DIGESTO ECONÔMICO, número 8, julho 1945

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ECONOMICO

1

Sob OS fluspiciòs Dfl ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO í ca FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DO ESTADO DE SÃO PAULO sumario Redação

Mercado de ouro

P«&

sistema de transporte dos aliados acelerou a derrota da Alemanha

S. 1. H

Reflorestamento Combustível no Brasil ...

Para a nosso

"finèsse

E se o petróleo acabar?

Álvaro de Sousa Lima Armando Foá Do Boletim Semanal .

A turfa como combustível

Luís Mayer

Redação

Onde morar?

problemas de política comercial Conferência de Teresópolis .,.

wmo cervejo verdadeirament® fino

na

Álvaro Pôrto Moitinho

Material cerâmico de São Paulo

Josué Camargo Mendes .

Indústria do cimento no Brasil .,

William

Gerson

Rolim

de

Camargo

Renda nacional e elevação

do

nível

Função

econômica

valores O desenvolvimento Brasil

m

Produto

ÀNTARTICA

das

bolsas

de

Oli

de Dorival Teixeira Vieira •..

industrial

no

Os trabalhadores italianos sob o regi me fascista

Eduardo Alcântara veira

de vida

J. F. Normano Condensado do "The Economist"

N." O"Julho de 1945 - Ano I

99'


IGEST

Eniprêsa>^S

EC®N©MICO

de Transportes Urgentes Ltda.

Aparecendo no primeiro sábado de cada mês, o DIGKSTO ECONÔMICO, publicado pela Editora Comercial Ltda., sob o» auspícios da Associação Comercial de São Paulo e da Federa ção do Comércio do Estado de São Paulo, procura ser

is* «o Ha ««»«.(;• 0*4*. t|

preciso nas informações, correto e sóbrio nos comentários, co-

modo e elegante na apresentação, dando aos seus leitores um panorama mensal do mundo dos negócios.

Revista de circulação obrigatória entre os produtores de São Paulo e os maiores do Brasil, tem por isso mesmo ampla divulgação no interior, nas capitais dos Estados e nas dos prin

1

73.011^

cipais países sul-americanos.

Para publicidade os interessados poderão dirigir-se às Agências de Publicidade ou diretamente ao Departamento de

Publicidade da Editora Comercial Ltda. (Viaduto Boa Vista, 67 _ 7.° — Tel. 3-7409). aasias p»a<>s M*

Distribuidor para todo o Brasil:

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Rio-de-Janeiro

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Rua Ouvidor, 2 (Esq. José Angio

Firmas que anunciam neste número: Meaican Petroleum Fracalanza

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BLIO HORIlONlf

ESCRITÓRIOS CENTRAIS:

Fernando Chinaglia — Rua do Rosário, 55-Sobrado —

RIO-DE.Ja

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Cia Antártica Paulista

RucMorcílIo Dias, 12

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Bonifácio com Libero Bodoró)

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Telefones 2.8S66 e 2-6Ó61

Telefones S3-079I e 23-0337

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Minerva S. A.

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Gráfica São José — Rua Gaivão Bueno, 230 — São Paulo

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Rua

Uartlm Afonso, 43

Telefone 7379


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-n-r.:

Estímulo para os que lutam no mar! INas rotas déste barco nSo hi dia nen) n jiie... Hi o mar, o mar imenso, em cujo seio o inimigo se esconde para as tocaias sinistras! Hi homens em permanente alerta!

BRA?^'^'>es .' ^'locty^o p^^'^Co ll\,p„"'^As fOfSM, • AlB.iy^Os 'r,out ^ ''OTalifARj^

Desde o comandante, em sua târre, ao

anilheiro, em sua peça, torpedos, ao jimples vigiam,

^'^rupZ^^O" , °í?^0/,s7

marujo,

paiTulham e lutam

todos para

banir do Atlântico a pirataria nazista. Passam navios mercantes... Somcm-se

- '^orAÍ°'^^iTes

cs comboios na linha do horizonte. .

íS;o<'.5 &?<>;■"/?;-

E a maruja está sempre em posição ; sentido! Para ela, há O cíu, o mar.

'ÍSsT'^S''Sfi' ^Os g

ao homem dos

os perigos, a estranha música das máquinas, a monótona sinfonia das

Oos

cndas... Solidão! Inquietude! Sau-

> dâde! E a pátria? E o lar? Depois

^4

Ja águas e das milhas, muito ao longe,

<í»>'

está tudo aquilo que o marinheiro orna! Porisso é que temos O dever de enviar, em cartas freqüentes, a êsses heróicos lobos do mar, os

pensamentos do nosso amor, as

lembranças do nosso zÊlo, para que todos retempercm as suas energias na erteza de que ninguém os esquece,

COMPUNHM FtüLISIA DE PflPElS E ARTES GRAEICAS

embora estejam longe dos nossos olhos na sua luu por um mundo melhor.

SEDE: SAO PAULO - RUA PIRATININGA, 169 - TEL. 3-2141 FILIAL: RIO DE JANEIRO - RUA PEDRO I, 33 - TEL. 22-2122

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VISITE, SEM COMPROMISSO DE COMPRA. AS SECÇÓES DE AMOSTRAS

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Inter-Americana ; lü^l- ■

:

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"PRODUZIMOS uma Nova Correia em "V", com maior resistência, efi. dínda máxima e esticamento mínimo,

pelo menor preço, garantida pela re« putaçSo do fabricante cujos produto» representam o mais alto padrfto de ex. celéncia em artefatos de borracha.

s.n.FiiBRicns'omoN' o mol» ol»o padrõo de excelôncia •m ortefotoi da borracho

Tijolos e peças de alta reÈataríedade

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Aluminosos - Silico-Aluminosos - Silicosos Zircônio - Isolantes - Terra Refratária Cimento Refratário

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fundições (Aluminosos, Magnesita, Zirconio)

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Fábrica ;.Kun A I c i d e s Q u e i r o z, 337 - STO. A N D R Ê (S. P. R-) Departamento de Vendas; Praça da Sé, 297, l.a s/loja, salas 6 e 8 - Tel. 3-1631 SÃO PAULO

PANAM — C»sa de Amigo»


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I A

LONGOS

ACONgiCrOHAMfN >□

MAÇOS GE 2 O

m f

SEM UM BOM LUBRIFICANTE Certas máquinas, apesar da imponencio do seu porte, são como

os mais delicados organismos humanos. Qualquer peça deli

tuosa, por pequena que seja, redunda na suo paralisação. Feita uma nova peça, antes de ser Instalada, deve a mesma pas

sar por um processo de retificação, para eliminar qualquer im perfeição que possa prejudicar sua ação.

Para retificar uma engrenagem, como mostra a gravura, uti liza-se um oleo especial, adequado para essa especíe de serviço. Os laboratórios Esso, pelos seus departamentos dédicodos à iubrificaçâo industrial, criaram todos os tipos de oleos, desde o mais leve ao mais pesado, para cilindros, engrenagens, mo

tores Diesel e elétricos, mancais, turbinas, geradores, bombas, compressores, ferramentas pneumáticas e máquinas em geral.

CIA. D E CIGARRO Filial de São Paulo - Uiin Alegria, 300 Loja, vendas n varejo - José Bonifácio, 300

A STANDARD OIL COMPANY OF BRAZIL Caixa Postal, 970 — Rio de Janeiro

'

_

coloca seus técnicos à disposiçõj da industria brasileira, fornecendo qualquer esclarecimento sobre iubrificaçâo e indicando, dentre a imensa variedade dos produtos Esso industriais, o oleo apropriado para cada tipo de máquina.

1

* Ouço O Repórter Esso, diariamente, petos estoções: Nociono/

_

Keporrer do Rio fondos tongos e curtas)/ Record, de Soo Pou/o; /nconfidencio f Esso

d e Minas Gerais, Belo Horizonte j Farroupilha, de Porto Alegre a Rodro Clube de Pernambuco, de Recife (ondas longas a curtas).

_


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'*>5Í-L! bf

fMBffcfe fe i i' ^- -\Z H-l Mxj 1]ikl] i imMfflifl

Novidades de iiiverno Ao alcauco de tô«1as as ]»ôlsas

Ilõo nos desauidamos um só momenío de nosso lema: — servir

II lí I

bem, oferecendo artigos de qua lidade, sempre por preços os mais ■

oaessiveis.

BAIXELAS TALHERES

ÍVaeagittp


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(joitipaHÍiía Paulista de Seguros A MAIS ANTIGA COMPANHIA DE SEGUROS DE SXO PAULO. FUNDADA EM 1996

Diretoria:

DR. NICOLAU DE MORAIS BARROS DR. LAURO CARDOSO DE ALMEIDA DR. GASTAO VIDIGAL

« Estos Reserv

Capital Realizado ........ Cr$ G.ooo.roo.oo Bens Imóveis (preço de custo) Cr$ 23.500.000,00

sSo -destinados o ec ^ os nossos

brir todos

portadores.

Patrimônio Social

títulos gartintem aos seus p títulos goruH—•••

I ///

i^yy^yWA')¥m¥yy)

Cr$ 29.610.000,00

Responsabilidades assumidas em 1944 — mais de DOIS BILHÕES DE CRUZEIROS

11.065.889,70 n.065.889,70

I imóveis . • ; •

títulos e apólices . •

OBRIGAÇÕES DE GUERRA • hipotécas

adiantamentos s/n/

E SUCURSAlk ■

873.59-4,90 1 934.074,60 4.617.121,90 11.271.662,50 8.153.378,70 1.552.805,80

/ Opera nos seguintes ramos:

INCÊNDIO, ACIDENTES (do Trabalho e Pessoais) RESPONSABILIDADE CIVIL,

TRANSPORTES (Marítimos, Ferroviários, Rodo viários e Aéreos)

~39^46Í528jÕ

NÃO DEMANDA COM SEUS SEGURADOS

Deacôrdowt^

30-12-1944

TSÍI

Prudí^cia.

Sede: SAO PAULO - R. Libero Badaró, 158 - Tel. 4-4151

COMPANHIA OíNUINAMPNIE

Caixa Poslal. T09 — End. Telegrálico: "PAÜLICO" AGENTES E REPRESENTANTES EM TODO O BRASIL PANAM — Cjjj lie Araisc«

ÍL.


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30-12-1944

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Digcí^lo Econ4»niico

DIGESTO

O tnuodo dos negócios nam panorama mensal Olteior-SupetlnUndcnle

ECONOMICO

RUy FONSECA Dlretotet:

RUy BLOEM RUI NOGUEIRA MARTINS

O MUNpODOS NEGÓCIOS NUM PANORAMA MENSAL

Redação e Administração: Vía-

N. U

dato Boa Vista, 67, IP andar,

Julho de 1945

São Paulo

tel. 3-7499 — São Paulo

O DIGESTO ECONÔMICO, órgão de informações econômi cas e financeiras, de proprie dade

da

Editora

MERCADO DE OURO

Dígcsto Eeoiiómieo

Ltda., é publicado menssJmente

publicará no n. 9:

te relativa à política monetária e bancária, constaram várias medidas de emergência, destinadas ao combate à inflação, e enume

sob os auspícios da Associação Comercial de São Paulo e da

Federação do Comércio do Es tado de São Paulo,

A redação não c responsável pelas estatísticas cuja fonte es

teja devidamente citada, nem pelos conceitos emitidos em artigos assinados.

"INÍCIO, APOGEU E QUEDA DE MAUA" — artigo da Redação. "O CARVÃO MINERAL BRA

Na transcrição de artigos pedeECONÔMICO.

Aceita-se in

tercâmbio com publicações con

O DIGESTO ECONÔMICO dará

ção do custo de vida; c) adiamento de to das as obras e empreendimentos públicos

METALÚRGICA"

INDÚSTRIA

tente e concorrendo, também, para a redu

início, outrossim, com

um

que versará sobre Platão, a

artigo

uma

série de estudos que focalizarão, de maneira sintética e acessível, todos

geiras.

os grandes teóricos da economia. 36.272.

Impresso na Gráfica São José Número avulso, Cr§ 3,00 Atrasado, Cr$ 5,00

que se agrave o desequilíbrio entre ele e o volume físico dos bens produzidos; b) es

Rezende

E

gêneres nacionais ou estran Registado no D.N.I, sob o n®

radas em quatro itens: a) controle da ex pansão do meio circulante, a fim de evitar tímulo da produção, para efeito de corrigir a deficiência de bens, provocando, assim,^ a absorção do excesso de poder aquisitivo

SILEIRO" — artigo da Redação.

"ECONOMIA Corrêa.

se citar o nome do DIGESTO

ÜNTRE as recomendações da 8.^ Secção Técnica da Conferência de Teresópolis, de que resultou a Carta Econômica, na par

Comersii l

Dessa série se encarregará o Sr. S. Harcourt-Rivington, F. R. G. S-.

membro da Royal Economic Society de Londres.

não reprodutivos economicamente que nao

sejam de imediata necessidade; d) suspen são imediata da compra de ouro pelo go

verno no mercado interno; e finalmen^, e) redução dos encargos do Banco do Brasil na compra de cambiais de exportação pela cessão, por parte dêste, de créditos interna cionais, intransferíveis, em moeda estran geira, a pessoas e entidades privadas, sob a garantia de apHcá-Ios à compra de produto, estrangeiros sujeita ao devido contro e. Segundo o que lemos no último relatório

Assinaturas: Ano, Cr$ 30,00; em conjunto com o Boletim Se-, manai da Associação Comer

esta, em 31 de dezembro desse ano, a situa ção do mercado monetário do país: papel

do Banco do Brasil, referente a 1944, era

cial de São Paulo: Ano, Cri 120,00; semestre, Cr$ 70,00.

zeiros. A cifra implica num acréscimo de

moeda em circulação, 14.462 milhões de cru 3.481 milhões de cruzeiros (31,8%) sobre o total existente em içrual data de 1943.


Digcí^lo Econ4»niico

DIGESTO

O tnuodo dos negócios nam panorama mensal Olteior-SupetlnUndcnle

ECONOMICO

RUy FONSECA Dlretotet:

RUy BLOEM RUI NOGUEIRA MARTINS

O MUNpODOS NEGÓCIOS NUM PANORAMA MENSAL

Redação e Administração: Vía-

N. U

dato Boa Vista, 67, IP andar,

Julho de 1945

São Paulo

tel. 3-7499 — São Paulo

O DIGESTO ECONÔMICO, órgão de informações econômi cas e financeiras, de proprie dade

da

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MERCADO DE OURO

Dígcsto Eeoiiómieo

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te relativa à política monetária e bancária, constaram várias medidas de emergência, destinadas ao combate à inflação, e enume

sob os auspícios da Associação Comercial de São Paulo e da

Federação do Comércio do Es tado de São Paulo,

A redação não c responsável pelas estatísticas cuja fonte es

teja devidamente citada, nem pelos conceitos emitidos em artigos assinados.

"INÍCIO, APOGEU E QUEDA DE MAUA" — artigo da Redação. "O CARVÃO MINERAL BRA

Na transcrição de artigos pedeECONÔMICO.

Aceita-se in

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O DIGESTO ECONÔMICO dará

ção do custo de vida; c) adiamento de to das as obras e empreendimentos públicos

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início, outrossim, com

um

que versará sobre Platão, a

artigo

uma

série de estudos que focalizarão, de maneira sintética e acessível, todos

geiras.

os grandes teóricos da economia. 36.272.

Impresso na Gráfica São José Número avulso, Cr§ 3,00 Atrasado, Cr$ 5,00

que se agrave o desequilíbrio entre ele e o volume físico dos bens produzidos; b) es

Rezende

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gêneres nacionais ou estran Registado no D.N.I, sob o n®

radas em quatro itens: a) controle da ex pansão do meio circulante, a fim de evitar tímulo da produção, para efeito de corrigir a deficiência de bens, provocando, assim,^ a absorção do excesso de poder aquisitivo

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Dessa série se encarregará o Sr. S. Harcourt-Rivington, F. R. G. S-.

membro da Royal Economic Society de Londres.

não reprodutivos economicamente que nao

sejam de imediata necessidade; d) suspen são imediata da compra de ouro pelo go

verno no mercado interno; e finalmen^, e) redução dos encargos do Banco do Brasil na compra de cambiais de exportação pela cessão, por parte dêste, de créditos interna cionais, intransferíveis, em moeda estran geira, a pessoas e entidades privadas, sob a garantia de apHcá-Ios à compra de produto, estrangeiros sujeita ao devido contro e. Segundo o que lemos no último relatório

Assinaturas: Ano, Cr$ 30,00; em conjunto com o Boletim Se-, manai da Associação Comer

esta, em 31 de dezembro desse ano, a situa ção do mercado monetário do país: papel

do Banco do Brasil, referente a 1944, era

cial de São Paulo: Ano, Cri 120,00; semestre, Cr$ 70,00.

zeiros. A cifra implica num acréscimo de

moeda em circulação, 14.462 milhões de cru 3.481 milhões de cruzeiros (31,8%) sobre o total existente em içrual data de 1943.


m

Para manter ecsa orientação, aquele estabelecimento de crédito, como agente do Tesouro Nacional, vinha comprando, tanto no país como no exterior,

todo o ouro que se fazia necessário. As minas e os faiscadores se viam obri gados, por disposições legais, a entregar-lhe o produto de suas atividades. Com isto se estabeleceu o controle oficial.no mercado de ouro de extração nacional. Para só nos limitarmos ao ano de 1944, chegou a 66.871 quilogramas o ouro

adquirido pelo Banco do Brasil, sendo que 4.546 (7%), oriundos do nosso ter ritório e 62.325 (93%) de procedência estrangeira.

Agora, uma decisão recente do Conselho da Superintendência da Moeda

e do Crédito determinou a suspensão temporária do controle do mercado do ouro de produção nacional. As compras do Tesouro continuarão apenas no mercado externo, de conformidade com o critério anterior, para o efeito de

O SISTEMA DE TRANSPORTE DOS ALIADOS ACELEROU A DERROTA DA ALEMANHA

aplicar as cambiais de exportação. Dentistas e comerciantes de joias, que vi nham reclamando contra a absoluta ausência de matéria-prima para o seu tra

balho, já terão melhores perspetivas, visto que, segundo observadores bem in formados, o ouro extraído de nossas minas e aquele que, por outras vias, os faiscadores lançam no mercado, serão suficientes para

os

fins

comuns dc

.^Memanlia

transformação.

A\

Há, contudo, na medida tomada pelo Conselho da Superintendência da Moeda e do Crédito um sintoma bastante significativo no que diz respeito à

política monetária até aqui seguida pelo govêrno brasileiro. O controle oficial do mercado de ouro tomou, evidentemente, um sentido tão estrito e rigoroso

derrotada

ao lhores armas de combate,foram apoiados

nas razões dc sua queda. compreende que a capaci

pelo maior sistema de transportes çue

dade de produção aliada e o empre go de rápidas formações de transpor te contribuíram em grande parte pa ra selar o destino de suas forças mi

como conseqüência da expansão sempre crescente do nosso meio circulante.

Sucedendo-se as emissões de papel moeda, numa faina inflacionista que tem

preocupado sobremaneira os estudiosos do assunto, era natural que o Banco do

Brasil se comportasse pelas normas reveladas com muita clareza pelo seu re latório correspondente ao exercício de 1944,

o mtindo Já viu. Era um sistema do

transporte acima de nossa compreensão Quando u corr.eçou e antes que a

determinaçãoe a habilidade dos en^-^nhei-

ros fôssem concentradas na sua criaçao.

relâmpago", dando ao mundo um es

petáculo completamente inédito.

litares. ^

Contudo, chegamos nesse terreno aos limites extremos, além dos quais o

Os soldados aliados, dispondo das me

meditar melancòlicamente

Êste fato foi reconhecido pelo ge

militaristas alemães diziam alegre

cri erio emissionis a, se defensável para um determinado período da economia naciona , po eria vir a causar malefícios de indiscutível gravidade. Tal a ra-

neral Kurt Dittmar, porta-voz militar

zao das recomendações formuladas pela 8.^ Secção Técnica da Conferência de Teresopohs, entre as quais se incluí, como vimos, no item d, essa agora trans

mente que tudo decorria tal como ha viam planejado nos dias em que tra

"Estamos

formada em decisão governamental. Não se trata, evidentemente, de aconse

mesmas armas que forjamos".

nazista, que

lhar para o momento a adoção dos métodos drásticos de uma deflação, ma»

sim de um conjunto de atos que, conjugados com inteligência, podem perfeita mente conduzir a situaçao de relativo desafogo. Quanto a providencia recentemente tomada pela Superintendência da Moeda e do Credito^ tera efeito salutar na presente conjuntura. Ela retirará dinheiro da circulação, sem contudo redundar em desemprego de braços, visto haver no mercado uma verdadeira fome de ouro para fins industriais e

declarou

sendo

recentemente:

derrotados

pelas

No início da conflagração, os ale mães causaram espanto e terror

fl

no

mundo com a guerra mecanizada em

zadas e aéreas em operações milita

res seriam, brevemente, sobrepujados

Denominan

do essa terrível empresa militar de

atendendo a sugestões lao oportunas de entidades representativas das grandes

forças produtoras, acabam de dar, com a liberação do comércio de ouro, um

Rússia.

passo preparatório a ações mais amplas contra os males inflacionistas.

Os soldados, canhões, bombas, e suprimentos militares alemães, mar

E' sempre agradavel verificar que os responsáveis pela finança brasileira,

não compreenderam que uo emprego em grande escala de forças mecani

escala sem precedentes.

"blitzkrieg", os alemães varreram a Europa, dominaram o norte da Áfri ca e se internaram profundamente na

especulativos.

mavain a dominação mundial. Na sua imensa alegria os nazistas

pelos seus adversários na guerra.

O fato é que a "blitzkrieg" foi su

perada pela "super-blitzkrieg" aliada. Quando os alemães planejaram a guerra numa base de grande mobili dade, tendo o motor de combustão

chando velozmente sobre as rodas de veículos a motor e nas asas dos

interna como uma poderosa arma mi litar, estavam longe de prever que uma potência maior cruzaria o Atlân

aviões, empenharam-se

tico e os derrotaria.

na "guerra


m

Para manter ecsa orientação, aquele estabelecimento de crédito, como agente do Tesouro Nacional, vinha comprando, tanto no país como no exterior,

todo o ouro que se fazia necessário. As minas e os faiscadores se viam obri gados, por disposições legais, a entregar-lhe o produto de suas atividades. Com isto se estabeleceu o controle oficial.no mercado de ouro de extração nacional. Para só nos limitarmos ao ano de 1944, chegou a 66.871 quilogramas o ouro

adquirido pelo Banco do Brasil, sendo que 4.546 (7%), oriundos do nosso ter ritório e 62.325 (93%) de procedência estrangeira.

Agora, uma decisão recente do Conselho da Superintendência da Moeda

e do Crédito determinou a suspensão temporária do controle do mercado do ouro de produção nacional. As compras do Tesouro continuarão apenas no mercado externo, de conformidade com o critério anterior, para o efeito de

O SISTEMA DE TRANSPORTE DOS ALIADOS ACELEROU A DERROTA DA ALEMANHA

aplicar as cambiais de exportação. Dentistas e comerciantes de joias, que vi nham reclamando contra a absoluta ausência de matéria-prima para o seu tra

balho, já terão melhores perspetivas, visto que, segundo observadores bem in formados, o ouro extraído de nossas minas e aquele que, por outras vias, os faiscadores lançam no mercado, serão suficientes para

os

fins

comuns dc

.^Memanlia

transformação.

A\

Há, contudo, na medida tomada pelo Conselho da Superintendência da Moeda e do Crédito um sintoma bastante significativo no que diz respeito à

política monetária até aqui seguida pelo govêrno brasileiro. O controle oficial do mercado de ouro tomou, evidentemente, um sentido tão estrito e rigoroso

derrotada

ao lhores armas de combate,foram apoiados

nas razões dc sua queda. compreende que a capaci

pelo maior sistema de transportes çue

dade de produção aliada e o empre go de rápidas formações de transpor te contribuíram em grande parte pa ra selar o destino de suas forças mi

como conseqüência da expansão sempre crescente do nosso meio circulante.

Sucedendo-se as emissões de papel moeda, numa faina inflacionista que tem

preocupado sobremaneira os estudiosos do assunto, era natural que o Banco do

Brasil se comportasse pelas normas reveladas com muita clareza pelo seu re latório correspondente ao exercício de 1944,

o mtindo Já viu. Era um sistema do

transporte acima de nossa compreensão Quando u corr.eçou e antes que a

determinaçãoe a habilidade dos en^-^nhei-

ros fôssem concentradas na sua criaçao.

relâmpago", dando ao mundo um es

petáculo completamente inédito.

litares. ^

Contudo, chegamos nesse terreno aos limites extremos, além dos quais o

Os soldados aliados, dispondo das me

meditar melancòlicamente

Êste fato foi reconhecido pelo ge

militaristas alemães diziam alegre

cri erio emissionis a, se defensável para um determinado período da economia naciona , po eria vir a causar malefícios de indiscutível gravidade. Tal a ra-

neral Kurt Dittmar, porta-voz militar

zao das recomendações formuladas pela 8.^ Secção Técnica da Conferência de Teresopohs, entre as quais se incluí, como vimos, no item d, essa agora trans

mente que tudo decorria tal como ha viam planejado nos dias em que tra

"Estamos

formada em decisão governamental. Não se trata, evidentemente, de aconse

mesmas armas que forjamos".

nazista, que

lhar para o momento a adoção dos métodos drásticos de uma deflação, ma»

sim de um conjunto de atos que, conjugados com inteligência, podem perfeita mente conduzir a situaçao de relativo desafogo. Quanto a providencia recentemente tomada pela Superintendência da Moeda e do Credito^ tera efeito salutar na presente conjuntura. Ela retirará dinheiro da circulação, sem contudo redundar em desemprego de braços, visto haver no mercado uma verdadeira fome de ouro para fins industriais e

declarou

sendo

recentemente:

derrotados

pelas

No início da conflagração, os ale mães causaram espanto e terror

fl

no

mundo com a guerra mecanizada em

zadas e aéreas em operações milita

res seriam, brevemente, sobrepujados

Denominan

do essa terrível empresa militar de

atendendo a sugestões lao oportunas de entidades representativas das grandes

forças produtoras, acabam de dar, com a liberação do comércio de ouro, um

Rússia.

passo preparatório a ações mais amplas contra os males inflacionistas.

Os soldados, canhões, bombas, e suprimentos militares alemães, mar

E' sempre agradavel verificar que os responsáveis pela finança brasileira,

não compreenderam que uo emprego em grande escala de forças mecani

escala sem precedentes.

"blitzkrieg", os alemães varreram a Europa, dominaram o norte da Áfri ca e se internaram profundamente na

especulativos.

mavain a dominação mundial. Na sua imensa alegria os nazistas

pelos seus adversários na guerra.

O fato é que a "blitzkrieg" foi su

perada pela "super-blitzkrieg" aliada. Quando os alemães planejaram a guerra numa base de grande mobili dade, tendo o motor de combustão

chando velozmente sobre as rodas de veículos a motor e nas asas dos

interna como uma poderosa arma mi litar, estavam longe de prever que uma potência maior cruzaria o Atlân

aviões, empenharam-se

tico e os derrotaria.

na "guerra


16

Diffcsto Econômico

Dígcsto Econômico Os Estados Unidos, cm virtude da vasta expansão

dc seu

território c

das aptidões de seu povo, sempre re destacaram pelo esforço em acelerar os transportes.

O tamanho do país

íêz cora cjue o problema dos transpor tes sempre ocupasse o primeiro pla no; e a inteligência dos americanoi

sempre encontrou uma solução para esses problemas.

.'r

Assim, cjuando cliegou o momento de produzir transportes e veículos em quantidade, a fim de que a "bíitzkneg" germânica fósse contrabalan çada, os Estados Unidos estavam perfeitamente preparados pelo hábito

e pela experiência para cumprir .essa missão.

Com o advento da guerra, uma grande parte do parque industrial na-

conal fo. dedieada à construção de navtos, vetculos e aviões a serem usL dos no transporte das forças arma das, dos altastecimentos para essas -forças, e empregados pelos combateu-

tes na luta contra o inimigo. Os navios, que desciam do.s estalei,

ros em número sem precedentes, fo ram utilizados para transportar ho mens e materiais através do Atlânti co e para proteger as unidades pesa das contra os ataques aéreos e sub marinos do inimigo.

, As grandes fábricas de automóveis e caminhões que produziram milhões de automóveis, ônibus e caminliões em tempos de paz, focam adaptadas

à tarefa de fabricar tanques, jeepç,

caminhões militares, e todos os veí culos necessários à derrota da Ale manha.

17

cuia, aproximadamente 15 quilos de aliastccinientos por homem. As formações que atacaram a For

do o material tinha de ser transpor tado desde a praia até a linha de fren te, que avançava cada vez mais na

A produção dc tempo de paz das fábricas de aviões foi muitas vêzes

taleza de Hiller foram ràpiclamente

península da Norrnundia e finalmente

reforça<las com um movimento diário

através da França, Bélgica, Holanda

multiplicada a fim de fornecer apa

dc 20.ÜU(J a 3Ü.ÜUÜ soldados, durante

relhos de combate e transportes aé

mai.s dc um mês.

reos que deviam dominar os céus da produção em massa de equíiianiento

tes decorrente do uma operação mi

ferroviário, inclusive material rodante e trilhos para serem concentrados

nas Ilhas

Britânicas, até

chegar o

O tremendo problema dc transpor litar em tão grande escala é indicado pelo fato dc que 4.()UÜ navios, além de grande número dc embarcações,

e da própria .-Memanha. Êsse movi mento foi possível em virtude da ação heróica dos motoristas dos caminhões

e da excelente qualidade de seus veí culos.

O êxito na tarefa de manter as for

ças aliadas bem abastecidas deve ser

momento de seguirem com as primei

foram usados no primeiro

atribuído

ras tropas aliadas a cruzar o Canal da Mancha e operar cm solo europeu. Enquanto os alemães c fascistas es tavam sendo derrotados no Egito e às

dia de invasão.

mento da ''red-ball Une"

pel na luta cm solo fran

assinaladas por bolas ver

porta.s dc Stalingrado, Moscou e Lc-

cês desde o início da in

melhas e das quais tirou

ningrado, enormes

quantidades

de

equipamento de transporte eram con

duzidas dos Estados Unidos para o teatro da guerra europeu.

Entremente.s, além de abastecer as frentes de batalha européias com ar mas e ec|uipaiTientos de guerra, os Es tados Unidos concentravam fantásti cas quantidades de equipamento mili tar na Inglaterra para a grande ofen siva contra

Hitler — a invasão

da

Os caminhõc.s

vasão.

rão

Ao.s motoristas do

soldados

americanos

desembarcaram na França no primei

ro dia do assalto de libertação. Cada um desses homens tinha de ser se

guido imediatamente por 750 quilos do suprimentos.

Para manter essa vasta fòrça em ação eram precisos, segundo .se cal-

circular

o seu

de

cintu

estradas,

nome.

Corpo de Transportes foi confiada a enorme respon sabilidade dc transportar os

O tráfego nesse sistema cie estradas, controladas pela policia militar, man

aba.stecimentos. Descendo das lanchas de dcsembarquc — as unidades espe

culos em constante movi

ciais que os transportaram

gas

teve os caminhões e veí

mento, entregando as car

e seiis veículos desde a In

glaterra — avançaram com seus veí

culos à prova dágua até a práia. os alemães

mi!

estabeleci

Essa linha era um

nharam um importante pa

Depois do assalto inicial, no qual

costa francesa.

Noventa

desempe

ao

foram

desalojados das

casamatas c embasamentos

de

arti

lharia, uma tarefa ainda mais difícil aguardava os motoristas

dos cami

nhões. O terreno entre as frentes de batalha e a costa tinha de ser atra vessado por linhas de transportes e somente os véiculos motorizados po

deriam fazer isso na fase inicial. To

recebidas

na

costa,

recebendo outras e voltan do novamente ao litoral.

Cada caminhão levava dois motoris tas. Um dirigia até^ ficar cansado.

Então passava ao outro a direção, saltava do veículo num determinado

ponto da estrada e dormia até éste voltar da linha de frente: então, o motorista repousado tomava a direção

enquanto seu companheiro ia dormir. A extensão com que os tanques --

corporificaçãò da velocidade e da for

ça em luta terrestre — foram empre-


16

Diffcsto Econômico

Dígcsto Econômico Os Estados Unidos, cm virtude da vasta expansão

dc seu

território c

das aptidões de seu povo, sempre re destacaram pelo esforço em acelerar os transportes.

O tamanho do país

íêz cora cjue o problema dos transpor tes sempre ocupasse o primeiro pla no; e a inteligência dos americanoi

sempre encontrou uma solução para esses problemas.

.'r

Assim, cjuando cliegou o momento de produzir transportes e veículos em quantidade, a fim de que a "bíitzkneg" germânica fósse contrabalan çada, os Estados Unidos estavam perfeitamente preparados pelo hábito

e pela experiência para cumprir .essa missão.

Com o advento da guerra, uma grande parte do parque industrial na-

conal fo. dedieada à construção de navtos, vetculos e aviões a serem usL dos no transporte das forças arma das, dos altastecimentos para essas -forças, e empregados pelos combateu-

tes na luta contra o inimigo. Os navios, que desciam do.s estalei,

ros em número sem precedentes, fo ram utilizados para transportar ho mens e materiais através do Atlânti co e para proteger as unidades pesa das contra os ataques aéreos e sub marinos do inimigo.

, As grandes fábricas de automóveis e caminhões que produziram milhões de automóveis, ônibus e caminliões em tempos de paz, focam adaptadas

à tarefa de fabricar tanques, jeepç,

caminhões militares, e todos os veí culos necessários à derrota da Ale manha.

17

cuia, aproximadamente 15 quilos de aliastccinientos por homem. As formações que atacaram a For

do o material tinha de ser transpor tado desde a praia até a linha de fren te, que avançava cada vez mais na

A produção dc tempo de paz das fábricas de aviões foi muitas vêzes

taleza de Hiller foram ràpiclamente

península da Norrnundia e finalmente

reforça<las com um movimento diário

através da França, Bélgica, Holanda

multiplicada a fim de fornecer apa

dc 20.ÜU(J a 3Ü.ÜUÜ soldados, durante

relhos de combate e transportes aé

mai.s dc um mês.

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tes decorrente do uma operação mi

ferroviário, inclusive material rodante e trilhos para serem concentrados

nas Ilhas

Britânicas, até

chegar o

O tremendo problema dc transpor litar em tão grande escala é indicado pelo fato dc que 4.()UÜ navios, além de grande número dc embarcações,

e da própria .-Memanha. Êsse movi mento foi possível em virtude da ação heróica dos motoristas dos caminhões

e da excelente qualidade de seus veí culos.

O êxito na tarefa de manter as for

ças aliadas bem abastecidas deve ser

momento de seguirem com as primei

foram usados no primeiro

atribuído

ras tropas aliadas a cruzar o Canal da Mancha e operar cm solo europeu. Enquanto os alemães c fascistas es tavam sendo derrotados no Egito e às

dia de invasão.

mento da ''red-ball Une"

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assinaladas por bolas ver

porta.s dc Stalingrado, Moscou e Lc-

cês desde o início da in

melhas e das quais tirou

ningrado, enormes

quantidades

de

equipamento de transporte eram con

duzidas dos Estados Unidos para o teatro da guerra europeu.

Entremente.s, além de abastecer as frentes de batalha européias com ar mas e ec|uipaiTientos de guerra, os Es tados Unidos concentravam fantásti cas quantidades de equipamento mili tar na Inglaterra para a grande ofen siva contra

Hitler — a invasão

da

Os caminhõc.s

vasão.

rão

Ao.s motoristas do

soldados

americanos

desembarcaram na França no primei

ro dia do assalto de libertação. Cada um desses homens tinha de ser se

guido imediatamente por 750 quilos do suprimentos.

Para manter essa vasta fòrça em ação eram precisos, segundo .se cal-

circular

o seu

de

cintu

estradas,

nome.

Corpo de Transportes foi confiada a enorme respon sabilidade dc transportar os

O tráfego nesse sistema cie estradas, controladas pela policia militar, man

aba.stecimentos. Descendo das lanchas de dcsembarquc — as unidades espe

culos em constante movi

ciais que os transportaram

gas

teve os caminhões e veí

mento, entregando as car

e seiis veículos desde a In

glaterra — avançaram com seus veí

culos à prova dágua até a práia. os alemães

mi!

estabeleci

Essa linha era um

nharam um importante pa

Depois do assalto inicial, no qual

costa francesa.

Noventa

desempe

ao

foram

desalojados das

casamatas c embasamentos

de

arti

lharia, uma tarefa ainda mais difícil aguardava os motoristas

dos cami

nhões. O terreno entre as frentes de batalha e a costa tinha de ser atra vessado por linhas de transportes e somente os véiculos motorizados po

deriam fazer isso na fase inicial. To

recebidas

na

costa,

recebendo outras e voltan do novamente ao litoral.

Cada caminhão levava dois motoris tas. Um dirigia até^ ficar cansado.

Então passava ao outro a direção, saltava do veículo num determinado

ponto da estrada e dormia até éste voltar da linha de frente: então, o motorista repousado tomava a direção

enquanto seu companheiro ia dormir. A extensão com que os tanques --

corporificaçãò da velocidade e da for

ça em luta terrestre — foram empre-


Digesto Econômico

18

indicada pela quantidade realmente estupenda de gasolina consumidi.

O Serviço Ferroviário Militar Ame ricano, que trabalhava nas ferrovias nessa zoiia, encontrou material ro-

Oleodutos para transportar o precio

dante nos depósitos isolados em quan

gados durante essa fase do ataque c

r

19

tas ao exército regular da guerra.

desde

antes

so líquido foram instalados desde a

tidade suficiente para as suas neces

linha de costa até à frente .de bata

sidades.

dessas operações. Mas nunca atingi

lha.

aproximadamente

Os caminhões-tanques tomavam

a gasolina nos oleodutos e corriam pa ra a frente de luta. Quando a neces sidade era muito grande numa deter eram empregados para levar o "ali

Êsse material rodante, com

canizadas não se paralisasse ou fôssc retardado.

Os alemães, retirando-se diante do

poderio mecanizado aliado desembar cado nas praias da França, destruí ram numerosas pontes de estradas-de-

-ferro, aumentando a destruição já "causada pelos bombardeiros aliados. As unidades de demolição nazistas dedicaram atençao especial à dinami-

tação das pontes ferroviárias.

Mas

os batalhões de engenheiros ameri canos, altamente treinados, na sua maioria composta de ferroviários em tempos de paz, dentro em breve re

paravam ou substituíam essas pontes.

bate, foram

apoiados

e

auxiliados

viadas para a Grã-Bretanha, permi

cito de seu tipo na história e basta a

pelo

sistema de

transporte

tiu aos engenheiros ferroviários cum prir eficientemente sua tarefa nas ex

sua criação para demonstrar como os

que o mundo já viu. Era um sistema

aliados superaram a máquina de guer

tensas operações de transportes.

ra nazista "em

de transporte acima de nossa com preensão quando a guerra começou

gicas, sob as quais os vitais centros

maior

e antes que a determinação e a ha

Enquanto

os

aliados

avançavam

pelo "solo sagrado" da Alemanha pa

de produção da Alemanha foram ata cados pelos bombardeiros com base

bilidade dos engenheiros aliados fos sem concentradas na sua criação.

(Serviço de Informação" do Hemsféro

na Inglaterra, foram ampliadas. For mações táticas, atuando em coopera ção com as fòrças terrestres, mostra-

ram aos alemães

que

êles -tinham

apenas começado a desenvolver as possibilidades das operações coorde nadas entre as fòrças de terra e ar

quando assombraram

o

mundo no

princípio da guerra. A mais formidá vel

demonstração

da maneira

pela

A BORRACHA SINTÉTICA NOS ESTADOS UNIDOS produção

borracha sintética nos Estados Unidos iniciou-se

qual as forças aliadas derrotaram a

em 1941, quando foram fabricadas 6.000 toneladas. Em 1942 esse total elevou-se a 17.000 toneladas; em 1943 decupli-

Alemanha

cou atingindo a 171.000 toneladas, e em 1944 alcançou a 565.000

"com suas própriás

ar

mas", no entanto, foi apresentada quando o general Eisenhower lançou

atividades destruidoras dos hitleristas

sobre a Holanda, preparando o cami nho para o flanqueamento da Linha

burgo.

velocidade c potên

cia

No ar as operações aéreas estraté

dezenas de milhares de paraqucdista?

"diàriamente sobre uma estrada de bitola estreita, que partia de Cher-

Vigorosos soldados aliados, equipa dos com as melhores armas de com

fabricadas nos Estados Unidos c en

Mesmo antes de os resultados das

terem sido totalmente anulados, va rias centenas de toneladas de abaste cimentos estavam se movimentando

rizadas com os mais formidáveis re sultados.

ram o ponto alcançado pelos aliados com a formação do Primeiro Exér

1.000 locomotivas

mento dos motores" aos tanques, a

fim de que o' avanço das forças me

ra esmagar os nazistas, continuaram a usar os aviões e as unidades moto

Foram os nazistas os primeiros a empregar paraquedistas em grande escala e a demonstrar a eficiência

minada área, os aviões-transportes

11'

Digesto Econômico

Siegfried.

toneladas.

Presentemente o problema maior da indústria da borracha • M ^ Ca a b sintética não^' é mais a matéria-prima, mas se ^A refere a

ntficul"

«lade de instalações em prédios apropriados. Antes da ^guerra, a borracha natural do Extremo Oriente era vendida a 22 cêntimos

a libra. Está provado que as plantações do ocidente podem vendê-la de 10 a 12 cêntimos, e com certo lucroj O custo mé dio da borracha sintética é de 30 cêntimos a libra.

Algumas

Há muitos anos, os Estados Unidos

usinas conseguiram fabricá-la por um custo de 14 cêntimos.

realizaram suas primeiras experiên cias com os paraquedistas. Os russos

Espera-se que, com maior experiência, no após-guerra, se possa

incorporaram unidades de paraquedis-.

manter o custo de produção a 20 cêntimos a libra..


Digesto Econômico

18

indicada pela quantidade realmente estupenda de gasolina consumidi.

O Serviço Ferroviário Militar Ame ricano, que trabalhava nas ferrovias nessa zoiia, encontrou material ro-

Oleodutos para transportar o precio

dante nos depósitos isolados em quan

gados durante essa fase do ataque c

r

19

tas ao exército regular da guerra.

desde

antes

so líquido foram instalados desde a

tidade suficiente para as suas neces

linha de costa até à frente .de bata

sidades.

dessas operações. Mas nunca atingi

lha.

aproximadamente

Os caminhões-tanques tomavam

a gasolina nos oleodutos e corriam pa ra a frente de luta. Quando a neces sidade era muito grande numa deter eram empregados para levar o "ali

Êsse material rodante, com

canizadas não se paralisasse ou fôssc retardado.

Os alemães, retirando-se diante do

poderio mecanizado aliado desembar cado nas praias da França, destruí ram numerosas pontes de estradas-de-

-ferro, aumentando a destruição já "causada pelos bombardeiros aliados. As unidades de demolição nazistas dedicaram atençao especial à dinami-

tação das pontes ferroviárias.

Mas

os batalhões de engenheiros ameri canos, altamente treinados, na sua maioria composta de ferroviários em tempos de paz, dentro em breve re

paravam ou substituíam essas pontes.

bate, foram

apoiados

e

auxiliados

viadas para a Grã-Bretanha, permi

cito de seu tipo na história e basta a

pelo

sistema de

transporte

tiu aos engenheiros ferroviários cum prir eficientemente sua tarefa nas ex

sua criação para demonstrar como os

que o mundo já viu. Era um sistema

aliados superaram a máquina de guer

tensas operações de transportes.

ra nazista "em

de transporte acima de nossa com preensão quando a guerra começou

gicas, sob as quais os vitais centros

maior

e antes que a determinação e a ha

Enquanto

os

aliados

avançavam

pelo "solo sagrado" da Alemanha pa

de produção da Alemanha foram ata cados pelos bombardeiros com base

bilidade dos engenheiros aliados fos sem concentradas na sua criação.

(Serviço de Informação" do Hemsféro

na Inglaterra, foram ampliadas. For mações táticas, atuando em coopera ção com as fòrças terrestres, mostra-

ram aos alemães

que

êles -tinham

apenas começado a desenvolver as possibilidades das operações coorde nadas entre as fòrças de terra e ar

quando assombraram

o

mundo no

princípio da guerra. A mais formidá vel

demonstração

da maneira

pela

A BORRACHA SINTÉTICA NOS ESTADOS UNIDOS produção

borracha sintética nos Estados Unidos iniciou-se

qual as forças aliadas derrotaram a

em 1941, quando foram fabricadas 6.000 toneladas. Em 1942 esse total elevou-se a 17.000 toneladas; em 1943 decupli-

Alemanha

cou atingindo a 171.000 toneladas, e em 1944 alcançou a 565.000

"com suas própriás

ar

mas", no entanto, foi apresentada quando o general Eisenhower lançou

atividades destruidoras dos hitleristas

sobre a Holanda, preparando o cami nho para o flanqueamento da Linha

burgo.

velocidade c potên

cia

No ar as operações aéreas estraté

dezenas de milhares de paraqucdista?

"diàriamente sobre uma estrada de bitola estreita, que partia de Cher-

Vigorosos soldados aliados, equipa dos com as melhores armas de com

fabricadas nos Estados Unidos c en

Mesmo antes de os resultados das

terem sido totalmente anulados, va rias centenas de toneladas de abaste cimentos estavam se movimentando

rizadas com os mais formidáveis re sultados.

ram o ponto alcançado pelos aliados com a formação do Primeiro Exér

1.000 locomotivas

mento dos motores" aos tanques, a

fim de que o' avanço das forças me

ra esmagar os nazistas, continuaram a usar os aviões e as unidades moto

Foram os nazistas os primeiros a empregar paraquedistas em grande escala e a demonstrar a eficiência

minada área, os aviões-transportes

11'

Digesto Econômico

Siegfried.

toneladas.

Presentemente o problema maior da indústria da borracha • M ^ Ca a b sintética não^' é mais a matéria-prima, mas se ^A refere a

ntficul"

«lade de instalações em prédios apropriados. Antes da ^guerra, a borracha natural do Extremo Oriente era vendida a 22 cêntimos

a libra. Está provado que as plantações do ocidente podem vendê-la de 10 a 12 cêntimos, e com certo lucroj O custo mé dio da borracha sintética é de 30 cêntimos a libra.

Algumas

Há muitos anos, os Estados Unidos

usinas conseguiram fabricá-la por um custo de 14 cêntimos.

realizaram suas primeiras experiên cias com os paraquedistas. Os russos

Espera-se que, com maior experiência, no após-guerra, se possa

incorporaram unidades de paraquedis-.

manter o custo de produção a 20 cêntimos a libra..


Digesto Econômico

21

aumento dc seus atuais consumos dc lenha.

Mesmo, porém, que venha a diniinuir o uso da madeira como combus

por ÁLVARO DE SOUSA LIMA

0 levantamento do consumo de ca lorias no Estado de São Paulo, que o engenheiro Júlio Rabin, do Setor

caso especial de São Paulo, com o problema da restauração das áreas

da Produção Industrial da Coordena ção da Mobilização Econômica, aca

florestais destruídas, o A. participou,

ba de realizar e de que nos deu co

com o substancioso trabalho que a se

nhecimento em sua interessante pa lestra," mostra a considerável impor

Comercial na vitoriosa "Semana dos

tância que tem hoje entre nós a ma

Combustíveis

calorias produzida^

industriais e construtivos se vêm im

Muitos produtos antes manufaturados com metais estão sendo agora feito;

vez

com madeira...

lucionário compreende um novo pro

ram, outros ressurgem e se desenvol

cesso de plastificação, em conseqüên cia da qual a madeira pode ser torci da como uma corda, dobrada como

guir publicamos, do programa de con

forçaram a novas utilizações que, por

ferências promovidas pela Associação

certo, perdurarão no futuro.

se processo confere à madeira uma • dureza equivalente à de alguns tipos

Assim, as serrarias que, principal mente no tocante às indústrias

dns

móveis, já haviam sido revoluciona

Assim sendo, o consumo da madei ra como combustível, que os traba lhos do eng. Rabin mostram ser, na

das com o emprego dos contraplacados e das madeiras folheadas, esten

os novos processos de impregnação e

colagem serão estudados e adaptados ao nosso meio. E ai está também m vasto campo de ação para o Instituto Nacional do Pinliõ, que acertadamente acaba de criar o seu Departamento

provenientes do carvão vegetal. , No

escala de vigas e arcos laminados t*

total portanto da energia utilizada no

cional de combustíveis, a manter-se

E.stado, energia hidro-elétrica inclu

em elevado nível, mesmo que venha

mero

baixe

colados, usados até para vãos de 60 metros.

Ao lado dêsse emprego da madei

ra "in natiira" há o uso que espan

E' mesmo de desejar que êsse nú consideravelmente, poÍ^

os trabalhos aqui apresentados mos tram de modo irretorquível o enorme

desperdício de lenha que se fêz na quase totalidade das fornalhas de nos

tendências serão para um uso cada

sas fábricas, cujo consumo pode ser

vez mais intensivo dos combustíveis de origem vegetal e mineral, com pre ferência para os primeiros.

grandemente reduzido sem

sacrifício

algum de sua produção ou cuja pro dução poderá ser quase duplicada sem

Já entre nós o Instituto de Pesqui sas Tecnológicas está montando uma usina pilota para tratamento de nos sas madeiras moles e nela, por certo,

à construção

civil pesada, com o emprego em larga

dicado.

de aço.

ses mesmos processos

tenderá, dentro de uma política na

a baixar o número absoluto acima in

ê.s-

dem agora, nos Estados Unidos, es

atual emergência, da ordem de . . .

zou para esta Semana, concluiu que, de futuro, a par de um máximo apro veitamento tia energia hidráulica, as

Um progresso revo

chumbo e moldada como pasta,

30.000.000 de metros cúbicos por ano,

Presidente da Comissão de Energia Térmica, no valioso estudo que, so bre os "Combustíveis nossos", reali

materiais

Com efeito, se empregos antigos da madeira definitivamente desaparece

provem diretamente da combustão da

E o engenheiro João Luís Meillcr.

usada para substituir

maiores.

lenha. E a isso se devem somar 7,4%

sive, 62,1% provêm da madeira.

i-

críticos, tais como metais e ligas...

vem e muitos outros foram ou estão

Dos dados por êle cohídos e que

que 54,7% das

do

nobre dos seus empregos, outros usos

sendo criados. As condições da guerra

deira como combustível.

se podem considerar como os mais atuais e os mais seguros, verifica-.sp

seu lugar como material de constru ção. Em muitíssimos casos está sen

tível,' o que é, sem dúvida, o menos

pondo, exigindo coiisumo.s cada

Demonstrando a importância atual da madeira, e correlacionando-a, para o

1944, assim se expressa: "A madeira está ràpidámente reconquistando o

Florestal e que nesse sentido podei a orientar a sua política de valorizaçao da árvore, fomentando em nosso mer

tosamente se desenvolve, da madeira quimicamente transformada ou me

cado interno empregos da madeira

lhorada.

cada vez mais vastos e cada vez mais

A impregnação com resi

nas sintéticas veio, no dizer de War-

burton Brown, em livro publicado *no

nobres.

Aliás, e independentemente desses

ano findo, abrir às aplicações da ma

progressos e dessas novas técnicas, o

deira um novo campo, que no momen de

consumo de madeira entre nós. para as indústrias e para a construção ci vil, vem apreciàvelmente crescendo.

também de

Em 1932, por exemplo, a Estrada de

to parece não ter limites.

Schoengold,

na

E Morris

"Enciclopédia

Substitutos o Sintéticos


Digesto Econômico

21

aumento dc seus atuais consumos dc lenha.

Mesmo, porém, que venha a diniinuir o uso da madeira como combus

por ÁLVARO DE SOUSA LIMA

0 levantamento do consumo de ca lorias no Estado de São Paulo, que o engenheiro Júlio Rabin, do Setor

caso especial de São Paulo, com o problema da restauração das áreas

da Produção Industrial da Coordena ção da Mobilização Econômica, aca

florestais destruídas, o A. participou,

ba de realizar e de que nos deu co

com o substancioso trabalho que a se

nhecimento em sua interessante pa lestra," mostra a considerável impor

Comercial na vitoriosa "Semana dos

tância que tem hoje entre nós a ma

Combustíveis

calorias produzida^

industriais e construtivos se vêm im

Muitos produtos antes manufaturados com metais estão sendo agora feito;

vez

com madeira...

lucionário compreende um novo pro

ram, outros ressurgem e se desenvol

cesso de plastificação, em conseqüên cia da qual a madeira pode ser torci da como uma corda, dobrada como

guir publicamos, do programa de con

forçaram a novas utilizações que, por

ferências promovidas pela Associação

certo, perdurarão no futuro.

se processo confere à madeira uma • dureza equivalente à de alguns tipos

Assim, as serrarias que, principal mente no tocante às indústrias

dns

móveis, já haviam sido revoluciona

Assim sendo, o consumo da madei ra como combustível, que os traba lhos do eng. Rabin mostram ser, na

das com o emprego dos contraplacados e das madeiras folheadas, esten

os novos processos de impregnação e

colagem serão estudados e adaptados ao nosso meio. E ai está também m vasto campo de ação para o Instituto Nacional do Pinliõ, que acertadamente acaba de criar o seu Departamento

provenientes do carvão vegetal. , No

escala de vigas e arcos laminados t*

total portanto da energia utilizada no

cional de combustíveis, a manter-se

E.stado, energia hidro-elétrica inclu

em elevado nível, mesmo que venha

mero

baixe

colados, usados até para vãos de 60 metros.

Ao lado dêsse emprego da madei

ra "in natiira" há o uso que espan

E' mesmo de desejar que êsse nú consideravelmente, poÍ^

os trabalhos aqui apresentados mos tram de modo irretorquível o enorme

desperdício de lenha que se fêz na quase totalidade das fornalhas de nos

tendências serão para um uso cada

sas fábricas, cujo consumo pode ser

vez mais intensivo dos combustíveis de origem vegetal e mineral, com pre ferência para os primeiros.

grandemente reduzido sem

sacrifício

algum de sua produção ou cuja pro dução poderá ser quase duplicada sem

Já entre nós o Instituto de Pesqui sas Tecnológicas está montando uma usina pilota para tratamento de nos sas madeiras moles e nela, por certo,

à construção

civil pesada, com o emprego em larga

dicado.

de aço.

ses mesmos processos

tenderá, dentro de uma política na

a baixar o número absoluto acima in

ê.s-

dem agora, nos Estados Unidos, es

atual emergência, da ordem de . . .

zou para esta Semana, concluiu que, de futuro, a par de um máximo apro veitamento tia energia hidráulica, as

Um progresso revo

chumbo e moldada como pasta,

30.000.000 de metros cúbicos por ano,

Presidente da Comissão de Energia Térmica, no valioso estudo que, so bre os "Combustíveis nossos", reali

materiais

Com efeito, se empregos antigos da madeira definitivamente desaparece

provem diretamente da combustão da

E o engenheiro João Luís Meillcr.

usada para substituir

maiores.

lenha. E a isso se devem somar 7,4%

sive, 62,1% provêm da madeira.

i-

críticos, tais como metais e ligas...

vem e muitos outros foram ou estão

Dos dados por êle cohídos e que

que 54,7% das

do

nobre dos seus empregos, outros usos

sendo criados. As condições da guerra

deira como combustível.

se podem considerar como os mais atuais e os mais seguros, verifica-.sp

seu lugar como material de constru ção. Em muitíssimos casos está sen

tível,' o que é, sem dúvida, o menos

pondo, exigindo coiisumo.s cada

Demonstrando a importância atual da madeira, e correlacionando-a, para o

1944, assim se expressa: "A madeira está ràpidámente reconquistando o

Florestal e que nesse sentido podei a orientar a sua política de valorizaçao da árvore, fomentando em nosso mer

tosamente se desenvolve, da madeira quimicamente transformada ou me

cado interno empregos da madeira

lhorada.

cada vez mais vastos e cada vez mais

A impregnação com resi

nas sintéticas veio, no dizer de War-

burton Brown, em livro publicado *no

nobres.

