. Creio assim que todo industrial conseguirá expandir os seus negócios e contribuirá para o engraiidecimento de sua cidade e de seu país, se acondicionar" artisticamente os seus
produtos, acrescentando-lhes não ape
nas o sinal de sua marca comercial, mas o símbolo da cidade ou do país onde vive e em que ganha o seu sus
tento. Se São Paulo aspira a reali
For Frederico Heller
respeito da margem comercial e a ta-
Estabelecendo a diferença existente entre "margem" e "lucro" comercial, êste artigo aponta algumas das prin
.<a de lucro'no comércio.
cipais^ despesas
ão há a menor dúvida de que
*
existe uma grande confusão a Uma série
tôda. dc malcntendidos vão surgindo; comparando-ce, em determinados ra mos econômicos, os preços obtidos pe los produtores com os preços que os consumidores são obrigados a pagar.
zar todas as suas possibilidades — o isso é o desejo natural de todos que
entre êstes
aqui labutam — os industriais não de
realmente 6 lucro comercial.
verão poupar nenhum esforço a fim
via, a verdade é outra, pois essa dife
de.- que seja levado ao conhecimento do último consumidor que os artigos
de sua fabricação provêm do "maior centro industrial da América do Sul
'— uma cidade que, em meu modo de ver, está destinada a adquirir uma importância mundial, devendo ser in
cluída, não daqui a muitas décadas, no número dos maiores centros manufatureiros do globo.
Não'^raro supõe-se que a diferença dois
preços
represente Toda
que
caracterizam
o
processo de distribuição de mercado-
nas produtoras e consumidoras, fato ésse que se refere igualmente ao co mércio com mercadorias agrárias e manufaturadas.
Acresce que inúme
ras estradas de rodagem apresentam
rença encerra, além do lucro auferi
um estado de conservação precário.
do pelo comércio por atacado c a va rejo, um sem número de despesas de grande importância, despesas essas
Essa dificuldade aumenta
excessiva
mente o desgaste dos veículos. Além
(Io mais, a instrução profissional de
cujo adiantamento é uma das muitas
muitos motoristas é deficiente. Os es
funções do comércio que o leigo ge ralmente ignora. Longo seria enu
forços das repartições competentes c dos sindicatos profissionais, visando
merar, uma por uma, todas as despe
melhorar a situação, ainda precisam
sas ocorridas na esfera comercial, mas vale a pena fazermos um ligeiro es-
tempo para exercer um efeito sensí
bòço de algumas das despesas prin cipais que caracterizam o percurso entre o local de produção e o balcão
gência causam prejuízos enormes quanto à conservação necessária do motor e de outras peças indispensá
do varejista.
veis ao bom funcionamento dos ca
vel.
No momento, descuido e negli
minhões. Os transportes
As despesas resultantes do
transporte por via-férrea, particular mente as de baldeação, também não
Uma das despesas mais importantes provém do transporte dc mercadorias. Mesmo em tempos normais, o peso
dessa espécie de despesas no balanço geral é, no Brasil, maior do que era
Hia^iliVri- k i'«ni
li ii-r
iTrth
I
rn rlMliiÉh
são baratas.
De mais a mais, as ta--
xas de seguro de transporte são con sideráveis.
Esta era a situação antes da guer
cjuase todos os países europeus e na
ra quando não faltava combustível. Atualmente, a escassez de gasolina é
América do Norte.
o principal" fator de aumento da mar
As razões desse
encargo adicional são diversas. Em parte sc originam das distâncias ex-
gem comercial.
traordinàriamente g^-andes entre as zo-
mais por cento.
Não raro, o cresci
mento de fretes é de 200, 300 e até-
Compreende-se dai
60
PRODUÇÃO
Digesto Econômico
ciência, n<ão somente nas próprias mercadorias, como em todos os meios
de propaganda, incluindo cartazes, fo lhetos, impressos e , anúncios de jor nais, especialmente naqueles a serem
enviados ao estrangeiro. O símbolo, por isso, deveria consistir num dese
nho, que tanto possa oferecer uma im pressão nítida, quando apresentado em
miniatura, como ser igualmente suges tivo, se utilizado cm cartazes. Tal de-
senlio teria a missão de proteger os
clientes contra a troca de artigos pau listas, que gozem de preferência, por produtos de outra origem, além de as segurar aos fabricantes uma continui
dade de negócios copi a freguesia que conseguiram conquistar, prevenindo contra'a perda proveniente das substi
tuições. Os perigos e ameaças do fu turo são muitos: a prudência sugere 1 1 que, por meio da adoção de "marcas registadas", sejam reduzidos ao mí
nimo possível. O processo tem ain
da outra conveniência. Assim como protege as mercadorias contra a com
petição inferior, estimula a produção ® qualidades e tipos que conquista-
ram e se mantêm no favor público.
Vivemos na época das "marcas re gistadas" e da competição intensa, cuja
Aspetos da inargciii Coinoridal
recrudescéncia tende a aumentar, em
futuro próximo. Creio assim que todo industrial conseguirá expandir os seus negócios e contribuirá para o engraiidecimento de sua cidade e de seu país, se acondicionar" artisticamente os seus
produtos, acrescentando-lhes não ape
nas o sinal de sua marca comercial, mas o símbolo da cidade ou do país onde vive e em que ganha o seu sus
tento. Se São Paulo aspira a reali
For Frederico Heller
respeito da margem comercial e a ta-
Estabelecendo a diferença existente entre "margem" e "lucro" comercial, êste artigo aponta algumas das prin
.<a de lucro'no comércio.
cipais^ despesas
ão há a menor dúvida de que
*
existe uma grande confusão a Uma série
tôda. dc malcntendidos vão surgindo; comparando-ce, em determinados ra mos econômicos, os preços obtidos pe los produtores com os preços que os consumidores são obrigados a pagar.
zar todas as suas possibilidades — o isso é o desejo natural de todos que
entre êstes
aqui labutam — os industriais não de
realmente 6 lucro comercial.
verão poupar nenhum esforço a fim
via, a verdade é outra, pois essa dife
de.- que seja levado ao conhecimento do último consumidor que os artigos
de sua fabricação provêm do "maior centro industrial da América do Sul
'— uma cidade que, em meu modo de ver, está destinada a adquirir uma importância mundial, devendo ser in
cluída, não daqui a muitas décadas, no número dos maiores centros manufatureiros do globo.
Não'^raro supõe-se que a diferença dois
preços
represente Toda
que
caracterizam
o
processo de distribuição de mercado-
nas produtoras e consumidoras, fato ésse que se refere igualmente ao co mércio com mercadorias agrárias e manufaturadas.
Acresce que inúme
ras estradas de rodagem apresentam
rença encerra, além do lucro auferi
um estado de conservação precário.
do pelo comércio por atacado c a va rejo, um sem número de despesas de grande importância, despesas essas
Essa dificuldade aumenta
excessiva
mente o desgaste dos veículos. Além
(Io mais, a instrução profissional de
cujo adiantamento é uma das muitas
muitos motoristas é deficiente. Os es
funções do comércio que o leigo ge ralmente ignora. Longo seria enu
forços das repartições competentes c dos sindicatos profissionais, visando
merar, uma por uma, todas as despe
melhorar a situação, ainda precisam
sas ocorridas na esfera comercial, mas vale a pena fazermos um ligeiro es-
tempo para exercer um efeito sensí
bòço de algumas das despesas prin cipais que caracterizam o percurso entre o local de produção e o balcão
gência causam prejuízos enormes quanto à conservação necessária do motor e de outras peças indispensá
do varejista.
veis ao bom funcionamento dos ca
vel.
No momento, descuido e negli
minhões. Os transportes
As despesas resultantes do
transporte por via-férrea, particular mente as de baldeação, também não
Uma das despesas mais importantes provém do transporte dc mercadorias. Mesmo em tempos normais, o peso
dessa espécie de despesas no balanço geral é, no Brasil, maior do que era
Hia^iliVri- k i'«ni
li ii-r
iTrth
I
rn rlMliiÉh
são baratas.
De mais a mais, as ta--
xas de seguro de transporte são con sideráveis.
Esta era a situação antes da guer
cjuase todos os países europeus e na
ra quando não faltava combustível. Atualmente, a escassez de gasolina é
América do Norte.
o principal" fator de aumento da mar
As razões desse
encargo adicional são diversas. Em parte sc originam das distâncias ex-
gem comercial.
traordinàriamente g^-andes entre as zo-
mais por cento.
Não raro, o cresci
mento de fretes é de 200, 300 e até-
Compreende-se dai
62
pelos representantes das classes con
servadoras para resolver èsse proble ma vital.
Os impostos
Outra despesa que a margem co mercial encerra é a tributação. H.í motivos de natureza fiscal muito im
portantes para que uma grande parte dos impostos necessários ao bom fun cionamento da vida estatal seja ar recadada na esfera comercial. 'Seria
dois fatôres. Um é o nível dc juro.
que tende a diminuir devido ao de
tende a aumentar de ano para ano,
des de transporte, nacionais e inter nacionais, tornam essa proporção bas
comercial não cabe
nenhuma
má-
vontade ou hostilidade para com os comerciantes. Mas, do ponto de vista
do comercio, èsse
método
implica
duas desvantagens. Em primeiro lu
ííx
custas dc capital dependem t.unbéni
ções realizadas por ano. As dificulda
Se o Estado vem a arrecadar uma iP grande parte dos impostos na esfera
ânimos, contribuindo assim para au
mo econômico se defende contra a
tendência de ser sacrificado como bo de expiatório.
qüência de uma maior estratificação do sistema bancário. Além disso, as
Q ônus de impostos
co-social.
Não há dúvida dc que o encarecimcnto c.Kcessivo está exacerbando os
mentar a circulação de noções erradas sóbrc a posição do comércio. Mas, compreende-se também que èsse ra
senvolvimento geral da economia bra sileira e, particularmente, cm conse
ao contrario.
Jj transformações na estrutura económi-
vida econômica moderna.
Como em todos os países latino-ame ricanos. o juro é no Brasil mais alto do que, por exemplo, na Inglaterra, na França, nos Estados Unidos. A causa principal dêsse fenômeno é a pobreza de capital, desvantagem essa
da proporção entre o capital aplicado
pois ja antes da guerra as funções de-
leva a juízos apressados quanto ao papel que o comércio desempenha na
niento que, ]ior sua vez, depende dc
uma opinião errônea considerarmos essa situação como passageira. Bem
scmpenhadas pelos poderes públicos À , estavam se multiplicando. Não se tra11 ta de um fenômeno nacional como I jl alguns acreditam, mas mundial, e que constitui um reflexo de profundas
'
Digcsto Econômico
Digesto Econômico
a grande significação dos esforços de senvolvidos pelos órgãos públicos c
numa empresa e o volume de transa
tante desfavorável para o orçamento de inúmeros estabelecimentos comer
ciais.. Pois qualquer atraso aumenta,
forçosamente, o pêso do financiamen to no quadro das despesas.
Não se
compreendem sempre as preocupações que as despesas de financiamento sig nificam para o comerciante. Mas. cm virtude de ser fraca a base finan
ceira de inúmeras empresas indus triais e agrárias, o comércio tem dc
adiantar-lhes, numa escala cada vez maior, os recursos necessários à con tinuação e à ampliação da produção.
SABÃO DE CAPE?
o Brasil, que é o maior produtor mundial de café, a
' notícia que nos vem de Richmond, no Estado norte-
gar, a necessidade de estar com os
americano da Virgínia, de que o Sr. Richard Brown, de Nova
impostos sempre em dia, para evitar
Iorque, descobriu um novo método de fazer sabonete, utilizan
multas pesadas, acarreta despesas adi
do-se de café fresco ou velho, segundo informa a "Gazeta Ofi
cionais. Em segundo lugar, a popula
cial de Patentes dos Estados Unidos", não é somente agrada-
ção que está sempre disposta a con
fundir margem comercial com lucroi não compreende que uma parte da margem comercial é absorvida pelo fisco. O custo do financiamento
His, num breve resumo, algumas das despesas principais que caracterizam o processo de distribuição de merca dorias. Sendo geralmente de apreciá vel monta, representam elas uma boa. senão a maior parte da margem co
ciai do Escritório de Patentes dos Estados Unidos", não é so mente agradável, mas reveste-se de um interesse todo especial. Verificando que cerca de 15% do pêso do café torrado ou vir
gem são formados nor matérias oleosas e de gordura, que ex traídas com tetra-clorcto de carbono e depois tratadas com um alcalino podem produzir sabonete, o Sr. Brown não hesitou —
mercial, Deduz-se daí que o fato dc
pediu uma patente para a sua descoberta, e obteve a de n.^
inúmeras pessoas confundirem a mar
2 355 686.
despesas na esfera comercial está re
gem comercial com o lucro comer
produzindo o sabonete assim fabricado muita espuma que em
lacionada com o custo do financia-
cial, traz sérios inconvenientes, pois
n^da afeta os tecidos e a pele.
Uma determinada porcentagem das
À mistura adiciona-se, ainda, uma matéria fibrosa,
62
pelos representantes das classes con
servadoras para resolver èsse proble ma vital.
Os impostos
Outra despesa que a margem co mercial encerra é a tributação. H.í motivos de natureza fiscal muito im
portantes para que uma grande parte dos impostos necessários ao bom fun cionamento da vida estatal seja ar recadada na esfera comercial. 'Seria
dois fatôres. Um é o nível dc juro.
que tende a diminuir devido ao de
tende a aumentar de ano para ano,
des de transporte, nacionais e inter nacionais, tornam essa proporção bas
comercial não cabe
nenhuma
má-
vontade ou hostilidade para com os comerciantes. Mas, do ponto de vista
do comercio, èsse
método
implica
duas desvantagens. Em primeiro lu
ííx
custas dc capital dependem t.unbéni
ções realizadas por ano. As dificulda
Se o Estado vem a arrecadar uma iP grande parte dos impostos na esfera
ânimos, contribuindo assim para au
mo econômico se defende contra a
tendência de ser sacrificado como bo de expiatório.
qüência de uma maior estratificação do sistema bancário. Além disso, as
Q ônus de impostos
co-social.
Não há dúvida dc que o encarecimcnto c.Kcessivo está exacerbando os
mentar a circulação de noções erradas sóbrc a posição do comércio. Mas, compreende-se também que èsse ra
senvolvimento geral da economia bra sileira e, particularmente, cm conse
ao contrario.
Jj transformações na estrutura económi-
vida econômica moderna.
Como em todos os países latino-ame ricanos. o juro é no Brasil mais alto do que, por exemplo, na Inglaterra, na França, nos Estados Unidos. A causa principal dêsse fenômeno é a pobreza de capital, desvantagem essa
da proporção entre o capital aplicado
pois ja antes da guerra as funções de-
leva a juízos apressados quanto ao papel que o comércio desempenha na
niento que, ]ior sua vez, depende dc
uma opinião errônea considerarmos essa situação como passageira. Bem
scmpenhadas pelos poderes públicos À , estavam se multiplicando. Não se tra11 ta de um fenômeno nacional como I jl alguns acreditam, mas mundial, e que constitui um reflexo de profundas
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Digcsto Econômico
Digesto Econômico
a grande significação dos esforços de senvolvidos pelos órgãos públicos c
numa empresa e o volume de transa
tante desfavorável para o orçamento de inúmeros estabelecimentos comer
ciais.. Pois qualquer atraso aumenta,
forçosamente, o pêso do financiamen to no quadro das despesas.
Não se
compreendem sempre as preocupações que as despesas de financiamento sig nificam para o comerciante. Mas. cm virtude de ser fraca a base finan
ceira de inúmeras empresas indus triais e agrárias, o comércio tem dc
adiantar-lhes, numa escala cada vez maior, os recursos necessários à con tinuação e à ampliação da produção.
SABÃO DE CAPE?
o Brasil, que é o maior produtor mundial de café, a
' notícia que nos vem de Richmond, no Estado norte-
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americano da Virgínia, de que o Sr. Richard Brown, de Nova
impostos sempre em dia, para evitar
Iorque, descobriu um novo método de fazer sabonete, utilizan
multas pesadas, acarreta despesas adi
do-se de café fresco ou velho, segundo informa a "Gazeta Ofi
cionais. Em segundo lugar, a popula
cial de Patentes dos Estados Unidos", não é somente agrada-
ção que está sempre disposta a con
fundir margem comercial com lucroi não compreende que uma parte da margem comercial é absorvida pelo fisco. O custo do financiamento
His, num breve resumo, algumas das despesas principais que caracterizam o processo de distribuição de merca dorias. Sendo geralmente de apreciá vel monta, representam elas uma boa. senão a maior parte da margem co
ciai do Escritório de Patentes dos Estados Unidos", não é so mente agradável, mas reveste-se de um interesse todo especial. Verificando que cerca de 15% do pêso do café torrado ou vir
gem são formados nor matérias oleosas e de gordura, que ex traídas com tetra-clorcto de carbono e depois tratadas com um alcalino podem produzir sabonete, o Sr. Brown não hesitou —
mercial, Deduz-se daí que o fato dc
pediu uma patente para a sua descoberta, e obteve a de n.^
inúmeras pessoas confundirem a mar
2 355 686.
despesas na esfera comercial está re
gem comercial com o lucro comer
produzindo o sabonete assim fabricado muita espuma que em
lacionada com o custo do financia-
cial, traz sérios inconvenientes, pois
n^da afeta os tecidos e a pele.
Uma determinada porcentagem das
À mistura adiciona-se, ainda, uma matéria fibrosa,
1 bigesto Economico
a)
liidiistrializaçÂo - eis o futuro cia economia nacional
gstamos cliegando ao fim da guerra, a que se seguirá
um período de transição, após o
Não se repelindo, nem se excluindo reciprocamente as atividades agrícolas e manufatureiras, devemos aceitar a
65
Não correríamos o risco
mas circunstâncias c cciidiçÕes,
adiantados;
medidas correlatas;'
b)
Eliminaríamos as tarifas
alfandegárias e assim passaría
qual — pelo mènos é essa a es
industrialização, cm que nos cumpre
mos a receber os produtos ma
perança geral — reingressaremos
ingressar decididamente, como úm fa
nufaturados e.strangeiros por pre
na normalidade dos tempos de
tor que virá robustecer vigorosamen
paz. É tempo, por conseguinte,
te a nossa economia.
ços mais baratos; c) Com essa medida o nosso
de pensarmos como faremos esse reingresso, aproveitando-nos das
custo de vida desceria sensivel
Mas, cessada a guerra, e de corrido algum tempo para a re
mente;
construção e restauração econô mica, está claro que ela se fará sentir .novamente. Que faremos
c|uantidadc de produtos agríco las, conseguindo os patrões maio res lucros e percebendo os tra
nós? Recuaremos à nossa velha
balhadores maiores salário^
'''de que não tínhamos notícias
condição de "país cssenclalinentc agrícola" ou enveredaremos pe
manufaturados cresceram ponde-
lo caminho da industrialização
Vejamos, agora, o reverso da medalha — quais as desvanta gens c|ue a e.xclusividade agríco
oportunidades e dos ensinamen-
^tos que a guerra nos trouxe.
H Neste período de guerra, que
Ç||ainda estamos atravessando, as-
fi| sistimos a um surto industrial
(ijCni nossa história. Os produtos ràvelmente em nosso comercio exterior, vindo a .participar dó
' movimento geral de exportação em porcentagem bastante apre ciável. Não podemos desconhe cer que o fato, em grande parte, foi devido ao retraimento dos
centros produtores da Europa, os quais o conflito armado reti
rou do mercado internacional, deixando-nos livres de sua con corrência. Isso facilitou a nossa
intensiva? Essa é a alternativa
d)
\
no caso pouco provável de que
todas as nações do globo tomas sem, em época igual c nas me.s-
d) Êsses. fatos nos levariam
necessariamente a um depaupe ramento geral, com diminuição
das fontes de renda e restrição dos meios de ganho. Confrontemos os dois aspetos ^da questão e observemos de que lado se nos inclinaria mais fa\ o-
Venderíamos muito maior
la poderia trazer-nos. . Afigura-
ràvelmente a balança. Se o pe rigo de sermos vencidos pela concorrência estrangeira é enor me, não é fatal, nem necessário; poderemos evitá-lo, desde que para enfrentá-lo nos aparelhe mos convenientemente e a tem
po. Não nos sebá possível impe dir a debilitação financeira, se
diante da qual se encontram as
se-nos, em rápido e.xame, que são
nossas autoridades, os nossos ho-
nos restringirmos exclusivamen
as seguintes:
te à agricultura. Porque? A ex plicação é do conhecimento ge ral ; sendo os produtos agrícolas muito mais sujeitos ao imprevis to de contratempos naturais do
rnens de negócio, os simples es tudiosos e, de modo geral, todos
aqiiêles que se interessam pelos problemas da coletividade a que pertencemos.
Exclusividade agrícola Encaremos a primeira ponta do
a) Retrocesso
na
evv.duçao
econômica, retornando a uma
etapa inferior, de recursos primi tivos, de fraqueza financeira e instabilidade monetária; b)
Sujeição excessiva ao co
mércio
internacional, com
a
agravante de que, em virtude de
dilema, optando por um regresso
nossa fraqueza financeir.a, não
còncorrência dos países do ve
à exclusividade da exploração agrícola. Que vantagens pode ríamos conseguir com a hipóte se? Cremos que poderiatnos
poderíamos exercer nenhuma in
lho continente persistisse.
enumerar as seguintes;
penetração, para a qual não tive mos de empregar os esforços a que seríamos obrigados, se a
mais a nossa sujeição, a não ser
dc ser vencidos, com graves e funestas repercussões na econo mia interna, pela concorrência dos países industrialmente mais
que os artigos manufaturados, torna-se muito mais difícil o for
talecimento econômico por meio do desenvolvimento da agricul tura do que pelo surto industrial. Essa seria a explicação natural;
fluência na oscilação do merca
há também razões histórica?., que
do externo;
se referem ás feições carateristicas de que se revestiu a econo
c) a eliminação dás tarifas alfandegárias acentuaria ainda
mia moderna. A industrialização
1 bigesto Economico
a)
liidiistrializaçÂo - eis o futuro cia economia nacional
gstamos cliegando ao fim da guerra, a que se seguirá
um período de transição, após o
Não se repelindo, nem se excluindo reciprocamente as atividades agrícolas e manufatureiras, devemos aceitar a
65
Não correríamos o risco
mas circunstâncias c cciidiçÕes,
adiantados;
medidas correlatas;'
b)
Eliminaríamos as tarifas
alfandegárias e assim passaría
qual — pelo mènos é essa a es
industrialização, cm que nos cumpre
mos a receber os produtos ma
perança geral — reingressaremos
ingressar decididamente, como úm fa
nufaturados e.strangeiros por pre
na normalidade dos tempos de
tor que virá robustecer vigorosamen
paz. É tempo, por conseguinte,
te a nossa economia.
ços mais baratos; c) Com essa medida o nosso
de pensarmos como faremos esse reingresso, aproveitando-nos das
custo de vida desceria sensivel
Mas, cessada a guerra, e de corrido algum tempo para a re
mente;
construção e restauração econô mica, está claro que ela se fará sentir .novamente. Que faremos
c|uantidadc de produtos agríco las, conseguindo os patrões maio res lucros e percebendo os tra
nós? Recuaremos à nossa velha
balhadores maiores salário^
'''de que não tínhamos notícias
condição de "país cssenclalinentc agrícola" ou enveredaremos pe
manufaturados cresceram ponde-
lo caminho da industrialização
Vejamos, agora, o reverso da medalha — quais as desvanta gens c|ue a e.xclusividade agríco
oportunidades e dos ensinamen-
^tos que a guerra nos trouxe.
H Neste período de guerra, que
Ç||ainda estamos atravessando, as-
fi| sistimos a um surto industrial
(ijCni nossa história. Os produtos ràvelmente em nosso comercio exterior, vindo a .participar dó
' movimento geral de exportação em porcentagem bastante apre ciável. Não podemos desconhe cer que o fato, em grande parte, foi devido ao retraimento dos
centros produtores da Europa, os quais o conflito armado reti
rou do mercado internacional, deixando-nos livres de sua con corrência. Isso facilitou a nossa
intensiva? Essa é a alternativa
d)
\
no caso pouco provável de que
todas as nações do globo tomas sem, em época igual c nas me.s-
d) Êsses. fatos nos levariam
necessariamente a um depaupe ramento geral, com diminuição
das fontes de renda e restrição dos meios de ganho. Confrontemos os dois aspetos ^da questão e observemos de que lado se nos inclinaria mais fa\ o-
Venderíamos muito maior
la poderia trazer-nos. . Afigura-
ràvelmente a balança. Se o pe rigo de sermos vencidos pela concorrência estrangeira é enor me, não é fatal, nem necessário; poderemos evitá-lo, desde que para enfrentá-lo nos aparelhe mos convenientemente e a tem
po. Não nos sebá possível impe dir a debilitação financeira, se
diante da qual se encontram as
se-nos, em rápido e.xame, que são
nossas autoridades, os nossos ho-
nos restringirmos exclusivamen
as seguintes:
te à agricultura. Porque? A ex plicação é do conhecimento ge ral ; sendo os produtos agrícolas muito mais sujeitos ao imprevis to de contratempos naturais do
rnens de negócio, os simples es tudiosos e, de modo geral, todos
aqiiêles que se interessam pelos problemas da coletividade a que pertencemos.
