DIGESTO ECONÔMICO, número 5, abril 1945

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SUMARIO

n,

para o Brasil

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eeonómic ^ produção d carne

no Brasil

•Sôbi*( a indústria do carvão minera em São Paulo

t-m.,

Redaçao Redação

Josué Camargo Mendes

Protecionismo através das idades —

em teoria e na prática

fto

,l**ii iigraçao e organização econômica

^

r_^ *'&nsforma-se a economia da A.méri ca Latina *T*orque

r-°''Vo,

da

Conferência

de

Chicago

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Comunidade de ISÍaçõe

^8 japoneses na América do Sul .. ,

^A.brasivos, sua importância na indús tria

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Condensado

do

Foreign

Amando Mendes

política fiscal dos Estado no apos-guerra População rural <

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Nelson A. Rockefeller

J. F. Normano e Antonello Gerbi Rui

Ribeiro Franco

Unidos Alvin H. Hansen

irbana

45

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Matias Arrudão

Livreo

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HmíH«.> "VVilleins

Commerce "Weekly • • • •

devemos plantar a Hévea

conclusões

®«ral,

34-^ S. Harcourt-Rivington .

Qnstpví TÍstovam Dantas,

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contribuição econômica do Interior i(31>^Aperfeiçoaménto nos automóveis

e í^ôrto Aleg^re

«hglêses (40)í^A reconstrução econômica da ,França Aventuras numa repartição pública (53i5 Gasolina e licores (58),^ As áreas devastadas da Itália (SSV

N.° ü - Aliril de 1945 - Ano I


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■ri'

D 1 G E S T O

ECOXÓMICO

Empresa

deTransptrteslIniiiiteslt

Aparecendo no primeiro sábado de cada me*, o DIGCSFO

ECONÔMICO, publicado pela Editora Comercial Ltda., «ob oi auspícios da Associação Comercial de São Paulo e da Federa ção do Comércio do Estado de São Paulo, procura ser util o

preciso nas informações, correto e sóbrio nos comentários, co-

modo e elegante na apresentação, dando aos seus leitores um panorama mensal do mundo dos negócios.

A venda em todas as bancas do jornais do país a Cr $ 3,0C o exemplar; assinatura anual (12 números) Cr$ 30,00.

Revista de circulação obrigatória entre os produtores do São Paulo e os maiores do Brasil, além de ampla divulgação no interior, nas capitais dos Estados e nas dos principais países sul-americanos.

ESCRITÓRIOS CENTRAIS:

Para publicidade os interessados

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Agências de Publicidade ou diretamente ao Departamento do Publicidade da Editora Comercial Ltda. (Viaduto Boa Vista, $7 — 7.0 — Tel. 3-7499).

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Com. e Ind. João Jorge Fi gueiredo S. A.

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Marlim Afonso. 43 Telefone 1379


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do gênero existente no Brasil —

as Indústrias P. Maggi S. A. continuam a servir com á mesma profi ciência, oferecendo, sempre, a melhor quali dade nos artigos de sua fabricação exclusiva. BARBANTES naturais e de côres

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0UNDADA em 1892 — sendo,

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Florêncio

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Abreu, 644 — Caixa Postal 399

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Dep. Comercial e Diretoria: 4-5489 — Secção de Vendas: 4-5807


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Sétá/ Â/ -v-endo/

RiOS c/e autoria do

Dr. I. L. DE OLMElOn NOGUEIRH PÔRTO Já tendo sido 'iniciado o exame das de clarações do impôsto sôbre as super-

rendas, pela Justiça de Ajusttí'dos Lucros oo

Extraordinários, e aproximando-se a

época das declarações referentes ao ITENOE-SE PELO REEMBOLSO PÜSTBL

exercício de 1944, a aquisição desta

O* tóctot da Asso

sidade para todos os que desejarem satis fazer às exigências legais, defendendo, ao mesmo tempo,seus próprios interêsses.

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São Paulo, do Fede ração do Comércio, do Estado de S.Paulo e assinantes do Bo

Um livro útil, de linguagem simples,

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contendo modelos e formulários que fa

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Editodo sob o patrocínio da Associação Comerciai de S.Paulo

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EDITORA COMERCIAL LIMITADA Filial da São Paulo : liiia Alcglria^ 300

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I..oja9 vendas a vstrcjo : Kna Josté Donifúcio, 30(1

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"Sj;

TÁ se fôram os tempos bíbli cos em que os faraós, por meio

quenos depósitos mensais tira

ha mais de 30 anos lhe dispensa o público brasileiro, FRACALANZA limitou sua produção, não se fazendo atrair pela miragem de lucros fáceis, que a utilização de material inferior proporcionaria.

dos interpretadores de senhos,

dos da economia do que é per feitamente dispensável, consti

podiam precaver-se contra a ca-

tuem-se grandes pecúlios — em

restia de anos que se lhes antoIhavam de penúria. As enormes

turo da Família. Procure conhe

responsabilidades da vida mo

cer, sem compromisso, os pla

receber material de primeira qualidade. É uma noticia

derna já não confiam seu fu turo a previsões tão precárias:

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evasão aos pedidos de todos os que preferiram esperar,

alicerçam-no em realidades pal-

rantias sólidas, legais, absolu tas: é a segurança do seu futtiro,

para receber um produto de qualidade.

do futuro de sua Família.

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'páveis como os títulos da Pru

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garantia própria ou na do fu

COMPANHIA GENUINAMENTE NACIONAL PARA FAVORECER A ECONOMIA POPULAR

Os fabricantes dos produtos FRACALANZA, têm

agora a satisfação de comunicar a seus prezados amigos e clientes e ao público em geral, que acabam de

que agradará a todos. Finalmente será possível dar Tratando-se de produtos fabricados em série, de grande

possívelatender prontamente a todos. Dentro de um curto período de meses, entretanto, deverão estar normalizados os fornecimentos, e os produtos FRACALANZA, novamente passarão a ser fabricados com a intensidade

exigida por sua' habitual, incessante^ procura.

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exigida por sua' habitual, incessante^ procura.

PRUDENÇIÂ CAPITÁLIZÁCÀO PANAM

CAPITAL; Cr.Sj.250.000,50 — RFSERVAS: Cr.$ 32.0"0.ooo,oo SÊDE; SAO l'AULO — RUA JOSÉ BO.NIFACIO, 278 — i.® ANDAR

1


DIGESTO

Díji^o.sío Econômico O mundo dos negócios num panorenia mensal Oíretor-Supeiír.t^ndenU

ECONOMICO

*. <

RUy FONSECA

Diretores; RUy BLOEM RUI NOGUEIRA MARTINS

O MUNDO.DOS NEGÓCIOS NUM PANORAMA MENSAL N. S

Redação e Administração: Via duto Boa Vista, 67, 7.° andar,

Aliríl de 1045

São Pnulo

lei. 3-7499 — São Paulo

Estatiilo econômico para O

DIGESTO

ECONÔMICO,

o Brasil

orgão de informações econômi

cas e financeiras, de proprie dade da Editora Comercial

^OMO mais um elo numa corrente de as sembléias especializadas que se vêm rea

Ltda., é publicado mensaloiente

sob os auspícios da Associação Comercial de São Paulo e da

Federação do Comércio do"Es tado de São Paulo.

lizando no Brasil — inicialmente, o Primeiro

Dígcsto Kcoiióiiilco

Congresso Brasileiro de Economia, efetua do no Rio de Janeiro, depois o Congresso da Indústria, levado a efeito nesta capital — será dentro de alguns dias instalada em Teresópolis, Estado do Rio, mais uma im portante reunião das classes produtoras do

publicará no n. 6:

A redação não é responsarei pelas estatísticas cuja fonte es teja devidamente citada, nem

"QUANTOS

pelos

na

conceitos emitidos artigos assinados.

em

Na transcrição de artigos pedese citar o nome do DIGESTO

ECONÔMICO.

AUTOMÓVEIS.

RÁDIOS E TELEFONES

AMÉRICA?", artigo

HA

ds

Redação;

gêneres nacionais

ou

estran

CARVÃO

SUAS

MINERAL

OCORRÊNCIAS

E

NO

BRASIL", artigo da Redação; "NOVAS FIRMAS", Pokrovsky;

por

J.

geiras.

"ESTRUTURA E FUNCIONA MENTO DO ORGANISMO FI

Registado no D.I.P. sob o n.®

NANCEIRO DA RÜSSIA", por

^ 36.272. Impresso na Gráfica São José

A sua convocação foi feita, no dia 2 de março findo, pela palavra autorizada do sr. João Daudt d'01iveíra, em brilhante confe

"O

Aceita-se in

tercâmbio com publicações con

país.

I

W. B. Reddaway.

rência que teve ocasião de proferir no sa lão de honra da Associação Comercial de São Paulo. A repercussão que obtiveram

os conceitos então emitidos depõe não ape

nas em favor da acústica propícia de que se serviu « orador para formulação de seu pensamento, não somente da clareza de que este invariavelmente se revestiu, mas tam

bém da oportunidade de uma iniciativa que decorre da trepidação com que se apresen tam os acontecimentos, tanto no plano inter no, com perspectivas de eleições democráti cas, quanto no externo, com a aproximação

Assinaturas: Ano, Cr$ 30,00; em conjunto -com o Boletim Se manal da

Associação Comer

cial de São Paulo: Ano, Cr$ 120,00; semestre, Cr$ 70,00.

da vitória das Nações Aliadas sobre os exér citos totalitários. .

Vivemos um período da vida

mundial

que se singulariza pela rapidez dos aconte

cimentos. O que ainda ontem parecia uma


DIGESTO

Díji^o.sío Econômico O mundo dos negócios num panorenia mensal Oíretor-Supeiír.t^ndenU

ECONOMICO

*. <

RUy FONSECA

Diretores; RUy BLOEM RUI NOGUEIRA MARTINS

O MUNDO.DOS NEGÓCIOS NUM PANORAMA MENSAL N. S

Redação e Administração: Via duto Boa Vista, 67, 7.° andar,

Aliríl de 1045

São Pnulo

lei. 3-7499 — São Paulo

Estatiilo econômico para O

DIGESTO

ECONÔMICO,

o Brasil

orgão de informações econômi

cas e financeiras, de proprie dade da Editora Comercial

^OMO mais um elo numa corrente de as sembléias especializadas que se vêm rea

Ltda., é publicado mensaloiente

sob os auspícios da Associação Comercial de São Paulo e da

Federação do Comércio do"Es tado de São Paulo.

lizando no Brasil — inicialmente, o Primeiro

Dígcsto Kcoiióiiilco

Congresso Brasileiro de Economia, efetua do no Rio de Janeiro, depois o Congresso da Indústria, levado a efeito nesta capital — será dentro de alguns dias instalada em Teresópolis, Estado do Rio, mais uma im portante reunião das classes produtoras do

publicará no n. 6:

A redação não é responsarei pelas estatísticas cuja fonte es teja devidamente citada, nem

"QUANTOS

pelos

na

conceitos emitidos artigos assinados.

em

Na transcrição de artigos pedese citar o nome do DIGESTO

ECONÔMICO.

AUTOMÓVEIS.

RÁDIOS E TELEFONES

AMÉRICA?", artigo

HA

ds

Redação;

gêneres nacionais

ou

estran

CARVÃO

SUAS

MINERAL

OCORRÊNCIAS

E

NO

BRASIL", artigo da Redação; "NOVAS FIRMAS", Pokrovsky;

por

J.

geiras.

"ESTRUTURA E FUNCIONA MENTO DO ORGANISMO FI

Registado no D.I.P. sob o n.®

NANCEIRO DA RÜSSIA", por

^ 36.272. Impresso na Gráfica São José

A sua convocação foi feita, no dia 2 de março findo, pela palavra autorizada do sr. João Daudt d'01iveíra, em brilhante confe

"O

Aceita-se in

tercâmbio com publicações con

país.

I

W. B. Reddaway.

rência que teve ocasião de proferir no sa lão de honra da Associação Comercial de São Paulo. A repercussão que obtiveram

os conceitos então emitidos depõe não ape

nas em favor da acústica propícia de que se serviu « orador para formulação de seu pensamento, não somente da clareza de que este invariavelmente se revestiu, mas tam

bém da oportunidade de uma iniciativa que decorre da trepidação com que se apresen tam os acontecimentos, tanto no plano inter no, com perspectivas de eleições democráti cas, quanto no externo, com a aproximação

Assinaturas: Ano, Cr$ 30,00; em conjunto -com o Boletim Se manal da

Associação Comer

cial de São Paulo: Ano, Cr$ 120,00; semestre, Cr$ 70,00.

da vitória das Nações Aliadas sobre os exér citos totalitários. .

Vivemos um período da vida

mundial

que se singulariza pela rapidez dos aconte

cimentos. O que ainda ontem parecia uma


rj W

i iit

po«»ibiIidade longínqua, hbja já se apresenta como problema concreto e incontornável, exigindo solução pronta não só dos podercs públicos, mas principal mente dos elementos responsáveis que se encontram à frente dos diversos seto

res da produção nacional. Principalmente, dizemos nós, porque se é de fato aos administradores que incumbe levar k prática determinadas soluções teóricas

que a experiência aconselhe, esta em geral se condiciona pela assistência téc nica, pelas diretrizes traçadas por classes que, em virtude de sua posição especid na sociedade melhor e mais amplamente conhecem as excelências ou as defi ciências de nossa economia.

. ..

Desgraçadamente, êstes anos de guerra vieram revelar que as deficiências

sobrelevam em magnitude às excelências, embora estas existam, bastando, para

as revelar, que haja um plano de ação capaz de as trazer à superfície do estado de potencialidade em que ainda jazem. As entidades representativas das forças da produção nacional, se estão

à

k

reunindo para, em conjunto, examinar problemas que lhes são comuns e que deverão ser postos em equação de maneira bastante construtiva. Neste terreno

muito há que se edificar. Se é verdade que em política, com a próxima ressur reição do parlamento, a tarefa principal será apenas o retomo ao leito de nos sas tradições democráticas, o mesmo não se poderá dizer quanto ao terreno eco nômico, onde o empirismo sempre dominou, agravado sem dúvida, ainda mais-

pelos expedientes dos tempos de guerra: inflação monetária e de crédito, orien tação de preços atentatória da liberdade de comércio e das leis do bom senso, improvisação na esfera dos transportes, quando a crise de combustível se com binou com falhas antigas, exportação incontrolada de gêneros de primeira ne

u

^ cuiiNK

wwmi

cessidade, com desfalques pro^ndos nas reservas do mercado interno, má dis tribuição de matérias-primas, obras públicas suntuárias ou adíáveis, etc, etc.

^ A lavoura, a pecuária, a indústria, o comércio e os transportes se fazem re. presentar na assembléia de Teresópolis. Seria um otimismo insensato admitir, de 'início, que tôdas estas esferas da economia brasileira se apresentem, à mesa dos debates, com opiniões uniformes. Pelo contrário, há entre elas divergências quanto

a uns tantos pontos essenciais. Mas o que sc procura, justamente, o que chega

mesmo a justificar o congresso em preparo, vem a ser, através de um trabalho

^ introdução do gado bovino no Brasil

parece ter sido realizada

Èste artigo relata, sucintamente, co mo se tem processado a produção de

por volta do ano de--l534, por inicia

cárne no Brasil, desde os primeiros

tiva de Dona Ana Pimentel, esposa

bois, introduzidos na Capitania ds São Vicente, em 1534, até a importa

e procuradora de Martim Afonso de

ção da carne argentina, em 1944.

conjunto, o estabelecimento de" fórmulas de conciliação que façam das classes

Sousa, donatário da Capitania de São

produtoras do país o que na realidade devem ser — peças devidamente ajustadas, de movimentos inteligentemente sincronizados, de uma mesma e grande máqui na, cuja ação benéfica se manifeste por toda a Federação brasileira.

se espalhando, primeiro para a Ba

e aproveitamento dos. partidos de ca

hia, que também recebeu, ao tempo

Vicente.

Dessa Capitania foi o gado

co que orientará o futuro de nosso país, aumentando-lhe as possibilidades no

do 1.°

campo das realizações práticas e dando confiança e orgulho às novas gerações.

Sousa, bois e vacas do Cabo Verde e

na. Dai já se ter escrito, com muito acerto, que na formação econômica do Brasil a pecuária foi uma "ativi

do Continente, e em seguida para

dade ancilar da civilização do açúcar".

Da conferência de Teresópolis, temos a certeza, sairá o estatuto econômi

Governador

Geral Tomé de

outras capitanias do Norte, onde es tava se desenvolvendo a fabricação do

açúcar.

E o açúcar é que dá início

V

.

Preços do gado e da carne nos. séculos XVII e XVIII

à grande criação de gado, de vez que os bois se faziam necessários à mo-

Informa Antonil que em 1711 Per

vimentação dos engenhos, ao transpopte das carretas de lenha e dp pró

nambuco possuía 800.000 cabeças de

prio açúcar, e também para a alimen tação dos que trabalhavam no trato

gado, a Bahia 500.000 e o Rio-de-

-Janeiro 60.000,' avaliando os historia dores o rebanho bovino de todo o


rj W

i iit

po«»ibiIidade longínqua, hbja já se apresenta como problema concreto e incontornável, exigindo solução pronta não só dos podercs públicos, mas principal mente dos elementos responsáveis que se encontram à frente dos diversos seto

res da produção nacional. Principalmente, dizemos nós, porque se é de fato aos administradores que incumbe levar k prática determinadas soluções teóricas

que a experiência aconselhe, esta em geral se condiciona pela assistência téc nica, pelas diretrizes traçadas por classes que, em virtude de sua posição especid na sociedade melhor e mais amplamente conhecem as excelências ou as defi ciências de nossa economia.

. ..

Desgraçadamente, êstes anos de guerra vieram revelar que as deficiências

sobrelevam em magnitude às excelências, embora estas existam, bastando, para

as revelar, que haja um plano de ação capaz de as trazer à superfície do estado de potencialidade em que ainda jazem. As entidades representativas das forças da produção nacional, se estão

à

k

reunindo para, em conjunto, examinar problemas que lhes são comuns e que deverão ser postos em equação de maneira bastante construtiva. Neste terreno

muito há que se edificar. Se é verdade que em política, com a próxima ressur reição do parlamento, a tarefa principal será apenas o retomo ao leito de nos sas tradições democráticas, o mesmo não se poderá dizer quanto ao terreno eco nômico, onde o empirismo sempre dominou, agravado sem dúvida, ainda mais-

pelos expedientes dos tempos de guerra: inflação monetária e de crédito, orien tação de preços atentatória da liberdade de comércio e das leis do bom senso, improvisação na esfera dos transportes, quando a crise de combustível se com binou com falhas antigas, exportação incontrolada de gêneros de primeira ne

u

^ cuiiNK

wwmi

cessidade, com desfalques pro^ndos nas reservas do mercado interno, má dis tribuição de matérias-primas, obras públicas suntuárias ou adíáveis, etc, etc.

^ A lavoura, a pecuária, a indústria, o comércio e os transportes se fazem re. presentar na assembléia de Teresópolis. Seria um otimismo insensato admitir, de 'início, que tôdas estas esferas da economia brasileira se apresentem, à mesa dos debates, com opiniões uniformes. Pelo contrário, há entre elas divergências quanto

a uns tantos pontos essenciais. Mas o que sc procura, justamente, o que chega

mesmo a justificar o congresso em preparo, vem a ser, através de um trabalho

^ introdução do gado bovino no Brasil

parece ter sido realizada

Èste artigo relata, sucintamente, co mo se tem processado a produção de

por volta do ano de--l534, por inicia

cárne no Brasil, desde os primeiros

tiva de Dona Ana Pimentel, esposa

bois, introduzidos na Capitania ds São Vicente, em 1534, até a importa

e procuradora de Martim Afonso de

ção da carne argentina, em 1944.

conjunto, o estabelecimento de" fórmulas de conciliação que façam das classes

Sousa, donatário da Capitania de São

produtoras do país o que na realidade devem ser — peças devidamente ajustadas, de movimentos inteligentemente sincronizados, de uma mesma e grande máqui na, cuja ação benéfica se manifeste por toda a Federação brasileira.

se espalhando, primeiro para a Ba

e aproveitamento dos. partidos de ca

hia, que também recebeu, ao tempo

Vicente.

Dessa Capitania foi o gado

co que orientará o futuro de nosso país, aumentando-lhe as possibilidades no

do 1.°

campo das realizações práticas e dando confiança e orgulho às novas gerações.

Sousa, bois e vacas do Cabo Verde e

na. Dai já se ter escrito, com muito acerto, que na formação econômica do Brasil a pecuária foi uma "ativi

do Continente, e em seguida para

dade ancilar da civilização do açúcar".

Da conferência de Teresópolis, temos a certeza, sairá o estatuto econômi

Governador

Geral Tomé de

outras capitanias do Norte, onde es tava se desenvolvendo a fabricação do

açúcar.

E o açúcar é que dá início

V

.

Preços do gado e da carne nos. séculos XVII e XVIII

à grande criação de gado, de vez que os bois se faziam necessários à mo-

Informa Antonil que em 1711 Per

vimentação dos engenhos, ao transpopte das carretas de lenha e dp pró

nambuco possuía 800.000 cabeças de

prio açúcar, e também para a alimen tação dos que trabalhavam no trato

gado, a Bahia 500.000 e o Rio-de-

-Janeiro 60.000,' avaliando os historia dores o rebanho bovino de todo o


16

Digcsto Econômico

Brasil, por essa época, em mais de 1.500.000 cabeças. Quanto aos preços do gado, a informação é ainda de Antonil, oscilavam de uraá"zona para outra. Na

mínuíçâo <lo preço, realmente hastaiito elevado para o tempo, pois 40 réis naquele ano «distante de 1654, correspondem a 6 cruzeiros de hoje. Ainda quanto aos preços do gada

Bahia um boi valia de '4 a 5S000, e

em 1618 uma vaca era vendida, no

Jacobinas de 2§500 a 5$000. ' . Não possuímos informações sôbrc

Norte, por 4 ou 5$00ü, c os bois variavam entre 6 c 13$000. Em São

^ f

9 Pf<^Ço por que era vendida a carne rièsse tempo.

Paulo, conforme os inventários dês-

Para época mais re- ' se tempo, o preço de uma vaca en

cuada temos-os seguintes-dados refe-

de lí?000 c o de um boi capado 2$000,

■ .o que demonstra como o gado foi

rentes ao Maranhão.:

valorizado pela

1670

y

1

30'^'''^"

2q » t> »

'j 1688

lavoura

açucareira.

Roberto Simonsen, de quem colhc-

mos estas informações, transportan-

Digesto Econômico

17

camas para. os partos: de^ couro tô-

tlas as cordas, à borracha para car regar água, o mocó ou alforge para levar comida, a mala para guardar

roupa, a mochila para milhar cavalo, a meia para prendê-lo cm viagem, as bainhas das facas, as bruacas* e surrõcs, a roupa de entrar po majo, oS bangüês para curtume ou para apu

rar sal; para os açudes, o material de

PREÇOS DO GADO BOVINO NO NORTE DO BRASIL EM 1618

,

;

7,. ;

CiviUzação do couro

eciuivalentes boje a CrÇ 5§ equivalentes hoje a Cr§ 6$ equivalentes boje a Cr§ 75 equivalentes boje a Cr$ 12§ equivalentes boje a Cr$ 13$ equivalentes boje a Cr?

912,00 1.140,00 1.368,00 1.159,00 2.736,00 2.964,00

timaniente à vida dos moradores tio "hinterland

onde se localizavam as

mil cruzeiros, mais ou menos. Os rebanhos vinham então da Bahia, pe

lo rio São Francisco, e um documento de .1703 esclarece que era por ês•se rio que entravam "os gados de que se sustenta o grande povo que está nas Minas".

por juntas de bois que calcavam a terra com seu peso; cm couro pisava-se tabaco para o nariz", diz-nos Ca-

O charque

IMstrano de Abreu. • E' em meados dêsse século XVIII

A carne e o ouro das Minas

O aproveitamento da carne como alimento não era intenso, dado o des

^®ca Vaca Boi de carro Boi de carro Boi já feito Boi já feito

de 50 libras esterlinas, ou sejam 10

atêrro era levado cm couros puxados

do esses valores para o poder, aquisi-

"'5, V" / {jyQ hoje, possibilita-nos a apreíi onde se vê uma tendência para a di- .scntâção do seguinte quadro:

loso a que atingia um boi nas Minas, onde, por vèzes, chegou a valer mais

conhecimento de processos para con

servá-la.

Os rebanhos eram trans

([ue vai ter início, no Ceará, a pro dução de charque, "que foi a pri meira manifestação da industrializaç.~io do gado "para consumo não ime diato". E' verdade que em quase todo o Norte já se conhecia a "car

portados a pé, através de longas ca

ne de sol

minhadas, c ainda no século passado

"carne do sertão", que é a carne li geiramente salgada e sêca ao sol. Mas a produção e o fabrico intenso da "carne do Ceará" ou charque, desenvolvendò-se no decorrer daquele'

êles vinham, por ês.-e sistema, do Rio-Grande-do-Sul para -^.s matadou ros do Rio-de-Janeiro. Mas o co mércio de carne começa a se inten sificar com o surto minerador. O

"carne de vento"

óu

século pelo litoral do Rio-Grande-do-

Com a disseminação, em qua.se to-

grandes fazendas de gado. E de tal

do o território da Colônia, dos cur-

maneira o couro influenciou os hábí-

tias zonas do ouro, chegando a obri

rais e fazendas de criação, o gado passou a ter maior importância eco-

tos e os costumes dos habitantes das zonas de criação, que um historiador

gar o governo a baixar leis no sen

.nómica, dados os grandes negócios

denominou essa fase de "civilização

minou a necessidade

que então se faziam com o aproveitamento e a venda do couro, v^ue

do couro". E na verdade tudo era feito de couro — "De couro era a

ra alimentação daquela gente, de vez

der ao consumo local, tomaram um

que absorvido na busca do metal pre

grande incremento, havendo anos em

cioso, o povc^.não se preocupava em plantar ou criar. Daí o preço fabu

que o abate de bois para êsse fim ■atingiu a 20.000 cabeças.

além de ser o itnico artigo de expor-

porta das cabanas, o rude leito apli-

tação da pecuária, estava ligado in-

cado ao chão duro e mais tarde as

rápido crescimento

das

populações

tido de evitar o seu excesso, deter

do

aproveita

mento da caVne, em larga escala, pa

Norte, nas regiões chamadas do .Açu e Mossoró, onde se encontravam grandes salinas e portos que possi bilitavam a exportação do produto principalmente para o Maranhão, Pernambuco e Bahia, além de aten

'


16

Digcsto Econômico

Brasil, por essa época, em mais de 1.500.000 cabeças. Quanto aos preços do gado, a informação é ainda de Antonil, oscilavam de uraá"zona para outra. Na

mínuíçâo <lo preço, realmente hastaiito elevado para o tempo, pois 40 réis naquele ano «distante de 1654, correspondem a 6 cruzeiros de hoje. Ainda quanto aos preços do gada

Bahia um boi valia de '4 a 5S000, e

em 1618 uma vaca era vendida, no

Jacobinas de 2§500 a 5$000. ' . Não possuímos informações sôbrc

Norte, por 4 ou 5$00ü, c os bois variavam entre 6 c 13$000. Em São

^ f

9 Pf<^Ço por que era vendida a carne rièsse tempo.

Paulo, conforme os inventários dês-

Para época mais re- ' se tempo, o preço de uma vaca en

cuada temos-os seguintes-dados refe-

de lí?000 c o de um boi capado 2$000,

■ .o que demonstra como o gado foi

rentes ao Maranhão.:

valorizado pela

1670

y

1

30'^'''^"

2q » t> »

'j 1688

lavoura

açucareira.

Roberto Simonsen, de quem colhc-

mos estas informações, transportan-

Digesto Econômico

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camas para. os partos: de^ couro tô-

tlas as cordas, à borracha para car regar água, o mocó ou alforge para levar comida, a mala para guardar

roupa, a mochila para milhar cavalo, a meia para prendê-lo cm viagem, as bainhas das facas, as bruacas* e surrõcs, a roupa de entrar po majo, oS bangüês para curtume ou para apu

rar sal; para os açudes, o material de

PREÇOS DO GADO BOVINO NO NORTE DO BRASIL EM 1618

,

;

7,. ;

CiviUzação do couro

eciuivalentes boje a CrÇ 5§ equivalentes hoje a Cr§ 6$ equivalentes boje a Cr§ 75 equivalentes boje a Cr$ 12§ equivalentes boje a Cr$ 13$ equivalentes boje a Cr?

912,00 1.140,00 1.368,00 1.159,00 2.736,00 2.964,00

timaniente à vida dos moradores tio "hinterland

onde se localizavam as

mil cruzeiros, mais ou menos. Os rebanhos vinham então da Bahia, pe

lo rio São Francisco, e um documento de .1703 esclarece que era por ês•se rio que entravam "os gados de que se sustenta o grande povo que está nas Minas".

por juntas de bois que calcavam a terra com seu peso; cm couro pisava-se tabaco para o nariz", diz-nos Ca-

O charque

IMstrano de Abreu. • E' em meados dêsse século XVIII

A carne e o ouro das Minas

O aproveitamento da carne como alimento não era intenso, dado o des

^®ca Vaca Boi de carro Boi de carro Boi já feito Boi já feito

de 50 libras esterlinas, ou sejam 10

atêrro era levado cm couros puxados

do esses valores para o poder, aquisi-

"'5, V" / {jyQ hoje, possibilita-nos a apreíi onde se vê uma tendência para a di- .scntâção do seguinte quadro:

loso a que atingia um boi nas Minas, onde, por vèzes, chegou a valer mais

conhecimento de processos para con

servá-la.

Os rebanhos eram trans

([ue vai ter início, no Ceará, a pro dução de charque, "que foi a pri meira manifestação da industrializaç.~io do gado "para consumo não ime diato". E' verdade que em quase todo o Norte já se conhecia a "car

portados a pé, através de longas ca

ne de sol

minhadas, c ainda no século passado

"carne do sertão", que é a carne li geiramente salgada e sêca ao sol. Mas a produção e o fabrico intenso da "carne do Ceará" ou charque, desenvolvendò-se no decorrer daquele'

êles vinham, por ês.-e sistema, do Rio-Grande-do-Sul para -^.s matadou ros do Rio-de-Janeiro. Mas o co mércio de carne começa a se inten sificar com o surto minerador. O

"carne de vento"

óu

século pelo litoral do Rio-Grande-do-

Com a disseminação, em qua.se to-

grandes fazendas de gado. E de tal

do o território da Colônia, dos cur-

maneira o couro influenciou os hábí-

tias zonas do ouro, chegando a obri

rais e fazendas de criação, o gado passou a ter maior importância eco-

tos e os costumes dos habitantes das zonas de criação, que um historiador

gar o governo a baixar leis no sen

.nómica, dados os grandes negócios

denominou essa fase de "civilização

minou a necessidade

que então se faziam com o aproveitamento e a venda do couro, v^ue

do couro". E na verdade tudo era feito de couro — "De couro era a

ra alimentação daquela gente, de vez

der ao consumo local, tomaram um

que absorvido na busca do metal pre

grande incremento, havendo anos em

cioso, o povc^.não se preocupava em plantar ou criar. Daí o preço fabu

que o abate de bois para êsse fim ■atingiu a 20.000 cabeças.

além de ser o itnico artigo de expor-

porta das cabanas, o rude leito apli-

tação da pecuária, estava ligado in-

cado ao chão duro e mais tarde as

rápido crescimento

das

populações

tido de evitar o seu excesso, deter

do

aproveita

mento da caVne, em larga escala, pa

Norte, nas regiões chamadas do .Açu e Mossoró, onde se encontravam grandes salinas e portos que possi bilitavam a exportação do produto principalmente para o Maranhão, Pernambuco e Bahia, além de aten

'


Dtgetlo Econômico

Digesto Econômico

18

19

Logo, porém, a indústria do charque passou a se desenvolver também

.A. 'redução é bastante visível, em bora SC note a sua irregularidade. Xo

mesmo tempo que os criadores, por

no Sul, onde a pecuária encontrou

entanto, nos anos que os números aci

teressaram em melhorar os rebanhos.

um "habítat" talvez mais favorável pela configuração do solo formado, de caatingas e planícies, mais próprias

ma abrangem, vcrifica.-se uma dimi

Teve início, então, a seleção de tipos

nuição dc 2.080 toneladas.

.se deve ao desenvolvimento, cada vez

especiais para açougue, tipos que aprcsentássem maior rendimento in

mais crescente, das ch.arqucadas do

dustrial.

E em 1870, fundada por

Brasil Central, que juntamente com

de gado de "desenvolvimento preco

um cearense, começou a funcionar a primeira charqueada do Rio-Grandc-

as dc outras regiões abastecem o pais.

ce e fácil engorda".

à criação, atividade extensiva".

-do-Sul.

essencialiiTeiitc

exigência dos consLiniidorcs, se in

E isso

Produzindo intensamente c

favorecidas por condições peculiares à região, as charqueadas gaúchas pu deram, em tempo jnuito curto, for necer carne para o Rio-de-Janeiro e. em seguida, suprir os próprios mer cados nordestinos. Mas até a guer.ra passada, não obstante a nossa in

A guerra de 1914 e o incremento

E surgem, assim, os tipos

?•

H

A guerra de 1914, provocando uma | grande procura dc carne na Europa,

que já não podia mais ser abastecida ^ pelos Estados Unidos, favoreceu bas

ção dc carjie bovina do Brasil é das mais notáveis, como se pode verificar pelos algarismos abai.xo, que reúnem

notadamente

o

eu

Hereíord.

Durham, Dcvon, Cbarolês e outros. "Boom" da produção dc carne

inspecionados pelo Gcvêftio Fodcral:

cuária, que foi tomando vulto, deu à

1940

produção de - carne uma grande im

1941

to de 50%, e de 1928 a 1939 temos os

co novilhos, pesando líquido 1.250 qui-

figurar como uma das maiores fon tes da nossa riqueza agro-pccuária,

seguintes dados:

los, que foram as primeiras reses aba-

apresentando uma renda das

;;idas para exportação.

No ano ime

elevadas.

diato

Osasco, ain

carnes

(em toneladas)

19^8 1929

4.05S .. ... .. .. 2.427

1932 ..

..

54

1934. ..' .. -.i .. ... ..." .. .'.

191

1935 , .'.'..'2.171 1939* .. .-. .. 1. <•. ••f,--: . 1-978

inaugurou-se

cm

portância no quadro da nossa eco nomia, e de 1937 até o primeiro se mestre de 1944 as carnes passaram a

mais

Consignando o valor das

referentes

somente

aos

ani

1942

, .. 2.583.364.624 Cr. (4)

..

.. 2.742.956.729'Cr. 3.37Ç.724.190 Cr.

i

Êsscs valores, realmente bastante elevados, demonstram o "boom" que vinha caracterizando a nossa produ-

.ção de carnes durante v aqueles anos, "boom" que, em 1941, nos proporcio nou o sexto lugar na lista dos maio

da em São Paulo, o primeiro matadoufo-frigorífico estrangeiro de importân

mais que foram abatidos em matadou

res produtores de carne do mundo, ^

ros fiscalizados

que eram os seguintes: 1.° — Es'ta-'

cia, e nos dois anos que se seguiram

deral, temos os seguintes números pa

foram fundados outros estabelecimen

ra o triénid 1938-1939

tos, que exportaram para a Europa carne frigorificada e ehlatada. O in

1937 .... 1.862.119 contos de réis (2)

cremento que, então, foi tomando a

1939 .... 2.500.000 contos de réis

pelo

nossa importação de carne, obrigou-nos de conservação .e

resfriamento, . ao

Jlái1

Governo-

Fe

dos Unidos; 2° — Rússia; 3.® — Ale manha; 4.° — Argentina; 5.° — In glaterra; 6.° — Brasil.

1938 .... 2.069.227 contos de réis.

(3) — Brasil 1942.

a adquirir aparelhamei|tos modernos (1) — Brasil 1940-41"

o total, em cruzeiros, da produção, principal dos matadouros municipais _ postos de matança, dos estabeleci mentos industriais particulares e dos

O apurainento cios rebanhos e ao rnesmo tempo o incremento da pe

cípio de Barretos, em São Paulo, cin

Importação brasileira de charque (1)

No triênio seguinte, 1940-1942, ain

Gyr c GuZcrat, raças indianas; no

portação de charquc reduzida de per

ano de 1914 foram abatidos, no muni

rebanho bovino do Brasil valia ....

8.6^,219 cruzeiros (3).

Rio-Grande-do-Sul vários tipos

tante o desenvolvimento da nossa in

E naquele mesmo

c.m 1939, com 40.564.839 cabeças, o ^

da computando pelo valor, a produ

tensa produção, o Brasil era um gran de importador de charque, e cm 1910 esse produto ocupava cêrca de 2,1% do valor total da. nossa importação. Depois daquela guerra tivemos a im

dústria de carnes.

dão, do milho, dos laticínios, do ar roz, do- açúcar e da manteiga". E

tral o "Indubrasil", cruzamento do

ropeus,

da produção

No Brasil Cen

o que transformou a carne no "prin cipal artigo da produção agro-pecuá- ' ria nacional, acima do café, do algo

(4)^— Aspetos da produção de ori (2) — Brasil 1940-41.

gem animal 1940-1942. (Fonte).


Dtgetlo Econômico

Digesto Econômico

18

19

Logo, porém, a indústria do charque passou a se desenvolver também

.A. 'redução é bastante visível, em bora SC note a sua irregularidade. Xo

mesmo tempo que os criadores, por

no Sul, onde a pecuária encontrou

entanto, nos anos que os números aci

teressaram em melhorar os rebanhos.

um "habítat" talvez mais favorável pela configuração do solo formado, de caatingas e planícies, mais próprias

ma abrangem, vcrifica.-se uma dimi

Teve início, então, a seleção de tipos

nuição dc 2.080 toneladas.

.se deve ao desenvolvimento, cada vez

especiais para açougue, tipos que aprcsentássem maior rendimento in

mais crescente, das ch.arqucadas do

dustrial.

E em 1870, fundada por

Brasil Central, que juntamente com

de gado de "desenvolvimento preco

um cearense, começou a funcionar a primeira charqueada do Rio-Grandc-

as dc outras regiões abastecem o pais.

ce e fácil engorda".

à criação, atividade extensiva".

-do-Sul.

essencialiiTeiitc

exigência dos consLiniidorcs, se in

E isso

Produzindo intensamente c

favorecidas por condições peculiares à região, as charqueadas gaúchas pu deram, em tempo jnuito curto, for necer carne para o Rio-de-Janeiro e. em seguida, suprir os próprios mer cados nordestinos. Mas até a guer.ra passada, não obstante a nossa in

A guerra de 1914 e o incremento

E surgem, assim, os tipos

?•

H

A guerra de 1914, provocando uma | grande procura dc carne na Europa,

que já não podia mais ser abastecida ^ pelos Estados Unidos, favoreceu bas

ção dc carjie bovina do Brasil é das mais notáveis, como se pode verificar pelos algarismos abai.xo, que reúnem

notadamente

o

eu

Hereíord.

Durham, Dcvon, Cbarolês e outros. "Boom" da produção dc carne

inspecionados pelo Gcvêftio Fodcral:

cuária, que foi tomando vulto, deu à

1940

produção de - carne uma grande im

1941

to de 50%, e de 1928 a 1939 temos os

co novilhos, pesando líquido 1.250 qui-

figurar como uma das maiores fon tes da nossa riqueza agro-pccuária,

seguintes dados:

los, que foram as primeiras reses aba-

apresentando uma renda das

;;idas para exportação.

No ano ime

elevadas.

diato

Osasco, ain

carnes

(em toneladas)

19^8 1929

4.05S .. ... .. .. 2.427

1932 ..

..

54

1934. ..' .. -.i .. ... ..." .. .'.

191

1935 , .'.'..'2.171 1939* .. .-. .. 1. <•. ••f,--: . 1-978

inaugurou-se

cm

portância no quadro da nossa eco nomia, e de 1937 até o primeiro se mestre de 1944 as carnes passaram a

mais

Consignando o valor das

referentes

somente

aos

ani

1942

, .. 2.583.364.624 Cr. (4)

..

.. 2.742.956.729'Cr. 3.37Ç.724.190 Cr.

i

Êsscs valores, realmente bastante elevados, demonstram o "boom" que vinha caracterizando a nossa produ-

.ção de carnes durante v aqueles anos, "boom" que, em 1941, nos proporcio nou o sexto lugar na lista dos maio

da em São Paulo, o primeiro matadoufo-frigorífico estrangeiro de importân

mais que foram abatidos em matadou

res produtores de carne do mundo, ^

ros fiscalizados

que eram os seguintes: 1.° — Es'ta-'

cia, e nos dois anos que se seguiram

deral, temos os seguintes números pa

foram fundados outros estabelecimen

ra o triénid 1938-1939

tos, que exportaram para a Europa carne frigorificada e ehlatada. O in

1937 .... 1.862.119 contos de réis (2)

cremento que, então, foi tomando a

1939 .... 2.500.000 contos de réis

pelo

nossa importação de carne, obrigou-nos de conservação .e

resfriamento, . ao

Jlái1

Governo-

Fe

dos Unidos; 2° — Rússia; 3.® — Ale manha; 4.° — Argentina; 5.° — In glaterra; 6.° — Brasil.

1938 .... 2.069.227 contos de réis.

(3) — Brasil 1942.

a adquirir aparelhamei|tos modernos (1) — Brasil 1940-41"

o total, em cruzeiros, da produção, principal dos matadouros municipais _ postos de matança, dos estabeleci mentos industriais particulares e dos

O apurainento cios rebanhos e ao rnesmo tempo o incremento da pe

cípio de Barretos, em São Paulo, cin

Importação brasileira de charque (1)

No triênio seguinte, 1940-1942, ain

Gyr c GuZcrat, raças indianas; no

portação de charquc reduzida de per

ano de 1914 foram abatidos, no muni

rebanho bovino do Brasil valia ....

8.6^,219 cruzeiros (3).

Rio-Grande-do-Sul vários tipos

tante o desenvolvimento da nossa in

E naquele mesmo

c.m 1939, com 40.564.839 cabeças, o ^

da computando pelo valor, a produ

tensa produção, o Brasil era um gran de importador de charque, e cm 1910 esse produto ocupava cêrca de 2,1% do valor total da. nossa importação. Depois daquela guerra tivemos a im

dústria de carnes.

dão, do milho, dos laticínios, do ar roz, do- açúcar e da manteiga". E

tral o "Indubrasil", cruzamento do

ropeus,

da produção

No Brasil Cen

o que transformou a carne no "prin cipal artigo da produção agro-pecuá- ' ria nacional, acima do café, do algo

(4)^— Aspetos da produção de ori (2) — Brasil 1940-41.

gem animal 1940-1942. (Fonte).


Digesto Econômico

2.9

I

\ías, para atingirmos aquelas ci

F no que concerne ao .surto que .i

fras tão altas e conseguirmos um lu

produção íie carne bovina vinba teu- ^

gar tão significativo entre os maio

do

res paises produtores de carne, qual

mente isto — uma crise, uma grande

foi o número de bovinos que abate mos naquele triénio, e qual a quanti

crise que não só paralisou completa mente a nossa importação, como ain da se rcfletin, de um modo profun

dade de carne produzida?

A respos

no nosso país, aconteceu exata

ta à primeira pergunta está nos- se guintes números, correspondentes aos

do, no mercado interno, que para sc

bovinos abatidos nos matadouros mu

obrigado a importar carne estrangei ra. Como pôde, porém, *sc verificar

nicipais c postos de matança, estabe

lecimentos inspecionados pelo Gover no Federal e estabelecimentos indus• triai.s particulares:

abastecer — e com restrições — foi

um

fato

tlcsses,

num

momento em

que a produção de carne eslava atin gindo o auge do seu desenvolvimen to?

1940 .. 6.855.777 bovinos abatidos (5) 1941 .. 7.036.680 bovinos abatidos 1942 .. 7.368.520 bovinos abatidos

Quanto à quantidade de carne pro duzida naqueles anos, como, resulta-

ik' do dos abates .acima

discriminados,

'foi a seguinte: 1940

1.153.820.231 quilos (6)

1941

1.163.908.126 quilos 1.196.683.200 quilos

1942

A crise

O Prof. J. F. Normanoi cm artigo inserto no I.° número do "Digesto Econômico observa que um "boom" ■é geralmente seguido de uma crise.

gem animal 1940-1942. (Fonte).

A matança exagerada P.ara expor-

cessiva, e com tanta despreocupação

e mesmo nos Estados Umdos, enco rajou as outras nações, cuja produ ção estava SC desenvolvendo, a incre mentar a exportação. Fo' o que se «leu com o Brasil, cmliora de uma"

c.stimativa dos 40 milhões dé 1939.

manèira imprevidente. A fim de po dermos exportar muito, tivemos, tam bém, que abater muito, c o resultado é que SC somarmos os algarismos já

pcr<lurando

temos cjuc foram abatidas 21.259.977 cabeças, número bastante alto se

até

hoje,

várias causas

são apontadas, sendo duas geralmen

te aceitas pelos

técnicos que, nesse

ter verificado uma matança tão ex

tação c um fato aceito por todos, c SC deve à guerra européia., que obrigou os países beligerantes a tnPbcóT/cm os seus supri'"ontos de caríorçando-cs, as.sim, u importar o produto. A falta de carne na Europa

eitados c referentes ao abate de bo

vinos durante o triénio de 1940-1942,

por parte dos interessados na produ

çãü de carne, em vista das estimati vas otimistas existentes sobre o re

banho bovino, afirmando muitos que os abates foram realizados na base d|

que na realidade não eram 40 milhões, mas muito menos. Um desses téc nicos afirma textualmente que "5e houve excesso de matança de bovinos nos últimos anos e se houve exagera

do abate de vacas — tais fatos, pa

rece-nos, só podem ter corrido poi conta do volume que as estimativas

têm consignado". E talvez tenha si do a confiança nessas estimativas oti mistas e generosas que levou os cria

lembrarmos que o total do rebanho bovino do país era estimado, em 1939,

dores a fornecerem para o abate imi

em 40.564.839 cabeças. Ora, se dedu

telas, contribuindo assim para uma

a matança exagerada de bovinos pa

zirmos, como féz uin comentarista de

ra exportação, no triénio 1940-1942. A segunda, o excesso de abalç de va

assuntos econômicos

verdadeira dizimação do nosso rebanho bovino, de vez que estavam sendo

cas e vitelas. Antes de examinar mos esses dois pontos relacionare

f-ado que foi abatido (40.564.839 —

ponto,

parece

que

e.stão

com

a

ra-

zao.

A primeira dessas causas foi

mos as outras causrfs apontadas pelo Sr. Oscar da Silva Brito, no elucida tivo estudo publicado no "Boletim de Indústria Animal". São elas — "o declínio da produção de cliarque no Rio-Grande-do-Sul

e

o

seu

respeti

mento do consumo interno; a carên

(6) — Aspelos da produção de ori gem animal 1940-1942. (Fontej.

21

^'8e8^o Econômico

Para a crise que teve início no se gundo semestre de 1942, c ciuc vem

vo aumento no Brasil Central; ó au

(5) — Aspetoa da produção de ori

^

cia do sal para o gado; a falta de ga

solina para a aquisição de bovinos nas zonas criatórias".

de

um

jornal

desta Capital, do total do rebanho o 21.259.977) reduziríamos o rebanho a menos da metade: 19.304.862 cabe ças. E se- a ésse número acrescen tássemos mais dentes

aos

5 milhõc-s, correspon

nascimentos

nesse

perío

do, teríamos o total de 24.304.862 ca beças, que estão bem distantes dos 40 milhões e tanto de 1939.

E isso

dá bem uma idéia de como foi exces

sivo o abate durante aquele triénio Êsse excesso, porém, é justificado por vários técnicos, que afirmam só se

número muito grande de vacas e

destruídas as matrizes dêsse mesmo

i-ebanho.

E' sabido que em relação

aos bois abatidos, o número de va

cas nunca deve ultrapassar de lOTf»Pois bem, examinando os dados for necidos pelo

" Boletim do

Conselho

Federal de Comércio Exterior

a

"Folha da Noite", desta Capital, ve rificou a

que no

porcentagem

quatriênio de

vacas

1940-1943 abatidas

atingiu o índice de 32%, o que é real-mente úm absurdo. .'>

íA


Digesto Econômico

2.9

I

\ías, para atingirmos aquelas ci

F no que concerne ao .surto que .i

fras tão altas e conseguirmos um lu

produção íie carne bovina vinba teu- ^

gar tão significativo entre os maio

do

res paises produtores de carne, qual

mente isto — uma crise, uma grande

foi o número de bovinos que abate mos naquele triénio, e qual a quanti

crise que não só paralisou completa mente a nossa importação, como ain da se rcfletin, de um modo profun

dade de carne produzida?

A respos

no nosso país, aconteceu exata

ta à primeira pergunta está nos- se guintes números, correspondentes aos

do, no mercado interno, que para sc

bovinos abatidos nos matadouros mu

obrigado a importar carne estrangei ra. Como pôde, porém, *sc verificar

nicipais c postos de matança, estabe

lecimentos inspecionados pelo Gover no Federal e estabelecimentos indus• triai.s particulares:

abastecer — e com restrições — foi

um

fato

tlcsses,

num

momento em

que a produção de carne eslava atin gindo o auge do seu desenvolvimen to?

1940 .. 6.855.777 bovinos abatidos (5) 1941 .. 7.036.680 bovinos abatidos 1942 .. 7.368.520 bovinos abatidos

Quanto à quantidade de carne pro duzida naqueles anos, como, resulta-

ik' do dos abates .acima

discriminados,

'foi a seguinte: 1940

1.153.820.231 quilos (6)

1941

1.163.908.126 quilos 1.196.683.200 quilos

1942

A crise

O Prof. J. F. Normanoi cm artigo inserto no I.° número do "Digesto Econômico observa que um "boom" ■é geralmente seguido de uma crise.

gem animal 1940-1942. (Fonte).

A matança exagerada P.ara expor-

cessiva, e com tanta despreocupação

e mesmo nos Estados Umdos, enco rajou as outras nações, cuja produ ção estava SC desenvolvendo, a incre mentar a exportação. Fo' o que se «leu com o Brasil, cmliora de uma"

c.stimativa dos 40 milhões dé 1939.

manèira imprevidente. A fim de po dermos exportar muito, tivemos, tam bém, que abater muito, c o resultado é que SC somarmos os algarismos já

pcr<lurando

temos cjuc foram abatidas 21.259.977 cabeças, número bastante alto se

até

hoje,

várias causas

são apontadas, sendo duas geralmen

te aceitas pelos

técnicos que, nesse

ter verificado uma matança tão ex

tação c um fato aceito por todos, c SC deve à guerra européia., que obrigou os países beligerantes a tnPbcóT/cm os seus supri'"ontos de caríorçando-cs, as.sim, u importar o produto. A falta de carne na Europa

eitados c referentes ao abate de bo

vinos durante o triénio de 1940-1942,

por parte dos interessados na produ

çãü de carne, em vista das estimati vas otimistas existentes sobre o re

banho bovino, afirmando muitos que os abates foram realizados na base d|

que na realidade não eram 40 milhões, mas muito menos. Um desses téc nicos afirma textualmente que "5e houve excesso de matança de bovinos nos últimos anos e se houve exagera

do abate de vacas — tais fatos, pa

rece-nos, só podem ter corrido poi conta do volume que as estimativas

têm consignado". E talvez tenha si do a confiança nessas estimativas oti mistas e generosas que levou os cria

lembrarmos que o total do rebanho bovino do país era estimado, em 1939,

dores a fornecerem para o abate imi

em 40.564.839 cabeças. Ora, se dedu

telas, contribuindo assim para uma

a matança exagerada de bovinos pa

zirmos, como féz uin comentarista de

ra exportação, no triénio 1940-1942. A segunda, o excesso de abalç de va

assuntos econômicos

verdadeira dizimação do nosso rebanho bovino, de vez que estavam sendo

cas e vitelas. Antes de examinar mos esses dois pontos relacionare

f-ado que foi abatido (40.564.839 —

ponto,

parece

que

e.stão

com

a

ra-

zao.

A primeira dessas causas foi

mos as outras causrfs apontadas pelo Sr. Oscar da Silva Brito, no elucida tivo estudo publicado no "Boletim de Indústria Animal". São elas — "o declínio da produção de cliarque no Rio-Grande-do-Sul

e

o

seu

respeti

mento do consumo interno; a carên

(6) — Aspelos da produção de ori gem animal 1940-1942. (Fontej.

21

^'8e8^o Econômico

Para a crise que teve início no se gundo semestre de 1942, c ciuc vem

vo aumento no Brasil Central; ó au

(5) — Aspetoa da produção de ori

^

cia do sal para o gado; a falta de ga

solina para a aquisição de bovinos nas zonas criatórias".

de

um

jornal

desta Capital, do total do rebanho o 21.259.977) reduziríamos o rebanho a menos da metade: 19.304.862 cabe ças. E se- a ésse número acrescen tássemos mais dentes

aos

5 milhõc-s, correspon

nascimentos

nesse

perío

do, teríamos o total de 24.304.862 ca beças, que estão bem distantes dos 40 milhões e tanto de 1939.

E isso

dá bem uma idéia de como foi exces

sivo o abate durante aquele triénio Êsse excesso, porém, é justificado por vários técnicos, que afirmam só se

número muito grande de vacas e

destruídas as matrizes dêsse mesmo

i-ebanho.

E' sabido que em relação

aos bois abatidos, o número de va

cas nunca deve ultrapassar de lOTf»Pois bem, examinando os dados for necidos pelo

" Boletim do

Conselho

Federal de Comércio Exterior

a

"Folha da Noite", desta Capital, ve rificou a

que no

porcentagem

quatriênio de

vacas

1940-1943 abatidas

atingiu o índice de 32%, o que é real-mente úm absurdo. .'>

íA


22

Digesto Econômico

Z3

^-'gesto Econômico

importação foi feita diretamente pe

da carne verde, desde 1937 até junho de 1944. Por aí vamos verificar qual

A carne argentina

abate para a exportação e -a matan

ça'exagerada de vacas e vitelas, con

tem .^ido o preço da carne, durante

ço da carne argeqtina foi sempre de

tribuíram, mais do fjue tôdas, para a

aquele

A falta cie carne para suprir as ne cessidades das populações locais,

grande crise da produção, cujo "clí-

Paulo, e cm Natal, no Rio-Grahde-

obrigou o Brasil a importá-la da Ar

importação foi levada a efeito pelos

ntax" foi a falta de carne para abas

-do-Nortc, lugar onde a carne tem

gentina, o que foi feito em meados

marchantes, e as primeiras partidas

tecer o próprio mercado interno, oljri-

atingido o seu preço

de 1944, após longos e acurados estu

gando o Govêrno a tomar

Pórto Alegre, no Rio-Grande-do-Sul. onde tem sido vendida pelo .preço

'dè carne foram postas à .venda por Cr§ 13,00., Essa diferença de preço

Estas duas causas — o excesso de

medidas

de racionamento, ao mesmo tempo riue importar da Argentina, um dos

grandes

produtores

do

mundo, a

nuantidadc necessária de carne para

suprimento das populações dos doi.s maiores

centros

consumidores

do

país — São Paulo e Rio-dc-Janeiro.