Aliás, e independentemente desses

ano findo, abrir às aplicações da ma

progressos e dessas novas técnicas, o

deira um novo campo, que no momen de

consumo de madeira entre nós. para as indústrias e para a construção ci vil, vem apreciàvelmente crescendo.

também de

Em 1932, por exemplo, a Estrada de

to parece não ter limites.

Schoengold,

na

E Morris

"Enciclopédia

Substitutos o Sintéticos


Oigeato Econômico

Digesto Econômico

22

Ferro Sorocabana transportou lenha

tempo a concessão dos recursos ne

exclusiva, 2(i7.726 toneladas de madei

cessários a êsse empreendimento bá

ra para construção e indústria.

sico para uma política florestal tec

Em

1941 êsse número atingiu a 579.115 toneladas, aumentando assim de 178%. Tudo parece, portanto, indicar qu?

rança, não apenas as áreas florestais,

òs consumos globais não baixarão,

como os tipos de matas realmente

embora se desviem para outros fins e

existentes e as densidades florestais 1

nicamente orientada.

Só assim se conhecerão com segu- j ■

23

veis estoques de madeira, e nem que a natureza de vosso pais fosse dez vêzes mais generosa do que realmen te é, seria impotente para refazer as vestimentas de árvores assim aniquila das pelo homem". E' infelizmente o que vem suceden do. Dez anos após essas palavras de

Com êles a área de matas e capoei

rões no Estado atinge hoje a apenas 13% de sua superfície.

Silvicultores há que fixam essa por

centagem em 40%.

Outros estabele-

cem-na em 1/3 ou 33%. Augusto Chevalier, para as nossas condições,

achou não ser possível descer de 25%

Augusto de diversas regiões, municípios ou| dis-

a 35%.

tinuar fornecendo enormes quantida

trito.s, e que tudo são elementos in- I

minimum minimorum de 25% acha-se

des de madeira.

dispensáveis à orientação, quer da sua exploração racional, quer do seu ílo- '

da Agricultura dá para as áreas em

o Estado consideràvelmente abaixo e,

matas e capoeirões valores

para atingi-lo, será preciso reflorestar,

restamento ou de um reflorestamento

quais organizamos o gráfico aqui ex

em

Estado de São Paulo uma área equi

posto, calculadas as porcentagens res petivas cm relação às superfícies dos distritos agrícolas, sendo de 247.239 km o valor último atribuído à área

valente a '64,7% de sua superfície.

do Estado. Refere-se êsse gráfico ao

Referindo-se a

ano agrícola de 1937/1938.

que as nossas matas terão que con

Vejamos então quais os recursos florestais com que atualmente conta mos e com que poderemos futura mente contar.

Florestas naturais do Estado de São Paulo

Cumpre declarar desde o início, que o conhecimento que se tem da' exten^ são real das áreas florestadas do Es

tado é inteiramente falho. Referemse as estatísticas a matas e capoeirões. Já aí existe uma deficiência, pois, ao que eu saiba, ainda se não de finiu o que realmente seja uma e ou

tra coisa. A tendência é, porém, an tes para exagerar, chamando de mata

muita capoeira...

bases certas.

Em

Mesmo, porém,

sendo real a mata, outra grande cau

sa de êrro reside na determinação exata de suas áreas, avaliadas em ge ral a olho.

Urge, portanto, que se proceda ao levantamento do mapa fitofisionômico

do Estado. O Governo, que tanto se tem ultimamente, acertada e esclarecidamente, interessado pelos assuntos florestais, não deve diferir por/mais

1911, um

mapa

florestal do

Brasil indicava para as florestas do

essa

avaliação, em

1928, o professor Augusto Clicvalier, que viera então expor em nossa Es cola Politécnica os métodos de iden

tificação micrográfica das madeiras e acabava de percorrer o nosso Esta do, assim declarava: "Tenho absoluta convicção de quo

esses algarismos não devem ser le vados a sério.

Seriam talvez exatos

se também se pudessem

considerar

como florestas magros bosquezinhos

esparsos através dos campos sem fim, incendiados todos os anos, o que im

pede a regeneração da floresta. Ora, e§sa moita não tem'valor florestal algum". E, referindo-se à destrui ção que observou no Paraná, assim se expressou:

"Pelo fogo ou pelas derrubadas in consideradas destróim-çe ali formidá

.Chevalier, a Estatística Agrícola c Esotécnica da Secretaria com os

A média

Ora, mesmo tomando êsse

com os dados de 1937/1938, 8% da sua superfície, ou mesmo 12%, com as previsões feitas para o ano em curso, ou 10% em média. Isso cor

responde a uma área de 20.000 a 30.000 km2 a reflorestar, com um

plantio de cinco a oito bilhões de ár vores.

florestal é de 17%.

E' uma tarefa colossal, mas nao Para os anos seguintes não há da

dos publicados. Organizamos, contu do, um gráfico de previsão para o ano agrícola em curso, 1944/194S, pela forma seguinte:

impossível. Outros, como veremos adiante, estão fazendo coisas muito maiores.

Se, porém, de todo não a pudermos realizar e reconstituir no Estado as

de 1939/1940, última publicada, dá para

áreas mínimas de matas que êle^ de veria ter, indispensável, imprescindí

êsse ano as áreas de matas derruba

vel é impedir que a situaça-o se agra

das em cada distrito agrícola. Toma

ve, tornando-se total o desapareci

mos êsses números como médias pa ra todo o período de 38/39 a 44/45.

naturais.

A Estatística Agrícola e Esotécnica

Multiplicando-se então subtraindo

os

por sete

resultados

e

das áreas

mento do que nos resta de florestas • Para isso é forçoso replantar anualmente pelo menos o que anual

florestadas dados pela Estatística de

mente se derruba para lenha e outros

1937/38, obtivemos o que chamamos

fins. E na base dos consumos atuais,

as previsões para 1944/1945. Está claro que êsses números são apen.is

acima verificados, isso exigè planta

indicativos.

lhões de árvores.

jjágüL

ções anuais da ordem de duzentos mi Se considerarmos


Oigeato Econômico

Digesto Econômico

22

Ferro Sorocabana transportou lenha

tempo a concessão dos recursos ne

exclusiva, 2(i7.726 toneladas de madei

cessários a êsse empreendimento bá

ra para construção e indústria.

sico para uma política florestal tec

Em

1941 êsse número atingiu a 579.115 toneladas, aumentando assim de 178%. Tudo parece, portanto, indicar qu?

rança, não apenas as áreas florestais,

òs consumos globais não baixarão,

como os tipos de matas realmente

embora se desviem para outros fins e

existentes e as densidades florestais 1

nicamente orientada.

Só assim se conhecerão com segu- j ■

23

veis estoques de madeira, e nem que a natureza de vosso pais fosse dez vêzes mais generosa do que realmen te é, seria impotente para refazer as vestimentas de árvores assim aniquila das pelo homem". E' infelizmente o que vem suceden do. Dez anos após essas palavras de

Com êles a área de matas e capoei

rões no Estado atinge hoje a apenas 13% de sua superfície.

Silvicultores há que fixam essa por

centagem em 40%.

Outros estabele-

cem-na em 1/3 ou 33%. Augusto Chevalier, para as nossas condições,

achou não ser possível descer de 25%

Augusto de diversas regiões, municípios ou| dis-

a 35%.

tinuar fornecendo enormes quantida

trito.s, e que tudo são elementos in- I

minimum minimorum de 25% acha-se

des de madeira.

dispensáveis à orientação, quer da sua exploração racional, quer do seu ílo- '

da Agricultura dá para as áreas em

o Estado consideràvelmente abaixo e,

matas e capoeirões valores

para atingi-lo, será preciso reflorestar,

restamento ou de um reflorestamento

quais organizamos o gráfico aqui ex

em

Estado de São Paulo uma área equi

posto, calculadas as porcentagens res petivas cm relação às superfícies dos distritos agrícolas, sendo de 247.239 km o valor último atribuído à área

valente a '64,7% de sua superfície.

do Estado. Refere-se êsse gráfico ao

Referindo-se a

ano agrícola de 1937/1938.

que as nossas matas terão que con

Vejamos então quais os recursos florestais com que atualmente conta mos e com que poderemos futura mente contar.

Florestas naturais do Estado de São Paulo

Cumpre declarar desde o início, que o conhecimento que se tem da' exten^ são real das áreas florestadas do Es

tado é inteiramente falho. Referemse as estatísticas a matas e capoeirões. Já aí existe uma deficiência, pois, ao que eu saiba, ainda se não de finiu o que realmente seja uma e ou

tra coisa. A tendência é, porém, an tes para exagerar, chamando de mata

muita capoeira...

bases certas.

Em

Mesmo, porém,

sendo real a mata, outra grande cau

sa de êrro reside na determinação exata de suas áreas, avaliadas em ge ral a olho.

Urge, portanto, que se proceda ao levantamento do mapa fitofisionômico

do Estado. O Governo, que tanto se tem ultimamente, acertada e esclarecidamente, interessado pelos assuntos florestais, não deve diferir por/mais

1911, um

mapa

florestal do

Brasil indicava para as florestas do

essa

avaliação, em

1928, o professor Augusto Clicvalier, que viera então expor em nossa Es cola Politécnica os métodos de iden

tificação micrográfica das madeiras e acabava de percorrer o nosso Esta do, assim declarava: "Tenho absoluta convicção de quo

esses algarismos não devem ser le vados a sério.

Seriam talvez exatos

se também se pudessem

considerar

como florestas magros bosquezinhos

esparsos através dos campos sem fim, incendiados todos os anos, o que im

pede a regeneração da floresta. Ora, e§sa moita não tem'valor florestal algum". E, referindo-se à destrui ção que observou no Paraná, assim se expressou:

"Pelo fogo ou pelas derrubadas in consideradas destróim-çe ali formidá

.Chevalier, a Estatística Agrícola c Esotécnica da Secretaria com os

A média

Ora, mesmo tomando êsse

com os dados de 1937/1938, 8% da sua superfície, ou mesmo 12%, com as previsões feitas para o ano em curso, ou 10% em média. Isso cor

responde a uma área de 20.000 a 30.000 km2 a reflorestar, com um

plantio de cinco a oito bilhões de ár vores.

florestal é de 17%.

E' uma tarefa colossal, mas nao Para os anos seguintes não há da

dos publicados. Organizamos, contu do, um gráfico de previsão para o ano agrícola em curso, 1944/194S, pela forma seguinte:

impossível. Outros, como veremos adiante, estão fazendo coisas muito maiores.

Se, porém, de todo não a pudermos realizar e reconstituir no Estado as

de 1939/1940, última publicada, dá para

áreas mínimas de matas que êle^ de veria ter, indispensável, imprescindí

êsse ano as áreas de matas derruba

vel é impedir que a situaça-o se agra

das em cada distrito agrícola. Toma

ve, tornando-se total o desapareci

mos êsses números como médias pa ra todo o período de 38/39 a 44/45.

naturais.

A Estatística Agrícola e Esotécnica

Multiplicando-se então subtraindo

os

por sete

resultados

e

das áreas

mento do que nos resta de florestas • Para isso é forçoso replantar anualmente pelo menos o que anual

florestadas dados pela Estatística de

mente se derruba para lenha e outros

1937/38, obtivemos o que chamamos

fins. E na base dos consumos atuais,

as previsões para 1944/1945. Está claro que êsses números são apen.is

acima verificados, isso exigè planta

indicativos.

lhões de árvores.

jjágüL

ções anuais da ordem de duzentos mi Se considerarmos


Digesto Econômico

24

que todas as nossas florestas artificiais não atingem ainda a 150 milhões d? são bem nítida da gravidade da si

rosos dados plenamente confirmam. Um dêlcs é a dificuldade cada vct maior que encontram as estradas-de-

tuação.

ferro na obtenção da lenha de que

Há, sem dúvida, a renovação natu ral. Um cerrado, ao que nos. infor

necessitam. Como aqui declarou o eng. José Wilson Coelho de Sousa, acham-se hoje as estradas forçadas a

árvores, teremos por certo a impres

■/•

', '

J

mou um grande fornecedor de lenha

na região de Sao João da Boa Vista

e adjacências, pode ser cortado (le

cinco em cinco anos. Ao passo, po

h '

irem buscar lenha cm matas afasta das até de 30 kni de suas linhas. E não só as matas estão cada vez mais afastadas das margens das Unha;, como os pontos de recebimento da

rém, que, conforme dados do Serviço Florestal da Estrada de Ferro M^ogiana, um alqueire de mata forn.-ce 600 m3 de lenha, um alqueire de cerrado só fornece de 150 a 200 m3 E em muitas c muitas regiões nem

Ferro Mogiana, por exemplo, o per

isso ie obterá. Zonas era que a mata

curso máximo de itm trem de lenha

foi derrubada e que. desnudadas pela agricultura, são depois abandonadas muito raramente ou mesmo nunca mais serão de novo revestidas de fio

i

suai, por assim dizer, mas (lue nume

restas. Serão muito mais certamenl te a presa das erosões.

lenha dela retirada estão cada vct mais afastados dos pontos de consu mo.

E'

assim que,

na

era, em 1941, de 90 km.

Estrada

Hoje, para

os cinco maiores depósitos, o percur

so mínimo é de 100 km, e há per curso até de 294 km.

não

apenas

Dígesto Econômico

Assim

25

Reservas botânicas

so

denominamos

ra a formação das florestas artifi ciais dc madeiras duras. Esse serviço

as

florc.stas

conservar

as

flo

de coleta de sementes deve ser ime

diatamente desenvolvido.

SC considerar necessária por motivo

dc

interêsse

biológico.

O

Código

Florestal as classifica como florestas

remanescentes,

O Estado já as pos

reservadas

como

florestado do Estado, para conserva

de longo ciclo dc exploração. nesse caso as

matas

que

o

Estão Estado

transformou em domínio na Alta So A nosso ver tais matas, mediante uma oportuna e racional exploração,

ra isso, porém, é necessário que se

forços de governos e entidades pú blicas e particulares. Com isto visa

inicie sem demora o seu levantamen

Rodagem e do Departamento das ^íunicipalidades, tenho cio Estado um conhecimento geral e guardo desse desnudamento uma impressão bem viva.

E' uma impressão apenas vE

ir

um mínimo da área reflorestada, in

dispensável às finalidades quer dire tas, quer indiretas de um rcflorestamento.

condições

as

de

florestas

salubridade

pública, para fins estatísticos e de

Florestas artificiais

ção das espécies florestais de valor,

mente, numa conjugação geral dc es

deveremos

municipal,

domínio

de essências do valor industrial. Pa

derrubando, mas as de há muito já derrubadas, até assegurar ao Estado

ou

gozo público.

Serão

das em florestas de limitado número

que por certo ainda

Igualmente de propriedade ^pública,

assegurar Reservas florestais naturais

-as racionalmente, quando fôr o caso,

ral do Departamento de Estradas d-;

reservas

naturais que devem ser conservadas para a proteção de mananciais, para

mas reflorestar,

.da de Ferro Sorocabana, diretor g...

essas

ciso. Serão pequenas florestas de conservação perene, não cxploráveis.

devem ser paulatinamente transforma

remos não apenas refazer as matas

natureza

estadual

indício da renovação florestal,

conseqüência de funções que exerci como diretor da Estrada de Ferro >Toroe.stp. diretor da Estra-

Por ' sua

florestais naturais só podem ser de domínio do governo estadual.

sui c será fácil aumentá-las se pre

restas que ainda temos, explorandointensa

como pa

espécimes preciosos, cuja conservação

O desnudamento do Estado é in contestável, e regiões, há rnuito abandonadas, nao dão hoje o mínimo

reflorestar

para a propna reserva,

cm que abundarem ou se cultivarem

rocabana.

E' indispensável e urgente, por tanto,

1

to cadastral e o inventário das espé

E' o ponto inicial de ação a desen

volver, e nisso teremos que sugerir o exemplo de quase todas as grand-o nações. A maioria, com efeito, dos países civilizados, dedica-se, de ha muito, nao apenas a

defesa e à con-

servação de suas reservas florestais, mediante explorações racionais e controladas, como acima indicamos, mas também, e principalmente, ao seu desenvolvimento e extensão, reflorestando enormes áreas.

cies existentes para estudo e deter

Também nós, como vimos, mesmo

minação das que devam ser conser

que reduzamos, como devemos redu zir, o nosso enorme consumo atual de lenha, — enorme principalmente co

vadas.

Uma- exploração racional eliminara então as árvores sem valor, ativando

mo os estudos desta Semana paten

a multiplicação e o desenvolvimento

tearão, pelo incrível desperdício que

das espécies a conservar.

fazemos e que está em nossas mãos

As árvores

aproveitáveis se dividirão em produ

evitar a partir de hoje, se assim o

toras e fornecedoras de sementes não

quisermos, e que podemos e devemos


Digesto Econômico

24

que todas as nossas florestas artificiais não atingem ainda a 150 milhões d? são bem nítida da gravidade da si

rosos dados plenamente confirmam. Um dêlcs é a dificuldade cada vct maior que encontram as estradas-de-

tuação.

ferro na obtenção da lenha de que

Há, sem dúvida, a renovação natu ral. Um cerrado, ao que nos. infor

necessitam. Como aqui declarou o eng. José Wilson Coelho de Sousa, acham-se hoje as estradas forçadas a

árvores, teremos por certo a impres

■/•

', '

J

mou um grande fornecedor de lenha

na região de Sao João da Boa Vista

e adjacências, pode ser cortado (le

cinco em cinco anos. Ao passo, po

h '

irem buscar lenha cm matas afasta das até de 30 kni de suas linhas. E não só as matas estão cada vez mais afastadas das margens das Unha;, como os pontos de recebimento da

rém, que, conforme dados do Serviço Florestal da Estrada de Ferro M^ogiana, um alqueire de mata forn.-ce 600 m3 de lenha, um alqueire de cerrado só fornece de 150 a 200 m3 E em muitas c muitas regiões nem

Ferro Mogiana, por exemplo, o per

isso ie obterá. Zonas era que a mata

curso máximo de itm trem de lenha

foi derrubada e que. desnudadas pela agricultura, são depois abandonadas muito raramente ou mesmo nunca mais serão de novo revestidas de fio

i

suai, por assim dizer, mas (lue nume

restas. Serão muito mais certamenl te a presa das erosões.

lenha dela retirada estão cada vct mais afastados dos pontos de consu mo.

E'

assim que,

na

era, em 1941, de 90 km.

Estrada

Hoje, para

os cinco maiores depósitos, o percur

so mínimo é de 100 km, e há per curso até de 294 km.

não

apenas

Dígesto Econômico

Assim

25

Reservas botânicas

so

denominamos

ra a formação das florestas artifi ciais dc madeiras duras. Esse serviço

as

florc.stas

conservar

as

flo

de coleta de sementes deve ser ime

diatamente desenvolvido.

SC considerar necessária por motivo

dc

interêsse

biológico.

O

Código

Florestal as classifica como florestas

remanescentes,

O Estado já as pos

reservadas

como

florestado do Estado, para conserva

de longo ciclo dc exploração. nesse caso as

matas

que

o

Estão Estado

transformou em domínio na Alta So A nosso ver tais matas, mediante uma oportuna e racional exploração,

ra isso, porém, é necessário que se

forços de governos e entidades pú blicas e particulares. Com isto visa

inicie sem demora o seu levantamen

Rodagem e do Departamento das ^íunicipalidades, tenho cio Estado um conhecimento geral e guardo desse desnudamento uma impressão bem viva.

E' uma impressão apenas vE

ir

um mínimo da área reflorestada, in

dispensável às finalidades quer dire tas, quer indiretas de um rcflorestamento.

condições

as

de

florestas

salubridade

pública, para fins estatísticos e de

Florestas artificiais

ção das espécies florestais de valor,

mente, numa conjugação geral dc es

deveremos

municipal,

domínio

de essências do valor industrial. Pa

derrubando, mas as de há muito já derrubadas, até assegurar ao Estado

ou

gozo público.

Serão

das em florestas de limitado número

que por certo ainda

Igualmente de propriedade ^pública,

assegurar Reservas florestais naturais

-as racionalmente, quando fôr o caso,

ral do Departamento de Estradas d-;

reservas

naturais que devem ser conservadas para a proteção de mananciais, para

mas reflorestar,

.da de Ferro Sorocabana, diretor g...

essas

ciso. Serão pequenas florestas de conservação perene, não cxploráveis.

devem ser paulatinamente transforma

remos não apenas refazer as matas

natureza

estadual

indício da renovação florestal,

conseqüência de funções que exerci como diretor da Estrada de Ferro >Toroe.stp. diretor da Estra-

Por ' sua

florestais naturais só podem ser de domínio do governo estadual.

sui c será fácil aumentá-las se pre

restas que ainda temos, explorandointensa

como pa

espécimes preciosos, cuja conservação

O desnudamento do Estado é in contestável, e regiões, há rnuito abandonadas, nao dão hoje o mínimo

reflorestar

para a propna reserva,

cm que abundarem ou se cultivarem

rocabana.

E' indispensável e urgente, por tanto,

1

to cadastral e o inventário das espé

E' o ponto inicial de ação a desen

volver, e nisso teremos que sugerir o exemplo de quase todas as grand-o nações. A maioria, com efeito, dos países civilizados, dedica-se, de ha muito, nao apenas a

defesa e à con-

servação de suas reservas florestais, mediante explorações racionais e controladas, como acima indicamos, mas também, e principalmente, ao seu desenvolvimento e extensão, reflorestando enormes áreas.

cies existentes para estudo e deter

Também nós, como vimos, mesmo

minação das que devam ser conser

que reduzamos, como devemos redu zir, o nosso enorme consumo atual de lenha, — enorme principalmente co

vadas.

Uma- exploração racional eliminara então as árvores sem valor, ativando

mo os estudos desta Semana paten

a multiplicação e o desenvolvimento

tearão, pelo incrível desperdício que

das espécies a conservar.

fazemos e que está em nossas mãos

As árvores

aproveitáveis se dividirão em produ

evitar a partir de hoje, se assim o

toras e fornecedoras de sementes não

quisermos, e que podemos e devemos


Digesto Econômico

26

ainda mais diminuir pelo uso dos nos sos carvões minerais e da energia hidro-elétrica, — temos necessidade im

periosa de manter reservas florestais

importantes e de proceder a um reflorestamento intensivo para fazer face ao sempre enorme e crescente con

sumo de madeiras, quer ainda como

combustível, quer para artigos e no .í>h-

vos usos industriais e construtivos.

i

\

r.<

Tivemos razão, portanto, dc dizer atrás, que se reflorestar um décimo

necessidades de nossos curtumes, que

Nigra", atendendo-se assim

às

já lutam por vezes com a escassez dc

muito maiores e os estão resolvendo.

nessa idade superior à metade da de

Já fomos chamados os ianques da

eucaliptos de sete anos, conforme nos

colhidos pelo Departamento da Agri

tem por título "Soils and Mcn", ha

América do Sul. Justifiquemos o no

via, numa área de 1.900.000.000 de acres dc suas terras agrícolas ou não, 37Çc

me !

quebraclio, e também essa "tephrosia candida que dá corte após três anos, com uiiia produção energética,

revelou-o engenheiro Mciller.

As madeiras moles, que constitui",

Para ser levada a bom cabo c com

rão essas florestas, terão ainda, pelos

ou 700.500.000 acres, em sua maioria

rapidez, exige essa tarefa um grande

tratamentos químicos a que nos re

planos ou suavemente

e

c.sfórço dc cooperação, atacados de

ferimos, diante de si, além do empre

florestados, cm os quais a erosão era

vez e desde logo os vários aspetos do

go como combustível, um campo ih

desprezível; 41% ou 775.600.000 acres com erosão moderada, onde de um a

reflorestamento c visadas as vanta gens diretas e indiretas, que dêle de

mitado de aplicações industriais. Com esse fim, e ainda quase qu^

três quartos da superfície original do

correm.

exclusivamente

solo fora atacada; 12% ou 225.000.000

tos reflorestamentos, tanto a como a longo prazo.

gularizando o regime das águas, as

de acres (900.000 km2) com erosão severa, perdidas mais de trcs quartas

florestas protegem os terrenos con tra ura dos mais nefastos resultados

i% ou 57.200.000 acres (232.000 km2)

erosão

Diminuindo a ação dos ventos e re

ondulados

partes do solo original da superfície;

Para issó deverão ser fei

curto

Florestas de exploração rápida

dessas ações, que é a erosão dos so

de

los.

7%, ou 114.700.000 acres de mesas,

São aque1a.s cuja formação, visando l>rincipalmente a produção da lenha e

cangons, montanhas demasiado íngre

do carvão vegetal, caberá sobretudo

mes e outros tipos de terras inapro-

aos particulares, fazendeiros c indus-

veitáveis.

tnais c às estradas-de-fcrro.

E por erosão entende-se aqui não \t/

cia

publicados no Relatório dc 1938, que

O problema da

í

Poder-se-á plantar também a "Aca-

São Paulo.

vantamentos que realizou cm 1934, e

lhadas sobre os continentes emergidos.

4iR-'-'

qüências de devastação dos solos, pa ra reflorestar os quais o seu governo gasta agora billiões de dólares. Com efeito, de acordo com dados

11.235.000 acres dc terras particula res. Ao todo, portanto, 144.635.000 de acres ou 585.000 km2, cpiasc duas vézcs e meia a superfície do Estado de

inestimável da Companhia Paulista de Estradas de Ferro já indicou co mo as que melhor se prestam, cm nos so Estado, à produção de lenha e de carvão, à dc dormentes e postes.

recurso econômico da maior impor tância, mas também por ser cie um

mjcm forças biológicas, entre as quais as vegetais são das mais espa

Ij[, t '

reflorestamento, com as fatais conse

lhoramentos na cobertura vegetal dc

cultura dos Estados Unidos, cm le

temperaturas, dos ventos e das águas,

w

Brumfield, com uma rude franqueza, aludiu aos erros que êlc viu o seu grande país cometer em matéria de

incluía, além disso, o programa me

prabcado, porém, não só por constituir o revestimento florestal um

elemento protetor essencial ao equi líbrio de forças naturais: fôrça das

rf i-

palestra sobre o

27

dessa área era c c para nós uma in gente tarefa, não c porém impossível. Outros" estão enfrentando problemas

O reflorestamento é indispensável, n.

Em sua valiosa

Carvão Vegetal, o engenheiro A. A.

Digesto Econômico

o fenômeno geológico inevitável que

terras

inteiramente

destruídas;

se processa em ambientes naturais

D,e um primeiro programa, defendi

não perturbados, mas um processo destrutivo, de muito acelerado pela. interferência do homem, rompendo o

do em 1938 pelo Departamento da Agricultura dos Estados Unidos,

equilíbrio normal entre a formação

dos solos e sua remoção.

constava a aquisição, pelo governo, -de 155.200.000 acres, dos quais . .. ,

133.400.000 deviam ser reílorestados;

O ca

pital particular, que não pode espe rar uma remuneração a longo prazo,

com

capitais parti

ciliares, com ou sem apoio financeiro do govêi-no, poderão ser formadas, principalmente por organizações in dustriais, florestas de pinheiro brasi leiro^ ^ a "Araucária augustipolia'. — que, ao,s quinze anos, já pode sc"

explorado para a produção da celu lose de fibra longa.

blcsse sentido, o Instituto Nacional

do Pinho, com sua Fazenda Itanguá, onde vai realizar, em cinco anos,' uma plantação, já iniciada, de dez milhões de pinheiros, está dando um magní

terá nela um eniprêgo interessante. Serão, constituídas principalmente de eucaliptos de apenas três ou qua

pc.squisas, dc estudos e de produção

tro variedades, que

de sementes.

a

experiência

fico exemplo e criando um centro de


Digesto Econômico

26

ainda mais diminuir pelo uso dos nos sos carvões minerais e da energia hidro-elétrica, — temos necessidade im

periosa de manter reservas florestais

importantes e de proceder a um reflorestamento intensivo para fazer face ao sempre enorme e crescente con

sumo de madeiras, quer ainda como

combustível, quer para artigos e no .í>h-

vos usos industriais e construtivos.

i

\

r.<

Tivemos razão, portanto, dc dizer atrás, que se reflorestar um décimo

necessidades de nossos curtumes, que

Nigra", atendendo-se assim

às

já lutam por vezes com a escassez dc

muito maiores e os estão resolvendo.

nessa idade superior à metade da de

Já fomos chamados os ianques da

eucaliptos de sete anos, conforme nos

colhidos pelo Departamento da Agri

tem por título "Soils and Mcn", ha

América do Sul. Justifiquemos o no

via, numa área de 1.900.000.000 de acres dc suas terras agrícolas ou não, 37Çc

me !

quebraclio, e também essa "tephrosia candida que dá corte após três anos, com uiiia produção energética,

revelou-o engenheiro Mciller.

As madeiras moles, que constitui",

Para ser levada a bom cabo c com

rão essas florestas, terão ainda, pelos

ou 700.500.000 acres, em sua maioria

rapidez, exige essa tarefa um grande

tratamentos químicos a que nos re

planos ou suavemente

e

c.sfórço dc cooperação, atacados de

ferimos, diante de si, além do empre

florestados, cm os quais a erosão era

vez e desde logo os vários aspetos do

go como combustível, um campo ih

desprezível; 41% ou 775.600.000 acres com erosão moderada, onde de um a

reflorestamento c visadas as vanta gens diretas e indiretas, que dêle de

mitado de aplicações industriais. Com esse fim, e ainda quase qu^

três quartos da superfície original do

correm.

exclusivamente

solo fora atacada; 12% ou 225.000.000

tos reflorestamentos, tanto a como a longo prazo.

gularizando o regime das águas, as

de acres (900.000 km2) com erosão severa, perdidas mais de trcs quartas

florestas protegem os terrenos con tra ura dos mais nefastos resultados

i% ou 57.200.000 acres (232.000 km2)

erosão

Diminuindo a ação dos ventos e re

ondulados

partes do solo original da superfície;

Para issó deverão ser fei

curto

Florestas de exploração rápida

dessas ações, que é a erosão dos so

de

los.

7%, ou 114.700.000 acres de mesas,

São aque1a.s cuja formação, visando l>rincipalmente a produção da lenha e

cangons, montanhas demasiado íngre

do carvão vegetal, caberá sobretudo

mes e outros tipos de terras inapro-

aos particulares, fazendeiros c indus-

veitáveis.

tnais c às estradas-de-fcrro.

E por erosão entende-se aqui não \t/

cia

publicados no Relatório dc 1938, que

O problema da

í

Poder-se-á plantar também a "Aca-

São Paulo.

vantamentos que realizou cm 1934, e

lhadas sobre os continentes emergidos.

4iR-'-'

qüências de devastação dos solos, pa ra reflorestar os quais o seu governo gasta agora billiões de dólares. Com efeito, de acordo com dados

11.235.000 acres dc terras particula res. Ao todo, portanto, 144.635.000 de acres ou 585.000 km2, cpiasc duas vézcs e meia a superfície do Estado de

inestimável da Companhia Paulista de Estradas de Ferro já indicou co mo as que melhor se prestam, cm nos so Estado, à produção de lenha e de carvão, à dc dormentes e postes.

recurso econômico da maior impor tância, mas também por ser cie um

mjcm forças biológicas, entre as quais as vegetais são das mais espa

Ij[, t '

reflorestamento, com as fatais conse

lhoramentos na cobertura vegetal dc

cultura dos Estados Unidos, cm le

temperaturas, dos ventos e das águas,

w

Brumfield, com uma rude franqueza, aludiu aos erros que êlc viu o seu grande país cometer em matéria de

incluía, além disso, o programa me

prabcado, porém, não só por constituir o revestimento florestal um

elemento protetor essencial ao equi líbrio de forças naturais: fôrça das

rf i-

palestra sobre o

27

dessa área era c c para nós uma in gente tarefa, não c porém impossível. Outros" estão enfrentando problemas

O reflorestamento é indispensável, n.

Em sua valiosa

Carvão Vegetal, o engenheiro A. A.

Digesto Econômico

o fenômeno geológico inevitável que

terras

inteiramente

destruídas;

se processa em ambientes naturais

D,e um primeiro programa, defendi

não perturbados, mas um processo destrutivo, de muito acelerado pela. interferência do homem, rompendo o

do em 1938 pelo Departamento da Agricultura dos Estados Unidos,

equilíbrio normal entre a formação

dos solos e sua remoção.

constava a aquisição, pelo governo, -de 155.200.000 acres, dos quais . .. ,

133.400.000 deviam ser reílorestados;

O ca

pital particular, que não pode espe rar uma remuneração a longo prazo,

com

capitais parti

ciliares, com ou sem apoio financeiro do govêi-no, poderão ser formadas, principalmente por organizações in dustriais, florestas de pinheiro brasi leiro^ ^ a "Araucária augustipolia'. — que, ao,s quinze anos, já pode sc"

explorado para a produção da celu lose de fibra longa.

blcsse sentido, o Instituto Nacional

do Pinho, com sua Fazenda Itanguá, onde vai realizar, em cinco anos,' uma plantação, já iniciada, de dez milhões de pinheiros, está dando um magní

terá nela um eniprêgo interessante. Serão, constituídas principalmente de eucaliptos de apenas três ou qua

pc.squisas, dc estudos e de produção

tro variedades, que

de sementes.

a

experiência

fico exemplo e criando um centro de


Dígesto Econômico

28

Florestas de exploração a longo prazo

Evltar-sc-ão, por essa forma, des

perdícios da lenha que só podem ser duras,

taxados de criminosos c reduzir-se-ão,

cujas árvores só poderão ser cortadas

aos 50 e aos 80 anos, sua formação, que é indispensável fazer, só poderá

talvez, a um décimo de seu volume de transporte nas csfiradas-dc-ferro, assegurando ainda às instalações uti-

caber exclusivamente ao governo, que

lizadoras um notável aumento dc efi

em suas reservas naturais estudará e

ciência.

• Constituídas u

H-

de

madeiras

porá de sementes ou mudas. Desse tipo serão também as flores tas artificiais a constituir para prote

Passando a considerar por fim a

sa contra a erosão cm determinados casos e para embelezamento. E tam

bém aqui caberá ao governo do Es

tidades quê devem rcflorcstar e flo

tado ou às municipalidades a sua for

restar o Estado.

mação.

Aproveitamento das áreas

Florestas mistas

ii

abandonadas

Como o seu nome indica, serão Ouve-se por vezes que não liá on

constituídas dc madeiras moles e du ras convenientemente estudadas. A exploração das primeiras, principal

de reflorestar, pois as matas primiti

mente se houver financiamento ou

pudesse plantar e quando as culturas são abandonadas, a zona em que tal

participação dp governo, fornecerá a remuneração do capital.

Produção de carvão vegetal Os estudos apresentados a esta Se

E a comparação

foi cm geral dcsoladora. Em onze municípios os rebanhos

diminuíram de 2% c ate dc 40% c no entanto em

sete deles

as áreas

de

pastos aumentaram dc até 155%. Nos

demais municípios a população bovi na aumentou, mas em muitos •dêlcs a

vas foram

derrubadas

para

que sc

se dá transforma-se cm zona de cria

ção. Isso faz supor a implantação de uma pecuária técnica e econòmicamente organizada.

Freqüentemente, porém, tal se não

que embora a densidade bovina refe

A quem cumpre reflorestar

das pastagens, inferior em 37/38 ao

Em primeiro lugar ao governo do

que foi em 30/31.

Estado, quer diretamente, adquirindo

Indicam publicações oficiais do Es tado como fracos os pastos ou cam

reservas florestais naturais, transfor mando-as, mclhorando-as, exploran

pos de criação, que apenas compor

do-as racionalmente c nelas estabele

tam 2,5 vêzes por alqueire paulista ou

cendo a coleta e a seleção das se mentes das madeiras duras, quer ain da diretamente, formando as floresta de madeiras duras, de ""exploração a

100 vêzes por km2. Ora, dos 51 municípios da zona Mo

gíana, 39 estavam em 1937/38 abaixo

desse mínimo, sendo que em 25^ dele? não havia nem 50 vêzes por km2 de pasto e em três êsse número não al

longo prazo, bem como as florestas para atender a todos os fins indiretos do reflorestamento, e quer, por fim,

cançava nem mesmo 26 bois por km2 ou quatro vêzes menos que o valor

indiretamente, financiando os parti

indicado para uma criação deficiente!

que quiserem florestar ou reflorestar.

Não será então muito mais vanta

Cabe ainda ao govêrno reflorestar indiretamente, participando de enti dades de economia mista, do tipo des

joso para o proprietário das terras e

Ferro Mogíana, que há dois ou três organizamos

dois desses quilômetros sejam reflo-

vante ligada sempre a todo plano de

quadros e gráficos comparando a evolução da população bovina e das áreas de pastos, nos anos agrícolas .t»

restados e apenas cm um, de pasta gens reais, haja as 100 rezes, que constituem um mínimo, ou então 120

.JJlÊÍ)±£s^

para justificar a existência de tarifas diferenciais.

talidade delas, quando referida, à área

cipalmente com aproveitamento de produtos de distilação, deve ser dora

zado.

Essa transformação revitalizaria a

rida à área constante do município tenha aumentado, ela é, na quase to

nas paulistas servidas pela Estrada dc

reflorcstamcnto tecnicamente organi

ciência, diz que sc criam nas pasta gens da Normandia.

para o seu desenvolvimento, mas até

O resultado desse desequilíbrio é

dá. Em um estudo econômico das ?.o.

fazer,

por hectare, que Augusto Chcvalicr, que já em 1928 observara essa defi

rior às dos aumentos das chamadas

mana dos Combustíveis mostram que

dado

E isso sem falar, sem pen

sar nas seis ou oito cabeças de gado

pastagens.

a produção do carvão vegetal, prin

anos foi

ou 150?

região c asseguraria às linhas ferreas que as servem uma densidade de tra fego, de que necessitam não apenas

Reflorestamento

execução do reflorcstamcnto, quere mos dizer uma palavra apenas sòbre o aproveitamento das áreas abando nadas, antes de e.xaminar quais as en

ção de mananciais destinados à defe

1930/31 e 1937/38.

29

porcentagem desses aumentos é infe

verificará quais as espécies que real mente importa conservar e delas dis

Digesto Econômico

para a coletividade que, em lugar de

3 km2 de pseudo-pastos, com 75 bois,

culares e as entidades que precisarem,

sas "gemischta Witschacft dos ale mães, ou a economia mista dos fran ceses, quei- ainda pela criação dos hortos florestais, com a finalidade


Dígesto Econômico

28

Florestas de exploração a longo prazo

Evltar-sc-ão, por essa forma, des

perdícios da lenha que só podem ser duras,

taxados de criminosos c reduzir-se-ão,

cujas árvores só poderão ser cortadas

aos 50 e aos 80 anos, sua formação, que é indispensável fazer, só poderá

talvez, a um décimo de seu volume de transporte nas csfiradas-dc-ferro, assegurando ainda às instalações uti-

caber exclusivamente ao governo, que

lizadoras um notável aumento dc efi

em suas reservas naturais estudará e

ciência.

• Constituídas u

H-

de

madeiras

porá de sementes ou mudas. Desse tipo serão também as flores tas artificiais a constituir para prote

Passando a considerar por fim a

sa contra a erosão cm determinados casos e para embelezamento. E tam

bém aqui caberá ao governo do Es

tidades quê devem rcflorcstar e flo

tado ou às municipalidades a sua for

restar o Estado.

mação.

Aproveitamento das áreas

Florestas mistas

ii

abandonadas

Como o seu nome indica, serão Ouve-se por vezes que não liá on

constituídas dc madeiras moles e du ras convenientemente estudadas. A exploração das primeiras, principal

de reflorestar, pois as matas primiti

mente se houver financiamento ou

pudesse plantar e quando as culturas são abandonadas, a zona em que tal

participação dp governo, fornecerá a remuneração do capital.

Produção de carvão vegetal Os estudos apresentados a esta Se

E a comparação

foi cm geral dcsoladora. Em onze municípios os rebanhos

diminuíram de 2% c ate dc 40% c no entanto em

sete deles

as áreas

de

pastos aumentaram dc até 155%. Nos

demais municípios a população bovi na aumentou, mas em muitos •dêlcs a

vas foram

derrubadas

para

que sc

se dá transforma-se cm zona de cria

ção. Isso faz supor a implantação de uma pecuária técnica e econòmicamente organizada.

Freqüentemente, porém, tal se não

que embora a densidade bovina refe

A quem cumpre reflorestar

das pastagens, inferior em 37/38 ao

Em primeiro lugar ao governo do

que foi em 30/31.

Estado, quer diretamente, adquirindo

Indicam publicações oficiais do Es tado como fracos os pastos ou cam

reservas florestais naturais, transfor mando-as, mclhorando-as, exploran

pos de criação, que apenas compor

do-as racionalmente c nelas estabele

tam 2,5 vêzes por alqueire paulista ou

cendo a coleta e a seleção das se mentes das madeiras duras, quer ain da diretamente, formando as floresta de madeiras duras, de ""exploração a

100 vêzes por km2. Ora, dos 51 municípios da zona Mo

gíana, 39 estavam em 1937/38 abaixo

desse mínimo, sendo que em 25^ dele? não havia nem 50 vêzes por km2 de pasto e em três êsse número não al

longo prazo, bem como as florestas para atender a todos os fins indiretos do reflorestamento, e quer, por fim,

cançava nem mesmo 26 bois por km2 ou quatro vêzes menos que o valor

indiretamente, financiando os parti

indicado para uma criação deficiente!

que quiserem florestar ou reflorestar.

Não será então muito mais vanta

Cabe ainda ao govêrno reflorestar indiretamente, participando de enti dades de economia mista, do tipo des

joso para o proprietário das terras e

Ferro Mogíana, que há dois ou três organizamos

dois desses quilômetros sejam reflo-

vante ligada sempre a todo plano de

quadros e gráficos comparando a evolução da população bovina e das áreas de pastos, nos anos agrícolas .t»

restados e apenas cm um, de pasta gens reais, haja as 100 rezes, que constituem um mínimo, ou então 120

.JJlÊÍ)±£s^

para justificar a existência de tarifas diferenciais.

talidade delas, quando referida, à área

cipalmente com aproveitamento de produtos de distilação, deve ser dora

zado.

Essa transformação revitalizaria a

rida à área constante do município tenha aumentado, ela é, na quase to

nas paulistas servidas pela Estrada dc

reflorcstamcnto tecnicamente organi

ciência, diz que sc criam nas pasta gens da Normandia.

para o seu desenvolvimento, mas até

O resultado desse desequilíbrio é

dá. Em um estudo econômico das ?.o.

fazer,

por hectare, que Augusto Chcvalicr, que já em 1928 observara essa defi

rior às dos aumentos das chamadas

mana dos Combustíveis mostram que

dado

E isso sem falar, sem pen

sar nas seis ou oito cabeças de gado

pastagens.

a produção do carvão vegetal, prin

anos foi

ou 150?

região c asseguraria às linhas ferreas que as servem uma densidade de tra fego, de que necessitam não apenas

Reflorestamento

execução do reflorcstamcnto, quere mos dizer uma palavra apenas sòbre o aproveitamento das áreas abando nadas, antes de e.xaminar quais as en

ção de mananciais destinados à defe

1930/31 e 1937/38.

29

porcentagem desses aumentos é infe

verificará quais as espécies que real mente importa conservar e delas dis

Digesto Econômico

para a coletividade que, em lugar de

3 km2 de pseudo-pastos, com 75 bois,

culares e as entidades que precisarem,

sas "gemischta Witschacft dos ale mães, ou a economia mista dos fran ceses, quei- ainda pela criação dos hortos florestais, com a finalidade


■^r

Dígcsto Económioo

30

palmente sementes.

Essa função de

fornecer sementes, gratuitamente ou

não, deve ser com efeito da alçada governamental, que assegurará a ri gorosa seleção das mesmas.

Aos governos

municipais

caberá

Todas as industrias, enfim, que con sumiram madeira, quer como combus

tível, quer como matéria-prima, pro moverão o seu plantio, como também

todas as propriedades agrícolas, nos

mente para proteção de mananciais e

termos aliás da legislação cm vigor, deverão dispor de suas reservas de

As estradas-de-ferro tomarão a seü

cargo constituição de florestas, prin cipalmente de madeiras brancas ou

moles, para lenha, carvão, dormentes e postes.

O Instituto Nacional do Pinho, dentro da orientação que se traçou

m

das madeiras.

também o reflorestamento, principal para embelezamento.

iH

cultura, quer da tecnologia moderna

com a criação do seu Departamento

Florestal, financiará e criará reservas florestais de pinho e de madeiras du ras, destinadas à construção e à in

dústria. constituindo, além disso, os seus hortos ou fazendas grandes cen

tros de coleta, seleção e distribuição de sementes; bem como núcleos de estudos, orientadores quer da silvi-

matas.

Em última análise, portanto, é co

mo se todos devessem contribuir par«i o reflorestamento, quer direta, quer indiretamente.

1 .1

^ vida econômica bra

a vida econômica brasi

sileira foi, até re centemente, baseada ex

suas relações com o co

clusivamente

mércio exterior.

na

leira e no campo da.s

agri

cultura; e é só nos úl timos poucos se

começa

anos

observar

a

pnr AHMAIVDO FOA

que

O reflorestamento, com efeito, terá

assim serão alcançados os elevados fins visados e ter-se-á assegurado à geração presente o patrimônio eco nômico de alto valor de que ela ne

cessita, como se terá ligado às gera ções futuras, na integridade dos solos, a herança da fertilidade que recebe mos e que devemos transmitir.

tendência para ^ . , Esiiccial iiorn o «Dineslo Economlcoi» passar a um tipo de

economia mista, agrícola-industrial. Apesar de o Brasil possuir uma considerável reserva de matéria-prima

industrial, houve fatores que se opu seram a um mais rápido desenvolvi mento da indústria, fatores estes que procuraremos pôr em relevo no que segue. E, por ser a industrialização ligada intimamente à disponibilidade de energia, iremos examinar a situa

feito

para

o

seu

aproveitamento;

quais os combustíveis de mais ime diato desenvolvimento; e, finalmente,

quais as possíveis conseqüências sôbre

bem^e um problema. Atualmente o Departcunento de Admi

O presente artigo constitui a primeira parte de um erudito estudo em que o A., servindo-se

de

dados estatísticos

abundantes, mostra, depois de um li

nistração de Preços ou abreviadamente, como é conhecido na

geiro

nação norte-americana, o OPA (Office Prices Adminislration) está estudando um plano para maior concessão de gasolina aos

condições presentes e as perspetivas

vendedores-viajantes.

mundial

tiito Agrundiulco de Cain|ilnns)

do País; o que tem sido e está sendo

rOMO aqui, a obtenção de gasolina noa Estados Unidos tam-

na economia

Sccçííü do Mecflulca Aiiricola do Insli-

ção das fontes energéticas no Brasil, analisando quais as disponibilidades

MAIS GASOLINA PARA 03 VIAJANTES

Importância do petróleo

uma

que ser acima de tudo uma obra de

cooperação e de solidariedade.

Brasil

Comi» lis

retrospecto

futuras país.

dos

histórico,

combustíveis

quais as em

nosso

A

história industrial

do mundo é em grande parte a história das fontes de energia. Entre estas, nos

mais variados campos

de

apHcaçao,

ocupa incontestàvelmcnte uma posição de grande destaque o motor de com- ^ bustão interna.

Os primeiros motores de ..conibustão interna, para aplicações indus triais, foram desenhados para funcio nar com gás; mas foi o descobrimen to dos poços petrolíferos que, propor

cionando a possibilidade do combusti-

1^1 líquido, de uso bem mais cômodo d^^e"o gasoso, veio dat grande im pulso à indústria dos motores. O mo tor de combustão interna veio logo a ser considerado quase que indissolúvelmente ligado ao combustível líqui do de origem mineral, e, por. exem

plo, deve-se à disponibilidade de ga^ soUna o rápido progresso da indústria automobilística e, sucessivamente, da aeronáutica.


■^r

Dígcsto Económioo

30

palmente sementes.

Essa função de

fornecer sementes, gratuitamente ou

não, deve ser com efeito da alçada governamental, que assegurará a ri gorosa seleção das mesmas.

Aos governos

municipais

caberá

Todas as industrias, enfim, que con sumiram madeira, quer como combus

tível, quer como matéria-prima, pro moverão o seu plantio, como também

todas as propriedades agrícolas, nos

mente para proteção de mananciais e

termos aliás da legislação cm vigor, deverão dispor de suas reservas de

As estradas-de-ferro tomarão a seü

cargo constituição de florestas, prin cipalmente de madeiras brancas ou

moles, para lenha, carvão, dormentes e postes.

O Instituto Nacional do Pinho, dentro da orientação que se traçou

m

das madeiras.

também o reflorestamento, principal para embelezamento.

iH

cultura, quer da tecnologia moderna

com a criação do seu Departamento

Florestal, financiará e criará reservas florestais de pinho e de madeiras du ras, destinadas à construção e à in

dústria. constituindo, além disso, os seus hortos ou fazendas grandes cen

tros de coleta, seleção e distribuição de sementes; bem como núcleos de estudos, orientadores quer da silvi-

matas.

Em última análise, portanto, é co

mo se todos devessem contribuir par«i o reflorestamento, quer direta, quer indiretamente.

1 .1

^ vida econômica bra

a vida econômica brasi

sileira foi, até re centemente, baseada ex

suas relações com o co

clusivamente

mércio exterior.

na

leira e no campo da.s

agri

cultura; e é só nos úl timos poucos se

começa

anos

observar

a

pnr AHMAIVDO FOA

que

O reflorestamento, com efeito, terá

assim serão alcançados os elevados fins visados e ter-se-á assegurado à geração presente o patrimônio eco nômico de alto valor de que ela ne

cessita, como se terá ligado às gera ções futuras, na integridade dos solos, a herança da fertilidade que recebe mos e que devemos transmitir.

tendência para ^ . , Esiiccial iiorn o «Dineslo Economlcoi» passar a um tipo de

economia mista, agrícola-industrial. Apesar de o Brasil possuir uma considerável reserva de matéria-prima

industrial, houve fatores que se opu seram a um mais rápido desenvolvi mento da indústria, fatores estes que procuraremos pôr em relevo no que segue. E, por ser a industrialização ligada intimamente à disponibilidade de energia, iremos examinar a situa

feito

para

o

seu

aproveitamento;

quais os combustíveis de mais ime diato desenvolvimento; e, finalmente,

quais as possíveis conseqüências sôbre

bem^e um problema. Atualmente o Departcunento de Admi

O presente artigo constitui a primeira parte de um erudito estudo em que o A., servindo-se

de

dados estatísticos

abundantes, mostra, depois de um li

nistração de Preços ou abreviadamente, como é conhecido na

geiro

nação norte-americana, o OPA (Office Prices Adminislration) está estudando um plano para maior concessão de gasolina aos

condições presentes e as perspetivas

vendedores-viajantes.

mundial

tiito Agrundiulco de Cain|ilnns)

do País; o que tem sido e está sendo

rOMO aqui, a obtenção de gasolina noa Estados Unidos tam-

na economia

Sccçííü do Mecflulca Aiiricola do Insli-

ção das fontes energéticas no Brasil, analisando quais as disponibilidades

MAIS GASOLINA PARA 03 VIAJANTES

Importância do petróleo

uma

que ser acima de tudo uma obra de

cooperação e de solidariedade.

Brasil

Comi» lis

retrospecto

futuras país.

dos

histórico,

combustíveis

quais as em

nosso

A

história industrial

do mundo é em grande parte a história das fontes de energia. Entre estas, nos

mais variados campos

de

apHcaçao,

ocupa incontestàvelmcnte uma posição de grande destaque o motor de com- ^ bustão interna.

Os primeiros motores de ..conibustão interna, para aplicações indus triais, foram desenhados para funcio nar com gás; mas foi o descobrimen to dos poços petrolíferos que, propor

cionando a possibilidade do combusti-

1^1 líquido, de uso bem mais cômodo d^^e"o gasoso, veio dat grande im pulso à indústria dos motores. O mo tor de combustão interna veio logo a ser considerado quase que indissolúvelmente ligado ao combustível líqui do de origem mineral, e, por. exem

plo, deve-se à disponibilidade de ga^ soUna o rápido progresso da indústria automobilística e, sucessivamente, da aeronáutica.


("pikHfKf W''

Digesto Econômico

32

No próprio campo dos motores fixos para aplicações industriais, o motor de combustível líquido, e precisamen te o motor Dicsel, invadiu o campo do motor a gás, apesar de não elimi na-lo completamente. Assim o motor

teve os seus progressos assegurados

sobretudo nos países possuidores de

petróleo, podendo-se dizer que as duas •n ;-ir

grandes indústrias, a da construção de motores, e a da extração e refina ção dos petróleos, vieram logo a cons tituir-se como dois ramos paralelos de uma única indústria mais ampla. De fato, se de um lado os caraterísticos dos combustíveis determina ram o desenho geral do motor, do ou tro lado os estudos feitos sòbre este

mento dc fornos industriais para fins variados.

329.925 litros

1941

500.818 litros

1942, até 30 de Sct.°

um

dos

No que precede temos tratado, em

ficou abaixo da capacidade dos poços, por falta dc equipamento. Foi enco

bora muito por alto, da situação do petróleo; entretanto não é certamen te esta a única fonte de energia que

mendado material nos Estados Unidos

da América, calculando-se que a pro

regula a vida industrial do mundo.

dução dos poços já descobertos possa atingir a cêrca de 100.000 litros por diá, ou seja cêrca de 35 milhões de

Para não citar senão as fundamen

litros por ano.

fatores

dominantes

na

indústria química das mais comple

pode afirmar que as grandes crises econômicas que a humanidade está

atravessando nada mais são, em úl

tima análise, do que crises de dispo nibilidade e de distribuição do petró leo.

Reserva petrolífera do Brasil

E' dc data recente (1938) a criação do Conselho Nacional do Petróleo que tem efetuado perfurações nas zo nas onde, em base a estudos geoló

gicos, havia maior probabilidade de se encontrar petróleo, precisamente no

Trata-se

de

uma

disponibilidade

bem modesta, se se considera que,

de 1.500 milhões de litros.

Deve-se

nisto também a disponibilidade de mi

exploração, o Brasil deve ser classi

ficado entre os países não possuido

Encarando a situação dêstc pontode-vista mais amplo, constata-se quo^

res de petróleo.

talvez o Brasil esteja entre os países

Uma tal circunstância tem tido sem dúvida repercussões notáveis sobre a

energético, conforme se depara pelos

vida econômica do 'País; talvez este ja na ausência de petróleo uma das razões fundamentais que orientaram a vida econômica brasileira sobre ba se quase que exclusivamente agríco-

neste último

bustão interna tem competidores, para a produção de energia mecânica,

rica do Norte, onde a existência dos

certo sucesso, tendo sido localizados campos petrolíferos em Lobato, Joanes. Candeias, Aratu e Itaparíca. A

essencialmente fia máquina de vapçr

obteve

uni

grande desenvolvimento da marinha mercante inglesa, tendo contribuído nério dc ferro.

há dúvida de que o motor de com

se

buíram, juntamente com o petróleo, para o progresso industrial dos Esta dos Unidos da América. E ainda ao carvão mineral, utilizado nas caldei ras de vapor, deve ser atribuído o

portanto concluir que, pelo menos em

la, ao contrário do que aconteceu, por

Estado

tais, basta lembrar a energia hídrica e o carvão mineral, que ambos contri

base às reservas já conhecidas, e em

Território do Acre, no Estado de Alagoas, no Estado da Bahia. Só

No campo das aplicações fixas não

fontes de ènergia

sendo que a produção, no último ano,

O petróleo veio assim a constituir-se

vida econômica do mundo; tanto as

Plsponibilldades do Brasil em outras

3.670.957 litros

produtos petrolíferos, ou seja cercai

poços.