Exclusividade agrícola Encaremos a primeira ponta do
a) Retrocesso
na
evv.duçao
econômica, retornando a uma
etapa inferior, de recursos primi tivos, de fraqueza financeira e instabilidade monetária; b)
Sujeição excessiva ao co
mércio
internacional, com
a
agravante de que, em virtude de
dilema, optando por um regresso
nossa fraqueza financeir.a, não
còncorrência dos países do ve
à exclusividade da exploração agrícola. Que vantagens pode ríamos conseguir com a hipóte se? Cremos que poderiatnos
poderíamos exercer nenhuma in
lho continente persistisse.
enumerar as seguintes;
penetração, para a qual não tive mos de empregar os esforços a que seríamos obrigados, se a
mais a nossa sujeição, a não ser
dc ser vencidos, com graves e funestas repercussões na econo mia interna, pela concorrência dos países industrialmente mais
que os artigos manufaturados, torna-se muito mais difícil o for
talecimento econômico por meio do desenvolvimento da agricul tura do que pelo surto industrial. Essa seria a explicação natural;
fluência na oscilação do merca
há também razões histórica?., que
do externo;
se referem ás feições carateristicas de que se revestiu a econo
c) a eliminação dás tarifas alfandegárias acentuaria ainda
mia moderna. A industrialização
Digesto Econômico
éé
intensiva dos meios de produção atraiu para ós países manufatureiros a liderança do mundo; se quisermos alcançá-los — e não vemos por que não o desejemos — devemos'industrializar-nos.
Digesto Econômico
67
progresso, com a falta de esti mulo- que trará para o aperfei
O fato objetivo
' Nã.^.nãü fiquemos na abstra ção. Pertencemos a uma deter
çoamento técnico, ante a ausên
que se volta exclusivamente pa
cia de concorrentes, e um fator
minada região geográfica, a que nos prendem condições e com
ra o mercado externo, oin cuja
do' encarecimento de vida. uma
expansão vê o seu interêsse. e a
vez que permitirá a elevação ar tificial de preços dos produtos
preocupação da indústria nacio nal em preservar o mercado in terno da concorrência estrangei
tagens e desvantagens B e C.
promissos de que não nos pode mos libertar, e estamos vivendo
Com a eliminação das tarifas al
num exato
fandegárias, de modo puro e sim ples. e já enfraquecidos financei ramente pelas razões expostas, e
que decorre de fatòres que o pre
Parece-nos inegável • a conclu são a que nos leva a observação
cederam e causaram.
dos fatos: o futuro da nossa eco
Passemos a considerar as van
dado, ainda, q^ue as demais na ções não nos acompanhassem na
abolição dos direitos aduaneiros, poderíamos ter grande quantida de de artigos à nossa disposição. Mas, impossibilitados de vender os nossos produtos, não obtería
mos numerário cora que reali-
l(N| i il
suaspreços compras. Denossos de venda
mais, os
I
ficariam inteiramente subordina
momento
Não nos é
dado ponderar as coisas em sua ideação abstrata; mas tal como se nos apresentam na realidade contingente, em que se acham cntrosadasi c em função da qual terão de ser consideradas.
Teremos, em suma, de enca
rar o fato objetivamente. E o fatovobjetivo é o seguinte: con tamos no Brasil todo com 78.012 estabelecimentos fabris, em que trabalham cerca de 1 milhão de
operários, com um ordenado mé
baseariam em suas avaliações e
dio de 280 cruzeiros ménsais, e
■|) Com o depauperamento geral c £ nossos produtores veriam re-
- duzido o número de suas fontes < de renda, do que adviria uma di-
. minuição de meios-de ganho pa1 ra a classe trabalhadora. A van( tagem em decrescer o custo de
( vida seria, assim, apenas aparenI te, porque diminuindo em pro} porção maior
as
possibilidades
í de ganho, os nossos recursos aea( bariam por ficar em nível infej rior ao dos preços.
manufaturados.
histórico,
dos a procura internacional e sc não em nossas necessidades.
Entre os primeiros, podería mos citar a atitude da lavoura
cuja produção anual já chegou a superar a 20 bilhões de cruzei ros. Isso, representa um patri mônio, que as circunstâncias
nomia está na industrialização que nos trará a consolidação fi
bre o mercado nacional, o seu
nanceira e nos
terior; por se considerar fraca, a
colocará em
si
indústria teme a introdução de
perante o mercado internacional.
produtos manufaturados estran
Abandonaremos assim a agri cultura? Evidente que não. Não supomos que haja incompatibi
geiros no interior do país. . Trata-se apenas, porém., de tuna circunstância histórica que
lidade entre o desenvolvimento
nos cumpre superar. Com o tem
agrícola e o progresso industrial, que se realizam em linhas para
po e com o enriquecimento que
lelas e não em atrito em que se
pra do mercado interno se forta
choquem e se excluam, impli cando o surto de uma em parali
lecerá, oferecendo a capacidade de absorção dq que necessita a lavoura; nem há motivo para a
Incompatibilidade entre a agri cultura e a indústria
Muitos, -entretanto, supõem inevitável esse choque. Mais do
econômico.
lucro somente poderá vir do ex
tuação de relativa independência
sação de outra.
históricas nos criaram, e que não poderemos delapidar, sem graves distúrbios em nosso organismo
ra, interpondo entre esta e aque le as barreiras alfandegárias. Julga a-lavoura que, sendo po-»
êle nos trará, o poder de com~
nossa indústria recear a concor
rência exterior, desde que saiba, como lhe oabe e será imprescin dível para o seu progresso, aper feiçoar-se. conseguindo melhor qualidade para os seus artigos e procurando reduzir-lhes o preço
não deverá repousar simples mente no protecionismo adila-
que isso, até: julgam-no inerente à própria natureza dg fenômeno. Baseiam-se em argumentos, dos
neiro.
ne
quais poderíamos considerar al
cessário no começo, e justo den
guns como ligados à nossa con
dição histórica e outros de cará
ráter universal. Oferecendo a indústria melhor salário e localizando-se nos centros urbanos,
ter universal.
provocará o êjtodo dos campos
A nossa indústria, entretanto, "
Êste, se
muita vez
tro de certos limites, poderá tor nar-se um entrave ao verdadeiro
J
de custo.
Exaínineraos as objeções de ca
Digesto Econômico
éé
intensiva dos meios de produção atraiu para ós países manufatureiros a liderança do mundo; se quisermos alcançá-los — e não vemos por que não o desejemos — devemos'industrializar-nos.
Digesto Econômico
67
progresso, com a falta de esti mulo- que trará para o aperfei
O fato objetivo
' Nã.^.nãü fiquemos na abstra ção. Pertencemos a uma deter
çoamento técnico, ante a ausên
que se volta exclusivamente pa
cia de concorrentes, e um fator
minada região geográfica, a que nos prendem condições e com
ra o mercado externo, oin cuja
do' encarecimento de vida. uma
expansão vê o seu interêsse. e a
vez que permitirá a elevação ar tificial de preços dos produtos
preocupação da indústria nacio nal em preservar o mercado in terno da concorrência estrangei
tagens e desvantagens B e C.
promissos de que não nos pode mos libertar, e estamos vivendo
Com a eliminação das tarifas al
num exato
fandegárias, de modo puro e sim ples. e já enfraquecidos financei ramente pelas razões expostas, e
que decorre de fatòres que o pre
Parece-nos inegável • a conclu são a que nos leva a observação
cederam e causaram.
dos fatos: o futuro da nossa eco
Passemos a considerar as van
dado, ainda, q^ue as demais na ções não nos acompanhassem na
abolição dos direitos aduaneiros, poderíamos ter grande quantida de de artigos à nossa disposição. Mas, impossibilitados de vender os nossos produtos, não obtería
mos numerário cora que reali-
l(N| i il
suaspreços compras. Denossos de venda
mais, os
I
ficariam inteiramente subordina
momento
Não nos é
dado ponderar as coisas em sua ideação abstrata; mas tal como se nos apresentam na realidade contingente, em que se acham cntrosadasi c em função da qual terão de ser consideradas.
Teremos, em suma, de enca
rar o fato objetivamente. E o fatovobjetivo é o seguinte: con tamos no Brasil todo com 78.012 estabelecimentos fabris, em que trabalham cerca de 1 milhão de
operários, com um ordenado mé
baseariam em suas avaliações e
dio de 280 cruzeiros ménsais, e
■|) Com o depauperamento geral c £ nossos produtores veriam re-
- duzido o número de suas fontes < de renda, do que adviria uma di-
. minuição de meios-de ganho pa1 ra a classe trabalhadora. A van( tagem em decrescer o custo de
( vida seria, assim, apenas aparenI te, porque diminuindo em pro} porção maior
as
possibilidades
í de ganho, os nossos recursos aea( bariam por ficar em nível infej rior ao dos preços.
manufaturados.
histórico,
dos a procura internacional e sc não em nossas necessidades.
Entre os primeiros, podería mos citar a atitude da lavoura
cuja produção anual já chegou a superar a 20 bilhões de cruzei ros. Isso, representa um patri mônio, que as circunstâncias
nomia está na industrialização que nos trará a consolidação fi
bre o mercado nacional, o seu
nanceira e nos
terior; por se considerar fraca, a
colocará em
si
indústria teme a introdução de
perante o mercado internacional.
produtos manufaturados estran
Abandonaremos assim a agri cultura? Evidente que não. Não supomos que haja incompatibi
geiros no interior do país. . Trata-se apenas, porém., de tuna circunstância histórica que
lidade entre o desenvolvimento
nos cumpre superar. Com o tem
agrícola e o progresso industrial, que se realizam em linhas para
po e com o enriquecimento que
lelas e não em atrito em que se
pra do mercado interno se forta
choquem e se excluam, impli cando o surto de uma em parali
lecerá, oferecendo a capacidade de absorção dq que necessita a lavoura; nem há motivo para a
Incompatibilidade entre a agri cultura e a indústria
Muitos, -entretanto, supõem inevitável esse choque. Mais do
econômico.
lucro somente poderá vir do ex
tuação de relativa independência
sação de outra.
históricas nos criaram, e que não poderemos delapidar, sem graves distúrbios em nosso organismo
ra, interpondo entre esta e aque le as barreiras alfandegárias. Julga a-lavoura que, sendo po-»
êle nos trará, o poder de com~
nossa indústria recear a concor
rência exterior, desde que saiba, como lhe oabe e será imprescin dível para o seu progresso, aper feiçoar-se. conseguindo melhor qualidade para os seus artigos e procurando reduzir-lhes o preço
não deverá repousar simples mente no protecionismo adila-
que isso, até: julgam-no inerente à própria natureza dg fenômeno. Baseiam-se em argumentos, dos
neiro.
ne
quais poderíamos considerar al
cessário no começo, e justo den
guns como ligados à nossa con
dição histórica e outros de cará
ráter universal. Oferecendo a indústria melhor salário e localizando-se nos centros urbanos,
ter universal.
provocará o êjtodo dos campos
A nossa indústria, entretanto, "
Êste, se
muita vez
tro de certos limites, poderá tor nar-se um entrave ao verdadeiro
J
de custo.
Exaínineraos as objeções de ca
prejudicial à lavoura. Não há
dúvida que a indústria dispõe sempre de meios para pagar me lhor aos trabalhadores e a cida de, com o seu maior conforto e
o número "cie seús atrativos, exerce fascinação no espínto úò campesino.
Mas, para contrabalançar, se a lavoura não pode oferecer me■^Ihor ordenado, proporciona con-
. dições de vida, sob certos pon
tos, de melhores perspetivas eco nômicas. Pois, possibilitando ao operário o plantio de certas cul
turas próprias —como feijão, arroz e milho (como se pratica
le, não puro assalariado, como o
trabalhador industrial, mas for
nece-lhe meios com que possa,
baixando o custo de vida a um
por Mário BENI
(Especial para o Digesto Econômico)
mar um pecúlio que lhe trara u
independência econômica no fu
O S que vêm acompanhando a eco
nomia do café em nosso país,
turo.
Plarmonizam-se, pois, os iii-
notadamente
no
decurso dêstes últi
cipitadamente,
tcntou-sc
reabilitar
aquela riqueza, mas, dentro do mesmo
regime que tão maus resultados deu
terêsses agrícolas e industriais. Desde que, portanto; as manufa
mos dez anos, hão de por certo fa zer a mesma pergunta que intitula es
no passado.
turas virão contribuir para o nos
te comentário:
mos no mesmo sentido; a única dife
so^ fortalecimento financeiro, tu
Se analisarmos ambas as economias,
dispensando a devida consideração à diferença da.s duas épocas, estudandose, no entanto, quanto de inatingível
industrialização o futuro da eco nomia nacional.
Não devemos
godão, etc.), por cujo trato per
va. Reconhecê-los, de antemão, não será motivo para recuo, mus
.Terá o café o mes
mo destino da borracha?
do nos aconselha a colocar na
conscientes de que são muitos os
ceberá certa quantia — faz dê-
Terá o eafé o mesmo destino da borracha?
nível inferior ao que recebe, for
pelo menos no interior de São Paulo, c que êle desenvjlverà simultânea ou intercaladamente
coin a do patrão (café, al
PONTOS dií: vista
Diffesto Econômico
éâ
fazê-lo, entretanto, às cégas, mas
a borracha representava no passado
e o café representa hoje — verificare mos que estamos caminhando quase que no mesmo paralelo, para o mcs.no
riscos e perigos da nossa tentati
fim. Também naquele tempo, a tran
arma para vencê-los.
qüilidade em torno daquela fonte de riqueza da economia nacional era ab soluta. Não faltaram os que, mais avi
sados, fizeram sentir que um grande golpe se preparava e em pouco não usufruiríamos das vantagens excepcio nais que o ouro do extremo norte nos
perdemos os compradores; com o ca
fé, tanto o combatemos nas árvores, nos terreiros, nos- armazéns, nas do cas, a bordo e nos desembarques, do outrç lado, que ac.abamos por criar o alarme em torno dessa poderosa riqueza. Se continuarmos assim, os mercados que se abrirão no após-guer • ra, por certo, não serão supridos por
nós, pelo menos diretamente; e se calcularmos as possibilidades de ab sorção dos muitos mercados que des
de 1940 estão trancados ao nosso pro duto, verificaremos que bem cedo não
estaremos em condições de atender às necessidades do consumo.
a pouco o centro produtor daquele ma •
E o futuro? Alguém culado o fim que terão produtoras de café, não concorrer conosco, mas
ra o oriente, deixando entre nós, de
pois de alguns anos, apenas sinais de
'Atoa-
rença é que a borracha nós a tínha mos de sobra; mudou-se de casa, c
proporcionava. Tudo em vão. Pouco nancial de divisas se transportava pa
h
Com o café, parece-nos, caminha
já terá cal as colônia 5 a ponto de avultando o
uma era de fausto, que nunca mais
índice de concorrência se essas co
voltou. Os tempos não mudaram com
lônias forem melhor adnnnistradas e
relação às nossas riquezas. Vivíainoj naquela época de improvizações em
a curva da , nossa produção continuar
improvizações.
fletimos, porventura, sobre os estoques
Ainda há pouco, pre
caindo como vem acontecendo?
Re
prejudicial à lavoura. Não há
dúvida que a indústria dispõe sempre de meios para pagar me lhor aos trabalhadores e a cida de, com o seu maior conforto e
o número "cie seús atrativos, exerce fascinação no espínto úò campesino.
Mas, para contrabalançar, se a lavoura não pode oferecer me■^Ihor ordenado, proporciona con-
. dições de vida, sob certos pon
tos, de melhores perspetivas eco nômicas. Pois, possibilitando ao operário o plantio de certas cul
turas próprias —como feijão, arroz e milho (como se pratica
le, não puro assalariado, como o
trabalhador industrial, mas for
nece-lhe meios com que possa,
baixando o custo de vida a um
por Mário BENI
(Especial para o Digesto Econômico)
mar um pecúlio que lhe trara u
independência econômica no fu
O S que vêm acompanhando a eco
nomia do café em nosso país,
turo.
Plarmonizam-se, pois, os iii-
notadamente
no
decurso dêstes últi
cipitadamente,
tcntou-sc
reabilitar
aquela riqueza, mas, dentro do mesmo
regime que tão maus resultados deu
terêsses agrícolas e industriais. Desde que, portanto; as manufa
mos dez anos, hão de por certo fa zer a mesma pergunta que intitula es
no passado.
turas virão contribuir para o nos
te comentário:
mos no mesmo sentido; a única dife
so^ fortalecimento financeiro, tu
Se analisarmos ambas as economias,
dispensando a devida consideração à diferença da.s duas épocas, estudandose, no entanto, quanto de inatingível
industrialização o futuro da eco nomia nacional.
Não devemos
godão, etc.), por cujo trato per
va. Reconhecê-los, de antemão, não será motivo para recuo, mus
.Terá o café o mes
mo destino da borracha?
do nos aconselha a colocar na
conscientes de que são muitos os
ceberá certa quantia — faz dê-
Terá o eafé o mesmo destino da borracha?
nível inferior ao que recebe, for
pelo menos no interior de São Paulo, c que êle desenvjlverà simultânea ou intercaladamente
coin a do patrão (café, al
PONTOS dií: vista
Diffesto Econômico
éâ
fazê-lo, entretanto, às cégas, mas
a borracha representava no passado
e o café representa hoje — verificare mos que estamos caminhando quase que no mesmo paralelo, para o mcs.no
riscos e perigos da nossa tentati
fim. Também naquele tempo, a tran
arma para vencê-los.
qüilidade em torno daquela fonte de riqueza da economia nacional era ab soluta. Não faltaram os que, mais avi
sados, fizeram sentir que um grande golpe se preparava e em pouco não usufruiríamos das vantagens excepcio nais que o ouro do extremo norte nos
perdemos os compradores; com o ca
fé, tanto o combatemos nas árvores, nos terreiros, nos- armazéns, nas do cas, a bordo e nos desembarques, do outrç lado, que ac.abamos por criar o alarme em torno dessa poderosa riqueza. Se continuarmos assim, os mercados que se abrirão no após-guer • ra, por certo, não serão supridos por
nós, pelo menos diretamente; e se calcularmos as possibilidades de ab sorção dos muitos mercados que des
de 1940 estão trancados ao nosso pro duto, verificaremos que bem cedo não
estaremos em condições de atender às necessidades do consumo.
a pouco o centro produtor daquele ma •
E o futuro? Alguém culado o fim que terão produtoras de café, não concorrer conosco, mas
ra o oriente, deixando entre nós, de
pois de alguns anos, apenas sinais de
'Atoa-
rença é que a borracha nós a tínha mos de sobra; mudou-se de casa, c
proporcionava. Tudo em vão. Pouco nancial de divisas se transportava pa
h
Com o café, parece-nos, caminha
já terá cal as colônia 5 a ponto de avultando o
uma era de fausto, que nunca mais
índice de concorrência se essas co
voltou. Os tempos não mudaram com
lônias forem melhor adnnnistradas e
relação às nossas riquezas. Vivíainoj naquela época de improvizações em
a curva da , nossa produção continuar
improvizações.
fletimos, porventura, sobre os estoques
Ainda há pouco, pre
caindo como vem acontecendo?
Re
70
do outro lado?
Digesto Econômico
Digesto Econômico Já se cuidou de fir
71
trc os produtos da terra, seja o tri
ria disposto a importar borracha sin tética?
Associação Comercial, já escrevia so
go, o algodão, o arroz, o Unho, ou ou tro qualquer, produtos considerados básicos na economia de um meio, que conseguisse suportar tão rigorosos castigos. Pois o café o suportou até
bre o temor de se verificar que al gum dia o Brasil, o maior produtor de
mar preços para as reexportações do
nosso café, para não prejudicar as ex portações diretas, futuras?
No segundo número do Boletim da
café do mundo, não tivesse café pa ra vender. Riqueza apenas em volu me mas não isoladamente para os
que a mantêm c a exploram, o café tanto sofreu dos que, com a melhor
das intenções, quiseram
protegê-lo,
que se viu abandonado por outras ex
plorações onde a concorrência é mais possível, vigorosa e , permanente.
Bsse produto era um meio e não
um fim para a economia e a finança de muitas nações que o recebiam de nós. Já em junho de 1936, em os
Aspetüs irônicos da economia do café" eu publicava no "O Observa dor Econômico e Financeiro", um artigo no qual provava que a Itália, •importando, no ano anterior, 439.252 sacas de café brasileiro, dispendêu, adquirindo-o, apenas 60.480.000 cru
zeiros, enquanto que os direitos que em seus portos arrecadava, pelo mes
mo café, excediam a 606.800.000 cruzeíros 1 O valor do produto represen tava apenas 9,9% dos impostos que o gravavam na entrada, em seus portos.
Na Alemanha essa porcentagem subiu a 28,6% e na Espanha, 44,7%. A ex
ções.
Somos, por exemplo, por uma
duto nos mercados do exterior.
Cré-
to a.facilidades para a entrada do pre dito e liberdade. Liberdade, especial
mente.
hoje; c além desses e outros casti
um futuro, embora remoto, mais con-
gos, poderíamos citar os acenos que
outras culturas. fizeram aos capitais,
scntâneo com as nossas possibilida des. Devemos estimular os que já
Henry, quando nos deleitamos nestes velhos problemas da economia do
de forma a que o esteio da nossa ba
produziran^, os que produzem e a
Brasil:
Nunca nos esqueçamos -le
"O Estado sempre foi ma"ü
lança comercial íôsse em boa parte
própria prbdução futura.
abandonado à sua jirópria sorte.
orientação que sirvam de estímulo à
negociante e muito mau industrial". A liberdade, acrescenta Nittí, aiufU permanece condição absoluta de todo
As estatísticas estão aí a provar que o nosso produto principal não supor tará um nível maior de procura se sc reabrirem, mesmo que seja nos índi ces dos anos anteriores à guerra, os
replantação
o progresso
mercados
consumidores
de
das
Preços e
nossas zonas boas.
Coisas# que deverão desaparecer no a|»ós-giierra A indústria dos direitos sôbre o café
todo ' o
mundo. E seria interessante e suges
Dírellos pcT
Direitos em Cf 5
Valor do café
100 qiriios
dio em 1935
SC. de 60 k.
arrecadados
8 bordo
LIt
1.600
Cr$ 1,439
1.381,44
606.800,262,00
60.480,825.00
871.Q07
RM 160
.. 5,224
501,50
- 436 813,494.00
.125225,399,00
..Espalha(1)70.407
pes. 215
..
308,43
21.716 264,00
- 9.758,285.00
Sacas
PAÍSES Importadas
tivo até, se considerássemos a possi
193S
Direitos por Cambio mé
bilidade de um aumento de consumo. Para isso contribuem o nível zero dos
Itália . . . 439.252
estoques europeus, a possibilidade de desaparecerem as graves barreiras
Alemanha
que o cerceavam na sua expansão e,
quiçá, a abertura
de
2.391
mercados dos
quajs nunca anteriormente noç servi
(1) Estatísticas publicadas por Mário Bani em «Aspetos irônicos da Econo
mos, tais como os da Rússia, China, médio Oriente, etc. Onde encontrar o café para isso? Que fazemos para preparar a produção em futuro, senão
mia do Café, no «O Observador Econômico e Financeiro» de junho de 1936.
breve pelo menos remoto, assegurando-nos a continuidade da hegemonia da produção do produto que sempre foi a base, o esteio principal, dos nos sos recursos sobre o exterior?
Ve
pansão do produto era sufocada fora,
remos nas manchetes de nossos" jor
nais, como há dias, algo que se asse
Nunca se viu, de maneira alguma, en-
Não nos' percamos. Também somos contrários à literatura de interroga
planificação de forma a assegurar-nos
como era sacrificada
internamente.
Estudos e concretização de um mí nimo de reivindicações externas quan-
I,
melhe à notícia de que o Brasil esta-
>
70
do outro lado?
Digesto Econômico
Digesto Econômico Já se cuidou de fir
71
trc os produtos da terra, seja o tri
ria disposto a importar borracha sin tética?
Associação Comercial, já escrevia so
go, o algodão, o arroz, o Unho, ou ou tro qualquer, produtos considerados básicos na economia de um meio, que conseguisse suportar tão rigorosos castigos. Pois o café o suportou até
bre o temor de se verificar que al gum dia o Brasil, o maior produtor de
mar preços para as reexportações do
nosso café, para não prejudicar as ex portações diretas, futuras?