E verifica-se, a esta altura, um fato curioso — a guerra dò 1914, forçan-

período, no

Rio

e em

mais

São

alto, e

lo Serviço de Abastecimento, e o pre CiS 5,00 ou 5,50.

dos dos técnicos. No Rio-dc-Janeiro .i

-niais l)aixo.

Em São Paulo a

PREÇO MÉDIO DA CARNE VERDE NO BRASIL

Cr§ por quilo

A crise de produção, com a grande falta de carne para abastecer o-pró-

Média

[31 io mercado interno, determinou ura aumento de mais de SOÇi, nos anos que o quadro abaixo abrange, no pre

S. Pauto

Anos

DIst. Federal

nas

22 capitais

PãrlG Alepre, capital mais

Natal, capital mais cata

barata

ço da carne cm São Paulo, cstabili1937

1,70

2,11

1,87

2,20

. 1,72'

sibilitou o desenvolvimento da nossa

zando-sc, nessa Capital e no Rio-de-Janeiro, em Cr$ 3,50 o kg, em virtu de de severas medidas do Govêrno.

1938

2,53

2,00

2,02

2,35

1,99

produção e marca o início da trans I formação do Brasil de importador em

(atualmente o preço é de CrÇ 6,00).

1939

2,29

1,99'

2,06

' 2,40

2,04

exportador de carne, até nos dar, em

Em Natal, base aérea onde estão con centradas forças norte-americanas, o

1940

2,02

1,81

2,14

2,40

2,28,

1941

2,41

2,80

2.38

2.43^

2,48

1942

3,13

2,98

2,78

2,77

2,60

1943

3,50

.3,47

. 3,30

■4,15

• - 2,82

Jan.

2,50

3,50

3,89

.'6.50

3,20

Fcv.

3,50

3,50

4,00

9,00

3,20

que faz Natal, uma pequena capital

Março

3,50

3,50

4,10

9,50

do Norte, ter um custo de vida — a carne, é um índice e um exemplo — quase três vêzes mais elevado do que

Abril

3,50

3,50

4,16

7,50

- 3,2a

Maio^

3,50

3,50

4,30 '

8,50

3.20

4,38

8,50

, 3,20

do-nos a incrementar a pecuária, pos

^941, a invejável posição de sermos o sexto produtor do mundo. A guer ra de agora, começando por nos le

preço clcvou-se de CrÇ 2,20, em 1937,

var a um desenvolvimento extraordi

a CrÇ 4,15 em 1943, indo a Cr$ 6,50 cm janeiro de 1944, e em seguida a

nário, termina por liquidar com á

Cr$ 9,00 e 9,50 (quando em São Pau

nossa exportação, dizima o nosso re-

lo e no Rio era de 3,50), para em abril descer a Cr$ 7,50 e finalmente fixar-se cm Cr§ 8,50. Esse fato, bas tante caraterístico, ilustra esplêndidamcnte o fenômeno dos preços violen

banho e obriga-nos a voltar à situa ção anterior e já tão distante de im portadores.

Com dados fornecidos pelo Serviço de Estatística da Produção, pudemos

organizar-um quadro-do preço.médio

São Paulo, o Estado líder d\ União, e o Riò-de-Janeiro, Capital da Re pública.. . . . { .

1944

tamente alterados pela guerra, de vez

Preço médio da carne

'

Junho 1

,

. .

1

3,50

3,50 1

1

:

3,20


22

Digesto Econômico

Z3

^-'gesto Econômico

importação foi feita diretamente pe

da carne verde, desde 1937 até junho de 1944. Por aí vamos verificar qual

A carne argentina

abate para a exportação e -a matan

ça'exagerada de vacas e vitelas, con

tem .^ido o preço da carne, durante

ço da carne argeqtina foi sempre de

tribuíram, mais do fjue tôdas, para a

aquele

A falta cie carne para suprir as ne cessidades das populações locais,

grande crise da produção, cujo "clí-

Paulo, e cm Natal, no Rio-Grahde-

obrigou o Brasil a importá-la da Ar

importação foi levada a efeito pelos

ntax" foi a falta de carne para abas

-do-Nortc, lugar onde a carne tem

gentina, o que foi feito em meados

marchantes, e as primeiras partidas

tecer o próprio mercado interno, oljri-

atingido o seu preço

de 1944, após longos e acurados estu

gando o Govêrno a tomar

Pórto Alegre, no Rio-Grande-do-Sul. onde tem sido vendida pelo .preço

'dè carne foram postas à .venda por Cr§ 13,00., Essa diferença de preço

Estas duas causas — o excesso de

medidas

de racionamento, ao mesmo tempo riue importar da Argentina, um dos

grandes

produtores

do

mundo, a

nuantidadc necessária de carne para

suprimento das populações dos doi.s maiores

centros

consumidores

do

país — São Paulo e Rio-dc-Janeiro.

E verifica-se, a esta altura, um fato curioso — a guerra dò 1914, forçan-

período, no

Rio

e em

mais

São

alto, e

lo Serviço de Abastecimento, e o pre CiS 5,00 ou 5,50.

dos dos técnicos. No Rio-dc-Janeiro .i

-niais l)aixo.

Em São Paulo a

PREÇO MÉDIO DA CARNE VERDE NO BRASIL

Cr§ por quilo

A crise de produção, com a grande falta de carne para abastecer o-pró-

Média

[31 io mercado interno, determinou ura aumento de mais de SOÇi, nos anos que o quadro abaixo abrange, no pre

S. Pauto

Anos

DIst. Federal

nas

22 capitais

PãrlG Alepre, capital mais

Natal, capital mais cata

barata

ço da carne cm São Paulo, cstabili1937

1,70

2,11

1,87

2,20

. 1,72'

sibilitou o desenvolvimento da nossa

zando-sc, nessa Capital e no Rio-de-Janeiro, em Cr$ 3,50 o kg, em virtu de de severas medidas do Govêrno.

1938

2,53

2,00

2,02

2,35

1,99

produção e marca o início da trans I formação do Brasil de importador em

(atualmente o preço é de CrÇ 6,00).

1939

2,29

1,99'

2,06

' 2,40

2,04

exportador de carne, até nos dar, em

Em Natal, base aérea onde estão con centradas forças norte-americanas, o

1940

2,02

1,81

2,14

2,40

2,28,

1941

2,41

2,80

2.38

2.43^

2,48

1942

3,13

2,98

2,78

2,77

2,60

1943

3,50

.3,47

. 3,30

■4,15

• - 2,82

Jan.

2,50

3,50

3,89

.'6.50

3,20

Fcv.

3,50

3,50

4,00

9,00

3,20

que faz Natal, uma pequena capital

Março

3,50

3,50

4,10

9,50

do Norte, ter um custo de vida — a carne, é um índice e um exemplo — quase três vêzes mais elevado do que

Abril

3,50

3,50

4,16

7,50

- 3,2a

Maio^

3,50

3,50

4,30 '

8,50

3.20

4,38

8,50

, 3,20

do-nos a incrementar a pecuária, pos

^941, a invejável posição de sermos o sexto produtor do mundo. A guer ra de agora, começando por nos le

preço clcvou-se de CrÇ 2,20, em 1937,

var a um desenvolvimento extraordi

a CrÇ 4,15 em 1943, indo a Cr$ 6,50 cm janeiro de 1944, e em seguida a

nário, termina por liquidar com á

Cr$ 9,00 e 9,50 (quando em São Pau

nossa exportação, dizima o nosso re-

lo e no Rio era de 3,50), para em abril descer a Cr$ 7,50 e finalmente fixar-se cm Cr§ 8,50. Esse fato, bas tante caraterístico, ilustra esplêndidamcnte o fenômeno dos preços violen

banho e obriga-nos a voltar à situa ção anterior e já tão distante de im portadores.

Com dados fornecidos pelo Serviço de Estatística da Produção, pudemos

organizar-um quadro-do preço.médio

São Paulo, o Estado líder d\ União, e o Riò-de-Janeiro, Capital da Re pública.. . . . { .

1944

tamente alterados pela guerra, de vez

Preço médio da carne

'

Junho 1

,

. .

1

3,50

3,50 1

1

:

3,20


24

Digesto Econômico Econômico

se explica pelo fato seguinte: no Kío,

,

o Serviço de Abastecimento importa-

'

va a carne por CrÇ 11,00, e venden

Mas a quc.strio cia carne argentina

do-a por Cr$ 5,00 ou 5,50, pagava a^ diferença, ou antes, sofria o prejuízo dessa diferença. Em São Paulo, on de a importação foi feita diretamente,' a

Cr$ 11,00, donde se viram obrigados a

no Rio, até as secas, a população sc-

vendé-la por 13,00. O preço alto, po

■rá

al)astccida

com

rem, levou a população a não com

-Grandc-do-Sul,

prar o produto" argentino, tendo então

de

o Governo, como já se fizeta no- Rio. entrado com a diferença para que a carne pudesse ser vendida pelo preço

acessível de 5 cruzeiros. No entanto,

^

c um ponto morto, de vez que as ..

50.00Ü toneladas importadas já estão no fim. Em São Paulo o seu supri mento está pràticamcntc suspenso, e

os marchantes pagaram a carne

não foi somente o preço que fêz o povo abster-se de comprar a carne

li^ argentina. Algumas caraterísticas y dessa carne, como a sua

excessiva

gordura, por exemplo, influenciaram

bastante o ânimo da. população do

passagem,

se

carne

do

diga-se

assemelha

bastante

ao da Argentina. Porque, já agora as perspetivas da produção de carne no Brasil não são tão negras. Em tempo vimos ao que ficaríamos re duzidos, se continuássemos na política de matanças excessivas. E o Governo tomou medidas importantes a fim do evitar não só a dizimação do nosso rebanho bovino, como também pari restabelecer o fornecimento, regular de carne aos principais centros con

do Brasil pesa 230 a 250 quilos, e o da Argentina 400. A gordura em ex-

sumidores do país e ao mesmo tem

à

carne, donde,a desconfiança dos com pradores de que ela está deteriorada.

No entanto, basta lembrar que essa carne está congelada, sendo conser vada a uma temperatura de muitos graus abaixo de zero, para se verifi

car que quanto à deterioração, é qua se uma superstição do povo, e nada mais. Aliás, os marchantes atri

buíram aos açougueiros a campanha

"^terêsses da nossa pecuária, é bem Possível, acreditam os entendidos, que dentro, de um ano ou dois o Brasil ^olte a ocupar a sua posição de exPortador de carnes, abastecendo, co^o antes, à vontade, o mercado in

Rio-

cujo gado,

Rio e São Paulo. Em média, o boi

. cesso dá um odor desagradável

25

Perapetívas do futuro

.'\te lá, porém, é preciso que

o povo tenha paciência e se sujeite

ao racionamento de carne, que, à me dida que o nosso rebanho se fôr re

organizando, irá sendo, também, ate nuado.

in "Boletim de Indústria

BIBLIOGRAFIA

^ritonil — Cultura e opuiência do co •—

terno.

Afonso -\rinos de Melo Fran Síntese da História Económi-

do Brasil, in "Terra do Brasil"; Roberto C. Simonsen — História

Econômica do Brasil, tomo I.°: Ca-

da Produção de Origem Animal, 1940» 1942, publicação do Serviço de Esta tística da Produção do Ministério da

.Agricultora; Números que falam por sí sós, in "Fòllia da Xoite" de 11-1-

Capítulos de

^í»tória Colonial; Oscar da Silva

1945; Brasil 1940-41; publicação do Ministério das Relações Exteriores;

t>rito — A pecuária do Brasil Central

Brasil 1942, publicação do Ministério

^ sua produção de bovinos de corte,

das Relações Exteriores.

l^^trano tle .Abreu

po permitir que a pecuária nacional

A^nECADÂÇAO PO /MPOSTO SOBRE

se refaça, e, dentro em breve, passe

VENPAS £ CONSiGNAÇO'€S NO £S7AP0

mos, novamente, a ocupar o lugar que a

perder.

nossa

imprevidência

nos

fêz

Para isso foram tomadas

providências no sentido de proibir, por enquanto, a exportação de carne, limitando-se o abate, para suprimen to do mercado interno, às cotas es tabelecidas pelo Governo. ma,

espera-se

que

o

P£ SÃO PAULO, elo ,

^1942 at 19AA—{ CiifU^aC

.<ííyéi£ <y

434.382,4

■da.

CofUtat ^406^ 9

FISCO

OytiU:

Dessa for

nosso

rebanho

se refaça em breve tempo, e que, se não houver longo período de secas,

que fo! feita contra o produto argen

o país não necessite mais de impor

tino, dada a pouca margem dè lucro

tar carne da Argentina.

que essa carne lhes oferecia.

política de prudência e protetora dos

E com essa

.Animal",

vol. 7, n.os 1 e 2, nova série; Aspetoi

56o CAPITAL

CAPTAI

r

ms

CofiiCaí


24

Digesto Econômico Econômico

se explica pelo fato seguinte: no Kío,

,

o Serviço de Abastecimento importa-

'

va a carne por CrÇ 11,00, e venden

Mas a quc.strio cia carne argentina

do-a por Cr$ 5,00 ou 5,50, pagava a^ diferença, ou antes, sofria o prejuízo dessa diferença. Em São Paulo, on de a importação foi feita diretamente,' a

Cr$ 11,00, donde se viram obrigados a

no Rio, até as secas, a população sc-

vendé-la por 13,00. O preço alto, po

■rá

al)astccida

com

rem, levou a população a não com

-Grandc-do-Sul,

prar o produto" argentino, tendo então

de

o Governo, como já se fizeta no- Rio. entrado com a diferença para que a carne pudesse ser vendida pelo preço

acessível de 5 cruzeiros. No entanto,

^

c um ponto morto, de vez que as ..

50.00Ü toneladas importadas já estão no fim. Em São Paulo o seu supri mento está pràticamcntc suspenso, e

os marchantes pagaram a carne

não foi somente o preço que fêz o povo abster-se de comprar a carne

li^ argentina. Algumas caraterísticas y dessa carne, como a sua

excessiva

gordura, por exemplo, influenciaram

bastante o ânimo da. população do

passagem,

se

carne

do

diga-se

assemelha

bastante

ao da Argentina. Porque, já agora as perspetivas da produção de carne no Brasil não são tão negras. Em tempo vimos ao que ficaríamos re duzidos, se continuássemos na política de matanças excessivas. E o Governo tomou medidas importantes a fim do evitar não só a dizimação do nosso rebanho bovino, como também pari restabelecer o fornecimento, regular de carne aos principais centros con

do Brasil pesa 230 a 250 quilos, e o da Argentina 400. A gordura em ex-

sumidores do país e ao mesmo tem

à

carne, donde,a desconfiança dos com pradores de que ela está deteriorada.

No entanto, basta lembrar que essa carne está congelada, sendo conser vada a uma temperatura de muitos graus abaixo de zero, para se verifi

car que quanto à deterioração, é qua se uma superstição do povo, e nada mais. Aliás, os marchantes atri

buíram aos açougueiros a campanha

"^terêsses da nossa pecuária, é bem Possível, acreditam os entendidos, que dentro, de um ano ou dois o Brasil ^olte a ocupar a sua posição de exPortador de carnes, abastecendo, co^o antes, à vontade, o mercado in

Rio-

cujo gado,

Rio e São Paulo. Em média, o boi

. cesso dá um odor desagradável

25

Perapetívas do futuro

.'\te lá, porém, é preciso que

o povo tenha paciência e se sujeite

ao racionamento de carne, que, à me dida que o nosso rebanho se fôr re

organizando, irá sendo, também, ate nuado.

in "Boletim de Indústria

BIBLIOGRAFIA

^ritonil — Cultura e opuiência do co •—

terno.

Afonso -\rinos de Melo Fran Síntese da História Económi-

do Brasil, in "Terra do Brasil"; Roberto C. Simonsen — História

Econômica do Brasil, tomo I.°: Ca-

da Produção de Origem Animal, 1940» 1942, publicação do Serviço de Esta tística da Produção do Ministério da

.Agricultora; Números que falam por sí sós, in "Fòllia da Xoite" de 11-1-

Capítulos de

^í»tória Colonial; Oscar da Silva

1945; Brasil 1940-41; publicação do Ministério das Relações Exteriores;

t>rito — A pecuária do Brasil Central

Brasil 1942, publicação do Ministério

^ sua produção de bovinos de corte,

das Relações Exteriores.

l^^trano tle .Abreu

po permitir que a pecuária nacional

A^nECADÂÇAO PO /MPOSTO SOBRE

se refaça, e, dentro em breve, passe

VENPAS £ CONSiGNAÇO'€S NO £S7AP0

mos, novamente, a ocupar o lugar que a

perder.

nossa

imprevidência

nos

fêz

Para isso foram tomadas

providências no sentido de proibir, por enquanto, a exportação de carne, limitando-se o abate, para suprimen to do mercado interno, às cotas es tabelecidas pelo Governo. ma,

espera-se

que

o

P£ SÃO PAULO, elo ,

^1942 at 19AA—{ CiifU^aC

.<ííyéi£ <y

434.382,4

■da.

CofUtat ^406^ 9

FISCO

OytiU:

Dessa for

nosso

rebanho

se refaça em breve tempo, e que, se não houver longo período de secas,

que fo! feita contra o produto argen

o país não necessite mais de impor

tino, dada a pouca margem dè lucro

tar carne da Argentina.

que essa carne lhes oferecia.

política de prudência e protetora dos

E com essa

.Animal",

vol. 7, n.os 1 e 2, nova série; Aspetoi

56o CAPITAL

CAPTAI

r

ms

CofiiCaí


•r.

Dígesto Econômico

27 '•s

roente, variava sua espessura, maior, em geral, no lugar que corresponde ao centro da antiga bacia, ou seja on

Sôhre a índiislria <lo earvão iiiiii4^ral em São Paulo por JOSUÉ CAMARGO

MENDES

ate- muito recentemente a produ ção de carvão mineral no Estado

S. Paulo não pesava na economia

do pais. E' pràticamente a partir de 1940 ■ que a extração dé.ssc minério

I

Vem ganhando vulto. A sua cifra está

^ 'oijge de igualar a dos demais Estados

O A., depois de examinar as condiçõe* favoráveis de tempo e distância, cha

resèrvas do nosso Estado se acham , grandes parques industriais, bem mais

\

à mão dos melhores consumidores.

dispêndio

ca, ao N da mesma cidade e a mina

muito

elevado

permitiria

cêrca de 170.000 toneladas (área de

mente no estudo das possibilidades da

concessão).

bacia carbonífera. Muitas vezes, po rém, faz-se suficiente a simples aber poços de

está sendo explorada pela companhia "Butiá São Jerônimo" e parece pos suir maiores "reservas. A espeâsura ou

carvão do Estado

ócorrências citadas varia de alguns

carvão geralmente aparecem interca

cendo, assim, por. éles mesmos, indí cios seguros da sua existência. Não são muito profundas, o que permite trabalhá-los, às vezes, a céu aberto,

desse combustível, parece interessante

de sondar pode conduzir à descoberta

voltarmos os olhos para o problema do carvão paulista.

de uma camada de qarvão comercial

nominam "série Tatuí". Os leitos de

a mina da Fazenda Mato Sêco, a 20 km de Tatuí, a jazida de Agua Bran

Nesse caso a sonda auxiliará grande

mais intensiva.

Sem dúvida, o emprego das máquinas

lha de São Paulo na faixa de terre nos que os geólogos conterrâneos de

perfurações seriam feitas às escuras e, salvo qualquer eventualidade, só um

se tornar

amparam a exploração e o consumo

do. Já em 1856, C. Rath noticiava-a. Exceção feita-para. as turfas e linhitos, localizam-se as jazidas de hu

para alem de Cerquilho. São conhe cidas algumas ocorrências exploradas:

de Cerquilho. "A primeira pertence à

Mormente agora que as leis federais ■ dispensando a abertura de, galerias.

De há muito é conhecida a ocqrrên' cia de carvão mineral no nosso Esta

nhum afloramento de carvão capaz de fornecer um indício mais seguro,

"Sociedade

níticos. Nas jazidas conhecidas aflo ram comumente nas encostas, forne

localizadas ,bem mais próximas aos

gião dk cidade do mesmo nome até

Torna-se muito mais interessante a pesquisa de áreas com afloramentos.

dade de um só desses Estados. Não

I

A ^bacia. de Tatuí estende-se da re

fica bem claro que, não havendo ner

possibilidades extrativas do carvão paulista, que se lhe afiguram promiisoras, principalmente se a mineração

lados em camadas de sedimentos are-

^

ranapanema.

coroar de êxito uma tal prospecçao.

tejam longe de atingir a potenciali Oos devemos esquecer, porém, que as

sentarem as bacias hulheiras isoladas,

ma a atenção dos capitalistas para at

M do sul, é verdade; talvez as suas re-

|P Servas conhecidas ou por conhecer es

de o acúmulo de material orgânico foi máximo. Dado o fato de se apre

Segundo os dados até agora acumu lados, parece possível referir no Es tado três bacias hulheiras: a bacia de Tatuí, a bacia de Jacuba e a do Pa-

mente explorável. Devemos ter em mente, contudo, que o carvão não

^corre em

camadas contínuas, mas

sim em lentes, de áreas mais ou me

nos restritas, correspondentes às antí-

.gas bacias em que se acumulavam os restos vegetais ora transformados. Compreende-se, pois, que o contorno dessas lentes seja variável. Idêntica-

tura de "cachimbos" ou As reservas de ainda

Carvão

Brasileiro

A mina de Cerquilho

potência da camada de carvão, para as

prospecção. são

de

Ltda.'' e apresenta uma ciibagcm de

mal

conhecidas.

Reinou

poucos centímetros até meio metro.

sempre um exagerado pessimismo a

Os afloramentos de Monte Mor pare

respeito. O mesmo pessimismo, aliás, que sem maior fundamento prejudi

cem ligar-se também à mesma bacia.

cou sobremodo o progresso da nóssa

gundo os técnicos, até 7.661 calorias;

indústria mineira em geral, Hoje, en

o de Mato Sêco fornece até cêrca de

tretanto, já

5.599 c.

não sé

discute sobre a

O carvão desta localidade fornece, se

quantidade ou viabilidade de eniprêgo

A bacia de Jacuba abrange ocorrên

do carvão nacional e sim os meios do

cias do município de Campinas'. Pes

seu aproveitamento

De

quisas efetuadas em 1918 revelaram

1937 para cá a produção do carvão

camadas de carvão de 30 a 35cm de espessura localizadas entre as esta

econômico.

nacional .ultrapassou o dobro.

-Era

1941, só -o Rio-G'rande-do-Sul, por

ções de Jacuba e Rebouças (Compa

exemplo, produziu mais de 1 bilhão de toneladas, enquanto que S. Paulo só

nhia Paulista).

extraiu, no

mesmo

4.000 toneladas.

ano, cerca de

A bacia do Paranapanema fornece afloramentos em Buri e Itapeva (En genheiro Bacelar).

Os afloramentos


•r.

Dígesto Econômico

27 '•s

roente, variava sua espessura, maior, em geral, no lugar que corresponde ao centro da antiga bacia, ou seja on

Sôhre a índiislria <lo earvão iiiiii4^ral em São Paulo por JOSUÉ CAMARGO

MENDES

ate- muito recentemente a produ ção de carvão mineral no Estado

S. Paulo não pesava na economia

do pais. E' pràticamente a partir de 1940 ■ que a extração dé.ssc minério

I

Vem ganhando vulto. A sua cifra está

^ 'oijge de igualar a dos demais Estados

O A., depois de examinar as condiçõe* favoráveis de tempo e distância, cha

resèrvas do nosso Estado se acham , grandes parques industriais, bem mais

\

à mão dos melhores consumidores.

dispêndio

ca, ao N da mesma cidade e a mina

muito

elevado

permitiria

cêrca de 170.000 toneladas (área de

mente no estudo das possibilidades da

concessão).

bacia carbonífera. Muitas vezes, po rém, faz-se suficiente a simples aber poços de

está sendo explorada pela companhia "Butiá São Jerônimo" e parece pos suir maiores "reservas. A espeâsura ou

carvão do Estado

ócorrências citadas varia de alguns

carvão geralmente aparecem interca

cendo, assim, por. éles mesmos, indí cios seguros da sua existência. Não são muito profundas, o que permite trabalhá-los, às vezes, a céu aberto,

desse combustível, parece interessante

de sondar pode conduzir à descoberta

voltarmos os olhos para o problema do carvão paulista.

de uma camada de qarvão comercial

nominam "série Tatuí". Os leitos de

a mina da Fazenda Mato Sêco, a 20 km de Tatuí, a jazida de Agua Bran

Nesse caso a sonda auxiliará grande

mais intensiva.

Sem dúvida, o emprego das máquinas

lha de São Paulo na faixa de terre nos que os geólogos conterrâneos de

perfurações seriam feitas às escuras e, salvo qualquer eventualidade, só um

se tornar

amparam a exploração e o consumo

do. Já em 1856, C. Rath noticiava-a. Exceção feita-para. as turfas e linhitos, localizam-se as jazidas de hu

para alem de Cerquilho. São conhe cidas algumas ocorrências exploradas:

de Cerquilho. "A primeira pertence à

Mormente agora que as leis federais ■ dispensando a abertura de, galerias.

De há muito é conhecida a ocqrrên' cia de carvão mineral no nosso Esta

nhum afloramento de carvão capaz de fornecer um indício mais seguro,

"Sociedade

níticos. Nas jazidas conhecidas aflo ram comumente nas encostas, forne

localizadas ,bem mais próximas aos

gião dk cidade do mesmo nome até

Torna-se muito mais interessante a pesquisa de áreas com afloramentos.

dade de um só desses Estados. Não

I

A ^bacia. de Tatuí estende-se da re

fica bem claro que, não havendo ner

possibilidades extrativas do carvão paulista, que se lhe afiguram promiisoras, principalmente se a mineração

lados em camadas de sedimentos are-

^

ranapanema.

coroar de êxito uma tal prospecçao.

tejam longe de atingir a potenciali Oos devemos esquecer, porém, que as

sentarem as bacias hulheiras isoladas,

ma a atenção dos capitalistas para at

M do sul, é verdade; talvez as suas re-

|P Servas conhecidas ou por conhecer es

de o acúmulo de material orgânico foi máximo. Dado o fato de se apre

Segundo os dados até agora acumu lados, parece possível referir no Es tado três bacias hulheiras: a bacia de Tatuí, a bacia de Jacuba e a do Pa-

mente explorável. Devemos ter em mente, contudo, que o carvão não

^corre em

camadas contínuas, mas

sim em lentes, de áreas mais ou me

nos restritas, correspondentes às antí-

.gas bacias em que se acumulavam os restos vegetais ora transformados. Compreende-se, pois, que o contorno dessas lentes seja variável. Idêntica-

tura de "cachimbos" ou As reservas de ainda

Carvão

Brasileiro

A mina de Cerquilho

potência da camada de carvão, para as

prospecção. são

de

Ltda.'' e apresenta uma ciibagcm de

mal

conhecidas.

Reinou

poucos centímetros até meio metro.

sempre um exagerado pessimismo a

Os afloramentos de Monte Mor pare

respeito. O mesmo pessimismo, aliás, que sem maior fundamento prejudi

cem ligar-se também à mesma bacia.

cou sobremodo o progresso da nóssa

gundo os técnicos, até 7.661 calorias;

indústria mineira em geral, Hoje, en

o de Mato Sêco fornece até cêrca de

tretanto, já

5.599 c.

não sé

discute sobre a

O carvão desta localidade fornece, se

quantidade ou viabilidade de eniprêgo

A bacia de Jacuba abrange ocorrên

do carvão nacional e sim os meios do

cias do município de Campinas'. Pes

seu aproveitamento

De

quisas efetuadas em 1918 revelaram

1937 para cá a produção do carvão

camadas de carvão de 30 a 35cm de espessura localizadas entre as esta

econômico.

nacional .ultrapassou o dobro.

-Era

1941, só -o Rio-G'rande-do-Sul, por

ções de Jacuba e Rebouças (Compa

exemplo, produziu mais de 1 bilhão de toneladas, enquanto que S. Paulo só

nhia Paulista).

extraiu, no

mesmo

4.000 toneladas.

ano, cerca de

A bacia do Paranapanema fornece afloramentos em Buri e Itapeva (En genheiro Bacelar).

Os afloramentos


I

Digesto Econômico

29

de Buri. mais conliectdos são os do

1 íj

mente os fatores distância e tempo, isto é, a facilidade de transporte e também as despesas ou economia dos mesmos. Segundo o exposto, parece-

são quase nulas, pouco se sabendo so

Abordemos agora outro "facies" da questão: a extração do minério e a

bre sua cubagem e espessura do car vão. -A. sua qualidade, em todo caso,

^ ^ 3C

sua economia. Não há nada de espe

cial e de muito técnico no trabalho de mina. Como a exploração às vezes

mentos sobre as ocorrências já veri

se realiza a céu aberto, procede-se a

ficadas são ainda escassos.

rti

me que' o carvão paulista satisfaz nes se tocante.

Convém insistir em que os conheci

é relativamente boa.

»irM 5 5' £.

A indústria extrativa deve ter ein

Ribeirão da Eiixovia, cerca de 12 km daquela cidade. A espessura do car vão atinge até um metro. A ocor rência de Eng. Bacelar parece acharse um pouco mais distante da estrada de ferro. As pesquisas aí efetuadas

E' mais

um simples desmonte, a fim de expor

do qtie provável que pesquisas siste

o leito de minério, retirando-o, em se

máticas revelarão muitas outras jazi

guida, por método extremamente sim

das nas imediações das conhecidas ou,

ples. O valor do produto, entretan

eventualmente, em áreas novas. Fica de pé, porém, o seguinte fato:

to, vai depender de uma seleção maior

as jazidas de carvão conhecidas do

brasileiro, sem distinção, apresenta-se

Estado de S. Paulo localizam-se pró ximas à rede ferroviária. E* êste ura ponto interessante a ser lembrado. A

com um teor variável de piríta. Ur

Estrada de Ferro Sorocabana dá es

coamento aos carvões de Itapeva (Eng. Bacelar), Buri e Tatuí. A Companhia Paulista transporta os car vões de Monte Mor e Jacuba.

As

ou menor. E' sabido que o carvão

ge, porém, expurgá-lo desses sulfetos. Não há maior necessidade de pessoal especializado. Torna-se suficiente o emprego de um só chefe de trabalho que seja técnico ou "entendido". O nosso caboclo aprende com facilidade a lida mineira e a extração é relativa

férreas são em geral reduzidas e o

mente econômica, mesmo no caso de se abrir galerias, cujo traçado seria

transporte feito facilmente por meio

simples, dadas as circunstâncias de

de caminhOes. Ae condições de trans

ocorrência.

distâncias entre as minas e as linhas

porte são enfipi satisfatórias, tendo-se

Finalmente, temos a questão da co

em vista os meios precários existen

locação do produto. Ora, de início, já

tes em Santa Catarina, p. exemplo. Saberia valorizá-los quem, como eu.observou o dispendioso transporte de

frisamos a proximidade dessas minas

manganês em Mato-Grosso (pelo me

aos grandes centros industriais. Uma vez que a legislação proibe a expor tação dêsse minério, está claro que

nos em 1941).

le'vará a melhor queni o ofereça im


I

Digesto Econômico

29

de Buri. mais conliectdos são os do

1 íj

mente os fatores distância e tempo, isto é, a facilidade de transporte e também as despesas ou economia dos mesmos. Segundo o exposto, parece-

são quase nulas, pouco se sabendo so

Abordemos agora outro "facies" da questão: a extração do minério e a

bre sua cubagem e espessura do car vão. -A. sua qualidade, em todo caso,

^ ^ 3C

sua economia. Não há nada de espe

cial e de muito técnico no trabalho de mina. Como a exploração às vezes

mentos sobre as ocorrências já veri

se realiza a céu aberto, procede-se a

ficadas são ainda escassos.

rti

me que' o carvão paulista satisfaz nes se tocante.

Convém insistir em que os conheci

é relativamente boa.

»irM 5 5' £.

A indústria extrativa deve ter ein

Ribeirão da Eiixovia, cerca de 12 km daquela cidade. A espessura do car vão atinge até um metro. A ocor rência de Eng. Bacelar parece acharse um pouco mais distante da estrada de ferro. As pesquisas aí efetuadas

E' mais

um simples desmonte, a fim de expor

do qtie provável que pesquisas siste

o leito de minério, retirando-o, em se

máticas revelarão muitas outras jazi

guida, por método extremamente sim

das nas imediações das conhecidas ou,

ples. O valor do produto, entretan

eventualmente, em áreas novas. Fica de pé, porém, o seguinte fato:

to, vai depender de uma seleção maior

as jazidas de carvão conhecidas do

brasileiro, sem distinção, apresenta-se

Estado de S. Paulo localizam-se pró ximas à rede ferroviária. E* êste ura ponto interessante a ser lembrado. A

com um teor variável de piríta. Ur

Estrada de Ferro Sorocabana dá es

coamento aos carvões de Itapeva (Eng. Bacelar), Buri e Tatuí. A Companhia Paulista transporta os car vões de Monte Mor e Jacuba.

As

ou menor. E' sabido que o carvão

ge, porém, expurgá-lo desses sulfetos. Não há maior necessidade de pessoal especializado. Torna-se suficiente o emprego de um só chefe de trabalho que seja técnico ou "entendido". O nosso caboclo aprende com facilidade a lida mineira e a extração é relativa

férreas são em geral reduzidas e o

mente econômica, mesmo no caso de se abrir galerias, cujo traçado seria

transporte feito facilmente por meio

simples, dadas as circunstâncias de

de caminhOes. Ae condições de trans

ocorrência.

distâncias entre as minas e as linhas

porte são enfipi satisfatórias, tendo-se

Finalmente, temos a questão da co

em vista os meios precários existen

locação do produto. Ora, de início, já

tes em Santa Catarina, p. exemplo. Saberia valorizá-los quem, como eu.observou o dispendioso transporte de

frisamos a proximidade dessas minas

manganês em Mato-Grosso (pelo me

aos grandes centros industriais. Uma vez que a legislação proibe a expor tação dêsse minério, está claro que

nos em 1941).

le'vará a melhor queni o ofereça im


30

Digeito Econômico

mercado interno com vantagens de ordem econômica. Parece-me, por to

mincradores de carvão, posso adiantar que os lucros obtidos não os decep

dos os motivos expostos, que os car vantagens, encontrando o seu consu

cionaram. Houve, sem dúvida, uma alta devida à guerra, porém nada ín dica que unia pequena bai.xa futura

midor no próprio parque industrial

nos preços venha a ocasionar uma de

vões, paulistas podem

oferecer tais

paulista. Faz-se necessário, entretan to, um aproveitamento sistemático e

intensivo, capaz de suprir bons con sumidores em boa escala.

pressão vultosa.

A

As leis federais am

param sobremodo a indústria carbo* nífcra no Brasil.

i.

Veja-se,

por exemplo, que a necessidade de

oi*oiióiiii<*a do liiiorior

Enfim, chamamos a atenção dos ca

Importante, não só para a economiado Estado, mas para a de tôda a Nação, é a contribuição econômica

O Interior é, também, grande pro dutor de arroz, feijão, milho, laran

do Interior.

mam grande impulso, em virtude de condições criadas pela guerra: a

Dêle provém

principal produto de

o nosso

exportação —

Três culturas recentes to

abastecimento continuo de elevada tonelagem, levou o governo a ir buscar

pitalistas para a indústria extrativa do carvão paulista, que se nos afigura

o café — que, durante os primeiros oi

menta, ante a necessidade da indús

to meses de

no sul o carvão destinado a Volta Re

promissora especialmente se vier a ser

36,7%.

tria bélica;

donda. Do meu convívio com alguns

mais intensiva.

no

1944,

concorreu

com

Segue-se-lhe o algodão que,

íncsmo

período,

partfcipou

com

6,2%, ocupando o terceiro posto, abai xo dos tecidos de algodão que, com 9,5%, se colocou em segundo lugar. O café e o algodão são os produ

tos principais do Interior. Verificase, porém, um declínio na cultura do

primeiro.

O número de cafceiros

decresceu de 1.479.392.301

em

1933

para 1.262.444.518 em 1942, segundo ■

V.

ja etc.

r.

informa o Anuário Estatístico (1943)

da Superintendência dos Serviços do Café, da Secretaria da Fazenda do

■- •-

Estado de São Paulo. de colheita relativa a

A estimativa este ano não

vai além de' 4.500.000 sacas, muito aquém da do ano anterior, quando alcançou 10.500.000 sacas. Quanto à cultura algodoeira, permanece em as

O INVENTOR DOS ÓCULOS acredita a tradição, 'os óculos fórum Inventados

pelo florentíno Salvíno D. Armato, e que faleceu no ano de 1317. O seu gesto foi tido como pecaminoso pelos seus con temporâneos que, vendo nos óculos uma coisa contrária à na tureza, consideraram o seu inventor como um agente do Diabo. No seu túmulo, na Igreja de Santa Maria Maggior, em FIorença, há uma inscrição que diz: — ^'Aqui jaz Salvíno D, Ar-

mato deglí Armati, florentíno, inventor dos óculos: Deus per doe os pecados."

o

bicho-da-sêda,

para uso de mesa e de cozinha.

Nãò se reduz à agrícola a produ ção do Interior, qüe conta com vários centros industriais, de que se desta ca como principal a cidade de Santo

André, cuja produção em 1939 atin giu quase 600 milhões de cruzeiros.

Vêm a seguir, Santos, Sorocaba, Cam pinas, ■ Barretos e Araras, com pro dução superior a 100 milhões de' crazeiros.

Limeira,

Ríbeirão-Prêto

lhões de cruzeiros. Citam-se ainda ou

tras com produção menor. O total pro«

duzido pela indústria do Interior na*

quele ano atingiu a Cr$

4 bilhões de cruzeiros.

1.759.284.000,00.

Decresce

no

e

Taubaté produzem mais de 40 mi

censão. O valor de sua produção (inclusive os subprodutos) eleva-se a Ribeirão-Preto

para

fins de aproveitamento industrial des te tecido, de que há grande procura no mercado internacional; elo amen doim, de que se vem extraindo óleo

se a..cultura ,de algodão, cuja colhei município

a

lavoura

ta no ano passado atingiu a 600-raÍl

cafecira. Contando em 1931 com ...

arrobas.

32.423.00Õ pés, está presentemente re

o milho, arroz, feijão e a mainona.

duzida a 13.785.000. Com o decrés cimo da lavoura de café, diversifica-

— Incrementa-se a pecuária, que con

se a produção agrícola, destacando-

ta com 23.500 cabeças.

São ainda muito cultivados

Existem 614 propriedades agrícolas. Não muito


30

Digeito Econômico

mercado interno com vantagens de ordem econômica. Parece-me, por to

mincradores de carvão, posso adiantar que os lucros obtidos não os decep

dos os motivos expostos, que os car vantagens, encontrando o seu consu

cionaram. Houve, sem dúvida, uma alta devida à guerra, porém nada ín dica que unia pequena bai.xa futura

midor no próprio parque industrial

nos preços venha a ocasionar uma de

vões, paulistas podem

oferecer tais

paulista. Faz-se necessário, entretan to, um aproveitamento sistemático e

intensivo, capaz de suprir bons con sumidores em boa escala.

pressão vultosa.

A

As leis federais am

param sobremodo a indústria carbo* nífcra no Brasil.

i.

Veja-se,

por exemplo, que a necessidade de

oi*oiióiiii<*a do liiiorior

Enfim, chamamos a atenção dos ca

Importante, não só para a economiado Estado, mas para a de tôda a Nação, é a contribuição econômica

O Interior é, também, grande pro dutor de arroz, feijão, milho, laran

do Interior.

mam grande impulso, em virtude de condições criadas pela guerra: a

Dêle provém

principal produto de

o nosso

exportação —

Três culturas recentes to

abastecimento continuo de elevada tonelagem, levou o governo a ir buscar

pitalistas para a indústria extrativa do carvão paulista, que se nos afigura

o café — que, durante os primeiros oi

menta, ante a necessidade da indús

to meses de

no sul o carvão destinado a Volta Re

promissora especialmente se vier a ser

36,7%.

tria bélica;

donda. Do meu convívio com alguns

mais intensiva.

no

1944,

concorreu

com

Segue-se-lhe o algodão que,

íncsmo

período,

partfcipou

com

6,2%, ocupando o terceiro posto, abai xo dos tecidos de algodão que, com 9,5%, se colocou em segundo lugar. O café e o algodão são os produ

tos principais do Interior. Verificase, porém, um declínio na cultura do

primeiro.

O número de cafceiros

decresceu de 1.479.392.301

em

1933

para 1.262.444.518 em 1942, segundo ■

V.

ja etc.

r.

informa o Anuário Estatístico (1943)

da Superintendência dos Serviços do Café, da Secretaria da Fazenda do

■- •-

Estado de São Paulo. de colheita relativa a

A estimativa este ano não

vai além de' 4.500.000 sacas, muito aquém da do ano anterior, quando alcançou 10.500.000 sacas. Quanto à cultura algodoeira, permanece em as

O INVENTOR DOS ÓCULOS acredita a tradição, 'os óculos fórum Inventados

pelo florentíno Salvíno D. Armato, e que faleceu no ano de 1317. O seu gesto foi tido como pecaminoso pelos seus con temporâneos que, vendo nos óculos uma coisa contrária à na tureza, consideraram o seu inventor como um agente do Diabo. No seu túmulo, na Igreja de Santa Maria Maggior, em FIorença, há uma inscrição que diz: — ^'Aqui jaz Salvíno D, Ar-

mato deglí Armati, florentíno, inventor dos óculos: Deus per doe os pecados."

o

bicho-da-sêda,

para uso de mesa e de cozinha.

Nãò se reduz à agrícola a produ ção do Interior, qüe conta com vários centros industriais, de que se desta ca como principal a cidade de Santo

André, cuja produção em 1939 atin giu quase 600 milhões de cruzeiros.

Vêm a seguir, Santos, Sorocaba, Cam pinas, ■ Barretos e Araras, com pro dução superior a 100 milhões de' crazeiros.

Limeira,

Ríbeirão-Prêto

lhões de cruzeiros. Citam-se ainda ou

tras com produção menor. O total pro«

duzido pela indústria do Interior na*

quele ano atingiu a Cr$

4 bilhões de cruzeiros.

1.759.284.000,00.

Decresce

no

e

Taubaté produzem mais de 40 mi

censão. O valor de sua produção (inclusive os subprodutos) eleva-se a Ribeirão-Preto

para

fins de aproveitamento industrial des te tecido, de que há grande procura no mercado internacional; elo amen doim, de que se vem extraindo óleo

se a..cultura ,de algodão, cuja colhei município

a

lavoura

ta no ano passado atingiu a 600-raÍl

cafecira. Contando em 1931 com ...

arrobas.

32.423.00Õ pés, está presentemente re

o milho, arroz, feijão e a mainona.

duzida a 13.785.000. Com o decrés cimo da lavoura de café, diversifica-

— Incrementa-se a pecuária, que con

se a produção agrícola, destacando-

ta com 23.500 cabeças.

São ainda muito cultivados

Existem 614 propriedades agrícolas. Não muito


li

32

Digesto Econômico

menor é a criação de suínos, que tem

país, sendo considerado como o maior

19.000 espécimes.

produtor de algodão da América do

Promissor é o desenvolvimento

da indústria local, que possui 371 es

T 9STATÍST/CA VS SAO PAULO

Sul.

A sua cultura dc café também é

msSACffITOS nANSPOATAQOS é^A CAPITAL etA

tabelecimentos e cuja produção se ele

uma das maiores do Estado. Por in

ita a mais de 40 milhões de cruzeiros.

termédio de sua rede bancária exerce,

Bauru

através de financiamento

medidas, uma larga influência nas ci

ui

Esta cidade se destaca, no conjunto dos principais centros urbanos do Es

dades limítrofes.

O

tado, pela sua importância comercial

de transportes, pois as suas comunica

e

outras

^

l

Presentemente sofre grande crise

O |0

empregando-se caminhões, para o ser

Efetivamente para Bauru conver gem as estradas de ferro Sorocabana,

(n 3

viço dc transporte. Com a escassez de gasolina tornou-se difícil a utili

03

zação de caminhões, de modo que o escoamento da produção da zona vem

<o

de, contando em seu seio com numero sas casas atacadistas que enviam, para as zonas circunvizinhas, os seus re •

ções com a zona eram feitas, em sua

maioria,

pelas

sendo bastante prejudicado.

28A M ILHOTES

131 MILMCTES

213 MtLHO'ES +63%

A4jMLNTO Ot PA&<..A0l1BO6.COM OlMlNUlÇAO OOi VtICULOS

ffistsro ícetvOMtco

Río-Prêto

CSTATTSTICP do

presentantes que competem com os co

legas da Capital.

loca-se em oitavo lugar entre aqueles

—. A lavoura conta o algodão como seu principal produto. Desenvolve-se também a pecuária.

que mais contribuem para a prosperi

Marflia

café e o algodão. Em 1943 foram be

ARQCCADAÇÀb DO IMPOSTO Dé KMDA( DAS OAMCÀÇdCSPe (jUCftRA /AfPOSTO D€ Tte/^OA

aPAULO

Os seus produtos principais são o

e em sua estação ferroviária foram

despachadas 161.400 sacas de café.

tado, de cuja vitalidade econômica

A cultura de Arroz também e é im

constitui um dos exemplos mais fri-

santes. Lugarejo insignificante em 1928, quando as suas terras começa

portante e desenvolve-se presentemen te a do bicho-da-sêda, para cujo in cremento a Prefeitura local já proce

ram a ser vendidas em lotes, é hoje

deu à distribuição de um milhão de

um dos centros de maior produção do

amoreiras.

WG.ctoGULKRA

SÃO PAULO 4O0.O4&

dade do Estado.

OüTBOS £STQDOS

^ OüTftOS CST.

66'7.0ã6

1.^9.620

neficiados 7.847.381 quilos de algodão nos mais curiosos do interior do Es

AA-S MtLHO'6S+58%

-U~lJ L,

estradas-de-rodagem,

O município, com' uma arrecadação anual dc 3 milhões de cruzeiros, co

Marília representa um dos fenôme

-U

(í>

® em virtude de sua posição como ponto de confluência de diversas vias-férreas.

Paulista e Noroeste, de cuja. eletriEcação SC fala e que tem o seu escri tório central nesta localidade. A sua importância comercial também é gran

1944-

1938

TOTAL DE 1944

TOTAL OEI9M

lOôV.O^B

.961.IS6

OE 1943 DE 1943 1.566498 AUMENTO EM AUMENTO

EM 1944


li

32

Digesto Econômico

menor é a criação de suínos, que tem

país, sendo considerado como o maior

19.000 espécimes.

produtor de algodão da América do

Promissor é o desenvolvimento

da indústria local, que possui 371 es

T 9STATÍST/CA VS SAO PAULO

Sul.

A sua cultura dc café também é

msSACffITOS nANSPOATAQOS é^A CAPITAL etA

tabelecimentos e cuja produção se ele

uma das maiores do Estado. Por in

ita a mais de 40 milhões de cruzeiros.

termédio de sua rede bancária exerce,

Bauru

através de financiamento

medidas, uma larga influência nas ci

ui

Esta cidade se destaca, no conjunto dos principais centros urbanos do Es

dades limítrofes.

O

tado, pela sua importância comercial

de transportes, pois as suas comunica

e

outras

^

l

Presentemente sofre grande crise

O |0

empregando-se caminhões, para o ser

Efetivamente para Bauru conver gem as estradas de ferro Sorocabana,

(n 3

viço dc transporte. Com a escassez de gasolina tornou-se difícil a utili

03

zação de caminhões, de modo que o escoamento da produção da zona vem

<o

de, contando em seu seio com numero sas casas atacadistas que enviam, para as zonas circunvizinhas, os seus re •

ções com a zona eram feitas, em sua

maioria,

pelas

sendo bastante prejudicado.

28A M ILHOTES

131 MILMCTES

213 MtLHO'ES +63%

A4jMLNTO Ot PA&<..A0l1BO6.COM OlMlNUlÇAO OOi VtICULOS

ffistsro ícetvOMtco

Río-Prêto

CSTATTSTICP do

presentantes que competem com os co

legas da Capital.

loca-se em oitavo lugar entre aqueles

—. A lavoura conta o algodão como seu principal produto. Desenvolve-se também a pecuária.

que mais contribuem para a prosperi

Marflia

café e o algodão. Em 1943 foram be

ARQCCADAÇÀb DO IMPOSTO Dé KMDA( DAS OAMCÀÇdCSPe (jUCftRA /AfPOSTO D€ Tte/^OA

aPAULO

Os seus produtos principais são o

e em sua estação ferroviária foram

despachadas 161.400 sacas de café.

tado, de cuja vitalidade econômica

A cultura de Arroz também e é im

constitui um dos exemplos mais fri-

santes. Lugarejo insignificante em 1928, quando as suas terras começa

portante e desenvolve-se presentemen te a do bicho-da-sêda, para cujo in cremento a Prefeitura local já proce

ram a ser vendidas em lotes, é hoje

deu à distribuição de um milhão de

um dos centros de maior produção do

amoreiras.

WG.ctoGULKRA

SÃO PAULO 4O0.O4&

dade do Estado.

OüTBOS £STQDOS

^ OüTftOS CST.

66'7.0ã6

1.^9.620

neficiados 7.847.381 quilos de algodão nos mais curiosos do interior do Es

AA-S MtLHO'6S+58%

-U~lJ L,

estradas-de-rodagem,

O município, com' uma arrecadação anual dc 3 milhões de cruzeiros, co

Marília representa um dos fenôme

-U

(í>

® em virtude de sua posição como ponto de confluência de diversas vias-férreas.

Paulista e Noroeste, de cuja. eletriEcação SC fala e que tem o seu escri tório central nesta localidade. A sua importância comercial também é gran

1944-

1938

TOTAL DE 1944

TOTAL OEI9M

lOôV.O^B

.961.IS6

OE 1943 DE 1943 1.566498 AUMENTO EM AUMENTO

EM 1944


35

Digesto Econômico

As companhias comerciais

parte do continente e os levavam a outra parte, onde os vendiam. Even

tualmente resolveram conduzir as ope

rações comerciais em

combinação.

O primeiro grande "consórcio" foi a

O protecíouísnío através das idades — em teoria e na prática por S. HARCOURT-RIVINGTON Membro da

Real

Sociedade Econômica dc Londres

(Especial para o "Digesto Econômico")

ciantes, estabelecidos nas cidades si

rante 258 anos, gozou dc amplo poder, não somente comercial como político. Outras grandes organizações ^

tuadas entre os mares Báltico e do

eram os "Negociantes Aventureiros"

Norte. O poder da Liga foi grande. Limpou a região de piratas, depôs os

e a "Companhia de Moscou", .ini

monarcas que

trouxeram grande riqueza e influên

Liga Hanseática, formada pelos nego

estabeleceram

restri

ções injustificáveis ao intercâmbio, e

Jj^ controvérsia a respeito dos méritos ou inconveniências do "protecio

Remonta à Idade Média o debate en

tre a adoção c a rejeição do prote

nismo" não foi levantada com o de senvolvimento do século XX. E'

cionismo .pelos

uma disputa tradicional, quase tão ve

os teóricos de economia, e será êle

governos

lha quanto o próprio comércio, e sua

uma das

primeira grande crise remonta à Ida de Média, ao se acentuar a centrali zação do poder governamental.

resolvidas no após-guerra.

Gs fcnícios — os primeiros nego - * ciantes internacionais de q^ic temos

nacionau.

dividindo-se entre as duas correntes

questões

cruciais a serem

foi ampliado.ao longo de tôda a épo

noticias exatas — conduziram o seu

ca feudal durante a Idade Média. O

comércio sem maior oposição. Nave

comércio se expandiu através dos sé

gavam pelo Mediterrâneo sem pedido de licença ou embaraço e trocavam as suas manufaturas orientais pelos pro

culos, não obstante os grupos de ban

dutos naturais' dos países do sul da

nicipalidades. Os comerciantes kbríam

Europa e do norte da África, com os quais negociavam. Praticamente go Entretanto,

na antiga Grécia, e posteriormente nos tempos de Roma, as cidades opunham embargos à entrada . de mercadores estrangeiros. Somente aquêles que

cia.

• A Liga Hanseática, em sua consti tuição, era Certas

de

cidades

natureza eram

Nos séculos XVI e XVII o direito

de comércio era privilégio concedido municipal.

admitidas

em

pelo rei ou pelo chefe do Estado, me diante um tributo. Em virtude do al to custo do transporte marítimo e dos

seu seio como membros, mediante o

riscos financeiros, resultantes da ex

pagamento de pesadas taxas. A Liga armazéns

trema flutuação de valor das moedas, sòmente as corporações ricas podiam

próprios é mantinha bancos tanto em

atrever-se ao intercâmbio transocea-

Londres como cm muitas cidades eu

nico, e o faziam, sob a garantia de «i

I

ropéias. Virtualmente possuíam o uma "Carta Régia" especial. Paga monopólio do comércio na Europa. , vam impostos à Coroa e taxavam as » mercadorias de importação. Institui- » No curso do tempo os negociantes

ingleses se*indispuseram contra o mo nopólio da Liga no mercado da Grã-

ram assim o sistema moderno, que chamamos de "protecionismo". Es

Bretanha e dirigiram uma petição A Rainha Isabel, então reinante, pára

sas corporações pregavam uma dou- j trina comercial que veio a ser conhe- jj

caminho, dc cidade em cidade, atrayés

que criasse direitos alfandegários e

cida como "mercantilismo".

de tôda a Europa.

direitos de entrada sobre as merca dorias da Liga, a fim de abalar o seu

O primeiro economista que a advogou foi Tomas Mun, que era um dos ■

doleiros, os nobres avarentos, as ta xas e os direitos cobrados pelas mu

zavam de monopólio e não pagavam direitos pelo privilégio.

salagem comercial.

s

bas obtiveram monopólios que lhes

obrigou mesmo grandes zonas à vas-

estabelecia depósitos, com seus negócios, para a trocà de como•didades. Esse processo prosseguiu o

Em 1600 foi organizada a Compa- <

nhia das índias Orientais, que, du- •'

A Liga Hanseática

Mercadorias do Oriente infiltravam-

poderio. Atendeu-os a soberana e as

diretores da Companhia das índias -

sim pôs termo à liberdade de imporportação na Inglaterra. Simultanea

Orientais. Ele expôs as suas teorias

mente os negociantes britânicos co

de "9-tesouro da Inglaterra pelo co- -

num livro notável que, com o título

meçaram

pagavam os direitos exigidos tinham

se, através das cidades italianas, por todo o" centro e norte da Europa, Nos últimos tempos os comerciantes

mútua vantagem, e obtiveram do Es

Treasure by Foreign Trade"), foi pu

permissão para entrar e proceder a

compravam artigos produzidos numa

tado certos monopólios.

blicado em 1630.