í

penha papel importante, fora da pro dução de energia motriz, no aqueci

as causas predonderantes da consti tuição da economia nacional sôbre ba se eminentemente industrial.-

1940

car quais as propriedades mais dese jáveis no combustível, propriedades estas que em geral não se encontram na materia-prima petrolífera. Assim

xas com o resultado final de que o produto oferecido ao consumo quase mais nada tem de comum com o pro duto criginàriamente extraído dos

'I

neste campo a contribuição do motor

de combustão interna é relevante, so bretudo para as pequenas e médias instalações. Ademais este tipo dc mo tor adquiriu o domínio absoluto num campo da maior importância, o do transporte automobilístico. Final mente o combustível líquido desem

produção complexiva destes poços tera sido a seguinte:

por exemplo, em 1940 o Brasil con sumiu «ccrca de 1.300.000 toneladas de

a indústria dos petróleos, que no co

f

cação direta, quer através dc uma transformação em energia elétrica. Já

33

fillmo, no intuito dc melhorar sem. sim que, sem^ receio de exagerar, se pre mais sua eficiência, vieram indi

meço se limitava praticamente à sim ples extração e refinação (distilaria fracionada), constitui atualmente uma 't

e na turbina hidráulica, quer cm apli

Digesto Econômico

exemplo, nos Estados Unidos da Amé grandes poços petrolíferos deve

sei

incontestavelmente considerada entre

mais ricos

do mundo em

potencial

dados seguintes:

a) Potencial hidráulico: e estimado em cêrca de 19,5 milhões de HP, pelo

que o Brasir fica em 4.° lugar no mundo, depois da Rússia, dos Estados Unidos da América e do Canadá. O Estado mais rico em potencial hidr<áuHco é o de Minas-Gerais, com

cêrca 'de 5,8 milhões de HP. Vêm depois os Estados de São Paulo e do


("pikHfKf W''

Digesto Econômico

32

No próprio campo dos motores fixos para aplicações industriais, o motor de combustível líquido, e precisamen te o motor Dicsel, invadiu o campo do motor a gás, apesar de não elimi na-lo completamente. Assim o motor

teve os seus progressos assegurados

sobretudo nos países possuidores de

petróleo, podendo-se dizer que as duas •n ;-ir

grandes indústrias, a da construção de motores, e a da extração e refina ção dos petróleos, vieram logo a cons tituir-se como dois ramos paralelos de uma única indústria mais ampla. De fato, se de um lado os caraterísticos dos combustíveis determina ram o desenho geral do motor, do ou tro lado os estudos feitos sòbre este

mento dc fornos industriais para fins variados.

329.925 litros

1941

500.818 litros

1942, até 30 de Sct.°

um

dos

No que precede temos tratado, em

ficou abaixo da capacidade dos poços, por falta dc equipamento. Foi enco

bora muito por alto, da situação do petróleo; entretanto não é certamen te esta a única fonte de energia que

mendado material nos Estados Unidos

da América, calculando-se que a pro

regula a vida industrial do mundo.

dução dos poços já descobertos possa atingir a cêrca de 100.000 litros por diá, ou seja cêrca de 35 milhões de

Para não citar senão as fundamen

litros por ano.

fatores

dominantes

na

indústria química das mais comple

pode afirmar que as grandes crises econômicas que a humanidade está

atravessando nada mais são, em úl

tima análise, do que crises de dispo nibilidade e de distribuição do petró leo.

Reserva petrolífera do Brasil

E' dc data recente (1938) a criação do Conselho Nacional do Petróleo que tem efetuado perfurações nas zo nas onde, em base a estudos geoló

gicos, havia maior probabilidade de se encontrar petróleo, precisamente no

Trata-se

de

uma

disponibilidade

bem modesta, se se considera que,

de 1.500 milhões de litros.

Deve-se

nisto também a disponibilidade de mi

exploração, o Brasil deve ser classi

ficado entre os países não possuido

Encarando a situação dêstc pontode-vista mais amplo, constata-se quo^

res de petróleo.

talvez o Brasil esteja entre os países

Uma tal circunstância tem tido sem dúvida repercussões notáveis sobre a

energético, conforme se depara pelos

vida econômica do 'País; talvez este ja na ausência de petróleo uma das razões fundamentais que orientaram a vida econômica brasileira sobre ba se quase que exclusivamente agríco-

neste último

bustão interna tem competidores, para a produção de energia mecânica,

rica do Norte, onde a existência dos

certo sucesso, tendo sido localizados campos petrolíferos em Lobato, Joanes. Candeias, Aratu e Itaparíca. A

essencialmente fia máquina de vapçr

obteve

uni

grande desenvolvimento da marinha mercante inglesa, tendo contribuído nério dc ferro.

há dúvida de que o motor de com

se

buíram, juntamente com o petróleo, para o progresso industrial dos Esta dos Unidos da América. E ainda ao carvão mineral, utilizado nas caldei ras de vapor, deve ser atribuído o

portanto concluir que, pelo menos em

la, ao contrário do que aconteceu, por

Estado

tais, basta lembrar a energia hídrica e o carvão mineral, que ambos contri

base às reservas já conhecidas, e em

Território do Acre, no Estado de Alagoas, no Estado da Bahia. Só

No campo das aplicações fixas não

fontes de ènergia

sendo que a produção, no último ano,

O petróleo veio assim a constituir-se

vida econômica do mundo; tanto as

Plsponibilldades do Brasil em outras

3.670.957 litros

produtos petrolíferos, ou seja cercai

poços.

í

penha papel importante, fora da pro dução de energia motriz, no aqueci

as causas predonderantes da consti tuição da economia nacional sôbre ba se eminentemente industrial.-

1940

car quais as propriedades mais dese jáveis no combustível, propriedades estas que em geral não se encontram na materia-prima petrolífera. Assim

xas com o resultado final de que o produto oferecido ao consumo quase mais nada tem de comum com o pro duto criginàriamente extraído dos

'I

neste campo a contribuição do motor

de combustão interna é relevante, so bretudo para as pequenas e médias instalações. Ademais este tipo dc mo tor adquiriu o domínio absoluto num campo da maior importância, o do transporte automobilístico. Final mente o combustível líquido desem

produção complexiva destes poços tera sido a seguinte:

por exemplo, em 1940 o Brasil con sumiu «ccrca de 1.300.000 toneladas de

a indústria dos petróleos, que no co

f

cação direta, quer através dc uma transformação em energia elétrica. Já

33

fillmo, no intuito dc melhorar sem. sim que, sem^ receio de exagerar, se pre mais sua eficiência, vieram indi

meço se limitava praticamente à sim ples extração e refinação (distilaria fracionada), constitui atualmente uma 't

e na turbina hidráulica, quer cm apli

Digesto Econômico

exemplo, nos Estados Unidos da Amé grandes poços petrolíferos deve

sei

incontestavelmente considerada entre

mais ricos

do mundo em

potencial

dados seguintes:

a) Potencial hidráulico: e estimado em cêrca de 19,5 milhões de HP, pelo

que o Brasir fica em 4.° lugar no mundo, depois da Rússia, dos Estados Unidos da América e do Canadá. O Estado mais rico em potencial hidr<áuHco é o de Minas-Gerais, com

cêrca 'de 5,8 milhões de HP. Vêm depois os Estados de São Paulo e do


Digesto Econômico

Digesto Econômico

34

Paraná, com cerca de 2,6 milliõcs dc HP cada; o Estado dc Mato-Grosso com cerca de 2,2 milhões de HP; o

4 I í|. !-4 H'4.

35

c) Reserva vegetal; finalmente o Brasil, cm virtude da extensão do seu

algumas dezenas dc milliõcs de tone

do Pará com 1,9 milhões de HP; o da Bahia com 1,2 milhões dc HP; o de

ladas. Deve-se notar que no Estado de São Paulo, que c o mais desen volvido do Brasil, a reserva c muilo modesta, da ordem dc 1 millião dc to

Goiás com 1,1 milhões de HP; o de

neladas.

veis, possui uma capacidade pràtica-

^-

Brasil possui carvão, embora á reser

quilômetros quadrados) e das condi

va não seja enorme, e, quanto aò fer

ções dc clima particularmente favorá

ro, o Brasil é o país mais rico dó

pientc ilimitada jjara a produção do

c) Linhitos e turfas: apesar de sua qualidade inferior, em comparação ao^ ^ carvões de mais antiga formação geo

lógica, têm êstes a sua importância ^

Razões fundamentais da constituição

Existem ademais quedas de água

para muitas aplicações; possui o Bra sil, bastante espalhada no seu territó ' rio, uma grande reserva destes tipos dí combustível, devendo-se notar a jazi

econômica do Brasil

seguinte;

combustíveis dc origem vegetal, tais

como lenha, álcool, óleos vegetais.

No que precede temos tratado da

da dc cêrca de 1 milhão do toneladas

entretanto, pode-se dizer que esta grande reserva

no rio Paraná, Estado do Paraná,

de linhito nas proximidades de Caça-

ficou

pava, em posição central entre as ci

no estado potencial, tendo sido bastante limita da a parte efetivamente

2.® — Cachoeira de Paulo Afonso, dades do Rio-de-Janciro e São Paulo, no rio São Francisco, limite do Es que são os principais centros do Bra

tado da Bahia com o de Alagoas,

sil.

com

250.000 HP

5.0 ^ Cachoeira do Marimbondo, no rio Grande, limite do Estado dc

combustível líquido de que precisa pela distilação dos xistos ])etuminosos que possui na Escócia. A reserva brasileira de xistos betu minosos

é

muito

extensa, embora

São Paulo com o de Minas-Gerais, ainda incompletamente definida. Ade com

150.000 HP

b) Carvão minerals-a maior reserva conhecida é a do Estado de Santa Ca

tarina, com cerca de 500 milhões de toneladas; no Estado do Rio-Grande-do-SuI a reserva é dc cêrca de 12 mi lhões de toneladas; no do Paraná de

recentemente

*:

1

desenvolvimento do país. Descoberto em 1500, o Brasil cons até

data

recente

intervalo de

dominação

holandesa.

Portugal

não se en

controu na necessidade de procurar uma via de

tendência acentuada pa

saída a uma população

ra

exuberante, pelo

uma

utilização

em

Brasil

maior escala.

« .

brasileira, causas estás qüe deverrt, á nosso ver, ser procuradas entre ós fatores históricos de formação è de

tituiu

timos anos se nota uma

d) Xistos betuminosos: é conhecida a no no Iguaçu, Estado do Paraná' importância deste material, para a limite do Brasil com a Republica' produção de combustível líquido, noS países que não possuem petróleo; por Argentina, com .. .. 340 qqq 4.0 - Salto Urubu-Pungá, no rio exemplo a Inglaterra obtém muito do

Outras causas devem então ter de

(1822) uma colônia portuguêsa, com um breve

aproveitada; e só nos úl

■ T—'Vu HP baltos Iguaçu ou 350.000 Sta. Maria,

Paraná, limite do Estado de São Paulo com o de Mato-Grosso,

até

mundo, pois se calcula que possui cer ca de 20% da reserva mundial. terminado o tipo da vida económicà

disponibilidade energética do Brasil;

1-® — Salto Guaíra ou Sete Quedas, 1.500.000 HP

neral e de ferro, já vimos que '0

território (da ordem dc 8 milhões dc

Amazonas com 660.000 HP; o do Riode-Janeiro com 540.000 HP. Os ou tros Estados possuem potencial infe rior a meio milhão de HP.

isoladas de grande potência: as cinco principais se classificam, na ordem

mente à disponibilidade de carvão mi

foi

Que o

considerado

Resulta do que dissc-

mais como uma zona de

mos que, se o Brasil não se constituiu, a não ser

exploração do que como um território para colo

recentemente, sôbrc base industrial, is

nização. A primeira atividade eco

to não pode ser atribuído à falta de

nômica do Brasil é assim constituída

potencial energético. E' verdade que o

pela extração de ouro e de pedras pre

Brasil não possui petróleo, que tem

ciosas, que foram enriquecer as co roas e as grandes famílias de Portu gal e da Espanha. O comércio exte

mais os xistos brasileiros são cm ge ral muito ricos em óleos brutos, cujo

sido fator essencial da economia nor

rendimento alcança até 33% (xisto de Tremembé, no Estado de São Paulo),

que tiveram desenvolvimento indus

trial notável, apesar de não possui-

tugal até 1808, estando até esta data

ficando raramente inferior a 10%; po

rem petróleo; típico entre êstes a In-

interditada à colônia qualquer ativida

lo que possui boas carateristicas para

elaterra, cujo surto industrial, repe

de industrial.

uma exploração econômica.

timos, deve ser atribuído essencial-

sária foi constituída

te-americana.

Mas há outros países

rior do Brasil foi, monopólio de Por

A mão de obra neces

essencialmente


Digesto Econômico

Digesto Econômico

34

Paraná, com cerca de 2,6 milliõcs dc HP cada; o Estado dc Mato-Grosso com cerca de 2,2 milhões de HP; o

4 I í|. !-4 H'4.

35

c) Reserva vegetal; finalmente o Brasil, cm virtude da extensão do seu

algumas dezenas dc milliõcs de tone

do Pará com 1,9 milhões de HP; o da Bahia com 1,2 milhões dc HP; o de

ladas. Deve-se notar que no Estado de São Paulo, que c o mais desen volvido do Brasil, a reserva c muilo modesta, da ordem dc 1 millião dc to

Goiás com 1,1 milhões de HP; o de

neladas.

veis, possui uma capacidade pràtica-

^-

Brasil possui carvão, embora á reser

quilômetros quadrados) e das condi

va não seja enorme, e, quanto aò fer

ções dc clima particularmente favorá

ro, o Brasil é o país mais rico dó

pientc ilimitada jjara a produção do

c) Linhitos e turfas: apesar de sua qualidade inferior, em comparação ao^ ^ carvões de mais antiga formação geo

lógica, têm êstes a sua importância ^

Razões fundamentais da constituição

Existem ademais quedas de água

para muitas aplicações; possui o Bra sil, bastante espalhada no seu territó ' rio, uma grande reserva destes tipos dí combustível, devendo-se notar a jazi

econômica do Brasil

seguinte;

combustíveis dc origem vegetal, tais

como lenha, álcool, óleos vegetais.

No que precede temos tratado da

da dc cêrca de 1 milhão do toneladas

entretanto, pode-se dizer que esta grande reserva

no rio Paraná, Estado do Paraná,

de linhito nas proximidades de Caça-

ficou

pava, em posição central entre as ci

no estado potencial, tendo sido bastante limita da a parte efetivamente

2.® — Cachoeira de Paulo Afonso, dades do Rio-de-Janciro e São Paulo, no rio São Francisco, limite do Es que são os principais centros do Bra

tado da Bahia com o de Alagoas,

sil.

com

250.000 HP

5.0 ^ Cachoeira do Marimbondo, no rio Grande, limite do Estado dc

combustível líquido de que precisa pela distilação dos xistos ])etuminosos que possui na Escócia. A reserva brasileira de xistos betu minosos

é

muito

extensa, embora

São Paulo com o de Minas-Gerais, ainda incompletamente definida. Ade com

150.000 HP

b) Carvão minerals-a maior reserva conhecida é a do Estado de Santa Ca

tarina, com cerca de 500 milhões de toneladas; no Estado do Rio-Grande-do-SuI a reserva é dc cêrca de 12 mi lhões de toneladas; no do Paraná de

recentemente

*:

1

desenvolvimento do país. Descoberto em 1500, o Brasil cons até

data

recente

intervalo de

dominação

holandesa.

Portugal

não se en

controu na necessidade de procurar uma via de

tendência acentuada pa

saída a uma população

ra

exuberante, pelo

uma

utilização

em

Brasil

maior escala.

« .

brasileira, causas estás qüe deverrt, á nosso ver, ser procuradas entre ós fatores históricos de formação è de

tituiu

timos anos se nota uma

d) Xistos betuminosos: é conhecida a no no Iguaçu, Estado do Paraná' importância deste material, para a limite do Brasil com a Republica' produção de combustível líquido, noS países que não possuem petróleo; por Argentina, com .. .. 340 qqq 4.0 - Salto Urubu-Pungá, no rio exemplo a Inglaterra obtém muito do

Outras causas devem então ter de

(1822) uma colônia portuguêsa, com um breve

aproveitada; e só nos úl

■ T—'Vu HP baltos Iguaçu ou 350.000 Sta. Maria,

Paraná, limite do Estado de São Paulo com o de Mato-Grosso,

até

mundo, pois se calcula que possui cer ca de 20% da reserva mundial. terminado o tipo da vida económicà

disponibilidade energética do Brasil;

1-® — Salto Guaíra ou Sete Quedas, 1.500.000 HP

neral e de ferro, já vimos que '0

território (da ordem dc 8 milhões dc

Amazonas com 660.000 HP; o do Riode-Janeiro com 540.000 HP. Os ou tros Estados possuem potencial infe rior a meio milhão de HP.

isoladas de grande potência: as cinco principais se classificam, na ordem

mente à disponibilidade de carvão mi

foi

Que o

considerado

Resulta do que dissc-

mais como uma zona de

mos que, se o Brasil não se constituiu, a não ser

exploração do que como um território para colo

recentemente, sôbrc base industrial, is

nização. A primeira atividade eco

to não pode ser atribuído à falta de

nômica do Brasil é assim constituída

potencial energético. E' verdade que o

pela extração de ouro e de pedras pre

Brasil não possui petróleo, que tem

ciosas, que foram enriquecer as co roas e as grandes famílias de Portu gal e da Espanha. O comércio exte

mais os xistos brasileiros são cm ge ral muito ricos em óleos brutos, cujo

sido fator essencial da economia nor

rendimento alcança até 33% (xisto de Tremembé, no Estado de São Paulo),

que tiveram desenvolvimento indus

trial notável, apesar de não possui-

tugal até 1808, estando até esta data

ficando raramente inferior a 10%; po

rem petróleo; típico entre êstes a In-

interditada à colônia qualquer ativida

lo que possui boas carateristicas para

elaterra, cujo surto industrial, repe

de industrial.

uma exploração econômica.

timos, deve ser atribuído essencial-

sária foi constituída

te-americana.

Mas há outros países

rior do Brasil foi, monopólio de Por

A mão de obra neces

essencialmente


Dígcsto Econômico

37

Dígesto Econômico

36

cogitar de industrializar a economia; e São Paulo não possui pràticamcn-

prcscindir-sc completamente do fator

tc nem carvão nem ferro.

triz.

proclamação da independência brasi

ccssidade de encontrar outras vias de expansão à sua atividade econômica. E' justamente o caso oposto ao da Inglaterra, onde depressa a atividade

A facilidade da exploração agrícola

produto agrícola, para ser comercia

leira, era estimada em cerca de 4 mi

agrícola, em território pequeno, .-o

manteve assim a base econômica do

do, deve ser beneficiado, e as máqui

lhões de habitantes.

Ror escravos, importados da África. A população cresceu em proporção di minuta, e em 1823, um ano depois da

Constituído o Brasil em país inde pendente, tem início uma atividade

econômica

autônoma, baseada

na

agricultura, que sempre constitui" o primeiro estádio da vida econômica dum povo. Formaram-se assim as

grandes culturas de café, que até bo je constitui a base da economia bra

sileira, juntamente com o algodão, que muito desenvolvimento teve nos úl

timos tempos. Ka origem as culturas de café ainda estavam baseadas so bre a mão de obra de escravos; não

tornou insuficiente para atender às necessidades da população. Assim u

nas necessárias devem ser movidas

encontrado um reflexo no permane

por motores, sejam êlcs hidráulicos,

Inglaterra se endereçou para a ex

cer, até data recente (1888), da es cravatura. Basta por exemplo pen

considerar as exigências do transpor

pansão comercial exterior, tendo com este fim desenvolvido a sua marinha mercante, a qual por sua vez foi pos sível graças ao desenvolvimento da indústria metalúrgica c da máquina

a vapor. Em definitivo, conforme já ficou dito, a expansão inglêsa deve ser atribuída ao carvão e ao ferro. Deve-se notar que a exploração destas matérias-primas foi muito fa

te c, finalmente, querendo-sc obter um alto rendimento na própria ope

que, con.siclcrada sob o aspcto eco nômico, foi, cm última análise, a ex pressão da luta entre capitalismo agrí

ração agrícola, é preciso rccorrer-sc

cola e capitalismo industrial. Provavel

mente, se a guerra tivesse tido desfê-

cho diferente do que teve, a economia norte-americana se teria desenvolvi

do sobre

base

preponderantemente

das minas de ferro perto cias de car

mente c, uma

vão, e de todas perto das costas; c

mente industrial, se bem que a ativi

lhões em 1900, de 30,6 mílhõLs em

cipalmente no Estado de Minas-Ge-

rais, e as de carvão nos dc Santa Catarina e do Rio-Gi*andc-do-Sul, ha

vendo por isso dificuldades para o transporte não só do produto meta

1920,^de 41,6 milhões em 1940, de cer

lúrgico, e sim também da matéria-

ca de 43,5 milhões em 1942.

prima; c o transporte, pelo menos o

Considerando a extensão imensa do território, verifica-se que o cresci

ferroviário, depende por sua vez d.i existência de uma indústria metalúr

mento foi pouco pronunciado, se se

gica já formada. E' interessante ob

levar em conta também o fato de

servar-se que o Estado de São Paulo é o que teve no comêço maior surto agrícola, em virtude das condições de clima, que endereçaram para ali a

que houve zonas de população mais densa, como o Estado de São Paulo, e outras que ficaram inabitadas; ex plica-se assim como é que o País não .sentiu, a não ser recentemente, a ne-

maior parte da imigração; no mesmo Estado mais depressa se começou a

Há ainda a

dos Unidos da Amériça, guerra esta

cola e a que mais se presta para o tipo de economia escravista, por não

o caso do Brasil, onde as mi precisar de mão de obra altamente- opòsto nas dc ferro estão localizadas prin

elétricos ou térmicos.

sar na Guerra de Secessão nos Esta

cilitada, na Inglaterra, pela posição

A população começa a crescer num ritmo mais rápido, sendo de cerca de 10,1 milhões em 1872, de 17,3 mi

Em primeiro lugar o próprio

Brasil neste rumo, do que pode ser

ha duvida de que a atividade agrí

especializada.

máquina, e por isáo da energia mo

agrícola, em lugar de ser, como atual economia

dade agrícola também

eminente

desempenhe

importante papel. Ainda cumpre notar que, na data cm que SC produziu, o fato da aboli ção cia escravatura no Brasil obede ceu provavelmente mais a motivos

ideológicos do que à imposição dc fatores econômicos.

ao trabalho mecânico do solo, c, em

muitos casos, à irrigação artificial. Finalmente, a crise que se manifes tou depois da primeira Guerra Mun dial veio mostrar ao País a insufi ciência de uma economia exclusiva mente agrícola, tendo então começa do uma fase de desenvolvimento in

dustrial, acentuada, conforme já dis semos, sobretudo no Estado de ao Paulo; daí novas necessidades de combustível, sendo suficiente lembrar as exigências da indústria do cimen to, das vidrarias, das mctalurgias, das fábricas dc materiais de constru

ção, na pavimentação das estradas, na ilúniinação pública, no fornecimento de gás, e finalmente, para as

indústrias manufaturciras em geral. Também em país de economia agrí

Começando-se a manifestar a ne cessidade de passagem do sistema agrícola para um sistema misto,

cola, se na origem, em sistema dc

agrícola-industrial, com as exigências

economia patriarcal-, se pode confiar exclu.sivamcnte na mão de obra, não é possível, com o progresso e a com

de energia disto decorrentes, o Bra sil, já baseado sobre a agricultura, e

Necessidades de energia no Brasil

petição da vida econômica moderna

ademais, pobre de capitais, começou a importar combustíveis dos países que


Dígcsto Econômico

37

Dígesto Econômico

36

cogitar de industrializar a economia; e São Paulo não possui pràticamcn-

prcscindir-sc completamente do fator

tc nem carvão nem ferro.

triz.

proclamação da independência brasi

ccssidade de encontrar outras vias de expansão à sua atividade econômica. E' justamente o caso oposto ao da Inglaterra, onde depressa a atividade

A facilidade da exploração agrícola

produto agrícola, para ser comercia

leira, era estimada em cerca de 4 mi

agrícola, em território pequeno, .-o

manteve assim a base econômica do

do, deve ser beneficiado, e as máqui

lhões de habitantes.

Ror escravos, importados da África. A população cresceu em proporção di minuta, e em 1823, um ano depois da

Constituído o Brasil em país inde pendente, tem início uma atividade

econômica

autônoma, baseada

na

agricultura, que sempre constitui" o primeiro estádio da vida econômica dum povo. Formaram-se assim as

grandes culturas de café, que até bo je constitui a base da economia bra

sileira, juntamente com o algodão, que muito desenvolvimento teve nos úl

timos tempos. Ka origem as culturas de café ainda estavam baseadas so bre a mão de obra de escravos; não

tornou insuficiente para atender às necessidades da população. Assim u

nas necessárias devem ser movidas

encontrado um reflexo no permane

por motores, sejam êlcs hidráulicos,

Inglaterra se endereçou para a ex

cer, até data recente (1888), da es cravatura. Basta por exemplo pen

considerar as exigências do transpor

pansão comercial exterior, tendo com este fim desenvolvido a sua marinha mercante, a qual por sua vez foi pos sível graças ao desenvolvimento da indústria metalúrgica c da máquina

a vapor. Em definitivo, conforme já ficou dito, a expansão inglêsa deve ser atribuída ao carvão e ao ferro. Deve-se notar que a exploração destas matérias-primas foi muito fa

te c, finalmente, querendo-sc obter um alto rendimento na própria ope

que, con.siclcrada sob o aspcto eco nômico, foi, cm última análise, a ex pressão da luta entre capitalismo agrí

ração agrícola, é preciso rccorrer-sc

cola e capitalismo industrial. Provavel

mente, se a guerra tivesse tido desfê-

cho diferente do que teve, a economia norte-americana se teria desenvolvi

do sobre

base

preponderantemente

das minas de ferro perto cias de car

mente c, uma

vão, e de todas perto das costas; c

mente industrial, se bem que a ativi

lhões em 1900, de 30,6 mílhõLs em

cipalmente no Estado de Minas-Ge-

rais, e as de carvão nos dc Santa Catarina e do Rio-Gi*andc-do-Sul, ha

vendo por isso dificuldades para o transporte não só do produto meta

1920,^de 41,6 milhões em 1940, de cer

lúrgico, e sim também da matéria-

ca de 43,5 milhões em 1942.

prima; c o transporte, pelo menos o

Considerando a extensão imensa do território, verifica-se que o cresci

ferroviário, depende por sua vez d.i existência de uma indústria metalúr

mento foi pouco pronunciado, se se

gica já formada. E' interessante ob

levar em conta também o fato de

servar-se que o Estado de São Paulo é o que teve no comêço maior surto agrícola, em virtude das condições de clima, que endereçaram para ali a

que houve zonas de população mais densa, como o Estado de São Paulo, e outras que ficaram inabitadas; ex plica-se assim como é que o País não .sentiu, a não ser recentemente, a ne-

maior parte da imigração; no mesmo Estado mais depressa se começou a

Há ainda a

dos Unidos da Amériça, guerra esta

cola e a que mais se presta para o tipo de economia escravista, por não

o caso do Brasil, onde as mi precisar de mão de obra altamente- opòsto nas dc ferro estão localizadas prin

elétricos ou térmicos.

sar na Guerra de Secessão nos Esta

cilitada, na Inglaterra, pela posição

A população começa a crescer num ritmo mais rápido, sendo de cerca de 10,1 milhões em 1872, de 17,3 mi

Em primeiro lugar o próprio

Brasil neste rumo, do que pode ser

ha duvida de que a atividade agrí

especializada.

máquina, e por isáo da energia mo

agrícola, em lugar de ser, como atual economia

dade agrícola também

eminente

desempenhe

importante papel. Ainda cumpre notar que, na data cm que SC produziu, o fato da aboli ção cia escravatura no Brasil obede ceu provavelmente mais a motivos

ideológicos do que à imposição dc fatores econômicos.

ao trabalho mecânico do solo, c, em

muitos casos, à irrigação artificial. Finalmente, a crise que se manifes tou depois da primeira Guerra Mun dial veio mostrar ao País a insufi ciência de uma economia exclusiva mente agrícola, tendo então começa do uma fase de desenvolvimento in

dustrial, acentuada, conforme já dis semos, sobretudo no Estado de ao Paulo; daí novas necessidades de combustível, sendo suficiente lembrar as exigências da indústria do cimen to, das vidrarias, das mctalurgias, das fábricas dc materiais de constru

ção, na pavimentação das estradas, na ilúniinação pública, no fornecimento de gás, e finalmente, para as

indústrias manufaturciras em geral. Também em país de economia agrí

Começando-se a manifestar a ne cessidade de passagem do sistema agrícola para um sistema misto,

cola, se na origem, em sistema dc

agrícola-industrial, com as exigências

economia patriarcal-, se pode confiar exclu.sivamcnte na mão de obra, não é possível, com o progresso e a com

de energia disto decorrentes, o Bra sil, já baseado sobre a agricultura, e

Necessidades de energia no Brasil

petição da vida econômica moderna

ademais, pobre de capitais, começou a importar combustíveis dos países que


39

Digcato Econômico

Dlgcsto Econômico

38

I.

"li

já tinham desenvolvido as indústrias correspondentes, ao invés de apro veitar as suas próprias reservas; is to essencialmente por não ter a ca

pacidade

financeira

para

organizar

indústrias nacionais cm condições de

Caminhões Automóveis ônibus

Os números correspondentes em 1940 fo^am:

'

competir no mercado internacional,

Caminhões

O tipo de indústria que mais se desenvolveu foi a indústria manufa-

Automóveis

tureira, baseada na energia elétrica, .sendo que a reserva hidráulica foi a

mais aproveitada, no meio das dispo nibilidades nacionais.

Mas a indús

tria pesada, siderúrgica e combustível, continuou ainda num plano modesto.

O carvão, no começo necessário so-

bretudo para as exigências do tráfe go ferroviário, foi obtido pela impor

SI trália e da Inglaterra; e os xistos be ■ tação, vmdo essencialmente da Aus

tuminosos ficaram praticamente inaproveitados, sendo que todo o siste ma do transporte automobilístico o dos motores Diesel ficou baseado so bre a importação dos próprios moto res e do petróleo, provindos dos Esta dos Unidos da América do Norte. E' evidente que, sobretudo num país pobre de capital, a difusão dos motores

é gravemente

obstaculada

54.903 106.764 8.529

Ônibus

-

84.265

do transporte

K

não podem ser

j

vencidas completa

Gasolina comum .. 26,5 milhões de Its.

pondo

Querosene

de

uma

rêdc

insuficiente.

Aliás o problema dos transportes é graves

no

Brasil, no

^

Gasolina p/ aviação 1,0milhão dclts.

Parece-nos que não possa haver dúvida dc que, se o transporte auto

Óleo Diesel

perfazendo um total de 220.666 au

mais, isto deve ser atribuído sobretu

toveículos.

do à incapacidade monetária do Bra

que, num

período de só dois anos, houve um

sil para a aquisição

aumento de cerca dc 30%; e suces sivamente os números ainda aumen

correspondente.

derivados

dades correspondentes para a obten-

i

ção de combustível, já o transporto

coletivo de .pessoas foi orientado no sentido de um maior desenvolvimen

j

tível local, Disto pode ser observada

Observe-se que, também no caso dos automóveis, nem todos devem

, ,

uma confirmação no número modes

ser considerados como obedecendo a

j

..

368.000 toneladas 694.000 toneladas

..

90.000 toneladas

,

1,0 milhão dc ks.

Apesar de a pãrte distilada no país representar apenas 2% do total, é interesante frisar-se o início duma in dústria local de distilação, o que de

verá ter grande importância com re

lação ao futuro desenvolvimento no

aproveitamento dos xistos betuminosos nacionais.

As necessidades de combustível não devem ser atribuídas todas ao trans^

na importação uma forte proporção de combustível para fins industriaia. Entretanto, considerando o

preço

mais alto da gasolina, pode-se calcu lar que aproximadamente metade da despesa total indicada acima é imputável à necessidade de manter em

constituindo uma despesa total de cerca de 500 milhões de cruzeiros, ou seja dc cêrca de 25 milhões de dó

circulação os autoveículos; o que ja representa uma despesa da mesma

lares, o que constitui para o Brasil

responde à compra de aproximada

um sacrifício notável.

O Brasil possuía, sempre em 1940, quatro distilarias

de

petróleo, duas

no Estado de São Paulo e duas no do

Vê-se assim

Lubrificantes .. .. 1,0milhão dclts.

porte automobilístico. E de fato ha

Querosene

^

imposto sobretudo pelas necessidades

petróleo, dentro dos

óleos lubrificantes . 70.000 toneladas

hostilidades na Europa, e as difíciil-

sim distribuídos:

dc

Gasolina Óleo combustível

bus houve uma diminuição de 17,6%. Esta última diminuição deve ser atri buída ao fato de que, com o início das

fàcilinente como o desenvolvimento do meio automobilístico vinha sendo

exemplo, em

quais:

tomóveis, ao passo que para os ôni

País. Em 1938 havia de fato no Brasil 170,196 veículos a motor, as

!Por

cêrca de 1,3 milhões de toneladas de

aumento foi de cêrca de 52,5% para os caminhões, de 21,2% para os au

fins de simples luxo.

do combustível

1940 o Brasil importou um total de

taram, pois a limitação da exporta ção dos Estados Unidos é posterior. Apesar dc os números acima indi cados serem pequenos, em valor ab soluto, é interessante frisar-se que c

to de autoveículos em tráfego no

9,2 milhões de Its.

óleo combustível .. 6,2 milhões de ks.

um dos mais

7-024 mostra

importado, obtendo:

mente pelo tráfego ferroviário, dis

mobilístico não se desenvolveu ainda Isto

42.266 toneladas de petróleo bruto

momento atual.

to do trá'fego tranviário.

pela não disponibilidade de combus

mercadorias, que

i

129.377

..

de

Rio-Grande-do-Sul. taram

no

conjunto,

As quatro tra naquele

ano,

ordem de grandeza do que a que cor

mente 25.000 veículos, em cada um dos dois anos no período 1938-1940. Ademais o veículo tem tuna vida de alguns anos, ao passo que o combus tível representa uma despesa viva, que deve ser feita anualmente. Fi nalmente, entre os autoveículos, o


39

Digcato Econômico

Dlgcsto Econômico

38

I.

"li

já tinham desenvolvido as indústrias correspondentes, ao invés de apro veitar as suas próprias reservas; is to essencialmente por não ter a ca

pacidade

financeira

para

organizar

indústrias nacionais cm condições de

Caminhões Automóveis ônibus

Os números correspondentes em 1940 fo^am:

'

competir no mercado internacional,

Caminhões

O tipo de indústria que mais se desenvolveu foi a indústria manufa-

Automóveis

tureira, baseada na energia elétrica, .sendo que a reserva hidráulica foi a

mais aproveitada, no meio das dispo nibilidades nacionais.

Mas a indús

tria pesada, siderúrgica e combustível, continuou ainda num plano modesto.

O carvão, no começo necessário so-

bretudo para as exigências do tráfe go ferroviário, foi obtido pela impor

SI trália e da Inglaterra; e os xistos be ■ tação, vmdo essencialmente da Aus

tuminosos ficaram praticamente inaproveitados, sendo que todo o siste ma do transporte automobilístico o dos motores Diesel ficou baseado so bre a importação dos próprios moto res e do petróleo, provindos dos Esta dos Unidos da América do Norte. E' evidente que, sobretudo num país pobre de capital, a difusão dos motores

é gravemente

obstaculada

54.903 106.764 8.529

Ônibus

-

84.265

do transporte

K

não podem ser

j

vencidas completa

Gasolina comum .. 26,5 milhões de Its.

pondo

Querosene

de

uma

rêdc

insuficiente.

Aliás o problema dos transportes é graves

no

Brasil, no

^

Gasolina p/ aviação 1,0milhão dclts.

Parece-nos que não possa haver dúvida dc que, se o transporte auto

Óleo Diesel

perfazendo um total de 220.666 au

mais, isto deve ser atribuído sobretu

toveículos.

do à incapacidade monetária do Bra

que, num

período de só dois anos, houve um

sil para a aquisição

aumento de cerca dc 30%; e suces sivamente os números ainda aumen

correspondente.

derivados

dades correspondentes para a obten-

i

ção de combustível, já o transporto

coletivo de .pessoas foi orientado no sentido de um maior desenvolvimen

j

tível local, Disto pode ser observada

Observe-se que, também no caso dos automóveis, nem todos devem

, ,

uma confirmação no número modes

ser considerados como obedecendo a

j

..

368.000 toneladas 694.000 toneladas

..

90.000 toneladas

,

1,0 milhão dc ks.

Apesar de a pãrte distilada no país representar apenas 2% do total, é interesante frisar-se o início duma in dústria local de distilação, o que de

verá ter grande importância com re

lação ao futuro desenvolvimento no

aproveitamento dos xistos betuminosos nacionais.

As necessidades de combustível não devem ser atribuídas todas ao trans^

na importação uma forte proporção de combustível para fins industriaia. Entretanto, considerando o

preço

mais alto da gasolina, pode-se calcu lar que aproximadamente metade da despesa total indicada acima é imputável à necessidade de manter em

constituindo uma despesa total de cerca de 500 milhões de cruzeiros, ou seja dc cêrca de 25 milhões de dó

circulação os autoveículos; o que ja representa uma despesa da mesma

lares, o que constitui para o Brasil

responde à compra de aproximada

um sacrifício notável.

O Brasil possuía, sempre em 1940, quatro distilarias

de

petróleo, duas

no Estado de São Paulo e duas no do

Vê-se assim

Lubrificantes .. .. 1,0milhão dclts.

porte automobilístico. E de fato ha

Querosene

^

imposto sobretudo pelas necessidades

petróleo, dentro dos

óleos lubrificantes . 70.000 toneladas

hostilidades na Europa, e as difíciil-

sim distribuídos:

dc

Gasolina Óleo combustível

bus houve uma diminuição de 17,6%. Esta última diminuição deve ser atri buída ao fato de que, com o início das

fàcilinente como o desenvolvimento do meio automobilístico vinha sendo

exemplo, em

quais:

tomóveis, ao passo que para os ôni

País. Em 1938 havia de fato no Brasil 170,196 veículos a motor, as

!Por

cêrca de 1,3 milhões de toneladas de

aumento foi de cêrca de 52,5% para os caminhões, de 21,2% para os au

fins de simples luxo.

do combustível

1940 o Brasil importou um total de

taram, pois a limitação da exporta ção dos Estados Unidos é posterior. Apesar dc os números acima indi cados serem pequenos, em valor ab soluto, é interessante frisar-se que c

to de autoveículos em tráfego no

9,2 milhões de Its.

óleo combustível .. 6,2 milhões de ks.

um dos mais

7-024 mostra

importado, obtendo:

mente pelo tráfego ferroviário, dis

mobilístico não se desenvolveu ainda Isto

42.266 toneladas de petróleo bruto

momento atual.

to do trá'fego tranviário.

pela não disponibilidade de combus

mercadorias, que

i

129.377

..

de

Rio-Grande-do-Sul. taram

no

conjunto,

As quatro tra naquele

ano,

ordem de grandeza do que a que cor

mente 25.000 veículos, em cada um dos dois anos no período 1938-1940. Ademais o veículo tem tuna vida de alguns anos, ao passo que o combus tível representa uma despesa viva, que deve ser feita anualmente. Fi nalmente, entre os autoveículos, o


DIgcsto £conómicn

40

Assim é que se confirma como é

caminhão que, como vimos, maior au mento numérico teve e precisava ter. Ainda se deve notar que o gasto de

que, apesar de ser sentida a necessi

gasolina ficou claramente abaixo das

automobilístico,

necessidades,

mente

dispondo

cada veículo

dade de se

desenvolver

impedido

isto

pelo

transporte

foi

essencial Esgotadas as atuais jazidas de petró leo, o futuro poderá contar, para abas

combustível,

aproximadamente de 15 litros de com

que viria a constituir o maior ônus

bustível por dia.

financeiro.

tecimento de combustível, com o pro

gresso da ciência, que o extraíra, por

(Do " Boletim Semanal da Associação Comercial dc S. Paulo")

mamente (1) pela imprensa nortc-

-amcricana põem cm evidência as sé rias preocupações

dos Estados Uni

dos a respeito do seu aproveitamento futuro de petróleo.

'M

Ainda que na primeira fase do após-gucrra se verifique uma certa redução no consumo, esse estado de

coisas, considerando-se as novas exiScnciãs cm combustivcis provocadas

Q

pelo, desenvolvimento do tráfego aé reo, terrestre e marítimo, não deve

rá durar por muito tempo.

Os Esta

dos Unidos já agora estão projetan do cobrir o mundo com uma verda

deira rêclc dc linhas aéreas, servidas por milhares de aviões gigantescos.

Para uma idéia do desenvolvimento CONTRA A ESTRADA-DE-FERRO

ser inaugurada, a estrada-de-ferro, como toda inovação, encontrou os seus opositores ferrenhos.

Na França, Thiers

se manifestou contra a estrada-de-ferro de Paris a Bruxelas, alegando que não teria tráfego suficiente. O sábio Arago com batia a idéia pelos perigos de defiuxos à saída dos trens e pelo

que irá ter no futuro o sistema de

transportes aéreos basta dizer que o

plano norte-americano

compreende

Unia rede dc 6.000 aeroportos, inclu-

indo-sc nesse número portos para travessias transcontinentais e transc-

risco de efeminar os soldados, poupando-lhes as grandes cami nhadas. No Brasil também a ferrovia teve opositores, tendo sido um deles o estadista Bernardo Pereira Vasconcelos o qual

receava que, no segundo dia de cada mês, os trens parassem,

por terem esgotado no primeiro dia todas as cargas do interior.

tâncias minerais e, por processos bio

lógicos, de numerosas plantas que

JJlVERSAS notícias veiculadas ulti ■t

processos químicos, de várias subs contenham hidrato de carbono.

ccânicas.

Uma con.scqucncia dessa

gigantesca obra será o desenvolvi mento da aviação particular, propor cionando à indústria aeronáutica a

possibilidade da produção em massa de aviões.

O primeiro plano para a

construção dos novos aeroportos esta

orçado em 800 milhões de dólares,

representando tal cifra o dobro do capital atualmente invertido nos aero

portos dos Estados Unidos. Também a Suécia pretende, conforme declara ções do Sr. C. Florman, diretor da Cia. de Transportes Aéreos, estabele

cer. no futuro, o serviço aéreo civil com novQS aviões gigantes america

nos, realizando travessias dc Estocol mo a Nova Yorque, Tóquio, Rio-de-Janeiro, Alexandria, etc.. Industriais

e

economistas

norte-

americanos. prevêm uma fase de grandes negócios na venda de auto móveis e caminhões em épocas fu

turas. Há pouco a " General Motor.s " anunciou que empregará 500 milhões

(1)

Este

trabalho

maio de 1944.

foi

escrito

em

de dólares para adaptar as suas ins talações

de

indústrias

bélicas

a

ma-


DIgcsto £conómicn

40

Assim é que se confirma como é

caminhão que, como vimos, maior au mento numérico teve e precisava ter. Ainda se deve notar que o gasto de

que, apesar de ser sentida a necessi

gasolina ficou claramente abaixo das

automobilístico,

necessidades,

mente

dispondo

cada veículo

dade de se

desenvolver

impedido

isto

pelo

transporte

foi

essencial Esgotadas as atuais jazidas de petró leo, o futuro poderá contar, para abas

combustível,

aproximadamente de 15 litros de com

que viria a constituir o maior ônus

bustível por dia.

financeiro.

tecimento de combustível, com o pro

gresso da ciência, que o extraíra, por

(Do " Boletim Semanal da Associação Comercial dc S. Paulo")

mamente (1) pela imprensa nortc-

-amcricana põem cm evidência as sé rias preocupações

dos Estados Uni

dos a respeito do seu aproveitamento futuro de petróleo.

'M

Ainda que na primeira fase do após-gucrra se verifique uma certa redução no consumo, esse estado de

coisas, considerando-se as novas exiScnciãs cm combustivcis provocadas

Q

pelo, desenvolvimento do tráfego aé reo, terrestre e marítimo, não deve

rá durar por muito tempo.

Os Esta

dos Unidos já agora estão projetan do cobrir o mundo com uma verda

deira rêclc dc linhas aéreas, servidas por milhares de aviões gigantescos.

Para uma idéia do desenvolvimento CONTRA A ESTRADA-DE-FERRO

ser inaugurada, a estrada-de-ferro, como toda inovação, encontrou os seus opositores ferrenhos.

Na França, Thiers

se manifestou contra a estrada-de-ferro de Paris a Bruxelas, alegando que não teria tráfego suficiente. O sábio Arago com batia a idéia pelos perigos de defiuxos à saída dos trens e pelo

que irá ter no futuro o sistema de

transportes aéreos basta dizer que o

plano norte-americano

compreende

Unia rede dc 6.000 aeroportos, inclu-

indo-sc nesse número portos para travessias transcontinentais e transc-

risco de efeminar os soldados, poupando-lhes as grandes cami nhadas. No Brasil também a ferrovia teve opositores, tendo sido um deles o estadista Bernardo Pereira Vasconcelos o qual

receava que, no segundo dia de cada mês, os trens parassem,

por terem esgotado no primeiro dia todas as cargas do interior.

tâncias minerais e, por processos bio

lógicos, de numerosas plantas que

JJlVERSAS notícias veiculadas ulti ■t

processos químicos, de várias subs contenham hidrato de carbono.

ccânicas.

Uma con.scqucncia dessa

gigantesca obra será o desenvolvi mento da aviação particular, propor cionando à indústria aeronáutica a

possibilidade da produção em massa de aviões.

O primeiro plano para a

construção dos novos aeroportos esta

orçado em 800 milhões de dólares,

representando tal cifra o dobro do capital atualmente invertido nos aero

portos dos Estados Unidos. Também a Suécia pretende, conforme declara ções do Sr. C. Florman, diretor da Cia. de Transportes Aéreos, estabele

cer. no futuro, o serviço aéreo civil com novQS aviões gigantes america

nos, realizando travessias dc Estocol mo a Nova Yorque, Tóquio, Rio-de-Janeiro, Alexandria, etc.. Industriais

e

economistas

norte-

americanos. prevêm uma fase de grandes negócios na venda de auto móveis e caminhões em épocas fu

turas. Há pouco a " General Motor.s " anunciou que empregará 500 milhões

(1)

Este

trabalho

maio de 1944.

foi

escrito

em

de dólares para adaptar as suas ins talações

de

indústrias

bélicas

a

ma-


Dígesto Econômico

42

nufaturas de paz. Os planos dessa companhia são baseados na expecta

em 1939, a

tiva de enorme procura de automó

lhões dc toneladas.

veis depois da guerra.

produção total do mundo pertcnccw

Na Inglaterra planeja-se a fabrica ção em grande escala de veículos.mo

4

''-H'-

PRODUÇÃO DE PETRÓLEO CRU

em milhares dc toneladas (1)

Dois terços ■U

aos Estados Unidos, enquanto a Asb |

Argentina • Brasil - Colômbia • Porá • Venezuela 2.715

a décima parte daquele país. E' jus- j

1939

2.959

tamente para essas regiões que sí ^

1940

3.276

veis alcançou, antes da guerra, 500.000 unidades, enquanto os Estados Uni

voltam atualmente as grandes espc

1941

3.500

ranças a respeito da produção futu

1942

dos produziram cerca de 5.000.000 de

ra de gasolina.

1943

carros.

ção de Reservas do Petróleo" divui"

Na frota mercantil também

Assim, a "Corporv

se procede a uma transformação cres

gou um relatório .do chefe dc

cente, substituindo-se nos navios as

missão técnica no Oriente Médio.

máquinas a vapor por motores a óleo

1.500

3.000

1.798

0,330

3.500

0,501

3.900

3.769

5

3.800

8

(eslimallva)

dade da produção mundial de petr'"

Quanto ao nosso, país, o número dos automóveis foi avaliado pela re

leo está se transferindo do Golfo á»"

vil", em 245.371, no ano de 1941, fi

Caraíbas para o Oriente Médio, área do Golfo Pérsico, tendendo ^ transplantar-se para ali e até íixar-^'

165.000 171.053

38.367

1.820

27.443

5.650

185.000

40.000

1.890

33.300

5.400

190.500

41.388

1.800

1.919

33.500

- 5.600

188.000

41.177

3.000

2.195

31.000

5.300

200.000

(estimativa)

(estimativa)

(eslimallva)

(estíroaliva)

A produção mundial em 1941 se elevou a 320.000.000 de toneladas, passo que em 1918 ora apenas dc 98.000.000 de toneladas. (1)

Não dispondo de ciados preciosos sobre a- relação entre as medidas cie capacidade e de pêso do petróleo, conservamos para a produção argentina a unidade de capacidade, isto é, m3, diferentemente do que fizemos cora os demais países, cujas estatísticas se referem ao pêso.

Quanto às reservas petrolíferas nos próprios Estados Unidos, as estima tivas parecem ser muito contraditó

cèleremente. O país atingiu ao limi extinguirão dentro de 15 a 20 anos.

tretanto, o total das reservas petrol'"

cerão enormemente depois da guerra. As fábricas atuais pretendem aumen tar a sua produção e novos estabele

Quata, avalia-se em 25 bilhões d''

rias. As reservas desse país estão computadas em cerca dc 60 bilhões

barris, ao passo que a produção nor

dc barris, segundo informação do Bo

te-americana,

letim do Conselho Federal de Comér

cimentos surgirão certamente.

O

da, somou num único ano (1941^

tráfego aéreo terá futuramente um

1.404.182.000 barris, conforme dadoí

higar de destaque com a inauguração

do Instituto Americano de Petróleo Felizmente existem ainda em muita>

feras do Iraque, Irã, Saudi-Arábiu ^

inteiramente

consumi

outras partes do mundo, sobretudo

atividades de grande fábrica de mo

na América Latina e na União Sovié

tores nas proximidades do Rio-de-

tica, consideráveis jázidas de petró

-Janeiro.

leo.

dos Unidos, em 1914, subiu a . . . . |(jl 377.000 toneladas, tendo caído,

E. U. A. • América Latina

5.794

definitivamente naquela zona .

A extração do petróleo nos Esta

30.534

gurando em primeiro lugar o Estado

M

México

28.071

de São Paulo, coi;i 84.213 carros. Sem dúvida alguma estas cifras cres

de novas rotas e o aumento de. apa relhos. Já se anuncia o início das

-

5.000

—•

qual afirma que o "centro de gra""

cru ou Diesel.

vista norte-americana "EI Automó-

NOS PRINCIPAIS PAÍSES DA

AMÉRICA

1938

nos. A produção inglesa de automó

43

alcançou cm 1943 cerca dc 200 mi

Menor, a Arábia e o Irã só íorneçwi

torizados para os países ultramari ''W-.

171.053.000 toneladas

Digesto Econômico

Com referência à América, temos

os seguintes dados relativos à suí produção:

Pessimistas ou otimistas as perspetivas no tocante às possibilidades da produção dêsse precioso líquido, o

recém-chegadas

que o

consumo

cresce

om

proporção geométrica e a produção apenas em proporção aritmética. As

Vai acabar o petróleo?

Publicações

te máximo da sua capacidade na pro dução cias jazidas, cujas reservas se

certo é

cio Exterior.

dos

sim os Estados Unidos tomam a tem

Estados Unidos, entretanto, não jus tificam quaisquer previsões otimistas a respeito dos abastecimentos de pe tróleo. As investigajções e estudos

po as providências necessárias

realizados aí chegaram a conclusões pessimistas sòbre a matéria, julgando os geólogos e técnicos que as reser

escala no Oriente Médio, particular refere à produção de gasolina sinté

vas petrolíferas

tica.

estão

4

se esgotando

para

enfrentar quaisquer dificuldades nes

se campo. Uma dessas medidas visa a exploração do petróleo em grande i mente em Saudi-Arábia e a outra se


Dígesto Econômico

42

nufaturas de paz. Os planos dessa companhia são baseados na expecta

em 1939, a

tiva de enorme procura de automó

lhões dc toneladas.

veis depois da guerra.

produção total do mundo pertcnccw

Na Inglaterra planeja-se a fabrica ção em grande escala de veículos.mo

4

''-H'-

PRODUÇÃO DE PETRÓLEO CRU

em milhares dc toneladas (1)

Dois terços ■U

aos Estados Unidos, enquanto a Asb |

Argentina • Brasil - Colômbia • Porá • Venezuela 2.715

a décima parte daquele país. E' jus- j

1939

2.959

tamente para essas regiões que sí ^

1940

3.276

veis alcançou, antes da guerra, 500.000 unidades, enquanto os Estados Uni

voltam atualmente as grandes espc

1941

3.500

ranças a respeito da produção futu

1942

dos produziram cerca de 5.000.000 de

ra de gasolina.

1943

carros.

ção de Reservas do Petróleo" divui"

Na frota mercantil também

Assim, a "Corporv

se procede a uma transformação cres

gou um relatório .do chefe dc

cente, substituindo-se nos navios as

missão técnica no Oriente Médio.

máquinas a vapor por motores a óleo

1.500

3.000

1.798

0,330

3.500

0,501

3.900

3.769

5

3.800

8

(eslimallva)

dade da produção mundial de petr'"

Quanto ao nosso, país, o número dos automóveis foi avaliado pela re

leo está se transferindo do Golfo á»"

vil", em 245.371, no ano de 1941, fi

Caraíbas para o Oriente Médio, área do Golfo Pérsico, tendendo ^ transplantar-se para ali e até íixar-^'

165.000 171.053

38.367

1.820

27.443

5.650

185.000

40.000

1.890

33.300

5.400

190.500

41.388

1.800

1.919

33.500

- 5.600

188.000

41.177

3.000

2.195

31.000

5.300

200.000

(estimativa)

(estimativa)

(eslimallva)

(estíroaliva)

A produção mundial em 1941 se elevou a 320.000.000 de toneladas, passo que em 1918 ora apenas dc 98.000.000 de toneladas. (1)

Não dispondo de ciados preciosos sobre a- relação entre as medidas cie capacidade e de pêso do petróleo, conservamos para a produção argentina a unidade de capacidade, isto é, m3, diferentemente do que fizemos cora os demais países, cujas estatísticas se referem ao pêso.

Quanto às reservas petrolíferas nos próprios Estados Unidos, as estima tivas parecem ser muito contraditó

cèleremente. O país atingiu ao limi extinguirão dentro de 15 a 20 anos.

tretanto, o total das reservas petrol'"

cerão enormemente depois da guerra. As fábricas atuais pretendem aumen tar a sua produção e novos estabele

Quata, avalia-se em 25 bilhões d''

rias. As reservas desse país estão computadas em cerca dc 60 bilhões

barris, ao passo que a produção nor

dc barris, segundo informação do Bo

te-americana,

letim do Conselho Federal de Comér

cimentos surgirão certamente.