No segundo número do Boletim da
café do mundo, não tivesse café pa ra vender. Riqueza apenas em volu me mas não isoladamente para os
que a mantêm c a exploram, o café tanto sofreu dos que, com a melhor
das intenções, quiseram
protegê-lo,
que se viu abandonado por outras ex
plorações onde a concorrência é mais possível, vigorosa e , permanente.
Bsse produto era um meio e não
um fim para a economia e a finança de muitas nações que o recebiam de nós. Já em junho de 1936, em os
Aspetüs irônicos da economia do café" eu publicava no "O Observa dor Econômico e Financeiro", um artigo no qual provava que a Itália, •importando, no ano anterior, 439.252 sacas de café brasileiro, dispendêu, adquirindo-o, apenas 60.480.000 cru
zeiros, enquanto que os direitos que em seus portos arrecadava, pelo mes
mo café, excediam a 606.800.000 cruzeíros 1 O valor do produto represen tava apenas 9,9% dos impostos que o gravavam na entrada, em seus portos.
Na Alemanha essa porcentagem subiu a 28,6% e na Espanha, 44,7%. A ex
ções.
Somos, por exemplo, por uma
duto nos mercados do exterior.
Cré-
to a.facilidades para a entrada do pre dito e liberdade. Liberdade, especial
mente.
hoje; c além desses e outros casti
um futuro, embora remoto, mais con-
gos, poderíamos citar os acenos que
outras culturas. fizeram aos capitais,
scntâneo com as nossas possibilida des. Devemos estimular os que já
Henry, quando nos deleitamos nestes velhos problemas da economia do
de forma a que o esteio da nossa ba
produziran^, os que produzem e a
Brasil:
Nunca nos esqueçamos -le
"O Estado sempre foi ma"ü
lança comercial íôsse em boa parte
própria prbdução futura.
abandonado à sua jirópria sorte.
orientação que sirvam de estímulo à
negociante e muito mau industrial". A liberdade, acrescenta Nittí, aiufU permanece condição absoluta de todo
As estatísticas estão aí a provar que o nosso produto principal não supor tará um nível maior de procura se sc reabrirem, mesmo que seja nos índi ces dos anos anteriores à guerra, os
replantação
o progresso
mercados
consumidores
de
das
Preços e
nossas zonas boas.
Coisas# que deverão desaparecer no a|»ós-giierra A indústria dos direitos sôbre o café
todo ' o
mundo. E seria interessante e suges
Dírellos pcT
Direitos em Cf 5
Valor do café
100 qiriios
dio em 1935
SC. de 60 k.
arrecadados
8 bordo
LIt
1.600
Cr$ 1,439
1.381,44
606.800,262,00
60.480,825.00
871.Q07
RM 160
.. 5,224
501,50
- 436 813,494.00
.125225,399,00
..Espalha(1)70.407
pes. 215
..
308,43
21.716 264,00
- 9.758,285.00
Sacas
PAÍSES Importadas
tivo até, se considerássemos a possi
193S
Direitos por Cambio mé
bilidade de um aumento de consumo. Para isso contribuem o nível zero dos
Itália . . . 439.252
estoques europeus, a possibilidade de desaparecerem as graves barreiras
Alemanha
que o cerceavam na sua expansão e,
quiçá, a abertura
de
2.391
mercados dos
quajs nunca anteriormente noç servi
(1) Estatísticas publicadas por Mário Bani em «Aspetos irônicos da Econo
mos, tais como os da Rússia, China, médio Oriente, etc. Onde encontrar o café para isso? Que fazemos para preparar a produção em futuro, senão
mia do Café, no «O Observador Econômico e Financeiro» de junho de 1936.
breve pelo menos remoto, assegurando-nos a continuidade da hegemonia da produção do produto que sempre foi a base, o esteio principal, dos nos sos recursos sobre o exterior?
Ve
pansão do produto era sufocada fora,
remos nas manchetes de nossos" jor
nais, como há dias, algo que se asse
Nunca se viu, de maneira alguma, en-
Não nos' percamos. Também somos contrários à literatura de interroga
planificação de forma a assegurar-nos
como era sacrificada
internamente.
Estudos e concretização de um mí nimo de reivindicações externas quan-
I,
melhe à notícia de que o Brasil esta-
>
73
Digesto Econômico
R que ficou reduzida a economia francesa
atingem 80 milhões de libras em obri gações e 50 milhões em saldos bancá rios. Segundo acordo assinado entre
com conseqüências funestas ou, pelo
a Grã-Bretanha e as autoridades do
Emergindo do càos em que a manteve a ocupação na
no mês de fevereiro passado, cada par
para o movimento de aproximação com a França, considerando-se êsse enten dimento como um passo inicial para
zista, a França procura melhorítr as suas condições in
te se comprometeu a manter ilimitada
a constituição de um bloco econômi
ternas, articuiando-se no exterior com a Inglaterra num
mente o meio circulante
de outra,
co que reuniria também a Holanda e
bloco de que também fariam
sem colateral em ouro ou garantia, ex ceto se para um esforço dc equilíbrio que as circunstâncias de guerra pu
a Bélgica, entrosando-se êsses países num sistema que, iniciado com as três nações, poderia progredir, estenden
dessem permitir.
do-se a
Império Colonial Francês, em Argel,
parte
a
Holanda
c
a
Bélgica.
AO libcrtar-se do jugo alemão, a i" rança reconquistou a sua sobe
rania, com a qual reingressa no con certo internacional, vindo ocupar, ao
lado das outras nações, ó lugar que Ibe compete na civilização ocidental,
Ide que, se afastara.
As dificuldades de transporte, como c natural, têm repercussão inwdiata
na produçião, paralisando a indústria e dificultando os traballios agrícolas, o que vem determinar a carência dc
gêneros
alimentícios.
Efetivamente
são muito más as condições dc ali-'
Ao isolamento, a qúe a forçou o
mentação do país, cuja população vem
invasor nazista, se sucederá um pe-
passando dias de terrível provação. Campeia o mercado negro, em que
•| ríodo de reconstrução interna e de leP ajustamento e.xterior, cm que a na..çâo terá de desenvolver um esforço que as suas condições econômicas não
serão estranhas. Começam a chegarnos de fonte inglesa as pririiciras no
tícias a respeito da situação financei
o franco é cotado numa base dc 900
unidades por 1 libra esterlina. lar-ouro está a 1.150 francos.
O dôPara
que sejam melhoradas as comunica
outras continuam a produzir apare
que
lhos de tipo militar.
esboçam
na
sua
política
econômica.
gem' algumas idéias reformistas, pre conizando a nacionalização de certas
mente danificados os meios de comu nicações e transportes. Somente, os . prejf/ízos sofridos pelos sistemas télc-
indústrias mais importantes. Dc um modo geral, porém, os írancêsés sc
^ gráfico e telefônico foram calculados Avalia-se
j em 3 mil o número de pontes destruí das.
êsse
outras
nacionalidades euro
péias.
ria, assim, oportunidade para acumu
num sistema que, iniciado com as três
Acresce notar, porém,
Além disso a colaboração inglesa
terá um significado político valioso, não só de necessidade no presente,
ração de sua economia interna, colo cando-a, enquanto estiver ainda ma-
como de influência benéfica no futu
leável, dentro de quadros diferentes,
ro, pois a França não poderia esque
em que se reajustem os seus diversos
cer a cooperação britânica para o seu
setores e pelos quais já abandonado
reerguimento econômico.
o grande protecionismo em relação à
Ao contrá
rio a sua recusa a essa colaboração te
pequena agricultura, que é considera
ria .repercussão
da ineficiente e deficitária.
política
duradoura,
O material rodante é escasso.
manifestam contrários à economia in
para
paca
ça deverá proceder a uma reestrutu
teiramente planificada. A tendência exterior é
que,
terra, a Holanda e a Bélgica, a Fran
lar saldos em francos.
Quanto à política econômica, sur
As devastações no interior do país foram grandes, achando-se completa
em 6 milhões de francos.
Crê-se que
acordo será prorrogado, uma vez que traria vantagens à Inglaterra que te
ções", algumas fábricas já estão fabri cando aviões de transporte, enquanto
ra da França e das tendências e idéias
se
menos, pouco desejáveis. Na Inglaterra olha-se com simpatia
uma
aproximação com a Inglaterra, onde a
França tem atrativos que se acredita w.tLyex.clUliiuju.-A.L'..;...
73
Digesto Econômico
R que ficou reduzida a economia francesa
atingem 80 milhões de libras em obri gações e 50 milhões em saldos bancá rios. Segundo acordo assinado entre
com conseqüências funestas ou, pelo
a Grã-Bretanha e as autoridades do
Emergindo do càos em que a manteve a ocupação na
no mês de fevereiro passado, cada par
para o movimento de aproximação com a França, considerando-se êsse enten dimento como um passo inicial para
zista, a França procura melhorítr as suas condições in
te se comprometeu a manter ilimitada
a constituição de um bloco econômi
ternas, articuiando-se no exterior com a Inglaterra num
mente o meio circulante
de outra,
co que reuniria também a Holanda e
bloco de que também fariam
sem colateral em ouro ou garantia, ex ceto se para um esforço dc equilíbrio que as circunstâncias de guerra pu
a Bélgica, entrosando-se êsses países num sistema que, iniciado com as três nações, poderia progredir, estenden
dessem permitir.
do-se a
Império Colonial Francês, em Argel,
parte
a
Holanda
c
a
Bélgica.
AO libcrtar-se do jugo alemão, a i" rança reconquistou a sua sobe
rania, com a qual reingressa no con certo internacional, vindo ocupar, ao
lado das outras nações, ó lugar que Ibe compete na civilização ocidental,
Ide que, se afastara.
As dificuldades de transporte, como c natural, têm repercussão inwdiata
na produçião, paralisando a indústria e dificultando os traballios agrícolas, o que vem determinar a carência dc
gêneros
alimentícios.
Efetivamente
são muito más as condições dc ali-'
Ao isolamento, a qúe a forçou o
mentação do país, cuja população vem
invasor nazista, se sucederá um pe-
passando dias de terrível provação. Campeia o mercado negro, em que
•| ríodo de reconstrução interna e de leP ajustamento e.xterior, cm que a na..çâo terá de desenvolver um esforço que as suas condições econômicas não
serão estranhas. Começam a chegarnos de fonte inglesa as pririiciras no
tícias a respeito da situação financei
o franco é cotado numa base dc 900
unidades por 1 libra esterlina. lar-ouro está a 1.150 francos.
O dôPara
que sejam melhoradas as comunica
outras continuam a produzir apare
que
lhos de tipo militar.
esboçam
na
sua
política
econômica.
gem' algumas idéias reformistas, pre conizando a nacionalização de certas
mente danificados os meios de comu nicações e transportes. Somente, os . prejf/ízos sofridos pelos sistemas télc-
indústrias mais importantes. Dc um modo geral, porém, os írancêsés sc
^ gráfico e telefônico foram calculados Avalia-se
j em 3 mil o número de pontes destruí das.
êsse
outras
nacionalidades euro
péias.
ria, assim, oportunidade para acumu
num sistema que, iniciado com as três
Acresce notar, porém,
Além disso a colaboração inglesa
terá um significado político valioso, não só de necessidade no presente,
ração de sua economia interna, colo cando-a, enquanto estiver ainda ma-
como de influência benéfica no futu
leável, dentro de quadros diferentes,
ro, pois a França não poderia esque
em que se reajustem os seus diversos
cer a cooperação britânica para o seu
setores e pelos quais já abandonado
reerguimento econômico.
o grande protecionismo em relação à
Ao contrá
rio a sua recusa a essa colaboração te
pequena agricultura, que é considera
ria .repercussão
da ineficiente e deficitária.
política
duradoura,
O material rodante é escasso.
manifestam contrários à economia in
para
paca
ça deverá proceder a uma reestrutu
teiramente planificada. A tendência exterior é
que,
terra, a Holanda e a Bélgica, a Fran
lar saldos em francos.
Quanto à política econômica, sur
As devastações no interior do país foram grandes, achando-se completa
em 6 milhões de francos.
Crê-se que
acordo será prorrogado, uma vez que traria vantagens à Inglaterra que te
ções", algumas fábricas já estão fabri cando aviões de transporte, enquanto
ra da França e das tendências e idéias
se
menos, pouco desejáveis. Na Inglaterra olha-se com simpatia
uma
aproximação com a Inglaterra, onde a
França tem atrativos que se acredita w.tLyex.clUliiuju.-A.L'..;...
Pode-se substituir a chuva ? 75
Digesto Econômico
São Paulo, aliás, já há anos, iniciou"^ considerando
que não podem deixar de ser conside radas anormais.
I
O período de estação seca tende a prolongar-se cada vez maís. È a quantidade de chuvas que caem em
A fim de 'screm evitados os prejuízos
rar que o problema da irrigação de largos setores do país é tão funda mental para a segurança econômica
decorrentes dos períodos cíclicos das
encanto.
da nação quanto o combate à erosão ao porvir dos Estados Unidos. São
secas, o A. mostra a necessidade de
que se tenha começado um trabalho
palavras textuais
irrígatório
mexicano:
realização de uma política de irriga
novembro a abril. Contrariamente
ção das terras em larga escala.
o que- estamos agora contemplando é
a divisão do clima estadual em dois
pcrío(Ío.s definidos: o da seca quase absoluta e o do excesso de chuvas. Quer isso dizer que, queiramos ou não aceitar o fato, estamos às vol
de
vulto. Nos
Estados
Unidos, no Colorado, as terras
em cinco ou seis meses do ano, de
com certa regularidade em nosso meio,
O mesmo fato aconteceu onde quer
ser realizada uma "política de irriga
ambos conjugaram esforços, visando a
cas, quando as chuvas se distribuíam
a ter nessa zona do Estado uma pro
ção" em nosso Estado.
nosso Estado concentra-se sobretudo ao que nos acontecia em outras-épo
Por isso, habilitou-se
dução risícola abundante c rcmune-
á cerca de dois anos, o Estado
climatológicas,
le do Paraíba.
radorã. A valorização do solo, mercê da irrigação, nesse quadrante de nos sa terra, operou-se como que por
Por CRISTÓVAM DANTAS
de São Paulo vem sendo tortu
nantes que os norte-americanos es tão obtendo com os seus projetos irrigatórios no Oeste. Um economista mexicano chegou ao ponto de asseve
Uma "política de lrri$«acão" para S. Paailo
rado por condições
Ao homem e ao produtor rural por certo não 6 dado corrigir os capri chos da natureza. Pode, no entanto,
quando sabe agir
com
inteligência,
que
São'' Paulo está, portanto, a exem plo de tantos outros povos, antigos ou
importância econômica.
modernos, na obrigação Imediata de
No México, cm seu planalto, ou me- ^ levar a efeito uma política de irriga
gicas mais ou menos idênticas às de São Paulo.
Ora, como é nessa re
gião que se situa o centro de gravi
nidade aprendeu a irrigar, por causa
dade da economia agrícola nacional c
água que, sob o ponto de vista da agricultura e da pecuária, é desvan-
do flagelo das secas.
a zona dotada de maior poder de pro
contemporâneo, essa prática se difun-
Circunstâncias dessa natureza não
siva a quase todos os povos modernos.
afetaram nem afetam apenas a nós. Em outros países sucederam c conti
Na Argentina, no Peru, nos Estados Unidos, na Venezuela, no Chile, cm Cuba, a irrigação é uma imposição, por assim dizer, da irregularidade cli-
nuam a suceder fenômenos dessa na tureza.
Justiça, porém, se faça aos gover nantes e aos governados de nações.
outras
Percebendo as mesmas in
conveniências do estado de coisas, que
-já existe igualmente em São Paulo,
matológica e da cultura intensiva. Os capitais- colocados cm trabalhos irrigatórios são consideráveis, o que de monstra a alta importância que se li ga a empreendimentos dessa natureza.
pulação."
Iorque, não obstante a sua elevada
estão rcpontando condições climatoló
'diu de La! natureza que é hoje exten
gar parte apreciável de suas terras,
te par^a o sustento de sua própria po
no Oeste, valem iioje mais do que os melhores solos do Estado de Nova
distribuição das chuvas, apelando pa
E,_ no mundo
agrônomo
está fadado a não produzir o bastan
diques
lhor. em sua "meseta", há anos que
Desde épocas imemoriais, a huma
um
construção de seus grandes
neutralizar os inconvenientes da niá ra a irrigação.
de
O México, se não irri
passaram a ser irrigávcis, depois da
tas com um regime de distribuição de
tajoso e inconveniente.
os resultados impressio
a irrigação em certos .setores do Va
dutividade, é natural cjue
o
Estado
pense em tornar esses solos mais pro
dutivos. Por isso, apelou para um programa irrígatório em larga escala,
ção em condições de garantir, senão de elevar, o volume de sua produção agrícola.
Se não agirmos com von
tade realizadora, teremos de
as.5Ístir
aos mesmos espetáculos acabrimhadorcs de períodos cíclicos de sêcas e de cstios prolongados, semeando eni to dos os escaninhos de nosso organismo geográfico e social o desânimo, a des crença, e o abandono das lides agrá
rias, com graves prejuízos para a vi- j
da organizada do Estado e da Nação. „
i
Pode-se substituir a chuva ? 75
Digesto Econômico
São Paulo, aliás, já há anos, iniciou"^ considerando
que não podem deixar de ser conside radas anormais.
I
O período de estação seca tende a prolongar-se cada vez maís. È a quantidade de chuvas que caem em
A fim de 'screm evitados os prejuízos
rar que o problema da irrigação de largos setores do país é tão funda mental para a segurança econômica
decorrentes dos períodos cíclicos das
encanto.
da nação quanto o combate à erosão ao porvir dos Estados Unidos. São
secas, o A. mostra a necessidade de
que se tenha começado um trabalho
palavras textuais
irrígatório
mexicano:
realização de uma política de irriga
novembro a abril. Contrariamente
ção das terras em larga escala.
o que- estamos agora contemplando é
a divisão do clima estadual em dois
pcrío(Ío.s definidos: o da seca quase absoluta e o do excesso de chuvas. Quer isso dizer que, queiramos ou não aceitar o fato, estamos às vol
de
vulto. Nos
Estados
Unidos, no Colorado, as terras
em cinco ou seis meses do ano, de
com certa regularidade em nosso meio,
O mesmo fato aconteceu onde quer
ser realizada uma "política de irriga
ambos conjugaram esforços, visando a
cas, quando as chuvas se distribuíam
a ter nessa zona do Estado uma pro
ção" em nosso Estado.
nosso Estado concentra-se sobretudo ao que nos acontecia em outras-épo
Por isso, habilitou-se
dução risícola abundante c rcmune-
á cerca de dois anos, o Estado
climatológicas,
le do Paraíba.
radorã. A valorização do solo, mercê da irrigação, nesse quadrante de nos sa terra, operou-se como que por
Por CRISTÓVAM DANTAS
de São Paulo vem sendo tortu
nantes que os norte-americanos es tão obtendo com os seus projetos irrigatórios no Oeste. Um economista mexicano chegou ao ponto de asseve
Uma "política de lrri$«acão" para S. Paailo
rado por condições
Ao homem e ao produtor rural por certo não 6 dado corrigir os capri chos da natureza. Pode, no entanto,
quando sabe agir
com
inteligência,
que
São'' Paulo está, portanto, a exem plo de tantos outros povos, antigos ou
importância econômica.
modernos, na obrigação Imediata de
No México, cm seu planalto, ou me- ^ levar a efeito uma política de irriga
gicas mais ou menos idênticas às de São Paulo.
Ora, como é nessa re
gião que se situa o centro de gravi
nidade aprendeu a irrigar, por causa
dade da economia agrícola nacional c
água que, sob o ponto de vista da agricultura e da pecuária, é desvan-
do flagelo das secas.
a zona dotada de maior poder de pro
contemporâneo, essa prática se difun-
Circunstâncias dessa natureza não
siva a quase todos os povos modernos.
afetaram nem afetam apenas a nós. Em outros países sucederam c conti
Na Argentina, no Peru, nos Estados Unidos, na Venezuela, no Chile, cm Cuba, a irrigação é uma imposição, por assim dizer, da irregularidade cli-
nuam a suceder fenômenos dessa na tureza.
Justiça, porém, se faça aos gover nantes e aos governados de nações.
outras
Percebendo as mesmas in
conveniências do estado de coisas, que
-já existe igualmente em São Paulo,
matológica e da cultura intensiva. Os capitais- colocados cm trabalhos irrigatórios são consideráveis, o que de monstra a alta importância que se li ga a empreendimentos dessa natureza.
pulação."
Iorque, não obstante a sua elevada
estão rcpontando condições climatoló
'diu de La! natureza que é hoje exten
gar parte apreciável de suas terras,
te par^a o sustento de sua própria po
no Oeste, valem iioje mais do que os melhores solos do Estado de Nova
distribuição das chuvas, apelando pa
E,_ no mundo
agrônomo
está fadado a não produzir o bastan
diques
lhor. em sua "meseta", há anos que
Desde épocas imemoriais, a huma
um
construção de seus grandes
neutralizar os inconvenientes da niá ra a irrigação.
de
O México, se não irri
passaram a ser irrigávcis, depois da
tas com um regime de distribuição de
tajoso e inconveniente.
os resultados impressio
a irrigação em certos .setores do Va
dutividade, é natural cjue
o
Estado
pense em tornar esses solos mais pro
dutivos. Por isso, apelou para um programa irrígatório em larga escala,
ção em condições de garantir, senão de elevar, o volume de sua produção agrícola.
Se não agirmos com von
tade realizadora, teremos de
as.5Ístir
aos mesmos espetáculos acabrimhadorcs de períodos cíclicos de sêcas e de cstios prolongados, semeando eni to dos os escaninhos de nosso organismo geográfico e social o desânimo, a des crença, e o abandono das lides agrá
rias, com graves prejuízos para a vi- j
da organizada do Estado e da Nação. „
i
77
Dígesto Econômico
PiU{A A AITOKIA O que se fez com a lei de empréstimos e arrendamentos C< òmentc o futuro
poderá
dizer
com segurança da importância
Como
nasceu,
se
triunfou nos Estados
desenvolveu
e
Unidos a idéia
alcance e significação da Lei de Em
de auxilio aos Aliados, por intermé
préstimos e Arrendamentos. Ela re
dio de uma lei de comércio interna
presenta
no
terreno
econômico
maior esforço de colaboração
o
por
parte dos Estados Unidos para a vi
cional, cujos termos, deixando
de
basear-se no lucro pecuniário, se orien tassem pelo objetivo moral de vi tória total sobre o inimigo comum.
tória aliada.
recerttemente, sob o títu 1lo Publicado de Lend-Lease Weapon for Victory (Empréstimos e Arrendamentos
^arma da vitória), o livro do Sr. E. R. Stettinius, antigo
administrador
da Lei e atualmente sub-secretário de
ziam de cada pais vencido uma presa incrme nas mãos do país vencedor,
comprador. Não triunfara a distinção
que se constituía em ameaça para os
mas realizara-se algum progresso so
demais.
fazer
bre a idéia de abstenção integral c
distinção entre países agressores c países agredidos, estabelecendo-se um
predeterminada. No dia 4 de novem bro de 1939 o Cash-and-carry (" Píi*
conceito de ordem moral no julga mento de cada qual. Se era injusta,
gue e leve") tornou-se a lei.