< J

^

mércio

a consorciar-se, para sua

...

'

estrangeiro"

("England's

Manifestou-se par-


35

Digesto Econômico

As companhias comerciais

parte do continente e os levavam a outra parte, onde os vendiam. Even

tualmente resolveram conduzir as ope

rações comerciais em

combinação.

O primeiro grande "consórcio" foi a

O protecíouísnío através das idades — em teoria e na prática por S. HARCOURT-RIVINGTON Membro da

Real

Sociedade Econômica dc Londres

(Especial para o "Digesto Econômico")

ciantes, estabelecidos nas cidades si

rante 258 anos, gozou dc amplo poder, não somente comercial como político. Outras grandes organizações ^

tuadas entre os mares Báltico e do

eram os "Negociantes Aventureiros"

Norte. O poder da Liga foi grande. Limpou a região de piratas, depôs os

e a "Companhia de Moscou", .ini

monarcas que

trouxeram grande riqueza e influên

Liga Hanseática, formada pelos nego

estabeleceram

restri

ções injustificáveis ao intercâmbio, e

Jj^ controvérsia a respeito dos méritos ou inconveniências do "protecio

Remonta à Idade Média o debate en

tre a adoção c a rejeição do prote

nismo" não foi levantada com o de senvolvimento do século XX. E'

cionismo .pelos

uma disputa tradicional, quase tão ve

os teóricos de economia, e será êle

governos

lha quanto o próprio comércio, e sua

uma das

primeira grande crise remonta à Ida de Média, ao se acentuar a centrali zação do poder governamental.

resolvidas no após-guerra.

Gs fcnícios — os primeiros nego - * ciantes internacionais de q^ic temos

nacionau.

dividindo-se entre as duas correntes

questões

cruciais a serem

foi ampliado.ao longo de tôda a épo

noticias exatas — conduziram o seu

ca feudal durante a Idade Média. O

comércio sem maior oposição. Nave

comércio se expandiu através dos sé

gavam pelo Mediterrâneo sem pedido de licença ou embaraço e trocavam as suas manufaturas orientais pelos pro

culos, não obstante os grupos de ban

dutos naturais' dos países do sul da

nicipalidades. Os comerciantes kbríam

Europa e do norte da África, com os quais negociavam. Praticamente go Entretanto,

na antiga Grécia, e posteriormente nos tempos de Roma, as cidades opunham embargos à entrada . de mercadores estrangeiros. Somente aquêles que

cia.

• A Liga Hanseática, em sua consti tuição, era Certas

de

cidades

natureza eram

Nos séculos XVI e XVII o direito

de comércio era privilégio concedido municipal.

admitidas

em

pelo rei ou pelo chefe do Estado, me diante um tributo. Em virtude do al to custo do transporte marítimo e dos

seu seio como membros, mediante o

riscos financeiros, resultantes da ex

pagamento de pesadas taxas. A Liga armazéns

trema flutuação de valor das moedas, sòmente as corporações ricas podiam

próprios é mantinha bancos tanto em

atrever-se ao intercâmbio transocea-

Londres como cm muitas cidades eu

nico, e o faziam, sob a garantia de «i

I

ropéias. Virtualmente possuíam o uma "Carta Régia" especial. Paga monopólio do comércio na Europa. , vam impostos à Coroa e taxavam as » mercadorias de importação. Institui- » No curso do tempo os negociantes

ingleses se*indispuseram contra o mo nopólio da Liga no mercado da Grã-

ram assim o sistema moderno, que chamamos de "protecionismo". Es

Bretanha e dirigiram uma petição A Rainha Isabel, então reinante, pára

sas corporações pregavam uma dou- j trina comercial que veio a ser conhe- jj

caminho, dc cidade em cidade, atrayés

que criasse direitos alfandegários e

cida como "mercantilismo".

de tôda a Europa.

direitos de entrada sobre as merca dorias da Liga, a fim de abalar o seu

O primeiro economista que a advogou foi Tomas Mun, que era um dos ■

doleiros, os nobres avarentos, as ta xas e os direitos cobrados pelas mu

zavam de monopólio e não pagavam direitos pelo privilégio.

salagem comercial.

s

bas obtiveram monopólios que lhes

obrigou mesmo grandes zonas à vas-

estabelecia depósitos, com seus negócios, para a trocà de como•didades. Esse processo prosseguiu o

Em 1600 foi organizada a Compa- <

nhia das índias Orientais, que, du- •'

A Liga Hanseática

Mercadorias do Oriente infiltravam-

poderio. Atendeu-os a soberana e as

diretores da Companhia das índias -

sim pôs termo à liberdade de imporportação na Inglaterra. Simultanea

Orientais. Ele expôs as suas teorias

mente os negociantes britânicos co

de "9-tesouro da Inglaterra pelo co- -

num livro notável que, com o título

meçaram

pagavam os direitos exigidos tinham

se, através das cidades italianas, por todo o" centro e norte da Europa, Nos últimos tempos os comerciantes

mútua vantagem, e obtiveram do Es

Treasure by Foreign Trade"), foi pu

permissão para entrar e proceder a

compravam artigos produzidos numa

tado certos monopólios.

blicado em 1630.

< J

^

mércio

a consorciar-se, para sua

...

'

estrangeiro"

("England's

Manifestou-se par-


36

tídário da proibição da entrada de

tilismo

mercadorias do exterior, íoi favorá vel ao-subsídio da exportação, defen

forte, para que os seus escritos en contrassem rcpcrcu.ssão no espirito

lis deu a restrição sòbre a exportação de ouro e outros metais preciosos, e ad ■h

vogou a criação de monopólios co-

V!^ merciáis para as companhias que opei,

♦'

)r '

ainda

público.

sc

manifestava

muito

'

Todavia, após a ])ublicaçào do livrp

de Xorth, a icjéia ganiiou adeptos e fo ram numerosos os

economistas

que

Econômico

merosos seguidores c adeptos de suas ^csenvolvii^neiito de seus recursos, teorias.' contando-se entre êles os fa pois, desde que fôssem prósperas, os . mosos economistas Ricardo, Malthus, o escritor Say e o estadista Bastiat. Pcgociantes britânicos llies venderiam

Plcs nações rurais c pobres, mas pelo

fisiocratas e outros

Adam Smith não sobreviveram por

economistas, a política "dc concessão

muito tempo sem sofrer uma revisão

sustentado pelos

cipio do mercantilismo era vender no

estrangeiro o máximo possível, como menos possível c obter para a

lista. Entro élcs, dois escritores fran ceses, Qucsnay c Turgot. Eram os mestres de uma escola de economis

Inglaterra o saldo dos pagamentos

tas que mais tarde foram chamados

então.

" fisiocratas

consideravam como labores improdu tivos. A simples trcca dc riqueza, soi)

Reação contra o mercantilismo

a forma dc manufaturas, não era a

o

monopólios e privilégios, assegura

da pelo protecionismo, subsistiu por mais um século.

por causa de sua cren

e não do romércio ou da troca que

francesa.

Não obstante isso, as . idéias de

contra

nismo", implícito na teoria mercanti

ça de que a verdadeira riqueza pro vinha do esforço físico da produção

todo o

mercantilismo,

ntovimento

prosseguiram no combate ao "prctecio-

em ouro ou prata, acumulando assim riqueza ou "tesouro", como se dizia

estes dois últimos de nacionalidade

suas mercadorias.

A despeito, entretanto, dc

, rassem sob os auspícios do gov-érno c Com o auxílio do Estado. O grande prin

i

i;:

37

Digesto Econômico

tratou extensivamente dessa teona no

O liberalismo econômico

Não foi

senão

depois

critica de que se originou uma nova

-escola que fez oscilar em favor do "protecionismo" a orientação da eco nomia. Em 1848 John Stuart Mill

quinto volume dos, seus "Princípios

que Adam

•Smith publicou, cm 1776, o seu gran de livro, "A Riqueza das Nações", manifestando-se pela liberdade de co

mércio, que o sentimento popular se

de Economia PoHtica". doutrinando

que devia haver um regime de com pensação eMre o "comércio hvre

o reduzido mercado que a proteção M envolvesse. MiU acreditava , funda mentalmente ha liberdade de comér

Pelos fins do século XVII, um gran de escritor inglês, Sir Dudley North,

mesma coisa que a sua produção, argu

atãcoii a teoria nnercantilista. Em seu

divíduo tinha o direito a usufruir dos

"Discurso sôbre o Comércio" ("Dis'

bens naturais que pudesse obter com

course upon Trade"), afirmou que a prosperidade pode existir independen temente dos metais preciosos e sus

o seu trabalho,

tentou que a verdadeira fonte de ri

"ção de monopólios ou pela concessão dc privilégios especiais' ao comércio.

mentação artificial dos salários, con

crescimento, uma vez que *"os direi tos de entrada fôssem estabelecidos femporàriamente, com o objetivo de

trária

consolidar uma indústria nascente que,

primia o desenvolvimento do comér-

em si mesma, se mostrasse perfeita

em

Mais ou menos pela mesma época, David Hume trouxe à campanha con

ciõ

mente adequada às condições do país

que a exclusividade de privilégio cri

tra a teoria protecionista o péso de sua

contrária ao interesse público.

grande reputação como filósofo. Con

mento crescente da nação. Para Adam Smith, a livre concorrência possibilitava a cada um a oportuni dade de fazer aquilo para o qual re

queza são a agricultura e a indústria.

Combateu á concessão de monopólios para

fins

comerciais

e

insistiu

Um

mentavam.

Defendiam que todo in

Seguia-se assim, na

opinião délcs, que a concorrência não devia ser restringida por lei, pela cria-

século e meio antes dele, um econo

denou tôda barreira artificial contra o

mista francês, Jean- Bodin, já havia desaprovado a existência de leis pro tecionistas o a concessão de privilé

comércio e fêz — o que para a época

gios, mas as suas idéias eram muito

tígio e poderio financeiro, não pela estagnação dós países novos em sim-

avançadas para o tempo e o mercan-

era espantoso — a constatação de que a Inglaterra poderia conseguir pres

voltou contra o velho sistema.

Argu

mentava aquele economista que a in

tervenção do governo, (fôsse.pela con cessão de monopólios, subsídio à ex portação, restrição ao movimento im portador., por meio de barreiras in transponíveis, ou mesmo pela regula às

condições

exterior

e

do mercado)

impedia

o

re

enriqueci

velasse melhores aptidões, obtendo as •

sim os mais largos benefícios, e nesse êxito individual estaria assegurado o

maior bem público.

Smith teve nu-

cio, mas compreendeu as suas incon

veniências para uma naçab nova. Sus tentou assim o princípio da utilidade

do protecionismo para as nações em

novo." Assinalou que a superiori dade de uma nação sôbre outra em qualquer setor da produção era quase

sempre uma questão de tempo, tendo uma começado antes da outra, e des sa maneira, acrescentava, não se po

dia esperar que os indivíduos que rea lizassem a introdução de


36

tídário da proibição da entrada de

tilismo

mercadorias do exterior, íoi favorá vel ao-subsídio da exportação, defen

forte, para que os seus escritos en contrassem rcpcrcu.ssão no espirito

lis deu a restrição sòbre a exportação de ouro e outros metais preciosos, e ad ■h

vogou a criação de monopólios co-

V!^ merciáis para as companhias que opei,

♦'

)r '

ainda

público.

sc

manifestava

muito

'

Todavia, após a ])ublicaçào do livrp

de Xorth, a icjéia ganiiou adeptos e fo ram numerosos os

economistas

que

Econômico

merosos seguidores c adeptos de suas ^csenvolvii^neiito de seus recursos, teorias.' contando-se entre êles os fa pois, desde que fôssem prósperas, os . mosos economistas Ricardo, Malthus, o escritor Say e o estadista Bastiat. Pcgociantes britânicos llies venderiam

Plcs nações rurais c pobres, mas pelo

fisiocratas e outros

Adam Smith não sobreviveram por

economistas, a política "dc concessão

muito tempo sem sofrer uma revisão

sustentado pelos

cipio do mercantilismo era vender no

estrangeiro o máximo possível, como menos possível c obter para a

lista. Entro élcs, dois escritores fran ceses, Qucsnay c Turgot. Eram os mestres de uma escola de economis

Inglaterra o saldo dos pagamentos

tas que mais tarde foram chamados

então.

" fisiocratas

consideravam como labores improdu tivos. A simples trcca dc riqueza, soi)

Reação contra o mercantilismo

a forma dc manufaturas, não era a

o

monopólios e privilégios, assegura

da pelo protecionismo, subsistiu por mais um século.

por causa de sua cren

e não do romércio ou da troca que

francesa.

Não obstante isso, as . idéias de

contra

nismo", implícito na teoria mercanti

ça de que a verdadeira riqueza pro vinha do esforço físico da produção

todo o

mercantilismo,

ntovimento

prosseguiram no combate ao "prctecio-

em ouro ou prata, acumulando assim riqueza ou "tesouro", como se dizia

estes dois últimos de nacionalidade

suas mercadorias.

A despeito, entretanto, dc

, rassem sob os auspícios do gov-érno c Com o auxílio do Estado. O grande prin

i

i;:

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Digesto Econômico

tratou extensivamente dessa teona no

O liberalismo econômico

Não foi

senão

depois

critica de que se originou uma nova

-escola que fez oscilar em favor do "protecionismo" a orientação da eco nomia. Em 1848 John Stuart Mill

quinto volume dos, seus "Princípios

que Adam

•Smith publicou, cm 1776, o seu gran de livro, "A Riqueza das Nações", manifestando-se pela liberdade de co

mércio, que o sentimento popular se

de Economia PoHtica". doutrinando

que devia haver um regime de com pensação eMre o "comércio hvre

o reduzido mercado que a proteção M envolvesse. MiU acreditava , funda mentalmente ha liberdade de comér

Pelos fins do século XVII, um gran de escritor inglês, Sir Dudley North,

mesma coisa que a sua produção, argu

atãcoii a teoria nnercantilista. Em seu

divíduo tinha o direito a usufruir dos

"Discurso sôbre o Comércio" ("Dis'

bens naturais que pudesse obter com

course upon Trade"), afirmou que a prosperidade pode existir independen temente dos metais preciosos e sus

o seu trabalho,

tentou que a verdadeira fonte de ri

"ção de monopólios ou pela concessão dc privilégios especiais' ao comércio.

mentação artificial dos salários, con

crescimento, uma vez que *"os direi tos de entrada fôssem estabelecidos femporàriamente, com o objetivo de

trária

consolidar uma indústria nascente que,

primia o desenvolvimento do comér-

em si mesma, se mostrasse perfeita

em

Mais ou menos pela mesma época, David Hume trouxe à campanha con

ciõ

mente adequada às condições do país

que a exclusividade de privilégio cri

tra a teoria protecionista o péso de sua

contrária ao interesse público.

grande reputação como filósofo. Con

mento crescente da nação. Para Adam Smith, a livre concorrência possibilitava a cada um a oportuni dade de fazer aquilo para o qual re

queza são a agricultura e a indústria.

Combateu á concessão de monopólios para

fins

comerciais

e

insistiu

Um

mentavam.

Defendiam que todo in

Seguia-se assim, na

opinião délcs, que a concorrência não devia ser restringida por lei, pela cria-

século e meio antes dele, um econo

denou tôda barreira artificial contra o

mista francês, Jean- Bodin, já havia desaprovado a existência de leis pro tecionistas o a concessão de privilé

comércio e fêz — o que para a época

gios, mas as suas idéias eram muito

tígio e poderio financeiro, não pela estagnação dós países novos em sim-

avançadas para o tempo e o mercan-

era espantoso — a constatação de que a Inglaterra poderia conseguir pres

voltou contra o velho sistema.

Argu

mentava aquele economista que a in

tervenção do governo, (fôsse.pela con cessão de monopólios, subsídio à ex portação, restrição ao movimento im portador., por meio de barreiras in transponíveis, ou mesmo pela regula às

condições

exterior

e

do mercado)

impedia

o

re

enriqueci

velasse melhores aptidões, obtendo as •

sim os mais largos benefícios, e nesse êxito individual estaria assegurado o

maior bem público.

Smith teve nu-

cio, mas compreendeu as suas incon

veniências para uma naçab nova. Sus tentou assim o princípio da utilidade

do protecionismo para as nações em

novo." Assinalou que a superiori dade de uma nação sôbre outra em qualquer setor da produção era quase

sempre uma questão de tempo, tendo uma começado antes da outra, e des sa maneira, acrescentava, não se po

dia esperar que os indivíduos que rea lizassem a introdução de


38

dústria em sua pátria arcassem com todo o pêso e ônus da empresa, en quanto os trabalhadores não obtives

sem um grau de educação compará vel ao dós operários das nações já

cionada, mediante a proibição "da im portação; e isso, sejam quais forem o grau e o sentido cm que se realize,

país, lançando tributo sobre si mes-, mo, conseguisse suportar as primeiras experiências manufatureiras. Mill, porém, insistia e frisava que a proteção devia ser restringida a casos em que houvesse base real para de senvolvimento futuro, de modo que a

indústria incrementada, pbr intermé

i

dio da proteção, pudesse, ao fim de algum tempo, dispensar o auxílio ar

ou político.

Muller encontrou, no sé

Estados Unidos, por meio de normas

List, que publicou uma obra muito

que estabeleciam medidas restritivas

não pode produzir verdadeiro rendi

importante, sob,o título de "O Siste

sôbre a importação.

mento.

ma Nacional dc Economia Política".

Carey, entretanto, eram muito mais

A'êle pode ser atribuída a paternida de da doutrina que veio terminar na

extremistas do que as de List ou de Hamilton. Não sòmente desejava

experiência catastrófica dc Hitler. .

restringir a importação, como pro

Teoria* nacionalistas

Apesar da justeza dessas observa ções de Mill, foram elas, entretanto, atacadas por numerosos economistas

que desejavam o "protecionismo" com propósitos politicos e para alcançar fins que se excluíam das considera

!■

Sôbre duas idéias principais se fun

damentava

a teoria

nacionalista de

rava da terra as suas qualidades pri

dc

uma

nação estavam num

equilíbrio entre os seus recursos agri-

ções de natureza econômica. Os eco nomistas alemães da chamada escola "nacionalista" combateram as idéias

fôssc possível.

nhuma

interrupção

de

intercâmbio

A segunda idéia con

sistia cm que, desde que as nações tropicais possuíam pouca capacidade

de adaptação âs rhanufaturas, mas

industriais

deviam sofrer uma redução proporcio

no século X'VIII, o pensamento ger mânico e não permitiu o desenvolvi mento do individualismo. Adam

nal constante até chegar ao desapa recimento total. A proteção tempo

Muller, que nos círculos econômicos,c coniiecido como um representante ti-

rária, assim concedida, era de natu

lados.

reza semelhante à patente e devia, por

pico do romanticismo' alemão, foi o primeiro cientista a se opor às idéias

isso, ser regulamentada pelas mesmas

individualistas e à doutrina de liber

ceu nos Estados Unidos, na pessoa de

condições.

dade de comércio de Smitli.

Hcnry Carey, em época contemporâ

ria assim limitada no tempo e os di

reitos sôbre importação que propor cionaram assistência à nova indústria,

Mill era de opinião que não havia

Aquêle publicista alemão desejava

intuito protecionista na criação de ta rifas pará efeito fiscal, a fim de obter receita para o Estado. O estabele

estabelecer os fundamentos da eco nomia numa ordem nacional, acreditan

cimento de direitos aduaneiros como meio de renda é inconsistente, ainda

dária em comparação com a do Es

tado, que deveria ser salvaguardado,

que, acidentalmente, ocasione alguma proteção. Esta só pode ser propor-

por todos os meios e expedientes, con tra todo e qualquer poder econômico

do que a riqueza individual era secun

Defendia a doutrina de que a ven

nomia

produziam, por outro lado, artigos agrícolas cm condições que não eram

A proteção, concluía éle, se

curava controlar a exportação.

List. A primeira se referia a que as condições mais desejáveis para a eco colas e industriais, de modo que ne

de Adam Smíth, desde o início, antes das concessões de Mill. A concepção filosófica do Estado Todo Poderoso

As idéias de

da de produtos agrícolas e de maté rias-primas para o estrangeiro reti

a que pensadores, como Fichte e Hegel, deram expressão, encheu, ainda

tificial.

tabilizar a estrutura econômica dos

culo XIX, um discípulo cm Frederico

tradicionalmente industriais, e, por is

so, um regime alfandegário de prote ção, mantido durante um período ra zoável, podia ser muitas vézes. o mo do mais conveniente, pelo qual um

39

Disestc Econômico

DIgesto Econômico

obtidos cm outros países, as nações da zona temperada deve

riam obrigar essas comunidades à pu ra atividade primária, a fim de con seguirem vantagens para ambos' os

Alguns anos depois de List, apare

nea à de Mill, um ardente defensor

do protecionismo.

Em linhas-gerais,

mordiais e empobrecia o povo da América. Nisso previa a transforma

ção, -no século XX, das férteis mar gens do Mississippi na "bacia areno sa" atual. Â medida que se desen volvia a idéia protecionista na Amé

rica, florescia mais uma vez na Ingla terra a doutrina da liberdade dc co mércio, que encontrava apologistas eru

Cobden e PeeI, e foí finalmente aba lada, à eclosão da Primeira Guerra Mundial, cujas exigências a transtor naram. Em seguida a êsse holocaus

to, todas as nações", a despeito dos argumentos dos doutrinadores mode rados,

lançaram-se a um programa

de avançado e rígido protecionismo, que sobrevive até os nossos dias e cujo principal

teórico

foi Manoiles-

co (1).

as teorias expostas em seus livros se

guiam as de List. Teve um grande pFcdecessor em Hamilton que, no co meço do século XIX, como primeiro secretário do Tesouro norte-america

no, realizou grandes esforços para es

(1)

Note-se que o livro de Manoilesco foi publicado antes da cri

se de 1929, cuja experiência teria modificado o fundamento de suas idéias.


38

dústria em sua pátria arcassem com todo o pêso e ônus da empresa, en quanto os trabalhadores não obtives

sem um grau de educação compará vel ao dós operários das nações já

cionada, mediante a proibição "da im portação; e isso, sejam quais forem o grau e o sentido cm que se realize,

país, lançando tributo sobre si mes-, mo, conseguisse suportar as primeiras experiências manufatureiras. Mill, porém, insistia e frisava que a proteção devia ser restringida a casos em que houvesse base real para de senvolvimento futuro, de modo que a

indústria incrementada, pbr intermé

i

dio da proteção, pudesse, ao fim de algum tempo, dispensar o auxílio ar

ou político.

Muller encontrou, no sé

Estados Unidos, por meio de normas

List, que publicou uma obra muito

que estabeleciam medidas restritivas

não pode produzir verdadeiro rendi

importante, sob,o título de "O Siste

sôbre a importação.

mento.

ma Nacional dc Economia Política".

Carey, entretanto, eram muito mais

A'êle pode ser atribuída a paternida de da doutrina que veio terminar na

extremistas do que as de List ou de Hamilton. Não sòmente desejava

experiência catastrófica dc Hitler. .

restringir a importação, como pro

Teoria* nacionalistas

Apesar da justeza dessas observa ções de Mill, foram elas, entretanto, atacadas por numerosos economistas

que desejavam o "protecionismo" com propósitos politicos e para alcançar fins que se excluíam das considera

!■

Sôbre duas idéias principais se fun

damentava

a teoria

nacionalista de

rava da terra as suas qualidades pri

dc

uma

nação estavam num

equilíbrio entre os seus recursos agri-

ções de natureza econômica. Os eco nomistas alemães da chamada escola "nacionalista" combateram as idéias

fôssc possível.

nhuma

interrupção

de

intercâmbio

A segunda idéia con

sistia cm que, desde que as nações tropicais possuíam pouca capacidade

de adaptação âs rhanufaturas, mas

industriais

deviam sofrer uma redução proporcio

no século X'VIII, o pensamento ger mânico e não permitiu o desenvolvi mento do individualismo. Adam

nal constante até chegar ao desapa recimento total. A proteção tempo

Muller, que nos círculos econômicos,c coniiecido como um representante ti-

rária, assim concedida, era de natu

lados.

reza semelhante à patente e devia, por

pico do romanticismo' alemão, foi o primeiro cientista a se opor às idéias

isso, ser regulamentada pelas mesmas

individualistas e à doutrina de liber

ceu nos Estados Unidos, na pessoa de

condições.

dade de comércio de Smitli.

Hcnry Carey, em época contemporâ

ria assim limitada no tempo e os di

reitos sôbre importação que propor cionaram assistência à nova indústria,

Mill era de opinião que não havia

Aquêle publicista alemão desejava

intuito protecionista na criação de ta rifas pará efeito fiscal, a fim de obter receita para o Estado. O estabele

estabelecer os fundamentos da eco nomia numa ordem nacional, acreditan

cimento de direitos aduaneiros como meio de renda é inconsistente, ainda

dária em comparação com a do Es

tado, que deveria ser salvaguardado,

que, acidentalmente, ocasione alguma proteção. Esta só pode ser propor-

por todos os meios e expedientes, con tra todo e qualquer poder econômico

do que a riqueza individual era secun

Defendia a doutrina de que a ven

nomia

produziam, por outro lado, artigos agrícolas cm condições que não eram

A proteção, concluía éle, se

curava controlar a exportação.

List. A primeira se referia a que as condições mais desejáveis para a eco colas e industriais, de modo que ne

de Adam Smíth, desde o início, antes das concessões de Mill. A concepção filosófica do Estado Todo Poderoso

As idéias de

da de produtos agrícolas e de maté rias-primas para o estrangeiro reti

a que pensadores, como Fichte e Hegel, deram expressão, encheu, ainda

tificial.

tabilizar a estrutura econômica dos

culo XIX, um discípulo cm Frederico

tradicionalmente industriais, e, por is

so, um regime alfandegário de prote ção, mantido durante um período ra zoável, podia ser muitas vézes. o mo do mais conveniente, pelo qual um

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Disestc Econômico

DIgesto Econômico

obtidos cm outros países, as nações da zona temperada deve

riam obrigar essas comunidades à pu ra atividade primária, a fim de con seguirem vantagens para ambos' os

Alguns anos depois de List, apare

nea à de Mill, um ardente defensor

do protecionismo.

Em linhas-gerais,

mordiais e empobrecia o povo da América. Nisso previa a transforma

ção, -no século XX, das férteis mar gens do Mississippi na "bacia areno sa" atual. Â medida que se desen volvia a idéia protecionista na Amé

rica, florescia mais uma vez na Ingla terra a doutrina da liberdade dc co mércio, que encontrava apologistas eru

Cobden e PeeI, e foí finalmente aba lada, à eclosão da Primeira Guerra Mundial, cujas exigências a transtor naram. Em seguida a êsse holocaus

to, todas as nações", a despeito dos argumentos dos doutrinadores mode rados,

lançaram-se a um programa

de avançado e rígido protecionismo, que sobrevive até os nossos dias e cujo principal

teórico

foi Manoiles-

co (1).

as teorias expostas em seus livros se

guiam as de List. Teve um grande pFcdecessor em Hamilton que, no co meço do século XIX, como primeiro secretário do Tesouro norte-america

no, realizou grandes esforços para es

(1)

Note-se que o livro de Manoilesco foi publicado antes da cri

se de 1929, cuja experiência teria modificado o fundamento de suas idéias.


.1.

nr

r't^PrHjEr'

Digesto Econóniico

io

^OYOS Efeitos práticos.

IIOltlKONTüS

Esses .sistemas se mantiveram até a Primeira Guerra Mundial. . Entre as

Os resultados práticos, durante os

duas guerras, a Inglaterra tornou ao

séculos XIX c XX, das idéias espo

protecionismo c as OAitras nações de

sadas pelos economistas, através dos tempos, podem ser sumariados como

senvolveram

seguem.

uma

orientação ainda

A Grã-Bretanha, depois de

da concorrência os produtos das na

seguir uma política^ protecionista no começo do século XIX, aboliu siste

çõcs rivais e na esperança de incre montar as indústrias nacionais. A Ale

maticamente tôdas as restrições so

manha levou a sua política às uUi

bre a importação c, finalmente, em

mas conseqüências, a fim de se rcar

1874,. abriu inteiramente o seu merca

mar para uma guerra de agressão

do interno a tôdas as mercadorias do

Essa

globo.

principal da desintegração do cotnér

Por outro lado, os Estados

Unidos, depois de realizar algumas ten tativas protecionistas, moderadas,

diretriz econômica foi a caus

cio internacional, tendo subsistido até

adotaram uma política de forte pro

a explosão do presente conflito. "Proteger ou não pjoteger" — pa

teção, a partir de 1865. Seguiramse-Ihes. a França em 1879 e a Alema

ra parafrasear o dilema ime.morial

nha em 1881.

Outras

nações

as

acompanharam e'adotaram vários sis temas da proteção.

e oi*^aiilzação econômica

mais rígida, destinada a manter fora

Shakespeare colocou na boca de Haip'let — será uma das mais árduas ques

tões

a

serdm

decididas

no após-

guerra-.

por EMÍLIO WILLEMS

Da Universidade dc São Paulo e da Escola Livre de Sociologia e Política (Especial para o "Digesto Econômico")

£ntre os aspetos econômicos da imigração alguns são simples e su

ficientemente conhecidos. Outros, nb entanto, nunca

foram estudados

ou

nem scqiier percebidos, embora talvez estivessem intimamente relacionados com as grandes ilusões c -desilusões da política de imigração. Como exem

plos-da primeira categoria basta lem brar a valorização rápida da terra, o maior volume de capitais e utilidades em circulação e a maior velocidade de circulação nas áreas de colonização intensa.

Acrescentando a esses fato

res o ritmo um tanto desordenado da

vida econômica — curtos períodos de relativa estagnação interrompidos por movimentos bruscos de movimentação dc homens e capitais — temos o tipo APERFEIÇOAMENTOS

NOS

AUTOMÓVEIS

INGLÊSES

firma britânica Wellsworthy Piston Ríngs está anunciando a invenção cie um novo aparelho cuja propriedade é aumen tar a velocidade dos automóveis, ao mesmo tempo que reduz o gasto de óleo e gasolina. Êsse, aliás, é apenas um dos muitos aperfeiçoamentos que a indústria inglesa de automóveis está anunciando para o após-guerra, quando tencíona ampliar seus mercados no exterior.

de "prosperidade" peculiar às zonas de imigração. Não me proponho, po rém, aqui, o estudo desses fenômenos-

que

constituem, de

certa

maneira,

efeitos imediatos da entrada de con sideráveis levas de imigrantes estran geiros. Pretendo abordar, neste ar tigo, algumas das expectativas que co-

Técnícas modernas somente podem vingar num contexto cultural, cuja

construção, no país adotivo, não é exe qüível, a não ser em condições espe ciais, sendo quase sempre a obra de várias gerações.

mumente se associam à introdução de imigrantes vindos de organizações econômicas diferentes da nossa.

Há várias razões que nos induzem

a desejar os nacionais de certos paí ses .o«mo imigrantes. Creio que, mes mo numa época -de psicose coletiva,

o desejo de receber imigrantes "ètpicamente afins" não suplantou, por completo, certas

idéias

econômicas

que se ligam, tradicionalmente, à imi gração de suíços, holandeses, dina marqueses, alemães, austríacos e ou tros. E' opinião corrente serem tais

imigrantes portadores de um equipa mento técnico "superior". Julgamolos capazes de introduzir processos agrícolas modernos e regimes de tra

balho mais eficientes. E' esta expecta tiva que desejo examinar aciui, ba-


.1.

nr

r't^PrHjEr'

Digesto Econóniico

io

^OYOS Efeitos práticos.

IIOltlKONTüS

Esses .sistemas se mantiveram até a Primeira Guerra Mundial. . Entre as

Os resultados práticos, durante os

duas guerras, a Inglaterra tornou ao

séculos XIX c XX, das idéias espo

protecionismo c as OAitras nações de

sadas pelos economistas, através dos tempos, podem ser sumariados como

senvolveram

seguem.

uma

orientação ainda

A Grã-Bretanha, depois de

da concorrência os produtos das na

seguir uma política^ protecionista no começo do século XIX, aboliu siste

çõcs rivais e na esperança de incre montar as indústrias nacionais. A Ale

maticamente tôdas as restrições so

manha levou a sua política às uUi

bre a importação c, finalmente, em

mas conseqüências, a fim de se rcar

1874,. abriu inteiramente o seu merca

mar para uma guerra de agressão

do interno a tôdas as mercadorias do

Essa

globo.

principal da desintegração do cotnér

Por outro lado, os Estados

Unidos, depois de realizar algumas ten tativas protecionistas, moderadas,

diretriz econômica foi a caus

cio internacional, tendo subsistido até

adotaram uma política de forte pro

a explosão do presente conflito. "Proteger ou não pjoteger" — pa

teção, a partir de 1865. Seguiramse-Ihes. a França em 1879 e a Alema

ra parafrasear o dilema ime.morial

nha em 1881.

Outras

nações

as

acompanharam e'adotaram vários sis temas da proteção.

e oi*^aiilzação econômica

mais rígida, destinada a manter fora

Shakespeare colocou na boca de Haip'let — será uma das mais árduas ques

tões

a

serdm

decididas

no após-

guerra-.

por EMÍLIO WILLEMS

Da Universidade dc São Paulo e da Escola Livre de Sociologia e Política (Especial para o "Digesto Econômico")

£ntre os aspetos econômicos da imigração alguns são simples e su

ficientemente conhecidos. Outros, nb entanto, nunca

foram estudados

ou

nem scqiier percebidos, embora talvez estivessem intimamente relacionados com as grandes ilusões c -desilusões da política de imigração. Como exem

plos-da primeira categoria basta lem brar a valorização rápida da terra, o maior volume de capitais e utilidades em circulação e a maior velocidade de circulação nas áreas de colonização intensa.

Acrescentando a esses fato

res o ritmo um tanto desordenado da

vida econômica — curtos períodos de relativa estagnação interrompidos por movimentos bruscos de movimentação dc homens e capitais — temos o tipo APERFEIÇOAMENTOS

NOS

AUTOMÓVEIS

INGLÊSES

firma britânica Wellsworthy Piston Ríngs está anunciando a invenção cie um novo aparelho cuja propriedade é aumen tar a velocidade dos automóveis, ao mesmo tempo que reduz o gasto de óleo e gasolina. Êsse, aliás, é apenas um dos muitos aperfeiçoamentos que a indústria inglesa de automóveis está anunciando para o após-guerra, quando tencíona ampliar seus mercados no exterior.

de "prosperidade" peculiar às zonas de imigração. Não me proponho, po rém, aqui, o estudo desses fenômenos-

que

constituem, de

certa

maneira,

efeitos imediatos da entrada de con sideráveis levas de imigrantes estran geiros. Pretendo abordar, neste ar tigo, algumas das expectativas que co-

Técnícas modernas somente podem vingar num contexto cultural, cuja

construção, no país adotivo, não é exe qüível, a não ser em condições espe ciais, sendo quase sempre a obra de várias gerações.

mumente se associam à introdução de imigrantes vindos de organizações econômicas diferentes da nossa.

Há várias razões que nos induzem

a desejar os nacionais de certos paí ses .o«mo imigrantes. Creio que, mes mo numa época -de psicose coletiva,

o desejo de receber imigrantes "ètpicamente afins" não suplantou, por completo, certas

idéias

econômicas

que se ligam, tradicionalmente, à imi gração de suíços, holandeses, dina marqueses, alemães, austríacos e ou tros. E' opinião corrente serem tais

imigrantes portadores de um equipa mento técnico "superior". Julgamolos capazes de introduzir processos agrícolas modernos e regimes de tra

balho mais eficientes. E' esta expecta tiva que desejo examinar aciui, ba-


Digesto Econômico

42

seando-rrie cm

pesquisas

que venho

fazendo há quase quinze anos.

Convém colocar termos concisos:

o

problema

O imigrante

em es

das por estradas. Espera-se que pre cisamente o elemento estrangeiro de

senvolva essas áreas, que as transfor me cm fontes de prosperidade eco

43

Digesto Econômico

que proceder dc maneira diferente.

se agüenta se dentro de pouco tempo

Nessas condições, duas possibilidades se apresentam geralmente ao imigran

não' pode oferecer, no mercado local, a sua primeira produção em condi

te novo: mudar certo número de seu-

ções ditadas pelos fatores econômi cos do meio. Nos Estados sulinos, a

nômica. Pelo menos tem sido assim no

hábitos

mento técnico "superior" pode real mente tornar-se um fator de "pro

passado e a observação do que real

a zona de colonização.

mente ocorreu nos últimos cem anos

gresso" no Brasil? Ou, em outras palavras: técnicas julgadas superiores

forneceu-nos os dados para o presen

Na última hipótese, o imigrante dirige-se, geralmente, para a cidade ou

te estudo.

retorna ao país de origem.

trangeiro portador de

um

equipa

podem ser transplantadas para o Bra

fundamentais ou

abandonar

existência de muitos milhares de imi

De cada

pergunta

cem imigrantes que entraram no Es-

sil, introduzindo-se os homens que as

inicial se afigura precisa, permitindo

.tado de São Paulo, entre 1908 e 1939,

incorporaram

talvez uma resposta satisfatória.

a seu patrimônio cul

tural?

Confesso que não me aventuraria a responder à pergunta na forma

aqui apresentada. E''indispensável estabelecer uma distinção entre téc nicas associadas à civilização urbana e outras que se referem às zonas

». rurais. ' Estas são agrícolas e aque

Com

essas

restrições, a

Convém lembrar, em primeiro lu gar, que o imigrante, com seu equi pamento "superior", fazia parte, no organização econômica.

Esta repre

senta, em qualquer hipótese, um "sis tema quer dizer, um conjunto de

dade de transplantar técnicas agrí colas. Contudo, outra restrição se torna necessária. A zona de coloni

dução, proximidade e capacidade dc

las principalmente industriais. Limitar-me-ei- a examinar a possibili

ropeus.

Os pormenores são interes

santes, mas é impossível apresentálos aqui. Em resumo pode-se dizer que os imigrantes mais bem sucedi

tuado a uma lavoura intensiva e me

canizada, o recém-chegado tenciona

usar, por exemplo, adubo e máquinas

agrícolas mais rudimentares ou então

aqueles que nunca tinham sido lavra dores. Entre os colonos alemães, pot

exemplo, gue no século passado apor taram no Rio-Grande-do-Sul e e® Santa Catarina, destacaram-se os pomeranos. Em condições que pareciam insuportáveis aos nacionais de outros

Estados alemães, os pomeranos resis

tiram galhardamente porque o seu ní

preço de venda, as condições de trans

vel cultural nos latifúndios prussia nos havia sido relativamente baixo.-

julgado "superior". Mas é preciso dizer que essa eficiência somente tem

porte ou de crédito não permitem a utilização das técnicas antigas. " Ge ralmente, essa descoberta vem tarde demais. As experiências do passado mostram que a grande maioria dos imigrantes não resiste ao primeiro fracasso. O resto do pequeno capi

sua razão de ser dentro do sistema.

tal que possuía foi gasto com a cons

escoamento da produção em condi

pendentes que representam o sistema em virtude do qual o indivíduo pode

tipo c difusão da educação escolar, eis alguns dêsses elementos interde

adquirir um grau de eficiência pessoal

Ora, áreas de colonização são ge

sido fatal a inúmeros lavradores eu

Depois

centros consumidores, desenvolvimen to das rêdes rodoviária e ferroviária,

O que ocorreu no passado

às novas condições, e precisamente o apego a métodos "superiores" tem

dos foram os que trouxeram técnicas

Mais interessante, no entanto, é a outra, hipótese. O imigrante bisonho procura aplicar os processo"5 técnicos aprendidos no país de origem. Habi

ralmente zonas "pioneiras" em que o adventício é o único povoador. Na

Em sistemas diferentes, os mesmos indivíduos, por mais que queiram su

maioria dos casos trata-se de. zonas

bordinar o

afastadas dos mercados e mal servi

hábitos anteriormente adquiridos, têm

seu

comportamento

aos

no amanho das suas roças.

ajustaram, com, a necessária rapidez,

de alguns meses êle descobre que o

zação onde se pretende introduzir as novas técnicas, já está sendo par cialmente explorada? Já existem vias de comunicação que permitam o ções rendosas para o colono ?

Desajustamentos

país de origem, de uma determinada

elementos entrelaçados c equilibrados e mutuamente dependentes. Densi dade demográfica, regime de traliaIho, organização da família, costumes e tradições regioiiais, volumes da pro

i

somente 47 se radicaram. O resto re patriou-se.

grantes foi aniquilada porque não se

trução da casa, a aquisição do lote e de máquinas. Ligado ao vendeiro da zona por um sistema de crédito extremamente precário, o colono não

No Brasil aprenderam rapidamente ^ técnica da queimada e a lavoura ex

tensiva baseada quase exclusivamen te na enxada.

O mesmo fenômeno

foi observado não somente entre ale mães de procedências diversas mas

também entre nacionais de países di ferentes. Nas condições primitivas da mata virgem "vencia quase sem pre a nacionalidade com o padrão da vida mais baixo", suplantando as de-


Digesto Econômico

42

seando-rrie cm

pesquisas

que venho

fazendo há quase quinze anos.

Convém colocar termos concisos:

o

problema

O imigrante

em es

das por estradas. Espera-se que pre cisamente o elemento estrangeiro de

senvolva essas áreas, que as transfor me cm fontes de prosperidade eco

43

Digesto Econômico

que proceder dc maneira diferente.

se agüenta se dentro de pouco tempo

Nessas condições, duas possibilidades se apresentam geralmente ao imigran

não' pode oferecer, no mercado local, a sua primeira produção em condi

te novo: mudar certo número de seu-

ções ditadas pelos fatores econômi cos do meio. Nos Estados sulinos, a

nômica. Pelo menos tem sido assim no

hábitos

mento técnico "superior" pode real mente tornar-se um fator de "pro

passado e a observação do que real

a zona de colonização.

mente ocorreu nos últimos cem anos

gresso" no Brasil? Ou, em outras palavras: técnicas julgadas superiores

forneceu-nos os dados para o presen

Na última hipótese, o imigrante dirige-se, geralmente, para a cidade ou

te estudo.

retorna ao país de origem.

trangeiro portador de

um

equipa

podem ser transplantadas para o Bra

fundamentais ou

abandonar

existência de muitos milhares de imi

De cada

pergunta

cem imigrantes que entraram no Es-

sil, introduzindo-se os homens que as

inicial se afigura precisa, permitindo

.tado de São Paulo, entre 1908 e 1939,

incorporaram

talvez uma resposta satisfatória.

a seu patrimônio cul

tural?

Confesso que não me aventuraria a responder à pergunta na forma

aqui apresentada. E''indispensável estabelecer uma distinção entre téc nicas associadas à civilização urbana e outras que se referem às zonas

». rurais. ' Estas são agrícolas e aque

Com

essas

restrições, a

Convém lembrar, em primeiro lu gar, que o imigrante, com seu equi pamento "superior", fazia parte, no organização econômica.

Esta repre

senta, em qualquer hipótese, um "sis tema quer dizer, um conjunto de

dade de transplantar técnicas agrí colas. Contudo, outra restrição se torna necessária. A zona de coloni

dução, proximidade e capacidade dc

las principalmente industriais. Limitar-me-ei- a examinar a possibili

ropeus.

Os pormenores são interes

santes, mas é impossível apresentálos aqui. Em resumo pode-se dizer que os imigrantes mais bem sucedi

tuado a uma lavoura intensiva e me

canizada, o recém-chegado tenciona

usar, por exemplo, adubo e máquinas

agrícolas mais rudimentares ou então

aqueles que nunca tinham sido lavra dores. Entre os colonos alemães, pot

exemplo, gue no século passado apor taram no Rio-Grande-do-Sul e e® Santa Catarina, destacaram-se os pomeranos. Em condições que pareciam insuportáveis aos nacionais de outros

Estados alemães, os pomeranos resis

tiram galhardamente porque o seu ní

preço de venda, as condições de trans

vel cultural nos latifúndios prussia nos havia sido relativamente baixo.-

julgado "superior". Mas é preciso dizer que essa eficiência somente tem

porte ou de crédito não permitem a utilização das técnicas antigas. " Ge ralmente, essa descoberta vem tarde demais. As experiências do passado mostram que a grande maioria dos imigrantes não resiste ao primeiro fracasso. O resto do pequeno capi

sua razão de ser dentro do sistema.

tal que possuía foi gasto com a cons

escoamento da produção em condi

pendentes que representam o sistema em virtude do qual o indivíduo pode

tipo c difusão da educação escolar, eis alguns dêsses elementos interde

adquirir um grau de eficiência pessoal

Ora, áreas de colonização são ge

sido fatal a inúmeros lavradores eu

Depois

centros consumidores, desenvolvimen to das rêdes rodoviária e ferroviária,

O que ocorreu no passado

às novas condições, e precisamente o apego a métodos "superiores" tem

dos foram os que trouxeram técnicas

Mais interessante, no entanto, é a outra, hipótese. O imigrante bisonho procura aplicar os processo"5 técnicos aprendidos no país de origem. Habi

ralmente zonas "pioneiras" em que o adventício é o único povoador. Na

Em sistemas diferentes, os mesmos indivíduos, por mais que queiram su

maioria dos casos trata-se de. zonas

bordinar o

afastadas dos mercados e mal servi

hábitos anteriormente adquiridos, têm

seu

comportamento

aos

no amanho das suas roças.

ajustaram, com, a necessária rapidez,

de alguns meses êle descobre que o

zação onde se pretende introduzir as novas técnicas, já está sendo par cialmente explorada? Já existem vias de comunicação que permitam o ções rendosas para o colono ?

Desajustamentos

país de origem, de uma determinada

elementos entrelaçados c equilibrados e mutuamente dependentes. Densi dade demográfica, regime de traliaIho, organização da família, costumes e tradições regioiiais, volumes da pro

i

somente 47 se radicaram. O resto re patriou-se.

grantes foi aniquilada porque não se

trução da casa, a aquisição do lote e de máquinas. Ligado ao vendeiro da zona por um sistema de crédito extremamente precário, o colono não

No Brasil aprenderam rapidamente ^ técnica da queimada e a lavoura ex

tensiva baseada quase exclusivamen te na enxada.

O mesmo fenômeno

foi observado não somente entre ale mães de procedências diversas mas

também entre nacionais de países di ferentes. Nas condições primitivas da mata virgem "vencia quase sem pre a nacionalidade com o padrão da vida mais baixo", suplantando as de-


(4

Digesto Econômico

mais (jue tiveram qjie desistir da com petição. (1)

lidadcs de transplantar, para cá, téc nicas agrícolas tidas como superiores. Parece-me não haver dúvida de que,

Resposta negativa

para tanto, a rnera introdução de imi grantes portadores dessas técnicas

Poder-se-ia objetar que o desnive-

"não é suficiente".

Portanto: a rai

lamento econômico dos imigrantes e

nha resposta à pergunta inicial é ne

a adoção de técnicas indígenas não

gativa

correspondem aos interesses'nacionais,

modernas não depende exclusivamen

que visam a elevação do nível técnico

te de educação c da vontade dos imi

e econômico dos processos agrícolas em geral. Em vez de responder a es sa pergunta"quero lembrar apenas que a apreciação dêsse problema não

grantes. Técnicas modernas sòmente podem vingar num contexto cultural cuja construção, no país adotivo, não

divagações sobre os "benefícios" que uma imigração ideal, realizada em

evitar o desnivelamento técnico e eco

tigo. Não se trata de espraiar-me em

Aiiiériea Lailua

\ transplantação de técnicas

é exeqüível a não ser em condiçóe» especiais sendo quasi sempre a obra de várias gerações. Não duvido de que uma colonização dirigida possa

constitui o objetivo dtf presente ar

Traiisforiii2i-so a economia da (Condensado do "Foreign Commerce

A

repercussão profunda

na economia da América do Sul, levando os países do continente a abandonar a produção exclusiva de um determinado artigo para o merca do externo e passando a dedicar maior atenção à necessidade de diversificar

condições ideais, poderia trazer ao

nômico do imigrante.

Brasil. O meu propósito é mais mo desto. Estou examinando ás possibi-

nlaeço um único , exemplo sequer de colonização dirigida no sentido aqui

a sua atividade, expandindo-se em vá

apontado.

situação de maior equilíbrio.

Mas não co-

Se o passado é rico eni

rias direções, a fim de conseguir uma

experiências negativas, as idéias ven

(J) Veja Emílio Willems, "Alguns ^^Pctos ecológicos da colonização ger"^ânica no Brasil", "Boletim da As*ociaçâo dos Geógrafos Brasileiros, 4, Maio de 1944.

Damos prosseguimento à publicação do artigo inserto em nosso número anterior sob o mesmo título, no qual são estudadas as transformações por que passa a economia da América Latina.

cruzeiros em 1941.

A maior realiza

ção relativa à industria pesada na América do Sul se refere à Usina de

Volta Redonda, cuja construção ficará em 75 milhões de dólares, em par te financiada pelo Banco de Importa

Brasil

tiladas no presente, contraditórias e

excessivamente otimistas, não são de

No fim de 1943 a reserva-ouro' e as

molde a justificar a esperança numa

disponibilidades cambiais do Brasil se

política' imigratória suscetível de mu

elevavam a mais de 500 milhões de dólares. Muito provavelmente êsse

dar os fatos aqui apreciados.

Weekly")

II

ção e Exportação de Nova Iorque A sua capacidade de produção, por meio da utilização de um único forno

total continuará em ascensão até o

de alta tensão, está calculada em 350 mil toneladas anuais; mas foram to

fim da guerra, contribuindo para que as perspctivas econômicas, com refe

de mais três fornos, que serão pos

rência ao Brasil, sejam as mais pro

tos em funcionamento, logo que haja

missoras.

aumento

O Brasil tem experimentado úm surto industrial bastante auspicioso

anual então poderá ser elevada para-

nestes últimos anos.

Dados recentes

madas providências para a instalação

de

procura.

A

produção

1 milhão de toneladas.

Desénvolve-se a produção do alu

mínio. A bauxita está sendo extraída

mostram um aumento da produção in dustrial sujeita ao imposto de Vendas e Consignações de 10.307.088.000 cru

nós grandes depósitos de Poços d.í

zeiros em 1938

trução nas proximidades de Ouro Prê-

para

15.311.655.000

Caldas e duas usinas estão em cons


(4

Digesto Econômico

mais (jue tiveram qjie desistir da com petição. (1)

lidadcs de transplantar, para cá, téc nicas agrícolas tidas como superiores. Parece-me não haver dúvida de que,

Resposta negativa

para tanto, a rnera introdução de imi grantes portadores dessas técnicas

Poder-se-ia objetar que o desnive-

"não é suficiente".

Portanto: a rai

lamento econômico dos imigrantes e

nha resposta à pergunta inicial é ne

a adoção de técnicas indígenas não

gativa

correspondem aos interesses'nacionais,

modernas não depende exclusivamen

que visam a elevação do nível técnico

te de educação c da vontade dos imi

e econômico dos processos agrícolas em geral. Em vez de responder a es sa pergunta"quero lembrar apenas que a apreciação dêsse problema não

grantes. Técnicas modernas sòmente podem vingar num contexto cultural cuja construção, no país adotivo, não

divagações sobre os "benefícios" que uma imigração ideal, realizada em

evitar o desnivelamento técnico e eco

tigo. Não se trata de espraiar-me em

Aiiiériea Lailua

\ transplantação de técnicas

é exeqüível a não ser em condiçóe» especiais sendo quasi sempre a obra de várias gerações. Não duvido de que uma colonização dirigida possa

constitui o objetivo dtf presente ar

Traiisforiii2i-so a economia da (Condensado do "Foreign Commerce

A

repercussão profunda

na economia da América do Sul, levando os países do continente a abandonar a produção exclusiva de um determinado artigo para o merca do externo e passando a dedicar maior atenção à necessidade de diversificar

condições ideais, poderia trazer ao

nômico do imigrante.

Brasil. O meu propósito é mais mo desto. Estou examinando ás possibi-

nlaeço um único , exemplo sequer de colonização dirigida no sentido aqui

a sua atividade, expandindo-se em vá

apontado.

situação de maior equilíbrio.

Mas não co-

Se o passado é rico eni

rias direções, a fim de conseguir uma

experiências negativas, as idéias ven

(J) Veja Emílio Willems, "Alguns ^^Pctos ecológicos da colonização ger"^ânica no Brasil", "Boletim da As*ociaçâo dos Geógrafos Brasileiros, 4, Maio de 1944.

Damos prosseguimento à publicação do artigo inserto em nosso número anterior sob o mesmo título, no qual são estudadas as transformações por que passa a economia da América Latina.

cruzeiros em 1941.

A maior realiza

ção relativa à industria pesada na América do Sul se refere à Usina de

Volta Redonda, cuja construção ficará em 75 milhões de dólares, em par te financiada pelo Banco de Importa

Brasil

tiladas no presente, contraditórias e

excessivamente otimistas, não são de

No fim de 1943 a reserva-ouro' e as

molde a justificar a esperança numa

disponibilidades cambiais do Brasil se

política' imigratória suscetível de mu

elevavam a mais de 500 milhões de dólares. Muito provavelmente êsse

dar os fatos aqui apreciados.