O

da, somou num único ano (1941^

tráfego aéreo terá futuramente um

1.404.182.000 barris, conforme dadoí

higar de destaque com a inauguração

do Instituto Americano de Petróleo Felizmente existem ainda em muita>

feras do Iraque, Irã, Saudi-Arábiu ^

inteiramente

consumi

outras partes do mundo, sobretudo

atividades de grande fábrica de mo

na América Latina e na União Sovié

tores nas proximidades do Rio-de-

tica, consideráveis jázidas de petró

-Janeiro.

leo.

dos Unidos, em 1914, subiu a . . . . |(jl 377.000 toneladas, tendo caído,

E. U. A. • América Latina

5.794

definitivamente naquela zona .

A extração do petróleo nos Esta

30.534

gurando em primeiro lugar o Estado

M

México

28.071

de São Paulo, coi;i 84.213 carros. Sem dúvida alguma estas cifras cres

de novas rotas e o aumento de. apa relhos. Já se anuncia o início das

-

5.000

—•

qual afirma que o "centro de gra""

cru ou Diesel.

vista norte-americana "EI Automó-

NOS PRINCIPAIS PAÍSES DA

AMÉRICA

1938

nos. A produção inglesa de automó

43

alcançou cm 1943 cerca dc 200 mi

Menor, a Arábia e o Irã só íorneçwi

torizados para os países ultramari ''W-.

171.053.000 toneladas

Digesto Econômico

Com referência à América, temos

os seguintes dados relativos à suí produção:

Pessimistas ou otimistas as perspetivas no tocante às possibilidades da produção dêsse precioso líquido, o

recém-chegadas

que o

consumo

cresce

om

proporção geométrica e a produção apenas em proporção aritmética. As

Vai acabar o petróleo?

Publicações

te máximo da sua capacidade na pro dução cias jazidas, cujas reservas se

certo é

cio Exterior.

dos

sim os Estados Unidos tomam a tem

Estados Unidos, entretanto, não jus tificam quaisquer previsões otimistas a respeito dos abastecimentos de pe tróleo. As investigajções e estudos

po as providências necessárias

realizados aí chegaram a conclusões pessimistas sòbre a matéria, julgando os geólogos e técnicos que as reser

escala no Oriente Médio, particular refere à produção de gasolina sinté

vas petrolíferas

tica.

estão

4

se esgotando

para

enfrentar quaisquer dificuldades nes

se campo. Uma dessas medidas visa a exploração do petróleo em grande i mente em Saudi-Arábia e a outra se


Digesto Econômico

44

;.

tíveis para motores. Em 1939, na Alemanha, 25.000 veículos motoriza

Gasolina sintética

P "Burcau of Mines" já está es tudando 3 métodos para obter carburantes sintéticos na base de

carvão

de pedra, cascalho oleoso e gás natu

ral.-

O processo

mais importante

consiste naturalmente na fabricação \ 1

de combustíveis líquidos com

bases

no carvãOj como o faz, há anos, a

n;.'

de fabricação e com o acréscimo enor

ção econômica para depósitos carbo-

me da produção, as despesas diminuí

níferos de qualidade baixa.

dos foram acionados por "propan" e "butan", que proporcionam ao motor

atingiu a 30% aproximadamente, no

de explosão um arranque imediato

início da guerra.

com qualquer temperatura exterior. Na transformação do carvão cm car-

burantcs líquidos obtém-se, além de

gasolina ou benzina, óleo Diesel e, com base de parafina, vários tipos de

ro químico, gerar hidrocarbonetos de natureza petrolífera, por meio da liquefaçào da hulha com hidrogênio. Além do método Ber gius existem ainda al

lignito extrai-se um óleo sintético

óleos lubrificantes.

Do alcatrão do

Se há nos Estados Unidos sérias preocupações com a produção da ga

solina sintética, a isso não será es tranho o receio de que, no após-guerra, o petróleo transportado do Orientc uma das fontes a que os norteamericanos terão de recorrer ve

excelente pura fins ele

nha a ficar muito caro, cm conseqüên

trotécnicos, cm vista de

cia da elevação de frete decorrente da distância a ser percorrida. Rele va notar ainda que, se as jazidas de carvão ficarem nas proximidades da

ser extraordinàriamcnte resistente

às

faíscas

elétricas.

processos

O

de liquefação de hulha ou lignito, como o de Fischer-Picliler, pelo

The

semanário Statist

inglês

estimava

fábrica, as despesas de produção de

Processos biológicos

Enquanto a química de carburantes ainda se ocupa em aperfeiçoar os pro cessos de liquefação do carvão, a pesquisa científica já começou a tri lhar um novo caminho para conseguir

gasolina e combustíveis semelhantes sem recorrer ao petróleo natural ou â hulha como matéria-prima. E des ta vez não haverá mais preocupações

de que, num futuro mais ou menos remoto, a matéria básica venha a es gotar-se.

O carbono encontra-se no

ácido carbônico (H2 C03).

Êste c

contido em pequena porcentagem no

gasolina sintética se reduzirão sensi

ar, mas em quantidades que superam enormemente tòdas as jazidas carbo-

produção alemã de ga

velmente por si mesmas. Na Rússia ja se vêm verificando experiências

qual se obtém do car

solina sintética em 6 a

para a distilação do carvão no pró

niferas do mundo, dentro das pedras calcáreas (CaCo3). Para fabricar

vão sob prçsssão de 5 a

7 milhões de toneladas

prio subsolo.

gasolina (C6H14 ou C7H16) chegam

20 atmosferas e aqueci

por ano, isto é, a extra

em outubro de 1943 a

mento até 200 graus,

ção total do

60% de parafina. Rece

da Rumânia.

petróleo

bida esta valiosa matéria, é ela sub metida a uma série de transforma

No que diz respeito ao custo de produção de gasolina sintética, dispo

ções químicas que produzem, median

mos apenas de alguns dados de pro

te oxidação da parafina, ácido graxo

e gorduras sintéticas, servindo para sabão, forragem ou mesmo para pro duto alimentício, conforme a prepara

é:

45

ram, de modo que a porcentagem a mais do custo da gasolina importada

Alemanha. Foi o professor Bergius que em 1941 conseguiu, como primei

guns outros

Digesto Econômico

ção. Nas Hquefações de carvão con-

cedência alemã.

A Alemanha começou, há cerca de

15 anos, a fabricação dos carburantcs líquidos sintéticos, havendo, na pri meira época, uma diferença conside

seguem-se, fora isso, os hidrocarbo netos "propan" e "butan", os quais,

rável entre o preço da gasolina im

na forma de "gases líquidos", são

êste muito mais caro.

empregados como eficientes combus-

portada e o da produção de carvão, No entanto,

mtn o aperfeiçoamento dos processos

Sobre essas tentativas manifestou-se o técnico

inglês

Haroldo

Rose

numa conferência realizada em Man-

chester.

Tal aproveitamento do car

vão no próprio local de sua extração

como matéria-prima ácido carbônico e hidrogênio. Ora, esta última subs tância obtém-se pela eletrolização da

água, enquanto o ácido carbônico, es condido nas montanhas calcáreas, é

deu excelentes resultados econômicos

praticamente inexaurível.

quer na produção de gás combustí

so o ácido

vel, quer na obtenção de valiosos sub produtos. Naturalmente, esse siste

gares da nossa terra, e deverá tam

ma pode ser empregado também para a produção de carburantes líquidos,

vindouros.

carbônico

Além dis

brota, desde

milhares de anos, em numerosos lu

bém continuar a emanar nos séculos

utilizando-se sobretudo duma parte do

Não param aí, no entanto, as con

gás distilado no subsolo. A moderna

quistas da química em matéria de

técnica russa considera a distilação subterrânea como a única de aplica

combustíveis.

A gasolina pode tam

bém ser produzida por processos bio-


Digesto Econômico

44

;.

tíveis para motores. Em 1939, na Alemanha, 25.000 veículos motoriza

Gasolina sintética

P "Burcau of Mines" já está es tudando 3 métodos para obter carburantes sintéticos na base de

carvão

de pedra, cascalho oleoso e gás natu

ral.-

O processo

mais importante

consiste naturalmente na fabricação \ 1

de combustíveis líquidos com

bases

no carvãOj como o faz, há anos, a

n;.'

de fabricação e com o acréscimo enor

ção econômica para depósitos carbo-

me da produção, as despesas diminuí

níferos de qualidade baixa.

dos foram acionados por "propan" e "butan", que proporcionam ao motor

atingiu a 30% aproximadamente, no

de explosão um arranque imediato

início da guerra.

com qualquer temperatura exterior. Na transformação do carvão cm car-

burantcs líquidos obtém-se, além de

gasolina ou benzina, óleo Diesel e, com base de parafina, vários tipos de

ro químico, gerar hidrocarbonetos de natureza petrolífera, por meio da liquefaçào da hulha com hidrogênio. Além do método Ber gius existem ainda al

lignito extrai-se um óleo sintético

óleos lubrificantes.

Do alcatrão do

Se há nos Estados Unidos sérias preocupações com a produção da ga

solina sintética, a isso não será es tranho o receio de que, no após-guerra, o petróleo transportado do Orientc uma das fontes a que os norteamericanos terão de recorrer ve

excelente pura fins ele

nha a ficar muito caro, cm conseqüên

trotécnicos, cm vista de

cia da elevação de frete decorrente da distância a ser percorrida. Rele va notar ainda que, se as jazidas de carvão ficarem nas proximidades da

ser extraordinàriamcnte resistente

às

faíscas

elétricas.

processos

O

de liquefação de hulha ou lignito, como o de Fischer-Picliler, pelo

The

semanário Statist

inglês

estimava

fábrica, as despesas de produção de

Processos biológicos

Enquanto a química de carburantes ainda se ocupa em aperfeiçoar os pro cessos de liquefação do carvão, a pesquisa científica já começou a tri lhar um novo caminho para conseguir

gasolina e combustíveis semelhantes sem recorrer ao petróleo natural ou â hulha como matéria-prima. E des ta vez não haverá mais preocupações

de que, num futuro mais ou menos remoto, a matéria básica venha a es gotar-se.

O carbono encontra-se no

ácido carbônico (H2 C03).

Êste c

contido em pequena porcentagem no

gasolina sintética se reduzirão sensi

ar, mas em quantidades que superam enormemente tòdas as jazidas carbo-

produção alemã de ga

velmente por si mesmas. Na Rússia ja se vêm verificando experiências

qual se obtém do car

solina sintética em 6 a

para a distilação do carvão no pró

niferas do mundo, dentro das pedras calcáreas (CaCo3). Para fabricar

vão sob prçsssão de 5 a

7 milhões de toneladas

prio subsolo.

gasolina (C6H14 ou C7H16) chegam

20 atmosferas e aqueci

por ano, isto é, a extra

em outubro de 1943 a

mento até 200 graus,

ção total do

60% de parafina. Rece

da Rumânia.

petróleo

bida esta valiosa matéria, é ela sub metida a uma série de transforma

No que diz respeito ao custo de produção de gasolina sintética, dispo

ções químicas que produzem, median

mos apenas de alguns dados de pro

te oxidação da parafina, ácido graxo

e gorduras sintéticas, servindo para sabão, forragem ou mesmo para pro duto alimentício, conforme a prepara

é:

45

ram, de modo que a porcentagem a mais do custo da gasolina importada

Alemanha. Foi o professor Bergius que em 1941 conseguiu, como primei

guns outros

Digesto Econômico

ção. Nas Hquefações de carvão con-

cedência alemã.

A Alemanha começou, há cerca de

15 anos, a fabricação dos carburantcs líquidos sintéticos, havendo, na pri meira época, uma diferença conside

seguem-se, fora isso, os hidrocarbo netos "propan" e "butan", os quais,

rável entre o preço da gasolina im

na forma de "gases líquidos", são

êste muito mais caro.

empregados como eficientes combus-

portada e o da produção de carvão, No entanto,

mtn o aperfeiçoamento dos processos

Sobre essas tentativas manifestou-se o técnico

inglês

Haroldo

Rose

numa conferência realizada em Man-

chester.

Tal aproveitamento do car

vão no próprio local de sua extração

como matéria-prima ácido carbônico e hidrogênio. Ora, esta última subs tância obtém-se pela eletrolização da

água, enquanto o ácido carbônico, es condido nas montanhas calcáreas, é

deu excelentes resultados econômicos

praticamente inexaurível.

quer na produção de gás combustí

so o ácido

vel, quer na obtenção de valiosos sub produtos. Naturalmente, esse siste

gares da nossa terra, e deverá tam

ma pode ser empregado também para a produção de carburantes líquidos,

vindouros.

carbônico

Além dis

brota, desde

milhares de anos, em numerosos lu

bém continuar a emanar nos séculos

utilizando-se sobretudo duma parte do

Não param aí, no entanto, as con

gás distilado no subsolo. A moderna

quistas da química em matéria de

técnica russa considera a distilação subterrânea como a única de aplica

combustíveis.

A gasolina pode tam

bém ser produzida por processos bio-


i

Digesto Econômico

46

lógicos, mediante a fermentação de

O caminho que as gerações futuras

hidrates de carbono em ácido mantciguento, apresentando um novo mé

escolherão como método ideal para a

todo de fabricação de carburantes de reserva quase inesgotável.

Até po

de-se dizer que semeamos gasolina, pois que as plantas ricas em hidrates

de carbono estão à nossa disposição em inúmeras espécies e quantidades.

como

fabricação de carburantes sintéticos não constitui problema de preocupa-

por LUIZ iMWER

Especial para a «Dígesto EcoDõmico»

. ção urgente, pois que as matériasprimas de hoje, petróleo c carvão, satis fazem plenamente às necessidade;

gNTRE os carvões

do presente.

antracito, liulha^ linhi-

minerais, isto c.

f!-r\

i ly 1I i

vocíro".

vão mineral.

Muita gente não sabe do que se trata quando ouve falar na turfa, fa-~ Ecndo, talvez, uma associação de

Entretanto, verifica-se pelos, último? decênios que também países com cli

idéias a respeito de "turf", corridas,

deráveis turfeiras; por exemplo, as

ou outros fenômenos atraentes mas

ilhas de Sonda, Ceilão, o Sul da Fló

não de carburante.

rida, África Oriental e também o Brasil, o que desperta o nosso parti

Consideremos unicamente

vezes, o azougue. Êste, porém, somente para os metais que

ma tropical e subtropical têm consi

cular interêsse.

Quanto ao nosso país, o veneravel pai da geologia moderna brasileira,

fa; a Finlândia possui 77.000 km2; o

Eusébio de Oliveira, se externou, num

Canadá 96.000 km2 c a Rússia nada

trabalho de 1926, dessa maneira:

menos do que 167.000 km2, portanto quasi 2/3 da superfície do Estado de

no Brasil são insignificantes, sendo o

"Os depósitos de turfa conhecidos

São Paulo.

material de má qualidade. Não se de

As camadas de turfa atingem nes ses países muitas vezes 5-8 c mais

ve contar com êste combustível como elemento de progresso do pais . — Também S. Froes de Abreu, conhe

metros de espessura, sendo que 1 km2

não fossem de côr preta.

afirmava

as reservas turfeiras: A Suécia pos sui 49.000 km2 de depósitos de tur

contém 600.000 a 900.000 toneladas de turfa sêca. Também uma série de

Para o reconhecimento usavam também o chumbo e, por

só as regiões frias e frescas possuíam

kW...

Potonié, o grande pesquisador de car

nha (ou de preferência, excremento de vaca, por ser mais atiprata, "brotam por toda a parte como cabeças de alfinetes

anos

maiores turfeiras. E assim

vo o seu fogo) far-se-ia uma fogueira, em que seriam lançadas as pedras que aí permaneciam até que «e pusessem vermelhas, como b ferro. Eram então atiradas à água fria: se tinham ou como grãos de munição".

20

apreciada como um tipo "enteado-car-

A turfa não merece, no entanto,

'Ir--'

se opinava que quase

to c turfa, esta últinia espécie, a turfa, é freqüentemente

desprezo.

modos de conhecer a prata modo usual pelo qual os bandeirantes conheciam a prata O era o seguinte, conforme relata Antoníl: se houvesse le-

Ainda

^1/^

outros países dispõe de vastas turfei

ras.

Por isso, não é de se admirar

cido químico do Instituto Nacional de Técnologia, se externa pouco otimista sobre a situação turfeira do Brasil, dizendo; "...os depósitos, via-

que cientistas calculam que as reser

-de-regra, são pequenos;

vas de turfa superam os depósitos

opinião a exploração das turfas e

mundiais de hulha.

uma atividade limitada à época mais

em nossa


i

Digesto Econômico

46

lógicos, mediante a fermentação de

O caminho que as gerações futuras

hidrates de carbono em ácido mantciguento, apresentando um novo mé

escolherão como método ideal para a

todo de fabricação de carburantes de reserva quase inesgotável.

Até po

de-se dizer que semeamos gasolina, pois que as plantas ricas em hidrates

de carbono estão à nossa disposição em inúmeras espécies e quantidades.

como

fabricação de carburantes sintéticos não constitui problema de preocupa-

por LUIZ iMWER

Especial para a «Dígesto EcoDõmico»

. ção urgente, pois que as matériasprimas de hoje, petróleo c carvão, satis fazem plenamente às necessidade;

gNTRE os carvões

do presente.

antracito, liulha^ linhi-

minerais, isto c.

f!-r\

i ly 1I i

vocíro".

vão mineral.

Muita gente não sabe do que se trata quando ouve falar na turfa, fa-~ Ecndo, talvez, uma associação de

Entretanto, verifica-se pelos, último? decênios que também países com cli

idéias a respeito de "turf", corridas,

deráveis turfeiras; por exemplo, as

ou outros fenômenos atraentes mas

ilhas de Sonda, Ceilão, o Sul da Fló

não de carburante.

rida, África Oriental e também o Brasil, o que desperta o nosso parti

Consideremos unicamente

vezes, o azougue. Êste, porém, somente para os metais que

ma tropical e subtropical têm consi

cular interêsse.

Quanto ao nosso país, o veneravel pai da geologia moderna brasileira,

fa; a Finlândia possui 77.000 km2; o

Eusébio de Oliveira, se externou, num

Canadá 96.000 km2 c a Rússia nada

trabalho de 1926, dessa maneira:

menos do que 167.000 km2, portanto quasi 2/3 da superfície do Estado de

no Brasil são insignificantes, sendo o

"Os depósitos de turfa conhecidos

São Paulo.

material de má qualidade. Não se de

As camadas de turfa atingem nes ses países muitas vezes 5-8 c mais

ve contar com êste combustível como elemento de progresso do pais . — Também S. Froes de Abreu, conhe

metros de espessura, sendo que 1 km2

não fossem de côr preta.

afirmava

as reservas turfeiras: A Suécia pos sui 49.000 km2 de depósitos de tur

contém 600.000 a 900.000 toneladas de turfa sêca. Também uma série de

Para o reconhecimento usavam também o chumbo e, por

só as regiões frias e frescas possuíam

kW...

Potonié, o grande pesquisador de car

nha (ou de preferência, excremento de vaca, por ser mais atiprata, "brotam por toda a parte como cabeças de alfinetes

anos

maiores turfeiras. E assim

vo o seu fogo) far-se-ia uma fogueira, em que seriam lançadas as pedras que aí permaneciam até que «e pusessem vermelhas, como b ferro. Eram então atiradas à água fria: se tinham ou como grãos de munição".

20

apreciada como um tipo "enteado-car-

A turfa não merece, no entanto,

'Ir--'

se opinava que quase

to c turfa, esta últinia espécie, a turfa, é freqüentemente

desprezo.

modos de conhecer a prata modo usual pelo qual os bandeirantes conheciam a prata O era o seguinte, conforme relata Antoníl: se houvesse le-

Ainda

^1/^

outros países dispõe de vastas turfei

ras.

Por isso, não é de se admirar

cido químico do Instituto Nacional de Técnologia, se externa pouco otimista sobre a situação turfeira do Brasil, dizendo; "...os depósitos, via-

que cientistas calculam que as reser

-de-regra, são pequenos;

vas de turfa superam os depósitos

opinião a exploração das turfas e

mundiais de hulha.

uma atividade limitada à época mais

em nossa


MWlfJ

I

^

Brasil..." — No entanto, no "Ob

Paraíba do Sul.

e a E. F. Central do Brasil, entre

Ao longo desse rio ^

1943 lemos, num artigo completo so

Mogi das Cruzes

bre carvões minerais brasileiros, de

Campos, encontra-se

"numerosos depósitos de turfa"; o

c

São José dos

uma série de

"inúmeras jazidas" e, finalmente, o

jazidas turfeiras, de particular rele vância- para o nosso Estado, c das quais duas queremos niai.s detidamen

eng.® Cosmo Valentini, numa tese

te examinar.

"Anuário Brasil 1942"

focaliza

as

apresentada ao "Primeiro Congresso

Brasileiro de Economia", destaca "as ',i. I

da nossa especial atenção, no vale do

servador Econômico e Financeiro" de

enormes reservas de excelentes quan

tidades de turfas calculadas em mi

lhões de toneladas", que poderiam ser a solução do nosso problema car-

burante. Verificamos, pois, que den tro de 20 anos, a situação turfeira na

cional foi apreciada desde a insigni ílcância alé a salvação na miséria de combustível do país.

Naturalmente, essas duas opiniões extremas não podem merecer a nossa plena confiança, e. como comumente acontece, o caminho médio deverá constituir a verdade.

As turfeiras brasileiras

Qual a situação real a respeito das nossas ocorrências de turfa? Desde o Estado do Maranhão até S. Paulo possuímos uma porção considerável

de turfeiras, descobertas, quase Io das, nos últimos 10 anos. Os princi pais depósitos se encontram no baixo rio S. Francisco, no Estado da Bahia e, sobretudo, na baixada fluminense, no Cabo Frio, nas proximidades de.

Jacarepaguá e Saquarema e, objeto

Por

um

acaso

uma variedade particular, "marauíto"

ou "marauíta", denominação que vem de um rio Maraú, no Estado da Bahia,

descobriu-se, em

de uma grande parte dò material vem

riano "boghead", afirmando que é jmpròpriamente denominada turfa, discussão tcrminológica na qual não queremos meter-nos.

Uma outra jazida de turfa está lo calizada não muito longe da Capital, na Fazenda São José, Caçapava, ex-

fato, um excelente combustível e quf

traindo-se, aí, o produto desde três anos. Em realidade, há também al

foi usado, depois, nas duas pequenas locomotivas de tração iia usina açu-

gumas ocorrências de turfa no distri

to de Caçapava.

O aproveitamento da turfa como combustível

Muito cedo se conheceu o vaior da

turfa como carburante.

Já na idade

média se tirou êste produto dos pân

camada superior) c marauíto. Certos cientistas chamam o marauíto de FIo-

logo alguns ensaios com êste peculia' produto terroso que se revelou, de

O escoa

mento se realiza para São Paulo, on sendo pulverizado em própria insta lação da companhia proprietária.

Os depósitos de Rezende abrigam, simultâncamcnte, turfa comum (na

breque, ficou a terra prêta à ação do sol o que provocou um processo dí desidratação natural, convertendo o solo num combustível. Na primeiro (Queimada feita no capinzal do pânta no, a terra começou cm diversos pon tos a arder, causando não pcqne"^' susto aos operários. Realizaram-se

c a espécie de marauíto.

onde está uma importante jazida des

elevada porcentagem em óleo.

Executando-se drenagem de uai

tente, não está funcionando. Tam bém nesta jazida ocorre turfa comum

se material. O marauíto, derivado de

algas apodrecidas, c mais compacto do que a turfa comum, contem até 35% de óleo e aparece cm três còrcs: amarelo, marrou c preto. Existe uma espécie amarela que queima na chama de um fósforo, graças à sua

1930, a chamada turfeira de "Floriano", localizada perto da cidade de Rczencle, no Estado do Rio-de-Janei* ro.

49

contra nos outros países citados, e

I

aguda da crise do combustível no

•V

Digesto Econômico

Dígesto Econômico

ií8

Estima-se o depó

tanos na Holanda, havendo no sécido XVI. aí, uma explorr^ção sistemati zada. Hoje em dia, regiões inteiras

da Rússia, Holanda, Irlanda, Alema nha, etc., nutrem suas lareiras-fogões e calefações centrais com turfa, mas também, de modo crescente, é empre

gada nas fornalhas de caldeiras, prin cipalmente nas usinas elétricas. As sim, por exemplo, uma grande estaçao elétrica abastece com energia a ex

tensa zona entre Bremcn c Holanda, queimando unicamente turfa. Fundaram-se

em

diversos

países

Institutos de Turfa, como em Bre-s

carcira da firma Morganti, proprietá

sito cm exploração cm 86.000 tone

ria da jazida. Existe, realmente, aíi

men (1867), na Checoslováquia,

duas ocorrências, mas somente unn

ladas, possuindo uma superfície de mais de 62.000 ni2. A espessura da

França, possuindo os Estados Unidos

foi, por enquanto, explorada. A lavra

"The Peat Society ", e o nosso Esr

camada atinge nos pontos centrais a

de turfa se procede de maneira ma

tado vizinho, Argentina, tem uma co-^

4 metros o nas bordas 1,50 a 2 me

nual, aprèiidendo os trabalhadores ra

missão própria para o estudo das prof

tros.

priecíades de turfa e a sua propaga

pidamente e com admirável habilidade

A secagem do produto, que

contém 80% de unidade, dura 8 a 1.5 dias (nas zonas frescas da Europa al

a manusear a sua "vanga", um tipo de pá sem curva da parte férrea.

guns

Devemos, aqui, intercalar, que no Brasil há duas espécies de turfa, a

meses).

Foi

montada

uma

prensa para briquetagem, mas em vir

tude da falta de um técnico compe-

saber: um tipo comum, como se en-

i

ção.

na

A União Soviética dedica par^

ticular atenção às suas turfeiras e criou um especial "Subsecretariadj de Turfa" bem como uma Estação Central para a sua investigação ccof'


MWlfJ

I

^

Brasil..." — No entanto, no "Ob

Paraíba do Sul.

e a E. F. Central do Brasil, entre

Ao longo desse rio ^

1943 lemos, num artigo completo so

Mogi das Cruzes

bre carvões minerais brasileiros, de

Campos, encontra-se

"numerosos depósitos de turfa"; o

c

São José dos

uma série de

"inúmeras jazidas" e, finalmente, o

jazidas turfeiras, de particular rele vância- para o nosso Estado, c das quais duas queremos niai.s detidamen

eng.® Cosmo Valentini, numa tese

te examinar.

"Anuário Brasil 1942"

focaliza

as

apresentada ao "Primeiro Congresso

Brasileiro de Economia", destaca "as ',i. I

da nossa especial atenção, no vale do

servador Econômico e Financeiro" de

enormes reservas de excelentes quan

tidades de turfas calculadas em mi

lhões de toneladas", que poderiam ser a solução do nosso problema car-

burante. Verificamos, pois, que den tro de 20 anos, a situação turfeira na

cional foi apreciada desde a insigni ílcância alé a salvação na miséria de combustível do país.

Naturalmente, essas duas opiniões extremas não podem merecer a nossa plena confiança, e. como comumente acontece, o caminho médio deverá constituir a verdade.

As turfeiras brasileiras

Qual a situação real a respeito das nossas ocorrências de turfa? Desde o Estado do Maranhão até S. Paulo possuímos uma porção considerável

de turfeiras, descobertas, quase Io das, nos últimos 10 anos. Os princi pais depósitos se encontram no baixo rio S. Francisco, no Estado da Bahia e, sobretudo, na baixada fluminense, no Cabo Frio, nas proximidades de.

Jacarepaguá e Saquarema e, objeto

Por

um

acaso

uma variedade particular, "marauíto"

ou "marauíta", denominação que vem de um rio Maraú, no Estado da Bahia,

descobriu-se, em

de uma grande parte dò material vem

riano "boghead", afirmando que é jmpròpriamente denominada turfa, discussão tcrminológica na qual não queremos meter-nos.

Uma outra jazida de turfa está lo calizada não muito longe da Capital, na Fazenda São José, Caçapava, ex-

fato, um excelente combustível e quf

traindo-se, aí, o produto desde três anos. Em realidade, há também al

foi usado, depois, nas duas pequenas locomotivas de tração iia usina açu-

gumas ocorrências de turfa no distri

to de Caçapava.

O aproveitamento da turfa como combustível

Muito cedo se conheceu o vaior da

turfa como carburante.

Já na idade

média se tirou êste produto dos pân

camada superior) c marauíto. Certos cientistas chamam o marauíto de FIo-

logo alguns ensaios com êste peculia' produto terroso que se revelou, de

O escoa

mento se realiza para São Paulo, on sendo pulverizado em própria insta lação da companhia proprietária.

Os depósitos de Rezende abrigam, simultâncamcnte, turfa comum (na

breque, ficou a terra prêta à ação do sol o que provocou um processo dí desidratação natural, convertendo o solo num combustível. Na primeiro (Queimada feita no capinzal do pânta no, a terra começou cm diversos pon tos a arder, causando não pcqne"^' susto aos operários. Realizaram-se

c a espécie de marauíto.

onde está uma importante jazida des

elevada porcentagem em óleo.

Executando-se drenagem de uai

tente, não está funcionando. Tam bém nesta jazida ocorre turfa comum

se material. O marauíto, derivado de

algas apodrecidas, c mais compacto do que a turfa comum, contem até 35% de óleo e aparece cm três còrcs: amarelo, marrou c preto. Existe uma espécie amarela que queima na chama de um fósforo, graças à sua

1930, a chamada turfeira de "Floriano", localizada perto da cidade de Rczencle, no Estado do Rio-de-Janei* ro.

49

contra nos outros países citados, e

I

aguda da crise do combustível no

•V

Digesto Econômico

Dígesto Econômico

ií8

Estima-se o depó

tanos na Holanda, havendo no sécido XVI. aí, uma explorr^ção sistemati zada. Hoje em dia, regiões inteiras

da Rússia, Holanda, Irlanda, Alema nha, etc., nutrem suas lareiras-fogões e calefações centrais com turfa, mas também, de modo crescente, é empre

gada nas fornalhas de caldeiras, prin cipalmente nas usinas elétricas. As sim, por exemplo, uma grande estaçao elétrica abastece com energia a ex

tensa zona entre Bremcn c Holanda, queimando unicamente turfa. Fundaram-se

em

diversos

países

Institutos de Turfa, como em Bre-s

carcira da firma Morganti, proprietá

sito cm exploração cm 86.000 tone

ria da jazida. Existe, realmente, aíi

men (1867), na Checoslováquia,

duas ocorrências, mas somente unn

ladas, possuindo uma superfície de mais de 62.000 ni2. A espessura da

França, possuindo os Estados Unidos

foi, por enquanto, explorada. A lavra

"The Peat Society ", e o nosso Esr

camada atinge nos pontos centrais a

de turfa se procede de maneira ma

tado vizinho, Argentina, tem uma co-^

4 metros o nas bordas 1,50 a 2 me

nual, aprèiidendo os trabalhadores ra

missão própria para o estudo das prof

tros.

priecíades de turfa e a sua propaga

pidamente e com admirável habilidade

A secagem do produto, que

contém 80% de unidade, dura 8 a 1.5 dias (nas zonas frescas da Europa al

a manusear a sua "vanga", um tipo de pá sem curva da parte férrea.

guns

Devemos, aqui, intercalar, que no Brasil há duas espécies de turfa, a

meses).

Foi

montada

uma

prensa para briquetagem, mas em vir

tude da falta de um técnico compe-

saber: um tipo comum, como se en-

i

ção.

na

A União Soviética dedica par^

ticular atenção às suas turfeiras e criou um especial "Subsecretariadj de Turfa" bem como uma Estação Central para a sua investigação ccof'


Digcsto Econômico

50

denada, notadamentc para estudar as reservas e a utilização da turfa.

A

Estação abrange, entre outras, seções de agronomia, de microbiologia, de

Quanto à turfa briquetada, fizcranisc ensaios com o niaruíto da Bahia. '

botânica, de química, de hidrologia o

que fornece também unia resina que pode servir como matéria aglutinante para o fabrico de briquetes. Con

extração de turfa, etc.

forme o "Boletim do Ministério das

A turfa pode ser queimada em es tado sólido, e, na verdade, em forma

de blocos ou tijolos, de briquetes, e de massa pulverizada, assim - como usada em estado gaseificado.

A mencionada usina açucareira Morganti emprega na fornalha da grande caldeira sòmcnte turfa em orma de blocos, obtendo os melhores

resultados. Conforme explicação do J. J. "Pacheco, o calor irradia-

o pela fornalha é tão forte que qua-

Relações Exteriores (n.° 11 de 1943). mais de cem fábricas brasileiras utili

zam turfa Ijriquctada, de Cabo Frio Tal cifra aparecc-nos, porém, dema- ; siadamentc alta. A mesma publica ção relata que várias fábricas estão queimando, atualmente, turfa flunitncnse pulverizada, com grande suces so, de vez que os técnicos consegui

ram resultado 5% superior ao óleo

(?), e que em São Paulo, inúmeros

se nao se pode ficar perto da cal

estabelecimentos se

deira.

consumir turfa em pó em suas indus trias.

preparam para

No entanto, encontramos, eiu

de experiênc-j_a propna na dispomos queima da turfa cm

nossa capital, após prolongada pro cura, apenas duas fábricas, que usam

lham amos na época(tijolinhos). difícil, após Trahaa primeira conflagração mundial, na qua-

turfa pulverizada, porém, misturada

I'rfade de "estudante de obra". „um grande estabelecimento fabril, como foguista. Havia geralmente uma hu-

com farelo de torta de algodão (1/3 de turfa e 2/3 de farelo). Visitando a primeira dessas firmas, ficamos de cepcionados, pois que o diretor nos

Dígcsto Econômico

51

Procuramos também um grande cc-

superfície apresentada às chamas é

tonifício que do mesmo modo usa

muito maior, a queima se está proce dendo dc modo integral e instantâneo, o serviço dc fogo é mais regular, exa

turfa pulverizada nas siias fornalhas. Porém com resultado mais satisfató

rio do que na fábrica acima aludida.

Como inconveniência indicou o enge prejudica um pouco a rosca transpor tadora do pó para o interior da for nalha. Por esta razão desistiu de em

mento na Suécia e Noruega utilizam

nheiro que o combustível encerra uma pequena porcentagem dc areia a qual

turfa pulverizada como combustível,

mais caro farelo de torta dc algodão. Os foguistas se queixaram de que a

bem como uma série de outras indús

turfa pulverizada atacava a pele. Natu

ralmente, existem meios de proteção para isso, por exemplo luvas, e, a respeito das inconveniências técnicas, deixa-se aperfeiçoar o processo

de

calorias.

Citamos, para

pelo • Instituto de Pesquisas Tecno lógicas do Estado de S. Paulo:

duz uma ótima combustão.

A em

presa que explora a jazida de Caça-

Umidade

pava faz também montar, por seu

Matérias voláteis

engenliciro, um aparelho especial para

Cinza

a queima mais eficaz do combustível, reduzindo-se a sua umidade de 15%

Carbono fixo

apresenta diversos proveitos. Devido à

turfa, por seu turno, nos expHcoii que

ataca a tubulação e não corrói o ma terial das fornalhas. Uma boa turfa

pressão do vapor.

7.000

fa de Caçapava, tipo marauíto, feita

vel continha muita cinza, dc modo que o fogo não se podia eficazmente de senvolver. A firma fornecedora da '

de maneira satisfatória, manter a

até

mostram, queima-sc turfa moída nas

a 2 a 3%.

te comprida, de modo que podíamos,

enquanto o marauíto, conforme mul tas análises feitas, desenvolve 5.500

fornalhas por jacto nos maçaricos em combinação com oxigênio, o que pro

clarações dos foguistas o conibuslí-

volveu uma chama boa e relativamen

A turfa comum contém, em média,

um poder calorífico de 4.000 calorias,

exemplificar, uma das análises de tur

por isso, também algumas centenas de toneladas de turfa. Êste carburante

o aparelhamento da caldeira não es- ^

trias.

queima. Assim, como as experiências

lha muito inferior, e experimentamos, era de melhor eficiência do que car vão de pedra inferior. Colocamos uma camada de maior espessura na forna lha, e, com bastante vento, se desen

De fato, todas as fábricas de ci

pregar só turfa, misturando-a com o

comunicou que a turfa não deu o , rendimento esperado. Segundo de

to c suave. O engenheiro sueco Wallgrecn, perito no assunto, explicou quo a turfa pulverizada produz os mes mos efeitos que uma boa hulha, quando queimada nas fornalhas.

O uso de turfa como

carburante

12,7 % .. •• 41,3 % 7,6 %

38,4 %

Enxòfre total

0,28%

Poder calorífico (do

material sêco)

5.769

falta quase completa de enxofre não A gaseificação da turfa

tava bem adaptado à queima do novo

contém pouco teor cm cinzas, não

O aproveitamento ideal da turfa con

carburante e que a diretoria da fá brica não seguiu a orientação dada para o emprego conveniente da turf.í.

formando escórias aglomerantes. Em de

siste em seu uso nos gasogênios, on de os carvões produzem duas e meta

seu potencial carburante, porque a

vezes mais potência do que se íôs-

estado

pulverizado dá o máximo


Digcsto Econômico

50

denada, notadamentc para estudar as reservas e a utilização da turfa.

A

Estação abrange, entre outras, seções de agronomia, de microbiologia, de

Quanto à turfa briquetada, fizcranisc ensaios com o niaruíto da Bahia. '

botânica, de química, de hidrologia o

que fornece também unia resina que pode servir como matéria aglutinante para o fabrico de briquetes. Con

extração de turfa, etc.

forme o "Boletim do Ministério das

A turfa pode ser queimada em es tado sólido, e, na verdade, em forma

de blocos ou tijolos, de briquetes, e de massa pulverizada, assim - como usada em estado gaseificado.

A mencionada usina açucareira Morganti emprega na fornalha da grande caldeira sòmcnte turfa em orma de blocos, obtendo os melhores

resultados. Conforme explicação do J. J. "Pacheco, o calor irradia-

o pela fornalha é tão forte que qua-

Relações Exteriores (n.° 11 de 1943). mais de cem fábricas brasileiras utili

zam turfa Ijriquctada, de Cabo Frio Tal cifra aparecc-nos, porém, dema- ; siadamentc alta. A mesma publica ção relata que várias fábricas estão queimando, atualmente, turfa flunitncnse pulverizada, com grande suces so, de vez que os técnicos consegui

ram resultado 5% superior ao óleo

(?), e que em São Paulo, inúmeros

se nao se pode ficar perto da cal

estabelecimentos se

deira.

consumir turfa em pó em suas indus trias.

preparam para

No entanto, encontramos, eiu

de experiênc-j_a propna na dispomos queima da turfa cm

nossa capital, após prolongada pro cura, apenas duas fábricas, que usam

lham amos na época(tijolinhos). difícil, após Trahaa primeira conflagração mundial, na qua-

turfa pulverizada, porém, misturada

I'rfade de "estudante de obra". „um grande estabelecimento fabril, como foguista. Havia geralmente uma hu-

com farelo de torta de algodão (1/3 de turfa e 2/3 de farelo). Visitando a primeira dessas firmas, ficamos de cepcionados, pois que o diretor nos

Dígcsto Econômico

51

Procuramos também um grande cc-

superfície apresentada às chamas é

tonifício que do mesmo modo usa

muito maior, a queima se está proce dendo dc modo integral e instantâneo, o serviço dc fogo é mais regular, exa

turfa pulverizada nas siias fornalhas. Porém com resultado mais satisfató

rio do que na fábrica acima aludida.

Como inconveniência indicou o enge prejudica um pouco a rosca transpor tadora do pó para o interior da for nalha. Por esta razão desistiu de em

mento na Suécia e Noruega utilizam

nheiro que o combustível encerra uma pequena porcentagem dc areia a qual

turfa pulverizada como combustível,

mais caro farelo de torta dc algodão. Os foguistas se queixaram de que a

bem como uma série de outras indús

turfa pulverizada atacava a pele. Natu

ralmente, existem meios de proteção para isso, por exemplo luvas, e, a respeito das inconveniências técnicas, deixa-se aperfeiçoar o processo

de

calorias.

Citamos, para

pelo • Instituto de Pesquisas Tecno lógicas do Estado de S. Paulo:

duz uma ótima combustão.

A em

presa que explora a jazida de Caça-

Umidade

pava faz também montar, por seu

Matérias voláteis

engenliciro, um aparelho especial para

Cinza

a queima mais eficaz do combustível, reduzindo-se a sua umidade de 15%

Carbono fixo

apresenta diversos proveitos. Devido à

turfa, por seu turno, nos expHcoii que

ataca a tubulação e não corrói o ma terial das fornalhas. Uma boa turfa

pressão do vapor.

7.000

fa de Caçapava, tipo marauíto, feita

vel continha muita cinza, dc modo que o fogo não se podia eficazmente de senvolver. A firma fornecedora da '

de maneira satisfatória, manter a

até

mostram, queima-sc turfa moída nas

a 2 a 3%.

te comprida, de modo que podíamos,

enquanto o marauíto, conforme mul tas análises feitas, desenvolve 5.500

fornalhas por jacto nos maçaricos em combinação com oxigênio, o que pro

clarações dos foguistas o conibuslí-

volveu uma chama boa e relativamen

A turfa comum contém, em média,

um poder calorífico de 4.000 calorias,

exemplificar, uma das análises de tur

por isso, também algumas centenas de toneladas de turfa. Êste carburante

o aparelhamento da caldeira não es- ^

trias.

queima. Assim, como as experiências

lha muito inferior, e experimentamos, era de melhor eficiência do que car vão de pedra inferior. Colocamos uma camada de maior espessura na forna lha, e, com bastante vento, se desen

De fato, todas as fábricas de ci

pregar só turfa, misturando-a com o

comunicou que a turfa não deu o , rendimento esperado. Segundo de

to c suave. O engenheiro sueco Wallgrecn, perito no assunto, explicou quo a turfa pulverizada produz os mes mos efeitos que uma boa hulha, quando queimada nas fornalhas.

O uso de turfa como

carburante

12,7 % .. •• 41,3 % 7,6 %

38,4 %

Enxòfre total

0,28%

Poder calorífico (do

material sêco)

5.769

falta quase completa de enxofre não A gaseificação da turfa

tava bem adaptado à queima do novo

contém pouco teor cm cinzas, não

O aproveitamento ideal da turfa con

carburante e que a diretoria da fá brica não seguiu a orientação dada para o emprego conveniente da turf.í.

formando escórias aglomerantes. Em de

siste em seu uso nos gasogênios, on de os carvões produzem duas e meta

seu potencial carburante, porque a

vezes mais potência do que se íôs-

estado

pulverizado dá o máximo


Digesto Econômico

52

Dlgesto Econômico

sem queimados em estado natural, E' bem interessante notar que a gigan tesca fábrica russa, Molotow, conver teu o seu sistema de geração de gás

pobre para tratores e caminhões, para o emprego de turfa. Também na Ale

manha se conseguiram bons resulta

dos com a utilização de turfa briquetada nos gasogênios.

Aqui em S. Paulo, uma metalúrgica "sava, durante certo tempo, turfa cni

'-ál!

forma de blocos^ misturada com car vão vegetal, para a produção de gás pobre, destinado para fins de fundi

"'í

ção. Tal emprego em mistura com outro combustível e sem se dispor do equipamento técnico adequado, não

esultou na eficiência desejada.

ntretanto, o aproveitamento de

rífico eqüivale ao da' gasolina quilo por quilo. Provei isso numa corrida

vas em material aproveitável dos nos

turfa nas locomotivas.

até Petrópolis (a partir do Rio) num

sos depósitos isolados são insuficien

preensível, visto que estas estradas-de-

caminhão com três toneladas dc car

tes diante das consideráveis quantida

-ferro consomem a turfa em forma

ga, a autoridades técnicas nacionais".

des de turfa necessitadas para fun cionamento contínuo de tais indús

de blocos, e não em forma de pó, co mo seria necessária para um processo

A turfa podô também ser submetida

à coquificação ou dlstilação seca

O que constitui o mais eficaz proces

so para seu aproveitamento integral. Uma turfa com máximo de 22% de

cstacir„

= "'°-

«ria absolute-

rln npouco rendintcnto, ^ de despesas ep do maneira

que a ut.l.aação do gasogênio, sendo

consideravelmente mais barato que o

consumo da gasolina, poderá trazer sensíveis economias. E justamente no

vale do Paraíba, com suas ricas ocor rências em turfa, a lavoura teria grande proveito dêssc material como carburante de gasogênios e fonte de energia.

Nessa correlação salientamos as ex periências do aludido eng.° C. Valen-

trias.

Uma coquificação só em pe

quenos limites, entretanto, não garan te rendabilidade suficiente, como ex

periências na Alemanha

demonstra

ram.

Vamos frisar, a propósito, que a turfa fornecida pelas nossas jazidas

amiúde,

de

uniformidade,

quanto ao

cinzas, umidade e outras

Emprego de turfa nas

de sua constituição.

cstradas-de-ferro

tes derivados:

250 a 300 mètros cúbicos de gás:

250 kg de coque; 10 kg de sulfato de aniônial 1 kg de álcool metílico. 3 kg de naftalina; uma maior quan

de combustão racional eni locomoti

carece,

umidade c 10% de cinzas, é capaz

Isso é com

vas.

principalmente

dc originar, entre outros, os seguin

A Central do Brasil, desde alguns

teor

em

qualidades

Por outro lado,

as nossas instalações de queima da turfa não são aparelhadas de maneira

anos, usa turfa em apreciáveis pro

apropriada, e também o serviço de fo

porções, assegurando uma informação no "Boletim do Min. das Rei. Ext."

go deixa a desejar. Acontece o mesmo

(n.° 8 de 1943) que "até junho findo recebeu 7.141,000 toneladas dc tur

têm-se

tes podem ser extraídos do alcatrSo

fa".

plo.

lurfeiro.

porque naquela época, e provavel mente ainda não hoje, — não havia

tidade de óleos lubrificantes, de breu

e asfalto.

mente "

53

Também benzinas, ácids

fênico e outras substâncias dcrivatiNotadamcnte na Suécu».

fêz a carbonização dc turfa acentua

dos progressos, onde foram criados retortas e métodos especiais de dislilação, em colaboração com algumas grandes fábricas de gás. Particularmente estimado é o coque

de turfa, chamado "peat coal", cuja análise revela 84% de carbono fixo. 8% de oxigênio e hidrogênio e pe

quenas porcentagens de cinza c umidade. Por causa da sua fraca re

sistência, porém, não é utilizável na metalurgia.

tini: "O carvão de turfa oferece, quando queimado num gasogénio,

èm instalações próprias, não pode

tanta economia, que seu valor calo-

5cr recomendada, porquanto as reser-

A distilação de turfas brasileiras

Isso não podemos acreditar,

uma exploração turfeira tão grande em nosso país.

E mesmo a produ

como com

uso de gasogénio. ob

resultados

bem

diversos.

Ilustramos isso através de um exem

Residimos

numa

ladeira

muito

receada- pelos carros a gasogénio. Temos, observado que uma parte doS veículos atinge apenas a metade da

ção total de hulha brasileira atingiu,

barranca, ficando então os motoro»

em 1943, somente um pouco mais de 2 milhões de toneladas. Verdade é que a partir de 1941 a Central come çou a explorar uma série de turfei-

"nervosos

ras no vale do Paraíba.

ro número de automóveis que conse

Pergunta

mos, por carta, à direção da E. F.

enquanto uma outra por

ção pode vencer a subida, mas em zíguezague e com muitas manobras.

Existe, entretanto, também um tercei guem subir, sem aparente dificulda

Central do Brasil sòbre seu verdadei

de, a ladeira íngreme.

ro consumo de turfa, mas ainda não

todos êsses carros usam, praticamen

recebemos resposta. Falamos tam bém com um engenheiro da

te, o mesmo gás pobre, ao passo que os tipos de gasogênios são diferentes,

Secção de Tração da Central em São Paulo, que nos declarou não ser

servação e, antes de mais nada, a ar

muito aconselhável o

te de manobrar dos condutores.

emprego

da

No entanto,

como também o seu estado de con


Digesto Econômico

52

Dlgesto Econômico

sem queimados em estado natural, E' bem interessante notar que a gigan tesca fábrica russa, Molotow, conver teu o seu sistema de geração de gás

pobre para tratores e caminhões, para o emprego de turfa. Também na Ale

manha se conseguiram bons resulta

dos com a utilização de turfa briquetada nos gasogênios.

Aqui em S. Paulo, uma metalúrgica "sava, durante certo tempo, turfa cni

'-ál!

forma de blocos^ misturada com car vão vegetal, para a produção de gás pobre, destinado para fins de fundi

"'í

ção. Tal emprego em mistura com outro combustível e sem se dispor do equipamento técnico adequado, não

esultou na eficiência desejada.

ntretanto, o aproveitamento de

rífico eqüivale ao da' gasolina quilo por quilo. Provei isso numa corrida

vas em material aproveitável dos nos

turfa nas locomotivas.

até Petrópolis (a partir do Rio) num

sos depósitos isolados são insuficien

preensível, visto que estas estradas-de-

caminhão com três toneladas dc car

tes diante das consideráveis quantida

-ferro consomem a turfa em forma

ga, a autoridades técnicas nacionais".

des de turfa necessitadas para fun cionamento contínuo de tais indús

de blocos, e não em forma de pó, co mo seria necessária para um processo

A turfa podô também ser submetida

à coquificação ou dlstilação seca

O que constitui o mais eficaz proces

so para seu aproveitamento integral. Uma turfa com máximo de 22% de

cstacir„

= "'°-

«ria absolute-

rln npouco rendintcnto, ^ de despesas ep do maneira

que a ut.l.aação do gasogênio, sendo

consideravelmente mais barato que o

consumo da gasolina, poderá trazer sensíveis economias. E justamente no

vale do Paraíba, com suas ricas ocor rências em turfa, a lavoura teria grande proveito dêssc material como carburante de gasogênios e fonte de energia.

Nessa correlação salientamos as ex periências do aludido eng.° C. Valen-

trias.

Uma coquificação só em pe

quenos limites, entretanto, não garan te rendabilidade suficiente, como ex

periências na Alemanha

demonstra

ram.

Vamos frisar, a propósito, que a turfa fornecida pelas nossas jazidas

amiúde,

de

uniformidade,

quanto ao

cinzas, umidade e outras

Emprego de turfa nas

de sua constituição.

cstradas-de-ferro

tes derivados:

250 a 300 mètros cúbicos de gás:

250 kg de coque; 10 kg de sulfato de aniônial 1 kg de álcool metílico. 3 kg de naftalina; uma maior quan

de combustão racional eni locomoti

carece,

umidade c 10% de cinzas, é capaz

Isso é com

vas.

principalmente

dc originar, entre outros, os seguin

A Central do Brasil, desde alguns

teor

em

qualidades

Por outro lado,

as nossas instalações de queima da turfa não são aparelhadas de maneira

anos, usa turfa em apreciáveis pro

apropriada, e também o serviço de fo

porções, assegurando uma informação no "Boletim do Min. das Rei. Ext."

go deixa a desejar. Acontece o mesmo

(n.° 8 de 1943) que "até junho findo recebeu 7.141,000 toneladas dc tur

têm-se

tes podem ser extraídos do alcatrSo

fa".

plo.

lurfeiro.

porque naquela época, e provavel mente ainda não hoje, — não havia

tidade de óleos lubrificantes, de breu

e asfalto.

mente "

53

Também benzinas, ácids

fênico e outras substâncias dcrivatiNotadamcnte na Suécu».

fêz a carbonização dc turfa acentua

dos progressos, onde foram criados retortas e métodos especiais de dislilação, em colaboração com algumas grandes fábricas de gás. Particularmente estimado é o coque

de turfa, chamado "peat coal", cuja análise revela 84% de carbono fixo. 8% de oxigênio e hidrogênio e pe

quenas porcentagens de cinza c umidade. Por causa da sua fraca re

sistência, porém, não é utilizável na metalurgia.

tini: "O carvão de turfa oferece, quando queimado num gasogénio,

èm instalações próprias, não pode

tanta economia, que seu valor calo-

5cr recomendada, porquanto as reser-

A distilação de turfas brasileiras

Isso não podemos acreditar,

uma exploração turfeira tão grande em nosso país.

E mesmo a produ

como com

uso de gasogénio. ob

resultados

bem

diversos.

Ilustramos isso através de um exem

Residimos

numa

ladeira

muito

receada- pelos carros a gasogénio. Temos, observado que uma parte doS veículos atinge apenas a metade da

ção total de hulha brasileira atingiu,

barranca, ficando então os motoro»

em 1943, somente um pouco mais de 2 milhões de toneladas. Verdade é que a partir de 1941 a Central come çou a explorar uma série de turfei-

"nervosos

ras no vale do Paraíba.

ro número de automóveis que conse

Pergunta

mos, por carta, à direção da E. F.

enquanto uma outra por

ção pode vencer a subida, mas em zíguezague e com muitas manobras.

Existe, entretanto, também um tercei guem subir, sem aparente dificulda

Central do Brasil sòbre seu verdadei

de, a ladeira íngreme.

ro consumo de turfa, mas ainda não

todos êsses carros usam, praticamen

recebemos resposta. Falamos tam bém com um engenheiro da

te, o mesmo gás pobre, ao passo que os tipos de gasogênios são diferentes,

Secção de Tração da Central em São Paulo, que nos declarou não ser

servação e, antes de mais nada, a ar

muito aconselhável o

te de manobrar dos condutores.

emprego

da

No entanto,

como também o seu estado de con


Digesto Econômico

54

Turfa e carvão de pedra nacional

Assim, a cinza turfeira e o amonía co tirado pela distilação sêca, valer.'

Sob condições apropriadas, a boa turfa procedente de Jazidas favoràvclniente localizadas, pode concorrer cojn certos tipos dc hulha nacional. Ven

de-se, em nossa capital, a turfa pul verizada em sacos ao preço de Cr^

330,00 a Cr$ 350,00, por tonelada, cncjuanto o carvão catarinense custa cer

como eficientes adubos. Pode-se con verter a turfa triturada num ótimo

estéreo, quando usada como material para esparzir nos estábulos e para remoção de excrementos. Absor-e até 30% dc água, fixa g<áses e consti tui, ao mesmo tempo, uma cama sau dável c mole para o gado.

ca de CrÇ 320,00 (pòsto S. Paulo), e o produto da cota livre deve-se adqui rir por mais de Cr$ 400,00. Observa-

de dc corretivo do solo, de conserva

mos que a turfa moída palpável atin

dor e cnriquecedor do humus, desem

ge um potencial de 6.800 calorias c é

penha funções as mais úteis na la

'igesto Econômico

5S

'^elaço; matéria-prima (os tipos fi-

^1'osos)

para o fabrico de celulose

^Pmo as experiências na Itália do Nor-

Alemanha e União Soviética pa tenteiam.

Dêsse modo, a rcndabilidade das

turfciras situadas propiciamente nas, dc transporte, poderá ser, tam-

l>ém cni no.sso Estado, dc sorte fagarantida.

de tratores, caminhões e motores estacionários, nas zonas agrícolas, e que possuem turfeiras.

3. — Visto como a turfa apresenta muitas outras possibilidades de apro veitamento, como temos demonstra do, se deparam aos -industriais lucra tivas possibilidades, garantindo-se as

sim a rendabilidade da exploração daturfa.