Tornou-se
necessário
por princípio, a agressão, era justa a reação do agredido que, por êsse mo tivo, merecia ajuda. Os círculos mais representativos do pensamento da nação entraram a mo
rígida neutralidade, com que se man tivessem alheios a tôda questão bé lica surgida entre povos estranhos
sem levar em conta qualquer conside ração de ordem moral, como, por
vimentar-se, solicitando a reforma do Neutrality Act. Não foi fácil, entre tanto, conseguir a revisão da lei, que se encontrava alicerçada na opinião
de uma grande parte da população. Depois da queda da Polônia, em cujo auxílio foram a França e a Inglater
entre países agressores e agredidos,
Alguns dias depois era estabelecida nos Estados Unidos a Comissão dc
Compra da Inglaterra. Sob a direção
de Jean F. Bloch-Lainé, constituiu-sc a missão francesa. Mais tarde foi cria
da a Comissão de Coordenação Anglo-Franccsa. Em começo de novem bro de 1939, o presidente RoosevcU
determinou que, sob a orientação do secretário Morgenthau, a Comissão de Ligação, recém-nomeada, dispensasse assistência e acompanhasse os traba
Estado norte-americano, nos permite uma visão de conjunto, pela qual po
exemplo, a diferença.de condições en
demos assistir ao nascimento da idéia, acom{>anhar-Ihe o desenvolvimento,
agressora. Ambas deviam receber idên-
ra, os Estados Unidos ainda manti
dico tratamento, isto é, uma mesma
nham a lei. Ao proclamar a neutrali
vê-la transformada em lei e finalmen
recusa de auxílio, tanto "de ordem fi
te tomar conhecimento da extensão e
nanceira como de qualquer outra na tureza. Êsse ponto de vista achava-se
dade norte-americana, o presidente Roosevelt, quando da declaração de
para o 1.° semestre de 1940, três vê zes maiores do que para todo o cor
guerra daqueles
rer de 1939 — mais de 8.000 aeroplamòs e 13.000 motores. O total de aero-
grau de sua aplicação, a princípio so
tre
uma' nação
agredida
no
e
Neutrality
outra
Act
países europeus à
mente na Inglaterra e depois em ou
consubstanciado
tros países, cuja inclusão se ia fa
(Lei de Neutralidade), arvorada em
embarques de armamento para as na
zendo à medida que o movimento ar mado tomava maiores, proporções c abrangia maior número de povos. • A guerra passada, em que os Esta dos Unidos tomaram parte, criou nes
salvaguarda dos Estados Unidos con
ções beligerantes. Convocado em mea
tra qualquer tentativa de cooperação em movimento armado de que parti cipassem países estrangeiros em luta
dos de setembro de 1939 e depois de inúmeros debates, veio finalmente o Congresso a aceitar a reforma da Lei
uns contra os outros.
de Neutralidade.
se país uma mentalidade pacifista que desejava o isolamento da naçãò, livrando-a a todo transe do perigo de se deixar envolver por novo conflito. Para isso acreditavaTse que a atua
ção internacional dos Estados Unidos
devia ser pautada num princípio de
Alemanha, punha embargo a todos os
Foi aceito o princípio de que, uma
Reforma do Neutrality Act
lhos de compra da Comislo AngloI Francesa. Foram feitas encomendas,
planos militares encomendados de L° de janeiro de 1939 a fins de junho de
1940 e.Ievou-se, assim, a. 10.800 apare lhos. /
A falta de necessário ajustamento e adaptação da indústria norte-amefi* cana fez, entretanto, com que não P"*
vez que os países interessados viessem
dessem ser embarcados para a Inglâ,
buscar os armamentos com seus pró
essa concepção começou a sofrer aba
prios navios e os pagamentos fossem
terra mais do que 104 aeroplanos 6. para a França, .157. A essa altura
los. Apareceram as primeiras críticas. Verificava-se que a guerra era movi
feitos a -dinheiro, os Estados Unidos
Linha Maginot liavia sido flanqiiead
devcriaiTi vender tudo o que fôsse jul gado necessário para a defesa do país
zinhanças do Canal dá Mancha.
Ante as sucessivas invasões nazistas
da por intuitos de conquista, que,fa-
e os nazistas se encontravam nas vi'
77
Dígesto Econômico
PiU{A A AITOKIA O que se fez com a lei de empréstimos e arrendamentos C< òmentc o futuro
poderá
dizer
com segurança da importância
Como
nasceu,
se
triunfou nos Estados
desenvolveu
e
Unidos a idéia
alcance e significação da Lei de Em
de auxilio aos Aliados, por intermé
préstimos e Arrendamentos. Ela re
dio de uma lei de comércio interna
presenta
no
terreno
econômico
maior esforço de colaboração
o
por
parte dos Estados Unidos para a vi
cional, cujos termos, deixando
de
basear-se no lucro pecuniário, se orien tassem pelo objetivo moral de vi tória total sobre o inimigo comum.
tória aliada.
recerttemente, sob o títu 1lo Publicado de Lend-Lease Weapon for Victory (Empréstimos e Arrendamentos
^arma da vitória), o livro do Sr. E. R. Stettinius, antigo
administrador
da Lei e atualmente sub-secretário de
ziam de cada pais vencido uma presa incrme nas mãos do país vencedor,
comprador. Não triunfara a distinção
que se constituía em ameaça para os
mas realizara-se algum progresso so
demais.
fazer
bre a idéia de abstenção integral c
distinção entre países agressores c países agredidos, estabelecendo-se um
predeterminada. No dia 4 de novem bro de 1939 o Cash-and-carry (" Píi*
conceito de ordem moral no julga mento de cada qual. Se era injusta,
gue e leve") tornou-se a lei.
Tornou-se
necessário
por princípio, a agressão, era justa a reação do agredido que, por êsse mo tivo, merecia ajuda. Os círculos mais representativos do pensamento da nação entraram a mo
rígida neutralidade, com que se man tivessem alheios a tôda questão bé lica surgida entre povos estranhos
sem levar em conta qualquer conside ração de ordem moral, como, por
vimentar-se, solicitando a reforma do Neutrality Act. Não foi fácil, entre tanto, conseguir a revisão da lei, que se encontrava alicerçada na opinião
de uma grande parte da população. Depois da queda da Polônia, em cujo auxílio foram a França e a Inglater
entre países agressores e agredidos,
Alguns dias depois era estabelecida nos Estados Unidos a Comissão dc
Compra da Inglaterra. Sob a direção
de Jean F. Bloch-Lainé, constituiu-sc a missão francesa. Mais tarde foi cria
da a Comissão de Coordenação Anglo-Franccsa. Em começo de novem bro de 1939, o presidente RoosevcU
determinou que, sob a orientação do secretário Morgenthau, a Comissão de Ligação, recém-nomeada, dispensasse assistência e acompanhasse os traba
Estado norte-americano, nos permite uma visão de conjunto, pela qual po
exemplo, a diferença.de condições en
demos assistir ao nascimento da idéia, acom{>anhar-Ihe o desenvolvimento,
agressora. Ambas deviam receber idên-
ra, os Estados Unidos ainda manti
dico tratamento, isto é, uma mesma
nham a lei. Ao proclamar a neutrali
vê-la transformada em lei e finalmen
recusa de auxílio, tanto "de ordem fi
te tomar conhecimento da extensão e
nanceira como de qualquer outra na tureza. Êsse ponto de vista achava-se
dade norte-americana, o presidente Roosevelt, quando da declaração de
para o 1.° semestre de 1940, três vê zes maiores do que para todo o cor
guerra daqueles
rer de 1939 — mais de 8.000 aeroplamòs e 13.000 motores. O total de aero-
grau de sua aplicação, a princípio so
tre
uma' nação
agredida
no
e
Neutrality
outra
Act
países europeus à
mente na Inglaterra e depois em ou
consubstanciado
tros países, cuja inclusão se ia fa
(Lei de Neutralidade), arvorada em
embarques de armamento para as na
zendo à medida que o movimento ar mado tomava maiores, proporções c abrangia maior número de povos. • A guerra passada, em que os Esta dos Unidos tomaram parte, criou nes
salvaguarda dos Estados Unidos con
ções beligerantes. Convocado em mea
tra qualquer tentativa de cooperação em movimento armado de que parti cipassem países estrangeiros em luta
dos de setembro de 1939 e depois de inúmeros debates, veio finalmente o Congresso a aceitar a reforma da Lei
uns contra os outros.
de Neutralidade.
se país uma mentalidade pacifista que desejava o isolamento da naçãò, livrando-a a todo transe do perigo de se deixar envolver por novo conflito. Para isso acreditavaTse que a atua
ção internacional dos Estados Unidos
devia ser pautada num princípio de
Alemanha, punha embargo a todos os
Foi aceito o princípio de que, uma
Reforma do Neutrality Act
lhos de compra da Comislo AngloI Francesa. Foram feitas encomendas,
planos militares encomendados de L° de janeiro de 1939 a fins de junho de
1940 e.Ievou-se, assim, a. 10.800 apare lhos. /
A falta de necessário ajustamento e adaptação da indústria norte-amefi* cana fez, entretanto, com que não P"*
vez que os países interessados viessem
dessem ser embarcados para a Inglâ,
buscar os armamentos com seus pró
essa concepção começou a sofrer aba
prios navios e os pagamentos fossem
terra mais do que 104 aeroplanos 6. para a França, .157. A essa altura
los. Apareceram as primeiras críticas. Verificava-se que a guerra era movi
feitos a -dinheiro, os Estados Unidos
Linha Maginot liavia sido flanqiiead
devcriaiTi vender tudo o que fôsse jul gado necessário para a defesa do país
zinhanças do Canal dá Mancha.
Ante as sucessivas invasões nazistas
da por intuitos de conquista, que,fa-
e os nazistas se encontravam nas vi'
(^ds símbok rej^resenü o mbrckH,000.000,000 de úoísks /■m. mteriaís
Digesto Econômico
79
O colapso da França
W
X Mimriivs
que alemão ao Novo Mundo — do que Dakar, de onde seria desencadea
Toniavam-se sombrias as perspecti vas na Europa. Winston Churchill
c
Paul Reynaud lançavam apelos à América. Apressaram-se os embarques. Em 14 de junbo de 1940 partiu da baía
de Gravesend o primeiro: compunhasc dc 48 caixas de canhões de campa
nha de 75 mm.; 28 milhões de pentes de munições para calibre 30; 15.000
terra.
Duvidava-se abertamente que
o espírito de isolacionismo. Pelo me nos ninguém mais o aceitava no ter
reno da economia.
Pregava-se fran
camente a colaboração econômica cuja proporção crescia sensivelmente.
12 navios deixavam a baía de Gra
ilha britânica. Verificou-se a chegada do primeiro navio a pòrto inglês em
Pfvcíulvã
à França, tomasse o rumo da Ingla terra, onde seria desembarcado.
pras nos Estados Unidos. Os advoga
A guerra, que a princípio se afigu
ck Pet/o!eo
Triunfo do' Lend-Lease
A nova idéia apareceu, pela primei ra vez, quando se começou a com preender que" à Inglaterra, cuja ex portação havia decrescido, faltariam cambiais cm dólares para as suas com
23 de junho, seis dias depois da queda da França. Foram dadas ordens para que o carregamento que se destinava
rava distante e em cuja possibilidade
não se acreditava, estava se aproxi
Agricoías
germânica espalhando o extermínio por tudo. Aumentou a cooperação dos Estados Pnldos em favor da Ingla
trava-se no mar a caminho da França,
vesend e Baltimorc em demanda da
Veiculou
Vroclutos
lidade. E a realidade era a violência
pudesse^ ser mantido por muito tempo
teiramente só. Antes do fim de junho
Motoire^
Miscebyies.
tanto, era uma ilusão que seria dissi pada ao primeiro contato com a rea
metralhadoras e 12.000 rifles. Encon
quando, a 17 de julho, o marechal Pétain solicitou armistício a Hitlcr. A Inglaterra ficava só. Mas não in
%
do esse ataque. O isolamento norte-americano, por
dos do Tesouro lembraram que, se gundo o veliio estatuto de 1892, o se cretário da Guerra poderia arrendar
mando dos Estados Unidos. Se Hitler assumisse o controle da Guiana Fran
propriedades
^
cesa, isolaria a nação norte-americana
quando, " a seu critério fôsse para o
do sul do continente e' poria uma
| \j
ameaça imediata sobre â zona do Ca
bem do povo", por um período não superior a cinco anos. Sob essa Ici
\\f\
nal do Panamá. Mesmo que essa ocupa •
Miscdaneg,
11
Materiais e
MQnufffturás 2
a
6
a
to
12
coHteans de M/ikÔes de Do/ares
das
Forças
Armadas,
" não ocupadas em serviço público *.
muitas vezes se haviam realizado ar
ção não se verificasse, não se podia
rendamentos de tratores, guindastes,
esquecer que. o sul dos Estados Uni dos estava mais distante da costa
do Exército.
tornos, barcaças e outros utensílios
oriental do Brasil contra a qual, supu
Sugeriu-se que o resultado do ar
nha-se, seria dirigido o primeiro ata-
rendamento fôsse aplicado no auxílio
(^ds símbok rej^resenü o mbrckH,000.000,000 de úoísks /■m. mteriaís
Digesto Econômico
79
O colapso da França
W
X Mimriivs
que alemão ao Novo Mundo — do que Dakar, de onde seria desencadea
Toniavam-se sombrias as perspecti vas na Europa. Winston Churchill
c
Paul Reynaud lançavam apelos à América. Apressaram-se os embarques. Em 14 de junbo de 1940 partiu da baía
de Gravesend o primeiro: compunhasc dc 48 caixas de canhões de campa
nha de 75 mm.; 28 milhões de pentes de munições para calibre 30; 15.000
terra.
Duvidava-se abertamente que
o espírito de isolacionismo. Pelo me nos ninguém mais o aceitava no ter
reno da economia.
Pregava-se fran
camente a colaboração econômica cuja proporção crescia sensivelmente.
12 navios deixavam a baía de Gra
ilha britânica. Verificou-se a chegada do primeiro navio a pòrto inglês em
Pfvcíulvã
à França, tomasse o rumo da Ingla terra, onde seria desembarcado.
pras nos Estados Unidos. Os advoga
A guerra, que a princípio se afigu
ck Pet/o!eo
Triunfo do' Lend-Lease
A nova idéia apareceu, pela primei ra vez, quando se começou a com preender que" à Inglaterra, cuja ex portação havia decrescido, faltariam cambiais cm dólares para as suas com
23 de junho, seis dias depois da queda da França. Foram dadas ordens para que o carregamento que se destinava
rava distante e em cuja possibilidade
não se acreditava, estava se aproxi
Agricoías
germânica espalhando o extermínio por tudo. Aumentou a cooperação dos Estados Pnldos em favor da Ingla
trava-se no mar a caminho da França,
vesend e Baltimorc em demanda da
Veiculou
Vroclutos
lidade. E a realidade era a violência
pudesse^ ser mantido por muito tempo
teiramente só. Antes do fim de junho
Motoire^
Miscebyies.
tanto, era uma ilusão que seria dissi pada ao primeiro contato com a rea
metralhadoras e 12.000 rifles. Encon
quando, a 17 de julho, o marechal Pétain solicitou armistício a Hitlcr. A Inglaterra ficava só. Mas não in
%
do esse ataque. O isolamento norte-americano, por
dos do Tesouro lembraram que, se gundo o veliio estatuto de 1892, o se cretário da Guerra poderia arrendar
mando dos Estados Unidos. Se Hitler assumisse o controle da Guiana Fran
propriedades
^
cesa, isolaria a nação norte-americana
quando, " a seu critério fôsse para o
do sul do continente e' poria uma
| \j
ameaça imediata sobre â zona do Ca
bem do povo", por um período não superior a cinco anos. Sob essa Ici
\\f\
nal do Panamá. Mesmo que essa ocupa •
Miscdaneg,
11
Materiais e
MQnufffturás 2
a
6
a
to
12
coHteans de M/ikÔes de Do/ares
das
Forças
Armadas,
" não ocupadas em serviço público *.
muitas vezes se haviam realizado ar
ção não se verificasse, não se podia
rendamentos de tratores, guindastes,
esquecer que. o sul dos Estados Uni dos estava mais distante da costa
do Exército.
tornos, barcaças e outros utensílios
oriental do Brasil contra a qual, supu
Sugeriu-se que o resultado do ar
nha-se, seria dirigido o primeiro ata-
rendamento fôsse aplicado no auxílio
mPBSA TOTAL M GUERRA 81
Dígesto Econômico
88% DE GASTOS DIFERENTES
à Inglaterra.
AUmiO PELA LEIDE EMPRÉSTIMOS E ARRENDAMENTOS
Ocorria apenas uma
dúvida,. pois concluiu-se que a limi
A essa política chamou o secretário
tação de prazo não poderia'ser esta
Stimson de "defesa defensiva — uma
belecida no caso. Não seria possível predeterminar a terminação da guer ra, fixando-a numa data certa. O ar
tém dentro de sua fronteira, à espera
ÃTÉ 50 DE JUNHO OEiÇNi
defesa pela qual o defensor se man
rendamento deveria ser feito de modo
de ser atacado, sem realizar nenhum esforço para conservar afastada a
a deixar brecha para um entendimen
ameaça
to cordial c cavalheiresco, sònienle
Unidos estariam comprando auxílio
Em verdade, os Estados
depois que se verificasse a derrota do
para sua defesa — não emprestando.
"eixo".
Haveria a considerar o "princípio de
Foi árdua a luta para fazer com
AUXILIO TOTAL PELA LEIDE EMPR.E ARRENO. 12.900.000.000DEPOL
estratégia errada de proteção própria.
preender ao povo norte-americano que o auxílio aos Aliados reverteria em
mutualidade" que autorizava os Es tados Unidos a aproxiniarem-se de nações que combatiam contra países
Coube ao
que haviam instituído a guerra como
advogado Cox preparar o esquema da Lei de Empréstimos e Arrendamen
"política nacional", contrariamente' às
tos, modelada sobre a • lei
Finalmente no dia 11 de março de 1941 o Lend-Lea#e-torn^va-se lei, pe
defesa da própria nação.
Pittman,
passada no verão de 1940, com o ob jetivo de conceder assistência finan ceira aos demais países do Continen te, aos quais ficava assegurado o di reito de aquisição de armamentos nos
leis de Direito Internacional.
la qual o govêrno norte-americano era
.autorizado a auxiliar toda nação, cuja defesa fosse julgada essencial para a dos Estados Unidos.
Estados Unidos. Redigida por Cox, a
Lei, de Empréstimos e Arrendamentos
Arsenal da Democracia
foi debatida e revista por vários se
Q
cretários de Estado, como Morgenthau, Stimson, Knox, Cordell Hull, e por muitas outras pessoas. Líderes
Nesse mesmo dia foram declaradas vitais para a defesa dos Estados Uni
do Congresso foram consultados. Sub metida à aprovação, sofreu novas re
Grécia, tendo-se autorizado embarques
visões e foi objeto de novas confe
rências. No dia 1.° de janeiro de 1941 foi apresentada ao Congresso. Muitas objeções foram aí levanta
das, contra a lei.
A principal provi-
6,2 BILHÕES
2.8 BILHÕES
I.ÇBILHQES
2 BILHÕES
nha contra a Iugoslávia, dando-sé, por fim, a invasão a 6 de abril seguinte.
- Não houve tempo para chegarem ã
perigo para os Estados Unidos, para os quais o Lend-Lease era assim uma
país com grandes dificuldades para
vam que a vitória nazista encerrasse
ÃmosimsTms /rnmm trabmho
de armamentos e munições para am•bos os países. A êsse tempo na Eu ropa aumentava a pressão da Alema
Grécia e à Iugoslávia os socorros que êsses povos solicitaram aos Esta dos Unidos. Aliás, lutava-sc neste
'nha de americanos que não acredita
■ mnigjEQ
dos as defesas da Inglaterra e da
mPBSA TOTAL M GUERRA 81
Dígesto Econômico
88% DE GASTOS DIFERENTES
à Inglaterra.
AUmiO PELA LEIDE EMPRÉSTIMOS E ARRENDAMENTOS
Ocorria apenas uma
dúvida,. pois concluiu-se que a limi
A essa política chamou o secretário
tação de prazo não poderia'ser esta
Stimson de "defesa defensiva — uma
belecida no caso. Não seria possível predeterminar a terminação da guer ra, fixando-a numa data certa. O ar
tém dentro de sua fronteira, à espera
ÃTÉ 50 DE JUNHO OEiÇNi
defesa pela qual o defensor se man
rendamento deveria ser feito de modo
de ser atacado, sem realizar nenhum esforço para conservar afastada a
a deixar brecha para um entendimen
ameaça
to cordial c cavalheiresco, sònienle
Unidos estariam comprando auxílio
Em verdade, os Estados
depois que se verificasse a derrota do
para sua defesa — não emprestando.
"eixo".
Haveria a considerar o "princípio de
Foi árdua a luta para fazer com
AUXILIO TOTAL PELA LEIDE EMPR.E ARRENO. 12.900.000.000DEPOL
estratégia errada de proteção própria.
preender ao povo norte-americano que o auxílio aos Aliados reverteria em
mutualidade" que autorizava os Es tados Unidos a aproxiniarem-se de nações que combatiam contra países
Coube ao
que haviam instituído a guerra como
advogado Cox preparar o esquema da Lei de Empréstimos e Arrendamen
"política nacional", contrariamente' às
tos, modelada sobre a • lei
Finalmente no dia 11 de março de 1941 o Lend-Lea#e-torn^va-se lei, pe
defesa da própria nação.
Pittman,
passada no verão de 1940, com o ob jetivo de conceder assistência finan ceira aos demais países do Continen te, aos quais ficava assegurado o di reito de aquisição de armamentos nos
leis de Direito Internacional.
la qual o govêrno norte-americano era
.autorizado a auxiliar toda nação, cuja defesa fosse julgada essencial para a dos Estados Unidos.
Estados Unidos. Redigida por Cox, a
Lei, de Empréstimos e Arrendamentos
Arsenal da Democracia
foi debatida e revista por vários se
Q
cretários de Estado, como Morgenthau, Stimson, Knox, Cordell Hull, e por muitas outras pessoas. Líderes
Nesse mesmo dia foram declaradas vitais para a defesa dos Estados Uni
do Congresso foram consultados. Sub metida à aprovação, sofreu novas re
Grécia, tendo-se autorizado embarques
visões e foi objeto de novas confe
rências. No dia 1.° de janeiro de 1941 foi apresentada ao Congresso. Muitas objeções foram aí levanta
das, contra a lei.
A principal provi-
6,2 BILHÕES
2.8 BILHÕES
I.ÇBILHQES
2 BILHÕES
nha contra a Iugoslávia, dando-sé, por fim, a invasão a 6 de abril seguinte.
- Não houve tempo para chegarem ã
perigo para os Estados Unidos, para os quais o Lend-Lease era assim uma
país com grandes dificuldades para
vam que a vitória nazista encerrasse
ÃmosimsTms /rnmm trabmho
de armamentos e munições para am•bos os países. A êsse tempo na Eu ropa aumentava a pressão da Alema
Grécia e à Iugoslávia os socorros que êsses povos solicitaram aos Esta dos Unidos. Aliás, lutava-sc neste
'nha de americanos que não acredita
■ mnigjEQ
dos as defesas da Inglaterra e da
iUJi'
82
Dígesfco Econômico
1
•
Digesto Econômico
83
/
procedcr-sc ao ajustamento
das in
dústrias à produção bélica.
A pro
mulgação do Lend-Lease, cujos auxí lios iniciais não conseguiram, entretan to, exercer influência
no curso dos
guc, a êsse tempo, à antiga Comissão de Ligação,.em contato direto com o presidente Roosevelt. Em princípio
300 milliões de dólares. O primeiro embarque de alimento se -verificou em 16 de abril, quando foram despacha
mente de Agricultura que, através das disposições da Lei de Emprcstimos c Arrendamentos, o govêrno forneceria
de maio foi nomeada uma nova co
das 100.000 caixas de leite cm pó,11.000 toneladas de c|ueijo e 11.000 toneladas
a manter o preço de porcos, lacticí-
de,ovos. Entrando a operar decisiva
nios, aves e ovos, num nível compen sador para os produtores. Segundo o
um subsídio aos lavradores, de modo
acontecimentos, criou, nos países de
missão que tomou o nome . de Divi são de Auxílio para Defesa, cuja che
mocráticos, um novo espírito de luta,
fia executiva foi confiada ao general-
ante a certeza de abastecimentos c
James H. Burns. Toda ordem para
da cooperação econômica
retirada de fundos ou toda concessão
mente, o Lend-Lease, com as suas procuras de abastecimento, imprimiu um impulso vigoroso na produção'ma-
traria a nação norte-americana, ês-
de fornecimentos ficavam, porém, su
se foi o primeiro resultado que
nufatureira geral, dos Estados Unidos.
ria elevada a 300 milhões de dúzias, a de leite deveria ter um aumento de_
jeitas à assinatura pessoal do presi
Até 1.° de maio do ano de 1941 a Di
6^ S^o, a de queijo seria acrescida de
visão de Auxílio havia empregado 1
1/3, a de tomates em conserva teria
que
llics
o
Lend-Lease apresentou para o esfor ço bélico aliado.
A administração da Lei de Emprés timos e Arrendamentos.estava entré-
dente da República. No início de seu trabalho a Divisão
de Auxílio para Defesa dispunha de um fundo equivalente a 8 bilhões
e
bilhão de dólares em equipamento c
um adicionamento de 15 milhões
provisões; quase 2 bilhões em aero
caixas e a área .destinada à plantação de soja, muito importante pela sua
naves ; pouco menos de I bilhão em
canhões, bombas e munições. de
mmcmm AUMEm m mpASAUAPAS
Mais
milhão foi destinado à constru
ção de barcos mercantes e ao fretamento de navios para transporte dos aprovisionamentos referentes ao Lend-
NA AUmUA E NOyA-ZELÃNDIA
Lease.
Em fins de agosto-' as enco-
mendas da Lei de Eiifpréstimos e Ar
C
e lürnecicU) peh pais sem despesa
WA vem dos EE.UU.
plano oficial, a produção de ovos se
de
proteína, que deveria substituir a car ne nas provisões do Lend-Lease —
teria uma expansão de 35%. Em agosto a administração da Lei de Empréstimos e Arrendamentos foi entregue ao Sr. E. R. Stettinius Jor. Simultâneamente estendia-se a ação
rendamentos se elevaram a mais dç
da Lei.