Weekly")

II

ção e Exportação de Nova Iorque A sua capacidade de produção, por meio da utilização de um único forno

total continuará em ascensão até o

de alta tensão, está calculada em 350 mil toneladas anuais; mas foram to

fim da guerra, contribuindo para que as perspctivas econômicas, com refe

de mais três fornos, que serão pos

rência ao Brasil, sejam as mais pro

tos em funcionamento, logo que haja

missoras.

aumento

O Brasil tem experimentado úm surto industrial bastante auspicioso

anual então poderá ser elevada para-

nestes últimos anos.

Dados recentes

madas providências para a instalação

de

procura.

A

produção

1 milhão de toneladas.

Desénvolve-se a produção do alu

mínio. A bauxita está sendo extraída

mostram um aumento da produção in dustrial sujeita ao imposto de Vendas e Consignações de 10.307.088.000 cru

nós grandes depósitos de Poços d.í

zeiros em 1938

trução nas proximidades de Ouro Prê-

para

15.311.655.000

Caldas e duas usinas estão em cons


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Digeste Econômico

'<6

de caroço e óleo de algodão, óleo dc

O Brasil é o sexto país do mundo em potencial elétrico.

Existe

ra e de papel da América do Sul está

plano audacioso para o desenvohi-

em vias de conclusão no -Estado do

monto do vale do São Francisco, so

Paraná.

Espera-se que a produção

cionais de papel para a imprensa e 50% do consumo de polpa. Itiúmeras

comparável ao do vale do Tennessec

dos Estados Unidos. Imprescindível para o progresso do país é a melho ria de seus serviços de transporte. A

indústrias químicas estão sendo estabe lecidas, como as que se relacionam com

Estrada de Ferro Central do Brasil e a Sorocabana, no Estado de São Pau

a extração de cafeína, mentol e

lo, estão sendo eletrificadas. Há um

óleos. A indústria farmacêutica tam •

projeto para desenvolver a Ferrovia

bém vem realizando progressos. governo federal concedeu

t|

projeto para a construção da Grande

neladas de alumínio e 10 mil de alumina. Duas usinas serão construídas para fundição de alumínio — uma eni

. atenda a 80% das necessidades na

i

ra de carnaúba e raízes de timbó.

nas, está a de importação imediata

ção de petróleo no Estado da Bahia. Aumentou a exportação dc borracha,

A maior fábrica de polpa de madei

I

lhoramento de ferrovias e estradas-de-

oíticica, semente e óleo de ricino, ce

preços são elevados, o valor das ex portações sobe, contribuindo para a acumulação de saldos do exterior. En tre as maiores necessidades argenti

to. Com essas realizações a capaci dade de produção atingirá 2 mil to

Santos e outra em Campos.

O

autoriza-

ção para a montagem de fábricas de soda calcinada e de soda cáustica. A manufatura de tecidos é a mais

Vitória—Minas, essencial para o apro veitamento de Volta Redonda. Tor

na-se necessário melhorar as rodovias.

A aviação está realizando grandes progressos.

Wr desenvolvida do país. A exportação

^ de tecidos de algodão em 1938 era

\

{

l,

do-se elevado a 837.720.000 cruzeiros

da América Latina e para a África.

.

Expande-se a mineração. Os ricos

1

depósitos de ferro de Itabira estão sen do explorados por processos mais efi cientes. A produção de carvão subiu de 907.224 toneladas em 1938 a 1.737.020

em 1942. As minas se localizam princi palmente nos Estados de Santa Ca tarina e Paraná.

Tenta-se a extra-

tante a importação argentina, como se vê pelas cifras abaixo: Toneladas

19á0-1939 (média anual) .. 8.867.000 1942 1943

4.516.000 3.699.000

Não obstante a perda dos merca dos tradicionais de trigo, é próspera

a situação.

tem fundamento em bases firmes.

O

Usina Elétrica de Rio Negro virá tra

de maquinário agrícola, cuja compra caiu em 88% de 1939 para "1942, As indústrias de carnes congeladas rece beram maquinaria especial, a fim de

zer grandes facilidades às empresas manuíatureiras.

Quanto ao Paraguai, que tem uma

poderem atender à procura excepcio nal durante êste tempo de guerra. Desenvolve-se a indústria de laticí nios. Tem havido interêsse crescen te em diversificar as manufaturas de madeira. Ocorreu, durante o período de 1939 a 1942, um aumento em va lor de 33% na produção industrial.

Exige reforma o seu sistema atual de transporte. A Argentina possuí um longo plano para execução de obras públicas, dispondo, para êsse objeti

população de 1.040.400 habitantes, é üm dos países menos desenvolvidos da América. A agricultura, a pecuária e as industrias florestais são

principais ocupações.

as suas

As manufatu

ras se reduzem a pequenas fábricas de fósforos, cigarros, bebidas, certos

produtos medicinais, móveis, tijolos, velas, sapatos, tecidos baratos e trans

formação de matérias-primas domes ticas.

A

necessidade de transportar as

vo, de uma verba de 260 milhões de

mercadorias através dos países vizi

pesos.

nhos dificulta o comércio paraguaio, Uruguai e Paraguai

Em conseqüência das dificuldades do transporte marítimo, baixou bas

Anos

-rodagem. O desenvolvimento por que passa a indústria uruguaia é são e

encarecendo-lhe os produtos.

Argentina

avaliada em 30.339.000 cruzeiros, ten-

em 1942, quando ocupou o 2° lugar no movimento exportador. A rápida ascensão é explicada pelo aumento de vendas à Argentina e outros países

47

Digeato Econômico

Os salários são os maio

res verificados na história do país, os

Chile e Bolívia

Embora predominantemente pasto

ril, a tendência atual do Uruguai é

A economia chilena ingressou na via da industrialização, que deverá re volucionar a estrutura do país. Pro

para a industrialização. Do total de capitais invertidos, montando a 125 miIhõ.es de dólares, mais de 90% são

jeta-se a construção de casas popula

de procedência estrangeira, 76,9% per

res, a abertura de rodovias e reforma

tencentes a interesses

nas condições dos portos. • Há planos para maior e melhor aproveitamento

britânicos

e

14,6% a americanos. O governo, uruguaio destinou, para o ano de 1944, uma verba de 43.427.500

pesos para melhoramento de serviços públicos. Daquela importância, 20% serão empregados em reforma e me-

da energia elétrica.

A nova usina para fabricação de aço em grande escala exigirá no apósguerra uma procura de fomos de al

ta tensão, aparelhamento para produ-


4tF

- ^ rvf'".

«> «

'

Digeste Econômico

'<6

de caroço e óleo de algodão, óleo dc

O Brasil é o sexto país do mundo em potencial elétrico.

Existe

ra e de papel da América do Sul está

plano audacioso para o desenvohi-

em vias de conclusão no -Estado do

monto do vale do São Francisco, so

Paraná.

Espera-se que a produção

cionais de papel para a imprensa e 50% do consumo de polpa. Itiúmeras

comparável ao do vale do Tennessec

dos Estados Unidos. Imprescindível para o progresso do país é a melho ria de seus serviços de transporte. A

indústrias químicas estão sendo estabe lecidas, como as que se relacionam com

Estrada de Ferro Central do Brasil e a Sorocabana, no Estado de São Pau

a extração de cafeína, mentol e

lo, estão sendo eletrificadas. Há um

óleos. A indústria farmacêutica tam •

projeto para desenvolver a Ferrovia

bém vem realizando progressos. governo federal concedeu

t|

projeto para a construção da Grande

neladas de alumínio e 10 mil de alumina. Duas usinas serão construídas para fundição de alumínio — uma eni

. atenda a 80% das necessidades na

i

ra de carnaúba e raízes de timbó.

nas, está a de importação imediata

ção de petróleo no Estado da Bahia. Aumentou a exportação dc borracha,

A maior fábrica de polpa de madei

I

lhoramento de ferrovias e estradas-de-

oíticica, semente e óleo de ricino, ce

preços são elevados, o valor das ex portações sobe, contribuindo para a acumulação de saldos do exterior. En tre as maiores necessidades argenti

to. Com essas realizações a capaci dade de produção atingirá 2 mil to

Santos e outra em Campos.

O

autoriza-

ção para a montagem de fábricas de soda calcinada e de soda cáustica. A manufatura de tecidos é a mais

Vitória—Minas, essencial para o apro veitamento de Volta Redonda. Tor

na-se necessário melhorar as rodovias.

A aviação está realizando grandes progressos.

Wr desenvolvida do país. A exportação

^ de tecidos de algodão em 1938 era

\

{

l,

do-se elevado a 837.720.000 cruzeiros

da América Latina e para a África.

.

Expande-se a mineração. Os ricos

1

depósitos de ferro de Itabira estão sen do explorados por processos mais efi cientes. A produção de carvão subiu de 907.224 toneladas em 1938 a 1.737.020

em 1942. As minas se localizam princi palmente nos Estados de Santa Ca tarina e Paraná.

Tenta-se a extra-

tante a importação argentina, como se vê pelas cifras abaixo: Toneladas

19á0-1939 (média anual) .. 8.867.000 1942 1943

4.516.000 3.699.000

Não obstante a perda dos merca dos tradicionais de trigo, é próspera

a situação.

tem fundamento em bases firmes.

O

Usina Elétrica de Rio Negro virá tra

de maquinário agrícola, cuja compra caiu em 88% de 1939 para "1942, As indústrias de carnes congeladas rece beram maquinaria especial, a fim de

zer grandes facilidades às empresas manuíatureiras.

Quanto ao Paraguai, que tem uma

poderem atender à procura excepcio nal durante êste tempo de guerra. Desenvolve-se a indústria de laticí nios. Tem havido interêsse crescen te em diversificar as manufaturas de madeira. Ocorreu, durante o período de 1939 a 1942, um aumento em va lor de 33% na produção industrial.

Exige reforma o seu sistema atual de transporte. A Argentina possuí um longo plano para execução de obras públicas, dispondo, para êsse objeti

população de 1.040.400 habitantes, é üm dos países menos desenvolvidos da América. A agricultura, a pecuária e as industrias florestais são

principais ocupações.

as suas

As manufatu

ras se reduzem a pequenas fábricas de fósforos, cigarros, bebidas, certos

produtos medicinais, móveis, tijolos, velas, sapatos, tecidos baratos e trans

formação de matérias-primas domes ticas.

A

necessidade de transportar as

vo, de uma verba de 260 milhões de

mercadorias através dos países vizi

pesos.

nhos dificulta o comércio paraguaio, Uruguai e Paraguai

Em conseqüência das dificuldades do transporte marítimo, baixou bas

Anos

-rodagem. O desenvolvimento por que passa a indústria uruguaia é são e

encarecendo-lhe os produtos.

Argentina

avaliada em 30.339.000 cruzeiros, ten-

em 1942, quando ocupou o 2° lugar no movimento exportador. A rápida ascensão é explicada pelo aumento de vendas à Argentina e outros países

47

Digeato Econômico

Os salários são os maio

res verificados na história do país, os

Chile e Bolívia

Embora predominantemente pasto

ril, a tendência atual do Uruguai é

A economia chilena ingressou na via da industrialização, que deverá re volucionar a estrutura do país. Pro

para a industrialização. Do total de capitais invertidos, montando a 125 miIhõ.es de dólares, mais de 90% são

jeta-se a construção de casas popula

de procedência estrangeira, 76,9% per

res, a abertura de rodovias e reforma

tencentes a interesses

nas condições dos portos. • Há planos para maior e melhor aproveitamento

britânicos

e

14,6% a americanos. O governo, uruguaio destinou, para o ano de 1944, uma verba de 43.427.500

pesos para melhoramento de serviços públicos. Daquela importância, 20% serão empregados em reforma e me-

da energia elétrica.

A nova usina para fabricação de aço em grande escala exigirá no apósguerra uma procura de fomos de al

ta tensão, aparelhamento para produ-


1 4S

Digesto Econômico

Çao de coque e outros equipamentos. A expansão na indústria de madeira

volvimento da bacia do rio Santa, in clusive melhoramentos no porto de

<iependerá de maquinário para serra

Chimbote e envolvendo á utilização

nia, instrumentos, trens especiais e

energia elétrica do rio e a exploração

tratores. O comércio da pesca neces sitará de novos aparelhamentos. Se

das minas de carvão nos campos de Huallanca.

nso também necessários tratores e A fim de incrementar-se o turismo,

o^ecanismos para a agricultura.

A Bolívia procura aumentar a sua capacidade de auto-suficiéncia.

Um

<los objetivos é a aquisição de maquiJiaria para maior facilidade de produ ção. como equipamento para descas-

camento e polimento do arroz, apa-

nelhos para filtrar, pasteurizar e enSarrafar leite e para produção de ar

tefatos de borracha. Outrps artigos que terão procura na Bolívia, após a guerra, são equipamento para as ex

plorações de petróleo e para a minenação. maquinaria para construção de estradas, edifícios públicos e repre

I sas.

A produção de cimento nacional

necessita de reequipamento.

Proje

ta-se construir um oleoduto para transporte de petróleo. Encontra-se em elaboração um plano para o de senvolvimento da província de Santa

Cruz, no interior do país.

Peru e Equador

E favorável a situação econômica do^ Peru. Eleva-se o padrão de vida e são satisfatórias as condições'finan

ceiras, tendo triplicado, de 1941 para 1943, o valor da reserva-ouro e as disponibilidades can.bíais

no exterior.

Há em estudos um plano para desen-

Digesto Econômico

Por meio da Equador procura

49

industrialização

o

diversificar a sua

economia. Para tanto o govêrno bai

xou novas medidas, que reduziram os direitos aduaneiros sobre maquinário para indústria. A indústria principal

Material rodante, trilhos e locomoti

é a de tecidos, que no momento se acha trabalhando 24 horas por dia, a" fim de poder atender às encomendas. Tntensificam-sc os esforços para a me lhoria das condições sanitárias do

vas serão necessários para melhoria

país. .

o governo e algumas empresas par ticulares empregam esforços, no sen tido de aumentar o número de hotéis.

das estradas-de-ferro.

demais material serão precisos para as

Colômbia e Venezuela

usinas hídro-elétrícas. Há planos para irrigação de numerosas áreas e para

financeiras da Colômbia, graças so

aumento de estradas-de-rodagem.

bretudo

com um capital de 226.000.000 de soles, se estabeleceram no país. Uma fábri

exportação de artigos agrícolas e na importação de produtos manufatura dos. Em 1942 o govêrno venezuelano anunciou um grande programa de obras públicas, cujas despesas foram calculadas em 100 milhões de dólares.

Êsse projeto inclui a construção de 19 aeroportos e a reforma de 39 cam pos de aterrisagem. Os sistemas fer roviário e rodoviário da Venezuela se--

Dínamos e o

A partir de 1941, 1.200 novas firmas,

Tradicionalmente o comércio exte rior da Venezuela tem-se baseado na

Mantêm-se excelentes as condições

rão melhorados.

Prospera a indústria de cimento; existe um projeto para edificação de

movimento exportador,

nove usinas hidro-eletricas. A indus

que continua em ascensão e do qual

tria farmacêutica desenvolveu-se bas

os Estados Unidos absorvem 75%. As construções têm diminuído nes

tamente a utilização dos depósitos de ferro.

ao

tante durante a guerra. Avança len

ca de tecidos, quatro de cimento, uma

tes últimos 2 anos.

refinaria de petróleo, uma fábrica de vidros e armazéns frigoríficos, figu ram entre as iniciativas projetadas

cas têm-se reduzido a pequenas ini ciativas. Estão em elaboração vários planos para aberturas de estradas-de-

quada, cuja importação é impossível. Expande-se extraordinàriamente a

para o após-guerra.

-rodagem e ferrovias. Experimenta notável surto a indústria de aço. A

indústria de petróleo. Está aumen tando o consumo dos tecidos de al

Colômbia. sofre de falta de energia

elétrica; há necessidade do equipa-,

godão, de modo que as fabricas do país não conseguem satisfazer as ne

Quanto à min*;-

ração, existe o plano para a explora ção de minas de zinco, de vanádio, de ferro, de carvão e de cianido. No após-guerra o Equador terá ne cessidade sobretudo de material pari transporte e construção e de maqui nário para a indústria. O governo elabora um plano para- desenvolvi mento

da

marinha

mercante.

Fòi

aberto para a sua execução um cré dito de 10 milhões de suores e a essa

quantia deverá ser acrescida impor tância igual, como verba adicional que se tornou necessária.

As obras públi

Caiu a produção de ouro, em

virtude da falta de maquinaria ade

mento especial para melhor utilização

cessidades internas.

do potencial ainda inexplorado. A in

ganizações que se dedicam à extra

dústria têxtil necessitará, para a re

ção de petróleo concordaram com o

novação do seu maquinário obsoleto,

govêrno

dc 6 a 7 milhões de dólares. Há pers-

novas refinarias, com capacidade para

petivas de que a produção de petró

40.000 barris cada uma, e em abrir

leo se manterá em aumento.

muitas centenas de novos poços.

As grandes or

venezuelano

em construir


1 4S

Digesto Econômico

Çao de coque e outros equipamentos. A expansão na indústria de madeira

volvimento da bacia do rio Santa, in clusive melhoramentos no porto de

<iependerá de maquinário para serra

Chimbote e envolvendo á utilização

nia, instrumentos, trens especiais e

energia elétrica do rio e a exploração

tratores. O comércio da pesca neces sitará de novos aparelhamentos. Se

das minas de carvão nos campos de Huallanca.

nso também necessários tratores e A fim de incrementar-se o turismo,

o^ecanismos para a agricultura.

A Bolívia procura aumentar a sua capacidade de auto-suficiéncia.

Um

<los objetivos é a aquisição de maquiJiaria para maior facilidade de produ ção. como equipamento para descas-

camento e polimento do arroz, apa-

nelhos para filtrar, pasteurizar e enSarrafar leite e para produção de ar

tefatos de borracha. Outrps artigos que terão procura na Bolívia, após a guerra, são equipamento para as ex

plorações de petróleo e para a minenação. maquinaria para construção de estradas, edifícios públicos e repre

I sas.

A produção de cimento nacional

necessita de reequipamento.

Proje

ta-se construir um oleoduto para transporte de petróleo. Encontra-se em elaboração um plano para o de senvolvimento da província de Santa

Cruz, no interior do país.

Peru e Equador

E favorável a situação econômica do^ Peru. Eleva-se o padrão de vida e são satisfatórias as condições'finan

ceiras, tendo triplicado, de 1941 para 1943, o valor da reserva-ouro e as disponibilidades can.bíais

no exterior.

Há em estudos um plano para desen-

Digesto Econômico

Por meio da Equador procura

49

industrialização

o

diversificar a sua

economia. Para tanto o govêrno bai

xou novas medidas, que reduziram os direitos aduaneiros sobre maquinário para indústria. A indústria principal

Material rodante, trilhos e locomoti

é a de tecidos, que no momento se acha trabalhando 24 horas por dia, a" fim de poder atender às encomendas. Tntensificam-sc os esforços para a me lhoria das condições sanitárias do

vas serão necessários para melhoria

país. .

o governo e algumas empresas par ticulares empregam esforços, no sen tido de aumentar o número de hotéis.

das estradas-de-ferro.

demais material serão precisos para as

Colômbia e Venezuela

usinas hídro-elétrícas. Há planos para irrigação de numerosas áreas e para

financeiras da Colômbia, graças so

aumento de estradas-de-rodagem.

bretudo

com um capital de 226.000.000 de soles, se estabeleceram no país. Uma fábri

exportação de artigos agrícolas e na importação de produtos manufatura dos. Em 1942 o govêrno venezuelano anunciou um grande programa de obras públicas, cujas despesas foram calculadas em 100 milhões de dólares.

Êsse projeto inclui a construção de 19 aeroportos e a reforma de 39 cam pos de aterrisagem. Os sistemas fer roviário e rodoviário da Venezuela se--

Dínamos e o

A partir de 1941, 1.200 novas firmas,

Tradicionalmente o comércio exte rior da Venezuela tem-se baseado na

Mantêm-se excelentes as condições

rão melhorados.

Prospera a indústria de cimento; existe um projeto para edificação de

movimento exportador,

nove usinas hidro-eletricas. A indus

que continua em ascensão e do qual

tria farmacêutica desenvolveu-se bas

os Estados Unidos absorvem 75%. As construções têm diminuído nes

tamente a utilização dos depósitos de ferro.

ao

tante durante a guerra. Avança len

ca de tecidos, quatro de cimento, uma

tes últimos 2 anos.

refinaria de petróleo, uma fábrica de vidros e armazéns frigoríficos, figu ram entre as iniciativas projetadas

cas têm-se reduzido a pequenas ini ciativas. Estão em elaboração vários planos para aberturas de estradas-de-

quada, cuja importação é impossível. Expande-se extraordinàriamente a

para o após-guerra.

-rodagem e ferrovias. Experimenta notável surto a indústria de aço. A

indústria de petróleo. Está aumen tando o consumo dos tecidos de al

Colômbia. sofre de falta de energia

elétrica; há necessidade do equipa-,

godão, de modo que as fabricas do país não conseguem satisfazer as ne

Quanto à min*;-

ração, existe o plano para a explora ção de minas de zinco, de vanádio, de ferro, de carvão e de cianido. No após-guerra o Equador terá ne cessidade sobretudo de material pari transporte e construção e de maqui nário para a indústria. O governo elabora um plano para- desenvolvi mento

da

marinha

mercante.

Fòi

aberto para a sua execução um cré dito de 10 milhões de suores e a essa

quantia deverá ser acrescida impor tância igual, como verba adicional que se tornou necessária.

As obras públi

Caiu a produção de ouro, em

virtude da falta de maquinaria ade

mento especial para melhor utilização

cessidades internas.

do potencial ainda inexplorado. A in

ganizações que se dedicam à extra

dústria têxtil necessitará, para a re

ção de petróleo concordaram com o

novação do seu maquinário obsoleto,

govêrno

dc 6 a 7 milhões de dólares. Há pers-

novas refinarias, com capacidade para

petivas de que a produção de petró

40.000 barris cada uma, e em abrir

leo se manterá em aumento.

muitas centenas de novos poços.

As grandes or

venezuelano

em construir


SI

Uigesto Econômico

^

indispensáveis, como o sulfato de co-

I

bre.

A reconstrução ecoii<>iiiiea tia França guerra e a ocupação alemã afeta ram

profundamente

econômica da França.

a

estrutura

Encontrando

um país rico em valores de toda a es

pécie, 03 nazistas trataram de trans

ferir para o "Reich" tudo o que re

A guerra e a ocupação alemã, des truindo uma estrutura envelhecida, vieram obrigar a França a renovar in teiramente sua mentalidade e sua or

ganização econômica. A indústria, a agricultura e o comércio estão con

vencidos dc que certas formas de pro dução, ainda ligadas ao antigo sistema

presentasse riqueza, Um departamen to .especial foi instalado em Paris e

de artesanato, devem ser abandona

iniciou a transferência dos valores.

das para sempre, assim como a produ

Os depósitos em moedas estrangeiras,

ção de artigos de luxo.

os títulos, as valiosas ações do canal de Suez, as contas correntes bancá rias, as jóias depositadas em casas de penhores, tudo tomou o caminho da Alemanha.

As

indústrias

não

possuíam

nem máquinas, nem matérias-primas, nem fôrça motriz. A batalha liberta

nar-se novamente uma França forte".

dora acentuou mais ainda essas difi culdades, pois os beligerantes e pa triotas destruíram as ferrovias, as

Importações

dades alemãs, os invasores não vaci laram em desmontar as grandes in

Essas declarações refletem a vonta

pontes, as centrais hidro-elétricas, os canais, etc. Os portos foram destruí

de francesa de reconstrução^ nacional,

dos e as estradas cortadas em vários

ciada no plano êconómico.

pontos.

ro problema do governo De Gaulle é

O único pôrto reconquistado

reconstrução que terá que ser ini O primei

intacto foi o de Bordéus, que ainda

á alimentação da população.

não pode ser utilizado devido à pre sença de uma guarnição alemã na

nistro

embocadura do Gironda.

ções.

Cinco mil pontes fòram destruídas. Sòbre 11.800 locomotivas que a Fran

a França importará três milhões de

ça possuía em 1940, restavam apenas Mais tarde, aumentando as dificul

dia seguinte, a França maguada de hoje saberá, pela própria pobreza, tor

O Mi

Monnet esteve em Washing

ton e expôs o programa das importa

No primeiro seme.strc de 1945.

toneladas de mercadorias, além dê car vão e petróleo. Missões de compras

6.500 e destas sòmeiite 2.800 ainda podiam ser utilizadas. Os grandes en

foram enviadas à Inglaterra e aos Es

troncamentos ferroviários haviam sido

ser ultimada a primeira venda de al godão brasileiro para a França. O primeiro carregamento americano de

alvo predileto de ataques aéreos e de

tados Unidos. Agora mesmo, acaba de

matérias-primas estrangeiras e colo

dústrias e em enviar as máquinas pa ra o "Reich ". Os tratores emprega dos pelos agricultores da França fo

niais foram carregados nos vagões e

ram enviados para a Ucrânia. Em sín

despachados além-Reno. Depois, che

tese, a França foi vítima de um ver

cios foram destruídos è cidades intci-

portos franceses.

gou a vez das casas comerciais, cujas

dadeiro saque organizado e pela pri

las, como Caen, Lorient e Brest, pre

ma é o da falta de trabalho.

meira vez, depois de dezenas de anos, seu povo enfrentou novamente o fan

cisam ser reconstruídas.

vêrno procura, inclusive por meio de

No setor industrial, os estoques dc

prateleiras foram esvaziadas pelas compras efetuadas por soldados, pa gos pela própria França. Com os pa gamentos franceses destinados à ma

nutenção das tropas de ocupação, uti lizando marcos especiais com circula ção restrita à França e fixando um

Desmantelo completo A libertação

encontrou a França

com a indústria desmantelada, com o comércio limitado, com a agricultura

caram alimentos, roupas, matérias-pri

abandonada.

que pertencia aos franceses.

O Ministro da Reconstrução, Raoul

Dautry, declarou que 1.500.000 edifí

tasma, da fome.

câmbio arbitrário, os alemães arran

mas, jóias, valores, títulos e tudo o

atos de sabotagem.

As

vinhas

.■Ji

O segundo" proble O go-

sa situação, o Ministro René Mayer

nacionalizações, restabelecer a produ

Concluiu: "E' preciso verificar ain da uma vez que somos um povo em pobrecido, colocado ante a necessida de de refazer seu equipamento para

ção industrial. Mas, isso está depen

poder voltar a trabalhar.

como a de aeronáutica, já estão fun

Mas somos

I

daqueles que acreditam serem tais ne cessidades saudáveis. Se a França, antes da guerra, eni meio às riquezas adquiridas, se deixou levar pelas sen-

1

sações do conforto e tranqüilidade do

sofreram

muito, quer pela falta de trabalhado res, quer pela carência de produtos

Diante des

13.000 toneladas de alimentos e 15.000

• de matérias-primas já partiu para os

dendo de máquinas, de combustível e

de matérias-primas.

Algumas indús

trias essenciais ao esforço de guerra, cionando regularmente. As usinas parisienses ja estão produzindo eni série caças "520" e aviões "Bloch 161", aparelhos destinados à nova força aérea francesa. As minas de


SI

Uigesto Econômico

^

indispensáveis, como o sulfato de co-

I

bre.

A reconstrução ecoii<>iiiiea tia França guerra e a ocupação alemã afeta ram

profundamente

econômica da França.

a

estrutura

Encontrando

um país rico em valores de toda a es

pécie, 03 nazistas trataram de trans

ferir para o "Reich" tudo o que re

A guerra e a ocupação alemã, des truindo uma estrutura envelhecida, vieram obrigar a França a renovar in teiramente sua mentalidade e sua or

ganização econômica. A indústria, a agricultura e o comércio estão con

vencidos dc que certas formas de pro dução, ainda ligadas ao antigo sistema

presentasse riqueza, Um departamen to .especial foi instalado em Paris e

de artesanato, devem ser abandona

iniciou a transferência dos valores.

das para sempre, assim como a produ

Os depósitos em moedas estrangeiras,

ção de artigos de luxo.

os títulos, as valiosas ações do canal de Suez, as contas correntes bancá rias, as jóias depositadas em casas de penhores, tudo tomou o caminho da Alemanha.

As

indústrias

não

possuíam

nem máquinas, nem matérias-primas, nem fôrça motriz. A batalha liberta

nar-se novamente uma França forte".

dora acentuou mais ainda essas difi culdades, pois os beligerantes e pa triotas destruíram as ferrovias, as

Importações

dades alemãs, os invasores não vaci laram em desmontar as grandes in

Essas declarações refletem a vonta

pontes, as centrais hidro-elétricas, os canais, etc. Os portos foram destruí

de francesa de reconstrução^ nacional,

dos e as estradas cortadas em vários

ciada no plano êconómico.

pontos.

ro problema do governo De Gaulle é

O único pôrto reconquistado

reconstrução que terá que ser ini O primei

intacto foi o de Bordéus, que ainda

á alimentação da população.

não pode ser utilizado devido à pre sença de uma guarnição alemã na

nistro

embocadura do Gironda.

ções.

Cinco mil pontes fòram destruídas. Sòbre 11.800 locomotivas que a Fran

a França importará três milhões de

ça possuía em 1940, restavam apenas Mais tarde, aumentando as dificul

dia seguinte, a França maguada de hoje saberá, pela própria pobreza, tor

O Mi

Monnet esteve em Washing

ton e expôs o programa das importa

No primeiro seme.strc de 1945.

toneladas de mercadorias, além dê car vão e petróleo. Missões de compras

6.500 e destas sòmeiite 2.800 ainda podiam ser utilizadas. Os grandes en

foram enviadas à Inglaterra e aos Es

troncamentos ferroviários haviam sido

ser ultimada a primeira venda de al godão brasileiro para a França. O primeiro carregamento americano de

alvo predileto de ataques aéreos e de

tados Unidos. Agora mesmo, acaba de

matérias-primas estrangeiras e colo

dústrias e em enviar as máquinas pa ra o "Reich ". Os tratores emprega dos pelos agricultores da França fo

niais foram carregados nos vagões e

ram enviados para a Ucrânia. Em sín

despachados além-Reno. Depois, che

tese, a França foi vítima de um ver

cios foram destruídos è cidades intci-

portos franceses.

gou a vez das casas comerciais, cujas

dadeiro saque organizado e pela pri

las, como Caen, Lorient e Brest, pre

ma é o da falta de trabalho.

meira vez, depois de dezenas de anos, seu povo enfrentou novamente o fan

cisam ser reconstruídas.

vêrno procura, inclusive por meio de

No setor industrial, os estoques dc

prateleiras foram esvaziadas pelas compras efetuadas por soldados, pa gos pela própria França. Com os pa gamentos franceses destinados à ma

nutenção das tropas de ocupação, uti lizando marcos especiais com circula ção restrita à França e fixando um

Desmantelo completo A libertação

encontrou a França

com a indústria desmantelada, com o comércio limitado, com a agricultura

caram alimentos, roupas, matérias-pri

abandonada.

que pertencia aos franceses.

O Ministro da Reconstrução, Raoul

Dautry, declarou que 1.500.000 edifí

tasma, da fome.

câmbio arbitrário, os alemães arran

mas, jóias, valores, títulos e tudo o

atos de sabotagem.

As

vinhas

.■Ji

O segundo" proble O go-

sa situação, o Ministro René Mayer

nacionalizações, restabelecer a produ

Concluiu: "E' preciso verificar ain da uma vez que somos um povo em pobrecido, colocado ante a necessida de de refazer seu equipamento para

ção industrial. Mas, isso está depen

poder voltar a trabalhar.

como a de aeronáutica, já estão fun

Mas somos

I

daqueles que acreditam serem tais ne cessidades saudáveis. Se a França, antes da guerra, eni meio às riquezas adquiridas, se deixou levar pelas sen-

1

sações do conforto e tranqüilidade do

sofreram

muito, quer pela falta de trabalhado res, quer pela carência de produtos

Diante des

13.000 toneladas de alimentos e 15.000

• de matérias-primas já partiu para os

dendo de máquinas, de combustível e

de matérias-primas.

Algumas indús

trias essenciais ao esforço de guerra, cionando regularmente. As usinas parisienses ja estão produzindo eni série caças "520" e aviões "Bloch 161", aparelhos destinados à nova força aérea francesa. As minas de


52

Dígesto Econômico

carvão do Norte foram nacionalizadas

França volta lentamente à normalida

pelo governo e voltaram a produzir em grande escala. Nada se sabe da situação em que foram encontradas as usinas de ferro e aço de Longwy, as minas da bacia de Briey, as in dústrias alsacianas e as tecelagens de Lille e da Flandres francesa.

de econômica.

Reconstrução

A reconstrução econômica está se processando com rapidez. Na zona norte, a produção de carvão subiu de

60.000 toneladas em setembro para 168.000 em janeiro.

As ferrovias vi

ram H tonelagem de mercadorias trans

portadas aumentar de 142,000 para 187.000, apesar de ter sido necessário suprimir os trens de passageiros. Seis navios partiram dos Estados Uni

dos com destino à França em janeiro ® dez partirão em févereiro, carrega dos de matérias-primas. A colheita de trigo de 1944 foi de 38.500.000 quintais e a de batatas também foi superior à de 1943. Os rebanhos, par ticularmente desfalcados durante a ocupação, estão sendo reconstituídos

As construções navais foram reinicia

das nos arsenais de Chcrburgo e de TonJon, onde 507o dos operários es pecializados já voltaram ao trabalho. O rigoroso inverno que a França atra vessa aumentou as dificuldades, pois

mhcjuio miMO

Renovação Entretanto, a França renovou sua mentalidade econômica A indústria,

a agricultura e o comércio estão convcncido.s <le que certas formas de pro

Avonturus uiiiua repartição pública I^E nunca precisou ir a uma repar tição pública para tratar de um as

De como ura cidadão, penetrando nu ma repartição pública, se vê coibido

dução, ainda ligadas ao antigo siste

sunto, acredite, leitor, que deixou de

nas malhas da aventura e passa por

ma do artesanato, devem ser abando nadas para sempre, assim como a pro

gozar uma da.s mais belas aventuras que a um mortal pode ser dado viver neste país. Muito, muito mais inte ressante do que viajar num trem da

momentos de estranhas e indizíveis emoções.

Central ou da Noroeste.

diferente de assunto cada um dêles

Você chega ao prédio, entra, dá com um salão em que se alinham vá rios gutchês à sua frente. Não há

alguma orientação. O cidadão se aproxima de um guichê, enfia o olhar

nada escrito em nenhum dêles, infor-

por êle: a dois passos ura sujeito,

dução de artigos de luxo. A França possuía uma pequena indústria de ourivesaria, de perfumes, de objetos que

o seu, alto nível de vida lhe permita consumir em grande escala. Por outro lado, a indústria trabalhava ativamen te e produzia satisfatòrianicnte, mas

mando ao interessado a que natureza

atende.

E' arriscar, para conseguir

os francese.s ainda não haviam consi

derado a importância da produção em

série.

Êles produziam maravilhas como os transatlânticos "Normandie e "Pasteur", mas não conseguiam construir navios em série, pequenos

navios- de transporte ou de guerra, que

hoje seriam de grande utilidade ao país. Outros setores industriais, como o têxtil, ainda estavam ligados a fnetodos antiquados, ineficientes nos no.s-

sos dias. A guerra c a ocupação alcmã, destruindo essa estrutura envelhe cida, vieram obrigar a França a reno

veio -reduzir a energia elétrica pelo

var iniciianicntc aua mentalidade e sua organização econômicas. E a re

congelamento das represas e dificul tar os transportes nos rios e canais.

rá à França uma estrutura econômi

Mas, a crise está sendo vencida c a

ca renovada técnica e socialmente.

construção que estamos assistindo da

Vj


52

Dígesto Econômico

carvão do Norte foram nacionalizadas

França volta lentamente à normalida

pelo governo e voltaram a produzir em grande escala. Nada se sabe da situação em que foram encontradas as usinas de ferro e aço de Longwy, as minas da bacia de Briey, as in dústrias alsacianas e as tecelagens de Lille e da Flandres francesa.

de econômica.

Reconstrução

A reconstrução econômica está se processando com rapidez. Na zona norte, a produção de carvão subiu de

60.000 toneladas em setembro para 168.000 em janeiro.

As ferrovias vi

ram H tonelagem de mercadorias trans

portadas aumentar de 142,000 para 187.000, apesar de ter sido necessário suprimir os trens de passageiros. Seis navios partiram dos Estados Uni

dos com destino à França em janeiro ® dez partirão em févereiro, carrega dos de matérias-primas. A colheita de trigo de 1944 foi de 38.500.000 quintais e a de batatas também foi superior à de 1943. Os rebanhos, par ticularmente desfalcados durante a ocupação, estão sendo reconstituídos

As construções navais foram reinicia

das nos arsenais de Chcrburgo e de TonJon, onde 507o dos operários es pecializados já voltaram ao trabalho. O rigoroso inverno que a França atra vessa aumentou as dificuldades, pois

mhcjuio miMO

Renovação Entretanto, a França renovou sua mentalidade econômica A indústria,

a agricultura e o comércio estão convcncido.s <le que certas formas de pro

Avonturus uiiiua repartição pública I^E nunca precisou ir a uma repar tição pública para tratar de um as

De como ura cidadão, penetrando nu ma repartição pública, se vê coibido

dução, ainda ligadas ao antigo siste

sunto, acredite, leitor, que deixou de

nas malhas da aventura e passa por

ma do artesanato, devem ser abando nadas para sempre, assim como a pro

gozar uma da.s mais belas aventuras que a um mortal pode ser dado viver neste país. Muito, muito mais inte ressante do que viajar num trem da

momentos de estranhas e indizíveis emoções.

Central ou da Noroeste.

diferente de assunto cada um dêles

Você chega ao prédio, entra, dá com um salão em que se alinham vá rios gutchês à sua frente. Não há

alguma orientação. O cidadão se aproxima de um guichê, enfia o olhar

nada escrito em nenhum dêles, infor-

por êle: a dois passos ura sujeito,

dução de artigos de luxo. A França possuía uma pequena indústria de ourivesaria, de perfumes, de objetos que

o seu, alto nível de vida lhe permita consumir em grande escala. Por outro lado, a indústria trabalhava ativamen te e produzia satisfatòrianicnte, mas

mando ao interessado a que natureza

atende.

E' arriscar, para conseguir

os francese.s ainda não haviam consi

derado a importância da produção em

série.

Êles produziam maravilhas como os transatlânticos "Normandie e "Pasteur", mas não conseguiam construir navios em série, pequenos

navios- de transporte ou de guerra, que

hoje seriam de grande utilidade ao país. Outros setores industriais, como o têxtil, ainda estavam ligados a fnetodos antiquados, ineficientes nos no.s-

sos dias. A guerra c a ocupação alcmã, destruindo essa estrutura envelhe cida, vieram obrigar a França a reno

veio -reduzir a energia elétrica pelo

var iniciianicntc aua mentalidade e sua organização econômicas. E a re

congelamento das represas e dificul tar os transportes nos rios e canais.

rá à França uma estrutura econômi

Mas, a crise está sendo vencida c a

ca renovada técnica e socialmente.

construção que estamos assistindo da

Vj


5S'

Digesto Econômico Digesto Econômico

54

sentado a uma escrivaninha, tamboríla muito despreocupadamente os de dos sobre a mesa; mais distante, dois outros discutem muito acaloradamente.

— Faz favor...

— O' Coisa, me diga: onde é que é

consegue a custo entabolar conversa

funcionário

informa

O colega se aproxima esclarecedor: — No prédio ao lado.

olimpica

— Quê? No prédio ao lado?

mente:

O sujeito da escrevanínha dá uma olhadela, não toma conhecimento. Os outros dois nem dão a olhadela.

A

O cidadão percebe um parafuso soltar-se-lhe dentro do cérebro:

paz repousa sobre a terra; a glória

ra 11... De lá mo mandaram vir aqui.

O cidadão faz nova tentativa:

— Faz favor... — e o eco se per de no salão.

Nada. O cidadão se sente só.

lado. . . Quer apostar? Dou um gol de lambujem. Ahl quero dizer... Aposto 20 contra dez.

— Hein? Mas eu vim de lá ago

asCende ao Senhor nas alturas.

Nada

disso; fica neste prédio mesmo, no primeiro andar. Ou no segundo. — Não, senhor. Fica no prédio ao

— Isso é ali naquele guiché.

O funcionário coça a cabeça, medi

— Feito.

ta um pouco, e — eureka I —■ se íeni*

Vamos casar...

mos aqui o dinheiro.

bra da coi.sa:

Case

Quer disputar

Imediatamente cada um tira a sua

de esperança, ao ver um funcionário

passando... Aquele, aquele atende rá, por certo. Tem cara de ser aces

. caixa de fósforo do bôlso; da caixa de fósforos, três palitos.

sível. Vai chamá-lo, quase chama, mas hesita e espera que chegue mais

— Vamos ver quem é que sai.

O cidadão abandonou os dois e se

M.

perto, ficando a melhor alcance do voz.

Agora;

dirigiu para a escada.

cidadão tem vontade de soltar um

dor.

grito muito patético:

mos tentar aqui.

boa vontade, ouviu o cidadão, e afi nal informou:

— E' no primeiro andar...

outro corredor,

uma escada... Vê uma porta, vira à

— O sr. é um benemérito!...

finalmente

esquerda, vira à direita, é aí. Minto.

Não

é aí.

— O homem aí do guichê? mar um cafèzinho, já volta.

chega a

j

Não"l

Passa pelo

cidadão, a quem lança um olhar mui to condescendente.

Mas não lhe per

gunta por que está ali. Não lhe fico bem.

Não condiz com a sua digni

dade.

Até que o cidadão, vencendo o desâ nimo que se lhe insinua no espírito,

— Onde fica a Secção Tal, fazendo um favor?

O chefe, com uma certeza inabalá vel :

— No primeiro andar, naquele gm-.

chê, logo -na entrada, à mão direita.. O cidadão regressa ao primeiro an

dar e se encaminha para o guiche. Encaminha-se por se encaminhar, porque já alimenta pouca esperança de encontrar o que deseja.

Mas, em

Chega ao guichê, acha-o fechado. Que fazer?

Foi to

Arrisca uma batida com

O cidadão explicou:

o nó do indicador, muito delicada e precavidamente. Não fôsse magoar a pessoa.. . À batida abre-se a porti-

— Não; eu queria saber onde é que

nhola e, detrás dela, aparece um bi

O sujeito lá dó fundo encerra o ;

Por fim, o chefe chega.

dido e meio, vá lá, ora bolas.

é a Secção...

Anda mais um

pouco... Ou é aí mesmo? Eu acho que é aí mesmo. Ou não é?

outra secção? .Espera. O tempo não passa; arrasta-se, parece que parou.

todo caso, perdido por perdido, per*

informou :

sobe uma escada, vira um corredor, passa uma porta, passa outra porta, vira outro corredor, depois mais um

— Isso é ali naquele guichê.

da alma:

Tentou:

Lá do fundo da secção um sujeito

O sr.

O cidadão tira um pêso das costas: — Obrigado, muito obrigado.

E com a comoção a lhe transbordar,,

Deu com um guichê, pensou, va

— Faz favor...

— Deus, ó Deus onde estás que Tu Felizmente surgiu uma criatura de

Come

çou a subi-los. Virou um corredor, passou uma porta, virou outro corre

O funcionário se fizera ao largo; o

Te escondes?

Mediu-a com

os olhos: uns cem degraus.

~0', ó...

O cidadão espera. Virá logo ou não? Ou convinha arriscar e ir a

se achega:

no palito?

e desamparado. Readquire um pouco

Êle saiu, faz <

uns vinte minutos, não demora está aí...

a Secção Tal?

ção com o funcionário a quem apre senta a sua questão.

O

O cidadão tenta:

— Só com o chefe.

Vira-se para um colega:

Corre pressuroso ao outro guiché;

assunto:

gode.

O cidadão pergunta:

— E' aqui a Secção Tal?


5S'

Digesto Econômico Digesto Econômico

54

sentado a uma escrivaninha, tamboríla muito despreocupadamente os de dos sobre a mesa; mais distante, dois outros discutem muito acaloradamente.

— Faz favor...

— O' Coisa, me diga: onde é que é

consegue a custo entabolar conversa

funcionário

informa

O colega se aproxima esclarecedor: — No prédio ao lado.

olimpica

— Quê? No prédio ao lado?

mente:

O sujeito da escrevanínha dá uma olhadela, não toma conhecimento. Os outros dois nem dão a olhadela.

A

O cidadão percebe um parafuso soltar-se-lhe dentro do cérebro:

paz repousa sobre a terra; a glória

ra 11... De lá mo mandaram vir aqui.

O cidadão faz nova tentativa:

— Faz favor... — e o eco se per de no salão.

Nada. O cidadão se sente só.

lado. . . Quer apostar? Dou um gol de lambujem. Ahl quero dizer... Aposto 20 contra dez.

— Hein? Mas eu vim de lá ago

asCende ao Senhor nas alturas.

Nada

disso; fica neste prédio mesmo, no primeiro andar. Ou no segundo. — Não, senhor. Fica no prédio ao

— Isso é ali naquele guiché.

O funcionário coça a cabeça, medi

— Feito.

ta um pouco, e — eureka I —■ se íeni*

Vamos casar...

mos aqui o dinheiro.

bra da coi.sa:

Case

Quer disputar

Imediatamente cada um tira a sua

de esperança, ao ver um funcionário

passando... Aquele, aquele atende rá, por certo. Tem cara de ser aces

. caixa de fósforo do bôlso; da caixa de fósforos, três palitos.

sível. Vai chamá-lo, quase chama, mas hesita e espera que chegue mais

— Vamos ver quem é que sai.

O cidadão abandonou os dois e se

M.

perto, ficando a melhor alcance do voz.

Agora;

dirigiu para a escada.

cidadão tem vontade de soltar um

dor.

grito muito patético:

mos tentar aqui.

boa vontade, ouviu o cidadão, e afi nal informou:

— E' no primeiro andar...

outro corredor,

uma escada... Vê uma porta, vira à

— O sr. é um benemérito!...

finalmente

esquerda, vira à direita, é aí. Minto.

Não

é aí.

— O homem aí do guichê? mar um cafèzinho, já volta.

chega a

j

Não"l

Passa pelo

cidadão, a quem lança um olhar mui to condescendente.

Mas não lhe per

gunta por que está ali. Não lhe fico bem.

Não condiz com a sua digni

dade.

Até que o cidadão, vencendo o desâ nimo que se lhe insinua no espírito,

— Onde fica a Secção Tal, fazendo um favor?

O chefe, com uma certeza inabalá vel :

— No primeiro andar, naquele gm-.

chê, logo -na entrada, à mão direita.. O cidadão regressa ao primeiro an

dar e se encaminha para o guiche. Encaminha-se por se encaminhar, porque já alimenta pouca esperança de encontrar o que deseja.

Mas, em

Chega ao guichê, acha-o fechado. Que fazer?

Foi to

Arrisca uma batida com

O cidadão explicou:

o nó do indicador, muito delicada e precavidamente. Não fôsse magoar a pessoa.. . À batida abre-se a porti-

— Não; eu queria saber onde é que

nhola e, detrás dela, aparece um bi

O sujeito lá dó fundo encerra o ;

Por fim, o chefe chega.

dido e meio, vá lá, ora bolas.

é a Secção...

Anda mais um

pouco... Ou é aí mesmo? Eu acho que é aí mesmo. Ou não é?

outra secção? .Espera. O tempo não passa; arrasta-se, parece que parou.

todo caso, perdido por perdido, per*

informou :

sobe uma escada, vira um corredor, passa uma porta, passa outra porta, vira outro corredor, depois mais um

— Isso é ali naquele guichê.

da alma:

Tentou:

Lá do fundo da secção um sujeito

O sr.

O cidadão tira um pêso das costas: — Obrigado, muito obrigado.

E com a comoção a lhe transbordar,,

Deu com um guichê, pensou, va

— Faz favor...

— Deus, ó Deus onde estás que Tu Felizmente surgiu uma criatura de

Come

çou a subi-los. Virou um corredor, passou uma porta, virou outro corre

O funcionário se fizera ao largo; o

Te escondes?

Mediu-a com

os olhos: uns cem degraus.

~0', ó...

O cidadão espera. Virá logo ou não? Ou convinha arriscar e ir a

se achega:

no palito?

e desamparado. Readquire um pouco

Êle saiu, faz <

uns vinte minutos, não demora está aí...

a Secção Tal?

ção com o funcionário a quem apre senta a sua questão.

O

O cidadão tenta:

— Só com o chefe.

Vira-se para um colega:

Corre pressuroso ao outro guiché;

assunto:

gode.

O cidadão pergunta:

— E' aqui a Secção Tal?


mm 56

Digesto Econômico — E', sim senhor...

O bigode atalha:

O cidadão sente-se renascer; um par de asas rufla-lhe aos ombros; Pao pode sofrear um largo sorriso de satisfação: — Podia me fazer um favor...

Eu

Queria arranjar um documento pú^í'co...

— Desculpe...

Fechamos o expe

diente há cinco minutos.

E desaparece por detrás da portinhola, que se fecha, inexoravelmen

te, na cara do cidadão.

Ignora-se o

Porque «levemos plantar a Hévea

que nesse exato momento êle teria di

por AMANDO MENDES

to em pensamento.

(Autor do livro "A Borracha no Brasil")

JA' em 1907, vai para 40 anos, o Dr. • Jacques Huber, eminente botânico

suíço, que perlustrou c estudou deti damente a flora multifária da Ama

W

zônia, dizia: — "hoje parece quase ocioso insistir na necessidade de cul

tivar a seringueira entre nós, porque todos sentem a importância de tal me dida, única que poderá salvar a nossa

Mostra-se no presente artigo que o problema da borracha brasileira só poderá ser resolvido pelos métodos da agricultura racionalizada, única forma

que nos possibilitará a enfrentar a concorrência das plantações do Orien te e os sucedâneos.

Amazônia:

indústria principal duma ruína certa

1898 .. .

21.900 toneladas

em poucos anos". Com efeito, a borracha deixou de ser um problema "amazônico", para

1912 .. .

42.410 toneladas

1932 .. .

6.SS0 toneladas

1940 .. .

17.480 toneladas

ser um problema "internacional"; com

O uso DO AZEITE NAS REFEIÇÕES

ção máxima do grande Vale, em 1912, para cair na depressão de 1932, cuja

de cultura, também sistematizada.

lenta recuperação atual irá apenas a

Aí estão os algarismos, na sua lin

guagem muda, e por isso mesmo, elo ° azeite de oliva não era usado nas refeições omuQs; etnpregava-se apenas em lâmpadas votivas nas ceri

Verificou-se, como se vê, a produ

a agronomia sistematizada da planta, voltará a ser um problema eminente mente "brasileiro", na sua produção

qüente:

35 mil toneladas.

Da borracha de floresta calcula-se a população florística em 300 milhões

de árvores, ao passo que a de cultura

monias religiosas.

Produção universal.

Descoberto mais tarde o seu valor nutritivo e aconselhado

o seu uso para fins culinários, o azeite, entretanto, não era

acei o pe o povo, que o considerav^ objeto sagrado. Utilizar-se e e para finalidades nao-religiosas era julgado sacrilégio. ^ ^ ouço a pouco, todavia, o seu uso foi penetrando — a prin cipio pe os mms ousados de espírito, a seguir pela aristocracia e en im, epois de 1850, pela camada popular, que generalizou

se eleva a 1 bilhão e 10 milhões . . • (I.OIO.OOO.OOO) de indivíduos.

Plantações: 1898 .. .. 1912 .. ..

o seu emprego.

líiül Ii

1 tonelada

Produção

28.518 toneladas

1932 .. ..

701.360 toneladas

1940 .. ..

1.349.863 toneladas

1944 — Plantações Orientais . . ■

1.500.000 toneladas, se não fôssem it*


mm 56

Digesto Econômico — E', sim senhor...

O bigode atalha:

O cidadão sente-se renascer; um par de asas rufla-lhe aos ombros; Pao pode sofrear um largo sorriso de satisfação: — Podia me fazer um favor...

Eu

Queria arranjar um documento pú^í'co...

— Desculpe...

Fechamos o expe

diente há cinco minutos.

E desaparece por detrás da portinhola, que se fecha, inexoravelmen

te, na cara do cidadão.

Ignora-se o

Porque «levemos plantar a Hévea

que nesse exato momento êle teria di

por AMANDO MENDES

to em pensamento.

(Autor do livro "A Borracha no Brasil")

JA' em 1907, vai para 40 anos, o Dr. • Jacques Huber, eminente botânico

suíço, que perlustrou c estudou deti damente a flora multifária da Ama

W

zônia, dizia: — "hoje parece quase ocioso insistir na necessidade de cul

tivar a seringueira entre nós, porque todos sentem a importância de tal me dida, única que poderá salvar a nossa

Mostra-se no presente artigo que o problema da borracha brasileira só poderá ser resolvido pelos métodos da agricultura racionalizada, única forma

que nos possibilitará a enfrentar a concorrência das plantações do Orien te e os sucedâneos.

Amazônia:

indústria principal duma ruína certa

1898 .. .

21.900 toneladas

em poucos anos". Com efeito, a borracha deixou de ser um problema "amazônico", para

1912 .. .

42.410 toneladas

1932 .. .

6.SS0 toneladas

1940 .. .

17.480 toneladas

ser um problema "internacional"; com

O uso DO AZEITE NAS REFEIÇÕES

ção máxima do grande Vale, em 1912, para cair na depressão de 1932, cuja

de cultura, também sistematizada.

lenta recuperação atual irá apenas a

Aí estão os algarismos, na sua lin

guagem muda, e por isso mesmo, elo ° azeite de oliva não era usado nas refeições omuQs; etnpregava-se apenas em lâmpadas votivas nas ceri

Verificou-se, como se vê, a produ

a agronomia sistematizada da planta, voltará a ser um problema eminente mente "brasileiro", na sua produção

qüente:

35 mil toneladas.

Da borracha de floresta calcula-se a população florística em 300 milhões

de árvores, ao passo que a de cultura

monias religiosas.

Produção universal.

Descoberto mais tarde o seu valor nutritivo e aconselhado

o seu uso para fins culinários, o azeite, entretanto, não era

acei o pe o povo, que o considerav^ objeto sagrado. Utilizar-se e e para finalidades nao-religiosas era julgado sacrilégio. ^ ^ ouço a pouco, todavia, o seu uso foi penetrando — a prin cipio pe os mms ousados de espírito, a seguir pela aristocracia e en im, epois de 1850, pela camada popular, que generalizou

se eleva a 1 bilhão e 10 milhões . . • (I.OIO.OOO.OOO) de indivíduos.