4. — Para realmente incrementar a

Ademais, a turfa moída, na qualida

Conclusões

Resumindo, podemos constatar que:

indústria turfeira, faz-se necessário que o Govêrno dê sua ajuda, encarre gando alguns geólogos e técnicos pa ra, primeiramente, estudar e fixar as

no consumo mais econômica que cer-

voura, na horti e floricultura, adotada

1. — O Brasil dispõe, ao longo do litoral ou não muito distanciadas de

hulhas de Santa Catarina e do Rio-

por milhares dc agricultores e jardi-

le, um número apreciável de turfoiras

neiros ná Holanda ç Alemanha.

sendo que apenas as reservas no vale

condições, sob as quais a exploração

do Paraíba são calculadas em vários

se possa proceder com vantagem. Aos técnicos cabe a tarefa de inves

-Grande-do-Sul, com 20 a 30% d,, matena estéril. o cuatc calcrlfico

dos carborantcs líquidos _ gasolina,

turfa bencTlcLt"

°

No «ttanto, devido à sua reduaida densidade, o volume da turfa c muito maior do que o volume do carvão de pedra, não suportando, por isso, uu, longo transporte. Além dc que, como

já temos focalizado, tanto o produto fornecido como a maneira de sua queima em nossas indústrias, encer

ram ainda diversas deficiências pre judiciais para o maior fomento de seu emprego.

Uma adição de 20% de ácido sidfúrico torna a farinha de turfa um

niilhões de toneladas.

desinfetantc dos esgotos de curtumes,

— Sob as condições apropriadas, pode-se usar a turfa, de modo vanta

frigoríficos, etc., e purifica sob forma

de soluções alcalinas ou ácido húnilco (obtidos da turfa) as águas de difusão em usinas açucareiras. Entre as outras aplicações da turfa pulverizada realçamos ainda: meio

para o empacotamento de objetos f.\cilmente quebráveis e para a conser

vação dc frutas e alimentos rapida mente estragáveis; matéria de alta capacidade de isolamento, por causa d-» sua diminuta condutibilidade térmica,

Perspetivas futuras para a turfa brasileira

largamente empregada em geladeiras, acumuladores frigoríficos, na constru

ção de paredes, tétos e revestimentos, O valor da turfa reside, fora da sua utilização como combustível, num nú

etc.; substância básica para eimilsào de desinfetantes, Hquefações dé alca-

mero crescente de outras utilidad-s.

trões e preparação de ferragens d«»

joso, como combustível, particularrnente cm estado pulverizado, como as experiências e a prática na Alema

nha, Suécia, Rússia e outros países têm

comprovado.

emprego da

turfa

material carburante

Recomenda-se sobretudo

nos

o

como

gasogênios

ocorrências

turfeiras, suas

reservas,

sua localização propícia e as outras

tigar o aproveitamento racional da turfa como carburante, as instalações adequadas da queima, etc., e as outt as possibilidades do emprego eco nômico da turfa.

Nessas condições, seria um pecado econômico não se aproveitar dessas

riquezas minerais e deixar dormi-las o seu sono milehárío.


Digesto Econômico

54

Turfa e carvão de pedra nacional

Assim, a cinza turfeira e o amonía co tirado pela distilação sêca, valer.'

Sob condições apropriadas, a boa turfa procedente de Jazidas favoràvclniente localizadas, pode concorrer cojn certos tipos dc hulha nacional. Ven

de-se, em nossa capital, a turfa pul verizada em sacos ao preço de Cr^

330,00 a Cr$ 350,00, por tonelada, cncjuanto o carvão catarinense custa cer

como eficientes adubos. Pode-se con verter a turfa triturada num ótimo

estéreo, quando usada como material para esparzir nos estábulos e para remoção de excrementos. Absor-e até 30% dc água, fixa g<áses e consti tui, ao mesmo tempo, uma cama sau dável c mole para o gado.

ca de CrÇ 320,00 (pòsto S. Paulo), e o produto da cota livre deve-se adqui rir por mais de Cr$ 400,00. Observa-

de dc corretivo do solo, de conserva

mos que a turfa moída palpável atin

dor e cnriquecedor do humus, desem

ge um potencial de 6.800 calorias c é

penha funções as mais úteis na la

'igesto Econômico

5S

'^elaço; matéria-prima (os tipos fi-

^1'osos)

para o fabrico de celulose

^Pmo as experiências na Itália do Nor-

Alemanha e União Soviética pa tenteiam.

Dêsse modo, a rcndabilidade das

turfciras situadas propiciamente nas, dc transporte, poderá ser, tam-

l>ém cni no.sso Estado, dc sorte fagarantida.

de tratores, caminhões e motores estacionários, nas zonas agrícolas, e que possuem turfeiras.

3. — Visto como a turfa apresenta muitas outras possibilidades de apro veitamento, como temos demonstra do, se deparam aos -industriais lucra tivas possibilidades, garantindo-se as

sim a rendabilidade da exploração daturfa.

4. — Para realmente incrementar a

Ademais, a turfa moída, na qualida

Conclusões

Resumindo, podemos constatar que:

indústria turfeira, faz-se necessário que o Govêrno dê sua ajuda, encarre gando alguns geólogos e técnicos pa ra, primeiramente, estudar e fixar as

no consumo mais econômica que cer-

voura, na horti e floricultura, adotada

1. — O Brasil dispõe, ao longo do litoral ou não muito distanciadas de

hulhas de Santa Catarina e do Rio-

por milhares dc agricultores e jardi-

le, um número apreciável de turfoiras

neiros ná Holanda ç Alemanha.

sendo que apenas as reservas no vale

condições, sob as quais a exploração

do Paraíba são calculadas em vários

se possa proceder com vantagem. Aos técnicos cabe a tarefa de inves

-Grande-do-Sul, com 20 a 30% d,, matena estéril. o cuatc calcrlfico

dos carborantcs líquidos _ gasolina,

turfa bencTlcLt"

°

No «ttanto, devido à sua reduaida densidade, o volume da turfa c muito maior do que o volume do carvão de pedra, não suportando, por isso, uu, longo transporte. Além dc que, como

já temos focalizado, tanto o produto fornecido como a maneira de sua queima em nossas indústrias, encer

ram ainda diversas deficiências pre judiciais para o maior fomento de seu emprego.

Uma adição de 20% de ácido sidfúrico torna a farinha de turfa um

niilhões de toneladas.

desinfetantc dos esgotos de curtumes,

— Sob as condições apropriadas, pode-se usar a turfa, de modo vanta

frigoríficos, etc., e purifica sob forma

de soluções alcalinas ou ácido húnilco (obtidos da turfa) as águas de difusão em usinas açucareiras. Entre as outras aplicações da turfa pulverizada realçamos ainda: meio

para o empacotamento de objetos f.\cilmente quebráveis e para a conser

vação dc frutas e alimentos rapida mente estragáveis; matéria de alta capacidade de isolamento, por causa d-» sua diminuta condutibilidade térmica,

Perspetivas futuras para a turfa brasileira

largamente empregada em geladeiras, acumuladores frigoríficos, na constru

ção de paredes, tétos e revestimentos, O valor da turfa reside, fora da sua utilização como combustível, num nú

etc.; substância básica para eimilsào de desinfetantes, Hquefações dé alca-

mero crescente de outras utilidad-s.

trões e preparação de ferragens d«»

joso, como combustível, particularrnente cm estado pulverizado, como as experiências e a prática na Alema

nha, Suécia, Rússia e outros países têm

comprovado.

emprego da

turfa

material carburante

Recomenda-se sobretudo

nos

o

como

gasogênios

ocorrências

turfeiras, suas

reservas,

sua localização propícia e as outras

tigar o aproveitamento racional da turfa como carburante, as instalações adequadas da queima, etc., e as outt as possibilidades do emprego eco nômico da turfa.

Nessas condições, seria um pecado econômico não se aproveitar dessas

riquezas minerais e deixar dormi-las o seu sono milehárío.


O pai per^nta ao filho, /a filho per

Digesto Econômico

gunta à mãe, a mae indaga da irmã,

a irmã pergunta à sogra.

Assim em

São Paulo a inquietação anda no ar

'(,■

e a pergunta pinga dos lábios de to

da gente.

1'

Onde morar?

014DF lÁcm ^UNCA, como agora, se viu pro prietário ter tanta vontade de mo rar em casa que se encontre alugaNão há inquilino que não viva. o temor e o receio de receber, de ^ Ora para outra, a visita sorri-

;^ij: •A

do proprietário:

ca

O

"vesse de^bad"'^"'"^ vanb , """ gUMidaste.

Le-

jaça casa?,

2

=>0 céu.

1^,

Onde arran-

i

onde o sr. está...

Quando o proprietário não vendeu a casa em

que mora, passou-a para

o nome da filha, que acabou de sc

ditado.

Chegou na idade, é ir em

purrando para a igreja. . . E «m princípio salutar, o sr. não aclia? — Acho, acho — o inquilino cai na

existe em São PamU

asneira de ajuntar.

confessa de coração, mas não está

quer casa, como diz o ditado.

^ar? - O n proprietário • alu gar?, lamenta muito.

Jíll

resistir a uni preço convidativo? E : agora tenho de me_ mudar para esta,

feita para o casamento, como diz o

^C!>abou sobre a cabe-

no seu poder fazer nada. Explica: — Vendi a casa que tinha em Pinheiros. .. Não é que tivesse von~ dido de propósito, só para lhe vir pedir a casa. Mas é que o preço era convidativo. .. O sr. já viu alguém

casa ótima. O sr. pode procurar São Paulo inteiro que não acha uma

para o tempo antigo, agora são ne

de contrato...

diação,

— O sr. compreende: mullier foi

o mú"„r'ih° 'r I

Paulo não tenha nada a invejar às mais belas cidades do globo. A ca pital cresce e é preciso, modernizar-sc. Êsse negócio de rua estreita era cessárias avenidas amplas. Avenid.v da Centralização, Avenida da Irra

casar.

Estou precisando da casa.. .

f

S7

— Pois

ora aí

ciso da casa. ..

está:

quem casa.

Pre

Não é por mal, não.

Avenida

Se, de tôda a maneira, não é o

prédio, o caso será outro, é que vão alargar a rua, transformando-a nu

ma bonita avenida, para^ que Sao

Expansão. ..

igual.

E mais, temos ainda três anos

— Três anos de contrato?! — o ci

dadão não pode se conter de satisfa ção. Daquela vez acertara na sorte

Avenida para cá, avenida para lá.

grande.

Etc. e coisa c loisa e tal. Ora essa. De modo que arranjar casa hoje

gado.

cm São Paulo é tarefa árdua c de manda fino engenho. Não é ofício para qualquer pessoa. As vezes su

Afinal, o dia dêle havia che

O chefe de família desvia um pou co o olhar, coça o queixo:

— Agora, tem uma coisa. mobília...

Passo a casa,

Tem a

mas

junto

jeito a surpresas muito agradáveis.

com ela quero vender a mobília... 3,

O cidadão que deseja uma casa, abre o jornal na esperança de que

Preço de amigo; 20 contos.

algum anúncio lhe acene

com

cadeiras,

a

um piano

e dois

sofás.

Diante da magnanimidade do gesio

perspetiva de uma residência, não di

o cidadão se comove. Brotam-lhe Ia

remos de acordo com

grimas dos olhos, escorrem-lhe pelas

os

seus

so

nhos, mas que ofereça um certo con forto e cujo aluguel não tire a ca misa do corpo. Abre o jornal e não pode conter a alegriav Porque lá está o anúncio abençoado:

faces e inundam a casa, transbordan

do para a rua. O cidadão improvisa uma canoa e embarca nela, de regres so

ao

centro.

Volta ao jornal. Percorre os anún cios de alto a baixo, esgaravata, pes

fique o sr. sabendo.

proprietário que está interessado np

da

— Como o sr. está vendo, é uma

Casa Supimpa

Aluga-se com

5 espaçosos

dormi

tórios, luxuosa sala de visita, sala de jantar ampla, "hall", copa, co

zinha, banheiro, garage, jardim, 1 papagaio, o diabo.

Um minuto do

bonde, lugar no estribo garantido. De graça: Cr$ 255,70 por mês. O cidadão voa para a casa anun ciada.

E' muito bem acolliido.

se rodeado por

pessoas

Vê-

obscquiosas,

O chefe da família dá as explicações necessárias :

quisa, inquere, esmiuça, esgaravuncha, cata, e acha. Pois acha novo anúncio:

Casas para aluguel

Existem em no bairro X.

grande

quantidade

Tratar com Fulano,

rua das Casas, número da porta.

Num abrir e fechar de olhos, o ci dadão está à porta de Fulano:

Foi daqui que anunciaram?

Fulano é alto, magro, usa bigode, inclina-se

muito

respeitosamente:

— Queira entrar.


O pai per^nta ao filho, /a filho per

Digesto Econômico

gunta à mãe, a mae indaga da irmã,

a irmã pergunta à sogra.

Assim em

São Paulo a inquietação anda no ar

'(,■

e a pergunta pinga dos lábios de to

da gente.

1'

Onde morar?

014DF lÁcm ^UNCA, como agora, se viu pro prietário ter tanta vontade de mo rar em casa que se encontre alugaNão há inquilino que não viva. o temor e o receio de receber, de ^ Ora para outra, a visita sorri-

;^ij: •A

do proprietário:

ca

O

"vesse de^bad"'^"'"^ vanb , """ gUMidaste.

Le-

jaça casa?,

2

=>0 céu.

1^,

Onde arran-

i

onde o sr. está...

Quando o proprietário não vendeu a casa em

que mora, passou-a para

o nome da filha, que acabou de sc

ditado.

Chegou na idade, é ir em

purrando para a igreja. . . E «m princípio salutar, o sr. não aclia? — Acho, acho — o inquilino cai na

existe em São PamU

asneira de ajuntar.

confessa de coração, mas não está

quer casa, como diz o ditado.

^ar? - O n proprietário • alu gar?, lamenta muito.

Jíll

resistir a uni preço convidativo? E : agora tenho de me_ mudar para esta,

feita para o casamento, como diz o

^C!>abou sobre a cabe-

no seu poder fazer nada. Explica: — Vendi a casa que tinha em Pinheiros. .. Não é que tivesse von~ dido de propósito, só para lhe vir pedir a casa. Mas é que o preço era convidativo. .. O sr. já viu alguém

casa ótima. O sr. pode procurar São Paulo inteiro que não acha uma

para o tempo antigo, agora são ne

de contrato...

diação,

— O sr. compreende: mullier foi

o mú"„r'ih° 'r I

Paulo não tenha nada a invejar às mais belas cidades do globo. A ca pital cresce e é preciso, modernizar-sc. Êsse negócio de rua estreita era cessárias avenidas amplas. Avenid.v da Centralização, Avenida da Irra

casar.

Estou precisando da casa.. .

f

S7

— Pois

ora aí

ciso da casa. ..

está:

quem casa.

Pre

Não é por mal, não.

Avenida

Se, de tôda a maneira, não é o

prédio, o caso será outro, é que vão alargar a rua, transformando-a nu

ma bonita avenida, para^ que Sao

Expansão. ..

igual.

E mais, temos ainda três anos

— Três anos de contrato?! — o ci

dadão não pode se conter de satisfa ção. Daquela vez acertara na sorte

Avenida para cá, avenida para lá.

grande.

Etc. e coisa c loisa e tal. Ora essa. De modo que arranjar casa hoje

gado.

cm São Paulo é tarefa árdua c de manda fino engenho. Não é ofício para qualquer pessoa. As vezes su

Afinal, o dia dêle havia che

O chefe de família desvia um pou co o olhar, coça o queixo:

— Agora, tem uma coisa. mobília...

Passo a casa,

Tem a

mas

junto

jeito a surpresas muito agradáveis.

com ela quero vender a mobília... 3,

O cidadão que deseja uma casa, abre o jornal na esperança de que

Preço de amigo; 20 contos.

algum anúncio lhe acene

com

cadeiras,

a

um piano

e dois

sofás.

Diante da magnanimidade do gesio

perspetiva de uma residência, não di

o cidadão se comove. Brotam-lhe Ia

remos de acordo com

grimas dos olhos, escorrem-lhe pelas

os

seus

so

nhos, mas que ofereça um certo con forto e cujo aluguel não tire a ca misa do corpo. Abre o jornal e não pode conter a alegriav Porque lá está o anúncio abençoado:

faces e inundam a casa, transbordan

do para a rua. O cidadão improvisa uma canoa e embarca nela, de regres so

ao

centro.

Volta ao jornal. Percorre os anún cios de alto a baixo, esgaravata, pes

fique o sr. sabendo.

proprietário que está interessado np

da

— Como o sr. está vendo, é uma

Casa Supimpa

Aluga-se com

5 espaçosos

dormi

tórios, luxuosa sala de visita, sala de jantar ampla, "hall", copa, co

zinha, banheiro, garage, jardim, 1 papagaio, o diabo.

Um minuto do

bonde, lugar no estribo garantido. De graça: Cr$ 255,70 por mês. O cidadão voa para a casa anun ciada.

E' muito bem acolliido.

se rodeado por

pessoas

Vê-

obscquiosas,

O chefe da família dá as explicações necessárias :

quisa, inquere, esmiuça, esgaravuncha, cata, e acha. Pois acha novo anúncio:

Casas para aluguel

Existem em no bairro X.

grande

quantidade

Tratar com Fulano,

rua das Casas, número da porta.

Num abrir e fechar de olhos, o ci dadão está à porta de Fulano:

Foi daqui que anunciaram?

Fulano é alto, magro, usa bigode, inclina-se

muito

respeitosamente:

— Queira entrar.


Dígesto Econômico

58

O cidadão entra, encontra-se nuni-i pequena saleta com duas ou três ca-

, dciras espalhadas c upia escrevaninha ao fundo.

Fulano senta-se à escre

vaninha, faz-lhe um gesto: — Estamos aqui para servir o dis

tinto cavalheiro...

Que é que tem

a bondade^ de mandar?

O cidadão diz ao que vem: — Pois é: eu vi aquélc seu anúncio e como cstóu interessado numa

casa, acudi logo. Ora dá-se: a gen

te em dificuldades para arranjar e o sr. ai com tanta casa para alugar...

Quanto mais se vive,.mais se apren de.

Dígesto Econômico

59

mantos sôbre as casas que estão paro

conseqüência de uma epidemia gene-

sas instituições hospitalares, o, no se-

ser alugadas...

ralizada de surdcz ou se se trata de

gundo, para as casas de ensino, no

uma forte ignorância da população lo-

sentido dc que estas contribuam cxi-

Temos um serviço

de fichas muito bem organizado. So o sr. se utilizar dos nossos fracos

cal.

préstimos, vai ficar muito bem servi

apclando-se no primeiro, para as nos-

Ambos os casos tem remédio,

do, como os que mais o sejam... Já está ali mesmo, o cidadão con corda:

— Então mc faça o favor de infor

Psirtioipnçüo relativa «le IO nações uo Coiiiéreio Pxterior do uiiiiido (1040)

mar...

Novamente Fulano sò formaliza uni

pouco. Ergue-se... (relcia-sc atrás)--dignidade:

— Para informação de cada casa,

'N2 OE ORDEM

PAIS

1

2

flação, custo de.vida...

cado extoríDí

sujeito agachado junto a um tijolo. Não tem outro remédio senão per guntar:

fala do alto de sua dignidade: — Não, não.

Não se trata bem

disso... Eu não tenho casa para alu

gar. Eu tenlio é uma muito acredi tada agencia de informações. Ihfor-

— Aqui não tinha uma casa? O outro sacode a cabeça negativa

JAPÃO

do mundo

trega-a, recebe o endereço do précio^ que êlc está coni uma telha de mc nos? Mas não pode estar, sciitc se lúcido. Mas a desconfiança persiste, porque no lugar indicado só vé uni

5 TRANCA

Porcenlagem

da participa rão no mer

e pôs-sc a caminho. A medida qu^ se aproxima, vai ficando admirado, duvida de si, vem uma suspeita. Ser-

3

INGLATERRA íí UNIDOS ALEMANHA

cobramos uma taxa módica: 50 cru zeiros. Uma miséria, o sr. sabe. In O cidadão desembolsa a nota, cn ■

A essa altura. Fulano formaliza-se um pouco. Ergue-se na cadeira, so bre cujo espaldar estende o braço e

cazmente para a alfabctização imedi.i-ta do país.

IO,O

6,1

4.0

Comtrcia uxU.

rior "pei ca pita" em cruzeiros

3.000.0

N? deDRDEM

TAl'5

CANADA

7-40.0

1.300.0

iZ

ô"

B£ LO-ICA

HOLANDA

1.300.0

i|00.0

13 ARGENTINA

&RASIL

Poreenlaeem

da participa rão no mer cado exterior

do mundo

mente:

— Vai ter. Estou botando o tijo lo fundamental... Onde morar? o cidadão se pergun

ta a si mesmo. Onde morai ? mf'"ga dos outros. Ninguém responde. Não se sahe se a falta de resposta é

3.0

2,0

1.3

CoRitrcIo exte

rior "per pita" em cruzeiros

TtSi

ca

2.700.0

2.700.0

1.500.0

300.0


Dígesto Econômico

58

O cidadão entra, encontra-se nuni-i pequena saleta com duas ou três ca-

, dciras espalhadas c upia escrevaninha ao fundo.

Fulano senta-se à escre

vaninha, faz-lhe um gesto: — Estamos aqui para servir o dis

tinto cavalheiro...

Que é que tem

a bondade^ de mandar?

O cidadão diz ao que vem: — Pois é: eu vi aquélc seu anúncio e como cstóu interessado numa

casa, acudi logo. Ora dá-se: a gen

te em dificuldades para arranjar e o sr. ai com tanta casa para alugar...

Quanto mais se vive,.mais se apren de.

Dígesto Econômico

59

mantos sôbre as casas que estão paro

conseqüência de uma epidemia gene-

sas instituições hospitalares, o, no se-

ser alugadas...

ralizada de surdcz ou se se trata de

gundo, para as casas de ensino, no

uma forte ignorância da população lo-

sentido dc que estas contribuam cxi-

Temos um serviço

de fichas muito bem organizado. So o sr. se utilizar dos nossos fracos

cal.

préstimos, vai ficar muito bem servi

apclando-se no primeiro, para as nos-

Ambos os casos tem remédio,

do, como os que mais o sejam... Já está ali mesmo, o cidadão con corda:

— Então mc faça o favor de infor

Psirtioipnçüo relativa «le IO nações uo Coiiiéreio Pxterior do uiiiiido (1040)

mar...

Novamente Fulano sò formaliza uni

pouco. Ergue-se... (relcia-sc atrás)--dignidade:

— Para informação de cada casa,

'N2 OE ORDEM

PAIS

1

2

flação, custo de.vida...

cado extoríDí

sujeito agachado junto a um tijolo. Não tem outro remédio senão per guntar:

fala do alto de sua dignidade: — Não, não.

Não se trata bem

disso... Eu não tenho casa para alu

gar. Eu tenlio é uma muito acredi tada agencia de informações. Ihfor-

— Aqui não tinha uma casa? O outro sacode a cabeça negativa

JAPÃO

do mundo

trega-a, recebe o endereço do précio^ que êlc está coni uma telha de mc nos? Mas não pode estar, sciitc se lúcido. Mas a desconfiança persiste, porque no lugar indicado só vé uni

5 TRANCA

Porcenlagem

da participa rão no mer

e pôs-sc a caminho. A medida qu^ se aproxima, vai ficando admirado, duvida de si, vem uma suspeita. Ser-

3

INGLATERRA íí UNIDOS ALEMANHA

cobramos uma taxa módica: 50 cru zeiros. Uma miséria, o sr. sabe. In O cidadão desembolsa a nota, cn ■

A essa altura. Fulano formaliza-se um pouco. Ergue-se na cadeira, so bre cujo espaldar estende o braço e

cazmente para a alfabctização imedi.i-ta do país.

IO,O

6,1

4.0

Comtrcia uxU.

rior "pei ca pita" em cruzeiros

3.000.0

N? deDRDEM

TAl'5

CANADA

7-40.0

1.300.0

iZ

ô"

B£ LO-ICA

HOLANDA

1.300.0

i|00.0

13 ARGENTINA

&RASIL

Poreenlaeem

da participa rão no mer cado exterior

do mundo

mente:

— Vai ter. Estou botando o tijo lo fundamental... Onde morar? o cidadão se pergun

ta a si mesmo. Onde morai ? mf'"ga dos outros. Ninguém responde. Não se sahe se a falta de resposta é

3.0

2,0

1.3

CoRitrcIo exte

rior "per pita" em cruzeiros

TtSi

ca

2.700.0

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1.500.0

300.0


Tfipr^

1

n()Lj:riMJ)()iX'i']jiii()ii

Digcsto Econômico

61

pies acampamento de trabalhadores da estrada de ferro que se estava

Escolhido para ponto de abasteci mento de provisões e depósito de ma terial, construiram-se barracas ao re

dor dos trilhos.

A concentração co

dos pelo Departamento Nacional do Café, os resultados do censo ca feeiro, o primeiro realizado no país. Há, em todo o Birasil, 184.808 pro

priedades em que se procede à cultu ra do café, se bem que ela não seja exclusiva, ocupando apenas 15% da área total, que se eleva a 17.150 535

diversas nacionalidades.

1.338.515 pessoas se dedicam a cafeicultura. Eleva-se a Cr$ '' 5.441.147.115,00 o capital invertido na lavoura de café, discriminando-se as

em

68.879 pertencem ao Estado de São

em edifícios

Paulo; 60.467 a Minas-Gerais; 22.300

em maquinismos

deixamos de fazer referência, para não nos alongarmos demasiado. As 184.808 propriedades têm 168.350

proprietários, dos quais um quinto são estrangeiros.

No Estado de São

Paulo é que se verifica a maior por centagem de elementos alienígenas, atingindo 43% do totel, que é de 65.446.

Destes, mais da metade são

terras ..

••

Mil cruzeiros 4.246.684

1.046.415

..

Encontram-se no Estado

148.047 de São to-

Paulo as maiores inversões, cujo tal é de 3.029 milhões de sendo: 2.263 milhões em terras;

milhões em edifícios e 85 milhões em

maquinismos. Em relação ao núm ro de pessoas ocupadas, é ainda significante a mecanização da lavou ra.

Interessante ainda observar qu »

enquanto nas fazendas de Minas,

ve 597.666 hectares, de um total de

panhóis, com 5.552; 3.493 japonêses; 3.297 portugueses; 476 turco-árabes;

6.130.931 hectares, em S. Paulo co bre uma área de 1.413.208 hectares, de

Araçatuba

Está para ser contada a história da

um total de 7.538.810.

ques dos índios Caingangs e os gol" pes de ousadia e temeridade da gente

zona Noroe.ste, cuja abertura se fêz

que avançava através da mata vir

entre riscos e perigos, entre os ata-

gem. Araçatuba proveio de um sim-

bastante

cultivados

o arroz, o

milho e o feijão.

o movimento de passageiros e construiu-sc o primeiro hotel. Foram construídas as primeiras casas de ne gócios. Os terrenos nas redondezas

produção expandiu-se.

cimentos.

— Operam na praça três bancos: o Banco Popular, o Banco Comercial do Estado de São Paulo e o Banco do Vale do Paraíba. Funcionam,

foram loteados.

igualmente, a Caixa Econômica Esta dual e a Caixa Rural.

Hoje Araça

tuba é o centro de uma vasta zona que é conhecida sob o nome de Va

riante, cujas cidades gravitam em tòrno daquela c que c atualmente uma das mais ricas e produtivas do Es tado.

A influência de Araçatuba sôbre a

Bragança Paulista

I

"

Presentemente este município luti

com vários problemas, de cuja solu

ção despende sua maior expansão co mercial e industrial.

Encontra-se em primeiro lugar o

problema dos transportes, a cuja de

zona c feita sobretudo através do seu

ficiência se deve, em grande parte, o

comercio e de sua rêdc bancária.

atraso cm que se acha o comércio lo cal. Há muito Bragança Paulista plei teia que a S. P. R. alargue a bito

A principal lavoura do município c o café, de que existem 8 milhões de pés. E' também grande a cultura de algodão e arroz.

la dos seus trilhos de Campo Limpo até a sua estação. Não se compreen

de essa negligência, pois da medida

cultura do café propriamente absor

italianos, com 14.294; seguem-se es-

bém

— E' muito desenvolvido o comér

terras começaram a ser cultivadas; a

Capital invertido .

dia anual de 30 mil arrobas. São tam

cio iocal, que conta 552 estabele

Com isso a cidade distendeu-se. As

sim:

hectares. Daquele total de fazendas,

ao Espírito Santo; e 9.311 ao Estado do Rio-de-Janeiro. As restantes se encontram em outros Estados, a que

m

e os restantes 796 se repartem entre

produto é o café, com uma safra me

Aumentou

meçou a atrair comércio.

y^CABAM de vir a público, divulga

cruzeiros.

— Quanto à agricultura, o principal

abrindo.

Ceiií«o cafeeiro

exportação anual superior a 550 mil

Guaratinguetá

se beneficiaria a própria estrada.

O município necessita ainda de uma A principal indústria local é a de

linha telefônica .que o ponha em con

fiação e tecelagem de lã, cuja produ

tato com as cidades do sul de Minas,

ção cm 1942 atingiu a mais de 10 mi lhões de cruzeiros. Segue-se a de bebidas que produz anualmente 700 mil cruzeiros, e a de sabão, com uma

com as quais são grandes as sua?transações comerciais. Impõe-se tam

bém a instalação de uma agência do telégrafo nacional na çídade.


Tfipr^

1

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Digcsto Econômico

61

pies acampamento de trabalhadores da estrada de ferro que se estava

Escolhido para ponto de abasteci mento de provisões e depósito de ma terial, construiram-se barracas ao re

dor dos trilhos.

A concentração co

dos pelo Departamento Nacional do Café, os resultados do censo ca feeiro, o primeiro realizado no país. Há, em todo o Birasil, 184.808 pro

priedades em que se procede à cultu ra do café, se bem que ela não seja exclusiva, ocupando apenas 15% da área total, que se eleva a 17.150 535

diversas nacionalidades.

1.338.515 pessoas se dedicam a cafeicultura. Eleva-se a Cr$ '' 5.441.147.115,00 o capital invertido na lavoura de café, discriminando-se as

em

68.879 pertencem ao Estado de São

em edifícios

Paulo; 60.467 a Minas-Gerais; 22.300

em maquinismos

deixamos de fazer referência, para não nos alongarmos demasiado. As 184.808 propriedades têm 168.350

proprietários, dos quais um quinto são estrangeiros.

No Estado de São

Paulo é que se verifica a maior por centagem de elementos alienígenas, atingindo 43% do totel, que é de 65.446.

Destes, mais da metade são

terras ..

••

Mil cruzeiros 4.246.684

1.046.415

..

Encontram-se no Estado

148.047 de São to-

Paulo as maiores inversões, cujo tal é de 3.029 milhões de sendo: 2.263 milhões em terras;

milhões em edifícios e 85 milhões em

maquinismos. Em relação ao núm ro de pessoas ocupadas, é ainda significante a mecanização da lavou ra.

Interessante ainda observar qu »

enquanto nas fazendas de Minas,

ve 597.666 hectares, de um total de

panhóis, com 5.552; 3.493 japonêses; 3.297 portugueses; 476 turco-árabes;

6.130.931 hectares, em S. Paulo co bre uma área de 1.413.208 hectares, de

Araçatuba

Está para ser contada a história da

um total de 7.538.810.

ques dos índios Caingangs e os gol" pes de ousadia e temeridade da gente

zona Noroe.ste, cuja abertura se fêz

que avançava através da mata vir

entre riscos e perigos, entre os ata-

gem. Araçatuba proveio de um sim-

bastante

cultivados

o arroz, o

milho e o feijão.

o movimento de passageiros e construiu-sc o primeiro hotel. Foram construídas as primeiras casas de ne gócios. Os terrenos nas redondezas

produção expandiu-se.

cimentos.

— Operam na praça três bancos: o Banco Popular, o Banco Comercial do Estado de São Paulo e o Banco do Vale do Paraíba. Funcionam,

foram loteados.

igualmente, a Caixa Econômica Esta dual e a Caixa Rural.

Hoje Araça

tuba é o centro de uma vasta zona que é conhecida sob o nome de Va

riante, cujas cidades gravitam em tòrno daquela c que c atualmente uma das mais ricas e produtivas do Es tado.

A influência de Araçatuba sôbre a

Bragança Paulista

I

"

Presentemente este município luti

com vários problemas, de cuja solu

ção despende sua maior expansão co mercial e industrial.

Encontra-se em primeiro lugar o

problema dos transportes, a cuja de

zona c feita sobretudo através do seu

ficiência se deve, em grande parte, o

comercio e de sua rêdc bancária.

atraso cm que se acha o comércio lo cal. Há muito Bragança Paulista plei teia que a S. P. R. alargue a bito

A principal lavoura do município c o café, de que existem 8 milhões de pés. E' também grande a cultura de algodão e arroz.

la dos seus trilhos de Campo Limpo até a sua estação. Não se compreen

de essa negligência, pois da medida

cultura do café propriamente absor

italianos, com 14.294; seguem-se es-

bém

— E' muito desenvolvido o comér

terras começaram a ser cultivadas; a

Capital invertido .

dia anual de 30 mil arrobas. São tam

cio iocal, que conta 552 estabele

Com isso a cidade distendeu-se. As

sim:

hectares. Daquele total de fazendas,

ao Espírito Santo; e 9.311 ao Estado do Rio-de-Janeiro. As restantes se encontram em outros Estados, a que

m

e os restantes 796 se repartem entre

produto é o café, com uma safra me

Aumentou

meçou a atrair comércio.

y^CABAM de vir a público, divulga

cruzeiros.

— Quanto à agricultura, o principal

abrindo.

Ceiií«o cafeeiro

exportação anual superior a 550 mil

Guaratinguetá

se beneficiaria a própria estrada.

O município necessita ainda de uma A principal indústria local é a de

linha telefônica .que o ponha em con

fiação e tecelagem de lã, cuja produ

tato com as cidades do sul de Minas,

ção cm 1942 atingiu a mais de 10 mi lhões de cruzeiros. Segue-se a de bebidas que produz anualmente 700 mil cruzeiros, e a de sabão, com uma

com as quais são grandes as sua?transações comerciais. Impõe-se tam

bém a instalação de uma agência do telégrafo nacional na çídade.


Digcsto Econômico

62

i>aha];sci,AIU!CI!U Outra questão que não deveria ser

cultivo da menta. Tambcni c grande

descuidada c a abertura de numerosas

a plantação dc mamona c de amen doim. Promissor c o surto da cultura

estradas-de-rodagem que facilitam o transporte da produção bragantina para as cidades vizinhas.

do bicho-da-sêda.

— Garça possui 820 casas comer ciais ; o número dc estabelecimentos

Garça

Problemas «Ic política coiuercial na Coiiferôiiela das Classes Produtoras

industriais ascende a 137.

Não obstante ser uma cidade nov-i,

Garça inclui-se entre os municípios mais produtivos do Estado. Situado

tre ^ três espigões divisores, tem uma area de 1.041 km2 e a sua po pulação se eleva a 60.000 habitantes.

— As arrecadações dc

Garça em

(Especial para o "Digesto Econômico")

1943 foram as seguintes: municipal, Cr§ 1.145.268.90; estadual, Cr§ . • •

4.325.892,20; federal, Crg 1.025.165,60, correio, Cr§ 114.174,40; trânsito, Cr§ 18.596,50; e Cia. Paulista de E. dc .

por Álvaro Porto Moltinho

pitoresca cidade

Em numero de 916, as suas proprie-

Ferro, Cr? 2.334.730,80.

tal H

ca atingem a CrÇ 1.500.000,00.

reuniu, durante

Itapeva

expoentes das classes produtoras do

possuem um valor to-

— Os depósitos na Caixa Econômi

de uma

:i—stenrr;r:n produção

200 mil sacas

médio por mii „ rôbas.

semana,

os

Brasil, convocadas ^

^

Tercsôpolis

^

rendimento ^ 80

Não se restringe ao café a sua cultura agrícola. A produção de alde 10.000 alqueires, tem-se elevado a mais de I.500.00O arrobas por ano. A safra de arroz, em 1943, atingiu a 280. O sacas. São cultivados outros cereais, como feijão, miiho e batati

nha. O trigo se acha em fase expe rimental. Desenvolve-se bastante o

pelos

respetivos

Sobre os trabalhos especiais da Vil Secção, diz o A. que neles se verifi cou sempre unanimidade a avor

A maior produção do município e agrícola, sendo o milho c o algodão

líderes. Homens do Norte, Sul, Este Oeste c Centro, avistaram-se ali, on

princípio .da liberdade de comercio "como norma geral para o fortaleci

as principais culturas.

de muitos se reviram e muitos se co-

mento do nosso mercado

nbeceram.

para proporcionar às popu aço

A área ocupada com a primeira ele vou-se a 3.120 alqueires em 1942; a

Além do benefício de fazer reve-

de algodão foi de cerca de 603 al

rem-se e conhecerem-se os homens que

queires no mesmo ano.

fazem a produção e a circulação das

®

elevação do padrão de vida, do soerguimento da renda nacional .

*P"^a, realizada cm pequenas proprie

Produtoras registou outro grande be

lis foram convocados para hospedar os congressistas, que se acomodaram

dades, sendo, por isso, desenvolvidas

nefício dc ordem geral, que nunca se

2 e 3 em cada quarto.

também as lavouras de feijão, arroz»

rá excessivamente louvado: o apare

No município predomina a policul-

naandioca, fumo, cana, batatas, etc.. Merecem cuidados a frutícuItPta,

de que se destacam a banana, o abacaxi, a uva e a laranja, e a silvicuH"* ra, existindo 50 mil pés dc eucalipto^-

riquezas, a Conferência

das

Classes

Nesse

ambiente

^

animador,

11

cimento da Agricultura nos trabalhos

sccções técnicas elaboraram interes

das classes produtoras no Brasil. As e deliberaram conjuntamente: os la vradores, os criadores, os explorado

santes relatórios sobre problemas de suas especializações, os quais consti tuirão, em qualquer tempo, magnífico material para estudo e elemento de

res de minas, os transformadores de

orientação política.

sim, todos os irmãos compareceram

utilidades, os transportadores, e os comerciantes.

Em conseqüência, to

dos os hotéis e pensões de Teresópo-

Bsses relatórios foram depois sub

metidos ao voto do plenário, onde a nltiralídarlp


Digcsto Econômico

62

i>aha];sci,AIU!CI!U Outra questão que não deveria ser

cultivo da menta. Tambcni c grande

descuidada c a abertura de numerosas

a plantação dc mamona c de amen doim. Promissor c o surto da cultura

estradas-de-rodagem que facilitam o transporte da produção bragantina para as cidades vizinhas.

do bicho-da-sêda.

— Garça possui 820 casas comer ciais ; o número dc estabelecimentos

Garça

Problemas «Ic política coiuercial na Coiiferôiiela das Classes Produtoras

industriais ascende a 137.

Não obstante ser uma cidade nov-i,

Garça inclui-se entre os municípios mais produtivos do Estado. Situado

tre ^ três espigões divisores, tem uma area de 1.041 km2 e a sua po pulação se eleva a 60.000 habitantes.

— As arrecadações dc

Garça em

(Especial para o "Digesto Econômico")

1943 foram as seguintes: municipal, Cr§ 1.145.268.90; estadual, Cr§ . • •

4.325.892,20; federal, Crg 1.025.165,60, correio, Cr§ 114.174,40; trânsito, Cr§ 18.596,50; e Cia. Paulista de E. dc .

por Álvaro Porto Moltinho

pitoresca cidade

Em numero de 916, as suas proprie-

Ferro, Cr? 2.334.730,80.

tal H

ca atingem a CrÇ 1.500.000,00.

reuniu, durante

Itapeva

expoentes das classes produtoras do

possuem um valor to-

— Os depósitos na Caixa Econômi

de uma

:i—stenrr;r:n produção

200 mil sacas

médio por mii „ rôbas.

semana,

os

Brasil, convocadas ^

^

Tercsôpolis

^

rendimento ^ 80

Não se restringe ao café a sua cultura agrícola. A produção de alde 10.000 alqueires, tem-se elevado a mais de I.500.00O arrobas por ano. A safra de arroz, em 1943, atingiu a 280. O sacas. São cultivados outros cereais, como feijão, miiho e batati

nha. O trigo se acha em fase expe rimental. Desenvolve-se bastante o

pelos

respetivos

Sobre os trabalhos especiais da Vil Secção, diz o A. que neles se verifi cou sempre unanimidade a avor

A maior produção do município e agrícola, sendo o milho c o algodão

líderes. Homens do Norte, Sul, Este Oeste c Centro, avistaram-se ali, on

princípio .da liberdade de comercio "como norma geral para o fortaleci

as principais culturas.

de muitos se reviram e muitos se co-

mento do nosso mercado

nbeceram.

para proporcionar às popu aço

A área ocupada com a primeira ele vou-se a 3.120 alqueires em 1942; a

Além do benefício de fazer reve-

de algodão foi de cerca de 603 al

rem-se e conhecerem-se os homens que

queires no mesmo ano.

fazem a produção e a circulação das

®

elevação do padrão de vida, do soerguimento da renda nacional .

*P"^a, realizada cm pequenas proprie

Produtoras registou outro grande be

lis foram convocados para hospedar os congressistas, que se acomodaram

dades, sendo, por isso, desenvolvidas

nefício dc ordem geral, que nunca se

2 e 3 em cada quarto.

também as lavouras de feijão, arroz»

rá excessivamente louvado: o apare

No município predomina a policul-

naandioca, fumo, cana, batatas, etc.. Merecem cuidados a frutícuItPta,

de que se destacam a banana, o abacaxi, a uva e a laranja, e a silvicuH"* ra, existindo 50 mil pés dc eucalipto^-

riquezas, a Conferência

das

Classes

Nesse

ambiente

^

animador,

11

cimento da Agricultura nos trabalhos

sccções técnicas elaboraram interes

das classes produtoras no Brasil. As e deliberaram conjuntamente: os la vradores, os criadores, os explorado

santes relatórios sobre problemas de suas especializações, os quais consti tuirão, em qualquer tempo, magnífico material para estudo e elemento de

res de minas, os transformadores de

orientação política.

sim, todos os irmãos compareceram

utilidades, os transportadores, e os comerciantes.

Em conseqüência, to

dos os hotéis e pensões de Teresópo-

Bsses relatórios foram depois sub

metidos ao voto do plenário, onde a nltiralídarlp


Dígesto Econômico

64

se a média geral das opiniões, sob cujo influxo as conclusões eram apro vadas umas, reprovadas outras e reto cadas as demais. *

*

*

Sob a presidência do Dr. BrasíUo Machado Neto, digníssimo Presidente

* * *

65

Assim agindo, ampliaremos (por via indireta) as nossas exportações, uma

associações de classe

vez que estimulamos as importações

Comercial do

lítica comercial, cogita-se apenas dc

sem as quais não pode haver expor

ciação Comercial de São Paulo e Fe

incrementar a exportação... como ic

ainda estivéssemos na época da fale

tação! A menos que esta seja dada de presente. Coisa que certamente

lo.

ninguém pretende...

Geralmente, quando se trata de po

da Associação Comercial de São Pau

cida experiência mercantilista I Em bora todos os que estudam Economia

lo, tendo como relator o professor

saibam que, no comercio internacio

pagar nossas exportações (e armaze

Frederico Herrmann Júnior, e con gregando homens de valor, de expe riência e de estudo, a VII Sccção

nal, as exportações só se pagam com

importações (funcionando a moeda como simples instrumento de troca),

ná-lo nas arcas do Banco do Brasil

realizou um trabalho notável.

há, ainda, quem preconize o. incentivo

E' interessante assinalar que, du rante os trabalhos especiais

dessa

Quanto a importarmos ouro para

ou do Tesouro Nacional) será políti ca do agrado de alguns mas não é jamais o ideal das classes produtoras, que visam a aumentar 'a renda nacio

à exportação e o combate à importa

ção, como se isso fósse possível, quando todos os estudiosos^ sabem

novos institutos das nossas grandes

— Associação

Rio-de-Janeiro,

Asso

deração das Indústrias dc São Pau Do segundo gênero temos prova

nos institutos da Faculdade de Ciên cias Econômicas da Universidade Na- , cional de Buenos Aires, onde os seus

trabalhos se refletem, de forma in-

comparável, na formação eficiente dos que estudam naquela Faculdade. S

* *

As conclusões da VII Secção mon

* * *

tam a 20. O seu estudo pormenori zado não caberia pois, materialmenlê falando, num comentário desta natu

espírito humanitário, mas por simp cs

do interno e para proporcionar às populações a elevação do padrão de vida, através do soerguimento da ren

A Vil Secção apreciou também as condições técnicas de um comércio

reza. Assinalemos apenas que as conclusões tratam (mais ou menos

interesse.

eficiente.

à "Formação de Técnicos em Comér

da nacional".

Fpi-nos grato, pois. constatar que o relatório da VII Sccção, em stu

minuciosamente) dos principais pvu" blemas com os quais se defronta a

página 3, diz: "Como complemento

cio e Economia

necessário, destinado a tcr^ influenci

tratou do ensino médio e superior de

decisiva sôbre a expansão do comejcio exterior do Brasil, a VII Sccçao

Comércio c de Economia

sugere a criação dc um organismo crédito especializado que, utilizando

especiais. Reconheceu assim .que, pa

as cambiais e os fundos provenientes da venda dos nossos saldos em moeda estrangeira, financie a importação c a exportação, dentro de limites anuais

concorrência da época atual, necessi

Secção, registou-sc sempre unanimi r .

Dígesto Econômico

dade a favor do princípio da liberdade

que, para se exportar muito, é^nec.s^

de comércio, "como norma geral pa

sário importar-se muito

ra o fortalecimento do nosso merca

Os membros da Vil Secção ma nifestaram-se também unanimemente contra os institutos autárquicos con. troladores da produção e da circula ção, preconizando a extinção desses aparelhos, sabidamente entravadores e encarecedores da produção e da cir culação.

Igualmente, manifestaram-se pnr unanimidade a favor do restabeleci mento da liberdade nos contratos de

seguro, admitindo a fiscalização por parte de órgãos técnicos, visando a assegurar a cobertura dos riscos. Essas unanimidades são deveras sígnijicativasl

nal e a elevar o nosso minguado pa drão de vida.

Dedicou, pois, um capítulo especial E, nesse capítulo,

ra possuirmos comércio eficiente, na tamos dispor de técnicos eficientes.

No mesmo capitulo, tratou dos Ins

compatíveis com a política geral do

.uáail

#

*

*

Como resistiu o relatório aos emba tes em plenário ?

Magnificamente. As emendas jus tas foram imediatamente aceitas pe la Comissão, que as interpretou .co

mo valiosas colaborações. E a maio

titutos de Pesquisas Econômicas, re

ria das conclusões mereceram geral

comendando sejam incentivadas .suas organizações.

aprovação.

as

Êsses institutos são utilíssimos, tan

financiamento!

As 20 conclusões merecem ser lidas e meditadas.

recomen

dando que sejam objeto de cuidados

Banco Central que fôr instituída . Vimos aí, com prazer, que a impor tação não é mais considerada coisa feia, merecedora de combate, porém algo digno de auxilio. Digno até d-s

Política Comercial.

Houve uma conclusão

que

não

foi

bem

entretanto

interpretada

to para defesa das atividades econômi

pelo plenário.

cas quanto para eficiência das ati

conclusão recomendava "a elimina

A redação da

vidades didáticas. Do primeiro gêne

ção dos atuais institutos autárquicos

ro, já temos prova insofismável no.s

que visam ao controle da produção ,


Dígesto Econômico

64

se a média geral das opiniões, sob cujo influxo as conclusões eram apro vadas umas, reprovadas outras e reto cadas as demais. *

*

*

Sob a presidência do Dr. BrasíUo Machado Neto, digníssimo Presidente

* * *

65

Assim agindo, ampliaremos (por via indireta) as nossas exportações, uma

associações de classe

vez que estimulamos as importações

Comercial do

lítica comercial, cogita-se apenas dc

sem as quais não pode haver expor

ciação Comercial de São Paulo e Fe

incrementar a exportação... como ic

ainda estivéssemos na época da fale

tação! A menos que esta seja dada de presente. Coisa que certamente

lo.

ninguém pretende...

Geralmente, quando se trata de po

da Associação Comercial de São Pau

cida experiência mercantilista I Em bora todos os que estudam Economia

lo, tendo como relator o professor

saibam que, no comercio internacio

pagar nossas exportações (e armaze

Frederico Herrmann Júnior, e con gregando homens de valor, de expe riência e de estudo, a VII Sccção

nal, as exportações só se pagam com

importações (funcionando a moeda como simples instrumento de troca),

ná-lo nas arcas do Banco do Brasil

realizou um trabalho notável.

há, ainda, quem preconize o. incentivo

E' interessante assinalar que, du rante os trabalhos especiais

dessa

Quanto a importarmos ouro para

ou do Tesouro Nacional) será políti ca do agrado de alguns mas não é jamais o ideal das classes produtoras, que visam a aumentar 'a renda nacio

à exportação e o combate à importa

ção, como se isso fósse possível, quando todos os estudiosos^ sabem

novos institutos das nossas grandes

— Associação

Rio-de-Janeiro,

Asso

deração das Indústrias dc São Pau Do segundo gênero temos prova

nos institutos da Faculdade de Ciên cias Econômicas da Universidade Na- , cional de Buenos Aires, onde os seus

trabalhos se refletem, de forma in-

comparável, na formação eficiente dos que estudam naquela Faculdade. S

* *

As conclusões da VII Secção mon

* * *

tam a 20. O seu estudo pormenori zado não caberia pois, materialmenlê falando, num comentário desta natu

espírito humanitário, mas por simp cs

do interno e para proporcionar às populações a elevação do padrão de vida, através do soerguimento da ren

A Vil Secção apreciou também as condições técnicas de um comércio

reza. Assinalemos apenas que as conclusões tratam (mais ou menos

interesse.

eficiente.

à "Formação de Técnicos em Comér

da nacional".

Fpi-nos grato, pois. constatar que o relatório da VII Sccção, em stu

minuciosamente) dos principais pvu" blemas com os quais se defronta a

página 3, diz: "Como complemento

cio e Economia

necessário, destinado a tcr^ influenci

tratou do ensino médio e superior de

decisiva sôbre a expansão do comejcio exterior do Brasil, a VII Sccçao

Comércio c de Economia

sugere a criação dc um organismo crédito especializado que, utilizando

especiais. Reconheceu assim .que, pa

as cambiais e os fundos provenientes da venda dos nossos saldos em moeda estrangeira, financie a importação c a exportação, dentro de limites anuais

concorrência da época atual, necessi

Secção, registou-sc sempre unanimi r .

Dígesto Econômico

dade a favor do princípio da liberdade

que, para se exportar muito, é^nec.s^

de comércio, "como norma geral pa

sário importar-se muito

ra o fortalecimento do nosso merca

Os membros da Vil Secção ma nifestaram-se também unanimemente contra os institutos autárquicos con. troladores da produção e da circula ção, preconizando a extinção desses aparelhos, sabidamente entravadores e encarecedores da produção e da cir culação.

Igualmente, manifestaram-se pnr unanimidade a favor do restabeleci mento da liberdade nos contratos de

seguro, admitindo a fiscalização por parte de órgãos técnicos, visando a assegurar a cobertura dos riscos. Essas unanimidades são deveras sígnijicativasl

nal e a elevar o nosso minguado pa drão de vida.

Dedicou, pois, um capítulo especial E, nesse capítulo,

ra possuirmos comércio eficiente, na tamos dispor de técnicos eficientes.

No mesmo capitulo, tratou dos Ins

compatíveis com a política geral do

.uáail

#

*

*

Como resistiu o relatório aos emba tes em plenário ?

Magnificamente. As emendas jus tas foram imediatamente aceitas pe la Comissão, que as interpretou .co

mo valiosas colaborações. E a maio

titutos de Pesquisas Econômicas, re

ria das conclusões mereceram geral

comendando sejam incentivadas .suas organizações.

aprovação.

as

Êsses institutos são utilíssimos, tan

financiamento!

As 20 conclusões merecem ser lidas e meditadas.

recomen

dando que sejam objeto de cuidados

Banco Central que fôr instituída . Vimos aí, com prazer, que a impor tação não é mais considerada coisa feia, merecedora de combate, porém algo digno de auxilio. Digno até d-s

Política Comercial.

Houve uma conclusão

que

não

foi

bem

entretanto

interpretada

to para defesa das atividades econômi

pelo plenário.

cas quanto para eficiência das ati

conclusão recomendava "a elimina

A redação da

vidades didáticas. Do primeiro gêne

ção dos atuais institutos autárquicos

ro, já temos prova insofismável no.s

que visam ao controle da produção ,


Digesto Econômico

66

sem dizer quando nem como deveria

ro arco-íris, a brilhar no íirmamento

processar-se a eliminação. Isso assus

da Conferência.

tou algumas pessoas.

Secção pensou (nem poderia pensar"!

Podendo manter a redação inicial, e ganhar por maioria, preferiu refor mar aquela redação c, assim proce

em eliminar imediatamente os insti

dendo, ganhou praticamente por una

tutos

nimidade, pois apenas 1% da assem

Nenhum dos membros da digna VII

encarecedores

e

entravadores

da produção e da circulação, pois a eliminação imediata acarretaria males

maiores que o prejudicial

E os donos de engenhos obsoletos

mento daqueles órgãos. Mas isso não

ficaram sabendo que necessitam evolver, para não terem que desaparecer,

foi entendido. E alguns congressistas

na concorrência com usinas modernas

supuseram que a ^eliminação preconi zada deveria ser imediata.

e racionalizadas, cujos custos de pro

uma tempestade

funciona

bléia votou contra.

num como

clagua , como diz a velha expressão. O professor Herrmann Júnior mostrou ao plenário que a eliminação dos

dução ficam^ certamente, muito aba'xo dos seus. *

*

*

A prometida publicação dos relató rios das várias secções da Conferên

órgãos em causa era simples decorrêticia lógica, fatal, da condenação unânime da intervenção permanente do Estado na produção c na circula

cia de Teresópolis (*) será motivo

ção... Quanto à forma da elimina

'pela sua transcendência^ será o da

ção e quanto ao prazo dentro do qual

VII Secção, que tratou dos problemas

se processaria, nenhuma referência

de Política Comercial.

constava no relatório da VII Secção. A seguir, o Dr. Brasflio Machado ' «l^n^anchou os restos da "tem:\ '^°nvertendo-a em verdadeid'

1

ftfíidiiii íii

de Justo orgullio para as classes pro dutoras do Brasil. E, dentre êsses relatórios, um dos mais importantes,

(*) Já publicados no n.° 98 do Bole tim Semanal da Associação Co mercial de São Paulo.


Digesto Econômico

66

sem dizer quando nem como deveria

ro arco-íris, a brilhar no íirmamento

processar-se a eliminação. Isso assus

da Conferência.

tou algumas pessoas.

Secção pensou (nem poderia pensar"!