ZYi bilhões de dólares; ao término de dezembro alcançava um total supe
sua beneficiária era 6 de maio; logo depois foram aceitas a Bélgica, No ruega, Polônia « a Holanda. As re públicas vizinhas estavam ligadas
rior a
milhões de dólares.
Nu
merosas quantias foram também em
pregadas para construção de inúme ras fábricas e usinas, como a ins talação do grande estabelecimento de
Ford para a produção de bombas eni
_\Villou Run, o de Chrysler, em Detroit, para fabricação de tanques e dos estaleiros
de Kayser em
Ric.h-'
mond, na Califórnia. O programa
do
Lend-Lease
teve
A China fora incluida como
com os Estados Unidos para a defesa
^comum do hemisfério. 'Antes de Pearl Harbor
O principal òbstáculo para o au.dlio à China era a dificuldade de transporte. Não obstante, porém, os defeitos da estrada do Burma, foi pos
também assinalado efeito na produ
sível elevar os fornecimentos para a
ção de-gêneros alimentícios.
De co
China de 4.000 toneladas mensais, no
Departa-
começo de 1941, para 15.000 toncla-
meço foi anunciado
pelo
iUJi'
82
Dígesfco Econômico
1
•
Digesto Econômico
83
/
procedcr-sc ao ajustamento
das in
dústrias à produção bélica.
A pro
mulgação do Lend-Lease, cujos auxí lios iniciais não conseguiram, entretan to, exercer influência
no curso dos
guc, a êsse tempo, à antiga Comissão de Ligação,.em contato direto com o presidente Roosevelt. Em princípio
300 milliões de dólares. O primeiro embarque de alimento se -verificou em 16 de abril, quando foram despacha
mente de Agricultura que, através das disposições da Lei de Emprcstimos c Arrendamentos, o govêrno forneceria
de maio foi nomeada uma nova co
das 100.000 caixas de leite cm pó,11.000 toneladas de c|ueijo e 11.000 toneladas
a manter o preço de porcos, lacticí-
de,ovos. Entrando a operar decisiva
nios, aves e ovos, num nível compen sador para os produtores. Segundo o
um subsídio aos lavradores, de modo
acontecimentos, criou, nos países de
missão que tomou o nome . de Divi são de Auxílio para Defesa, cuja che
mocráticos, um novo espírito de luta,
fia executiva foi confiada ao general-
ante a certeza de abastecimentos c
James H. Burns. Toda ordem para
da cooperação econômica
retirada de fundos ou toda concessão
mente, o Lend-Lease, com as suas procuras de abastecimento, imprimiu um impulso vigoroso na produção'ma-
traria a nação norte-americana, ês-
de fornecimentos ficavam, porém, su
se foi o primeiro resultado que
nufatureira geral, dos Estados Unidos.
ria elevada a 300 milhões de dúzias, a de leite deveria ter um aumento de_
jeitas à assinatura pessoal do presi
Até 1.° de maio do ano de 1941 a Di
6^ S^o, a de queijo seria acrescida de
visão de Auxílio havia empregado 1
1/3, a de tomates em conserva teria
que
llics
o
Lend-Lease apresentou para o esfor ço bélico aliado.
A administração da Lei de Emprés timos e Arrendamentos.estava entré-
dente da República. No início de seu trabalho a Divisão
de Auxílio para Defesa dispunha de um fundo equivalente a 8 bilhões
e
bilhão de dólares em equipamento c
um adicionamento de 15 milhões
provisões; quase 2 bilhões em aero
caixas e a área .destinada à plantação de soja, muito importante pela sua
naves ; pouco menos de I bilhão em
canhões, bombas e munições. de
mmcmm AUMEm m mpASAUAPAS
Mais
milhão foi destinado à constru
ção de barcos mercantes e ao fretamento de navios para transporte dos aprovisionamentos referentes ao Lend-
NA AUmUA E NOyA-ZELÃNDIA
Lease.
Em fins de agosto-' as enco-
mendas da Lei de Eiifpréstimos e Ar
C
e lürnecicU) peh pais sem despesa
WA vem dos EE.UU.
plano oficial, a produção de ovos se
de
proteína, que deveria substituir a car ne nas provisões do Lend-Lease —
teria uma expansão de 35%. Em agosto a administração da Lei de Empréstimos e Arrendamentos foi entregue ao Sr. E. R. Stettinius Jor. Simultâneamente estendia-se a ação
rendamentos se elevaram a mais dç
da Lei.
ZYi bilhões de dólares; ao término de dezembro alcançava um total supe
sua beneficiária era 6 de maio; logo depois foram aceitas a Bélgica, No ruega, Polônia « a Holanda. As re públicas vizinhas estavam ligadas
rior a
milhões de dólares.
Nu
merosas quantias foram também em
pregadas para construção de inúme ras fábricas e usinas, como a ins talação do grande estabelecimento de
Ford para a produção de bombas eni
_\Villou Run, o de Chrysler, em Detroit, para fabricação de tanques e dos estaleiros
de Kayser em
Ric.h-'
mond, na Califórnia. O programa
do
Lend-Lease
teve
A China fora incluida como
com os Estados Unidos para a defesa
^comum do hemisfério. 'Antes de Pearl Harbor
O principal òbstáculo para o au.dlio à China era a dificuldade de transporte. Não obstante, porém, os defeitos da estrada do Burma, foi pos
também assinalado efeito na produ
sível elevar os fornecimentos para a
ção de-gêneros alimentícios.
De co
China de 4.000 toneladas mensais, no
Departa-
começo de 1941, para 15.000 toncla-
meço foi anunciado
pelo
64
85
Digesto Econômico
Digesto Econômico
O Brasil e o
intermédio . da. Lei de Empréstimos c
PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Oitavo Exército
Arrendamentos, fizeram-se ainda sen tir em muitos outros pontos, forne
cendo rpcursos para combate à ma
DA GRÃ-BRETANHA
lária" e fundos pecuniários para con tratar aviadores dos Estados Unidos, a fim de aumentar a resistência con tra o Japão.
Não menos vitais para a sobrevi vência dos Aliados, eram as vias aé-reas. Ná primavera de 1941 a Lei de Empréstimos e Arrendamentos co
meçou a concorrer para o seu maior
suas tropas contra a Rússia, tornan do necessário o auxílio dos Estados
desenvolvimento. A êsse respeito foi valiosa a contribuição do Brasil que colocou à disposição dos Aliados os seus aeródromos, sem cuja cessão,
Unidos àquêle país. Realizados a prin
"o Oitavo E.xército" — traduzimos li
cípio em
teralmente o Sr. Stettinius —
.
A 22 de junho de 1942 Hitler lançou
termos de pagamentos a
vista, os fornecimentos montaram a mais de 145 milhões de dólares até se
tembro de 1941.
Após várias conver
sações, a Rússia foi incluída no pla
não
poderia ter conseguido em tempo a esmagadora superioridade aérea que tornou possível a vitória em El Atamem.
no geral do Lend-Lease. Depois da queda das Filipinas
Os benefícios dêsse esquema csten-
deram-se também às rotas marítimas.
Cresciam as perdas de navios, fazen do com que se ativasse rapidamente a construção de outros barcos, No
mês de dezem^)ro de 1940 haviam sido assinados contratos para a instalação de dois estaleiros em Richmond, para
PA LEI DE EMPRÉSTIMO E ARRECAOAMENTO
V
'' ANTES PA GUERRA 100
norte-americana na guerra até então ' circunscrita- à cooperação econômica,
/
cordou em contribuir com mais de 17
ia
milhões de
ação bélica. As disposições do Lend-
ATUAL 170 desse
poneses,. sem {frévio aviso, laiiçam-se contra Pearl Harbor. A participação
cuja edificação a Grã-Bretanha con dólares. Pelos 30 navios
lhões de dólares foram destinados à
passar
a
fazer-se
também
na
encomendados, a Inglaterra pagaria
Lease iam ampliar-se a outros seto
87 milhões de dólares.'O Lend-Leaae
res. Apesar do impulso que êste ha via dado às indústrias de guerra, os
forneceu ,550 milhões de dólares para a construção de 227 navios de carga, dos quais 112 do tipo Liberty. Em 1941 os estaleiros
das em outubro e novembro
contra os Estados Unidos. Aviões ja
/
PRODUÇÃO
PUOPUÇAO
Na madrugada de 7 de dezembro dc
1941 positivava-se o ataque do "eixo"
norte-amcrjcanos
tinham uma capacidade para construir
Estados Unidos ainda não dispunham
de armas e munições em quanticlâile e variedade suficientes para iniciarem uma qfensiva. A produção de tan ques em dezembro de 1941 fora dc mais de 900; em dezembro de 1939 ha
mesmo ano. As principais necessida
construção de uma nova rodovia, de
des do país do Extremo Oriente se referiam a caminhões, material dispo
modo a desafogar a escassez de meios
7 navios mensais, totalizando 64.450 toneladas; cm 1943 essa capacidade
de comunicação.
estava elevada a 115 navios, atingindo
via sido nenhdma. Em 1939 as forças
1.700.000 toneladas.
armadas
nível, gasolina e lubrificantes. 15 mi
Os auxílios norte-americanos,
por
norte-americanas
possiiiam
64
85
Digesto Econômico
Digesto Econômico
O Brasil e o
intermédio . da. Lei de Empréstimos c
PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Oitavo Exército
Arrendamentos, fizeram-se ainda sen tir em muitos outros pontos, forne
cendo rpcursos para combate à ma
DA GRÃ-BRETANHA
lária" e fundos pecuniários para con tratar aviadores dos Estados Unidos, a fim de aumentar a resistência con tra o Japão.
Não menos vitais para a sobrevi vência dos Aliados, eram as vias aé-reas. Ná primavera de 1941 a Lei de Empréstimos e Arrendamentos co
meçou a concorrer para o seu maior
suas tropas contra a Rússia, tornan do necessário o auxílio dos Estados
desenvolvimento. A êsse respeito foi valiosa a contribuição do Brasil que colocou à disposição dos Aliados os seus aeródromos, sem cuja cessão,
Unidos àquêle país. Realizados a prin
"o Oitavo E.xército" — traduzimos li
cípio em
teralmente o Sr. Stettinius —
.
A 22 de junho de 1942 Hitler lançou
termos de pagamentos a
vista, os fornecimentos montaram a mais de 145 milhões de dólares até se
tembro de 1941.
Após várias conver
sações, a Rússia foi incluída no pla
não
poderia ter conseguido em tempo a esmagadora superioridade aérea que tornou possível a vitória em El Atamem.
no geral do Lend-Lease. Depois da queda das Filipinas
Os benefícios dêsse esquema csten-
deram-se também às rotas marítimas.
Cresciam as perdas de navios, fazen do com que se ativasse rapidamente a construção de outros barcos, No
mês de dezem^)ro de 1940 haviam sido assinados contratos para a instalação de dois estaleiros em Richmond, para
PA LEI DE EMPRÉSTIMO E ARRECAOAMENTO
V
'' ANTES PA GUERRA 100
norte-americana na guerra até então ' circunscrita- à cooperação econômica,
/
cordou em contribuir com mais de 17
ia
milhões de
ação bélica. As disposições do Lend-
ATUAL 170 desse
poneses,. sem {frévio aviso, laiiçam-se contra Pearl Harbor. A participação
cuja edificação a Grã-Bretanha con dólares. Pelos 30 navios
lhões de dólares foram destinados à
passar
a
fazer-se
também
na
encomendados, a Inglaterra pagaria
Lease iam ampliar-se a outros seto
87 milhões de dólares.'O Lend-Leaae
res. Apesar do impulso que êste ha via dado às indústrias de guerra, os
forneceu ,550 milhões de dólares para a construção de 227 navios de carga, dos quais 112 do tipo Liberty. Em 1941 os estaleiros
das em outubro e novembro
contra os Estados Unidos. Aviões ja
/
PRODUÇÃO
PUOPUÇAO
Na madrugada de 7 de dezembro dc
1941 positivava-se o ataque do "eixo"
norte-amcrjcanos
tinham uma capacidade para construir
Estados Unidos ainda não dispunham
de armas e munições em quanticlâile e variedade suficientes para iniciarem uma qfensiva. A produção de tan ques em dezembro de 1941 fora dc mais de 900; em dezembro de 1939 ha
mesmo ano. As principais necessida
construção de uma nova rodovia, de
des do país do Extremo Oriente se referiam a caminhões, material dispo
modo a desafogar a escassez de meios
7 navios mensais, totalizando 64.450 toneladas; cm 1943 essa capacidade
de comunicação.
estava elevada a 115 navios, atingindo
via sido nenhdma. Em 1939 as forças
1.700.000 toneladas.
armadas
nível, gasolina e lubrificantes. 15 mi
Os auxílios norte-americanos,
por
norte-americanas
possiiiam
I
H0ll!TlMl)()IJyi'115UI0R
Digeftto Econômico
86
2.100 aeroplanos; em 1941 possuíam
A remessa dc tropas.norte-america
19.500. O número de homens na ati
nas ao exterior veio criar uma nova
va elevava-se a 174.000 em julho de 1939; cm 1941 existia um efetivo su
modalidade de
perior a um milhão de circunscritos.
Graças à mobilização industrial, ini ciada com as encome"ndas estrangei ras. e com a aplicação dos Emprés
timos e .Arrendamentos, foi possível ao govérno norte-americano cntreg::
\
Lend-Lease: a retri
buição das outras nações cora servi ços em condições idênticas às que lhes prestavam os Estados Unidos. Os pri meiros atos de reciprocidade parti ram da Grã-Bretanha que cedeu ao país norte-americano mais de iima
A nova tlivisão administrativa do Esta«lo o contínuo desenvolvimento do Es
tado, estendendo a sua área de pro
gresso, obriga a periódicas revisões da
tros mais próximos em que possam
sua divisão administrativa o territo
atender às exigências legais e encon
rial. Obedecendo a esse imperativo, a
trem elementos para sua mala rápida expansão econômica.
se ao programa da Vitória,'preparan
o seu combate contra as emboscadas
do a construção, durante o ano dc 1942, de 60.000 aeroplanos, 34.000 tan
nazistas no Atlântico.
ções da .Austrália c da Nova Zelândia
Intervcntoria, depois de ouvidos o Conselho' Administrativo e o Conse lho Nacional de Geografia, tendo-se manifestado a respeito também o Mi nistério da Justiça, acaba de divulgar
ques, 20.000 canliões anti-aéreos e 8
ascendiam
a 250 milhões de dólares
os novos quadros, dentro dos quais fi
até julho de 1943; nessa mesma data
cou estabelecida a nova divisão do Es
milhões de toneladas de navios mer
As contribui
os auxílios do Estados Unidos a êsscs
cantes.
A entrada dos Estados Unidos na
guerra, colocando-a sob o imperativo
R de necessidades imediatas e inadiáveis,
■) determinou algumas
alterações
nos
^ dispositivos do Lend-Leaae. A cláu-
" sula inicial para a admissão de qual quer país continuava sendo a de que a sua defesa fôsse considerada essen cial à da
vintenà dc corvetas c trainciras para
nação
Mas, antes que a
norte-americana.
requisição
fôsse
atendida, o governo deveria verificar;
países elevavam-se a 500 milhões de
dólares.
A Inglaterra empregou 600
milhões de dólares em construções pa ra as forças norte-americanas. A
unidade da Federação 13 novas co marcas, 34 novos municípios e 86 dis tritos de paz. As 13 novas comarcas
dade
rassol, Palmital, Pereira Barreto, Pro-
se
eleva
a
U. S.
missão, Quatá, Rancharia, Tanabi, Tupâ e Votuporanga. Os novos mu
S 1.175.000.000". A Lei de Empréstimos e Arrenda
mentos permanece em vigor. Possi velmente, a estas horas, a sua contri buição aumentou cm valor, distcndciise em
volume
e
desdobrou-se
em
maior número de setores.
necessárias para o prosseguimento da
possível avaliar as proporções que
guerra; b) se nos Estados Unido.s f veria disponibilidade delas em núme
ainda tomará daqui até o fim d<a guerra. Quisemos apenas, baseando-
ro suficiente para o fornecinicnto; e
nos no livro do Sr. Stettinius,, trans
c) se, para a vitória, seriam mais vasitára do que em poder do povo noi
mitir ao leitor uma idéia, ainda que imperfeita e deformaria, da sua enor me cooperação para a vitória dos
íe-americano.
Aliados,
Não nos. é
Examinando-se a lista, vê-se que a
maioria dos novos municípios se con
centra na Alta Paulista, como Tupã, Lucélia e Quintana, na alta Sorocabana, como Martinópolis e Alvares Machado, e na Alta Araraquarense, em zona aonde a via-férrea ainda nao
Com a medida ficam criados nesta
contribuição total dc tôda a Comuni
a) se as provisões requisitadas eram
'liosas eni mãos do pais que as rcqui- .
tado.
são as seguintes; Campos de Jordão, Conchas, Lucélia, Martinópolis, Mi-
Britânica
obedeceu & inecessidade de facilitar às populações locais o acesso a cen
chegou, como Votuporanga e Nhan deara. Nada mais natural, pois é para essas regiões que se dirige no mo
mento o esforço desbravador do pau lista que continua a obra de penetra
ção dos seus antepassados.
Igualmente se localizam naquelas zo
nas as comarcas criadas pelo novo dis
nicípios são os que se seguem: Lutécia, Parapanema (ex-Bom Sucesso),
positivo legal. Várias localidades, em
Bilac, Cosmópolis, Registro, Ribeirão
pertencentes a outros Estados, tive
Branco, Miguelópolis, Lucélia, Osvaldo Cruz C^x-Califórnía), Oriente, Iboti
ram a sua denominação trocada, as
(Neves), General Salgado, Nhandeara, Irapuã, Guaraci, Sales Oliveira, Ibi-
na Araraquarense, que passou a cba-
racema (ex-Pau d'Alho), Manduri, Elias Fausto, Guarantã, Herculândia
Bragança, cuja nova denominação Bragança Paulista, ou Rio Preto, que
(ex-Herculânea),
Alvares
voltou a chamar-se São José do Rio
Machado, lepê, Aguaí (ex-Cascavel), Nova. Aliança, Franco da Rocha, São
Preto. Seria, em verdade, lamentável
Quintana,
virtude de prioridade" de município",
vêzes de maneira radical, como Nevea
mar-se Iboti, ou parcialmente, como
que essas cidades — aquela, uma das
Bernardo do Campo (ex-São Bernar do), Parapui (ex-Canaã), Rinópo-
uma das de maior importância econô
lis, Lavínia, Mirandópolis, Votupo ranga c Fernandópolis.
ficado, em virtude da coincidência de
Não se extinguiu nenhum municí
mais tradicionais do Estado, e esta,
mica — tivessem o seu nome modi
denominações com o de outras locali
pio, como se cogitpu em começo. A criação de novos municípios, por des
dades, muitas vêzes lugarejos cujo
membramento de território de outros.
cronológica.
único mérito seria o de precedência
I
H0ll!TlMl)()IJyi'115UI0R
Digeftto Econômico
86
2.100 aeroplanos; em 1941 possuíam
A remessa dc tropas.norte-america
19.500. O número de homens na ati
nas ao exterior veio criar uma nova
va elevava-se a 174.000 em julho de 1939; cm 1941 existia um efetivo su
modalidade de
perior a um milhão de circunscritos.
Graças à mobilização industrial, ini ciada com as encome"ndas estrangei ras. e com a aplicação dos Emprés
timos e .Arrendamentos, foi possível ao govérno norte-americano cntreg::
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Lend-Lease: a retri
buição das outras nações cora servi ços em condições idênticas às que lhes prestavam os Estados Unidos. Os pri meiros atos de reciprocidade parti ram da Grã-Bretanha que cedeu ao país norte-americano mais de iima
A nova tlivisão administrativa do Esta«lo o contínuo desenvolvimento do Es
tado, estendendo a sua área de pro
gresso, obriga a periódicas revisões da
tros mais próximos em que possam
sua divisão administrativa o territo
atender às exigências legais e encon
rial. Obedecendo a esse imperativo, a
trem elementos para sua mala rápida expansão econômica.
se ao programa da Vitória,'preparan
o seu combate contra as emboscadas
do a construção, durante o ano dc 1942, de 60.000 aeroplanos, 34.000 tan
nazistas no Atlântico.
ções da .Austrália c da Nova Zelândia
Intervcntoria, depois de ouvidos o Conselho' Administrativo e o Conse lho Nacional de Geografia, tendo-se manifestado a respeito também o Mi nistério da Justiça, acaba de divulgar
ques, 20.000 canliões anti-aéreos e 8
ascendiam
a 250 milhões de dólares
os novos quadros, dentro dos quais fi
até julho de 1943; nessa mesma data
cou estabelecida a nova divisão do Es
milhões de toneladas de navios mer
As contribui
os auxílios do Estados Unidos a êsscs
cantes.
A entrada dos Estados Unidos na
guerra, colocando-a sob o imperativo
R de necessidades imediatas e inadiáveis,
■) determinou algumas
alterações
nos
^ dispositivos do Lend-Leaae. A cláu-
" sula inicial para a admissão de qual quer país continuava sendo a de que a sua defesa fôsse considerada essen cial à da
vintenà dc corvetas c trainciras para
nação
Mas, antes que a
norte-americana.
requisição
fôsse
atendida, o governo deveria verificar;
países elevavam-se a 500 milhões de
dólares.
A Inglaterra empregou 600
milhões de dólares em construções pa ra as forças norte-americanas. A
unidade da Federação 13 novas co marcas, 34 novos municípios e 86 dis tritos de paz. As 13 novas comarcas
dade
rassol, Palmital, Pereira Barreto, Pro-
se
eleva
a
U. S.
missão, Quatá, Rancharia, Tanabi, Tupâ e Votuporanga. Os novos mu
S 1.175.000.000". A Lei de Empréstimos e Arrenda
mentos permanece em vigor. Possi velmente, a estas horas, a sua contri buição aumentou cm valor, distcndciise em
volume
e
desdobrou-se
em
maior número de setores.
necessárias para o prosseguimento da
possível avaliar as proporções que
guerra; b) se nos Estados Unido.s f veria disponibilidade delas em núme
ainda tomará daqui até o fim d<a guerra. Quisemos apenas, baseando-
ro suficiente para o fornecinicnto; e
nos no livro do Sr. Stettinius,, trans
c) se, para a vitória, seriam mais vasitára do que em poder do povo noi
mitir ao leitor uma idéia, ainda que imperfeita e deformaria, da sua enor me cooperação para a vitória dos
íe-americano.
Aliados,
Não nos. é
Examinando-se a lista, vê-se que a
maioria dos novos municípios se con
centra na Alta Paulista, como Tupã, Lucélia e Quintana, na alta Sorocabana, como Martinópolis e Alvares Machado, e na Alta Araraquarense, em zona aonde a via-férrea ainda nao
Com a medida ficam criados nesta
contribuição total dc tôda a Comuni
a) se as provisões requisitadas eram
'liosas eni mãos do pais que as rcqui- .
tado.
são as seguintes; Campos de Jordão, Conchas, Lucélia, Martinópolis, Mi-
Britânica
obedeceu & inecessidade de facilitar às populações locais o acesso a cen
chegou, como Votuporanga e Nhan deara. Nada mais natural, pois é para essas regiões que se dirige no mo
mento o esforço desbravador do pau lista que continua a obra de penetra
ção dos seus antepassados.
Igualmente se localizam naquelas zo
nas as comarcas criadas pelo novo dis
nicípios são os que se seguem: Lutécia, Parapanema (ex-Bom Sucesso),
positivo legal. Várias localidades, em
Bilac, Cosmópolis, Registro, Ribeirão
pertencentes a outros Estados, tive
Branco, Miguelópolis, Lucélia, Osvaldo Cruz C^x-Califórnía), Oriente, Iboti
ram a sua denominação trocada, as
(Neves), General Salgado, Nhandeara, Irapuã, Guaraci, Sales Oliveira, Ibi-
na Araraquarense, que passou a cba-
racema (ex-Pau d'Alho), Manduri, Elias Fausto, Guarantã, Herculândia
Bragança, cuja nova denominação Bragança Paulista, ou Rio Preto, que
(ex-Herculânea),
Alvares
voltou a chamar-se São José do Rio
Machado, lepê, Aguaí (ex-Cascavel), Nova. Aliança, Franco da Rocha, São
Preto. Seria, em verdade, lamentável
Quintana,
virtude de prioridade" de município",
vêzes de maneira radical, como Nevea
mar-se Iboti, ou parcialmente, como
que essas cidades — aquela, uma das
Bernardo do Campo (ex-São Bernar do), Parapui (ex-Canaã), Rinópo-
uma das de maior importância econô
lis, Lavínia, Mirandópolis, Votupo ranga c Fernandópolis.
ficado, em virtude da coincidência de
Não se extinguiu nenhum municí
mais tradicionais do Estado, e esta,
mica — tivessem o seu nome modi
denominações com o de outras locali
pio, como se cogitpu em começo. A criação de novos municípios, por des
dades, muitas vêzes lugarejos cujo
membramento de território de outros.
cronológica.