Plantações: 1898 .. .. 1912 .. ..

o seu emprego.

líiül Ii

1 tonelada

Produção

28.518 toneladas

1932 .. ..

701.360 toneladas

1940 .. ..

1.349.863 toneladas

1944 — Plantações Orientais . . ■

1.500.000 toneladas, se não fôssem it*


lí i'•r'~

58

Dígetto Económito *

sucÂMino

l

terrompidas, com a agressão nipônica.

precioso, sem atender ao lado racio

Brasil (estimativa)

35.000 toneladas

te e inadiável.

Outros países: (estimativa) .. ..

50.000 toneladas

nicalidadc

nal da agricultura, para nós premen Sim, sem o nosso excesso de "tec-

— bretões, bátavõs e ou

tros, — gente prática, — de 1898 para

A estimativa do consumo de apósguerra:

Estados Unidos .. 1.700.000toneladas Grã-Bretanha e Canadá

Outros países e Brasil

400.000 toneladas

As coiifliisõos «Ia Conferência «le Chicíi^o

cá, pos.sibilitaram o avanço estarrecedor do transporte e da viatura, suprin do e alimentando ainda, largamente, a indústria do mundo, com um produto, não só instantemente carecido, mais e

por MATIAS ARRU0AO (Especial para o "Digesto Econômico")

jyjESMO antes da terminação

400.000 toneladas

Eaí resultará o "déficit" de 915.000

das iniciaram a guerra econômica, que transparece mais nitidamente no setor

ra, insubstituível.

O retorno dos

da

guerra militar as nações ora alia

mais todos os dias, senão que, até ago seringais da Ásia,

não destruídos pelos amarelos,'signi

aeronáutico.

toneladas ou sejam 305 milhões de se

ficará 1.500.000 toneladas atiradas ao

ringueiras a plantar, calculada a pro

futuro reserva à aviação civil um de

consumo. E, então, veremos, de novo.

senvolvimento que

a indústria ianque, voraz, como. as de

paralelo em nenhuma outra atividade

dução de 3 quilos apenas por árvore, de borracha crua, na opinião de Hu-

ber.

Êsse o panorama que se nos deronta, de um programa cuja execução estamos a adiar, perdendo um tempo

Ninguém ignora que o

nunca encontrou

outros países, na febre de reconstru

humana — porque o aeroplano, em

ção, recorrer apenas aós "substitu

quarenta e poucos anos, fêz com que

tos"

o homem voasse

c "sucedâneos" para cobrir

aquele "déficit" entre a produção e

mais

alto que as

águias e os condores, mais rápido que o beija-flor e alcançasse distâncias maiores que a voada pelas aves mi-

consumo.

gradoras mais resistentes.

Realmente, foi em 1909 que Ble-

ti

^GRAVA-SE a situação da gasolina e do óleo combustível na ^Alemanha.

Mesmo os meios diplomáticos encontram difi

culdades, nao os obtendo pelas vias normais. Somente são ven didos juntamente com licor, cigarros e café. Com referência ao primeiro,, a base de venda é a seguinte: 8 galões de gasolina para um quarto de licor.

w

parte o Brasil, terá por missão dar os passos preliminares para que a guerra

econômica que se delineia entre as po tências aeronáuticas não se transfor

me numa outra conflíigração militar,

igualmente de âmbito mundial. se sabe o que mais admirar — se a extensão ou se a rapidez da conquis ta do ar pelo homem. Atualmente distâncias maiores são

percorridas, e o que ontem era recorde hoje não passa de um feitiJ banal, como a primeira travessia co

mercial do Atlântico, que constituiu

riot, provocando manifestações de en

em 1930, uma proeza do incomparável

tusiasmo e assombro no mundo intei

Mermoz e que hoje é feita em vôos de rotina por aeronaves de carreira ou de

ro, atravessou pela primeira vez o Ca

GASOLINA E LICORES

A Organização Internacional Aérea,

recentemente constituída e de que faZ

nal da Mancha. Calais a Dover, numa extensão de 38 quilômetros no coman

utilização militar.

do de seu fragilissimo "Voisin". En tre, essa data e êsse feito de um lado, e do outro o vôo do russo Lewanes-

nova ..luta, semelhante à que agitou o

ki, em 1937 (último recorde homolo gado), que de Moscou alcançou os E.

O Direito Internacional, repositório de doutrinas sempre relegadas a um

U. A. através do Polo, realizando um

segundo plano quando falam os ca

salto único de 10.300 quilômetros, vai diferença tat» extraordinária que não

nhões e as metralhadoras, até recen

Por isso, a aviação desencadeia uuui

mundo quando se cogitou da liberdade dos mares.

temente ignorava a existência do ter-


lí i'•r'~

58

Dígetto Económito *

sucÂMino

l

terrompidas, com a agressão nipônica.

precioso, sem atender ao lado racio

Brasil (estimativa)

35.000 toneladas

te e inadiável.

Outros países: (estimativa) .. ..

50.000 toneladas

nicalidadc

nal da agricultura, para nós premen Sim, sem o nosso excesso de "tec-

— bretões, bátavõs e ou

tros, — gente prática, — de 1898 para

A estimativa do consumo de apósguerra:

Estados Unidos .. 1.700.000toneladas Grã-Bretanha e Canadá

Outros países e Brasil

400.000 toneladas

As coiifliisõos «Ia Conferência «le Chicíi^o

cá, pos.sibilitaram o avanço estarrecedor do transporte e da viatura, suprin do e alimentando ainda, largamente, a indústria do mundo, com um produto, não só instantemente carecido, mais e

por MATIAS ARRU0AO (Especial para o "Digesto Econômico")

jyjESMO antes da terminação

400.000 toneladas

Eaí resultará o "déficit" de 915.000

das iniciaram a guerra econômica, que transparece mais nitidamente no setor

ra, insubstituível.

O retorno dos

da

guerra militar as nações ora alia

mais todos os dias, senão que, até ago seringais da Ásia,

não destruídos pelos amarelos,'signi

aeronáutico.

toneladas ou sejam 305 milhões de se

ficará 1.500.000 toneladas atiradas ao

ringueiras a plantar, calculada a pro

futuro reserva à aviação civil um de

consumo. E, então, veremos, de novo.

senvolvimento que

a indústria ianque, voraz, como. as de

paralelo em nenhuma outra atividade

dução de 3 quilos apenas por árvore, de borracha crua, na opinião de Hu-

ber.

Êsse o panorama que se nos deronta, de um programa cuja execução estamos a adiar, perdendo um tempo

Ninguém ignora que o

nunca encontrou

outros países, na febre de reconstru

humana — porque o aeroplano, em

ção, recorrer apenas aós "substitu

quarenta e poucos anos, fêz com que

tos"

o homem voasse

c "sucedâneos" para cobrir

aquele "déficit" entre a produção e

mais

alto que as

águias e os condores, mais rápido que o beija-flor e alcançasse distâncias maiores que a voada pelas aves mi-

consumo.

gradoras mais resistentes.

Realmente, foi em 1909 que Ble-

ti

^GRAVA-SE a situação da gasolina e do óleo combustível na ^Alemanha.

Mesmo os meios diplomáticos encontram difi

culdades, nao os obtendo pelas vias normais. Somente são ven didos juntamente com licor, cigarros e café. Com referência ao primeiro,, a base de venda é a seguinte: 8 galões de gasolina para um quarto de licor.

w

parte o Brasil, terá por missão dar os passos preliminares para que a guerra

econômica que se delineia entre as po tências aeronáuticas não se transfor

me numa outra conflíigração militar,

igualmente de âmbito mundial. se sabe o que mais admirar — se a extensão ou se a rapidez da conquis ta do ar pelo homem. Atualmente distâncias maiores são

percorridas, e o que ontem era recorde hoje não passa de um feitiJ banal, como a primeira travessia co

mercial do Atlântico, que constituiu

riot, provocando manifestações de en

em 1930, uma proeza do incomparável

tusiasmo e assombro no mundo intei

Mermoz e que hoje é feita em vôos de rotina por aeronaves de carreira ou de

ro, atravessou pela primeira vez o Ca

GASOLINA E LICORES

A Organização Internacional Aérea,

recentemente constituída e de que faZ

nal da Mancha. Calais a Dover, numa extensão de 38 quilômetros no coman

utilização militar.

do de seu fragilissimo "Voisin". En tre, essa data e êsse feito de um lado, e do outro o vôo do russo Lewanes-

nova ..luta, semelhante à que agitou o

ki, em 1937 (último recorde homolo gado), que de Moscou alcançou os E.

O Direito Internacional, repositório de doutrinas sempre relegadas a um

U. A. através do Polo, realizando um

segundo plano quando falam os ca

salto único de 10.300 quilômetros, vai diferença tat» extraordinária que não

nhões e as metralhadoras, até recen

Por isso, a aviação desencadeia uuui

mundo quando se cogitou da liberdade dos mares.

temente ignorava a existência do ter-


«o

<^eiro elemento — ar — na. sua função

^'sciplinadora das relações políticas <ios povos civilizados. E dela, da arte

Da luta dos leões contam os peque

cidade de carga c grande raio de ação,

nos tirar o máximo proveito.

enquanto os ingleses ficaram com al guns pouco.s tipos incgàvclmente bons, para os quais têm feito intensa

navegar os ares, o mundo espera

"•^nia transformação completa que em "vcz de desunir ponha em contato to-

^os os trabalhadores, proporcionando ^os proprietários das linhas aéreas "Vantagens econômicas e às suas res

petivas nações invejáveis posições, de poderio e de prestígio nas zonas sob sua influência.

i'

que o avião é um instrumento

^ de penetração política nenhuma duvi-

A conferência internacional de aviação

e inteligente propaganda, mas que no

Foi para resolver a situação que se

conjunto não podem ser comparados aos tipos da grande nação americana.

reuniu em Chicago a Conferência In

ternacional de Aviação, de que o Bra sil

também

tivo.

rance", fenômeno que também ocor reu na

Alemanha com a "Deutsche

Lufthansa", na Itália com a "Ala Lít-

toria" e até na Inglaterra, com a ^rítish Overseas", que não sendo 1j ^ única é todavia a principal, diretauiente inspirada pelo governo..

^ Por isso, enquanto se estudam os

A Inglaterra, jogando com sua in vejável posição geográfica, e acenan do com uma possível aliança com a França, procura dominar o adversá

Para que se compreenda o desfecho

mister um ligeiro retrospecto, a fim

I

Na Conferência de Chicago, pois, os dois adversários lutaram, pleiteando cada qual ponto-de-vista oposto.

cinqüenta nações, excetuada a U. R.

»nanceiras desapareceram como entida des autônomas para dar lugar à "Air

cem de complicações inúteis, faz-se

rio com a criação de um organismo internacional com funções amplíssi

de que o leitor desde logo apreenda

mas, — como sejam as de fixar as hnhas, número de vôos, nacionalidade das aeronaves, decidindo enfim tudo quanto diga respeito à aviação comer

o sentido da atual política aeronáutica. Um acordo estritamente militar re

servou

à

Inglaterra o fabrico de

aviões de caça, enquanto os Estados

Unidos deviam desincumbir-se da pro dução em larga escala de aeroplanos de bombardeio. Divisão do trabalho

indispensável ao bom andamento das

tâncias, péso, tempo máximo de vida dos aparelhos dc vôo, regulamentação da hora internacional, etc. A Conferência não surtiu os resul

tados desejados pela Inglaterra, como também não favoreceu completamen te os Estados Unidos, embora coubes sem a estes os louros da vitória. Não se resolvendo coisa alguma no terre

no da política aérea internacional, ü-

S. S., cujo afastamento é significa

dessa Conferência, que os telegramas e comentários quase sempre entrete-

^ropostale" e todas as empresas fi-

Dois adversários

participou, com outras

I da pode subsistir. Foi por motivos ( P'^bticos que a "Compagnie Generale

^

61

Digesto Econômico

Digesto Econômico

i 4

cou tudo mais ou menos como dantes,

isto é, cada nação com a sua própria

liberdade de ação. Conseguiu-se mui ta coisa no terreno técnico, como a

codificação das regras principais dc vôo comercial, anteriormente disper sas e elaboradas sem um sistema apli cável aos demais paises, mesmo os vi- •

zinhos.

"Pela primeira vez temos

uma Carta Universal, ou Código dc Navegação Aérea, aceito por tódas a? nações, e que é absolutamente essen

cial como base para uma aviaçãa

cial, visando os ingleses com tal orga nismo, aparentemente, "evitar a con

mundial" — disse Lord Swinton, M'" nistro da Aviação Civil, ao responder

corrência anti-eccnómíca ".

a uma interpelação na Câmara dos

Os

Estados

Unidos,

defendendo

Lordes.

íêrmos da rendição da Alemanha na

operações bélicas; — os "Spitfire" e

zista, Inglaterra e Estados Unidos

"Hurricane" .sempre se revelaram su

plena quanto ao lançamento e manu

disputam na surdina a primasia dos

periores aos aparelhos de caça norte-

tenção das linhas aéreas. Cada nação

ares, porque uma aviação comercial

americanos, enquanto os "Consolida-

que se articule com aquelas a que se li

O Brasil permaneceu coerente con^ sua atitude anterior e não modiíicoií

orientação oposta, preferem liberdade E o Brasil?

bem desenvolvida significa uma boa

tcd", "Liberators

gue pelos seus interêsses, independen

seus pontos-de-vista anteriormente as

aviação militar, o conhecimento do território vizinho, além do resultado

tros levavam vantagem quando com

temente do "referendam" de

qual

sentados.

parados aos de igual categoria de fa

quer organismo internacional.

Livre

natural dessa exploração, isto é, o ren

bricação britânica.

concorrência, liberdade do ar e uma associação internacional visando ape

capaz de decidir sôbre a conveniência do estabelecimento de uma ou mais H' nhas -de navegação aérea sòbre o

dimento econômico.

"Boeing" e ou

Daí esta conseqüência: — a rendi

Outras nações também intentam participar da luta, mas é óbvio que

ção germânica vem apanhar os norteamericanos com excelentes aviÕes-

nas regulamentar as questões técni cas — limite de cargas, nomenclatu

seus planos são puramente defensivo.''

tran.sportes, dotados de enorme capa-

ras e medidas padronizadas de dis lãk.

Aqui, o único organísm<^

território nacional é o governo í®' deral. Êle sempre agiu com liberdade» contratando com as empresas


«o

<^eiro elemento — ar — na. sua função

^'sciplinadora das relações políticas <ios povos civilizados. E dela, da arte

Da luta dos leões contam os peque

cidade de carga c grande raio de ação,

nos tirar o máximo proveito.

enquanto os ingleses ficaram com al guns pouco.s tipos incgàvclmente bons, para os quais têm feito intensa

navegar os ares, o mundo espera

"•^nia transformação completa que em "vcz de desunir ponha em contato to-

^os os trabalhadores, proporcionando ^os proprietários das linhas aéreas "Vantagens econômicas e às suas res

petivas nações invejáveis posições, de poderio e de prestígio nas zonas sob sua influência.

i'

que o avião é um instrumento

^ de penetração política nenhuma duvi-

A conferência internacional de aviação

e inteligente propaganda, mas que no

Foi para resolver a situação que se

conjunto não podem ser comparados aos tipos da grande nação americana.

reuniu em Chicago a Conferência In

ternacional de Aviação, de que o Bra sil

também

tivo.

rance", fenômeno que também ocor reu na

Alemanha com a "Deutsche

Lufthansa", na Itália com a "Ala Lít-

toria" e até na Inglaterra, com a ^rítish Overseas", que não sendo 1j ^ única é todavia a principal, diretauiente inspirada pelo governo..

^ Por isso, enquanto se estudam os

A Inglaterra, jogando com sua in vejável posição geográfica, e acenan do com uma possível aliança com a França, procura dominar o adversá

Para que se compreenda o desfecho

mister um ligeiro retrospecto, a fim

I

Na Conferência de Chicago, pois, os dois adversários lutaram, pleiteando cada qual ponto-de-vista oposto.

cinqüenta nações, excetuada a U. R.

»nanceiras desapareceram como entida des autônomas para dar lugar à "Air

cem de complicações inúteis, faz-se

rio com a criação de um organismo internacional com funções amplíssi

de que o leitor desde logo apreenda

mas, — como sejam as de fixar as hnhas, número de vôos, nacionalidade das aeronaves, decidindo enfim tudo quanto diga respeito à aviação comer

o sentido da atual política aeronáutica. Um acordo estritamente militar re

servou

à

Inglaterra o fabrico de

aviões de caça, enquanto os Estados

Unidos deviam desincumbir-se da pro dução em larga escala de aeroplanos de bombardeio. Divisão do trabalho

indispensável ao bom andamento das

tâncias, péso, tempo máximo de vida dos aparelhos dc vôo, regulamentação da hora internacional, etc. A Conferência não surtiu os resul

tados desejados pela Inglaterra, como também não favoreceu completamen te os Estados Unidos, embora coubes sem a estes os louros da vitória. Não se resolvendo coisa alguma no terre

no da política aérea internacional, ü-

S. S., cujo afastamento é significa

dessa Conferência, que os telegramas e comentários quase sempre entrete-

^ropostale" e todas as empresas fi-

Dois adversários

participou, com outras

I da pode subsistir. Foi por motivos ( P'^bticos que a "Compagnie Generale

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Digesto Econômico

Digesto Econômico

i 4

cou tudo mais ou menos como dantes,

isto é, cada nação com a sua própria

liberdade de ação. Conseguiu-se mui ta coisa no terreno técnico, como a

codificação das regras principais dc vôo comercial, anteriormente disper sas e elaboradas sem um sistema apli cável aos demais paises, mesmo os vi- •

zinhos.

"Pela primeira vez temos

uma Carta Universal, ou Código dc Navegação Aérea, aceito por tódas a? nações, e que é absolutamente essen

cial como base para uma aviaçãa

cial, visando os ingleses com tal orga nismo, aparentemente, "evitar a con

mundial" — disse Lord Swinton, M'" nistro da Aviação Civil, ao responder

corrência anti-eccnómíca ".

a uma interpelação na Câmara dos

Os

Estados

Unidos,

defendendo

Lordes.

íêrmos da rendição da Alemanha na

operações bélicas; — os "Spitfire" e

zista, Inglaterra e Estados Unidos

"Hurricane" .sempre se revelaram su

plena quanto ao lançamento e manu

disputam na surdina a primasia dos

periores aos aparelhos de caça norte-

tenção das linhas aéreas. Cada nação

ares, porque uma aviação comercial

americanos, enquanto os "Consolida-

que se articule com aquelas a que se li

O Brasil permaneceu coerente con^ sua atitude anterior e não modiíicoií

orientação oposta, preferem liberdade E o Brasil?

bem desenvolvida significa uma boa

tcd", "Liberators

gue pelos seus interêsses, independen

seus pontos-de-vista anteriormente as

aviação militar, o conhecimento do território vizinho, além do resultado

tros levavam vantagem quando com

temente do "referendam" de

qual

sentados.

parados aos de igual categoria de fa

quer organismo internacional.

Livre

natural dessa exploração, isto é, o ren

bricação britânica.

concorrência, liberdade do ar e uma associação internacional visando ape

capaz de decidir sôbre a conveniência do estabelecimento de uma ou mais H' nhas -de navegação aérea sòbre o

dimento econômico.

"Boeing" e ou

Daí esta conseqüência: — a rendi

Outras nações também intentam participar da luta, mas é óbvio que

ção germânica vem apanhar os norteamericanos com excelentes aviÕes-

nas regulamentar as questões técni cas — limite de cargas, nomenclatu

seus planos são puramente defensivo.''

tran.sportes, dotados de enorme capa-

ras e medidas padronizadas de dis lãk.

Aqui, o único organísm<^

território nacional é o governo í®' deral. Êle sempre agiu com liberdade» contratando com as empresas


62

^*íe«to Econômico

que julgou conveniente contratar, es tipulando o número de vôos, aprovando-lhes os tipos de aeronaves, etc.. Êsse regime deu sempre os melhores resultados, e não entrando o Brasil

na luta política senão para defender-

se preferiu êle ficar onde estava, onde sua experiência lhe dizia que era m*ilhor ficar.

Graças a essa orientação, somente pelo litoral as companhias de aviação não brasileiras poderão estabelecer suas linhas, assim mesmo sem fazer

cabotagem. As rotas do interior são reservadas às aeronaves de matrícula

brasileira, só tendo havido uma exce ção para a "Pan American Airways".

concedida porque na ocasião grandes vantagens devia o Brasil auferir des

Outras medídí

De outro lado, quando percorrem o litoral, devem as aeronaves de matrí cula estrangeira ter a bordo um físca' de rota, brasileiro nato. que proceHa à necessária polícia de vôo Adotando o princípio da nacionali zação dos pilotos nas empresas de na

vegação aérea brasileiras, conseguiu o governo federal, cm poucos anos, todos os pilotos e todos os demais membros das tripulações de aeropla-

não sendo por conseguinte essa ati

que decida sobre quais empresas es trangeiras deverão trafegar* no Brasil

ao desistir espontaneamente dessa li nha, agora que sentiu desnecessária

ou qual a freqüência de vôo, de forma a dar compensação às emprêsas de outros países que desejeni operar no

americanos da PAA um elogio do Mimstro da Aeronáutica pelo seu gesto nobílitante, que revela o aca tamento à legislação brasileira".

Afora essa exceção, aberta em fun ção de um determinado momento, ne • nhuma outra companhia estrangeira

circula pelo interior do Brasil, não sendo considerado "circulação" o vôo via Foz do Iguaçu, que tem por ob jetivo "sàir" do território nacional.

borar o Código Aeronáutico a que se referiu Lord Swinton, estipulando re

países componentes dessa Organiza

gras de caráter sanitário e referentes

cuja missão consiste eni dar os pas sos- preliminares para que a guerra econômica que se delineia entre as po

à segurança dos vôos comerciais. O Brasil, com os Estados Unidos, a Grã-Bretanha, a Holanda, a França,

ção Internacional Aérea Provisória,

tências auronáuticas, não se transfor

o México, a Bélgica e... a União So

me daqui a vinte e cinco anos numa

viética — que a despeito de não ha

outra e terrível conflagração militar,

ver comparecido à Conferência, toda

outra vez de âmbito mundial.

Dispensável, por conseguinte, a tu

tude, a rigor, uma exceção. Aliás,

tem

via foi eleita — constitui um dos oito

carecimentos.

sa Imha, como de fato dela 'auferiu,

nas ações, mereceram os norte-

Aérea Provisória, cujo objetivo é ela

nos comerciais de matrícula nacional sejam brasileiros nato.s, fato a respei to do qual se tornam inúteis os en-

tela dc um organismo internacional

sua contribuição direta, dado o de senvolvimento da companhia subsidiá -

63

Dígesto Econômico

Brasil ou alhures .

A Conferência de Chicago, não re vogando, como não revogou, os prin cípios de direito aeronáutico até en

tão e até agora vigentes, prestigiou tácita, mas incontestàvelmente, o pon

to de vista dos Estados Unidos, que não advogam outra coisa senão a li

vre concorrência, deixando aos Esta dos interessados a assinatura de acor dos bilaterais, conforme a conveniên cia de cada um.

Deliberou-se também a constituição de uma Organização Internacional'

TÉCNICA DE VENDA

o segredo do êxito numa venda está na maneira de se "en

trar** np freguês — é o lema com que se conduz o Afonso, na sua faina de cambista de loteria que bate a cidade diariamente, tanto o centro como certos bairros, a| fim de ajuntar, ao fim do dia, iimas férias razoáveis.

Ao abordar o freguês, prefere chegar sorrateiramente pelas costas, sussurrando-lhe quase ao ouvidot — Lhe interessam 200 contos?

O cidadão volta-se num sobressalto; ai Afonso esclarece, apresentando-lhe a loteria: — E' só comprar este bilhete...


62

^*íe«to Econômico

que julgou conveniente contratar, es tipulando o número de vôos, aprovando-lhes os tipos de aeronaves, etc.. Êsse regime deu sempre os melhores resultados, e não entrando o Brasil

na luta política senão para defender-

se preferiu êle ficar onde estava, onde sua experiência lhe dizia que era m*ilhor ficar.

Graças a essa orientação, somente pelo litoral as companhias de aviação não brasileiras poderão estabelecer suas linhas, assim mesmo sem fazer

cabotagem. As rotas do interior são reservadas às aeronaves de matrícula

brasileira, só tendo havido uma exce ção para a "Pan American Airways".

concedida porque na ocasião grandes vantagens devia o Brasil auferir des

Outras medídí

De outro lado, quando percorrem o litoral, devem as aeronaves de matrí cula estrangeira ter a bordo um físca' de rota, brasileiro nato. que proceHa à necessária polícia de vôo Adotando o princípio da nacionali zação dos pilotos nas empresas de na

vegação aérea brasileiras, conseguiu o governo federal, cm poucos anos, todos os pilotos e todos os demais membros das tripulações de aeropla-

não sendo por conseguinte essa ati

que decida sobre quais empresas es trangeiras deverão trafegar* no Brasil

ao desistir espontaneamente dessa li nha, agora que sentiu desnecessária

ou qual a freqüência de vôo, de forma a dar compensação às emprêsas de outros países que desejeni operar no

americanos da PAA um elogio do Mimstro da Aeronáutica pelo seu gesto nobílitante, que revela o aca tamento à legislação brasileira".

Afora essa exceção, aberta em fun ção de um determinado momento, ne • nhuma outra companhia estrangeira

circula pelo interior do Brasil, não sendo considerado "circulação" o vôo via Foz do Iguaçu, que tem por ob jetivo "sàir" do território nacional.

borar o Código Aeronáutico a que se referiu Lord Swinton, estipulando re

países componentes dessa Organiza

gras de caráter sanitário e referentes

cuja missão consiste eni dar os pas sos- preliminares para que a guerra econômica que se delineia entre as po

à segurança dos vôos comerciais. O Brasil, com os Estados Unidos, a Grã-Bretanha, a Holanda, a França,

ção Internacional Aérea Provisória,

tências auronáuticas, não se transfor

o México, a Bélgica e... a União So

me daqui a vinte e cinco anos numa

viética — que a despeito de não ha

outra e terrível conflagração militar,

ver comparecido à Conferência, toda

outra vez de âmbito mundial.

Dispensável, por conseguinte, a tu

tude, a rigor, uma exceção. Aliás,

tem

via foi eleita — constitui um dos oito

carecimentos.

sa Imha, como de fato dela 'auferiu,

nas ações, mereceram os norte-

Aérea Provisória, cujo objetivo é ela

nos comerciais de matrícula nacional sejam brasileiros nato.s, fato a respei to do qual se tornam inúteis os en-

tela dc um organismo internacional

sua contribuição direta, dado o de senvolvimento da companhia subsidiá -

63

Dígesto Econômico

Brasil ou alhures .

A Conferência de Chicago, não re vogando, como não revogou, os prin cípios de direito aeronáutico até en

tão e até agora vigentes, prestigiou tácita, mas incontestàvelmente, o pon

to de vista dos Estados Unidos, que não advogam outra coisa senão a li

vre concorrência, deixando aos Esta dos interessados a assinatura de acor dos bilaterais, conforme a conveniên cia de cada um.

Deliberou-se também a constituição de uma Organização Internacional'

TÉCNICA DE VENDA

o segredo do êxito numa venda está na maneira de se "en

trar** np freguês — é o lema com que se conduz o Afonso, na sua faina de cambista de loteria que bate a cidade diariamente, tanto o centro como certos bairros, a| fim de ajuntar, ao fim do dia, iimas férias razoáveis.

Ao abordar o freguês, prefere chegar sorrateiramente pelas costas, sussurrando-lhe quase ao ouvidot — Lhe interessam 200 contos?

O cidadão volta-se num sobressalto; ai Afonso esclarece, apresentando-lhe a loteria: — E' só comprar este bilhete...


'M

65

Digetto Econômico

] 'A\S2\0

Esta conflagração mundial ainda es tá longe do seu desfecho. Ninguém

Am «rica

pode prever o tempo necessário à con quista da Alemanha e do Japão; mas, sem que nos importe o fator tempo,

— comunidade fie naçfles livres

ra, na Europa como na -Ásia, tão ne cessário ao csmagamento do poderio

A ^'^ANDO a presidência do "InAsviComniittee",Financial faço-o and consciente

- Q ^*^^®P°"sabilidadcs que pesatn sôbre Co n ^ profundo aprê1,-1. acervo relevantíssimos traa'hos por êle de realizados.

dadl"^"' emin

outca responsabili-

A

te, pronunciou, em janeiro último, pe

Intensificação do fabrico de material bélico

emas impostos às Repúblicas

^mencanas pela guerra. A par de

e arraigada afeição, o

crie tem grande confiança nos

P ses deste Hemisfério e, agora esmo, vai ocupar o seu pôsto Embaixador no Brasil.

de

^onomia de guerra para as nações da América

Os problemas econômicos e fínanceiob déste Continente, agravados pela Suerra na Europa, foram bem previs to" pelos Chanceleres das vinte e

uma Repúblicas Americanas, em se tembro de 1939, quando este Comitê

íoi fundado. Êles compreenderam a

Com

base

numa ação drástica ft

enérgica da parte do seu Governo, os

consumidores da frente interna, a pre ços

convenientemente

controlados.

Basta uma comparação entre os pre

considera

ções que publicamos sôbre a situação

Nestas condições, faz-se preciso que

atual e o futuro das nações do Novo

' as Nações Unidas se devotem cada vez

Mundo.

níais ao fabrico de materiais bélicos, como também ao aumento dos meios

de substituir ao

ZT A.o seu BerleesfôrJr., Z tanto contribuiu, com e o seu saber, para a solução dos

gêneros necessários

tribuição dos gêneros necessários aos

rante uma assembléia do Comitê Con sultivo Econômico e Financeiro Inte-

oportunas

Preçoi controlado* para os

Estados Unidos têm conseguido a dis

■ militar do Eixo.

O Autor, subsecretário de Estado ds grande República da América do Nor

ramericano, as

titui a finalidade dêste Comitê.

podemos ver um raio luminoso na in tensificação do nosso esfòrço de guer

por NELSON A. ROCKEFELLER

so

" Cumpre-nos lutar firmemente con

tra ambos os males, o que, aliás, cons

ços dos alimentos durante a guerra

passada e a presente para se compre ender o que se pode realizar com o fito de evitar tendências inílacionis-

necessidade de um estudo permanente desses problemas, bem como a articu

de transporte para a condução de ho

tas, mesmo sob os efeitos de uma guer

mens, aeroplanos, tanques, canhões,

ra total.

lação de idéias e planos para fortale

munições e víveres para as frentes de batalha, assim como alimento e arti gos de consumo para as nações liber tadas do inimigo e que sofreram o seu

Alguns países das Américas Central e do Sul têm conseguido controlar os

cer a defesa do Hemisfério e preparar tôdas as nações livres das Américas

para uma economia de guerra. E êste Comitê ficou incumbido do prepa

ro de tôdas as fórmulas políticas ca pazes de criar sólidas relações eco

êste período de guerra têm assistido a uma ôlevação de 50 a 400% nos pre

ataque.

jf Controle na frente interna -

Isto significa que os víveres, como outros gêneros de consumo, escassea-

Froblemfts comuns

rão constantemente

neira entrelaçadas que um conflito entre qualquer uma delas gera proble

Principais causas da inflação

e, salvo se nos

díspusermos a um controle rigoroso As nações do globo, c as dêste Con tinente em particular,, estão de tal ma

ços dos seus víveces e gêneros de pri meira necessidade.

nômicas entre as Repúblicas, duran te a guerra.

preços de modo a evitar uma infla ção séria. Outros, porém, durante

sôbre nossos abastecimentos na fren

te interna, fazendo com que os for

As causaa provocadoras de inflação avultam em número, contando-se, en tre as principais, o excesso da expor

necimentos sejam equitativos e a pre

tação sôbre a importação, as grandes somas dispendidas para pag.-unento de materiais indispensáveis para a guer ra, escassez de gêneros alimentícios ® artigos de consumo para a importa-

mas econômicos e financeiros para as

ços razoáveis, a inflação tomará cor po, obrigando-nos a enfrentar os pro

demais, que se tornam tanto mais

blemas de uma deflação perigosa no

críticos com o progresso da luta.

período de após-guerra.


'M

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Digetto Econômico

] 'A\S2\0

Esta conflagração mundial ainda es tá longe do seu desfecho. Ninguém

Am «rica

pode prever o tempo necessário à con quista da Alemanha e do Japão; mas, sem que nos importe o fator tempo,

— comunidade fie naçfles livres

ra, na Europa como na -Ásia, tão ne cessário ao csmagamento do poderio

A ^'^ANDO a presidência do "InAsviComniittee",Financial faço-o and consciente

- Q ^*^^®P°"sabilidadcs que pesatn sôbre Co n ^ profundo aprê1,-1. acervo relevantíssimos traa'hos por êle de realizados.

dadl"^"' emin

outca responsabili-

A

te, pronunciou, em janeiro último, pe

Intensificação do fabrico de material bélico

emas impostos às Repúblicas

^mencanas pela guerra. A par de

e arraigada afeição, o

crie tem grande confiança nos

P ses deste Hemisfério e, agora esmo, vai ocupar o seu pôsto Embaixador no Brasil.

de

^onomia de guerra para as nações da América

Os problemas econômicos e fínanceiob déste Continente, agravados pela Suerra na Europa, foram bem previs to" pelos Chanceleres das vinte e

uma Repúblicas Americanas, em se tembro de 1939, quando este Comitê

íoi fundado. Êles compreenderam a

Com

base

numa ação drástica ft

enérgica da parte do seu Governo, os

consumidores da frente interna, a pre ços

convenientemente

controlados.

Basta uma comparação entre os pre

considera

ções que publicamos sôbre a situação

Nestas condições, faz-se preciso que

atual e o futuro das nações do Novo

' as Nações Unidas se devotem cada vez

Mundo.

níais ao fabrico de materiais bélicos, como também ao aumento dos meios

de substituir ao

ZT A.o seu BerleesfôrJr., Z tanto contribuiu, com e o seu saber, para a solução dos

gêneros necessários

tribuição dos gêneros necessários aos

rante uma assembléia do Comitê Con sultivo Econômico e Financeiro Inte-

oportunas

Preçoi controlado* para os

Estados Unidos têm conseguido a dis

■ militar do Eixo.

O Autor, subsecretário de Estado ds grande República da América do Nor

ramericano, as

titui a finalidade dêste Comitê.

podemos ver um raio luminoso na in tensificação do nosso esfòrço de guer

por NELSON A. ROCKEFELLER

so

" Cumpre-nos lutar firmemente con

tra ambos os males, o que, aliás, cons

ços dos alimentos durante a guerra

passada e a presente para se compre ender o que se pode realizar com o fito de evitar tendências inílacionis-

necessidade de um estudo permanente desses problemas, bem como a articu

de transporte para a condução de ho

tas, mesmo sob os efeitos de uma guer

mens, aeroplanos, tanques, canhões,

ra total.

lação de idéias e planos para fortale

munições e víveres para as frentes de batalha, assim como alimento e arti gos de consumo para as nações liber tadas do inimigo e que sofreram o seu

Alguns países das Américas Central e do Sul têm conseguido controlar os

cer a defesa do Hemisfério e preparar tôdas as nações livres das Américas

para uma economia de guerra. E êste Comitê ficou incumbido do prepa

ro de tôdas as fórmulas políticas ca pazes de criar sólidas relações eco

êste período de guerra têm assistido a uma ôlevação de 50 a 400% nos pre

ataque.

jf Controle na frente interna -

Isto significa que os víveres, como outros gêneros de consumo, escassea-

Froblemfts comuns

rão constantemente

neira entrelaçadas que um conflito entre qualquer uma delas gera proble

Principais causas da inflação

e, salvo se nos

díspusermos a um controle rigoroso As nações do globo, c as dêste Con tinente em particular,, estão de tal ma

ços dos seus víveces e gêneros de pri meira necessidade.

nômicas entre as Repúblicas, duran te a guerra.

preços de modo a evitar uma infla ção séria. Outros, porém, durante

sôbre nossos abastecimentos na fren

te interna, fazendo com que os for

As causaa provocadoras de inflação avultam em número, contando-se, en tre as principais, o excesso da expor

necimentos sejam equitativos e a pre

tação sôbre a importação, as grandes somas dispendidas para pag.-unento de materiais indispensáveis para a guer ra, escassez de gêneros alimentícios ® artigos de consumo para a importa-

mas econômicos e financeiros para as

ços razoáveis, a inflação tomará cor po, obrigando-nos a enfrentar os pro

demais, que se tornam tanto mais

blemas de uma deflação perigosa no

críticos com o progresso da luta.

período de após-guerra.


r 66

Digesto Econômico

Ção, a falta de transporte e ausência

67

Digesto Econômico

Somente por meio de medidas drás

e impediram o seu desembaraço até

Nada é constante, na guerra mun dial, exceto as mudanças. As neces sidades de nossas forças armadas, ert

de um controle adequado sôbre a dis tribuição dos produtos disponíveis, falta de preços-tetos para esses pro dutos e a incapacidade para a erradi

ticas poderão as forças mortais da inflação ser sufocadas, para que no

cação do câmbio negro.

economia de paz do modo mais rá

buídas entre os seus respetivos habi tantes a preços condizentes com os

No primeiro semestre daquele ano estávamos em luta defensiva, ao passo

Muitos países dêste Continente têm testemunhado a alta crescente e

pido e eficiente.

preços-tetos dc exportação dos Esta

que hoje estamos em ofensiva.

ameaçadora dos preços.

Outros, po

rem, têm demonstrado que um con

trole adequado pode remediar tal si

o momento cm que preços razoáveis

e repartição equítativa foram estabe lecidos, as mercadorias foram distri

período de após-guerra possam as Nações Americanas retornar à sua

Muitos exemplos de economia tive

exportação dos E. U. A.

Desejo salientar aqui que, em 1942,

tuação, provando, mesmo, que ainda não é tarde demais para se tomar as

foram estabelecidos preços-tetos sô bre artigos de exportação dos Esta

medidas necessárias.

dos Unidos, cm atenção ao que ficara

Desde então têm-se veriíicado re

dos Unidos.

Preços-tetos sôbre artigos de .

1942, não eram as mesmas de hoje.

visões de projetos, de modelos

de

ram suas bases nos esforços do De

navios, de tanques, de lanchas de de

partamento Administrativo de Preços (Dffice of Price Administration) em manter preços-tetos para os produtos exportados dos Estados Unidos. Num

sembarque, de peças de artilharia e de munições.

Nestas condições, alguns dos mate

resolvido na Conferência do Rio-de-

determinado embarque dc peles para

riais indispensáveis em 1942 são me nos procurados presentemente, c en

Medida# drásticas para evitar a

-Janeiro, para que todos os nossos

quanto as mudanças vão aparecendo,

inflação

amigos fossem beneficiados com aqui lo que pudéssemos exportar, a preços razoáveis. Estes preços-tetos foram

o Brasil, o aludido Departamento de terminou uma redução de 25% sôbre

o preço cobrado ao importador. E

fornecimentos vão se tornando inevi

uma redução de cinco mil dólares fo ra imposta sôbre um lucro extraordi

táveis.

nário num embarque de trilhos. As despesas dc encaixotamento de uma

tros são aumentados.

Uma das primeiras providências de ve ser o recolhimento, por meio de

empréstimos e taxas de guerra, sôbre os lucros crescentes e a circulação mo netária dentro do país. Outra me

dida de importância será a obrigato riedade de preços-tetos definitivos sô-

í>re artigos de primeira necessidade, os quais precisam, ser distribuídos

cquitativamente entre todos' os habi tantes. Para tanto faz-se preciso me

lhorar os transportes, a fim. de que os moradores dos aglomerados popu

baseados nos Estados

preços

Unidos, com

aplicados nos uma

pequena

porcentagem como prêmio de incen tivo à exportação e um lucro razoá vel para o exportador, além das des Em alguns países americanos bene

120.000 libras de banha, o Departa

peculações têm atingido a verdadeiros absurdos, por isso que os importado

mento já referido forçou rima redu

semprego ou, quando não chegam a tanto, obrigam a transferência de

ção no custo, de mil cento e setenta

operários para zonas diferentes.

res as gravam com lucros fabulosos,

dólares.

êstes, ou ficarão na dependência de auxílio do Governo por algum tempo, ou terão de seguir para novas fábri cas onde possam exercer suas ativi

lidades, precisa ser incentivado para

custo normal-

que residem nas zonas produtoras. E,

o aumento da produção de víveres e

de outros artigos de consumo.

Desemprego, transferência de operários, etc.

ficiados com essas exportações, as es- •

pesas de transporte.

por fim, todo país que tenha possibi

receber os mesmos fornecimentos pa ra as suas necessidades que aqueles

Alguns contratos têm mesmo

de ser cancelados, enquanto que ou

le sofreram uma redução de três mil dólares e, pelo cancelamento de um prêmio adicional num embarque de

além do que ainda fazem passar os produtos por mãos de uma série de intermediários que, sem beneficiar a mercadorias e sem lhe adicionar qual quer valor, vendem-na ao consumidor de cinco a dez vezes mais que o seu

lacionais mais concentrados possam

partida de chapas dc aço para o Chi

as alterações em nossos contratos de

Numa remessa de fitas de

aço para o México, o prêmio de 50% foi considerado exorbitante, e, por is

so mesmo, reduzido para 12,%%.

Estas alterações resultam em de

E

dades.

Com o fim da guerra alguns con

Alterações constantes

Existem outros problemas relevantes

que precisam ser previstos e adapta

Nos países onde os governos assu

dos

miram o controle dessas importações

com

antecedência, tanto

porque não podem ser evitados. M-

J-L

mais

tratos serão cancelados; entretanto, muitos dos produtos serão tão neces

sários aos artigos de paz, quanto o estão sendo para as armas da guerra.


'7^

Digesto Econômico

«6

69

Digesto Econón»»c®

De um modo ou de outro, para cvitar-se q^ desemprêgo onde quer que seja, deve-sé estudar, antecipadamen}^, os planos imprescindíveis sobre reemprêgo, transferência de operaria-

<lo, manutenção dos trabalhadores duí'ante o período de readaptação, e ainda para um desenvolvimento célere novos

empreendimentos

eco

nômicos.

Transportes

Os transportes merecem a mais cuida" psa e ponderada atenção. Muitas das ^inte e uma Repúblicas Americanas

tem os seus sistemas ferroviários su-

A intensificação das máquinas de

ções Unidas, em proporções qu^ Ja mais pensaram transportar. ^

guerra de terra, mar c ar vem, cada

Em certos casos de necessidade vi tal, tem-se procedido a reconstru

vas petrolíferas.

viários aliviados sertão depois de ven cermos esta guerra.

com as 348 milhas da estrada das mi nas de ferro de Itabira, no Brasil» «

Neste Comitê temos sempre em mi

que vão do Vale do Río Doce ao P®*"'

to de Vitória, e com Uma ferrovia mi neira, na Bolívia. Missões de técni

sao de aquisição muito difícil, além ção e o necessário çüidado do mate rial.

As 90.000 milhas de estradas-de-

ferro espalhadas pelas vinte Repúbli cas Central e Sul-Araericanas tiveram de suportar o tremendo pêso do volu moso estoque de matérias-primas es

senciais ao esforço de guerra das Na-„

bélicos, mais intensos se

mens são

constantemente enviados

problemas

de

didas governamentais se tornam im prescindíveis às realizações dos obje tivos inerentes à mesma. Precisamos 'exercer controle sobre preços, mer

cadorias, distribuição, produção. Mas,

Quanto mais distanciamos as nossas materiais

prementes

Estando na guerra, temos que falar em -controles, por isso que essas me

tida, e- para que possa, também, con

tornam os nossos problemas de trans porte. Centenas de milhares de ho

seus

mitam, e vendê-los em todas as par tes. Um dos erros do passado qu precisamos escrupulosamente evitar é

linhas.

para sobrecarregar as estradas-deerro. As peças de reparo para lo comotivas, carros, gôndolas e desvios

térias-primas, a fim de que possa pro duzir os artigos que suas fábricas per

Liberdade de preços, produção, etc.

rem as precárias condições de s"®®

frentes de batalha de nossas usinas de

uma de suas necessidades precípuas.

ricas, com todo esforço e boa von

transporte no período de guerra.

dor e à Colômbia, a fim de melhora

Ja de peças sobressalentes, de ga solina, de pneumáticos. Mais motivos

Depois da guerra, êste Hemisfério, como o resto do mundo, terá, como a liberdade de acesso às fontes de ma

ver

cos ferroviários também têm sido en viadas pelos Estados Unidos ao Equ®"

Depois da guerra

ra auxiliar as nações livres das Amé

tade, a fim de que elas possam resol

J itos a uma deterioração progressiva, O problema é sem dúvida, muito \ P r causa da tremenda sobrecarga que crítico, e o material precisa de todo f as suas estradas-de-ferro têm sido obri o cuidado disponível para que a sua gadas a suportar. A navegação apre conservação sej'a, de certo modo, man senta uma deficiência extraordinária

do que há uma grande carência de ferroviários, que dificulta a manuten

Dêste modo, não

podemos ver nossos problemas ferro- ^

ções, como aconteceu com uma

tinuar. funcionando eficientemente.

para essas finalidades.

vez mais, pesando sobre nossas reser

das ferrovias nacionais do

em virtude das necessidades da guer ra- Os caminhões se desgastam. Há

tamente nos países mais apropriados

entre os seus problemas vitais êste Comitê destaca os planos necessários

)

à suspensão desses controles, tão cedo

q fomento de indústrias precárias e que somente po'dem subsistir a custo de elevadas barreiras tarifárias.

O mundo de após-guerra vai exigir cotas de produção jamais sonhadas,

pelo que, cada país terá oportunidade para desenvolver as indústrias congruentcs com as suas possibilidades, sem preocupações de produzir aquilo para o que não está, de modo algum, aparelhado.

quanto as atividades da guerra o per mitam.

Tais medidas em tempo de

Política liberal de imigração

paz restringem as liberdades comer ciais, o acesso às matérias-primas, a fabricação de artigos de consumo, a produção dos alimentos e, assim, to

campos e nas indústrias quase inex

po das viagens, como também o vo

dos os processos usuais que condu

plorados.

lume de

zem a mell;iores níveis de vida e pros peridade das nações, quer individual,

Muitos desses países .precisam au mentar suas reservas de braço para

quer coletivamente. Além disso, precisamos projetar no

o seu próprio desenvolvimento e. por

vas indústrias, fabricação de novos

uma política imigratória liberal, antes

produtos e artigos de consumo, exa

do término desta guerra.

para remotos campos de luta, cada vez mais distantes de nossas costas, aumentando considerávelmente o tem

material

transportado.^

de

guerra a ser

Além desses formidá

veis exércitos que mantemos em to

das as frentes, temos, atualmente, *

maior esquadra do mundo, que precisa ser alimentada pela Mercante.

nossa

Marinha

Muitos países das Américas Central e do Sul têm grandes recursos nos

conseguinte, necessitam de cuidar de


'7^

Digesto Econômico

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69

Digesto Econón»»c®

De um modo ou de outro, para cvitar-se q^ desemprêgo onde quer que seja, deve-sé estudar, antecipadamen}^, os planos imprescindíveis sobre reemprêgo, transferência de operaria-

<lo, manutenção dos trabalhadores duí'ante o período de readaptação, e ainda para um desenvolvimento célere novos

empreendimentos

eco

nômicos.

Transportes

Os transportes merecem a mais cuida" psa e ponderada atenção. Muitas das ^inte e uma Repúblicas Americanas

tem os seus sistemas ferroviários su-

A intensificação das máquinas de

ções Unidas, em proporções qu^ Ja mais pensaram transportar. ^

guerra de terra, mar c ar vem, cada

Em certos casos de necessidade vi tal, tem-se procedido a reconstru

vas petrolíferas.

viários aliviados sertão depois de ven cermos esta guerra.

com as 348 milhas da estrada das mi nas de ferro de Itabira, no Brasil» «

Neste Comitê temos sempre em mi

que vão do Vale do Río Doce ao P®*"'

to de Vitória, e com Uma ferrovia mi neira, na Bolívia. Missões de técni

sao de aquisição muito difícil, além ção e o necessário çüidado do mate rial.

As 90.000 milhas de estradas-de-

ferro espalhadas pelas vinte Repúbli cas Central e Sul-Araericanas tiveram de suportar o tremendo pêso do volu moso estoque de matérias-primas es

senciais ao esforço de guerra das Na-„

bélicos, mais intensos se

mens são

constantemente enviados

problemas

de

didas governamentais se tornam im prescindíveis às realizações dos obje tivos inerentes à mesma. Precisamos 'exercer controle sobre preços, mer

cadorias, distribuição, produção. Mas,

Quanto mais distanciamos as nossas materiais

prementes

Estando na guerra, temos que falar em -controles, por isso que essas me

tida, e- para que possa, também, con

tornam os nossos problemas de trans porte. Centenas de milhares de ho

seus

mitam, e vendê-los em todas as par tes. Um dos erros do passado qu precisamos escrupulosamente evitar é

linhas.

para sobrecarregar as estradas-deerro. As peças de reparo para lo comotivas, carros, gôndolas e desvios

térias-primas, a fim de que possa pro duzir os artigos que suas fábricas per

Liberdade de preços, produção, etc.

rem as precárias condições de s"®®

frentes de batalha de nossas usinas de

uma de suas necessidades precípuas.

ricas, com todo esforço e boa von

transporte no período de guerra.

dor e à Colômbia, a fim de melhora

Ja de peças sobressalentes, de ga solina, de pneumáticos. Mais motivos

Depois da guerra, êste Hemisfério, como o resto do mundo, terá, como a liberdade de acesso às fontes de ma

ver

cos ferroviários também têm sido en viadas pelos Estados Unidos ao Equ®"

Depois da guerra

ra auxiliar as nações livres das Amé

tade, a fim de que elas possam resol

J itos a uma deterioração progressiva, O problema é sem dúvida, muito \ P r causa da tremenda sobrecarga que crítico, e o material precisa de todo f as suas estradas-de-ferro têm sido obri o cuidado disponível para que a sua gadas a suportar. A navegação apre conservação sej'a, de certo modo, man senta uma deficiência extraordinária

do que há uma grande carência de ferroviários, que dificulta a manuten

Dêste modo, não

podemos ver nossos problemas ferro- ^

ções, como aconteceu com uma

tinuar. funcionando eficientemente.

para essas finalidades.

vez mais, pesando sobre nossas reser

das ferrovias nacionais do

em virtude das necessidades da guer ra- Os caminhões se desgastam. Há

tamente nos países mais apropriados

entre os seus problemas vitais êste Comitê destaca os planos necessários

)

à suspensão desses controles, tão cedo

q fomento de indústrias precárias e que somente po'dem subsistir a custo de elevadas barreiras tarifárias.

O mundo de após-guerra vai exigir cotas de produção jamais sonhadas,

pelo que, cada país terá oportunidade para desenvolver as indústrias congruentcs com as suas possibilidades, sem preocupações de produzir aquilo para o que não está, de modo algum, aparelhado.

quanto as atividades da guerra o per mitam.

Tais medidas em tempo de

Política liberal de imigração

paz restringem as liberdades comer ciais, o acesso às matérias-primas, a fabricação de artigos de consumo, a produção dos alimentos e, assim, to

campos e nas indústrias quase inex

po das viagens, como também o vo

dos os processos usuais que condu

plorados.

lume de

zem a mell;iores níveis de vida e pros peridade das nações, quer individual,

Muitos desses países .precisam au mentar suas reservas de braço para

quer coletivamente. Além disso, precisamos projetar no

o seu próprio desenvolvimento e. por

vas indústrias, fabricação de novos

uma política imigratória liberal, antes

produtos e artigos de consumo, exa

do término desta guerra.

para remotos campos de luta, cada vez mais distantes de nossas costas, aumentando considerávelmente o tem

material

transportado.^

de

guerra a ser

Além desses formidá

veis exércitos que mantemos em to

das as frentes, temos, atualmente, *

maior esquadra do mundo, que precisa ser alimentada pela Mercante.

nossa

Marinha

Muitos países das Américas Central e do Sul têm grandes recursos nos

conseguinte, necessitam de cuidar de


•1*'.w

70

Digesto Econômico Como bem o sabemos, são vários os

verá o ncces.sário emprego de capita'^

tipos de imigrantes. Alguns são ape

internos como externos.

gados lealmente às suas pátrias de

porém, faz-se mister segurança

tiascimento, através de gerações. Ou tros se adaptam ràpidamente aos paí ses que 05 acolhem, tornando-se seus

os países devem adotar.

colaboradores sinceros, pelo amor à liberdade, e, com o seu talento para

Programas de saúde e saneamento* produção de víveres, etc.

Para tanto,

vos métodos nas operações, que todcs

a produção mecânica, tornam-se ele mentos' produtivos para a nova pátria

que adotam. Êsses são os imigrantes

Por fim, precisamos elaborar, cui

71

Digesto Econômico

mo acontece com os i^ovos da Euro pa. Temos muito com que começar e com a união de esforços, grandes resultados haveremos de alcançar. Êste trabalho, compreendendo pro

esta, associada às atividades das Co

blemas complexos, que exigem pa ciente meditação c um cuidado cons

res e oficiais das Repúblicas Ameri canas, nos auxiliará na tarefa de for jar dentro do Hemisfério Americano uma comunhão de países prósperos,

tante, não poderá ser realizado por um simples grupo ou por um país isolado. Aquilo que apraz a qualquer

dadosa e eficientemente, os plan°^

país americano, por certo agradará'

que podem prestar serviços relevan

necessários à melhoria da econonu®

ao Continente inteiro.

tes a muitas das Nações Americanas

básica dos povos, pelo aumento e J"

fôr prejudicial a uma nação da Amé

que, desde já, precisam- convídá-los,

tensificação dos programas de sa ^

oferecendo-lhes vantagens capazes de

e saneamento já iniciados nas Rcpu

rica, será certamente nocivo a todas as outras. A união gera a força, c

induzi-los a emigrar.

blicas Americanas.

Um programa de tal natureza im

plica em responsabilidades financei ras. Algumas autoridades julgam que o prêmio de mil dólares deve ser o mínimo a ser concedido a cada famí

lia; mas o aumento da produção agrjcola e industrial, o desenvolvimento <le zonas até então inexploradas e o fomento das riquezas naturais e do

subsolo, prontamente farão com que tal emprêgo de capital comece a pagar dividendos.