Podendo manter a redação inicial, e ganhar por maioria, preferiu refor mar aquela redação c, assim proce

em eliminar imediatamente os insti

dendo, ganhou praticamente por una

tutos

nimidade, pois apenas 1% da assem

Nenhum dos membros da digna VII

encarecedores

e

entravadores

da produção e da circulação, pois a eliminação imediata acarretaria males

maiores que o prejudicial

E os donos de engenhos obsoletos

mento daqueles órgãos. Mas isso não

ficaram sabendo que necessitam evolver, para não terem que desaparecer,

foi entendido. E alguns congressistas

na concorrência com usinas modernas

supuseram que a ^eliminação preconi zada deveria ser imediata.

e racionalizadas, cujos custos de pro

uma tempestade

funciona

bléia votou contra.

num como

clagua , como diz a velha expressão. O professor Herrmann Júnior mostrou ao plenário que a eliminação dos

dução ficam^ certamente, muito aba'xo dos seus. *

*

*

A prometida publicação dos relató rios das várias secções da Conferên

órgãos em causa era simples decorrêticia lógica, fatal, da condenação unânime da intervenção permanente do Estado na produção c na circula

cia de Teresópolis (*) será motivo

ção... Quanto à forma da elimina

'pela sua transcendência^ será o da

ção e quanto ao prazo dentro do qual

VII Secção, que tratou dos problemas

se processaria, nenhuma referência

de Política Comercial.

constava no relatório da VII Secção. A seguir, o Dr. Brasflio Machado ' «l^n^anchou os restos da "tem:\ '^°nvertendo-a em verdadeid'

1

ftfíidiiii íii

de Justo orgullio para as classes pro dutoras do Brasil. E, dentre êsses relatórios, um dos mais importantes,

(*) Já publicados no n.° 98 do Bole tim Semanal da Associação Co mercial de São Paulo.


Digesto Econômico

69

í'AN()toA'^i)í)s mento à avlcultura c a criação de suí nos, c a prestação dc outros benefí cios à economia da Amazônia, refor

çando os serviços articulados entre o

Arsênico branco e ipeca Q Departamento Estadual de Estatíc, tica de Minas-Geraís colheu dados

interessantes, e dos quais tomou co

nhecimento o Ministério da Àgricul~ tura, revelando que a produção de ar sênico branco pelas empresas de ex tração de ouro vem experimentando

712.925; 1940, 1.087.863; 1941, 1.207.880; 1942, 1.099.630; 1943, 969.578; e 1944, 839 quilos. Ainda em Minas-Gerais têm aumen

tado as exportações de ipeca ou poaia.

Ministério da Agricultura c os gover

ta. 1.497.076.

Maranhão

Bahia

Seguiu viagem para São Luís'do Maranhão o barco "Evilázio", que o

Ministro M. Moreira da Silva,'Diretor

um desenvolvimento auspicioso naque le Estado. Tendo sua principal base

produto extrativo subiram ali de 6.364

do Sr. Ascânio Faria, diretor da Di

no emprego como inseticida, o arsê

quilos, no valor de Cr$ 76.368,00, em

nico era, até 1937, largamente impor

1937, para 60.634 quilos, no valor de

visão de Caça e Pesca, o barco, cuja capacidade é de 20 toneladas de pcíxc,

quêlc Estado.

se nula a compra do similar estran

que o aumento, quanto ao volume da

geiro.

Os seguintes algarismos, segundo o que apurou o aludido Departamento, ao coordenar as informações forneci

das pelas empresas interessadas, indicam os volumes de produção, por ano, em Minas-Gerais, da importante ma téria-prima: 1938, 519.403 quilos; 1939 Amazonas

Além da remessa de material, des tinado às atividades agrícolas na Ama zônia, a Comissão Brasileiro-America-

Verifica-se, pelos dados em apreço, exportação, foi de 853%; que o preço

unitário, ou seja do quilo, subiu de 12 para 70 cruzeiros, com o aumento per

centual de 483%; e que, finalmente, o valor total das exportações, confron

Segundo informações

possui velas e um motor de 27 HP. : Irá prestar serviços à Fábrica dc In

Segundo telegrama

recebido

pelo

Geral do Conselho Federal dc Comér cio Exterior, do General Renato Pin to Aleixo, Interventor Federal no Es tado da Bahia, o Instituto do Cacau

iniciou, no dia 31 dc maio, o pagamen to do rateio final da safra de cacau

de 1944-45, na importância de cérca de

75 milhões de cruzeiros, feito direta

dustrialização do Cação, instalada pe

mente aos produtores na base dc 34

lo govêrno em São Luís c já em fun

cruzeiros por quinze quilos, que cor responde a um preço altamente rcmu-

cionamento, produzindo bacalhau o óleo dc fígado dc cação. Essa fábri

nerador. -

ca deverá começar a trabalhar em ple

na carga no próximo mês de agosto

Estado do Rio

Pernambuco

A Associação Comercial de Campos dirígiu-se ao governo do Estado, so

tando entre os dois anos extremos da

quele período, evidencia, em dinheiro,

Havia, em fevereiro, o seguinte es

nos estaduais.

Ministério da Agricultura mandou adaptar para a pesca do cação na-

Cr$ 4.237.463,00.

toque em Fcrnambuco, cm quilos: óleo, 1.524.569; línter, 889.222 c tor

Os dados oficiais revelam que, no setênio de 1937 a 1943, as vendas desse

tado. Com o aumento da produção em Minas, contudo, é atualmente qua

quilos); óleo — 698.684; línter 49.520; e torta — 1.965.027.

a intensa exploração da ipeca.

licitando anistia para as multas fi.s-

Agrícola Federal: do Amazonas — 2.400.000 cruzeiros; do Pará — —

Segundo os dados colhidos pela Agência do Serviço de Economia Ru ral em Pernambuco, o movimento in dustrial e comercial das fábricas de

cais, a exemplo do que foi concedido pelo governo federal. O referido ór gão de classe expôs a situação afliti

2.600.000 cruzeiros, e do Território do

óleo nesse Estado durante o mês de

escorchantes tributos que lhe têm sido

Acre — 1.400.000 cruzeiros.

fevereiro último se expressa pelos se

impostos.

termédio das Secções

de

Fomento

na de Produção de Gêneros Alimentí cios aplicou naquela região setentrio

maior distribuição de mudas e semen

trada (caroço de algodão, babaçu, ma-

Distrito Federal

nal cerca de 6.400.000 cruzeiros. Es

tes e de utensílios agrícolas, a orga

se total foi assim distribuído, por in

nização de campos de produção, o fo-

mona e copra) — 6.226.116 quilos; consumo — 3.753.542; produção Cem

Procedente da Argentina rcgTc,ssou ao Rio-de-Janeiro o Sr. Ladúrio dc

Esses

recursos

possibilitaram

a

guintes números: matéria-prima

va do comércio local cm virtude do.s

en


Digesto Econômico

69

í'AN()toA'^i)í)s mento à avlcultura c a criação de suí nos, c a prestação dc outros benefí cios à economia da Amazônia, refor

çando os serviços articulados entre o

Arsênico branco e ipeca Q Departamento Estadual de Estatíc, tica de Minas-Geraís colheu dados

interessantes, e dos quais tomou co

nhecimento o Ministério da Àgricul~ tura, revelando que a produção de ar sênico branco pelas empresas de ex tração de ouro vem experimentando

712.925; 1940, 1.087.863; 1941, 1.207.880; 1942, 1.099.630; 1943, 969.578; e 1944, 839 quilos. Ainda em Minas-Gerais têm aumen

tado as exportações de ipeca ou poaia.

Ministério da Agricultura c os gover

ta. 1.497.076.

Maranhão

Bahia

Seguiu viagem para São Luís'do Maranhão o barco "Evilázio", que o

Ministro M. Moreira da Silva,'Diretor

um desenvolvimento auspicioso naque le Estado. Tendo sua principal base

produto extrativo subiram ali de 6.364

do Sr. Ascânio Faria, diretor da Di

no emprego como inseticida, o arsê

quilos, no valor de Cr$ 76.368,00, em

nico era, até 1937, largamente impor

1937, para 60.634 quilos, no valor de

visão de Caça e Pesca, o barco, cuja capacidade é de 20 toneladas de pcíxc,

quêlc Estado.

se nula a compra do similar estran

que o aumento, quanto ao volume da

geiro.

Os seguintes algarismos, segundo o que apurou o aludido Departamento, ao coordenar as informações forneci

das pelas empresas interessadas, indicam os volumes de produção, por ano, em Minas-Gerais, da importante ma téria-prima: 1938, 519.403 quilos; 1939 Amazonas

Além da remessa de material, des tinado às atividades agrícolas na Ama zônia, a Comissão Brasileiro-America-

Verifica-se, pelos dados em apreço, exportação, foi de 853%; que o preço

unitário, ou seja do quilo, subiu de 12 para 70 cruzeiros, com o aumento per

centual de 483%; e que, finalmente, o valor total das exportações, confron

Segundo informações

possui velas e um motor de 27 HP. : Irá prestar serviços à Fábrica dc In

Segundo telegrama

recebido

pelo

Geral do Conselho Federal dc Comér cio Exterior, do General Renato Pin to Aleixo, Interventor Federal no Es tado da Bahia, o Instituto do Cacau

iniciou, no dia 31 dc maio, o pagamen to do rateio final da safra de cacau

de 1944-45, na importância de cérca de

75 milhões de cruzeiros, feito direta

dustrialização do Cação, instalada pe

mente aos produtores na base dc 34

lo govêrno em São Luís c já em fun

cruzeiros por quinze quilos, que cor responde a um preço altamente rcmu-

cionamento, produzindo bacalhau o óleo dc fígado dc cação. Essa fábri

nerador. -

ca deverá começar a trabalhar em ple

na carga no próximo mês de agosto

Estado do Rio

Pernambuco

A Associação Comercial de Campos dirígiu-se ao governo do Estado, so

tando entre os dois anos extremos da

quele período, evidencia, em dinheiro,

Havia, em fevereiro, o seguinte es

nos estaduais.

Ministério da Agricultura mandou adaptar para a pesca do cação na-

Cr$ 4.237.463,00.

toque em Fcrnambuco, cm quilos: óleo, 1.524.569; línter, 889.222 c tor

Os dados oficiais revelam que, no setênio de 1937 a 1943, as vendas desse

tado. Com o aumento da produção em Minas, contudo, é atualmente qua

quilos); óleo — 698.684; línter 49.520; e torta — 1.965.027.

a intensa exploração da ipeca.

licitando anistia para as multas fi.s-

Agrícola Federal: do Amazonas — 2.400.000 cruzeiros; do Pará — —

Segundo os dados colhidos pela Agência do Serviço de Economia Ru ral em Pernambuco, o movimento in dustrial e comercial das fábricas de

cais, a exemplo do que foi concedido pelo governo federal. O referido ór gão de classe expôs a situação afliti

2.600.000 cruzeiros, e do Território do

óleo nesse Estado durante o mês de

escorchantes tributos que lhe têm sido

Acre — 1.400.000 cruzeiros.

fevereiro último se expressa pelos se

impostos.

termédio das Secções

de

Fomento

na de Produção de Gêneros Alimentí cios aplicou naquela região setentrio

maior distribuição de mudas e semen

trada (caroço de algodão, babaçu, ma-

Distrito Federal

nal cerca de 6.400.000 cruzeiros. Es

tes e de utensílios agrícolas, a orga

se total foi assim distribuído, por in

nização de campos de produção, o fo-

mona e copra) — 6.226.116 quilos; consumo — 3.753.542; produção Cem

Procedente da Argentina rcgTc,ssou ao Rio-de-Janeiro o Sr. Ladúrio dc

Esses

recursos

possibilitaram

a

guintes números: matéria-prima

va do comércio local cm virtude do.s

en


Dígcsto Econômico

70

M ; íi "

Carvalho, que juntamente com o Ma

tado acordo, o Sr. Ministro Moreira

jor Monteiro Ache, membro da Co

da Silva já o explicou

MATERIAL CERÂMICO

amplamente

missão de Controle dos Acordos de

após o seu regresso de Buenos Aires.

Washington, atuando no setor relacio

A nós coube exclusivamente a parte

nado com a borracha, esteve em Bue nos Aires, tratando das normas téc nicas para a execução do acordo re

técnica c estamos plenamente satisfei

JOSUÉ CAMARGO MENDES

tos com os resultados alcançados."

(Fora o DIgosto Econômico)

DE SÃO PAULO

Rio-Grande-do-Sul

centemente firmado entre o Brasil e

aquele país para o fornecimento de borracha brasileira. u-

'«{ r'

1

Sobre essa viagem assim se externou

•As entradas c saídas de arroz, eni

Pôrto Alegre, continuam movimenta

o Sr. Ladário de Carvalho:

a mais do 10.000 sacos, tendo ontem embarcado para portos nacionais cer

"Fomos à Argentina na qualidade de técnicos a fim de integrar a comis

ca de cinco mil sacos

são mista de racionamento de borra

cha e seus artefatos, constituída de argentinos, brasileiros e norte-ameri

canos. Os trabalhos realizados tive ram por finalidade estudar os meios

I — Caolira

das. Diariamente as entradas atingem

do referido

matéria-prima indispensável.

A fim de assegurar o abastecimcii

to da população, o governo mandou esto

A sua

utilização principal é na fabricação da porcelana.

produto.

proceder ao levantamento dos

A boa qualidade do nosso material ce Na indústria cerâmica é o caolim

Contudo encontra em

prego, ainda, na indústria do papel, farmacêutica, têxtil, etc.

râmico, e especialmente o

crescente

desenvolvimento do nosso parque in

dustrial, não podem deixar dúvidas de que o Braxil (sobretudo o Estado de São Paulo) &e acha apto a entrar em concorrência, nesse ramo, por

mais árdua que ela seja.

No sentido mais rigoroso, pode cha

ques de modo a não serem afetados

mar-se caolim ao produto da altera

fcndas existentes em

os interesses do consumo interno.

eruptivas mais antigas ou em rochas

de executar o acordo firmado em 2 de maio próximo passado, pelos governos

ção de minerais aluminosos tais como

fcldspatos c micas. Apresenta, como . é sabido, côr branca ou, pelo menos,

metamòrficas (xistos, filitos, etc.). Êste f)cqueno abuso da terminologia

dos três países. Com referência ao ci

Cr§ 60,00; blue rose, Cr§ 70,00.

clara, aparecendo, comumente, em es

torna-se indispensável como se vera

O arroz para exportação esta sen do cotado na seguinte base: japonês,

tado

amorfo,

pulverulento

ou

em

chas que contêm sílica cm elevado

talizado.

teor.

A sua fonte, por excelência, são os Sem

abusarmos

das-

designações

sobre o modo de ocorrência do ma

presente ano e provavelmente em todo 1946. Ninguém gozará

de ampla liberdade para possuir o seu carro enquanto não forem atendidas todas as necessidades essenciais.

^

Na ocasião em que os pegmatitos SC formaram,- ocupavam lugares pro

técnicas, procuraremos apenas escla recer alguma coisa mais interessante

)S Estados Unidos a fabricação de automóveis permanecerá N°: ainda sob o controle do racionamento durante o resto do

mais adiante. Ácidas são todas as ro

agregados laminados; raramente cris

pegmatitos.

AUTOMÓVEIS NO RACIONAMENTO

outras rochas

terial, sobre a sua exploração, tratan do, por último", da distribuição das principais jazidas conhecidas no nosso ■ Estado.

São os "pegmatitos" rochas eruptivas ácidas que se consolidam nas

fundos da crosta terrestre. Posterior

mente, porém, os agentes erosivos fo ram trabalhando os terrenos até ex

porem as partes superiores dessas ro chas. Muitos dos minerais constitu intes das mesmas ficaram, assim, su

jeitos à alteração. Transformaramse, então, os feldspatos (principalmen te) em caolim, ao mesmo tempo

se alteravam, também, outros mine rais.

Compreende-se, portanto,


Dígcsto Econômico

70

M ; íi "

Carvalho, que juntamente com o Ma

tado acordo, o Sr. Ministro Moreira

jor Monteiro Ache, membro da Co

da Silva já o explicou

MATERIAL CERÂMICO

amplamente

missão de Controle dos Acordos de

após o seu regresso de Buenos Aires.

Washington, atuando no setor relacio

A nós coube exclusivamente a parte

nado com a borracha, esteve em Bue nos Aires, tratando das normas téc nicas para a execução do acordo re

técnica c estamos plenamente satisfei

JOSUÉ CAMARGO MENDES

tos com os resultados alcançados."

(Fora o DIgosto Econômico)

DE SÃO PAULO

Rio-Grande-do-Sul

centemente firmado entre o Brasil e

aquele país para o fornecimento de borracha brasileira. u-

'«{ r'

1

Sobre essa viagem assim se externou

•As entradas c saídas de arroz, eni

Pôrto Alegre, continuam movimenta

o Sr. Ladário de Carvalho:

a mais do 10.000 sacos, tendo ontem embarcado para portos nacionais cer

"Fomos à Argentina na qualidade de técnicos a fim de integrar a comis

ca de cinco mil sacos

são mista de racionamento de borra

cha e seus artefatos, constituída de argentinos, brasileiros e norte-ameri

canos. Os trabalhos realizados tive ram por finalidade estudar os meios

I — Caolira

das. Diariamente as entradas atingem

do referido

matéria-prima indispensável.

A fim de assegurar o abastecimcii

to da população, o governo mandou esto

A sua

utilização principal é na fabricação da porcelana.

produto.

proceder ao levantamento dos

A boa qualidade do nosso material ce Na indústria cerâmica é o caolim

Contudo encontra em

prego, ainda, na indústria do papel, farmacêutica, têxtil, etc.

râmico, e especialmente o

crescente

desenvolvimento do nosso parque in

dustrial, não podem deixar dúvidas de que o Braxil (sobretudo o Estado de São Paulo) &e acha apto a entrar em concorrência, nesse ramo, por

mais árdua que ela seja.

No sentido mais rigoroso, pode cha

ques de modo a não serem afetados

mar-se caolim ao produto da altera

fcndas existentes em

os interesses do consumo interno.

eruptivas mais antigas ou em rochas

de executar o acordo firmado em 2 de maio próximo passado, pelos governos

ção de minerais aluminosos tais como

fcldspatos c micas. Apresenta, como . é sabido, côr branca ou, pelo menos,

metamòrficas (xistos, filitos, etc.). Êste f)cqueno abuso da terminologia

dos três países. Com referência ao ci

Cr§ 60,00; blue rose, Cr§ 70,00.

clara, aparecendo, comumente, em es

torna-se indispensável como se vera

O arroz para exportação esta sen do cotado na seguinte base: japonês,

tado

amorfo,

pulverulento

ou

em

chas que contêm sílica cm elevado

talizado.

teor.

A sua fonte, por excelência, são os Sem

abusarmos

das-

designações

sobre o modo de ocorrência do ma

presente ano e provavelmente em todo 1946. Ninguém gozará

de ampla liberdade para possuir o seu carro enquanto não forem atendidas todas as necessidades essenciais.

^

Na ocasião em que os pegmatitos SC formaram,- ocupavam lugares pro

técnicas, procuraremos apenas escla recer alguma coisa mais interessante

)S Estados Unidos a fabricação de automóveis permanecerá N°: ainda sob o controle do racionamento durante o resto do

mais adiante. Ácidas são todas as ro

agregados laminados; raramente cris

pegmatitos.

AUTOMÓVEIS NO RACIONAMENTO

outras rochas

terial, sobre a sua exploração, tratan do, por último", da distribuição das principais jazidas conhecidas no nosso ■ Estado.

São os "pegmatitos" rochas eruptivas ácidas que se consolidam nas

fundos da crosta terrestre. Posterior

mente, porém, os agentes erosivos fo ram trabalhando os terrenos até ex

porem as partes superiores dessas ro chas. Muitos dos minerais constitu intes das mesmas ficaram, assim, su

jeitos à alteração. Transformaramse, então, os feldspatos (principalmen te) em caolim, ao mesmo tempo

se alteravam, também, outros mine rais.

Compreende-se, portanto,


•.rif^

Digesto Econômico

72

Dígcsto Econômico

73

caolim apareça acompanhado de mui

Como se disse mais acima, ocorreni

tado do Rio c Rio-Grandc-do-Sul, en

recordar ainda os na manufatura de

tas impurezas que devem ser elimi

os pcgmatitos, fonte principal dos

contram-se ocorrências significativas.

vidro, abrasivos e dentes artificiais.

nadas.

caolins, cni roclii^s eruptivas e mctamóríicas. No Estado de São Paulo as rochas eruptivas ou metamóríicas

O caolim. brasileiro não só é consu

Do exposto, conclui-se, também, que as ocorrências exploráveis de cao cie do terreno de tal modo que podem

cortadas por pcgmatitos constituemuma larga zona. que confina, pràtica-

ser trabalhadas "a céu aberto".

Para a avaliação da "cubagcm" abrem-se na região em prospecçâo al guns "cachimbos" ou poços pouco

lim aparecem próximas ou à superfí

profundos.

1" ,

rwin

Consequentemente

fica

interior uma linha curva (pie passa

mais altos.

cia de inclusões de albita (que é um feldspato sódico).

por Mococa, Campinas, Itu, Sorocaba Na sua quase totalickidc, constitui-

estabelecer uma ou mais "frentes de

talino" c "Série São líoquc".

O caolim impuro passa por um penciramento a fim de ser desimpedido do material estranho mais grosseiro. E' transportado, depois, para os tanques de lavagem, onde, simplesmente pela gravidade, se livra das demais impurezas, passando através de su cessivos compartimeutos de decanta

ção. Finalmente vai ter às instala ções de secagem, sendo esparramado sobre uma superfície aquecida. Sêco, procede-se ao ensacamentc. A qualidade do produto- dependerá do grau de rígorismo nesse beneficiamento.

A título informativo acrescentamos que o maior produtor de caolim é a

e Capão-Bonito. se a zona referida dos terrenos que os

massa útil do minério.

tantes.

Entretanto, contêm os potássicos sempre algum sódio devido à existên

ge ^logos denominam "Complexo cris

jazida. O "desmonte".para obtenção dessas frentes é coisa muito simples dependendo a sua parte ecofiómica sobretudo, da localização lelatiya dá

é exportado para a Argentina. O pre ço por tonelada alcançava, já em

mente, com o litoral, líiuitaiulo-a no

exploração. E' preciso, em seguida,

nério que possam ser atacadas progressivamente até o esgotamento da

Comercialmente são utilizados tanto

os feldspatos potássicos como os só dicos, sendo os primeiros mais impor

1940, a cifra de Cr? 300,00. Hoje, evidentemente, alcança preços bem

localizada a área de interesse para a

trabalho", ou seja, exposições do mi

mido no mercado interno como ainda

China, seguida pela Inglaterra, Ale manha, Estados Unidos c Japão.

Os feldspatos altamente ricos em

potássio ou sódio fornecem vidro só lido por resfriamento após a fusão. Se contiverem, porém, elevado teor

II — Feldspato

de cálcio, tornar-se-ão parcialmente

em que o fator distância influi so

Constitui também o feldspato um importante elemento para a indústria

cristalizados depois do resfriamento.

bremodo na economia

cerâmica.

Certamente não c preciso insistT do produto.

Nesse tocante, porém, os centros de

O nome é aplicado a todo um con

indústria cerâmica estão de parabéns

junto de minerais silicatados, cujas

e, "ipso facto caolim.

vas (proporção de cerca de 50%), a7

os exploradores de

propriedades químicas e físicas dife

Ao redor da cidade de São

rem muito pouco, mas progressiva

variedades comerciais procedem do?

mente.

"pcgmatitos

Paulo, por exemplo, se situam inúme

ras e grandes jazidas dêssc minério- Recordaremos algumas das localidades principais; Fazenda Sta. Cruz, Tuparoquera, Mercês, Estrada de Roda gem S. Paulo-Santos, Perus, Barreiro, . etc.

Os sódicos sempre possuem algum teor de cálcio. \ Embora sejam constituintes larga mente ocorrentes nas rochas erupti

Temos ainda

ocorrências eni

Santo Amaro, São Bernardo, Itapecerica, Juqueri, São Luís do Paraitinga. Na sua maioria, as jazidas citadas localizam-se nas proximidades das es-

Podem ser divididos em dois grupos maiores: o dos feldspatos potássicos

São os pcgmatitos rochas que se consolidam cm fendas preexistentes

(contendo potássio) e o dos feldspatos

cm outras rochas eruptivas ou meta-

sódicos (contendo sódio).

raórficas. Constituem o manancial de muitos minerais industriais não me

meiros

pertencem

o

Aos pri

"ortoclásio"

(com as suas inúmeras variedades) e

tálicos. Recordaremos o quartzo e a

a "microclina"; ao grupo dos sódicos (plagioclásios) pertencem a "albita",

ntica, além do feldspato. São tam

o "oligoclásio

sam por alteração.

a "labradorita" e a

bém a fonte dos caolins quando pas

também produzem caoHm. As maio

E' usado, por exemplo, na fabricação

Decorre disso que os feldspatos co merciais devem ser procurados (uma vez que se ligam aos pcgmatitos) em áreas graniticas ou em áreas de ro

res jazidas encontram-se na Zona da Mata, Minas-Gerais. Na Bahia, Es-

de louça, porcelana, etc., etc.. Den tre muitos outros empregos podemos

chas •metamórficas. Em geral mos tram irregularidade no tamanho, as-

tradas-de-feriro e de rodagem.

Vários outros Estados da União

"anortita

O emprego do feldspato é bastante desenvolvido

na indústria

cerâmica.


•.rif^

Digesto Econômico

72

Dígcsto Econômico

73

caolim apareça acompanhado de mui

Como se disse mais acima, ocorreni

tado do Rio c Rio-Grandc-do-Sul, en

recordar ainda os na manufatura de

tas impurezas que devem ser elimi

os pcgmatitos, fonte principal dos

contram-se ocorrências significativas.

vidro, abrasivos e dentes artificiais.

nadas.

caolins, cni roclii^s eruptivas e mctamóríicas. No Estado de São Paulo as rochas eruptivas ou metamóríicas

O caolim. brasileiro não só é consu

Do exposto, conclui-se, também, que as ocorrências exploráveis de cao cie do terreno de tal modo que podem

cortadas por pcgmatitos constituemuma larga zona. que confina, pràtica-

ser trabalhadas "a céu aberto".

Para a avaliação da "cubagcm" abrem-se na região em prospecçâo al guns "cachimbos" ou poços pouco

lim aparecem próximas ou à superfí

profundos.

1" ,

rwin

Consequentemente

fica

interior uma linha curva (pie passa

mais altos.

cia de inclusões de albita (que é um feldspato sódico).

por Mococa, Campinas, Itu, Sorocaba Na sua quase totalickidc, constitui-

estabelecer uma ou mais "frentes de

talino" c "Série São líoquc".

O caolim impuro passa por um penciramento a fim de ser desimpedido do material estranho mais grosseiro. E' transportado, depois, para os tanques de lavagem, onde, simplesmente pela gravidade, se livra das demais impurezas, passando através de su cessivos compartimeutos de decanta

ção. Finalmente vai ter às instala ções de secagem, sendo esparramado sobre uma superfície aquecida. Sêco, procede-se ao ensacamentc. A qualidade do produto- dependerá do grau de rígorismo nesse beneficiamento.

A título informativo acrescentamos que o maior produtor de caolim é a

e Capão-Bonito. se a zona referida dos terrenos que os

massa útil do minério.

tantes.

Entretanto, contêm os potássicos sempre algum sódio devido à existên

ge ^logos denominam "Complexo cris

jazida. O "desmonte".para obtenção dessas frentes é coisa muito simples dependendo a sua parte ecofiómica sobretudo, da localização lelatiya dá

é exportado para a Argentina. O pre ço por tonelada alcançava, já em

mente, com o litoral, líiuitaiulo-a no

exploração. E' preciso, em seguida,

nério que possam ser atacadas progressivamente até o esgotamento da

Comercialmente são utilizados tanto

os feldspatos potássicos como os só dicos, sendo os primeiros mais impor

1940, a cifra de Cr? 300,00. Hoje, evidentemente, alcança preços bem

localizada a área de interesse para a

trabalho", ou seja, exposições do mi

mido no mercado interno como ainda

China, seguida pela Inglaterra, Ale manha, Estados Unidos c Japão.

Os feldspatos altamente ricos em

potássio ou sódio fornecem vidro só lido por resfriamento após a fusão. Se contiverem, porém, elevado teor

II — Feldspato

de cálcio, tornar-se-ão parcialmente

em que o fator distância influi so

Constitui também o feldspato um importante elemento para a indústria

cristalizados depois do resfriamento.

bremodo na economia

cerâmica.

Certamente não c preciso insistT do produto.

Nesse tocante, porém, os centros de

O nome é aplicado a todo um con

indústria cerâmica estão de parabéns

junto de minerais silicatados, cujas

e, "ipso facto caolim.

vas (proporção de cerca de 50%), a7

os exploradores de

propriedades químicas e físicas dife

Ao redor da cidade de São

rem muito pouco, mas progressiva

variedades comerciais procedem do?

mente.

"pcgmatitos

Paulo, por exemplo, se situam inúme

ras e grandes jazidas dêssc minério- Recordaremos algumas das localidades principais; Fazenda Sta. Cruz, Tuparoquera, Mercês, Estrada de Roda gem S. Paulo-Santos, Perus, Barreiro, . etc.

Os sódicos sempre possuem algum teor de cálcio. \ Embora sejam constituintes larga mente ocorrentes nas rochas erupti

Temos ainda

ocorrências eni

Santo Amaro, São Bernardo, Itapecerica, Juqueri, São Luís do Paraitinga. Na sua maioria, as jazidas citadas localizam-se nas proximidades das es-

Podem ser divididos em dois grupos maiores: o dos feldspatos potássicos

São os pcgmatitos rochas que se consolidam cm fendas preexistentes

(contendo potássio) e o dos feldspatos

cm outras rochas eruptivas ou meta-

sódicos (contendo sódio).

raórficas. Constituem o manancial de muitos minerais industriais não me

meiros

pertencem

o

Aos pri

"ortoclásio"

(com as suas inúmeras variedades) e

tálicos. Recordaremos o quartzo e a

a "microclina"; ao grupo dos sódicos (plagioclásios) pertencem a "albita",

ntica, além do feldspato. São tam

o "oligoclásio

sam por alteração.

a "labradorita" e a

bém a fonte dos caolins quando pas

também produzem caoHm. As maio

E' usado, por exemplo, na fabricação

Decorre disso que os feldspatos co merciais devem ser procurados (uma vez que se ligam aos pcgmatitos) em áreas graniticas ou em áreas de ro

res jazidas encontram-se na Zona da Mata, Minas-Gerais. Na Bahia, Es-

de louça, porcelana, etc., etc.. Den tre muitos outros empregos podemos

chas •metamórficas. Em geral mos tram irregularidade no tamanho, as-

tradas-de-feriro e de rodagem.

Vários outros Estados da União

"anortita

O emprego do feldspato é bastante desenvolvido

na indústria

cerâmica.


Dígesto Econômico

74

sim como também é variável a sua

distribuição

quantitativa.

Alguns

cristais de feldspato podem apresentar até várias dezenas de centímetros de

diâmetro e chegam a atingir mesmo 60 cm. Usualmente, porém, apresen tam dimensões de alguns centímetros somente.

O quartzo (que é o associado mais abundante) bem como outros mine rais próprios dos pegmatitos, preci

I

I ll

rí .

ip ,

V

explorar

caolim, uma vez que ambos procedem

que o Brasil (sobretudo o Estado de S. Paulo) se acha apto a entrar eni concorrência, nêsse ramo, por ma:s árdua que ela seja. ■

cial no Alto da Serra, em Santa Bár bara e no próprio município da Ca

dar que já em 1935 se alcançava 280

lizmente também um dos mais espa

cruzeiros por tonelada.

lhados.

pital. A sua distribuição se confmu aos terrenos de idade arqueana e al-

fras bem mais elevadas.

gonquiana, ou seja aos terrenos que

O trabalho de lavra é executado d "céu aberto".

Constituem êsses terrenos uma larga zona limitada a este pelo Atlântico e confinada a oeste por uma linha cur

das. Os maiores produtores são os Estados Unidos da América (cerca de 65% da produção mundial), po

de

pagos por êsse produto, posso recor

plexo cristalino" e "Serie S. Roque •

A produção mundial de feldspato è estimada era cerca de 500 mil tonela

possibilidade

pegmatitos contendo feldspato comer

os nossos geólogos denominam "Com

são deletérios.

Ao lado do feldspato surge ainda sempre a

da mesma fonte — os pegmatitos.

dir o produto para o mercado.

Na seleção deve-se ter em conta

7S

em São Gonçalo c Marica. No Estado dc S. Paulo ocorrem

sam ser removidos, a fim de desimpe

que o ferro, o manganês e a sericita

tÉSÍÊà

ocorrências mais exploradas são as de Carangola, Tiradentes e Caparaó (ter reno arqucano); no Estado do RiOi

pigetto Hconômico

va que passa por Mococa, Campinas, Itu, Sorocaba e Capão Bonito. A ocorrência do Alto da Serra fO'nece ortoclásio de côr rosa. Na Ca

pital encontramos jazidas de ortocl sio em Perus, etc.^

Para se ter uma idéia dos preços

nos presentes dias

Explorações bem

Sem dúvida,

alcançam-se ci

dirigidas podem

fornecer em certas localidades mais que 150 toneladas mensais. III — Argila

Dentre o material cerâmico o mais-,

largamente utilizado é a argila e fe Dá-se o nome dc "argila" a um

agregado dc minerais e substâncias coloidais.

São tão diminutos os seus consti tuintes que a sua composição exata era desconhecida antes do emprego

dos raios X para a determinação de minerais. Os chamados minerais ar

Em 1926, segundo dados oficiais, o

gilosos são: caolinita, anauxita, na-

País produziu 2.774 toneladas de lou

crita, dickita, haloisíta, alofânio, mon-

ça (porcelana inclusive); em 1938, a produção quase quadruplicou, atin gindo 8.920 toneladas; em 1940, pro duzimos 22.040 torieladas desse artigo.

tmorilonita e beidelita.

Embora nos faltem dados precisos para estimar a produção após 1940,

coloidais. Do caráter destes depende

Além dos constituintes acima refe ridos, participam nas argilas fragmen tos 'de rochas, hidróxidos, materiais

importância, Carolina do Norte, Dakota, New Hampshire, Colorado, Con-

Certamente ofeéecem maior vanta gem do ponto-de-vista comercial as jazidas que além de estarem mais próximas dos parques industriais

é óbvio que a guerra trouxe um es

por exemplo, diminui a plasticidade c

tímulo sem precedente para a nossa

nccticut, Virginia c Mainc.

se achem também próximas as cstra

indústria cerâmica.

das-dc-ferro ou de rodagem. Aliás nesse tocante a cidade dc S. Paulo parece ser especialmente favorecida,

te já se dera em vários ramos indus

18. No período sucedente àquela primeira Grande Guerra, entretanto,

a contração. Já a síHca sob forma coloidal aumenta a plasticidade. A alumina torna a argila rcíratária. O oxido de ferro e o feldspato abaixam a temperatura clc fusão, agindo-como fluidificadores. O primeiro é tam

dendo ser citados aí, em ordem dc

Dentre os demais países estrangei ros produtores temos a Suécia, No

ruega. Ciiecoslováquia, Canadá, Itá

Coisa semelhan

triais por ocasião da guerra de 1914-

o valor da argila. Assim o quartzo,

lia, Alemanha, França, Austrália e

dada a ocorrência dc áreas pcgmati

Finlândia.

ticas nas cirçunvízinhanças. São os nossos feldspatos de vanta

a nossa indústria em geral não en

bém um agente corante.

trou em qualquer crise funesta pres

certo das nações em relação à produ

joso cmprêgo na indústria cerâmica. Estou inclinado a crer que a indús

suposta, o que certamente nos enco

Como propriedades físicas impor tantes das argilas podemos referir:

Êsse minêral é aqui encontrado re

tria extrativa de feldspato merece

O Brasil ocupa o 8.° lugar no con

'f' ção de feldspato.

raja nestes-dias.

A boa qualidade do nosso material

lativamente cm abundância nos Esta-

nossa melhor atenção, dado o pro

cerâmico, e especialmente o crescen

do.s de Mínas-Gerais, Rio-dc-Janeiro g S. Paulo. No primeiro Estado as

gresso que vem apresentando ultima

te desenvolvimento" do nosso parque industrial, não deixam dúvidas de

mente a cerâmica paulista.

plasticidade, resistibilidade transver sal, contratilidade e fusibilidade. Graças à plasticidade a argila crua torna-se apta a receber a forma que


Dígesto Econômico

74

sim como também é variável a sua

distribuição

quantitativa.

Alguns

cristais de feldspato podem apresentar até várias dezenas de centímetros de

diâmetro e chegam a atingir mesmo 60 cm. Usualmente, porém, apresen tam dimensões de alguns centímetros somente.

O quartzo (que é o associado mais abundante) bem como outros mine rais próprios dos pegmatitos, preci

I

I ll

rí .

ip ,

V

explorar

caolim, uma vez que ambos procedem

que o Brasil (sobretudo o Estado de S. Paulo) se acha apto a entrar eni concorrência, nêsse ramo, por ma:s árdua que ela seja. ■

cial no Alto da Serra, em Santa Bár bara e no próprio município da Ca

dar que já em 1935 se alcançava 280

lizmente também um dos mais espa

cruzeiros por tonelada.

lhados.

pital. A sua distribuição se confmu aos terrenos de idade arqueana e al-

fras bem mais elevadas.

gonquiana, ou seja aos terrenos que

O trabalho de lavra é executado d "céu aberto".

Constituem êsses terrenos uma larga zona limitada a este pelo Atlântico e confinada a oeste por uma linha cur

das. Os maiores produtores são os Estados Unidos da América (cerca de 65% da produção mundial), po

de

pagos por êsse produto, posso recor

plexo cristalino" e "Serie S. Roque •

A produção mundial de feldspato è estimada era cerca de 500 mil tonela

possibilidade

pegmatitos contendo feldspato comer

os nossos geólogos denominam "Com

são deletérios.

Ao lado do feldspato surge ainda sempre a

da mesma fonte — os pegmatitos.

dir o produto para o mercado.

Na seleção deve-se ter em conta

7S

em São Gonçalo c Marica. No Estado dc S. Paulo ocorrem

sam ser removidos, a fim de desimpe

que o ferro, o manganês e a sericita

tÉSÍÊà

ocorrências mais exploradas são as de Carangola, Tiradentes e Caparaó (ter reno arqucano); no Estado do RiOi

pigetto Hconômico

va que passa por Mococa, Campinas, Itu, Sorocaba e Capão Bonito. A ocorrência do Alto da Serra fO'nece ortoclásio de côr rosa. Na Ca

pital encontramos jazidas de ortocl sio em Perus, etc.^

Para se ter uma idéia dos preços

nos presentes dias

Explorações bem

Sem dúvida,

alcançam-se ci

dirigidas podem

fornecer em certas localidades mais que 150 toneladas mensais. III — Argila

Dentre o material cerâmico o mais-,

largamente utilizado é a argila e fe Dá-se o nome dc "argila" a um

agregado dc minerais e substâncias coloidais.

São tão diminutos os seus consti tuintes que a sua composição exata era desconhecida antes do emprego

dos raios X para a determinação de minerais. Os chamados minerais ar

Em 1926, segundo dados oficiais, o

gilosos são: caolinita, anauxita, na-

País produziu 2.774 toneladas de lou

crita, dickita, haloisíta, alofânio, mon-

ça (porcelana inclusive); em 1938, a produção quase quadruplicou, atin gindo 8.920 toneladas; em 1940, pro duzimos 22.040 torieladas desse artigo.

tmorilonita e beidelita.

Embora nos faltem dados precisos para estimar a produção após 1940,

coloidais. Do caráter destes depende

Além dos constituintes acima refe ridos, participam nas argilas fragmen tos 'de rochas, hidróxidos, materiais

importância, Carolina do Norte, Dakota, New Hampshire, Colorado, Con-

Certamente ofeéecem maior vanta gem do ponto-de-vista comercial as jazidas que além de estarem mais próximas dos parques industriais

é óbvio que a guerra trouxe um es

por exemplo, diminui a plasticidade c

tímulo sem precedente para a nossa

nccticut, Virginia c Mainc.

se achem também próximas as cstra

indústria cerâmica.

das-dc-ferro ou de rodagem. Aliás nesse tocante a cidade dc S. Paulo parece ser especialmente favorecida,

te já se dera em vários ramos indus

18. No período sucedente àquela primeira Grande Guerra, entretanto,

a contração. Já a síHca sob forma coloidal aumenta a plasticidade. A alumina torna a argila rcíratária. O oxido de ferro e o feldspato abaixam a temperatura clc fusão, agindo-como fluidificadores. O primeiro é tam

dendo ser citados aí, em ordem dc

Dentre os demais países estrangei ros produtores temos a Suécia, No

ruega. Ciiecoslováquia, Canadá, Itá

Coisa semelhan

triais por ocasião da guerra de 1914-

o valor da argila. Assim o quartzo,

lia, Alemanha, França, Austrália e

dada a ocorrência dc áreas pcgmati

Finlândia.

ticas nas cirçunvízinhanças. São os nossos feldspatos de vanta

a nossa indústria em geral não en

bém um agente corante.

trou em qualquer crise funesta pres

certo das nações em relação à produ

joso cmprêgo na indústria cerâmica. Estou inclinado a crer que a indús

suposta, o que certamente nos enco

Como propriedades físicas impor tantes das argilas podemos referir:

Êsse minêral é aqui encontrado re

tria extrativa de feldspato merece

O Brasil ocupa o 8.° lugar no con

'f' ção de feldspato.

raja nestes-dias.

A boa qualidade do nosso material

lativamente cm abundância nos Esta-

nossa melhor atenção, dado o pro

cerâmico, e especialmente o crescen

do.s de Mínas-Gerais, Rio-dc-Janeiro g S. Paulo. No primeiro Estado as

gresso que vem apresentando ultima

te desenvolvimento" do nosso parque industrial, não deixam dúvidas de

mente a cerâmica paulista.

plasticidade, resistibilidade transver sal, contratilidade e fusibilidade. Graças à plasticidade a argila crua torna-se apta a receber a forma que


Dígesto Econômico

76

dade necessária pode-se misturar ar

A argila residual recebe freqüente mente o nome dc "caolim"; este é,

deradas como constituindo dois tipos difcretites: as aluviais e as proveni

gila "gorda" (designação dada a uma

porém, na acepção correta, uma va

argila altamente plástica) com argila

riedade especial dc argila c sobre o mesmo já nos dctivcmos cm um ar

entes dc material argiloso prèviamente transportado, depositado c conso lidado ou dc sua alteração.

ao forno.

Para se obter a plastici

"magra". na

tigo anterior (Boi. Semanal Assoc.

secagem como no cosimento. A argila

Com. S. Paulo, Ano II, n. 95, abril

altamente contrátil não sç presta pa

de 1945).

A

contratilidade

dá-se

tanto

encontrados no Estado dc S. Paulo c

mos argilas dos dois tipos acima re.

especialmente aos que mais dc perto

de 1.000°C; no caso das argllas re-

feridos.

interessam

fratárias, acima de 1.300OC. As argilas fusíveis podem ser vitrificadas

temos a variedade "caolim", prove

sofreram transporte relativamente mo

abaixo de 1.300oC; as jefratárias aci

niente da alteração dos pcgmatitos c

ma de 1.600°C.

que são encontradas em Perus, Caiei ras, Santo Amaro, etc., em áreas de rochas pré-cambrianas. Temos tam

derno (quaternário), apresentando-se por isso inconsistentes. Situam-se em geral nos vales, nas baixadas. Im portantes depósitos dêsse tipo encon tramos por exemplo no vale do Tie tê, os quais são ativamente aprovei

A íusibilidade dá-se sempre acima

E enorme a lista das aplicações das argilas. São utilizadas em cerâmi cas na confecção de vasilhames de

barro, louças em geral,

vasilhame

refratário. etc., etc. Encontram apli

Dentre as "aluviais" ou residuais

bém as argilas provenientes da alte ração de granitos, xisto e gnaisse da mesma área pré-cambriana; argilas

• basálticas oriundas da alteração dví trias tais como de cimento, algodão, rochas básicas (especialmente na fai

cação ainda em várias outras indús papel, etc..

O processo de origem mais impor tante das argilas é o da alteração por intemperismo das rochas silicatadas cruptivas ou metamóríicas.

O material argiloso produzido pelo intemperismo pode permanecer "in

situ" ou ser transportado por vários

|Ç'

Não SC deve olvidar, entretanto, que as presentes considerações dizem respeito somente aos tipos dc argila

No Estado de S. Paulo encontra

ra o tratamento ao fogo.

m

77

Digesto Econômico

Te

As argilas terciárias dos arredores da cidade de São Paulo apresentam côrcs variegadas, sendo pouco apro

veitadas, dada a preferência pelas aluviais. O mesmo já não acontece com as argilas terciárias do vale do

Paraíba. ' Mostram estas elevada plasticidade e côr escura, por vêzes azulada.

Finalmente, emprega-se no Estado

a argila oriunda da alteração dc fo lhellios argilosos, os quais

para o interior da linha que traça o, limites. ocidentais da área pre cam

mos ainda bons depósitos de argilas

briana.

os centros de indústria cerân^a de Santa Gertrndes (prox.mo a R-o

em relação à linha que passa por Mo-

qüentemente

coca, Campinas, Itu, Sorocaba e Ca pão Bonito, ou seja para lá da orla dos terrenos^ pré-cambrianos domi

Apresentam como caraterístico côr prêta devida à matéria orgânica, pos. sivelmente um ,dos fatores da sua

nantemente xísto-graníticos);

plasticidade.

final

folhellios argilosos.

aluviais no vale do Paraíba c em mui

tíssimos pontos do Estado.

plásticas e

São fre

refratárias.

Caro) e Tambaú " em boa parte provenientes da alter

ção de folhelhos da formação geoló gica denominada Estrada Nova.

mente argilas residuais de calcáreos, de distribuição quase que restrita â zona calcárea do vale do rio Ribeira de Iguape, área essa integrante ain

No primeiro caso temos as chama das "argilas residuais" jacentes no

da das formações pré-cambrianas. As argilas dêsse primeiro

mesmo lugar em que se formaram. No segundo caso temos as "argilas

exceção dos caolins, são em geral mais apropriadas para a cerâmica

transportadas" que íorniam depósi

grosseira: tijolos, telhas, etc..

lagos, mares, etc..

tados em Osasco c S. Caetano.

xa do Estado interiormente disposta

agentes como águas correntes, etc..

tos em partes baixas: vales, deltas,

a indústria cerâmica.

As argilas "aluviais" são as que

Dentre as argilas do segundo tipo,

podemos citar as terciárias da cidade dc São Paulo e do vale do Paraíba e as provenientes da alteração dos

As argilas do segundo grupo, isto c, as transportadas podem ser consi.

rSh^ç-.'


Dígesto Econômico

76

dade necessária pode-se misturar ar

A argila residual recebe freqüente mente o nome dc "caolim"; este é,

deradas como constituindo dois tipos difcretites: as aluviais e as proveni

gila "gorda" (designação dada a uma

porém, na acepção correta, uma va

argila altamente plástica) com argila

riedade especial dc argila c sobre o mesmo já nos dctivcmos cm um ar

entes dc material argiloso prèviamente transportado, depositado c conso lidado ou dc sua alteração.

ao forno.

Para se obter a plastici

"magra". na

tigo anterior (Boi. Semanal Assoc.

secagem como no cosimento. A argila

Com. S. Paulo, Ano II, n. 95, abril

altamente contrátil não sç presta pa

de 1945).

A

contratilidade

dá-se

tanto

encontrados no Estado dc S. Paulo c

mos argilas dos dois tipos acima re.

especialmente aos que mais dc perto

de 1.000°C; no caso das argllas re-

feridos.

interessam

fratárias, acima de 1.300OC. As argilas fusíveis podem ser vitrificadas

temos a variedade "caolim", prove

sofreram transporte relativamente mo

abaixo de 1.300oC; as jefratárias aci

niente da alteração dos pcgmatitos c

ma de 1.600°C.

que são encontradas em Perus, Caiei ras, Santo Amaro, etc., em áreas de rochas pré-cambrianas. Temos tam

derno (quaternário), apresentando-se por isso inconsistentes. Situam-se em geral nos vales, nas baixadas. Im portantes depósitos dêsse tipo encon tramos por exemplo no vale do Tie tê, os quais são ativamente aprovei

A íusibilidade dá-se sempre acima

E enorme a lista das aplicações das argilas. São utilizadas em cerâmi cas na confecção de vasilhames de

barro, louças em geral,

vasilhame

refratário. etc., etc. Encontram apli

Dentre as "aluviais" ou residuais

bém as argilas provenientes da alte ração de granitos, xisto e gnaisse da mesma área pré-cambriana; argilas

• basálticas oriundas da alteração dví trias tais como de cimento, algodão, rochas básicas (especialmente na fai

cação ainda em várias outras indús papel, etc..

O processo de origem mais impor tante das argilas é o da alteração por intemperismo das rochas silicatadas cruptivas ou metamóríicas.

O material argiloso produzido pelo intemperismo pode permanecer "in

situ" ou ser transportado por vários

|Ç'

Não SC deve olvidar, entretanto, que as presentes considerações dizem respeito somente aos tipos dc argila

No Estado de S. Paulo encontra

ra o tratamento ao fogo.

m

77

Digesto Econômico

Te

As argilas terciárias dos arredores da cidade de São Paulo apresentam côrcs variegadas, sendo pouco apro

veitadas, dada a preferência pelas aluviais. O mesmo já não acontece com as argilas terciárias do vale do

Paraíba. ' Mostram estas elevada plasticidade e côr escura, por vêzes azulada.

Finalmente, emprega-se no Estado

a argila oriunda da alteração dc fo lhellios argilosos, os quais

para o interior da linha que traça o, limites. ocidentais da área pre cam

mos ainda bons depósitos de argilas

briana.

os centros de indústria cerân^a de Santa Gertrndes (prox.mo a R-o

em relação à linha que passa por Mo-

qüentemente

coca, Campinas, Itu, Sorocaba e Ca pão Bonito, ou seja para lá da orla dos terrenos^ pré-cambrianos domi

Apresentam como caraterístico côr prêta devida à matéria orgânica, pos. sivelmente um ,dos fatores da sua

nantemente xísto-graníticos);

plasticidade.

final

folhellios argilosos.

aluviais no vale do Paraíba c em mui

tíssimos pontos do Estado.

plásticas e

São fre

refratárias.

Caro) e Tambaú " em boa parte provenientes da alter

ção de folhelhos da formação geoló gica denominada Estrada Nova.

mente argilas residuais de calcáreos, de distribuição quase que restrita â zona calcárea do vale do rio Ribeira de Iguape, área essa integrante ain

No primeiro caso temos as chama das "argilas residuais" jacentes no

da das formações pré-cambrianas. As argilas dêsse primeiro

mesmo lugar em que se formaram. No segundo caso temos as "argilas

exceção dos caolins, são em geral mais apropriadas para a cerâmica

transportadas" que íorniam depósi

grosseira: tijolos, telhas, etc..

lagos, mares, etc..

tados em Osasco c S. Caetano.

xa do Estado interiormente disposta

agentes como águas correntes, etc..

tos em partes baixas: vales, deltas,

a indústria cerâmica.

As argilas "aluviais" são as que

Dentre as argilas do segundo tipo,

podemos citar as terciárias da cidade dc São Paulo e do vale do Paraíba e as provenientes da alteração dos

As argilas do segundo grupo, isto c, as transportadas podem ser consi.

rSh^ç-.'


V --f' • •

Digesto Econômico

-irnr~if^r~ir^]f^

H I I I I 1 [l

\

funcionar, pelo

inpusTma^inmLnTo ^iHnpsn

menos, durante 30

anos, a fim de amortizar o capital in vertido. A jazida deve possuir con • dições de cxplorabilidadc econômica, isto é, a jazida deve ser de tal forma,

que os quatro seguintes materiais

fazem a grandeza de uma nação: car vão. petróleo, ferro e cobre. Os do-s pnmeiros como fontes de energia e

o que estuda o A.. lembrando a pro

pósito que temos necessidade de dis

os dois últimos como matéria-prima basica para quase todas as indústrias. Entretanto, nao poderíamos deixar de

tenção de qualquer produto manufa

acrescentar a êstes. o cimento. Pou

pitai.

por dos três fatores decisivos na ob turado: matéria-prima, energia e ca-

O calcáreo não deve conter elevada

professor Viktor Leinz, espcrando-se

\r.%

if

para o progresso de uma nação. Mas, •elo so e utilizado em larga escala .quando o seu baixo custo incentiva as construções. E êsse baixo custo só é conseguido quando há fábricas de grande produção, de modo a tornar o preço menor, por unidade de peso. In-

i •\

i

fortunadamente, no Brasil, temos pro dução insuficiente de cimento, ainda

ro, há ainda uma auto-suficiência.

razões, necessárias

se

ráveis, dado o teor elevado em MgO, como acontece com os calcáreos dolo-

mas falta-nos, porém, a indústria de cimentes de tipos especiais, que pre cisa ser incentivada.

Como produzir cimento cm grande

míticos.

E^sas pesquisas devem ser feitas por geólogos e químicos. Ningítém

quantidade, para suprir todos cs se

melhor que um geólogo pode, cpnlie--

tores de nossa engenharia cívíl?

cendo a formação e a gênese de um depósito, em poucas excursões, saber

Te

mos necessidade então de dispor dos três fatòres decisivos na obtenção de

qualquer produto manufaturado: ma téria-prima, energia e capital.

mesmo para as nossas atuais realiza

ções, relativamente modestas. Estados de São Paulo e Rio-de-Janeigrande no Sul e Norte do país. Nos estados de São Paulo e Rio-de-Janeí-

estas

tornam prospecções pormenorizadas dos depósitos cm vista, com pesqui sas geológicas de campo, pesquisas pctrográficas e químicas de laboratório, avaliações precisas de cubagem e re serva provável de jazida e respetivas análises químicas,, pois muitas vezes,

certas partes do depósito são inexplo-

co empregado há algumas décadas, o cimento hoje se torna imprescindível

Matéria-prima

A matéria-prima do cimento é cons tituída por calcáreo e argila. O calcáreo deve ser encontrado em

quantidade suficiente para a fábrica

ficiente para a instalação de uma fá brica de cimento. Contudo, os estudos

Por

Como produzir cimento em grande quantidade, para suprir todos os se tores de nossa engenharia civil? E*

do avaliado o depósito cm cerca de 2.000.000 de toneladas, reserva insu

continuaram ainda sob a direção do

convenientes.

£' fato universalmente demonstrado

O autor realizou, em 1943, estudos

da jazida de calcáreo de Vacacaí, ten

pido e de baixo custo por tonelada.

chação" por magnésia e outros in

(Especial para o "Digesto Econômico")

79

que permita um desmonto fácil, rá

porcentagem em MgO, ou seja, não mais do que 5%, para evitar a "in-

por WILLIAM GERSON ROLIM DE CAMARGO

V

se a jazida possui ou não a probabi lidade de alcançar cubagcm elevada e,

no caso negativo, evitar o prejuízo de somas avultadas em pesquisas e pros pecções futuras. Muitas vezes, en tretanto, é impossível tirar conclusões

satisfatórias, sem minucioso estudo com sondagens e poços de prospcc-

que a reserva aumente com prospec

ções de jazidas anexas.

De modo geral, podemos dizer que

as jazidas do algonquiano (era pnmitiva), mormente no Brasil, que são constituídas por calcáreos metamorfizados (mármores), são de maior ca

pacidade que as jazidas formadas em

períodos geológicos ma.s modernos^ Assim, por exemplo, em Tomax.mr, no Estado do Paraná, foram

betum _

poderiam ser ntlliaados

^

nosos de formação Irat. de rfade per^ mo-carbonífcra, caleáreos J caso a reserva fôsse sat.sfator.a, En

tretanto, dada a peQuena espessura da camada; a explorabilidade torna

va-se muito dispendiosa e por isto fot a jazida desprezada para tal fim. Uma vez que se verifique que o cal cáreo constitui reserva suficiente, ne

cessita-se da argila- Esta deve ser en contrada nas proximidades, pois do contrário irá encarecer demasiada mente o preço do custo do cimento, com transporte de argila de grande distância. Mais um motivo para se recorrer ao geólogo, que poderá orien tar a localização de um depósito de «t-

çâo.