único mérito seria o de precedência
Digesto Econômico
8S
SANTOS
Com o aumento impressionante de movimento verificado nos últimos tempoç, já se tornaram deficientes as ins
18.865.278,20.
gurado há cérca de cinqüenta anos.
tou a Cr Ç 19.677.139,90; no ano pas
Para a época o seu aparelhamento era
sado, em igual período. Cr Ç.... 15.952.812,20. Restos de despesas de exercícios anteriores, pagas no cor
desenvolvimento geral, as condições portuárias, porém, ficaram aquém das
rente ano: CrÇ 2.127.862,70'; no ano anterior, até a mesma data: Cr
necessidades reais.
2.685.734,00.
mais não permitem que se possa cui dar imediatamente da modernização do aparelhamento, possível apenas após a terminação da guerra. Procurando, entretanto, sanar as lacunas existen
tes, o Departamento Nacional de Por-
tos, Rios e Canais mandou proceder a uma inspeção, em seguida à qual fo ram tomadas diversas medidas, algu mas de ordem interna e outras que dizem respeito a interêsses particula
res. Entre estas, figura a ordem para remoção, por conta das mercadorias,
O sr.
pas»!$es«?
A despesa orçamentá
ria paga no presente exercício mon
^ Infelizmente as circunstâncias anor
APES.AR cias reclamações reite radas do público e das promes sas não menos reiteradas das autori
dades, perdura a escassez de moedas divisionárias.
Perdura, aliás, é um
modo de dizer: acentua-se, agravá-se,
generaliza-se, alastra-se.
O5 níqueis
volatizam-se, não se- sabe como; de
saparecem. Só ficam os "passes" da Light. Êstes se dobram, se multipli
CAMPINAS
Mantém-se em ritmo rmrmal a cons
cam, invadem tudo e por todos os la dos imperam. Com uma nota de cin
trução de prédios nesta cidade. Du rante o primeiro semestre do ano, foi 0 seguinte o movimento verificado na
co cruzeiros no bôlso, o cidadão não
Diretoria de Obras e Viação Munici pal: prédios construídos, 104 de um pavimento; 13 de dois pavimentes; 23
não anda de ônibus ou de bonde se
compra um maço" de cigarros, não to ma um café, não arranja um jornal ou não aceitar, pelo menos, um cruzeiro de "passes".
reformas; 62 aumentos, somando uma Há pouco ainda se ouvia a pergun
arrecadação de Cr$ 39.115,20. Em junho o ritmo de construção —
ta atenciosa:
O espiritismo, os direitos do homem, Shakespeare, — tudo vem à mente atribulada do cidadão angustiado pe la falta de miúdo.
Moeda corrente?
Agora cada um ,
quebra o queixo: o que é moeda cor
rente? O níquel ou o passe? Eis a questão diante da qual se angustia .a i inquietação monetária do Hamlct pau- , Hstano, sem conseguir atinar, como o •
shakespeareano, com a solução ina- ! cessível ao mísero entendimento hu
mano. Morrer, quem sabe? encontre na morte.
Talvez u
Que nos espera
no além? O níquel ou o passe? Ai está o xis. E, com o xis, a dúvida, e enfim o desânimo, a-tibieza... Em re sumo: a resignação, com que sé en
trega a,ouvir, a três por dois, ao dia: — Uin passezinlio... ?
1 prédio por dia — equiparou-se à mé
— O sr. aceita "passes"?
Ou:
dia observada antes da guerra. A mé-^
Sc o cidadão era cordato, aceitava-
— Café ? So se levar dois cruzeiros
dia do semestre, entretanto, é inferior. — O serviço de iluminação pública
os : se tinha razões para a recusa, saía-
de passe...
sc com a sua, <|uando era dado a
cessação de locação de armazéns ex
vem-se ressentindo
ditos de chiste:
Uma calamidade. Pior do qúe isso' uma fatalidade. Porque o cidadão es
ternos feitos a estranhos, desde que
lamentável deficiência, que tem pre judicado a indústria local. Felizmen te, porém, noticia-se que a Companhia Campineira de Luz c Força irá me
das cargas não retiradas, que serão
alojadas em armazéns externos,-e a
esses armazéns sejam precisos para a
J carga e descarga dos navios. '
dou, no presente ex'ercicio, o total de •-Cr$ 19.962.970,00; em igual data do ano passado, a quantia de Cr$ . ..
talações do porto desta cidade, inau
magnífico. Com o progresso da nave gação, o nosso surto econômico e o
MratouH)miMO
— A Tesouraria Municipal arreca
— A Alfândega arrecadou, desde ja-
' nciro do corrente ano, a importância t de Cr $ 423.051.882,10 e, em igual pe ríodo do ano passado, a soma de Cr í -292.123.595,40.
ultimamente
de
lhorar brevemente o serviço, para is so estando a proceder a reformas na Usina Hidro-Elétrica de Jaguarí, que será dotada de melhores equipamen tos elétricos e hidráulicos.
— Não, senhor; não sou espírita...
tá com a boca pedindo um café. E não há outro bar perto. O diabo é qi"'
Se não era, porém, dotado de algu
não deixa de aborrecer o sorri.sozinho
ma dose de bonomia no encarar as
de superioridade escarninlia com quí"
coisas, ficava indignado até os fios do
o raio do sujeito oferece o passe.••
cabelo:
— Exijo a satisfação dos meus_ di
E'. . E' se quiser.
E não existir ou
tro bàr ali pelos arredores...
Nu<
reitos ! Só aceito a moeda corrente do
isso não pode continuar. Isso fere a
país...
dignidade humana. Se tivesse ao me-
Digesto Econômico
8S
SANTOS
Com o aumento impressionante de movimento verificado nos últimos tempoç, já se tornaram deficientes as ins
18.865.278,20.
gurado há cérca de cinqüenta anos.
tou a Cr Ç 19.677.139,90; no ano pas
Para a época o seu aparelhamento era
sado, em igual período. Cr Ç.... 15.952.812,20. Restos de despesas de exercícios anteriores, pagas no cor
desenvolvimento geral, as condições portuárias, porém, ficaram aquém das
rente ano: CrÇ 2.127.862,70'; no ano anterior, até a mesma data: Cr
necessidades reais.
2.685.734,00.
mais não permitem que se possa cui dar imediatamente da modernização do aparelhamento, possível apenas após a terminação da guerra. Procurando, entretanto, sanar as lacunas existen
tes, o Departamento Nacional de Por-
tos, Rios e Canais mandou proceder a uma inspeção, em seguida à qual fo ram tomadas diversas medidas, algu mas de ordem interna e outras que dizem respeito a interêsses particula
res. Entre estas, figura a ordem para remoção, por conta das mercadorias,
O sr.
pas»!$es«?
A despesa orçamentá
ria paga no presente exercício mon
^ Infelizmente as circunstâncias anor
APES.AR cias reclamações reite radas do público e das promes sas não menos reiteradas das autori
dades, perdura a escassez de moedas divisionárias.
Perdura, aliás, é um
modo de dizer: acentua-se, agravá-se,
generaliza-se, alastra-se.
O5 níqueis
volatizam-se, não se- sabe como; de
saparecem. Só ficam os "passes" da Light. Êstes se dobram, se multipli
CAMPINAS
Mantém-se em ritmo rmrmal a cons
cam, invadem tudo e por todos os la dos imperam. Com uma nota de cin
trução de prédios nesta cidade. Du rante o primeiro semestre do ano, foi 0 seguinte o movimento verificado na
co cruzeiros no bôlso, o cidadão não
Diretoria de Obras e Viação Munici pal: prédios construídos, 104 de um pavimento; 13 de dois pavimentes; 23
não anda de ônibus ou de bonde se
compra um maço" de cigarros, não to ma um café, não arranja um jornal ou não aceitar, pelo menos, um cruzeiro de "passes".
reformas; 62 aumentos, somando uma Há pouco ainda se ouvia a pergun
arrecadação de Cr$ 39.115,20. Em junho o ritmo de construção —
ta atenciosa:
O espiritismo, os direitos do homem, Shakespeare, — tudo vem à mente atribulada do cidadão angustiado pe la falta de miúdo.
Moeda corrente?
Agora cada um ,
quebra o queixo: o que é moeda cor
rente? O níquel ou o passe? Eis a questão diante da qual se angustia .a i inquietação monetária do Hamlct pau- , Hstano, sem conseguir atinar, como o •
shakespeareano, com a solução ina- ! cessível ao mísero entendimento hu
mano. Morrer, quem sabe? encontre na morte.
Talvez u
Que nos espera
no além? O níquel ou o passe? Ai está o xis. E, com o xis, a dúvida, e enfim o desânimo, a-tibieza... Em re sumo: a resignação, com que sé en
trega a,ouvir, a três por dois, ao dia: — Uin passezinlio... ?
1 prédio por dia — equiparou-se à mé
— O sr. aceita "passes"?
Ou:
dia observada antes da guerra. A mé-^
Sc o cidadão era cordato, aceitava-
— Café ? So se levar dois cruzeiros
dia do semestre, entretanto, é inferior. — O serviço de iluminação pública
os : se tinha razões para a recusa, saía-
de passe...
sc com a sua, <|uando era dado a
cessação de locação de armazéns ex
vem-se ressentindo
ditos de chiste:
Uma calamidade. Pior do qúe isso' uma fatalidade. Porque o cidadão es
ternos feitos a estranhos, desde que
lamentável deficiência, que tem pre judicado a indústria local. Felizmen te, porém, noticia-se que a Companhia Campineira de Luz c Força irá me
das cargas não retiradas, que serão
alojadas em armazéns externos,-e a
esses armazéns sejam precisos para a
J carga e descarga dos navios. '
dou, no presente ex'ercicio, o total de •-Cr$ 19.962.970,00; em igual data do ano passado, a quantia de Cr$ . ..
talações do porto desta cidade, inau
magnífico. Com o progresso da nave gação, o nosso surto econômico e o
MratouH)miMO
— A Tesouraria Municipal arreca
— A Alfândega arrecadou, desde ja-
' nciro do corrente ano, a importância t de Cr $ 423.051.882,10 e, em igual pe ríodo do ano passado, a soma de Cr í -292.123.595,40.
ultimamente
de
lhorar brevemente o serviço, para is so estando a proceder a reformas na Usina Hidro-Elétrica de Jaguarí, que será dotada de melhores equipamen tos elétricos e hidráulicos.
— Não, senhor; não sou espírita...
tá com a boca pedindo um café. E não há outro bar perto. O diabo é qi"'
Se não era, porém, dotado de algu
não deixa de aborrecer o sorri.sozinho
ma dose de bonomia no encarar as
de superioridade escarninlia com quí"
coisas, ficava indignado até os fios do
o raio do sujeito oferece o passe.••
cabelo:
— Exijo a satisfação dos meus_ di
E'. . E' se quiser.
E não existir ou
tro bàr ali pelos arredores...
Nu<
reitos ! Só aceito a moeda corrente do
isso não pode continuar. Isso fere a
país...
dignidade humana. Se tivesse ao me-
Digesto Econômico
()uiiínta(;A()L1:(7AL
90
De fumo superior... Experimen
nos ali à mSo nm guarda-chuva para fazer o sujeito engolir o sorriso... tem.
'
Mas logo muda de ideia. O outro também não passa de um desgraçado.
Logo depois lhe chega um" freguês, faz uma compra qualquer e arruma-lhe com três cruzeiros de passe. No ros-^ to do dono do bar não há mais o sor riso.
Passa-lhe uma sombra pelos
olhos; as feições se lhe contraem. Po sitivamente
sofre.
Volta-se
para
te.
O amigo topa, acende, dá uma tra
f\ nova lei de acidentes do trabalho
gada : — Não, não; .o que me oferece o condutor do bonde do meu bairro, é
melhor... Superior. americana, nada!
Quê
o "Diário Oficial," da União, de 13
mistura
mente. E' ter-se estendido o alcance
Lei de Acidentes do Tiabalho, Decre-
da lei às conseqüências indiretas do ,
da extensão da lei parece-nos perigo
nova-
sa', tendo-se em vista a humana pro pensão dos juizes, em considerar, sem
1—c mais minuciosa na determinação
pre que possível, tòda ocurrência co
As principais caràteristicas da lei são as seguintes;
quando, passam:
de ocidentes do trabalho;
Hamlet:
— Isto assim vai de mal a pior... Se vendo, recebo passe; se não rece
bo passe, não vendo. Que devo fa zer? Vender ou não receber passe? Se não vendo, vou à falência; para não ir à falência, devo receber passe...
E num gesto de revolta: — Mas eu não quero receber passe! Os direitos do homem são sagrados...! Com olhar firme, como quem vai se
deixando possuir por uma idéia fixa:
-
Ninguém se espante, porém; são ra ros. Todos nos encontramos jungidos a deveres sociais, que respeitamos, em obediência a sãos princípios. E os ní
— Obrigado!
lher queria um broche novo... Por que existem broches na vida? Hamlet
não
tem
outro remédio:
aceita o passe e toma o café.
pela rua.
E sai
Tem passes nos bolsos da
calça; tem-nos também nos do pale tó. Puxa o lenço e espirra um passe ; risca
um fósforo e leva-o à bôca:
acende um passe.
Puxa a fumaça e
vai a fumá-lo filosòficamente. Encon
tra um amigo; oferece;
ve, entretanto, compreender como tal
4 — aumenta
'
5
E o garoto, ao pé da letra, numa de monstração de atilamento precoce: — Um níquel de quatrocentão I Murmura-se mesmo que amantes de históricas
estão promo
vendo entendimentos junto à Prefei tura para realizar uma exposição de níqueis na Galeria Prestes Maia. ' i .1-1'
pregado, mas exclusivamente quando decoi;rentes de ação, estranha ao seu
disciplina a prevenção de acidentes e 'dispõe sobre a readaptação do
do empregador. .
serviço, praticada contra instruções 2
Assistência e pagamento da
ções de previdência social, o segu
indenização
ro contra os riscos de nçidentes do
O principal objetivo visado pela Lei de Acidentes é a cura do empregado acidentado. A indenização é apenas uma forma de se remediar a impossi
trabalho.
1 — Acidente do trabalho
.^
Manteve-se a teoria do risco profis
— Que vai você pedir a Papai Noel?
exercício de função própria do em
dentes;
acidentado;
>-
curiosidades
as indenizações por aci-
(, — estatui, como privativo das institui
pague...
pergunta ao filho:
pressas da administração.- Não se de ^ atos de imprudência ocorridos no
Obrigado! Deus lhe
Com a aproximação do Natal," o pai
relação ao acidente que resulte de de
sobediência do empregado a ordens ex
tituto com as da Consolidação das Leis do Trabalho;
'^
Quando alguém recebe urn, ao reali alegria:
família... E justo naquele dia a mu
çao;
da responsabilidade dó empregador en:
S — harmoniza as disposições dêsse ins
queis rareiam, escasseiam-se, somem.
Mas logo descambando para uma Os encargos da
mais rápida liqüidação da indeniza-
— Não diga! Que coragem! Isso c que é ser homem I
zar uma venda, pulsa-lhe o coração de
— E a família?
2 — estabelece assistência mais eficaz ao acidentado, fixando medidas para
cebe passe..." O interlocutor se admira:
mo acidente.
Merece especial atenção a exclusão
— Aquêle um, ali, capaz! não re
— Não, não receberei! atitude de indecisão:
exercício do trabalho. Essa demasia
ro-lei n.° 7.036, assinado em 10 do •mesmo mes.
Há, agora, cidadãos ousados; en frentam qualquer perigo; não têm re ceio de nada. São apontados na rua,
Unia única inovação existe própria-, !
de novembro último, publicou ^a nova
sional, pela qual não interessa pesqui sar a causa nem o responsável pelo
acidente, pòis o mesmo é considerado
bilidade da cura.
Por essa razão, a nova lei dedica especial atenção à assistência médica, farmacêutica e hospitalar, para cuja
como um risco inerente ao exercício
prestação estabelece a efetiva respon-
da profissão, sendo um encargo suple
sabilidadê do empregador. Cumpre sa lientar a^ supressão da" incapacidade
mentar da remuneração do trabalho. A
nova lei não alterou, portanto,
temporária ou parcial na classificação
em suá essência, a definição de aci
das conseqüências do acidente, sob
dente contida no Decreto n.° 24.637, de 10 de julho de 1934. Corrigiu-lhe,
fundamento de que é de tôda conve
porém, o defeito de confundir ,o aci
acidentado para que se evite a agra-
dente com seus efeitos.
vação da lèsãò.
niência o afastamento, do serviço, Jo
-1
Digesto Econômico
()uiiínta(;A()L1:(7AL
90
De fumo superior... Experimen
nos ali à mSo nm guarda-chuva para fazer o sujeito engolir o sorriso... tem.
'
Mas logo muda de ideia. O outro também não passa de um desgraçado.
Logo depois lhe chega um" freguês, faz uma compra qualquer e arruma-lhe com três cruzeiros de passe. No ros-^ to do dono do bar não há mais o sor riso.
Passa-lhe uma sombra pelos
olhos; as feições se lhe contraem. Po sitivamente
sofre.
Volta-se
para
te.
O amigo topa, acende, dá uma tra
f\ nova lei de acidentes do trabalho
gada : — Não, não; .o que me oferece o condutor do bonde do meu bairro, é
melhor... Superior. americana, nada!
Quê
o "Diário Oficial," da União, de 13
mistura
mente. E' ter-se estendido o alcance
Lei de Acidentes do Tiabalho, Decre-
da lei às conseqüências indiretas do ,
da extensão da lei parece-nos perigo
nova-
sa', tendo-se em vista a humana pro pensão dos juizes, em considerar, sem
1—c mais minuciosa na determinação
pre que possível, tòda ocurrência co
As principais caràteristicas da lei são as seguintes;
quando, passam:
de ocidentes do trabalho;
Hamlet:
— Isto assim vai de mal a pior... Se vendo, recebo passe; se não rece
bo passe, não vendo. Que devo fa zer? Vender ou não receber passe? Se não vendo, vou à falência; para não ir à falência, devo receber passe...
E num gesto de revolta: — Mas eu não quero receber passe! Os direitos do homem são sagrados...! Com olhar firme, como quem vai se
deixando possuir por uma idéia fixa:
-
Ninguém se espante, porém; são ra ros. Todos nos encontramos jungidos a deveres sociais, que respeitamos, em obediência a sãos princípios. E os ní
— Obrigado!
lher queria um broche novo... Por que existem broches na vida? Hamlet
não
tem
outro remédio:
aceita o passe e toma o café.
pela rua.
E sai
Tem passes nos bolsos da
calça; tem-nos também nos do pale tó. Puxa o lenço e espirra um passe ; risca
um fósforo e leva-o à bôca:
acende um passe.
Puxa a fumaça e
vai a fumá-lo filosòficamente. Encon
tra um amigo; oferece;
ve, entretanto, compreender como tal
4 — aumenta
'
5
E o garoto, ao pé da letra, numa de monstração de atilamento precoce: — Um níquel de quatrocentão I Murmura-se mesmo que amantes de históricas
estão promo
vendo entendimentos junto à Prefei tura para realizar uma exposição de níqueis na Galeria Prestes Maia. ' i .1-1'
pregado, mas exclusivamente quando decoi;rentes de ação, estranha ao seu
disciplina a prevenção de acidentes e 'dispõe sobre a readaptação do
do empregador. .
serviço, praticada contra instruções 2
Assistência e pagamento da
ções de previdência social, o segu
indenização
ro contra os riscos de nçidentes do
O principal objetivo visado pela Lei de Acidentes é a cura do empregado acidentado. A indenização é apenas uma forma de se remediar a impossi
trabalho.
1 — Acidente do trabalho
.^
Manteve-se a teoria do risco profis
— Que vai você pedir a Papai Noel?
exercício de função própria do em
dentes;
acidentado;
>-
curiosidades
as indenizações por aci-
(, — estatui, como privativo das institui
pague...
pergunta ao filho:
pressas da administração.- Não se de ^ atos de imprudência ocorridos no
Obrigado! Deus lhe
Com a aproximação do Natal," o pai
relação ao acidente que resulte de de
sobediência do empregado a ordens ex
tituto com as da Consolidação das Leis do Trabalho;
'^
Quando alguém recebe urn, ao reali alegria:
família... E justo naquele dia a mu
çao;
da responsabilidade dó empregador en:
S — harmoniza as disposições dêsse ins
queis rareiam, escasseiam-se, somem.
Mas logo descambando para uma Os encargos da
mais rápida liqüidação da indeniza-
— Não diga! Que coragem! Isso c que é ser homem I
zar uma venda, pulsa-lhe o coração de
— E a família?
2 — estabelece assistência mais eficaz ao acidentado, fixando medidas para
cebe passe..." O interlocutor se admira:
mo acidente.
Merece especial atenção a exclusão
— Aquêle um, ali, capaz! não re
— Não, não receberei! atitude de indecisão:
exercício do trabalho. Essa demasia
ro-lei n.° 7.036, assinado em 10 do •mesmo mes.
Há, agora, cidadãos ousados; en frentam qualquer perigo; não têm re ceio de nada. São apontados na rua,
Unia única inovação existe própria-, !
de novembro último, publicou ^a nova
sional, pela qual não interessa pesqui sar a causa nem o responsável pelo
acidente, pòis o mesmo é considerado
bilidade da cura.
Por essa razão, a nova lei dedica especial atenção à assistência médica, farmacêutica e hospitalar, para cuja
como um risco inerente ao exercício
prestação estabelece a efetiva respon-
da profissão, sendo um encargo suple
sabilidadê do empregador. Cumpre sa lientar a^ supressão da" incapacidade
mentar da remuneração do trabalho. A
nova lei não alterou, portanto,
temporária ou parcial na classificação
em suá essência, a definição de aci
das conseqüências do acidente, sob
dente contida no Decreto n.° 24.637, de 10 de julho de 1934. Corrigiu-lhe,
fundamento de que é de tôda conve
porém, o defeito de confundir ,o aci
acidentado para que se evite a agra-
dente com seus efeitos.
vação da lèsãò.
niência o afastamento, do serviço, Jo
-1
92
Dlgesto Econômico 93
Digesto Econômico A lei estabelece um prazo de sesseii ta dias para liquidação das obrigações decorrentes do acidente, por meio de
vado
acordo particular.
função do mínimo, como por exem
Ultrapassando es
de
Cr 8300,00
para
Cr §60U,00
mensai§. A nosso ver, seria prcfirível que se fixasse o salário má.ximo em
profissional c o aproveitamento do cmO elemento coercitivo dessas .inedsdas relativamente ao empregador 'pregado acidentado. Visam èlcs a re integração do acidentado na socieda advirá do contrato cie seguro, confor
de.
Essa readaptação se processará
se prazo, tem logar o processo judi
plo, no dôbro do salário mínimo, para
me se-induz da lei comparada com o
cial, no qual o empregador é respon sável pelas custas integrais, caso seja
que SC pudesse atender à diversidade de custo de vida nas diversas regiões do país e às suas constantes alterações através do tempo. Visando proporcionar melhor ampa
seu antc-projoto. A inobservância das
através dc serviços por forma a ser
condições do contrato dará à entida
determinada cm regulamento especial,
de seguradora o direito de haver do
operando-.se não só mediante aiixíiio
condenado, além de um acréscimo de
25% sem prejuízo dos juros de mora. Procurou com essas medidas a lei a
rápida liquidação das indenizações,'"cir benefício do acidentado.
3 — Uniformidade com a Consolidação A lei teve o incontestável mérito de harmonizar os seus conceitos cora os da Consolidação das Leis,do Traba
lho. uniformizando assim noções Lásicas da legislação trabalhista.
.Assim é que a conceituação de em
pregado e empregador, e os disposi tivos referentes à remuneração e áo salário reproduzem os respetivos ar
tigos da Consolidação.
Essa unifor
midade de conceitos é de inegável van
tagem, tendo-se em vista que a legis lação trabalhista deve ser conhccid;; por classes que, na sua maioria, apre sentam bai.KO nível de cultura.
A lei, regulando matéria omissa na Consolidação, manda que nos salário.'»
superiores ao mínimo, as utilidades se jam computadas na mesma porceiita-^ gcin com que figuram no salário mí nimo da respetiva região. Êsse crilé,.io se não pode ser aceito de un.a forma geral por não e.xprimir a ver dade com relação aos^ altos salários, é aceitável na legislação de_ acidentes, mra cujos efeitos o salário máximo
considerado é o de.Cr §600,00 mensai.s, '4 ,
Indenizações
ro às vitimas de acidentes foi adotada
denizações relativas aos acidentes de
como base par.a cálculo da indeniza
correntes de.ssa inobservância. A lei determina ainda que "os em
ção por incapacidade total e perma nente, a remuneração correspondente
pregadores com mais de 100 emprega
a quatro anps, ao invés de três. Além disso, há a inovação do pagamento da
dos devem providenciar a organização
quantia de Cr 83.200,00 de uma só vez, independente da indenização, bos ca sos de cegueira total, perda ou para lisia dos memíjros superiores ou infe riores e de alienação mental. 5 — Prevenção do acidente
readaptação do acidentado
mista para o fim de estimular o inte resse pelas questões dc prevenção, de
proteção ao trabalho, realizar pales tras instrutivas e tomar outras prov dêncías tendentes a educar o empre
gado na i>rática dc prevenir aciden tes." (Da exposição dc tnotivos do Si. Ministro).