Emprego de capitais internos e externos

Para o desenvolvimento de suas in

uma comunidade de nações cujos fi lhos desfrutarão os benefícios de boas

remunerações, nível de vida elevado, educação e, sobretudo, uma contínua e imperecível liberdade.

com a expansão de um trabalho

planificação de fazendas, produção e \ I

rotação de safras, conservação e tilização do solo, melhoramento

í

rebanhos e cuidado dos mesmos, tu

do isso para que os povos de todas as nações deste Continente venham ^ ter melhor alimentação e se tornem mais fortes e vigorosos. Um dos poH"

tos vitais de tal programa será a edu cação de todos êsses povos no concerne à sua nutrição, saúde e con forto.

Precisamos incentivar o desenvolvi

tura, energia hidráulica, para facilida

como guiar o povo a se beneficiar das oportunidades educacionais.

sarão no período de após-guerra a

poderosos e produtivos. Formaremos

Precisamos auxiliar e incentivar cs

mento

todos os fatores que as Américas vi

ainda com as organizações particula

programas de produção de viver®'

dústrias, de suas minas, da agricul des de transporte, de embarques e de

E tudo o que

missões Nacionais de Fomento Inter-

americano, trabalhando em colabora ção com êste nosso próprio Comitê e

da

educação gratuita, bem

Consciente da gravidade dos nossos

problemas, precisamos não esquecer

fim de melhorar o poder aquisitivo e

que

lO nível de vida dos seus povos, ha-

nossas cidades, nem restaurá-las, co-

não

teremos

de

reconstruir as

O EMPRÊGO DO GARFO A MESA O leitor, Às refeições, faz naturalmente uso de garfo. Mas

ignora talvez que, se o fizesse antes do século XVII, seria con siderado como uma pessoa imoral.

Ao que dizem, a primeira pessoa que o usou na Europa teve, voltada contra si, a indignação de todos os moralistas do

tempo, tendo sido condenada pela Igreja. O uso do garfo só se impôs à áociedade francesa depois do século XVII.


•1*'.w

70

Digesto Econômico Como bem o sabemos, são vários os

verá o ncces.sário emprego de capita'^

tipos de imigrantes. Alguns são ape

internos como externos.

gados lealmente às suas pátrias de

porém, faz-se mister segurança

tiascimento, através de gerações. Ou tros se adaptam ràpidamente aos paí ses que 05 acolhem, tornando-se seus

os países devem adotar.

colaboradores sinceros, pelo amor à liberdade, e, com o seu talento para

Programas de saúde e saneamento* produção de víveres, etc.

Para tanto,

vos métodos nas operações, que todcs

a produção mecânica, tornam-se ele mentos' produtivos para a nova pátria

que adotam. Êsses são os imigrantes

Por fim, precisamos elaborar, cui

71

Digesto Econômico

mo acontece com os i^ovos da Euro pa. Temos muito com que começar e com a união de esforços, grandes resultados haveremos de alcançar. Êste trabalho, compreendendo pro

esta, associada às atividades das Co

blemas complexos, que exigem pa ciente meditação c um cuidado cons

res e oficiais das Repúblicas Ameri canas, nos auxiliará na tarefa de for jar dentro do Hemisfério Americano uma comunhão de países prósperos,

tante, não poderá ser realizado por um simples grupo ou por um país isolado. Aquilo que apraz a qualquer

dadosa e eficientemente, os plan°^

país americano, por certo agradará'

que podem prestar serviços relevan

necessários à melhoria da econonu®

ao Continente inteiro.

tes a muitas das Nações Americanas

básica dos povos, pelo aumento e J"

fôr prejudicial a uma nação da Amé

que, desde já, precisam- convídá-los,

tensificação dos programas de sa ^

oferecendo-lhes vantagens capazes de

e saneamento já iniciados nas Rcpu

rica, será certamente nocivo a todas as outras. A união gera a força, c

induzi-los a emigrar.

blicas Americanas.

Um programa de tal natureza im

plica em responsabilidades financei ras. Algumas autoridades julgam que o prêmio de mil dólares deve ser o mínimo a ser concedido a cada famí

lia; mas o aumento da produção agrjcola e industrial, o desenvolvimento <le zonas até então inexploradas e o fomento das riquezas naturais e do

subsolo, prontamente farão com que tal emprêgo de capital comece a pagar dividendos.

Emprego de capitais internos e externos

Para o desenvolvimento de suas in

uma comunidade de nações cujos fi lhos desfrutarão os benefícios de boas

remunerações, nível de vida elevado, educação e, sobretudo, uma contínua e imperecível liberdade.

com a expansão de um trabalho

planificação de fazendas, produção e \ I

rotação de safras, conservação e tilização do solo, melhoramento

í

rebanhos e cuidado dos mesmos, tu

do isso para que os povos de todas as nações deste Continente venham ^ ter melhor alimentação e se tornem mais fortes e vigorosos. Um dos poH"

tos vitais de tal programa será a edu cação de todos êsses povos no concerne à sua nutrição, saúde e con forto.

Precisamos incentivar o desenvolvi

tura, energia hidráulica, para facilida

como guiar o povo a se beneficiar das oportunidades educacionais.

sarão no período de após-guerra a

poderosos e produtivos. Formaremos

Precisamos auxiliar e incentivar cs

mento

todos os fatores que as Américas vi

ainda com as organizações particula

programas de produção de viver®'

dústrias, de suas minas, da agricul des de transporte, de embarques e de

E tudo o que

missões Nacionais de Fomento Inter-

americano, trabalhando em colabora ção com êste nosso próprio Comitê e

da

educação gratuita, bem

Consciente da gravidade dos nossos

problemas, precisamos não esquecer

fim de melhorar o poder aquisitivo e

que

lO nível de vida dos seus povos, ha-

nossas cidades, nem restaurá-las, co-

não

teremos

de

reconstruir as

O EMPRÊGO DO GARFO A MESA O leitor, Às refeições, faz naturalmente uso de garfo. Mas

ignora talvez que, se o fizesse antes do século XVII, seria con siderado como uma pessoa imoral.

Ao que dizem, a primeira pessoa que o usou na Europa teve, voltada contra si, a indignação de todos os moralistas do

tempo, tendo sido condenada pela Igreja. O uso do garfo só se impôs à áociedade francesa depois do século XVII.


iif.

ÃMmCÂ mNORIB

m

por J. F. NORMANO e

ANTONELLO GERBI

Condensado do livro "The Japanese in South

A ^""'Sração japonesa para a Améri ■ ca do Sul somente começou a ad^luinr importância, d^epois que nos Es3 os Unidos se proibiu a, entrada do

ciemento oriental, no ano de 1924, c entrou a desenvolver-se realmente,

guando o movimento se desviou da'

^ niérica Espanhola, dirigido quase cdo ap Peru, para orientar-se na dí"■eção do Brasil.

Embora as primeiras tentativas se

^cnham verificado em data muito ancrior àquela, nunca tomaram um as-

Pcto regular, nem obedeperam a um

ÍÍUAPllO Iniciada espontaneamente para os Es» tados Unidos e Havaí, nos fins do sé

culo passado, a

emigração

nipônica

para o novo continente passou a ser

orientada, quando se desviou para a América Espanhola, e entrou a obe

decer a utn controle sistematizado, ao se dirigir para o Brasil, a partir de

VO PA {MI&KAÇAOl JAPONEIA PAU o' H£MISfE'RlO OClPENTAL

1924.

espírito'de planificação e controle. Para verificar a mudança ocorrida na importância da América do Sul como

centro de destino da migração japonêsa, basta consultar os dados abaixo:

1913

19ZS

1939

O presente gráfico, feito com os dados que aparecem no texto,

Japoneses

América do N^orte América do Sul

América "

..

^ política, imigratória da América Latina, antes da Primeira Guerra

1913

319.000 16.000

1928

1938

mostra a curva decrescente e a curva ascendente da emigração

170.000

142.000

nipônica em relação à América do Norte e à América do Sul,

98.0ÍK)

201.000

Mundial, foi sempre de franco enco rajamento. Essa atitude era estimu-

respectivamente.

São bem expressivos êsses elementos erla-

tísticòs, como pode verificar o leitor.


iif.

ÃMmCÂ mNORIB

m

por J. F. NORMANO e

ANTONELLO GERBI

Condensado do livro "The Japanese in South

A ^""'Sração japonesa para a Améri ■ ca do Sul somente começou a ad^luinr importância, d^epois que nos Es3 os Unidos se proibiu a, entrada do

ciemento oriental, no ano de 1924, c entrou a desenvolver-se realmente,

guando o movimento se desviou da'

^ niérica Espanhola, dirigido quase cdo ap Peru, para orientar-se na dí"■eção do Brasil.

Embora as primeiras tentativas se

^cnham verificado em data muito ancrior àquela, nunca tomaram um as-

Pcto regular, nem obedeperam a um

ÍÍUAPllO Iniciada espontaneamente para os Es» tados Unidos e Havaí, nos fins do sé

culo passado, a

emigração

nipônica

para o novo continente passou a ser

orientada, quando se desviou para a América Espanhola, e entrou a obe

decer a utn controle sistematizado, ao se dirigir para o Brasil, a partir de

VO PA {MI&KAÇAOl JAPONEIA PAU o' H£MISfE'RlO OClPENTAL

1924.

espírito'de planificação e controle. Para verificar a mudança ocorrida na importância da América do Sul como

centro de destino da migração japonêsa, basta consultar os dados abaixo:

1913

19ZS

1939

O presente gráfico, feito com os dados que aparecem no texto,

Japoneses

América do N^orte América do Sul

América "

..

^ política, imigratória da América Latina, antes da Primeira Guerra

1913

319.000 16.000

1928

1938

mostra a curva decrescente e a curva ascendente da emigração

170.000

142.000

nipônica em relação à América do Norte e à América do Sul,

98.0ÍK)

201.000

Mundial, foi sempre de franco enco rajamento. Essa atitude era estimu-

respectivamente.

São bem expressivos êsses elementos erla-

tísticòs, como pode verificar o leitor.


74

Xffiíeo Di igetto Econo

lada por motivos econômicos, assim

tuou-se, após a vitória do Jap5o

como pela pouca densidade da- popu-

bre a Rússia. Em ipjo missões ^ agentes do Japão eram vistos por tó da a América Espaniiola estudando condiçõc.s e preparando terreno o movimento dc emigração. Os países da América Central fo

^Ção, cuja escassez retardava o de senvolvimento dos recursos nacionais

Constituem manifestações típicas des sa orientação os termos nos quais foi

lavrado o decreto sóbre Ímigraç<ão, Peru, em 1835, que declarava "ci dadão do Peru todo indivíduo que, procedente de qualquer ponto do glose inscrevesse, ao entrar no terri

tório do país, no seu Registo Civil" c a sentença célebre, com que o gran

de argentino J. B. Alberdi sintetizou o espírito de tóda a política imigra tória da' América Latina; "Governar povoar". Assim êsses povos não

opunham a mínima restrição à entra

ram os primeiros a introduzir ções à entrada dos asiáticos — Costa* Rica cm 1896 e Guatemala cm 1909. Seguiram-se mais tarde Paraff«a'' Colômbia e outras repúblicas da A"'-'rica do Sul. Na década de 30 q^^so

nipónico

no Extremo

ência do movimento anti-japonês nos Estados Unidos, o descontentamento

grante asiático.

levantado pelo rápido desenvolvimen

coolies" chineses, tornando-se famitrabalhador da Ásia. Alguma atenção

. foi dispensada também à imigração

agricultura, os seguintes mostram uma

Isso também indica

peridade por parte do elemento imi-

imigração oriental para a América Laíina entrou a avolumar-se e acen-

O conhecimento das condições de

negócio no estrangeiro logo mostrou a inviabilidade do estabelecimen

to de ura intercâmbio comercial en-

•tre governos. Por isso, as oportuni

dades de negócio ou de trabalho no ■exterior foram consideradas como be terra natal a esposa que lhe foi re néficas aos interesses do Estado, des servada pelos pais. A êsse costume de o" século XIX. As primeiras le chamam "casamento por fotografia*', gislações sobre emigração no pais havendo, antes do compromisso, uma oriental preocuparam-se com evitar prévia e recíproca troca de retratos. O Japão nunca conheceu uma época

que os súditos nipônicos viessem a so

pulação asiática e do seu perigo "co

ide verdadeiro'individualismo.

com o decorrer dos tempos, o gover

mo concorrente mais barato" e pelo

do mercantilismo feudal de Tokugawa para o neo-mercantilismo. mais escla recido de Meiji. Assim o movimento

aparecimento

do

nacionalismo

eco

nômico, determinado pela depressão de

Saltou

30, nos países latino-americanos.

1* FASE- EMtGRAÇAO JAPOAfSSA 1Í90F19 0 0"

Se ocorreu uma mudança na atitu de da. América Latina com relação ao imigrante asiático, acolhido a princí pio com simpatia para o seu encami-

frer injustiças fora da pátria;

mas,

no sentiu-se mais e mais compelido a intervir na organização do movi mento, até que, durante a década de 20 se reconheceu que a emigração di rigida era um importante instrumen to de política econômica.

O movi

mento passou então a ser feito em obediência a plano para desenvolvi-

Caráter da imigração japonesa

meço do século XX, os nipões começa

dental e descontínua, antes de 1924, a

po, teniia variado bastante, sob a in fluência de considerações econômicas.

grado, que já pôde mandar buscar^ à

para o seu país. Mas, sòmentè no co

ram a atender ao apêlo. Embora aci

AMÉRICA

ESPANHOLA

to (principalmente no México) da po.*

Japonesa, no fim do "século XÍX. No

^íéxico, em 1874, Diaz' Covarrubias advogou a atração do elemento japonês

jovens solteiros que se destinam à

maior estabilidade ou crescente pros

empregar esforços para atrair o imi

liar na América Latina a figura do

ção c xeccnte ou remota, pois se os , primeiros dados revelam a maioria de

suas esposas.

Oriente, preconceitos, raciais, a influ

1901-1924

A tendência é tão ge

leis imigratórias.

imperialismo

África desenvolveu a importação dos ,

menos árduas.

ral que, através da estatística de tra balho, se pode aquilatar sc a imigra

idosos que sc fazem acompanhar de

ritório.

r FASE-^

sar-se da ocupação agrícola a tarefas

estabeleceram restrições ou procede dessa atitude, podem ser apontados"

"lercio de escravos provenientes da

quartel dêste século," começou a pas

ram a discriminações raciais nas Entre as causa

nava o volume e a direção, embora a orientação política, ao longo do tem-

mento do alienígena que, no primeiro

composição profissional mais variada e larga proporção dc homens mais

o- rccciõ provocado pelos êxitos do

A abolição do co-

nhamcnto à .lavoura, explica-se tam bém pela modificação no comporta

todas as nações hispano-americana-s

da de pessoas estrangeiras em seu ter A procura de braços, nunca satis feita, levou os latino-americanos a

7S

Digesto Econômico

HAWAll -ESTADOS UNIDOS emigratório do Japão estêve sempre sob controle oficial, que lhe determí-

tnerrto do intercâmbioNcomercial, es pecialmente tendo em vista a explo ração de novas fontes de matéfias-

-primas para fornecimento à indústria japonêsa.


74

Xffiíeo Di igetto Econo

lada por motivos econômicos, assim

tuou-se, após a vitória do Jap5o

como pela pouca densidade da- popu-

bre a Rússia. Em ipjo missões ^ agentes do Japão eram vistos por tó da a América Espaniiola estudando condiçõc.s e preparando terreno o movimento dc emigração. Os países da América Central fo

^Ção, cuja escassez retardava o de senvolvimento dos recursos nacionais

Constituem manifestações típicas des sa orientação os termos nos quais foi

lavrado o decreto sóbre Ímigraç<ão, Peru, em 1835, que declarava "ci dadão do Peru todo indivíduo que, procedente de qualquer ponto do glose inscrevesse, ao entrar no terri

tório do país, no seu Registo Civil" c a sentença célebre, com que o gran

de argentino J. B. Alberdi sintetizou o espírito de tóda a política imigra tória da' América Latina; "Governar povoar". Assim êsses povos não

opunham a mínima restrição à entra

ram os primeiros a introduzir ções à entrada dos asiáticos — Costa* Rica cm 1896 e Guatemala cm 1909. Seguiram-se mais tarde Paraff«a'' Colômbia e outras repúblicas da A"'-'rica do Sul. Na década de 30 q^^so

nipónico

no Extremo

ência do movimento anti-japonês nos Estados Unidos, o descontentamento

grante asiático.

levantado pelo rápido desenvolvimen

coolies" chineses, tornando-se famitrabalhador da Ásia. Alguma atenção

. foi dispensada também à imigração

agricultura, os seguintes mostram uma

Isso também indica

peridade por parte do elemento imi-

imigração oriental para a América Laíina entrou a avolumar-se e acen-

O conhecimento das condições de

negócio no estrangeiro logo mostrou a inviabilidade do estabelecimen

to de ura intercâmbio comercial en-

•tre governos. Por isso, as oportuni

dades de negócio ou de trabalho no ■exterior foram consideradas como be terra natal a esposa que lhe foi re néficas aos interesses do Estado, des servada pelos pais. A êsse costume de o" século XIX. As primeiras le chamam "casamento por fotografia*', gislações sobre emigração no pais havendo, antes do compromisso, uma oriental preocuparam-se com evitar prévia e recíproca troca de retratos. O Japão nunca conheceu uma época

que os súditos nipônicos viessem a so

pulação asiática e do seu perigo "co

ide verdadeiro'individualismo.

com o decorrer dos tempos, o gover

mo concorrente mais barato" e pelo

do mercantilismo feudal de Tokugawa para o neo-mercantilismo. mais escla recido de Meiji. Assim o movimento

aparecimento

do

nacionalismo

eco

nômico, determinado pela depressão de

Saltou

30, nos países latino-americanos.

1* FASE- EMtGRAÇAO JAPOAfSSA 1Í90F19 0 0"

Se ocorreu uma mudança na atitu de da. América Latina com relação ao imigrante asiático, acolhido a princí pio com simpatia para o seu encami-

frer injustiças fora da pátria;

mas,

no sentiu-se mais e mais compelido a intervir na organização do movi mento, até que, durante a década de 20 se reconheceu que a emigração di rigida era um importante instrumen to de política econômica.

O movi

mento passou então a ser feito em obediência a plano para desenvolvi-

Caráter da imigração japonesa

meço do século XX, os nipões começa

dental e descontínua, antes de 1924, a

po, teniia variado bastante, sob a in fluência de considerações econômicas.

grado, que já pôde mandar buscar^ à

para o seu país. Mas, sòmentè no co

ram a atender ao apêlo. Embora aci

AMÉRICA

ESPANHOLA

to (principalmente no México) da po.*

Japonesa, no fim do "século XÍX. No

^íéxico, em 1874, Diaz' Covarrubias advogou a atração do elemento japonês

jovens solteiros que se destinam à

maior estabilidade ou crescente pros

empregar esforços para atrair o imi

liar na América Latina a figura do

ção c xeccnte ou remota, pois se os , primeiros dados revelam a maioria de

suas esposas.

Oriente, preconceitos, raciais, a influ

1901-1924

A tendência é tão ge

leis imigratórias.

imperialismo

África desenvolveu a importação dos ,

menos árduas.

ral que, através da estatística de tra balho, se pode aquilatar sc a imigra

idosos que sc fazem acompanhar de

ritório.

r FASE-^

sar-se da ocupação agrícola a tarefas

estabeleceram restrições ou procede dessa atitude, podem ser apontados"

"lercio de escravos provenientes da

quartel dêste século," começou a pas

ram a discriminações raciais nas Entre as causa

nava o volume e a direção, embora a orientação política, ao longo do tem-

mento do alienígena que, no primeiro

composição profissional mais variada e larga proporção dc homens mais

o- rccciõ provocado pelos êxitos do

A abolição do co-

nhamcnto à .lavoura, explica-se tam bém pela modificação no comporta

todas as nações hispano-americana-s

da de pessoas estrangeiras em seu ter A procura de braços, nunca satis feita, levou os latino-americanos a

7S

Digesto Econômico

HAWAll -ESTADOS UNIDOS emigratório do Japão estêve sempre sob controle oficial, que lhe determí-

tnerrto do intercâmbioNcomercial, es pecialmente tendo em vista a explo ração de novas fontes de matéfias-

-primas para fornecimento à indústria japonêsa.


77 76

'^igesto Econômico

\*ciamos a tabela abaixo, na qual .apreciaremos o crescimento da imi

Ano

Brasil

1904

5

1920

33.456

1931

119.740

1937

197.733

1938

170.165 (1)

gração japonesa no Brasil, no

1.486

6,á •

uma tentativa dçlibcrada contra a In--

no resto cio globo; Peru

%

5.910

glatcrra, cm • represália ao banimento dc mercadorias japonesas dos centros de consumo -britânicos. fsso explica

e produtos da indústria letc, minando os tecidos de algodao.

Total roun«í"'

I.l

138.591 541.734

também as iniciativas para investi mento dc capital nos países latino-

777.908

americanos, apesar das sérias dificul dades internas com que lutava o Ja-

22.150

M 2.6 2,1

■ 16,1

21.503

2,0

quadro.

japoneses

1.042.974 1.059-913

A exportação nipônica era luída de mercadorias

%

15,3 19,0

20.650

Digesto Econômico

obstante a cultura

de- '

sil, principalmente em Sao ver muito aps

.

desenvolveu-se ali a m ^ ^tina "

pao.

r

Ó intcrcámlno comercial dos nipõcs Passemos

agora a

outro

no Brasil,

com a América Latina atingiu o má no

Peru ^

ximo em 1937, declinando nos anos se

guintes para desaparecer inteiramente

Total de Japoneses

'

Brasil

Peru

Argentina

197.728

22.150

6.267

após Pcarl Harbor. A proporção das compras japonesas sc elevou de 0,1% cm 1929 a 2,0% cm 1936; as vendas

Porcentagem em:'

para as componentes daquele grupo

Agricultura Indústria

X9,4 (j^5

9,3

18.2

ascenderam de 0,6% a 3,0%. •

2,1

20.3

Comércio

99

18,6

14.7

0,2 3^4 79_0

0.5

2,2

Trabalho doméstico Serviço Civil, etc Sem ocupação (2) Expansão comercial

Como conseqüência do movimento

.

do Japão com a Ameiic América' do Sul (em milhares de

Exportação

importação

198

287

458

464

1920

, 1.948

2.336

39.098

1930

1.480

1.546 ^

tégicos. A expansão do comércio ni-

1935

2.499

2.412

16.415 73.362

pônico no novo continente nos co-

1937

3.175

3.783

109.519 .

1939

3.576

2.918

40,1

meços da década de 30 tem sido jul

Observemos as oscilações verifica das no intcrcámÍ3Ío com o Brasil, o

tcrio nó processo dc enumeração. • —

,

gração, em que o mundo se engolfa

Export.

ria no ano, seguinte, não é impossível que o gov.êrno nipônico tenha restrin

gido a onda emigratória.

(2) A maioria constituída í)or filhosfamília.

-

6.835

42.908 162.611 115.730

Peru e a Argentina, em milhares .de yens:

Import.

Peru

Import. 2.901

800

17

16.371-

6.961

11.415

42.018

6.344

6.277

5.926

4.006

1937

17.305

62.810

42.481

1939

15.609

74.662

452

Export. Import.

Export.

1935

642

,

1.926 32.112

67.111

4.700 28.602

1931

H

Argentina

Brasil

Anos

N. da R.: Talvez não o seja, porém; com a ameaça crescente de coníla-

Exportação

1910

0.9

para desenvolver um mercado até en tão negligenciado, mas também como"

j

Visto a largos .uluteodescnVol—

1900

0.7 68.0

gada não somente como um esforço

* /

sórios elétricos,

(em milliões de yens) Anos

aces-

botões, cosméticos e aparei

3 272

América Latina, orientados principa'mente na procura de materiais estra

deve indicar alguma mudança de cii-

.ação eraur

Comércio total

migratório, houve uma concentração de negócios por parte do Japão, na

^ (1) Pouc^ provável ésse decréscimo;

ocupavam lugar »Por.ante


77 76

'^igesto Econômico

\*ciamos a tabela abaixo, na qual .apreciaremos o crescimento da imi

Ano

Brasil

1904

5

1920

33.456

1931

119.740

1937

197.733

1938

170.165 (1)

gração japonesa no Brasil, no

1.486

6,á •

uma tentativa dçlibcrada contra a In--

no resto cio globo; Peru

%

5.910

glatcrra, cm • represália ao banimento dc mercadorias japonesas dos centros de consumo -britânicos. fsso explica

e produtos da indústria letc, minando os tecidos de algodao.

Total roun«í"'

I.l

138.591 541.734

também as iniciativas para investi mento dc capital nos países latino-

777.908

americanos, apesar das sérias dificul dades internas com que lutava o Ja-

22.150

M 2.6 2,1

■ 16,1

21.503

2,0

quadro.

japoneses

1.042.974 1.059-913

A exportação nipônica era luída de mercadorias

%

15,3 19,0

20.650

Digesto Econômico

obstante a cultura

de- '

sil, principalmente em Sao ver muito aps

.

desenvolveu-se ali a m ^ ^tina "

pao.

r

Ó intcrcámlno comercial dos nipõcs Passemos

agora a

outro

no Brasil,

com a América Latina atingiu o má no

Peru ^

ximo em 1937, declinando nos anos se

guintes para desaparecer inteiramente

Total de Japoneses

'

Brasil

Peru

Argentina

197.728

22.150

6.267

após Pcarl Harbor. A proporção das compras japonesas sc elevou de 0,1% cm 1929 a 2,0% cm 1936; as vendas

Porcentagem em:'

para as componentes daquele grupo

Agricultura Indústria

X9,4 (j^5

9,3

18.2

ascenderam de 0,6% a 3,0%. •

2,1

20.3

Comércio

99

18,6

14.7

0,2 3^4 79_0

0.5

2,2

Trabalho doméstico Serviço Civil, etc Sem ocupação (2) Expansão comercial

Como conseqüência do movimento

.

do Japão com a Ameiic América' do Sul (em milhares de

Exportação

importação

198

287

458

464

1920

, 1.948

2.336

39.098

1930

1.480

1.546 ^

tégicos. A expansão do comércio ni-

1935

2.499

2.412

16.415 73.362

pônico no novo continente nos co-

1937

3.175

3.783

109.519 .

1939

3.576

2.918

40,1

meços da década de 30 tem sido jul

Observemos as oscilações verifica das no intcrcámÍ3Ío com o Brasil, o

tcrio nó processo dc enumeração. • —

,

gração, em que o mundo se engolfa

Export.

ria no ano, seguinte, não é impossível que o gov.êrno nipônico tenha restrin

gido a onda emigratória.

(2) A maioria constituída í)or filhosfamília.

-

6.835

42.908 162.611 115.730

Peru e a Argentina, em milhares .de yens:

Import.

Peru

Import. 2.901

800

17

16.371-

6.961

11.415

42.018

6.344

6.277

5.926

4.006

1937

17.305

62.810

42.481

1939

15.609

74.662

452

Export. Import.

Export.

1935

642

,

1.926 32.112

67.111

4.700 28.602

1931

H

Argentina

Brasil

Anos

N. da R.: Talvez não o seja, porém; com a ameaça crescente de coníla-

Exportação

1910

0.9

para desenvolver um mercado até en tão negligenciado, mas também como"

j

Visto a largos .uluteodescnVol—

1900

0.7 68.0

gada não somente como um esforço

* /

sórios elétricos,

(em milliões de yens) Anos

aces-

botões, cosméticos e aparei

3 272

América Latina, orientados principa'mente na procura de materiais estra

deve indicar alguma mudança de cii-

.ação eraur

Comércio total

migratório, houve uma concentração de negócios por parte do Japão, na

^ (1) Pouc^ provável ésse decréscimo;

ocupavam lugar »Por.ante


r

78

Digeato Econômico As importações

nipónicas

consis

tiam quase exclusivamente de maté

rias-primas: algodão e lá no tôpo da lista e, em menor proporção, nitra tos e cobre, estanho, petróleo, trigo, carne, couros e peles; em pequenas

quantidades; açúcar, fumo e café. As

importações de lã da Argentina e do Uruguai decresceram, cm seguida ao

conversações com as autoridades. Não

possuímos, todavia, informações de talhadas em lòrno do andamento des sa tentativa.

Privado dc sua principal fonte dr imigrantes, que era a Itália,

Po

lítica anti-emigrantista, iniciada por

79

Digesto Econômico costumes pátrios e proibindo a per

companhias japonesas de emigração,

manência de elementos "eixistas" no

remonta a 1898; o

litoral, a contar de 150 quilómetfos da

grande

costa. • Essa regulamentação atingiu sèriamente os nipões que, em grande parte, se localizavam naquela zona. Pela lei de 1938, nenhuma colônia po

Mussolini cm 1927, o Brasil teve dc socorrer-se do elemento oriental- Leis

derá conter mais de 259'o de estran

ao incremento de compras na Man-

restritivas foram promulgadas em 1925

cada uma delas deverão existir pelo

chúria e na China.

e cm 1931 ficou estabelecido so mente seria permitida a entrada de

menos 30% brasileiros.

acordo realizado com a Austrália c

movimento eni

proporção, porém, data de

3'íFASE- 1924-193?

/-

geiros de uma só nacionalidade e em

BRASIL 'S

imigrantes solicitados pelos Interven tores nos Estados, através do Minis tério do Trabalho, e daqueles que possuíssem "carta de chamada". 0^-

primeiras migrações para o Oeste, o

1907, quando foi assinado um acordo entre o governo do Estado de São Paulo e uma companhia japonesa pai -

movimento era livre.

semelhante à da América Espanhola,

agricultores deviam preencher^ certos requisitos e temporariamente os imi

ticular. A cn-.prcsa recebia um sub

que os empregadores começaram a se

antes da Primeira Guerra Mundial.

grantes, à entrada, necessitariam pos

interessar pelos trabalhadores nipòni-

suir alguns recursos pecuniários, cujo mínimo ficou estipulado em três mil

cos, o govêrno do Japão^ passou a interferir.- Tendo início com as levas-

os . quais deveriam vir acompanhado,

cruzeiros.

que se dirigiam aos Estados Unidos

caminhariam para as fee"das de ca

não atingiam os japoneses que chega-, vam sob certas condições de contra to. Em verdade, o governo brasilei

e a Havaí, essa orientação se esten

(é e eventualmente a nucto que se

deu à imigração para a América Es

riam formados ao longo da Estrada

ro se dispôs a incrementar a imigra ção nipònica.

liberado de

Os japoneses no Brasil

A atitude da América Portuguesa em relação à imigração asiática era

Durante tóda a sua história, o Bra sil bendisse e aceitou a imigração in distinta de numeroros grupos raciais. A escassez de braços c a subpopulaÇào tinham sido e eram os pontos íracos da sua economia. No decorrer da vida do Império, o problema da

Òbviainente essas medidas

Organização do movimento A princípio, quando ocorreram as

Logo, porém,

panhola e culmínòu com o sistema de planificação, . preparo

e

organização do movimento . para

o

colonização-oriental foi muitas vezes matéria de discussão. Tentativas com colonos chineses foram realizadas no início do governo de D. Pedro 11 e

Couto, foi votada no Congresso uma

após a lei que a.boliu a escravatura

lei que restringia a imigração anual

Antes de 1924, nenhum dos esforços

a 2% do total de entradas verificadas

era realizado com vista especial ao

nos cinqüenta anos passados.

peito da ausência de qualquer discri minação formal, essa restrição vinha

Brasil. Dirigiam-se, ao contrário, a tôda a América Latina. Depois da quele ano, criou-se q novo sistema,

sobretudo atingir os japoneses.

cuja aplicação se destinava exclusiva

dos africanos sexagenários, em 1871.

Depois. da emancipação dos escravos, o Brasil' enviou uma missão especial a China, a fim de combinar com .o govêrno dêsse país a importação Me la vradores chineses. Em 1896, essa na

Em 1934, sob a influência da pro

paganda

desenvolvida por

Miguel

A des

Em

5

Brasil.

A emigração tornou-se, en

sidio e se obrigava a enviar tres md colonos, entre vinte e

de suas respetivas familias e se en 1 de Ferro Central do Brasil. A expericncia fracassou. Seguiram-se out-as cm pequena , escala, ate o ano . , 'i9l4 quando a Primeira Guerra

tão, assunto de alçada governamen

x^ndial. vindo,interromper a emigra

tal.

rão européia, reanimou as tentativas das corporações nipõmcas, que au mentaram cm número e se mantiveram «uni movimento crescente até 1924. Nesse ano a emigração assu miu as caraterísticas a que fizemos referência, participando dela, em ín

mente ao Brasil, e numa egcala como nunca se verificara anteriormente. A

tima coo'peração, o govêrno e as em

ção voltou a preocupar-se com a imi

1938 e em 1939, disposições mais se veras foram decretadas, obrigando o

gração asiática, tendo

alienígena a abandonar a língua e os

primeira tentativa, levada a efeito por

jetivos especiais.

desenvolvido

,

presas particulares, fundadas com ob


r

78

Digeato Econômico As importações

nipónicas

consis

tiam quase exclusivamente de maté

rias-primas: algodão e lá no tôpo da lista e, em menor proporção, nitra tos e cobre, estanho, petróleo, trigo, carne, couros e peles; em pequenas

quantidades; açúcar, fumo e café. As

importações de lã da Argentina e do Uruguai decresceram, cm seguida ao

conversações com as autoridades. Não

possuímos, todavia, informações de talhadas em lòrno do andamento des sa tentativa.

Privado dc sua principal fonte dr imigrantes, que era a Itália,

Po

lítica anti-emigrantista, iniciada por

79

Digesto Econômico costumes pátrios e proibindo a per

companhias japonesas de emigração,

manência de elementos "eixistas" no

remonta a 1898; o

litoral, a contar de 150 quilómetfos da

grande

costa. • Essa regulamentação atingiu sèriamente os nipões que, em grande parte, se localizavam naquela zona. Pela lei de 1938, nenhuma colônia po

Mussolini cm 1927, o Brasil teve dc socorrer-se do elemento oriental- Leis

derá conter mais de 259'o de estran

ao incremento de compras na Man-

restritivas foram promulgadas em 1925

cada uma delas deverão existir pelo

chúria e na China.

e cm 1931 ficou estabelecido so mente seria permitida a entrada de

menos 30% brasileiros.

acordo realizado com a Austrália c

movimento eni

proporção, porém, data de

3'íFASE- 1924-193?

/-

geiros de uma só nacionalidade e em

BRASIL 'S

imigrantes solicitados pelos Interven tores nos Estados, através do Minis tério do Trabalho, e daqueles que possuíssem "carta de chamada". 0^-

primeiras migrações para o Oeste, o

1907, quando foi assinado um acordo entre o governo do Estado de São Paulo e uma companhia japonesa pai -

movimento era livre.

semelhante à da América Espanhola,

agricultores deviam preencher^ certos requisitos e temporariamente os imi

ticular. A cn-.prcsa recebia um sub

que os empregadores começaram a se

antes da Primeira Guerra Mundial.

grantes, à entrada, necessitariam pos

interessar pelos trabalhadores nipòni-

suir alguns recursos pecuniários, cujo mínimo ficou estipulado em três mil

cos, o govêrno do Japão^ passou a interferir.- Tendo início com as levas-

os . quais deveriam vir acompanhado,

cruzeiros.

que se dirigiam aos Estados Unidos

caminhariam para as fee"das de ca

não atingiam os japoneses que chega-, vam sob certas condições de contra to. Em verdade, o governo brasilei

e a Havaí, essa orientação se esten

(é e eventualmente a nucto que se

deu à imigração para a América Es

riam formados ao longo da Estrada

ro se dispôs a incrementar a imigra ção nipònica.

liberado de

Os japoneses no Brasil

A atitude da América Portuguesa em relação à imigração asiática era

Durante tóda a sua história, o Bra sil bendisse e aceitou a imigração in distinta de numeroros grupos raciais. A escassez de braços c a subpopulaÇào tinham sido e eram os pontos íracos da sua economia. No decorrer da vida do Império, o problema da

Òbviainente essas medidas

Organização do movimento A princípio, quando ocorreram as

Logo, porém,

panhola e culmínòu com o sistema de planificação, . preparo

e

organização do movimento . para

o

colonização-oriental foi muitas vezes matéria de discussão. Tentativas com colonos chineses foram realizadas no início do governo de D. Pedro 11 e

Couto, foi votada no Congresso uma

após a lei que a.boliu a escravatura

lei que restringia a imigração anual

Antes de 1924, nenhum dos esforços

a 2% do total de entradas verificadas

era realizado com vista especial ao

nos cinqüenta anos passados.

peito da ausência de qualquer discri minação formal, essa restrição vinha

Brasil. Dirigiam-se, ao contrário, a tôda a América Latina. Depois da quele ano, criou-se q novo sistema,

sobretudo atingir os japoneses.

cuja aplicação se destinava exclusiva

dos africanos sexagenários, em 1871.

Depois. da emancipação dos escravos, o Brasil' enviou uma missão especial a China, a fim de combinar com .o govêrno dêsse país a importação Me la vradores chineses. Em 1896, essa na

Em 1934, sob a influência da pro

paganda

desenvolvida por

Miguel

A des

Em

5

Brasil.

A emigração tornou-se, en

sidio e se obrigava a enviar tres md colonos, entre vinte e

de suas respetivas familias e se en 1 de Ferro Central do Brasil. A expericncia fracassou. Seguiram-se out-as cm pequena , escala, ate o ano . , 'i9l4 quando a Primeira Guerra

tão, assunto de alçada governamen

x^ndial. vindo,interromper a emigra

tal.

rão européia, reanimou as tentativas das corporações nipõmcas, que au mentaram cm número e se mantiveram «uni movimento crescente até 1924. Nesse ano a emigração assu miu as caraterísticas a que fizemos referência, participando dela, em ín

mente ao Brasil, e numa egcala como nunca se verificara anteriormente. A

tima coo'peração, o govêrno e as em

ção voltou a preocupar-se com a imi

1938 e em 1939, disposições mais se veras foram decretadas, obrigando o

gração asiática, tendo

alienígena a abandonar a língua e os

primeira tentativa, levada a efeito por

jetivos especiais.

desenvolvido

,

presas particulares, fundadas com ob


Digesto Econômico

80

Estas se esforçavam pela criação de sociedades cooperativas de emigra ção, nos moldes dos velhos grêmios

(guilds) japoneses, cujos

propósitos

com a corporação e esta 11'^ faciliuva a aquisiç.âo de terra.s. De iniigran. te passava a colono. Toda atenção

eram organizar grupos, espiritual e

era dada aos menores detalhes que pudessem evitar conflito com os na

economicamente unidos, para as jun

cionais.

tas de emigração. Êsses grêmios for

gração de clêmcntos pertencentes à

neciam assistência às pessoas que pos suíssem capital para inversão em ter-

Igreja Católica e desaconselhada a de

• ras no país para o qual se dirigis sem.

Numerosas x sociedades

foram

fundadas cm várias províncias do Im-

Assim era animada a emi

budistas e shinioístas. (1) A naturalização no Brasil era pre

conizada. Mas o registo no Consu lado Japonês era obrigatório. N^o Co

niios. Escolhido o pretendente, rece bia autorização e providenciava meios

légio Niponico de Lins eram admiti dos sònicntc o.s filhos de japonêse.«! registados no Consulado. Observado res 'brasileiros afirmam que os nascituros nunca eram registados no Car

de garantia para deixar na pátria c

tório.

, pério Oriental.

Os candidatos à emigração eram se-

lecionados entre os membros dós grê-

depois de submetido a um exame mc-"

dico, entrava numa escola especiaF

A companhia

de

emigração

atendia a todas as providências, mas exigia obediência cega. Os colonos

grama educacional constava o conlie-

eram chefiados por um líder grupai cjue servia de intermediário entre os

cimcnto da língua portuguesa, da lii-

traballiadorcs e os fazendeiros ou os

para treino dos emigrantes. Do pro

g.iêne c dos métodos agrícolas tropi,cais, do comportamento cívico, e eram

passados em revista elementos da geo grafia, da liistória e da economia do

Brasil. Concluído o curso, era trans portado a um estabelecimento espe cial, para aguardar o vapor que o conduziria à repartição congênere nos ..portos de Santos ou Belém.

No Brasil a emprésa de emigração encaminhava o indivíduo a alguma far zenda, onde se entregaria ao traba

lho, em companhia de outros patrí cios. Nesse serviço, se conseguia unt pecúlio,

81

Digesto Econômico

procedia

a

entendimentos

cl\efes das colônias.

Seguiam-se as

leis e costumes da mãe-pátria. De acòrdo com programa prévio, eram fundados no Brasil escolas, hospitais, associações e jornais japoneses. A Fe deração das Sociedades de Emigra

ção e.':tabclcceu também lojas, arma

zéns, casas residenciais, serrarias, ola rias e hospitais.

(1) N. da R.

As colônias nipônicas no Brasil

existem

Os governos latino-americanos têm,

Kabushiki Kaisha, mas

também

pequenos

núcleos

'•independentes" .A, primeira colônia

curio.samente, mostrado pouco inte resse pelos seus compatriotas de ori

foi fundada cm Iguape, no ano de 1912. .A emigração iniciou-se com

gem japoné.sa.

trabalhadores contratados.

A literatura se res

tringe a uns poucos panfletos referen tes aos aspetos racial ou político. Se gundo algumas estimativas, o número total de nipões no Brasil presente

A partir,

porém, de 1924, foram transforma

mente se eleva de 240.000 a 300.000, embora a estatística oficial não acuse

mais do que 186.000. Informações de procedência particular afirmam que,

incluindo-se os nascidos no Japão e a primeira geração nascida no Bra sil, o total ascenderia a 500.000. Dc

acordo com fontes nipo-brasileiras au torizadas, o autor chegou à conclu

são de que o número não ultrapassa 230.000 pessoas, das quais 200.000 se acham no Estado de São Paulo. Nes

sa unidade

da

federação

brasileira

eles se localizam em pequenas còlónias, estabelecidas em Cotia e ao lon

go do litoral, ao sul de Santos, prin

cipalmente no Vale da Ribeira, e há ainda três outras grandes secções: a Noroeste, com o seu centro em Araçatuba e Lins, a Alta-Paulista, com o centro em Márília e Bastos, e a Alta-Sorocabana.

Desta zona se irra

diou para o Paraná, estabelecendo-se eni Cornélio Procópio, Londrina e São Jerònimo. Possuem os japone

— Não^ nos parece

gai Kogyo

ses 1.250.000 acres de terra, sòmente

dos em colonos. A maioria se em

prega na agricultura: como trabalha dores na lavoura de cafe. lavradores semi-independentes e como fazendei ros independentes. A atividade destes últimos não se Umita ao cafe. _ Sob a influência japonesa, a produção de arroz aumentou de 688.000 toneladas em 1926 para 1.502.220. toneladas em 1939 Começaram a cultura do açúcar e do algodão. O cultivo de chá experimentou grande progresso em • Iguape. Criaram a indústria da sêda natural no Brasil. Presentemente em São Paulo há 15.000 amoreiras e o Brasil não importa mais sêda. Gran de porcentagem de plantações de ba

exata a afirmação do ilustre econo: mista norte-americano. Pelo que nos

no Estado de São Paulo.

nanas, assim como de verdura e ve

tem sido "dado observar em

As colônias nipônicas no Brasil Central foram organizadas pela Kai-

getais estão em mãos de japoneses;

contato

direto, o elemento católico se conta

em diminuta proporção.

Êstes são também pescadores.


Digesto Econômico

80

Estas se esforçavam pela criação de sociedades cooperativas de emigra ção, nos moldes dos velhos grêmios

(guilds) japoneses, cujos

propósitos

com a corporação e esta 11'^ faciliuva a aquisiç.âo de terra.s. De iniigran. te passava a colono. Toda atenção

eram organizar grupos, espiritual e

era dada aos menores detalhes que pudessem evitar conflito com os na

economicamente unidos, para as jun

cionais.

tas de emigração. Êsses grêmios for

gração de clêmcntos pertencentes à

neciam assistência às pessoas que pos suíssem capital para inversão em ter-

Igreja Católica e desaconselhada a de

• ras no país para o qual se dirigis sem.

Numerosas x sociedades

foram

fundadas cm várias províncias do Im-

Assim era animada a emi

budistas e shinioístas. (1) A naturalização no Brasil era pre

conizada. Mas o registo no Consu lado Japonês era obrigatório. N^o Co

niios. Escolhido o pretendente, rece bia autorização e providenciava meios

légio Niponico de Lins eram admiti dos sònicntc o.s filhos de japonêse.«! registados no Consulado. Observado res 'brasileiros afirmam que os nascituros nunca eram registados no Car

de garantia para deixar na pátria c

tório.

, pério Oriental.

Os candidatos à emigração eram se-

lecionados entre os membros dós grê-

depois de submetido a um exame mc-"

dico, entrava numa escola especiaF

A companhia

de

emigração

atendia a todas as providências, mas exigia obediência cega. Os colonos

grama educacional constava o conlie-

eram chefiados por um líder grupai cjue servia de intermediário entre os

cimcnto da língua portuguesa, da lii-

traballiadorcs e os fazendeiros ou os

para treino dos emigrantes. Do pro

g.iêne c dos métodos agrícolas tropi,cais, do comportamento cívico, e eram

passados em revista elementos da geo grafia, da liistória e da economia do

Brasil. Concluído o curso, era trans portado a um estabelecimento espe cial, para aguardar o vapor que o conduziria à repartição congênere nos ..portos de Santos ou Belém.

No Brasil a emprésa de emigração encaminhava o indivíduo a alguma far zenda, onde se entregaria ao traba

lho, em companhia de outros patrí cios. Nesse serviço, se conseguia unt pecúlio,

81

Digesto Econômico

procedia

a

entendimentos

cl\efes das colônias.

Seguiam-se as

leis e costumes da mãe-pátria. De acòrdo com programa prévio, eram fundados no Brasil escolas, hospitais, associações e jornais japoneses. A Fe deração das Sociedades de Emigra

ção e.':tabclcceu também lojas, arma

zéns, casas residenciais, serrarias, ola rias e hospitais.

(1) N. da R.

As colônias nipônicas no Brasil

existem

Os governos latino-americanos têm,

Kabushiki Kaisha, mas

também

pequenos

núcleos

'•independentes" .A, primeira colônia

curio.samente, mostrado pouco inte resse pelos seus compatriotas de ori

foi fundada cm Iguape, no ano de 1912. .A emigração iniciou-se com

gem japoné.sa.

trabalhadores contratados.

A literatura se res

tringe a uns poucos panfletos referen tes aos aspetos racial ou político. Se gundo algumas estimativas, o número total de nipões no Brasil presente

A partir,

porém, de 1924, foram transforma

mente se eleva de 240.000 a 300.000, embora a estatística oficial não acuse

mais do que 186.000. Informações de procedência particular afirmam que,

incluindo-se os nascidos no Japão e a primeira geração nascida no Bra sil, o total ascenderia a 500.000. Dc

acordo com fontes nipo-brasileiras au torizadas, o autor chegou à conclu

são de que o número não ultrapassa 230.000 pessoas, das quais 200.000 se acham no Estado de São Paulo. Nes

sa unidade

da

federação

brasileira

eles se localizam em pequenas còlónias, estabelecidas em Cotia e ao lon

go do litoral, ao sul de Santos, prin

cipalmente no Vale da Ribeira, e há ainda três outras grandes secções: a Noroeste, com o seu centro em Araçatuba e Lins, a Alta-Paulista, com o centro em Márília e Bastos, e a Alta-Sorocabana.

Desta zona se irra

diou para o Paraná, estabelecendo-se eni Cornélio Procópio, Londrina e São Jerònimo. Possuem os japone

— Não^ nos parece

gai Kogyo

ses 1.250.000 acres de terra, sòmente

dos em colonos. A maioria se em

prega na agricultura: como trabalha dores na lavoura de cafe. lavradores semi-independentes e como fazendei ros independentes. A atividade destes últimos não se Umita ao cafe. _ Sob a influência japonesa, a produção de arroz aumentou de 688.000 toneladas em 1926 para 1.502.220. toneladas em 1939 Começaram a cultura do açúcar e do algodão. O cultivo de chá experimentou grande progresso em • Iguape. Criaram a indústria da sêda natural no Brasil. Presentemente em São Paulo há 15.000 amoreiras e o Brasil não importa mais sêda. Gran de porcentagem de plantações de ba

exata a afirmação do ilustre econo: mista norte-americano. Pelo que nos

no Estado de São Paulo.

nanas, assim como de verdura e ve

tem sido "dado observar em

As colônias nipônicas no Brasil Central foram organizadas pela Kai-

getais estão em mãos de japoneses;

contato

direto, o elemento católico se conta

em diminuta proporção.

Êstes são também pescadores.


P-»* V-'

82

Os japoneses vivem quase comple

Diigesto Econômico

DÍge«to Económi'^

83

elementos urbanos da colônia japon^

de terra que lutavam com falta de

ceu com a ofensiva que o governo

sa são menos evidentes no Brasil.

oriental desfechou contra Changai e

mento;

plo disso é a cidade de Registo, situada

gundo dados de

ao sul de Santos. Os prédios, arroteamento dos campos c a técnica das

ocupaçõcs dos japoneses na Améri"^^

braços. O alienígena, porém, sempre ^oi mal recebido pelo pessoal trababiador que via nele um •competidor

Latina eram comércio no Mé.xico,

desleal c mais barato.

colheitas são iguais aos do Japão.

Panamá, Colômbia, Venezuela, Bolívia®

tamente isolados no Brasil. Um exem

1930, as principa'-

As relações econômicas

entre

o

Pais oriental c a nação da costa do

Chile, comércio c agricultura em

o interior da China.

Com a guerra

ela veio tomar - ainda maior incre

A questão 'demográfica apresenta aspetos curiosos. Reunindo-se aos na

comércio, indústria c agricultura nsA""'

í^acifico tiveram começo em 1897,

gentina, e agricultura no Brasil.

Quando esta recebeu a primeira leva

quanto neste país, os nipões erai^ considerados como elementos propulsO'

Pelo.ç senliores.de terra-e os imigran

res da economia nacional, nas nações da

tes deviam ser pessoas aptas para o

jovens são enviados à mãe-pátna pa

América Espanhola eram tidos coiflO

trabalho nos campos. No fim do con

simples

trato, a agencia de emigração se in

ra- estudar e os velhos regressam, ao fhn da vida. São numerosos os via

parasitas:

de japoneses.

negociantes dç

quinquilharias. Ao organizar a emi gração para o Brasil, os japoneses

.-V passagem era paga

cumbiria das despesas de regresso: Em

turais do Japão os nascidos nb Peru, julga-se que a população nipônica no Peru se eleva de 25.000 a 30.000 ha bitantes. E' extremamente móvel; os

começaram com métodos sãos, evi

1898 chegaram 1.200 nipões ao Peru. Não se deram bem: eram acusados co-

jantes comerciais. Tendo os primei ros japoneses chegado ao Peru sem mulheres, uniram-se aos elementos da

tando o êrrc verificado na América

tno perturbadores da ordem e constan

Espanhola: enviaram apenas os colo'

terra — chòlos, négros e mestiços —

temente

"cholos" (nativos) e chineses. Outras

algumas eram brasileiras. As coope

nos e os capitalistas. A própria dis tribuição de sexo mostra a diferença

rativas puramente agrícolas contro

de critério.

lam um quinto da produção de algo dão de São Paulo e quase toda a sa

res acompanharam sempre os homens, ao contrário do que aconteceu nos

porém, com menor sucesso. A vitória do Japão sòbro a Rússia veio agravar a situação, pois, revelando os desejos

fra de batatas, verduras é vegetais.

países da costa do Pacífico.

iniperialistas daquele, criou um esta

Dos 9 mil habitantes' da localidade, há alguns anos, 6 mil eram japone ses. De 45 firmas comerciais apeíias

Existem também colônias no norte do Brasil. Estas, porém, obedecem ao tipo de grandes concessões e re

conflitos

com

os

tentativas foram feitas em 1903 e 1904,

Para o Brasil as mulhe

Entre 1931'c 1939 ocorreu uma mu

dança considerável no

criavani

intercâmbio

são mais arrendatários .do que pro

prietários de terras. A maioria esta

do dc espírito contrário à entrada de

zona norte do pais. Especiahzam-se

Somente em

vestem importância mais como em presa para inversão de capital, isto é,

iniciativas de cunho capitalista, do que

ções latino-americanas, o quinto lu

. Primeira Guerra Mundial. Entre 1925

gar como importador e o quarto co

e 30, entraram no Peru 7.269 japone

a chegada de 774 imigrantes.

Novas

ondas vieram durante -e logo após a

ses.

mo fornecedor, em 1939 dominava em

. Quanto ao aspeto econômico, os ja poneses que se dedicam à lavo.ura,

seus nacionais no Peru.

1906 o movimento foi reiniciado, c,om

A

ambos os setores.

sos de miscigenação.

concentrada no Vale do Chancay. na

comercial entre o Brasil e o JapSo. Enquanto naquele primeiro ano, o país americano ocupa>'a, entre as na

como. movimento de migração hu mana. As. principais colônias . estão localizadas nos Estados do Pará e do

produzindo" um dos mais óriginais ca

na cultura de algodão. Existem tam bém cm quantidade ponderável na zona florestal do Amazonas, onde se

entregam ao cultivo de milho, café e outros produtos". No comércio os nipões se ocupam,,

depressão

econômica

mundial,

em maioria, em lojas de varejo e em

Amazonas.

ocorrida em 1930,' despertou sentimen

pequenas indústrias. O ramo de ba

A emigração organizada para o Brasil evitou, criar competição entre o nativo e o alienígena, como chegou

A emigração para o Peru

tos anti-nipônicos na nação dos Incas.

Agora não era sòmente a questão ra

zar está pràticamente monopolizado por éles. Grande é o,intercâmbio co

O movimento para o Peru iniciõusè, a instâncias dos grandes senhores

cial, mas tam.béni a da concorrência

mercial entre o Peru e

-comercial.

Aquele exporta para éste alpaca, al*

a ocorrer na América Espanhola. .Os

"i*

A

Essa campanha recrudes

o

Japão.