,

tudados pelo antor

_ ^

11"âi"«ar»


V --f' • •

Digesto Econômico

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H I I I I 1 [l

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funcionar, pelo

inpusTma^inmLnTo ^iHnpsn

menos, durante 30

anos, a fim de amortizar o capital in vertido. A jazida deve possuir con • dições de cxplorabilidadc econômica, isto é, a jazida deve ser de tal forma,

que os quatro seguintes materiais

fazem a grandeza de uma nação: car vão. petróleo, ferro e cobre. Os do-s pnmeiros como fontes de energia e

o que estuda o A.. lembrando a pro

pósito que temos necessidade de dis

os dois últimos como matéria-prima basica para quase todas as indústrias. Entretanto, nao poderíamos deixar de

tenção de qualquer produto manufa

acrescentar a êstes. o cimento. Pou

pitai.

por dos três fatores decisivos na ob turado: matéria-prima, energia e ca-

O calcáreo não deve conter elevada

professor Viktor Leinz, espcrando-se

\r.%

if

para o progresso de uma nação. Mas, •elo so e utilizado em larga escala .quando o seu baixo custo incentiva as construções. E êsse baixo custo só é conseguido quando há fábricas de grande produção, de modo a tornar o preço menor, por unidade de peso. In-

i •\

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fortunadamente, no Brasil, temos pro dução insuficiente de cimento, ainda

ro, há ainda uma auto-suficiência.

razões, necessárias

se

ráveis, dado o teor elevado em MgO, como acontece com os calcáreos dolo-

mas falta-nos, porém, a indústria de cimentes de tipos especiais, que pre cisa ser incentivada.

Como produzir cimento cm grande

míticos.

E^sas pesquisas devem ser feitas por geólogos e químicos. Ningítém

quantidade, para suprir todos cs se

melhor que um geólogo pode, cpnlie--

tores de nossa engenharia cívíl?

cendo a formação e a gênese de um depósito, em poucas excursões, saber

Te

mos necessidade então de dispor dos três fatòres decisivos na obtenção de

qualquer produto manufaturado: ma téria-prima, energia e capital.

mesmo para as nossas atuais realiza

ções, relativamente modestas. Estados de São Paulo e Rio-de-Janeigrande no Sul e Norte do país. Nos estados de São Paulo e Rio-de-Janeí-

estas

tornam prospecções pormenorizadas dos depósitos cm vista, com pesqui sas geológicas de campo, pesquisas pctrográficas e químicas de laboratório, avaliações precisas de cubagem e re serva provável de jazida e respetivas análises químicas,, pois muitas vezes,

certas partes do depósito são inexplo-

co empregado há algumas décadas, o cimento hoje se torna imprescindível

Matéria-prima

A matéria-prima do cimento é cons tituída por calcáreo e argila. O calcáreo deve ser encontrado em

quantidade suficiente para a fábrica

ficiente para a instalação de uma fá brica de cimento. Contudo, os estudos

Por

Como produzir cimento em grande quantidade, para suprir todos os se tores de nossa engenharia civil? E*

do avaliado o depósito cm cerca de 2.000.000 de toneladas, reserva insu

continuaram ainda sob a direção do

convenientes.

£' fato universalmente demonstrado

O autor realizou, em 1943, estudos

da jazida de calcáreo de Vacacaí, ten

pido e de baixo custo por tonelada.

chação" por magnésia e outros in

(Especial para o "Digesto Econômico")

79

que permita um desmonto fácil, rá

porcentagem em MgO, ou seja, não mais do que 5%, para evitar a "in-

por WILLIAM GERSON ROLIM DE CAMARGO

V

se a jazida possui ou não a probabi lidade de alcançar cubagcm elevada e,

no caso negativo, evitar o prejuízo de somas avultadas em pesquisas e pros pecções futuras. Muitas vezes, en tretanto, é impossível tirar conclusões

satisfatórias, sem minucioso estudo com sondagens e poços de prospcc-

que a reserva aumente com prospec

ções de jazidas anexas.

De modo geral, podemos dizer que

as jazidas do algonquiano (era pnmitiva), mormente no Brasil, que são constituídas por calcáreos metamorfizados (mármores), são de maior ca

pacidade que as jazidas formadas em

períodos geológicos ma.s modernos^ Assim, por exemplo, em Tomax.mr, no Estado do Paraná, foram

betum _

poderiam ser ntlliaados

^

nosos de formação Irat. de rfade per^ mo-carbonífcra, caleáreos J caso a reserva fôsse sat.sfator.a, En

tretanto, dada a peQuena espessura da camada; a explorabilidade torna

va-se muito dispendiosa e por isto fot a jazida desprezada para tal fim. Uma vez que se verifique que o cal cáreo constitui reserva suficiente, ne

cessita-se da argila- Esta deve ser en contrada nas proximidades, pois do contrário irá encarecer demasiada mente o preço do custo do cimento, com transporte de argila de grande distância. Mais um motivo para se recorrer ao geólogo, que poderá orien tar a localização de um depósito de «t-

çâo.

,

tudados pelo antor

_ ^

11"âi"«ar»


Digcsto Econômico

60

Dígcsto Econômico

bre a conveniência de se transportar argila dc distâncias maiores. Como re

catos di- e tricálcico e aluminato tri-

gra geral, sempre é dc toda a conve

do cimento.

niência que as duas matérias-primas, calcáreo e argila, estejam localizadas

A adição dc água ao cimento pro voca a formação de um gel com os

próximas.

compostos hidratados, os quais mais

Fabricação do cimento

Com estas duas rochas, calcáreo e

cálcico são os principais constituintes

tarde se cristalizam, formando massa dura c resistente. Apesar de ter-se iniciado a indústria do cimento eni 1852, até bem pouco tempo quase

cal. O valor dêste módulo, para um

za e a resistência do cimento.

bom cimento, deve variar cm torno dc

mente

1:2. Mais tarde, Kuhl estabeleceu as relações que deveriam existir entre

mente nos Estados Unidos, qs estudos científicos sòbre o cimento, especial

a soma das porcentagens de alumina

mente sôbre o Portland.

e óxido de ferro e a porcentagem dc silíca, estipulapdo o "módulo de silicato" o qual deve variar entre 1:1,5

mensão exígua dos cristais, êstes es tudos estão sendo feitos com auxílio do microscópio eletrônico.

e 1:4,0.

Atual

ainda prosseguem, principal ■'

Dada a di

> A notável propriedade do cimento

principais de cimento: o cimento na

mentes de módulo alto (1 a,5), pobres

Portland, além da sua grande resis tência, o que justifica a sua larga e crescente aplicação, é o fato de so

tural, inventado em 1756 por John

em Si02 (sílica) e ricos de

frer desprezíveis contrações ou ex

Smeaton na Inglaterra, cimento que se

(alumina), possuem um poder de en durecimento muito rápido. No en tanto, quando solidificados, são me

argila, se fabrica o cimento Portland.

Êste módulo dc Kuhl é muito im

Há. todavia, duas outras variedades

portante na técnica, porquanto os ci

obtém calcinando calcáreos argiloso? finamente divididos e o cimento "pozzuolana , que é fabricado calcinando

p

81

nos resistentes.

calcáreos com terra "pozzuolana", ma terial vulcânico muito comum na Itá

A1203

Ao contrário, os ci

mentos de módulo baixo (1:4,0), ri cos em sílica, são dc endurecimento

lia (cimento já conhecido dos antigos romanos). Entre êstes cimentos, i

lento, mas o produto final é muito re

mais^ importante é o Portland, por ser

acordo com as necessidades.

sistente. Usâmo-los, um e outro, dc

artificial, e por isto, poder ter a com O cimento Portland foi inventado

sário salientar as conseqüências que

microcristais

nma mistura de 75% de CaC03), 25%

vez, estudados pelo petrógrafo escan

se a Michaelis os primeiros estudos

:

Durante o processo da calcinação,

técnico-científicos sobre o cimento.

na-fal^rícação de qualquer dos três

Êste Autor estabeleceu o módulo de

cimentos, desprende-se anidrido car

hidraulicidadc para o cimento, repre

bônico e os componentes remanescen tes se combinam, formando silicatos, flluminatos e ferratos de cálcio. Sili-

sentado pela relação entre a soma das porcentagens

de sílica, aluniina e

oxido de ferro, e a porcentagem de

frer inchação. ou por excesso de

penetrado de microcrislais, cimentados

obtido por calcinação do "clinker",

niento.

rante o processo de solidificação so

de cal (inchação por cal) ou de gesso (inchação por^gêsso). Nao e neces

por massa vítrea fundamental.

nada se sabia sobre a constituição fí sica do cimento, ou seja, de sua es trutura física e mineralógica. Devem-

tram de acòrdo com os mcdulos de Michaelis e Kuhl, pode o cimento du- •

dada pelo emaranhado denso e inter-

na Inglaterra em 1824 por Aspdni e è

de argila e por adição de 3% de gêsso no término do processo, após .i calcinação, para dar "pega" ao ci-

Entretanto, quando as porcentagens

dos componentes do cimento nao en

inagnésia (inchação Por magnes.a),

A elevada resistência do cimento é

posição que se desejar.

pansões (inchação) após o endureci mento.

foram, pela

dinavo Torncbohn, que

Êsses

primeira

reconheceu

quatro substâncias.cristalinas diferen

poderão advir a uma construção tais

inchaçoes: diminuição da resistência,

ruptura das estruturas, etc. i •

Energia

tes, as quais êle designou com os no

mes de alita, belita, celita e felita,

sendo a primeira o principal compo nente. São todos silicatos hidratados

de cálcio, variando em um ou outro a

Quanto à energia para as indústrias de cimento, estas utilizam carvão, le nha ou óleo combustível. Nas fábri cas dos Estados do Sul do Brasil não

A adição de gêsso ou cal no cimento,

será difícil obter carvão como fonte de energia. A jazida de calcáreo de

aumentando a quantidade de produtos

Vacacaí, por nós prospectada, pos

cristalinos, aumenta também a dure

suía em suas circunvizinhanças

porcentagem

mútua de

Si02 e

CaO.

(20


Digcsto Econômico

60

Dígcsto Econômico

bre a conveniência de se transportar argila dc distâncias maiores. Como re

catos di- e tricálcico e aluminato tri-

gra geral, sempre é dc toda a conve

do cimento.

niência que as duas matérias-primas, calcáreo e argila, estejam localizadas

A adição dc água ao cimento pro voca a formação de um gel com os

próximas.

compostos hidratados, os quais mais

Fabricação do cimento

Com estas duas rochas, calcáreo e

cálcico são os principais constituintes

tarde se cristalizam, formando massa dura c resistente. Apesar de ter-se iniciado a indústria do cimento eni 1852, até bem pouco tempo quase

cal. O valor dêste módulo, para um

za e a resistência do cimento.

bom cimento, deve variar cm torno dc

mente

1:2. Mais tarde, Kuhl estabeleceu as relações que deveriam existir entre

mente nos Estados Unidos, qs estudos científicos sòbre o cimento, especial

a soma das porcentagens de alumina

mente sôbre o Portland.

e óxido de ferro e a porcentagem dc silíca, estipulapdo o "módulo de silicato" o qual deve variar entre 1:1,5

mensão exígua dos cristais, êstes es tudos estão sendo feitos com auxílio do microscópio eletrônico.

e 1:4,0.

Atual

ainda prosseguem, principal ■'

Dada a di

> A notável propriedade do cimento

principais de cimento: o cimento na

mentes de módulo alto (1 a,5), pobres

Portland, além da sua grande resis tência, o que justifica a sua larga e crescente aplicação, é o fato de so

tural, inventado em 1756 por John

em Si02 (sílica) e ricos de

frer desprezíveis contrações ou ex

Smeaton na Inglaterra, cimento que se

(alumina), possuem um poder de en durecimento muito rápido. No en tanto, quando solidificados, são me

argila, se fabrica o cimento Portland.

Êste módulo dc Kuhl é muito im

Há. todavia, duas outras variedades

portante na técnica, porquanto os ci

obtém calcinando calcáreos argiloso? finamente divididos e o cimento "pozzuolana , que é fabricado calcinando

p

81

nos resistentes.

calcáreos com terra "pozzuolana", ma terial vulcânico muito comum na Itá

A1203

Ao contrário, os ci

mentos de módulo baixo (1:4,0), ri cos em sílica, são dc endurecimento

lia (cimento já conhecido dos antigos romanos). Entre êstes cimentos, i

lento, mas o produto final é muito re

mais^ importante é o Portland, por ser

acordo com as necessidades.

sistente. Usâmo-los, um e outro, dc

artificial, e por isto, poder ter a com O cimento Portland foi inventado

sário salientar as conseqüências que

microcristais

nma mistura de 75% de CaC03), 25%

vez, estudados pelo petrógrafo escan

se a Michaelis os primeiros estudos

:

Durante o processo da calcinação,

técnico-científicos sobre o cimento.

na-fal^rícação de qualquer dos três

Êste Autor estabeleceu o módulo de

cimentos, desprende-se anidrido car

hidraulicidadc para o cimento, repre

bônico e os componentes remanescen tes se combinam, formando silicatos, flluminatos e ferratos de cálcio. Sili-

sentado pela relação entre a soma das porcentagens

de sílica, aluniina e

oxido de ferro, e a porcentagem de

frer inchação. ou por excesso de

penetrado de microcrislais, cimentados

obtido por calcinação do "clinker",

niento.

rante o processo de solidificação so

de cal (inchação por cal) ou de gesso (inchação por^gêsso). Nao e neces

por massa vítrea fundamental.

nada se sabia sobre a constituição fí sica do cimento, ou seja, de sua es trutura física e mineralógica. Devem-

tram de acòrdo com os mcdulos de Michaelis e Kuhl, pode o cimento du- •

dada pelo emaranhado denso e inter-

na Inglaterra em 1824 por Aspdni e è

de argila e por adição de 3% de gêsso no término do processo, após .i calcinação, para dar "pega" ao ci-

Entretanto, quando as porcentagens

dos componentes do cimento nao en

inagnésia (inchação Por magnes.a),

A elevada resistência do cimento é

posição que se desejar.

pansões (inchação) após o endureci mento.

foram, pela

dinavo Torncbohn, que

Êsses

primeira

reconheceu

quatro substâncias.cristalinas diferen

poderão advir a uma construção tais

inchaçoes: diminuição da resistência,

ruptura das estruturas, etc. i •

Energia

tes, as quais êle designou com os no

mes de alita, belita, celita e felita,

sendo a primeira o principal compo nente. São todos silicatos hidratados

de cálcio, variando em um ou outro a

Quanto à energia para as indústrias de cimento, estas utilizam carvão, le nha ou óleo combustível. Nas fábri cas dos Estados do Sul do Brasil não

A adição de gêsso ou cal no cimento,

será difícil obter carvão como fonte de energia. A jazida de calcáreo de

aumentando a quantidade de produtos

Vacacaí, por nós prospectada, pos

cristalinos, aumenta também a dure

suía em suas circunvizinhanças

porcentagem

mútua de

Si02 e

CaO.

(20


Digesto Econômico

82

MiíiMMC)mmmi} km) afloramentos de carvão e a 120 km, jazidas de carvão em franca pro dução. Os Estados de Sta. Catarina,

custo das instalações, das maquinaria?,

Paraná e São Paulo possuem jazida?

dia, sobe mais ou menos a 50.000.000

necessários

Êsse capital, hoje em

de carvão c não seria difícil obtê-lo

de cruzeiros.

em grande quantidade para indústria do cimento, mormente se esta vier a

é disponível por um único indivíduo, que mesmo possuindo tal capital, êslc

se localizar ao lado de uma estrada-

se acha quase sempre empregado em

-de-ferro, o que é essencial para esta

Tal som'a dificilmente

outros ramos de negócios. O recurso

Kcndst iisBcioiial e elevação do nível de vida (K.spccial- para o "Digcsto Econômico") por EDUARDO ALCÂNTARA DE OLIVEIRA

indústria, não só para a recepção de

é recorrermos à cooperação, isto é,

algumas matérias-primas, como tam bém para o escoamento da produção.

formação de um capital por subscri ções populares de ações de pequeno

^ solveram reunir-se em Teresópo-

Comentando os trabalhos da Confe

Nesse particular, convém salientar que os Estados do Brasil mais neces

valor, ou reunir diversos pequenos ca

lis a fim de trazer sua contribuição "para que nos rumos a serem traça

rência de Teresópolis, da qual parti

sitados em cimento são justamente os

sulinos. Portanto, quanto a estes, o problema da energia está praticamen te resolvido.

Em outros Estados, poder-se-ia lan çar mão de lenha ou mesmo de óleo combustível, após o término da guerra.

Capital

\i

c o grande número de trabalhad,ores

pitais para formar um gi-ande capital, a exemplo do que se faz para organi

dos à vida do país nos setores de suas

zação de bancos, agora tão em moda

atividades, sejam

e tão disseminados. Êste ultimo meio

que atendam aos justos anseios e in

c o mais aceitável, uma vez que, in felizmente no Brasil, o método das

teresses da coletividade", sabiam que

subscrições populares ainda sofre a ação desmoralizadora das "siderúr

exigia uma íntima cooperação entre

gicas

da mente de todos êsse escândalo so

cio e absoluta sinceridade de propó sitos para com os trabalhadores e

cial,

consumidores.

e tão cedo não se dissipara

A formação de um grande capital,

Das indústrias minerais, aquela que

a partir de pequenos capitais, faz com

niais necessita de um capital avultado. para iniciar suas operações, é a in

que êste, muitas vezes inaproveitável,

dústria do cimento, dado o elevado

AUANDO as classes produtoras re-

rendendo juros em banco, seja útil à comunidade e à nação.

adotadas' soluções

o bom êxito das soluções adotadas a agricultura, a indústria e o comér

cipou como assessor técnico da Asso

ciação Comercial de Sao Paulo, o A. aborda alguns aspetos do momentoso problema da elevação do nível de vi da da população, mostrando sua co-

nexâo com o aumento da «"enda na cional, até hoje sem md.ces sequer aproximados.

nal e elevação do nivel de vida. Mas, justamente porque o aumento da ren da nacional constituía o principal o jetivo a alcançar, todas as medidas

O plano dos trabalhos revela que, do ponto-de-vista prático, já a expe

recomendadas nas outras nove secçoes

riência havia mostrado que o aumen to da renda nacional era o único meio de conseguir-se a libertação de nos sa economia e a elevação do padrã-o

a permitir a sua efetivação, sob pena de comprometer-se a harmonia dos

de vida de nossas populações, que hoje se debatem em indisfarçavel

Secção deveriam, pois, ser conduzidos

pauperismo,

rência de Teresópolis, especialmente

tassem princípios gerais, cujo respei to garantiria a eficiência das medi das adotadas em relação à produção á^grícola e industrial, assim como das que dizem respeito à política de^ in

dedicada ao estudo das questões re

vestimentos, transportes, comércio, -à

Daí a relevância dos assuntos que puderam

apresentar-se

à discussão

nas reuniões da II Secção da Confe

ferentes ao aumento da renda nacío-

deveriam ser entrosadas de maneira meios e a funcionalidade das conse

qüências. Os trabalhos da Segunda de tal maneira que apenas se assen


Digesto Econômico

82

MiíiMMC)mmmi} km) afloramentos de carvão e a 120 km, jazidas de carvão em franca pro dução. Os Estados de Sta. Catarina,

custo das instalações, das maquinaria?,

Paraná e São Paulo possuem jazida?

dia, sobe mais ou menos a 50.000.000

necessários

Êsse capital, hoje em

de carvão c não seria difícil obtê-lo

de cruzeiros.

em grande quantidade para indústria do cimento, mormente se esta vier a

é disponível por um único indivíduo, que mesmo possuindo tal capital, êslc

se localizar ao lado de uma estrada-

se acha quase sempre empregado em

-de-ferro, o que é essencial para esta

Tal som'a dificilmente

outros ramos de negócios. O recurso

Kcndst iisBcioiial e elevação do nível de vida (K.spccial- para o "Digcsto Econômico") por EDUARDO ALCÂNTARA DE OLIVEIRA

indústria, não só para a recepção de

é recorrermos à cooperação, isto é,

algumas matérias-primas, como tam bém para o escoamento da produção.

formação de um capital por subscri ções populares de ações de pequeno

^ solveram reunir-se em Teresópo-

Comentando os trabalhos da Confe

Nesse particular, convém salientar que os Estados do Brasil mais neces

valor, ou reunir diversos pequenos ca

lis a fim de trazer sua contribuição "para que nos rumos a serem traça

rência de Teresópolis, da qual parti

sitados em cimento são justamente os

sulinos. Portanto, quanto a estes, o problema da energia está praticamen te resolvido.

Em outros Estados, poder-se-ia lan çar mão de lenha ou mesmo de óleo combustível, após o término da guerra.

Capital

\i

c o grande número de trabalhad,ores

pitais para formar um gi-ande capital, a exemplo do que se faz para organi

dos à vida do país nos setores de suas

zação de bancos, agora tão em moda

atividades, sejam

e tão disseminados. Êste ultimo meio

que atendam aos justos anseios e in

c o mais aceitável, uma vez que, in felizmente no Brasil, o método das

teresses da coletividade", sabiam que

subscrições populares ainda sofre a ação desmoralizadora das "siderúr

exigia uma íntima cooperação entre

gicas

da mente de todos êsse escândalo so

cio e absoluta sinceridade de propó sitos para com os trabalhadores e

cial,

consumidores.

e tão cedo não se dissipara

A formação de um grande capital,

Das indústrias minerais, aquela que

a partir de pequenos capitais, faz com

niais necessita de um capital avultado. para iniciar suas operações, é a in

que êste, muitas vezes inaproveitável,

dústria do cimento, dado o elevado

AUANDO as classes produtoras re-

rendendo juros em banco, seja útil à comunidade e à nação.

adotadas' soluções

o bom êxito das soluções adotadas a agricultura, a indústria e o comér

cipou como assessor técnico da Asso

ciação Comercial de Sao Paulo, o A. aborda alguns aspetos do momentoso problema da elevação do nível de vi da da população, mostrando sua co-

nexâo com o aumento da «"enda na cional, até hoje sem md.ces sequer aproximados.

nal e elevação do nivel de vida. Mas, justamente porque o aumento da ren da nacional constituía o principal o jetivo a alcançar, todas as medidas

O plano dos trabalhos revela que, do ponto-de-vista prático, já a expe

recomendadas nas outras nove secçoes

riência havia mostrado que o aumen to da renda nacional era o único meio de conseguir-se a libertação de nos sa economia e a elevação do padrã-o

a permitir a sua efetivação, sob pena de comprometer-se a harmonia dos

de vida de nossas populações, que hoje se debatem em indisfarçavel

Secção deveriam, pois, ser conduzidos

pauperismo,

rência de Teresópolis, especialmente

tassem princípios gerais, cujo respei to garantiria a eficiência das medi das adotadas em relação à produção á^grícola e industrial, assim como das que dizem respeito à política de^ in

dedicada ao estudo das questões re

vestimentos, transportes, comércio, -à

Daí a relevância dos assuntos que puderam

apresentar-se

à discussão

nas reuniões da II Secção da Confe

ferentes ao aumento da renda nacío-

deveriam ser entrosadas de maneira meios e a funcionalidade das conse

qüências. Os trabalhos da Segunda de tal maneira que apenas se assen


Digesto Econômico

84

85

Digesto Econômico

cesse o ajustamento dos salários e a

conseqüente elevação do nível de vida.

rá condicionar a educação às e.xigên-

as trocas não sejam entravadas por obstáculos de uma política econômica míope e egoísta, procurei, como as

cias da preparação de nossos homens

sessor técnico da Associação Comer

aumento da "renda nacional .

reitos da classe operária. Em linhas gerais, êsse caminho foi

para uma atividade econòmico-cultural capaz de elevá-los socialmente.

adotado, sem prejuízo de algumas re

Os detalhes das conclusões são o resultado de um debate em que sem

cial de São Paulo, levar à aprovação de meus companheiros de trabalho o reconhecimento de que a política fis cal mais aconselhável em nosso país,

mão de obra e a importância transcen

dades pedagógicas uma organização mais funcional, visando dessa manei-

dental do liame existente entre a efi

cácia do trabalho e o respeito aos di

apontando-se nossas deficiências de

comendações de ordem técnica.

Assim é que a declaração dfe prin cípios adotada no relatório da secção

pre se procurou obter clareza e acer

é a que prevê a redução dos impostos

to, como caminho para garantir a

indiretos.

se inicia com um "toque de reunir"

compreensão da sinceridade das ten

demonstrou que de fato correspondia

para que todos os "brasileiros de bóa

dências demonstradas. Um exemplo

aos anseios da maioria dos nossos ho

vontade se unam numa mobilização

esclareceria.

mens de ação, que ao mesmo tempo

psicológica em torno de uma frente

mendalção no sentido de que se pro cessasse a "industrialização da agri cultura", tornou-se claro que essa re

única econômica de combate ao pauperismo".

O platonismo da exorta

ção é superado pelo reconhecimento, que SC segue, de que a estrutura so

cial está condicionada pelas condições econômicas gerais.

Para se efetivar a elevação do ní vel de vida da população, são lembra das medidas referentes à saúde, à

9

educação e à assistência social, sem pre condicionando tais medidas às ne cessidades e às caraterísticas dos meios urbano e rural. E não se dei

xou de pôr em evidência que, pelo abandono em que se encontra, o meio rural está a exigir uma organização completa, capaz de satisfazer suas

Apresentada uma reco-

dação poderia sugerir: 1.°) que ^e

pretendiam organizar emprêsas indus triais com a finalidade de controlar as atividades agrícolas; 2.°) que a medida era unilateral (uma vez que

se tratava apenas da agricultura) não respeitava a harmonia dos pon tos-de-vista de todas as classes produ toras. Mas, dado que tudo não pas sava de deficiência de expressão, a recomendação foi modificada, aprovando-se nova

redação, em que se

considera imprescindível "a ampla in dustrialização da produção nacional, de sorte que, pela maior criaçao do

A aprovação dêsse item

reconhecem que são fundadas as exi

gências de nossas classes consumido ras.

Nem poderia proceder de outro

modo, uma vez que a população econòmícamente ativa tem sua própria

eficácia condicionada pelas condições de existência. Coerentemente, reco mendaram-se

proporcionar

medidas

aumento

tendentes

dos

a

salários

reais c, entre outras, "o fomento à

produção de gêneros alimentícios, á isenção de imposto sôbre as utilida des essenciais a um padrão mínimo de

vida digna, representadas (1) pelos materiais de construção, (2) indumen tária, (3) alimento, (4) medicamentos, (5) maquinaria e instrumental agrí

necessidades no campo da higiene, do

valores, se possam tornar disponíveis

cola".

sanitarismo e da assistência médico-

c acessíveis ao homem do campo e

hospitalar.

das cidades, as utilidades essenciais".

O aumento da produção foi consi-, derado como a melhor medida para se adaptar o meio circulante (atual mente excessivo) às necessidades eco nômicas ; o combate à inflação, atr.n • vés do aumento da produção, contri buirá naturalmente para que se pro

Foram apresentadas re

comendações no sentido de que "o Es tado proporcione

todos

os recursos

necessários e suficientes para a manu tenção da educação e ensino, em to dos os seus graus dando-se às ativi-

Uma vez que o nível de vida da po

pulação está condicionado

(entre

tantos fatòrcs) à elevação cios gravames fiscais sobre o consumo e que

o aumento da produção pressupõe que

E assim fomos levados a tratar do

Como já notaram todos os homens de bom senso e boa ciência, "a renda

nacional, expressando os verdadeiros valores indicativos de nossa posição

econômica, está a exigir um substan cial aumento. Êste aumento depen

de da elevação dos serviços e produ ções nacionais". Firmou-se, no rrlatório aprovado, que, para consegUK

aquele objetivo, se impõe:

a) A valorização do homem, pelo aumento de sua capacidade produtiva; b) A racionalização e o incremento

da produção agrícola, mineral, extrativa vegetal, e industrial, visando a uma ampla industrialização naciona, baseada no fortalecimento do mer Gado interno.

Reconhecendo-se, porem,

conhecemos coni precisão, ne com boa aproximação, as

.

^ *

dições econômicas do Brasil, foi en

carecido o levantamento estatístico de nossas possibilidades reais. Os fatos levaram os membros da comissão a

debater, então, alguns aspetos técni cos dos "índices" de renda nacional Tornou-se claro que não poderia ser utilizada a "medida" recomendada

pelo "1° Congresso Brasileiro da In dústria", cujo "mérito" seria apenas o de respeitar as deficiências de nos sos dados. Mas é preci.so convir que, em tais casos, "mais n f-i t-rtvim a d a m pn

vale

sermos


Digesto Econômico

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Digesto Econômico

cesse o ajustamento dos salários e a

conseqüente elevação do nível de vida.

rá condicionar a educação às e.xigên-

as trocas não sejam entravadas por obstáculos de uma política econômica míope e egoísta, procurei, como as

cias da preparação de nossos homens

sessor técnico da Associação Comer

aumento da "renda nacional .

reitos da classe operária. Em linhas gerais, êsse caminho foi

para uma atividade econòmico-cultural capaz de elevá-los socialmente.

adotado, sem prejuízo de algumas re

Os detalhes das conclusões são o resultado de um debate em que sem

cial de São Paulo, levar à aprovação de meus companheiros de trabalho o reconhecimento de que a política fis cal mais aconselhável em nosso país,

mão de obra e a importância transcen

dades pedagógicas uma organização mais funcional, visando dessa manei-

dental do liame existente entre a efi

cácia do trabalho e o respeito aos di

apontando-se nossas deficiências de

comendações de ordem técnica.

Assim é que a declaração dfe prin cípios adotada no relatório da secção

pre se procurou obter clareza e acer

é a que prevê a redução dos impostos

to, como caminho para garantir a

indiretos.

se inicia com um "toque de reunir"

compreensão da sinceridade das ten

demonstrou que de fato correspondia

para que todos os "brasileiros de bóa

dências demonstradas. Um exemplo

aos anseios da maioria dos nossos ho

vontade se unam numa mobilização

esclareceria.

mens de ação, que ao mesmo tempo

psicológica em torno de uma frente

mendalção no sentido de que se pro cessasse a "industrialização da agri cultura", tornou-se claro que essa re

única econômica de combate ao pauperismo".

O platonismo da exorta

ção é superado pelo reconhecimento, que SC segue, de que a estrutura so

cial está condicionada pelas condições econômicas gerais.

Para se efetivar a elevação do ní vel de vida da população, são lembra das medidas referentes à saúde, à

9

educação e à assistência social, sem pre condicionando tais medidas às ne cessidades e às caraterísticas dos meios urbano e rural. E não se dei

xou de pôr em evidência que, pelo abandono em que se encontra, o meio rural está a exigir uma organização completa, capaz de satisfazer suas

Apresentada uma reco-

dação poderia sugerir: 1.°) que ^e

pretendiam organizar emprêsas indus triais com a finalidade de controlar as atividades agrícolas; 2.°) que a medida era unilateral (uma vez que

se tratava apenas da agricultura) não respeitava a harmonia dos pon tos-de-vista de todas as classes produ toras. Mas, dado que tudo não pas sava de deficiência de expressão, a recomendação foi modificada, aprovando-se nova

redação, em que se

considera imprescindível "a ampla in dustrialização da produção nacional, de sorte que, pela maior criaçao do

A aprovação dêsse item

reconhecem que são fundadas as exi

gências de nossas classes consumido ras.

Nem poderia proceder de outro

modo, uma vez que a população econòmícamente ativa tem sua própria

eficácia condicionada pelas condições de existência. Coerentemente, reco mendaram-se

proporcionar

medidas

aumento

tendentes

dos

a

salários

reais c, entre outras, "o fomento à

produção de gêneros alimentícios, á isenção de imposto sôbre as utilida des essenciais a um padrão mínimo de

vida digna, representadas (1) pelos materiais de construção, (2) indumen tária, (3) alimento, (4) medicamentos, (5) maquinaria e instrumental agrí

necessidades no campo da higiene, do

valores, se possam tornar disponíveis

cola".

sanitarismo e da assistência médico-

c acessíveis ao homem do campo e

hospitalar.

das cidades, as utilidades essenciais".

O aumento da produção foi consi-, derado como a melhor medida para se adaptar o meio circulante (atual mente excessivo) às necessidades eco nômicas ; o combate à inflação, atr.n • vés do aumento da produção, contri buirá naturalmente para que se pro

Foram apresentadas re

comendações no sentido de que "o Es tado proporcione

todos

os recursos

necessários e suficientes para a manu tenção da educação e ensino, em to dos os seus graus dando-se às ativi-

Uma vez que o nível de vida da po

pulação está condicionado

(entre

tantos fatòrcs) à elevação cios gravames fiscais sobre o consumo e que

o aumento da produção pressupõe que

E assim fomos levados a tratar do

Como já notaram todos os homens de bom senso e boa ciência, "a renda

nacional, expressando os verdadeiros valores indicativos de nossa posição

econômica, está a exigir um substan cial aumento. Êste aumento depen

de da elevação dos serviços e produ ções nacionais". Firmou-se, no rrlatório aprovado, que, para consegUK

aquele objetivo, se impõe:

a) A valorização do homem, pelo aumento de sua capacidade produtiva; b) A racionalização e o incremento

da produção agrícola, mineral, extrativa vegetal, e industrial, visando a uma ampla industrialização naciona, baseada no fortalecimento do mer Gado interno.

Reconhecendo-se, porem,

conhecemos coni precisão, ne com boa aproximação, as

.

^ *

dições econômicas do Brasil, foi en

carecido o levantamento estatístico de nossas possibilidades reais. Os fatos levaram os membros da comissão a

debater, então, alguns aspetos técni cos dos "índices" de renda nacional Tornou-se claro que não poderia ser utilizada a "medida" recomendada

pelo "1° Congresso Brasileiro da In dústria", cujo "mérito" seria apenas o de respeitar as deficiências de nos sos dados. Mas é preci.so convir que, em tais casos, "mais n f-i t-rtvim a d a m pn

vale

sermos


Digesto Econômico

86

samcnte errados".,,, e seria um er ro aferir a "renda" nacional por

r«l>

"índice" em que se inclui o valor da

produção "bruta", em que não se in clui o valor dos serviços c cm que se

das terras que circundam os centros produtores e industriais, Icmbrando-se

desconhece a realidade de-nossas rela

a organização do cooperativas para a exploração cias que não foram apro veitadas. Esta última conclusão-píi-

QUAS opiniões encaram antagônica-

recc-nos o reconhecimento salutar de

mente-a função econômica das bôl-

da Bôlsa de Valores de São Paulo,

o prof. Dorival Teixeira Vieira teve

plas que lhes permitam entravar o

sas de valores. Para a primeira, mais generalizada após a crise de 1929, as bôlsas não exercem nenhuma função;

progresso c a felicidade da coletivi

outros vêem nelas um mercado indis

ções econômicas internacionais,

Eis

porque, como "elemento indicativo iM' f"/'

E* ainda digna de nota a recomen

dação final feita pela II Secção e que prevê um melhor aproveitamento

aproximado da renda nacional", se adotou a soma das produções e ser viços, mais o saldo da balança comer cial, total que seria corrigido pelo movimento internacional de capitais.

que as prerrogativas dos proprietá rios da terra não devem ser tão am

dade.

'K-

CT J/

''v i

.1

MOEDA GRAÜDA

pouco sólidos e, por isso mesmo, mui

necessário à vida da nação. A solução deste problema é funda

monstram a argumentação dos refe ridos autores.

Northern Pacific Railhvay, cujo va

pria política a assumir cm face das

lor nominal era de 100 dólares, els-

bôlsas de valores.

mero

varam-se a 150, 200 e 300 dólares, do

centro de jógo, cumpre restringir-lhe o âmbito de ação ou mesmo negar-lhe

modo que quem as tivesse comprado pelo primeiro preço realizaria, se as vendesse pelo último, um lucro de

Se é um

300%, porcentagem a que nunca po

cia e expansão.

1932, certos títulos de dívida france sa, cujos juros eram de 3% ao ano,

Vejamos os dois as-

"A bôlsa é um mercado

E' o espírito de especulação que im prime à bôlsa sua caraterística". Estriba-se essa especulação no interes se pelas diferenças de cotação dos títulos e não nos seus juros, de onde provém a preferência pelos valores

zeiros. Onde foi parar o real...! Não seria demais formular mos votos para que não aconteça o mesmo com o cruzeiro.

jiiJk &

Em 1901, as ações da

direito à existência. Se, todavia, apresenta utilidade, a política a se guir é a de facilitar-lhe a sobrevivên

de ilusões que, deve fazer dinheiro.

tempos atuais seria como se a elevássemos de 1 a 1.000 cru

de

mental, pois não só envolve uma ques

e Pick;

1610. A esse êsse lenipu a ii\jooa nossa um,. AvxvA a uma 1e tnonetaria era o—real, como hoje é otempo cruzeiro, de modo que rererir-se^ a S, 4 e 2 réis era como se hoje aludíssemos a 8, 4 e 2 cruzeiros. Depois o real se desvalorizou tanto que foi necessário elevar a unidade monetária do país a mil réis. Nos

Tomemos dois exemplos que

tão teórica, como condiciona a pró

moedas de 8, 4 e 2 réis." 1

densá.ção.

to flutuantes.

jógo afirma que a sua essência é a especulação. Asseveram . Lewinson

t5r3

ocasião de pronunciar uma conferên cia de que damos a seguir uma con-

pensável para compras e vendas de tí

£ i Iug^ ^ em que tão não abundante seja o miúdo, dinheiroapenas como o pai» rasil. Quase há dinheiro j

Em comemoração ao cinqüentenário

tulos, sendo, portanto, um organismo

Quem vê nas bôlsas um centro ds

cês Pyrard de Nerval:

Não, leitor, não se espante; era' isso mesmo. Lembre-se Iw í

por DORIVAL TEIXEIRA VIEIRA

petos da questão.

PASSANDQ em 1610 pela Bahia, assim relata o viajante fran h'

Fmiçslu económiesi tias kôlsas «le valores

deriam chegar os dividendos.

Em

tiveram a cotação elevada de 74 a 84

(valor nominal de 100 francos). As sim o portador desses títulos poderia, em curto prazo, ganhar 10 francos,

enquanto, se se abstivesse de vendê-los, apenas obteria 3 francos, ao fim de um ano.

Diferenças de cotação e Valor intrínseco

Realmente ao jogador de bôlsa in teressam mais as cotações do que o


Digesto Econômico

86

samcnte errados".,,, e seria um er ro aferir a "renda" nacional por

r«l>

"índice" em que se inclui o valor da

produção "bruta", em que não se in clui o valor dos serviços c cm que se

das terras que circundam os centros produtores e industriais, Icmbrando-se

desconhece a realidade de-nossas rela

a organização do cooperativas para a exploração cias que não foram apro veitadas. Esta última conclusão-píi-

QUAS opiniões encaram antagônica-

recc-nos o reconhecimento salutar de

mente-a função econômica das bôl-

da Bôlsa de Valores de São Paulo,

o prof. Dorival Teixeira Vieira teve

plas que lhes permitam entravar o

sas de valores. Para a primeira, mais generalizada após a crise de 1929, as bôlsas não exercem nenhuma função;

progresso c a felicidade da coletivi

outros vêem nelas um mercado indis

ções econômicas internacionais,

Eis

porque, como "elemento indicativo iM' f"/'

E* ainda digna de nota a recomen

dação final feita pela II Secção e que prevê um melhor aproveitamento

aproximado da renda nacional", se adotou a soma das produções e ser viços, mais o saldo da balança comer cial, total que seria corrigido pelo movimento internacional de capitais.

que as prerrogativas dos proprietá rios da terra não devem ser tão am

dade.

'K-

CT J/

''v i

.1

MOEDA GRAÜDA

pouco sólidos e, por isso mesmo, mui

necessário à vida da nação. A solução deste problema é funda

monstram a argumentação dos refe ridos autores.

Northern Pacific Railhvay, cujo va

pria política a assumir cm face das

lor nominal era de 100 dólares, els-

bôlsas de valores.

mero

varam-se a 150, 200 e 300 dólares, do

centro de jógo, cumpre restringir-lhe o âmbito de ação ou mesmo negar-lhe

modo que quem as tivesse comprado pelo primeiro preço realizaria, se as vendesse pelo último, um lucro de

Se é um

300%, porcentagem a que nunca po

cia e expansão.

1932, certos títulos de dívida france sa, cujos juros eram de 3% ao ano,

Vejamos os dois as-

"A bôlsa é um mercado

E' o espírito de especulação que im prime à bôlsa sua caraterística". Estriba-se essa especulação no interes se pelas diferenças de cotação dos títulos e não nos seus juros, de onde provém a preferência pelos valores

zeiros. Onde foi parar o real...! Não seria demais formular mos votos para que não aconteça o mesmo com o cruzeiro.

jiiJk &

Em 1901, as ações da

direito à existência. Se, todavia, apresenta utilidade, a política a se guir é a de facilitar-lhe a sobrevivên

de ilusões que, deve fazer dinheiro.

tempos atuais seria como se a elevássemos de 1 a 1.000 cru

de

mental, pois não só envolve uma ques

e Pick;

1610. A esse êsse lenipu a ii\jooa nossa um,. AvxvA a uma 1e tnonetaria era o—real, como hoje é otempo cruzeiro, de modo que rererir-se^ a S, 4 e 2 réis era como se hoje aludíssemos a 8, 4 e 2 cruzeiros. Depois o real se desvalorizou tanto que foi necessário elevar a unidade monetária do país a mil réis. Nos

Tomemos dois exemplos que

tão teórica, como condiciona a pró

moedas de 8, 4 e 2 réis." 1

densá.ção.

to flutuantes.

jógo afirma que a sua essência é a especulação. Asseveram . Lewinson

t5r3

ocasião de pronunciar uma conferên cia de que damos a seguir uma con-

pensável para compras e vendas de tí

£ i Iug^ ^ em que tão não abundante seja o miúdo, dinheiroapenas como o pai» rasil. Quase há dinheiro j

Em comemoração ao cinqüentenário

tulos, sendo, portanto, um organismo

Quem vê nas bôlsas um centro ds

cês Pyrard de Nerval:

Não, leitor, não se espante; era' isso mesmo. Lembre-se Iw í

por DORIVAL TEIXEIRA VIEIRA

petos da questão.

PASSANDQ em 1610 pela Bahia, assim relata o viajante fran h'

Fmiçslu económiesi tias kôlsas «le valores

deriam chegar os dividendos.

Em

tiveram a cotação elevada de 74 a 84

(valor nominal de 100 francos). As sim o portador desses títulos poderia, em curto prazo, ganhar 10 francos,

enquanto, se se abstivesse de vendê-los, apenas obteria 3 francos, ao fim de um ano.

Diferenças de cotação e Valor intrínseco

Realmente ao jogador de bôlsa in teressam mais as cotações do que o


Dígcsto Econômico

Dígesto Econômico

89

pites e boatos, que dcstroem a resis

os seus clientes. Como as eniprèsas se ligariam de algum modo u vida dos

transforma os indivíduos em efetivos

mais violentas e rápidas as oscila

tência ao jôgo.

bancos,

ções, maiores as oportunidades

Este ponto-de-vista leva a duas con seqüências: 1) — retira às bolsas o

so os

valor intrínseco dos títulos.

especulação.

Quanto de

Por isso a sua prefe-

rência se volta para os valores pou

seu caráter de função econômica; e

co estáveis.

2) — dá-lhes à existência um subs trato unicamente psicológico.

Os títulos sólidos ofe

recem margem de ganho tão pequena que não

compensam

os riscos da

transação.

Assim sendo, os valores de momen to são os preferidos; são títulos que se compram na previsão de uma alta

rápida, muito embora não inspirem grande confiança; são recomendáveis

Não desempenham função econômi ca, porque não têm um lugar delimi tado no processo de produção; não são indispensáveis para a colocaçá''' de títulos; esterilizam uma parte do capital disponível; e não desempe nham o papel de intermediários nas operações de troca. Sc tentarmos

respondem aqueles autores que, para

boatos encontram campo pro

os valores sólidos, fazendo desapare

pício para propagação, c.\pIicaiido-->e

cer

assim a existência das bolsas.

aqueles

cuja

existência

se

deveria ao espírito de especulação c jôgo.

O jôgo, a agiotagem e a especulação

.Acusação mais grave é a de que as bolsas câterilizam capital, contribuin do, segundo Persons, para que o fluxo de capital se bifurque em duas cor

^'■ejamos a seguir as objeções que essa argumentação levanta. Ela re

rentes, afluindo uma parte para o mercado de títulos e outra para o de produtos, de modo a subtraí-lo, em

peculação.

certa quantidade, ao comércio e à in

pousa na confusão de três noções distintas: o jogo. a agiotagem c à es

O jôgo é uma operação

em que se visa, mediante um risco, a fortuna rápida; guia-se pelo azar e abusando da boa-fé ou servindo-se da

Em toda emprêsa cooperam o capi

do comércio servir como intermediá

tal, o empreendimento c o trabalho. E' claro que as bolsas não podem ofe

rio. favorecendo ao mesmo tempo a produção e o consumo, verifica-se que elas não dispõem dessa qualidade,

ceis e avultados. A especulação é,

dutivo,

baseiam no exame das condições do mercado e da dinâmica econômica

especuladores da bòlsa. Graças a is-

escapa a toda previsão. A agiotagem,

à compra a venda imediata; cons

A objeção de q„e os negócios óe bolsa nao sao especulação, porque se

financiariam

Nega-se também às bolsas o seu ca ráter comerciaL Sendo caraterística

localizar as bolsas no processo pro

ta" que antevê a queda.

somente

dústria.

para um curto momento, seguindo-se

tituem a esperança do "altista" que acredita na ascenção e a do "baixis

èstes

recer

ver-nos-emos

nenhum

destes

embaraçados.

dois

iiltimos

necessidade alheia, procura lucros fá

segundo Pietri-Tonello, uma operação sòbre diferenças de preços, baseada em hipóteses plausíveis e mediante conhecimento da mercadoria. ^ D' ^

elementos. Só lhes é possível o for necimento de capital.

zem a simples transações monetárias.

rencia-se do jôgo, porque o risco e

Com referência às sociedades anô

Concluem assirii os autores que elas

menor, não contém em si o intuito de

nimas, podia-se crer, à primeira vista,

são inúteis e nocivas. Se continuam a existir, é cm conseqüência de um substrato psicológico: o jôgo. A ten

fluência do azar.

porque

as suas produções se

redu

fortuna rápida e não conta com a in-

isso, seriam necessárias estatísticas quase horárias. ^ Isso não se verifica ainda que fosse possível, restaria

que as bolsas favoreceriam o aprovei

ponderar o elemento subjetivo que

lançamento das ações, mas, feita a colocação, as transações de bôlsa

ção de instinto.

prosseguem, sem, porém, interferirem

apanágio dos homens, pois também

na atividade produtora, a cujo pro

exi.ste nos animais.

cesso

Êsse jògo, a princípio, desinteres sado, onenta-se depois para objetivos de lucro. Agindo sòbre êsse substra to psicológico, a que vem ajuntar-se

confundidas as três noções.

o desejo do má.ximo de lucro com o

correntes os capitais disponíveis: os que se dirigem às iiòlsas e os que

entra na interpretação dos dados es tatísticos. Além disso, consideremos que as estatísticas podem ser falsea

das intencionalmente. A apreciação pessoal, sujeita por natureza à influ ência subjetiva, acrescentem-se os efei

tos àa propaganda, que se serve da imprensa, do rádio e do próprio cijiema,

favorecendo a difusão de pal-

tamento do capital disponível no mer cado.

Isso seria verdade quando do

deixam de interessar.

Mas.

mesmo para o lançamento d" ações, as bolsas não são indispensáveis, pois essa tarefa pode ser desempenhada cora vantagem pelos bancos, que fa riam adiantamentos à emprêsa e co

locariam fàr.ilnieiitp os títulos entre

dência para o jôgo é normal e geral, recebendo dos psicólogos a qualifica Nem constitui êle

mínimo de esforço, a

Distingue-se da

agiotagem, porque é uma operação honesta e não envolve ludibrio de

ninguém. Verdade é que um indiví duo pode passar da especulação ao jògo e mesmo à agiotagem; isso. po rém, não é motivo para que sejam

propaganda

Merece também exame o argume:i-

to de esterilização de capital.

Preli

minarmente não se dividem em duas

J


Dígcsto Econômico

Dígesto Econômico

89

pites e boatos, que dcstroem a resis

os seus clientes. Como as eniprèsas se ligariam de algum modo u vida dos

transforma os indivíduos em efetivos

mais violentas e rápidas as oscila

tência ao jôgo.

bancos,

ções, maiores as oportunidades

Este ponto-de-vista leva a duas con seqüências: 1) — retira às bolsas o

so os

valor intrínseco dos títulos.

especulação.

Quanto de

Por isso a sua prefe-

rência se volta para os valores pou

seu caráter de função econômica; e

co estáveis.

2) — dá-lhes à existência um subs trato unicamente psicológico.

Os títulos sólidos ofe

recem margem de ganho tão pequena que não

compensam

os riscos da

transação.

Assim sendo, os valores de momen to são os preferidos; são títulos que se compram na previsão de uma alta

rápida, muito embora não inspirem grande confiança; são recomendáveis

Não desempenham função econômi ca, porque não têm um lugar delimi tado no processo de produção; não são indispensáveis para a colocaçá''' de títulos; esterilizam uma parte do capital disponível; e não desempe nham o papel de intermediários nas operações de troca. Sc tentarmos

respondem aqueles autores que, para

boatos encontram campo pro

os valores sólidos, fazendo desapare

pício para propagação, c.\pIicaiido-->e

cer

assim a existência das bolsas.

aqueles

cuja

existência

se

deveria ao espírito de especulação c jôgo.

O jôgo, a agiotagem e a especulação

.Acusação mais grave é a de que as bolsas câterilizam capital, contribuin do, segundo Persons, para que o fluxo de capital se bifurque em duas cor

^'■ejamos a seguir as objeções que essa argumentação levanta. Ela re

rentes, afluindo uma parte para o mercado de títulos e outra para o de produtos, de modo a subtraí-lo, em

peculação.

certa quantidade, ao comércio e à in

pousa na confusão de três noções distintas: o jogo. a agiotagem c à es

O jôgo é uma operação

em que se visa, mediante um risco, a fortuna rápida; guia-se pelo azar e abusando da boa-fé ou servindo-se da

Em toda emprêsa cooperam o capi

do comércio servir como intermediá

tal, o empreendimento c o trabalho. E' claro que as bolsas não podem ofe

rio. favorecendo ao mesmo tempo a produção e o consumo, verifica-se que elas não dispõem dessa qualidade,

ceis e avultados. A especulação é,

dutivo,

baseiam no exame das condições do mercado e da dinâmica econômica

especuladores da bòlsa. Graças a is-

escapa a toda previsão. A agiotagem,

à compra a venda imediata; cons

A objeção de q„e os negócios óe bolsa nao sao especulação, porque se

financiariam

Nega-se também às bolsas o seu ca ráter comerciaL Sendo caraterística

localizar as bolsas no processo pro

ta" que antevê a queda.

somente

dústria.

para um curto momento, seguindo-se

tituem a esperança do "altista" que acredita na ascenção e a do "baixis

èstes

recer

ver-nos-emos

nenhum

destes

embaraçados.

dois

iiltimos

necessidade alheia, procura lucros fá

segundo Pietri-Tonello, uma operação sòbre diferenças de preços, baseada em hipóteses plausíveis e mediante conhecimento da mercadoria. ^ D' ^

elementos. Só lhes é possível o for necimento de capital.

zem a simples transações monetárias.

rencia-se do jôgo, porque o risco e

Com referência às sociedades anô

Concluem assirii os autores que elas

menor, não contém em si o intuito de

nimas, podia-se crer, à primeira vista,

são inúteis e nocivas. Se continuam a existir, é cm conseqüência de um substrato psicológico: o jôgo. A ten

fluência do azar.

porque

as suas produções se

redu

fortuna rápida e não conta com a in-

isso, seriam necessárias estatísticas quase horárias. ^ Isso não se verifica ainda que fosse possível, restaria

que as bolsas favoreceriam o aprovei

ponderar o elemento subjetivo que

lançamento das ações, mas, feita a colocação, as transações de bôlsa

ção de instinto.

prosseguem, sem, porém, interferirem

apanágio dos homens, pois também

na atividade produtora, a cujo pro

exi.ste nos animais.

cesso

Êsse jògo, a princípio, desinteres sado, onenta-se depois para objetivos de lucro. Agindo sòbre êsse substra to psicológico, a que vem ajuntar-se

confundidas as três noções.

o desejo do má.ximo de lucro com o

correntes os capitais disponíveis: os que se dirigem às iiòlsas e os que

entra na interpretação dos dados es tatísticos. Além disso, consideremos que as estatísticas podem ser falsea

das intencionalmente. A apreciação pessoal, sujeita por natureza à influ ência subjetiva, acrescentem-se os efei

tos àa propaganda, que se serve da imprensa, do rádio e do próprio cijiema,

favorecendo a difusão de pal-

tamento do capital disponível no mer cado.

Isso seria verdade quando do

deixam de interessar.

Mas.

mesmo para o lançamento d" ações, as bolsas não são indispensáveis, pois essa tarefa pode ser desempenhada cora vantagem pelos bancos, que fa riam adiantamentos à emprêsa e co

locariam fàr.ilnieiitp os títulos entre

dência para o jôgo é normal e geral, recebendo dos psicólogos a qualifica Nem constitui êle

mínimo de esforço, a

Distingue-se da

agiotagem, porque é uma operação honesta e não envolve ludibrio de

ninguém. Verdade é que um indiví duo pode passar da especulação ao jògo e mesmo à agiotagem; isso. po rém, não é motivo para que sejam

propaganda

Merece também exame o argume:i-

to de esterilização de capital.

Preli

minarmente não se dividem em duas

J


Digesto Econômico

90

se destinam ao comércio c à indús

ticas explicariam também porque as

tria.

bolsas só apareceram no Brasil após

Ao considerarmos o movimento

de colocação de ações, de debéntures

•!l. •

ou mesmo de dívida pública^ vemos que, no primeiro caso, entra no pro cesso de produção; se se dirige ao

Estado, Tolta à circulação pelo paga mento de bens e serviços a que êstc procede.

No caso de transmissão de

apólices já adquiridas, o único capi tal esterilizado é a parte referente à w

diferença de cotação, mas não será tal que possa prejudicar a vida eco nômica.

o advento da República. Se as bolsas sc desenvolveram, foi porque a vida econômica cresceu e se multiplicou, caracterizando-se pelo aumento crescente das grandes em

Se^ se devesse somente ao espírito

ferentes

compra e venda.

comprometer o êxito

Assim há um co

capitalistas médios, que, cobrando di taxas

de

juros,

poderiam

da operação.

mércio de títulos, caracterizado pela

Cifra-se o segundo problema na fal

troca.

ta de garantia para a honestidade

Como mercado de valores cia

das transações.

riam surgir firmas (fantásticas que

sua realização, entretanto, é necessá

centrar

rio apelar para a pequena economia,

compreendê-la expliquemos o fenô meno da formação e do investimento

absorveriam capitais e desaparece riam em seguida; de outro, o temor

mediante o lançamento de ações nas bòlsas. Por outro lado, crescem os

todas as nações, necessita de novos

nômica.

riam em posição vantajosa, ou para A bôlsa é um mercado de valores, pois nela se verificam operações de

desempenha duas funções importan

ca que, com a expansão crescente de

antecipam numerário aos industriais e assim a propna esterilidade aparente serve ac dinamismo da vida eco

grandes capitalistas, que se coloca

A bôlsa como mercado de valores

tes, das quais a primeira é a de con

encargos públicos do Estado, cujas

emissão de novas ações. Os especula dores, lançando mão de seus lucros,

51

presas, fruto das vantagens inegáveis da concentração capitalista. Para a

Não se deve esquecer que o lucro adquirido nas transações facilita o lançamento de novas ações, movimen tando e desafogando a vida econômi

capitais, que são obtidos mediante a

Digesto Econômico

e

distribuir

capitais.