Sc esta comissão se reservar apena,-
a função consultiva, ncnhnm inconve Essa matéria constitui a principal •inovação da nova Lei 'de Acidentes.
Todo empregador será obrigado a
proporcionar a seus empregados a má xima segurança e higiene do trabalho, zelando pelo cumprimento dos dispo
sitivos legais a respeito, ])rotcgendo-os
niente vemos na sua existência. Cum
pre salientar, entretanto, o perigo que
médico, como também pelo ensino con veniente era escolas especiais. 6 — Seguro contra acidentes
Estabelece a lei que o seguro con tra os riscos dc acidentes do trabaliio
será privativo das entidades dc previ
dência social a que esteja filiado o empregador. Assim agiu o legislador
tendo em vista que o seguro de aci dentes não deve visar lucros. Êsse novo sistema irá entrando cm
vigor paulatinamente. Assim é que, a
partir da publicação da Lei, não serão
mais concedidas autorizações para no- . vas entidades seguradoras.
A partir
dc L° de 'janeiro de 1949, as institui ções dc previdência social deverão
apresenta dc pretender intervir na
obrigatòriameiite organizar carteiras
administração da empresa, que, pelo nosso Direito Social c regime político, compele exclusivamente ao emprega
<ás emprêsas particulares, cujo encer
dor, o que SC justifica plenamente, em
dc seguros para as quais passarão,,
poucò a pouco, os seguros atribuídos ramento definitivo sc dará a 31 de dc
zembro de 1953.
especialmente contra as imprudências que possam resultar do exercício ha
virtu.de dc assumir ele o ri.sco total
pelo êxito da cmprêsa.
bitual da profissão.
positivos {|uc ^regulam a readaptaçao
previdência poderão iniciar desde jn suas operações cm seguros de aciden tes, se assim o desejarem
Para êsse efeito
os empregadores expedirão instruções
especiais aos seus empregados a título
de ■■ ordens de serviços" que êstes es tarão obrigados a cumprir rigorosa mente, para fiel observância das dis posições legais referentes à prevenção contra acidentes do trabalho. Para fiel observância dessas medi
das por parte do empregado, a lei
-Mcndendo à elevação do custo de
equipara a sua recusa à insubordina
•'i. o salário máximo, para os efei-
ção para efeito de despedida com jus
^ Io cálculo da indeniz-ação, foi elc-
empregador com o acréscimo de 25% as importâncias ^üispcndidas com as in
ta causa.
Constituem taml)ém inovação os dis
.-Ks instituições dc
92
Dlgesto Econômico 93
Digesto Econômico A lei estabelece um prazo de sesseii ta dias para liquidação das obrigações decorrentes do acidente, por meio de
vado
acordo particular.
função do mínimo, como por exem
Ultrapassando es
de
Cr 8300,00
para
Cr §60U,00
mensai§. A nosso ver, seria prcfirível que se fixasse o salário má.ximo em
profissional c o aproveitamento do cmO elemento coercitivo dessas .inedsdas relativamente ao empregador 'pregado acidentado. Visam èlcs a re integração do acidentado na socieda advirá do contrato cie seguro, confor
de.
Essa readaptação se processará
se prazo, tem logar o processo judi
plo, no dôbro do salário mínimo, para
me se-induz da lei comparada com o
cial, no qual o empregador é respon sável pelas custas integrais, caso seja
que SC pudesse atender à diversidade de custo de vida nas diversas regiões do país e às suas constantes alterações através do tempo. Visando proporcionar melhor ampa
seu antc-projoto. A inobservância das
através dc serviços por forma a ser
condições do contrato dará à entida
determinada cm regulamento especial,
de seguradora o direito de haver do
operando-.se não só mediante aiixíiio
condenado, além de um acréscimo de
25% sem prejuízo dos juros de mora. Procurou com essas medidas a lei a
rápida liquidação das indenizações,'"cir benefício do acidentado.
3 — Uniformidade com a Consolidação A lei teve o incontestável mérito de harmonizar os seus conceitos cora os da Consolidação das Leis,do Traba
lho. uniformizando assim noções Lásicas da legislação trabalhista.
.Assim é que a conceituação de em
pregado e empregador, e os disposi tivos referentes à remuneração e áo salário reproduzem os respetivos ar
tigos da Consolidação.
Essa unifor
midade de conceitos é de inegável van
tagem, tendo-se em vista que a legis lação trabalhista deve ser conhccid;; por classes que, na sua maioria, apre sentam bai.KO nível de cultura.
A lei, regulando matéria omissa na Consolidação, manda que nos salário.'»
superiores ao mínimo, as utilidades se jam computadas na mesma porceiita-^ gcin com que figuram no salário mí nimo da respetiva região. Êsse crilé,.io se não pode ser aceito de un.a forma geral por não e.xprimir a ver dade com relação aos^ altos salários, é aceitável na legislação de_ acidentes, mra cujos efeitos o salário máximo
considerado é o de.Cr §600,00 mensai.s, '4 ,
Indenizações
ro às vitimas de acidentes foi adotada
denizações relativas aos acidentes de
como base par.a cálculo da indeniza
correntes de.ssa inobservância. A lei determina ainda que "os em
ção por incapacidade total e perma nente, a remuneração correspondente
pregadores com mais de 100 emprega
a quatro anps, ao invés de três. Além disso, há a inovação do pagamento da
dos devem providenciar a organização
quantia de Cr 83.200,00 de uma só vez, independente da indenização, bos ca sos de cegueira total, perda ou para lisia dos memíjros superiores ou infe riores e de alienação mental. 5 — Prevenção do acidente
readaptação do acidentado
mista para o fim de estimular o inte resse pelas questões dc prevenção, de
proteção ao trabalho, realizar pales tras instrutivas e tomar outras prov dêncías tendentes a educar o empre
gado na i>rática dc prevenir aciden tes." (Da exposição dc tnotivos do Si. Ministro).
Sc esta comissão se reservar apena,-
a função consultiva, ncnhnm inconve Essa matéria constitui a principal •inovação da nova Lei 'de Acidentes.
Todo empregador será obrigado a
proporcionar a seus empregados a má xima segurança e higiene do trabalho, zelando pelo cumprimento dos dispo
sitivos legais a respeito, ])rotcgendo-os
niente vemos na sua existência. Cum
pre salientar, entretanto, o perigo que
médico, como também pelo ensino con veniente era escolas especiais. 6 — Seguro contra acidentes
Estabelece a lei que o seguro con tra os riscos dc acidentes do trabaliio
será privativo das entidades dc previ
dência social a que esteja filiado o empregador. Assim agiu o legislador
tendo em vista que o seguro de aci dentes não deve visar lucros. Êsse novo sistema irá entrando cm
vigor paulatinamente. Assim é que, a
partir da publicação da Lei, não serão
mais concedidas autorizações para no- . vas entidades seguradoras.
A partir
dc L° de 'janeiro de 1949, as institui ções dc previdência social deverão
apresenta dc pretender intervir na
obrigatòriameiite organizar carteiras
administração da empresa, que, pelo nosso Direito Social c regime político, compele exclusivamente ao emprega
<ás emprêsas particulares, cujo encer
dor, o que SC justifica plenamente, em
dc seguros para as quais passarão,,
poucò a pouco, os seguros atribuídos ramento definitivo sc dará a 31 de dc
zembro de 1953.
especialmente contra as imprudências que possam resultar do exercício ha
virtu.de dc assumir ele o ri.sco total
pelo êxito da cmprêsa.
bitual da profissão.
positivos {|uc ^regulam a readaptaçao
previdência poderão iniciar desde jn suas operações cm seguros de aciden tes, se assim o desejarem
Para êsse efeito
os empregadores expedirão instruções
especiais aos seus empregados a título
de ■■ ordens de serviços" que êstes es tarão obrigados a cumprir rigorosa mente, para fiel observância das dis posições legais referentes à prevenção contra acidentes do trabalho. Para fiel observância dessas medi
das por parte do empregado, a lei
-Mcndendo à elevação do custo de
equipara a sua recusa à insubordina
•'i. o salário máximo, para os efei-
ção para efeito de despedida com jus
^ Io cálculo da indeniz-ação, foi elc-
empregador com o acréscimo de 25% as importâncias ^üispcndidas com as in
ta causa.
Constituem taml)ém inovação os dis
.-Ks instituições dc
L. FIGUEIREDO S/A (Armazéns Gerais — Despachos — Representações) Capital: Cr .$ 10.000.000,00
J
Fundada em 1883
Comissários de Despachos Importação — Exportação
O
Com representantes em todos os portos do país
Agentes de Vapores:
■/
Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de Santos
Cia. Nacional de Navegação Costeira
.
Agentes de Seguros: Lloyd Sul Americano Lloyd Industrial Sul Americano
Correspondentes de:
felicita a tradicional H.
S. DORF&CO. INC. 89, Broad Street — Ne\V| York, N. Y.
Despachantes e corretores de seguros em todas as
partes do mundo
Associação Comercial de São Paulo
Armazéns Gerais: Armazenamento e manipulação de mercadorias
Reprensagem de algodão
Grandes armazéns próprios em São Paulct, Santos e Rio de Janeiro MA'TRIZ São Paulo — Brasil
pela passagem do cinqüentenário de sua fundação, a transcorrer em 7 de de zembro de 1944, e cuja existência tem
servido de incremento à prosperidade econômica de São Paulo, estruturando
%
FILIAIS
Santos — Brasil
da Nação.
Pórto Alegre — Brasil
Rua General Câmara, 168-170 , Praça Rui Barbosa, 39 — l.o andar Endereço Telcgráfico "Doralice" Endereço Telegráíico VDoraUce'
Caixa Postai, 13
^
Caixa Postal, 1066
Bahia — Brasil
(Em organização)
assim a base segura para a grandeza 11- .
\
Rua José Bonifácio, 209, 6.° e 7.° andares Endereço Telegráfico "Doralico" Caixa Postal, 1407
CONGÊNERES
L. Figueiredo (Rio) S. A.
L. Figueiredo (Rio) S. A.
Rio de Janeiro — Brasil .Av. Rio Branco 66-74 — 2S'
Niterói — Brasil
Endereço Telcgráfico
"Doralice"
Caixa . Postal, 1459
Rua São Lourenço, 56
I.. Figueiredo (Recife) S. A. (Em organização)
"
!
L. FIGUEIREDO S/A (Armazéns Gerais — Despachos — Representações) Capital: Cr .$ 10.000.000,00
J
Fundada em 1883
Comissários de Despachos Importação — Exportação
O
Com representantes em todos os portos do país
Agentes de Vapores:
■/
Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de Santos
Cia. Nacional de Navegação Costeira
.
Agentes de Seguros: Lloyd Sul Americano Lloyd Industrial Sul Americano
Correspondentes de:
felicita a tradicional H.
S. DORF&CO. INC. 89, Broad Street — Ne\V| York, N. Y.
Despachantes e corretores de seguros em todas as
partes do mundo
Associação Comercial de São Paulo
Armazéns Gerais: Armazenamento e manipulação de mercadorias
Reprensagem de algodão
Grandes armazéns próprios em São Paulct, Santos e Rio de Janeiro MA'TRIZ São Paulo — Brasil
pela passagem do cinqüentenário de sua fundação, a transcorrer em 7 de de zembro de 1944, e cuja existência tem
servido de incremento à prosperidade econômica de São Paulo, estruturando
%
FILIAIS
Santos — Brasil
da Nação.
Pórto Alegre — Brasil
Rua General Câmara, 168-170 , Praça Rui Barbosa, 39 — l.o andar Endereço Telcgráfico "Doralice" Endereço Telegráíico VDoraUce'
Caixa Postai, 13
^
Caixa Postal, 1066
Bahia — Brasil
(Em organização)
assim a base segura para a grandeza 11- .
\
Rua José Bonifácio, 209, 6.° e 7.° andares Endereço Telegráfico "Doralico" Caixa Postal, 1407
CONGÊNERES
L. Figueiredo (Rio) S. A.
L. Figueiredo (Rio) S. A.
Rio de Janeiro — Brasil .Av. Rio Branco 66-74 — 2S'
Niterói — Brasil
Endereço Telcgráfico
"Doralice"
Caixa . Postal, 1459
Rua São Lourenço, 56
I.. Figueiredo (Recife) S. A. (Em organização)
"
!
banco mercantil de são PAULO S. A.
PASSIVO
Rua Álvares Penteado n.° 165 — Endereço Telegráfico; "MERCAPAULO' Caixa Postal n.® 4077 — SÃO PAULO
.■
Carta Patente n.° 1918 de 27 de dezembro de 1938
Capital
INICIO DAS OPERAÇÕES EM 9 DE JANEIRO DE 1939
.
Cr$
■
30.000.000,00
Fundo de reserva
4.500.0ü0,ü0
Fundo de reserva legal
BALANCETE EM 31 DE OUTUBRO DE 1944,
Cotni/rtciulendo as operações das filiais dc Curitiba, Rio de Janeiro e Santos c das Agências dc Americana, Atibáia, Bariri, Cambará, Campinas, Campos tio Jordão, Capivari, Cornélio Procópio, Garça, Guararapes, IhiliiiKa, Indaia-
507.145.921,90
Depósitos a prazo fixo
194.004.126,30
Títulos cm caução c em depósito
422.790.780,70
.Caução do Conselho de Administração
tuba, Ttapeva, Itu. Leme, Limeira, Lins, Londrina, Marília, Olímpia, Ourinhos, Palmital, Piiidamoniiangaba, Pirajuí, Piratininga, Pórto Feliz, Quin-
Filiais c Agências
tana. Ribeirão Preto, Rio Claro, Salto, Santa Cruz do Rip Pardo, Santo
Correspondentes no país
Amaro (São Paulo), São João da Boa Vista, Scrtãozinlio, Sorocaba e Vera Cruz.
611.552,60
Depósitos em contas correntes com juros ...
550.000,00
Credores por títulos cm cobrança
92.536.727,50
68.412.00
Correspondentes no exterior
í. ;
Cheques e ordens de pagamento Contas dc ordem Diversas contas
423.340.780,70 111.465.366,90
Lucros c Perdas
ATIVO
701.130.045,20
16.639.412,70 454.504,60
3.069.399,00 .* ....-
139.976.244,40 34.080.866,80 1.557.713.335,40
Cr$
Títulos Descontados
;
403.548.197,70"
Letras e efeitos a receber:
Do exterior Do interior
3.029.134,60 108.436.232,30 •
t
Empréstimos cm contas correntes Valores Caucionados
111.465.366,90
•' <
112.283.316,50 r...L..
318.827.976,80
Caução do Conselho de Administração ...T . Valores depositados
550.000,00
103.962.803.90
Filiais e Agências
'
Correspondentes no país Correspondentes no exterior Títulos pertencentes ao Banco
423.340.780,70 87.126.426,50
'
-
Imóveis
11.006,.365,00 54.93.3.042,71) 7.490.258,70
16.893.581,10
Instalações, Móveis e Máquinas
3.556.722,00
Contas de Ordem
139.^96.244,40
Diversas Contas ...í Depósitos Especiais no Banco do Brasil — Convênio Ar-
gentino-Brasileiro
,
5.485.695,70
4.754.064,70
Caixa
São Paulo, 4 dc novembro de 1944.
Em moeda corrente e em depósito no Banco do Brasil e ' outros Bancos • 176.053.272,80
:
■
,
1.557.713.335,40
(a)
J. J. Cardozo dc Mello Neto — Presidente
(a) Márcio da Costa Bueno — Superintendente-Interino (a) Décio R. da Fonseca — Gerente Geral (a)
Alexandre C. Kassab — Contador (R. 9521)
banco mercantil de são PAULO S. A.
PASSIVO
Rua Álvares Penteado n.° 165 — Endereço Telegráfico; "MERCAPAULO' Caixa Postal n.® 4077 — SÃO PAULO
.■
Carta Patente n.° 1918 de 27 de dezembro de 1938
Capital
INICIO DAS OPERAÇÕES EM 9 DE JANEIRO DE 1939
.
Cr$
■
30.000.000,00
Fundo de reserva
4.500.0ü0,ü0
Fundo de reserva legal
BALANCETE EM 31 DE OUTUBRO DE 1944,
Cotni/rtciulendo as operações das filiais dc Curitiba, Rio de Janeiro e Santos c das Agências dc Americana, Atibáia, Bariri, Cambará, Campinas, Campos tio Jordão, Capivari, Cornélio Procópio, Garça, Guararapes, IhiliiiKa, Indaia-
507.145.921,90
Depósitos a prazo fixo
194.004.126,30
Títulos cm caução c em depósito
422.790.780,70
.Caução do Conselho de Administração
tuba, Ttapeva, Itu. Leme, Limeira, Lins, Londrina, Marília, Olímpia, Ourinhos, Palmital, Piiidamoniiangaba, Pirajuí, Piratininga, Pórto Feliz, Quin-
Filiais c Agências
tana. Ribeirão Preto, Rio Claro, Salto, Santa Cruz do Rip Pardo, Santo
Correspondentes no país
Amaro (São Paulo), São João da Boa Vista, Scrtãozinlio, Sorocaba e Vera Cruz.
611.552,60
Depósitos em contas correntes com juros ...
550.000,00
Credores por títulos cm cobrança
92.536.727,50
68.412.00
Correspondentes no exterior
í. ;
Cheques e ordens de pagamento Contas dc ordem Diversas contas
423.340.780,70 111.465.366,90
Lucros c Perdas
ATIVO
701.130.045,20
16.639.412,70 454.504,60
3.069.399,00 .* ....-
139.976.244,40 34.080.866,80 1.557.713.335,40
Cr$
Títulos Descontados
;
403.548.197,70"
Letras e efeitos a receber:
Do exterior Do interior
3.029.134,60 108.436.232,30 •
t
Empréstimos cm contas correntes Valores Caucionados
111.465.366,90
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112.283.316,50 r...L..
318.827.976,80
Caução do Conselho de Administração ...T . Valores depositados
550.000,00
103.962.803.90
Filiais e Agências
'
Correspondentes no país Correspondentes no exterior Títulos pertencentes ao Banco
423.340.780,70 87.126.426,50
'
-
Imóveis
11.006,.365,00 54.93.3.042,71) 7.490.258,70
16.893.581,10
Instalações, Móveis e Máquinas
3.556.722,00
Contas de Ordem
139.^96.244,40
Diversas Contas ...í Depósitos Especiais no Banco do Brasil — Convênio Ar-
gentino-Brasileiro
,
5.485.695,70
4.754.064,70
Caixa
São Paulo, 4 dc novembro de 1944.
Em moeda corrente e em depósito no Banco do Brasil e ' outros Bancos • 176.053.272,80
:
■
,
1.557.713.335,40
(a)
J. J. Cardozo dc Mello Neto — Presidente
(a) Márcio da Costa Bueno — Superintendente-Interino (a) Décio R. da Fonseca — Gerente Geral (a)
Alexandre C. Kassab — Contador (R. 9521)
TECIDOS
frigorífico cruzeiro S/il
J
ft
A. RIBEIRO S/A TECIDOS POR ATACADO
[c
SAO PAULO:
CRUZUIItO:
Travessa do Comércio,39-Foiie 3-51H
Caixa Postal, 56-Fones, 15 e 5?
mo UE .JABíemo;
P. Mauá,
15."-Fone, 23-4062
Rua Florêncio de Abreu, 285 Fone: Escritório, 2-5815 Fone: Armazém, 2-4868
TELEGRAMA: FRICRUZEIRÜ
CAIXA POSTAL, 1277 Teleg. "AURINHA" SÂO PAULO
TECIDOS
frigorífico cruzeiro S/il
J
ft
A. RIBEIRO S/A TECIDOS POR ATACADO
[c
SAO PAULO:
CRUZUIItO:
Travessa do Comércio,39-Foiie 3-51H
Caixa Postal, 56-Fones, 15 e 5?
mo UE .JABíemo;
P. Mauá,
15."-Fone, 23-4062
Rua Florêncio de Abreu, 285 Fone: Escritório, 2-5815 Fone: Armazém, 2-4868
TELEGRAMA: FRICRUZEIRÜ
CAIXA POSTAL, 1277 Teleg. "AURINHA" SÂO PAULO
Banco do Comércio o Industria de S. Paulo S.A.
PASSIVO
FUNDADO EM 1889
Cr$ Capital
Sede: SÂO PAULO — R. 15 de Novembro, 289
;
60.000.000,00
Aumento de capital, dependendo de apro
vação oficial, em ações
Capital Cr S 1U0.Ü00.00U,0U Fundo de Reserva Cr $ 67.500.000,00 Fundo de Reserva Legal .... Cr ? 2.601.795,40 FILIAIS:
preferenciais
e
comuns
40.000.000,00
Fundo de Reserva
Americana, Amparo, Araraquara, Bauru, Bebedouro, Biriguí,
Botucalú, Bragança, Cafelandia, Campinas, Catanduva, Jaboticabal, londri
67.500.000,(O
Fundo de Reserva Legal Lucros e Perdas — Saldo desta conta
2.601.795,40 1.803.525.60
na, Marília, Olímpia, Poços de Caldas, Presidente Prudente, Ribeirão Prelo,
Depósitos Por Lctra.s e a Prazo Fixo
260.174.791,50
Rio Claro, Rio de Janeiro, Rio Preto, Santos. São Carlos, São Manuel, Tanabí, Taquaritinga, Tupã. Valparaíso.
Em C/ correntes com juros Idem sem juros
538.788.259,30 17.618.225,80
Cauções Depositadas
412.658.507,50
Valores Pertencentes a Terceiros
.
440.612.290,30
Caução da Diretoria Letras e Efeitos cm cobrança
ATIVO
200.000,00
Filiais
Cr$ 3.157.100,00
Carteira
32.256.117,00
Contas de Ordem
142.431.l59.l0
Cheques e Ordens de^Pagamento Correspondentes no País e no Exterior ..., Dividendos —• Saldos não reclamados
625.322.521,20
Letras e cíeito.s a receber
Letras do Interior e do Exterior Contas Correntes
155.082.793,70
853.470.797,80 155.082.793,70 271.412.116,40
Diversas Contas
Efeitos descontados
816.581.276,60
Garantias Diversas e outros Valores
BALANCETE EM 31 DE OUTUBRO DE 1944,
Capital a Realizar
100.000.000,00
15.659,615,20 '
15.332.986,70 393.346,30
Cr $ 2.474.525.529,80
780.405.314,90
'
Saldos devedores por empréstimos c adiantamentos
128.119.206.80
Cauções c Valores Depositados
Em penlior mercantil em garantia dos empré.stimos e adiantamentos acima Valores em Depósito ...-
Caução da Diretoria Tftulos e Imóveis
"i'
Banco
412.658.507,50 440.612.290,30
200.000,00
853.470.797,80
f TÍTULOS ÍRClDSive
b IMÓVEIS
21,346.091,30 34.341.867,80
Filiais
Diversas Contas
16.952.6261,50 142.431.159,10 '98.858.312,20
Contas de Ordem
Correspondentes no País e no Exterior
55.687.959,10 221.780.298.70
;
S. E. ou O.
São Paulo, 6 de novembro de 1944. Orcstcs Barbuy — Contador*
Caixa
BANCO DO COMÉRCIO E INDUSTRIA DE S. PAULO S. -V
Em moeda corrente e em depósito no Banco do Brasil e outros Bancos
(a)
139.916.754,70
depósito especial para aumento de ca pital
33,746.000,00
Numa de Oliveira — Diretor Presidente
,(a) Leônidas Garcia Rosa •— Diretor Vice-Prcsidcnte (a). José da Silva Gordo — Diretor Superintendente
Caixa Econômica Federal — Conta de
173.662.754,70
Cr.Ç 2.474.525,529,80
.
(a) T. Quartim Barbosa — F. B. de Queiroz Ferreira — Diretores-Gcrcntes
}
Banco do Comércio o Industria de S. Paulo S.A.