P-»* V-'

82

Os japoneses vivem quase comple

Diigesto Econômico

DÍge«to Económi'^

83

elementos urbanos da colônia japon^

de terra que lutavam com falta de

ceu com a ofensiva que o governo

sa são menos evidentes no Brasil.

oriental desfechou contra Changai e

mento;

plo disso é a cidade de Registo, situada

gundo dados de

ao sul de Santos. Os prédios, arroteamento dos campos c a técnica das

ocupaçõcs dos japoneses na Améri"^^

braços. O alienígena, porém, sempre ^oi mal recebido pelo pessoal trababiador que via nele um •competidor

Latina eram comércio no Mé.xico,

desleal c mais barato.

colheitas são iguais aos do Japão.

Panamá, Colômbia, Venezuela, Bolívia®

tamente isolados no Brasil. Um exem

1930, as principa'-

As relações econômicas

entre

o

Pais oriental c a nação da costa do

Chile, comércio c agricultura em

o interior da China.

Com a guerra

ela veio tomar - ainda maior incre

A questão 'demográfica apresenta aspetos curiosos. Reunindo-se aos na

comércio, indústria c agricultura nsA""'

í^acifico tiveram começo em 1897,

gentina, e agricultura no Brasil.

Quando esta recebeu a primeira leva

quanto neste país, os nipões erai^ considerados como elementos propulsO'

Pelo.ç senliores.de terra-e os imigran

res da economia nacional, nas nações da

tes deviam ser pessoas aptas para o

jovens são enviados à mãe-pátna pa

América Espanhola eram tidos coiflO

trabalho nos campos. No fim do con

simples

trato, a agencia de emigração se in

ra- estudar e os velhos regressam, ao fhn da vida. São numerosos os via

parasitas:

de japoneses.

negociantes dç

quinquilharias. Ao organizar a emi gração para o Brasil, os japoneses

.-V passagem era paga

cumbiria das despesas de regresso: Em

turais do Japão os nascidos nb Peru, julga-se que a população nipônica no Peru se eleva de 25.000 a 30.000 ha bitantes. E' extremamente móvel; os

começaram com métodos sãos, evi

1898 chegaram 1.200 nipões ao Peru. Não se deram bem: eram acusados co-

jantes comerciais. Tendo os primei ros japoneses chegado ao Peru sem mulheres, uniram-se aos elementos da

tando o êrrc verificado na América

tno perturbadores da ordem e constan

Espanhola: enviaram apenas os colo'

terra — chòlos, négros e mestiços —

temente

"cholos" (nativos) e chineses. Outras

algumas eram brasileiras. As coope

nos e os capitalistas. A própria dis tribuição de sexo mostra a diferença

rativas puramente agrícolas contro

de critério.

lam um quinto da produção de algo dão de São Paulo e quase toda a sa

res acompanharam sempre os homens, ao contrário do que aconteceu nos

porém, com menor sucesso. A vitória do Japão sòbro a Rússia veio agravar a situação, pois, revelando os desejos

fra de batatas, verduras é vegetais.

países da costa do Pacífico.

iniperialistas daquele, criou um esta

Dos 9 mil habitantes' da localidade, há alguns anos, 6 mil eram japone ses. De 45 firmas comerciais apeíias

Existem também colônias no norte do Brasil. Estas, porém, obedecem ao tipo de grandes concessões e re

conflitos

com

os

tentativas foram feitas em 1903 e 1904,

Para o Brasil as mulhe

Entre 1931'c 1939 ocorreu uma mu

dança considerável no

criavani

intercâmbio

são mais arrendatários .do que pro

prietários de terras. A maioria esta

do dc espírito contrário à entrada de

zona norte do pais. Especiahzam-se

Somente em

vestem importância mais como em presa para inversão de capital, isto é,

iniciativas de cunho capitalista, do que

ções latino-americanas, o quinto lu

. Primeira Guerra Mundial. Entre 1925

gar como importador e o quarto co

e 30, entraram no Peru 7.269 japone

a chegada de 774 imigrantes.

Novas

ondas vieram durante -e logo após a

ses.

mo fornecedor, em 1939 dominava em

. Quanto ao aspeto econômico, os ja poneses que se dedicam à lavo.ura,

seus nacionais no Peru.

1906 o movimento foi reiniciado, c,om

A

ambos os setores.

sos de miscigenação.

concentrada no Vale do Chancay. na

comercial entre o Brasil e o JapSo. Enquanto naquele primeiro ano, o país americano ocupa>'a, entre as na

como. movimento de migração hu mana. As. principais colônias . estão localizadas nos Estados do Pará e do

produzindo" um dos mais óriginais ca

na cultura de algodão. Existem tam bém cm quantidade ponderável na zona florestal do Amazonas, onde se

entregam ao cultivo de milho, café e outros produtos". No comércio os nipões se ocupam,,

depressão

econômica

mundial,

em maioria, em lojas de varejo e em

Amazonas.

ocorrida em 1930,' despertou sentimen

pequenas indústrias. O ramo de ba

A emigração organizada para o Brasil evitou, criar competição entre o nativo e o alienígena, como chegou

A emigração para o Peru

tos anti-nipônicos na nação dos Incas.

Agora não era sòmente a questão ra

zar está pràticamente monopolizado por éles. Grande é o,intercâmbio co

O movimento para o Peru iniciõusè, a instâncias dos grandes senhores

cial, mas tam.béni a da concorrência

mercial entre o Peru e

-comercial.

Aquele exporta para éste alpaca, al*

a ocorrer na América Espanhola. .Os

"i*

A

Essa campanha recrudes

o

Japão.


S4

Digesto Econo°"'"

godão €, em menor escala, cocaína

(cujo comércio, entretanto, paralisou a partir de 1929), café, açúcar e al guns outros produtos tropicais.

Com referência ao movimento im

portador, a sua comjiosição sofreu

varias

modificações com o decorrer

do tempo. A princípio eram impor tados certos tipos de tecidos baratos

çou em 1931, quando os tecidos e artigos de alimentação reapareceram e se iniciou a importação de produtos 1 os

químicos, nunca feita anteriormente.

Em 1933 o governo peruano realizou . no Japão importantes compras de material bélico. RecomeçoU-se no mesmo ano a importação de artigos

diversas mercadorias de seda — algu

de vidro e ferragens. Embora não discriminem naciona lidades, as leis peruanas sobre imi

mas espécies de produtos alimentícios

gração atingem principalmente os ja-

—meias, camisas, calças, camisolas, e

cm conserva e brinquedos, artigos de

ponêses. Essas leis reduzem o núme

porcelana e vidro e ferragens. A im

ro de pessoas de uma mesma nacio nalidade a ló.OOO, proíbem a entrada no país de "grupos raciais organiza

portação se destinava sobretudo aos

imigrantes nipônicos. Pela altura de 192S raodificou-se a

Ahrasivos, sua importsiueía iia iadiislria por RUI RIBEIRO FR/VNCO

(Especial para

dos" e estendem a todas as profis-

^ indústria dos abrãsivos (abrasivo é

importação. Os tecidos e certos ar tigos de toalete sofreram um eclipse,

sões a necessidade de contarem, no

tôda a substância utilizada no des-

total de seus empregados, com 807e

suplantados pela concorrência eslovena. Apareceram, porém, outras mercadorias — botões, escovas de

de peruanos natos ou naturalizados.

basté" e poHniento de outros corpos) acompanha de perto o desenvolvimen

o "Digesto Econômico")

O emprego desse material cresce dia a dia na indústria lapidaria, na fabri

cação de motores de avião, no acaba mento e polimento de metais e ligas

Providências também foram decreta

to e o progresso das outras indústrias.

metálicas, na fabricação de todos os

das para a restrição do comércio cora

tipos de lixas para ferro, madeira e

dentes, lenços, etc. — que perdura

o Japão, presentemente sujeito a co

E' tal a sua importância, em muitos setores da indústria, que a sua falta

vam até 1942. Uma nova fase come-

tas prefixadas.

provocaria o fechamento imediato de

couro e em

muitos

outros campos

onde sua presença se faz sentir.

muitas fábricas.

Os abrasivos são geralmente subs tâncias mineirais naturais de grande

dureza e relativa tenacidade.

•llll fM'

■ y

tidos artificialmente.

Contu

do, podem também ser obtidos nos la QUÜ

pequena dureza e 4)^os abrasivos ob No primeiro grupo encontram-se os

Nesse particular podemos adiantar que abrasivòs artificiais já entraram em

abrasivos naturais de alta dureza: dia mante, córindon, esmeril e granadas. Entre aqueles da segunda categoria

séria competição com os naturais e

alinham-se os arenitos, os quartzitos.

em muitos setores já os suplantaram,

o sílex, o quartzo, o diatomito (diato-

quer nas aplicações, quer na eficiência.

mito é um tipo de depósito silicoso de

E' costume dividirmos os abrasivos

origem orgânica e constituído de ca-

boratórios por

processos artificiais.

cm quatro categorias: 1) os abrasivos de alta ckireza; 2) os abrasivos ,siHcosos, os quais incluem as várias formas de oxido de silíció;. 3) os abrasivos d?.

rapaças de aígas microscópicas deno minadas diatomáceas), terra de Trí-

poli, pedras-pome, areias, etc. Desta cam-se como abrasivos de

pequena

j


S4

Digesto Econo°"'"

godão €, em menor escala, cocaína

(cujo comércio, entretanto, paralisou a partir de 1929), café, açúcar e al guns outros produtos tropicais.

Com referência ao movimento im

portador, a sua comjiosição sofreu

varias

modificações com o decorrer

do tempo. A princípio eram impor tados certos tipos de tecidos baratos

çou em 1931, quando os tecidos e artigos de alimentação reapareceram e se iniciou a importação de produtos 1 os

químicos, nunca feita anteriormente.

Em 1933 o governo peruano realizou . no Japão importantes compras de material bélico. RecomeçoU-se no mesmo ano a importação de artigos

diversas mercadorias de seda — algu

de vidro e ferragens. Embora não discriminem naciona lidades, as leis peruanas sobre imi

mas espécies de produtos alimentícios

gração atingem principalmente os ja-

—meias, camisas, calças, camisolas, e

cm conserva e brinquedos, artigos de

ponêses. Essas leis reduzem o núme

porcelana e vidro e ferragens. A im

ro de pessoas de uma mesma nacio nalidade a ló.OOO, proíbem a entrada no país de "grupos raciais organiza

portação se destinava sobretudo aos

imigrantes nipônicos. Pela altura de 192S raodificou-se a

Ahrasivos, sua importsiueía iia iadiislria por RUI RIBEIRO FR/VNCO

(Especial para

dos" e estendem a todas as profis-

^ indústria dos abrãsivos (abrasivo é

importação. Os tecidos e certos ar tigos de toalete sofreram um eclipse,

sões a necessidade de contarem, no

tôda a substância utilizada no des-

total de seus empregados, com 807e

suplantados pela concorrência eslovena. Apareceram, porém, outras mercadorias — botões, escovas de

de peruanos natos ou naturalizados.

basté" e poHniento de outros corpos) acompanha de perto o desenvolvimen

o "Digesto Econômico")

O emprego desse material cresce dia a dia na indústria lapidaria, na fabri

cação de motores de avião, no acaba mento e polimento de metais e ligas

Providências também foram decreta

to e o progresso das outras indústrias.

metálicas, na fabricação de todos os

das para a restrição do comércio cora

tipos de lixas para ferro, madeira e

dentes, lenços, etc. — que perdura

o Japão, presentemente sujeito a co

E' tal a sua importância, em muitos setores da indústria, que a sua falta

vam até 1942. Uma nova fase come-

tas prefixadas.

provocaria o fechamento imediato de

couro e em

muitos

outros campos

onde sua presença se faz sentir.

muitas fábricas.

Os abrasivos são geralmente subs tâncias mineirais naturais de grande

dureza e relativa tenacidade.

•llll fM'

■ y

tidos artificialmente.

Contu

do, podem também ser obtidos nos la QUÜ

pequena dureza e 4)^os abrasivos ob No primeiro grupo encontram-se os

Nesse particular podemos adiantar que abrasivòs artificiais já entraram em

abrasivos naturais de alta dureza: dia mante, córindon, esmeril e granadas. Entre aqueles da segunda categoria

séria competição com os naturais e

alinham-se os arenitos, os quartzitos.

em muitos setores já os suplantaram,

o sílex, o quartzo, o diatomito (diato-

quer nas aplicações, quer na eficiência.

mito é um tipo de depósito silicoso de

E' costume dividirmos os abrasivos

origem orgânica e constituído de ca-

boratórios por

processos artificiais.

cm quatro categorias: 1) os abrasivos de alta ckireza; 2) os abrasivos ,siHcosos, os quais incluem as várias formas de oxido de silíció;. 3) os abrasivos d?.

rapaças de aígas microscópicas deno minadas diatomáceas), terra de Trí-

poli, pedras-pome, areias, etc. Desta cam-se como abrasivos de

pequena

j


86

Dige«to Econón*>«°

dureza os minerais seguir^es: bauxíta,

A# fontes de matéria-prima

argilas, magnesita, óxído de magncsio. _

talco, giz, fcldspatos moidos e ainda os

Agora que nos pusemos em con

seguintes óxidos: oxido xle ferro, cs • tanlio, crómo e mangartês. Dos abra-

tato com diversos abrasivos surge a questão: — onde se localizam as pr'"*

sivos artificiais falaremos mais adian

cipais fontes de matéria-prima

te. Contudo, seja-nos permitido adian

a fabricação dos abrasivos? E' ° Brasil grande produtor deste mate rial? Quais as nossas possibilidades? Estas são perguntas a que teremos de responder um dia, pois como todos sabem a indústria em nosso país vem de há muito sofrendo notável impulso e ampla disseminação. Já não se

tar aqui que os abrasivos obtidos nos

laboratórios possuem dureza e tenaci dade tais que chegam a competir com us mais duros abrasivos naturais.

Como se pode verificar, a lista dos

abrasivos naturais, (os óxidos mencio nados acima podem também ser obti

dos artificialmente) é bem extensa. Para cada uso diferente usamos' da

compreende indústria

sem

abrasívo.

Já o usamos nas sondas perfuratris^*^

87

Digesto Econômico

negros são encontrados na Bahia, en quanto o "bort" é extraído de de

pósitos situados no Congo Belga, Áfri ca do Sul, Angola, Costa do Ouro, Emeri na Grécia. As granadas utili etc. O córindon, um dos mais impor zadas como abrasivos encontram-se tantes abrasivos naturais que se co principalmente nos Estados Unidos. nhecem, é empregado em muitos se tores da indústria. Sua dureza é 9,\ Em segundo plano vêm a Espanha, a E*. en^

índia, o Canadá,e Madagascar. Ve

centrado principalmente no , Canadá,

rificámos grande quantidade de peque

enquanto a do diamante é 10.

ná África do Sul, nos Estados Unidos

nos grãos dêste material nas areias

da Ailnéríca do Norte, na Rússia e em Madagascar. Neste particular vimos

ilmeníticas e monazíticas das praias

pesquisando uma série de rochas do

neíro.

Os abrasivos do segundo grupo, is

vêm principalmente da região de São Roque e Cotia) para a verificação da

to é, as várias formas do oxido de

existência de córindon. Blocos infor

dos países sob formas diversas. Seu uso é o mais variável possível. Sao

queninas partículas, outros reduzidos d

pó impalpável e grande número dêles

ria, na fabricação de motores de avião,

Ferro Sorocabana. O Eng.® Luciano

sob. a forma de rodas (esmeris), nas placas das sondas perfuratrizçs, em li

no acabamento e polimento de metais e ligas metálicas, na fabricação de to

Jacques de Morais quando em 1936

xas de pano e papel, sob a forma de

dos os tipos de lixas para ferro,.ma

municípios de Ubá e Pomba, M. G..

pó misturado a óleos especiais, em -blocos, calcinados, etc.

deira e couro e em muitos outros cam

encontrou grandes cristais de córindon

pos onde sua presença se faz sentir. Vejamos agora os principais tipos de

na jazida do Córrego do Samenho. Os cristais cínza-ctaros, às vezes violá-

abrasivos e.suas fontes. '

ceos, mediam até dois centímetros e

Diamantes industriais, o mais duro de todos os abrasivos, encontram-*se

meio.

B Uns são usados sob a forma de pe

O preparo do abrasívo, operação de suma importância, é concluído na de cantação dos grãos-em tanques espe ciais após a obtenção das partículas em enormes moinhos dé pedra. Nesta operação, gastam-se muitas horas

Sua classificação se faz nos* tanques

principalmente

Brasil,

na África

do Sul e

E' tal a sua importância co

mo abrasívo que só os Estados Unidos

da

América

do

Norte

importam»,

de decantação, tendo-se em conta-o tamanho das partículas. Os grãos ob

anualmente, cerca de quatro milhões

tidos devem ter muitas facetas agu das, uma vez que sua principal fun

mantes industriais, impróprios gemas,

ção é o do desbaste.

e "borts".

de quilates ou sejam 800 kg de dia

para

rncluem-se aí os carbonados Carbonados ou diamantes

da Bahia, Espírito -Santo e Rio-de-Ja-

Estado de São Paulo (rochas que pro

de diamante em sondagens do nosso solo à procura dos poços petrolífero^ e depósitos minerais. Seu emprego cresce dia a dia na indústria lapidai"

mesma maneira um abrasívo especial.

contrado na ilha "de Naxos (Grécia), em Aidin (Turquia) e nos Estados Unidos da América do Norte. O no me de esmeril vem de Emeri, Cabo

mes deste mineral já foram encontra dos na área de Cotia, na Estrada de

estudou os depósitos de amianto dos

Embora sejam os Estados Unidos grande produtor de córindon (A1203),

silício «ão encontrados em quase to

usados ora em suas formas naturais, ora triturados e reduzidos a pó. Os abrasivos de pequena dureza en

4

contram' emprego geralmente corno substâncias para poUmentos. Não ris cam os metais, dão polimento ao bronze, às peças de prata, ouro, ní

quel, botões, de fardas, ^pérolas, celu lóide, são utilizados na indústria das íentes, etc. São, da mesma maneira que os da segunda categoria, encon trados amplamente no Brasil. Já não

centenas de toneladas dêste material

discutimos a sua existência mas sim

são anualmente importadas da África do Sul pela firma Bausch & Lomb

os meios de empregá-los.

para a confecção de lentes utilizadas em todos os setores para fins de guer

Finalmente, resta-nos dedicar algu

ra e civil.

O

esmeril (mistura

Abrasivos artificiais

de córindon,

magnetita, hematita e espinelo) é en

mas palavras aos abrasivos artificiais. Alguns dêles são extremamente duros


86

Dige«to Econón*>«°

dureza os minerais seguir^es: bauxíta,

A# fontes de matéria-prima

argilas, magnesita, óxído de magncsio. _

talco, giz, fcldspatos moidos e ainda os

Agora que nos pusemos em con

seguintes óxidos: oxido xle ferro, cs • tanlio, crómo e mangartês. Dos abra-

tato com diversos abrasivos surge a questão: — onde se localizam as pr'"*

sivos artificiais falaremos mais adian

cipais fontes de matéria-prima

te. Contudo, seja-nos permitido adian

a fabricação dos abrasivos? E' ° Brasil grande produtor deste mate rial? Quais as nossas possibilidades? Estas são perguntas a que teremos de responder um dia, pois como todos sabem a indústria em nosso país vem de há muito sofrendo notável impulso e ampla disseminação. Já não se

tar aqui que os abrasivos obtidos nos

laboratórios possuem dureza e tenaci dade tais que chegam a competir com us mais duros abrasivos naturais.

Como se pode verificar, a lista dos

abrasivos naturais, (os óxidos mencio nados acima podem também ser obti

dos artificialmente) é bem extensa. Para cada uso diferente usamos' da

compreende indústria

sem

abrasívo.

Já o usamos nas sondas perfuratris^*^

87

Digesto Econômico

negros são encontrados na Bahia, en quanto o "bort" é extraído de de

pósitos situados no Congo Belga, Áfri ca do Sul, Angola, Costa do Ouro, Emeri na Grécia. As granadas utili etc. O córindon, um dos mais impor zadas como abrasivos encontram-se tantes abrasivos naturais que se co principalmente nos Estados Unidos. nhecem, é empregado em muitos se tores da indústria. Sua dureza é 9,\ Em segundo plano vêm a Espanha, a E*. en^

índia, o Canadá,e Madagascar. Ve

centrado principalmente no , Canadá,

rificámos grande quantidade de peque

enquanto a do diamante é 10.

ná África do Sul, nos Estados Unidos

nos grãos dêste material nas areias

da Ailnéríca do Norte, na Rússia e em Madagascar. Neste particular vimos

ilmeníticas e monazíticas das praias

pesquisando uma série de rochas do

neíro.

Os abrasivos do segundo grupo, is

vêm principalmente da região de São Roque e Cotia) para a verificação da

to é, as várias formas do oxido de

existência de córindon. Blocos infor

dos países sob formas diversas. Seu uso é o mais variável possível. Sao

queninas partículas, outros reduzidos d

pó impalpável e grande número dêles

ria, na fabricação de motores de avião,

Ferro Sorocabana. O Eng.® Luciano

sob. a forma de rodas (esmeris), nas placas das sondas perfuratrizçs, em li

no acabamento e polimento de metais e ligas metálicas, na fabricação de to

Jacques de Morais quando em 1936

xas de pano e papel, sob a forma de

dos os tipos de lixas para ferro,.ma

municípios de Ubá e Pomba, M. G..

pó misturado a óleos especiais, em -blocos, calcinados, etc.

deira e couro e em muitos outros cam

encontrou grandes cristais de córindon

pos onde sua presença se faz sentir. Vejamos agora os principais tipos de

na jazida do Córrego do Samenho. Os cristais cínza-ctaros, às vezes violá-

abrasivos e.suas fontes. '

ceos, mediam até dois centímetros e

Diamantes industriais, o mais duro de todos os abrasivos, encontram-*se

meio.

B Uns são usados sob a forma de pe

O preparo do abrasívo, operação de suma importância, é concluído na de cantação dos grãos-em tanques espe ciais após a obtenção das partículas em enormes moinhos dé pedra. Nesta operação, gastam-se muitas horas

Sua classificação se faz nos* tanques

principalmente

Brasil,

na África

do Sul e

E' tal a sua importância co

mo abrasívo que só os Estados Unidos

da

América

do

Norte

importam»,

de decantação, tendo-se em conta-o tamanho das partículas. Os grãos ob

anualmente, cerca de quatro milhões

tidos devem ter muitas facetas agu das, uma vez que sua principal fun

mantes industriais, impróprios gemas,

ção é o do desbaste.

e "borts".

de quilates ou sejam 800 kg de dia

para

rncluem-se aí os carbonados Carbonados ou diamantes

da Bahia, Espírito -Santo e Rio-de-Ja-

Estado de São Paulo (rochas que pro

de diamante em sondagens do nosso solo à procura dos poços petrolífero^ e depósitos minerais. Seu emprego cresce dia a dia na indústria lapidai"

mesma maneira um abrasívo especial.

contrado na ilha "de Naxos (Grécia), em Aidin (Turquia) e nos Estados Unidos da América do Norte. O no me de esmeril vem de Emeri, Cabo

mes deste mineral já foram encontra dos na área de Cotia, na Estrada de

estudou os depósitos de amianto dos

Embora sejam os Estados Unidos grande produtor de córindon (A1203),

silício «ão encontrados em quase to

usados ora em suas formas naturais, ora triturados e reduzidos a pó. Os abrasivos de pequena dureza en

4

contram' emprego geralmente corno substâncias para poUmentos. Não ris cam os metais, dão polimento ao bronze, às peças de prata, ouro, ní

quel, botões, de fardas, ^pérolas, celu lóide, são utilizados na indústria das íentes, etc. São, da mesma maneira que os da segunda categoria, encon trados amplamente no Brasil. Já não

centenas de toneladas dêste material

discutimos a sua existência mas sim

são anualmente importadas da África do Sul pela firma Bausch & Lomb

os meios de empregá-los.

para a confecção de lentes utilizadas em todos os setores para fins de guer

Finalmente, resta-nos dedicar algu

ra e civil.

O

esmeril (mistura

Abrasivos artificiais

de córindon,

magnetita, hematita e espinelo) é en

mas palavras aos abrasivos artificiais. Alguns dêles são extremamente duros


'

*4 '"'l

r 88

Econ^n,! onomico

e apresentam muitas vezes uma vantaSem sobre os abrasivos naturais

sao qualitativamente uniformes e po-

dem ser obtidos em larga escala in dustrialmente. Na sua manufatura, emPregam-se: a bauxita (oxido de alu

mínio hidratado), sílica, carvão, cal Tirgem, magnésia, minerais de tungsíenio e boro, argilas, ferro, aço, borra-

PRINCIPAIS USOS INDUSTRIAIS DO ÀLGODAO NOS ESTADOS UNIDOS.'-'

sim, o carbcto de silício (SiC) é co nhecido pelos

nome.s de

dum, Crystalon c Carbolon. São obti dos eni forno.s elétricos pela fusão dc coque de petróleo c areia à tempera

(MEpms D£ /Q3<? /?

EMPRECOS-TON.DEALO.

EMPREGOS -TOM.PEALG.

tura de 2.000°C, durante 3â horas. Su.i

dureza supera a do córindon. A alamina fundida é conhecida pelos nomcâ dc .Muiulum, Aloxitc, etc. Sua obten ção SC faz também cm fornos elétri

cos. Uma mistura de Iiauxita, coque

CALÇ.ADO&

c ferro é levada ao ponto de fusão 3.500 F durante 24 horas. Finalmen

^^2í381

te, falta-nos mencionar o carbeto do boro (Norbide) o qual constitui o

N . ^

abrasivo mais duro, depois do dia mante. Sua dureza é tão próxima à do diamante que éste vem sendo subs tituído com eficiência pelo Norbidc

^UTOAACSV/EIS

uma mistura de coque e anidrido bó-

etc.. Os produtos manufaturados a partir destas substâncias têm um

rico (B2 03). Do que foi exposto, a conclusão a

grau de díireza que varia entre a gra

que chegamos é a seguinte: se a in

nada c o diamante. São portanto bem

dústria extrativa de minérios em geral

uros. Como já tivemos a oportuni-

tomou nestes últimos cinco anos notá vel irTcremento e particular interesse,

suplantaram em muitos setores os na turais. Sua produção nos Estados Unidos oscila entre 100.000 e 145.000 toneladas por ano. num valor que vni 6 a 9 milhões de dólares. A com posição deles varia amplamente e são conhecidos por nomes registados. As-

^<-COLCHO£S

?-094

^8306

Como seus companhciro.s anteriores é obtido em fornos elétricos a partir de

ade de mencionar, tais abrasivos já

)

1

COTÍDA.S E BA.P.BA.NTES

COS

^1^^^13:906 ISOLADORES ELETRtCOS

OgORREÍAS TRAWS.M1SS0RAS

^^27.567

graças à atual legislação mineira, que com leis previdentes e cautelosas pro tege e ampara qualquer iniciativa par ticular, a pesquisa de abrasivos deve

R1AIS

merecer tôda a atenção dos interes

OUT^SSS EMPREGOS.

TOTAL 6Ô9.064-

sados nos múltiplos setores da indús tria.

Fonr€%- , PAQOS PüÍMfifUOí DO"JOmNAl OfCOMMCfiCe'

'-í')

oesTA Rtiftcfto es TA exctuibrt A FftBftKFifAo Oe reClDOS.


'

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r 88

Econ^n,! onomico

e apresentam muitas vezes uma vantaSem sobre os abrasivos naturais

sao qualitativamente uniformes e po-

dem ser obtidos em larga escala in dustrialmente. Na sua manufatura, emPregam-se: a bauxita (oxido de alu

mínio hidratado), sílica, carvão, cal Tirgem, magnésia, minerais de tungsíenio e boro, argilas, ferro, aço, borra-

PRINCIPAIS USOS INDUSTRIAIS DO ÀLGODAO NOS ESTADOS UNIDOS.'-'

sim, o carbcto de silício (SiC) é co nhecido pelos

nome.s de

dum, Crystalon c Carbolon. São obti dos eni forno.s elétricos pela fusão dc coque de petróleo c areia à tempera

(MEpms D£ /Q3<? /?

EMPRECOS-TON.DEALO.

EMPREGOS -TOM.PEALG.

tura de 2.000°C, durante 3â horas. Su.i

dureza supera a do córindon. A alamina fundida é conhecida pelos nomcâ dc .Muiulum, Aloxitc, etc. Sua obten ção SC faz também cm fornos elétri

cos. Uma mistura de Iiauxita, coque

CALÇ.ADO&

c ferro é levada ao ponto de fusão 3.500 F durante 24 horas. Finalmen

^^2í381

te, falta-nos mencionar o carbeto do boro (Norbide) o qual constitui o

N . ^

abrasivo mais duro, depois do dia mante. Sua dureza é tão próxima à do diamante que éste vem sendo subs tituído com eficiência pelo Norbidc

^UTOAACSV/EIS

uma mistura de coque e anidrido bó-

etc.. Os produtos manufaturados a partir destas substâncias têm um

rico (B2 03). Do que foi exposto, a conclusão a

grau de díireza que varia entre a gra

que chegamos é a seguinte: se a in

nada c o diamante. São portanto bem

dústria extrativa de minérios em geral

uros. Como já tivemos a oportuni-

tomou nestes últimos cinco anos notá vel irTcremento e particular interesse,

suplantaram em muitos setores os na turais. Sua produção nos Estados Unidos oscila entre 100.000 e 145.000 toneladas por ano. num valor que vni 6 a 9 milhões de dólares. A com posição deles varia amplamente e são conhecidos por nomes registados. As-

^<-COLCHO£S

?-094

^8306

Como seus companhciro.s anteriores é obtido em fornos elétricos a partir de

ade de mencionar, tais abrasivos já

)

1

COTÍDA.S E BA.P.BA.NTES

COS

^1^^^13:906 ISOLADORES ELETRtCOS

OgORREÍAS TRAWS.M1SS0RAS

^^27.567

graças à atual legislação mineira, que com leis previdentes e cautelosas pro tege e ampara qualquer iniciativa par ticular, a pesquisa de abrasivos deve

R1AIS

merecer tôda a atenção dos interes

OUT^SSS EMPREGOS.

TOTAL 6Ô9.064-

sados nos múltiplos setores da indús tria.

Fonr€%- , PAQOS PüÍMfifUOí DO"JOmNAl OfCOMMCfiCe'

'-í')

oesTA Rtiftcfto es TA exctuibrt A FftBftKFifAo Oe reClDOS.


l'AN()ltAMA i)()S]j;s'lV\D()s

91

Digesto Econômico

leite e derivados; 4.® — abasteci

o seu progresso: uma grande fábrica de fiação de sêda e uma refinaria de

mento dos mercados- interno e exter

óleos.

no de produtos de origem animal: S.®

Minas Gerais

organização de serviços oficiais ati-

transporte e comunicações; 6.® —

nentes às atividades relacionadas com a indústria animal; 7.® —"zootécnica

PEIXES

JA está em via» de execução um pla

A Companhia Nacional de Papel

aplicada, biologia, higiene, vetermária

guiu distribuir, graças à colaboraÇ®'

Celulose de São Paulo de São Paulo,

no que visa repovoar as lagoas do

das autoridades riograndenses, cerca

sul, com o estabelecimento de um ser-

de 140 mil alevinos e novos embrio"®"

^^Iço de pesca industrial. Para tanto, o limnologista.. Herman Kleerekoper,

com sucursal em Belo Horizonte, Dis trito Federal e Santa Catarina, acaba

dos de peixe-rei aos proprietário*

dc adquirir todo o acervo- da Compa

açudes, prefeituras municipais e ou

nhia Indústrias Têxteis, que explorava cm Ubá, Minas Gerais, fibras de guaxima na fabricação de sacos e outros

da Divisão de Caça e Pesca do Minis tério da Agricultura, efetuou pesqui sas relacionadas com a ecologia e a

biologia daquelas regiões, chegando à

tras organizações e interessados.

O funcionamento da organização oa

Lagoa dos Quadros, em caráter defi*

tecidos

c

construirá

em

breve

uma

nova grande fábrica.

peixe-rei.

Poi em face do resultado positivo de seus estudos que, como dependên

mil cruzeiros do Plano de

Equipamentos.

Reunir-se-á, em Goiânia, em maio próximo, sob os auspícios do Minis tério da Agricultura e convocado pela União das Associações Agro-Pecuá-. rias do Brasil Central, o III Congres■so Pecuário do Brasil Central, certame que está despertando interesse em to da a região do oeste. O importante çonclave, que é organizado pela Socieda--^

favoráveis'para a criação artificial do

cia da Divisão de Caça e Pesca, se instalou um Posto de Piscicultura na

Lagoa de Quadros, município de Osó*■10, no litoral gaúcho.

Na sua orga

nização foram aplicado*^ 1.400.000 .cru zeiros.

Construiram-se ali três pré

dios, tanques de criação, etc..

Até

agora, mesmo com instalações provi

Obras

®

• O plano em desenvolvimento no sul,"^ que já vem sendo aplicado desde 1941, tenderá, para o futuro, a se estender por todo o Estado do Rio Grande, com a criação erii larga escala do peixe-reí, visto ser êle muito cotado nos mercados nacionais pelas suas exce lentes qualidades.

sórias, o Posto de Piscicultura conse-

Santa Catarina

Prosseguem ativas, na cidade de 1,tu barão, as obra.s de assentamento das máquinas da grande fábrica de óleo e

lubrificantes, recentemente fundada na

Goiás

de Goiana

de Pecuária e com a co

laboração do govêrno de Goiás, será está fadada, segundo os despachos te-

solenemente

légráficos que de lá nos--chegam,' a

25 daquele mês, devendo encerrar-se

obter grande êxito.

no dia- 31.

Paraná

A comissão organizadora da referi da reunião estabeleceu as secções den

instalado

em

Goiânia

a

A, cidade de Cambará, no norte do

nova. empresa, que tem à sua frente o comerciante e industrial Jpão Ávila,

Paraná, acha-se agora dotada de dois

tro das quais serão enquadradas as suas comissões especiais, assim discri minadas : 1.®- — produção e comércio

novos ' e importantes elementos para

de gado; 2.^ — carne e derivados; 3.^

I

Trinta e' quatro" teses foram reco

mendadas aó certame pela União das Associações Agro-Pecuárias do Brasil magna importância para a numerosa

A

quela cidade do sul catarinense.

à legislação vigente. •

Central, compreendendo assuntos de

nitivo, segundo o que se anuncia, ®'"' da se verificará êste ano, para o o Sr. Ministro da Agricultura con*e* guiu destaque de uma verba de

conclusão de que há nelas condições

e medicina; c, finalmente, a 8.®, que tratará dos impostos, taxas e tarifas assim como de questões relacionadas

-classe de pecuaristas do oeste brasi leiro, como por exemplo- a cnaçao eco nômica do gado leiteiro alienígena e

mestiço; a situação do comercio de gado vivo para corte e leite: o abaste cimento de sal. arame e medicamen

tos nos centros pecuários; e a racio

nalização da indústria de carnes, além de muitas outras que serão objeto dc

estudos especiais dos congressistas

reunidos na capital de Goiás. As providências preliminares para a realização do IH Congresso Pecuário do Brasil Central, já estão sendo.to madas pelo Sr. Altamiro de Moura

Pacheco, uni dos vice^presidentes da comissão executiva e presidente da Sociedade Goiana de Pecuária. Man tendo-se em permanente contato com

o govêrno do Estado, vem concertando todas as medidas tendentes a assegu rar n mais completo êxito à reunião


l'AN()ltAMA i)()S]j;s'lV\D()s

91

Digesto Econômico

leite e derivados; 4.® — abasteci

o seu progresso: uma grande fábrica de fiação de sêda e uma refinaria de

mento dos mercados- interno e exter

óleos.

no de produtos de origem animal: S.®

Minas Gerais

organização de serviços oficiais ati-

transporte e comunicações; 6.® —

nentes às atividades relacionadas com a indústria animal; 7.® —"zootécnica

PEIXES

JA está em via» de execução um pla

A Companhia Nacional de Papel

aplicada, biologia, higiene, vetermária

guiu distribuir, graças à colaboraÇ®'

Celulose de São Paulo de São Paulo,

no que visa repovoar as lagoas do

das autoridades riograndenses, cerca

sul, com o estabelecimento de um ser-

de 140 mil alevinos e novos embrio"®"

^^Iço de pesca industrial. Para tanto, o limnologista.. Herman Kleerekoper,

com sucursal em Belo Horizonte, Dis trito Federal e Santa Catarina, acaba

dos de peixe-rei aos proprietário*

dc adquirir todo o acervo- da Compa

açudes, prefeituras municipais e ou

nhia Indústrias Têxteis, que explorava cm Ubá, Minas Gerais, fibras de guaxima na fabricação de sacos e outros

da Divisão de Caça e Pesca do Minis tério da Agricultura, efetuou pesqui sas relacionadas com a ecologia e a

biologia daquelas regiões, chegando à

tras organizações e interessados.

O funcionamento da organização oa

Lagoa dos Quadros, em caráter defi*

tecidos

c

construirá

em

breve

uma

nova grande fábrica.

peixe-rei.

Poi em face do resultado positivo de seus estudos que, como dependên

mil cruzeiros do Plano de

Equipamentos.

Reunir-se-á, em Goiânia, em maio próximo, sob os auspícios do Minis tério da Agricultura e convocado pela União das Associações Agro-Pecuá-. rias do Brasil Central, o III Congres■so Pecuário do Brasil Central, certame que está despertando interesse em to da a região do oeste. O importante çonclave, que é organizado pela Socieda--^

favoráveis'para a criação artificial do

cia da Divisão de Caça e Pesca, se instalou um Posto de Piscicultura na

Lagoa de Quadros, município de Osó*■10, no litoral gaúcho.

Na sua orga

nização foram aplicado*^ 1.400.000 .cru zeiros.

Construiram-se ali três pré

dios, tanques de criação, etc..

Até

agora, mesmo com instalações provi

Obras

®

• O plano em desenvolvimento no sul,"^ que já vem sendo aplicado desde 1941, tenderá, para o futuro, a se estender por todo o Estado do Rio Grande, com a criação erii larga escala do peixe-reí, visto ser êle muito cotado nos mercados nacionais pelas suas exce lentes qualidades.

sórias, o Posto de Piscicultura conse-

Santa Catarina

Prosseguem ativas, na cidade de 1,tu barão, as obra.s de assentamento das máquinas da grande fábrica de óleo e

lubrificantes, recentemente fundada na

Goiás

de Goiana

de Pecuária e com a co

laboração do govêrno de Goiás, será está fadada, segundo os despachos te-

solenemente

légráficos que de lá nos--chegam,' a

25 daquele mês, devendo encerrar-se

obter grande êxito.

no dia- 31.

Paraná

A comissão organizadora da referi da reunião estabeleceu as secções den

instalado

em

Goiânia

a

A, cidade de Cambará, no norte do

nova. empresa, que tem à sua frente o comerciante e industrial Jpão Ávila,

Paraná, acha-se agora dotada de dois

tro das quais serão enquadradas as suas comissões especiais, assim discri minadas : 1.®- — produção e comércio

novos ' e importantes elementos para

de gado; 2.^ — carne e derivados; 3.^

I

Trinta e' quatro" teses foram reco

mendadas aó certame pela União das Associações Agro-Pecuárias do Brasil magna importância para a numerosa

A

quela cidade do sul catarinense.

à legislação vigente. •

Central, compreendendo assuntos de

nitivo, segundo o que se anuncia, ®'"' da se verificará êste ano, para o o Sr. Ministro da Agricultura con*e* guiu destaque de uma verba de

conclusão de que há nelas condições

e medicina; c, finalmente, a 8.®, que tratará dos impostos, taxas e tarifas assim como de questões relacionadas

-classe de pecuaristas do oeste brasi leiro, como por exemplo- a cnaçao eco nômica do gado leiteiro alienígena e

mestiço; a situação do comercio de gado vivo para corte e leite: o abaste cimento de sal. arame e medicamen

tos nos centros pecuários; e a racio

nalização da indústria de carnes, além de muitas outras que serão objeto dc

estudos especiais dos congressistas

reunidos na capital de Goiás. As providências preliminares para a realização do IH Congresso Pecuário do Brasil Central, já estão sendo.to madas pelo Sr. Altamiro de Moura

Pacheco, uni dos vice^presidentes da comissão executiva e presidente da Sociedade Goiana de Pecuária. Man tendo-se em permanente contato com

o govêrno do Estado, vem concertando todas as medidas tendentes a assegu rar n mais completo êxito à reunião


f.•

Dígesto Econômico

92

de maio. Por sua vez, o Tiitcrvcntor Pedro I-udóvíco cm reiteradas ocasiões, tem manifestado aos organizadores do conclave o seu absoluto apoio propor-

cionando-lbcs facilidades para a efeti vação imediata de todas as providên cias sugeridas.

Ceará

j

Í944, o Departamento clc Economia Agríccía do Ceará classificou

iÇ'

24.495 fardos- de algodão, pelos seus ílivcrsos postos da Capital e do intc-

■t

rior, abrangendo um total de

4.338.159 quilos.

A exportação para

ã portos nacionais foi de 9.928 fardos, com 1.725.228 quilos. A exportação de

H subprodutos — líntcr, resíduo de Iic-

is f;

ncficiamcnto, resíduo de fiação e re síduo de tecelagem ^ chegou a 461 fardos, com 85.292 quilos. A exporta ção pelas fronteiras atingiu a 80.727 fardos com 9.114.794 quilos. De óleo de algodão, produziu o Estado 4.164.036 quilos, havendo uma saída de 63.778.575 quilos. As fábricas dc

clevou-sc a 1.602.

1

Piauí

pODEREMOS giierrn,

presentando, por si só, cêrca dc 110 milhões de cruzeiros em valor e per

to dc 4 miliiões de quilos.

No quadro

da exportação para o exterior, vem a seguir o babaçu (amêndoas) e cou ros bovinos. Quanto aos municípios

e Batalha (cristal de rocha). Quanto à indústria manufatureira, Teresina ocupa o primeiro lugar em fiação e tecelagem de algodão e Parnaíba o segundo na extração de óleos vegetais.

escapar, no apó^cáos

financeiro,

coni

Como os Estados Unidos, no após-

uma dívida nacional de 300 bilhões de

guerra, poderão conseguir a eata'oiÍidads com uma dívida pública de 300

dólares?

bilhões de dólares?

Que vulto poderá tomar o

mas.

ção?

t

A cera de çarnauba contribui com s 'maior cota para êssc movimento re

ao

orçamento federal no período de paz? Que ocorrerá em matéria de. tributa

125.273.308,00.-

(borracha), Floríano (couros e peles),

O bencficiamento nas usinas atingiu a 118.182 fardos, com 13.759.831 qui los. Em 1944 foram registadas no Ceará 110 usinas de bencficiamento de algodão, 10 de extração de óleo e 10 de'fiação ,e-tecelagem. O total de

por ATA^IN H. HAXSEX

kg. no valor global de Cr§ 161.889.827.00, sendo 6.714.536 kg pa ra o país, com o valor de Cr$ i 36.616.519,00 e 12.376.467 kg para o , estrangeiro, com o valor de Cr§

de tecidos diversos, 341.421 redes, . .

metros

110 após- guorra

'de Kstatí.stíca do Piíi"' tonta da situação econômica dêssc Estado, so bretudo no que se refere ao movimen- , to dc intercâmbio mercantil. A exportação de produtos-piauien ses, no ano de 1943, atingiu 19.0S2.a')3

450.343 toalhas e 923.223 quilos de fio.i.

transformados em 12.002.794

A |9oliiiea íiseal dos Estados Unidos

Recente pubicação do Departamento

como fontes econômicas, está em I.° lugar Campo Maior (cêra de carnaú ba c pecuária) ; seguindo-se Miguel Alves (babaçíi), Berlengas (sementes de oiticica), São Raimundo Nonato

fiação e tecelagem consumiram ... 5.761.900 quilos de algodão, que foram

finai\(:as

compradcjrc.s do.s produtos regisíadoA

Minlia resposta peremptória à pri meira pergunta é : — Po'demqs reali zar a estabilidade com uma dívida de

300 bilhões de dólares. Em relação à sua renda, a Inglaterra teve uma dí vida comparável, quando do fim das Guerras Napolcónicas e novamente ao finalizar a Primeira Guerra Muiidial; Não foi recluziclaj nem também re

pudiada. Nos casos apontados aquela nação não encontrou dificuldade em prevenir a inflação. .Ao contrário, os preços baixaram. Elevou-se o poder 'aquisitivo. Conseguiu-se uma estabi lidade duradoura.

Não ocorreu nenhum desastre.

O

país caminhou para mais alta renda e o nível de vida elevoú-se.

Os cé-

ticos apontam o exemplo da França e da Alemanha na Primeira Guerra Mundial. Essa experiência não tem

significação para os nossos prpblc-

Os sistemas francês e alemão de

financiamento da

guerra

líão

eram

sãos e econòmicamente se apresenta

vam irresponsáveis. Não se pode di zer o mesmo dos três lideres aliados do Ocidente: os Estados Unidos, a

Inglaterra, e o Canadá. Consideremos os impostos. No corrente ano fiscal, os Estados Unidos estão financiando 44% de suas despesas, por meio dc

impostos; o .Canadá e a Inglaterra financiam 49%.

Em contraste com

isso, a França, na última guerra, rea lizou apenas 12 a 13% de suas despe sas com o rendimento de sua tributa

ção; e a Alemanha; de 7 a 15%, aque la porcentagem na maioria dos anos. São também diferentes os métodos

dos empréstimos. Os Estados Uni dos, a Inglaterra o o Canadá estão lançando empréstimos sobre as eco nomias individuais acumuladas e so bre o lucro das corporações comcr-


f.•

Dígesto Econômico

92

de maio. Por sua vez, o Tiitcrvcntor Pedro I-udóvíco cm reiteradas ocasiões, tem manifestado aos organizadores do conclave o seu absoluto apoio propor-

cionando-lbcs facilidades para a efeti vação imediata de todas as providên cias sugeridas.

Ceará

j

Í944, o Departamento clc Economia Agríccía do Ceará classificou

iÇ'

24.495 fardos- de algodão, pelos seus ílivcrsos postos da Capital e do intc-

■t

rior, abrangendo um total de

4.338.159 quilos.

A exportação para

ã portos nacionais foi de 9.928 fardos, com 1.725.228 quilos. A exportação de

H subprodutos — líntcr, resíduo de Iic-

is f;

ncficiamcnto, resíduo de fiação e re síduo de tecelagem ^ chegou a 461 fardos, com 85.292 quilos. A exporta ção pelas fronteiras atingiu a 80.727 fardos com 9.114.794 quilos. De óleo de algodão, produziu o Estado 4.164.036 quilos, havendo uma saída de 63.778.575 quilos. As fábricas dc

clevou-sc a 1.602.

1

Piauí

pODEREMOS giierrn,

presentando, por si só, cêrca dc 110 milhões de cruzeiros em valor e per

to dc 4 miliiões de quilos.

No quadro

da exportação para o exterior, vem a seguir o babaçu (amêndoas) e cou ros bovinos. Quanto aos municípios

e Batalha (cristal de rocha). Quanto à indústria manufatureira, Teresina ocupa o primeiro lugar em fiação e tecelagem de algodão e Parnaíba o segundo na extração de óleos vegetais.

escapar, no apó^cáos

financeiro,

coni

Como os Estados Unidos, no após-

uma dívida nacional de 300 bilhões de

guerra, poderão conseguir a eata'oiÍidads com uma dívida pública de 300

dólares?

bilhões de dólares?

Que vulto poderá tomar o

mas.

ção?

t

A cera de çarnauba contribui com s 'maior cota para êssc movimento re

ao

orçamento federal no período de paz? Que ocorrerá em matéria de. tributa

125.273.308,00.-

(borracha), Floríano (couros e peles),

O bencficiamento nas usinas atingiu a 118.182 fardos, com 13.759.831 qui los. Em 1944 foram registadas no Ceará 110 usinas de bencficiamento de algodão, 10 de extração de óleo e 10 de'fiação ,e-tecelagem. O total de

por ATA^IN H. HAXSEX

kg. no valor global de Cr§ 161.889.827.00, sendo 6.714.536 kg pa ra o país, com o valor de Cr$ i 36.616.519,00 e 12.376.467 kg para o , estrangeiro, com o valor de Cr§

de tecidos diversos, 341.421 redes, . .

metros

110 após- guorra

'de Kstatí.stíca do Piíi"' tonta da situação econômica dêssc Estado, so bretudo no que se refere ao movimen- , to dc intercâmbio mercantil. A exportação de produtos-piauien ses, no ano de 1943, atingiu 19.0S2.a')3

450.343 toalhas e 923.223 quilos de fio.i.

transformados em 12.002.794

A |9oliiiea íiseal dos Estados Unidos

Recente pubicação do Departamento

como fontes econômicas, está em I.° lugar Campo Maior (cêra de carnaú ba c pecuária) ; seguindo-se Miguel Alves (babaçíi), Berlengas (sementes de oiticica), São Raimundo Nonato

fiação e tecelagem consumiram ... 5.761.900 quilos de algodão, que foram

finai\(:as

compradcjrc.s do.s produtos regisíadoA

Minlia resposta peremptória à pri meira pergunta é : — Po'demqs reali zar a estabilidade com uma dívida de

300 bilhões de dólares. Em relação à sua renda, a Inglaterra teve uma dí vida comparável, quando do fim das Guerras Napolcónicas e novamente ao finalizar a Primeira Guerra Muiidial; Não foi recluziclaj nem também re

pudiada. Nos casos apontados aquela nação não encontrou dificuldade em prevenir a inflação. .Ao contrário, os preços baixaram. Elevou-se o poder 'aquisitivo. Conseguiu-se uma estabi lidade duradoura.

Não ocorreu nenhum desastre.

O

país caminhou para mais alta renda e o nível de vida elevoú-se.

Os cé-

ticos apontam o exemplo da França e da Alemanha na Primeira Guerra Mundial. Essa experiência não tem

significação para os nossos prpblc-

Os sistemas francês e alemão de

financiamento da

guerra

líão

eram

sãos e econòmicamente se apresenta

vam irresponsáveis. Não se pode di zer o mesmo dos três lideres aliados do Ocidente: os Estados Unidos, a

Inglaterra, e o Canadá. Consideremos os impostos. No corrente ano fiscal, os Estados Unidos estão financiando 44% de suas despesas, por meio dc

impostos; o .Canadá e a Inglaterra financiam 49%.

Em contraste com

isso, a França, na última guerra, rea lizou apenas 12 a 13% de suas despe sas com o rendimento de sua tributa

ção; e a Alemanha; de 7 a 15%, aque la porcentagem na maioria dos anos. São também diferentes os métodos

dos empréstimos. Os Estados Uni dos, a Inglaterra o o Canadá estão lançando empréstimos sobre as eco nomias individuais acumuladas e so bre o lucro das corporações comcr-


f*:r ■' 94

Dígesto Econômico

ciais c, cm maior ou menor grau, sôre os bancos. São, estes, métodos tmanceiros ortodoxos.

Digesto Econômico

gociáveis, cm mãos de indivíduos de

No.s países novps c primitivos, ao

posse, ou de corporações, que não se-

contrário, e-xiste fraca possibilidade de tributação c, por isso. os seus go-

primeira Guerra Mundial teri-

V.

entregarão a uma orgia de gastos.

de alguns produtos.

vernos gozam, de pouco crédito. As^

Somente 28 "^bilhões# dc dólares estão

dos a manter o racionamento e o con

instituições

empregados cm bônus comuns.

Des

icou-se o contrário, A soma provemente do estrangeiro, na França,

dcsenvolvida.s c é escasso o capital.

sa importância o público po*ssuÍ 20

contou a duas vezes mais a impor-

A.s facilidades

bilhões, estando 8 bilhões com pes

impostos.

quadas e pouco sólidas. Não contam com um Banco Central suficiente- J mente sólido para agir como um fa

. ^tancia correspondente á cobrança de A -Alemanha recorreu à

emissão desenfreada., Êss^ tipo de ímanciamento elástico e perigoso ascendeu a ccrca do quádruplo do te ta coletado. Km virtude desses pro cessos, não admira que a França ti-

jesse, em 1920, um nível tíe preços CO \ezes mais elevado do que quan-

" nL

c a Alema-

2pc 2^es superior.

majoração 15 vê-

„ Canada tem U-i-ios, Inglaterra (e terãoa ainda depoise guerra) uma enorme capacidade , Todos ês.ses países conseguiram, por meio da elevação de a anos e da intensificação da produ-

íi\idade, uma vasta reserva de eco nomias. Todos éles possuem um poeroso sistema de "Banco Central com vastos recursos para assegurar a es tabilidade da moeda e do mercado do

capital.

Todos têm grande capaci •

dade produtiva — uma tremenda sal vaguarda contra a inflação.

Notada-

mente nos Estados ^^ Unidos, onde o». — ... — WW, p oder de produção se estende a to

dos os setores da economia — à agri cultura, ao consumo e às indústrias pesadas. .

financeiras estão pouco bancárias são- inade

tor de estabilização no mercado mo

Creio que se pode afirmar que o crédito dc governo como os dos Es tados Unidos, do Canadá c da Ingla

lhões de dólares no orçamento fede

quer outra institiiiçrio, pública ou privada, cm tôda a história da huma- Os céticos alegam que os

bônus de guerra cm poder do públi

transforipados em

Dêsse total, 110 bi

Companhias

de

. -senta nenhum perigo.

interesse

em provocar uma cor

Ao contrário,

servirão como antèparo à deflação.

Fundos do Governo, Bancos Comer

rida no mercado consumidor. Dos 60 bilhões restantes, 3ü bilhões estão, sob a forma de impostos e de títulos ne- -

dinheiro . nos pe

ríodos de depressão, isso não reprc-

Seguros,

ciais e dos Bancos Federais da Re serva. Nenhuma dessas entidades te-

verificado • em nossa histqna,

até então. . Pessoalmente acredito que os bônus sejam reservados para os dias de necessidades futuras. Sc

lhões estão em poder de Caixas Eco

_ Um país como os Estados Unidos", ca '•

veremos

ter

abundância

no apos-

guerra, mas, durante o período de transição, será necessário o controle, a fim de evitarmos o caos econômico.