Para

de capitais.

O homem em sua atividade procura prever o futuro, que representa para

De um lado, pode

de burla por parte dos produtores le varia os capitalistas ao aumento das taxas de juros. A inexistência das bolsas de valores traria, como conse

despesas aumentam, obrigando-o ao recurso dos empréstimos, para cuja

si uma incógnita.

efetivação a bôlsa é um órgão valio

produzindo um-pouco mais do que ne-*

gócios.

so, pois por ela se processa a coloca

cessita

ção dos títulos.

conseguir uma reserva para o futuro.

Inegável o serviço que as bolsas, atraindo as poupanças e favorecendo

Já sc afirmou que a poupança é o

os adiantamentos à produção, pres

Ao

construir

o

seu

Barómetro

Dessa

maneira,

no presente, esforça-se

por

qüência, a falta de segurança nos ne

sacrifício do presente e em favor do

tam à economia no que se refere ao

Econômico, a escola de Harvard or

futuro, traduzindo-se por uma redu

ganizou três séries complexivas de

ção do consumo e um entesouramen-

lançamento das"emissões iniciais, s sa função, todavia, não se exerce por

fenómenos: a série de especulação, a

to.

Êste significa uma esterilização

maneira uniforme, pois a economia das nações se caracteriza por perío

de negócios e a da moeda. Entre a

momentânea de capital, contribuindo,

primeira e a segunda o coeficiente de

entretanto, para

correlação era de 0,81 e entre a pri

produção, porque a poupança permi te seja consumido por outrem, sob a forrna de aluguel, — o juro — ou seja

se por um otimismo crescente. Nes

meira e a terceira era de 0,74, mos

o

alargamento

da

dos de expansão e depressão, em al- ternância constante.

Os momentos de expansão marcam-

de jogo e ao interésse pessoal, como se explicaria a existência das bôisqs

trando assim que os fenômenos de es

peculação estão estreitamente ligados

o preço de uso do novo capital, aqui

sas fases aí bolsas funcionam como

apenas

aos movimentos dos negócios e aos

lo que foi economizado por uma pe.s-

captadoras de capitais e tanto mais

por que não existiram na Idade' Mé

da moeda. Ora, isso somente poderia

soa.

úteis serão quanto mais tendam as

dia ou nas épocas colonial e imperial do Brasil? A sua inexistência no pe ríodo medieval se deve ao pouco de

verificar-se se a movimentação dos títulos não estivesse sujeita apenas às

emprêsas para a concentração. Nos que não houvesse um órgão destina ' períodos de depressão, em que predo do à concentra'ção de capitais. Dois minam o temor e o receio na ativi dade econômica, ocorre uma preferên problemas surgiriam: seriam difíceis os contratos entre produtores e por cia pelos títulos do Estado, para cuja

em

determinadas

épocas?

senvolvimento do meio econômico que nãd permitia houvesse mercados

contingências do azar, mas sim ao es tado geral da conjuntura econômica. Assim concluímos pela afirmativa

permanentes, nem exigia a necessida

de que as bòlsas de valores constituem

de de grandes capitais. Razões idên

um mercado de títulos.

Suponhamos

um

meio social

em

tadores de capitais; aquêles se ve riam obrigados a apelar, ou para

aquisição as bòlsas prestam grande auxílio.

Se os empréstimos públicos


Digesto Econômico

90

se destinam ao comércio c à indús

ticas explicariam também porque as

tria.

bolsas só apareceram no Brasil após

Ao considerarmos o movimento

de colocação de ações, de debéntures

•!l. •

ou mesmo de dívida pública^ vemos que, no primeiro caso, entra no pro cesso de produção; se se dirige ao

Estado, Tolta à circulação pelo paga mento de bens e serviços a que êstc procede.

No caso de transmissão de

apólices já adquiridas, o único capi tal esterilizado é a parte referente à w

diferença de cotação, mas não será tal que possa prejudicar a vida eco nômica.

o advento da República. Se as bolsas sc desenvolveram, foi porque a vida econômica cresceu e se multiplicou, caracterizando-se pelo aumento crescente das grandes em

Se^ se devesse somente ao espírito

ferentes

compra e venda.

comprometer o êxito

Assim há um co

capitalistas médios, que, cobrando di taxas

de

juros,

poderiam

da operação.

mércio de títulos, caracterizado pela

Cifra-se o segundo problema na fal

troca.

ta de garantia para a honestidade

Como mercado de valores cia

das transações.

riam surgir firmas (fantásticas que

sua realização, entretanto, é necessá

centrar

rio apelar para a pequena economia,

compreendê-la expliquemos o fenô meno da formação e do investimento

absorveriam capitais e desaparece riam em seguida; de outro, o temor

mediante o lançamento de ações nas bòlsas. Por outro lado, crescem os

todas as nações, necessita de novos

nômica.

riam em posição vantajosa, ou para A bôlsa é um mercado de valores, pois nela se verificam operações de

desempenha duas funções importan

ca que, com a expansão crescente de

antecipam numerário aos industriais e assim a propna esterilidade aparente serve ac dinamismo da vida eco

grandes capitalistas, que se coloca

A bôlsa como mercado de valores

tes, das quais a primeira é a de con

encargos públicos do Estado, cujas

emissão de novas ações. Os especula dores, lançando mão de seus lucros,

51

presas, fruto das vantagens inegáveis da concentração capitalista. Para a

Não se deve esquecer que o lucro adquirido nas transações facilita o lançamento de novas ações, movimen tando e desafogando a vida econômi

capitais, que são obtidos mediante a

Digesto Econômico

e

distribuir

capitais.

Para

de capitais.

O homem em sua atividade procura prever o futuro, que representa para

De um lado, pode

de burla por parte dos produtores le varia os capitalistas ao aumento das taxas de juros. A inexistência das bolsas de valores traria, como conse

despesas aumentam, obrigando-o ao recurso dos empréstimos, para cuja

si uma incógnita.

efetivação a bôlsa é um órgão valio

produzindo um-pouco mais do que ne-*

gócios.

so, pois por ela se processa a coloca

cessita

ção dos títulos.

conseguir uma reserva para o futuro.

Inegável o serviço que as bolsas, atraindo as poupanças e favorecendo

Já sc afirmou que a poupança é o

os adiantamentos à produção, pres

Ao

construir

o

seu

Barómetro

Dessa

maneira,

no presente, esforça-se

por

qüência, a falta de segurança nos ne

sacrifício do presente e em favor do

tam à economia no que se refere ao

Econômico, a escola de Harvard or

futuro, traduzindo-se por uma redu

ganizou três séries complexivas de

ção do consumo e um entesouramen-

lançamento das"emissões iniciais, s sa função, todavia, não se exerce por

fenómenos: a série de especulação, a

to.

Êste significa uma esterilização

maneira uniforme, pois a economia das nações se caracteriza por perío

de negócios e a da moeda. Entre a

momentânea de capital, contribuindo,

primeira e a segunda o coeficiente de

entretanto, para

correlação era de 0,81 e entre a pri

produção, porque a poupança permi te seja consumido por outrem, sob a forrna de aluguel, — o juro — ou seja

se por um otimismo crescente. Nes

meira e a terceira era de 0,74, mos

o

alargamento

da

dos de expansão e depressão, em al- ternância constante.

Os momentos de expansão marcam-

de jogo e ao interésse pessoal, como se explicaria a existência das bôisqs

trando assim que os fenômenos de es

peculação estão estreitamente ligados

o preço de uso do novo capital, aqui

sas fases aí bolsas funcionam como

apenas

aos movimentos dos negócios e aos

lo que foi economizado por uma pe.s-

captadoras de capitais e tanto mais

por que não existiram na Idade' Mé

da moeda. Ora, isso somente poderia

soa.

úteis serão quanto mais tendam as

dia ou nas épocas colonial e imperial do Brasil? A sua inexistência no pe ríodo medieval se deve ao pouco de

verificar-se se a movimentação dos títulos não estivesse sujeita apenas às

emprêsas para a concentração. Nos que não houvesse um órgão destina ' períodos de depressão, em que predo do à concentra'ção de capitais. Dois minam o temor e o receio na ativi dade econômica, ocorre uma preferên problemas surgiriam: seriam difíceis os contratos entre produtores e por cia pelos títulos do Estado, para cuja

em

determinadas

épocas?

senvolvimento do meio econômico que nãd permitia houvesse mercados

contingências do azar, mas sim ao es tado geral da conjuntura econômica. Assim concluímos pela afirmativa

permanentes, nem exigia a necessida

de que as bòlsas de valores constituem

de de grandes capitais. Razões idên

um mercado de títulos.

Suponhamos

um

meio social

em

tadores de capitais; aquêles se ve riam obrigados a apelar, ou para

aquisição as bòlsas prestam grande auxílio.

Se os empréstimos públicos


Digesto Econômico

Í2

Digesto Econômico

são feitos para financiamento da pro dução ou para desenvolvimento d-.' obras de interesse geral, essa inver são é indiscutivelmente produtiva. Se

tam!)éin do caráter cie empréstimos a longo prazo as debêntures e letras

tulos, muita vez até com lucros, trans

necessidade, reembolsar-se do capital

sam o âmbito nacional^ pois, operan-do com valores estrangeiros, contri buem para a internacionalização d.a ■economia, tornando solidários os in

Três são os motivos que explicam essa

emprestado ou de parte dêle, como po

taxas de juros dos títulos, uma vez

tendência. A dívida a longo prazo ali via a carga da arrecadação, distribuindo-a por varias gerações. Acre

de acompanhar a evolução da conjun

que o risco se atenua, predispondo-

tura

maior número de pessoas à concessão

teresses de varias naçõe? e transfor mando o mundo num só mercado. As bolsas de valores servem tam-

ditando num melboraniento constante,

^ém para outra função: a conversão automatica dos prazos dos emprésti-mos. Na quase totalidade dos casos

predominam nessas operações os pra

dos empréstimos com maior facilida de, por isso os estende no tempo. Quanto ao terceiro motivo, refere-se aos empréstimos internos. Em virtu

zos médios e longos

de da tendência atual para uma des

hoje se faz com objetivo no consumo potencial. Assim o produtor tem ne cessidade de grandes recursos para e obtenção maciça de matéria-prima, para pagamentos de salários e outras

despesas que são realizadas durante

o processo de fabricação. Por isso a produção atual só pode viver e se de

r'

resgatar os próprios títulos, abrevian do o prazo do empréstimo e obtendes

também a se estender por longo prazo-

reserva.

Enquanto no passado a produção se íaz.a em vista do consumo imediato,

l ;v

O porta

dem aos produtores e ao Estado. Nosmomentos de depressão, podem êles

dor do título pode assim, cm caso de

evasão prejudicial de

Em sua atuação as bolsas ultrapa.-?-

ii,

em dívidas de curto prazo.

As vantagens não se referem so mente aos portadores, mas se esten

tendem

uma

■w.

formando as dívidas de longo prazo

A dívida pública

investimento

ó improdutivo, sendo possível falar em

As bolsas permitem aos cmprestadores a possibilidade de venda dos tí

bipotecárias.

forem feitos para atender às necessi<lades orçamentárias, o

9S

senvolver, mediante o auxílio de em préstimos a grandes prazos. Consti tui um empréstimo desta natureza a

compra de ações, que as bolsas pos^ibilitain» porque o portador recebe os

dividendos

regularmente,

mas

não

Os

empréstimos

piil)licos

e

ven

de empréstimos.

dendo.

turo possa fazer frente aos encargos

ir ir ir *

A ACEITAÇÃO DO "DIGESTO ECONÔMICO"

valorização constante da moeda, as dívidas

resgatadas no futuro o são

por dinheiro de poder aquisitivo infe

rior ao de quando foram lançados empréstimos.

E' fácil compreender o que ocorre ria, se êsses adiantamentos fossem

feitos, sem a existência das bolsas de valores.

Aumentaria enormeinente 3

resistência aos empréstimos a longo

prazo, em virtude da imprevisibilidade do futuro.

Predominaria então o cn-

tesouramento. A produção e o Esta do, em vista do risco, somente conse

guiriam financiamento à custa de ju ros elevados; o campo seria propício

à agiotagem e a iniciativa ficaria es

do

tagnada.

Participam

comprando

sa redução de prazo se reflete na^

o Estado espera que o progresso fu

pode exigir da empresa a devolução capital emprestado.

econômica,

um lucro adicional na transação. Es

sido enviadas:

encomiásticas que por carta tem A®.tx referências nossa redação, acerca do nosso mensario, e

mais o

mentários e notas de tôda a imprensa do país, que não tem P pado louvores ao "Digesto Econômico", seriam, de^ a g^m

do, bastante para que tivéssemos a certeza da aceitação *1 ^ esta revista vem obtendo.

No entanto, prova definitiva e

junto com aquelas outras, vem mostrar o prestigio c do

"Diçresto

Econômico",

está no

fato

d®»

com

-gjg.

8.® número, termos sido obrigados a novamente aumen ar^ ragem da revista, que num curto prazo de oito meses viu

,

venda avulsa subir de mais quatro mil exemplares. sse — um aumento de quatro mil exemplares em tão pouco temp^ — não é somente auspicioso, é sobretudo significativo ^ , tação que o "Digesto Econômico" vem encontran o por o o Brasil. ^ j. Comunicando isto aos nossos leitores e assinantes, pe imos

a êstes últimos e aos demais que recebem o

Digesto^

nómico" a gentileza de avisar à gerência qualquer modificação em seus endereços, a fim de oue não haja irregularidade na en trega da revista.

*


Digesto Econômico

Í2

Digesto Econômico

são feitos para financiamento da pro dução ou para desenvolvimento d-.' obras de interesse geral, essa inver são é indiscutivelmente produtiva. Se

tam!)éin do caráter cie empréstimos a longo prazo as debêntures e letras

tulos, muita vez até com lucros, trans

necessidade, reembolsar-se do capital

sam o âmbito nacional^ pois, operan-do com valores estrangeiros, contri buem para a internacionalização d.a ■economia, tornando solidários os in

Três são os motivos que explicam essa

emprestado ou de parte dêle, como po

taxas de juros dos títulos, uma vez

tendência. A dívida a longo prazo ali via a carga da arrecadação, distribuindo-a por varias gerações. Acre

de acompanhar a evolução da conjun

que o risco se atenua, predispondo-

tura

maior número de pessoas à concessão

teresses de varias naçõe? e transfor mando o mundo num só mercado. As bolsas de valores servem tam-

ditando num melboraniento constante,

^ém para outra função: a conversão automatica dos prazos dos emprésti-mos. Na quase totalidade dos casos

predominam nessas operações os pra

dos empréstimos com maior facilida de, por isso os estende no tempo. Quanto ao terceiro motivo, refere-se aos empréstimos internos. Em virtu

zos médios e longos

de da tendência atual para uma des

hoje se faz com objetivo no consumo potencial. Assim o produtor tem ne cessidade de grandes recursos para e obtenção maciça de matéria-prima, para pagamentos de salários e outras

despesas que são realizadas durante

o processo de fabricação. Por isso a produção atual só pode viver e se de

r'

resgatar os próprios títulos, abrevian do o prazo do empréstimo e obtendes

também a se estender por longo prazo-

reserva.

Enquanto no passado a produção se íaz.a em vista do consumo imediato,

l ;v

O porta

dem aos produtores e ao Estado. Nosmomentos de depressão, podem êles

dor do título pode assim, cm caso de

evasão prejudicial de

Em sua atuação as bolsas ultrapa.-?-

ii,

em dívidas de curto prazo.

As vantagens não se referem so mente aos portadores, mas se esten

tendem

uma

■w.

formando as dívidas de longo prazo

A dívida pública

investimento

ó improdutivo, sendo possível falar em

As bolsas permitem aos cmprestadores a possibilidade de venda dos tí

bipotecárias.

forem feitos para atender às necessi<lades orçamentárias, o

9S

senvolver, mediante o auxílio de em préstimos a grandes prazos. Consti tui um empréstimo desta natureza a

compra de ações, que as bolsas pos^ibilitain» porque o portador recebe os

dividendos

regularmente,

mas

não

Os

empréstimos

piil)licos

e

ven

de empréstimos.

dendo.

turo possa fazer frente aos encargos

ir ir ir *

A ACEITAÇÃO DO "DIGESTO ECONÔMICO"

valorização constante da moeda, as dívidas

resgatadas no futuro o são

por dinheiro de poder aquisitivo infe

rior ao de quando foram lançados empréstimos.

E' fácil compreender o que ocorre ria, se êsses adiantamentos fossem

feitos, sem a existência das bolsas de valores.

Aumentaria enormeinente 3

resistência aos empréstimos a longo

prazo, em virtude da imprevisibilidade do futuro.

Predominaria então o cn-

tesouramento. A produção e o Esta do, em vista do risco, somente conse

guiriam financiamento à custa de ju ros elevados; o campo seria propício

à agiotagem e a iniciativa ficaria es

do

tagnada.

Participam

comprando

sa redução de prazo se reflete na^

o Estado espera que o progresso fu

pode exigir da empresa a devolução capital emprestado.

econômica,

um lucro adicional na transação. Es

sido enviadas:

encomiásticas que por carta tem A®.tx referências nossa redação, acerca do nosso mensario, e

mais o

mentários e notas de tôda a imprensa do país, que não tem P pado louvores ao "Digesto Econômico", seriam, de^ a g^m

do, bastante para que tivéssemos a certeza da aceitação *1 ^ esta revista vem obtendo.

No entanto, prova definitiva e

junto com aquelas outras, vem mostrar o prestigio c do

"Diçresto

Econômico",

está no

fato

d®»

com

-gjg.

8.® número, termos sido obrigados a novamente aumen ar^ ragem da revista, que num curto prazo de oito meses viu

,

venda avulsa subir de mais quatro mil exemplares. sse — um aumento de quatro mil exemplares em tão pouco temp^ — não é somente auspicioso, é sobretudo significativo ^ , tação que o "Digesto Econômico" vem encontran o por o o Brasil. ^ j. Comunicando isto aos nossos leitores e assinantes, pe imos

a êstes últimos e aos demais que recebem o

Digesto^

nómico" a gentileza de avisar à gerência qualquer modificação em seus endereços, a fim de oue não haja irregularidade na en trega da revista.

*


w

95

Digesto Econômico

CONFIÜUKNCIA cursos dos delegados, das teses apre

balternos para serviços auxiliares. Ao todo, a comitiva de São Paulo era in

sentadas e suas discussões — mas o

tegrada por cento e cinqüenta pessoas.

— não o das suas conclusões, dos dis

A orgaBiiza4:;ão dc iiuia CíOBifB^rêii«dsi RESTES últimos tempos as colunas

LlLi

lado mais material e nada conhecido

Agora se observe que além da baga

que é o da sua preparação e organi

gem normal dessas pessoas — cujo

zação, vamos tomar o caso da repre

número necessita de um comboio pa

sentação do comércio de São Paulo

ra transportar-se — a representação

dos jornais sao freqüentemente ocupadas com largo noticiário das

O grande público que toma conlieci-

à Conferência de Teresópolis.

do comércio paulista levou para fere-

conferências e congressos realizados aqui e no estrangeiro. A Coníerên-

mento dos trabalhos de uma confe

rência — nos moldes das que se têm

Na sede .da Associação Comercial de São Paulo — que foi uma das co

sópolis farta cópia de material de es critório, quatro máquinas de escrever e uma dezena de cabcotes contendo desde papel até lápis e borracha, num esforço de organização que afastou a

cia de lalta, a Conferência de Teerã, a Conferência de São Francisco, no exterior; o Congresso dos Arquitetos. 0 Congresso dos Escritores, a Confe rência de Teresópolis, aqui mesmo em nosso país. E o grande público que toma conhecimento dos trabalho.? que se realizam nesses conclaves atra

realizado ultimamente — através dos

informes dos jornais, não faz idéia

do esforço de organização que de mandam certame.^ dessa natureza, cuja preparação depende de uma ver dadeira mobilização de

homens-con-

gressistas, técnicos, secretários, auxiliares de escritqrio, dactilógrafos,

ordenadoras da nossa delegação — fo ram efetuadas, durante três mesc.s, reuniões quase que diárias entre di

retores dessa entidade e delegados e assessores técnicos das diversas orga nizações representativas de todos os

etc.

ramos do comércio paulista.

vés dos informes dos jornais, não faz 1 eia do esforço de organização que

dos conferencistas aos trabalhos, afas

reuniões visavam não somente esta • belecer os pontos-de-vista a serem

demandam certames dessa natureza.

influências

Para a sua preparação é necessário uma verdadeira mobilização de liomens congressistas, técnicos, secretários, auxihares de escritório, dactilógrafos e serventes^ assim como uma variedade

enorme de material, que vai desde o mobiliário para a instalação dos servi ços de escritório, até o papel, máqui nas de escrever, borrachas, lápis, tin ta, etc., necessários aos trabalhos ge

tando-os, tanto quanto possível, de exteriores

aos

interesses

do conclave. Daí a tendência geral mente seguida por todos os congres

sos de importância, de realizar

suas

reuniões em cidades recuadas dos grandes centros urbanos e das grandes

capitais.

Exemplo típico dêsse tipo

Estas

apresentados e defendidos pelo nosso Estado à assembléia que iria realizar-se, mas também \crificar como se

ria composta a representação, pessoal seria necessário levar,

que que

material, e mais o processo de trans porte, etc. Depois de noventa dias, quando todos esses pontos

ficaram

de certame foi a assembléia das clas

solucionados, estabeleceu-se que a de

ses produtoras, que se reuniu recente

legação de São Paulo seria constituí

hipótese de se ficar na dependência de fornecimentos impossíveis de se rem obtidos à última hora. Levou ainda a delegação bandeirante uma

pequena biblioteca especializada, cento e dois volumes, a fim de facili tar aos seus integrantes as consulta sôbre assuntos diretamente relacion dos com o conclave, que fossem n cessárias no momento. Se se pensa , fentão, nas dificuldades naturais transporte para tôda essa gente e do êsse material, pode ter-se uma idéia de como entre nós essas ques tões aparentemente insignificantes,

mas'complexas em seu conjunto, vêm sendo encaradas a sério. E mais. Se

mente numa cidade de veraneio do

da de oito representantes da Associa

Estado do Rio, assembléia que ficou conhecida com o nome de Conferên cia de Teresópolis.

ção Comercial e da Federação do Co

Para ilustrarmos o que dissemos acêrca do esforço e das dificuldades

do Estado. Além dessa numerosa de

legação, embarcariam

conferências são realizadas em locali

que surgem para que se possa reali

Teresópolis dez assessores

dades distantes dos grandes centros,

quatro assistentes e secretárias, dois

dos os pontos do país?

fato ultimamente observado a fim de

zar um desses cometimentos, c também para dar aos nossos leitores uma

taquígrafos, quatro representantes da

seria ociosa, porque o próprio leitor

facilitar a concentração da

idéia da outra face desses congressos

imprensa local e três funcionários su-

rais e de secretaria.

Êsse trabalho torna-se mais difícil e cresce de importância quando essas

atenção

mércio,. e de cêrca de cento e vinte lie

sindicatos e associações do comércio

também

para

técnicos,

para uma delegação de cento e cin qüenta pessoas foi necessário todo es se trabalho, que esfòrço não tiveram os organizadores gerais da referida Conferência e de outras, que tiveram a seu cargo delegações vindas de to A resposta


w

95

Digesto Econômico

CONFIÜUKNCIA cursos dos delegados, das teses apre

balternos para serviços auxiliares. Ao todo, a comitiva de São Paulo era in

sentadas e suas discussões — mas o

tegrada por cento e cinqüenta pessoas.

— não o das suas conclusões, dos dis

A orgaBiiza4:;ão dc iiuia CíOBifB^rêii«dsi RESTES últimos tempos as colunas

LlLi

lado mais material e nada conhecido

Agora se observe que além da baga

que é o da sua preparação e organi

gem normal dessas pessoas — cujo

zação, vamos tomar o caso da repre

número necessita de um comboio pa

sentação do comércio de São Paulo

ra transportar-se — a representação

dos jornais sao freqüentemente ocupadas com largo noticiário das

O grande público que toma conlieci-

à Conferência de Teresópolis.

do comércio paulista levou para fere-

conferências e congressos realizados aqui e no estrangeiro. A Coníerên-

mento dos trabalhos de uma confe

rência — nos moldes das que se têm

Na sede .da Associação Comercial de São Paulo — que foi uma das co

sópolis farta cópia de material de es critório, quatro máquinas de escrever e uma dezena de cabcotes contendo desde papel até lápis e borracha, num esforço de organização que afastou a

cia de lalta, a Conferência de Teerã, a Conferência de São Francisco, no exterior; o Congresso dos Arquitetos. 0 Congresso dos Escritores, a Confe rência de Teresópolis, aqui mesmo em nosso país. E o grande público que toma conhecimento dos trabalho.? que se realizam nesses conclaves atra

realizado ultimamente — através dos

informes dos jornais, não faz idéia

do esforço de organização que de mandam certame.^ dessa natureza, cuja preparação depende de uma ver dadeira mobilização de

homens-con-

gressistas, técnicos, secretários, auxiliares de escritqrio, dactilógrafos,

ordenadoras da nossa delegação — fo ram efetuadas, durante três mesc.s, reuniões quase que diárias entre di

retores dessa entidade e delegados e assessores técnicos das diversas orga nizações representativas de todos os

etc.

ramos do comércio paulista.

vés dos informes dos jornais, não faz 1 eia do esforço de organização que

dos conferencistas aos trabalhos, afas

reuniões visavam não somente esta • belecer os pontos-de-vista a serem

demandam certames dessa natureza.

influências

Para a sua preparação é necessário uma verdadeira mobilização de liomens congressistas, técnicos, secretários, auxihares de escritório, dactilógrafos e serventes^ assim como uma variedade

enorme de material, que vai desde o mobiliário para a instalação dos servi ços de escritório, até o papel, máqui nas de escrever, borrachas, lápis, tin ta, etc., necessários aos trabalhos ge

tando-os, tanto quanto possível, de exteriores

aos

interesses

do conclave. Daí a tendência geral mente seguida por todos os congres

sos de importância, de realizar

suas

reuniões em cidades recuadas dos grandes centros urbanos e das grandes

capitais.

Exemplo típico dêsse tipo

Estas

apresentados e defendidos pelo nosso Estado à assembléia que iria realizar-se, mas também \crificar como se

ria composta a representação, pessoal seria necessário levar,

que que

material, e mais o processo de trans porte, etc. Depois de noventa dias, quando todos esses pontos

ficaram

de certame foi a assembléia das clas

solucionados, estabeleceu-se que a de

ses produtoras, que se reuniu recente

legação de São Paulo seria constituí

hipótese de se ficar na dependência de fornecimentos impossíveis de se rem obtidos à última hora. Levou ainda a delegação bandeirante uma

pequena biblioteca especializada, cento e dois volumes, a fim de facili tar aos seus integrantes as consulta sôbre assuntos diretamente relacion dos com o conclave, que fossem n cessárias no momento. Se se pensa , fentão, nas dificuldades naturais transporte para tôda essa gente e do êsse material, pode ter-se uma idéia de como entre nós essas ques tões aparentemente insignificantes,

mas'complexas em seu conjunto, vêm sendo encaradas a sério. E mais. Se

mente numa cidade de veraneio do

da de oito representantes da Associa

Estado do Rio, assembléia que ficou conhecida com o nome de Conferên cia de Teresópolis.

ção Comercial e da Federação do Co

Para ilustrarmos o que dissemos acêrca do esforço e das dificuldades

do Estado. Além dessa numerosa de

legação, embarcariam

conferências são realizadas em locali

que surgem para que se possa reali

Teresópolis dez assessores

dades distantes dos grandes centros,

quatro assistentes e secretárias, dois

dos os pontos do país?

fato ultimamente observado a fim de

zar um desses cometimentos, c também para dar aos nossos leitores uma

taquígrafos, quatro representantes da

seria ociosa, porque o próprio leitor

facilitar a concentração da

idéia da outra face desses congressos

imprensa local e três funcionários su-

rais e de secretaria.

Êsse trabalho torna-se mais difícil e cresce de importância quando essas

atenção

mércio,. e de cêrca de cento e vinte lie

sindicatos e associações do comércio

também

para

técnicos,

para uma delegação de cento e cin qüenta pessoas foi necessário todo es se trabalho, que esfòrço não tiveram os organizadores gerais da referida Conferência e de outras, que tiveram a seu cargo delegações vindas de to A resposta


Dig^sto Econômico

Ou será resultado de um êrro de vi O DESENVOLVIMENTO

são, de um pensamento esclarecido

ou ainda de um movimento improvi Parece-me que a transforma.

INDUSTRIAL

sado?

DO BRASIL

Ção do Brasil em país predominante

mente industrial, sob o impacto da

Por J. F Normano

"aro o Digesio Econômico

A industrialização corresponde às ne trutura econômica se fundamenta e a

cujos imperativos atende, ou trata-se de um movimento artificial destinado

a desaparecer com os acontecimentos anormais que o provocaram? O mo mento é de confusão e a luta está travada entre os elementos contradi

tórios que o exprimem.

É opinião geral cjüe a segunda

Guerra Mundial moveu e está ainda movendo a ecojiomia dos paí ses semicoloniais no sentido de sua rápida industrialização. Asseveraque a procura cie mercadorias, a que deram causa as condições de guerra^ 1.

esia

criou indústrias de tal importância e com

tamanho desenvolvimento que,

no após-gucrra, essas novas manufa

turas permanecerão como a principal fonte de renda dos referidos países. Vários fabricantes dos Estados Uni dos manifestaram o receio de que es sa industrialização venha a criar, pa ra o seu país, uma concorrência in cômoda e inesperada. Em especial com referência ao Brasil, tem-se afir mado ^ assistência proporcionada

pelos Estados-Unidos, como a cons trução de Volta Redonda, as abun dantes encomendas de guerra, entre as quais se incluem medidas tomadas

diretamente para a absorção de pro

O que realmente aconteceu é quí o processo de economia extensiva, a

dilatação de fronteira, foi substancial mente acelerado durante a segunda Guerra Mundial, em virtude dos no vos métodos de transporte no inte-

segunda Guerra Mundial, não foi -fior, já não mais realizados em lom convenientemente estabelecida. Ade bos de animais ou por meio de ca mais, acredito que um inquérito mi-, noas, mas sobre asas industriais. Co

nucíoso e . objetivo mostraria que, a despeito de tôdas as tendências mais cessidades reais do país, em cuja es

97

visíveis, o sul)solo do Brasil foi ape nas esflorado pelos acontecimentos dos últimos anos.

Por parte do Estado, o propósito do movimento de industrialização se ria o de acabar com ò colonialismo, tornando o país econômica e, em

mo resultado do atual conflito, pare

ce que o território econômico do Bra sil se distendeu. em conseqüência de maior penetração no interior. A uni dade econômica do país tornou-se

mais sólida, mas ainda não foÍ intei ramente conseguida.

Não possui ainda o Brasil um mer cado doméstico uno, mas sofre

conseqüência, também politicamente

uma pluralidade de mercados locais.

independente da influência estrangei

Com a introdução de elementos P a

ra. Êsse propósito não foi ainda con seguido.

Do ponto-de-vista social, a indus trialização se destinaria ao abasteci mento das grandes massas com melhor alimentação, melhores roupas, abri gos mais apropriados e maior acesso

nificadores na indústria de guerra, foram realizados alguns progresso.

iniciais. São. porém, acidenta, e de terminados pela necessidade e nao enquadrados num plano de_ orden geral, que depende das relações polí

dutos e de matérias-primas essenciais brasileiras, transformou esse país nu ma potência industrial com perspetiva

aos confortos da vida. O movimento

ticas internacionais e das forças so ciais sôbre as quais repouse o Bra-

dc

apenas se apro.ximou dêsse objetivo

sil.

tornar-se

uma

das

maiores

do

durante a guerra. 'Em realidade, no

mundo.

O que realmente aconteceu no Brasil

A opinião acima é perfilhada tan to por norte-americanos comò por brasileiros.

Encontramo-la

e.xpressa

em jornais, em investigações univer

táveis peritos, que recentemente es tudaram o problema para as autori

dades do país, salientaram que o re sultado imediato da assinatura da paz será provàvelmente o colapso de al-

Luta entre fatôre. contraditórios O Presidente Vargas proclamou a "revolução do aço", o que é um bom dístico para propaganda, mas é ne cessário esclarecer, de modo que .se saiba por quem e para quem será fei

sitárias, em pronunciamentos das au

Rumas das indústrias que floresceram

toridades oficiais, em discursos de banquete, etc. Mas, é um fato as sente a industrializáção do Brasil >

durante o período bélico. As empre

ta a "revolução".

sas brasileiras típicas são ainda as

são e mistura de elementos no pen

pequenas propriedades individuais.

samento social do Brasil e n neríndo

Há ainda confu


Dig^sto Econômico

Ou será resultado de um êrro de vi O DESENVOLVIMENTO

são, de um pensamento esclarecido

ou ainda de um movimento improvi Parece-me que a transforma.

INDUSTRIAL

sado?

DO BRASIL

Ção do Brasil em país predominante

mente industrial, sob o impacto da

Por J. F Normano

"aro o Digesio Econômico

A industrialização corresponde às ne trutura econômica se fundamenta e a

cujos imperativos atende, ou trata-se de um movimento artificial destinado

a desaparecer com os acontecimentos anormais que o provocaram? O mo mento é de confusão e a luta está travada entre os elementos contradi

tórios que o exprimem.

É opinião geral cjüe a segunda

Guerra Mundial moveu e está ainda movendo a ecojiomia dos paí ses semicoloniais no sentido de sua rápida industrialização. Asseveraque a procura cie mercadorias, a que deram causa as condições de guerra^ 1.

esia

criou indústrias de tal importância e com

tamanho desenvolvimento que,

no após-gucrra, essas novas manufa

turas permanecerão como a principal fonte de renda dos referidos países. Vários fabricantes dos Estados Uni dos manifestaram o receio de que es sa industrialização venha a criar, pa ra o seu país, uma concorrência in cômoda e inesperada. Em especial com referência ao Brasil, tem-se afir mado ^ assistência proporcionada

pelos Estados-Unidos, como a cons trução de Volta Redonda, as abun dantes encomendas de guerra, entre as quais se incluem medidas tomadas

diretamente para a absorção de pro

O que realmente aconteceu é quí o processo de economia extensiva, a

dilatação de fronteira, foi substancial mente acelerado durante a segunda Guerra Mundial, em virtude dos no vos métodos de transporte no inte-

segunda Guerra Mundial, não foi -fior, já não mais realizados em lom convenientemente estabelecida. Ade bos de animais ou por meio de ca mais, acredito que um inquérito mi-, noas, mas sobre asas industriais. Co

nucíoso e . objetivo mostraria que, a despeito de tôdas as tendências mais cessidades reais do país, em cuja es

97

visíveis, o sul)solo do Brasil foi ape nas esflorado pelos acontecimentos dos últimos anos.

Por parte do Estado, o propósito do movimento de industrialização se ria o de acabar com ò colonialismo, tornando o país econômica e, em

mo resultado do atual conflito, pare

ce que o território econômico do Bra sil se distendeu. em conseqüência de maior penetração no interior. A uni dade econômica do país tornou-se

mais sólida, mas ainda não foÍ intei ramente conseguida.

Não possui ainda o Brasil um mer cado doméstico uno, mas sofre

conseqüência, também politicamente

uma pluralidade de mercados locais.

independente da influência estrangei

Com a introdução de elementos P a

ra. Êsse propósito não foi ainda con seguido.

Do ponto-de-vista social, a indus trialização se destinaria ao abasteci mento das grandes massas com melhor alimentação, melhores roupas, abri gos mais apropriados e maior acesso

nificadores na indústria de guerra, foram realizados alguns progresso.

iniciais. São. porém, acidenta, e de terminados pela necessidade e nao enquadrados num plano de_ orden geral, que depende das relações polí

dutos e de matérias-primas essenciais brasileiras, transformou esse país nu ma potência industrial com perspetiva

aos confortos da vida. O movimento

ticas internacionais e das forças so ciais sôbre as quais repouse o Bra-

dc

apenas se apro.ximou dêsse objetivo

sil.

tornar-se

uma

das

maiores

do

durante a guerra. 'Em realidade, no

mundo.

O que realmente aconteceu no Brasil

A opinião acima é perfilhada tan to por norte-americanos comò por brasileiros.

Encontramo-la

e.xpressa

em jornais, em investigações univer

táveis peritos, que recentemente es tudaram o problema para as autori

dades do país, salientaram que o re sultado imediato da assinatura da paz será provàvelmente o colapso de al-

Luta entre fatôre. contraditórios O Presidente Vargas proclamou a "revolução do aço", o que é um bom dístico para propaganda, mas é ne cessário esclarecer, de modo que .se saiba por quem e para quem será fei

sitárias, em pronunciamentos das au

Rumas das indústrias que floresceram

toridades oficiais, em discursos de banquete, etc. Mas, é um fato as sente a industrializáção do Brasil >

durante o período bélico. As empre

ta a "revolução".

sas brasileiras típicas são ainda as

são e mistura de elementos no pen

pequenas propriedades individuais.

samento social do Brasil e n neríndo

Há ainda confu


Díge»to Econômico

98

TRABALHADORES presente não se me afigura como uma fase de transição, mas antes como

mo médio entre o sistema dos Estados-

uma época de luta entre fatores con

Unidos e o da U.

traditórios.

termo médio parece ser o mesmo to

Recentemente um prognóstico a respeito do futuro desenvolvimento

mado por nações

do Brasil foi dado pela criação da

na, a índia e o Irã, que desejam

Comissão de Planificação Econômica

combinar

na capital do, país.

sua tradição social c cultural.

O tipo adotado

pode ser classificado como um ter R.

S.

S.

semicoloniais

J^LIANOS SOB O

Êsse

1

de

outros continentes, tais como a Chi a

iiÇiáiBtiÉ-ASCISTA

técnica ocidental com a

novembro do ano passado apa receu nos quiosques de Roma um pequeno volume, intitulado "A Clas se Trabalhadora sob o Domínio Fas

cista" (1921-43). Seu autor é Matteo Matteottí, filho de Giacomo Matteotti, por cuja eliminação Mussolini

é responsável. Até 1935, o"'ano da guerra com a Abissínia, as cifras são bastante conhecidas, podendo ser en

contradas

no

anuúrio

Statistico Italiano."

"Compêndio

Em seu compu

te, que é sereno, mas completo em sua condenação, o autor examina o fascismo sob três aspetos principais: o aumento constante do desemprègo

TRÔCO ERRADO

(de 156.400 pessoas em 1925 a um to

se aproximar do balcão de uma drogaria nesta mui heóica

■i ^

tal que, até 1932, nunca desceu de 1

cidade de São Paulo, ano da graça de 1945, um fre

guês perguntou:

milhão), a elevação alarmante do iixi-

— Quanto custa um maço pequeno de algodão?

mero de acidentes graves nas indús

— 1 cruzeiro.

trias (de 134.336 em 1921 a mais de meio milhão em 1942) e a queda pro gressiva e impressionante da quanti-

Então o cliente, entregando uma nota de cinco cruzeiros, acrescentou:

— Quero um maço.

O caixeiro recebeu a nota e encaminhou-se para o interior, oe onde regressou para entregar ao freguês 4 cruzeiros de "pas ses

Enquanto os preços se elevaram de 800 a 1.000 por cento, o nível de sa

e o maço de algodão.

lários não teve um aumento além de

Ao que o cliente não pode esconder um movimento de sur presa:

— Não teria havido engano? ses

80 por cento,

'

tendo

ocorrido,

além

disso, uma baixa geral no padrão de

Eu não vim comprar "pas

vida dos operários, em virtude da de-

para receber o troco em algodão.. .

sorganiza/ção provocada pela guerra. íMl

Condensado de " The Economist

dade de produtos alimentícios consu midos pela classe trabalhadora. Mais interessantes são os dados re

lativos aos anos de guerra, período

sóbre o qual se gastou muito papel para dizer que os preços tinham per manecido os mesmos. Em realidade, porém,

experimentaram

uma

alta

enorme, não tendo voltado ao nível anterior. Não obstante isso, não se verificou majoração de salários; pofs

havia guerra e tôda a gente desejava dar demonstração de espírito de sacrifício. Assim diz textualmente o opúsculo:

"Os salários da absoluta matona de tôda- a classe trabalhadora do nos so país (industrial e agrícola) foram elevados apenas de 40 a 80 por cento, nestes quatro últimos anos de guerra, enquanto uma minoria de varias cen tenas de milhares, mesmo com a ele

vação do nível de seus ordenados a 120 e 150 liras diárias, não podem di zer que obtiveram melhora superior a um acréscimo de 150 a 200 por cen

to para se contrapor a um aumento-* de preços dez vezes maior, durante a período de 1939-43. " Os' salários reais cairam a -níveis Numerosos casos in

inacreditáveis.

dividuais são citados.

A empresa An-

saldo em Gênova, em 1939, elevou o


Díge»to Econômico

98

TRABALHADORES presente não se me afigura como uma fase de transição, mas antes como

mo médio entre o sistema dos Estados-

uma época de luta entre fatores con

Unidos e o da U.

traditórios.

termo médio parece ser o mesmo to

Recentemente um prognóstico a respeito do futuro desenvolvimento

mado por nações

do Brasil foi dado pela criação da

na, a índia e o Irã, que desejam

Comissão de Planificação Econômica

combinar

na capital do, país.

sua tradição social c cultural.

O tipo adotado

pode ser classificado como um ter R.

S.

S.

semicoloniais

J^LIANOS SOB O

Êsse

1

de

outros continentes, tais como a Chi a

iiÇiáiBtiÉ-ASCISTA

técnica ocidental com a

novembro do ano passado apa receu nos quiosques de Roma um pequeno volume, intitulado "A Clas se Trabalhadora sob o Domínio Fas

cista" (1921-43). Seu autor é Matteo Matteottí, filho de Giacomo Matteotti, por cuja eliminação Mussolini

é responsável. Até 1935, o"'ano da guerra com a Abissínia, as cifras são bastante conhecidas, podendo ser en

contradas

no

anuúrio

Statistico Italiano."

"Compêndio

Em seu compu

te, que é sereno, mas completo em sua condenação, o autor examina o fascismo sob três aspetos principais: o aumento constante do desemprègo

TRÔCO ERRADO

(de 156.400 pessoas em 1925 a um to

se aproximar do balcão de uma drogaria nesta mui heóica

■i ^

tal que, até 1932, nunca desceu de 1

cidade de São Paulo, ano da graça de 1945, um fre

guês perguntou:

milhão), a elevação alarmante do iixi-

— Quanto custa um maço pequeno de algodão?

mero de acidentes graves nas indús

— 1 cruzeiro.

trias (de 134.336 em 1921 a mais de meio milhão em 1942) e a queda pro gressiva e impressionante da quanti-

Então o cliente, entregando uma nota de cinco cruzeiros, acrescentou:

— Quero um maço.

O caixeiro recebeu a nota e encaminhou-se para o interior, oe onde regressou para entregar ao freguês 4 cruzeiros de "pas ses

Enquanto os preços se elevaram de 800 a 1.000 por cento, o nível de sa

e o maço de algodão.

lários não teve um aumento além de

Ao que o cliente não pode esconder um movimento de sur presa:

— Não teria havido engano? ses

80 por cento,

'

tendo

ocorrido,

além

disso, uma baixa geral no padrão de

Eu não vim comprar "pas

vida dos operários, em virtude da de-

para receber o troco em algodão.. .

sorganiza/ção provocada pela guerra. íMl

Condensado de " The Economist

dade de produtos alimentícios consu midos pela classe trabalhadora. Mais interessantes são os dados re

lativos aos anos de guerra, período

sóbre o qual se gastou muito papel para dizer que os preços tinham per manecido os mesmos. Em realidade, porém,

experimentaram

uma

alta

enorme, não tendo voltado ao nível anterior. Não obstante isso, não se verificou majoração de salários; pofs

havia guerra e tôda a gente desejava dar demonstração de espírito de sacrifício. Assim diz textualmente o opúsculo:

"Os salários da absoluta matona de tôda- a classe trabalhadora do nos so país (industrial e agrícola) foram elevados apenas de 40 a 80 por cento, nestes quatro últimos anos de guerra, enquanto uma minoria de varias cen tenas de milhares, mesmo com a ele

vação do nível de seus ordenados a 120 e 150 liras diárias, não podem di zer que obtiveram melhora superior a um acréscimo de 150 a 200 por cen

to para se contrapor a um aumento-* de preços dez vezes maior, durante a período de 1939-43. " Os' salários reais cairam a -níveis Numerosos casos in

inacreditáveis.

dividuais são citados.

A empresa An-

saldo em Gênova, em 1939, elevou o


Digesto Econômico

100

Digesto Econômico

cento como

seu capital de 250 a 500 milhões cie

truição dc muitas fábricas (|ue sc re

Uras, o preço de suas ações, entre

giam pela legislação dc proteção ao trabalho fez que fòssem sulistituidas por estabelecimentos ditatoriais, que a desrespeitaram. Aboliu-se o direito

1939 e 1943, ascendeu de 38,25 liras a 254. Afirma-se que, naquela cidade, os preços em geral subiram em 800 por cento. Os ordenados, porém, não « subiram mais do que 20 por cento. Jcos, estaleiros

navais

de

Vivaldi os

salários, que eram de 3,05 liras por hora, em 1939, passaram a 3,40 liras em 1943. Operários qualificados, em Milão, obtiveram um acréscimo de 30

dc greve. Organizaram-se numerosas

101

trabalhando

apenas

40

desconto de meio dia de serviço:

a

horas por semana. Além- disso não se procedeu com eficácia a transfe

segunda falta era punida com prisão.

rências

arrecadada pelo govêrno, sob o pre

de operários

de

indústrias

Parte dos salários dos trabalhadore.s,

a

texto de seguro social, era desviada,

guerra, para outras, em que ocorreu

em grossas somas, para usofruto da oligarquia dominante. A diferença entre a receita e as despesas, no Ins tituto di Previdenza Sociale, durante o período de 1920 a 1940, alcançou a

cuja produção foi encurtada com o inverso.

Durante a guerra, as mu

corporações de operários. Tôdas cs questões de limitação de horas de

lheres foram

largamente

aproveit.a-

das nas indústrias, com salários cor

trabalho tinham de ser submetidas à

respondentes a 50 por conto dos mas

aprovação oficial.

culinos.

mentou o trabalho infantil.

por cento durante a guerra^ enquanto

Em 1925, dentre um total de 1.798.429 operários, empregados em

os preços subiram em 800 por cento.

22.096

pioravam as condições dos trabalha

soe

Em outros estaleiros os ordenados ho

500.945 que trai)alhavam mais de horas por semana. Para o ano de

dores.

Lavoro, no espaço de 1922-32, per-

rários subiram de 2,47 liras em 1939 a 3,42 em 1943. Os demais salários elevaram-se, no mesmo lapso de tem

fábricas

e

oficinas, havia

1928, as estatísticas registam, para um total

de 908.790 trabalhadores, que

pc. dc 2,14 a 2,92 Uras por hora Ocorreu o mesmo era Turim. Qj ,,3

a existência de 138.370 que faziam

balhadorcs agrícolas receberam tratL

mais de 48 horas semanais.

mento pior.

fras, relativas ao período posterior à

Com asg^ves realizadas em Milão, Tunra e Gênova, durante o mês dnovembro de 1943, verificou-se um-í elevaçao geral de salários. Os em pregados de escritório tiveram um aumento de 14 a 20 por cento a.o . passo que os- operários foram aumen

tados em 15 por cento. Todavia, o aumento de preços em mais de l.OOQ por cento inutilizou os benefícios. Qs bombardeios aliados, durante a ocupa

estavam em serviço em 5.456 fábricas,

Colocadas, por motivos de de

)Corridos pelo Instituto Infortuni dei mesmo

fesa nacional, sob legislação especial,

maneccu

as indústrias de guerra, os operários ficaram sujeitos a multas pesadas. A ausência de um dia no trabalho, sem prévia notificação, ocasionava um

vel nos

anos seguintes, enquanto o

número

total dc acidentes, de 1932 a

quase

no

de 60 por 1939, se elevou em cerca cento.

guerra com a Abissínia, não mere dividuais que .se conhecem, pode-se concluir que as condições não eram melhores. Sabè-se de numerosos ope

rários que, eni Milão, trabalhavam de 10 a 12 horas por dia. O direito às férias não era observado, em vir tude do recurso de .se despedir o em

pregado, antes de completar um ano

prego.

mar o empregado para meio-tempo As bo

O número de acidentes no trabalho,

A medida que a guerra prosseguia,

cem confiança. Por alguns casos in

ção alemã, causaram enorme desem Releva notar a baixa geral no pa

colossal importância de 15 bilhões <le liras.

As ci

de serviço. Ao lado do excesso de trabalho, verificava-se o hábito de to

drão de vida dos operários.

Sob o regime fascista, au

de serviço ou menos. Comprova-se isso, com um exame

nificações para horas extraordinárias

às estatísticas

de serviço foram eliminadas e a des-

1.156.000 trabalhadores, dão 19,1 ppr

que, num total de

COMERAM POR ENGANO Ao serem libertados pelas tropas

que estavam presos nos campos de concentração a a, foram-lhes fornecidas grandes quantída es e var

nha

de alimentos em conserva, condicionados,

ico os joviéticos concluí quenas latas. Ignorando o idioma inglês, ram que tudo que encontrassem em condicionamentos sem

les seria comestível. Èsse engano levou-os a se utilizarem de latas que continham pós venenosos para matar pio

equi

voco teve conseqüências lamentáveis, tendo provoca o a mor e de vários dêles.


Digesto Econômico

100

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Uras, o preço de suas ações, entre

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1939 e 1943, ascendeu de 38,25 liras a 254. Afirma-se que, naquela cidade, os preços em geral subiram em 800 por cento. Os ordenados, porém, não « subiram mais do que 20 por cento. Jcos, estaleiros

navais

de

Vivaldi os

salários, que eram de 3,05 liras por hora, em 1939, passaram a 3,40 liras em 1943. Operários qualificados, em Milão, obtiveram um acréscimo de 30

dc greve. Organizaram-se numerosas

101

trabalhando

apenas

40

desconto de meio dia de serviço:

a

horas por semana. Além- disso não se procedeu com eficácia a transfe

segunda falta era punida com prisão.

rências

arrecadada pelo govêrno, sob o pre

de operários

de

indústrias

Parte dos salários dos trabalhadore.s,

a

texto de seguro social, era desviada,

guerra, para outras, em que ocorreu

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-gerente e chefe da

PRETAS E GALVANIZADAS

VIA LÍQUIDA - ESTOQUE PERMANENTE R.PIRATININGA,800-TELS.:2-8961 e2-8450-S.PAULO

Contabilidade do Instituto

Central de Fomento Econômico da Bahia.

"Foi-me dado hoje o ensejo de ler o "Digesto Ecooomico , n.® 6 de maio em curso. Quaisquer das minhas tantas conjec

turas sôhre a sua relevante importância, atiraram-me à conclu são de que alheiar-se ao conteúdo dessa novel Revista é fechar os olhos diante da realidade e da própria vida." JOSE' CLÁUDIO ALVES DA SILVA, Taubaté, Estado de São Paulo.

"Apresso-me em afirmar que o "Digesto Economico

e o

"Boletim Semanal" da Associação Comercial de São Paulo, quais sou leitor desde o primeiro número, já são conheci ^

jóias modernas

nesta Escola, especialmente entre os alunos do Curso Tecnico

de Contabilidade, aos quais, em aulas de Economia Polí-ica ® Contabilidade, tenho feito referências a trabalhos contidos nes

CASA

sas conceituadas publicações especializadas".

Prof. JOAQUIM MONTEIRO DE CAÇ^AL^, diretor da ESCOLA DE COMÉRCIO SALES

CAMPOS

em São Paulo.

"...não desejo privar-me por mais tempo da sua e^ura rua

15denovembrp.33l

sem contar o fato que uma revista do quilate do^ ^Digesto co ncmico" — que, pela cuidadosa seleção e exposição da ma eria qua publica é, realmente, uma das melhores fontes de temas e da

pontos

de

partida

para estudos infinitamente mais

apurados... **

Prof. PAOLO MISI, Cidade do Salvador, Bahia.


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REVENDEDORfl DE FERRO LTDA. FERRO REDONDO, QUADRADO, CHATO, TEE, CANTONEIRA E TRAFILADOS

O que se diz e o que se pensa do «Digestü Econômico»

AÇOS REDONDOS, CHATOS E QUADRADOS ARAMES POLIDOS, COBREADOS E GALVANIZADOS FITAS PARA ENFARDAMENTO DE ALGODAO

(FABRICAÇÃO PRÓPRIA)

"Digceto Econômico" nâo é mais a simples esperança de uma minoria estudiosa, mas a realização definitiva dos anseios

de u'a maioria interessada e empenhada no desenvolvimento do comércio e da indústria do Brasil."

DOMINGOS LEONELLI e MÁRIO PIVA, diretor-

SERRAS PARA FERRO, CHAPAS

-gerente e chefe da

PRETAS E GALVANIZADAS

VIA LÍQUIDA - ESTOQUE PERMANENTE R.PIRATININGA,800-TELS.:2-8961 e2-8450-S.PAULO

Contabilidade do Instituto

Central de Fomento Econômico da Bahia.

"Foi-me dado hoje o ensejo de ler o "Digesto Ecooomico , n.® 6 de maio em curso. Quaisquer das minhas tantas conjec

turas sôhre a sua relevante importância, atiraram-me à conclu são de que alheiar-se ao conteúdo dessa novel Revista é fechar os olhos diante da realidade e da própria vida." JOSE' CLÁUDIO ALVES DA SILVA, Taubaté, Estado de São Paulo.

"Apresso-me em afirmar que o "Digesto Economico

e o

"Boletim Semanal" da Associação Comercial de São Paulo, quais sou leitor desde o primeiro número, já são conheci ^

jóias modernas

nesta Escola, especialmente entre os alunos do Curso Tecnico

de Contabilidade, aos quais, em aulas de Economia Polí-ica ® Contabilidade, tenho feito referências a trabalhos contidos nes

CASA

sas conceituadas publicações especializadas".

Prof. JOAQUIM MONTEIRO DE CAÇ^AL^, diretor da ESCOLA DE COMÉRCIO SALES

CAMPOS

em São Paulo.

"...não desejo privar-me por mais tempo da sua e^ura rua

15denovembrp.33l

sem contar o fato que uma revista do quilate do^ ^Digesto co ncmico" — que, pela cuidadosa seleção e exposição da ma eria qua publica é, realmente, uma das melhores fontes de temas e da

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de

partida

para estudos infinitamente mais

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Prof. PAOLO MISI, Cidade do Salvador, Bahia.


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Submetida, diariamente, à provo da •"ilhorej de aprceiodores, PUSEN EXTRA orgulho-ie de monlef, alé hoje, ai nieimoi

««celeniei qualidodei com que se opreientou ao público, com grande oeeiioção. há

Estabilização <

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Mauá — inicÍ<

PILSEN EXTRA, foiendo jú» ò canslonie preterEnco do coniumidor, continuo o >er

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no conceito público, o PRIMEIRA CERVéja

OE AlTA CLASSE

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Economia e Ii ^ftlário mínimt

Combustíveis v

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Não bebo caf«,

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