PASSIVO
FUNDADO EM 1889
Cr$ Capital
Sede: SÂO PAULO — R. 15 de Novembro, 289
;
60.000.000,00
Aumento de capital, dependendo de apro
vação oficial, em ações
Capital Cr S 1U0.Ü00.00U,0U Fundo de Reserva Cr $ 67.500.000,00 Fundo de Reserva Legal .... Cr ? 2.601.795,40 FILIAIS:
preferenciais
e
comuns
40.000.000,00
Fundo de Reserva
Americana, Amparo, Araraquara, Bauru, Bebedouro, Biriguí,
Botucalú, Bragança, Cafelandia, Campinas, Catanduva, Jaboticabal, londri
67.500.000,(O
Fundo de Reserva Legal Lucros e Perdas — Saldo desta conta
2.601.795,40 1.803.525.60
na, Marília, Olímpia, Poços de Caldas, Presidente Prudente, Ribeirão Prelo,
Depósitos Por Lctra.s e a Prazo Fixo
260.174.791,50
Rio Claro, Rio de Janeiro, Rio Preto, Santos. São Carlos, São Manuel, Tanabí, Taquaritinga, Tupã. Valparaíso.
Em C/ correntes com juros Idem sem juros
538.788.259,30 17.618.225,80
Cauções Depositadas
412.658.507,50
Valores Pertencentes a Terceiros
.
440.612.290,30
Caução da Diretoria Letras e Efeitos cm cobrança
ATIVO
200.000,00
Filiais
Cr$ 3.157.100,00
Carteira
32.256.117,00
Contas de Ordem
142.431.l59.l0
Cheques e Ordens de^Pagamento Correspondentes no País e no Exterior ..., Dividendos —• Saldos não reclamados
625.322.521,20
Letras e cíeito.s a receber
Letras do Interior e do Exterior Contas Correntes
155.082.793,70
853.470.797,80 155.082.793,70 271.412.116,40
Diversas Contas
Efeitos descontados
816.581.276,60
Garantias Diversas e outros Valores
BALANCETE EM 31 DE OUTUBRO DE 1944,
Capital a Realizar
100.000.000,00
15.659,615,20 '
15.332.986,70 393.346,30
Cr $ 2.474.525.529,80
780.405.314,90
'
Saldos devedores por empréstimos c adiantamentos
128.119.206.80
Cauções c Valores Depositados
Em penlior mercantil em garantia dos empré.stimos e adiantamentos acima Valores em Depósito ...-
Caução da Diretoria Tftulos e Imóveis
"i'
Banco
412.658.507,50 440.612.290,30
200.000,00
853.470.797,80
f TÍTULOS ÍRClDSive
b IMÓVEIS
21,346.091,30 34.341.867,80
Filiais
Diversas Contas
16.952.6261,50 142.431.159,10 '98.858.312,20
Contas de Ordem
Correspondentes no País e no Exterior
55.687.959,10 221.780.298.70
;
S. E. ou O.
São Paulo, 6 de novembro de 1944. Orcstcs Barbuy — Contador*
Caixa
BANCO DO COMÉRCIO E INDUSTRIA DE S. PAULO S. -V
Em moeda corrente e em depósito no Banco do Brasil e outros Bancos
(a)
139.916.754,70
depósito especial para aumento de ca pital
33,746.000,00
Numa de Oliveira — Diretor Presidente
,(a) Leônidas Garcia Rosa •— Diretor Vice-Prcsidcnte (a). José da Silva Gordo — Diretor Superintendente
Caixa Econômica Federal — Conta de
173.662.754,70
Cr.Ç 2.474.525,529,80
.
(a) T. Quartim Barbosa — F. B. de Queiroz Ferreira — Diretores-Gcrcntes
}
Deveis Subscrever Títulos de Economia da
Sul América Capitalização S/A
FABRICA DE TECIDOS LABOR S. A.
pelas seguintes vantagens: 1/
Segurança absoluta do emprego de capital.
2.=
Vantajosa acumulação de rendimento.
3/
Participação dos lucros da Companhia.
4,'
Adiantamentos garantidos.
6.^
Fiação — Tecelagem —: Alvejamento e Mercerização Tinturaria e Acabamento
Melhor maneira de constituir um capital para o futuro. Realização antecipada do capital visado, mediante sor teios mensais.
Tricolines — Brins — Cretones — Colchas
rocnrui conhecer os delalkcíí ilesta»« vantagens para
fazer economia segura, prática c intcrcs.sante.
Toalhas e tecidos em geral
^•licitai hoje mesmo informações aos liispet«»res e Agentes em todo o Itrasil.
815 — Rua
Sul América Capitalização S/A Sede Social: Rua da Alfândega N. 41
da
Mo oca — 815
EiKleréço Telegráfico ^^Lnhor'' Caixn Postal, 182 - Telefone. 2-0817
(esq. Quitanda) Edifício Sulacap — Rio de Janeiro Sucursal em São Paulo: Rua 15 de Novembro (esq. Anohieta) Edifício Sulacap
São
Paulo V V-,
Deveis Subscrever Títulos de Economia da
Sul América Capitalização S/A
FABRICA DE TECIDOS LABOR S. A.
pelas seguintes vantagens: 1/
Segurança absoluta do emprego de capital.
2.=
Vantajosa acumulação de rendimento.
3/
Participação dos lucros da Companhia.
4,'
Adiantamentos garantidos.
6.^
Fiação — Tecelagem —: Alvejamento e Mercerização Tinturaria e Acabamento
Melhor maneira de constituir um capital para o futuro. Realização antecipada do capital visado, mediante sor teios mensais.
Tricolines — Brins — Cretones — Colchas
rocnrui conhecer os delalkcíí ilesta»« vantagens para
fazer economia segura, prática c intcrcs.sante.
Toalhas e tecidos em geral
^•licitai hoje mesmo informações aos liispet«»res e Agentes em todo o Itrasil.
815 — Rua
Sul América Capitalização S/A Sede Social: Rua da Alfândega N. 41
da
Mo oca — 815
EiKleréço Telegráfico ^^Lnhor'' Caixn Postal, 182 - Telefone. 2-0817
(esq. Quitanda) Edifício Sulacap — Rio de Janeiro Sucursal em São Paulo: Rua 15 de Novembro (esq. Anohieta) Edifício Sulacap
São
Paulo V V-,
BANCO NACIONAL DA GiOADE DE SÂÜ PAULO S. A.
PASSIVO
1-UN'DADO EM 1924
Cr$
Sede: SÃO PAULO — RUA S. BENTO, 341
-
Capital ■ Capital Realizado
CrS 12.300.000,00 CrS 12.282.380,00
Fundos de Reserva Fundos dc .Amortização ....
CrS CrS
12.300.000,00
Capital 800.000,00
Fundo dc Reserva Legal Fundo de Reserva
7.300.000,00 4.512.182,80
6.500.000,00
7.300.000,0')
2.812.182.80 1.700.000,00
4.512.182,1-0
FUNDOS DE AMORTIZAÇÃO: Móveis e Utensílios Imóveis
B.AUANCETE EM 31 DE OUTUBRO DE 1944, -compreendendo as operações das Filiais de Curitiba, Rio dc Janeiro e Santos,
285.311,20
l.ucros e Perdas
DEPÓSITOS EM CONTAS CORRENTES;
das Agências de Barra Áíansa (Estado do Rio), Botucatú, Cambará, (Esta
Com juros
do do Paraná). Campinas, Cruzeiro, Jaboticabal, Jacareí, rena, Mogí das Cruzes, Mogí Mirim, Paraguaçu, Pinhal dente Prudente, Santa Cruz do Rio Pardo, Santo André, baté, e Agências Uri)anas Centra!,-"í^íortc (Braz) e
Sem juros
Jaú, Lençóis, LoPiracicaba, Presi Sertãozinlio, TauOeste (Luz).
252.888.590,10
34.531.997,00
Depósitos a Prazo Fixo e com Aviso Prévio
117.605.026,10
Credores por Títulos em cobrança
Títulos cm caução e em depósito Caução da Diretoria
ATIVO
228.642.528,20 100.000,00
405.025.613,20 170.989.482,50
228.742.528,20
Filiais c Agências Correspondentes no País
80.278.650.20
Correspondentes no Exterior
16.336.597,20
2.370.483.10
Cheques e Ordens dé Pagamento ■ Capital a Realizar Letras Descontadas
•.
17.620,00 159.443.931,20
i'.
LETRAS A RECEBER:
•
.
Letras do E.Klerior
Letras do Interior
%
Contas de Ordem Diversas Contas
-
.,V
165.117.679,30
108.471,10
91.806.937,50 •
'5.871.803,20
Empréstimos em contas correntes Valores caucionados Valores depositados Ações em Caução Filiais e Agências Correspondentes no País Correspondentes no Exterior Iitulos pertencentes ao Banco ....
Tíím ® Utensílios Títulos em Liquidação ...; .r I Diversas Contas
1.730.578,00
Dividendos a Pagar
14.262.925,00
CrS 1.036.049.760,00
170.989.482,50 192.206.382,70
162.266.773,60 66.375.754,60 100.000,00
• .
'.
228.742.528,20 72.720.701.60 3 181 321,40 -32.887.485,30 1 034.114,90
V
12.702.506.70
;-
. 2.919.167,60 361.432,10 91.806.937,50 6.259.741,00
* '
São Paulo, .4 dc novembro de 1944.
(a) R MAYER — Diretor Presidente (a) F. PAIM FILHO •— Diretor Vice-Presidente
CAIXA':
Ém moeda «rrente e em depósito no tíanco do Brasil e outros Bancos ... Ml outras espécies
S. E. ou O.
60.608.378,00 168.029,30
(a) C. TEIXEIRA JOR. — Diretor Superintendente
60.776.407,30
Cr$ 1.036.049.760,00
(a) A. LIMA — Diretor-Gerente (a) G. BRICCOLO — Gerente
(a) R. FERRARO — Contador .li. r» ÜM ['it*!.
BANCO NACIONAL DA GiOADE DE SÂÜ PAULO S. A.
PASSIVO
1-UN'DADO EM 1924
Cr$
Sede: SÃO PAULO — RUA S. BENTO, 341
-
Capital ■ Capital Realizado
CrS 12.300.000,00 CrS 12.282.380,00
Fundos de Reserva Fundos dc .Amortização ....
CrS CrS
12.300.000,00
Capital 800.000,00
Fundo dc Reserva Legal Fundo de Reserva
7.300.000,00 4.512.182,80
6.500.000,00
7.300.000,0')
2.812.182.80 1.700.000,00
4.512.182,1-0
FUNDOS DE AMORTIZAÇÃO: Móveis e Utensílios Imóveis
B.AUANCETE EM 31 DE OUTUBRO DE 1944, -compreendendo as operações das Filiais de Curitiba, Rio dc Janeiro e Santos,
285.311,20
l.ucros e Perdas
DEPÓSITOS EM CONTAS CORRENTES;
das Agências de Barra Áíansa (Estado do Rio), Botucatú, Cambará, (Esta
Com juros
do do Paraná). Campinas, Cruzeiro, Jaboticabal, Jacareí, rena, Mogí das Cruzes, Mogí Mirim, Paraguaçu, Pinhal dente Prudente, Santa Cruz do Rio Pardo, Santo André, baté, e Agências Uri)anas Centra!,-"í^íortc (Braz) e
Sem juros
Jaú, Lençóis, LoPiracicaba, Presi Sertãozinlio, TauOeste (Luz).
252.888.590,10
34.531.997,00
Depósitos a Prazo Fixo e com Aviso Prévio
117.605.026,10
Credores por Títulos em cobrança
Títulos cm caução e em depósito Caução da Diretoria
ATIVO
228.642.528,20 100.000,00
405.025.613,20 170.989.482,50
228.742.528,20
Filiais c Agências Correspondentes no País
80.278.650.20
Correspondentes no Exterior
16.336.597,20
2.370.483.10
Cheques e Ordens dé Pagamento ■ Capital a Realizar Letras Descontadas
•.
17.620,00 159.443.931,20
i'.
LETRAS A RECEBER:
•
.
Letras do E.Klerior
Letras do Interior
%
Contas de Ordem Diversas Contas
-
.,V
165.117.679,30
108.471,10
91.806.937,50 •
'5.871.803,20
Empréstimos em contas correntes Valores caucionados Valores depositados Ações em Caução Filiais e Agências Correspondentes no País Correspondentes no Exterior Iitulos pertencentes ao Banco ....
Tíím ® Utensílios Títulos em Liquidação ...; .r I Diversas Contas
1.730.578,00
Dividendos a Pagar
14.262.925,00
CrS 1.036.049.760,00
170.989.482,50 192.206.382,70
162.266.773,60 66.375.754,60 100.000,00
• .
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228.742.528,20 72.720.701.60 3 181 321,40 -32.887.485,30 1 034.114,90
V
12.702.506.70
;-
. 2.919.167,60 361.432,10 91.806.937,50 6.259.741,00
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São Paulo, .4 dc novembro de 1944.
(a) R MAYER — Diretor Presidente (a) F. PAIM FILHO •— Diretor Vice-Presidente
CAIXA':
Ém moeda «rrente e em depósito no tíanco do Brasil e outros Bancos ... Ml outras espécies
S. E. ou O.
60.608.378,00 168.029,30
(a) C. TEIXEIRA JOR. — Diretor Superintendente
60.776.407,30
Cr$ 1.036.049.760,00
(a) A. LIMA — Diretor-Gerente (a) G. BRICCOLO — Gerente
(a) R. FERRARO — Contador .li. r» ÜM ['it*!.
'W
Cotoniiício Guilherme Giorgi S/A
1
Rua Cesário Alvim, 476 — Fone: 3-2345
Fábrica de Tecidos e Artefatos
Ul «g
ifíQ B<
FIAÇÃO. CASCAMIFÍCIO E TECELAGEM '^REDENÇÃO" Rua Arnaldo Cintra, 46
FABRICA NITRO-CELULOSE "BRASIL" Rua Dentista Barreto, 85
fiação
nova
Fios penteados de algodão Rua Osvaldo Barreto, 1335
S/A
LAN;IFÍCIOS
/
MINERVA »v
Fiação cardada e penteada de lã Tecelagem e acabamento de tecidos de lã
FIAÇÃO E TECELAGEM SANTO ANDRÉ Rua Gertrudes Líma, 146
Santo André >
PRODUTOS
DE
SUPERIOR
QUALIDADE
I
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Cotoniiício Guilherme Giorgi S/A
1
Rua Cesário Alvim, 476 — Fone: 3-2345
Fábrica de Tecidos e Artefatos
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/
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Fiação cardada e penteada de lã Tecelagem e acabamento de tecidos de lã
FIAÇÃO E TECELAGEM SANTO ANDRÉ Rua Gertrudes Líma, 146
Santo André >
PRODUTOS
DE
SUPERIOR
QUALIDADE
I
^9/
/
'í»
Companhia Nacional de Estamparia — Fundada em 1909
Fabricarão de tecidos críis, tintos, aivejados, flanelados e estampados
TECIDOS
Rua Boa Vista N. 150 1 Fones. 2-0424 e 3-6938
Vista aérea da Fábrica "São Paulo", cm Sorocaba Fábricas; Sãu Pnulo, Santo Aiitóiiio e Santa Rosálla, cm
Sorocaba
Usilias Hítlro-Elétricas — Fábricas de Gclü
Tipografia — Oficinas Mecânicas — Serrarias — Fazendas Agrícolas.
DADOS SOBRE 1943: — Ó.863 operários — 3.000 teares — 80.000 fusos — Produção: 50.064.123 ni de tecidos — Salários pagos: Cr $ 16.026.629,00 — Impostos pagos: V '-
Caixa Postal, 1674
J
SÀO PAULO
i
Endereço Telegráfico "NOVAMÉRICA"
Cr $ 6.160,043,39 — 5.500 toneladas de algodão paulist.i consumidas.
SAO PAULO
Rua Marconí, 87 — 2.° — Fone, 4-8128 (Rede Interna) RIO DE JANEIRO
Av. Rio Branco, 120 — 7." — Fone, 42-6030 (Rede Interna).
Vi
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Companhia Nacional de Estamparia — Fundada em 1909
Fabricarão de tecidos críis, tintos, aivejados, flanelados e estampados
TECIDOS
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Sorocaba
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DADOS SOBRE 1943: — Ó.863 operários — 3.000 teares — 80.000 fusos — Produção: 50.064.123 ni de tecidos — Salários pagos: Cr $ 16.026.629,00 — Impostos pagos: V '-
Caixa Postal, 1674
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SÀO PAULO
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Endereço Telegráfico "NOVAMÉRICA"
Cr $ 6.160,043,39 — 5.500 toneladas de algodão paulist.i consumidas.
SAO PAULO
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Vi
No momento em que a Associação Comercial de São Paulo comemora o cinqüe?ítenârio
£6(0/ -à^ Mftdo/
de sua fundação^
RlO®
Nraújo Costa & Cia.
dé autoria do
Dr. J. L. DE ALMEBOn NOGUEIRA PORTO
têm o prazer de saudá-la, tornando os seus cumprimente-, extensivos ao público
Já tendo sido iniciado o exame das de
de São Paulo e do Brasil, a que servem des de a data de sua fundação em Sorocaba, no ano de 1876, sob a razão social de Guima rães Pereira & Cia., em sucessão a Guima
'i t: IV.
rães & Cia., tendo-se transplantado para esta capital em 1900, já sob a denominação
clarações do imposto sôbre as superrendas, pela Justiça de Ajuste dos Lucros
30
CR$
oo
ATENDE-SE PELO REEMBOLSO POSTAL Os s6cios da Asso
sidade para todos os que desejarem satis
ciação Comercial de
de Araújo Costa & Cia., que se mantém até o presente.
São pQUio, do Fede
Desenvolvendo-se paralelamente ao pro gresso do Estado e da União, contam hoje com uma rede de '28 viajantes que percor
letim Semanal gozom
rem, em todos os sentidos, todo o vasto ter
ritório nacional, de que se irradiou para o continente sul-americano, dispondo de re presentantes em todas as capitais da parte meridional do hemisfério.
Exuaordinários, e aproximando-se a
época das declarações referentes ao exercício de 1944, a aquisição desta obra de grande atualidade é uma neces
fazer às.exigências legais, defendendo,
ração do Comércio
ao mesmo tempo,seus próprios interesses.
do Estodo de S.Paulo » asslnontes do Bo
Um livro útil, de linguagem simples, contendo modelos e formulários que facilitam grandemente as suas declarações.
do desconto de 80%
Editado sob o patrocínio de Associaçõo Comercio/ de S.Pauío e da Federoçõo do Comércio do Estado de Soo Pau/o pela
editora COMERCIAt LIMITADA VIADUTO BÔA VISTA, 67 - 7.0 ANDAR - SALAS. 703/5 TELEFONE 3-7499 — SÃO PAULO
VENDA POR ATACADO DE FAZENDAS E ARMARINHO
No momento em que a Associação Comercial de São Paulo comemora o cinqüe?ítenârio
£6(0/ -à^ Mftdo/
de sua fundação^
RlO®
Nraújo Costa & Cia.
dé autoria do
Dr. J. L. DE ALMEBOn NOGUEIRA PORTO
têm o prazer de saudá-la, tornando os seus cumprimente-, extensivos ao público
Já tendo sido iniciado o exame das de
de São Paulo e do Brasil, a que servem des de a data de sua fundação em Sorocaba, no ano de 1876, sob a razão social de Guima rães Pereira & Cia., em sucessão a Guima
'i t: IV.
rães & Cia., tendo-se transplantado para esta capital em 1900, já sob a denominação
clarações do imposto sôbre as superrendas, pela Justiça de Ajuste dos Lucros
30
CR$
oo
ATENDE-SE PELO REEMBOLSO POSTAL Os s6cios da Asso
sidade para todos os que desejarem satis
ciação Comercial de
de Araújo Costa & Cia., que se mantém até o presente.
São pQUio, do Fede
Desenvolvendo-se paralelamente ao pro gresso do Estado e da União, contam hoje com uma rede de '28 viajantes que percor
letim Semanal gozom
rem, em todos os sentidos, todo o vasto ter
ritório nacional, de que se irradiou para o continente sul-americano, dispondo de re presentantes em todas as capitais da parte meridional do hemisfério.
Exuaordinários, e aproximando-se a
época das declarações referentes ao exercício de 1944, a aquisição desta obra de grande atualidade é uma neces
fazer às.exigências legais, defendendo,
ração do Comércio
ao mesmo tempo,seus próprios interesses.
do Estodo de S.Paulo » asslnontes do Bo
Um livro útil, de linguagem simples, contendo modelos e formulários que facilitam grandemente as suas declarações.
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VENDA POR ATACADO DE FAZENDAS E ARMARINHO
lyiM
>■' .
1,
Digesío Econômico
UfiSMl caminhões - automóveis
r
Annuciam neste número:
CHEVROLET-BUICK rádios RCA VICTOR
DISCOS VICTOR - VÁLVULAS RCA
I
Empresa de Propaganda OGA
A Exposição
SECÇÃO industrial FOGÕES - FOGAREIROS "CASMUNIZ' GASOGENIO "CASMUNIZ"
Limitada
"A
Fábrica de Tecidos Labor S/A
A. Ribeiro S/A
Frigorífico Cruzeiro S/A
Araújo Costa & Cia.
Galeria Paulista do Modas
Azeite Mesa
brinquedos
[BICICLETAS - MOTOCICLETAS
Banco do Comércio e
Indústria de'
São Paulo S/A
Banco Nacional da Cidade de São
refrigeradores
Paulo S/A
UTENSÍLIOS DE USO DOMÉSTICO
Banco Mercantil de São Paulo S/A Casa Figueirôa
M
I lJlilJ'15il
r
Companhia Mc-Hardy Companhia Nacional de Estamparia Cotonifício Guilherme Giorgi S/A
L. Figueiredo S/A Panambra S/A
i
Pereira Queiroz S/A Prudência Capitalização
Seagers do Brasil S/A Sindicato dos Despachantes Adua« neiros de Santos S. A. Fábrica Orion
Sul América Capitalização S/A Walter Ahrens
CASSIO MUNIZ & CIA. EXPOSIÇÃO E ESCRITÓRIO - Praça da República, 309 - C. PosfoI, 478 - Tel 4-714] Bnd. Telegràfico "CASMUNIZ" OFICINAS - Alameda Cleveland, 529 - Teh 5-2880
LABORATÓRIO DE RÃDIO - Rua Dr. Oino Bueno, 524 - Tel.-. 5-3080
V
SÃO PAULO vv
Composto pela Grafica São José — Rua Galvão Bueno, 230 — São Paulo
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Annuciam neste número:
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I
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"A
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A. Ribeiro S/A
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Araújo Costa & Cia.
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Indústria de'
São Paulo S/A
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Paulo S/A
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M
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Companhia Mc-Hardy Companhia Nacional de Estamparia Cotonifício Guilherme Giorgi S/A
L. Figueiredo S/A Panambra S/A
i
Pereira Queiroz S/A Prudência Capitalização
Seagers do Brasil S/A Sindicato dos Despachantes Adua« neiros de Santos S. A. Fábrica Orion
Sul América Capitalização S/A Walter Ahrens
CASSIO MUNIZ & CIA. EXPOSIÇÃO E ESCRITÓRIO - Praça da República, 309 - C. PosfoI, 478 - Tel 4-714] Bnd. Telegràfico "CASMUNIZ" OFICINAS - Alameda Cleveland, 529 - Teh 5-2880
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Composto pela Grafica São José — Rua Galvão Bueno, 230 — São Paulo
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o JimiLEU ÜA
ASSOCIAÇÃO COI^lERCIAl. As^ classes conservadoras A® São Paulo cele bram este mês, o jubiléu da sua- maior ctvtidade — a Associação Comerciad.
Fundada em 1894, no momento em que «e es boçava o grande surto da produção de café em
São Paulo, ela acompanhou e orientou esse crescente^ movimento econômico durante o primeiro decenio de sua existência. Ao sobrevir, mais tara^ super-produção cafeeira, que resultou no Convênio de Taubaté, a Associação Comerciai
adaptou-se às novas modalidades de produção que modificaram, radicalmente, a estrutura econômi ca do Estado e do país, com. o início da nossa industrialização.
E quando também essa política teve que ser revista e modificada, foÍ ainda a Associação Co mercial quem primeiro se ba*eu pela renovação dos métodos de cultivo e pela. introdução do no
vas culturas e fontes de riqueza. A cultura do algodao e de outros produtos, especialmente a dos cereais, foi incrementada pela Associação Comer cia!^ que, por assim dizer, presidiu a dupla orien tação que nos últimos vinte anos caracterizou o desenvolvimento econômico Ae São Paulo o
desbravamento de novas terras para o plantio remuncrador do café, e a intensificação de nolicultura em todas as zonas agrícolas bandeirantes.
Agora, ao completar o se,, primeiro cínquentenario, a prestigiosa entídade assiste e promove o esplendido surto da industrialização Nacional, que ja conta com uma base solida, oriunda da or
ganização de nossas primeiras indústrias pesadas. ^ For tudo isto é que as comemorações aue es
tão sendo realizadas não constituem motívn de íúbilo e orgulho somente para nosso Estado mas
para todo o Brasil, que sabe da profícua atuação
que a Associação Comercial de São .^om deseavolvendo em pròl das fôrças Produtoras Jo pais.