Que dizer ajespeito.da lei orça mentária no após-guerra? Os pensa dores responsáveis na Inglaterra, nos

países escandinavos, no Canada c nos Estados tinidos estão de acordo , em

que um regime dc estabilidade^ exige um programa fiscal compensatório, pe loIO qutii qual da as despesas,, os empréstimos e

^|H

OS impostos sejam ajustajilos às Ub

^

O volume de economias individuais,

maior

res de bônusr Em janeiro déste ano, a dívida pública se elevava a 170 bi

dial, calculada para uns 18 meses. De

rir-nos à amplitude do orçamento pos-bélico, sem primeiro levar em con a

estímulo

'registado nos dois primeiros anos apo? a Primeira Guerra Mundial, foi o

Lancemos uma vista aos possuido

trole de ' preços dos gêneros alimen tícios, em virtude da carência mun

ções econômicas. Não podemos rete-

• cbnstitui

maiores poupanças.

um esbanjamento desbragado.

Seremos obriga

para

amealhado

melhantes ao dinheiro. O povo os converterá em moeda, laiiçando-se a

nômicas,

ral, após-guerra? Por • outro ládo. não acredito que os possuidores de bônus pretendam cm massa dispor des ses títulos. A experiência do passado nos mostra que o primeiro pecúHò

co, ao fim do movimento, constitui rão um elemento criador de inflação. Acrescentam que esses títulos são se

lhões de dólares.

\V certo que, até o fim da guerra, terá aumentado grandemente o nu^-

isso ante a redução dc 70 ou 80 bi

terra, ultrapassa de inuito o de qual-, nidade.

soas de alguns bens.

mero de possuidores de bônus. Mas, qualquer que seja êle, que significara

netário.

Por um período de dois anos, após a guerra, ainda sofreremos escassez

as suas condições anteriores. Conside remos as várias espécies de orçamento dc após-guerra. Num extremo veremos um movimento crescente de inversões

do capital particular, com tendências

■inflacionistas. Nestas condições, os impostos devem exceder os gastos:

deverá haver um excesso orçamentá rio bastante elevado; a dívida pública deve ser restringida. ' No

outro

extremo

encontraremos

paz dc produzir 200. bilhões de dóla res, corre maior i perigo de não achar'

uma situação de sério desemprego. O

mercado para os seus produtos do que

sentido de desenvolver obras produti vas ; os impostos serão baixos, par.i incrementar os gastos particulares.

ser acometido pela surprêsa de uma inflação. :• I I «..w. ill ...1. ^1...

governo deve realizar despesas,", no


f*:r ■' 94

Dígesto Econômico

ciais c, cm maior ou menor grau, sôre os bancos. São, estes, métodos tmanceiros ortodoxos.

Digesto Econômico

gociáveis, cm mãos de indivíduos de

No.s países novps c primitivos, ao

posse, ou de corporações, que não se-

contrário, e-xiste fraca possibilidade de tributação c, por isso. os seus go-

primeira Guerra Mundial teri-

V.

entregarão a uma orgia de gastos.

de alguns produtos.

vernos gozam, de pouco crédito. As^

Somente 28 "^bilhões# dc dólares estão

dos a manter o racionamento e o con

instituições

empregados cm bônus comuns.

Des

icou-se o contrário, A soma provemente do estrangeiro, na França,

dcsenvolvida.s c é escasso o capital.

sa importância o público po*ssuÍ 20

contou a duas vezes mais a impor-

A.s facilidades

bilhões, estando 8 bilhões com pes

impostos.

quadas e pouco sólidas. Não contam com um Banco Central suficiente- J mente sólido para agir como um fa

. ^tancia correspondente á cobrança de A -Alemanha recorreu à

emissão desenfreada., Êss^ tipo de ímanciamento elástico e perigoso ascendeu a ccrca do quádruplo do te ta coletado. Km virtude desses pro cessos, não admira que a França ti-

jesse, em 1920, um nível tíe preços CO \ezes mais elevado do que quan-

" nL

c a Alema-

2pc 2^es superior.

majoração 15 vê-

„ Canada tem U-i-ios, Inglaterra (e terãoa ainda depoise guerra) uma enorme capacidade , Todos ês.ses países conseguiram, por meio da elevação de a anos e da intensificação da produ-

íi\idade, uma vasta reserva de eco nomias. Todos éles possuem um poeroso sistema de "Banco Central com vastos recursos para assegurar a es tabilidade da moeda e do mercado do

capital.

Todos têm grande capaci •

dade produtiva — uma tremenda sal vaguarda contra a inflação.

Notada-

mente nos Estados ^^ Unidos, onde o». — ... — WW, p oder de produção se estende a to

dos os setores da economia — à agri cultura, ao consumo e às indústrias pesadas. .

financeiras estão pouco bancárias são- inade

tor de estabilização no mercado mo

Creio que se pode afirmar que o crédito dc governo como os dos Es tados Unidos, do Canadá c da Ingla

lhões de dólares no orçamento fede

quer outra institiiiçrio, pública ou privada, cm tôda a história da huma- Os céticos alegam que os

bônus de guerra cm poder do públi

transforipados em

Dêsse total, 110 bi

Companhias

de

. -senta nenhum perigo.

interesse

em provocar uma cor

Ao contrário,

servirão como antèparo à deflação.

Fundos do Governo, Bancos Comer

rida no mercado consumidor. Dos 60 bilhões restantes, 3ü bilhões estão, sob a forma de impostos e de títulos ne- -

dinheiro . nos pe

ríodos de depressão, isso não reprc-

Seguros,

ciais e dos Bancos Federais da Re serva. Nenhuma dessas entidades te-

verificado • em nossa histqna,

até então. . Pessoalmente acredito que os bônus sejam reservados para os dias de necessidades futuras. Sc

lhões estão em poder de Caixas Eco

_ Um país como os Estados Unidos", ca '•

veremos

ter

abundância

no apos-

guerra, mas, durante o período de transição, será necessário o controle, a fim de evitarmos o caos econômico.

Que dizer ajespeito.da lei orça mentária no após-guerra? Os pensa dores responsáveis na Inglaterra, nos

países escandinavos, no Canada c nos Estados tinidos estão de acordo , em

que um regime dc estabilidade^ exige um programa fiscal compensatório, pe loIO qutii qual da as despesas,, os empréstimos e

^|H

OS impostos sejam ajustajilos às Ub

^

O volume de economias individuais,

maior

res de bônusr Em janeiro déste ano, a dívida pública se elevava a 170 bi

dial, calculada para uns 18 meses. De

rir-nos à amplitude do orçamento pos-bélico, sem primeiro levar em con a

estímulo

'registado nos dois primeiros anos apo? a Primeira Guerra Mundial, foi o

Lancemos uma vista aos possuido

trole de ' preços dos gêneros alimen tícios, em virtude da carência mun

ções econômicas. Não podemos rete-

• cbnstitui

maiores poupanças.

um esbanjamento desbragado.

Seremos obriga

para

amealhado

melhantes ao dinheiro. O povo os converterá em moeda, laiiçando-se a

nômicas,

ral, após-guerra? Por • outro ládo. não acredito que os possuidores de bônus pretendam cm massa dispor des ses títulos. A experiência do passado nos mostra que o primeiro pecúHò

co, ao fim do movimento, constitui rão um elemento criador de inflação. Acrescentam que esses títulos são se

lhões de dólares.

\V certo que, até o fim da guerra, terá aumentado grandemente o nu^-

isso ante a redução dc 70 ou 80 bi

terra, ultrapassa de inuito o de qual-, nidade.

soas de alguns bens.

mero de possuidores de bônus. Mas, qualquer que seja êle, que significara

netário.

Por um período de dois anos, após a guerra, ainda sofreremos escassez

as suas condições anteriores. Conside remos as várias espécies de orçamento dc após-guerra. Num extremo veremos um movimento crescente de inversões

do capital particular, com tendências

■inflacionistas. Nestas condições, os impostos devem exceder os gastos:

deverá haver um excesso orçamentá rio bastante elevado; a dívida pública deve ser restringida. ' No

outro

extremo

encontraremos

paz dc produzir 200. bilhões de dóla res, corre maior i perigo de não achar'

uma situação de sério desemprego. O

mercado para os seus produtos do que

sentido de desenvolver obras produti vas ; os impostos serão baixos, par.i incrementar os gastos particulares.

ser acometido pela surprêsa de uma inflação. :• I I «..w. ill ...1. ^1...

governo deve realizar despesas,", no


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•' T^rT' 96

97

Dígesto Econômico

Dige.io Econômico Klltrcí os rt^'

r-jj. ^ g>

''fÇainento cniiim)radc.

to s' pjj I -,_ para

a inv

tipos, podemos dcpa-

cn-ir-

-

de 17

inos elevar os salários, logo c taníe quanto o permita o rendimento "té

dio dc produç.ão »por hora; lDevenio>

é suficlenlemente alto

lambem elevar o nível educacional das

í^c 1929 a 1932,

cspital sofreu uma queda 30 bilhões de-dólares no

devo-

cfjuilibrar o orçanien^juando o emprego do ca-

pVc ^^^"scquente '^niiões de provocou dólares. Oum desenideconsumo•

Para (kscnvolvtr o coiisunio.

<í/. a ocupação fôr mantida oe

e na^ indústrias prin-

ó estar seguros de qun.i^' possibilidade de conti- • ""ar gastando.

escolas públicas em certas

país. E' intol(Tável que

de

norte-americaiKjs continuem "

nalincntc iletrados". Este é nm pf®"

blema nacional. Os Estados mais-po bres estão, cni proporção à renda, ta xando a sua poiJulação mais pcsad.imcnte do que os Estados mais ricos.

Não obstante, continua baixo o nivel dc educação. Não haverá solução se

o t ...

bllrl

^ inversão de 7 ou

não houver auxílio do governo fede

dólares do capital pú-

ral. Devemos ainda aumentar-as fa cilidades de saneamento para o afas

a (iTiP para" obstar tvifar o declínio "ivestimento particularN.ae no consumo.

^"cna uma informação prévia sobre

tamento mais pronto ,das doenças.

A assistência social precisa ser-de senvolvida.

Necessitamos de melha-

furacões c enchentes, eletrificação rii-' ral, a drenagem de rios, melhoria das vias

aéreas c outros meios de trans

porte. Poderemos

ter

uma

economia

di

nâmica c progressista, procedendo em nosso interior a uma expansão - de fronteira, semelhante, se bem que em sentido diverso, à que foi realizada no século XIX. Nossos ancestrais pu deram explorar recursos virgens. Nossa tarefa é -mais árdua. Devemos melhorar os nossos recursos. Isso re

nos dc 40 bilhões de dólares num es

paço de três anos. então

um

salvamento.

gigantesco

Empreendemos programa

de

Tentamos salvar a ban

o período de após-guerra, sé qui sermos evitar o desemprego e fazer coin que as nossas forças produtoras possam operar em seu máximo, deve mos. (a) elevar ao mais alto grau a capacidade do mercado consumidor; (b) encorajar os empreendimentos paiticulares e (c) elaborar, com ante

cedência, um Ijrograma de obras pú blicas cuja realização possa çompensar as flutuações no setor particular.

Essa reedificação deverá ficar a car

Não estamos hoje em melhor si tuação. Quando sobrevier a nova de

pressão', seremos colhidos de surpre

distribuição do poder- aquisitivo-, atra vés, da nação. Sem poder aquisitivo, não tereilios

ção drástica nos impostos, baixando-

cm condições

de absorver a,nossa produção.

Outros

empreendimentos

públicos

podem ser levados a efeito, como me

lhor aproveitamento da energia elé trica, reflorestamento, conservação do solo, medidas preventivas contra os

i

gasolina. Êsse deverá ser reservado para os Estados. Suponho que, com

sa, a não ser que nos preparemos desde já para a eventualidade. No após-guerra, deveremos ter uma redu

mercado

rias razões, entretanto, desejaremos,

timie sòbre bebidas alcoólicas, fumo e

um desemprego de 15 milhões de pes soas. Metemo-nos tiuma obra de benemerência às cegas, porque não tí nhamos programa prévio.

go dc empresas particulares. Essas medidas agirão como um sistema dc irrigação que provocará . uma melhor

Penso que aumenta a con

vicção dê que o imposto sòbre o con sumo é mau para os negócios, pois decresce o poder aquisitivo.' Não o teremos em tempos de paz. Por vá

creio, que êpse tipo de tributo con- |

bre, realizando

o. no nível que se desejar.

Que prevalecerá: o imposto sobre consumo ou o tributo sòbre.a renda?

carrota geral: de bancos, de estradas-

contra os cortiços e a aglomeração

nadas ruas ou zonas de uma cidade.

e sòbre rendimentos diversos.

Em 1930 não tínhainos planos. A' nossa renda caiu de 83 bilhões a me-,

Suintes, habilitando assim o governo í c capital, tanto público como priva- -

(3) do consumo, sobre as vendas (se gundo o grau e qualidade dos artigosi

Essa é a primeira e mais importante

re.s alojamentos para a população po

excessiva dc habitantes cm determi

ritorial e sobre doações); (2) sòbrc rendimento de empresas comerciais e

questão.

"nvestimcntos particulares permite »ma previsão para os 12 meses se-

- 1"j Jcas, de modoplanos paraasobras púa manter inversões

impostos proporcionais sobre folhas de pagamento, os tributos federais podem ser classificados: (1) impostos pessoais diretos (sobre a renda, ter

quer engenliosidade e planejamento.

-de-ferro, da lavoura. Lutamos contra

um ^ combate ativo

verá ser inteiramente abolida e outras serão bastante reduzidas. À parte os

os

a

fase

uni nível muito aquém do da bélica.

Não me refiro ao pe

ríodo imediato à guerra, pois nesse interregno os impostos deverão ser

mantidos em grande proporção.

A

tributação sobre lucros excessivos de

a coleta dos impostos sòbre bebidas,

fumo, direitos- alfandegários c sòbrc rendimentos diversos, poderemos le vantar unia importância de 3 bilhões de dólares. O restante poderá ser

obtido com os impostos sòbre a ren da, individual e comercial, territorial e sòbre doações. 4 a 5 bilhões de dó

lares serão obtidos com a renda co mercial e 10 a 11 bilhões com a indi vidual.

Com uma renda nacional líquida de 135 bilhões dc dólares (que al,o

nível de ocupação poderá proporcio

nar-nos na paz), teríamos possibilida-


■f P'

•' T^rT' 96

97

Dígesto Econômico

Dige.io Econômico Klltrcí os rt^'

r-jj. ^ g>

''fÇainento cniiim)radc.

to s' pjj I -,_ para

a inv

tipos, podemos dcpa-

cn-ir-

-

de 17

inos elevar os salários, logo c taníe quanto o permita o rendimento "té

dio dc produç.ão »por hora; lDevenio>

é suficlenlemente alto

lambem elevar o nível educacional das

í^c 1929 a 1932,

cspital sofreu uma queda 30 bilhões de-dólares no

devo-

cfjuilibrar o orçanien^juando o emprego do ca-

pVc ^^^"scquente '^niiões de provocou dólares. Oum desenideconsumo•

Para (kscnvolvtr o coiisunio.

<í/. a ocupação fôr mantida oe

e na^ indústrias prin-

ó estar seguros de qun.i^' possibilidade de conti- • ""ar gastando.

escolas públicas em certas

país. E' intol(Tável que

de

norte-americaiKjs continuem "

nalincntc iletrados". Este é nm pf®"

blema nacional. Os Estados mais-po bres estão, cni proporção à renda, ta xando a sua poiJulação mais pcsad.imcnte do que os Estados mais ricos.

Não obstante, continua baixo o nivel dc educação. Não haverá solução se

o t ...

bllrl

^ inversão de 7 ou

não houver auxílio do governo fede

dólares do capital pú-

ral. Devemos ainda aumentar-as fa cilidades de saneamento para o afas

a (iTiP para" obstar tvifar o declínio "ivestimento particularN.ae no consumo.

^"cna uma informação prévia sobre

tamento mais pronto ,das doenças.

A assistência social precisa ser-de senvolvida.

Necessitamos de melha-

furacões c enchentes, eletrificação rii-' ral, a drenagem de rios, melhoria das vias

aéreas c outros meios de trans

porte. Poderemos

ter

uma

economia

di

nâmica c progressista, procedendo em nosso interior a uma expansão - de fronteira, semelhante, se bem que em sentido diverso, à que foi realizada no século XIX. Nossos ancestrais pu deram explorar recursos virgens. Nossa tarefa é -mais árdua. Devemos melhorar os nossos recursos. Isso re

nos dc 40 bilhões de dólares num es

paço de três anos. então

um

salvamento.

gigantesco

Empreendemos programa

de

Tentamos salvar a ban

o período de após-guerra, sé qui sermos evitar o desemprego e fazer coin que as nossas forças produtoras possam operar em seu máximo, deve mos. (a) elevar ao mais alto grau a capacidade do mercado consumidor; (b) encorajar os empreendimentos paiticulares e (c) elaborar, com ante

cedência, um Ijrograma de obras pú blicas cuja realização possa çompensar as flutuações no setor particular.

Essa reedificação deverá ficar a car

Não estamos hoje em melhor si tuação. Quando sobrevier a nova de

pressão', seremos colhidos de surpre

distribuição do poder- aquisitivo-, atra vés, da nação. Sem poder aquisitivo, não tereilios

ção drástica nos impostos, baixando-

cm condições

de absorver a,nossa produção.

Outros

empreendimentos

públicos

podem ser levados a efeito, como me

lhor aproveitamento da energia elé trica, reflorestamento, conservação do solo, medidas preventivas contra os

i

gasolina. Êsse deverá ser reservado para os Estados. Suponho que, com

sa, a não ser que nos preparemos desde já para a eventualidade. No após-guerra, deveremos ter uma redu

mercado

rias razões, entretanto, desejaremos,

timie sòbre bebidas alcoólicas, fumo e

um desemprego de 15 milhões de pes soas. Metemo-nos tiuma obra de benemerência às cegas, porque não tí nhamos programa prévio.

go dc empresas particulares. Essas medidas agirão como um sistema dc irrigação que provocará . uma melhor

Penso que aumenta a con

vicção dê que o imposto sòbre o con sumo é mau para os negócios, pois decresce o poder aquisitivo.' Não o teremos em tempos de paz. Por vá

creio, que êpse tipo de tributo con- |

bre, realizando

o. no nível que se desejar.

Que prevalecerá: o imposto sobre consumo ou o tributo sòbre.a renda?

carrota geral: de bancos, de estradas-

contra os cortiços e a aglomeração

nadas ruas ou zonas de uma cidade.

e sòbre rendimentos diversos.

Em 1930 não tínhainos planos. A' nossa renda caiu de 83 bilhões a me-,

Suintes, habilitando assim o governo í c capital, tanto público como priva- -

(3) do consumo, sobre as vendas (se gundo o grau e qualidade dos artigosi

Essa é a primeira e mais importante

re.s alojamentos para a população po

excessiva dc habitantes cm determi

ritorial e sobre doações); (2) sòbrc rendimento de empresas comerciais e

questão.

"nvestimcntos particulares permite »ma previsão para os 12 meses se-

- 1"j Jcas, de modoplanos paraasobras púa manter inversões

impostos proporcionais sobre folhas de pagamento, os tributos federais podem ser classificados: (1) impostos pessoais diretos (sobre a renda, ter

quer engenliosidade e planejamento.

-de-ferro, da lavoura. Lutamos contra

um ^ combate ativo

verá ser inteiramente abolida e outras serão bastante reduzidas. À parte os

os

a

fase

uni nível muito aquém do da bélica.

Não me refiro ao pe

ríodo imediato à guerra, pois nesse interregno os impostos deverão ser

mantidos em grande proporção.

A

tributação sobre lucros excessivos de

a coleta dos impostos sòbre bebidas,

fumo, direitos- alfandegários c sòbrc rendimentos diversos, poderemos le vantar unia importância de 3 bilhões de dólares. O restante poderá ser

obtido com os impostos sòbre a ren da, individual e comercial, territorial e sòbre doações. 4 a 5 bilhões de dó

lares serão obtidos com a renda co mercial e 10 a 11 bilhões com a indi vidual.

Com uma renda nacional líquida de 135 bilhões dc dólares (que al,o

nível de ocupação poderá proporcio

nar-nos na paz), teríamos possibilida-


5

98

Digesto

PMliV A VITÓBIA

dc coletar- cerca de 120 bilhões 'cional sobre as vendas, c.xccto os por meio de impostos sóbrc a renda

individual — soma muito superior o período anterior à guerra. Não c

Verdade que seremos sobrecarregados com pesados tributos fiscais.

Êsse rendimento possibilitaria ele'^"ÇÕcs da seguinte maneira:

a 800 dólares para uma só pessoa, 1.600

incidem sòbre bebidas alcoólicas» f''"|

nios e direitos alfatulegários:

6 — Restituições generosas cm ca . so dc perdas, a fim de

As áreas devastadas da Itália

vas inversões.

■ Uma vez que os recebimentos sc

jam ajustados às necessidades^

^

^ guerra na Itália encontra-se atual mente no fim, íerindo-se apenas

ólarcs para um indivíduo casado e

uma economia dc paz, eu sugeriria que

dólares para dependentes. Em nieu projeto de tributação, a incidên

não se tocasse nelas, ate onde íos

pes. O sul c o centro já foram liber

se possível, a. fim dc que os negocioí

tados, tendo sido muitos dos seus pon

cia media sobre uma renda de 5.000

no extremo norte,, ao longo dos Al

Em muitas regiões do país peninsu

lar o aspeto é de desolação c triste za, escasseando a produção; pouco a pouco, porém, com o auxílio - dos Aliados, opera-se geral.

um

renascimento

pudessem desenvolver-se livremente. dólares seria cortada pela metade. No programa dc compensação scria Resumindo-: o plano dc tributação -interessante que fôssc incluída a re

tos entregues ao governo peninsular. Outros permanecem ainda, em virtu

poderia incluir:

dos Aliados, que os irão devolvendo

ma, estacionam num ponto ou noutro,

à medida que se tornem dispensáveis

oferecendo maçãs e castanhas assa

às manobras militares.

das à venda.

}

Abolição completa' do imposto

sobre lucros excessivos; 2 Maior confiança no imposto sobre a renda individual; 3 — Aumentar as isenções e bai

xar as médias nos tributos pessoais.

4 — Uma redução acentuada nos

impostos sobre as corporações;

5 — Eliminação das embaraçantes taxas de guerra e do imposto propor-.

dução da taxa individual, em período» dc depressão. Com esse sistema,^ ba veria um aumento do poder aqmsit' Vo da massa em geral, que abrandaria os efeitos da depressão, Iiabditando ü povo a gastar mais c o governo a dispender menos com o desemprego. Nossa sociedade altamente urbaniza

da e industrializada não poderia su portar por muito tempo a tensão a -vque a obrigaria tnn desemprego serio.

de das condições de guerra, nas- mãos

As destruições foram grandes. Cas sino e a cabeça de praia de Anzío apresentam um espetáculo de desola ção e extermínio. Aquela cidade es

ças, com as jroupas manchadas de la

A leste de Cassino, a vila de Cerva-

ro apresenta o mesmo aspeto de abandono e ruína. Automóveis des mantelados e maquinismos inutiliza

reconstrução de Cassino, cuja área sp

dos jazem nas ruas a criarem ferru gem. Da. população total de 20.000 almas que possuía a comunidade dc Cassino, a maioria se b^via refugiado

acha recoberta de minas que se ocul

na Calábria, durante a guerra;

tá inteiramente destruída e o Anzio não é mais do que um trato de terra deserto. Tem-se mostrado difícil a

tam sob os escombros dos prédios em ruína. O governo italiano, nüm es

forço de reabilitação, elaborou e está executando um plano para construção de 200 casas ao oeste da cidade. Pa ra uso dos operários que estão tra

ao ^

cessar esta, quase todos regressaram

e na região existiam 14.000 pessoas. Com a aproximação do inverno, e diante das dificuldades existentes, as autoridades iniciaram uma campanha para induzir a população a retornar

balhando nas edificações, forarn cons

voluntariamente à Calábria.

truídos três alojamentos do tipo mili tar de campanha e mais • um prédio

400 ha"bitantc5 atenderam ao apêjo do goyêrno.

que se destina ao armazenamento de

Apenas

Em tôda a zona rural é constante

da comunidade.

' o perigo das bombas fião-detonadas e

Grupos esparsos de mulheres e crian-

das minas ocultas. Isso está criando

farinha

para

uso


5

98

Digesto

PMliV A VITÓBIA

dc coletar- cerca de 120 bilhões 'cional sobre as vendas, c.xccto os por meio de impostos sóbrc a renda

individual — soma muito superior o período anterior à guerra. Não c

Verdade que seremos sobrecarregados com pesados tributos fiscais.

Êsse rendimento possibilitaria ele'^"ÇÕcs da seguinte maneira:

a 800 dólares para uma só pessoa, 1.600

incidem sòbre bebidas alcoólicas» f''"|

nios e direitos alfatulegários:

6 — Restituições generosas cm ca . so dc perdas, a fim de

As áreas devastadas da Itália

vas inversões.

■ Uma vez que os recebimentos sc

jam ajustados às necessidades^

^

^ guerra na Itália encontra-se atual mente no fim, íerindo-se apenas

ólarcs para um indivíduo casado e

uma economia dc paz, eu sugeriria que

dólares para dependentes. Em nieu projeto de tributação, a incidên

não se tocasse nelas, ate onde íos

pes. O sul c o centro já foram liber

se possível, a. fim dc que os negocioí

tados, tendo sido muitos dos seus pon

cia media sobre uma renda de 5.000

no extremo norte,, ao longo dos Al

Em muitas regiões do país peninsu

lar o aspeto é de desolação c triste za, escasseando a produção; pouco a pouco, porém, com o auxílio - dos Aliados, opera-se geral.

um

renascimento

pudessem desenvolver-se livremente. dólares seria cortada pela metade. No programa dc compensação scria Resumindo-: o plano dc tributação -interessante que fôssc incluída a re

tos entregues ao governo peninsular. Outros permanecem ainda, em virtu

poderia incluir:

dos Aliados, que os irão devolvendo

ma, estacionam num ponto ou noutro,

à medida que se tornem dispensáveis

oferecendo maçãs e castanhas assa

às manobras militares.

das à venda.

}

Abolição completa' do imposto

sobre lucros excessivos; 2 Maior confiança no imposto sobre a renda individual; 3 — Aumentar as isenções e bai

xar as médias nos tributos pessoais.

4 — Uma redução acentuada nos

impostos sobre as corporações;

5 — Eliminação das embaraçantes taxas de guerra e do imposto propor-.

dução da taxa individual, em período» dc depressão. Com esse sistema,^ ba veria um aumento do poder aqmsit' Vo da massa em geral, que abrandaria os efeitos da depressão, Iiabditando ü povo a gastar mais c o governo a dispender menos com o desemprego. Nossa sociedade altamente urbaniza

da e industrializada não poderia su portar por muito tempo a tensão a -vque a obrigaria tnn desemprego serio.

de das condições de guerra, nas- mãos

As destruições foram grandes. Cas sino e a cabeça de praia de Anzío apresentam um espetáculo de desola ção e extermínio. Aquela cidade es

ças, com as jroupas manchadas de la

A leste de Cassino, a vila de Cerva-

ro apresenta o mesmo aspeto de abandono e ruína. Automóveis des mantelados e maquinismos inutiliza

reconstrução de Cassino, cuja área sp

dos jazem nas ruas a criarem ferru gem. Da. população total de 20.000 almas que possuía a comunidade dc Cassino, a maioria se b^via refugiado

acha recoberta de minas que se ocul

na Calábria, durante a guerra;

tá inteiramente destruída e o Anzio não é mais do que um trato de terra deserto. Tem-se mostrado difícil a

tam sob os escombros dos prédios em ruína. O governo italiano, nüm es

forço de reabilitação, elaborou e está executando um plano para construção de 200 casas ao oeste da cidade. Pa ra uso dos operários que estão tra

ao ^

cessar esta, quase todos regressaram

e na região existiam 14.000 pessoas. Com a aproximação do inverno, e diante das dificuldades existentes, as autoridades iniciaram uma campanha para induzir a população a retornar

balhando nas edificações, forarn cons

voluntariamente à Calábria.

truídos três alojamentos do tipo mili tar de campanha e mais • um prédio

400 ha"bitantc5 atenderam ao apêjo do goyêrno.

que se destina ao armazenamento de

Apenas

Em tôda a zona rural é constante

da comunidade.

' o perigo das bombas fião-detonadas e

Grupos esparsos de mulheres e crian-

das minas ocultas. Isso está criando

farinha

para

uso


100

k

0|gesto Econômico

Brandes dificuldades à plantação, cujo írabalho vem sendo embaraçado e im pede uma mais rápida restauração econômica. O govérno italiano estí promovendo a remoção dos detritos e procede ao revolvimento do terreno:

a execução do serviço, entretanto, é morosa, em virtude dos parcos recursos econômicos das autoridades italia-

nas e em conseqüência, também, da

População rural e nrbana

de Temi, que está ainda sob o gover por CRISTOVAM DANTAS

no dos Aliados.

(EspeciaU para o

Embora não tenha sido arrazada.

"Digesto Econômico ")

Terni sofreu grandes devastações. Os alemães, ao .se retirarem, a bombai-

infiucKtionável que, cm virtude do

de Roma

dearam e foi também muito castigada

a<lvcnto da guerra, vários povos

Oi pois o seu trilho se acha obstruí-

pelos Aliados, antes da conquista. A sua população que, ante.s da guerra,

dc nosso hemisfério assistiram" à in

cal, o maquinário ingressa e se afir

tensificação do êxodo rural e à ten

era do 80.000 almas, elevou-se a . . .

dência para a hipertrofia dc seus cen

90.000 durante o conflito. A entrada do Exército das Nações Unidas, não

ma com dificuldade no campo. Don de necessitarmos de uma população agrícola muito maior, em relação ao

tros urbanos.

apresentava, porém, mais do que 1.200

existiam antes mesmo de 1939, mas que se agravaram sobretudo a partir

CO em vários pontos. A sua volta à

I '^'dade é muito importante, porque i:- '/

essa zona sem deixar vestígios. Em sua retirada, os alemães se limitaram a destruir as pontes, <1^*^ agora cstao sendo roconstriiidas. 60 milhas de Roma e situada na província de Ümbria cncontra-sc a cidade industrial

mita de pessoal mais bem treinado. ^ ívoli e Avezzano não está corrcn-

i

PONTOS m ¥íSTá

mi"ant.dãdes ' ^de economia grandes gasolina, dedesviando estradas de rodagem o tráfego pesado.

O estado dè Ânzio e Nettuno é comP avel ao de Cassino. Não menores "tragos sofreu a pequena cidade de Pnlia. Os que regressaram a esta

oca idade, da sua população primiti' estão vivendo em abrigos, con.sos CQpi as ruínas antigas. Os ha-

Htantes mostram uma resignação mee deixam-se ficar na espe-

^cinça de /Pelhores dias. Os campos

e derredor estão recobertos de prae não poderão ser cultivados, en quanto não forem removidas as minas que neles se encontram.

Ao norte de Roma, a situação é muito diferente. A guerra passou poi'

■ habitantes. Atualmente conta 60.000, pois os moradores antigos estão re tornando aos lares.

A sua indústria

Um conjunto de circunstâncias^ quo

dessa. data^ militaram no sentido de induzir populações inteiras em nosso

de aço, com o auxílio dos Aliados, es

hemisfério a abandonar as lides cam-

tá novamente em franca atividade e vem prestando preciosa colaboração no

esforço de guerra. Também retor nou à produção a indústria química As usinas de energia elétrica 'estão

pesinas, refugianclo-sc nas cidades. Fenômenos que tais ocorreram e continuarq a ocorrer sobretudo na Ar gentina e nos Estados Unidos. O economista platino, Alexandre

sendo restauradas.

Bunge, em seu último trabalho, inti

As escolas estão

para ser reabertas. E os serviços púijlicos começam a funcionar, embo ra cotn alguma deficiência. Em

meio de ruínas e. escombros,

que são gradual, mas firmemente re

movidos, renasce a vida na Itália que

tulado "Hacía una nueva Argentina" revela, cstribado em documentação estatística adequada, que o seu país é, talvez, entre as nações contemporâ neas o que, relativamente à sua po pulação total, regista a menor porcen

No Brasil, país de agricultura na sua

maioria de feitio tropical e semitropi-

nosso todo demográfico, do que a Ar gentina e os Estados Unidos.

çõcs internas não implicam em dese quilíbrios econômicos perigosos, nem

redundam na a^trofia de sua produção agrícola.

E' que o uso do maquiná

rio se difundiu de tal maneira no in

terior, prestando-se o seu solo admi-

ràvelmente à

maquinocuUura, que,

mesmo ostentando uma pequena po

pulação rural, quando cotejada com a urbana, ela continua a ser o maior ce leiro da América do Sul.

Nos Estados Unidos, o movimento humano das fazendas para os núcleos urbanos aumentou extraordinariamen

te devido às condições dc trabalho,

pouco a pouco reíngressa na normali

tagem de população extraindo a sua

que o Governo Federal criou, fun

dade.

subsistência da labuta nos campos.

dando inúmeras indústrias bélicas e

Na Argentina, porém, se bem quo

oferecendo salários mais altos do que

não seja desejável a macrocefalia ur

os em vigor na lavoura. Pode;

bana de Buenos Aires, essas migra-

aliás, ter uma idéia do estado contem-


100

k

0|gesto Econômico

Brandes dificuldades à plantação, cujo írabalho vem sendo embaraçado e im pede uma mais rápida restauração econômica. O govérno italiano estí promovendo a remoção dos detritos e procede ao revolvimento do terreno:

a execução do serviço, entretanto, é morosa, em virtude dos parcos recursos econômicos das autoridades italia-

nas e em conseqüência, também, da

População rural e nrbana

de Temi, que está ainda sob o gover por CRISTOVAM DANTAS

no dos Aliados.

(EspeciaU para o

Embora não tenha sido arrazada.

"Digesto Econômico ")

Terni sofreu grandes devastações. Os alemães, ao .se retirarem, a bombai-

infiucKtionável que, cm virtude do

de Roma

dearam e foi também muito castigada

a<lvcnto da guerra, vários povos

Oi pois o seu trilho se acha obstruí-

pelos Aliados, antes da conquista. A sua população que, ante.s da guerra,

dc nosso hemisfério assistiram" à in

cal, o maquinário ingressa e se afir

tensificação do êxodo rural e à ten

era do 80.000 almas, elevou-se a . . .

dência para a hipertrofia dc seus cen

90.000 durante o conflito. A entrada do Exército das Nações Unidas, não

ma com dificuldade no campo. Don de necessitarmos de uma população agrícola muito maior, em relação ao

tros urbanos.

apresentava, porém, mais do que 1.200

existiam antes mesmo de 1939, mas que se agravaram sobretudo a partir

CO em vários pontos. A sua volta à

I '^'dade é muito importante, porque i:- '/

essa zona sem deixar vestígios. Em sua retirada, os alemães se limitaram a destruir as pontes, <1^*^ agora cstao sendo roconstriiidas. 60 milhas de Roma e situada na província de Ümbria cncontra-sc a cidade industrial

mita de pessoal mais bem treinado. ^ ívoli e Avezzano não está corrcn-

i

PONTOS m ¥íSTá

mi"ant.dãdes ' ^de economia grandes gasolina, dedesviando estradas de rodagem o tráfego pesado.

O estado dè Ânzio e Nettuno é comP avel ao de Cassino. Não menores "tragos sofreu a pequena cidade de Pnlia. Os que regressaram a esta

oca idade, da sua população primiti' estão vivendo em abrigos, con.sos CQpi as ruínas antigas. Os ha-

Htantes mostram uma resignação mee deixam-se ficar na espe-

^cinça de /Pelhores dias. Os campos

e derredor estão recobertos de prae não poderão ser cultivados, en quanto não forem removidas as minas que neles se encontram.

Ao norte de Roma, a situação é muito diferente. A guerra passou poi'

■ habitantes. Atualmente conta 60.000, pois os moradores antigos estão re tornando aos lares.

A sua indústria

Um conjunto de circunstâncias^ quo

dessa. data^ militaram no sentido de induzir populações inteiras em nosso

de aço, com o auxílio dos Aliados, es

hemisfério a abandonar as lides cam-

tá novamente em franca atividade e vem prestando preciosa colaboração no

esforço de guerra. Também retor nou à produção a indústria química As usinas de energia elétrica 'estão

pesinas, refugianclo-sc nas cidades. Fenômenos que tais ocorreram e continuarq a ocorrer sobretudo na Ar gentina e nos Estados Unidos. O economista platino, Alexandre

sendo restauradas.

Bunge, em seu último trabalho, inti

As escolas estão

para ser reabertas. E os serviços púijlicos começam a funcionar, embo ra cotn alguma deficiência. Em

meio de ruínas e. escombros,

que são gradual, mas firmemente re

movidos, renasce a vida na Itália que

tulado "Hacía una nueva Argentina" revela, cstribado em documentação estatística adequada, que o seu país é, talvez, entre as nações contemporâ neas o que, relativamente à sua po pulação total, regista a menor porcen

No Brasil, país de agricultura na sua

maioria de feitio tropical e semitropi-

nosso todo demográfico, do que a Ar gentina e os Estados Unidos.

çõcs internas não implicam em dese quilíbrios econômicos perigosos, nem

redundam na a^trofia de sua produção agrícola.

E' que o uso do maquiná

rio se difundiu de tal maneira no in

terior, prestando-se o seu solo admi-

ràvelmente à

maquinocuUura, que,

mesmo ostentando uma pequena po

pulação rural, quando cotejada com a urbana, ela continua a ser o maior ce leiro da América do Sul.

Nos Estados Unidos, o movimento humano das fazendas para os núcleos urbanos aumentou extraordinariamen

te devido às condições dc trabalho,

pouco a pouco reíngressa na normali

tagem de população extraindo a sua

que o Governo Federal criou, fun

dade.

subsistência da labuta nos campos.

dando inúmeras indústrias bélicas e

Na Argentina, porém, se bem quo

oferecendo salários mais altos do que

não seja desejável a macrocefalia ur

os em vigor na lavoura. Pode;

bana de Buenos Aires, essas migra-

aliás, ter uma idéia do estado contem-


102

Digcto Zconómko

poráneo da população agrícola na niaior república de nosso continente cxaminando-se o quadro seguinte, em fjue apresentamos a população global tia América do Norte e a fixada d

Sleba, nos últimos tempos^

1938 1939 1940 1941 1942 1943

População

total

agrícola

129.355.000

30.620.000

130.406.000

'30.480.000

131.456.000

30.269.000

132.638.000

29.988.000

133.953.000

^.048.000

135.604.000

27.821.000

da do que a platina. Um povo, ÇO"iü o nortc-ainerícano, que soube raciona lizar ao extremo a estrutura tíe sua

tos excepcionais, como o

agora,

pedir a sua gena rural que

encha

^ I 'unas ^stadnc"n ^

<íxanie de ambas as cotios

fase ri ciuantn

^'"da se encontra em clemogràfico. con

terísticorr dLer'

^^ttiginosa por

atual

início, do

-

j

Eôpécíes d? Ãhmis

os claros c as lacunas do trabalho rc-

"" nao acompanhar ês-

esenvolvimcnto, se contrai cada vez n;í.\s.

exemplo do que ocorre na Argen

tina, essa situação não implicou na

diminuição do poder de produtividade

0 fots! asobreotofy/ HodeJliiimais K? deÁnwais %iobfe Io Saílosbs^do mdi/.Espéçres }b3tids/}oM^ sksbdosnoBsIado M Estado íbitiíosnotais

^ BOVÍNOS j

Z¥t,Z77

29.9

15,Z

145.058

16,4

19.9

810,w

%9

16.1

105,tit

406.548

46.0

16.1

íszúSZ.

402.151

, 45,5

n;z

2,339,8?/

" clamado em épocas de guerra, sem

que isso implique ou redunde oo de clínio do volume e da qualfdadc da

BOIS

produção agrícola.

No Brasil, porém, país de agricul-4ura na sua maioria de feitio tropical e scmitropical, o niaquinário íngi^essa e se afirma com dificuldade no campo.

além d m de

e Postos do Matança no Estado de SMuio,

voura iamiue é ainda mais niccaniza-

--existência-agrária,-pode. em momen

População Anos

Gado abatido nos Matadouros Municipais

agrícola da nação, de vez <1"^ a la

Donde necessitarmos de uma popula ção agrícola nniíto maior, cm relação

VACAS

19.113, VITELOS

Totâ! de Bovinos SWNOS

ao nosso todo demográfico, do tiwe a

Argentina e os Estados Unidos. E' por essa razão, c em obediência ainda a outro.s motivos que, quando se . dá forte mi.gração dos campos para as nossas cidades, como sói acontecer

PORCOS

25.925

prc.scntcmentc. dcbuxam-se aos nossos

olhos panoramas cie • intranqüilidade, j consubstanciados na queda dos índices ^ j de nossa produção agrária. Aqui, mui- ' \ to mais do que lá, o combate ao êxo do rural é -condição indísp^ensável à

Total de Suínos

3.0 ' Vnò ■ 222,8/5

48,5

1 16.1-

2,56Z686

14,545

2,2

671,m

54.958

3,9

4,í

85Q992

154

6,609,858

428.054

OVINOS

%

nossa própria subsistência econômica.

^ Totais

1883,885 100,0

foMfeS: Mitiisfério de /Jçhcitlturâ - 9emço de ^stâfjsfica^^ de Produção (Gráfico da £«?wí?/?í/cí)) ...


102

Digcto Zconómko

poráneo da população agrícola na niaior república de nosso continente cxaminando-se o quadro seguinte, em fjue apresentamos a população global tia América do Norte e a fixada d

Sleba, nos últimos tempos^

1938 1939 1940 1941 1942 1943

População

total

agrícola

129.355.000

30.620.000

130.406.000

'30.480.000

131.456.000

30.269.000

132.638.000

29.988.000

133.953.000

^.048.000

135.604.000

27.821.000

da do que a platina. Um povo, ÇO"iü o nortc-ainerícano, que soube raciona lizar ao extremo a estrutura tíe sua

tos excepcionais, como o

agora,

pedir a sua gena rural que

encha

^ I 'unas ^stadnc"n ^

<íxanie de ambas as cotios

fase ri ciuantn

^'"da se encontra em clemogràfico. con

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29.9

15,Z

145.058

16,4

19.9

810,w

%9

16.1

105,tit

406.548

46.0

16.1

íszúSZ.

402.151

, 45,5

n;z

2,339,8?/

" clamado em épocas de guerra, sem

que isso implique ou redunde oo de clínio do volume e da qualfdadc da

BOIS

produção agrícola.

No Brasil, porém, país de agricul-4ura na sua maioria de feitio tropical e scmitropical, o niaquinário íngi^essa e se afirma com dificuldade no campo.

além d m de

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voura iamiue é ainda mais niccaniza-

--existência-agrária,-pode. em momen

População Anos

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VACAS

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PORCOS

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olhos panoramas cie • intranqüilidade, j consubstanciados na queda dos índices ^ j de nossa produção agrária. Aqui, mui- ' \ to mais do que lá, o combate ao êxo do rural é -condição indísp^ensável à

Total de Suínos

3.0 ' Vnò ■ 222,8/5

48,5

1 16.1-

2,56Z686

14,545

2,2

671,m

54.958

3,9

4,í

85Q992

154

6,609,858

428.054

OVINOS

%

nossa própria subsistência econômica.

^ Totais

1883,885 100,0

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105

Digesto Econômico ^■1'

lÁUIO

As vendas no- Estado todo perfize ram a soma de CrÇ 59.144.813.000,00,

-È' a seguinte a tabela comparativa destes últimos seis anos:

com um aumento do, 159,8% sôbre 1939.

As vendas no JE)sia«lo <le São Paulo

índices

Aumento côbre o

. Vendas

Anos

ano anterior

(em mil cruzeiros)

(em mil cruzeiros)

A

mensal de vendas no muni

cípio de São Paulo, durante o ano

O ano passado apresentou, cm todo o

1944, foi, segundo a Circular n° 2

£stado, um aumento de 159,89ó sôbre

da Câmara Britànica de Comércio, de •"$ 2.763.500.000,00, em comparação com CrS 2.167.400.000,00 em 1943 c

Cr$ 1.011.800.000,00 cm 1939. Verifi ca-se assim um aumento de 173% sô-

>de este último ano. O mês cm <iue

ocorreu maior movimento foi o de juum total de Cr$

3.054.800.000,00, ou 19% sôbre o mês de maiores vendas que, etn 1943, foi o de deaembro. Anos

o de 1939.

Adotando-sc para a capital uma po

100

1939

22.752.988

1940

24.897.327

2.144.339

109

1941

30.121.934

5:224.607

132

1942

34.750.903

4.628.969

155

1943

46.082.140

11.331.237

203'

1944

59.144.813

13.062.673

260

pulação de 1.500.000 habitantes, tere

mos uma media "per capita" de Cr$

22.107,00, cm contraposição a Cr§ ... 17.339,00 em 1943. O movimento lu

capital de Ci$ 33.161.087.000,00, refe

Não se deve esquecer, no cômputo dos algarismos acima, a desvalorização da nossa moeda nesse período. Isso

tira à c.xpansão crescente o seu aspeto tão acentuado.

rente ao ano inteiro correspondeu a

56,3% da soma total do Estado. A.s cifras relativas aos seis iiltimos anos são a.s^ seguintes:

Vendas

(em mil cruzeiros)

Aumento sôbre o

índices

ano anterior

(em mil cruzeiros) 1939

100

12.141.411

Í940

13.344.462

1.203.051

110

1941

16.069.806

Z. 725.344

132

1942

19.689,523

3.619.717

162

1943

26.008.892

6.319.369

214

1944

33'. 161.087

7.152.195

273

O movimento de vendas no Interior

elevou-se a'Cr$ 17.406.542.000,00 cm

1944, tendo-se registado cm 1939 um total de Cr$ 5.902.000,00. Aquele cor

responde a 29,3% do total relativo ao Estado.

As transações em Santos al-

SÈDA PAULISTA

A produção paulista de seda está

tomando

um j

incremento oe e- -

^ notável. Em 1943 existiam, em todovalor o Estado, 36 fiaçoes^ superior a 40

çaram-se a Cr? 8.577.184.000,00, re presentando 14,4% de todo o Estado. Em 1939 se verificou um total de Crf 4.709.311.000,00; o ano de 1944 apre sentou, portanto, um aumento sôbre este último de 82%.

.A

cêrca

de

1.772.473

milhões de cruzeiros. atias4twco

va

gramas,

num

ido a média mensal foi Naquele períoc álctUiiCtV

.

de 443.118 gramas, sendo o mês de fevereiro o e maior reau ta do — cêrca de 465.149 gramas. Durante os meses ci a os, a

maior produção coube ã St. John D'El R®y

m^ug, que orne

ceu para mais de 89% do total de ouro pro uzi o pe o pais.


105

Digesto Econômico ^■1'

lÁUIO

As vendas no- Estado todo perfize ram a soma de CrÇ 59.144.813.000,00,

-È' a seguinte a tabela comparativa destes últimos seis anos:

com um aumento do, 159,8% sôbre 1939.

As vendas no JE)sia«lo <le São Paulo

índices

Aumento côbre o

. Vendas

Anos

ano anterior

(em mil cruzeiros)

(em mil cruzeiros)

A

mensal de vendas no muni

cípio de São Paulo, durante o ano

O ano passado apresentou, cm todo o

1944, foi, segundo a Circular n° 2

£stado, um aumento de 159,89ó sôbre

da Câmara Britànica de Comércio, de •"$ 2.763.500.000,00, em comparação com CrS 2.167.400.000,00 em 1943 c

Cr$ 1.011.800.000,00 cm 1939. Verifi ca-se assim um aumento de 173% sô-

>de este último ano. O mês cm <iue

ocorreu maior movimento foi o de juum total de Cr$

3.054.800.000,00, ou 19% sôbre o mês de maiores vendas que, etn 1943, foi o de deaembro. Anos

o de 1939.

Adotando-sc para a capital uma po

100

1939

22.752.988

1940

24.897.327

2.144.339

109

1941

30.121.934

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132

1942

34.750.903

4.628.969

155

1943

46.082.140

11.331.237

203'

1944

59.144.813

13.062.673

260

pulação de 1.500.000 habitantes, tere

mos uma media "per capita" de Cr$

22.107,00, cm contraposição a Cr§ ... 17.339,00 em 1943. O movimento lu

capital de Ci$ 33.161.087.000,00, refe

Não se deve esquecer, no cômputo dos algarismos acima, a desvalorização da nossa moeda nesse período. Isso

tira à c.xpansão crescente o seu aspeto tão acentuado.

rente ao ano inteiro correspondeu a

56,3% da soma total do Estado. A.s cifras relativas aos seis iiltimos anos são a.s^ seguintes:

Vendas

(em mil cruzeiros)

Aumento sôbre o

índices

ano anterior

(em mil cruzeiros) 1939

100

12.141.411

Í940

13.344.462

1.203.051

110

1941

16.069.806

Z. 725.344

132

1942

19.689,523

3.619.717

162

1943

26.008.892

6.319.369

214

1944

33'. 161.087

7.152.195

273

O movimento de vendas no Interior

elevou-se a'Cr$ 17.406.542.000,00 cm

1944, tendo-se registado cm 1939 um total de Cr$ 5.902.000,00. Aquele cor

responde a 29,3% do total relativo ao Estado.

As transações em Santos al-

SÈDA PAULISTA

A produção paulista de seda está

tomando

um j

incremento oe e- -

^ notável. Em 1943 existiam, em todovalor o Estado, 36 fiaçoes^ superior a 40

çaram-se a Cr? 8.577.184.000,00, re presentando 14,4% de todo o Estado. Em 1939 se verificou um total de Crf 4.709.311.000,00; o ano de 1944 apre sentou, portanto, um aumento sôbre este último de 82%.

.A

cêrca

de

1.772.473

milhões de cruzeiros. atias4twco

va

gramas,

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Gráíicos e estatísticas periódicos

Um livro onde o autor,

ivpatecei^

Dr.

J. L. DE ALMEIDA

o DIGESTO ECONÔMICO vem publicando periódica-

NOGUEIRA PORTO,

Mes' esie

mente uma série díe gráfico» e estatística» que visam possibiH

que pertenceu à Comis são encarregada de ela borar

a

nova

representante

WOM LEI DO IMPOSTO DO

lei

tar aos nossos leitores um melhor e mais amplo conbeciment do progresso por que está atravessando o Brasil. Tendo em vista a diretriz que norteia esta revista

como

da

Asso

ciação Comercial de São Paulo, estuda detalhada-

vulgação, para os homens de negócios e o gfrande público, questões relacionadas com o desenvolvimento da produção na

^ mente, em teoria e em

cional nos seus mais variados aspectos — os quadros e

sua aplicação, as Normas Gerais e as Tabelas" de

mm

Incidências, partes fundanientais em que se di-"

CONSUMO

com as normas do chamado "barómetro econômico".

vide a nova lei, ao mesmo

Assim, de São Paulo, por exemplo, vem sendo dos, entre outros, gráfico» o quadros mensais, bimensais e imensais sôbre construções e transmissões de imóveis, contr sociais, e suas especificações, produção industrial e custo

tempo que comenta o sistema que vai ser ado

f

tado e ^^ue introduzirá

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modificações e alte^^çães M forma d,e áfre'cadação

vida, além de estatísticas diversas, de maneira a se poder aco panhar com regularidade a marcha de nossas forças pr x*

e\p p;:ócesso administra

tiva das" contravenções.

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VW——

® vóluines, ao preço de

• >v «-j

30,00 poisem

ser reservados desd

.

Verdadeiro Nova de

Lei

manual do

Consumo

rece, orienta

Do Brasil vêm sendo publicados confrontos estai entre os Estado» e os países da América e da Europa, no que

da

Imposto —

e

estatísticos, organizados pelo nosso departamento especi ^ do, vêm obedecendo, também, a êsse mesmo critério, de acô

se refere à atividade agrícola, às realizações da indústria e

escla

comércio, ao movimento bancário, aos transportes, etc..

ensina.

^ üir?a--obra de interêsse ^gerai, que surge em mo mento oportuno,-

auspícios da Agso'

■(.Comereial de SÍò.,^axiIo e

l^cr^o^dò Estado dc

1

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■ '1%

A üii W.fy/A.f'

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'Pajilo'r^apresentada

EDITOm í

VIADUTO Bü!KWa}'BÍ^ ?.o

Ll^

Gráfica São íTosé * R. Galvão Bucno,,230 - S. Paulo

Tel 3-7499 ^ SÃO PAULO

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Corno csió sendo reccíndo cr "Dirir^sUi íòonónneo" "Aproveito a oportunidacTe para externar-Ilje a ótima im

pressão que me causou a leitura daquele mensirio, elegantemen

te apresentado e que, a par de informações úteis e preciosas,

apresenta escolhido corpo de comentaristas".

FKRXANTJO .\-OI',ki£ 1-M.hO Presidente da Delenaçao <la Cmnissão Técnica de Oricntaçnd .Sindical j

"A vontade, o esforço, o desprezo aos tropeços e dificul-

®

enfim, o altruísmo das inteligentes idéias que dirigiram

***

primeiros passos, fizeram o

Digesto Econômico" nas-

adulto, capaz de vencer todos os trâmites difíceis e captá de início, a confiança e a simpatia dos leitores" [RMAOS SOl^íTINO rr\' Sto. .André, léstarlc. de Sfio Paido

J . p "Digesto Econômico" abriu caminho para o interês•

®Hura de assuntos econômicos entre nós. Sua orientação a par das transformações que está sofrendo c so-

hlica ^

econômica do do leitor mundo, vai torná-lo uma tomando das pumais apreciadas brasileiro, que está

•o por tais temas".

NKSTOR C. QUIMA Nova Friliiir.cro — F.slado <lu Ri<i <4 Q

.

^ou recém-formado pela Paculdade de Ciências Eco-

tamfc ^ Administrativas do Rio de Janeiro, o a. par disto sou "^ínisK^®tivc3 «entusiasta de todos os assuntos C'::onómicos e addo Brasil. Posso, por isso, sentir o valor que re

presenta essa pequena- revista".

GTT.nRRTO STT.VA COSTA Rio-(l<*-Jaii('irí>

çando

^ es ©

^ iniciativa da Associação Comercial do São Paulo, lan-

^ *'evÍ8ta técnica de economia, com o título que margina veio acoroçoar a difusão de uma disciplina das e úteis à cultura do povo.

A publicação, em

seu 4.^ número, apresenta-se vitoriosa pela excelência do seu conteúdo e sua impressão. O "Digesto Econômico" pode concorrer com as melhores publicações no gênero".

JORNAL 00'BRASn. Río-de-Jaiu irf>


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